dc 02/02/2012

Ano 87 - Nº 23.554 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23554

HOJEPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 31º C. Mínima 17º C.

AMANHÃPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 32º C. Mínima 17º C.

Guerra detorcidas mata

74 no Egito

O OITAVO PASSAGEIRONegromonte, titular das Cidades, deve se demitir hoje. Será o 8º ministro de Dilma a deixar o governo. Pág. 7

Briga entre torcedores do Al Masrye do Al Ahly, clubes rivais no Egito, deixa

o futebol de luto. Além dos mortos,248 pessoas ficaram feridas. Pág. 8

EFE

Justiça deixa NovaLuz apagada

Para juiz, moradores não foram ouvidos sobre planode revitalização da área, que inclui a Cracolândia.Em Brasília, ato contra o avanço do crack. Pág. 11

Pedro Ladeira/Frame/AE

Dilma quer tirar coiotesde cima dos haitianosNo Haiti, disse que é preciso combater o tráfico de

imigrantes, mas que o Brasil está aberto. E anuncioucorte no contingente militar brasileiro no país. Pág. 5

Wilson Pedrosa/AE

Aposentou as sacolasplásticas? Procon exige

alternativa grátis.Se o supermercado não tiver alguma embalagem

gratuita para que se leve as compras, ele deve fornecersacolas biodegradáveis. E também não pode cobrar

por isso. Palavra do Procon. Pág. 16

Na ponta do lápis: vendascrescem 6,3% em janeiro.

Balança:o mais

vermelho dosjaneiros.

Saldo negativo de US$ 1,291 bilhãofoi o primeiro déficit mensal em

dois anos e o maior para um janeirodesde 1973. Pág. 13

Volta às aulas e liquidações no setor devestuário impulsionam negócios à vista do

comércio. Conheça a nova nomenclaturados índices da ACSP. Pág. 18

Fa c e b o o kna Bolsa.

Cur tir.Empresa contratou seis

grandes bancos dos EUApara lançar ações. Pág. 15

O ator Sean Penn, embaixador itinerante do Haiti, e Dilma.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann([email protected]), Carlos de Oliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana([email protected]), Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e MarinoMaradei Jr. ([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), FernandoPorto ([email protected]), Kleber Gutierrez ([email protected]), Ricardo Ribas ([email protected]) e Vilma Pavani([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn SchulkeRepór teres: Anderson Cavalcante ([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira,Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli,Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoPoucos têm condições de contrariar politicamente o inquilino do palácio estadual e o do palácio federal.

José Márcio Mendonça

OS PATINHOS FEIOSDA FEDERAÇÃO

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

A situação de dependênciafinanceira, que puxa também adependência política, está

chegando ao limite. Por onde se ande,vê-se a deterioração da qualidade dos

serviços públicos municipais.

As eleições para asprefeituras já estãosapateando nocoração dos políticos

brasileiros, mas graças ao olhogordo geral dos partidosnacionais pelas coisas de Brasília,a escolha dos dirigentesmunicipais será mesmo umaprévia para as eleições de 2014,no plano federal e no planoestadual. Haja vista, e à guisa deexemplo – não o único, mas omais significativo – o queocorre em torno dasucessão paulistana:todos os passos, detodos os partidos,são dados com asmentes voltadas ora para oPalácio dos Bandeirantes,ora para o Palácio doPlanalto e suas respectivasadjacências noLegislativo.

Com isso, aquelasdeficiências que são asquestões ligadas à gerênciados municípios, os problemasque afetam diretamente ocidadão (como diz um truísmopolítico nacional, ele vive nacidade, não é no estado nem naUnião) serão tratadosnormalmente, com a ligeirezae o gosto das promessasdemagógicas de sempre.Contratam-se osmarqueteiros, que porsua vez contratampesquisas para saber o que opovo está pensando – e tome-sepromessas vazias.

Até porque, justiça sefaça aos mais de 5.600 alcaidesmunicipais e aospostulantes em outubroa essas vagas – uma partedisputando a reeleição– nenhum deles, semexceção, seja na rica SãoPaulo até a pobre Guariba(o município símbolo doquase extinto no nascedouroFome Zero) tem condiçõesde atender todas as carênciasde suas comunidades.Isso, mesmo sedescontarmos asdeficiências degestão e a danadada corrupção, em muitos casos.

E nem terão tais condições –pelo menos enquanto perdurar odesequilíbrio entre os entes daFederação brasileira, na qual aUnião é a parte rica, os estadosa parcela dos remediados e osmunicípios os patinhos feios, osprimos pobres, os pedintes, apassar boa parte de seu tempocom o chapéu na mão, ora nacapital estadual, ora na capital daRepública, chorando atrás deverbas. Mas nem isso esta eleição"federalizada" vai discutir, poiso interesse dos comandantes dapolítica é fincar estacas para abriga dos poderes maiores,daqui a três anos.

Além do mais, quem detéma maior parte do dinheiro e aatribuição de distribuir umaboa parcela desses recursosdiscricionariamente, não vaiabrir mão de tal extraordinárioinstrumento eleitoral e depoder. Basta ver o "governismo"que grassa entre os dirigentesmunicipais. Poucos têm

condições de contrariarpoliticamente o inquilinodo palácio estadual e o inquilinodo palácio federal. Pelascircunstâncias, são obrigados aser sempre a favor.

Mas essa situação dedependência financeira, quepuxa também a dependênciapolítica, está chegando ao seulimite. Por onde se ande, é visívela deterioração da qualidade dosserviços públicos municipais.A conta está chegando eBrasília ainda não percebeu.

Neste ano os municípiossequer conseguiramcumprir a cota

estabelecida para o superávitprimário do setor público,embora, com o extraordináriocrescimento da arrecadaçãotributária federal, eles tenham seapossado de uma rebarba, viaFundo de Participação. Pelomenos 20% deles, segundo aConfederação Nacional dosMunicípios, não cumpriu o limitede gastos estabelecido pela Lei deResponsabilidade Fiscal.

Muitos maisdeixarão de cumprira meta neste ano, de

acordo com Paulo Ziulkoski,presidente da CNN. O aumentode mais de 14% dado ao salário(quanto menor o município,maior o número de servidoresque recebem o piso) e onovo piso salarial dosprofessores, decididos nosgabinetes de Brasília,aumentará exponencialmenteo número de prefeituras forado esquadro da LRF. E comcapacidade cada vez menorde investir no essencial. Paraos caciques da políticatupiniquim, porém, o essencialé fazer da eleição nasprefeituras o trampolim para adisputa do poder que maisalto se alevanta.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

ARISTÓTELES

DRUMMOND

O EXEMPLODE PORTUGAL

O mundo enfrentaa China poderosa,que entupe atodos com seusprodutos depreços baixos.Mas aindaassim a Europaqueria se dar aoluxo de benessesexageradas.

Aquestão das leistrabalhistas é umadas razões do atual

desemprego em Portugal e porafastar investidores que teriamtudo para optar por estepequeno, mas atraente país.Afinal, o clima é ameno; osserviços, bons. E está conectadoà África e à América do Sul, viaBrasil, com experiência empatamares aceitáveis.

As leis trabalhistas chegamàs raias do ridículo, criadas nodelírio dos primeiros anos do25 de abril. Semana passada,saiu o chamado acordo social,que engloba providênciasnaturais, mas até curiosas,como desconto nas férias dosdias dados em meio a feriados,ou diminuição da remuneraçãode domingos e feriados,e criar um banco de horas parao trabalho extraordinário– ou antes trabalhava-se um ese ganhava três dias. Alémdisso, os altos funcionáriosde estatais e do Executivoforam mesmo cortados emseus benefícios. Crise é crise ecomo tal deve ser tratada.

Também ficou acertadoque as empresas em

dificuldades podemreorganizar seus quadros sempenalidades. Enfim, o que se fezfoi a volta às relações normais,praticadas na Inglaterra,na França e Alemanha, porexemplo, neste mundo empermanente competição.

O mundo enfrenta a Chinapoderosa, entupindo a todoscom seus produtos – hoje dequalidade, mas de preçosbaixos em função do regimede semi-escravidão em quevivem seus operários. E, mais,sem garantias previdenciáriase carga mínima horáriasemanal. Mas a Europa aindaqueria se dar ao luxo debenesses exageradas. Nemtanto ao mar nem tantoa terra, dita o bom senso.

A rede de transmissão deenergia e os aeroportos entramna linha de privatizações decurto prazo e vão se constituirem grande avanço em termosde qualidade e investimentos.

Para os aeroportos dePortugal, ao que tudo indica,a Andrade Gutierrez brasileira,através da CCR, está entreas mais cotadas para vencer a

licitação em consórcio comseus antigos sócios da Brisa,que controla quase todas asestradas portuguesas. Grandeexemplo de agilidade estãodando os conservadores queacabam de chegar ao poder,depois de anos de socialismo.

Com tais medidas, no curtoprazo deve entrar no caixa

o correspondente a dez porcento da dívida pública. Osbancos devem receber capitaisde fora, sendo que se comentamuito a entrada do Banco doBrasil, que ampliaria suaparticipação no mercado local.

São notícias positivas, diantede uma Europa perplexa e sema criatividade e determinaçãode nossos economistas, que,no passado, operaram milagres.Especialmente os queenfrentaram as crises mundiaise a inflação descontroladainterna, como foram os casosde Roberto Campos, DelfimNeto, Mário Henrique Simonsene Ernane Galveas. Ou, maisrecentemente Pedro Malan,que, com o PROER, salvounossos bancos, grande gargaloda crise europeia.

Infelizmente , nos últimosanos, o governo brasileirovoltou a participar diretamenteda solução de problemasna banca, em lugar deapenas orientar e facilitaro entendimento entre entesprivados. Hoje ele é sóciodo Votorantin, do Pactuale de tantos outros, em umarelação pouco desejável.

ARISTÓTELES DRU M M O N D É

J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO CO M E RC I A L DO

RIO DE JA N E I RO.ARI.D RU M M O N D @YA H O O.CO M .BR

SAC O L A S PLÁSTICAS

Não mais usaremos asfamigeradas sacolinhasplásticas ao comprarnos supermercados.Nos empurraram aresponsabilidade (e ocusto) pela despoluiçãodo planeta, compropaganda maciça.O que não dizem é quemais uma vez o povovai arcar com o lucro de

alguns empresários.Ou alguém acredita queo custo das sacolinhasnão era pago peloconsumidor? Mais umassalto, disfarçadopela máscara dopoliticamente correto!

Aparecida Gaziolla - SãoBernardo do Campo

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião P O R S A B E R P A R A O N D E C A M I N H A , O L Í D E R I N S P I R A O U T R O S A S E G U I - L O .

A falta que faz um líder

LUIZ

OLIVEIRA

RIOS

Lições tiradas do fracas-so são sempre as maisamargas, mas possuemmaior poder de condu-

zir à aprendizagem efetiva nasetapas que compõem a vida decada indivíduo, seja no âmbitopessoal e/ou profissional. Umflashback do mundo do futebolservirá como fio condutor danossa narrativa abaixo.

Quando o Brasil perdeu a Copade 2010, foi um festival de choro,velas e ranger de dentes de umanação acostumada a ver a seleçãocanarinho fazer bonito nos gra-mados do mundo. O hexa teriaque esperar um pouco mais. 2014,afinal, está logo ali na esquina deum tempo que flui célere, trans-formando o futuro em presente.

Confesso: sou um dos poucosbrasileiros que não entendempatavina de futebol – aliás, nosdias que correm parece que estoume estupidificando: entendo ca-da vez menos de tudo. Mas isso éoutra história.

O que ficou na minha memóriaao assistir o segundo tempo do fa-tídico jogo entre Brasil e Holandafoi o seguinte, e que pude perce-ber, dentro das minhas limitaçõesfutebolísticas, foi que o time deDunga carecia de um líder dentrode campo, que atuasse como umfacilitador das ações de cadamembro do grupo.

O técnico, vestindo uma cami-sa super fashion (lembram das fa-migeradas camisas do Dunga?),possuia mais perfil de chefe doque de um líder inspirador deverdade. E, convenhamos, berrarpalavrões à beira do campo não émesmo posicionamento de um lí-der (cuidado, Felipão...), até por-que a violência, seja verbal ou fí-

SAMIR

KEEDI

O JUDICIÁRIO E OS MINISTROS

Oque temos assistidoem nosso País, em todosos campos, é quase

inacreditável. Tudo tem sedeteriorado a olhos vistos.A população está cada vez maisperplexa com o que ocorrena educação, no esporte, notrânsito etc. E nos parlamentosdas várias instâncias. Emespecial, no governo. A políticatem enojado muita gente.

Quem viveu um pouco mais,sabe que as coisas já foram bemmelhores. Ou pelo menos, maissuportáveis. Podia-se conviver comas mazelas da ocasião. Hoje não dámais, pois está causando prejuízosde monta – financeiros, morais,políticos, de bem-estar, desobrevivência. E nada se faz. Nãohá indignação, a não ser de unspoucos. Nem mesmo as pessoasde bem parecem indignar-se mais

com a situação. Todos a aceitamcomo uma questão natural.

Neste momento, e já há um bomtempo, tudo que temos noPaís é o Executivo executando, oExecutivo legislando e o Executivo"judasciarando" . Ou seja,

temos no Brasil apenas um poderagindo e substituindo osdemais. Considerando o quetemos votado, não poderia serdiferente, com o Legislativo, todonamão, controlado. O Executivo,nos últimos anos, aprovatudo o que quer, já que nãoencontra resistência. As benessesexecutivas eliminam todasas barreiras contrárias.

E o mesmo acontece com o"Judasciário" – tambémcontrolado pelo Executivo.Assim, é natural que tenhamosapenas um poder, fazendo opapel de três. E o "Judasciário"tem um problema bastantegrave, pois os ministros do STFsão nomeados pela Presidênciada República. Nemé preciso pensar muito parasaber o que vai acontecer.

Se um poder é nomeado pelooutro, e quem o nomeia é

dono de tudo e do caixa, o que sepode esperar da Justiça? É sóobservarmos: ninguém nunca épunido. "Ninguém", claro, excluios simples mortais como nós.Ao longo do tempo, já vimoso Judiciário dando ganho decausa (que não poderia) aogoverno em situaçõeseconômicas, sob o argumentode que este, se tivesse que pagaralgo, ficaria em mau "estado".Ora bolas, não é dessa maneiraque se julga. O Judiciário estálá para ser o guardião daConstituição e das normasgerais, e não do governo. Temde julgar conforme elas. Sesão prejudiciais, mudem-se asnormas, não os julgamentos.

Há não muito tempo,tivemos de assistir ao escabrosojulgamento de Cesare Battisti,conhecido italiano condenadona Itália. E que hoje é um cidadãolivre no Brasil, como qualquer umde nós que nada fez de errado(a não ser nascer sem padrinho).Tanto tempo para decidir quequem decide é o presidente.Novamente, ora bolas. Comopodemos manter aqui umterrorista, criminoso comum, sob

o argumento de que se tratoude crime político? E isso contratodas as evidências existentes.A menos que consideremos quea Itália seja uma república debananas, uma ditadura ferrenha.que não respeita os direitoshumanos e dos manos. E éassim que o governo brasileirotem visto a Itália.

Como esse, muitosoutros casos nos tiram o sono.Aliás, apenas o nosso, decidadãos, é claro. A morosidadeda Justiça é exasperante e aspessoas de bem vão ficando como ônus, enquanto outros vãoficando com o bônus.

Nós mesmos estamos comuma ação pela diferença do

rendimento da poupança,referente ao plano Collor, desde1991 ainda sem definição. Já sevão 20 anos. Será quereceberemos em vida a correçãosonegada em 1990? De nossaparte, daremos uma boachance ao "Judasciário",pois pretendemos viver, pelomenos, até 2047. Sim, atéos 100 anos. E estamosnegociando 120, para aumentaras chances (deles e nossas).

Quando o Brasil vai mudar?Precisamos de uma reformado "Judasciário" para quese transforme de fato emJudiciário, como existeem países desenvolvidos.

Em primeiro lugar,precisamos mudar as normase a Constituição, para que opresidente da República nãopossa mais nomear ministros doSTF. Um poder não pode nomearministros de outro poder.Como haver isenção? Se há trêspoderes, eles têm de serrealmente independentes.

Quem tem que nomearministros no Judiciário é a própriaclasse. Eles têm que ser votadospelos juízes e desembargadoresno Brasil inteiro. Ou quiçá, atémais abrangente, por todos osadvogados atuantes no País.

Cada advogado tem deter o direito de votar pelo seu

candidato, de escolher entreos juízes aqueles que serãoministros. E que devem responderà classe, e não ao Executivo. Atéporque, um dia, dependendode passar em concurso, oadvogado pode se tornar um juiz.E poderá pleitear ser ministro,sendo votado ou não.

Ou, talvez, fosse bom haverabrangência geral, talvez comescolha por toda a populaçãobrasileira com direito a voto.Se o brasileiro vota para elegeros personagens do Executivo detodas as instâncias, se votapara eleger os legislativos detodas as instâncias, tambémdeveria votar nos candidatos aministro do Judiciário.

Ou, alternativamente, que sefaça um concurso para

ministro, assim como existe parajuízes. E todos têm de ter o direitode se candidatar: um ministro doJudiciário não pode ser alguémungido por alguém que achaque seu amigo, ou amigo do bomamigo, tem de ser ministro.

Se queremos mudar o Brasil,precisamos começar já, paratermos chance de que esteoutro país que desejamos possaacontecer, pelo menos, nospróximos um ou dois séculos.Não podemos deixar para opróximo milênio. A menos quenão queiramos mudar de fato – oque é nossa grande desconfiança.

SAMIR KEEDI É BAC H A R E L EM E CO N O M I A ,P RO F E S S O R DA ADUANEIR AS E

UNIVERSITÁRIO DE MBA, E AU TO R DE

VÁRIOS L I V RO S EM CO M É RC I O EX TERIOR.SAMIR@ADUANEIR AS.CO M .BR

Se um poder énomeado por outro,e quem o nomeia édono de tudo, o quese pode esperar da

Justiça? É só observar:ninguém é punido."Ninguém", claro,exclui os simples

mortais como nós.

sica, é atributo dos fracos.Dentro do campo faltou uma

liderança si tuacional f irme,orientando os companheiros so-bre como eles deveriam se repo-sicionar em campo face às táticasdo adversário.

Um líder, é certo, pode até "me-ter bronca" em alguém – e às vezesisso se faz necessário de fato –, po-rém sabe escolher as palavras quecausem impacto assertivo no ou-tro. E o próprio líder, pelo seu po-sicionamento, lidera (ou deverialiderar) pelo exemplo.

Pois é. Dentro do campo, nadistante África do Sul, faltou umlíder que, naquele contexto, fos-se autocrático (não havia tempopara deliberações democráti-cas), que ordenasse com firmezaum novo modelo tático de jogoaos demais membros do grupo.Talvez um "Carlos Alberto de2010", numa alusão ao capitão dotime da fantástica Seleção vito-riosa dos anos 70.

E o Lúcio? Ostentava tão sóa braçadeira de "capitãodo time" e uma cara, diga-

mos, emburrada. Mas sobre lide-rança o "ome" não entendia nadade nada. Dunga também não, re-pita-se. Parecia que nossos joga-dores estavam mais preocupadosem desfilar em campo para fazerbonito aos patrocinadores do queem demonstrar raça para vencer.A moçada ali, como se diz, andavaem campo de salto alto.

