indisciplina na escola: impactos e desafios no...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – CECOP 3
JOANA RODRIGUES GONÇALVES MAGALHÃES
INDISCIPLINA NA ESCOLA: IMPACTOS E DESAFIOS NO
ENSINO-APRENDIZAGEM.
Salvador 2015
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JOANA RODRIGUES GONÇALVES MAGALHÃES
INDISCIPLINA NA ESCOLA: IMPACTOS E DESAFIOS NO
ENSINO-APRENDIZAGEM.
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientadora: Profª. Esp. Regina Celia Moreira Suzart
Salvador 2015
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JOANA RODRIGUES GONÇALVES MAGALHÃES
INDISCIPLINA NA ESCOLA: IMPACTOS E DESAFIOS NO ENSINO-
APRENDIZAGEM.
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________ Segundo Avaliador. ___________________________________________________ Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
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Dedico este trabalho em especial aos meus pais Ana e Silvino, meus irmãos
Marilene, Eulina, Josué e Geovânio, cunhadas, minha sogra Dona Edite, meu
esposo Dorival e minha filha Mariana, pelo apoio e incentivo dedicados a mim
durante a realização do curso.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir mais esta conquista.
Aos meus familiares, pelo apoio neste momento. A todos, meu muito obrigado.
A minha orientadora, Profª: Regina Celia Moreira Suzart pela paciência e
competência ao me auxiliar nesta jornada.
À Faculdade de Educação da UFBA e ao Programa Escola de Gestores, por
levarem a cabo esta iniciativa que beneficia tantos Coordenadores Pedagógicos
como eu.
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[…] o professor também tem que reaprender seu ofício e reinventar seu campo de
conhecimento a cada encontro. […] o aluno concreto (aquele do dia a dia), de forma
oposta, obriga-nos a sondar novas estratégias, experimentações de diferentes
ordens. (AQUINO, 1996, p. 54)
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MAGALHÃES, Joana Rodrigues Gonçalves. A indisciplina na escola: Impactos e
desafios no ensino – aprendizagem. A partir de uma pesquisa de campo na
Escola José Braz Cavalcante em Carinhanha – BA. Projeto Vivencial
(Especialização) – Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
O presente trabalho, fala sobre a Indisciplina na escola e os impactos e desafios no ensino – aprendizagem a partir de uma pesquisa de campo na Escola José Braz Cavalcante em Carinhanha – BA e tem como objetivo Promover ações socioeducativas e preventivas na Escola José Braz Cavalcante, envolvendo os professores para tentar pelo menos minimizar os atos de indisciplina na sala de aula. Acredita-se que este tema interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem. A partir deste foco o presente estudo será desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa-ação e entrevistas semiestruturadas. Analisaremos a relação entre professor-aluno, os possíveis fatores que contribuem para a indisciplina no contexto escolar e apresentaremos possíveis alternativas pedagógicas para minimizar o problema. Através da pesquisa feita foi possível observar que não existe somente uma causa geradora da indisciplina e sim vários fatores, como falta de limites pela família, metodologia do professor, currículo inadequado, mas através de um trabalho com os professores é possível minimizar os efeitos da indisciplina no ambiente escolar. Palavras-chave: Indisciplina. Ensino-aprendizagem. Aluno.
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MAGALHÃES, Joana Rodrigues Gonçalves. The indiscipline in schools: Impacts and challenges in teaching - learning. From a field research in the School Jose Braz Cavalcante in Carinhanha - BA. Experiential Design (Specialisation) - National Program Managers School, Faculty of Education, Federal University of Bahia, Salvador, 2015.
ABSTRACT
This paper talks about the indiscipline in school and the impacts and challenges in teaching - learning from field research at the School José Braz Cavalcante in Carinhanha - BA and aims to promote educational and preventive social actions in the School Jose Braz Cavalcante involving teachers to try to at least minimize the acts of indiscipline in the classroom. It is believed that this issue directly affects the teaching-learning process. From this focus this study will be developed through a literature search, research-action and semi-structured interviews. Analyze the relationship between teacher and student, the possible factors contributing to the lack of discipline in the school context and present possible pedagogical alternatives to minimize the problem. Through the research done it was observed that there is not only a generator because of indiscipline but several factors such as lack of boundaries by the family, professor of methodology, inappropriate curriculum, but by working with teachers can minimize the effects of indiscipline in the school environment.
Keywords: indiscipline. Teaching and learning. Student.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
CRAS Centro de Referência da Assistência Social.
EJA Educação de Jovens e Adultos
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
NAEIC Núcleo de Assistência a Educação Inclusiva de Carinhanha
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
PPP Projeto Político – Pedagógico
TCC Trabalho de Conclusão de curso
UFBA Universidade Federal da Bahia
UNB Universidade de Brasília
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 11
CAPÍTULO I................................................................................................. 13
1. MEMORIAL................................................................................................ 13
1.1 PERCURSO DE MINHA VIDA PESSOAL, EDUCATIVA E PROFISSIONAL..........................................................................................
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CAPÍTULO II................................................................................................ 17
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 17
2.1 A INDISCIPLINA NA ESCOLA E OS DIVERSOS OLHARES DOS TEÓRICOS...............................................................................................
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CAPITULO III.............................................................................................. 25
3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 25
3.1 INDISACIPLINA NA SALA DE AULA E OS DESAFIOS DE ENFRENTAMENTOS E PREVENÇÃO PARA MELHORIA DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM..........................................
25
3.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ........................................................... 26
3.1.2 DIAGNÓSTICO DA ESCOLA..................................................................... 29
3.1.3 METODOLOGIA.......................................................................................... 30
3.1.4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA................................................... 31
3.1.5 CRONOGRAMA.......................................................................................... 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 34
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS............................................................. 35
APÊNDICE.................................................................................................. 37
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INTRODUÇÃO
O presente estudo visa apresentar as percepções e conclusões acerca da
Indisciplina na escola: Impacto e desafios no ensino aprendizagem.
Para alavancar os estudos, o ponto de partida será a busca de respostas
sobre os impactos políticos – pedagógicos causados pela indisciplina escolar que
interferem no processo ensino – aprendizagem da escola José Braz Cavalcante do
município de Carinhanha Bahia. Com o intuito de responder essa questão
elencamos o seguinte objetivo geral: Promover ações socioeducativas e preventivas
na Escola José Braz Cavalcante, envolvendo professores para tentar pelo menos
minimizar os atos de indisciplina na escola.
Percebe-se que a indisciplina no contexto escolar é um dos maiores
problemas encontrados nos dias atuais nas salas de aula, pois trabalho na escola
José Braz Cavalcante há três anos e observando o dia a dia dos alunos percebe-se
que os mesmos são muito indisciplinados. O momento da aula que era pra ser de
aprendizado é utilizado para conversar com os colegas, o professor não consegue
trabalhar os conteúdos, e com isso acaba prejudicando a aprendizagem dos
mesmos.
