2004-09-01 - jornal a voz de portugal

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Ver pág. 6 Presidente da Ribeira Grande na Casa dos Açores do Quebec Ano XLII • Nº 33 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 1 de setembro de 2004 Paulo F. Gonçalves B.A., A.V.C. PFG Consulte-me sem compromisso!!! PFG (514) 884-0522 Seguros : > Doença grave > Hipoteca > Salário > Vida GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Mosti Mondiale 2000 35 variedades de mosto à sua escolha Incluindo VINHO VERDE UM ANÚNCIO ESPECIAL PARA TODOS AQUELES QUE FAZEM VINHO Vendem-se barris de Whiskey e barris novos importados de Portugal, em carvalho e castanho, de 5 a 250 litros. Serviço de análise do seu vinho ATENÇÃO : SE NÃO TEM SELO DA MOSTI MONDIALE É PORQUE NÃO É MOSTI MONDIALE $35. 00 20 LITROS GRAPOLO D'ORO Para mais informações contactar : MARCO: 5187 Jean Talon E., St-Leonard - Tel. 728-6831 Presidente da Ribeira Grande na Casa dos Açores do Quebec Guitarras choram baixinho Firmino Teixeira emudeceu Ver pág. 7 Festival Cultural da Comunidade Alguns aspectos... Ver pág. 10 Marcha do Oriental desfilando no boul. Saint-Laurent

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 1 de Setembro de 2004

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Page 1: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página

Ver pág. 6

Presidente da Ribeira Grandena Casa dos Açores do Quebec

Ano XLII • Nº 33 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 1 de setembro de 2004

Paulo F. GonçalvesB.A., A.V.C.PFG

Consulte-me sem compromisso!!!

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Prop. Elvis Soares

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4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150

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Para mais informações contactar : MARCO:5187 Jean Talon E., St-Leonard - Tel. 728-6831

Presidente da Ribeira Grandena Casa dos Açores do Quebec

Guitarras choram baixinho

Firmino Teixeira emudeceu

Ver pág. 7

Festival Cultural da Comunidade

Alguns aspectos...

Ver pág. 10Marcha do Oriental desfilando no boul. Saint-Laurent

Page 2: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 2

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Os textos (e ilustrações) de Opiniãopublicados nesta edição são dainteira responsabilidade dos seusautores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

Publié par A Voz de Portugal

4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

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quarta-feira

EX-COMBATENTESCONTAGEM DE TEMPO

O Consulado Geral de Portugal em Montreal apresenta os seuscumprimentos à comunidade Portuguesa residente na área dasua jurisdição consular e informa que foi publicada a Lei n.º 21/2004, de 5 de Junho, a qual alarga os benefícios de contagem detempo dos períodos de prestação de serviço militar para efeitos deaposentação e reforma aos ex-combatentes que não tinham sidocontemplados pela Lei n.º 9/2002 , de 11 de Fevereiro.

No que diz respeito aos ex-combatentes residentes no Canadá,podem requerer a contagem de tempo aqueles que tenham sidobeneficiários do sistema de segurança social português, ainda quenão se encontre preenchido o prazo de garantia para acesso apensão.

Consideram-se ex-combatentes os militares que:(a)tenham sido mobilizados para Angola, Guiné e Moçambique

entre os anos 1961 e 1975;(b)tenham sido aprisionados ou capturados em combate

aquando da invasão do Antigo Estado da Índia pelas forças daUnião Indiana, ou que aí se encontrassem nessa altura;

(c) Que se encontravam em Timor Leste entre o dia 25-4-1974 e a saída das Forças Armadas Portuguesas desse território.

COMO PROCEDEROs ex-combatentes devem preencher o formulário de

requerimento aprovado pela Portaria n.º 1033-HQ/2004, de 8 deAgosto, e enviá-lo por correio registado com aviso de recepçãopara o Departamento de Apoio aos Ex-Combatentes, cujo endereçoconsta no formulário. Poderão ainda entregá-lo pessoalmentenum dos organismos constantes no formulário.

Brevemente, será ainda possível o seu envio em formato digitalpara o “site” www.mdn.gov.pt .

O prazo para entrega do requerimento de contagem de tempotermina em 8 de Dezembro de 2004.

O referido formulário, instruções e legislação aplicável encontra-se disponível na página “web” deste Consulado-Geral:www.cgportugalmontreal.com , pelo que não é necessário adeslocação à chancelaria consular.

19 de Agosto de 2004

O Chanceler Gerente, David Manuel Laranjo Pereira

Madonna proibidade estudar a Cabala

Um dos mais velhos ca-balistas judeus, Isaac Kadurideclarou que é proibidoensinar a Cabala a uma mu-lher, judia ou não - Um dosmais velhos cabalistas judeus,Isaac Kaduri declarou à im-prensa israelita que está proi-bido ensinar a Cabala, o mis-ticismo judeu, à cantora Ma-donna.

Ele disse ao jornal Maarivque nem mesmo as mulheresjudias estão autorizadas a estu-dar a Cabala. Kaduri disse quea nenhuma mulher se devemostrar as Escrituras Sagra-das. A polémica surgiu após adivulgação dos planos de Ma-

donna de visitar Israel para seaprofundar em seus estudos.Segundo especialistas, para seestudar o misticismo judaico épreciso ter um profundo conhe-cimento das Escrituras Sagra-das.

A actriz e cantora, que doouesta semana seis milhões dedólares para uma escola que sededicará a difundir a Cabala,adoptou recentemente o nomede Esther. Madonna pretendevisitar Israel em Setembro, paraparticipar das festividades doano novo hebreu, além de co-nhecer locais importantes paraos judeus.

Sport Montreal e BenficaPrograma de festas Outono / Inverno

18 de Setembro de 2004:19º Aniversário do Sport Montréal eBenfica.

Para os detalhes da festa, consulte o folheto que junto vamospublicar. Toda a comunicação social da comunidade é esperadano nosso aniversário. Informamos ainda que a Lumar Electrónicaoferece uma antena parabólica no valor de $429.00 para captar aRTPI. Esta antena parabólica será sorteada com o respectivobilhete de entrada.

Queremos que o nosso aniversário seja um grande sucesso porisso apelamos a todos os sócios para comparecerem em grandenúmero e não se esqueçerem de trazer um amigo. Faça a suareserva o mais cedo possível.

30 de Outubro de 2004: Baile de Halloween, com a discotecaMemories.

20 de Novembro de 2004: Jantar do Sócio e S. Martinho como conjunto Exagone. Este jantar será oferecido pelo S.M.B. a todosos sócios.

12 de Dezembro de 2004: Natal das crianças31 de Dezembro de 2004: Passagem de ano a realizar na

Igreja St. Michel (esquina S.Viateur e St.Hurbain) ás 20h, com oconjunto Sky Queen.

15 de Janeiro de 2005: Assembleia Geral ordinária ás 19h.Nota: Mantenha-se atento para a possibilidade de haver alguma

alteração.

Em TorontoMatou a mulher à martelada

A polícia de Toronto detevesábado o português Manueldos Santos, 57 anos, acusadodo assassínio da sua mulher,com um martelo. A própriapolicia declarou-se “pertur-bada” com os acontecimentos,quando, na sexta-feira, foi cha-mada a uma casa na DundasStreet e encontrou o cadáverde Fernanda da ConceiçãoSantos, 51 anos, cheio de san-gue, devido a golpes de martelona cabeça. Os vizinhos davítima foram unânimes emdizer às autoridades que Fer-nanda e Manuel, que viviam nazona há cerca de três anos,pareciam felizes, sendo “umbom casal”.

Fernanda Conceição, mãede três filhas adultas, foi atin-gida na cabeça, com um mar-telo, pelo menos duas vezes,disse Chris Buck, sargento de-tective da Polícia de Toronto.

O marido acabaria por serdetido, sábado, em casa deuma das filhas. Tinha sido umgenro que anteriormente ti-nha ido a casa dos sogros e deucom a macabra cena.

“Toda a família está em es-tado de choque”, comentou osargento da polícia, referindoque perderam a mãe e têmagora o pai detido e acusado dea ter assassinado. Acrescentouainda que, “aparentementenão há motivos para aqueleacto”, acentuando que até osvizinhos disseram nunca terouvido sinais de qualquer

problema entre o casal, quetrabalhavam juntos na limpezae manutenção de um prédio.“Iam juntos para o trabalho eele parecia um bom homem emuito trabalhador”, disse Rosa,uma das vizinhas.

SensacionalJantar dançante

Em beneficio da igrejamatriz de Torroselo, Seia

Sábado, 4 de Setembro de2004, ás 19h00, no salão daigreja St-Enfant de Jesus, 5039St. Dominique, esquina St-Jo-seph.

Baile animado pelo duoLancha, vindo dos Estados-Unidos.

O menu compreende:Sopa de legumes;Salada de marisco;Carne estufada com batatas

douradas, ervilhas e arroz;Gelado com chocolate e mo-

lho de morangoPreço: Adultos, 25 igrejas e 12

igrejas para as crianças dos 6aos 12 anos.

Para reservar contactar o Sr.Batista no 844-3617 ou 835-4359

ErratumDr. António Pedro Rebelo Costa

Raul MesquitaNo texto que assinei na passa-

da semana relacionada com avisita do Senhor Presidente daCâmara Municipal da RibeiraGrande, António Pedro RebeloCosta, a Laval, no âmbito doprotocolo de germinação entreas duas cidades, indiquei porlapso, o nome deste presidenteda edilidade açoriana, comosendo Ribeiro Costa em vez deRebelo Costa.

Pelo erro cometido deixo as

mais sinceras desculpas e aexpressão da mais alta consi-deração.

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 3

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“Noites na Promenade”superam expectativas

O fogo-de-artifício e as ac-tuações dos grupos musicais“Mariachi” e “Reis Magos”encerram, a partir das 20h00,as “Noites na Promenade” 2004.

Já na sua quinta edição, oevento, organizado pela Juntade Freguesia do Caniço, supe-rou as expectativas ao con-tabilizar uma afluência diáriade mais de 3 mil pessoas.

Particularmente satisfeito,Aníbal Alves, presidente da-quela Junta, pensa já em algu-mas melhorias, a implementarno próximo ano.

A iluminação deverá ser –revelou, o autarca – um dosaspectos a melhorar. EmboraAníbal Alves não queira adian-tar, neste momento, mais por-menores.

«Correu tudo às mil mara-vilhas, o que nos dá força paramantermos esta iniciativa coma qualidade que a tem carac-terizado, nos últimos anos»,acrescenta.

A música, as iguarias da co-zinha típica regional e o espaçoeleito para realizar a mostragastronómica, agradável epróximo do mar, foram ingre-dientes de peso para o sucessodas “Noites na Promenade”2004.

Para esta noite, e para alémdo programa musical, está,também, previsto um espec-táculo pirotécnico.

Uma festa a não perder, apartir das 23h00, no percursopedonal do Caniço.

O violador poderámorar mesmo ao seu lado

Indivíduos com percursosnormais, mas com traumas oudependências, tendem a esco-lher vítimas vulneráveis

A 26 de Janeiro do correnteano, o Tribunal da Vara Mistacondenou um indivíduo pelaprática de furto e violação deuma jovem de 20 anos, na vés-pera de Natal de 2002, resi-dente no Estreito de Câmara deLobos. Segundo consta doprocesso, «após ter sido assal-tada, o arguido projectou avítima por uma ravina, pro-vocando-lhe lesões diversas edeformações. Depois, violou-aaté à perda de consciência».Pela violação foi condenado a 8anos de prisão e, pelo furtoqualificado, a cerca de doisanos de prisão.

A 30 Outubro de 2003, o Tri-bunal da Ponta do Sol con-denou um ucraniano a 3 anos e8 meses de prisão pela prática decrimes de violação pessoal eviolação de domicílio, acrescidade pena de expulsão do País.Acompanhado de mais doisindivíduos, um deles menor eoutro também ucraniano, en-tretanto já fora do País, entrouna casa de uma idosa de 72

anos e violou-a.Estes são apenas dois dos

vários casos de violação, divul-gados, que ocorreram numaregião como a nossa, conhecidapela sua pacatez e brandos cos-tumes. Situações que parecemtípicas das grandes malhasurbanas e dos “ghettos”, têmvindo a ocorrer, com algumafrequência na Madeira, envol-vendo vítimas menores, algu-mas com deficiência, e até ido-sas.

Vários profissionais, desdepsicólogos, sociólogos a psi-quiatras, foram contactadospara traçar o perfil deste poten-cial violador, mas escusaram-sea falar, alegando a falta de«estudos rigorosos» – que ain-da não foram realizados – paratraçar esse retrato.

Normalmente estes casossão reportados, em primeirolugar, à Polícia de SegurançaPública que depois os remetepara as entidades competentes.Por isso habituada a lidar comproblemas desta natureza, ace-de falar, sob anonimato, e lem-bra que até a pessoa que estáao nosso lado poderá ser umpotencial violador.

23 Milhões de Euros pararequalificação Sócio-Económicade Rabo de Peixe

Foi assinado na sede da Jun-ta de Freguesia de Rabo dePeixe, o Protocolo de Coo-peração relativo aos 23 Milhõesde Euros que vão ser investidosnaquela Vila, provenientes dosFundos EFTA.

Na cerimónia que foi pre-sidida pelo Presidente da As-sembleia da República, JoãoBosco Mota Amaral, estiveramo Ministro das Cidades, Admi-nistração Local, Habitação eDesenvolvimento Regional, oPresidente da Câmara Munici-pal da Ribeira Grande, o Presi-dente da Junta de Freguesia deRabo de Peixe, o Presidente e oDirector-Geral do InstrumentoFinanceiro da EFTA, o Ministroda república para os Açores, aSecretária de Estado Adjuntado Ministro da Segurança So-cial, da Família e da Criança,Maria do Rosário Águas, queiniciou este o processo dos

Fundos EFTA em Rabo dePeixe enquanto Secretária deEstado da Habitação e o Secre-tário Regional da Habitação eEquipamentos.

Na ocasião, o Presidente daCâmara Municipal da Ribeira

Grande afirmou que o “Instru-mento Financeiro EFTA é aresposta do Governo da Repú-blica à exclusão social que afec-ta grande parte da população”daquela Vila.

MonumentoAs obras de renovação e re-

qualificação do Monumento àAutonomia, em Ponta Delgada,estarão concluídas no próximomês de Setembro.Esta inter-venção da responsabilidade doGoverno Regional dos Açores,orçada em cerca de 300 mileuros, permitiu solucionar osvários problemas que existiamno sistema electromecânico, jáem adiantada fase de degra-dação, mantendo inalterada aactual estrutura a custos muitomais reduzidos do que o modeloanterior.Numa primeira fase, aSecretaria Regional da Habi-tação e Equipamentos proce-deu à execução de obras derestauro, nomeadamente nobetão existente, tendo efec-tuado o tratamento de arma-duras e superfícies e pinturas.-Os trabalhos incluíram, tam-bém, a concepção e construçãode uma fonte ornamental ciber-nética que dispõe, no tanque

superior, de um géiser de 12metros de altura, em circuitofixo, e de uma nuvem de águade 1,5 metros formada por 158bicos de pulverização. No tan-que inferior, os nove vulcõescontêm água, em repouso, com2,5 metros de altura.O géisercentral e a nuvem de pulve-rização serão iluminados embranco, através de seis pro-jectores subaquáticos e os vul-cões de água beneficiam deuma iluminação em escarlate apartir de 27 projectores. O ante-rior sistema, implantado em1992, tinha um encargo mensalde 10 mil euros e frequente-mente não funcionava.O Mo-numento à Autonomia cons-titui um importante símbolopara a ilha de São Miguel e aobra de renovação e requa-lificação promovida pelo actualGoverno restitui a dignidadeque aquela infra-estrutura hámuito carecia.