Júlio César, o goleiro, poderiater sido o líder? Talvez, se ele tives-se recebido um bom treinamentosobre liderança. Quando ele, cho-rando, depois do fiasco da Sele-ção, não se negou a dar uma entre-vista, admitindo as falhas cometi-

Spartacus (vivido por Kirk Douglas no filme de Stanley Kubrick): um exemplo de liderança eficaz

das, demonstrou, me parece, umtraço de sinceridade – e a coragemde ser sincero é um dos atributosdos verdadeiros líderes.

Olha só: diferentemente doque se prega por por aí, o lídernão é um super-homem, mas al-guém com atributos humanos eque aprendeu a desenvolver cer-tas habilidades que o qualificama liderar com naturalidade umgrupo de pessoas em prol de da-do objetivo.

E quais seriam essas habilida-

des? De maneira simplificada, eisuma amostragem das habilidadesprincipais de um líder eficaz:

— "Escutatória": sabe a ouvir oque o outro tem a dizer (começo,meio e fim, sem sobrepor seuspróprios pontos de vista à fala deo u t re m ) ;

— Disponibilidade: os bons líde-res administram com maestria o seutempo (somente os chefes centrali-zam tudo neles e, por isso, estãosempre "lotados" de serviço);

— Rapidez na tomada de deci-

sões: existem situações em que umlíder, que normalmente é demo-crático, precisa tomar decisões au-tocráticas. Ponto final.

— Coragem: para chamar sobresi, nas situações de emergência,toda a responsabilidade e tomaras decisões duras que precisamser tomadas;

— Humildade: reconhece que aideia do outro pode ser melhor doque a sua e a a dota-a na íntegra,dando crédito ao autor da ideia.Em tempo: somente os chefões sãoa r ro g a n t e s ;

— Autodesenvolvimento: estásempre em busca de aprender coi-sas novas, todos os dias (somenteos chefes "sabem tudo");

— Delega: ou seja, faz o popular"passa a bola";

— É empático, isto é, avalia comsensibilidade o que o outro podeestar sentindo naquela determi-nada circunstância;

— É entusiasta, ou seja, vibracom suas próprias ideias (por issocontagia seus seguidores) e tam-bém se deixa contagiar pelasideias de terceiros, mesmo quemomentaneamente não sejamaplicadas num dado projeto (emoutras palavras, os bons líderesnunca "matam" ideias no ninho,pois sabem que, no futuro, umaideia que hoje pareceria de "jeri-co", poderá vir a ser uma ideia degênio no momento certo);

— Sabe a direção a ser seguida,mesmo que, por algum motivo, oalvo não venha a ser atingido (oinsucesso é sempre um risco emqualquer empreendimento). Porsaber para onde caminha, o líderinspira outros a segui-lo com na-turalidade.

E is porque, na minha opi-nião de ignorante em as-suntos futebolísticos, a

falta de liderança em campo con-tribuiu, e muito, para o Brasilperder o jogo específico contra aHolanda. Por isso alguém já dis-se certa vez que o "bom líder nãoé aquele que monta uma equipeextraordinária e sim aquele queconsegue, tendo pessoas sim-ples sob seu comando, realizarfeitos extraordinários".

Falando sobre liderança eficaz,recomendo que vocês assistam(ou revejam) a um filme épico de-nominado "Spartacus" (o original,com Kirk Douglas e Sir LaurenceOlivier). Belas lições sobre verda-deira liderança temos ali.

LUIZ OLIVEIRA RIOS

É P RO F I S S I O N A L DE MARKETING E

V E N DA S E C O L U N I S TA DO

DIÁRIO DO CO M É R C I O.OLIVEIRA.RIOS@H OT M A I L .COM

Reprodução

quinta-feira, 2 de fevereiro de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

King Cafe, quem sabe333 Enquanto oficializa junto a CVM a desco-berta de megapoço de 1,8 bilhão de barris depetróleo na área do pré-sal na Bacia de Santos(a OGX é dona de 100% do bloco), Eike Batistaagora também quer ser rei do café. Além de atuarem petróleo, mineração, hotéis, restaurantes ehospitais, está comprando fazendas de café em

Araxá, interior de Minas Gerais. Quer plantar, produzir, vender parao mercado interno e exportar, além de introduzir cafeterias nas lojasmundiais da rede Burger King, da qual é sócio (como o McDonald’s játem). No Brasil, hoje, consome-se 20 milhões de sacas de café por ano.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Jornalistas brasileiros queacompanharam a visita de DilmaRousseff a Cuba conheceram deperto o que se pode chamar deburocracia castrista. Os vistos

de entrada saíram quase no dia de embarque para lá e comduração de apenas oito dias. Para circular pela ilha e fazerentrevistas, é necessário se credenciar também no centrointernacional de imprensa. Cobrir a histórica assembléia doPartido Comunista de lá é impossível: tudo é fechado e nofinal, são comunicadas as decisões. Repórteres brasileirostambém confirmaram o salário médio mensal de US$ 20 nailha e todos tem cadernetas onde se anota a comida recebida.No paralelo, prostituição de homens e mulheres em alta.

No reinodos Castro

333 Depois de Britney Spears,a cantora e atriz Lea Michele,a Rachel da série musicalGlee, é a protagonista danova campanha da marca de

roupas e sapatos Candie’s, numa coleção batizada de SweetGirl, o que mistura com a imagem de seu personagem na TV.Lea, 25 anos, estreou no cinema em New Year´s Eve, com umfestival de nomes famosos, que queria repetir o sucesso deValentine’s Day (não deu muito certo). Em Glee, ela é amocinha e a lésbica (e grande comediante) Jane Lynchfaz a vilã. Na próxima temporada, entra Ricky Martin.

SweetGirl

Nudeicon

333 Tirar a roupa para a modelogaúcha Raquel Zimmermann, 28anos, não é uma tarefa complica-da: agora, a sexta colocada noranking mundial de ícones do

mundo da moda aparece nua em dose dupla. De um lado, narevista s/nº de Bob Wolfenson; de outro, na capa e recheio (emfotos de Henrique Gendre) da nova Status. Adepta da medita-ção transcendental, ela já posou para Mario Sorrenti, presapor pregadores, gravou um clipe com Lady Gaga (“ela é muitofamília”) e fez comercial da Gucci dirigida por David Lynch(“uma pessoa calma, alegre e querida”).

Eu já bebi um Rio Amazonas inteiro. Não quero mais esse diabo paramim. Quero estar limpa.

IN OUTh

h

Chapéus aba curta. Chapelões aba amassada.

MAIS: para quem gosta decontas, equivale a R$ 19,7bilhões por mês ou R$ 684,4milhões por dia ou aindaR$ 27 milhões por hora.

MISTURA FINA

Velhinho devasso333 A estratégia de trazer HughHefner, dono de Playboy, aos86 anos de idade, para ocamarote de cerveja Devassano carnaval, só dará certo – eisso tudo ainda está sendoacertado – se com ele vierem,pelo menos, cinco playmates,para ficarem se debruçandona veterana figura diante defotógrafos e, eventualmente,num comercial de TV. Nesteano, na área de comes e bebes,o camarote da Devessa teráalgumas novidades: serãoservidos pizzas, copinhos decaldo verde com vodca ecaldinho de feijão com cachaça,mesmo sendo área de cerveja.

QUENTE, NÃO333 Em exercício da Presidên-cia da República, Michel Temerpermaneceu em seu gabinetee armou um jantar, no Paláciodo Jaburu, para lideranças doPMDB, ainda para HenriqueEduardo Alves (RN) melhordigerir a troca de cadeiras noDnocs. No meio da noite, alguémfez questão de lembrar umaantiga máxima de José Sarney,presidentedoSenado:“Vingan-ça é um prato que se come frio”.

O Brasil bateu um recor-de histórico de juros dadívida pública (União,Estados e municípios) em2011: R$ 236,7 bilhões.

Fotos: BusinessNews

Águas paradas333 Paraquemnãosabe:atransposição do Rio São Franciscosaiu do papel em 2007, foi carro-chefe da campanha de Dilmae no ano passado, a obra foipraticamente paralisada. Foiorçada em R$ 6,8 bilhões, 36% amais do que a projeção inicial. Atéagora, foram empenhados R$3,8 bilhões e as empreiteirascontratadas já receberam R$ 2,7bilhões. Os 220 quilômetros doeixo leste, de Floresta a Monteiro(PB) podem ser concluídos atéo final deste ano. Já os 402quilômetros do eixo norte, que saide Cabrobó para levar água aoCeará, Paraíba e Rio Grande doNorte, poderiam estar terminandoem dois ou três anos.

CRECHE ZERO333 No Ministério daEducação, cabia ao candidatodo PT à prefeitura de SãoPaulo, Fernando Haddad,comandar também oProinfância, órgão do FundoNacional de Desenvolvimentode Educação, responsávelpelas construções decreches. Dilma Rousseff,na campanha, prometeraentregar 6.427 creches. Emmais de um ano de governodela, Haddad que já bemconhecia a máquina doMinistério da Educação, nãoconseguiu completar umasó creche. Até entre irônicoscompanheiros de partido,a ação de Haddad nesseprograma foi batizada deCreche Zero.

Borracha nova333 A Polícia Federal está dandoa largada no processo derenovação de sua frota de carros:vai custar R$ 23,8 milhões.Deverão ser compradas 149caminhonetes de diferentesmodelos por R$ 17,9 milhões e132 carros de pequeno porte,orçados em R$ 5,9 milhões. Amudança da frota atende normado Ministério do Planejamentoque determina a substituiçãode veículos oficiais a partir decinco anos de uso sob a justificativaque, com esse tempo de utilização,a manutenção equivale a umveiculo novo. Nas delegacias maisdistantes da Polícia Federal, hácarros virando sucata por falta depeças ou até falta de combustível.

CALAMIDADES333 Nem só do aerotrem viveopresidentedonanicoPRTB,Levy Fidelis, agora novamentecandidato a prefeito de SãoPaulo: seu partido tem apenasuma deputada federal, nenhumsenador e ele insiste junto apresidente Dilma Rousseffque crie o Ministério dasCalamidades Públicas, paraser comandado por umaliado, de preferência elepróprio. Defende a idéia deque a nova pasta seria asolução para inúmerosimpasses em torno dasverbas para recuperar áreasatingidas por tragédiasclimáticas. Dilma não podenem ouvir falar o nome dele.

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NARCISA TAMBORINDEGUY // de Mulheres Ricas, que feztratamento contra a dependência de bebidas e drogas.

Mórmons no Brasil333 Enquanto o pré-candidato à Casa Branca, Mitt Romney,avança, grande parte do eleitorado americano rejeita suacandidatura porque ele é mórmon, igreja das mais discutidase que permitia a poligamia. No Brasil, para quem não temidéia, a religião cresce, poderá chegar a 1,16 milhão de membroseste ano e logo passar o México (1,23 milhão) como segundopaís do planeta com maior volume de mórmons. Nos EstadosUnidos, onde a religião nasceu, a Igreja Mórmon tem cercade quatro milhões de fiéis e no mundo, são 14,1 milhõesde mórmons. Detalhe: nos pôsteres da igreja aparece umJesus Cristo caucasiano, quase louro.

333 O EX-governador JoséSerra, que continua ameaçandoos tucanos de mudar de partidopara concorrer ao Planalto em2014, garante que, por contada entrevista de FernandoHenrique Cardoso a TheEconomist, pode ter pronuncia-do os mais diversos adjetivosem direção a FHC, menos terusado a expressão “gagá”.

333 PAI e filho, José Carlose Giancarlo CamargoManhanbusco estão lançandoPetições Trabalhistas, Modelos(LTr Editora). E o segundo livrodeles, que tem escritório emDourados (MS): o primeiro erasobre acidentes de trabalho.

333 A MUSA da Renascer,primeira colocada no Grupo deAcesso do ano passado e queestréia no Grupo Especial,Andréa Martins, vai desfilartotalmente nua com as partesestratégicas cobertas por umapintura no estilo de RomeroBrito, enredo da escola deJacarepaguá.

333 DEPOIS de José SérgioGabrielli, que está se despedin-do da Petrobras, o governadorJaques Wagner, da Bahia,também já está procurando umaboquinha em seu secretariadopara abrigar Mário Negromonte,seu protegido, que deixa oMinistério das Cidades.

333 NA VISITA de Dilma a Cuba,em eventos oficiais com todos oshomens vestindo terno e gravata,como o anfitrião Raul Castro,usavam guayabera, traje típico dealguns países latinos, o governa-dor Jaques Wagner e o ministroda Saúde, Alexandre Padilha.

333 QUANDO se imaginaque as velhacarias cometidaspela ex-diretoria do BancoPanamericano, que era de SilvioSantos, já tenham se esgotado,sempre aparece alguma coisanova: no final de 2011, a ReceitaFederal, depois de novaauditoria, descobriu que em2007, a dupla Rafael Paladino eWilson de Aro, ex-presidente eex-diretor-adjunto respectiva-mente, haviam mandado pagarpara eles próprios mais dinheiropor consultorias nunca presta-das. Paladino recebeu R$ 905mil e Aro, outros R$ 445 mil.

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TERRA ARRASADAO Haiti ainda estálá. A devastaçãoé a prova dasua existência.

POVO ACABADOPara um haitiano,o paraíso équalquer outrolugar no mundo.

política

Somos tudo o que o Haiti sonhavaEm sua visita ao país, a presidente Dilma Roussef abre nossas portas para os imigrantes, mas cobra ação contra as redes criminosas que os exploram até o Brasil.

Em sua primeira visitaao Haiti, a presidenteDilma Rousseff dei-xou bem claro ontem,

em Porto Príncipe, que o Brasilcontinua "aberto a receber, co-mo é da natureza dos brasilei-ros, cidadãos haitianos", masexigiu o combate das "redescriminosas de intermediá-rios", conhecidos como coio-tes, que cobram para facilitar aentrada ilegal de imigrantesno País. "Devemos combateresses criminosos, que se apro-veitam das vulnerabilidadesdas famílias, expondo-as a si-tuações desumanas durante atravessia, além de explorá-las,cobrando taxas escorchantes",afirmou Dilma.

A presidente lembrou a mu-dança de regras na concessãode vistos brasileiros para hai-tianos, que entraram em vigorrecentemente, e disse que asmedidas foram tomadas emreconhecimento às dificulda-des sociais e econômicas dopovo haitiano. "Reafirmo o du-plo propósito das políticas devisto: garantir o acesso em con-dições de segurança e de digni-dade e, ao mesmo tempo, com-bater o tráfico de pessoas, oque temos feito em cooperaçãocom os países vizinhos".

Imigrantes – Dilma assegu-rou ainda que o Brasil vai con-tinuar cooperando para criar"melhores condições de vidano próprio Haiti". A estimativaé que 4 mil haitianos já tenhamentrado no Brasil em busca deoportunidades. O país, com9,7 milhões de habitantes, é omais pobre das Américas e ain-da não se recuperou do terre-moto que devastou a capital,em janeiro de 2010, e deixou250 mil mortos.

Para acelerar a ajuda, o go-verno brasileiro resolveu atuarem três frentes: a participaçãono processo de reconstrução, acooperação bilateral – técnica,de assistência humanitária ecooperação nas áreas de saúdee educação – e o apoio aos tra-

Dilma é recebida por adolescentes em Porto Príncipe: compromisso de criar melhores condições de vida.

Roberto Stuckert Filho/PRThony Belizaire/AFP Photo

No palácio, Michel Martelly e Dilma: em pauta, projetos de cooperação

balhos da Missão de Paz.Tr o p a s – Durante a visita, a

presidente também reforçouque o governo vai reduzir suastropas no país, de 2,2 mil para1,9 mil militares. O Brasil co-manda a Missão da Organiza-ção das Nações Unidas para aEstabilização do Haiti, conhe-cida como Minustah, criadaem 2004. A Missão de Paz con-ta atualmente com 11,6 mil in-tegrantes de 19 países.

Devemos combateresses criminososque se aproveitamda fraqueza dasfamílias, expondo-as a situaçõesdesumanas.

DILMA ROUSSEFF

A mudança, segundo Dil-ma, faz parte de uma nova es-tratégia de segurança para oHaiti, que inclui a redução gra-dual da presença militar nopaís. "Temos que pensar nolongo prazo e, por isso, umacomissão vai ser instalada pa-ra avaliar a segurança à medi-da que haja sistemática redu-

ção das tropas da Minustah",disse a presidente durante vi-sita ao Palácio Presidencial.

A presidente Dilma tam-bém reafirmou o compromis-so do Brasil "com a continuida-de da missão de paz de coope-ração para o desenvolvimentodo país e de amizade entre ospovos", destacando que a de-cisão "está em conformidadecom o que foi estabelecido noâmbito da ONU, que reflete anova atitude de segurança eestabilidade do Haiti".

Us ina – Dilma foi recebidapelo presidente haitiano Mi-chel Martelly, com quem falousobre projetos de cooperação.Entre os principais, está oapoio brasileiro para a cons-trução de uma hidrelétrica so-bre o rio Artibonite, a 60 quilô-metros de Porto Príncipe.

O projeto da usina foi feitopelo Instituto Militar de Enge-nharia (IME) e doado ao gover-no haitiano, com valor estima-do de US$ 2,5 milhões. O Brasilofereceu ainda treinamentopara cem policiais haitianos naPolícia Federal. A agenda dapresidente incluiu um rápidoencontro com o ator SeanPenn, que atua junto com orga-nizações não governamentaisno Haiti, e uma visita ao bata-lhão brasileiro. (Agências)

No Brasil, uma chancepara escapar da miséria.

Emocionado, o em-baixador do Haiti noBrasil, Idalbert Jean-

Pierre, considerou ontem"uma vitória" a decisão bra-sileira de conceder 1.200vistos anualmente a imi-grantes haitianos sem a exi-gência de vínculo emprega-tício. "Gostaríamos que aconta fosse maior, mas sa-bemos que o Brasil tambémtem seus problemas", disseJean-Pierre. "Por isso, en-tendemos e consideramosuma vitória a fixação de 100vistos por mês."

Nos últimos meses, mi-lhares de haitianos entra-ram no País para fugir dasdificuldades no Haiti, o paísmais pobre das Américas,com elevados índices demortalidade infantil, crimi-nalidade e fome. Os imi-grantes entram por Tabatin-

ga (AM), Brasileia (AC) etambém por Rondônia.

Pela decisão do governobrasileiro, cada visto permi-tirá ao cidadão haitiano tra-zer a mulher, o marido oucompanheiro, o pai e a mãe,além dos filhos com menosde 24 anos, desde que sol-teiros, estudantes e depen-dentes financeiramente.Quem entrar sem o visto po-derá ser deportado.

De acordo com o embai-xador, cada haitiano quechega ao Brasil gasta, emmédia, de US$ 3 mil a US$4 mil, dinheiro que "ele le-vará toda uma vida parapagar". De acordo com ogovernador do Acre, TiãoViana (PT), pouco mais demil haitianos já deixaram oestado em busca de opor-tunidades em outras re-giões brasileiras. (ABr)

Viagem de Dilmarepercute nos

Estados Unidos

Aviagem da presidenteDilma Rousseff a Cu-ba ganhou destaque

ontem na edição digital doWall Street Journal. Segundo otexto, a visita é a maior tentati-va do Brasil, até agora, detransformar seu crescente po-der econômico em uma lide-rança diplomática na AméricaLatina. De acordo com o jornalnorte-americano, o Brasil querexpandir sua influência regio-nal ao oferecer empréstimossubsidiados para os paísesmais pobres.

