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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA CECOP 3 NAILSON COSTA CARVALHO LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O PRAZER DO ATO DE LER. Salvador 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

NAILSON COSTA CARVALHO

LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O

PRAZER DO ATO DE LER.

Salvador

2015

NAILSON COSTA CARVALHO

LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O

PRAZER DO ATO DE LER.

Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Profª. Márcia Cristina Rodrigues Correia

Salvador 2015

NAILSON COSTA CARVALHO

LEITURA: UMA PRÁXIS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA PRÁTICA DO PROFESSOR EM AGUÇAR NO ALUNO O HÁBITO E O

PRAZER DO ATO DE LER.

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em janeiro de 2016.

Banca Examinadora

Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________

De maneira especial dedico este trabalho a minha mãe Lindaura pelo esforço e

dedicação que teve comigo durante toda a minha vida. Ao meu irmão Nadson,

sobrinhos e afilhados. E por último ao meu grande amigo Marcio Fiel pelo apoio e

incentivo na hora certa.

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela minha existência e por me permitir mais esta conquista.

A meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigado.

A minha orientadora, Professora Márcia Correia, pela paciência e competência ao

me auxiliar nesta jornada.

À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por

levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos

como eu.

A minha grande comadre Marilda, sempre permanece presente nos momentos de

alegria e tristezas, me apoiando para que eu pudesse realizar mais esse sonho.

A minha amiga irmã, Rosinha que não mede esforço para me ajudar e apoiar nos

meus estudos.

A Diretora do Colégio, Leônor Brito Costa, que sempre apoiou e ajudou para o meu

crescimento e conhecimento pessoal e profissional.

As queridas professoras, Kelly e Fernanda tão importantes para o desenvolvimento

desse projeto, a vocês duas meu muito obrigado pela parceria e sonhos que

realizamos.

A Márcia Regina, Maria Tereza, Ana Lúcia Soares, Tereza Cristiana, Raimunda

Gomes e Decelis estas em especiais por compartilhar dos ensinamentos e ajudar

perante as minhas solicitações.

A todos os professores, alunos, colegas de trabalho, funcionários, porteiros,

sensores do Colégio Municipal Evência Brito pelo apoio e a realização desse

Projeto.

A leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cujo compreensão fundamental me vou tornando também sujeito. (FREIRE, 1996, p. 27)

CARVALHO, Nailson Costa. Leitura: uma práxis do coordenador pedagógico na prática do professor em aguçar no aluno o hábito e o prazer do ato de ler, 2015. Projeto Vivencial Especialização em Coordenação Pedagógica – Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública. Faculdade de Educação. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

RESUMO

Este trabalho apresenta uma ação do coordenador pedagógico junto a prática do professor, tendo como objetivo principal propor uma reflexão e ação sobre a importância de incentivar os alunos a adquirir o hábito, o gosto e o prazer pela leitura num ambiente escolar. Para isso utilizamos como apoio as obras Literárias de José de Alencar, Machado de Assis e Ariano Suassuna. Entende-se que a leitura é a maior forma de expressão e comunicação na sociedade, pois somente com a prática constante é que torna o indivíduo apto a compreender, criar e transformar o meio o qual esta inserido. A pesquisa que embasa este trabalho partiu de uma pesquisa-ação e transformada em projeto vivencial com proposta pedagógica na práxis do professor, para obtenção de um resultado satisfatório na aquisição do hábito e prazer da leitura dos alunos. A metodologia que fundamenta este trabalho foi a bibliográfica, autores como Isabel Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Marisa Lajolo, Mara M. Monteiro, Ulisses Infante, Libâneo, Luckesi, Michel Thiollent, Luzia Angelina Maria, Orsolon entre outros, apoiaram no processo do diálogo e na sistematização do conhecimento do coordenador pedagógico para produzir este trabalho. Para tanto, é no ambiente escolar que acontece o grande desafio de aguçar aos envolvidos a praticar a leitura. E temos como maiores incentivadores na descoberta do ato de ler o professor, principalmente estimulador do contato do indivíduo com o universo da leitura. Sabe-se que todo conhecimento é fruto de uma construção constante de aprofundamento e prática diária na obtenção do saber, construída a partir das diversas leituras desde as mais simples até as mais complexas como as obras literárias. Palavras-chave: coordenador pedagógico, gosto pela leitura, professor, proposta pedagógica, ambiente escolar.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CECOP Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

UFBA

PROFORMAP

Universidade Federal da Bahia

Programa de Formação para Capacitação dos Profissionais no

Magistério

CEB Colégio Evência Brito

GIEB Ginásio Industrial Evência Brito

CIEB Colégio Industrial Evência Brito

PPP Projeto Político Pedagógico

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................. 10

1.0 MEMORIAL: UMA REFLEXÃO VIVIDA...................................................... 13

2.0 EVOLUÇÃO E CONCEPÇÃO DA LEITURA NUMA PROPOSTA DE

INTER-RELAÇÃO COM O EDUCADOR ..................................................

18

2.1 LEITURA E SUAS CONCEPÇÕES ........................................................... 20

2.2 A ESCOLA COMO AMBIENTE ESTIMULADOR DA LEITURA ................ 22

2.3 FUNÇÃO DA ESCOLA E ETAPAS DA LEITURA ..................................... 23

2.4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA .................................................................... 25

3.0 PROJETO DE VIVÊNCIA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO

PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO................

29

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO...................................................... 30

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................................... 31

3.3 PROCESSO LABORATORIAL.................................................................... 34

3.4 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................... 37

3.4.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................... 37

3.4.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS........................................................................ 37

3.5 METODOLOGIA.......................................................................................... 38

3.5.1 PASSO A PASSO........................................................................................ 39

3.5.2 CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO DAS PEÇAS TEATRAIS.............. 40

3.6 CRONOGRAMA DAS AÇÕES.................................................................... 41

3.7 CONCLUSÃO.............................................................................................. 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 44

REFERÊNCIAS........................................................................................... 48

ANEXOS...................................................................................................... 50

10

1 INTRODUÇÃO Saber ler é uma prática que torna o indivíduo com habilidades para construir,

produzir e transformar o meio e a sociedade a qual ele vive. Além de auxiliá-lo na

sua competência em querer conhecer as mais variadas formas de expressão e

linguagem do conhecimento que o ser humano possa imaginar. Mas, para dominar

esse conhecimento é necessário primeiramente aprender a dominar a arte da leitura,

como fonte inesgotável do saber.

Nós seres humanos, temos as mais variadas necessidades básicas para

sobreviver, o mesmo acontece com ele no ambiente totalmente letrado e globalizado

como o nosso, ao adquirir o hábito e o gosto pela leitura, tão primordial no mundo da

leitura.

A nossa sociedade totalmente letrada exigem cada vez mais do ser humano

competências e habilidades na prática da leitura, pois as informações estão

chegando e sendo passada de forma rápida e avançada, exigindo assim do

indivíduo excelência na arte do domínio à leitura.

Nesse sentido percebe-se na escola um ambiente totalmente estimulador à

prática de criar o hábito e o interesse pela leitura, pois sabemos que a escola é de

fundamental importância na preparação e no desenvolvimento do conhecimento do

aluno, por estimular e aperfeiçoar as habilidades e as competências tão necessárias

na preparação de uma vida social. Como bem menciona Braga (1985, p. 7) “a escola

precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos do povo, e ir

além de ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros,

considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura...”.

Com o objetivo de despertar o prazer, o gosto e o hábito da leitura, o presente

trabalho propõe ao coordenador pedagógico uma reflexão e ações que possam

nortear a prática pedagógica dos professores e em especial o professor de Língua

Portuguesa, para que ele seja cada vez mais um motivador no incentivo de levar os

alunos a praticar mais a leitura, tornando-o um ato prazeroso.

É certo que a leitura é um universo de conhecimento e prática, no qual o

interesse do leitor acontece a partir de um objetivo, como bem afirma Solé (1998, p.

41) “nossa atividade de leitura está dirigida pelos objetivos que pretendemos

mediante a ela”. Por isso, para que o leitor possa se deliciar da leitura desse

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presente material e facilitar a sua compreensão, o trabalho divide-se em três

capítulos..

No primeiro capítulo, conheceremos de forma mais sistematizada a vida

acadêmica e professional, através do seu Memorial: uma reflexão vivida por mim Já

no segundo capítulo, apresentamos a parte teórica do trabalho, no qual a

metodologia usada para embasar a pesquisa foi a bibliográfica. Autores como: Isabel

Solé, Maria Helena Martins, Paulo Freire, Garcez, Lajolo, Libânio entre outros

puderam fortalecer o conhecimento escrito sobre a leitura e o seu despertar pelo

prazer de ler.

Por último, no terceiro Capítulo veremos o Projeto Vivencial, como foi

construído, quem participou, as ações que foram desenvolvidas, as experiências

executadas e o resultado que este trabalho contribui para o coordenador pedagógico

ou por quem é amante da leitura que queira também despertar no outro a praticar

esse ato de ler. O Projeto Vivencial expõe ainda, uma prática pedagógica planejada

e vivenciada entre os professores de língua portuguesa e os alunos do nono ano do

Colégio Municipal Evência Brito.

Vale lembrar que, o projeto foi construído de uma metodologia da pesquisa-

ação, baseado no pequeno questionário que foi respondido por professores de

Língua Portuguesa com o objetivo de coletar informações, para saber do contato

dele com a leitura, de conhecer quais as metodologias que eles usam em sala de

aula para despertar no aluno o interesse, o gosto e hábito pela leitura.

Lembramos ainda, que a importância do coordenador pedagógico como

articulador das ações desenvolvidas no ambiente escolar e nesse trabalho, é de

suma relevância para que possa desenvolver propostas e metodologias nas práxis

pedagógicas do professor. Como afirma Orsolon (2002, p. 22) “O coordenador,

como um dos articuladores desse trabalho coletivo, precisa ser capaz de ler,

observar e congregar as necessidades dos que atuam na escola...”.

Diante do exposto o que fazer para tornar os nossos alunos bons leitores?

Qual maneira de ajudá-los a despertar o gosto, o interesse e o hábito de ler grandes

obras clássicas ou qualquer outra leitura que os tonem bons leitores.

Para responder essas questões do déficit da leitura, no decorrer do trabalho

foi apresentado um projeto, cujo título é: Intercâmbio Cultural Literário, com o

objetivo de despertar o interesse, o gosto e hábito pela leitura de obras clássicas de

grandes autores como: Machado de Assis, José de Alencar e Ariano Suassuna, no

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qual os alunos através de encontros semanais pudessem escolher alguma obra

desses autores para ler, compartilhar e produzir uma ação que levassem aos outros

colegas do Colégio a despertar o interesse e gosto pela leitura.

O objetivo da leitura é tornar os nossos alunos amantes da leitura e na arte de

ler, compartilhar, viajar e ampliar o seu universo de conhecimentos tão essenciais ao

seu processo de formação e construção dos saberes, como afirma Martins (1982, p.

