2004-09-08 - jornal a voz de portugal

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Ano XLII • Nº 34 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 8 de setembro de 2004 Paulo F. Gonçalves B.A., A.V.C. PFG Consulte-me sem compromisso!!! PFG (514) 884-0522 Seguros : > Doença grave > Hipoteca > Salário > Vida GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Mosti Mondiale 2000 35 variedades de mosto à sua escolha Incluindo VINHO VERDE Vendem-se barris de Whiskey e barris novos importados de Portugal, em carvalho e castanho, de 5 a 250 litros. Serviço de análise do seu vinho ATENÇÃO : SE NÃO TEM SELO DA MOSTI MONDIALE É PORQUE NÃO É MOSTI MONDIALE $35. 00 20 LITROS GRAPOLO D'ORO Para mais informações contactar : MARCO: 5187 Jean Talon E., St-Leonard - Tel. 728-6831 Ver pág. 10 Tel.: (514) 745-0425 Maria Alice Macedo Corretora de seguros de prejuízos de particulares Conselheira em segurança financeira Seguros : Vida, Hipotecário, Salário, Medicamentos,Invalidez, Doenças críticas, Viagem. Investimentos: REER/REEE Seguros gerais : Habitação, (Fogo, Roubo), Automóvel Email: [email protected] Apontamento RENDAS ANTIGAS UM ANACRONISMO CRÓNICO * A. Barqueiro Ver pág. 2 Como um pesadelo. Um filme de horror... Cont. na pág. 2 Como um pesadelo. Um filme de horror. Mais de 1200 reféns do comando suicida checheno, empilhados num ginásio atulhado, desde quarta-feira passada no meio de um calor insu- portável, suportaram as sevícias dos seus raptores. Os sobreviventes do inqualificável massacre da escola de Beslan, na Rússia, afirmam que as vítimas viveram durante dois dias a tortura da sede e no pavor mais abso- luto. Empilhados como sacos num vagão de mercadorias, não tinham direito de se mexerem ou de irem aos lavabos, sob pena de serem execu- tados sem aviso. Alguns dos sobre- viventes afirmam que os terroristas traçaram linhas no chão formando faixas largas, que utilizavam como corredores por onde circulavam, disparando sobre qualquer mão ou pé que ultrapassasse as marcações. Tratados sem piedade pelo co- mando de terroristas chechenos (que incluía uma dezena de árabes) os reféns que conseguiram extirpar-se do inferno, relataram terem havido viola- ções de jovens raparigas, de colocação de granadas junto de cada grupo de crianças e repressão de qualquer tipo de resistência. Afirmam que cerca de duas dezenas de homens foram aba- tidos sumariamente, apenas por serem mais fortes que os restantes que ali se encontravam. Segundo Luís Naves, correspon- dente do DN: “A tragédia culminou com um tiroteio, explosões, o caos. No combate, morreram 322 reféns e cente- nas ficaram feridos, mais de 700, muitos com gravidade. Os membros do co- mando terrorista (cerca de 20) foram abatidos. As equipas de resgate viram cenas terríveis: pilhas de corpos, ainda a fumegarem, de mulheres e crianças Raul Mesquita A lei do inquilinato, em Portugal, tem sido um dos cancros da socie- dade portuguesa, porquanto per- mite a continuidade de um sistema injusto, que provoca a situação de mais de meio milhão de casas devo- lutas, num país carente de espaço habitacional. Os proprietários das casas vazias, sabendo a que estão sujeitos os prédios antigos, com rendas mensais de valor ridículo sem possibilidade legal de aumento significativo, não disponibilizam as suas propriedades para o mercado e preferem manter vagos os espaços, para não sofrerem os efeitos de uma lei obsoleta, contrária à justiça e impeditiva do desenvolvimento do país. A Associação Lisbonense de Pro- prietários, apoiada em dados do Instituto Nacional de Estatística, revelou recentemente que 50% dos inquilinos da zona urbana paga em média 60 euros por mês, que há rendas inferiores a UM euro (?) e uma grande quantidade de rendas de valor inferior a 10 euros. Conhe- cendo-se as despesas fixas obriga- tórias de cada um dos cidadãos portugueses, custa a crer que uma velha lei do Estado proteja inquilinos cujo aluguer mensal de uma resi- dência é inferior ao custo de um pequeno almoço. Ainda com a grande diferença de que o café da manhã pode ser livrementeo aumen- tado pelos comerciantes, enquanto as rendas de casa não, desde há mais de 50 anos. O actual governo havia pro- metido rever a Lei do Arren-

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 8 de Setembro de 2004

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Page 1: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página Ano XLII • Nº 34 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 8 de setembro de 2004

Paulo F. GonçalvesB.A., A.V.C.PFG

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Para mais informações contactar : MARCO:5187 Jean Talon E., St-Leonard - Tel. 728-6831

Ver pág. 10

Tel.: (514) 745-0425

Maria Alice MacedoCorretora de seguros de prejuízos de particulares

Conselheira em segurança financeiraSeguros :Vida, Hipotecário, Salário, Medicamentos,Invalidez,Doenças críticas, Viagem.Investimentos:REER/REEESeguros gerais :Habitação, (Fogo, Roubo), Automóvel

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ApontamentoRENDAS ANTIGASUM ANACRONISMOCRÓNICO* A. Barqueiro

Ver pág. 2

Como um pesadelo. Um filme de horror...

Cont. na pág. 2

Como um pesadelo. Um filme dehorror.

Mais de 1200 reféns do comandosuicida checheno, empilhados numginásio atulhado, desde quarta-feirapassada no meio de um calor insu-portável, suportaram as sevícias dosseus raptores. Os sobreviventes doinqualificável massacre da escola deBeslan, na Rússia, afirmam que asvítimas viveram durante dois dias atortura da sede e no pavor mais abso-luto. Empilhados como sacos numvagão de mercadorias, não tinhamdireito de se mexerem ou de irem aoslavabos, sob pena de serem execu-tados sem aviso. Alguns dos sobre-viventes afirmam que os terroristastraçaram linhas no chão formandofaixas largas, que utilizavam comocorredores por onde circulavam,disparando sobre qualquer mão ou péque ultrapassasse as marcações.

Tratados sem piedade pelo co-mando de terroristas chechenos (queincluía uma dezena de árabes) osreféns que conseguiram extirpar-se doinferno, relataram terem havido viola-ções de jovens raparigas, de colocaçãode granadas junto de cada grupo decrianças e repressão de qualquer tipode resistência. Afirmam que cerca deduas dezenas de homens foram aba-tidos sumariamente, apenas por seremmais fortes que os restantes que ali seencontravam.

Segundo Luís Naves, correspon-dente do DN: “A tragédia culminoucom um tiroteio, explosões, o caos. Nocombate, morreram 322 reféns e cente-nas ficaram feridos, mais de 700, muitoscom gravidade. Os membros do co-mando terrorista (cerca de 20) foramabatidos. As equipas de resgate viramcenas terríveis: pilhas de corpos, ainda afumegarem, de mulheres e crianças

Raul Mesquita

A lei do inquilinato, em Portugal,tem sido um dos cancros da socie-dade portuguesa, porquanto per-mite a continuidade de um sistemainjusto, que provoca a situação demais de meio milhão de casas devo-lutas, num país carente de espaçohabitacional. Os proprietários dascasas vazias, sabendo a que estãosujeitos os prédios antigos, comrendas mensais de valor ridículosem possibilidade legal de aumentosignificativo, não disponibilizam assuas propriedades para o mercado epreferem manter vagos os espaços,para não sofrerem os efeitos de umalei obsoleta, contrária à justiça eimpeditiva do desenvolvimento dopaís.

A Associação Lisbonense de Pro-prietários, apoiada em dados doInstituto Nacional de Estatística,revelou recentemente que 50% dosinquilinos da zona urbana paga emmédia 60 euros por mês, que hárendas inferiores a UM euro (?) euma grande quantidade de rendasde valor inferior a 10 euros. Conhe-cendo-se as despesas fixas obriga-tórias de cada um dos cidadãosportugueses, custa a crer que umavelha lei do Estado proteja inquilinoscujo aluguer mensal de uma resi-dência é inferior ao custo de umpequeno almoço. Ainda com agrande diferença de que o café damanhã pode ser livrementeo aumen-tado pelos comerciantes, enquantoas rendas de casa não, desde hámais de 50 anos.

O actual governo havia pro-metido rever a Lei do Arren-

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 2

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Os textos (e ilustrações) de Opiniãopublicados nesta edição são dainteira responsabilidade dos seusautores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

Publié par A Voz de Portugal

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40ANOS1963-03

Um anacronismo crónicoCont. da pág. 1

Rússia pode recuperar tese darede terrorista islâmica

Armando Rafael-DN

se estendia da generalidade dogolfo Pérsico ao Reino Unido,passando pelos EUA, Alema-nha, Turquia, Bulgária e Poló-nia, sem que ninguém reagisseou sequer se pronunciasse.

Em abono das suas denún-cias, Moscovo ia mesmo aoponto de fornecer o nome e amorada de algumas dessasorganizações que, ale-gadamente e a coberto da aju-da humanitária, se dedicavama recolher fundos para o terro-rismo islâmico na Chechénia.Uma delas, a Islamic BankingGroup, estava sediada em Wa-shington, em pleno Hotel Mar-riott.

Nada disso importou. Mos-covo reduzia os desejos inde-pendentistas chechenos a umamera aliança entre a mafia e oradicalismo islâmico, enquantoUnião Europeia e EUA persis-tiam em ignorar os crimes co-metidos por Dudaiev e Basaev,os laços entre os principaisrostos do independentismo e ocrime organizado na Rússia, talcomo fecharam os olhos à cres-cente islamização da república.

Pistas. Os atentados de NovaIorque - 11 de Setembro de2001 - mudaram tudo. O terro-rismo islâmico, Ben Laden e aAl-Qaeda passaram a estar naordem do dia, levando Mos-covo a recordar as denúnciasanteriores. E que agora pode-rão ser consolidadas, se se con-firmarem alguns dados, já a-vançados por Moscovo nashoras que se seguiram ao mas-sacre de Beslan: que entre ossequestradores estavam oito a

Dezembro de 1999. A Finlân-dia preside à União Europeia eBoris Ieltsin prepara-se paraceder o poder a Vladimir Putinna Rússia. Aproveitando assucessivas reuniões organi-zadas por Helsínquia, Moscovointroduz a carta chechena,tentando demonstrar que osproblemas ali existentes nãoderivam da luta pela indepen-dência, como o Ocidente pre-tende, mas de uma aliançaexplosiva, englobando trafi-cantes (drogas e armas), delin-quentes comuns (sequestros efalsificadores de moeda) eterroristas. Apoiados e financia-dos por uma rede islâmica in-ternacional.

Na altura, nem os respon-sáveis europeus nem as auto-ridades norte-americanos pres-taram grande atenção às infor-mações russas. A questão dosBalcãs - Bósnia e Kosovo - con-centrava todas as atenções e osódios ocidentais dirigiam-se aum alvo preciso e definido:Slobodan Milosevic, Presidenteda Sérvia-Montenegro, o prin-cipal aliado de Moscovo naregião.

Nomes. Pouco importava,então, que os documentosrussos - como Material on theSituation on the Chechen Re-public and Related Matters(elaborado pelo respectivoMinistério do Interior) - men-cionassem nomes como os deUssama ben Laden, de AimanZawahiri ou do mullah Omar, olíder dos talibãs afegãos, entreoutros, como apoiantes dosindependentistas DzhokharDudaiev, Shamil Basaev, Rus-lan Gelaev e Arbi Baraev. Ouque o famoso comandante A.Hattab se chamasse, de facto,Emir Al-Hattab, e fosse jordano.

Na lógica europeia, e sobre-tudo norte-americana, queentão predominava, tudo issoservia apenas ao exercício depropaganda russa, visandoesconder as atrocidades come-tidas pelas tropas de Moscovo -particularmente na capitalchechena, Grozny - numa cla-ra e flagrante violação dosdireitos humanos naquela re-pública do Cáucaso. À seme-lhança, aliás, do que já se veri-ficara anteriormente nas vizi-nhas Ossétia do Norte (onde se

situa Beslan), Ingúchia, oumesmo na Geórgia.

Conexões. Além disso, mui-tos dos islâmicos que eramacusados por Moscovo tinhamestado no Afeganistão, ondehaviam infligido - com apoio doseuropeus e norte-americanos -uma das maiores humilhaçõesque a Rússia já sofrera ao longoda sua história.

