jornal voz do itapocu - 45ª edição - 29/03/2014

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REVIRAVOLTA JUSTIÇA VOLTA ATRÁS EM SUS- PENSÃO DO IPTU DE BARRA VELHA E MULTA VEREADOR EDUCAÇÃO DIA DE PARALISAÇÃO FAZ AVANÇAR NEGOCIAÇÕES ENTRE PROFESSORES E PREFEITURA EM BARRA VELHA CORTE DE CUSTOS DE FÉRIAS, COORDENADOR DA DEFESA CIVIL DE BARRA VELHA FICA SABENDO PELA INTERNET QUE PREFEITO PRETENDE DEMITÍ-LO DRAGAGEM MINISTÉRIO DA PESCA QUER QUE BALNEÁRIO BARRA DO SUL DEVOLVA QUASE R$1 MILHÃO JORNAL SÁBADO, 29 DE MARÇO DE 2014. ANO 1 - EDIÇÃO 045 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Circulação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú e Balneário Piçarras PÁG 11 PÁGs 8 e 9 ARAQUARI PREFEITURA HOMENAGEIA MORADORES EM ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO NA INTERNET PÁG 5 SIMPÓSIO A ROTINA DOS ARTISTAS NA ARXO, EM BALNEÁRIO PIÇARRAS PÁG 11 PÁG. 3 PÁG 4 PÁG 15 Vereador Claudionir Arbigaus, o Pulga, que entrou com a ação, foi condenado a pagar R$150 mil para a prefeitura. Parlamentar diz que vai recorrer “Orgulho de ser daqui”. A his- tória contada por dois mora- dores de famílias tradicionais da cidade ESPECIAL: SÃO JOÃO DO ITAPERIÚ, 22 ANOS Dona Eulalia Del Monego de Sisti Seu Guedes Bernardes Belas paisagens: Conheça algumas fotos do Inventário fotográfico da Santur. Fotógrafo: Norberto Cidade E mais: a cidade do esporte

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45ª Edição do Jornal Voz do Itapocu, com circulação nas cidades de Barra Velha, Araquari, Balneário Piçarras, São João do Itaperiú e Balneário Barra do Sul, em Santa Catarina. Distribuição gratuita nos pontos parceiros de distribuição. Acompanhe pelo Facebook: www.facebook.com/vozdoitapocu

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Page 1: Jornal Voz do Itapocu - 45ª Edição - 29/03/2014

REVIRAVOLTAJUSTIÇA VOLTA ATRÁS EM SUS-PENSÃO DO IPTU DE BARRA VELHA E MULTA VEREADOR

EDUCAÇÃODIA DE PARALISAÇÃO FAZ AVANÇAR NEGOCIAÇÕES ENTRE PROFESSORES E PREFEITURA EM BARRA VELHA

CORTE DE CUSTOSDE FÉRIAS, COORDENADOR DA DEFESA CIVIL DE BARRA VELHA FICA SABENDO PELA INTERNET QUE PREFEITO PRETENDE DEMITÍ-LO

DRAGAGEMMINISTÉRIO DA PESCA QUER QUE BALNEÁRIO BARRA DO SUL DEVOLVA QUASE R$1 MILHÃO

JORNAL

SÁBADO, 29 DE MARÇO DE 2014. ANO 1 - EDIÇÃO 045 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITACirculação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú e Balneário Piçarras

PÁG 11

PÁGs 8 e 9

ARAQUARIPREFEITURA HOMENAGEIA MORADORES EM ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO NA INTERNET

PÁG 5

SIMPÓSIO A ROTINA DOS ARTISTAS NA ARXO, EM BALNEÁRIO PIÇARRAS

PÁG 11

PÁG. 3

PÁG 4

PÁG 15

Vereador Claudionir Arbigaus, o Pulga, que entrou com a ação, foi condenado a pagar R$150 mil para a prefeitura. Parlamentar diz que vai recorrer

“Orgulho de ser daqui”. A his-tória contada por dois mora-dores de famílias tradicionais da cidade

ESPECIAL: SÃO JOÃO DO ITAPERIÚ, 22 ANOS

Dona Eulalia Del Monego de Sisti

Seu Guedes Bernardes

Belas paisagens: Conheça algumas fotos do Inventário fotográfico da Santur. Fotógrafo: Norberto Cidade

E mais: a cidade do esporte

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Muita gente sequer prestou atenção na votação que ocorreu na Câmara dos Deputados, na última semana, a respeito do Marco Civil da internet. Antes de mais nada, é preciso esclarecer do que se trata.Debatido desde 2009, o Marco Civil seria uma espécie de consti-tuição da internet, onde ficariam regulamentados pontos como a garantia da liberdade de expres-são, privacidade dos dados dos usuários, a responsabilização dos provedores por conteúdos gerados por terceiros e - o item mais polêmico – a neutralidade de rede. Os servidores de banda larga, através do apoio de certos polí-ticos, fizeram de tudo para que o último tópico – a neutralidade de rede – fosse excluído da lei. Caso não entrasse no projeto, os provedores poderiam oferecer pacotes de internet com o aces-so discriminado. Por exemplo: para acessar o Fa-

cebook e outras redes sociais, o valor pago mensalmente seria um. Se, além disso, o usuário quisesse acessar sites de no-tícias internacionais, pagaria outro valor. Além de cercear o acesso à informação, principal benefício trazido pela internet, o fim da neutralidade de rede afetaria diretamente o bolso de quem deseja navegar livremente pela internet.A decisão sobre o armazena-mento de dados de usuários, no entanto, desagradou muita gente: hoje, deixou de ser obriga-tório que os dados de usuários ficassem armazenados em ser-vidores brasileiros. Parte da opi-nião pública considera que isso facilita a espionagem dos dados, como ocorreu no recente escân-dalo envolvendo a NSA, a agên-cia de segurança nacional dos Estados Unidos. Por outro lado, os parlamentares que votaram contra a obrigatoriedade alegam que isso encareceria os serviços

de internet no Brasil.Mas o ponto mais importante do texto final do Marco Civil da Internet é a responsabilização do usuário pelo conteúdo por ele publicado. Este item, crucial para a manutenção da liberdade de expressão na internet, garan-te que os servidores somente serão punidos caso não remo-vam conteúdo considerado ilegal mediante ordem judicial. E por que isso é bom para o usuário? Porque, dessa forma, acaba a chamada “censura privada”: os servidores não podem apagar o conteúdo dos usuários. Apesar da aprovação na Câmara, o Marco Civil precisa passar pelo Senado. E, mesmo sendo apro-vado, essa questão não pode fi-car de fora da vista das pessoas: o maior avanço da humanidade no sentido da liberdade de ex-pressão é a internet. Cabe a nós defender que o ambiente digital continue democrático e livre.

2 EDITORIAL Sábado, 29 de março de 2014.

Marco Civil da internet: ainda continuamos livres

PREVISÃO DO TEMPOSÁBADO (29/03)

MÁX: 27º MÍN: 22º

DOMINGO (30/03)

MÁX: 24º MÍN: 23º

SEGUNDA-FEIRA(31/03)

MÁX: 31º MÍN: 22º

Informações do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram) da Epagri

Tiragem: 5 mil exemplares / distribuição gratuita / semanário Circulação: Araquari, Balneário Barra do Sul, Balneário Piçar-

ras, Barra Velha e São João do Itaperiú

Reportagem Carolina Nunes

Daniel Schiavoni

DiagramaçãoGermana Souza

Edição Anderson Davi

ColaboradoresAngelita Borba de Souza

Lígia Delazzeri R. BalbinottDaniela Censi

Marcos Zaleski de MatosVolnei Antônio de Souza

Jornalista Responsável Flávio Roberto DRT: 02494 JP

UMA PUBLICAÇÃO REDAÇÃOAvª Santa Catarina, 1192 - SobrelojaCentro - Barra Velha - SCCEP: 88390-000

Colunas, artigos, cartas, e-mails enviados e assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. O conteúdo não

expressa, necessariamente, a opinião do jornal.

Sol com chuva no início do dia

Encoberto com chuva no decorrer do dia

Sol com chuva no início e final do dia

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Page 3: Jornal Voz do Itapocu - 45ª Edição - 29/03/2014

Depois de duas reuniões e um dia de paralisação, que movi-mento quase 100% dos pro-fessores da rede municipal de Barra Velha, o magistério do município conseguiu bons re-sultados na primeira rodada de negociações com a prefei-tura. Os professores conseguiram o compromisso do prefeito de reajustar em 19% o salário de todos os servidores municipais das escolas de Barra Velha e a mudança da gestão das verbas do FUNDEB para a secretaria de Educação.Uma comissão que envolva representantes da Câmara de Vereadores, das secretarias de Educação e Finanças e do Sin-dicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Barra Ve-lha (SINTRAMBAV) também será criada. Ela tem a missão para coorde-nar o reajuste dos vencimentos dos professores a partir do ní-vel 2, que atualmente recebem menos que o nível 1.Uma nova reunião ocorreu na manhã de ontem, reunindo representantes dos professores e do Poder Público para de-

bater questões relacionadas a Educação na cidade, não só na folha salarial dos profissionais, mas também na estrutura ofe-recida a comunidade escolar. ManifestaçõesNa terça-feira, dia 18, os pro-fessores da rede municipal de ensino de Barra Velha fize-ram um dia de paralisação. Os educadores organizaram uma passeata pelas ruas do centro da cidade, acompanhados por um carro de som. Ao chega-rem à prefeitura, os manifes-tantes foram recepcionados pelo prefeito Claudemir Ma-thias e pelo procurador geral, Jair Irineu Bernardo. Durante a primeira reunião, ocorrida na parte da manhã, os ânimos se exaltaram: os professores se indignaram com as palavras do procura-dor, que acusou os grevistas de não comunicarem as situ-ações precárias da Educação da cidade à gestão pública. O secretário da Educação, Valdir Nogueira, defendeu os educa-dores, afirmando que as solici-tações chegam até ele, mas que até os pedidos de materiais simples, como giz e papel hi-

giênico, emperram no setor de compras da prefeitura. Na parte da tarde, foi organi-zada uma comissão com repre-sentantes de todas as escolas da região, além do presidente da SINTRAMBAV, Jossias da Rocha Coutinho, e a presiden-te do conselho do Fundeb, Ân-gela André.Os vereadores Adilson Ma-druga, Claudenir Arbigaus, o Pulga, e Daniel Pontes e o se-cretário da educação, Valdir Nogueira, também estiveram presentes para a discussão das pautas propostas pelos profes-sores. Durante o diálogo, as negociações avançaram. Jos-sias abriu a reunião falando sobre a importante conquista dos professores. “É a primeira vez que vejo to-dos os professores aqui com o prefeito. Essa é uma conquis-ta de vocês: o prefeito aceitou sentar e conversar, algo que nunca havia acontecido”, dis-cursou. Na reunião, o prefeito que parecia irredutível no pri-meiro encontro, aceitou as rei-vindicações dos professores. Segundo os professores, o próprio Matias havia firmado

um compromisso de reajuste quando foi prefeito no man-dato anterior, mas segundo os professores, mas não havia cumprido. Desta vez o prefei-to se comprometeu a revisar o piso a partir do dia 1º de abril, com o primeiro pagamento reajustado no final do mesmo mês. “Não estamos fazendo, efetiva-mente, nada. Esse é um direito de vocês”, ressaltou Matias, que no primeiro encontrado havia declarado que a prefeitura não teria como bancar o reajuste pedido pelos professores. O desejo dos manifestantes de que a secretaria da Educação gerisse suas próprias contas

foi visto pela prefeitura com bons olhos. “Precisamos agora operacionalizar isto e passar para a Câmara”, diz Jair Irineu Bernardo. O procurador ainda esclareceu que as responsabi-lidades de administração de recursos, prestação de contas e contratação de profissionais fi-cariam, caso aprovadas, intei-ramente a cargo da educação.Na reunião, ficou decidido o prazo limite, 1º de maio, para as negociações com os profes-sores. Caso os servidores e a prefeitura não cheguem a um acordo até a data, será instau-rada uma greve.

