2004-10-06 - jornal a voz de portugal

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Ano XLII • Nº 38 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 6 de Outubro de 2004 Paulo F. Gonçalves B.A., A.V.C. PFG Consulte-me sem compromisso!!! PFG (514) 884-0522 Seguros : > Doença grave > Hipoteca > Salário > Vida GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 4231 Boul. St-Laurent, Montréal, H2W 1Z4 Tel.: (514) 284-1813 - 1 866 684-1813 Fax: (514) 284-6150 Ver pág. 10 Tel.: (514) 745-0425 Maria Alice Macedo Corretora de seguros de prejuízos de particulares Conselheira em segurança financeira Seguros : Vida, Hipotecário, Salário, Medicamentos,Invalidez, Doenças críticas, Viagem. Investimentos: REER/REEE Seguros gerais : Habitação, (Fogo, Roubo), Automóvel Email: [email protected] Apontamento SANTANA LOPES vs JOSÉ SÓCRATES * A. Barqueiro A eleição de José Sócrates como Secretário do Partido Socialista Português, veio criar uma nova dinâmica na política portuguesa, que pode acarretar dificuldades adicionais para Pedro Santana Lopes, actual Primeiro Ministro do governo de Lisboa. O PS, sob o comando do demissionário Ferro Rodrigues, atravessou nos últimos tempos momentos de grande confusão partidária, sendo por isso uma Oposição muito débil e incapaz de cumprir a missão política que lhe compete. Tudo indica que essa deficiência vai ser eliminada com Sócrates no comando, através da sua nova concepção de Esquerda Moderada. E que tem a ver o novo Secretário Socialista, com o chefe do Partido Social Democrata, Santana Lopes? José Sócrates tem insistindo num facto concreto e indesmentível: a sua posição no partido foi conquistada através de uma escolha democrática entre três figuras de pêso do PS, confirmada pelas conclusões de um congresso participativo. Enquanto Santana Lopes foi catapultado à posição de chefe de partido e de primeiro ministro, pela saída de Durão Barroso para a Comunidade Europeia, sem ter estado sujeito ao escrutínio popular correspondente a eleições parlamentares. Considera- o, pois, no posto de Primeiro Ministro sem legitimidade. A situação do chefe do governo é periclitante, não só pela elevação de Cont. na pág. 2 Elogiosa iniciativa duma jovem... Ver pág. 11 FIALHO GOUVEIA a morte de um Homem da TV Centenas de pessoas despe-diram- se do apresentador Actores, músicos, jornalistas, profissionais de rádio e centenas de populares quiseram estar presentes na última homenagem a Fialho Gouveia. O apresentador foi domingo a enterrar no Cemi- tério dos Olivais. Centenas de pessoas estiveram presentes no domingo no funeral do apre- sentador de televisão Fialho Gou- veia, falecido no passado sábado, vítima de doença cardio-vascular. Entre aplausos e saudações emocionadas, a Basílica da Es- trela foi pequena para acolher actores, músicos, jornalistas, profissionais da rádio, televisão, dirigentes do Benfica, e muitas centenas de populares. As pessoas aguardaram na rua o final da missa de corpo presente para aplaudir a passagem do caixão, coberto com o cachecol do clube encarnado, e entoar o nome de Fialho Gouveia. Vítor de Sousa, Artur Agostinho, Rui Pêgo, Luís Filipe Vieira, Joaquim Letria, Fernando Seara, Judite de Sousa, António Vitorino de Almeida, Eládio Clímaco, Toni, Raúl Solnado, Joaquim Furtado, José Raposo, António Macedo, Adelino Gomes, João Braga, foram apenas alguns dos nomes conhecidos presentes nas cerimónias. Também presente na cerimónia esteve Raquel Cruz, mulher de Carlos Cruz, que expressou aos jornalistas a tristeza do marido por não ter sido autorizado pelo tribunal a ir ao funeral de Fialho Gouveia. Segundo Raquel Cruz, o marido via Fialho Gouveia, com quem apresentou o «Zip Zip» na década de 1960, «como um irmão». Depois da missa de corpo presente, Fialho Gouveia foi transportado para o Cemitério dos Olivais para ser cremado. Também aqui, milhares de populares se juntaram num último adeus ao apresentador e comunicador, definindo-o como «um homem simples e humilde, mas alegre ao mesmo tempo». AR aprova diploma da Região Uma das propostas a pensar nos pescadores de atum ainda vai passar em São Bento Antes que a actual legislatura madeirense chegue ao fim – o que acontecerá com a tomada de posse dos novos deputados lá mais para o mês de Novembro –, a Assembleia da República deverá aprovar ainda uma das propostas pendentes oriundas do Parlamento regional. Trata-se do diploma que alarga o Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca às situações causadas pelo carácter migratório de espécies como o atum. Um problema Cont. na pág. 2

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 6 de Junho de 2004

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Page 1: 2004-10-06 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página Ano XLII • Nº 38 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 6 de Outubro de 2004

Paulo F. GonçalvesB.A., A.V.C.PFG

Consulte-me sem compromisso!!!

PFG

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GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

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Ver pág. 10

Tel.: (514) 745-0425

Maria Alice MacedoCorretora de seguros de prejuízos de particulares

Conselheira em segurança financeiraSeguros :Vida, Hipotecário, Salário, Medicamentos,Invalidez,Doenças críticas, Viagem.Investimentos:REER/REEESeguros gerais :Habitação, (Fogo, Roubo), Automóvel

Email: [email protected]

Apontamento

SANTANA LOPESvs JOSÉSÓCRATES* A. Barqueiro

A eleição de José Sócrates comoSecretário do Partido SocialistaPortuguês, veio criar uma novadinâmica na política portuguesa,que pode acarretar dificuldadesadicionais para Pedro SantanaLopes, actual Primeiro Ministro dogoverno de Lisboa. O PS, sob ocomando do demissionário FerroRodrigues, atravessou nos últimostempos momentos de grandeconfusão partidária, sendo por issouma Oposição muito débil e incapazde cumprir a missão política que lhecompete. Tudo indica que essadeficiência vai ser eliminada comSócrates no comando, através dasua nova concepção de EsquerdaModerada.

E que tem a ver o novo SecretárioSocialista, com o chefe do PartidoSocial Democrata, Santana Lopes?

José Sócrates tem insistindo numfacto concreto e indesmentível: a suaposição no partido foi conquistadaatravés de uma escolha democráticaentre três figuras de pêso do PS,confirmada pelas conclusões de umcongresso participativo. EnquantoSantana Lopes foi catapultado àposição de chefe de partido e deprimeiro ministro, pela saída deDurão Barroso para a ComunidadeEuropeia, sem ter estado sujeito aoescrutínio popular correspondente aeleições parlamentares. Considera-o, pois, no posto de Primeiro Ministrosem legitimidade.

A situação do chefe do governo épericlitante, não só pela elevação de

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Elogiosa iniciativa duma jovem...

Ver pág. 11

FIALHO GOUVEIAa morte de um Homem da TV

Centenas de pessoas despe-diram-se do apresentador

Actores, músicos, jornalistas,profissionais de rádio e centenasde populares quiseram estarpresentes na última homenagema Fialho Gouveia. O apresentadorfoi domingo a enterrar no Cemi-tério dos Olivais. Centenas depessoas estiveram presentes nodomingo no funeral do apre-sentador de televisão Fialho Gou-veia, falecido no passado sábado,vítima de doença cardio-vascular.

Entre aplausos e saudaçõesemocionadas, a Basílica da Es-trela foi pequena para acolheractores, músicos, jornalistas,profissionais da rádio, televisão,dirigentes do Benfica, e muitascentenas de populares.

As pessoas aguardaram na ruao final da missa de corpo presente para aplaudir a passagem do caixão, cobertocom o cachecol do clube encarnado, e entoar o nome de Fialho Gouveia.

Vítor de Sousa, Artur Agostinho, Rui Pêgo, Luís Filipe Vieira, JoaquimLetria, Fernando Seara, Judite de Sousa, António Vitorino de Almeida, EládioClímaco, Toni, Raúl Solnado, Joaquim Furtado, José Raposo, AntónioMacedo, Adelino Gomes, João Braga, foram apenas alguns dos nomesconhecidos presentes nas cerimónias.

Também presente na cerimónia esteve Raquel Cruz, mulher de CarlosCruz, que expressou aos jornalistas a tristeza do marido por não ter sidoautorizado pelo tribunal a ir ao funeral de Fialho Gouveia. Segundo RaquelCruz, o marido via Fialho Gouveia, com quem apresentou o «Zip Zip» nadécada de 1960, «como um irmão».

Depois da missa de corpo presente, Fialho Gouveia foi transportado parao Cemitério dos Olivais para ser cremado.

Também aqui, milhares de populares se juntaram num último adeus aoapresentador e comunicador, definindo-o como «um homem simples ehumilde, mas alegre ao mesmo tempo».

AR aprovadiploma da Região

Uma das propostas a pensar nos pescadores de atum ainda vai passar em SãoBento

Antes que a actual legislaturamadeirense chegue ao fim – o queacontecerá com a tomada de possedos novos deputados lá mais para omês de Novembro –, a Assembleia daRepública deverá aprovar ainda umadas propostas pendentes oriundas doParlamento regional.

Trata-se do diploma que alarga oFundo de Compensação Salarial dosProfissionais da Pesca às situaçõescausadas pelo carácter migratório deespécies como o atum. Um problema

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página

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José Sócrates a Secretário doPS, perante sondagens favorá-veis a este partido, como poroutros factores que podemcontribuir para que o governoactual não ultrapasse a Prima-vera próxima. Devido à inde-cisão e inexperiência de Santa-na, lider de uma equipa minis-terial de valor menos que mé-dio, agravadas pelas decla-rações públicas que colidemfrequentemente com as dosseus ministros, em assuntos deinteresse para a nação.

Santana Lopes não goza dodireito de qualquer remodela-ção ministerial, porque corre orisco de levar o Presidente daRepública a dissolver o Parla-mento e provocar eleições ge-rais. Portanto, embora JorgeSampaio lhe tenha dado a possi-bilidade de formar governocontra o desejo do PartidoSocialista e dos outros partidosna Oposição, torna-o, em con-trapartida, refém da sua decisãoeventual de fazer a cair do go-verno de um momento para ooutro, à medida que os proble-mas do país se vão acumu-lando.

Basta meditar no que se pas-sa com o sistema de Educação,com as pensões escandalosasatribuídas a figuras destacadasdo PSD, com o custo de vidaincomportável para o portu-guês da classe média, com oagravamento fiscal que aquelacamada tem de suportar, comas portagens que o executivocriou sobre uma quantidadede estradas nacionais até agoraisentas de pagamento, com asinúmeras falências de empre-sas portuguesas, com as lutas

SANTANA LOPESvs JOSÉ SÓCRATES

sociais em torno das contra-tações colectivas e outros facto-res negativos no panoramapolítico/social, para se deduzirque o governo não tem condi-ções para resistir até ao termoda legislatura.

Os dois chefes dos maiorespartidos, Santana Lopes doPSD e José Sócrates do PS,estão presentemente em con-fronto directo, eles que apa-receram na Rádio TelevisãoPortuguesa durante um longoperíodo nos comentários sema-nais sobre a situação do país,passaram a ter: Santana, res-ponsabilidades governativas,Sócrates a tarefa de realçar asfragilidades do executivo epreparar-se para assumir ocomando do país numa próxi-ma oportunidade. Portanto umreencontro em condições mui-to diferentes.

Na verdade, há imensos pro-blemas em Portugal, que le-vam a população a desejar umamudança política, conforme asúltimas sondagens o indiciam.Com Sócrates, vai o país ficarmelhor ? Só o tempo o dirá.

Cont. da pág. 1

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Notíciasobre o Jornal

Venho responder à “Notíciasobre o Jornal” que convida osleitores a comentar sobre ovosso semanário.

Para começar gostaria, em-bora um pouco tardiamente,felicitar o Senhor Eduíno Mar-tins, pela sua coragem e deter-minação na compra do Jornal AVoz de Portugal, sendo, por-tanto agora, seu proprietário eeditor.

É também com imenso pra-zer que respondo ao convite. Jáem algumas ocasiões no passa-do, escrevi vários artigos sobreassuntos de interesse na nossacomunidade. E sempre fui bemaceito, nunca me tendo sidorecusado qualquer texto.

Só escrevo quando pensoque o meu artigo possa trazeralgo de informativo ou críticoem matéria de abusos e falsi-dades que por vezes, infeliz-mente, são escritas, faladas oucomentadas na nossa comu-nidade.

Se escrevo poucas vezes éporque não sou jornalista e nãopossuo grandes aptidões paraescrever. No entanto, existemocasiões que alguns devem serpublicados como esclarecimen-tos de certos eventos ou denotícias erróneas.

Quero desejar-lhe as maioresfelicidades, prosperidades eque “A Voz de Portugal” con-tinue na senda do progresso emantenha sempre a sua ha-bitual ética jornalística.

Guilherme Álvares Cabral

particularmente sentido nasregiões autónomas.

No passado mês de Fevereiro,o Plenário de São Bento dis-cutiu e aprovou na genera-lidade – o voto a favor foi unâ-nime – a proposta de lei daAssembleia Legislativa daRAM. Para que o processo secomplete, faltam as votações naespecialidade e final global.

De acordo com GuilhermeSilva, líder parlamentar do PSDe deputado eleito pela Região, eque ontem falava, tal deveráacontecer proximamente. Ouseja, a tempo de salvar a inicia-tiva de caducar em virtude damudança de legislatura na

AR aprova diploma da RegiãoCont. da pág. 1

Madeira – facto que determinao fim do prazo de validade dosdiplomas enviados à AR.

Significa então que todas asrestantes propostas regionaisestão mesmo à beira de ca-ducar. Segundo uma pesquisafeita no final da sessão legis-lativa anterior, recorde-se, masdescontando agora o diplomaque beneficia os pescadores deatum, estão em causa 13 pro-postas de lei – fica também delado a relativa à transmissãodos canais nacionais de TV,prejudicada entretanto pelaresolução da questão.

12 das iniciativas nem che-garam ao hemiciclo de São

Bento para qualquer discussão,designadamente na genera-lidade. Só uma almejou tal feito:a que cria o Fundo Nacional deIntegração Des-portiva, umaforma de pôr o Estado a pagaras viagens dos atletas e equipasinsulares.

Em Abril último, o diplomabaixava à respectiva comissãoespecializada sem que fossevotado. Na altura, o PSD járeconhecia que a propostalevantava vários problemas porforma a levá-la à prática.

Muitas das iniciativas sãoremetidas à Assembleia daRepública de quatro em qua-tro anos – caducam e o Parla-mento regional insiste nelas.Desta vez, e por causa do alar-gamento das competênciasinsulares na sequência da últi-ma revisão constitucional,algumas poderão ser resolvidasno hemiciclo madeirense.

Pelo menos é uma expec-tativa alimentada por Gui-lherme Silva, que anuncia aintenção de fazer um levan-tamento de todas as propostasque vieram da Região durantea actual legislatura. Justa-mente para averiguar as queserão passíveis de resolução noâmbito das novas competên-cias da Assembleia Legislativada RAM.

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Alguns ex-combatentes do antigo Ultramar Português,desejosos de formarem um núcleo privilegiando o convívio entrecamaradas de armas nas três frentes africanas, convidam osinteressados a manifestarem-se, a fim de se proceder ao seureconhecimento por alvará oficial.

Não se trata de estabelecer “mais uma associação”, apenas e só,a formação de um grupo de amigos que se encontrarão ocasional-mente em ambiente fraternal e poderão, se necessário, obter efacultar informações oficiais sobre pensões e outros serviços a quetêm direito. Os interessados poderão enviar as suas coordenadasa este jornal, endereçadas a : Associação dos Antigos Com-batentes.

— Um Grupo, Uma VozJornal A Voz de Portugal4231 Boul. St-Laurent, H2W 1Z4, Montreal, Qc.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 3

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Corrida ao rubro parao Parlamento açoriano

Por Olímpia GranadaO calendário oficial da cam-

panha eleitoral nos Açores paraas legislativas regionais come-çou às 00.00 de domingo nosAçores. Três dias antes do iní-cio da campanha na regiãoautónoma da Madeira, as seteforças políticas que nos Açoresconcorrem ao sufrágio do dia17 de Outubro já podem, decla-radamente, apelar ao voto.