Por isso, que o tema Indisciplina na escola: Impacto e desafios no ensino
aprendizagem tornou-se relevante para este estudo e para a minha reflexão
enquanto coordenadora pedagógica que busca a cada dia entender e enfrentar os
desafios na sala de aula causado pela indisciplina e definir os papéis para a
melhoria da situação possibilitando a aproximação do professor que ainda não
aceitam compartilhar com o coordenador as práticas pedagógicas a fim de melhorá-
las através de debates e interferências em relação às interações no ambiente
escolar e estes serão decisivos para um ensino-aprendizagem significativo e de
qualidade.
O estudo será apresentado em três capítulos, os quais versarão
primeiramente sobre uma perspectiva acerca do olhar sobre a indisciplina na escola,
no segundo capítulo sobre a indisciplina na escola e os diversos olhares dos teóricos
e como último capítulo um projeto vivencial de intervenção.
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Os capítulos atenderão aos objetivos deste trabalho, que para subsidiar a
pesquisa utilizará a observação em campo e o estudo bibliográfico de referenciais
teóricos que abordam sobre o tema como suporte principal para a construção das
ideais e elaboração das provisórias conclusões sobre o tema.
Essa pesquisa ajudou muito enquanto coordenadora pedagógica na questão
de como ser uma mediadora entre o professor e aluno diante de um ato indisciplinar
ou não, ao estudar as referências bibliográficas, aplicar os questionários e observar
os alunos em outras situações a não ser a de sala de aula me mostraram como
posso está agindo e sugerindo ações que venham auxiliar em atos indisciplinares.
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CAPÍTULO I
1 MEMORIAL
1.1 PERCURSOS DE MINHA VIDA PESSOAL, EDUCATIVA E
PROFISSIONAL
Escrever este memorial foi algo maravilhoso, pois apenas revivi a minha
trajetória pessoal, educacional e profissional, dessa forma seguindo o conselho de
Bosi que me ajudou nesta viagem, pois, segundo o autor:
“Na maioria das vezes, lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar, com imagens e ideias de hoje, as experiências do passado.” (BOSI, 1999; p.55)
Com isso descobri que essas lembranças estão vivas, muito vivas, dentro de
mim e, pois diariamente, recordo-me o que vivi há muito tempo na minha vida
pessoal, profissional e acadêmica.
Na lembrança, o passado se torna presente e se transfigura contaminado pelo aqui e o agora. Esforço-me por recuperá-lo tal como realmente e objetivamente foi, mas não posso separar o passado do presente, e o que encontro é sempre o meu pensamento atual sobre o passado, é o presente projetado sobre o passado (SOARES,1991, p.37-8)
De acordo, com SOARES, 1991, a lembrança não é resgatada de maneira
linear, seguida, em discurso encadeado e lógico. O vivido não é guardado em
gavetas dentro da gente, apesar de a origem etimológica indicar um lugar de seu
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arquivamento: a memória. Sim, porque recordar significava, em sua raiz, tirar da
mente, onde supostamente ficavam guardadas as nossas lembranças.
Eu sou Joana Rodrigues Gonçalves Magalhães, nasci no dia 29 de setembro
do ano de 1978 no município de Carinhanha na Bahia, onde resido até hoje. Sempre
estudei em escolas públicas, pois até a 4ª série estudei na zona rural. No ano de
1993 fui estudar em Carinhanha, em uma escola estadual, cidade que fica as
margens de dois Rios O Carinhanha e o Rio São Francisco, os meus colegas eram
muito indisciplinados, mas obedecia aos professores, aprendíamos por medo, dos
pais e professores, eu e meus irmãos sofríamos muito porque éramos disciplinados,
e os colegas eram indisciplinados eles nos achavam bobos, colocavam apelidos,
sofríamos por termos vindo da zona rural, em 1996 terminei o ensino fundamental 8º
série na escola Estadual Coronel João Duque. EU tinha duas opções fazer
magistério ou formação geral, optei por estudar os dois, magistério e formação geral.
Então no ano de 1996 iniciei o magistério onde fiz vários estágios, época em que
descobri a minha vocação trabalhar na educação e em 1999 conclui o Magistério na
mesma escola e a Formação geral em outra escola chamada Educandário São
José. Vejo que não existe quase nada do que fui, pois a cada dia procuro reconstruir
e construir uma nova história através do conhecimento e da busca novos caminhos.
Chegou a preocupação, tinha que trabalhar, então no ano de 2000 comecei a
trabalhar contratada pela prefeitura, com a educação infantil de quatro anos onde eu
tive que procurar os alunos para trabalhar em uma escola do município em que
resido, no ano seguinte em 2001 passei em um concurso para professora nível I fui
aprovada em 4º lugar, fui trabalhar na zona rural com a multissérie (da 1ª a 4ª série
do ensino fundamental) ficando durante oito anos. Dessa forma percebi o quanto um
ser humano depende do outro segundo o mestre Paulo Freire:
(...) Quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar a ação pelo qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. (FREIRE, 2011, p. 25)
Sabemos que o educador precisa aprender e ensinar ao mesmo tempo, pois
durante esses oito anos nesta escola aprendi e ensinei bastante os meus alunos. Reporto-me a fala de Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia que
diz: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (p. 25)
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Sabendo disto, foi que aprendi não somente com meus professores, mas
também com os colegas de trabalho e com meus alunos, pois cada momento era um
ensinamento. Então percebi que muitas vezes era preciso traçar novos caminhos e
mudar a maneira de ensinar.
Em 2001, participai de uma capacitação em serviço organizado e realizado
pelo PDE Pedagógico oferecido por uma escola do estado. Em 2006 fiz um curso
básico de informática do projeto inclusão digital oferecido pela prefeitura de
Carinhanha. No ano de 2007 iniciei a minha graduação em pedagogia pela
Universidade de Brasília, (UNB) a qual estudei durante cinco anos, o tema do meu
TCC foi “Cultura popular brasileira/Folclore no Ensino Fundamental” porque a cidade
em que moro é muito rica em culturas populares como reisados, a mulinha de ouro,
bumba meu boi, rezas pra chover, dança do caboclo, entre outros.
Em 2009 a escola em que eu trabalhava na zona rural nucleou por falta de
alunos, então fui trabalhar em outra escola que fica no povoado de Angico, próximo
do município que moro, onde fiquei por quatro anos e durante esses anos participei
de várias formações como: Formação de formadores em Alfabetização e Letramento
com Ênfase na proposta para alfabetizar, através do instituto Anísio Teixeira com
carga horária de cem horas. Em 2010 participei da capacitação pedagógica do
programa de Aceleração da Aprendizagem pelo instituto Alfa e Beto, em 2011
participei de dois eventos de extensão da Educação Ambiental e ciclos de Palestras
oferecidas pela UNB (Universidade de Brasília), em 2012 participei de um seminário
sobre Projetos de Pesquisas pela Universidade de Brasília, (UNB). No mesmo ano
fui para Brasília participar de um seminário sobre Educação tecnológica: Desafios
para o Projeto Universidade de Brasília.
