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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 3 EVERTON BORGES DE SOUZA A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO(A) COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO(A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA EFETIVA GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS(AS) ALUNOS(AS) NOS ANOS FINAIS NO MUNICÍPIO DE BURITIRAMA-BA Salvador 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

EVERTON BORGES DE SOUZA

A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO(A) COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO(A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA EFETIVA GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS(AS) ALUNOS(AS) NOS ANOS FINAIS NO MUNICÍPIO DE BURITIRAMA-BA

Salvador 2016

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EVERTON BORGES DE SOUZA

A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO (A) COORDENADOR (A) PEDAGÓGICO (A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA EFETIVA GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS (AS) ALUNOS (AS) NOS ANOS FINAIS NO MUNICÍPIO DE BURITIRAMA-BA

Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Ma, Silvana

Salvador 2016

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EVERTON BORGES DE SOUZA

A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO (A) COORDENADOR (A) PEDAGÓGICO (A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA EFETIVA GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS (AS) ALUNOS (AS) NOS ANOS FINAIS NO MUNICÍPIO DE BURITIRAMA-BA

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em 2016.

Banca Examinadora

Primeiro (a) avaliador (a). Orientador (a).

___________________________________________________________________

Segundo (a) avaliador (a).

___________________________________________________________________

Terceiro (a) avaliador (a).

___________________________________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que contribuíram no decorrer desta jornada, especialmente:

A Deus, a quem devo minha vida.

A minha família que sempre me apoiou nos estudos e nas escolhas tomadas.

A minha orientadora Ma, Silvana Oliveira Souza

Aos meus colegas pelo companheirismo e disponibilidade para me auxiliar em vários

Momentos

Aos Gestores Prefeito Arival Marques Viana e Geraldo da Cruz Junior pela

oportunidade confiada e assistida.

À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por

levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tanto aos Coordenadores Pedagógicos

quanto a mim.

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Dedico este trabalho a todos os coordenadores pedagógicos e

professores que se comprometem em assegurar através de

sua prática os direitos de aprendizagem dos educandos.

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SOUZA, Everton, A importância da mediação do(a) Coordenador (a) Pedagógico (a) junto aos docentes no processo de ensino para efetiva garantia dos direitos de aprendizagem dos (as) alunos (as) nos anos finais no município de Buritirama-BA. Projeto Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

RESUMO

O presente trabalho está pautado na importância da mediação do coordenador pedagógico juntamente com os docentes na busca da garantia efetiva dos direitos de aprendizagem dos alunos (as) dos anos finais do Ensino Fundamental. No que tange a metodologia, adota-se o método da pesquisa-ação, a fim de assegurar a qualidade educacional, uma vez que esta é atrelada a consolidação dos os direitos de aprendizagem. Entretanto a qualidade das aprendizagens dos alunos depende do desempenho profissional de todos os envolvidos neste processo, sobretudo dos coordenadores pedagógicos, que responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico para efetivação dos direitos de aprendizagem. Para refletir sobre os aspectos da gestão e organização pedagógica frente à garantia dos direitos junto ao professor no processo de ensino-aprendizagem, busca-se subsídios nos estudos de Libâneo (2000, 2004 e 20015), Arroyo (2000) e as Orientações Curriculares e Subsídios Didáticos do Trabalho Pedagógico no Ensino Fundamental de Nove Anos (Bahia. Sec, 2013), e outros, o que possibilita-se a constatar a importância da ressignificação da mediação pedagógica juntos aos professores na garantia dos direitos de aprendizagem. Palavras-chave: Mediação Pedagógica. Processo de Ensino. Ressignificação. Garantia dos Direitos de Aprendizagem.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 Direitos de Aprendizagem Consolidados pelos alunos no

ano/curso na disciplina dos professores

33

Gráfico 2 Direitos de Aprendizagem Consolidados pelos alunos no

ano/curso nas disciplinas segundo os coordenadores

escolares

33

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ABREVIATURAS E SIGLAS

AEE Atendimento Educacional Especializado

ANA Avaliação Nacional da Alfabetização

BNC Base Nacional Curricular

CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

ENEM Exame Nacional dos Ensino Médio

FEAME Faculdade Evangélica do Meio Norte

FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Básica

FTC-ead Faculdade Tecnológica Científica em Educação a Distância

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MEC Ministério de Desenvolvimento da Educação

PDDE Programa de Dinheiro Direto na Escola

PDE Plano de Desenvolvimento da Educação

PME Plano Municipal de Educação

PNAIC Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa

PNATE Programa Nacional do Transporte Escolar

PNE Plano Nacional de Educação

PPP Projeto Político Pedagógico

UESPI Universidade Estadual do Piauí

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFRB Universidade Federal do Recôncavo Baiano

UNB Universidade Nacional de Brasília

UNEB Universidade Estadual da Bahia

SEDUC Secretaria Municipal de Educação

SME Secretaria Municipal de Educação

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................. 11

1 MEMORIAL................................................................................................. 13

1.1 VIDA ACADÊMICA...................................................................................... 14

1.2 VIDA PROFISSIONAL................................................................................. 16

1.3 EXPECTATIVAS.......................................................................................... 18

2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 19

3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 27

3.1 METODOLOGIA.......................................................................................... 28

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ..................................................... 29

3.3 APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA..................................... 33

3.3.1 Análise de dados....................................................................................... 34

3.4 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 38

3.4.1 Cronograma............................................................................................... 39

3.5 RESULTADOS OU EXPECTATIVAS.......................................................... 41

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 44

REFERÊNCIAS........................................................................................... 43

ANEXO........................................................................................................ 46

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INTRODUÇÃO

A evolução educacional de um ser humano depende de muitos fatores, dentre eles a

educação de qualidade. Todavia, a educação que promove a evolução permeia-se

em descompassos que comprometem a garantia dos direitos de aprendizagem nos

deixando ainda mais distantes no processo de humanização.

Mediante aos desencontros da defasagem das habilidades e competências

necessárias a cada ano de estudo, das frustrações vivenciadas por nós educadores

quando tais competências e habilidades são mensuradas através das avaliações

tanto interna quanto externa, e vias opostas entre teoria e prática, entre o que se

planeja e ensina, e o que não aprende é que propus a pesquisar através do eixo: A

relação entre Aprendizagem Escolar e Trabalho pedagógico, de forma a

compreender e discorrer a respeito da Mediação do (a) Coordenador (a)

Pedagógico(a) junto aos docentes no processo de ensino para a efetiva garantia dos

direitos de aprendizagem dos(as) alunos(as) nos anos finais no Município de

Buritirama.

Pautado na efetivação da garantia dos direitos de aprendizagem, a pesquisa será

realizada através do Órgão Educacional do Município juntos aos coordenadores e

professores da rede municipal, depreendendo em assegurar através da mediação

dos (as) coordenadores (as) juntos aos (as) professores (as) a efetivação dos

direitos de aprendizagem dos alunos dos anos finais.

Certamente a qualidade educacional vincula-se à consolidação das aprendizagens,

Para LIBANEO (1999), a qualidade do ensino tanto na linguagem oficial quanto dos

educadores e da crítica, quanto mais parece ampliar a fragilidade das

aprendizagens, mais se perde a qualidade cognitiva, quanto mais se adotam

novidades organizacionais curriculares, mais parece estar perdendo o sentido dos

objetivos prioritários da escola.

Assim, entende-se que em meio às inúmeras transformações a efetivação da

qualidade educacional não acontece, mas compreende-se que a busca da educação

escolar de qualidade está em saber o que os alunos aprendem, como aprendem e

em que nível são capazes de pensar e atuar com que aprendem.

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Ademais, é possível ainda o conceito chave do referencial teórico da proposta do

documento de orientações curriculares do ensino fundamental de nove anos

complementa: O processo de desenvolvimento humano está implicado em várias

dimensões humanas que precisam ser consideradas: genética; histórico-

sociocultural; afetiva; interação e mediação da construção do conhecimento, dentre

outras, referendada nas teorias de Wallon, Vigostsky. Piaget, Ferreiro. (SEC Bahia,

2013, p. 20)

Entretanto pensar a garantia dos direitos de aprendizagem é amplo, mas

fundamental, uma vez que tratamos de desenvolvimento cognitivo e socioformativo

do ser humano, contudo, os aspectos organizacionais de ensino são inerentes às

práticas pedagógicas e estas tem uma expressiva influência na formação dos

educadores e muito mais na garantia da efetivação da aprendizagem dos

educandos, sendo assim deve ser dispensado todos os esforços na construção de

habilidades e competências para eficiência e eficácia do fazer pedagógico que

garanta os direitos de aprendizagem.

Na busca desta excelência, a elaboração desse trabalho foi realizado através de

estudos bibliográficos relacionados aos direitos de aprendizagem, à organização do

trabalho pedagógico, à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, etc.

No que tange à metodologia foi adotado o método da pesquisa-ação, através de

questionário visando diagnosticar a mediação pedagógica dos coordenadores

escolares e professores na garantia dos direitos de aprendizagem uma vez que, a

pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos, em esclarecer os problemas da

situação observada de modo cooperativo ou participativo (Michel Thiollent, 1986).

Com objetivo de intervir e propor a construção de novos saberes sob a reflexão da

teoria da prática pedagógica e experiências, fundamentada pela pesquisa-ação, o

presente trabalho se estrutura em 3 (três) capítulos, assim sequenciado: Memorial,

Fundamentação Teórica e a Proposta de Intervenção.

No primeiro capítulo explicitarei um tanto da minha trajetória acadêmica, da minha

vida profissional e expectativas vinculando a construção do meu ser na trajetória

profissional como professor e coordenador pedagógico.

No segundo capítulo, encontra-se a fundamentação teórica com reflexões e diálogos

através de teóricos, instigando sobre a organização da gestão pedagógica, curricular

e direitos de aprendizagem e qualidade da educação.

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No terceiro e último capítulo, apresento a proposta de intervenção que conjectura a

garantia dos direitos de aprendizagem dos alunos nos anos finais.

Ressalto que ao propor as intervenções para garantia dos direitos de aprendizagem

dos alunos do ensino fundamental, anos finais, não limita as possibilidades, uma vez

que todo processo de ensino aprendizagem requer depuração e com isso, novas

estratégias, portanto, é considerável entender que os objetivos almejados através

deste trabalho são estrategicamente possíveis e factíveis ao que se propõe.

À vista disso discutiremos no decurso deste trabalho sobre os princípios que

compõem a organização da mediação pedagógica curricular e dos processos

avaliativos para efetivação dos direitos de aprendizagem.

1. MEMORIAL

Ter a oportunidade de me autointerrogar, amplia as possibilidades de reviver, de

se autoprojetar e compreender que muito já vivi, mas ainda posso mais. Então,

registrar através deste memorial uma trajetória pessoal de vida incita-me a um

turbilhão de sentimentos, que até então, pareciam esquecidos, ou melhor,

adormecidos. Talvez, muitos destes sentimentos pudessem, de fato, serem

esquecidos, mas não seria eu, porque muitos deles me fizeram, ou eu os fiz como

suporte para crescimento, como fontes de resiliências e conquistas. Por isso

acredito ser de suma importância revisitar a memória, mesmo sabendo do risco de

não registrar cronologicamente e minunciosamente todos os fatos; todavia, os mais

expressivos ficaram e permaneceram e permanecerão como essenciais na formação

do meu ser. Sendo assim, o organizarei de forma a saber minha história de vida

acadêmica, profissional, como também as expectativas e os possíveis impactos

aguardados após a conclusão da Pós-graduação em Coordenação Pedagógica pelo

CCOP3 – da Universidade Federal Bahia.

1.2 Vida Acadêmica

Foi exatamente no ano de 2002 que realmente iniciou-se minha vida acadêmica,

pela situação financeira e consciência de que era eu quem deveria arcar com os

meus estudos; a partir do nível três iniciei a busca de orientações e possibilidades,

foi então, que pela visão do Gestor Municipal e também da obrigatoriedade, que

aconteceu uma parceria junto à Universidade Estadual do Piauí – UESPI, e

possibilitou-me a realização de um dos meus sonhos. Mas como todo jovem, prestes

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a tomar decisões importantes e impactantes para o futuro (no caso o meu futuro),

tive algumas dúvidas e incertezas, no entanto, o mundo da literatura já me fascinava

e contribuiu para decidir pelo mundo das letras. Como tratava de um regime especial

de férias pude conciliar o trabalho e o estudo. Inicialmente, muito caladinho,

debrucei-me nos estudos, e claro, a aprender com os colegas mais experientes, e

até mesmo ex-professores, gestores administrativos e políticos. Era fantástico

aquele mundo, os debates, às vezes até acalorados, me enriquecia muito. Firmo um

crescimento tremendo nesses quatro anos, quando dei por mim, também já inferia

opiniões e possíveis soluções, de forma que representei a turma sendo juramentista,

não pelo titulo, mas porque eu construí junto a eles um futuro profissional

competente. Assim, em 2005 conclui a minha Licenciatura em Letras/Português.

Sedento e ciente de que o mundo do saber não parava ali, que muito mais poderia,

inscrevi-me no concurso estadual para professor e, sendo aprovado, fui efetivado

em 02 de abril de 2006.

Como afirma Albert Einstein “A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará

ao seu tamanho original”. Foi isso que aconteceu comigo. Paralelo à faculdade,

passei em uma entrevista onde me rendeu a coordenação local do Projeto

Regularização do Fluxo Escolar, do Programa Educar para Vencer; nesse período

de fato firmei não apenas meu currículo no município, mas meu nome, uma vez que

tivemos resultados e experiências exitosas. Não consegui parar de estudar, serei

eternamente um acadêmico, até porque a efetivação dos direitos e habilidades não

cessam, contudo, uma vez despertado, dá suporte para aquisição e consolidação de

outros.

Entre os anos de 2004 e 2005, prossegui com formação continuada em serviço

através do Programa Ensino Sem Fronteiras da Secretaria Estadual de Educação,

uma parceria com a Fundação Roberto Marinho, baseado no Telecurso 2000,

oportunizado aos alunos do campo que tinham concluído o ensino fundamental II,

porém sem condições de prosseguirem com os estudos por residirem na zona rural

do município. Foi uma experiência ímpar, já que tinha que atuar com todas as

disciplinas do ensino médio, esse desafio permitiu-me a compreensão e a defender

a importância do trabalho de forma interdisciplinar e que competentemente todos

nós educadores temos que ter, embora muitos estejam engessados na sua área do

conhecimento, limitados à sua disciplina de forma a não intertextualizar,

ocasionando a não efetivação e as defasagens dos direitos de aprendizagem.