Uma dezena de jovens terminamestágios profissionais nos Açores

O director regional da Juven-tude, Emprego e FormaçãoProfissional, Rui Bettencourt,procedeu à entrega dos certi-ficados de estágio profissional ede curso de língua portuguesaa uma dezena de jovens oriun-dos de diversas regiões da Eu-ropa, nomeadamente da Való-nia, Bruxelas, Poitou-Charen-tes, Limousin, Franche-Comté,Valência e Castela e Leão. Acerimónia decorreu nas insta-lações da Direcção Regional daJuventude, Emprego e Forma-ção Profissional, em Ponta Del-gada. Estes jovens estagiárioschegaram aos Açores a 1 deMarço, altura em que inicia-ram a aprendizagem da línguaportuguesa na Universidadedos Açores, tendo ficado sen-

sibilizados para algumas temá-ticas especificamente açoria-nas. No início de Abril, inicia-ram estágios práticos em diver-sas ilhas do Arquipélago (S.Miguel, Terceira, Faial e SãoJorge), que agora vêem con-cluídos. Consigo, vão levar umaexperiência de trabalho (paraalguns, a primeira), uma novalíngua e cultura e uma visão deum mundo europeu que lhesera alheio, cumprindo, assim,os desígnios dos Textos Funda-dores do Programa Eurodis-seia, criado em 1985, por EdgarFaure.

O Eurodisseia é um progra-ma da Assembleia das Regiõesda Europa, de cuja Direcção osAçores fazem parte.

Nelly Furtado levou madeirensesao rubro em noite cinzenta

A cantora luso-canadianacom um espectáculo cheio deenergia fez vibrar as 10.000pessoas que afluíram à Pon-tinha, apesar da ameaça dachuva.

Os madeirenses renderam-se à alegria e às canções deNelly Furtado que na Pontinhadeixou, perante as dez mil pes-soas que se aglomeravam norecinto, a razão porque é consi-derada, actualmente, «umadas mais jovens revelações dacena pop».

A “força” da cantora luso-canadiana teve a virtude defazer “esquecer” a ameaça dechuva que pairou durante oconcerto, já que esta acom-panhada por trovoada ao surgira poucas horas da actuação fezcom que algumas pessoas pro-curassem saber se o espec-táculo se realizaria.

Ora, numa noite cinzenta,Nelly Furtado e a sua bandasouberam brilhar intensamen-te, fazendo vibrar a grandemaioria dos presentes ao apre-sentar um alinhamento com-posto pelas canções de “Fok-lore” (cuja digressão mundialterminou no Funchal) e de“Whoa Nelly!” numa sequência«muito energética» como ha-via prometido, no encontro coma comunicação social.

«Gostava de ver o Porto San-

to», A poucas horas do con-certo, e apesar da chuva que sefazia sentir, Nelly Furtado en-controu-se com a comunicaçãosocial onde deu conta não sóda sua satisfação em estar naMadeira, «que conhecia porfotografia», como confirmou umdesejo que havia revelado, porvia da estilista FernandaNóbrega.

«Estou muito contente eespero que o concerto seja bom,porque este é um sítio muitobonito perto do mar. E esta é aminha primeira visita à Ma-deira» começou por dizer ajovem luso-canadiana que,continuando, deu conta de umsonho: «Esta é uma ilha muitolinda, conheço algumas pes-soas de cá. Gostava de ver oPorto Santo que é um sonhomeu mas se calhar fica para a

outra vez» admitiu.Rindo-se, continuamente,

Nelly Furtado confessou «quegostaria de perceber melhorpor que é que a Madeira estátão separada dos Açores».

Lar da Bela Vistapolui mar da Barreirinha

Ruptura no tanque do gera-dor tem descarregado quan-tidades de nafta para o ribeirodo Lazareto

O complexo balnear da Bar-reirinha foi encerrado aos ba-nhistas quando foram detec-tadas manchas de hidrocar-bonetos ao largo da praia. Apósas investigações levadas a cabopela polícia marítima, acaboupor se confirmar que os óleosprovinham de uma rupturanum tubo do tanque do gera-dor do Lar da Bela Vista, noLazareto.

Há duas semanas sensivel-mente, os homens do mar têmavistado pequenas manchas deóleo no mar. Durante a manhãde sexta-feira, a abundânciados poluentes foi demais evi-dente. Tratando-se de hidro-carbonetos, coube à políciamarítima intervir, deslocandoum bote para averiguar a natu-

reza das manchas, que levaramao encerramento do complexobalnear da Barreirinha.

Até ao final da noite, doisbotes – da polícia marítima e doSANAS – estiveram a reter asmanchas, através da colocaçãode barreiras antipoluição. Oobjectivo seria evitar a disper-são dos hidrocarbonetos (queseriam posteriormente reco-lhidos), impedindo que inva-dissem a bacia portuária, ondeo tráfego marítimo é maior.

Após as investigações noterreno, constatou-se que afonte da poluição provinha dafoz do ribeiro do Lazareto.Avançando para nascente,concluiu-se que aquela quan-tidade de nafta provinha de umtubo do tanque do gerador deaquecimento central do Lar daBela Vista.

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página

Continente4

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membros em particular, que as suas portas estarão abertas a partirdo dia 3 de Setembro com a realização do habitual serviço dejantar às sextas-feiras.

Para mais informamos que no dia 3 de Setembro próximo, a APCvai iniciar o jantar das sextas-feiras com a participação especial doDuo Brasileiro.

Tarciano e J.Luís com musica sertaneja para animar a noite. Porapenas $10, disfrute de um ambiente familiar a acolhedor na cavebar da APC.

Para a segunda época, a APC conta proporcionar aos seusmembros, a festa do

Dia do Sócio, o Baile de St. Martinho, o Jantar Comunitário, aPassagem de ano, e continuará a fortalecer os contactos oficiaispara a captação de recursos que permita desenvolver os projectosem decurso.

Contamos com a presença de todos e se é membro, não seesqueça e traga um amigo e passe a palavra. Dia 3 de Setembroem grande! Faça a sua reserva!

A Direcção

Acidente: sete emigrantesmorrem em colisão de autocarrocom veículo ligeiro

Um rapaz com 14 anos e seismulheres, “todos portugue-ses”, garantiu fonte do consu-lado português em Bordéus,morreram domingo de madru-gada numa violenta colisão queenvolveu o autocarro ondeviajavam, uma carrinha decaixa fechada e duas viaturasligeiras.

O acidente, ocorrido 46 qui-lómetros a Sul de Bordéus, emFrança, provocou ainda feri-mentos em 37 portugueses: “21estão em estado grave, inter-nados no Hospital Pélegrin, emBordéus”, adiantou a mesmafonte do consulado português,acrescentando que os restantes16, feridos ligeiros, foram trans-portados para o Hospital deArcachon, a 70 quilómetros deBordéus.

Entre os feridos graves, “hádois portugueses que nos preo-cupam muito”, sublinhou ochefe das urgências do Hospi-tal Pélegrin, revelando queambos sofreram traumatismoscranianos e encontravam-seligados a aparelhos respirató-rios em coma.

Além das vítimas portugue-

sas, o acidente matou ainda ummarroquino, o condutor dacarrinha e feriu gravementemais nove pessoas, duas dasquais, ao início da noite dedomingo, ainda não tinhamsido identificadas.

Também por identificar en-contravam-se, no Serviço deMedicina Legal do HospitalPélegrin, as sete vítimas mor-tais que o consulado portuguêsgarantia serem cidadãos nacio-nais. “Sabemos que são portu-gueses mas ainda não temos asua identificação completa”,alegou a fonte do consulado,frisando que para identificaralguns será necessário realizartestes de ADN.

E isto porque há corpos que“ficaram muito mal tratados”,confirmou.

Refira-se que a convicção deas vítimas mortais serem portu-guesas prendia-se com o factode elas viajarem nos lugaresocupados pelos cidadãos nacio-nais e com alguns dados apu-rados pelo cônsul no local doacidente e no hospital.

O autocarro, de matrículaespanhola, fretado por uma

empresa sediada no Porto, a‘Inter Norte’, saiu de Braga às13h00 de sábado rumo a Paris,onde deveria ter chegado às11h45. Com 48 passageiros(muitos portugueses emigra-dos em França, espanhóis,alemães e marroquinos) e doiscondutores espanhóis, circu-lava na auto-estrada A63, queliga Baiona a Bordéus, atrás deum mini-bus que, de repente,abrandou e despistou-se.

Em declarações à SIC, omotorista que conduzia o auto-

carro no momento do acidentedisse que a carrinha fez “umaparagem brusca” e ele tentouevitar a colisão. “Mas quando via ribanceira já não pude fazernada. Bati contra a carrinha eacordei no hospital.”

Segundo o canal de televisão‘France 2’, citando testemu-nhos recolhidos no local, acarrinha perdeu alguma cargao que terá estado na origem dodespiste do autocarro que de-pois tombou. No momento doacidente, o condutor do auto-carro conduzia “normalmen-te”, sublinha a ‘France 2’, a-crescentando que alguns pas-sageiros referiram que o con-dutor, desde Portugal, trocava“regularmente” de lugar com ocolega.

A pensar em Pequim 2008BOLSAS NÃO DEVEM PARAR

Ainda agora acabaram osJogos de Atenas e os respon-sáveis portugueses já pensamem Pequim’ 2008. VicenteMoura, presidente do ComitéOlímpico de Portugal, alertamesmo para o facto de serpreciso dar todos os apoios aosatletas, mesmo os monetários.

Vicente Moura com JorgeSampaio

“Não pode haver um hiato nopagamento das bolsas aos atle-tas olímpicos. A continuidadedo apoio económico é impres-

cindível para uma boa prepa-ração e para que seja mantidaa ambição dos jovens com vistaa Pequim”.

Deste modo, e uma vez que oOrçamento de Estado apenascontemplou verbas até ao finaldestes Jogos, Vicente Moura,José Manuel Constantino, presi-dente do IDP, e Hermínio Lou-reiro, secretário de Estado daJuventude, deverão procuraruma solução nos próximos dias.

Vicente Moura apela ainda àprofissionalização. “Se que-

remos continuar na senda dasmedalhas e dos finalistas, ocaminho traçado tem necessa-riamente que passar pela profis-sionalização dos atletas”, sub-linhou o dirigente.

Quanto à prestação lusa na-da a apontar. “O mais positivoforam as três medalhas, osfinalistas e as emocionantesfinais dos 100 e 200 metros, como hectómetro a ser a prova maisvibrante e mediática. Cincobiliões de pessoas viram Obik-welu a conquistar uma me-dalha, facto que reforçou a ima-gem do nosso país no estran-geiro

Polícia agredido a murro e pontapé no Jardim de SantosPARTIRAM-LHE AS PERNAS

Interpelado pelo polícia, oindivíduo, novo e corpulento,não gostou e virou-se-lhe. Ati-rou-o ao chão e espancou-o amurro e pontapé, partindo-lheum tornozelo e uma perna.Depois fugiu mas acabou porser apanhado ainda na zona deSantos, em Lisboa. “Não temcadastro”, contou uma fontepolicial, lamentando a agres-são, pelas 08h30 de sábado, aocolega Ventura, chefe na es-quadra do Calvário.

Jorge Godinho O agente foi chamado ao

Jardim de Santos para pôrcobro a desacatos e excesso debarulho

“Ficou muito maltratado”,

salientou, acrescentando que ochefe encontrava-se a patru-lhar a zona, numa viatura e nacompanhia de outro agente,quando foi chamado ao Jardimde Santos.

A queixa falava de excesso debarulho e desacatos, por partede um grupo de indivíduos:sete a oito.

Chegado ao local, Venturainterpela um dos rapazes.

“Um jovem negro e corpu-lento que começou logo a agre-di-lo. A murro e pontapé”, a-dianta uma fonte policial, ale-gando que o colega, com cercade 40 anos, foi apanhado des-prevenido. E terá ficado tãoatónito com a brutalidade que

nem conseguiu reagir.Já o colega, na viatura, aler-

tou a esquadra, e esta envioureforços; Outro carro patrulhaque perseguiu e deteve o indi-víduo, momentos depois daagressão.

Transportado ao Hospital deS. Francisco Xavier, Ventura foiassistido e teve alta ainda du-rante a manhã.

“Tem várias fracturas nosmembros inferiores e irá ficarde baixa durante uns tempos”,disse a mesma fonte policial,referindo que o agressor foilevado domingo a tribunal.

TOUROS CAÍRAM EM BARRANCOS

Nova legislação consagra direitoa 20 horas de formação/ano

Mais de três mil aficionadosassistiram sábado à morte dosprimeiros dois touros na impro-visada arena de Barrancos.Cumpriu-se, assim, a primeiradas três touradas com tourosde morte, que pelo terceiro anoconsecutivo contam com o re-gime de excepção.

Perante uma praça em delí-rio, as estocadas finais foramdadas à primeira em ambos ostouros

Incluída no programa dasfestas em honra de Nossa Se-nhora da Conceição, padroeiradesta vila alentejana, a touradade sábado teve como prota-

gonistas dois matadores mexi-canos, que no final das respec-tivas lides tiveram direito aotradicional corte da orelha.

Leopoldo Casasola foi o pri-meiro toureiro a entrar naesgotada praça para lidar umtouro de 485 quilos da gana-daria local, Couto de Fornilhos.Para delírio do público presentenos tabuados, a estocada finalno touro foi dada à primeira,minutos antes das 19h00. O seucompatriota José de Colômbiateve também uma actuaçãofeliz, tendo terminado a lidemeia hora depois.

A regulamentação do novoCódigo do Trabalho em vigor apartir deste domingo consagraem lei, o direito individual àformação contínua. Pela pri-meira vez, cada trabalhadorpassa a ter direito a 20 horas deformação por ano.

À luz do novo Código, a for-mação contínua deve abran-ger, anualmente, pelo menos10% dos activos com contratosem termo e cada trabalhador

tem direito a 20 horas de forma-ção certificada, que em 2006passam a 35. O crédito de ho-ras de formação refere-se aohorário normal, é pago como tale conta como tempo de serviçoefectivo. Caso a entidade patro-nal não cumpra a obrigatorie-dade de assegurar o númeromínimo de horas de formaçãoanuais, o trabalhador podeutilizar o crédito de horas paraacções por sua iniciativa.

Page 5: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 5

Opinião

Augusto Machado Raul Mesquita

O islamismo radical (V)

Em consequência do islamismoradical na Arábia Saudita, noúltimo ano, morreram cerca de 90civis, quase duas dezenas depolícias sauditas e 40 militantesislâmicos. Alguns exemplos:

12 de Maio de 2003: um ataquesuicida, em Riade, mata 35 pes-soas.

14 de Junho de 2003: combatesentre as forças de segurança emilitantes islâmicos em Meca.

28 de Junho de 2003: combatesentre as forças de segurança emilitantes islâmicos em Al-Qassin.

8 de Novembro de 2003: ataque suicida, em Riade, mata 17pessoas.

29 de Janeiro de 2004: Novos combates entre as forças desegurança e militantes islâmicos em Riade.

21 de Abril de 2004: ataque suicida, em Riade, mata cincopessoas.

1 de Maio de 2004: ataque terrorista, no porto de Yanbu, matasete pessoas.

20 de Maio de 2004: mais combates entre as forças de segurançae militantes islâmicos em Buraida.

22 de Maio de 2004: um militante terrorista disparou sobre umtrabalhador alemão, matando-o

29 de Maio de 2004: ataque terrorista, em Khober, mata 22pessoas.

6 de Junho de 2004: ataque terrorista contra dois jornalistas daBBC, matando um e ferindo gravemente o outro. Estes ataquesterroristas continuam a ser uma constante.

