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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXVI * N. 309 * Setembro de 2016 Pág.03 Notícias No dia 30 de julho, os coordenadores das Pastorais Sociais regional e Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Região Episcopal Ipiranga, se reuniram para um bate-papo que teve como pauta como integrar as pastorais e juntos realizar trabalhos dentro da nossa Região Episcopal. Pastorais Sociais se mobi- lizam para um trabalho em conjunto dentro da Região Ipiranga Pág. 08 Após um pequeno período de férias as crianças, auxiliares e catequistas retornaram as atividades. As crianças da primeira etapa foram recebidas com muita alegria e entusiasmo. As turmas da segunda etapa também iniciaram a sua caminhada, agora mais próximo de receber Jesus vivo através da Eucaristia. Nova etapa Pág. 04 Pág.06 Cantinho da Catequese Amor, Misericórdia! Acampados no tempo presente do mês de setembro, na beleza primaveril, a escuta da Sagrada Escritura, nós chegamos ao Deus que de fato se faz “Amor”. Pág. 14 Acolhida nos aproxima a viver a irmandade na liturgia Liturgia No mês de setembro recordamos na liturgia o mês da Bíblia, período que somos chamados a refletir com mais intensidade a Palavra de Deus. Palavra esta que pode produzir muitos frutos na nossa vida, como perdão, amor, reconciliação, conversão, fé, alegria e esperança. OSJ Ensinar os que não sabem e dar bons con- selhos aos que necessitam No artigo deste mês vamos recordar a 1ª e 2ª obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos aos que necessitam e ensinar os que não sabem. Vamos recordar também um grande missionário josefino: Pe. Mário Briatore.

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Page 1: Pág. 04 Pág. 14 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2016/09/setembro... · Cantinho da Catequese Amor, ... lizadora da Igreja, no Brasil, criando subsídios

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXVI * N. 309 * Setembro de 2016

Pág.03

Notícias

No dia 30 de julho, os coordenadores das Pastorais Sociais regional e Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Região Episcopal Ipiranga, se reuniram para um bate-papo que teve como pauta como integrar as pastorais e juntos realizar trabalhos dentro da nossa Região Episcopal.

Pastorais Sociais se mobi-lizam para um trabalho em conjunto dentro da Região Ipiranga

Pág. 08

Após um pequeno período de férias as crianças, auxiliares e catequistas retornaram as atividades. As crianças da primeira etapa foram recebidas com muita alegria e entusiasmo. As turmas da segunda etapa também iniciaram a sua caminhada, agora mais próximo de receber Jesus vivo através da Eucaristia.

Nova etapa

Pág. 04

Pág.06

Cantinho da Catequese

Amor, Misericórdia!

Acampados no tempo presente do mês de setembro, na beleza primaveril, a escuta da Sagrada Escritura, nós chegamos ao Deus que de fato se faz “Amor”.

Pág. 14

Acolhida nos aproxima a viver a irmandade na liturgiaLiturgia

No mês de setembro recordamos na liturgia o mês da Bíblia, período que somos chamados a re�etir com mais intensidade a Palavra de Deus. Palavra esta que pode produzir muitos frutos na nossa vida, como perdão, amor, reconciliação, conversão, fé, alegria e esperança.

OSJEnsinar os que não sabem e dar bons con-selhos aos que necessitamNo artigo deste mês vamos recordar a 1ª e 2ª obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos aos que necessitam e ensinar os que não sabem. Vamos recordar também um grande missionário jose�no: Pe. Mário Briatore.

Page 2: Pág. 04 Pág. 14 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2016/09/setembro... · Cantinho da Catequese Amor, ... lizadora da Igreja, no Brasil, criando subsídios

No Brasil celebramos em setembro o mês da Bíblia, que tem como um dos propósitos aproximar o povo católico da palavra de Deus: fazendo com que os cristãos leia, reflita e apro-funde mais os seus conhecimentos bíblicos.

O objetivo da criação do Mês da Bíblia é “con-tribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da bíblia, na ação evange-lizadora da Igreja, no Brasil, criando subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação e facilitando o diálogo criativo e transformador entre a palavra, a pessoa e as comunidades”.

Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia às injustiças, os pe-cados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos ir-mãos nossos.

Foi isso que fizeram os Profetas e também Jesus Cristo em algumas ocasiões, pois toda situação de injustiça e pecado é contrária ao projeto de Deus.

Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que ca-minha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus.

Que possamos criar o hábito de ler a bíblia com frequência no nosso dia a dia e, não so-mente no mês de setembro, onde celebramos o mês da bíblia.

Fiquem com Deus!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (11) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina Santos e Arquivo InternoEquipe: Ângela; Antônia; Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; Rosa Cruz; Marlene; Maria e Valdeci Oliveira.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 08/09/2016Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 3.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

Karina [email protected]

editorial A palavra de Deus

7 Qua Feriado da Independência do BrasilComunidade N.Sra. Aparecida (Romaria à Aparecida-SP) Aparecida-SP 6h

8 Qui Confissões de Casais (Pastorais do Matrimônio) Santuário 18h

9 Sex Confissões de Casais (Pastorais do Matrimônio) Santuário 18h

10 SabGrupo Emanuel (Reunião)Grupo de OraçãoCPC

Salão São JoséSantuárioComunidade

20h19h15h

11 DomEnvio das Capelinhas- NovenaCurso de Noivos- Casamento ComunitárioEnsaio do Casamento Comunitário

SantuárioCapela da ReconciliaçãoSantuário

18h307h às 15h15h

12 Seg Missa votiva de N.Sra. Aparecida Sede da Comunidade 20h

17 Sab

Grupo Emanuel (Reunião)Grupo de OraçãoReunião do CAECasamento ComunitárioReunião dos Ministros da Eucaristia

Salão São JoséSantuárioSantuárioSantuárioSalão São José

20h19h20h18h17h30

21 Qua Aniversário Natalício de Dom Odilo

23 Sex Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)Conselho de Pastoral e Conselho de Presbíteros

Salão São José MarelloSede da Região Ipiranga

7h às 10h9h às 11h30

24 Sab

Entrega da Cestas BásicasCatequese (Gincana Bíblica)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Grupo de Oração N. Sra. Fátima (Encontro)Novena de N.Sra. Aparecida (Capela)Grupo Emanuel (Encontro)

Salão São José MarelloEMEF GonzaguinhaSalão São JoséSantuárioSede da ComunidadeSalão São José

8h30 às 10h3014h às 17h17h18h19h30 às 21h3020h

25 DomNovena de N.Sra. Aparecida (Capela)Pastoral do Batismo (Celebração)Missa de envio da Festa de Santa Edwiges

Sede da ComunidadeSantuárioSantuário

10h16h18h30

26 Seg Novena de N.Sra. Aparecida (Capela) Sede da Comunidade 20h

27 Ter Novena de N.Sra. Aparecida (Capela) Sede da Comunidade 20h

28 Qua Novena de N.Sra. Aparecida (Capela) Sede da Comunidade 20h

29 Qui Novena de N.Sra. Aparecida (Capela) Sede da Comunidade 20h

30 SexEncontro de Secretárias Paroquiais (Espiritualidade)Presbitério- Setor AnchietaCPS- Setor AnchietaNovena de N.Sra. Aparecida (Capela)

Centro Sagrada FamíliaPar. São João ClímacoPar. São João Clímaco Sede da Comunidade

8h30 às 12h9h às 12h20h às 21h3020h

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cantinho da catequese 03santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

No dia 30 de julho os catequistas e au-xiliares reuniram-se para um momento de espiritualidade, entrega de material e acertos para o retorno das atividades.

