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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 294 * Junho de 2015 Pág. 05 Juventude Nos dias 2 e 3 de maio a juventude esteve reunida em assembleia, a fim de tomar conhecimento de todas as articulações da Pastoral Juve- nil Josefino-Marelliana (PJJM) e das realidades vividas por cada grupo da província. O evento aconteceu na cidade de Apucarana, nas depen- dências da Paróquia Santuá- rio São José. Assembleia da Juventude Josefino-Marelliana Pág. 10 A Missa nunca termina com a comunhão. Ela termina com a missão: o Cristo ressuscita- do, que experimentamos na celebração eucarística, deve ser levado, comunicado, aos que ainda não o conhecem. Essa foi à missão dos discí- pulos de Emaús; hoje, essa missão é nossa. Nutridos da eucaristia, sejamos, de fato, uma Igreja missionária! A experiência eucarística dos discípulos de Emaús Pág. 15 Pág. 06 Palavra do Bispo Santidade: Fruto da vida Pascal O fruto da Páscoa, a Ressurreição, é testemunhado pela comunidade com energia, essa é a geradora da vida, da dedicação em seguir o que fora dado aos Apóstolos pelo Senhor, e deste ser vivido e aplicado na própria comunidade, romper as divisas, dar-se, ser para os outros aqueles que acolhem e fazem a vida, a pureza e a dedicação acontecer. Pág. 08 Os Doze Profetas: Miquéias Especial Profeta em tempos de crise e de dificuldades políticas e religiosas, Miquéias é pouco lido e conhecido. Mas o que ele anunciou marcou decisivamente a História da Salvação. Notícias Retiro Espiritual em Preparação à Primeira Eucaristia No dia 09/05 aconteceu o retiro da catequese, com cerca de 100 crianças e adolescentes do Santuário Santa Edwiges.

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Page 1: Pág. 15 Santuário Santa Edwiges. Pág. 08 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/06/Junho_15... · Juventude Nos dias 2 e 3 de ... ser para os outros aqueles

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 294 * Junho de 2015

Pág. 05

Juventude

Nos dias 2 e 3 de maio a juventude esteve reunida em assembleia, a fim de tomar conhecimento de todas as articulações da Pastoral Juve-nil Josefino-Marelliana (PJJM) e das realidades vividas por cada grupo da província. O evento aconteceu na cidade de Apucarana, nas depen-dências da Paróquia Santuá-rio São José.

Assembleia da JuventudeJosefino-Marelliana

Pág. 10

A Missa nunca termina com a comunhão. Ela termina com a missão: o Cristo ressuscita-do, que experimentamos na celebração eucarística, deve ser levado, comunicado, aos que ainda não o conhecem. Essa foi à missão dos discí-pulos de Emaús; hoje, essa missão é nossa. Nutridos da eucaristia, sejamos, de fato, uma Igreja missionária!

A experiência eucarística dos discípulos de Emaús

Pág. 15

Pág. 06

Palavra do BispoSantidade: Fruto da vida PascalO fruto da Páscoa, a Ressurreição, é testemunhado pela comunidade com energia, essa é a geradora da vida, da dedicação em seguir o que fora dado aos Apóstolos pelo Senhor, e deste ser vivido e aplicado na própria comunidade, romper as divisas, dar-se, ser para os outros aqueles que acolhem e fazem a vida, a pureza e a dedicação acontecer.

Pág. 08

Os Doze Profetas: MiquéiasEspecial

Profeta em tempos de crise e de dificuldades políticas e religiosas, Miquéias é pouco lido e conhecido. Mas o que ele anunciou marcou decisivamente a História da Salvação.

NotíciasRetiro Espiritual em Preparação à Primeira Eucaristia

No dia 09/05 aconteceu o retiro da catequese, com cerca de 100 crianças e adolescentes do Santuário Santa Edwiges.

Page 2: Pág. 15 Santuário Santa Edwiges. Pág. 08 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br/wp-content/uploads/2015/06/Junho_15... · Juventude Nos dias 2 e 3 de ... ser para os outros aqueles

E já estamos no mês de junho, um mês que dedica-mos ao Sagrado Coração de Jesus e aos santos que marcaram época na história da Igreja: Santo Anto-nio, São João, São Pedro e São Paulo.

Celebramos o Sagrado Coração de Jesus na primeira sexta, após o Corpus Christi. Celebrar este momento é lembrar que Cristo foi verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E, sendo homem, também teve os mesmos sentimentos que nós te-mos. Mas com uma diferença: seu coração sempre foi manso e humilde, por isso nunca maltratou nin-guém. Sendo Deus, nunca julgou, mas sempre usou de misericórdia, compadeceu-se dos sofredores e humilhados e sempre lhes prestou ajuda e consolo. No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Im-aculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe.

Além da comemoração do Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, festejamos também os santos juninos, tradição da nossa cultura brasileira. Os responsáveis por trazê-las ao Brasil, foi os portugueses.

São Antonio é conhecido como o “padroeiro dos pobres”, e é invocado a solucionar diversas situ-ações difíceis. É popularmente conhecido como o santo casamenteiro.

São João é o precursor de Jesus Cristo, anunciou os caminhos do Senhor e foi quem criou o batismo.

São Pedro foi o primeiro Papa e segundo as Sagra-das Escrituras, Jesus confiou “as chaves do céu” a ele, a quem foi dada a autoridade de pastorear a Ig-reja, interligando-a ao céu.

No mesmo dia de São Pedro, comemora-se São Paulo, que oferece um grande testemunho de mudan-ça de vida, onde deixa uma vida de pecado, por uma vida totalmente ligada aos ensinamentos de Jesus.

Que a alegria do Senhor esteja conosco durante todo esse mês e que a comemoração das festas juni-nas alegrem os nossos corações.

Fiquem com Deus!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 05/06/2015Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 4 .000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Karina [email protected]

editorial Festividadesdo mês de junho!

7 Dom

Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Quermesse da Comunidade N.Sra. AparecidaMinistros Extraord. Sagrada Comunhão (Reunião)Grupo Emanuel (Encontro)Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)

SantuárioSalão Pe. SegundoSede da comunidadeSalão São JoséCapela da ReconciliaçãoSantuário ou Sl. S. J. Marello

14h3014h30 às 15h3017h17h20h19h30 às 21h30

10 DomPastoral da Família (Curso de noivos)AJUNAI (Encontro)Pastoral dos Coroinhas (Retiro)SAV (Missa)

OSSESalão São JoséOSSE ou Sl. S. J. MarelloSantuário

8h30 às 17h9h às 10h409h às 16h11h

8 Seg Pastoral da Família (Reunião do ECC) Salão São José Marello 20h

10 Qua Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Reunião do CPC) Sede da Comunidade 20h

11 Qui Pastoral da Família (Missa de entrega p/ ECC)SAV (Adoração vocacional)

SantuárioSantuário

20h20h

13 Sab

Catequese (Inscrições)Catequese (Inscrições)Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Pastoral dos Coroinhas (Vestição)Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)

Átrio do SantuárioÁtrio do SantuárioSantuárioSalão Pe. SegundoSantuárioSantuário ou Sl. S. J. Marello

8h às 12h13h às 17h14h3014h30 às 15h3016h19h30 às 21h30

14 DomAJUNAI (Encontro)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)Pastoral da acolhida (Encontro)

Salão São JoséSalão São José MarelloSalão São José

9h às 10h409h às 12h14h30

15 Seg Pastoral da Família (Reunião do ECC) Salão São José Marello 20h

19 Sex Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo)Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)

OSSESalão São José Marello

—7h30 às 10h30

20 Sab

Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo)Grupo Emanuel (Reunião sobre a Festa da Fogueira)Catequese (Inscrições)Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)Catequese (Inscrições)Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Ministros Extraord. Sagrada Comunhão (Formação)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)

OSSEA definirÁtrio do SantuárioSalão São José MarelloÁtrio do SantuárioSantuárioSalão Pe. SegundoSalão São JoséSalão São JoséSantuário ou Sl. S. J. Marello

O dia todo—8h às 12h8h30 às 10h3013h às 17h14h3014h30 às 15h3017h18h19h30 às 21h30

21 Dom

1º Aniversário Ordenação Episcopal Dom José RobertoPROMOÇÃO GERAL DO SANTUÁRIO SANTA EDWIGESPastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo)AJUNAI (Mostra Cultural)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)SAV (Missa)Pastoral do Batismo (Celebração)

SantuárioOSSESalão São JoséSalão São José MarelloSantuárioSantuário

O dia todoO dia todo9h às 10h409h às 12h11h16h

26 Sex Pastoral da Família (Encerramento do ECC) Santuário 20h

27 Sab

Catequese (Inscrições)Catequese (Inscrições)Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Pastoral Missionária (Encontro)Ministros da Palavra (Reunião e escalas)Confraternização Junina das Pastorais do SantuárioGrupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)Grupo Emanuel (Encontro de espiritualidade)

Átrio do SantuárioÁtrio do SantuárioSantuárioSalão Pe. SegundoSala São PedroSala Pe. Pedro MagnoneSalão São José MarelloSantuário ou Sl. S. J. MarelloCapela da Reconciliação

8h às 12h13h às 17h14h3014h30 às 15h3015h3016h17h19h30 às 21h3020h

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especial 03santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

“JUBILEU DE PRATA”

Durante os anos de 2005 a 2007 do “Jubileu de Prata” da nossa presença em São Paulo, as irmãs que aqui con-tinuaram esta importante missão reali-zaram em comunidade e nos Centros Educacionais atividades missionárias, evangelizadoras e educacionais como:

Encontros vocacionais que anima-ram jovens no discernimento voca-cional e uma dessas motivações foi a Celebração dos 25 anos de vida Consagrada de Ir. Marcela Anes e Ir. Marisa Zanutto, que celebraram em comunidade e fraternidade. Exemplos de amor à vocação e a missão a elas confiada.

