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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 288 * Dezembro de 2014 Pág. 15 Vocações A grande aventura na vida do jovem cristão é o en- contro e a vivência de sua VOCAÇÃO. Por meio dela sentimos que Deus nos ama imensamente e por isso nos quer perto de si... Vocação: Aventura de Viver Pág. 11 O último livro dos Profetas encerra o Antigo Testamen- to. Ele anuncia a vinda do Messias, e antes dele vem o precursor. Neste tempo de Advento e Natal somos convidados, pelos Profetas e personagens da Sagrada Escritura, a receber o Sal- vador, Jesus Cristo, filho de Maria e de José. Malaquias e a Profecia do Messias Sr. Manoel Joaquim Granadeiro, memória viva de uma história viva Especial O Jornal Santa Edwiges expressa sua gratidão e memória pela vida e dedicação laical de seu maior colaborador, que realizou sua Páscoa com Cristo e agora, junto de Santa Edwiges, e outros tantos paroquianos, fieis e devotos no céu intercede por nós. Pág. 10 Notícias Pré- Assembleia Paroquial Págs. 09 Pág. 05 No dia 14/11 aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a Pré Assembleia Paroquial, com a presença do nosso Superior Geral Pe. Miguel Piscopo. Especial “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2, 2)” “A estrela é parte essencial dos enfeites de Natal. Mas qual é o principal significado da estrela, para nós cristãos?”

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STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXIV * N. 288 * Dezembro de 2014

Pág. 15

Vocações

A grande aventura na vida do jovem cristão é o en-contro e a vivência de sua VOCAÇÃO. Por meio dela sentimos que Deus nos ama imensamente e por isso nos quer perto de si...

Vocação: Aventura de Viver

Pág. 11

O último livro dos Profetas encerra o Antigo Testamen-to. Ele anuncia a vinda do Messias, e antes dele vem o precursor. Neste tempo de Advento e Natal somos convidados, pelos Profetas e personagens da Sagrada Escritura, a receber o Sal-vador, Jesus Cristo, filho de Maria e de José.

Malaquias e a Profecia do Messias

Sr. Manoel Joaquim Granadeiro, memória viva de uma história viva

Especial

O Jornal Santa Edwiges expressa sua gratidão e memória pela vida e dedicação laical de seu maior colaborador, que realizou sua Páscoa com Cristo e agora, junto de Santa Edwiges, e outros tantos paroquianos, fieis e devotos no céu intercede por nós. Pág. 10

Notícias

Pré- Assembleia Paroquial

Págs. 09

Pág. 05

No dia 14/11 aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a Pré Assembleia Paroquial, com a presença do nosso Superior Geral Pe. Miguel Piscopo.

Especial“Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo (Mt 2, 2)”

“A estrela é parte essencial dos enfeites de Natal. Mas qual é o principal significado da estrela, para nós cristãos?”

Estamos no mês que celebramos mais uma vez, o nascimento do menino Jesus. No artigo do mês pas-sado, eu mencionei que antes da chegada de Jesus ao mundo, a Igreja se prepara para esse aconteci-mento através do Advento. Neste mês falarei um pouco mais do Advento.

“O tempo do Advento acontece quatro semanas que antecedem o Natal, é a oportunidade para um mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de esperança, preparação alegre para a vinda do Senhor, meio precioso de recordar o mistério da salvação e reavivar os valores cristãos. O advento começou no dia 30 de novembro.

Este é um Tempo de esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, na vida eterna; esperança que nos forma na paci-ência diante das dificuldades e tribulações da vida. É tempo propício à conversão, a “preparar o cami-nho do Senhor”, vencendo o pecado, por meio de uma disposição maior para a Oração e mergulho na Palavra. O Advento deve ser celebrado com so-briedade e discreta alegria. Flores e instrumentos musicais sejam usados com moderação, para não antecipar a plena alegria do Natal de Jesus.”

Um dos símbolos do Advento é a Coroa, feita de galhos verdes em forma de um círculo onde contém quatro velas, que simbolizam as quatro semanas do Advento. Cada vela tem uma cor e um significa-do. Sendo elas: Roxa - cor penitencial que lembra o perdão concedido a Adão e Eva; Vermelha - ex-pressa a fé de Abraão e demais Patriarcas; Branca - simboliza a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança e Verde - recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.

Que neste tempo do Advento que antecede o Na-tal, possamos nos preparar de forma cristã, para que chegado à hora do nascimento de Jesus estejamos com o coração repleto de amor para compartilhar com o nosso próximo.

Desejo a todos um ótimo Natal!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição:02/12/2014Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 10.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Karina [email protected]

editorial Chegamos ao final 2 Ter Reunião Geral do Clero da Região Episcopal Ipiranga Cs. Apost. Salvatoriano 8h30 às 13h

4 Qui Apostolado da Oração (Reunião)SAV (Adoração Vocacional)

Salão São JoséSantuário

14h20h

5 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira) Santuário 15h

6 Sab Grupo Emmanuel (Reunião) Salão São José 20h

7 Dom Pastoral da Família (Confraternização) A confirmar —

10 Qua Terço dos Homens (Adoração ao Ssmo. Sacramento) Santuário 20h

11 Qui Pastoral do Dízimo (Reunião) Salão São José 20h

13 Sab Comunidade Nossa Senhora Aparecida (CPC)Ministros Extraord. Sagrada Comunhão (Confraternzç.)

Sede da ComunidadeSalão São José

15h17h

14 Dom Grupo Emmanuel (Passeio ao Parque Aquático) São Paulo — SP —

19 Sex Encerramento das novenas de NatalConferência Vicentina (Preparação de cestas básicas) Salão São José Marello 7h às 10h

20 SabSAV (Venda de bolos)Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)

—Salão São José MarelloSalão São José

—8h às 10h3017h30 às 21h30

21 Dom Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Pastoral da Acolhida (Reunião e confraternização)

SantuárioSalão São José

16h16h às 18h

24 Qua Missa da Vigília de Natal Santuário 20h

25 Qui Missas do dia de Natal Santuário 9h e 19h30

28 Dom Pastoral Missionária (Reunião e confraternização)SAV (Reunião)

Sala São PedroSalão São José

14h16h

31 Qua Missa de encerramento do ano Santuário 20h

de mais um ano!

especial 03santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

“JUBILEU DE PRATA”

Madre Clara Ricci nasceu em Savo-na, Itália, no dia 08 de Julho de 1834.

Aos 28 anos vestiu o hábito francisca-no das Irmãs do Monte de Gênova, no qual Ela foi por uma escolha de pobreza radical, vencendo as resistências de sua família, uma das mais notáveis de Sa-vona, norte da Itália.

Em seguida se distinguiu por suas ca-pacidades humanas e espirituais e, no ano de 1872, foi enviada a Rivalta Bór-mida onde dirigiu o educandário funda-do pelo frei franciscano Padre Inocên-cio Gamalero.

Após vários anos de proveitosa ati-vidade, seguindo o chamado do Espí-rito Santo, deixou seu Instituto e foi a Castelspina, a cidadezinha natal de Pe. Inocêncio. Ali, ajudada por ele, fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas Angelinas.

Seus últimos anos foram provados por intenso sofrimento físico e espiritu-al, morreu aos 66 anos com a fama de santidade no dia 01 de 0utubro de1900.

A PERSONALIDADE E ESPIRITUALIDADE DE

CLARA RICCI

Madre Clara era uma mulher forte e suave, capaz de exigir muito, mas com trato materno, sábio, que conseguia en-corajar e sustentar todos. No artigo de 20 de outubro de 1900 publicado no jor-nal diocesano de Alessandria, no qual se da noticia de sua morte, a sua rica e fascinante personalidade vem assim de-finida: “Era afável, mas sem levianda-de, firme, mas sem prepotência; jovial, mas sem dissipação; modesta, mas sem caricaturas; fervorosa, mas sem fanatis-mo; delicada de consciência, mas sem ser escrupulosa”. Mulher suavemente forte soube ser autêntica, Madre e Irmã, deixando um exemplo claro de humil-

dade, de profundo amor à pobreza, de total abandono e confiança à vontade de Deus.