O nosso muito obrigado aos que parti-ciparam e, a todos que fazem esse lindo trabalho de doação e entrega ao serviço do Reino. Que a Sagrada Família esteja

presente no lar de cada um!

Após um pequeno período de férias nossas crianças, auxi-liares e catequistas retornaram as atividades. As crianças da primeira etapa foram recebidas com muita alegria e entusiasmo. Puderam conhecer seus cole-

• Gincana Bíblica - dia 24 de setembro das 14h às 17h

AVISOS

REUNIÃO DE CATEQUISTAS E AUXILIARES PARA INÍCIO DE NOVA ETAPA

gas de sala, saber um pouco do dia a dia de cada um e estão sendo inserida a vida cristã por meio dos encon-tros e participação nas missas.

As turmas da se-gunda etapa também iniciam a sua cami-

nhada, agora mais próximo de receber Jesus vivo através da Eucaristia. Nessa reta final de preparação eles vivem in-tensamente a expectativa por esse gran-de momento na vida de cada um!

Nesse semestre recebemos a graça de aumentar o número de auxiliares na catequese, após receber o chamado de

Deus e aceitarem o desafio, de-cidiram seguir a caminhada de

evangelização co-nosco. Sejam muito bem-vindos! Vocês também são muito importantes e essên-cias na catequese, pois o futuro dessa jornada estará nas mãos de vocês.

Apresentações no mês das vocações

Nova Etapa

No mês de agosto em comemoração às Vocações, as crianças da Catequese pre-pararam uma apresentação para celebrar o dia do Padre, comemorado no primei-ro domingo do mês. Uma singela home-nagem para aqueles que nos levam para perto do Cristo e cumprem com amor e doação seu chamado. Com um teatro nar-rando a trajetória e renúncias de um pa-dre que aceitou deixar sua antiga vida por uma causa maior e que hoje faz parte da vida de todos nós e finalizado com a mú-sica do Padre Antônio Maria – Tributo aos Padres, dançada por dez meninos.

No segundo domingo de agosto, em comemoração ao dia dos pais, as crianças recitaram uma poesia em que agradeciam aos seus pais por toda a dedicação e amor a elas oferecidos e os comparavam com o exemplo do pai adotivo de Jesus, São José: “Obrigada por tudo que fez por mim, obrigada por tudo que você é, sou feliz por ter em casa um pai feito São José”, em seguida dançaram a música “Meu Pai, Meu Herói”, do CD José o Pai do Filho de Deus, em que Jesus agradece aos cuidados de São José.

Com muito esforço, determinação e doação, nossas crianças emocionaram as pessoas presentes, com um agradecimento especial aos nossos padres e aos pais, mo-vidas pelo amor de Deus. Parabéns a todos que tornaram possível esses momentos.

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04 liturgia santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

No mês de setembro recordamos na liturgia o mês da Bíblia, período que somos chamados a refletir com mais intensidade a Palavra de Deus. Pala-vra esta que pode produzir muitos fru-tos na nossa vida, como perdão, amor, reconciliação, conversão, fé, alegria e esperança, frutos que podem ser gera-dos através da Palavra de Deus quando ouço com os ouvidos atentos. Quando me coloco em atitude de acolhida de Deus na minha vida.

Na Igreja católica talvez já ouvimos falar da pastoral da acolhida. Um grupo de pessoas dispostas e voluntárias para acolher os irmãos e irmãs que vem a Igreja. Pessoas que facilitam o seu bem estar para que você possa fazer uma ex-periência de Deus no templo sagrado, na casa de Deus. Na verdade, na Igreja seria o lugar onde pudéssemos fazer a experiência do Cristo que vem e acolhe a todos sem distinção de cor, raça, cul-tura ou econômica. A acolhida de vocês deve ser como a acolhida de Jesus que acolhe a todos, como seria bom se ti-véssemos essa coragem.

Muitas vezes na Igreja sentimo-nos como pessoas estranhas, desconhe-cidas e ocultas por falta desse calor receptivo entre os irmãos católicos. Falo que a Igreja é a minha casa, é a minha família. Encontro pessoas que precisam de minha acolhida, do meu carinho, do meu amor, da minha aten-ção. Claro que a acolhida deve acon-tecer não somente dentro do ambiente religioso, mas em todas as dimensões da vida, em todos os lugares, como no trabalho, na família, no esporte, na ca-minhada que faço nos parques e ruas, na academia, na romaria que faço a outros lugares religiosos, etc.

Na liturgia, a pastoral da acolhida é o cartão postal para que as pessoas sin-tam o desejo de querer fazer parte desta comunidade, ela bem feita atrai, cativa e motiva para que o nosso laço de famí-lia seja alicerçada no amor maior que é Deus. Se olharmos para Jesus Cristo,

Acolhida nos aproxima a vivera irmandade na liturgia

vemos que Ele foi um verdadeiro aco-lhedor. Ele sabia ouvir, era prudente no falar, tinha muita calma e era atencioso nas necessidades das pessoas e sem fa-lar que era um verdadeiro curador de feridas. Pessoas que estavam totalmen-te no fundo do poço eram resgatadas somente pela acolhida e pela intensi-dade de amor dado por Jesus. Será que nós não deveríamos dar mais atenção as pessoas que estão ao nosso lado? Será conseguimos perceber as neces-sidades dos nossos irmãos que muitas vezes querem apenas conversar sobre as suas dificuldades? Acredito que pre-cisamos melhor muito nesta área. Para dificultar mais ainda, hoje as pessoas estão focando toda a sua atenção nas redes sociais, entre eles o facebook, whatsApp, instagram, Google, skype e o twitter, meios estes que mau usados nos faz esquecer da presença das pes-soas que estão ao meu lado. Isso porque não saiba fazer o bom uso do meio ele-trônico com equilíbrio.

Irmãos e irmãs devotos de Santa Edwiges, voltando ao assunto da aco-lhida, veremos que Jesus soube per-ceber as necessidades das pessoas no seu tempo. Você conhece a passagem do encontro de Jesus com Zaqueu, um homem baixinho e rico, que no primei-ro encontro com Jesus se converteu de seu atos pecaminosos, da ganância e roubos. O encontro de Jesus com uma mulher samaritana, uma mulher que encontro em Jesus a fonte da vida eter-na. O encontro de Jesus com Lázaro que já tinha morrido há quatro dias e, Jesus lhe dá novamente a vida. E assim, na Bíblia encontramos gestos concretos de Jesus para acolher e resgatar as pes-soas para o seu reino de amor.

Na missa a pastoral da acolhida parte da seguinte certeza, “Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou” (Mt 10,40). É muito sério na Bíblia o valor da acolhida que eles davam aos peregrinos, aos visitantes. Acolhiam com tanto amor às pessoas

que chegavam a lavar os pés, davam da melhor comida que tinham, matavam o animal cevado e colocavam nos me-lhores lugares em suas casas. Era como se tivessem acolhendo o próprio Deus em suas casas. Sem contar o amor e carinho que tinham para servir. Gestos estes que precisamos resgatar nas nos-sas igrejas e nas pastorais, o desejo de servir com amor aos nossos irmãos.