Dia de paralisação faz avançar negociações salariais entre professores e prefeitura de Barra Velha

3GERALSábado, 29 de março de 2014.

Barra Velha será tema de trabalho de estudantes de Arquitetura e UrbanismoAlunos da Universidade da So-ciedade Educacional de Santa Catarina (UNISOCIESC) visi-taram a Barra Velha no último dia 17. A visita faz parte de um trabalho acadêmico, desen-volvido pelos estudantes do 4º ano do curso de Arquitetura e Urbanismo, que resultará na criação de um Plano de Orde-namento Territorial. Os acadêmicos receberam apoio do diretor de Cultura da Fumtec, Juliano Bernardes, que disponibilizou informa-ções a respeito da estrutura

do município. “A prefeitura ofereceu uma espécie de city tour para eles. A cidade foi apresentada e, agora, eles da-rão continuidade ao trabalho na universidade”, disse Juliano. Segundo Bernardes, a prefei-tura vai continuar repassan-do dados sobre a cidade para a conclusão do trabalho. O secretário do planejamento, Guilherme Cani, afirmou que esses estudos podem ser úteis para a elaboração do plano di-retor da cidade. “Apesar de ser um trabalho acadêmico, sem

nada relacionado à criação do nosso plano diretor, sem dúvi-das vai ser aproveitado e trazer sugestões importantes”, afir-mou o secretário.Para o professor-responsável pelo projeto, José Emídio de Barros Filho, a recepção e co-laboração da cidade com o trabalho foram excepcionais. “Estamos muito satisfeitos com a recepção do município, com agradecimento especial à Fernanda Becker e ao Juliano Bernardes, perfeitos anfitri-ões”, comentou o professor,

que é morador de Barra Velha.“Agradecemos também ao en-genheiro Guilherme Cani, da prefeitura, que nos forneceu os dados que precisávamos

para iniciar nosso trabalho. De acordo com José, os resultados serão publicados após a con-clusão do estudo”, finaliza.

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4 GERAL Sábado, 29 de março de 2014.

De férias, coordenador da Defesa Civil de Barra Velha descobre pela internet que prefeito pretende demiti-lo

De férias até abril, o coorde-nador da Defesa Civil de Bar-ra Velha, Elton Cunha, viajou com um dilema para Lages, onde participou durante esta semana da Conferência Es-tadual da Defesa Civil. Após saber via redes sociais que o prefeito Claudemir Matias pretende destitui-lo do cargo, Elton decidiu não se candida-tar para participar da Segunda Conferência Nacional de Pro-teção e Defesa Civil.“Não posso participar da Con-ferência Nacional se eu não for mais um representante gover-namental, como tudo indica que vai acontecer”, comenta Elton. A incerteza com rela-ção ao seu cargo na prefeitura, que ocupa há dois anos e nove meses, se dá porque o coorde-nador não foi comunicado ofi-cialmente que será exonerado da prefeitura. A polêmica surgiu recente-mente, em reunião do prefei-to Claudemir Matias com os professores da rede municipal.

Durante o encontro, Matias revelou que pretende demitir o coordenador da Defesa Ci-vil. “A Defesa Civil vai ficar sem uma pessoa, nós vamos tentar passar a Defesa Civil para o comando da polícia militar. Nós estamos buscan-do cortar custos”, argumentou.Em sua fala, Matias buscou justificar para os professores porque não poderia conceder o reajuste de 19% pedido pela classe. Segundo ele, a prefeitu-ra está acima do limite de 54% para gastos com a folha de pa-gamento. “A nossa folha de pagamento está em 56,76% da receita da prefeitura. Não é que a nossa folha de pagamento é alta, é a receita que é baixa”, comple-tou, argumentando que ou-tros servidores comissionados estão sendo demitidos. De acordo com o Portal da Trans-parência da prefeitura, o cargo de Elton tem um salário de R$2857,68. A fala de Matias pegou Elton

de surpresa. Para ele, a forma como o prefeito tornou pú-blica a sua possível demissão foi infeliz. “Não foi ético. A primeira pessoa que deveria ser informada seria eu. Moral-mente não foi legal”, comentou o coordenador da Defesa Civil de Barra Velha. Nas redes sociais, a informa-ção foi postada pelo diretor da Ong Viagem Família, Marcos Junghans, que também estava na reunião. O caso ganhou re-percussão e gerou apoio total ao trabalho realizado por El-ton. Alguns moradores cogi-tam até realizar um ato públi-co em favor da permanência de Cunha no cargo.As manifestações favoráveis surpreenderam Elton. Ele acredita que são fruto do tra-balho que realiza há quase três anos. “Não tem segredo, temos que fazer o nosso trabalho e nos dedicar que os resultados vão aparecer. Assumi a Defe-sa Civil desacreditada, depois do escândalo dos pregos, e

com muito trabalho estamos mudando esta imagem junto à população”, comenta.Entre os principais méritos de sua gestão na coordenadoria da Defesa Civil, Elton destaca a captação de recursos estadu-ais e federais para serem in-vestidos na cidade. “Consegui quase meio milhão de reais, que estão documentados. Não sei se outras secretarias con-seguiram isso neste período”,

compara. Os recursos são para obras de combate a enchentes no município, kits doados para pessoas em situação de risco e aquisição de equipamentos para a Defesa Civil, incluindo uma caminhonete. Além dis-so, a cidade também avançou de etapa recentemente em um programa da ONU para a cer-tificação de cidades resilientes.

Matias disse em reunião com os professores que Defesa Civil ficará sem um coordenador, mas Elton Cunha ainda não foi informado da decisãoFoto: Arquivo

Sandra Geisel é a nova presidente da Fundema de AraquariPara Elton, a repercussão do trabalho da Defesa

Civil de Barra Velha pôde ser medida na partici-pação de representantes da cidade na Conferên-cia Estadual, que aconteceu nos dias 26 e 27 em Lages, na Serra Catarinense. Dos 65 represen-tantes da região Norte, eleitos na Conferência in-termunicipal promovida pela Amvali e Amunesc, oito foram de Barra Velha. “Isso mostra que a população está participando mais ativamente das atividades e se envolvendo com as questões relacionadas a Defesa Civil”, explica Elton. Na Conferência Intermunicipal fo-ram elaboradas propostas para serem apresen-tadas na etapa Estadual, que podem ser selecio-nadas para a etapa nacional da Conferência. A última fase acontece nos dias 27 e 30 de maio, em Brasília. “É um evento bastante importante. Destas pro-postas saem Leis para serem aprovados por deputados e senadores. A Lei nº 12.608 (que

institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil), surgiu da primeira Conferência Nacional e é um marco para a Defesa Civil nacional”, co-menta Elton. Neste ano a Conferência está dividida quatro eixos temáticos: gestão integrada de riscos e resposta a desastres; integração de Políticas Pú-blicas relacionadas à proteção e à Defesa Civil; gestão do conhecimento em proteção e Defesa Civil; e mobilização e promoção de uma cultura de proteção e Defesa Civil na busca de cidades resilientes. Delegados de Barra Velha eleitos para a Confe-rência EstadualLiziane Tamara Téo, Sergio Luiz Kassner, Kar-la De Fátima Patitucci, Roberto Hernan Molina de Andrade, Ieda M. John Packham, Marian-ne Kollarz Junghans, Marcos Junghans e Elton Cunha.

A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Araquari (Fundema) tem nova presi-dente. Sandra Geisel assumiu a pasta neste mês, para colocar em prática a experiência de mais de 15 anos na área am-biental. Sandra tem mestrado em Saú-de e Meio Ambiente, pós-gra-duação em Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. A nova secretária já trabalhou na Fundação do Meio Ambien-te de Santa Catarina (Fatma), na Fundema de Joinville e na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Ce-

tesb), de São Paulo.Para a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Araquari, Sandra aponta qual o caminho a ser seguido. “O que nós pre-cisamos agora é nos reestrutu-rar. Temos já uma boa equipe técnica e precisamos ampliá--la para atender a demanda do município”, diz. Atualmente a Fundema de Araquari trabalha com cinco técnicos: um engenheiro quí-mico, um engenheiro civil, um engenheiro agrônomo, um biólogo e um engenheiro am-biental.

Conferência estadual contou com oito representantes de Barra Velha

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5GERALSábado, 29 de março de 2014.

Lançado novo portal de turismo de Santa Catarina

Tráfego de veículos volta a mudar no Centro de Barra Velha

Há uma semana do município completar 138 anos, no próximo sábado, dia 5, a prefeitura de Araquari lançou em seu site uma homenagem aos trabalhadores da cidade. Uma série especial de matérias conta um pouco mais da história de quatro personagens, três trabalhadores do campo e uma pescadora, simbolizando as principais atividades econômicas do município. Confira abaixo um resumo de cada história e o link para acessá-la:

Maracujá Implantado pelo grupo Sinuelo no final da década de 1980, o cultivo de maracujá se tornaria em menos de dez anos no símbolo da cidade, que ficou conhecida como capi-tal catarinense do maracujá. Desde 1997 na área, o texto sobre o plantio da fruta trata da labuta de Hilário Vili Tambosi, 54 anos, que tem em seu sítio 250 pés de maracujá. Link da matéria na internet: www.araquari.sc.gov.br/noticia/483.

ArrozCom um plantação de arroz de 90 hectares, João Josemar da Silva, 45, é o personagem que trata do trabalho dos agricultores no arrozal, em especial na região de Guami-ranga, há 50 quilômetros de Araquari. Há quase duas décadas ele produz 12 mil sa-cas do produto por safra. Link da matéria na internet: www.araquari.sc.gov.br/noticia/482.

BananaMorador da localidade de Ponto Alto desde 1961, o agricultor Nilton Garcia trabalho em vários cultivos, de salsa a maracujá, até descobrir a fruta que lhe daria o sustento até hoje: a banana. Com 25 hectares de plantação e 100 mil plantas, ele produz ba-nana nanica e banana branca. A produção chega a 80 toneladas de banana. Link da matéria na internet: www.araquari.sc.gov.br/noticia/481

PescaHá 11 anos Maria Cristine Lanconi segue a rotina puxada de pescadora, levantando de madrugada para ir ao mar com outras duas colegas. O rio Parati é um dos destinos, mas elas costumam também pescar entre a Baia da Babitonga, quando conseguem trazer de 25 a 30 quilos de peixe. Mais que a labuta diária, Maria também luta a 25 anos contra um câncer e escolhe a pesca como um tratamento. Link da matéria na internet: www.araquari.sc.gov.br/noticia/478.

Em comemoração aos 138 anos, prefei-tura de Araquari homenageia trabalha-dores em seu site

Pouco mais de dois meses após a Coordenadoria de Trânsito da prefeitura de Barra Velha, realizar mudanças no trafego de veículos no Centro, próxi-mo a Lagoa, o mesmo órgão voltou atrás da sua decisão e mudou novamente os sentidos das ruas. Desde a última semana a con-versão de acesso da rua Dr. Plácido Gomes de Oliveira para a rua Ernesto Krause, em direção a praia, e da rua Ernes-to Krause para a rua Paraná, foram liberadas novamente. Segundo a prefeitura objeti-vo das primeiras mudanças era dar melhor mobilidade ao fluxo de veículos, visando a mobilidade urbana em locais

específicos, que estavam cau-sando risco de acidentes e in-segurança aos usuários, além do congestionamento dos ve-ículos. A medida iniciada em janeiro, não agradou turistas e moradores, que por diversas vezes demonstraram ser con-tra as novas regras de trânsito no local. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, “estão sendo estudadas alternativas de engenharia de tráfego jun-tamente com a secretaria de Planejamento quanto a colo-cação de semáforo, inversão de mão única, mão única nas vias coletoras e sinalização vertical e horizontal, para uma posterior aplicação e melhoria

na malha viária urbana da ci-dade”.Aumento de veículos De acordo com o Detran de Barra Velha, a frota de veícu-los do município cresceu mai de 200% entre 2010 e 2013. Sendo que, durante a alta tem-porada esse número chega a triplicar, fazendo com que a prefeitura pense em novas al-ternativas para atender a essa demanda, além de melhorar a mobilidade urbana. Em 2010 o município possuía 3.607 ve-ículos cadastrados, em setem-bro de 2013 esse número subiu para 12.658. Um aumento de 9.051 veículos em 10 anos.

