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Ano 87 - Nº 23.731 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2012 Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 7 3 1 No 2º confronto entre os candidatos nos EUA, a economia doméstica voltou a dominar a pauta, mas o atual presidente conseguiu neutralizar a queda do 1º 'round'. Pág.9 Debate: desta vez Obama foi. Presidente 'acordou' e partiu para o ataque contra Romney, que revidou. Varejo reage a estímulos do governo Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC/SCPC) registra crescimento de 6,4% na primeira quinzena de outubro em relação a mesmo período de 2011. Pág. 15 Confusão mental? Um diagnóstico preciso pode evitar muitos sofrimentos – do paciente, familiares, médicos... Quadro não é exclusividade de idosos. Pág. 10 Entrevista com Murilo Portugal Mobilidade: "nova fronteira" para os bancos. Presidente da Febraban destaca o crescimento das transações financeiras em meios como celulares e tablets e defende sinergia entre telefonia, operadoras de cartões e bancos. Pág. 13 Regime dos irmãos Castro decide liberar viagens ao exterior – claro que não para opositores, pesquisadores, médicos e atletas. A' modernidade' chegará em janeiro. Pág.9 CUBA LIBRE? Resta só um réu para Barbosa: a própria dor. Ele irá tratá-la na Alemanha, no fim do mês. A data indica o fim do Mensalão. O relator do processo do Mensalão, que tem problema crônico no quadril, acatou recomendação médica e vai se submeter a tratamento na Alemanha – ironicamente, em Dusseldorf, para onde Duda Mendonça, condenado pelo ministro por lavagem, enviou R$ 10,4 milhões. Joaquim Barbosa, que há 5 anos se dedica ao processo, marcou a viagem para o dia 27 e o STF informou que ele estará fora até 3 de novembro. Seus colegas não têm dúvida: o julgamento acaba antes. Pág.5 Roberto Jayme/Folhapress Genoino, Delúbio e Valério condenados, uai. Decisão da Justiça Federal de Minas Gerais aponta falsidade ideológica. Pág.5 Todos os 11 mensaleiros, na pág. 8 Confira o resultado do desafio feito na edição de ontem

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 17/10/2012

Ano 87 - Nº 23.731 Jornal do empreendedor R$ 1,40

Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2012Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23731No 2º confronto entre os

candidatos nos EUA, a economiadoméstica voltou a dominar apauta, mas o atual presidenteconseguiu neutralizar a queda

do 1º 'round'. Pág. 9

Debate: desta vez Obama foi.Presidente 'acordou' e partiu para o ataque contra Romney, que revidou.

Varejo reagea estímulos do

gover noIndicador de Movimento do Comércio a

Prazo (IMC/SCPC) registra crescimento de6,4% na primeira quinzena de outubro emrelação a mesmo período de 2011. Pág. 15

Confusãomental?

Um diagnóstico preciso pode evitar muitossofrimentos – do paciente, familiares, médicos...Quadro não é exclusividade de idosos. Pág. 10

Entrevista com Murilo Portugal

Mobilidade: "nova fronteira" para os bancos.Presidente da Febraban destaca o crescimento das transações

financeiras em meios como celulares e tablets e defende sinergia entretelefonia, operadoras de cartões e bancos. Pág. 13

Regime dos irmãos Castro decide liberarviagens ao exterior – claro que não para

opositores, pesquisadores, médicos e atletas.A' modernidade' chegará em janeiro. Pág. 9

CUBA LIBRE?

Resta só um réupara Barbosa: a

própria dor.Ele irá tratá-la na Alemanha, no fim domês. A data indica o fim do Mensalão.

O relator do processodo Mensalão, que tem

problema crônicono quadril, acatou

re co m e n d a ç ã omédica e vai se

submeter atratamento na

Alemanha –ironicamente, em

Dusseldorf, para onde DudaMendonça, condenado

pelo ministro

por lavagem, enviouR$ 10,4 milhões.Joaquim Barbosa,que há 5 anos sededica ao processo,marcou a viagempara o dia 27 e oSTF informouque ele estará foraaté 3 de novembro.

Seus colegas não têmdúvida: o julgamentoacaba antes. Pág. 5 Ro

berto

Jaym

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Genoino, Delúbioe Valério

condenados, uai.Decisão da Justiça Federal de Minas Gerais

aponta falsidade ideológica. Pág. 5

Todos os 11m e n s a l e i r o s,na pág. 8Confira o resultadodo desafio feito naedição de ontem

Page 2: DC 17/10/2012

quarta-feira, 17 de outubro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O parlamentar deve terapenas um tipo de imunidade:

aquela que garante a sualiberdade de opinião ede voto no exercício

específico de seu mandato.

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edito r-Ch efe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos de Oliveira (coliveira@dcome rc io.co m. br ),chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar ([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]),Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr.([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto([email protected]), Ricardo Ribas (rribas @dcomercio.com.br) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes eRejane Aguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli e Evelyn Schulke, Ricardo Osman, Tsuli Narimatsu Repórter Especial: Kleber Gutierrez([email protected]), .Repórteres: André de Almeida, Fátima Lourenço, Guilherme Calderazzo, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira,Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, , Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves,Sandra Manfredini, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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A imunidade parlamentar, direito dos legisladores em um regime democrático, ganhou foros de "impunidade parlamentar".José Márcio Mendonça

De conversaem conversa

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Ochamado foro privi-legiado – o direitode parlamentares edetentores de car-

gos no Executivo de só seremjulgado no Supremo TribunalFederal (STF) – já foi mais ama-do no Brasil. Em tese, foi insti-tuído para proteger esses per-sonagens de possível perse-guição política em alguma ins-tância inferior, da ação isoladade um juiz de aldeia.

Por exemplo, quando viroupresidente do Banco Centralde Lula, Henrique Meirellesganhou formalmente o cargode ministro para evitar esse ti-po de problema. Os presiden-tes do BC são sempre alvo depossíveis processos.

O que era bom, até justificá-vel, virou fonte de abuso. Nãosão poucos os casos de pessoascomprometidas com algumaação na Justiça que bancavameleições milionárias para seresguardar sob esse guarda-chuva. A imunidade parlamen-tar, direito inalienável dos legis-ladores em um regime demo-crático, ganhou foros de "impu-nidade parlamentar". Mesmo

quando praticantes de crimesfora de suas funções, os parla-mentares estavam pratica-mente resguardados do alcan-ce de Justiça.

A situação era cômoda por-que os parlamentares só po-diam ser processados com au-torização expressa do Con-gresso. E o corporativismo vi-gente nesse ambiente nuncaliberava esses processos, anão ser em casos escandalo-

sos, como aquele do deputadodo Acre, Hildebrando Pascoal,condenado depois por crimede esquartejamento. O Legis-lativo, aliás, vacila até mesmoem punir seus pares dentro dasua própria competência.

São casos raríssimos os deparlamentares, no âmbitoestadual e nacional, que per-deram o mandato por "mal-feitorias". Apenas em even-tos muito públ icos, comoocorreu com os senadoresLuís Estevão e DemóstenesTorres, de alguns mensalei-ros e do deputado SeverinoCavalcanti . Nos casos depouca repercussão pública,fica o dito pelo não dito – e to-dos vivem felizes para sem-pre. Mesmo quando o quadrocomeçou a mudar, com o fimda necessidade de autoriza-ção expressa para o STF agir,a situação ainda era confor-tável, porque o Judiciário, as-soberbado, demorava a levaresses processos adiante.

Por sinal, uma das estraté-gias de defesa dos réus do Men-salão, na chamada Ação Penal470, foi exatamente tentar pos-

tergar o início do julgamento,ganhando tempo com vários ti-pos de manobra protelatória,na esperança de que prescre-vessem os crimes dos quais osenvolvidos são acusados. Umadas manobras foi tentar des-membrar a Ação Judicial 470,reservando para serem julga-dos pelo STF apenas os acusa-dos que ainda dispunham do talforo privilegiado.

Foi, então, a partir dessasmudanças e da impiedade

LUIZ

CARLOS

LISBOA

O SORRISO DOS INQUISIDORES

com que os ministros do Su-premo estão tratando os men-saleiros, que se acendeu nomundo político uma certa into-lerância, um certo desamorpara com o até pouco tempoapreciado foro privilegiado.

Descobriu-se, primeiro,que ele já não é um passapor-te seguro para a impunidade,e que pode virar um proble-ma: como o Supremo é a últi-ma instância do Judiciário, li-mitam-se enormemente as

possibilidades que os réustêm para recorrer das senten-ças – seja para melhor se de-fenderem, seja simplesmen-te para adiar indefinidamenteas decisões negativas.

Depois do Supremo, pa-ra quem apelar? Só sefor ao bispo ou, como

alguns réus do Mensalãoameaçam, à OEA. O que seráapenas muito barulho por ab-solutamente nada. Nasce, as-sim, nos escaninhos brasilien-ses, um movimento para reverou mesmo acabar com o foroprivilegiado. Mais do que con-versas, já há projetos no fornopara tanto.

Seria um avanço se a moti-vação fosse positiva. Pode terentre seus defensores atémuita gente bem intenciona-da. Como vai, no entanto, po-de ser apenas uma manobrapara preservar o privilégio so-bre outra roupagem.

O parlamentar deve ter ape-nas um tipo de imunidade:aquela que garante a sua liber-dade de opinião e de voto noexercício específico de seumandato. E o de outras autori-dades deve ser restrito a evitarque sejam constrangidas ousurpreendidas por alguma de-cisão impensada, esdrúxula,de cunho político, de algummagistrado. O resto é simples-mente odioso.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Dizem queTorquemada, oInquisidor-Mor

espanhol, durante seusprocessos temíveis, queacabavam na fogueira,jamais perdia um sorriso –que seus seguidoresexplicavam como decompaixão pelos pecadoresque ele condenava. Emnosso tempo e nos EstadosUnidos, o sorriso compassivodeixou os púlpitos e chegouaos comícios e àscampanhas eleitorais.

Sob uma aparênciaaté monótona, a paixãopolítica se infiltra nos porosda democracia e abreastutamente o caminho dopoder. A convenção doPartido Republicano teriafeito dormir uma parte daplateia se não fosse o showinesperado de ClintEastwood entrevistandoum presidente Obamafantasma. A festa dosdemocratas teve o discursopedagógico, masapaixonado, de Bill Clinton.

Depois disso, nada maisaconteceu na sucessãopresidencial além dapresença quase distraídade um Obama de olhosbaixos, talvez enfadadocom a cascata deestatísticas econômicas queseu adversário recitavacom toda pompa. Mas asinterpretações dessaaparente apatia mexeramcom os Estados Unidos.

Num dia de soldeslumbrante, na academia"Can Do" de ginástica, emPrinceton, caminhandolado a lado em suas esteiras,Eric Wright e Ava Scott –

executivos de uma indústriade produtos farmacêuticos– falam sobre a eleiçãoque se aproxima. De umaesteira pouco mais distante,ouço o que eles dizem,enquanto aceleram suamarcha sem sair do lugar.

Como faço umcumprimento em

sua direção, eles agorafalam comigo. Osamericanos comuns adoramfalar com estrangeiros.E da importância daginástica para preveniralgumas doenças, passamosa outro assunto no instanteem que o rosto de Obamaaparece de relance naTV da academia.

"Assim como poucosentenderam as metáforas

de Clint Eastwood naconvenção republicana",fala Eric, estirando o corponum alongamentocaprichado, "muitostambém não entenderam aapatia de Obama noprimeiro debate comRomney". A seu lado, Avasorri com a lembrança danoite tensa, em que opresidente não era mais oorador talentoso de outrasvezes, parecendo alguémferido por uma ofensa ouabalado por uma dúvida.

O país quase inteiro sentiuum medo que não sabiaexplicar. "Eu me arrepieiporque me pus na situaçãodele", prosseguiu Eric. Oadversário poderoso e ricoestava ali, com o sorrisosuperior que não deixa seu

rosto quando demite umempregado da empresa que– infelizmente – vai fechar”.

Obama reconheceuaquele sorriso, de

quando Romney disputou acandidatura à presidênciacom o idoso senador McCain,anos antes, pela indicaçãoao cargo. McCain foi oescolhido e perdeu paraObama, mas naquela noitesentiu-se humilhado.Para Romney, diz Eric,aquele seu "olhar de cima"podia ser uma poderosaarma na guerra política.

Para quem hoje lêsobre os "Processos deMoscou" da década de 1930,que condenou antigose fiéis aliados de Stalin comoespiões alemães, é fácil

entender a força da pressãopsicológica. Inocentes seacusavam culpados pordisciplina e fidelidade ao PCda União Soviética. Era apalavra de ordem do ditadorrusso que os levava a baterno peito. "Traí a revoluçãoproletária". Um punhado depalavras e a morte heroica.

No debate americanode há oito anos a

situação política era outra,mas a pressão psicológicaera a mesma arma. Oex-governador deMassachusetts haviaconfirmado que seu sorrisode sutil deboche, montadona fama de homem deêxito e de sagacidadeimbatível, multiplicavasua credibilidade por mil,e reduzia a do adversárioa quase nada. Em algunscasos, seu efeito podia serfulminante. Como o gatode Cheshire, em Alice no Paísdas Maravihas, ele sorriafixamente e ficava muitosério ao dar sua versãodo mundo, mesmo queconfusa, antes de sair decena no seu passo curtode robô. Era uma chavepara abrir caminhos,primeiro no mundo dosnegócios, agora no universoda política e do poder.

"Homem algum, por maisvivido e experimentado queseja, é absolutamenteseguro de si próprio", disseAva Scott. Soldados sobtortura pelos vietnamitas,após horas de sofrimento,ficavam dispostos até ainventar acusações para sipróprios e assim se livrardos sofrimentos por algum

tempo", afirmou ela, o rostoafogueado pela ginástica.Era só pensar nas minoriasperseguidas ao longo dosséculos, cobaias sobpressões psicológicasbaseadas numa hipotética"inferioridade", paralembrar de criançasintimidadas por colegasou que sofreram violênciaem casa, tornando-seadultos que podiamser sugestionadosnegativamente com umasimples expressão (ou umsorriso irônico, por que não?)de seus torturadores. ParaAva, tudo isso podia e podeser imposto de modo sutil eisolado que não chame aatenção de outros, massurta o efeito desejado.

"Todos temos um pontofraco", diz Eric Wright, "e háestragos irreversíveis naopinião pública. Tudoporque há homens que têma vocação do inquisidor,sendo descobridoresexímios de fragilidadeshumanas". Ouço tudo e nãocontenho a pergunta: "Vocêestá falando de alguémem particular?”. Eric sorri ecomeça a correr na esteira:"Estou falando de instinto,de faro animal, da naturezado caçador e dos pontosfracos da caça. Falandode ideias, não de pessoas".

LUIZ CA R LO S LI S B OA É J O R N A L I S TA E

ESCRE VE DE PR I N C E TO N , EUA.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

o

Estudos mostram que algumaspessoas são propensas à

monogamia e outras àpoligamia. Será, então, que amonogamia não poderia seropção, em lugar de imposição?

pinião UNIÕES POLIAFETIVAS APONTAM PARA MAIS UMA R EV IR AVO LT A NO CONCEITO DE FAMÍLIA.

Unidade familiarem questão

IVONE

ZEGERDarlene, moça visto-sa, vive numa des-sas vilas que subsis-tem de roçados e ca-

naviais. Sofre o "infortúnio" deengravidar solteira e parte paraa estrada. Regressa à vila trêsanos depois com o filho Dimas.Instala-se num casebre cujo vi-zinho é o pedreiro Osias, que lhepropõe casamento. Ela aceita.

Osias se aposenta, leva vidamansa na rede e Darlene tra-balha no canavial e nos afaze-res domésticos. Uma tia deOsias morre e Zezinho, seuprimo, ganha um novo lar namesma casa onde v ivemOsias, Darlene e as crianças. Amoça se enamora de Zezinhoe engravida. Osias faz que na-da vê. As crianças e os trêsconvivem na paz da labutadiária. Um dia um desconheci-do chega para trabalhar no ca-navial: é Ciro. Darlene simpa-tiza com o moço.

Você pensa que vai dar brigade morte? Pois não vai. Darleneconvence o marido oficial a darum quartinho para Ciro morar.E lá, entre salas e puxadinhos,Darlene, os três homens e ascrianças convivem em paz.

Lembrou da história? É a quese passa em Eu, Tu, Eles, filme deAndrucha Waddington, comRegina Casé eLima Duarte. Es-treou em 2000, teve bilheteriaacima da média para filmesbrasileiros. O filme criou algu-ma polêmica, mas não foi con-siderado ataque à moral vigen-te; afinal, é uma ficção.