Mais uma razão para que asdenúncias russas fossem enca-radas com alguma descon-fiança. Até porque grande par-te das teses de Moscovo assen-tavam no pressuposto de queessas redes islâmicas tinhampartido, justamente, do Afega-nistão para a Chechénia, ondetinham instalado alguns cam-pos de treino, estendendo,depois, o seu apoio aos muçul-manos bósnios de Alija Izetbe-govic, a principal referência deeuropeus e norte-americanosno conflito dos Balcãs.

Como se estas alusões nãobastassem, os documentosrussos apontavam ainda umdedo acusador à Arábia Sau-dita, Koweit e Paquistão, porpermitirem que organizaçõesislâmicas sediadas nos seusterritórios - como a Daava Isla-miya, a Al-Igasa ou a JamaaIslamiya - financiassem a guer-rilha chechena de Dudaiev e,sobretudo de Basaev, apoiadanuma rede internacional que

dez árabes e um africano; queo grupo de sequestradores eraliderado por Magomed «Ma-gas» Yevloyev, um dosprincipais operacionais de Sha-mil Basaev; que o financiadorda operação foi o saudita AbuOmar as—Seif; e que o mentordisto tudo se chama Abu Walid,um outro cidadão provenientedo reino saudita.

despidas, como nos campos damorte.

Hoje ainda não é claro comose deu aquele desenlace. Aprópria sequência dos factostalvez nunca venha a ser conhe-cida. Segundo os testemunhosrecolhidos na confusão da fugados que se escapavam, houveuma trégua para serem retira-dos cadáveres do pátio. Erauma da tarde de quinta-feira eas negociações para fornecercomida e água aos reféns pare-ciam correr bem. Uma ambu-lância entrou no recinto. Derepente, houve tiros e um gru-po de crianças apavoradastentou fugir. Os seus captoresdispararam para os pequenosalvos, ceifando muitos com tirospelas costas. As tropas russasdesencadearam então o assal-to.

Há uma outra versão conta-da por uma sobrevivente: osterroristas tentavam colocarum engenho explosivo no tectodo ginásio quando o dispositivotombou, deflagrando ao con-tacto com o chão. O rebenta-mento provocou a queda dotecto, esmagando muita gente.Confundidos pela explosão aci-dental, as tropas especiais ata-

Como um pesadelo.Um filme de horror...

Cont. da pág. 1

caram.“Parece certa que a luta foi

confusa porque não havia umaoperação de resgate preparada.Os terroristas tiveram tempopara disparar sobre as suas víti-mas. Estas eram, na sua maio-ria, crianças. Dois dias antestinham chegado à escola comramos de flores, como é tradi-cional no primeiro dia de aulas.Conta-se que, durante o cerco,algumas crianças conseguiamcontrabandear pétalas de floresque estavam abandonadas nocanto de uma sala. As pétalasforam partilhadas, pois sua-vizavam o sofrimento da sede.”

O patriarca russo Alexis IIpediu para serem rezadas mis-sas em todas as igrejas da Rús-sia e sublinhou:“ Tendo levan-tado a máscara, o terrorismomostrou o seu rosto de Satã:profanando o que há de maissanto, sem temerem Deus e semsentirem vergonha perante oshomens, os ditos ‘combatentespela liberdade’ levantaram assuas mãos cobertas pelo sanguede inocentes contra as crianças”

Que se calem os barulhentospacifistas. Trata-se de terro-rismo, cruel, pérfido e bestial.

damento Urbano no ano de2003. Até agora, nada foi imple-mentado, sabendo-se que estápara sair uma revisão à lei ac-tual, sob a responsabilidade doMinistro das Cidades José LuisArnaut, a qual prevê que osaumentos vão depender dosrendimentos do agregado fa-miliar. Não será autorizadomexer nas rendas de inquilinosde 65 anos ou mais, com rendi-mentos inferiores a 1828 eurosmensais e também no querespeita aos deficientes dequalquer idade. Esta exclusãoatinge 40% dos locatários portu-gueses ( 195 mil ao todo) por-tanto uma talhada enorme dosrendimentos que deveriam re-verter a favor dos donos, peloque a revisão em curso não vairesolver este velho problema.

Reconhece-se que uma boapercentagem de inquilinos sãoreformados com pensões dimi-nutas, impossibilitados de arca-rem com rendas de casa actua-lizadas. Mas, em contrapartida,não é razoável que se obrigueos proprietários a suportarencargos que devem perten-cer ao Estado, entidade quetem a obrigação de subsidiar osportugueses sem condiçõeseconómicas para pagarem umarenda justa.

Um dos objectivos da lei emestudo é o da reabilitação dopatrimónio habitacional degra-dado. Porém, como poderão osproprietários considerar a recu-peração de prédios, sabendoque a lei não permite o aumen-to de rendas a inquilinos commais de 65 anos ou deficientes?

Parece haver a intenção doministro de conceder emprés-timos aos proprietários paraefectuarem obras, alguns delesa fundo perdido. Mas impõecertificados de habitabilidadepassados pela Instituto Nacio-nal de Habitação, o que se en-

quadra no emaranhado buro-crático do nosso país e poucoadianta à recuperação real dascasas degradadas.

A reforma legislativa alteraaquilo que tem sido um absur-do: a transmissão de contratosde arrendamento, que passama caducar com o falecimento doinquilino – uma das raras notaspositivas do documento a sair.

Num assunto que se arrastahá décadas e mereceria umainiciativa corajosa por parte dasautoridades, acabamos porverificar que pouco se faz paraalterar este estado de coisas,continuando Portugal a man-ter leis injustas, que só paísesretrógradas e atrasados aindaadoptam.

O Estado poderia tornar-se oprincipal beneficiário de umaumento justo das rendas decasa: os valores recebidos pelosproprietários seriam sujeitosaos impostos respectivos, colec-tados com prontidão, o quetraria verbas enormes para oerário público. Todos essesdinheiros pagos pelos contri-buintes serviriam para subsi-diar os inquilinos sem posses eficaria ainda muito de sobrapara os cofres do Estado. Esta éuma ideia simplista que, esta-mos convictos, resolveria asituação e merece ser estudada.

Perante as correntes pers-pectivas, com propostas de leiscontendo medidas cosméticasque pouco solucionam, as casasvão continuar deterioradas e acair, porque os donos não co-lhem benefícios que lhes permi-tam efectuar quaisquer melho-ramentos. As tragédias deprédios em derrocada repetem--se e a responsabilidade só podeser assacada aos políticos, aquem falta coragem para reverleis anacrónicas, injustas eimpróprias de um país mo-derno.

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 3

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Teatro Micaelense reabre comocentro cultural e de congressos

A cidade de Ponta Delgadadispõe a partir de domingo deum centro cultural e decongressos, um investimen-to de cerca de sete milhões de

euros que aproveitou o edifí-cio degradado do TeatroMicaelense.

Da responsabilidade do ar-quitecto Manuel Salgado, o pro-jecto de recuperação e adap-tação manteve as caracterís-ticas arquitectónicas do edifí-cio, localizado no centro damaior cidade açoriana, apesarda polivalência que permite arealização de vários tipos deespectáculos.

Com inauguração agendadapara domingo, o Teatro Micae-lense passa a dispor de umasala principal com cerca de 800lugares, complementada com

um espaço multi-usos de 600metros quadrados, com condi-ções para receber congressos,seminários, conferências eexposições.

O novo centro cultural e decongressos tem, ainda, áreasespecíficas para tradução si-multânea, “régie” , bar, cama-rins colectivos e individuais.

Inaugurado em 1951, o Tea-tro Micaelense funcionou co-mo sala de cinema durantevárias décadas, até fechar asportas devido ao estado dedegradação que apresentava.

Desenhado pelo arquitectoRodrigues Lima, que tambémfoi o responsável pelo Monu-mental de Lisboa, o edifício éclassificado como de interessecultural.

Primeiro ano de Medicina arrancana Universidade da Madeira

Lídia Bernardes

A 18 de Outubro, a Univer-sidade da Madeira (UMa) a-bre as portas ao 1.º ano dalicenciatura em Medicina, nomesmo dia da Faculdade deMedicina da Universidade deLisboa (FMUL), confirmou aoDN Pedro Telhado Pereira,reitor da UMa. Para o novoresponsável pela universidademadeirense, as questões logís-ticas - instalações e contrataçãode pessoal docente - estãoresolvidas. O curso de Medi-cina, realizado em parceria coma FMUL, prepara-se para rece-ber 35 candidatos, númeroque preenche as vagas acorda-das. Estes alunos farão os doisprimeiros anos na UMa, transi-tando, a partir do 3.º ano, paraas salas de aula da FMUL emLisboa.

Para o arranque do curso foicelebrado um contrato-progra-ma com o Ministério da Ciên-cia, da Investigação e do EnsinoSuperior no valor de 3,85 mi-lhões de euros, repartidos por450 mil euros (2004); 1 milhãode euros (2005); 1,1 milhões deeuros (2006) e 1,3 milhões deeuros (2007). De acordo comPedro Telhado Pereira, «a

Medicina é extremamentevantajosa para a região! Não éuma solução para a UMa masuma solução para umproblema regional», disse.Sobre a polémica que envolveuos parâmetros de acesso, oreitor lembra que os benefíciostêm sempre alguns custos.

«Este curso não poderia terum tratamento especial emtermos de acesso. Seguiu aregras do jogo», referiu. Ouseja, «quem concorrer ao con-tingente regional terá quecomeçar por escolher comoprimeira opção um dos cursosexistentes na Universidade daMadeira. O que significa que osmelhores candidatos deverãoentrar na UMa», disse. Poroutro lado, alunos do Conti-nente, especialmente os queresidem em Lisboa, que secandidatem à Medicina na Umsabem que, ao concluírem osdois primeiros anos para a Ma-deira, regressam, a partir do 3.ºano, à capital. Para além daMedicina, a UMa oferece no-vas licenciaturas, integradasna estratégia da universidade,como a Psicologia e a Enge-nharia Civil.

“Weekenddance”A segunda edição do mega-

evento de música de dança“Weekenddance”, promovidopela discoteca Vespas realizou-se na sexta-feira e sábado passa-dos. Intitulado Weekenddance@Airgate, a iniciativa que,pelo segundo ano consecutivo,traz vários DJ conceituados aonível mundial e nacional à Re-gião, decorreu em Água dePena, mais precisamente nazona por debaixo da pista doaeroporto, um espaço amplocom o mar como cenário defundo.

O evento iniciou-se pelas23h00 de sexta, com o madei-rense Paul Sergy Far (DJ resi-dente do bar Marginal) a fazeras honras de abertura. Seguiu--se o também madeirense Mi-chael C (residente das Vespas)que actuou até por volta das02h00, altura em que o “teste-munho” foi passado para oprimeiro grande convidado danoite; o DJ Harry “Choo ChooRomero” (que, recorde-se,esteve para actuar no Weekenddance@Paradise, algoque não se pôde efectivar de-

vido a problemas de últimahora).

Para encerrar este primeirodia deste “Weekenddance”,estava marcada uma actuaçãodo norte americano ErickMorillo, considerado um dosmelhores DJ do Mundo e que,por isso, foi uma das maioresatracções deste mega-evento.

No sábado, pelas 23h00, foidado início à festa em Água dePena, com o madeirense Mi-chael C. Cerca de duas horasmais tarde, entrou em cenaJiggy, um dos mais carismá-ticos “disc-jockeys” portugue-ses. Seguindo-se Behrouz, umdos nomes mais conhecidos daeditora.

Finalmente, e para encerrareste Weekenddance@Airgate,actuou Steve Lawler, em subs-tituição do DJ Vibe, que cance-lou a vinda à Região.

Inauguraçãocom arraial na Camacha

Alberto João Jardim inau-gurou, pelas 13 horas de domin-go, a via expresso Caniço-Ca-macha. Um estrada resultantede um investimento de 45 mi-lhões de euros e que “promete”revolucionar” a acessibilidadede e para a Camacha.

Com 3.900 metros de exten-são, a obra foi exigente nosaspectos técnicos. Recorde-seque esta via é composta porquatro túneis e, à excepção dotúnel da Cancela, o restantetraçado é dividido em duasfaixas no sentido ascendente euma no sentido descendente.Outra particularidade da novaestrada está relacionada com aproibição de ultrapassagem,aos automóveis pesados, no

sentido Camacha-Caniço.Para assinalar tão importante

evento, os responsáveis pelaobra e a autarquia local prepa-ram um grande arraial popu-lar, para o qual toda a popu-lação local foi convidada. Umafesta que foi “rija” pois, junto àrotunda dos Casais de Além,foram montadas catorze barra-cas, donde foram distribuídasbebidas e carne para espeta-das, a todos.

