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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3 CÍNTIA RODRIGUES OLIVEIRA O COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUA ATUAÇÃO NA UNIDADE ESCOLAR Salvador 2015

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1

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICAPÚBLICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3

CÍNTIA RODRIGUES OLIVEIRA

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUA ATUAÇÃO NA UNIDADE ESCOLAR

Salvador2015

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CÍNTIA RODRIGUES OLIVEIRA

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUA ATUAÇÃO NA UNIDADE ESCOLAR

Projeto Vivencial apresentado ao Programa NacionalEscola de Gestores da Educação Básica Pública,Faculdade de Educação, Universidade Federal daBahia, como requisito para a obtenção do grau deEspecialista em Coordenação Pedagógica.

Orientadora: Profa. Especialista Anita dos Reis deAlmeida.

Salvador2015

3

CÍNTIA RODRIGUES OLIVEIRA

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E SUAATUAÇÃO NA UNIDADE ESCOLAR

Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau deEspecialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola deGestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.

Aprovado em ___ de janeiro de 2016.

Banca Examinadora

Primeiro Avaliador. Anita dos Reis de Almeida

Segundo Avaliador. ___________________________________________________

Terceiro Avaliador. ____________________________________________________

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Dedico este trabalho a Deus, minha família (Dalva, João Gualberto, Cícero, Maria de

Loreto).

Ao grupo Fonte Viva.

A Ana Cristina, Fernanda e Ednalva, companheiras dessa caminhada.

A professora Anita dos Reis de Almeida, minha orientadora.

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AGRADECIMENTOS

Ao Senhor e Deus da minha vida, por me conceder a graça da sabedoria e do

entendimento a cada novo desafio proposto.

Ao meu pai João Gualberto (in memoriam), a minha mãe Dalva e aos meus

irmãos pelos incentivos em todos os aspectos da minha vida e principalmente nesta

etapa vivenciada.

Aos meus amigos do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

(CECOP) e os fora deste universo, o meu carinho por me ajudarem nesta jornada.

A minha querida e especial Orientadora, por me acolher, incentivar e muito

ensinar, com seu jeito único, particular, com muita determinação e incentivo de

ajudar no meu crescimento, bem como chegar ao meu objetivo, obrigada.

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação.

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A coragem, no seu processo de aperfeiçoamento interminável,

não teme as mudanças nem se esquiva de tentar novas formas

de crescimento, buscando, dessa maneira, paradigmas ainda

não experimentados. (Schettini, 2008, p; 13).

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OLIVEIRA, Cíntia Rodrigues. O coordenador Pedagógico e sua atuação naunidade escolar. Projeto Vivencial (Especialização) – Programa Nacional Escola deGestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

RESUMO

O presente trabalho busca compreender a importância do coordenador pedagógicoe sua atuação na unidade escolar. Tendo como finalidade de investigar se a atuaçãodo coordenador pedagógico tem contribuído com a prática pedagógica do professor.Espera-se que essa reflexão colabore para melhorar a prática pedagógica nocontexto escolar. Trata-se de uma pesquisa-ação, cujo procedimento metodológicoenvolveu a entrevista com os professores e coordenador. Todo esse trabalho temembasamento teórico dos seguintes autores: Almeida e Placco (2013); Farias(2011); Placco e Souza (2012); Zabala (1998), dentre outros. Dessa maneira,percebemos que a atuação do coordenador pedagógico na instituição escolar é defundamental importância, mas deixando nítido que cada profissional necessitarealizar de forma significativa o seu papel.

Palavras-chave: Coordenador Pedagógico, Prática pedagógica, Aprendizagem.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEB

CECOP

Centro de Educação Básica

Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica

CP Coordenador Pedagógico

INEP

PNAIC

Instituto Educacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

UATI Universidade Aberta a Terceira Idade

UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana

UFBA Universidade Federal da Bahia

UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................10

1 MEMÓRIAS TEM CHEIRO, COR E SABOR..........................................................12

1.1 VIDA ACADÊMICA................................................................................................12

1.2 VIDA PROFISSIONAL..........................................................................................15

1.3 EXPECTATIVAS...................................................................................................16

2 CAMINHOS DE REFLEXÃO...................................................................................17

3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................................27

3.1 A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO

ESCOLAR...................................................................................................................27

3.2 CONTEXTO QUE ENVOLVE A ESCOLA............................................................27

3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA.............................................................28

3.4 OBJETIVOS DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO..............................................28

3.4.1 Objetivo Geral...................................................................................................28

3.4.2 Objetivos Específicos......................................................................................29

3.5 METODOLOGIA....................................................................................................29

3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.....................................................30

3.7 CRONOGRAMA DAS AÇÕES..............................................................................36

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................38

REFERÊNCIAS...........................................................................................................40

APÊNDICE A..............................................................................................................42

APÊNDICE B..............................................................................................................43

ANEXOS.....................................................................................................................44

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INTRODUÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso/Projeto Vivencial tem como intuito

refletir sobre a importância do trabalho desenvolvido pelo coordenador pedagógico,

bem como seu fundamental papel na instituição escolar em que atua, e a forma

como este profissional poderá contribuir para melhoria da prática pedagógica do

professor. Esse trabalho será apresentado ao curso de Especialização em

Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal da Bahia.

Desse modo, o interesse por esse assunto surge pela observação que faço

enquanto coordenadora pedagógica que acompanha as turmas do Ciclo da

Alfabetização e o quanto me inquieta perceber que as formações tão somente não

dão conta de mudar a prática do professor, além de existir o questionamento dos

professores em relação à função e atuação do coordenador pedagógico na

instituição escolar.

O que nos levou a questionar: De que forma, a atuação do coordenador

pedagógico tem contribuído para mudança da prática pedagógica do professor ou

não, ou se é necessário mais elementos para que essa mudança aconteça.

O propósito desse estudo é refletir sobre a importância do trabalho

desenvolvido pelo coordenador pedagógico, bem como seu fundamental papel na

instituição que atua e a forma como este profissional poderá contribuir para melhoria

da prática pedagógica do professor.

Pensar na figura do coordenador pedagógico é também, compreender o

desafio de sua função e as demandas que competem ao mesmo, para que sua

atuação não esteja longe da figura do articulador das ações pedagógicas no âmbito

escolar e contribuindo para que a aprendizagem aconteça de forma significativa no

processo ao qual esteja inserido.

Ser educador dos professores é uma tarefa colocada em segundo plano nocotidiano adverso da maioria das escolas. O imediatismo das respostas aossistemas, a burocratização dos documentos e de ações, a hierarquizaçãodas relações, as vaidades pessoais, as queixas salariais e as condiçõesprecárias de trabalho ameaçam permanentemente a educação que se dá naescola, paradoxalmente em um espaço programado para a educação. O sereducador exige dos coordenadores uma análise cuidadosa sobrepressupostos, procedimentos e instrumentos utilizados para a comunicaçãoque garanta crescimento intelectual, afetivo e político dos professores e dospróprios coordenadores também. (BRUNO e CHRISTOV, 2013, p. 81).

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Existem algumas estruturas já definidas nas instituições escolares que não

contribuem para a realização do trabalho do coordenador pedagógico de forma

efetiva. A atuação do coordenador deve perpassar pela avaliação cautelosa dos

elementos que devem estar inclusos em sua prática diária de forma a contribuir com

o grupo de trabalho.

Os saberes que os coordenadores trazem e constituem no processo

educacional, é de fundamental importância como também os questionamentos que

devem ser feitos pelos mesmos, quanto aos instrumentos utilizados se tem

contribuído para o crescimento dos educadores.

O trabalho do coordenador pedagógico deve ser pautado na pesquisa

constante, pois necessita compreender os desafios de sua atuação e direcionar

dessa mesma forma os professores a serem pesquisadores por natureza, das reais

necessidades que contemplam a sua prática educativa.

Ainda queremos lembrar que os coordenadores educadores/pesquisadoressão também animadores de almas, com o desafio de encher os corpos dosprofessores de vontade ética, aquela que faz cada pessoa querer o melhorpara todas as pessoas. Isso requer mais que o preparo das reuniões decoordenações. Requer o preparo de si mesmo, espiritual e emocionalmente,para estar com o grupo, inteiramente entregue aos questionamentos ebuscas. Para entregar-se ao aprendizado da coordenação. (BRUNO eCHRISTOV, 2013, p. 90).

A atuação dos diversos profissionais envolvidos no âmbito educacional requer

um comprometimento e consciência dos desafios diários da sua prática. Dessa

maneira, o coordenador pedagógico necessita compreender os campos que

envolvem a teoria e a prática, bem como as relações humanas fundamentais no

desenvolvimento significativo do seu trabalho.

Assim, a organização desse trabalho, traz em seu primeiro capítulo o

memorial em que aborda percursos da minha vida profissional, acadêmica e

pessoal. O segundo capítulo refere-se a fundamentação teórica, perpassando sobre

os teóricos que dialogam com esse tema. O terceiro capítulo diz respeito à proposta

de intervenção que traz uma análise sobre a atuação do coordenador pedagógico na

instituição e o desenvolvimento da prática pedagógica do professor em sala de aula,

por meio da metodologia utilizada.

