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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RESPONSABILIDADE SOCIAL: EFEITOS DA ATUAÇÃO SOCIAL
COMO UMA NOVA PERSPECTIVA NA GESTÃO ESTRATÉGICA
DE RECURSOS HUMANOS
Por: Daniele Oliveira Bezerra
Orientador
Prof. Vinicius Calegari
Rio de Janeiro
2015
DOCUM
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EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
RESPONSABILIDADE SOCIAL: EFEITOS DA ATUAÇÃO SOCIAL
COMO UMA NOVA PERSPECTIVA NA GESTÃO ESTRATÉGICA
DE RECURSOS HUMANOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Recursos
Humanos.
Por: Daniele Oliveira Bezerra
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela família
maravilhosa que possuo, pois sem ela
não teria forças para conquistar meus
objetivos.
4
DEDICATÓRIA
À Deus, dedico o meu agradecimento
maior, pois têm sido TUDO em minha
vida, pincipalmente por ter me concedido
o melhor presente que pude receber - de
ser mãe!
Por isso dedico este trabalho ao meu tão
sonhado e esperado filho João Guilherme
e ao meu marido, amigo e parceiro de
todas as horas Sandro.
Amo vocês!
5
RESUMO
Esta monografia descreve o crescimento da área de Recursos Humanos
nas pequenas, médias e grandes empresas brasileiras, o que vem a ser um
marco, pois beneficia não somente as empresas, mas sim as pessoas
(trabalhadores). Uma das discussões sobre a Gestão Estratégica de Recursos
Humanos nas últimas décadas tem girado em torno de suas práticas, apesar
de não existir uma única e melhor prática para a gestão de pessoas. Pois cada
empresa emprega sua gestão de acordo com a visão, missão e cultura.
Podemos dizer que seriam comuns aspectos que incentivam a gestão
participativa – os chamados sistemas e equipes de alto desempenho, o que
influencia diretamente na estrutura organizacional da empresa e no
desenvolvimento de pessoas.
Porém ainda presenciamos que muitas empresas estão focadas na
administração e no lucro da empresa e não no desenvolvimento dos recursos
humanos.
O propósito deste trabalho é trazer os requisitos utilizados na área de
Responsabilidade Social e Qualidade de Vida no Trabalho a fim de tratar das
demandas dos empregados e das partes interessadas, visto que as práticas de
gestão de pessoas têm de se adaptar à realidade local e social que o
colaborador encontra-se inserido. Utilizando o sistema de Responsabilidade
Social a empresa poderia estabelecer e manter como procedimento o diálogo
com todos os colaboradores incluindo todas as instancias: gerentes,
coordenadores, operadores etc.
Palavras-chave: Responsabilidade Social, Gestão Estratégica de Recursos
Humanos e Qualidade de Vida no Trabalho.
6
METODOLOGIA
O tipo de pesquisa empregado será qualitativa por ser tratar de uma
pesquisa referenciada a realidade social. Para tanto, este tipo de pesquisa
permitirá relacionar os conceitos e categorias abstraídos na dimensão teórica
para a construção deste processo de conhecimento.
A metodologia empregada será a partir de pesquisas bibliográficas com
base em material constituído através de livros, artigos científicos, dissertações
e teses dentro da área de Responsabilidade Social e Recursos Humanos.
Além de publicações periódicas principalmente de jornais e revistas publicados
nos sites, na qual oferece ao leitor uma compreensão mais ampla do assunto
em questão.
De acordo com GIL (2002):
“A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside o fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço”. (GIL 2002, p. 45)
Sendo assim, a pesquisa bibliográfica possibilitara um entendimento
como a atuação social pode ser uma perspectiva estratégica na Gestão de
Recursos Humanos.
Este estudo contempla também os fichamentos e anotações realizados
através das disciplinas do curso de Gestão de Recursos Humanos.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O Processo de Incorporação da Área de Responsabilidade
Social dentro da Dinâmica Empresarial 09
CAPÍTULO II - A Gestão Estratégica de Recursos Humanos nas dimensões de
capacitação e desenvolvimento de pessoas 18
CAPÍTULO III - A importância da Qualidade de Vida nas organizações como
perspectiva na Gestão Estratégica de Recursos Humanos 31
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA 40
ÍNDICE 42
8
INTRODUÇÃO
Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de mostrar com podemos
utilizar os instrumentos e práticas adotados pela área social no setor de
recursos humanos. Segundo Borger (2001), a área de Responsabilidade Social
Empresarial tem despertado um grande interesse por parte dos meios de
comunicação em geral, por diversos segmentos da sociedade, incluindo o meio
empresarial, entidades civis e governamentais.
Durante as pesquisas realizadas para a produção deste trabalho,
percebeu-se que o setor de recursos humanos tem conquistado espaço dentro
do setor empresarial, deixando a estrutura anterior de trabalhar com o foco nos
departamentos pessoais e administrativos das empresas, ou seja, atuando
somente na área burocrática. Hoje os recursos humanos têm conquistando um
espaço para atender as demandas dos funcionários e fazer de fato a gestão de
pessoas.
A política de Responsabilidade Social nas últimas décadas tem
crescido a mobilização e a preocupação com temas relacionados à cidadania,
direitos humanos, desenvolvimento sustentável, econômico e inclusão social.
Neste sentido as organizações de todos os segmentos estão cada vez mais
preocupadas em atingir e demonstrar desempenhos adequados a estes temas.
Contudo, este trabalho buscar destacar a importância do setor de
Recursos Humanos em incluir estes segmentos no seu processo de trabalho,
compreendendo que sua atuação não pode somente se estabelecer nas
práticas organizacionais, mas no desenvolvimento, capacitação e na qualidade
de vida das pessoas.
Outro assunto a ser destacado é como utilizar a gestão estratégia de
recursos humanos, pois nos deparamos com empresas que não aplicam de
forma tática, pois o verdadeiro sentido da gestão é orientar a construção de
uma visão de futuro, traduzida em termos de objetivos a longo prazo, de forma
como a organização atua ou deverá atuar, através das iniciativas de
programas, projetos e plano de ação que deverão ser gerenciados para seu
público de interesse.
9
CAPÍTULO I
O PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL DENTRO DA DINÂMICA
EMPRESARIAL
A questão da responsabilidade social empresarial é tema recente, polêmico e dinâmico, envolvendo desde a geração de lucros pelos empresários, em visão bastante simplificada, até a implementação de ações sociais no plano de negócios das companhias, em contexto abrangente e complexo. (TENÓRIO, 2006, p. 13).
Neste capítulo abordaremos brevemente sobre o processo histórico da
Responsabilidade Social e as normas e certificações necessárias para a
implementação dentro das organizações.
