ldocumento protegido pela lei de direito autoral · maria ferraz e maria fuzari completam : nas...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO DE ARTES SOB O
TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO EM CRIANÇAS COM
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Por: Bruna Destéfano de Miranda
Orientador
Prof. Solange Monteiro
Rio de Janeiro
2015
DOCUM
ENTO
PROTEG
IDO P
ELA L
EI DE D
IREIT
O A
UTO
RAL
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
AS CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO DE ARTES SOB O
TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO EM CRIANÇAS COM
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia.
Por: Bruna Destéfano de Miranda
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus professores minha
orientadora e meu namorado pelo
carinho, paciência e atenção.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia ao meu pai já
falecido, a minha mãe, minha zeladora e
a todos os “santos” que tenho fé , que
“andam comigo" e cuidam de mim.
5
RESUMO
O presente trabalho abordará o trabalho de artes nas escolas e sua implicação no processo ensino-aprendizagem com as crianças. Começo trabalho trazendo um breve histórico sobre o início do ensino de artes no Brasil. Após continuo apresentando sobre olhares de diferentes educadores, e comentando sobre a arte na escola. Depois prossigo comentando sobre o desenho, e os PCNS de Artes. Feito isso, escrevo nos próximos capítulos sobre as dificuldades de aprendizagem, transtornos e problemas comentando um pouco sobre cada um. E no último capítulo trago contribuições e argumentos para possíveis soluções do que o trabalho com as Artes pode contribuir na sala de aula e no trabalho psicopedagógico. Além disto tento trazer o ponto de vista que a educação artística pode ser mais do que um simples desenho feito em uma folha de papel com lápis de cor ou canetinha. Que o ensino de artes tem muito mais a oferecer dentro do processo de ensino aprendizagem da criança do que todas as pessoas pensam. Para basear este trabalho faço uso de diversos autores como Ana Mae Barbosa , Rosa Iavelberg, Aurora Ferreira e outros.
6
METODOLOGIA
Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica que aborda o trabalho de artes
durante o processo de aprendizagem das crianças como auxiliador do trabalho
psicopedagógico em alunos com dificuldade de aprendizagem. Ele reúne o
pensamento de diferentes autores expresso em obras impressas e livros,
visando contribuir para o avanço do conhecimento científico deste tema.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Artes na escola 11
CAPÍTULO II - Dificuldade de Aprendizagem 21
CAPÍTULO III – As Contribuições da arte no trabalho psicopedagógico 32
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 43
FOLHA DE AVALIAÇÃO 00
8
INTRODUÇÃO
Na era rupestre quando não havia linguagem escrita ainda, o ser
humano estabeleceu um meio de comunicação artístico e visual através de
desenhos feitos nas paredes das cavernas, desenhos estes, feitos, muito antes
da linguagem propriamente dita, e muito antes de qualquer sociedade ser
instituída.
Desde então o ser humano está em um constante processo de
desenvolvimento e aprendizagem. Há um anseio tão grande atualmente em
aprender que este virou não só uma forma de ser e estar dentro de uma
sociedade como uma necessidade pessoal do indivíduo.
O presente trabalho tem como intenção investigar a utilização das
artes como recurso pedagógico e como a mesma pode influenciar na
aprendizagem de maneira lúdica e criativa abordando de que maneira
podemos melhorar as dificuldades de aprendizagem que estão sendo cada vez
maiores e mais comuns em todas as escolas. Mostrando a partir de um estudo
bibliográfico e web gráfico, conceitos e casos mais comuns na sociedade.
Atualmente são muitas as dificuldades encontradas em sala de aula e
muitas as necessidades destes alunos com dificuldades para aprender. Muitas
crianças ainda não tem o atendimento necessário, muitas famílias não têm o
conhecimento necessário e muitas escolas não têm ainda, profissionais
capacitados para trabalhar com estes “tipos” de alunos que exigem esta
“atenção” especial.
A escolha desse tema se deu a partir de observações vindas de
experiências vividas em sala de aula com alunos com que apresentam e
apresentaram tais dificuldades. Observações estas, realizadas em uma escola
particular situada na zona norte do Rio de Janeiro. Escola que possui um
9
método diferenciado, o método Montessori. Citarei a respeito dele mais a
frente no segundo capítulo.
As etapas deste trabalho objetivam possibilitar uma maior
compreensão e entendimento a cerca das contribuições que a arte pode
oferecer no processo de ensino-aprendizagem de uma criança com
dificuldades. É importante lembrar que quando conhecemos esta criança e
compreendemos a necessidade dela, o trabalho para a melhoria se torna
menos complicado e melhor de ser trabalhado.
É apresentado no primeiro capítulo deste trabalho um estudo sobre as
Artes na escola. Quando a criança está em um processo de atividade criadora
ela tende a organizar seus pensamentos e sentimentos, sendo a arte assim
para ela como uma prática de contentamento e prazer. A arte desenvolve na
criança um potencial criativo e intelectual. Para o senso comum pode não
parecer, mas as atividades artísticas na escola contribuem muito para o
desenvolvimento da criança. A criança está desde seu primeiro momento no
mundo aprendendo. E para que a educação escolar chegue até ela é
necessário ter a orientação e ajuda de um professor.
No segundo capítulo as dificuldades de aprendizagem são definidas
abordadas e trabalhadas. Também é feito uma distinção entre dificuldade e
transtorno. Alguns autores quais foram estudados preferem falar dificuldade e
outros preferem transtornos. É importante que descubramos de onde vem e/
ou como surgiram essas dificuldades para que possamos analisar assim, se
são de causas emocionais, de fatores orgânicos, metodologia inadequada,
entre outros diagnósticos. E de fundamental importância também que todos os
envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades para
que possamos auxiliar o aluno. Lembrando também que apesar dos
professores serem muito importantes no processo não são eles os capacitados
para dar tais diagnósticos. É necessário o trabalho de outros profissionais
10
auxiliando neste processo como os psicopedagogos, pediatras, psicólogos e
neurocientistas, para que dê um diagnóstico certo e possível de causa.
Dando continuidade ao trabalho, o capítulo três irá trabalhar as
contribuições da arte no trabalho psicopedagógico em crianças com dificuldade
de aprendizagem.
Nesse momento a presença de um professor é fundamental para que a
criança internalize os conhecimentos que foram passados para ela. E quanto
mais recursos o professor tiver disponível, melhor será a aprendizagem da
criança. A arte vem neste capítulo para mostrar que não é um tipo de disciplina
que deve ser deixado de lado como menos importante. E sim uma que pode
abrir caminhos para a exploração dos sentimentos e das necessidades do
aluno. Será através da arte que este aluno irá expor e externar tudo de há de
mais profundo no seu eu. Permitindo assim o acesso do professor a caminhos
para o ensino mais construtivo.