Um exemplo vivo de Cristo acolhe-dor, podemos encontrar na pessoa do nosso Papa querido, recordemos de sua recente visita ao Brasil o Papa Francisco disse: “Não nos fechemos à novidade que Deus quer trazer à nos-sa vida! Não há situações que Deus não possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrimos a Ele”. Mais recentemente ele citou as profundas e lindas palavras de um dos seus antecessores, o Papa Paulo Vl: “Para a Igreja Católica ninguém é estranho, ninguém está excluído, ninguém está longe. Nós somos efeti-vamente uma só família humana que, na multiplicidade das suas diferenças, caminha para a unidade, valorizando a solidariedade e o diálogo entre os povos”. Não há dúvida de que o Papa quer as comunidades cristãs, sendo comunidades de verdadeiro acolhi-mento, comunhão e escuta. Nas pala-vras dele “quem se aproxima da Igre-ja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé”.

Pra mim este papa é verdadeiramente um profeta em nossos tempos de indivi-dualismo, de hedonismo, de depressão, e tantas outras formas de fechamento neste mundo. O papa Francisco nos convida a ser, voz da Igreja, que possa-mos nos aproximar das pessoas, com o coração alegre e aberto para acolher as suas necessidades reais.

O convite de todos os católicos é aco-lher a todos com alegria, com amizade e simpatia. Nunca criticar a alguém por ter ficado algum tempo sem aparecer na Igreja, mas acolher a todos como aque-

le pai que acolheu o seu Filho pródigo no seu retorno a casa.

Aos que se sentirem chamados a fazer esta experiência de acolhida fra-terna, deverá dar atenção especial aos nossos irmãos idosos, aos enfermos, as grávidas e aos portadores de deficiên-cia, procurando providenciar um lugar adequado a eles. Não nos esquecermos das crianças demonstrando amor espe-cial e carinho, pois Jesus ama profun-damente as crianças. Cabe a nós adul-tos, pais, padres, ministros e amigos ensiná-las para que se apaixonem pelo nosso Senhor Jesus.

Para que possamos ser acolhedo-res em todos os sentidos, acredito que precisamos nos disciplinar em alguns pontos que dificultam o nosso relacio-namento fraterno. Por exemplo, somos chamados a nos esforçarmos para evi-tar à fofoca, a timidez, a falta de inte-resse, cuidar para não ficar especulando a vida alheia. Evitar para acolher: bai-xa alta estima, autoritarismo e indivi-dualismo. Se conseguirmos olhar para Jesus e perceber que ele acolhia com amor, talvez a nossa Igreja seja mais fraterna e amorosa com todos.

Estamos nos aproximando da festa de Santa Edwiges, procuremos abrir o nosso coração para acolhermos prin-cipalmente aqueles que fazem parte do nosso convívio com amor e ale-gria. Sorria sempre, tenha entusiasmo pela vida. Viva como se fosse o seu último dia. Cuidado com a ganância e as ilusões deste mundo, invista a sua vida nas coisas de Deus. Deus te abençoe e seja sempre bem vindo ao nosso Santuário.

Desejo muitas felicidades amigo lei-tor e devoto de Santa Edwiges, e pela intercessão dela a minha bênção. Deus abençoe você. Amém

Pe. Valdinei N. Pini, OSJVigário Paroquial

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05palavra do bisposantuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

A ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

Neste mês de agosto, celebramos a solenidade da “Assunção da Bem--Aventurada Virgem Maria”. Na li-turgia desta sole-nidade mariana é proclamado, duran-te a leitura do evan-gelho, o Cântico do Magnificat (cf. Lc1, 39-56). Este cântico inicia com a palavra “Magnificat”: a mi-nha alma engrande-ce o Senhor, ou seja, ‘proclama grande’ o Senhor. Maria de-seja que Deus seja grande no mundo, seja grande na sua vida, esteja presente entre todos nós. Não

teme que Deus possa ser um ‘concorrente’ na nossa vida, que nos possa tirar algo de nosso espaço vital com a sua grandeza. Ela sabe que, se Deus é grande, também nós so-mos grandes. A nossa vida não é oprimida, mas elevada e alarga-da com a gran-deza de Deus.

O pecado é justamente co-locar Deus de lado, não ofere-cer espaço para ele em nossas vidas. E isso ocorre quan-do deixamos de lado os seus mandamentos. To r n a m o - n o s autônomos, fa-

zendo o que queremos de nós. Este também era o pensamento do filho

pródigo (cf. Lc 15, 11-32), o qual não entendeu que, precisamente pelo fato de estar na casa do pai, era livre. Foi--se embora para cidades longínquas e consumiu o patrimônio da sua vida. No final compreendeu que, justamen-te por ter se distanciado do pai, em vez de ser livre, tornou-se escravo; entendeu que somente retornando à casa do pai poderia ser livre verda-deiramente.

Prossegue a Virgem Maria: “Do-ravante todas as gerações me cha-marão bem-aventurada (...)” (Lc 1, 48b). Isto quer dizer que o futuro pertence a Deus, e que Deus vence o mal, e a Virgem Maria participa da vitória divina. Deus vence o dragão, forte, do qual fala o Livro do Apo-calipse (cf. Ap 11, 19; 12, 1-10), o dragão que é a representação de to-dos os poderes da violência do mun-do. Parecem invencíveis, mas Maria nos diz que não são invencíveis. A mulher é mais forte que o dragão porque está unida a Deus: é a cheia de graça (cf. Lc 1, 28). Em confron-to com o dragão, esta mulher que é figura de Maria, aparece indefesa, vulnerável. E realmente Deus é vul-nerável no mundo, porque é amor e o amor é vulnerável. Mas Deus

Dom José RobertoBispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

tem o futuro em suas mãos; vence o amor e não o ódio.

Enfim, a Virgem Maria é elevada em corpo e alma à glória do céu e em Deus é rainha do céu e da terra. Porventura, está distante de nós? É verdadeiro o contrário. Precisamen-te porque está com Deus e em Deus, está muito perto de cada um de nós. Quando estava na terra podia somen-te estar perto de algumas pessoas. Es-tando em Deus, que está próximo de nós, que está no interior de todos nós, Maria participa nesta aproximação de Deus. Estando em Deus e com Deus, está perto de cada um de nós, conhe-ce o nosso coração, pode ouvir as nossas orações, pode ajudar-nos com sua bondade materna. Ela escuta-nos sempre, está sempre perto, e sendo “Mãe do Filho de Deus”, participa no poder do Filho, na sua bondade. Podemos confiar sempre toda nossa vida a esta Mãe, que não está longe de nós. Por isso, supliquemos todos os dias com confiança filial: “Virgem Maria, assunta ao céu, rogai por nós”!

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06 palavra do pároco-reitor santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

Caros leitores do Jornal Santa Edwiges e demais que se encontrar com esta reflexão por ai, onde quer que seja o local, a paz e o amor da parte de Cristo esteja com você.

Mês de setembro é para o Brasil um mês muito bo-nito, é o período do início da estação da primavera, onde começam as chuvas, os agricultores a efetuar os plantios, as flores se enchem de suas mais variadas espécies e seus coloridos, onde houve um rigoroso in-verno as vegetações se renovam e ganham uma nova coloração os campos, os montes e as colinas, enchen-do de vida os espaços do nosso mundo.