No cenário mundial contemporâneo os primeiros estudos que tratam da
responsabilidade social tiveram início nos Estados Unidos, na década de 50, e
na Europa, nos anos 60. As primeiras aparições sobre este tema surgiram, no
início do século, em trabalhos de Charles Eliot (1906), Arthur Hakley (1907) e
John Clarck (1916). No entanto, tais manifestações não receberam apoio, pois
foram consideradas de cunho socialista. Foi somente em 1953, nos Estados
Unidos, com o livro Social Responsabilities of the Businessman, de Howard
Bowen, que o tema recebeu atenção e ganhou espaço. Na década de 70,
surgiram cooptações de profissionais interessados em estudar o tema:
American Accouting Association e American Institute of Certified Public
Accountants. É a partir daí que a responsabilidade social deixa de ser uma
simples curiosidade e se transforma num novo campo de estudo.
O início da história da responsabilidade social no Brasil, ocorreu através
de ações sociais de empresários desde o século XIX, pode-se também indicar
o ano de 1965 como um dos marcos iniciais desse tema.
Para Pinheiro (2001) a responsabilidade social no Brasil só ganha
visibilidade no meio empresarial em 1993, com a campanha nacional Ação da
Cidadania contra a Miséria e pela Vida, coordenada pelo sociólogo Herbert de
10
Souza, o Betinho, conquistando a adesão do movimento Pensamento Nacional
das Bases Empresariais (PNBE).
1.1 - Da Filantropia a Responsabilidade Social Empresarial
Na atual conjuntura podemos perceber que a área de Responsabilidade
Social acompanha um debate relativo às diferentes visões do papel das
empresas ao longo do tempo. Tenório (2004) divide a questão em dois
momentos: o primeiro seria o período de transição da economia agrícola para
a industrial, com o predomínio da ideologia do liberalismo. E a segunda se dá
com o desenvolvimento da sociedade pós-industrial, caracterizado pela
valorização de um novo fator de produção: o conhecimento técnico.
Para Tenório (2004), os primeiros estudos teóricos sobre a
responsabilidade social empresarial, desenvolvidos a partir dos pressupostos
conceituais da sociedade pós-industrial, surgem em 1950. Contudo, o conceito
contemporâneo está atrelado aos valores requeridos pela sociedade pós-
industrial. A partir deste conceito é que as empresas estão inseridas num
ambiente onde suas atividades influenciam e têm impacto sobre diversos
agentes sociais, comunidade e sociedade.
Segundo o mesmo autor, além do filantropismo, desenvolveram-se
conceitos como voluntariado empresarial, cidadania corporativa,
responsabilidade social corporativa e, por último, desenvolvimento sustentável.
Abordagem da atuação social empresarial surgiu no século XX com o filantropismo. Em seguida, com o esgotamento do modelo industrial e o desenvolvimento da sociedade pós-industrial, o conceito evoluiu, passando a incorporar os anseios dos agentes sociais no plano de negócios das corporações (TENÓRIO, 2004. p. 13)
Com isso podemos observar que a Responsabilidade Social não tem o
mesmo significado para todos. Para alguns representa a ideia de obrigação
legal, para outros significa um comportamento ético e para algumas pessoas o
termo possui um sentido de socialmente consciente. Portanto, a partir destes
conceitos identificamos que não existe ainda um conceito formal de
11
Responsabilidade Social, permanecendo ainda diversos pontos de vista
particulares sobre o tema.
Para o mesmo autor, a responsabilidade social surge de um
compromisso da organização com a sociedade, em que sua participação vai
mais além do que apenas gerar empregos, impostos e lucros.
Para algumas empresas a melhor forma de praticar sua
responsabilidade é desenvolvendo ou participando de projetos sociais, afim de
que esse envolvimento tenha uma identificação com a sociedade e seu público
sejam eles interno ou externo, obtendo assim um diferencial para sua
empresa.
Esse diferencial perante o mercado e a sociedade em geral é através
dos certificados sociais o que distingue de outras empresas ainda não
certificadas. Quando a certificação se converte em informação para o
consumidor, esse irá valorar de forma distinta de outros produtos de iguais
aparências, além de decidir a favor ou contra outra empresa.
1.2 - Normativas e Certificações de Responsabilidade Social e Gestão Ambiental
1.2.1- Conceito de Normas ISO
A ISO é uma organização mundial para normatização (Internacional
Organization for Standardization) localizada em Genebra na Suíça, foi fundada
em 1947.
A ISO tem por finalidade desenvolver e promover normas e padrões
mundiais que venham a facilitar o comércio internacional.
No Brasil a norma é representada através da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT. Sendo que ela trabalha com cento e oitenta (180)
comitês técnicos (TC) e centenas de sub-comitês e grupos de trabalho.
12
1.2.2- ISO 14000 nos negócios
A ISO 14000 permite a empresa demonstrar para seus consumidores a
preocupação com o meio ambiente. A normatização é de cunho voluntário,
sendo desta forma o mercado o grande exigente para a sua utilização.
A conscientização com os aspectos ambientais da sociedade onde a
empresa está inserida faz com que as organizações que implantam a ISO,
tenham uma vantagem em relação aos demais concorrentes, pois o
consumidor distinguirá essa organização não somente como uma prestadora
de serviços comum, mas sim como uma empresa que está interagindo com o
interesse da sociedade. Conforme Oliveira (2005),
A certificação ISO 14000 tem validade por 3 (três) anos. Após esse prazo deverá passar por novas avaliações. A cada 6 (seis) meses, o sistema é auditado para que se verifique a continuidade dos requisitos da norma. O descumprimento pela empresa dos requisitos normativos acarretara na não revalidação da certificação.
Em função disso, Oliveira (2005) descreve os principais objetivos para
que as empresas estejam implantando sistemas de gerenciamento ambiental,
sendo eles:
1. redução de riscos com multas, indenizações, etc.;
2. melhoria da imagem da empresa em relação a performance
ambiental;
3. melhoria da imagem da empresa quanto ao cumprimento da
legislação ambiental;
4. prevenção da poluição;
5. redução dos custos com a disposição de efluentes através do seu
tratamento;
6. redução dos custos com seguro;
7. melhoria do sistema de gerenciamento da empresa.
13
1.2.3- Norma AA 1000 de Responsabilidade Social
A norma AA 1000 foi desenvolvida pelo Instituto de Responsabilidade
Social e Ética – ISEA, para assistir organizações na definição de objetivos e
metas, podemos identificar de acordo com a norma os estágios deste
processo:
1. planejamento;
2. responsabilidade;
3. auditoria e relato;
4. integração de sistemas;
5. comprometimento dos stakeholders.
A AA1000 vincula as questões sociais e éticas à gestão estratégica e às
operações da organização através dos estágios deste processo.
1.2.4- Norma de Responsabilidade Social - NBR 16001/2004
A norma de Responsabilidade Social foi criada pela ABNT a NBR
16001:2004 em 30 de dezembro de 2004 que envolve todo o sistema de
gestão organizacional, servindo de referência para as empresas brasileiras que
venham a implantar, de forma sistêmica, um conjunto de técnicas de gestão da
responsabilidade social.
A NBR 16001:2004 foi desenvolvida para mitigar os anseios dos
empresários brasileiros, em seus estudos na área de Responsabilidade Social,
pois é a única que poderá certificar as organizações que iram implantá-la.
