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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXVI * N. 302 * Fevereiro de 2016 Pág. 06 Vocações A partir deste ano, o Pe. José Antonio Ferreira estará trazendo novidades no percurso vocacio- nal no Jornal de Santa Edwiges. O Padre Marcelo (o antigo colunista da página Vocações) assumiu um novo projeto na Congregação, agora sendo for- mador da Casa de Formação em Ourinhos/SP. A Vocação da Irmã Dulce Pág. 11 Vivemos um ano muito especial para a nossa Comunidade Paróquia Santuário Santa Edwiges, o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia e o Ano de Santa Edwiges, duas importantes oportunidades na vida cristã. 2016 - Ano Santo da Misericórdia e Ano de Santa Edwiges Pág. 09 Pág.05 Palavra do Pároco-Reitor A Espiritualidade Quaresmal A imposição das cinzas não é somente um símbolo que apenas recorda a nossa fragilidade e brevidade de nossa vida (“Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”); é também, e, sobretudo, um sinal de renovação e de vida que começa. Pág. 15 Despedida do Pe. Paulo Sérgio Notícias No dia 17/01 o Santuário Santa Edwiges se despediu do Pe. Paulo Sérgio, que permaneceu durante 4 anos na paróquia. Estavam presentes neste dia, a comunidade e os amigos que ele conquistou ao longo deste tempo. Especial OS SALMOS [2] Sendo orações, os Salmos têm diversos gêneros, maneiras de ser escritos e expressar os sentimentos. É preciso conhecer estes gêneros e seus significados.

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Page 1: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXVI * N. 302 * Fevereiro de 2016

Pág. 06

Vocações

A partir deste ano, o Pe. José Antonio Ferreira estará trazendo novidades no percurso vocacio-nal no Jornal de Santa Edwiges. O Padre Marcelo (o antigo colunista da página Vocações) assumiu um novo projeto na Congregação, agora sendo for-mador da Casa de Formação em Ourinhos/SP.

A Vocação da Irmã Dulce

Pág. 11

Vivemos um ano muito especial para a nossa Comunidade Paróquia Santuário Santa Edwiges, o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia e o Ano de Santa Edwiges, duas importantes oportunidades na vida cristã.

2016 - Ano Santo da Misericórdia e Anode Santa Edwiges

Pág. 09

Pág.05

Palavra do Pároco-ReitorA Espiritualidade QuaresmalA imposição das cinzas não é somente um símbolo que apenas recorda a nossa fragilidade e brevidade de nossa vida (“Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”); é também, e, sobretudo, um sinal de renovação e de vida que começa.

Pág. 15

Despedida do Pe. Paulo SérgioNotícias

No dia 17/01 o Santuário Santa Edwiges se despediu do Pe. Paulo Sérgio, que permaneceu durante 4 anos na paróquia. Estavam presentes neste dia, a comunidade e os amigos que ele conquistou ao longo deste tempo.

Especial OS SALMOS [2]

Sendo orações, os Salmos têm diversos gêneros, maneiras de ser escritos e expressar os sentimentos. É preciso conhecer estes gêneros e seus significados.

Page 2: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

Agora definitivamente , estamos inician-do o ano de 2016, como sempre dizem: No Brasil o ano começa de fato, só depois do Carnaval. Então vamos iniciar o mês de fe-vereiro cheio de energias para batalhar por nossos propósitos, no intuito de alcançar nossas metas.

Ao longo do ano de 2016, teremos mui-tos acontecimentos no Brasil e no Mundo, sendo eles: O ano Santo da Misericórdia, Jornada Mundial da Juventude na Cracóvia, as Olimpíadas no Brasil e as Eleições para Prefeito e Vereadores.

Além destes acontecimentos, iniciamos na quarta feira de cinzas a Quaresma, um tem-po de conversão e preparação para a festa da páscoa. É tempo de nos arrepender de certas atitudes que não agradam a Deus e, mudar para que possamos viver mais próxi-mos de Cristo.

Estamos no ano Santo da Misericórdia, onde devemos perdoar aqueles que de al-guma forma nos fez algum mau, doar-se ao próximo, realizar peregrinações, buscar o sacramento da reconciliação e principal-mente intensificar as orações.

Que a espiritualidade da Quaresma e do ano da Misericórdia possa tocar no coração de todos vocês.

Fiquem com Deus!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina Santos e Arquivo InternoEquipe: Ângela; Antônia; Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; Rosa Cruz; Marlene; Maria e Valdeci Oliveira.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 05/02/2016Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 3.000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

Karina [email protected]

editorial

Ano daMisericórdia

6 Sab

Reunião Grupo EmanuelGrupo de Oração Reunião de Catequistas Encontro Missões Josefinas

Salão São JoséSantuário

Santuário

20h19h17h

7 Dom Encontro Missões JosefinasRetorno da Catequese

SantuárioSantuário 9h

9 Ter Carnaval

10 Qua Celebração da missa com imposição das cinzas Santuário e Capela NSA 7h, 15h, 19h e 20h

12 Sex Missa votiva de Nossa Senhora AparecidaMissa de Abertura da CF 2016

Sede da ComunidadeParóquia Sta Rita de Cássia

13 Sab

Grupo Emanuel (Encontro)Grupo de OraçãoCatequese Encontros

CRP RegionalCPC Comunidade

Salão São JoséSantuárioSantuário

Sede da Região IpirangaCapela N. Sra Aparecida

20h19h9h às 11 e 14h30 às 16h30 9h às 12h15h

18 Qui Reunião de Pais- 1ª Etapa Catequese Santuário 20h

19 SexVia Sacra no SantuárioVia Sacra na Comunidade N.Sra. Aparecida Conferên-cia Vicentina (preparação de cestas básicas)

SantuárioSede da Comunidade Salão São José Marello

16h e 20h20h7h às 10h

21 Dom Retiro ECC OSSE 8h às 12h

25 Qui Reunião de Pais- 2ª Etapa Catequese Santuário 20h

26 Sex Reunião do Setor de Padre Paróquia São Vicente 9h

27 Sab

Palestra da Campanha de Prevenção do CâncerCurso de BatismoCatequese (Encontro) Grupo de OraçãoGrupo Emanuel (Encontro)Aula Inaugural Centro de Formação Ipiranga

SantuárioSalão São JoséSantuárioSantuárioSalão São JoséSede da Região Ipiranga

8h17h309h e 14h3019h20h15h

28 DomRetiro das CatequistasCelebração do Batismo Santuário 16h

Page 3: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

cantinho da catequese 03santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

COMEÇANDO COM O PÉ DIREITO

Sejam bem vindas crianças, auxiliares e catequistas a mais um ano de encontros e celebrações. Iniciamos mais um ciclo de reencontros e atividades na nossa pastoral.

Nesse novo ano que se inicia teremos diversos momentos de espiritualidade, gin-canas e momentos de participação conjunta entre os catequizandos. Teremos tam-bém a celebração da Primeira Comunhão das turmas de 2º etapa, onde depois de uma caminhada de dois anos, receberão Jesus vivo.

Que esse ano seja de grande aproveitamento a todos, onde possamos compartilhar e vivenciar os momentos da vida de Jesus, seguindo seus exemplos e anunciando seus ensinamentos

Nesse inicio de mês, iniciamos um tempo de preparação, de conversão e penitência. A palavra “Quaresma” significa quarenta ou quadragésima. É o período de quarenta dias que an-tecede a Páscoa, a grande festa dos cristãos, que é a Ressurreição de Je-sus Cristo. Começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ra-mos. É um tempo de retiro, de peni-tencias e orações para a preparação do tempo mais importante na vida de Je-sus: sua paixão, morte e ressureição.