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Um acréscimo significativo para minha vida acadêmica, foi o curso de formação

continuada em Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II através do PDE

GESTAR II – Programa Gestão da Aprendizagem Escolar, onde pude participar

uma vez como cursista pela Secretaria Estadual de Educação, através da UNEB e

outra como orientador formador, conveniada pela Universidade Federal do

Recôncavo Baiano – UFRB da Cidade de Amargosa, indicado pela Secretaria

Municipal de Educação. Nestes, pude aprender e consolidar a teoria e prática, como

também refletir o quanto distanciamos o ensino da real necessidade de

aprendizagem do aluno, e que em muita das circunstâncias pontuamos as

dificuldades de aprendizagem e não de “ensinagem”.

Os desafios e as descobertas me levaram a fazer duas especializações, na

mesma área: Psicopedagogia Institucional, ficando em aberto a defesa, uma vez que

a instituição Faculdade Tecnológica – FTC/ead, não prosseguiu no município,

recomecei em outra instituição, FAEME, na mesma área, mas com o detalhe que

passou a ser clínica e com atendimento às necessidades educacionais; acredito que

fora um reforço e tanto, para minha atuação profissional. Ainda em especialização

estou por apresentar um artigo na área de linguística aplicada, pela Psicoclínica

Cursos e Treinamento com a Certificação pela Faculdade Darwin, do Distrito

Federal.

Em oferecimento do Governo do Estado da Bahia, ministrado pela Universidade

Nacional de Brasília - UNB, participei entre 2014 e 2015, via educação a distância –

ead do Curso de Aperfeiçoamento em Tecnologias Educacionais, onde pude ampliar

e potencializar o uso das tecnologias de comunicação e informação não só na sala

de aula, mas também na minha atuação enquanto coordenador pedagógico.

Concomitantemente, participei do Programa Nacional de Alfabetização na Idade

Certa, Português e Matemática– PNAIC/MEC e UNEB, atuando como orientador de

estudo. Nesta oportunidade, desfrutei de um crescimento profissional tremendo,

pois ia além das teorias ou pensamento filosófico sobre educação, mas sobre o

fazer pedagógico consciente, com metodologias fundamentais para consolidar os

direitos de aprendizagem. Tais conhecimentos construídos e desconstruídos e

reconstruídos permitiram-me atentar para o ensino fundamental dos anos finais.

Não obstante, surgiu então, para minha vida acadêmica, a possibilidade de realizar

mais um sonho, a especialização por uma “Universidade de peso, uma Federal” via

CECOP, e muito melhor, na minha área de atuação no município, Coordenação

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Pedagógica. De fato, as expectativas e abordagens confirmaram ao longo dos

estudos, uma formação ímpar, já que todos os componentes nos remetiam a

vivência da prática de forma a qualificar não somente o profissional em xeque, mas

a todos em volta que pertencem ao processo de ensino e aprendizagem.

1.2 Vida Profissional

A minha vida profissional iniciou-se muito cedo, tendo como primeira experiência,

ainda aluno no magistério, o Programa Alfabetização Solidária, onde atuei

praticamente um ano. As formações eram bastante produtivas, uma vez que

tínhamos que conhecer bem as teorias e métodos dos pensadores como Dom

Bosco e Paulo Freire para atender aos anseios do público atendido, jovens, adultos

e idosos analfabetos, mas que possuíam uma carga de experiência de vida incrível.

Foi gratificante iniciar o meu oficio com este público, cujas amizades permanecem

até hoje por todos que comigo estudaram.

Durante minha trajetória acadêmica estudantil agreguei valores e competências

que muito colaboraram para minha ascensão social, provindo de família humilde,

órfão de pai, e radiante de sonhos, precocemente amadureci; aos 17 anos concluí o

magistério, a princípio por falta de opção e, sendo um dos alunos destaque, fui

procurado pela Secretaria de Educação de Buritirama a lecionar em uma das

maiores escolas da rede, como galgava melhores remunerações, aceitei uma contra

proposta de dois turnos no campo, mesmo com alguns conhecimentos e vivencias

pelo estágio e didáticas de ensino ofertado pelo magistério, trabalhei de forma

empirista, mas com expressivos resultados. Devido ao concurso, no ano seguinte

tive oportunidade apenas de um turno, não favorável ao que almejava, desisti da

efetivação para alçar voos maiores, porém por questões familiares, não pude

prosseguir com os meus projetos mitificados. Fui contratado novamente e assim

comecei a me relacionar e me encontrar no ofício docente, lecionando para os anos

finais, professores leigos do Programa Pró–Formação de Professores, oferecido

pelo MEC e aderido pelo município, atuando 40 horas vivenciei ainda a modalidade

da educação infantil, antiga alfabetização, que me rendeu muitos conhecimentos,

elogios e promoções.

No final de 2000, fui indicado a realizar uma entrevista, exatamente por não

possuir vínculo com a rede municipal. Tal entrevista objetivava a coordenação local

do Programa Educar Para Vencer, do Projeto de Regularização do fluxo Escolar,

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eram cerca de cinco candidatos, e o que me diferenciou dos demais, foi a

consciência das minhas competências e habilidades ao responder por que e o que

tinha a oferecer que os demais colegas não tinham, mas acredito que a diferença

foi elencar as competências dos concorrentes que tiveram dificuldades de se auto

avaliar. Essa oportunidade realmente foi essencial para tudo que pude conquistar e

consolidar meu nome na minha cidade, como até hoje afirmam: “não tivemos tão

expressivo projeto como no tempo do Educar para Vencer”.

No ano subsequente, 2002, me oportunizam a escolha entre duas comunidades do

campo, para gerir um centro de ensino, optei pela localidade de Poço da Jurema,

onde atuei como gestor escolar por quatro anos, no Centro de Ensino Ulisses

Teixeira. Como esperado, tive notariedade nos projetos, índices satisfatórios e a

aceitação da comunidade, durante o quadriênio que lá atuei, redimensionei a minha

visão pedagógica, já que ainda não tínhamos coordenadores pedagógicos escolares

como hoje, tal experiência trago sempre à memória e à prática nas minhas atuais

funções pedagógicas.

Com a minha aprovação no concurso para professor da rede pública de ensino

estadual, em 2005, tive que retornar para a sede do município, onde tive a

oportunidade de direcionar por seis meses um centro de ensino da modalidade

fundamental II e paralelamente atuando como professor também daquela

modalidade, o curto período na gestão escolar do Centro de Ensino Marilene

Jacobina, foi exatamente por assumir a gestão da Escola Estadual de Buritirama,

porém permaneci apenas três meses pelo fato de ainda estar em estágio probatório.

Em 2006, retornei ao município na função de assessor do gabinete do prefeito, na

área de logística de compras e transporte escolar, o primeiro administrando o

Programa Dinheiro Direto na Escola e o segundo do Programa Nacional de Apoio ao

Transporte Escolar – PNATE, permanecendo nesta função por três anos.

Em 2007 prestei concurso público municipal para professor nível II, aprovado em

primeiro lugar, permaneci em desvio de função, no entanto, atuando como professor

em um período para validação do estágio probatório. Foram períodos de grandes

conquistas, sobretudo intelectuais, pois exigia competências ainda em construção,

obtive êxitos, mas o pedagógico ecoava em minha alma, não manifestei, mas em

circunstância da transição de gestor municipal, em 2009, mesmo sendo sucessor da

base, convidaram-me a atuar na coordenação pedagógica central do município, hoje

Departamento Pedagógico, onde estou como Diretor. Inicialmente, não me intimidei,

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até porque era o que eu almejava, como nunca abandonei sala de aula, mesmo

exercendo cargos, sabia muito bem dos desafios e possiblidades que poderia

enfrentar e realizar. Com o crescimento educacional e entendimento das

necessidades de transformação, duplicamos a equipe de quatro para oito pessoas.

Desde 2009, tenho coordenado a educação da rede publica municipal de ensino de

Buritirama, tenho crescido muito com o meu município, e ainda temos a crescer. A

benção dessa oportunidade permitiu a mim uma evolução jamais pensada ou

projetada, mas reconheço que o compromisso comigo e minha família, refletiu

também na minha vida profissional, sob essa consciência, dos erros e acertos

proponho-me à colaboração de prosseguir nessa missão, que é a efetivação dos

direitos de aprendizagem dos alunos dos anos finais, uma vez que são carentes e

defasados nas aprendizagens do ano de ensino.

Mediante esta realidade temos muitas ações, tanto é que muitos dos projetos,

oficinas e jornadas pedagógicas propostas e vivenciados por nós coordenadores e

professores é tentando suprir tal fraqueza, para isso tenho adaptado formulários de

acompanhamento individual dos alunos, diário de classe com os direitos inerentes

ao ano de curso, projetos político pedagógico com proposta curricular dos

componentes de estudo, como também o Projetos Linguagens Artísticas, onde

oportunizamos aos alunos a vivência das linguagens, de forma a desenvolver

competências e habilidades muitas vezes esquecidas pelos professores, hoje nós

estamos na VI Edição do Festival de Linguagens Artísticas Municipal, que nas

etapas escolares são trabalhados como projeto. Dentre outras ainda, temos como

ação destaque na área da mediação pedagógica e que tem nos ajudado a crescer

quanto à garantia e efetivação dos direitos de aprendizagem, é a troca bimestral das

experiências exitosas das escolas da rede pública municipal de ensino. Esta ação

tem nos propiciado a entender e a despertar quanto aos resultados externos e

internos, muita das vezes frustradoras, com ações pedagógicas belíssimas, mas

sem eficácia.

Foi a partir das socializações instituídas no inicio de 2014, que começamos a

despertar e a nos perguntar o porquê, uma das conclusões é a realização do

acompanhamento pedagógico genérico, o todo, e não da necessidade individual.

Entendo que não somente isso é a causa, por isso o objeto de estudo proposto por

mim traz a esperança de potencializar as ações já instituídas e as de possíveis

implantações ou implementações.

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1.3 Expectativas

Contudo, necessário se faz redimensionar o conhecimento dos direitos de

aprendizagem bem como potencializar através de oficinas de estudo e de práticas

pedagógicas que garantem a efetivação dos direitos de aprendizagem.

Ciente da trajetória pela qual vivenciei e vivencio, acredito que terei ações

eficientes e eficazes, não porque tenho ocupado determinada posição, mas pelo fato

de ter me tornado um profissional competente, não só ao longo desses anos, mas

por continuar em busca dessa competência, que se fez e faz presente pela CECOP

e que fará a cada momento da minha atuação, uma vez que todo material estudado

a cada componente é objeto de estudo e aplicação nos espaços formativos do meu

oficio de educador. Conscientemente e competentemente o CECOP me possibilitará

ser ou torna-me um profissional melhor e muito mais reconhecido no processo de

gestão, de formação e de ser humano no processo de humanização negligenciado

ao longo da História da Nossa Nação, do Nosso Estado do Meu município.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A mediação pedagógica na garantia dos direitos de aprendizagem.

Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, a escola como

instituição de ensino e de práticas pedagógicas enfrenta muitos desafios que

comprometem a sua ação frente às exigências que surgem. Assim, os profissionais

que atuam no âmbito escolar precisam cada vez mais estar preparados e

conscientes para mediar a efetivação das aprendizagens. Todavia é importante

considerar o que nos orienta LIBNEO:

Considerando que qualidade do ensino, tanto na linguagem oficial quanto dos

educadores e da critica, mais parece ampliar a fragilidade das aprendizagens,

mais se perde a qualidade cognitiva, ou seja, quanto mais se adotam

novidades organizacionais curriculares , mais parece estar perdendo o

sentido dos objetivos prioritários da escola. (LIBANEO 1999, p22)

Certamente a qualidade educacional é atrelada a consolidação das aprendizagens,

no entanto, as transformações e implementações também fazem parte para tal

melhoria. A qualidade das aprendizagens dos alunos depende da qualidade do

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desempenho profissional dos professores e essa qualidade, no geral, tem sido

extremamente precária implicando assim nos baixos resultados da aprendizagem

escolar. Os professores não respondem sozinhos, atrás deles estão as políticas

educacionais, os baixos salários, a formação profissional insuficiente, falta de

estrutura de coordenação no acompanhamento pedagógico eficaz.

Mediante aos descompassos de atendimento ao Plano Nacional de Educaçao (Lei

13.005/2014) e conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para

Educção Básica do Estado e Municipio, é essencial compreender e priorizar os

objetivos da escola que é o desenvolvimento integral dos estudantes ao longo da

Educação Básica.

Sabendo que não recai somente à escola a responsabilidade por garantir os direitos

de aprendizagem para o sujeito aluno, mas cabe a ela se responsabilizar para que

esses direitos sejam assegurados. Para tanto, a organização e gestão da escola

deve contribuir de forma articulada, progressiva e constante, pois todas as

proposições curriculares, pedagógicas e interventivas são fundamentais para o

desenvolvimento cognitivo e socioformativo. Como proposta significativa ARROYO

colabora ao firmar que:

A ideia básica é de que a escola seja um espaço de vivencias de novas relações

sociais, ou seja, as formas como se organizam e ocorrem as relações sociais da

escola aparecem como caminho pedagógico para a formação dos alunos.

(ARROYO, 2000, p. 27).

Pela perspectiva apresentada por Arroyo (2000) é possível compreender que a

prática pedagógica não convém ser focada nos conhecimentos formais, mas no

processo de sua aquisição e nas relações vivenciadas socialmente, assim, valida o

fosso que há entre teoria e prática, já que a centralidade do ensino é na maioria das

vezes expositivos, e abstratos, tornando-o genérico e distante.

O desconhecimento por boa parte dos docentes, formadores de professores e da

necessidade de que suas disciplinas se convertam em saberes pedagógicos, ou se

recusam a isso, pelo que se formulam conteúdos distanciados dos problemas

concretos das salas de aula, empobrecendo a especificidade desses saberes,

muitas vezes substituídos pela discussão de temas fragmentados, resultando em

visões reducionistas e dissociada do que seria a qualidade educacional.

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O contexto de concretização da qualidade educacional no município, pertinente se

faz compreender as fragilidades na consolidação das aprendizagens, uma vez que

todos os envolvidos no processo são corresponsáveis pela efetivação dos direitos de

aprendizagem.

