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Ano 87 - Nº 23.619 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 8 de maio de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 1 9 HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 13º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 12º C. Portas abertas para o czar da Rússia Dinheiro protegido contra mudanças O brasileiro está escolado: às vésperas das novas regras da caderneta de poupança, os depósitos superaram os saques em R$ 1,977 bilhão, maior resultado para abril desde 2007. Aposta na garantia da "velha poupança". Pág. 11 Documentos da CPI trancafiados A estreia da sala de segurança onde estão documentos da PF sobre Cachoeira foi tumultuada, com parlamentares reclamando das condições de trabalho. O ex-espião da KGB Vladimir Putin, 59 anos, volta à presidência para um 3º mandato de 6 anos, agora com oposição crescente. Entra no lugar do aliado Dmitri Medvedev, que vai para seu lugar, de primeiro-ministro. Pág. 8 Alexey Druzhinin/AFP Hollande tem pressa. E corre para a Alemanha. Socialista francês viaja após a posse, dia 15. Discutirá com Angela Merkel, de centro-direita, o pacto fiscal que exigiu corte de gastos de países europeus endividados. Pág. 8 Jean-Paul Pelissier/Reuters Dia das Mães, festa antecipada do comércio. Fim de semana que antecede a data marca alta entre 10% e 20% nas vendas. Pág. 16 Newton Santos/Hype O novo iPad à venda na sexta Ele pode não merecer o nome de iPad 3 por não ter tantas inovações em relação ao antecessor, mas traz melhorias consideráveis. Para facilitar sua decisão, testamos o lançamento da Apple e avaliamos os prós e os contras. Informática. Pág. 17 Ônibus parados. Vilão, o radar. Av. Matarazzo (foto): motoristas em greve, ontem, contra multas. Pág.9 Marco Fernandes/AE De olho nos segredos de Cabral O governador do Rio está 'cercado'. Além do fantasma da CPI do Cachoeira, a imprensa quer saber de suas viagens ao exterior e o procurador-geral, dos contratos com a Delta, que pode ser vendida. Págs.5e6

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 08/05/2012

Ano 87 - Nº 23.619 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 8 de maio de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23619

HOJEParcialmente nublado

Máxima 24º C. Mínima 13º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 26º C. Mínima 12º C.

Portas abertas parao czar da Rússia

DinheiroprotegidocontramudançasO brasileiro está escolado:às vésperas das novasregras da caderneta depoupança, os depósitossuperaram os saques emR$ 1,977 bilhão, maior resultadopara abril desde 2007. Aposta nagarantia da "velha poupança". P á g. 11

Documentosda CPI

trancafiadosA estreia da sala de segurançaonde estão documentos da PF

sobre Cachoeira foitumultuada, com

parlamentares reclamandodas condições de trabalho.

O ex-espião da KGB Vladimir Putin,59 anos, volta à presidência para um

3º mandato de 6 anos, agora comoposição crescente. Entra no lugar doaliado Dmitri Medvedev, que vai paraseu lugar, de primeiro-ministro. Pág. 8

Alexey Druzhinin/AFP

Hollande tempressa. E corre para

a Alemanha.Socialista francês viaja após a posse, dia 15. Discutirá comAngela Merkel, de centro-direita, o pacto fiscal que exigiu

corte de gastos de países europeus endividados. P á g. 8

Jean-Paul Pelissier/Reuters

Dia das Mães,festa antecipadado comércio.Fim de semana que antecedea data marca alta entre10% e 20% nas vendas. P á g. 16N

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e

O novo iPad à venda na sextaEle pode não merecer o nome de iPad 3 por não ter tantasinovações em relação ao antecessor, mas traz melhorias

consideráveis. Para facilitar sua decisão, testamos o lançamentoda Apple e avaliamos os prós e os contras. Infor mática. Pág. 17

Ônibus parados.Vilão, o radar.

Av. Matarazzo (foto): motoristas emgreve, ontem, contra multas. Pág. 9

Marco Fernandes/AE

De olho nossegredosde Cabral

O governador do Rio está 'cercado'.Além do fantasma da CPI do Cachoeira,

a imprensa quer saber de suas viagens aoexterior e o procurador-geral, dos contratos

com a Delta, que pode ser vendida. Págs. 5 e 6

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terça-feira, 8 de maio de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio. com .br ),chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]),Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected])Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto ([email protected]), RicardoRibas ([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David,Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórter Especial: Kleber Gutierrez ([email protected]), . Repór teres:André de Almeida,Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cu n h a ,Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e WladimirM iranda.

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opiniãoDo equilíbrio e discernimento dos novos líderes dependerão o futuro do euro e da atual arquitetura financeira internacional.

Roberto Fendt

Um novo começo para a Europa (?)

ROBERTO

FENDT

Com essa frase, o pre-s idente e le i to daFrança, celebrou avitória do Partido So-

cialista na eleição. E disse es-tar certo de que "há alívio emmuitos países europeus e a es-perança de que a austeridadenão é mais uma fatalidade".

O respaldo aos socialistasnão é tão grande como o entu-siasmo de seu presidente elei-to faz crer. Hollande teve51,62% dos votos e Sarkozy,48,38%. Para todos os efeitospráticos, um em cada doisfranceses votaram contra oalívio e a esperança, de que fa-lou François Hollande.

Na verdade, a eleição do no-vo presidente foi marcada porfatalidades. Já se disse quesua carreira foi marcada pordesapontamento, já que dei-xou de ter um posto ministe-rial no governo do socialistaFrançois Mitterrand e duranteo período em que o seu partidoobteve maioria parlamentar.

A fatalidade maior, que per-mitiu sua escolha como candi-dato socialista, foi a queda daprincipal estrela do partido, Do-minique Strauss-Kahn, envolvi-do em acusação de estupro decamareira em Nova York.

A vitória de Hollande na pri-meira rodada da eleição presi-dencial francesa também nãofoi acachapante: obteve ape-nas 28,6% dos votos, ficandoligeiramente à frente de Sar-kozy. Como ocorreu agora, adespeito da falta de apoio daslideranças dos partidos ultra-conservadores.

"Ao vencido, ódio ou com-paixão; ao vencedor, as bata-tas", escreveu Machado de As-sis no seu romance QuincasBorba. É possível que o tempotransforme o ódio dos oposito-res a Sarkozy em compaixão.A questão é saber que batatascolherá o vencedor.

O presidente François Hol-lande se encontrará com a

chanceler alemã Angela Mer-kel após sua posse em 15 demaio. O que dirá à chanceler?

Provavelmente recordaráque pretende manter ameta de redução em 3%

do deficit fiscal da França e equi-librar o orçamento até 2017.Mas será perguntado a respeitode seus planos de aumentar em20 bilhões de euros os gastos dogoverno francês nos próximoscinco anos. Para chegar à metade reduzir o deficit fiscal em 3%,seria necessário um corte degastos de 18 bilhões de euros,não um aumento de 20 bilhões.Ou o presidente Hollande au-mentará impostos ou mostraráque as promessas de campa-nha não passam do que são:promessas de campanha.

Na Grécia, os eleitores redu-ziram o apoio à coalizão bipar-tidária que governa o país eque é o fiel dos acordos quepermitem à Grécia permane-cer na zona do euro. Os gran-des vencedores estão nos ex-tremos do espectro político: aextrema esquerda e os neona-zistas. O eleitor grego mos-trou-se desencantado com tu-

do que a coalizão lhes propi-ciou, especialmente os sacrifí-c i o s d e c o r r e n t e s d aausteridade e a percepção deque a política econômica é diri-gida em Berlim e em Bruxelas.

Após os resultados da elei-ção parlamentar grega, osdois partidos principais, NovaDemocracia e Pasok, nãomais dispõem de maioria para

formar um governo de coali-zão. O que virá pela frente?

Ogoverno que sai cum-priu 75% das obriga-ções contraídas com o

acordo de renegociação do se-gundo resgate da dívida gre-ga, em novembro passado, nomontante de 130 bilhões deeuros. Restam agora os 25%dessas obrigações, que recai-rão sobre o novo governo a serformado. A ele caberá a tarefade cortar mais 11 bilhões deeuros dos orçamentos fiscaisde 2013 e 2014. Sem esse cor-te, o programa de renegocia-ção da dívida grega irá porágua abaixo.

A questão é: onde cortar? Osalário mínimo já foi cortadoem mais de 22% e as aposen-

tadorias, em 15%. As refor-mas estruturais, entre asquais se incluem as privatiza-ções de empresas estatais, aliberalização do mercado detrabalho e os cortes no em-prego público terão, a partirdo novo legislativo, oposiçãomaior do que no anterior.

Aexemplo do que estáocorrendo, de formaalarmante, em muitos

de nossos vizinhos na AméricaLatina, o novo começo europeupode significar um salto para opassado – um retorno à instabi-lidade política e econômica queconhecemos bem do nossopassado e do presente de nos-sos vizinhos.

É de pouca valia dizer que aausteridade é insuportável eque é dever do país mais rico daEuropa, a Alemanha, arcar comas consequências da imprevi-dência fiscal – quer de um paísda periferia europeia, como aGrécia, quer da França, o se-gundo país europeu em impor-tância econômica.

França e Grécia terão pelafrente decisões difíceis na áreaeconômica. Do equilíbrio e dis-cernimento dos novos líderesdependerão o futuro do euro eda atual arquitetura financeirainternacional.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

Na democraciarepresentativa,como é a nossa, o

governo é do povo atravésda eleição direta derepresentantes, como é ocaso dos parlamentaresem geral e dirigentes dostrês níveis de Executivo.

Elegemos pessoas quenos representam naformulação de leis,tomada de decisões,definições de políticaspúblicas, enfim, tudo quediz respeito aos interessesde administração eorganização davida do País.

A sociedade tem leis,regras, normas quedefinem os padrõesesperados decomportamento, demodo geral e tambémem particular, para osrepresentantespopulares, onde seincluem igualmente os

servidores públicos porconcurso e nomeação.

Quando osparlamentares,governantes, políticos sãopegos cometendo atos emdesacordo com as regras ecom o que deles se esperano que se refere acomportamento ético,moral e, mesmo,estritamente legal,existem mecanismos paraapuração desses delitos epunições pertinentes.

Fixemo-nos nestemomento (sim, porque

já houve muitos e outrosvirão) no caso do intrépidosenador DemóstenesTorres (do Estado deGoiás), outrora padrãode moral no Congresso.Não é preciso relatar aoleitor a cachoeira de águasuja que está afogando oparlamentar em virtude deações e ligações com o

crime organizado noPaís, como estampammanchetes gritantes namídia pátria. Em funçãoda mão pega na botija – eque botijão –, o senadorteve pedido de cassaçãode seu mandatoencaminhado à Comissãode Ética do Senado, ondepululam figuras daRepública de ilibadareputação, como oex-presidente FernandoCollor de Melo, cassadoanteriormente porpráticas não concordescom os padrões aturáveis

de decoro. Mas esta é umaoutra história.

A Comissão vai votar paraver se encaminha ou não opedido de cassação doinsigne senador goiano aoplenário. Como osparlamentares sãorepresentantes populares eos populares querem que oPaís ande no trilho, cabeperguntar por que o voto decada um dos senadores, afavor ou contra a cassação,deve ser secreto?

Há alguns anos, mofa nasgavetas da Casa projeto quetorna o voto aberto para que

o País saiba comovotou cada um doseleitos pelo povo.

No Brasil, de alguns anospara cá, todos temem aabertura, a exposiçãopública de como agem, decomo atuam, docomportamento dos eleitospara representar o povo.

Por que será?E no Supremo Tribunal

Federal, onde o voto decada ministro é aberto, avotação do Mensalão vaisendo levado com a barrigaa caminho do objetivo dosréus petistas, de prescriçãopor decurso de prazo.

Será, se isso ocorrer, umaofensa grave da mais

alta Corte do País aosbrasileiros em geral.

Era março, ficou paraabril, maio está rodando efalam em agosto.

Que vergonha.Tanto quanto nos

envergonha e constrangever que, mesmo quandosão revelados ao País osmeandros da sujeira davida pública, ainda existemmecanismos de proteçãona lei (que já é branda) paraos que agridem de formaostensiva os cofres e osvalores dos brasileiros debem. Genericamente.

No caso degovernadores, fala-se

de Marconi Perillo e SérgioCabral – para citar doismencionados na mídia. Eatacados pelo Garotinho...

Que "orgulho"...Enquanto ex-integrantes

de governos tucanosaderem ao PT em SãoPaulo... A falta de vergonhana cara é deslavadaagora... De todos lados.Liberou geral.

PAU LO SAAB

É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

O VOTO SECRETO E O MENSALÃO 'PARADO' NO STF

PAULO

SAAB

Ou o presidente Hollandeaumentará impostos

ou mostrará que as promessasde campanha não passamdo que são: promessas

de campanha.

Charles Platiau/Reuters

Simpatizantes do socialista François Hollande comemoram, na Praça da Bastilha, em Paris, a sua eleição para a presidência da França.

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terça-feira, 8 de maio de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião A Q U I N Ã O R E S T A D Ú V I D A Q U E O C R I M E S E J A U M B O M N E G Ó C I O !

Águas turvas no País

JORGE

MARANHÃO

Diante da imprevisi-bilidade de revela-ções do escândalodo Cachoeira, que

deita suas águas turvas pelodelta de um caudaloso rio derelações promíscuas entre go-vernantes e empresas espe-cializadas em desviar dinheiropúblico, talvez venhamos, oscidadãos mais responsáveispelo nosso destino comum, anos convencer de que chegoua hora de ajudar a consolidarnossas instituições de Estado,ao invés de continuarmos anos iludir com este ou aqueleisolado paladino da ética pú-blica pego chafurdando namesmíssima lama.

Seja pela trincheira da CPImista do Legislativo, seja pelatrincheira do julgamento doMensalão no Judiciário, tere-mos duas grandes oportuni-dades de corrigir as grandesfalhas de nossas instituiçõesjurídicas e políticas. Pois, noBrasil, não é pouco frequenteque o direito de um cidadãopoderoso anule os mais am-plos direitos de cidadãos co-muns, o que se configura co-mo abuso de direito em qual-quer país de instituições de-mocráticas mais maduras.Senão, vejamos no próprioprocesso penal.

Se simplesmente não há defato direito de defesa paranossos criminosos comuns, háum verdadeiro abuso do direi-to de defesa para nossos cri-minosos de colarinho branco.O que acaba sempre por com-prometer a própria realizaçãoda justiça – dever precípuo doEstado –, acarretando numaconsagração da impunidadecomo traço característico denossa cultura política. Poissão, sobretudo os crimes decolarinho branco, como cor-rupção, formação de quadri-lha, improbidade administra-tiva, desvio de recursos públi-cos, sonegação etc., os crimesque comprometem os direitos

THOMAS L.FRIEDMAN

LIDERE, SIGA OU SAIA DO CAMINHO.

essenciais de educação, saú-de e segurança públicas de mí-nima qualidade para a maioriados cidadãos comuns.

A polícia investiga a autoriade determinado crime por um

cidadão poderoso governantequalquer. Os relatórios de au-ditorias de tribunais de contase controladorias atestam osdesvios. O Ministério Públicoresolve oferecer a denúncia

depois de formar convicção deculpabilidade. O juiz aprecia osautos e conclui pela condena-ção. E aí surge sua excelência odoutor advogado de defesa dobacana, remunerado a soldos

escandalosos e não incomu-mente originários da riquezaacumulada pelo próprio crime.Vem o dito advogado do doutore alega uma incorreção qual-quer no processo, quando nãoo abuso de autoridade do juiz,recorrendo da sentença ao tri-bunal de segundo grau que, noentanto, confirma a sentençado juiz singular. Ou seja, o tri-bunal, nesta hipótese rara, nãoreconhece todas as possíveisalegações que podem ser fei-tas nestes recursos protelató-rios, todos no intuito de res-guardar o mais amplo direitode defesa do condenado e osseus institutos de atenuantesda pena: cerceamento de defe-sa, inconsistência das provas,contradições nos depoimen-tos, diligências mal executa-das, inquéritos mal conduzi-dos, vulnerabilidade do réu, li-mite e reduções das execu-ções penais por inf in i tosmotivos como réu primário,curso superior, foro privilegia-do, acatamento de ordem su-perior, bom comportamento,defesa da honra, idade avan-çada, comprometimento psí-quico ou mesmo estado de de-mência, etc.

Conclusão: enquanto queem culturas de plena cidada-nia todos são realmente iguaisdiante da lei, no Brasil, comodiz a piada, uns são maisiguais que outros e o caríssi-mo, ineficiente, ritualístico eopaco sistema judiciário nãocumpre a função fundamentaldo Estado de produzir e distri-buir justiça. Enquanto que emqualquer democracia o crimerealmente não compensa,aqui não resta dúvida de queseja um bom negócio! Como jádisse o próprio ministro daCGU Jorge Hage, juiz de carrei-ra: "No Brasil, o princípio cons-titucional da presunção dainocência – diferentemente deoutros países de democraciasmais consolidadas que a nos-sa – tem prevalecido mesmo

diante de quatro reconheci-mentos oficiais de culpabilida-de, quais sejam: a opinio delic-tis de um procurador da Repú-blica (após o inquérito realiza-do); a aceitação da denúnciado Ministério Público por umjuiz; a sentença condenatóriade 1º grau; e o acórdão confir-matório dessa sentença porum tribunal de segundo grau.Nada disso vale coisa algumadiante, simplesmente, da ver-são do próprio réu, obviamen-te alegando sua inocência".

Pois os dois processos doMensalão e do Cachoeira– não obstante as enor-

mes pressões políticas dos en-volvidos e dos amigos dos en-volvidos para acabar em pizza– serão sem dúvida algumaum grande e definitivo passono processo de aprimoramen-to de nossas instituições jurí-dicas e políticas. Temos ape-nas, os cidadãos mais respon-sáveis pelo nosso destino co-mum, os INGs – indivíduosnão-governamentais – quedecidir participar com atravésde manifestações públicas,firmes e incontroversas. Poissó temos todos a ganhar.

JORGE MARANHÃO É D I R E TO R DO

IN S T I T U TO DE CU LT U R A

DE CI DA DA N I A A VOZ

DO CI DA D Ã O. EMAIL:JORGE@AVO Z D O C I DA DAO.COM.BR

Viajando no mundopós-Despertar Árabe,tenho ficado

impressionado como poucosnovos líderes sugiram daerupção vulcânica políticadaqui. Por novos líderes nãoquero dizer simplesmentepessoas que vencemeleições, quero dizer líderes– homens e mulheres com alegitimidade e com o desejode dizer a seu povo averdade e de construir asalianças exigidas para tersuas sociedadesprogredindo novamente.

Discutindo esse problemacom amigos árabes, eusempre sou rápido emobservar que meu própriopaís – para não mencionara Europa – tem umproblema parecido. Háum vácuo de liderançaglobal. Mas hoje no mundoele é particularmenteproblemático porque háum momento crítico.Cada um desses países queestão despertando precisafazer a transição de Saddampara Jefferson sem ficarpreso em Khomeini.