A sua espiritualidade, profundamente franciscana, é radicada em três dimen-sões: o amor à pobreza, à construção da fraternidade e ao abandono confiante à Vontade De Deus.

A CONSTRUÇÃO DA FRATERNIDADE

Madre Clara acreditava profunda-mente no valor da fraternidade: a sua atitude familiar, simples e acolhedora manifestava claramente o seu emprenho em construir dia após dia a comunhão, segundo a intuição de São Francisco, que quis chamar os seus seguidores de Irmãos menores. Madre Clara colocou como fundamento da fraternidade o amor recíproco, a caridade, indicando ao mesmo tempo as suas exigências fundamentais: a capacidade de compre-ender-se de perdoar-se, de aceitar-se, o amor pela verdade e pela justiça.

O ABANDONO CONFIANTE À VONTADE DE DEUS

Toda a experiência de fé de Madre Clara parece resumir-se na frase que amava repetir: “Deus sabe o que faz”. Esta frase não exprime aquela resigna-ção com a qual se aceitam logo os sofri-mentos que não podem ser evitados. Ao contrario: a expressão de Madre Clara é uma verdadeira profissão de fé na pre-sença amorosa de Deus. Dizer “Deus sabe o que faz” significa reconhecer que Deus tem a sua sabedoria, muito além das possibilidades humanas de compreendê-las; significa acreditar que o que parece sem sentido e injusto não pode contradizer o amor de Deus, por-que Deus não deseja fazer-nos sofrer. Ele, ao invés, permanece próximo no

sofrimento que freqüentemente nós mes-mos causamos e dá um sentido para ele, que mais cedo ou mais tarde se revelara aos nossos olhos.

MADRECLARA RICCI GUIA PARA UMA CAMINHADA CRISTA

Algumas expressões sua revelam a in-tensidade da sua experiência espiritual e podem acompanhar o caminho de cada cristão.

“Deus sabe o que faz”“Em ti Senhor, coloquei a minha esperança”“É no silencio que se ouve a voz de Deus, nosso esposo”“Só a fé que nos sustenta”“Percorramos o caminho que Deu se digna-ra conceder para a nossa existência”“Olha com frequência o Crucifico e me-dita assua chagas por cinco minutos: isso fará tanto bem para a tua alma”“O teu coração se abra a mais pura alegria”“De nós todos esperam”

Fonte: Livro “Madre Clara Ricci Forte na Fé, apai-xonada pela vida”,

Autora Ir. Mary Melone fa

25 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS EM SÃO PAULO28 de outubro de 1990 a 28 de outubro de 2015

Ir. Silvania PerinFranciscana Angelina

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19:45h

VENhA PARTICIPAR CONOSCO E TRAGA SUA

FAMíLIA!

“A vidA de Cristo ContemplAdA

Com o olhAr de mAriA.”

MADRE CLARA RICCIFundadora das Irmãs Franciscanas Angelinas

“MULHER SUAVEMENTE FORTE”

osse04 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

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Um rei tinha três filhas e ele perguntou a cada uma delas, qual a intensidade da amizade delas por ele

A mais velha respondeu:– Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol.

Respondeu a do meio:– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.

A mais moça respondeu:– Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.

O rei entendeu por isto que a filha mais nova não o amava tanto como as outras e a colocou para fora do palácio. Ela foi por esse mundo, triste com que tinha acontecido até chegar ao pa-lácio de um rei, aí se ofereceu para ser cozinhei-ra. Um dia veio à mesa um pastel muito bem fei-to, o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno e de grande preço. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia; foi passado até que chamaram a cozinheira e só a ela o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo apaixo-nado por ela, pensando que era de família nobre.

Começou então a espreitá-la, porque ela só co-zinhava às escondidas e viu-a vestida com trajes de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o caso. O rei deu licença ao filho para ca-

sar com ela, mas a menina tirou por condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda. Para as festas do noivado convidou-se o rei que tinha as três filhas e que pusera de fora a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não pôs sal de propósito. Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que nada co-mia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, por-que é que o rei não comia? Respondeu ele, não sabendo que assistia ao casamento da filha:

– É porque a comida não tem sal.

O pai do novo fingiu-se raivoso e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque é que não tinha posto sal na comida. Veio então a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu conheceu-a logo e confessou ali a sua culpa por não ter percebido quanto era amado pela sua fi-lha, que lhe tinha dito que lhe queria tanto como a comida quer o sal e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustiça de seu pai.

Moral da História

O amor não se mede por palavras, mas por ações. Ele não é capricho, é algo que se desco-bre aos poucos, algo que se vai transformando e dando sabor na ação relacional entre pessoas. A palavra dita nem sempre expressa à profundida-

para refletir

As três filhas do rei

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

de do amor, pois é no convívio do dia a dia que vamos encontrando no outro, fragmentos do ver-dadeiro amor. Cada pedaço vai encaixando-se e a imagem verdadeira do amor se transforma em realidade, quando na mais tenra idade, descobri-mos que vivemos uma vida justa e responsável mesmo com todas as dificuldades.

Através dessa mensagem, que-ro agradecer.

Quero que saiba que sua doa-ção foi de grande valia.

E quero que saiba que pesso-as tão especiais como você estão sempre prontas para fortalecer a união fraterna.

Eu procuro olhar dentro dos corações das pessoas, porque sa-bemos que é de lá que extraímos o que temos de melhor.

Obrigado por sua atenção e pelo carinho dedicados.

Hoje quero agradecer Tudo o que fazemos pensando

em ajudar ao próximo, pela pró-pria lei da natureza, nos é devol-vido em dobro.

Só entendemos a pureza do milagre da vida quando deixa-mos que o inesperado aconteça.

Que o universo te cubra de bên-çãos, gratidão.

Muito obrigado!A todos que doaram AMOR a

nossas crianças/ adolescentes.

Casa da Criança Santa Ângela

palavra do bispo“VImos A sUA EsTRELA no oRIEnTE E

VIEmos ADoRá-Lo (mT 2, 2)”

A estrela é parte essencial dos enfei-tes de Natal. Mas qual é o principal sig-nificado da estrela, para nós cristãos? A estrela representa, na adoração dos magos, o nascimento do Messias. De-pois de verem uma estrela, os magos se deixam nortear por ela. Eles eram originalmente sacerdotes persas, mas também astrólogos, por isso mesmo conheciam as estrelas com precisão.

Eles viram uma estrela diferente, pro-vavelmente uma “conjunção estelar”. Os astrônomos falam de uma aproxima-ção de Júpiter e Sa-turno ocorrida no ano 7 a.C. Como Júpiter era o astro dos reis, e Saturno a estrela da Palestina, era perfeita-mente possível que os astrólogos da Babilô-nia tivessem interpre-tado essa constelação como sinal do nas-cimento de um filho real em Israel. Daí a procura dos magos pelo rei dos judeus.

Os padres da Igreja também associaram Jesus à outra estrela, a “matutina”. A es-

trela da manhã é aquela que traz a luz. A Igreja primitiva levava a sério a rea-lidade cósmica. Desde sempre, os ho-mens foram fascinados pela luz clara da estrela matutina. Os padres da Igreja incorporam essa experiência cósmica e a relacionam com Cristo. Em Cristo, o mistério da estrela matutina é cumpri-do. Em seu nascimento, Cristo se ergue como a estrela matutina: “Porque vin-do das alturas (...) trouxe a luz para nós, que nos encontramos na solidão e na sombra da morte”.

05santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Mas além da realidade cósmica, a estrela representa também nossa “bus-ca de Deus”: almejamos uma realida-de que transcende o mundo criado. Al-mejamos o mundo divino. Os magos não representam apenas outros povos e culturas, mas também nossa própria ‘busca de Deus’. Eles só chegam a Je-sus quando se põem a caminho, e ain-da quando não têm vergonha de pedir ajuda: “Onde está o rei dos judeus? (...)” (Mt 2, 2a). Deixam para trás tudo que sabiam e, admirados, caem de joe-

Dom José RobertoBispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

lhos perante o mistério de Deus, vela-do em Jesus Cristo.

Realizaram o que hoje convencio-namos chamar de “itinerário da fé”. Buscam a verdade, são honestos, se deixam interpelar por ideias diferen-tes (a Sagrada Escritura, por exem-plo) e ao fim desta busca conseguem encontrar Jesus. Sem sombra de dú-vida: “uma busca honesta e dinâmi-ca da verdade conduz até Deus” (por exemplo, santa Edith Stein).

Ao encontrar Jesus, aqueles magos fizeram uma profunda experiência de fé; experiência que mudou não ape-nas a mentalidade, mas a vida deles. Prova disto é que Mateus relata que eles voltaram por outro caminho, ou seja, a vida não foi mais a mesma para eles. Foram transformados pela experiência do Mistério.

Hoje a estrela que deve conduzir as pessoas a Jesus é o nosso testemu-nho de vida. Devemos ser “Epifania (Luz) de Cristo” para o mundo.

Feliz Natal, a todos!

palavra do pároco-reitor06 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Caros Paroquianos, Devotos de Santa Edwiges e leitores dos meios de Comunicação do Santuário.

Estamos chegando ao final de 2014 e, foram mui-tas experiências vividas neste ano. Começamos o ano com o carnaval em março, e com esse fato as ati-vidades do ano, logo chegaram os eventos e a Copa do Mundo, e terminada esta, começaram as discus-sões eleitorais e as eleições com toda a sua progra-mação e status que se faz necessário para apresentar os elegíveis, e aqui estamos nós, o que nos parece? Conseguimos gerir e atualizar que passamos por três grandes momentos e finalizamos o ano?

O novo fenômeno do carnaval de rua nos dá um grande alerta para a mudança de rumo da sociedade que, fugindo de mega eventos passam a valorizar as manifestações populares locais, e estas tomam um grito na nova sociedade para a pessoa, sociedade em um local que nem sempre é possível por um ou ou-tro motivo se fazer presente em uma estrutura ampla, viver a festa em seu local, e com pessoas muito mais próximas de sua casa ou grupo de amigos.

Em tudo, bendigamos ao Senhor!

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

A Copa do Mundo nem todos vêem como um grande evento ou uma extensão de pluralidade cultural. Lições que foram dadas por grupos, nações, pessoas, que se fez desde a disciplina, a austeridade, a criatividade de supe-ração, o zelo pelo espaço usado e devolvido com o lixo recolhido, e tantos outros exemplos que podemos citar. Fazendo desta festa, a festa da humanidade reunida em um esporte, e na casa chamada Brasil. Se tivermos um foco pessimista, será a Copa do 7X1 que só existiu por que houve toda a outra parte e aprender a lição, mesmo que fosse 1X0 seria doloroso e nos mostraria que, só perde quem joga e quem não joga nem a possibilidade da derrota dará o fato de existir.

As eleições, viver em sociedade e aceitar a vontade do outro é a lição da democracia! O que nós devemos agora é aprender a parte dois da eleição, participar! Seja manifestando as opiniões, apresentando nossas vonta-des ou cobrando os direitos. Por que os políticos eleitos, se não representam em nada o meu voto, estão eleitos para representar uma população, e isso na democracia, deve atender aos interesses do povo. A palavra demo-

cracia significa: “governo do povo”, e se aqueles que foram eleitos para nos representar não forem bons, que na próxima eleição seja deposto pelo voto popular, as-sim como muitos que calejados de cargos foram enca-minhados pelas urnas a outra atividade.

Eu bendigo a Deus, por cada um e cada uma que faz parte da história do Santuário, que fez história neste ano de 2014, que chegou ou que partiu. Nesta edição teremos a memória do grande mestre em presença e participação, Sr. Manoel Granadeiro, na pessoa dele e em sua memória, a todos as minhas preces, os que fazem a vida desta Igreja, com todos os seus serviços de Pastoral e Social, um grande grito de Louvor ao Deus da Vida. Por isso Deus, Bendito seja por tudo e por todos desta Comunidade: Paroquianos, Devotos, Romeiros, Colaboradores, Todos, Amém.

Com estima e gratidão, Feliz 2015 a todos!

Batismo 26 de Outubro de 2014Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

batismo 07santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Arthur Cavalcante VieiraBárbara dos Santos SilvaBrenda de Lima CavalcanteEmilly Silva BrazEnzo Gabryel Soares de OliveiraEnzo Gomes VieiraFabrício Vieira de LimaIsabela Marques EvangelistaIsadora Paranhos da SilvaLeandro henryck Soares de OliveiraLorrane Silva de OliveiraMaria Sophia Rocha AlvesNicolly Silva de OliveiraVitória Paranhos da Silva

notícias08 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

No dia 09/10 o Bispo e Vigário Epis-copal da Região Ipiranga, Dom José Roberto Fortes Palau, fez uma visita em todas as Obras Sociais de Santa Edwiges. O pároco da Paróquia, Pe. Paulo Siebeneichler o acompanhou nesta visita para explicar ao bispo como funciona a metodologia das Obras Sociais.

Visita do Bispo Dom José Roberto nasObras Sociais de Santa Edwiges

notícias 09santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Pré- Assembleia Paroquial No dia 14/11, coordenadores e

membros de pastorais do San-tuário Santa Edwiges se reuni-ram para discutir e planejar o ano de 2015.

Contamos com a presença do Superior Geral Pe. Miguel Pisco-po, que iniciou a pré assembleia mencionando que a ajuda da co-munidade para com os padres de nossa paróquia é de extrema im-portância.

Após o discurso do Pe. Miguel, o pároco de nossa paróquia Pe. Paulo Siebeneichler tomou a frente e conversou com os que estavam presentes sobre os as-suntos pendentes de nossa pa-róquia. Como o tempo foi curto, a conclusão da pré- assembleia aconteceu no dia 28/11.

programação de natalDia 24 de Dezembro

Missa às 20h

Dia 25 de DezembroNatal do Senhor

Missa às 9h e às 19h30

Dia 31 de DezembroMissa às 20h

Dia 01 de Janeiro de 2015Missa às 9h e 19h30

Venha participar desse momento especial de fé e

esperança!

Local: Paróquia Santuário Santa Edwiges

O Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima III, convida a comunidade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwiges, todos os sábados às 19h.

Venha Participar!

Convite

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes reve-lar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcan-çar, rezando o Santo Rosário. Ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos. Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai todas as almas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Nossa Senhora de Fátima, Rogai por nós!

Oração a Nossa Senhora de Fátima

especial10 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

O Santuário Santa Edwiges se despediu no dia 16 de novembro de 2014 do maior colaborador de sua história: Sr. Manoel Joaquim Granadeiro! Ele par-tiu para a casa do Pai, em 16 de novembro, depois de alguns dias hospitalizado. O Jornal Santa Edwi-ges dedica em suas linhas uma singela homenagem ao Sr. Manoel, por tantos anos de evangelização e serviço aos pobres nas dependências da paróquia e santuário da padroeira dos pobres e endividados, Santa Edwiges.