A exemplo de qualquer ar-raial, também não faltou músi-ca, contando-se com a presen-ça do grupo de música tradici-onal portuguesa: “Encontrosda Eiras”; do grupo de ritmosmodernos: “Nova Onda” e da“Tuna D’Elas”.

Polícia investigafurtos ocorridos no Funchal

Um hotel, uma residência euma igreja foram os alvos dosmeliantes.

Um estabelecimento hotelei-ro, situado na zona central doFunchal, foi alvo de novo assaltona noite da passada sexta-feira.

Após ter sido furtado um cofrecontendo 1.500 euros, há pou-cas semanas, desta vez o furtofez desaparecer das instalaçõesdeste hotel dinheiro no valorde 700 euros.

Ao que se apurou , o miste-rioso deste furto é que não hou-ve sinais de arrombamento nasentradas e janelas do hotel,desconhecendo-se, assim, aforma exacta como os meliantesse terão introduzido no hotel.

Da mesma maneira, fica pordesvendar se este furto terásido praticado pelos mesmosautores do anterior.

Noutro furto, desta vez auma residência - situada naRua do Bom Sucesso, na zonada Boa Nova - foram furtadosdiversos artigos, nomeada-mente duas pulseiras e dois fiosde ouro, a par de um relógio. Deacordo com o proprietário, ovalor destes objectos supera osmil euros.

Ao que se determinou, os“amigos do alheio” terão escala-

do o muro da residência, fazen-do-se introduzir na casa apóster forçado a porta da varanda.

De qualquer forma, umaunidade da brigada da PolíciaTécnica deslocou-se ao local deambos os delitos, com o intuitode recolher elementos, taiscomo impressões digitais, entreoutras provas, que possamauxiliar a sequência da inves-tigação criminal.

LADRÕES FURTAMIGREJANa sexta-feira passada, la-

drões terão furtado uma caixade esmolas da Igreja de SãoSebastião, em Câmara de Lo-bos.

Desconhece-se a quantiaque se encontrava no interiordesta caixa, tendo sido cha-mada a PSP para tomar contada ocorrência.

Por fim, os moradores deuma residência em São Roqueterão dado pelo arrombamentode uma janela na sua resi-dência.

Contudo, algo terá pertur-bado os intrusos, pois não con-seguiram levar avante os seuspropósitos, porque aparen-temente, os donos não derampela falta de qualquer objecto.

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página

Continente4

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BRAGANÇAEstudo governamental sobre IP4 irrita autarca

A decisão do Governo defazer um estudo que con-dicionará a passagem a auto-estrada do IP4 entre Vila Reale Bragança não agrada a JorgeNunes. O autarca de Bra-gança lembra que o distritonão tem um único quiló-metro de auto-estrada

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Bragança não gostoude saber que o Governo vaifazer um estudo que condi-cionará a passagem do troçoVila Real-Bragança do IP4 aauto-estrada.De acordo como o«Diário Económico», a passa-gem a auto-estrada estará de-pendente do número potencialde veículos que circularem notroço, bem como da criação de

receitas que permitam a viabi-lidade técnica e financeira dolocal.O autarca transmontanocontesta a decisão, pois consi-dera que a passagem a auto-estrada do troço é «vital» eporque «não faz sentido fazer-se estudos de viabilidade».-«Impõe-se sim olhar para arealidade e perceber que estavia não é uma via, que nascondições actuais, estruture odesenvolvimento do território,pelo que há cumprir com a exe-cução de uma auto-estradacapaz», explicou Jorge Nunes.-O presidente da autarquia deBragança, que lembrou aindaque o seu distrito é o único queainda não foi contemplado comuma auto-estrada, ameaçou

ainda o Governo com um pro-vável boicote da população naspróximas eleições caso a trans-formação não seja feita.«Nessaaltura, eventualmente resta àpopulação recusar-se a ir àsurnas num acto legislativo. Senão é ouvida normalmentepelos processos representa-tividade democrática, tem deencontrar outras formas demanifestar o seu eventual des-

contentamento relativamentea situações deste tipo», finalizou.

Clube Oriental Português de MontrealEste simpático clube português, organiza no sábado dia 25 de

Setembro uma noite bem portuguesa, com um jantar eespectáculo animado pelo Conjunto Reflex, contando também coma actuação da Tuna da Universidade do Minho e a presença dohoquista português Mike Ribeiro. Este evento destina-se ahomenagear a Marcha do Clube que agora comemora 20 anos deexistência e bons serviços prestados à colectividade.

Para informações devem contactar o Clube: 342-4373

“Povo Que Canta”A Direcção Regional da Cul-

tura, do executivo açoriano,apresentou, no dia 7, o docu-mentário “Povo Que Canta”, daautoria de Manuel Rocha.Ovisionamento desta obra tevelugar a partir das 21:30 horas,no Salão Nobre do PalaceteSilveira e Paulo, nova sede daDirecção Regional da Cultura,em Angra do Heroísmo, emmais uma iniciativa do recém-criado Centro do Conheci-mento dos Açores, que, enqua-drando os objectivos da Socie-dade do Conhecimento, pre-tende facultar ao público oacesso a informações sobre osAçores e estimular a pesquisanos domínios da investigação edo saber, procurando tambémser um elementos activo davida social, tendo em vista aformação integral e continuadade todos os indivíduos.Durante

a década de 70, Michel Giaco-metti e Alfredo Tropa realiza-ram um vasto trabalho de reco-lha e investigação sobre a músi-ca tradicional portuguesa,registando sons e imagens quederam origem à popular sérietelevisiva “Povo Que Canta”.

Trinta anos depois, o rea-lizador Ivan Dias e o músicoManuel Rocha (Brigada VictorJara) voltaram ao terreno eapós o visionamento dos pro-gramas de Giacometti e Tropa,

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regis-taram 13 novos episódiosde uma hora cada, sem quais-quer pretensões de substituir asérie original.“Povo Que Canta“ são, por isso, “cantigas eambientes sonoros, seleccio-nados sem preocupação derepresentati-vidade regional”,e, segundo o responsável doprojecto não se tratou de “irresgatar para o futuro o nossopassado”, mas de “ir buscar omomento presente, fazer umretrato dos nossos dias”. E aconclusão é que “o retratoainda sai bonito”.

O que vai fazer o novo secretáriode estado das comunidades ?

Agora que temos um novoSecretário de Estado das Comu-nidades Portuguesas, Dr. Car-los Gonçalves, seria a ocasiãopropícia para lançar a per-gunta: O que é que aconteceu

ao Hino das Comunidades Por-tuguesas?

Pelo que se sabe, o anteriorSECP, Dr. José Cesário, arru-mou o projecto na gaveta pornão ter sido autorizado a assu-mir a autoria da proposta quefoi aprovada por aclamação nareunião plenária do CCP emJunho de 2003. De acordo como ex-presidente do ConselhoPermanente das ComunidadesPortuguesas, José Machado, oex-SECP queria assumir a pa-ternidade da proposta (quehavia sido apresentada peloConselho Permanente e aplau-dida efusivamente, na Assem-bleia da República, pelos mem-bros do plenário mundial doCCP). Ao ser-lhe negada aautoria, o ex-SECP tudo fezpara negar a publicação doHino e dar conhecimento dasua existência às comunidadesportuguesas e às organizaçõesnão governamentais de portu-gueses no estrangeiro.

LeiaA Voz de Portugal

o seu jornalà

quarta-feira

Page 5: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 5

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Da inteligência ao desdémDe Mulroney a Martin

Raul Mesquita

Foi no 4 de Setembro de 1984que os “tories” de Brian Mul-roney venceram as eleições fede-rais, metendo um termo ao reinoda improvisação liberal. Fez agoravinte anos. O interregno que seseguiu, foi um dos mais mar-cantes e proveitosos na históriado Canadá contemporâneo. Elei-to por forte maioria, Brian Mul-roney iniciou o saneamento dasfinanças públicas, que váriosanos de irresponsabilidade lib-eral, tinham deixado em péssimoestado. Recordo a frase do minis-

tro das Finanças nesta época, Wilson, que dizia não ser só a dívidamas mais ainda os juros da dívida, que o preocupavam. Eram naordem de 30 milhões por dia. Herança colossal. E dramática.

A promessa principal de Brian Mulroney — de regularizar aquestão do Québec com honra e entusiasmo — não pôde sercumprida, devido à traição do primeiro-ministro da Terra Nova,Clyde Wells, influenciado e pressionado por Pierre Trudeau e JeanChrétien.

Foi com a cumplicidade destes que Wells provocou o abor-tamento do Acordo do Lac Meech.

Não tendo sido possível fazer aderir todas as províncias aoAcordo, o Québec continuou isolado, não sendo consignatário daConstituição canadiana.

O projecto de Mulroney— que o irresponsável Clyde Wellsaceitou e depois renegou, previa a reintegração da Belle Provenceem condições honrosas, sendo-lhe reconhecida nesse tratado, asua especificidade distinta. A traição mesquinha impediu essegesto nobre e importante para todo o Canadá.

As consequências são conhecidas. E viram-se no referendo de1995.

Brian Mulroney passará à História como um dos melhoresprimeiros-ministros que o país conheceu. As controversas leiscomo a TPS e Libre-Échange (Alena) são ainda hoje os pilares daeconomia canadiana e foram elas que permitiram a Paul Martinde equilibrar as Finanças públicas. Graças aos conservadores. Eàs mentiras dos Liberais. Que prometeram à população de aseliminar e ainda as conservam, por saberem serem leis indis-pensáveis à eliminação do défice, engendrado pelas irres-ponsabilidades de Pierre Trudeau e do seu ministro das Finançasde então, Jean Chrétien.

Ao sujeito destas leis impopulares, disse há dias Brian Mulroneya um colega do jornal Le Solei: “Para realizar grandes coisas na nossasociedade, tem de saber-se ir a contra-corrente. Para concretizarrealizações como o Libre-échange ou a TPS,, o trabalho do primeiro-ministro é sempre difícil, mas não se pode recear a impopularidade,antes, pelo contrário, deve-se avançar ao fundo de cada caso, de cadaproblema. A função exige liderança e esta é com frequência, senãosempre, antípode da popularidade. Porém, se o objectivo de alguémnestas funções é o de ser popular, o melhor será de ir jogar golfe sempreque o deseje e assim, evitará os problemas. Eu preferi dizer àpopulação que as decisões tomadas eram importantes para o país epara o bem-estar das novas gerações”.

Contraste diametral com o actual chefe do governo Paul Mar-tin.

Já me referi várias vezes a esta bizarra personagem. É do tipo dafeiticeira da Branca de Neve. O problema é que tem nas mãos osdestinos do país. E algumas dezenas de milhões de pessoas quedirecta ou indirectamente são confrontadas às decisões que ogoverno toma. E o indivíduo não merece confiança. É um poço devaidade. Fala ao acaso e promete para enganar, sem se preocuparcom as consequências. O título de primeiro-ministro enche-lhe asmeninges. Depois de ter renegado várias promessas feitas, comoa liberdade dos seus deputados votarem consoante as suasconsciências e vontades, entre outras, eis que no espaço de trêsou quatro dias, o PLC de Monsieur Martin, faz meia volta edesmente a promessa que o lugar tenente no Québec, JeanLapierre, havia feito antes das eleições, — promessa aprovada porMartin—afirmando que o Partido Liberal do Canada ia devolveraos contribuintes os dons recebidos das empresas de publicidadeimplicadas no escândalo das comanditas, porque o partido nãoqueria fazer uma campanha com dinheiro sujo. Mas não. Nadadisso. Jean Lapierre foi mal interpretado!

Dois dias depois desta botada, Paul Martin, renegando maisuma promessa feita a 3 de Junho, de se sentar com os primeiros-ministros das províncias para discutir e encontrar soluções sobreo tão criticado desequilíbrio fiscal, recua de novo e pela flagrantefalta de palavra, de verticalidade, manifesta um condenáveldesprezo pelas instituições e pela população do país.

O Canada merece melhor que um balão de circo.Ou, devido a fanatismos partidários, teremos apenas aquilo que

merecemos?

Radicalização islâmica do PaquistãoO islamismo radical (VI)

Augusto Machado

Há quem descreva o Paquistãocomo “um conceito ideológico;um Estado dos muçulmanos dosubcontinente indiano.” Após asua criação como Estado sobe-rano, a clarificação da sua identi-dade política e ideológica consti-tuía o grande desafio do Paquis-tão. Um país com uma vocaçãopan-islâmica e sem fronteiras bemdefinidas. Na prática, é umapequena federação de taliban,onde se esconde Bin Laden, quepretende alargar a revolução

islâmica ao resto do Paquistão, à Caxemira e à Ásia Central

No seu livro de viagens entre sociedades muçulmanas, “ParaAlém da Crença”, Naipaul dedica uma das partes da obra aoPaquistão. Num dos capítulos, conta-nos a história de Salim, “trintae quatro anos”, “alto funcionário” do Estado, com quem passou umfim-de-semana na sua terra de origem. Na cidade, Salim andavade carro com “motorista”, vestia roupa inglesa e lia a “The Econo-mist”. Em família, Salim defendia o “Estado islâmico”, o que “nãoé a mesmo que um Estado muçulmano”.