Por que o despertarárabe produziu tão poucoslíderes? Em parte porque oprocesso eleitoral aindaestá se desenrolando emlocais como o Egito e oIêmen e em parte porque elaainda não começou emlocais como a Líbia e a Síria.Mas essas são explicaçõestécnicas. Há fatores maisprofundos agindo.

Um é simplesmente oquanto é fundo o buracocom que essas sociedades

têm de lidar. Quem vaidizer ao povo quanto tempofoi perdido? Quem vaidizer ao povo que, nosúltimos 50 anos, a maioriados regimes árabesdesperdiçou seus momentosditatoriais? Uma ditaduranão é desejável, mas pelomenos as ditaduras do Lesteda Ásia, como as da Coreiado Sul e de Taiwan, usaramsua autoridade de cimapara baixo para ergueremeconomias dinâmicasdirecionadas à exportaçãoe para educar todo o seupovo – homens e mulheres.No processo, eles criaramuma gigantesca classemédia cujos novos líderesfizeram o parto da transiçãodo regime autoritáriopara a democracia.

As ditaduras árabes nãofizeram isso. Elas

usaram sua autoridade paraenriquecer uma pequenaclasse e para distrair asmassas com "objetosbrilhantes" – chamadosIsrael, Irã e nasserismo paracitar apenas alguns.

Agora que os ditadoresestão sendo varridos parafora, os partidos islâmicosestão tentando ocuparo vazio. Quem vai dizer aopovo que, ao mesmotempo em que o Islamismoé uma grande e gloriosafé, ele não é "a solução"para o desenvolvimentoárabe hoje?

Matemática é a resposta.O Irã conseguiu ficarestagnado naKhomeinilândia porque

tinha petróleo para subornartodas as contradições. Idempara a Arábia Saudita. Egitoe Tunísia têm bem poucopetróleo e ambos precisamde empréstimos do FundoMonetário Internacional.Para honrar essesempréstimos, seus políticosislâmicos em ascensão terãode cortar subsídios eaumentar impostos. Maseles são acostumados a dar,não a retirar. Eles estãopreparados para isso?

Quem vai dizer ao povoque, sim, a forma com aqual o capitalismo veiopara o mundo árabe nosúltimos 20 anos foi em suamutação mais corrupta eexclusivista? Mas a respostacorreta não é voltar para osocialismo árabe, mas paraum capitalismo melhor:economia melhor baseadano mercado, enfatizando aexpansão das exportações,mas administradaapropriadamente peloverdadeiro Estado de

direito e direcionada aredes de segurança.

Quem vai dizer aos árabesjovens que eles têm tantotalento como qualquerpessoa de qualquer lugar?

Vejam a tendênciamundial que suas

revoltas desencadearam.Mas muitos deles aindanão têm os instrumentoseducacionais paracompetir por empregos nosetor privado e, portanto,precisam estudar aindamais – porque acabaram-seos dias de empregospúblicos fáceis.

E ainda existe a divisãosunita-xiita na Síria, noBahrein e no Iraque ou adivisão palestino-beduíno naSíria ou a divisão cristãocopta-muçulmano no Egito.Essas divisões sectáriasevitaram que surgissemlíderes nacionais – e nenhumNelson Mandela árabe ouMartin Luther King árabepôde crescer para curar as

feridas. Sem esses lídereshá bem pouca confiançano espaço que há parafazer unidos coisasgrandes e difíceis. E tudo oque as sociedades árabesprecisam fazer hoje égrande e difícil e só podeser feito com união. Quemvai dizer ao povo árabeque as sociedades árabesnão têm mais tempo paraser consumida por essasdivisões sectárias, queno final das contas sódeixam todo mundo emseu próprio gueto?

Omundo árabe temconstantemente

perdido sua diversidade,"e sem diversidade não hátolerância", afirma HassanFattah, o editor do TheNational, o melhor jornal deAbu Dhabi. E semdiversidade é mais difícilsurgirem novas ideias.

A nova geração dafamília real no Marrocos,Jordânia e Emirados ÁrabesUnidos, que têm alegitimidade de unir aspessoas e conduzir amudança, sãoprovavelmente os líderesmais eficientes na regiãoatualmente. A Burson-Marsteller acabou depublicar sua Pesquisa sobrea Juventude Árabe anual.Ela revelou que maisárabes jovens disseramque gostariam de viver nosEmirados Árabes Unidosdo que em qualquer outropaís árabe porque elestransformaram Dubai eAbu Dhabi em centros

globais e em geradoresde empregos.

Liderança importa.Especialistas em educaçãovão lhes dizer que três anosseguidos com professoresruins podem prejudicaros estudantes durante anos,enquanto que só um anode um professor bastanteeficiente pode recuperá-losou arremessá-los parafrente. O mesmo é válidopara os líderes. Expulsaros autocratas no Egito, noIêmen, na Tunísia, na Líbiae, talvez logo, na Síria énecessário. Mas não ésuficiente. A região nãoapenas precisa se livrar doantigo, ela precisa dar àluz o novo – novos líderescapazes de dizer verdadesduras e montar aliançasdomésticas amplas paraimplementá-las. Isso nãoestá ocorrendo ainda.Quem vai dizer ao povo?

THOMAS L. FRIEDMAN É CO LU N I S TA DO

NE W YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

Dida Sampaio/AE-05/10/2005

Investigar o envolvimento de poderosos com Cachoeira é um grande passo no aprimoramento de nossas instituições

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terça-feira, 8 de maio de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fotos íntimas333 A atriz Carolina Dieckman, que teve fotossuas, toda nua, feitas possivelmente em suacasa e provavelmente, por seu marido TiagoWorcman, contratou o mesmo advogado (e umdos mais caros do país) do senador DemóstenesTorres (sem partido) para processar quem derpara processar nesse episodio. É Antonio Carlos

de Almeida Castro, o Kakay. Na internet, há um festival de sitesexibindo fotos que supostamente, seriam delas. Na polícia, ela contouque, há duas semanas, havia mandado consertar seu computadornuma loja (e com fotos intimas dentro). Para quem não sabe: nocomeço de sua carreira, no Rio, posou nua e igualmente sem roupaaparece no primeiro livro de cabelos de Marco Antonio de Biaggi.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Se até mesmo diante daofensiva de Dilma Rousseff emcima dos juros e taxas cobradaspelos bancos, as instituiçõesfinanceiras tem recuado, que

ninguém imagine que, quando ela decidiu se empenhar nessacruzada, não tenha até sentido muita resistência do pessoal doBanco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Quando a chefedo Governo avisou os presidentes do BB e da CBF de suasintenções, eles arrepiaram e voltaram, para a segunda reunião,com estudos para mostrar por que o spread é alto no Brasil. Dilmanem deixou que eles falassem e igualmente não ficou com oestudo: devolveu. E ai, exibiu seu lado de combate, que vem átona quando ela sente que estão tentando embrulhá-la: “Vocêsnão entenderam. Eu quero que os juros baixem e ponto final”.

Resistentesdomésticos

333 Mineira de Caxambu, KarenJunqueira, 29 anos, começou comMalhação, virou vampira em OsMutantes, passou por Sansão eDalila e agora, está no elenco de

Máscaras, na Record. Ao mesmo tempo, acaba de estrear naminissérie Preamar, na HBO, onde vive uma garota de progra-ma e vem aí numa produção franco-belga-sergipana chamadaA Pelada, com direção de Damien Chemin e Tuca Andrada noelenco. Ela era a primeira escolha para viver Bruna Surfistinhano cinema, já foi capa e ensaio na Trip, deitou e rolou noPaparazzo e acha que, agora, a carreira decola para valer.

Dosetripla

Baile demáscaras

333 Marlene Rito Nicolau eChiquinho Scarpa, o último dosplayboys brasileiros (esquerda)receberam grande grupo, no finalda semana passada, no Espaço

Imperatriz, em São Paulo, para festejar, com um legitimo Bal Masqué,os 20 anos de Nathalia Tuffi, filha dela (direita). A noite exigiablack-tie e máscara, os convidados capricharam e as mulhe-res esforçavam-se em permanecer com parte do rosto coberto.Marlene é empresária e dona da rede de escolas Microcamp.

Algumas coisas na vida não tem preço, mas tem troco.

IN OUTh

h

Tijelas. Mugs.

MAIS: dois dias depois,Clarissa Garotinho usavaum modelo igual e de solavermelha também. Masavisava: "O meu é genérico".

MISTURA FINA

300 mil escutas333 Para quem não tem idéiado tamanho da OperaçãoMonte Carlo: são mais de 300mil escutas feitas pela PolíciaFederal. Os agentes usaram osistema Guardião para asgravações, em várias cidadese diversos Estados (existemtambém grampos envolvendofiguras conhecidas de SãoPaulo), durante muitos e muitosmeses. O Guardião permitegravar conversas em centenasde telefones fixos e celulares aomesmo tempo. Depois, tudo oque foi gravado é devidamentepassado para o papel, o queexige mais tempo ainda.

NO QUARTO333 Numa conversa comAntonio Carlos de AlmeidaCastro, o Kakay, defensor deCarlinhos Cachoeira, AndressaMendonça,suamulher,contouque o marido costuma dormircom uma câmera filmadoraligadaeinstaladanoquarto.Sefosse assassinado por alguminimigo, o autor do crime seriafacilmenteidentificado.Detalhe:a filmadora, vira e mexe, acabacaptando alguns momentosmais íntimos entre os dois etodas as manhãs, Cachoeiratinha o cuidado de inutilizaresses trechos das gravações.

Numa foto em Paris,no blog de Garotinho,Adriana Ancelmo apareciacom sapato ChristianLouboutin (sola vermelha).

Fotos: Felipe LessaADRIANE GALISTEU // Adriane Galisteu, agora incursionando na filosofia popular.

Pagava araponga333 Nova safra de grampos apresentada no site de Mino Pedrosa,o mesmo que denunciou que o governador de Goiás, MarconiPerilo, teria recebido meio milhão de reais de Carlinhos Cachoei-ra, revela agora a ação do araponga Jairo Martins de Souza, autorde filmagens clandestinas no apartamento de José Dirceu no HotelNaum, em Brasília. Nas gravações, Cachoeira garante aDemóstenes que sempre financiou o araponga, que entrou noapartamento do Naum Hotel (lá, Dirceu tramava a queda deAntonio Palocci) e teria plantado uma escuta ambiente. Ou seja:essas gravações constariam do arquivo pessoal de Cachoeira,guardado por seu desaparecido contador Giovani Pereira da Silva.

Água gelada333 No Rio, na semana passada,Lula recebeu o título de doutorhonoris causa de cincouniversidades fluminenses:corresponde a um doutorado emCiências Humanas. A bengalaficou no hotel: o ex-presidente nãoqueria demonstrar fragilidade nosmovimentos. Só que não deu certo:foi amparado por Dilma Rousseff epor professores. A perna esquerdado ex-chefe do Governo é a queapresenta maior complicação:sem massa muscular, praticamenteestá sem movimento. No final, Lulaacabou se queixando com Dilma:estava com dor de garganta e levouum pito da presidente. Haviatomado água gelada. No Sírio-Libanês, além de fonoterapia,estão sendo aumentadas assessões de fisioterapia.

DE VOLTA333 Oex-diretordaDersa,PauloVieira de Souza, que estáprocessando uma revistasemanal, jornalista, tucanos eaté Dilma Rousseff, por terematribuídoaeledesviodedinheiroque, supostamente, seriam dacampanha de José Serra, está devoltaàspáginasdeIstoÉ,quefazligações entre ele e a Delta, deFernando Cavendish. A Deltatem 27 contratos com o governode São Paulo estimados emcerca de R$ 800 milhões. Dessetotal, 83% durante o governoSerra. A contratação da Delta(consórciocomaSobrenco)paraobras viárias tem a assinatura naDiretoriadeEngenhariadePauloVieira de Sousa, que já querprocessar de novo a revistapor citá-lo como “polemicoarrecadador tucano em 2010”.

Corpo celeste333 Andressa Mendonça, 30anos, ex-mulher de WilderPedro de Morais, empreiteiro esecretário de Infraestrutura dogoverno Marconi Perilo e mulherde Carlinhos Cachoeira, foimesmo convidada para posar nuapara Playboy: “Não vou dar esseygostinho, não! Deixa só para oCachoeira”. Há dias, Cachoeiracompletou 49 anos e Andressanão conseguiu falar com ele(visitas só às terças-feiras, de umahora de duração e com vidro entreeles). Deixou um cartão “cheio deamor”. Mais: em outros grampos,aparece o bicheiro avisandoque arrumou o apelido idealpara ela. Era Corpo celeste.

REGENERADO333 Conhecido ponto deprostituiçãonocentrodoRiodeJaneiro, o famoso Hotel Paris,em plena Praça Tiradentes,construído em 1902 e tombadopeloPatrimônioHistorio,vaivirarhoteldeluxo,ganhandoonovonomedeLeParis.Oprojetopromete: 22 apartamentos,restaurante no andar de baixo,bar e piscina no andar de cimae, comprado pelos irmãosfranceses Jacques e FrançoisDussel, será um hotel-boutique com inauguraçãomarcada para 2014. Detalhe:três suítes poderão continuara ser usadas para encontrosrápidos. Essas forambatizadas de Suítes Delicias.

333 PAULO Vieira de Sousa, ex-Dersa, em suas ofensivas najustiça contra detratores, temcomo advogado José Luis deOliveira Lima, o Juca, o mesmoque foi contratado para defendera empreiteira Delta em meio agrande imbróglio nacional.

333 A PRESIDENTE DilmaRousseff recomendou ao novoministro do Trabalho, Brizola Neto,que mantenha distância dodeputado Paulinho Pereira daSilva (PDT-SP). E que não permitaque ele interfira em suas decisõesno ministério. Em rodas maisintimas, Dilma usa adjetivos muitoespeciais para designar a figurade Paulinho Pereira da Silva.

333 AMANHÃ, no Sesc deBertioga, litoral de São Paulo,Abram Szajman, presidenteda Federação do Comercio deSão Paulo e do Sesc-Senac/São Paulo, recebe da CâmaraMunicipal de lá o título deCidadão Bertioguense.

333 A MINISTRA-chefe da CasaCivil, Gleisi Hoffmann, já avisou opessoal do Paraná que está forada disputa para o governo doEstado em 2014: de um lado,devido aos elevados índices queBeto Richa (PSDB) vem apresen-tando nas pesquisas para suareeleição; de outra, porque querpermanecer no governo DilmaRousseff, que “será reeleita comfacilidade”. O ministro PauloBernardo, marido de Gleisi, nãoquer sair candidato lá também.

333 A ONG Brasil Foundation,presidida por Leona Forman, quefaz bailes de gala em Nova Yorkem beneficio a projetos no Brasilpromoverá dia 19, na França,mais um desses eventos black-tie, aproveitando o clima doFestival de Cannes. Serão 150convidados no Villa l’Abri, umdos luxuosos da região.

333 A ASSOCIAÇÃO Brasileiradas Indústrias de MedicamentosGenéricos (Pró-Genéricos) estátrabalhando junto ao governo deSão Paulo para reduzir de 18%para 12% o ICMS sobre osmedicamentos comercializadosno Estado. Dando certo, poderiaproporcionar uma queda de 7%nos preços dos remédios paraconsumidores paulistas.

CHARGE DO DIA

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terça-feira, 8 de maio de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

DILÚVIODefesa tenta soltarCachoeira. PGR dizque liberdade seriauma "temeridade".

CO E S Ã OPedido de aberturade processo contraDemóstenes deveter unanimidade.

política

Imagine se todofuncionário doPoder Públicotivesse quepassar por essasituação paratrabalhar.

DE P U TA D O LUIZ PITIMAN

Fiz uma leiturarápida. Tudo que vijá foi divulgado.O que eu achoé que este processode consulta vaidar confusão.

SENADOR A VANESSA GR AZZIOTIN

Todos contra Demóstenes no conselhoPedido de abertura de processo deve ser aprovado hoje por unanimidade. Defesa vai pedir mais tempo.

Dida Sampaio/AE - 24.04.12

Sem apoio: senador DemóstenesTorres é acusado pelo relator do

Conselho de Ética de ter"faltado com a verdade" e sua

situação, reconhecem os colegas,agora é "muito delicada".

OConselho de Ética doSenado deve aceitarhoje o pedido de aber-

tura de processo disciplinarcontra o senador DemóstenesTorres (sem partido-GO). Seráo primeiro passo para o iníciodo processo de cassação domandato do ex-líder do DEM.

Demóstenes aparece naOperação Monte Carlo, da Po-lícia Federal, como um dos in-tegrantes do esquema crimi-noso comandado por CarlosAugusto Ramos, o CarlinhosCachoeira. A expectativa éque o relatório do senadorHumberto Costa (PT-PE), como pedido de abertura do pro-cesso, seja aprovado por una-nimidade dos votos dos 15conselheiros. Na avaliação deum dos integrantes do cole-giado, a situação de Demóste-nes é "muito delicada", não se-ria "nada confortável", disse.

Mentira – Os senadores acu-sam o ex-líder do DEM de termentido ao negar qualquerenvolvimento com Cachoeira.Este foi, inclusive, um dos ar-gumentos do relator no pare-cer de 63 páginas apresenta-do na semana passada.

Costa escreveu que Demós-tenes "faltou com a verdade",o que configura quebra de de-coro, ao afirmar que militoucontra a legalização dos jogosde azar no País e que só man-tinha "relações sociais" comCachoeira, em discurso feitono dia 6 de março no plenáriodo Senado. Na ocasião, subiu àtribuna para explicar os pre-sentes de casamento que re-

cebeu de Cachoeira.Defesa – O advogado Anto-

nio Carlos de Almeida Castro,o Kakay, anunciou que vai ten-tar adiar a votação do colegia-do. Ele vai insistir na conces-são de mais dez dias paraapresentação de defesa deDemóstenes. A tendência éque o pedido seja, mais umavez, negado pelo presidentedo conselho, senador AntonioCarlos Valadares (PSB-SE).

Kakay, na semana passada,dizendo que estava surpresocom o teor do relatório de Cos-ta, solicitou mais tempo parapreparar a defesa de Demós-tenes, mas Valadares negou.

Com a provável aprovaçãodo pedido de abertura de pro-

cesso, o próximo passado seráa convocação de duas teste-munhas: o próprio Demóste-nes e Carlinhos Cachoeira. Aexpectativa é que o relatóriofinal de Costa seja votado pelocolegiado até o final de junho.A votação do eventual pedidode cassação deverá ocorreraté o dia 17 de julho, antes dorecesso parlamentar.

Devia saber – Ao defender aabertura do processo, o rela-tor afirmou que Demóstenesteria conhecimento das ativi-dades ilícitas de Cachoeira.Ele argumentou que, como ex-procurador de Justiça e ex-se-cretário de Segurança Públicade Goiás, Demóstenes não ti-nha como desconhecer as ati-

vidades de Cachoeira, já alar-deadas durante a CPI dos Bin-gos, em 2006.