Todas as organizações que estejam implantando algum tipo de "sistema de
gestão" tendem a ter maior facilidade para implantar e programar os requisitos
da NBR 16001:2004, pois esta norma tem seu foco nas "pessoas"; a
preocupação baseia-se no ser humano, na sociedade é o investimento na
qualidade de vida das pessoas e não mais apenas nos procedimentos
organizacionais e em seus produtos. Hoje o grande interesse da sociedade é
sobre o retorno social que as organizações tendem a devolver para a elas.
14
De acordo com Ohnuma (2005), vem mostrar as iniciativas que serviram
como referência para a NBR 16001:2004:
As organizações devem buscar sempre melhorias na qualidade de suas relações sociais e humanas, considerando os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, das Organizações das Nações Unidas, (1948); as Convenções da Organização Internacional do Trabalho; as Metas de Desenvolvimento do Milênio (2000), o Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros documentos que serviram como referência para a NBR 16001:2004.
Para que as empresas possam estar em conformidade com a NBR
16001:2004, vale ressaltar os compromissos e responsabilidades que a
organização deverá adotar em sua gestão:
1. o compromisso com o desenvolvimento profissional, fazendo dos seus
funcionários colaboradores em potencial;
2. a discriminação durante a contratação de pessoal;
3. aplicando práticas leais de concorrência;
4. obedecendo aos direitos dos trabalhadores;
5. a promoção da diversidade;
6. a implantação de um sistema de gestão de resíduos;
7. a inclusão social, entre outros aspectos.
Conforme mencionado na referida norma, o atendimento aos requisitos
da NBR 16001:2004, não significa que a empresa é socialmente responsável,
mas que tem implantado um sistema da gestão de responsabilidade social.
Estes compromissos se caracterizam na base mínima de Responsabilidade
Social que uma empresa deve implantar em sua gestão organizacional.
15
Figura 1 – Modelo do Sistema da Gestão da Responsabilidade Social
1.2.5 - MARKETING SOCIAL
O marketing social vem adotando como proposta como sendo uma
metodologia inovadora, de modo a lidar com ideias, conceitos, ações atitudes,
comportamentos, visando promover transformações sociais específicas.
1.2.5.1 - Processos para desenvolver um Programa de Marketing Social
Destacam-se alguns pontos determinantes em uma estratégia de
marketing social segundo Correa (1997):
1. a organização deve escolher demandas sociais que tenham significado
para o negócio da empresa e para o seu consumidor;
2. maior comprometimento com o programa deve ser da alta direção, já
que o programa é estratégico;
3. comprometimento de longo prazo deve ser com a demanda social e não
com a instituição que a representa;
4. programa de marketing relacionado às causas sociais, quando muito
longo, deve ser relembrado, associando-se mais de uma marca ou
Melhoria Continua
Medição, análise e melhoria
Requisitos de documentação
Implementação e operação
Planejamento Política da Responsabilidade
Social
16
produto à demanda social, ou tratando a demanda social sob outros
pontos de vistas;
5. marketing social, entendido como investimento, é um processo
educacional de longo prazo que envolve todos os membros da
organização;
6. para que o moral e a motivação dos empregados sejam alcançados, é
essencial que haja sinergia entre o que a empresa oferece
externamente - para consumidores e demanda social – e internamente;
7. com a globalização, o programa de marketing social deve ser adaptado
a cada país onde se fizer presente;
8. as ações internas de uma organização devem estar consistentes com a
campanha de marketing social;
9. as doações resultantes de uma campanha de marketing social devem
abranger também outros recursos além dos financeiros, tais como
produtos, tecnologia e grupos de voluntários.
1.2.5.2 - Marketing social nas organizações
Com a grande competitividade do mercado tem exigido das empresas
uma estratégia diferenciada na gestão de pessoas. As organizações estão
buscando novas medidas através de programas participativos onde o indivíduo
seja a membro mais importante da organização, são estratégias para que se
crie uma relação de confiança para enfrentar as mudanças continuas do
ambiente.
Conforme Angelim (2005), as mudanças ambientais fazem com que as
organizações encarem a administração de pessoas como um fator humano
como a base do sucesso. É preciso que as empresas mudem a filosofia da
organização, sendo que o mercado está em constante mudança e os
consumidores estão ficando cada vez exigentes com relação ao exercício
social das organizações.
17
Podemos perceber que a preocupação social e a preocupação
organizacional estão crescendo cada vez mais, fazendo com que as empresas
trabalhem com duas estratégias, a Gestão de Responsabilidade Social Interna
- GRSI e a Gestão de Responsabilidade Social Externa - GRSE.
A GRSI tem como principal objetivo trabalhar o público interno da
empresa podendo se estender a empresas parceiras da organização e
fornecedores.
Segundo Cobra (1997), para que se haja um sucesso na GRSI, precisa
que a organização inclua em sua política algumas ações, tais como:
1. cuidar da qualidade de vida do empregado;
2. cuidar das condições básicas de saúde e moradia do empregado;
3. implantar um plano de cargos e salários;
4. investir na qualificação dos empregados.
A partir do desenvolvimento das GRSI a organização poderá realizar
ações com a sociedade onde está atuando, passando a exercer a GRSE.
Através de um marketing social, visando maior retorno de imagem.
A empresa poderá implantar estas ações em GRSE através de:
1. prestação de serviços voluntários para a comunidade, pelos
empregados da organização;
2. implantação de um sistema de gerenciamento ambiental;
3. implantação de projetos sociais criados pela própria empresa.
Neste sentido, podemos identificar que estas normas foram regidas de
forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de organizações para adequar-se a
diferentes condições geográficas, sociais e culturais brasileiras.
18
CAPÍTULO II
A GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS
NAS DIMENSÕES DE CAPACITAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Os profissionais de Recursos Humanos apesar de atualmente
estabelecerem um espaço dentro do universo coorporativo, ainda lutam para
verem seu trabalho valorizado. Dentro do ambiente coorporativo, identificamos
que os profissionais de gestão de pessoas ainda são tratados como meros
burocratas e suas propostas ainda são tratados como descaso por muitos
gestores. Diante deste cenário, neste capítulo será apresentado as atuações
dos professionais de recursos humanos dentro das empresas, quais as
habilidades e competências necessárias para que o RH seja estratégico e a
diferença entre desenvolvimento e treinamento.
De acordo Ferreira (2012), a gestão de pessoas é a ferramenta do
sucesso e sem ela não há caminho que os leve de forma sustentável a lugar
algum. A dificuldade também está no gestor em gerir sua equipe e da equipe
por sua vez não se posicionar e propor alternativas para melhoria do trabalho.
Conforme descrição abaixo:
Empresas com colaboradores desmotivados, sem lideres, sem constante aperfeiçoamento, sem metas e objetivos compartilhados e que tratam seus colaboradores como meros coadjuvantes tendem a ter em curto espaço de tempo “várias empresas em uma” dificultando qualquer iniciativa de crescimento.
Portanto, o autor traz para reflexão que as empresas incluem em seus
discursos que os colaboradores são o maior patrimônio da empresa, mas ao
mesmo tempo não percebem que poucas são as empresas que dedicam
tempo e atenção para preservar e valorizar este patrimônio. De acordo com
Ferreira (2012), pensam pequeno para assumirem esta necessidade ignorando
19
e até dilapidando este patrimônio sob o falso e ultrapassado argumento de
redução de custos, por questões políticas e emocionais.