Será? O diretor contou que ofilme é baseado em históriareal. Talvez não tenha abaladoos alicerces tradicionais por re-tratar pessoas cujas perspecti-vas de vida nos parecem limita-das, em função da falta de estu-do, condições financeiras, vi-vência em um lugar inóspito e

sem oportunidades.Recentemente, Candinho,

personagem do ator Alexan-dre Borges na novela Av e n i d aBrasil, trouxe esse tema à to-na. Suas três mulheres can-saram de suas mentiras e re-solveram "organizar a agen-da" do marido. Na verdade,ficção e vida real estão reple-tas de histórias em que a mo-nogamia é colocada em xe-que, nos mais variados con-textos socioeconômicos.

Alguns nomes já concorrempara nominar esses relaciona-mentos: poliamor, relaçãomúltipla, conjunta ou, ainda,relação poliafetiva. Pois bem.Caso seja possível algo assim,em que todos se beneficiem ese respeitem, inclusive ascrianças, será possível cha-mar a esse arranjo de "unida-de familiar"?

Épor aí o teor dos questio-namentos que sobrevie-ram no mundo jurídico

quando a tabeliã Cláudia doNascimento Domingues, pau-listana que atua em Tupã, in-terior paulista, lavrou uma"escritura pública declarató-ria de união estável poliafeti-va". Os declarantes são duasmulheres e um homem, mora-dores da cidade do Rio de Ja-neiro, que convivem numamesma casa, mantendo umrelacionamento em que vigo-ram, segundo a tabeliã, o res-peito e a fidelidade.

Obviamente não se trata deum casamento, e tampouco háno documento a intenção deobrigar as pessoas a reconhe-cer a situação como "unidadefamiliar". Mas inaugura um ca-pítulo na história dos tabeliona-tos e pode apontar para maisuma reviravolta no conceito defamília no Brasil.

O documento não tem omesmo valor jurídico da-queles em que se oficializaa união estável de casais.Há juristas que sequeraceitam a validade dessepapel. Por outro lado, tra-ta-se da vontade declara-da de três pessoas, no âm-bito privado, e que em mo-mento algum fere a Cons-tituição – uma vez quenão existe, nela, a proibi-ção da poligamia.

Aescritura públicaem questão trazcláusulas acer-

ca de temas como pen-s ã o , c o m u n h ã o d ebens e separação, cer-tamente para dar algu-ma segurança às pessoas en-volvidas. Não oferece, porexemplo, qualquer garantiaquanto à herança e, no casode filhos, estes deverão serregistrados nos moldes tradi-cionais.

Órgãos públicos e privados –como planos de saúde – podemou não aceitar essa espécie decontrato entre eles. O trio nãose identifica por razões óbvias,mas sabe-se que com a apre-sentação do documento conse-guiu abrir conta conjunta, emum banco, em nome dos três.

A favor dos relacionamen-tos poliafetivos constam os ar-gumentos que mostram oquão confuso são os casaismonogâmicos e as dificulda-des dos juristas em adequarleis a tantas necessidades.

É comum, por exemplo, che-gar aos tribunais pedidos depessoas regularizando uniõesestáveis após a morte do com-panheiro ou companheira,sendo que o último ainda esta-va legalmente casado com ou-tra pessoa. Fica claro que, nes-

se caso, não se configura poli-gamia, mas sim o descompas-so entre a realidade vivida poressas pessoas e a falta de le-galização da situação. Há ca-sos em que a pensão a ser re-cebida pela esposa ou maridoacaba dividida com a últimaou último companheiro.

Também é interessantelembrar que não exis-tem mais os conceitos

de filho legitimo ou ilegítimo,espúrio ou bastardo – assimcomo não se faz mais distin-ção entre filho adotivo e natu-ral. Ou seja, o pai pode reco-nhecer a paternidade de uma

criança nascida fora do casa-mento e dar-lhe o nome semser acusado de adultério.

Claro que nesse caso a leiquer principalmente benefi-ciar a criança, fruto de relacio-namento paralelo. Mas acabapor admitir a existência des-ses relacionamentos, emboranão ocorram ( não de formadeclarada) a partir da convi-vência múltipla, ou seja, am-bas sob o mesmo teto.

E mais, há quem beneficieum parceiro fora do casamen-to com contratos específicos,privados, pois, vale frisar maisuma vez, não existe lei que im-peça alguém de fazer contra-

tos, contanto que sejam parafins legais.

Estudos mostram que algu-mas pessoas são propensas àmonogamia e outras à poliga-mia. Será, então, que a mono-gamia não poderia ser opção,em lugar de imposição?

Cláudia, a tabeliã de que fa-lamos, aborda as uniões polia-fetivas em sua tese de douto-rado na USP, sob a orientaçãode Maria Berenice Dias, ex-de-sembargadora do Tribunal deJustiça do Rio Grande do Sul,presidenta da Comissão espe-cial da Diversidade Sexual doConselho Federal da OAB – Or-dem dos Advogados do Brasil.Cláudia contou em entrevis-tas que há numerosos casoscomo o do trio em questão.

Aexemplo dos casais ho-mossexuais, que há atépouquíssimo tempo vi-

viam à margem da sociedadenormatizada, será que esta-mos diante de pessoas que,como as esposas de Candi-nho, anseiam por ver suas vi-das em ordem?

Ainda é impossível saber osrumos dessa polêmica, mascertamente ela mobilizará ju-ristas, psicanalistas, antropó-logos e, claro, nossos cora-ções e mentes.

IVO N E ZEGER É A DVO G A DA

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE

FAMÍLIA E SU C E S S Ã O. ME M B RO

E F E T I VO DA COMISSÃO DE DI R E I TO

DE FAMÍLIA DA OAB/SP É AU TO R A

DOS L I V RO S "HERANÇA: PE R G U N TA S

E RE S P O S TA S " E " FAMÍLIA:PE R G U N TA S E RE S P O S TA S " -

W W W.I VO N E Z E G E R .COM.BR

ESTÃO TENTANDO IMPORO "APARTHEID" NO BRASIL

PAULO

SAABQue o PT e outros

partidos sempreapostaram na

divisão de classes paraformatar seus espaçosna vida nacional, todossabemos. Mas agora,confesso, estou de fatopreocupado com o rumoque o Brasil está tomando.

Não falo da disputaeleitoral em São Paulo,em si, onde o PT joga tudoo que pode para conquistaro poder. Mas, ao ouvir daboca do candidatoFernando Haddad a palavra"apartheid", acenderam-setodas as minhas luzesvermelhas, no sentido deque o propósito petistaé de fato dividir a sociedadebrasileira. Dividir paraconquistar e governar.

Lula foi mestre nissoem seus dois períodos degoverno, jogando asclasses sociais umas contraas outras. Criaram-se bolsas,programaram-se cotas paranegros e, de repente, comose fosse do nada, quandose pode esperar que sejafato urdido no sentido deprovocar algo que nuncahouve no País – o chamado"apartheid" – o governofala em criar cotas paranegros nos serviçospúblicos federais.

Outro dia a jornalistaGlória Maria, da Rede Globo ,disse que estava, com essaideia, se sentindo trinta anos

atrás, numa situaçãoretrógrada que a levavaà África do Sul, quando lá,sim, havia "apartheid".

Sou absolutamentea favor da igualdade entretodos, sem distinçãode raça, sexo,

publicada oficialmentea regulamentação decotas para raças nasuniversidades brasileiras,o candidato FernandoHaddad, na abertura dacampanha do segundoturno em São Paulo, venhadizer que precisamosacabar com o "apartheid"social. Parece que ogoverno do PT trabalhajustamente para queeste aqui se instale.

Seria o correto, oideal, que o poder públicopromovesse a interaçãoplena, oferecendocondições iguais paratodos e promovesse aindaa oportunidade para

todos – sem riscar ochão do País, chamandopobre para um lado, ricopara o outro, negros eíndios para lá, brancospara cá... Daqui a poucoseremos separados emônibus, restaurantes,cinemas, num retrocessohistórico e humano quemais uma vez, em nomede promover o bem,incentiva o mal.

Sei que as patrulhasde má-fé estão atentaspara desconstruir quemnão apoia suas teses que,em nome de igualdade,são opressivas,autoritárias e fogem davocação brasileira da

igualdade de direitopara todos.

Minha origem de netode imigrantes, filho de

trabalhador, avida toda

construídapelaeducaçãoe pelotrabalho

(e em que algumasvezes essa descendênciafoi provocada pelochamamento de"turco" e outrasbobagens), comobrasileiro que ama etrabalha com denodo,voluntariamente, a

favor da educação e dacidadania em 25 estados doBrasil, me sinto autorizado adizer em alto e bom som, eassinar como sempre faço:"Alô Brasil, o 'apartheid'como forma de dominação ede perpetuação no poderestá sendo arquitetado nosporões do governo".

Se a dominação"social" da mídia não estáprosperando – devempensar os "cérebros" dasideias retrógradas enefastas – vamos dividir asclasses sociais, as raças, oscredos, os sexos, e dominarpela cizânia, algo quejamais passou pertodo território nacional.

As eleições são merodetalhe. Até porque nãoexistirão mais se um dia

aqueles que ainda buscamimpor ao Brasil o falecidosistema da ditadurado proletariadoconseguirem seu intento.

OBrasil precisainvestir na formação

de sua população deforma igualitária, comeducação de nívelpara todos, comoportunidadesde trabalho iguais, comtratamento isonômicopara cada brasileiro.

Resgatar dívidahistórica é o nome dafalácia sob a qual seescondem os queconspiram contra aconstrução de um Brasiljusto, igual para todos.Incompetentes que sãopara desenvolver deverdade um País, oucorruptos que sugam osrecursos nacionais, elesurdem sua dominaçãoeterna, onde só odesencontro "social"pode propiciar os meiospara tal.

"Apartheid" no Brasil,nunca!

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

religião, cor, comodetermina aConstituiçãobrasileira.

OBrasil – seriahipocrisia negar

– tem preconceitosvelados, que vinhamdiminuindo na medidaem que as novas gerações,no processo demiscigenação e deeducação, começaram a seintegrar e a entender o Paísde uma forma mais plural.

Mas, jamais, nunca,em tempo algum, eu, quemilito na imprensa políticabrasileira há 40 anos, ouvi,no nosso cotidiano, a palavra"apartheid" como algopresente na vida nacional.

É muita coincidênciaque na mesma semana emque o governo Dilma anunciasua intenção de criar cotaspara servidores negros, namesma semana em que sai

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quarta-feira, 17 de outubro de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIAClube dos íntimos333 Com a maior discrição, o ex-presidenteLula tem se reunido, com muita freqüência,com os empresários André Esteves (BTGPactual) e Roger Agnelli, ex-Vale, com quemfala muito sobre a mineradora deles (abenço-ada pelo ex-chefe do Governo) que atuará naÁfrica e também com o consultor Antoninho

Marmo Trevisan que, em seu governo, foi cotado para ministro (e dediversas pastas) inúmeras vezes e acabou não assumindo nada. Eainda tem se encontrado com o milionário pecuarista José CarlosBumlai, ex-Constran, que teve, há pouco tempo, seu nome envolvidoem irregularidades que culminaram com a cassação do prefeito Dr.Helio, em Campinas. No começo do governo Lula, era o homemque “entrava no Planalto sem pedir licença e sem marcar audiên-cia”. Detalhe: vira e mexe, a reunião acontece com todos juntos.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Não foi apenas EduardoPaes (PMDB) que resolveuempurrar o nome do governadordo Rio, Sérgio Cabral (PMDB)para ser vice de Dilma Rousseff

em 2014. Também o vice-governador carioca, Luiz FernandoPezão, fez a mesma coisa. Os dois criaram o factóide (não é nadaalém disso porque a presidente jamais trocaria Michel Temer) compleno conhecimento de Cabral, para chamar a atenção e muitoprovavelmente, acenar para o Planalto à espera de um convitepara algum ministério, que não chegará. Um arqueiro de Temer,Geddel Vieira Lima (ele é do PMDB, ocupa uma vice-presidên-cia na Caixa e apóia ACM Neto em Salvador) disparou aflechada mais certeira: “O país ainda não é a República dosGuardanapos” (lembrando foto de Cabral, Fernando Cavendishe outros, em Paris, com um guardanapo amarrado na cabeça).

333 Dividindo com o maquiadore fotografo Fernando Torquatoe com Fernanda Tavares ocomando do programa Desafiode Beleza, na GNT, a modelo

Marina Dias, 36 anos, 16 tatuagens e quatro piercings, está devolta – e em alta. Ela foi ícone fashion nos anos 90, posou paraeditoriais e estrelou campanhas de grifes famosas em todo omundo e era uma das atrações da exposição Todo o Nada, de2011, do peruano Mário Testino. Marina é a mais severa dacompetição de maquiadores e nas horas vagas, ataca numcoletivo de mulheres DJs chamado De Polainas.

MAIS: atende recomendaçãode Dilma que acha o dirigenteuma extensão de RicardoTeixeira, que nuncaconseguiu suportar.

MISTURA FINA

Lembrando Ulysses333 Esta semana, no Congresso,uma sessão homenageava atrajetória de Ulysses Guimarãese lembrava os vinte anos de seudesaparecimento. Na platéia,velhos amigos lembravam damesa sempre reservada noPiantella e do poire. José Sarneyrememorava que eles conviveramjuntos, como deputados, desde1955, ele na UDN e Ulysses noPSD. Ulysses morreu aos 76 anos,deixando a paisagem políticamais pobre e algumas frasesinesquecíveis. Uma delas: “Souvelho, mas não sou velhaco”;Outra: “O diabo é sábio não épor ser diabo, é por ser velho”.

OUTRA BRIGA333 O ministro JoaquimBarbosa, eleito presidentedo Supremo, vai herdar umabriga no Conselho Nacionalde Justiça para liberar acontratação de parentes emcargos de confiança nostribunais. Seis processos emdiscussão procuram brechaspara o chamado nepotismocruzado, ou seja, quando oparente não é diretamentesubordinadoàautoridade.Osque conhecem bem JoaquimBarbosa sabem que ele étotalmente contra flexibilizara regra, para a ira de muitose muitos magistrados.

O ministro do Esporte,Aldo Rebelo, tambémtem mantido distânciade José Maria Marin,presidente da CBF.

Fotos: Paula Lima

Portas abertas333 Fidel Castro, que atravessauma fase de recolhimento, envioumensagem para seu velho amigoe agora condenado, José Dirceu,recomendando coragem eavisando que as portas de Cuba“continuam abertas”. Nos temposda ditadura militar, Dirceu viveulá, onde teria feito um mini-cursode guerrilha e tiro. Castro, apropósito, não escreve nada nojornal oficial de Cuba, Granma,desde julho passado. Seu últimoartigo falava sobre “expansãodo universo” e do respeito àfé. Em Havana, comenta-seabertamente que Fidel, aos86 anos de idade, reza todosos dias com seus familiares.

NEM NA CHINA333 Ronaldo Nazáriodesembarca na China nospróximos dias para um torneioamistoso de golfe: jogará comBruce Willis e Michael Phelps.Ele está em Madri, já passou porLondres e seu destino final é oresort Mission Hills, na cidadedeHaikou.Sóquenãoescaparáda dieta e dos exercícios doprograma Medida Certa: umaequipe do Fantástico estará lá,acompanhandoosmovimentosde Ronaldo e atenta a eventuaisescapadas. Detalhe: eleemagreceu até agora, umquilo, passando a 117.

Sobrinho em campo333 Como vinha atuando comoempresário de Hebe Camargonos últimos anos, seu sobrinhoClaudio Pessutti, três semanasdepois da morte daapresentadora, vai lançar umbox (os direitos estariam comele) especial com CDs demúsicas gravadas em toda suacarreira, além de um especialcom melhores momentos de seuúnico DVD, Hebe, Mulher eAmigos gravado em 2010(cantou com Xuxa, Maria Rita,Gil, Chitãozinho e Chororó eoutros). Ele tentou emplacarum programa semanal no SBTparecido a essas iniciativas e aemissora não topou. O próprioSilvio Santos teria consideradoa idéia de gosto duvidoso.

VETERANOS333 Estudo publicado narevista cientifica PLoS One dizqueousodocomputadorajudaidosos a reduzir a perda dememória e da capacidade deraciocino e aprendizadoque ocorrem com a idade.A pesquisa, com 5,5 milveteranos com idade entre65 e 86 anos, acompanhadosdurante oito anos, indica quequem usava o computadorcom freqüência apresentourisco de 40% menos de serdiagnosticado com demênciaem relação aos que nunca ofizeram. O envelhecimento dapopulação mundial elevaráo número de pessoas comdeclínio cognitivo em 50milhões até 2025, mas oestudo sugere que o uso docomputador será básico parareduzir casos de demêncianos próximos 40 anos.

Meu eleitorado é 95% feminino, gay, negro e maluco beleza;5% brancos e nulos.

