06-30-2004 - jornal a voz de portugal

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GRELHADOS SOBRE CARVÃO Prop. Elvis Soares 8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606 Ano XLII • Nº 26 email: [email protected] WWW . AVOZDEPORTUGAL. COM 30 DE Junho de 2004 Mosti Mondiale 2000 35 variedades de mosto à sua escolha Incluindo VINHO VERDE UM ANÚNCIO ESPECIAL PARA TODOS AQUELES QUE FAZEM VINHO Vendem-se barris de Whiskey e barris novos importados de Portugal, em carvalho e castanho, de 5 a 250 litros. Serviço de análise do seu vinho ATENÇÃO : SE NÃO TEM SELO DA MOSTI MONDIALE É PORQUE NÃO É MOSTI MONDIALE $32. 00 20 LITROS GRAPOLLO D'ORO Para mais informações contactar : MARCO: 5187 Jean Talon E., St-Leonard - Tel. 728-6831 Paulo F. Gonçalves B.A., A.V.C. PFG Consulte-me sem compromisso!!! PFG (514) 884-0522 Seguros : > Doença grave > Hipoteca > Salário > Vida Tel.: (514) 745-0425 Maria Alice Macedo Corretora de seguros de prejuízos de particulares Conselheira em segurança financeira Seguros : Vida, Hipotecário, Salário, Medicamentos,Invalidez, Doenças críticas, Viagem. Investimentos: REER/REEE Seguros gerais : Habitação, (Fogo, Roubo), Automóvel Email: [email protected] O PARTIDO LIBERAL GANHOU MAS SERÁ MINORITÁRIO Durão Barroso ruma a Bruxelas convicto de que o Governo vai continuar Durão Barroso nomeado para presidente da Comissão Europeia O Primeiro-ministro Durão Barroso que foi como é sabido convidado a ocupar o posto de Presidente da Comissão Europeia. Após o anúncio do convite que foi dirigido ao Chefe do Governo, começaram as movimentações dos responsáveis dos diferentes partidos políticos, procurando cada um deles influenciar a decisão do Presidente da República, sobre o caminho a seguir para a substituição do chefe do executivo do governo. O Presidente ouviu na segunda- feira Constâncio, Mota Amaral e Mário Soares, a fim de ouvir as opiniões destas personalidades. O chefe de Governo aceitou o de- safio, afirmando tratar-se de “uma ho- menagem também ao que Portugal significa em termos de prestígio e de capacidade para gerar consensos no âmbito europeu”. “É importante que os portugueses saibam que esta posição é talvez a mais importante que um português pode ter no plano internacional”, disse, a meio da cimeira da OTAN. “É uma posição que me sinto capaz de levar a cabo”, referiu. Ver Pág. 4 A decisão de Durão Barroso é nor- teada , “como sempre, por aquilo que entendo ser o interesse nacional”, que “não é indissociável do interesse eu- ropeu”. Durão Barroso aceitou assim o convite para assumir a presidência da Comissão Europeia. Quanto ao futuro do Governo português, é ao Presi- dente da República que cabe decidi-lo, mas o ainda primeiro-ministro adian- tou-se convicto de que o projecto que levou a votos nas últimas legislativas será continuado, sem eleições ante- cipadas. Durão Barroso anunciou a sua decisão ao final da manhã, após se A comunidade Portuguesa jubila com o Euro e Portugal Ver Pág. 2 Ver Pág. 14 06-30-04.pmd 2004-06-29, 17:08 1

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 30 de Junho de 2004

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Page 1: 06-30-2004 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página

MAÎTRE CARROSSIER

GRELHADOS SOBRE CARVÃO

Prop. Elvis Soares

8261 BOUL. ST-LAURENT (514) 389-0606

Ano XLII • Nº 26 email: [email protected] WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 30 DE Junho de 2004

Mosti Mondiale 200035 variedades de mosto

à sua escolhaIncluindo

VINHO VERDE

UM ANÚNCIO ESPECIAL PARA TODOS AQUELES QUE FAZEM VINHO

Vendem-se barris de Whiskeye barris novos importados de

Portugal, em carvalho e castanho,de 5 a 250 litros.

Serviço de análise do seu vinho

ATENÇÃO : SE NÃO TEM SELODA MOSTI MONDIALE

É PORQUE NÃO É MOSTI MONDIALE

$32.0020 LITROS

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Consulte-me sem compromisso!!!

PFG

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Email: [email protected]

O PARTIDO LIBERAL GANHOUMAS SERÁ MINORITÁRIO

Durão Barroso ruma a Bruxelasconvicto de que o Governo vai continuar

Durão Barroso nomeadopara presidente da Comissão Europeia O Primeiro-ministro Durão Barroso que foi como é sabido convidado a ocupar

o posto de Presidente da Comissão Europeia. Após o anúncio do convite que foidirigido ao Chefe do Governo, começaram as movimentações dos responsáveisdos diferentes partidos políticos, procurando cada um deles influenciar a decisãodo Presidente da República, sobre o caminho a seguir para a substituição dochefe do executivo do governo.

O Presidente ouviu na segunda-feira Constâncio, Mota Amaral e MárioSoares, a fim de ouvir as opiniõesdestas personalidades.

O chefe de Governo aceitou o de-safio, afirmando tratar-se de “uma ho-menagem também ao que Portugalsignifica em termos de prestígio e decapacidade para gerar consensos noâmbito europeu”.

“É importante que os portuguesessaibam que esta posição é talvez a maisimportante que um português pode terno plano internacional”, disse, a meioda cimeira da OTAN. “É uma posiçãoque me sinto capaz de levar a cabo”,referiu.

Ver Pág. 4

A decisão de Durão Barroso é nor-teada , “como sempre, por aquilo queentendo ser o interesse nacional”, que“não é indissociável do interesse eu-ropeu”.

Durão Barroso aceitou assim oconvite para assumir a presidência daComissão Europeia. Quanto ao futurodo Governo português, é ao Presi-dente da República que cabe decidi-lo,mas o ainda primeiro-ministro adian-tou-se convicto de que o projecto quelevou a votos nas últimas legislativasserá continuado, sem eleições ante-cipadas. Durão Barroso anunciou asua decisão ao final da manhã, após se

A comunidade Portuguesajubila com o Euro e Portugal

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 2

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DIRECTEUR: Armando BarqueiroÉDITEUR : Eduíno MartinsRÉDACTEUR EN CHEF : Sylvio MartinsRÉDACTEUR ADJOINT: Kevin MartinsCOLLABORATEUR SPÉCIAL: Raúl MesquitaCOLLABORATEURS :Au Québec: José de Sousa, HelderDias, Carlos De Sousa, BenjamimSilva, António Vallacorba, AdelaideVilela, Maria Conceição Correia, VítorGonçalves, Cristina Proença Mayo,Daphnè Santos-Vieira, José ManuelCosta, Natércia Rodrigues, MariaCalisto, Pe. José Maria Cardoso, RaúlMesquita, Mario Carvalho, VandaOliveiraEn Ontario: Fernando Cruz Gomes,Manuel Alves Louro, Fátima Toste(Toronto) et Augusto Cerqueira (Ot-tawa).Au Portugal: Augusto Machado, JoelNeto et Lagoas da Silva.INFOGRAPHISTE : Sylvio Martins.PHOTOGRAPHE: Edgar Silveira.SERVICE À LA CLIENTÈLE: Kevin MartinsPUBLICITÉ : Kevin Martins, Eddy Silva,Carlos de Sousa, Martin Carpentieret Silvina Ferreira.PUBLICITÉ À L ’EXTÉRIEUR DU QUÉBEC :Lingua Ads Service 9 Belmont,Toronto, Ontario M5R 1P9 Phone:(416) 922-5258;DELEGATION AU PORTUGAL:PortMundo Promoção Cultural ePublicidade Ldª, Calçada do Tojal,38 - 5º, 1500 LISBOA (Portugal),Tel.: (21) 764-9992.

Os textos (e ilustrações) de Opiniãopublicados nesta edição são dainteira responsabilidade dos seusautores, não vinculando, directa ouindirectamente, o cariz editorial einformativo deste jornal.

Hebdomadaire fondé le 25 avril 1961

Publié par A Voz de Portugal

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4231, Boul. St-LaurentMontréal (Québec) H2W 1Z4

Tél.: (514) 284-18131-866-684-1813

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La Voix du PortugalThe Voice of Portugal

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40ANOS1963-03

Ainda o 10 de Junho — em OtavaAugusto Cerqueira

Uma desagradável falha da-quelas que, sem se saber por-quê, acontecem a todos nós,impossibilitou o programa dacelebração do Dia de Portugal,de Camões e das Comunidadeslevado a cabo pela Embaixadade Portugal, de ser publicadona data correspondente. Con-tudo, será curial, ainda que deforma mais resumida, a divul-gação das actividades rea-lizadas.

Assim, no dia 8, realizou-seum jantar para embaixadores eoutras personalidades convida-das, no Casino de Gatineau; nodia 9, ainda no Casino, houveum espectáculo público com aparticipação de Nuno da Câ-mara Pereira e três excelentesacompanhantes que durantehora e meia, proporcionaramum agradável espectáculo,num ambiente de lotação qua-se esgotada. No entanto, algunscomentários críticos circu-lavam no final da sua actuação.Alguns espectadores que nãoconheciam o artista (particu-larmente não-portugueses),esperavam uma noite de Fadotradicional, o que não poderiaser oferecido pelo intérpreteem questão.

Outro reparo que tem toda arazão de ser, respeita ao factode se celebrar o Dia de Portu-gal sem que alguém com res-ponsabilidades, se tenha dispo-nibilizado a proferir umas bre-ves palavras de circunstância.Falhas fáceis de evitar, na ver-

dade.E à margem das “desfusões”A tentativa de disjunção por

parte das municipalidades ago-ra incorporadas na Câmara deGatineau, saldou-se num redu-zido sucesso. Somente em Mas-son-Angers o “sim” saiu vence-dor por uma diferença de doisvotos. Os defensores do “não”reclamaram uma recontagem.

Em Aylmer, a oeste de Gati-neau, registou-se também umavantagem do “sim” mas insu-ficiente para atingir os 35%requeridos por Lei. O statu quopermanece quase inalterado.

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Os veteranos do DesportivoClube de Laval vão fazer umadigressão aos Açores entre osdias 17 e 27 de Julho próximo,onde jogarão na RibeiraGrande, na Povoação, Fajã deCima, Lagoa e Ribeira Quente.A digressão terminará com umconvívio organizado pelo DCL eoferecido a todas as equipas dotorneio e familiares

Se a tendência se mantém...Liberal e minoritário

Eram 22 horas e 25 minutosquando Bernard Derome origoroso animador de RadioCanadá TV pronunciou a fraseque já se tornou célebre emtodo o país, mesmo no sectoranglófono: “Rádio Canadá a-nuncia que se a tendência semantém, o próximo governo doCanadá será um governo lib-eral minoritário”.

Todos os observadores ti-nham previsto esta finalizaçãoduma campanha que se fixoumais sobre a personalidade doschefes em presença, do que noconteúdo dos programas quecada um apresentava e de-fendia.

Houve toda uma série inter-minável de ressaltos com osestrategos dos partidos, sobre-tudo o Liberal, a mudar comfrequência os alvos a atingir.Umas vezes apresentaram oBQ como o demónio a abaterpara logo a seguir, o porem delado e atacarem Stephen Har-per, pintando-o mais negro queo carvão de hulha. Foi umapoderosa campanha de medoque se abateu de Este a Oeste,mas mais centrada no Ontárioe que vem provar, uma vezmais, a ambiguidade do elei-torado canadiano. Depois de seescalfarem contra o escândalodas comanditas, de afirmaremnão acreditar nas afirmaçõesde suposta inocência de PaulMartin, eis que finalmente,uma parte considerável doseleitores lhe deram o seu apoio,

talvez mais à revelia que porconfiança, porém os númerossão lá e as consequências tam-bém. Temos, portanto, mesmose minoritário, o governo quemerecemos. Apetece-me dizerque temos não um governoparlamentar, mas antes, umgoverno para lamentar. Por-que toda uma série de duvi-dosos compromissos, de exclu-sões de impostos, de desones-tidade política, é varrida paradebaixo do tapete, como umadona de casa pouco cuidadosacom a limpeza. A luta em mui-tas circunscrições foi rude,renhida até aos últimos votos aserem espalmados nas mesaspelos escrutadores.

Para quem seguiu a apre-sentação televisiva decerto quese apercebeu do bailado quaseincessante dos números deeleitos ou em vias disso, que seafixavam no pequeno écran. Éque por vezes mostrava umpartido em avanço para depoisos números oscilarem paraoutros logos políticos, nummovimento de perde e ganha,sobe e desce, como um ele-vador num arranha-céus.

O resultado expresso noQuebeque é uma chicotadanos grandes partidos e, sobre-tudo no Liberal, por não tersabido escutar e compreendero descontentamento do elei-torado sobre as políticas cana-dianas para com a província.

As razões dos eleitores quepor todo o país abandonaram os

liberais nestas eleições podemser variadas. Uns evocarão oescândalo das comanditas. Oscompadrios liberais, a falta derigor da sua administração, asua arrogância também. Ou-tros ter-se-ão acomodados ouassustaram-se com a subidaum tanto fulgurante de Ste-phen Harper. Este surpreen-deu muita gente pela seguran-ça com que demonstrou nodebate dos chefes, e mesmodurante a campanha eleitoral,contrariamente às hesitações efalta de respostas de Paul Mar-tin. Exprimindo-se com clarezae rigor. Todavia, as dúvidas queplanaram durante a campa-nha, em referência a certostemas defendidos pelos outrospartidos e uma boa maioria doscidadãos, não o fizeram bene-ficiar de um melhor resultado.Dúvidas que não foram total-mente esclarecidas.