Poderão perceber que nesse tempo, não se ouvirá o Glória nas celebra-ções, pois é um período que a igreja vive os momentos de Jesus no deser-to, onde ele vivia em retiro e orações.

A cor predominante nas celebra-

QUARESMA

ções será o ROXO que significa pre-paração, penitência ou conversão.

O que os cristãos devem fazer no período da Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. A penitência é uma forma de educação do nosso corpo e da nossa mente, uma vez que deixamos de realizar algo que gostamos muito para fazer crescer em nós um sentimento de amor e carida-de. Todos nós podemos realizar uma penitência, até as crianças! Que tal deixar de comprar balinhas e chicletes por um mês e utilizar o valor que seria gasto para ajudar alguém que precisa

Tempo da Quaresmareflexão, conversão e penitência

Conforme anunciamos, aqui está a foto da catequizanda que par-ticipou do concurso do presépio. Foi a Julia de Jesus Magalhães, de 9 anos, das catequistas Bruna e Ketelyn. Parabéns Julia! Que Jesus menino esteja sempre no centro do seu lar, iluminando o caminho de toda a sua família!

CONCURSO DO MELHOR PRESÉPIO

O Grupo de Oração Nossa Senho-ra de Fátima III, convida a comuni-dade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwiges, todos os sábados às 19h.

VENHA PARTICIPAR!

Convite

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04 campanha santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

Era uma vez um homem que estava dormindo. Enquanto dormia, engoliu um animal venenoso que lhe ficou entalado na garganta. Levantou-se numa espécie de delírio e começou a tossir e a se sacudir, tentando livrar--se de um mal que absolutamente não compreendia.

Um cavaleiro que passava por ali naquele momento viu num relance, tudo o que havia acontecido. Imedia-tamente ergueu o chicote e começou a açoitar o homem, golpeando-o sem piedade, até que ficou negro e azulado. O homem que estava sendo açoitado, meio enlouquecido, tentou gritar ao cavaleiro que parasse, mas não conse-guia fazer com que as palavras saís-sem. Enquanto corria, ou se espojava no chão, ou se revirava, sempre rece-bia uma chuva de golpes implacáveis. O cavaleiro não dizia uma palavra.

Finalmente, como resultado de uma terrível náusea, o animal venenoso foi vomitado pelo ressentido estômago do homem aflito. O animal caiu ao chão e estrebuchou. O cavaleiro, sem uma palavra, esporeou o cavalo e partiu.

Um duro aprendizado

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

Somente então o homem percebeu que aquilo que lhe parecera um assalto injustificado, havia sido, na verdade, a única forma de se livrar do animal antes que o veneno fosse injetado em seu sangue.

Este tipo de coisa não acontece to-dos os dias, nem a todas as pessoas, nem todo o tempo. Mas, às vezes, há na vida de todas as pessoas ocasiões em que se pode estar recebendo ajuda embora se acredite que se esteja rece-bendo um castigo, e vice-versa. Ao en-sinar-nos o mestre não se exime de um dever tão penoso como o do cavaleiro em nossa parábola ou de ser taxado como um homem duro, pois, aprende-mos com a vida que o sofrimento mui-tas vezes vem para nos manter esper-tos e respirando.

Moral

Muitas vezes a vida nos golpeia e nos açoita, logo pensamos que Deus é in-justo que Ele não nos ama. Mas já diz uma passagem da Bíblia: “Deus açoita aqueles que Dele se aproxima”. A dor

para refletir

dura, mas reflito sobre você mesmo, pois ela pode estar te ajudando a se livrar o do veneno deste mundo.

e sofrimento são grandes educadores, pois nos ensina a rever nossos passos e ver quais foram nossas escolhas e onde erramos para estarmos neste passo. Embora não precisemos desta aula ela vem para endireitar nosso ca-minho. Por isso quando a vida como mestra te açoitar, não pense que ela e

Objetivo da Campanha – Refor-mar a Capela da Reconciliação, retirando rachaduras, infiltrações e restabelecer a pintura interna e ex-terna de todo o prédio.

Como Participar?

Retire na Secretaria ou no plan-tão da Campanha o carnê de doa-ção. Doação prevista de R$200,00 reais, com quatro possibilidades. Sendo: à vista, duas vezes, quatro ou oito vezes. Você escolhe a ma-neira que poderá ajudar a atividade.

Desde já agradecemos a sua ge-nerosidade.

Campanha: Pinte a Capela!

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

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05palavra do bisposantuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL

Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal, tempo es-pecial de reflexão e de graça. Podemos comparar a “Quaresma” a um grande retiro espiritual. Em cada Domingo, a Palavra de Deus irá nos auxiliar a re-alizar um exame de consciência sobre nossa vida pessoal de seguimento de Jesus, assim como também de nossa vi-vência comunitária.

Qual o sentido da imposição das cinzas? Qual é o seu significado mais profundo? Certamente não se trata de mero ritualismo, mas de um símbolo existencial, ou seja, gesto que deve to-car o nosso coração. A imposição das cin-zas deve levar-nos a compreender a atualidade da admo-estação do profeta Joel, que ressoou na liturgia da Pala-vra, na Quarta-feira de Cinzas: “rasgai o coração e não as vestes” (Jl 2, 13). Ou seja, ‘aos gestos ex-teriores deve corres-ponder sempre à sin-ceridade da alma e a coerência das obras’. De fato, para que ser-ve rasgar as vestes, se o coração perma-

nece distante do Senhor, isto é, do bem e da justiça? Eis aquilo que realmente conta: voltar para Deus, com o coração sinceramente arrependido, para obter a sua misericórdia (cf. Jl 2, 12-18).

A imposição das cinzas não é somen-te um símbolo que apenas recorda a nossa fragilidade e brevidade de nossa vida (“Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”); é também, e, sobre-tudo, um sinal de renovação e de vida que começa. Com este rito, iniciamos o caminho para a Páscoa. Anulando nas

cinzas da conversão o homem velho e pecador, que ainda habita em nós, nas-cerá o homem novo com Cristo Ressus-citado (objetivo da Páscoa).

Outro aspecto da espiritualidade qua-resmal é aquele que podemos definir como “ascético”. Esse aspecto fica evi-denciado pela oração da coleta da Mis-sa de Quarta-feira de Cinzas, quando se fala do “exercício da penitência” e do “combate contra o espírito do mal”. To-dos os dias, mas, sobretudo na Quares-ma, enfrentamos uma luta, como a que

Dom José RobertoBispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

Cristo empreendeu no deserto, onde durante quarenta dias foi tentado. É uma luta que envolve totalmente o nos-so ser e exige uma vigilância atenta e constante. Dentre os exercícios quares-mais, a Igreja sugere a prática do jejum, da oração e da caridade.

O jejum, ao qual a Igreja nos convi-da neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética, mas brota da necessidade que o ser humano tem de uma purificação interior, que o desintoxique da polui-ção do pecado e do mal; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis, que o libertam da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão, o jejum e as outras prá-ticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã “exercícios espirituais” para combater o mal, as paixões desor-denadas e os vícios.

Que as cinzas que recebemos sobre nossas cabeças, nos lembrem que a vida é processo contínuo de conversão; e, ainda, não nos deixe esquecer que nossa existência é breve. Por isso, não desperdicemos o tempo que o Senhor na sua bondade nos concede. Uma boa Quaresma a todos!