Cada vez mais os militantes islâmicos elegem os naturais depaíses ocidentais como os principais alvos. Por exemplo, emKhober, percorreram os complexos habitacionais procurando, depropósito, cidadãos ocidentais para os matarem. Os alvos já não sãoapenas os soldados americanos, são todos os ocidentais, incluindocivis. As recentes declarações dos militantes islâmicos,especialmente por parte da “Organização da Al-Qaeda naPenínsula Arábica”, já não deixam dúvidas de que pretendemfazer uma revolução na Arábia Saudita e derrubar o regime.Sabendo-se que cerca de 15 mil sauditas estiveram no Afeganistãoa combater as tropas soviéticas ou em campos militares da Al-Qaedae que a maioria regressou ao país, a pergunta que todos levantamno Ocidente é a seguinte: iniciou-se na Arábia Saudita um períodode guerra civil semelhante ao da Argélia?

A emergência do islamismo radical e militante na Arábia Sauditaconheceu dois momentos cruciais. Durante os anos 70 e 80, oWahabismo saudita adquiriu uma dimensão política nova, queresultou de uma das rupturas mais significativas da políticasaudita. A Arábia Saudita é, historicamente, o resultado da aliançaentre a corrente wahabista do Islão e a Casa de Saud. Os últimosgarantiam o poder político e militar, protegendo assim os lugaressantos do Islão, e os primeiros retribuíam concedendolegitimidade religiosa e moral ao poder temporal saudita.

O desemprego, a estagnação económica, a falta de legitimidadedo sistema político provocam uma grande insatisfação entre ajuventude saudita. Convém notar que cerca de 65 por cento dapopulação tem menos de 25 anos e que a sua vida reduz-se a idasà mesquita várias vezes por dia, onde ouve discursos religiosos epolíticos radicais, jogos de computador, onde mata americanos ejudeus e a visitas a “sites” de grupos islâmicos radicais, onde lêmensagens políticas que apelam à jihad. Não admira que 95 porcento dos homens sauditas entre os 25 e os 40 anos expressemsimpatia por Osama bin Laden. Como se sabe, 15 dos 19 terroristasque fizeram o 11 de Setembro eram sauditas. Milhares doutrosestão, fanaticamente preparados and willing, para combater os“infiéis” (os americanos) instalados em bases militares emterritório saudita. A Al-Qaeda e o terrorismo global está longe dofim.

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Elisabeth Silveira, B.Sc., P.DtDietista

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Dra B. HejaziMedicina geral e Alergologista(testes de alergia e imunologia)

Pena LivreLusofonando

José Manuel Costa

D

Fiz uma entrevista virtual aoPresidente da APC. Sendo esteum espaço reservado aos cro-nistas de costume, as respostasneste diálogo virtual, apenasreflecte o pensamento do autor.

Quando e como foi fundadaa APC?

A APC foi fundada a 7 de Janei-ro de 1956, como? Na época, acomunidade portuguesa conhe-cia a sua maior vaga deemigrantes para o Canadá e os

únicos serviços de apoio disponíveis eram o Consulado Português,que representava os interesses do regime de Oliveira Salazar e aMissão Católica, que defendia o crescimento do seu clero. Umgrupo de jovens determinados a ajudar os seus compatriotasrecém chegados a criaram uma associação que pudesse apoiar osnovos emigrantes. A necessidade de criar um ponto de encontroentre todos, constituiu uma força para o crescimento e desen-volvimento da APC ao longo dos anos.

A APC nasceu com que objectivo?A APC nasceu da necessidade de afirmar a sua própria iden-

tidade através dos seus valores culturais, artísticos, linguístico esocial. Outro grande objectivo que a APC defendia, relacionava--se com a inserção dos emigrantes dentro do mercado detrabalho. A APC chegou a ter no passado mais de 1500 sócios comquotização em dia. Podemos considerar a APC como parteintegrante de historiografia portuguesa no Canadá.

Qual é a importância da APC para a comunidadeportuguesa?

Actualmente, a importância da APC no tecido social português,consiste em dar aos portugueses um novo conceito de asso-ciativismo assente em acções de parcerias, na concepção deprojectos que auxiliem os mais necessitados, como é o caso daterceira idade que vê na APC o organismo que lhes confere umespaço de interacção social. Para os jovens a APC constitui omotivo de orgulho de um projecto rejuvenescido com o tempo, quese preocupa continuamente em criar um espaço de formação elazer e por outro incentivar o debate e entretenimento saudávelentre os jovens.

Vocês estão começando uma nova etapa com o Site Web...A nossa maior expectativa é saber como o povo vai reagir.

Sabemos que este passo visa essencialmente alargar a comu-nicação entre nós e portugueses espalhados pelo mundo. Criar umnovo instrumento de ligação com os nossos membros e difundira nossa experiência ao mundo lusófono. Temos trabalhado com osnossos parceiros lusófonos, nomeadamente, com a Casa do Brasilde Montreal, a Casa de Angola do Canadá e a Associação dosamigos da Guiné-Bissau. Temos desenvolvido várias parceriascom instituições sólidas e de grande prestígio no Canadá, como o“FIND”, o “Fringe”, o “Amarrás”, o “Fond Jeunesse do Québec”,o “Santropol Rolant” entre outros.

O sucesso da nossa página será garantido em menos de 1 anodepois do seu lançamento. Sem querer menosprezar todos os SiteWebs na Internet de expressão portuguesa no Canadá awww.apc7156.com é bem elaborada e com assuntos de interessesgeral. Agradecemos o trabalho criativo que tiverem os jovens daCygnus ao desenvolverem e conceberem o Site Web de todos quefalam a língua portuguesa.

Vocês estão com novos projectos!!!Temos dois projectos que aguardam a todo o momento os

respectivos financiamentos. O primeiro Renovar e Inovar, consisteem acções de formação contínua por módulos no ramo deinformática e o segundo, visa a reestruturação geral do nossoedifício e conversão da sala de espectáculo em sala Multi-Usos. Aconcretização destes dois projectos vai colocar a APC na linha dafrente do novo associativismo português em todo o Canadá.

Como vê a APC daqui a 10 anos?Estou convencido que a APC, dentro dos próximos 10 anos, vai

liderar todo o processo de fusão entre os mais variados gruposassociativos e consolidar a ideia de um grande centro dedesenvolvimento e difusão da língua portuguesa norte-americano.Temos condições favoráveis para atingirmos esta meta. A criaçãode um verdadeiro centro comunitário português, para todo o tipode acontecimentos sociais, culturais, políticos, académicos,turísticos, desportivos e científico. O património de 4 ou 5colectividades portugueses em Montreal, juntas, constituem umpotencial a ter em conta e que porá seguramente a comunidadeportuguesa de Montreal ao nível da grega e italiana.

As saídas de Portas

As promessas de feiticeiro doministro da Defesa, Paulo Portas,continuam a alimentar ilusõesque esperemos, não se confinemapenas a isso, a granadas defumos que servem, sabemos bem,tanto para localizar um objectivoa bombardear como para cobriruma retirada em terrenodescoberto…, perigoso…

Há demasiado tempo que seprolonga na maior das confusões,a promessa de atribuir aos ex-combatentes do Ultramar, umareforma justa.

Tudo começou com o esboço da Lei 9/2002 a provocar muitaagitação por entre os antigos combatentes, tentando com-preender todas as cláusulas — de difícil entendimento — do texto,fazendo interrogações, para as quais por vezes os própriosConsulados não conheciam as respostas, devido à falta deinformações convenientes, interrogando-se os próprios fun-cionários sobre o alcance do documento.

Em Portugal, os departamentos implicados, diziam que nem daía 10 anos, seriam capazes de atravessar os montes de reque-rimentos recebidos, analisando-os, confirmando informações,procurando outras. Então, decidiram alterar a data final derecepção alongando-a de algumas semanas, culminando a 31 deDezembro desse ano.

Depois, têm sido feitas várias acrobacias e mais umas quantaspromessas que, até agora, nada produziram. E foram-se juntandomais umas quantas dúvidas face a discriminações detectadas. Mascomo antes, o Ministro Paulo Portas e o Primeiro-Ministro da épocaDurão Barroso, sempre foram garantindo que todos os militaresex-combatentes, terão direito à pensão de reforma, sem excepção.Deliberou a Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, deproceder a uma audição com diversas entidades que, pelos seusconhecimentos e experiências, pudessem pronunciar-se acerca dalegislação sobre o âmbito da Lei 9/2002, de 11 de Fevereiro, quecomo é conhecido, trata da bonificação da contagem do tempoacrescido do serviço militar, prestado em condições especiais dedificuldade ou perigo, para efeito de pensão de reforma. Cumpredar alguns esclarecimentos jurídicos sobre o conjunto da situação:A relevância dos períodos de serviço militar obrigatório no âmbitodos regimes contributivos de segurança social, tem sido assegurada,historicamente, desde 1935, de duas formas distintas, consoante setrate de beneficiários que se encontravam abrangidos pela segurançasocial (um género de Régie des Rentes, disseram-me) à data daincorporação para cumprimento do serviço militar obrigatório oude beneficiários que, só posteriormente a essa incorporação, foramabrangidos pelos regimes de segurança social. No primeiro caso, osperíodos em causa dão lugar ao registo de remunerações porequivalência à entrada de contribuições e, no segundo, tais períodosrelevam para fixação da taxa global de formação das pensões. Mas emqualquer dos casos, e ao contrário do que acontecia no âmbito daCaixa Geral de Aposentações, aqueles períodos de serviço militarobrigatório, quando prestados em condições de especial perigosidade,não davam lugar a qualquer bonificação para efeito do cálculo daspensões. O Decreto-Lei nº311/97 de 13 de Novembro, veio permitira consideração dos períodos de serviço militar obrigatório prestadosnaquelas condições de perigo, por beneficiários de Segurança Socialactivos ou pensionistas – mediante o pagamento de contribuiçõesacrescidas. É neste enquadramento legal que surgiram asreivindicações que deram lugar à Lei nº9/2002, de 11 de Fevereiro,que veio estabelecer o regime jurídico da prestação do serviço militarde ex-combatentes, para efeito de aposentação e reforma”. Nestareunião ficou bem assente a promessa de que todos os ex-combatentes teriam tratamento igual. Avançaram então comuma data aproximada, entre Maio e Julho, para pagamento daspensões, data que foi a seguir passada para Setembro e,presentemente, fala-se para Outubro. Porém…Uma nova Lei vemlançar mais confusão e descrédito nas posições governamentais.“A Lei nº21/2004, de 5 de Junho, a qual alarga os benefícios decontagem de tempo dos períodos de prestação militar para efeitos deaposentação e reforma aos ex-combatentes que não tinham sidocontemplados pela Lei nº9/2002, de 11 de Fevereiro.

No que diz respeito aos ex-combatentes residentes no Canadá,podem requerer a contagem de tempo, aqueles que tenham sidobeneficiários do sistema de segurança social português, ainda quenão se encontre preenchido o prazo de garantia para acesso apensão”.Lá, eu gesticulo! Alguém compreende qualquer coisanisto? Pessoalmente não recebi qualquer resposta ao envio que fizda documentação ao abrigo da Lei nº9/2002. Como tal, não sei sesou ou não contemplado por esta. Também não fui beneficiário dosistema social português. Que fazer? Todos quantos estejam nestasituação— penso que sejam muitos—, terão de enviar a mesmadocumentação que foi dirigida ao Ministério da Defesa em 2002,mas desta vez, e até o 8 de Dezembro, para o Departamento deApoio aos Ex-Combatentes? O que é que virá a seguir? Quantassaídas, quantas portas, tem o labirinto do Ministro Portas?O que oSenhor Ministro tem de compreender é que qualquer manceboque tenha cumprido o serviço militar aos 20 anos, não deve tercontribuído até então para o tal sistema de segurança social.Estudante ou trabalhador laboral, não será muito fácil encontrar-

-se quem tenha participado nesse tipo de contribuições. Seemigrou depois de cumprido o serviço militar, também não foicontribuinte do sistema. Em que ficamos então? Faz-sediscriminação por entre os ex- combatentes? A que título? Ná pódi,… jura mesmo, Zâmbi!Trata-se de ex-combatentes, SenhorMinistro. Daqueles que deram o corpo ao manifesto fora de portas.Não dos que descortinaram maneira de se ficarem pelo jardim àbeira-mar plantado, explorando a cunha, recorrendo à deserçãopura e simples, ou alegando ideias políticas e/ou religiosas.

Há que rever e simplificar, Senhor governante. E deixe de nosutilizar politicamente!...

O Senhor Portas, terá de encontrar outra saída!

Page 6: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

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A Caminho da EscolaBenjamim Silva

Creio, sem grande margemde erro, estarmos mais uma veznuma das mais activas e sem-pre lembradas épocas do ano.Como aluno, pai ou professor,foram momentos que se repe-tiram durante décadas, ano

após ano, mas desculpem oparadoxo, sempre cheios denovidade e de mais ou menosansiosas interrogações:

- Quem serão os meus com-panheiros de turma?

- Os novos professores serãosimpáticos, “bonzinhos”?

- Os livros serão difíceis?Com a passagem dos anos, as

ingénuas e simples questões fo-ram substituídas por outrasmais preocupantes e, quantasvezes, frustrantes:

- A Escola dos meus filhos estábem dirigida, organizada?

- Os professores serão com-petentes?

- Quanto vou gastar nas pro-pinas e nos materiais escolares?

Nunca, todavia, a proble-mática foi tão complexa e absor-vente como quando atingimosas responsabilidades inerentesà função docente:

- Conseguirei interessar osnovos alunos?

- Terão qualidade didáctico--pedagógica os livros e os ou-tros materiais escolares?

- Poderemos contar com oapoio da direcção? E dos pais?

- Terei possibilidades mate-riais para me actualizar?

Como é evidente, O Caminhoera sempre cheio de obstá-culos, difícil de percorrer: Todaa nossa compreensão acom-panha os que a estão agora atrilhar – alunos, pais e profes-sores. Nunca foi mais oportuno,portanto, invocar as inesque-cíveis palavras do notável escri-tor Trindade Coelho:

- “Isto é preciso muita pa-ciência. Um mestre precisa de

ser um santo...Mas está bem,diga lá que a encomendinha(novo aluno) cá ficou. Em boahora entrasse...”

Muito recentemente, aquiem Montreal, foi publicadomais um estudo que põe emrelevo o perigo que a sobre-carga de trabalho constituepara a saúde psico-fisiológica doprofessor. Será, pois, de toda apertinência dar destaque, nes-te mundo tão carecido de re-zas, à Oração do Professor.

Se, por milagre ou sorteinusitada, os seus alunos sãocomo o indicado no poema “ ACaminho da Escola” do meuvelhíssimo livro de leitura:

“És bondoso e aplicado,cortês e respeitador:por isso és tão estimadopelo nosso professor.”Então, ponham de lado a

Oração e, sonhando, conti-nuem A Caminho da Escola.

Dr. Pedro Costa na Sala do Espírito SantoCom o Convívio ribeiragrandense

Texto e fotos de António Vallacorba

O dr. António Pedro Costa,presidente da Câmara Munici-pal da Ribeira Grande, ilha deSão Miguel, apesar de muitoprocurado entre nós e da sua“apertadíssima” agenda, nãoquis deixar de passar na quarta-feira transacta pela Sala do Di-vino Espírito Santo, no CentroComunitário da Missão SantaCruz, onde se encontrou comos dirigentes do Convívio dosNaturais do Concelho da Ribei-ra Grande de Montréal, para,

segundo disse “vos trazer umabraço e para exactamente vosmotivar também a trabalharpela nossa terra”.

O concelho da Ribeira Gran-de é aquele que ao longo destes50 anos, mais filhos deu paraemigração com destino ao Ca-nadá.

Para receber o autarca mi-caelense, que vinha acompa-nhado da esposa, irmã e cunha-do, estavam ainda o padre JoséMaria Cardoso, responsável daMissão; Joe Puga, popular artis-ta local e descendente de ribei-ragrandenes, assim como asesposas dos membros desteconvívio e alguns amigos.

Na altura, o presidente desteConvívio, Ildeberto Silva, nasaudação de boas-vindas aoilustre visitante, congratu-lando-se por esta visita, falou do“muito amor, sacrifício e empe-nho com que estas nove famí-lias se têm disponibilizado paraa realização annual do encon-tro entre ribeiragrandenses”.