Outra empasse de acordo com Lico (2011) é que muitas empresas
tentam transformar o departamento de Recursos Humanos, conhecido como
DP, apenas mandando as pessoas acrescentarem tarefas ligadas aos
processos burocráticos e administrativos, como folha de pagamento,
benefícios, atualização, férias etc. Um dos motivos para que isto ocorra é que
as empresas brasileiras estão focadas no chefe que é bravo e quer resultados.
E não buscam de fato agir estrategicamente.
Presenciamos uma forma distorcida sobre o que são as atribuições
estratégicas de um setor de Recursos Humanos. A maioria dos profissionais
de pequenas e médias empresas comparece a fóruns a fazem perguntas,
enquanto de acordo com o autor o que deveriam investir mais era na sua
própria formação. Outro ponto fundamental é que mesmo os que se
capacitam, saem das faculdades e universidades sem o mínimo de
ferramentas atuais para agir e pensar de forma holística, pois apenas recebem
uma carga de conceitos teóricos impraticáveis para se montar acampamento
numa empresa brasileira.
Na compreensão de Lico (2011), existem alguns fatores que prejudicam
ao setor de Recursos Humanos:
No meu entender, estas situações apenas refletem a pouca importância que é dada ao setor, uma vez que as organizações no trato com a áspera rotina dos encargos sociais e controles funcionais, apenas parece considerar está área, como um apêndice administrativo. No mais das vezes um apêndice caro, pois a legislação brasileira é especialmente cruel com os empregadores, embora, diga-se de passagem, muitos deles ainda dirijam pessoas como na idade da pedra. Para piorar, praticamente inexistem cursos de excelência na gestão de pessoas no Brasil que realmente ofereçam uma visão contextual que fuja da decoreba legislativa e dos misticismos e modismos sobre esta área vital.
A respeito deste relato podemos entender como uma ambição
corporativa, no tocante à pessoas, que devem ter seus direitos protegidos e
dignidade respeitada. Presenciamos que o excesso de regulamentação acaba
20
tendo efeitos perversos. Assim, o quesito produtividade é sempre a pauta. Na
verdade, o que observamos é que qualquer dificuldade e/ou problemas na
empresa a “culpa” recai para o Recursos Humanos, o setor raramente é tido
como parte de uma política de desenvolvimento integrada ou estratégia de
crescimento e busca de diferenciais sustentáveis. Poucos discutem
profundamente a organização em busca de alinhamento. Mas, tão somente
quando se instalam os conflitos e a produtividade, comunicação e sinergias
entram em colapso tudo parece ser pontual, quando deveria ser sistêmico.
Assim, temos que compreender que nem tudo é atribuição do RH, pois
ele não é responsável, por exemplo, por controlar conflitos em outros
departamentos da empresa (fato da alçada do gestor). O setor é, sim,
responsável por mapear não conformidades e propor soluções, como mandar
treinamento dos gestores para aprenderem a liderar de forma eficiente,
apresentar números e/ou índices qualitativos para a direção, com uma
apresentação que justifique o investimento. Bem como, propor e discutir
políticas para benefícios e limites de concessão, entre outras atividades.
Promovendo assim capital humano qualificado desenvolvendo e retendo
profissionais, fazendo com que haja integração e aderência à missão
empresarial, ética e consolidação das boas práticas humanas e técnicas.
O profissional precisa compreender que o setor de RH é por onde
entramos e saímos de uma empresa, mas durante a nossa permanência, ela
pode ser um parceiro estratégico que alavanca e direciona a massa de
competências e procedimentos necessários para o crescimento da
organização.
Para melhor funcionamento do RH é a participação de todos os níveis
hierárquicos da empresa, se o indivíduo é funcionários é importante participar
dos programas e da gestão da empresa, inclusive cobrando sua instalação.
Caso seja um gestor, é interessante propor soluções, que venha a gerar
resultados para a equipe e consequentemente para a empresa.
21
Para que a empresa obtenha melhores resultados é importante o
investimento na área de Recursos Humanos. Considerando o grande avanço
tecnológico não somente no Brasil, mas sim no mundo. O principal instrumento
de trabalho são as pessoas. De acordo com o Salles (2015), “o RH é
estratégico por si só. Praticar o RH estratégico é redundância. Quem tem que
ser e atuar como estratégico é o profissional de RH”.
O RH Estratégico costuma se antecipar aos problemas e resolvê-los de forma
prática e imediata, atuando com desenvoltura na mediação de conflitos e
praticando o diálogo de igual para igual com todos os níveis da empresa.
Significa trabalhar de acordo com os objetivos da empresa, por isso a
importância da empresa obter uma política contendo a missão, valores e
cultura da empresa e incorporar isso no processo de trabalho dos seus
funcionários. Pois atualmente o que precisamos é que os funcionários tem
“conhecimento” da política da empresa através dos crachás ou informativos.
O RH vem a construir cenários para um ambiente favorável que estimule
o relacionamento, a troca de experiências, a potencialização das competências
individuais e coletivas e a disposição para o desenvolvimento pessoal.
Circulando pela empresa inteira, ouvindo as lideranças formais e informais,
avaliando as situações problema, além de formular soluções sustentáveis a fim
de compreendê-las e resolvê-las melhorando assim o ambiente de trabalho.
Podemos compreender que o RH precisa ser parceiro natural da Direção da
empresa, buscando o equilíbrio satisfatório na relação capital e trabalho.
Um ponto que podemos destacar é a gestão por competências, que se
propõe em alinhar esforços para que as competências humanas possam gerar
e sustentar as competências necessárias à consecução dos objetivos
estratégicos de uma organização. Em resumo, é possível dizer que a gestão
por competências objetiva gerenciar o gap de competências que
eventualmente existe na organização, visando minimizá-lo. No entanto, a
redução ou eliminação de eventuais gaps de competências está relacionada
ao mapeamento das competências necessárias à consecução da estratégia
organizacional. A utilização de modelos de gestão por competências impacta
22
significativamente nos principais subsistemas e processos de gestão de
recursos humanos, podemos citar o planejamento e a avaliação.
A gestão por competências pode ser considerada como um instrumento
de mudança cultural e um meio de propiciar mais flexibilidade, adaptabilidade
às instituições. Com a gestão por competências podem ser vinculados, por um
lado, os principais objetivos de uma instituição e, por outro, o desenvolvimento
de competências.
Atualmente, as empresas estão adotando procedimentos de mudanças
prospectivas e de tendências de mercados, com a criação de novas maneiras
de operar, tendo em vista os objetivos empresariais ou governamentais. Essa
maneira de agir, que usualmente é denominada de “planejamento estratégico”,
vem sendo amplamente utilizada no mundo empresarial. Contudo, a literatura
mostra que não há consenso, entre as organizações, em relação à definição
de estratégia.