Sr. Manoel era português de nascimento, porém desde 1951 é que se encontrava no Brasil para en-contrar uma oportunidade de trabalho, que lhe ren-deu moradia e estadia fixa em nosso país até a sua partida recente. Sua esposa, Sra. Rosa da Conceição Granadeiro (também falecida) veio posteriormente para o Brasil, depois que Sr. Manoel conseguiu mon-tar uma de suas primeiras residências. O casal deixou quatro filhos, todos vindos também de Portugal.

Nosso estimado amigo e irmão motivou sua par-ticipação religiosa na fé católica, em terras brasi-leiras, na Paróquia São José do Ipiranga, mesmo porque naquela igreja se concentravam muitos tra-balhadores da região. Sr. Manoel participava como membro da Liga Católica “Jesus, Maria e José”, e essa devoção à Sagrada Família seria muito sentida por ele também em nosso Santuário.

A participação como membro efetivo da Paróquia Santa Edwiges, uma pequena capela católica locali-zada nos inícios da Estrada das Lágrimas, Sacomã, aconteceu quando o Sr. Manoel já tinha se mudado em 1956 para o nosso bairro. Quatro anos depois a Capela Santa Edwiges seria declarada como paró-quia e teria um padre fixo para o atendimento da po-pulação católica ali presente, graças ao empenho do “empreendedor da fé e devoção à Santa Edwiges”, que se dirigiu junto com outros senhores e senhoras até o bispo Dom Lafaiete e solicitar a criação da nova paróquia.

Numa entrevista dada ao Jornal Santa Edwiges em outubro de 2008, conta Sr. Manoel sobre como

sR. mAnoEL JoAQUIm GRAnADEIRo, mEmÓRIA VIVA DE UmA HIsTÓRIA VIVA

era a realidade naquela década de 1960: “Uma sim-ples e pequena capela pertencente à Paróquia São João Clímaco. Ao redor ainda havia mato, outras partes eram chácaras e até campo de futebol ainda existia. Havia missa uma vez por mês. Já existiam na época as tradicionais festas de Santa Edwiges no dia 16 de outubro...”.

Sr. Manoel era conhecido como o senhor do Gru-po de Cantos dos Adultos, Vicentino exigente, ético e eficaz que realizou as visitas aos pobres até onde pode, promotor da boa saúde já que foi da Pastoral da Saúde. Os Padres, Freis e Irmãos da Congrega-ção dos Oblatos de São José, que até hoje pasto-reiam nosso santuário “passaram pelas mãos de Sr. Manoel” e dele também tiraram um bom exemplo

para o seu ministério e missão: cuidar dos interesses de Jesus como Santa Edwiges e São José.

Muitas das atividades que hoje celebramos em nosso santuário, as principais delas a novena de Santa Edwiges e os gestos de caridade aos mais po-bres, são possíveis de ainda ser realizadas graças ao esforço e comprometimento do Sr. Manoel,que além da evangelização pelas rádios da época, mis-sas em outras paróquias para divulgar a nova igreja e, principalmente, pela participação na Conferência Vicentina desde 1975, é que a identidade da Pa-róquia-Santuário Santa Edwiges ainda se difundir neste século 21: casa de Deus e lugar de paz, que evangeliza o povo católico buscando a promoção humana no exemplo da padroeira dos pobres e en-dividados.

Na Solenidade de Cristo, Rei do Universo, cele-brada no dia 23 de novembro passado, a comunida-de paroquial celebrou o 7º dia da alma de Sr. Mano-el, junto de seus familiares e amigos próximos. Era justamente o Dia do Leigo, dia em que a Igreja no mundo inteiro intensifica a vida e ação de seus fieis na igreja e no mundo a exemplo de seu Salvador e Rei, Jesus Cristo.

Certamente Sr. Manoel viveu sua vida laical na-quilo que ele entendeu de sua fé em Deus, e que ele mesmo expressou um dia neste mesmo Jornal Santa Edwiges: “Sinto-me contente! Sinto-me feliz! Se tivesse que começar de novo, eu estaria pronto a isso, seja no trabalho, seja na evangelização, eu recomeçaria sim!”

Obrigado Sr. Manoel por seu exemplo de amor e fé em Deus na intercessão de Santa Edwiges e na guia da Sagrada Família de Nazaré! Deo gratias!

(Fonte: Jornal Santa Edwiges, Ano XVIII, outubro de 2008, n.º 216)

( 13 de maio de 1922 — 16 de novembro de 2014)

O Jornal Santa Edwiges expressa sua gratidão e memória pela vida e dedicação laical de seu maior colaborador, que realizou sua Páscoa com Cristo e agora, junto de Santa Edwiges, e

outros tantos paroquianos, fieis e devotos no céu intercede por nós.

Martinho [email protected]

Há no coração de cada jovem uma vontade imensa de viver uma grande aventura! Trata-se de uma imensa vontade de ser feliz, de acreditar que o mundo pode ser diferente e não habita-mos nele para vê-lo fracassar.

Isso tudo deve-se ao fato de que pelo nosso batismo, nós iniciamos uma caminhada com Cristo e devemos segui--lo RUMO A UMA META para tornar nossa vida feliz e tam-bém dos demais que se encon-tram conosco.

Para que isso aconteça, é pre-ciso passar muitas vezes por uma transformação de ideias, de comportamento e da própria vida. Alguém pode chamar isso de viver uma metanóia. Isto significa a evolução do nosso

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

VoCAÇÃo: AVEnTURA DE VIVER

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

Centros vocacionais dos oblatos de são José:

1 – Centro Juvenil VocacionalRua  Darcírio Egger, nº. 568 - Shangri-lá 

CEP 86070 070 - Londrina-PR Fone: (43) 3327 0123 

email: [email protected]

2 - Escola Apostólica de OurinhosRua Amazonas, nº. 1119,

CEP: 19911 722, Ourinhos-SP Fone: (14) 3335 2230

[email protected]

3 - Juniorato Pe. Pedro MagnoneRua Marechal Pimentel, 24,

CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SPFone: (11)2272- 4475

4 – Irmãs Oblatas de São José Rua José Paiva Cavalcante, 750 - Conj. Lindóia

CEP 86031-080 / Londrina-PR -Fone: (43) 3339.0876

[email protected]

Jesus estou aqui na tua presença para lhe dizer que desejo do fundo do meu coração

descobrir em minha vida a Tua Santa Vontade!

Sou jovem Senhor, tenho uma vida pela frente, mas desejo vivê-la na Tua presença, no Teu amor, na Tua graça.

Desejo ser feliz! Mas como? De que modo? São tantos os caminhos, são tantas as propostas que às vezes não sei aonde ir.

Jesus, o Senhor por mim deu a vida, e todos os dias se dá a mim, a cada um

dos meus irmãos, na Eucaristia, na Bíblia Sagrada.

Eu desejo Jesus te amar, te conhecer mais para te seguir. Quero ser um jovem

cristão de verdade, comprometido, quero conhecer mais a minha Igreja, participar dela com amor e perseverança. Ser um

jovem cristão comprometida com o meu Batismo, com meus irmãos e irmãs.

Amém!

oRAÇÃo DE Um JoVEm VoCACIonADo

caráter e permitir que o amor faça em nós mudanças que nos coloquem cada vez em sintonia com todas as formas de vida.

É muito bacana quando per-cebemos que nos trilhos da vida caímos, erramos, pisa-mos na bola, pois carregamos imperfeições. Então, podemos perguntar o porquê de tudo isso e qual o sentido para vi-ver dessa forma. A resposta é que nem sempre amamos tan-to quanto Deus nos ama.

Permitir que nossas vontade sejam maiores do que o pla-no de Deus em nossas vidas é barrar todo um projeto de fe-licidade traçado pelo criador sobre cada um de seus filhos, suas criaturas amadas.