Além das belezas naturais, esse mês é o mês da “Bíblia”, um tempo temático para que cada Cris-tão possa estar estabelecendo para si uma recor-dação mais ampla e de cuidado com a presença da Palavra de Deus na vida pessoal. Essa Palavra, que não é só o livro que tem uma função de bi-blioteca, mais a Bíblia, Livro, conjunto de Livros, tem a mais, tem em si a dimensão de “Escritura”, “Livro Sagrado”, ou seja, um livro que perpassa

AMOR, MISERICÓRDIA!

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

uma coleção de literatura, um conjunto de histó-ria, um livro de contos, este trás a Vida do Povo de Israel, como Povo Eleito, deste o qual se tornou herdeiro Jesus Cristo, e se completa com a vida das Primeiras Comunidades Cristãs, dos Apósto-los, esta, como História da Salvação para os que creem em Deus e esperam no Cristo a Redenção com a ajuda do Espírito Santo.

Acampados no tempo presente do mês de setem-bro, na beleza primaveril, a escuta da Sagrada Es-critura, nós chegamos ao que Deus de fato se faz, “Amor”, na expressão de João na Primeira Carta, ca-pítulo quatro versículo oito (1Jo 4,8) “Deus é Amor, e quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele”, essa dimensão é a grandeza da ternura de um Deus que amou, ama e amará a humanidade que Ele espera a sua redenção.

Esse ano a Igreja nos propõe esta graça da Misericórdia, recordando da grande ternura de Deus, no “Rosto de Cristo a Misericórdia do Pai”, da carta dos Efésios, “O Pai rico em mise-ricórdia” (Ef 2,4), este rosto que Jesus revela a

Felipe, “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,9), rosto de Deus manifestado na história da Salvação, no Êxodo, “Deus misericordioso e clemente, pa-ciente, rico em bondade e fiel” (Ex 34,6), uma ternura que nos abraça, acalenta e nos enche de ternura. Deus faz tudo para nós e nos espera em seu abraço de Pai, o que nos diz no evangelho, “Sede misericordiosos como o vosso Pai é mise-ricordioso” (Lc 6,36).

Que a Palavra de Deus neste mês nos desperte a olhar para Deus, que não condena, não exclui, aco-lhe a todos, perdoa a todos, e dá a quem nele procura a grande ternura de um amor maior, um amor, com a vida e com todo o esplendor e majestade divina.

Que a Bíblia esteja em sua casa como fonte da Ternura de Deus, amor misericórdia.

O Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima III, convida a comunidade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwigtes, todos os sábados às 19h.

Venha Participar!

Convite

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes reve-lar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcan-çar, rezando o Santo Rosário. Ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos. Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai todas as almas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Nossa Senhora de Fátima, Rogai por nós!

Oração a Nossa Senhora de Fátima

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07santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016 especial

Batismo 31 de Julho de 2016

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

1. Sergio Siqueira Neto2. Erik Emanuel de Sousa Oliveira3. Rihanna Bernardino da Rocha4. Nicolly Santos5. Davi Luca S. Freire (Consagração)6. Ana Sophia Dias Rocha7. Maysa Reis Brito8. Manuela dos Santos Tavares9. José William da Rocha Soares

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notícias08 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

No sábado, 30 de julho, os coor-denadores das Pastorais Sociais re-gional e Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidio-cese de São Paulo, na Região Epis-copal Ipiranga, se reuniram para um bate-papo que teve como pauta como integrar as pastorais e juntos realizar trabalhos dentro de nossa Região Episcopal.

Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ, pároco da Paróquia Santuário Santa Edwiges e padre assessor da Pastoral Social regional, con-duziram a reunião com um texto que falava um pouco do início das pastorais sociais, seus trabalhos e sua grande importância na vida pastoral da igreja.

Durante a reunião foram desta-cados traços comuns e importan-tes que estão presentes nas pasto-rais sociais, como a sensibilidade que traz consigo um coração aber-to a todo tipo de sofrimento, seja

Pastorais Sociais se mobilizam para um trabalho em conjunto dentro da Região Ipiranga

ele individual ou coletivo, presen-tes nos setores e categorias de ex-clusão social, a solidariedade que concretiza-se na mão estendida às situações de emergência, carên-cia, extrema pobreza e fome, e a espiritualidade que é a fonte de sustento da caminhada, onde por meio desta mística, os agentes das pastorais sociais se deixam ser to-cados pelo clamor dos empobreci-dos, e pelo chamado de Deus.

Pe. Paulo reiterou a importância de desenvolver uma nova intera-ção entre as pastorais para que as-sim possam melhor desenvolver os trabalhos dentro da Região Ipi-ranga, mas ele não ressaltou só os trabalhos sociais, é preciso devol-ver também atividades no âmbito cristão pastoral.

Recentemente as Pastorais Sociais tem se mobilizado para retomar o incentivo das paróquias a aderi-rem está pastoral. “Nós precisamos enquanto igreja católica trabalhar

nossa doutrina, ressaltar aquilo que cremos e por que cremos, devemos desenvolver uma solidez em nossa vida de fé. E as pastorais sociais devem se basear nesta solidez, para que assim possam levar esta clareza de fé, aos atendidos das pasto-rais sociais” disse padre Paulo e ressaltou “ essas pastorais são, mais do que nunca, de extrema importância no momento de crise que vivemos atu-almente, para dar assis-tência aos mais são atin-gidos. Mas do que uma pastoral, somos uma rede de serviços, e podemos direcionar e melhor tra-balhar se estivermos jun-tos, fortalecendo vínculos dentro de nossa Região”.

Fonte: http://www.arquisp.org.br/regiaoipiranga/noticias

A imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano de 1717. Portanto, em 2017 a apa-rição da imagem completará 300 anos.

Em comemoração à data, o Santu-ário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional e obras de fé que vão nos preparar para o grandioso tricentenário.

Em comemoração a esse tricen-tenário, imagens peregrinas foram enviadas a diversas Arquidioceses,

Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida no Santuário Santa Edwiges

para que ela ficasse um tempo em cada Pa-róquia. No dia 10 de julho, o Pe. Paulo Sie-beneichler foi buscar a Imagem de Nossa Senhora Aparecida na Paróquia Santa Pau-línia, a imagem permaneceu no Santuário Santa Edwiges até o dia 17 de julho.

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notícias 09santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19:45h

VENHA PARTICIPAR CONOS-CO E TRAGA SUA FAMÍLIA!

“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O

OLHAR DE MARIA.”

No mês de Agosto, a Obra Social Santa Edwiges recebeu em suas unida-des CCA Santa Edwiges e CCA Casa da Criança Santa Ângela o Projeto Ci-nema Petrobras em Movimento.

O Projeto organiza exibições de fil-mes gratuitos de produções brasileiras.

Na segunda-feira 08/08 o CCA Casa da Criança Santa Ângela junto com o projeto realizou suas sessões de cine-ma nos períodos manhã e tarde dentro de sua programação diária.

Na quarta-feira 10/08 o CCA Santa Edwiges foi contemplado nos períodos manhã e tarde dentro de sua programa-ção diária.

Nas duas unidades foi apresentado o filme O Segredo dos Diamantes, que retrata uma história de magia, segre-dos, encantos, conquistas e principal-mente amizade.