28/10/1990 a 28/10/2015

“25 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS EM SÃO PAULO”

Ir. Silvania PerinFranciscana Angelina

Tivemos vários jovens voluntários vindos da Itália, Inglaterra e Suíça que se dispuseram a trabalhar, brincar, ensinar e ajudar as crianças atendidas nos centros educacionais. A eles a nos-sa gratidão porque ouviram o chama-do de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”.

Na Festa da Páscoa, no Dia das Mães, na Festa Junina, no Dia dos Pais e na Festa do Natal, as crianças demonstraram sempre muito carinho, amor, criatividade e encantaram com danças, teatros e músicas.

As mamães gestantes de Heliópolis aprenderam com enfermeiras no pro-jeto “Tudo pela Vida” os cuidados necessários para acolher os filhos que estavam para nascer.

As irmãs têm o privilegio de par-ticipar do encontro com Papa Bento XVI e junto aos Amigos de Madre Clara Ricci do Encontro Nacional em Cascavel, Paraná.

Ao Deus de bondade a nossa grati-dão e nosso louvor por todas as graças

vividas nestes anos que recordamos dos 25 anos de missão em São Paulo.

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osse04 santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Eu vim ao mundo em uma manhã fria de 1920 em uma cidadezinha do interior, logo que nasci senti que minha mão estava sendo segurada por alguém, po-rém não pude ver quem era. O que me lembro, é do olhar de minha mãe que mostrava um brilho di-ferente, que contrastava entre a dor e a felicidade. Após este tempo fui me fortalecendo e crescendo, logo comecei a perceber os mesmos sinais que vi em minha mãe, como diz o provérbio: “os olhos são a porta da alma”. Cada homem ou mulher que lhe co-nhecia vinha com esse brilho nos olhos e despertava em mim uma curiosidade. Porém, neste período tudo para mim era confuso, pois meus sentimentos eram perturbados pela minha evolução corporal que eram contrastantes. Ainda no colégio eu senti você bem perto de mim, quando no olhar de uma paixão adoles-cente vi o tempo se despedir de mim e ir para longe. Com tanta coisa passando pela minha cabeça logo me despercebi de você. Mas, não tardou marcar um en-contro com você no sul da Itália. A Europa entra em guerra, eu um jovem soldado sou chamado ao Rio de Janeiro e sou destacado a um pelotão que partiria para a guerra, de princípio era somente para eu ser um tradutor e um mensageiro, pois como meus pais eram italianos eu falava fluentemente as duas línguas;

para refletir

Vida e morteUma carta de amor

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

Com a sua doação de roupas, a Obra Social Santa Edwiges consegue ajudar mais outras duas entida-des da cidade de são Paulo:

a) CRATOD - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, programa realizado no território da Cracolândia. Que tem como atribuição ser um polo de coordenação e implementação de políticas públicas relacionadas à promoção da saú-de, à prevenção e ao tratamento dos transtornos de-correntes do uso de álcool, tabaco e outras drogas, no Estado de São Paulo.

b) Unas (União de Núcleos e Associações de Moradores, São João Clímaco e Heliópolis), CCA Mina - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, para o atendimento de crianças e ado-lescentes. É um espaço de referência para o desen-volvimento de ações socioeducativas com crianças e adolescentes, buscando assegurar o fortalecimen-to dos vínculos familiares e o convívio grupal, co-munitário e social.

A poderosa força da partilha

o português e o italiano. Porém o tempo foi passando e a necessidade chegou, logo peguei em armas para ir à fronte. Fomos mandados a um vilarejo no sul da Itália. Foi lá que a vi pela primeira vez bem de perto, olhei para os seus olhos e fiquei eufórico, meu coração acelerou, a adrenalina percorreu o meu corpo. Olhando para você só escutava os gritos: “em frente”, “corram homens” e o zumbido das balas e das explosões ecoavam em um silêncio quase mórbido. Quando dei por mim foi quando ouvi o tenente gritar vencemos, os Alemães estão baten-do em retirada. Procurei você com os meus olhos e não a enxerguei mais. Um breve encontro que durou pouco, porém eu nunca mais esqueceria aquele sorriso que en-canta os heróis. No final da guerra por volta de junho de 1945 voltei ao Brasil. Fui dispensado do serviço militar e homenageado como um bom soldado e tenho até me-dalha que diz isso. Alguns anos depois, me casei com uma linda mulher por nome Vitória e tive duas filhas que se chamaram Sofia e Mariana, que foram o meu orgulho. Mas nunca pude te esquecer. Hoje já velho com 89 anos vejo-te de novo com o mesmo sorriso. Minha amada paixão aqui em minha frente a estender a mão. Antes não pude te abraçar, te beijar ou te dizer que te amo, pois você me fez correr, aprender a observar as coisas deste mundo e sobre tudo apreciar o momento e o tempo

de cada coisa. Por isso escrevo esta carta, para dizer que a vida, sempre foi destinada a você querida e doce morte. Agora não tenho medo, pois sei que você me ensinou a valorizar o meu existir.

Cartas de um pracinhaFicção escrita por Paulo Sergio Rodrigues

Moral

Muitas vezes corremos da morte e nos esquecemos de valorizar o que ela nos ensina. Tudo isso por medo ou vaidade de nosso egoísmo ou orgulho. A morte não é má, mesmo que muitas vezes seja brutal ou violenta. O que cabe a nós é interpretá-la, pois quando temos um ideal, à calma vem com ela e o amor faz parte de seu abraço. Pois, ela sempre caminha conosco, para nos lembrar que estamos vivos e temos que valorizar cada instante e não perder o foco com tudo que se move neste mundo, pois nem tudo que é bonito neste mundo é bom e nem tudo que é feio é mal.

Agradecemos a todos que por meio da fé em San-ta Edwiges, partilham e doam. Pois é esta poderosa ação de partilhar que torna esse trabalho possível, obrigado. Santa Edwiges Rogai por nós.

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palavra do bispo“A EXPERIÊNCIA EUCARÍSTICA DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS”“CONVERSAVAM SOBRE TODAS AS COISAS QUE TINHAM ACONTECIDO” (LC 24, 14).

Dois discípulos de Jesus retornam para casa. Caminham desiludidos. Mal con-seguem se lembrar de que foi somente há alguns anos que haviam encontrado uma pessoa que mudara completamen-te suas vidas. Haviam abandonado sua vila e seguido aquele ‘estranho’. Jesus trouxe alegria e paz àqueles discípulos. Agora, segundo eles, Jesus está morto. Tudo se reduzira a nada. Eles haviam-no perdido. A alegria que preenchera seus dias abandonara-os completamente. A palavra que sintetiza os sentimentos dos discípulos de Emaús é ‘perda’!

A vida parece, às vezes, somente uma longa sucessão de perdas. Por exemplo: quando nascemos, perdemos a proteção do ventre materno; quando envelhe-cemos, perdemos a juventude; quando adoecemos, perdemos nossa indepen-dência física; e assim vai (...)! Estas per-das fazem parte da vida, é preciso saber assimilá-las. No entanto, além de todas estas perdas há a “perda da fé”: perda da convicção de que nossa vida tem senti-do. Esta, sim, é uma perda irreparável!

Muitas vezes, chegamos à eucaristia com nossos corações entristecidos pelas muitas perdas que sofremos ao longo da vida. Como os dois discípulos que caminhavam de volta para sua aldeia, também dizem: ‘tínhamos boas expecta-tivas (...), porém, agora, perdemos a es-perança (…)’. Quando somos atingidos por uma perda após outra é muito fácil ficarmos ‘desiludidos’, ‘irados’, ‘amar-gos’ e ‘ressentidos’.

O ressentimento, proveniente das perdas, vai aos poucos endure-cendo o coração. Por isso, a celebração da Missa começa sempre pelo ato penitencial, pois é o momento que suplicamos pela mise-ricórdia de Deus, para que transforme o nos-so coração endurecido num coração sensível, aberto para receber a graça de Deus (coração partido=coração con-trito). Uma compara-ção simples ajuda-nos a compreender o ato penitencial: um solo seco e endurecido é in-capaz de receber água, e, consequentemente,

nenhuma semente será capaz de germinar neste solo. Somente o ‘solo partido’ é capaz de receber água e fazer com que a semen-te cresça e dê frutos”! É isto que significa começar a eucaristia com um ‘coração contrito’ (partido), um coração aberto para receber a graça de Deus.

“Enquanto conversavam e discu-tiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24, 15). Jesus junta-se a esses discípulos, caminha ao lado deles. Segue o mesmo ritmo de cada um deles. Mas em segui-da, ilumina os acontecimentos que ocor-reram em Jerusalém, à luz da Sagrada Escritura (querigma). O mesmo acontece na celebração da Missa. As leituras do Antigo e Novo Testamento e a homilia que acompanha estas leituras têm a fina-lidade específica de tornar-nos capazes, sensíveis, para ‘discernir’ a presença de Cristo, quando ele caminha conosco, es-pecialmente nos momentos de sofrimen-to. A cada dia há uma leitura diferente. Existem palavras para nos acompanhar todos os dias. Jesus nunca nos abandona!