Segundo Barbosa :
Arte não é apenas básico, mas fundamental na educação de um pais que se desenvolve. Arte não é enfeite. Arte é cognição, profissão, é uma forma diferente da palavra interpretar o mundo, a realidade, o imaginário e é conteúdo. Como conteúdo a arte representa o melhor do ser humano. ( BARBOSA, 1991,p.4)
Ao longo do texto desse trabalho são apresentados olhares de autores
da área como: Marta Relvas, Marcia Lisboa, Miriam Celeste Martins, Gisa
Picosque, Maria Terezinha Telles Guerra, Aurora Ferreira e outros, como o
objetivo de ampliar e esclarecer algumas questões desconhecidas ou
conhecidas por nós profissionais envolvidos no processo de educação e
ensino-aprendizagem.
11
CAPÍTULO I
ARTES NA ESCOLA
Podemos observar que desde cedo no mundo à criança tende a se
expressar através de desenhos, gestos e fala. Elas ainda pequenas devem
receber todos os estímulos necessários ao seu desenvolvimento intelectual,
físico, criativo e mental a fim de que possam explorar tudo que há a sua volta.
A manipulação de instrumentos de variadas cores, formas e tamanhos é o
primeiro passo para esta vivência.
1.1 Breve histórico da Educação e do ensino de Artes no
Brasil
No final do século XIX, com a chegada da era industrial no Brasil a
preocupação com Arte-Educação começou. Muitos fatores importantes
ocorreram.
As mudanças no plano político-social e os políticos e intelectuais da
época, tentavam reformular e organizar a educação no país. O objetivo
principal era a capacitação para o trabalho, o preparo da mão de obra. O
ensino de artes nesta ocasião estava voltado basicamente para isto.
Diante desta necessidade iniciou-se o ensino do desenho técnico em
algumas escolas. Aos poucos, vendo a necessidade ensinar as artes como
conteúdo disciplinar crescer, a Educação em arte foi sendo inserida na escola,
indo além do desenho técnico.
12
De acordo com Maria Ferraz e Maria Fusari :
No século XX, foram muitos os fatores sociais, educacionais e culturais a influir no ensino artístico. O inicio do movimento modernistas como a “Semana de 22”, a criação de universidades (anos 30), a manifestação das Bienais de São Paulo a partir de 1951, dos movimentos universitários ligados a cultura popular (anos50/60), da contracultura (anos 70), a organização profissional e a criação de associações de arte-educadores (a partir dos anos 80) entre outros, acompanharam o ensino de arte em sua expansão na educação formal e outras experiências. (FERRAZ & FUSARI, 2009, p. 38)
D. João VI foi um dos pioneiros do ensino de artes no Brasil. Ele criou
as primeiras escolas técnicas e científicas. D.João VI também deu a
oportunidade de iniciar um ensino Artístico no Brasil quando trouxe a “Missão
Francesa” para cá em 1816. Mas que só começou a funcionar dez anos mais
tarde, como instituição, vindo a ser a nossa primeira escola de Belas Artes.
Maria Ferraz e Maria Fuzari completam :
Nas primeiras décadas do século XX, o ensino de arte, mais especialmente o desenho, apresentava-se impregnado do sentido utilitário de preparação técnica para o trabalho, iniciado no século anterior. Na prática, o ensino de desenho nas escolas primárias e secundárias valorizava o traço, o contorno, a configuração, e era voltado sobretudo para o aprimoramento do conhecimento técnico e estética neoclássica. (FERRAZ & FUSARI, 2009, p.44)
Ou seja, nesta tendência tradicional o importante era o resultado dos
trabalhos dos alunos, e não o desenvolvimento deles com que eles estavam
aprendendo.
Depois desta tendência tradicional onde a aprendizagem da disciplina
do desenho visava a qualificação imediata para o trabalho, a tendência
escolanovista começou a surgir através do Manifesto dos pioneiros da Escola
Nova (1932), e depois de reivindicações por melhorias na democratização da
13
educação brasileira. Após os anos 20, e dali por diante, as escolas brasileiras
passaram a viver outra experiência com relação ao ensino de artes.
Uma nova tendência Pedagógica estava surgindo, a “Pedagogia Nova”,
no Brasil a partir dos anos 30, e sendo espalhada dos anos 40 aos 60 a partir
de experimentações em escolas que vieram as experimentais. E na Europa
(século XIX).
Na escola Nova a ênfase está na livre expressão, na expressão do
individuo. No que ele manifesta individual ou coletivamente. Aqui o ensino esta
centrado nos seus anseios e inspirações tanto com a criança como com o
adulto. Eles já podem criar e desenhar o que lhe vier a mente.
Algumas personalidades aqui se destacaram, no campo da arte na
escola, como John Dewey e Viktor Lowenfeld. Se sentindo influenciado por
esse movimento, Augusto Rodrigues Liderou a criação da Escolinha de artes
no Brasil.
Segundo os PCN:
O ensino de arte é identificado pela visão humanista e filosófica que demarcou as tendências tradicionalistas e escolanovistas. Embora ambas se contraponham em proposições, métodos e entendimento dos papéis do professor e do aluno, ficam evidentes as influências que exerceram nas ações escolares de arte. Essas tendências vigoraram desde o início do século e ainda hoje participam das escolhas pedagógicas e estéticas de professores de arte. (PCNs , 1997, p.22)
Os PCNS querem dizer que até hoje, mesmo depois de
tantos anos, traços destas duas pedagogias ainda estão sendo muito
utilizados. Ainda assim, de acordo com Barbosa,
A arte como livre-expressão somente alcançou a educação durante os anos 30, quando outra crise político social, mudança de oligarquia para democracia, exigiu reformas educacionais. (BARBOSA,1991,p.13)
14
Barbosa (1978) acreditava que a ideia de arte como livre expressão foi
originada pelo expressionismo e levou a ideia que a Arte na educação teria
como principal finalidade permitir que a criança expressasse seus sentimentos
(pag.45). A criança usa a Arte como ferramenta de exploração para
conhecimento do mundo e relacionamento com ele.
Por esses motivos de expressão livre e espontaneidade na expressão
artística que Piaget considerou:
A educação artística deve ser, antes de tudo, a educação da espontaneidade estética e da capacidade de criação de que a criança pequena já manifesta a presença; ela não pode, menos ainda que qualquer outra forma de educação, contentar-se com a transmissão e a aceitação passiva de uma verdade ou de um ideal completamente elaborados: a beleza, como a verdade, não vale senão recriada pela pessoa que a conquista.(PIAGET, 1954, p. 23)
Piaget também acreditava que os desenhos deveriam ser recriados e
feitos pelos seus próprios autores sem repetições ou cópias.
Vendo pelo modo de duas pedagogias e que o ensino agora já possui
várias outras disciplinas Barbosa (2001) entende que de forma alguma
podemos ou devemos ter a arte como um mero trabalho artístico e sim como
uma disciplina integrante do currículo tão importante quanto as demais, pois a
arte assim como as outras também possui saber, linguagem própria e uma
história (pag.17).
1.2 O Conceito
A simples observação dos atos da criança e sua movimentação no
espaço nos leva a ver que existe na criança uma forma de expressão natural
que é através do grafismo e através da arte.