A Santa Catarina Turismo S/A (Santur), empresa governa-mental responsável pela divul-gação e promoção do Estado, lançou na última semana o novo portal turístico, mos-trando as dez regiões turísticas catarinenses: www.turismo.sc.gov.br. O site está subdivi-dido em institucional e turís-tico (promocional), com novo design, conteúdo ajustado à linguagem turística, navega-ção facilitada e interação com as redes sociais, além de novos aplicativos.Apesar de recém-lançado, o site ainda está incompleto. Entre as cidades da região de

abrangência do Voz do Ita-pocu, apenas Balneário Piçar-ras conta com informações atualizadas e fotos de divul-gação. De acordo com Moacir Fernando Machado, assessor da diretoria de Informação da Santur, é necessário que as prefeituras entrem em contato para repassarem seu material institucional e imagens de di-vulgação.“O novo portal ainda está pas-sando por fase de adaptação e testes, a maioria das informa-ções são ainda do site anterior. É importante que o jornal di-vulgue para que as prefeituras entrem em contato e mandem

suas informações e agenda de eventos”, comenta. O e-mail de contato é o [email protected] e o telefone é (48) 32196337.De acordo com a Santura, em sua nova apresentação, o por-tal está em inglês e espanhol e, brevemente, poderá ser visu-alizado em italiano, alemão e francês, totalizando seis idio-mas. Nas páginas das cidades, é possível encontrar informa-ções de ecoturismo e aventu-ra, eventos, história e cultura, turismo religioso, praia e na-tureza, lazer e entretenimento, e agenda.

A prefeitura de Barra Velha realizou nesta sema-na a entrega de uma motoneta para a Vigilância Epidemiológica utilizar no trabalho de fiscalização contra a dengue. O núcleo epidemiológico conta com cinco agentes, que atuam na fiscalização e orientação no combate contra o inseto.Atualmente, há 119 armadilhas para capturar o transmissor da doença. São 89 em pontos estra-tégicos e mais 16 pontos de acompanhamento e

estudo. As armadilhas são visitadas diariamente, onde são coletadas larvas para análise do Aedes Aegypti. Assim que coletado, o material é enca-minhado para o laboratório de endemias da 23ª Regional de Saúde.Outro trabalho desenvolvido pela Vigilância Epi-demiológica é a apurar denúncias que indicam possíveis foco da doença, além de orientar a po-pulação para evitar a proliferação do inseto.

Vigilância Epidemiológica de Barra Velha recebe moto

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6GERALSábado, 29 de março de 2014.

CLASSIFICADOS

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A Vigilância Sanitária de Bal-neário Piçarras iniciou nesta semana um mutirão de limpeza em terrenos baldios nos bairros Santo Antônio e Nossa Senhora da Paz. A ação foi desencade-ada após denúncias de mora-dores sobre a proliferação de carrapatos, ratos e do caramujo africano.O mutirão teve como objetivo efetuar a limpeza desses ter-renos como ação de saúde pública, já que os caramujos e carrapatos podem transmitir diversas doenças e, no caso do caramujo africano, levar até a morte. A ação foi concentrada nas ruas Alexandre Guilherme Figueredo, Felicidade Pinto Fi-gueredo e as transversais, com visitas as casas e orientação aos moradores.Quem encontrar focos com

grande quantidade desses ani-mais deve entrar em contato com a Vigilância Sanitária, para que seja feita a verificação e, no caso de níveis crônicos, ser efetuada a limpeza e destina-ção correta desses animais. A Vigilância Sanitária atende pelos telefones 3347 2018 ou 3347 2019. Em locais com poucas quanti-dades de caramujos, a orien-tação é que o morador recolha o molusco com luvas descartá-veis, fornecidas nas Unidades de Saúde, colocando-o em um saco plástico, de preferência duplo. Depois, é necessário le-var a uma unidade de Saúde, que vai dar a destinação final mais adequada.Porque combaterNesta época do ano, em que a umidade e o calor são mais

intensos, há um aumento na in-cidência de animais como mos-quitos, carrapatos e do caramu-jo. Como são hermafroditos, os caramujos africanos chegam a colocar 400 ovos em um ano, o que contribuiu para a multipli-cação desordenada. Chegam a atingir 15 centímetros de com-primento e pesar até 200 gra-mas.O caramujo africano é hospe-deiro potencial de duas es-pécies de vermes que, ao en-trarem no organismo, podem causar meningite grave, hemor-ragia no intestino e até levar à morte. Por isso, a orientação da Vigilância Sanitária é cuidado redobrado para não entrar em contato com o caramujo ou sua secreção.

Outra ação intensificada pela Vigilância Sanitária de Balne-ário Piçarras neste mês foi a fiscalização nos estabeleci-mentos que oferecem serviços como cortes de cabelo, manicu-res e pedicures, além de outras atividades ligadas a estética. Um dos estabelecimentos visi-tados chegou a ser interditado por utilizar equipamentos de bronzeamento artificial ilegais.O objetivo foi verificar as condi-ções de higiene dos locais, se os produtos utilizados estão dentro das normas estipula-das pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão também fiscalizou se os profissionais cumprem as nor-mas sanitárias de manipulação e esterilização de materiais, como alicates, tesouras, pinças e outros objetos cortantes.Na última semana, um esta-belecimento foi interditado por manter duas câmaras de bron-zeamento artificial, o que é proi-bido pela Anvisa desde 2009. Segundo os fiscais, a empresa

é reincidente e, mesmo tendo sido penalizada outras vezes, descumpriu as determinações. Após denúncia, os fiscais en-contraram as câmaras com o lacre rompido, além de produ-tos estéticos importados de procedência duvidosa e sem registro na Anvisa. A empresa ainda não tinha o alvará 2014 regularizado.Orientações O chefe da Vigilância Sanitá-ria de Balneário Piçarras, Dr. Ricardo de Paula, alerta aos empresários do ramo para a regularização dos alvarás e, em especial, os cuidados com a procedência dos produtos, que devem ter a origem, data de fa-bricação e validade impressos nas embalagens. Segundo o órgão, muitos pro-dutos encontrados nos salões vistoriados não estão de acordo com as normas, não possuem registro na Anvisa e isso pode causar riscos a saúde de quem os utiliza. Produtos caseiros para estética também não são

permitidos.Em relação aos salões, os fis-cais orientam para a esterili-zação dos materiais utilizados, que devem ser feitos em auto-clave, obrigatoriamente. Estu-fas, fornos e outras formas de esterilização não serão mais permitidos, pois não eliminam todos os possíveis agentes de transmissão de doenças como hepatite B, C e o vírus HIV. Dr. Ricardo reforça que a Vi-gilância Sanitária vai visitar todos os estabelecimentos do ramo de estética e beleza para orientar sobre as normas que devem ser cumpridas. “Vamos fiscalizar um por um, vamos cobrar vacinação, os cursos de capacitação e o autoclave. Após isso, vamos dar um prazo de adequação. Passado esse prazo, a empresa estará sujeita a autuação”, destaca.Dr. Ricardo desta que a a po-pulação também deve a ficar atenta às condições dos locais que frequenta.

Vigilância Sanitária combate carrapatos, ratos e o caramujo africano em Balneário Piçarras

Fiscalização em salões de beleza também é intensificada

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Os interessados devem compa-recer no Sine Araquari, trajados para entrevista e munidos de do-cumento ou enviar currículo por e-mail com a descrição do cargo pretendido.

Page 7: Jornal Voz do Itapocu - 45ª Edição - 29/03/2014

Apesar dos recursos limitados, a cidade de São João do Itape-riú tem se destacado no traba-lho realizado com o esporte. A forte participação da comuni-dade nas atividades esportivas tem gerados números impres-sionantes: no último “Dia do Desafio” (evento em que toda a população é convidada a fazer algum tipo de exercício físico, desde ginástica laboral a ginca-nas esportivas), a cidade con-seguiu mobilizar 1975 pessoas, mais da metade da população total, que é de aproximadamen-te 3500 habitantes. O trabalho de incentivo ao es-porte começou com o “Segun-do Tempo”, programa Federal de incentivo a atividade espor-tiva. Mas, com o escândalo en-volvendo o programa e o então ministro Orlando Silva, os recur-sos pararam de entrar. “Conver-sando com o prefeito, comentei ‘o que a gente faz agora? Va-mos acabar com todo o traba-lho que começamos?’”, disse o secretário do esporte Anderson Catafesta. Segundo ele, a prefeitura fez todas as contas para ver quais eram os recursos possíveis de serem destinados ao esporte. “Era pouco. Somos uma cidade pequena, com baixa arrecada-ção e muitas necessidades”, afirmou Catafesta. A solução encontrada foi pro-curar ajuda de empresas da região, que colaboraram com patrocínios e doações às ativi-dades esportivas. “Com esse incentivo, conseguimos manter todas as atividades gratuitas”, ressaltou o secretário. O de-

safio de manter o calendário esportivo é anual, precisando encontrar apoio para todas as atividades. “Hoje, os campeo-natos já são parte do calendá-rio da cidade. O campeonato de futebol de campo está na 10ª edição, o de Bocha está na 8ª. Isso prova que as coisas estão dando certo”, disse Catafesta. Os projetos esportivos incluem também pessoas da terceira idade, que disputam modalida-des próprias e jogos de vetera-nos, e até atletas paralímpicos: na última edição dos jogos esta-duais, a cidade enviou e apoiou um deficiente visual. O trabalho conjunto com a saúde rendeu práticas de ginástica laboral em fazendas e empresas da região. O secretário ainda destacou o papel do esporte no incentivo à educação. “Quem está com notas ruins na escola não pode participar dos campeonatos. Aí, a prefeitura oferece aulas ex-tras para os estudantes, que se esforçam para poderem voltar a jogar”, disse Catafesta. Mesmo com todas as dificulda-des que a cidade encontra para manter este trabalho, mais uma modalidade será oferecida na região: o judô. “Dá muito tra-balho continuar com o esporte aqui. A diversão das outras pes-soas é o nosso trabalho, então às vezes, quando tem campeo-nato, não tem final de semana para mim. Mas a gente acaba abraçando, não consegue lar-gar”, concluiu o secretário. Não é à toa que o município ostenta o título de cidade do Esporte, que ganhou até uma nova mar-ca neste mês.Fotos: Inventário fotográfico da Santur.

Fotógrafo: Norberto Cidade

Sábado, 29 de março de 2014.

São João do Itaperiú, a cidade do esporte

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8 Sábado, 29 de março de 2014.

“Nasci aqui, casei aqui e pretendo viver até o fim da vida aqui”São João do Itaperiú segundo Dona Eulalia Del Monego de Sisti

Mãe de quatro filhos, avó de sete ne-tos. Aos 75 anos cuida da casa, das plantas e ervas que cultiva no quin-tal, dirige, costura, de forma ativa participa de diversos grupos do mu-nicípio e é benzedeira. Essa é Eulalia Del Monego de Sisti, um dos muitos personagens que fazem parte da his-tória de São João do Itaperiú. Eram 10h da manha quando che-gamos a casa de Tia Laia, como é carinhosamente chamada por to-dos. Sob o sol, capinava o seu quin-tal com o objetivo de plantar novas flores. Ao nos recepcionar procurou uma sombra fresca para conversar, ao contarmos que queríamos en-trevista-lá, logo nos convidou para entrar. Já do lado de dentro a con-versa fluiu. Com uma memória im-pressionante contou com detalhes momentos marcantes do município e de sua vida, muito antes da eman-cipação. “Quando eu me criei, nós moráva-mos lá em cima, em um lugar cha-mado Toca, uns 6 km daqui. São João do Itaperiú era um lugar muito

povoado, era tudo cheio de plan-tações, as redondezas toda. Com a vinda da Comfloresta, o prefeito Thiago (Aguiar, de Barra Velha) au-torizou a venda, Luiz Alves não au-torizou. Então os agricultores ven-deram e foram embora pra cidade”, explica. Foram vendendo pra Comflores-ta e foram saindo, ai acabou São João. Tinha lojas grandes de tecido, vendas sortida de tudo o que você quisesse. De tecido eram quatro lo-jas que tinham no Centro, tinham umas cinco vendas de produtos ali-mentícios. Com a evasão do povo, dos agricultores, foram vendendo as lojas e saindo também, e São João acabou. Ficaram alguns nativos. Pra você comprar alguma coisa tinha que ir pra Barra Velha, tecido em Joinville”. Grande parte desses moradores mu-daram para Joinville e Itajaí. Com o decorrer do tempo, essas mes-mas pessoas foram se aposentando e aos poucos voltaram ao municí-pio. “Hoje nós podemos dizer que

o Centro está bem, aumentou. A Mantiqueira tinha acabado e hoje voltou. Santo Antonio também au-mentou bem, Porto do Itaperiú está aumentando bastante, Santa Cruz e Santa Luzia que ficaram paradas, têm poucos moradores”.A justificativa para esse baixo cresci-mento é a quantidade de terras para fazendeiros, que hoje são bastan-te ocupadas para criação de gado. “Morador de lá tem muito pouqui-nho, que era nativo. Tem a família

Tomazeli que era nativa e outras pe-quenas famílias”. De acordo com Tia Laia no Centro da cidade, grande parte das famílias são nativas, enquanto no interior grande parte são famílias que vie-ram para o município. Para ela, hoje São João tem mais gente de fora, do que nativos. “Antes a gente saia na rua era, ‘Bom dia compadre, bom dia tio, bom fulano, bom dia meu amigo’, relembra.