Quando afirmamos que a Palavra de Deus é sagrada, estamos afirmando que a Palavra divina está plena da presença de Deus. Na estrada de Emaús, Jesus tornou-se presente através de sua Pala-vra; e foi esta presença que transformou a tristeza em alegria, a lamentação em festa. É isto o que ocorre em cada ce-lebração da eucaristia. A Palavra que é lida e pronunciada nos conduz à presen-ça de Deus e transforma nossos cora-ções e mentes. A Palavra de Deus não

05santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

é ‘informativa’, mas ‘performativa’. É um conhecimento que tem a missão de transformar nossa vida.

“Quando chegaram perto do povoa-do para onde iam, Jesus fez de conta que ia adiante” (Lc 24, 38). Jesus não pede para ser convidado. No entanto, eles insistem que Jesus entre. Jesus aceita. Entra e fica com eles. Não consideramos habitualmente a eucaristia como um con-vite para que Jesus permaneça conosco. Somos mais inclinados a pensar em Jesus nos convidando para sua casa e sua mesa. Porém, Jesus, primeiramente, quer ser convidado; sem um convite sincero e ex-presso, ele irá para outros lugares. É mui-to importante perceber que Jesus jamais se impõe a nós. Se não o convidarmos para entrar em nossa ‘casa’, ele permane-cerá sempre um estranho, um desconhe-cido. Já o convidamos a entrar em nossa casa? Desejamos que ele nos conheça por trás das paredes da nossa existência mais íntima? Queremos que ele nos toque onde somos mais vulneráveis? A euca-ristia necessita deste convite. Precisamos dizer a Jesus: ‘Não quero que permaneça mais como um estranho. Quero que você se torne o meu amigo mais íntimo’!

Jesus aceita o convite. Entra na casa e senta-se à mesa com eles. Estabelece-se a amizade entre eles. Jesus é o convidado, mas, assim que entra na casa deles, Jesus se transforma em ‘anfitrião’, convida-os a comungarem plenamente com ele. A casa dos discípulos torna-se a casa de Jesus.

“Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a benção,

Dom José RobertoBispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconhe-ceram. Jesus, porém, desapareceu da vista deles” (Lc 24, 30-31). Quando os discípulos comungam, Jesus se torna invi-sível. Precisamente quando a presença de Jesus torna se mais acentuada, ele torna-se um ser aparentemente ausente (invisível). Estamos diante de um dos aspectos mais sagrados da eucaristia: a comunhão mais íntima com Jesus ocorre em sua ausência (invisibilidade). Durante todo o tempo que passara com os discípulos não ocorrera uma comunhão plena. Mas, quando comem o ‘pão eucaristizado’, reconhecem-no.

Este reconhecimento é a ‘percepção es-piritual’ profunda de que, agora, Jesus ha-bita no mais íntimo de cada um deles: Je-sus respira neles, fala através deles; enfim, vive neles. E neste momento mais sagrado da comunhão, Jesus desaparece! Desapa-rece porque passa habitar dentro de nós!

“Naquela mesma hora, levantaram--se e voltaram para Jerusalém (...)” (Lc 24,33). A Missa nunca termina com a comunhão. Ela termina com a missão: o Cristo ressuscitado, que experimentamos na celebração eucarística, deve ser levado, comunicado, aos que ainda não o conhe-cem. Essa foi à missão dos discípulos de Emaús; hoje, essa missão é nossa. Nutri-dos da eucaristia, sejamos, de fato, uma Igreja missionária!

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palavra do pároco-reitor06 santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Caros, amigos, devotos, romeiros, paroquianos que se servem do Jornal Santa Edwiges, que a paz esteja com todos!

Tenho escrito nos anos anteriores nesta minha co-luna, e falando sempre dos santos que celebramos neste mês: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo, todas as colunas da Igreja, santos de uma importância incontestável. Este ano quero refletir e levar a um vértice da fé, este nos encaminha para a Santidade, que é a vivência Pascal.

A comunidade dos Atos dos Apóstolos é o mode-lo de virtude, estão na pós-páscoa, e tem esse ardor crescente animado pelos testemunhos de Pedro e dos Apóstolos, se acompanharmos os três primeiros ca-pítulos ele sempre com entusiasmo e muito eloquên-cia adverte, convida a conversão chama e apresenta o Cristo aos que não o conhecem, e desafia também os que o conheceram a mudar a visão, chegando ao que se descreve em Atos 3,32 “A multidão dos fiéis tinha uma só alma e um só coração. Não chamavam de própria nenhuma de suas posses; ao contrário, ti-nham tudo em comum.” e na sequência se apresenta

Santidade Fruto da vida Pascal

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

o que é fundamental, “Com grande energia davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus e eram muito estimados.”(At 4,33).

O fruto da Páscoa, a Ressurreição, é testemunha-do pela comunidade e descrito no versículo acima citado, com energia, essa é a geradora da vida, da dedicação em seguir o que fora dado aos Apóstolos pelo Senhor, e deste ser vivido e aplicado na própria comunidade, romper as divisas, dar-se, ser para os outros, irmãos, amigos, aqueles que acolhem e fa-zem a vida, a pureza a dedicação acontecer.

Em uma sociedade onde se vê, se denuncia tantas usurpações, tantas malandragens, e o que nos cerca nos jornalismos, falar de santidade parece estar fora da vida ou da sociedade, ser santo não significa ser bobo, basta ver a força e o testemunho de Pedro, Paulo e dos outros Apóstolos, significa sim, lutar e apresentar a verdade, e por ela se por á serviço, à dis-posição. A pureza de coração e a entrega de tudo e de todos citada nos Atos, é fruto de um testemunho e de uma vivência, por isso que os cristãos precisam ser semente de novos tempos, ser sementes de justiça, de

respeito, ser aqueles que causam a motivação de ser respondido a cada circunstância com o devido res-peito ao que se propõe qualquer que seja o evento, o respeito à vida e a sociedade envolvida.

Nos evangelhos após a ressurreição, Jesus enviou os Apóstolos, e hoje, somos nós que devemos fazer esta parte do Ide, de fazer o anúncio, como em João Ele pediu a Pedro, “apascenta os meus cordeiros” (Jo21, 16c) e em Marcos, “Ide por todo o mundo, proclamando a boa notícia a toda a humanidade”. (M16, 15). Como ressuscitados caminhemos, com força e santidade para ser sinal de esperança no mundo.

Com carinho, uma boa celebração dos santos deste mês, e o convite a nós, você e eu, sejamos testemu-nhas com energias da Ressurreição do Senhor.

Num mundo cercado e vigiado 100% do tempo, muitas vezes é difícil sentir-se só, ou perceber-se só. Sempre tem um e-mail, um whatsapp, uma notificação nas redes sociais, sem falar no telefone que não para de tocar. Somos solicitados o tempo todo!

Reitero a importância de ficar sozinho de vez em quando. A solidão não deve ser vista como algo negativo e sim como um momento de refle-xão e introjeção. Vivemos numa esquizofrenia de vozes que nunca se calam, câmeras que nun-ca desligam e pessoas plugadas o tempo todo.

As pessoas não se perguntam se a outra está bem ou não. A pergunta é... Você está logado? Está online?

Com isso nos envolvemos em relaciona-mentos medíocres e efêmeros, consequente-mente terminamos esquecendo-se do nosso Eu e negligenciando principalmente nosso lado emocional.

psicologando

A Solidão

(Esta é uma cena do filme 1984, que foi adap-tado do livro homônimo do autor George Orwel, que cunhou o termo Big Brother, o Grande Irmão).

As vozes e respostas para muitas perguntas es-tão justamente na solidão e não no teclado do celular ou computador. A solidão a que me refiro é estar só e refletir, avaliar um pouco a sua vida, seus desejos e até se incomodar de verdade com

algumas coisas. Não podemos dei-xar essas coisas que nos incomo-dam no mundo virtual.

Após essa cutucada na ferida é importante também que estejamos abertos a procurar ajuda profissio-nal de um psicólogo. Não adianta nada parar para refletir e depois voltar correndo para o computa-dor e pesquisar algumas soluções no Google.

O psicoterapeuta Flávio Gikovate cita que a solidão é boa, que ficar sozinho não é vergo-nhoso. Ao contrário, dá dignidade a pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são como fi-car sozinho: Ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.

GivaldoPsicólogo Organizacional e Clínico - CRP [email protected]

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especial 07santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Batismo 26 de Abril de 2015

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Kauan Ferreira da Silva Ray de Oliveira Souza

Safira Ribeiro Morais Sofia Silva Russo Martins Thayná Oliveira dos Anjos

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notícias08 santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

No dia 09/05 aconteceu o tradicio-nal retiro da catequese, das crianças do Santuário Santa Edwiges, reunindo cerca de cem crianças e adolescentes. O encontro aconteceu na OSSE (Obra Social Santa Edwiges) onde os catequi-zandos foram recebidos com muita ale-gria e realizaram mais um momento de reflexão e aprofundamento da fé.

O dia iniciou com o encontro de todas as crianças na igreja para separação dos grupos, em seguida foram encaminha-das para a OSSE, onde realizaram a oração da manhã e depois tomaram um gostoso café. Após o café as crianças foram orientadas para um dia diferente e dirigidas para oficinas.

A primeira oficina ficou por conta do frei Carlos Frederico OSJ, que falou sobre a “Campanha da Fraternidade” e destacou o tema desse ano, “Fraterni-dade: Igreja e Sociedade” com o lema: “Eu vim para servir”. Frei Carlos ressal-tou ainda que o objetivo da campanha é chamar a atenção da sociedade para a importância de criar um mundo mais solidário e que as pessoas ajudem os mais necessitados.