República dosGuardanapos

Marinaem alta

Noche paraguaya333 Enquanto sua ex-mulher Zilu confirma que tem um namoradonovo, há dois anos, nos Estados Unidos, Zezé di Camargo circulouna noite de Assunção, no Paraguai, onde ele e Luciano haviam feitoum espetáculo, com a ex-modelo e apresentadora de TV de láLiliana Alvarez. Jantaram juntos no restaurante San Pietro e depoisforam ao Hotel Bourbon, onde ele estava hospedado. Há quemaposte que ele cantou É o Amor para ela, em sessão privê.

Festa decinema

333 Numa noite em queSelton Mello levou 12 troféuspor seu filme O Palhaço,que representa o Brasil noOscar e Cacá Diegues foi

homenageado por seus 50 anos de carreira, o Teatro Municipaldo Rio foi palco da 11ª edição do Grande Prêmio do CinemaBrasileiro, a maior premiação do cinema nacional. Foi igualmenteuma noite de gala, quando as atrizes nacionais capricharamno visual: da esquerda para a direta, Fabiula Nascimento, deAvenida Brasil; Deborah Secco; Antonia Fontenelle; LuanaPiovani, agora no elenco de Guerra dos Sexos; e Maria Ribeiro.

IN OUTh

h

Pretinho básico.Vermelho básico.

RITA LEE // descrevendo seu eleitorado musical.

333 DEPOIS de circular muitotempo com um Fiat Doblò queseu filho Supla ganhara noprograma Casa dos Artistas, osenador Eduardo MatarazzoSuplicy (PT-SP), que não usacarro oficial, está de borrachanova: é um Fiat Uno, bem menordo que o anterior. Em Brasília,ele circula com motorista.

333 ADRIANE Galisteu aindaacaba se especializando nessaárea: seu programa Muito+,acaba de ser retirado da gradeda Band, sem maiores avisos –e nem mesmo para ela, que sósoube depois de tudo decidido.Não dava audiência, nemfaturamento. Agora, novatentativa: ela deverá comandarum reality show chamado Quemquer casar com meu filho?,inspirado em originais similaresamericanos. Detalhe: no lugarde Muito+, a Band está exibindodesenhos do Popeye.

333 NA TRADICIONAL desfile-show da Victoria’s Secret emNova York, no ano passado,quem desfilou com o sutiãcravejado de diamantes, avaliadoem US$ 2,5 milhões foi AdrianaLima: agora, em novembro, seráa vez de Alessandra Ambrósio. OVictoria’s Sectret Fashion Shoe étransmitido pela televisão, exibidodepois no Brasil e no próximoespetáculo, terá a participaçãode Justin Bieber e Rihanna.

333 NOS CARNAVAIS deantigamente, as fantasiasmais usadas iam de pirata aodalisca. Agora – quem diria –a mesma odalisca vai inspiraro Baile de Gala de carnaval doCopacabana Palace, no Rio, cujadecoração, mais uma vez, seráassinada por Zeka Marques. Sebem que a antiga odalisca vemembrulhada para presente: otema do baile será Sherazade,dos contos das Mil e uma Noites.

333 O FILME Até que a Sorte nosSepare, com Leandro Hassum, jácruzou a marca de um milhão deespectadores em quatro semanase continua subindo. Está quasepassando E Aí, Comeu? que,em três semanas, levou 1,1milhão de pessoas na platéia.O filme com Hassum já faturouR$ 11,3 milhões.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHEGADAO Mensalão entrana reta final. Atéagora, foramcondenados 25.

EM FORMAMinistro JoaquimBarbosa vai setratar na Alemanha.Dores no quadril.

política

Delúbio Soares: como tesoureiro do PT, tinha conhecimento das operações, diz a Justiça. José Genoino: o ex-presidente do PT foi condenado pela Justiça Federal, mas decisão ainda admite recurso.

Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo – 10.10.12Antonio Cruz/ABr – 05.08.09

Delúbio e Genoino condenados a 4 anosDecisão da Justiça Federal em Minas Gerais é pelo crime de falsidade ideológica. A cúpula do banco BMG também foi condenada até a sete anos de cadeia.

AJustiça Federal deMinas Gerais conde-nou o ex-presidentedo PT, José Genoino;

o ex-tesoureiro do partido, De-lúbio Soares; o publicitárioMarcos Valério e seus ex-só-cios Ramon Hollerbach, Cris-tiano Paz e o ex-advogado Ro-gério Tolentino por falsidadeideológica em razão de em-préstimos fraudulentos toma-dos pelo PT no Banco BMG.

Genoino, segundo seu ad-vogado, o criminalista LuísFernando Pacheco, entendeque o novo revés caracteriza"judicialização da atividadepartidária". Pacheco informouque o petista, que é réu tam-bém na ação do Mensalão, "le-

vou tudo dentro do mesmocontexto, o de um julgamentonão isento", informou.

Na mesma decisão, tomadana noite de segunda-feira,também foram condenadosos diretores do BMG, Ricardo

Annes Guimarães, João Batis-ta de Abreu, Márcio Alaor deAraújo e Flávio Pentagna Gui-marães, todos por gestãofraudulenta. A defesa dos con-denados ainda tem direito arecorrer da decisão.

Pena – Para a juíza CamilaFranço e Silva Velano, "Delú-bio Soares e José Genoino, emrazão do cargo que ocupa-vam, tinham amplo conheci-mento das circunstâncias emque os empréstimos foram au-torizados, considerando os al-tos valores negociados, as di-versas renovações e a mani-festa atipicidade das opera-ções". Por isso, Genoino eDelúbio foram condenados aquatro anos de prisão.

Marcos Valério, reconheci-do pela Justiça "como o verda-deiro líder das empresas to-madoras dos empréstimos,seja pelo cargo que ocupavaou pela influência que exer-cia", recebeu pena de 4 anos e6 meses. Os ex-sócios e o ad-vogado Tolentino, quatroanos. A mulher de Valério, Re-nilda Santiago, foi absolvida.

Na sentença, de 129 pági-nas, a juíza destacou que osempréstimos não eram paraser quitados. "Os contratoscelebrados pelo BMG com o PTe as empresas de Marcos Valé-rio não tinham como objetivoserem quitados, constituindo-se como instrumentos for-mais, fictícios, ideologica-

mente falsos, cuja intençãoreal era dissimular o repassede recursos aos tomadores".

Pagou para emprestar – Deacordo com a juíza, grandeparte dos valores amortizadosera recursos do próprio banco,

ou seja, "o BMG praticamentepagou para emprestar", des-creveu. Ela afirmou ainda quea conduta da cúpula do BMGteve o mesmo padrão de com-portamento do Banco Rural,ao conceder empréstimos novalor de R$ 43 milhões ao PT ee a Marcos Valério, com suces-sivas renovações sem apre-sentação de garantias.

A magistrada considerouque os diretores do BMG "tive-ram atuação decisiva e inten-sa na gestão fraudulenta". Edeterminou para Ricardo An-nes, 7 anos de prisão; paraJoão Batista, 6 anos e 3 meses,e para Flávio e Márcio Alaor, 5anos e 6 meses para cada um.(Estadão Conteúdo)

Delúbio Soares eJosé Genoinotinham amploconhecimento dascircunstâncias emque os empréstimosforam autorizados.

CAMIL A FR ANÇO E SI LVAOs diretores doBMG tiveramatuação decisiva eintensa nacomposição doquadro delitivo dagestão fraudulenta.

IDEM

Mensalão está com os dias contadosJulgamento será encerrado na semana que vem, antes de o relator Joaquim Barbosa viajar para Alemanha, onde irá fazer tratamento médico.

Oministro JoaquimBarbosa vai viajarpara a Alemanhano final do mês e a

sua saída do País está sendointerpretada pelos demaismagistrados do Supremo Tri-bunal Federal (STF) como a da-ta para a conclusão do Mensa-lão. Com problemas crônicosno quadril, Barbosa será sub-metido a procedimento commédicos alemães, recomen-dados pela equipe brasileira.

Ele será atendido em Dus-seldorf. O nome da cidade ale-mã é bem familiar a Barbosa.Trata-se da empresa offshorecriada por Duda Mendonça pa-ra enviar ao exterior R$ 10,4milhões recebidos pela cam-panha presidencial de 2002,quando Luiz Inácio Lula da Sil-va venceu com o slogan "Lulapaz e amor". Para o ministro, aremessa tem o nome de lava-gem de dinheiro.

Viagem – De acordo com ogabinete, Barbosa estará forado STF entre os dias 29 de ou-tubro e 3 de novembro, perío-do no qual poderiam ocorrerduas sessões. No entanto, oministro deverá embarcar pa-ra a Alemanha, sábado dia 27,e os ministros esperam conse-guir terminar o julgamento atélá. A Corte ainda precisa con-cluir dois capítulos da denún-cia e estabelecer as penas dosréus condenados.

Até agora, o STF condenou25 dos 37 réus por crimes co-mo corrupção ativa e passiva,peculato, lavagem de dinhei-ro e gestão fraudulenta. Entreeles figuram personagenscentrais do esquema, como oex-ministro da Casa Civil, JoséDirceu, o publicitário MarcosValério e a dona do Banco Ru-ral, Kátia Rabello.

Ainda precisa ser analisadaa denúncia de lavagem de di-nheiro contra os ex-deputa-dos petistas João Magno (MG)e Paulo Rocha (PA) e o ex-mi-

nistro dos Transportes, Ander-son Adauto. Esta etapa serádefinida hoje com os votos quefaltam dos ministros GilmarMendes, Celso de Mello e Car-los Ayres Britto.

Última fatia – Na sequência,o relator deve começar a últi-ma fatia que trata da acusaçãode formação de quadrilha con-tra 13 réus dos núcleos políti-cos, financeiro e publicitário.Entre eles, José Dirceu, JoséGenoino, Delúbio Soares eMarcos Valério, entre outros.Barbosa prevê gastar umasessão para analisar o caso. Orevisor, ministro RicardoLewandowski, disse que seuvoto sobre o tema "será rápi-do, menos de uma sessão".

Falha – O procurador-geralda República, Roberto Gurgel,rebateu ontem as críticas fei-tas pelo relator do Mensalão,de que o Ministério Público(MP) falhou nas acusaçõescontra o publicitário DudaMendonça e sua sócia ZilmarFernandes, absolvidos peloscrimes de lavagem de dinhei-ro e evasão de divisas. "O MPnão se considera absoluta-mente responsável pela ab-solvição", assegurou.

O resultado irritou Barbosa,pois seriam falhas da PGR. Pa-ra ele, o MP deve "aprender" adeixar claro na denúncia o cri-me antecedente quando acu-sar os réus de lavagem de di-nheiro. A falta desse antece-dente levou à absolvição de

JoaquimBarbosa, que

já foiprocurador

antes deocupar vaga

de ministro noSTF, explica

comodenunciar umcrime. "Deve

dizerabertamente,

explicitamente".

Nelson Jr./SCO/STF – 15.10.12

Duda e Zilmar.Lição – Barbosa, mesmo as-

sim, votou pela condenaçãopor lavagem de dinheiro, mas,apesar de ter sido seguido pe-los ministros Luiz Fux e GilmarMendes, foi voto vencido emplenário (7 a 3). Os demais se-guiram o revisor. "Eu poderiamuito bem revisar o meu voto,re fo rmar , para que o MPaprenda a fazer a denúncia demaneira mais explícita".

Mesmo irritado, explicou:"Quando [o MP] tiver que dizercrime de evasão de divisas oucrime qualquer que seja, que odiga abertamente, explicita-mente". Barbosa fez carreiracomo procurador do MP antesde ministro.

Reação – De acordo com Gur-gel, as críticas à denúncia "nãoprocedem". "Repito, o procu-rador-geral tem o mesmo res-peito às decisões absolvitó-rias que tem pelas decisõescondenatórias. Ao ver do MP,as críticas são improceden-tes", acentuou.

RobertoGurgel:

procurador daRepúblicadefende oMinistério

Público e dizque não é

responsávelpela

absolvição deréus do

Mensalão.

Sabatina – A Comissão deConstituição e Justiça (CCJ) doSenado retoma hoje a sabati-na do ministro Teori Zavascki,do Superior Tribunal de Justiça(STJ), indicado pela presiden-te Dilma Rousseff para ocupara vaga aberta no STF com aaposentadoria compulsória

do ministro Cezar Peluso.Zavascki começou a res-

ponder as perguntas dos se-nadores no último dia 25, masa sabatina foi interrompidacom o início da sessão daqueledia. O presidente da CCJ, Euní-cio Oliveira (PMDB-CE), lem-brou ontem que seis senado-

res já fizeram perguntas aoministro, estando pendente alista de outros 19. A votaçãodo seu nome em plenário de-verá ocorrer depois do segun-do turno das eleições, queacontecem no dia 28. Até lá, ojulgamento do Mensalão já es-tará concluído. (Agências)

Andre Dusek/Estadão Conteúdo – 04.09.12

Eu poderia muitobem revisar o meuvoto, reformar,para que o MPaprenda a fazer adenúncia demaneira explícita.

JOAQ U I M BARBOSA

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quarta-feira, 17 de outubro de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Já destruíram a minha vida mesmo, não tenho pressa. Só digo uma coisa, ainda não apareceu nem metade da missa.Ex-governador José Roberto Arruda sobre o DEMpolítica

CPI DO CACHOEIRA

De adiamento em adiamento, ela segue.Um recuo de última hora do PT e do PMDB permitiu que a comissão continue pelo menos até dezembro, se não houver um novo pedido de adiamento.

Pedro França/Ag. Senado – 22.12.11

Vital do Rêgo: senador comanda a CPI do Cachoeira, mas quer dar um fim o quanto antes.

Os integrantes da CPIdo Cachoeira, maisuma vez, recuaramontem e decidiram

prorrogar os trabalhos da co-missão. Pelo acordo fechadoentre governo e oposição, acomissão, que estava previstapara terminar no dia 4 de no-vembro, deverá funcionar atéo dia 22 de dezembro.

A CPI do Cachoeira está pa-ralisada há mais de um mês esó voltará a funcionar depoisdo segundo turno das eleiçõesmunicipais, marcado para odia 28. A ideia é fazer uma reu-nião administrativa no dia 31para definir os próximos pas-sos da comissão. A tendênciaé que a CPI use o tempo extraapenas para votar o relatóriofinal, sem fazer novas investi-gações ou quebras de sigilo.

Balanço – Nem mesmo asdescobertas feitas parecemsensibilizar os parlamentares.Balanço apresentado pelo re-lator da CPI, deputado federalOdair Cunha (PT-MG), apon-tou uma movimentação finan-ceira de R$ 84 bilhões nos últi-mos dez anos, entre créditos edébitos envolvidos na organi-zação criminosa comandadapor Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira. Esse vo-lume de recursos foi detecta-do nas quebras de sigilo fiscale bancário de 75 pessoas físi-cas e jurídicas.

Mas não foi isso que estimu-lou a prorrogação dos traba-lhos, segundo o presidente daCPI, senador Vital do Rêgo(PMDB-PB). "Decidimos porunanimidade prorrogar os tra-

balhos da CPI porque não que-ríamos contaminar as discus-sões do relatório final com aseleições", justificou.

O relator explicou aindaque, apesar das datas, "não háacordo sobre o prazo adequa-do para prorrogar a CPI. Só nãoqueria correr o risco de a co-missão não conseguir votar orelatório", observou Cunha.Para o senador Pedro Taques(PDT-MT), "o importante é quea CPI do Cachoeira foi prorro-gada", destacou.

apontar uma nova ramifica-ção do esquema de Cachoeirapara São Paulo e o Rio de Janei-ro. As investigações até agorase limitaram a Goiás

Novos requerimentos – N es-ta queda de braço, os gover-nistas que controlam a CPI de-fenderam a prorrogação por30 dias, porém a oposiçãoquer estender os trabalhospor mais 180 dias, o que arras-taria a investigação para o anoque vem. "Em 30 dias não épossível termos acesso a ne-nhum sigilo novo", afirmou odeputado Rubens Barros(PPS-PR). A CPI tem 509 reque-rimentos de quebra de sigilo econvocação na pauta.

A decisão de prorrogar,mesmo com a indefinição doseu término, marca um recuodo PT e do PMDB que fizeramum acordo na semana passa-da para enterrar a CPI do Ca-choeira. Os partidos avalia-ram que a revelação do pactoteve repercussão negativa e oanúncio em meio ao segundoturno das eleições poderiaprejudicar as candidaturas deseus partidos.

Outra razão que motivou oPMDB a mudar foi o comporta-mento do governador do Riode Janeiro, Sérgio Cabral(PMDB), que estaria interessa-do em assumir um ministériono final do ano, quando deixa-rá o governo para abrir espaçoao vice, Sérgio Pezão (PMDB).A ala que controla o PMDB noSenado está incomodada como movimento de Cabral, quefoi lançado a vice de DilmaRousseff. (Agências)

84bilhões de reais foi o

quanto a organizaçãocr iminosa

comandada porCarlinhos Cachoeira

movimentou nosúltimos dez anos.