A grande aventura na vida do jovem cristão é o encontro e a vivência de sua VOCA-ÇÃO. Por meio dela senti-mos que Deus nos ama imen-samente e por isso nos quer perto de si passando por esta metanóia, ou seja, mudando nossas vidas para mudar tam-bém ao mundo.

A vocação é o que nos per-mite olhar mais dos fatos e das coisas, nos faz amar e sentir que podemos dar pas-sos cada vez maiores em dire-ção a Jesus Mestre e Senhor, RUMO A META.

venhA nos visitAr

Os teólogos mais modernos, inclusive exegetas como Vosté também se pronunciam desta manei-ra. O mesmo se pode dizer de Muniz que é cate-górico quando afirma: “Foi o matrimônio com a Virgem que colocou São José em íntimo contato com o Verbo encarnado e o que estabeleceu en-tre ambos o relacionamento de pai e filho. Em virtude deste matrimônio São José tinha diante do Menino Jesus os direitos e deveres de pai. Por isso, pesava sobre ele a grande obrigação de alimentar e de educá-lo e portanto o amava com amor verdadeiramente paternal”. Conclui--se daí, que se Maria foi aquela que esteve mais íntima a Cristo em virtude de sua maternidade e São José aquele que esteve mais próximo de Maria por causa de seu matrimônio, então que o Santo Patriarca esteve mais próximo de Maria e consequentemente de Cristo mais que nenhum outro santo e por isso mesmo sua graça e santida-de devem exceder a dos demais santos.

Matrimônio e paternidade são títulos que devem ser considerados unidos, pois não existe paterni-dade legítima a não ser em razão do matrimônio e muito mais se tratando dessa paternidade parti-cular de São José. Por isso, devemos chamar São José de pai por uma razão verdadeira e nobre, pois se para Maria Deus a chamou para ser a Mãe natu-ral de Cristo, para dar a substância de sua carne ao Cristo, a José o chamou para ser o pai legal, para alimentá-lo, educá-lo e protege-lo.

Ao darem as atribuições de pai a São José, os jose-fólogos partem do princípio de que entre as finalida-des do matrimônio está também o cuidado da prole. Não resta dúvida que há para Jesus a dependência da paternidade de São José, mesmo que ele tenha nascido de uma concepção milagrosa. Santo Alberto defende esta dependência quando afirma que duas coisas constituem o bem do matrimônio: a acolhida da prole pela geração e a sua educação. A primeira atribuição se realizou apenas porque Cristo nasceu dentro do matrimônio de José e Maria, embora não dele. Já a segunda se realizou plenamente, pois por meio deste matrimônio Cristo foi nele alimentado e educado. Santo Tomás de Aquino defende a mesma idéia de Santo Alberto quando afirma que a prole é fruto do matrimônio não apenas enquanto é en-gendrada pelo matrimônio mas também enquanto é recebida e educada nele. Contudo, Santo Tomás vai mais longe ao defender que o matrimônio compre-ende não apenas a procriação mas também a educa-ção intelectual, moral e física dos filhos. Portanto, José teve esta obrigação para com Jesus não devido a uma relação direta com ele, mas em virtude de seu contrato matrimonial com Maria.

As atribuições de Pai a São José,fundamentadas no matrimônio

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

A missão que São José rece-beu de Deus é dupla: a de ser esposo da Santíssima Virgem e a de cuidar e alimentar o Me-nino Deus, fazendo para ele as vezes de pai. Confirma essa posição o teólogo Garrigou La-grange ao escrever: “José foi predestinado para uma missão excepcional, uma missão úni-ca no mundo e dentre todas as gerações, para ser o esposo da Bem-aventurada Virgem Maria e para ser o nutrício do Filho de Deus, tendo para com o Ver-bo encarnado um coração ple-no de amor e de benevolência paternal”. Destas duas prerro-gativas, alguns estudiosos como o próprio Garrigou, defendem que a sua paternidade dá São José maior título de honra que o matrimônio, pois enquanto o matrimônio o une a uma cria-tura ( Maria), a paternidade o relaciona com o próprio Deus. Contudo, para Santo Tomás, do qual quase todos os estu-

diosos procuram servir-se para medir a dignida-de e a graça de São José, o fundamento de todos os títulos de São José é o seu matrimônio com Maria. Outro teólogo, Cayetano, chega a mesma conclusão ao afirmar que José “Era esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, e por isso, com razão se chama pai legítimo de Jesus”.

O josefólogo Miechow, afir-ma a esse respeito: “Não há nada de maior, nem mais fa-vorável e nem mais honroso que ser esposo da Virgem Mãe. Nesta dignidade se encerra tudo o que se pode dizer e pen-sar de um tão santo homem”. O mesmo dirá São Gregório de Nancianceno com estas pa-lavras: “A Bem-aventurada Virgem Maria foi a coroa de José e seja pela sua união com ele, seja pela sua comunhão de vida, ela lhe proporcionou uma glória e um esplendor imenso... A união de Maria com José lhe dá uma dignidade imensa”.

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

Como toda aparição de Nossa Senhora, a que é ve-nerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.

Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamen-te por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Ma-ria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes.A primeira vez, quan-do o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse ergui-da uma capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração, não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção.

Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lá-grimas comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia mesmo de Nossa Senhora.

Eu a conhecia a tanto tempo, que nem sei precisar quanto. Parece que sempre.

Mas sempre é muito, dizia-me ela.Devia beirar os vinte ou trinta anos, sei lá. Talvez um

tanto mais, talvez um tanto menos... Só sei que era mais velha do que eu.

Éramos vizinhas. Morávamos na mesma rua. A sua casa distava da minha cerca de cem metros. Ou mais, ou menos, não sei.

Morena alta, magra, com um sorriso permanente nos lá-bios e uns olhos que não se descuidavam de nada. Estavam sempre atentos a observar tudo. Olhos e ouvidos curiosos.

Eu gostava muito de conversar com ela.-Vai, vai conversar com a inventadeira, dizia-me minha mãe. E eu ia. Todos os dias em que não chovesse.Nós nos encontrávamos à tardinha, após o banho, en-

quanto esperávamos a hora do jantar. Sentávamos sempre no mesmo banco, na praça da Matriz. O banco de onde eu poderia ver e ouvir minha mãe a chamar-me.

Ela sempre pedia para que eu contasse alguma coisa do meu dia. Como tinham sido as coisas na escola, as brin-cadeiras no recreio, o que eu tinha comido no almoço, as brincadeiras com minha irmã e amigas, após ter feito as li-ções de casa... Eu que era tímida, em sua presença tornava--me outra pessoa, mais solta, falante. Penso que graças a ela, hoje sou bem diferente daquela que já fui um dia.

Ouvia-me sempre com muita atenção. Depois, quando já tinha ouvido o suficiente, aproveitava um gancho em minhas palavras ditas, e devaneava, inventava as histó-rias, que fizeram parte da minha infância, que aguçaram em mim a curiosidade, o querer saber cada vez mais.

De “falante” eu passava a “ouvinte”. Dona das palavras que era, gostava de falar do passado,

como se o presente só a mim pertencesse.“Uma vez, enquanto eu fazia minhas lições, como as que

você disse que acabou de fazer, vi passar por debaixo da porta da sala um bicho meio estranho, do tamanho da minha mão. Tinha vários olhos que circundavam sua cabeça, e orelhas que encobriam ouvidos na mesma proporção. Se tinha boca não vi, mas penso que deveria ter. Afinal... Ele veio bem rápido em minha direção, como que se voasse. Subiu em cima da mesa, e postou-se no meio do livro que eu usava. Olhamo-nos por um bom tempo, como que se nos conhecemos, ou nos reconhecermos... Não senti nem um pouco de medo. E olhe que eu era bem medrosa. Vi-o como quem vê um amigo. E de fato, ele se tornou o meu melhor amigo. Aquele que estava comigo o tempo todo a olhar a vida e não me deixar descuidar de nada do que era visto, e de não deixar que nenhuma palavra ouvida fosse jogada ao vento. Quanto a falar... Como já disse não me lembro que tivesse boca para tal. Mas deveria ter.”