Nesse sentido, é visando à efetiva garantia dos direitos de aprendizagem dos alunos

dos anos finais, que convêm pensar a produção de saberes, os impactos, os

possíveis fatores que implicam a sua efetivação uma vez que o papel da escola é a

garantia da qualidade de ensino, contudo, os atores que se destacam no processo

de aprendizagem são de fato os professores e coordenadores pedagógicos. Estes

se destacam por serem os principais responsáveis na articulação para efetivação do

processo de ensino aprendizagem, portanto, é viável nomeá-lo como ponte junto ao

professor e ao aluno na garantia dos direitos de aprendizagem para promoção da

qualidade educacional. Como muito bem corroborado por LIBANÊO:

o coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização,

integração e articulação do trabalho pedagógico, estando diretamente

relacionado com os professores, alunos e pais. Junto ao corpo

docente o coordenador tem como principal atribuição a assistência

didática pedagógica, refletindo sobre as práticas de ensino, auxiliando

e construindo novas situações de aprendizagem, capazes de auxiliar

os alunos ao longo da sua formação. (LIBÂNEO - 2004, p.25).

O coordenador pedagógico é sem sombra de dúvida o grande mentor e articulador

das proposições pedagógicas desde a teoria à prática, assim torna-se necessária a

sua presença, mas, sobretudo a consciência de seu papel, para a promoção

permanente da formação continuada da equipe docente, de manter a parceria entre

pais, alunos, professores e direção.

A contribuição do coordenador pedagógico também se faz na significação das

atividades, registros e devolutivas que este profissional prioriza no contexto escolar,

por isso, a sua autoformação e aplicabilidade da teoria e prática contribuirá

respeitosamente para eficiência e eficácia do seu papel, até porque a sua função

também é o suporte que gerencia, coordena e supervisiona todas as atividades

relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, visando sempre com

sucesso a permanência do aluno.

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Diante o exposto, firma então o coordenador como peça fundamental dentro da

escola, pois este deve buscar junto aos professores a significação do processo de

ensino aprendizagem. Sendo um instrumento de transformação para potencializar o

crescimento dos formadores e alunos, é indispensável que tenha competência,

visão, que priorize atividades com foco pedagógico, intervindo com

encaminhamentos que atenda aos anseios do processo de ensino a resultar na

consolidação dos direitos de aprendizagem dos alunos da modalidade em xeque.

Delineando o papel do coordenador à garantia dos direitos de aprendizagem,

entende-se então, que boa parte da qualidade e organização do trabalho deste

profissional depende do fazer pedagógico, nas proposições das atividades

curriculares, dos projetos, do direcionamento das inovações e reflexões entre teoria

e prática, do ambiente de aprendizagens, das formações continuadas e das

transformações necessárias para efetivação das habilidades cognitivas e formativas.

2.2 - Pesando a garantia dos direitos de aprendizagem.

Desde meados dos anos 80 o Brasil tem experimentado reformas e mudanças

organizacionais na educação, em especial na educação básica. Tais

implementações visam à adequação do sistema de ensino às mudanças na

economia e na sociedade para garantia da qualidade total e social do ensino

brasileiro. Com isso, medidas foram projetadas e organizadas para o sistema

educacional. Dentre as medidas consideradas temos avaliações externas como

Prova Brasil, Avaliação Nacional de Alfabetização - ANA, Exame Nacional do Ensino

Médio – ENEM, Descentralização Administrativa Programa Dinheiro Direto na

Escola, Plano de Desenvolvimento da Educação abrangendo Politicas educacionais,

A construção e aprovação do Plano Nacional e Municipal de Educação e em

processo, a Construção da Base Nacional Comum da Educação.

Dentre as inúmeras transformações, percebe-se que a efetivação da qualidade

educacional ainda não é real, já que nos âmbitos dos objetivos gerais da Educação

Básica, ainda não são consolidados as competências essenciais tais como: o

domínio de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas

e sociais necessários aos alunos cidadãos e construtores de uma sociedade justa e

igualitária.

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Sob referência dos princípios orientadores da Base Nacional comum Curricular

ressalta:

Esses direitos fundamentais, que a escola deve contribuir para promover , serão de fato garantidos quando os sujeitos da educação básica – estudantes, seus professores e demais partícipes da vida escolar – dispuserem de condições para o desenvolvimento das múltiplas linguagens como recursos próprios; o uso criativo e critico dos recursos de informação e comunicação; a vivência da cultura como realização prazerosa; a percepção e o encantamento com as ciências como permanente convite à dúvida, a compreensão da democracia, da justiça e da equidade como resultado de contínuo envolvimento e participação. (Bahia 2013, p. 45)

Face ao exposto compreende-se que a busca da educação escolar de qualidade

depende da conjugação de vários objetivos e estratégias e que devem ser

consideradas, mas, sobretudo a centralidade da qualidade está em: o que os alunos

aprendem, como aprendem e em que nível são capazes de pensar e atuar com o

que aprendem. Assim, é importantíssimo levar em consideração os quatro aspectos

para o processo de ensino eficaz e sequencialmente expressos: o currículo, a

avaliação do processo de ensino – aprendizagem, a organização da gestão

pedagógica e o desenvolvimento do profissional do professor.

2.3 - Sobre o currículo

Fundamenta assim, a concepção do ensino e aprendizagem conforme LDB

9.393/96, em seu Titulo III” Do Direito à Educação e do Dever de Educar, nos incisos

VIII e IX do Art.4º, onde explicita que deve ser dado atendimento mínimo (digno) ao

estudante do ensino fundamental público, garantindo padrões mínimos de qualidade

e insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino e

aprendizagem. Daí a importância da escola de qualidade social adotar como

centralidade o estudante e a aprendizagem, através de uma proposta pedagógica

que promova a articulação entre a base nacional comum e a parte diversificada em

sua integral necessidade, de forma que tal articulação prima tanto pelas áreas de

conhecimento quanto pela formação da educação básica com o contexto da cultura

local, sendo muito bem firmado no conceito chave do referencial teórico da proposta

do documento de orientações curriculares do ensino fundamental de nove anos:

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O processo de desenvolvimento humano está implicado em várias dimensões humanas que precisam ser consideradas: genética; histórico-sociocultural; afetiva; interação e mediação da construção do conhecimento, dentre outras. Referendada nas teorias de Wallon, Vigostsky. Piaget, Ferreiro. (SEC Bahia, 2013, p.20)

Nesse contexto, pensar na garantia dos direitos de aprendizagem é amplo, porém

fundamental. É pensar que o sujeito envolvido no processo de ensino e

aprendizagem sob a perspectiva da unidade dialética, esteja no processo,

caracterizado pelo papel de condutor do professor e pela auto atividade do

estudante – mobilização, intencionalidade e competência pedagógica.

Contudo, é possível compreender que o currículo perpassa a simples ideia

componente ou programa de ensino a se apresenta como filosofia e prática social na

educação, de forma a contribuir significativamente no processo de construção do

conhecimento para autonomia da participação crítico reflexivo na sociedade, ou seja,

é pertinente considerar a formação cognitiva, mas também a formação integral para

diversidade, de modo que as habilidades e competências se percebam na busca dos

saberes, dos conhecimentos e nas habilidades e ações interventivas mediante aos

problemas ou necessidades de decidirem tanto eficientemente como eficazmente.

Portanto, a condução de um ensino emancipatório que integra a formação intelectual

e sócio-formativa urge em todo o Brasil, mas, sobretudo em Buritirama, não só na

perspectiva da restruturação do currículo como também no redimensionamento de

práticas pedagógicas que contemplem as vivências dos saberes para vida, para

tanto, a proposta curricular deve ser tema de formação constante nos espaços

escolares, objeto de consulta para o planejamento pedagógico de propostas

disciplinares ou interdisciplinares e para as diferentes facetas dos componentes

curriculares tanto dos bimestres como de todo o ano letivo.

2.4 - A avaliação dos processos de Ensino e Aprendizagem

Pensar os percursos de ensino e aprendizagem nos remete diretamente à produção

de saberes, mas, sobretudo à garantia dos direitos inerentes a cada etapa e

modalidade de ensino. Contudo tal garantia se faz do processo em percurso, ou

melhor, do fazer pedagógico deste processo, sendo assim, o processo avaliativo do

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ensino e aprendizagem, ou melhor, a concepção que temos sobre avaliação e a

avaliação do ensino e aprendizagem nos aproximam ou distanciam da efetivação

dos direitos de aprendizagem. Firmado por KRUG:

a avaliação não é um fim em si mesmo, é um processo permanente de reflexão e ação, entendido como constante diagnóstico, buscando abranger todos os aspectos que envolvem o aperfeiçoamento da prática sócio-politica-pedagógica ( KRUG, 2001,p.108).

É possível entender que a avaliação dos processos de ensino - aprendizagem

transcende ao simples ato da avaliar para notificar, mas avaliar para aperfeiçoar a

prática de quem ensina e muito mais de quem aprende, sendo ainda um ato

permanente às práticas pedagógicas para garantia dos direitos.

Desta sorte, conceber o ato de avaliar como possibilidade de corrigir rumos, de

observar avanços, de pensar e articular possibilidades mediante a cada

circunstância é fundamental para promoção de um ensino de qualidade, já que tal

prática vislumbra atingir as competências e habilidades preestabelecidas para cada

ano, de forma que o processo de ensino aprendizagem permite aos atores

envolvidos a interação, participação e o despertamento para o senso crítico e

interventivo não só do processo, mas também da vida em sociedade.

Entretanto, quando presenciado a prática de processo do ensino e aprendizagem, se

notifica que tal realidade ainda é entendida e expressa apenas na teoria ou

composição dos itens do plano de trabalho, pois é perceptível na cultura do fazer

pedagógico da maioria dos nossos professores a execução da avaliação quantitativa

e classificatória sem redimensionamento da ação pedagógica.

Sendo assim, é válido ressaltar e fazer saber de forma a executar o que está

proposto no documento de orientações curriculares e subsídios didáticos para o

ensino fundamental de nove anos,

Três finalidades fundamentais se inserem na avaliação escolar, como acompanhamento do processo de ensino aprendizagem: diagnosticar o que está sendo aprendido, promover intervenções para adequar processo de ensino à efetividade da aprendizagem e avaliar globalmente os resultados ao final do processo para conferir valor ao trabalho realizado. (BAHIA, 2013, p. 35)

Para que tal avaliação se efetive, o redimensionamento do ato de avaliação da

aprendizagem precisa ser internalizado por todos os envolvidos no processo

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educativo. A avaliação como possiblidades de melhoria e oportunidades de criar

novas estratégias e diferentes instrumentos para efetivação da aprendizagem e

garantia dos direitos, todavia só é possível se os atores pedagógicos tiverem

convicção das competências e habilidades a serem garantidas a cada ano escolar

como também a intelecção e congruência com o processo de ensino dos

educandos.

2.5 - A organização da gestão pedagógica

Refletirmos a garantia dos direitos de aprendizagem dos anos finais nos remete a

considerarmos todos os elementos que compõem os processos educativos, com

isso nos impulsionam a proposições pedagógicas mais abrangentes e contundentes

para melhoria e segurança da qualidade do ensino e aprendizagem dos estudantes.

O documento referencia orientações curriculares e subsídios didáticos para

organização do trabalho pedagógico (Bahia, 2013), traz um suporte significativo no

que tange a percepção do ensino-aprendizagem, a estruturação e organização da

modalidade, mas sobretudo o redimensionamento imprescindível para o fazer

pedagógico significativo que confirme os direitos de aprendizagem; porém, é

preciso compreender o seu papel e as possibilidades de práticas pedagógicas

significativas, como também implementar e potencializar os elementos constitutivos

no processo de ensino e aprendizagem.

Para tal direcionamento é indispensável à organização do trabalho didático

pedagógico desde o currículo à avaliação; portanto, é preciso entender os possíveis

aspectos para o fazer pedagógico significativo na garantia dos direitos de

aprendizagem dos alunos dos anos finais. Como primeiro aspecto, (LIBANEO,

2015), nos diz:

Atente-se que o projeto pedagógico curricular não pode ser confundido com a organização escolar nem substitui a gestão... O projeto é um guia para ação, prevê, dá uma direção politica e pedagógica para o trabalho escolar, formula metas, institui procedimentos e instrumentos de ação. A gestão põe em prática o processo educacional para atender ao projeto, de modo que este é um instrumento da gestão. (LIBANEO, 2013, p. 128).

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Neste sentido, é preciso compreender que o projeto curricular é o plano de curso da

escola, ou seja, o Projeto Politico Pedagógico – PPP, onde nele encontramos as

diretrizes e ações a serem desenvolvidas pela escola, assim compreendido, tais

diretrizes devem reverberar, ou se desdobrar, em conteúdos e ações para a

mediação do coordenador pedagógico, uma vez que devidas ações representam a

organização, a participação cidadã e as capacidades humanas adquiridas e a

adquirir para efetiva participação na sociedade. Assim compreendido o instrumento

de trabalho da gestão escolar, em particular a gestão pedagógica, o primeiro

aspecto da organização pedagógica é o Projeto pedagógico curricular, este emana

como ferramenta essencial para a potencialização do trabalho dos profissionais da

educação de forma ativa e reflexiva.

Integrando os aspectos da organização à gestão pedagógica, ressalto a formação

continuada uma vez que o coordenador pedagógico é o responsável em viabilizar,

integrar e articular o trabalho pedagógico-curricular junto aos professores, em função

da garantia dos direitos de aprendizagem através do ensino de qualidade. Dentre as

principais atribuições firma-se a assistência didático-pedagógica aos professores de

modo ativo, reflexivo e investigativo. Como muito bem resumido por (LIBANEO,

2015)

As funções de coordenação pedagógica podem ser sintetizadas nesta formulação: planejar, coordenar, gerir e acompanhar e avaliar todas as atividades pedagógico-didáticas e curriculares da escola e da sala de aula, visando atingir níveis satisfatórios de qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens dos alunos. (LIBANEO, 2015, p. 181)

Os cuidados com os aspectos organizacionais, com o ensino são inerentes às

práticas da coordenação pedagógica, com isso, as práticas de organização gestão

pedagógica tem uma expressiva influência na formação e na garantia de

aprendizagem dos educadores e educandos, sendo assim, a organização do

trabalhos pedagógicos devem considerar e redimensionar o seu papel no fazer

pedagógico, de forma que o currículo, a avalição do processo de ensino-

aprendizagem, a formação continuada e atuação planejada do coordenador

pedagógico é imprescindível para promoção do ensino de qualidade na garantia dos

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direitos de aprendizagem do ensino fundamental, mas sobretudo dos alunos do anos

finais.

