pág. 08 pág. 03 sta edwigessantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/setembro... ·...

16
S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 297 * Setembro de 2015 Pág. 15 Psicologando De quem é a culpa pela sua felicidade ou infelicidade? A Terceirização da Felicidade Pág. 06 Profeta em tempos difíceis, Sofonias é forte nas palavras, decidido nas imagens e exigente no comportamento. Mais um dos Doze Profetas que deixou fortes e decididas marcas. Os Doze Profetas: Sofonias Pág. 08 Pág. 06 Especial “Os três olhares do padre: para Cristo, para a comunidade e para o mundo”. O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”. O sacerdote deve ter: um olhar dirigido a Cristo; um olhar dirigido à comunidade e um olhar dirigido ao mundo. Pág. 03 OSSE E UNIFAI – Uma Nova Parceria Notícias O objetivo dessa parceria é a realização de uma avaliação e monitoramento do trabalho social realizado na OSSE, pelos alunos de pós-graduação do Centro Universitário Assunção (UNIFAI). Especial Cantinho da Catequese Agora a pastoral da Catequese Infantil terá um espaço no Jornal de Santa Edwiges, onde serão abordados vários assuntos.

Upload: vanlien

Post on 08-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 297 * Setembro de 2015

Pág. 15

Psicologando

De quem é a culpa pela sua felicidade ou infelicidade?

A Terceirização da Felicidade

Pág. 06

Profeta em tempos difíceis, Sofonias é forte nas palavras, decidido nas imagens e exigente no comportamento. Mais um dos Doze Profetas que deixou fortes e decididas marcas.

Os Doze Profetas: Sofonias

Pág. 08

Pág. 06

Especial

“Os três olhares do padre: para Cristo, para a comunidade e para o mundo”.O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”. O sacerdote deve ter: um olhar dirigido a Cristo; um olhar dirigido à comunidade e um olhar dirigido ao mundo.

Pág. 03

OSSE E UNIFAI – Uma Nova ParceriaNotícias

O objetivo dessa parceria é a realização de uma avaliação e monitoramento do trabalho social realizado na OSSE, pelos alunos de pós-graduação do Centro Universitário Assunção (UNIFAI).

EspecialCantinho da Catequese

Agora a pastoral da Catequese Infantil terá um espaço no Jornal de Santa Edwiges, onde serão abordados vários assuntos.

Page 2: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

“Com a Bíblia eu aprendendo a escutar o que Deus quer me falar”. Iniciamos o mês de setem-bro, onde celebramos o mês da Bíblia, dando um destaque de amor e carinho à Palavra de Deus.

Na Bíblia, Deus nos fala através de palavras e acontecimentos, por isso é importante que saiba-mos dar valor a Bíblia em nossa vida. Ela é a Pala-vra de Deus. Ela contém as verdades fundamentais da nossa fé, os ensinamentos e os mandamentos de Cristo. A Bíblia deve ser lida e vivida diariamente, pois a vivência da Palavra de Deus torna-se meio para a nossa salvação. Por isso é necessário que se leia a Bíblia não só no mês que é dedicado a ela, mas sim todos os dias.

O mês de setembro também traz consigo a Pri-mavera. Uma época que ocorre o florescimento de várias flores, um período em que a natureza fica mais bela e perfumada.

Aqui em nosso santuário, este mês é o que an-tecede a Festa e a Solenidade de Santa Edwiges. Neste ano celebraremos a 56ª festa. Muita coisa acontece envolvendo os coordenadores e mem-bros de pastorais e movimento, colaboradores da paróquia e outros voluntários. É gratificante de ver tanta gente envolvida para proporcionar uma bo-nita celebração á nossa padroeira Santa Edwiges e uma ótima acolhida aos devotos que irão visitar o nosso santuário.

A programação da festa e da novena de Santa Edwiges está na página 9 desta edição. Peço a to-dos que participem intensamente e que convide seus conhecidos, para celebrar conosco a novena e a festa de nossa padroeira.

Desejo a todos um ótimo mês de setembro.

Fiquem com Deus!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 05/09/2015Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 4 .000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

Karina [email protected]

editorial

Setembro6 Dom

Pastoral da Família (Formação p/ Casamto. Comunitário)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)AJUNAI (Preparação para a Liga Marelliana)SAV (Missa)

OSSESalão São José MarelloSalão São JoséSantuário

8h30 às 17h9h às 12h9h às 10h4011h

7 Seg Feriado da Independência do BrasilComunidade N.Sra. Aparecida (Romaria à Aparecida-SP) Aparecida-SP 6h

12 Sab

Grupo Emanuel (Liga Marelliana)Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Grupo de Oração N. Sra. Fátima (Encontro)Missa votiva de N.Sra. Aparecida

Curitiba-PRSantuárioSalão Pe. SegundoSantuário ou Sl. S. J. MarelloSede da Comunidade

-14h3014h30 às 15h3019h30 às 21h3020h

13 Dom

Grupo Emanuel (Liga Marelliana)AJUNAI (Encontro)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)Pastoral do Dízimo (Formação)Pastoral da AcolhidaEnvio das Capelinhas da Novena de Santa Edwiges

Curitiba-PRSalão São JoséSalão São José MarelloSantuárioSalão São JoséSantuário

—9h às 10h409h às 12h15h16h18h30

20 DomPastoral do Batismo (Retiro)AJUNAI (Encontro) Pastoral dos Coroinhas (Encontro)SAV (Missa)

A definirSalão São JoséSalão São José MarelloSantuário

—9h às 10h409h às 12h11h

21 Seg Encontro dos Pe’s. e Irmãos Oblatos por faixa etária Ipanema-PR —

22 Ter Encontro dos Pe’s. e Irmãos Oblatos por faixa etária Ipanema-PR —

23 Qua Encontro dos Pe’s. e Irmãos Oblatos por faixa etária Ipanema-PR —

24 Qui Encontro dos Pe’s. e Irmãos Oblatos por faixa etária Ipanema-PR —

25 Sex Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas) Salão São José Marello 7h às 10h30

26 Sab

Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)Catequese (Gincana Bíblica)Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Pastoral Missionária (Encontro)Ministros da Palavra (Reunião e escalas)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Grupo de Oração N. Sra. Fátima (Encontro)Novena de N.Sra. Aparecida (Capela)Grupo Emanuel (Encontro)

Salão São José MarelloEMEF GonzaguinhaSantuárioSalão Pe. SegundoSala São PedroSala Pe. Pedro MagnoneSalão São JoséSantuário ou Sl. S. J. MarelloSede da ComunidadeCapela da Reconciliação

8h30 às 10h3014h às 17h14h3014h30 às 15h3015h3017h18h19h30 às 21h3020h20h

27 Dom

AJUNAI (Encontro)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)Novena de N.Sra. Aparecida (Capela)Pastoral do Batismo (Celebração)SAV (Reunião)Missa de envio da Festa de Santa Edwiges

Salão São JoséSalão São José MarelloSede da ComunidadeSantuárioSalão São JoséSantuário

9h às 10h409h às 12h10h16h16h18h30

28 Seg Novena de N.Sra. Aparecida (Capela) Sede da Comunidade 20h

29 Ter Novena de N.Sra. Aparecida (Capela)Reunião do CAE (Conselho de Assuntos Econômicos)

Sede da ComunidadeSantuário

20h20h

30 QuaEncontro de Secretárias Paroquiais (Espiritualidade)Fraternidade São José (Reunião)Novena de N.Sra. Aparecida (Capela)

Centro Sagrada FamíliaSalão São JoséSede da Comunidade

8h30 às 12h20h20h

Page 3: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

especial 03santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

CANTINHO DA CATEQUESE

Olá querido catequizando (a) de nosso Santuário Santa Edwiges!

Voltamos das nossas férias com notícias maravilhosas!

Queremos dividir com vocês esta nova conquista: um espaço no Jornal de Santa Edwiges só para nós, onde serão abordados vários assuntos.

O jornal é divulgado todo mês e contamos com a sua colabora-ção para torná-lo bem útil a nossa vida. Além de várias matérias para o enriquecimento de nossa fé, será também um meio de comunica-ção para os pais, com avisos im-portantes sobre a Catequese.

Você também pode contribuir com as nossas matérias, nos tra-zendo textos e curiosidades.

Estamos começando também uma nova etapa. Sejam todos bem vindos! Que a cada dia possam aprender mais sobre esse Deus tão carinhoso. Que esse semestre seja proveitoso e que nossa fé se forta-leça no amor de Jesus.

TARDE VOCACIONAL

No sábado, 22 de agosto, a Ca-tequese Infantil e Infância Mis-sionária em união com o SAV (Serviço de Animação Vocacio-nal) do Santuário Santa Edwi-ges, em uma tarde agradável reu-niu 230 crianças e adolescentes para um momento de formação, partilha e oração pelas vocações.

O encontro oferece uma opor-tunidade para que cada um pos-sa discernir melhor a sua voca-ção como cristão, em um evento alegre e descontraído.

A tarde iniciou com encontro de todas as crianças na igreja

para separação dos grupos, em seguida foram orientadas para um dia diferente e dirigidas para oficinas que foram separadas em quatro salas, com os temas: Vo-cação Sacerdotal, Matrimonial, Religiosa e Leiga.