Segundo Porter (1986), estratégia pode ser definida como:
[...] a criação e o implemento de ações ofensivas e defensivas que uma empresa empreende em seu setor de atuação, para enfrentar, com sucesso, a concorrência de outras empresas, visando garantir sua competitividade e, assim, obter maior retorno sobre seus investimentos. Portanto, o planejamento estratégico é uma das ferramentas da administração para lidar satisfatoriamente com processos dinâ- micos de mudança e transformações que, por sua vez, impõem mudanças nas organizações.
Ele passou a ser utilizado a partir dos anos 1970, desenvolvido sob um
processo deliberado do pensamento estratégico.
O planejamento estratégico pretende conhecer o ambiente interno para
concentrar e direcionar as forças internas a uma organização, de maneira a
que todos os seus funcionários trabalhem na mesma direção. O objetivo é que
a organização conduza o processo de transformação e desenvolvimento,
evitando ser envolvida e prejudicada por fatores externos.
O Pensamento estratégico, segundo Lobato e colaboradores (2003:21),
é o “sistema de levantamento e avaliação de situações com o objetivo de
23
definir a estratégia da empresa e ao qual devem subordinar-se todas as suas
decisões e operações”.
A dimensão estratégica da Gestão de Recursos Humanos durante
grande parte da sua história tem-se focado nos aspetos administrativos da
gestão dos trabalhadores, no entanto presenciamos que tem sido reconhecido
que a gestão de recursos humanos é uma fonte importante de vantagem.
A partir dos anos 90, a gestão de recursos humanos entra numa nova
era passando a ser designada por muitos como gestão estratégica de recursos
humanos. Esta nova designação representou a função que o recursos
humanos desempenhava nas organizações e a sua importância estratégica.
2.1 - A diferença entre treinamento e desenvolvimento
Dentro do universo coorporativo é comum a equipe de gestão de
pessoas implementarem dentro do processo de trabalho, capacitação para os
funcionários, com o objetivo de oferecer conhecimento que acrescentem
melhorias no trabalho. Porém, precisamos compreender que não é somente
com capacitação que se desenvolve pessoas. É preciso um acompanhamento
deste funcionário através de feedback e avaliação de desempenho etc.
Para explicitar melhor abaixo segue o posicionamento de alguns autores
sobre a diferença de treinamento e desenvolvimento.
O treinamento visa a promover e aumentar o aprendizado entre os
funcionários de uma empresa, visando adquirir mais habilidades para um
determinado cargo.
Para Goldstein (1991) treinamento “é a aquisição sistemática de
atitudes, conceitos, conhecimentos, regras ou habilidades que resulta em
melhoria de desempenho no trabalho”.
Para os autores, Wexley e Hinrichs acreditam que treinamento é um
processo de aprendizado que auxilia o profissional a atingir a eficiência exigida
no seu trabalho (presente e futuro) mediante o desenvolvimento de hábitos
apropriados de pensamentos, ações, atitudes, comportamentos,
conhecimentos e técnicas. Os objetivos de um treinamento são:
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1. Impulsionar a eficiência.
2. Incrementar e aumentar a produtividade.
3. Elevar os níveis de qualidade.
4. Promover a segurança no trabalho.
5. Diminuir refugos e re-trabalhos.
Considera-se desenvolvimento como uma forma de aperfeiçoamento
pessoal que incide em aprimorar o conhecimento e as habilidades de natureza
complexa, ou seja, é a capacidade desse funcionário em acumular
conhecimentos para que ele possa desenvolver melhor sua função atual, ou
outras tarefas que lhes serão confiadas. Por outro lado, Nadler (1984)
diferencia “treinamento” de “educação” e de “desenvolvimento”, conceituando-
os da seguinte maneira:
Treinamento é uma aprendizagem relacionada à tarefa atual do empregado. Educação seria a aprendizagem que visa a preparação do indivíduo para uma tarefa futura, já identificada. Desenvolvimento é a aprendizagem adquirida para o crescimento do indivíduo, mas não relacionada a uma tarefa presente (ou futura).
A partir desta teoria podemos verificar que tanto o treinamento, a
educação e o desenvolvimento não podem ser tratados separadamente, ou
seja, estas três categorias estão inter-relacionadas e é preciso trabalha-las em
conjunto.
2.2 - Modalidades de treinamento
2.2.1 - Treinamento Presencial
Trata-se do treinamento realizado com a presença física do instrutor e
do treinando, com objetivo de qualificar, atualizar e/ou aperfeiçoar o
desempenho dos treinandos. Pode ocorrer em salas de aula, em escolas de
formação profissional, em instalações adaptadas nos locais de trabalho,
25
reunindo funcionários de qualquer nível hierárquico. Podemos elencar como
principais vantagens desta modalidade de treinamento:
1. Maior interação entre o instrutor x treinando e treinando x instrutor,
decorrente das trocas sociais, proporcionadas pela proximidade física;
2. Possibilidade de criação de redes de relacionamento, favorecendo troca
permanente de informações e feedback; e
3. Possibilidade de aprofundamento do assunto pela prática da discussão.
2.2.2 - Treinamento à distância
Caracteriza-se pela separação física, utilizando meios de comunicação
para promover a interação entre instrutor x treinando e treinando x instrutor
segue as vantagens desse tipo de treinamento:
Possibilidade de envolver grande número de pessoas separadas
geograficamente, realizando-se a aprendizagem onde, quando e no tempo que
o treinando quiser. O treinamento a distancia vem a facilitar o acesso de
pessoas impossibilitadas de frequentar as aulas presenciais.
1. Possibilidade de que o próprio treinando controle seu tempo para a sua
aprendizagem;
2. Menores custos de treinamento, nos casos em que a quantidade de
treinandos for grande; e
3. O treinamento a distância é considerado como forma de reduzir custos
ampliando as possibilidades de busca às informações.
2.2.3 - Treinamento em Serviço
É o treinamento realizado no próprio ambiente de trabalho do
funcionário, destinado à aquisição de conhecimentos práticos e/ou
desenvolvimento de habilidades específicas. Normalmente, esse tipo de
treinamento é indicado para aproximar ao máximo o ambiente de trabalho ao
ambiente do treinando. Principais vantagens:
26
1. Constitui modalidade de treinamento comum para a capacidade dos
funcionários de qualquer instituição.
2. A motivação é maior, pela aproximação das condições reais de trabalho.
3. Acompanha as mudanças ocorridas nas tecnologias e nos
procedimentos do trabalho.
Este treinamento é um dos principais utilizados pelas empresas, pois
vem a agregar maior conhecimento aos funcionários, além de otimizar o
tempo.
2.2.4 - Rodízio
É o remanejamento do posto de trabalho, visando prepará-lo para uma
nova função e obter uma visão global do trabalho a ser realizado num
determinado setor. Trata-se de uma das formas mais eficazes de formação
profissional. Principais vantagens:
1. Viabilidade econômica, por se tratar de um tipo de treinamento de baixo
custo;
2. Aquisição de uma visão mais global da empresa; e
3. Possibilidade de ser utilizado para o aprendizado de todos os tipos de
tarefas.