O MPT, PDA, PPM, BE,CDU, PSD-CDS-PP e PS vão atéao dia 15 tentar convencer os187.765 eleitores recenseadosnos nove círculos eleitorais,tantos quantas as ilhas do ar-quipélago, de que os seus candi-datos são os mais capazes paraocupar os 52 lugares que aAssembleia Legislativa re-gional vai manter. O PS, aColigação Açores (PSD-CDS/PP) e a CDU são as únicas for-ças que detêm representaçãoparlamentar na legislatura queagora acaba com, respectiva-mente, 30, 20 (18 mais 2) e 2deputados, concorrendo atodos círculos eleitorais e sendoo poder disputado pelas duasprimeiras.

O socialista Carlos César,recandidato a um terceiromandato e que a partir de hoje

suspende as funções de chefedo Executivo regional, tem pelaprimeira vez como principalopositor Victor Cruz, o líder doPSD-Açores e candidato à presi-dência do Governo pela ADaçoriana. Os dois antigos rivaisde bancada têm protagoni-zado a pré-campanha mais lon-ga da história autonómica,dando origem à «guerra» daestatística.

Os números e as percen-tagens comparativas têm sidousados como armas de arre-messo no combate político-partidário, a que nem os out-dors escaparam. As vantagensda familiaridade política nasrelações com São Bento têmsido um argumento usado pelaColigação - à semelhança doque César fez em 1996 comAntónio Guterres -, ao que o PSresponde que «já lá vai o tem-po» em que não havia Lei dasFinanças Regionais e era, porisso, vantajosa ter a mesma corpolítica em Ponta Delgada eLisboa.

Os governos da República,do passado e do presente, têm,de resto, pairado sobre toda apré-campanha. Além das inter-venções nas festas-comício edas medidas programáticas, o

tom do debate eleitoral endu-receu nas últimas semanascom acusações mútuas. O PSacusou o PSD de promoverqueixas contra o Governo Re-gional junto das instânciascomunitárias, com a revelaçãona imprensa regional de docu-mentos que supostamente oprovarão. Os sociais-demo-cratas sentiram-se ofendidos equerem que o assunto sejaresolvido em tribunal. Já noúnico debate a dois, no canalpúblico regional, foi a vez deCruz acenar para as câmarasde televisão com um CD con-tendo a transcrição de umaconversa telefónica em quealegadamente César pressio-nará um funcionário público anão participar numa acçãopública da Coligação.

Estes factos parecem atestar,pelo menos, que a corrida eleito-ral está renhida nos Açores,onde as chamadas ilhas maispequenas vão ter um papeldecisivo no resultado das elei-ções. Na mais pequena ilhaaçoriana, com 350 eleitores,bastam cerca de 170 votos paraeleger um parlamentar en-quanto São Miguel, com cercade 100 mil eleitores (53% dosinscritos), elege apenas 19 dos52 deputados da AssembleiaRegional.

Barco de pescaafunda-se aolargo dos Açores

Os dez tripulantes de umbarco de pesca português, quese afundou sábado ao largo dailha das Flores, foram reco-lhidos por uma embarcaçãodos Açores, anunciou fonte doComando da Zona Marítima doarquipélago. Segundo a mes-ma fonte, o “Phoenix”, regis-tado em Aveiro, estava a afun-dar-se a cerca de 85 milhas Sulda ilha açoriana, tendo os tripu-lantes sido recolhidos pelaembarcação “Íris do Mar”, quese encontrava na zona.

A operação de resgate dosdez tripulantes, que estão deboa saúde, terminou às 19h10locais (20h10 em Lisboa), pre-vendo-se que possam chegar aPonta Delgada amanhã demanhã.

Tarado vigia casais no Pico da CruzMirone observa namorados

nos automóveis enquanto seexibe sexualmente. À primeiravista poderá parecer uma qual-quer anedota de café, mas ofacto é que um indivíduo dosexo masculino, revelando níti-dos comportamentos desvian-tes, anda a “vigiar” casais noPico da Cruz, em São Martinho.

Habitualmente muito procu-rado, especialmente à noite,este é um espaço conhecido noFunchal pela grande afluênciade jovens casais.

De acordo com relatos colhi-dos pela reportagem, junto de

alguns dos casais, o referidoindivíduo surpreende os na-morados do exterior das suasviaturas.

Se há alguns que afirmamque o homem se mantém àdistância, apenas exibindo osórgãos sexuais, há outros quegarantem que o suspeito vaiainda mais longe, “colando-se”ao vidro dos automóveis, en-quanto se exibe.

Quando alguém procurareagir, o homem coloca-se emfuga, desaparecendo por entrecaminhos íngremes.

Segundo apurámos, esta si-

tuação inédita já decorre há lar-gos meses naquela zona, sen-do mesmo do conhecimentodas autoridades policiais doFunchal.

Estando a Polícia de Segu-rança Pública “refém” do fla-grante delito e sem solução àvista, há quem pretenda re-solver este problema de outramaneira. Em todo o caso, estasituação parece ultrapassar otípico caso do “voyeur”, queobserva mas não interfere comas suas “vítimas”.

Criadores de gado revoltados com GROs criadores de gado que-

rem que o Governo Regionalautorize a pastagem de bovinosno chão do Paul da Serra, pelomenos três meses, durante oano.

Para concretizar esta rei-vindicação, cerca de 30 pro-dutores iniciaram, sábado, noPaul da Serra, a promoção deum abaixo-assinado, onde cons-ta também a pretensão de ve-rem implementadas melhorescondições para a criação degado bovino naquelas encostas.

Esta medida foi sugerida pelolíder do CDS-PP. Após umareunião com os criadores, JoséManuel Rodrigues apelou àcalma e prometeu apoio inte-gral na execução dos proce-dimentos legais.

«Espero que sejam reivindi-cativos, mas dentro da lei e daordem, como é próprio numademocracia», pediu, mediantealgumas vozes mais exaltadas.

Apesar de revoltados, os cria-dores de gado concordaramem iniciar, no local, a recolhade assinaturas, que serão, pos-teriormente, entregues noGoverno Regional.

«Vamos assinar e já», excla-maram alguns dos presentes.

Na base dos protestos está,conforme explicou José ManuelRodrigues, a precariedade comque se pratica actualmente acriação de gado.

O líder dos “populares” consi-dera que a pastagem do gadobovino no Chão do Paul daSerra poderá ser feita de uma

«forma ordenada» e sem preju-dicar o plano regional de reflo-restação.

«É verdade que há muitasexpropriações que, em outrosconcelhos, ainda não estãopagas. Peço ao Governo Re-gional que não exproprie asserras aos criadores de gadoque são os melhores defensoresda serra da Madeira», enfatizou

LeiaA Voz de Portugal

o seu

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à

quarta-feiraPolémica cominaugurações na Madeira

O PS/M acredita que o «efei-to Sócrates» pode beneficiar oresultado dos socialistas naMadeira, nas eleiçõs de 17 deOutubro, aguardando-se que onovo secretário-geral do parti-do, tal como prometeu na últi-ma deslocação à ilha, visite aregião na campanha eleitoral.

Pela primeira vez em muitosanos, o PS/M liderado por Ja-cinto Serrão apresenta-se aoeleitorado com um espírito deunidade e sem medo da longe-vidade de Alberto João Jardim,única figura do PSD retratadanos outdoors, panfletos e carta-zes espalhados por toda a ilha.Com circo, leões e palhaços,Jardim não faz por menos. Ouele ou os outros, «a escumulha»que «mente».

A linguagem atingiu o insul-to e o calão. As eleições naMadeira sempre foram assim.

Com um Governo em queda depopularidade, conforme sonda-gem do Diário de Notícias doFunchal, Jardim não perde umminuto e salta de palco empalco. Ataca os ingleses, fala dopúlpito das igrejas, critica jor-nalistas. Fazendo apelos ao votocontra a abstenção e os adver-sários, desdobra-se entre comí-cios nocturnos e inauguraçõesdiárias, à média de 4 por dia ecom bandeiras do PSD à mis-tura - o que, para o delegado daCNE na Madeira, não é pro-blema.

Contas por alto, de Agosto aOutubro, os valores das obraspúblicas inauguradas deverão

ultrapassar os 300 milhões deeuros, informou ao DN fonte doGoverno regional. Um dossiercolocado em causa por toda aoposição, incluindo o CDS/PP,pela «pressa» em cortar fitascom fins eleitoralistas, acusa oPartido Socialista.

A CDU fala mesmo em «rou-balheira» - na sexta-feira, umfiscal de obras e a arquitecta daCâmara da Ponta do Sol (PSD)foram detidos por alegada cor-rupção - enquanto o Bloco deEsquerda denuncia «aten-tados» ambientais à saúdepública e à economia regional.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página

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República Portuguesa tem 94 anosApós tentativas frustradas de

revolução (a mais importantedas quais foi o 31 de Janeiro de1891) e de algumas décadas depropaganda contra o regimemonárquico, o regime repu-blicano foi instaurado em Por-tugal por meio de uma revo-lução armada organizada porconspiradores militares e civis,congregados em torno do Par-tido Republicano e de duasorganizações secretas de carizsocial diferente (a Maçonaria ea Carbonária). Os dirigentesrevolucionários tinham pre-visto que a revolução triunfaria

facilmente em Lisboa e seriadepois proclamada no resto doPaís por telégrafo. Assim veioefectivamente a acontecer,dado que os combates, de di-mensão relativamente redu-zida, se circunscreveram unica-mente a Lisboa (Rotunda).

Durante o período da propa-ganda, todas as forças e perso-nalidades republicanas encon-traram facilmente um mínimodenominador comum no desi-derato da abolição do regimemonárquico, que rapidamentedeu lugar à manifestação dasdivergências políticas e pes-

soais que estão na raiz da gran-de instabilidade política do re-gime. Esta encontra-se clara-mente reflectida na fragmen-tação partidária (não obstantea qual o Partido Democráticoteve quase sempre uma notávelhegemonia), no grande nú-mero de ministérios nomeados(quarenta e oito, muitos delesde duração efémera, tendohavido casos em que nem se-quer tomaram posse), no factode poucos presidentes teremcumprido o seu mandato até aofim, nas várias situações deditadura (a mais importantedas quais, a de Sidónio Pais, dealgum modo prefigura o EstadoNovo salazarista). A consoli-dação da República foi dificul-tada, não apenas pelas dissi-dências dentro do campo repu-blicano, mas ainda pela pressãodos restauracionistas monár-quicos, que tentaram pela forçadas armas retomar o poder, epelas correntes de cariz autori-tário que se iam espalhandopela Europa, com manifesta-ções e reflexos em Portugal, etambém, por outro lado, por umamplo movimento operário for-temente influenciado pelasideias anarco-sindicalistas.

Não só no plano político semanifestaram as dificuldades: aRepública instituiu um regimede igualdade política, nomea-damente no campo das liber-dades de associação e expres-são e dos direitos eleitorais,mas não realizou a igualdadesocial, nunca conseguindoencontrar meios para eliminaras precárias condições de vidada grande massa da popula-ção, extremamente pobre ecom elevado nível de analfabe-tismo. Dessa dificuldade em

solucionar questões sociais éclaro indício a incapacidadepara evitar o fluxo constante deemigrantes (para o Brasil epara os Estados Unidos, princi-palmente), que despovoouáreas extensas do país e tevereflexos negativos sobre a eco-nomia, nomeadamente sobre aprodução agrícola.

Outro factor importante, quecontribuiu para agravar a situa-

ção económica e social de Por-tugal, foi a participação naGrande Guerra, encaradacomo meio de salvaguardar ascolónias, que acarretou uminvestimento incomportável euma considerável perda devidas. Entretanto, a guerra, aconstante instabilidade gover-nativa, as questiúnculas entredirigentes políticos, a agitaçãosocial, para não falar da incom-

petência de muitos governan-tes, contribuíram largamentepara o descalabro das finançaspúblicas (aliás herdado do re-gime deposto). Apenas numbreve período, sob a direcçãode Afonso Costa, as contaspúblicas acusaram saldo posi-tivo, voltando depois o País acair na bancarrota.

Todos os factores sumaria-mente enumerados concorre-ram para o descrédito das insti-tuições parlamentares, dospartidos democráticos e dosseus dirigentes. Começarampor tal facto a avolumar-se astendências para encontrarhomens fortes capazes de pôrtermo à “desordem nas ruas”(cuja responsabilidade erapartilhada por todas as forçaspolíticas em presença), ganhapeso o receio do “bolchevismo”(embora o Partido Comunista,fraquíssimo, apenas se tivesseconstituído em 1921). Surgem,assim, as tentativas de instau-ração de um regime de força,antiparlamentar e antiliberal:primeiro sob Sidónio Pais, em1917, depois, em 1926, umaconspiração em que se unemrepublicanos desencantados,restauracionistas monárquicos(os da velha escola e os novosexpoentes do IntegralismoLusitano) e católicos ressen-tidos pela perda dos seus privi-légios (a radical Lei de Sepa-ração do Estado e da Igrejareduzira drasticamente a influ-ência social da Igreja e deramesmo lugar a manifestaçõesagressivas de carácter perse-cutório), militares e civis detendências filo-fascistas, desen-cadeia um golpe que apanhatotalmente indefesa a Repú-blica democrática e parlamen-tar e instaura uma DitaduraMilitar que, poucos anos volvi-dos, dará lugar ao Estado Novo.

Presidenterecebe DurãoBarroso

O Presidente da República,Jorge Sampaio, recebeu ante-ontem, em Belém, o presidenteeleito da Comissão Europeia,José Manuel Durão Barroso.Esta foi a segunda audiênciaconcedida pelo Chefe de Esta-do ao ex-primeiro-ministro,após este ter sido eleito presi-dente do órgão executivo daUnião Europeia (UE). Na pri-meira audiência, a 28 de Julho,Barroso informou o Presidenteda República sobre as suasprioridades para a Comissão.

O encontro entre Sampaio eDurão ocorreu no início deuma semana em que o presi-dente eleito da Comissão Euro-peia se reunirá com os chefesde Governo da Espanha, Itália,República Checa e Malta, nosentido de preparar as priori-dades políticas do seu execu-tivo.

Milharesde análises àágua por fazer

Mais de 143 mil análises obri-gatórias à qualidade da águaficaram por realizar no anopassado, o que significa umataxa de incumprimento de17,34%, segundo um relatóriosobre qualidade da água paraconsumo sábado divulgado.De acordo com o documento“Controlo da Qualidade daÁgua para Consumo Humanode 2003”, a que a Agência Lusateve acesso, das cerca de ummilhão de análises obrigatóriaspara assegurar os níveis dequalidade, 143 mil não foramefectuadas.

Apesar do incumprimento, onúmero de análises obriga-tórias por realizar baixou emrelação ao ano anterior. Em2002, as entidades gestoras dossistemas de água (que podemser câmaras municipais ouempresas) não cumpriram 150mil análises obrigatórias, o quecorrespondia a uma taxa deincumprimento de 17,96%.

O relatório salienta que, nosúltimos dez anos, “foi muitosignificativa a redução da per-centagem de análises em falta,tendo passado de 46,7%, em1993, para 17,34% no ano pas-sado. Apesar de a taxa de in-cumprimento ter baixado, con-tinua a haver uma grande per-centagem (28%) de análisesque não são feitas aos parâ-metros tóxicos da água paraconsumo.

Na opinião da associaçãoambientalista Quercus, as aná-lises em falta “podem escondermuitas situações causadorasde problemas para a saúdepública”.

“Estes números provam queas entidades que gerem ossistemas de distribuição deágua não levam a sério a ques-tão da qualidade”, disse HélderSpínola, presidente daQuercus, em declarações àLusa, considerando urgenteque os concelhos faltosos sejamfiscalizados e penalizados

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 5

Opinião

Possuo largos anos de experiÍncia e poder, oriundo dos meusancestrais. Com a m·xima honestidade e sigilo, ajudo quaisquer quesejam os casos desesperados, mesmo os de difÌcil soluÁ„o:Ang˙stias, Mau-olhado, AmarraÁıes, Desvio, AproximaÁıes, Casasassombradas, Males FÌsicos, ImpotÍncia Sexual, VÌcios, etc.Desamarro tambÈm todos os males fluÌdos que existem em si! Trabalho‡ dist‚ncia por bons guias com Talism„s fortÌssimos para todos osfins! Considerado um dos melhores Profissionais no Canad· eestrangeiro, consultado por v·rios colegas devido ‡s minhasprevisıes serem exactas e os tratamentos eficazes! Falo PortuguÍs.

ASTRÓLOGO AFRICANO AIDARATel.: (514) 374-2395 Fax : (514) 374-9755

Raul Mesquita

Augusto Machado

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A Voz

de Portugal

o seu jornalà

quarta-feira

Repórteres ereportagens sem romarias

O mundo às avessas

1. O leitor decerto já está aocorrente do que aconteceu napequena localidade chamadaFigueira, perto de Portimão ondeJoana Cipriano Guerreiro, umamenina de oito anos, desapa-recida desde 12 de Setembro eque as buscas para a encontrar,viva ou morta, têm resultado numimenso vazio. A própria mãe e umtio, irmão da mãe, são acusados dohediondo crime.