A primeira sala foi conduzida por integrantes da pastoral do SAV, Wallace e Marlene, eles destacaram a beleza e a impor-tância da vocação sacerdotal. “Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente e o cora-ção de Jesus Cristo”, e ensina-ram que assim como Jesus cha-mou Pedro, Tiago e João, assim também Ele fixa o olhar em cada um e diz: “Vem e Segue-me, que eu te farei pescador de homens”, reforçando assim a urgência em suscitar santas vocações para a vida sacerdotal.

Já a segunda oficina ficou por conta da Edna, Leo e Luiza. Elas falaram sobre a Vocação Reli-giosa e ressaltaram que é um chamado de Deus e pode ser seguida por homens e mulheres, eles deixam tudo e colocam-se inteiramente a serviço dos ir-mãos mais necessitados. Essas pessoas buscam as congregações que mais se identificam e se pre-param para servir.

O casal Débora e Fábio falou sobre a Vocação Matrimonial, destacaram o amor de Cristo pela humanidade e baseados em textos bíblicos realizaram uma linda e rica reflexão. “Não é bom para o homem ficar só”, disse Deus, nem é bom para a mulher (Gn 2,18-25). “Faça-mos o homem nossa imagem e semelhança” – e os fez homem

e mulher; em seguida os aben-çoou (Gn 1,26-28). O matri-mônio é o sacramento do amor entre um homem e uma mulher e deve ser marcada pelo amor verdadeiro, como entrega livre e saudável de um para o outro.

A Vocação Leiga ficou por conta da Michele e Helena, que destacaram a importância do leigo na comunidade e suas di-versas formas de trabalhar para o Reino de Deus. “O Espírito Santo distribui entre os leigos dons e carismas para servirem mais diretamente a comunidade eclesial, através dos ministérios como: catequese, liturgia, minis-tério da Eucaristia, da palavra, do canto, da saúde, da promoção social, entre outros”.

Para os catequistas e auxilia-res presentes, foi também uma tarde de aprendizado e vivência da vocação a qual foram chama-dos, onde puderam presenciar o grande entusiasmo vindo das crianças pelo tema, assim os entusiasmando ainda mais a se-guirem suas vocações de levar a palavra de Jesus.

Para Vitor Henrique, 10 anos, Auxiliar da Cateque-se, à tarde o enriqueceu de conhecimentos, “apren-di que a vocação leiga é muito importante para o cristão e que podemos ter mais de uma vocação, pos-so ser leigo e ter vocação para o matrimônio”.

E para o catequista do Santuário, Bruno Arthur, 25, o evento foi de grande importância para as crian-ças, elas puderam conhecer o verdadeiro significado do que é a vocação: um cha-mado de Deus que se estendem a todos aqueles que são batizados.

Para finalizar, as crianças se reuniram no salão José Marello e se divertiram com dinâmicas dirigidas pela pastoral do SAV e depois partilharam um gostoso lanche de despedida.

Maria Ribeiro

Aconteceu na quinta feira dia 20/08, nossa primeira reunião de pais das crianças de 1ª Eta-pa. Iniciamos com um momen-to de oração e com uma breve explicação dos trabalhos rea-lizados em nosso grupo, com apresentação dos catequistas e auxiliares aos pais. Tivemos uma dinâmica para explicar a importância dos pais caminha-rem juntos com os catequistas no processo de evangelização

das crianças, um momento de interação e alegria entre as fa-mílias presentes.

Obrigada a todos os pais que compareceram e buscam des-de já acompanhar a formação cristã de seus filhos. Que Jesus esteja sempre à frente dos nos-sos caminhos, sendo a direção e proteção de nossas famílias.

Ketelyn Silva

ACONTECEU

No mês de setembro comemoramos o mês da Bíblia.

Que nos aprofundemos na Palavra de Deus, encon-trando conforto e direção para os nossos caminhos.

“Tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho!” (Sl 119, 105)

VOCÊ SABIA?

Page 4: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

04

Continuando a aventura, no dia 22 estivemos mais focados em Marara, visitando as realidades do local, a casa onde a paróquia hospeda seis meninos que estudam e não são do povoado. Eles vêm de outras localidades e não querem ficar na hospedagem da escola, porque não dispõe de condições, pois mes-mo sendo precário devem dar uma contribuição para estar no internato. Visitamos a creche das Irmãs, e tivemos o contato com as crianças, todas pequenas, muito espertas, porém é outra postura e realidade. Ao meio dia voltei para tirar fotos delas dormindo nas esteiras, que é utilizado para dormir, para sentar no chão, é multiuso.

À tarde, fomos ao maior embundeiro árvore gran-de e com uma frágil constituição não dá madeira para corte, quando cai ou é cortada perde toda a sua consistência e fica como podre, produz um fruto que comem a sua crosta que é um pó tem um sabor apro-ximado com a tangerina talvez.

Esse dia a noite foi um dia muito produtivo, com um longo e demorado bate papo, reflexão, esclareci-mentos da realidade e da vida com os padres na mesa do jantar e foi até depois das vinte e duas horas. Veio à tona a questão de dinheiro, houve comparações de um metical (moeda local) não vale nada, ou muito pouco com relação ao dólar, mas não se pode pensar sem ele, é muito difícil para adquirir dez meticais. Para tanto se faz um trabalho muito grande de espera. As fon-tes de produção, os animais e as hortas, dependem de tempo e do tempo para cultivar, produzir e depois de produzido, o valor é o mínimo, exemplos: um cabrito grande $1.400,00 meticais, em dólar U$36, em reais R$123,00, uma galinha 140 meticais, em dólar três e meio, em reais doze reais, um litro de feijão bom na feira, 38 meticais, ou seja, 1 dólar, em reais 3,30. Poderia citar outros exemplos comparativos de nosso diálogo, em que a conclusão dos padres é que: estan-do no local não se pode pensar com o dólar ou o real, pois as moedas fortes fazem causar o desperdício nas aquisições, pois a realidade se faz com o metical e não com o dólar ou o real.

Moral e direito canônico, não tem como se fa-zer aplicar, em uma sociedade de formação biga-mia, poligâmica, como aplicar a fidelidade, pois os maridos tem direito local garantido de ter até cinco ou seis esposas, estas cristãs, fiéis, querem viver a fé, como ficam os sacramentos? Como fica a introdução da moral? E os princípios?

Há uma cultura de chefes, no povoado tem o que manda em todos, autoriza e desautoriza, tem que se respeitar, se não estiver tem o subchefe, ou o adjunto do sub e na falta dos três primeiros tem o

Um Breve relato da visita à Missão dos Oblatos de São José em Moçambique, Província de Tete, cidades de Tete e Marara

subadjunto do adjunto. É muito tranquilo, o chefe fa-lou tá falado e acabou. Os pais tem autoridade, falou está falado. Assim na escola existe entre os alunos o Chefe geral, que manda com os chefes de cada sala, que tem os chefes das tarefas, que mandam na equi-pe e por fim tem quem não é chefe que só obedece e não pode reclamar de nenhum dos setores da or-ganização. Quem executa são os não nominados, os chefes tem o privilégio de estar na chefia.

Cultura do receber ganhavam tudo. Com os pa-dres estão tendo que assumir resolver e partir para produzir. Isto causa certo desgaste dos padres que são pobres e que nada tem. Pedem dinheiro em-prestado para devolver depois. Vão à igreja para receber coisas do padre. Daí tanto que a coleta da paróquia de Marara por mês perfaz a quantidade de dois dólares, tamanha a falta de capacidade de aquisições bem como da circulação de moedas en-tre a população.

As tarefas de peso são das mulheres, elas que car-regam a água na cabeça, levam o filho nas costas, carregam o feixe de lenha na cabeça. O homem pode caminhar junto, mas só presença não é colaboração. A mulher anda a pé, o homem de moto ou de bicicleta, ou às vezes carregando o rádio para ouvir um som, ou leva a placa de energia solar para carregar a bate-ria do celular. As meninas geralmente têm filhos entre 12 e 14 anos. A população de 13 a 20 anos por causa da guerra geralmente não conhece os pais. Porém há exceções, uns estão com tios, irmãos, avós, ou um co-nhecido que sobrou vivo no período da guerra.

Os animais são criados soltos, e as roças são cercadas. Os meninos vivem atrás dos bois e dos cabritos, andam mato afora para cuidar. Quando o menino é pequeno, geralmente vão dois pequeninos, e quando maior é um só que anda atrás do gado e dos cabritos para pastar, à noite recolhem em casa, onde ficam fechados em pe-quenos currais ao redor da casa do seu dono.

Nos dias 23 e 24 visitamos outras comunidades, onde aconteceram às celebrações das missas, e no do-mingo retornei para a cidade de Tete com os padres Devanil e Giancarlo, que na terça deveriam estar para a reunião com o Bispo, reunião do clero da Diocese.

Dia 25 estivemos na Antiga Missão de Borhoma, a mais antiga missão do Moçambique, onde há um ce-nário muito bonito junto ao rio Zambeze. Porém que tudo em ruínas graças às circunstâncias das guerras e do uso do patrimônio por parte do governo. Foi um dia tomado de novidades e de realidades novas, visita-mos a casa das Irmãs Catequistas Franciscanas, onde estão na missão duas religiosas brasileiras.

palavra do pároco-reitor santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

Continuação

Page 5: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

Dia 26 contato com o clero, com o Sr Bispo e todas as suas problemáticas, uma reunião tranquila e dentro dos seus padrões. À tarde conheci uma comunidade da Paróquia São José de Tete, onde foi celebrada a missa e recordada à memória de São Felipe Neri. Re-cordamos também o fato de que São José Marello es-teve nesta festa há 120 anos para celebrar os trezentos anos da morte de São Felipe Neri.