As crianças e adolescentes dos CCAs se envolveram tanto com a história que

Projeto Cinema Petrobras em Movimento nas Obras Sociais de Santa Edwiges

Obra Social Santa Edwiges

passaram a serem protagonistas do filme, a cada expectativa de uma nova ação seus olhos bri-lhavam a espera do que vinha acontecer, foi um dia especial a todos eles, com pipoca e suco, uma verídica sessão de cinema.

O Projeto Cinema Petrobras em Movimento promoveu as nossas crianças e adolescentes, enriquecimento cultural e lazer.

Em nome das 450 crianças e adolescentes atendidas pelas unidades e toda a equipe de colaboradores agradecemos a presença do Projeto Cinema Petrobras em Movimento por proporcionar um dia tão incrí-vel na vida de todos. O nosso muito OBRIGADO.

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juventude10 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

Continuando nossa caminhada pela história do CJV, o ano de 2010 foi marcado pela 2ª Jornada da Ju-ventude que aconteceu na cidade de Ourinhos e contou com a parti-cipação de aproximadamente 500 pessoas. Foi neste ano também que houve o anúncio da primeira troca de assessoria do CJV, bem como a contratação de uma secretária para a casa.

Sendo assim, em 2011 deu-se início a um período de transições e adaptações e optou-se por não realizar eventos a nível provincial. Enquanto isso, a equipe provincial projetava, em sua reunião anual em Apucarana, novos meios de traba-lhar com as juventudes nas bases.

Já em 2012, ocorreu mais uma troca de assessoria. Saindo o padre Devanil, o Serviço de Animação Vocacional ficou a cargo do recém ordenado, padre Marcelo Ocanha e a Pastoral Juvenil com Bennelson à frente. Diversas reuniões provinciais e de reformulação da equipe da casa foram acontecendo, a fim de estrutu-rar novamente os trabalhos e ativida-des. Por isso, foi realizado em Ouri-nhos a 1ª Vivência Marelliana, para que os jovens pudessem adquirir maior conhecimento da pessoa e da espiritualidade de São José Marello. Ainda neste ano houve a Assembleia Anual da PJJM em Curitiba, sendo debatidos os assuntos mais pertinen-tes à nossa juventude.

O ano de 2013 foi de certa forma, atípico. Todas as atenções e ativida-des dos grupos estavam voltadas a realização da Jornada Mundial da Juventude que aconteceria no Rio de Janeiro. Além da presença dos 3 milhões de jovens de todas as par-tes do mundo, tratava-se do famoso encontro com o Papa (primeira vi-sita oficial do Papa Francisco fora de Roma). Aproveitando este clima de preparação para a JMJ e a vinda

SEGUNDA PARTE DA NOSSA HISTÓRIA – 2010 A 2013

Assembleia JJM 2011

Encontro dos Juniores no Centro Juvenil Vocacional

da juventude Marelliana de outros países, realizamos o Encontro In-ternacional da Juventude Josefino--Marelliana em São Paulo. Um final de semana de muito intercâmbio, danças, música e animação dos jo-vens josefinos.

Ainda em 2013, houve tempo para realizar a Primeira Missão Jo-vem da pastoral, na cidade de Pore-catu-Pr. Enquanto isso, em Londri-na, a equipe do CJV iniciava todos os preparativos para a realização da Primeira Liga Marelliana....

Aconteceu entre os dias 24 a 28 de julho na cidade de Londrina, nas dependências do Centro Juve-nil Vocacional o encontro para os juniores da nossa Congregação.

Freis e Irmãos passaram uma sema-na de convivência, oração e forma-ção humana com a assessoria do Pe. Bennelson e com o apoio de todos os voluntários e Padres da Comunidade de Londrina. Os temas desenvolvi-dos foram sobre autoconhecimento, autoestima, maturidade e vida de co-

munidade. Contamos com o apoio do nosso Provincial Padre Neto e do Formador da Casa de Formação de São Paulo, Pe. Hilton. Rezemos pelos nossos freis e irmãos da nossa Congregação.

Jornada da Juventude

Yuri Rosa Mendes

Jornada da Juventude

Convivência Encontro com �éis

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Estamos no mês dedicado à Sagra-da Escritura, para que a Palavra se faça vida em nosso meio nós preci-samos colocar em prática com nossa própria vida e exemplo. Cada fiel ba-tizado é agente transformador da vida e da realidade onde vive e, portanto missionário da Boa Nova de Jesus Cristo; não obstante nossas fragilida-des e crises humanas, ser missionário levando o exemplo do Senhor no seu proceder. Na dinâmica vocacional não é diferente o processo e a forma de se viver o chamado que Deus faz a cada um. Na verdade somos todos convidados a responder esse chama-do de forma coerente e vivencial na escuta diária da Palavra.

Dando sequência aos modelos de vocação, nesse mês chamo a atenção para a vida de Agnes Gonxha Boja-xhiu, nascida numa família católica da comunidade albanesa do sul da antiga Iugoslávia; estou falando de Santa Teresa de Calcutá.

Determinada a seguir sua vocação religiosa, Agnes ingressou na Con-gregação das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, em Dublin- Irlanda. De lá partiu para a cidade de Darjeeling, na Índia, onde as irmãs de Loreto tinham

vocações11santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

SANTA TEREZA DE CALCUTÁ

um colégio. Lá fez noviciado e final-mente fez os votos de obediência, pobreza e castidade, tomando o nome de Teresa. De Darjeeling, Teresa par-tiu para Calcutá, onde viveu como religiosa e foi professora de história e geografia no Colégio Santa Maria, único colégio católico para meninas ricas da cidade de Calcutá. O contras-te com a pobreza à sua volta era mui-to grande. Em maio de 1937, Teresa fez a profissão perpétua.

No ano de 1946, numa viagem de trem, Teresa ouviu um chamado inte-rior que a movimentou a fazer uma experiência de Deus fora do convento de Loreto, em Calcutá, e passar a vi-ver entre os pobres. Em 1948, auto-rizada pelo Papa Pio XII, Teresa foi viver com aqueles que Deus mandava para fazer a sua obra crescer.

Teresa assumiu um projeto novo em sua vida de consagração e tam-bém um novo hábito para sua nova forma de servir a Deus, usava ago-ra um traje indiano, um sári branco com debruns azuis e uma pequena cruz no ombro. Pedindo ajuda nas ruas, auxiliava pobres, doentes e famintos. Pouco a pouco, foi anga-riando adeptas para sua causa entre

as antigas alunas. Em 1950, fundou uma congregação de religiosas chamada de Missio-nárias da Caridade.

Irmã Teresa levou sua Con-gregação religiosa por toda a Índia e, depois, no exterior. Seu trabalho era levar o amor de Je-sus aos mais necessitados, levar o alento para os feridos, levar a Palavra de Deus viva onde mais necessitava e por isso ob-teve grande repercussão. Em 1979, Madre Teresa recebeu o prêmio Nobel da Paz, pelos ser-viços prestados à humanidade.

Depois de dedicar toda uma vida aos pobres, Santa Teresa de Calcutá morreu aos 87 anos, de parada car-díaca. Em outubro de 2003 foi be-atificada pelo Papa João Paulo II e canonizada pelo Papa Francisco no dia 04 de setembro desse ano.

Caro amigo leitor, façamos nossas preces pela intercessão dessa mulher que respondeu ao chamado de Deus e para que o Senhor possa enviar maicutás mulheres vocacionadas a Servir a Jesus Cristo na Congrega-ção das Irmãs Missionárias da Cari-dade. Rezemos pelas Vocações!

Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!

Acesse e visite: http://missionarias-dacaridade.blogspot.com.br

Pe. José Antonio Vieira Ferreira, OSJAnimador Vocacional dos Oblatos de São José

Centros Vocacionaisdos OSJ:

1 – Centro Juvenil Vocacio-nal

Rua  Darcírio Egger, nº. 568 - Shangri-lá 

CEP 86070 070 - Londrina-PR Fone: (43) 3327 0123 

email: savosjose�[email protected] 2 - Escola Apostólica de Ourinhos

Rua Amazonas, nº. 1119, CEP: 19911 722, Ourinhos-SP

Fone: (14) 3335 [email protected]

3 - Juniorato Pe. Pedro MagnoneRua Marechal Pimentel, 24,

CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SP

Fone: (11)2272- 4475

4 – Irmãs Oblatas de São José Rua José Paiva Cavalcante, 750 -

Conj. LindóiaCEP 86031-080 / Londrina-PR -

Fone: (43) 3339.0876 [email protected]

VENHA NOS VISITAR

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Este ano as Missões Josefinas acon-teceram no Município de Colniza- MT de 16 a 24 de julho, contando com um grupo de 46 pessoas e com a presença do Pe. Paulo Siebeneichler. Eles receberam o convite de evangelizar os domicílios, comércios, serviços públicos e outros lo-cais que abriram as portas para receber oração e anúncio da Palavra de Deus.

Confira algumas fotos dessa missão.

MISSÕES JOSEFINAS 2016

missões12 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

CREDENCIADA – BONA e SINTEKO

ARCIA RASPADOR

Ademir

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Miguel, Gabriel e Rafael amigos, prote-tores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Es-pírito Santo, herdou do Antigo Testamen-to a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro, pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.

São MiguelO nome do Arcanjo Miguel possui um

revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel cha-ma São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testa-mento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vin-

À noite a muito tinha chegado. Uma garoa fininha molhava meu corpo, fazendo com que eu tremesse de frio, mesmo estando abraçada ao meu companheiro. Uníamos nosso frio na esperança de nos aquecer-mos. Como se possível fosse.

Lá pelas tantas, um barulho en-surdecedor fez com que assustados, corrêssemos sem saber para que lado ir. Ouvimos risadas vindas de um carro, que em velocidade um tanto exagerada, contornava a praça onde estávamos. Bombas eram jogadas em nossa direção. Não sei se para nos assustar, ou para nos machucar. Difícil saber.

Tremíamos de frio e de medo, atin-gidos pela má educação, pela insen-satez de seres humanos que não nos viam como tal. Fomos machucados moral e fisicamente, por indivíduos que se divertiam em nos menospre-zar. Mas fazer o que, não é? A nossa casa era a rua, e a rua a todos per-tence. Não tínhamos nem a quem reclamar. Nossas palavras eram jo-gadas ao vento, que as levava para bem longe, tão longe, que ninguém as ouvia.

Nossos poucos pertences foram chutados e depois queimados. Por quem? Talvez por alguém que tives-se muito mais do que nós, alguém a quem nada faltasse, a não ser amor ao próximo, e que não controlasse a impulsividade e a intolerância para com o diferente.

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

da do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores tam-bém. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalip-se 12,7-8)

São GabrielO nome deste Arcan-

jo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, sig-nifica “Força de Deus” ou “Deus é a minha pro-teção”. É muito conheci-do devido a sua singular missão de mensageiro,

uma vez que foi ele quem anunciou o nas-cimento de João Batista e, principalmen-te, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Ma-ria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evange-lho como se deu a Encarnação.

São RafaelUm dos sete espíritos que assistem ao

Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acom-panhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé dian-te dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

É a vidaMensagem especial

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

Quando tudo acabou, e o silên-cio da madrugada voltou a reinar, nosso sono ti-nha ido embora, deixando em seu lugar um senti-mento de inade-quação ao mundo do qual fomos excluídos, do qual nos excluí-mos. Passamos a

nos sentir não mais pertencentes ao mundo do outro. Tínhamos o nosso, embora fosse de vulnerabilidade e risco, sujeitos à violência urbana, era nosso mundo.

Nossa visibilidade incomodava a quem não entendia o nosso senso de liberdade sem conforto, o poder dormir a qualquer hora, em qualquer lugar, o ir e vir sem ter que dar expli-cação a ninguém.

Quantas vezes fomos tirados de onde estávamos, em nome da limpe-za social, sem alternativa alguma, a não ser ir para lugar nenhum. A dis-criminação é muito grande.

Até casa que era minha, e que dei-xei um dia, nem mais sei aonde é. Penso que minha família não sabe de minha situação de vida nas ruas, pois a muito me livrei das amarras que me prendiam a ela, rompi nossos vínculos afetivos.

Às vezes sinto saudade de minha mãe, mas depois de tanto tempo, penso ser melhor não voltar para ela. Nenhum de nós é o mesmo, depois de tantas voltas da vida. Melhor que não saiba de mim, que tudo fique no passado, enquanto vivo a vida que tracei para mim...

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nossa própria vida, do conhecimento que temos, a partir da nossa experiên-cia que temos com o Senhor.

Diz o ditado: se conselho fosse bom ninguém daria. Por outro lado a expe-riência comprova quanta coisa errada deixaríamos de fazer se tivéssemos um bom conselheiro ao nosso lado. Conselho é um dom do Espírito Santo. Por isso, quem desejar aconselhar bem e ter um bom conselho deve, primei-ramente, estar em sintonia com Deus, pois não se trata de dar opiniões pesso-ais, mas de aconselhar bem a quem ne-cessita de um guia. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Por conselhos desprovidos da luz de Deus muitas amizades foram desfeitas, casamentos destruídos e guerras iniciadas.

Pe. Mário Briatore, missionário e educador dos pobres. A vida do missionário é evangelizar. É, à luz da Palavra de Deus, instruir para o bem, é orientar para a vida, é acon-selhar diante das incertezas da vida.

Na prepara-ção ao cen-tenário da missão dos Oblatos de São José no Brasil, va-mos conhe-cer hoje Pe. B r i a t o r e . Padre Má-rio entrou

ainda adolescente no seminário e após poucos anos de ordenado dei-xou sua terra natal, a Itália e em 1948 veio trabalhar no Brasil. Em Salto Grande- SP, fundou uma Escola. Em 1951 foi transferido para a Bolívia e lá fundou a Escola São José ofe-recendo instrução às crianças e aos jovens carentes das comunidades nativas. Em 1960 retornou ao Brasil indo trabalhar em Apucarana, depois em Londrina e Curitiba. Em 1972 foi transferido para o Peru onde, em Huaraz fundou uma Escola de Api-cultura, uma Escola de Artesanato

osj14 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

OS OBLATOS DE SÃO JOSÉ E AS OBRAS DE MISERICÓRDIAENSINAR OS QUE NÃO SABEM E DAR BONS CONSELHOS AOS QUE NECESSITAM

As obras de misericórdia espiritu-ais são sete: ensinar os ignorantes, dar bom conselho, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo e rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

No artigo deste mês vamos recordar a 1ª e 2ª obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos aos que necessitam e ensinar os que não sabem. Vamos re-cordar também um grande missionário josefino: Pe. Mário Briatore.