23) “[...] ler significa inteirar-se do mundo, sendo também uma forma de conquistar

autonomia, de deixar de “ler pelos olhos de outrem””. Portanto, ler é conhecer esse

trabalho nos ajudará a entender que é possível levar os nossos alunos a querer

praticar o hábito, o gosto e o interesse pela leitura, tão importante na sua vida

pessoal e acadêmica.

Enfim, a necessidade de conhecer esse trabalho é essencial para

compreender o verdadeiro papel do coordenador pedagógico e sua importância no

ambiente escolar, principalmente nas ações que ele desenvolve diante da prática

pedagógica do professor, auxiliando e agindo para que possa despertar no aluno, o

prazer, o gosto pela leitura.

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1. MEMORIAL: UMA REFLEXÃO VIVIDA

Eu, Nailson Costa Carvalho, solteiro, nascido na cidade de Ribeira do

Pombal, Bahia, sou professor da rede Municipal de Ensino no município de Ribeira

do Pombal, atualmente atuo como coordenador pedagógico, uma experiência

importante para minha vida pessoal e profissional, pois acredito que a minha

atuação possa orientar e ajudar na prática pedagógica do professor, bem como,

estar atento à aprendizagem dos alunos.

De inicio fiz o curso de Contabilidade porque na cidade só tinha os

cursos de Magistério e de Ciências Contábeis. Por falta de opção, matriculei-me no

curso de Contabilidade, pois na época o Magistério era mais frequentado por

pessoas do sexo feminino.

Terminei o Ensino Médio no ano de 1988, mas com o sonho de poder estudar

o Magistério, pois o campo de trabalho era bem maior que o de Contabilidade.

Mesmo com a formação de Contábil, a minha atuação sempre foi no

Magistério e, por conta de estar envolvido desde cedo na área da educação, além

de desenvolver uma prática educativa voltada à formação do docente. No ano de

1997, recebi o convite para lecionar a disciplina de Educação Artística e Ciências no

Colégio Municipal Evência Brito.

Atuando na escola particular e municipal, surgiu nesse período a

oportunidade de fazer o curso do Magistério no Programa de Formação para

Capacitação dos Profissionais no Magistério (Programa Proformap).

Esse curso foi de suma importância para habilitação e a atuação em sala de

aula exigência do MEC por não permitir que professores leigos sem formação

atuasse em sala. Essa foi à oportunidade de ter mais o conhecimento técnico porque

Programa Proformap na prática já o conhecia e assim ampliou os meus

conhecimentos na busca de melhorar cada vez mais a minha prática pedagógica,

provocando um novo olhar ainda mais atento, voltado para as necessidades do

aluno.

Dessa forma, passei a sonhar com o Ensino Superior que somente foi

concretizado quinze anos mais tarde quando no ano de 2003 prestei o vestibular

para Letras Vernáculas na Faculdade Ages, no município de Paripiranga-Bahia, a

100 km de distância de onde morava. Não foi fácil trabalhar o dia inteiro e viajar

todas as noites para estudar, porém foi uma oportunidade enriquecedora, porque me

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possibilitou sonhar com o Ensino Superior tão distante da nossa realidade, mas que

mesmo assim fez fortalecer e acreditar que sem a educação não se chega a lugar

nenhum. O Ensino Superior ampliou ainda mais os conhecimentos em relação as

minhas práticas pedagógicas, como diz o grande saudoso Paulo Freire:

Tanto quanto a educação, a investigação que a ela serve, tem de ser uma operação simpática, no sentido etimológico da expressão. Isto é, tem de constituir-se na comunicação, no sentir comum uma realidade que não pode ser vista mecanicistamente compartimentada, simplistamente bem “comportada”, mas, na complexidade de seu permanente via a ser. (FREIRE, 1982, p. 118)

Diante das palavras de Paulo Freire e acreditando na educação libertadora, o

sonho da formatura aconteceu no ano de 2007 ao receber o Diploma de Graduado

em Letras Vernáculas. O sonho não parou aqui, não queria parar, pretendia fazer o

Curso de Especialização quando de repente surgir na minha cidade a oportunidade

de fazer o Curso de Psicopedagogia Institucional Clinica e Hospitalar.

A psicopedagogia surgiu na minha vida pela necessidade de continuar

estudando e como não havia um curso voltado na área de Língua Portuguesa, no

ano de 2009, ingressei no Curso de Pós-Graduação Lato Senso - Psicopedagogia

Institucional Clínica e Hospitalar pela Realiza Pós-Graduação Projetos Educacionais.

Assim, o curso foi de suma importância porque deu sentido aos

conhecimentos adquiridos ao longo de todo trajeto educacional e, ao perceber que

as dificuldades de aprendizagem dos alunos são de caráter afetivo, social e familiar,

venho de certa forma refletir diante de um novo aprendizado que é conhecendo as

suas dificuldades socioafetivo que eu teria uma melhor forma de tratá-lo e também

desempenhar um trabalho consciente de que somos responsáveis pelos seres que

buscam em cada profissional o saber e o apoio afetivo.

Vale lembrar que, durante os estudos da Pós Graduação, recebi no ano de

2008 o convite para atuar como coordenador da Escola Municipal Maria Menezes

Cruz Conceição onde lecionava como professor de Língua Portuguesa. Abracei com

todo o carinho e dedicação que no ano de 2010, recebi novamente outro convite da

Secretaria de Educação para atuar como Coordenador Pedagógico da Escola

Ednaldo Ribeiro Sales, só que dessa vez eram muitos os desafios por ser uma

escola da zona rural e que necessitava de um novo olhar na área da educação dos

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professores , pais e alunos. Abracei esse desafio porque sabia da importância de

vivenciar novos caminhos na educação.

Atuar como coordenador pedagógico foi uma experiência que me possibilitou

vários olhares em relação à gestão escolar, a relação com os professores, com os

pais e toda comunidade escolar, pois sabemos que a importância de um

coordenador pedagógico no ambiente escolar é de suma importância para

desenvolver uma melhor qualidade de ensino dos alunos, como também no

acompanhamento da prática pedagógica do professor. Como afirma Lima (2007) “O

Coordenador Pedagógico é um profissional que deve valorizar as ações coletivas

dentro da instituição escolar, ações essas que devem estar vinculadas ao eixo

pedagógico desenvolvido na instituição”.

E assim tive a oportunidade de aprender cada vez mais com essa função, a

tal ponto que recebi outro convite para participar do Curso do Programa de

Capacitação de Gestores (Progestão).

O Progestão foi muito importante, porque através deste curso aprendi muito

com os assuntos e os temas abordados durante os encontros. Foi muito

enriquecedor porque trouxe mais aprofundamento e amadurecimento no meu

desempenho como gestor na escola. Ao estudar cada módulo aprendi muito sobre a

gestão escolar e como atuar numa democracia escolar.

Em suma, todo sucesso da aprendizagem com o Progestão, deve-se aos

encontros e os debates que aconteceram com os colegas, as atividades realizadas e

as explicações do tutor que foram riquíssimas, porque tive a oportunidade de tirar

as dúvidas e de expressar o que tinha aprendido nas atividades executadas.

Apesar de todos esses conhecimentos e estudos eu nunca parei de ter a

preocupação e um olhar sobre a leitura que é uma dos principais instrumentos para

a aprendizagem e na melhoria da qualidade do ensino no ambiente escolar.

Como bem afirma Veiga (1995 p. 11) “a escola é o lugar de concepções,

realização e avaliação do seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar

seu trabalho pedagógico com base em seus alunos”. Portanto, a escola é o espaço

onde se constrói e aprende os conhecimentos, valores e tradições para que

possamos conviver em harmonia e construindo novos conhecimentos na sociedade

em que vivemos.

Nesse sentido, enquanto Coordenador Pedagógico da escola, possibilitou-me

enriquecer a minha prática pedagógica, por ter desenvolvido várias ações que

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pudesse melhorar a comunidade escolar, bem como a melhoria da qualidade de

ensino dos alunos.

A nossa escola tem uma finalidade que é promover a aprendizagem dos

discentes, para isso é necessário planejar ações que possam ser alcançadas. E

como fazer isso? E quem deve traçar esses objetivos e ações? Questões como essa

é que devem estar bem claras para toda a comunidade escolar, escrito no Projeto

Político Pedagógico, ou seja, conhecido mais como o PPP. Enquanto Coordenador,

tive a sensibilidade de tornar vivo o PPP da escola, pois sabe-se que o Projeto

Político da Escola é a sua identidade e, nela contém todas as ações que devem ser

realizadas durante o ano letivo. Para Vasconcellos (1995, p. 143) define o PPP

como “é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os

desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente,

sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa!”. Portanto, podemos

considerar o PPP como a alma da escola, pois encontramos todas as ações

planejadas, ações que são construídas por todos os segmentos da escola como:

pais, professores, alunos, coordenador, diretores.

Partindo do pressuposto acima citado é que nasce a minha necessidade de

traçar ações voltadas ao hábito da leitura dos nossos alunos. A leitura é toda a base

do conhecimento de qualquer ser humano em fase de aprendizagem e construção

do seu conhecimento. Como diz Martins (1982 p. 25) “A leitura seria a ponte para o

processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”.

Para isso, é necessário praticá-la constantemente para que haja maior facilidade no

entendimento e na sua expressão, emitindo assim seu ponto de vista em qualquer

situação que esteja como ocorre também nas demais esferas da sociedade.

Uma vez que o aluno constrói o seu conhecimento através interação com o

meio em que vive ele consegue alcançar o seus objetivos. Como nos diz Solé (1998

p. 42) “no âmbito do ensino, é bom que os meninos e meninas aprendam a ler com

diferentes intenções para alcançar objetivos diversos. Dessa forma, além de

aprenderem a ativar um grande número de estratégias, aprendem que a leitura pode

ser útil para muitas coisas”. Depende das condições desse meio, da vivência de

objetos e situações, o individuo, pode ultrapassar determinados estágios e

estabelecer relações cada vez mais abstratas no conhecimento de mundo. Assim,

os entendimentos dos alunos são decorrentes do seu desenvolvimento próprio frente

as áreas de conhecimento.

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É dentro dessa visão que há a interação e o envolvimento do professor em

incentivar e provocar no aluno o desejo dele de querer aprender e descobrir o

universo da leitura. É ele o maior responsável em mediar o conhecimento para o

aluno. Segundo Freire (1996), a ação docente é a base de uma boa formação

escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para

que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e

encarar o caminho do aprender a ensinar.

Motivar o aluno a aprender é o grande desafio e segredo para tornar o

ambiente escolar mais vivo e participativo. Segundo Libâneo (1994, p.88) “O

trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo

processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de

mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo”.

Assim, enquanto Coordenador Pedagógico e preocupado com a melhoria da

qualidade de aprendizagem dos alunos em relação ao ato de ler, surge a vontade

de criar e propagar o hábito de leitura na sala de aula, bem como na prática do

docente, esse é meu objetivo principal, para defender uma política educacional

voltada ao prazer de inserir essa prática em qualquer área do conhecimento,

conforme afirma Solé (1998 p. 44) “ler é compreender e que compreender é

sobretudo um processo de construção de significados sobre o texto que

pretendemos compreender”.