Faz de conta – A estratégiados governistas e de parte daoposição é prorrogar a CPI,mas sem a aprovação de no-vas quebras de sigilo bancárioe fiscal de empresas que rece-beram ou enviaram recursospara Delta Construções.

Ao todo, 29 empresas te-riam feito movimentaçõesvultosas com a empreiteira.Mas dessas, 17 não tiveramseus sigilos abertos pela CPI.Essas quebras poder iam

Movimento contra a corrupçãoquer reforma política

OMovimento deCombate à CorrupçãoEleitoral (MCCE)

pretende reeditar o sucessoda Lei da Ficha Limpa com umnovo projeto de iniciativapopular, desta vez destinadoà reforma do sistema político.

Entre os principais pontosdo projeto estão:financiamento públicoexclusivo de campanhas;limites legais às coalizões –fonte de crises, como a domensalão petista – emudança no sistema atual delista de candidatos. Ainda são

propostas mudanças noplebiscito, no referendo e nalei de iniciativa popular, alémda criação do veto popular.

A campanha Para Mudar,Reforma Política Já serálançada hoje, na Câmara. Osorganizadores esperam obter1,5 milhão de assinaturas aoprojeto de lei, cujo texto-baseserá posto em audiênciapública até o fim do ano, parafortalecer a culturademocrática, combater acorrupção política eaperfeiçoar o sistemaeleitoral do País.

A campanha faz parte daPlataforma dos MovimentosSociais pela Reforma doSistema Político, que reúnedezenas de entidades civis –as mesmas quedesencadearam a campanhaque resultou na Lei da FichaLimpa, que, após váriosretrocessos, entrou em cenana eleição municipal de 2012e frustrou planos de mais de 2mil candidatos impugnadosdevido à condenaçõesjudiciais, a maioria porimprobidade administrativa.(Estadão Conteúdo)

'Melhor a bancada da bala doque a da mala', diz vereador.

Eleito sob a bandeira dasegurança pública, o fu-turo vereador Conte Lo-

pes (PTB) disse ontem ser fa-vorável à ampliação dos pode-res e atribuições da Guarda Ci-vil Metropolitana (GCM) paramelhorar a situação da violên-cia em São Paulo.

"Não resta a melhor dúvida"de que a GCM precisa ser re-forçada, afirmou o vereadoreleito. O primeiro passo, se-gundo ele, é ampliar o contin-gente atual, de 6 mil guardas,para 15 mil.

Entre outras medidas, Con-te Lopes também disse ser ne-cessária a criar leis que prote-jam os policias, já que há umaverdadeira guerra entre os cri-minosos e as forças de segu-rança da cidade. "Não pode-mos viver aterrorizados, o po-licial não pode ser caçado pe-los bandidos. Nas andançasque fizemos por aí, vimos queo policial está com medo. Elenão tem escapatória".

O vereador também defen-deu o porte de arma por civis,mas "dentro das leis": "O Esta-do não te defende? Por que vo-cê não pode se defender?". Eacrescentou que não vê riscosdesde que os portadores dearmas de fogo tenham o devi-do preparo para usá-las.

Ele indicou que seu partidoapoiará José Serra (PSDB) no2º turno, mas disse que a ur-gência das mudanças neces-sárias para melhorar a segu-

rança pública "independe dopartido" que chegar à Prefei-tura. Afirmou também que,agora que ocupa um lugar naCâmara dos Vereadores, vaicobrar o governador GeraldoAlckmin pela implementaçãode mais políticas.

Bancada da bala – Conte Lo-pes não foi o único dos verea-dores que se elegeu sob a ban-deira da segurança pública.Além dele, o coronel PauloAdriano Telhada (PSDB), o 5ºmais votado, atuará no legis-lativo municipal. O vereadordo PTB chamou a atenção parao diálogo que os dois e outrosvereadores podem manter,formando a "bancada da bala"na Câmara. "Acho que é im-

portante a gente conversar. Asituação realmente está críti-ca em relação à segurança pú-blica. Você não consegue ir emum restaurante, em um cine-ma. Está um terror".

Quanto às propostas paraas demais áreas, disse quesaúde e educação são priori-dades. E comentou ainda o "kitgay", motivo de polêmica nacampanha pela à prefeiturapaulistana. Conte Lopes sedisse contra a exposição decrianças que ainda não têm"formação sexual" a determi-nados conteúdos e declarouque, ao seu ver, "ser gay não ébom para ninguém", concluin-do que isso é assunto para psi-cólogos. (Estadão Conteúdo)

Conte Lopes se diz a favor da ampliação de poderes da Guarda Civil Metropolitana.

Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Conte Lopes, quese elegeu sob a

bandeira dasegurança

pública: "O Estadonão te defende?

Por que você nãopode se

defender?".

Arruda depõe e dá socos na mesa

Dois anos e meio apósser preso e ter omandato cassado, o

ex-governador do DistritoFederal, José RobertoArruda, acusado de ser ochefe do esquemacriminoso chamado deMensalão do DEM, deuontem seu primeirodepoimento à Justiça. Elenegou as acusações, disseque foi vítima de vingançade inimigos e, dando socosna mesa, ameaçou. "Jádestruíram a minha vidamesmo, não tenho pressa.Só digo uma coisa, aindanão apareceu nem metadeda missa", afirmou, numareferência ao DEM.

Arruda responde noSuperior Tribunal de Justiça(STJ) pelos crimes decorrupção, lavagem dedinheiro e formação dequadrilha, podendo pegar

mais de 20 anos de prisão. Aquadrilha, segundoinvestigações da PolíciaFederal, teria desviado maisde R$ 1 bilhão dos cofrespúblicos em seis anos. Odelator do esquema, o ex-secretário de RelaçõesInstitucionais, DurvalBarbosa, que tambémdepôs, reafirmou adenúncia de que Arrudacomandava a organizaçãocriminosa. Ele disse quepagava as contas do ex-governador com "dinheirosujo", inclusive viagensinternacionais. "Deixavadinheiro escondido,dólares, em um banheiropara ele", afirmou. Explicouque Arruda frequentava acasa dele e que teriadeixado dinheiro decontratos de informáticaaté com a sogra dele.Exaltado, Arruda negou as

acusações e disse que todosos diálogos apresentadospor Durval e periciados pelaPF foram editados emanipulados. "Acabaramcom a minha vida públicaporque eu não cedi àschantagens dessesbandidos", garantiu. Masentrou em contradição eadmitiu que, após eleito,recebeu os empresáriosfinanciadores de suacampanha, que teriam lhecobrado a fatura."Financiamento privado decampanha é fonte de crisepermanente", observou ele,citando como exemplo oMensalão do PT. Um dosmaiores esquemas decorrupção da políticabrasileira, o Mensalão doDEM foi desmantelado emnovembro de 2009 pelaPolícia Federal. (EstadãoConteúdo)

Um gambá visita o Senadodo para tentar exterminaruma colmeia de abelhas ins-talada no gabinete do sena-dor Álvaro Dias (PSDB-PR).Na época, dois funcionáriosforam picados.

Mais recentemente, emjaneiro deste ano, uma ser-

vidora do Senado foi mordi-da no pé por uma ratazana.Na ocasião, agentes de lim-peza do Senado encontra-ram algumas ratazanasmortas na secretaria do Con-gresso – motivo pelo qual se

realizou uma dedetizaçãoe uma desratização nasala e também na se-cretaria-geral da MesaDiretora, que ficam nomesmo ambiente.

A servidora foi pronta-mente atendida no Ser-viço Médico do Senado–e ficou de licença, emobservação.

As duas secretarias fi-cam próximas da presi-dência do Senado e daslideranças do PSDB e doPMDB. Os dois ambien-tes, responsáveis pelaassessoria da Mesa Dire-tora especialmente du-rante as sessões, con-têm documentos e li-vros. Na época, corriamrumores entre os servi-dores da Casa de que osroedores também po-diam ser vistos em ou-tros locais do Senado.(Agências)

OSenado recebeu umvisitante inusitadoontem: um gambá. O

animal apareceu no anexo Ida Casa, ou seja, o prédio on-de ficam localizados os gabi-netes de diversos senadoresfamosos, comoox ex-presi-dentes José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor deMello (PTB-AL).

Um funcionário encontrouo gambá e entrou em conta-to com brigadistas que pres-tam serviços na Casa. Aequipe conseguiu colocar oanimal dentro de uma gaio-la. No final da tarde de on-tem, o marsupial perdidoestava à espera de servido-res do Ibama. Recebia pão eágua como alimentação.

Esta não é a primeira vezque um gambá entra no Se-nado. Há três anos, os fun-cionários da Casa encon-traram uma família intei-ra de saruês – uma espé-cie do animal – vivendotranquilamente emum buraco na parede.

Abelhas e ratos – Em2009, o serviço de pre-venção de acidentesdo Senado foi aciona-

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

No Amazonas temos um problema de transporte muito sério. Ou se anda de barco, ou de avião.Omar Aziz, governador do Amazonas.política

Dilma participaráde comícios em 3

capitais no 2º turnoEla virá acompanhada de Temer, a quem deve manter no cargo, se reeleita.

Ela reafirma todahora: 'Estamosjuntos, vamos fazercampanha juntos.

MICHEL TEMER, EXPLIC ANDO

QUE A INTENÇÃO

DA PRESIDENTE DILMA

É MANTER TUDO CO M O ESTÁ.

Apresidente Di lmaRousseff vai reforçaras campanhas parao segundo turno dos

petistas Fernando Haddad,em São Paulo, e Nelson Pele-grino, em Salvador, em Salva-dor, além de subir no palanquede Vanessa Grazziotin, candi-data do PC do B à Prefeitura deManaus, Amazonas.

A princípio programado pa-ra essa sexta-feira, o comíciode Haddad foi transferido parao sábado, a pedido do PT pau-listano, segundo informou oPalácio do Planalto. A mudan-ça foi feita para evitar o esva-ziamento do comício, quecoincidiria com o último capí-tulo da novela Avenida Brasil,da TV Globo.

Em compensação, os eleito-res de Salvador que quiseremver Dilma dando apoio a Pele-grino vão perder o final da no-vela ou esperar para assistir àreprise do folhetim no sábado,pois a visita da presidente àcapital baiana teve de ser an-tecipada para o dia 19. Pele-grino disputa o segundo turno

com Antonio Carlos Maga-lhães Neto, do DEM.

Segundo a coordenação decampanha de Pelegrino, a pre-visão é a de que o evento ocor-ra entre as 19 e as 21 horas –tudo programado para que ohorário do comício não coinci-da com a reapresentação deAvenida Brasil.

Já o comício de Manaus – noqual Dilma tentará ajudar a se-nadora Vanessa Grazziotin nabriga com o candidato doPSDB, Arthur Virgílio – foi mar-cado para a próxima segunda-feira. Apesar dos apelos, a pre-sidente não irá a Fortaleza

(CE), onde há confronto diretoentre o PT e o PSB do governa-dor do Ceará, Cid Gomes.

Temer: intenção de Dilma émantê-lo como vice em 2014

A l i a n ça – O vice-presidenteda República, Michel Temer,diz ter ouvido da própria presi-dente que não há planos paratrocá-lo por qualquer outro no-me em uma eventual candida-tura à reeleição em 2014.

Depois de ouvir o prefeito doRio de Janeiro, Eduardo Paes,falar por duas vezes no iníciodessa semana que o governa-dor do estado, Sérgio Cabral,deveria ser o vice no seu lugar,Temer foi chamado ontem emaudiência com a presidente.

Depois da conversa, resu-miu: "Ela reafirma toda hora:'Estamos juntos, vamos fazercampanha juntos'".

Temer confirmou que esta-rá com Dilma no comício deHaddad, assim como GabrielChalita, candidato derrotadodo PMDB. E garante a possibi-lidade de Chalita participar doministério de Dilma não foi as-sunto no encontro. (Agências)

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 09.10.12

Dilma virá ao comício de Haddad. Será sábado, para não coincidir com o último capítulo da novela.

Governo federal anuncia queconstruirá 7 aeroportos no AM

Apresidente DilmaRousseff informouontem ao governador

do Amazonas, Omar Aziz, queo governo federal vai bancara construção de seteaeroportos municipais no seuestado, dentro do pacote deportos e aeroportos que seráanunciado em novembro.

De acordo com Aziz, osnovos aeroportos ficam nasúltimas sete cidades queainda não têm pistas depouso no estado.

"No Amazonas temos umproblema de transportemuito sério. Ou se anda debarco, ou se anda de avião.Nós já tínhamos feito osprojetos e eu iria usarrecursos do ProInvest. Aí apresidente me disse que iafazer e eu vou aproveitar o

dinheiro do ProInvest paraoutra coisa", afirmou ogovernador.

Cada aeroporto deverácustar entre R$ 22 milhões eR$ 25 milhões, de acordo comos cálculos do governo doAmazonas.

Uma das linhas do pacotede portos e aeroportos que ogoverno estuda é justamenteo aumento da aviaçãoregional, com a construçãode novos terminais locais emáreas de difícil acesso,especialmente na regiãoNorte. De acordo com ogovernador, o pacote deveser anunciado em novembro.O Planalto, no entanto, nãotem ainda uma data em vista.

O governador tambéminformou que a presidenteDilma já confirmou sua ida a

Manaus, na segunda-feira,dia 22, para participar docomício junto com acandidata à prefeitura peloPCdoB Vanessa Grazziotin.

Aziz afirmou que apresidente deverá dormir emManaus e voltar à Brasília nodia seguinte logo pelamanhã. Não haverá qualquertipo de agenda institucionalna cidade.

"Nós até temos um projetoque está pronto para serinaugurado do Minha Casa,Minha Vida, com 4,6 milapartamentos prontos de 9,7mil programados, mas eu e apresidente achamos que nãoé o momento, para não haverqualquer ilação. Ela deve irpara a inauguração emdezembro", afirmou Aziz.

(Estadão Conteúdo)

Cada um deve custar entre R$ 22 e R$ 25 mi, calcula governo estadual.

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quarta-feira, 17 de outubro de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Onde foram parar

os mensaleiros?

11 estão aqui.

Se não conseguiu encontrá-los na edição de ontem, veja agora onde esles estavam escondidos.

Não levantei esse tema [do kit gay], levantaria em relação ao desperdício.Paulo Maluf (PP-SP)política

Da tribuna, Malufdeclara apoio a Haddad.

Depois de ser remeti-do ao segundo pla-no pela campanhade Fernando Had-

dad (PT) na disputa pela pre-feitura de São Paulo, o deputa-do Paulo Maluf (PP) subiu à tri-buna da Câmara ontem parafazer sonoros elogios ao can-didato petista.

Desde o impacto negativoda foto, tirada no jardim da ca-sa do deputado, em que foi se-lada a aliança com o PT, Malufvem sendo escondido pelacampanha de Haddad. A ima-gem é, inclusive, utilizada pe-los adversários em razão do al-to índice de rejeição de Maluf.

Diante do mal-estar, Had-dad chegou a dizer, no últimodia 13 de setembro, na sabati-na Folha/U OL, que não vai en-tregar cargos ao aliado casoele seja eleito.

No discurso de ontem, Maluflembrou o episódio da foto edisse ter sido um "orgulho" terrecebido o ex-presidente Lulae Haddad em casa.

Segundo o deputado, antesde fechar a aliança com o PT,também foi procurado duasvezes em casa pelo atual ad-versário de Haddad, José Ser-ra (PSDB). No programa elei-toral de ontem, a união dos ad-versários foi lembrada pelostucanos. "O Haddad fez umaparceria com o Maluf, vai es-perar o que dele?", diz um tre-

cho do programa."Eu, que sempre fiz política

somando, quero dizer quemuitas vezes me entristece ofato de que alguns que recen-temente foram a minha casapedir o meu apoio – afinal, tivemeio milhão de votos no Esta-do de São Paulo – e o do meupartido, parece-me que, numressentimento desnecessá-rio, criticam a minha postura

Reação – O apoio de PauloMaluf ao petista foi alvo, no en-tanto, de críticas de colega dopartido, Jair Bolsonaro (PP-RJ).Bolsonaro acusou Haddad deter criado kit contra a homofo-bia, que ficou conhecido como"kit gay".

"Atenção, povo paulistano,vocês vão votar no pai do 'kitgay', no homem que não temcompromisso com a família. E,para o PT, esculhambar a famí-lia é o caminho para se perpe-tuar no poder", disse.

Saúde – No segundo dia dohorário eleitoral, FernandoHaddad criticou a administra-ção municipal na área da saú-de e questionou o trabalho dotucano José Serra, apresenta-do na propaganda do PSDB co-mo "o melhor ministro da Saú-de" que o País já teve. O pro-grama petista, que contou on-tem com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula daSilva, fez questão de relacio-nar a administração de Serrana Prefeitura (2005-2006)com a do atual prefeito Gilber-to Kassab (PSD), chamado pe-la campanha petista de ges-tão "Serra/Kassab".