1888 - No dia da libertação dos escravos, veio a família Bernardes. “Já faziam três anos que ele estava aqui construindo uma serraria. Aí em 1988 ele trouxe a família e naquela época trouxe escravos junto”. Essa tradicional família foi responsável pela criação e crescimento do bairro Mantiqueira. “Junto com eles vieram às primeiras pessoas da família Veiga, que desbravaram a banda de Santa Cruz”. 1905 - Primeiro morador que veio para o Centro de São João do Ita-periú. João Batista Dal Rei comprou quatro lotes de terras da família Veiga. que tinha vindo de Santa Cruz. “São João era tudo mato. Ele foi comprando e desmatando, requerendo do Governo. Ele possuiu 24 lotes de terras”. Uma parte foi doada para a construção da Igreja, e outra parte para fazer o cemitério. 1910 - Chegou à segunda família ao Centro de São João, a família Delmonego. “Meu pai foi o último a nascer, depois a família veio para São João. O pai dele, o meu nono, nasceu na Itália. Ali começaram a aumentar a cidade, os filhos foram casando, as famílias foram cre-scendo”. 1942 – Iniciou a construção da primeira Igreja de madeira do municí-pio. Inaugurada em 24 de junho de 1947. “Ele (João Batista Dal Rei) foi para São Paulo, na época, buscar o Santo. Ele era João Batista, o pai dele chamava-se João Batista, o filho de criação, que é o meu sogro, era João Batista, então ele foi buscar a imagem. Colocou o nome da cidade de São João. Chamava-se Vila de São João e mais tarde quando foi aumentando, ai batizaram de São João do Itaperiú. Porque a única estradinha picada era no Porto do Itaperiú”. Nesta estrada, João Batista Dal Rei possuía uma serralheria, e levava madeira para o Porto do Itaperiú. De lá essa madeira ia de balsa até Barra Velha, onde era levado de lancha para o Porto de Itajaí. De acordo com Tia Laia, apenas alguns netos e sobrinhos da família Veiga permanecem na cidade. Da família Delmonego e Bernardes mui-tos permanecem em São João, grande parte casou e criou seus filhos e netos no município e ainda residem na cidade. Quanto à família Dal Rei todos foram embora. A justificativa para esse êxodo foi à procura de trabalho, “as famílias foram crescendo e eles queriam trabalhar em fábricas”.

A cronologia do inicio de São João do Itaperiú segundo Tia Laia

Cultura Dona Laia conta que na época que era solteira, aos 12 anos, quando se mudou para perto de São João, os moços e moças eram amigos. “Vamos para Medeiros? Vamos! Se juntava tudo de bici-cleta e ia dançar, ia pra festa”. As histórias de quando era moça são contadas para suas netas, “Nós íamos pra Itajuba, na tarde dançante. Ia 6, 7, 10, 15 bicicletistas. Naquele tempo não era igual à hoje, que se você tem um rapaz amigo já é seu namorado”. Nos domingo de tarde, quando não tinham festas para ir, o grupo se reunia na Praça do Centro. “Todo mundo deitado na grama, conversando”.foram crescendo e eles queriam trabalhar em fá-bricas”. Família“Meu nono veio da Itália casado com a minha nona. Trouxeram três crianças nascidas na Itália: Antônio, Julia e Libera. Vieram para Luiz Alves, lá casou a Libera e os outros vieram para São João. Eu sou filha do mais novo. Ai a família foi aumentando, de 14 filhos, nós somos hoje 112 netos. Ai eles foram casando. Hoje são mais de mil Delmonegos”. Religião Famosa benzedeira e procurada por pessoas de toda a região, Tia Laia conta que aprendeu com a mãe e a sogra esse oficio, além dos preparativos de muitos chás. Mas como não tinha conhecimen-to de ervas, participou de dezenas de cursos para se aperfeiçoar. “Eu fiz uns 15 cursos. Quando es-tava na presidência do Sindicato dos Agricultores surgiu um curso em Florianópolis, na Secretaria de Agricultura, de Plantas Medicinais e eu participei. Fiquei dois anos aprendendo”. Quanto à religião adotada pelas famílias, a senhora conta que quando era moça só existia o catolicis-

Fotos antigas de São João do Ita-periú. Colaboração: Janete Sisti

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9ESPECIALSábado, 29 de março de 2014.

“Nasci aqui, casei aqui e pretendo viver até o fim da vida aqui”São João do Itaperiú segundo Dona Eulalia Del Monego de Sisti

Cultura Dona Laia conta que na época que era solteira, aos 12 anos, quando se mudou para perto de São João, os moços e moças eram amigos. “Vamos para Medeiros? Vamos! Se juntava tudo de bici-cleta e ia dançar, ia pra festa”. As histórias de quando era moça são contadas para suas netas, “Nós íamos pra Itajuba, na tarde dançante. Ia 6, 7, 10, 15 bicicletistas. Naquele tempo não era igual à hoje, que se você tem um rapaz amigo já é seu namorado”. Nos domingo de tarde, quando não tinham festas para ir, o grupo se reunia na Praça do Centro. “Todo mundo deitado na grama, conversando”.foram crescendo e eles queriam trabalhar em fá-bricas”. Família“Meu nono veio da Itália casado com a minha nona. Trouxeram três crianças nascidas na Itália: Antônio, Julia e Libera. Vieram para Luiz Alves, lá casou a Libera e os outros vieram para São João. Eu sou filha do mais novo. Ai a família foi aumentando, de 14 filhos, nós somos hoje 112 netos. Ai eles foram casando. Hoje são mais de mil Delmonegos”. Religião Famosa benzedeira e procurada por pessoas de toda a região, Tia Laia conta que aprendeu com a mãe e a sogra esse oficio, além dos preparativos de muitos chás. Mas como não tinha conhecimen-to de ervas, participou de dezenas de cursos para se aperfeiçoar. “Eu fiz uns 15 cursos. Quando es-tava na presidência do Sindicato dos Agricultores surgiu um curso em Florianópolis, na Secretaria de Agricultura, de Plantas Medicinais e eu participei. Fiquei dois anos aprendendo”. Quanto à religião adotada pelas famílias, a senhora conta que quando era moça só existia o catolicis-

mo. Somente com a entrada de outras pessoas na cidade, novas religiões foram surgindo. ViagensPor duas vezes esteve na Itália visitando parentes que ainda permanecem no país europeu. A primei-ra viagem aconteceu em 1995 com o marido, re-alizando um sonho que cultivava desde menina. A segunda viagem ocorreu em 1997. Nem por isso pretende deixar o município, “quando a gente volta pra casa parece que o céu se abre”. Em maio Tia Laia retorna a Europa para visitar os parentes no-vamente.EmancipaçãoApós a emancipação política, em 29 de março de 1992, a cidade iniciou um crescimento gradativo. “Primeiro um primo meu foi prefeito, José Acácio Delmonego, depois passou para o senhor Alzerino Bernardes, o Mimo, sogro da minha filha. Depois entrou o Valdir Correa de prefeito, o meu vizinho. Agora, por último, está o meu sobrinho (Rovâni Del-monego)”. “A gente pode dizer que São João cresceu, está au-mentando. A saúde de São João está em primeiro lugar, muito boa. Educação excelente. Todos os prefeitos foram muito bons”. O que torna a cidade com ar de cidade de interior, é que muitos ainda se conhecem, principalmente os mais antigos, mantendo uma amizade de anos. “A gente pode dizer hoje que São João está bom pra se viver. Têm quatro açougues que matam bois, dando muitos empregos, a Comfloresta emprega muita gente, o supermercado, a prefeitura. Desem-pregado não tem ninguém em São João”.Embora grandes empresas ofereçam empregos aos moradores, muitos ainda cultivam o trabalho no campo: “Aqui é município agrícola”, finaliza.

9h - Sessão Solene - Câmara de Vereadores;9h10 - 7º Passeio Ciclístico - saída da Prefeitura Municipal;10h - Abertura da Exposição de carros antigos;10h - Chegada do 7º Passeio Ciclístico - Centro de Eventos;10h30 - Abertura da Exposição “Caho do Peabiru”;11h - Culto ecumênico;11h30 - Entrega do título: Capital Catarinense da Carne;11h45 - Entrega de cahão basculante;12h - Almoço aberto ao público (carreteiro);13h - Rodada do Campeonato de Futebol;13h30 - Apresentações culturais;13h45 - Homenagem à São João com Orimar Hess14h - Tarde dançante;14h - Maxi Ação 105 FM;14h30 - Largada da Etapa Catarinense de Mara-thon (ciclismo);15h - Corte do Bolo em comemoração aos 22 anos;18h - Encerramento das atividades.

Haverá brinquedos para as crianças e feira de ar-tesanato ao longo do dia.Local: Centro de Integração Turística Euclides Raul Monteiro

Programação de aniversário da prefeitura de São João do ItaperiúNeste sábado, dia 29

Fotos antigas de São João do Ita-periú. Colaboração: Janete Sisti

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Sentado numa cadeira na va-randa, estava uma figura simpá-tica e sorridente a nos esperar. Era o senhor Guedes Bernardes, de 90 anos, itaperiuense de nas-cença. Talvez o morador mais antigo ainda vivo, a história de vida de Guedes se mistura com a da cidade em si.“Meu avô, Jeremias Bernardes, veio de Camboriú para morar aqui. Naquele tempo, São João era tudo mato, não tinha nada aqui. Eles se instalaram perto da estrada que vai até Medeiros, Barra Velha”, conta o senhor Guedes. Antes de continuar, o senhor Guedes nos fez uma pergunta: “A qual família vocês perten-cem?”. Mais do que curiosidade, a pergunta entrega a importân-cia que ainda é dada aos laços familiares na região. Demons-trando um impressionante co-nhecimento da história da sua família e uma memória invejá-vel, seu Guedes continuou.“Meu avô veio instalar uma serraria. Fizeram a viagem de Camboriú até aqui em carro de boi. Foi logo depois da liberta-ção dos escravos. Alguns não quiseram vir pra cá. Outros aceitaram o trabalho, já como homens livres”, afirmou.Desde pequeno, Guedes traba-lhou com a terra. Sua família plantava arroz, feijão e cana de açúcar. “A gente fazia açúcar mascavo, chamado açúcar ver-melho”, explicou. “Com 7 anos, meu pai me botou