Sigo assim acreditando como Coordenador Pedagógico, que a Educação

semeia a transformação! Serei sempre um semeador!

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2. EVOLUÇÃO E CONCEPÇÃO DA LEITURA NUMA PROPOSTA DE INTER-RELAÇÃO COM O EDUCADOR

Há milhares de anos atrás, o ser humano ainda em forma primitiva, construiu

moradias, competiu com os animais pelo direito de uma habitação (caverna). Nas

paredes rochosas dessa sua habitação, começou a construir sua história ao registrar

através da arte rupestre (pintura em cavernas). Esse fato é considerado como os

princípios da evolução e também o início da comunicação da leitura do mundo,

podendo ser chamado assim da primeira escola humana.

Nessa concepção o que seria uma escola? Segundo o dicionário de Houaiss

(2010) descreve a escola como “casa ou estabelecimento em que ministra ensino de

ciências, letras e artes; conjunto dos alunos e professores”. Partindo do princípio

humano é o lugar onde se constrói o conhecimento para evolução humana na

sociedade. É nesse ambiente que o educador realiza como pessoa e profissional

sua função de ensinar e transmitir conhecimento, ampliando assim, sua visão de

mundo para transcender o seu conhecimento próprio, como afirma Freire (1996, p.

22) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua

produção ou sua construção”.

O maior desafio da escola é mudar sua concepção de educação, a forma de

aprendizagem e também a formação dos seus profissionais – os professores. Para

que haja uma educação de qualidade, vez que o ofício da educação é formar o

cidadão para o exercício das atividades existente na sociedade, nessa visão o papel

do educador é ser o maior responsável em mediar o conhecimento num ambiente

escolar como diz Freire (1996, p.27) “a tarefa docente não é apenas ensinar os

conteúdos, mas também a pensar certo”.

Nesse sentido, o coordenador pedagógico tem contribuições relevantes, por

ser ele o responsável em acompanhar e direcionar a postura e as práticas

pedagógicas dos professores, além dele também contribuir com a formação

continuada dos docentes. O coordenador pedagógico deve organizar as ações que

norteará a Unidade Escolar, durante todo o ano letivo, para que possa alcançar uma

educação de qualidade, conforme afirma Orsolon:

19

O coordenador é apenas um dos atores que compõem o coletivo da escola. Para coordenar, direcionando suas ações para a transformação, precisa estar consciente de que seu trabalho não se dá isoladamente, mas nesse coletivo, mediante a articulação dos diferentes atores escolares, no sentido da construção de um projeto político-pedagógico. (Orsolon,2002, p. 19).

Diante do exposto acima citado, a importância do Coordenador Pedagógico

para a escola é extremamente importante para o planejamento das ações que serão

traçadas no Projeto Político Pedagógico. Além disso, as políticas públicas devem ter

a preocupação em preparar os profissionais da educação para exercer sua função

em sala. Um professor bem preparado é um formador apto a incentivar e transformar

o indivíduo a conhecer e querer aprender os conhecimentos que lhe serão úteis para

sua formação profissional e pessoal, como bem afirma Freire:

... o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que são a mim transferido.( FREIRE,1996, p 22-23)

Considerando este cenário é que sabemos que o coordenador pedagógico é

um grande estimulador dos professores, por ser este o grande responsável em

fomentar o conhecimento dos alunos. É ele o maior propulsor em incentivar e criar o

gosto pela leitura e o conhecimento exposto. Desse modo, acredita-se que o

professor em especial o de Língua Portuguesa seja um dos maiores motivadores no

processo da aquisição do hábito da leitura, por ser ele o profissional mais envolvido

no universo de leitura como: leitura de clássicos literários, científicos, contos,

poesias, noticias, novelas, cartas, livros diversos. Além desses, temos as leituras

mais simples como: bilhete, carta, charges e bula de remédio, e hoje com o avanço

da tecnologia temos as leituras virtuais como: blog, facebook, whatsapp etc.

Nesse sentido, o coordenador pedagógico entra como um grande articular

dos professores por orientar nos seus trabalhos pedagógicos, proporcionando

metodologias que possa facilitar o processo da leitura dos alunos, como diz Orsolon

(2002, p. 22) “... o coordenador considera o saber, as experiências, os interesses e o

modo de trabalhar do professor, bem como criar condições para questionar essa

prática e disponibilizar recursos para modificá-la...”.

Vale lembrar que, nesse universo de leitura compartilhada, o professor no seu

processo de ensino-aprendizagem, ele também aprende na interação com seu

20

aluno, com diz Freire (1996, p. 23) “quem ensina aprende a ensinar e quem aprende

ensinar a aprender”. Assim, o universo da leitura principalmente o das redes virtuais,

o educador aprende a linguagem tão importante para a comunicação e evolução

humana, por ser a língua um processo dinâmico transformador e modificador da

linguagem. Parafraseando Freire (1996) “A leitura verdadeira me compromete de

imediato como o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão

fundamental me vou tomando também sujeito”.

Nesse contexto, o universo da leitura constitui no processo de liberdade no

qual o aprendiz consegue obter o incentivo do seu mestre, bem como o mestre

adquire conhecimento do seu aprendiz. Essa troca de aprendizagem é que torna a

leitura um universo amplo e rico em conhecimento para se produzir novos olhares. È

a leitura de mundo como diz Martins (1983, p. 34) “aprender a ler significa também

aprender a ler o mundo, dar sentido a ele e a nós, o que, mal ou bem, fazemos

mesmo sem ser ensinado”.

Mas o que é leitura? Que estratégia o professor poderia usar para incentivar o

hábito dessa leitura. Esses questionamentos terão sequencia nos próximos tópicos.

2.1 LEITURA E SUAS CONCEPÇÕES

Mas o que é leitura? O que é ler? Questões como essa são compreendidas

ao informar-se sobre o significado no dicionário, que segundo o dicionário de

Houaiss (2010) este descreve a leitura como “uma ação ou efeito de ler”; enquanto

que ler é “conhecer, interpretar por meio da leitura”. Para Infante (2000, p. 57) a

leitura “é o meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões

sobre a realidade”.

Diante do que vimos podemos entender então, que a leitura vai além do ato

de ler, mas de compreender e interagir entre o leitor e o texto, porque segundo

Kleiman (2002, p. 16) este afirma que “quando o leitor é capaz de chegar à

compreensão de um nível de informação, ele ativa outros tipos de conhecimento

para compensar as falhas momentâneas”, ou seja, a relação do leitor com o texto

possibilita a quem lê, abrir uma janela de conhecimento dentro de si para

compreender o ato da leitura, como aponta Solé:

21

Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; principalmente nos envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apoia na informação proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar evidência ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (SOLÉ,1998, p. 23)

Muito antes da criação da escrita, a tradição cultural do povo primitivo era

transferida através do falar. A comunicação predominava oralmente uma

necessidade para transmitir informações e para preservar os costumes dos seus

antepassados.

O surgimento da escrita foi uma descoberta essencial para que não se

perdesse essas tradições orais ao longo tempo, mas que serviu e serve para

intensificar as classes sociais, como bem sabemos é ela dada o poder para ser uma

classe totalmente letrada, tirando assim o direito dos menos favorecidos

compreender e dominar a leitura.

Saber ler é poder, porque o ser humano passa a construir o conhecimento e a

dominar o ambiente ao seu redor, e de acordo com Martins (1983, p. 23) “ler

significa inteirar-se do mundo, sendo também uma forma de conquistar autonomia,

de deixar de “ler pelos olhos de outrem””. E é na escola o lugar onde se aprende a

ler e escrever para obter os conhecimentos essenciais na inteiração do mundo.

Nos tempos atuais para tentar atenuar esses déficits da leitura entre os

menos favorecidos, tem-se buscado democratizar a leitura, às grandes massas,

porém ainda é muito pouco significativo à população que não saber ler e com isso

ficam segregadas à classe dominante – sociedade essa tida hoje como dominadora

da leitura.

A leitura é algo tão importante para o ser humano que o torna libertado do seu

pensamento humano, ao ler o individuo não põe limite a sua criação e imaginação,

após compreender o que está lendo conforme diz Garcez:

Além de ser imprescindível como instrumento de consolidação dos conhecimentos a respeito da língua e dos tipos de texto, a leitura é um propulso do desenvolvimento das habilidades cognitivas. Envolve tantos procedimentos intelectuais e exige tantas operações mentais que o bom leitor adquire maior agilidade de raciocínio. (GARCEZ, 2004, p. 7)

22

Conforme cita a autora, a leitura nos impulsiona para o conhecimento

intelectual. Sendo assim, a nossa sociedade preocupada em resolver questões

leitura, tem a escola como foco principal para desenvolver ações que tornem o

indivíduo um amante da leitura, para isso ela precisa desenvolver ações que o levem

a ler com prazer e qualidade como afirma Garcez:

Compreendemos também que a leitura é imprescindível para que o redator chegue a apresentar um bom desempenho, pois ela oferece oportunidades de contato intensivo com as infinitas possibilidades da língua, como os diversos gêneros e tipos de textos e com as informações e ideias que circulam no nosso universo. (GARCEZ, 2004, p. 10)

Esta citação reafirma a importância de ler com qualidade e aprofundar cada

vez mais nos mais variados tipos de leitura.

Vale lembrar que, a importância do coordenador como um articular de ações

na escola é para contribuir na melhoria do planejamento dos professores e estes

possam ampliar suas ideias em relação ao despertar o hábito, o gosto e o prazer

pela leitura. Nesse sentido Orsolon (2002, p.23) diz “Ao proporcionar práticas

inovadoras, é preciso que o coordenador as conecte com as aspirações, as

convicções, os anseios e o modo de agir/pensar do professor, para que estas

tenham sentido para o grupo e contem com sua adesão”.

Despertar o prazer da leitura está no seu hábito diário, é como uma semente

que ao ser plantada, precisa de atenção, carinho e acompanhamento para

desenvolver firme e forte. Assim acontece com o indivíduo em sala de aula,

desenvolver e despertar o gosto e o prazer da leitura esta simplesmente nas ações

que a escola desenvolve antes e durante o processo de aprendizagem. Para isso,

ela cria ambientes ricos no processo da leitura. É nessa visão que a escola é

fundamental para a aquisição da leitura.

2.2 A ESCOLA COMO AMBIENTE ESTIMULADOR DA LEITURA

É função primordial da escola ensinar a ler. É função essencial dela ampliar o

domínio dos níveis de leitura. Cabe formalmente à escola desenvolver as relações

23

entre leitura e indivíduo, em todas as interfaces. A partir desses pressupostos, a

Escola é considerada como ambiente estimulador da leitura.