Para o Wall Street, "o fortecompromisso de Dilma comCuba", que ela visitou antes depassar pela Casa Branca, sededo governo americano, "é omais recente exemplo dessaestratégia". O texto lembra ain-da que Dilma criticou a exis-tência da base militar de Guan-tánamo e o embargo econômi-co dos Estados Unidos. (AE)


COMUNICADO

RETIFICAÇÃO DE EDITAL

A AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL Comunica aos Srs. Fornecedores

em relação ao PREGÃO 235/2011 - Proc. 2011-0.325.655-2 - CONTRATAÇÃO

DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE

GERENCIAMENTO INFORMATIZADO DO ACERVO DE DOCUMENTOS DAS

UNIDADES PERTENCENTES À AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL

INCLUINDO: COLETA, ARQUIVAMENTO, GUARDA, DIGITALIZAÇÃO,

DESARQUIVAMENTO E REARQUIVAMENTO PARA CONSULTA E

TRANSFERÊNCIA; marcado para o dia 27/01/2012 às 10:00 horas, publicado

no DOC dia 14/01/2012 pág. 71 e suspensão publicada no DOC em 25/01/12,

pág. 58, o seguinte:

Em virtude de alteração no item III - CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO do Edital,

fica redesignada NOVA DATA para abertura do certame que ocorrerá em

09/02/2012 às 10:00 horas. Com retirada de novo Edital.

O novo edital poderá ser consultado e/ou obtido no site:

http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou no Núcleo de Licitações

da Autarquia Hospitalar Municipal, situada na Rua Frei Caneca, nº 1.398/1.402 -

9º andar - Consolação - São Paulo - Capital das 9:00 às 16:00 hs.

SECRETARIA DA SAÚDE

Além de renunciar à candidatura de prefeita, Marta foi descartada de um ministério de peso.Dirigente petista anônimopolítica

PSD é "objetode desejo" do PT

paulista paravencer em 2012

A recente aproximação do PT com o PSD deve se solidificar até as eleições de 2014

Independentemente dasnegociações em torno dacandidatura do petistaFernando Haddad à Pre-

feitura de São Paulo, PT e PSDavançam a passos largos emdireção a uma convergênciapolítica que pode colocar osdois partidos no mesmo palan-que neste ano e em 2014.

Embora os tucanos apelempara que o partido do prefeitoGilberto Kassab considere seuhistórico de aliança com a le-genda, PT e PSD aceleram odiálogo de aproximação nãosó nos municípios do interiordo estado, como estão próxi-mos de fechar um acordo am-plo na Grande São Paulo e nolitoral paulista.

"Se quisermos apresentarum projeto com condições devitória [em 2012], nós temos deampliar o campo político noestado", disse o presidente dodiretório estadual do PT, de-putado estadual Edinho Silva.

As conversas para umaaliança com o PSD se dão deuma forma adiantada nas ci-dades do ABC paulista, maisprecisamente em São Bernar-do do Campo, Diadema, Mauáe Santo André. Em São Bernar-do do Campo, berço políticodo ex-presidente Luiz InácioLula da Silva, o PSD vai apoiara reeleição de Luiz Marinho,um dos entusiastas da criaçãoda nova sigla na região.

A parceria PT-PSD tem tudopara se concretizar tambémem Guarulhos e Carapicuíba,na Grande São Paulo. No lito-ral, petistas e pessedistas man-têm o diálogo em todas as cida-des e um acordo deve ocorrerprimeiro em Praia Grande eSão Vicente. "Política é a arte deaglutinar forças para que vocêpossa ter um projeto político.O projeto se fortalece quandose aglutinam forças", argu-menta Edinho.

O partido de Kassab é peçafundamental no projeto do PTde tentar por fim, em 2014, àhegemonia de 20 anos doPSDB no estado. Para dirigen-

tes petistas, PSDB e DEM se en-raizaram em São Paulo, por is-so é preciso ir além das aliançastradicionais para vencê-los.

"Com campo político restri-to, é muito difícil ganhar", dizEdinho. E, de olho neste poten-cial parceiro, o petista contaque hoje a linha direta comKassab é permanente.

Para ele, a visão tucana deque o PSD tem mais identida-de com o PSDB – mencionadaanteontem pelo presidentemunicipal do PSDB, Júlio Se-meghini – não condiz com arealidade, já que o PSD nasceudescolado do bloco de oposi-ção ao governo Dilma Rous-seff. "O PSD já é aliado do PTem diversos estados porquenão se sente contemplado peloPSDB. Ele busca um projetopolítico que tenha autonomia,identidade própria."

Para Edinho, "nas principaiscidades de São Paulo, a cons-trução política é entre PT ePSD. Isso é real". Mas ponderaque a aproximação com o PSDé recente. "Para a aliança seconcretizar em 2012, PT e PSDdevem construir pontes queunifiquem nossas ações." (AE)

Ed Ferreira/AE

Marta não sai do cargo. Afinal, ela "já abriu mão de muita coisa", como disse um dos senadores do PT.

Edinho Silva: "Hoje a linha direta com Kassab é permanente".

O partido de Kassab é peça fundamental no projeto do PT

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O PSD já éaliado do PTem diversosestados porquenão se sentecontempladopelo PSDB.

EDINHO SI LVA

Partido decide manter Martana vice-presidência do Senado

Para manter a senadoraMarta Suplicy (PT-SP)na cadeira de vice-presi-

dente do Senado, a bancada doPT revisou o acordo de rodíziocelebrado há um ano, que davadireito a que José Pimentel (PT-CE) assumisse o cargo nesteano. A decisão garante lugarde prestígio à petista no Con-gresso, em troca de seu engaja-mento na campanha de Fer-nando Haddad à prefeitura deSão Paulo. Na mesma reuniãoda bancada – que contou com apresença do presidente do PT,Rui Falcão – os petistas elege-ram Walter Pinheiro (BA) novolíder da bancada.

Marta rechaçou a afirmaçãode que teria negociado sua per-manência na vice-presidênciaem troca da participação nacampanha de Haddad.

Ela disse que seu engaja-mento nunca fo i dúvida ."Nunca pensei em negociar ocargo, sempre estive engajadana campanha." Ela observouque a campanha ainda não co-meçou oficialmente e que,quando for o momento, vai sefazer mais presente. "É uma co-brança prematura, sempre fuium soldado do partido."

Rui Falcão saiu na defesa daex-senadora e disse que Marta"nunca colocou em dúvida"sua colaboração com a campa-nha de Haddad: "Não há con-dição, nem imposição, nemdúvida da participação da

companheira Marta (na cam-panha de Haddad)".

"Só o fato de ela renunciar àcandidatura já é uma demons-tração de completo envolvi-mento na campanha de Had-dad", acrescentou o novo líder,Walter Pinheiro.

Um dos senadores da reu-nião disse que foi legítima a de-cisão de preservar Marta nocargo, porque ela "já abriu mãode muita coisa. Além de renun-ciar à candidatura de prefeita,ela foi descartada para assu-mir um ministério de peso".Sem a vice-presidência, ela se-ria relegada à planície na atua-ção parlamentar.

Também pesou na decisãodo PT de "revisar" o acordo queenvolvia outros integrantes dabancada, a ameaça do líder doDEM, senador DemóstenesTorres (GO), de recorrer ao Su-premo Tribunal Federal (STF)para questionar a legalidadedo rodízio petista no comando

do Senado. A Constituição Fe-deral e o regimento interno fi-xam mandatos de dois anos naMesa Diretora do Senado e napresidência das comissões.

Segundo um integrante dabancada, ninguém desejavaassumir um cargo responden-do a processo por quebra dedecoro no STF.

O rodízio também alcança-va as presidências das Comis-sões de Assuntos Econômicos(CAE) e de Direitos Humanos.Na CAE, Eduardo Suplicy (PT-SP) sucederia a Delcídio Ama-ral (PT-MS) na presidência. EAna Rita (PT-ES) assumiria acadeira de Paulo Paim (PT-RS)nos Direitos Humanos.

Nos bastidores, comenta-seque o ex-presidente Lula pres-sionou Pimentel a recuar. Opresidente do PT e deputadoestadual Rui Falcão acompa-nhou a discussão e também fezum apelo pela senadora.

A decisão sobre a manuten-ção de Marta provocou umefeito cascata. O entendimentopara a troca de petistas nos co-mandos das comissões tam-bém foi derrubado.

A tendência é que DelcídioAmaral (MS) continue na pre-sidência da Comissão de As-suntos Econômicos, que seriarepassada para Eduardo Su-plicy (SP), e Paulo Paim (RS) nocomando da Comissão de Di-reitos Humanos, pretendidapor Ana Rita (ES). (Agências)

Nunca pensei emnegociar o cargo,sempre estiveengajada nacampanha.Sempre fui umsoldado do partido.MAR TA SUPLICY

Lula recebeu avisita deFernandoHaddad, ex-ministro daEducação epré-candidatodo PT àPrefeitura deSão Paulo .

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula: prêmio por combate à pobreza.

Oex-presidente LuizInácio Lula da Silvaserá homenageado

em maio, com o InternationalFour Freedoms Award 2012,prêmio concedido a pessoas e ainstituições que se engajam nadefesa da liberdade.

A honraria, criada em 1992,pela Fundação Roosevelt Sti-chting, será entregue em ceri-mônia festiva de premiação nacidade de Midelburgo, na Ho-landa. A expectativa inicial é ade que o ex-presidente – atual-mente em tratamento contraum câncer na laringe – partici-pe da cerimônia, que vai ho-menagear também a emissoraárabe de televisão Al Jazeera; oatual Patriarca de Constanti-nopla, Bartholomew I; a fun-dadora do Self Employed Wo-men's Association (SEWA),Ela Ramesh Bhatt; e o ministrode Energia do Iraque, Hussain

al-Shahristani.Em comunicado, a Roose-

velt Stichting elogiou o ex-pre-sidente brasileiro referindo-sea ele como uma inspiração àcomunidade internacional porsua "ascensão da pobreza àPresidência do Brasil", bem co-mo sua "determinação" em li-vrar o Brasil da "extrema po-breza" e da "injustiça social".

O International Four Free-doms Award 2012 não é a pri-meira honraria internacionalconcedida ao ex-presidentedesde que ele deixou o Paláciodo Planalto, em 1º de janeiro de2011. O petista foi um dos ga-nhadores do World Food Prize2011, nos Estados Unidos, doPrêmio Amalia Solórzano, noMéxico, e do Lech Walesa, naPolônia, entre vários outros.

Ontem de manhã, Lula foisubmetido a mais uma sessãode radioterapia no tratamento

contra o câncer. Nos últimosdias, ele tem reclamado de fa-diga e incômodo na região dalaringe, bem como de sinais deperda da voz. E as presençasdiárias à sede do Instituto Lu-la, na capital paulista, forami n t e r ro m p i d a s .

Ministra internada – A mi-nistra do Planejamento, Mi-riam Belchior, foi internadaontem em São Paulo devido auma crise de hipertensão.

Ela passou mal de manhã,voou para a capital paulista efoi atendida no Instituto doCoração. De acordo com suaassessoria, Miriam, de 53 anos,resolveu então fazer um check-up no hospital Sírio-Libanês –onde Lula e a presidente DilmaRousseff são atendidos. A as-sessoria negou que a ministratenha sofrido um infarto, con-forme informação que circu-lou em Brasília. (Agências)

Paraguai dará segurança a brasileiros

Oencarregado de Negó-cios do Paraguai noBrasil, Didier Olme-

do, disse que o presidente pa-raguaio, Fernando Lugo, estáempenhado em encerrar o im-passe entre agricultores brasi-leiros, "brasiguaios", e sem-terra paraguaios, na região doAlto Paraná. A estimativa éque cerca de 350 mil brasileirosvivam em território paraguaio– a maioria é de agricultores.

Desde o fim do mês passado,

brasiguaios enfrentam a pres-são dos sem-terra locais, cha-mados de carperos, na regiãopróxima à fronteira com o Bra-sil, para que abandonem suaspropriedades. Os carperos ale-gam que a área foi ocupada ir-regularmente e que deve serobjeto de reforma agrária.

Já os brasileiros negam irre-gularidade. Dizem que com-praram as terras – por meio deterceiros. As autoridades para-guaias informaram que as ter-

ras foram adquiridas pelosbrasiguaios, só que estão emárea destinada à reforma agrá-ria no país, que não ocorreu.

Segundo Olmedo, o embateé tema de reuniões diárias en-tre as autoridades dos dois paí-ses. A Embaixada do Brasil noParaguai informou que o em-baixador brasileiro EduardoSantos dedica-se nos últimosdias a conversar com os repre-sentantes paraguaios, tentan-do pôr fim ao impasse. (ABr)

Índia compra126 Rafales

A Índia escolheu o Rafaleda francesa Dassault em

licitação de 12 bilhões de dóla-res para a compra de 126 caças– o primeiro êxito de exporta-ção para esta aeronave france-sa. Após o feito, o ministrofrancês da Defesa, Gérard Lon-guet, disse que tem esperançasde vender o avião de combateRafale ao Brasil. Aqui, ele con-corre com o Super HornetF/A-18, da americana Boeing,e o Gripen NG, da sueca Saab.A compra foi suspensa no fimdo ano passado por motivo decortes no orçamento (AFP)


Pressões são manifestação de autoritarismo e desrespeito à convivência demo crátic aCezar Peluso, presidente do STF.política

CRISE? QUE CRISE?O presidente do STF Cezar Peluso e o vice-presidente da República Michel Temer negam a existência de crise no Judiciário e no governo, respectivamente,

Michel Temer nega crise: "Ministro sai, entra outro, e o governo continua". E Cezar Peluso também: "Não é assim que percebo o País e o Judiciário".

Dorivan Marinho/AE

"O Judiciárioé o poder

que mais sefiscaliza"

Depois de um mês de críti-cas ao Judiciário, de sus-

peitas de corporativismo, depressão sobre magistrados e dedúvidas sobre os poderes doConselho Nacional de Justiça(CNJ), o presidente do Supre-mo Tribunal Federal (STF), Ce-zar Peluso, quebrou o silêncio erepudiou as críticas de que o Ju-diciário estaria em crise.

No discurso de 38 minutos naabertura dos trabalhos do STF,Peluso admitiu que a magistra-tura não é invulnerável à cor-rupção, mas afirmou que o Judi-ciário é o poder que mais se fis-caliza, repeliu pressões sobre osministros e enfatizou que os juí-zes continuarão a cumprir suafunção com independência.

A u to r i t a ri s m o – Peluso clas-sificou como "impróprias" e"tendentes a constranger juízese ministros" as pressões exerci-das contra magistrados. No dis-curso, afirmou que opiniões dis-tintas sobre o mesmo assuntosão parte da "vida republicana",mas criticou, sem identificar osalvos, pressões externas sobremagistrados como forma de le-var os ministros a votar contrasuas convicções. "Pressões sãomanifestação de autoritarismo edesrespeito à convivência de-mocrática", disse.

Peluso afirmou não havercrise. "Temos ouvido, com sur-presa, que o Poder Judiciárioestá em crise. Os mais alarmis-tas não excepcionam sequer osoutros dois Poderes da Repú-blica. Confesso que, alheio ao

Só uma naçãosuicida ingressariavoluntariamenteem um processode degradaçãodo PoderJudiciário

CEZAR PE LU S O

hábito da visão catastróficados homens e das coisas, não éassim que percebo o País, nemo Poder Judiciário", afirmou.

Peluso disse que estimularou tentar levar o Judiciário parauma crise de legitimidade seriasuicídio. "Só uma nação suicidaingressaria voluntariamenteem um processo de degradaçãodo Poder Judiciário. Esse cami-nho nefasto, sequer imaginávelna realidade brasileira, condu-ziria a uma situação inconcebí-vel de quebra da autoridadeética e jurídica das decisões ju-diciais que, aniquilando a se-gurança jurídica, incentivandoviolência contra os juízes e exa-cerbando a conflitualidade so-cial em grau insuportável, sig-nificaria retorno à massa infor-me da barbárie. Não é esse onosso destino", enfatizou.

Peluso afirmou que o Judi-ciário é, dos três poderes, aque-le com estrutura mais rigorosapara punir seus integrantes, in-clusive com a participação derepresentações de fora do Judi-ciário. "No debate apaixonadoem que se converteu a questãojurídica submetida ao juízodesta Corte, acerca do alcance elimites das competências cons-titucionais do CNJ, perde-se devista que seu âmago não estáem discutir a necessidade depunição de abusos, mas apenasem saber que órgão ou órgãosdeve puni-los. Entre uma e ou-tra coisas vai uma distânciaconsiderável", afirmou. (AE)

STF suspende análise sobreo poder do CNJ. Hoje continua.OSupremo Tribunal

Federal (STF) sus-pendeu ontem ojulgamento da ação

que esvazia poderes de investi-gação do Conselho Nacional deJustiça (CNJ). O pedido, feitopela Associação dos Magistra-dos Brasileiros (AMB), tentavalidar a tese de que o CNJ sópode investigar magistradosapós processo nas corregedo-rias dos tribunais estaduais.

Único a votar durante a ses-são de ontem, o ministro MarcoAurélio Mello manteve a deci-são com relação à liminar quehavia concedido em dezembropassado e foi favorável à açãoda AMB. Segundo ele, o CNJnão pode transformar tribu-nais em "meros órgãos autôma-tos". A competência do conse-lho, de acordo com o ministro, ésubsidiária. A decisão sobre aliminar concedida pelo minis-tro Marco Aurélio continuarána sessão de amanhã.

A ação já estava na pauta dotribunal desde setembro doano passado. Os próprios mi-nistros decidiram, no entanto,adiar sua análise até que cons-truíssem um acordo.

Chegou-se a falar de um vo-

to intermediário, que seriaproposto por Luiz Fux, com aideia de dar prioridade ao tra-balho das corregedorias, mascriando regras e prazos quepossibilitassem uma atuaçãodo CNJ em caso de paralisia.

Ministros ouvidos pela re-portagem avaliaram que a de-cisão de Marco Aurélio inviabi-lizou a construção do consensoe polarizou a questão. A ten-dência é um julgamento aper-tado, mas com a anulação da li-minar como resultado final.

Muito debate – Antes dasessão de ontem, em que Rose

Maria Weber estreou como mi-nistra do STF, o vice-presiden-te do órgão Carlos Ayres Brittoafirmou que não havia "pla-car" previsto e que os ministrosiriam para a sessão com "espí-rito desarmado". Ressaltouque a sessão "promete". "Vaidemandar muito debate", dis-se. Em declarações passadas, oministro mostrou-se favorávelà atuação do CNJ e destacou ospropósitos com que o órgãoage na investigação de desviosde conduta de magistrados.

Ontem, a Associação Juízespara a Democracia divulgou

nota em que diz esperar que oSTF mantenha os poderes deinvestigação do CNJ.

"É inegável que o CNJ cons-titui uma conquista democrá-tica, e as suas funções têm queser preservadas em toda a suainteireza, nos termos do textoconstitucional", diz o presi-dente da associação, José Hen-rique Rodrigues Torres.

A entidade cita no texto oscasos de suspeitas nos paga-mentos extras a desembarga-dores do Tribunal de Justiça deSão Paulo. "[Os pagamentos]evidenciam, de modo para-digmático, a necessidade deinspeções e correições diretas enão subsidiárias do CNJ, paragarantir a obediência aos prin-cípios constitucionais."