“Ensinar os que não sabem”. A ignorância, seja da fé ou da educação em geral, constitui-se sempre um mal. Instruir não é simplesmente transmi-tir conhecimentos, é também corrigir os que erram, ensinar os valores do Evangelho, formar na doutrina e nos bons costumes éticos e morais.

Evangelizar é também instruir para a verdade, a luz que vem de Jesus Cristo.

Que obra maravilhosa essa, ser educador, desenvolver a missão de transmitir conhecimentos, mas prin-cipalmente, ensinar a amar e defender a vida. Mas, como disse São José Ma-rello a seus missionários é necessário educar a mente, mas também o cora-ção das pessoas.

Cada pessoa tem sua hora de encon-trar a “verdade”. É a partir disto que nasce a missão de instruir da Igreja, dos pais, dos professores, dos cate-quistas e de todos nós.

“Dar conselhos a quem dele neces-sita”. Na vida nos apresenta muitos caminhos. Qual deles seguir? Quem nunca experimentou a dúvida? Acon-selhar os duvidosos. Não consiste em decidir pelo outro, mas sim em ajudá--lo a compreender seu real problema e, por si mesmo, chegar a uma solução para sua dúvida. O conselho parte de

e em Pomabamba uma Escola Ma-terna e uma Escola de Carpintaria. Retornou ao Brasil novamente em 1988, onde trabalhou em Ourinhos e em São Paulo na Paróquia Santa Edwiges, no oeste e na capital do Paraná. Em 2002 retornou a Itália indo morar na casa de repouso da Congregação em Asti e faleceu em 12 de março de 2003, com 87 anos.

vP. Mário deixou um grande vazio pelo seu testemunho de religioso e sa-cerdote vivido no estilo josefino ma-relliano. Teve um grande amor pelos pobres do Brasil, Bolívia e Peru. Dei-xou boas recordações entre os jovens e seminaristas pela dedicação na dire-ção espiritual e pela sua jovialidade. Missionário que educou e aconselhou com grande bondade pelas comunida-des por onde passou.

Pe. Antonio Ramos de Moura NetoOSJ - Superior Provincial

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especial 15santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2016

O Profeta Jeremias: história, paixão e teologia

Sete personagens têm este nome no Antigo Testa-mento. O “nosso” Jeremias, um profeta, nasceu por volta de 650 a.C. em Anatot de família sacerdotal, sen-do seu pai um tal Helcias. Provavelmente este Helcias era descendente de Abiatar que nos tempos de Salo-mão havia sido exilado naquela aldeia como se lê em 1 Reis 2,26ss.

Jeremias, o profeta, anunciou quase que exclusiva-mente em Jerusalém por mais de quarenta anos, tendo sempre dificuldades em vivenciar sua missão. Quando chegou Nabcodonosor para dominar Jerusalém, na se-gunda e decisiva destruição babilônica, Jeremias foi levado por um grupo de resistência para o Egito onde morreu, segundo algumas tradições judaicas, como mártir.

Sobre Jeremias a informações são fartas, pois ele é um profeta famoso e conhecido, com uma mensa-gem marcante por três motivos principais. [1] Jere-mias anuncia a catástrofe iminente para Jerusalém e testemunha o fato, sofrendo grandemente por isto. [2] Jeremias inicia seu ministério profético ainda novo, testemunhando três tempos históricos distintos em Judá: a reforma Deuteronomista promovida por Jo-sias, o desvio da reforma e despotismo dos sucessores do rei Josias, a invasão, destruição e deportação para Babilônia e o fim de Jerusalém e de Judá. [3] Jeremias é um apaixonado pela sua missão, mas é também um homem com grandes conflitos interiores por causa da mesma missão.

O anúncio de Jeremias. O Profeta Jeremias afirma que foi escolhido desde muito cedo, desde o ventre materno, como se lê em 1,4–10: A palavra do Senhor me foi dirigida nos seguintes termos: “Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações.” Mas eu disse: “Ah! Senhor Deus, eis que eu não sei falar, porque sou ainda uma criança!” Mas o Senhor me disse: “Não digas: ‘Eu sou ainda uma criança!’ Porque a quem eu te enviar, irás, e o que eu te ordenar, falarás. Não temas diante deles, porque eu estou contigo para te salvar, orácu-lo do Senhor.” Então o Senhor estendeu a sua mão e tocou-me a boca. E o Senhor me disse: “Eis que ponho as minhas palavras em tua boca.” Esta passagem indi-ca a escolha original que Deus faz deste personagem: ele deverá ser um profeta, um anunciador da Palavra de Deus, ainda que esta palavra não seja agradável, favorável, simpática. Assim é que Jeremias irá profe-tizar, às vezes com decisão, às vezes até com revolta. Mas ele vai em frente, sempre.

As circunstâncias históricas. O tempo de Jeremias foi complexo, difícil. Vamos tentar entender: O reina-

do de Manassés, rei de Judá, durou 55 anos, até 642, marcado por uma crescente e insuportável violência, injustiça e desprezo pelos valores religiosos e huma-nos. A ele sucedeu Amon (642–640), rei sem grande expressão. Com a morte de Amon surge no cenário seu filho, o pequeno Josias, em 640, com apenas oito anos (2 Reis 22,1), que irá governar por muito tempo, sen-do apoiado pelo chamado “povo da terra” (21,24), que parece ser um grupo religioso ligado à agricultura ou um núcleo de resistência com algum recurso e força econômica ou produtiva.

Enquanto isso, Assurbanipal governa a Assíria entre 633 e 627 em uma situação de fragilidade e decadên-cia. Foi fácil para as potencias vizinhas erguerem-se, especialmente o Egito, que anos antes estava em declí-nio. O Egito vai subindo, do sul em direção ao norte, passando pelo reino de Judá. A Babilônia e alguns alia-dos conquistam aos poucos as terras na parte norte de Judá, primeiro Harã em 610 e depois Assur em 612. Os textos de 2 Reis 23,4–24 e 2 Crônicas 34—35 relatam este período.

A reforma deuteronomista. Neste período aconte-ce um fato importante. Havia um certo clima de refor-ma nos costumes, certamente proposto pelo chamado “povo da terra”. Josias, que era apoiado e educado por este grupo, acreditava nisto. O Templo de Jerusalém era um ambiente importante para a nação e passava também por uma reforma e, durante ela, foi encontra-do um livro que trazia a Lei de Moisés. Os estudiosos supõem que este livro seja a parte principal do que nas nossas Bíblias é o livro do Deuteronômio, entre os capítulos 12 e 32, provavelmente. Este livro pode ter sido realmente escondido há um século antes, no Templo. Pode ter sido um texto vindo do antigo rei-no de Israel, no norte, quando ele foi destruído pelos assírios. Pode também ter sido colocado de propósito pelos que desejavam não apenas uma reforma física, mas uma reforma moral e religiosa. Encontrado assim, de modo tão surpreendente, seria interpretado como vontade de Deus.

O livro foi lido para o rei Josias que pediu que todo o povo também o ouvisse. Isto gerou, conforme 2 Reis 23 e 24, uma comoção nacional, um desejo de mudança. Foi iniciada uma reforma religiosa e moral, com Josias encabeçando tudo. Mas foi uma reforma de cima para baixo, sem a participação geral da popu-lação, e isso dificultou muito o processo. Talvez por isso o Profeta Jeremias não mencione com convicção e aprovação esta reforma, pois ela era imposta, até de modo brutal.