Creio, no entanto que o gran-de vencedor desta campanhafoi Gilles Duceppe. Ex-teriori-zando uma energia extraor-dinária, comportou-se desde oinício e até no próprio discursofinal, como um grande homemde Estado, afirmando clareza edeterminação na defesa dosnão negociáveis interesses doQuébec, prometendo, porémagir com rigor e respeito faceaos outros partidos e respec-tivas opções.

Jack Layton que incarna aala esquerda do eleitorado,prometeu fazer tudo quantoesteja nas suas possibilidadespara obrigar Paul Martin arespeitar as promessas que fezdurante a campanha. Uma lu-ta que promete na “Chambredes Communs”. Até mesmopelas surpresas que se veri-ficaram na contagem final dosnovos deputados.

Em Laval, se a reeleição de

Raymonde Folco no oeste dailha, nunca pôs grandes dúvi-das, por se encontrar em terri-tório liberal que lhe é garantidopor diversas comunidades cul-turais, o mesmo não se poderádizer da circunscrição de Laval(Centro) onde a eleição deNicole Demers surpreende umpouco.

Símbolo talvez duma outrarealidade que os especialistasnão conseguiram decelar. Cer-to que uma boa parte do terri-tório pertencia já aos bloquis-tas, todavia, o novo recorte doslimites da circunscrição, comuma forte representação etno-cultural, permitia imaginaruma vitória liberal. O que nãoaconteceu.

Fica assim legitimado comoPrimeiro-ministro Paul Martin.Conseguiu deste modo o so-nho, que o seu pai nunca alcan-çou, nas suas tentativas parasuceder a Louis St. Laurent e aLester Pearson. Paul MartinJunior poderá então ambicio-nar a ver um dia o seu retratonos corredores do Parlamento,ao lado doutros nomes de políti-cos canadianos. Tem, porémum longo caminho a percorrere a fazê-lo com subtilidade. Afragilidade da representaçãodo seu partido não lhe permitiráavançar com ideias e métodosque desagradem à Oposição.Terá igualmente muita gente aforçá-lo a cumprir todas aspromessas feitas na correnteeufórica da campanha.

A Saúde Pública e todos osbiliões prometidos, a Fisca-lidade, Kioto; o apoio às muni-cipalidades etc, etc. Tem muitopão a amassar e uma espada deDémocles sobre ele, simboli-zada por uma Oposição aguerri-da e motivada.

A seguir.

Raul Mesquita

APC organiza Jantar de DespedidaA Associação Portuguesa do Canadá vai realizar no próximo dia

13 de Julho, pelas 19 horas, na sua sede, um jantar de despedidaem homenagem ao Cônsul de Portugal em Montreal Dr. NunoBello.

Vimos por este meio comunicar a todos os membros da nossacomunidade que poderão obter os bilhetes de ingresso na APC,ainda através da marcação de reservas, ligando para o (514) 596-2002 Ext. 6078 falar com Conceição Rosário ou o 514 271-1467contactando para o efeito Elvira Sousa.

Os lugares são limitados. Inscreva-se e venha compartilhar pelaúltima vez com o cônsul, o amigo e conselheiro que foi o Dr. Nunode Bello ao longo dos seus 4 anos de missão de serviço emMontreal. Um requintado serviço de jantar será servido, ao sabordo piano de Carlos Ferreira e fado com os mestres, FirminoTeixeira, Luís Duarte e interpretação de Sílvia Moniz.

Contamos com o vosso apoio. A Direcção Executiva da APC.

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 3

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Emprego estável nosAçores e o desemprego a diminuir

O director regional da Juven-tude, Emprego e FormaçãoProfissional, Rui Bettencourt,disse, esta manhã, em PontaDelgada, que a tendência dobaixo desemprego nos Açorescontinua bem patente nos últi-mos números divulgados peloInstituto do Emprego e Forma-ção Profissional, confirmando aRegião como a única no País, adiminuir o número de desem-pregados.

O director regional, em de-

clarações à comunicação so-cial, revelou que, desde De-zembro de 2003, a Região temvindo a registar, continua-mente, uma diminuição nonúmero de desempregadosinscritos nos Centros de Em-

prego, num contexto em que, anível nacional, se verificamaumentos constantes.

Rui Bettencourt indicou aosjornalistas que o número dedesempregados nos Açores éactualmente, de 3.499, de acor-do com os dados do próprioInstituto do Emprego e For-mação Profissional, que têmcomo base os respectivos Cen-tros de Emprego, dos quaiscerca de 2.600 são desem-pregados subsidiados, con-

forme revela, neste caso, oInstituto de Informática e Esta-tística da Solidariedade, con-trariando-se deste modo, infor-mações de outras fontes queindicam números superiores.

Governo quermedidas de emergênciapara defesa da ZEE dos Açores

O Governo Regional dosAçores, solicitou, a semanapassada, ao Governo da Repú-blica que desencadeie, juntodas instituições europeias, osmecanismos necessários àaplicação de medidas de emer-gência previstas no Regula-mento 2371/2002, tendo emvista a proibição da actividadeda pesca na Zona EconómicaExclusiva dos Açores, dirigidaa espécies de profundidade comredes de arrasto e com redesde emalhar de fundo, a partirde 1 de Agosto.

O anúncio foi feito esta ma-nhã, em Ponta Delgada, pelosecretário regional da Agricul-tura e Pescas, no decorrer deuma conferência de imprensa.

Com a definição do esforçode pesca para as espécies de-mersais, em reunião do Con-selho de Ministros da UniãoEuropeia do passado dia 21,Vasco Cordeiro sublinha ofacto de se ter completado maisuma etapa na regulamentaçãoda pesca nas águas ocidentais,resultando que, neste caso, acaptura dessas espécies, ficourestrita às embarcações portu-guesas.

O governante recordou,ainda, que continua, nestemomento, a existir uma inde-finição da situação relativa àsespécies de profundidade, queconstituem, a par das espéciesmigradoras, o principal recursoque existe na ZEE dos Açores,situação que se verifica querquanto às artes de pesca uti-lizadas na captura dessas espé-cies, quer no que respeita àsquantidades admissíveis decaptura.

No que diz respeito às quan-tidades admissíveis de captu-ras, existe um regulamento quetermina em 31 de Dezembrodeste ano e que apenas fixaquotas para duas espécies, opeixe-espada preto e o goraz.

Por este motivo, Vasco Cor-deiro destacou o particularcuidado e atenção do GovernoRegional no acompanhamentoque está a ser efectuado dasnegociações relativas à defini-ção das quotas para as espéciesde profundidade que decor-rem actualmente em Bruxelas.

Para além desta situação ecom a abertura da ZEE dosAçores, através do Regula-mento 1954/2003 do Conselho,a partir de 1 de Agosto passa aexistir a possibilidade de captu-

ra das espécies com qualquerarte de pesca, desde logo oarrasto e as redes de emalharfixas, uma situação que, naopinião do secretário regionalda Agricultura e Pescas, égravemente prejudicial para oequilíbrio dos ecossistemasmarinhos dos bancos subma-rinos situados entre as 100 e as200 milhas. Motivo que levou oGoverno Regional a apresen-tar, com a devida fundamen-tação científica, uma propostade regulamento à Comissãoque visa proibir a utilização dasartes de arrasto.

Foi, também, esta situaçãoque levou o executivo regionala intentar uma acção judicialvisando a anulação parcial doRegulamento que reduz a ZEEdos Açores e uma providênciacautelar que pretende a sus-pensão desse regulamento,enquanto não houver uma de-cisão na acção principal.

Vasco Cordeiro recordouque o regulamento de proi-bição das artes de arrasto nãodeverá entrar em vigor antesdo final do ano e a decisão daprovidência cautelar tarda emser proferida, não sendo possí-vel antever qual será o seusentido.

Desta forma, e caso o Gover-no Regional não desencadeas-se agora as medidas de emer-gência, existiria um período detempo no qual as águas da ZEEdos Açores estariam abertas àutilização de qualquer arte depesca, o que teria um efeitodevastador nos nossos recur-sos, sublinhou o governante.

Esta medida agora solicitadaà Comissão Europeia, atravésdo Governo da República, com-pleta a utilização de todos osmecanismos ao dispor do Go-verno Regional para defesa dosrecursos dos Açores, que, as-sim, fez tudo o que pode ser feitapelo executivo açoriano para adefesa dos interesses da Região.

Tribunal de Contas “puxaorelhas” à Câmara de Machico

Em causa um contrato adi-cional de mais de 84 mil eurospara o alargamento do Ca-minho da Fajã dos Rolos -Santoda Serra O Tribunal de Contas(TC) censurou a Câmara Mu-nicipal de Machico (CMM) porter celebrado com a empresaAFA, pelo montante de84.125,00 euros (mais de 16.800contos), um contrato adicionalpara a obra de alargamento doCaminho da Fajã dos Rolos –Santo António da Serra. O re-paro do TC acontece porque aautarquia machiquense nãopoderia ter adjudicado o con-trato adicional por ajuste direc-to sem consulta, ele teria de serprecedido de concurso limi-tado.

Em causa estão os trabalhosde terraplanagem e pavimen-tação da estrada que –mal diz o

TC– não estavam contempla-dos pela empreitada correspon-dente ao contrato principal. Ostrabalhos consistiram no alar-gamento da faixa rodoviáriapara além do que estava con-tratualizado. Foram contem-plados na rubrica “trabalhos amais” quando, na prática, impli-cariam um novo contrato dadoo facto da CMM não ter tido avisão de os tomar em conta porocasião do lançamento da em-preitada principal.

A secção regional do TC, em2003, negou o visto ao contratoadicional ao arrepio de parecercontrário do Ministério Público(MP). Fê-lo compreendendo aoportunidade dos trabalhospara o acabamento da obra e asua importância para as popu-lações mas não poderia deixarpassar em claro uma ilega-lidade, consubstanciada na

preterição de uma formalidadeessencial que se traduz numanulidade impeditiva da con-cessão de visto.

É que, não resultou provadoque as obras a mais decor-ressem de qualquer circun-stância que, imprevistamente,tenha surgido durante a em-preitada. Antes pelo contrário,o TC afirma que a não inclusãono contrato inicial dos traba-lhos a mais «deve-se apenas aum deficiente planeamento e àfalta de ponderação dessestrabalhos, quando da elabo-ração e aprovação do projecto».Inconformada com a recusa devisto por parte da secção re-gional do TC, a CMM recorreupara Lisboa alegando que ocontrato contemplou efecti-vamente, obras a mais e nãotrabalhos a que foi, ilegalmen-

te, atribuída tal designação.Mais alegou que essa foi umaforma de satisfazer o interessepúblico e que o montante emcausa não ultrapassa 24,6% dovalor do contrato inicial(341.069 euros) pelo que não háviolação de lei.

A 8 de Junho último, em a-córdão a que o DIÁRIO teveacesso, o plenário da 1.ª secçãodo TC analisou o caso e, tudoponderado, concedeu o vistocom a recomendação à CMMpara que, na realização de o-bras públicas, observe o cum-primento da lei, designada-mente na exigência de consultalimitado de empresas (entre 5 e20) em nome da concorrência.É que, diz o TC, se tal consultafosse feita seria de prever «queo preço do presente contratopudesse diminuir em funçãoda referida concorrência».

Francisco Fernandesvisita imigrantes madeirenses

Ontem, o secretário visitou oCentro Português de Caracas,

onde também assistiu a umamissa .

O secretário regional de Edu-cação, Francisco Fernandes,visitou no início da tarde deontem o Centro Português deCaracas. Uma visita que con-tou com a presença de muitosemigrantes, tendo o gover-nante madeirense ficado im-pressionado com o cariz cul-tural das comemorações doDia da Região.

Pouco depois, o governante,que se encontra em visita ofi-cial à Venezuela para participarnas comemorações do Dia daRegião e das ComunidadesMadeirenses, esteve presentenuma missa celebrada pelopadre Alexandre Mendonça,nas instalações daquela insti-tuição.

No mesmo local, e ao fim datarde, Francisco Fernandes

assistiu a um espectáculo le-vado a cabo pela Orquestra

Sinfónica da Venezuela, com aactuação da soprano Sara Cata-rina. O evento contou tambémcom a presença do embaixadorde Portugal na Venezuela.

No primeiro dia de visita,sábado, o secretário de Edu-cação, em representação doGoverno regional, foi recebidopelo presidente da ComissãoPró-Celebração do Dia da Ma-deira, Agostinho Gomes Lu-cas.

Hoje, o governante é rece-bido, de manhã, pelo ministrodas Finanças da RepúblicaBolivariana da Venezuela e, àtarde, visita a Missão CatólicaPortuguesa. Também o presi-dente da Câmara Municipal doPorto Moniz, Gabriel Farinha,vai estar quinta-feira na Áfricado Sul. A 10 de Julho, Brazãode Castro desloca-se a Lon-dres .

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página

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SANTANA LOPES«PSD assumiráas suas responsabilidades»

O vice-presidente do PSD fezuma declaração depois da reu-nião da comissão permanente,congratulando-se pelo convitea Durão Barroso para a Comis-são Europeia. Santana Lopesdeixou uma «mensagem detranquilidade aos portugue-ses», garantindo que o PSD«assumirá os seus compro-missos».