Dia 27 pela manhã fui à paróquia São José, com os padres Ângelo e Edenilson, tendo conhecido o am-biente, seguimos para o Kwacena, (quer dizer ama-nhecer), e aí ao céu aberto todos os tipos de produtos e ofertas se fazem, uma verdadeira babilônia, onde tudo se oferece tudo se vende se troca, enfim... . A tarde na paróquia foi realizada uma reunião com a finalidade de abrir a escolinha paroquial para atender carentes, com um bom grupo de voluntários.

Tete é uma realidade urbana, tem duas mesquitas na cidade e os islâmicos chegaram antes, tem certa ascendência, mais não o predomínio, tendo outras re-ligiões como Universal, Assembleia de Deus, Meto-dista, e uma religião da África, dos Santos Apóstolos.

Perguntas que fiz sobre o que possível ser feito?

Em Tete, tendo em vista que é uma realidade totalmente urbana, cidade, a forma de garantir a vida é rururbana.

1. De imediato a instalação da secretaria, com um programa, banco de dados para digitalizar e organizar os registros que estão confusos.2. Criação de um arquivo.3. Preparar para o atendimento sistematizado de secretaria.4. Formação para lideranças, catequistas, traba-lhar com o dízimo, missões localizadas, visita-ções e formação de novas CEBs, grupos, etc.5. Pastoral da Criança.6. Ajudar a organizar o arquivo da Cúria central, documentação da Diocese.7. Ajuda na escola paroquial, seja como profes-sor ou auxílio de encaminhamentos.

Em Marara, é uma cidade, povoado rural e têm como atividade praticamente as Hortas - roças.

Imediato

1. Uma coleta para garantir a alimentação dos mis-sionários, de R$500,00 reais mensais por 18 meses.2. Contato via carta, facebook ou telefone (serve para Tete).

Médio prazo

1. Trabalhar com lideranças, dízimo, cateque-se, pastoral da criança.2. Formação para coordenadores.

05

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

palavra do pároco-reitorsantuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

ENDEREÇO

Rua Domingos Ferrão, 81 Caixa Postal, 281 - Tete - Moçambique

Pe. Devanil Ferreira - Fone: 00258-828616606 | [email protected] Pe. Angel Romano - Fone: 00258-828616605 | [email protected] Pe. Ednilson A. da Silveira Fone: 00258–84202625 | [email protected]. Giancarlo Jesus Obregon | [email protected]

3. Que se disponha a fazer trabalho agrícola de horta, formar sobre cuidados de produção.

Longo prazo

1. Um projeto maior para o ano2. Que possa fazer produzir, horta e animais para suster a missão.3. Que se trabalhe com instalação, manuten-ção de sistema de eletricidade solar, para gerar possibilidade de trabalhar a noite em reuniões, eventos, formação e bombeamento de água.4. Produção de alimento para produzir animais, armazenamento para o período seco.5. Restituição de um antigo pomar da missão católica de Marara.6. Trabalho de produção e aproveitamento de frutas de pomar, carnes de animais.7. Produção de peixes próximo ao rio Zambeze.8. Produção de mel.

As missões estão bem, os missionários também, em uma reflexão sobre o que ser feito, uma das ir-mãs disse-me algo que me fez pensar e não posso deixar de relatar: “o missionário supera o sol, su-pera a sede, supera a fome, a falta de transporte, mais não supera a dor de ser esquecido”. E outro relato: “que a alegria do teu envio terminou o dia que você pôs o pé na sua nova realidade. A partir desta hora a saudade e a dificuldade são suas, e o primeiro a te esquecer é o que te enviou, comple-tou ela, uma coisa a se fazer é lembrar, fazer um contato, rezar é bom, ter intenção é bom, melhor é ser um tanto presente, recordando destes que estão na missão.”

Após

Concluo que esta foi uma experiência que muda conceitos e formas, dá uma nova dimensão de pensar. Foi muito rico para a vida pessoal e agora vamos com os que querem de modo voluntário ajudar, nos preparando para começar a realizar a missão leiga para Moçambique.

Devemos ordenar a partir das Missões Josefinas em Cascavel, começar a ordenar o que se fazer e com quem fazer o que encaminhar para em 2016 começar esta nova aventura de fé e esperança por um povo que precisa de ajuda, e uma missão que pode receber a nossa contribuição.

Agradeço ao Pe. Miguel pelo convite e desafio, junto a isso o encaminhamento junto ao Provincial e o Conselho que acolheram e encaminharam a possi-bilidade da realização a quem sou grato, agradeço a Lenira pelos encaminhamentos, às pessoas que cola-boraram no Santuário para a doação de mais de 1.800 dólares doados para a causa Missionária. Agradeço a acolhida dos Padres, Devanil Superior da Missão e

Pároco de Marara, Pe. Ângelo Pároco de Tete e su-perior da casa, aos Padres Edenilson e Giancarlo, por tudo, pela condução em mais diversos ambientes para de fato conhecer profundamente e próxima a realida-de. Agradeço a todas as pessoas que fiz contato, re-ligiosas, religiosos, leigos, padres e Bispo, de modo particular a brasi-leira Solange que dialogamos lon-gamente nos ae-roportos de Tete e Johanesburgo, e foi de grande contribuição para os elementos em caso de ida de mu-lheres para a mis-são, dado o fato que ela já reside em Tete a mais de ano. Sou mui-to grato de todos os missionários e missionárias que acompanharam esta aventura com suas preces, com o apoio espiritual, com expectativa, e com esperança das novidades de como será o nosso amanhã. Enfim, agradeço a Deus por me iluminar, por esta possibi-lidade, pela oportunidade de experimentar uma nova realidade de vida.

Page 6: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

06psicologando

A terceirização da felicidade

palavra do bispo santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

“OS TRÊS OLHARES DO PADRE: PARA CRISTO, PARA A COMUNIDADE E PARA O MUNDO”.

O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”. O sacerdote deve ter: um olhar dirigido a Cristo; um olhar diri-gido à comunidade e um olhar dirigi-do ao mundo.

1. Olhar para Cristo

Jesus quis que os ‘Doze apóstolos convivessem com ele’, para depois mandá-los em missão.

Eles são testemunhas, isto é, antes de serem pessoas que falam e anunciam, foram pessoas que viram e ouviram. Sem experiência de Jesus, não há anún-cio realmente evangelizador. As pesso-as de hoje, marcadas por uma cultura fragmentada e cética, solicitam de nós, sacerdotes, uma experiência forte de Deus a ser comunicada e partilhada.

Daí a necessidade de manter nosso olhar sempre voltado para Cristo; pois nós, sacerdotes, não somos funcioná-rios do sagrado, nem profissionais da religião, e muito menos burocratas de uma instituição eclesiástica. Somos, segundo palavras de São Paulo, “ad-ministradores dos mistérios de Deus” (cf. 1Cor 4, 1). E o que se exige de um bom administrador é fidelidade; e só seremos fiéis se mantivermos uma amizade profunda e sincera com Cris-to. Amizade que se concretiza efetiva-mente através da oração.

“Sabe viver bem, quem sabe rezar bem” – disse Santo Agostinho. O sa-cerdote que não reza não vai longe ou não vai fundo, nem na vida espiritual e nem na ação pastoral. Só somos capa-zes de amar profundamente e até o fim o povo se nutrimos uma profunda ami-zade por Cristo. Assim se deu com São Pedro, que foi convidado a apascentar o rebanho a partir de seu amor incon-dicional por Jesus (cf. Jo 21, 15-17). E assim foi também com São Paulo, para quem a paixão missionária ardia pelo fogo da caridade divina: “Para mim o viver é Cristo” (Fl 1, 21) e “O amor de Cristo nos impulsiona” (2Cor 5, 14).

2. Olhar para a comunidade

O sacerdote deve sobretudo manter a

unidade da comunidade. Ser “homem de comunhão”. Afirma o Concílio Va-ticano II: “Os padres foram postos no meio dos leigos para levarem todos à unidade da caridade (...). É tarefa de-les harmonizar de tal forma as diversas mentalidades, que ninguém se sinta es-tranho na comunidade dos fiéis” (PO 9, 3). Neste sentido, nós, sacerdotes, somos ‘construtores de pontes’. Ho-mens que sabem ser mediadores, lidar com os conflitos e articular as diferen-ças, a fim de levar as diversas posições à reconciliação. Pois, onde Cristo está verdadeiramente presente, não há nem vencedores nem vencidos, mas apenas reconciliados.

3. Olhar para o mundo

O sacerdote não pode reduzir seu raio de ação à Igreja apenas. Tem que olhar para fora, para o mundo. Afinal de con-tas, a Igreja não é um mundo à parte, mas parte do mundo. O sacerdote além de ser “homem de Deus”, “homem de Igreja”, é também “homem do mundo”, no sentido de que está a serviço de to-dos. É o grande pedido do Papa Fran-cisco: uma “Igreja em saída”!

Portanto, evangelizar o mundo é ta-refa do ministério sacerdotal. Mundo marcado pelo consumismo e pela bus-ca desenfreada do prazer; fortemente influenciado pelo egoísmo, deixando, em segundo plano, o interesse pelo

Dom José RobertoBispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

De quem é a culpa pela sua felici-dade ou infelicidade?