Aliás, tal facto foi expres-samente reconhecido pelo au-tarca ribeiragrandense, quan-do, no uso da palavra, declarouque “quem está fora dá maisvalor àquilo que lá está. Infeliz-mente – lamentou – aquelesque lá estão (na Ribeira Gran-de), não dão tanto valor à nossaterra como vocês”.

“Dou-vos os parabéns – disse-

por essa disponibilidade paratrabalharem em prol e promo-ção da nossa cidade e do nossoconcelho, porque nos dias dehoje, cada vez é mais difícilarranjar gente que trabalhepara os outros”, explicando que“aqueles que mais falam e criti-cam, são os que menos têm paradar aos outros”.

Entretanto, e tal como osdemais políticos portugueses,teve um apelo a fazer no que dizrespeito à nossa língua e de-mais cultura.

Referindo-se, pois, à sua pre-sença nas celebrações dos 50anos da chegada dos primeirosemigrantes a Laval, confessoua “mágoa” que sentiu ao tervisto muitos poucos jovens luso-descendentes nesse evento.

“Vejo isso com preocupação –exteriorizou -, pois é resultadoda falta do nosso empenho emtermos o cuidado, a preocu-pação de dizer-mos aos maisnovos que é preciso continuar

a ter amor pela nossa terra”.E, perguntando: “Como é

que um jovem aqui pode teramor pela terra dos pais?”, logorespondeu à sua própria per-gunta, ao afirmar que só háuma maneira: “Ensinando-lhesa língua, ensinando a históriada sua terra; falando-lhes sobreos usos e costumes da nossaterra, porque assim vai desper-tar neles algum interesse”.

Daí ter alertado para o factode “se a gente não se agarrar àsnossas raízes, daqui a pouco anossa cultura vai desapareceraqui no Quebeque”.

Consequentemente, deixoueste apelo para falarem com osfilhos “em português. Se elessouberem falar bem portu-guês, valorizam-se. Quantomais línguas souberem, maisvalorizados ficam”.

Por outro lado, sugeriu queprocurassem (o convívio) cons-tituir-se em associação, namedida em que só assim é quemelhor assegurarão o seu fu-turo, enquanto merecendomaior consideração da partedos políticos locais e da Região.

Seguiu-se a troca de lem-branças e um Porto de Honrano breve momento de confra-ternização, já que o dr. PedroCosta estava sendo esperadoseguidamente na Casa dosAçores do Quebeque (ver arti-go noutra local).

Guitarras choram baixinhoFirmino Teixeira emudeceu

Saber-se que alguém partepara além deste mundo de a-gruras ou de venturas, é sem-pre momento de tristeza. Quan-do se trata de um amigo e sen-do ele próprio amigo das gentese do mundo que o rodeia, ébastante mais desesperante.

Sabíamo-lo doente desde háalgum tempo já. A princípiopensava-se que fosse algo desuperficial, de passageiro. Masa situação, apesar do enco-rajamento que ele a si própriofacultava, foi-se deteriorando,por entre transições que pormomentos, pareciam quererescapar ao inexorável.

E a notícia chegou rude, bru-tal. Mão fria e insensível arre-batou-o, transportando-o paralonge do convívio dos seus e dosmuitos amigos que por cá tinha.

Firmino Teixeira, alegre bo-nacheirão da região de Miran-dela, no norte de Portugal,tinha dois grande amores: afamília e a guitarra.

A primeira, acarinhava comaquele amor que faz vencerobstáculos, estabelecer orien-tações, plantar estacas de plan-tas que depois de criarem raí-zes se expandem, prontas aconquistarem sóis e mundos OFirmino era dessa força. Ultra-passar fronteiras e sentir-sebem em qualquer território. Dealegre convívio, sempre dispo-nível para ajudar onde pudesse,tinha a perfeita lucidez das suaspossibilidades e colaboravacom quantos o aproximassem.Muitos serão os que dele apro-veitaram conselhos e ouvidoatento. Porque se não negavaum comentário, uma opinião,também sabia ouvir e acatar ospareceres de outrem. Estaforma de estar na vida, semhipocrisia, leal e participante,granjearam-lhe imensas ami-zades de pessoas de váriosestratos sociais. Que fizeramquestão, logo que a trágicanotícia foi conhecida, de inter-

romper as suas actividadespara irem dizer-lhe um últimoadeus. Um último aplauso nomomento da partida.

Mas o Firmino tinha o talsegundo amor — na formadum coração, na forma dumaguitarra. Portuguesa.

Tendo começado a tocarbandolim com a idade de 11anos e com a ajuda do pai, lá emSuçães, no Nordeste das altasserras, onde a vizinhança daEspanha mais aguça o por-tuguesismo, acabou por de-dicar-se à guitarra..

Depois de várias peripécias edo cumprimento da vida mili-tar, fixou-se em Montreal em1986 e tendo trazido na baga-gem o instrumento musical dasua predilecção, estreou-se nomeio comunitário no antigoRestaurante Palácio Duluth,levado pelo seu amigo JoséJoão. Bom vento o levou até láporque a partir de então, foi umnão mais acabar de colabo-rações com artistas comuni-tários, nunca rejeitando a com-panhia de quem quer que fos-se.

A guitarra, esse instrumentotão genuinamente português,encontrou no Firmino, um dosseus melhores intérpretes que,à sua maneira, ajudou a mantera tradição musical popular eurbana que é o Fado. Com essegosto de dedilhar a guitarra,uniu num abraço fraternal,executantes, cantadores e can-tadeiras, rodeados de muitopúblico anónimo que lhe agra-decem o entusiasmo e dispo-nibilidade que sempre ofere-ceu.

Um homem calou-se. Umaguitarra emudeceu. Possam osdois repousar em Paz e deixar-nos tentar compreender o in-compreensível.

Num último aplauso, guitar-ras choram baixinho.

Até sempre e obrigado, Fir-mino.

Raul Mesquita

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 7

Vária1 de Setembro de 1939A Alemanha invade a Polónia

Começa a 2ª Guerra Mun-dial. O que é que provocou oinício da mais sangrenta guer-ra que a Humanidade conhe-ceu? Para o sabermos, teremosque recuar a 1919. A GrandeGuerra, ou a 1ª Guerra Mun-dial, tinha acabado um ano

antes e os países que nela inter-vieram decidiram de formaruma sociedade internacionalque trabalhasse de concertocom todos os países membros,para fazer permanecer a Paz. AS.D.N.— a Sociedade das Na-ções tinha por missão de de-clarar fora da Lei a guerra e deaplicar todo o tipo de sançõesjulgadas convenientes, contraqualquer país que violasse a Pazno mundo. As represálias po-diam ser sob forma de em-bargos comerciais ou por ac-ções militares. Devia preservar-se a Paz sob todas as formas. Sóum acontecimento de grandeimportância poderia fazer ultra-passar estas prerrogativas. Omomento não tardou muito.Em 1929 o famoso “crash” dabanca americana pôs milhõesde pessoas na miséria, e nãoapenas nos Estados Unidos.Em todo o mundo as fábricasfazem falência, comércios fe-cham as portas, milhões dedesempregados erram pelasruas na esperança de encontrarum pequeno trabalho que osajude a atravessar a crise. Cau-sas perdidas. Cada país, em vezde procurar colectivamentereanimar a economia mundial,fechou-se entre as suas frontei-ras tentando individualmenteresolver o seu problema. Oranormalmente há apenas duasmaneiras de equilibrar a econo-mia: explorando as suas rique-zas naturais ou então, procurarobter as riquezas de outrem,maneira delicada de mencio-nar o roubo pela força das ar-mas.

A primeira potência a esco-lher este caminho foi o Japão—país dominado por militares ul-tra nacionalistas que em 1931invade e ocupa a Manchúria,território chinês, onde TchangKai-chek, chefe nacionalistaapenas empossado do poder,procurava unificar à volta deum governo central. A Chinaprotestou e pediu a ajuda daSDN que apoiada pelos EUAexigiu a retirada das tropasjaponesas, ultimato recusadopelos nipónicos. Como não fo-ram feitas quaisquer sanções, amuito desejada e apregoadadefesa e segurança colectivaque a SDN pretendia repre-sentar deixou de ter qualquersombra de senso. O mundoeuropeu tinha muitos proble-mas a resolver. Na grande A-mérica estava-se em eleiçõespresidenciais. Roosevelt é acla-mado em Novembro. A Ingla-terra atravessava uma dasmaiores calamidades da sua

História: 12 000 marinheiros dapoderosa Navy, insurgiram-secontra o governo. A Françaprocurava por um lado fazer-seindemnizar pela Alemanha dosprejuízos causados pela Guerrade 1914 e, por outro lado, evitarde pagar aos americanos as

dívidas contraídas para a de-fesa do seu território

Na Alemanha, a braços igual-mente com milhões de desem-pregados, todas as razões eramboas para apontar os judeus e“inventar” comunistas comoresponsáveis da crise econó-mica. Pouco a pouco, uma figu-ra nacionalista com tendênciasirracionais, se projectou naadministração alemã e graçasaos seus inflamados discursos,granjeou as simpatias e os apoi-os de outros brutos sem escrú-pulos que, passo a passo, deramnascença ao monstro sangui-nário que foi o nazismo. Seguiu-se um período de valsas entreos governos francês, inglês eamericano, que permitiram aconquista da Etiópia por Mus-solini, que se fez aliado de Hi-tler. Este, fez ensaios de aviõese outras armas na guerra deEspanha e, a seguir, ocupou aÁustria e Checoslováquia, como beneplácito da Inglaterra edo imbecil do seu Ministro dosNegócios estrangeiros, Cham-berlain.

Acordos foram assinados poruns e outros e nenhum delesrespeitado. Entretanto Hitlerafirmava exigir o espaço vitalpara se expandir e que nãotinha criado Wehrmatch—forte de 850 000 homens e pos-suidora de armamento muitomais superior em número e tipoque os países europeus juntos,para se quedar a apanhar mofoem Viena ou em Praga. Tinhaportanto de ir para a guerra.

Só, tardiamente, a França ea Inglaterra tomaram consciên-cia dos seus erros e no caos emque ia mergulhar a Europa e omundo.

A 1 de Setembro de 1939, astropas nazis invadiram a Po-lónia, onde os SS aprisionaram60 mil pessoas e criaram o“guetos” judeus e de todos osopositores às vistas do Füher.

Tinha começado a SegundaGuerra Mundial, que só iriaterminar em Agosto de 1945.

Raul Mesquita

O presidente da Ribeira Grande em Montréal:Recepção na Casa dos Açores do Quebec

Texto de António Vallacorba e fotos de Sylvio Martins

A Casa dos Açores do Quebe-que (Caçorbec) ofereceu naquarta-feira passada uma re-cepção ao dr. António PedroCosta, presidente da CâmaraMunicipal da Ribeira Grande,Ilha de São Miguel – momentoque ficou registado com a assi-natura do livro de honra e a

troca de lembranças, entreoutros.

Como foi anunciado, o edilmicaelense esteve de passagempela nossa comunidade noâmbito protocolar da gemi-nação das cidades da RibeiraGrande e de Laval e das come-morações dos 50 anos da che-gada dos primeiros emigrantesàquele burgo lavalense, tendopara tal se deslocado ao Quebe-que com um grupo de empre-sários do seu concelho

“Vir a Montréal e não pisar ochão da Casa dos Açores, écomo ir a Roma e não ver oPapa”, disse o ilustre visitante acerta altura do seu discurso efeliz por ver “tanta gente co-nhecida”, acrescentando que“entrar nesta sala, estamosentrando exactamente na nos-sa terra; é o mesmo que estarnos Açores. E encontramosaqui as nossas raízes”.

De facto, muita gente ribei-ragrandense viera cumpri-mentar o dr. Pedro Costa, masnão só, e entre a qual se encon-travam, para além do padreJosé V. Arruda, responsável daMissão de Nossa Senhora deFátima de Laval e natural daRibeira Seca, mas tambémDavid Pereira, em represen-tação do consulado português,e Luis Miranda, vereador porAnjou.

O presidente da RibeiraGrande – lembramos – falaradepois das palavras de sauda-ção de Damião Sousa, pre-sidente da Caçorbec e oriundotambém da mesma terra da-quele autarca - a novel vila deRabo de Peixe -, nas quais secongratulou por esta visita àcolectividade que dirige e sesentiu “muito orgulhoso peloexcelente trabalho que vemdesempenhando à frente doconcelho nortenho de S. Mi-guel”.

Felicitando os antigos e ac-tuais dirigentes da Caçorbecpela “forma tenaz e entusiástica

com que continuam teimosa-mente a manter esta casa sem-pre em actividade”, o dr. PedroCosta lembrou que nem sem-pre é fácil “encontrar gentedisponível para trabalhar emprol da comunidade”.

No entanto, e tal como fizerano encontro com os dirigentes

do Convívio ribeiragrandense,lançou um desafio à Caçorbecpara atrair a juventude e que,no seu dizer, está “voltandocostas às suas origens”.

Por isso, fez a afirmação deque “A Casa dos Açores temum papel fundamental em po-der dar oportunidade com assuas actividades, em atrair cadavez mais jovens, para que elespossam ter uma ligação afectivae efectiva com as suas raízes”.

E, anunciando, ao findar, irassumir funções no Parlamen-to açoriano, disse que gostariade ter o apoio de todos nós, a fimde “me deixarem falar em no-me de vocês”.

Explicando aquele seu pedi-

do, salientou o desejo de “dizerbem alto lá que é preciso olharmais para esta terra”, que osque “cá estão e têm dupla na-cionalidade, têm tantos direi-tos como os que lá estão”.

“Porquê – perguntou – tervoto no Presidente da Repú-blica e não poderem ter voto naescolha do Governo Regionaldos Açores?”

“É uma injustiça”!, disse. “Sesão açorianos para algumacoisa , também têm que seraçorianos para outra coisa”.

Consequentemente, e aodeixar este seu “compromisso”

de falar sobre este assunto,prometeu como deputado pelaIlha de S. Miguel “chocalhar asconsciências das autoridadesnacionais, para que, de facto,todos os partidos se possam

entender sobre esta matéria”.A talentosa Fátima Miguel,

ela própria oriunda do con-celho ribeiragrandense, can-tou, sentidamente, alguns fadosdo seu vasto reportório (um dosquais da sua autoria), em jeito

de homenagem ao distintovisitante, logo após ter sidoservido o lauto bufete para talpreparado pela colectividade,com a ajuda dos associados eamigos.

Desejamos ao dr. Pedro Cos-ta uma boa viagem de regresso,com votos de contínuo êxito nasua carreira política.

Arménia TeixeiraAdvogada

1303, Avenue Greene, # 403 H3Z 2A7

4999 Boul. St-Charles #200A, Pierrefonds, H9H [email protected]

Tel. : (514) 931-3883 ext. 16Fax : (514) 624-8632

Page 8: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 8

Segundo a lenda, o queijoteria sido descoberto por umdos filhos de Apolo, Aristeu, Reide Arcádia.

Se bem que se ignorem mui-tos pormenores sobre as ori-gens exactas deste alimento, aHistória confirma a sua anti-guidade.

Com efeito, admite-se quetenha sido inventado antes damanteiga. Os Assírios, os Cal-deus e os Egípcios e, poste-riormente, os Grecos e os Ro-manos apreciavam o queijo, doqual fabricavam inúmeras va-riedades e cujas virtudesconheciam, pois utilizavam-nona alimentação dos soldados eatletas.

Em Planto, no comediógrafoRomano, pode ler-se a cate-goria que atingia o queijo (ca-seus) na antiga Roma.

A elaboração deste alimentotão apreciado por nós baseia-seem três descobertas funda-mentais, que permanecerampara sempre.

A primeira é a obtenção doleite, há mais de 10.000 anos.Este é utilizado pelo homemcomo componente da sua ali-mentação, desde que surgiu aideia de ordenhar os animaispara beber o seu leite.