Em 2013 conclui minha licenciatura em Pedagogia pela Universidade de
Brasília, onde nesse mesmo ano fui pesquisadora de um livro sobre a cultura
popular do Município de Carinhanha, onde culminou em um livro “Carinhanha entre
rios de histórias”, Esse livro foi fundamental para o município de Carinhanha, pois
mostrou várias histórias narradas por seus moradores que são pescadores,
fiandeiras, agricultores, quilombolas, assentados e ribeirinhos. Contudo também
valorizou a história e a cultura de um povo através de costumes, práticas, saberes,
festas e tradições. Por isso se percebe que através deste livro Carinhanha teve a
oportunidade de relatar suas memórias e histórias de vida, mantendo vivas as
lembranças para as próximas gerações.
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Nossa que alegria! No início de 2013 voltei a trabalhar na cidade onde moro,
como coordenadora pedagógica de uma escola que recebe crianças, adolescentes e
adultos com idades variadas.
Em 2014 conclui um curso em coordenação pedagógica ministrado pela
Primer cursos do Brasil e um curso de introdução a Educação Infantil, mas também
iniciei a minha licenciatura em coordenação pedagógica no Polo de Santa Maria da
Vitória pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Das experiências profissionais que foram muito importantes na escolha do
meu objeto de estudo foi perceber que na escola que eu atuo como coordenadora
há bastante tempo os alunos são muito indisciplinados, pois a maioria dos
professores não consegue validar a proposta didática, porque os alunos não param
para ouvir as explicações dos professores, conversam o tempo todo, além disso,
falam muito alto e muitas vezes usam de empurrões e xingamentos para resolver os
conflitos, as professoras mandam todos para a diretoria, alegando não conseguir dar
aula, a Direção determinou tirar o recreio e pediu aos professores que ficassem na
sala com os alunos utilizando jogos, mas não funcionou com os alunos do
Fundamental II, os professores alegaram que precisavam ir ao banheiro e lanchar,
isso só funcionou em partes com o Fundamental I. Sob essa ótica se percebe a
necessidade de tentar amenizar o problema da indisciplina e isso só acontece com
ação-reflexão-ação.
A minha proposta de Intervenção vai ajudar os professores a enfrentar os
desafios- na sala de aula causado pela indisciplina e definindo os papéis para a
melhoria da situação possibilitando a aproximação do professor que ainda não
aceitam compartilhar com o coordenador as práticas pedagógicas a fim de melhorá-
las através de debates e interferências em relação as interações no ambiente
escolar e estes serão decisivos para um ensino-aprendizagem significativo e de
qualidade.
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CAPÍTULO II
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A INDISCIPLINA NA ESCOLA E OS DIVERSOS OLHARES
DOS TEÓRICOS.
A indisciplina escolar tem sido alvo de inúmeras discussões entre os
educadores brasileiros dos diferentes, níveis de ensino, desde a Educação Básica
até o Ensino Superior, conforme podemos comprovar nos estudos realizados por
AQUINO (1996), VASCONCELLOS (1956), FREIRE (1996,2011) CANDAU (1998)
entre outros.
De modo geral, a indisciplina apresenta-se como um importante obstáculo no
processo ensino-aprendizagem, prejudicando o exercício da função docente e o
aproveitamento dos conhecimentos ministrados por parte dos alunos envolvidos.
Para Aquino (1998), indisciplina e baixo aproveitamento dos alunos representam
dois dos grandes males da escola contemporânea, geradores do fracasso escolar e
os principais obstáculos para o trabalho docente.
Esta tem sido uma preocupação constante entre os educadores e tem
mobilizado a comunidade escolar em geral, tornando-se o principal foco das
reuniões de pais e mestres, conselhos de classe, etc.
A indisciplina nas escolas, sobretudo nos bairros com problemas sociais, não
é algo que acontece somente nas escolas de Carinhanha, ao contrário está presente
em todas as escolas brasileiras. E esse é um dos aspectos que mais preocupam os
pais e educadores das escolas públicas e particulares. Segundo Ruotti:
Não basta mudar o comportamento de alguns alunos se não houver apoio mais amplo dentro das escolas, pois se a intervenção for bem sucedida e os alunos mudarem de comportamento eles não terão como exercitar esse novo roteiro de condutas estando na contramão das normas dos colegas (RUOTTI, 2007, p. 19)
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Diante desse quadro a indisciplina nas escolas é causada por diversos fatores
como desestrutura familiar, metodologias dos professores, falta de planejamento por
parte dos professores, falta de currículo de acordo com a realidade escolar, falta de
conhecimento de professores de como lidar com a indisciplina entre outros. Vale
ressaltar que no processo de ensino aprendizagem a indisciplina não é resultante de
fatos isolados, mas de muitos fatos e de influências que recaem sobre a criança e o
adolescente ao longo de seu dia a dia.
Hoje, a família tem delegado suas funções e responsabilidades
exclusivamente à escola, tornando-a vítima de críticas pelo seu insucesso.
A tarefa de educar não é de responsabilidade da escola, é tarefa da família, que ao educador cabe repassar seus conhecimentos acumulados, ele ainda aponta que a solução pode estar na forma da relação entre professor e aluno, ou seja, a forma que suas relações e vínculos se estabelecem aponta também que a solução pode estar no desenvolvimento do resgate da moralidade discente através da relação com o conhecimento e que esse conhecimento deve ser construído socialmente, sem rigidez ou autoridade (AQUINO, 1996, p. 98)
O professor precisa desempenhar o seu papel de ensinar e a família a de
educar seus filhos. Pois na maioria das vezes o aluno ao chegar à escola não aceita
que o professor impõe regras, devido em seu meio de convivência familiar não lhe
dar limites. Quando se tenta impor a disciplina, a rebeldia e a revolta aparecem,
assim ao chegar à escola eles acham que perturbar o professor é a melhor forma de
chamar atenção.