Dentre as várias funções da escola, sabe-se claramente que a que se

destaca com o essencial na prática do educador é a formação de leitores consciente

do seu papel na sociedade. Segundo Neves:

Ler e escrever são tarefas da escola, questões para todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante, que é responsabilidade da escola. Ensinar é dar condições ao aluno para que ele se aproprie do conhecimento historicamente construído e se ensina nessa construção como produtor de conhecimento. Ensinar é ensinar a ler para que o aluno se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos. Ensinar é ensinar a escrever porque a reflexão sobre a produção de conhecimento se expressa por escrito. (NEVES, SOUZA, SHÂRFER, GUEDES E KLAUSENER, 2004, p. 15)

Nesta visão, a Instituição Escolar, é comparada ao “seio” que amamenta a

criança, oferecendo o primeiro contato, a construção de um vínculo, entre leitura e

indivíduo.

Em sua obra “Estratégias de Leitura” Isabel Solé (1998) afirma que “um”,

entre os vários desafios da escola, é de “fazer com que os alunos aprendam a ler

corretamente”, expondo ainda, que o domínio da leitura é necessário para agir com

autonomia nas sociedades letradas. Novamente apontamos que o papel do

coordenador é muito importante por ser ele o grande responsável em perceber e

estar atento as dificuldades encontrada no ambiente escolar, principalmente nas

questões da leitura tão essenciais para o conhecimento do aluno, Orsolon (2002, p.

22) diz “o coordenador, como um dos articulares desse trabalho coletivo, precisa ser

capaz de ler, observar e congregar as necessidades dos que atuam na escola...”.

Mas em que período deve se trabalhar a leitura no âmbito educacional?

2.3 FUNÇÃO DA ESCOLA E ETAPAS DA LEITURA

Mas como começar a ensinar a ler? Para responder esse questionamento, a

escola deve preparar o seu aluno desde cedo, lá nas séries iniciais, para trabalhar a

leitura. A criança nessa fase inicial ao ser estimulada já começa a desenvolver o

24

gosto pela leitura, criando o hábito e o prazer por ser ele a se encantar com as

histórias lidas, conforme nos dia Zimberman:

Da sua parte, a instituição “escola” ensina como o ler, começando pela alfabetização e chegando ao estímulo, ao consumo, à função e à valorização dos produtos tidos como elevados, qualidade usualmente conferida à parte e à literatura. Por isso, a eficiência do ensino viabiliza ou não a socialização dos textos a que dá acesso, sendo que, em caso negativo, a escola acaba por comprometer sua própria continuidade. (ZIMBERMAN; SILVA, 2004, p. 13)

Nesse contexto, percebemos que a leitura nas séries iniciais tende a ser mais

dinâmica e bastante enriquecedora, por aproveitar que a criança está mais aberta

aos saberes, sua mente em fase de aceitação mais rápida, consegue constituir o

querer e a descobrir o mundo que o cerca.

Já no Ensino Fundamental, a leitura é considerada mais objetiva, exigindo

mais do estudante uma leitura específica, como expõe Solé:

Atualmente, na escola e ao longo de sua etapa fundamental, dedicam-se várias horas por semana à linguagem, em que se situa uma parte importante do trabalho de leitura (em geral, costuma-se prever um horário de biblioteca nas escolas, tanto na sala de aula como nos aposentos destinados a este objetivo). Além disso, a linguagem oral e escrita encontram-se presentes nas diferentes atividades próprias das áreas que constituem o currículo escolar. Assim, para muitos professores, a linguagem é trabalhada continuamente. (SOLÉ,1998, p. 34)

Prosseguindo nas etapas do ensino escolar, o estudante no Ensino Médio,

prossegue com a leitura mais específica ainda por exigir mais do estudante para

uma aprendizagem mais ampla e participativa na sua produção e argumentação,

conforme cita Solé:

Podemos considerar que, a partir do Ensino Médio, a leitura é um dos meios mais importantes na escola para a consecução de novas aprendizagens. Isto não significa que não se considere mais necessário insistir em seu ensino; de fato, durante toda a etapa do Ensino Fundamental e às vezes também no Médio, continua-se reservando um tempo para a leitura, geralmente na matéria de “Linguagem”. Por outro lado, à medida que se avança na escolaridade, aumenta exigência de uma leitura independente por parte dos alunos... (SOLÈ,1998, p. 36)

A autora ainda cita que:

... a partir do Ensino Médio a leitura parece seguir dois caminhos dentro da escola: um deles pretende que crianças e jovens melhorem sua habilidade

25

e, progressivamente, se familiarizem com a literatura e adquirirem o hábito a leitura; no outro, os alunos devem utiliza-la para ter acesso a novos conteúdos de aprendizagem nas diversas áreas que formam o currículo escolar. Não considero muito arriscado afirmar neste contexto que o que se pretende é que se gostar de ler e que se aprenda lendo e que estes objetivos estão igualmente presentes no Ensino Médio. (SOLÉ, 1998, p. 37-38)

Diante do exposto, fica evidenciado que a escola é um ambiente propiciador e

propagador no hábito de estimular a leitura, cabendo ao coordenador trazer ações

que despertem o prazer de ler, principalmente os professores em aguçar os seus

educandos, através de diversas leituras compartilhadas, a levá-los a compreender e

garantir que todos os envolvidos nesse universo de aprendizagem e letramento

passem a gostar e criar o hábito de ler com prazer, com qualidade e diversificar os

vários tipos de leitura são essenciais a sua vida acadêmica, como também o social,

conforme expõe Baldi quando nos diz:

Garantir um momento diário na rotina escolar de “viagem ao mundo da ficção”, criando um outro universo com o qual e no qual (alunos e professora, juntos) estará interagindo por um determinado tempo, um espaço de cumplicidade e imaginação, é o que propõe essa modalidade de leitura, em que a professora lê aos alunos uma determinada obra em capítulos diários. (BALDI, 2009, p. 24)

2.4 ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Diante do que vimos até aqui acerca da leitura e a importância do

Coordenador Pedagógico, do professor e da escola como os maiores estimuladores

nessa prática de ler é que norteia se aqui alguns pontos que ajudará a entender

algumas estratégias que auxiliará na aquisição do hábito da leitura.

Vale lembrar que, a participação da família é extremamente importante para

que haja um desabrochar desse leitor. A criança que entra no universo da leitura

introduzida no seio familiar, possibilita o desenvolvimento de mais habilidade na arte

de ler muito mais do que aquelas que não são estimuladas pelos pais, com nos

auxilia o pensamento de Monteiro:

26

É no seio da família que as primeiras aprendizagens acontecem e onde se estabelecem a modalidade de aprendizagem do sujeito, fator que torna indispensável [...] [...] e é por tudo isso que a “leitura” dessa família é importante como forma de entender o aluno que trabalhamos. (MONTEIRO, 2004, pg. 57)

Diante do visto é que percebemos que a leitura deve ser explorada como uma

atividade prazerosa, aguçando em que vai ler o afeto, a atenção e o

comprometimento para ler mais e com qualidade. Vale lembrar que, para isso é

necessário ter uma aula dinâmica, prazerosa, lúdica e interessante e assim fazer

com que o educando conheça mais sua língua e amplie e enriqueça o seu

vocabulário.

É certo, que o Coordenador Pedagógico atento as dificuldades encontradas

pelos professores e pelos alunos, consiga apresentar sugestões pedagógicas que

possibilite uma dinâmica facilitadora no processo de incentivar à leitura para que os

alunos motivado possam ler mais e com qualidade.

Como consequência a tudo isso, o indivíduo leitor melhora sua comunicação,

expressão e estrutura de suas ideias, passando a produzir com coesão e coerência

tão importante para uma produção escrita.

O aluno motivado e envolvido no ambiente escolar além de facilitar sua

aprendizagem, o contato com a leitura o torna um leitor de vários textos, e assim ele

passa a ter acesso e também a conhecer os mais variados tipos de leitura existente

na sociedade. É nessa variedade de leituras que o professor e em especial da

Língua Portuguesa apresenta várias estratégias com o objetivo de ampliar e

selecionar os diversos tipos de leitura que serão úteis para a sua aprendizagem

pessoal, profissional e para a vida.

Os diferentes objetivos dos leitores em relação à variação dos textos são

fundamentais para diferenciar e selecionar os tipos de leituras que lhe serão úteis

para sua vida diária, como também facilitar os trabalhos realizados por outros

professores na escola conforme apresenta Solé:

1. Ler para obter uma informação precisa; é a leitura que realizamos quando pretendemos localizar algum dado que nos interessa. Este tipo de leitura caracteriza-se pelo fato de que, na busca de alguns dados, ocorre concomitantemente o desprezo por outros. [...] Podemos afirmar que este tipo de leitura caracteriza-se por ser muito seletivo – à medida que deixa de lado grande quantidade de informação como requisito para encontrar as necessárias. [..] Assim, o fomento da leitura como meio para encontrar informações precisas tem a vantagem de aproximá-la de um contexto de uso real tão frequente que nem somo conscientes disso e, ao mesmo

27

tempo, oferecer ocasiões significativas para trabalhar aspectos da leitura, como a rapidez muito valorizados na escola. 2. Ler para seguir instruções: essa leitura é um meio que deve nos permitir fazer algo concreto; ler as instruções de um jogo, as regras de um determinado aparelho, a receita de uma torta, as orientações para participar de uma oficina de experiências etc. [...] A vantagem dessa leitura é que ela é plenamente significativa e funcional, e, além disso, tem a necessidade de controlar sua própria compreensão. 3. Ler para obter uma informação de caráter geral: esta é a leitura que fazemos quando queremos “saber de que trata” um texto, “saber o que acontece”, ver se interessa continuar lendo. [...] Este tipo de leitura, muito útil e produtivo, também é utilizado quando consultamos algum material com propósitos concretos; por exemplo, se precisamos elaborar uma monografia sobre alguma tema, geralmente lemos com todos os detalhes o que nos dizem sobre o mesmo diversas obras e enciclopédias, livros de ficção, etc. Esse tipo de leitura é muito utilizada nas escolas. 4. Ler para aprender: embora, naturalmente, sempre aprendemos com a leitura que realizamos para conseguir outros propósitos [...] vamos tratar de objetivo de “ler para aprender” quando a finalidade consiste de forma explícita ampliar os conhecimentos de que dispomos a partir da leitura de um texto determinado. Esse tipo de leitura geralmente é usado nas escolas e universidades. No caso da leitura, o leitor sente-se imerso em um processo que o leva a se auto interrogar sobre o que lê, a estabelecer relações como o que já sabe, a rever os novos termos, a efetuar recapitulações e sínteses frequentes, a sublinhar, a anotar... 5. Ler para revisar um escrito próprio: É uma leitura crítica, útil, que nos ajuda a aprender a escrever e em que os componentes metacompreensivos tornam-se muito evidentes. No contexto escolar, a auto-revisão das próprias redações escritas é um ingrediente imprescindível em um enforque integrado do ensino da leitura e da escrita, útil para capacitar as crianças no uso de estratégias de redações de textos. 6. Ler por prazer: pouco posso dizer sobre este objetivo, e é lógico, pois o prazer é algo absolutamente pessoal, e cada um sabe como o obtém. Assim, talvez a única coisa a ressaltar neste caso é que a leitura é uma questão pessoa, que só pode estar sujeita a si mesma. 7. Ler para comunicar um texto a um auditório: esse tipo de leitura é própria de grupos de atividades restritos. [...] Sua finalidade é que as pessoas para as quais a leitura é dirigida possam compreender a mensagem emitida, e para isso o leitor pode utilizar toda uma série de recursos – entonação, pausa, exemplos não-lidos, ênfase em determinados aspectos... – que envolvem a leitura em si e que estão destinados a torna-la amena e compreensível. Neste tipo de leitura, os aspectos formais são muito importantes; por isso, um leitor experiente nunca lerá em voz alta um texto para o qual não disponha de uma compreensão, ou seja, um texto que não tiver lido previamente, ou para o qual não dispuser de conhecimentos suficientes. 8. Ler para praticar a leitura em voz alta: na escola este objetivo preside com grande frequência as atividades de ensino de leitura, às vezes mesmo com exclusividade. Pretende-se que os alunos leiam com clareza, rapidez, fluência e correção, pronunciando adequadamente, respeitando as normas de pontuação e com a entonação requerida. É primordial que essa leitura, em um nível secundário acrescente uma compreensão coletiva entre o leitor e o interlocutor. Ademais, essa leitura permite também que o aluno, antes de ler em voz alta, faça uma leitura individual e silenciosa. 9. Ler para verificar o que se compreendeu: ainda que quando enfrentamos um texto tenhamos algum propósito, este pode implicar a compreensão total ou parcial do texto lido, um uso escola da leitura, muito aplicado por outro lado, consiste em que alunos e alunas devam dar conta da sua compreensão, respondendo a perguntas sobre o texto ou recapitulando-o através de qualquer outra técnica. [...] O objetivo dessa