O presidente da Câmara,Marco Maia (PT-RS), afirmouque os poderes do CNJ de con-trolar o Judiciário são claros nalegislação. Lembrou que o legis-lador foi enfático na intenção deter um órgão de controle exter-no. "É claro o poder de controledo CNJ das atividades do Judi-ciário. Nós precisamos garantira existência do trabalho de con-trole e de fiscalização do CNJ",afirmou. (Agências)

A ministra Rose Maria Weber estreou ontem no STF, sem votar.

Dorivan Marinho/AE

É só trocade ministros,

afirmaTe m e r.

Opresidente da Repúblicaem exercício, Michel Te-

mer, disse hoje que a palavra"crise" é usada indiscrimina-damente para se referir às su-cessivas trocas de ministro nogoverno federal. Temer dis-cursou no plenário do Supre-mo Tribunal Federal (STF) du-rante a sessão de abertura doano judiciário.

"As pessoas usam palavrasinadvertidamente, sem con-ceituá-las. Veja que o que omais se fala nos últimos tem-pos é a palavra crise. Tem cri-se no Judiciário, Legislativo,Executivo. É uma crise admi-nistrativa? Econômica? Éuma crise política? Ou insti-tucional, que é a mais gravedas crises? As pessoas usamindiscriminadamente a pala-vra crise", disse Temer.

Troca de ministros – "Vejoisso muito no Execut ivo,quando um ou outro ministrosai. Meu caro, ministro sai,entra outro, e o governo con-tinua", emendou. O comentá-rio de Temer ocorreu dianteda expectativa da saída doministro Mário Negromontedo Ministério das Cidades.Negromonte aguarda apenasa volta da presidente DilmaRousseff da viagem oficial aCuba e Haiti. nesta quinta-feira para tomar a iniciativade entregar o cargo. O nomemais cotado para assumir apasta é o do líder do PP naCâmara, Aguinaldo Ribeiro,da Paraíba.

Além de Temer, participa-ram da sessão de abertura doano judiciário os presidentesdo Supremo Tribunal Federal,Cezar Peluso, da Câmara dosDeputados, Marco Maia, e doSenado, José Sarney. (AE)

O mais se fala nosúltimos tempos é apalavra crise. Aspessoas usamindiscriminadamentea palavra,sem conceituá-la.

MICHEL TEMER

Mensalão eLei da FichaLimpa na fila

Na retomada dos traba-lhos do Supremo Tribu-

nal Federal (STF), há mais pro-cessos polêmicos previstos pa-ra serem julgados. Entre eles, omensalão e a Lei da Ficha Lim-pa. A ação do mensalão trami-ta na Corte desde 2005 e aguar-da conclusão do voto do rela-tor, o ministro Joaquim Barbo-sa. Depois, o ministro RicardoLewandowski deverá revisaras 50 mil páginas dos autos an-tes de levar a plenário.

A Lei da Ficha Limpa, queproíbe a candidatura de pes-soas com processos na Justiça,também está na fila do STF. Atéagora, há dois votos favoráveisà constitucionalidade da novalei: o do relator Luiz Fux, e o doministro Joaquim Barbosa. En-tretanto, um pedido de vistado ministro Dias Toffoli sus-pendeu a votação. Outro temaque deverá ser analisado é a in-terrupção da gravidez de fetosanencéfalos. (ABr)

Negromonte pedirá demissão a DilmaOministro das Cidades

Mário Negromonte co-municou ontem a seu

grupo político no PP que hojepedirá demissão do cargo. A car-ta de demissão, segundo Negro-monte, será entregue à presiden-te Dilma Rousseff em audiênciano Palácio do Planalto. A parla-mentares, ele reconheceu nãoter mais condições "políticas epessoais" de ficar no ministério.

A decisão de sair do governo

foi informada numa conversaontem com os deputados Ro-berto Brito (PP-BA), Waldir Ma-ranhão (PP-MA) e Vilson Covat-ti (PP-RS). "Ele está determina-do e disposto a fazer isso ama-nhã [hoje]. Disse que tomou adecisão por questão de foro ín-timo", disse Covatti.

A situação de Negromonteagravou-se na semana passadaapós denúncias da participa-ção dele e do secretário-execu-

tivo, Roberto Muniz, em reu-niões privadas com um empre-sário e um lobista interessadosnum projeto do ministério.

O episódio culminou com ademissão do chefe de gabinetedo ministro, Cássio Peixoto, naquarta-feira. Muniz também de-ve sair. O líder do partido na Câ-mara, Aguinaldo Ribeiro (PB), é ofavorito para assumir o cargo.

Ribeiro, entretanto, respon-de a processo na Justiça Fede-

ral por improbidade adminis-trativa, mas um dos interlocu-tores do PP junto ao governodiz que tudo já foi avaliado peloPlanalto. E aposta que não ha-verá impedimento.

O processo vem dos temposem ele foi secretário de Agricul-tura da Paraíba, entre 1998 e2002, e comprou remédios eequipamentos médicos paracombate à febre aftosa sem li-citação. (Ag ê n c i a s )

Battisti quer ter novo julgamentoOex-ativista italiano Cesare Battisti,

que mora no Brasil depois de ter si-do condenado na Itália por quatro

homicídios cometidos nos anos 1970, pe-diu ao presidente italiano a reabertura dosprocessos para ter "a possibilidade de sedefender", mesmo parecendo não ter mui-ta confiança em Giorgio Napolitano.

"Senhor presidente Napolitano, me dê apossibilidade de me defender", disse Battis-ti em entrevista ao programa Le Iene Show,que irá ao ar hoje à noite no canal Italia 1.

"[É a chance] de me apresentar diante deum tribunal, hoje na Itália, e de poder me de-fender, de responder a um verdadeiro inter-rogatório, como jamais aconteceu. Assim eume comprometo a responder às minhas res-ponsabilidades perante a Justiça italiana."

Mas em um trecho an-terior da entrevista, eledisse não acreditar queNapolitano seja a pessoacerta para lidar com asua história, "simples-mente porque Napolita-no me parece ser verda-deiramente um irredutí-vel dos anos 1970 do ex-Partido Comunista Ita-liano stalinista."

"Não acho que Napoli-tano seja a pessoa adequa-da para dizer hoje à Itália:'Viremos a página, esque-çamos o passado, reconheçamos as respon-sabilidades, reconheçamos a história, nos

pacifiquemos'. Não parece queNapolitano esteja dando exem-plo disso", acrescentou.

Battisti, de 56 anos, que negatodas as acusações, foi conde-nado à revelia por quatro ho-micídios cometidos na décadade 1970 quando integrava a or-ganização Proletários Arma-dos pelo Comunismo (PAC).

Preso na Itália, o ex-ativistaconseguiu fugir em 1981 para aFrança, que acolheu italianossob a condição de que abando-nassem a luta armada.

Battisti deixou a França em2007 e veio definitivamente para o Brasil,onde ficou preso até 2011. (Reuters)

Battisti quer se defender

Nec

o Va

rella

/EFE

– 2

6/1/

2012


JAPÃOUsina deFukushima controlanovo vazamentode água radioativa

FA L H O UBritânicos islâmicostinham plano paraataques terroristasem Londres em 2010nternacional

A GUERRANO FUTEBOL

DO EGITOA turbulência políticachega aos gramadosegípcios. Briga entretorcedores em Port

Said deixa 74 mortose 248 feridos. Nem os

jogadores do timevisitante foram

poupados. Tropas ehelicópteros foram

enviados para contera violência, no que as

autoridadesconsideraram como

a pior tragédiana história do

futebol do país.

Distúrbios em um jogo de futebol doCampeonato Egípcio provocaramontem a morte de pelo menos 74pessoas e deixaram outras 248 pes-

soas feridas, informaram as autoridades dopaís, ao qualificar o incidente como o mais gra-ve na história do futebol nacional. A tragédiaque ocorreu durante uma partida em Port Said,no nordeste do país, levou a Junta Militar quegoverna o Egito a enviar soldados à cidade.

Os tumultos começaram quando torcedoresdo Al Masry, de Port Said, invadiram o campologo após o time da casa vencer o Al Ahly, do Cai-ro, por 3 a 1, em uma rara vitória contra o adver-sário pelo Campeonato Egípcio.

Segundo testemunhas, torcedores do Al Ah-ly abriram cartazes ofendendo Port Said, e umdeles entrou no campo com uma barra de ferro.A torcida do Al Masry reagiu invadindo o gra-mado e agredindo os atletas do Al Ahly, e de-pois voltaram às arquibancadas para bater emtorcedores rivais.

A maioria das mortes foi de pessoas pisotea-das pela multidão ou que caíram das arquiban-cadas, disseram testemunhas.

A televisão local transmitia a partida ao vivoe mostrou torcedores correndo pelo gramadoatrás de atletas do Al Ahly. Alguns policiaistentaram proteger os jogadores, mas aparente-mente foram dominados pelos torcedores.

"Isso não é futebol. É uma guerra, e as pes-soas estão morrendo na nossa frente. Não hámovimento, não há segurança e não há ambu-lâncias", disse Mohamed Abo Treika, jogadordo Al Ahly, ao canal de TV do clube.

O marechal Mohamed Hussein Tantawi, che-fe da Junta Militar que governa o Egito, determi-nou o envio de dois helicópteros a Port Said pararetirar jogadores e torcedores do Al Ahly.

A violência nos estádios do norte da Áfricatem aumentado significativamente nos últimosmeses, refletindo a turbulência política que varrea região. "Isso é lamentável e profundamentetriste. É o maior desastre na história futebolísticado Egito", disse o vice-ministro da Saúde,Hesham Sheiha, à TV estatal.

Políticos e dirigentes esportivos criticaram afalta de segurança no jogo e acusaram os gover-nantes de permitirem a tragédia. Pelo menos 47pessoas foram detidas pelos enfrentamentos.

O Partido Liberdade e Justiça, braço políticoda Irmandade Muçulmana, que controla quasemetade do Parlamento, acusou partidários doregime de Hosni Mubarak pela violência.

No Cairo, outro jogo foi interrompido quandoo árbitro recebeu a notícia da tragédia em PortSaid, e isso levou os torcedores a incendiarem oestádio. Por conta da violência, a FederaçãoEgípcia de Futebol suspendeu o CampeonatoNacional por tempo indeterminado. (Agências)

FRIO

Enquanto a temperaturano Egito esquenta, a si-tuação na Europa é dife-

rente. Uma frente fria vinda daSibéria castiga a Ucrânia, osBálcãs, a Polônia, a EuropaCentral e a Itália, deixando pelomenos 95 mortos desde o finalde semana. As temperaturasvêm batendo recordes negati-vos, levando a fornecedora degás russa Gazprom a fazer umaadvertência sobre o abasteci-mento para a Europa.

A maioria das vítimas é da

Ucrânia, onde pelo menos 43pessoas morreram nos últi-mos cinco dias, e os termôme-tros chegaram a marcar 33graus negativos.

Países próximos, como Bul-gária, Romênia, Polônia e Sér-via, também registraram mor-tes em razão do frio.

Na Rússia, a estatal Gaz-prom, que distribui gás paravários países da Europa, disseque estava recebendo mais pe-didos do que podia atender emrazão do aumento da deman-

da. A empresa, entretanto, afir-mou que conseguirá cumprirseus contratos de exportação.

Na Itália foi registrada umamorte de um homem de 76anos por hipotermia. Na Bo-logna, funcionários retiravama neve do campo de futebolpara a partida entre o time dacasa e a Fiorentina (acima).

A previsão é que a onda defrio não só continue nos próxi-mos dias como atinja regiõesda Alemanha e do sudeste docontinente. (Agências)

Temperaturas siberianas

F E S TAMitt Romney retomouo favoritismo nadisputa pela indicaçãorepublicana àPresidência dosEstados Unidos,depois da expressivavitória de terça-feirana eleição primária daFlórida, mas foicriticado ontem pordeclarações quesugeriam uma

indiferença dele frenteaos pobres do país.Dono de uma fortunade US$ 270 milhões, oex-governador deMassachusetts causoupolêmica ao declarar àrede CNN que nãoestá preocupado comos cidadãos maispobres, e sim com osda classe média."Não estoupreocupado com osmuitos pobres,porque temos umarede de segurançapara eles. Se elaprecisar de reparos, euvou consertá-la", disse.Romney teve 46%dos votos na Flórida,contra 32% de seurival imediato, NewtGingrich. (Ag ê n c i a s )

FRANÇAFavorito nas pesquisasde opinião na França,o candidato socialistaà presidência do país,François Hollande, foialvo de uma eleitoradescontente ontem.Enquanto discursavaem Paris sobre seuprojeto para ahabitação, ele foiatacado por umamulher que jogou

sobre o candidato umsaco de farinha.A mulher – que maistarde se identificoucomo Claire Seguin,de 45 anos – disse queera vítima de umainjustiça e que ossocialistas queremmatá-la. Para a porta-voz de Hollande, aagressora seriamentalmente instável.Segundo pesquisa daIfop/Fiducial, Hollandeaumentou avantagem em relaçãoao presidente NicolasSarkozy. Hollande teria31% das intenções devoto, contra 24,5% deSarkozy. As eleiçõesp re s i d e n c i a i socorrerão no final deabril. (Ag ê n c i a s )

Irã: um bom começo.Os inspetores nu-

cleares da Organi-zação das Nações

Unidas (ONU) qualifica-ram como "boas" as discus-sões mantidas nos últimosdias com as autoridadesiranianas, mas afirmaramontem que ainda há dúvi-das por esclarecer a respei-to do programa nuclear dopaís. A missão voltará a Te-erã no próximo dia 21 para"intensificar o diálogo".

Questionado sobre se es-tava satisfeito com as reu-

niões, o líder da missão,Herman Nackaerts, res-pondeu: "É, tivemos umaboa viagem".

"Estamos comprometi-dos a resolver todas asquestões remanescentes, eos iranianos certamente es-tão comprometidos tam-bém", disse o subdiretor daAgência Internacional deEnergia Atômica (AIEA).

O ministro de RelaçõesExteriores do Irã, Ali AkbarSalehi, reiterou ontem adisposição do governo em

retomar o diálogo sobre seuprograma nuclear com aspotências mundiais.

Durante mais de trêsanos, o Irã recusou-se adiscutir as acusações deque seu programa nuclearteria finalidades militares.Na etapa atual, os inspeto-res estariam negociandocom Teerã a realização deentrevistas com cientistas,o acesso total a todas asusinas nucleares do Irã e apermissão para futurasinspeções. (Agências)

Reuters

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Mike Carlson/Reuters Fred Dufour/AFP


Balanço Patrimonial ConsolidadoValores em Reais Mil

José Manuel da Costa Gomes - Contador CRC nº 1SP219892/O-0As demonstrações contábeis completas, com parecer dos auditores externos, estão publicadas no jornal Folha de São Paulo no dia 02 de fevereiro de 2012.

Demonstração do Resultado Consolidado

Avenida Paulista, 2.100 - São Paulo - SPCNPJ 58.160.789/0001-28

Retorno sobrePL médio

Índice deeficiência Basiléia

Indicadores

Valores em Reais milhões

Longo Prazo (br AAA) Longo Prazo (AA+(bra)) Longo Prazo (Aaa.br)

“Se escolher navegar os mares do sistema bancário, construa seu banco como construiria seubarco: sólido para enfrentar, com segurança, qualquer tempestade.” Jacob Safra

2011 2010

Receitas da intermediação financeira 10.151.012 7.790.657

Despesas da intermediação financeira (6.795.356) (5.000.120)

Resultado bruto da intermediação financeira antes dos créditosde liquidação duvidosa

3.355.656 2.790.537

Resultado de créditos de liquidação duvidosa 150.603 (265.568)

Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa (919.047) (341.383)

Receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo 1.069.650 75.815

Resultado bruto da intermediação financeira 3.506.259 2.524.969

Outras receitas e despesas operacionais (1.460.754) (993.517)

Receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias 777.050 636.140

Despesas de pessoal e administrativas (1.760.724) (1.374.967)

Despesas tributárias (281.633) (197.556)

Resultado de participações em coligadas e controladas (283) 2.405

Resultado com operações de seguros e previdência 98.413 83.637

Outras receitas e despesas operacionais (293.577) (143.176)

Resultado operacional 2.045.505 1.531.452

Resultado não operacional 3.190 7.561

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO 2.048.695 1.539.013

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (794.250) (490.930)

LUCRO LÍQUIDO 1.254.445 1.048.083

31-dez-11 31-dez-10

Ativo Circulante e Realizável a longo prazo 86.307.139 72.558.275

Disponibilidades e aplicações interfinanceiras de liquidez 21.914.993 17.713.338

Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 8.903.129 14.868.546

Relações interfinanceiras e interdependências 5.452.851 1.383.386

Operações de crédito 46.823.676 36.561.374

Outros créditos 3.103.402 1.971.100

Carteira de câmbio 1.714.963 771.521

Diversos 1.388.439 1.199.579

Outros valores e bens 109.088 60.531

Permanente 559.883 755.171

Investimentos 323.515 473.998

Imobilizado de uso 207.381 263.358

Intangível 28.987 17.815

TOTAL DO ATIVO 86.867.022 73.313.446

Passivo circulante e exigível a longo prazo 80.851.363 67.699.704

Depósitos e captações no mercado aberto 43.805.090 42.471.425

Recursos de aceites e emissão de títulos 10.178.498 3.131.560

Relações interfinanceiras e interdependências 250.529 144.533

Obrigações por empréstimos e repasses 13.055.023 10.315.793

Instrumentos financeiros derivativos 3.271.392 4.345.549

Outras Obrigações 10.252.462 7.268.210

Carteira de câmbio 1.583.845 882.247

Fiscais e previdenciárias 2.879.607 2.276.754

Provisões técnicas - operações de seguros e previdência 2.514.334 1.956.433

Dívida subordinada 2.120.428 1.027.905

Diversas 1.154.248 1.124.871

Resultado de exercícios futuros 38.369 22.634

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.015.659 5.613.742

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 86.867.022 73.313.446

62.72963.22966.236

86.867

73.313

18,5%

dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11

Total de Ativos

73.47572.18466.488

82.868

106.533

28,6%


Recursos de Terceiros

4.1263.929

4.907

6.0165.614

7,2%


Patrimônio Líquido

843831911

1.254

1.048

19,7%

2007 2008 2009 2010 2011

Lucro Líquido

1.1571.180 1.209

1.531

2.046

33,6%

2007 2008 2009 2010 2011

Resultado Operacional

25.32528.380 27.931

48.142

37.363

28,8%


Operações de Crédito

22.837 23.54626.123

32.777

45.086

37,6%


Fundos Administrados

Valores em Reais Mil


Centro de adoçãooferece vida nova acães abandonados

Número de cachorros perdidos na Cidade Universitária aumenta nas férias

Robson Rodrigues ao invés de deixarem os seusanimais de estimação sob oscuidados de alguém, os lar-gam nas ruas”, esclarece o di-retor da área de Gestão So-cioambiental do Cocesp, JoséEduardo Sonnewend.

No caso da Cidade Universi-tária, os donos o fazem com aconsciência pacificada, pois sa-bem que os animais serão aco-lhidos. Afinal, há uma faculda-de de veterinária lá dentro.

O levantamento do Cocespaponta que o total de animais

ra um novo dono.Todos ganham nome, fotos

na internet e controle de saúde.Só não tem um lar. Como quesentindo que ali precisam ba-talhar pelo seu destino, elesbrigam pela atenção de quemvai vê-los para fins de adoção.

Os cuidados com esses bi-chos abandonados custam, emmédia, 25 quilos de ração pordia, fora o tratamento de saú-de. Essa operação é garantidapelo apoio da OrganizaçãoNão Governamental Patinhas

O n l i n e e d oP r o g r a m aUSP Convive,um trabalhototalmente vo-luntário. O lo-cal não é umcanil, apenasu m e s p a ç ocriado é paraabrigar provi-soriamente osa n i m a i s e n-quanto espe-ram um dono.