Page 6: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

06 palavra do pároco-reitor santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

Caros Paroquianos, Romeiros e devotos de Santa Edwiges.

Vivemos um ano muito especial para a nossa Comunidade Paróquia Santuário Santa Edwiges, o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia e o Ano de Santa Edwiges, duas importantes oportu-nidades na vida cristã, seja para viver o grande amor de Deus, o Deus e Pai da Misericórdia, ela que se estende por toda a terra em seus filhos, de modo que em viver as obras de Misericórdia a nossa Padroeira chega à santidade e serve de exemplo para nós em nossos dias, assim como foi em vida nos seus dias, seja com a família, com os que lhe eram submissos no seu castelo, ou na vida de Cristãos.

O Papa Francisco, por ocasião do cinquente-nário do encerramento dos trabalhos do Concílio Vaticano II, abriu um Ano Santo Extraordinário, por quê? O ano santo é celebrado a cada 25 anos como jubileu, e este se fez de modo extraordiná-rio para viver a graça do perdão e do amor Ros-

2016 - ANO SANTO DA MISERICÓRDIA E ANO DE SANTA EDWIGES

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

to Misericordioso do Pai, chamando o mundo a sensibilidade de irmãos filhos do mesmo Pai, que acolhe, perdoa, e dá a todos a oportunidade de voltar ao suave convívio da casa do Pai, o que hoje nos convida a viver aquilo que Nosso Senhor nos indicou nos Evangelhos, dar de comer a quem tem fome, de beber a quem tem sede, dar justi-ça, acolhida ao peregrino e assim segue a lista de acolher os menores dos meus irmãos acolhendo a mim diz o Senhor.

Ano de Santa Edwiges, nos faz olhar com cari-nho para esta como um luzeiro de amor de Deus por nós a sua forma de amar e servir a sua comu-nidade e sua família, os seus súditos, e a forma de se dedicar a sua vida espiritual. Chamar 2016 de ano de Santa Edwiges por conta de seu dia devo-cional ser o dia 16, e como o numeral de nosso ano, na contagem dos anos da Graça do Senhor Jesus Cristo chegam a 2.016, pode por isso nos fazer lembrar, não só da devoção, mais também do compromisso que ela teve com o Evangelho, e aplicou de forma muito prática em sua vida e

testemunhou para a vida de todos os que viviam perto de sim, perpassando isso para o mundo chegando até a nossa Comunidade e, nos é dada como modelo para seguir mais de perto a doutri-na de Jesus Cristo.

Vindo ao Santuário, venha com este desejo de participar das alegrias do convite de Jesus, “Servo bom e fiel, entra para a alegria de teu Se-nhor”, por ter buscado e preferido estar no de-safio de fazer-se seguidor e ouvinte fiel de sua Palavra.

Seja bem vindo ao Santuário, participe da nossa alegria e da alegria do céu em festejar os Santos e dar o Jubileu ou o Ano Santo para esti-mular a graça em sua vida.

Usando o trecho do filme “A Vida Secreta de Walter Mitty (Ben Stiller)”, quando este en-contra o fotografo Sean O’Conell (Sean Pen) e intrigado por que ele não registra na máquina fotográfica aquela cena em que ambos estavam vivenciando, este diz a Mitty: “Ás vezes eu não bato (a fotografia), se eu gosto muito de um mo-mento, pessoalmente, eu não gosto da distração da câmera”.

Sei que atualmente é difícil realizar este feito, mas, afirmo, guarde o celular/câmera e aproveite o momento. As experiências são muito mais im-portantes do que as imagens, e perdemos segundos preciosos dessa experiência ao tentar achar o ponto ideal da câmera, ligando ou desligando o flash.

psicologando

Desligue a câmera e aproveite o momentoEstes momentos não precisam ser editados ou

melhorados através de softwares, nem dependem do ângulo da luz ou da imagem de fundo, a beleza deles consiste exatamente na finitude do seu acon-tecer. Eles têm uma importância muito grande em nossa vida e não podem ser perdidos, ficando me-lhor representados em nossa memória, esta sim que nunca será perdida, nem terá a necessidade de ser formatada.

Não há nada mais prazeroso do que sermos os guardiões de nossas memórias.

Givaldo da Silva Costa FilhoPsicólogo Clínico - CRP [email protected]

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07Batismo 20 de Dezembro de 2015

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Meneses Produções FotográficasTel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016 batismo

Carolina Vitoria S. Rodrigues da Silva Eloi Kayque Ramos Santos Herick Vinicius de Oliveira Teixeira

Lucas Oliveira Mendes Roberta Silva Santos Victória Santos de Souza

Ana Luisa Siqueira de Jesus Aquiles Rodrigues Damaceno Bruno José Borges de Lima

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notícias08 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

Vigília de Natal e Missa de Ação de Graças pelo AnoNo dia 24/12/2015 aconteceu no

Santuário Santa Edwiges, a Vigília de Natal. A celebração foi presidida pelo Pe. Paulo Sérgio e Pe. Roberto Palotto.

A igreja estava lotada com a presen-ça dos devotos, fiéis e paroquianos que compareceram neste dia, para participar alegremente da chegada do menino Jesus.

Já no dia 31/12/2015, a assembleia se reuniu para dar graças pelo ano de 2015 e, para participar da grande fes-ta de alegria e oração pelo encerra-mento do ano.

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notícias 09santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19:45h

VENHA PARTICIPAR CONOS-CO E TRAGA SUA FAMÍLIA!

“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O

OLHAR DE MARIA.”

Despedida do Pe. Paulo SérgioAconteceu na celebração das

18h30 do dia 17/01 na Paróquia Santuário Santa Edwiges, a Des-pedida do Pe. Paulo Sérgio Rodri-gues. Estavam presentes neste dia a comunidade e os amigos que ele conquistou ao longo do tempo que permaneceu no Santuário.

Antes de encerrar a celebração, as crianças e os adolescentes da Ca-tequese, fizeram uma apresentação para homenageá-lo. Após a apre-sentação, alguns membros de pasto-rais foram agradecê-lo pelos quatro anos de trabalho dele para com a comunidade.

Pe. Paulo Sérgio, a Paróquia--Santuário Santa Edwiges agrade-ce por seu trabalho, dedicação e, desejamos muito êxito em todas as atividades as quais está destinado a desenvolver. Que Jesus continue iluminando sua caminhada em to-dos os momentos da sua vida.

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juventude10 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

Novidades do Centro Juvenil VocacionalO ano de 2016 começou a mil por

hora na casa da juventude Josefina em Londrina, muitas são as novida-des, começando com a chegada de novos membros que farão parte da Equipe de 2016. As novidades pas-sam até mesmo na mudança da estru-tura externa do Centro Juvenil Voca-cional. Conheça os novos membros e novidades da Pastoral Juvenil dos Oblatos de São José no Brasil.

Diego Macedo de Lunas nasceu no dia 07 de fevereiro de 1990 no es-tado de São Paulo (capital), trabalha como educador social, mora com sua mãe e já foi coordenador de grupo de jovens na paróquia Nossa Sen-hora Aparecida, Arquidiocese de São Paulo 2008/2010. Atualmente estava assessorando o coletivo Transforma. O que mais gosta de fazer: Estar com bons amigos, artes e ler um bom livro. Sua frase de motivação é: “devemos ser solução para o mundo”.