De forma dinâmica o grupo de ado-lescentes AJUNAI do Santuário Santa Edwiges, trabalhou o tema central do retiro, “Eu vim para servir”. Para Kai-que Brito, coordenador do grupo, ser cristão é colocar-se a serviço, é querer para o outro o mesmo bem-estar que deseja para si. O grupo enfatizou a im-portância das crianças permanecerem

Retiro Espiritual em Preparação à Primeira EucaristiaEncontro trabalhou o lema da Campanha da Fraternidade desse ano, “Eu vim para servir”.

Oblatos de São José a caminho dos Cem Anos no Brasil

no “serviço” e participarem de outros grupos dentro da igreja. Dessa forma, reforçaram o convite para que façam parte do time AJUNAI.

A terceira sala foi conduzida pela irmã Teodora da Congregação das irmãs Franciscanas Angelinas. Com muita sa-bedoria e dinamismo, ela falou sobre a Instituição da Eucaristia. “Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. Foi feita a dinâmica dos doze apóstolos onde as crianças se caracterizaram e fizeram a partilha do vinho e do pão. Todos os catequizandos participaram e tiveram um momento muito rico.

Para finalizar, as crianças se reuniram no salão principal e partilharam as ex-periências vividas nas oficinas ofere-cidas, em seguida teve palestra com o pároco Paulo Siebeneichler. Na ocasião o padre apresentou vestes, paramentos e partes que integram a liturgia, uma explicação clara e dinâmica de como é preparada a Santa Missa.

O dia foi envolvido com muita anima-ção e o encerramento aconteceu com uma linda oração motivada pelo pároco e logo depois um lanche de despedida.

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notícias 09santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Era visível a emoção e brilho no olhar de cada criança e adolescente que esperava ansiosamente receber pela primeira vez, o Corpo e o Sangue de Cristo. Foi no dia 17 de maio que 110 catequizandos juntamen-te com seus familiares, puderam celebrar e se emocionar ao receber o sacramento da Comunhão.

A Santa Missa foi presidida pelo Pároco e Reitor do Santuário, Pe. Paulo Siebenei-chler. Uma celebração emocionante onde durante a homilia, o padre destacou que a Ascensão de Jesus é sinal de vida nova, e ainda que Cristo tenha voltado ao céu e permanece entre nós de inúmeras formas, principalmente pela Sagrada Eucaristia.

Padre Paulo ressaltou a importância das crianças e adolescentes participarem de outros grupos dentro da igreja, seguir servindo o Bom Pastor e os convidou para conhecerem algumas pastorais. O Pároco falou ainda sobre a obrigação do cristão de ser fiel na participação das Missas e en-fatizou que se deve resistir à tentação do desânimo causado ao ver tanta injustiça, corrupção, violência e sofrimento.

No final da celebração, as crianças e seus familiares comemoraram a realiza-ção deste sacramento e agradeceram seus catequistas pela bela caminhada realizada.

Crianças e adolescentes do Santuário Celebram a Primeira EucaristiaEmoção e júbilo na festa do Sacramento da Comunhão

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juventude10 santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

Assembleia da Juventude Josefino-Marelliana

Nos dias 02 e 03 de maio a nossa juventude esteve reunida em assembleia a fim de tomar conhecimento de todas as ar-ticulações da Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana (PJJM) e das realidades vividas por cada grupo da província. O evento aconteceu na cidade de Apuca-rana, nas dependências da Paró-quia Santuário São José.

Cooperação é um termo que se encaixa muito bem quando levamos em consideração todo um trabalho voltado para a ju-ventude. Marcada com a pre-sença de representantes de qua-se todos os grupos de jovens da nossa congregação, a assem-bleia foi um momento em que percebemos que temos jovens comprometidos com o trabalho juvenil, que querem cooperar. Não é à toa citar que essa foi a assembleia da PJJM que mais reuniu jovens nos últimos anos.

Sabemos que muitos grupos enfrentam realidades em que, às vezes, a participação nos even-tos que a nossa Pastoral Juvenil propõe tornar-se difícil, mas, mesmo assim, fazem o possível para estarem presentes.

Em meio a tantos projetos que temos à nível de pastoral, real-mente, é fundamental que todos estejam antenados ao que é pro-posto e aonde queremos chegar

com toda essa articulação.

Os coordenadores dos grupos, assessores e demais jovens pre-sentes na assembleia puderam partilhar suas realidades juvenis por meio do estudo de um ques-tionário, que foi aplicado com o objetivo de integrar e saber à que ponto o nosso trabalho pas-toral está sendo visualizado nas paróquias.

O Centro Juvenil Vocacional e a Equipe Provincial são “bra-

ços” que auxiliam no desenvol-vimento da PJJM, sendo eles os responsáveis pela realização de grande parte das atividades. Há a preocupação de que todos saibam diferenciar ambos. Com isso, em um momento de forma-ção foi apresentado cada um. O Centro Juvenil é um espaço fí-sico que tem a preocupação em capacitar e assessorar os jovens e os grupos juvenis, já a Equipe Provincial é um grupo de pesso-as responsáveis por difundirem

a Espiritualidade J o s e f i n o - M a -relliana.

Levando em consideração o tempo, em breve chegará o mo-mento de tro-carmos a Equi-pe Provincial e, para isso, alguns jovens já se dis-puseram a dar continuidade no trabalho.

No segundo dia de assembleia a agitação foi maior. Os jovens passa-ram por um mo-mento formativo sobre a história da evangelização da juventude desde a vinda dos Oblatos

de São José para Brasil. Também foi apresentado o Plano Trienal (2016-2018), que promete agitar a juventude, visando toda uma preparação para comemorarmos os 100 anos da presença dos Oblatos de São José no Brasil, que acontecerá em 2019.

Por falar no centenário da congregação, uma notícia que entusiasmou os jovens foi a do projeto Santo José. Trata-se de um CD com músicas inéditas de São José, que será gravado em ocasião dos 100 anos. Segundo os organizadores, em breve, será disponibilizado o regulamento e os interessados poderão compor e enviar suas músicas, que pas-sarão por um processo seletivo. O objetivo é que, posteriormen-te, as músicas sejam executadas nas celebrações.

Em setembro, nos dias 12 e 13, iremos comemorar o Dia do Jovem Josefino, que neste ano acontecerá em Curitiba. Os preparativos já estão a todo vapor e a equipe organizadora repassou as informações du-rante a assembleia. A Paróquia Senhor Bom Jesus do Portão e o Colégio Bagozzi serão palco dessa festividade, que será ce-lebrada por meio de um even-to esportivo, a Liga Marellia-na. As inscrições dos grupos iniciaram no dia 20 de maio e devem ser feitas através do

e-mail [email protected].

Para tornar a comunicação da nossa pastoral juvenil mais visí-vel, foi criada uma fanpage onde serão disponibilizadas infor-mações sobre as atividades que estão por vir. Curta e ajude-nos a divulgá-la: Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana Brasil.

Ao final da assembleia, foi realizado o lançamento oficial do Livro do Centro Juvenil Vo-cacional que conta a história, os objetivos, os pressupostos e apre-senta os projetos da entidade. O material está à venda e pode ser solicitado junto a equipe.

Não poderia deixar de citar a Noite de Talentos Juvenil. No dia 01 de maio, em virtude das comemorações da Festa Pro-vincial de São José, ocorreu um evento onde os jovens e adolescentes esbanjaram o que eles têm de melhor, os talentos. Foram várias apresentações musicais, teatrais e de dança, que divertiram e alegraram o público presente no Auditório do Colégio São José.

O rumo está traçado, vamos todos juntos, passo a passo Rumo à Meta.

Vanderson Luiz de LimaVoluntário do Centro Juvenil Vocacional

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A carta circular aos consagrados e às consagradas “ALEGRAI-VOS” da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, retrata os principais desejos do Papa Francisco a todos os chamados à vida Consagrada de como atuarem com este maravilhoso Dom de Deus em meio à Igreja e à Socie-dade. No capítulo quatro da Carta há uma importante reflexão em torno do Chamado e a Alegria consequente des-te. Nesta edição continuarei a transcre-ver e comentar para a nossa própria animação da Vocação em meio às di-ficuldades e adversidades que surgem hoje no mundo em que vivemos.

O papa Francisco chama-nos a deter o nosso espírito no fotograma da partida: «A alegria do momento no qual Jesus olhou para mim»; a evocar significados e exigências su-bentendidos na nossa vocação: «É a resposta a um chamamento, a um chamamento de amor». Estar com Cristo requer que partilhemos com Ele a vida, opções, obediência de fé, bem-aventurança dos pobres, radi-calidade do amor.

Partilhar a vida com Cristo e com a Igreja, a meu ver é lembrar que nada possuímos nesta existência, mas so-mos responsáveis pelo importante Dom que é a vida. Fixar o olhar em Cristo é ter consciência deste dom e jamais se cansar de amar, lutar, fazer o bem em reconhecimento à dignidade do outro.

Trata-se de renascer vocacional-mente. «Convido todo o cristão a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se dei-

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

A ALEGRIA DO CHAMADO II PARTE

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

xar encontrar por Ele, de o procu-rar dia a dia sem cessar».

Renovar-se ou deixar ser reno-vado por Cristo é resgatar o senti-do de nosso Batismo, animar-se por ser reconhecido(a) um ser especial, amado(a) pelo Pai que nos cria, nos anima, nos chama e nos quer próxi-mos a si, como quis os apóstolos. Não nos escondamos do olhar de Jesus, não tenhamos medo se ele nos seduz, pois temos a certeza de caminhar no rumo certo, à Meta garantida.