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1 MEMÓRIAS TEM CHEIRO, COR E SABOR

Pensar sobre o memorial e sua importância, bem como a sua construção, é

da vida a um instrumento riquíssimo, que permite narrar às experiências vivenciadas

a luz da reflexão.

Um Memorial consiste no registro de uma trajetória vivida. É o resultado deuma narrativa da própria experiência ou de outros, a partir de fatossignificativos privilegiando a dimensão reflexiva. Uma metáfora interessantepara compreender esse sentido é dizer que é como “olhar a experiênciapelo retrovisor”, que permite enxergar determinadas dimensões da realidadevivida. (BRASIL, 2008, p. 8).

Assim, essa escrita é um exercício reflexivo de grande valor e tem como

objeto de estudo a atuação do coordenador pedagógico na escola, que está

intimamente relacionado com as experiências que vivenciei no decorrer da

caminhada de trabalho, estudo e principalmente enquanto coordenadora

pedagógica.

Pontuo o memorial, de fundamental valor na reflexão de toda história

construída e do que ainda está sendo a partir desse momento. Dessa forma, esse

memorial do Curso de Pós-Graduação em Coordenação Pedagógica pela

Universidade Federal da Bahia tem o intuito de rememorar e refletir sobre minha

trajetória profissional, pessoal e acadêmica com foco na atuação do Coordenador

Pedagógico.

1.1 VIDA ACADÊMICA

Sou Cíntia Rodrigues Oliveira, a filha mais nova dos 04 filhos que meus pais

tiveram, nasci em Feira de Santana, mas morei até os 03 anos de idade na zona

rural do município de Serra Preta – BA, por não ter quem me levasse para escola,

pois meus irmãos passavam a semana na casa de meus avôs, na cidade de

Anguera - BA, para dar continuidade aos estudos, minha mãe então decidiu se

mudar para Anguera também, onde resido nos dias atuais.

Assim que cheguei à cidade de Anguera, fui matriculada e comecei a estudar

na Escola de Educação Infantil “Começo de Vida” do município. Cursei o

Fundamental I na Escola Municipal Érico Sofia Brandão, o Fundamental II na Escola

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Estadual Arthur Vieira de Oliveira e o Ensino Médio (Magistério) na Escola Professor

Áureo de Oliveira Filho. Lembro-me dos excelentes professores desse período e que

contribuíram de forma impactante durante todo período de aula, mas principalmente

no processo de estágio em sala de aula, me proporcionando clareza sobre o

exercício de ser professor e contribuir com o processo educacional.

No ano de 2000 conclui o Ensino Médio e no início de 2001 comecei a

lecionar em uma turma de 5ª série, paralelo a esse momento, prestei alguns

vestibulares, mas tinha dúvida se era esse mesmo o caminho a seguir, de ser

professor. Depois de alguns anos lecionando, fui percebendo que de fato era esse o

caminho.

No ano de 2008, incentivada pela minha irmã que também é professora,

prestei vestibular para Pedagogia na Universidade Estadual de Feira de Santana

(UEFS), e passei, comecei a estudar no segundo semestre desse mesmo ano.

Esse curso foi um divisor de águas em minha vida, pois, durante esse

período, decidi não ficar só em sala, claro que os componentes curriculares eram

excelentes e fundamentais para minha formação e muitas foram às aprendizagens,

como no caso das disciplinas de Gestão e Organização de Instituições Educativas e

Saberes Escolares e Práticas Docentes, em que abordavam de forma fundamental a

importância da figura do Coordenador Pedagógico no espaço escolar e foi um dos

elementos decisivos para o objeto de estudo desse trabalho, mas desejava romper

com os muros de sala de aula e participar de grupos de estudos, bolsa de extensão,

dentre outras oportunidades que surgissem.

Participei de muitos seminários, oficinas, viajem de campo, grupo de estudo

voltado para 3ª Idade. Em 2010 fiz seleção e passei a ser bolsista do Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID-UEFS. Fui desenvolver as

atividades do programa na Escola Estadual Hilda Carneiro, com alunos do

Fundamental I e depois na Escola Durvalina Carneiro.

Ao mesmo tempo produzia artigos, resumos, resumos expandidos e sempre

enviava os trabalhos para apresentar nos eventos da própria instituição, bem como

em outras, no intuito de aprender sempre mais, de ouvir outras experiências e

crescer enquanto estudante e pessoa. Foi o caso da experiência riquíssima de

ministrar a oficina: “os desafios do jogar e recrear na terceira idade” para SBPC / IV

Seminário de Pesquisa do Recôncavo da Bahia na Universidade Federal do

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Recôncavo da Bahia - UFRB, Campus de Cruz das Almas, em 17 de setembro de

2010.

Também fui voluntária da Universidade Aberta a Terceira Idade – UATI/UEFS,

onde participava do grupo de estudo sobre essa temática e desenvolvia a oficina de

Jogos Recreativos com os idosos. Essa foi outra experiência gratificante e

enriquecedora em minha vida de forma geral. A partir dessa oficina escrevi meu

trabalho de conclusão de curso sobre “Praticar e Partilhar: influência da dinâmica de

grupo na terceira idade”.

Depois da conclusão da Licenciatura em Pedagogia no final do ano de 2012,

comecei a fazer uma Pós-Graduação em Psicopedagogia, no Núcleo de Pós-

Graduação Gastão Guimarães - Fundação Viscondi de Cairu, no segundo semestre

do ano de 2013 e a cada aprendizagem, desafio, percebia os caminhos que me

moviam, os assuntos e discussões que mais me mobilizavam, que eram as

discussões sobre a Coordenação Pedagógica, bem como o respeito às relações

humanas fundamentais nesse processo.

Quando estava decidida a fazer Pós-Graduação em Coordenação

Pedagógica nessa mesma instituição, fui contemplada com o ingresso nesse curso

em 2014, foi e está sendo um grande desafio, mas ao mesmo tempo motivo de

muita alegria e de muitas aprendizagens, que tem contribuído de forma significativa

na minha atuação enquanto Coordenadora Pedagógica, pois, tem possibilitado

refletir sobre os desafios e caminhos possíveis nesse processo, bem como repensar

minha prática e redirecionar de forma que possa contribuir na prática pedagógica

dos professores e por consequência na aprendizagem dos alunos.

Neste caso, como agente responsável pela formação continuada deprofessores, o coordenador pedagógico deve sensibilizar seu saber-fazer demaneira a não unilateralizar as tomadas de decisão, como se tivesse todasas respostas para os encaminhamentos pedagógicos e resoluções deconflitos que inquietam a equipe docente. (LIMA e SANTOS, 2007, p. 78).

Dessa forma, a atuação do coordenador pedagógico deve perpassar pelo

respeito e aceitação dos diversos saberes, buscando as intervenções pedagógicas

que possa contribuir com a necessidade da equipe, possibilitando as mudanças

necessárias e significativas.

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1.2 VIDA PROFISSIONAL

No ano de 2001, consegui meu primeiro emprego e fui lecionar na Escola

Municipal Érico Sofia Brandão, foi um desafio, pois assumi uma sala de aula com

quase 35 alunos e o alto índice de violência existente na escola, ao finalizar o ano

letivo, muitos foram os questionamentos se era esse o caminho que desejava para

minha vida, mas a Coordenação Pedagógica da época foi uma parceira e sempre

incentivava para que seguisse confiando apesar dos desafios encontrados.

Continuei nessa instituição até o ano de 2008, quando passei no vestibular.

Em 2009, fui morar na cidade de Feira de Santana e consegui um estágio na Escola

Municipal Santa Cruz e fiquei durante três meses, período da licença prêmio da

professora. Terminando esse período fui continuar o estágio no Centro de Educação

Básica (CEB) - UEFS, a escola da própria universidade que estudei.

Fui lecionar na turma da Educação Infantil (Grupo 05), assumo essa turma

com mais desafios do que antes, principalmente porque não tinha passado por essa

experiência, foi uma luta, sofri em muitas situações, quando saia da sala, muitas

vezes conversava com a coordenação sobre desistir, pelo fato de ser diferente do

que sempre estava acostumada a lecionar, que era com turmas do Fundamental I.

Mas, apesar dos desafios, fui me adaptando e acabei no final do ano, agradecendo

pela importância dessa experiência em minha vida.

Formo-me em outubro de 2012 e retorno para minha cidade Anguera e faço

uma seleção para ser monitora de Língua portuguesa e assumo uma vaga que

surgiu do Programa Mais Educação, na Escola Professor Áureo de Oliveira Filho e

finalizo minha participação no programa, nesse mesmo final de ano.

No ano de 2013 fui coordenar um Núcleo Escolar de zona rural, composto por

05 escolas e alunos da Educação Infantil e Fundamental I, além de coordenar o

Programa mais Educação que foi implantado em uma das escolas do núcleo no ano

de 2014, sendo esse, outro elemento fundamental para definição desse objeto de

estudo. Experiência essa, rica em saberes.