Depois de tanto tempo semencontrar rastos da menina, a

Polícia Judiciária, perante a análise laboratorial, diz que a miúdapode ter sido esquartejada. O certo é que até ao momento em queescrevemos estas linhas os presumíveis autores do crime, agoradetidos sob a acusação de homicídio qualificado, ainda nãoconfessaram onde esconderam o corpo da criança e siste-maticamente recusam-se a colaborar com as autoridades. A mãenão abre a boca e o tio tem-se divertido em despistar os agentesda PJ indicando locais errados onde pudesse estar o corpo.Entretanto, por todo o lado seguem-se as buscas: ribeiras, esgotos,lixeiras, retroescavadora remexe vários terrenos e tudo infrutífero.

Um agente da PJ confirmou à comunicação social que o corpode Joana não aparece porque os possíveis autores de infanticídioquerem furtar-se a uma pesada condenação. A aparente“confusão” da polícia na investigação, repetidamente lembrada nosjornais - que também são lidos na cadeia – “dá aos possíveishomicidas a ideia de que estão a controlar todos os factos e que têmos investigadores na mão”, acrescentou a mesma fonte da PJ. Eos suspeitos da morte de Joana não são desprovidos de recursos.O tio já teve algumas experiências no mundo dos tribunais. Jápassou vários anos na cadeia por ter tentado assassinar umindivíduo. Portanto, conhece bem as regras do jogo. LeonorCipriano, a mãe, que desde o dia do “desaparecimento” de Joanaa 12 de Setembro, se desdobrou em declarações aos jornais etelevisões: “se calha alguém a meteu no carro e fugiu com ela; Deusé grande – viva ou morta ela há-de aparecer...” declarava a mãeda menina aos jornalistas com uma certa frieza.

A Polícia Judiciária já admite que encontrar o corpo da pequenaJoana será como procurar uma agulha num palheiro – já passoutempo de mais – para que os agressores estejam fragilizados e o“frenesim” demonstrado pela Judiciária também não ajudou.

2. Médicos e professores metidos na embrulhada.Inspecções-gerais da Saúde e da Educação vão investigar

professores e profissionais de medicina por causa dos falsosatestados médicos. Trata-se de dezenas de falsos atestadospassados por médicos a professores com o objectivo de enganaro Sistema – é um triste espelho do país que temos. Um país ondenem as supostas e, não raras vezes, autoproclamadas elitesescapam à mediocridade actual. É a inacreditável falta deescrúpulos revelada por alguns médicos e professores, que têmtanta moral para falar de ética profissional como a ministra daEducação possui para falar de eficácia política ou a total inabilidadedo Ministério da Educação para lidar com uma coisa complicadachamada computadores.

Mais do que uma investigação que determine concretamentequal foi o problema informático que inviabilizou a colocação atempo dos professores, o que o país precisa é de uma verdadeirainquirição moral a alguns médicos e professores de Portugal. Quesão, ou deveriam ser, um exemplo. Infelizmente, são-no pelanegativa: o resultado, em termos de saúde e educação, está à vista- quem tem dinheiro é tratado em clínicas privadas e rápido e comdignidade e as escolas privadas, durante toda esta embrulhada,funcionaram normalmente e a taxa de sucesso escolar é superiorà das escolas públicas.

Finalmente, depois de uma espera terceiro-mundista, temos osprofessores colocados nas escolas. Agora prosseguem asinvestigações aos falsos atestados médicos.

Comecemos pelo princípio.Há diferentes formas de inter-

pretar o discurso de imprensa. Acrónica, a entrevista, a notícia e areportagem. Neste texto pre-tendo apenas referir-me a estasduas últimas com maior incisãosobre a reportagem.

Para isso apoio-me nas expli-cações elaboradas por José JorgeLetria e José Goulão, no seu livroNoções de Jornalismo.

Dizem então estes especialistasque o autor de uma notícia deve

começar pelo desfecho de um determinado acontecimento paradepois descrever, em pormenor, a forma como as coisas sepassaram. Uma notícia não tem suspense. O mais importante temde estar logo no princípio.

Um mesmo crime terá descrições diferentes no romance policiale na notícia.

A elaboração da notícia, ordenando os factos por ordemdecrescente de importância, criou no jornalismo a técnicaconhecida sob a designação de pirâmide invertida. A notícia éconstituída por duas partes: a primeira denomina-se lead oucabeça, e a segunda, corpo ou desenvolvimento da notícia.

Como se faz o lead? Embora as opiniões variem, a cabeça de umanotícia deve conter os elementos resultantes das respostas aquatro perguntas fundamentais: Quem?, O quê?, Quando?,Onde?.

No caso da reportagem jornalística esta reconhece-se pela suamaior elaboração. Normalmente, não é “para hoje”. O jornalistadispõe de mais tempo para estudar o tema, aprofundá-lo, procurarinformações…

Uma reportagem é, por vezes, uma notícia apenas um poucomais aprofundada e com maior carga de interpretação pessoal porparte do jornalista.

A relação entre notícia e reportagem pode ilustrar-se, porexemplo, com a inauguração duma grande barragem. Noprimeiro dia, o jornalista envia a notícia do acto inaugural.Permanecendo no local, o jornalista pode aprofundar o tema,nomeadamente na perspectiva das alterações que a barragem vaiprovocar na região, episódios da construção, situação local daagricultura e do abastecimento de energia eléctrica. O leitoraperceber-se-á assim, com mais nitidez, da importância doacontecimento.

Transportemos agora estas definições para o meio comunitário.Aquilo que se faz todas as semanas nos nossos jornais, é uma

mistura destes dois conceitos. O repórter faz notícia e reportagem.E desta miscelânea nem sempre sai o mais conveniente. Porqueexiste uma forma errada nos convites e nas expectativas dasentidades anfitriãs, em qualquer evento comunitário. Está erradopensar-se — mesmo considerando as boas vontades e gentilezasque de um modo geral se verificam — que o repórter deverásentar-se a jantar durante todo o tempo que dura o repasto e delefazer largo noticiário. Do mesmo modo, esperam um igualtratamento elogioso para com os organizadores — se possível, edisso fazem questão e “pressão”, — com muitas fotografias ondeapareçam, cozinheiros, dirigentes, cançonetistas amadores,presuntos dependurados e porcos com o ventre aberto. Ora,sobretudo se considerarmos a profusão dos jantares-festas em cadafim-de-semana, torna-se impossível para qualquer periódico, dedeslocar pessoal jornalístico para assistir a todos estes eventos. Eserá, direi antes, é, injusto, privilegiar um e esquecer os outros. Amissão do repórter não é de ir jantar. Acompanhado ou não. A suafunção é apenas a de retratar tão fiel quanto possível aquilo queviu ou ouviu, relacionado com o acontecimento. E como sedescreve um jantar? Pelo número de talheres na mesa ou pela cor

dos pratos?Por isso o repórter deverá ser um itinerante da escrita. Passando

de um local a outro e relatando resumidamente o que de aceitávelou mais relevante tenha presenciado num e noutro lado, fixandono celulóide uma imagem, para ilustrar o conteúdo do seurespectivo texto. Aqui poderá haver uma diferença em relação àspubli-reportagens. Quando uma entidade, desejosa de se ver nojornal, decide pagar uma página, o texto neste caso, poderá ser umpouco mais longo e mais ilustrado sem todavia cair no ridículo, jáque é o jornal que assume as críticas e as opiniões nem sempreelogiosas, de outros anunciantes e leitores. Um jornal, deve reflectiruma imagem de sobriedade e de equilíbrio, que não se devecomover com as aspirações e “quétaines” desejos de alguns, atroco de míseros cobres. A encosta a subir é a da qualidade doproduto que se propaga. A barra é alta. O preço a pagar também.

Por outro lado, quando um organismo associativo convida aimprensa étnica local, deve, sob pena de não ser correspondidoulteriormente, colocar todos os representantes da comunicaçãosocial num mesmo local, no mesmo pé de igualdade, semdestaques individuais para quem quer que seja. E recorde-se maisuma vez, que não é a 24 horas do acontecimento que se deveráenviar uma comunicação-convite para uns e com semanas deantecedência para outros.

Se o jornal A Voz de Portugal está em vantagem em relação aoutros devido à sua periodicidade semanal, o que lhe confere umestatuto privilegiado de publicista comercial, com assinaláveisêxitos para os nosso anunciantes, temos porém uma cargasuplementar traduzida nas escassas horas à nossa disposição, pararelatarmos qualquer acontecimento, contrariamente a qualquerdos nossos colegas da informação escrita—porque mensais ouquinzenais — o que vem reforçar as ideias aqui explanadas. Daía necessidade de se dizer menos mas melhor e em mais curtoespaço.

Enfim. Repórteres fazendo notícias de reportagens e não deromarias sem romeiros.

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Vária

Auto-Retrato de Rembrandt Identificado no AlgarveUm trabalho de investigação

recente, com o objectivo deestudar parte da vasta colecçãode arte que o diplomata algar-vio Amadeu Ferreira de Al-meida (1876-1966) doou à cida-de de Faro, permitiu identificarobras de Rembrandt, Toulou-se-Lautrec e Gauguin na capi-tal algarvia.

A colecção de arte do diplo-mata, doada em 1944, é consti-tuída por mais de um milhar depeças de pintura, escultura,desenho ou armas, e perma-nece no Museu ArqueológicoLapidar Infante D. Henrique deFaro, embora por falta de espa-ço, na área de reservados eassim, interdita ao público.

Um desenho de carvão sobrepapel assinado por Paul Gau-guin (1848-1903), e datado de1875, que representa uma cri-ança a dormir – provavelmenteo seu primeiro filho Emil –, étido como um dos seus primei-ros desenhos conhecidos, deacordo com o investigadorAndré Neves Bento a partir deinformações obtidas com a co-laboração da leiloeira inter-nacional Sotheby’s.

Também uma litografia dofrancês Toulouse-Lautrec(1864-1901), bem como umagravura e um retrato a óleo deLieven van Coppenol, ambasassinadas por Rembrandt es-tão a ser objecto de estudo.

Mas as maiores atençõesencontram-se voltadas paraum auto-retrato (em óleo sobretela) atribuído a Rembrandt.Caso se verifique a sua auten-ticidade, ainda que para o com-provar com rigor sejam neces-sários mais do que meros exa-

mes de raio-X e de infraver-melhos, a realizar futuramen-te, as atenções dos peritos in-ternacionais em arte, estarãodireccionadas para Portugal epara esta obra de incalculávelvalor.

Um auto-retrato atribuído aRembrandt, datado de 1634,descoberto acidentalmente porse encontrar escondido sobrepinturas mais recentes, foileiloado pela Sotheby’s de Lon-dres em Julho de 2003, por maisde 11 milhões de dólares.

O investigador, André NevesBento, que é natural de Silves,no Algarve, e foi Prémio Socie-dade Histórica da Indepen-dência de Portugal em 1997,fará a apresentação do auto-

retrato de Rembrandt, assimcomo do estudo das restantesobras no próximo dia 28 deOutubro, no Hotel Vila Galé deTavira, durante o Congresso doAlgarve, promovido pelo RacalClube.

Contactos (para imprensa):Congresso do Algarve (Ra-

cal Clube) – 282442587Museu Arqueológico Lapi-

dar Infante D. Henrique (Dra.Dália Paulo, directora) – 289897400

Câmara Municipal de Faro(Dra. Helena Louro, Vice-Presi-dente e vereadora da Cultura)– 289897401

André Neves Bento – 967456204

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Um Verão bem ocupadoMichelle Courchesne écarta-mestra do Governo Charest

Raul Mesquita

A Ministra das Relações comos cidadãos e da Imigração do

Québec, Senhora MichelleCourchesne, teve um períodoestival bastante activo. Pros-seguindo a sua tradicionaldisponibilidade para acom-

panhar tudo quanto se faça nomundo da imigração provin-

cial.Apresentamos nesta página

algumas das actividades quecontaram com a sua honrosapresença, o seu permanentesorriso e participação alegre ebem disposta em eventos dascomunidades étnicas. São oscasos da inauguração do Soukda 3ªedição dos Dias Orientaisde Montreal, local por exce-lência para estabelecer con-tactos com a população mon-trealense e dar-lhe a conheceros artesãos, comerciantes eindustriais dos países de ori-gem árabe e asiática; do 30ºDesfile da Carifiesta que anual-mente desloca às ruas do cen-tro da cidade milhares de foras-teiros e da Quinzena Sepha-rade de Montreal 2004, comexposições e espectáculo de altonível.

Seja sempre bem-vinda Se-nhora Ministra. Carta-Mestrado Governo Charest.

O Mosteiro das CarmelitasNo seguimento da decisão do

Arcebispado de Montreal devender o Mosteiro das Car-melitas, no Plateau de Mont-Royal, a “mairesse” da fre-guesia, Helen Fotopoulos, in-surge-se contra esta lapidagemdo património montrealense ediz-se decepcionada por o en-contro que teve com respon-sáveis eclesiásticos, não terpermitido estabelecer um ne-cessário compasso de espera, afim de se poder examinar a suaproposição, visando a conser-var o Mosteiro das Carmelitasna sua vocação actual.

“A minha proposição parece-me ganhadora em toda a linhapara o conjunto de todos osintervenientes. Em vez de seinstalar na Igreja do Santo Sac-ramento, a nova Fraternidademonástica de Jerusalém, poderiadar uma nova vida ao Mosteirodas Carmelitas. Por seu lado, afreguesia ter-se-ia manifestadocompradora do Santuário doSanto Sacramento a fim de aliinstalar uma nova biblioteca e oseu escritório municipal, paraassim criar, à volta da estação doMetro de Mont-Royal, um cen-tro cívico, cultural e comu-nitário. Este acordo, teria per-mitido às Carmelitas de bene-ficiarem das receitas ligadas àvenda do seu local, permitindo-lhe reocalizar-se noutro lugarmais propício ao exercício dasua vida contemplativa” - frisa aSenhora Helen Fotopoulos.

Esta proposição apoia-se so-bre o único meio disponível erapidamente acessível à dis-posição da freguesia: o seuorçamento de funcionamento,visto não possuir qualquer

fundo de reserva que permitis-se iniciar o processo de aqui-sição.

A “mairesse” Helen Foto-poulos explica no seu comu-nicado de que estaria dispostaa investir o milhão de dólaresque tem anualmente para pa-gamento do aluguer dos locaisocupados pelos seus serviços,mas que não dispõe dos outrosmilhões necessários para acompra do Mosteiro e para asdiversas e imprescindíveisrenovações nos edifícios egestão subsequente. Para tal,será necessário contrair umempréstimo pelo Executivo esubmeter-se a um referendopúblico. O projecto porém,poderia ser rentável sob muitosaspectos. Considera todavia,Helen Fotopoulos — que semantém em contacto com asua colega responsável do Pa-trimónio no Conselho Munici-pal e tenciona fazer o ponto dasituação com a Ministra daCultura do Québec, Line Beau-champ — , que outros inter-venientes de importância sedeverão manifestar, tais como,as autoridades religiosas e ogoverno provincial, apoiando asfreguesias na luta contra estetipo de problema urbano que serepete com frequência, estabe-lecendo regras para a reabili-tação de lugares do culto, pro-tegendo edifícios que fazemparte integrante do patrimónioreligioso.

E Helen Fotopoulos terminaconvidando “todos os media-neiros a tirarem lição destasituação. O património religiosoestá em mutação e que esta con-dição é inelutável. As comu-

nidades religiosas e o clero têmtantas responsabilidades como ogoverno e as autoridades mu-nicipais. Estou persuadida que étempo de estabelecer as regras dojogo que sejam claras e que per-mitam a todos e a cada qual, dese situar. Não será desejável dereagir caso por caso, como esta-mos a fazer neste momento noque respeita ao Mosteiro das

Carmelitas ou, como há algunsanos atrás, pela Igreja São Joãoda Cruz. Como várias outraspessoas, creio que se deve fazerum debate de sociedade quantoàs melhores maneiras de con-servar e de reabilitar de mododurável, o património religioso,que deverá ser visto como umaherança para as gerações fu-turas”.

ASSEMBLEIA GERALANUAL DO 23 DE OUTUBRO

Este ano a assembleia geral anual do Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal (C.A.S.C.M.), terá lugar no sábado dia23 de Outubro de 2004 às 14h00 no Salão Nobre do CentroComunitário Santa Cruz situado no 60 rua Rachel Oeste.