A felicidade é um estado que se altera com frequência e temos o péssimo ha-bito de coloca-la como responsabilidade de outras pessoas. Mas afinal, de quem é a culpa por sermos felizes ou infelizes?

Realmente, somos seres infelizes por acreditarmos que ela depende de tercei-ros. Vivemos numa busca desenfreada tentando achar o culpado ou responsá-vel por nos proporcionar a felicidade.

Queremos constantemente tercei-rizar a responsabilidade de ser feliz, nos esquecendo de que somos os únicos responsáveis por ela. Ser e estar feliz só depende de nós.

A felicidade, como muito escuta-mos é um estado, e este estar é uma escolha única e exclusivamente sua.

É interessante quanto do ambiente corporativo/empresarial mistura-se com nossa personalidade e vida pes-soal. Hoje o que esta em voga nas ne-gociações corporativo é a terceiriza-ção do trabalho, as empresas querem eximir-se das responsabilidades traba-lhistas e da manutenção dos profissio-nais e o melhor pagando pouco.

Constantemente tentamos tercei-rizar nossa felicidade, assim como as empresas, colocamos todo o peso dela no outro, para que não nos pre-ocupemos em desenvolver e satis-fazê-la. Quando nos damos conta estamos infelizes e culpando o outro por carregar o peso de uma respon-sabilidade que não é dele.

Ser feliz só cabe a nós, pois sabemos nossas necessidades e como supri-las, devemos parar de nos vitimizar e to-mar as rédeas de nossas vidas.

Para ser feliz só depende de você querer estar feliz!

Dayane RodriguesPsicóloga Organizacional

próximo, especialmente por aque-les que se encontram em situação de grande penúria e sofrimento. Mundo que assume o individualismo exacer-bado como princípio de vida. É nes-te mundo fragmentado e confuso, em que o indivíduo perde a capacidade de dialogar com Deus, com a natureza e os outros, que nós, sacerdotes somos chamados a reabrir os caminhos que permitam o encontro com Deus e com o próximo. Nossa missão sacerdotal é uma missão de esperança, de otimis-mo, de confiança no ser humano, de descoberta de um sentido último para a existência humana.

Enfim, é isso que o povo espera de um sacerdote: não só um homem que o acolhe, que o escuta com gosto, mas também, e, sobretudo, um homem que aponta para o sentido último da vida, que o ajuda a encontrar Deus, a chegar até ele; à semelhança de João Batista que levou seus discípulos até Cristo. Agosto é o mês vocacional, mês de oração pelas vocações; rezemos, não somente em agosto, mas todos os dias do ano, para que o Senhor envie para sua messe, sacerdotes que tenham o coração de pastor, ou melhor, um co-ração semelhante ao de Cristo.

Page 7: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

07Batismo 27 de Julho de 2015

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Alexandre Roberto Souza Alves

santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015 batismo

Livya Paiva Rodrigues

Luana Almeida Silva Luis Henrique Gomes do Nascimento Luiz Felipe Garcia Jung

Nathan Kaique de Santana Bianco Pietra Martins Augusto Araujo Yasmin Sophia Silva Rolim

Page 8: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

notícias08 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

Na segunda feira (24/08) o presidente da OSSE Pe. Paulo Siebeneichler, Teresa Mara- Gerente Administrativo e Silmara Silva- Gerente do CCA Santa Edwiges, compareceram a uma reunião no Centro Universitário Assunção (UNIFAI- Vila Ma-riana), para conversar sobre uma possível parceria da OSSE com a referida Organização.

O objetivo dessa parceria é a realização de uma avaliação e monitoramento do trabalho social reali-zado na OSSE e, a partir daí orientar a implantação do Departamento de Serviço Social. Esse trabalho será feito pelos alunos da pós- graduação que, após uma pesquisa de campo, darão uma devolutiva orientando o que precisa ser feito para ampliar e melhorar esse trabalho.

É a OSSE procurando aprimorar seu trabalho.

Para dar início ao conhecimento do trabalho, no dia 25 de agosto, Pe. Paulo Siebeneichler, Teresa Mara, Silmara e o Ir. Júnior compareceram à UNI-FAI para fazer uma apresentação sobre a OSSE aos alunos da turma de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas.

A próxima etapa será uma visita dos alunos da pós-graduação à Obra Social de Santa Edwiges, ainda esse ano.

OSSE E UNIFAI - UMA NOVA PARCERIA Este trabalho está sendo orientado pela Professo-

ra Dra. Alessandra Medeiros.

Page 9: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

notícias 09santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

Plenário aprovou Projeto de Lei do ve-reador Aurélio Nomura que inclui 16 de outubro na lista de eventos oficiais do município

Vai à sanção do prefeito Fernando Ha-ddad o Projeto de Lei 133/2015, de au-toria do vereador Aurélio Nomura, que inclui no calendário oficial de eventos da cidade de São Paulo a Festa da Paróquia Santuário Santa Edwiges. A inclusão da data, comemorada anualmente no dia 16 de outubro, foi aprovada na quarta-feira (12 de agosto) no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo.

Santa Edwiges é considerada a padro-eira dos pobres e endividados. Dados históricos indicam que a paróquia, loca-

FESTA DE SANTA EDWIGES ENTRA NOCALENDÁRIO MUNICIPAL DA CIDADE

lizada no número 910 da Estrada das Lá-grimas, no Distrito do Sacomã, começou como uma capela, cuja pedra fundamen-tal foi colocada no terreno de 500 metros quadrados em 16 de outubro de 1926.

Anotações do Livro Tombo dão conta de que em 1 de dezembro de 1957 a capela passou a se chamar Paróquia de São João Clímaco. Em outra ata do Livro Tombo, datada de 22 de outubro de 1958, fala-se pela primeira vez de uma casa existente e pertencente à capela, que será comprada por Reinaldo Frederico, zelador dos bens da mesma. A Paróquia de São João Clíma-co foi desmembrada no dia 21 de abril de 1960, por meio de Decreto que criou a Pa-róquia de Santa Edwiges tonando-se sede. A paróquia foi elevada a Santuário

em 18 de abril de 1997 pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, tornando--se o primeiro Santuário do Brasil a ser reconhecido como Santuário Arquidio-cesano. Em 6 de dezembro de 1998, Dom Antônio Celso de Queiroz, Bispo Auxiliar da Região Episcopal Ipiranga proferiu a Consagração da Igreja. Em decorrência das devoções e do grande fluxo de devotos da capital paulista

e de outras localidades foi elevada a Santuário.

“Além de ser um lugar sagrado para pro-fessar a fé, o Santuário tem um trabalho social e assistencial importante na comu-nidade que contribui na busca e fomento de parcerias para a população carente do entorno”, afirma o proponente do Projeto de Lei que inclui a data no calendário ofi-cial de eventos da cidade de São Paulo. FESTA DE SANTA EDWIGES - 2015

Espaço para as crianças

Cachorro quente - Hamburguer

Tapioca - Batata Frita - Bingo

Churrasco - Pernil - Doces - Bebidas

Hawaiana - Fogazza - Pastel - Pizza

QUERMESSE Das: 17h às 22h

Dias: 03,04,10,11,16,17,18,24 e 25

de outubro

16 de Outubro

Dia de Santa Edwiges

Missas às 7h, 9h, 11h, 13, 15h, 18h e 19h30

BARRACAS

PROGRAMAÇÃO FESTIVA

56ª56ª FESTA DE SANTA EDWIGES - 2015

Local: Paróquia Santuário Santa Edwiges

Estrada das Lágrimas, 910 - Sacomã - Fone: (11) 2274-2853

www.santuariosantaedwiges.com.br

PROGRAMAÇÃO RELIGIOSA Novena de Santa Edwiges

07/10 - 1ª DIA ÀS 19H30 - O CRISTÃO E A RIQUEZA Pe. Edson Pacondes - Comunidade São Bernardo 08/10 - 2ª DIA ÀS 19H30 - SABER SOFRER Pe. Natal - Comunidade São Vicente 09/10 - 3ª DIA ÀS 19H30 - SORRIR SEMPRE Pe. Pedro - Comunidade Santa Paulina 10/10 - 4ª DIA ÀS 16H - A GENEROSIDADE CRISTÃ Dom José Roberto Fortes Palau 11/10 - 5ª DIA ÀS 18H30 - SABER FALAR E SABER CALAR Pe. Paulo Siebeneichler 12/10 - 6ª DIA ÀS 19H30 - CONFIANÇA EM DEUS Pe. Paulo Siebeneichler 13/10 - 7ª DIA ÀS 19H30 - AS PEQUENAS COISAS Pe. Belo - Comunidade Santo Antonio 14/10 - 8ª DIA ÀS 19H30 - SABER LUTAR Pe. Lisâneos - Vila das Mercês 15/10 - 9ª DIA ÀS 19H30 - O CUIDADO COM A VIDA ESPIRITUAL Pe. Lino - Com. Santa Ângela e São Serapião 16/10 - Todas as missas com convidados especiais

18/10 - MISSA E PROCISSÃO ÀS 15 HORAS

EXPEDIENTE PAROQUIAL Secretaria: De Segunda a sexta-feira das 8h às 19h30 Sábado: Das 8h às 12h e das 14h às 18h Bazar de objetos religiosos: De Segunda a Domingo das 8h às 19h30

Page 10: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

especial10 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

“JUBILEU DE PRATA”

Neste mês louvamos e bendizemos ao “Senhor da Messe” que nos chamou a viver a nossa vocação de consagra-das há 25 anos nesta comunidade, e queremos assim, com alegria e grati-dão disponibilizar a você caro leitor (a) a nossa vivência de 2011 a 2013.