(…) O trabalho do professor do educador é estressante; ele procura um pouco de paz para poder respirar; daí espera o comportamento dócil, passivo do aluno. É claro que esta expectativa se coloca a partir do círculo da alienação em que se encontra, onde seu desejo, alienado, não busca a interação, o encontro, a comunicação, mas o isolamento, o fechamento, a obediência, a submissão, com a esperança de reencontrar assim o espaço vital que sente falta. (…) (VASCONCELLOS, 2005, p.47)
Pode-se compreender então que, do modo como muitos professores vem
agindo na tentativa de reverter o problema, acaba por agravá-lo. É preciso haver um
dialogo entre os envolvidos no processo a começar pela discussão de como
encaminhar este problema, e a construção coletiva do Regimento Interno pode ser
um começo. No entanto, sabemos que a maioria das escolas não tem Regimento ou
muitas vezes eles usam o Regimento Unificado. É necessário que cada instituição
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escolar construa seu próprio Regimento, pois existem em cada uma delas realidades
diferentes.
Nos dias atuais os jovens e as crianças não têm limites em casa e nem tão
poucas regras. De acordo com AQUINO, (1998, p.7) As crianças de hoje em dia não
têm limites, não reconhece a autoridade, não respeitam as regras, a
responsabilidade por isso é dos pais que tem se tornado muito permissivo.
Podemos perceber que nos dias atuais os alunos se tornaram indisciplinados,
sem limites, sem regras, ou seja, desconhecem uma boa educação, acham que são
donos de si, não precisam obedecer e nem respeitar ordem de ninguém. Sob essa
ótica se percebe que as crianças e adolescente chegam a escola e grita com os
colegas, quer mandar no professor. Como afirma Júlio Groppa Aquino (2003) a
indisciplina se trata de um fenômeno escolar que ultrapassa fronteiras socioculturais
e também econômicas nascendo da falta de afetividade, do resgate de valores. E
com isso acaba gerando crianças indisciplinadas que não admitem ordens e não
aceitam regras, tão pouco limites impostos pelo professor ou pela escola.
No processo de ensino-aprendizagem a indisciplina pode inibir a
aprendizagem e levar os alunos ao fracasso escolar que é um problema sério,
acontece através da troca de agressões físicas e verbais entre alunos ou alunos e
professores. Desta forma é importante discutir a relação entre os conceitos de
indisciplina no contexto escolar e, particularmente, na relação professor-aluno pois,
para muitos autores o que acontece dentro da escola é apenas reflexo do que ocorre
fora dela e pode se manifestar de diversas formas dependendo do ambiente onde
ela vive. A indisciplina na sala de aula na maioria das vezes sabe-se que é culpa do
professor, que não planeja, e muitas vezes vão para a sala de aula sem um
planejamento, uma aula bem preparada dinamizada e bem estruturada atrai a
atenção dos alunos e melhora a disciplina. Por isso hoje a tarefa de planejar é bem
mais complexa, não se trata de ter condições de planejamento, mas de se resgatar o
significado e dar a importância devida a este elemento indispensável para o sucesso
do Projeto Político Pedagógico. Mesmo sabendo que a maioria das escolas
brasileiras tem PPP, mas desatualizado, os gestores acham que o PPP não serve
para nada é apenas um documento de gaveta. O PPP deve ser aquele que dialogue
com uma proposta efetiva de políticas públicas sérias que sejam elaboradas de
nosso próprio lugar, que tenham a nossa cara, o nosso jeito de ser, de sentir, de agir
e de viver, assim não devemos esquecer que:
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Os conflitos e lutas pelo poder, os meios de resistência, as alianças, os valores, as normas, os modelos de aprendizagem, as atitudes do professor, as relações entre as pessoas, a participação dos pais e dos alunos e o modo como esses atores escolares se comunicam são aspectos que vão influenciar, com vigor, o tipo de PPP que será elaborado e os rumos que seguirá no processo de sua implementação (AZEVEDO s/d).
Desta forma queremos que a comunidade escolar possa fazer uso desta
análise extraindo do mesmo os subsídios para mudanças necessárias ao bom
funcionamento do PPP, promovendo a reflexão sobre prática/teoria do grupo e a
partir daí melhorar a aprendizagem da escola. É necessário que todos que
trabalham na escola conheçam o PPP Assim, daremos um sentido bem mais
profundo e coerente à seleção de conteúdos, dos procedimentos metodológicos e
dos instrumentos de avaliação, assegurando sua perfeita integração. Segundo
Vasconcelos (2007), é no cotidiano escolar que estas grandes dimensões do
planejamento costumam se traduzir para o professor, quando ele se preocupa com
“o quê” vai ser ensinado, como vai ser trabalhado, por que e para quê vai ser
trabalhado e como vai se souber se os alunos estão assimilando ou não e o que
fazer diante disto.
Podemos perceber que para planejar é necessário o conhecimento da
realidade do contexto escolar, analisando e selecionado conteúdos que contribuirão
para um ótimo desenvolvimento do ensino-aprendizagem. Utilizando uma
metodologia diversificada e adequada às necessidades do educando, os professores
constatarão se houve ou não crescimento na aprendizagem, refletindo assim, em
novas estratégias na prática pedagógica. Para Aquino (1996, p. 40), “embora o
fenômeno da indisciplina seja um velho conhecido de toda sua relevância teórica
não é tão nítida”. Ele afirma que:
A escola passou a ser vista como um campo de batalhas, onde educadores se manifestam suas insatisfações com o salário, condições de trabalhos entre outros em vez de transmitir conhecimentos e melhorar o ensino aprendizagem.
Ainda sobre Aquino (1996, p. 09)
“há muito os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras, para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais.”
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O autor afirma que são muitas as causas da indisciplina escolar como, por
exemplo, quando o bairro é violento, tem muitos problemas sociais, acaba
assustando professores que vem de outras localidades.
A indisciplina em sala de aula e na escola é atualmente um dos grandes
problemas colocados para os educadores, pois estamos vivendo a crise da
indisciplina no mundo atual. Pois pesquisas mostram o quanto se perde de tempo
em sala de aula com questões de disciplina. No entanto sabe-se que os alunos se
manifestam de várias formas com conversas paralelas, dispersão, o professor entra
na sala e é como se não tivesse entrado, dá lição e a maioria não faz alunos não
trazem material, se negam a participar da aula, parece que nada interessa a ele,
saem das salas sem pedir licença, ficam de boné durante a aula, escrevem nas
paredes, brigam entre outros fatores. Chagas afirma que:
A indisciplina no meio educacional é vista como a manifestação de um aluno com um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, traduzido na falta de educação ou desrespeito pelas regras preestabelecidas, na bagunça, agitação ou desinteresse (CHAGAS, 2001, p.39).
A indisciplina escolar sempre chamou atenção. Porque na maioria das vezes,
dificulta o aprendizado, não só do educando indisciplinado, mas de todos os que se
encontram na sala de aula, causando transtornos, falta de atenção, desinteresse e
por consequência baixo rendimento escolar. Como cita Paulo Freire (1996) o
educador deve conhecer o dia a dia do aluno, porque é nessa realidade que o aluno
desenvolve seus instintos e desabrocha a indisciplina.