28

leitura é avaliar como foi construído o significado do texto, ler para depois responder a certas perguntas formuladas pelo professor em uma sequência de leitura perguntas e respostas. (SOLÉ, 1998, p. 93-99)

Assim, as estratégias supracitadas não só ajudam os estudantes a entender

as diferentes leituras, mas auxiliam o professor e ao Coordenador Pedagógico a

motivá-los, apresentando o universo literário como o objetivo de que os estudantes

comecem a ler e entender e praticar a leitura a partir do seu conhecimento prévio,

dialogando e interpretando com o texto lido para que se possa alcançar e produzir o

conhecimento.

29

3 PROJETO DE VIVÊNCIA: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA NO PLANEJAMENTO DE AÇÕES NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO Como bem se sabe a leitura é um processo de intimidade e interação entre o

leitor e o texto, e nessa relação acontece o despertar para imaginação,

transformação e informação tão importantes e essenciais na produção e construção

de novos conhecimentos. Freire (1996, p.28) diz “Ao produzir conhecimento novo

supera o outro que antes ultrapassado por outro amanhã”. E é na leitura que

encontramos as ferramentas necessárias para a construção desse novo

conhecimento, como afirma Solé em sua fala na qual diz que:

Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com despreza as habilidades de decodificação e apontar aos textos nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos envolver em um processo de previsão e inferência proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar evidências ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (Solé, 1998, p. 28)

É nesse contexto da leitura e a troca de conhecimento entre o ato de ler e a

construção de novos saberes que surge a necessidade de traçar ações no qual o

professor e alunos consigam nesse universo da leitura sentir o prazer de ler, bem

como criar o hábito da leitura para produzir um novo conhecimento a partir das

leituras obtidas.

Além disso, a importância do coordenador pedagógico é essencial porque ele

consegue não só observar as dificuldades encontradas no ambiente escolar, mas

também de proporcionar ações que possam ser desenvolvidas pelo professor no

despertar da leitura. Lima diz:

Há que se buscar, portanto, um outro olhar acerca da relevância do trabalho do coordenador pedagógico na escola, mediado pelo equilíbrio de suas atribuições como um eixo imprescindível às práticas pedagógicas sistematizadas onde cada um e todos se tornam co-responsáveis pelo processo ensino-aprendizagem. (Lima, 2007, p. 81)

Sistematizar o ensino-aprendizagem é de fundamental importância para

desenvolver as ações planejadas pelo coordenador e professor na relevância de

uma educação de qualidade, tendo como base principal a leitura.

30

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A Unidade Escolar em estudo é o Colégio Municipal Evência Brito, conhecido

na região como – CEB, situada na Rua Salustiano Guerra, nº 245, centro, no

Município de Ribeira do Pombal-Bahia. O Colégio foi criado pela Lei Municipal nº 03

de 06 de julho de 1961 e autorizada o seu funcionamento através da portaria nº

2002, publicada no Diário Oficial do Estado em 11 de setembro de 1971.

A principal criação do colégio foi suprir uma carência que o município tinha,

por não existir na cidade uma escola de primeiro grau. O colégio foi construído numa

área de quase vinte mil metros quadrados, tendo como os maiores responsáveis

pela fundação da Unidade Escolar os filhos ilustres da terra, o Ex-Ministro de

Educação, Minas e Energia e Deputado Federal o Dr. Oliveira Brito, O Sr. Ferreira

Brito prefeito eleito por diversas vezes no Município citado.

No começou, O Colégio Evência Brito não era conhecido assim, porque

recebeu vários outros nomes como: Ginásio Industrial Evência Brito (GIEB), em

seguida Colégio Industrial Evência Brito (CIEB) e por último como conhecemos até

hoje Colégio Evência Brito (CEB) em homenagem a Dona Evência, esposa do

primeiro prefeito eleito na cidade, o Sr. José Domingos Brito, conhecido por todos na

época por Ferreira Brito.

No inicio, o Colégio Evência Brito começou somente com o Ensino

Fundamental, funcionando nos dois turnos: matutino e vespertino, oferecendo

também oficinas de cerâmicas e marcenarias. Por essa razão, na época foi

denominado de Colégio Industrial. Com o passar do tempo, começou a ofertar o

segundo grau, atendendo não só a população local, mas também a circunvizinha,

com os cursos de Técnico em Contabilidade, Magistério do Primeiro Grau e

Formação Geral, passando assim a ser considerado o maior Colégio de toda a

Região.

O Colégio começou com sete salas de aula, auditório e uma biblioteca. Em 54

anos de existência, passou por inúmeras reformas e muito se acrescentou ao seu

patrimônio. Hoje o CEB funciona com 28 salas de aula, 12 banheiros, uma biblioteca

e um auditório, duas salas de coordenação, uma sala de vídeo, uma quadra

poliesportiva e duas quadras descobertas, um infocentro com dez computadores

conectados à internet que atende tanto comunidade externa como a interna, uma

sala de professores, direção, mecanografia, almoxarifado, jardim e secretaria,

31

funcionando nos três turnos: matutino, vespertino e noturno, oferece o Ensino

Fundamental do 6º ao 9º ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA) atendendo a

uma clientela de 2.800 alunos, da zona urbana e rural. Hoje o Colégio tem 120

professores e quase todos eles possuem nível superior, 03 coordenadores

pedagógicos, uma Diretora, três vice-diretores e um total de 70 funcionários para

atender a enorme quantidade de alunos.

A Instituição de Ensino têm como valores propostos a serem desenvolvidos

em toda a comunidade escolar a Ética, Transparência, Solidariedade, Qualidade.

Responsabilidade Social, Inovação, Compromisso, Respeito, Visão Sistêmica,

Melhoramento continuo, Educação centrada na aprendizagem e Foco nos

resultados.

A Organização Curricular do Colégio é composta de uma matriz definida por

uma Base Nacional Comum para todo território nacional, de modo a legitimar a

unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional, a partir das

áreas do conhecimento de Base Comum como: Língua Portuguesa, Matemática,

Ciências, Geografia, História, Educação Física, Arte. Na Base Diversificada temos:

Língua Inglesa, Educação Religiosa e Ecopedagogia.

Com o objetivo de elevar o desempenho acadêmico dos alunos e melhorar as

práticas pedagógicas da escola e o gerenciamento, assegurando o desenvolvimento

pleno da cidadania. Busca proporcionar a excelência em educação como também a

visão de futuro que é ser reconhecida no Município de Ribeira do Pombal como um

Colégio que possibilita um ensino e aprendizagem que favoreça a construção do

conhecimento científico, cultural e social do educando, tornando-os aptos para a

vida em sociedade.

O Colégio ainda tem por missão proporcionar um ambiente que favoreça a

construção de conhecimentos científicos e sociais dos estudantes, através de

profissionais capacitados e aptos para mediar esse processo, bem como, incentivar

a participação efetiva da comunidade escolar no processo de ensino-aprendizagem.

4.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

A escola é um lugar onde se aprende a conviver uns com os outros

respeitando os seus direitos. Isto significa que todos podemos ouvir e ser ouvidos,

32

onde atuam diferentes pessoas e vontades que juntos constituem a comunidade

escolar. Além disso, a escola é um ambiente proporcionador a aprendizagem e a

construção do conhecimento, como também o espaço incentivador a mudança

pessoal e social. De modo geral, a escola está vinculada as realidades simbólicas do

mundo, no qual o aluno consiga constituir-se como sujeito que pensa, sente e

dialoga com essas realidades, conforme nos diz Freire:

“[...] o ato de ler não se esgota da decodificação pura de palavras escritas ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo, a leitura do mundo procede a leitura da palavra (...) linguagem e realidade se prendem dinamicamente”. (FREIRE, 1987, p. 11)

Partindo desse pressuposto é que percebemos que a leitura é uma

ferramenta importante para essa mudança pessoal e social, mas que infelizmente o

seu hábito não é praticado na maioria dos nossos alunos, pois a leitura de mundo

constitui uma gana de conhecimento para a produção do mesmo.

É nesse sentido, que enquanto Coordenador Pedagógico da Instituição de

Ensino, que há uma angústia e preocupação ao perceber a grande quantidade de

alunos que não gosta e nem pratica a leitura. Para isso, é necessário traçar uma

ação que possa propor a leitura como uma fonte inesgotável de conhecimento.

Vale lembrar que, a apatia é muito grande quando os professores solicitam a

leitura como processo de aprendizagem e também do conhecimento. O mesmo

acontece com os alunos do 9º Ano do Colégio Evência Brito, eles na sua maioria

não gostam de ler, muito menos praticar a leitura por prazer. Mas o que fazer para

reverter essa apatia da leitura, hábito que deveria estar presente no seu dia a dia,

desde sua infância e despertado no seio familiar?

Nesse contexto, as constantes dificuldades encontradas pelos professores de

Língua Portuguesa vem aumentando cada vez mais na nossa escola por muita das

vezes obrigarem os alunos a ler por conta do cumprimento da Proposta Curricular do

Colégio. O enfrentamento deles em incentivar e aguçar o hábito da leitura nos

alunos é um processo desafiador, mas que precisa ser praticado para o processo de

construção do conhecimento.