O relator acusou ainda o se-nador de ter recebido "vanta-gem indevida" ao aceitar umaparelho Nextel de Cachoeira.Esse foi um dos grampeadospela PF em que foram detecta-das quase 300 conversas en-tre o "doutor" e o "professor"como se tratavam. (Agências)

Carlinhos Cachoeira: pedido de liberdade vai ser julgado dia 15.

Dida Sampaio/AE - 06.10.05

Defesa pede liberdade paraCachoeira. PGR contesta.

Opedido de liberdadeprotocolado peladefesa do contra-

ventor Carlos Augusto Ra-mos, o Carlinhos Cachoei-ra, deverá ser julgado napróxima terça-feira, dia 15,pela quinta turma do Supe-rior Tribunal de Justiça(STF), de acordo com o rela-tor da ação no tribunal, mi-nistro Gilson Dipp,

Em março, Cachoeira játeve pedido de liberdadenegado pela terceira turmado Tribunal Regional Fede-ral da 1ª Região. A defesaargumentou que ele não ti-nha antecedentes crimi-nais e recorreu.

PGR – A Procuradoria Ge-

ral da República enviou pa-recer defendendo a perma-nência de Cachoeira na pri-são com o objetivo de "neu-tralizar ou enfraquecer ouseu poder de articulação".O documento, assinado pe-lo subprocurador-geral,Paulo da Rocha Campos,diz que libertar Cachoeiraseria medida "temerária".

Governadores – A PGR in-formou ontem que vai pedirabertura de inquérito paraapurar as relações do go-vernador Marconi Perillo(PSDB-GO) com Cachoeira.Avalia ainda pedir aberturade outro inquérito sobre ogovernador Agnelo Quei-roz (PT-DF). (Agências)

'Sala da verdade' nãoagrada parlamentares

Integrantes da CPMI reclamam das dificuldades para ter acesso aos dados dos inquéritos da PF

so de consulta vai dar confu-são", disse Vanessa.

Nos computadores da CPMIestão apenas as informaçõesda Operação Vegas. Somenteontem Vital do Rego recebeu omaterial referente a OperaçãoMonte Carlo.

Depoimentos – A partir dehoje, a CPMI começa a ouvir

depoimentos em sessões se-cretas. O primeiro a depor seráo delegado da Polícia Federal,Raul Alexandre Marques Sou-za, responsável pela Opera-ção Vegas, que desvendou umesquema de exploração de ca-ça-níqueis e contratos públi-cos comandados por Cachoei-ra envolvendo governadores

e parlamentares de váriospartidos políticos.

Na quinta-feira, dia 10, seráa vez do delegado da PF, Ma-teus Rodrigues, e os procura-dores do Ministério Público,Daniel Salgado e Léa Batistade Oliveira. A sessão tambémserá fechada. O delegado e osprocuradores comandaram

rios, políticos e autoridadesem todos os níveis – federal,estadual e municipal.

Além disso, a CPMI chance-lou a quebra de sigilos bancá-rio, telefônico e fiscal de Ca-choeira e solicitou ao BancoCentral seus dados bancáriosque ainda não foram envia-dos. O pedido de quebra cor-responde às movimentaçõesde Cachoeira desde 2002.

Governadores – No dia 17,haverá reunião entre os 32 in-tegrantes da CPMI. Na oca-sião, deputados e senadoresdefinirão se vão chamar os go-vernadores Agnelo Queiroz(PT -DF) , Marcon i Per i l l o(PSDB-GO) e Sérgio Cabral(PMDB-RJ), mencionados dire-ta ou indiretamente em inves-tigações relativas às ações deCachoeira. Não há ainda defi-nição sobre a convocação deFernando Cavendish, ex-pre-sidente da Delta. (Agências)

afirmou o deputado Luiz Piti-man (PMDB-DF). "Imagine setodo funcionário do Poder Pú-blico tivesse que passar poressa situação para trabalhar",reclamou Pitiman ao chegar àsala, a qual chamou de "salada verdade".

Subsolo – A sala fica no sub-solo do Senado. Possui umacâmara na porta, que vigia aentrada, e uma dentro, quemonitora a sala, mas não iden-tifica o conteúdo que está sen-do lido nos monitores dos trêscomputadores disponíveispara os 64 parlamentares queintegram a comissão.

Antes de entrar, o parla-mentar precisa assinar umtermo de compromisso deconfidencialidade e deixaraparelhos eletrônicos em umagaveta do lado de fora. Piti-man reclamou que a maior di-ficuldade é não poder levar umtécnico para ajudar a interpre-

tar as informações.A senadora Vanessa Graz-

ziotin (PCdoB-AM) disse que,ao analisar rapidamente os ar-quivos que estão nos compu-tadores, não viu nada que jánão estivesse publicado namídia. "Fiz uma leitura rápida.Tudo que vi já foi divulgado. Oque eu acho é que este proces-

No primeiro dia defuncionamento, noSenado, da sala desegu rança pa ra

acesso a documentos de ope-rações da Polícia Federal, inte-grantes da Comissão Parla-mentar Mista de Inquérito, aCPMI do Cachoeira, reclama-ram das condições de pesqui-sa aos dados do inquérito queinvestiga a atuação do contra-ventor Carlos Augusto Ramos,o Carlinhos Cachoeira.

A sala de segurança foiadaptada às pressas, a pedidodo presidente da CPMI, sena-dor Vital do Rego (PMDB-PB).Ocupa uma área de 15 metrosquadrados, com três compu-tadores e câmeras de segu-rança para tentar impedir ovazamento de dados.

"Em nome do sigilo estamoscriando um ambiente de cons-trangimento ao parlamentar",

as investigações da OperaçãoMonte Carlo, que investigou oesquema de exploração de ca-ça-níqueis em Goiás.

Cachoeira – Porém, as aten-ções estarão voltadas paraquando ocorrer o depoimentode Cachoeira, que estava pre-visto inicialmente para o dia15, mas poderá ser mudado. Adefesa, alegando que ele pre-cisa ter acesso aos documen-tos das operações da PF, solici-tou uma nova data, que seráanalisada hoje pelos integran-tes da CPMI.

A comissão foi instalada pa-ra apurar as ligações de Carli-nhos Cachoeira com agentespúblicos e privados. Ele estápreso na Penitenciária de Pa-puda, em Brasília, acusado deenvolvimento em jogos ilegaise de administrar uma podero-sa rede de influência. Os seuscontatos envolvem empresá-

Dida Sampaio/AE

Provas: o senador Vital doRego, presidente da CPMI,recebe os documentos que

integram o inquérito daPolícia Federal. Os dados

foram coletados durante aOperação Monte Carlo.

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terça-feira, 8 de maio de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

SECRETARIA DA SAÚDE

DIVISÃOTÉCNICADESUPRIMENTOS-SMS.3ABERTURADELICITAÇÕESEncontram-seabertosnoGabinete,osseguintespregões:PREGÃO PRESENCIAL 133/2012-SMS.G, processo 2011-0.287.059-1, destinadoà contratação de empresa especializada na prestação de serviços deimplantação do novo Portal da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo,para a AssessoriaTécnica deTecnologia da Informação - ATTI, do tipo menor preço.A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 21 de maio de 2012,a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria MunicipaldaSaúde.RETIRADADEEDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico;ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na RuaGeneral Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010,mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital,atravésdoDAMSP,DocumentodeArrecadaçãodoMunicípiodeSãoPaulo.DOCUMENTAÇÃO-PREGÃOPRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo aspropostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessãopúblicadepregão.

GURGEL COBRA EXPLICAÇÕES DE CABRALProcurador-geral pede informações sobre contratos fechados com a Delta e pode até pedir abertura de investigação contra governador fluminense por suspeição.

Além da preocupaçãocom uma possívelconvocação paradepor na CPI do Ca-

choeira, o governador SérgioCabral (PMDB) tem uma novador de cabeça: o procurador-geral da República, RobertoGurgel, pediu informações so-bre contratos da construtoraDelta com o governo do Esta-do a três órgãos de fiscaliza-ção. Com base nas respostas,Gurgel decidirá se pede ou nãoabertura de investigação con-tra Cabral no Superior Tribu-nal de Justiça(STJ).

Em entre-vista, ontem,o procurador-gera l d i sseq u e " é u mmomento ab-so lut amen tepreliminar" eque "não háa inda qua l-quer iniciati-va para ins-tauração deinquérito". Gurgel confirmou,porém, que pediu informa-ções à Controladoria Geral daUnião (CGU), ao Tribunal deContas da União (TCU) e ao Mi-nistério Público Federal (MPF)no Rio de Janeiro. Por meio daassessoria de imprensa do go-verno, Cabral disse apenasque reafirma o respeito ao Mi-nistério Público.

Envolvidos na operação pa-ra, em parceria com o PT, evi-tar a convocação de Cabral naCPI, os principais líderes doPMDB reconhecem que o des-gaste do governador é gran-de. Normalmente distante dasquestões partidárias, Cabralse aproximou dos companhei-

ros de legenda no esforço paraevitar que as relações de ami-zade com o dono da Delta, Fer-nando Cavendish, ganhemcontornos de escândalo na-cional, se chegarem à CPMI.

Em conversa com peeme-debistas, Cabral disse que setrata de uma questão localcom o adversário Anthony Ga-rotinho, deputado (PR-RJ) eex-governador que tem publi-cado diariamente fotos dasviagens suntuosas de Cabral,Cavendish e suas mulheres epostado denúncias contra o

governador.Sérgio Ca-

bral assegu-rou aos pee-m ed e bi s ta sque não temqualquer l i-gação com ocon traven torC a r l o s C a-choeira, pre-so na Opera-ç ã o M o n t eCarlo.

O p r e s i-dente do PSDB, deputado Sér-gio Guerra, reagiu ao que defi-niu como um acordo que co-meça a se desenhar entre pe-emedebistas e petistas parapreservar Cabral e o governa-dor do Distrito Federal, AgneloQueiroz (PT). Para Guerra, Ca-bral, Agnelo e o tucano Marco-ni Per i l lo , governador deGoiás, devem ser ouvidos naCPMI. "A investigação não po-de ser regional. Se a situaçãode Cabral é diferente em rela-ção aos outros, melhor para oCabral e para o Rio de Janeiro.Ou a CPMI investiga de verda-de ou vai se distrair com a in-vestigação já feita dos telefo-nemas do contraventor. (AE)

Guto Maia/Brazil Photo Press/AE - 18.04.12

Sob pressão: para evitar projeção nacional do caso, Sérgio Cabral busca apoio do PMDB e se diz disposto a explicar tudo.

Já que o [Gabriel] Chalita, não abriu mão de ser cabeça de chapa, as conversas estão encerradas.Marcos Pereira, presidente do PRB.política

Jornal pede informações sobre viagensEstadão protocola requerimento de documentos sobre passeios luxuosos de Cabral e Cavendish no exterior

Ojornal O Estado de S.Pa u l o p r ot o c o l o uontem, no governodo Rio de Janeiro,

um pedido de informações so-bre as viagens do governadorSérgio Cabral Filho (PMDB) aoexterior. O objetivo do reque-rimento, dirigido ao secretárioda Casa Civil, Régis Fichtner, éobter esclarecimentos sobrevisitas do governador a outrospaíses e sobre dúvidas que asenvolvem.

Elas surgiram após a divul-gação de fotos e vídeos nosquais Cabral aparece se diver-

tindo e até jantando em umrestaurante de luxo em Môna-co com o amigo e empresárioFernando Cavendish, contro-lador da empresa Delta, inves-tigada pela CPI do Cachoeira.

As imagens foram divulga-das primeiro pelo blog do de-putado federal Anthony Garo-tinho (PR-RJ), um adversáriode Cabral, mas depois foramreproduzidas pela imprensa.O governador diz que, nas via-gens, pagou despesas priva-das do seu bolso e afirma quenunca misturou os interessesdo Rio – que contratou com a

Delta obras de R$ 1,49 bilhão –com amizade, mas não dá en-trevistas sobre o assunto. Li-mitou-se, até ontem, a se ma-nifestar por notas preparadaspor sua assessoria de impren-sa. Em dois eventos na sema-na passada, no Banco Nacio-nal do Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) e noTeatro João Caetano, o gover-nador saiu por portas laterais,evitando os jornalistas.

No requerimento, de cincopáginas, o Estadão encaminhaoficialmente 14 perguntas aogoverno do Rio. O jornal pede,

entre outras coisas, a relaçãocompleta das viagens do go-vernador ao exterior desdesua primeira posse, em 2007,até 30 de abril de 2012, e infor-mações sobre seus objetivos eagendas, meios de transporteutilizados, custos, convida-dos, pagamentos, hotéis. Odocumento foi elaborado combase na Constituição de 1988,que fixa o princípio da publici-dade nos assuntos públicos eestabelece o direito dos cida-dãos de requerer aos Três Po-deres informações de interes-se particular ou coletivo. (AE)

Governador investe em propagandaApós divulgação de suas fotos, Cabral lança campanha publicitária na mídia ao custo de R$ 13 milhões.

Dez dias depois doinício da publicaçãode imagens do go-vernador Sérgio

Cabral (PMDB) em viagens lu-xuosas com o dono da constru-tora Delta, Fernando Caven-dish, o governo fluminensedeflagrou ontem uma campa-nha publicitária que será vei-culada em jornais, revistas,rádios, TVs e internet. As pe-ças custaram R$ 13 milhões.

Com o lema "Dignidade", osanúncios divulgam o progra-ma Renda Melhor/ Rio Sem Mi-

séria, em que o estado comple-menta o Brasil Sem Miséria dogoverno federal e atende fa-mílias em pobreza extrema,com renda per capita inferior aR$ 100 mensais. A propagan-da vai até o fim de junho.

Por meio da assessoria deimprensa, o governo negouque a veiculação da campa-nha neste momento tenha re-lação com a divulgação de fo-tos e vídeos das viagens de Ca-bral e Cavendish, com suasmulheres, no blog do deputa-do e ex-governador Anthony

Garotinho (PR). As imagenscomeçaram a ser publicadasno dia 27 de abril. Todos osdias, Garotinho publica novasfotos ou apresenta denúnciascontra Cabral.

Segundo a assessoria, a di-vulgação do Renda Melhor jáestava programada e foi pos-sível graças à renovação docontrato de publicidade do go-verno, em abril. O contratoprevê gasto anual de R$ 180milhões. O governo nega terfeito pesquisa de opinião parasaber o impacto das denún-

cias de Garotinho na imagemdo governador e na avaliaçãodo governo.

As peças publicitárias anun-ciam a marca de 1 milhão depessoas beneficiadas com oRenda Melhor, comemoradaem solenidade com a presen-ça da presidente Dilma Rous-seff, no dia 26 de abril.

A assessoria informa que acampanha segue a mesma li-nha da realizada em 2011,com o slogan "Rio, marca re-gistrada do Brasil", que custouR$ 15 milhões. (AE)

Chalita e Russomano: sem aliança.Peemedebista declina da formação de bloco contra a polarização entre petistas e tucanos eleição municipal

OPRB, partido do pré-candidato à Prefei-tura de São PauloCelso Russoman-

no, anunciou ontem o fim dasnegociações para formar umaeventual aliança com o PMDB,de Gabriel Chalita, no primeiroturno.

No final de abril, Russoman-no e Netinho de Paula (PCdoB)anunciaram que articulavamcom o PMDB a formação de umbloco contra a polarização en-tre petistas e tucanos na cida-de. Eles propuseram um acor-do com Chalita, para que emjunho eles definissem quemseria o nome da coligação,com base nas pesquisas deopinião.

Segundo o presidente doPRB, Marcos Pereira, o PMDBrefutou a hipótese. "Já que oChalita, por questão pessoal,não abriu mão de ser cabeça

de chapa – e como acreditoque o Celso vai estar em se-gundo nas pesquisas, à frentedele – as conversas estão en-cerradas", afirmou.

De acordo com Russoman-no, as negociações para umaaliança com o PCdoB conti-nuam – quem estiver à frentenas pesquisas em junho assu-me a cabeça da chapa.

Na última pesquisa Datafo-lha, divulgada há dois meses,Russomanno aparecia em se-gundo, com 19% das inten-ções de voto. Netinho era oterceiro, com 10%, em empa-te técnico com outros três can-didatos, entre eles Chalita. Otucano José Serra lideravacom 30%.

Russomanno, que já anun-ciou apoio dos nanicos PTdoBe PMN a seu nome, disse quemantém conversas "muitoadiantadas" com outras duas

siglas pequenas – o PHS e oPRP. O PDT, do deputado etambém pré-candidato PauloPereira da Silva, também é co-biçado por ele. "A prioridade éque o vice seja de um partidopreferencialmente maior queo nosso, para agregar tempo

de TV", disse Pereira.O partido anunciou também

parte da equipe que cuidaráda campanha de Russoman-no: Pereira será o coordena-dor-geral, e o presidente doPRB em São Paulo, Aildo Fer-reira, o tesoureiro. (Agências)

JBS pode fechar comprada Delta nesta semana

Avenda da Delta Cons-truções, empreiteiralíder de contratos do

Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), para aJ&F pode ser fechada aindanesta semana, informouuma fonte com conheci-mento das negociações.

A J&F é a holding que en-globa os negócios da famí-lia Batista, a mesma quecontrola o JBS, maior produ-tor de carne bovina do mun-do; além da Eldorado Brasil,do setor de celulose; a Flo-ra, empresa de produtos delimpeza; e o Banco Original,com foco em financiamentodo agronegócio.

Segundo a fonte, que pe-diu para não ser identifica-da, a negociação está sen-do realizada entre a holdinge o empresário FernandoCavendish, proprietário daDelta.

A Delta foi envolvida nasdenúncias de negócios irre-gulares entre agentes pú-blicos e Carlinhos Cachoei-ra, suspeito de comandaruma rede de jogos ilegais.

Desde então, deixouobras nas quais participavade consórcio com outras

Ou a CPMIinvestiga deverdade ou vai sedistrair com ainvestigação já feitados telefonemas docontraventor.

SÉR GIO GUERR A (PSDB-PE)

ELEIÇÕES 2012

Dida Sampaio/AE - 24.04.12

Negativo: Gabriel Chalita não aceita parceria com Russomanno.

empreiteiras e vem sofren-do pressão para abandonarempreendimentos estataisque toca sozinha.

Um antigo diretor da em-presa deve ser chamadopara prestar depoimentona CPI criada para investi-gar as denúncias contra Ca-choeira e políticos, enquan-to parlamentares aindapressionam para que o no-vo presidente compareça àcomissão.

Em março deste ano, oex-presidente do BancoCentral, Henrique Meirel-les, passou a ser o presiden-te do conselho da J&F.

Recuo – No último dia 25, aDelta divulgou um comuni-cado no qual a empresa as-segurava que "continuará acumprir seus contratos,obrigações e compromis-sos assumidos com seusfornecedores e clientes,com a habitual regularida-de".