2.2.5 - Estágio
É a execução de atividades pertinentes à ocupação profissional,
mediante a experiência direta e realizada no ambiente de trabalho. O estágio
pode ocorrer dentro da própria instituição ou em outras, através de convênios
entre essas instituições. Principais vantagens:
1. Treinamento de baixo custo, quando realizada no mesmo local de
moradia do funcionário, com maior viabilidade econômica; e
27
2. Possibilidade de ser utilizado para o aprendizado de todos os tipos de
tarefas.
2.2.6 - Visita Técnica
São visitas realizadas a outros setores – dentro da própria empresa ou
em outra – com o objetivo de observar diretamente o funcionamento de um
determinado trabalho (ou uma nova tecnologia). Principais vantagens:
1. Baixo custo; se for realizada na mesma cidade; e
2. Criação de parcerias e possibilidade de trocas futuras.
2.2.7 - Reuniões Informativas
Dependendo da empresa são realizadas esporadicamente e/ou
conforme a necessidade, a fim de atualizar os funcionários (e as chefias) sobre
os assuntos pertinentes às suas áreas. Principais vantagens:
1. Baixo custo;
2. Contato direto entre informante e informado, evitando-se ruídos na
comunicação; e
3. Favorecimento da interação entre funcionários e chefias.
2.2.8 - Encontros de Disseminação de Treinamento
Possui como principal objetivo divulgar o conhecimento adquirido por
funcionários que participaram de treinamento, através de materiais impressos
(cartazes, folders, apostilas, cartilhas etc.), colocados à disposição dos
interessados no setor de Recursos Humanos. Principais vantagens:
1. Redução do custo do treinamento através do efeito multiplicador do
conhecimento adquirido; e
2. Criação de compromissos do treinando com a capacitação dos parceiros
de trabalho.
28
2.2.9 - Palestras
É a apresentação de um assunto específico, seguido de
questionamentos ou comentários por parte do público. Pode ser apresentada
por funcionário da mesma empresa, de outra empresa ou de alguma instituição
contratada externamente. Principais vantagens:
1. Introdução de assunto novo dos funcionários e da instituição;
2. Baixo custo, se o palestrante for de outro departamento; e
3. Valorização do funcionário palestrante.
2.2.10 - Assinatura de Jornais e Revistas
Este item não é muito utilizado, uma vez que algumas empresas
disponibilizam o recurso da internet. A não ser em caso em que a empresa
mantem bloqueado daí algumas optam por fazer a assinatura de jornais e
revistas. Principais vantagens:
1. Atualização dos funcionários quanto à temas relacionados à sua área /
setor / função.
2.2.11 - Workshop
Apresentação resumida de um determinado assunto, utilizando técnicas
expositivas e/ou vivenciais com o objetivo de divulgar uma proposta de
trabalho.
2.2.12 - Seminário
Têm como objetivo de promover (ou ampliar) o debate sobre um tema
específico, a partir de enfoques diferentes. Os atores de um seminário são os
palestrantes, os coordenadores, e o público em geral.
2.2.13 - Congresso / Conferência
A Conferência visa debater assuntos que interessam a um determinado
ramo profissional é uma reunião promovida por entidades associativas.
29
Objetivando atualizar a categoria e/ou divulgar descobertas científicas. Os
congressos são realizados a partir de temas relevantes e englobam cursos de
curta duração, palestras, vivências, mesas redondas, etc.
2.3 - Desenvolvimento de equipes - estímulos e o papel da liderança
Percebemos que as empresas funcionam a partir da atuação de
equipes. Todo o trabalho em equipe pressupõe habilidade na negociação e a
existência de diferenças individuais. Esta diferença inclui as motivações que
conduzem as pessoas a atuar de uma ou outra forma, pois elas são
determinantes na condução da equipe. Aliás, pesquisas revelam que as
pessoas preferem trabalhar com pessoas com personalidades diferentes, que
possam complementá-las. Contudo, quando há diferenças individuais, podem-
se aproveitar mais ainda os benefícios da contribuição que cada elemento tem
a oferecer.
De acordo com Roberto Blatt (2010), a base do trabalho em equipe é a
comunicação:
[...] um processo de interação que deve permitir clareza para seu receptor. A empatia, o “colocar-se” no lugar do outro, ter sensibilidade, auxilia a compreensão, a comunicação e, por conseguinte, pode vencer obstáculos interpostos pelos diferentes backgrounds dos participantes de uma equipe, fazendo com que esta diversidade seja colocada a favor do trabalho.
Através desta comunicação podemos destacar que uma boa liderança
pode trabalhar os estímulos, dando suporte à satisfação das necessidades
motivacionais, eliminando a sensação de injustiça e desequilíbrio,
proporcionando recompensas adequadas e, assim, aumentando a motivação
dos participantes de uma equipe. No trabalho em equipe, as competências
prevalecem sobre a hierarquia e a liderança. Estes estímulos podem ser
recompensas por cumprimento de metas ou o simples reconhecimento
Observe-se que o reconhecimento material traz em si um problema: a
expectativa de repetição.
Blatt (2010) destaca sobre o processo de estímulos de equipes:
30
Equipes bem conduzidas passam necessariamente por processos de estímulos, de satisfação de suas necessidades primordiais, de modo a se poder extrair delas o máximo que seus elementos têm a oferecer, obtendo-se, no ápice, a sinergia: o trabalho da soma dos elementos da equipe supera o trabalho que seria obtido pela soma dos trabalhos individuais dos elementos que compõem a equipe. Em outras palavras, a contribuição do todo será maior que a soma das contribuições individuais.
O autor considera que uma equipe desenvolvida significa compreender
seus pontos fortes, suas aptidões, em suma, as competências dos elementos
que a compõem. É importante treinar e colocá-los nas posições de trabalho
que mais estejam de acordo com suas preferências, para que trabalhem com
seu melhor desempenho. Sendo imprescindível que o gestor assuma o papel
de estabelecer os valores, as metas e a filosofia de trabalho predominante na
equipe.
31
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NAS
ORGANIZAÇÕES COMO PERSPECTIVA NA GESTÃO
ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS
O termo qualidade de vida está se fazendo presente na rotina das
pessoas, que buscam uma melhoria nas suas condições de vida e um melhor
bem-estar, satisfação e conforto tanto em seu ambiente de trabalho quanto em
seus lares.
Podemos perceber que qualidade de vida não se refere somente a
prática de atividades físicas e cuidados com a saúde, mas também a diversos
fatores que determinam se uma pessoa leva ou não uma vida adequada e de
acordo com seus padrões pessoais. Com isso, neste capítulo abordaremos a
importância da qualidade de vida nas organizações e para o melhor
desenvolvimento e desempenho do funcionário tanto no seu ambiente de
trabalho quanto na vida pessoal. Retrataremos também a importância das
empresas passarem a investir em programas de qualidade de vida.
De acordo com Rodrigues (1994, p.76), "a qualidade de vida no trabalho
tem sido uma preocupação do homem desde o inicio de sua existência com
outros títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer
satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de sua tarefa".
Muitos empregadores estão percebendo que melhorar a qualidade de vida de
seus funcionários torna a organização mais saudável, competitiva e produtiva.