Desejamos também informar que os membros interessados emcandidatar-se para o conselho de administração, poderão fazê-loaté dia 15 de Outubro de 2004. Relembramos que somente aspessoas que são membros poderão ser eleitas em assembleia.

A sua presença é indispensável ! Se para si a acção doC.A.S.C.M. é importante não hesite em participar ! Contamos coma sua presença !

Para mais informações, poderá dirigirse ao C.A.S.C.M, situadono 32, boul. St.-Joseph Oeste ou telefonar para o número 842-8045.

Maria Inês de MeloPresidente

CONVOCATORIAO Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação

Portuguesa do Espirito Santo nos termos dos Estatutos e doRegulamento Interno, convoca os Associados para umaAssembleia Geral no próximo dia 9 de Outubro, às 17h00, na suasede situada no 6024, Rua Hochelaga, em Montreal, tendo comoordem de trabalhos:

Ponto um: Aprovação da ordem dos trabalhosPonto dois: Apresentação das contas da festa de Nossa Senhora

dos MilagresPonto três: Apresentação das contas da Associação Portuguesa

do Espirito SantoPonto quatro: Eleições para a presidência do C.A. 2004/2005Ponto cinco: DiversosNa falta de quórum, a assembleia reúne trinta minutos depois,

na referida sede, com a ordem de trabalhos indicada, com onúmero de Associados presentes.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 8

Anedotas

Alma Juvenil

O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos

“leitores do futuro”. Entretanto continuamos aincentivar os nossos “leitores do presente”, paraque nos enviem as fotografias dos seus bebésnascidos no ano 2004, acompanhadas dosrespectivos nomes, datas de nascimento, nomesdos pais e número do telefone, para: Concurso Bebé2004, A Voz de Portugal, 4231 boul. St-Laurent,Montréal, Qc H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2005, efectuaremos umsorteio entre todas as “carinhas bonitas” que atélá tenhamos recebido.

Para mais informações contactem-nos pelo tel.(514)284-1813, da Segunda a Sexta, das 09h00 às17h00.

- Está bem, eu tomo nota ...O Luizinho não pode vir àsaulas hoje porque está comgripe... Já agora, quem éque está ao telefone?- É o meu paizinho Sra. Pro-fessora !

- Avô, avô, olha ali aquelesenhor e todo careca!- Shhhht ! Cala-te que elepode ouvir-te!...- Porquê ? Achas que ele nãosabe?

Dois meninos:- Chiquinho, o que é umalesma?- É ... É... Um caracol nu-dista!

- Se fosses um animal irra-cional, qual é que gostavasde ser?- Sei lá !- Eu gostava de ser um A-TUM ! É que assim a minhamulher era ATUA!!

Dois malucos:- A pesca hoje estava mesmoboa, marcaste o lugar ondeestávamos?- Marquei, fiz uma cruz nocasco do barco que alu-gámos !- És mesmo parvo! Então, seda próxima vez não pu-dermos alugar o mesmobarco como é que vamossaber onde é que era?

- Oh mãe, mãe, o que é quequer dizer “pourquoi” ?- Porquê !- Por nada, só para saber ...

Quem conhece oHino de Portugal?

Muito de nós conhecemosumas linhas do hino, mas co-nhecemos pouco a sua históriae os antecedentes dos hinosportugueses.

O actual Hino oficial de Portu-gal é «A Portuguesa». O hinofoi escrito em reacção ao ulti-mato da Inglaterra contra Por-tugal. Alfredo Keil e HenriqueLopes são os criadores do hino,que foi uma resposta ao gover-no, que cedeu aos ingleses.Com a República, em 1910, onovo regime fez de «A Portu-guesa», o nosso hino oficial,que teve um texto final, em1957.

A Portuguesa não foi o únicohino de Portugal na sua his-tória. O «Hymno Patriótico» foio primeiro hino português quetemos conhecimento e consi-derado oficial. Ele foi escritopelo Marcos Portugal, que ofe-receu ao rei D. João VI, em1821. Houve também o hino dorei D. Pedro IV, que escreveuum, o «Hymno Imperial eConstitucional», que faz refe-rência à primeira constituiçãode Portugal de 1822. Em 1834,esse hino passou a ser o se-gundo hino de Portugal, e toca-do em todas as ocasiões públi-cas até 1910.

Thaís MarisaNasceu: 12 Junho de 2004Mãe: Tania PereiraPai: Paulo Jorge Canelha

Anthony Da SilvaNasceu: 17 Março de 2004Mãe: Nancy FrancoeurPai: Paulo Jorge Da Silva

Miguel Felix

Portugal conheceu três hinosoficiais, mas o hino actual, nósjovens, conhecemos pouco, e étriste. Hoje em dia, o hino portu-

As cinco quinas simbolizam os cinco reis mourosque D. Afonso Henriques venceu na batalha deOurique. Os pontos dentro das quinas repre-sentam as cinco chagas de Cristo. Diz-se que nabatalha de Ourique, Jesus Cristo crucificadoapareceu a D. Afonso Henriques, e disse: «Comeste sinal, vencerás!». Contando as chagas eduplicando por dois as chagas da quina do meio,perfaz-se a soma de 30, representando os 30dinheiros que Judas recebeu por ter traídoCristo.

Os sete castelos simbolizam as localidades forti-ficadas que D. Afonso Henriques conquistou aosMouros.

A esfera armilar simboliza o mundo que osnavegadores portugueses descobriram nosséculos XV e XVI e os povos com quem trocaramideias e comércio.

O verde simboliza a esperança.

O vermelho simboliza a coragem e osangue dos Portugueses mortos emcombate.

guês aprende-se, quando se ou-vem os jogos de futebol e umpouco nas escolas portuguesas.A tristeza é, que o hino é poucocantado na nossa comunidade,

quando o hino é um símbolo euma das ligações com todos osportugueses do mundo inteiro.

Conhecer Montreal… La RondeSusana Sequeira

Trabalhar é bom.... ficamoscom uma certa autonomia e paramais adiante é o meio de poderganhar dinheiro para se sus-tentar a nós e uma família, setivermos uma mais tarde ou setemos uma. No entanto, não sepode unicamente basear-se sobreo trabalho porque depois de muitoesforço, o corpo e a mente ficamcansados de tanta concentração.

Temos de nos virar para lazeres para ocupar o tempo disponível.Em Montreal, há várias actividades à nossa disposição tais comoos parques, clubes, associações, grupos comunitários, etc.Também há uma ilha perto de Montreal, o parque Jean-Drapeauchamada ilha St-Hélène, com actividades todo o Verão. Porexemplo, há a praia, concertos que se dão lá e La Ronde. Quem nãoconhece este parque de divertimentos com as diferentes atraçõespara pequenos e grandes? Este grande parque pertence à famíliada grande companhia americana “Six flags” que tomou apropriedade em 2001 dando como promessa de investir nesteparque, que pertence ao património quebequense, para embe-lezar o sítio ou seja 90M$ em 5 anos. Quem já foi depois de 2001,viu muitas mudanças. Com efeito, no primeiro ano, os americanosinstalaram novos “maneges” para atrair clientela e este anoarranjaram novas atrações tais como o “Splash” e “Bob l’Éponge”em 3D; renovaram o parque para que seja encantador aos olhosde todos. Tem um mini parque com “maneges” para crianças eatrações maiores para quem se sente capaz de enfrentar grandessensações ou mais pequenas para os mais frágeis ou menoscorajosos.Também há vários espectáculos a dadas horas para omaior prazer dos pequenos e dos grandes.O parque estará abertoaté o final de Outubro, dia 24, tendo actividades especiais para otempo de Halloween como a casa dos fantasmas e os zombies naárea libre. Uma experiencia interessante a viver se gosta desensações, pequenas ou grandes, ou se quer passar um dia emfamília ou com amigos.

A companhia “Six flags”Esta companhia americana principiou em 1961 com a abertura

do seu primeiro parque em Arlington em Texas. O nome “Six flags”é devido ao facto que o primeiro parque foi dividido em seis partes,em lembrança à bandeira que houve no território texano; Texas,México, França, Espanha, Estados Unidos e a Confederação.Apartir desse momento, Sr. Wynne, proprietário da grande empresaturística, começou a alargar e atravessar fronteirs entre os estadosamericanos e até territoriais. Hoje em dia, a familia “Six flags” saono total 26.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 9

A razão da guerraLagoas da Silva

Durante a guerra-fria, omundo viveu dezenas de anossob a ameaça de uma guerranuclear. Contudo, a existênciade dois blocos, qualquer delescom capacidade militar para apoder desencadear, evitou quetal tivesse acontecido.

Mas desfeita a União Sovié-tica, que se desmoronou comoum castelo de cartas, deixandosem rumo um a porção de po-vos e com fome milhões deseres, porque o comunismonada mais era do que um mon-tão de fome encapotado defartura, finou-se um dos possí-veis agressores, ficando o mun-do à mercê do outro.

Defendemos o governo dosEstados Unidos quando tevede mandar as suas tropas parao Afeganistão, por entender-mos que o terrorismo é o piorde todos os males, e sobretudopor sabermos que aquele paísera e continua a ser, uma fábri-ca de terroristas, mas sobre-

tudo uma fábrica de fanáticosanti-ocidentais.

Contudo, o caso do Iraque, foie é diferente. O governo doIraque nunca foi, nem igualnem parecido ao governo doAfeganistão, tão pouco algumavez ficou provado que apoiasseo terrorismo internacional, daí,o terem sido os soldados ame-ricanos mandados para aquelepaís apenas por motivos eco-nómicos (petróleo) e de estra-tégia (controlo do Médio Orien-te). E agora, passados todosestes meses, fica-nos a certezade que uma tal operação redun-dou num amargurante fracas-so para iraquianos, para os ame-ricanos e para o mundo: pelainsegurança, pelos mortos eferidos (militares e civis), pelospresos, pelos raptos e sobretudoporque o país se encontra àbeira da guerra civil.

As últimas guerras, como éhistoricamente sabido, con-finaram-se sobretudo ao conti-

nente europeu (as chamadasguerras mundiais). Mas hojetudo mudou. Os “lobis” doarmamento acabaram por or-ganizarem as suas própriasguerras, espalhando-as umpouco por todo o mundo (aschamadas guerras regionais),guerras que, apesar de con-finadas no espaço e no tempo,são ainda mais mortíferas edevastadoras do que as ante-riores, por serem programadasde acordo com a vontade e ointeresse dos governos e em-presas responsáveis pelo fabricoe venda do armamento. Só quea guerra, diz quem sabe, sem-pre foi e continua a ser umatragédia, uma tragédia provo-cada por gente que quase sem-pre nunca esteve na guerra,por gente que não conhece osmales que a guerra provocasobretudo naqueles que sãoobrigados a fazê-la. Falar ououvir falar da guerra é coisaque fere os ouvidos, mas fazê-la,fere o corpo e fere so-bretudo aalma. Há que combater feroz-mente o terrorismo e os gover-nos que o apoiam, mas há quedeixar em paz os países que semantêm à margem do fenó-meno, independentemente dotipo de governo que tiverem, ehá so-bretudo que deixar empaz a riqueza dos outros, sejaque tipo de riqueza for, porqueaquilo que é de cada um, a cadaum pertence.

Mas há também que per-ceber que embora sejam osextremistas árabes os mentoresdo terrorismo, não são eles arazão primeira desse mesmoterrorismo. A razão, queira-seou não, está na política ame-ricana para o Médio Oriente.

Vária

Vida de casadosManuel Louro

Sobreviver ao naufrágioHoje, a fragilidade de muitos

casamentos não lhes permiteresistirem àa avalanches, aossismos, nem à corrosão do tem-po. Assim, o edifício conjugaltomba facilmente em ruínas:-as famílias estilhaçam-se e asseparações e os divórcios multi-plicam-se em progressão geo-métrica, se o termo é justo.

Que fazer?Como em tudo, logo que um

edifício se desmorona, é neces-sário reflectir sobre as causasdo sinistro, repará-lo, se possí-vel, ou partir para algures como que se puder. Certamenteque a infeliz experiência vaiinspirar um novo “projecto dereconstrução”, desta vez garan-tido pelas mais estritas normasde segurança, para evitar se-melhante recaída no futuro.

Duma maneira ou doutra, énecessário render-se à evi-dência de que, infelizmente, oprimeiro casamento foi umdesastre.

De quem a culpa?...dele, delaou dos dois?....Só Deus e cadaum o sabem. A verdade é que otraumatismo e os prejuízos detoda a sorte devastam mais omoral e a vida do que um incên-dio numa casa. Os destroçosdeixam feridas incalculáveis,morais e psicológicos, quetarde ou nunca cicatrizarão.

Uma outra história começaUm dia, cada um se cruzará

com outra pessoa (homem oumulher tome a mulher comoexemplo): ela tem medo de sedeixar embalar e de cair noutraemboscada, mas, apesar detudo, coisa inexplicável (!) háqualquer coisa que a fascinanaquele homem... Aparente-mente, ela também lhe não éindiferente, ao contrário, e aprova é que ele lhe pediu, háalgum tempo, se queria esposá-lo!

Sim?Não?...De repente o me-do e as más recordações a inva-dem:

- “E se de novo sou mal suce-dida?”.

- “E se corro o risco dum outrodesastre?”.

- “E se repito os mesmos er-ros?... e se? E se ? e se?...

É sobre isto, justamente, queé necessário reflectir e traba-lhar, para reconstruir uma vidasólida.

Nova “balada”O dia a dia ensina muita coisa;

basta estar-se atento e ser-secapaz de escutar a história decada um. Quantas históriasouvi durante os meus “temposúteis” em Portugal e espe-cialmente, durante os 35 anospor aqui, na minha saudosacarreira de professor de filo-sofia..

Alunos e alunas (raparigas,rapazes, senhoras) invadiampor vezes o meu escritório, indi-vidualmente e em grupo decinco ou seis, após algumasaulas que mais os tinham “to-cado” (o problema da famíliapor exemplo e tantos outros) àprocura do suplemento con-creto das teorias, ou seja, aprática da vida, filtrada através

de experiências tantas vezesacrobáticas, nos caminhos porvezes acidentados da existênciahumana. Ali a linguagem dodiálogo era simples e diáfana.

Que estupendos colóquiosnos corredores e no escritório!Quem me dera lá voltar!...”Ohtempora oh mores”! Fechandoparênteses, continuo.

Este novo amor (dizia) nãovem para tomar o lugar dooutro/a, e muito menos parapagar os rancores que o/a ex,pudesse ter deixado.

Não esquecer que, de manei-ra nenhuma, esse homem ouessa mulher, está na disposiçãode substituir o/a ex, e menosainda de absorver as censurasdevidas ao passado de cada um.

Vingar-se nele/a, só serviriapara acabar tudo, antes decomeçar. Certo que o novonamorado/a pode ter pontoscomuns com o/a ex, mas não sepode exigir uma cópia conformeao que existia de bom no outrocônjuge. Cada um tem quali-dades e defeitos.

- Pensar-se em mudar ocarácter de alguém é o piorerro em relações humanas;não se mudam o carácter nema personalidade de ninguém,como não se mudam nem amarca nem a série ou o ano deum carro. Cada um tem a suaidentidade própria.

- Aceitarem-se tais quaissão, evitando passar o tempo arepetirem que ELE/ELA faziaisto ou aquilo. Se ele/ela ofaziam, não é razão para se co-

piarem os mesmos gestos eatitudes.

- Falar do que mais gosta-riam de devir ou fazer é amelhor forma de prepararem ofuturo, até porque se compa-rando mutuamente aos exs,além de ser exasperante, é umaprova de que ainda dependemdo passado e que não estãopreparados para uma nova vidade amor.

- Cada um tem o seu jardimsecreto, apesar do amor quepossa já existir um pelo outro,não esquecer, mesmo se issopossa parecer difícil no começo,que cada um não pose ser tudopara o outro em cada momento.O homem teve a sua vida, osseus amigos, os seus desejos epaixões, o seu jardim secreto ea mulher igualmente. Inútil,portanto quererem estar sem-pre colados e sufocados umpelo outro; a vida a dois deve servivida com amor e prazer e nãocom repressão.

- Atenção aos ciúmes, essefalso amor, essa possessãoexageradamente exclusiva,com medo dum rival real ouimaginário, essa doença men-tal de estrutura paranóica queacarreta, tantas vezes, vio-lência e crimes passionais. Ociúme é o destrutor númeroum do amor. Se um dos espososse sente preso ou constrangidopelo outro, porque sem isso elenão pode viver, o mínimo quepode acontecer é que o amor setransforme em compaixão edesapareça para sempre, por-que não há casamentos porcaridade... Continuação napróxima edição

«A minha irmã é viciada»«Sou casado e tenho uma família unida e feliz, o problema é que

tenho uma irmã que desde que sofreu um desgosto amorosoentregou-se completamente ao vício do jogo.