Paulo leva-nos a essa visão funda-mental: «Ninguém pode pôr outro alicerce diferente do que já foi pos-to» (1Cor 3, 11). O termo vocação indica este dado gratuito, como um depósito de vida que não cessa de renovar a humanidade e a Igreja no mais profundo do seu ser.

Deus na pessoa do Pai, Filho e Es-pírito Santo já fez a sua parte, já es-tabeleceu um alicerce de segurança a todos, cabe a nós fixarmos aí nossas aspirações e confiar, assim seremos capazes de renovar e alimentar nosso próprio espírito.

Na experiência da vocação, o pró-prio Deus é o sujeito misterioso do chamamento. Ouvimos uma voz que nos chama à vida e ao discipu-lado pelo Reino. O papa Francisco, ao recordá-lo – «tu és importante para mim» –, usa o discurso direto, na primeira pessoa, de modo a que a consciência desperta.

Importante é todo aquele que acre-dita na sua própria alegria e no entu-siasmo, pois sabe que este não vem de conceitos e teorias, mas do Dom de Deus escondido em nossos corações.

Chama-me a ser consciente da mi-nha ideia, do meu juízo, para pedir comportamentos coerente com a consciência de mim próprio, com o chamamento que sinto, o meu cha-mamento pessoal: « Gostaria de di-zer a quantos se sentem indiferentes a Deus, à fé; a quantos estão distan-tes de Deus, ou a quem o abandonou; também a nós, com as nossas “dis-tâncias” e os nossos “abandonos” de Deus, talvez pequenos, mas dema-siado frequentes na vida quotidiana: Olha no fundo do teu coração, olha no íntimo de ti mesmo e interroga-te: tens um coração que aspira a algo de grande, ou um coração entorpecido pelas coisas? O teu coração conser-vou a inquietação da procura, ou permitiste que ele fosse sufocado pe-los bens que, no fim, o atrofiam?»

E eu pergunto mais: será que damos a chance ao nosso coração de ser ama-do, de ser chamado para uma única e verdadeira missão? Damos a chance de ser renovados, convertidos, ilumi-nados e fortalecidos pelo Dom maior que nos faz suportar todas as dores e fraquezas que vierem?

A relação com Jesus Cristo preci-sa ser alimentada com a inquietação da procura; torna-nos conscientes da gratuidade do dom da vocação e aju-da-nos a justificar as razões que le-varam à opção inicial, e que perma-necem na perseverança: «Deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre orientado para aquilo que está à minha frente, rumo à meta que é Cristo (cf. Fl 3, 14)». Permanecer constantemente à escuta de Deus re-quer que estas perguntas se tornem as coordenadas que marcam o nosso

tempo quotidiano.Este mistério indizível que traze-

mos dentro de nós e que participa do inefável mistério de Deus só pode ser interpretado à luz da fé: «A fé é a resposta a uma Palavra que inter-pela pessoalmente, a um Tu que nos chama pelo nome» e, «enquanto resposta a uma Palavra que prece-de, será sempre um ato de memória; contudo, esta memória não o fixa no passado, porque, sendo memória de uma promessa, torna-se capaz de se abrir ao futuro, de iluminar os pas-sos ao longo do caminho».

«A fé contém precisamente a me-mória da história de Deus conosco; a memória do encontro com Deus, que toma a iniciativa, que cria e sal-va, que nos transforma; a fé é me-mória da sua Palavra que inflama o coração, das suas ações salvíficas, pelas quais nos dá vida, purifica, cuida de nós e alimenta. Quem traz em si a memória de Deus, deixa--se guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos outros». Memória de ser chamado aqui e agora.

Deixemos com que a Memória de Deus nos guie para onde a providencia sugerir. Façamos os mesmos caminhos da Jovem de Nazaré Maria, do Jovem Operário do povo José de Nazaré e, do Jovem sacerdote Marello. Eles nos indicam com o seu sim, como seguir, como deixar ser conduzidos.

Amém!

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ma que Jesus “Embora sendo Filho de Deus e Deus ele próprio, quis ser visto e considerado Filho do carpintei-ro, e não negou de transcorrer uma grande parte da sua vida no trabalho manual”.

A Exortação Apostólica Redemptoris Custos (nº 22) do Papa João Paulo II, evidenciou claramente a missão de São José quando afirma que “Graças ao seu banco de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho hu-mano ao mistério da redenção”. Por isso, Cristo quis assumir a sua qualificação humana e social de José, o carpinteiro de Nazaré.

Escolhendo de ser considerado Filho de José (Lc 3,23), Jesus herdou, como afirmamos, o título de Filho de Davi, mas contemporaneamente assumiu também o título de “Filho do Carpinteiro” (Mt 13,55), e na car-pintaria de Nazaré trabalhou com mãos de homem (GS 22), santificando o trabalho.

Nós, os devotos de São José, devemos nos sentir feli-zes por tê-lo como o modelo para cada um de nós, pois o trabalho, qualquer que seja ele, professor, médico, doméstica, dona de casa, gari, lavrador, motorista, pe-dreiro, artista... É a maneira com que nos realizamos, é a nossa maneira de contribuir para bem desse mundo, como o fez com tanto empenho o nosso santo protetor.

Rezemos particularmente nesta novena, por todos os trabalhadores, por todos os que buscam um trabalho para o próprio sustento e da sua família. Rezemos para que haja justiça para os trabalhadores, para que os pa-trões tenham a consciência da retribuição justa aos seus empregados e para que tenham meios suficientes, leis favoráveis para proporcionarem um ambiente de tra-balho realizador para todos os trabalhadores. Que São José, proteja bondosamente todos os trabalhadores.

São muitas as atribuições que a josefologia dá a São José, e dentre as quais, algumas são colhidas dos pró-prios evangelhos, os quais deram- lhe os títulos de: Pai de Jesus, Esposo de Maria, Descendente de Davi, Ho-mem justo, Carpinteiro. Além dessas, outras nós as co-lhemos da tradição da Igreja, fruto da reflexão e do amor dos seus devotos, e dentre estas temos: Educador de Je-sus, Homem casto, Servo obediente, Humilde, Silencio-so, etc. Todas essas são muito importantes para indicar concretamente o perfil do nosso Santo, mas uma bastante conhecida entre nós é aquela de Trabalhador. Este as-pecto na vida de São José é fundamental, pois indica que o trabalho não é castigo de Deus, mas que é dado para a realização do ser humano. Com o trabalho, nós somos colaboradores de Deus na obra da criação.

São José foi o colaborador de Deus na ordem da cria-ção, não apenas com o exercício de seu trabalho, mas de maneira grandiosa, como colaborador dela na obra da nossa redenção. O trabalho fez parte integrante de sua vida, pois com ele manteve a sua dignidade de homem, com ele sustentou a sua família, com ele, mediante o suor derramado, os calos nas mãos, o manejo das ferramentas, ele educou o Filho de Deus.

O trabalho fez parte essencial da vida de Jesus. Sen-do ele semelhante a nós em tudo, dedicou a maior parte dos anos de sua vida sobre a terra, até aos 30 anos, ao trabalho manual, junto a um banco de carpinteiro em companhia de seu Pai São José. Jesus, ao assumir a realidade humana, tornando-se homem, com a sua encarnação, santificou toda ela, e, portanto também o trabalho.

O plano da encarnação se encontra, nesse ponto, com São José, o qual foi escolhido por Deus para ser o próprio apresentador de seu Filho ao mundo. São José, por causa do seu matrimônio com Maria, do qual nasceu Jesus, e da sua própria descendência davidica, transmitiu a Jesus o título de filho de Davi. Mas além desse título que ele transmitiu, e que foi indispensável para o reconhecimen-to do Filho de Deus como Messias, ele transmitiu a Jesus também aquela dimensão humana, que o caracterizou

SÃO JOSÉ TRABALHADORsão josé12 santuariosantaedwiges.com.br

junho de 2015

como um homem. De fato, ele recebeu a qualificação de “Filho do carpinteiro”.

Por causa dessa característica, Jesus não se envergo-nhou de ser um trabalhador, por isso, ele trabalhou com suas mãos de homem se identificando diretamente com o trabalho humano. Deus poderia ter escolhido, para ser o pai de seu Filho aqui na terra, um nobre da família sa-cerdotal daquele tempo, afinal, a linhagem sacerdotal in-dicava uma relação direta com o Templo de Jerusalém. Poderia ter escolhido um escriba ou doutor da lei, pessoa versada nos textos sagrados. Poderia, enfim, ter escolhi-do um saduceu, pessoa ligada às questões religiosas. Mas nada disso ele fez, porque São José melhor exprimia a função de um simples pai; um trabalhador, que com a sua singularidade de simples carpinteiro, manifestava a reali-dade do trabalho na vida de todas as pessoas. Foi graças ao banco da carpintaria, no qual São José exerceu a sua profissão, juntamente com Jesus, que ele aproximou o trabalho humano ao mistério da nossa redenção.

Ninguém, depois de Maria, esteve tão próximo das mãos, da mente, da vontade e do coração de Jesus, como São José. Por isso Papa Pio XII, propondo-o como exem-plo para os trabalhadores, afirmou que ele é o Santo que na vida mais penetrou o espírito do evangelho. Nenhum trabalhador foi tão perfeitamente e tão profundamente penetrado da presença de Deus na sua vida do que São José, o qual viveu na mais íntima comunhão de família e de trabalho com o próprio Filho de Deus. Por isso, o mes-mo Papa aconselha aos trabalhadores, que se quisessem estar mais próximos de Cristo, deviam ir a José.