Poucos dias antes, no en-tanto, deixou de fazer apor-tes no consórcio responsá-vel pela reconstrução doMaracanã. E no dia seguin-te deixava outro consórciono Rio. (Reuters)

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terça-feira, 8 de maio de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Qualquer questão que signifique anistia tem grandes chances de sofrer veto.Ideli Salvatti , ministra das Relações Institucionaispolítica

Ministradefende veto

Para Izabella Teixeira, é preciso garantir produção de alimentos e meio ambiente

Aministra do MeioAmbiente, IzabellaTeixeira, declarouontem ser favorável

a um veto presidencial ao no-vo Código Florestal e mostroupreocupação com a insegu-rança jurídica do texto.

"A posição da ministra é pe-lo veto. Não tenho nenhumproblema em dizer isso", afir-mou Izabella durante debateno Senado sobre a Carta daTerra, segundo sua assessoriade imprensa. A Carta da Terraé uma declaração de princí-pios éticos voltados à constru-ção de uma sociedade globalsustentável.

"Não tenho problema empedir o veto ao Código Flores-tal", disse a ministra, acres-centando que "é necessárioproduzir regras claras, e nãouma legislação "puxadinho".

"Tenho problema é de lidarcom a realidade depois do ve-to, de garantir condições paraquem produz alimentos e pro-tege o meio ambiente, com in-clusão social", afirmou.

A Câmara dos Deputados

aprovou o novo Código no fimde abril, com algumas lacunasna parte do texto que trata darecuperação de vegetaçãonas margens de rios.

A aprovação do projeto,com o apoio da bancada rura-lista desagradou o Planalto,que defendia o texto produzi-do por senadores em dezem-

O texto do Código Florestalainda está na Câmara dos De-putados, aguardando assina-turas de integrantes da Secre-taria da Mesa para ser encami-nhado ao Palácio do Planalto.

A partir do momento em quereceber oficialmente a reda-ção final do código, a presi-dente Dilma Rousseff terá 15dias úteis para sancionar ouvetar a proposta.

Segundo fontes do governo,a presidente deve mesmo ve-tar o projeto, mas não há deta-lhes sobre a extensão desseveto. Se Dilma retirar os dispo-sitivos que tratam da recupe-ração nas margens de rios,torna-se necessária a ediçãode uma medida provisória pa-ra preencher essa brecha,avaliou uma das fontes.

Ontem ainda, Dilma rece-beu a presidente da Confede-ração da Agricultura e Pecuá-ria do Brasil, senadora KátiaAbreu. O encontro coincidecom a semana em que ela po-de vetar parte do texto do Có-digo aprovado pela Câmarados Deputados. (Agências)

CÓDIGO FLORESTAL

Pinheiro promete: "Queremos juntar os relatórios e ir a plenário".

Lei da Copa em semana de CPMIApesar dos escândalos que agitam o Senado, lei da Copa deve sair.

Ogoverno pretende vo-tar no Senado, na pró-xima quarta-feira, a

proposta da Lei Geral da Copa,que define as regras para oMundial de 2014 no Brasil.

A proposta será votada namesma semana dos primeiros

depoimentos na ComissãoParlamentar Mista de Inquéri-to (CPMI), que vai apurar o en-volvimento de políticos e em-presários com o grupo do bi-cheiro Carlinhos Cachoeira.

A proposta, que define re-gras acordadas com a Federa-

ção Internacional de Futebol(Fifa), chegou ao Senado nofim de março, após tramitaçãona Câmara, por causa da polê-mica sobre a liberação ou nãode bebidas alcoólicas nos es-tádios. O texto aprovado sus-pendeu trecho do Estatuto doTorcedor que veta a bebida,mas não fica claro se a vendaestá liberada ou não.

Segundo o líder do PT no Se-nado, Walter Pinheiro (BA), osacertos serão definidos napróxima terça, entre os líderespartidários. O governo propo-rá que os relatores nas comis-sões apresentem seus relató-rios no plenário do Senado."Queremos juntar os relató-rios das quatro comissões e le-var para plenário. Vamos vo-tar a Lei Geral da Copa paraplenário na quarta-feira", dis-se Pinheiro ao G1. (Agências)

Lia de Paula/Ag. Senado - 17.04.12

Servidores podem parar na 4ª

Os servidores públicosfederais planejam umaparalisação de adver-

tência ao governo Dilma Rous-seff amanhã em todo o Brasil.Eles reclamam da política decongelamento que Brasíliavem adotando e apontam pa-ra um "retrocesso igual ao dogoverno Fernando HenriqueCardoso" (de 1995 até 2002).

Pela primeira vez, as mani-festações devem ocorrer si-

multaneamente em todo oPaís. O mote é: "Dia Nacionalde Advertência". Se não hou-ver negociação, a categoriapode votar pela greve.

Segundo o Sindicato Nacio-nal dos Funcionários do BancoCentral, os dirigentes sindi-cais do Banco Central, da Polí-cia Federal, da Receita Fede-ral, da Defensoria Pública, daAdvocacia Pública e da GestãoPública entendem que o cená-

rio adverso "exige um movi-mento sincronizado e centrali-zado para evitar o que aconte-ceu no governo de FHC – quan-d o f i c a r a m 8 a n o s s e mreajuste salarial".

Servidores do judiciário fe-deral também programammanifestações este mês parapressionar o governo: pedemaumento de 50%, pois não te-riam tido reposição desde ju-nho de 2006. ( Fo l h a p r e s s )

Cresce conflito agrárioSegundo números da Pastoral da Terra, violência aumentou em 15%.

Oprimeiro ano do go-verno Dilma Rous-seff registrou au-

mento de 15% no númerode conflitos agrários no País– passou de 1.186 em 2010para 1.363 em 2011.

Ao contrário de anos ante-riores, quando a maior partedos confrontos derivava deações radicais de trabalha-dores, só 280 desses confli-tos foram causados por in-vasões de sem-terra.

Um total de 638 litígios –mais de 60% da estatísticaglobal – foi provocado pelainiciativa privada, em açõesde despejo, expulsões, des-truição de bens e ameaçasde pistoleiros.

Esses dados fazem partedo anuário da violência nocampo, divulgado ontempela Comissão Pastoral daTerra (CPT), que é vinculada

à igreja católica. Para o se-cretário-geral da Conferên-cia Nacional dos Bispos doBrasil (CNBB), dom Leonar-do Steiner, esse quadro de-riva do "modelo equivocadode desenvolvimento" do go-

veto ao texto do Código Flo-restal, aprovado pela Câ-mara e a retomada da pro-posta anterior, aprovada noSenado, além da aprovaçãoda Lei que agrava puniçõesao trabalho escravo e mu-danças no Programa deAceleração do Crescimentopara reduzir a pressão sobreas terras ocupadas por co-munidades tradicionais.

"Os grandes empreendi-mentos, todo esse modo decentrar o lucro na exporta-ção de produtos do campo,cria cada vez mais conflitossobre aqueles que já moramna terra e vivem dela".

O dado positivo do anuá-rio é que o número de mor-tes em decorrência dessesconflitos caiu de 34, em2010, para 29 em 2011. En-tre as vítimas, 11 recebe-ram ameaça de morte. (AE)

Izabella Teixeira: "É necessário produzir regras claras, e não uma legislação 'puxadinho' ".

Andre Dusek/AE - 05.04.12

Dilma vai decidir até o dia 25Protocolado ontem, texto do Código tem prazo para ser sancionado ou vetado.

Oprojeto do novoCódigo Florestal,aprovado há duas

semanas pela Câmara dosDeputados, foi protocoladoontem, no Palácio doPlanalto. A partir de então,presidente Dilma Roussefftem um prazo de 15 dias úteis– até o dia 25 de maio – paradecidir se sanciona ou veta otexto referendado peloCongresso.

A expectativa é a de que apresidente acabe vetandoboa parte do texto daCâmara, principalmente osdispositivos que cedemdemais ao agronegócio ereduzem a proteção às águasbrasileiras.

Recentemente, a ministradas Relações Institucionais,Ideli Salvatti, antecipou que o

governo deverá vetarprincipalmente os trechosque signifiquem "anistia" adesmatadores.

"Aquilo que representaranistia não terá respaldo dogoverno. Qualquer questãoque signifique anistia temgrandes chances de sofrer oveto", afirmou.

A extensão dos vetos,porém, ainda não estádefinida. Conformeinterlocutores da presidente,o governo está tentandochegar a um consenso paravetar o texto parcialmente.

O Planalto esperavaconseguir manter o textoaprovado anteriormente peloSenado, mas a bancadaruralista impôs uma derrotaao governo. No dia 26 deabril, os deputados

aprovaram, por 274 votos a184, o texto do deputadoPaulo Piau (PMDB-MG).

Apelo – Na última sexta-feira, durante evento no Rio,a atriz Camila Pitanga sedirigiu à presidente DilmaRousseff e disse: "Vouquebrar o protocolo. VetaDilma!", em referência aonovo Código Florestalaprovado pelo Congresso.

A presidente riu e Camilafoi aplaudida. É certo, porém,que o veto – não resolverá oproblema criado com a faltade votos do governo naCâmara para aprovar aproposta negociada noSenado. Dilma encomendouestudos para a recuperaçãode vegetação empropriedades da agriculturafamiliar. (Agências)

TJ manda prender PMspor Eldorado dos Carajás

OTribunal de Justiça doPará (TJPA) expediu on-tem mandados de pri-

são contra o coronel Mario Co-lares Pantoja e o major JoséMaria Pereira de Oliveira. Osdois foram responsabilizadosna Justiça por comandarem aação da Polícia Militar que cau-sou a morte de 21 integrantesdo Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra (MST),no episódio conhecido comomassacre de Eldorado dos Ca-rajás, no Pará, em 1996.

Na decisão, o coronel Panto-ja foi condenado a 228 anos deprisão e o major Oliveira a 158anos e quatro meses em regi-me fechado.

Em 1996, 19 sem-terra mor-reram no local e 2 a caminhodo hospital, durante o con-fronto com a polícia no km 96da Rodovia PA-150, na chama-da Curva do S. A ação contoucom mais de 150 policiais mi-litares. Desde o massacre, co-ronel e major respondiam pelo

processo em liberdade graçasaos recursos dos advogados.

A morte dos 19 agricultoresfoi um dos episódios mais san-grentos da luta pela terra noPaís. A rodovia PA-150 foi ocu-pada por 1,5 mil trabalhado-res rurais que reivindicavam adesapropriação de fazendaspara distribuição aos clientesda reforma agrária. Pelotõesda PM de Marabá e Parauape-bas, num total de 155 homens,segundo depoimentos, che-garam ao local atirando. Ossem terra atacaram com pause pedras. O massacre motivoua criação da Jornada Nacionalda Luta por Reforma Agrária,mobilização que ocorre todosos anos em abril, conhecidacomo Abril Vermelho.

Entrega – Pantoja apresen-tou-se espontaneamente noCentro de Recuperação Espe-cial Anastácio das Neves, pe-nitenciária para policiais e ex-policiais em Santa Isabel, a 45km de Belém. Oliveira ainda

não havia sido localizado até ofim da tarde de ontem pelo ofi-cial de justiça que levava man-dado de prisão expedido pelojuiz da 1a Vara do Tribunal doJúri, Edmar Pereira.

O processo transitou em jul-gado no mês de abril passadoe o Supremo Tribunal de Justi-ça (STJ) determinou ao Tribu-nal de Justiça do Pará que asentença fosse cumprida já.

Ao se apresentar, Pantoja,segundo um policial, disse quelamentava a ausência do ex-governador Almir Gabriel. Ocoronel sustentou, durante ojulgamento, que Gabriel exi-giu que a estrada bloqueadapelos sem-terra fosse "libera-da de qualquer maneira" pelaPM. Gabriel alega que o co-mando da PM tinha plena au-tonomia para tomar decisões.O coronel Fabiano Lopes, en-tão comandante-geral, não foiindiciado. Pantoja e Oliveiradizem que ficaram "sozinhos"no episódio. ( Fo l h a p r e s s )

Coronel que liderou massacre é preso e major deve ser o próximo

Caixões com os19 sem-terra

mortos emconfronto com

a polícia,colocados emcaminhão emfrente ao IML.O ano: 1996.

Dida Sampaio/AE - 29.04.1996

Não tenhoproblema em pedirveto ao Código, énecessário criarregras claras.

IZABELL A TEIXEIR A

bro de 2011, por considerá-lomais equilibrado.

Segundo fonte do governopróxima às negociações, a fal-ta de exigência de refloresta-mento ao longo de rios commais de 10m de largura, notexto aprovado pela Câmara,configura, na prática, anistia adesmatadores dessas áreas.

Centrar o lucronos produtos docampo criaconflitos aos quemoram na terra.

DOM LEONARDO STEINER

verno federal, que prioriza oagronegócio e as obras queexercem pressão sobre asterras ocupadas por indíge-nas, quilombolas, pescado-res e populações nativas.

Código – Ele defendeu o

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terça-feira, 8 de maio de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nternacional

VAI DAR CASAMENTOOU DIVÓRCIO?

A primeira visita de François Hollande será para a Alemanha, onde discutirá o futuro da Europa.A chanceler Angela Merkel diz que o receberá 'de braços abertos', mas que o pacto fiscal é inegociável.

Opresidente eleitoda França, FrançoisHollande, começouontem a organizar

a transferência de poder paraassumir o cargo em 15 demaio, além de se preparar pa-ra a esperada reunião com achanceler alemã, Angela Mer-kel, para falar sobre o futuroda Europa.

Segundo os dados definiti-vos divulgados ontem, o so-cialista François Hollande ob-teve 51,62% dos votos, en-quanto o conservador NicolasSarkozy, que tentava a reelei-ção, ficou com 48,38%. No to-tal, foram registrados poucomais de 2 milhões de votosbrancos ou nulos.

A eleição de Hollande que-bra a dupla de centro-direitaformada por Nicolas Sarkozy eAngela Merkel, cujo pacto fis-cal europeu exigia cortes degastos profundos na Itália, Es-panha, Portugal e Grécia.

Hollande viajará logo após aposse para Berlim, onde se reu-nirá com a chanceler alemã, edeverá apresentar sua propos-ta para solucionar a crise de dí-vida da zona do euro. O plano deHollande complementaria oatual regime de austeridadecom medidas para estimular ocrescimento econômico.

Merkel disse ontem queaguarda o novo chefe do Palá-

cio do Eliseu "de braços aber-tos", mas sem renegociar opacto fiscal, mostrando-seconvencida de que a austeri-dade não prejudica o cresci-mento e, também, que o gran-de desafio não está em Paris,mas em Atenas.

"Nós na Alemanha e eu, pes-soalmente, não acreditamosque o pacto fiscal seja algo quedeva ser renegociado", disse.

Ela disse que trabalhará "in-tensamente" com Hollande na

busca de uma fórmula para re-solver o "ponto essencial" daquestão: "conseguir ao mes-mo tempo uma consolidaçãoorçamentária e um cresci-mento sólido", já que "um nãoanda sem o outro".

Esta convicção não é nova,nem precipitada pela vitóriade Hollande, defendeu Mer-kel, mas está há muito tempo"incorporada às discussões"na União Europeia.

Em relação à Grécia, a chan-

celer admitiu que "a situaçãonão está isenta de complexida-de", referindo-se aos resulta-dos eleitorais de domingo.

"Vamos ver qual é a forma-ção do governo resultante", cu-ja formação compete exclusi-vamente "aos gregos", acres-centou (leia mais nesta página).

Agenda - Antes do encontrocom Merkel, o novo presidentefrancês terá uma agenda inten-sa, pois deve cumprir os prazosoficiais, sobretudo os da forma-

ção de seu novo governo. De-pois, tem uma série de compro-missos internacionais.

Hollande viajará aos EstadosUnidos para a cúpula do G-8 emCamp David, em 18 e 19 demaio, e em seguida seguirá pa-ra uma reunião da Organizaçãodo Tratado do Atlântico Norte(Otan), em Chicago, entre osdias 20 e 21, onde deverá anun-ciar a retirada das tropas fran-cesas do Afeganistão até o finalde 2012. Durante a viagem, éesperado o encontro de Hollan-de com Barack Obama.

Adeus - Após a sua derrota, opresidente em fim de mandato,Nicolas Sarkozy, reiterou on-tem sua intenção de abandonara política, e pediu aos dirigen-tes de seu partido, a União porum Movimento Popular (UMP),que enfrentem unidos as elei-ções legislativas do próximomês de junho. (Agências)

Angela Merkel avisou que o acordo que prevê cortes não será flexibilizado, como quer François Hollande.

A sedeinsaciávelpelo poder

Vladimir Putin assumeterceiro mandato comopresidente da Rússia

Vladimir Putin assumiuontem a presidência daRússia pela terceira

vez, desta vez para um man-dato de seis anos em que en-frentará a dissidência cres-cente, problemas econômicose adversidades políticas.

Putin, de 59 anos, fez o jura-mento com sua mão direita so-bre a Constituição russa emuma cerimônia cheia de pom-pa na antiga sala do trono doKremlin, diante de 2.000 digni-tários, incluindo o ex-líder so-viético Mikhail Gorbachev, oex-primeiro-ministro da ItáliaSilvio Berlusconi e o ex-premiêda Alemanha Gerard Schroe-der. Berlusconi e Schroedersão amigos do mandatário.

"Vamos atingir os nossosobjetivos se formos um povoúnico e unido, se defendermosnossa pátria amada, fortale-cermos a democracia russa,os direitos e liberdades consti-tucionais", disse o ex-espiãoda KGB em discurso de cincominutos após tomar posse.

"Vou fazer tudo que puderpara justificar a confiança demilhões dos nossos cidadãos.Considero esse o significado

da minha vida e minha obriga-ção de servir à pátria e ao nos-so povo", acrescentou.

Putin vem comandando opaís desde 2000, primeiro co-mo presidente entre 2000 e2008 e depois como primeiro-ministro nos últimos quatroanos. Ele permanecerá comopresidente até 2018, com aopção de se reeleger.

Ele substitui seu aliado Dmi-tri Medvedev, que deve ser no-meado o novo primeiro-minis-tro do país hoje.

Do lado de fora dos muros doKremlin, a polícia deteve 120manifestantes, entre eles oex-vice-premiê russo e oposi-tor Boris Nemtsov.

"Nós viemos aqui mostrarque existem muitas pessoasque não têm medo desse ho-mem que usurpou o poder",disse Nemtsov. "Mas ele temmedo do próprio povo."

A porta-voz do movimentoopositor Solidariedade, OlgaShorina, declarou não enten-der os motivos das prisões deseus colegas e explicou que osativistas apenas se reunirampara protestar contra a elei-ção de Putin. (Agências)

Troca de cadeiras: Putin (à esq.) e Medvedev descem as escadas em direção à cerimônia de posse.

Do lado de fora, protesto contra o novo presidente é reprimido pela polícia. Foram presas 120 pessoas.

Um decote valemais do que quatro

presidenciáveis

Uma coelhinha da revistaP la yb oy roubou a cena no

primeiro debate entre quatropresidenciáveis do México, rea-lizado no domingo passado, porcausa de seu generoso decote.