Não lhes passava desper-cebida a influência da tempe-ratura. Nas caves, devido aofogo e ao calor, o leite coalhavarapidamente. Foi assim quenasceu a segunda descoberta,o conhecimento técnico dequeijaria, que rapidamenteconduziu a outro: quando o leite

coalhava e solidificava, escorriaum líquido e a coalhada ficavamais consistente.

Mais tarde acelerou-se esteprocesso, colocando o leitecoalhado numa cesta de vimeou outro recipiente provido defuros, para deixar correr o“soro”.

Deste modo se produz umapasta branca e consistente (orequeijão, que ainda hoje éproduzido pelo mesmo pro-cesso).

A terceira descoberta emmatéria de queijos é o coalho,enzima digestiva que se extraido estômago dos cabritos.

Do longo caminho do queijoe da queijaria através dos tem-pos, desde a Antiguidade, pas-sando pela Idade Média, atéaos nossos dias, havia muitas

coisas interessantes para con-tar…

Foram numeradas cerca de400 espécies de queijo em todoo Mundo e através dos séculos:cada variedade adquiriu, apouco e pouco, reputação pró-pria e completam agradavel-mente qualquer refeição.

A autenticidade dos queijosreveste-se de grande impor-tância, pois em muitos paísesexiste um regulamento sobre oseu fabrico e os seus certifi-cados de origem, caso de Portu-gal.

No fim da refeição, e antesdos doces ou frutos, deve ser-vir-se um prato de queijo, com-posto de queijos variados, esco-lhidos conforme a época e a-companhados de nozinhas demanteiga, cominho, um moi-nho de pimenta e pratos comfatias de pão escuro, pão bran-co e de centeio.

Os queijos deverão ser apre-sentados sem invólucro ouqualquer embalagem e sobreuma camada de folhas de vi-nha.

História do queijo

Escola Português do AtlânticoDedicada aos filhos dos portugueses residentes na cidade de Montreal

As matrículas serão feitas na Escola St-Louis, 38 Fairmount Este, no dia 11 de Setembro de 2004, das 9h00 às 12h30.

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Lembramos que o custo das inscrições já tem “taxa”incluída

A Escola Português do Atlântico reserva o direito de limitar as inscriçõesPara qualquer informação não hesite em telefonar para (514) 387-1551

Leccionaremos da primeira à nona classe, inclusiveA qualidade do ensino ministrado é devidamente reconhecida pelo

Ministério da Educação em Portugal e no Québec

Os alunos do secundário beneficiam dos “créditos” junto do Ministério da Educação de QuébecAs aulas decorrerão na Escola St-Louis

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A neutralidade impossívelDo Diário de notícias com a devida vénia

A neutralidade é impossívelno Iraque, afirma o primeiro-ministro de Bagdad, Iyad Alla-wi, a propósito do sequestro dedois jornalistas franceses pelo«Exército Islâmico do Iraque»,o mesmo que reivindicou amorte do jornalista italianoEnzo Baldoni. Allawi diz quetalvez estes casos convençamos media internacionais «achamarem pelo seu verdadeironome os criminosos que ope-ram no Iraque. Trata-se deterrorismo e não de resistên-cia».

Os sequestradores ameaçamexecutar Christian Chesnot, daRadio France International, eGeorges Malbrunot, que tra-balha para o jornal Le Figaro,caso a França não anule, no

prazo de 48 horas, a lei queproíbe o véu islâmico na escolapública. Os terroristas referem-se à lei sobre o laicismo, queproíbe a utilização nas escolaspúblicas francesas de símbolosreligiosos como o kippa judaico,o crucifixo cristão ou o véuislâmico.

A ameaça de execução dosdois jornalistas já deu origem ainúmeros protestos, tanto noOcidente como no mundo ára-be, com destaque para o secre-tário-geral da Liga Árabe, AmrMussa, o presidente da Auto-ridade Nacional Palestiniana,Yasser Arafat, o director doObservatório Islâmico, Yasseral-Serri, e a estação televisivado Qatar, Al-Jazeera. Todosreclamam a libertação imediata

dos dois jornalistas e Arafat vaimesmo ao ponto de afirmar que«estes jornalistas apoiam ascausas palestiniana e iraquia-na».

Os dois profissionais da infor-mação encontravam-se no e-xercício da sua função e foramraptados por indivíduos que, acoberto de uma aparente de-fesa da causa islâmica, mais nãosão que terroristas sanguiná-rios para quem todos os pretex-tos são válidos para humilhar ematar cidadãos ocidentais.Terroristas a quem não importaque a França não tenha apoia-do a intervenção militar noIraque e que os muçulmanosque vivem naquele país pos-sam vir a ser alvo da segre-gação e do ódio dos franceses.Com a escalada do terrorismo,é caso para perguntar: como épossível pensar em neutra-lidades?

Fogos em Castelo Branco, Lisboa e Bragança Três incêndios florestais

activos às 18 horas, segundoo Serviço Nacional de Bom-beiros e Protecção Civil

Três incêndios florestaisestavam activos no dia de on-tem nos distritos de CasteloBranco, Lisboa e Bragança,anunciou o Serviço Nacional deBombeiros e Protecção Civil(SNBPC). No distrito de Cas-telo Branco, o fogo lavra nalocalidade de Urondo, no con-celho da Covilhã, envolvendono seu combate 101 bombei-ros, 25 veículos, dois helicóp-teros bombardeiros ligeiros,um helicóptero bombardeiropesado e dois aviões Canadair.

No distrito de Lisboa, o incên-dio decorre na localidade dePóvoa da Galega, no concelhode Mafra. Encontram-se noterreno 52 bombeiros, 17 via-turas e um helicóptero bom-bardeiro ligeiro. No distrito deBragança, as chamas lavramna localidade de Palas, con-celho de Vinhais, onde vinte eum bombeiros tentam dominaro fogo, apoiados por cinco veí-culos, dois aviões ligeiros e umhelicóptero bombardeiro ligei-ro. Durante o dia de hoje, oSNBPC registou outros incên-dios nos distritos de Faro (La-gos), Bragança (Torre de Mon-corvo), Vila Real (Redial, Ga-

faria e Vassalo), Viana do Cas-telo (Vila Nova de Cerveira eSanta Ovidea), Guarda (Celo-rico da Beira), Viseu (Cinfães)e Lisboa (Mafra), que já seencontram extintos.

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 9

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VáriaAutoridade e Poder

Manuel Louro

A velha distinção entre auto-ridade e poder é sempre deactualidade. Um povo podeescolher um governo e cons-tatar depois que este governonão tem poder, que é ineficaz,estando a sua acção entravadapor forças que o impedem defuncionar normalmente: a fi-nança, os agentes interna-cionais do crime, para só no-mear estes. Dir-se-à então queeste governo detém a auto-ridade mas falta-lhe o poder.

Autoridade significa legiti-midade em matéria de gover-no; é o direito de ocupar umposto de chefe.

Poder significa eficácia,exercício da força, influência,dinheiro (o poder passa pelodinheiro).

Estritamente falando, segun-do o “Vocabulaire de la philo-sophie et des sciences hu-maines « :

-A autoridade é o direito legalde comandar, de possuir oficial-mente o poder.

-A autoridade inspira o senti-mento de respeito.

-O poder inspira temor, me-do.

-A autoridade refere-se àdignidade, ao direito e à forçainterna de cada indivíduo...

-O poder refere-se ao diri-gismo, à força adquirida pelasarmas, à possessão exclusiva,às ambições de dominação.

-A autoridade é força da leireconhecida pelo senso co-mum, prescrita pela autoridadesoberana e executada pelopoder político que, em temponormal, é inseparável da auto-ridade legal.

-O poder é força cega que,sendo arbitrária, pode dege-nerar em ditadura.

Em suma:-A autoridade é o mandato e

o poder é o meio de o executar.Exemplo: em Portugal, antes

do 25 de Abril, o Governo deti-nha a autoridade legal e o po-der executivo. No 25 de Abril,esse Governo continuou com amesma autoridade legal reco-nhecida pela Constituição epela Sociedade internacional,mas perdeu o poder. Ineficazpor ser incapaz de exercer aautoridade, desprovido de for-ça e sem armas de defesa,exilou-se, porque “contra aforça não há resistência”.

Normalmente a autoridade eo poder não são duas peçasdistintas, mas sim dois aspectosda mesma realidade. Um go-verno normal deveria deterconjuntamente a autoridadeem virtude da legitimidade e opoder do mandato para asse-gurar o bem-estar e a felicidadedos cidadãos, de contrário serácomo o pastor que olha, impo-tente, os lobos a atacarem orebanho.

Todos os países do mundotêm um chefe, quer seja rainhaou rei, presidente, primeiroministro, sultão, cheik, etc. Se

isto fosse um luxo inútil, hámuito que certos países maisvanguardistas teriam abolidoesta função.

Para os que acusam os go-vernos de todos os males, opoder parece ser, portanto ummal necessário, como a morteque ceifa as velhas carcaças eas expede para a grande reci-clagem da natureza.

Aliás, até os anarquistasrevolucionários necessitam dechefes. Platão e Kant reco-nhecem nos seres humanos um“carácter de insociabilidadeque os puxa a quererem tudodirigir segundo o seu gostopessoal”. A conclusão é semprea mesma: para que estas ferashumanas puxem juntas só nosentido do bem comum, deveexistir um chefe que tenha asrédeas seguras e que façaestalar o chicote de vez emquando nas costas dos eleitoresmais “tachitas”.

A sociedade, tal como a co-nhecemos e tal como existedesde tempos imemoráveis, éessencialmente o lugar depermuta de serviços: serviço docarteiro, serviço do médico,serviço do soldador, serviço doprofessor, serviço do enge-nheiro, serviço de lava-carros,serviço de advogado e notário,serviço de ambulâncias...

Estes inumeráveis serviços,que constituem o bem comum,não se harmonizam esponta-neamente, mesmo com a me-lhor das boas vontades dosresponsáveis de cada serviço ea mesma coisa acontece emtodos os outros serviço: serviçosde saúde, de educação, artes,universidades...

Em todos eles alguém devedecidir. Esse alguém é o Go-verno, o poder político res-

ponsável do bem comum e en-carregado de realizar (teori-camente) a harmonia destesserviços.

Portanto, que um governoseja necessário a uma socie-dade como a cabeça é neces-sária a um animal, é uma coisaevidente; mas que o governoseja bem exercido, é outra coisamenos certa.

Falar de Poder como serviçoao público é uma graça semgraça nenhuma, quando seconsidera a triste realidade.

A maioria dos povos da terravivem no terror, tremem demedo diante os pretendidosservidores do povo, temem,adulam, rastejam, calam-se napresença de tão grandes se-nhores.

Estamos nos antípodas doPoder-Serviço. Em quase ne-nhuma parte do mundo se en-contra o poder serviço, tãoprometido em tempo de elei-ções e tão desconhecido ouesquecido durante o mandatorecebido do povo. Depois das e-leições é o “self-service” (serve--te a ti mesmo) que prevalece,isto é, o Poder que se ocupa dosauto-interesses pessoais, doseleitos, do partido e dos amigos,antes do interesse pelo povoque os elegeu.

A história do Poder é a histó-ria do abuso de Poder.

O remédio para todos estesmales não consiste em suprimiro Poder: isto é impossível. Oremédio consistirá em orga-nizar o Poder de outra maneira:Partilhar o Poder – Direito ina-lienável. Este direito à parti-cipação deve ser reivindicadoporque aqueles que detêm oPoder não estão muito incli-nados a partilhá-lo.

Dizia Paul Valery: ”A políticaé a arte de impedir as pessoasde se ocuparem do que lhes dizrespeito”.

Um tema de vez em quandoA liberdade de expressão (2)C.H.O.I.-FM soma e segue

Joviano Vaz

Após longas discussões entreadvogados e juizes, o Supremo,Tribunal de Justiça do Canada,decidiu prolongar até ao pró-ximo mês de Março a licença dedifusão da estação CHOI-FMde Québec.

Porquê este prolongamento?Trata-se apenas de uma op-

ção jurídica que permite o fun-cionamento da estação de rádioaté ao fim do processo.

O Tribunal não exigiu ne-nhuma proibição especial.

Mas o proprietário da esta-ção revelou que já há cerca deduas semanas impôs ao ani-mador Jean-François Filionuma vigilância específica, nosentido de impedir mais pro-blemas.

Sem esta decisão temporáriado Tribunal a estação teriadeixado de transmitir ontem.

O controverso mas compe-tente advogado Guy Bertrand,apresentou ao aludido Tribu-nal um “dossier” de cerca de 10

000 páginas que deverão serdigeridas pelo Tribunal e pelosadvogados de ambas as partes.

Mas a decisão actual nãoinvalida a decisão do CRTC defechar a estação.

E seria mesmo de admirarque tal facto se torne realidade.

Porque se o Supremo Tribu-nal anula a decisão do orga-nismo encarregado de defen-der a qualidade das ondas ra-diofónicas, um lamentável pre-cedente será criado.

Porque isto significaria que aliberdade de imprensa tão caraaos defensores da “liberdade”,seria extraordinariamente pre-judicada.

Deve-se ao escritor quebe-quense Raymond Corriveau,presidente do Conselho deImprensa do Quebeque, asseguintes palavras extraídasduma carta que ele acaba depublicar no Jornal “Le Devoir”.

“O Direito Canadiano, assimcomo o Direito Internacional,condena aqueles que praticama violência verbal ou não.

E condena também aquelesque incitam a violência.

A liberdade de expressão nãoé absoluta. É relativa.

E é evidente que os excessodos animadores de CHOI-FMsão prejudiciais à colectivi-dade”

Muita água correu sob aspontes desde que o CRTC de-

cidiu fechar a estação.Jornalistas de todos os qua-

drantes políticos se têm mani-festado.

Uns com clareza e compe-tência, outros menos felizes,nem sempre têm sido justos nosseus escritos.

Mas vale a pena citar o quetem sido escrito contra a jorna-lista do Jornal de Montreal,Marie Plourde. Escreveu elarecentemente, no periódicoacima referido que a liberdadede expressão era relativa e quea decisão do CRTC era justa.

Que foi ela dizer? Recebeu apobre cartas e telefonemasdesagradáveis à semelhançado que se passa muitas vezespor aqui na nossa Comunida-de.Transcrevo apenas duascitações das muitas cartas porela recebidas:

1)“Não se fecha uma estaçãoporque ela não agrada a genteda tua espécie”.

2)“Diz-me, minha querida,qual é a diferença entre ti e umaprostituta da rua Santa Cata-rina?

Malcriados existem em todasas culturas. Lá como cá, másfadas há. Mas basta de tantafalta de educação.

LeiaA Voz de Portugal

o seu jornal‡

quarta-feira

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 0

Comunidade

Alguns aspectos do Festival...

No decorrer do Festival Cul-tural da Comunidade Portu-guesa que teve lugar no fim desemana transacto, houve filme,folclore, marchas, e houvetambém outros sabores danossa terra, tal como a cançãoe o fado. A noite de sexta feirafoi bem nossa, bem à portu-guesa, foi um sarau diferenteno seio do nosso bairro. De sa-lientar a ajuda incondicionalde Duarte e DJ-Xmen ao ani-marem os últimos três dias dofestival. Para além de tocarem

variadas modas eis que o Duar-te nos interpretou vários núme-ros reunindo assim todas aspessoas num ambiente de des-contracção e alegria.

O serão continuou com Ka-rine Rebelo, uma jovem luso-canadiana que nos apresentouum outro sabor, um sabor ára-be. Era ver os movimentos des-ta menina de 12 anos, que éuma grande apreciadora damúsica e danças árabes. AKarine contou-me uma coisamuito interessante: “Sabe, estanoite é a noite mais feliz daminha vida, pois que danceidiante de tanta gente!”