O trabalho dignifica o homem, como sempre nos dis-se a Palavra de Deus e como sempre diz a Igreja. Ser trabalhador é cooperar na criação, é continuar a criação de Deus. Com o nosso trabalho exercemos toda a nossa liberdade de filhos de Deus, criados à sua imagem e se-melhança; com o trabalho devemos transformar o mun-do, portanto, valor do trabalho não está simplesmente nele mesmo, não está no simples fazer ou produzir. Na verdade, pode-se dizer que o trabalho é um “termômetro do homem”. Ele o qualifica como alguém que constrói a liberdade e a paz e torna-se partici-pante na obra do Criador.

O Papa Leão XIII com a Encícli-ca Quamquam Pluries (1889) expri-mindo um sentimento paterno pelos trabalhadores, preocupava-se com a situação deles, e por isso colocava em realce a dignidade do trabalho dando o exemplo de São José e assim se exprimia: “Os operários... devem recorrer a São José e dele tomarem a sua imitação. Ele, se bem que da estirpe real, unido em matrimônio com a mais santa e excelsa entre as mulheres, e pai putativo do Filho de Deus, passou a sua vida no trabalho... O trabalho operário, longe de ser de-sonra...”, ele dignifica. Da mesma forma, na Encíclica Rerum Novarum (1891), também de Leão XIII, se afir-

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

CREDENCIADA – BONA e SINTEKO

ARCIA RASPADOR

Ademir

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Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Bar-bastro, Huesca na Espanha, no dia 9 de janeiro de 1902. Os pais José e Dolores, tiveram seis fi-lhos, sendo que as três meninas mais novas mor-reram ainda criança. O casal deu aos filhos uma profunda educação cristã.

Em 1915, a indústria de tecido do pai faliu e a família mudou-se para Logrou, onde havia mais trabalho. Nessa cidade, Josemaría reconheceu sua vocação religiosa. Intuiu que Deus desejava algo dele, depois de observar na neve algumas pegadas dos pés descalços de um frade. Em vez de ficar tentando descobrir o que ele lhe pedia, decidiu primeiro tornar-se sacerdote. Ingressou no seminário de Saragoça, onde também cursou direito como aluno voluntário. Seu pai morreu em 1924, e ele se viu como chefe de família. No ano seguinte, recebeu a ordenação sacerdotal e foi exercer o seu ministério numa paróquia rural e, depois, em Saragoça também.

Com autorização do seu bispo, em 1927 foi para Madri, com o objetivo de formar-se em di-reito. Um ano depois, durante um retiro espiri-tual, pediu a Deus para mostrar-lhe com clareza o que precisava ser feito e, assim, funda a Opus Dei, um caminho moderno de evangelização para a Igreja. Desde então, trabalhava na instituição,

O fato de não mais existir um lugar para estacionar, dar voltas e voltas, e ter que deixar para mais tarde o que poderia ser resolvido na hora, me fez repensar e tomar a decisão de andar a pé. Eu nem mais me lembrava o quanto é bom.

Por volta das 9 horas, visto uma roupa confortável, cal-ço um par de tênis, e lá vou eu percorrer as ruas do meu bairro.

Eu que antes as percorria só de carro, sem ter tempo para ver nada, agora conheço tantas coisas... Tantas lojas interessantes, que eu via só de relance. E sem falar na oportunidade de bater um papinho.

Volto para casa sempre trazendo alguma coisa. O pão-zinho doce da padaria da praça, o pão de torresmo, a rosca de nozes... Delícia dos deuses! Afinal, depois de tanto caminhar, que mal há em ter um delicioso lanche da tarde, não é?

Outro dia, em uma dessas andanças, encontrei uma senho-rinha que há tempos não via. Tinha sido vizinha de minha sogra. Morava em frente á casa dela. Depois se mudou, pois precisava de uma casa maior. Perdemos o contato.

Senti uma saudade imensa de um tempo que a muito se foi, levando com ele tantas coisas que fizeram parte da minha vida.

Conversa vai, conversa vem, eu a convidei para tomar um café e podermos conversar mais à vontade.

Você sabe que já tenho 94 anos, disse-me ela. Todos os dias saio para caminhar um pouquinho. Meus filhos não gostam, mas quem manda em mim sou eu. Saio mesmo. Ando deva-gar, mas está bom, não é? Pra que pressa, se o dia tem tantas horas... Tenho que ajudá-lo passar.

Perguntei pelos filhos, e ela toda orgulhosa disse que teve dezoito. Três já se foram... Agora só tenho quin-ze... Entre netos e bisnetos, setenta! Nome dos netos não esqueço, mas dos bisnetos... Eu os chamo de menino e menina. Assim não erro.

Velha sábia!Domingo é meu aniversário, disse-me ela. A partir de sexta-

feira ligarei para todos, para lembrá-los que domingo iremos à missa das 9 horas. Eu sei que eles não esquecem, mas por via das dúvidas eu ligo.

É tão bonito ver a família toda reunida. O padre, que é mui-to meu amigo, disse reservará um espaço para nós, como faz todos os anos. Eu costumo sentar no último banco. Assim vejo todos!

Depois nos reuniremos para o almoço em minha casa. Eu não faço nada. Já cozinhei muito. Deixo por conta dos filhos, que capricham no cardápio. Eu como de tudo. Nada me faz mal.

Conversamos durante um bom tempo, até que ela disse que precisava voltar para casa, pois a hora do almoço estava chegando.

Gostaria de revê-la, eu disse.Melhor deixar por conta do acaso. Certamente nos veremos

novamente, disse.E ela se foi, e eu fiquei a olhá-la, até que virou a esquina,

levando um pouco do meu passado.

Josemaria Escrivá de Balaguer26 de Junho

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

ao mesmo tempo em que continuava exercendo o seu ministério, especialmente entre os pobres e doentes. Além disso, estudava na Universidade de Madrid e dava aulas para manter a família.

A missão da Opus Dei é a de promover entre os fiéis cristãos de qualquer condição social uma vida plenamente coerente com a fé no meio do mundo e contribuir, assim, para a evangelização de todos os ambientes da sociedade. Ou seja, difundir a mensagem de que todos os batizados estão chamados a procurar a santidade e a dar a conhecer o Evangelho, tal como recordou o Con-cílio Vaticano II.

Quando rebentou a Guerra Civil espanhola, e com ela a perseguição religiosa, ele exercitou o ministério na clandestinidade, até conseguir sair de Madri e fixar residência em Burgos. Acabada a guerra, em 1939, regressou a Madri e obteve o doutorado em direito. Nos anos que se seguiram, dirigiu numerosos retiros para leigos, sacerdotes e religiosos.

Em 1946, fixou residência em Roma, fazen-do o doutorado em teologia pela Universidade Lateranense. É nomeado consultor de duas con-gregações da Cúria Romana, membro honorário da Academia Pontifícia de Teologia e prelado honorário do papa. De Roma desloca-se, em nu-merosas ocasiões, a diversos países da Europa, América Central e do Sul, a fim de impulsionar o estabelecimento e a consolidação da Opus Dei nessas regiões.

Josemaría morreu em consequência de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975, em seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lançou o seu último olhar. Todavia a Opus Dei já estava presente nos cinco continentes, contando com mais de sessen-ta mil membros de oitenta nacionalidades.

Foi Beatificado no dia 17 de maio de 1992 e foi canonizado em 6 de outubro de 2002 pelo papa João Paulo II na praça de São Pedro em Roma. A festa litúrgica de São Josemaría Escrivá de Bala-guer é celebrada no dia 26 de junho. O seu corpo repousa na igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma.··.

Caminhando...Mensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

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osj14 santuariosantaedwiges.com.brjunho de 2015

VIVENDO O NOSSO CARISMA

Padre Mário Guinzoni, OSJCongregação dos Oblatos de São José

Marello, Giuseppe. Scritti e insegnamenti del Venerabile Giuseppe Marello, organizado por P. Mário Pasetti, Asti: Tipografia S. Giuseppe.1980. p.345. (Tradução do Padre Alberto Santiago). Cfr. Istruzioni di volo per aquile e polli , Anthony de Mello, Piemme, Casale Monferrato, 1996. Marello, Giuseppe. Scritti e insegnamenti del Venerabile Giuseppe Marello, organizado por P. Mário Pasetti, Asti: Tipografia S. Giuseppe.1980. p.198. (Tradução do Padre Alberto Santiago). Marello, Giuseppe. L. 20. Studi Marelliani- San Giuseppe Marello Epistolário II parte, Editore: Casa Generalizia della Congregazione Oblati di S. Giuseppe, Roma, Anno 1 nn.1-2, Gennaio\ Giugno, p. 107B, 2009.

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Um princípio solar: o escondimen-to faz parte do nosso DNA carismáti-co. Mas estamos convencidos disso?

Jesus é o centro de nossa vida e nós precisamos viver no coração de Cris-to, em intimidade com Cristo, escon-didos com Cristo. Reflita: uma pérola para formar-se precisa do “escondi-mento” dos abismos; uma semente para produzir frutos deve antes “apo-drecer na terra”; uma criança para nascer precisa do “escondimento” de nove meses; Jesus para se tornar missionário do mundo precisou do escondimento trinta anos em Nazaré com José e Maria. Assim nós, hoje, para fazer nascer o amor precisamos de vida interior, de escondimento. A única solução completa, total para uma verdadeira paz interior é colocar Cristo no lugar do “eu”.