Em fevereiro de 2011 as Irmãs Fran-ciscanas Angelinas foram chamadas a abrir novos horizontes de missão em outro Bairro de São Paulo: Parque Bristol, nas Obras Sociais São Bonifá-cio – CCA Centro para Criança e Ado-lescente Santa Cristina. Foram cha-madas pelo Bispo Dom Tomé Ferreira da Silva para ser neste lugar presença religiosa e missionária. Esta obra é da Arquidiocese de São Paulo e atende crianças e adolescentes carentes de 06 a 15 anos do Parque Bristol, Jardim São Savério e Vila Caraguatá.

Dentro de nossos Centro Educacionais, como nas Obras Sociais São Bonifácio, as irmãs todos os meses tiveram o com-promisso da formação pedagógica aos colaboradores (funcionários), assim, a obra educativa e social foi avaliada, pro-gramada e aperfeiçoada sempre mais.

Nas reuniões mensais com os pais dos atendidos, administramos forma-ção na área familiar e educacional, e obtivemos sempre a presença constante de pelo menos 97% dos pais ou respon-sáveis, assim, traba-lhamos em conjunto na formação dos fi-lhos: escola e famí-lia, dando a eles uma formação integral.

As irmãs tiveram um empenho de as-sessorar a Pastoral da Juventude na Pa-róquia e na comuni-dade de Heliópolis, onde foram chama-das para evangelizar de maneira especial os adolescentes for-mando um grupo com ex-alunos dos Centros Educacio-

28/10/1990 a 28/10/2015

“25 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS EM SÃO PAULO”

Ir. Silvania PerinFranciscana Angelina

nais e com filhos de nossos colabora-dores e amigos.

Os Adolescentes Amigos de Madre Clara se reuniam todas as semanas para o seu encontro e realizaram no ano de 2011, um lindo teatro aos seus familia-res que se chamava: “O Peregrino”, mo-mento de reflexão e compromisso com o dom da vida, pois, Jesus disse “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Eles participaram do en-contro nacional dos adolescentes e jo-vens amigos de Madre Clara em Campo Grande-MS, encontro de espiritualidade, formação, e convivência, com jovens do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Bahia. Ao voltar do encontro co-meçaram a peregrinação da Cruz de São Damião pelas suas casas em Heliópolis, linda experiência.

No início de 2012, iniciamos o curso de música para adolescentes e jovens no Centro Educacional São Francisco, os jovens aprenderam tocar violão, tecla-do, bateria e flauta. Projeto Social que envolveu a juventude da comunidade de Heliópolis. Em setembro deste mesmo ano realizamos a “mostra musical”, ex-pondo aos amigos e familiares o resulta-do deste curso, foi maravilhoso!

• A Congregação fez a doação do pré-dio que estava estabelecido o Centro

Educacional Madre Clara, na Rua da Glória de Heliópolis para a Arquidioce-se de São Paulo para constituição da Co-munidade Santa Clara da Paróquia Santa Paulina.

• Ir. Silvania Perin e Ir. Kiara Rebello Gonçalves Assessoraram várias vezes a Semana de Espiritualidade e Semana de Formação Catequética da Paróquia Santuário Santa Edwiges, momentos de formação e partilha com a comunidade.

• Tivemos o início também do Projeto de Educação Física que é realizado por estagiários do Curso de Educação Física patrocinado por Ana Moser.

• Realizamos a Festa do Folclore Bra-sileiro e Festa Natal no salão São José Marello da Paróquia Santa Edwiges, familiares partilharam conosco da arte e cultura apresentada pelas crianças do Cen-tro Educacional São Francisco e sabore-aram deliciosos pratos típicos brasileiros.

• Continuamos as visitas domicilia-res com intuito de conhecer e conviver com a realidade de onde vêm as crianças atendidas em nossa escola.

Como fazíamos parte do grupo do SAV: serviços de animação vocacional da Paróquia, no mês vocacional, as irmãs as-sessoravam falando da vocação religiosa as crianças e adolescentes da catequese.

Com muita alegria, fraternidade e fé par-ticiparam junto aos grupos de Jovens do Santuário Santa Edwiges da JMJ Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.

As irmãs todos os anos realizam no tempo da quaresma a via sacra, a novena de Santa Edwiges em outubro e no final do ano a Novena de Natal nas casas das famílias de Heliópolis.

Demos continuidade durante o ano 2013 à formação dos colaboradores e de maneira particular com o curso disle-xia. A Páscoa enriquecida da celebração da santa ceia, lava pés e ressurreição do Senhor com a encenação realizada pe-las crianças, e a cada projeto realizado no mês os pais apreciavam os resulta-dos na própria escola, assim como o dia dos pais e das mães momentos lindos de homenagem e agradecimento pelo dom da missão de cada um deles. Mas, a semana da criança é que foi especial com cinema, parque, baile e desfile de fantasia, até passeio no parque da Xuxa teve, que maravilha!

Graças ao Senhor que nos conduz e nos orienta nesta missão em São Paulo estamos aqui para louvá-lo, bendizê-lo e servi-lo nos irmãos.

Page 11: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

A carta Encíclica do Papa Francisco “Laudato Si” sobre o cuidado da casa comum, revela um urgente apelo para defendermos a criação como obra do Pai por amor aos filhos e a obrigação destes em cultivar tudo aquilo que é de todos e merece atenção.

É um dever e faz parte da nature-za da vocação este cuidado, este zelo pela obra do Senhor que tudo colocou ao dispor de seus filhos chamados e escolhidos a realizar uma grande obra em colaboração e participação nos mistérios do Senhor.

O Papa nos faz lembrar que a vida é um Dom do Pai o qual deve ser protegido de diversas formas de toda espécie de degradação, pois o progresso tecnológico com todos os benefícios trazidos à humanidade e que tanto tem melhorado, sobretudo o transporte e a comunicação, mas por outro lado com o exacerbado consumo muito tem colaborado com o descaso para com o ambiente e a casa de todos os seres.

Sendo a vocação um Dom de Deus para a humanidade, sendo a criação o lugar onde esse Dom se desenvol-ve e se consuma, é dever do cada vo-cacionado uma vez que assumiu uma missão preservar o que é de todos e

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

LOUVADO SEJA O SENHOR PELA VOCAÇÃO

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

Centros Vocacionaisdos OSJ:

1 – Centro Juvenil VocacionalRua  Darcírio Egger, nº. 568 -

Shangri-lá  CEP 86070 070 - Londrina-PR

Fone: (43) 3327 0123  email: [email protected]

2 - Escola Apostólica de Ourinhos

Rua Amazonas, nº. 1119, CEP: 19911 722, Ourinhos-SP

Fone: (14) 3335 [email protected]

3 - Juniorato Pe. Pedro MagnoneRua Marechal Pimentel, 24,

CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SP

Fone: (11)2272- 4475

4 – Irmãs Oblatas de São José Rua José Paiva Cavalcante, 750 -

Conj. LindóiaCEP 86031-080 / Londrina-PR -

Fone: (43) 3339.0876 [email protected]

promover lutas a fim de fazer enten-der que todos são responsáveis pelo cuidado.

O grande vocacionado Francisco de Assis assim cantava: “Louvado Seja o meu Senhor, por todas as criaturas, pela irmã água... irmão sol, irmã terra ... exaltava a cada um dos elementos da natureza de uma forma mais que poética, mas um modo de se sentir parte desta obra ao denominar a todas as criaturas de irmãos e irmãs.

Assim se sente e age o fiel vocacio-nado em meio ao mistério e as mara-vilhas da criação. Somos imagens e se-melhança de Deus e com compreendeu Francisco de Assis, somos parte de tudo isso. O nosso chamado é acima de tudo promoção da vida, louvor a criação e constante luta que valoriza e cativa.

O ser humano ao poluir, degradar, desmatar ou simplesmente sujar, está não só desrespeitando a natureza, mas privando os irmãos e irmãs de terem acesso digno aos bens naturais e isso é sinal de morte. A vocação ao con-trário, nos coloca em sintonia com a vida, portanto o fiel vocacionado promove vida em abundância como Jesus o seu Senhor.

O chamado de Deus requer a valori-zação do outro e de toda a sua dignida-

de contida desde o inicio para que cres-cêssemos juntos e unidos num único, grande e forte ideal a ser seguido.

A existência humana é descrita nos livros bíblicos em especial no Gêne-sis com a dignidade de ter sido mode-lada pelas mãos divinas, fruto de um projeto, um desejo do criador concre-tizado em forma da beleza, sabedoria e muita graça.

A responsabilidade concedida ao ser humano implica em sua inteligência, vontade e liberdade para amar. Cada ser humano, cada criatura da face de nos-so planeta adquire o seu valor próprio diante de Deus pelo simples fato de sua existência também ecoar um hino de louvação ao criador.