3. Como garantir os direitos de aprendizagem dos alunos (as) nos anos finais

O Projeto Vivencial apresentado relaciona-se ao eixo - Relação entre Aprendizagem

Escolar e o Trabalho Pedagógico, atendendo ao requisito para a obtenção do grau

de Especialista do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica –

CECOP3, polo Macaúbas, em parceria Programa Nacional Escola de Gestores da

Educação Básica Pública – MEC e Faculdade de Educação, Universidade Federal

da Bahia – UFBA.

3.1 O percurso para a garantia dos direitos de aprendizagem

Ao alvitrar a consolidação dos direitos de aprendizagem através do Projeto

Vivencial, é indispensável e apropositado compreender como objeto de estudo A

importância da mediação do coordenador (a) pedagógico (a) junto aos docentes no

processo de ensino para efetiva garantia dos direitos de aprendizagem dos alunos

(as) nos anos finais no Município de Buritirama-Ba, mais especificamente no Órgão

Educacional X.

É no cerne da garantia dos direitos de aprendizagem que nortearei a responder o

questionamento de como assegurar aos educandos dos anos finais um ensino que

garanta a efetivação dos direitos de aprendizagem através da mediação

pedagógica?

Face às possíveis fragilidades tais como o descompasso da não efetivação dos

direitos de aprendizagem, da defasagem das habilidades e competências

necessárias a cada ano, do distanciamento do ensino e aprendizagem quando

mensuradas através das avaliações tanto internas como externas e as frustrações

vivenciadas por nós educadores da não efetivação das aprendizagens entre teoria,

planejamento e prática.

Para tanto é indispensável se valer da pesquisa-ação, uma vez que seu objetivo

consiste em resolver ou, pelo menos, em esclarecer os problemas da situação

observada de modo cooperativo ou participativo; (Michel Thiollent -1986 p.16). Com

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objetivo de intervir e propor a construção de novos saberes sob a reflexão da teoria,

da prática pedagógica e experiências, fundamentada pela pesquisa ação firma-se

como a mais confiável e propícia metodologia de efetivação para reflexão crítica e

interventiva do objeto de estudo pesquisa, portanto, no limite do presente estudo, os

dados da pesquisa-ação desenvolvida incidirá sobre:

a. Estudos de textos sobre os princípios que compõe a organização e a atuação

do coordenador pedagógico;

b. Questionário pesquisa com os coordenadores e professores sobre a forma de

acompanhamento, planejamento, articulação e atuação no processo ensino e

aprendizagem, bem como execução e avaliação do processo de ensino e

aprendizagem;

c. Oficinas de reflexão das estratégias reais e ideais das práticas pedagógicas

para garantia e efetivação dos direitos de aprendizagem, inerentes aos alunos

dos anos finais, no município de Buritirama.

Com base na sistematização exposta, objetivar-se:

I. Compreender os princípios que compõe a organização e a atuação do

coordenador pedagógico na consolidação do ensino e aprendizagem;

II. Implementar e potencializar os elementos constitutivos no processo do

ensino e aprendizagem;

III. Direcionar estratégias possíveis e factíveis para garantia e efetivação dos

direitos de aprendizagem, inerentes aos alunos dos anos finais, no município

de Buritirama.

3.2 Do contexto à garantia dos direitos de aprendizagem

O nome Buritirama vem de um vocábulo indígena que significa “parecido com buriti”.

Do tupi “mburiti”: buriti, uma espécie de palmeira e “rami”; semelhante.

A origem do município de Buritirama foi de um antigo povoado que se desenvolveu a

partir de uma fazenda denominada Buriti dos Vianas, pertencente ao município de

Barra, o nome era alusivo à palmeira buriti, ainda existente em abundância e, ao

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sobrenome dos primeiros proprietários da fazenda. O local foi elevado à categoria de

distrito de Barra através de Ato Estadual, assinado em 06 de fevereiro de 1893.

Com o desenvolvimento alcançado pelo distrito, sua população obteve em 09 de

maio de 1985 a sua independência, desmembrando-se do município de Barra,

mudando seu nome de Buriti dos Vianas para então chamar-se Buritirama.

Sua população segundo o censo de 2010 está estimada em aproximadamente 21

mil habitantes, uma extensão de 3.797,871 km² e se localiza no extremo oeste da

Bahia, fazendo divisa com o estado do Piauí.

A cidade vem se desenvolvendo gradativamente, a maioria das ruas é asfaltada, há

três praças para entretenimento, as escolas são bem estruturadas fisicamente tanto

da zona urbana quanto na zona rural, a população vem crescendo devido ao êxodo

rural e também por receber pessoas de outros municípios que são atraídos pelo

crescente Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e por prestarem concurso

público e se efetivarem. Segundo pesquisa da FIRJAN, dentre os município do

Estado da Bahia, Buritirama é o 93º melhor município para se viver.

O município de Buriitrama está localizado na região oeste da Bahia, há 720 km de

distância da capital, pertence à bacia do Rio São Francisco, a mesoregião é Vale

São Francisco da Bahia e Barra como microregião. Seu clima é tropical/semiárido,

apresenta uma vegetação de caatinga com formação de brejos e chapadas e em

algumas partes apresenta formação de cerrado.

Dentre os vários aspectos naturais existentes no município, se destacam as áreas

de mananciais de brejos com formação de chapadas, áreas onde se localizam

diversas comunidades nestas, as áreas de brejo reúnem as condições ideais de

clima e solo para o desenvolvimento de atividades relacionadas a agricultura e a

pecuária como plantações de milho, feijão, arroz, mandioca, banana, laranja,

abacaxi, manga, verduras e legumes, cana-de açúcar e criação de gado bovino,

suíno e caprino comercializados na feira livre que acontece na Praça do Mercado

Municipal durante toda a semana e sendo sábado, o dia principal.

As formas de produção estão voltadas principalmente para a agricultura de

subsistência. Há muitos comércios de pequeno, médio e grande porte. Mas o maior

vínculo empregatício está na prefeitura. A profissão que mais se destaca é a de

professor, pois temos no município aproximadamente 350 (trezentos e cinquenta)

atuando nessa área.

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O município de Buritirama dispõe como estabelecimentos culturais a Biblioteca

Municipal, Praças de Eventos, Escolas Municipais e Ginásio de esporte. Nesses

espaços são desenvolvidos atividades das mais diversas manifestações culturais,

como: Festejo de São Gonçalo, São João, Divino da Santíssima Trindade em Poço

da Jurema, Divino do Espírito Santo em Poções, Festejo de São Sebastião em

Altamira, Dia do Evangélico e Festejos de São José na zona urbana e nas

comunidades de Buritizinho e Baixão de Cecílio.

A difusão do pensamento é feita através dos equipamentos de instituições de ensino

através das escolas e formações. As políticas públicas neste sentido disponibiliza

infocentros, biblioteca municipal, quadras poliesportivas, ginásios de esporte e

estádio, porém no município há a carência de cursos técnicos profissionalizantes e

de polos universitários, pois há uma necessidade pela demanda de jovens que

concluem o Ensino Médio e muitos por problemas financeiros acabam não dando

continuidade aos estudos e ficam fora do mercado de trabalho.

No município de Buritirama a educação básica é ofertada gratuitamente na zona

rural e zona urbana, na sede há apenas uma escola particular que atende as turmas

do 1º ao 5º ano. A Educação Superior é privada e atende apenas aos cursos

voltados para a área da educação. Ensino Fundamental

O atendimento desta modalidade de ensino acontece em todas as escolas do

município, na sede e na zona rural, com a implantação do ensino de nove anos

conforme a lei nº 11. 274/2006. O município enfatiza atenção à articulação das

políticas de inclusão: educação especial, educação do campo e comunidade

remanescente de quilombo e Educação de Jovens e Adultos.

Ensino Fundamental dos nove anos está estruturado em ciclos apenas para os três

primeiros anos (Ciclo de Alfabetização) onde o professor acompanha a turma

durante esse período e oferta o ensino para a população do campo na própria

comunidade e para diminuir a quantidade de classes multisseriadas, são

matriculados em pólos próximos. Na comunidade quilombola é ofertado na própria

comunidade. Em 2013 havia um quantitativo de 4.486 alunos matriculados nesta

modalidade de ensino atendidos nas 25 escolas existentes na rede municipal e duas

da rede estadual. Dessas, 16 são avaliadas pela Prova Brasil e 01 da rede estadual.

Quanto ao Indice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), da modalidade anos

finais é de 3,4, considerado satisfatório quando metificado e observado no quadro de

projeção. No que diz respeito ao nível de proficiência segundo ao (qedu.org 06/

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2015) o déficit da aprendizagem não é satisfatório no 5º e 9º anos, em leitura,

interpretação e em cálculos matemáticos, refletindo comprovado com índice de

maior número de reprovação no 5º e 6º anos, nas disciplinas de Língua Portuguesa

e em Matemática

Para a garantia da Universalização do Ensino Fundamental de Nove Anos para toda

a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos, o município através dos gestores das

escolas, realizam levantamento dos alunos com essa faixa etária de 6 (seis) anos e

garantir que estes sejam matriculados.

O município ainda não desenvolve ações para fortalecer o acompanhamento e

monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos

beneficiários de programas de transferência e de renda, bem como das situações de

discriminação, preconceitos e violência na escola.

O município está atento para o processo de desenvolvimento e aprendizagem. O

que significa respeitar as faixas etárias, as características sociais, psicológicas e

cognitivas das crianças, bem como adotar orientações pedagógicas que levem em

conta esses aspectos, porém, ainda não houve oficialmente a implantação do

sistema municipal de ensino.

O município é limitado no que diz respeito às novas tecnologias de informação e

comunicação que combinem a organização do tempo das atividades didáticas e

pedagógicas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as

especificidades de Educação Especial, das escolas do campo, comunidades

indígenas e quilombolas, ou seja, falta articulação às atividades pedagógicas

educacionais especializadas – AEE.

Um dos maiores desafios do município será diminuir a taxa de distorção idade série,

mas para isso será necessário garantir que todos os direitos de aprendizagem sejam

garantidos e que as crianças se alfabetizem até os oito anos de idade, evitando a

reprovação.

No município existem 25 escolas da rede municipal e duas da rede estadual.

Dessas, 16 são avaliadas pela Prova Brasil e 01 da rede estadual. O município,

através da SME realiza análise dos resultados juntamente com os diretores e os

coordenadores pedagógicos, estes divulgam para a comunidade escolar. Esses

resultados servem de parâmetro para as intervenções e modificações na proposta

curricular das escolas.

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Todas as escolas da rede municipal de ensino contam com um coordenador

pedagógico que orienta os professores nos planejamentos e execução das

atividades, acompanha a avalia o desempenho dos alunos e consequentemente dos

professores, aplica oficinas de aperfeiçoamento na própria escola e discute os

resultados por unidade junto aos Técnicos Pedagógicos da instituição.

A estrutura da educação está vinculada ao Sistema Estadual de Ensino e com

relação aos Conselhos de Alimentação no Município e Conselho de Controle e

Acompanhamento Social do Fundo Nacional de Educação Básica, (FUNDEB) e

Conselhos Escolares em toda rede, porém não há uma participação efetiva dos

conselheiros, talvez por ausência de formação para eles.

Os critérios para acesso ao cargo de professor é a principio experiência em sala de

aula, isso para contratos, para os demais através de consumo público, no que se

refere aos cargos de diretor, vice- diretor e coordenador pedagógico não há clareza

nas definições de objetivos para o provimento desses cargos.

O Órgão Educacional está estruturado através de departamentos: Departamento

Pedagógico, Departamento de Transportes, além da recepção, programas

educacionais, coordenadoria de controle e registro, como também gabinete do

secretário.

O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7:30h às 13:30h e recebe diversos

públicos como: pais, professores, gestores, coordenadores, secretários de escola e

realiza trabalhos de emissão de declarações, transferências, orientações sobre

matricula, censo escolar, preenchimento de documentações, orientações

pedagógicas e administrativas e execução de projetos. Além de orientações sobre

prestações de contas, formações, acesso aos programas educacionais dentre

outros.

O município disponibiliza de 20 diretores, 20 coordenadores pedagógicos sendo um

para cada escola e estes, tem como função formar os professores com temáticas

especificas às suas necessidades, orientá-los nos planejamentos e novas práticas

pedagógicas, acompanhamento da aprendizagem e do processo de avaliação com

propósitos de fazer intervenções necessárias. Para redirecioná-los, o Departamento

Pedagógico da instituição dispõe de 01 diretor pedagógico 04 técnicos das

modalidades da Educação infantil, anos iniciais, finais, Eja e 02 técnicos, sendo 02

para educação integral e ou outro para programa e projetos, estes orientam,

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34

acompanham e realizam formações, subsidiando-os a atuar de forma mais eficiente

e eficaz.

3.3 A verificação da mediação pedagógica para efetivação dos direitos de

aprendizagem

O presente capítulo irá utilizar o método da pesquisa-ação por meio de questionário

pesquisa visando diagnosticar a mediação pedagógica na garantia dos direitos de

aprendizagem, para tanto o diagnóstico foi realizado com os atores mediadores de

ensino ocorreu de forma tranquila e produtiva nas cinco questões objetivas. Foram

cinco professores da modalidade anos finais, todos efetivos, atuantes nas disciplinas

de língua portuguesa, matemática, ciências, artes, história e língua estrangeira

inglês, tendo formação em nível superior em licenciatura correspondente à área de

atuação, dos cinco consultados três são do gênero feminino e dois masculinos,

apenas dois não possuem pós-graduação, os três têm especialização em

psicopedagogia e com experiência do magistério na escola de atuação oscila entre

dois a dezesseis anos. Quanto aos profissionais de coordenação pedagógica

escolar, todas são mulheres, sua maioria tem nível superior em pedagogia, apenas

duas não, sendo uma em normal superior e a outra em história, porém todas são

pós-graduadas em psicopedagogia e com experiência de dois a 18 anos na unidade

escolar de atuação.

3.3.1 – Redimensionar a garantia dos direitos de aprendizagem é preciso

Gráfico 1. Quanto à consolidação dos Direitos de aprendizagem

disciplina e ano de curso.

Fonte: SEDUC, 2015.

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Todos os professores consultados na pesquisa diz conhecer e trabalharem os

direitos de aprendizagem do seu componente curricular de forma articulada ao

planejamento e as atividades, uma vez que todos firmam na segunda questão que

tais habilidades e competências estão claramente definidas nos instrumentos de

trabalho.