na escola. Aí, a gente estudava de manhã e trabalhava na roça de tarde. A maioria dos meus amigos parava de estudar na 3ª série. Só eu e mais dois com-panheiros paramos na 4º”, fala com orgulho. Seu Guedes conta que, aos fi-nais de semana, ele e os amigos procuravam bailes na região. “A gente colocava aquelas capas de cavaleiro e ia de cavalo para Me-deiros, Santa Cruz, Santa Luzia, Santo Antônio e Barra Velha – para Barra Velha fui muitas ve-zes. Íamos para dançar”. A primeira vez que Seu Guedes saiu de São João foi para servir o Exército. Aos 21 anos, foi recru-tado para o serviço militar, em Joinville. “Dentro do Batalhão, me ofereceram coisa muito boa: queriam que eu fosse para o Rio de Janeiro, fazer um curso de motorista e mecânico. Mas eu teria que ficar três anos lá. Mas a minha mãe estava doente e eu queria voltar para trabalhar com a terra”, conta. Além da roça, seu Guedes gos-tava de trabalhar com a comu-nidade. “Em 1957, fui convi-dado a assumir a diretoria da igreja. Eu fiquei por 12 anos nesse cargo. Quando estava lá, nós fizemos a primeira pintura da igreja, construímos o salão que existia ali do lado”, conta. Ele comenta ainda que, na épo-ca, as pessoas tinham um enga-jamento maior com a igreja e com as atividades da cidade. “Naquela época, o padre cha-

mava as pessoas para ajuda-rem em alguma coisa e lá se ia todo mundo. Hoje, ninguém trabalha sem ser por dinhei-ro. Me lembro quando tivemos que refazer o telhado da igreja. O padre tinha pedido pra que, aqueles que pudessem, viessem ajudar. No outro dia, tinha 70 homens, cada um trazendo um balde para carregar o cimento, para fazer a reforma”, comenta. Depois da igreja, seu Guedes colaborou com o sindicato dos agricultores, onde chegou a ser presidente, e com o Círculo de Pais e Professores, onde traba-lhou por 6 anos. Seu Guedes chegou até a parti-cipar da vida política da cidade. “Eu fui candidato a vereador, logo que nasceu Barra Velha, em 1961. Acabei não sendo elei-to: disputei com o meu primo! Ele ganhou de mim por 5 votos. Ele ficou com 145 votos e eu com 140”, gargalhou enquanto contava. Quando perguntado se alguma vez tinha pensado em deixar a cidade, seu Guedes foi enfáti-co. “Não, nunca quis saber de ir para a cidade”, afirmou. Seu Guedes casou-se em 1951 e, dessa união, teve 13 filhos, 5 natimortos. Viúvo, ele vive hoje com Olindia Bernardes Gal-dino, sua companheira há oito anos. Desde que estão juntos os dois viajaram bastante, coisa que nem ele nem ela estavam mui-to acostumados a fazer. “Depois

que estamos juntos, eu viajei bastante: já fomos pra Vitória, Brasília, Espírito Santo, Itu... sempre com as excursões da terceira idade”, disse seu Gue-des.Hoje, seu Guedes enfrenta as dificuldades normais da idade. “Sinto muita dor nas pernas, quase não enxergo do olho di-reito e estou surdo de um dos ouvidos”, assumiu, sem perder

o bom humor. Apesar de todos esses pesares, seu Guedes não se imagina longe de São João do Itaperiú. Nos despedimos, abri-mos o portão. O carro ligou, ele acenou e voltou para sua varan-da, aproveitar a paz que muitos desejam e poucos, como ele, conseguem desfrutar.

10ESPECIALSábado, 29 de março de 2014.

“Aqui nasci, me criei e criei os meus filhos”São João do Itaperiú segundo Seu Guedes Bernardes

A redação procurou dona Erna Kohler Espíndola, outra grande figura da história de São João de Itaperiú. Junto com o seu marido, o senhor João Espíndola, Erna fundou um pequeno açougue que, depois de anos de trabalho duro de toda a família, veio a se tornar o Frigorífico São João, um dos maiores do Sul do país, responsável por colaborar com o crescimento e desenvolvimento do mu-nicípio.Infelizmente, ela estava de repouso, recuperando-se de um período no hospital. A equipe do jornal Voz do Itapocu estima melhoras a uma das grandes mulheres de São João do Itaperiú.

Dona Erna

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11POLÍTICASábado, 29 de março de 2014.

Vereadores de Barra Velha visitam cidades da região para tratar do Plano Diretor

Juiz volta atrás em suspensão do IPTU de Barra Velha e condena Pulga a pagar R$150 mil a prefeituraO juiz da 2ª Vara da Comarca de Barra Velha, Iolmar Alves Balta-zar, revogou nesta quinta-feira, dia 27, a decisão que ele mesmo havia tomado ao suspender a cobrança do IPTU no municí-pio. Após a prefeitura de Barra Velha apresentar a defesa contra o mandado de segurança impe-trado pelo vereador Claudionir Arbigaus, o Pulga, o magistrado sentenciou o parlamentar a pagar uma multa de R$150 mil à prefei-tura, em um prazo de 30 dias. Em sua nova decisão, Iolmar justificou que o vereador omitiu documentos e informações no mandado de segurança, quando se baseou no regimento interno da Câmara de Vereadores para apontar que houve irregularida-des na aprovação da atualização da planta de valores do municí-pio e no aumento do IPTU. Baltazar sentenciou o vereador da seguinte forma: “Condeno Claudionir Arbigaus, em razão da litigância de má-fé, nos mol-des do artigo 18 do Código de Processo Civil, como penalidade processual e como medida peda-

gógica, ao pagamento de multa de 1% sobre o valor da causa atu-alizado e fixado nesta sentença, o que perfaz o montante de R$ 150.000,00”. O valor da causa foi apresentado pela prefeitura, alegando que a arrecadação com o imposto che-garia a R$15 milhões. Na defesa, o prefeito Claudemir Matias ale-gou que Pulga participou como membro ativo da Comissão Es-pecial designada para discussão das matérias relativas a atuali-zação da planta de valores, “sem que haja manifestado oposição expressa em relação à condução dos trabalhos e em nenhuma reu-nião havida”, descreve o juiz.Outra prova usada pela defesa para reverter o mandado de se-gurança foi a ata da sessão em que foi aprovado o aumento da planta de valores e do IPTU. “Não há uma manifestação se-quer do impetrante no sentido de interpor qualquer recurso ou mesmo de pretender a aplicação do disposto no artigo 78 do refe-rido Regimento Interno”, alega o magistrado na decisão.

Com base nestes argumentos, o juiz acrescenta que a omissão de tais documentos por parte do vereador “levou o magistrado a laborar em erro por ocasião do deferimento do provimento li-minar”. Com isso, o juiz afirmou: “tenho que ele não possui direito líquido e certo para questionar judicialmente eventuais afron-tas meramente e exclusivamente regimentais, questões que deve-riam haver sido debatidas e resol-vidas previamente e internamen-te pelos próprios edis”.Pulga vai recorrerApós a decisão, o Voz do Itapocu entrou em contato por telefone com o vereador, que pretende recorrer da decisão do juiz. “Foi derrubada a liminar que impedia a cobrança. Tem o mérito para ser julgado, ainda. O mérito ain-da será julgado em Floripa. A luta do IPTU ainda continua”, comen-ta o parlamentar. Sobre os argumentos do juiz para revogar sua decisão, o vereador justifica: “O advogado usou o regimento da Casa (Legislativa), que não estava atualizado”.

Na última semana o prefeito de Balneário Barra do Sul, Ademar Borges, e o secretário de Planejamento, Antônio Roberto de Borba, estiveram em Brasília, no Ministério da Pesca, tentando rever a decisão do ór-gão federal de cobrar da prefeitura a devolução de R$ 937 mil. Segundo a prefeitura, o Ministério rejeitou a prestação de contas de uma dragagem realizada du-rante o antigo governo na Boca da Barra, e agora esta pedindo que a prefeitura devolva o valor aplicado. De acordo com o secretário, os documentos neces-sários formam apresentados para tentar amenizar a situação junto ao Ministério. “É difícil, após mais de quatro anos que foi feita a dragagem, nós afirmarmos como foi feita e se foi feita corretamente. Temos que nos basear nos documentos apresentados”.Quanto ao prazo para a apreciação por parte do Mi-nistério, não há previsão. “Eles vão analisar a docu-mentação apresentada e nos informar da decisão”, ex-plica Borba. Até lá, o Poder Executivo terá que pensar em outras soluções caso a Ministério não aceite rever sua decisão.Borba afirma que a prefeitura não terá como devol-ver esse montante. “Se não conseguirmos mudar a decisão do Ministério da Pesca, teremos que buscar judicialmente outra solução”. Para ele, a saída seria buscar um prazo maior para o pagamento. “Teríamos que protelar até o município ter condições de pagar ou mudar a decisão do Ministério, através da justiça”.

Ministério da Pesca quer que Balneário Barra do Sul devolva R$937 mil investidos em dragagem

Na última semana alguns vere-adores de Barra Velha realiza-ram visitas a diferentes cidades da região, com o propósito de conhecer e esclarecer questões relacionadas às alterações do Plano Diretor, que estão sendo desenvolvidos nesses municí-pios. Os parlamentares opta-ram por conhecer a realidade de outras cidades litorâneas, que tenham características próximas a Barra Velha, já que o Plano Diretor do município deve ser alterado neste ano. Na sexta-feira, 21, a vereadora Léia da Banca esteve em Porto Belo e trocou informações e experiências com o presiden-te da Câmara de Vereadores, João Mendes e a sua equipe. Na segunda-feira, dia 24, foi a vez dois os vereadores Douglas Elias da Costa e Daniel Pontes Cunha visitaram as cidades de Bombinhas e Itapema. Em Bombinhas os vereadores foram recepcionados pela pre-feita Ana Paula da Silva. Na sua página em uma rede social, o vereador Douglas destacou os

pontos positivos do encontro. “É pessoa de uma simplicidade ímpar e de um conhecimento amplo, de ideias inovadoras. Percebemos uma prefeita mui-to aberta ao diálogo com sua comunidade, fomos muito bem atendidos nos tirou muitas dú-vidas, sobre as ações em torno do Plano Diretor daquela cida-de”, destacou. Quanto às ideias trocadas nes-te encontro, o vereador Daniel também classificou com satis-fatórias. “Buscar informações sempre é muito importante, principalmente em cidades vi-zinhas. Desta forma podemos

ver o que foi feito de errado para não cometermos os mes-mos erros e ver o que está sen-do feito para aproveitarmos. As visitas foram muito válidas e importantes”.No mesmo dia os vereadores visitaram o prefeito de Itapema, Rodrigo Costa, e o vereador licenciado e atual secretário de Planejamento, o engenhei-ro Wesley Carlos Silva. Para o vereador Douglas a agenda foi bem sucedida. “Estamos fazen-do nossa parte, buscando in-formações e experiências para na hora das decisões, tomar a mais acertada possível”.

Vereadores com representante de Itapema. Foto: internet

Page 12: Jornal Voz do Itapocu - 45ª Edição - 29/03/2014

12POLÍTICASábado, 29 de março de 2014.

Procuradoria de Barra Velha anula precatórios duplica-dos no Tribunal de Justiça

Poder Executivo de Balneário Barra do Sul inicia o pro-jeto “Governo nos Bairros”

Prefeitura de Balneário Piçarras vai recorrer de decisão que suspende cobrança de IPTU

Através de ação da Procura-doria Jurídica da prefeitura de Barra Velha, o município ob-teve nesta semana a anulação de dois precatórios, dívidas de entidades públicas com credo-res, que tramitavam no Tribu-nal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Juntas, as cobranças custariam R$116.180,01 aos cofres da cidade. Em ambos os casos, as empre-sas obtiveram ganho de causa em ações de cobrança contra o município de Barra Velha, por isso os precatórios foram en-caminhados ao TJSC. Através do procurador geral, Jair Irineu

Bernardo, a prefeitura identifi-cou que as cobranças das duas empresas estavam duplicadas na lista de precatórios juntos ao Tribunal de Justiça. Através de ação, a Procuradoria Jurídi-ca conseguiu evitar que a pre-feitura pagasse duas vezes pela mesma dívida. De acordo com a prefeitura, a primeira cobrança vinha da empresa G Maiochi e Cia Ltda., de Guaramirim, no valor de R$72.833,52. Já o segundo pre-catório era da empresa Adrea-nini Transportes, de Barra Ve-lha, no valor de R$43.346,49.Precatórios somam quase R$1

milhãoNo ano de 2013 a prefeitura de Barra Velha foi notificada pelo TJSC que fossem incluídas verbas no orçamento de 2014 suficientes para honrar todos os precatórios pendentes des-de 1999, no valor total de R$ 1.173.473,00. Caso contrário, o valor seria retirado da conta da prefeitura.Através de negociação, o mu-nicípio se comprometeu em pagar os precatórios em parce-las anuais, conforme determi-nação do TJSC e atualmente a dívida soma R$ 970.313,45.