“Ao receber o convite do voluntari-ado no Centro Juvenil, tive um pouco de medo, pois iria deixar projetos para iniciar outros, porém o Senhor me capacitará para fazer da minha vida e da vida de outros jovens uma nova história. Em 2016 quero fazer

essa experiência da melhor forma, aprendendo com a comunidade re-ligiosa e com o povo de Deus, para que o Senhor faça de mim aquilo que Seu Coração quiser”. Isso nos relata o novo jovem voluntário do Centro Juvenil Vocacional que chegou nesta terça feira (12 de janeiro).

Jovem Voluntária Beatriz Meu nome é Beatriz Cardoso de Souza tenho 18 anos, sou de São Paulo, há quatro anos participo do grupo de jovens GAJOC e também sou catequista na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, onde conheci os Oblatos de São José. Gosto muito do que faço principalmente trabal-har com a juventude, por isso me identifiquei com os Ob-latos e principalmente pelo seu carisma pelos jovens. Há um tempo conheci o pro-jeto Jovem Voluntário, fiquei interessada em saber como funcionava e se eu poderia

ser também uma Jovem Voluntária, então tomei a decisão de participar, pois acredito que será uma ótima oportunidade de aprendizado doar o que eu sei para a Congregação e para o Centro Juvenil. Sempre gostei de de-safios e aventuras, tenho certeza que será um grande desafio para mim, e também tenho a certeza que irei gos-tar muito de Londrina, irei aproveitar essa experiência ao máximo e apren-der bastante com a equipe CJV.

Os novos membros

O muro do Centro Juvenil ganhou mais vida!

Cada um cada traz consigo um dom e quando esse dom é colocado a

serviço do próximo vemos a beleza e o sinal da bondade. O jovem vol-untário Diego chegou com tudo no Centro Juvenil Vocacional. Em duas semanas ele deu um novo colorido aos muros da nossa casa juvenil. Este gesto marca o inicio das comemorações do aniversário do CJV que com-pleta em Londrina 10 anos de trabalho e evangelização. Que este novo colorido seja um sinal do que vem pela frente na missão de evangelizar a juventude de Londrina e região. Parabéns Diego pela obra de arte!

Frei Rafael SilveiraAssistente de Pastoral do CJV

Sou paulista de origem, nascido na pacata cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, localizada no sudoeste do estado. Sou filho de Francisco e Mariza, irmão de Rogério e Marisa. Nasci aos 18 de fevereiro de 1985, em plena segunda feira de carnaval. Apenas uma curiosidade, segundo minha mãe o médico que acompan-hou o parto estava bêbado, talvez o conhecimento deste fato faça com que você compreenda o déficit de

QI que apresento. Brincadeiras à parte. Para Londrina levo um saco vazio e muita esperança, não levo coisas novas, mas an-tes o desejo de encontrar o novo do Evan-gelho que esta comunidade traz consigo. Fico por aqui, na esperança de que a con-vivência nos torne amigos. Afinal, ami-zade bela é amizade que se faz.

Page 11: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

Iniciamos o ano novo com vontade de novidades e com muitas esperanças para que tudo se transforme em algo que nos traga realizações. Nossos tra-balhos, famílias, vizinhos e realidades sociais estão cheias de desejos na ânsia de que tudo possa ser de fato, novo. De fato, a nossa vida está se transfor-mando, mas não do nosso jeito, e sim conforme a providência de Deus.

Caros amigos sou Padre José Anto-nio Ferreira, dos Oblatos de São José e a partir desse ano estou trazendo novidades no percurso vocacional dessa página no Jornal de Santa Edwiges. O Padre Marcelo assumiu um novo projeto na Congregação, agora sendo formador da Casa de Formação em Ourinhos/SP. Eu estarei fazendo esse caminho com você, ami-go leitor e devoto, na tentativa de po-der expandir uma cultura vocacional. Para que esse pensamento vocacional possa se desenvolver de maneira mais eficaz, esse ano quero traçar um cami-nho a partir de pessoas que souberam responder ao chamado de Deus e que não esmoreceram mesmo quando tudo parecia estar desabando. Durante esse ano, nossas leituras estarão voltadas para homens e mulheres que contagia-ram o mundo ao seu redor e o transfor-maram a partir da sua forma de dar um “sim” a Deus. Convido a você trilhar esses artigos e descobrir como pode-mos fazer outros jovens a responder o apelo do Senhor.

Nesse primeiro mês partilho o ideal de uma jovem brasileira que dedicou sua vida aos irmãos e irmãs; trata-se de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes; uma baiana que desde muito pequena teve interesse em viver sua vida em função dos outros. Seu nome de religiosa é Irmã Dulce, nascida a 26 de maio de 1914 era a segunda fi-lha do casal Augusto Lopes Pontes e Dona Dulce, seu pai era professor da Faculdade de Odontologia. Aos sete anos perdeu sua mãe e no ano seguinte fez sua primeira eucaristia. Desde mui-to menina junto com sua irmã, acolhia em sua casa mendigos e doentes e fazia com que eles tivessem um cuidado es-pecial; tanto era famosa que a casa fi-

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

A VOCAÇÃO DA IRMÃ DULCE

Pe. José Antonio Vieira Ferreira, OSJAnimador Vocacional dos Oblatos de São José

cou conhecida como ‘A portaria de São Francisco’. Já nesse período manifesta o desejo de ser uma religiosa, pois via a necessidade de se doar ao serviço dos mais pobres.

Depois de se formar no curso de ma-gistério no ano de 1933, Maria Rita entra para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Teve como primeira missão, dar aulas num dos Colégios das Irmãs na cidade de Salvador. Anos mais tarde, foi servir numa comunida-de de palafitas e, nesse mesmo instante começa a se envolver com a causa dos operários que viviam naquela região e fundara o posto médico, a União Ope-rária São Francisco, e o Círculo Operário da Bahia que junto com três cinemas arrecadou fundos para ajudar os caren-tes que ela atendia nas obras. No ano de 1939 fundou o Colégio Santo An-tonio, uma escola pública que atendia os operários e fi-lhos de operários. Nesse mesmo ano ela começou uma atividade em casas invadidas para servir aos doentes e logo é despejada até encon-trar, anos mais tarde um galinheiro onde começa a dedicar--se do cuidado da saúde, sendo depois

a Associação Obras Social Irmã Dulce, e Albergue San-to Antonio.

Foi indica-da ao prêmio Nobel da Paz em 1988 e depois teve o apoio do Papa João Paulo II para dar continui-dade à sua obra. Irmã Dulce veio ter seu encontro com o Pai Eterno em 13 de março de 1992 e con-

sumiu todo ardor de sua vida dedicando aos mais necessitados. Inegável exem-plo de virtudes heroicas por tudo que fez em prol do seu povo, foi uma leal servidora do Evangelho e nunca deixou de mostrar ao mundo que tudo fazia por amor a Jesus e à sua Igreja que sofria no meio do povo.

No ano de 2011 a Igreja a procla-mou Bem-Aventurada reconhecendo nela exemplos de virtudes e modelo

de beatitude. Um milagre atribuído a ela ocorreu na cidade de Itabaiana/SE quando uma mulher, acometida por uma hemorragia pós-parto solicitou a intervenção de Deus por intercessão de Irmã Dulce e obteve o milagre reco-nhecido inclusive pelos médicos como algo sobre-humano.