Os saberes evoluem, modificam-se ao longo do tempo. Os saberesadquiridos na família, na escolaridade e/ ou na formação continuadaganham novas cores e dimensões quando vividos no contexto do trabalho ecompartilhados com os pares. (ANDRÉ e VIEIRA, 2006 p. 19)

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Neste sentido dos diversos saberes adquiridos, no segundo semestre deste

ano de 2015, comecei a trabalhar na Secretaria de Educação do município,

assumindo a coordenação do Ciclo da Alfabetização de todo o município e sendo

orientadora de estudo do Pacto Pela Educação na Idade Certa (PNAIC), desse

mesmo ciclo. Tem sido um trabalho cheio de desafios e ao mesmo tempo muito

gratificante.

1.3 EXPECTATIVAS

Acredito que todas as experiências me constituem enquanto estudante,

profissional e pessoa e dessa forma, desejo que as marcas que deixo na vida das

outras pessoas, tenham cheiro, cor e sabor positivo e que colabore com sua

caminhada.

Continuo seguindo e acreditando que sempre preciso melhorar sempre e assim,

busco a qualificação para que a minha prática de hoje seja melhor do que a de

ontem e a minha prática de amanhã seja melhor do que a de hoje.

Neste sentido, esse curso de Pós-Graduação em Coordenação Pedagógica tem

contribuído de forma significativa em minha vida, me possibilitando crescer como

pessoa, estudante e profissional. Desejo que esse trabalho seja mais uma

experiência que contribuía na realidade educacional dos professores e alunos com

quem trabalho e para outros caminhos que pretendo trilhar na buscar de melhorar a

cada dia, para poder contribuir no lugar em que eu estiver atuando.

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2 CAMINHOS DE REFLEXÃO

Falar da realidade a qual aborda o fazer do coordenador pedagógico, inclui

pensar sobre todos os desafios que este profissional enfrenta desde a realização do

seu trabalho, com os anseios, os problemas e as possibilidades que caminham lado

a lado com este profissional independente da realidade escolar em que estejam

inseridos.

No Estatuto do Magistério do Estado da Bahia, são elencadas várias

atribuições ao coordenador pedagógico, a grande maioria desses pontos, como

outros que não competem a sua função, são vivenciados pelo coordenador, primeiro

por tanta atribuição que lhes cabem, a depender do lugar que eles trabalhem.

Depois, segue pelo fato de que ninguém consegue realizar um bom trabalho se nem

tempo e condição tem para realizar o necessário, além, da indefinição e das

mudanças tão rápidas em relação a sua função, deixando os coordenadores

pedagógicos angustiados, por não verem sua função respeitada em muitos

contextos educacionais.

Outro aspecto que merece ser considerado são as parcerias firmadas:professores, alunos, família, equipe gestora, enfim, a comunidade escolarpode contribuir de modo valioso para o trabalho da coordenaçãopedagógica, desde que estejam cientes de suas responsabilidades elimitações. (PESSÔA, 2012, p. 105).

É evidente que a coordenação em uma escola é essencial, mas para que

aconteça de forma esclarecida, participativa, avaliada, contínua, se faz necessário

com a colaboração e a participação de todos e com funções claras e bem definidas.

A realidade é que em muitos lugares isso não acontece, o coordenador é jogado de

função em função, acarretado em várias responsabilidades, além das cobranças no

âmbito escolar, a não aceitação por parte de muitos professores, por enxergá-lo

como mero supervisor, alguém que só cobra, ordena a realização das atividades e

exige os resultados almejados pela instituição.

Dessa forma, em muitas situações, o coordenador acaba realizando este

trabalho, talvez não porque queira, mas porque não compreende qual o seu real

papel e a forma como agir diante das várias situações que surgem no âmbito

escolar. E se o seu papel enquanto coordenador é compreendido não deixam de

existir os desafios que os impedem de realizar um trabalho de qualidade.

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O ideal seria que o coordenador pedagógico, primeiro fosse respeitado e

tivesse sua função bem articulada e mais definida, e segundo, que o seu trabalho

fosse em conjunto com todos os outros profissionais que realizam o trabalho no

âmbito escolar. De forma dialogada, compreendida, com discordâncias e

concordâncias, objetivos bem esclarecidos, flexibilidade, entre tantos outros pontos

relevantes no fazer pedagógico, e pensando no melhor andamento da escola e num

ensino de qualidade, do que, em uma competição para mostrar quem realmente

entende e está com a razão.

Assim, o fazer do coordenador pedagógico é de extrema importância no

âmbito escolar, mas as inquietações e desafios nunca deixarão de existir, e se

tivermos outro olhar, isto será positivo, pois leva a busca, indagações e descobertas

de novos horizontes tão necessários ao trabalho do coordenador pedagógico.

Ainda que consideremos que muitos dos saberes e aprendizagens dosprofessores também se constituem como fundamentais da prática docoordenador, nos perguntamos sobre a especificidade desta açãopedagógica: Há saberes específicos a ser mobilizados por este profissional?Quais são? De que natureza? Qual sua fonte? É possível pensar emsaberes hierarquicamente mais importantes? Que aprendizagens sãonecessárias à sua apropriação? (PLACCO e SOUZA, 2012, p. 48).

Sem dúvida, o processo educacional está englobado uma série de saberes,

mas dentro destes tem os específicos que competem à atuação do coordenador

pedagógico, que diz respeito à mediação dos processos educacionais na instituição

a qual atua, bem como conhecer e respeitar o grupo de professores, o respeito nas

relações com o outro, as estratégias usadas pelos professores, sua formação, quais

conhecimentos domina, o desenvolvimento da prática pedagógica em sala, o

conhecimento sobre o aluno, suas aprendizagens, contexto familiar, etc.

Enfim, conhecer tudo que envolve o contexto do seu trabalho é fundamental

para que em sua atuação o ponto forte seja a mediação em que possibilite

aprendizagens significativas a todo contexto escolar.

[...] para pode exercer seu papel formador, o coordenador pedagógicoprecisa, ele mesmo, realizar muitas aprendizagens, sobre si mesmo, sobreseus professores, sobre a realidade da escola, sobre seus alunos. Se elenão estiver atento a essas aprendizagens e ao quanto as realiza ou não,seu papel junto aos professores, aos alunos e à própria escola ficará muitoprejudicado. (PLACCO e SOUZA, 2012, p. 59-60).

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Nesta realidade, os saberes específicos que competem ao coordenador são

fundamentais para tornar o processo educativo com mais qualidade, não perdendo

de vista que se esse profissional tem uma série de funções a desenvolver, também é

fundamental estar em constante formação, buscando melhorar a sua atuação e

compartilhando de suas aprendizagens no espaço em que atua. Pois, dentro de

uma série de demandas, uma das grandes atribuições do coordenador pedagógico

está intimamente ligada à formação de professores, processo esse, fundamental no

âmbito das ações educacionais.

“A formação é um dos contextos de socialização que possibilita ao professorreconhecer-se como um profissional, constituindo-se com base nas suasrelações com os saberes e com o exercício da docência. (FARIAS, 2011, p.67).

A formação abarca um contexto que traz a identidade do professor, suas

experiências passadas, o que vivencia no presente, seus anseios futuros, ao mesmo

tempo em que promove as aprendizagens que vão dando suporte ao fazer

pedagógico do professor.

Também no âmbito das formações, é necessário refletir que não é algo

acabado, vai se constituindo no grupo, de acordo as suas demandas, levando em

consideração que sempre haverá lacunas, mas se observadas com um olhar

positivo, possibilitará uma reavaliação que permita conduzir a novos

direcionamentos, que tornem as formações sempre mais significativas no contexto

ao quais os envolvidos estejam inseridos.

A formação configura-se como atividade humana inteligente, de caráterdinâmico, que reclama ações complexas e não lineares. Trata-se, pois, deum processo no qual o professor deve ser envolvido de modo ativo,precisando continuamente desenvolver atitude de questionamento, reflexão,experimentação e interação que fomentem a mudança. Implica, pois,romper de forma radical com práticas formativas, cujos parâmetros fixos epredeterminados, derivados de processos estanques e conclusivos, negamos professores como sujeitos produtores de conhecimento. (FARIAS, 2011,p. 68).

Neste sentido, a formação continuada deve buscar valorizar os

conhecimentos dos sujeitos envolvidos, tornando-os ativos, para que se sintam parte

integrante, bem como valorizados. Caso contrário, a formação de professores não

tem sentido, se não os respeitar, valorizar suas experiências, aprendizagens.

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A linha de condução das formações continuadas de professores, deve buscar

discutir elementos fundamentais a realidade vivenciadas pelos mesmos em sala de

aula, possibilitando a reflexão sobre teoria e prática.

A educação continuada se faz necessária pela própria natureza do saber edo fazer humanos como práticas que se transformam constantemente. Arealidade muda o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto eampliado sempre. (CHRISTOV, 2012, p. 9).

Dessa maneira, a formação continuada é fundamental no desenvolver das

ações pedagógicas do professor, desde que essa formação seja entendida e

desenvolvida com objetivos claros e que todos envolvidos nesse processo possam

colaborar com as suas experiências na perspectiva das mudanças esperadas.