A participação de apenas 30segundos da modelo JuliaOrayen ganhou mais destaquenos jornais locais do que asduas horas do debate. Julia, quefoi capa da revista em 2008, foiencarregada de dividir os tur-nos de um sorteio no evento.

As autoridades eleitorais, en-carregadas de organizar o de-bate, não souberam justificar ofigurino da ajudante. (EFE)

Figurino ousado ofusca debate

IFE/EFE

Sem governo,Grécia vive

nova tragédia.

O esforço da Gréciapara negociar uma

coalizão de governo,após resultados eleitoraisinconclusivos no final desemana, sofreu um revésontem, depois de o líderconservador, Antonis Sa-maras, anunciar que nãochegou a um acordo comseus rivais, aumentandoas chances da realizaçãode novas eleições e as dú-vidas sobre o futuro dopaís na zona do euro.

"Eu fiz tudo o que pudepara que chegássemos aum resultado, mas isso foiimpossível", disse Sama-ras. Seu partido ficou emprimeiro lugar no pleitode domingo passado,mas não conseguiu maio-ria suficiente para formarum governo sozinho.

Hoje é a vez do segun-do maior partido, o Syri-za, tentar viabilizar umgoverno, antes de ir parao terceiro partido, o Pa-sok, caso um acordo nãoseja alcançado.

Se as tentativas não fo-rem bem-sucedidas, opresidente convocará oslíderes partidários parauma última tentativa.Sem acerto, serão convo-cadas para junho novaseleições. (Agências)

CO L Ô M B I AFarc condicionamentrega de francêsa debate sobrepapel da imprensa

NOVO PARLAMENTOSíria anuncia altocomparecimento àsurnas; oposiçãodenuncia 'fraude'.

EUA frustram novo ataquede cueca-bomba em avião

Os Estados Unidos infor-maram ontem que frus-

traram um plano da rede ter-rorista Al-Qaeda para des-truir um avião de passageiros

em solo norte-americano.Segundo a Agência Centralde Inteligência (CIA, na siglaem inglês), um ramo do gru-po no Iêmen organizaria uma

versão mais evoluída do ata-que fracassado do Natal de2009 em Detroit, em que umhomem carregava uma bom-ba dentro da cueca.

O presidente dos EUA, Bara-ck Obama, foi informado emabril do plano terrorista, dissea porta-voz do Conselho de Se-gurança Nacional, Caitlin Hay-

den, que assegurou que "nãohouve perigo para o público".

A intenção da organização,revelou a CIA, era fazer umataque a bomba em um voocomercial próximo ao aniver-sário de um ano da morte do lí-der da Al-Qaeda, Osama binLaden, na última quarta-feira.

A polícia federal dos EUA

(FBI, na sigla em inglês) disseestar de posse da supostabomba, realizando análises.Em comunicado, as autorida-des afirmaram que o explosi-vo é similar a outros que foramusados previamente pela Al-Qaeda para realizar ataquesterroristas "contra aviões" eoutros alvos. (Agências)

John MacDougall/AFP

Alexei Nikolsky/AFP

Natalia Kolesnikova/AFP

Leia mais na página 2

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terça-feira, 8 de maio de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVA REUNIÃOMotoristas e cobradores das 21 linhasmunicipais que circulam pela avenida

Francisco Matarazzo, na zona oeste, terãouma nova reunião com técnicos da CET

na próxima segunda-feira.cidades

SECA NO NORDESTE – Pelo menos cinco cidades já cancelaram as tradicionais festas juninas em decorrência dos problemas da secaque atinge a Bahia. O número de municípios baianos em estado de emergência por consequência dos efeitos da seca já chega a 228.

Luiz

Tito

/Fol

hapr

ess

Contra multas, motoristas param avenida.Cerca de 140 motoristas e cobradores de ônibus pararam ontem a avenida Francisco Matarazzo, em protesto contra multas aplicadas por um radar que estaria avariado.

Terminou por voltadas 14h de ontem oprotesto dosmotoristas e

cobradores de ônibus naavenida FranciscoMatarazzo, nazona oeste deSão Paulo. Deacordo com oSindicato dosTrabalhadoresem TransporteRodoviárioUrbano deSão Paulo(Sindmotoristas-SP), umareunião foiagendada paraa próximasegunda-feira.

A circulaçãode 21 linhasde ônibusmunicipais ficoucompletamente suspensadurante a manhã de ontem.Cerca de 140 motoristas ecobradores de ônibusrealizaram um protesto, queocupou toda a extensão da

Avenida Francisco Matarazzodesde as 6h50.

O grupo protestava contraum aparelho de radar daCompanhia de Engenharia deTráfego (CET), localizado na

altura donúmero 455 daavenida, nosentido centro.Segundo oSindmotoristas,o aparelhoestariamultandoindevidamenteos condutoresdostransportespúblicos.

Segundoinformaçõesdo delegadosindical ValdirFeitosa da

Silva, a CET e a SPTrans jáhaviam sido notificadas sobreo problema da máquina echegaram a trocar o radar.Mesmo com a troca, o radarvoltou a multar os condutoresde ônibus. (Fo l h a p r e s s ) O movimento de protesto dos motoristas e cobradores começou por volta das 7h e só terminou às 14h, depois de uma reunião com a CET.

Marcio Fernandes/AE

Fotos íntimas: atrizpresta depoimento

Atriz deixa delegacia onde foi ouvida: tentativa de flagrante

Aatriz Carolina Dieck-mann prestou depoi-mento ontem na De-

legacia de Repressão a Cri-mes de Informática (DRCI),no Rio de Janeiro, sobre apublicação de fotos em queaparece nua. Ela chegou aolocal às 9h acompanhadado marido, Tiago Worcman,e seu depoimento duroucerca de sete horas.

Escoltada, a atriz saiu dadelegacia sem falar com aimprensa. Apenas mandouum beijo em direção ao aglo-merado de pessoas que aaguardava na calçada. "Re-voltada" com a situação, a fãThaissa, que preferiu não di-vulgar o sobrenome, veio deNova Iguaçu (RJ) para "darapoio à Carol".

Sites dos Estados Unidose da Inglaterra que hospe-daram inicialmente as 36 fo-tos da intimidade de Caroli-na Dieckmann retiraram oconteúdo do ar, após pedidodo advogado da atriz. O Go-ogle também foi notificadopara ajudar no caso.

A Delegacia de Repres-são a Crimes de Informáti-ca vai abrir um inquéritopara investigar o respon-sável pelo vazamento dasimagens, sob a coordena-

ção do delegado GilsonPerdigão. O computadorda atriz também deve pas-sar por perícia.

"Ao contrário do que aspessoas pensam, esse cri-me deixa rastros. E vamoschegar até esse criminoso.É importante que esse casosurja para que se discuta alegislação de crimes na in-ternet", afirmou o advoga-do Antonio Carlos AlmeidaCastro, o Kakay.

Fl ag ran te – Segundo Ka-kay, ela tentou preparar umflagrante contra o supostochantagista, que pediu R$10 mil para não divulgar fo-tos íntimas dela. Segundo oadvogado, Carolina vinhasofrendo a tentativa de ex-torsão há duas semanas,por meio de telefonemas ee-mails. O empresário daatriz também foi contatado.

"Desde o primeiro mo-mento tentaram fazer umaextorsão com a Carolina,mas ela imediatamentereagiu e tomou providên-cias através de pessoas daárea de segurança que elaconhece. Ela foi orientada aresponder os emails (comas ameaças) para tentar fa-zer um flagrante", disse oadvogado. (Agências)

Tasso Marcelo/AE

Spray de pimenta: PM pode ser punidoNa Rocinha, soldado espirra spray de pimenta contra a cadela Pantera e gera protestos na comunidade.

ACorregedoria da Po-lícia Militar do Rioabriu inquérito para

analisar a conduta do poli-cial, que usou spray pimen-ta contra a cadela Pantera,domingo, na Rocinha, zonasul do Rio. O policial, quenão foi identificado, lançouo spray contra o animal, quenão parava de latir. A açãoprovocou protestos de pe-destres que passavam pelaVia Ápia e de seu dono.

"Fiquei indignado. A Pan-tera é tão mansa que vivesolta. Todos a conhecem. Elachegou emcasa quasesufo-cada", disse José Luiz Fran-cisco, dono do animal.

Horas antes, policiais etraficantes trocaram tirosna comunidade. Um rapazde 22 anos levou um tiro nobraço esquerdo. Policiaispassaram o domingo pro-curando outros dois ho-mens que teriam sido ba-leados, mas nenhum feridofoi encontrado nas buscas.O PM prestou depoimentoao major Edson Santos, res-ponsável pelo policiamentona Rocinha e seu teor nãofoi revelado. (Fo l h a p r e s s ) Soldado PM quando espirrava spray de pimenta na cadela Pantera, durante operação na Rocinha

Marcio Fernandes/AE

Domingos Peixoto/AOG - 06/05/2012

A avenida FranciscoMatarazzo ficou parada

Apu Gomes/Folhapress

Page 10: DC 08/05/2012

terça-feira, 8 de maio de 201210 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

T ECNOLOGIA

Google testará carro sem motorista

M ARKETING

Dançandocomo um bebê

A Evian, famosa marca deágua da França, lançou umanova campanha que apelapara a leveza e pureza dosbebês. A ideia é associaressas duas palavras à marcae à mensagem de que, emqualquer idade, podemosresgatar nosso "bebêinterior". A campanhaconvida os internautas amandarem seus própriosvídeos dançando. Visite o sitee divirta-se.

w w w. l e t s b a b y d a n c e . e v i a n . c o m

L EILÃO

Xícara de Lady Gagavale US$ 75 mil

Uma xícara de chá usadapela diva pop Lady Gaga,com assinatura e marca debatom, foi leiloada nainternet por US$ 75 mil. Odinheiro será usado parapara ajudar as vítimas dotsunami no Japão.

GOLMostra 'Vestiário' reúne

fotografias e intervençõesartísticas. Museu doFutebol. Estádio do

Pacaembu. Praça CharlesMiller, s/n, tel.: 3663-3848.

E S P E L H O,ESPELHO MEU

Modelo exibe criaçãodo estilista Guo Pei em

um desfile de vestidos denoiva realizado no fim desemana em Pequim. Este

é o segmento daindústria de moda que

mais cresce na China.

I NTERNET

Campeão do fim de semana

Estudodivulgadoontem pelaExperian

Hitwise indica que oFacebook foi o site maisacessado do Brasil em todosos finais de semana e feriadosdo mês de abril, com exceçãodo dia 7 de abril, quando o

Google Brasil foi o maisacessado. O site debuscas do Googletambém é o maisvisitado durante os dias

de semana, o que o colocouna posição de mais acessadoem todo o mês de abril,segundo o levantamento.Com o Facebook como

campeão dos fins de semana,o Brasil segue a tendênciados EUA, onde a rede social éo site mais acessado nos finsde semana desde março de2010. A pesquisa mostraainda que a diferença nonúmero de acessos entre oGoogle e Facebook está emqueda no Brasil.

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/AFP

GATO CAFÉ - Gato brinca entre as mesas do Cafe Neko, no centro de Viena. Neko, que significagato em japonês, é o primeiro "gato café" da cidade. O conceito do lugar é permitir que osclientes brinquem e se divirtam com os cinco gatos da casa durante a pausa para o cafezinho.

A TÉ LOGO

Homem processa ator John Travolta por assédio sexual

Flatulência dos dinossauros pode ter aquecido a Terra

Google infringiu alguns direitos autorais da Oracle, diz júri

O Google recebeu ontemuma autorização doDepartamento de Veículos aMotor do Estado de Nevada,nos EUA, para testar nas ruasseu veículo sem motorista.Essa é a primeira licençaemitida nos EUA para o testede veículos autônomos. Ocarro tem câmeras, sensoresde radar e uma mira a laser,

tudo para identificar osoutros carros no caminho,bem como sua velocidade edistância. Para aumentar asegurança dos motoristas, oveículo usado no teste teráuma placa especial, comfundo vermelho e um símbolode infinito. Isso ajudará apopulação local a reconhecerfacilmente o carro.

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DITADOR DESPREVINIDO

Uma estátua do ex-ditador comunista Josef Stalinurinando foi retirada ontem pela polícia poucas horas

depois de ser instalada em Kiev. A estátua foiencomendada por um partido político como crítica aos

46 anos de ocupação soviética na Ucrânia e foi inspiradano "Manneken Pis" (Garoto urinando) belga.

AFP

Fotos: Gleb Garanich/Reuters

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terça-feira, 8 de maio de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

PETROBR ASEstatal vai gastarUS$ 1,7 bilhão naconstrução dequatro plataformas

B M & F B OV E S PAValor de mercadodas empresas nabolsa teve quedade R$ 90 bi em abrileconomia

Poupança temsaldo elevado,

antes da mudança.Banco Central divulga resultados positivos da

caderneta em abril e presidente Dilma Rousseff afirmaque mudança visa proteger os pequenos poupadores

Os depósitos feitosem cadernetas depoupança ao longode abril superaram

os saques em R$ 1,977 bilhão.O resultado é o maior registra-do para o mês desde 2007,quando os ingressos supera-ram as retiradas em R$ 2,046bilhões. Os números foram di-vulgados ontem pelo BancoCentral (BC) e não consideramo período seguinte às mudan-ças realizadas na semana pas-sada pelo governo federal norendimento da mais popularaplicação do País.

Do total registrado da cap-tação líquida (depósitos menoss a q ue s ) em abril, R$ 1,542 bi-lhão foi depósito em institui-ções financeiras que aplicamos recursos da poupança emcrédito imobiliário. A diferen-ça entre depósitos e saquesem abril ficou abaixo da verifi-cada em março, quando a cap-tação líquida foi positiva emR$ 2,544 bilhões. No acumula-do do ano, a captação está po-sitiva em R$ 4,107 bilhões. Ovalor está acima do R$ 1,925bilhão de igual período do anopassado, mas abaixo do regis-trado no primeiro quadrimes-t re de 2010 (um to ta l deR$ 5,942 bilhões).

Pe q u e n o s – A presidente Dil-ma Rousseff afirmou, ontem,que a mudança no rendimentoda poupança permite a conti-nuação da queda de juros no

Dilma, durante o programa derádio semanal "Café com aPresidenta".

Na última quinta-feira, o go-verno anunciou Medida Provi-sória que altera o rendimentodas cadernetas de poupança,abrindo a possibilidade para oBC continuar com a queda dejuros no País. A remuneraçãoda poupança passará a ser de70% da Selic mais Taxa Refe-rencial (TR) toda vez que a ta-xa básica de juros ficar igual ouabaixo de 8,5%.

Quando a Selic estiver aci-ma desse patamar, os ganhosda poupança permanecem

Petista deve ser relator da MPDeputado Henrique Fontana (RS) é citado para a relatoria da Medida Provisória que cria a nova poupança

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

O parlamentarHenrique Fontana vaidefender os interessesdo governo natramitação, noCongresso, da MedidaProvisória que cria anova poupança.

Odeputado HenriqueFontana (PT-RS) deve-rá ser o relator da Medi-

da Provisória que muda a re-gra de rendimento das cader-netas de poupança (MP 567).A informação é do líder do PTna Câmara dos Deputados, Jil-mar Tatto (SP), a quem cabefazer a indicação.

A presidência da comissãoespecial da MP será ocupadapor um senador do PMDB, den-tro do rodízio dos cargos entreos dois maiores partidos. Fon-tana foi líder da bancada petis-ta na Câmara e líder do gover-no na Casa durante o governodo presidente Luiz Inácio Lulada Silva.

Tiro certeiro – Amanhã ter-mina o prazo para apresenta-

Focus: mercado prevêjuros a 8,5% ao ano.

Omercado passou a estimar que o Banco Central(BC) continuará reduzindo a Selic (taxa básica de

juros) na próxima reunião do Comitê de PolíticaMonetária (Copom) marcada para este mês, segundodivulgação do boletim Focus. Agora, a previsão é decorte de 0,5 ponto percentual, o que levaria a taxabásica de juros a 8,5% ao ano, mostrou a últimapesquisa Focus.

Até então, as contas e previsões vistas pelo boletimFocus apontavam que a Selic ficaria estável em 9% aoano em 2012. O documento indica que houve mudançae, agora, os analistas preveem que a Selic ficará em8,5% até o fim do ano.

A expectativa da taxa para o final de 2013 foimantida em 10%, porém a perspectiva do Top 5 – quereúne as instituições que mais acertam as projeções norelatório – foi reduzida de 9% para 8,75%.

Recentemente, o governo mostrou em doismomentos que estaria disposto a reduzir ainda mais ataxa Selic. Na última quinta-feira, o governo anuncioumudança na remuneração da poupança e o ministro daFazenda, Guido Mantega, deixou claro que, sem aalteração, o BC "ficaria com a política monetáriacomprometida."

Ajustes – Para o economista da consultoriaTendências, Silvio Campos Neto, as novas regras dapoupança ainda não foram totalmente absorvidas nasleituras das consultorias que fazem parte do Focus, oque dá margem para mais reduções no relatório. "Onível de 8,5% ainda poderia ser alcançado sem amudança da regra da poupança. Então possivelmenteainda haverá ajustes para baixo (nas perspectivas doFo c u s ) nas próximas semanas", disse ele, explicandoque os analistas da Tendências ainda devem se reunirpara rever os números, "com grande probabilidade dejogar a Selic para baixo". Até agora, a expectativa daconsultoria é de um corte de 0,5 ponto percentual nareunião de maio do Copom e outro de 0,25 ponto emjulho, com a Selic terminando o ano em 8,25%.

Mantega também afirmou na semana passada que aSelic em queda ajudará na redução do spread bancário– diferença entre custo de captação dos bancos e a taxaefetivamente cobrada aos consumidores – no Brasil,considerado muito alto. Ele também afirmou que a taxade juros real de 2% é "um sonho que todos osbrasileiros deveriam ter." (Reuters)

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ção de emendas ao texto daMP. A partir daí, o relator pode-rá começar a trabalhar em seuparecer para apresentá-lo àcomissão especial mista.

O líder do PMDB, HenriqueEduardo Alves (RN), prevê quea discussão se dará mais emtorno do percentual da Selic aser aplicado no rendimento dacaderneta de poupança. O es-sencial, ele considera, não en-frentará problemas para apro-vação. "Podem discutir se se-rão 70% ou 80%, mas o objeti-vo da MP já é um tiro certeiro",afirmou Alves.

O líder defende a votação daMP antes do recesso parla-mentar de julho, respaldadono apoio que a mudança de re-gra obteve entre os aliados da

presidente Dilma Rousseff. AMP precisa ser votada na Câ-mara e no Senado até o dia 13de setembro ou perderá a va-lidade. "Quanto mais rápido,melhor", afirmou Henrique Al-ves. "É importante o Congres-so sinalizar que também apoiaa guerra contra os altos juros",argumentou.

O líder petista Jilmar Tattoconsidera que a MP seguirá osprocedimentos de rotina. Paraele, a votação deverá ficar pa-ra o segundo semestre. "É ver-dade que o ritmo do Congres-so diminui no segundo semes-tre, mas essa MP, particular-mente, não vai ter grandesdificuldades", prevê Tatto.