Vira -L a ta s– Embora exis-tam animais

de raça, a maioria é classificadacomo SRD – Sem Raça Defini-da – também conhecidos comovira-latas. Todos têm históriasparecidas marcadas peloabandono e maus-tratos.

“Nos períodos de férias, en-contramos não apenas vira-la-tas, mas também muitos ca-chorros de raça, como poodle eaté rottweiler”, afirma a fun-

cionária da coordenadoria,Elizabeth Rabóczkay, uma dasresponsáveis por recolher osanimais e oferecer tratamentoaos órfãos.

F il ho te s – Quase todos sãobichos adultos, amigos fiéis,dóceis e sadios, só à espera deuma família. Mesmo assim, es-sas figuras são postas de ladoem favor dos filhotes, pois amaioria dos candidatos à ado-ção quer ver o animal crescer eeducá-lo. Sem contar o fascíniodespertado pelos filhotes.

Petrus está na galeria dos es-quecidos. Aliás, é o cão maisvelho do abrigo. Ele está lá des-de janeiro de 2006 e o motivodo desinteresse é a sua idade.“A dificuldade em conseguiruma família é por ser um cãoidoso, às vezes pode ter algu-ma sequela de alguma doença.Para esses cães precisamos deuma adoção especial”, avaliaJosé Eduardo.

A prática do abandono traz

uma série de problemas não sópara o animal, mas tambémpara a sociedade em geral. Oabandono implica em propa-gação de carrapatos, vírus eoutros agentes nocivos; aquisi-ção de hábitos selvagens eagressivos; ameaça à saúde e àintegridade física das pessoas,além do desequilíbrio da fau-na silvestre local.

Lei– De acordo com o decre-to nº 48.269 da Prefeitura da ci-dade de São Paulo, é proibidoabandonar animais em vias elogradouros públicos e priva-dos, sob pena de multa no va-lor de R$ 500. Para crime demaus-tratos, a pena é de deten-ção de três meses mais multa.

Com a adoção, uma novachance é dada aos animais pa-ra que eles possam viver semmaus-tratos e certos de que te-rão amor e carinho em suas no-vas casas. Entre o final de 2010e o final de 2011, foram realiza-das cinco contagens de cães er-

rantes no campus e, com a im-plantação da campanha contrao abandono, o número caiu de83 para 37 animais. Além dis-so, mais de 120 animais ganha-ram uma nova família.

Para adotar, a pessoa inte-ressada precisa levar carteirade identidade, CPF, compro-vante de residência e preen-cher um questionário para sa-ber se o perfil de quem estáadotando é compatível com odo animal. Não custa nada e lápode estar seu melhor amigo.

ADOTE UM AMIGOCentro de Adoção na USP oferece cães abandonados

para adoção gratuita. Os animais são abandonados porseus antigos donos no campus da USP da Cidade

Universitária, na zona oeste da Capital.cidades

A maior partedos animaisque chegam àCoordenadoriado Campus daCapital da USPsão vira-latas,mas tambémhá muitoscães de raça,prontospara seremadotados.Eles foramlargadospelos donos.

Fotos de Chico Ferreira/Luz

Cães recolhidos na USP, após serem largados por seus donos, recebem tratamento e a esperança de um novo lar

Um velho ditado dizque amizade nãose compra. Estamáxima pode ser

praticada na Coordenadoriado Campus da Capital daUSP (Cocesp) onde qualquerpessoa pode adotar um ca-chorro abandonado, semqualquer custo, e ganhar umamigo para sempre.

Eles são amáveis carinhosose dóceis. Porironia, apesardessas quali-dades, foramlargados à pró-pria sorte pelosdonos na Cida-de Universitá-ria. Agora es-tão à disposi-ção de quemquiser levá-lospara casa.

O C o c e s plançou nas fé-rias uma cam-p a n h a p a r acoibir o aban-dono de animais dentro dauniversidade. Cartazes espa-lhados pela Cidade Universi-tária tentam inibir a ação. Qua-se todos os dias algum bichi-nho é deixado lá e o local já estácom mais de 100 cachorros àespera de uma nova família.

“O número de abandonocresce pelo motivo de sempre:as pessoas viajam nas férias e,

abandonados é quatro vezesmaior em dezembro – de cincopara 21 no mês, em média.

Tra t a m e n t o – Quando sãoresgatados, geralmente estãomagros, debilitados e doen-tes. Após a captura, são sub-metidos a análise veterinária,vacinados, vermifugados ecastrados. Só depois de trata-dos eles ficam disponíveis pa-

José Eduardo: nas férias, as pessoas preferem abandonar o bicho

Rio: vítimas agora querem recuperar seus bensFabio Motta/AE

Equipes continuam trabalhando nos escombros dos prédios que desabaram no Rio: buscas continuam

Aprefeitura do Rio de

Janeiro vai contrataruma empresa paraseparar dos escom-

bros dos três prédios que des-moronaram, no centro do Rio,pertences de pessoas que tra-balhavam nesses edifícios. Otrabalho de separação do entu-lho será iniciado depois dosbombeiros encerrarem as bus-cas por desaparecidos.

Os entulhos estão no depósi-to da empresa municipal delimpeza do Rio (Comlurb), loca-lizado na Rodovia Rio-Petrópo-lis. A Associação de Vítimas da13 de Maio (avenida onde fica-vam os prédios que desabaram,no centro do Rio) mantém umrepresentante no local.

A advogada Simone Argolo,que trabalhava no Edifício Liber-dade, o maior deles, está preocu-

pada com a demora na recupe-ração de pertences como discosrígidos de computadores. "Aspessoas estão desesperadasatrás de HDs (discos rígidos decomputadores), de documen-tos. Ainda é possível encontraralguma coisa. Mas esse materialestá exposto ao tempo, às chu-vas", disse a advogada.

Os bombeiros ainda buscamcinco corpos que podem ter si-do levados, equivocadamente,ao depósito da Comlurb, juntocom os entulhos. Até ontem,dez pedaços de corpos haviamsido encontrados nos destro-ços pelas equipes de busca.

A recém-criada Associaçãode Vítimas da 13 de Maio, querepresenta as pessoas afetadaspelo desabamento, fará hojesua primeira reunião. O encon-tro será realizado na sede da Or-

dem dos Advogados do Brasil.Segundo o presidente da

OAB/RJ, Wadih Damous, entre osafetados estão advogados, queperderam documentos e equi-pamentos no desabamento. Se-gundo Damous, a OAB está fa-zendo um levantamento paradescobrir quantos escritórios deadvocacia existiam nos prédios.

"Eles estão enfrentando umasérie de problemas. Primeiro,eles perderam equipamentos.Mas, fora a perda material, po-dem ter perdido dados que elesnão podem mais recuperar,processos. São perdas que po-dem afetar o exercício da profis-são", disse Damous.

Os advogados afetados pelodesabamento devem procurara OAB e podem utilizar os escri-tórios compartilhados ofereci-dos pela entidade. (AE)

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...o instrumento da concessão urbanística, de fato, não contou com a participação popular.Juiz Adriano Marcos Larocacidades

Justiça mantém Nova Luz congeladaO juiz Adriano

Marcos Laroca, da 8ªVara da Fazenda

Pública de SãoPaulo, decidiu que o

projeto Nova Luzcontinuará parado. A

decisão deu-se emfunção de um

recurso impetradopela Prefeitura

paulistana,interessada em

recuperar uma dasáreas mais

deterioradas dacidade e onde se

encontra aCracolândia. Para ojuiz, moradores do

bairro não foramouvidos sobre o

projeto.

A Nova Luz é aproposta daPrefeiturapara recuperara região daCracolândia,hoje marcadapelas drogas

AJustiça manteve asuspensão dos efei-tos da lei que tratada concessão urba-

nística na área do projeto NovaLuz, no Centro de São Paulo.Apesar de recurso impetradopela Prefeitura na última segun-da-feira, o juiz Adriano MarcosLaroca, da 8ª Vara da FazendaPública de São Paulo, decidiuque o projeto deve continuarparado. A Nova Luz abrange aCracolândia, onde a Polícia Mi-litar mantém uma ação contra otráfico de drogas.

Na última quinta-feira, o juizsuspendeu o processo adminis-trativo que trata da elaboraçãodo processo urbanístico para aárea e seu estudo de viabilidadeeconômica. A ação, propostapor um morador, alega que ne-nhuma audiência pública foifeita para apresentar o projetoaos moradores e comerciantesatingidos pela intervenção.

"A decisão política de apli-car no projeto Nova Luz o ins-trumento da concessão urba-nística, de fato, não contoucom a participação popular",disse Laroca na decisão.

O juiz ainda afirmou que éfalso o argumento de que oprojeto irá se concretizar sem anecessidade de "grandes in-vestimentos da Prefeitura".Para viabilizar financeiramen-te o projeto, a administraçãomunicipal estima bancar atéR$ 355 milhões. Já estudos daFundação Getúlio Vargas(FGV) teriam sinalizado que oprojeto só se concretizaria cominvestimentos públicos da or-dem de R$ 600 milhões, fora osjá realizados com instrumen-tos de incentivos fiscais.

A previsão é de que a conces-sionária tenha um lucro de R$

229 milhões somente com a ven-da dos terrenos que serão com-prados ou desapropriados.

Parado - Esta não é a primei-ra vez que a reurbanização ébarrada por uma decisão daJustiça. Em abril do ano passa-do, o Tribunal de Justiça acatouo pedido de liminar de umaAdin (ação direta de inconsti-tucionalidade) impetrada pelaAssociação dos Comerciantesda Santa Ifigênia. A Prefeiturarecorreu e a liminar foi suspen-sa pelo mesmo desembarga-dor. Em dezembro, ela voltou aser suspensa, junto com outrosprojetos que aguardavam li-cença ambiental.

A Nova Luz prevê que atransformação da região fique acargo de uma empresa privada,que poderá desapropriar e ven-der os terrenos com lucro. A pre-visão é de que cerca de 30% daregião da Santa Ifigênia seja de-sapropriada e demolida.

No dia 3 de janeiro, a PM co-meçou uma ação para reprimiro tráfico de drogas na Cracolân-dia. Os moradores reclamamque, com a ação, os dependentespassaram a se reunir em novospontos na Luz, Santa Cecília eLiberdade. Na madrugada,grupos de usuários se concen-tram na rua dos Gusmões.

Até ontem à tarde, a Secreta-ria Municipal de Desenvolvi-mento Urbano não respondeuse vai recorrer a decisão. A pastainformou que amanhã seriam"tomadas as providências jurí-dicas cabíveis". "No entanto,causa estranheza a decisão,uma vez que o Tribunal de Jus-tiça e a Procuradoria Geral deJustiça já se pronunciaram pelaconstitucionalidade da lei e pelalegalidade de sua aplicação", in-formou. (Fo l h a p re s s )

Instituto Lulaganhará áreapública naCracolândia

Oprefeito de SãoPaulo, GilbertoKassab, vai doar um

terreno na região daCracolândia, no centro dacapital paulista, para oinstituto do ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.

A área pública de 4.400metros quadrados, compostapor dois terrenos na rua dosProtestantes, será concedidaao instituto por um períodode 99 anos. No local deve sererguido o "Memorial daDemocracia", que vai abrigaro acervo de documentos doe x - p re s i d e n t e .

O projeto de lei paraviabilizar a concessão foientregue ontem peloExecutivo na CâmaraMunicipal, às 15h. Para que aconcessão seja concretizada, otexto deverá passar pelaaprovação dos vereadores.

De acordo com informaçõesda Prefeitura, a construção domemorial será feita peloinstituto, que tem prazo deum ano para apresentar oprojeto da obra.

O prédio será inspirado emmemoriais semelhantes deoutros países, como oWashington Monument e oLincoln Memorial (ambos nosEstados Unidos), e os espaçosque homenageiam NelsonMandela (na África do Sul) eGandhi (na Índia). Tambémforam citados como referênciao Instituto FernandoHenrique Cardoso e oMemorial JK, em Brasília.

"A construção vai valorizara região da Nova Luz,integrando o projeto que vaitransformar uma das regiõesmais degradadas da cidadeem uma das maisdesenvolvidas e pujantes deSão Paulo", afirmou o prefeitoGilberto Kassab. A área ficano interior do projeto deconcessão urbanística daNova Luz, que ontem tevesua suspensão mantida pelaJustiça (veja texto de aberturadesta página).

Segundo informaçõesdadas ontem pela Prefeiturapaulistana, em contrapartidaà concessão o instituto do ex-presidente Lula deverágarantir acesso gratuito aosestudantes da rede pública,liberar a consulta dosdocumentos do acervo econceder isenção de taxa paraestudantes em eventuaiscursos oferecidos nomemorial. (Fo l h a p re s s )

Durante a ação da Polícia Militar na região da Cracolândia houve choques com os dependentes

Cremesp critica ação policial

O Conselho Regionalde Medicina de SãoPaulo (Cremesp) di-

vulgou ontem nota criticandoa ação policial na Cracolândia,na região central de São Pau-lo, iniciada no dia 3 de janeiro.A nota foi publicada após ses-são plenária do conselho, rea-lizada anteontem.

Segundo o Cremesp, o usode crack e de outras drogas éuma doença tratável que de-pende de "procedimentosintegrados, médicos e hu-manitários. Não pode, assim,ser reduzido a uma ação po-licial intempestiva, que tratatodos os cidadãos doentescomo criminosos".

Para o órgão, a intervençãodos governos estadual e mu-

nicipal na região deve ser rea-lizada com ações sincroniza-das entre órgãos de saúde, as-sistência social e Justiça. A no-t a c i t a a c o nv i v ê n c i a d ecriminosos com usuários na ediz que cada caso deve ser tra-tado individualmente para as-segurar o encaminhamentoadequado dos dependentes.

Segundo a nota, "somenteos diagnósticos social e clíni-co corretos podem sustentarcada modalidade de trata-mento", que passam peloCentros de Assistência Psicos-social (Caps), consultório derua, albergamento sociotera-pêutico até as internaçõescompulsórias, que devem ser"excepcionais e pontuais", naavaliação do Cremesp. O ór-

gão rechaçou o que chama de"voluntarismo terapêutico ehigienista" e declarou que osmédicos podem ajudar na re-cuperação dos dependentes.

Já foram realizadas 173 inter-nações para tratamento de de-pendentes químicos, 1.351 en-caminhamentos para serviçosde saúde e 12.436 abordagenssociais feitas por agentes desaúde e por guardas civis. Nomesmo período, foram feitas196 prisões em flagrante e 51capturas de foragidos da Justi-ça, além da apreensão de 63,6kg de drogas.

A Secretaria da SegurançaPública e a Secretaria da Jus-tiça preferiram não se mani-festar sobre a nota do Cre-mesp. (Fo l h a p re s s )

Manifestantes colocaram 513 pedras brancas nos jardins, uma para cada deputado federal

Em Brasília, um protestocontra o avanço do crack

Ma n i fe s t a nte scolocaram ontem513 pedras na

Esplanada dos Ministérios, emBrasília, em um protesto dealerta sobre o problema docrack no País.

O protesto foi promovidopela Força Jovem Brasil, quecolocou as pedras pintadas debranco para representar cadaum dos deputados federais.

Uma faixa também foicolocada no gramado daesplanada com os dizeres:"Crack, tire esta pedra do seucaminho". Os manifestantespediram também uma políticanacional de combate àsdrogas. Ao mesmo tempo,ontem, em São Paulo, quatrohomens foram presos e umadolescente detido na Vila

Santa Catarina, bairro da zonasul de São Paulo. Os policiaisprocuravam um homemforagido da Justiça quandoencontraram o grupo.

Na casa onde os suspeitosestavam foram localizadosdois tijolos e 300 trouxinhasde maconha, 2 mil pinos esacolas com cocaína pura,além de 500 pedras de crack.

Junto com droga, a políciaapreendeu dois cadernos,com nomes e números. Ospoliciais acreditam que seja acontabilidade do grupo.

Na Cracolândia, localizadana região central da capitalPaulista, a Polícia Militar fezontem uma nova operação eapreendeu lotes de crack. APM está na área desde o iníciode janeiro. (Ag ê n c i a s )

Nilton Fukuda/AE - 13/01/2012

Antônio Cruz/ABr

Werther Santana/AE - 15/01/2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 201212 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

L UXO

Gramofone para iPodTrumstand é mais do que uma

caixa de som para iPod e iPad cheiade classe. É um luxo. Feito emníquel e prata (há também umaversão em ouro), com base emalumínio, esse pequeno "mimo"para usuários de gadgets da Apple.A versão em prata pesa 4,3kg ecusta 1,5 mil libras esterlinas. O somé idêntico ao de um antigogramofone, informa o site da lojaque comercializa o produto.www.firebox.com/product/4581/Tr umstand

M ÚSICA

Legista de AmyWinehouse renuncia

A juíza legista SuzanneGreenaway, encarregada do caso deAmy Winehouse, renunciou depoisque seu parecer foi questionado elevantou-se a hipótese de invalidar aautópsia que ela fez no corpo dacantora. Ela concluiu que a cantoramorreu por excessivo consumo deálcool. A legista participou dainvestigação sobre as causas damorte da artista, de 27 anos, depoisque foi encontrada sem vida em seuapartamento no norte de Londresem 23 de julho. Em 26 de outubro,Greenaway afirmou que Amy tinhauma taxa de álcool no sangue cincovezes acima da permitida paradirigir, com 416 miligramas por cada100 mililitros de sangue, mas nãohavia rastro de "substâncias ilegais",como drogas. Os familiares de Amyafirmaram ontem que ainda estãoassimilando a notícia de suspeitasobre o resultado da autópsia.

C IÊNCIA

Software consegueler pensamentos

Pesquisadores da Universidadede Berkeley, na Califórnia,acreditam ter criado um programade computador capaz de dedecodificar os impulsos elétricos docérebro e traduzi-los em palavras.Ou seja, eles teriam criado umaforma de "ler" pensamentos em vozalta. Segundo o Daily Mail, a ideia édevolver a voz a pessoas queperderam a fala por causa dederrames ou doençasdegenerativas - embora alguns sepreocupem que o mecanismopoderia expressar pensamentos emvoz alta sem querer. Ospesquisadores acreditam que atécnica poderia ser usada, damesma forma, para ler o que océrebro pensa logo antes depronunciar o que diz em seguida. Oestudo pode ser lido no site dapublicação PLoS Biology.

http://bit.ly/yjimab

CIDADESM ostra

'Sete VezesCi d a d e '

reúne 35 obrasde 7 artistasb ra s i l e i ro s.

Caixa Cultural.Av. Paulista, 2083.

G rátis.

D ESIGN

M EGAUPLOAD

Seus arquivos de voltaA Fundação Fronteira Eletrônica

(EFF, na sigla em inglês) anunciouuma parceria com o provedor dearmazenamento de dados CarpathiaHosting para ajudar os clientes doMegaupload a recuperarem seusarquivos pessoais. A ONG e acompanhia de servidores criaramum site em que é possível entrar emcontato com os advogados da EFF eobter auxílio legal para recuperardados pessoais. Acesse o link.

http://bit.ly/zzU5sY

R EDES SOCIAIS

O mais comentadodo Facebook

Um post sobre o jogoFrontierville entrou noGuinness Book, o livro dosrecordes, após obter mais de 1milhão de comentários. Apostagem, feita em 30 deoutubro pelo britânico TraceyHodgson, superou a marcaontem, com 1.001.552comentários escritos por 107usuários. A marca é quase duasvezes superior ao recordeanterior, que era de umapostagem do italiano RobertoEsposito. "É fantástico ter sidocapaz de quebrar o recordemundial para a nossacomunidade. Embora eu nãojogue mais Frontierville, euconheci pessoas fantásticasatravés do jogo e adoraria sercapaz de ajudá-los a aindaapreciar o jogo", afirmou onovo recordista do Facebook.