Nosso pensamento sobre formação de professores e professoras tem sidoarticulado com a compreensão de que ela se dá em múltiplos contextos, emdiferentes momentos, num processo que tem início muito antes da entradaem uma escola e que se oficializa num curso de formação de professores etem continuidade no decorrer da ação docente, num rico processo em quepráticateoria, em articulação permanente, vão dando continuidade aoprocesso interminável dessa formação. (LIBÂNEO e ALVES, 2012, p. 489-490).

Todos os processos de formação de professores nos múltiplos contextos são

extremamente valiosos quando possibilita à reflexão de sua prática a luz da teoria e

provocando mudanças de posturas nas diversas situações que vivenciam no

contexto escolar e principalmente em sala de aula.

Cabe nesse processo, a reflexão de tudo que é desenvolvido e partilhado nas

formações, como exercício criativo de construção e reconstrução das ideias, na

perspectiva da tomada de decisões.

Estamos cientes de que precisamos construir novas bases para pensar epara intervir nas escolas. Essa construção tem no professor coordenadorum agente fundamental para garantir que os momentos de encontro naescola sejam proveitosos. (CHRISTOV, 2012, p. 12).

Nem sempre as formações dão conta de garantir uma efetiva transformação

na prática docente e talvez ela sozinha não dê conta, mas nesse processo é

fundamental buscar para as formações elementos didáticos que possam provocar

nos professores o desejo de mudança e em muitas situações a ajuda necessária

diante das fragilidades da prática desenvolvida em sala de aula.

21

Neste percurso, o coordenador necessita acompanhar e direcionar seu grupo

de trabalho, compreendendo as problemáticas que envolvem a realidade de

aprendizagem dos alunos, da prática educativa do professor, enfim, conhecer o seu

fazer pedagógico diário.

O papel da Orientação na escola será de argumentar, discutir e refletir sobreas problemáticas existentes de forma a tornar o aluno, principalmente, maiscrítico e consciente da sociedade evidenciando os conceitos de parceria,coletividade, solidariedade, entre outros, para um país que se quer maisjusto, mais humano e mais solidário. (GRINSPUN, 2006, p. 90).

Tudo que envolve o fazer pedagógico do coordenador, professor e demais

envolvidos no contexto escolar, sempre tem em vista o crescimento,

amadurecimento e aprendizagem dos alunos.

Por isso, a extrema importância da função do coordenador pedagógico no que

se refere a orientação dos elementos que envolvem a sua atuação, possibilitando a

reflexão necessária de todas as situações que permeiam o contexto escolar, tendo

como um dos objetivos, entre tantos outros, a contribuição para melhoria da prática

pedagógica do professor e por consequência a aprendizagem dos alunos.

Neste sentido, outro elemento fundamental e que poderá contribuir com a

melhoria da prática pedagógica do professor, é um trabalho pedagógico coletivo nas

escolas.

Por trás dessa expectativa, encontra-se a idéia de que uma nova escola,mais eficiente capaz de ensinar, deva ser constantemente com esforço detodos os sujeitos envolvidos com esse ensinar: alunos, pais, funcionários,professores, coordenadores, direção. (BRUNO, 2012, p. 15).

É preciso reforçar a ideia de que a escola foi feita para todos e todos são

responsáveis pelo seu desenvolvimento, embora nem sempre seja fácil a conquista

do trabalho coletivo, mas é indispensável à tentativa em realizá-lo. Pois, o diálogo

entre as partes é fundamental no intuito de unir o grupo e suas habilidades, na

perspectiva de tornar o processo mais integrado.

Em termos práticos, porém, sabemos que tal projeto coletivo é umaconquista muito difícil de ser realizada. Entraves pessoais e institucionaisnão faltam. Uma das dificuldades do trabalho coletivo está no confronto deexpectativas e desejos dos sujeitos envolvidos. Dificuldade que precisa decondições especiais para ser superada. Uma dessas condições está nacompreensão de que uma visão comum sobre a escola, um eixo aglutinadordos seus sujeitos, só pode ser construída a partir das visões particulares,

22

das expectativas de cada um sobre a escola que se pretende organizar.(BRUNO, 2012, p. 16).

Grandes são os entraves dessa construção do trabalho coletivo,

principalmente pelas ideias particulares que cada sujeito possui, e em muitas

situações, cada um deseja tão somente fazer valer a sua ideia. Mas, para além

dessas questões é fundamental pensar na escola como espaço em que deve

englobar a todos, com a consciência de que para que de fato as mudanças ocorram,

é necessário rever muitos dos interesses pessoais e ter um olhar atento para os

interesses do grupo.

Nesse contexto, o coordenador pedagógico tem um papel fundamental de

dialogar, de estar próximo ao grupo, articular as ações necessárias, construir a

confiança do grupo, bem como direcionar estratégias que promovam o trabalho

coletivo na escola.

Cabe nessa perspectiva pensar no papel do coordenador pedagógico nesse

projeto de trabalho coletivo, sendo este um articulador das ações, favorecendo

formações significativas, levando em consideração a importância das relações

interpessoais nesse processo e o respeito à subjetividade dos indivíduos. Dessa

maneira, o fazer pedagógico ganha outro sentido no caminho do que é necessário

ser realizado nas escolas.

A realização do fazer pedagógico no espaço escolar depende do esforço de

todas as partes, para que aconteça de forma satisfatória. Especificamente se

tratando desse fazer em sala de aula, é viável compreender a metodologia que é

realizada no processo de ensinar.

Por trás de qualquer proposta metodológica se esconde uma concepção dovalor que se atribui ao ensino, assim certas ideias mais ou menosformalizadas e explícitas em relação aos processos de ensinar e aprender.(ZABALA, 1998, p. 27).

Tudo que é realizado no âmbito escolar tem uma intencionalidade. Também a

metodologia utilizada pelo professor deve ter a intenção clara dos meios e objetivos

a serem alcançados, e assim, o processo de ensino e aprendizagem vai se

concretizando no contexto educacional.

O ensino, por expressar uma intenção de transformação, é palavra-ação,palavra-propesctiva, palavra-compartilhada, conforme adverte Paulo

23

Freire na epígrafe que abre esta seção. Saber o que fazer e como fazertem seu sentido vinculado ao para que fazer. (FARIAS, 2011, p. 9-10).

A didática que o professor se apoia, a forma como realiza o seu fazer

pedagógico diário, só tem sentido quando este profissional tem clareza do que é

necessário realizar, como e as formas que utilizará para chegar a esses objetivos.

Nessa caminhada os desafios serão constantes, sendo necessário romper

com as visões fragmentadas e isoladas, buscando trabalhar de forma a colaborar

com todos os envolvidos no processo.

No caso da docência, esta é uma exigência fundamental, pois o professornão nasce feito; ele está sempre se fazendo. Ele se constitui, se produz, pormeio das relações que estabelece com o mundo físico e social, isto é, suaidentidade profissional se articula a um dado espaço-tempo vivido.(FARIAS,2011, p. 10).

Na trajetória em que o professor vai se constituindo é necessário buscar de

forma continuada o seu desenvolvimento. À medida que este profissional se permite

avaliar seu processo de crescimento ou não, está dando um salto na caminhada,

pois estão abertas as mudanças que nem sempre são fáceis, mas que possibilitam

grandes descobertas e que em muitas situações tornam o seu fazer pedagógico

enriquecedor e significativo.

Pois, os diversos saberes são elementos contribuintes nesse processo, saber

que nessa diversidade, grandes são as aprendizagens, pois não compete a apenas

um saber, mas todos podem contribuir.

Os saberes profissionais dos professores parecem ser, portanto, plurais,compósitos, heterogêneos, pois trazem à tona, no próprio exercício dotrabalho, conhecimentos e manifestações do saber-fazer e do saber-serbastante diversificado. (TARDIF, 2007, P. 61).

É justamente essa pluralidade de saberes que torna o processo mais

significativo, pois não cabe apenas a um detentor de saber, mas uma variedade de

pessoas que tem saberes diversificados e que juntas podem tornar o processo

educacional com mais qualidade. Além de buscar uma prática educativa que

possibilite estar de encontro à realidade em que se atua e para além desse ponto,

refletir sobre o que é posto em prática na perspectiva de melhoria do que é

observado.

24

Os processos educativos são suficientemente complexos para que não sejafácil reconhecer todos os fatores que os definem. A estrutura da práticaobedece a múltiplos determinantes, tem sua justificação em parâmetrosinstitucionais, organizativos, tradições metodológicas, possibilidades reaisdos professores, dos meios e condições físicas existentes, etc. (ZABALA,1998, p. 16).

Pensar a prática educativa é situar-se em um contexto amplo de múltiplos

processos e que exige do professor uma intervenção pedagógica mediante o

desenvolvimento da aula que realiza e do coordenador pedagógico intervenções que

possam alinhar o trabalho do professor de forma a qualificá-lo. Mas para que de fato

isso aconteça, é necessária a consciência da melhoria, ou seja, buscar melhorar a

atuação independente da função que exerça no espaço escolar.

Pessoalmente, penso que um debate sobre o grau de compreensão dosprocessos educativos, e, sobretudo do caminho que segue ou tem queseguir qualquer educador para melhorar a sua prática educativa, não podeser muito diferente ao dos outros profissionais que se movem em camposde grande complexidade. Se entendermos que a melhora de qualquer dasatuações humanas passa pelo conhecimento e pelo controle das variáveisque intervêm nelas, o fato de que os processos de ensino/aprendizagemsejam extremamente complexos – certamente mais complexos do que os dequalquer outra profissão – não impede, mas sim torna mais necessário, quenós, professores, disponhamos e utilizemos referenciais que nos ajudem ainterpretar o que acontece em aula. (ZABALA, 1998, p. 15).