Ritmo – Mantido o ritmo ha-bitual, a votação da Medida

Provisória pegará os deputa-dos em plena campanha elei-toral, o que poderá exigir oempenho do governo contra oesvaziamento do Congresso.Em setembro, quando chegaro prazo final para a votação daMP, parte dos parlamentaresestará ocupada com as cam-panhas municipais. A eleiçãopara prefeitos e vereadoresserá no dia 7 de outubro, pri-meiro domingo do mês, comorege a Constituição.

Habitualmente, em agostoe setembro de anos eleitoraishá um recesso branco, quan-do a exigência da presença emBrasília é mais relaxada e osparlamentares podem se en-volver com mais liberdade emsuas próprias campanhas. Do-ze Medidas Provisórias estãona frente da MP da poupançaaguardando votação na Câ-mara. Oito delas terão de servotadas antes do recesso par-lamentar de julho ou perderãoa validade. Os parlamentaresterão, assim, seis semanaspara votar as quatro MPs res-tantes e a MP da poupança até13 de setembro, data final pa-ra o governo ter sua medidaaprovada. (AE)

em 0,5% ao mês mais a varia-ção da Taxa Referencial.

O governo decidiu aindaque as novas regras valerãoapenas para os depósitos fei-tos após a publicação da MP,que aconteceu na sexta-feirapassada.

E s pe c u l ar – "Não podemosaceitar que agora, quando es-tamos baixando os juros, ela (apoupança) se torne uma formade lucro fácil para aqueles que

só querem especular", disse apresidente. Com os juros bási-cos do País em queda – que jásomou 3,5 pontos percentuaisdesde agosto do ano passado,levando a Selic para o atual pa-tamar de 9% ao ano –, a pou-pança passaria a mostrar ren-dimentos melhores se compa-rados com alguns de renda fi-x a , p o r e x e m p l o , o q u epoderia desencadear umacorrida de grandes investido-

res para a caderneta.Imposto – A poupança, além

de ser isenta de Imposto deRenda, ainda prevê que boaparte de seus recursos sejadestinada a financiamentoimobiliário e, caso houvesseuma forte migração de recur-sos, poderia haver distorçõesno mercado.

Ontem, a presidente Dilmaapontou pontos positivos nosistema financeiro do País an-

tes de cobrar participaçãomais efetiva na redução dosjuros. "A queda da taxa de ju-ros para o consumidor é umcaminho sem volta, sabe porquê? Porque o Brasil tem umdos sistemas financeiros maissólidos e lucrativos do mundo,e pode perfeitamente fazer asua parte e ajudar o País dimi-nuindo os juros que cobramdos trabalhadores e dos em-presários", disse. (Agências)

País e protege o pequeno pou-pador. Dilma voltou a cobrardos bancos pr ivados queacompanhem o processo debaixa da taxa Selic e repassema redução aos consumidores.

"Fizemos uma mudançasimples, justa e correta, ca-paz, ao mesmo tempo, de pro-teger o pequeno poupador ede permitir que as taxas de ju-ros continuem caindo", disse

Fizemos umamudança simples,justa e correta,capaz, ao mesmotempo, de protegero pequenopoupador e depermitir que astaxas de juroscontinuem caindo.

DILMA RO U S S E F F, PRESIDENTE

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terça-feira, 8 de maio de 201212 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

Page 13: DC 08/05/2012

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A classe média recorre ao cartão de crédito e acaba sendo massacrada pelas cobranças abusivas dos juros.Ricardo Patah, presidente da UGTeconomia

Para pequenosnegócios, é hora de

pesquisar taxas.Empresas de menor porte devem usar todas as armas para conseguir contratar

as melhores linhas de financiamento para o seu empreendimento.

Rejane Tamoto

As reduções das ta-xas de juros nas li-nhas de crédito paramicro e pequenas

empresas devem ser pesqui-sadas com atenção pelos em-preendedores. Na hora da ne-gociação, vale colocar na me-sa as informações financeirasda companhia para uma me-lhor análise de risco, negociaroutros produtos e serviços, co-mo a conta-salário dos funcio-nários, e até obter aprovaçõesde crédito em bancos diferen-tes para estimular a concor-rência entre as instituições.

O movimento de corte nastaxas começou pelos bancospúblicos e foi seguido timida-

mente pelos privados. Umadas críticas dos especialistas éque a maioria dos cortes ocor-reu nas taxas mínimas, quecostumam exigir não só tem-po de relacionamento com obanco, mas também mais ga-rantias das empresas (vejaquadro ao lado). "De cada milempresas que buscam as ta-xas mínimas, duas conse-guem", afirma o professorde Sistema Financeiro Nacio-nal da Fundação Instituto dePesquisas Contábeis, Atua-riais e Financeiras (Fipecafi),Silvio Paixão.

Para o analista da unidadede Inteligência de Mercado doServiço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas(Sebrae), Luiz Ricardo Grecco,a maioria das micro e peque-

nas corporações utilizam maiso parcelamento de comprascom o fornecedor, operaçãonão contemplada pela quedadas taxas de juros.

O empresário deve lançarmão de diversas ferramentasde negociação para buscardescontos nas linhas de capi-tal de giro, pagamento de du-plicatas e de cheques ou quan-do o limite da conta garantidaforem necessários.

Segundo Paixão, quem temsuas informações financeirasorganizadas e relacionamen-to com pelo menos três ban-cos pode obter a aprovação decrédito nas instituições parater maior poder de negociaçãona hora de discutir as taxas dejuros. "Quem usa pouco o cré-dito tem melhores condições

de negociação", afirma.Grecco, do Sebrae, orienta

as companhias a mostraremsua realidade financeira paraque o banco faça a melhor ava-liação do risco. Com a concor-rência entre as instituições fi-nanceiras pelo segmento depequenas empresas, é possí-vel incluir na negociação pormenores juros outros produ-tos e serviços oferecidos pelosbancos, como o financiamen-to da venda ao cliente, seguropatrimonial e conta-saláriopara funcionários. "São servi-ços nos quais é possível criarum relacionamento de ganha-ganha com os bancos", diz.

Na hora de escolher um ban-co, é preciso avaliar tambémos procedimentos burocráti-cos. Segundo Grecco, nemsempre a menor taxa de jurosé mais importante. "Se houvermais burocracia, mais garan-tias e um limite menor, pode

não ser interessante para al-gumas empresas", afirma.

O professor de finanças daEscola de Economia de SãoPaulo da Fundação GetúlioVargas (EESP-FGV), Samy Da-na, diz que é preciso verificar,

ainda, se o banco que oferecea menor taxa tem também omenor Custo Efetivo Total(CET). "É preciso por na pontado lápis a taxa de abertura decrédito e o Imposto Sobre Ope-rações Financeiras", diz.

Empresas têm altadependência de bancos

As empresas brasileirasainda têm grande

dependência de bancospara se financiar, em vezde buscar recursos nosmercados de capitaisinternacionais, afirmouontem a agência declassificação de riscoMoody's.

Apesar de um modestoaumento na liquidezcorporativa no anopassado, quandocomparado aos EstadosUnidos ou ao México, ascompanhias nacionaisainda dependem muito dosempréstimos bancários.

"Companhias no Brasilfrequentemente

dependem pesadamentede financiamento debancos e instituiçõesfinanceiras estatais,embora poucas empresastenham contratado linhasbancárias de crédito",disse a Moody's em nota.

Para a agência, asempresas brasileiras estãoexpostas a riscos deliquidez diversos, inclusivepossíveis interrupções naobtenção de crédito.

A Moody's concluiu que59% das 39 companhiasclassificadas, com exceçãode construtoras, possuemliquidez boa ou adequada,ante 81% das empresas noMéxico. (Agências)

Kriss Szkurlatowski/SXC

Nem sempre ataxa mais baixaé a melhor parao seu negócio. Épreciso calcularoutros custos eavaliar ostrâmitesburocráticos.

Protesto contra juros de cartão de créditoUGT inicia amanhã campanha para reduzir taxa que afeta mais a classe média, segundo a entidade.

AUnião Geral dos Trabalhadores(UGT) iniciará uma campanhacontra os altos juros dos

cartões de crédito. O primeiro ato deprotesto será realizado amanhã naCapital paulista, às 10 horas, quandoa central pretende levaraproximadamente 2 mil afiliadospara a frente da sede de umaoperadora de cartão de crédito naAvenida Brigadeiro Faria Lima. Osmanifestantes vão montar umaguilhotina, símbolo, de acordo com opresidente da UGT, Ricardo Patah,da ameaça constante que pairasobre os consumidores endividadosno cartão de crédito.

A iniciativa ocorre na esteira dedecisões recentes da presidenteDilma Rousseff para tornar viáveluma grande queda de juros no País.Aproveitando os cortes dos jurosbásicos (Selic) promovidos peloComitê de Política Monetária(Copom), as duas maioresinstituições financeiras públicas,

Banco do Brasil (BB) e CaixaEconômica Federal, reduziram taxase foram seguidas por bancosprivados. Na semana passada, oministro da Fazenda, Guido Mantega,anunciou também um novo cálculode rendimento das cadernetas depoupança para, de acordo com ogoverno, permitir uma queda maiorda taxa básica de juros, atualmenteem 9% ao ano.

No seu discurso alusivo ao 1º deMaio, a presidente Dilma afirmou, emcadeia nacional de rádio e televisão,considerar "inadmissível que o Brasil,que tem um dos sistemas financeirosmais sólidos e lucrativos, continuecom os juros mais altos do mundo".

De acordo com Patah, a UGTtambém elegeu os juros altos comoum dos principais alvos de suasmanifestações neste ano. "Nãoestamos aderindo à política dapresidente, mas temos a Dilma comoaliada, a principal propagandista dotema", disse.

Para o presidente da UGT, a classemédia é a mais atingida pelos juroscobrados nos cartões de crédito, emmédia de 12% ao mês, segundo ele,contra os 9% do cheque especial. "Aclasse média, base da pirâmide deconsumo, constituída em boa partede trabalhadores e aposentados,recorre ao cartão de crédito e acabasendo massacrada pelas cobrançasabusivas dos juros", reclamou. (AE)

12por cento é a taxamédia ao mês dosjuros cobrados noscartões de crédito,

critica a UGT.

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terça-feira, 8 de maio de 201214 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A indústria precisa de algo semelhante ao que a Embrapa é para a agricultura.Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facespeconomia

Indústria nacional "perde substância"Avaliação é do economista Akihiro Ikeda, que participou de reunião plenária na ACSP. Para ele, situação é preocupante e pode ameaçar expansão da economia.

Aparticipação da in-dústria na economianacional hoje é umpouco super ior a

16%, o que significa que é pra-ticamente a metade da obser-vada três décadas atrás. Umdado preocupante, segundo oeconomista Akihiro Ikeda, pa-ra quem a indústria brasileira"perde substância" perigosa-mente. Ontem, em reuniãoplenária da Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP), oeconomista alertou para a ne-cessidade de o governo equili-brar os juros e a carga tributá-ria do País com as de merca-dos concor-rentes , sobpena de a es-tagnação in-dustrial com-prometer oc re sc im en todo Brasil.

Para Ikeda,é natural queo amadureci-m e n t o d ae c o n o m i aaqueça a de-m a n d a p o rserviços, ao mesmo tempo emque o setor industrial compa-rativamente perde espaço.Porém, a participação da in-dustria brasileira, segundoele, está muito aquém daque-la esperada para um país no ní-vel de desenvolvimento noqual nos encontramos. Poraqui, enquanto o setor indus-trial responde por 16% do Pro-duto Interno Bruto (PIB), na

China, também um país emdesenvolvimento, essa parti-cipação é de 45%.

Estagnação – O economistalembrou que o setor industrialé o que mais responde por em-prego e renda, fatores quesustentam o avanço da econo-mia brasileira. Entretanto, aolongo de 2011, a indústria detransformação praticamenteestagnou, com avanço de ape-nas 0,1%. E neste ano, de acor-do com Ikeda, a situação nãodeve ser muito diferente, con-siderando a lenta recupera-ção de importantes mercadoscompradores do Brasil, comoa Europa e os Estados Unidos."O governo precisa avançarmais com suas medidas, per-

mitindo con-dições de ju-ros, carga tri-b u t á r i a ec â m b i o s e-melhantes àsdo restantedo mundo”,afirmou.

A l é m d eperder espa-ço para os im-portados nomercado in-t e rno , a i n-

dústria nacional sofre paraconquistar o mercado exter-no. A participação brasileiranas exportações mundiais éhoje quase a mesma da déca-da de 1980: avançou de 1,2%,em 1984, para 1,4%, em 2011.Nesse mesmo período, a pre-sença da China nas vendas ex-ternas passou de 1,2% para10,4% e a da Coreia do Sul saiude 1,1% para 3%.

Infraestrutura – Durante aplenária, Ikeda falou ainda daimportância de o governo iralém das recentes medidasfiscais e monetárias. Segundoele, para que a indústria possacrescer de maneira sustentá-vel, é preciso retomar os in-vestimentos em infraestrutu-ra.

De acordo com o economis-ta, o governo investia 5% doPIB em infraestrutura na déca-da de 1980, quando a carga tri-butária era de 25%. Atualmen-te, mesmo com uma carga tri-butária da ordem de 36%, osinvestimentos caíram para2,5% do PIB. "Uma maior pre-

sença da iniciativa privadanesses investimentos é fun-damental", disse Ikeda.

Para Rogério Amato, presi-dente da ACSP e da Federaçãodas Associações Comerciaisdo Estado de São Paulo (Fa-cesp), a indústria carece tam-bém de entidades e organis-mos que tenham uma visãomais ampla das necessidadesdo setor. "Temos diversos en-tes que lutam por pequenascausas, mas estamos caren-tes daqueles que brigam pelosetor todo", disse Amato.

O presidente da ACSP tra-çou um paralelo da situaçãoda indústria de transformação

com a do agronegócio. "Oagronegócio brasileiro não te-ria o mesmo avanço se por trásnão houvesse entidades doporte da Embrapa ( E m pr e s aBrasileira de Pesquisa Agrope-cuária). Precisamos de algo se-melhante para a indústria",exemplificou Amato.

Ikeda também comentou asrecentes medidas do governofederal para reduzir os juros eas consequências dessasações. Para o economista,"embora sejam feitas de ma-neira um tanto quanto popu-lista", as pressões para que osbancos privados reduzam osjuros são importantes.

O membro doConselhoSuperior daACSP RobertShueri, o vice-presidenteRobertoMateusOrdine, opresidente daentidade e daFacesp,RogérioAmato, oeconomistaAkihiro Ikeda eo economista-chefe da ACSPMarcel Solimeodurante aplenária.

Renato Carbonari IbelliNewton Santos/Hype

Mas, segundo Ikeda, existeo receio de que, com jurosmais baixos, o País se tornemenos atrativo para investi-dores estrangeiros, o que fariarecursos saírem da economiabrasileira. No ano passado,mais de um terço dos investi-mentos estrangeiros no Paísforam direcionados aos títulospúblicos do governo ou paraações. "Com taxas de jurosmenores, esses investimen-tos perdem rendimento. Qual-quer recessão pode levar in-vestidores a colocar recursosem economias que passarão apagar mais, como a Índia", dis-se o economista.

O governo precisaavançar mais, comcondições de juros,carga tributáriae câmbiosemelhantes às dorestante do mundo.

AKIHIR O IKEDA, E CO N O M I S TA

Caem produção e vendas de veículos em abrilExpectativa da Anfavea, no entanto, é de recuperação do setor automotivo nos próximos meses.

Abril foi um mês ruim pa-ra o mercado brasileirode veículos. Dados di-

vulgados ontem pela Associa-ção Nacional dos Fabricantesde Veículos Automotores (An-favea), mostram que as ven-das totais de veículos no mer-cado interno (de automóveis,comerciais leves, caminhõese ônibus) atingiram 257.885unidades, queda de 14,2% an-te março e de 10,8% em rela-ção a abril de 2011. No caso daprodução, as reduções foramde 15,5% (ante março) e de7,5% (ante abril do ano passa-do). Foram produzidas no País260,8 mil unidades. No ano, nacomparação com os quatroprimeiros meses de 2011, asvendas caíram 3,4% e a produ-ção diminuiu 10,1%.

Considerando apenas auto-móveis e comerciais leves, aprodução chegou a 246.643unidades em abril, queda de14,9% ante março e de 6,3%em relação a abril de 2011.

Otimismo – Apesar dessesnúmeros negativos, o presi-dente da Anfavea, CledorvinoBelini, disse estar otimistacom relação às vendas da in-dústria automotiva nos próxi-mos meses. O otimismo vemda manutenção dos níveis deemprego e renda e dos cortesdas taxas de juros.

Na avaliação de Belini, aqueda de vendas de veículosacumulada de janeiro a abrildeve ser compensada nos pró-ximos meses, podendo come-çar agora em maio. Ele não

quis, no entanto, fazer novasprevisões para o ano: mante-ve a projeção de crescimentode vendas em torno de 4%.Mudanças, se houver, só nosegundo semestre.

Pátio demontadoralotado deveículos:tempo médiopara vendasubiu para 43dias em abril,ante 35 dias nomês anterior,segundo aAnfavea.Lu

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Os estoques nas montado-ras e concessionárias subiramem abril para um giro (tempomédio em que o veículo levapara ser vendido) de 43 dias,ante 35 dias em março. (AE)

Negócios da Nissancrescem 142%

As vendas da Nissan no Brasil aumenta-ram 142% em abril na comparação com

igual mês do ano passado. Foram comercia-lizadas 8.614 unidades, que deram à monta-dora japonesa 3,5% do mercado nacional.