Naipaul perguntou-lhe se queria viver com “guardiões darevolução”, como no Irão. Salim respondeu que “um Estadoreligioso deveria encorajar o Bem e dissuadir o Mal”. Naipaulripostou dizendo que isso “seria interferir com a liberdade daspessoas”. Ao que Salim contrapôs: “O livre-arbítrio não existe noIslão”. E o pai de Salim acrescentou que “a própria palavra ‘Islão’significa obediência, submissão”. Seu neto Muhamad, “já está aaprender o Alcorão. Vai levar cinco ou seis anos, mas há-deaprender todo o Alcorão de cor”, disse, orgulhosamente, Salim.

Se deixarmos a escrita de Naipaul e visitarmos o “site” do maiorpartido islamita do Paquistão, o Jamaat-i-Islami, observamos queum dos textos de destaque tem o seguinte título: “Revolução,através da bala ou do voto”. Os acontecimentos nos últimos tem-pos no Paquistão demonstram que as “balas” têm sido mais activasque os “votos”. Recentemente explodiram duas bombas emmesquitas xiitas, provocaram 32 mortos, é o resultado do conflitoque dura há anos entre a minoria xiita e os grupos radicais sunitas,o qual já provocou milhares de mortos. Um outro grupo demilitantes radicais islâmicos da Caxemira, apoiado por elementospaquistaneses, matou 35 militares indianos e logo a seguir osmesmos terroristas mataram 25 soldados paquistaneses.

Depois de ter deposto o primeiro-ministro, Ali Bhuto, o generalZia introduziu a Sharia, a lei islâmica. Em 1980, com o apoio doregime, foi aberta a Universidade Islâmica Internacional, emIslamabad, a qual atraiu estudantes, intelectuais e professores dascorrentes radicais islâmicas, como a Irmandade Muçulmana, oWahabismo saudita e a tradição militante Deobandi. Alem disso,o próprio Estado empenhou-se a financiar a construção demilhares de madrassas, (escolas de estudo do islamismo).Conduzidas por líderes religiosos bastante radicais, estas escolasislâmicas exercem uma grande influência sobre a juventudepaquistanesa. Quando foi morto, o general Zia deixou cerca de oitomil madrassas espalhadas pelo país.

No momento em escrevemos este texto, a coesão do Estadopaquistanês encontra-se ameaçada por dois movimentosrevolucionários. Um é originário das estruturas e das instituiçõesdo Estado. Os serviços de segurança e as Forças Armadas estãocada vez mais radicalizadas e defendem que as madrassas e ospartidos radicais islâmicos tenham mais poder. A outra ameaçatem origem na radicalização das zonas tribais. As fronteiras entreo Paquistão e o Afeganistão são extremamente fluídas.

Não há uma fronteira internacionalmente reconhecida,existindo apenas a chamada “Linha Durand”, uma herança doImpério Britânico. E também não há diferenças étnicas entre osdois lados da fronteira. Estas regiões tribais são, tradicionalmente,resistentes aos poderes políticos centrais – e são igualmentecentros de radicalismo islâmico. Os líderes tribais, normalmentesnão aceitam a autoridade do Estado.

O dia depois de amanhãMiguel Carvalho

No meu tempo de jovem esta-giário ensinaram-me duas coisas:uma relação de grande confiançacom as fontes e um bloco de apon-tamentos são as principais armasde um jornalista. O gravador é umamigo. Não é uma arma. Gravarconversas à má fila não é jorna-lismo. É esperteza saloia. Do ladode lá da linha pode valer tudo.Deste lado, não vale.

É uma pena, eu sei. Estamosmenos seguros, perdem-se boashistórias, não se entalam unstipos, há reportagens que mor-

rem na praia. Perde-se muito. Ganha-se mais: a credibilidade, aconfiança de quem, até prova em contrário, nos merece umcomportamento frontal, sério, honroso da profissão.

Erros, cometemos todos. Mesmo quem está de boa fé não estálivre.Uma notícia, uma boa história vale muito. Não vale tudo. Osmeios só justificam os fins num filme de cowboys . Ou na selva. Seique já estivemos mais longe. Mas se já lá chegamos, avisem-me.Não dei por isso. Da Casa Pia à operação «Apito Dourado»,passando por outros casos mediáticos, confundiu-se, muitas vezes,deste lado da barricada, jornalismo de investigação (seja lá o queisso for) com jornalismo policial. Pidesco, até. Houve contributosnotáveis. Históricos. De tão reprováveis que foram, enterraram-nosa todos. A virtude é uma mãe solteira. A vergonha arrasta o nomeda família. Estamos lá todos na fotografia.

Um destes dias, estaremos vigiados, seremos diplomaticamenteaconselhados a não criar ondas, a não esticar a corda. Umacensura de unha pintada e lábia politicamente correcta irácontaminar-nos os dias, manietar-nos. Um destes dias, acordamosatados. De pés e mãos. A não poder confiar em ninguém, a ver queninguém confia em nós. Nem o interesse público nos salvará dasnossas próprias armadilhas. Os bons, de um lado e do outro, nãosobreviverão a este cataclismo. O cidadão não se aperceberá. Nãohaverá dor, a anestesia será geral. Meiga. Lenta. Quando ouço oministro Sarmento defender a criação de uma central decomunicação do Governo, leio contra-informação. Quando ouçoSantana Lopes propor um pacto de regime sobre as grandesquestões da Justiça, leio: «Vamos lá entender-nos, arranjar umamaneira de evitar ao máximo que nos belisquem nos nossosdesastres públicos e vícios privados, a ver se a coisa ainda secompõe e se salva a honra do convento».

Quando ouço figuras públicas defender malha apertada parajornalistas, com tribunais à mistura, sei o que alguns gostariam.Não sei é onde começa e acaba a culpa de alguns dos que estãoentre nós. Quando me ouço, estou provavelmente a ser gravado.

E isso não é, definitivamente, bom sinal.

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 6

ComunidadeCom a presença de um arcebispo brasileiroFestas do Sagrado Coração de Jesus

Texto e fotos de António Vallacorba

A Missão Portuguesa de San-ta Cruz celebrou condigna-mente no passado fim-de-sema-na a bonita solenidade do Sa-grado Coração de Jesus, encer-rando-se assim da melhor ma-neira o mui agradável períododas festas do verão ora a findar.

De Hull, deslocou-se até nóso padre António de Sousa, sa-cerdote convidado, para nosajudar a viver mais intensa-mente estas festividades, cujostríduos preparatórios começa-ram alguns dias antes, maisprecisamente na quinta-feira.

Inauguração da iluminação,arraial animado pela Filarmó-nica do Divino Espírito Santode Laval, após a missa, e baile,no subsolo do templo, abrilhan-tado pelo agendado duo de Joe& Duarte + DJ-Xmen; aber-turas do bazar e do bar, foram,entre outras, algumas das acti-vidades do sábado e, ao que

parece, duma razoável noitefestiva.

“Ao que parece”, porque nosfoi impossível estarmos pre-sente, por compromissos docasamento de Dany Rebelo ede Christina Sousa.

De passagem por Montréal,D. Itamar Ivan, Arcebispo daFeira de Santana, Baía, noBrasil, presidiu à celebraçãoeuca-rítica do domingo,incorpo-rando-se mais tarde navistosa procissão, e tal como noscon-fessou, constituindo “umaexpe-riência muitoenriquecedora”, tanto pelaexpressão de fé da nossa gente,como pelo aspecto muito nobreda festa em geral.

Nesse dia, o tempo estevesimplesmente maravilhoso. E,tal como vem sendo hábito, amissa realizou-se pelas 14H30,com a participação da mui colo-rida Ordem dos Cavaleiros deColombo e acompanhamentopelo grupo coral de Santa Cruz,sob a direcção de Inês Gomes.

Foram celebrantes, paraalém de Sua Ex.Rev. o Arce-bispo Ivan, o seu acompanhan-

te, padre José Carvalho Pi-nheiro e o padre António deSousa; o padre José M. Car-doso, o padre Gilles Laflamme e

o padre Lourenço Ruba, coad-juvados pelo diácono AntónioRamos.

Coração dilacerado

Pela criminosa lança;Divino sol que nos encheDe luminosa esperança!

A devoção ao Sagrado Cora-ção de Jesus tem como objectode adoração o coração físico de

Cristo, simbolizando, especial-mente durante o seu sofrimen-to e morte, o amor de Jesus pelaHumanidade.

Conforme o padre Sousaexplicou durante a sua homília,esta solenidade foi inicialmenteinstituída no calendário reli-gioso pelo Papa Pio X, em 1856,com base nas visões das trêsirmãs cistercianas de Helfta:Santa Matilde de Magdebur-go; Santa Matilde de Hacke-born e Santa Gestrude, a gran-de.

Já com 15 anos de ocorrên-cia, esta festa, primeiramenterealizada entre nós em 1989, éde forte expressão dos nossosirmãos ribeiragrandenses, emcuja Igreja Matriz se celebra nomesmo dia que nós aqui.

Curioso que, no decurso des-tas festividades, o José de Sou-sa, presidente da Comissão deFestas, tivesse feito anos nosábado, o padre Lourenço, nodomingo, e, neste mesmo dia,houvesse ocorrido o 17º aniver-

sário de sacerdócio do padreSousa.

O padre Cardoso gosta muito

de ser pontual. Daí que na horaexacta, saíu a procissão talcomo agendada e cujo trajecto

compreendeu as ruas de Ra-chel, Clark, Villeneuve, Saint-Urbain e novamente Rachel,todas com a relativa presençade fiés e a particularidade daornamentação de algumas das

suas casa.Acompanhada pela Filarmó-

nica Portuguesa de Montréal epela Filarmónica do DivinoEspírito Santo de Laval, a pro-cissão, com as imagens de Nos-sa Senhora de Fátima e doSagrado Coração de Jesus e opálio, constituiu um momentoalto destes dias festivos, nela seincorporando o clero, gruposafectos à Missão, colectividadesrecreativas e sócio-culturais,muitas promessas e cavalheiroscom opas, juventude, etc.

De regresso ao recinto fes-tivo, esta componente religiosaencerrou-se com o hino do

Sagrado Coração de Jesus,tocado simultaneamente pelasbandas atrás mencionadas,seguindo-se a recepção que aComissão de Festas ofereceu àspessoas convidadas.

E, evidentemente, o mui a-gradável arraial, numa tarde enoite lindíssimas, ao som doconcerto pela Filarmónica Por-tuguesa de Montréal e/ou, nacave da igreja, o baile que oconjunto “Request” mantevebastante animado; para alémdas arrematações na voz típicado Simão Balança, e demaisactividades agendadas paraesse dia.

Falando com o nosso comumamigo José Teixeira, da firmaMagnus Poirier, confessou-nos

quão saudoso se mostrou dosdias deste evento no seuadorado concelho, especial-

mente ao testemunhar, quan-do a procissão passava na St-Urbain, o ambiente de festivi-dade, com muita gente à entra-da das suas casas, tal como naRibeira Grande, quando as

pessoas convidavam os fami-liares e amigos.

Ficou sensibilizado, e por issoe pelo que é também mais óbvio,espera que esta festa se revistasempre do muito que a caracte-riza e com o empenhamentogeral de toda a comunidade.

Saudamos a Missão, a Comis-são de Festas e demais grupose/ou pessoas envolvidas naorganização desta solenidade,a par de felicitações pela exce-lente temporada festiva que oravem de encerrar-se.

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 7

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Grandioso torneiode Tiro aos Pratos

O Clube Portugal de Mon-treal organizou domingo, dia 5de Setembro no campo de tiroSt-Jacques-Le-Mineur em La-prairie, Quebec, um grandiosotorneio de Tiro aos pratos. Éuma actividade anual destacolectividade, e que sem duvi-da alguma há mais de vinteanos se tem vindo a organizar.

Quando se menciona tiro, de

imediato se associa a palavra àviolência, mas tiro também édesporto onde as armas sãoequipamento no qual se apren-de a controlar as emoções. Otiro requer muita concentraçãoe até uma certa razoável formafísica e existem regras simplesmas eficazes para a segurançados atiradores. A perfeição e arapidez do disparo é que per-mitem ao atirador obter umasoma considerável de pontos afim de se tornarem vitoriosos.