15
Em casa quando a criança começa a engatinhar ou andar se já pega um
lápis ou um giz, começa a rabiscar tudo que vê pela frente, pois é a maneira
que ela encontra de externar tudo o que esta sentindo e esta em seu mais
intimo e profundo eu. E não precisa ser somente criança para se trabalhar
com a arte.
A arte é um meio comum a todos, adultos ou crianças. Desde a pré-
história ela vem sendo a forma que o homem encontrou de se expressar,
comunicar e compreender, podendo ser até uma forma de linguagem não
verbal e não escrita. Foi ela que nos ajudou a conhecer a história da
humanidade. É uma das mais antigas manifestações que o homem deixou
marcada nas paredes das cavernas.
Para Feist:
A arte é um produto da criatividade humana, que, utilizando conhecimentos e técnicas e um estilo ou jeito todo pessoal, transmite uma experiência de vida ou uma visão de mundo, despertando emoção em quem a usufrui. (FEIST, 1996, p.9)
A magia é tão grande que é capaz de dar ao homem as possibilidades
de compreender, recriar, transformar, conhecer e mudar, o mundo e as
situações que o cercam. E neste ponto de vista pode se dizer também que a
arte tem um poder terápico, que vem sendo utilizado através do trabalho da
arteterapia. Um processo que trabalha expressivamente a arte na intenção de
transformar e ampliar o conhecimento e as potencialidades do homem.
Segundo Ferreira:
A arteterapia por meio de atividades artísticas atua no campo simbólico da vida, humana com finalidade de ajudar crianças e adultos a conquistarem um melhor equilíbrio psicológico, integração e relação mais dinâmica e enriquecedora com os outros. (FERREIRA, 2011, p.17)
16
Andrade (2000, p.73) ainda destaca: “Em arteterapia, a experiência imaginária
do inconsciente do paciente (sonho ou fantasia) é transportada diretamente em
uma representação pictórica real”.
Já no âmbito escolar a arte ajuda a criança a explorar o mundo a sua
volta, através dos trabalhos artísticos.
Todos os instrumentos e espaços da escola que a criança utilizará será
importante para o conhecimento, aprendizagem da criança. Ela deve
experimentar todas as técnicas possíveis artísticas e todos os espaços
possíveis a fim de que não se desenvolva somente a criatividade e expressão
artística, mas também a corpórea e teatral.
Todas as artes tanto as visuais como as cênicas e plásticas devem ser
oferecidas a criança desde que ela é inserida na escola.
O desenvolvimento dessas atividades que fará com que a criança se
desenvolva muito bem intelectualmente e fisicamente na infância, tornando-se
assim um adulto criativo e sábio. Com experiências e vivências em mente.
Para Ferreira,
A arte na educação tem como finalidade explorar e desenvolver as potencialidades do aluno, uma vez que ela abre portas para um caminho que vai além de uma disciplina no currículo escolar. (FERREIRA, 2011, p. 23)
O professor deve ser o responsável pelo espaço e clima do ambiente,
onde deve existir o respeito, compreensão, cooperação e amor. Ele vai agir
como mediador que vai proporcionar experiências diversificadas e
enriquecedoras que vão incentivar e valorizar o desenvolvimento da criança e
sua criação artística.
17
A arte na educação fará a criança ser observadora, criadora e
pesquisadora. Além disso a arte fará também a criança compreender e
aprender sobre cidadania e cultura de outros lugares e comunidades.
As atividade artística deve estar integrada as outras artes também como
as cênicas, visuais, musicais e corporais a fim de que a criança tenha base
para todo o seu desenvolvimento. Não só o plástico quanto o corporal que
também é muito importante e fundamental para o desenvolvimento.
O adulto não deve interferir no processo de criação da criança. Deve
deixa-la se sentir livre para que nesse ambiente de respeito, tranquilidade e
serenidade ela consiga expressar tudo que deseja e passa no seu mais íntimo.
Quando a criança esta criando, desenhando, pintando, modelando ou
construindo ela esta evoluindo, desenvolvendo e aumentando suas
potencialidades intelectuais. Além disso a arte aos poucos faz com que a
criança se torne sensível .
Sobre criatividade, Fayga Ostrower (1997, p.142) ressalta: “Os
processos criativos são processos construtivos globais. Envolvem a
personalidade toda, o modo de a pessoa diferenciar-se dentro de si, de
ordenar o relacionar-se com os outros”.
O trabalho artístico não deve ser oferecido a criança pronto, pois faz
com que a criança não crie e sim recrie. Espera-se que a criança tenha o
potencial de criar sozinha, desenhar sozinha, e não somente pintar um
desenho pronto, com cores que já foram impostas e modos que já foram
impostos .
O desenho pronto não terá utilidade alguma, nem representará
nenhuma aprendizagem para criança, pois ela vai estar somente pintando.
Quando a criança cria verdadeiramente o seu trabalho artístico ela esta
demonstrando, externalizando sua criatividade, sua personalidade e seu jeito
18
de ser. Sendo assim, futuramente será um adulto que saberá se colocar, não
terá medo de se expor e saberá dar opiniões e argumentar. A criança que não
cria futuramente irá dizer que não sabe desenhar ou que não sabe fazer. Ela
ficará sempre dependente sem saber se resolver sozinha. Incapaz de criar.
Por um acaso alguém oferece um desenho pronto a um artista? Aqui
está uma comparação. Então é assim que devemos tratar as crianças, como
artistas. Artistas autônomos de sua própria criação.
Derdyk comenta:
Todo ensino que se baseia na cópia não e ensino inteligente. O aprendizado que depende basicamente do desempenho eficiente da capacidade de copiar é um ensino que considera a criança como um ser cognitivo. (DERDYK ,2003, p. 107)
A educação deve desenvolver na criança um potencial criativo,
desenvolver junto a arte um desenvolvimento integral da inteligência.
Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou popular,sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o desenvolvimento do pensamento divergente, do pensamento visual e do conhecimento presentacional que caracterizam a arte. (BARBOSA, 1991, p. 5)
Antigamente o ensino de artes não era levado a sério e achava-se que o
deveria ser só uma atividade recreativa para o aluno tendo em vista que o
ensino das outras disciplinas como Português e Matemática eram muito mais
importantes. Com a implantação da LDB - Lei de Diretrizes e Bases que rege e
estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional - algumas normas
foram implantadas para o ensino de artes dentro das escolas. A arte passou a
ser uma disciplina inclusa dentro do currículo.
Como foi dito anteriormente o trabalho de artes no início não exerciam
um papel fundamental no ensino, pois era visto como uma mera atividade a
19
mais no currículo, que servia para distração e recreação. Na verdade ela nem
constava no currículo. Passou a constar em 1971, a estrutura da lei nº 5.692
que incluiu a arte como uma disciplina a mais no currículo. E somente após
discussões sobre a Lei de Diretrizes e Bases e a promulgação da Constituição
em 1988, que em 1996, com a lei nº 9.394/96 que o ensino de artes se tornou
obrigatório em todos os níveis da educação básica no Brasil dentro do
currículo.