E encerrava sempre suas histórias no tempo certo, como se tivesse combinado com minha mãe a hora certa do jantar.

Saudade...

Nossa Senhora de Guadalupe12 de Dezembro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

Deu-se, então, o milagre. João Diogo cami-nhava em direção à capital por um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram. O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfer-mos a um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão belís-sima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou mui-tas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a Senhora ordenara, foi entrega-las ao bispo como prova de sua presença.

E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a des-crevera antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Se-nhora “morena” lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido. Queria um santuá-rio na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.

A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a ima-gem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.

O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passa-dos tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indí-genas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de “La Morenita”, quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.

Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extre-mado devoto mariano, o papa João Paulo II visi-tou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

InventadeiraMensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

osj14 santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

O ENSINAMENTO DO FUNDADORO ensinamento do Marello sobre a

oração é muito vasto. Como sabemos São José Marello, nunca escreveu a frase “Cartuxos e apóstolos”, todavia nos seus escritos e cartas, podemos encontrar este estilo de vida que junta-va oração e trabalho, como uma única base de vida. Desde jovem, o Marello viveu uma intensa vida de oração, mas nunca desligada da vida do dia-dia. De fato, a oração, não era para ele uma busca “gulosa” de Deus, mas uma fon-te que dava suporte à sua vida diária e por sua vez, o cotidiano era um “com-bustível”, que alimentava a sua oração. Vamos nos aproximar de alguns textos significativos neste sentido.

1- EscritosComecemos por dar uma olhada na

“Norma Agendorum”, de 1866, escrita em 15 de novembro às 11h30min horas da manhã (até o horário deixou marca-do!). Notamos nela uma vida espiritual um clima de oração que dá sentido ao dia inteiro de um formando no seminá-rio, desde a hora do almoço, de passeio, do estudo, mas, sobretudo, dava um tom ao seu coração. (Cfr. S. 24-25) Es-creve, poucos meses depois, na “Regra de vida”, em 12 de Janeiro de 1867:

“A oração é o meio seguro de perfeição. Ela deverá, portanto, considerar-se como o substrato de todas as nossas ações”. (S. 25)

O termo “substrato” quer dizer que cada ação deve ser impregnada, enso-pada de oração. E descreve cada ação do dia “plasmada” pela oração, à se-melhança da “Norma Agendorum”. Isto ele fez em outras oportunidades, como, por exemplo, em 1867 nas “Notas de consciência”, onde afir-ma: “Quando a alma recolhida em si mesma e unicamente solícita de tudo o que é de seu interesse verdadeiro é então capaz de perseverar nas reso-luções tomadas [...] Isto é, suficiente para ir adiante; além disso, preciso de laboriosidade – A nossa consciên-cia não é mais segura se não quan-do estamos trabalhando” (S. 27). E

podemos conferir também as Regras da Congregação de 1892, quando descreve como deve ser a prática da Piedade da Congregação. O mesmo caminho orante que encontramos

nas “Confissões”, de 21 de Janeiro de 1868 (Cfr. S.29) e nas “Conside-rações” de 23 de fevereiro do mesmo ano, mostrando sempre como devia ser uma “jornada do clérigo”. (S.31). As ordenações estavam se aproxi-mando e ele estava se preparando para “subir ao sacerdócio” com o Espírito de Cristo. É o que o texto “Oração para todos” no “Presente de festas” de 1867 também mostra (S 29). É uma oração em que lembra todos: os ricos, os desventurados da vida, os faleci-dos, por ele mesmo e toda “família de Adão peregrina”. Uma oração, a dele, que abrange o mundo inteiro. Falando em 6 de Julho de 1873, es-crevia no seu Testamento,que na sua morte ele precisava mais de orações do que de funerais solenes por ser um “pobre pecador”.(S.40) A primeira carta pastoral, endereçada ao Clero e ao Povo da Diocese de Acqüi termina com uma página inteira pedindo que se reze para várias intenções e no fim assim se exprime: “Agora concluo com a oração que deve sempre estar nos lábios do bom pastor pronto a sacrificar-se pelas amadas ovelhas: ó Senhor, ajuda-me a guardar em teu

nome os filhos que me destes; dá que possa, quando me pedires conta de suas almas, responder-te com alegria: ei-los, todos os que guardei; nenhum deles se perdeu”(S. 52). Na Carta

Pastoral de 1891, sobre a Penitência, o Bispo Marello faz uma longa expli-cação, sobre a oração que deve ter as características da humildade, fé e per-severança e depois continua: “Deve-ríamos também acrescentar que quem deseja assegurar-se através dela o favor de Deus generoso, não pode haver coisa melhor que decidir-se de verdade, a cumprir muitas obras de caridade, para com o próximo. Está escrito: Dai e dar-se-vos-á [...] com a mesma medida com que tereis medi-do, será medido a vós”(S. 65). Tam-bém na Carta Pastoral sobra a Educa-ção da Juventude, ensina aos pais que a oração é sempre necessária, seja nos momentos difíceis, seja no dia-a-dia da educação dos filhos: “Este meio da oração deve ser aplicado não só nos momentos de apreensão e quan-do já foram tentados todos os outros caminhos, mas sempre e a cada caso, mesmo quando o peso da educação dos vossos filhos vos parecer leve. E o motivo é que as nossas obras e os nossos esforços são por si ineficazes, se Deus não os acompanhar e não os confirmar coma sua graça”(S. 73). Na carta pastoral sobre o Catecismo

escreve: “Vós sois os primeiros mes-tres, e os vossos lábios, como escre-veu um grão Doutor da Igreja, são os primeiros livros nos quais tem início esta escola salutar” (S.84). A oração torna-se missionária e o Marello a incentiva, junto com a caridade e a ajuda material também na carta pas-toral sobra a propagação da fé. Rezar, para o Fundador, era uma experiên-cia que enchia o seu dia e assim toda ação que fazia era imersa na oração e numa continuidade entre trabalho e Deus e assim podia pregar no Insti-tuto Milliavacca: “Jesus nos manda rezar sempre e nunca deixar de rezar. De fato, nada nos pode impedir de rezar e rezar sempre [...] Vocês po-derão rezar continuamente se fizerem tudo por Deus, tudo por seu amor. É preciso tomar essa resolução desde manhã; depois, bastará lembrar-se dela ao longo do dia, simplesmente colocando a mão sobre o coração, cumprindo com empenho os deveres do nosso estado, elevando frequente-mente o nosso coração a Deus com alguma ardente aspiração: – Senhor, tudo por vós! – Desde manhã, quan-do é chegada à hora de levantar de levantar-nos, não fiquemos ali dando ouvidos à preguiça, mas procuremos logo sacudir-nos, abrindo nossos olhos não só à luz do dia, mas tam-bém à luz da fé, e digamos: Ó Senhor, eis-me pronto: quero empregar toda esta jornada em servir-vos e dar-vos glória” (S. 245-246).Ensina também a rezar em nome de Jesus: “Jesus re-provou os apóstolos por não terem ainda pedido nada em seu nome ao seu Pai celeste, e assegurou-lhes que qualquer coisa que eles pedissem ao Pai em seu nome, obtê-la-iam. Qual-quer coisa, disse Jesus. Que extensão na sua promessa! Mas nós temos uma pequena restrição: em meu nome, disse Jesus, isto é, segundo a vontade e o beneplácito de Deus” (S. 279).