O dirigente social-democratacomeçou por referir que «acomissão permanente do PSDanalisou a mensagem trans-mitida pelo presidente da UniãoEuropeia, dando conta de queirá propôr ao Conselho Europeuo nome do primeiro-ministro epresidente do PSD, DurãoBarroso, como próximo presi-dente da Comissão Europeia».

«A comissão tomou as se-

guintes decisões: a de se con-gratular com a declaração,dado que a presidência daComissão Europeia é um doscargos de maior relevância nacena internacional. O convitehonra o país e o partido e oconvite é acrescido de um i-menso significado político,traduzindo o apelo de toda aUnião Europeia para que oprimeiro-ministro de Portugalassuma estas responsabili-dades», continuou.

«Queremos dirigir uma pala-vra firme de tranquilidade atodos os portugueses, garan-tindo que saberemos assumiras nossas responsabilidades,tomando as iniciativas neces-sárias, para assegurar a estabili-dade política e o respeito pelavontade popular expressa nasúltimas eleições legislativas»,sublinhou Santana Lopes, mos-trando que o PSD pretendeformar novo Governo, após asaída de Durão Barroso paraBruxelas.

Quanto à possibilidade dopartido vir a nomear um novoprimeiro-ministro, que pode sero próprio Pedro Santana Lopes,este afirmou que o presidentedo partido fará uma declaraçãosobre o caso, e que o PSD to-mará depois uma decisão.

O dirigente «laranja» evitouainda comentar as declaraçõesde Jorge Sampaio, no sábado,em que o Presidente da Repú-blica garantia que terá a últimapalavra sobre as consequên-cias internas da saída doprimeiro-ministro para Bru-xelas.

COMISSÃO EUROPEIAPPE vê Durão Barrosocomo «o candidato perfeito»

O Partido Popular Europeuconsidera que Durão Barrosoé o candidato perfeito à presi-dência da Comissão Europeia.O convite formal ao ainda pri-

meiro-ministro português foiefectuado, neste domingo, peloirlandês Bertie Ahern.

O secretário-geral do PPE,Antonio Lopez-Isturiz, afirmaque «é uma honra que um dosmelhores dirigentes do PPEseja escolhido para dirigir umainstituição europeia que vai

encontrar com Sampaio, os

membros do seu Executivo e oseu partido.

“Quero aqui mesmo em Lis-boa, como primeiro-ministro emfunções, informar em primeirolugar os portugueses da minhadecisão: vou aceitar o conviteque me foi dirigido pelos chefes deEstado e de Governo europeuspara me candidatar à presi-dência da União Europeia”,anunciou Durão Barroso, mi-nutos antes das 13h00. “En-tendo que um político, ao as-sumir responsabilidades no seupaís, assume igualmente res-ponsabilidade no plano da U-nião Europeia”, justificou. “Por-tugal deve muito à Europa equando esta pede a colaboraçãode um português para uma mis-são importante, Portugal não

deve dizer que não”. “O primeirodever de qualquer português éservir o seu país onde quer queesteja. Continuarei a fazê-locomo europeu, mas sobretudo

Durão Barrosoruma a Bruxelas convicto

Cont da Pág. 1com orgulho de ser português”,

sublinhou Barroso, no final doseu discurso. Pela “estabilidadepolítica” Quanto à situaçãogerada pela sua demissão – queapresentará “oportunamente”,o primeiro-ministro afirmou o“pleno respeito pela autonomiade decisão do Sr. Presidente daRepública” e a “confiança nasolução que virá a ser encon-trada”. Contudo, Durão Bar-roso deixou implícita a sua opi-nião contra um cenário deeleições antecipadas. “O factodo primeiro-ministro cessarfunções por motivos de relevanteinteresse nacional não deveprejudicar a estabilidade polí-tica, não deve comprometer alinha que o país tem vido a se-guir”, disse. Mais claro, Bar-roso adiantou a sua convicção

de que “ se manterá a esta-bilidade política e será dadacontinuidade ao projecto que foisufragado pelos portugueses nasúltimas eleições legislativas”.

Parque dos AçoresO Executivo da Câmara de Montreal aprovou a denominação

do Parque dos Açores, situado entre a avenida Hôtel-de-Ville e arua De Bullion, ao Sul da Rachel Este, no “arrondissement” doPlateau-Mont-Royal.

Este mini-parque cujo projecto de arranjo e mudança de nomefez parte das promessas do vereador Michel Prescott em 1992 edeu ocasião a alguns encontros com membros da Casa dos Açorese representantes do Serviço de Parques da Câmara de Montreal,foi agora nomeado dos Açores para sublinhar o 50º aniversário dachegada da imigração portuguesa ao bairro.

O Conselho Municipal terá de aprouvar esta decisão.

Manhã preenchida O chefe doGoverno passou toda a manhãem reuniões. Às 9h00, foi rece-bido pelo Presidente da Repú-blica no Palácio de Belém. Se-guiu-se numa reunião extra-ordinária do Conselho de Mi-nistros e, antes de regressar aSão Bento, Durão Barroso foitambém comunicar a sua de-cisão ao PSD. Ontem, às 17h00,

começou em Bruxelas umacimeira extraordinária doschefes de Estado e de Governoda União Europeia. DurãoBarroso foi então nomeadopresidente da Comissão Eu-ropeia, cargo a assumir a partirde Novembro e com um man-dato de cinco anos, se o Parla-mento Europeu o aprovar.

desempenhar um papel crucialnuma União Europeia alar-gada».

Durão Barroso é o candidatoperfeito e possui todas as carac-

terísticas para vir a ser umexcelente presidente da comis-são».

Por outro lado, o Partido So-cialista Europeu, neste do-mingo, voltou a pôr em causa aescolha de Durão Barroso paraliderar o executivo europeu.

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Page 5: 06-30-2004 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 5

Opinião

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Augusto MachadoMudanças na política portuguesa

Durão Barroso, está a serpressionado pelos parceiros euro-peus para suceder a RomanoProdi. A maioria dos líderes daUnião Europeia (UE) apoiam oprimeiro-ministro português paraa presidência da Comissão Euro-peia. Se o consenso for total, queparece ser já uma certeza, DurãoBarroso terá grandes dificul-dades em recusar. Prevê-se, nospróximos dias, uma reviravolta napolítica portuguesa.

Por uma questão de “timing”este texto foi escrito antes da

decisão final do primeiro-ministro. Desde o fim-de-semana que anotícia tem sido título na imprensa: “Durão Barroso tem evitadouma resposta definitiva – limita-se a ponderar as vantagens edesvantagens que considera estarem em causa, deixando adecisão final em aberto”.

A sua eventual promoção é favorável desde logo pela projecçãode Portugal na UE, um país de média dimensão e sem uma agendaindividualista – ao contrário da Inglaterra, Alemanha, França ouEspanha. O que significa que Durão Barroso pode ter umimportante espaço de manobra para gerar consensos numaEuropa a 25.

O segundo conjunto de razões a favor do primeiro-ministroportuguês está centrado na sua própria personalidade eexperiência. ...”Lidera um partido de Governo que integra a maiorfamília política do Parlamento Europeu, o PPE, cujos responsáveisdecidiram apenas apoiar um presidente saído desta maioria.Também conta a seu favor o facto de ter uma longa experiênciacomo secretário de Estado e ministro de Negócios Estrangeiros,ao que parece, e o pormenor não é irrelevante, falar e escrever nasprincipais línguas europeias. O que não sucede com outros lídereseuropeus”.

O perfil fica completo com duas referências finais: “É pró-europeu, sem ser fanático da integração europeia, e ganhoualguma capacidade para fazer a ponte entre a Europa e os EstadosUnidos depois da guerra do Iraque”. É por tudo isto que até agoranão surgiu nenhuma minoria de bloqueio ao seu nome, aocontrário do que aconteceu com outros candidatos. Quanto àsdesvantagens, o primeiro-ministro assumiu compromissosimportantes com Portugal, com a Alternativa Democrática e como PSD. Embora ele próprio considere que a fase mais difícil dagovernação está ultrapassada, prevendo que os próximos dois anossejam marcados pelo crescimento da economia e pela melhoria davida quotidiana das pessoas, não se pode excluir, se ele aceitar ocargo de Comissário Europeu, não existir uma reviravolta napolítica interna. Até porque nestes últimos dias, já são muitas ascabeças a rolar. Fala-se que o sucessor de Barroso seja PedroSantana Lopes, o actual presidente da Câmara de Lisboa e vice-presidente do PSD. Mas há discordantes nesta escolha. E o PCPe Bloco de Esquerda exigem eleições antecipadas, enquanto o PS,neste momento, está na expectativa de “wait and see.”Seja comofor, a saída de Durão Barroso do Governo poderá provocar umacrise interna e abalar a coligação e a estabilidade governativa. Asituação ideal, dizem alguns, passaria por PSD indicar um“herdeiro” para ser rectificado em conselho nacional, órgãomáximo do partido, e propô-lo posteriormente ao Presidente daRepública.

Este método, aceite por Jorge Sampaio, permitiria evitareleições antecipadas e tornar o Presidente da República maisflexível em defesa do interesse nacional e da estabilidade política.No entanto, as sensibilidades anti-Paulo Portas dentro do PSDpoderiam ou poderão provocar a eleição em congresso.

Neste momento tudo indica que o cenário mais provável é: seDurão Barroso apresentar a demissão para seguir para Bruxelas,o Presidente da República nomeará o primeiro-ministro que lhefor indicado pela coligação sem dissolver a Assembleia e semconvocar eleições. “Seria muito bom para o País e estaoportunidade não se repete nos próximos 25 anos”, afirma um dosconselheiros da Presidência. Todavia, como o próprio JorgeSampaio já fez saber, cabe-lhe a ele, no momento próprio, a decidirquem será o próximo primeiro-ministro de Portugal.

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Arte de mal fazer...Políticas,politiquices e politiqueiras

Raul Mesquita

É sabido que não temos qual-quer formação política. E muitopoucos hábitos democráticos.

O obscurantismo dos anos Sala-zar deixou fortes mazelas. Mesmonaqueles que estão sempre pron-tos a gargarizarem-se de liber-dades e democracias, esque-cendo toda a gama de atitudesprofundamente anti-democráti-cas que tiveram e que não podemnegar. Por haverem testemu-nhos.

Só que a democracia tem para eles valores diferentes consoantese trate de amigos ou de adversários.

O eterno individualismo português, aliado por vezes a essecancro da sociedade que é a inveja, faz com que nunca encon-tremos maneira de produzir algo de interessante, de colecti-vamente útil.

As vaidades, o gosto e o culto do “eu”, sobrepõe-se a qualquerlógica do bom senso. Por vezes, vêem-se mesmo tentativas dediminuir o que é português, a troco duma ilusória aprovação doestrangeiro. Que no fundo não lhe dá seguimento. Aproveita-seapenas da imbecilidade. Esta presunção de esperteza saloia é ocalcanhar de Aquiles dos portugueses. Contentamo-nos com asmigalhas do pão que outros comem. Porque quase totalmenteidentificados a um partido político, de nada servem as re-presentações para melhorar algo ou conseguir apoios. Porque éque um político, que antes de ser outra coisa é somente isso-político-se preocupará a ajudar qualquer grupo, qualquercomunidade, se de avanço está garantido do voto desses cidadãos?As suas preocupações e esforços vão para aqueles que inte-ligentemente nada lhe garantem antecipadamente.Os exemplosnão faltam. Também é certo que os portugueses têm grandedificuldades de se agruparam para um bem colectivo.Por isso, nagrande maioria dos casos, quando alguém procura avançar comqualquer inicitaiva, logo aparecem umas quantas ddezenas adestruir a ideia e a fazer o seu autor passar por todo o tipo decríticas e de extrapolações sarcásticas e negativas.Os esforçadosdesanimam e abandonam. E fica-se mais pobre.E ser pobre não éter somente um par de sapatos para dois ou apenas uma tijela decaldo. Ser pobre é também ser fraco de espírito e ter inveja quealguém possa fazer aquilo que eles não serão capazes. Esquecendoque nem todos poderão ter as mesmas qualidades e capacidades,mas que todos, independentemente de formações e experiências,são necessários com o seu saber e capacidade pessoal.E sobretudo,com boas vontades e muita cooperação.Nas últimas décadasvários projectos foram por água abaixo e outros dificilmenteultrapassaram uma nota média.Por vezes formam-se comissõesmuito enfunadas à volta das quais gravitam uns quantos com faltade visibilidade. Fala-se muito, avançam-se muitas hipóteses e ameio do caminho tudo se esmorona. Quantas boas ideias ficarampelo caminho ? É que no fundo a comunidade faz que anda, masnão anda. Também não é novidade.Faço este repara apenas pararefrear excitações e dramatismos que só disfarçam incon-sequências.Faltam vontades que se empenhem em pôr de péprojectos úteis em vez de se perderem em discussões semânticasou enfastiadas retóricas. E saber apreciar quando alguém, sejaqual for o âmbito do seu trabalho, é dignificado e que esse feitodignifica por consequência, o país, Portugal.