Os PCNs/ Arte afirmam:
Aprender arte envolve, basicamente, fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Envolve também conhecer. Apreciar e refletir sobre as formas da natureza e sobre as produções artísticas individuais e coletivas de distintas culturas e épocas. (PCNs 2000, p.15)
Os PCNs são os Parâmetros Curriculares Nacionais, referente as quatro
primeiras séries do Ensino Fundamental, feito em 1997, que tem por
finalidades auxiliar na ação do professor em sala de aula, dando a ele
subsídios necessários a execução de seu trabalho. Foram indicados como
diretrizes pedagógicas e considerados um referencial importante para a
educação escolar no país que tem como compromisso assegurar a
democratização e um ensino de qualidade no nosso país.
De acordo com Maria Ferraz e Maria Fusari:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram propostos como diretrizes pedagógicas e consideradas um referencial importante para a educação escolar no país, por seu compromisso de assegurar a democratização e um ensino de qualidade para todos os estudantes. (FERRAZ & FUSARI, 2009, pág.57)
Na proposta geral dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Artes
encontramos a indicação de que:
20
Arte tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos no processo de ensino e aprendizagem. A área de Arte está relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades. A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas. (PCNs 2000, p.19)
Além disso se quer a arte na educação, pois ela incentivará nossos
alunos, ela esta em todas as partes, o aluno irá buscar conhecer, construir
através de experiências vivenciadas com a arte. Esse é certamente um dos
objetivos da arte na educação. A preocupação de uma sociedade mais justa,
igualitária, humana, solidária e compreensiva. E a arte que será capaz de
transmitir tudo isso aos alunos sejam jovens, adultos ou apenas crianças.
21
CAPÍTULO II
Dificuldades de Aprendizagem
2.1- Um pouco de aprendizagem
Aprender significa adquirir conhecimentos, vivenciar experiências e
aprendizagens mentais e físicas. Quando o ser humano esta em processo de
aprendizagem ele está adquirindo auto conhecimento e saberes ainda
desconhecidos por ele e ainda apreendendo mais sobre o que já foi
apreendido. Esse processo de aprendizagem é contínuo e recíproco. Estamos
a todo momento aprendendo e ensinando. Ninguém é tão sábio que nunca
tenha tido que aprender e ninguém é tão insignificante que nunca tenha
ensinado.
Diante deste processo a aprendizagem se torna um caminho, uma
estrada por onde todos nós passamos , iremos passar e continuaremos a
passar durante longos anos de nossas vidas.
Pelo olhar educacional o processo de aprendizagem na escola se dá de
forma clara, objetiva e lúdica. O professor neste momento é um dos principais
personagens, junto ao aluno. Os dois juntos tem o papel e o dever de ensinar e
aprender. Com tudo a aprendizagem é um processo que se dá de forma
individual, cada qual tem a sua a sua maneira, distinção e modo de
compreender. Pois somos todos diferentes e cada qual tem o seu tempo, e
forma de aprender.
Segundo Amélia Hamze , colunista da Brasil Escola :
Os objetivos da aprendizagem são classificados em: domínio cognitivo (ligados a conhecimentos, informações ou capacidades intelectuais); domínio afetivo, (relacionados a
22
sentimentos, emoções, gostos ou atitudes); domínio psicomotor (que ressaltam o uso e a coordenação dos músculos). No domínio cognitivo temos as habilidades de memorização, compreensão, aplicação, análise, síntese e a avaliação. No domínio afetivo temos habilidades de receptividade, resposta, valorização, organização e caracterização. No domínio psicomotor apresentamos habilidades relacionadas a movimentos básicos fundamentais, movimentos reflexos, habilidades perceptivas e físicas e a comunicação não discursiva. (Hamze, maio de 2014)
A aprendizagem pode ocorrer de diversas forma e através de diversos
meios de comunicação, seja ela falada, escrita ou até mesmo desenhada. Se
aprende através das gerações, através da relação afetiva, através de métodos
que usam o lúdico e métodos diferenciados para cada qual personalidade ou
tipo de necessidade do aluno.
Geralmente, durante a aprendizagem o sujeito apropria-se do conteúdo
ensinado e o transforma em conhecimento. Nem sempre nós indivíduos iremos
comportamentalizar o que aprendemos. Podemos ser ensinados, aprender e
não querer realizar o ensinamento. Um exemplo para isto é o fumante. Ele
aprendeu que o cigarro faz mal a saúde e que não se deve fumar. Mas nem
por isso ele deixa de fumar.
Normalmente quando se fala em aprendizagem se fala em
desenvolvimento, pois estes caminham juntos. Um interdepende do outro.
Quando se tem aprendizagem, se tem desenvolvimento. Quando se tem
desenvolvimento se tem a aprendizagem. Cada indivíduo aprenderá de um
jeito e comportamentará ou não de outro. Ás vezes da forma que aprendeu, e
as vezes não tão igual como aprendeu.
Piaget (1980, p.40) afirma em relação à aprendizagem: “Em sentido
mais amplo, a aprendizagem é um processo adaptativo se desenvolvendo no
tempo, em função das respostas dadas pelo sujeito a um conjunto de
estímulos anteriores e atuais”.
23
Existe uma relação muito forte entre professor e aluno. E é a partir
dessa relação que o aluno poderá aprender ou não. Quando há uma
afetividade na interação entre os dois, normalmente, a aprendizagem ocorre
satisfatoriamente de maneira clara, saudável e amiga. Agora quando não
existe uma afetividade e tão pouco um respeito entre o aluno e o professor
essa aprendizagem normalmente não acontecerá da melhor maneira possível
e isso acarretará problemas tanto para o aluno quanto para o professor. Mas a
frente os motivos pelo qual o aluno enfrenta algumas dificuldades para
aprender serão citados e estudados.
É na interação entre aluno e professor também, durante o processo de
aprendizagem, que se dá as diferentes formas de aprender. O professor é o
responsável pela aprendizagem, o ambiente da aprendizagem e o clima da
aprendizagem. Ele que fará a mediação entre a aprendizagem e o ensino.
Para Andaló (2000) durante o processo de aprendizagem existem 4
elementos que são fundamentais para que tudo ocorra bem. O Comunicador
que é representado pelo professor ou pelas máquinas de ensinar; a mensagem
que é nada mais que o conteúdo a ser ensinado; o receptor que é o aluno e o
meio, espaço este que será familiar, escolar e ou social. (p.17)
Pode se dizer que durante a aprendizagem adaptações, formações de
novos hábitos, ideias, conceitos, observações, situações novas, inéditas
ocorrem e tornam dela um processo fundamental na vida do ser humano.
Dizem que as enquanto crianças aprendemos mais, pois as crianças aprendem
o tempo todo desde o seu nascimento. Mas como já dito anteriormente a
aprendizagem ocorrerá até o final da vida do sujeito.