Discutir o processo de ensino/aprendizagem é um desafio, mas não

impossível de ser realizado. Nesse processo é necessário compreender os

caminhos da realização da prática educativa do professor em sala de aula, bem

como avaliar todo o processo das ações realizadas com os alunos e refletir sobre os

pontos que contribuem ou não para a aprendizagem dos mesmos.

Mas essa clareza, geralmente acontece quando os profissionais estão

envolvidos no processo a ponto de compreender que todo conhecimento é válido,

mas nunca o suficiente para sanar todas as dúvidas.

Nós, os professores, podemos desenvolver a atividade profissional sem noscolocar o sentido profundo das experiências que propomos e podemos nosdeixar levar pela inércia ou pela tradição. Ou podemos tentar compreendera influência têm e intervir para que sejam o mais benéficas possível para odesenvolvimento e o amadurecimento dos meninos e meninas. (ZABALLA,1998, p. 28-29).

A valorização dos diversos saberes e experiências dos indivíduos são

fundamentais para o crescimento humano. Na sala de aula, essa realidade deve ser

25

constante, os professores devem partilhar as suas experiências, mas também

aproveitar a rica e vasta experiência que os alunos possuem, a favor de um

ensino/aprendizagem significativo e que promova o desenvolvimento dos mesmos.

É preciso insistir que tudo quanto fazemos em aula, por menor que seja,incide em maior ou menor grau de formação de nossos alunos. A maneirade organizar a aula, o tipo de incentivos, as expectativas que depositamos,os materiais que utilizamos, cada uma destas decisões veiculadeterminadas experiências educativas, e é possível que nem sempreestejam em consonância com o pensamento que temos a respeito dosentido e do papel que hoje em dia tem a educação. (ZABALLA, 1998, p.29).

Por isso, é de fundamental importância ter bastante clareza de todos os

elementos que compõem a realização da aula, pois esta vai diretamente aos alunos

e seus resultados podem ser significativos ou não, e isso, implica diretamente nos

objetivos que é desejado para a realidade que é trabalhada.

Neste ínterim, é fundamental o ato de avaliar o que acontece em sala de aula,

mas para que de fato isso se concretize, é preciso compreender o que é realizado,

os meios e os objetivos que deseja alcançar.

Habitualmente, quando se fala de avaliação se pensa, de forma prioritáriaou mesmo exclusiva, nos resultados obtidos pelos alunos. Hoje em dia, estecontinua sendo o principal alvo de qualquer aproximação ao fato avaliador.Os professores, as administrações, os pais e os próprios alunos se referemà avaliação como instrumento ou processo para avaliar o grau de alcance,de cada menino e menina, em relação a determinados objetos previstos nosdiversos níveis escolares. (ZABALLA, 1998, p. 195).

Apesar de todos os avanços nas discussões que se tem em relação à

avaliação, sobre o ato de avaliar, infelizmente a avaliação em muitas situações, não

deixou de ser compreendida como instrumento seletivo entre melhores e piores.

Talvez a pergunta que nos permita esclarecer em cada momento qual deveser o objeto e o sujeito da avaliação seja aquela que corresponde aospróprios fins do ensino: por que temos que avaliar? Certamente, a partir daresposta a esta pergunta surgirão outras, por exemplo, o que se tem queavaliar, a quem se tem que avaliar, como se deve avaliar, como temos quecomunicar o conhecimento obtido através da avaliação, etc. (ZABALLA,1998, p. 196).

Avaliar deve ser um ato constante no contexto escolar, mas não para excluir e

sim para desenvolver todas as capacidades do ser humano. Nessa perspectiva cabe

26

a todos compreender que o ato de avaliar é contínuo, diversificado e ao mesmo

tempo complexo, mas deve ser um aliado no processo de ensino/aprendizagem.

Também nesse, professores, coordenadores, equipe gestora, todos devem se

avaliar, bem como suas posturas, relação com o grupo de trabalho, desenvolvimento

de sua prática e a partir desses pontos elencados, como outros que não estão

postos, mas que se fazem fundamentais na busca de chegar aos objetivos

desejados.

Dentro de todo contexto discutido sobre a prática pedagógica do professor, o

ensino, a aprendizagem dos alunos, a importância do trabalho coletivo, enfim, a

reflexão de tudo que envolve a realidade escolar, o coordenador pedagógico tem um

fundamental papel de ser o articulador das ações no âmbito escolar na perspectiva

da educação de qualidade que se almeja.

Para desempenhar esse papel, cujo bojo está centrado no cultivo da pessoaintegral e no qual as relações intra e interpessoais constituem tão forteapelo, o coordenador pedagógico precisa também cultivar em si mesmo oexercício permanente da busca do autoconhecimento e do desenvolvimentode sua percepção de si e do mundo. Necessita ainda assumir uma posturade formador que possa ser tomada como referência para o educador queatua diretamente com a criança, trazendo sempre à flor d’água a dimensãohumana no trato com os educadores, escutando-os, ajudando-os a pensarsobre sua prática e sobre si mesmo, favorecendo as iniciativas de trocas deexperiências e acreditando em sua capacidade como educador. Ocoordenador precisa assumir-se como um articulador das relaçõesespecialmente entre educadores e crianças, sem deixar ao largo asrelações com a equipe gestora da unidade e a relação dos educadoresentre si. (BRUNO, ABREU e MONÇÃO, 2012, p. 84).

Dessa forma é preciso que o coordenador pedagógico esteja atendo as suas

funções, mas, sobretudo que perceba as reais necessidades da unidade escolar

onde está inserido, para que sua atuação venha trazer todos esses elementos

abordados na citação anterior e que contribua com o processo educacional de forma

significativa.

27

3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

3.1 A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA INSTITUIÇÃO

ESCOLAR

Essa proposta de Intervenção tem base no eixo 09 – Coordenação

Pedagógica: Relações, Dimensões e Formas de Atuação no Ambiente Escolar, do

Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública – Curso de

Especialização em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, Universidade Federal da

Bahia – Faculdade de Educação.

3.2 CONTEXTO QUE ENVOLVE A ESCOLA

A Escola X está situada no município de Anguera-Ba. Possui 02

Coordenações Pedagógicas, uma para as turmas do 1º ao 3º ano e outra para as

turmas de 4 º e 5º ano. A escola oferta o Ensino Fundamental do 1º ao 5º Ano,

regular e na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, e conta atualmente com

420 alunos matriculados, distribuídos em três (3) turnos: matutino, vespertino e

noturno, perfazendo um total de 23 turmas. Atualmente a escola possui 14 salas de

aulas e conta 21 professores, 06 auxiliares de ensino, 01diretora, 01 secretaria, e 03

vice-diretoras, 06 agentes administrativos, 02 agentes de biblioteca, 01 monitor de

informática, 02 porteiros, 02 merendeiras e 04 auxiliares de limpeza, perfazendo um

total de 51 funcionários.

A escola possui o projeto político pedagógico, que foi elaborado no ano de

2013. Tendo como Tendências Pedagógicas: Histórico-crítica, Sociocultural e a

Renovada não Diretiva. Já a filosofia da escola busca educar o aluno, com base no

princípio prática-teoria-prática, na busca de uma sociedade mais justa, igualitária e

vivenciando os valores. A proposta metodológica tem base em três pontos

significativos: interdisciplinaridade, contextualização e ludicidade.

Destacam-se os dados do IDEB e metas projetadas:

QUADRO 1: IDEB - RESULTADOS E METASIDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

ESCOLA

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017

ESCOL 2.9 2.9 4.4 4.6 4.3 3.0 3.3 3.7 4.0 4.3 4.6

28

AÉRICOFonte: INEP

3.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

A escolha desse objeto de estudo, “O Coordenador Pedagógico e sua

atuação na unidade escolar” está intimamente ligada à realidade que vivencio

diariamente enquanto coordenadora pedagógica e o quanto me inquieta perceber

que as formações tão somente não dão conta de contribuir com a mudar da prática

do professor.

Assim, busco subsídios que possam tornar a minha atuação melhor, bem

como de outros coordenadores e por consequência, contribuir com a prática

pedagógica do professor em sala de aula.

Ao coordenador cabe, portanto, a responsabilidade por viabilizar espaços deencontros pedagógicos (reuniões, palestras, horas de estudo etc.), de modoque os professores possam rever sua prática, trocar experiências, pensarem alternativas de trabalho a ser desenvolvido com os alunos que nãoaprenderam com as estratégias até então utilizadas, buscar formas paralidar com a diversidade presente em sala de aula. (PESSÔA, 2012, p. 101).