Embora limitados por nossos defeitos e buscas do cotidiano somos chamados à responsabilidade do cuidado. O arti-go de número 80 da encíclica nos re-vela diretamente esta responsabilidade vocacional que temos para com nossa casa comum:

Apesar disso, Deus, que deseja atu-ar conosco e contar com a nossa cooperação, é capaz também de tirar algo de bom dos males que pratica-mos, porque “o Espírito Santo possui uma inventiva infinita, própria da mente divina que sabe prover a des-

VENHA NOS VISITAR

fazer os nós das vicissitudes humanas mais complexas e impenetráveis”. De certa maneira, quis limitar-Se a Si mesmo, criando um mundo necessi-tado de desenvolvimento, onde mui-tas coisas que consideramos males, perigos ou fontes de sofrimento, na realidade fazem parte das dores de parto que nos estimulam a colaborar com o Criador.

Que a liberdade de nosso sim nos leve a colaboração com o Criador e que o amor que dele recebemos nos leve a também amar incondicional-mente reconhecendo em tudo a sua presença e simultaneamente o nosso valor e dignidade.

LOUVADO SEJA O SENHOR PELA VOCAÇÃO!

Page 12: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

sêmen de José, mas pela força do Espírito Santo. Mas, nesse caso melhor seria dizer, “Pai casto”.

Muitos josefólogos têm defendido o título de “Pai matrimonial”, donde se tem que a sua pa-ternidade decorre do matrimônio dele com Maria. Esse qualificativo talvez seja o mais objetivo e ade-quado e bastante de acordo com o pensamento de Santo Tomás de Aquino.

O título mais comum entre os teólogos para de-signar essa paternidade é o de “Pai putativo”, o pai suposto como tal. Esse é, porém, um qualificativo totalmente exterior e não acena para a grandeza de sua missão junto a Jesus.

Alguns teólogos acenam com a possibilidade de lhe atribuir o título de “Pai nutrício”, vendo-o como aquele que nutre e provê as necessidades de Jesus. Contudo, esse título confunde a função do pai com a natureza mais ampla da paternidade.

Para alguns ficaria bem a denominação de “Pai messiânico”, vendo-o como pai daquele que foi o Messias de origem davídica; como aquele que deu a genealogia davídica a Jesus. Esse também é um título inadequado porque Jesus é mais que Messias, é o Filho de Deus.

Além dessas denominações, existem outras apre-sentadas por teólogos tais como: “Pai espiritual”, “Pai educativo”, “Pai casto”, ”Pai personifica-do”, mas o mais adequado seria manter a lingua-gem dos evangelhos e simplesmente chamá-lo de “Pai de Jesus”, visto que sua paternidade é toda especial, é uma paternidade única.Uma vez esclarecido que São José é o Pai de Jesus

no sentido matrimonial e num sentido todo singu-lar, cabe-nos estabelecer o tipo dessa paternidade, ou seja, qualificar essa sua paternidade. Antes de tudo,

OS VÁRIOS TÍTULOS DADOS À PATERNIDADE DE SÃO JOSÉ

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

é bom saber que os evangelhos não dão nenhum qualificativo para ela, eles simplesmente dizem que José é o Pai de Jesus.

Fazendo um percurso com a tradição ao longo dos séculos, identificamos vários qualificativos para essa paternidade, mas praticamente todos inadequa-dos. Para podermos ter uma visão na busca de uma denominação para a paternidade de São José, apre-sentaremos alguns desses títulos.

Um título muito comum dado à paternidade de São José é “Pai adotivo” Esse título que revela uma relação paterna com o Filho e não com a família; não é uma paternidade pela natureza. Esse não é adequado porque Jesus não era estranho à sua famí-lia. Contudo, por meio da adoção, também uma pes-soa completamente estranha se torna Filho, e o que a adota é considerado pai, embora de certo modo. O que faz alguém ser pai não é apenas o ato físico da geração, mas principalmente o engajamento afeti-vo, psicológico e moral. Sem esse engajamento, é menos pai que o Pai adotivo.

Outra expressão para designar essa paternidade é “Pai legal: Seria o ‘Pai jurídico”. Essa explicita que Jesus é legítimo e reconhecido pela lei. Confere a José a legitimidade da sua paternidade e confere a Jesus o título messiânico de Filho de Davi. Entre-tanto, é um titulo incompleto, porque formal e não responde ao relacionamento íntimo entre pai e filho.

Uma outra denominação dada para a paternida-de de São José é “Pai virginal”. Esse título capta a essência espiritual dessa paternidade e determina a sua natureza. Aqui José é colocado juntamente com Maria dentro do matrimônio virginal do qual nasceu Jesus. Determina que Maria é mãe, não a partir do

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

CREDENCIADA – BONA e SINTEKO

ARCIA RASPADOR

Ademir

O Grupo de Oração Nossa Senho-ra de Fátima III, convida a comuni-dade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwiges, todos os sábados às 19h.

VENHA PARTICIPAR!

Convite

Page 13: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

No tempo de Jesus Cristo, na épo-ca em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobra-dos eram onerosos e pesavam brutal-mente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era feita por rendeiros públicos, considerados ho-mens cruéis, sanguessugas, verdadei-ros esfoladores do povo. Um dos pio-res rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o “dom de Deus”. Um dia, depois de pregar, Jesus cami-nhava pelas ruas da cidade de Cafar-naum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e dis-se: “Segue-me”. Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudan-ça não tenha realmente ocorrido dessa forma, mas sim pelo seu próprio e es-pontâneo entusiasmo no Messias. Na verdade, o que se imagina é que Levi havia algum tempo cultivava a von-tade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido defi-nitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um

Encontramos-nos em uma dessas caminhadas, que já há algum tempo faço pelas ruas do meu bairro.

Caminhamos juntas por algum tempo, conversando sobre ameni-dades, coisas leves que só nos fa-zem bem.

Depois resolvemos tomar um café na padaria da praça, e ai a conversa se tornou mais pessoal.

Na verdade pouco falei. Só ouvi e aprendi que os dias se apresentam diferentes a cada manhã, e que nos-sa vida está sempre em constante transformação.

Com o tempo, disse-me ela, aprendi a diminuir a importância dos fatos a mim apresentados, a peneirar o que me dizem principal-mente se percebo um olhar de ale-gria em contar o que melhor seria não fosse contado. Eu me recuso ouvir ou pensar no que não está em minhas mãos resolver, quando a impossibilidade de dialogar se faz presente, pois são horas perdidas, que poderiam estar direcionadas a pensamentos positivos, rumo há um dia melhor. Cansei das pessoas que ocupam seu tempo vigiando a vida alheia, ávidos que caiam em suas redes, sem ao menos se ater que a sua também pode estar sendo vigia-da e comentada, por quem se acha no direito de agir assim. Parei de desperdiçar minha energia mental.

Aprendi a responder com o silên-cio, que é a melhor resposta a ser dada. Faço “ouvidos de mercador.” E sou feliz assim. Muitos dizem que não tomo partido de ninguém,

São Mateus21 de Setembro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos pri-meiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles po-vos. Porém foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por fei-ticeiros que se opunham à evangeliza-ção. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presen-tes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pe-dido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus sol-dados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transpor-tadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo.

Pelas ruas...Mensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

como se isso fosse essencial para o bem viver. Prefiro me afastar dos problemas que não são meus, antes que me afastem pela minha intro-missão, pois só é possível conhecer o outro tendo a experiência dele. Ou não?

Mantenho distância do maledicen-te, que precisa sempre de alguém por perto para disseminar seu aze-dume, e sequer imagina que o mal maior faz a si mesmo, afastando quem dele se aproxima, sem se dar conta de tal. A frustração o torna observador de vidas alheias, um analisador do que pensa ser ruim no outro para sair comentando, certo de que seus assuntos interessam a todos, quando de fato interessam tão somente aos seus iguais, que o ouvem com pressa para passar à frente, aumentando a seu bel prazer o que ouviu, reforçando defeitos, deixando de lado as qualidades.

Julga-se melhor que o outro, quan-do diz “se fosse eu...”.

Hoje tenho menos pessoas à mi-nha volta, disse-me ela. Mas tenho sempre por perto quem me permite ser quem sou.

Café tomado, conta paga, conver-sa encerrada, hora de voltar para casa. Cada uma faria o seu caminho de volta.

Talvez um dia nos encontremos novamente.

Ou não, que sabe.

Page 14: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

antes, percebeu que a espiritualidade, o jeito de ser e de viver na intensidade da vida cristã, estava desaparecendo. Então, ele criou um modo de ser cristão muito específico. E seus discípulos tive-ram tanta importância naqueles tempos que fundaram centenas de mosteiros.

São José Marello, Pai Fundador dos Oblatos de São José, teve também sua percepção. Notou que a vida cristã pre-cisava de mais incentivo, de mais entu-siasmo e profundidade. Pensou em criar um grupo que respondesse a isso. Havia necessidade de catequizar os jovens, frutos da industrialização e influencia-dos pelo crescente ateísmo da época.

José Marello, Padre da Diocese de Asti, escolheu como modelo para seu grupo de discípulos São José, Esposo de Maria e Pai de Jesus. Este modelo é a inspiração de José Marello e vai ser também o apoio fundamental para os Oblatos de São José durante todos os anos de sua história.

São José, modelo original para a Vida Religiosa dos Oblatos de São José, foi antes o modelo e o estímulo de vida em geral. Vida de Fé, vida de empenho, de busca e procura, de deci-são em lutar por um ideal.