Sabe-se que na maioria das vezes os professores reclamam fazendo
generalizações, dizendo que todos os alunos vão mal, desligados, que não
conseguem trabalhar, mas acontece que na mesma escola, na mesma sala de aula
existem professores que conseguem fazer um bom trabalho. Mas como diz
VASCONCELLOS (1956)
O professor que realmente é um bom professor tem de trabalhar com a realidade que tem em sala de aula, não adiante se lamentar, jogando a culpa aqui acolá. São estes os alunos que tem e com eles que tem que trabalhar; é esta a escola; é este o País.
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Esta é a realidade das escolas, em qualquer parte do mundo, a situação não
é fácil, se eu tenho alunos indisciplinados, são esses os alunos que tenho que
trabalhar e não ficar jogando somente a responsabilidade na família ou na
sociedade.
Em pleno século XXI percebe-se que a indisciplina na sala de aula na maioria
das vezes é culpa do professor, pois uma aula bem preparada dinamizada e bem
estruturada atrai a atenção dos alunos e melhora a disciplina, assim sabemos que
muitos professores não conseguem lidar com a indisciplina dos alunos e acabam
usando formas que lhe convém como colocando-os para fora da sala de aula,
privando –os de aprender os conteúdos estudados Então, a partir destas práticas, o
professor precisa estabelecer ações para solucionar ou prevenir problemas de
indisciplina, refletindo sobre o grau de participação dos alunos e comunidade
escolar, na hora de estabelecer normas de comportamento social. Assim,
acontecerá o que nos diz TIBA:
Os alunos só podem se comprometer com a escola, se ela promover uma educação participativa que estimule o treinamento da emoção. Para haver disciplina, é necessária a presença de uma autoridade saudável. Para recuperara autoridade, não é necessário se impor algo, é preciso que a mesma seja reconhecida através do afeto, do respeito, de maneira natural. Talvez, o segredo esteja no desenvolvimento da auto-estima. (TIBA, 2001, p. 102).
Ainda de acordo com TIBA (2001) a autoestima é fundamental no ser
humano, pois sem ela o s alunos não se interessa pelas aulas, onde a maioria não
conseguem perceber a importância de se auto – valorizar.
Vale registrar que a indisciplina não só envolve aspectos externas como:
problemas sociais, baixa qualidade de vida e conflitos nas relações familiares, mas
envolve também aspectos internos, desenvolvidos dentro da escola, como a relação
professor-aluno por exemplo. Não é raro se depara com professor intransigente que
se considera o dono da verdade, impondo e dando ordens em sala de aula, isso
implica desencadear indisciplina dos alunos , como uma forma de protesto a atitudes
do professor. Para Freire:
O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca. (FREIRE, 1996, p.73)
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Por isso a importância do professor saber lidar com todos os tipos de
situações, e está sempre preparado para desenvolver seu papel da melhor forma
possível dentro da sala de aula. Como bem diz Freire, qualquer que seja o tipo de
professor ele desencadeia marcas no seu aluno tanto para o lado positivo como para
o lado negativo.
E para que essas marcas de relacionamentos entre professor e aluno sejam
positivas o professor precisa combinar autoridade com respeito e afetividade, ou
seja, ao mesmo tempo em que o professor precisa estabelecer normas, deixando
claro o que se espera dos alunos, deve também respeitar a individualidade dos
mesmos, em um respeito mutuo. Ainda na linha de pensamento de Freire:
(…) o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma ‘cantiga de ninar’. Seus alunos cansam não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. (FREIRE, 1996, p. 96)
Percebe-se que o bom professor é aquele que prende seu aluno na sala de
aula por vontade própria, em prol da aprendizagem e não por base no autoritarismo.
Aquele que usa com rigor a sua autoridade, não admitindo contradições não ajuda
resolver o problema de indisciplina dentro da escola, apenas causa mais problema.
Ainda sobre Freire (2006, p.27) ele ressalta que: “enquanto os professores não
perceberem que é, por meio da dinâmica relacional do docente com a turma, e da
análise detalhada do que se passa no seio do grupo que pode melhorar o ambiente
de sala de aula, caso isso não ocorra não obterão grandes resultados.”
Então percebe-se que o professor deverá ter um dialogo aberto com seu
aluno, construir as regras no início do ano e fazer cumprir durante todo o ano letivo.
Entende-se, portanto, que para definir disciplina na escola, é necessário considerar
uma série de questões sociais e rever o comportamento dos alunos de diferentes
ângulos. Neste contexto a família, entendida como primeiro contexto de
socialização, exerce grande influência sobre a criança e o adolescente. Para Aquino
(1996, p. 96), “é impossível negar, a importância e o impacto que a educação
familiar tem (do ponto de vista cognitivo, afetivo e moral) sobre o indivíduo”.
A indisciplina vem tornado-se uma das principais inquietações dentro da
escola, e a coordenação não pode ficar omissa diante deste problema. Além de
procurar identificar as possíveis causas da indisciplina, é necessário que a gestão da
24
escola faça um levantamento histórico junto aos professores e todo pessoal que faz
parte da mesma a respeito do problema.
Outra ação que pode ser feita pela coordenação escolar é verificar como são
as relações entre os professores e os alunos, pois nesta dinâmica pode estar o fator
desencadeador de muitos conflitos que se apresentam na escola.
A coordenação escolar tem como direito e dever de pôr limites e criar
obrigações no âmbito escolar, mas isso não significa que a escola pode conceder
medidas abusivas e ilegais como, por exemplo, expulsar o aluno e negar-lhe o
direito de aprender, tirar notas por falta de disciplina, dar suspensão por falta leve
entre outros fatores. Convém lembrar que um aluno indisciplinado em uma
disciplina, enquanto em outras não. Assim, sua indisciplina surge ou se acentua em
determinados momentos (AQUINO, 1998). Para compreender esta citação sabemos
que é isso que acontece nas escolas onde o aluno é bom na disciplina de português
e na disciplina de geografia o aluno não consegue compreender a metodologia
ensinada pela professora.
Ainda de acordo com Aquino (1998):
Dentro da sala de aula o professor é o guia dos alunos levando-os a viagem do conhecimento, redescobrindo com eles o caminho a ser percorrido. Ao recontar as histórias das descobertas humanas, o professor pede aos alunos imaginação e inquietude.
O ofício do professor apresenta-se como um palco privilegiado de
aprendizagem e investigação e a sala de aula é sempre um laboratório pedagógico
(AQUINO, 1998).
Cabe aos professores, como mediadores do processo de aprendizagem,
reinventar a sua prática a partir da sua própria ação, para que possam interagir e
gerenciar os conflitos do ambiente escolar.
25
CAPÍTULO III
3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
3.1 INDISCIPLINA NA SALA DE AULA E OS DESAFIOS DE
ENFRENTAMENTOS E PREVENÇÃO PARA MELHORIA DO PROCESSO
DE ENSINO APRENDIZAGEM.