Quanto aos acompanhamentos usados na prática para efetivação dos direitos de

aprendizagem da disciplina constata-se, através da escala de 1 a 7, o instrumento

prioritário é a prova, o segundo prioritário é a pesquisa e a terceira prioridade o

registro, apenas o professor “C” escalou em última prioridade a prova, é evidenciado

ainda que o professor “A” priorizou apenas de 1 a 4 os acompanhamentos usados

para averiguação dos direitos, assim respectivamente enumerados: prova, pesquisa,

registro e seminário.

Em relação à consolidação dos direitos de aprendizagem pelos alunos no ano de

curso e disciplina ficou expresso no questionário pesquisa respondido pelos

docentes, tabulados através do gráfico assim:

40% firmam que os alunos terminam o ano de curso o com os direitos de

aprendizagem apenas iniciado;

20% firmam que os direitos de aprendizagem não são consolidados no ano de curso

e da disciplina;

40% responderam que os direitos de aprendizagem são consolidados no ano de

curso/componente curricular.

Quanto à prática pedagógica do professor na garantia dos direitos de aprendizagem,

100% dos que foram consultados responderam que o fazer pedagógico atende a

efetivação dos direitos, mas que precisa ser ressignificada com formação

continuada, etc.

Gráfico 2. Quanto à consolidação dos Direitos de aprendizagem

segundo os coordenadores escolares

Fonte: SEDUC, 2015

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36

Em aferição à mediação pedagógica dos coordenadores no município, assim se

apresenta a pesquisa quando se questiona o conhecimento dos direitos de

aprendizagem a serem garantidos no componente curricular dos professores, o grau

é de nível dois, significando que os direitos são apenas planejados, mas que na

questão dois informam que são executados também nas atividades, havendo

incoerência nas respostas quando confrontadas. É válido ressaltar que 20% dos

coordenadores, na pesquisa firmam trabalhar os objetivos do conteúdo, mas sem

conhecimento profundo dos direitos e 20% comunicam trabalhar os direitos

integralmente.

No que diz respeito ao acompanhamento evidenciado pelo coordenador na aferição

da efetivação dos direitos às disciplinas, sobressai em escala de prioridade o

planejamento, segundo o pré-conselho de classe, em terceiro, visita em sala de

aula, ficando nos dois últimos lugares o diário de classe e dados estatísticos.

Apenas um professor “E” priorizou os dados estatísticos no acompanhamento dos

direitos.

Nesse contexto, pode ser verificado que 60% dos coordenadores entrevistados

sinalizaram que os direitos do ano em curso das disciplinas são apenas iniciados e

40% diz que os direitos não são consolidados. Quanto à atuação do coordenador na

garantia dos direitos há unanimidade ao dizerem que a prática atende, mas que

precisa ser ressignificada com formações continuada.

Em estudo dos dados tabulados tanto dos professores quanto pelos coordenadores,

percebe que a maioria diz conhecer os direitos, trabalhar de modo articulado, no

entanto, na efetivação final é constatado que o déficit de competências e habilidades

referente ao ano de curso e das disciplinas dos professores entrevistados não são

consolidados, pelo contrário, estão em nível de iniciação. É notável também a

superficialidade do conhecimento dos direitos de aprendizagem pela maioria dos

coordenadores, tornando mais gritante quando constata que se objetiva o conteúdo

a ser estudado sem conhecimento profundo das competências e a habilidades

necessárias ao ano de curso. Então, firma-se o que 60% dos coordenadores

observam e constatam que os direitos são apenas iniciados àquele ano de estudo

que deveriam ser consolidados.

Assim, pode concluir que o distanciamento entre o que se planeja e executa, entre o

que se diz e age e o que se teoriza e pratica é realidade e se comprova quando de

fato se responde que as competências e habilidades não se consolidam, mas se

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37

acumulam em dívida de direitos de aprendizagens não construídas e tornando-se

impotentes para aquisição de novos saberes. Ademais, nos âmbitos dos objetivos

gerais da Educação Básica, ainda não são consolidados as competências

essenciais tais como: o domínio de conhecimentos e desenvolvimento de

capacidades cognitivas, operativas e sociais necessários aos alunos cidadãos e

construtores de uma sociedade justa e igualitária.

Sob referência dos princípios orientadores da Base Nacional comum Curricular

perfeitamente ressalta:

Esses direitos fundamentais, que a escola deve contribuir para promover , serão de fato garantidos quando os sujeitos da educação básica – estudantes, seus professores e demais partícipes da vida escolar – dispuserem de condições para o desenvolvimento das múltiplas linguagens como recursos próprios; o uso criativo e critico dos recursos de informação e comunicação; a vivência da cultura como realização prazerosa; a percepção e o encantamento com as ciências como permanente convite à dúvida, a compreensão da democracia, da justiça e da equidade como resultado de contínuo envolvimento e participação. ( Bahia 2013, p. 45 )

Os professores e coordenadores pedagógicos escolares sinalizam na pesquisa para

necessidade de ressignificar a prática pedagógica e de certo é uma necessidade

inerente ao ofício, todavia a não admissão de correspondência da garantia dos

direitos é notável. Desse modo, importante se faz em considerar como ponto de

reflexão do fazer pedagógico vivenciado por todos, uma vez que os fatores também

perpassam a prática pedagógica docente e chega a pensar também sobre currículo-

pedagógico da escola, mas não deve se omitir a conveniência de repensar as

práticas avaliativas já que a forma de acompanhamento usados pela maioria dos

professores para aferição dos direitos trabalhados, sendo firmado pelos mesmos,

que a prova ainda é prioritária e que na proporção contrária o memorial é de

penúltima e última prioridade na escala de 1 a 7. É também instigador quando

constatado com os profissionais coordenadores escolares que usam como

acompanhamento prioritário planejamento e deixa em terceira prioridade o

acompanhamento em sala de aula e em segundo o pré-conselho uma vez que a

execução é o cerne para garantia dos direitos.

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38

Outro ponto a considerar na pesquisa é a forma de acompanhamento nos diários de

classe, conforme anexo, os direitos estão e são acessíveis aos professores de todas

as áreas, no entanto, não são monitorados na avaliação e nem na consolidação das

estatísticas, também em anexo, esta se restringe, a saber, os alunos classificados

abaixo da média, na média e acima da média, ficando assim o acompanhamento

genérico sem conhecimento de fato dos direitos garantidos e não garantidos.

Assim é primordial reportar a (LIBANEO: 2004)

O coordenador pedagógico é aquele que responde pela viabilização, integração e articulação do trabalho pedagógico, estando diretamente relacionado com os professores, alunos e pais. Junto ao corpo docente o coordenador tem como principal atribuição à assistência didática pedagógica, refletindo sobre as práticas de ensino, auxiliando e construindo novas situações de aprendizagem, capazes de auxiliar os alunos ao longo da sua formação. (LIBANEO, 2004, p.25)

O coordenador pedagógico é sem sombra de dúvida o grande mentor e articulador

das proposições pedagógicas desde a teoria à prática, assim torna-se necessária a

sua presença, mas, sobretudo a consciência de seu papel, para a promoção

permanente da formação continuada da equipe docente, de manter a parceria entre

pais, alunos, professores e direção.

A contribuição do coordenador pedagógico também se faz na significação das

atividades, registros e devolutivas que este profissional prioriza no contexto escolar,

por isso, a sua auto formação e aplicabilidade da teoria e prática contribuirá

respeitosamente para eficiência e eficácia do seu papel, até porque a sua função

também é o suporte que gerencia, coordena e supervisiona todas as atividades

relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, visando sempre com

sucesso à permanência do aluno.

3.4 O percurso da efetivação dos direitos de aprendizagem para os alunos dos

anos finais.

Mediante a importância da mediação do (a) coordenador (a) pedagógico (a) junto

aos docentes no processo de ensino para efetiva garantia dos direitos de

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aprendizagem dos alunos nos anos finais no Município de Buritirama, como também

à realidade constatada através da pesquisa-ação, metodologia questionário

pesquisa que configura-se como uma das mais expressiva e eficiente métodos para

diagnóstico e solução da situação observada, também endossado por Thiollent:

a pesquisa ação configura-se também em resolver ou, pelo menos em esclarecer os problemas da situação observada, concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo ( THIOLLENT, 2005, p. 16- 18).

Sob esta perspectiva, sob a constatação, da análise do objeto de estudo e a não

efetivação dos direitos de aprendizagem dos alunos anos finais da rede pública

municipal é fundamental considerar todos os elementos que compõem os processos

educativos de forma que as proposições interventivas pedagógicas aqui

apresentadas possam potencializar e melhorar as práticas pedagógicas com

cooperação e participação de todos os atores que mediam o ensino e aprendizagem

na efetivação dos direitos de aprendizagem dos educandos dos anos finais no

município de Buritirama.

Integrando os aspectos da organização e gestão pedagógica, ressalto a formação

continuada como caminho para efetivação dos direitos de aprendizagem, uma vez

que o coordenador pedagógico é o responsável em viabilizar, integrar e articular o

trabalho pedagógico-curricular junto aos professores.

Para tanto, assim propõe a intervenção de ações através deste projeto vivencial

direcionado aos coordenadores escolares e professores do fundamental II, no

município para garantir os direitos de aprendizagem dos alunos dos anos finais.

I. Estabelecer em 2016 como objeto de formação continuada “a efetivação dos

direitos de aprendizagem dos anos finais”, tanto para a jornada pedagógica e

como para as atividades complementares dos coordenadores pedagógicos.

II. Estudos de textos com os coordenadores escolares sobre os princípios que

compõe a organização e a atuação do coordenador pedagógico para garantia

dos direitos de aprendizagem;

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40

III. Oficinas com os professores para estudo e reflexão sobre os direitos de

aprendizagem da Base Nacional Curricular, a fim de comparar e elaborar

estratégias pedagógicas correspondentes às habilidades e competências do

ano curso e disciplina para efetivação dos direitos;

IV. Repensar através de seminário o monitoramento das práticas avaliativas no

processo de ensino e aprendizagem para consolidação dos direitos.

As ações interventivas se consolidarão de forma cooperativa e participativa dos

técnicos do departamento pedagógico do município, estendendo aos coordenadores

através das práticas formativas já instituídas no município tais como oficina de

estudo, trocas de experiências, jornadas pedagógicas de gestores, coordenadores e

professores e em relação aos recursos, teremos como diretrizes a catalogação dos

textos e temáticas que serão estudadas durante todo o ano de 2016, conforme

calendário e cronograma de formação também preestabelecido na elaboração

compilação e de diretrizes de trabalho.

3.4.1 Cronograma

O cronograma para a realização deste projeto ficará assim estabelecido, caso tenha

necessidade de alteração pelo órgão educacional do munícipio é flexível.

Ação Descrição Data Público alvo Local Recursos Resultados esperados Respons

ável

Apresentar o

Projeto de

Intervenção à

Gestão

Educacional

Apresentação

do Projeto de

Intervenção à

gestão

educacional do

município

08 de

janeir

o

2016

Secretario

de

educação

e Equipe

Técnica

Pedagógic

a Municipal

SME Data

show

Projeto apresentado

e estabelecido

como tema das

jornadas e

formações

continuadas na

modalidade anos

finais

Coorde

nação

Pedgógi

ca

Estudo e

planejamento

Estudar as

orientações

curriculares de

implantação do

ensino de nove

anos, bem como

a BNC a fim de

planejar as

jornadas

18 a

29/01

Equipe

Técnica da

SME

SME Livros,

Data

Show/

vídeos,

son

Planejamento

elaborado,

materiais

compilados e

profissionais

técnicos aptos para

realização das

jornadas

Coorde

nação

Pedgógi

ca

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41

pedagógica de

coordenadores

e professores.

pedagógicas.

Realização

Jornada

Pedagógica

com

coordenadores

Sensibilização

com palestra a

respeito da

realidade e

pertinência dos

temas em

estudo

O papel e

organização do

trabalho

Pedagógico

Diretos de

aprendizagem

Base Nacional

Curricular

Oficina de

estudo e

elaboração de

estratégias de

acompanhament

o pedagógico do

ensino e

consolidação

dos direitos de

aprendizagem

01/02

02/02

Coordenad

ores

escolares

Escola

Municipal

Professor

Carlos

Ivan

Textos

Vídeos

Notebook

Som

Data

show

Papel

metro e

piloto

Coordenadores

pedagógicos

sensibilizados e

conscientes dos

principio que

compõem a

organização e a

atuação do

coordenador

pedagógico na

consolidação do

ensino e

aprendizagem

Equipe

Pedagó

gica da

SME

Realização

Jornada

Pedagógica

com

Professores

Sensibilização

com palestra a

respeito da

realidade e

pertinência dos

temas

Direitos de

Aprendizagem

Base Nacional

Comum

Oficina de

estudo e

elaboração de

estratégias

práticas

pedagógicas

para

consolidação

dos direitos de

aprendizagem

03/02

05/02

Professore

s do

Ensino

Fundament

al dos

Anos

Finais

Escola

Municipal

Professor

Carlos

Ivan

Textos

Vídeos

Notebook

Som

Data

show

Papel

metro e

piloto

Professores

sensibilizados e

aptos a ressignificar

às práticas

pedagógicas para

garantia e

efetivação dos

direitos de

aprendizagem,

inerentes aos

alunos dos anos

finais, no município

de Buritirama.

Equipe

pedagó

gica e

Coorde

nadores

escolar

es

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42

Seminário

Práticas

Avaliativas

que efetiva os

direitos de

aprendizagem

nos anos finais

Realizar um

simpósio

municipal sobre

o

monitoramento

das práticas

avaliativas no

processo de

ensino e

aprendizagem

22/04 Professore

s dos anos

finais e

coordenad

ores

Auditório

da

Câmara

de

vereador

es

Textos

Vídeos

Notebook

Som

Data

show

Papel

metro e

piloto

Professores e coordenadores com os elementos constitutivos Implementados e potencializados para práticas avaliativas eficazes para garantia dos direitos de aprendizagem.