No programa, a campanhaexplorou a dificuldade deatendimento da populaçãoem hospitais municipais "Asaúde só anda bem na propa-ganda deles", provocou o nar-rador. ( Fo l h a p r e s s )

Já fotografado ao lado do candidato petista e de seupadrinho, Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado do PPfez da tribuna da Câmara um palanque eleitoral e nãoeconomizou elogios ao aliado. Ele lamentou tambémque candidatos que o procuraram em busca deparceria agora lhe façam críticas por se alinhar ao PT.

Calma aí:enquanto

Paulo Maluf sedesmancha em

elogios aHaddad

(acima), acampanha

petista investecontra

administraçãoda Saúdepor Serra.

Kit gay é 'pauta petista furada',conclui Serra.

Ocandidato a prefeito deSão Paulo, José Serra(PSDB), disse hoje que

o debate sobre o "kit-gay" éuma 'pauta petista furada' ecriticou a imprensa por tratardo assunto.

"Quem tem que explicar é oHaddad, que torrou dinheiro.O problema é que FernandoHaddad é fraco como adminis-trador", disse o tucano em en-trevista à rádio CBN.

Crítico do material anti-ho-mofobia produzido pelo MEC(Ministério da Educação) du-rante a gestão Haddad, Serradistribuiu cartilha com con-teúdo semelhante a escolasde ensino médio de todo o Es-tado, em 2009.

Serra afirmou que o temanão foi levantado por ele, maspor jornalistas mal informa-dos por aquilo que "petistasespalham".

"Não levantei esse tema, le-vantaria em relação ao des-perdício", afirmou Serra, lem-brando o fato de a presidenteDilma Rousseff ter suspendi-do a distribuição do "kit-gay"

após a sua produção.Na entrevista, o tucano

mostrou irritação com a per-gunta feita pelo jornalista Ken-nedy Alencar. "Sua atitude éuma contradição por uma con-veniência eleitoral ou o senhor

cê tem suas preferências polí-ticas. Mas modere, você estána CBN, não pode fazer cam-panha eleitoral aqui", afirmouo candidato, dizendo que apergunta do jornalista envol-via uma "mentira".

O tucano falou sobre o as-sunto após uma caminhada naVila Cursino, zona sul da cida-de. Durante o trajeto, foi abor-dado por uma mulher, que sedisse indignada com o atendi-mento que uma amiga teve nohospital de Heliópolis.

"Tive hoje uns 15 elogios emrelação à saúde, e isso não éregistrado. Uma mulher recla-mou. Pode ter problema e eurespeito as reclamações. Damesma maneira que tem pes-soas maravilhadas com al-guns atendimentos, tem ou-tras indignadas. Se eu fosseprefeito, mandava averiguarna hora". ( Fo l h a p r e s s )

Incomodado com o debate, tucano reclama da imprensa por insistir do assunto.

Queixa: mulher reclama deque amiga foi mal atendida.

Serra lamenta: "Se fosseprefeito, investigaria".

Diogo Moreira/Frame/Estadão Conteúdo

Quem tem queexplicar é oHaddad, que torroudinheiro. Oproblema é que eleé fraco comoadministrador.

JOSÉ SERR A

se tornou um político conser-vador e mudou de ideia?",questionou o jornalista, sobreo apoio do pastor Silas Mala-faia, maior crítico do "kit-gay"do MEC.

Serra acusou Kennedy defalar sobre o assunto sem se-quer ter lido a cartilha do go-verno estadual. "Eu sei que vo-

Ed Ferreira/Estadão Conteúdo

Fábio Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

Atenção, povopaulistano, vocêsvão votar no pai do'kit gay', no homemque não temcompromisso com afamília.

JAIR BOLSONAR O (PP-RJ )

por estar do lado do PT", disseMaluf da tribuna.

Em seguida, o deputado vol-tou a fazer elogios a Haddad.

"Eu, que fui prefeito duasvezes e governador do Estadode São Paulo, tenho a absolutaconvicção de que a cidade deSão Paulo estará bem entre-gue a uma liderança jovem, aum homem que quer fazer po-lítica com P maiúsculo, a umhomem que quer fazer da vidapública a sua biografia".

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

PRIMAVERA ÁRABESuíça bloqueiaUS$ 1 bilhão deditadores do Egito,Líbia, Síria e Tunísia.

ESTADOS UNIDOSTribunal deapelações inocentaex-motor istade Bin Ladennternacional

ABAIXO AS ARMAS

Ogoverno sírio informouontem que concordacom um novo cessar-

fogo no país durante o feriadode Eid ul Adha, a partir de 25 deoutubro. A iniciativa, sugeridapelo enviado especial da Or-ganização das Nações Unidas,Lakhdar Brahimi, vem sendopromovida pela Turquia e Irã.

"A parte síria está interessa-da em explorar esta opção",disse o porta-voz do Ministériodas Relações Exteriores da Sí-ria, Kihad Maqdisi, acrescen-

tando que a trégua deverá in-cluir também os rebeldes e paí-ses que os apoiam, em referên-cia a Arábia Saudita e Catar.

A proposta, que tem o apoioda Turquia e Irã, foi feita porBrahimi na segunda-feira. Afesta de Eid ul Adha tem dura-ção de quatro dias e é uma dasmais importantes do calendá-rio muçulmano. Diplomatas di-zem que o plano de Brahimi éexpandir o cessar-fogo para au-torizar a volta dos observado-res da ONU ao país. (Agências)

Síria aceita cessar-fogo durante feriado muçulmano

Asmaa Waguih/Reuters

Rebeldessírios

patrulhamvielas da

cidade antigade Alepo,palco de

confrontoscom forças do

regime.

ELE ACORDOU. SERÁ O SUFICIENTE?

Regime dos irmãos Castro libera viagens ao exterior, exceto paradissidentes,médicos e atletas. Os Estados Unidos elogiaram as medidas,

mas lembraram que os cubanos ainda precisam de visto de entrada.

Na mais importantemudança migratóriaem 50 anos, o gover-no de Cuba anunciou

ontem que eliminará a partir dejaneiro restrições para que ci-dadãos possam viajar ao exte-rior, mas deixará aberta a pos-sibilidade de manter o veto apesquisadores, médicos, atle-tas e opositores.

A nova lei, que entra em vi-gor em 14 de janeiro, permitiráaos cubanos a dispensa de au-torização prévia do governo, ochamado "cartão branco", e

Desmond Boylan/Reuters

Cubanos fazem fila em frente à embaixada da Espanha em Havana

carta-convite de pessoa ou ins-tituição de fora de Cuba.

O período em que o viajantepode permanecer legalmenteno exterior passa de 11 mesespara dois anos, renováveis.

Os cubanos precisarão, noentanto, de novos passaportesa serem emitidos no ano quevem, o que pode ser usado co-mo novo filtro político.

A reforma migratória foi de-fendida com alegria pelos cu-banos, entre eles a blogueiraYoani Sánchez, que teve por vá-rias vezes negada sua permis-

são de saída do país."Meus amigos dizem que não

me iluda com a nova 'Lei Migra-tória'... Me esclarecem que es-tou na 'lista negra'. Mas vou ten-tar!", afirmou a ativista, em suaconta no Twitter, ressaltandoque se conseguir sair de Cubaserá para retornar.

A reforma migratória man-tém as restrições para profis-sionais da saúde, educação,atletas considerados "vitais"para o país.

"Não é que não possam sair, éque para sair vão precisar de

uma autorização", explicou osegundo-chefe do Departa-mento de Imigração e de Exte-riores de Cuba, coronel Lam-berto Fraga Hernández.

As restrições foram impostasem 1961, para conter o êxodode pessoas que fugiam do regi-me implantado por Fidel Castroapós a revolução de 1959.

As medidas são parte da mo-desta liberalização do regimenos últimos anos. Elas têm fun-do econômico: com mais cuba-nos fora da ilha, aumentam asremessas de divisas. Não há

números oficiais, mas estima-tivas apontam que até US$ 2,5bilhões são injetados por anona economia por essa via.

Repercussão - Os Estados Uni-dos viram com bons olhos a re-forma migratória, mas pediuque os cubanos "não arrisquemsuas vidas" no mar. "Certamen-te, ainda que sem vistos de saí-da, a maioria dos países da re-gião deve exigir visto de entra-da", disse o porta-voz para oHemisfério Ocidental do Depar-tamento de Estado, William Os-tick, à agência Efe. (Agências)

Na Jordânia,Pa t r i o t a

discute Síria.

Depois de passaros últimos diasem Israel e nos

territórios palestinos, oministro das RelaçõesExteriores, Antonio Pa-triota, encerrou suaviagem ao Oriente Mé-dio ontem na Jordânia.Em Amã, Patriota sereuniu com o rei Abdul-lah II, com quem anali-sou a situação na Síria euma possível soluçãopolítica ao conflito nes-se país.

O chanceler da Jor-dânia, Nasser Judeh,lembrou que o Brasilpode desempenharum papel de relevâncianas negociações parao f im dos con f l i tosna região.

O rei agradeceu oapoio dado pelo gover-no brasileiro na buscade um acordo de paz noOriente Médio. Ele des-tacou a importância dese chegar a uma solu-ção política que ponhafim ao derramamentode sangue e mantenhaa unidade na Síria.

Além disso, AbdullahII pediu que a comuni-dade internacional, in-cluindo o Brasil, ampliea ajuda à Jordânia devi-do às dificuldades eco-nômicas que o país es-tá atravessando. A Jor-dânia já recebeu maisde 200 mil refugiadossírios. (Agências)

Fila para visto.Agora em Cuba.

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Rick Wilking/Reuters

Em um duelo eletrizante, Romney (à esq.) e Obama se mostraram preparados no segundo debate presidencial dos EUA.

Sob forte pressão parater um desempenhomais incisivo a três se-

manas das eleições, o presi-dente dos Estados Unidos,Barack Obama, se mostroumais agressivo ontem peran-te o adversário republicanoMitt Romney, no segundo de-bate na corrida à Casa Bran-ca. Afiados, ambos os candi-datos trocaram acusações,principalmente em relação àeconomia do país.

Logo no início do debate, opresidente criticou o planoeconômico do republicano,acusando o rival de ser umaferramenta dos ricos.

"O governador Romney dizque tem um plano de cincop o n t o s . O g o v e r n a d o rRomney não tem um plano decinco pontos, ele tem um pla-no de um ponto. E esse planoé ter certeza de que as pes-soas no topo joguem com umconjunto diferente de re-gras", disse Obama.

O presidente democrataainda atacou a oposição deRomney ao resgate feito à in-

dústria automobilística nor-te-americana em 2009, quan-do a General Motors e a Chrys-ler foram salvas da falênciapor bilhões de dólares do go-

verno norte-americano.Ele também lembrou que

Romney fechou fábricas queusavam energias considera-das obsoletas, como terme-

létricas a carvão. "Quandovocê foi governador de Mas-sachusetts, se uma fábricaera movida a carvão, você di-zia: 'vamos fechá-la'", disse.

Já o candidato republicanoacusou seu rival de dirigiruma economia estagnada.

"A classe média tem sidoesmagada ao longo dos últi-

mos quatro anos e os empre-gos têm sido muito escas-sos", disse Romney.

Recuperação - O debate naUniversidade Hofstra, emHempstead, Nova York, mos-trou ambos os candidatos en-gajados, diante de pesquisasque mostram um empatetécnico nas intenções de votoa apenas três semanas daseleições presidenciais de 6de novembro.

O grande desafio é saber seo desempenho de Obama on-tem será o suficiente para re-verter o impulso ganho porRomney no primeiro debatehá duas semanas, (Agências)

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quarta-feira, 17 de outubro de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ocupacionais sejamrealizadas desde o princípio."A terapia parece ajudar amanter a mente e o corpoalertas", afirmou Needham.

Ela também parece deixaros pacientes cientes da horado dia, do dia da semana, deonde estão e por quê. Issopode ser feito tanto pelaequipe do hospital quanto pormembros da família e amigos,que são encorajados a passaro máximo de tempo possívelcom os pacientes e ajudá-los amanter o contato com arealidade.

Sono - Sabendo que o sonointerrompido aumenta o riscode confusão mental, a equipeda UTI do Johns Hopkins realizao mínimo possível deinterrupções. "As luzes sãodesligadas, as cortinasfechadas e os anúncios em vozalta interrompidos durante anoite para criar uma UTI queajude os pacientes a dormir",disse Needham.

Utilizando um teste paraconfusão desenvolvido noCentro Médico daUniversidade Vanderbilt, doTennessee, os pacientes daUTI do Hospital Johns Hopkinstêm os níveis de confusãomental medidos duas vezesao dia para garantir que oproblema não passedespercebido.

Fong afirmou que isso

DESAFIOSUm em cada cinco pacienteshospitalares com mais de 65anos vivencia complicações

causadas pela confusão mental.cidades

A confusão mental não é um distúrbio neurológico que afeta apenas pessoas idosas. Aos poucos, a medicina vai descobrindo métodos mais eficazes para lidar com essas ocorrências.

Yvetta Fedorova/The New York Times

Decifrando a confusão mentalSe médicos e enfermeiros conhecessem as causas da confusão mental de seus pacientes, sofrimentos seriam bastante atenuados.

Jane E. Brody

cognitivos ou demência temmaiores riscos de apresentar aconfusão mental e disfunçõescognitivas que podem piorarmuito após um ataque.

Determinadosmedicamentos, como asbenzodiazepinas, podemcausar ou contribuir para oaparecimento de confusõesextremas. Outrosmedicamentos como anti-histamínicos, relaxantesmusculares, analgésicos eaté mesmo antibióticospodem estar ligados àconfusão mental.

Alucinações - Umahospitalização pode levar àconfusão mental, conformerelatou Susan Seligar, no anopassado, no blog do New YorkTimes, The New Old Age.Depois de uma cirurgia nabacia, sua mãe, de 85 anos,ficou desorientada e reclamouda falta de conforto no quartodo "hotel". Logo em seguidaela estava arrastando oslençóis e dizendo sem parar:"Precisamos limpar essabagunça!" Uma leitora contouque sofreu terríveisalucinações após passar poruma cirurgia no joelho, depoisde completar 80 anos: elatinha medo de todo mundo enão conseguia reconhecer arealidade quanto acordava.

"Floresta" - "Nos pesadelosvia enfermeiras cravando suasunhas em minha pele e meacusavam de tentar seduzir omédico. Às vezes, sonhavaque elas me abandonavam nomeio do mato, me sentava ecomeçava a chorar". Cincoanos depois, disse, "ainda nãosaí da floresta".

Cerca de um terço dospacientes com mais de 70

anos experimentam aconfusão mental duranteperíodos de hospitalização. Osíndices são mais altos entre aspessoas que são submetidas acirurgias ou a tratamentos naUTI, onde tudo é estranho, nãohá diferença entre noite e dia,o sono é interrompido comfrequência e há sons,equipamentos eprocedimentos assustadorespor todos os lados.

Alienígenas - Uma pacienteda UTI do Hospital JohnsHopkins, em Maryland,contou que tentava levar umcristal para os alienígenas "dobem" que via em sua mente,mas era impedida por umrobô. Ela afirmou que aexperiência foi um "pesadeloaterrorizante pelo qualninguém deveria passar".

Ondria C. Gleason,psiquiatra da Faculdade deMedicina da Universidade deOklahoma, descreveu aconfusão mental como"qualquer mudançarepentina no estado mentalde uma pessoa ao longo depoucas horas ou dias, taiscomo confusão, alucinações,desorientação e mudançasde personalidade, comoagitação e irritabilidade.

Tipos - Existem três tipos:hiperativos, como osdescritos pelos pacientesacima; hipoativos, que sãofrequentemente ignoradosporque, como a depressão,caracterizam-se pela apatia ea preguiça; e um estadomisto, com períodos de hipere hipoatividade.

A confusão mental nãoacontece apenas naimaginação da pessoaafetada. Tamara G. Fong,

neurologista do HebrewSenior Life in Boston, e seuscolegas descrevem quaismudanças biológicas nocérebro delirante quepoderiam ser responsáveispelos sintomas:desequilíbrio nosneurotransmissores eaumento de substânciasinflamatórias queinterrompem acomunicação entre osnervos; distúrbio metabólicoou falta de oxigênio quecausa danos ao cérebro; ealtos níveis de cortisolliberados durante aumentosno nível de estresse,levando a uma forma depsicose.

"Costumamos pensar que aconfusão mental é inevitável,que é praticamente normal",afirmou Dale Needham,especialista em terapiaintensiva no Johns Hopkins."Agora sabemos que existemfatores que podem diminuir orisco."