A escolha honrosa do Dr. Durão Barroso para Presidente daimportante Comissão Europeia deve ser motivo de orgulho paraos portugueses de qualquer tendência política. Não é muitofrequente ver gente da nossa ocupar cargos internacionais de talprestígio. Trata-se na realidade de um cargo com enormesresponsabilidades, que exige uma forte personalidade e

igualmente muita subtilidade para conduzir os destinos dumaEuropa, agora com 25 membros. Com 25 Estados independentese ao mesmo tempo dependentes, das decisões da Comissão. Cargoa pedir grande capacidade de persuação e de diplomacia.

Porém já começaram campanhas de sujidade política, in-flamadas por rancores partidários, varrendo na passagem tudo etodos que não defendam as suas cores. Sem querer idolatrar ohomem, força será de constatar que, à parte alguns erros depercurso, Durão Barroso não teve até agora, trabalho fácil à frentedo Governo e encontrou as finanças públicas deixadas pelossocialistas, em bem má postura. Com uma enorme dívida a pagarà Europa, criada no tempo em que se gastava à toa e em que todaa gente queria ter barcos de recreio e casas de campo e praia. Notempo em que o país se encontrou entalado entre vaidades. Paraalém dos chorudos ordenados a nada fazerem, com calendáriosanuais de 13 e 14 meses aos quais se juntam subsídios de toda aordem, é mais que evidente que a hora de prestar contas chegoue, a menos de se fazer bancarrota, houve necessidade de cortarnas despesas e reorganizar as finanças. Portugal é um dos paíseseuropeus onde se encontra um dos maiores índices de fracaprodutividade e em contrapartida, de maior fuga aos pagamentosde impostos. Há mesmo, ao que parece, muitos que se vangloriamde nada pagarem. É o outro cancro português. Não do pobre quetenta esconder uns miseráveis cobres para equilibrar o orçamentomensal. Antes dos ricaços espalhafatosos que passeiam as orelhasem casas apalaçadas.

Só a falta de substância política na Assembleia da República,onde se arrebatam paixões de pouca utilidade, pode explicar esteestado de coisas. Que essa gente continue impune. Por vezes osdeputados batem-se como forçados para mudarem Leis, quandoseria mais útil acautelar procedimentos para o seu cumprimento.E no meio destas ruidosas manifestações Portugal agita-se porcoisas de menor importância.

É parece, a nossa sina. Discutir por nada. Discutir sem nadadizer. E se algo de menos mau surge, isso não! Isso não interessa!Há que deitar abaixo. Para nos podermos depois lamentar ealimentar discussões estéreis.

Há muito que se ouve dizer—com justa justificação—de que nãotemos um nome português em postos de visibilidade política. Nocampo profissional temos já vários e qualificados elementos lusosem diversas profissões, tanto em Direito como na Economia,Medicina ou Engenharia, para alé de muitos e bons técnicos emvárias especialidades. Felizmente que nenhum precisou dacomunidade para alcançar os seus diplomas. Porém em políticasomos fracos e cada vez mais fracos.

Os poucos que graças aos seus esforços conseguiram ocuparpostos de relativa distinção, são bombardeados e por vezesatraiçoados por gente que deveria melhor corresponder a certosserviços prestados. Em vez disso, acomodam-se com os adver-sários enviando mensagens nocivas para a destabilização doeleitorado. Não se pede falsos apoios e menos ainda fanatismos.Apenas bom senso e clarividência na escolha do que é português,sobretudo, naqueles que de uma maneira ou doutra, provaramcapacidades não discutíveis.

Ao colaborar com o adversário, é uma mensagem de divisão quese transmite e que ficará como icone do comunitário português.

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Page 6: 06-30-2004 - Jornal A Voz de Portugal

A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 6

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A DEPENDÊNCIAATROFIAO CARÁCTER E A PERSONALIDADE

Os olhos nunca se enganamquando a razão os dirige e avontade os sustêm.

O problema da dependência édo domínio da psicologia aplicada.Não é portanto intenção minhaaprofundar cientificamente umassunto que ultrapassa a minhacompetência específica. A únicafinalidade que me guia é a detentar levantar o véu dum mal-estar generalizado, denunciar eatacar uma doença que se instalaa olhos vistos em todas as direc-ções de cruzamento do ser huma-no, destruindo, coma, uma epi-

demia, as raízes profundas dos autênticos valores morais e mesmomateriais, fechando as portas ao desenvolvimento mais elementardo ser humano. Esta doença psicossomática chama-se, comtodas as letras - DEPENDÊNCIA.

Antigamente falava-se da dependência do álcool, do jogo, dotabaco... e chega. Hoje, com a evolução, vieram juntar-semilhentas outras, como, por exemplo a dependência afectiva,sexual, emotiva e, segure-se bem na sua cadeira, a“cyberdependência”. Esta recém-chegada ao universo imensodas dependências, toca directamente a nova vaga da juventudee, mais de perto, os adeptos (para não dizer obsediados), doINTERNET.

Uma reportagem publicada num dos jornais de Quebeque(onde fui professor 30 anos), deixou-me perplexo face ao dramadum homem de 28 anos que negligenciava a mulher e filhos paraviver 20 horas sobre 24 deante da tela do seu computador a talponto, que, sempre que ela lhe pedia que fechasse o seu “malditocomputador” de 6 000 dólares, ele lhe respondia sempre: “Aindamais uma linha, por favor...”, como se tratasse de dependência dacocaína. Resultado?... O casal divorciou-se.

Veem-se crianças de cinco e seis anos coladas ao seu “GameBoy”, agitadas, nervosas, por vezes chorando em tranze, semcontrolo, quando perdem no jogo. E tudo isto sob o olharindiferente e conivente dos pais que as deixam “divertir-se”, parase libertarem... (?!) não se dando conta que esta primeiradependência é talvez o princípio doutras no futuro e, quem sabe(?), mais graves ainda.

Lembro-me, particularmente, do caso dum antigo aluno, maistarde meu colega, que me fez parte de suas “experiências” dejuventude. Era um obstinado jogador, horas e horas passadas emmaquinas a dinheiro instaladas em clubes, a jogar as economiase a gasta-las no jogo que rouba mais do que da. Dizia-me quenesse tempo, sem se dar conta, estava já contaminado pelo vírusda “dependência”, e que importa... pois se todos os colegas da suaidade faziam o mesmo...

CONSEQUENCIAS DA DEPENDÊNCIAA dependência, flagelo social com múltiplas consequências,

traça o caminho mais curto para o servilismo e a escravidão.

Manuel A. Louro

Falar de dependência é incluir o servilismo; falar de servilismoé implicar submissão forçada da liberdade. Ora, sem a plenaliberdade o homem é por natureza incapaz de ser o actor princi-pal da sua formação integral. Por conseguinte, a dependência quecoarcta a liberdade, atrofia necessariamente o carácter epersonalidade, cujo desabrochamento e realização dependem,como é evidente, do exercício da liberdade.

Esta forma de dependência, à força de actos repetidos criahábitos cala vez mais cristalizados, enfraquece a vontade e,uma vez instalada ao volante da vida, estabelece suas leis, instaurao seu imperialismo e ditadura acabando, mais tarde ou mais cedo,por inverter a marcha e a ordem dos valores humanos inscritos nanatureza. Então segue-se a anarquia interior e exterior: inte-rior - honra que se afoga; exterior - reputação que se perde.

A dependência da droga, do álcool e do jogo provoca amortalidade nas estradas, suicídios, homicídios, vandalismo,violência, prostituição “profissional”, banditismo, gatunagem,ruína da saúde física e mental, destruição da família...

A dependência do sexo, leva à prostituição homo sexualidademasculina e feminina, a pedofilia com todas as aberrações...

E a dependência da inveja, do ciúme da ambição e do ódio?...E que pensar da dependência do tabagismo, uma das causas

principais da morte precoce?...E a dependência das guloseimas que causam a obesidade e

que perturbam a saúde?...E a dependência da critica que destrói...,E a dependência do dinheiro para quem ele vale mais do que

o amor e a generosidade...

A DEPENDENCIA TEM CURAEm tempos recuados (e porquê não dizer quando eu era novo),

quem consultava um psicólogo expunha-se publicamente a passarpor anormal... Felizmente que hoje se compreende melhor anecessidade de fazer apelo a um especialista (psicólogo outerapeuta) para lhe confiar o “estado de alma” e dele receber aajuda necessária para as mazelas pequenas ou grandes da vidapsíquica como se faz apelo ao médico, para curar as mazelas físicas.

Actualmente, existem terapias para todos os géneros dedependências a que é fácil recorrer.

Há jovens e menos jovens que, tendo sido escravos de drogase do álcool, foram capazes de triunfar da miséria que viviam ,sabendo mesmo que, a partir desse momento, lhes seria necessárioviver um só dia em cada dia e uma hora de cada vez. Mas o maisimportante é fazer-se o primeiro gesto para sair do atoleiro, e dar-se o primeiro passo à procura dum amigo verdadeiro, duma clínicaou dum centro de reabilitação para reencontrar a dignidadeperdida. Estes jovens sabendo que não estão ao abrigo dumarecaída, fazem face às adversidades, no combate de cada instante.De facto, isto garante-nos a possibilidade de mudar uma sociedadedoente de desespero numa sociedade radiante de ideal, decoragem e de esperança.

É bom e bonito ver os pais tomarem conta dos filhos, guardá-losafastados dos perigos e tentações maléficas, mas a “maçã e aserpente” sempre juntas, encontram-se em todos os caminhos, eeles, fazendo o melhor que sabem e podem, restam muitas vezesimpotentes deante desta triste realidade, porque o que vem doexterior é de tal maneira forte que neutraliza as precauções, bonsconselhos e bons exemplos da família. Cruzar os braços? Não.Redobrar de esforço, sim: actualizar-se, evoluir, compreender,amar e nunca panicar.

Diz-se que os malefícios da dependência psicológica, física ouemotiva são de tal maneira fatais que duram até que a pessoa tenhadescido ao mais baixo nível permitido pela tolerância humana.Quanto a mim, a experiência de mais de 30 anos no meio dajuventude ensina-me, que a grande maioria destas pessoas sãocapazes de dar meia volta atras, antes de chegarem à baixeza dadegradação.

Nota-se por vezes que a televisão e a imprensa escrita têm o gostomórbido de mostrar apenas os marginais e miseráveis – aquelese aquelas que não tiveram ainda coragem ou possibilidade depedir ajuda, mas raramente mostram o outro lado da medalha -jovens e pessoas de todas as idades que oferecem a imagem deserenidade após tão prolongados e duros combates. É lá que secompreende o ditado: “QUERER É PODER”.

A mão amiga dada a tempo é já o começo da cura.A vida tem tanto sol para oferecer ao coração humano que é

impensável que uma pessoa normal chegue ao ponto de procurarsó a escuridão e com ela se contentar, deixando de lado a claridade.

Sei que todas as desculpas são boas mas, se alguém que me lêfor capaz de se pôr de pé antes que as pernas não suportem maiso seu peso, por graça, não deixe perder esta oportunidade porqueé uma ajuda preciosa que talvez não volte mais. Assim, como a _opressão servil de um povo dá lugar à sua INDEPENDÊNCIA,assim a PRISÂO DA DEPENDÊNCIA que atrofia o carácter e apersonalidade dará lugar ÀS ASAS DA LIBERDADE.

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Fotos de Sylvio Martins

CEC (incluindo o Congresso),do Presidente, do Tesoureiro eda Direcção do Executivo.

O Congresso apresenta assuas felicitações à Direcção doCEC e a Peter Ferreira por estaúltima nomeação, desejando-lhe os maiores sucessos nestasnovas funções.

O Congresso é uma organi-zação nacional que representaaproximadamente 400.000 lu-sos-canadianos. Criado em1993, o Congresso dedica-se atodos os sujeitos que afectam acomunidade portuguesa, atra-vés dos 70 directores, dele-gados e representantes que sedebruçam sobre os programasde Língua Portuguesa e inter-nacionais, contra o racismo e adiscriminação, para nomearapenas alguns.

Congresso nacional luso-canadianoPeter Ferreiraeleito vice-presidente doConselho etnocultural do Canadá

O Conselho Nacional Por-tuguês-Canadiano anuncia aeleição do presidente Peter Fer-reira ao cargo de vice-pre-sidente do Conselho etno-cul-tural do Canadá. O CEC é umacoligação de organizações na-cionais sem fins lucrativos esem ligações partidárias. Estacoligação tem como objectivosrepresentar vários grupos etno-culturais no Canadá. As elei-ções do Executivo do CEC tive-ram lugar durante a Asem-bleia Geral de 29 e 30 de Maiono Hotel Valhalla, em Toronto.

A coordenadora do Projectodo Congresso, Ana Paula Al-meida e o Director da Juven-tude de Toronto, Eric Arruda,estiveram presentes na reuniãoonde discutiram, entre outros,assuntos como os relatórios dosorganizadores membros do

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Vária

Montréal, dia 15 de Junho de 2004

C.A.S.C.M.Oferta de emprego

Posto permanente de secretária(o)/recepcionista

Condições de admissão :-possuir um D.E.C. em técnicas de secretariado-ter uma experiência de pelo menos 2 anos no ramo-ter conhecimento de diferentes logicieis e informática(Word, Excel…)-dominar tanto oralmente como na escrita o francês e oportuguês-possuir um grande sentido de responsabilidade et deautonomia no trabalho

Tarefas principais : planificar, organizar e executar todo otrabalho de secretariado do organismo, responder aotelefone, informar sobre diferentes assuntos ligados àintegração dos imigrantes, compilar estatísticas, fazertraduções do português para o francês e vice versa, geriras marcações dos intervenientes sociais.