A prefeitura de Balneário Bar-ra do Sul iniciou no último dia 15 o projeto “Governo nos Bairros”. O programa foi de-senvolvido com a finalidade de promover o desenvolvimento das regiões, dos bairros e de suas respectivas comunidades. A ação, que será realizada a cada 15 dias em uma localida-de diferente, iniciou no bairro Conquista. Entre as novidades, ocorreu a entrega da ordem de serviço da pavimentação da 3ª etapa da avenida Jaraguá do Sul. Em sua primeira edição, o projeto levou aos moradores, durante cerca de uma semana, atividades e melhorias que fo-ram desenvolvidas pelo gover-no municipal.

A secretaria de Esporte e Tu-rismo, durante todos os dias do programa fez a manutenção do campo de futebol e reali-zou atividades esportivas com a comunidade. No último do-mingo, dia 23, o setor organi-zou um torneio de futebol su-íço, com a participação de oito equipes. O título ficou com a equipe de Pinheiros, que bateu o Costa do Sol na final. O setor da Assistência Social montou no bairro a Casa da Cidadania e o atendimento do Procon. Durante uma sema-na prestou serviços aos mora-dores, marcando casamentos comunitários, gerando RGs e CPFs, além de regularizarando inúmeras pendências junto a outros órgãos.

Coube ao departamento de Cultura realizar uma exposição de artesanatos. Durante essa exposição, artistas da associa-ção das artesãs apresentaram seus trabalhos para os morado-res do bairro e visitantes. A secretaria de Obras e Trans-porte Público realizou a ma-nutenção nas ruas do bairro como, limpeza de valos, apli-cação de saibro, limpeza, entre outros serviços. Outro serviço oferecido à co-munidade da Conquista foi o ônibus de Tratamento Fora Domicílio (TFD), que junto aos enfermeiros e médicos esti-veram atendendo e agendando consultas para a comunidade.

A prefeitura de Balneário Pi-çarras recebeu nesta semana a intimação oficial da justiça sobre a suspensão da cobran-ça de IPTU no município, de-ferida pelo juiz da Comarca, Alexandre Schramm, no dia 13 deste mês. A intimação foi entregue a procuradora geral Fabiany Daniel. Segundo a assessoria de imprensa da pre-feitura, o município irá recor-rer da decisão, a exemplo do que fez a prefeitura de Barra Velha.O mandado de segurança foi impetrado pela Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio (Ambasa), alegando

representar os moradores do bairro e do município. A Am-basa justificou que o aumento foi realizado de “forma desor-denada e confiscatória, exor-bitantemente majorado sem amparo constitucional, por uma Planta de Valores aplica-da aos terrenos cujo reajuste varia entre 100% a 1000%”.No processo, o advogado da Associação, Florisvaldo Diniz, baseou a necessidade de sus-pensão da cobrança porque o cálculo do valor venal do imóvel foi condicionado a um índice elaborado por entida-de de direito privado, o Custo Unitário Básico (CUB). Na

ação, o impetrante disse que o IPTU vinha sendo reajus-tado anualmente desde 2009 pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), acompanhando o salário de mais de 90% dos contribuin-tes.O magistrado acatou a justi-ficativa, comparando os dois índices. “O CUB é destinado a medir a evolução do custo par-cial da obra, sendo admitida sua aplicação como correção monetária para os contratos de negociação de imóveis até o final da construção. O INPC é índice oficial e se limita a re-compor o poder aquisitivo da

moeda, cumprindo o objetivo da correção monetária sem que haja ganhos excessivos para uma das partes”. Na jurisprudência, Schramm se baseou em outras decisões anteriores de tribunais, res-saltando “que a correção do preço total ou das parcelas do imóvel com base na variação do índice do Custo Unitário Básico (CUB) somente se jus-tifica enquanto o imóvel esti-ver em construção, na medida em que possibilitaria a recom-posição por parte do empre-endedor de eventual elevação no custo da obra, significando, assim, um mecanismo para

manutenção do equilíbrio contratual”. Ao conceder a liminar que suspendeu o reajuste, o juiz destaca que o contribuinte pode ser prejudicado com os parâmetros usados para atua-lizar a planta de valores. “So-bre a mencionada elevação, ao argumento da necessidade de revisão do valor venal dos imóveis, tenho que o critério adotado para a majoração tri-butária ofende sobremaneira os postulados constitucionais da capacidade contributiva e da vedação ao confisco”, con-clui.

Após a saída do Partido dos Tra-balhador (PT) da base de gover-no em Balneário Piçarras, o pre-feito Leonel Martins nomeou na última semana a nova secretária de Assistência Social do municí-pio. Juliana da Silva assume com a proposta de ampliar os atendi-mentos a população, qualificar e organizar projetos para garantir os direitos socioassistenciais.Graduada em Serviço Social e pós-graduada em Gestão da Po-lítica de Assistência Social com ênfase no Sistema Único de As-sistência Social (SUAS), Juliana assumiu no dia 18 acrescentan-do uma experiência de nove anos na área, em cidades como Itajaí e Penha, além de já ter atuado em Balneário Piçarras em progra-mas de saúde mental.Juliana pretende, entre outros projetos, implantar ações no mu-nicípio do Sistema Único de Assistência Social. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o SUAS promove ações da assistência social como prevenção de riscos sociais e pessoais, através de programas, projetos, serviços e benefícios a pessoas em situação de vulnerabilidade social. O SUAS atende, ainda, a pessoas que já se encontram em situa-ção de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.Para a secretária, é preciso fazer mais do que apenas assistencia-lismo e, para isso, quer aproveitar da melhor forma o corpo técnico já disponível no município. O prefeito Leonel endossa o discurso de Juliana. Para ele, assistência social é muito mais do que ape-nas distribuir cestas básicas, é um conjunto de ações integradas para garantir direitos aos cidadãos em situação de vulnerabilida-de.Porque trocouA entrada de Juliana no lugar de Sílvio Fernando Bastos Alves aconteceu após um momento conturbado na política do municí-pio. A pasta de Assistência Social era chefiada por uma indicação do PT, que há algum tempo tentava indicar outro nome passar assumir a secretaria. A falta de um consenso entre a indicação do partido e a opinião do prefeito, que pretendia manter Silvio, foi um dos pivôs para que o PT anunciasse independência política na cidade.

Juliana da Silva assume a secretaria de Assistência Social de Balneário Piçarras

Foto: Prefeitura de Balneário Piçarras

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A superintendência de Santa Catarina do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) deve lançar na próxi-ma semana o novo edital de licitação para a duplicação do trecho 1 da BR-280. O trecho em questão tem 36 km, ligan-do a BR-101 a São Francisco do Sul. O valor avaliado do lote é de R$320,6 milhões. O edital anterior foi cancelado pelo DNIT em fevereiro após uma briga judicial entre os concorrentes. De acordo com a assessora de imprensa do DNIT em Santa Catarina, Maira Gonçalves, o novo edital passou pela ava-liação de técnicos do Departa-mento em Brasília e retornou na última semana para a supe-

rintendência do Estado, onde passa pelos últimos ajustes para ser oficializado. A principal diferença em com-paração com o certame ante-rior, realizado no ano passado, é a mudança de pregão pre-sencial para pregão eletrônico, se encaixando na modalida-de de Regime Diferenciado de Contratações (RDC). As-sim que lançada a licitação, o DNIT estipula um prazo de 15 dias para que o pregão ocorra, de forma virtual.Segundo Maira, no caso do pregão presencial, o processo poderia levar até 40 dias. Ou-tra diferença é que na moda-lidade de RDC, será avaliada apenas a habilitação da empre-sa ou consórcio que apresentar

o valor mais baixo. “Antes era avalia a habilitação de todas as concorrentes. Na modali-dade de RDC, se a primeira colocada não cumprir os pré--requisitos, aí a segunda co-locada é avaliada e assim por diante”, explica a representante do DNIT.Pelos prazos estimados pelo DNIT, no mês de abril ou maio já será possível homo-logar a vencedora do certame. Pelo edital, a obra deve ser concluída em 1440 dias, ou seja, quatro anos. Nos outros dois trechos de duplicação da BR-280, da BR-101 até Jaraguá do Sul, as empresas vencedoras das li-citações foram homologadas em dezembro do ano passado,

quando a presidenta Dilma Rousseff assinou a ordem de serviço. Atualmente as em-presas aguardam a licença ambiental do Ibama, do Iphan (Instituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional) e da Funai (Fundação Nacional

do Índio). “Todos os relatórios que a su-perintendência do DNIT de Santa Catarina tinha que fazer já foram feitos, agora as licen-ças estão sendo tratadas dire-tamente entre os órgãos em Brasília”, completa Gonçalves.

13SEGURANÇA PÚBLICASábado, 29 de março de 2014.

Uma pescaria no último sábado acabou em tragédia para o auxi-liar de serviços gerais Rosneis Antunes da Silva, de 47 anos. Ele morreu afogado no rio Piraí, entre Joinville e Araquari, por volta das 23h, quando o barco em que ele e outra pessoa estavam virou. Como não sabia nadar, Silva não conseguiu se salvar. No inicio da semana bombeiros voluntários de Joinville e de Ara-quari realizaram buscas na região e localizaram o corpo na manhã de terça-feira, preso a uma árvore próxima de onde ele havia caí-do. Rosnei e mais quatro amigos pescavam durante o sábado na estrada Furada do Piraí, e iam de barco até uma casa nas margens do rio, onde passariam a noite.

Um confronto entre uma dupla suspeita de praticar um assalto em São Francisco do Sul e a polícia militar de Araquari acabou com um homem baleado na BR-280, na segunda-feira, dia 24. Ales-sandro Rosa, de 32 anos, foi atingido por um tiro na cabeça e está internado no hospital São José, em Joinville. Ele e outro homem, que conseguiu fugir, são suspeitos de assaltarem uma casa em São Francisco do Sul.Segundo a polícia, após receber a informação do assalto, os mi-litares identificaram o veículo dos suspeitos transitando pela BR-280 na altura de Araquari. Os policiais iniciaram uma perseguição, onde ocorreu a troca de tiros e Alessandro foi alvejado.

O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Barra Velha está aberto para receber novos membros. O Conseg tem como função aproximar e integração entre polícia e a população, en-caminhando coletivamente as denúncias, levando diretamente à autoridade superior as reivindicações e queixas da comunidade, auxiliando no combate as causas da violência e desenvolver cam-panhas educativas de orientação à população.Para participar do Conseg, os moradores devem enviar um e-mail para o [email protected] com nome completo, endereço e telefone para contato. Um dos projetos propostos pelo Conseg é o “Conheça Seu Vizi-nho”. A finalidade é conscientizar os participantes do cuidado pela segurança do outro, tendo cada rua seu líder comunitário, com um mapa das casas, tendo o nome e o telefone de todos os mo-radores.