Nessa perspectiva, é fundamental compreender a importância da atuação do

coordenador pedagógico. Pois, percebo nos acompanhamentos que realizo em sala

de aula e nos próprios resultados referente à aprendizagem dos alunos, carências

que poderiam ser transformadas através de uma prática pedagógica realizada pelo

professor com mais qualidade. Mas também se entende que nesse processo, o

professor necessita estar aberto, disposto as mudanças. Dessa maneira, busco

compreender de que forma a atuação do Coordenador Pedagógico pode contribuir

para mudança da prática pedagógica do professor em sala de aula?

3.4 OBJETIVOS DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

3.4.1 Objetivo Geral

Contribuir para o fortalecimento da atuação do coordenador pedagógico na

escola, visando às ações que colaboram com a prática pedagógica do professor.

29

3.4.2 Objetivos Específicos

Conhecer a atuação do coordenador pedagógico na escola;

Conhecer o desenvolvimento da prática pedagógica do professor;

Entender a importância do trabalho coletivo, na perspectiva de

contribuir com o processo de ensino e aprendizagem na instituição

escolar;

Propor ações que visem melhoria na atuação do coordenador

pedagógico na escola, bem como do professor em sala de aula.

3.5 METODOLOGIA

A compreensão sobre pesquisa deve ir além de ser apenas coleta de

informações, mas deve ter por base as inquietações dos indivíduos na busca de

entender determinados problemas.

[...] A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que éconcebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com aresolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e osparticipantes representativos da situação ou do problema estão envolvidosde modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 1986, p. 14).

Dessa forma, será realizada uma pesquisa-ação, no intuito de compreender

os elementos da realidade que envolve essa temática, com a utilização do

instrumento: entrevista estruturada. Os sujeitos dessa pesquisa serão os

professores e a coordenação pedagógica dessa instituição escolar.

Mediante esse contexto da atuação do Coordenador Pedagógico na unidade

escolar, decidi realizar um levantamento de dados para compreender de forma mais

clara os impactos dessa atuação e dessa forma, poder contribuir com uma educação

de mais qualidade.

Assim, irei realizar uma pesquisa, por meio de entrevistas com o coordenador

da escola e os professores, voltada para prática do coordenador na escola e dos

professores em sala de aula. Dessa maneira, utilizarei os seguintes passos para

pesquisa: analise do referencial teórico, construção do roteiro de entrevista,

30

encaminhamento do ofício e formulário para direção da escola, contato com a

coordenação e professores para o trabalho de campo, realização das entrevistas. A

partir dos resultados, irei propor algumas ações que possam colaborar com a

atuação do coordenador na escola e dos professores em sala de aula.

Quanto à aplicação da entrevista foi tranquila, tanto a coordenação como os

professores foram receptivos e demonstraram interesse em colaborar com o

processo. É sólido informar que para preservar suas identidades, vamos tratá-los

com a simbologia (CP) para Coordenação Pedagógica, (P) para professor, além do

número referente à quantidade dos entrevistados.

3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Neste espaço serão apresentados os dados obtidos e as discussões.

A figura do coordenador pedagógico no espaço escolar é de extrema

importância, sabendo dessa realidade, foi questionada qual a compreensão da

função do coordenador pedagógico, a CP entrevistada respondeu que: “possui

função de articulador, formador e transformador, tendo como foco o processo

ensino-aprendizagem. É o responsável pela mediação entre currículo e professores,

oferecendo a estes condições necessárias para que se aprofunde em sua área,

ajudando-os a serem críticos e reflexivos sobre suas práticas e também possibilitem

parcerias entre os membros da comunidade escolar, com a finalidade de alcançarem

metas e objetivos comuns”. Demonstrando em sua resposta, compreender sua

função de forma clara, sendo um contribuinte do processo de ensino e

aprendizagem.

O coordenador precisa assumir-se como um articulador das relaçõesespecialmente entre educadores e crianças, sem deixar ao largo asrelações com a equipe gestora da unidade e a relação dos educadoresentre si. (BRUNO, ABREU e MONÇÃO, 2012, p. 84).

Assim, na perspectiva das ações que tem desenvolvido na instituição escolar

enquanto coordenador pedagógico, a CP citou que: “trabalhar em determinados

momentos a formação continuada do corpo docente, orientar o mesmo em relação

ao plano didático adequando-os a proposta da instituição e da necessidade do

aluno, resolver conflitos, propiciar momentos de interação entre os professores,

31

troca de experiências e discussões a respeito do processo de ensino-

aprendizagem”. A resposta dada deixa explícito o que tem conseguido desempenhar

na instituição escolar, demonstrando a importância de sua atuação. Para Placco e

Souza (2012, p. 52) “Se apropriardes essas aprendizagens, esse coordenador

poderá fazer a mediação para que também os professores se apropriem delas”.

No caminho que diz respeito aos pontos positivos e negativos da atuação do

coordenador pedagógico, a CP abordou que: “pontos positivos: contribui

promovendo momentos de discussão acerca das dificuldades dos alunos e traçando

estratégias para intervir nas mesmas, auxiliando professores em sua prática

pedagógica. Pontos negativos: Falta de mais investimento em projetos de leitura e

escrita, não ter conseguido dar o suporte com a frequência que gostaria e a

dificuldade em trabalhar com alguns professores”.

Sua resposta indica alguns elementos desses dois campos, mas não em sua

amplitude. Pois, trazer a tona todos os processos que colaborem e principalmente os

que não e ainda quando afetam outras esferas, não é tarefa fácil, mas

imprescindível para busca da melhoria.

O que se observa é um profissional que não consegue encontrar espaço deatuação, nos âmbitos físico e material (tempo, local, material, acesso atodos os professores etc.) ou como disponibilidade interna e motivação(predisposição, competências, confiança, desejo, etc.) para desenvolver aação de coordenar, que, como o próprio nome diz, implica articular váriospontos de vista ou atividades em direção a um objetivo comum, que, nestecaso, equivale a práticas mais efetivas e melhor qualidade do ensino e daaprendizagem. (PLACCO e SOUZA, 2012, p. 48).

O campo de atuação do coordenador pedagógico na instituição escolar

perpassa por muitos desafios, que requer deste profissional um esforço imenso para

conseguir realizar as demandas de sua função.

Sabendo dessa importância, questionamos sobre as contribuições para a

prática pedagógica do professor e suas possíveis mudanças, a CP disse que:

“ouvindo os mesmos para que eles revelem como pensam e assim sugerindo

caminhos e propondo reflexões acerca de como o que se quer, e do que se quer

ensinar, orientando sempre de acordo com o que está estabelecido no PPP da

escola e a partir disso, pensando coletivamente em estratégias que melhor se

adequem à sua realidade. Consigo visualizar mudanças nas situações em que o

professor está disposto a aceitar sugestões dadas”.

32

Bem como, no que se refere aos elementos fundamentais para que as

mudanças da prática pedagógica aconteçam, a CP abordou que: “em primeiro lugar

está o querer do professor, a sua vontade de aprender, aceitar e permitir novas

descobertas, não se fechar apenas na sua prática, mas que aceite as sugestões que

venham a acrescentar e participando de encontros, eventos que possibilitem sua

formação continuada, bem como, refletir sempre sobre sua prática”.

Analisando essas respostas, compreendemos o esforço que o coordenador

realiza para contribuir com o trabalho do professor, a partir das ações que deixa

explícita, mas ao mesmo tempo deixa nítida a fragilidade dessas ações, pois só

percebe mudança da prática dos professores que desejam e estão dispostos para tal

processo.

É importante não perder de vista que os processos metacognitivos sãoprocessos individuais, autorreguladores pelo próprio sujeito. Assim, mesmoque o coordenador pedagógico exerça sua função formadora e mediadora,em última instância é o professor que decide e assume o que quer ver oudesvelar em seus processos autorreflexivos [...]. (PLACCO e SOUZA, 2012,p. 55).

Por isso, é fundamental que o coordenador tenha um diálogo aberto com o

grupo de professores, e que consiga motivá-los na busca da melhor atuação em sala

de aula.

Dessa forma questionamos sobre a autoavaliação da prática pedagógica em

sala de aula, assim P1 disse que: “procuro dar sentido a minha formação docente a

partir daquilo que faço em sala de aula, das práticas que surgem ou se constroem

competências para a mobilização do pensamento pedagógico reflexivo, buscando

sempre novos caminhos, novos projetos e otimizar o aprendizado e o crescimento

dos alunos”.

P2 abordou que: “há algum tempo venho refletindo sobre minha prática

pedagógica e as mudanças que ocorrem na sociedade. Ser professor atualmente é

mais desafiador de que quando iniciei a docência. Sendo assim, busco me reciclar

com conteúdos mais lúdicos e motivadores, reavaliando o que deu certo ou não nas

propostas trabalhadas em sala. Já que precisamos como professores nos

autocorrigir e autoavaliar todos os dias”.

33

P3 falou que: “tenho procurado fazer o melhor apesar de existirem fatores que

levem a não obter o resultado esperado. Procuro ter uma boa relação de afetividade

com meus educandos e proporcionar-lhes uma aprendizagem significativa”.

Nas respostas dadas, tanto P1, como P2 e P3, deixam nítido em suas falas,

que refletem sobre sua atuação em sala de aula, bem como outro fator comum na

fala dos entrevistados, é afirmar que buscam novos caminhos, se reciclando, e que

esses elementos ajudam a fazer o melhor em sala de aula, apesar dos desafios.