Essa é essa é a principal função da qualidade de vida no trabalho, com a
necessidade das organizações se tornarem mais competitivas no mercado veio
à busca incessante da capacitação profissional dos seus funcionários, visando
uma maior motivação pessoal.
Portanto as empresas realizando um programa adequado de qualidade
de vida no trabalho podem vir a proporcionar uma organização mais
humanizada com condições de desenvolvimento pessoal do indivíduo.
32
A qualidade de vida no trabalho pode ser definida pela busca do
equilíbrio psíquico, físico e social onde são respeitadas as necessidades e
limitações do indivíduo, resultando num crescimento pessoal e profissional.
Podemos citar algumas iniciativas que a empresa pode aderir para
melhorar a produtividade dos funcionários: motivação para o trabalho,
adaptabilidade a mudanças, criatividade e vontade de inovar.
A situação problema é que algumas empresas não se preocupam em
dar Qualidade de Vida para seus funcionários e com isso os empregados não
tem motivação para fazer um bom trabalho. A solução para isso é fazer com
que as empresas pensem mais em seus empregados promovendo à
Qualidade de Vida no Trabalho para que possa ter produtividade e
desempenho para suas empresas.
É importante destacar que a qualidade de vida no trabalho ocorre dentro
das organizações, precisamos compreender o real de organização.
De acordo Etzioni (1964, p.9), "as organizações são unidades sociais
(ou agrupamentos humanos) intencionalmente constituídas e reconstituídas, a
fim de atingir objetivos específicos".
As organizações dependem das condições de pensar e de fazer da
sociedade em que estão inseridas e os seus objetivos justificam as suas
atividades e até mesmo a sua existência.
Para Davis e Newstron (1992,p.4):
A sociedade deve compreender as organizações e fazer delas um uso adequado porque são necessárias para que se atinjam os benefícios da civilização. Elas são necessárias para a paz mundial, para o sucesso do sistema de ensino, bem como para outros objetivos benéficos que as pessoas perseguem. O progresso da nossa sociedade depende de organizações eficazes.
Toda organização é importante para o crescimento pessoal e
profissional do indivíduo, ou seja, funciona como um ambiente propício as
pessoas realizarem trocas de experiências agregando conhecimento a todos
os envolvidos.
Segundo Matos (1997), coloca outro conceito de Qualidade de Vida:
33
não há qualidade de vida no trabalho sem qualidade total, ou seja, sem que a empresa ou a organização seja boa. Não devemos confundir QVT com política de benefícios e nem com atividades festivas, embora essas sejam importantes em uma estratégia global. A qualidade tem haver, essencialmente com a cultura da organização. São fundamentalmente os valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a ela e as perfectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa-empregado. Seguindo esses passos a qualidade de vida torna-se uma peça fundamental para o sucesso da empresa e ela envolve os aspectos relacionados diretamente com o colaborador.
De acordo com Chiavenato (1999, p.391) a qualidade de vida no
trabalho assimila duas posições: a reivindicação dos empregados quanto ao
bem- estar e a satisfação no trabalho e o interesse das organizações em
relação a produtividade e a qualidade. Assim segundo Chiavenato a qualidade
de vida no trabalho afeta atitudes pessoais e comportamentais, podendo ou
não afetar a produtividade individual e grupal, como por exemplo: motivação
para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho,
criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças.
Conforme França (1997, p. 80):
Qualidade de vida no trabalho (QVT), é o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas durante o trabalho na empresa.
Para França a construção da qualidade de vida está relacionada ao
enfoque biopsicossocial, pois para a efetividade da empresa é importante ter
uma visão ampla, considerando os funcionários de todo nível hierárquico.
De acordo com Werther & Davis (1983), o crescente interesse em
melhorar a qualidade devida no trabalho demonstra a evolução da sociedade
no aspecto em geral. A democratização nas relações de trabalho fez com que
34
trabalhadores aceitassem cada vez menos o autoritarismo de seus superiores.
Isto significa que as pessoas estão tendo acesso aos meios de comunicação e
que tenham uma percepção em relação aos problemas enfrentados
“obrigando” os empregadores a acompanharem de maneira mais ágil as
renovações e a de adaptarem de forma contínua ao desenvolvimento dos
funcionários.
Atualmente, o conceito de qualidade de vida no trabalho está sendo
adotado pelas organizações que buscam ser altamente competitivas em
mercados cada vez mais globalizados.
As organizações vêem a necessidade de investir em programas de
qualidade de vida no trabalho (QVT), visando, uma melhora no bem-estar dos
funcionários, e, consequentemente, de seus resultados para alcançar uma
melhor produtividade nas empresas.
Vamos perceber que o grande anseio do ser humano é obter uma vida mais
satisfatória. Chiavenato (2004) vem a apresentar esta discussão:
A qualidade de vida no trabalho se apresenta como uma preocupação do homem deu-se inicio da sua existência, com objetivo de facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de suas tarefas. “O conceito de qualidade de vida engloba vários aspectos como físicos, ambientas e psicológicos do local de trabalho.
Na busca pela excelência as organizações procuram trabalhar com
Qualidade de Vida no Trabalho dentro do ambiente organizacional; a fim de
sanar os conflitos oferecendo capacitação profissional e incentivando a
competência profissional e a motivação pessoal; para a valorização do capital
humano e na reorganização do sistema de gestão de Recursos Humanos para
Q V T (Rodrigues, 1991) elenca da seguinte maneira:
1. Ambiente organizacional;
2. Conflito no ambiente de trabalho;
3. Capacitação Profissional;
4. Competência Profissional;
5. Motivação Pessoal; e
6. Capital Intelectual.
35
1 - Ambiente Organizacional
O ambiente de trabalho é constituído de duas partes: a física composta:
móveis, decoração, instalações etc e a social (as pessoas que o habitam). De
acordo com o autor não pode resultados de uma equipe se esta não tiver um
mínimo de condições para realizar suas necessidades básicas.
2 - Conflitos no ambiente de trabalho
Os conflitos fazem parte do ambiente de trabalho, porém o mesmo não
precisa ser encarado como algo negativo, mas sim ter uma visão que o conflito
pode servir aprendizado para melhor desenvolvimento do trabalho.
A verdade é que conflitos podem ocorrer a qualquer momento. Eles
fazem parte do cotidiano do trabalho e precisam ser tratados com Qualidade
de Vida, ou seja, conflitos não administrados podem colocar em risco a
produtividade da organização. Por outro lado, sendo bem geridos,
proporcionam melhores resultados possivelmente aprimorando mais ideias
dentro da organização.
3 - Capacitação Profissional
Capacitação significa preparar a pessoa para enfrentar as situações
próprias à sua função, através do conhecimento, mas com possibilidade de
criar, resolver, sugerir alternativas de progresso e criar ambiente de trabalho
adequado. Capacitar quer dizer fornecer autonomia, criar autoconfiança e
promover progresso. Capacitar é mais do que treinar, pois isso significa
desenvolver uma habilidade específica. A capacitação pressupõe que a
competência é a capacidade efetiva de um indivíduo para resolver problemas,
realizar atos definidos e alcançar os resultados propostos.