Seguiu-se com a Fátima Mi-guel, que está sempre pronta acolaborar com todos, dandosempre o máximo. Se o povo aaplaudiu enquanto ela cantava

ao som do seu CD, ainda mais aaplaudiram quando se fezacompanhar por NelsonMoreira e António Valadas,dois grandes músicos que te-mos na nossa comunidade.Duarte e Nelson também pro-porcionaram uns bons momen-tos musicais.

A música é encarada comouma arte de sonho, que eleva aalma, sendo até uma forma deoração e eis que João Rebelonos vem permitir escutar al-guns fados.

Eis que Cristina Rodriguessobe ao palco e o silêncio reinapor toda a parte pois todos aqueriam ouvir. O tempo estavabom , a noite linda, e o espec-

táculo maravilhoso. Eis que,em seguida, nos aparece CarlosRodrigues mostrando-nosuma vez mais o valor da suavoz.

Como tudo tem fim, veio aJordalina Benfeito veio encer-rar esta noite de fados, e disse--me que está comemorandoeste ano o vigésimo aniversáriode carreira artística. Esta artis-ta é um pilar, consegue reunirinúmeras pessoas, e esta noitenão foi excepção pois o espaçoem frente ao parque de Portu-

gal estava cheiinho. Foi commuito gosto que seus tocadoresde guitarra e viola, o AntónioMoniz e o Libério Lopes cede-ram tocar para os dois artistasprecedentes.

Neste serão, a animação foiuma constante desde o princí-pio até ao fim.

O valor das coisas não está notempo em que elas duram, masna intensidade com que acon-tecem. Por isso existem mo-mentos inesquecíveis, coisasinexplicáveis e pessoas incom-paráveis.

Em nome do FCCP, queroagradecer a todos os artistasque tocaram e cantaram, aosgrupos folclóricos e à marcha,aos clubes que decoraram oscarros, a todos os comercian-tes, assim como a todos os que

nos ajudaram de uma maneiraou de outra. Obrigada àquelesjovens que levaram as ban-deiras, àqueles que se in-corporaram no desfile com suasbandeiras, às associações e àsTradições Açorianas. Este últi-mo grupo veio surpreender-mepois que em apenas dois dias,organizou-se tão bem que atéos tamancos de madeira, (6pares) o Sr. António Furtadoconseguiu fazer.

Enfim, este acontecimentofoi algo a que ninguém faltou elevou ainda várias pessoas à ruapara verem o desfile.

Inútil pedir aos deuses o quepor nós mes-mos podemosobter...

1953: Cais de esperançaNo Festival da Comunidade

Portuguesa, na Quinta-feira 26de Agosto, foi a apresentado umfilme feito pelos Jovens em Ac-ção do Centro ComunitárioSanta Cruz para celebrar os 50anos da imigração portuguesano Canada.

A história deste filme passa-seno ano de 1953, conta um acor-

do entre os governos Cana-diano e Português para permitirque uma grande quantidadede trabalhadores imigrassepara o Canada. É então queembarcam nesta aventura,centenas de homens, tendopela frente a travessia do Atlân-tico e a incerteza de encontrarcondições de trabalho promis-soras em terras de além-mar.

Entre eles, encontram-se oManel, o Zé e o Miguel, trêsgrandes amigos cheios de von-

tade e de esperança num fu-turo promissor. No cais deixamcom as famílias a tristeza dapartida e a esperança do re-gresso. Humildes e corajosos,assim são os jovens trabalha-dores que, conduzidos pelosseus sonhos, desembarcam dosvários navios num país entãodesconhecido. Mas a passagem

do sonho à realidade é brusca.Expostos a um clima rigo-

roso, quantos tormentos equantas lágrimas derramamna solidão. Com muita deter-minação, batalham no penosodia-à-dia para alcançar um fu-turo melhor...e o que pareciaser o fim era afinal um novocomeço...

O filme foi produzido por Syl-vio Martins, a história e a orga-nização pela Leonilde Raposo.

Natercia Rodrigues

Abertura mémoravelNo 21 de Agosto de 2004, às

17h00, abriu o novo restau-rante “Chez le Portugais”.

O projecto “Chez le Portu-gais” é de longe um dos maio-res projectos comerciais nanossa comunidade nos últimos

tempos.Podemos acertar que o ini-

ciador deste projecto é de umamaneira certa, extravagante efora do vulgar, porque um por-tuguês gosta sentir-se como seestivesse em Portugal. MasHenrique Laranjo foi sempre

um homem inovador. Ele ino-vou na maneira da apresen-

tação de um restaurante e dacozinha portuguesa. Com i-deias frescas de que muitos

falaram quando foi a aberturade restaurante.

Esta noite foi uma noite me-morável onde se pode encon-trar amigos por todos os lados ,com braços abertos em cadacanto do restaurante.

Carlos Rodrigues teve a hon-ra de ser o primeiro fadista acantar em homenagem ao res-taurante. Ele fez uma boa apre-

sentação: gostei muito, porquetem uma voz forte e clara.

Jordelina Benfeito tambémteve a oportunidade de cantare bailar no restaurante. Pode-mos dizer obrigado a Henri-que e às suas belezas que servi-

ram e fizeram, uma noiteinesquecivel.

Homenagem à comunidadeportuguesa de Montreal

No parque da Igreja de Santa Cruz foi montado um painel de 440azulejos, primeiro de um grupo de dois painéis, em homenagemà comunidade portuguesa. O painel exposto representa o passadoe o presente. O laço da lusofonia; o tempo da história com a Torrede Belém e os descobrimentos; o tempo da cultura representadonum poema de Camões, o tempo da fé, representado na coroa doEspírito Santo e nas festas comunitárias. Este movimento leva-nosà janela da saudade.

Montreal, cidade de acolhimento, aparece-nos em silhueta.

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Vária

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 2

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De que cor é o seu jantar? Segundo DavidHeber, director do Centro de Nutrição Humanada Universidade UCLA, nos EUA, quanto maiscolorido, melhor, já que significará que o pratotem mais frutas e legumes. Ou seja, menosalimentos processados, gorduras e hidratos decarbono, e mais vitaminam, fibras e minerais,fundamentais para uma dieta saudável que,inevitavelmente, conduzirá à perda dos qui-linhos em excesso. A dieta das cores recomendao consumo diário de cinco doses de frutas e le-gumes, seguindo este arco-íris:

BRANCOA cor branca é dada pela flavina. A presença

deste pigmento indica alimentos ricos em cálcio,fósforo e vitamina B6. Favorecem a renovaçãocelular e protegem o sistema imunológico.

VERDEA cor é dada pela clorofila, que aumenta a

oxigenação das células, melhora o metabolismoda energia e potencia o efeito de outros nu-trientes encontrados nos vegetais, como avitamina C.

AMARELOO tom amarelo ou alaranjado deve-se ao

betacaroteno, que o corpo converte em vitaminaA. É um pigmento fundamental para a saúde dostecidos e dos cabelos e actua no metabolismodas gorduras. Alimentos com esta cor sãoantioxidantes e ricos em vitamina C.

VERMELHOO vermelho deve-se ao licopeno, pigmento

com propriedades semelhantes ao betaca-roteno. Com propriedades antioxidantes, surge

normalmente associado à vitamina C.

PRETO OU ROXOAlimentos roxos, pretos ou azulados contêm

antocianina, um pigmento ligado à presença davitamina B1, elemento essencial para a trans-formação dos hidratos de carbono e outrosnutrientes em energia.

CASTANHORicos em fibras, os alimentos castanhos regu-

lam o funcionamento dos intestinos e ajudam acontrolar o colesterol. As sementes oleaginosas,incluídas neste grupo, são excelentes fontes deselénio e de vitamina E, com efeitos antioxidantese anticoagulantes

Palavra de nutricionistaÉ uma dieta interessante e que pode motivar as

pessoas mais excêntricas. Passa a mensagem deque se deve variar o mais possível, o que estácorrecto. Dieta não tem de ser sempre peixecozido com legumes.

Continação no próximo jornal

CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)Carta da Semana: 2 de Espadas, que significa Afeição.Amor: Procure ser mais optimista quanto ao seu futurosentimental.Saúde: Solte-se, tente não andar muito tenso.Dinheiro: A sua forma de gerir as economias poderão

conduzi-lo ao bom caminho.Número da Sorte: 52Números da Semana: 17, 23, 44, 13, 26, 1

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força.Amor: Tem que tentar adaptar-se à sua nova vidaamorosa. Aja com mais espontaneidade.Saúde: A saúde é o espelho da nossa alma, nunca seesqueça disso.

Dinheiro: Tenha presente a situação de crise em que se vive. Ajacom prudência.Número da Sorte: 36Números da Semana: 14, 27, 23, 5, 10, 36

GÉMEOS (21 de Maio -20 de Junho)Carta da Semana: 2 de Copas, que significa Amor.Amor: Poderão surgir novas paixões na sua vida, penseno que realmente quer.Saúde: Tendência para dores de cabeça e insónias.Dinheiro: O seu equilíbrio monetário está para breve.

Trabalhe afincadamente.Número da Sorte: 38Números da Semana: 4, 17, 45, 13, 23, 10

CARANGUEJO (21 de junho - 22 de julho)Carta da Semana: 8 de Copas, que significa Concre-tização.Amor: Procure distribuir amor pelas pessoas que orodeiam. Revele os seus sentimentos.Saúde: Faça um exame médico completo, certamente

ficará mais descansada.Dinheiro: Época favorável para pedidos de empréstimo. Poderáo momento para realizar o seu sonho.Número da Sorte: 44Números da Semana: 14, 23, 38, 44, 16, 7

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)Carta da Semana: Ás de Ouros, que significa Harmo-nia e Prosperidade.Amor: Planeie um período de descanso a dois.Saúde: Hidrate-se , beba mais líquidos.Dinheiro: Aproveite bem este momento para alargar os

seus rendimentos.Número da Sorte: 65Números da Semana: 12, 46, 33, 25, 6, 22

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: A Temperança, que significaEquilíbrio.Amor: Aproveite os momentos com a família pois dar-lhe-ão um grande bem-estar emocional.Saúde: Demasiado esforço físico e mental, durma mais

para recuperar energias.Dinheiro: Controle a impulsividade nos seus gastos.Número da Sorte: 14Números da Semana: 22, 13, 10, 47, 15, 3

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: 3 de Espadas, que significa Amizade,Equilíbrio.Amor: Poderá surgir uma nova amizade ou um novorelacionamento.Saúde: Tendência para alguns problemas digestivos.

Dinheiro: Compre algo que a satisfaça, você merece um presente.Números da Sorte: 53Números da Semana: 37, 29, 46, 10, 1, 22

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: Ás de Espadas, que significa Sucesso.Amor: Pense bem naquilo que quer para não magoaros outros.Saúde: Tenha algum cuidado com os seus olhos,proteja-os.

Dinheiro: Período positivo para colocar em marcha projectos.Número da Sorte: 51Números da Semana: 14, 33, 12, 25, 4, 17

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: Ás de Copas, que significa Principiodo Amor, Grande Alegria.Amor: Você ainda não se apercebeu, mas a paixão estáno ar.Saúde: Recuperar energias, faça um fim de semana

longe da cidade.Dinheiro: Período não muito favorável.Número da Sorte: 37Números da Semana: 11, 23, 44, 26, 24, 49

CAPRICÓRNIO (22 de Dezembro - 19 de Janeiro)Carta da Semana: 9 de Ouros, que significa Prudência.Amor: Veja quem é realmente seu amigo.Saúde: Nunca esteve tão bem como agora.Dinheiro: Estará financeiramente estável, aprovei-tepara adquirir aquilo que sempre desejou.

Número da Sorte: 73Números da Semana: 14, 36, 28, 44, 16, 1

AQUÁRIO (20 de Janeiro - 18 de Fevereiro)Carta da Semana: Rei de Ouros, que significaInteligente, Prático.Amor : Tenha pensamentos positivos, o seucompanheiro poderá surpreende-lo.Saúde: O excesso de trabalho poderá ser seu inimigo.

Dinheiro: Opte por economizar nesta altura.Número da Sorte: 78Números da Semana: 17, 42, 35, 19, 2, 23

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de Março)Carta da Semana: A Estrela, que significa Protecção,Luz.Amor: Aconselhe o seu coração a ser mais flexível.Saúde: Falta de apetite, sem preocupações.Dinheiro: Verifique a sua conta bancária, poderá haver

surpresas.Número da Sorte: 17Números da Semana: 3, 25, 46, 11, 27, 46

Vária

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Page 13: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

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EsquizofreniaAlucinações e delírios

De génio e de louco todostemos um pouco, assim diz asabedoria popular, mas a ques-tão é que entre um extremo e ooutro existe um intervalo muitocurto. Por vezes curto de maispara se conseguir distinguir seestamos diante de um caso rarode genialidade ou de um doen-te altamente perturbado.

Calcula-se que uma em cada100 pessoas sofre deste distúr-bio mental. Cientes de que nãoconseguem sentir as emoções,a sua natureza acaba por em-purrá-los para o isolamento e,em simultâneo, para o deses-pero. Frios, ausentes e por ve-zes violentos, os esquizofré-nicos, considerados pela socie-dade como seres perturbados eparanóicos, cada vez mais ten-dem a assumir uma vida nor-mal e a superar as limitaçõesimpostas pela doença. No fun-do, estes doentes lutam peloequilíbrio emocional e pelaestabilidade social.

Sofrer de uma doença men-tal já não é tabu nos dias de hojee cada vez mais se desmistificaa ideia de que indivíduos quesofrem desta doença são maisfracos a nível intelectual. Tudoaponta exactamente para ocontrário. São pessoas criativas,inteligentes e com grandescapacidades cognitivas, capa-zes de exercer uma actividadesocial, manter relações afec-tivas e até constituir família.“Desde que tenham consciê-

ncia de que é fundamental acontinuação do tratamento,podem perfeitamente ter umavida normal, aprendendo aviver com as suas limitações”,afirma Reis Marques, directordo serviço de psiquiatria doHospital Universitário de Coim-bra.

O mesmo psiquiatra adianta:“A esquizofrenia pode ser des-crita como um conjunto dedoenças que se manifestamatravés de um distúrbio doprocesso de pensamento. Aprincipal dificuldade do doenteconsiste em manter relaçõescom os outros e interpretar omundo que o rodeia. Comoquase todas as doenças men-tais, esta doença não tem cura,mas pode ser tratada. Con-soante o tipo de esquizofreniaos tratamentos podem variarentre psicoterapia individualcom o psiquiatra, terapia degrupo, terapia familiar em quea família desempenha um pa-pel fundamental na adaptaçãoe integração do doente a nívelsocial e afectivo e, natural-mente, o tratamento farma-cológico sendo a quimioterapiacom a utilização de antipsi-cóticos a que mais efeitos ad-versos pode causar ao doente,como os tremores, contracçãomuscular e movimentos rápi-dos e involuntários”.

Não é por acaso, e segundo asestatísticas, que a maioria dosesquizofrénicos que têm relap-

sos e que são readmitidos ainstituições psiquiátricas preci-samente porque deixam detomar os medicamentos porcausa dos efeitos secundários,daí o conhecido síndroma “therevolving door” que os leva devolta ao hospital e, em casos decrises agudas, são submetidosao tratamento de electrocon-vulsivoterapia, (ECT), maisconhecido por choques eléc-tricos – actualmente utilizadosapenas em último recurso.

Viver num mundo de fan-tasmas. O doente de esqui-zofrenia vive em constanteconfusão interior. As aluci-nações e os delírios são os quecausam maior perturbação.Ouve vozes que o humilham, otratam mal e por vezes lançamameaças e ordens. As aluci-nações visuais são mais raras,mas por vezes muito intensas.O doente acredita que vê coisasque na realidade não existem.Sente-se perseguido por al-guém que o quer matar ouroubar.