Hoje o processo da Beata Dulce dos Pobres encontra-se em fase de canoni-zação enquanto nós clamamos ao Bom e Misericordioso Deus que venha em nosso auxílio por intercessão dela; sua festa litúrgica é celebrada em 13 de agosto. Vejamos caros leitores, que nos nossos dias, Deus faz brotar em nosso meio, homens e mulheres decididos a segui-lo de maneira objetiva e concre-ta. Desejo que essa breve história possa motivar a outros jovens a se decidirem por Jesus Cristo no seguimento da Vida Religiosa que tanto necessita de ope-rários para trabalhar na “vinha do Se-nhor”.

Beata Dulce dos Pobres, rogai a Deus por nós!

Acesse e visite: www.irmadulce.org.br/portugues/religioso

Jovem, venha também você cuidar dos interesses de Jesus; seja um Oblato de São José!

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tempo do exílio fechada, empoeirada e desper-cebida começava a partir de então ter novamen-te a vida, agora muito mais percebida devido a vitalidade de vida que aquela criança que era Filho de Maria, mas seu também . Aquele lu-gar, a humilde casa de Nazaré, passava então a ser o ponto de encontro das pessoas, o lugar de referências para muitos daquele lugarejo e da região.

Muito mais que isso, aquele lar era o palco sublime da presença de Deus na pessoa daquela criança atenta aos gestos de seus pais e iniciante na arte da mesma profissão do pai, a carpintaria. De novo, aquela casa que permanecera fechada e em silêncio começa a se encher do barulho da serra, das batidas do martelo, do cheiro da ma-deira, da curiosidade de uma criança, da beleza do amor partilhado, dos momentos de orações e da grandiosa manifestação de Deus. Tudo isso não deixava de chamar a atenção dos transeun-tes e de dar um tom de vida mais movimentada para aquela pequena cidade que, embora desco-nhecida e desconsiderada, teve o privilégio de acolher e de ter o seu nome ligado com as três pessoas mais importantes e santas desse mundo, Jesus, Maria e José de Nazaré.

Ao considerarmos o exílio da Sagrada Família no Egito, salientamos que esta com certeza rece-beu a solidariedade dos compatriotas Judeus que viviam neste país, por isso não foi difícil para José encontrar um lugar para se instalar com a sua família, e desta maneira poder dar início à nova vida de exilado. Na verdade, os Israelitas vivendo em um país estrangeiro tinham a neces-sidade de estarem unidos, formando uma espécie de Associação bem estruturada e funcional, visto que pressionados pelas circunstâncias precisa-vam ajudar-se mutuamente para subsistir.

Mas o exílio de Jesus com seus pais não po-dia ser muito duradouro; segundo os estudiosos, Herodes morreu de uma doença repulsiva dois anos depois da matança dos Inocentes, por isso São José ao ouvir o comunicado do Anjo de que devia voltar para seu país, imediatamente tomou

DO EXÍLIO ATÉ NAZARÉ

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

o Menino e sua Mãe e se pôs a ca-minho indo morar na província da Galiléia, num lugar desconhecido e pacato chamado Nazaré.

É importante que tenhamos em consideração um fato particular-mente significativo na moldura do exílio e este é que tanto a ordem de refugiar-se no Egito como a de retornar à pátria não foi transmiti-da à Maria e sim a José. Este de-talhe evidencia o reconhecimento de sua autoridade paterna sobre Jesus, assim como o seu lugar de destaque e de chefe da sua família. Vemos neste fato a sua participa-ção e colaboração clara no misté-rio da nossa redenção. A ele, como rezamos, foi confiado o início da nossa redenção. São José foi ao mesmo tempo o guarda legítimo e natural, chefe e defensor de sua família.

De volta a Nazaré José retomou as suas atividades de carpinteiro ou de artesão, afinal era esta a sua profissão. No ambiente que lhe era familiar não teria encontrado dificuldade para retomar os seus trabalhos naquela aldeia ou nas vi-zinhanças, pois na verdade, José não

era um homem de cátedra, mas um homem muito prático e ca-paz de nas ocorrências da vida tomar decisões concretas. Além do mais, a profissão que exer-cia fazia dele uma pessoa muito conhecida entre os Nazarenos e mesmo tendo passado um tem-po longe de sua terra, sem man-ter contato com os conterrâneos, isto não foi suficiente para apa-gar da memória do povo a ima-gem daquele homem completo, de personalidade rica e respon-sável dos seus deveres.

A pequena casa que tinha deixado com sua oficina e que tinha permanecido por todo o

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

CREDENCIADA – BONA e SINTEKO

ARCIA RASPADOR

Ademir

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São Pedro Damião discerniu sua vo-cação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses.

São Pedro Damião, Bispo e Doutor da Igreja. Nasceu em Ravena, Itália no ano de 1907. Marcado desde cedo pelo sofrimento porque perdeu os seus pais, foi morar e viver com seu irmão. No amor e no acolhimento, São Pedro Damião pode discernir a sua vocação.

Oração e penitência, algo que sem-pre acompanhou a vida de Pedro Da-mião; e algo que também precisa nos acompanhar constantemente.

São Pedro Damião discerniu sua vo-cação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses, no mostei-ro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros levavam vida de eremitas.

Diante das regras e do que ele via e percebia, era preciso uma renovação a

A vida nos prepara cada uma...

A mais ou menos um ano, recebe-mos nosso apartamento. No térreo, e adaptado para que nossa vida fosse mais fácil, com um irmão especial, e uma filha pequena.

Portas e corredores mais largos, ba-nheiro com box para colocar cadeira de banho, piso antiderrapante, etc. e tal. Perfeito!

Meu marido e eu pensamos que nossos problemas estivessem resol-vidos. E estavam. Por pouco tempo, mas estavam.

Num sábado pela manhã, minha irmã ligou para que fossemos para a casa dela. O céu estava bem escu-ro! Resolvemos ir antes da chuva. Mas de repente, ela começou a cair, e muito forte! Trovões e relâmpagos rasgavam o céu. Um vento inoportu-no apareceu para ajuda-los.

Foi tudo muito rápido! A água e o lodo começaram a entrar pela casa, nos deixando apavorados.

Meu marido pegou meu irmão no colo, e o levou para a casa de uma vizinha, no andar acima do nosso, en-quanto eu subia as escadas com nossa filha no colo, e a sacola que eu havia preparado para levar para a casa de minha irmã. Meu marido ainda vol-tou para pegar a cadeira de rodas, e nosso dinheiro que estava no armário da cozinha, atrás da lata de arroz. E foi tudo o que conseguimos salvar. Graças a Deus!

Com o passar do tempo, os gritos e o choro das crianças foi parando. Es-tavam todos tão amedrontados, que o

São Pedro Damião - Doutor da Igreja21 de Fevereiro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

começar por ele. Ao se abrir a ação do Espírito Santo, ao ser obediente às regras, outros também foram se ajuntando a Pedro Damião, fundaram outros mosteiros e deram essa contri-buição.

A renovação de qualquer institui-ção passa pela re-novação pessoal, e também é válido para os tempos de hoje. As reclama-ções, as acusações, as rebeliões nada renovam, mas a decisão pessoal, a abertura a Deus, isso sim, pode pro-vocar, como pro-vocou na vida e na história de São Pe-dro Damião, uma renovação.

Deus pediu mais, e ele foi servir de

maneira mais próxima a hierarquia da Igreja, sendo conselheiro de um Papa. Foi Bispo de Óstia, lugar perto de Roma, e também foi escolhido como Cardeal. Algo que marcou a sua história.