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais os impactos políticos – pedagógicos causados
pela indisciplina escolar que interferem no processo ensino – aprendizagem da
escola Municipal José Braz Cavalcante do município de Carinhanha Bahia?
Sou aluna do Polo de Santa Maria da Vitória do Programa Nacional Escola de
Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade
Federal da Bahia, estou concluindo o curso de Pós – graduação Lato Sensu em
Coordenação Pedagógica que tem como eixo central (12) violência na escola, cujo
tema é “Indisciplina na escola: impactos e desafios no ensino-aprendizagem.”
A proposta de Intervenção (PI) tem como objetivo promover ações em uma
escola no município de Carinhanha na tentativa de minimizar os atos de indisciplina,
e assim contribuir para melhorar o Ensino – aprendizagem nesta escola.
Partindo disto a proposta de Intervenção (PI) traz ações interventivas para
amenizar à indisciplina na escola José Braz Cavalcante, pois sabemos que esta
Proposta de Intervenção não garante a erradicação da indisciplina, mas constitui-se
no primeiro passo em direção à solução do que se tornou um dos maiores
problemas enfrentados pelos professores na atualidade que é a indisciplina nas
salas de aula.
26
3.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Este projeto tem o intuito de propor uma intervenção pedagógica com os
agentes educativos da unidade escolar José Braz Cavalcante, localiza-se na
Travessa Porto Alegre S/N Bairro São Francisco no perímetro urbano, de fácil
acesso, cadastro do Ministério da Educação com o INEP 29438187 e o CNPJ:
0192543410001-65, inaugurada em dezembro de 2004 na gestão do ex-prefeito
Geraldo Pereira Costa, em que em primeira instância, nomearia a escola com o
nome da Professora Marinalva Costa Duque, sua irmã, entretanto a proposta não foi
aceita. Um novo nome foi sugerido e levado em forma de projeto para ser votado na
Câmara de Vereadores. O nome sugerido foi a do saudoso e admirável Professor
José Braz Cavalcante já falecido, pela força moral e exemplo profissional na cidade.
A escola José Braz Cavalcante possui quinhentos e seis alunos desse total
existe um total de 30 alunos com Necessidades Especiais onde no início do ano os
professores junto aos pais ou responsáveis desses alunos preenche uma ficha com
os dados dos alunos e essas fichas são entregue ao Coordenador Pedagógico e
encaminhado ao Núcleo de Assistência a Educação Inclusiva de Carinhanha
(NAEIC) desta forma eles fazem visitas no contra turno da escola para serem
acompanhados por especialistas como Psicopedagogos, fisioterapeuta entre outros
profissionais que trabalham com oficinas destinadas a esse público. A escola
funciona nos três turnos fundamental I anos iniciais do 4º ao 5º ano, no fundamental
II do 6º ao 9º ano e a EJA – Educação de Jovens e Adultos, no Segmento I ( 4º e 5º
ano) e segmento II (6º ao 9º ano), criando oportunidades para jovens e adultos da
cidade que por diversos motivos pessoais, sociais e até educacionais desistiram de
estudar e precisam retomar os estudos de forma mais rápida para seguir sua vida
pessoal e profissional.
A Estrutura Organizacional da escola José Braz Cavalcante é gerida por uma
equipe formada por uma gestora, dois vices gestores, uma coordenadora (para os
três turnos), dois secretários, duas cozinheiras, cinco pessoas na limpeza, um vigia,
e um porteiro. Possui um Corpo Docente com 21 professores. Desses vinte e um,
oito professores são do Fundamental I, sendo sete graduados em pedagogia e uma
graduada em geografia. No fundamental II são nove professores, desses nove, três
27
são graduadas em história e duas delas com especialização em Direitos humanos,
um em matemática, três em letras, um em geografia, uma é graduada em pedagogia
quatro professores da EJA, desses quatro um é contratado e três são professores do
turno vespertino que trabalham com aulas extras. E quatro professores encostados
com problemas de saúde sendo que uma auxilia na secretaria, a outra dar subsídio
a uma professora com os alunos com dificuldade de aprendizagem, outra ajuda na
coordenação pedagógica e outra está encostada no INSS. A equipe gestora está
sempre realizando ações que permitam a participação nas decisões da escola dos
representantes de pais, alunos, funcionários e comunidade externa.
A Escola José Braz Cavalcante tem o Projeto Político Pedagógico, Regimento
Escolar unificado, Proposta Pedagógica para o fundamental I, II e a EJA. O IDEB –
Índice de Desenvolvimento Escolar da escola José Braz Cavalcante em 2013 foi de
3.9. A escolha da gestão escolar ainda é feita através de indicação e a diretora a
professora Edilene Pereira da Silva Santos é professora da rede municipal, formada
em Pedagogia, Administração e têm várias outras formações e está na direção há
um ano.
Na estrutura física, a escola possui um salão amplo que é usado para
grêmios, festas e fechamentos de projetos possui 10 salas de aula, quatro
banheiros, uma cozinha, um almoxarifado, duas salas de informática com
computadores, mas sem internet, uma diretoria, um secretário, um salão que é
oferecido para as oficinas do Mais Educação, também possui uma área externa com
um campinho de futebol e uma horta escolar. Também tem disponibilidade de
equipamentos e aparelhos pedagógicos básicos como TV, dois aparelhos de DVDs,
três datas show, três notebooks e material didático não é problema, pois é uma das
escolas do município que tem mais matérias para serem usado tanto permanente
como de custeio. A escola tem vários programas e o PDDE – Programa Dinheiro
Direto na Escola que dão condições para a direção fazer as compras de acordo com
as necessidades da escola.
Pode-se observar que a escola em relação a sua estrutura física falta ainda
espaços que contemplariam a construção de uma Biblioteca, uma quadra
poliesportiva para as atividades de Educação Física e Campeonatos. Também falta
refeitório para alunos, pois os mesmos merendam pelos corredores sem nenhum
conforto e higiene, falta construir um espaço para as aulas práticas de Artes com
material de suporte (mesas, bancos, armários, quadro branco, cavaletes, etc.) e uma
28
Secretaria mais ampla para organização dos documentos da escola com
computador e impressora.
A escola Também possui vários programas como Escola Aberta, Mais
Educação, Atleta na escola e Acessibilidade. A Escola Aberta incentiva e poiam a
abertura, nos finais de semana, como a escola se localizada em territórios de
vulnerabilidade social foi contemplada com este programa. A estratégia potencializa
a parceira entre escola e comunidade ao ocupar criativamente o espaço escolar aos
sábados e/ou domingos com atividades educativas, culturais, esportivas, de
formação inicial para o trabalho e geração de renda oferecida aos estudantes e à
população do entorno.