Padre Mário Guinzoni, OSJCongregação dos Oblatos de São José

Nesta edição daremos continuidade ao texto: Cartuxos e Apóstolos

Continua.

especial 15santuariosantaedwiges.com.brdezembro de 2014

Malaquias e a Profecia do Messias

O Natal está já às portas e todos se empenham, ou mais ou menos, em preparar bem este momento. Seria bom que ele fosse celebrado em família, com a harmonia dos afetos e dos interesses, somados com as certezas que a Esperança e Fé despertam. Mas sabemos que isto nem sempre é assim, pois as pessoas são complexas, sofridas e, às vezes, até maldosas.

Mas isto não tira a legitimidade do Natal como grande festa Cristã, mesmo quando não há, da parte dos que o festejam, convicção de Fé. Curiosamente o Natal trans-cende as confissões religiosas e une perspectivas huma-nas muito diversas. Pessoas que nem manifestam religião consideram o Natal uma data importante, pois ela parece que reúne as pessoas e suas expectativas, necessidades mais internas de atenção, de carinho. Acho que isso vem do fato do Natal ser sempre, ou mais ou menos, o nasci-mento de uma criança. E isso reúne as pessoas, deixa-as mais “lentas”, mais recolhidas, pois é este o ambiente que se espera que exista ao redor de um recém-nascido.

A cultura moderna, capitalista que expulsou o Deus de Jesus Cristo de suas estruturas. Só o mantém quando lhe convém, como na manutenção dos feriados que, na ori-gem, eram dias santificados. Agora são dias e tempos de lazer, de passeio, de comidas e bebidas. Então é de se es-perar que o Natal se encontre sem seu personagem prin-cipal: sem Jesus Cristo, o Filho de Deus feito Homem.

É neste sentido que o Natal tem sua força expressiva. A comemoração da entrada de Deus na História Humana. É assim que a nossa história, ferida de pecado, de negação de tudo o que pode ser sagrado e transcendente, torna--se História Sagrada. O Natal nos convida a nascer com Cristo, a nos deixarmos acolher pela família de José e Maria e, na intimidade do amor que nasce do encontro com Deus, nos transfigurar em pessoas melhores, mais centradas na nossa vocação à amizade com o Senhor.

Esta amizade, esta centralidade, acontece em Jesus Cristo, o Messias. Isto é o que o Judaísmo não reconhe-ceu: Jesus é o Messias. E o mundo moderno também des-conhece esta Verdade que professamos. Mas o Natal nos oferece isto: o Messias veio conduzir uns aos outros para que nos encontremos em Deus.

É esta uma das mensagens do personagem que quere-mos apresentar: Malaquias. Este nome significa “men-sageiro”, em hebraico. Por isso a maioria dos estudiosos pensa que não tenha, realmente, existido um profeta cha-mado Malaquias, mas sim um ou mais personagens que, inspirados por Deus, escreveram o texto que hoje cha-mamos de Malaquias. No capítulo 1 versículo 1 lemos: Oráculo. Palavras do Senhor a Israel por intermédio de Malaquias. Nós lemos “malaquias” como nome próprio, mas ali está escrito, na realidade, “um mensageiro”, que se diz, em hebraico, mal’aky. Mas, enfim: é uma pes-soa, se são várias pessoas ou se é um anônimo do qual

não se sabe, realmente, o nome, o fato é que alguém está fazendo o papel de oferecer a mensagem de Deus, o orá-culo. Esta imagem de mensageiro é encontrada também em 3,1: Eis que vou enviar o meu mensageiro para que prepare um caminho diante de mim. Então, a ideia de mensageiro, de preparação para algo e para alguém, é marcante no Livro do Profeta Malaquias.

Se não sabemos nada sobre um profeta chamado Ma-laquias, sabemos que seu texto é importante, pois é uma mensagem de Deus para seu povo. Não sabemos com exatidão quando o texto foi escrito. A possibilidade é que ele tenha aparecido entre os anos 515 a.C., data em que o altar do Templo de Jerusalém foi reconstruído, e o ano 440 a.C., antes da grande reforma de Esdras e Neemias. Seria, então, entre o século VI e V a.C.

Este texto pode ser dividido em sete partes. Vejamos: [1] A primeira parte é 1,2–5, bem curta. Nela o Profeta anuncia que Deus ama seu povo, mas está descontente com a nação chamada Edom. [2] A segunda parte é 1,6 a 2,9. Aqui o Profeta acusa o descuido dos sacerdotes com os sacrifícios. [3] Esta parte é de 2,10–16, também peque-na. O Profeta condena os matrimônios mistos, isto é, en-tre judeus e pagãos. [4] Na quarta parte, de 2,17 a 3,5, o Profeta anuncia que o Senhor virá como Juiz e julgará a conduta de todos. [5] A quinta parte é 3,6–12. Nesta parte o Profeta afirma que é necessário retribuir ao Senhor pelo bem que Ele faz. [6] Em 3,13–21 o Profeta declara que os justos serão recompensados e os maus castigados. [7] Este final, em 3,22–24, apenas três versículos, é uma exortação à observância dos compromissos que a Aliança propõe ao seu povo. Virá para todos os Messias, que será anunciado pelo Profeta Elias, o precursor.

É este ponto que nos interessa e que nos faz olhar para Malaquias como o Profeta do Natal. Neste final de ca-pítulo três, temos o versículo 22: Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo, a quem eu prescrevi, no Horeb, para todo Israel, estatutos e normas. O sentido é que to-dos os leitores da Escritura devem considerar estes dois elementos: Moisés, o servo do Senhor, e a Lei que ele propôs conjunto de estatutos e normas. Este é o caminho para ser seguido. Em hebraico pode-se dizer “caminho” com a palavra “torah”. E este é o nome dos primeiros livros da Bíblia, que os Cristãos chamam de Pentateuco, mas que os Judeus dizem “Torah”, caminho, estrada para Deus, seu conhecimento e comunhão com Ele.

Então, Moisés e a Torah como caminhos para o encontro com Deus. É o sentido deste versículo 22. E os versículos 23 e 24 completam de modo brilhante esta ideia do 22. Lemos: Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia de Senhor, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que eu não venha ferir a terra com anátema. Aqui temos vários elementos que veremos muito brevemente.

Elias, o Profeta: O Livro de Malaquias, neste ponto, assume uma tradição antiga entre os Judeus. Ela dizia que o Profeta Elias, famoso defensor dos injustiçados e ardoroso anunciador da Aliança, deveria voltar. Em 2 Reis 2,7–13 lemos o relato de Elias sendo levado ao céu, de um modo grandioso. A ideia é que o Profeta era tão grande, tão próximo de Deus por ser seu servo, que nem enfrentou a morte: foi para Deus diretamente. As-sim, diziam que do jeito que ele foi, poderia voltar para anunciar o Messias.

O coração dos pais para os filhos: Este é o segundo ponto importante. Os pais retornarão aos filhos o cora-ção, isto é, a vida, o afeto, a visão de mundo. Isto será alcançado pelo Messias que o tal Profeta Elias deveria preceder.

O Dia do Senhor: Não está sempre claro, na leitura dos Profetas, se o tal “dia do Senhor” é um dia de alegria ou de destruição. Aqui parece que é um dia de resgate, de retomada do que estava perdido.

O “anátema”: Esta palavra quer dizer exclusão, que por sua vez pode significar expulsão. A ideia é que o Messias não levará mais à exclusão. Ele será anunciado pelo Profeta Elias, que deverá retornar no Dia do Senhor. Então acontecerá a salvação. Isto é já declarado um pou-co antes, em 3,20, na primeira parte do versículo, quan-do se lê: Mas para vós que temeis o meu nome, brilhará o sol de justiça, que tem a cura em seus raios.