Homem morre afogado no rio Piraí, entre Joinville e Araquari

Suspeito de assalto é baleado em confronto com a polícia militar na BR-280

Conseg de Barra Velha convida comunidade para participar

DNIT lança na próxima semana novo edital para duplicação de trecho 1 da BR-280

Cinco homens suspeitos de integrarem uma quadrilha de assaltantes foram mortos em confronto com a polícia no dia 20 deste mês. De acordo com a polícia, a quadrilha ia em direção a uma casa no bairro Morretes, em Balneário Piçar-ras, quando foi interceptada por uma operação de policiais civis e militares. Os homens teriam trocado tiros com os policiais e foram a óbito no próprio local.De acordo com a polícia, uma investigação acompanhava os passos da quadrilha, suspeita de praticar assaltos em resi-dências. Eles também esta-riam usando um travesti para atrair a atenção dos caminho-

neiros na BR-101, fazendo-os parar na rodovia, e praticando os assaltos. Os policiais tinham a infor-mação de que a quadrilha fa-ria um assalto a uma casa no bairro Morretes, onde acre-ditavam que o proprietário guardava dinheiro. Quatro policiais civis e sete militares, de Penha, Balneário Piçarras, Barra Velha e Nave-gantes, participaram da opera-ção no inicio da noite. Segun-do a polícia, uma viatura foi colocada no meio da rua onde os assaltantes pretendiam agir, enquanto outro veículo desca-racterizado ficou no começo da rua. Primeiro uma moto passou

pelo local atirando e na sequ-ência chegou um Gol, com re-gistro de furto, onde estavam os cinco suspeitos. Eles tro-caram tiros com os policiais e foram alvejados. A polícia encontrou quatro armas com o grupo. O outro integrante da quadrilha, que estava na mo-tocicleta, conseguiu fugir do local.Como os suspeitos estavam sem documento, a polícia ci-vil realizou a identificação dos integrantes do grupo nos dias seguintes. Foram reconheci-dos: Eder Martins Busto, 27 anos, Juares Cardoso Martins, 19, Jean Carlos Fagundes, 19, Diego Silvério, 21, além de um jovem de 17 anos.

Através do programa Pacto por Santa Catarina, o Gover-no do Estado entregou nes-ta semana 36 veículos para o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, que foram distribu-ídos entre diferentes regiões catarinenses. Entre os municí-pios contemplados, Araquari irá receber um caminhão para resgate e combate a incêndios, no valor de R$ 500 mil, além de veículos 4x4 para acesso em qualquer terreno, no valor de R$ 160 mil. Os novos veículos serão utili-

zados na base que será cons-truída para os bombeiros militares em Araquari, já que atualmente a cidade conta apenas com os bombeiros voluntários. Enquanto a base não é edificada, o caminhão e o veículo estarão a disposi-ção dos bombeiro militares de Barra Velha.De acordo com o subcoman-dante geral dos bombeiros em Santa Catarina, coronel Cla-demir Murer, a instalação da corporação em Araquari faz parte de um acordo do Gover-

no do Estado com a monta-dora BMW, que exige um ser-viço de pronto atendimento do Estado com um tempo de resposta de até 10 minutos do para o socorro em sua fábrica. Os bombeiros também aten-derão a população da cidade. Murer completa que a secre-taria de Segurança Pública do Estado está avaliando alguns terrenos para a aquisição e construção do novo quartel, que ficará subordinado ao 7º batalhão, de Itajaí.

Cinco suspeitos de assalto morrem em confronto com a polícia, em Balneário Piçarras

Araquari recebe caminhão e veículo para o futuro quartel dos Bombeiros Militares

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Metal, solda, equipamentos de segurança. Poucos diriam que é possível nascer arte de dentro de um pátio de fábrica. Mas, em meio a um ambien-te de trabalho pesado e me-cânico, um grupo de pessoas se dedicava exclusivamente a dar formas harmoniosas a algumas toneladas de estru-turas metálicas antigas. Este foi o Simpósio Internacional de Esculturas do Instituto Arxo, que ocorreu de 17 a 27 de março na sede da indústria, em Balneário Piçarras. O evento contou com a pre-sença de 10 artistas latino--americanos, que elaboraram suas obras no decorrer da se-mana em meio ao ambiente fabril, contanto com o apoio de alguns funcionários da própria empresa para a cons-trução das estruturas.As esculturas gigantes produ-

zidas por 10 artistas de três países da América Latina vi-rarão uma itinerante que deve ganhar primeiramente os gra-mados da Univali de Itajaí, em uma homenagem aos 50 anos do ensino superior na institui-ção. De acordo com a coordena-dora de projeto do Instituto Arxo, Evelise Wiersinski, a ideia do simpósio é colocar os colaboradores da empresa em contato com a arte. “Podemos dizer que os principais objeti-vos do evento são harmonizar o ambiente fabril com a arte e promover a cultura”, afirmou Evelise. A coordenadora ainda afirmou que a ideia é expandir o projeto nos próximos anos, aceitando a participação de artistas do mundo todo.A seleção dos artistas envolvi-dos se deu através da análise dos projetos das obras que se-

riam executadas e do portfólio profissional de cada escultor. O edital recebeu por volta de 30 inscrições para 10 vagas disponíveis.

14CULTURASábado, 29 de março de 2014.

Simpósio da Arxo mobiliza escultores da América Latina em Balneário Piçarras

Os artistas

Exposição vai até sexta-feira

Os escultores participantes foram incorporados à rotina da fábrica: além de dividirem o ambiente com parte da cadeia de produção da empresa, eles foram imersos no dia a dia dos colaborado-res, dividindo as refeições com os funcionários. O artista catarinense Kiko Cervi se disse impres-sionado com o contato diário com os colaborado-res. “A interação de artistas e funcionários é algo incrível! Não vejo um funcionário desanimado, parece que todos estão se divertindo”, afirmou o escultor. Kiko, que trabalha como restaurador e conser-vador de obras de arte, tem na escultura seu hobbie e sua paixão desde 1974. “Durante a fa-culdade, dividi a casa com um escultor. Acabei conhecendo e me apaixonando por este tipo de arte”, revela. O artista costuma elaborar obras interativas, pensando no público com deficiên-cia visual e nas crianças. Para ele, a criação em metal é um desafio pessoal. “Costumo trabalhar com pedra e madeira. Este tipo de material (o

metal) é novo para mim”, confessou. Já para o artista uruguaio Diego Santurio, o am-biente fabril definitivamente não é uma novida-de. “Me sinto em casa aqui. Meu pai foi metalúr-gico e eu trabalhei com ele desde os 16 anos”, afirmou. O uruguaio contou que, desde que co-meçou na área da metalurgia, apanhava sobras de material para criar suas peças. Hoje, o escul-tor desenvolve sua arte com fins sociais. “Trabalho com jovens carentes, no Uruguai. De-senvolvemos intervenções artísticas, nem sem-pre ligadas a escultura”, explicou. Suas obras, segundo ele, procuram gerar um impacto visual, inovador. “Não considero arte se não inovar e chocar”, concluiu.Dos 10 artistas, apenas uma é do sexo feminino. É a argentina Carina Fabaro. O contraste da deli-cadeza do seu trato com as pessoas e o trabalho com metais pesados fica evidente nas curvas de sua peça, chamada Conexión.

Uruguaio Diego Santurio foi um dos artistas participantes do Simpósio

Enquanto o Simpósio se encerrou na última quinta--feira, o Centro Cultural de Balneário Piçarras recebe até sexta-feira, dia 4, a Ex-posição de Esculturas “Di-álogos Latinos”, promovida pela Fundação Municipal de Cultura. Trata-se de um evento aberto ao público de forma paralela ao I Simpósio Internacional de Escultura. A vernissage de lançamen-to contou com a presença dos artistas, admiradores de arte e imprensa do Mer-cosul.As peças expostas foram produzidas pelos nove artistas sele-cionados para o simpósio e um convidado: Hugo Pagani, mora-dor de Balneário Piçarras, assim como Eduardo Olímpio Rosa, também participante da exposição. A curadoria do evento é da arte educadora Silvana Maria Rebello Pereira. “Procuro investi-gar um ponto de equilíbrio entre o que se faz aqui em Balneário Piçarras e o que é feito em outras regiões culturais”, explica.

O gerente de cultura de São João do Itaperiú, Joél Rocha, par-ticipou nesta semana do IV Fórum Catarinense de Gestores Municipais de Cultura, que aconteceu durante dois dias em São Francisco do Sul. O objetivo do encontro foi promover o debate das políticas pú-blicas do setor cultural, proporcionando a integração entre os municípios e as regiões do Estado de Santa Catarina. O evento também como função ampliar o diálogo entre o Ministério da Cultura - MinC, as prefeituras e o governo do Estado visando fortalecer as ações e programas já existentes, iniciando tam-bém futuras parcerias.O Fórum foi promovido pela Federação Catarinense de Municí-pios (FECAM) e o Conselho dos Gestores Municipais de Cultura (CONGESC), reunindo também prefeitos, vice-prefeitos, vere-adores, secretários municipais, dirigentes da área cultural e servidores da administração pública envolvidos com a gestão cultural.

São João do Itaperiú representada no Fórum Catarinense de Gestores de Cultura

Foto: Prefeitura de Balneário Piçarras

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15CULTURASábado, 29 de março de 2014.

Barra Velha tem calendário cultural deste ano definidoA diretoria de Cultura da Fundação de Turismo, Espor-te e Cultura de Barra Velha (Fumtec) divulgou na última semana um calendário de ati-vidades que pretende realizar durante o ano de 2014. Além de atividades pontuais, a dire-toria do setor também visa dar inicio a um processo que irá nortear o segmento na cidade pelos próximos dez anos, como a criação do Sistema Municipal de Cultura. Neste mês de abril, está agen-dado o II Seminário da Cultura – Olhares Sobre o Ontem e os Desafios do Porvir na Cultura de Barra Velha. Na sequência, iniciam as atividades desen-volvidas especialmente para a Festa do Divino Espírito Santo, tradicional no município.

Para as crianças, acontece a II Mostra de Cinema Infantil e o projeto Brinca Barra Velha, oficinas de brinquedos antigos e espaços temáticos em espa-ços públicos. A distribuição de atividades culturais pela cidade também é um dos objetivos da diretoria, que propõe continu-ar com o projeto Cultura nos Bairros e o Cine Barra Velha, com a exibição de filmes. A mostra cultural dos Saberes e Fazeres, durante a Festa Nacio-nal do Pirão, também está no calendário de ações da Fumtec, assim como a Gincana da Inte-gração, que acontece no mês de julho.“Assim como 2013 foi um ano de grande visibilidade para a Cultura em Barra Velha, este ano também será de gran-

des realizações. Sobretudo, de ações visando à estruturação da cultura e planejamento para os próximos dez anos, evitando que em decorrência de mudan-ças de gestores da cultura os projetos e ou ações sejam en-cerrados”, explica Juliano Ber-nardes, diretor de Cultura da Fumtec.Ações Outros projetos paralelos se-rão desenvolvidos no decorrer do ano visando a valorização da cultura local. Entre as ações estão: registro da pesca artesa-nal como patrimônio material e imaterial de Barra Velha, nas praias Central e Grant; parce-ria com empresas através da Lei Rouanet tendo como foco a construção de um centro cul-tural; mapeamento, escavação,

revitalização e construção de um memorial no antigo cemi-tério de Barra Velha, situado próximo à Ponte Pênsil; criação do Sistema Municipal de Cul-tura; estudos para tombamen-tos de construções e espaços; e a segunda etapa da Casa das Recordações – Espaço Tempo-rário de Exposição e Reflexão dos Hábitos e Costumes.Outra iniciativa que está em execução é o projeto ‘Narra-dores de Barra Velha’, com a realização de entrevistas com moradores antigos e vai permi-tir conhecer também os locais, edificações e objetos que com-põe a história do município, seja na área urbana ou rural. Também está no calendário para os próximos meses a am-pliação do projeto Geladeira

Cultural, que deixa livros à dis-posição do público nas praias da cidade, e a realização de exposições fotográficas itine-rantes.Assessora de Turismo é eleita presidente do ConselhoA assessora de Turismo da Fumtec, Fernanda Carolina Becker Rios de Bairros da Fon-seca, foi eleita a presidente do Conselho da Fumtec, que re-úne pessoas ligadas aos três segmentos que a Fundação abrange. O objetivo do Conse-lho é auxiliar a Fumtec no pla-nejamento de suas atividades, desde a sua concepção até na forma de captação de recursos. Marcos Junghans foi escolhido o responsável pelo Conselho Fiscal e Suzete Sampaio como secretária do Conselho.