A morte de Josias e a destruição da nação. Josias que subiu ao trono em 640, foi morto pelo exército do

faraó Necao na batalha de Meguido em 609, como se lê em 2 Reis 23,29s. Sua morte talvez seja a evidência de que ele confiou demais em si mesmo. O “povo da terra”, judaítas que apoiavam o rei, apressam-se para nomear seu filho Joacaz que permaneceu no trono poucos meses do ano 609, sendo destituído pelo ou faraó que nomeou Eliacim e, demonstrado domínio sobre o escolhido, trocou seu nome para Joaquim. Ele permaneceu no poder de 609 a 598.

Também em 609 morre Nabopalasar, rei de Babi-lônia, que foi sucedido por Nabucodonosor. Este em-preende grandes campanhas de conquista dominando o Egito. Joaquim, que era vassalo do faraó, deveria ser vassalo de Nabucodonosor, mas foi substituído por Je-conias (ou Jeeconias) ou Joaquin (assim mesmo, com a letra “n” final) que permaneceu no poder apenas en-tre 598 e 597, sendo deportado para a Babilônia com os notáveis da Judeia. No trono de Judá o conquistador Nabucodonosor colocou o terceiro filho de Josias, Ma-tatias, do qual mudou o nome para Sedecias.

Entre 587 e 586 Nabucodonosor invadiu mais uma vez a Judeia, destruiu totalmente Jerusalém, levaou ca-tivo o rei ao qual humilhou e matou os descendentes. Foi o fim trágico, assustador e escandaloso de Judá, das Promessas de uma terra e de liberdade.

A teologia de Jeremias. Jeremias vivenciou tudo isto em primeira pessoa, sofrendo, anunciando, aler-tando, ameaçando, sendo perseguido, questionando sua vocação e vendo a queda dos valores e sinais mais caros e significativos do Povo da Promessa. Perma-necendo em Jerusalém com os poucos que lá ficaram, ele é, depois da deportação de Sedecias, levado (ou acompanhou) um grupo de judaítas para o Egito, onde morre ou é assassinado como anotado acima.

A teologia de Jeremias é a da Aliança. Ela foi feita e deverá ser respeitada. Aquele povo era o povo de Deus e este Deus deveria ser amado e honrado pelo povo. A recusa disto tudo implicou na destruição da nação. Mas este não é o fim! Babilônia, o Império que domi-nou Judá, terá também um fim. E quando isso acon-tecer, o Povo da Aliança poderá voltar para sua terra e viver na liberdade a escolha de ser o Povo de Deus. Isto será com um resto, os que forem fiéis à Aliança.

A Jeremias são atribuídas as lamentações. Elas com-põem o chamado Livro das Lamentações, que são po-emas profundos, tristes, sofridos, de alguém que sente a perda da liberdade e da vida feliz.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção - São Paulo - [email protected]

Profeta de conflitos, corajoso e sincero, mas também sensível ao sofrimento, à tristeza,

Jeremias é apaixonante pela vida apaixonada que leva.

Page 16: Pág. 04 Pág. 14 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2016/09/setembro... · Cantinho da Catequese Amor, ... lizadora da Igreja, no Brasil, criando subsídios

02/09/1977 Aliana Maria De Araujo22/09/1993 Ana Carolina De Oliveira E Silva 04/09/1990 Ana Claudia Neri 09/09/1963 Antonia Gonçalves B. Soares 12/09/1985 Antonia Miguel Da Silva Gomes 10/09/1958 Antonio Alves Da Silva 06/09/1946 Ariosvaldo Bezerra Da Silva 18/09/1940 Arlete Vetorazzo Madeira 30/09/0964 Arthur Alves Junior 03/09/1957 Aubrenice Porfirio De França 03/09/1999 Aurindo Antonio De Andrade 04/09/1991 Aurivan Bezerra Da Conceição 30/09/1981 Camila De Cássia Moreira Caetra 25/09/1981 Carlos Martins Da Rocha29/09/1948 Creuza Ponzo 29/09/1961 Dagoberto Amorim Araujo 08/09/1980 Edicleide Rita Ribeiro 23/09/1987 Elaine Silva Lopes 26/09/1971 Elny Batista Rosa 30/09/1941 Emilia Borsanelli Marquesini 28/09/1984 Francisco Valdimar Leite Costa 21/09/1989 Geisiane Lima Silva

12/09/1950 Ilda Josefa Alves 19/09/1968 Irailde Ribeiro Souza 29/09/1975 Irlande Do Carmo 18/09/1966 José De Lourdes Carvalho 19/09/1977 José Leomarques Da Silva Lima 22/09/1981 José Marcelo Geraldo Da Silva 25/09/1946 José Sabrino Da Silva 20/09/1983 Juice Silva Dos Santos 28/09/1968 Justo Tadeu Da Silva 27/09/1994 Karina Oliveira Da Cruz 07/09/1957 Lourdes Aparecida M. Panunto 23/09/1982 Marcielly Alves Silva 02/09/1957 Maria Valda Santos 14/09/1971 Maria De Lourdes Alves Lima 12/09/1949 Maria De Lourdes Da Silva 20/09/1952 Maria Do Carmo Ribeiro De Alencar 25/09/1987 Maria Do Socorro Andrade 20/09/1981 Maria Elisângela De Oliveira 18/09/1973 Maria Juraci Baia 24/09/1991 Maria Otaíde Silva 23/09/1900 Maria Rita De C. Mirabelli 04/09/1943 Maria Severina Da Silva

PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE SETEMBRO

Parabéns!

RECADO DO DÍZIMO:

DÍZIMO

“Dízimo: poderoso antídoto contra o egoísmo e a ganância”.

Obrigado aos que são dizimistas e aos que ainda não são, convidamos a fazer a experiência.

02/09/1962 Maria Valder Alves De Castro 15/09/1963 Maribel Candaten 18/09/1967 Marines Gouveia Da Silva 01/09/1979 Meirivania Nere Teixeira 09/09/1952 Oracina Marcelino Oliveira Melo 15/09/1971 Orlando Soarez De Oliveira 29/09/1968 Raimunda Ferreira Tomaz 26/09/1986 Rosana Cavalcante De Almeida29/09/1987 Rosiléia Neves Dos Santos 05/09/1980 Sandra Regina Alves Pereira Fialho 05/09/1993 Sayonara Do Prado De Freitas 24/09/1968 Sidnei Leite 02/09/1957 Sônia Vargas Ortega Bernardo Gomes 21/09/1991 Suane Costa Silva 10/09/1980 Tereza Cristina Mota Dresher 25/09/1949 Terezinha Maria De Menezes 25/09/2005 Thifanny Evelym Rodrigues De Sousa 04/09/1964 Valter A. G. Lacerda 10/09/1955 Vera Lucia S. França 19/09/1967 Vicente Antonio Santos 22/09/1986 Wendel Pedro De Sousa 08/09/1951 Zenilda Dos Santos

CAMPANHA PINTE A CAPELA DO SANTUÁRIO SANTA EDWIGES

O NOSSO MUITO OBRIGADO!

1. Fabio Amaral Mello Cury2. Felipe Joaquim Santiago Neto3. Fernando Luis de Oliveira4. Maria Antonita Dassié M. Gomes5. Maria Augusta Cristovan6. Rute Monteiro de Oliveira7. Tania Maria PM Barros8. Veneranda Nilda Varim