O primeiro é usar pouca ounenhuma sedação. Ainda quepareça lógico sedar umpaciente agitado, afirmou, issopode piorar e até mesmo

Não é preciso seridoso paradesenvolver aconfusão mental,

um tipo de ataqueneurológico geralmenteacompanhado dealucinações, agitação edesorientação, capaz deexacerbar doenças,aumentar custos médicos eaté provocar a morte.

Especialistas afirmam quea confusão mental poderiaser prevenida até 40% dasvezes se médicos,enfermeiros e familiaresconhecessem as causas efizessem pequenas esignificativas mudanças naforma como os pacientes sãotratados. A rápida detecçãodos sintomas e o tratamentocorreto podem diminuir aduração do episódio, aliviar osofrimento e reduzir oscustos.

Um em cada cinco pacienteshospitalares com mais de 65anos vivencia complicaçõescausadas pela confusãomental, algumas das quais(como um quadro dedemência) talvez nunca sejamcompletamente curadas.Ainda assim, a confusãomental é diagnosticada etratada de forma errada.

Dificuldades - Bree Johnston,geriatra da Universidade daCalifórnia, em San Francisco,fala sobre o caso de umamulher de 70 anos comhistórico de transtornobipolar, que se tornou cadavez mais deprimida, agitada epouco cooperativa. Ela foilevada à emergência, onde opsiquiatra de plantãoprescreveu clonazepam,sedativo feito a partir debenzodiazepina, que sópiorou as coisas.

Ela ficou incontrolável,perdendo e recuperando aconsciência. Quando amulher foi hospitalizada, osmédicos finalmentedescobriram que a real causada confusão mental era umpequeno ataque cardíaco.O tratamento correto ajudoua reverter sua condiçãomental.

Causas - As condições quepodem dar início à confusãomental incluem infecções notrato urinário, disfunções natireóide e nos rins, eventoscoronários e AVCs,desnutrição e desequilíbrio emeletrólitos como sódio epotássio. Qualquer pessoacom pequenos problemas

Ó RBITA

HORÁRIO DE VERÃO

O horário de verão,que começará à 0h

do próximo domingo,deve gerar uma economiaR$ 282 milhões devido àredução do consumo deenergia. O horário, noqual os relógios terão deser adiantados em umahora, terminará em 17 defevereiro do ano que vem,uma semana depois docarnaval. O horário deverão valerá para asregiões Sudeste, Sul eCentro-Oeste. As regiõesNordeste e Norte não vãoentrar no horário deverão, a exceção doestado do Tocantins, quedecidiu aderir ao horárioespecial. ( Fo l h a p r e s s )

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DROG AS

Com a ajuda de cãesfarejadores, policiais

apreenderam meiatonelada de drogas emSapopemba, na zona lesteda capital paulista, nasegunda-feira. Umlaboratório de refinamentode entorpecentesfuncionava no local.

No Sul, um adolescentede 15 anos foi flagrado nasegunda-feira jogandodrogas para dentro doPresídio Estadual deCanela (RS). O menorarremessou um pacotecom 39 gramas demaconha. Segundo apolícia, o detentoenvolvido, queencomendou a droga,não foi identificado.( Fo l h a p r e s s )

SO L I DA R I E DA D E

Policiais civis em i l i t a re s,

acompanhado defamiliares, realizaram umato na Praça da Sé, regiãocentral da capital paulista,ontem à tarde, emprotesto contra as mortesde profissionais dacategoria nos últimosmeses e reivindicandoprovidências do Estadopor melhorias naSegurança Pública. Osm a n i fe s t a nte sespalharam no local umacruz para relembrar ospoliciais mortos este ano.

Ontem de madrugada,um PM de 42 anos foibaleado durante umatentativa de assalto nazona sul. Ele foi atingidona calçada da avenida 23de Maio. (Agências)

Cris

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também ajudou a evitar quepacientes fossem contidos, oque pode aumentar seu medo,além de garantir que sejamalimentados e hidratadoscorretamente, além de teremos sentidos estimulados.Os pacientes recebem óculos eaparelhos auditivos, casonecessário. Gleason afirmouque os membros da famíliado paciente também podemlevar objetos familiares parao quarto do paciente,ajudando-os a acalmá-los,caso fiquem agitados.The New York Times News Service

aumentar a duração daconfusão mental. É melhor queos pacientes se mantenhamacordados e ligados com arealidade", afirmou. "Podemosfalar com o paciente,perguntar se precisa dealguma coisa, se sente dor, sequer assistir TV ou ouvirmúsica."

Terapias - Os especialistasem tratamento intensivo doHospital Johns Hopkinstambém descobriram que ospacientes apresentammelhores resultados caso asterapias físicas e

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

3setor

º VAG A SExistem 400 milvagas em barese restaurantesdo Brasil.

TEORIAAs aulas teóricasserão realizadasnas escolastécnicas (Etecs).

Aulas de culinária noBom Prato. E de graça.

O projeto Chefs no Bom Prato pretende ajudar a preencher as vagas no setor de bares e restaurantes

Fotos: Newton Santos/Hype

As aulas práticas serão nas 30 unidades do Bom Prato onde serão ministrados os cursos. Osestudantes recebem material didático, uniforme e subsídio de transporte de R$ 120,00.

Kelly Ferreira

Adoceira Stella Mas-soneto, de 45 anos,moradora no bairrodo Rio Pequeno, na

zona oeste paulistana, sem-pre gostou de cozinhar e so-nhava em fazer um curso degastronomia. Desemprega-da, viu no projeto piloto Chefsno Bom Prato – restaurantemantido pelo Governo do Es-tado que oferece refeição, su-co e sobremesa por R$ 1 – dacomunidade de Paraisópolis,a oportunidade de aprendermais e realizar seu sonho.

"Estou apaixonada pelo cur-so. Já vendo os meus kits debrigadeiro de erva cidreira e li-mão siciliano nas redes so-ciais, mas sempre tem algonovo para aprender", disseStella. Segundo ela, o curso émuito melhor do que poderiaimaginar. "E olha que já imagi-nava que seria maravilhoso",afirmou Stella.

Pedro Henrique Rodriguesdos Santos, de 19 anos, mora-dor da Vila Sonia, na zona sul,também está desempregadoe pretende seguir uma novaprofissão assim que concluir ocurso, em dezembro. "Sem-pre me interessei por gastro-nomia e estou vendo nas aulasa oportunidade de mudar devida", disse. Os alunos são es-tudantes de curso profissiona-lizante de ajudante de cozinhade outro programa estadual, oVia Rápida para o Emprego.

Parceria – A parceria para arealização do projeto Chefsno Bom Prato, entre a Secre-taria de Desenvolvimento So-cial e a Associação dos Profis-sionais de Cozinha (APC Bra-sil), começou por causa da fal-

ta de profissionais – há 400 milvagas não preenchidas nosbares e restaurantes do País,boa parte localizada no Esta-do de São Paulo – e de espaçosde qualidade para capacitaros profissionais, como o Cen-tro Paula Souza que tem cozi-nhas industriais equipadas eselo de qualidade.

"Essa parceria para nós éum marco, porque com elatambém se inicia a primeiraação do Programa São Paulo

97 milhões de refeições

StellaMassoneto,que estádesempregadaé doceira esempre quisfazer umcurso degastronomia.

Voluntário do Governo do Es-tado. A participação voluntá-ria de profissionais nos cursosministrados no Bom Prato éuma grande motivação paraos jovens que buscam uma co-locação no mercado de traba-lho. Por outro lado, tambémpodemos contribuir para a ca-pacitação profissional que osetor de restaurantes necessi-ta", disse o secretário de Esta-do de Desenvolvimento So-cial, Rodrigo Garcia.

PedroHenriqueRodriguesdos Santos, de19 anos, queraprender umaprofissão.

Prática - Nas 30 unidades doBom Prato que receberão oscursos, os alunos terão aulaspráticas. A parte teórica seráministrada nas Escolas Técni-cas do Estado (Etecs) maispróximas. São cursos que fa-zem parte do programa ViaRápida Emprego nas áreas dePanificação Artesanal, Mani-pulação e Higienização de Ali-mentos, Cozinha Industrial,Ajudante de Cozinha, Chapei-ro e Culinária Básica.

Os estudantes recebemmaterial didático, uniforme esubsídio de transporte no va-lor de R$ 120,00. Desempre-gados, sem seguro-desem-prego ou benefício previden-ciário, também têm direito abolsa-auxílio de R$ 210,00."Temos um público grande deadultos – cerca de 60% commais de 30 anos – e o restantede jovens. É um projeto piloto,

mas queremos dar continui-dade nos próximos anos", dis-se o diretor do Programa BomPrato, Rogério Lessa.

Os chefs e profissionais as-sociados à APC Brasil darão pa-lestras e aulas com dicas práti-cas sobre o dia a dia da profis-são e dividirão sua experiênciacom os alunos. Aqueles que sedestacarem terão a chance deconhecer de perto o funciona-mento de um dos restaurantespilotados por esses profissio-

nais. A primeira turma a rece-ber as aulas dos chefs tem 18alunos. A capacidade dos cur-sos é de 30 vagas.

O convênio, em caráter ex-perimental, vai durar três me-ses. Depois, os resultados se-rão avaliados e o programapoderá ser estendido para osoutros 37 restaurantes da re-de Bom Prato. Para mais infor-mações www.desenvolvi-m e n t os o c i a l . sp . g o v . b r/ p o r-tal.php/bomprato.

Desde sua implantação, em dezembro de 2000,até agosto deste ano, a rede de restaurantesBom Prato já serviu em torno de 97 milhões de

refeições, entre café da manhã e almoço, para apopulação em situação de vulnerabilidade social. Oinvestimento foi de R$ 213 milhões.

Atualmente são 37 unidades, sendo 20 na Capital e 17no Litoral, Grande São Paulo e Interior, que servem maisde 62,7 mil refeições por dia (entre café da manhã ealmoço). Para este ano está prevista a instalação demais cinco unidades, em Araraquara, Bauru, PresidentePrudente, São José do Rio Preto e Rio Claro.

Alunos em aula teóricado projeto piloto Chefsno Bom Prato

Bazar da Associação SantoAgostinho começa na segunda

AAssociação SantoAgostinho (ASA), quedá assistência a

crianças, jovens e idosos emSão Paulo, completa 70 anose realiza, entre os dias 22 e26 (segudna a sexta), noEspaço Gardens, a 16ªedição da ASA Fair, um bazarbeneficente com 70expositores que ofereceprodutos de qualidade apreços acessíveis. O bazar éo principal evento docalendário da instituição e émuito importante para a

manutenção dos trabalhos, oinvestimento em melhoriasna infraestrutura dosespaços e para acapacitação de funcionários.

Durante os cinco dias deevento, os visitantespoderão comprar produtosde cama, mesa e banho,artigos para copa e cozinha,acessórios, vestuário,objetos de decoração,papelaria, joias e semi-jóias,com preços que variam deR$ 5 a R$ 1 mil. O evento teráainda Espaço Gourmet, com

restaurante e diversasopções de alimentação.

A ASA mantém cincocreches, cinco recantos,onde são oferecidos cursose oficinas, e o Lar SantoAlberto, que cuida de 56idosos na capital paulista.A entidade beneficiadiretamente 1,6 pessoas e6,5 indiretamente, tem 138voluntários e menos de 300funcionários. Maisinformações no www. asa-santoagostinho.org.br ou napágina da ASA no Facebook.

Caminhada de combateao câncer de mama

As integrantes do Núcleo de MulheresEmpreendedoras (NME) da Associação

Comercial e Industrial de Santo André(Acisa) participarão, domingo, a partir das8h da Caminhada de Combate ao Câncer deMama, realizada pela ONG Viva Melhor –Grupo de Apoio e Autoajuda às MulheresMastectomizadas. A saída será no PaçoMunicipal de Santo André e a expectativa éreunir mais de 2 mil pessoas.

A adesão é gratuita e não há necessidadede inscrição, mas quem quiser pode adquirira camiseta do evento R$ 15. A vendaacontece de hoje a sexta-feira, das 14h às17h, na ONG, rua Primeiro de Maio, 133, 3ºandar, centro. Informações no 4433-3053.

Venda de artesanato eprodutos de decoração

Artesanato, produtos de decoração, paracama, mesa e banho e artigos para casa

e presentes com preços acessíveis. É isto queos visitantes irão encontrar no 38º BazarAnual da Costura, evento beneficente emprol da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Oevento acontece dia 7 de novembro, das 9hàs 16h, no salão da Igreja São Gabriel(avenida São Gabriel, 108, Jardim Paulista).

Quem comparecer irá contribuir para osprojetos de inclusão para pessoas comdeficiência visual, como livros acessíveis eatendimento especializado, já que 100% darenda é revertida para a fundação Dorina.Os produtos à venda foram confeccionadospelas voluntárias do Grupo da Costura.

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quarta-feira, 17 de outubro de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

T RANSPORTE

A bicicleta da famíliaXtracycle Radish é uma bicicleta que

acomoda as crianças como passageirascom segurança e conforto. E os assentospodem ser removidos quando não forem

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M EIO AMBIENTE

Qual é a sua pegada ecológica?

A STRONOMIA

Crateras de MercúrioImagem de Mercúrio divulgada pela Nasa

mostra duas crateras menores sobre a bordade uma antiga cratera. Astrônomos acreditam

que a sobreposição de crateras mais jovenssobre crateras mais velhas pode resultar em

acidentes geográficos semelhantes aosconhecidos na Terra.

FOTOSMostra 'Mulheres do Brasil'

exibe fotografias deGabriel Matarazzo feitas

para livro homônimo.Museu da Imagem e do

Som. Avenida Europa, 158,G rátis.

L EILÃO

Objetos do Ti t a n i ccolocados à venda

D IPLOMACIA

Piada cria mal-estarentre França e Japão

O governo do Japãoreagiu com indignação aocomentário de LaurentRuquier, apresentador docanal France 2. Ele exibiuuma fotomontagem emque o goleiro da seleçãojaponesa, Eiji Kawashima,aparece com quatrobraços, e atribuiu o fato ao"efeito Fukushima". Apiada motivou risos noestúdio, mas o chefe degabinete do governojaponês, Osamu Fujimura,disse que a brincadeira,alusão ao desastre nuclearde Fukushima em 2011, foi"inadequada". Aembaixada do Japão emParis enviou uma carta deprotesto ao canal.

A RTE

O grande roubo

Ladrões roubaram setequadros de artistas co-mo Pablo Picasso, Hen-ri Matisse, Claude Mo-

net do museu Kunsthal, emRoterdã, anunciou ontem apolícia holandesa.

O roubo aconteceu na noitede segunda-feira e nem a polí-cia nem o museu foram capa-zes de avaliar imediatamenteo valor do roubo, que já é con-siderado um dos mais dramá-ticos do mundo da arte.

As obras roubadas são O lou-co (cabeça de Arlequim), de Pa-blo Picasso; Leitora em branco ea m ar e l o, de Henri Matisse; Aponte de Waterloo e A ponte deCharing Cross, de Claude Mo-net; Mulher diante de uma janelaaberta, de Paul Gauguin; Autor-ret rato , de Meyer de Haan, e

Mulher com os olhos fechados,de Lucian Freud.

O Kunsthal, projetado peloarquiteto holandês Rem Koo-lhaas, não tem uma coleçãoprópria e exibe diferentes ti-pos de arte, incluindo fotos,esculturas, design e moda.

O museu tinha acabado deinaugurar uma nova exposi-

ção alguns dias atrás, para ce-lebrar o seu 20º aniversário,incluindo pinturas de Picasso,Marcel Duchamp, Piet Mon-drian, Monet, Vincent vanGogh, Freud, e outros mos-trando exemplos de impres-sionismo, expressionismo, eoutros movimentos de artemoderna. (Reuters)

Tobias Schwarz/Reuters

4 x 0 - Neymar marcou duas vezes e Kaká voltou a fazer gol pelo segundo jogo consecutivodepois que Paulinho abriu o marcador na fácil vitória do Brasil sobre o Japão ontem. A partida já éconsiderada uma das melhores atuações da equipe sob comando do técnico Mano Menezes.

L OTERIAS

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Mil teclasO designer português

João Sabino é o criadordesta coleção debolsas, inspiradas nosteclados decomputadores.

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Polícia negouque uma obrade Van Goghtenha sidoroubada eainda está embusca de pistasdos criminosos

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a RedeBrasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (RedeCLIMA) acabam de lançar a cartilha didática Pegada Ecológica –qual é a sua? que mostra como calcular o que cada pessoaconsome de recursos naturais do planeta e como diminuir esseconsumo. A cartilha pode ser baixada na versão pdf no linkabaixo, do site do Inpe. E no site Sua Pegada Ecológica é possívelfazer um teste online que indica seu impacto sobre o planeta.

http://bit.ly/RzKFQq

w w w. s u a p e g a d a e c o l o g i c a . c o m . b r

Café da manhã inglêsO selo francês "Miam Paris"

criou esta coleção de anéis ebrincos inspirados nos típicosalimentos do famoso "English

Breakfast", substancioso. Comum toque de meiguice.

http://miam-paris.com/english.html

Nasa/Reuters

Ilustraçõesde JeanGalvão

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

CO N D E N A Ç Ã OSeis maioresempresas decimento formamcartel, diz Cade.