São Pedro Damião, sua própria vida nos aconselha a oração, a penitência e ao amor que se compromete com a re-novação dos outros, pois a partir da re-novação pessoal, nós também ajudamos na renovação do outro e das instituições.

A Igreja precisa ser renovada cons-tantemente, para isso somos chamados a nossa renovação pessoal, a conversão diária. Peçamos a intercessão do santo de hoje que foi Bispo, Cardeal e Dou-tor da Igreja.

São Pedro Damião, rogai por nós!

É a vida...Mensagem especial

http://santo.cancaonova.com/santo/san-ta-genoveva-virgem-consagrada/

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

silêncio começou a falar mais alto!

Já era tarde, quando aos poucos a chuva foi parando, até transformar--se numa garoa fina, como que a des-culpar-se pelo estrago feito. Como se possível fosse.

Os bombeiros foram chamados, e graças a eles conseguimos sair do apartamento sem perigo algum! Uma escada foi colocada na janela dos vi-zinhos, já que pelo térreo ninguém conseguia passar. Muito triste!

Deixando tudo para trás, fomos para casa de minha sogra, num bairro dis-tante do nosso. Penso que ficaremos por lá um bom tempo. Será nosso porto seguro!

Voltamos ao local no dia seguinte, para tentar recuperar alguma coisa de valor. Que nada! Nossos móveis, rou-pas, documentos, o álbum de casa-mento, estavam todos cobertos pela lama, pelo lixo que desceu rua abai-xo. Nada poderia ser aproveitado.

Precisamos tomar vacina contra o tétano, medicamentos contra parasi-tas. Tentamos evitar possíveis doen-ças.

Mas só a doença do coração, triste não conseguimos evitar. Como doeu! Como dói! Às vezes me pergunto se nossos sonhos foram levados pela chuva, pelo desleixo das autoridades, ou pelos homens que teimam em não cuidar do que é do bem comum!

Difícil saber...

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qual a meta, o ponto de chegada? Até onde se deseja ir e se sonha chegar? Os sonhos medíocres, muito limitados, ins-pirados no que se vê e se observa em ou-tros são sonhos fúteis, inexpressivos. Os sonhos e metas que a mídia impõe aos consumidores são muitas vezes desne-cessários. Deseja-se o que a sociedade de consumo impõe como modelo e, as-sim, vai-se consumindo: músicas, rou-pas, atitudes, produtos. Não se caminha, na realidade: anda-se em cima de outros que nos levam onde desejam.

2. O “agora” é uma decisão cons-ciente. Não se deve iniciar uma cami-nhada comprometida por um impulso emotivo. Uma paixão súbita não pode determinar a felicidade de uma vida. A palavra “agora” não limita o ato da ca-minhada a um momento de decisão, mas indica um processo. É um “agora” que vai além do momento presente. Este mo-mento é determinante, mas não se limita há um instante. Na realidade, precisará ser sempre renovado. Todo momento será um “agora”, pois em todo momento será preciso refazer a decisão, readquirir forças, motivar-se, encantar-se e pôr-se a caminho.

O mundo moderno, com uma socie-dade já chamada de “líquida” por um filósofo, propõe modelos e objetivos efêmeros. São facilmente palatáveis, como comida industrializada e fácil de ser mastigada e engolida. Feita para den-tes fracos e gostos debilitados, este tipo de alimento vicia e cria o ideário de cos-tumes facilmente vivenciados, encontra-dos em todos os lugares, com formas e sabores padronizados. A metáfora do ali-mento é facilmente entendida aqui para os modelos de vida e de ação.

Nunc coepi — Agora começo! Um “agora” frágil não produzirá um cami-nho feito com coerência. Muitos “ago-ras” que são ditos e propostos são incon-sequentes, não têm raízes firmemente fincadas no chão da coerência e da deci-são. É preciso educar o espírito, a força de vontade, a personalidade da pessoa para que o seu “agora começo” seja uma decisão consciente e coerente, com eco na vida e na história.

3. É preciso ter forças e perseveran-ça. O momento presente, da decisão do começar e caminhar, pode ser envolvido por estímulos diversos e marcantes, pro-duzindo a ação da escolha, do começo do percurso. Mas é necessário conside-rar que haverá forças para o caminho. As forças são psicológicas e espirituais, não apenas físicas. Estas são importantes, pois o peso do dia e o calor do caminho impõem um cansaço crescente, desani-mador. É preciso ter força de vontade e determinação, virtudes que se dividem entre a psicologia e a espiritualidade de cada caminhante.

Sabemos que a caminhada aqui é uma metáfora para a vida, para compromis-sos, para empenhos e projetos de vida. Isto e toda atividade que nos impomos com liberdade exige esforço físico, psí-quico e espiritual. Estas forças e o ânimo para a jornada se obtém na prece, na me-ditação, na leitura. Isto não vem espon-taneamente, mas com o tempo. É pre-ciso cultivar, tal como a terra que deve ser cultivada para produzir frutos. Este cultivo, isto é, o estudo, a meditação e a prece, é ele próprio, em seus elementos, um caminho que deve-se fazer.

Por que se estuda, por que se medita, se ora e se busca os valores do Espírito? Para ser mais e melhor. Para poder inter-pretar a vida, a própria vida e a vida de outros não com pré-conceitos, com cha-vões e impressões superficiais. É preci-so saber ler a vida, as pessoas, os fatos, ainda que eles possam ser claros, o que quase nunca são!

4. A criatividade e inventividade. Todos sabemos, por experiência própria, que uma caminhada tem sempre surpre-sas, às vezes boas e outras não. Obstácu-los, contratempos, desvios de rota, nem sempre desejados, mas muitas vezes impostos. A vida cristã e a caminhada vocacional têm sempre estas situações e eles exigem inventividade e criatividade. Estas são duas faces de uma mesma re-alidade: a disposição que o caminhante tem para fazer o caminho. A preguiça, as desculpas, os engodos e autojustifica-tivas da desistência não enganam quem está atento à necessidade de caminhar.

osj14 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

AGORA COMEÇO!

São José Marello, que é o Pai Funda-dor dos Oblatos de São José, tem uma frase que é repetida muitas vezes pelos seus filhos. Ela é dita geralmente em latim, que era uma língua conhecida e cultivada por ele e pelos seus seguido-res. A frase é simples, objetiva. Diz-se que ela é “lapidar”, o que significa que é como uma pedra trabalhada, lapidada, preparada para cortar de um único golpe. É uma afirmação: Nunc coepi, que signi-fica “Agora começo!”

Esta frase é inspiradora de muitas ações, compromissos, decisões e ex-pressões de vida. Começar no momento presente, de modo decidido, criativo, co-erente. São José Marello afirmava: Nunc coepi! Agora começo, meu Deus, meu Jesus, minha Mãe Maria, meu protetor São José, meu Anjo da Guarda! Agora começo: eu vos ouvirei sempre. Agora começo: deixarei de lado o uniforme da minha falta ao dever. Agora começo: me porei na estrada do Céu, sob as inspira-ções que, de lá, me fareis resplandecer (Escritos 19).

1. Começo implica rumo, meta. O sujeito começa seu caminho, mas não de modo aleatório, sem saber para que lado vai, o que seria uma imprudência ou no mínimo uma tolice. Não se caminha para qualquer lugar, de qualquer jeito e em qualquer direção. Diz-se que, para quem não sabe onde vai, qualquer caminho é possível. Então, é preciso saber onde se deseja chegar!