O Mais Educação é um programa das escolas das redes públicas de ensino
estaduais, municipais e do Distrito Federal onde as mesmas fazem a adesão ao
Programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver
atividades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação
ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura
digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo
das ciências da natureza e educação econômica. A escola pesquisada escolheu as
oficinas de Jardinagem, futebol, acompanhamento pedagógico em leitura, cine clube
e teatro.
O Atleta na escola que tem como objetivo incentivar a prática esportiva nas
escolas, democratizar o acesso ao esporte, desenvolver e difundir valores olímpicos
e paraolímpicos entre estudantes da educação básica, estimular a formação do
atleta escolar e identificar e orientar jovens talentos.
Acessibilidade que garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas com
Necessidades Especiais que são criados vários espaços, no meio físico, no
transporte, na informação e comunicação, inclusive nos sistemas e tecnologias da
informação e comunicação, bem como em outros serviços e instalações abertos ao
público ou de uso público, tanto na cidade como no campo na Escola José Braz
Cavalcante foram construídas rampas, comprados bebedouros adaptados, mesas,
entre outros objetos.
29
3.1.2 DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
A escola Municipal José Braz Cavalcante é uma escola que recebe em seu
espaço um maior percentual de alunos que pertencem a vários tipos de famílias com
diversas formações. Atende alunos de classe social baixa, provenientes de famílias
carentes, pais separados, traficantes, pais drogados onde a maioria mora com avós
que sobrevivem somente da aposentaria, ou seja, um salário-mínimo. A maioria das
famílias não tem trabalho fixo e o único meio de renda são os chamados (bicos),
alguns alunos junto com suas famílias são contemplados com o Programa “Bolsa
Família”.
A escolaridade dos pais dos alunos varia do analfabetismo ao fundamental II
anos finais, sendo que, em sua maioria, não ultrapassa o Ensino Fundamental II.
Então eles convivem com estruturas mínimas de acesso ao conhecimento fora da
escola, além disso, não possuem acompanhamento familiar.
Há também no bairro O CRAS – Centro de Referência da Assistência Social é
uma unidade pública estatal localizada em áreas com maiores índices de
vulnerabilidade e risco social onde desenvolve um trabalho bastante direcionado às
famílias em situação de risco promovendo: Palestras temáticas dos Direitos da
Criança e do Adolescente, Futebol, Dança, Capoeira, Ginástica, cursos de
artesanato, orientação, atendimento profissional com psicólogos. Também existem o
Grupo de Idosos Flor de Pequi,
Então devido a situação social em que esses alunos estão inseridos é que a
Escola José Braz Cavalcante está vivenciando momentos difíceis com os altos
índices de indisciplina que ocorre frequentemente dentro da escola.
O clima organizacional da escola José Braz Cavalcante é razoável e a
coordenação pedagógica tenta tornar o trabalho pedagógico produtivo e agradável,
tomando como medida principal a boa relação interpessoal entre todos, todavia,
ainda faz-se necessário gerir alguns conflitos e problemas para que todos os
agentes da escola possam integrar de forma mais estreita e prazerosa, alinhando a
comunicação e os seus valores aos valores da unidade escola.
30
3.1.3 METODOLOGIA
A violência e a indisciplina nas escolas, sobretudo nos bairros com problemas
sociais, não é algo que acontece somente na cidade de Carinhanha, ao contrário
está presente em todas as cidades brasileiras. E esse é um dos aspectos que mais
preocupam os educadores.
Realizei um estudo que se deu inicialmente por pesquisa bibliográfica. E para
o alcance dos objetivos, foi preciso o empenho e a dedicação de todos por isso
selecionei, para tanto, o método da Pesquisa-ação, que, segundo Michel Thiollent.
(...) é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1986, p.14), .
Neste tipo de pesquisa, e ainda segundo Michel Thiollent (1986, p. 14): “Os
valores vigentes em cada sociedade e em cada setor de atuação alteram
sensivelmente o teor das propostas de pesquisa-ação.”
Portanto a dinâmica desta proposta partiu sempre de momentos reflexivos,
com os professores, para as realizações das ações desta proposta.
O campo empírico para observação e realização das entrevistas foi uma
escola da rede municipal situada na cidade de Carinhanha na Bahia. Como
procedimentos para coleta de dados, a observação se realizou de forma participativa
e a entrevista semi-estruturada direcionada aos professores da escola. No contexto
escolar foi observado alunos no período de recreio e durante as aulas, etc. Estas
informações permitiram o encontro de informações coletadas com as análises
teóricas.
A entrevista foi realizada com cinco professores do ensino fundamental I e
cinco professores do fundamental II para falar sobre o problema da indisciplina na
escola, enfocando a temática em estudo na realidade escolar.
31
3.1.4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
A Escola Municipal José Braz Cavalcante está com muitos problemas e o
principal deles é a indisciplina que é uma das maiores dificuldades encontradas hoje
em sala de aula, no entanto sabemos que estes problemas se manifestam de
diversas formas dependendo do ambiente onde a criança ou o adolescente esta
inserido. Na escola os valores se inverteram, as famílias se desintegraram de seus
papéis, a falta de limites, as drogas e o desemprego são assustadores e afetam
abertamente os alunos. Os educadores sentem-se impossibilitado diante da
situação, aonde o aluno chega à escola e não tem limites procura a família e não
tem apoio. A família alega que não consegue resolver o problema e delega a escola
à responsabilidade de educar e ensinar.
No entanto, sabemos que a escola sozinha não consegue resolver o
problema da indisciplina e com isso os professores se sentem incapazes de resolver
a questão e acaba não planejando as aulas de acordo com a realidade do aluno,
com os conteúdos dinamizados, metodologias inovadoras, no final do ano o aluno
não aprendem e eles acabam jogando a culpa na família.
Mas é importante salientar que se o professor não tem ajuda da família, é
necessário ter esperança, pois é através do conhecimento e da aprendizagem que
as pessoas se transformam.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Promover ações socioeducativas e preventivas na Escola José Braz
Cavalcante, envolvendo professores para tentar pelo menos minimizar os atos de
indisciplina na escola.
32
Objetivos Específicos:
*Refletir sobre os impactos políticos pedagógicos causados pela indisciplina e
suas interferências no processo de ensino-aprendizagem.
* Preparar os educadores para enfrentar os desafios da indisciplina a fim de
melhorar as interações no ambiente escolar;
* Possibilitar aos professores uma reflexão sobre as situações de indisciplina
que ocorrem na escola e definir aos mesmos papéis para a melhoria da situação.
*Realizar atividades cotidianas que possibilitem a aproximação e a conquista
do professor que ainda não aceitam compartilhar com o coordenador as práticas
pedagógicas a fim de melhorá-las.