Lembro-me de vários casosdramáticos durante os 32 anosque trabalhei em psiquiatria,mas há um que me ficou naretina para sempre: um indi-víduo, trinta e poucos anos deidade, em pleno delírio, du-rante uma crise, arrancou umolho para não voltar a ver coisasterríveis que na verdade nãoaconteciam. São alucinaçõesque, durante as crises, geramviolência ao doente. Não com osoutros, mas com ele próprio. Oesquizofrénico é incapaz deexpressar emoções. Perde, porvezes, a noção do que é certoou errado, o que desperta nos

outros algum desprezo. Por issomesmo tende a isolar-se. Nãoconsegue sentir qualquer tipode emoção, e muito menosexpressá-la.

Sinais de alerta. Existemcomportamentos que denun-ciam o aparecimento da esqui-zofrenia. O ideal é que os fami-liares se mantenham alertapara que o diagnóstico seja feitoo mais precocemente possível.Entre esses sinais destacam-se:

- Dificuldade em dormir e atroca dos dias pelas noites

- Isolamento social e familiar ea indiferença em relação aossentimentos alheios

- Períodos de inactividade emcontraste com fases de hiperac-tividade

- Falta de cuidado com ahigiene e a aparência

- Desconfiança e medo semfundamento

- Dificuldade em tomar de-cisões

- Falta de expressão facial- Mudanças repentinas da

personalidade- Recusa de tocar em pessoas- Abuso de álcool ou drogas“Naturalmente que estes

comportamentos não devemser confundidos com fases pas-sageiras ou com mau feitio.Qualquer uma destas atitudesisoladas não implica neces-sariamente que se trate deesquizofrenia, mas um con-junto de alguns destes sinaispode ser preocupante”, alerta opsiquiatra Reis Marques.

Augusto Machado

A Voz de Portugal na Internetwww. avozdeportugal.com

Portugueses vítimas de ataquesracistas na Irlanda do Norte

Duas famílias portuguesasforam vítimas de um ataqueracista em Portadown - conhe-cida por ter uma populaçãoagerridamente nacionalista ecatólica e onde vivem cerca de300 portugueses - e tiveram deser temporariamente realo-jadas devido aos estragos pro-vocados nas suas residências,segundo notícia da BBC online.

A polícia local foi chamada aobairro de Moeran Park, cercada 01h30 locais (mesma horaem Lisboa), após desconhe-cidos terem pontapeado e bati-do com paus nas portas de trêsapartamentos, partindo váriosvidros e provocando rachas namadeira. No entanto não severificou quaisquer ferimentos.De acordo com a agência Lu-sa, um dos apartamentos eraresidência de um casal portu-guês e dos seus dois filhos, dequatro e seis anos de idade; nooutro residiam um cunhado docasal e as suas duas irmãs,todos com cerca de 30 anos. Assete pessoas, cuja identidadenão foi revelada pela polícia,foram temporariamente realo-jadas. Um comunicado da polí-cia dá conta que o ataque terásido perpetrado por três indiví-duos e apela a quem tenha vistomovimentos suspeitos em Mo-rean Park para que entre emcontacto com a esquadra local.

O assessor de imprensa daembaixada de Portugal emLondres, David Damião, disse àAgência Lusa que as autori-

dades portuguesas estão emcontacto com a polícia norte-irlandesa, tendo confirmadoque os sete portugueses nãosofreram qualquer tipo de feri-mentos e que estão a ser acom-panhados pela acção social lo-cal. Segundo explicou, os portu-gueses só poderão regressar acasa quando as autoridadesentenderem que estão reuni-das as condições de segurançapara o fazerem.

Segundo noticiou a BBC, oministro da Segurança da Irlan-da do Norte, Ian Pearson, jácondenou o ataque xenófobo,classificando-o como «absoluta-mente lamentável». «A novalegislação, que entra em vigorno mês que vem, dará aos tribu-nais poderes para impor senten-ças mais pesadas por crimes deódio e ataques xenófobos»,acrescentou. O responsávelinstou ainda a comunidade lo-cal a apoiar a polícia para en-contrar os responsáveis poreste incidente e outros ocorri-dos nos últimos meses na Irlan-da do Norte. Este caso estálonge de ser excepção, tendo asautoridades irlandesas respon-sáveis pela luta contra a discri-minação assinalado, já há al-gum tempo, o problema. Deacordo com o jornal Público,uma pesquisa pela Internetreforça a ideia de que a comu-nidade lusa não goza da simpa-tia de muitos nacionais da Ir-landa do Norte.

Vária

Page 14: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 4

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† †

Didia Moniz Machado1919 – 2004

Faleceu em Montreal, no dia 26 de Agostode 2004, com 85 anos de idade, a Sra. DidiaMoniz Machado, natural da Matriz, RibeiraGrande, São Miguel, Açores.

Esposa do já falecido Sr. António Medeiros,deixa na dor suas filhas Fernanda (JoséManuel Ventura), Conceição (Daniel Cardoso), Leonor, seusfilhos Luis (Conceição Cardoso) e José (Fátima Vieira), seus 14netos e 3 bisnetos, suas irmãs Eduarda (Gilberto Silva) e Estrela,seu irmão Aurino (Alice Silva), seus sobrinha (o)s, assim comooutros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino MartinsO funeral teve lugar no dia 28 de Agosto de 2004, após missa

de corpo presente, na missão Santa Cruz, pelas 10h00,seguindo depois o cortejo fúnebre para o mausoléu Marguer-ite Bourgeois, onde foi a sepultar, em cripta.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecera todas as pessoas as muitas provas de carinho e amizade quelhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido,bem como a todas aquelas que, por qualquer forma, lhetenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infaustoacontecimento. A todos um sincero Obrigado.

Fernando Tavares Brum1925 – 2004

Faleceu em Montreal, no dia 28 de Agosto de 2004, com 78anos de idade, o Sr. Fernando Tavares Brum, natural da vila deRabo de Peixe, São Miguel, Açores.

Deixa na dor sua esposa, a Sra. Adelina Paiva Macedo, suasfilhas Ana Maria e Maria Fernanda, seu filho Joe (France), suasnetas Myriam e Dayna, seu irmão, suas cunhadas e seucunhado, seus sobrinha (o)s, assim como outros familiares eamigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino Martins

O funeral teve lugar segunda-feira, dia 30 de Agosto de 2004,após missa de corpo presente, na missão Santa Cruz, pelas10h00, seguindo depois o cortejo fúnebre para o cemitério Notre-Dame des Neiges, onde foi a sepultar.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecera todas as pessoas as muitas provas de carinho e amizade quelhe foram dadas por ocasião do funeral do seu ente querido,bem como a todas aquelas que, por qualquer forma, lhetenham manifestado o seu sentimento de pesar por tão infaustoacontecimento. A todos um sincero Obrigado.

Firmino Teixeira1949 – 2004

Faleceu em Laval, com 55 anos de idade,no dia 29 de Agosto de 2004, o Sr. FirminoTeixeira, natural de Suçães, Mirandela,Portugal.

Deixa na dor sua cônjuge, a Sra. Ana-bela de Sousa, seus filhos Sérgio (AnaRodrigues) e Karl Alexandre, sua mãe Otilia Vieira, sua netaSabrina, seus sogros Maria de Fátima de Sousa e Abel Baptista,seus irmãs e irmãos, seus cunhada (o)s, seus sobrinha (o)s, assimcomo outros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino Martins

O funeral terá lugar amanhã, dia 2 de Setembro de 2004, emSuçães, Portugal.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas quese dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, dequalquer forma, se lhes associaram na dor. A todos um sinceroObrigado!

Benévolos, precisam-seA secção centro da Cruz Vermelha Canadiana procura

benévolos para participarem nas suas actividades de recolha defundos. Se se sentir animado pelo ideal de humanidade da CruzVermelha, queira inscrever-se junto de Karina Therrientelefonando ao (514) 362-2930, posto 3071.

VI Convívio dos Naturaise Amigos de Água de Pau

Vai realizar-se a 25 de Setembro próximo o já tradicional jantarde confraternização no Salão da Igreja de Santa Cruz, pelas18h30. Como convidado de Honra, estará presente o monge JimAchadinha.

Os preços serão de 25 paus para adultos e 15 para crianças dos6 aos 12 anos.

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Page 15: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

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Page 16: 2004-09-01 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 6

Alma JuvenilPorquê?

Susana SequeiraUm título que não parece ter senso e que no entanto tem todo

o seu valor.Esta nova página que entra hoje no Jornal tem como nome: alma

juvenil. Mas porquê ter escolhido este nome que parece não ternenhuma significação mas que finalmente representa muito.

Ela foi concebida essencialmente por jovens para atirar acomunidade juvenil a ler mais o Jornal e sendo luso descendentes,a interessar-se mais à comunidade e às suas origens. No entanto,ela não será unicamente reservada aos jovens de expressãoportuguesa. Esta página também poderá ser lida por todos aquelesque são jovens de coração, donde o nome alma juvenil...

Esta página terá várias informações sobre diferentes assuntostais como, a comunidade jovem de Montreal, os jovens queconseguiram subir várias escalas na vida, aspectos cómicos sobreos jovens, vários detalhes sobre Portugal: sua história antiga emoderna, crónicas actuais, simples ou mais complexas, para meteros novos talentos em acção.

Esta página poderá ser lida por todos: pequenos e grandes detodas as idades, tendo como única condição ser jovem decoração... tem de se ter uma alma juvenil!!!

Setembro é um novo anoMiguel Felix

Com a chegada do mês de Setembro, um novo ano deactividades começa na nossa comunidade. Com esta nova páginaqueremos participar e apoiar uma comunidade jovem e emefervescência. Setembro é mês, que os jovens vêem como um novoano de sofrimento com a escola.

Na realidade, Setembro significa muito mais para a juventude.Esta semana viu o começo dos jogos do campeonato de futebol, emPortugal, e nos clubes, onde se transmitiram os jogos, umapresença de jovens foi vista. O futebol não é o único lugar, ondeuma participação de lusos descendentes terá lugar. Os ranchossão as actividades culturais em que a acção dos jovens dacomunidade é mais activa.

A actividade, onde a presença destes jovens é importante parao futuro comunitário, é nas escolas do ensino português. Éverdade, que nós, os jovens, participamos pouco nas actividadese Associações. Nós não temos as respostas para tal, mas queremosfazer com que esta página possa ajudar à modificar esta situação.

Desejamos boa continuação e devemos agradecer à juventude,que continue a implicar-se, porque ela é a nossa herança.

Maria Bethânia - BrasileirinhoAno: 2003Género: MPBSelo: Quitanda/Biscoito Fino/Bros

Cotação :

Produzido por Maria Bethâ-nia, com direcção musical deJaime Alem (violão), “Brasi-leirinho” é uma viagem no Bra-sil da diversidade cultural commúsica e intervenções poéticas.A maioria dos temas têm cono-tação religiosa do sincretismoAfro-Católico do Brasil. A pri-meira faixa Salve as Folhas co-meça com a leitura de um poe-ma de Mário de Andrade e umfundo de música experimentaltocada pelo grupo mineiro Uak-ti.

O suinge não falta nesse CDcom o duo de Marcelo Costa/Jorge Helder (percussão/bai-xo) além de ter como convi-dados o grupo carioca de choroTira Poeira (Padroeiro do Bra-sil). Outros estilos aparecemcomo um “xote” do Pernam-buco (Capitão do Mato), umhomenagem aos índios Tupi dosul (Senhor da floresta) e clarosamba (Yáyá massemba, SantoAntónio, Purificar o subaé).

Em geral a instrumentação ésimples mas os arranjos sãosofisticados. Um disco inovadore criativo.

Com mais de 30 discos grava-dos ao longo de sua carreira“Maricotinha” de apelido, divi-diu shows e álbuns com EduLobo, Chico Buarque e parti-cipou no grupo Doces Bár-

baros nos anos 70, ao lado deCaetano, Gilberto Gil e GalCosta (A canção São João Xan-gô Menino é uma reediçãodesse período). Foi a primeiracantora brasileira a vendermais de um milhão de cópiascom o seu disco “Álibi”. O disco“Brasileirinho”, está nessadirecção. Apesar disso vemnuma linda caixa “digipack”

com ilustrações adaptadas aospoemas e letras. Em Julho ga-nhou o prémio TIM 2004 domelhor disco de MPB. É o pri-meiro projecto do seu selo“Quitanda”. Um selo que vaiservir de ponto de lança paramúsica, teatro e poesia. Aten-ção para a saída do DVD do“show” “Brasileirinho” dirigidopor André Horta.

No Chez le PortugaisEncontro com Elisabete

Na última semana, aprovei-tando-me da abertura oficial donovo concepto de restaurante

Chez le Portugais, tive ocasiãode conversar com ElisabeteLaranjo.

Desse encontro tirei estesapontamentos.

Ela nasceu em Montreal em1980 e é oriunda de uma famíliamuito unida, composta de avós,tios, primos e outros familiares.

A Comunidade tem crescidomuito nestes últimos anos.Muitas festas, grupos de jovens,igrejas, associações..

Podemos ver que a nossacomunidade está unida e omelhor exemplo foi durante o

Euro 2004. Pudemos ver a forçada nossa juventude e tambémpudemos ver um grande inte-

resse pela cultura nos jovens danossa comunidade.

O Euro foi um evento que, naminha opinião, os portuguesesnunca irão esquecer e que lhesficará no coração, como um dos

maiores eventos desportivosem Portugal. Mas foi uma gran-de pena de depois de tantos

esforços, Portugal ter perdidona final.

Há cerca de um ano e meio omeu pai, Henrique Laranjo,quis fazer conhecer a comu-nidade portuguesa de Mon-treal através de um site webque se chamava www.mundo55-Montreal.com. Fez depoisum panfleto distribuído nojornal Voir, para dar a conhecera comunidade portuguesa deMontreal.

Elisabete aproveitou a oca-sião para enviar uma mensa-gem aos jovens pais portugue-

ses, lembrando que a escola éum sítio muito importante paraa aprendizagem da Língua e

Cultura Portuguesa e, eu quesou mãe, vou enviar o meu filhode 4 anos, Anthony, à maternalda escola portuguesa.

Porquê este projecto?Quando o meu pai me falou

deste projecto eu gostei e quisparticipar o mais possível para opromover e fazer dele um suces-so. Vou estar no mini mercadoque fica ao lado do restaurante.Já trabalhei neste ambiente eentão com a minha experiênciae o serviço que posso oferecer,estou convencida de que seráum sucesso. Com produtosbiológicos, um florista, umclube vídeo, loiças e muitomais, este projecto vai dar quefalar e de resto, a comunidadepode vir ver tudo aquilo queoferecemos. Somos um minimercado que vai ter de tudoum pouco, e espero o enco-rajamento da comunidade.Aberto das 10 à 23 horas, vaiproduzir noites de Fado e deConcerto, numa preocupaçãode responder a todos os gostos.

Projecto futuro: provas danossa cozinha ou de alimentosvendidos no local. Boa sorteElisabete e até breve.

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 7

DesportoOs jogos olímpicos na Grécia

Amélia Oliveira-Vaz

No domingo 29 de Agosto osjogos acabaram como come-çaram, com um lindo espec-táculo.

Os jornais contaram muitosincidentes entre atletas, errosde juizes com as notas atri-buídas, ou juizes obrigados poroutros a aumentarem ou adiminuírem os pontos já atri-buídos. Também muitas desis-tências de atletas que negaramsubmeterem-se a análises deurina para verificação de dro-gas ingeridas. O caso maisestranho, feliz e cómico que euli, foi o narrado no dia 27. Otítulo e as apreciações querelato em seguida não sãomeus. “O Canada, uma equipade pedintes”. “Lori-Ann Muen-zer teve de pedir emprestadasduas rodas para a sua bicicleta,sendo a primeira a chegar àmeta, ganhando uma medalhade ouro”.

Escandaloso, inconcebível,horroroso. Não há palavras paradescrever em que circuns-

tâncias a ciclista canadianaLori-Ann que, para poder dispu-tar uma corrida em bicicleta,teve de pedir aos seus adver-sários rodas emprestadas paraa sua bicic;eta e assim conquis-tar uma medalha de ouro, naterça-feira 24 de Agosto.