Os meus pais estão desesperados porque ela, para além degastar todo o dinheiro que ganha já lhes gastou uma verdadeirafortuna. Os meus pais estão endividados, a minha irmã já está a terproblemas com a justiça e para além disso, corre o risco de ficardesempregada. Já tentei ajudá-la mas ela não quer admitir quetem um problema (…)» L.P. – Foz do Arelho

Caro leitor, Em primeiro lugar quero felicitá-lo pela preocupaçãoe amor que demonstra não só para com os seus pais mas também paracom a sua irmã. Nos dias de hoje não é muito frequente existiremfamílias tão unidas e dedicadas como a sua. Essa sua determinação eforça de vontade em ajudar a sua irmã já é um grande contributo paraa sua recuperação, uma vez que ela sabe que pode contar con-sigo.Infelizmente o problema dos vícios (quer do jogo, quer das bebidasalcoólicas, quer de estupefacientes) atinge inúmeras pessoas no nossopaís. Actualmente existem associações que dão apoio a pessoas com estetipo de dependências e onde a sua irmã se pode dirigir para procurarajuda. É também aconselhável que procure um médico especialista emproblemas do foro psiquiátrico para a ajudar a ultrapassar o traumaamoroso que sofreu e também para lhe indicar as melhores formas decontrolar o vício do jogo.

«Perdi o desejo sexual»«Tenho 35 anos e sou casada há onze. Como exerço uma

carreira bastante agitada, sou advogada, e como preciso de provaro meu valo, uma vez que ainda sou bastante jovem, costumotrabalhar muito e não tenho muito tempo para passar com o meumarido e com os meus filhos. O meu casamento já se começou aressentir e para piorar as coisas perdi o desejo sexual, o que fazcom que sempre que o meu marido me procura eu afasto-me einvento uma desculpa. Já pensei em procurar um médico mastenho vergonha. (…)» S. P. - Alfornelos

Cara leitora,De facto, actualmente e com o ritmo de trabalho diárioé muito difícil conseguir ser bem sucedida em todos os aspectos da vida,sendo que muitas vezes alguma coisa tem de ficar para trás. O seuproblema prende-se com o facto de viver uma vida muito agitada e deter sempre a cabeça cheia de preocupações. Procure abrandar um poucomais o seu ritmo de trabalho e passar mais tempo com a sua família.Readquira o hábito de namorar e faça os possíveis por conquistar o seumarido. Não tenha vergonha de falar com o seu marido e de lhe explicaro que se passa. Lembre-se que é com o diálogo que poderá ultrapassaresta situação. Juntos procurem arranjar estratégias para revigorar o vossocasamento.Para que consiga superar os bloqueios que tem em relaçãoà sua sexualidade e para conseguir expressar melhor aquilo que senteaconselho-a a colocar no seu quarto, debaixo da sua almofada um CristalÁgata Castanha que ajuda a aumentar a libido e a fomentar o carinhoentre si e o seu marido.

Consultório da doutoraDra. Maria Helena Martins

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 10

Joe Puga e Emanuel Cabral distinguidosDurante o VI Convívio dos Naturais da Ribeira Grande

Texto e fotos de António Vallacorba

Os ribeiragrandenses comu-nitários estiveram em festa no

sábado transacto, por ocasiãodo VI Convívio dos Naturais doConcelho da Ribeira Grandede Montréal, realizado na caveda Igreja Santa Cruz.

Em forma de jantar-dançan-te, para o qual se deslocaramdos Estados Unidos os artistasJack Sebastião e David Lourei-ro, foi mais um auspicioso mo-mento de confraternização e dehomenagem aos que, entre

nós, têm honrado a sua terra deorigem e, certamente, a comu-nidade de que fazem parteintegrante.

Com jantar confeccionadopelas esposas dos membros

directivos e servido pelo Grupodo Jovens em Acção, da MissãoPortuguesa de Santa Cruz, é desalientar o espírito amistoso, decamaradagem e de alegriacom que decorreu o exube-rante serão festivo, para o qualesteve em muita evidência ocontributo artístico de JackSebastião, David Loureiro, oduo Joe & Duarte e o DJ Xmenna animação do sempre con-corrido baile.

A par da invocação feita àmemória do saudoso e dedi-cado ex-membro deste conví-

vio e ex-director da Banda deNossa Senhora dos Milagres,Mário Morieta, cujo faleci-mento, ainda não há muitotempo, causou imenso pesar atodas as pessoas que com elelidaram mais de perto, registe-se a homenagem feita a Ema-nuel Cabral e a Joe Puga.

O Emanuel Cabral, obvia-mente natural da Ribeira Gran-de e que para aqui emigrou

muito novo, é presidente e di-rector-geral da empresa LesVins du Réseau InternationalGlobal, representante, entreoutros, do vinho do Porto Ca-bral. Tem-se distinguido ao

longo dos anos como empre-sário comercial e na posição deex-assessor político do entãoministro do Comércio do Que-

beque (Partido Liberal), JohnCiaccia.

O talentoso e carismático JoePuga, luso-canadiano e filho docasal Gabriel e Zulmira Puga,tem constituído um dos nomesmais sonantes da cena musicallocal e há levado além-fronteiraso bom nome da nossa comu-nidade.

A acompanhar aqueles ho-menageados na mesa de hon-ra, esteve Emanuel Linhares,da Joem e presidente do Con-celho de Administração daCaixa de Economia dos Por-tugueses de Montréal; Ilde-berto Silva, presidente desteconvívio, e consortes.

No momento da entrega dasestatuetas comemorativas porIldeberto Silva, foi enaltecidopor Luis Melo, apresentador doespectáculo, o contribuito doshomenageados à comunidade,tendo ambos, nas respectivasalusões, se orgulhado das suasraízes e se congratulado pelarealização de encontros comoeste.

O concelho da Ribeira Gran-

de situa-se na costa norte dailha de S. Miguel, a maior e maispopulosa das 9 ilhas que consti-tuem os Açores. Tem a sua sedena cidade com o mesmo nome(recentemente geminada coma cidade de Laval) e é consti-tuída pelas freguesias da Ma-

triz, Conceição, Ribeirinha,Ribeira Seca e Santa Bárbara.Para além destas, o municípioabrange as freguesias de Ca-

lhetas, Pico da Pedra, PortoFormoso, São Brás, Maia, Lom-

ba da Maia, Fenais d’Ajuda,Lomba de São Pedro e Rabo dePeixe, recentemente elevada acidade.

Paralelamente, é o concelhoque mais filhos tem dado para aemigração, os quais se têmnotabilizado no comércio eindústria, na hotelaria, restau-

ração, na política e nas belasartes, entre outros, isto paraalém de muitas das nossasfestas religiosas, costumes,tradições e colectividades só-cio-culturais e recreativas.

Finalmente, a venda de umarifa proporcionou ainda umamais valia para alguns dosfestejantes, nomeadamentePaulo Andrade e José Fernan-des, premiados, respectiva-mente, com uma artística garra-fa de whiskey (em forma daTorre Eiffel) e um par de reló-gios, numa graciosidade docasal Ildeberto e Graça Silva; eJosé Cabral Vieira, um cordão

de ouro, oferta de Viriato eConceição Freire.

Por outro lado, o nome deEmanuel Cabral ficou nova-mente “ligado” a este bonitoserão, quando foi a arremataruma caravela oferecida porManuel Puga, do AubergeMirabel.

Adquirida por 550 dólares, abonita nau, com cerca de ummetro de comprimento, foiexecutada, em madeira nobre,em Gaspé.

Para que conste, lembramosque a Direcção deste convívioé presidida pelo industrial danossa praça, Ildeberto Silva,sendo os seus demais elemen-tos: Viriato Freire, vice-presi-dente; Luis Melo, tesoureiro, eMoisés Machado, secretário,aos quais saudamos pelo bri-lhantismo deste evento e dese-jamos a continuação das maio-res felicidades institucionais epessoais.

Comunidade

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 11

Comunidade

Eva, Miriam e Matteo

Elogiosa iniciativaduma jovem luso-italiana

Eva-Anna não é uma criançacomo as outras. Com 11 anosapenas é detentora duma ener-gia, iniciativa e sentido sócio-comunitário que fará falta abastantes adultos com quemprivamos frequentemente. Alu-na da Escola Nesbitt na fre-guesia de Rosemont, devoralivros como os coelhos devoramcenouras. Amante da leitura eda escrita—tê-la-emos talvezem breve como colaboradorainfantil do nosso Jornal—cedose apercebeu que a bibliotecada escola era pobre e que algu-ma coisa se deveria fazer paraajudar a melhorar essa situa-ção. Vencedora de um con-curso de escrita patrocinadopor um grande comércio deartigos escolares e de escri-tório, teve a genial ideia deaproveitar os livros que ali lheofereceram, par iniciar umcampanha de financiamentodestinada a enriquecer a bi-blioteca escolar, com novoslivros de diferentes autores.

Com a ajuda dos pais e dairmã, Myriam, Eva solicitou aparticipação de amigos e davizinhança, no que foi bemcompreendida e apoiada, con-seguindo nesta primeira ten-tativa reunir 2280$, em 2003.

Tendo renovado a façanhado ano anterior, mais uma vezsaiu vencedora de um con-curso de escrita, repetindoentão as mesmas diligências nosentido de angariar fundos paraa compra de volumes, desti-nados à biblioteca da Escola

Nesbitt. Desta vez, os resul-tados foram ainda mais subs-tanciais porque Eva-Anna, an-gariou 3025$, que entregou, talcomo da primeira ocasião, àdirecção escolar, totalizandoassim 3205 dólares.

Esta jovem, activa e cons-ciente da força que o empenhona defesa duma causa justa enobre pode realizar, é um exem-plo para a sua geração e farámeditar mais do que um adulto.A Directora da Escola fez mar-car o seu nome em todos os

livros adquiridos graças às suascampanhas de financiamento e“cada vez que vou à biblioteca, osmeus amigos mostram-me osnovos romances que têm o meunome no interior. E isso faz-mesentir muito orgulho-sa” diz-noscom aquela firmeza cândidaprópria da sua idade, Eva-Anna.

Felicitamos vivamente estajovem, filha de mãe portuguesa,Isabel e de pai italiano Por issoo seu nome completo é Eva-Anna Barroso Ricardi.

Um nome a fixar. Pois esta-mos certos que com tais prin-cípios, não deixaremos de ternotícias dela.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 12

Dra. Maria Helena MartinsHoróscopo Semanal

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CARNEIRO (21 de Março - 19 de Abril)Carta da Semana: Ás de Copas, que significa Principiodo Amor, Grande Alegria.Amor: Semana propícia a novos encontros amorosos.Saúde: A sua boa disposição, contagiará os que orodeiam.

Dinheiro: Semana pouco favorável a novos investimentos.Número da Sorte: 37Números da Semana: 2, 8, 10,14, 22, 25

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)Carta da Semana: 4 de Copas, que significa Desgosto.Amor: Poderá ser injusto com a sua cara-metade.Saúde: Controle os níveis de açúcar existentes no seusangue.

Dinheiro: Tendência para se exaltar sem razão com um colega detrabalho.Número da Sorte: 40Números da Semana: 1, 6, 7, 19, 34, 44.

GÉMEOS (21 de Maio - 22 de Junho)Carta da Semana: 3 de Paus, que significa Iniciativa.Amor: Visite um familiar que já não vê a algum tempo.Saúde: Cuide da sua pele.Dinheiro: Grandes mudanças a nível profissional.

Número da Sorte: 25Números da Semana: 4, 5, 16, 22, 36, 40.

CARANGUEJO (23 de Junho - 23 de Julho)Carta da Semana: Cavaleiro de Paus, que significaViagem longa, Partida Inesperada.Amor: Poderá receber um convite irrecusável.Saúde: Semana indicada para fazer um exame geral.

Dinheiro: Tendência para gastos supérfluos.Número da Sorte: 34Números da Semana: 2, 4, 25, 33, 40, 49.

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)Carta da Semana: Ás de Paus, que significa Energia,Iniciativa.Amor: Dê mais atenção à sua cara-metade. Ela precisamuito do seu ombro amigo.

Saúde: Poderá sofrer um grande descontrole nervoso.Dinheiro: Os problemas financeiros tirar-lhe-ão algumas noites desono.Número da Sorte: 23Números da Semana: 6, 9, 14, 19, 28, 30

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: Rei de Paus, que significa Força,Coragem e Justiça.Amor: Seja mais compreensivo com a sua esposa.Saúde: Modere os condimentos. O excesso de sal é-lhe

prejudicial.Dinheiro: Período favorável ao desenvolvimento dos seusprojectos.Número da Sorte: 36Números da Semana: 1, 5, 17, 22, 36, 38

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: Cavaleiro de Copas, que significaProposta Vantajosa.Amor: Dê mais atenção aos seus filhos.Saúde: Evite ambientes poluídos.Dinheiro: A sua situação financeira sofrerá algumas

alterações.Número da Sorte: 48Números da Semana: 1, 2, 6, 9, 11, 21

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: Rei de Copas, que significa Poder deConcretização, Respeito.Amor: Terá a capacidade de perdoar o mal que lhefizeram.Saúde: Poderá sofrer de problemas no estômago.

Dinheiro: A sua opinião profissional será valorizada.Número da Sorte: 50Números da Semana: 14, 23, 25, 30, 42, 44

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: A Estrela, que significa Protecção,Luz.Amor: Invista mais no seu relacionamento.Saúde: Semana indicada para se dedicar ao exercíciofísico.

Dinheiro: Com empenho, alcançará o êxito que tanto deseja emerece.Número da Sorte: 17Números da Semana: 9, 17, 25, 29, 40, 47

CAPRICÓRNIO (22 de Dezembro - 19 de Janeiro)Carta da Semana: 5 de Espadas, que significa Avareza.Amor: Aprenda com os seus erros, de modo a nãocometê-los segunda vez.

Saúde: O cansaço tomará conta de si.Dinheiro: Seja mais determinado nos objectivos a que se propõe.Número da Sorte: 55Números da Semana: 1, 5, 25, 37, 48, 49

AQUÁRIO (20 de Janeiro - 18 de Fevereiro)Carta da Semana: Ás de Ouros, que significa Harmo-nia e Prosperidade.Amor: Será elogiado pela sua tolerância e compreensão.Saúde: O bem-estar físico acompanhá-lo-á durante toda

a semana.Dinheiro: Poderá receber uma quantia considerável de dinheiro.Número da Sorte: 65Números da Semana: 4, 11, 22, 31, 39, 44

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 Março)Carta da Semana: 5 de Ouros, que significa Perda/Falha.Amor: Tendência para romper definitivamente comuma situação que já há muito tempo lhe causava mau

estar.Saúde: Sentir-se-á mais enérgico se praticar desporto.Dinheiro: Boas oportunidades de negócio.Número da Sorte: 69Números da Semana: 6, 9, 27, 33, 45, 48

Gérald Tremblay

Penas mas também alegrias!

Quando se é presidente daCâmara Municipal de Montreal,somos chamados a participar emtodo o tipo de acontecimentos. Nodomingo, estive nos Paços doConcelho com um grande grupode haitianos que estavam a ex-primir a sua solidariedade à po-pulação de Haiti, para demonstraros sofrimentos que eles têm.Tenho orgulho nesta reacçãomagnífica e generosa!

Alguns dias depois, partici-param num acontecimento sobre o futuro. As primeiras famíliasocuparam novos alojamentos, no sítio Benny Farm. Podemos dizerque é um projecto que se tornava necessário para dar aos cidadãoso uso deste espaço situado no meio de Notre-Dame-de-Grâce.Então, passada uma década... ligeiramente demasiada a meugosto, foi por isso que, a partir da minha chegada a Câmara Mu-nicipal, manifestei a minha impaciência para ver a finalização destevasto projecto urbano. Hoje, é um dia de muito orgulho ao ver oresultado. E tenho de novo de prestar homenagem aos organismoscomunitários que persistiram em defender a ideia do projecto, quemelhor respondia às necessidades urgentes em Montreal, sendoo que melhor se adaptaria para pessoas de todas as idades e famíliasde todos os tipos, usufruindo de rendimentos modestos. Umprojecto inovador. Entre algumas das 530 unidades de aloja-mentos que serão arranjadas, encontram-se propriedadesprivadas de preço acessível; edifícios locativos privados;alojamentos sociais e comunitários; novas construções e edifíciosrenovados. As pessoas sós, as mães solteiras, as pessoas idosasterão o seu lugar. Para o futuro, são estas ideias que privilegiamos.