O escondimento é sim nossa “fon-te” carismática na ótica Marelliana e se encontra nas Constituições, no arti-go terceiro e sétimo.

Art. 3 - Os Oblatos de São José, fiéis ao carisma do Funda-dor, são chamados a reproduzir na sua vida e no apostolado o mistério cristão como o viveu São José: na união com Deus, na humildade, no escondimen-to, na laboriosidade, na dedica-ção “aos interesses de Jesus”.

Art. 7 - Assim, os Oblatos escolhem “seguir de perto o Divino Mestre, na prática dos Conse¬lhos evangélicos” vi-vendo “escondida e silencio-samente operosos à imitação de São José, grande modelo de vida pobre e obscura” e dedi-cando-se ao apostolado ministe-rial que lhes é peculiar.

Todavia, estes textos devem se tornar “constituição” da vida de cada um, e não apenas norma ou papel que aceita tudo. De fato, só o verdadeiro Escon-dimento é a marca registrada da santi-dade, o caminho obrigatório para um discipulado autêntico e uma missiona-riedade cheia de frutos para o Reino! Mas com certeza é algo de muito difícil para o mundo dos ibopes, do glamour, do sucesso, dos títulos cheios de vaida-de, das personalidades cheias de bazófia e empáfia, do mundo onde conta mais o rótulo do que o conteúdo. Escondimen-to é atitude de vida: é por exemplo, ca-pacidade de fazer algo, mas, de deixar a glória ao outro, é se alegrar quando vejo que os outros têm sucesso e se projetam melhor do que eu, é ter a humildade, pa-lavra que vem do “húmus” terra, chão e implica em não buscar aplausos e agir unicamente por Ele e seu Reino. José e Maria viveram assim, os santos(as) todos(as), inclusive o nosso Fundador, mergulharam na humildade e no servi-ço feito por Ele, até à cruz. Outro cami-nho é pura ilusão! Vejamos alguns ges-tos concretos possíveis, e não importa se pequenos! Mas você pode descobrir e viver muitos outros ‘escondimentos’ em sua vida.

• Ter bem claro na mente que tudo o que acontece de bom, todos os dons, o que fazemos de bonito é sempre graça de Deus. Este pensamento nos deixa na humildade e com os pés no chão sem a idolatria do “EU”. “Não pode-mos praticar um só ato de virtude que não seja obra do Espírito Santo” .

• “Preciso que Ele cresça e eu dimi-nua” (Jo 3,20). Esta escolha de vida de S. João Batista, pode ser minha, nossa também!

• Meditemos isso: se te escondes, Deus vem em tua procura, se quer aparecer, Deus se esconde de ti! È ex-periência de vida. Não deixemo-nos

levar pela plateia: é enganadora!

• Por que querer sempre aparecer, ser visto ser olhado, querer aplausos, honras? Minha felicidade não depende do que os outros pensam de mim, ou dizem de mim, mas o que pensa Deus de mim . A feli-cidade está em mim não nos outros. Aos olhos do mundo José era um “Zé nin-guém”, mas, aos olhos de Deus? “Quan-do for elogiado sorria, e pense que Deus vê o interior” escreveu o Fundador.

• Já pensou em fazer uma ação (tra-balho, gesto de caridade, oração, es-tudar...) só para Jesus, evitando ser visto pelos homens “Tudo sempre para a maior glória de Deus Nosso Senhor?”. O escondimento é humil-dade, simplicidade, é trabalhar sem ser reconhecidos, louvados. Somo ca-pazes de amar assim o Senhor?

• Já lhe aconteceu de você fazer algo bonito e outro ser elogiado? Isto, sabemos que aconteceu ao pé da letra com o Fundador! Como se sentiu ele? E como se sentiria você?

• Pode acontecer algumas vezes que nos sintamos deixados de lado, esque-cidos, ou não amados... Nestes mo-mentos como é bom colocar-se diante da Eucaristia e perceber que Ele, o ‘Es-condido no sacrário’ também é deixado de lado.. esquecido, não amado... Pelo menos estamos em boa companhia!

• Em toda sombra da vida, em todas as dores pessoais, nos irmãos que so-frem, nos males sociais e até da Igreja, em cada acontecimento doloroso, e até em nossas fragilidades e pecados pode-mos perceber e sentir o escondimento de Deus, que, todavia, faz nascer uma nova vida como fosse um parto espi-ritual. Nenhuma dor se perde tudo se transforma no AMOR DE DEUS!

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19:45h

VENHA PARTICIPAR CONOS-CO E TRAGA SUA FAMÍLIA!

“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O

OLHAR DE MARIA.”

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Os Doze Profetas: Miquéias

Os personagens bíblicos normalmente têm nomes com sentidos e significados. Em geral são difíceis de ser com-preendidos por quem não conhece a língua hebraica ou a grega. Os significados têm a ver com a missão, a origem, um projeto de vida, um outro elemento que pode ser impor-tante dentro da história do personagem ou do conjunto da auto apresentação de Deus na História. Um nome interes-sante é o do Profeta Miquéias, que em hebraico é Mika, que é uma abreviação de Mikaya. Este é um nome classificado como “teofórico”, isto é, que expressa uma ação, qualidade ou realidade relativa a Deus. No caso é quase como uma pergunta: “Quem é como o Senhor?”

O personagem Miquéias. Conhecemos na Bíblia dois Profetas com o nome Miquéias. Um deles é identificado como “filho de Jamla”. Nós o encontramos em 1 Reis 22,13–28. O outro é este que queremos estudar aqui. Miquéias usa imagens diversas e proclama oráculos cheios de segredos. Não faz, por exemplo, qualquer menção da Assíria que amea-ça o país, exceto em 5,4. Apresenta o Messias e sua mãe com alusões e simbolismos (5,1–5). Aliás, estes poucos versículos são muito importantes na teologia e espiritualidade.

Miquéias, do qual temos o Livro de Miquéias, sexto livro do grupo dos Doze Profetas,foi contemporâneo de Isaías, tendo vivido entre 737 a.C. até cerca de 686 a.C. Lemos no seu livro, capítulo 1 versículo 1, que ele viveu nos tempos de Joatão, Acaz e Ezequias, um pouco antes da Samaria, e daí em diante. Ora, Samaria, capital do Reino de Israel, no norte, foi cercada por vários anos, entre 734 e 720 a.C. Foi neste último ano que a cidade caiu sob a força da Assíria. Ao que parece Miquéias foi testemunha disto tudo. Miquéias também apresenta em seu livro um pequeno trecho praticamente igual a Jeremias. Podemos

conferir Jeremias 26,18–19 e Miquéias 3,12. Isto pode significar que Jeremias, posterior a Miquéias, conheceu sua profecia e, provavelmente, impressionou-se com ela.

O contexto de Miquéias, Profeta do século VIII. Miquéias cita o cerco de Senaquerib, rei da Assíria, em 4,9s.11.14. Isto aconteceu durante a campanha de 701 a.C., quando ele invadiu a Palestina. É o tempo de condições mo-rais e religiosas muito fracas.

De fato, no Livro de Miquéias nota-se a prática da idola-tria e a prostituição sagrada (1,7), com sortilégios e ídolos (5,9–14). Homens gananciosos apoderavam-se do campo e casas (2,2), usavam de fraudes (6,11), amontoando tesouros de iniquidades (6,9ss). Os chefes devoravam os bens do povo (3,1ss), vendiam-se por presentes (3,11) e recompensas (3,11; 7,2s). Corrompiam-se os juízes e até mesmo os profetas que anunciavam oráculos tendenciosos (3,5.11). Havia uma falsa segurança nas situações estabelecidas, com a certeza de que nunca o Senhor deixaria seu povo (2,6s; 3,11).

Miquéias deveria ser um aldeão, homem simples, mas severo nas suas palavras. Ele enfrentará dificuldades e pro-vações diversas. Ele tem segurança de sua vocação (3,8) estando ligado às tradições proféticas fundamentais.

O Livro de Miquéias. Tem um estilo robusto, vivo. Faz o diálogo fluir usando as palavras dos adversários (2,6s.10); 3,11; etc.). Interroga (1,5; 2,7; 4,9) e responde (6,6s), ata-cando os opositores (2,3ss.8ss; 3,1.6.9s; etc.). Fala de seus próprios sentimentos como indignação (3,1), confiança (7,7), certeza (3,8). Chega a fazer o próprio Deus falar di-retamente (1,6s; 2,3.13; 4,6s; 5,9–14; 6,3ss). Não deixa de falar com coragem em nome de Deus (2,3ss; 3,5–8; 4,7).

O esquema é este: Processo contra Israel, Povo da Alian-ça: 1,2—3,12 (1ª parte); Promessas a Sião, isto é, ao Povo da Aliança: 4,1—5,8 (2ª parte); Ameaças de calamidades contra Judá: 5,9—7,7 (3ª parte); e conclusão ou última par-te: Esperanças para Judá: 7,8–20 (4ª parte ou conclusão). O esquema é de “ameaça e promessa”.

Um texto difícil. Miquéias é um Livro Profético que apresenta dificuldades para ser compreendido facilmente. Tem uma linguagem complicada, parece meio “quebrada”. Isto talvez não apareça na leitura em português ou em outra tradução, mas aparece na língua hebraica. Além disso, há o problema da autenticidade de Miquéias. Isto se deve à forma final do texto. Há duas maneiras de enxergá-lo: ou mudado, cheio de intervenções redacionais e, portanto, “corrompido” ou simplesmente original, com uma lingua-gem muito próxima da rudeza do falar sem erudição ou elaboração literária, quando se dá às palavras um significa-do fundamentalmente direto. E há também passagens obs-curas e termos incompreensíveis no texto hebraico, como em 6,14; 7,2; 1,10s; 6,9s. Sobre estes problemas e outros, muitos estudiosos já propuseram soluções e caminhos para a compreensão de Miquéias.