Para Moreira e Mansini (1992, p.12) : “A aprendizagem é um processo
tão importante para o sucesso da sobrevivência do homem que foram
organizados meios educacionais e escolas para tornarem a aprendizagem
mais eficiente”.
24
2.2 O que alguns filósofos acham da aprendizagem
Deste da antiguidade Filósofos como Sócrates, Aristóteles e Platão,
estudavam, observavam e se preocupavam com a aprendizagem.
De acordo com Santos (2012) veremos agora o que alguns filósofos
achavam desse processo.
Sócrates (469-399 a.C.) acreditava que o conhecimento preexiste no
espírito do homem, e a aprendizagem consiste no despertar esses
conhecimentos inatos e adormecidos.
Já Platão (427-347 a.C.) , ao oposto do que acreditava Sócrates
formulou uma teoria dualista que separava o corpo( ou coisas) da alma (ou
ideias) .
Diferentemente de Sócrates e Platão, Aristóteles (384-322 a.C) afirmava
que todo conhecimento começa pelos sentidos humanos, rejeitando a
preexistência das ideias em nosso espírito. Ele usava os dois métodos
“dedutivo” e “indutivo” ele apresentava um ponto de vista científico. (p. 38 a 39)
25
2.3 – Historiando as dificuldades de aprendizagem na escola
As dificuldades de aprendizagem requerem uma reflexão crítica e um
estudo sério por parte dos profissionais da área da saúde e educação por
conta das controvérsias a que dizem respeito. Falar sobre elas não é algo de
pequena complexidade, pois é um tema de uma grande amplitude. E
atualmente vem sendo muito discutida e analisada pelos profissionais. Seu
histórico é antigo e sua identificação muitas vezes pode se dá de forma tardia
ou muito precoce.
Santos (2012, p.62) afirma que : “A grosso modo pode-se dizer que,
historicamente, as dificuldades de aprendizagem apareceram de forma
paralela ao surgimento das sociedades e das escolas de primeiras letras”.
Assim muitas vezes a escola transfere o problema para a família e a
família , por sua vez, para a escola. Trazendo assim complicações para o
aluno. Este fica desestimulado, desinteressado e nervoso. Ocorre que tanto a
escola quanto a família em muitos casos estão despreparadas para lidar com
estes alunos que precisam de uma atenção melhor e mais voltada para o
desenvolvimento deles.
No início as dificuldades eram vistas como anormais, as crianças eram
esquecidas pelos professores e o professor era visto como supremo, era
autoritário e o dono da verdade. As dificuldades que surgiam eram
relacionadas somente ao aluno, como se só ele tivesse a culpa, o ensino não
levava a culpa por nada. Quando a criança era “diagnosticada” com dificuldade
ela sofria exclusões da sociedade e da escola. Anterior a isso eram feitos
testes de QI nestas crianças para medir sua inteligência.
26
Para Santos (2012, p.64): “No decorrer dos séculos as teorias
educacionais foram abrindo espaços para o estudo e a compreensão das
dificuldades de aprendizagem na escola”.
Dentro desse contexto a dislexia foi uma das primeiras dificuldades a ser
pesquisada.
2.3.1 Transtornos de Aprendizagem
Os transtornos de aprendizagem são aqueles sofridos por crianças com
dificuldade de compreensão de conteúdos. Seja de forma oral, visual ou
escrita. As crianças com transtornos apresentam um resultado de
escolaridade, desenvolvimento e capacidade cognitiva muito abaixo do normal.
Os distúrbios, disfunção, ou desordem, como também podem ser chamados
constituem um sério problema devido as consequências que eles geram.
De acordo com Miranda,
“Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.”(MIRANDA, 2000,p.68)
Já para Antunes,
Apresentam distúrbios de aprendizagem as crianças que revelam acentuada discrepância na aprendizagem escolar em áreas como expressão oral, compreensão oral, expressão escrita, ortografia,habilidade básica de leitura,compreensão da leitura,cálculo matemático,compreensão matemática básica, etc. com rendimento muito abaixo dos apresentados por alunos com dificuldades de aprendizagem. (ANTUNES, 1999, p.70)
27
Nos manuais internacionais de diagnósticos de doenças como o CID-10
(Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
a Saúde), e DSM-IV (Manual de Diagnostico Estatístico de Transtornos
Mentais) é possível encontrar a descrição dos transtornos de Aprendizagem.
Os transtornos de aprendizagem podem ser de expressão, matemática
ou leitura. Os de expressão referem-se à parte de caligrafia e ortografia, onde
o aluno fica “perdido” na hora de organizar parágrafos dentro de um texto e
escrever corretamente quando compõe frases. Os de leitura são aqueles onde
o aluno passa por uma dificuldade no momento em que tenta entender as
palavras escritas. Já os de matemática estão ligados aos cálculos. E é
conhecida como Discalculia. Está relacionada a forma como a criança
desenvolve seu raciocínio.
De acordo com Relvas,
Os transtornos das áreas específicas de SNC que se relacionam ao esquema corporal, de espaço e de tempo, são as bases anatomopatológicas das alterações percepto-motoras ou dispractognósicas que levam aos quadros de dislexia, disgrafia,e discalculia. (RELVAS, 2011,p.55)
Sendo assim, a disgrafia, a discalculia e a dislexia são os transtornos
mais comuns em crianças na fase de desenvolvimento da escolaridade.
A discalculia como já dito anteriormente esta relacionada a Matemática
e é a dificuldade que aluno tem de manipular e compreender os números. Já a
disgrafia e a dislexia estão associadas ao Português. A disgrafia entende-se
como a deficiência que o aluno tem no momento de escrever ou compreender
os textos, e até mesmo na hora de fazer as letras. A dislexia está na
dificuldade em decodificar e assimilar o texto. Muitas vezes é necessário se
refazer a esse aluno que apresenta dislexia a reapresentação e explicação do
conteúdo por ele esquecer, ou não ter assimilado
28
2.3.2 Problemas de Aprendizagem
Tão quanto difícil definir os transtornos é definir os problemas, pois são
tão amplos e complexos quanto os transtornos. São aqueles que bloqueiam ou
dificultam o processo natural de aprendizagem. Através de situações ocorridas
com o aprendiz. Que acarretam problemas de percepção, atenção, memória e
concentração.
O problema pode ser considerado um sintoma, pois diz respeito a um
tipo de comportamento que pode ocorrer diversas vezes. Logo, para entende-
lo devemos conhecer as funcionalidades do sintoma dentro da estrutura a qual
a criança está inserida. Assim descobriremos e compreenderemos as causas e
consequências que levam ao problema.
De acordo com Scoz,
“Os problemas de aprendizagem não são restringíveis nem as causas físicas ou psicológicas, nem tampouco a análises das conjunturas sociais. É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensional, que amalgame fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos, percebidos dentro das articulações sociais.” (SCOZ, 1994, p.22)
Pouco se fala em problemas de aprendizagem. O mais comum em falar
são os transtornos e as dificuldades. Mas os problemas existem e podem ser
tratados da mesma forma.