As candidaturas devem ser recebidas até ao dia 19 de Julhode 2004 e para serem aceites devem corresponder àsexigências do posto. Os currículos devem ser enviadospara o C.A.S.C.M., 32, boul. St. Joseph Ouest,Montréal (Québec) H2T 2P3

CARTA DO CANADÁO BECO REPUBLICANO

Fernanda Leitão

Esta República, a quem opovo português deve favoresque a História registará, umdeles foi a “descolonização ex-emplar” e outro foram as “na-cionalizações de roubo”, a quese deve acrescentar o aban-dalhamento do ensino e a cor-rupção mais elaborada, desem-bocou num beco mal afamadoe sem saída. Durão Barroso,que vem da escola comunistado maoísmo e foi promovido porCavaco Silva, mexeu os pau-zinhos todos que lhe permitamfugir do país, pela porta dafrente, de modo a não ter de darcontas dos abusos, incom-petências e coisas nada sériasdo seu governo de coligação.Uma coligação ostensivamen-te protagonizada por um PauloPortas que, goste ele ou não,está irremediavelmente quei-mado desde o caso da Moder-na. Não se surpreendem osemigrantes portugueses doCanadá com esta fuga, tãodescarada, porque, quando emToronto tivemos a epidemia dagripe SARS, Durão Barrosocancelou a sua presença nafesta de homenagem aos pio-neiros que chegaram a este paíshá 50 anos, tendo o topete de seficar por Otava, entre ban-quetes e limousines governa-mentais. A comunidade portu-guesa colou-lhe o rótulo inapa-gável de cobarde. Foi o mínimoque lhe chamaram, à bocacheia, os portugueses destelado do mundo.

Obriga-me a verdade e a me-mória a dizer que não me sur-preendo por mais este acto defujão e a explicar porquê. Háanos atrás foi cônsul de Portugalem Toronto um António Tân-ger Correia que, além de terapanhado aos incautos doisbarcos com o pretexto de ir ásOlimpíadas de Seul, o que logofoi desmentido pelo Comitéportuguês, deu outras “pal-madas” por aí, abandonou oposto diplomático para velejarna Europa, meteu-se em aven-turas galantes que deviam terdado uma inspecção rigorosa seo Ministério dos Negócios Es-trangeiros fosse respeitável, iapara o consulado algumas vezesbastante bêbado, e foi nesseestado que expulsou um hon-rado trabalhador com 29 anosde casa, a quem o estado portu-guês nunca fez justiça, etc. etc.etc. Um escândalo, uma lama,uma lástima que nos enver-gonhou a todos. Era ministrodos Negócios Estrangeiros oSr. Durão Barroso. Como euconhecia o Tânger desde ca-traio e calhou de ir a Lisboa,avisei a sua progenitora quantoao melindre da situação por elecriada, sugerindo que pedisseao ministro para o tirar deToronto. Respondeu-me quenão podia ser porque o ditoministro e o delicioso filhinhoeram amigos unha e carne. Eadiantou uma expressão queme ficou colada na memória:“São dois garotões”.

Porque havia eu de me ad-mirar das piruetas do DurãoBarroso nos dias que correm?

Temos, pois, que Durão Bar-roso está de malas feitas paraBruxelas, numa fuga precipita-da, e que sugere para seu su-cessor Santana Lopes, o céle-bre Pedrocas das Larocas, que

tem boas razões para fugir daborrada que deixa na Câmarade Lisboa e é íntimo do nuncapor demais celebrado PauloPortas. Este é um beco sujo, malcheiroso e mal afamado.

Portugal tanto pode estar àbeira de varrer a testada elimpar uma boa parte da casapolítica, como pode estar quasea transformar-se naquilo a queGuerra Junqueiro chamou“uma enxerga podre cheia depercevejos”, quando, arrepen-dido e envergonhado por terlouvado os malditos regicidas,viu no que tinha dado a balbúr-dia republicana.

Tudo agora depende do Pre-sidente da República. Este,como é de seu natural, nãoperdeu as estribeiras, pediutempo para reflectir e acon-selhar-se, recomendou pru-dência e pequenos passos. Estáa ser bastante criticado por isso,com uma paixão a condizercom estes exaltados dias decampeonato de futebol. E noentanto, o PR está certo aoproceder assim. Precisamentepor ser Presidente da Repú-blica. Porque o Presidente daRepública é em geral propostoe apoiado por um partido, em-bora seja depois votado portodos aqueles que, mesmopertencendo a outros partidosou a nenhum, lhe dão a suasimpatia ou o benefício da dú-vida. Quando surge uma situa-ção de encurralamento polí-tico, como esta que foi provo-cada pela Direita Situacionista,a Direita Aproveitadora, o PRtem de ser extremamente cau-teloso na solução do problemapara não ser acusado de estar afavorecer a formação ideo-lógica de que é oriundo. Frenteao desconchavo criado pelarapaziada dos Jaguares, Copos,Tipas & Ofícios Correlativos, éevidente que apetece convocareleições antecipadas e pôr tudoa claro, virado da cabeça paraos pés. Mas, como em tudo, épreciso perguntar quem é oprimeiro beneficiário. E aí é quebate o ponto. Portanto, JorgeSampaio tem de ser prudente eaconselhar prudência. E opovo, consciente desta reali-dade, tem de fazer saber ao PRque pode contar com o seuapoio. Porque a situação é séria,é o país que está em jogo commilhões de almas dentro, não éhora de levar isto no calem-bourg, na risada ou no esfregarcontente de mãos. O país acimade tudo.

O Rei não tem estes proble-mas de suspeição em relação apartidos. Pode cortar a direito.E mandar varrer os cacos.Quanto mais o tempo passamais as pessoas são obrigadas apensar nestes termos.

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DeliberadamenteOBRIGADO, Joe Puga!

Texto e foto Adelaide Vilela

Nos fins de Maio Joe Puga eKLMRECORDS chegaram aofim de mais um projecto musi-cal, algo para vos dizer: vale apena falar dos treze temasoriginais do novo Cd intituladoOBRIGADO!

Obrigado. Chegou a hora derevelar, aqui, agora e ao mun-do, uma vez mais, a VOZ apai-xonante e única de Joe Puga.

Também se ouviu dizer obri-gado a milhares de portuguesesque esperavam por Joe Pugano parque Santa Clara nos dias17 e 18 de Junho. O empresárioFranc Alvarez e a sua máquinade espectáculos, a maior naAmérica do Norte, convidarameste cantor luso-canadiano alançar o seu novo trabalho

discográfico no “Summer Fes-ta na cidade de Toronto. Umavez mais Franc Alvarez apostounos dotes naturais e no talentode Joe Puga. Este artista deorigem açoriana põe num ins-tante tudo em movimento comos ritmos e as cores da suamúsica “Latin Pop”. E à voltado sucesso giram as suas baila-

rinas levando a energia e aalegria precisa para quaisquerespectáculos. “Fruit de la Pas-sion“ promete agitar cada vezmais o coração do públicoamante das canções do JoePuga.

Esta festa foi das melhoresque vi tanto em Montréal comoem Toronto. Segundo me foidado apurar havia um grupo demais de dez mil pessoas no par-que onde ocorreu este ma-gnífico convívio de verão. Naminha opinião, para além dasatracões musicais já teremvirado tradição nestes encon-tros, Franc Alvarez é um empre-gador que se dá ao luxo de terexcelentes profissionais aoserviço da Rádio, da Televisão

e do Jornal.Belo o Summer Fest! Este ano

o Festival cresceu em todos osaspectos, actuaram vários gru-pos e muitos artistas luso-Cana-dianos.

A Miká e o Steve, o casalinhode namorados que cresceu nacomunidade portuguesa deToronto, dando asas à sua ima-

ginação, apresentaram umexcelente reportório. Belascanções! Parabéns. Tambémvieram de Portugal, para parti-cipar no espectáculo, EduardoSantana e o grupo “Non Stop”que agradaram encantando onumeroso público.

Eu dizia num dos artigospublicado recentemente noVoz de Portugal: “Nós temospor obrigação de, juntos e uni-dos pelos nossos valores ances-trais, formar uma grande NaçãoPortuguesa no mundo”. Ali,naquele lugar, com tanta gentejunta, vi um Grande pedaço dePortugal, tudo isto fez pulsarem mim um maior sentimento

de orgulho e de amor à Pátria.Quanto ao Joe Puga, já come-

ça a discutir-se a próxima aven-tura. Joe Puga quer sentir-seObrigado a levar as suas can-ções às lindas Terras do Con-celho da Ribeira Grande, é quepor lá andam espalhadas assuas raízes açorianas. Joe Pugaviaja para os Açores e PortugalContinental já nos fins do mêsde Julho para promoção do seunovo trabalho discográfico.

Obrigado Franc Alvarez.Obrigado Joe Puga. Obrigado,palavra delicada como o abra-ço que deixo aos meus leitoresaté ao fim deste verão. Sejamfelizes.

Luto na famíliade Me. Eduardo Dias

A Voz de Portugal, associa-se à Comunidade Portuguesa,apresentando ao Doutor Eduardo Dias, notário bemconhecido e estimado, as suas condolências pelo falecimentoda sua esposa.

Senhora de origem italiana, de grande afabilidade, irradiavasimpatia e gentileza, tendo granjeado muitas amizades juntodos portugueses de Montreal, principalmente.

No desfecho de doença implacável com rara e rápidaprogressão, o falecimento ocorreu na sexta-feira última tendo-se realizado o funeral anteontem pela manhã.

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 8

ComunidadeEm Ste-Thérèse, Império de S. PedroEsteve bem à altura da sua fama

Texto e fotos de António Vallacorba

Ste-Thérèse. A AssociaçãoPortuguesa de Ste-Thérèse(APST), presentemente pre-sidida por José Pereira, esteveem grande evidência no fim-de-semana transacto com a rea-lização das grandes festas lo-cais em louvor do Divino Espí-rito Santo.

Foram distintos mordomosManuel e Eduarda Vieira; rai-nha da festa, Kimberly Amaro,e madrinha da festa, Maria dos

Anjos Andrade.Este ano, a 26ª edição destes

festejos decorreu completa-mente ao ar livre, no parque deestacionamento da Igreja de

Sainte-Thérèse-d’Avila e deoutras instituições cívicas,onde, entre as demais estru-turas, se encontrava uma gran-

de tenda e uma plataforma-palco para os artistas, tudo como apoio da respectiva CâmaraMunicipal de Ste-Thérèse.

Dizer que o tempo esteve noseu melhor, especialmente du-rante as actividades do sábado,seria faltar à verdade.

De facto, um vento assazfresco trouxe certo desconfortoàs pessoas que se deslocaram ao

recinto festivo desse primeirodia, cujo arraial foi primaria-mente abrilhantado pelo exce-lente conjunto ontariano, “Pan-

teras”.Um arraial, aliás, nada mau

para as circunstâncias, comboa música e muita movimen-tação à volta das senhoras res-ponsáveis pelas gostosas malas-sadas e bifanas, enquanto, no

bar, os cavalheiros se encarre-gavam da confecção das espe-tadas, a cheirar muito bem e demelhor gosto.

Para o findar do serão, estavaprevista a distribuição do caldoda meia-noite, carne e vinho.

Instituída em Portugal pelarainha Santa Isabel e levadapara os Açores ao tempo do seupovoamento, esta tradição, quepara aqui veio pelas mãos ecorações da maioria dos lago-enses que constitui a populaçãoportuguesa local, desperta acuriosidade e o interesse dademais sociedade circundan-te, que se deixa até contagiarpelo exuberante ambiente fes-tivo – de alegria, devoção epartilha.

E isso foi mais que evidenteno domingo (radioso de sol e detemperatura mais confortável,embora com uma chuvada deescassos minutos), logo a partirda organização do vistoso elongo cortejo da coroação, com

uma dezena de coroas e acom-panhado pela Filarmónica doDivino Espírito Santo de Lavale pela Banda de Nossa Senhorados Milagres.

As irmandades locais, deBlainville, de Anjou, de Laval,de Santa Cruz e de Hochelaga,a par das Comissões de Festasda APST, de Nossa Senhora do

Monte e do Senhor Santo Cris-to, a exburância juvenil, querem indumentária de capasmulticores, quer na pureza dobranco, honraram com as suaspresenças os mordomos, distin-ção que também se verificou da

parte do presidente desta asso-ciação e do vereador de Ste-Thérèse, L.Vezina, a que mais

tarde se juntaria a candidataliberal pelo círculo federal deMarc-Aurèle-Fortin, NancyGirard, acompanhada de Loui-se Dubé.

Ao contrário do que vinhasendo habitual, o desfile fez-serumo à sumptuosa Igreja deSainte-Thérèse-d’Avila, ondese celebrou a mui nobre euca-

ristia, presidida pelo padre JoséV. Arruda, responsável daMissão de Nossa Senhora deFátima de Laval e acompa-nhada pelo grupo coral dessamesma missão e em que forama coroar, finda a missa, trêsnetinhos dos mordomos.

Da eloquente homília do pa-dre Arruda, não podemos dei-

xar de dar destaque a estainspiradora frase encorajando-nos ao “Partir do pão, ao beberdo cálice, em paz uns com osoutros”.

Eram quase cinco da tarde,quando, finalmente, se pôderegressar ao recinto festivo,onde foram servidas as tradi-cionais sopas do Espírito Santo,carne cozida e carne guisada,de boa qualidade, abundânciae da confecção da equipa deJosé e Ângelo de Sousa; pão,vinho, sumos e massa sovada.