Mensagem e Teologia de Miquéias. Miquéias é conscien-te de sua missão profética e coloca sua confiança apenas no Senhor (3,8; 7,7). Ele denuncia os pecados do povo que deseja apenas oráculos de salvação (1,6–11). Ataca também

os falsos profetas, “oficiais” para a condescendência das autoridades (3,5 —7,11) e anuncia o castigo iminente.

Miquéias denuncia desordens morais e sociais da socie-dade como o culto sincretista de Samaria (1,7) e de Judá (5,11–13), a murmuração e a ingratidão para com o Senhor que é acusado injustamente de não auxiliar seu povo na crise com a Assíria (6,3ss — trecho utilizado na Liturgia Cristã da Paixão, aplicado ao Servo sofredor de Isaías). Mi-quéias não tolera a confiança no poderio militar (1,13; 4,14; 5,9s), nos ricos (3,10) e a exploração dos fracos, especial-mente dos sacerdotes e falsos profetas (3; 7,3).

É por isso que Samaria será arruinada (1,6), em uma visão que, provavelmente é posterior aos próprios fatos que anunciar, como uma advertência a Judá. Os ídolos de Samaria serão despedaçados e devorados (1,7). Judá será, também ele, destruído. A montanha do Templo será uma colina coberta de árvores (3,12; 6,16). Profetas mercenários serão cobertos de vergonha (3,5s).

Mas haverá uma esperança! Trata-se do messianismo em sua forma régia e do anúncio do Resto. Miquéias deve conhecer o Livro do Emanuel, do Profeta Isaias e apresenta o oráculo do nascimento do Emanuel (5,1–3). O nascimento do Messias é o centro da história de Israel e o Senhor permi-te a calamidade realizando, assim, o julgamento. A salvação virá não para todo Judá ou Israel, mas para o “Resto”.

Assim se lê em Miquéias 4,7–8: Farei do estropiado um resto e do disperso uma nação poderosa. E o Senhor reina-rá sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre. E tu, Torre do Rebanho, colina da filha de Sião, em ti entrará a autoridade antiga, a realeza da filha de Jerusalém.

E todos os que creem em Jesus como Messias e celebram o Natal como o Evento da Encarnação recordam-se deste texto de 5,1–7: Mas tu, Belém de Éfrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que deve governar Israel. Suas origens vêm de tempos antigos, de dias imemoráveis. Por isso ele os abandonará até o tem-po em que a parturiente dará à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para os israelitas. O resto de Jacó será no meio de numerosos povoscomo orvalho vindo do Senhor, como gota de chuva sobre a erva, que não espera no ho-mem e não conta com ninguém.

Miquéias anuncia a necessidade do cumprimento da prática da justiça, do amor e da humildade da fé: requi-sitos fundamentais para a salvação, já anunciados por Amós, Oséias e Isaías. “Já te foi revelado, ó homem, o que é bome o que o Senhor exige de ti:nada mais do que praticar o direito,amar a bondadee caminhar humilde-mente com teu Deus!” (Miquéias 6,8).

Sião, símbolo da futura realidade do Povo da Aliança, será o centro de todos os povos e Jerusalém a metrópole de um grande reino onde haverá paz e justiça (4,1–5). A humildade do penitente (7,8ss) é a segurança da esperança (7,14–20).

Profeta em tempos de crise e de dificuldades políticas e religiosas, Miquéias é pouco lido e conhecido.

Mas o que ele anunciou marcou decisivamente a História da Salvação.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

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Ana Cristina da Silva CamargoFrancimar FerreiraItala ZambrettiMaria Regina da SilveiraMaria Roseni Alves SantosMarta E ErnandesMarta Maria Sousa

CAMPANHA DO TERRENO DA CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA

13/jun Adriane da Silveira02/jun Ana Lucia Andrade25/jun Ana Lucia de Souza Ramos25/jun Ana Maria de Souza30/jun Antonio Almeida de Sá Barreto01/jun Antonio Roberto G. Gomes Silva21/jun Carla de Oliveira Aragão01/jun Catarina M. Cordeiro22/jun Célia Maria Menezes Martos24/jun Cícera Maria da Silva13/jun Cícera Tenório L. de Barros09/jun Cleadimar Campelo da Silva21/jun Cristian de Abadia Gomes24/jun Davi Manoel de Souza03/jun Diomar Maria de Macedo15/jun Dirce Sarro Sanches19/jun Edinaldo Cruz Oliveira16/jun Edinaldo José Ferreira17/jun Edison Bonadip20/jun Eliane Joaquim de Sousa08/jun Elisabete Elsa Celestino30/jun Elizena Souto Santiago Souza23/jun Ereniota Tele dos Santyos01/jun Erisvaldo Batista Souza04/jun Esmeraldina Pereira Carvalho02/jun Everaldo Xavier dos Santos23/jun Fátima Busani14/jun Fernanda de Souza Freire04/jun Fernando Lopes01/jun Filomena Pizza dos Santos19/jun Francisca da Silva Lima Brito02/jun Francisca Jussara Ferreira30/jun Francisca Maria Vicente05/jun Francisco Alves Batista

25/jun Francisco Soares das Chagas28/jun Giksolan Carneiro da Silva26/jun Guilherme Costa da Silva17/jun Hebe Gomes Faria Oliveira28/jun Idarlene Rocha Costa20/jun Irani dos Santos Sousa12/jun Irene Batista dos Santos23/jun Izaíra Carvalho Toneti03/jun Jaciro Tiveron15/jun Janete Primo de Oliveira23/jun Joana A. Carvalho24/jun Joana Claudia Sousa Campos28/jun Joaquim Silas03/jun Joelson Pinheiro de Carvalho23/jun José Alves de Melo Neto28/jun José Pedro Melo de Oliveira27/jun Josefa Nunes da Silva16/jun Justina de Brito05/jun Kamila Oliveira da Cruz21/jun Kelli Gonçalves Pedro14/jun Leonor da Silva Dutra22/jun Lindalva Carneiro da Frota11/jun Lívia Nery19/jun Lucas Ferreira da Silva22/jun Lucidalva Amorim Silva24/jun Luiz Nazario de Oliveira26/jun Luzinete Sodré Martins26/jun Maikon Alencar de Lima10/jun Manoel Neto Figueredo10/jun Manoel Pereira Sobrinho23/jun Maria Alina de Jesus Dantas14/jun Maria Aparecida da Silva04/jun Maria Aparecida Ferreira21/jun Maria de Fátima dos Santos

26/jun Maria de Jesus Furtado01/jun Maria de Lourdes Tavares08/jun Maria do Livramento Sampaio27/jun Maria Dulce André da Silva18/jun Maria Eldir dos Santos16/jun Maria Eliete Borges dos Santos23/jun Maria Eunice Feitoza13/jun Maria Freitas da Silva17/jun Maria José do Nascimento06/jun Maria José Gonçalves28/jun Maria Julia A. Vieira19/jun Maria Leite Cavalcante Almeida13/jun Maria Lucia Feijó Sampaio26/jun Maria Luzia dos Santos Oliveira26/jun Maria Neuza Fiuza02/jun Maria Paulina de Araujo06/jun Maria Regina Justiniano23/jun Maria Zilma Pereira da Silva19/jun Maria Zuleide de Sousa Gomes11/jun Marilda Santos Lima18/jun Mario Tinelli08/jun Marleide Bandeira de Sousa10/jun Marlene Santana da Silva25/jun Mônica Fonseca André da Silva26/jun Monize Alves da Mota14/jun Neusa Matias02/jun Nubia Maria de Brito Bezerra06/jun Olinto Dias Pereira10/jun Orminda Pacheco Ferreira23/jun Paulino Gomes de Oliveira01/jun Paulo Ramão Silva Santos06/jun Paulo Sérgio S. de Oliveira04/jun Quitéria Izabel da Silva21/jun Raimunda de Santana

PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE JUNHO

REZEMOS PELOS DIZIMISTAS DE NOSSA COMUNIDADE E PELOS QUE AINDA VÃO SER

08/jun Raimunda Lourenço22/jun Regina Aparecida Mello Mora08/jun Renata Maria Martins14/jun Roberto Alves Carneiro23/jun Roberto Furlan13/jun Rosangela Freitas da Silva14/jun Rozilene A. Vale Soares09/jun Shirley Joyce Oliveira Jacome22/jun Silvania Bezerra da Silva07/jun Sinval Rodrigues dos Santos01/jun Sonia Maria L. de Souza Bezerra13/jun Tânia Silva de Abreu28/jun Thiago Santana24/jun Valdir Neres de Farias Ferreira23/jun Valdirene de Almeida Souza06/jun Vitalia Rodrigues Shimabukuro

DÍZIMO

Oração: Recebei, Senhor, a minha oferta./ Ela não é uma esmola, porque não sois mendigo./Não é apenas contribuição porque não precisais dela./ Não é o resto que me sobra que vos ofereço. Esta importância, Senhor, representa a minha gratidão e o meu reconhecimento, pois se tenho algo,/é porque Vós me destes./ Amém!

Muito obrigado a todos que são dizimistas em nossa comunidade. Maiores informações sobre o dízimo na entrada da Igreja ou durante a semana na secretaria paroquial.