29
2.3.3 Dificuldades de Aprendizagem
Atualmente muitos autores discutem sobre a definição conceitual de
dificuldades de aprendizagem, pois tem sido definida de diversas formas,
criando-se assim confusões na classificação e avaliação de crianças com
dificuldades na aprendizagem.
De acordo com Santos,
“Essa expressão tem sido utilizada em multilos sentidos, devido, fundamentalmente a diversidade de fatores intervenientes no processo de aprendizagem humana, bem como a diversidade de profissionais que se dedicam ao estudo desta temática.” (SANTOS, 2012,p.)
Independente das condições que o aluno tenha para aprender
neurológicamente ou não, as dificuldades de aprendizagem alteram todas as
possibilidades que o aluno tem de assimilar e entender o conteúdo que lhe foi
apresentado. São as alterações do SNC (Sistema nervoso Central) . E existem
vários fatores envolvidos nessas dificuldades de aprendizagem, que podem ser
relacionados a escola, a família e a própria criança.
Na escola os fatores estão relacionados ao ambiente que o aluno está
inserido, aos colegas de classe, a forma que lhe é ensinado e quem ensina e
as dificuldades que o aluno vai encontrar para poder aprender. Já na família as
dificuldades estão relacionadas aos pais quererem fazer sempre tudo pelos
filhos, não impor limites, não saber ensina como e ensinado na escola,
conflitos ou falta de um espaço organizado para a, entre outros. Os
relacionados a própria criança são aqueles que muitas vezes a própria criança
não tem vontade de aprender, apresenta preguiça, ou ela quer aprender mas
não sabe como explicar que não entendeu, a criança que sabe que tem uma
dificuldade, mas por algum motivo não sabe explicar, a criança que não aceita
ajuda, se acha auto suficiente e outros.
30
Segundo Relvas ,
Quando a criança apresenta dificuldades para a aprendizagem, é necessário uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar para conhecer a criança no seu todo, para não segmenta-la e, sim alcançá-la, e acompanhá-la todo tempo.” (RELVAS, 2011, p.54)
Algumas patologias estão associadas as dificuldades, como: Epilepsia,
transtorno de humor depressivo, transtorno de tiques, transtornos de
ansiedade, transtornos de déficit de atenção, transtornos de conduta.
Para Fonseca a definição mais rotineira para as dificuldades é
que as Dificuldades de Aprendizagem (DAS) é o termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura e do raciocínio matemático. (FONSECA,1995, p. 71)
Já para Drouet (1990, p.78) : “As dificuldades podem estar vinculadas a
causas físicas, orgânicas ou somáticas, causas sensoriais ou perceptivas,
neurológicas, emocionais, intelectuais ou cognitivas e educacionais”.
Dentro deste contexto o professor precisará então “caminhar” junto com
outros profissionais especializados em busca de soluções que auxiliem as
dificuldades. Não se faz certo de forma alguma rotular a criança com
dificuldade de “incapaz” ou “deficiente”. Se faz certo e necessário sim, atacar a
dificuldade a fim de que se “ cuide” dela dentro da criança.
31
Para Santos,
as manifestações de dificuldades de aprendizagem mais comumentes identificados pelos professores na escola são falta de atenção, dificuldades na leitura (disgrafia e dislalia) , dificuldades na escrita (disgrafia e disortografia) e dificuldades em realizar cálculos matemáticos (discalculia), geralmente associadas à incapacidade de operar com os números (acalculia). ( SANTOS, 2012, p.91)
A escola deve estar atenta e oferecer condições necessárias e
adequadas para que o aluno avance no seu desenvolvimento cognitivo e na
aprendizagem escolar. Mas muito precisa ser estudado ainda e ampliado em
relação a Didática. Com a didática precisando de adequações e as escolas
com mais profissionais especializados.
Sobre o desenho da criança Derdyk ( 2003, p. 64) afirma: “A criança em
um determinado momento, percebe que tudo que está depositado no papel
partiu dela. Não lhe foi dado, foi inventado por ela mesma. Inaugura-se o
terreno da criação.”
32
CAPÍTULO III
As contribuições da arte no trabalho psicopedagógico
Ainda hoje, muitos professores parecem mecanizados com a ideia de
que a criança não tem conceitos, ou não entende o mundo a sua volta. Por
muitas vezes não conseguem abrir seu campo de criatividade, por que não
acreditam na Arte ou porque não tiveram também na infância o “poder” de se
permitir, de desenhar livremente, ou fazer o trabalho que quisesse. Mas estes
professores podem ainda, se libertar e tentar construir e passar conhecimentos
para seus alunos. O professor se tornará a partir de então um mediador que
incentiva e valoriza a criação infantil, assumindo a responsabilidade de uma
educação crítica, criativa e prazerosa.
A arte é um meio de expressão comum a todos, no tempo, no espaço,
na cultura. Em todas as épocas o homem demonstrou sua vida através da
atividade artística. As artes podem e devem cooperar na educação do
indivíduo. Ela se integra bem aos outros assuntos, enriquecendo a
aprendizagem. E o aluno será um ser criador, que produz, fabrica, classifica e
manuseia.
Segundo Souza (1970) a arte tem várias funções dentro do
desenvolvimento e educação do individuo. Como educativa, utilitária, atitudes,
auto expressão e hábitos. (p.86)
De acordo também com Souza (1970, p.86) “Será a atividade criadora
que auxiliará a criança na hora que precisar resolver situações problemas,
discernindo elementos, julgando os, relacionando-os, e resolvendo da melhor
forma possível.”
Toda pessoa possui um potencial criativo, e as crianças mais ainda,
afinal, é na infância que a criança esta mais propicia a criatividade e absorver
33
tudo que lhe é proposto e ensinado. A arte encoraja a criança a colocar no
desenho sua visão pessoal do mundo a sua volta. Ali ela está não só
desenhando - pois a criança não percebe os contornos – mas está explorando
o que tem a sua volta através do desenho. A arte não tem um papel somente
cognitivo, tem também um papel social e afetivo. O autor Viktor Lowenfeld
(1977) considerava que quando a criança está desenhando ela esta deixando
registros de sua personalidade, está se desenvolvendo através da experiência
do desenho. (p.12)
Sobre esta mesma experiência Derdyk (2003, p.64) afirma: “A criança
em um determinado momento, percebe que tudo que está depositado no papel
partiu dela. Não lhe foi dado, foi inventado por ela mesma.”
Já para Porcher (1982, p.106): “O desenho é um ato de inteligência,
desenhar é um ato inteligente. Notadamente para as crianças o desenho
representa uma das maneiras fundamentais de apropriar-se do mundo.”
Toda e qualquer atividade artística que a criança realiza, seja ela em
forma de desenho ou não, é muito importante para o seu desenvolvimento.
Pois será através dela que o campo imaginativo e artístico da criança se abrirá
para novos conhecimentos e crescimento de personalidade.