Por sua vez, como Coordenador Pedagógico da escola, busco agir diante dos

professores, um planejamento que possa solucionar a falta de leitura por parte dos

alunos, Orsolon (2002, p. 22) diz que “ é fundamental que o coordenador conheça e

33

se aproprie das dimensões do processo de formação continuada e faça delas o

núcleo de sua ação coordenadora”.

Motivar esses alunos é o grande desafio e o segredo para tornar a leitura uma

ferramenta fundamental na aprendizagem e a produção do conhecimento tão

essencial na vida acadêmica dos estudantes e na sua vida social. De modo geral é

importante propiciar atividades que estimule os alunos a leitura, esse é o grande

desafio, mas precisamos encontrar uma forma de organizar situações do nosso

cotidiano que possa estimulá-los à leitura, conforme aponta Martins:

Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir das situações que a realidade impõe e da nossa atuação nela, quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que nos apresentam – ai então estamos procedendo a leituras, as quais nos habitam basicamente a ler tudo e qualquer coisa. (MARTINS 1998, p. 17)

Nesse sentido, a Coordenação Pedagógica desta Instituição de Ensino tem-

me motivado na preocupação em poder ajudar e orientar os professores, e em

especial o de Língua Portuguesa a planejar ações e estratégias que direcione os

docentes e discentes a mudar a realidade de apatia em relação a leitura.

Uma vez que, a função do coordenador pedagógico é organizar, articular e

acompanhar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola. Este deve orientar a

equipe docente para desenvolver um plano de trabalho, seguindo os objetivos e

metas previstas no Projeto Político-Pedagógico, além de promover ações de

formação continuada, partindo das dificuldades encontradas no cotidiano escolar.

Sendo assim, sabendo da função de coordenar, planejou-se juntamente com

os professores de Língua Portuguesa do nono ano, traçar um Projeto piloto aliado ao

já existente que é o Clube de Leitura para despertar o gosto e hábito da leitura,

tendo como objetivo levar os alunos do nono ano a ler os livros Clássicos de

literatura sem que eles pudessem praticar essas leituras de forma obrigatória ou por

ter de fazer por uma nota, mas que os fizessem de maneira prazerosa. E como

resultado dessas leituras eles produzissem uma ação que levassem os demais

colegas do Colégio a sentir o interesse de ler as obras Clássicas e assim conseguir

bons resultados na aprendizagem em sala de aula, tão importante para todos os

envolvidos no processo da educação.

34

3.3 PROCESSO LABORATORIAL

A prática laboratorial é uma ferramenta indispensável para analisar e coletar

informações necessárias, para tornar um trabalho fidedigno. Luckesi (1992, p. 19)

diz que “o objetivo é o mundo exterior ao sujeito, que é representado em seu

pensamento a partir da manipulação que executa sobre eles”.

Por essa razão, enquanto Coordenador Pedagógico do Colégio Municipal

Evência Brito, resolve-se fazer como metodologia uma pesquisa-ação para

averiguar dos professores quais eram as dificuldades encontradas em sala em

relação à questão da leitura. Sabe-se que uma pesquisa-ação possibilita recolher

informações necessárias para que se possa analisar e agir, buscando soluções em

relação ao problema detectado, nesse sentido Thiollent afirma que:

[...] a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (Thiollent, 1996, p. 14)

Diante do exposto é que percebemos que pela pesquisa-ação, conseguir-se-á

analisar e estudar o problema em questão, tomar decisão e procurar soluções para

sanar as dificuldades encontradas, Thiollente (1986, p. 19) contribui conosco ao

afirma que “[...] pela pesquisa-ação é possível estudar dinamicamente os problemas,

decisões, ações, negociações, conflitos e tomadas de consciência que ocorrem

entre os agentes durante o processo de transformação da situação”.

Assim, nos encontros de coordenação pedagógica do Colégio, foi aplicado um

questionário aos professores de Língua Portuguesa, com o objetivo de saber quais

as ações são desenvolvidas por eles, que buscam despertar, junto aos seus alunos,

o gosto pela leitura como diz Luckesi:

O ato de conhecer é o processo de interação que o sujeito efetua com o objeto, de tal forma que, por recursos variados, vai tentando captar do objeto a sua lógica, a possibilidade de expressá-lo conceitualmente. (LUCKESI, 1992, p. 19)

Se o conhecimento faz do processo de formação do ser humano, é preciso

também usar metodologias que possa facilitar os objetivos a serem alcançados.

35

Objetivos esses que na pesquisa-ação terá que está bem clara para que haja uma

maior facilidade e compreensão das respostas dos pesquisados. Nessa visão

Thiollent diz que:

[...] na pesquisa-ação existem objetivos práticos de natureza bastante imediata: propor soluções quando for possível e acompanhar ações correspondentes, ou, pelo menos, fazer progredir a consciência dos participantes no que diz respeito à existência de soluções e de obstáculos. (Thiollent, 1996, p. 20).

Mediante o exposto do ato de conhecer o trabalho de leitura na disciplina de

Língua Portuguesa, foi feita a pesquisa com quatorze (14) professores para melhor

compreender as ações desenvolvidas em sala de aula em relação à leitura.

Para isso, foi usado como metodologia um questionário (anexo1) com

questões objetivas e abertas para colher informações em relação do contato com o

professor com a leitura, quais as práticas pedagógicas e as suas metodologias

usadas em sala de aula no incentivo e reflexão da leitura, pois sabe-se que todo

trabalho cientifico para que seja bem estruturado e objetivado é necessário antes

pensar nas metodologia que deve utilizar para alcançar um resultado satisfatório na

pesquisa. Nesse contexto, Thiollent afirma que:

Do ponto de vista científico, a pesquisa-ação é uma proposta metodológica e técnica que oferece subsídios para organizar a pesquisa social aplicada sem os excessos de postura convencional ao nível da observação, processamento de dados, experimentação, etc. Com ela se introduz um maior flexibilidade na concepção e na aplicação dos meios de investigação concreta. (Thiollent, 1996, p. 24).

Assim, após aplicação do questionário e análise das respostas, como

resultado do diagnóstico da pesquisa, obteve-se as seguintes informações:

1. Em relação ao tipo de leitura que o professor mais gostava de ler, houve uma

grande variedade de resposta como: clássicos, literatura, livro de ficção, romance,

biografias, contos, revistas, leituras bíblicas, psicológicos, textos científicos, textos

jornalísticos e outros. Assim, percebe-se que os professores tem o hábito de ler uma

variedade de tipos textuais;

2. Já na sua prática pedagógica ao incentivar o hábito da leitura, os professores

disseram que a prática da leitura começa quando ele incentiva os alunos a ler

36

através de rodas de leitura, do início da leitura em sala de aula e de indicar livros

para os alunos desenvolverem nas leituras;

3. Ao planejar as suas aulas de Língua Portuguesa, foi perguntado se ele se

preocupa em esboçar ações prazerosas que visam despertar o hábito da leitura.

Como resultado, eles usam as seguintes atividades: dramatizações, produção de

textos, jogos de adivinha, torta na cara, jogos de mímica, contações de histórias,

indicação de bons livros, criação de histórias, utilização de jornais, revistas, faz roda

de leitura como também pratica a leitura coletiva e oral, premiam alunos que leem

mais num determinado período de mês, visitam a biblioteca da escola e também da

biblioteca municipal, a cada quinze dias pratica o clube de leitura em sala de aula,

faz cruzadinhas e passa ou repassa;

4. Em relação à sua metodologia foi feito um questionamento de qual maneira ele

utilizam para iniciar suas aulas que pudessem despertar junto aos seus alunos o

interesse pela leitura. Como resultado obteve as seguintes respostas: inicia a aula

com contação de histórias, interpretando personagens do livro, faz história

interrompida para que o aluno escreva o final da história, contam história em

quadrinho, utilizam imagens para desenvolver uma história, trabalham com

brincadeiras, músicas e dinâmicas, utilizam os mais variados gêneros textuais, leem

mensagens no início da aula, leem contos, comentam filmes além da conversa

informal sobre determinados assuntos do cotidiano.

Diante da resposta acima citada, a pesquisa possibilitou a compreensão de

como os professores de Língua Portuguesa trabalham o despertar da leitura em sala

com bem afirma Luckesi (1992, p. 18) “o conhecimento, com elucidação da

realidade: é a forma de tornar a realidade inteligível, transparente, clara, cristalina. É

o meio pelo qual se descobre a essência das coisas que se manifesta através de

suas aparências”.

Assim, todo conhecimento é fruto de um grande estudo, pesquisa e muita

leitura, e como coordenador pedagógico atento as necessidades dos professores e

dos alunos percebe assim que, através da pesquisa-ação uma ferramenta

necessária na obtenção de informações que pudesse nortear as práticas

pedagógicas dos professores de língua portuguesa na busca de metodologias e

objetivos que pudessem despertar no aluno o gosto, o prazer e o hábito da leitura.

Thiollent diz que:

37

“Considerando que a pesquisa-ação não é constituída apenas pela ação ou pela participação. Com ela é necessário produzir conhecimentos, adquirir experiências, contribuir para a discussão ou fazer avançar o debate acerca das questões abordadas”. (Thiollent, 1986, p. 22)

E foi assim que, Coordenação e Corpo Docente de Língua Portuguesa

começaram a elaborar e construir o Projeto Intercâmbio de Leitura, traçando os

objetivos geral e específicos, as metodologias como uma ação transformadora que

levasse os alunos a ter o prazer, o gosto pelo hábito da leitura.

3.4 OBJETIVO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

3.4.1 OBJETIVO GERAL

A leitura deve ser vista como uma atividade prazerosa e que possa despertar

no leitor sentimentos de amor, afeto, carinho, atenção e comprometimento entre a

leitura e a sua realidade. Nesse sentido, o objetivo geral é despertar nos alunos do

nono, o prazer de ler várias leituras de clássico da nossa literatura, bem como de

absorver de forma muito especial a possibilidade do acesso à ficção de forma

prazerosa. E assim ao fazer essas leituras dos clássicos, eles possam ascender o

gosto pela viagem literária, pela imersão no desconhecido, explorando as

diversidades de cultura, comportamentos e sentimentos vividos em época passadas.

Enfim, o querer de se deixar transportar para outro tempo e outro espaço, e de

vivenciar uma vida com experiências diferentes do seu dia a dia, além de resgatar o

prazer pelas leituras clássicas como as de: Machado de Assis, José de Alencar e

regionais como Ariano Suassuna os quais são ícones literários brasileiros.