No local do torneio houveserviço de bar e a habitualsardinhada oferecida pelo Clu-be aos atiradores e familiares.

Depois de todo este convíviopassado debaixo de um exce-lente dia de sol, e depois definalizado o torneio, todos volta-ram ao Clube de Portugal ondeas taças foram entregues e

Natércia Rodrigues

onde a festa continuou até maistarde.

Houve setenta e dois concor-rentes tendo a primeira taçasido entregue ao Sr. CarlosSantos, vencedor com 48 pra-tos partidos; seguiu-se a segun-da taça que foi entregue ao Sr.Filipe Estrela por ter acertadoem 46 pratos e depois veio aterceira taça que foi entregue

ao Sr. Manuel Alfaiate queacertou em 44 pratos. No entan-to, todos os participantes rece-beram uma taça em sinal deagradecimento pela participa-ção. Durante o decorrer doserão houve alguns prémios.Um sistema satélite para captarPortugal, foi ganho pelo Sr.Jorge Lopes e foi uma gentilezade Eurotech Electronique.Houve um segundo prémio,desta vez uma linda maquinade café, oferta de Paolo’s Ma-chine Expresso em conjuntocom Saeco Canada.

A direcção do Clube Portugalde Montreal, agradece a todosos comerciantes, aos atira-dores, e a todos os que de umamaneira ou de outra contríbui-ram para que este aconteci-mento tivesse tido um sucessotão grande.

A Sra. Anabela de Relações Püblicas do Clube juntamente com ostrês primeiros classificados e o Sr. Fernando Santos, Vice-Presidente do Clube de Portugal

Prevenir o enfarteJosé Lourenço

Luis Melo nasceu no PortoJudeu. Fez a escolaridade emAngra, mas logo a seguir partiupara o Canadá, onde se licen-ciou em Medicina. Mas não éum médico qualquer. Actual-mente, chefia uma equipa deinvestigação na Queen’s Uni-versity, no Ontário, onde se temdestacado na realização depesquisas que têm como objec-tivo uma terapia genética paraprotecção do coração contraefeitos provocados por enfartes

Um nome de muitos : SILVA

Quando um nome pertencea muitos, mesmo muitos, tempara cada um variadíssimossignificados, percepções, inter-pretações. Para objectivar eresumir nada há melhor querecorrer ao dicionário:

- Nome de várias plantasrosáceas, especialmente dasilva das amoras;

- Composição poética, em quese alternam versos de dez e deseis sílabas;

- Miscelânea literária;- Cilício de arame;- Mancha alongada, ao lado

das ventas do cavalo.A primeira significação, a

silva das amoras, será a pre-

dominante entre nós...ainda hápoucos dias andei a apanharamoras com os meus netos!

É este o mais usado apelidoportuguês? Tem tal presençana onomástica nacional que,em 1996, foi o título atribuído auma revista cultural portu-guesa-canadiana; dizia, então,o seu editor Fernando Gaspar,que SILVA era, ao mesmo tem-po, nitidamente Português eUniversal.

Há anos, no Museu Nacionalde Arte Antiga, em Lisboa,muito surpreendido fiquei aodeparar com um prato de 1649,que ostentava o brasão dos Sil-vas.

Aqui, em Montreal, seguindoo exemplo de milhares de turis-tas, podem ler a inscrição daplaca comemorativa instaladano edifício situado junto daBasílica Notre-Dame, na rua St-Jacques: “A partir de 1693 otransporte das cartas entreQuebeque e Montreal foi feitopor mensageiros. O primeirocarteiro foi Pedro da SILVA,dito o Português”.

Há, pois, Silvas para todo o

Benjamim Silva

gosto; são portadores deste no-me uma multidão de indiví-duos que, como nos ensina a

Estatística, se distribuem se-gundo a conhecida curva deGauss:uns poucos que melhorserá esquecer, uma grandemaioria de “ilustres desco-nhecidos” como eu e, no outroextremo, os notáveis SILVAS,dos que merecem ser citados, atítulo de exemplo, os contem-porâneos Agostinho da Silva(escritor), António Silva (ac-tor), Hermínia Silva (fadista),Cavaco da Silva (primeiro-ministro).

Com toda a sinceridade vosdigo que foi minha intenção,

mais que de discorrer acercado nome Silva, convidar-vos afalar do vosso: Aguiar, Barros,

Cardoso, Duarte, Ferreira,Martins, Mesquita, Sousa,Vaz...

Curiosidade e interesse teriaesta série de monografias se porvós honrosamente continua-da.

“Mais vale o bom nome, doque muitas riquezas” (Pro-vérbios 22:1). Que os vossosbons nomes, nomes de muitos,a todos revelam as geraçõesportuguesas na riqueza cul-tural do seu passado e no fazerhistória do seu presente!

Aulas de pintura a óleoA Associação Portuguesa de Laval informa que vão

iniciar-se aulas de pintura a óleo nas suas instalações,dispensadas pela artista-pintora Mercês Resende dosReis, às quintas-feiras das 19h às 22h.

As inscrições estão abertas e destinam-se a pessoasde todas as idades.

Para mais informações:(450) 978-5488

cardíacos. Os trabalhos deinvestigação da equipa chefia-da por Luis Melo têm sido pu-blicados em algumas das maisprestigiadas revistas científicasinternacionais e receberamprémios dos Estados Unidos eCanadá. DI-Revista entrou emcontacto com o patrício e oresultado foi uma interessanteentrevista que vai muito para ládo trabalho que Luis Melo estáa desenvolver.

ErrataPor lamentável lapso o nome da Senhora Ginette Bernier,

vereadora do Distrito d’Abbord à Plouffe, no meu texto sobre oColectivo de artistas portugueses no jornal de 11 de Agosto saiuerrado. Ao fazer-mos a correcção, deixamos também as nossasdesculpas.

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Vária

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Alguns recados e breves sugestões

Experimenta, meu amigo, iraos Açores. Mas..., vem sempostais decorados e sem te dei-xares enlear pelos roteirosturísticos normais que pade-cem, quase sempre, de enfer-midades e de interesses ocul-tos. Nem sequer procures olharpelos meus olhos.

Não. Não te deixes vendar.Vem! Mas vem livre. Vem comoquiseres. Faz a viagem como sefosses o único marinheiro domundo, sem mapas nem instru-mentos de marear: como seestivesses tocado pelo dom dapredestinação: como se soubes-ses que, em vez de ilhas, teaguarda um conjunto de fluídosindecifráveis e, porventura,abstractos. É que estas ilhasassemelham-se às antigas expe-riências alquímicas: são paradescobrir sempre e mais umavez. Como sabes, o prazer dadescoberta tem o mesmo re-quintado sabor do amor parti-lhado.

Entra por qualquer uma dasportas. Surpreende-te comcada uma das chaves dos Aço-res. E não te deixes ficar porinformações marginais, dogénero “o que, nesta ilha, im-porta ver...” Sempre se disseque não há ilhas iguais. É assimcomo os dedos da mão, ou co-mo a luz que nunca se deixafixar pela objectiva no momentoexacto em que o caçador deimagens a intuiu. Fica sabendoque a luz dos Açores é umaemoção irrepetível. É como seprocurássemos quantificar oinfinito. Não há nada a fazer.

Porém, começa por uma dasilhas. Sugiro-te o roteiro qui-nhentista Santa Maria, S. Mi-guel e Terceira. Depois, S.Jorgee Graciosa (quem sabe se vice--versa?), Pico e Faial (a mesmadúvida)Flores e Corvo. E, an-tes, um aviso: entra com o cora-ção moldado ao pulsar de cadailha. Não as forces a compa-rações piedosas com o progres-so. Elas dispensam o ruídoperverso da tecnologia. Por fa-vor, não confundas progressocom desenvolvimento. Estasilhas ainda se alimentam comnove peixes para que continuea haver peixe no mar. Elassabem que Deus criou o Mun-do para que os homens o estra-gassem – menos a elas. Por isso,há que manter inalterável opulsar da ilha. Lembro-te estes

cuidados para prevenir. Elasgostam desse respeito cúmpliceque paira entre a sedução e aposse. Caso contrário, zangam--se. E, quando isso acontece,rasga-as um tremor visceral.Não raras vezes, vomitam ciú-mes de lava e raivas de fogo.Depois, aquietam-se sob osfundos das crateras num sonopunhado de pesadelos. E ves-tem-nas de azuis líquidos ou deverdes múltiplos. Se vieres,poderás constatar quanto isto éverdade.

De Santa Maria ao Corvo,abre-se o mundo dos sentidos:

O gosto distrai-se numa culi-nária temperada por especia-rias das índias: nos produtoslácteos processados por sabe-res vindos do passado: nosfrutos que a sazonalidade ama-durece: na doçaria refinada empacientes cozinhas conven-tuais. Até os desejos são dealfenim - como as pombas. Emais doces que o açúcar.

O tacto desvanece-se comminudências artesanais, her-dadas através das matérias dosafectos (flores de escama e demiolo de figueira, bordados delinho, colchas de lã virgem). Efica-se com o conhecimento dofacto - da áspera utilidade daspedras e da macia compaixãodos musgos; da ternura fresca

das águas e do morno receio docorpo ao sol. É possível tocar nasnuvens. Basta subir ao pico doPico. Mas, não há mãos paratanto sentir tocando.

O odor é como se quiser. Vaida maresia às flores; dos pinhei-ros e das faias às emanações deenxofre; das uvas maduras àschuvas da primavera; do pão

no forno à tentação incontor-nável da alcatra. Tudo per-fumes. Só as hortênsias não sefazem sentir. Preferem riscarde azul o verde das pastagens,

as bermas das estradas ou ficarsuspensas das escarpas dosonho.

E, assim, ouvir. Ouvir, deimediato o concerto das marés,

dos búzios e das garças; ouvir avoz do povo no seu cantar deficar e partir, de amar e rezar,de viver e morrer. Podes cha-mar-lhe folclore. Tanto faz. Masse ouvires o estalar do foguete,há festa - arraial ou tourada. Outalvez não. Mais certo, é ser otempo do Espírito Santo sairpela porta da alegria e andar decasa em casa a repartir o bododos seus dons sem olhar a con-dições sociais – símbolo perenee perfeito da fraternidade. Oque o foguete já não diz é quehá “baleia à vista”. Este anún-cio, que apelava à coragem dobaleeiro, jaz respeitosamentena casa dos botes das Lajes doPico. Finalmente, ouve as va-riantes incontáveis do silêncio.

Deixo-te livre o olhar. É claroque posso chamar, pleonas-ticamente, a tua atenção para odesenho irrequieto de cadauma das ilhas dos Açores. Repa-ra, por exemplo, na sua relaçãocom o mar; tanto se afastamdele alturando, como se deitamsonolentas em fajã. É evidenteque isto tem uma explicaçãocientificamente geológica. Po-rém, a ciência nem sempre éexacta. Nesta matéria, será

Alamo Oliveira

mesmo deficitária. Pelas formasdas ilhas prefiro responsabilizarDeus que, descansando do Seuesforço genesíaco, se entretevecom restos de matéria, alter-nando o Seu bocejo divino como Seu talento de artista supre-mo. E não se ficou pelas formas.É ver como as vestiu de verde– verde que se desdobra emtonalidades inimitáveis, esbu-racado por lagoas onde o céu sealinda.

Repara nas colorações quediariamente pintam o corpo dasilhas: cinzentos plúmbeos erosas violáceos, vermelhos defogo e roxos de afogamento,azuis de amplidão e brancos dealma – todas inconstantes eimparáveis, reflectidas pelomar e pela cal das paredes. Anoite pode ser de estrelas ou denegrumes húmidos. Mas se forde lua mansa, as ilhas vestem-se de prata.

Vê, atentamente, o que oshomens fizeram desde que oInfante D. Henrique, cum-prindo desígnios e saberes,ordenou aos seus marinheirosque rumassem às ilhas a haverpara que as descobrissem epovoassem. Olha as cidades(Angra do Heroísmo é patri-mónio mundial) e povoados,com sua arquitectura religiosa,senhorial, militar e popular.Dentro, observa instrumentosde trabalho, mobiliário, talhas,pinturas, imaginária, para-mentária, indumentária e ain-da pratas, porcelanas e faian-ças.