4 - Competências Profissionais
A competência é o produto resultante de conhecimento, habilidade e
atitude. A competência não pode ser vista apenas para transmitir informações,
36
mas também para atingir os resultados em tempo hábil e com o esforço atingir
os resultados propostos, no tempo hábil e com a dedicação necessária.
5 - Motivação pessoal
A motivação está relacionada ao comportamento humano. De acordo
com Chiavenato (2000) a motivação na empresa significa valorizar, implantar e
manter um alto nível de criação e estabelecer uma comunicação entre todos
da equipe.
As práticas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivo e
oferecem a seus empregados o desempenho que possibilite a realização de
seus objetivos.
Abrangem a participação dos funcionários no processo decisório, nos
lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios,
programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreira Maximiano
(2007, p, 244) desde e desafios propostos pelos gerentes até a participação da
empresa.
“O conhecimento das diferenças entre as pessoas é uma ferramenta
básica para entender os processos motivacionais” (MAXIMIANO, 2007, p.237).
Segundo A motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que possam satisfazer essas necessidades. Chiavenato (2000, p: 161)
Para Chiavenato a qualidade de vida no trabalho é importante para o
desenvolvimento da organização, pois verifica não só o comportamento do
indivíduo, mas também os objetivos a serem traçados dentro da organização.
6 - Capital Intelectual
A valorização do capital humano contribui para a melhoria na qualidade
de vida dos funcionários e, consequentemente, na redução dos índices de
absenteísmo.
37
Os funcionários que possuem condições favoráveis no ambiente de
trabalho envolvem-se com a organização, conhecem seus objetivos e buscam
dar o melhor para alcançar resultados satisfatórios.
Com o mercado cada vez mais exigente, as empresas vêm sentindo a
necessidade de investir mais em recursos humanos, acrescentando a seu
capital o conhecimento.
A partir do momento em que o funcionário se sente “parte” da empresa
ele estará disposto a compromete-se em satisfazer às suas necessidades e as
da empresa.
Para Chiavenato (2004) no mundo complexo e competitivo de hoje, a
escolha das pessoas certas se torna vital para o bom funcionamento da
empresa.
Segundo Chiavenato diz que o homem nunca fica satisfeito com o que
tem, ou seja, sempre quando adquiri algo, quer sempre quer buscar novas
oportunidades.
38
CONCLUSÃO
A partir do estudo acima é importante destacar como a área de
Responsabilidade Social esta interligada com a Gestão de Recursos Humanos.
Uma vez, que ambas lidam com as pessoas e objetivam trabalhar na melhoria
da qualidade de vida destes trabalhadores.
Com a evolução trabalhista e com a crescente participação dos
empregados no cotidiano da empresa, percebemos que os mesmos podem e
devem contribuir para a redução de problemas com a produtividade,
minimizando os sentimentos de angústias das pessoas e melhorando a
qualidade vida daqueles que pertencem à empresa. Estas atitudes resultam
em ações que auxiliam no desenvolvimento das pessoas e das organizações.
ou seja, dando mais autonomia ao trabalhador, este estará mais apto a
desenvolver seu potencial e consequentemente no crescimento da empresa.
Através deste estudo percebemos que a Responsabilidade Social vem
apresentando constante progresso no País, colaborando para a construção de
uma sociedade com compromisso nas áreas de educação, meio ambiente,
saúde, emprego e buscando cada dia mais meio para se aperfeiçoar através
do conhecimento.
São evidentes os avanços das empresas e com isso as mesmas se
vêm na “obrigação” de investimentos com a comunidade no entorno onde
atuam e com os próprios funcionários, entendendo que para uma melhor
efetividade e eficácia nos processos de trabalho é importante este
investimento.
A inserção da qualidade de vida é um fator importante para a gestão
da Responsabilidade Social e consequentemente para atuação da área de
Recursos Humanos, pois a partir desta, começa a abrir uma reflexão sobre as
questões sociais e ambientais e assim de como incorporá-las na gestão das
empresas. Para a gestão estratégica de Recursos Humanos investindo na
qualidade de vida, resulta em bons resultados para a empresa na construção e
no crescimento das relações com os stakeholders. É preciso ter uma filosofia
para melhoria contínua, com base na construção dos stakeholders, tendo
39
como fundamento a integridade, confiança e sustentabilidade, pois as bases
para um processo são: o comprometimento e a liderança e obtendo destas
bases é possível estabelecer um relacionamento e proporcionar um bom
resultado.
Para Gil (2001, p.276) os programas de qualidade de vida no trabalho
tem objetivo de criar uma organização mais humana mediante maior grau de
responsabilidade e de autonomia no trabalho, recebimento mais constante de
feedback sobre o desenvolvimento pessoal do individuo.
Contudo, a Qualidade de Vida no Trabalho deve seguir um padrão preventivo
dentro das organizações, cujo objetivo seja o bem-estar de quem trabalha.
É importante destacar que vários autores pontuam que a qualidade de
vida no trabalho é uma tarefa e responsabilidade de todos dentro das
organizações, tanto dos colaboradores tanto dos gestores, agregando valores
a todos em todos os sentidos. O estudo realizado
indicou que as preocupações com a Qualidade de Vida no Trabalho vêm
ganhando uma expressão no ambiente empresarial brasileiro, nos dias atuais,
ela ocupa grande parte do planejamento estratégico das empresas como forma
de aumentar a lucratividade e o bem-estar dos seus ambientes de trabalho.
Contudo, fica claro que a QVT deve ser implementada nas organizações
de forma preventiva, com objetivo maior de propiciar bem-estar de quem
trabalha; produtividade saudável e responsabilidade social.
40
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42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O Processo de Incorporação da Área de Responsabilidade
Social dentro da Dinâmica Empresarial 9
1.1 – Da Filantropia a Responsabilidade Social Empresarial 10
1.2 – Normativas e Certificações de Responsabilidade Social e Gestão
Ambiental 11
1.1.2 – Conceito de Normas ISO 11 1.2.2 – ISO 14000 nos Negócios 12 1.2.3 – Norma AA 1000 de Responsabilidade Social 13 1.2.4 – Norma de Responsabilidade Social – NBR 160001/2004 13 1.2.5 – Marketing Social 15 1.2.5.1 – Processos para desenvolver um Programa de Marketing
Social 15 1.2.5.2 – Marketing Social nas Organizações 16
CAPÍTULO II - A Gestão Estratégica de Recursos Humanos nas dimensões de
capacitação e desenvolvimento de pessoas 18
2.1 – A diferença entre treinamento e desenvolvimento 23 2.2.1 – Treinamento Presencial 25 2.2.2 – Treinamento à distância 25 2.2.3 – Treinamento em Serviço 26 2.2.4 – Rodízio 26 2.2.5 – Estágio 26 2.2.6 – Visita Técnica 27 2.2.7 – Reuniões Informativas 27 2.2.8 – Encontros de Disseminação de Treinamento 28 2.2.9 – Palestras 28 2.2.10 – Assinatura de jornais e Revistas 28
2.2.11 – Workshop 28