3.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Despertar o gosto e o prazer pela leitura de obras clássicas;

Conhecer as obras clássicas dos grandes autores como: José de Alencar,

Machado de Assis e Ariano Suassuna;

Produzir comentários na roda de conversa durante a aula de língua

portuguesa;

38

Incentivar os alunos a ler, comentando e compartilhando das obras clássicas

no Clube de Leitura;

Produzir textos a partir da leitura dos clássicos;

Redigir e montar peças teatrais da leitura da obra clássica para ser encenada

no final do projeto;

Reconhecer que a leitura é fundamental na vida acadêmica e na preparação

de argumentos e a produção do conhecimento;

Despertar nos alunos o interesse para que possam ler outros clássicos, bem

como outros tipos textuais;

Fazer o intercâmbio da leitura com os alunos da escola Zélia de Brito na

cidade de Tucano-Bahia.

3.5 METODOLOGIA

Com o intuito de promover o despertar e o gosto pela leitura de obras

clássicas, a literatura é uma ferramenta indispensável à vida de qualquer pessoa,

principalmente na dos acadêmicos, ler tem que ser um processo de prazer e

interesse para mergulhar cada vez mais no ato da leitura. Nesse contexto, as

dificuldades encontradas em sala de aula pela apatia dos alunos em conhecer as

obras clássicas dos grandes autores como Machado de Assis, José de Alencar e

Ariano Suassuna no Ensino Fundamental são enormes, por isso houve a

necessidade de inserir a leituras desses clássicos para os nossos alunos,

possibilitando conhecer mais os nossos escritores e as escolas literárias, trazendo

também nesse contexto as leituras de Ariano Suassuna, com o propósito de resgatar

os valores regionais que compõem a nossa sociedade nordestina. Assim, a proposta

de intervenção do projeto será realizada em sete turmas do 9º Ano, nas turmas A, B,

C, D, E, I, J, do Colégio Evência Brito, situado na cidade de Ribeira do Pombal –

Bahia, e fazer um intercâmbio com os alunos do 9º Ano da Escola Professora Zélia

de Brito, situada na cidade de Tucano-Bahia, um projeto intitulado: Projeto

Intercâmbio Cultural Literário. Este projeto constituiu na aplicação de leitura e

exploração das obras Machadianas, Alencariana e Suassuriana: Dom Casmurro,

Helena, Lucíola, Senhora e A Farsa da Boa Preguiça, incentivando assim os alunos

a criar o gosto pela leitura e pela escrita através das ações desenvolvidas em sala

39

de aula e extra-sala. Para a finalização desse projeto, coordenador e os professores,

fizeram um roteiro de apresentações teatrais para que os alunos possam encenar

aos demais as peças teatrais.

3.5.1 PASSO A PASSO

Reunião do Coordenador Pedagógico e professores para elaboração

da Proposta de Intercâmbio de Leitura;

Encontro com o coordenador pedagógico e os professores para

elaborar um cronograma do planejamento do inicio ate a finalização

das peças teatrais;

Elaboração de uma lista contendo vários títulos de obras feitas pelo

coordenador pedagógico e os professores para apresentar como

sugestão na escolha dos livros que os alunos gostaria de ler;

Leitura e estudo da obra escolhida pelas turmas;

Promover encontros quinzenais do Coordenador Pedagógico e os

professores para discussão de como serão produzidos as peças

teatrais;

Resumo por capítulo da obra feito pelos alunos sobre o

acompanhamento do professor e a revisão do Coordenador

Pedagógico;

Contexto histórico de cada obra, ligada a Escola literária feita pelos

professores;

Intercâmbio Literário – apresentações escrita das peças teatrais

elaboradas pelos alunos sobre o livro lido aos professores e o

Coordenador Pedagógico;

Elaboração e revisão das peças de teatro feita pelo coordenador

pedagógico e os professores – texto dramático, realizado pelos alunos

após os comentários da obra lida;

Distribuição do cenário, figurino, publicidade para divulgação das peças

feita pelos professores.

40

Apresentação das peças feita pelos alunos sob a supervisão do

Coordenador Pedagógico e os professores.

3.5.2 CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÃO DAS PEÇAS TEATRAIS

1º dia: 17/09/2015

9ª A – Dom Casmurro: 17/09/15 7:30 h às 8:20 - (Anexo 2) 1ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação

9º C – A Farsa da Boa Preguiça: 17/09/15 8:20 h às 9:10 (Anexo 3) 2ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação

Intervalo: 9:30 – 9:50

9º E – Dom Casmurro: 17/09/15 9:50 h às 10:40 - (Anexo 4) 3ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação

9º B – Lucíola: 17/09/15 10:40 h às 11:30 – (Anexo 5) 4ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação Nesse horário vai levar a turma do 8º ano C: 10:40 à 11:30 2º dia: 11/09/2015

9º I – Dom Casmurro: 18/09/15 7:30 h às 8:20 - (Anexo 6) 1ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação. 9º D – Helena: 18/09/15 8:20 h às 9:10 – (Anexo 7) 2ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação

Intervalo: 9:30 – 9:50

9º J – Dom Casmurro: 18/09/15 9 h às 9:50 ÀS 10:40 3ª apresentação: 30 minutos – para a apresentação + 20 minutos para arrumação

41

3.6. CRONOGRAMA DAS AÇÕES

ATIVIDADE

M

A

R

Ç

O

A

B

R

I

L

M

A

I

O

J

U

N

H

O

J

U

L

H

O

A

G

O

S

T

O

S

E

T

E

M

B

R

O

O

U

T

U

B

R

O

Conversa informal do coordenador com os professores

para elaboração da proposta de leitura.

X

Elaboração do Projeto: Intercâmbio Cultural Literário X

Levantamento de obras literárias para a escolha dos livros

a serem lidos. X

Apresentação e escolha das obras a serem lidas pelos

alunos em sala. X

Encontros do coordenador e professores para socializar

as leituras das obras literárias feitas pelos alunos. X X X X

Momentos de ler, compartilhar e comentar a leitura das

obras literárias. X X X

Elaboração da escrita das peças teatrais. X

Escolha dos elencos, cenógrafos e figurinos. X

Período de ensaios das peças, sob o olhar do

coordenador e dos professores. X X X

Produção e divulgação das peças na comunidade escolar,

feita pelo coordenador, professores e alunos.

X

Apresentação das peças ao público do Colégio Evência

Brito e convidados. X

Apresentação especial aos alunos da Escola Zélia de

Brito da cidade de Tucano-Bahia. X

Visita do coordenador, professores e os alunos à cidade

de Tucano para assistir as peças dos alunos da Escola

Zélia de Brito.

X

42

3.7 CONCLUSÃO

A leitura no espaço escolar tem como meta oportunizar aos alunos um

conhecimento e formação na sua trajetória acadêmica, por isso que é fundamental

criar e despertar ações que o levem a praticar constantemente o hábito da leitura

sem que o faça de maneira imposta.

A prática da leitura torna os alunos pessoas mais críticos e conscientes do

seu papel na sociedade, além de desenvolver reflexões tão essenciais na

preparação de um individuo que pensa, age e contribui para a transformação do

meio social. Ler é uma atitude e uma fonte inesgotável de conhecimento, prazer e

interação entre o texto e sua leitura para que ele possa cada vez mais viajar no seu

conhecimento de mundo, Martins afirma que:

... a leitura se realizar a partir do diálogo do leitor com o objeto lido – seja escrito, sonoro, seja um gesto, uma imagem, um acontecimento. Esse diálogo é referenciado por um tempo e um espaço, uma situação; desenvolvido de acordo com os desafios e as respostas que o objeto apresenta, do prazer das descobertas e do reconhecimento de vivência do leitor. (MARTINS, 1998, p. 33)

É nesse contexto de reflexão, de agir e pensar na busca de conhecimentos,

principalmente em relação à leitura, a presença do Coordenador Pedagógico na

Unidade Escolar é de suma importância para o acompanhamento da aprendizagem

e a formação dos alunos, como também auxiliar a prática pedagógica do professor,

é que nasce o desejo de mudar e transformar as ações da escola.

Mudança essa, é que faz do Projeto Vivencial um instrumento de ação e

reflexão na busca de melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem de todos os

envolvidos no processo educacional. O projeto aplicado contribui para despertar o

interesse, o hábito e o prazer da leitura, levando cada vez mais os alunos do Colégio

Evência Brito a praticar a leitura com uma ferramenta inesgotável de conhecimento e

produção para a vida acadêmica.

É certo que a leitura é um universo que nos mantém ativamente ligado ao

nosso imaginário, bem como fortalecer a nossa criatividade, imaginação e

argumentação tão essenciais para uma aprendizagem de qualidade. Assim sendo, a

aplicação desse Projeto intitulado de Intercâmbio de Leitura permitirá aos alunos do

Colégio conhecer e fazer uma viagem através das obras clássicas da nossa

43

Literatura ao conhecer as leituras de Machado de Assis, José de Alencar e de

Ariano Suassuna, bem como despertar o gosto, o interesse e o prazer de ler não só

os livros clássicos, mas de saborear outras leituras tão importantes para sua vida

estudantil, percebendo que a leitura é um ato de interação e intimidade entre o leitor

e o texto, dialogando constantemente para produzir o novo conhecimento. Nessa

relação de intimidade do leitor com o texto, Kleiman aponta que:

A ativação do conhecimento prévio é, então, essencial à compreensão, pois é o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer as inferências necessárias para relacionar diferentes partes discretas do texto num todo coerente. Esse tipo de inferência, que se dá como decorrência do conhecimento de mundo e que é motivado pelos itens lexicais no texto é um processo inconsciente do leitor proficiente. (KLEIMAN, 2002, p. 25)

É nesse contexto de interação e do conhecimento do mundo que a leitura

passa a ser um instrumento de prazer, interesse e gosto, despertando os nossos

alunos a buscar cada vez mais novas leituras, produzir mais conhecimento,

criticidade e consciência. Ler torna-se dessa forma semente de transformação

social.

Diante do que foi exposto, percebe-se o quanto foi importante aplicar e

vivenciar esse Projeto Vivencial para fortalecimento das expectativas diante das

dificuldades encontrada em relação à leitura. E assim, poder apresentar uma pratica

inovadora que pudesse corresponder positivamente na realização do Projeto

Intercâmbio de Leitura, com afirma Orsolon:

Ao propor uma prática inovadora, é preciso que o coordenador as conecte com as aspirações, as convicções, os anseios e o modo de agir, pensar dos professores, para que estas tenham sentido para o grupo e contem com sua adesão. (ORSOLON, 2002, p. 23)

Assim, percebe-se o quanto é relevante como coordenador pedagógico estar

atento as situações que surgem na prática do professor, no seu modo de agir e

pensar em sala, na relação com os alunos para que juntos possamos traçar ações

que renovem e transforme a realidade escolar como aconteceu com os alunos do

nono ano em querer praticar a leitura, pelo simples fato de serem despertados e

motivados através da aplicação do Projeto Intercâmbio de Leitura.