A LIMENTAÇÃO

Banha pós-guerra

O farmacêutico aposentado alemãoHans Feldmeier, de 87 anos, envioupara análise uma lata de banha dosEUA distribuída para a população daAlemanha após o fim da SegundaGuerra Mundial. Como a lata nãotrazia a data de validade do produto,ele quis saber o que aconteceria seconsumisse o conteúdo da latinha,distribuída em 1948. Os analistasdisseram que o produto continuasatisfatório para consumo, apesar deter perdido seu aroma e sabor.

E MPREENDEDORISMO

O generoso do ano

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Concurso 1215 da LOTOMANIA

01 06 08 10 11

27 34 41 49 62

64 65 67 71 73

Concurso 1359 da MEGA-SENA06 10 12 17 28 53

75 78 84 91 97

Concurso 2813 da QUINA

06 23 31 38 52

www.dcomercio.com.br

Oempresário aus-t r a l i a n o K e nGrenda, dono daempresa de ôni-

bus Grenda Transit Manage-ment, realizou esta semanauma ação tão generosa queserá difícil de ser superada.

Grenda, de 66 anos, vendeusua companhia e, para recom-pensar a lealdade dos seus 1,8mil funcionários, muitos hádécadas colaborando com suacompanhia, decidiu distribuirparte do lucro da venda comeles. Cada um encontrou naconta bancária, do dia para a

noite, pelo menos US$ 5 mil(cerca de R$ 8 mil).

Os colaboradores mais an-tigos na empresa receberambônus mais salgados. Segun-do o site do jornal britânicoDaily Mail, o funcionáriomais antigo levou o equiva-lente a R$ 186 mil. O mais re-cente, que ficou dez meses nacompanhia, R$ 1,6 mil. So-mando o valor depositadoem todas as contas bancárias,Grenda "distribuiu" R$ 28milhões. O empresário ven-deu a companhia por R$ 742milhões.

Segredo – Grenda fez tudoem segredo. Não avisou nin-guém dos planos de "recom-pensar" cada funcionário. Elessimplesmente encontraram odinheiro na conta e a maioriadeles considerou que houvealgum erro do banco. Depoisque a história toda foi esclare-cida, foi a vez de Grenda rece-ber agradecimentos por tele-fone e e-mail.

Além de garantir o bônus,Grenda também combinoucom o novo dono da empresaque os funcionários seriammantidos em seus empregos.

Formase reviravoltas

O premiado ilustrador Si Scottcria desenhos a partir de traçosbastante peculiares. Ele se inspirana tipografia rebuscada para criarsuas obras. A intenção é comporuma imagem em dois níveis, umdetalhado e labiríntico que serevela ao olharatento aosdetalhes emais próximo.O outro nível é aimagem como conjunto,em que os contornos, sombrase luzes das figuras, objetos eanimais que desenha sãocaptados por umolhar maisdistante. Vejaoutras obras no site.

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AFP

Café com ofuturo presidente

Café decorado com os rostos doscandidatos a presidente VladimirPutin (acima, centro), GennadyZyuganov (acima, direita), VladimirJirinovski (abaixo, esquerda), SergeiMironov (abaixo, direita) e MikhailProkhorov são servidos no Kofein,em Moscou. O desenho é feito compó de canela e o café será servidodurante a apuração das eleições,que será mostrada num telão. Aeleição será em 4 de março.

Sergei Karpukhin/Reuters

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CÓPIA INFIEL - O Museu do Prado encontrou em seu acervo uma cópia da Mona Lisa,

de Leonardo da Vinci, que teria sido pintada ao mesmo tempo que o original no ateliê do

artista italiano. O quadro teria sido feito por um pupilo de Vinci entre 1503 e 1506.

Livros queviraram luz

Allison Patrick, um artista deNova York, transforma livros velhos

em lumináriasecolo gic amente

corretas. Algunsrecortes precisose uma base sãotudo o que eleprecisa paracriar peças

como as da foto.Objetos que você

pode copiar – setiver dotes artísticos –

ou consumir.h t t p : / / e t s y. m e / x u m b P r


SUÍNOSAurora embarcaprimeiro lote de120 toneladas paraa China no dia 9

C APTAÇÃOPetrobras fazcaptação recordede US$ 7 bi embônus no exterioreconomia

Nilton Fukuda/AE

Em meio ao momento conturbado para a balança, o Porto de Santos, o principal do País completa hoje 120 anos.

Balança tem janeiro desastrosoDéficit de US$ 1,291 bilhão nas transações com o exterior é o primeiro em dois anos e o mais alto para os meses de janeiro desde o ano de 1973

Abalança comercialbrasileira fechoujaneiro com o pri-meiro déficit men-

sal em dois anos e o maior parameses de janeiro desde 1973,segundo informou o Ministé-rio do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior(MDIC) ontem. O saldo ficounegativo em US$ 1,291 bilhão,com exportações na casa dosUS$ 16,142 bilhões e importa-ções de US$ 17,433 bilhões.

O segundo maior saldo ne-gativo para meses de janeiroda atual série histórica (inicia-da em 1992) foi registrado em1998, quando o déficit atingiuos US$ 724 milhões.

A principal culpada para odesempenho ruim, na opiniãoda secretária de Comércio Ex-

terior do MDIC, Tatiana Praze-res, foi a crise econômica inter-nacional. "(Este ano) será difí-cil para o comércio exteriorbrasileiro. A crise explica os re-sultados de janeiro", afirmou.

Isso porque o maior tombodas vendas externas foi para aUnião Europeia (UE), quecomprou 25,2% a menos doque em igual mês de 2011. Aqueda nas exportações para lá,de US$ 799 milhões, porém,quase foi compensada pelo au-mento nas saídas para os EUA,de US$ 722 milhões.

A secretária do Ministérionão divulgou meta de exporta-ções para 2012. Informou ape-nas que espera que as vendasdeste ano pelo menos repitamo desempenho de 2011, quan-do foram de US$ 256 bilhões.

Bens de consumo – Entre asquatro categorias cujas impor-tações mais subiram em janei-ro está bens de consumo, comalta de 15,7% e, dentro dessesegmento, vestuário. O movi-mento vem assustando a in-dústria brasileira do setor, quese organiza para pedir prote-ção ao governo (ver matériaa b a i xo ) . E o principal fornece-dor de produtos para o Brasilno mês de janeiro continuousendo a China, com US$ 2,936bilhões exportado.

E, em meio a esse momentoconturbado, a maior via da ba-lança brasileira, o Porto deSantos, que concentra 67% doProduto Interno Bruto do Paíse 70% das transações com o ex-terior, comemora seus 120anos. (Agências)

Fazenda discute medidas cambiais

Asecretária de Comércio Exterior doMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC),

Tatiana Prazeres, enfatizou ontem que umasérie de medidas para estimular asexportações está em análise no governo. Eladisse, por exemplo, que o estudo demedidas cambiais está a cargo do Ministérioda Fazenda e que o resultado deficitário dabalança comercial de janeiro deve ampliar oengajamento dos demais ministérios nabusca por saídas para elevar as vendasbrasileiras para o exterior. "O financiamentoé um componente importante entre asmedidas. Também buscamos umasimplificação das exportações e fazer comque as empresas de menor porte tambémpassem a exportar", disse a secretária.

Uma outra ação que está em estudo,conforme Tatiana, é vincular a inovação deprodutos e a promoção de comércio exteriorao aumento das exportações de itens commaior valor agregado. "Precisamos demedidas que levem em conta o novo cenáriointernacional, que leve em conta odesaquecimento de economias maduras",pontuou. Por isso o MDIC está empenhado,segundo Tatiana, na busca de novosmercados. Alguns exemplos, conforme asecretária, são países do norte da África ou atéda América do Sul, como a Venezuela, que sãonações com maior risco e, portanto, queacabam encarecendo o custo do crédito parao exportador. "É preciso pensar umfinanciamento que estimule as exportaçõespara esses tipos de países", declarou. (AE)

Setor têxtil pede proteçãoRenato Carbonari Ibelli chou com déficit de US$ 4,749

bilhões, resultado do acúmulode US$ 6,171 bilhões importa-dos, contra US$ 1,421 bilhãoexportados. Os números sãodo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e ComércioExterior (MDIC), compiladospela Associação Brasileira daIndústria Têxtil (Abit).

Do total de produtos têxteisimportados no ano passado,US$ 1,721 bilhão corresponde-ram a vestuário. Esse valor re-presentou avanço de mais de60% em relação às importaçõesdo setor de 2010, que foram deUS$ 1,073 bilhão.

Caso o instrumento de prote-ção seja acatado pelo governofederal, ele atingirá basicamen-te a China (veja texto ao lado). Dototal de vestuário importadono ano passado, US$ 1,039 bi-lhão foi proveniente da China.

Discussão – A necessidadede proteção comercial amplapara o setor têxtil é debatidadesde o fim do ano passadocom o ministro Mantega. Àépoca, a indústria têxtil propôsao ministro um regime tributá-rio simplificado – aos moldesdo Simples Nacional – especí-fico para a indústria têxtil.

Segundo Masijah, com o au-mento da importação e a eleva-da carga tributária do País, "asempresas do setor estão aca-bando com suas unidades fa-bris e se pulverizando em pe-quenas oficinas". Dessa ma-

neira, elas poderiam se benefi-ciar do Simples Nacional. "Oproblema é que com essa estra-tégia perdemos escala de pro-dução, justamente o oposto daChina", explicou.

Para o presidente do Sindi-vestuário, um regime simplifi-cado para o setor, abrangendoempresas de todos os portes,estimularia a recuperação dosgrandes parques fabris têxteis."Mas o ministro apenas disseque pensaria na proposta e nosofereceu a possibilidade dasalvaguarda geral, pela qualestamos trabalhando agora",afirmou Masijah.

Salvaguarda é caminho polêmico

As medidas desalvaguarda são umcaminho polêmico

para a proteção da indústrianacional. Embora sejamprevistas pela OrganizaçãoMundial do Comércio (OMC),por se tratar de uma açãounilateral, costumam servistas com maus olhos pelosespecialistas em relaçõesinternacionais. Para o ex-embaixador do Brasil naChina Luiz Augusto de CastroNeves, atual presidente doCentro Brasileiro de RelaçõesInternacionais (Cebri),"embora válidas, as

salvaguardas são umcaminho mais simples paragoverno e indústria trataremde problemas maisco m p l exo s " .

Segundo o ex-embaixador,o governo deveria aumentara competitividade daindústria nacional, reduzindoa carga tributária do País, esimplificar a legislaçãotrabalhista, que hoje onera asempresas. Por sua vez, eleaponta que as empresasdeveriam investir mais emtecnologia para se manteremcompetitivas. "No período emque permaneci na China, ouvi

muitas vezes derepresentantes do governochinês: 'não temos culpa se oCusto Brasil é elevado'",lembra Neves.

Caso o pedido desalvaguarda do setor têxtilseja aprovado, ele atingirábasicamente os produtoschineses. Neves lembra que aOMC permite quesalvaguardas sejam adotadascontra a China enquanto opaís estiver em período deadequação às normas doorganismo que regula ocomércio mundial. A previsãoé que a China se enquadre às

normas da OMC até 2016.Entretanto, o ex-

embaixador diz que poucasvezes esse tipo de medida foiadotado por outraseconomias contra o paísasiático. "Até hoje o Brasilnunca adotou umasalvaguarda contra a China,apenas outras medidas, comoantidumping." Um dosmotivos é a possibilidade deretaliação. "Por ser umamedida unilateral, assalvaguardas estão sujeitas aretaliação, em especial nocampo político", afirmaCastro Neves. ( RC I )

Osetor têxtil, comsuas diferentes en-tidades representa-tivas, esteve reuni-

do na última terça-feira para tra-çar as diretrizes do que pode darorigem ao pedido de salvaguar-da mais abrangente elaboradopor um segmento da indústrianacional. A salvaguarda é uminstrumento temporário deproteção comercial. Nesse casoespecífico, o setor têxtil preten-de pedir ao governo federal pro-teção geral contra todas as im-portações de produtos de con-fecção – que se segmenta basica-mente em vestuário e roupaspara cama, mesa e banho – queentram no País.

Segundo Ronald Moris Ma-sijah, presidente do Sindicatodo Vestuário (Sindivestuário),o pedido de salvaguarda geralserá encaminhado formal-mente ao ministro da Fazenda,Guido Mantega, ainda nestemês, acompanhado de um es-tudo. "Estamos reunindo o se-tor para elaborar um estudocompleto que mostre os prejuí-zos que as importações cau-sam à indústria têxtil nacio-nal", disse Masijah. "Esse foi opedido feito por Mantega paranos oferecer proteção comer-cial", completou.

No ano passado, a balançacomercial do setor têxtil fe-

quinta-feira, 2 de fevereiro de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO


A novidade é que há uma expectativa de recuperação da indústria no Brasil, que ficou estagnada no ano passado.Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febrabaneconomia

Osite do Banco doBrasil foi alvo ontemdos ataques de

hackers brasileiros. Hoje, elesprometem atacar a página daCaixa e amanhã, do bancoS a n t a n d e r.

Depois do Itaú e Bradescono início da semana, ontemfoi a vez da página do Bancodo Brasil apresentarinstabilidade, dificuldade deacesso pelos clientes elentidão na transmissão dedados. Segundo a assessoriade imprensa do banco, foramregistrados dois picos deacessos de manhã, com forteaumento do número decomputadores que tentavamabrir a página da instituição.

Lentidão – O Banco doBrasil informou que o volumede acessos "causou lentidãono sistema em algumasregiões do País". O bancogarantiu, porém, que a páginana internet não saiu do ar.

O grupo que organizou esteataque de ontem se denominaAnti-Security Brazilian Team.Os ataques anteriores foramcoordenados pelosAnonymous. A meta doshackers é invadir um site debanco por dia nesta semana.O grupo diz que os ataques dachamada O p We e k s Pa y m e n t –algo como "operação semanade pagamento de salários" –tem como objetivo alertar apopulação brasileira sobre ainjustiça e a corrupção noPaís. Em conversa com aimprensa, o presidente doSantander, Marcial Portela,disse que o banco vemmonitorando e reforçando seusite desde a semana passada,por conta das ameaças deataques. (AE)

Bancos veem melhorana Europa e no Brasil

Aperspectiva dosanalistas dos ban-cos sobre o cresci-mento da econo-

mia brasileira para este anomelhorou, devido aos sinaisde menor risco de ruptura nazona do euro. Mesmo comuma expectativa de menorcrescimento da economia eu-ropeia em curto e médio pra-zos, eles estimam que o Produ-to Interno Bruto (PIB) brasilei-ro cresça 3,4% neste ano e 4,1%em 2013, segundo pesquisa daFederação Brasileira de Ban-cos (Febraban).

"É um cenário positivo, masnão excepcional. A novidade éque há uma expectativa de re-cuperação da indústria, que fi-cou estagnada no ano passa-do", afirmou o economista-chefe da Febraban, RubensS a rd e n b e rg .

Copa do Mundo – O econo-mista disse que os fatores quepodem ajudar a indústria são ocrescimento do mercado inter-no, reajuste do salário mínimo,redução da taxa básica de juros(Selic), retirada de medidasmacroprudenciais e incentivosfiscais anunciados pelo gover-no. Outro motivo para a melho-ra nas projeções, segundo oeconomista, é a expectativa deaceleração de investimentospara a Copa do Mundo.

Na esteira deste movimen-to, o saldo total das operaçõesde crédito deve crescer 16,5%,

mas esta projeção não leva emconsideração uma piora do ce-nário internacional. "Este nú-mero é o piso porque todas asmedidas de incentivo ao crédi-to ainda vão surtir efeito até osegundo semestre. Se houvermelhora progressiva no am-biente econômico externo, osbancos podem f icar maisagressivos na ampliação docrédito, inclusive oferecendo

taxas de juros reduzidas. Emum cenário como esse, nãoacharia estranho falar de cres-cimento do crédito total emtorno de 20%", afirmou. Noano passado, a carteira totalcresceu 19%.

Os analistas também espe-ram um aumento equilibradopara as carteiras de recursos di-recionados (17,8%) e de recur-sos livres (15,5%). No ano passa-

do, as concessões com recursosdirecionados cresceram mais:23,2%, contra 17,1% com recur-sos livres. Neste ano, os analis-tas esperam uma elevação simi-lar para as operações voltadas apessoas físicas (15,5%) e jurídi-cas (15,3%). "A expansão deveráser direcionada para as peque-nas e médias", disse. A estimati-va para a taxa de inadimplênciaacima de 90 dias é de 5,3% ante5,5% de 2011.

Inflação – Sardenberg dizque, se houver uma melhora naeconomia, de forma geral, a in-flação pode voltar a ser umapreocupação para o governo. Aestimativa para o Índice de Pre-ços ao Consumidor Amplo (IP-CA) é de 5,3% para este ano, aci-ma do centro da meta, de 4,5%."É um consenso que haverá umrecuo em relação a 2011. Mas, nosegundo semestre, a combina-ção de uma possível melhora docenário externo com o aqueci-mento da economia interna po-de trazer uma pressão adicio-nal. Por isso, o grau de certezade que a Selic continue em que-da, em 2013, é menor", disse.

Neste caso, o governo teriade fazer um esforço fiscal paramanter a Selic em trajetória dequeda. A maioria dos analistasestima o resultado primário (aeconomia do governo para pa-gar os juros da dívida) em 2,8%do PIB. "Não há espaço paramais do que isso. Parece haverpouca margem de manobrapara uma política fiscal maisdura e que permita uma quedamaior dos juros", afirmou.

Economista da Febraban, Rubens Sardenberg: a Copa vai ajudar.

Fa c e b o o kanuncia entradana bolsa

OFacebook estavapronto ontem parainiciar os

procedimentos para ingressarna bolsa com uma ofertapública inicial de ações (IPO,em inglês) de US$ 5 bilhões, oque lhe daria um valor de atéUS$ 100 bilhões.

Segundo vários meios decomunicação americanos,como a rede de televisãoCNBC e o The Wall StreetJo u r n a l , a empresa pretendiaapresentar ontem suadocumentação aosreguladores da Comissão daBolsa de Valores dos EstadosUnidos.

Bancos – O Facebook,fundado em 2004 por MarkZuckenberg, contratou osbancos Morgan Stanley,Goldman Sachs, Bank ofAmerica, Merrill Lynch,Barclays Capital e JP Morganpara realizar a operação,apontou a CNBC.

Entre essas entidades, oMorgan Stanley já participoudo processo de entrada nabolsa de outras popularesempresas da internet, como oportal de descontos Groupone a companhia de jogos pararedes sociais Zynga.

Especialistas apontam queo preço final da operação doFacebook, que tem mais de800 milhões de usuários nomundo todo, não será fixadoantes de alguns meses, já quepoderia aumentar em funçãoda demanda dos investidores.Segundo fontes, "o tamanhomenor da IPO reflete adecisão de iniciar com baseconservadora antes decomeçar a aumentá-la" e todoo processo deve ser finalizadoem maio. (EFE)

BB é atacado porhackers. Hoje oalvo é a Caixa.