Coorde

nação

Pedgógi

ca

Cronograma

de formação

continuada

Elaborar um

cronograma de

formação

continuada para

o ano de 2016

a cada bimestre,

juntos aos

coordenadores

e este junto aos

professores

26/02 Coordenad

ores e

Professore

s

SME Data

Show,

notebook

Papel

sulfite e

impresso

ra

Cronograma de

formação

continuada

elaborado e

instituído para

ressignificação da

pratica pedagogica

dos atores processo

ensino

aprendizagem

3.5 A perspectiva da consolidação dos direitos de aprendizagem

Com base nas ações e intervenções deste Projeto é possível expectar da mediação

pedagógica dos coordenadores e professores uma prática significativa que

possibilite aos alunos dos anos finais a consolidação dos direitos correspondente ao

ano curso, como também possibilitará aos atores envolvidos no processo educativo

institucional a necessidade da formação continuada e sincronicamente da auto

formação já que refletindo sobre a própria ação é que teremos práticas coerentes e

transformadoras.

Considerações finais

Certamente a qualidade educacional é atrelada à consolidação dos direitos de

aprendizagem. No entanto essa garantia depreende-se de um conjunto de fatores a

considerar: qualidade do desempenho profissional no processo de ensino-

aprendizagem, políticas educacionais, os baixos salários, a formação profissional

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insuficiente, meio social e falta de acompanhamento pedagógico eficaz. Desta

maneira, as intervenções para garantia dos direitos de aprendizagem dos alunos dos

anos finais, obtidos com os estudos da pesquisa-ação, não se limita as

possibilidades, mas permite-nos a compreender as fragilidades na consolidação das

aprendizagens e a necessidade de sempre refletirmos e traçarmos estratégias no

que tange ao processo de ensino-aprendizagem, já que todos os envolvidos são

corresponsáveis na mediação pedagógica e na efetivação dos direitos de

aprendizagem.

Ciente que não recai somente a escola a reponsabilidade por garantir os direitos de

aprendizagem para o sujeito aluno, mas cabe a ela se responsabilizar para que eles

sejam assegurados de forma que a prática pedagógica não convém ser focada nos

conhecimentos formais, mas no processo de sua aquisição e nas relações

vivenciadas socialmente para a significação do ensino. Arroyo (2000), a fim de que

suas disciplinas se convertam em saberes pedagógicos ritmados à garantia dos

direitos de aprendizagem pertinentes ao ano de curso.

Assim, os atores que se destacam para assegurar os direitos de aprendizagem são

de fato os coordenadores pedagógicos e professores, mas sem dúvida o grande

mentor e articulador das proposições pedagógicas desde teoria a prática é o

coordenador pedagógico. Este junto ao corpo docente tem como principal atribuição

à assistência didática pedagógica, refletindo sobre as práticas de ensino, auxiliando

e construindo novas situações de aprendizagem capazes de auxiliar ao longo da sua

formação. (LIBANEO, 2004).

A participação do coordenador é imprescindível, após esta pesquisa, percebe-se

ainda a necessidade da autoformação, da ressignificação a prática do

acompanhamento pedagógico de modo que possam aprofundar no conhecimento

dos direitos de aprendizagem para melhor intervir e assessorar os professores que

também sinalizaram tal necessidade, quanto à formação continuada para fazer

pedagógico eficaz. Sendo então o coordenador um instrumento de transformação

para potencializar o crescimento dos docentes e discentes, é indispensável que

tenha competência, visão, que priorize atividades com foco pedagógico, intervindo

com encaminhamentos que atenda aos anseios do processo de ensino a resultar na

consolidação dos direitos de aprendizagem dos educandos e educandas dos anos

finais.

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No cerne da garantia dos direitos de aprendizagem confere-se ainda a necessidade

de integrar os aspectos da gestão pedagógica principalmente no que se refere às

práticas avaliativas ao que fora planejado e executado, para tanto as

implementações dos elementos constitutivos já existentes como: diários, formulário

de estatísticas, conselhos de classe, projetos socioculturais precisam ser

ressinificados na consolidação das competências essenciais tais como: o domínio de

conhecimentos e desenvolvimento de capacidades cognitivas e sociais necessários

à formação para o exercício da cidadania.

Contudo, as ações previstas para acontecerem, direcionam para uma prática

pedagógica significativa na consolidação dos direitos de aprendizagem dos alunos

dos anos finais, portanto é importante compreender que os objetivos a serem

alcançados são reais e executáveis, portanto, essenciais para garantia dos direitos

de aprendizagem dos alunos e alunas dos anos finais no município de Buritirama.

Referências

ARROYO. Miguel G. Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus

direitos e o currículo / Miguel Gonzáles Arroyo; organização do documento Jeanete

Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 52 p.

BAHIA. Secretaria de Educação de Buritirama- Seduc.Plano Municipal de

Educação- PME Lei Nº 131/22 2015 . - Buritirama – Bahia: 2015.

BAHIA. Secretaria da Educação. Superintendência de Desenvolvimento da

Educação Básica. Orientações curriculares e subsídios didáticos para organização

do trabalho pedagógico no ensino fundamental de nove Anos – Superintendência de

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Desenvolvimento da Educação Básica. Diretoria da Educação Básica. Salvador.

Secretaria da Educação, 2013. 177p.

BRASIL. Lei 9.393/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB, 1996.

_______. Plano Nacional de Educação- PNE, Lei Nº 13.005/2014 -.

_______. Portal do QEdu. Disponível em:<www.qedu.org.br/cidade/proficiência >.

Acesso em jun. de 2015.

_______. Portal do Ministério da Educação- MEC. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/ide/2008/gerarTabela. php>. Acesso em: mai. de 2015.

LIBÂNEO. Carlos José: Didática. Currículo e saberes escolares. Vera Maria

Candau (org.) – Rio de Janeiro: DP&A 2002.2ª edição.

________. Carlos José. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 6.

Ed.rev.e ampl. – São Paulo: Editora.Heccus

THIOLLENT. Michel, 1947- T372m Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo:

Cortez: Autores Associados, 1986.

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Anexo

Projeto de TCCPV -A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO (A) COORDENADOR (A)

PEDAGÓGICO(A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA A EFETIVA

GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS(AS) NOS ANOS FINAIS NO

MUNICÍPIO DE BURI TIRAMA-BA – Trabalho de conclusão do curso de Especialização em

Coordenação Pedagógica da Universidade do Federal da Bahia – UFBA, FACULDADE

DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO

BÁSICA.

QUESTIONÁRIO PESQUISA - PROFESSOR

Formação: ______________________Pós-graduação:___________________________

Disciplina(s) de atuação :_________________Tempo de magistério nesta escola:_____

Questões:

1. Em uma escala de 1 a 3 marque o grau de conhecimento a respeito dos direitos de

aprendizagem a serem desenvolvidos com os alunos na sua área de atuação:

( ) Conheço plenamente todos os direitos

1 – Trabalha os objetivos do conteúdo, mas sem conhecimento profundo dos direitos

2 – Trabalha os direitos com apenas articulação ao planejamento

3 – Trabalha os direitos articulados ao planejamento e na realização das atividades.

2. É definido claramente as habilidades e competências no planejamento e na

execução das atividades.

( ) Sim ( ) Não

3. Prioritariamente enumere de 1 a 7 os acompanhamentos usados na sua pratica

para aferição da efetivação dos direitos de aprendizagem do componente

curricular trabalhado.

( ) Prova ( ) Pesquisa ( ) Registros ( ) Portfólio

( ) Seminário ( ) Registro de bordo ( ) Memorial

4. Quanto à consolidação dos direitos de aprendizagem pelos alunos no ano de

curso, na sua área de atuação:

( ) Terminam o ano com os direitos iniciados

( ) Terminam o ano com os direitos não consolidados

( ) Terminam o ano com os direitos consolidados

5. Quanto a sua pratica pedagógica na garantia dos direitos de aprendizagem:

( ) Atende plenamente a efetivação dos direitos

( ) Atende, mas precisa ser ressignificada com formação continuada

( ) Não atende a efetivação dos direitos de aprendizagem.

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Projeto de TCCPV -A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO (A) COORDENADOR (A)

PEDAGÓGICO(A) JUNTO AOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO PARA A EFETIVA

GARANTIA DOS DIREITOS DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS(AS) NOS ANOS FINAIS NO

MUNICÍPIO DE BURITIRAMA-BA – Trabalho de conclusão do curso de Especialização em

Coordenação Pedagógica da Universidade do Federal da Bahia – UFBA, FACULDADE

DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO

BÁSICA.

QUESTIONÁRIO PESQUISA – COORDENADOR (A) PEDAGÓGICO (A)

Formação: ______________________Pós-graduação:___________________________

Tempo de atuação nesta escola:____________________________________________

Questões:

1. Em uma escala de 1 a 3 marque o grau de conhecimento a respeito dos direitos de

aprendizagem dos professores da a escola de atuação:

( ) Conheço plenamente todos os direitos

1 – Trabalha os objetivos do conteúdo, mas sem conhecimento profundo dos direitos

2 – Trabalha os direitos com apenas articulação ao planejamento

3 – Trabalha os direitos de aprendizagem planejado e articulado às atividades.

2. É definido claramente as habilidades e competências no planejamento e na

execução das atividades.

( ) Sim ( ) Não

3. Prioritariamente enumere de 1 a 5 os acompanhamentos usados na sua pratica

para aferição da efetivação dos direitos de aprendizagem dos componentes

curriculares trabalhados.

( ) Acompanhamento dos direitos (diário de classe) ( ) Visita em salas de aula ( )

Dados estatísticos ( ) Pré e Conselho de classe ( ) Planejamento/AC

4. Quanto à consolidação dos direitos de aprendizagem pelos alunos no ano de

curso, na escola de atuação:

( ) Terminam o ano com os direitos iniciados

( ) Terminam o ano com os direitos não consolidados

( ) Terminam o ano com os direitos consolidados

5. Quanto a sua prática pedagógica na garantia dos direitos de aprendizagem:

( ) Atende plenamente a efetivação dos direitos

( ) Atende, mas precisa ser ressignificada com formação continuada

( ) Não atende a efetivação dos direitos de aprendizagem.

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

1 - ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS

As ciências humanas procuram “descortinar” a complexidade do mundo produzido por nós,

seres humanos. Para tanto, estas ciências começaram por admitir a diversidade desses

mesmos agentes. Diversidade que não começa agora, contudo vem sendo constituída desde

sempre no cotidiano de todos, homens e mulheres que construíram a história até hoje,

agora, aqui e para adiante. De mais a mais, a vida humana e humanizada é processo, e por

que também não seriam as ciências que criamos para estudá-las?

História

EIXO 1 – REPRESENTAÇÕES, CULTURA E TRABALHO.

DIREITOS DE APRENDIZAGEM

(COMPETÊNCIAS/HABILIDADES)

6º 7º 8º 9º

Compreender as inter-relações do ser humano no tempo/espaço

TS

TS/C

-se dos conceitos de anterioridade, posteridade e simultaneidade;

o e espaço;

pelo orbe;

trajetórias do deslocamento e da fixação nas comunidades.

Valorizar as diferenças culturais dos agrupamentos humanos nas suas diversas temporalidades

I/TS

TS TS C

tempos e espaços; -se do conceito de diferença, em detrimento do de

inferioridade e superioridade, entre agrupamentos humanos; -

brasileira e africana; culturas.

Compreender textos expressos em diferentes linguagens: maquetes, plantas, fotografias, mapas, vídeos, músicas dentre outros

TS

TS

TS

TS/C

diferentes linguagens.

Apreender as relações de dependência e exploração econômica

I/TS

TS

TS/C

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espaços; ração da força de trabalho do homem pelo homem.

Entender os processos de retroalimentação entre os movimentos históricos locais e globais em diversos tempos e espaços

I/TS TS TS/C

as consequências socioeconômicas, políticas e culturais das relações entre o local e o global;

EIXO 2 – RESISTÊNCIA, MOVIMENTOS SOCIAIS E RELAÇÕES DE PODER

DIREITOS DE APRENDIZAGEM

(COMPETÊNCIAS/HABILIDADES)

6º 7º 8º 9º

Reconhecer as lutas sociais como via legítima de reivindicação na conquista por direitos no Brasil e no Mundo

I/TS

TS

TS

C

mundo; ovimento libertário dos povos colonizados da América;

Bahia e no Brasil;

lutas pela independência.

Conhecer as organizações sociopolíticas, bem como as relações de poder nos diversos tempos e espaços

I/TS

TS

TS

TS/C

-terra, e de

outros movimentos sociais da atualidade; tes e convergentes entre os movimentos

sociais nos diferentes tempos e espaços;

e as influências na constituição de um povo; oliticamente

organizada.

Compreender as consequências do processo de colonização para os povos da América, África e Europa

I/TS

TS

TS/C

colonização; stência aos processos de colonização;

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socioeconômicas, nos países colonizados e colonizadores.

Reconhecer os espaços participativos como via legítima no processo de aprendizagem política

I/TS

TS

TS

TS/C

social;

participativas.

Valorizar a liberdade como direito natural dos seres humanos

I/TS TS TS TS/C

América) em contraposição com as da antiguidade;

liberdade e direitos políticos e humanos; -racial, sexual, religiosa e de gênero.

EIXO 3 – CIDADANIA, DIVERSIDADE E NOVAS CONFIGURAÇÕES MUNDIAIS

DIREITOS DE APRENDIZAGEM

(COMPETÊNCIAS/HABILIDADES)

6º 7º 8º 9º

Assumir-se socialmente como sujeito reflexivo, crítico e transformador

TS

TS

TS

TS/C

erceber-se como sujeito histórico e, portanto, construtor da história;

Valorizar o processo de luta e conquista da cidadania no Brasil e no mundo

TS TS TS TS/C

fruto das lutas sociopolíticas; , no

processo de constituição da cidadania;

cidadania e à convivência humana e planetária.

Refletir sobre as principais transformações, na era da informação e da comunicação, no Brasil e no mundo

I/TS TS/C

atual;

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autônoma e consciente; os pela

expansão do uso das TIC.

Entender os principais desafios da convivência humana no contexto das diversidades

TS

TS

TS

TS/C

ssoas do seu meio social;

antepassados;

-raciais, sociais e de orientação sexual.

Compreender as organizações sociopolíticas, econômicas e culturais, estabelecidas na contemporaneidade

I/TS

TS/C

r-relação dos movimentos ambientalistas no espaço e

no tempo;

individuais e coletivas.

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente)

C (consolidar)

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

1 - ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS

As ciências humanas procuram “descortinar” a complexidade do mundo produzido por nós,

seres humanos. Para tanto, estas ciências começaram por admitir a diversidade desses

mesmos agentes. Diversidade que não começa agora, contudo vem sendo constituída desde

sempre no cotidiano de todos, homens e mulheres que construíram a história até hoje,

agora, aqui e para adiante. De mais a mais, a vida humana e humanizada é processo, e por

que também não seriam as ciências que criamos para estudá-las?