Com arraial abrilhantadopelo popular Henrique Ciprianoe o seu conjunto privativo; pelosimpático duo de Joe & Duarte-DJ Xmen, o folclore estevetambém no seu melhor, graçasàs exibições do Rancho Fol-clórico “Ilhas de Encanto”, daCasa dos Açores do Quebeque,e do novel agrupamento dejuvenis daquela especialidade,“Nove Ilhas Maravilhosas”.

Com uma vintena de elemen-tos, este rancho, ligado a estaassociação, constituiu umasurpresa muito agradável. Sãoseus monitores: Rui Cabral,Jorge Amaro, Carlos Aguiar eOsvaldo Fonseca; ElizabethAmaro e Paulo L. Pereira são osensaiadores.

Felicitamos a Associação Por-

tuguesa de Ste-Thérèse, naspessoas do seu presidente,mordomos, Comissão de Fes-tas, senhoras e cavalheiros dacozinha, assim como todos oscolaboradores, por mais estadeliciosa festa.

E viva o mordomo para 2005– Francisco Lopes!

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Comunidade

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Comunidade

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Clube Oriental celebrou vigésimoaniversário da Marcha…

Junho é por excelência um

dos meses mais preferidos paraaqueles que gostam de festas.O S. João celebra-se no dia 24de Junho, mas o auge das festi-vidades é geralmente na noitedo 23.

Já é habito celebrar-se estanoite de S. João no Clube Ori-ental de Montreal, e este anoem que se estão celebrando osvinte anos da Marcha, a festafoi de arrombar!

Tudo começou há vinte anossob a orientação da Sra. Car-minda Correia com algunsamigos. Desde então, a Mar-cha tem crescido com umaparticipação assídua e refor-çada por parte dos sócios eamigos do clube.

Tanto no recinto em frente eno espaço ao lado, como nopróprio Clube, havia uma multi-

dão enorme de pessoas que

vieram das diferentes partes dacidade e arredores para partici-parem nesta ocasião tão espe-cial do vigésimo aniversário daMarcha.

Sempre prontos a divulga-rem as nossas tradições e cos-tumes, estão todos de parabénspor mais outro evento. Na noitede S. João…não se pode deixarde ir ao Oriental! Comes ebebes não faltaram. Só o chei-rinho das sardinhas assadas edas bifanas, faziam crescerágua na boca.

A diversão musical ficougarantida com a actuação dogrupo Reflex que muito bemanimou este serão. Os corposmexiam-se e as pernas emborajá cansadas não paravam dedançar pois eram levadas peloritmo que contagiava todos os

presentes.Por volta das 10H00 da noite,

o grupo de cantares da Casados Açores do Quebec “Recor-dações”, surpreendeu o ClubeOriental e a assistência, to-cando e cantando dois núme-ros. Apresentaram tambémuma mini marcha “As Criadasde Servir”. Pena foi o microfonenão ter funcionado bem. Se-guiu-se depois com um grupo“Les Beaux Diables”, um grupoQuebecois e que já vem sendohábito actuarem na noite de S.

João. Muito bem cantaram edançaram dando-nos a conhe-cer parte da sua cultura e tradi-ção. Mais tarde, por volta dameia-noite a Marcha do Orien-tal , sob a orientação do en-saiador o Sr. Manuel Dias, saiuà rua. Eram 8 arcos e 16 paresde marchantes, com uma ale-gria enorme estampada norosto. Arcos enfeitados e ilu-minados, simbolizando o S.João, Santo António, S. Pedro,Clube Oriental, Euro 2004, a

Texto de Natércia Rodrigues e fotos de Jose Rodrigues

Caixa de Economia dos Portu-gueses de Montreal, a Marchae o Quebec. Trajes novos lindís-simos, de cor dourada, a fazer-nos pensar um pouco nas espi-gas de trigo alentejanas. Oemblema do Clube estava bor-dado nos aventais.

Aqui vai um agradecimentomuito especial para a Sra. Mimique bastante ajudou na confec-ção destas roupas. Todos e tudoa rigor para enriqueceremainda mais esta noite de S. João.É de salientar que a Sra. Ange-

lina Galhóz, é uma pioneiranesta marcha. Há outros mar-chantes que também já têm 19anos de marcha ou seja o Sr.Telmo Barbosa, pessoa tam-bém sempre incansável nestesenvolvimentos, e que tantotrabalhou na fabricação dosarcos, assim como a Sra. Joa-quina Alves na decoração epintura dos arcos. É de felicitar-mos também todo o esforço eempenho do director Cultural,o Sr. Gilberto Alves.

Diz o Sr. Joaquim Cunha,

Presidente deste Clube, queeste evento foi mais um su-cesso. O sucesso daquela noitefoi graças ao trabalho desem-

penhado pelos directores e portodos os que de uma maneiraou de outra trabalharam paraque tudo se pudesse ter desen-rolado tão harmoniosamente.

Pena foi que no dia de S. João,ao serem convidados a actua-

rem no recinto da Igreja SantaCruz, veio uma chuvada aca-bando por enviar as pessoaspara casa. Desta maneira, não

puderam actuar. No entanto,no sábado dia 26, o S. Joãocompensou-os com muito su-cesso na apresentação deles naIgreja de Nossa Senhora deFátima em Kingston.

Alexandre da Rocha – Treinador de futebolJovem treinador duma equi-

pa de futebol feminina, Ale-xandre da Rocha, luso-cana-diano, nasceu em Montrealfilho de pais açorianos. A mãe énatural dos Altares, na IlhaTerceira, e o pai de Agualva.Alexandre começou a jogarfutebol com 12 anos de idade eaos 20 jogou na primeira divisãona Primeira Liga do Québec,no FC Sélect da margem sul deMontreal. Estreou-se comotreinador em 1996 no mesmo

clube e entre 1997 e 2003, foitreinador da selecção femininado Québec, tendo em 2003 pelaprimeira vez em 20 anos deexistência, ganho o campeo-nato canadiano.

Este ano, Alexandre, mudou-se para a L’Extreme, umaequipa semi-profissional ondeas jogadoras têm idades com-preendidas entre os 17 e 31anos. O jovem treinador sonhacom a possibilidade de um diapoder treinar as equipas mas-

culinas nacionais canadianas.Entretanto continua a tra-balhar no Colégio Francêscomo treinador dos jovens etambém como membro doConselho Administrativo doColégio.

Note-se a finalizar, que a Ligaem que se encontra o L’Ex-treme é a maior do mundo emtermos de equipas femininas.

Felicitamos Alexandre e de-sejamo-lhe a continuação debons êxitos.

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 1 1

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VáriaJovem jornalistaluso-canadiano distinguido

Chama-se Hugo Alexandreda Palma Rodrigues, nasceuem Otava e é filho de pais portu-gueses. Fala e escreve Portu-guês e as duas línguas oficiaisdo Canadá, obviamente.

Estudou na Faculdade dejornalismo na Universidade deCarleton, em Otava, licencian-do-se em 2000 com credenciaisem História.

Hugo foi inicialmente distin-guido pelo seu trabalho a nívellocal sobre a escola pública deWinterbourne, na região deKitchener, no sud-oueste deOntário. O trabalho intitula-se“The End of an era” – “O Fimduma era” e foi publicado nosemanário “Observer” de El-mira Woolwich, no qual tra-balhou em 2003, tendo divididoa sua pesquisa em quatro ar-tigos temáticos. A escola pú-blica de Winterbourne foi fun-dada em 1846 e encerrou em2003. O seu trabalho seria ain-da seleccionado para concorreraos prémios da imprensa sema-nária a nível nacional, que se

realizaram no Hotel Hilton emGatineau, nos princípios deJunho, tendo-lhe o júri atri-buído o 1º Prémio para a classede publicações de 4 000 a 12 900exemplares. Hugo conseguiuainda um 2º Prémio em foto-grafia. Eis o comentário do júri“O conjunto das quatro últi-mas páginas de Hugo Rodri-gues na sua pesquisa sobre a es-cola pública de Winterbournepublicado no Woolwich Ob-server, foi o melhor trabalhoem concurso. Bem escrito,bom desenvolvimento e bemconcluído. Hugo Rodriguesrealçou a importância da velhaescola de 130 anos. As entre-vistas com antigos e recentesestudantes, assim como comalguns professores que ajuda-ram a moldar as jovens mentes,levaram o repórter a compre-ender verdadeiramente a im-portância que a escola teve nacomunidade”.

Tivemos em suma, uma no-tícia que nos traz optimismosobre a segunda geração.

Augusto Cerqueira

Receita da semanaO chefe Victor Lélis Oliveira do restaurante Casa Vinho

recomenda para esta semana uma receita bem gostosa com sabora Luanda.

Arroz de Garoupa da IlhaIngredientes

2 Cebolas médias3 Tomates1 Raminho de salsa1 Raminho de hortelã1 Molho de coentros picados1dl de vinho branco1.5dl de azeite2 Cravos das índias1 Litro de caldo de peixe2 Dentes de alho1 Folha de louro1kg de garoupa250g de gambas grandes cozidas460grs de arroz agulhaSal q.b.3 Piripiris1 Colher de sopa cheia de manteiga

Preparação:

Arranja-se o peixe e corta-se aos bocados pequenos, salpica-sede sal e fica a tomar gosto cerca de 1 hora.

Leve ao lume num tacho, a cebola picada, o azeite e os alhospicados a refogar um pouco. Assim que a cebola alourar um poucojunta-se o tomate sem peles nem grainhas e picado, o ramo decheiros, salsa hortelã, o cravinho e o piripiri, deixe refogar até otomate estar cozido mexendo de vez em quando.

Adicione o vinho e o caldo de peixe quente (o caldo é feito comas espinhas e pele do peixe e depois coado, ou feito com 2 cubos).Assim que levantar fervura, junte o arroz.

A meio da cozedura, mais ou menos 7 minutos, adicione o peixe.Tapa-se o tacho e deixa-se acabar de cozer por + 7 minutos. Retireo tacho do lume e rectifique os temperos.

Tire o ramo de cheiros, junte a manteiga e polvilhe com oscoentros, decore com as gambas e sirva imediatamente.

Aprenda a gostar de si

Tudo à nossa volta hoje emdia é concentrado na beleza,todas procuramos a eternajuventude, queremos ser ma-gras, elegantes, gastamos mi-lhões de dólares por ano emcirurgias plásticas e em cremesde beleza. Todas nos vemos noscorpos magros das modelosmundiais e das actrizes de Hol-lywood, como sendo ideaisatingíveis, mesmo não sendorealistas

A mensagem subliminal detudo isto é que as mulheresdevem de ser magras, devemter um corpo perfeito, senão,não parecem ser saudáveis,não parecem ter competênciae nem mesmo atraentes pare-cem ser.

Por conseguinte, um grandenúmero de mulheres não estão

Vanda Oliveira

contentes com a sua aparênciafísica, nem com o seu peso, nemcom a forma do seu corpo.

Toda esta situação traz umaenorme baixa da auto estima,uma imagem péssima de siprópria, uma atenção desme-dida sobre o corpo ou váriaspartes do corpo, sem falar clarodos graves problemas alimen-tares, como a anorexia mentala bulimia e a tendência quaseobsessiva de comer.

A estatura do nosso corpo, onosso peso ou a nossa formafísica são quase sempre aspec-tos hereditários ou determina-dos pelo nosso modo de vida.De qualquer forma ao envelhe-cer é normal que o nosso corpomude e que se ganhe algunskilinhos.

Qual de nós já não foi con-frontada de uma maneira oude outra a situações que põemem causa as nossas capaci-dades, e que nos levam a duvi-dar de nos. É claro que nosconhecemos e que conhece-mos também as nossas capaci-dades e competências, mas émuito mais frequente que osnossos defeitos e as nossasimperfeições levam o melhor denós.

Não precisa de se sentir só,saiba que muitas de nós nossentimos da mesma maneira.Na maior parte do tempo faze-

mos de conta, mas no fundotodas tememos não fazer boafigura ou de não estar à alturade uma situação, ou de nãochegarmos ao fim de um objec-tivo, enfim todas as razões sãoboas para nos sentirmos desta-bilizadas.

Mas como todo o problematem solução, existem maneirasde virar a situação, Como?Fazendo um pequeno trabalhode reflexão sobre de si própria.

Diga a si própria que você nãoé perfeita, mas também quem oé??? Pense mais vezes nas suasforças e nas suas qualidades,talvez se surpreenda com tan-tas qualidades, que você nempensava ter. Pense nas vezesque acreditou em si e que tudodeu certo, recue no tempo edentro de si, para que se possaver nesses momentos. Verá aenergia e a coragem retoma-rem lugar dentro de si e dessamaneira poderá combaterquaisquer situações.

Não perca tempo com osseus erros, eles pertencem aopassado, e o passado não se po-de mudar, uma vez que enten-deu porque é que o cometeu,sirva-se dele para sua vanta-gem e na próxima vez saberácomo contornar o problema seele se apresentar de novo.

Todas as manhãs diga a siprópria que você pode ultra-passar todos os obstáculos dodia a dia sem medo. Estes pen-samentos positivos influen-ciarão a sua atitude e também

a maneira como os outros avêem, claro que isto não é umareceita milagrosa, mas o factode se sentir segura de si própriaguardando sempre o optimis-mo, muda de facto a perspec-tiva que os outros têm de si. Aprova é que ninguém tem von-tade de se aproximar de alguémde cara carrancuda não é ver-dade?