Analistas dos bancos têm perspectivas mais favoráveis para o País diante de novo cenário na zona do euroAndrei Bonamin/LUZ

Rejane Tamoto


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DIAS DESTINADOS AO CARNAVALTerça-feira de carnaval é feriado? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

EMPRESA QUE ATUALMENTE PAGA AS HORAS EXTRAS EM FOLHA DEPAGAMENTO, SE QUISER COMEÇAR A FAZER BANCO DE HORAS,ELA PODE MUDAR? EXISTE IMPEDIMENTO?

Informamos que, perante a legislação, não há impedimento,desde que, se necessário, haja o pagamento da indenizaçãocorrespondente à supressão das horas extras e o banco de horasseja firmado com o sindicato da categoria.

DESCONTO DO IR NA PLR – PARTICIPAÇÃO NOS LUCROSQual o limite do PLR (participação nos lucros) para tributação de IR?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

QUANDOOEMPREGADORFIZERDEMISSÃODESEUEMPREGADO,ANTE-CIPANDOOPRAZODOTÉRMINODOCONTRATODEEXPERIÊNCIA,QUALO PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTOS DAS VERBAS RESCISÓRIAS?

Informamos que o empregador terá até dez dias para efetuar o paga-mento das verbas rescisórias, a contar da data da comunicação, desdeque não ultrapasse a data que seria o término do contrato.

ABANDONO DE EMPREGOComo se caracteriza um abandono de emprego e quais providênciaso empregador deve tomar? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

EMPREGADO FORA DO HORÁRIO DE TRABALHOHouve alguma alteração na legislação com relação ao uso de celular e e-mails pelo empregado fora do horário de trabalho? Qual a legislação quedevemos seguir? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

AVISO PRÉVIO INTEGRALFuncionário quer pedir demissão e vai cumprir o aviso prévio, eletem mais de 3 anos de registro, terá que cumprir mais que 30 dias?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

ORIENTADOR GERENCIAL®A coluna Agenda do Empresário® é leitura obrigatória do Administrador,Advogado, Contador e RH, para a orientação do dia a dia empresarial.Acesse a íntegra das informações: [www.agenda-empresario.com.br].

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Viagem com carro elétrico da Citroën C-ZERO irá percorrer 25 mil quilômetroseconomia

Dilema da sacola: pode vender ou não?Para Procon, Código do Consumidor obriga supermercados a oferecer opção gratuita para levar as compras para casa, mesmo que sejam sacolas biodegradáveis.

Euler Paixão/Hype

Alguns supermercados deixam caixas de papelão à disposição dos clientes e muitos vendem diversos tipos de sacolas

AFundação de Pro-teção e Defesa doConsumidor deSão Paulo (Procon-

SP) divulgou ontem nota afir-mando que os supermercadossão obrigados a oferecer umaalternativa gratuita para osconsumidores levarem suascompras para casa sem trans-tornos. Segundo o comunica-do, na ausência de tal alterna-tiva, os supermercados terãode fornecer as sacolas biode-gradáveis gratuitamente.

"...Os estabelecimentos de-vem oferecer uma alternativagratuita para que os consumi-dores possam finalizar suacompra de forma adequa-da...", diz um trecho da nota,que continua: "É importantedestacar que, na ausência deopção gratuita para que o con-sumidor possa concluir suacompra, fruindo de maneiraadequada o serviço, o estabele-cimento deverá fornecer gra-tuitamente a sacola biodegra-dável, respeitando assim os di-tames do Código de Defesa doConsumidor (CDC)."

A medida, de acordo com oProcon, deve ser adotada "pelotempo necessário à desagrega-ção natural do hábito de con-sumo". O 'hábito de consumo'é a distribuição gratuita de sa-colas de plástico, que era feitahá mais de 40 anos pelos super-mercados. O CDC informa noartigo 39 que é vedado ao for-necedor de serviços e produtos"recusar atendimento às de-mandas dos consumidores, naexata medida de suas disponi-bilidades de estoque, e ainda,de conformidade com os usos ecostumes".

No último dia 25, teve inícioa campanha Vamos Tirar o Pla-neta do Sufoco com o apoio daAssociação Paulista de Super-mercados (Apas), que consisteem não distribuir gratuita-mente sacolas plásticas nas re-des varejistas. Os supermerca-dos passaram a cobrar R$ 0,19por sacolinha biodegradávelfornecida e alguns empreendi-mentos deixam caixas de pa-

pelão à disposição dos clien-tes. Os centros de comprastambém vendem ecobags, car-rinhos de tecido, sacolas dePET, algodão e ráfia.

Meio ambiente – Apesar doapelo ambiental da campanha,os especialistas da indústriaplástica defendem que a medi-da não representará ganhosefetivos para o meio ambiente.Eles alertam que a sacola plás-tica tradicionalmente distri-buída nos supermercados degrande parte do País poderáser substituída por materiaismenos apropriados à conser-vação e transporte de resíduos,como o papelão.

Outra opção cogitada pelosespecialistas é que, sem a saco-linha, consumidores, princi-palmente com menor poderaquisitivo, deixem de utilizarqualquer tipo de proteção naarmazenagem do lixo.

Na eventualidade de umamigração integral das sacolastradicionais para um produtobiodegradável, a produção se-ria equivalente a dois dias deconsumo, es t ima MiguelBaiense, diretor-executivo daPlastivida Instituto Sócio-Am-biental dos Plásticos. "É quepara isso precisamos de umaresina importada", afirma.

Cana e milho – Outra opçãoé a produção de sacolas a partirde resinas desenvolvidas como uso da cana de açúcar oudo milho. Mesmo assim, aprodução nacional é insufi-ciente para atender à demandadoméstica.

O consumo de sacolas plás-ticas no Estado de São Paulomovimenta aproximadamen-te R$ 200 milhões por ano, deacordo com estimativas de es-pecialistas do setor. São utili-zadas cerca de 6 bilhões de sa-colas em todo o estado, o equi-valente a quase 40% do merca-d o n a c i o n a l . P o r i s s o , o srepresentantes da indústriaplástica temem que o fim dadistribuição gratuita nos su-permercados de São Paulopossa atingir um grande nú-mero de pessoas. (Agências)

Venda de carros cresce 10% ante janeiro de 2011

CITROËN QUER RODAR O MUNDO COM 250 EUROS – Em 11 defevereiro, dois jovens engenheiros pegarão a estrada a bordo de um CitroënC-ZERO para dar a primeira volta ao mundo em um carro elétrico de série.Saindo de Estrasburgo (França), a viagem de 25 mil quilômetros levará os doisa atravessar 17 países em oito meses, gastando 250 euros com eletricidadeSe um carro elétrico pode fazer a volta ao mundo, qualquer um pode usá-lo parafazer suas compras é o lema de Xavier Degon e Antonin Guy, os dois jovens quetoparam o desafio para promover a mobilidade elétrica que eles batizaram deOdisseia Elétrica. Essa viagem será a oportunidade para mais de 300recargas do Citroën C-ZERO e para encontros com as pessoas locais para usarum pouco de seus Megawatts. Pelo site (w w w. e l e c t r i c - o d y s s e y. c o m ), os doisaventureiros lançam um apelo a todos aqueles que se encontram no percursodeles para ser o "Plugger", ou seja, compartilhar sua tomada e contribuir deforma interativa a vencer esse desafio.

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Oi investe R$ 30 milhõesnos grandes clientes

Paula Cunha

AOi, operadora detelefonia móvel,decidiu investir

maciçamente na oferta deserviços de tecnologia deinformação a seus clientes.Dentro dessa estratégia,lançou ontem em São Paulo,o Oi Smart Cloud, tecnologiade computação em nuvem,especialmente criado para omercado corporativo edirecionado a cerca de 15 mile m p re e n d i m e n t o sbrasileiros de grande porteque desejam investir emmecanismos paraaumentar sua receita eracionalizar custos.

A empresa, que é aprimeira no ramo detelefonia a oferecer oproduto, investiu R$ 30milhões na tecnologia dearmazenamento deinformações de acordo comas necessidades de cadaempreendimento. Sem fixarmetas de ganhos, elapretende, com isso, dobrar areceita com esse produto emtrês anos. Para atingir esseobjetivo, a Oi construiu oitodata centers, sendo dois emBrasília e os restantes nascidades de São Paulo,Curitiba, Rio de Janeiro,

Porto Alegre, Fortaleza eBelo Horizonte.

Durante a entrevistacoletiva de lançamento,ontem, em São Paulo,Maurício Vergani, diretorda Unidade de Negócios doCorporativo da Oi, lembrouque o mercado brasileiro decomputação em nuvemdeve movimentar R$ 1bilhão até 2014, o queaponta crescimento anualpróximo a 70% no período,de acordo com a consultoriaIDC. Ela prevê que a nuvematingirá o nível de 35%entre todas as tecnologiasdas corporações de grandeporte até 2013.

Assim, a meta é oferecerao mercado serviçosgerenciados, soluções deoutsourcing, comunicaçõesunificadas e aplicativoscomo o M2M, conhecidocomo Machine to Machine(Máquina a Máquina).

Com base nessasexpectativas, o executivo daempresa acredita que atecnologia será essencialpara os grandes clientes,pois, com o seu uso, ascorporações terão acesso àinfraestrutura de datacenters de última geração.De acordo com informaçõesde Vergani, a iniciativa éimportante porque ocorre

no momento em que o Paísvive um período decrescimento econômicosustentado, o queimpulsionará a procura poresse tipo de tecnologia.

Reestruturação – A Oireorganizou sua estruturade negócios para essesegmento, cominvestimentos, nãodivulgados, naespecialização de seudepartamento de vendas,nas ações de pós-vendas eno treinamento de suasequipes em cada região doBrasil.

Entre os serviços jáoferecidos pela Oi queutilizarão o Smart Cloud,destacam-se os de contratosde comodato de máquinasde café com chips quemedem o uso do pó eajudam o empreendedor aescolher os pontos maislucrativos de instalação dosequipamentos, sistema delocalização de chamadaspara o serviço 190 paradetectar trotes e chipsinstalados em bilhetes deembarque de bagagem queauxiliam na redução deextravio. A tecnologiatambém será empregadaem produtos como redes debackup e mecanismos desegurança de perímetro.

Gasolina é maisvantajosa queálcool no Brasil

Pesquisa divulgada ontempela Agência Nacional de

Petróleo, Gás Natural eBiocombustíveis (ANP) apontaque, na semana entre os dias 22 e28 de janeiro, era mais vantajosoabastecer com gasolinado que com álcool em todosos estados brasileiros.

Apesar de ter o valor inferior,o etanol rende menos do que agasolina, por isso passa a sermais vantajoso abastecer oveículo com álcool quando ovalor do combustível na bombafor inferior a 70% do preçoda gasolina.

As informações da agênciareguladora mostram que Goiásé o estado onde essa proporção(70,6%) fica mais próxima dessepatamar, com o preço médio dolitro do álcool a R$ 2,003 e o dagasolina sendo negociado aR$ 2,839. No estado de SãoPaulo, o percentual chega a 71%.

No extremo oposto, aproporção registrada no períodoem Roraima foi de 89,5%,considerando o litro do álcool aR$ 2,518 e o da gasolina aR$ 2,812.

Como calcular – Para sabercom qual combustível vale apena abastecer, basta multiplicaro preço da gasolina por 0,7.Se o valor for superior ao doetanol, é hora de optar peloálcool. (Fo l h a p re s s )

As vendas de automó-veis e comerciais levesnovos no Brasil em ja-

neiro bateram recorde para omês, apesar de terem recuado23% na comparação com de-zembro do ano passado, infor-mou uma fonte com acesso aosnúmeros da indústria ontem.

O mercado apurou vendasde 252.752 automóveis e co-merciais leves novos em janei-ro, normalmente o mês maisfraco para o setor no ano, umcrescimento de cerca de 10%em relação ao emplacado em ja-neiro de 2011, segundo a fonte.

A alta na comparação anual

ocorreu mesmo com uma pe-quena diferença nos dias úteisde vendas – 22 dias em janeirodeste ano, contra 21 em 2011 – ecom o acordo trabalhista quelimitou horário de funciona-mento de concessionárias du-rante finais de semana.

As vendas de janeiro renova-ram o recorde para o mês vistono ano passado, quando os em-placamentos do segmento ti-nham sido de 229.858 veículos,segundo dados da associaçãode concessionários, Fenabrave.

Além de ter registrado re-corde de vendas, o mês passa-do marcou mudança no ran-

king mensal de montadoras,com a General Motors assu-mindo a liderança, seguida deperto por Fiat e Volkswagen.

A montadora norte-america-na encerrou o primeiro mês doano com vendas de 52.863 auto-móveis e comerciais leves, após41.159 unidades emplacadasum ano antes, quando estava naterceira posição do ranking.

A Fiat fechou o mês comvendas de 51.909 unidades,ante 46.625 em janeiro de 2011,mantendo a segunda posição.Já a Volkswagen apurou em-placamentos de 51.061 veícu-los, após 54.551 um ano antes,

quando havia encerrado o mêsna liderança do mercado.

A quarta e a quinta posiçõesforam mantidas por Ford e Re-nault, segundo a fonte, com ven-das de 22.205 e 16.613 unidades,respectivamente. Um ano antes,a norte-americana havia vendi-do 22.951 automóveis e comer-ciais leves e a montadora france-sa, 11.241 unidades.

A associação de montado-ras, Anfavea, estima um cresci-mento de cerca de 4 a 5% nasvendas de veículos em 2012,para o recorde entre 3,77 mi-lhões e 3,81 milhões de unida-des. (Reuters)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12

AVISOComunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, a partir desta data, nasede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Departamento de ContadoriaGeral, bem como no site de Relações com Investidores (www.bradesco.com.br/ri), osdocumentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404, de 15.12.1976, relativos aoexercício social encerrado em 31.12.2011. Osasco, SP, 31 de janeiro de 2012.Diretoria. 1o, 2 e 3.2.2012

BBD Participações S.A.CNPJ no 07.838.611/0001-52 – NIRE 35.300.335.295

Ata da Reunião Extraordinária no 46, do Conselho de Administração,realizada em 26.12.2011

Aos 26 dias do mês de dezembro de 2011, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata,4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros do Conselho de Administração daSociedade sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Durante a reunião, osConselheiros deliberaram aprovar a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão,desta data, para pagamento aos acionistas da Sociedade de juros sobre o capital próprio no valortotal de R$16.500.000,00, com base no resultado do exercício de 2011, sendo R$0,071475776 poração ordinária e R$0,078623354 por ação preferencial. Serão beneficiados os acionistas que seacharem inscritos nos registros da Sociedade nesta data (26.12.2011). O pagamento será feito em2.1.2012, pelo valor líquido de R$0,060754410 por ação ordinária e R$0,066829851 por açãopreferencial, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% (quinze porcento), exceto para osacionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelovalor declarado. Os referidos juros sobre o capital próprio serão computados no cálculo dodividendo mínimo obrigatório do exercício, previsto no Estatuto Social. Nada mais foi tratado,encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentes assinam. aa)Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia, Mário da Silveira Teixeira Júnior, João Aguiar Alvarez,Denise Aguiar Alvarez, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Carlos Alberto Rodrigues Guilherme, Julio deSiqueira Carvalho de Araujo e Aurélio Conrado Boni. Declaramos para os devidos fins que apresente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, asassinaturas nele apostas. BBD Participações S.A. aa) Antonio Bornia e Mário da Silveira TeixeiraJunior. Certidão – Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob número 36.960/12-3, em 18.1.2012.a) Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 70/00366/11/05

OBJETO: FORNECIMENTO E MONTAGEM DE SISTEMA DE PISO ELEVADO, COMPOSTO DE PLACAS REMOVÍVEIS EMODULARES, FIXADAS SOBRE PEDESTAIS DE SUSTENTAÇÃO PARA O PRÉDIO DA CEI/COGSP/DRHU.

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Fornecimento e montagem de sistema de piso elevado, composto de placas removíveis emodulares, fixadas sobre pedestais de sustentação para o prédio da CEI/COGSP/DRHU.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 02/02/2012, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 15/02/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serãoencaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamentode seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de02/02/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente



FDE AVISA:CONCORRÊNCIAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para execução de Obras:CONCORRÊNCIA Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)70/01162/11/01 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - DER Leste 5 - Sede - Rua Celso de Azevedo Marques, 502 -3122010 - Prq. da Mooca - São Paulo/SP - 2.033,11 - 360 - R$ 526.094,00 - R$ 52.609,00 - 09:30 - 06/03/2012.70/01230/11/01 - Reforma de Prédios Escolares e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Jd. Nova Cumbica II - Rua Jaguaribe, s/n - Cep: 07231-360- Vila Nova Cumbica - Guarulhos/SP - 1.165,01; EE Prof. Alberto Bacan - Rua Jaguaribe, 20 - Cep: 07270-000 - VilaNova Cumbica - Guarulhos/SP - 210 - R$ 396.438,00 - R$ 39.643,00 - 10:00 - 06/03/2012.70/01238/11/01 - Construção de Prédio Escolar em Estrutura Pré-Moldada de Concreto, Reforma e Construção deAmbientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE PeAntonio Velasco Aragon - Rua Fraiburgo, 100 - Cep: 07142-130 - Jd. Belvedere - Guarulhos/SP - 1.928,44; TerrenoJd. Santa Lidia I - Rua Friburgo, s/n - Jd. Belvedere - Guarulhos/SP - 360 - R$ 929.552,00 - R$ 92.955,00 - 10:30 -06/03/2012.70/00043/12/01 - Reforma (Restauro) de Prédio Escolar - EE Cons Crispiniano - Av. Arminda de Lima, 75 - Cep:07090-015 - Vila Progresso - Guarulhos/SP - 1.123,00 - 210 - R$ 299.605,00 - R$ 29.960,00 - 11:00 - 06/03/2012.70/00045/12/01 - Reforma de Prédios Escolares e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Prq. Marajoara II - Rua Gunnar Vingren (Rua RogérioGiorgi), s/n - Cep: 09112-140 - Prq. Marajoara - Santo André/SP - 210 - 45,33; EE Vila Santa Maria - Av. AfonsoMonteiro da Cruz, 1055 - Cep: 09980-550 - Vila Sta. Maria - Diadema/SP - 677,07 - 300 - R$ 225.098,00 - R$22.509,00 - 11:30 - 06/03/2012.69/00075/12/01 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE/CEL Fernando Costa - Av. Washington Luís, 672 - Cep:19015-150 - Centro - Presidente Prudente/SP - 30,81 - 210 - R$ 165.662,00 - R$ 16.566,00 - 14:00 - 06/03/2012.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 02/02/2012, na SEDE DA FDE, desegunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00(cinquenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.




FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDOMÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00073/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Dr.Teófilo de Andrade - Lgo. do Rosário, 42 - Cep: 13870-315 - Rosário - São João da Boa Vista/SP - 180 - 200,00 - R$25.445,00 - R$ 2.544,00 - 15:00 - 23/02/2012.70/01295/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Mathias Aires - Rua Moinho Velho, 355 - Cep: 02929-000 -Moinho Velho - São Paulo/SP - 210 - R$ 77.120,00 - R$ 7.712,00 - 09:30 - 24/02/2012.70/01296/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Dep. Geraldino dos Santos - Rua dos Sertanistas, 1.175 - Cep:08390-290 - Jd. São Francisco - São Paulo/SP - 180 - R$ 47.867,00 - R$ 4.786,00 - 10:00 - 24/02/2012.70/00016/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Prof.Celestino Correia Pina - Rua Pilar do Sul, 310 - Cep: 06325-130 - Cohab II - Carapicuíba/SP; EE Prof. AdalbertoMecca Sampaio - Rua Dr. Nelson Hungria, 500 - Cep: 06340-000 - Prq. Sta. Teresa - Carapicuíba/SP; EE Profa FloraStella - Est. do Guapiuva, 03 - Cep: 06300-000 - Jd. Guapiuva - Carapicuíba/SP - 150 - R$ 129.970,00 - R$12.997,00 - 10:30 - 24/02/2012.70/00017/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EEProf. Elyo Ferreira de Castro - Rua Bacio de Filicaia, 147 - Cep: 04914-060 - Figueira Grande - São Paulo/SP; EEProf. Eugênio Zerbini - Rua das Piavunas, 10 - Cep: 04473-040 - Pedreira - São Paulo/SP; EE Dep. Nelson Fernandes- Rua Ouricana, 57 - Cep: 04317-240 - Vila Guarani - São Paulo/SP - 150 - R$ 122.250,00 - R$ 12.225,00 - 11:00- 24/02/2012.70/00019/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Ignezdos Santos Silva - Rua Yukichiro Arakawa, 481 - Cep: 06322-250 - Vila Ana Maria - Carapicuíba/SP; EE AndreiSakharov - Av. Amazonas, 224 - Cep: 06327-270 - Cohab I - Carapicuíba/SP; EE Fabiana de Queiroz - Rua JoséFernandes Teixeira, 675 - Cep: 06317-270 - Jd. Felipe - Carapicuíba/SP - 150 - R$ 111.817,00 - R$ 11.181,00 -11:30 - 24/02/2012.70/00039/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédio Escolar - EE Leonorde Oliveira Mello - Rua Joaquina Maria de Jesus, 641 - Cep: 08773-350 - Mogilar - Mogi das Cruzes/SP - 150 - R$86.149,00 - R$ 8.614,00 - 14:00 - 24/02/2012.70/00055/12/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Dona Perola Byington - Rua Dr. Alcides de Campos, 150 -Cep: 04336-160 - Americanópolis - São Paulo/SP - 210 - 61,98 - R$ 128.808,00 - R$ 12.880,00 - 14:30 - 24/02/2012.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 02/02/2012, na SEDE DA FDE, desegunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00(quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.


FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,foram ajuizados no dia 01 de fevereiro de 2012, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:Requerente: Comércio de Frios Ester Ltda. ME – Autofalência. Requerido: Comérciode Frios Ester Ltda. ME – AutoFalência. Rua Capitão-Mor Rodrigues de Almeida, 84– Vila dos Remédios - 1ª Vara de Falências.

Os investidores que estavam apostando na queda das ações agora estão voltand o.Michael Strauss, economista-chefe da Commonfundeconomia

Karen Bleier/AFP Photo

Apesar dos bons indicadores na economia norte-americana, empresas como a American Airlines anunciaram que podem demitir até 14 mil funcionários para sair do vermelho.

EUA: economia dá sinal positivo.O crescimento do setor manufatureiro disparou neste mês nos Estados Unidos, onde 170 mil empregos foram criados em dezembro.

Oritmo de cresci-m e n t o d o s e t o rmanufatureiro dosEstados Unidos

acelerou neste mês a seu nívelmais alto desde junho, puxadopela melhora no componentede novas encomendas, deacordo com relatório do setordivulgado ontem.

O Instituto de Gestão do For-necimento (ISM, na sigla eminglês) informou que seu índi-ce nacional de atividade fabrilsubiu para 54,1 em janeiro, an-te leitura revisada para 53,1um mês antes. O número, noentanto, ficou abaixo da expec-tativa de 54,5. Leituras acimade 50 indicam expansão no se-tor manufatureiro. O compo-nente de novas encomendasavançou a 57,6, contra 54,8.

Construção– Os gastos com

construção nos EUA chega-ram em dezembro ao seumaior nível em mais de umano e meio, puxados pelos ga-nhos em projetos privados,informou o Departamento deComércio. Os gastos cresce-ram 1,5 %, em uma taxa anua-lizada, para US$ 816,38 bi-lhões, subindo pelo quintomês seguido. Em 2011, os gas-tos caíram 2%. Os gastos emnovembro foram, no entanto,revisados para baixo, a 0,4%,ante 1,2% divulgado antes.Economistas pro je tavamuma alta de 0,6% nos gastosem dezembro.

Empregos – O ritmo de ge-ração de empregos pelo setorprivado dos EUA desacele-rou em janeiro, após a fortecontratação do mês anterior,segundo relatório divulgado

ontem. Mas foram abertos170 mil postos de trabalho nomês passado informou oADP National Employment Re-p or t . Economistas previamadição de 185 mil empregos.Os principais índices domercado de ações dos EUAfecharam em alta ontem,

TCU garante realizaçãode leilão de aeroportos

OTribunal de Contasda União (TCU)aprovou às 16h20

de ontem o edital deconcessão dos aeroportosde Guarulhos, Campinas eBrasília (DF). O órgão decontrole fez ressalvas aoedital, mas que nãoimpedem que o governoprossiga com o leilão, quetem sua primeira etapamarcada para hoje, com aapresentação daspropostas pelosconsórcios interessados, etermina nasegunda-feira, dia 6,com o leilãoem viva-voz.

Aspr incipaisr e s s a l va sapontadaspelo órgãode controlefoi a altapar ticipaçãoda Infraero,nasociedadedasempresasque serão constituídaspara administrar asunidades. A estatal teráaté 49% de participaçãoem cada um dosaeropor tos.

Também houve críticano relatório do ministroAroldo Cedraz, ao fato daconcessão ser feita sem ogoverno ter umplanejamento, o chamadoPlano de Outorgas, do queserá feito com todos osmais de 700 aeroportos do

País. Para o órgão, ogoverno também aceitoupadrões mínimos muitobaixos de qualidade nosi nve s t i m e n t o sobrigatórios, que serãofeitos pelos vencedores daconcorrência.

O ministro José Jorgefez críticas ao edital, epediu sua não aprovaçãoapontando problemascomo o fato de o vencedorser escolhido pelo maiorpreço pago ao governo oque, segundo ele, vai

impactarem custosmaiorespara asempresas eusuár ios.Ele tambémcriticou apressa comque aconcessãofoi feita. Amaioria dosministrosprefer iuapenasemitiraler tas,

para evitar que osproblemas encontrados serepitam nas próximasconcessões. O diretorFinanceiro da CCR, ArthurPiotto, confirmou que acompanhia irá apresentarpropostas no leilão para osaeroportos de Guarulhos,Campinas e Brasília. Oexecutivo afirmou que aexpectativa é que aconcorrência sejabastante acirrada.(Agências)

49por cento é a

participação que aInfraero chegará a ter

nos aeroportos deCumbica, Campinas e

Brasília, segundo oedital aprovado.

AmericanAirlines podedemitir 14 mil

Os sinais derecuperação daeconomia dos

Estados Unidos nãoenvolve todos ossetores. Na aviação, aAMR, controladora daAmerican Airlines,empresa que pediuconcordata emnovembro passado,informou ontem quequer cortar custos emmais de US$ 2 bilhõespor ano, e pretendefazer isso reduzindo, emparte, o número defuncionár ios.

A companhia podedemitir entre 12 mil e 14mil funcionários comoparte do plano deeconomia. Segundofontes, os cortes deempregos na AmericanAirlines foramdetalhados porexecutivos, em encontroontem com sindicatos.

O presidente-executivo da empresa,Tom Horton, deu anotícia sobre o valorpretendido emeconomias em carta aempregados sobre aestratégia de negóciospara competir comrivais que tomaramatitudes parecidas parareduzir suas operaçõese melhorar seusbalanços. (Reuters)

após a divulgação desses nú-meros. O Dow Jones subiu83,55 pontos, ou 0,66%, para12.716,46 pontos. O Nasdaqteve ganho de 34,43 pontos,ou 1,22%, para 2.848,27 pon-tos. O S&P 500 avançou 11,68p o n t o s , o u 0 , 8 9 % , p a r a1.324,09 pontos.

"Os investidores que esta-vam apostando na queda dasações agora estão voltando",disse Michael Strauss, econo-mista-chefe da Common-fund. "Desde o início de se-tembro, o mercado está mi-grando para uma visão maisotimista." (Reuters)


A continuidade da queda de juros e a redução do IPI devem ajudar a economiaRogério Amato, da ACSPeconomia

Endividamento familiar cresce 42,4%O total de famílias pau-

listanas que possuemalgum tipo de dívida

aumentou para 42,4% em ja-neiro, ante 41,3% em dezem-bro. Comparado ao primeiromês de 2011, porém, a quedafoi de 8,8 pontos percentuais,já que, no período, o endivi-damento era de 51,2%. Emnúmeros absolutos, isso re-presenta 1,521 milhão de fa-mílias endividadas na Capi-tal paulista em janeiro desteano, ante 1,480 milhão em de-zembro, e 1,836 milhão em ja-neiro de 2011. Os dados, quefazem parte da Pesquisa deEndividamento e Inadim-plência (PEIC), foram divul-gados ontem pela Federaçãodo Comércio de Bens, Servi-ços e Turismo do Estado deSão Paulo (Fecomercio-SP).

De acordo com a Fecomer-cio-SP, a alta do endividamen-to em janeiro, em relação a de-zembro, era esperada devidoàs compras de fim do ano.Além disso, a confiança doconsumidor está em alta —158,3 pontos no mês de janeiro,em escala que varia de 0 (pes-simismo) a 200 pontos (otimis-mo total) —, assim como os ní-veis de emprego e renda.

No mesmo período, no en-tanto, o percentual de famíliascom contas em atraso apresen-tou leve queda, de 0,2 pontopercentual, ao passar de 10,7%no fim de 2011, para 10,5% no

começo deste ano. O total defamílias que estavam nessa si-tuação caiu para 374,9 mil, ante383,9 mil em dezembro, e 528,9mil em janeiro do ano passado,quando o número era 14,7%.

Líderes de gastos — O prin-cipal tipo de compromisso écom o cartão de crédito, meiode pagamento utilizado por75% das 2.200 famílias con-sultadas. Em seguida, apare-cem os carnês (18,6%), o cré-dito pessoal (14,2%), o finan-ciamento de carro (10,1%) e ocheque especial (6,3%), entreoutros. A pesquisa mostraque 112 mil famílias (3,1%)acreditam que não terão con-dições de pagar total ou par-cialmente suas contas no pró-ximo mês.

A incidência de dívidas é

maior entre os consumidoresque ganham até dez saláriosmínimos. Em janeiro, 43,7%das famílias nessa faixa de ren-da possuíam algum tipo decompromisso, leve aumentoante os 42,4% verificados emdezembro, mas uma queda ex-pressiva de 11,1 pontos per-centuais em relação ao mesmoperíodo de 2011 (54,8%).

Por outro lado, as dívidas fa-ziam parte do orçamento de32,2% das famílias com rendi-mento maior, ante 32,4% emdezembro, e 36,6% em janeirode 2011. Ainda segundo a Fe-comercio-SP, 11% das famíliasdo primeiro grupo tinhamcontas em atraso em janeiro,contra 5,9% dos paulistanosque possuem rendimentos aci-ma de dez salários. (AE)

Apesar da manutençãode expectativa deaumento nas vendas

no ano, o Índice de Confiançado Empresário do Comércio(ICEC), divulgado ontem pelaConfederação Nacional doComércio (CNC) caiu 2,3%em janeiro ante dezembro de2011, e ficou em 127,6 pontos.

Para a CNC, porém, oíndice mostra que asexpectativas de aumento nasvendas em 2012 ficaramfavoráveis: dos trêssubíndices, confiança nascondições atuais subiu 1,2%.Apesar do recuo (3,3%), asexpectativas se elevaram em154 pontos. Em novembro edezembro, em meio às vendasde Natal, o ICEC ficou estávelem 130,6 pontos. A queda noinício de 2012 foi puxada peloíndice de investimentos, querecuou 4,5% em janeiro.

Para o economista BrunoFernandes, da CNC, éprovável que a confiançavolte a variar positivamenteno segundo trimestre, quandoo comércio sentirá o efeito daretirada das medidasmacroprudenciais, dosestímulos do governo aoconsumo e crédito e daredução da taxa Selic. (AE)

Leandro Moraes/LUZ

Aumento era esperado devido às compras de Natal, diz Fecomercio.

Comércioinicia 2012

com pédireito

Marcio Fernandes/AE

Liquidações do setor de vestuário e movimentode volta às aulas puxaram o crescimento de

6,3% das vendas à vista em janeiro, diz ACSP.

Fátima Lourenço

Descontos nas coleções primavera-verão e material escolar impulsionaram vendas à vista, "o que é normal para o mês", segundo Emílio Alfieri.

As vendas do varejopaulistano, em ja-neiro, foram im-pulsionadas pelas

liquidações antecipadas dosetor de vestuário e, especial-mente nos últimos dias domês, pelas aquisições asso-ciadas ao movimento de voltaàs aulas. O reflexo mais mar-cante das demandas apareceno crescimento de 6,3% dasvendas à vista, frente a igualperíodo de 2010. Na mesmabase comparativa, as transa-ções a prazo subiram 2,7%.

Os indicadores foram divul-gados ontem pelo Instituto deEconomia Gastão Vidigal, daAssociação Comercial de SãoPaulo (IEGV/ACSP), com ba-se em amostra de dados declientes da Boa Vista Serviços(BVS), administradora do Ser-viço Central de Proteção aoCrédito (SCPC). A empresa in-formou, que a partir de janeiro,esses indicadores ganham no-va denominação (confira as mu-

Indicadores são alterados

Os indicadores damovimentação docomércio na Capi-

tal paulista do Instituto deEconomia Gastão Vidigal(IEGV), da Associação Co-m e r c i a l d e S ã o Pa u l o(ACSP), passam a ter novadenominação e novo forma-to de apresentação a partirde janeiro de 2012. O obje-tivo, de acordo com a insti-tuição, "é refletir melhor suafinalidade", além de possibi-litar sua comparação comoutros indicadores em de-senvolvimento na Boa VistaServiços. Confira abaixo asnovas denominações:

IMC – Indicador de Movi-mento do Comércio a Prazo(antes denominado ServiçoCentral de Proteção ao Cré-

dito, o SCPC);IC H – Indicador de Movi-

m e n t o d e C h e q u e s ( oSCPC/Cheque, parâmetrodas compras à vista);

IRI – Indicador de Regis-tro de Inadimplentes (ante-riormente denominado Re-gistros Recebidos);

IRC – Indicador de Recu-peração de Crédito (Regis-tros Cancelados).

De acordo com o IEGV,"como as fontes e a metodo-logia não foram alteradas,mas apenas a denomina-ção e a forma de apresenta-ção, esses indicadores per-mitem a comparação comos dados divulgados ante-riormente, assegurandoque se mantenha a série aolongo do tempo". (FL)

Consumidores devem seprecaver contra fraudes

Levantamento da Boa Vis-ta Serviços, administra-dora do SCPC (Serviço

Central de Proteção ao Crédito),aponta que, em meio ao corre-corre das compras em datas co-memorativas, como Natal, Pás-coa ou Dia das Mães, o compor-tamento mais vulnerável doconsumidor faz com que o índi-ce de registros de documentosfurtados, roubados ou perdidosaumente em torno de 15%.

De acordo com o presidenteda Boa Vista Serviços, DorivalDourado, "o que deve ficar cla-ro é que iniciativas simples po-dem ser tomadas pelo consu-midor de forma a não passarpor uma situação desagradá-vel, como ter o nome registra-do em um banco de dados res-tritivos, fruto do uso indevidode seus documentos", explica.

Em caso de perda ou roubode documentos em qualquerregião do País, é importantecomunicar imediatamente aoSOS Cheques e Documentos,serviço de utilidade pública daBoa Vista Serviços, e solicitar ainclusão de um alerta em seunome, o que prevenirá fraudese prejuízos inconvenientes.

"Essa medida prática, gratui-ta e rápida serve para que, emcaso de uma possível tentativade uso indevido do documento

antes que o crédito seja aprova-do pelo lojista, um sinal de alertaseja enviado para impedir atransação", complementa Dou-rado. O consumidor pode utili-zar o serviço, que é gratuito,acessando o www.boavistaservi -cos.com.br/ apoioaoconsumidor, oupelo telefone 0800 011 15 22.

O presidente da Boa Vista res-salta ainda que o ideal é ter sem-pre à mão telefones dos bancos eempresas de cartão de créditopara comunicar o roubo ou per-da. Além disso, o consumidordeve fazer imediatamente umBoletim de Ocorrência, que ser-virá de prova em caso de frau-des com os seus documentos.

Ch equ es — Os cuidadoscom os talões de cheque aindajustificam-se, pois continuamsendo muito utilizados no Bra-sil. De acordo com a pesquisaExpectativa do Brasileiro so-bre o Cadastro Positivo, divul-gada em agosto de 2011 pelaBoa Vista, 32% dos consumi-dores ainda são adeptos dos ta-lões. A região Sul apresenta amaior porcentagem de uso,42%, seguida pelas regiões Su-deste (35%) e Centro-Oeste(32%). Já nas regiões Norte eNordeste, 20% e 22% dos en-trevistados, respectivamente,afirmam utilizar o cheque co-mo meio de pagamento.

danças no quadro abaixo).O ti m is m o — "Acreditamos

que a continuidade da quedados juros e a recente reduçãodo Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) deverãoajudar a atividade econômicanos próximos meses", decla-rou Rogério Amato, presiden-te da ACSP e também da Fede-ração das Associações Comer-ciais do Estado de São Paulo(Facesp).

O economista do IEGV, Emí-lio Alfieri, analisa que a movi-mentação do comércio paulis-tano em janeiro (ante igual mêsde 2011) é considerado normal,quando se leva em considera-ção os efeitos da crise interna-cional e "a base ainda alta" decomparação. O especialistaanalisa que o Indicador de Mo-vimento do Comércio a Prazo(IMC), que ficou em 2,7%, indi-ca uma gradativa recuperaçãoda modalidade, levando-seem conta que em outubro de2011 ela cresceu 0,5% (ante o

mês anterior), em novembro,teve alta de 1,1% e no mês dedezembro, subiu 1,7%.

Na comparação de janeiroante dezembro de 2011, as que-das acentuadas na movimen-tação de compras a prazo e àvista (de 24,7% e 43,6%, respec-tivamente) refletem a sazona-lidade normal para o período.Além das férias escolares e deverão, que estimulam o consu-midor paulistano a deixar a ci-dade, existe a base alta de com-paração, provocada pelas mo-vimentação de Natal.

In ad im plê nc ia – No casodas dívidas com pagamentoem atraso houve, no primeiromês de 2012 (ante igual perío-do de 2011), um crescimento de13,5% no Indicador de Regis-

tro de Inadimplentes (IRI) esalto um pouco menor, de11,9%, no Indicador de Recu-peração de Crédito (IRC).

Alfieri analisa, a propósitodo crescimento maior entreos novos registros (13,5%),que o consumidor se ressenteda concentração de despesasno início do ano. O economis-ta ressalva ainda que os indi-cadores de inadimplência dejaneiro (na comparação comdezembro de 2011), ainda quesubindo, não causam grandepreocupação. "Não há varia-ção significativa em relaçãoaos últimos doze meses, e osindicadores de desempregopermanecem em queda. Comemprego, é sempre possívelrenegociar a dívida", disse.

Confiança dosempresários cai

dc 02/02/2012

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