O modelo São José é da Vida Reli-giosa dos Oblatos de São José de modo múltiplo. A visão de São José, por parte dos Oblatos, é a de um homem decidi-do, capaz de ação, observador, inteli-

gente e ágil. José é um jovem, um judeu comprometido com o seu tempo, um operário capacitado e reconhecido pela sociedade. Um homem que amava sin-ceramente a Maria, sua noiva, e desejava com ela formar uma família. Esta família certamente teria muitos filhos, pois este era um sinal de bênção e de fartura.

Este mesmo São José era um fiel ju-deu atento aos costumes religiosos. Um judeu praticante, que frequentava o Tem-plo todos os anos, ou pelo menos quando era possível, mesmo que com dificulda-des. Frequentava a sinagoga, fazia suas orações diárias e olhava com atenção para os necessitados. Este é o modelo que os Oblatos de São José seguem.

É bom notar que este São José, mo-delo dos Oblatos, não tem muito a ver com aquela figura de idoso que segura uma criança nos braços, encontrada em alguns quadros. Aquele parece ser o avô ou bisavô de Jesus, não seu Pai.

São José, modelo dos Oblatos, não é um tolo ou um incapaz de perceber as coisas que acontecem ao seu redor. Ele entende muito bem o que aconte-ce com Maria, que se encontra grávida e por isso age. É a experiência, a vida de Maria. Este é o modelo de vida que os Religiosos Oblatos de São José se-guem. Modelo de decisão e de coerên-cia, de força de vontade, de auto renún-cia. São José, o Esposo, o Pai.

osj14 santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

VIDA RELIGIOSA: UM MODELO ORIGINAL

Conselho Provincial dos Oblatos de São José

A Congregação dos Oblatos de São José é o grupo de Padres e Irmãos. Esta Congregação foi fundada por São José Marello em 1878 na cidade de Asti, Itália. Em 1919 os Oblatos che-garam no Brasil e, desde 1973 estão atendendo na Paróquia Santuário San-ta Edwiges. Os Oblatos de São José são “religiosos”, isto é, consagrados. Eles compõem a Congregação.

Os religiosos Oblatos de São José podem ser Irmãos, dedicados aos tra-balhos internos da Congregação e à pastoral. Os Irmãos vivem de modo completo a vocação cristã como con-sagrados e discípulos–missionários, no estilo de São José.

Os religiosos Oblatos de São José podem também ser Padres. Eles con-tinuarão a ser Irmãos, isto é, Freis, mas também assumirão o Ministério Ordenado, sendo Presbíteros. Serão Religiosos e Padres. Assim eles ser-virão à Igreja, seja nas Paróquias, nas Comunidades, nas Escolas, Casas de Formação e outras obras que os Obla-tos de São José mantêm.

Todos os Fundadores e Fundadoras de Ordens e Congregações religiosas tiveram percepções. Observaram dois pontos importantes. Primeiro, o cha-mado de Deus a um seguimento mais empenhado, mais vivo, com um estilo muito particular. De fato, uma Ordem ou Congregação Religiosa criada ape-nas para aparecer, para que seus reli-giosos se vestissem de um modo dife-rente, apenas para fazer sucesso, está completamente fora da vida da Igreja.

Depois, os Fundadores desejavam ocupar um espaço na Igreja que parecia estar vago. Por exemplo, São João Bos-co, famoso educador italiano, percebeu que os jovens, filhos de operários e ór-fãos do norte da Itália, estavam fican-do abandonados pela sociedade e pela família. Sentiu a necessidade de res-ponder a esta necessidade, a este lugar social. São Bernardo, muitos séculos

Na Vida Religiosa sempre há um modelo a ser seguido. O grande modelo é Jesus Cristo.

Mas pode também ser outro personagem. Os Oblatos de São José escolheram o Pai de Jesus.

Era uma vez, dois irmãos que cultivavam a terra juntos e sempre compartilhavam as colheitas. Um dia, um dos irmãos despertou du-rante a noite e pensou:

“Meu irmão é casado e tem fi-lhos, por isso, tem necessidade e despesas que eu não tenho, então, colocarei algumas de minhas sa-cas em sua dispensa, o que é mais do que justo, farei isso na calada da noite para não acontecer que, por sua generosidade, não queira aceitá-Ias”. Ele levou as sacas e voltou para a cama.

Pouco depois, o outro irmão des-pertou e disse: “Não é justo que eu tenha a metade de todo o milho de nossa terra, meu irmão que é sol-teiro, não tem o prazer de possuir uma família e, portanto, tentarei compensá-lo passando um pouco do meu milho para sua despensa”. E assim fez. Na manhã seguinte, ambos ficaram surpresos ao ver que havia o mesmo número de sa-cas em sua dispensa e não puderam compreender como, ano após ano, o número de sacas continuava sen-do o mesmo, ainda que as transfe-rissem às escondidas.

Moral

Quando o nosso pensamento se volta para a bondade, as nossas ações sempre são retribuídas. Pois, o bem se torna uma corrente que nasce de uma irmandade, onde, um quer o melhor para o outro. Para o mundo isso é utopia, para nós homens e mulheres de fé, isso é o Reino de Deus encarnado entre nós. Acreditar que a bondade exis-te, é dar a humanidade um sopro de esperança. Essa é a surpresa que um pequeno ato de amor sempre nos manterá firmes na mesma fé que nos uniu.

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

Os dois irmãospara refletir

Page 15: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

especial 15santuariosantaedwiges.com.brsetembro de 2015

Os Doze Profetas: Sofonias

Os Doze Profetas. Eis os chamados Doze Profetas: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Mi-quéias, Naum, Habacuc, So-fonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Na Bíblia dos Judeus eles são conside-rados um único livro, embora tenham separação. É interessante este modo de ver o texto dos Profetas: um tema para todos os Profetas deste grupo: a fidelidade à Aliança e a justiça de Deus. Esta ideia, “justiça”, é interessante e merece ser tratada à parte, o que faremos em outro artigo.

Então, “Profetas menores” é como estes livros, anotados aci-ma, são chamados na Bíblia Cris-tã. “Doze Profetas” é o modo como estes livros e Profetas que estamos estudando são cha-mados na Bíblia hebraica. E são considerados como um único livro, embora separados, com início, meio e fim. Precisamos entender o conceito de “livros”.

Livros: partes da Bíblia. Quando falamos de “livro”, apli-cado à Bíblia, podemos causar algu-ma confusão. Para nós um “livro” é uma obra literária com certo volume físico. Trata-se de um conjunto de folhas, geralmente de papel, unidas de um lado e recobertas com uma capa. Uma ou duas folhas dobradas não formam um livro, mas um folheto. Se olharmos o livro de Sofonias, por exemplo, são poucas páginas. Como pode ser um “livro”? Pior será com Ageu, que tem apenas um capítulo. Para nós não poderia ser “livro”. Mas continuamos chamando assim: “Livro do Profeta Ageu”. Por quê?

Na antiguidade não existia papel, que apareceu bem mais tarde, na baixa Idade Média, no Ocidente. Então, os materiais de escrita nos tempos do Antigo Testamento eram a pedra, muito difícil de ser trabalhada e, sobretudo, transportada; o papiro, feito de uma planta aquática, fácil de receber a escrita, mas quebradiço; o pergaminho, que era couro animal, em geral ovelhas. Embora fosse um material caro era de fácil manejo e recebia a escrita com facilidade, podendo até ser raspado e, na superfície, se escrevia outro texto. Mas o importante era o transporte e o armazenamento.

Os pergaminhos, partes de couro com escritas e até dese-nhos, eram costurados e formavam longas tiras, em geral lar-gas. Elas eram enroladas em um eixo central, geralmente de madeira, poden-do ser decorada. Ficava um rolo. Ora, era este

rolo que os antigos chamavam de livro. Por isso é co-mum se ler, na Bíblia: desenrolar o livro. O livro era enrolado, não fole-ado, o que nós fazemos hoje com os nossos livros.

O formato que temos hoje para os livros materiais, de papel e capa, surgiu com o cristianismo. A base é o códice, que são duas ou mais folhas dobradas no meio. Este pequeno caderno e juntado a outros com uma costura especial. E forma-se um volume. Estes objetos eram chamados de “códices” ou “volu-mes”; os “livros” eram os rolos. Com o passar do tempo, códi-ces e volumes passaram a ser os livros, e os rolos, que eram os livros, ficaram como “rolos”.

Por fim, hoje não se chama de livro um texto curto. Mas na antiguidade o nome “livro” era mais utilizado. Então, ainda que curtos, alguns textos da Bíblia serão sempre “livros”. Por exemplo, o Profeta Ageu, com um capítulo; os Profetas Haba-cuc e Naum, com três capítulos, etc.

Sofonias, o Profeta e o livro. Sofonias é, em hebraico, Tze-fanyah, que pode ser traduzido como “aquele a quem o Senhor esconde” ou “aquele a quem o Senhor protege”. O texto do Profeta Sofonias é marcante, rápido, forte nas expressões. Do personagem sabemos um pouco mais do que dos Profetas que vimos anteriormente, como Naum, Habacuc e Joel.