Estamos no período da quaresma, um período de quarenta dias onde buscamos a reflexão que antecede à Pascoa ou o que chamamos de re-nascimento. A quaresma é um tempo propício para que façamos uma revisão, onde nos man-temos em meditação sobre as nossas ações e sobre o que elas produzem.Mas afinal, o que é meditação? Diversos proces-sos são necessários para que consigamos estar em meditação, e no yoga primeiro precisamos acalmar a mente, aquietar os nossos sentidos e praticar Dhāraā (concentração), onde lutamos para eliminar os pensamentos intrusos da men-te. Estamos em Dhyāna (meditação) quando con-seguimos eliminar por completo as distrações e, pelo tempo que quisermos, mantemos a mente focada em um único objeto de concentração. A prática de meditação é um treino para que pos-samos manter o foco no centro do coração e es-tar em contato com a luz da nossa alma.Quanto mais concentrar a mente na ação de fo-calizar, mais treinamos a mente a se limpar das percepções das coisas da forma com que nós as enxergamos, e a tornamos cada vez mais clara. Este estado de atenção e clareza vai se incorpo-

rando no dia a dia fazendo com que a mente se mantenha plenamente consciente. Meditação é o processo de afinar a mente, parar de perceber o que eu quero para perceber a verdade das coi-sas, como elas verdadeiramente são, sem o véu de Maya, sem as ilusões que a mente cria.Conforme Maria Laura Garcia Packer, em seu li-vro A Senda do Yoga, “a meditação não é proprie-dade particular de qualquer linha de pensamen-to ou religião. Ela é o fruto da experiência interna do Ser e por isso é um bem da humanidade”.A quaresma é um período universal, não importa a sua religião ou a filosofia de vida que segue. É um tempo onde todos vivemos o recolhimento, o silenciar, que nos auxilia a estar cada vez mais próximos da nossa real natureza, da nossa es-sência divina.Namaste.(O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você).Venha praticarAs aulas acontecem segunda e quarta-feira em dois horários: às 16:30h e as 18h. Estamos no centro de Barra Velha, na Av. Santa Catarina, 1192 – Sobreloja (Em cima da pizzaria Forno à Lenha).

YogaInstrutora de Yoga Lígia Delazzeri Rodrigues Balbinotti e-mail: [email protected]

MEDITAÇÃO

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) por meio das atividades de extensão (ProPPEC), em parceria com Fundação Municipal de Cultura de Balneário Piçarras iniciou na última terça-feira mais uma edição do curso de teatro para os professores da rede mu-nicipal. As aulas fazem parte da programação de formação conti-nuada.A grande novidade deste ano será uma montagem teatral realiza-da pelos próprios professores que estão no curso, com objetivo de ampliar e melhorar os espetáculos da Mostra de Teatro Escolar. Eles terão horas-aula para trabalhar as oficinas com os alunos, multiplicando os saberes aprendidos no curso de teatro. A peça será apresentada em vários locais do município de Balne-ário Piçarras. Os alunos do curso terão ainda oficinas extras de temas específicos do teatro e também participarão do 8º Festival de Teatro “Itajaí em Cartaz”.As aulas são ministradas pela atriz e professora Valéria de Olivei-ra, mestre em Teatro pela Universidade Estadual de Santa Catari-na (UDESC) e professora da Univali há 14 anos. Com uma ampla carreira nas artes cênicas, Valéria trabalha com os grupos Porto Cênico e Persona Companhia de Teatro.

Professores de Balneário Piçarras participam de cursos de teatro da Univali

Fanfarra com vagas abertasA Fanfarra Municipal de Balneário Piçarras está com vagas aber-tas para instrumentistas. As vagas disponíveis são para trombone de vara, trompete, bombardino e percussão em geral. Podem par-ticipar alunos matriculados no município, a partir dos 9 anos de idade. As inscrições podem ser feitas às quintas-feiras na sala da fanfarra, anexa ao Ginásio de Esporte Aurélio Solano de Macedo, nos períodos da manhã e da tarde. Às terças, quartas e quintas--feiras, durante o dia, acontecem os ensaios individuais. Aos sába-dos, o ensaio geral é pela manhã, das 9 as 11:30 horas.

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16 ESPORTE Sábado, 29 de março de 2014.

Desde 2010 a torcida do Join-ville não sabia o que era dispu-tar uma final do Campeonato Catarinense, mas a espera em breve vai acabar. O JEC garan-tiu com uma rodada de ante-cedência a classificação para a decisão da competição, após bater o Criciúma por 1 a 0 na Arena, no último domingo. O adversário da final será conhecido amanhã, quando Criciúma e Figueirense se en-frentam no Sul do Estado. O empate dá ao clube da capital a segunda vaga na final. Tam-bém no domingo o Joinville vai a Blumenau enfrentar o já eliminado Metropolitano, às 18h30.Uma vitória garante o segun-do jogo da final na Arena. Se empatar, o JEC tem que torcer por um empate entre Criciú-ma e Figueira para garantir a decisão nos seus domínios. A derrota para o Metropolitano leva o primeiro jogo da deci-são para Joinville. A vitória, que deu a liderança momentânea do quadrangular final para o JEC, foi sofrida.

O gol saiu aos 30 minutos do segundo tempo. Após cobran-ça de escanteio, Bruno Aguiar cabeceou, o goleiro Galat-to defendeu e no rebote Jael chutou para garantir a vitória diante de 14 mil torcedores na Arena. “O jogo foi muito intenso, muito disputado, cada centí-metro do campo, era um jogo que as raras oportunidades que aparecessem a equipe que tivesse mais tranquilidade ia vencer”, comentou o técnico Hermeson Maria após o fim da partida. O Joinville tenta quebrar um tabu de 12 anos sem o título catarinense.

Marinheiro líder do hexago-nalJá na disputa do hexagonal, que dá vaga na Copa do Brasil de 2015 e uma vaga no Cam-peonato Brasileiro da Série D deste ano, o Marinheiro segue líder.Apesar do empate nesta quar-ta-feira em 1 a 1 em Itajaí com a Chapecoense, o Marcílio Dias lidera com 13 pontos, mesma pontuação de Cha-pecoense e Avaí, que bateu o Brusque em Florianópolis por 3 a 1. No outro jogo da roda-da, o Atlético de Ibirama ba-teu o Juventus por 3 a 1 na luta contra o rebaixamento.

Joinville vence o Criciúma e é o primeiro finalista do Campeonato Catarinense

O 5º Campeonato Municipal de Futebol Suíço de São João do Itaperiú começou com no último final de semana com a participação de 26 equipes, divididas em cinco categorias. A primeira rodada aconteceu no campo da Divisa. De acordo com a secretaria de Esporte do município, que organiza a competição, são 320 atletas envolvidos. Neste ano, cada equipe recebeu uma bola da prefeitura. Já nos dois primeiros dias, 22 e 23, foram anotados 45 gols em 12 partidas, uma média de

3,75 gols por partida. A com-petição também começou com rigor na arbitragem. Foram dis-tribuídos 21 cartões amarelos e cinco vermelhos. A próxima rodada será realizada neste sá-bado, no campo central da ci-dade, a partir das 13h, dentro da programação de aniversário do município. Confira os resul-tados da primeira rodada:

AdultoBarata 2 X 2 Amigos do S. Cabelo União 10 X 0 Bar do BetoAmizade 0 X 4 Moleques da

VilaUnião Sertão 2 X 1 Porto Santa Luzia 5 X 0 ZekasKFC 0 X 0 Santa CruzVeteranoUnião Santa Luzia 2 X 2 Santa CruzBoleiros 1 X 1 Porto FemininoÁguia Dourada E.C. 1 X 4 Fa-das da Bola Sub-14Centro F.C. 4 X 0 Santo Antô-nio Sub-17Porto 0 X 2 Moleques da VilaSanto Antônio 1 X 1 Centro

Corrida, lançamentos de dar-do, martelo ou peso, saltos em distância, triplo ou em altura. Se você tem interesse em pra-ticar alguma dessas categorias do atletismo, inicia no próximo sábado, dia 5, em Balneário Pi-çarras o projeto “Espaço de Vi-vência de Atletismo”, ministra-do pelo professor de educação física e corredor de rua e pista há 15 anos, Bruno Mello.

Com o apoio de várias empre-sas da cidade e da secretaria de Esportes, que irá ceder a pista de atletismo do campo Quinca Ludo, Bruno irá realizar atividades de atletismo gratui-tas das 8h às 11h. Segundo ele, crianças, adolescentes e adultos podem participar. Os alunos serão divididos em tur-mas e horários. Segundo o professor, a inten-

ção do projeto é levar às pes-soas a filosofia do atletismo, incentivando o cuidado com a saúde e a alimentação atra-vés de uma atividade física. “A ideia principal desse projeto é levar o atletismo para todos de forma mais lúdica e sem tanta cobrança de rendimento”, co-menta.

Vão até a próxima sexta-feira, dia 4, as inscrições para o campe-onato de futebol de campo da Fundação Municipal de Turismo, Esporte e Cultura (Fumtec) de Barra Velha. Ao todo são oito vagas para a competição e o valor da inscrição é de R$400,00 por equi-pe. A ficha de inscrição deve ser retirada na divisão de esportes da Fumtec, no ginásio Alfredo José Borba. Cada time pode inscrever até 23 atletas, sendo que apenas três jogadores podem ser de fora da cidade. O mínimo estipulado é de 16 atletas. Segundo o assessor de esportes da Fumtec, João Antônio Vicente, a intenção da organização é iniciar a competição no dia 13 de abril ou, no mais tardar, no dia 27. Isso porque a Fu-mtec pretende encerrar o campeonato antes do inicio da Copa do Mundo, em junho. “Ainda será definido em congresso técnico a data, mas queremos que inicie o quanto antes, porque em alguns finais de semana pode chover e a rodada ser cancelada”, explica Vicente. No con-gresso, que ainda não data definida para acontecer, também será decidida a divisão da premiação da competição. Segundo o as-sessor, os três primeiros colocados e a equipe mais disciplinada devem ser premiadas com porcentagens do valor arrecadado nas inscrições.Os jogos serão disputados aos finais de semana, nos campos das associações de moradores do São Cristóvão, Rio Novo e Medeiros. O campo municipal de Itajuba também pode ser utilizado. O atual campeão da competição é o Medeiros, que deve retornar neste ano em busca do bicampeonato.

A carateca Daniela Alves Fernandes Simões, de 13 anos, e a professora Fer-nanda Godry vão repre-sentar Santa Catarina na primeira etapa do Cam-peonato Brasileiro, que ocorre em junho, em São Paulo. Simões e a profes-sora conseguiram a vaga após participarem neste mês da seletiva da Federação Catarinense da modalidade, em Joinville. Daniela está entre as seis atletas da sua faixa etária que vão par-ticipar da competição representando o Estado. Ela é faixa amarela e estuda na escola Francisca Borba, uma das unidades da cidade que conta com escolinha esportiva nessa modalidade. As escoli-nhas são ministradas por Fernanda, que é faixa preta. Nesta etapa da competição nacional a seleção catarinense es-tará em disputada com as equipes do Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. Os atletas que passarem por esta fase disputam a etapa nacional em outubro, em Brasília.

Com o objetivo de fomentar o esporte em Araquari, a secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, aderiu ao Programa Atleta do Futuro (PAF), do Serviço Social da Indústria (Sesi). Entre os esportes ofe-recidos pelo projeto estão atletismo, basquete, hóquei na grama, rúgbi, tênis de campo, badminton e voleibol. Com o programa, a secretaria pretende formar 200 atletas de 6 a 17 anos.As atividades do PAF estão organizadas em três fases, adequadas para cada faixa etária. As inscrições já estão abertas e os interessados podem se matri-cular nos seguintes locais:Associação de Moradores e Amigos do Ponto Alto: rua Jose Julho Moreira, n/s – Ponto AltoAssociação de Moradores e Amigos do Porto Grande: Dr. Bezerra de Menezes, 550 - Porto GrandeMiquelute Sport Society: rodovia SC-301, km 4 - Itinga

Inscrições para o campeonato de futebol de campo de Barra Velha vão até sexta-feira

Carateca e professora de Balneário Piçarras vão representar Santa Catarina

Araquari adere ao programa Atleta do Futuro, do Sesi

Foto: www.jec.com.br

Foto: Prefeitura de Balneário Piçarras

Começa o campeonato de futebol suíço de São João do Itaperiú

Projeto incentiva a prática do atletismo aos sábados em Balneário Piçarras