Dê mais valor às suas quali-dades e aos pontos fortes da suapersonalidade, em vez de tomaruma posição negativa face a simesma.

Procure outros meios de sesentir bem na sua pele, meiosesses que ultrapassem as bar-reiras da aparência física, porexemplo, poderá ter activida-des educativas, ou de ordemespiritual ou mesmo social.

Concentre-se mais sobre asua saúde em vez da sua apa-rência física. Coma sauda-velmente, faça exercício e tometempo para relaxar.

Realmente o importante ésentir-se bem dentro de si, poiso que está por dentro é o que sevê por fora.

Não tenha medo da mudan-ça, a resistência à mudança éum comportamento humanomuito natural, tudo o que nos éfamiliar nos dá segurança, masnão existe nada mais motivanteque enfrentar uma nova situa-ção. A dúvida paralisa-nos masa acção enche-nos de energia.

Aprenda a gostar de si, vocêé única e maravilhosa

Dicas de BelezaTorne o seu olhar mais misterioso

Muitas mulheres ainda hojenão tomam atenção as suassobrancelhas. Algumas nemsequer precisam mas essas sãoraras, outras não vêm a neces-sidade.

Todavia depilar um pouco assobrancelhas, guardando oseu aspecto natural, abre maiso olho e dá uma profundeza aoolhar.

A moda hoje em dia inclina-se muito mais para uma formamais natural da sobrancelha,não tão fina como nos anosanteriores.

A depilação com a pinça con-tinua a ser o modo de depilaçãotemporário mais usado.

Se preferir pode ir a este-ticista ou se optar por o fazersozinha em casa aqui vão unsconselhos bem úteis.

Em primeiro lugar são neces-sária uma boa pinça e umaescovinha de sobrancelha

Não se esqueça de desin-

fectar os instrumentos e aregião que vai depilar, utilizeum algodão embebido de ál-cool, quando tudo estiver bemdesinfectado escove as sobran-celhas.

Se for a sua primeira vez traceuma linha ideal das suas so-brancelhas com um lápis maisescuro que a cor das seus pelos.

Começa então a depilar todos

os pelos que estão no exteriordessa mesma linha.

Retire sempre o pelo no sen-tido do crescimento.

A largura da sobra celha émedida desta maneira

Para terminar, escove as suassobrancelhas e faça as ultimascorrecções, a partir deste mo-mento é só depilar os pelos quevão crescendo.

Automaticamente ira cons-tatar que o seu rosto terá umbrilho diferente, mesmo a suamaquilhagem terá outro char-me.

Vanda Oliveira

O CENTRE COMUNITARIO DOESPIRITO SANTO DE MONTRÉALLEST E VILLE D’ANJOU

A Direcção das Festas mais o seu Mordomo Sr. António deOliveira agradecem reconhecidamente ao Reverendo Padre JoséMaria, responsável da Missão de Santa Cruz, ao Orador,Reverendo Padre José Vieira Arruda responsável da Missão deChomedey Laval, Reverendo Padre Laflame Responsável daLiturgia em Português na Igreja Notre Dame D’anjou e aoDiácono António Ramos a Pianista Sra. Filomena Amorim e ao seuCoral, as Filarmonicas, Portuguesa de Montreal e Divino EspíritoSanto de Laval, Grupo Folclórico Campinos do Ribatejo, Filiões deAgua de Pau, ao conjunto Joe & Duarte e a todas as ComunidadesPortuguesas do Quebeque, as vossas participações nas Festas doDivino Espírito Santo no Domingo dia 13 de Junho de 2004.

Aos que prepararam e serviram a grande Festa a Boda daIrmandade do Centre Comunitário do Espírito Santo de MontrealLeste e Vila D’Anjou à mais de 2500 pessoas, um obrigado especialpelo esforço e cooperação.

Viva o Divino Espírito Santo.

P‘la Direcção Mordomo das FestasM. Eduíno Moniz António de Oliveira

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 1 2

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ASSOCIAÇÕES E CLUBESAss. Angolana de Montreal 273-1425Associação N. S. de Fátima(Chomedey, Laval) 681-0612Associação Portuguesado Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesade Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

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Manuel Joaquim Freixo Calhau1946 – 2004

Mário Tomé1918 – 2004

†José Manuel Rodrigues1950 – 2004

Deixa na dor sua esposa Fatima Rodrigues,seus filhos, noras e netos, sua mãe e irmãos.

Natural da Matrís da Ribeira Grande, SãoMiguel, Açores, nasceu no dia 23 de Março de1950 e faleceu no dia 23 de Junho de 2004.

O funeral teve lugar no dia 26 de Junho de 2004.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas quese dignaram a tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, dequalquer forma, se lhes associaram na dor. A todos um sinceroObrigado e Bem-Hajam.

†Alexandre de Sousa1924 – 2004

Com 80 anos de idade, faleceu em Mon-treal, no dia 24 de Junho de 2004, o Sr.Alexandre de Sousa, natural de Belém,Lisboa, Portugal.

Deixa na dor sua esposa, Sra. LilieteBelchior, sua filha Isabel Maria de Sousa,seus netos Cindy Patriarca (Daren Saroop)e David Patriarca (Cecile Furtado), sua bisneta Juliana Saroop,sobrinha (o)s, assim como outros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon, Montreal514. 277-7778 www.memoria.caEduino MartinsUma liturgia da palavra teve lugar no salão, no 25 de Junho

de 2004, às 20h00.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas quese dignaram a tomar parte nas cerimónias fúnebres ou que, dequalquer forma, se lhes associaram na dor. A todos um sinceroObrigado e Bem-Hajam.

Nascido no Vale de Santarém a 28 Agosto1918 e faleceu em Montreal a 20 Junho 2004,deixa em luto sua esposa, a Sra. Graziela daSilva Ferreira Tomé, sua filha Emilia FerreiraTomé, seu filho José Ferreira Tomé,engenheiro, sua nora Adriana Ferreira Roque Tomé, suasnetas, Elizabeth Ferreira Roque Tomé, engenheira; LucieFerreira Roque Tomé, engenheira; Nathalie Rei, emdoutoramento medicina; Walter Rei, em doutoramento (Ph.d.)matemáticas; seus bisnetos Elena, Gabrielle, Amanda, Marianee Paolo.

Alfred Dallaire | MEMORIA1120, Jean-Talon, Montreal514. 277-7778 www.memoria.caEduino MartinsO funeral teve lugar no dia 23 de Junho de 2004, após missa

de corpo presente, pelas 10h00, na Missão Santa Cruz, seguindodepois o cortejo fúnebre para o cemitério Notre-Dame desNeiges, onde foi a sepultar.A família vem por este meio,agradecer a todas as pessoas que se dignaram a tomar parte nascerimónias fúnebres ou que, de qualquer forma, se lhesassociaram na dor. A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

Faleceu em Montreal com 57 anos de idade, nodia 26 de Junho de 2004, o Sr. Manuel JoaquimFreixo Calhau, natural de São Sebastião, Setúbal,Portugal.

Deixa na dor sua filha Natasha, sua irmã MariaJoaquim (José Luis), seu irmão Amável (OrlandaSilva), seus sobrinhos Pedro, Paulo e Nuno, assimcomo outros familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:Alfred Dallaire | MEMORIA4231, Boul. St-Laurent, Montreal514. 277-7778 www.memoria.caEduino Martins

Uma liturgia da palavra teve lugar ontem, dia 29 de Junho de2004, pelas 10h00, no salão. Seus restos mortais serãotransladados para Setúbal, Portugal.

A família vem por este meio, agradecer a todas as pessoas quese dignaram a tomar parte nas cerimónias ou que, de qualquerforma, se lhes associarm na dor. A todos um sincero Obrigado eBem-Hajam.

† Jeremy BaptistaMontreal

Seus pais, Cathy Pimentel e Nelson Baptista, vêm por esto meioagradecer a todas as pessoas que se dignaram a tomar parte nascerimónias fúnebres ou que, de qualquer forma, se lhesassociaram na dor. Uma cerimónia teve lugar sexta-feira 25 deJunho de 2004, pelas 14h00 no cemitério Notre-Dame des Neiges,onde foi a sepultar.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Alfred Dallaire | MEMORIA2159, Boul. St-Martin Este, Laval514. 277-7778 www.memoria.caEduino Martins

A todos um sincero Obrigado e Bem-Hajam.

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Epopeia portuguesaPortugal está nas meias-finais

do UEFA EURO 2004™ depoisde ter vencido a Inglaterra,

através do desempate por gran-des penalidades. Ricardo de-fendeu o penalty de Vasselle foi mesmo o guarda-redesque converteu o penalty queeliminou a Inglaterra.

Vitória épicaUm jogo sem fim. Uma gran-

de epopeia dos Portugueses,que acreditaram na vitória,que apenas chegou nas gran-des penalidades. A Inglaterraesteve a ganhar dos 3 aos 83minutos, Postiga empatou noúltimo minuto e levou o jogopara o prolongamento. RuiCosta marcou na segunda-parte do tempo extra, mas Lam-pard empatou. No desempatepor grandes, Beckham falhou

o primeiro, mas o número 10português também falhou. De-pois da primeira série de cincopenalties, ambas as equipasvoltaram a marcar na primeiratentativa. Seguiu-se o “show”de Ricardo. Defendeu, semluvas, o remate inglês e marcouo penalty decisivo que põeos anfitriões nas meias-finais.

Sem surpresasAlém da troca “obrigatória”

de Nuno Gomes por Pauleta,Scolari repetiu o “onze” quevenceu a Espanha, reforçandoa aposta nos jogadores quesaíram vitoriosos do “duelo”ibérico, no regresso ao palcoda primeira vitória nacompetição, frente à Rússia,mas desta vez sem tanto apoioportuguês, dada o elevado

número de adeptos inglesespresentes no Estádio da Luz.

””A adaptação ao 4x4x2”Pelaprimeira vez no EURO 2004™,Portugal encon-trou umaequipa com dois “pon-tas-de-lança” encostados nos centrais,situação que Scolari resolveu com a descida de Costinhapara a marcação a Rooney,recuando Deco para perto deManiche, atrás dos trêsjogadores mais avançados:Ronaldo, na esquerda, Figo, nadireita, e Nuno Gomes, entre oscentrais ingleses.

O pior inícioO jogo “começou” com o

primeiro golo de Owen no cam-

peonato. O ponta-de-lança in-glês aproveitou o erro no atrasode Costinha para Ricardo, in-terceptou o passe e, frente aoguarda-redes português, inau-gurou o marcador, aos trêsminutos de jogo.

ReacçãoA equipa lusitana reagiu dois

minutos depois, com Ronaldo,isolado por Figo, a ver o seuremate de pé direito ser inter-ceptado por um defesa con-trário. Aos 7 minutos, Maniche,num remate de fora da área, obrigou James a uma grandedefesa, e no lance seguinte,Ronaldo voltou a estar perto dogolo, tal como Nuno Gomes,ainda antes do décimo minuto,viu o seu remate ser desviadopor Terry.

Ocasiões em ambas as balizasApós o golo, a Inglaterra não seremeteu à defensiva, contin-uando a atacar, com Owen eRooney a disporem de opor-

tunidades para marcar. Portu-gal também esteve perto doempate, com Miguel e Cos-tinha a verem os seus rematesa passarem por cima da trave deJames.

Ligeiro domínio portuguêsCom a saída de Rooney, lesio-

nado num tornozelo, por trocacom Darius Vassel, Portugalganhou ascendência no en-contro, com Nuno Gomes, eRonaldo a estarem, novamen-te, perto do golo. Owen ripos-tou, aos 29 minutos, com Ricar-

do a responder com uma defesaespantosa.

Treze remates, um à balizaÉ histórica a incapacidade

inglesa de fechar, mesmo emvantagem no marcador, os“caminhos da sua baliza”, oque levou a que Portugal tenhaconseguido treze remates àbaliza de James nos primeirosquarenta e cinco minutos, masapenas um tomou o destino dogolo a que o guarda-redesinglês defendeu com mestria.Com apenas 42 por cento daposse de bola ao intervalo, aequipa inglesa rematou oito ve-zes, com três bolas a encon-trarem a baliza de Ricardo.

Inglaterra em contra-ataqueEm desvantagem no regressodos balneários, Scolari man-teve o “onze” inicial e encon-trou uma equipa estrategica-

mente remetida à sua defen-siva, de forma a tentar segurara vantagem, mas também paraconseguiu metros para velo-cidade dos contra-ataques deVassel e Owen.

Ineficácia continuouO ataque planeado portu-

guês fez com que a Inglaterranão realizasse qualquer re-mate no primeiro quarto dehora da segunda parte, mas osquatro “tiros” portugueses nãoincomodaram o “onze” inglês, reforçado com o defesa PhilNeville, por troca pelo médio

ofensivo e companheiro deequipa Paul Scholes.

A inversão do triânguloScolari lançou o extremo

Simão, para a ala esquerda doataque, substituindo Costinha,com Figo a recuar para o centro

do meio campo. A inversão dotriângulo do meio-campo, comManiche como vértice defen-sivo e Deco e Figo atrás dos trêsavançados Simão, Ronaldo eNuno Gomes colocou maiorpressão sobre a defensiva con-

trária. Embata sem resultadospráticos.