É neste sentido que João Batista era interpretado: como o precursor do Messias. Em Mateus 17,10–13 le-mos um texto interessante. Depois da transfiguração de Jesus, na passagem anterior, 17,1–8, os discípulos ques-tionam Jesus sobre o retorno do Elias, como citado em Malaquias. Este seria um dos sinais da vinda do Messias. Jesus, que é o Messias esperado, afirma que Elias já ha-via voltado, mas que não foi ouvido e aceito; antes, foi assassinado pelas autoridades. Os discípulos entendem, então, que Jesus falava de João Batista, que assumiu a figura, o ímpeto, a missão de Elias.

E tudo isto vem dos poucos versículos do Livro do Profeta Malaquias.

No Judaísmo antigo Malaquias é chamado de o “selo dos Profetas”. Isto pelo fato de ser o último dos Livros Proféticos. Para o Cristianismo ele pode também ser o “selo”, mas não apenas porque fecha o conjunto dos li-vros proféticos, e sim porque, com seu anúncio do Mes-sias e com a vinda do precursor do Messias, ele introduz o tempo de Jesus Cristo, o Salvador nascido no Natal.

Feliz Natal a todos!

O último livro dos Profetas encerra o Antigo Testamento.Ele anuncia a vinda do Messias, e antes dele vem o precursor.

Neste tempo de Advento e Natal somos convidados, pelos Profetas e personagens da Sagrada Escritura,

a receber o Salvador, Jesus Cristo, filho de Maria e de José.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

05/dez Airton Caetano Brasil09/dez Alcino Rodrigues de Souza03/dez Alex Sandro de Lima18/dez Alexandre Silva de Oliveira04/dez Aluiza Tomaz da Silva20/dez Ana Cleide Gomes do Nascimento26/dez Ana Hélia da Silva Santos31/dez Ana Maria Santos da Paz17/dez Ana Padilha Marques08/dez Antonia Pereira Rodrigues28/dez Antonio Arles Gomes de Farias20/dez Antonio Lúcio Alves22/dez Antonio Santana de Melo18/dez Bernadete Lucinda Amaro da Silva14/dez Claudio José da Silva25/dez Daiane Miranda Leal25/dez Derisvania Neres de Sousa22/dez Dinalva dos Santos Menezes da Rosa14/dez Edcarlos Carvalho07/dez Edvaldo Batista dos Santos05/dez Eliana Souza Campos16/dez Fabio de Araujo Melo09/dez Fábio de Matos Teles27/dez Fagna Ferreira Feitosa30/dez Francisca Anízia C.Silva13/dez Francisca Salviano Leite07/dez Guiomar Bolçanelli Martins09/dez Isabel Cristina Dias10/dez Ivonete Oliveira Dias08/dez Jaqueline Julião Paixão16/dez João Fernando Baseatto19/dez José Euto dos Santos23/dez José Madeiro da Silva

27/dez Josefa R. de Sousa12/dez Josélia Alexandrino de Brito11/dez Jucélia S. Nascimento25/dez Manoel de Souza Alves02/dez Marcos Geraldo Alves06/dez Marcus V. da Costa Patrão06/dez Maria Alzenira Rodrigues de Lima09/dez Maria da Conceição S. Gomes07/dez Maria da Guia Tavares26/dez Maria das Graças da C. Silva29/dez Maria de Fátima Souza Silva21/dez Maria de Jesus Galvão Alves27/dez Maria de Lourdes Nobre da Silva25/dez Maria de Lourdes Souza Santos21/dez Maria de Lurdes Silva Filha29/dez Maria do Socorro P. de Oliveira24/dez Maria do Socorro R. de Mesquita26/dez Maria Domingas de Souza13/dez Maria Helena dos Santos Oliveira06/dez Marua Laurzirlândia Costa09/dez Maria Marcilene B. Sousa Vidal31/dez Maria Neuza Silva Sales03/dez Maria Ribeiro de Novaes01/dez Mira Xavier de Oliveira31/dez Neci Silva Vieira de Miranda11/fev Noemia Inácio de Sousa Cruz14/dez Norma Izar26/dez Odair José Lemos29/dez Ozelita Maria Silva de Caldas06/dez Paulo Vicente de Jesus13/dez Rafael Ferreira de Matos30/dez Raimundo Carvalho Correia10/dez Reginaldo Alves Feitosa02/dez Ricardo Rodrigues Damasceno

28/dez Rita de Cássia Hipoldi13/dez Roberto Francisco Carvalho02/dez Sabrina Freitas dos Santos28/dez Sandoval de Jesus Souza12/dez Sebastião Parnaiba de Andrade26/dez Severino André Sobrinho19/dez Simone Teixeira da Costa23/dez Sonia Facchim02/dez Sueli Rosa Santana16/dez Suzana Bezerra da Silva18/dez Tereza Antonio Oliveira da Silva17/dez Valdinei Santana da Silva

PARABéNS AOS DIzIMISTAS QuE FAzEM ANIVERSáRIO NO MêS DE DEzEMBRO

Quando chegaram a Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo foram a Pedro, e per-guntaram: ‘O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? Pedro respondeu: ‘Paga sim. . Na antiga Palestina havia dois impos-tos: o do Templo e o imposto imperial. Esse comportamento obrigatório exigiu do judeu um duplo desembolsar de suas economias.

O imposto implica domínio sobre os bens da pessoa e onera o bolso do contribuinte. A ideia fundamental do evangelho é a seguinte: os homens são filhos de Deus, antes de ser súditos de qualquer poder. No entanto é mui-to complicado admitir esta tese...

Imaginem vocês se todos resolvessem de vez, negar o pagamento dos impostos ao Estado. Cairíamos num colapso do Estado. A razão que o evangelho evidencia é de que devemos evitar escândalos. Por esta razão Jesus pediu a Pedro que fosse ao mar e jogas-se o anzol na água para recolher a sua oferta (vv. 26 27).

E nós como nos comportamos diante dos impostos?

Toda instituição, todo partido, toda asso-

SOMOS lIVRES PARA RETRIBuIR Ou NãO?ciação tem seus contribuintes. Se não fosse assim como sobreviveriam? Você já ima-ginou se cada associado contribuísse com o que quisesse? Por que na Igreja deve ser diferente?

Jesus decidiu pagar o imposto...

Você não poderia pôr em prática a decisão, para valer? Perdemos, constantemente, esta possibilidade de animar a força interior de decidir. Quando você decidir ser um verda-deiro dizimista sentirá mais paz e tranqui-lidade.

A razão é simples quando a pessoa contri-bui com o dízimo está dizendo para o cé-rebro: eu tenho tanto que posso contribuir com dez por cento, não é mesmo?

Acontece que nem todos estão dispostos a assumir esta atitude. Sempre serei abençoa-do quando dou o meu dízimo com disponi-bilidade e liberdade.

Decida e tome uma iniciativa...

Você verá que tudo será diferente em sua vida...

Alaide SantiagoCelia Maria Castelli e Alessandra AlcorezaCosme Soares de OliveiraDorval a. de MouraEduardo NogueiraIsmael Ferreira de MatosKaoro KatoLeonor Alonso PolinaroLuis Carlos MontorsiManoel Alves Baleeiro Alves Manoel FranciscoMarcelo BianchiniMarcio Raimundo RibeiroMaria Aparecida Cance MacedoMiguel Claudino FerreiraNadir Martins TelliNeuza Ramos de SouzaPaula Aparecida Vicente Salgados Souza RamosTereza Berta LucindaVicentina de SouzaZilda da Silva Alves

CAMPANHA DO TERRENO DA CAPElA NOSSA SENHORA APARECIDA