Também em sua fala P3, deixa nítido que avaliar o que deu certo, bem como

o que não, na tentativa de melhorar. Diante do exposto pelos entrevistados, fica

clara a compreensão dos mesmos sobre a importância de sua atuação por meio da

realidade que vivenciam diariamente.

No caso da docência, esta é uma exigência fundamental, pois o professornão nasce feito; ele está sempre se fazendo. Ele se constitui, se produz, pormeio das relações que estabelece com o mundo físico e social, isto é, suaidentidade profissional se articula a um dado espaço-tempo vivido.(FARIAS,2011, p. 10).

O exercício da docência está sempre em constante movimento e assim o

professor se constitui nesse processo, a partir da realidade onde esteja inserido.

Nesse aspecto questionamos sobre as mudanças que aconteceram em sua prática

pedagógica, P1 disse que: “A partir das formações que participo tenho buscado

melhorar a minha prática em sala de aula”. P2 relatou que: “diante das formações

venho lecionando de maneira lúdica, através de músicas, histórias, jogos e

brincadeiras”. E P3 abordou que: “tenho participado de formações com o objetivo de

melhorar e aperfeiçoar a minha prática, procurando colocar em ação o que aprendo

no decorrer dessas formações, por isso, acredito que mudanças foram ocorrendo

durante esse percurso”.

As respostas dadas pelos entrevistados aparecem de forma vaga, sem

especificar com clareza as mudanças que aconteceram em sua prática pedagógica,

deixando lacunas para compreensão desse aspecto. Pois se em um momento diz

avaliar e compreender a sua prática, em outro não conseguem visualizar as

mudanças que ocorreram de forma detalhada.

[...] Se entendermos que a melhora de qualquer das atuações humanaspassa pelo conhecimento e pelo controle das variáveis que intervêm nelas,o fato de que os processos de ensino/aprendizagem sejam extremamente

34

complexos – certamente mais complexos do que os de qualquer outraprofissão – não impede, mas sim torna mais necessário, que nós,professores, disponhamos e utilizemos referenciais que nos ajudem ainterpretar o que acontece em aula. (ZABALA, 1998, p. 15).

Dessa forma, é essencial que o professor consiga compreender o que realiza

em sala de aula de forma a sinalizar as mudanças que vão acontecendo em sua

prática educativa e principalmente os elementos que tem contribuindo para essa

mudança.

Assim, perguntamos sobre as contribuições que o coordenador pedagógico

tem possibilitado para a realização do trabalho do professor em sala de aula. P1

disse que: “sim, acompanhado o resultado da aprendizagem dos alunos por meio de

avaliações internas e externas, dando atendimento individual a cada professor, etc.”.

P2 respondeu que: “claro! O papel do coordenador é de suma importância

para o processo de ensino aprendizagem, para promover ao professor o momento

de reflexão sobre a prática e da construção de ideias inovadoras, tudo pautado no

diálogo”.

P3 relatou que: “sim. Esclarecendo dúvidas e dando sugestões de atividades

para uma melhor aprendizagem dos estudantes”.

As respostas dadas pelos entrevistados afirmam claramente que a figura do

coordenador pedagógico colabora para atuação dos mesmos em sala de aula, além

de deixar clara a importância dessa parceria.

[...] o coordenador pedagógico precisa, ele mesmo, realizar muitasaprendizagens, sobre si mesmo, sobre seus professores, sobre a realidadeda escola, sobre seus alunos. Se ele não estiver atento a essasaprendizagens e ao quanto as realiza ou não, seu papel junto aosprofessores, aos alunos e à própria escola ficará muito prejudicado.(PLACCO e SOUZA, 2012, p. 59-60).

Exercer a função de coordenador pedagógico é conduzir um processo com

toda a sua amplitude, que requer do coordenador uma postura de doação e de

aprendizagem constante sobre os processos que movem a instituição, bem como

aos indivíduos ali presentes.

Assim, buscamos compreender sobre o trabalho realizado pelo coordenador

pedagógico e quais contribuições ou não, tem ajudado para mudança da prática

pedagógica do professor. P1 abordou que: “sou constantemente estimulada a ter

atitudes reflexivas a respeito da minha prática em classe, buscando na coletividade

35

propostas para a melhoria do meu trabalho, através da mediação da coordenação

pedagógica”.

P2 comentou que: “sim. Sem o coordenador na escola o trabalho do professor

não tem como acontecer, ambos é articuladores da prática pedagógica”.

Tanto P1, como P2, deixa clara em suas respostas que o coordenador

pedagógico tem contribuído para mudança de sua prática pedagógica, mas também

deixa nítido que é na coletividade que busca propostas para melhoria de sua

atuação em sala de aula. Nesse sentido percebemos nas respostas, que só a

contribuição do coordenador não dá conta das mudanças necessárias que o

professor precisa para melhor atuação em sala de aula.

[...] diz respeito ao planejamento e à organização de um trabalhopedagógico coletivo nas escolas de primeiro e segundo graus. Por trásdessa expectativa, encontra-se a ideia de que uma nova escola, maiseficiente e capaz de ensinar, deva ser construída com os esforços de todosos sujeitos envolvidos com esse ensinar [...]. (BRUNO, 2012, p. 15).

Já P3, não reconhece o trabalho do coordenador pedagógico como

contribuinte para mudança de sua prática pedagógica. Deixando em sua resposta

uma série de questionamentos como: a atuação do coordenador é apenas

direcionada para os professores que não estão desenvolvendo seu trabalho de

acordo a proposta da escola? E os professores que atuam de acordo a proposta não

precisam de direcionamento? Ou é o próprio professor que não aceita as sugestões

dadas pelo coordenador, por não achar necessário, pois já realiza um trabalho de

acordo a proposta da instituição.

Todo profissional envolvido no contexto educacional, necessita estar disposto

a se reavaliar, buscando sempre melhores caminhos para sua atuação. Dessa

forma, perguntamos qual avaliação do professor sobre o trabalho do coordenador

pedagógico na escola.

P1 disse: “excelente! Ela é responsável pelo direcionamento de ações para a

transformação da prática pedagógica, está sempre consciente da importância do

trabalho coletivo, mediante a articulação dos diversos profissionais que regem o

âmbito escolar. Assim, garante aos professores, pais e alunos participação e

envolvimento nos novos rumos da escola”.

P2 abordou que: “avalio o trabalho da coordenação ótimo. Visto que existe

uma parceria além da competência da mesma no cargo que ocupa”.

36

P3 comentou que: “boa, penso que poderia ser melhor se houvesse uma

diminuição de turmas para a coordenadora dar conta e uma melhor organização dos

ACS”.

As respostas dadas por P1 e P2, consideram o trabalho do coordenador

excelente, sendo o responsável pelo direcionamento das ações pedagógicas e de

articular o trabalho coletivo, buscando ser parceiro.

Segundo a resposta expressa por P3, deixa clara que a atuação pode ser

melhor com a redução das turmas e da organização do AC, demonstrando que os

processos internos já estabelecidos em muitas instituições, na maioria das vezes

não colaboram para uma melhor atuação do coordenador pedagógico.

Para desempenhar esse papel, cujo bojo está centrado no cultivo da pessoaintegral e no qual as relações intra e interpessoais constituem tão forteapelo, o coordenador pedagógico precisa também cultivar em si mesmo oexercício permanente da busca do autoconhecimento e do desenvolvimentode sua percepção de si e do mundo. Necessita ainda assumir uma posturade formador que possa ser tomada como referência para o educador queatua diretamente com a criança, trazendo sempre à flor d’água a dimensãohumana no trato com os educadores, escutando-os, ajudando-os a pensarsobre sua prática e sobre si mesmo, favorecendo as iniciativas de trocas deexperiências e acreditando em sua capacidade como educador. (BRUNO,ABREU e MONÇÃO, 2012, p. 84).

Dessa forma, é essencial no desenvolvimento do trabalho do coordenador

pedagógico, conhecer a sua realidade e para, além disso, envolver-se com essa

realidade na perspectiva de realizar o melhor e contribuir de forma significativa com

a realidade do local onde esteja engajado.

A partir de todo esse trabalho e especificamente das análises dos dados

apresentados, busca-se desenvolver ações que possam colaborar de forma

expressiva nessa realidade pesquisada, através de ações que ajudem a tornar o

trabalho do coordenador pedagógico mais significativo, bem como do professor.

3.7 CRONOGRAMA DAS AÇÕES

AÇÃO RESPONSÁVEIS PRAZO RECURSOSParticipação de AC, paraobservar como ocoordenador conduzesse momento e quaiselementos utiliza para

CoordenadorPedagógico daInstituição

31 de março Caderno, lápis eborracha

37

mover e contribuir com ogrupo de trabalhoReunião com oCoordenadorPedagógico daInstituição para promoverreflexões sobre suaatuação e sugerirestratégias quecolaborem com a práticapedagógica do professor

CoordenadorPedagógicoCursista

07 de abril de2016

Caderno, lápis,livros

Realização da 1ª oficinacom coordenador eprofessores, sobre aimportância doCoordenadorPedagógico naInstituição Escolar, suafunção, estratégias quecolaboram com otrabalho da equipe, bemcomo a importância daparceria

CoordenadorPedagógicoCursista

27 de abril de2016

Data show, notbook, caixa desom, xerox, demateriais deestudo a sertrabalhado

Realização da 2ª oficinacom coordenador eprofessores, sobre aimportância da práticapedagógica do professorcomo facilitador doprocesso de ensino-aprendizagem

CoordenadorPedagógicoCursista

05 de maio de2016

Data show, notbook, caixa desom, xerox, demateriais deestudo a sertrabalhado e desugestões deatividades quepodem serrealizadas em salade aula.