44

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas páginas iniciais deste presente material, foi abordado um breve histórico

sobre o surgimento da leitura a partir do homem primitivo. A importância de poder

conhecer esse contato do homem com a leitura é de fundamental necessidade para

perceber que através do ato de ler possa compreender a sua evolução enquanto ser

que pensa, constrói e convive em no meio social. Segundo Lajolo:

Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se a ler à medida que se vive. Se ler livros geralmente se aprende nos bancos da escola, outras leituras se aprendem por ai, na chamada escola da vida: a leitura do vôo das arribações que indicam a seca – como sabe que lê Vidas Secas de Graciliano Ramos – independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação com o mundo das coisas e dos outros. ( LAJOLO, 1994)

Vale lembrar que, temos na escola a principal função de ensinar a ler, pois

sabemos que no ambiente escolar é o lugar onde se constrói e produz

conhecimentos, tonando os seres humanos aptos a evoluir durante a sua

convivência em sociedade.

Diante do que vimos é que percebe-se que a leitura é um dos pilares na

constante evolução da educação escolar, porque é neste ambiente onde acontece a

formação integral de grandes leitores. E quem contribui para esse despertar do

gosto, do prazer, de torna-se um amante leitor, esta a figura do professor e em

especial da Língua Portuguesa, por ser ele o principal responsável pela aquisição da

leitura na vida dos alunos e fazer o elo entre o aluno e o objeto de leitura.

Além disso, percebemos que a importância do Coordenador Pedagógico na

Instituição de Ensino é de suma importância, pois é ele um dos responsáveis no

acompanhamento da aprendizagem dos alunos, também é de sua função orientar,

organizar, articular e acompanhar as ações pedagógicas desenvolvidas pela escola,

devendo orientar a equipe docente para desenvolver o plano de trabalho, seguindo

os objetivos e metas previstas no Projeto Politico Pedagógico. Ainda o coordenador

pedagógico necessita promover ações de formação continuada, partindo das

dificuldades encontradas no cotidiano escolar, como bem afirma Orsolon (2002, p.

22) “o coordenador media e saber, o saber fazer, o saber ser e o saber agir do

professor”.

45

Nesse sentido, o coordenador pedagógico também é de sua responsabilidade

agir na prática do professor, para que ele desperte no aluno o prazer e o desejo de

construir o conhecimento além de leva-lo a aquisição do gosto e o hábito da leitura.

Diante do que foi visto sobre os professores e em particular o de Língua

Portuguesa um dos maiores responsáveis em aguçar o interesse, o gosto e hábito

pela leitura, porque ele é o conhecedor da nossa língua maternal, como também é o

amante das obras literárias. Este faz com que os alunos percebam que o

conhecimento e aprendizagem acontecem com maior facilidade a partir do momento

que eles compreendam que através da leitura é que se chega e pratica os saberes.

Saber esse que são essenciais na vida social do indivíduo em processo de

formação.

Vale lembrar que a leitura tem um poder imensurável na vida de quem a

pratica diariamente, por tonar a pessoa mais livre, crítica de todos os preconceitos,

da escravidão, da exclusão e da ignorância praticada pela nossa sociedade. O ato

de ler torna o indivíduo liberto do próprio pensamento humano, para que assim ele

possa produzir novos conhecimentos a partir do já existente.

Nesse sentido, para melhor compreender a leitura, vimos no decorrer do

trabalho, a importância de conhecer as estratégias de leitura tão necessária ao

professor por nortear e auxiliar os alunos na compreensão da leitura, conforme

afirma Solé (1998, p. 24) “para ler, é necessário dominar as habilidades de

decodificação e aprender as distintas estratégias que levam à compreensão...”.

Lembramos também que é a família que se começa o primeiro contato com a

leitura. O seio familiar é extremamente importante em apresentar as primeiras

leituras para que o sujeito possa desenvolver uma melhor capacidade de absorver e

compreender o universo ao seu redor.

Para nos ajudar ampliar o interesse e o gosto pelo ato de ler, apresentamos

os diferentes objetivos da leitura de Isabel Solé, nos quais apresentam diversos tipos

de textos como instrumentos de compreender os mais variados tipos de leituras e

sua finalidade. Segundo Solé:

Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apóia na informação proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar

46

evidência ou rejeitar as previsões e inferências antes mencionadas. (SOLE, 1998, p. 23)

Sendo assim, o questionário aplicado aos professores de Língua Portuguesa

pudesse garantir um feedback e chegasse a um resultado satisfatório, foi

apresentado um Projeto de Vivência, intitulado de Intercâmbio Literário Cultural,

onde conhecemos ações que levaram os alunos do nono ano do Colégio Municipal

Evência Brito a praticar de forma prazerosa a leitura, principalmente conhecer e

saborear das grandes obras de Machado de Assis, José de Alencar e Ariano

Suassuna.

Assim, praticar a leitura nos possibilita compreender o imaginário e manter

ativamente ligados a criatividade e argumentação tão necessária ao conhecimento

humano. Por fim, percebe-se que o universo da leitura não se esgota por aqui, pois

sabe-se que há mais outras possibilidades que ajudará a entender que é a leitura a

principal fonte de enriquecimento pessoal e social na vida de qualquer ser humano

em processo evolutivo.

Dessa forma, e preocupado com a prática e ações desenvolvidas pelos

professores, bem como na aprendizagem dos alunos, percebe-se que aplicação

desse projeto, houve grande avanço e melhoria nas ações do ensino da escola,

principalmente em relação ao despertar o prazer e o gosto pela leitura, uma vez que,

Coordenador Pedagógico é um profissional importante na dinâmica da escola, suas

contribuições e ações voltadas a prática do professor influenciam no ensino de

qualidade, e como consequência os alunos constroem seus conhecimentos de forma

mais consciente, concomitante com o aprendizado que adquiriram.

Diante de que se vê até aqui, o que esperamos desse trabalho é que

contribua para uma educação mais consciente e de qualidade, na busca de ampliar

os saberes do ser humano, tendo como foco o despertar do gosto, do prazer e o

hábito da leitura através desse Projeto de Intercâmbio de Leitura Cultural, bem como

as ações do coordenador pedagógico associado às práticas do professor.

Este material está sujeita a novas descobertas, estratégias, visões, verdades

a serem adicionadas como diz Freire (1996, p. 28) “ao ser produzido, o

conhecimento novos supera a outro que antes foi novo e se fez velho e se “dispõe” a

ser ultrapassado por outro amanhã”.

Portanto, não só serve para os coordenadores pedagógicos e os professores

em geral, mas também podem despertar outras áreas do conhecimento como a

47

Filosofia, Sociologia, as Artes e ao professor de Teatro, por fazer compreendê-los

porque vem aumentando o número de alunos que chegam às escolas sem ter hábito

e o interesse de praticar a leitura. Mas, que sirva como um apoio, sugestivo de

ideias para que possam surgir novos projetos voltados ao despertar, do ato de ler

tão essencial ao homem.

48

REFERÊNCIAS

BALDI, Elizabeth. Leitura nas séries iniciais: uma proposta para formação de leitores de literatura. Porto Alegre: Editora Projeto, 2009. BRAGA, Reina Maria. Construindo o leitor competente: Atividade de leitura interativa para a sala de aula. São Paulo. Ed. São Paulo: 1985. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1997.

______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ______.Pedagogia do oprimido.11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: o que é preciso saber para bem escrever. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

HOUAISS, Antônio. Dicionário prático da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2010.

INFANTE, Ulisses. Texto: Leitura e escrita. São Paulo: Scipione, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 8ª ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2002. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para leitura do mundo. 6. ed. São Paulo: Ática, 1994.

LIBÂNEO, J. C. Didática. 1. ed. São Paulo: Cortez, 1994.

LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos Santos. O Coordenador Pedagógico na educação básica: desafios e perspectivas. Educere et Educare: Revista de Educação, Cascavel-PR, v. 2, n. 4, p. 77-90, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://goo.gl/jEQY33>. Acesso em: 12 mar. 2015.

LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete Silva. Introdução à filosofia. Salvador: Edufba, 1992.

MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 2ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MONTEIRO, Mara M. Leitura e escrita: uma análise dos problemas de aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

49

NEVES, Iara Conceição Bitencourt; SOUZA, Jussara Vieira; SCHÄFFER, Neiva Otero; GUEDES, Paulo Coimbra; KLÜSENER, Regina. Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 6ª ed. Porto Alegre: Editora da UFRCUS, 2004. ORSOLON, Luzia A. M. O coordenador/ formador como um dos agentes de transformação da/na escola. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (Org.). O Coordenador pedagógico e o espaço de mudança. 2ª Ed. São Paulo: Loyola, 2002. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 2ª ed. São Paulo, Cortez, 1986. VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas-SP. Papirus, 1995.

ZILBERMAN, Regina: SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura perspectiva interdisciplinar. 5ª ed. São Paulo: Ática, 2004.

50

ANEXOS

51

ANEXO 01

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

Prezado Professor(a):

Estou em processo de produção do meu Trabalho de Curso de Especialização em

Coordenação Pedagógica – TCC/AC e gostaria de contar com sua colaboração em responder

ao Questionário abaixo apresentado. Tem por objetivo o referido Questionário identificar

quais as ações desenvolvidas pelo professor de Língua Portuguesa que buscam despertar,

junto aos sues alunos, peço-lhe que seja o mais fidedigno possível ao responder as questões

constantes no Questionário favorecendo-me aprofundar meus argumentos numa Proposta de

Intervenção, envolvendo a temática em questão a ser apresentada à Rede Municipal de

Ensino. Agradecendo desde já a sua colaboração informo garantir pela preservação da

identidade das respostas apresentadas.

QUESTIONÁRIO 01

1. Você tem o hábito da leitura?

( ) Sim ( ) Não

1.1 - Qual o tipo de leitura que você aprecia? ______________________________________

__________________________________________________________________________

2. Sua prática pedagógica incentiva ao hábito da leitura?

( ) Sim ( ) Não

2.1 - Como? _________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

3. Ao planejar suas aulas de Língua Portuguesa, você se preocupa em esboçar ações

prazerosas que visem despertar o hábito da leitura?

( ) Sim ( ) Não

3.1 – Cite quatro (04) dessas ações: ______________________________________________

___________________________________________________________________________

4. Você costuma utilizar algum(ns) tipo(s) de metodologia(s) no início das suas aulas de

Língua Portuguesa que tenha por objetivo despertar, junto aos seus alunos, o interesse pela

leitura?

( ) Sim ( ) Não

4.1- Quais são essas metodologias? _____________________________________________

___________________________________________________________________________

52

ANEXO 02

53

9º ANO A ANEXO 03

9º ANO C

54

ANEXO 04

9º ANO E

55

9º ANO E

56

ANEXO 05

9º ANO B

57

ANEXO 06

9º ANO I

58

9º ANO I

59

ANEXO 07

9º ANO D

60

9º ANO D

61

APRESENTAÇÃO DA PEÇA DOM CASMURRO

APRESENTAÇÃO DA PEÇA FARSA DA BOA PREGUIÇA

62

APRESENTAÇÃO DA PEÇA DOM CASMURRO

APRESENTAÇÃO DA PEÇA LUCÍOLA

63

APRESENTAÇÃO DA PEÇA HELENA

APRESENTAÇÃO DA PEÇA HELENA

64