A caminhada sem planejamento é fa-dada ao fracasso, ao malogro. E pode frustrar muito os caminhantes. É preciso ter uma ideia do que se deseja ou se bus-ca. A falta de clareza de um caminhante pode gerar uma perda enorme de ener-gias, de dedicação, de tempo. Faltou uma direção, faltou um ponto de referência. Em qualquer caminho que se faz é ne-cessária uma estrada, uma via para, pelo menos, iniciar os passos. Depois que os primeiros passos foram dados, fica mais fácil caminhar, pois já se mexeu com as pernas, já se colocou em movimento a máquina ou a criatura que caminhará.

Nunc coepi — Agora começo! Mas,

Quando a meta é fixa, é preciso olhar sempre para lá!

Se não é possível chegar a um ponto em tanto tempo e com tais esforços, é possível alcançar outro local, com um tipo diferente de esforço, de dedicação. Disciplina e empenho devem fazer pa-res com a criatividade e a inventividade. A vida espiritual muitas vezes encontra obstáculos que são o próprio jeito de ser da pessoa. É preciso perceber e reagir, com recursos e auxílio adequados. Mas é preciso reagir. Deus chama, sempre. E uma vez que chama, não fica brincando com a pessoa chamada. Por isso é preci-so superar os obstáculos com agilidade.

5. Começar sempre, mas caminhan-do rumo à meta. São José Marello, Santo Fundador dos Oblatos de São José, tinha um pensando relacionado à caminhada e ao ato de começar agora. O pensamento é: Quando a meta é fixa, venha o céu abaixo: é preciso olhar para lá, sempre para lá! (Carta 10).

A meta é o desejo alimentado no início da caminhada, mas o caminho feito e o próprio caminhante podem desanimar. É preciso olhar para lá, sempre para lá. É onde se obtém estímulo. Por isso se fa-lava, acima, que é preciso saber qual é a meta, pois ela vai estimular e levar ao caminho.

Hoje, o homem moderno, midiático, informatizado, que usa as mensagens, o MSN, o facebook e outros recursos de comunicação e interação, corre o risco de afastar-se de outros homens como ele e, subitamente, ver-se isolado, des-motivado, desanimado e até enganado. Anda-se muito, mas não se chega a um bom lugar; ouve-se muito, com muitos ruídos, mas pouco se entende o que foi dito. Este homem pós-moderno deve reaprender muitas coisas: ouvir, sentir, dizer, olhar. É um caminho este o da aprendizagem. Aqui também é preciso começar agora. — Nunc coepi! “Agora começo”. Olhos fixos na meta.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção - São Paulo - [email protected]

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especial 15santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2016

OS SALMOS [2]

Vimos no artigo passado que os Salmos são poesias re-ligiosas e sua presença é importante na Igreja e na espiri-tualidade de todo cristão. Aliás, antes de serem usados na Igreja e no Cristianismo, os Salmos foram importantes no Judaísmo, experiência de Fé que deu origem a muito da cultura que vivemos. O conjunto dos Salmos é chamado de “Saltério”.

Também naquele artigo vimos três pontos importantes relativos aos Salmos: sua natureza, seus títulos e sua nu-meração. Claramente a questão dos títulos dos Salmos é a mais complicada, mas pode ser trabalhada com um pouco de atenção e dedicação.

Agora temos uma questão realmente importante: os sen-tidos dos Salmos. Por “sentidos” queremos indicar o que os Salmos querem transmitir, que nem sempre é tão claro quanto pode parecer.

Sabemos já, pelo artigo anterior, que os Salmos, além de poesias, são formas de oração que expressam o que se passa na vida das pessoas. O que se ora é o que se vive, o que se sente. E nem sempre as pessoas estão sentindo-se bem. Por isso, nem sempre os Salmos expressam coisas boas, senti-mentos bons. Expressa-se também mágoas, iras, decepções, alegrias, tristezas, etc.

Como são muitos os sentimentos humanos e as orações que eles geram, são muitos os gêneros literários dos Sal-mos. Eles podem ser de confiança, de súplica, penitência, reais, litúrgicos, imprecatórios, etc. Vejamos alguns dos principais gêneros.

Notem bem: Não nos esqueçamos que a maioria dos Sal-mos tem duas numerações. A mais alta é a chamada hebrai-ca, e a mais baixa é a grega. Foi também no artigo anterior que vimos o porquê disso e como identificar os Salmos nas suas duas numerações. Aqui nós iremos indicar estas duas numerações, a primeira é a hebraica, e a segunda, com o número entre parênteses, é a grega. Quando for um único número é que o Salmo tem aquela numeração, somente.

Salmos de confiança — São Salmos que expressam claramente a adesão da pessoa que ora ao Deus que deve receber a oração. O homem confia no seu Deus pois se sente identificado com Ele. Exemplos de Sal-mos de confiança: 22(21); 23(22); 121(120); 122(121).

Praticamente todo o Saltério tem um forte conteúdo de súplica e oração confiante. Junto à súplica há uma aproxi-mação do fiel para com seu Deus, um agradecimento ou louvor. Exemplos de Salmos de súplica e agradecimento encontramos nos Salmos 16(15); 23(22); 27(26); 131(130).

Salmos de penitência — Os Salmos de penitência ou penitenciais são repletos de imagens. Elas expressam a dor, o arrependimento do homem pecador e o reconhecimento do seu pecado. O homem implora piedade para si apesar de seus atos e se reconhece totalmente dependente da mi-sericórdia de Deus. São Salmos de penitência: 6; 32(31); 38(37); 51(50); 102(101) e 130(129). O Salmo 51(50) é co-

nhecido como “Miserere” e é muito usado em celebrações penitenciais. Já o Salmo 130(129) é conhecido como “De profundis”. Estes nomes e outros que encontramos para al-guns Salmos específicos dependem do Latim, língua muito usada na antiguidade.

Salmos reais — Aqui aparece a instituição da realeza ou a ideia de um rei ideal. Recordemos aqui que a Aliança do Povo com seu Deus e a realeza, em especial com o grande rei Davi (ou David) é muito marcante na Bíblia. Então, os Salmos reais ou da realeza tem presença no Saltério. São Salmos reais os Salmos 2; 20(19); 21(20); 72(71); 89(88); 110(109). E havia os Salmos ditos messiânicos, que identi-ficam o Messias ao rei, como neste Salmo 110(109).

Salmos de Súplicas — A súplica é um estilo literário de Salmo interessante. Trata-se de uma espécie de drama re-presentado por três pessoas ou sujeitos: Deus, o orante e o inimigo ou o perigo. Isto se dá em três dimensões de tempo: o passado perdido, o presente trágico e o futuro esperado.

O esquema da súplica é: Primeiro, o sujeito orante reco-nhece o passado e sua felicidade. Vem em seguida o mal, o que tira a paz, o que ameaça. Assim o segundo elemento é o fato de quem ofende, de quem persegue e destrói. É como um pesadelo, uma profunda angústia e destruição. Pode ser o pecado, a doença, a guerra, fome ou morte. Pode ser também uma tragédia nacional, uma provação, uma perse-guição. O terceiro elemento surge muitas vezes com uma pergunta: “Por que?” Ou: “Até quando?” Vem subitamente a intervenção de Deus que restabelece a ordem e a paz.

São exemplos de Salmos de súplica: 12(11); 44(45); 60(59); 74(73);79(78); 80(79); 83(82); 106(105); 123(122); 129(128); 137(136).