"Em um mês de retração do mercado bra-sileiro, a Nissan atingiu bons números, o quenos mantêm otimistas em relação ao cresci-mento sólido da marca em 2012", afirmou opresidente da Nissan do Brasil ChristianMeunier, por meio de nota, referindo-se aosdados da Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automotores (Anfavea), quemostraram vendas e produção em queda noBrasil (leia mais acima). (AE)

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terça-feira, 8 de maio de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

PREGÃO Nº 013/2012 - PROCESSO Nº 2428/2012RESUMO DE EDITAL

ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, Prefeito de Pereira Barreto, faz saberque se acha aberto, até as 14:30 horas do dia 24 de maio de 2012, o Pregãonº 013/2012 que tem por objeto Contratação de empresa para Prestação deServiço com fornecimento de mão de obra com monitores em transporte es-colar nos termos da resolução SE 27 de 09/05/2011 e SE 28 de 12/05/2011DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO, sendo dotipo “menor preço” de acordo com a Lei Federal nº 10.520/2002. Maiores in-formações no Dep. de Licitações desta Prefeitura, pelo fone/fax (18)3704-8505, e-mail [email protected], ou ainda o Editalcompleto no website www.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto, 07 de maio de 2012.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal

HOSPITAL NESTOR GOULART REIS - AMÉRICO BRASILIENSE/SPO Diretor Técnico de Saúde III do Hospital Nestor Goulart Reis, usando da competência delegada pelos artigos 3° e 7°, incisoI, do Decreto estadual n° 47.297, de 06 de novembro de 2002, c.c. artigo 8°, do Decreto estadual n° 49.722, de 24 de junhode 2005, torna público que encontra-se aberto, no HOSPITAL NESTOR GOULART REIS ,PREGÃO ELETRÔNICO nº 017/2012,destinado à Contratação de Mão de Obra Especializada para PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA/SEGURANÇAPATRIMONIAL, por um período de 15 (quinze) meses do tipo MENOR PREÇO. A realização da sessão será no dia 22/05/2012 às 10h00, na sala do Núcleo de Gestão de Contratos do Hospital Nestor Goulart Reis, sito à Rua Pedro Frigeri, nº 10- Santa Terezinha - Américo Brasiliense/SP, através do sistema eletrônico BEC no site www.bec.sp.gov.br. A vistoria parao serviço supracitado será nos dias úteis compreendidos entre 08/05 e 21/05/2012, no horário das 09h00 às 17h00 comintervalo para almoço das 12h00 às 13h00, que deverá ser pré agendado no Fone: (16) 3392-1914 Ramal 230 ou210, ou Fone: (16) 3392-2979, e será acompanhado por funcionário responsável da Unidade ou a sua ordem. O certameserá conduzido pela pregoeira Sra. Lúcia Helena de Oliveira Maduro, como suplente de pregoeiro a Srª. Elaine CristinaRoberto Antonio, tendo como equipe de Apoio o Sr. Haroldo Carlos Defávere.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO Nº 14/12 - CONCORRÊNCIA Nº 02/12Processo Licitatório 14/12. Concorrência 02/12. Objeto: Concessão de direito real de uso de 14 (quatorze)lotes localizados numa área desmembrada do imóvel denominado “Fazenda Paraíso”, localizada namargem da pista leste da Rodovia Marechal Rondon SP – 300, denominada Distrito Industrial BeneditoRodrigues de Matos, relativa à matrícula 29.012, com área superficial de 74.530,00 metros quadrados ou7,4530 hectares, para a implantação, expansão e/ou ampliação de empresas industriais, agroindustriaise comerciais. Termo de Reratificação. 1- O horário previsto para apresentação dos documentos dehabilitação e proposta, estabelecido no item 1.2 do edital, passa a ser 14 horas. 2 – As demais cláusulase condições permanecem inalteradas. Castilho – SP. 04 de maio de 2012. Antonio Carlos Ribeiro – Prefeito.A Debitar (08.05.12).

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00029/12/05

OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA RETIRADA, TRANSPORTE, DESCONTAMINAÇÃO E DESTINAÇÃO FINALDE LÂMPADAS FLUORESCENTES TUBULARES, LÂMPADAS ELIPSOIDAIS USADAS E LÂMPADAS QUEBRADAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para: Prestação de serviços para retirada, transporte, descontaminação e destinação final de lâmpa-das fluorescentes tubulares, lâmpadas elipsoidais usadas e lâmpadas quebradas.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 08/05/2012, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luis, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 21/05/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus repre-sentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 08/05/2012,até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

L.G.I.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A.CNPJ: 12.771.331/0001-04 – NIRE: 35.300.385.802

Ata de Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de abril de 20111.Data,horae local:30/04/11, 11:30hs, na sede.2.Convocação:Dispensada.3.Presença:Totalidade.5.OrdemdoDia: (i) Aprovar o balanço patrimonial daCia.encerrado em31/12/10; (ii) Reeleger a diretoria daCia..6. Deliberações:Os acionistas, por unanimidade, aprovaram, sem restrições, o Balanço Patrimonialda Companhia, encerrado em 31/12/10, não publicado conforme faculdade prevista no art. 294 da Lei nº6.404/76.Osacionistas aprovarama reeleiçãodadiretoria da sociedade, sendo reeleitos oSr.CleberFariaFernandes, RG nº 23.360.684-1, SSP/SP, CPF/MF nº 192.212.358-74 e Sra. Sueli de Fátima Ferretti,RG nº 7.743.932, SSP/SP, CPF/MF nº 764.868.778-04.7. Encerramento:Nada mais. Presidente: CleberFaria Fernandes;Secretária:Sueli de Fátima Ferretti;Acionistas:Cleber Faria Fernandes eSueli de FátimaFerretti.SP,30/04/11.Jucesp216.263/11-6em09/06/2011.KátiaReginaBuenodeGodoy -SecretáriaGeral

L.G.I.S.P.E. Empreendimentos e Participações S.A.CNPJ: 12.771.331/0001-04 – NIRE: 35.300.385.802

Ata de Assembléia Geral Extraordinária realizada em 07/11/2011Data, Hora e Local: 07/11/11, 10hs, na sede. Presença: Totalidade.Mesa: Rogerio Santos da Silva,Presidente; Elisabete Bressanin, Secretária. Ordem do dia: (i) alteração do nome, da sede e doobjeto social da Cia.; (ii) eleição da nova diretoria em substituição a atual, com designação de cargode Dir. Presidente e Dir. Responsável Técnico e remuneração global dos administradores; (iii) reformae consolidação do estatuto social. Deliberações: Aprovaram: (i) a alteração do nome da Cia. paraRealton Empreendimentos Imobiliários e Participações S.A., podendo usar o nome fantasia “Real-ton Brasil S.A.”; com sede na R. Periquito, 225, apto nº 41, V. Uberabinha, em SP/SP, e tendo comoobjeto social a “corretagem na compra e venda e avaliação de imóveis, assim como a participação emoutras sociedades, como sócia ou acionista, no país ou no exterior (“holding”)”. (ii) em substituição aosatuais diretores Sueli de Fátima Ferreti e Cleber Faria Fernandes, foram eleitos Rogério Santosda Silva, RG nº 15.912.407 SSP/SP, CPF/MF nº 087.771.488-60, para exercer o cargo de Dir. Presi-dente, e Elisabete Bressanin,RG nº 10.356.217-5, CPF/MF nº 826.901.468.00, para o cargo de Dir.Responsável Técnico, os quais tomam posse neste ato e declaram, para os efeitos do disposto §1o

do art. 147 da Lei nº 6.404/76 e no art. 35, II, da Lei nº 8.934/94, não estarem incursos em nenhumdos crimes previstos em lei que os impeçam de exercer atividade mercantil, não estão impedidospor lei especial, ou condenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão,peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede,ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; atendem aos requisitos de reputação ilibadaestabelecido pelo §3o do art. 147 da Lei no. 6.404/76;Deliberam, ainda, que a remuneração global anualserá de R$ 5.000,00 para, na forma do estatuto social aprovado, ser destinada à remuneração dosadministradores.Os administradores ora eleitos deverão permanecer em seus cargos até a realizaçãoda próxima assembléia geral ordinária da Cia.. (iii) em razão das deliberações acima, os acionistasdeliberam ainda realizar a reforma e consolidação do estatuto social da Cia. Encerramento: Nadamais. Assinaturas: Acionistas – Rogerio Santos da Silva e Rodrigo Santos do Nascimento Martins.SP, 07/11/11. Jucesp 475.007/11-6 em 23/11/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral

Glock do Brasil S.A.CNPJ/MF n° 06.275.981/0001-66 – NlRE 35.300.321.022

Ata da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada 29/03/11Data,Hora e Local: 29/03/11, 10h, na sede.Convocação e Presença:Dispensada a Convocação, acionistas representandoa totalidade.Demonstrações Financeiras de 2009: Como permitido pelo Art. 294, inciso lI, da Lei n° 6.404/76, conformealterada, as demonstrações financeiras da Cia. relativas ao exercício social findo em 31/12/09 não foram publicadas e suascópias autenticadas serão anexadas às cópias desta Ata para fins de registro na Jucesp.Demonstrações Financeiras de2010: As demonstrações financeiras da Cia. relativas ao exercício social findo em 31/12/10 ainda se encontram em processode revisão pela administração da Cia. e serão submetidas à aprovação dos acionistas, juntamente com as contas da Adm.relativas àquele exercício, em Assembléia Geral a ser convocada oportunamente.Mesa: (i) Presidente: Luiz Antonio Martinsde Freitas Horta; e (ii) Secretária: Fernanda Pereira Leite.OrdemdoDia:Conforme edital de convocação lido pelo Presidenteda Mesa aos presentes. 1. AGO: Os acionistas, por unanimidade, deliberaram em sede de AGO: (i) lavrar esta Ata na formade sumário e autorizar a sua publicação com omissão das assinaturas dos acionistas, como facultam, respectivamente, os§§ 1° e 2° do Art. 130 da Lei n° 6.404/76, conforme alterada; e (ii) eleger os membros do Cons. de Adm. da Cia., a saber: (a)o Sr.Reinhold Hirschheiter, passaporte austríaco n° P 1844981, que é eleito como Presidente do Cons. de Adm., (b) o Sr.Werner Norbert Ruppnig, passaporte austríaco n° P 1893824, que é eleito para o cargo de Conselheiro, (c) o Sr.Stephanjosef Doerler, passaporte austríaco n° H 09001495, que é reeleito para o cargo de Oonselheiro, e (d) o Sr. Luiz AntonioMartins de Freitas Horta, RG n° 12.310.218-2 SSP/SP, CPF/MF n° 075.157.998-03, também reeleito para o cargo deConselheiro, todos com mandato até a investidura dos membros do Cons. de Adm. da Cia. a serem eleitos pela AGO a serrealizada no exercício de 2014.Os Conselheiros ora eleitos tomaram possé neste data mediante assinatura dos respectivostermos de posse lavrados no Livro de Registro de Atas das Reuniões do Cons. de Adm. da Cia. e assinam esta Ata paradeclarar, sob as penas da lei, que não estão incursos em quaisquer dos crimes que os impeçam de exercer a atividademercantil.Os Conselheiros domiciliados no exterior outorgaram procuração ao Sr. Luiz Antonio Martins de Freitas Horta, parafins do disposto no art. 146, § 2°, da Lei n° 6.404/76, conforme alterada, e renunciaram à remuneração a que teriam direitopelo exercício de suas respectivas funções como Conselheiros da Cia.. Ato contínuo, a remuneração anual global do Cons.de Adm. e da Diretoria foi fixada pela Assembléia Geral em R$12.960,00, a ser partilhada igualmente entre os membros dosórgãos de administração da Cia., tendo ficado estabelecido, no entanto, que o acúmulo de cargos não conferirá direito aopagamento de remuneração a maior ou em dobro. 2. AGE: Os acionistas, por unanimidade, deliberaram em sede de AGE:(i) aprovar as contas dos administradores e as demonstrações financeiras da Cia. relativas ao exercício social findo em31/12/09; e (ii) destinar o lucro líquido apurado, pela Cia. com base nas demonstrações financeiras aprovadas nos termosdo item (i) acima, no valor total de R$797.046,74, para a conta de reserva de lucros da Cia. Encerramento: Nada mais.(aa) Luiz Antonio Martins de Freitas Horta, Presidente da Mesa; Fernanda Pereira Leite, Secretária da Mesa. Acionistas:p.p. Glock Gesellschaft m.b.H., Luiz Antonio Martins de Freiras Horta; Luiz Antonio Martins de Freiras Horta; Brigitte Glock;e Stephan Josef Doerler. Conselheiros eleitos: Reinhold Hirschheiter; Werner Norbert Ruppnig; Stephan Josef Doerler; eLuiz Antonio Martins de Freitas Horta. SP, 29/03/11. Luiz Antonio Martins de Freiras Horta - Presidente - Fernanda PereiraLeite - Secretária - Conselheiros eleitos: Reinhold Hirschheiter - Werner Norbert Rupping - Stephan Josef Doerler - LuizAntonio Martins de Freitas Horta. Jucesp 232.981/11-5 em 16/06/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Faz saber que, devidamente autorizada pela empresa RICARDOCORREIA LOUSA ME, realizará no dia 08/05/2012, às 10:00 horas,o leilão ON-LINE, através do site: www.nacionalleiloes.com.br,dos seguintes bens: 2 veículos (renavam: 655357190 e136010458). Maiores informações (11) 6656-0000.

MARITZA GRANDE DA SILVALEILOEIRO PÚBLICO OFICIAL JUCESP Nº 850

EDITAL DE LEILÃO

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 07 de maio de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: BICBANCO Banco Industrial e Comercial S/A. Requerido: RIMED Comércio e Representações Ltda. Rua Cayowaa, 1.042 – Complemento 1044 - Perdizes - 1ª Vara de Falência.Requerente: Lourdes Aparecida Moysés. Requerido: Alloy Metais Produtos e Insumos Metalúrgicos Ltda. Rua Rui Martins, 312 – Alto da Mooca - 2ª Vara de Falência.Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda. Requerido: Fotofacto Fotolito e Editora Ltda. Rua Forte da Ribeira, 251 – Parque São Lourenço - 2ª Vara de Falência.

Recuperação JudicialRequerente: Metalúrgica Lucco Ltda. Requerido: Metalúrgica Lucco Ltda. Rua Liege, 156/158 Nossa Senhora das Mercês - 2 ª V.ara de Falência.

VanguardaAgroS.A.Cia.AbertadeCapitalAutorizado

CNPJ/MF05.799.312/0001-20

FATORELEVANTECelebraçãode InstrumentodeTransaçãoentreAcionistas

AVANGUARDAAGROS.A. (“Companhia”ou“V-Agro”), sociedadeporaçõesdecapital aberto, comsedeestabelecidanacidadeSãoPaulo, Estado de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1461, 4º andar, Torre Sul, Pinheiros, CEP 01452-921, cujas açõesordinárias estão admitidas à negociação no segmento do Novo Mercado da BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias eFuturos (“BM&FBovespa”) sob o códigoVAGR3, em cumprimento ao disposto no artigo 157, §4º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembrode 1976, conforme alterada, e na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358, de 3 de janeiro de 2002, conformealterada, comunicaaosseusacionistaseaomercadoemgeral oquesesegue:

Em5 demaio de 2012,Veremonte Participações,Veremonte Internacional B.V.,Tiradentes Fundo de Investimento emParticipações,Vila Rica I Fundo de Investimentos emParticipações,OtavianoOlavoPivetta, AdrianoXavier Pivetta, PedroRobertoTissiani eNêusaLúcia Pivetta Tissiani (conjuntamente denominados “Partes”) celebraram Instrumento Particular de Transação (“Acordo”), sujeitoapenasa registro juntoaoagenteescrituradoreaextinçãodosprocessos judiciaisearbitraisexistentes.

OAcordo resulta, dentreoutrasobrigaçõesestabelecidasentreasPartes,na:

(i) Rescisão do Acordo de Acionistas, celebrado em 29 de julho de 2011, entre Tiradentes Fundo de Investimento em Participações,VilaRica IFundode InvestimentosemParticipações,OtavianoOlavoPivetta;e

(ii) Rescisão doContrato deTerras celebrado em05de agosto de 2011, entreVeremonte Internacional B.V.,VanguardaParticipaçõesS.A, Vanguarda do Brasil S.A, Fazenda Mãe Margarida S.A, Fazenda Terra Santa S.A, Fazenda Ribeiro do Céu S.A, e FazendaIporangaS.A.

Por fim, além do mencionado acima, a Companhia remete ao Comunicado ao Mercado divulgado, na presente data, divulgandocomunicação recebida, na formada Instrução daComissão deValoresMobiliários (“CVM”) nº 358, pelos acionistasTiradentes Fundode InvestimentoemParticipações,VilaRica IFundode InvestimentosemParticipaçõeseOtavianoOlavoPivetta.

A Companhia, em cumprimento a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários - CVM e ao regulamento do Novo Mercado,manterá seus acionistas e o mercado informados sobre a existência de qualquer informação ou fato relevante envolvendo aCompanhia,atravésdaBM&FBovespa,daCVM,website -www.v-agro.com.br/ri.

SãoPaulo,7demaiode2012

BentoMoreiraFrancoDiretorPresidenteedeRelaçõescomInvestidores

Miguel Galuccio é engenheiro e até duas semanas atrás era executivo dagigante Schlumberger, empresa global de serviços petrolíferos.economia

Galuccio assume YPFcom plano para 100 dias

União Europeia criticaprotecionismo do Brasil

Ocomissário de Comér-cio da União Europeia(UE), Karel De Gucht,

chamou a atenção ontem parao "protecionismo na Américado Sul" e disse que o Brasil, amaior economia da região,tem "muito a perder".

Os comentários de Guchtocorrem poucas semanas de-pois de a presidente da Argen-tina, Cristina Kirchner, enviarao Congresso um projeto de lei– já aprovado e sancionado –que expropria 51% de partici-pação da espanhola Repsol napetrolífera YPF e uma semanaapós o presidente da Bolívia,Evo Morales, expropriar ativosda operadora de rede de ener-

gia elétrica espanhola RedEléctrica Corp. e ordenar queas forças armadas tomassemas instalações.

Em discurso, Gucht ressal-tou que o Brasil "tem muito aperder com uma tendência aoprotecionismo na região" eafirmou que uma América La-tina integrada criaria forteseconomias, "tornando-asmais competitivas com osmercados globais". Ele afir-mou ainda que o Brasil deve seorgulhar do enorme progres-so que obteve nos últimosanos, mas que "o País não po-de se acomodar se deseja atin-gir um novo estágio de desen-volvimento". (AE)

CEO da nova YPF quer tornar a Argentina especialista mundial no rejuvenescimento de jazidas marginais

Com a missão de au-mentar a exploraçãoe a produção de pe-tróleo e gás na Ar-

gentina, o novo gerente-geralda petrolífera argentina YPF,Miguel Galuccio, assumiu ocargo ontem e lançou um pla-no para os primeiros 100 diasde gestão.

"Temos um plano para nostornarmos o primeiro especia-lista mundial no rejuvenesci-mento de jazidas marginais, lí-der no desenvolvimento de re-cursos não convencionais,além de exportadores de ser-viços profissionais para de-senvolvimento de projetos ded o w ns t r e a m em toda a Améri-ca Latina", disse Galuccio, re-ferindo-se à área de VacaMuerta, com recursos de gás eóleo de xisto que podem trans-formar a Argentina na terceiramaior reserva mundial dessetipo de combustíveis.

Galuccio estreou no cargocom uma reunião com os ope-rários da companhia em Co-modoro Rivadávia, lugar ondenasceu a YPF com a primeiradescoberta de petróleo na Ar-gentina. "Aqui nasceu a YPF eaqui também, há 20 anos, co-mecei minha carreira profis-sional", disse o CEO.

Galuccio, um engenheiro de44 anos que até duas semanasatrás era executivo da giganteSchlumberger, empresa glo-

bal de serviços petrolíferos,transmitiu a mensagem deque a empresa terá uma ges-tão "eficiente e profissional",como pediu a presidente Cris-tina Kirchner.

Com experiência na lideran-ça de projetos nos EUA, na Eu-ropa, na América Latina, noOriente Médio e na Ásia, Ga-luccio reconheceu que terá odesafio de dar uma nova iden-tidade à maior empresa petro-lífera do país, após a expro-priação de 51% das ações daespanhola Repsol na YPF.