A história que a ciclista viveuultrapassa tudo o que se podesaber depois duas semanas, apropósito da estrutura sob aqual repousou o programa olím-pico canadiano.

O chefe instrutor da equipaaustraliana de ciclismo é umquebequense.

Na última semana os atletasdirigidos por este homem ga-nharam nove medalhas.

Este homem contou a outroque a ciclista Lori-Ann conse-guiu um resultado quase ina-creditável, tendo em conta opouco suporte que ela recebe.O treinador chefe da equipa deciclismo australiana contou aum amigo do Québec, que aciclista olímpica recebe muitopoucas ajudas e ela mesmosuporta muitas despesas deequipamento. Ela chegou apagar o que eles chamam “bo-yaux” que custam 240 dólarese duram pouco, servindo duasvezes e são então bons só parao lixo.

No último dia da competição,ela não tinha o que precisava,foi o treinador dos australianosque lhe emprestou uma roda econseguiu outra da equipafrancesa. Ela foi à competição

com as duas rodas de bicicletaque lhe tinham emprestado eganhou a medalha de ouro.Curiosamente com uma rodada equipa australiana ela eli-minou uma ciclista dessa equi-pa. A pessoa, ou seja um ho-mem que estava lá ouviu a his-tória que lhe contou o amigo doQuébec que treina os ciclistasda equipa da Austrália. Pareceque o apoio do Canada aos seusatletas é muito deficiente e malequipado. Foi assim graças auma roda da Austrália e outrada França que Lori-Ann, 38anos, ganhou a medalha deouro daquela prova de ciclismo.O treinador da equipa do Cana-da foi entregar as rodas empres-tadas. A da equipa australianatinha uma pintura dourada e ocanadiano disse: ”Esta roda éde ouro”. O ciclista australianoRien Bayley correu com a rodana sua bicicleta ganhandotambém uma medalha de ouro.A frase irónica, a brincar reve-lou-se profética. Na vida hácircunstâncias interessantes.Aquela roda de bicicleta foi narealidade uma roda de ouro.

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quarta-feira

Vanderlei Cordeiro é prejudicado,mas leva o bronze na maratona

Mesmo agredido nos mo-mentos decisivos por um malu-co travestido- identificadocomo Cornelius Horan, um pa-dre irlandês de 58 anos queficou famoso ao invadir o cir-cuito de Silverstone (Ingla-terra), em 2003, durante umacorrida válida pelo Mundial deFórmula 1. A gracinha no GP daF-1 rendeu ao irlandês doismeses de prisão na Inglaterra -, Vanderlei Cordeiro de Limaconseguiu a medalha de bron-ze na maratona dos Jogos Olím-

picos de Atenas, realizada do-mingo 29 de Agosto à tarde.

A prova foi vencida pelo ita-liano Stefano Baldini, que cor-reu os 42,195 quilómetros - en-tre a cidade de Maratona e oEstádio Panathinaiko, na capi-tal grega - em 2h10m55s. Oamericano Mebrahtom Ke-flezighi cruzou a linha final no2º lugar, com o tempo de2h11m29s. Vanderlei, mesmoprejudicado pelo suposto ma-níaco religioso, conseguiu

manter a 3ª posição, em2h12m11s.

O COB (Comitê OlímpicoBrasileiro) entrou com umprotesto junto à Iaaf (Fede-

ração Internacional de Atle-tismo) para exigir que Van-derlei também fosse premiadocom a medalha de ouro, pois oatleta perdeu mais de 10 se-gundos para se livrar do inva-sor. Mas a Iaaf negou o recurso,alegando que o regulamentonão prevê a alteração de resul-tados por causa de interferên-cias do tipo.

Para compensar a derrota deVanderlei, o COI (Comitê Olím-pico Internacional) decidiuconceder ao brasileiro a meda-lha Barão Pierre de Coubertin,dedicada a atletas que demons-tram espírito esportivo extra-ordinário durante as compe-tições. Ela já foi dada a umatleta do bobsled, nos Jogos deInverno, e a um velejador, nasOlimpíadas de Seul-1988.

“Não acho que (o ataque)fosse deliberado contra mim.Agora só quero desfrutar essebronze que é a primeira meda-lha brasileira na maratonaolímpica”, disse Vanderlei, queé bicampeão pan-americano evencedor da Maratona deHamburgo/2004.

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A VOZ DE PORTUGAL, 1 de Setembro de 2004 - Página 1 8

DesportoSuperliga (1ª jornada) -

Lista dos marcadores

29-08 - Lista dos marca-dores da Superliga portu-guesa de futebol, cuja pri-meira jornada se iniciou sába-do e só fica completa a 22 deSetembro:

2 Golos:Azar KARADAS (Benfica)LIEDSON Muniz (Sport-

ing)RICARDO FERNANDES

(Académica)

22 jogadores em quatro encontrosExperiências de Trap

O Benfica regressou às vitó-rias em Aveiro, com um onzerenovado. Foram seis os joga-dores que voltaram à titula-ridade. Em busca da fórmulaideal, Trapattoni nunca repetiuuma equipa nos quatro desafiosjá disputados. Da baliza aoataque, as alterações têm sidoconstantes

Giovanni Trapattoni voltou aalterar a equipa, no encontrocom o Beira-Mar, à noite, emque o Benfica regressou àsvitórias. Da baliza ao ataque,tem sido uma constante. Nosquatro encontros oficiais jádisputados pelo Benfica, o trei-nador italiano nunca repetiuum onze, tendo utilizado 22jogadores.

Em busca da fórmula ideal, oex-seleccionador tem feito su-cessivas experiências. Uma dasmais flagrantes é na baliza.Yannick, titular no jogo daprimeira mão com o Ander-lecht, perdeu o lugar paraQuim, na Supertaça. Ao fim dedois jogos, o ex-Sp. Braga foirendido por Moreira. O francêsfoi o único que não sofreu golos.

Entre jogadores lesionados eopções tácticas, no desafio deAveiro Trap mudou mais demeia equipa. Após o afasta-mento da Liga dos Campeões,entraram no onze seis joga-dores: Moreira, Ricardo Rocha,Fyssas, Zahovic, Karadas eJoão Pereira, que, após um jogona bancada, rendeu Carlitos.

Três totalistasDeste “carrossel” escaparam

três jogadores. Os interna-cionais Miguel, Petit e Simão

são os únicos totalistas do plan-tel, contabilizando 360 minutos.Logo a seguir surge Luisão,que, por lesão, falhou apenasum jogo.

Dos 22 jogadores que Tra-pattoni já fez alinhar, quatroactuaram apenas como suplen-tes: Amoreirinha, Bruno A-guiar, Geovanni e Everson. Oúltimo (cinco minutos frente aoFC Porto) é o que tem menostempo de utilização.

Onze de Aveiro incluiuapenas um reforço

O plantel benfiquista 2004/05 tem dez caras novas (novecontratações e um regresso,Bruno Aguiar). No entanto, oonze de estreia na SuperLigaapresentou apenas um reforço,o norueguês Karadas, que este-ve em destaque ao apontar doisgolos e fazer uma assistênciapara Petit marcar o segundo

tento das águias, em Aveiro.Aliás, depois de duas der-

rotas, Trapattoni apostou nadefesa muito utilizada na se-gunda metade da temporadapassada, fazendo regressarMoreira, Ricardo Rocha e Fys-sas à titularidade.

Somente os lesionados nãojogaram

Uma vez que o plantel é for-mado por 25 elementos, con-clui-se que apenas três atletasainda não jogaram esta tem-porada. São eles os lesionadosAlcides, Nuno Gomes e Man-torras. O defesa-central bra-sileiro lesionou-se num joelhoainda se encontrava no Santos,foi operado e continua em recu-peração.

O internacional portuguêsapresentou-se, após as férias,com uma lesão contraída du-rante o Euro’2004. Quanto aoangolano, depois de ter sidoutilizado nos encontros de pre-paração, voltou à mesa de ope-rações.

Começou a Superliga!O Belenenses abriu a Su-

perliga 2004/2005 vencendo oMarítimo por claros 3-0. Já oSporting sentiu mais dificul-dades para vencer 3-2 o GilVicente, com Liedson em des-taque a bisar na partida.

A turma comandada por Car-los Carvalhal realizou umaexibição convincente, levandode vencida um adversário di-recto na corrida pela TaçaUEFA. Os golos foram apon-

tados por Rolando (25'), Ant-chouet (45') e Lourenço (61'de grande penalidade).

Já o Sporting, apesar de umainício de partida onde marcoudois golos, permitiu a reacçãodo Gil Vicente, que não foi noentanto suficiente para em-perrar máquina leonina. Osgolos foram de Marcos António(18' na própria baliza e 74'),Liedson (26' e 76) e Fábio (80').

DIZ QUE O EMPATE ESTÁ CERTOJoão Carlos Pereira: «Fomos

penalizados pelos nossos erros»João Carlos Pereira, técnico

da Académica, mostrou—seconformado com o desfecho doencontro: “O empate é acei-tável. Cometemos erros quenos penalizaram. Ao intervalo,corrigimos alguns pormenorese podíamos ter chegado à vitó-ria.”

Em relação à produção daequipa, comentou: “Os meusjogadores demonstraramgrande carácter, atitude eambição. Perdemos inúmerasbolas devido ao mau estado dorelvado.

Há dificuldade na tracção enos movimentos dos atletas noterreno.”No tocante ao seuopositor, reconheceu: “Defron-támos uma das melhores equi-pas do campeonato. Daqui paraa frente, iremos continuar adisputar o resultado jogo ajogo.”

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quarta-feira

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DesportoFormula 1KIMI RAIKKONENvence no G.P. da Bélgica

Helder DiasMichael Schumacher consa-

grou-se pela sétima vez, Cam-peão do Mundo dos pilotos deFormula 1, cinco vezes de se-guida, mesmo antes que ocalendário oficial 2004 chegas-se ao fim.

Terminando em segundolugar, neste que foi, sem dúvi-da, o melhor grande prémio daépoca, do ponto de vista deacidentes, despistes, etc. Mi-chael Schumacher “Ferrari”

subiu ao pódio na companhia deKimi Raikkonen “McLarenMercedes”, o grande vencedorda prova, e Rubens Barrichello“Ferrari”, a cortar a linha dechegada na terceira posição.

Monstruosa carambolagemlogo à partida, originada pelaforçada travagem de FilipeMassa “Sauber”, fez com queMark Webber “Jaguar”, Taku-ma Sato “Bar”, Gianmaria Bru-ni “Minardi” e Giorgio Pantano

“Jordan” terminassem o seu diade trabalho. O carro de segu-rança veio à pista enquanto seretiravam os pedaços de peças,esses mesmos resíduos, que,mais tarde, viriam a ter con-sequências graves, tais como o

espectacular despiste de Jen-son Button, da equipa Bar, oqual viu explodir o seu pneutraseiro.

Dos vinte monolugares à

partida, somente onze termi-naram a corrida. Em 14 corri-das esta época, Michael Schu-macher conquistou 128 pontos,contra os 88 de Barrichello,faltando somente correr qua-tro G. Prémios. Mesmo que, por

azar, a igualdade em pontosviesse a surgir, Schumacherconquistaria o título de Cam-peão Mundial, por o número devitorias conseguidas.

MOLSON INDYJunqueira vence o Molson Indy“Carpentier em segundo”

Helder Dias

Classificação final deste G.P. da Bélgica1- Kimi Raikkonen - McLaren2- Michael Schumacher - Ferrari3- Rubens Barrichello - Ferrari4- Filipe Massa - Sauber5- Giancarlo Fisichella - Sauber

Tal como nas famosas festasda nossa terra, estes peregrinosdo Mundo Automóvel vieramàs centenas venerar os seusídolos este fim de semana, noespectacular circuito GillesVilleneuve, na Ilha Notre-Da-me, aonde se corria a 10a provado Champ Car World Series.

Impressionante a facilidadede acesso do público ao “pa-dock”, proporcionando-lhesum livre encontro, para a assi-natura de um autógrafo, umafotografia e, porque não, umaperto de mão aos pilotos, me-cânicos, engenheiros, etc. (es-pero poder vir a ver tudo istoainda na F1).

A mãe natureza esteve pre-sente e a boa temperatura,juntamente com a brilhanteorganização do evento, che-fiada pelo promotor Alan La-brosse, fez com que este públicodeixasse o circuito já a pensarno próximo ano.

E quando todos os olhos pre-viam ver Sebastien Bourdais“McDonald’s - Newman Haas”a cortar a linha final em pri-meiro lugar, este simpáticopiloto Francês seria obrigadoao abandono, quando rodava a

sua 42a volta, vitimado peloembate do jovem recruta AJAllmendinger, da “RusportLola”.

O brasileiro Bruno Junquei-ra, da Newman Haas Racing,foi o vencedor da prova, en-quanto que o quebequensePatrick Carpentier “Indeck -Forsythe Racing”, ao dobrarPaul Tracy na 19a volta do fimda corrida, se apoderava dosegundo lugar. Mário Domin-gues “Herdez-Herdez Competi-tion” terminaria na terceiraposição.

Patrick Carpentier estavafelicíssimo!... Abraçado pela suamulher Anick, acabava decumprir a promessa de “subirao pódio” em Montreal e, quemsabe, se será a última vez? Pois,existem desde já certos rumo-res que Carpentier irá dar umsalto à Serie IRL.

“É evidente que gosto muito devir a Montreal, mas... tenho depensar no melhor para a minhacarreira” dizia Pat. Apuramos,no entanto, que Patrick come-çou a ter desde já certos con-tactos com equipas da SerieIRL, será, pois mais um caso aseguir.

Quanto a Alex Tagliani, era

um homem triste, direi mesmoabatido, por tudo que acabavade viver! “Rodava na terceiraposição na 40a volta e tudoparecia correr pelo melhor parapoder subir ao pódio, mas... na41a volta, tive de entrar nos“boxes” para reabastecimento, e omeu motor recusou-se a partir,perdi bastantes segundos e quan-do voltei à pista, estava na 11aposição!.. Merecíamos melhorsorte” dizia Tagliani.

Seguimos a corrida na gara-gem da Newman-Haas, nacompanhia da família maispróxima de Bruno Junqueira.Evidentemente que não é nadafácil ver sofrer os outros, mas...foi espectacular poder ver atéque ponto vai a implicação.Dotados de uns auscultadorespara poder seguir as conver-sações entre o Bruno e o seuengenheiro, apontando voltamais volta, foi preciso chegar àúltima para que as lágrimascomeçassem a correr por todosos rostos, tal era a alegria... “Éfantástico, ele foi impecável!Bruno, meu amor, você estevesempre bem durante toda aprova” dizia a mais jovem, sufo-cada de lágrimas, enquanto

mecânicos, engenheiros e todaa equipa se manifestavam entresorrisos, beijos e abraços.

As Super Motos tambémestiveram presentes, e deixem-me dizer-lhes até que ponto éimpressionante os ver em pista,a rodar a cerca de 260km/h!.Pascal Picote “Yamaha”, cam-peão Canadiano, venceu a pro-va, seguida de Steve Crevier“Suzuki”, e Francis Martin“Kawasaki”.

Na Fórmula Atlântica, ojovem recruta Andrew Rangernão conseguiu melhor que umquinto lugar. Apenas com de-zassete anos, Andrew é já consi-derado pelos críticos como umadas futuras estrelas do mundoautomóvel. Largando do séti-mo lugar, tentou uma mano-bra diferente na primeira cur-va, mas não resultou. Aque-cendo demasiado os pneus nasprimeiras voltas, o seu mono-lugar começava a derrapar detraseira, o que evidentementedificultaria a pilotagem... Fala-mos com Andrew e disse-nos:“Estou um pouco desiludido coma corrida, mas contente porqueainda sou eu o líder do cam-peonato de recrutas”. BravoAndrew!

Resultados do Molson Indy de Montreal1- Bruno Junqueira2- Patrick Carpentier3- Mario Domingues4- Paul Tracy5- Michel jourdain Jr.