Salmos Históricos — São como catequeses sobre a ação de Deus. Declaram a ação do Deus dos Patriarcas na História, na vida do Povo Eleito. São de ambiente cultual específico, falam do tempo da história de Israel, mas podem ser como hinos de confiança e identidade nacional. Falam da criação, dos Patriarcas, do êxodo, do deserto, de Canaã e de sua conquista.

O Salmo 105(104) é caracterizado pela segurança que expressa. Deus não deixa o homem sozinho. Já o Sal-mo 106(105) denota muito pessimismo quanto ao ser humano em sua relação com Deus. O Salmo 136(135), parte do Grande “Hallel”, é uma reelaboração poética de Deuteronômio 26, 5–9 e Juízes 24,1– 3.

Salmos litúrgicos — Os Salmos têm sempre uma cono-tação litúrgica, isto é, além de ser uma oração pessoal, indi-vidual, pode ser orado em comunidade. O Povo Eleito de Deus “dialoga” com este Deus em um ambiente litúrgico ou em função da liturgia ou de um elemento a ela relacionado.

Dentro da categoria de Salmos litúrgicos temos: – Os Salmos de Ingresso ou Entrada, que marcam o início do culto. São deste tipo os Salmos 15(14) e 24(23). – Os Salmos de retorno ao Senhor são belos e inspiram

confiança, tendo sido compostos seguramente também em um clima de confiança. Os Salmos 50(49), 58(57) e o 89(88) são deste tipo. – Salmos de peregrinação a Sião: Eram orados pelos peregrinos que se dirigiam a Jerusalém. Fazem parte deste tipo os Salmos 120(119) — 134(133), bem como os Salmos 84(83) e 95(94). – Hinos: são expressões interiores da experiência de Fé, como é também de toda experiência humana. De um lado tem-se o fascínio pela vida ou pelo Deus que se cultua e de outro lado tem-se a realidade de quem vive. E é aqui que este Deus se revela. O hino é como uma profissão de Fé na salvação que Deus faz acontecer na história. Temos exemplos de hinos nos Salmos 8; 29(28); 104(103). Três grupos de Salmos são chama-dos de “Hallel”, palavra que significa “louvor”. Existe o Hallel Pascal, que é do Salmo 113(112) ao 118(117); o Grande Hallel, que é o Salmo 136(135); e terceiro Hallel, que é o conjunto dos Salmos 146(145) a 150.

Sapienciais — São Salmos que buscam os por quês, que refletem sobre fatos ou feitos, ditos ou não ditos. Estão muito próximos dos provérbios. São deste tipo os Salmos 1; 90(89); 112(111); 119(118); 128(127); 139(138). Entre eles estão Salmos muito interessan-tes, como: – Uma sátira sobre os ímpios e infiéis: 14(13); – Salmos de provérbios: 127(126); 133(132); – O questionamento sobre o sofrimento do inocente: 37(36); 49(48); 73(72); a fraternidade ou comunhão entre irmãos: 133(132).

Salmos imprecatórios — Imprecações são maldições, pragas, vociferações. Então, estes são Salmos de maldição e castigo. Eles expressam um desejo interior de vingança ou pelo menos de inconformismo perante uma situação ou um fato recorrente. Como exemplo temos os Salmos 79(78); 83(82); 129(128); 137(136).

Salmos: Palavra de Deus ou palavra humana? Aqui fizemos um resumo dos gêneros literários dos Salmos. E surge em muitos leitores as questões: Os Salmos estão na Bíblia e ela é a Palavra de Deus. Como podemos esperar uma imprecação (maldição) de Deus? Como podemos dizer que os Salmos foram escritos dependendo de quem está orando?

Aqui está uma questão importante para a compreensão da Sagrada Escritura. Ela fala de Deus e fala do homem. Na Bíblia o homem também fala de si a Deus. E tudo isso apa-rece muito nos Salmos, pois como dissemos desde o início eles são oração. Na oração quem ora fala a Deus e espera que Deus lhe fale. Os Salmos são os testemunhos deste in-tenso e às vezes dramático diálogo.

Sendo orações, os Salmos têm diversos gêneros, maneiras de ser escritos e expressar os sentimentos. É preciso conhecer estes gêneros e seus significados.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção - São Paulo - [email protected]

Page 16: Pág. 09 Pág. 15 STA EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br palavra do bispo 05 fevereiro de 2016 A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL Iniciamos, no dia 10 de fevereiro, nossa caminhada quaresmal,

Ana Maria André Barros

CAMPANHA DO TERRENO DA CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA

04/fev Adália Maria Lima20/fev Ademar Oliveira França03/fev Adriana Fresmeda Soares Rogério17/fev Ana Maria dos Santos Rodrigues03/fev Anderson Miguel da Silva23/fev Andrea Inácio dos Santos10/fev Antonio Frota03/fev Antonio José do Nascimento22/fev Auricério Inácio da Silva20/fev Auzeni de Carvalho Pereira19/fev Célia Ogi08/fev Cleusa de Fátima Pereira Teixeira27/fev Cleusa Maciel Ferreira26/fev Cosme Cardoso dos Santos25/fev Edileusa Lima Xavier19/fev Elilene Maria de Souza Forte12/fev Eulália da Silva Costa19/fev Euzita Dias de Azevedo11/fev Francisca Inês de Jesus13/fev Francisca Pereira Miranda da Silva

20/fev Francisco Amancio Sobrinho17/fev Francisco Nunes Pereira11/fev Geneci Ledo de Túlio18/fev Geralda Francisca Amorim09/fev Gilza Maria dos Santos15/fev Jane Lúcia de Jesus Sousa25/fev João Firmino Sousa Neto03/fev João Pereira Costa24/fev Josineide Silva dos Santos11/fev Juarez Dias de Oliveira08/fev Kelly Cristina Oliveira Silva20/fev Leandro Santos da Silva22/fev Leandro Valério Palmeira03/fev Lourdes Ferreira Santana28/fev Luciene Guedes de Lima24/fev Luiza Ferreira da Silva17/fev Maria da Solidade Oliveira Molina10/fev Maria das Mercês Correia14/fev Maria de Jesus dos Anjos de Sousa11/fev Maria de Lourdes Santos Trindade

14/fev Maria de Lourdes Silva11/fev Maria do Socorro A. dos Santos03/fev Maria Graciete dos Santos Costa08/fev Maria Helena dos Santos28/fev Maria Oneide Sotero Lopes10/fev Maria Terezinha Gomes08/fev Maria Valdelice da Silva25/fev Marlene Nunes28/fev Martha Barboza Rodrigues Zarza05/fev Miriam Cristina Mascarenhas28/fev Osnei Soares de Oliveira15/fev Raimunda Maria da Silva Lima10/fev Renata da Rocha Gonçalves19/fev Rita Alves Rodrigues05/fev Tania de Maria B. Evangelista26/fev Terezinha Eufrasio F. dos Santos19/fev Terezinha Oliveira Silva10/fev Vera Lucia Carnaúba09/fev Vera Lucia Tavares S. Branco

PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE FEVEREIRO

RECADO DO DÍZIMO:

DÍZIMO

“Dízimo é partilha do coração, do trabalho, dos ideais e dos bens.”.

Obrigado aos que são dizimistas e aos que ainda não são, convidamos a fazer a experiência.

O NOSSO MUITO OBRIGADO!

27/fev Wagner Rodrigues da Costa26/fev Zeni de Souza Braga Reis