Segundo o primeiro versículo do livro, Sofonias exerceu seu ministério profético nos tempos de Josias, que reinou entre 640–609 a.C. Este rei tentou uma reforma religiosa, política e moral, criando assim um período marcado pelos movimentos de mudanças. Esta mudança não teve êxito pois, primei-ro, foi imposta, pelo rei e pelos seus seguidores; depois, o rei morreu em combate, deixando um grande vazio na liderança. O perío-do de Sofonias é, também, o período do Profeta Jeremias (Jere-mias 1,2) ao qual Sofonias deve ter antecipado em alguns anos.

O rei Amon reinou em Judá em 641–640 a.C., sendo assas-sinado por um grupo de revoltosos. Seu filho Josias subiu ao trono com oito anos no período que a Assíria dava sinais de fraqueza e os babilônicos lideravam revoltas. Em 614 a.C. a Babilônia destruiu a cidade de Assur e em 612 a.C. des-truiu Nínive. O Levante, que é como se chama aquela região, estava sob pressão político–militar inten-sa.

Com a morte do rei Amon, período difícil, e a espera da maioridade de seu filho Josias, aconte-ceu um período de re-gência. A situação que existia em Judá era complexa, chegando até a ser calami-tosa. Parece que havia um culto idolátrico, com a adoração de Melcom e de deuses cananeus (1,4s). Surgem modismos estrangeiros (1,8) e há muito de falso profetismo (3,4), bem como violência e injusti-ça estabelecidas (1,11; 3,1). Com a ascensão de Josias e sua reforma que ele estabeleceu, criou-se uma situação que poderia ser diferente. Interessante é que, embora a reforma fosse algo em si positi-vo, independente das imposições de Josias, Sofonias não deixa de denunciar as situações contrárias ao projeto do Senhor em Judá.

O livro de Sofonias. São poucos capítulos, apenas três. A divisão é simples: Um título e refe-rência histórica no capítulo 1, versículo 1. Depois uma introdução, nos versículos 2 e 3. Vêm então três partes. A primeira, capítulo 1, versículo 4 ao capítulo 2, versículo 3, compõe-se de oráculos contra Ju-dá. A segunda parte, capítulo 2, versículo 4 ao 14, ameaças contra os povos estrangeiros. E, finalmen-te, a terceira parte, no capítulo

3, versículo 1 ao 20, oráculos de ameaça e salvação, dirigidos a todos os povos, não somente a Judá.

Mensagem e Teologia de Sofonias. O julgamento é um tema forte em Sofonias. É um julga-mento iminente contra Jerusalém, Judá e os povos vizinhos. É o chamado de “dia do Senhor”, com descrições diversas. Fala-se do extermínio dos povos, de cidades arruinadas e desertas. Poderíamos nos per-guntar: Por que tudo isso?

O orgulho de Judá e Jerusalém gera o desrespeito da Torah, que é o código da Aliança para o Povo da Aliança. Sofonias cita caminhos que desviam do Deus único: a astrologia e a idolatria como duas faces de um mesmo erro (1,4s). O San-tuário, o Templo de Jerusalém, era profanado pelos pró-prios sacerdotes (3,4); haviam modismos estrangeiros (1,8), e com eles, costumes pagãos. Eram feitos abusos pelos chefes, juízes e profetas (3,3s) que não cumpriam seu papel de propor e de-fender a Ali-ança. Havia corrupções abomináveis(3,8), causas de futuras desgraças para a nação.

Isto tudo vem do orgulho, citado em alguns passos sob me-táforas ou claramente (1,16; 2,10.15; 3,11). Por causa do or-gulho vem a incredulidade (1,12; 3,2), a desconfiança (3,2), a rebeldia (3,1), e toda malícia e falsidade (3,13). É assim que Sofonias exorta, de modo apaixonado: Procurai o Senhor, vós todos os humildes do país, que cumpris os seus preceitos. Pro-curai a justiça, procurai a humildade: talvez sejais protegidos no dia da cólera do Senhor. (Sofonias 2,3).

O resultado de tudo, para Sofonias, é que estava para acon-tecer algo grande. Ele chama de “dia do Senhor”, ou algo pare-cido. Neste dia, os que foram fiéis à Aliança terão a vantagem. Ele afirma: Naquele dia, não terás de envergonhar-te de todas as tuas ações, pelas quais te revoltaste contra mim, porque então afastarei de teu seio os orgulhosos fanfarrões; e já não continuarás a te orgulhar em mi-nha montanha santa. Deixa-rei em teu seio um povo pobre e humilde, eles procurarão re-fúgio no nome do Senhor: o resto de Israel. Eles já não prati-carão a iniquidade, não dirão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua dolosa. Sim, eles pastarão e habitarão sem que ninguém os inquiete (Sofoni-as 3,11–12).

A mensagem de Sofonias, ainda que em poucos versículos, está em sintonia com a grande tradição profética de Israel. O “dia do Senhor” é um eco da mensagem de Amós e Isaías, po-rém com uma dimensão grandiosa, cósmica, podemos dizer. Vejamos uma comparação entre Amós, Isaías e Sofonias:

Amós 5, 18: Ai dos que desejam o dia do Senhor! Para que vos servirá o dia do Senhor? Ele será trevas e não luz!

Isaías 2,17: Será abatida a arrogância humana e humilhado o orgulho dos homens; só o Se-nhor será exaltado naquele dia.

Sofonias 1,17–18: Afligirei os homens e eles caminharão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; o seu sangue será derramado como pó e suas entranhas como esterco. Nem a prata nem o ouro poderão salvá-los. No dia da cólera do Senhor, no fogo de seu zelo toda a terra será devorada. Pois ele destruirá, sim, exterminará todos os habitantes da terra.

Profeta em tempos difíceis, Sofonias é forte nas palavras,decidido nas imagens e exigente no comportamento.

Mais um dos Doze Profetas que deixou fortes e decididas marcas.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

Page 16: Pág. 08 Pág. 03 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Setembro... · O exercício do ministério sacerdotal pode ser resumido na forma de “três olhares”

Angelina Antonieta VolpeMaria Aline LuizMarli Aparecida Penha

CAMPANHA DO TERRENO DA CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA

02/09 Aliana Maria De Araujo22/09 Ana Carolina De Oliveira E Silva04/09 Ana Claudia Neri09/09 Antonia Gonçalves B. Soares12/09 Antonia Miguel Da Silva Gomes10/09 Antonio Alves Da Silva14/09 Antonio Fernando Da Silva06/09 Ariosvaldo Bezerra Da Silva18/09 Arlete Vetorazzo Madeira30/09 Arthur Alves Junior03/09 Aurindo Antonio De Andrade04/09 Aurivan Bezerra Da Conceição30/09 Camila De Cássia Moreira Caetra25/09 Carlos Martins Da Rocha29/09 Creuza Ponzo 29/09 Dagoberto Amorim Araujo08/09 Edicleide Rita Ribeiro30/09 Elaine Felix Margutti23/09 Elaine Silva Lopes26/09 Elny Batista Rosa30/09 Emilia Borsanelli Marquesini09/09 Ester Da Silva Lima01/09 Francisca Ferreira De Paula21/09 Francisco Das Chagas De Carvalho22/09 Francisco Neto Ponte28/09 Francisco Valdimar Leite Costa21/09 Geisiane Lima Silva28/09 Givanilda Alves Osmar

12/09 Ilda Josefa Alves 19/09 Iirailde Ribeiro Souza18/09 José De Lourdes Carvalho19/09 José Leomarques Da Silva Lima22/09 José Marcelo Geraldo Da Silva25/09 José Sabrino Da Silva28/09 Justo Tadeu Da Silva27/09 Karina Oliveira Da Cruz07/09 Lourdes Aparecida Mantovani Panunto10/09 Lucymara Aparecida Da Silva23/09 Marcielly Alves Silva 02/09 Maria Valda Santos 11/09 Maria Cléssia Borges08/09 Maria Da Penha A. Barros02/09 Maria Das Dores Saraiva14/09 Maria De Lourdes Alves Lima12/09 Maria De Lourdes Da Silva20/09 Maria Do Carmo Ribeiro De Alencar25/09 Maria Do Socorro Andrade22/09 Maria Dos Remédios De Oliveira20/09 Maria Elisângela De Oliveira25/09 Maria Helena Do Santos 18/09 Maria Juraci Baia08/09 Maria Luiza Da Silva23/09 Maria Rita De C. Mirabelli04/09 Maria Severina Da Silva02/09 Maria Valder Alves De Castro18/09 Marines Gouveia Da Silva

12/09 Mario Estanislau Correa01/09 Merivania Nere Teixeira09/09 Oracina Marcelino Oliveira Melo15/09 Orlando Soarez De Oliveira12/09 Patricia Mineiro Da Silva 29/09 Raimunda Ferreira Tomaz26/09 Rosana Cavalcante De Almeida29/09 Rosiléia Neves Dos Santos 24/09 Sidnei Leite26/09 Simone Deusa Dos Santos02/09 Sônia Vargas Ortega Bernardo Gomes21/09 Suane Costa Silva10/09 Tereza Cristina Mota Dresher25/09 Thifanny Evelym Rodrigues De Sousa04/09 Valter A. G. Lacerda10/09 Vera Lucia S. França19/09 Vicente Antonio Santos08/09 Zenilda Dos Santos

PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE SETEMBRO

RECADO DO DÍZIMO:

DÍZIMO

Restaurar o dízimo na comunidade é colocar o povo nos trilhos da volta para Deus.

Obrigado aos que são dizimistas e aos que ainda não são, convidamos a fazer a experiência.

O NOSSO MUITO OBRIGADO!