Vê as gentes da ilha. Seráfácil mensurar os seus medos,os seus receios e até os seusdesencantos. Como será fácilmensurar o seu saber de vida,as suas alegrias, as suas espe-ranças. Em todos e em cadaum encontrarás um enormecoração – desses que já só aconsciência universal sabereconhecer. E não tenhas re-ceio do seu olhar. Depressacompreenderás que procuram,somente, a melhor forma departilhar contigo a sua trans-parente hospitalidade. Então,saberás que a insularidade nãoé sinónimo de solidão. É que asolidão não ama. Apenas estre-mece. O ilhéu ama – estre-

mecendo.Depois, diverte-te nas suas

festas, estendidas por calen-dário longo, sempre mestiçadasde sagrado e de profano, sinalmais que evidente do seu antigoe irreversível diálogo comDeus. Talvez isto te ajude aapreender a relação do açoria-no com as suas ilhas, mesmoquando ele se sujeita aos dita-mes da diáspora. Trata-se sem-pre duma ausência presenteou, se preferires, de ilhas emmigração contínua. Não háoceano nem continente quenão conheçam.

Por isso, aconselho-te a verestodos os lugares que guardamas suas memórias – as do traba-lho e as do lazer,; as da terra eas do mar; as do corpo e as daalma.

Ah!, lê os seus poetas. Nelescolherás, de forma insuspeita,alguns favos de mel.

Como vês, as ilhas dos Açorespodem não ser a reserva doparaíso, mas ainda não são osepulcro da inocência. Poderáschegar à conclusão que a mi-nha miopia ultrapassou a fron-teira da demagogia, porque oartificial já contaminou o natu-ral ou porque o sonho do Infan-te foi mais híbrido do que lírico,uma vez que há mais ilhas paradescobrir. Não é verdade.Estas ilhas vão devolver-te acapacidade de sonhar com osespaços anímicos de utopia,subvertendo os nevoeiros dofantástico e desvendando ossegredos dos homens que asmanhãs declinam sobre a linhado horizonte. À tarde, poderásbeber um poente de todas ascores, Dormirás melhor.

Poderia recomendar-te leitu-ras complementares, de auto-res como Linschoten, PompeoArditi, Chateaubriand, JoséLeite de Vasconcelos, AliceBaker, Alberto I de Mónaco,Charles Darwin, Irmãos Bullar,Alexandre Herculano, Ferrei-ra de Castro, Raul Brandão,Teixeira de Pascoais, HiroshiOhshima, Miguel Torga e maisoutros e outros. Inevitável:Nemésio – por razões óbvias.Porém, esquece o que te disse.O olhar é teu, meu Amigo. Vemcomo nasceste.

Açores

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Moinho de vento, ilha Graciosa

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Alma Juvenil

O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos “leitores

do futuro”. Entretanto continuamos a incentivar os nossos“leitores do presente”, para que nos enviem as fotografiasdos seus bebés nascidos no ano 2004, acompanhadas dosrespectivos nomes, datas de nascimento, nomes dos pais enúmero do telefone, para: Concurso Bebé 2004, A Voz dePortugal, 4231 boul. St-Laurent, Montréal, Qc H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2005, efectuaremos um sorteio entretodas as “carinhas bonitas” que até lá tenhamos recebido.

Para mais informações contactem-nos pelo tel. (514)284-1813, da Segunda a Sexta, das 09h00 às 17h00.

Ryan AraujoNascido a 09 de Março de 2004Mãe: Susy De SousaPai: Serafim Araujo

O caminho da felicidadeAntonio Ribeiro já começou a

re-escrever.uma nova parte dahistória da nossa comunidade.O primeiro português na ligaprofissional em Montreal já émuito numa equipa que a maio-ria dos jogadores são italianos.

Antonio Ribeiro nasceu no 10de Agosto 1980 e é natural deOliveira de Azeméis chegou aMontreal em 1991. Passaram-se alguns anos e entrou naequipa do Sporting de Mon-treal com um talento expe-cional que fez abrir os olhos amuitos.

A caminhada do successoCada sucesso tem um ca-

minho, algumas vezes simples,outras dificeis, mas deve traba-lhar muito para chegar ao “top”.No quebeque a liga que abre aprimeira porta é a liga “Elite”onde António entrou na equipade Jean-Talon Rosemont U -19.Neste período a equipa chegou

no primeiro lugar e qualificou-se para o campeonato nacionalcanadiano. Ele também foiselecionado para equipa doQuebeque e para a equipa na-cional dos menos de 25 anos. E

para completar todos estessucessos ele foi tambem eleitopara a equipa nacional nos

jogos olimpicos. Em 1998, re-pescado pelo Impact tem umprimeiro ano prometedor.

Em cada carreira há semprealgumas surpresas. Em 1999, oImpact entrou em falência e no

ano 2000 António ficou semcontrato. “Foi uma grandesurpresa e um período muitodificil” comentou. Depois de 2anos inactivo no meio profis-sional mas com determinaçãoele voltou em 2003 no começodo campo mas ainda assim, foideixado fora. Em Julho, eleteve a chamada que ele nãopensava ter. Voltou ao Impact,fez um grande golo e surpreen-deu o treinador da equipa comas jogadas que ele fazia. Em2004, o treinador Nick DeSantisabriu-lhe a porta com promes-sas dos dois campos. E agorapodemos ver o fruto deste en-tendimento. O treinador deu-lhe um lugar na equipa regulare aumentou a confiança doRibeiro. Esta semana pudemosver que o Impact ficou no pri-meiro lugar na classificação daconferência de Este. Boa sorteAntónio. Esperamos para ver osteus sucessos nesta fase eli-minatória e também nas pró-ximas épocas.

Algumasanedotas

1. Certo professor perguntouaos alunos qual era a coisa maisvelha do mundo. Perante asrespostas disparatadas, o pro-fessor declarou que era o tem-po. Levanta-se então um rapaze diz:

- Senhor professor, eu soumais velho que o tempo!

- O quê? Isso não pode ser.- Pode sim, senhor professor!

É que os meus pais dizem queeu nasci antes do tempo.

2. - A minha mulher é um casosério. Quer ver tudo o quecompro!

-Isso não é nada. Pior é aminha, quer comprar tudoquanto vê.

3. – O meu avô é tão impor-tante que todos lhe chamamExcelência – dizia o neto de umembaixador.

O sobrinho de um cardeal,diz:

- Isso não é nada. O meu tio étão ilustre que todos lhe cha-mam Eminência.

Diz um outro:- Olha, que grande coisa! O

meu pai é tão gordo que quan-do passa na rua, toda a genteexclama: “Meu Deus! MeuDeus!”.

4. – Senhor doutor, há cincominutos que me mandou dei-tar a língua de fora e nem se-quer para ela olhou!...

- Não faz diferença, minhasenhora. Queria cinco minutosde silêncio para poder escrevera receita.

Jovens da comunidadeMartinho

8 anos

Jesus, tu me deste bons pais.Eu te agradeço. Porque eutenho uma família. Meus paisestão juntos. Eles me amam.Faz que a minha irmã não fiquedoente e que meus pais não seseparem.

Patrícia8 anos

Gosto do meu irmão e daminha irmã. Faz para quesejamos sempre juntos naminha família. Protege meu pai,minha mãe e minha avó. Dabom dia a meu avô que estájunto de ti.

Compromisso aos jovens“Não basta debater os pro-

blemas; para fazer o bem épreciso pôr-se a caminho” afir-mou o Papa João Paulo II noencontro de jovens suíços quese realizou em Berna, nos dias5 e 6 de Junho, sob o lema “Le-vanta-te”.

O lema foi escolhido da pas-sagem do Evangelho de S.Lucas, recordando a ordem deJesus ao filho (morto) da viúvade Naim.

João Paulo II dirigiu-se aosjovens reunidos em Berna,afirmando que “o cristianismoé uma pessoa, uma presença,um rosto; é Jesus que dá sen-tido pleno à vida do homem”.

Aos jovens o Papa recomen-dou que não tenham medo dese encontrarem com Cristo; eapresentou-lhes a sua expe-riência pessoal:

“Tal como vós, eu tambémtive vinte anos. Gostava dedesporto, de ski, de teatro.Estudava e trabalhava. Tinhasonhos e preocupações. Nodecurso desses anos já dis-tantes, quando a minha terranatal foi devastada pela Guerrae depois por um regime tota-litário, eu procurei o sentido

que queria dar à minha vida.Encontrei-o, seguindo o Se-nhor Jesus”.

Aos jovens que procuram umsentido para a sua vida, JoãoPaulo II aconselhou uma ati-

tude: “cultivar a difícil disci-plina da escuta”, que permitiráouvir o projecto de Deus e “des-cobrir a vocação”.

Esta pode concretizar-se emdiversas opções; entre elas, avida de consagração, “semmedo”, porque “a generosi-dade de Deus não tem limites”.

Depois de apelar à corageme à escuta, o Papa lançou aosjovens um terceiro desafio: aacção. Disse o Papa: “No come-ço do terceiro milénio, vós,jovens, estais chamados a pro-clamar o Evangelho e a teste-munhá-lo nas vossas vidas. AIgreja precisa da vossa energiae do vosso entusiasmo”.

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O CULTO DA IRRESPONSABILIDADE

“Impossivel resistir... a ten-tação e mais forte do que eu”

1 - Simulacro de justiça -exemplo da irresponsabili-dade

Há já algum tempo, um ricofarmacêutico herdeiro X... foideclarado culpado pelo Tribu-nal, por ter relações sexuaiscom a enteada, de 14 anos.

O Juiz condenou-o a umapena de prisão “prorrogada”,quer dizer que a execução dapena é suspendida até novodelito - ou melhor: se o incul-pado tiver juizinho e não reci-divar durante um certo tempo(cinco anos, penso eu?) nãocumpre a pena - é anulada. Ojuiz impôs-lhe ainda que sesubmetesse a um tratamentopara reduzir o nível de tes-tosterone.

Na exposição dos motivos dojulgamento, o juiz arguiu que“certos homens produzemmais hormonas masculinas doque outros, o que tem por efeitoaumentar as necessidadessexuais e diminuir a resistênciacontra as tentações”.

Como explicar que a grandemaioria dos homens, com ele-vado nível de testosterone nãocomete delitos sexuais?

Este argumento do juiz é umexemplo flagrante dum racio-cínio falacioso e diria mesmovicioso, pela impunidade quemanifesta no julgamento e pelacumplicidade com o acusadoque o povo simples, no seuelementar bom senso mesmosem estudos de direito, con-dena sem condições a uma fortepena e denuncia tal processocomo sendo um simulacro dejustiça, não apenas quanto aocrime em si, mas tambémquanto à gravidade das suasconsequências.

2 - O tabagismo - um exem-plo do culto da irresponsa-bilidade “É mais forte do queeu” (dirá alguém); “souincapaz de re-sistir”...

Esta frase remete em causa ovalor intrínseco da vontade,única qualidade que faz a di-ferença entre o homem e a bes-ta. Esta frase exprime o culto da

Manuel Louro

irresponsabilidade que faz doser humano um organismomanipulado pelas forças bioló-gicas e sociais, pressupondosimultaneamente que os delin-quentes são “doentes”, portan-to incapazes de responder pelospróprios actos dos quais sãorealmente responsáveis e cul-pados.

Na maior parte dos casos fala-se da “dependência” do tabaco,de que os fumadores são inca-pazes de se libertar; e, portanto,sabemos que a maior partedeles não necessita de cura dedesintoxicação.

Se houvesse verdadeiramen-te “dependência”, como teriamsido capazes tantos e tantas dedeixar de fumar? Eu próprioposso testemunha-lo (e em todaa modéstia o digo) que, tendofumado charutos, cachimbo ecigarros durante 40 anos, umdia disse para comigo: Acabou,nem mais um! E já lá vão seteanos!

A dependência não é, pordefinição, o estado de subju-gação dum indivíduo a maushábitos que lhe fazem perder ocontrolo dos seus actos, sempoderem libertar-se pelos seuspróprios meios?

Quantas tentativas inúteispara deixar de fumar!... Porqueo culto do ambiente de irres-ponsabilidade os convenceude que todo o esforço era inútil.Certo que o problema do “des-mame” do tabaco é doloroso(há quem diga, não sei se

Freud, que fumar é uma retro-gradação à vida de bebé, noque o cigarro, no subconscien-te do adulto, substitui a chu-cha...) - as dificuldades da “a-blactação”, dizia, podem tornardifícil o combate contra o taba-co... mas não há ninguém que,SE QUISER, não possa ganharo combate.

O tabagismo é um hâbitoque “depende” sô,ente dequem fuma de mais nada.

3 - A Cólera e a violênciaque a irresponsabilidadejustifica “A mostrada subiu-me ao nariz” e foi mais fortedo que eu... cai num cóleraterrível.

Dizer que a cólera é maisforte que a vontade humana,não tem sentido nem justifi-cação. A agressividade não éum fenómeno biológico inevi-tável, mas uma estratégia a quese recorre quando se está emcólera.