Os jovens implicam-seRegularmente, pergunta-se se os jovens se interessam à política,

e posso assegurar-vos que sim. Estão interessados. Vai haver umnovo encontro com a organização Actions Jeunes Citoyens do dia2 ao 10 de Outubro. Mais de 150 jovens, de 18 aos 30 anos, vãodiscutir sobre a implicação da cidadania. É uma novidade emMontreal. Estes encontros devem ser muito interessantes porqueos participantes provêm de todas as partes do mundo. No sábado9 de Outubro às 13h30, uma sessão extraordinária do Conselhojuvenil internacional reunirá os participantes na sala do conselhomunicipal de Montreal. E haverão recomendações das quais contotomar conhecimento. Bravo aos organizadores deste aconte-cimento.

Atleta que nos fizeram honra

Os Jogos paralympic de Verão em Atenas permitiram-nos vivergrandes momentos de orgulho e de emoção. Deve homenagear-se todos os atletas, particularmente os que são originários deMontreal ou que se treinaram aqui: Chantal Petitclerc, BenoîtHuot e André Beaudoin, por exemplo. A todos, quer tenham ganhouma medalha ou não, digo Bravo! Impressionaram-me.

BBárbara: latim: “estrangeira, estranha”.Barbosa: português: “lugar onde há muitas árvores com barba debode (velho).Barreto:português: “aldeola”.Barros: português: “que trabalha com barro, que tem barro”.Barroso: português: “lugar onde tem muito barro, ou aquele quetem muitas espinhas no rosto”.Bartolomeu: aramaico: “que suspende as águas”.Bastos: português: “pouco espesso”.Batista: latim: “o que batiza”.Beatriz: latim: “a que faz feliz alguém”.Bela: latim: “linda, bela”.Benedito: latim: “o abençoado, o bendito, o louvado”. Feminino:Benedita.Bento: adaptação de Benedito. Feminino: Benta.Bernardo: germânico: “forte como urso, urso forte, soldadocorajoso”. Feminino: Bernarda.

Significados dos nomes Bianca: germânico, latim: “branca, alva”.Blenda: germânico: “gloriosa, encantadora”. Variante: Brenda.Bonifácio: latim: “que tem destino venturoso, o que faz bem ou boasobras”. Feminino: Bonifácia.Borges: francês: “nascido ou procedente de Bourges”.Braga: português: “procedente de Braga. Topônimo”.Bráulio: latim: “radiante, resplandecente”.Breno: celta: “rei, chefe, dirigente”.Brigite: teutônico: “forte, a grande, elevada”.Brito: celta: “briga, forte, resistente, ou derivado de Brites”.Bruna: teutônico: “escura, parda”. Masculino: Bruno.Bueno: espanhol: “bom”.

CCabral: português: “lugar onde há cabras”.Caetano: latim: “habitante ou natural de Gaieta ou Gaeta”.Feminino: Caetana.Caio: latim: “cordão, cajado, alegre, contente”.Caiuã: tupi: “morador do mato”.Caldas: latim: “águas quentes”.

Camila: fenício: “a selvagem, protetora selvagem”.Camilo: latim: “servidor de sacerdotes, o que está perante Deus”.Cândido: latim: “puro, inocente”. Feminino: Cândida.Cardoso: português: “chão cheio de cardos, terreno cardoso”.Carina: italiano: “querida”. Variante: Karina.Carlos: teutônico, germânico: “fazendeiro”, latim: “varonil,vigoroso”.Feminino: CarlaCarmelita, Carmem, Carmencita: latim: “poema”.Carolina: de Carlos, filha de Carlos, de Carla.Carvalho: espanhol, português: “lugar de muitos carvalhos”.Cassandra: grego: “auxiliar do homem”.Cássia, Cassiana, Cassiano: latim: “nome de uma árvore”.Cássio: latim: “distinto, ilustrado”.Catarina: grego, latim: “pura, casta”. Masculino: Catarino.Cauã: tupi: “gavião”.Cecília: latim: “ceguinha”.Celene: grego: “nome de uma das irmãs de Atlas”. Variantes:Celene, Cilene.Celeste: latim: “celestial, divina, do céu”.Célia: latim: “celestial, celeste”.

Continuação na próxima edição

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 13

Cultura Tecnologia

Manu Chao lança disco + livro

Xutos: 25 anos comemoradosno Pavilhão Atlântico

O músico lançou um cd sin-gle com seis canções, acom-panhado por um livro de poe-mas e ilustrações do cartoo-nista Wozniac.

Já se encontra à venda o cdsingle do franco-espanhol Ma-nu Chao (site oficial) queantecede a edição do álbum

«Sibérie M’était Contée».O single é composto por um

disco com seis temas inéditos eum livro de poemas e ilustra-ções com 50 páginas, criado emparceria com Wozniac, cartoo-nista francês e amigo do mú-sico. Esta edição está à vendanos locais habituais por 6,50euros.

Em Novembro será entãolançado a versão mais com-pleta, composta por um discocom 23 canções e um livro com132 páginas. Este conjuntopoderá ser adquirido por 25euros.

De salientar que o contratoentre o autor de «Clandestino»(1998) e de «Proxima Estacion:Esperanza» e a editora Virginterminou em 2003. Manu Chaocriou, entretanto, a sua própriaprodutora, a Radio Bemba,através da qual será editadoeste novo registo discográfico.

Os Xutos & Pontapés actuamdias 8 e 9 de Outubro, por alturadas comemorações dos 25 a-nos de carreira.

Os Xutos & Pontapés são umcaso aparte no panorama rockportuguês. Porventura, a pró-pria longevidade da bandadeve-se à forma como cadamembro da banda respeita asvontades de cada um. É usualvermos Tim e Zé Pedro cola-borarem noutros projectos mu-sicais, ainda assim, é ‘certo esabido’ que regressam sempre‘à base’. Agora com Gui devolta aos concertos, os Xutosgozam de uma vitalidade inve-jável e os discos não páram dedar nas vistas.

Com 25 anos de carreira dis-cográfica, os Xutos vão come-morar mais um aniversário noPavilhão Atlântico, nos dias 8 e9 deste mês. Espera-se pois que“de Bragança a Lisboa” e portodo esse país fora, os fãs res-pondam à chamada e se deslo-quem à capital para ‘cantar osparabéns’ ao grupo de Tim, ZéPedro, Kalu, Cabeleira e Gui

De recordar que primeiraactuação dos Xutos & Pon-

tapés teve lugar há 25 anosatrás 1979 - na comemoraçãodos «25 anos do Rock and Roll»,

na sala lisboeta dos Alunos deApolo. Entre ensaios, altera-ções da formação e lançamen-tos discográficos, ao longo dosanos a banda foi demonstrandouma energia única. Situaçãoque leva a imprensa a consi-derar o grupo como um fenó-meno, não só por ainda arras-tarem centenas de pessoas paraos seus concertos, mas tam-bém por serem a única bandade rock em Portugal que atra-vessa gerações e tem fãs detodas as idades.

Rui Veloso no Casino do EstorilA 7 de Outubro Rui Veloso

dá “Um Concerto Acústico” noâmbito da iniciativa “GrandesConcertos do Casino Estoril”.

O Du Arte Garden no Casinodo Estoril continua a dar se-quência ao ciclo “GrandesConcertos do Casino Estoril”com mais um espectáculo. Onome que se segue é Rui Velo-so que irá subir ao palco com ostemas que alinham no recentedisco, “Um Concerto Acústico”,registo que reúne alguns dosseus maiores sucessos em ver-são acústica.

Com mais de 20 anos de car-reira discográfica, Veloso con-tinua a desbravar ‘terrenofértil’ na revitalizada músicamoderna portuguesa. Conhe-cido como o ‘pai do rock’, omúsico e guitarrista portuenseconseguiu, uma vez mais, pro-var com a edição de “Um Con-certo Acústico” que é um nomede referência. Depois de umalonga digressão promocionalem Janeiro por todo o país e, emFevereiro, que culminou cominolvidáveis espectáculos noCCB e no Coliseu do Porto,Veloso vai apresentar no Casino

do Estoril os seus mais mar-cantes temas e ‘clássicos’ emformato acústico.

O “Chico Fininho” irá assimdar um ‘ar de rock acústico’ eembrenhar-se no seu emble-mático historial musical. Velosodeverá ser acompanhado pelasua banda composta por ZéNabo no baixo, Miguel Masca-renhas na guitarra acústica,André Rocha na percussão ePatrícia Silveira, Patrícia Antu-nes, Paulo Ramos e Berg nasvozes. Certamente não irãofaltar as músicas “Não me min-tas”, “A gente não lê”, “Saiupara a rua” ou ainda, “Não háestrelas no céu”, “Porto sen-tido”, “Porto Covo”, “Jura”,“Paixão”, “Cavaleiro andante”,“Sei de uma Camponesa”, “Ra-pariguinha do Shopping”, entremuitos outras.

Aumentar a performance para trabalhar com aplicaçõesno Windows XP:

Clicar com o botão direito do rato em “O Meu Computador”e seleccionar “Propriedades” Seleccionar “Avançadas” e naparte em que diz “Performance”, clicar em “Definições”, agoramudamos o certo para onde diz “Ajustar Para a Melhor Perfor-mance”.

Gravar DVD’s:Para quem quer fazer “Cópias de segurança” dos seu filmes

em DVD precisará (por exemplo...) de 3 programas:1 – DVD Decrypter, que lhe fará a descompressão do DVD;2 – DVD2One, que lhe voltará a compactar os ficheiros,extraídos pelo programa anterior, em 4,7Gb3 – NERO 6 (ou outro programa de gravação)Em alternativa aos 3, temos o “DVD Shrink” que é Freeware,e faz as três funções.

Truques e dicasMicrosoft aposta nos factos paracombater concorrência dosoftware livre

Martin Taylor responsávelpela área de estratégia de plata-formas da Microsoft está em

Portugal e falou aos jornalistassobre o posicionamento dacompanhia relativamente àconcorrência do software opensource. O responsável trans-mitiu uma posição corporativaque encara a concorrência doLinux como algo que veio paraficar, através das empresas compresença forte no mercado ouatravés de novos players que,seduzidos pelos custos redu-zidos para o arranque de umaoperação - em muito conse-guidos pelo apoio da comu-nidade de programadores quede forma gratuita trabalha ocódigo - vão desenvolvendonovas ofertas, considerou.

Tendo como função principalviajar pelo mundo e sondarparceiros e clientes, MartinTaylor garante que cada vezmais as decisões dos gestores,das empresas e dos governos sebaseiam nos factos e não ememoções, que considera teremmotivado algumas decisões demigração no passado.

”As análises das empresassão cada vez mais rigorosas etornaram-se indispensáveis aponderação de factores como ocusto total de aquisição ou asegurança”, critérios que aMicrosoft considera jogarem aseu favor, diz Martin Tayloradmitindo que em áreas comoa computação em rede a ofertaopen source é bastante com-petitiva.

No trabalho de aproximaçãoaos clientes e parceiros, a Ad-ministração Pública é uma peçacentral, quer pelo seu peso nouniverso de negócio de cadapaís, quer pela capacidade deagir como impulsionador detendências. Sem referir direc-tamente estes aspectos, MartinTaylor destaca os esforços daMicrosoft junto do mercado daAdministração Pública enu-merando programas desenvol-vidos ao longo do último ano -como o GDP que cede partes docódigo do Windows aos gover-nos - e admitindo que da estra-tégia de manutenção de pre-

sença nos principais mercadosfaz também parte a intenção deentrar em novas áreas como oeGov ou a educação.

Presente no encontro, AshimPal responsável pela mesmaárea para a EMEA, diz, no en-tanto, que na Europa a pene-tração do Linux é menos signi-ficativa que noutros mercados,enquanto sublinha a impor-tância de um trabalho próximocom os parceiros na tomada dedecisões e no suporte aos seusnegócios.

Relativamente à Europa eoutros mercados ambos enu-meram um conjunto de facto-res que, afirmam, no último anosão cada vez mais ponderadospelas empresas. Contra as plata-formas open source destacam adificuldade de migração deaplicações de alta comple-xidade entre soluções de fabri-cantes diferentes e a existênciade falhas de segurança que du-rante algum tempo se atri-buíam exclusivamente ao soft-ware proprietário da Microsoft.No que respeita ao trabalhofeito na casa, Martin Taylordestaca os níveis de integraçãodo software Microsoft.

Ambos os responsáveis estãoem Portugal para participarnum encontro que traz respon-sáveis internacionais da Micro-soft.

Recorde-se que no último anoa empresa desenhou e imple-mentou um conjunto de pro-gramas dirigidos a parceiros denegócio e grandes clientes,sobretudo governos, que inte-gram a nova estratégia dacompanhia para concorrercom a alternativa Linux, que nomesmo espaço de tempo temvivido avanços e recuos nomercado global de software.

Entre os programas anun-ciados pela Microsoft com esteobjectivo destacam-se o pro-grama de parceiros que prevêuma aproximação aos parcei-ros locais no desenvolvimentode soluções e na definição deestratégias comerciais, o pro-grama GDP que cede porçõesdo código fonte do Windowsaos governos, prevendo ainda acooperação do grupo no desen-volvimento de soluções à me-dida e mais recentemente oWindows XP Starter Editionque visa distribuir uma versãosimplificada do Windows empaíses em vias de desenvol-vimento com elevado potencialtecnológico e taxas significati-vas de pirataria, também esteem coordenação com os go-vernos.

Bancos alertampara fraudes online

Algumas instituições ban-cárias do Reino Unido estão aalertar os clientes que fazemtransacções através da internetpara terem cuidado com o cres-cente número de fraudes ban-cárias.

A APACS (Association forPayment Clearing Services)que reúne instituições de paga-mentos, bancos e polícia doReino Unido, está a alertar parao crescente número de ata-ques hacker que têm vitimadoutilizadores de bancos online.

De acordo com esta asso-ciação mais de 2 mil britânicostêm contas bancárias que movi-mentam online e já foram víti-mas destas fraudes no anopassado. Os prejuízos causadospor estes crimes online ascen-dem a 4,5 milhões de libras.

Muitos dos afectados forampersuadidos a revelar os dadosbancários e passwords atravésde telefonemas e e-mails alega-damente provenientes dos seusbancos. No entanto, muitos dosentrevistados nesta sondagemda APACS afirmaram ter sidoinfectados por vírus nos seuscomputadores, o que permitiuaos hackers gravarem deta-lhes dos seus movimentos ban-cários.

A mesma sondagem revelouainda que 4% dos britânicosresponderiam automaticamen-te a um e-mail que aparente-mente tivesse sido enviado peloseu banco. Cerca de 1/4 dosinquiridos confessou não fazerupdates regulares ao anti-víruse mais de 40% não tinham fire-walls activadas no PC.

Por todos estes motivos, aAPACS decidiu lançar um site,banksafeonline.org.uk, quepresta informações e conselhosaos utilizadores de sistemasbancários por internet. Estaassociação afirma que um dospassos a seguir é não respondera e-mails suspeitos ou não soli-citados ao banco, para além de

ter sempre o anti-vírus actua-lizado e activado.Uma das porta-vozes daAPACS referiu à BBC que ape-sar do aumento de fraudesbancárias online, este númerofica ainda muito aquém doscrimes com cartões de créditoque afectaram 1 em cada 3ingleses.

Este tipo de crime via e-mailou telefonema suspeitos, come-çou a surgir em Setembro doano passado, e atingiu o picoem Maio/Junho deste ano,refere a APACS. Foi nesta altu-ra do ano que surgiu também omaior número de vírus e Tro-jans na internet.

A APACS suspeita que a ma-ior parte dos ataques por Tro-jan horses foram levados a cabopor grupos de crime organi-zado provenientes de repú-blicas soviéticas.

Os ataques mais perigososcostumam instalar um Trojanno computador que abre umabackdoor permitindo aos hack-ers aceder ao sistema e con-trolá-lo remotamente. Dentrodos ataques menos sofisticados,revela o Financial Times, estãoos e-mails e websites “mentira”,usados para conseguir acederaos detalhes bancários.

Em Maio deste ano a políciaprendeu 12 pessoas em Lon-dres suspeitas de actuaremcomo intermediárias em gangsautores de fraudes bancárias.Este alerta agora lançado pelaAPACS vem ao encontro deuma preocupação crescentede várias organizações e insti-tuições bancárias. No início domês teve também lugar no Bra-sil uma conferência sobre frau-de e crime electrónicos. Sóneste país, a quantidade dedinheiro roubado em fraudesfinanceiras via internet ultra-passou as quantias roubadas,em igual período, nos bancostradicionais.