GEOGRAFIA

EIXO 1 – A PRODUÇÃO DESIGUAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

6º 7º 8º 9º

Reconhecer a diversidade dos agentes sociais (e de suas ações) que produzem o espaço geográfico, no passado e atualmente

I/TS

TS

TS

TS/C

períodos e espaços;

com outras pretéritas dos agentes sociais diversos; de das formas de produção do

espaço;

espaço geográfico.

Entender a dinâmica das ações, realizadas pelos mais diversos agentes sociais, e o reflexo delas na paisagem e na configuração territorial

I

TS TS C

coexistentes ordens, promovidas por agentes sociais diversos, que se realizam no espaço geográfico, em variados contextos;

alizam no espaço geográfico aos processos de territorialização/desterritorialização dos diversos agentes sociais;

– organização e desorganização do espaço geográfico, territorialização e desterritorialização – e suas contradições se refletem na paisagem e na configuração territorial;

paisagem e da configuração territorial para fins ideológicos.

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Compreender as interações possíveis entre as redes (materiais e imateriais) e as regiões/territórios/lugares

I TS TS C

territórios/regiões/lugares;

lugares/regiões/territórios; alisar como o processo de constituição das redes dialoga com o

processo de formação dos territórios/regiões.

Conhecer a produção do espaço geográfico como acúmulo

I

TS TS C

que permaneceram, transformadas, influenciadas pelos modos de produção/formações socioeconômicas anteriores;

geográfico;

rugosidades a depender dos contextos espacial e temporal;

diferenciada das rugosidades.

EIXO 2 – AS DINÂMICAS NATURAIS E O ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

6º 7º 8º 9º

Compreender o processo de produção do espaço geográfico a partir das relações entre os agentes/elementos humanos e os agentes/elementos naturais

TS

TS

TS

TS/C

humanos e os elementos naturais, localizando-as nos diversos modos de produção/formações socioeconômicas;

territoriais, assim como a diversidade desses processos; cessos sociais, e seus respectivos agentes,

envolvidos em alterações nas dinâmicas naturais;

diversos ecossistemas existentes, à medida que se realizam os processos de modificação da natureza.

Reconhecer o papel dos agentes/elementos naturais na constituição dos diversos lugares coexistentes

TS

TS

TS

TS/C

os agentes/elementos humanos que participam dos processos de constituição dos lugares;

ganham significado simbólico) e desterritorializam variados agentes

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sociais nos diversos lugares; s na

constituição nos diversos lugares;

humanos dos agentes/ elementos naturais para a constituição dos lugares;

naturais pelos agentes humanos nos lugares.

Entender o papel dos agentes/elementos naturais na constituição dos diversos territórios/regiões

TS TS TS TS/C

localizações deles nos territórios/regiões variados;

relação aos territórios/regiões;

ambientalmente responsáveis; cursos naturais nas diversas

escalas de ação de variados agentes sociais;

naturais, nas diversas formações socioeconômicas, com o objetivo de se evitar a escassez relativa dos mesmos.

EIXO 3 – REPRESENTAÇÕES PARA PENSAR O ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

6º 7º 8º 9º

Reconhecer o significado das representações dos elementos espaciais para o inventariamento/planejamento (mapeamento, recenseamento etc.)

TS

TS

TS

TS/C

formas espaciais com o fim de inventariar e/ou planejar;

espaciais e do planejamento espacial nos diversos tempos e espaços;

causados pela aplicação das metodologias de inventariamento/planejamento;

inventariamento/planejamento acirram contradições espaciais.

Aplicar diversas metodologias de inventariamento/ planejamento (mapeamento, recenseamento, topologias etc.)

TS TS TS TS/C

o;

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Reconhecer relacionalmente as categorias geográficas lugar, região e território

I

TS TS TS/C

– lugar, território, e região – comportam, de modos diferenciados, formas, processos e funções;

diferenciadas de análise e ação;

modificam o espaço mediato e/ou imediato, construindo lugares, territórios e regiões;

paisagem.

EIXO 4 – A PRODUÇÃO DESIGUAL DOS ESPAÇOS (CAMPO E CIDADE

DIREITOS DE APRENDIZAGEM COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

6º 7º 8º 9º

Conhecer a produção dos espaços (campo e cidade)

I/TS/C

I/TS/C

I/TS/C

I/TS/C

sociedades sedentarizadas;

e à consequente complexificação das sociedades;

espaços (campo e cidade) propiciados pela crescente modernização em ambos os espaços;

agentes/elementos humanos e/ou naturais, constituintes dos espaços (campo e cidade);

territórios/regiões; -capitalistas, existentes na

contemporaneidade, dos espaços (campo e cidade).

Compreender as relações entre o campo e a cidade

TS

TS

TS

TS/C

entre o campo e a cidade nos vários tempos e espaços; tre o campo e a

cidade nos vários tempos e espaços;

partir dos processos que caracterizam as relações entre o campo e a cidade;

submissão entre o campo e a cidade.

Analisar a função da paisagem/configuração territorial na caracterização dos espaços (campo e cidade)

I/TS

TS

TS

TS/C

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(campo e cidade), que os caracterizam;

acordo com o contexto espaço-temporal;

hierarquia urbana; ormas na construção de

ideologias caracterizadoras do campo e da cidade;

e cidade).

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente)

C (consolidar)

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

CIÊNCIAS DA NATUREZA

A (re)estruturação curricular para o ensino de Ciências deve partir, prioritariamente, da reflexão sobre as concepções de Ciências trazidas pela escola e pelo(a) educador(a), sobretudo porque, na atualidade, o ensino predominante de Ciências ainda está vinculado à aquisição de conceitos; é informativo e, algumas poucas vezes, experimental. No entanto, muito além de ensinar conceitos e terminologias, as aulas de Ciências devem possibilitar aos educandos a formulação de perguntas, a elaboração de hipóteses, a experimentação, a análise e interpretação de dados, a argumentação e a divulgação científica, explorando a sua curiosidade e motivação para aprender.

COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS DA NATUREZA CIÊNCIAS DA NATUREZA

EIXO 1 – O UNIVERSO: SUA ORIGEM, EVOLUÇÃO E FUNCIONAMENTO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Analisar acontecimentos, situações ou fenômenos da natureza

I

TS

TS

C

situaçõesou fenômenos observados;

acontecimentos, situações ou fenômenos estudados; pliquem acontecimentos,

situações ou fenômenos pesquisados;

situações ou fenômenos apresentados.

Argumentar com base em evidências

I

TS TS C

icionar-se diante do conhecimento adquirido;

Compreender a ciência como processo de produção de conhecimento

I

TS

TS

C

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e da

Tecnologia;

humana em diferentes épocas;

e tecnológico e a compreensão do Universo e seu funcionamento;

o Ser Humano de procurar respostas sobre os fenômenos naturais ao longo da história da humanidade;

conhecimento ao longo da história da humanidade;

acontecimentos e fenômenos;

fenômenos como fonte de informações.

EIXO 2 – AMBIENTE, DIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE

DIREITOS DE APRENDIZAGEM:COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Desenvolver a compreensão leitora

I/TS

TS

TS

TS/C

as.

Relacionar comportamento de variáveis em observação ou experimentação de fenômenos

naturais

I/TS

TS

TS

TS/C

(dentro e fora da escola); ificar, no ambiente, agentes que influenciam

diretamente os seres vivos e que, ao mesmo tempo, são modificados por eles;

estudados;

Perceber a dinâmica da natureza como proveniente da integração biológica e ambiental (física, social,

econômica e cultural)

I

TS

TS

C

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- Representar ecossistemas bióticos e abióticos; - Demonstrar estratégias de alguns seres vivos que sobrevivem em ambientes inóspitos; - Utilizar formas de prevenção e de resolução de problemas ambientais e da gestão da qualidade do meio ambiente; - Estabelecer relação de causa e efeito; - Estabelecer relação de interdependência entre seres da natureza; - Compreender a utilização dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Identificar os critérios adotados pela ciência para agrupar os seres vivos (Taxonomia)

I

TS

TS

C

vivos ao longo da história; as limitações e os avanços dos critérios

adotados;

classificação dos seres;

adotados pela Taxonomia; om os critérios

adotados pela Taxonomia.

EIXO 3 – SER HUMANO, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Estabelecer conexões entre a saúde pessoal, social e ambiental

TS

TS

TS

C

Conhecer os sistemas do corpo humano e seu

funcionamento;

humano, à saúde e à qualidade de vida, em diversas fontes de informação;

determinantes da saúde e da qualidade de vida do ser humano;

vida com saúde e qualidade.

Compreender o conhecimento científico como provisório e não acabado

I/TS

TS

TS

C

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atualidade;

prevenções de doenças;

tratamento de doenças; e divulgar os avanços da Medicina.

Relacionar saúde ao bem-estar físico, psíquico e social considerando diferentes momentos do ciclo de

vida humano

TS

TS

TS

C

rótulos dos produtos; as diferentes composições dos alimentos e suas

contribuições para uma vida saudável;

prática de exercícios físicos e de atividades relaxantes e terapêuticas para uma vida saudável e com qualidade.

Contextualizar conhecimentos sobre sexualidade e saúde com a vida prática

I

TS

TS

C

sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, métodos contraceptivos e cuidados com a saúde;

promotoras de hábitos saudáveis;

stações da sexualidade exigem privacidade, consentimento mútuo e momento adequado.

EIXO 4 – AVANÇO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Avaliar o conhecimento científico e tecnológico, discutindo as implicações éticas e ambientais,

resultantes da sua produção e utilização

I

TS

TS

C

desenvolvimento científico e tecnológico; -se criticamente em relação ao

desenvolvimento científico e tecnológico;

desenvolvimento científico e tecnológico;

conseqüências do desenvolvimento científico e

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tecnológico;

Relacionar fenômenos do dia a dia com conteúdos trabalhados

I

TS

TS

C

atividades do cotidiano, como na música, nas artes plásticas, na construção civil, no cozimento e na conservação de alimentos, dentre outras;

cias utilizados na produção e conservação de produtos de uso comum;

conservação de produtos de uso comum;

suas implicações como agentes do bem-estar físico, psíquico e social do ser humano;

relacionados aos conteúdos estudados;

fenômenos da atualidade.

Compreender conceitos gerais sobre elementos biofísicos, bioquímicos e biológicos

I

TS

TS

C

experimentos químicos, físicos e biológicos;

er experimentos químicos, físicos e biológicos;

experimentos realizados;

sua finalidade e princípios de funcionamento; , Bioquímica e Biologia.

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente)

C (consolidar)

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

3 - ÁREA: MATEMÁTICA

A presente proposta para o currículo de Matemática do Ensino Fundamental de nove anos considera que a sociedade contemporânea, ao realizar ações das mais simples até aquelas que envolvem conceitos científicos e tecnológicos, utiliza conhecimentos matemáticos que vão sendo construídos historicamente pelas necessidades diárias dos indivíduos.

Nesta perspectiva, para que a escola acompanhe a história da civilização, ou seja, o processo de desenvolvimento humano que se encontra ancorado no contexto da resolução de situações-problema devemos conceber uma nova dinâmica para a mobilização de saberes matemáticos intrinsecamente ligados a uma realidade sociocultural. COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA MATEMÁTICA – DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

EIXO 1 – OS NÚMEROS E AS OPERAÇÕES COMO FERRAMENTAS HUMANAS

DIREITOS DE APRENDIZAAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Conhecer quantitativa e qualitativamente a imensa variedade de interações ocorridas na natureza e na sociedade

I/TS

TS

TS

C

mbolos

numéricos com sistemas de numeração e de contagem;

grandes números;

números menores que zero;

e proporções;

aplicação.

Conhecer o significado das operações e como elas se relacionam umas com as outras

I/TS

TS

TS

C

s que permitam descrever, interpretar e representar, por meio de estratégias próprias;

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operações dos campos aditivo e multiplicativo;

multiplicação, divisão, potenciação e radiciação;

proporções.

EIXO 2 – DA ÁLGEBRA À CONSTRUÇÃO DAS FUNÇÕES

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Compreender a linguagem algébrica como a expressão do pensamento matemático

I/TS

TS

C

inequações, sistemas de equações; operações com monômios, binômios,

trinômios e polinômios; equações quadradas, biquadradas e irracionais.

Construir conexões entre o modelo concreto e os padrões numéricos ou relações funcionais observadas em dados

I/TS

TS/C

ões e estruturas matemáticas com

símbolos algébricos;

-problema por meio da álgebra.

Justificar situações e estruturas matemáticas

I/TS

TS

C

diferentes usos de

variáveis;

de retas;

álgebra simbólica;

Avaliar a estreita relação das funções com a álgebra

I

I/TS/C

uma mesma relação;

dependente, os valores numéricos de uma função e a representação gráfica das funções afim e quadrática;

ar uma variedade de padrões com tabelas,

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gráficos, textos e, quando possível, regras e leis simbólicas.

EIXO 3 – O PENSAMENTO GEOMÉTRICO EM CONSTRUÇÃO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Compreender a linguagem algébrica como a expressão do pensamento matemático

I/TS

TS

C

inequações, sistemas de equações;

trinômios e polinômios; equações quadradas, biquadradas e irracionais.

Construir conexões entre o modelo concreto e os padrões numéricos ou relações funcionais observadas em dados

I/TS

TS/ C

símbolos algébricos;

-problema por meio da álgebra.

Justificar situações e estruturas matemáticas

I/TS

TS

C

variáveis; es simbólicas e os gráficos

de retas;

álgebra simbólica;

Avaliar a estreita relação das funções com a álgebra

I/TS/C

ntação para

uma mesma relação;

dependente, os valores numéricos de uma função e a representação gráfica das funções afim e quadrática;

gráficos, textos e, quando possível, regras e leis simbólicas.

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EIXO 3 – O PENSAMENTO GEOMÉTRICO EM CONSTRUÇÃO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Analisar criticamente características e propriedades de formas geométricas bi e tridimencionais

I/TS

TS

TS

C

relações geométricas;

perpendicularismo, ângulos e polígonos;

Geometria Plana;

ideias e relações geométricas.

Compreender noções de Geometrias Não Euclidianas

TS

TS

TS

C

lização ou a

movimentação de uma pessoa ou um objeto no espaço;

-problema reais;

Resolver situações-problema através da visualização, do raciocínio espacial e da modelagem geométrica

I TS

TS

C

específicas;

tridimensionais;

numéricas e algébricas; ituações matemáticas a partir de simetrias.