Realizar estudos comprofessores, por meio detemas que contribuamcom sua prática em salade aula. Temas:Planejamento, rotina,sequências didáticas,projetos

CoordenadorPedagógicoCursista eCoordenadorPedagógico dainstituição

A partir do dia12 de maio até10 de junho de2016, semprenos momentosde AC

Livros, textos,Xerox, caderno,lápis, caneta,computador, datashow

Espera-se que o desenvolvimento dessas ações do Projeto de Intervenção

possa contribuir para o trabalho realizado pelo Coordenador Pedagógico da

Instituição e também para o trabalho realizado pelos professores em sala de aula,

tendo em vista sempre que o trabalho realizado por esses profissionais é de suma

importância para aprendizagem dos alunos.

38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas são as situações vivenciadas por todos os profissionais envolvidos no

contexto escolar, mas este trabalho em específico buscou abordar sobre o

Coordenador Pedagógico na instituição escolar e os desafios de sua atuação frente

ao grupo de trabalho e principalmente a relação do seu fazer pedagógico com a do

fazer pedagógico do professor.

Segundo achados da pesquisa, podemos afirmar que a figura do coordenador

pedagógico é fundamental no espaço escolar e que sua atuação contribui para

melhoria da prática do professor, quando, enquanto coordenador, este profissional

tem consciência de sua função e busca promover as mudanças necessárias para

melhoria do trabalho do professor.

Finalizando, reafirmamos que a presença do coordenador pedagógico éimprescindível [...] e que os saberes e aprendizagens dele exigidos para odesempenho de seu papel na escola – especialmente junto aos professores– se diferenciam daqueles exigidos dos professores, na medida em que aliderança esperada deste profissional qualifica de maneira destacada asdimensões a ser por ele desenvolvidas, cognitiva e afetivamente. (PLACCOe SOUZA, 2012, p. 60).

Dessa maneira, não há dúvidas que a presença e atuação bem estruturada

do coordenador pedagógico faz a diferença na escola. Mas também é nítido

mediante as respostas, que o professor precisa estar disposto a querer mudar,

melhorar sua prática e entender a figura do coordenador como um aliado e parceiro

do seu trabalho, pois ficou claro que nem todos compreendem isso, como também

nem sempre consegue visualizar as mudanças que ocorreram em sua prática

pedagógica.

Conforme as respostas dadas pelos professores e coordenador, é fácil

perceber que existe a consciência da atuação de cada um desses profissionais no

espaço escolar, e que o desenvolvimento da prática do coordenador pedagógico

colabora para mudança e melhoria do trabalho do professor, mas não é o único

elemento, são necessários outros esforços para que de fato isso aconteça.

O resultado desta pesquisa demonstra que a atuação do coordenador

pedagógico contribui para melhoria da prática do professor, tornando o trabalho mais

significativo através dessa parceria. Nesse trabalho constatamos que a consciência

desses dois profissionais em desenvolver o seu trabalho por meio do diálogo da

39

parceria e com estratégias bem definidas, contribui não só para melhoria da prática

do professor em sala de aula, mas por consequência possibilita uma aprendizagem

significativa para os alunos.

É pertinente esclarecer que as considerações tecidas não se findam e nem da

conta da complexidade e abrangência do tema pesquisado. A atuação do

coordenador pedagógico no espaço escolar constitui em um vasto e importante

campo para realização e aprofundamento de novas pesquisas.

40

REFERÊNCIAS

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ALMEIDA, Laurinda Ramalho de e PLACCO, Vera Maria Nigro de. O Coordenador pedagógico e o atendimento a diversidade. – 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012.

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de; VIEIRA, Marili M. da Silva. O coordenador pedagógico e a questão dos saberes. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de (Org.); PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (Org.). O coordenador pedagógico e questões da contemporaneidade. São Paulo: Loyola, 2006.

BAHIA. Lei Nº 8.261 DE 29 de Maio de 2002. Estatuto do Magistério Público do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia. Disponível em: < http://www.saeb.ba.gov.br/vs-arquivos/HtmlEditor/file/lei_est_8_261_29-05-02_estatuto_magisterio.pdf>. Acesso em 25 de novembro de 2015.

FARIAS, Isabel Maria Sabino de. Didática e docência: aprendendo a profissão. – 3 ed – Brasília: 2011.

FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação Pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista Múltiplas Leituras, São Paulo, v.1, n. 1, p. 117-131, jan./jun. 2008.

GRINSPUN, Mírian Paura S. Supervisão e orientação educacional: perspectivas de integração na escola. São Paulo: Cortez, 2006.

LIBÂNEO, Carlos. Temas de pedagogia: diálogos entre didática e currículo. São Paulo: Cortez, 2012.

LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos Santos. O Coordenador Pedagógico na educação básica: desafios e perspectivas. Educere et Educare: Revista de Educação, Cascavel-PR, v. 2, n. 4, p. 77-90, jul./dez. 2007.

NUNES, Cláudio Pinto e FAGUNDES, Heldina Pereira Pinto. Formação de professores: questões contemporâneas. – 1. Ed. – Curitiba, 2014.

MIZIARA, Leni Aparecida Souto; RIBEIRO, Ricardo; BEZERRA, Giovani Ferreira. O que revelam as pesquisas sobre a atuação do coordenador pedagógico.

41

Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília-DF, v. 95, n. 241, p. 609-635, set./dez. 2014.

GUIMARÃES, Ana Archangelo et al. O Coordenador Pedagógico e a educação continuada. – 14. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

42

APÊNDICE A

O objetivo desta entrevista é compreender e refletir a importância da proposta

temática “O Coordenador Pedagógico e sua atuação na unidade escolar”.

ENTREVISTA COM COORDENADOR PEDAGÓGICO

1. Como você entende a função do Coordenador Pedagógico?

2. Enquanto Coordenador (a) Pedagógico (a), quais são as ações que você tem

desenvolvido na Instituição Escolar em que você atua?

3. Quais são os pontos positivos e negativos da sua atuação enquanto

Coordenador (a) Pedagógico (a)?

4. De que forma você tem contribuído para ajudar os professores em sua prática

pedagógica? Consegue visualizar mudanças?

5. De forma geral, o que você elenca como pontos fundamentais para que a

mudança da prática pedagógica do professor aconteça?

43

APÊNDICE B

O objetivo desta entrevista é compreender e refletir a importância da proposta

temática “O Coordenador Pedagógico e sua atuação na unidade escolar”.

ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

1. Como você avalia a sua prática pedagógica em sala de aula?

2. Durante os anos que você leciona, quais mudanças aconteceram em sua

prática pedagógica?

3. O Coordenador (a) Pedagógico (a) da instituição que você leciona, tem

colaborado para realização do seu trabalho em sala de aula? De que forma?

4. O trabalho que o Coordenador (a) Pedagógico (a) tem realizado, contribui ou

não para mudança de sua prática pedagógica? De que maneira?

5. Como você avalia o trabalho do Coordenador (a) Pedagógico (a) da

instituição escolar em que você atua?

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ANEXOS

REALIZAÇÃO DE PESQUISA

___________, ___ de _____ de 2015

Ilma. M.D.

Apresentamos à V.Sa. Cíntia Rodrigues Oliveira, Coordenador (a)Pedagógico(a)/Cursista da 3ª Edição do Curso de Especialização em CoordenaçãoPedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola de Gestores daEducação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de Educação daUniversidade Federal da Bahia - FACED/UFBA, principal responsável pelo Trabalhode Conclusão de Curso na Modalidade de Projeto Vivencial – TCC/PV intitulado “OCoordenador Pedagógico e sua atuação na unidade escolar ”, o qual está sendodesenvolvido no referido Curso, com o objetivo de analisar a importância do trabalhodesenvolvido pelo coordenador pedagógico e se o mesmo contribui para mudançada prática pedagógica do professor. O trabalho de campo está previsto serdesenvolvido no período de novembro à dezembro.

Informamos que a realização dessa pesquisa é de fundamental importância para aconstrução do Trabalho de Conclusão do Curso em questão e que o mesmo estásendo desenvolvido sob a orientação do(a) Professor(a) Pesquisador(a)Orientador(a) de TCCs/PVs, Anita dos Reis de Almeida.

Esperamos contar com sua valiosa colaboração no sentido de permitir o acessodo(a) referido(a) Coordenador(a) Pedagógico(a)/Cursista às informações, bem comoautorizar o uso de equipamentos para fotografia e gravação das atividades, caso sefaça necessário.

À disposição para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente,

_________________________________________________________ Coordenadora Geral – CECOP 3

Telefone: (71) 3283-7245E-mail: [email protected]