Lusilinha, uma revistabem colacada na internet

http://www.lusilinha.com/

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 14

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IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio Clube Portugal 849-9901

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GARAGENSALBERT STATION SERVICE4209 De Bullion 845-5804

IGREJASIGREJA CRISTÃ VITORIOSAPara mais informações:www3.sympatico.ca/igreja.vitoriosa

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave.. (514) 484-3795

CENTRO CRISTÃO DA FAMÍLIAAssembleia de Deus do Canadá2500 Boul. Rosemont (esq. Iberville)Pastor: Carlos Figueiredo 376-3210

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Aluga-se escritório4287 boul. St-Laurent

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Clube OrientalPortuguês de Montreal

Sábado próximo, dia 9 do corrente, o Clube Oriental Portuguêsde Montreal, situado como é conhecido no 4000 ave. De Coutrai,organiza um jantar-espectáculo que será ao mesmo tempo, umagrande noite de fados, contando com as presenças de NivériaTomé, Marta Raposo, Cristina Rodrigues e Carlos Rodrigues,acompanhados pelos conhecidos e apreciados guitarristas JoséJoão e Francisco Valadas.

Convidam o público em geral a comparecerem em grandenúmero porque tudo está a postos para lhes oferecer uma noitebem passada, bem à portuguesa.

Para mais informações contactem: 342-4373.

Clube Portugal de MontrealEsta colectividade, uma das mais antigas de Montreal, organiza

no dia 9 próximo a Festa da Acção de Graças, composta de umjantar com boa emente e música de dança ao som do Conjunto SkyQueen.

Mais informa o CPM que começou a servir os almoços do Clubetodos os dias da semana, na sua sede, 4397 boul. St-Laurent. Paramais informações contacte: 844-1406

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Faleceu em Montreal, com 71 anos deidade, no dia 02 de Outubro de 2004, aSra. D. Maria Caetano Ramos.

Esposa do já falecido Armindo Ramos,deixa na dor suas filhas Lidia (EduardoSantos), Margaret (Victor ManuelFigueira) e Luisa (Sergio Rodrigues),seus netos Jonathan, Marina, Savanna,Salinger, Scott e Shiloh, irmãs e irmãos,cunhadas (os), assim como outros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino Martins

Seu corpo foi trasladado para Bufarda, Peniche, Portugal,onde vai descansar para a eternidade. O funeral terá lugaramanhã, dia 7 de Outubro de 2004, em Bufarda, Peniche, Por-tugal.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecera todas as pessoas as muitas provas de carinho e amizade quelhe foram dadas, bem como a todas aquelas que, por qualquerforma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar portão infausto acontecimento. A todos um sincero Obrigado.

Page 15: 2004-10-06 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 15

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O nosso jornal seguirá odesen-volvimento da notícia, eguardaremos os nossos lei-tores ao corrente.

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Page 16: 2004-10-06 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 16

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Actividades para a 3ª idadeO Centro de Acção Sócio-Comunitária de Montreal informa que

as actividades dirigidas às pessoas de idade já recomeçaram.Como habitualmente, as actividades têm lugar no nosso local que,como sabem, fica situado no 32 do Boul. St-Joseph Oeste. Tal comonas sessões anteriores, as actividades têm lugar três vezes porsemana, às terças, quartas e quintas das 2h15 às 5h da tarde.

Todas as pessoas de 55 anos e mais, estão convidadas aparticipar nestes encontros onde reina a boa disposição, acamaradagem e um espírito de equipa digno de se ver.

A programação para a sessão do Outono é a seguinte:Terças-feiras: Ginástica e clube de FrancêsQuartas-feiras: Programação variada, tal como sessões de

informação, saídas, cinema, almoços comunitários, etc.Quintas-feiras: ArtesanatoBazarO grupo de «leaders» do CASCM informa que nos dias 14 e 15

de Outubro haverá um bazar com venda de artigos para a épocafria que vem aí. Este bazar terá lugar no recinto do estacionamentodo CASCM. Em caso de chuva, o bazar terá lugar no interior.Toda a comunidade está convidada a participar nesta actividade.Teremos um café bem quente e um uns bolinhos à vossa espera.

Para mais informações podem comunicar com o CASCM atravésdo telefone 842-8045.

Esperamos por si! Venha e traga um (a) amigo(a)!

Cidade de PortoO Infante D. HenriqueEm 1414, D. João I resolve

preparar a expedição a Ceuta.Incumbe para esse efeito, oinfante D. Henrique, de apenas20 anos. Este dirige-se ao Porto,sua cidade natal, para orga-nizar a frota. A população doPorto voltou a mobilizar-se, acidade era um autêntico bu-lício. Daqui advirá a alcunha detripeiros dos habitantes doPorto, uma vez que estes teriamoferecido toda a carne quetinham para a armada, e reser-vado para si as tripas. Em Ju-nho de 1415, o Infante mandouterminar os trabalhos. A expe-dição estava preparada e oInfante pronto para partir.

O Porto do século XV dividia-se em três áreas: Alta, Baixa eMonte do Olival.

A zona Alta era constituídapelo morro da Sé. Era conotadacom o poder eclesiástico. ABaixa começou a afirmar-se nasegunda metade do século XIV,obra de pescadores, merca-dores e gente da Finança. APraça da Ribeira representavao fervilhar desta nova vida. OMonte do Olival era uma zonade lavradio e pouco populosa.Aqui residia a comunidadejudaica do Porto. A Judiaria doOlival foi instituída em 1386.Parece haver a pretensão decolocar os judeus num bairroúnico, segregado. Esta zona doOlival ficará sempre associada

aos judeus.Como em todo o país, a in-

fluência dos Descobrimentosfoi enorme. Os produtos do

oriente circulavam na cidade,as pessoas passaram a usar jóiase decorar as casas. Mas nesteperíodo realizaram-se tambémdois autos de fé, dirigidos pelobispo Baltasar Limpo.

O cerco do PortoAinda D. João VI era vivo, e

D. Miguel encabeça dois gol-pes de estado: a Vila Francadae a Abrilada. Os intentos sãomalogrados e D. Miguel é força-do ao exílio.

Em 1826, D. Pedro IV, outor-ga a Carta Constitucional, e osmiguelistas insatisfeitos, contri-buem para lançar o país numaguerra civil.Em 1828, D. Miguel chega aopoder. O Porto revolta-se ime-diatamente. As revoltas liberaissucedem-se, mas só com a ade-são de D. Pedro ao movimento,este ganha verdadeira consis-

tência.A 8 de Julho de 1832, D. Pe-

dro desembarca em Pampeli-do, para tomar a cidade do

Porto. A população simpatizacom os liberais. Os confrontosentre absolutistas e liberaisduraram dois anos deixando acidade completamente arrui-nada. Foram tempos de horrore carnificina. A peste, a fome ea guerra provocam horríveisdestroços nos habitantes doPorto. O cerco termina com avitória dos liberais e a aclama-ção de D. Maria II, como Rai-nha de Portugal.

O rescaldo da guerra foi lentoe penoso. Politicamente, a insta-bilidade reinava. O Setem-brismo, obra de Passos Manuel,foi um dos movimentos da épo-ca. A Passos Manuel deve-se acriação da Academia Polité-cnica, da Academia de Belas-Artes e a Escola Médico-Cirúr-gica do Porto. O movimentoque se opunha ao Setembris-mo era o Cartismo. Até meadosdo século XIX a luta políticaserá entre as duas facções. NoCartismo a principal figura eraCosta Cabral. Cabral optou porum estilo de governação auto-ritário. A medida de proibir oenterro nas igrejas despoletouuma enorme revolta popular,primeiramente organizada por

mulheres. Nasceu a guerracivil chamada Maria da Fonteou Patuleia. Mais uma vez, azona norte, nomeadamente oPorto, foi o rastilho desta revo-lução que terminou com aqueda de Costa Cabral

O Fontismo e o 31 deJaneiro

Em 1856, a Febre Amarelachega ao Porto, causando amorte a grande número depopulação.

Ao longo de todo o períododa Regeneração, uma figuradestaca-se, Fontes Pereira deMelo. O fontismo no Porto cor-respondeu a um período de

grande progresso. Mas, porironia, é a própria cidade quevai derrubar o político.

31 de Janeiro de 1891As novas ideias do republi-

canismo começam a proliferarno país. O Porto é uma cidadepujante, fortemente industria-lizada, nomeadamente nas á-reas do vinho, metalomecânica,têxteis e calçado. São construí-das as pontes D. Maria e D. LuízI. É a cidade que elege o pri-meiro deputado republicanodo país, Rodrigues de Freitas.

Em 1886, são organizadasgreves a que aderem milharesde portuenses. O ultimato in-glês acentua o descontenta-mento generalizado e o senti-mento patriótico dos portu-gueses. Com este sentimentosurge o desejo de mudar desistema político. A crise degoverno que se viveu no perío-do, exaltou os ânimos dos mili-tares da guarnição do Porto,que com o apoio das ForçasArmadas, a 31 de Janeiro, pro-

moveram a primeira revoluçãorepublicana. Mas, sem o apoiodas forças políticas, nem dageneralidade dos militares, osrevoltosos tiveram que capitu-lar perante a superioridade dasforças fiéis à monarquia.

Os anos que se seguiram àrevolta não foram favoráveis aoPorto. Os bancos perdem ca-pacidade de emitir moeda e, em1899, a cidade é invadida poruma peste bubónica.

Queda da MonarquiaO movimento republicano noPorto, mau grado o desaire darevolta, não recrudesceu. Naseleições de 1899, a cidade elege3 deputados republicanos. Aonda republicana conduz aoregicídio em Lisboa, em 1908.Dois anos mais tarde, a revo-lução republicana triunfará nacapital, com escassa resistênciadas forças monárquicas, fugin-do a família real para Inglaterra.

Mas foram muitos os proble-mas que afectaram a 1ª Repú-blica, tais como a participaçãode Portugal na 1ª Guerra Mun-dial e a instabilidade política eeconómica. Estes problemaslevaram ao levantamento deuma corrente oposicionista aopoder vigente. Após váriastentativas de golpe, há um queresulta: o de 28 de Maio de1926. Este movimento foi co-mandado pelo General Gomesda Costa e José Mendes Cabe-çadas, entre outros. Esta revo-lução pôs fim à 1ª República,dissolveu as instituições demo-

cráticas, extinguiu os partidospolíticos e instaurou uma dita-dura militar.

Na sequência do 26 de Maiode 1928, surgiu uma nova cons-tituição em 1933, que davaorigem ao Estado Novo, cujafigura principal era OliveiraSalazar. O estado forte procla-mado pelo poder instituído, nãoimpediu que, em 1958, a candi-datura de Humberto Delgado,apesar de derrotada, abalasse

o regime. É memorável a jorna-da de 15 de Maio de 1958 emque Humberto Delgado dis-cursou perante 200 mil deportuenses.

Em 1961, eclode a guerracolonial. Organizam-se diver-sas manifestações no Porto paraexigir o fim do conflito.

A restauração da democra-cia teve lugar a 25 de Abril de1974, promovendo o Porto tam-bém um movimento reaccio-nário.

“Porto Cidade da Ciência”A Ciência e a História são

duas marcas de Desenvolvi-mento só possível numa atmos-fera de desenvolvimento...

Estamos no momento certopara consagrar o Porto como a“Cidade da Ciência”. Trata-sedum desígnio antigo, perseg-uido por muitos investigadores

anónimos, que encontra naactual conjuntura autárquica asensibilidade bastante para,finalmente, se concretizar.

Da alma do Porto faz parteum profundo gosto pelo rigor,sobriedade e trabalho. Docarácter do Porto irradia umforte apelo à liberdade e aoprogresso. A honra, a corageme a ambição são marcas indelé-

veis das gentes do Porto. Eis osingredientes bastantes parafazer do Porto uma “Cidade daCiência”.

Três Projectos incluídos numsó programa. Um projecto vira-do para as ciências da vida,outro voltado para as ciênciassociais e humanas e um outrovirado para as ciências exactase tecnológicas.

Importa criar condições paraque cada área científica encon-tre eixos transversais de liga-ção entre si. Interessa racio-nalizar todos os meios dispo-níveis e assim potenciar osrecursos existentes.

A academia da cidade encon-trará, no projecto “Porto Cida-de da Ciência”, um clima catali-sador da investigação, umambiente gerador de coerên-cia na projecção das váriaslinhas de investigação.

Será acarinhada a produçãode livros sobre a história daprodução de saberes na cidadedo Porto.

Promover-se-á a construçãodum roteiro dos cientistas. Ho-mens como Ricardo jorge, AbelSalazar, Corino de Andrade ouAntónio Maria de Sena, serãoconsagrados na cidade comesculturas criadas pelos artistasdo Porto.

Enfim, o Porto será dora-vante a verdadeira “Cidade daCiência”.

Rui Rio, Presidente da Câ-mara Municipal do Porto

Património Mundial eCapital da Cultura

Em 1996, perante a irrefu-tável riqueza histórica da cida-de, sobretudo na sua parteantiga, a Unesco conferiu àcidade o estatuto de «Cidade

Património Mundial». Em 2001,o Porto, juntamente com Roter-dão, é Capital Europeia daCultura. Artistas de renomeparticipam nos eventos do Porto2001, dando a este ano umaoportunidade de ouro paradesenvolver o gosto da popu-lação pelas diversas manifes-tações artísticas À cidade acor-rem milhares de turistas.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outubro de 2004 - Página 17

Desporto

Futebol: Taça UEFAcalendário do Grupo D (Sporting)

Calendário do grupo D da Taça UEFA, em futebol, no qual ficouintegrado o Sporting:

1ª jornada (21 Out)Panionios, Gre - Newcastle, IngDínamo Tbilisi, Geo - Sochaux, FraIsento: SPORTING, Por2ª jornada (4 Nov)Newcastle, Ing - Dínamo Tbilisi, GeoSPORTING, Por - Panionios, GreIsento: Sochaux, Fra3ª jornada (25 Nov)Sochaux, Fra - Newcastle, IngDínamo Tbilisi, Geo - SPORTING, PorIsento: Panionios, Gre4ª jornada (1 Dez)SPORTING, Por - Sochaux, FraPanionios, Gre - Dínamo Tbilisi, GeoIsento: Newcastle, Ing5ª jornada (16 Dez)Sochaux, Fra - Panionios, GreNewcastle, Ing - SPORTING, PorIsento: Dínamo Tbilisi, Geo

Futebol: Superliga (5ª jornada)Melhores marcadores

Melhores marcadores da Superliga portuguesa de futebol, apóssete jogos da quinta jornada, iniciada sexta-feira e que decorre até10 de Outubro:

- 3 golos:SIMÄO Sabrosa (Benfica)Ousmane N’DOYE (Estoril-Praia)MANOEL Filho (Moreirense)WESLEY da Silva (Penafiel)JOÄO PAULO Andrade (União de Leiria)Jorge Sousa ”JORGINHO” (Vitória de Setúbal)JOSÉ RUI Veiga (Vitória de Setúbal)

- 2 Golos:LUCIANO Fonseca (Académica)RICARDO FERNANDES (Académica)Gilberto Santos “BETO” (Beira-Mar)Stephen MCHPEE (Beira-Mar)ANTCHOUET Arnaud (Belenenses)Cristiano Sousa “BRASÍLIA” (Belenenses)Luís LOURENÇO (Belenenses)Armando Teixeira “PETIT” (Benfica)Azar KARADAS (Benfica)Joaquim Silva “MARTELINHO” (Boavista)Wenderson Said “WENDER” (Braga) BrasilBenedict MCCARTHY (FC Porto)e muitos mais...

Segunda divisão B

Futebol: Taça Portugal (3ª elim.) -Equipas apuradas para a 4ªeliminatória

Equipas já apuradas para a quarta eliminatória da Taça dePortugal de futebol:Liga Honra:Desportivo Aves (LH)SportingEspinho (LH)Estrela Amadora (LH)Naval 1º Maio (LH)SantaClara (LH)Desportivo Chaves (LH)Alverca (LH)FC Marco(LH)Paços Ferreira (LH)FC Maia (LH)II divisão B:Fátima (IIB)Pampilhosa (II B)Pedras Rubras (II B)Oliveira Hospital (IIB)Fiães (II B)Oriental (II B)União Oliveirense (II B)Odivelas (IIB)Académico Viseu (II B)Sanjoanense (II B)Pinhalnovense (IIB)Sporting Pombal (II B)Louletano (II B)Lousada (II B)IIIdivisão:”Os Nazarenos” (III)Imortal Albufeira (III)AD Oliveirense(III)Sintrense (III)Almansilense (III)Madalena (III)Leça (III)RealMassamá (III)Canedo (III)Vianense (III)Estrela Calheta (III)RioMaior (III)Anadia (III)Aliados Lordelo (III)Jogo adiado da 3ªeliminatória (10 de Outubro):Leixões (LH) - Feirense(LH)Pendentes:a) Merelinense (III) - Terras Bouro (D)/UniãoLamas (II B)b) Valdevez (II B) - Canelas Gaia (III)/Vilanovense(II B)- Apurados para a 3ª eliminatória, mas a aguardar desfechodeprocessos disciplinares:União Lamas (II B)Vilanovense (II B)a)Aguarda-se decisão sobre processo disciplinar, instauradoaoTerras de Bouro, relativo ao jogo da primeira eliminatória.b)Aguarda-se decisão sobre processo disciplinar, instauradoaoCanelas Gaia, relativo ao jogo da primeira eliminatória.