Um homem mostra que éhomem quando bate na mu-lher e educa os filhos a ponta-pés? Não, não é homem - é ummedroso (mesmo da própriasombra)... porque quando seapresenta diante dele um...verdadeiro homem, forte egrande, que é capaz de lhereplicar com a autoridade dumbom pontapé no... o batedor demulheres e de crianças baixapavilhão, tem medo; ali a ten-tação deixou de ser mais fortedo que ele... encontrou final-mente alguém mais forte doque a sua cólera, que lhe pro-

vou que não é quem abusa dasuposta cólera e violência físicapara com os mais fracos (mu-lher e os filhos) que é forte, massim aquele que é capaz de sedominar, sem a oposição domedo de alguém mais forte.

4 - Toxicomania, álcool... Aque a irresponsabilidade con-duz

O álcool e as drogas não têmo poder de aniquilar a vontade.

Em geral, pensa-se que asdrogas e o álcool conduzemindefectivelmente ao aumentoprogressivo da dose, até seperder todo o controlo.. Estacrença é contradita por grandenúmero de pessoas que deci-diram abandonar completa-mente de fumar após teremtudo experimentado - drogas eanexos. Há milhões de pessoas(e eu conheço algumas invete-radas..) que renunciaram àdroga e ao álcool, sem necessi-tarem da cura de desintoxi-cação.

Os toxicómanos em estado de“dependência” que renunciame recomeçam, são os vencidosna luta, antes de começarem ocombate.

Não quero dizer que se de-vem deixar de lado, à sua sorte,as pessoas que necessitam deajuda para poderem sair doimpasse - renunciar aos hábitosmais perniciosos; mas o pri-meiro passo para a cura consis-te em ajudá-los a convencerem-se de que têm dentro deles o

poder de se ajudarem a si pró-prios - não há maior poder doque a vontade.

Continuaremos a perde aguerra contra a droga até ser-mos capazes de compreenderque a dependência não é umproblema médico - é um pro-blema da vontade. Tornamo-nos aquilo que escolhemos -ser-se dependente é uma es-colha.

A medicação dos “depen-dentes”... Chegou já tão longeque se fala de “jogadores com-pulsivos”... e de “dependentes”das relações extra conjugais!

Estou convencido de que otratamento mais eficaz quepodemos oferecer-nos uns aosoutros, é de considerarmos aspessoas como seres moralmen-te responsáveis. Quando al-guém disser - “a tentação émais forte do que eu”, nãoacreditemos; o melhor quepodemos fazer é dizer-lhe istomesmo - NÃO ACREDITO.

Hoje a instrução e educaçãotocam em tudo, excepto noessencial, que é a educação davontade.

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quarta-feira

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A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 14

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

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CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)Carta da Semana: O Enforcado, que significa SacrifícioAmor: Tente demonstrar com maior intensidade ossentimentos que nutre pela pessoa que tem a seu lado.Saúde: Possível descontrolo dos intestinos.Dinheiro: É provável que tenha de enfrentar alguns

problemas financeiros, mas tudo se resolverá.Número da Sorte: 12Números da Semana: 4, 17, 25, 33, 2, 23

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)Carta da Semana: 9 de Copas, que significa VitóriaAmor: Não perca demasiado tempo a perguntar “oporquê?” dos seus sentimentos, mergulhe de cabeça.Saúde: Tudo correrá dentro da normalidade.Dinheiro: Não deixe escarpar uma boa proposta

financeira que lhe irá ser feita brevemente.Número da Sorte: 45Números da Semana: 1, 6, 11, 19, 22, 30.

GÉMEOS (21 de Maio - 22 de Julho)Carta da Semana: A Força, que significa Domínio.Amor: Os ciúmes excessivos são prejudiciais para o bomentendimento entre os casais.Saúde: A saúde está em plena formaDinheiro: O equilíbrio financeiro faz parte da sua vida

neste momento.Número da Sorte: 11Números da Semana: 9, 16, 22, 27, 33, 45.

CARANGUEJO (21 de Junho - 22 de Julho)Carta da Semana: O Papa que significa SabedoriaAmor: Não queira ser sempre o centro das atenções dapessoa que tem a seu lado.Saúde: A sua alimentação deverá ser um pouco maisequilibrada.

Dinheiro: Procure um projecto mais credível para que não saiaprejudicado.Número da Sorte: 5Números da Semana: 2, 14, 17, 39, 42, 48.

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)Carta da Semana: 8 de Ouros, que significa Esforço.Amor: O diálogo é um dos aspectos mais importantespara que uma relação dê certo.Saúde: Cuide mais da sua saúde.Dinheiro: Momento pouco oportuno, para gastos

supérfluos.Número da Sorte: 72Números da Semana: 7, 19, 25, 27, 39, 41.

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: Cavaleiro de Ouros, que significaMaturidade.Amor: A sua família precisa da sua presença, não lhesfalte.Saúde: Possível desequilíbrio emocional.

Dinheiro: A sua estabilidade financeira, está dependente do seuesforço profissional.Número da Sorte: 76Números da Semana: 1, 4, 6, 17, 22, 29.

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: 2 de Espadas, que significa Falsidade.Amor: Se der ouvidos ao que terceiros dizem poderáter de enfrentar alguns problemas na sua relação.Saúde: Tendências depressivas.Dinheiro: Não gaste mais do que realmente pode.

Número da Sorte: 52Números da Semana: 9, 14, 20, 33, 39, 49.

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: 7 de Paus, que significa Discussão.

Amor: Uma discussão poderá abalar o seu estado deespírito.Saúde: Cuide da sua alimentação, evite excessos.Dinheiro: Poderá ter de enfrentar um período de crise,previna-se.

Número da Sorte: 29Números da Semana: 11, 25, 27, 33, 45, 46.

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: O Sol, que significa Protecção.Amor: Não seja tão possessivo, dê espaço ao seuparceiroSaúde: Poderá ter problemas de digestão.Dinheiro: Fique atento, poderão surgir oportunidade

de melhorar financeiramente.Número da Sorte: 19Números da Semana: 20, 30, 40, 47, 48, 49.

CAPRICÓRNIO (22 de Dezembro - 19 de Janeiro)Carta da Semana: O Mágico, que significa Habilidade.

Amor: Saiba ouvir o seu companheiro, por vezes temosde dar o braço a torcer.Saúde: Estável e sem preocupações .Dinheiro: Precisa de alegrar o seu lar, remodele a suacasa.

Número da Sorte: 1Números da Semana: 2, 5, 22, 27, 29, 38.

AQUÁRIO (20 de Janeiro - 18 de Fevereiro)Carta da Semana: Cavaleiro de Paus, que significaViagem.Amor: Reflicta sobre o seu relacionamento.Saúde: Esforce-se para manter um corpo saudávelDinheiro: Aposte numa longa viagem

Número da Sorte: 34Números da Semana: 8, 17, 22, 39, 44, 48.

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)Carta da Semana: Rei de Copas, que significa Respeito.

Amor: Fase propicia para assumir um compromissoSaúde: Não abuse das bebidas alcoólicasDinheiro: Surpresas na área financeira, faça apostas.Número da Sorte: 50Números da Semana: 3, 7, 11, 15, 29, 47.

A dieta da Herbalife“Perca peso agora - Pergun-

te-me como”: Quem não viu,uma vez que fosse, um anúncioda Herbalife? A empresa norte-americana que mais factura nomundo depois da Microsoftsempre teve sucesso em Portu-gal e voltou, este ano, a atacaro nosso mercado.

Adaptando-se aos novos tem-pos e novas tendências, a Her-balife fala cada vez mais denutrição celular, alimentaçãosaudável e da necessidade deexercício físico.

Mas a filosofia de base man-tém-se: substituem-se refei-ções por batidos especiais etomam-se cápsulas de vita-minas, fibras e minerais e/ousuplementos que estimulam ometabolismo. Existem váriosprogramas, consoante o pesoque se deseja perder, a partirde cem euros por mês.

Menu-tipo:

PEQUENO-ALMOÇO:Duas colheres de Fórmula

um (batido) em água, sumo ouleite magro; uma maçã, umabanana ou uma pêra

MEIO DA MANHÃ:Uma peça de fruta ou um

iogurte magro

ALMOÇO:Pode escolher-se a refeição,

evitando gorduras; tomam-seduas cápsulas de Fórmula 2(suplemento vitamínico) meia-hora antes

LANCHE:Uma peça de fruta ou um io-

gurte magro

JANTAR:Duas cápsulas de Fórmula 2

meia-hora antes da refeição;duas colheres de Fórmula I(batido) em água, sumo ou leitemagro; uma maçã ou uma pêra

Palavra de nutricionista

Não é conhecida a compo-sição dos batidos que substi-tuem as refeições mas estasdietas têm, regra geral, pro-teínas em demasia.

Possuem também as mesmascalorias que um prato de dieta,como um peixe cozido cour le-gumes e uma batata. Por certosaberá melhor às pessoas co-mer o peixe...

Além disso não há mudançanos hábitos alimentares. Findaa dieta, volta-se a comer nor-malmente - e a engordar.

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quarta-feira

Page 15: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 15

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Este fim de semana não percam o último show doscapoeiristas de rua no Kola Note.

O grupo de Capoeira Brasileira de Montreal vaijuntar-se com 5 mestres do Brasil para fazer un showespectacular.

O show inclui música, dansa, fantasias de váriocores e claro rodas.

Vocês vão poder assistir aos maiores mestres queestiveram em Montreal. O cordão vermelho identificaos mestres, mais acho que só vendo-os mover vai sersuficente para adivinhar quem é mestre.

A agilidade e rapidez do jogo não se pode camuflar.

A historia da capoeira nasceu do facto que osescravos negros praticavam a luta escondendo-seatrás de uma dança. Uma forma de camuflagem comoaquela do camaleão permitiu que essa arte (ilegal atéos anos 1930) permaneça hoje em dia.

Misturando música, dansa e canto, a capoeiraevolucionou e viajou até oas quatro cantos do mundoaté chegar a Montreal.

Julien Thomet

Page 16: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 16

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ASSOCIAÇÕES E CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Chomedey, Laval) 681-0612Associação Portuguesado Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesade Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio Clube Portugal 849-9901

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IGREJASIGREJA CRISTÃ VITORIOSAPara mais informações:www3.sympatico.ca/igreja.vitoriosa

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave.. (514) 484-3795

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fruta, pão e um sistema arte-sanal, permitiam produzir ál-cool suficiente para abastecertoda a prisão. Cerca de 50 litrosda bebida foram apreendidosdurante uma busca motivadapelo facto de, nos últimos tem-pos, muitos dos detidos viremapresentando sinais frequentesde embriaguês.Aparentemen-te, o responsável pelo processode fabrico é considerado umdos “químicos” mais experien-tes na produção de vinho amartelo em Portugal. Indiciadonum grande processo por falsi-ficação de Vinho do Porto eactualmente a aguardar o de-senrolar das investigações emprisão preventiva, o suspeitodedicava-se a fabricar a aguar-dente na própria cela.

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Page 17: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

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10o Ano de SaudadeAntónio Luis Ourique

Faleceu em 9 de Setembro de 1994

Esposa, filhas e filho, familiares eamigos recordam com profunda sau-dade o seu ente querido.

Participam que será celebradamissa pelo seu eterno descanso, nodia 9 de Setembro de 2004, pelas18h30, na missão Santa Cruz,situada no 60, rua Rachel Oeste.

Agradecem antecipadamente a todas as pessoas que sedignarem assistir a este acto religioso.

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Page 18: 2004-09-08 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 8 de Setembro de 2004 - Página 18

DesportoMundial 2006Letónia-Portugal, 0-2:Primeiro jogou a equipa e só depois os artistas

Letónia-Portugal, 0-2:Primeiro jogou a equipa e sódepois os artistas

Foi um jogo de paciência,que Portugal controlou noseu todo. Jogou forte comoequipa e chegou à vitóriaatravés dos artistas

A primeira resposta à questãode saber como reagiria a Selec-ção Nacional nas ausências deFigo, Rui Costa e FernandoCouto está dada. No curto rel-vado do Estádio Skonto, emRiga, ante uma Letónia mo-tivada pelo brilharete da pre-sença no Euro’2004 e que partiacom ambições para o apura-mento do Mundial’2006, Portu-gal conseguiu um resultado euma exibição que parecem dargarantias aos mais temerosos.

Não foi um jogo bonito oubrilhante. Mas o segredo dePortugal esteve aí: soube adap-tar-se às condições e ao adver-sário, assumiu o comando dojogo e teve paciência para bus-car os espaços e tempo em quelhe fosse possível chegar à áreacontrária e marcar.