EIKE BATISTAOSX nega negocia-ção com a SeteBrasil, formada porPetrobras e bancos.economia

'Pagamento móvel'abre nova fronteira

para bancosO crescimento das transações financeiras por "meios móveis"

(o mobile payment) como celulares e tablets, entre outros, além de suaabrangência entre bancos e empresas – de modo a ampliar o acessoda população aos serviços bancários –, foi o destaque do discurso do

presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), MuriloPortugal, na abertura da 7ª edição do Congresso de Meios Eletrônicos

de Pagamento (CMEP), realizado pela entidade em parceria com aAssociação Brasileira das Indústrias de Cartão de Crédito (Abecs).

Em entrevista ao Diário do Comércio, Portugal – que considera amodalidade como a “nova fronteira” para a indústria financeira – citoudados que apontam que 46% das contas correntes ativas hoje já usam

o e-banking, e que, dos 67 bilhões de transações feitas atualmente,64% são pela internet. Por isso, a sinergia entre bancos, empresas de

telefonia e operadoras de cartões fará com que o sistema seja umpropulsor importante para o acesso à bancarização. “Mas todos

dessa indústria terão que se mover”, afirma.

Evandro Monteiro/Hype

Transações bancárias e pagamento de contas pelo telefone celular ainda estão no início aqui no Brasil

Karina Lignelli

Pré-pago para quem não tem conta

Fábio D´Castro/Hype

Cresce acesso a bancos por celular

DC – Como está aimplementação do mobilepayment no meio financeiro?

Murilo Portugal – Essa é anova fronteira para a in-dústria financeira, seja noserviço propriamente ban-cário, seja em relação aoscartões. Sabemos que es-sa é uma tecnologia de bai-xo custo amplamente di-fundida no mundo. Aqui noBrasil, há mais de 210 mi-lhões de linhas de celula-res para uma população de190 milhões de pessoas,então é claro que uma tec-nologia muita difundida ede baixo custo será um ca-nal importante. Ela aindaestá no início aqui no Brasile em outros lugares domundo, mas já tem umcrescimento expressivo. Ésó ver o número de contasbancárias que utilizavammobile banking: em 2009,era 1,3 milhão dos 140 mi-lhões que existem, masem 2011 chegou a 3,3 mi-lhões. Aqui, ainda o uso li-mitado a checar o saldo(42% dos usuários), masde uma forma crescenteisso vai evoluir para a rea-lização de pagamentos,

recebimentos e transfe-rências que já existem, ede uma forma restrita a umdeterminado banco, umadeterminada bandeira ouuma determinada plata-forma. Por isso temos queprocurar dar um aspectode un iversa l idade, deaceitação a esse meio depagamento, como aconte-ce com o dinheiro hoje, ecom segurança e rapidezna transferência. Não te-nho dúvida que essa é 'a'fronteira, mas todos da in-dústria financeira terãoque se mover.

DC – O que falta para auniversalidade desse meio depagamento? Legislaçãoespecífica, cultura,investimento das empresas demodo geral?

MP – Tem que haver umaquestão de coordenaçãodos setores envolvidos,dos bancos e das compa-nhias telefônicas e das em-presas de cartões para fa-zer com que esse sistemarealmente tenha as mes-mas propriedades do di-nheiro. A ideia é substituir odinheiro, porque ele temaceitação universal. Quan-

do você vai pagar algumacoisa em dinheiro, nin-guém pergunta se tirou eledo banco A, do B ou do C,por isso um canal de paga-mento que queira substi-tuir o dinheiro tem que teresse aspecto da universali-dade. Não adianta ter pa-gamentos que você possafazer só para clientes da-quele mesmo banco e damesma bandeira e cartãode crédito. Além disso, temque ser seguro, tem que serde baixo custo e tem queser instantâneo – como o di-nheiro. Esses são os desa-fios que a indústria precisaenfrentar e se organizar.

DC – Quanto o sistemafinanceiro tem investido nessetipo de meio de pagamento?

MP – Não, mas em tecno-logia da informação comoum todo – o que abrange to-das as questões da qual es-sa é apenas uma parte –, osbancos são um dos maioresinvestidores no País. A mé-dia de investimentos porano nos últimos cinco anostem sido de R$ 17 bilhões, oque é um valor bastantesignificativo. No entanto,isso tem crescido: no anopassado foram quase R$ 22bilhões.

DC – Com a inclusão de novosconsumidores, como avalia oatual cenário de crédito e o usodos cartões?

M P – O crédito bancáriono Brasil vem se expandin-do mais rápido que os nos-sos produtos há oito anos.Desde 2004 que o créditoque os bancos estendem àsfamílias, às pessoas e àsempresas cresce mais doque o Produto Interno Bruto(PIB). Nesse mesmo ano, o

crédito que o setor bancá-rio estendia à economiaprivada era 26% do PIB,mas o último número divul-gado pelo Banco Central,de agosto, mostra que che-gou a 51%, ou seja, basica-mente dobrou. A maior par-te é de crédito para empre-sas, um pouco mais da me-tade, mas o crédito parapessoas físicas também éimportante, representamais ou menos 24% disso.Essa tendência eu achoque vai se manter, emboracom um taxa de crescimen-to menor do que a que vi-mos nos últimos anos, por-que foi um crescimento deuma base baixa. À medidaque se expande deve dimi-nuir, mas ainda assim seráuma taxa superior ao cres-cimento do PIB. E isso devecontinuar, pois é um resul-tado das políticas macroe-conômicas que o Brasilvem seguindo de controleda inflação e principalmen-te de redução da dívida pú-blica, o que abriu espaçopara esse crescimento.Nesse período, a dívida lí-quida caiu nessa mesmaproporção: era 60% do PIBe hoje é 35%. Ou seja, aqueda foi de 25 pontos – omesmo que cresceu no cré-dito privado porque o go-verno deixou de usar recur-sos que foram transferidospara a economia privada epara as famílias.

DC – Qual a sua avaliação para2013, principalmente emrelação ao crédito?

MP – Esse ano tivemosaumento da inadimplênciano caso das pessoas físi-cas, apesar de que a dasempresas não subiu, ficouem torno de 4% do total de

empréstimos. Já a de pes-soas físicas subiu pratica-mente dois pontos percen-tuais, era 5,8% chegou a7,9%. Mas parece que issoestá se estabilizando: os úl-timos meses indicam esta-bilização, mas esperamosque continue a cair a partirdo final do ano. Acreditoque isso vai abrir espaçopara a continuada desseprocesso de expansão docrédito no Brasil. Quando ocrédito é estendido e utili-zado com responsabilida-de, pode ser um instrumen-to muito importante paramudar a vida das pessoas,já que permite que reali-zem seus sonhos anteci-pando para o presente umacoisa que só faria no futuro,seja comprando uma gela-deira, pagando uma via-gem ou os estudos dos fi-lhos, assim como permiteàs companhias investir e seexpandir. O crédito sempreajuda quem tem uma boaideia, mas não tem dinhei-ro suficiente para vencerna vida.

Murilo Portugal, da Febraban, expõe desafios da indústria financeira.

Chico Ferreira/LUZ - 24.10.11

Os não bancarizados devem substituir o dinheiro por cartões pré-pagos, recarregados como um celular.

Anova classe médiatem sido e seráuma das grandesresponsáveis pelo

avanço do "dinheiro deplástico", conformedestacado pelo presidente daAssociação Brasileira dasEmpresas de Cartões deCrédito (Abecs), ClaudioYamaguti. Segundo ele, osegmento faturou noprimeiro semestre de 2012 ototal de R$ 370 bilhões – umaalta de 21% ante igualperíodo de 2011 –, e gerou4,5 bilhões de transações.

O setor trabalha, há cercade um ano e meio, paraatingir um público ainda maisabrangente formado pelosnão bancarizados por meio do"cartão pré-pago comoinstrumento de inclusãofinanceira", informaram odiretor de novos negócios daBradesco Cartões, MarceloParizzotto, e o head dealianças estratégicas daCredicard, Luiz Almeida.

O cartão pré-pago de usogeral, que pode serrecarregado como umtelefone celular e que vemsendo discutido pelaComissão de Pré-Pagos daAbecs, tem como alvo essafatia de futuros consumidoressem conta bancária, que hojerepresenta 36% daPopulação EconomicamenteAtiva (PEA) e que integra asclasses C, D e E. Essecontingente representa umterço da população semrenda definida, sendo que41% tiveram nome inclusoem órgãos de proteção aocrédito ou não nenhumhistórico de crédito, e 45%estão na informalidade, semter como comprovar renda.

O vice-presidente daAbecs, Raul Moreira, quetambém é diretor de cartõesdo Banco do Brasil, explicouque a tecnologia desseproduto é a mesma domobile, modelo que passa poruma convergência fácil e

segura. "É um produto que sepopularizou muito lá fora, eaqui no Brasil vejo umaoportunidade fantástica parao pré pago", disse ele, quecita números. Nas camadasde mais renda, operações decrédito e o débito cresceramtanto em 2014 que o setordeve atingir, em dois anos,R$ 1 trilhão movimentadospor meio de cartões. "Issorepresenta quase 30% doconsumo das famílias. Equando a gente olha ondemais as famílias podemconsumir, passa de 50%."

Como já existe uma baseinstalada para esse tipo depopulação, disse Moreira, nãofaz sentido inserir o pré-pagoaqui, mas a outra parteprecisa ser abarcada pormodelos econômicos deinclusão financeiramenteviáveis. "E isso não dependesó de abrir uma contacorrente formal, mas deoutros mecanismos que oBanco Central possa regular,

como o cartão pré-pago",afirmou.

Luiz Almeida destacou queo cartão será um benefíciopara todos, porque nãodepende de pagar juros, nãotem saldo negativo, não geradívidas e o usuário só gasta oque pode. "Além de ser uminstrumento de inclusãofinanceira, é um produtodirecionado a quem quergarantir segurança, temdificuldades de controlar ofluxo de caixa e tem medo deficar com o 'nome sujo'. Semcontar que acaba virando umcírculo virtuoso de inclusão,por meio de pagamentosfeitos por bancarizados aesses não bancarizados (casodas domésticas e prestadoresde serviços)."

Hoje, esse tipo de cartãoexiste em formatos como oCartão Transportes paracaminhoneiros, do Bradesco.O único banco que tem oformato para uso geral é oPanamericano. (KL)

Expansão do cartãotraz formalização

Formalizar a economia,aumentar as vendas nocomércio e gerar maior

arrecadação de impostos.Essas são algumas das pos-sibilidades que podem serconcretizadas com o uso dodinheiro de plástico, confor-me apontou estudo da Ten-dências Consultoria Integra-da encomendado pela Visado Brasil.

O crescimento do uso des-se meio de pagamento dáuma ideia de quanto ele re-presenta na economia: en-quanto em 2004 sua partici-pação era de 16,5% do valortotal de bens e serviços co-mercializados no País, hojeele gira em torno de 27%,uma alta de 64%. Outra con-clusão aponta que se 35%das vendas do comércio fos-sem pagas com cartões, aarrecadação de tributos co-mo ICMS, PIS e Cofins cresce-ria 14%, um aumento deR$ 5,2 bilhões na economia."Isso beneficiará a econo-

mia como um todo, atravésda formalização, redução dainadimplência, fluidez e au-mento no volume de transa-ções e faturamento", expli-cou a coordenadora da áreade estudos da Tendências,Andreia Curi.

O estudo, também esti-mou que a migração com-pleta dos meios eletrônicosde pagamento – uma dasbandeiras da indústria do se-tor, poderá gerar uma eco-nomia de 1% do Produto In-terno Bruto (PIB) – migraçãoque contribuiu com US$ 65bilhões para a economia en-tre 2003 e 2008.

O comércio também sofreboas influências com o usodo cartão. "O aumento de10% na participação dos car-tões no varejo elevaria o va-lor tota l das vendas em2,8%. Com base nos dadosde 2010, esse incrementorepresenta mais de R$ 57 bi-lhões em novas vendas docomércio", disse Osta. (KL)

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quarta-feira, 17 de outubro de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A explosão de consumo no Brasil é muito ligada ao status.Alberto Almeida, do Instituto Análiseeconomia

Shoppings rumo ao interiorCidades de 50 a 200 mil habitantes são consideradas mercados promissores

Cidades de médio parapequeno porte devemser vistas como as po-

tencialmente mais promisso-ras para os novos shoppingsque devem ser instalados noBrasil nos próximos anos. Essaé a visão de Alberto Almeida,sócio do Instituto Análise. Se-gundo ele, são municípioscom esse perfil – que possuementre 50 mil e 200 mil habitan-tes – que apresentam a maiortaxa de crescimento popula-cional e têm o melhor custo-benefício por Área Bruta Locá-vel (ABL). O comentário foi fei-to ontem, durante o 12° Con-gresso Internacional de Shop-ping Centers, realizado pelaAssociação Bras i le i ra deShopping Centers (Abrasce)em São Paulo.

Hoje, porém, os novos em-preendimentos do gênero seconcentram em cidades maio-res, com mais de 350 mil habi-tantes, e que registram cresci-mento populacional abaixo damédia brasileira, de 1,7% aoano. “A renovação do consu-mo nos próximos 10 anos vaise dar nas médias para peque-nas cidades, que hoje crescemem número de habitantes aci-ma dessa média nacional”,disse ele.

Além desse público poten-cial, os custos de implantação

de novos projetos em cidadesmenores são entre 20% a 30%menores que nas grandes ci-dades. Para Almeida, o queresponderá pelo sucesso oufracasso dos projetos será a lo-calização, já que o “público deshopping está garantido”.

Esse públ ico ho je é emmaioria pertencente a classeB, sendo que a tendência é queessa camada cresça com a as-censão da classe C. Entre2005 e 2012 cerca de 50 mi-lhões de pessoas passaram aintegrar a chamada nova clas-se C, que vai se espelhar naclasse B. “Esse é o principalpúblico do shopping. A explo-são de consumo no Brasil émuito ligada ao status. O bra-sileiro visualiza o status pelasmarcas, o que é bom para osshoppings”, disse ele.

Apostando na tendência docrescimento da renda, uma si-mulação feita pelo InstitutoAnálise mostra que, com umeventual incremento de 20%dos rendimentos da classe C, opercentual dessa renda dire-cionada ao consumo de ves-tuário – um dos principais itensbuscados nos shoppings – sal-ta dos atuais 3,1% para 6,9%.Para itens de higiene o percen-tual destinado sobe de 0,6%para 1,6%. Para alimentação,sobe de 11% para 16%.

“Vamos ter em um futuropróximo uma classe médiamais próxima da atual classeB, formada por um públicoconsumidor mais homogê-neo. Esse movimento é positi-vo para o varejo, em especialpara os centros de compra”,afirmou o especialista.

Hoje os shoppings se concentram em cidades acima de 350 mil habitantes

Alex Silva/ AE

Bilionário americano de olho no Brasil

Obilionário investidor dosetor imobiliário dosEstados Unidos, Sam

Zell, afirmou ontem durante o12º Congresso Internacionalde Shopping Centers, que oBrasil ainda enfrentará maisdois anos desafiadores, en-quanto a economia global ca-minha em direção à recessãonovamente. Mesmo assim,ele acredita que o País aindatem boas oportunidades imo-

biliárias, especialmente foradas cidades de São Paulo e Riode Janeiro.

Zell disse acreditar que omundo está lentamente vol-tando para a recessão. "Ospróximos dois anos serão difí-ceis e desafiadores para o Bra-sil e outros mercados emer-gentes. Mas, daqui a 10 anos,o Brasil será uma das maiorespotências do mundo. O que oBrasil precisa é consistência e

previsibilidade", comentou.Em relação ao mercado imobi-liário, Zell afirmou que os pre-ços dos imóveis continuam al-tos nas capitais paulista e flu-minense. "Dá para comprar omesmo imóvel em Miami por70% do que custa em São Pau-lo e no Rio de Janeiro." Mas eleacrescentou que está muitointeressado em áreas foradessas duas regiões metropo-litanas. (Estadão Conteúdo)

Estímulos do governo refletem no varejoO Indicador de Movimento do Comércio a Prazo (IMC/SCPC) cresceu 6,4% na primeira quinzena de outubro em comparação com mesmo período de 2011

Amovimentação docomércio paulistanonos primeiros quinzedias de outubro dá

mostras de que os estímulosdo governo para reaquecer aeconomia – esperados inicial-mente para o final do primeirosemestre – começam a apare-cer efetivamente. De acordocom o balanço divulgado on-tem pela Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP), o In-dicador de Movimento do Co-mércio a Prazo (IMC/SCPC)cresceu 6,4% na capital pau-lista, na comparação com amesma quinzena de 2011, im-pulsionado especialmente pe-las aquisições de bens durá-veis, como carros e produtosde linha branca.