3.1.5 CRONOGRAMA
As atividades planejadas para formação dos (as) professores (as) apresentam
a seguinte composição: momentos de reflexão com questionamentos a serem
debatidos pelos professores, apresentação do filme Entre os muros da escola sobre
a indisciplina na escola e reflexão sobre a temática. Os envolvidos no trabalho
deverão, após a implementação dessa proposta de intervenção, desenvolver ações
que busquem o envolvimento da comunidade escolar nas atividades educacionais
relacionadas ao tema enfrentamento à indisciplina. Esta será uma das formas de
garantir ações que levem a equipe pedagógica e os professores a procurar
minimizar, de uma forma sistemática, os atos e atitudes relacionadas ao tema em
questão.
Para direcionar a aplicação da proposta de intervenção na escola,
utilizaremos de recursos didático-pedagógicos como: aplicação de questionário
elaborado para este fim, exibição do filme Entre os muros da escola, Palestras sobre
o tema Indisciplina na escola, leituras, análise e reflexões sobre textos.
Feito isto, daremos início a construção e elaboração de um dia D no combate
a indisciplina na escola, que será acrescentado no PPP da escola.
33
O projeto será aplicado entre o período de 08 de fevereiro a 20 de julho do
ano de 2016, assim organizado:
DATA AÇÕES RECURSOS HUMANOS
RECURSOS DIDÁTICOS E
PERMANENTES
08 de Fevereiro de 2016
– Socialização das ideias da Proposta de Intervenção para que todos possam conhecer e contribuir.
Diretor, vice, coordenador e professores.
Data show
Notebook
Microfone
01 de Março 2016
Realização de reunião de alinhamento
Coordenador e professores.
Lápis caderno etc.
04 de Abril de 2016
– Aquisição dos materiais necessários.
Coordenador, professores e diretor
Papel chamex, lápis, notebook, caneta etc.
02 de Maio de 2016
Revisão do PPP para contemplar ações de prevenção
Contra a indisciplina na escola;
Coordenador, professores e diretor
PPP impresso, folhas, lápis, data show.
30 de maio a 20 de junho de 2016
– Organização e execução de uma oficina.
Cursista coordenadora, psicólogo, psicopedagogo e os professores.
Material xerocado, som, etc.
11 de julho 2016
– Realização de confraternizações.
Diretor, coordenador, professores, alunos e pessoal de apoio.
Caixa de som, microfone, notebook, caixa de som e data show.
19 de Julho 2016
Avaliação dos resultados.
Professores e coordenadora cursista.
Cadernos, lápis etc.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As questões indisciplinares tem ocupado um espaço cada vez maior no cotidiano escolar no país e a grande insatisfação decorrente, dessas questões tem constituído em causa de abandono e de doenças, principalmente nervosa, do quadro do magistério. (AQUINO,1996, p.227 )
O que se observa é que, a indisciplina interfere muito na prática pedagógica e
na qualidade do ensino aprendizagem. Diante disso, pôde-se observar a
interferência desta no baixo aproveitamento do aluno no que se refere à construção
do conhecimento transmitido o descaso perante as atividades propostas a baixa
autoestima dos professores e consequentemente transtorno no decorrer do ano
letivo.
Queremos trazer para este momento a fala de Paulo Freire (1997, p. 10) que
se mostra oportuna frente a temática abordada e ao mesmo tempo otimista: “mudar
é difícil, mas não é impossível, e é a partir desse saber fundamental que vamos
programar nossa ação político pedagógica”
Essa pesquisa ajudou muito enquanto coordenadora pedagógica na questão
de como ser uma mediadora entre o professor e aluno diante de um ato indisciplinar
ou não, ao estudar as referências bibliográficas, aplicar os questionários e observar
os alunos em outras situações a não ser a de sala de aula me mostraram como
posso está agindo e sugerindo ações que venham auxiliar em atos indisciplinares.
Como essa proposta ainda não foi possível ser realizada quando assim for,
espero que haja mudança na postura dos Professores, o encaminhamento de alunos
para a coordenação ou direção diminua consideravelmente e que os alunos
demonstram interesse pelas atividades e respeito com os professores e entre eles
mesmos. Para o ano de 2016 será aplicado a proposta de intervenção.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES, C. Professor bonzinho igual aluno = aluno difícil: a questão da indisciplina em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2002. AQUINO, Júlio Groppa (Org.) Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. 3ª Edição, São Paulo: Summus,1996 . __________, Júlio. Gropa. A violência e a crise da autoridade docente. Scielo, B. cadernos cedes. CAMPINAS – SP, 1998. AZEVEDO, J. M. L. de – O projeto político pedagógico no contexto da gestão escolar. CANDAU. V. M. Direitos humanos. Violência e cotidiano escolar. In: CANDAU.V.M.(og).Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes,2000.p.137-166 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011. OLIVEIRA, Érika Cecília Soares; MARTINS Sueli Terezinha Ferreira. Violência, sociedade e escola: da recusa do diálogo à falência da palavra Psicologia. RUOTTI Caren, Violência na escola: um guia para pais e professores Caren Ruotti, Renato Alves, Viviane de Oliveira Cubas. _ são Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007. 246p.:il. SOARES, Magda Becker. Metamemória-memórias: travessia de uma educadora. São Paulo: Cortez, 1991. 124 p. TIBA, I. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996. _________, Içami. Disciplina na medida certa. São Paulo: Gente, 2001 TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
36
VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do trabalho pedagógico – Do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2007. ______________, Celso dos S. Para onde vai o professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. São Paulo: Libertad, 2005. ______________, Celso dos Santos, 1956 (In) disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola, 15ª Ed. / Celso dos Santos Vasconcellos. - - São Paulo: Libertad Editora, 2004. - (cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 4)
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APENDICE
APENDICE – A Roteiro para entrevista com os profissionais da educação
Local da entrevista:
Data: ________Início: _______h Término: _______h
Nº da entrevista: ________
I. IDENTIFICAÇÃO
1. Nome (iniciais): __________________________________________________
2. Idade: __________________________________________________________
3. Profissão: _______________________________________________________
4. Cursos realizados (especificar área):
• Capacitação/Aperfeiçoamento: _______________________________________
• Especialização: ___________________________________________________
• Mestrado: ________________________________________________________
• Outros:___________________________________________________________
5. Tempo de atuação na educação:______________________________________
II. QUESTÕES NORTEADORAS DA ENTREVISTA 1.O que você entende por indisciplina na escola?
2.Quais são os impactos da indisciplina na escola?
3.Quais são as maiores desafios encontrados por vocês professores em salas com
alunos indisciplinados?
4.Quais são as estratégias mais utilizadas pela escola para amenizar a indisciplina?
5.Que sugestão você daria como estratégia para o combate a indisciplina?