Simão: «Estamos afinados e queremos continuar»Se o Benfica fosse uma or-

questra, Simão Sabrosa nãotem dúvidas que os “músicos”estavam neste momento a to-car no tom certo. Naturalmenteque os relvados pouco ou nadatêm em comum com o mundodo espectáculo, mas mesmoassim o extremo aproveitou ametáfora para explicar a actualconjuntura do clube da Luz.“Estamos afinados e é impor-tante que continuemos assim”.

Sob a batuta do “maestro”Giovanni Trapattoni os encar-nados somaram em Guimarãeso quarto triunfo da época (re-gistam um empate), que lhespermitiu manterem-se na lide-rança da SuperLiga. O “com-passo” parece ser o mais acer-tado e aparentemente nadafalha na “pauta” de Trap.

Será o Benfica a equipa maisforte esta temporada? “É com-plicado. Neste momento o Ben-fica é primeiro e vamos ver oque acontece daqui em diante.Estamos ainda no início docampeonato... Mas penso quecom esta humildade, e da ma-neira como temos encarado osencontros, jogo a jogo, vamosconseguir alcançar o nossoobjectivo. Esta equipa estájunta há três anos e agora sópodem aparecer coisas po-sitivas”.

Terceiro goloEm Guimarães Simão mar-

cou o seu terceiro golo nestaedição da SuperLiga, um tentoque o jogador chegou a pensarque seria suficiente para o Ben-fica vencer a partida. Mas nãofoi.

”Estávamos a desperdiçaralgumas oportunidades e foibom ter marcado, sobretudoporque nos deu vantagem.Julguei que o jogo ia acabarassim, até porque estávamos adominar, nunca pensei que eleschegassem ao empate... Feliz-mente conseguimos ganhar”.

O desafio esteve rodeado poruma carga emocional muitoforte - fruto da lembrança datrágica morte de Fehér na-quele estádio -, daí o triunfo terassumido uma importânciaredobrada para a equipa. “Que-ríamos dedicar a vitória aoMiki, ao Fialho Gouveia e, co-mo disse o Nuno Gomes no finaldo jogo, às respectivas famílias.É reconfortante saber que con-seguimos fazê-lo”.

«Ainda é cedo para falar dojogo com o FC Porto»

Dentro de duas semanas osencarnados recebem o FCPorto num dos clássicos maisapetecíveis da temporada. To-davia, quando inquirido se oBenfica vai dar música aosdragões, Simão mostrou-secauteloso.

Ӄ preciso ter calma, aindafalta muito tempo, nada de

euforias. Estamos no primeirolugar com uma boa vantagem,mas, como já disse, é muitocedo. Não faltarão oportuni-dades para abordarmos essejogo”.

«Manter a marca dos 12 /13 golos»

Há duas épocas Simão estevena luta pelo comando da listade melhores marcadores, mas

acabou por perder a corridapara Fary. Mesmo assim apon-tou 18 tentos, um número queo jogador considera uma “ex-cepção”.

”Os meus objectivos passampor igualar ou tentar marcarmais um ou dois golos para alémdaquilo que tenho feito. Pensoque os 18 foram uma excepção.Quero conseguir manter os12/13 golos”.

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A VOZ DE PORTUGAL, 6 de Outurbo de 2004 - Página 18

Desporto

Já não temos mais NADAMaria Calisto

Depois de termos perdido háalguns anos atrás a equipa dehóquei do Québec os ‘’Nor-diques’’, chegou agora a horados Expos, a nossa equipa dobasebol de desaparecer. Foiassim que no passado 29 deSetembro a nossa equipa queexiste deste 1969, jogou o seuúltimo jogo em Montreal noEstádio Olímpico diante demais de 30 000 pessoas. E agorao que vai acontecer com o fa-moso Estádio que para além deter um defeito no telhado, ainda

não está pago? Outro problemaque existe na América do Norteé que ainda não sabemosquando o hóquei vai começar.Os jogadores e os directoresnão se entendem sobre os salá-rios dos jogadores. Não vamoster hóquei no mês de Outubroisso, já foi confirmado, mas opior é que não sabemos sevamos ter hóquei este ano.Muitas pessoas vão perder osseus emprego com a saída dosExpos e com o ‘’Lock Out’’ nohóquei. Infelizmente não será

ainda que vamos voltar a ver onosso Mike Ribeiro com a cami-sola dos Canadianos. O quevamos fazer aos sábados à noi-te? Mes-mo assim ainda temosas nossas festas para nos diver-tirmos. Com isto tudo, aindapodemos fazer duas perguntas.1ª Depois dos Expos, qual seráa próxima equipa a desapare-cer os Canadianos, o Impactoou os Alouettes?

2ª Verdade ou mentira, daquia uns anos não teremos maisnenhuma equipa em Montreal?É triste ver os EXPOS desa-parecer depois de 35 anos, masquando não há mais nada afazer... não há.

EM 74/75 LEÕES TAMBÉM TIVERAM INÍCIO PÉSSIMOPior arranque pós-25 de Abril

José Peseiro é o protagonistado pior arranque do Sportingdos últimos 30 anos. Na época1974/75, era Osvaldo Silva otécnico, Vítor Damas o guarda-redes e Hector Yazalde o ponta-de-lança quando nas primeirascinco jornadas os leões so-maram também duas derrotase dois empates, além de umavitória. Nessa altura, o registode golos era, no entanto, ligei-ramente melhor: 5-6 contra osactuais 5-7. O Sporting termi-nou a temporada em terceiro,atrás do campeão Benfica e dovice-campeão FC Porto.

É que o Sporting 2004/05continua a bater recordes ne-gativos, à mesma velocidadecom que vê fugirem os adver-sários directos na corrida aotítulo e sente na pele o deses-pero e a ira dos sócios e adeptos

leoninos.A única vitória sportinguista

na SuperLiga foi sobre o Gil

Vicente, “lanterna vermelha”da prova a apenas dois pontosdos leões. A seguir, uma série

de duas derrotas e outra série,em curso, de dois empates:desaires em Setúbal (0-2) e emcasa com o Marítimo (0-1);igualdades em Vila do Conde(0-0) e ontem, frente à Uniãode Leiria (2-2).

Um registo que competeapenas com a tal época logo aapós 25 de Abril. Os leões, cam-peões em título, começarampor perder com o Olhanense,para depois ganhar ao Aca-démico (versão revolucionáriada Académica), empatar nasAntas, voltar a sucumbir com oV. Guimarães e empatar noBonfim. O V. Setúbal está emambas as séries negras - e tam-bém noutra, na época 66/67,ligeiramente melhor.

Até onde vai descer o Sport-ing de Peseiro?

FASE DE GRUPOS-TAÇA UEFA

Águias começam com HeerenveenO Benfica abre a fase de grupos da Taça UEFA com uma

recepção aos holandeses do Heerenveen, a 21 de Outubro.Depois, na segunda jornada, desloca-se à Alemanha para jogarcom o Estugarda. A 25 de Novembro defronta, na Luz, o DínamoZagreb e por último a, 2 de Dezembro, terá o Beveren pela frente.

1ª jornada (21 Outubro)Beveren (Bél)-Estugarda (Ale)BENFICA (POR)- Heerenveen (Hol)2ª jornada (4 Novembro)Estugarda (Ale)-BENFICA (POR)Dínamo Zagreb (Cro)-Beveren (Bél)3ª jornada (25 Novembro)Heerenveen (Hol)-Estugarda (Ale)BENFICA(POR)-Dínamo Zagreb (Cro)4ª jornada (2 Dezembro)Dínamo Zagreb (Cro)-Heerenveen (Hol)Beveren (Bél)-BENFICA (POR)5ª jornada (15 Dezembro)Heerenveen (Hol)-Beveren (Bél)Estugarda (Ale)-Dínamo Zagreb (Cro)

Quaresma (F.C. Porto) vive grande momentode forma: «Já me sinto a cem por cento»

Ricardo Quaresma foi dosprimeiros jovens jogadores daSelecção Nacional Sub-21 achegar à concentração agen-dada para esta terça-feira,numa unidade hoteleira pertodo Jamor. O jogador do F.C.Porto admite que está a viverum grande momento de formano clube e espera poder fazer omesmo ao serviço da Selecção.

«Não conheço muito bem aRússia, mas deve ser das equi-

pas que nos vai criar grandesdificuldades», disse Quaresmaà chegada à concentração. «Omister Agostinho tem boasinformações sobre eles para nosdar, e nós também temos umagrande Selecção, agora é tra-balhar para que tudo corrabem e para que consigamos avitória», apontou, confirmandoo bom momento que atravessa:«Já me sinto a cem por cento eestou aqui para ajudar a con-

seguirmos um bom resul-tado.»

Jogadorbrasileiro morrenum assalto noRio de Janeiro

Cleonício dos Santos Silva, de28 anos, que jogava no Zurique,da Suíça, morreu às cinco damanhã desta segunda-feira(hora brasileira) num hospitaldo Rio de Janeiro.

Segundo informa a imprensabrasileira, o jogador foi baleadonum assalto, na noite de do-mingo, quando estava com asua acompanhante SilvanaLeal Buriti (27 anos), na Ave-nida Brasil, perto da Favela daCarobinha, em Campo Grande.Segundo testemunhas, o Mi-tsubishi Pajero do atleta foiperseguido pelos bandidos queatiraram sem parar.

Cleonício foi atingido comtrês tiros, um deles na cabeça.A sua acompanhante ficouferida apenas levemente e estábem.

«Cometemos erros que não cometeríamoscom outro estado de espírito», lamenta Peseiro

José Peseiro reconheceu, nofinal da partida com o U. Leiria,que a sua equipa não esteve aomelhor nível, muito por causada ansiedade e da pressão a queesteve sujeita: «Foi um jogoextremamente difícil contrauma boa equipa. Não tivemosuma boa prestação, não conse-guimos controlar os níveis deansiedade e mesmo a vencerpor 1-0 nunca conseguimos seraquilo que queríamos».

Peseiro lamentou que o Spor-ting tenha «cometido erros quenão cometeria com outro esta-do de espírito». Apesar de re-conhecer que os «leões» não

fizeram uma boa exibição, con-siderou que a sua equipa mere-cia outro resultado: «Na se-gunda parte fomos a equipa quemais pressionou. O Leiria tam-bém criou situações de golo,mas merecíamos outro resul-tado, não pela qualidade dejogo, mas pela vontade comque procurámos o empate».

Lamentando a «falta de felici-dade», o treinador admitiu que,na parte final, a equipa jogou«muito com o coração e poucocom a cabeça». «As alteraçõesforam feitas em função da altu-ra, do esforço e da pressão aque temos sido sujeitos. Temosque reagir», insistiu, afirmandoque o problema da ansiedade éuma questão que está a ser eque pode ser resolvida naspróximas partidas.

Questionado sobre a posiçãoque o Sporting ocupa na tabelaclassificativa (12º, a oito pontosdo Benfica), Peseiro respondeuperemptoriamente: «O Sport-ing ainda não perdeu nada»

«Esta equipa pode durarmais, tenho confiança nestaequipa. Tenho de dar os para-béns aos meus jogadores, por-

que mesmo não jogando bemtiveram carácter e ambição»,disse.

Antes do jogo, tinha dito queera proibido perder pontos,mas a verdade é que o Sport-ing voltou a ceder um empate.Ainda assim, José Peseiro dizter «condições para continuar»à frente da equipa: «Temos detrabalhar e de treinar. Se a-chasse que não era possíveldizia já».

O treinador explicou tam-bém as razões que o levaram anão apostar na titularidade deDouala: «Foi poupado porquesabíamos que não podia durarsempre, até pelas queixas queapresentava. Pensámos queseria mais adequado e que teriamais frescura se só entrasse nasegunda parte». As substi-tuições de Hugo Viana e dePinilla foram igualmente expli-cadas: «São jogadores de gran-de qualidade que não conse-guiram suportar a pressão. Nãoé fácil jogar numa equipa comoo Sporting e perante 40 milpessoas».

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Desporto

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COUTO VOLTOU A FICAR DE FORA

O adeus do capitãoO antigo capitão da Selecção

Nacional, Fernando Couto, voltoua ficar de fora da lista de LuizFelipe Scolari pela segunda vezconsecutiva. Se há um mês aausência se podia justificar comuma lesão, agora, e perante asausências de Beto ou FernandoMeira, a não inclusão de Coutopode ser interpretada como oprincípio do fim da sua carreirana Selecção Nacional.

Como é norma, Scolari não fezcomentários sobre jogadores quenão estão incluídos no rol para oduplo confronto com Liechten-stein e Rússia. Mas quando inda-gado por Record a justificar a

elaboração de uma lista de apenas 19 jogadores, quando há umasemana, em Estocolmo, ele próprio apresentou a ideia de osseleccionadores poderem chamar até 23 jogadores nas jornadasduplas de apuramento para o Mundial’2006, Scolari foi claro: “Nãosenti necessidade de chamar mais ninguém. Chamar por chamar,não vale a pena. Estes 19 vão fazer o jogo com o Liechtenstein e separa o jogo com a Rússia houver necessidade de chamar maisalguém, assim farei”, sublinhou o seleccionador.

Fernando Couto tem sido titular na Lazio, mas parece que issojá não chega para lhe garantir um lugar na equipa nacional. Atéao Euro’2004, Couto foi titular e capitão, mas acabou a prova comosuplente e sem perspectivas de recuperar a titularidade. Coutosempre disse que não seria ele a dizer adeus à Selecção. Cabe,pelos vistos, a Scolari ir dando, jogo a jogo, sinais desse adeusnunca dito.

LATERAL JUNTA-SE AO IRMÃO MANICHE

Jorge Ribeiro à esquerdaLuiz Felipe Scolari divulgou

ontem a lista dos convocadospara os jogos que a SelecçãoNacional vai disputar frente aoLiechtenstein e à Rússia, e asmaiores novidades são o regres-so de Nuno Gomes e a inclusãode Jorge Ribeiro, do Gil Vicente.A ausência de disponíveis para olugar de defesa esquerdo fezcom que o seleccionador tives-se apostado neste habitual joga-dor dos Sub-21, que ainda re-centemente participou nos Jo-gos Olímpicos.

A curiosidade é que JorgeRibeiro é irmão de Maniche, enão é normal existir este

parentesco em jogadores da Selecção Nacional. Aliás, se ainda háalguns casos de irmãos a jogar futebol, convocados ao mesmotempo para a principal selecção lusa são muito raros.

Terceira vezAté hoje, apenas aconteceu no jogo de estreia de Portugal, em

1921, quando actuaram em simultâneo Artur e Alberto Augusto;mais tarde, em 1959, Matateu e Vicente também jogaram juntosem três partidas. As duplas José Luís/Jorge Silva e Pedro Xavier/Carlos Xavier foram também internacionais, mas nunca no mesmojogo. Tiveram de passar 45 anos para dois irmãos voltarem a serchamados à Selecção. Scolari não pode contar com os habituaisconvocados, Nuno Valente e Rui Jorge, e daí a aposta em JorgeRibeiro: “É uma alternativa diferente para o futuro. A escolha deum jogador como o Jorge é interessante para nós. Um estágio deuma semana servirá para conhecermos a forma de jogar do atletae concluir se serve ou não os nossos interesses.” O seleccionadorlembrou as dificuldades que o Liechtenstein pode trazer,recusando-se para já a falar da Rússia. Defendeu ainda Quim, emquem diz continuar a confiar, optando ao mesmo tempo por nãocomentar as críticas de Carlos Queiroz e José Mourinho (este naRevista DEZ). A Selecção concentra-se na terça-feira, treinandono Estádio Nacional até à viagem para o Liechtenstein, a realizarsexta-feira. Entre 10 e 12, antes da recepção à Rússia (dia 13, emAlvalade) os jogadores trabalharão em Coruche, numa medida dedescentralização.