Para Barbosa,
De modo algum devemos considerar a arte como uma mera atividade: ela deve ser vista como uma disciplina tão importante quanto aquelas que já possuem um lugar garantido no currículo (tais como Matemática, Português, e as demais disciplinas consideradas clássicas), pois a arte, assim como esses outros campos do saber, possui um domínio próprio, uma História e uma Linguagem. (BARBOSA, 2001 p.34)
Quanto ao Ensino da Arte devemos considerar a Lei que rege e garante
hoje seu ensino que é a LDB.
34
A LDB é a Lei de Diretrizes e Bases que rege e estabelece as diretrizes
e bases da Educação Nacional. Além disso, ela disciplina a educação escolar,
que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições
próprias.
A Lei nº 4024 de 20 de dezembro de 1961 propunha um arranjo do
currículo escolar abrangendo disciplinas e práticas educativas, entre elas, a
arte. Nesta versão a arte deixa de ser compreendida como um campo
preferencial de saberes sistematizados e torna-se uma prática para aprimorar
a “personalidade” e hábitos dos jovens.
A Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 - que foi revogada em 1996
pela nova Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que dizia :
Art. 7º Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica,
Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos
plenos dos estabelecimentos de lº e 2º graus, observado quanto à primeira o
disposto no Decreto-Lei n. 369, de 12 de setembro de 1969.
O ensino da arte ficou considerado assim, um marco da tendência
tecnicista, na educação artística no currículo escolar de 1º e 2 º graus. A
instituição desta lei trouxe inúmeras dificuldades na época em que foi criada.
Os professores tiveram de complementar sua formação quando as disciplinas
existentes, como Desenho, Música, Trabalhos Manuais, Artes Aplicadas,
Educação Musical deixaram de haver.
Segundo Ferraz e Fuzari :
“ Os professores aderem em suas práticas às orientações pedagógicas tradicional e escolanovista, sem questionamentos ou reflexões sobre o que seria melhor para o ensino de arte. Enfatiza o “saber construir” reduzindo aos aspectos técnicos e ao uso de materiais diversificados, ao mesmo tempo que admitem o “saber exprimirem-se” espontaneísta.” (FERRAZ e FUSARI, 2009, p. 51 a 52)
35
No artigo 2º da LDB diz:
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação
básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
A arte no Brasil tem representado até agora um papel complementar na
Educação. Faltam recursos aos professores, um melhor entendimento do
ensino, melhoria das práticas e uma melhor capacitação dos professores. A lei
pelo menos tem servido de base para os professores e as escolas. Mas estas
não precisam estar presas especialmente nas expressões regionais. Elas
podem ensinar sobre as expressões regionais trabalhando também as outras
diversas culturas das outras regiões.
No trabalho psicopedagógico a arte terá um papel fundamental que será
de auxiliar no desenvolvimento e no processo de ensino- aprendizagem da
criança. Muitas vezes a criança não consegue expressar na leitura, nem na
escrita, nem na fala o que ela consegue expressar na atividade artística.
Ensinar não é uma tarefa nada fácil, exige, estudo, conhecimento,
dedicação, paciência, carinho, amor e compreensão. No caso dos alunos com
dificuldades esta tarefa precisa percorrer um caminho ainda mais turbulento,
com mais paciência, carinho e compreensão. Estes alunos independente das
dificuldades que tenham, necessitam de uma atenção muito maior e muita
dedicação e observação para melhor resolução e desenvolvimento
(“tratamento”) do seu caso.
Algumas técnicas de artes como o trabalho artesanal com massinha,
tintas, caixa de areia, papéis e outros materiais são de grande vantagem na
hora do trabalho com estas crianças com dificuldade.
36
Leva-los para a quadra, realizar jogos e brincadeiras como: coelho na
toca, amarelinha, pega-pega, queimado e atividades como: subir e descer
escadas, somando e subtraindo degraus pode auxiliar no atendimento de
crianças com Discalculia por exemplo, e todas essas atividades seriam ideias
muito boas que iriam estimular a criança, não só nos cadernos como também
nas brincadeiras. Um espaço livre onde elas possam soltar a energia e deixar
transparecer tudo que há de bom e no interior delas ajuda muito na prática
pedagógica do reconhecimento das dificuldades. São nesses momentos de
descontração que a criança comenta e conversa sobre o mundo a sua volta e
tudo que esta mexendo com seu íntimo. Além disso, usar artifícios lúdicos na
música também será uma outra forma ótima para os que tem um raciocínio
mais lento, com pouca sequência lógica, e pouco ritmo.
Na instituição escolar o trabalho psicopedagógico deve ser pensado no
âmbito social, cognitivo e na construção de regras de conduta. Os profissionais
das instituição deveram atuar de maneira clara e preventiva a fim de detectar
os momentos de dificuldades e questões que podem ser motivos de tratamento
futuro na vida escolar e emocional do aluno. Os profissionais também devem
estar interagidos com a escola para que seja possível buscar soluções e
tratamentos para problemas já instalados, a fim de um diagnóstico e uma
terapia psicopedagógica de qualidade e respeito. Afinal a escola é a principal
participante do processo de aprendizagem, e nesse caminho a preocupação
maior deste trabalho psicopedagógico é a ação preventiva e curativa que será
possível ser realizada com a parceria da escola.
A relação entre o sujeito e o aluno deverá ser construída de maneira
positiva para que o processo de aprendizagem do aluno seja sempre de
prazer, de sucesso e saudável. O objetivo principal do trabalho
psicopedagógico será o de trabalhar os dados que abrangem a aprendizagem
de maneira que os laços estabelecidos sejam sempre agradáveis e bons. O
desenvolvimento das atividades será feito com calma, organização e
37
planejamento. Podendo ser feito através de maneira tradicional, de jogos e da
tecnologia que está sempre a nossa volta. Assim o aluno atuará de maneira
operativa e satisfatória junto com o professor, psicopedagogo (sujeito).
A arte na escola possuirá assim, um papel fundamental na Infância,
durante o que se pode chamar de período pré-escolar. Nesse período a
criança é como uma esponja que absorve tudo que lhe ensinado. Será através
dos exercícios de artes e da manipulação de determinados materiais que as
crianças estarão preparando suas mãozinhas para a escrita. E essa
preparação da mão e também dos sentidos será um amparo natural, não
somente para a escrita, mas também para o desenho. É possível através da
Arte também motivar a criança para a representação escrita sem antes
valorizar a representação por imagem, através dos desenhos feitos por elas,
de histórias contadas para elas, na apresentação de letras.
É fundamental explorarmos a capacidade de criação dos pequenos,
para que assim eles possam cada vez mais interiorizar e aprender o que
ensinamos. Nada como um desenho para explicar um assunto. A atividade
artística auxilia na aprendizagem e favorece o entendimento das outras
disciplinas do currículo.
E o incansável processo de ensinar deve ser tão bom, para os
professores, quanto para os alunos. Ser insistentes e perseverantes com eles
faz parte do trabalho do professor. Deve-se acima de tudo respeitar os limites
de cada um. Cada um tem um tempo de aprendizagem e de relacionamento
com o que lhe é ensinado. Devemos entender que todos os alunos não irão
aprender da mesma forma. Todos juntos e ao mesmo tempo. Para isso a
paciência e vocação no educar. A sedução é a melhor “arma” nesses
momentos porque os estimula a ser criativos e pessoas conscientes.