"Temos que buscar nossaprópria identidade. Quere-mos conseguir uma YPF comsentido nacional, competiti-va, empreendedora, moder-na, capaz de dar resultados aseus acionistas, líder na indús-tria petrolífera e protagonistano desenvolvimento energéti-co da Argentina", disse. Se-gundo ele, todos vão estar en-volvidos no plano desenhadopara os próximos 100 dias."Necessito de todos vocês. Te-mos um futuro brilhante pelafrente", disse Galuccio. (AE)

Necessito detodos vocês.Temos umfuturobrilhante pelafrente.

MIGUEL GA LU CC I O, YPF

Thierry Roge/EFE

Karel De Gucht, comissário da UE, diz que o Brasil "tem muito a perder"

TAM amplia parceriacom Air China

ATAM informouontem que ampliouseu acordo de

compartilhamento de voos(codeshare) com a AirChina. De acordo com aempresa, seus clientesterão uma frequênciadiária partindo doaeroporto de Guarulhos,em São Paulo, e mais cincoserviços semanais comorigem no aeroporto doGaleão, no Rio de Janeiro. Ovoo tem parada em Paris,com conexão no AeroportoCharles de Gaulle, de ondeos passageiros seguirãoviagem em voos dacompanhia de bandeiranacional chinesa.

A partir de Paris, osclientes têm à disposição ovoo JJ 8384, que parte às20h20. No sentido inverso,o JJ 8383 decola às 13h35de Pequim. As passagensestão disponíveis paravenda em todos os canaiscomerciais da TAM.

"A nova configuração doacordo com a Air Chinaestá alinhada aos objetivosde expansão da TAM nocontinente asiático, onde acompanhia possui umescritório comercial emHong Kong (China),representações comerciaisna Coreia do Sul, na Índia,na Tailândia e em Taiwan,além de gerências naChina e no Japão",informou a companhiaaérea. Antes da ampliaçãodo (codeshare) com a AirChina, disponível desdeagosto de 2009, os clientesda TAM faziam a conexãocom destino a Pequim noaeroporto de Barajas, emMadri (Espanha).

A TAM também têm vooscompartilhados com a AllNipon Airways (ANA),oferecendo a seus clientesa possibilidade de chegarao continente asiático pormeio do aeroporto deTóquio. (Agências)

CD da Vale na Malásiaatenderá chineses

Opresidente da Vale,Murilo Ferreira,disse ontem,

durante conversa com aimprensa, que o centro dedistribuição que amineradora estáconstruindo na Malásiatambém atenderá osclientes chineses. "Nósqueremos construir emoutros lugares (centros),queremos atender a China,mas temos outros clientesimportantes no Japão, naCoreia e em Taiwan. Ocentro de distribuição naMalásia está muito bemlocalizado", afirmou.Atualmente, a China é a

grande consumidora dominério de ferro damineradora brasileira.

No fim do mês passado,em teleconferência comanalistas, o diretor deFerrosos e Estratégia daVale, José Carlos Martins,disse que a instalação docentro da China aindadependia de licenças eautorizações. A Valepossui um centro dedistribuição em Omã euma estação detransferência de minérionas Filipinas. O centro naMalásia está planejadopara entrar em operaçãono fim de 2013. (AE)

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terça-feira, 8 de maio de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O calendário favoreceu, neste ano o Dia das Mães cai no dia 13. Em 2011, foi dia 8.Jorge Faiçal, diretor de operações do Extraeconomia

Supermercados esperam alta de 4,5%

Osetor supermercadistade São Paulo trabalhacom a previsão de cres-

cimento real de 4,5% nesteano e espera realizar negóciosda ordem de R$ 58 bilhões na28ª edição da Apas 2012 –Congresso e Feira de Negóciosem Supermercados – abertaontem no Expocenter Norte,na capital paulista.

Os supermercadistas apos-tam que, após o aumento dopoder aquisitivo da classe C,os segmentos D e E serão ospróximos agentes de incenti-vo à atividade econômica noPaís, a partir da implementa-ção de novos programas deestímulo ao emprego e à gera-ção de renda.

Os empreendedores identi-ficaram uma significativa mu-dança nos hábitos e na manei-ra com que os consumidoresfazem suas compras e por issoestão investindo em logística,conectividade, eficiência ope-racional e otimização de re-cursos para enfrentar os desa-fios desta nova realidade.

Martinho Paiva Moreira, di-retor de Economia e Pesquisada Associação Paulista de Su-permercados (Apas), disse

Comércio já comemora asvendas do Dia das Mães

Fim de semana que antecede a data surpreendeu: crescimento médio esperado era de 6%, mas atingiu os 10%.

ODia das Mães pro-mete para o varejo:os resultados dofim de semana que

antecede a segunda melhordata do ano para o setor emvendas apontam perspecti-vas bastante otimistas paraalguns estabelecimentos e re-des varejistas. Com alta mé-dia de 10% em 5 e 6 de maio,tanto em vendas como em fa-turamento, os números indivi-duais superaram os 6% de altaestimados anteriormente pordiversos lojistas e entidades.

Exemplo disso são as redescomo as Lojas CEM e os hiper-mercados Extra. A expectati-va de crescimento de 20% nasvendas para o Dia das Mães jávem se confirmando nos doisúltimos fins de semana, se-gundo o supervisor-geral daLojas CEM, José Domingos Al-ves. A grande quantidade depromoções, principalmenteem eletroeletrônicos, e os ju-ros abaixo do mercado, estãopuxando os resultados antesda data. "O movimento é alta-mente positivo. Imagino quevai até ultrapassar as expec-tativas", afirmou.

Já o Extra, que espera alta de15% nas vendas no Dia dasMães, registrou aumento se-melhante no último fim de se-mana, puxado principalmen-te pela prorrogação, até sába-do passado, da promoção"Alerta Vermelho", com 50%de desconto em todas as cate-gorias. Segundo o diretor deoperações, Jorge Faiçal, a altaconcentrou-se principalmen-te nos produtos "que interes-sam às mães", como têxteis,notebooks e eletroportáteis".Em outras, como telefonia,chegou a 30%. "O calendáriofavoreceu, neste ano o Dia dasMães cai no dia 13, diferentede 2011, quando foi dia 8. Deumais tempo para fazer a pre-

paração para a data, por issoestamos otimistas", afirmou.

Na região da 25 de Março, aprocura por utilidades domés-ticas incrementou as vendasno Armarinhos Fernando. Se-gundo o diretor-geral da ma-triz, Ondamar Ferreira, desdeo início do mês, a procura porpresentes para as mães já pro-vocou um aumento de públicoem torno de 6% nas unidades

da rede. "No sábado e no do-mingo será ainda maior – o quedeve confirmar a expectativade alta nas vendas de aproxi-madamente 8%, em compa-ração a 2011", disse.

Antecipação – O movimentomaior e a antecipação dascompras de presentes para asmães antes até do feriado pro-longado de 1º de maio – que seintensificaram no último fim

de semana– também são con-firmados pelo setor de shop-pings, que estima crescimen-to de 8% nas vendas para a da-ta, de acordo com as expecta-t i v a s p r o j e t a d a s p e l aAssociação Brasileira dos Lo-jistas de Shopping (Alshop).

Para o diretor de relaçõesinstitucionais da Alshop, LuísAugusto Ildefonso da Silva,apesar de ainda não haver re-

sultados fechados, diversoscentros de compras consulta-dos pela entidade registraramum acréscimo significativo nonúmero de consumidores noúltimo fim de semana antes doDia das Mães.

"Isso já vem desde o feriadodo Dia do Trabalho, que foi es-pantoso: nem a chuva, nem ofrio, espantaram as pessoas.Pelo contrário, impulsionaram

as vendas para a data. E o mo-vimento vem seguindo forte",explicou ele.

Ações promocionais e a pro-cura maior por peças de ves-tuário e moda feminina têmimpactado positivamente osresultados. "O aumento de20% no preço das importa-ções de algodão em 2011 foirepassado para o consumidor,que levou um susto. Mas ospreços estão estabilizadosagora", justificou.

O aumento é confirmadotanto pelo complexo queabrange os shoppings Interla-gos e Interlar, na Zona Sul, co-mo pelo Mais Shopping, na re-gião do Largo 13 de Maio, emSanto Amaro. De acordo com asuperintendente do comple-xo, Carla Bordon Gomes, o mo-vimento intenso nos doisshoppings, que começou an-tes do feriado, foi puxado prin-cipalmente pela Semana deModa. "A segunda-feira antesdo 1º de Maio foi como um sá-bado para nós", explicou.

Neste último fim de sema-na, cresceu 10% ante o mes-mo período de 2011. "Os even-tos ajudaram o consumidor aescolher o melhor presente",disse ela, que espera 130 milpessoas no sábado, contra ashabituais 110 mil.

No Mais Shopping, inaugu-rado há um ano e meio, a ade-são de consumidores à promo-ção "Semana de Rainha", quepresenteia as mães com di-versos prêmios e uma viagema Buenos Aires, é um bom ter-mômetro de consumo. Atéquarta-feira passada, dia 2 demaio, haviam sido trocados 2mil cupons, distribuídos a ca-da R$ 50 em compras. No do-mingo, chegaram a 4.321.

"Até sábado, a expectativaé que esse número de cuponsduplique", informou a diretorade marketing corporativo daREP Centros Comerciais, queadministra o shopping, Môni-ca Vianna.

Karina LignelliNewton Santos/Hype

Ações promocionais mais prolongadas, chuva e frio aumentam a procura por peças de vestuário, eletrônicos e moda feminina

Ricardo Padue/AFG - 28.11.06

Diversificação: 84% das famílias se abastecem em mais de três diferentes canais de vendas por mês.

Paula Cunha

Consumidores querem diversificar

Pesquisa daConsumerWatchLatam 2011,

divulgada ontem durante aApas 2012, revela que 84%dos lares brasileirosescolhem mais de trêstipos de estabelecimentosvarejistas para seabastecer no mês. Osclientes gostam dediversificar os locais decompra. Vão asupermercados,hipermercados, farmácias

e pequenas vendasconforme a necessidade,promoções, proximidadede casa e a chance deadquirir alimentos frescose saudáveis.

Já a opção por umcomércio que permitacomprar tudo de uma vez,como os hipermercados,está perdendo públicopara os atacarejos (quevendem produtos emquantidades maiores apreços menores). (PC)

que o crescimento das classesD e E está forçando a indústriaa readequar os produtos, ado-tando, por exemplo, embala-gens e preços menores paraestimular a experimentaçãode itens de alimentação, hi-giene e limpeza.

O presidente da Apas, JoãoGalassi, lembrou que o setorrepresenta, nacionalmente,5,4% do Produto Interno Bruto(PIB) e que o faturamento so-mou R$ 224,3 bi lhões em2011, com aumento real de4,4% sobre o ano anterior. Onúmero de lojas cresceu 1%no período, somando 82 mil

unidades em todo o territórionacional. Apenas o estado deSão Paulo faturou R$ 68,4 bi-lhões no mesmo período, cifra4,6% maior que em 2010, con-centrando 19,9% de todas aslojas brasileiras e 30,5% do fa-turamento nacional.

Diante destes números, oevento discute até o dia 10 demaio, com seus 550 exposito-res e um público estimado de70 mil visitantes, as perspecti-vas de adoção de novos mode-los de atuação que atendammelhor os consumidores e, aomesmo tempo, antecipem asnecessidades deles.

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terça-feira, 8 de maio de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

O Novo iPad mostrou ser ótimo para entretenimento por causa da câmera de5 MP, gravação de vídeos Full HD, chip A5X quadcore e tela Retina display.

O novo iPad chegou.Veja se vale a compra.

O cobiçado tabletestará disponível6ª-feira no Brasil. O DCrealizou alguns testes eavaliou prós e contras.

Fotos: Newton Santos / Hype

A evolução do tablet da Apple: do limitado iPad 1, sem câmera, para o iPad 2 (câmeras frente e verso e chip Dual Core) até o "turbinado" Novo iPad, com tela de alta definição.

Comparamos in loco a espessuradas 3 gerações (foto acima). Para

jogos HD como Mass Effect (dir.), onovo iPad rodou sem "travar" a ação.

No teste de fotos, o Novo Ipad mostrou a alta qualidade dacãmera 5 MP, assim como na gravação de vídeo em Full HD.

FERNANDO PO RT O

Eles sempre chegamrepletos de expecta-tivas e críticas – vá-rias negativas. Mas,

gostem ou não dos lançamen-tos da Apple, a verdade é queem pouco tempo de venda, jásãos os gadgets mais procura-dos pelos consumidores domundo inteiro. No Brasil, não édiferente. Portanto, já é possí-vel ter ideia do frisson nas lo-jas, a partir da próxima sexta-feira, quando tem início a co-mercialização da terceira ge-ração do iPad que, dizem oscríticos maldosos, não assu-me o nome de iPad 3, e simapenas de "Novo iPad", por-que não trouxe tantas inova-ções que possam diferen-ciá-lo da geração ante-rior, o iPad 2. Mas, se éverdade que não hánada revolucionáriono novo tablet daApple, seria injus-to desprezar asmelhorias que

o equipamento oferece. Pelomenos é que o DC Informáticaconstatou em alguns testescomparativos com seu "ir-mão" mais velho, o iPad 2.

A pergunta que todos ap-plemaníacos vêm fazendodesde seu lançamento noexterior no último dia 16 demarço, é a mesma: vale apena trocar o iPad antigo ouadquiri-lo como primeiro ta-blet? Ou ainda é mais com-pensador continuar ou com-prar o iPad 2, que deve cairmais de preço – hoje a ver-

são mais simples custa R$1.400. Distribuidores, comoa FNAC, informaram que opreço do Novo iPad – aindanão divulgado – deverá serpróximo ao de lançamentodo Ipad 2 (de R$ 1.650 a R$2.600, conforme a configu-ração). Nos Estados Unidos,custa de US$ 499 (16 GB eapenas Wi-Fi) a US$ 829(64GB e Wi-Fi + 4G). O siteda Apple no Brasil confirmouo lançamento para sexta,mas também não dá deta-lhes de valores. A TIM anun-ciou ser a primeira operado-ra a oferecer a terceira gera-ção do tablet. A zero hora dapróxima sexta, a FNAC iniciasuas vendas e a aposta desucesso da rede é tão gran-

de, principalmente por cau-sa do Dia das Mães, que a lo-ja física abre no sábado (dia12) uma hora mais cedo, 9h.Segundo a assessoria de im-prensa da FNAC, a expecta-tiva é de que as vendas delançamento do Novo iPadsejam 30% superiores às dasegunda geração por causada data comemorativa enão haverá reposição do es-toque do iPad 2.

No teste comparativo,com uma versão Wi-Fi + 4Gde 16GB, fica evidente aolho nu a diferença de es-pessura do Novo iPad (9,4mm), mais fino que o da pri-meira geração (de 13,4mm) e um pouco mais gros-so que o 2 (8,8 mm). É tam-bém mais pesado (662 g noaparelho testado com Wi-Fie 4G) que a segunda versão(613 g com 3G) e, claro, me-nos que a primeira (730 g).A imagem, considerada um

dos divisores de águas emcomparação às antigas ge-rações por causa da telaRetina Display de 2048 X1536 pixels – quatro vezessuperior –, não pareceu tãosuperior na reprodução domesmo filme HD que a doiPad 2 usado (tela de 1024 X768 pixels). No entanto, im-pressionou muito o desem-penho do novo chip A5Xquadcore (quatro núcleospara gráficos) ao rodar umjogo próprio para o poderiodo equipamento: "Mass Ef-fect: Infiltrator", baseadoem um dos maiores suces-sos dos consoles de games.A tela do jogo não travouem nenhum momento e aqualidade gráfica é tãolimpa como a de um Plays-tation 3 ou Xbox 360. Devese tornar um duro concor-rente aos portatéis da So-ny e Nintendo, apesar de ocontrole de toques na telanão ser tão confortável efácil de usar.

O Novo iPad tambémmostrou uma diferença im-pressionante na criação defotos com a câmera traseirade 5 MP – claras, definidas ecom cores mais vivas que asimagens dos mesmos obje-tos e pessoas fotografadascom o iPad 2 (câmera trasei-ra de 0,9 MP). Na filmagem,a qualidade de gravação emFull HD ficou evidente princi-palmente na definição de

pessoas mais distantes.Apesar da conexão 4G nãoser testada – obviamenteporque o padrão LTE (LongTerm Evolution) não chegouao Brasil – a conexão Wi-Fiem banda larga, em uma re-de de 20 megabits/segun-do, mostrou um excelentedesempenho no teste de re-produção de vídeos no You-Tube e download de um appde 444 MB (em 11 minutos).A bateria também mostrouque não houve evolução emrelação ao iPad e o constan-te funcionamento, com re-produção de filmes e jogosem um dia, consumiu a car-ga total em apenas 6 horas e17 minutos. Sobre a recla-mações de super-aqueci-mento, feitas pela mídia noexterior, parece que houvealgum ajuste no novo lote daApple já que o aquecimentodo equipamento não foi tãocrítico em duas horas de jo-go como os críticos estran-geiros alertavam.

Nossa conclusão: a com-pra vale a pena para quemvai adquirir o primeiro ta-blet, ou tem o limitado iPad1 (sem câmera), por causada boa evolução de ima-gem, produção de fotos evídeo Full HD. Para o donode um iPad 2 só é vantajosapara quem tem menos es-paço de HD (16 GB) e podepegar um novo com 64 GB,ou adora filmes e games.

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terça-feira, 8 de maio de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

n

Veja abaixo nossa seção On especial com dicas de presentes para o Diadas Mães; de acessórios para tablets a smartphone personalizado.

CELULAR– Star Dual TV,da Multilaser, aceita 4chips simultaneamentee sintoniza tevê digitale analógica (R$ 329).

FILMAÇOS - Sugestãoda Netflix: assinatura-presente de 1 a 12meses. www.netflix.com.br/presente

PROTEÇÃO - Pastapara iPad comapoio reclinável daLeadership, com alçade velcro. Preço: R$ 89.

OLHO NO FILHO -Facecam 1020 de altadefinição de 720P comuma taxa de até 30frames. Preço: R$ 100.

SOM - Dock Stationpara iPad Leadershipcom potência máximade 5W RMS. Preçosugerido: R$ 363.

BOM DE TEXTO – Teclado reduzido Compact, da Mtek,ideal para quem gosta de dispor de área livre na mesado PC ou laptop. Compatível com Windows 7, XP eVista. Preço sugerido: R$ 67,00.

CHIQUE - CapasSplash e Diffusion, comcristais Swarovski,da Mobimax. Preços:R$ 199 e R$ 299.

PEN DRIVE - DataTraveler SE9 Kingston,ultrafino, com opçõesde 8GB (R$49,90) e16 GB (R$ 99,90).

CANETA - Touch Pen100L, da Genius, paratablets, tem 7 mm ecristal Swarovski noclipe. Preço: 19,90.