ConsistênciaA chave de todo o jogo foi a

consistência da Selecção. Sco-lari não apresentou nenhumasurpresa no onze, com o triân-gulo formado por Costinha,Maniche e Deco a procurarcontrolar todo o meio-campo,com Cristiano Ronaldo e Si-mão em busca dos espaços naslaterais da defesa contrária. Aresposta da Letónia também foi

a esperada: os únicos trunfoseram a velocidade e os lan-çamentos em profundidadepara Verpakovskis e Rubins,mas com uma ou duas excep-ções a defesa comandada porRicardo Carvalho houve-sebem com o assunto.

O primeiro assomo de Portu-gal junto da área contráriaacabou por terminar com umerro do árbitro. Pauleta foiagarrado pela camisola porIsakovs, mas o juiz inglês disse,por gestos, que foi “mergulho”.Instantes depois, Costinhatravou o contra-ataque da

Letónia e na primeira falta co-metida foi castigado com oamarelo.

Portugal não se apoquentoucom os dois incendentes e aos15' Simão teve no pé esquerdoa primeira grande oportuni-dade de golo, mas foi desas-trado no remate. Depois houveum período em que Pauleta,Cristiano Ronaldo e de novoPauleta procuraram o remateou os lances de um para umsem sucesso.

PaciênciaA meio da primeira parte os

portugueses confirmaram queseria através de um jogo pa-ciente que poderiam quebrar adupla barreira defensiva daLetónia. Até ao intervalo nãoficou mais nada para o registo,a não ser os primeiros sinais dealguma impotência da equipada casa à facilidade com que osportugueses controlavam abola e a faziam circular.

Colectivamente, a questãoparecia resolvida. Restava es-perar que surgisse a mais-valiaindividual de algum dos joga-dores portugueses para que avitória se tornasse possível. Eisso aconteceu em dois minutosde magia, com Cristiano Ro-naldo a mostrar ao público deRiga que tinha razão quando oelegeu, à chegada, como afigura da equipa lusitana.

Aos 68', Maniche centroupara a área, Jorge Andrade fezo primeiro remate para as per-nas de um defesa e CristianoRonaldo aproveitou o ressaltopara rematar de pé esquerdo eentregar-se aos abraços doscompanheiros. Os poucos por-tugueses presentes no estádioainda festejavam o primeirogolo e já estavam a gritar osegundo. Cristiano Ronaldopassou o defesa-esquerdo ecentrou para a cabeça de Pau-leta, que assim cumpriu o queprometera na véspera: marcarum golo depois da má cam-panha individual no Euro’2004.

Quase de imediato temeu—se que a Letónia, além de per-der o jogo, também perdesse acabeça com o mau perder. Oseu treinador foi expulso porpalavras dirigidas ao quartoárbitro a seguir ao golo de Pau-leta e nos minutos seguintesuma série de entradas a doerdos jogadores da casa tiveram

de ser reprimidas pelo árbitrocom um cartão amarelo.

Nos 20' finais, Portugal tevemesmo oportunidade para au-mentar a vantagem em duas outrês situações de contra-ataquecom superioridade numérica,mas a pontaria de Pauleta eespecialmente Boa Morte nãofoi a melhor.

Sem saber ainda do empateda Rússia, em casa, frente àEslováquia, Portugal come-çava da melhor forma a cam-panha do Mundial-2006. É ver-dade que os históricos fazemfalta, é verdade que a pressãosobre este grupo é enorme, mastambém é verdade que ontem,num teste importantíssimo, o

conjunto e as individualidadessouberam responder à alturadas exigências e prometer aosportugueses mais alegrias.

ÁrbitroGraham Poll (3). Fez, em

termos gerais, um bom tra-balho, sempre em cima doslances, mas cometeu um erroque podia ter estragado tudo.Pauleta foi derrubado na meialua e a Letónia podia ter ficadosó com 10 jogadores. O seuauxiliar também errou no lan-ce. Exagerado no cartão mos-trado a Costinha, porque nãoteve depois o mesmo critério emduas ocasiões.

Scolari volta a ser a estrelaO seleccionador nacional as-

sume sem “fachadas” a suavincada personalidade. Du-rante o treino, depois de muitoaplaudido pelas dezenas deespectadores que viram o trei-no, chegou-se à zona onde esta-vam os jornalistas para pôr a“conversa em dia”. Semprebem-disposto, Scolari falou dojogo da véspera - da entrada emcena da menina -, revelou algu-mas peripécias das férias noBrasil e contou anedotas devários géneros, todas com i-mensa piada. No final da sessão,Scolari não se apercebeu doincidente já relatado. Mas,quando saía do campo, BoaMorte voltava atrás trazido porAfonso de Melo e um dos nos-sos colegas disse alto aquiloque todos fizemos. Scolari pe-gou na mão do atleta e mandou-o embora, zangando-se com ojornalista. Explicámos-lhe asnossas razões e Felipão enten-deu que, mesmo salvaguar-

dando a atitude do avançadodo Fulham, todos tinham des-respeitado o princípio.

Em análise um terceirocapitão

Pauleta e Costinha, disse-oScolari, vão dividir a braça-deira de capitão da SelecçãoNacional nesta fase de apura-mento para o Mundial’2006.Mas o seleccionador de Portu-gal já revelou que o conjuntoluso terá um terceiro capitão,apesar de não ter ficado claro seeste terá o mesmo “estatuto” dePauleta e Costinha ou será osuplente para assumir a missãona ausência dos outros dois.

O assunto está a ser analisa-do por Scolari em parceria comtodos os membros do departa-mento técnico da Selecção,mas garantiram-nos não tersido aventado ainda qualquernome. Apesar disso, há quemaposte em Nuno Gomes, umavez que o avançado já desem-penhou a missão em jogos.

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DesportoBrasil isolado na frenteJosé Mourinho:

«Não sinto saudades de Portugal»José Mourinho quer voltar a

treinar em Portugal. Diz o trei-nador do Chelsea que, para já,não sente saudades, mas, aindaassim, está convicto de que hámuito para fazer no futebolnacional e promete regressar.

«Um dia vou voltar porquecontinuo a pensar que há muitacoisa a fazer no futebol portu-guês», garante Mourinho, queeste domingo apresentou olivro «Um ciclo de vitórias» naFnac do Chiado. «Quando nãofaço ideia, onde também não,mas um dia vou voltar», re-força.

O desejo nada tem a ver compossíveis saudades de Portu-gal. «Não sinto saudades. Osmeus estão comigo, o ambiente

de trabalho é óptimo, o desafioé tremendo, as diferenças cul-turais são extremamente moti-vadoras, estou absorvido nomeu trabalho e extremamentecontente por estar lá», conta otreinador do Chelsea.

Sem saudades, o treinadorvai, no entanto, voltar a pisar oEstádio do Dragão em breve.Será, desta vez, adversário doF.C. Porto na Liga dos Cam-peões e, antecipando o mo-mento, Mourinho diz apenasque vai reencontrar «muitosamigos», mas também deixaentender que essa será maisuma etapa num percurso quese mantém ambicioso.

A vitória do Brasil sobre aBolívia, por 3-1, ontem à noite,no Estádio do Morumbi, emSão Paulo, apenas confirmou oenorme fosso que separa asduas selecções na fase de qua-lificação sul-americana para oMundial’2006. Enquanto o“escrete” canarinho segue notopo da tabela classificativa,agora com 16 pontos em oitojornadas, os bolivianos carre-gam a pesada “lanterna ver-melha”, com meros seis pontosno mesmo número de jogos.

Franca favorita, numa cida-de em que não perde há 40anos, a selecção brasileira en-

Só fiquei por FelipãoDECO faz uma revelação

interessantíssima à revistabrasileira Isto É. Numa entre-vista realizada em Barcelona, omédio fala da sua entrada naSelecção Portuguesa e na boarelação com Scolari. E foi essarelação, o facto de ter dado apalavra ao seleccionador, queevitou que abandonasse aequipa das quinas pouco depoisda estreia.

Há pouco mais de um ano,Deco estreava-se na SelecçãoPortuguesa com um golo frenteao Brasil. Pouco depois o mé-dio, então ainda no FC Porto,chegou a pensar em deixar aequipa das quinas, desgastadocom a polémica emtorno dasua presença.

«Vou contar uma coisa pelaprimeira vez. Quando come-çaram aquelas polémicas todasem relação à Selecção Portu-guesa, houve uma fase dura.Pensei em desistir. Racioci-nava: Não vale a pena ficar astressar-me, esse desgaste...Oque me segurou foi o compro-misso com o Felipão. Tinha-lhedado a minha palavra e nãoqueria falhar.»

Rui Costa foi um dos joga-dores amanifestar-se publi-camente contra a presença naSelecção de jogadores que nãofossem de origem ou natura-lidade portuguesa, antes deDeco ser convocado. Mas nãofoi a recepção que recebeu doscolegas que fez o médio pensarem abandonar. Deco diz mes-mo que não se sentiu boicotadopor Figo, Couto ou Rui Costa.«Sinceramente nunca vi nada,mas não posso saber se falavammal por trás. Nunca foi umarelação de amizade, mas nãoacho que me quisessem mal.»Também do público a reacçãoque sentiu foi mais de apoio queo contrário. «Não foi tanto areacção dos portugueses, masas posições da imprensa. A

disputa entre Porto e Benficaultrapassa o futebol, é quaseuma guerra entre o norte e osul do País. O poder está con-centrado em Lisboa e o Benficatem muita força. Isso deu umaproporção errada ao fenóme-no. As pesquisas mostravamque 80 por cento das pessoasqueria-me na Selecção, mas oBenfica não. Afinal, eu era umjogador do Porto.» Hoje tudo é«diferente», diz Deco. «Estouna Selecção porque gosto etenho espaço para desenvolvero meu trabalho.» Mas isso sóacontece, repete, porque Feli-pão o segurou. «A minha rela-ção com ele é boa mesmo. Achoque essa cumplicidade nasceuporque eu sempre fui muitocorrecto com ele. E ele valorizaisso.»

Amor ao Brasil eretribuição a Portugal

Sem arrependimento por teroptado por jogar por Portugal,Deco confessa que houve mo-mentos em que se sentiu frus-trado pela falta de reconhe-cimento no Brasil. Especial-mente antes da qualificaçãopara os Jogos Olímpicos deSidney, em 2000. «Tinha 21anos e estava a jogar no Porto háano e meio. Disputávamos aLiga dos Campeões e eu estavanuma fase óptima. Os jornaisespeculavam que eu seria con-vocado e até a CBF chegou aavisar o Porto, mas acabou pornão acontecer. E deixou-meum pouco decepcionado. Comosaí do Brasil quase desconhe-cido, tinha de provar talvez odobro de alguém que estava lá.E isso chateava-me. Então a-chei que aceitar o convite dePortugal era uma forma deapoio que recebi. Por mais quetodo o jogador brasileiro sonheem vestir a camisola do Brasil,e eu não fujo à regra, fiz a esco-lha certa. Mas sou e sempreserei brasileiro.»

trou em campo com um onzeiminentemente ofensivo, comdestaque para os elementosmais avançados, RonaldinhoGaúcho, Ronaldo e Adriano(que ganhou a titularidadeapós o excelente futebol narecente Copa América). Os trêsgolos brasileiros, aliás, forammarcados por este trio - Ronal-do, logo aos 50 segundos; Ro-

naldinho Gaúcho, aos 12 minu-tos, na marcação de uma gran-de penalidade sofrida pelo cen-tral Roque Júnior, e Adriano,aos 44', numa fulgurante entra-da de cabeça.

Com o jogo decidido ainda naprimeira parte, o “escrete” deCarlos Alberto Parreira abran-dou claramente o ritmo após ointervalo. Como castigo, sofreuum golo da Bolívia, num lanceinfeliz do defesa Edmílson, quetentou interceptar um centrode Cristaldo e desviou a bolapara o fundo da baliza de JúlioCésar. Como a ameaça da se-

lecção visitante não passoudisso, Carlos Alberto Parreiraaproveitou para refrescar a suaequipa, colocando em campoAlex, Renato e Robinho. OBrasil, no entanto, acabou mes-mo por ficar em branco noperíodo final.

Uruguai venceCom um golo de Carlos Bue-

no, aos 57 minutos, o Uruguaiobteve uma importante vitóriasobre o Equador, no Estádio

Centenário, em Montevideu, emelhorou a sua situação naclassificação. O tento da “celes-te” causou alguma polémica,com a selecção visitante a recla-mar, sem razão, que a bola nãocruzou a linha final.

Na madrugada de ontem, aArgentina, o outro “grande”sul-americano, superou o Peru,por 3-1, em Lima, e chegou aliderar por algumas horas a fasede qualificação. A derrotadeixou em maus lençóis o selec-cionador peruano, o brasileiroPaulo Autuori, que pode perdero emprego nos próximos dias.