EIXO 4 – A CONTEXTUALIZAÇÃO DAS GRANDEZAS E DAS MEDIDAS

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Resolver situações problema do contexto social e de outras áreas do conhecimento que possibilitem a comparação de grandezas de mesma natureza

I/TS

TS

TS

C

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envolvem conceitos relativos ao espaço e às formas, os significados dos números, das operações e da idéia de proporcionalidade;

grandezas e medidas;

das mercadorias;

algebricamente;

com razão e proporção.

Compreender os atributos mensuráveis dos objetos e as unidades, os sistemas e os processos de mensuração

I/TS

TS

TS

C

o do mesmo

sistema;

para medir ângulos, perímetros, áreas, áreas superficiais e volumes;

no processo da comunicação.

Aplicar técnicas, instrumentos e fórmulas apropriadas para determinar medidas

I/TS

TS

TS

C

volume de blocos retangulares;

geométricos;

esolver situações-problema envolvendo cálculos de porcentagens e aplicação da regra de três;

geométricas planas.

EIXO 5 – CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM AÇÃO: DE ESTRATÉGIAS DE CONTAGEM AO TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Desenvolver o hábito da leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade

I TS

TS

C

so

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67

de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples;

descrevem informações;

leitura e interpretação de tabelas e gráficos; da álgebra na exploração das

pesquisas estatísticas.

Avaliar a proporcionalidade e uma compreensão básica de probabilidade para formular e testar conjecturas sobre os resultados de experimentos e simulações

I TS

TS

C

os de probabilidade;

simples;

situações-problema;

estimar probabilidade.

Elaborar hipótese sobre a Matemática Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana e sua influência nas decisões de ordem pessoal e social

I TS TS C

situações de compra. ompreender reajustes salariais.

montante na resolução de situações-problema.

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente) C (consolidar)

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

ÁREA: LINGUAGENS

Dentro da proposta para os anos finais do Ensino Fundamental, apresentamos, aqui, uma visão da área de linguagens e de seus componentes curriculares. No campo das linguagens, podemos delimitar a linguagem verbal e a não verbal, sem esquecermos, é claro, de seus cruzamentos: verbo-visuais, audiovisuais, entre tantos outros – todas elas constituintes de sistemas arbitrários de sentido e comunicação. Sabemos que a principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentidos. Assim, mais do que nunca, no mundo contemporâneo, a reflexão sobre as linguagens (seus sistemas, processos e procedimentos comunicativos) é garantia de participação ativa na vida social, ou seja, da cidadania desejada; mesmo porque tais linguagens interagem e estão presentes em todos os outros conhecimentos trabalhados pela escola.

LÍNGUA PORTUGUESA EIXO 1 – CONHECIMENTO LINGUÍSTICO: USO DA LÍNGUA ORAL E ESCRITA

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Apropriar-se de gêneros textuais diversificados

TS

TS

TS

C

gênero textual; o;

textuais em situações reais de comunicação;

possibilidade de interferência na circulação e na produção de textos.

Dominar os tipos textuais

TS

TS

TS

C

Reconhecer os tipos textuais;

texto;

gênero de fala e de escrita;

elaboração do gênero em situações reais de uso da língua.

r Ampliar a competência leitora

TS

TS

TS

C

extralinguística na leitura;

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de interpretação; texto na

análise das hipóteses;

sociointeracionais envolvidos na leitura.

texto.

Expandir a produção oral

TS TS TS C

-se às mais variadas situações reais de

fala: formais e informais;

fala do outro;

intencionalidade do locutor, das características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;

da fala na produção de seu texto;

Aperfeiçoar a escuta de textos orais

TS TS TS C

inguísticos e extralinguísticos inerentes à oralidade, com coesão e coerência;

quando necessário.

Apropriar-se da expressão escrita

TS TS TS C

linguísticos, extralinguísticos, textuais e intertextuais;

continuidade temática, ordenação das partes, informações contextuais;

do tipo textuais, considerando a situação de produção escrita, o suporte, os interlocutores e os objetivos do texto;

-se de forma autônoma, autoral;

Apropriar-se da reescrita de textos

TS TS TS C

ercitar a autoavaliação;

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textos;

rotineira inerente à escrita;

Aprimorar a relação entre conhecimentos linguísticos e conhecimentos textuais

TS TS TS C

oralidade e da escrita, conforme o contexto de produção, os gêneros e os tipos textuais;

extralinguísticos; discursivo-textuais aos

elementos linguísticos e extralinguísticos, na construção dos sentidos.

EIXO 2 – CONHECIMENTO LINGUÍSTICO: REFLEXÃO SOBRE LÍNGUA E LINGUAGEM

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Apropriar-se de diferentes modalidades da língua

I TS TS C

extralinguísticas, considerando sua prática comunicativa na fala e na escrita;

ente, estruturas discursivas, na fala e na escrita, que identificam as mais diversas realidades linguísticas e culturais;

contextualizados.

Ampliar capacidades linguísticas e intelectuais

TS TS TS C

ecursos expressivos, semânticos,

sintáticos, fonéticos, morfológicos e lexicais de acordo com diferentes gêneros discursivos ou situações de fala e escrita;

de escrita, considerando o contínuo da fala para a escrita e as variantes mais cultas;

-se critica e ideologicamente, com

coerência e coesão.

Desenvolver uma postura reflexiva diante da I TS TS C

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língua

-se linguisticamente em novas

práticas sociointerativas;

discursivas já familiares, nos níveis da língua: semântico, lexical, morfológico, sintático e fonológico;

de adaptação discursiva;

remodeladoras necessárias numa dada situação comunicativa;

discursivos.

Alargar o acervo lexical

TS TS TS C

culturais de produção discursiva;

acervo lexical;

comunicativas faladas ou escritas, formais ou informais.

Conhecer os mecanismos de estruturação da língua

TS TS TS C

para os fonemas e as suas possibilidades de organização em estruturas silábicas;

vocábulo; nar os morfemas dos vocábulos aos

significados neles presentes;

palavras da língua portuguesa em grupos ou classes.

combinações das classes gramaticais em estruturas sintáticas simples e complexas.

Implementar uma autonomia discursiva

TS TS TS C

caracterizadoras do discurso em construção;

complexas;

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turas gramaticais conforme os contextos e as ferramentas utilizadas na elaboração do discurso.

Elaborar pensamento argumentativo e contra-argumentativo

TS TS TS C

para o assunto;

Vivenciar novas e diversificadas formas de interação

TS TS TS C

pelas tecnologias; camente de acordo com o suporte

e com os aspectos contextuais;

contemporâneas.

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente)

C (consolidar)

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

INGLÊS

EIXO 1: DIMENSÕES DO CONHECIMENTO LINGUÍSTICO: A ORALIDADE E A ESCRITA

DIREITSOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Perceber a pluralidade linguística e cultural da língua alvo em gêneros textuais diversos.

I TS TS

inglês é a língua oficial.

situam os países da língua alvo.

da língua alvo e cultura inglesa na sociedade atual.

povos que falam a língua inglesa, valorizando o fenômeno da importação cultural e suas transformações.

cultural e linguística da língua alvo com a língua materna.

Mobilizar recursos linguísticos na recepção e produção de textos que revelem a função sócio-comunicativa da língua alvo em situações cotidianas.

I TS TS C

língua. r em situações cotidianas que

demonstrem civilidade e respeito ao próximo.

atividades desenvolvidas no dia-a-dia, gostos e preferências em relação ao vestuário e alimentação, música, esporte.

os que favoreçam à descrição de características físicas, personalidade, hábitos e valores dos membros de sua família e da do outro.

operações matemáticas simples, envolvendo horas, moedas, percentagens, datas e idade.

Transmitir informações a partir dos aspectos I TS TS C

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sintáticos, morfológicos e léxico-semânticos da língua alvo.

gramaticais e marcadores do discurso como palavras de ligação.

no presente, passado e futuro, nos tempos simples e compostos, nas formas afirmativa, negativa e interrogativa.

diferença entre as possíveis manifestações.

enriquecimento das línguas.

contextos.

Comunicar-se na língua alvo, aplicando os aspectos fonéticos e fonológicos dos sons, palavras e sentenças na produção oral e escrita.

I TS C

ns com -s, -es, -

ed, -th e diferenciá-las em contextos variados.

sentenças.

e consonantais, nas palavras e sentenças.

acordo com o tipo de frase.

Produzir textos na língua alvo.

I TS TS/C

-chave referentes ao

assunto que se quer produzir.

textual: conectivos, ordenação frasal, coesão, coerência e vocabulário adequado ao contexto comunicativo.

semânticos trabalhados sobre o tema principal.

produção do texto.

Aplicar os conhecimentos linguísticos e de mundo na construção dos sentidos do texto oral.

I TS TS C

-verbais como recurso

para compreensão do texto oral;

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enunciador;

compreensão prévia da enunciação;

morfológicos e léxico semânticos na recepção do texto;

importantes no momento da interação.

EIXO 2: DIMENSÃO SOCIAL E INTERATIVA DO CONHECIMENTO: A LEITURA E A INCLUSÃO DIGITAL

DIREITOS DE APRRNDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

6º 7º

Colocar-se como protagonista na recepção de textos no uso da leitura como fonte de informação e prazer.

I TS TS C

textos de

gêneros variados.

gêneros textuais adequados à sua faixa etária.

bens culturais da humanidade construídos em países da língua alvo.

íngua alvo para conexão com a comunidade global.

Estabelecer a compreensão geral de diferentes gêneros textuais.

I TS TS C

textuais. informações

verbais e não-verbais para dar sentido ao texto.

(gráficos, tabelas, diagramas, datas, números, itemização, títulos, subtítulos, ilustrações)

-chave e as palavras cognatas do texto como facilitadores do processo de compreensão do texto.

Estabelecer a compreensão de pontos principais de gêneros textuais diferentes.

I TS C

parágrafos; parágrafos;

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dedução de sentidos;

estruturação do texto;

específicas com base em recursos tipográficos.

Pesquisar em fontes diversas e ser capaz de selecionar a informação desejada na língua alvo.

I TS TS C

desenvolvimento do repertório vocabular.

entre as diferentes acepções apresentadas no dicionário virtual.

possibilitem a aquisição e o uso de novas aprendizagens através da leitura na língua alvo.

-chave.

-se de maneira crítica e reflexiva na busca do conhecimento.

Estabelecer a compreensão detalhada de gêneros textuais diferentes.

I/TS TS/C

relação entre as topic sentences e as sentenças de apoio.

significado de palavras desconhecidas no dicionário

sustentam os pontos principais.

introdução, desenvolvimento e conclusão.

Contextualizar os conhecimentos em novas situações relacionadas ao processo de leitura.

I/TS TS/C

implícitos no texto;

realidade; e mundo e da cultura do

produtor do texto;

conhecimentos presentes no texto;

a partir da leitura do texto.

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Direitos de Aprendizagem: Competências e Habilidades

ARTE

EIXO 1 – CONHECIMENTO ARTÍSTICO: CONTEXTUALIZAÇÃO E REFLEXÃO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Contextualizar historicamente as obras de arte visuais/dança/música

I TS TS C

e arte;

produção artística;

processo de construção da identidade coletiva e da memória cultural;

diferentes processos de Arte, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas;

compreender critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros no conhecimento da produção artística.

Estabelecer relações entre análise formal, contextualização, pensamento artístico e identidade cultural nas obras de arte visuais/dança/música

I TS TS C

obras de arte visuais/dança música;

composição das obras de arte visuais/dança/música;

fundamentais das artes visuais/dança/música;

específicos das artes visuais/dança/música;

discorrer sobre essas relações.

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EIXO 2 – CONHECIMENTO ARTÍSTICO: PRODUÇÃO

COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, na linguagem da Arte Visual

I TS TS C

-se através de obras

artísticas bidimensionais; -se através de obras

artísticas tridimensionais;

expressões artísticas, procedimentos e técnicas na criação em arte, expressando emoções, sentimentos e ideias.

Elaboração de Peças/ Produção de Dança

I TS TS C

– Criar e

realizar coreografias através de movimentos corporais expressivos;

– Identificar e interpretar sequências coreográficas.

Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, na linguagem da Música

I TS TS C

voz e/ ou instrumentos musicais - Conhecer a diversidade da expressão do repertório musical brasileiro;

respeitando a individualidade e a capacidade de cada componente do grupo;

sobre criações musicais, respeitando valores de diferentes pessoas e grupos;

um discurso musical, utilizando-se de conhecimentos melódicos, harmônicos, rítmicos e formais em diferentes graus de complexidade;

com voz e/ou instrumentos musicais – Interpretar

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repertórios musicais individualmente ou em grupo.

Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, na linguagem do Teatro

I TS TS C

– Criar e realizar, através de movimentos, gestos e voz, personagens em peças teatrais;

- Ser capaz de participar de grupos teatrais, respeitando as individualidades e capacidades;

sobre criações musicais, respeitando valores de diferentes pessoas e grupos;

um discurso musical, utilizando-se de conhecimentos melódicos, harmônicos, rítmicos e formais em diferentes graus de complexidade.

EIXO 3 – CONHECIMENTO ARTÍSTICO: APRECIAÇÃO/ FRUIÇÃO

DIREITOS DE APRENDIZAGEM: COMPETÊNCIAS/HABILIDADES

Analisar criticamente obras de artes visuais, música, dança e teatro da pré-históricas/ pré-colombianas/barroca (diferentes culturas)

I/TS C

eciar produtos de arte, em suas

várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética;

análise de obras de artes visuais nos movimentos referidos;

de artes visuais produzidas nos referidos movimentos/momentos históricos.

Analisar, criticamente, obras de artes visuais, música, dança e teatro dos movimentos Rococó / Neoclássico / Romantismo / Retratos Sociais

I/TS C

suas

várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética;

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análise de obras de artes visuais nos movimentos referidos;

de artes visuais produzidas nos referidos movimentos/momentos históricos.

Analisar, criticamente, obras de artes visuais, música, dança e teatro dos movimentos Abstracionismo / Modernismo / Semana de Arte Moderna / Futurismo / Surrealismo / Op Art / Pop Art / Arte contemporânea

I/TS/C

várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética;

análise de obras de artes visuais nos movimentos referidos;

obras de artes visuais produzidas nos referidos movimentos/momentos históricos.

Legendas I (iniciar) TS (trabalhar sistematicamente) C (consolidar)

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