Postiga por FigoA quinze minutos do final do

encontro, Scolari tirou Figo docampo, colocando Hélder Pos-tiga no seu lugar, e, dois mi-nutos, depois, foi Miguel a sairpara dar lugar a Rui Costa, no“tudo por tudo” do seleccio-nador português em chegar aoempate, que foi conseguido, aos83 minutos, pelo avançado doTotenham FC num cabecea-mento imparável, após cruza-mento de Simão.

Emoção no último minutoAo remate de Campbell à

barra, aos 89 minutos, NunoGomes, já nos descontos, cabe-ceou a escassos centímetros dabaliza de James, antes de UrsMeier apitar para o final dosnoventa minutos e, consequen-temente, para o prolongamen-to.

Rui Costa dá vantagemCom Deco como falso defesa

direito, coube a Rui Costa orga-nizar as jogadas para os quatroavançados portugueses. Omédio do AC Milan obteve osegundo golo, aos 110 minutos,num remate indefensável paraJames.

Lampard empata de novoPorém, a equipa portuguesa

não conseguiu manter a vanta-gem, já que, a cinco minutos dofim, Frank Lampard empatou,novamente o encontro, a cincominutos do final do prolon-gamento, levando ambas asequipas para o desempate nospontapés na marca de grandepenalidade.

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 1 5

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Fatosde cerimónia

Venda e AluguerEspeciaispara grupos

Os Nossos HeróisPassam às meias finais

No dia de S. João, em Mon-treal, os corações dos portu-gueses sofreram até ao fim, comuma das mais importantes vitó-rias do futebol português.

Quer em casa (para se sofrerà vontade), quer nos baresdesportivos como o Champs,Bayou, Triângulo, Café Portu-gal, quer nos clubes e asso-

ciações e até mesmo no CentroSanta Cruz todos os portu-gueses e amigos de Portugalseguiram o jogo da sua selecçãocom a Inglaterra.

Habituados ao eterno fatalis-mo, convencidos de que tí-nhamos capacidade para ga-nhar e de podermos alterar onosso destino, não era o golomarcado a escassos minutosda primeira parte que nos iaroubar a esperança de que osnossos “muchachos” conse-guissem sair gloriosos destaimportante jornada.

E assim foi...empate apósempate, jogando contra umaInglaterra com um jogo só dedefensiva, a nossa selecção,jogando um dos melhores fute-bois que tenho visto, conseguiuir ao prolongamento e depois aremates de grandes penali-dades.

Para os que tinham dúvidasde que a decisão de Scolari naescolha de Ricardo não era amelhor, foi ele mesmo que fezrebentar de alegria o Estádioda Luz.

Depois de três remates todosa meio da baliza, Ricardo rece-be os emocionados conselhosbem “à propos” de Eusébio, tiraas luvas de instinto, e com asegurança dum toureiro, em-frenta Vassel e defende o seuremate. E aí, foi o delírio, a vitó-

ria era quase nossa.Depois de quarenta anos a

vivermos este pesadelo, espe-rámos o próximo marcador depenalte, Ricardo surpreendeutodos mais uma vez e rematouo golo da vitória, o golo que noslevaria à êxtase, às meias finaise que faria dele o herói do en-

contro.Portugal vibrou de alegria,

mas também de alegria vibra-ram os milhares de portugue-ses espalhados pelo mundointeiro, que acreditaram naselecção que tinham, no treina-dor que a liderava, e na nossacapacidade de acreditarmos nonosso mérito e na nossa capaci-

dade de sermos tão bons comoos outros.

Para chegarmos à vitória fo-ram três horas de tortura, masse Portugal não tivesse ganho,teria sido uma injustiça paratodos os jogadores, porque naverdade o que a equipa portu-guesa fez aos ingleses, foi a-fastá-los uma vez mais dascompetições do Euro com um“savoir faire” futebolístico quenunca mais iremos esquecer.

O guarda-redes da selecçãoportuguesa disse depois dojogo “não há sucesso sem sofri-mento” mas que sofrimento!!!!E agora, vamos para a frentesem olharmos para trás, orgu-lhosos da nossa actuação, cer-tos de que fizemos das tripascoração, continuando a mos-trar ao resto do mundo que nãosó sabemos ser excelentesanfitriões do Euro, mas quetambém sabemos jogar à bola esobretudo que temos jovenscom muito talento que têmdado aos portugueses duranteeste torneio o que os portu-gueses queriam ver: uma equi-pa onde todos são estrelas, umaequipa que dá tudo por tudo.

O Boul St-Laurent era ummar verde e vermelho depoisda gloriosa vitória. Nesse dianão havia adeptos do Sporting,do Benfica, do Porto éramostodos portugueses orgulhosos

da proeza dos nossos “boys” láem baixo, vamos continuar adar força à nossa Selecção Na-cional, vamos continuar a re-zar, a roer as unhas, mas vamossempre acreditar que vamoschegar ao Estádio da Luz no dia4 de Julho.

Zidane:«É preciso mudar qualquer coisa»

O médio Zinedine Zidane re-cusou falar sobre a sua conti-nuação na selecção francesa,embora considere ser neces-sário “mudar qualquer coisa” e“saber mudar as pessoas”, apósa eliminação prematura doEuro’2004.

Numa entrevista difundidapela cadeia de televisão TF1,gravada sexta-feira em Lisboa,após a derrota frente à Grécia,Zidane considerou ainda im-portante saber digerir a decep-ção, antes de tomar qualquerdecisão.

Zidane foi claro: “É preciso

fazer passar a decepção, é pre-ciso digerir. É verdade queserá muita coisa, após o Mundiale o Europeu. Vamos ver, aindanão sei nada.”

Sobre a sua continuação aoserviço da selecção, o médiogaulês também disse não tertomado nenhuma decisão:“Vou reflectir e depois logo severá.”

Quanto ao sucessor de San-tini no comando técnico daselecção francesa, Zidane afir-mou ter preferências, mas pre-fere guardar essa opinião parasi próprio.

Portugal-Holanda:Deco faz tantas faltascomo Stam e Cocu juntos

Deco continua a dominar nasfaltas sofridas e... faltas cometi-das. O jogador português fez 19faltas em toda a prova, 4,9 porjogo. Na Holanda, Stam precisada ajuda de Van der Meydepara ultrapassar esse valor (10mais 10). Cocu fez nove atéagora.

O número 20 da SelecçãoNacional é igualmente aqueleque mais vezes foi travado deforma irregular. O portuguêssofreu 22 faltas, 5,7 por jogo.Van Nistelrooij e Figo foramtravados em falta em menos oitoocasiões que Deco.

No que diz respeito a manu-tenção de posse de bola, Mani-che tem o maior número depasses curtos bem sucedidos:223. Cocu tem menos cinco,Deco menos 21. Figo foi o joga-dor que mais cruzamentos ten-

tou. Quarenta e quatro vezestentou servir os companheirosna área, contra 23 do melhorholandês, Clarence Seedorf.Deco tem mais dez que o médiodo Milan.

Cuidado, Ricardo! Van Nis-telrooij foi até aqui o jogadorque mais rematou. Vinte e dois

tiros, dez dos quais à baliza.Seedorf é o segundo dos fute-bolistas presentes na meia-finalde quarta-feira com melhorregisto: 14. Do lado dos portu-gueses, Deco e Figo são os maisaudazes, com 13.

Ronaldo, entre os semi-fina-listas, foi aquele que menosvezes fugiu, no movimento doremate, ao «bloco» de um ad-versário. Os tiros foram cor-tados por quatro vezes, maisuma que Deco, Maniche e VanNistelrooij.

A Caminho da Final do Euro 2004Mario Carvalho

Portugal está nas meias-finais do campeonato pela ter-ceira vez da sua História, on-de irá defrontar a Holanda napróxima quarta-feira, dia 30 deJunho. Portugal participa noCampeonato Europeu de fute-bol desde 1958, mas só con-segui qualificar-se pela primeiravez em 1984, aonde chegou àsmeias-finais, perdendo frente àFranca. Em 1996, chegou aosquartos de final e perdeu frenteà Republica Checa. No ano2000, voltaram a ser eliminadospela Franca, nas meias-finais.Segundo o ditado do povo, “Àterceira é que é de vez”, tenho fée confiança que Portugal podevir a vencer a Holanda e passaràs finais.

A motivação e a vontade devencer, até agora demonstradapelos jogadores que represen-tam as cores nacionais, têmsido de louvar, derrotamos nosquartos-de-final a poderosaInglaterra, com muito trabalhoe espírito de sacrifício, conse-guiram dar a viravolta ao resul-tado. Foi necessário recorreraos tiros de penalidade paraum vencedor. Eusébio desceuao relvado e inspirou o guarda-redes Ricardo, como as musasdo Tejo inspiraram Camões,para a glória Nacional. Ricardotirou as luvas, defendeu a pena-lidade e marcou o golo da vi-tória.

Em dia de São João, Mon-

treal vestiu-se de Verde e Ver-melho e o desfilou pelas ruas,como antes nunca tinha vistopor estas bandas. “Força Portu-gal”!

Conceição Correia

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A VOZ DE PORTUGAL, 30 de Junho de 2004 - Página 1 6

VáriaSão João: festa dafertilidade da terra e do homem

Europa pagã e agrária, festapopular em louvor à fertilidadeda terra e do homem. Colheitafarta, prazer, resultado doesforço, suor e laboro huma-nos. Orgulho simples, mas es-sencial à vida.

Celebrar Juno, deusa dafartura em ritos que envolvemo imaginário individual e colec-tivo, alimento para o espírito.Crenças que enobrecem a vidae explicam o inexplicável daalma humana.

O fogo que aquece, preparaos alimentos, espanta os malfa-zejos e ainda reúne em voltadas fogueiras, mulheres, ho-mens e crianças, agrupando osdiferentes, mas tão iguais nassuas aspirações e sentimentos.

A situação do catolicismodesenvolvido na PenínsulaIbérica diferencia-se da deoutros países europeus, comoHolanda, Inglaterra e França,

que ficam mais presos aos tex-tos do cristianismo primitivo.

Portugal evolui para o cato-licismo popular, aglutinandoelementos de antigos ritos pa-gãos à devoção dos santoscatólicos. E no Brasil, que assi-mila essa face flexível da reli-gião imposta pelo colonizador, onosso povo assume os festejosjuninos com o espírito de umareligiosidade popular complexae rica, manifestada entre osagrado e o profano.

Louvam-se os santos, preser-vam-se os símbolos, as cren-dices, as simpatias e os agou-ros.

Festejar com músicas e dan-ças e desfrutar do prazer dasmesas repletas de milho, ele-mento básico da culinária ju-nina.

Da casa para a vizinhança, darua para o arraial e do arraial

para todos...Esse é o sentimento de devo-

ção e alegria próprio dos feste-jos comunitários, aquecidos nofogo da fogueira e no coraçãoda nossa gente.

Origens de Juno a São João -de São João a Xangô

As festas juninas têm origemagrária e remontam à antigaEuropa pagã.

Comemoram a mudança dosolstício, a fertilidade da terra,a época das colheitas, e home-nageiam Juno, deusa romanada fertilidade.

Trazidas para o Brasil comoconseqüência da colonizaçãoportuguesa, resultam na aglu-tinação dos cultos pagãos àshomenagens aos santos cató-licos: São José, Santo Antônio,São João e São Pedro. Existemainda aqueles que incluem SãoPaulo nas comemorações, poisque o aniversário da sua morte

acontece no dia dedicado a SãoPedro.

As festas juninas, que por nóstambém podem ser chamadasde joaninas, têm São João, natradição católica, como princi-pal homenageado porque elesimboliza aquele que anuncia avinda do Messias. Os demaissantos são homenageados nosseus dias específicos e têmgrande influência no devo-cionário popular. São José, oprotector da família, nos cultosafro-brasileiros, corresponde aoorixá, Oxóssi ou Odé; SantoAntônio, protector dos pobrese casamenteiro, no sincretismocorresponde a Ogum;

São João, dono da festa, cor-responde ao orixá Xangô; SãoPedro, protector dos viúvos,dos pescadores, dono das chu-vas e chaveiro do céu, corres-ponde ao orixá Exú.

Ana

Ma Maison RonaOs amarelos ganharam

Apesar de muitas boas vontades expressas no número total devotos apoiando a equipa dos azuis, composta da lusa-canadianaMarie-Josée Vieira e sua jovem família, o anúncio final ocorrido noParque de la Seigneurie em Châteauguay no sábado passado emostrado nos postos de TVA na segunda-feira à noite, deu comovencedora a equipa amarela, que assim ganhou o “Gros Lot”.

Marie-Josée ficou proprietária de todo o recheio mas terá depagar a casa, com a ajuda de 25 mil dólares oferecidos peloMovimento Desjardins.

Salão B: O Bibliocafé MEMORIAAlfred Dalaire | MEMORIA inaugurou o seu espaço convívio, o

Salão B, como bibliocafé. A Rádio Canada transmitiu umas dasmais famosas emissão no Bibliocafé Memória em companhia de umpúblico muito atençionado sobre a filosofia da vida.

Ali encontrarão muitos livros, obras de filosofia ou psicologiacoabitam. Com exemplares de literatura de diversos autores, obrasreligiosas e também obras de arte.

Pode consultar, ver, comentar, saboreando um bom café oucomendo um “croissant”, umas tapas, ou bebendo um sumo, umcopo de vinho ou ainda um Porto.

O Salon B é local de encontro no colorido Boul. St-Laurent, ondeo B é como dizer Bem-vindo.

Todos os dias das 10h às 20h.Visite e ficará cliente.

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