38
CONCLUSÃO
Como visto durante o trabalho e exposto nos capítulos o trabalho com
as artes será um componente importante do processo de aprendizagem da
criança. Com as artes, durante este processo, a criança recebe os estímulos
necessários a sua formação. Formação esta que, de forma não menos
importante, deve estar devidamente pautada nas Leis e no PCN.
Caberá a escola fazer um bom uso e o uso correto das leis. Mas para
isso é necessário que a escola qualifique seus profissionais para que eles
saibam a maneira certa de fazer o que é necessário. E é fundamental que eles
tenham a formação para isto, recebendo os conhecimentos necessários acerca
do assunto. Mas além da formação ele deve ter em mente a criatividade e se
manter longe de ideias pré-concebidas sobre as potencialidades da criança e
das artes.
Não desacreditar ou desmerecer o que a criança tem a oferecer ou a
aprender, reconhecendo que a expressão artística é uma forma potencial de
representação do mundo. Cada um é um. Existem crianças mais capazes e
outras menos capazes. Devemos prestar bem atenção a isto. Cada pequeno
tem o seu tempo de desenvolvimento, seja físico, motor, intelectual ou
cognitivo. Respeitar é fundamental nestes casos.
A educação artística é um forma de a criança expor suas habilidades e o
que sabe, ver e conhecer de si e do mundo. Tudo que lhe é ensinado reflete
em sua personalidade e em seu potencial artístico. Mas ainda se faz
necessário uma reflexão crítica acerca dos PCN e das Leis, no que diz respeito
à Educação Artística para verificação se está sendo realmente cumprida por
todas as escolas o que a lei pede.
Ainda se faz necessário, também, hoje, a criação de cursos de
especialização para professores, para que estes possam dar mais de si e de
39
seus conhecimentos aos alunos. Muitas vezes o que é visto durante a
formação não acontece na prática, ou se acontece na maioria das vezes não é
da forma que foi visto.
Para Ana Mae Barbosa
“A arte é a disciplina do currículo que atinge o desenvolvimento do educando numa maior variedade de dimensões. O professor precisa estar preparado para demostrar teórica e empiricamente as evidências desse múltiplo desenvolvimento, assim como precisa entender o perceber, o pensar, o sentir e a atividade representativa de seus alunos, para o propósito de deliberadamente organizar o ensino e a aprendizagem da Arte.” (BARBOSA, 1979 ,p.106)
Ainda estamos esperando uma educação transformadora e de
qualidade para os nossos educandos. O professor ao trabalhar arte pode se
abter de grande vitalidade e dinamismo. E essa vitalidade e dinamismo irá
enriquecer a percepção da criança. O professor deve manter viva a “chama” do
desejo da felicidade de ensinar e tornar o ensino de arte mais valorizado pelas
crianças e pelas pessoas. Ter ânimo para ensinar, estar sempre disponível
para qualquer questão e acima de tudo sempre estimular a criança a querer
aprender mais e mais.
Como disse Barbosa (1991, p.4) “Arte não é apenas básico, mas
fundamental na educação de um país que se desenvolve.” Para muitos a
disciplina de Artes nunca foi muito importante, porque nunca se deu a ela a
devida importância. Contudo as outras disciplinas sim, como Matemática e
Português são importantes, pois põe a prova os nossos conhecimentos, como
se o sensível, o criativo e sua expressão não fossem formas de demonstrar
conhecimento. Mas se todos tivessem tido aulas de artes, como realmente
deveria ser, com uma maior gama de recursos disponíveis, com materiais com
40
rateamento de preço e de fácil acesso , professores disponíveis no mercado e
qualificados para isto, seriam indivíduos certamente com potencias mais
criativos. O indivíduo cria porque quer conhecer, quer crescer, porque gosta,
porque tem a necessidade de estar inserido na sociedade.
Em uma época na qual cresce cada vez mais a preocupação se
chegaremos ao futuro bom, e com toda essa tecnologia crescendo, o ensino
de artes acaba passando despercebido. Mas nós professores não podemos
deixar isto acontecer. Temos de manter viva a importância deste ensino, e lutar
e batalhar cada vez mais por investimentos financeiros, recursos didáticos,
materiais de nível mais alto, materiais específicos para cada faixa etária, além
de estimularmos e continuar lutando para conquistar garantias melhores no
ensino e nas Leis que regem a educação Artística no país, fazendo assim que
todas as crianças, alunos de hoje, e de amanhã, tenham acesso garantido a
um ensino de qualidade e cheio de oportunidades que servirão para sua
educação não só escolar como social.
41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
RELVAS, Marta Pires. Neurociência e Transtornos de Aprendizagem. As
múltiplas Eficiências para uma Educação Inclusiva. 5ª edição.Rio de Janeiro:
Wak, 2011.
SANTOS, Marcos Pereira. Dificuldades de Aprendizagem na Escola. Um
tratamento psicopedagógico. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Teoria e Prática da Educação Artística.
2ª edição. São Paulo: Cultrix,1979.
FERREIRA, Aurora. A criança e a Arte. O dia a dia na sala de aula. 4ª edição.
Rio de Janeiro: Wak, 2012.
FERREIRA, Aurora. Arte e Inclusão.Atividades artísticas para trabalhar com
diferentes grupos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Vozes. Editora, 2011.
BESSA, Mahylda. Artes Plásticas entre as crianças. 2ª edição. Rio de Janeiro:
Editora Livraria José Olympio, 1969.
SOUZA,Alcidio M. de. Artes plásticas na escola. 2ª edição. Rio de Janeiro:
Editora Bloch 1970.
CRAIDY, Carmen e KAERCHER, Gládis E. (Org.). Educação infantil: Pra que
te quero? Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
FERRAZ, Maria Heloísa C.de T e FUSARI, Maria F. de Rezende. Metodologia
do ensino de arte: fundamentos e proposições Maria Heloísa C. de T. Ferraz.
2ª edição, rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2009.
42
FERRAZ, Maria Heloísa C.de T e FUSARI, Maria F. de Rezende. Arte na
educação escolar. São Paulo: editora Cortez, 1991. Coleção magistério 2º
grau. Formação Geral.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Artes na Escola
1.1-Breve histórico da educação e do ensino de artes no Brasil 11
1.2-O conceito 14
CAPÍTULO II
Dificuldades de Aprendizagem
2.1 – Um pouco de aprendizagem 21
2.2 – O que alguns filósofos acham da aprendizagem 24
2.3 – Historiando as dificuldades de aprendizagem na escola 25
2.3.1- Transtornos de Aprendizagem 26
2.3.2 - Problemas de Aprendizagem 28
2.3.4 - Dificuldades de Aprendizagem 29
CAPÍTULO III
As contribuições da Arte no trabalho Psicopedagógico 32
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
ÍNDICE 43