É a maior variação, desdeabril do ano passado, quandoo indicador dessa modalidadede compra bateu em 7,4%, co-menta Emilio Alfieri, do Insti-tuto de Economia Gastão Vidi-gal (IEGV/ACSP), responsávelpela elaboração do balanço. Oestudo se baseia em amostrade dados dos clientes da BoaVista Serviços, administrado-ra do Serviço Central de Prote-ção ao Crédito (SCPC).

Alfieri comenta que o recuode 2,5% no Indicador de Movi-mento de Cheques (ICH/ SCPCCheque), em igual base decomparação, não chega a serpreocupante. O resultado re-flete, segundo sua análise, oimpacto da valorização do dó-lar nos preços dos artigos devestuário, em grande parteimportados. A base de compa-ração (primeira quinzena de

outubro de 2011) eraforte, justifica o econo-mista, com vendas fa-vorecidas pelo dólarmais baixo. "Além dis-so, toda vez que au-menta o consumo debens duráveis há dimi-nuição das compras denão-duráveis", acres-centa Alfieri.

Perspectivas – "Espe-ramos uma reação po-sitiva da economia atéo fim do ano, já que osprimeiros dados domês confirmam que asvendas de duráveisvão aumentar, impul-sionadas pelos incenti-vos do governo e pelaconfiança do consumi-dor no emprego", pro-jeta o presidente daACSP e da Federaçãodas Associações Co-merciais do Estado deSão Paulo (Facesp), Ro-gério Amato. Pesquisada associação divulga-da anteontem já apontava au-mento da confiança do consu-midor brasileiro e sua crençapositiva na manutenção doemprego.

Inadimplência – A outra boanotícia do balanço sobre a mo-vimentação do varejo na pri-meira quinzena de outubro éque a inadimplência se man-tém em queda, conforme temobservado a ACSP desdeagosto passado.

Na comparação dos primei-ros quinze dias de outubrocom igual período de 2011, osnovos registros de dívidascom pagamento em atraso re-cuaram 1,1%, enquanto a re-cuperação do crédito cresceu

2,9%. O mesmo movimento éobservado na comparação daprimeira quinzena de outubroante igual período de setem-bro. Ainda que nesse caso,

conforme ressalva Alfieri, hajainfluência da sazonalidade,com vendas fracas dos mesesanteriores inibindo os novosregistros (recuo de 9,3%) ecampanhas pró-renegocia-ção, como a promovida pelaBoa Vista Serviços, favorecen-do a recuperação dos débitos.

O desempenho das vendasdo varejo paulistano, na mes-ma base mensal de compara-

ção, está fortemente influen-ciado pela sazonalidade, lem-bra Alfieri.

O crescimento de 27% nasvendas à vista está impulsio-nado pelo Dia das Crianças.Além disso, há uma base fracade comparação, pela falta deuma data comercial significa-tiva no mês de setembro. Asvendas a prazo, no mesmo pe-ríodo de comparação, foram

impulsionadas especialmen-te por aquisições de produtosda linha branca, móveis e veí-culos. "Vale ressaltar que a cri-se internacional retardou umpouco o efeito dos estímulosdo governo (queda dos juros ini-ciada há um ano e redução do Im-posto Sobre Produtos Industria-lizados, o IPI), especialmente aqueda da Selic", analisa o eco-nomista da ACSP.

Fátima Lourenço

Renato Carbonari Ibelli

Esperamos umareação positiva atéo fim do ano, já queos primeiros dadosdo mês confirmam:as vendas de durá-veis vão aumentar.

ROGÉRIO AM ATO ( AC S P )

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quarta-feira, 17 de outubro de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mecanismos e meios jurídicos podem ser questionados porque, em um Estado de direito, os fins não justificam os meios.David Waltenberg, sócio da Advocacia Waltenbergeconomia

Tesouro terá R$ 3,3 bi para energiaO montante deverá compensar as perdas do setor elétrico com a redução dos encargos que sairão das contas a partir de 2013, segundo o Ministério.

Os ec re tá rio -e xe cu ti-vo do Ministério deMinas e Energia,Marc io Z immer-

mann, disse ontem que o Te-souro Nacional disponibilizaráR$ 3,3 bilhões para compen-sar perdas de arrecadação daConta de DesenvolvimentoEnergético, um dos encargosque sairão da conta de luz.Zimmermann representou oministro Edison Lobão, quenão veio a encontro em SãoPaulo para discutir mudançasno setor elétrico.

Para reduzir o valor da contade luz, além de reduzir a tarifadas usinas hidrelétricas, o go-verno federal irá retirar trêsencargos: Conta de Consumode Combustíveis (CCC), quebanca a geração com óleocombustível em regiões isola-das da Amazônica; Conta deDesenvolvimento Energética(CDE), encargo que banca oLuz para Todos; e Reserva Ge-ral de Reversão (RGR), contausada para retomada de con-cessões, como agora.

A RGR, no entanto, dispõeatualmente de R$ 17 bilhões,uma parte desses recursosaplicados em projetos da Ele-

trobrás. A avaliação é a de queesse valor não conseguirá pa-gar toda a reversão dos ativosdas elétricas que terão a con-cessão renovada.

Dessa forma, a medida pro-visória abre a perspectiva deque uma parte dos ativos ain-da permaneça com o conces-sionário, sendo remuneradapela tarifa.

Se isso ocorrer, o governofederal não conseguirá elimi-nar por completo o custo de re-muneração de ativo presentena formação da tarifa de ener-gia elétrica. A previsão é queisso seja residual, mas conti-

nue existindo.Abdib – O setor elétrico terá

que aumentar investimentosem 40% nos próximos oitoanos em comparação com oscerca de R$ 190 bilhões inves-tidos nos últimos anos, disse opresidente da Associação Bra-sileira da Infraestrutura e In-dústrias de Base (Abdib), Pau-

lo Godoy, no seminário Pr o r r o -gação de Concessões do SetorElétrico Brasileiro, realizado emSão Paulo. "Devemos buscar apreservação do mesmo ( se t o relétrico)e a manutenção da ca-pacidade de investimentos",afirmou Godoy.

O executivo acrescentouque, além dos esforços que já

têm sido feitos para reduzir opreço da energia, é precisobuscar a redução do Impostosobre Circulação de Mercado-rias e Serviços (ICMS) inciden-te na tarifa.

As regras da renovação dasconcessões do setor elétricoque venceriam entre 2015 e2017 buscam reduzir o preço

Medida pode ser questionada

da energia por meio da redu-ção de encargos e descontodos investimentos já amorti-zados nos ativos.

Assim, a expectativa é dequeda na receita com geraçãoe transmissão de energia paraos concessionários que opta-rem por renovar suas conces-sões. (Agências)

Divulgação

A Abdibcalcula que osetor elétricoterá queaumentarinvestimentosem 40% nospróximos oitoanos emrelação aosR$ 190 bilhõesinvestidos nosúltimos anos.

Éconstitucional a ediçãode medida provisória(MP) para dispor sobre

assuntos de urgência e quedemandam uma ação rápidado governo, disse ontem o ad-vogado David Waltenberg, só-cio da Advocacia Waltenberg.

Ele afirmou, porém, que essenão seria o caso da MP 579,que trata da prorrogação deconcessões do setor elétrico,porque a necessidade de tor-nar o segmento no Brasil maiscompetitivo é conhecida háanos. "Não há um fato imprevi-

sível que exija providênciasimediatas do Executivo."

Ele afirmou que "não há dú-vidas quanto ao mérito dos ob-jetivos" da MP, mas que os me-canismos para alcançar essasmetas podem ser questiona-dos. "Mecanismos e meios ju-

rídicos podem ser questiona-dos porque, em um Estado dedireito, os fins não justificamos meios", declarou. Um dosmecanismos que levanta dú-vidas é a falta de caracteriza-ção de urgência para a ediçãoda MP 579. (Estadão Conteúdo)

Prorrogação de concessões

Os e cr e t á r i o- e x e c ut i v odo Ministério de Minase Energia, Marcio Zim-

mermann, informou ontemque a maioria das concessio-nárias de energia com conces-sões próximas do vencimentomanifestaram interesse naprorrogação dos contratos. "Ainformação até ontem (segun-da-feira) é que a maioria abso-luta das concessionárias ma-nifestou interesse na prorro-gação; a princípio são favorá-veis à prorrogação, e irão fazeruma análise junto aos acionis-tas quanto aos valores, quan-do o governo divulgar as tari-fas nessa nova fase", afirmou,após participar de painel doseminário Prorrogação de Con-cessões do Setor Elétrico Brasi-leiro, em São Paulo.

Segundo o diretor da Agên-cia Nacional de Energia Elétri-ca (Aneel), André Pepitone, fo-ram recebidos 106 pedidos,de um total de 123 usinas, pa-ra renovar concessões do se-tor. O prazo para as empresasapresentarem os requerimen-tos terminou ontem.

Zimmermann disse que onovo valor de reposição do ati-vo seguirá normas já usadas,inclusive no mercado interna-cional. "Precisa saber quantose gastaria para fazer um de-

terminado empreendimentode novo e quanto se amorti-zou. Isso dá o novo valor de re-posição", explicou.

O secretário disse que asconcessionárias têm a liber-dade de tomar a decisão. On-tem, a Cemig informou aomercado que não tem o inte-resse de prorrogar a conces-são de três usinas.

Questionado se as medidasdo governo irão prejudicar arealização de novos investi-mentos, Zimmermann disseque o País segue sendo atrati-vo para investimentos estran-geiros nesse setor. "As regrascontinuam iguais. O que exis-te é uma adequação dos con-tratos de concessão que vão

vencer", disse.Já o diretor-geral da Agência

Nacional de Energia Elétrica,Nelson Hubner, afirmou que,entre as empresas que não ti-nham pedido a prorrogação,estavam autoprodutores compequenas hidrelétricas. Hub-ner disse que não tinha conhe-cimento sobre os motivos queas levaram a não manifestar ointeresse na renovação.

Segundo Zimmermann, asconcessionárias que não acei-tarem as novas condições te-rão os contratos respeitados eque, ao final do prazo, a usinaem questão poderá ser licita-da ou o "próprio Estado poderáexplorar de outra forma. (Esta-dão Conteúdo)

Zimmermann: a maioria das concessionárias manifestou interesse.

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ABr

Cemig quer concessões pelasregras anteriores à MP 579

Odiretor de Finanças eRelações com Inves-t idores da Cemig,

Luiz Fernando Rolla, afirmouontem que a empresa nãoconsidera, por enquanto, arelicitação das três usinasque ficaram de fora da ante-cipação da renovação dasconcessões. A Cemig não so-licitou a renovação das con-cessões de três usinas: SãoSimão, que tem contrato até2015, Jaguará (2013) e Mi-randa (2016).

A empresa avaliou que po-derá renovar essas conces-sões por 20 anos pelas condi-ções vigentes até a divulga-ção da Medida Provisória(MP) 579. O prazo terminouontem.

De acordo com o executi-vo, o entendimento da em-presa é de que essas três usi-nas, por estarem em primei-ra concessão, têm a prerro-g a t i v a d a r e n o v a ç ã oautomática e é esse o argu-mento que a empresa pre-tende levar ao governo. "En-tendemos que o contratoainda está em vigor e prevê a

renovação automática. Ain-da temos 20 anos para usu-fruir desses ativos", disse eleem teleconferência.

Aneel– Mais cedo, porém, odiretor geral da Agência Na-cional de Energia Elétrica(Aneel), Nelson Hubner, afir-mou que as usinas para as

nalizavam para a possibilida-de de renovação das conces-sões por mais 20 anos porcondições que eram defini-das caso a caso.

Al te rn at iv a – De acordocom Rolla, o governo federalcompreende quais os direi-tos da companhia nas usinasem primeira concessão."Não contamos com outra al-ternativa que não seja con-vencer o governo de que nos-sos contratos devem sercumpridos. Contamos comum amplo espaço de nego-ciação com o governo", disseo executivo. "Temos certezade que há compreensão porparte do governo dos direitosda empresa", completou.

Questionado sobre a realpossibilidade das três usinasque ficaram de fora da reno-vação antecipada serem reli-citadas, o executivo da Ce-mig afirmou que nessa cir-cunstância todos os direitosdos clientes serão preserva-dos, pois a empresa não tempreocupação com o supri-mento da energia contrata-da. (Estadão Conteúdo)

Entendemos que ocontrato aindaestá em vigor eprevê a renovaçãoautomática. Aindatemos 20 anospara usufruirdesses ativos.

LUIZ FERNANDO ROLL A, CEMIG

quais a Cemig optou por nãomanifestar interesse na re-novação devem ser relicita-das ao final do contrato deconcessão.

Na opinião de Hubner, es-sas regras vigentes antes damedida provisória apenas si-

17bilhões de reais não

serão suficientespara pagar toda a

reversão dos ativosdas elétricas que

terão a concessãor e n ova d a .

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

A linha de transmissão do complexo do Rio Madeira será amais extensa em corrente contínua no mundo.economia

Alta da gasolina ainda sem dataPresidente da Petrobras confirma que o reajuste dos combustíveis é uma possibilidade concreta, mas não se sabe quando e em qual proporção.

Apresidente da Petro-bras, Graça Foster,voltou a falar sobreum novo reajuste de

combustíveis como uma pos-sibilidade concreta, mas ain-da sem definição de data de vi-gência ou de percentuais.

"O reajuste de combustíveiscertamente virá, mas quando,ainda não tem data", disse ela,no Rio. Graça ressaltou que,além do reajuste de preçosdos produtos vendidos pelacompanhia, a estatal trabalhanum amplo programa de redu-ção de custos com o objetivode garantir maior eficiência eao mesmo tempo aumentar asmargens da empresa.

"Trabalhamos para melho-rar a rentabilidade", disse. "Adiscussão sobre o preço doscombustíveis é um exercíciodiário da Petrobras."

Indagada sobre o aumentodo percentual de etanol mistu-rado à gasolina, outra alterna-tiva que vem sendo estudadacomo forma de elevar a renta-bilidade da empresa, Graçapreferiu não se estender sobreo assunto. "O etanol é conse-quência da gasolina", resu-miu, lembrando que a defini-ção desse percentual é umadecisão do governo, emboratenha reafirmado que a medi-da poderia beneficiar a Petro-bras por reduzir a necessidadede importação de gasolina.

Segundo a presidente da es-tatal, a realização de novas ro-dadas de licitação para a ex-ploração de óleo e gás "é umanecessidade". Acrescentouque o grande valor das empre-sas petrolíferas não é o petró-leo que produzem hoje, mas oque vão produzir amanhã. "Éuma necessidade de todosnós (empresas do setor). Cer-tamente, estamos precisandooxigenar nosso portfólio".

Ela defendeu que a Petro-bras, o governo federal e asempresas privadas do setorpetroquímico se unam para

viabilizar nos próximos anos odesenvolvimento da petro-química no Brasil. De acordocom Graça, o crescimento nosEstados Unidos de novas tec-nologias para a extração deshale gas (gás de xisto, fonte

não convencional) barateou opreço do gás internacional-mente, o que está afetando apetroquímica brasileira.

"O shale gas é uma realida-de nos Estados Unidos. Exerceuma força de atração muitogrande sobre a petroquímicano Brasil", afirmou.

Refinarias– Graça confirmouque a estatal busca sócios pa-ra desenvolver seus projetosde novas refinarias no Mara-nhão e no Ceará. Há conversascom grupos da China e Coreia.Parte dos entendimentos é pa-trocinada pelos Estados ondeserão instaladas as unidades,conhecidas como refinariaspremium.

Para a executiva, a motiva-

ção dessa eventual sociedadecom grupos externos será so-bretudo a transferência tec-nológica, e não a necessidadede recursos adicionais a se-rem aportados por sócios paraconcluir esses empreendi-mentos.

Te s t e s – Os próximos Testesde Longa Duração (TLDs) daPetrobras na Bacia de Santosdevem ser os lotes de Sapi-nhoá Norte e Franco.

"Acabamos de encerrar oTLD de Iracema Sul e devemosiniciar em janeiro SapinhoáNorte", disse o gerente-geralda Unidade de Operações deExploração e Produção da Ba-cia de Santos da Petrobras, Jo-sé Luiz Marcusso. Ele não deu

detalhes, comentando ape-nas que "os próximos devemser Sapinhoá Norte e Franco,no primeiro trimestre".

Segundo Marcusso, os TLDssão realizados de seis em seismeses ou no período de quatroa seis meses. "A produção daBacia de Santos deve crescer,a produção da Petrobras tam-bém, como ela já anunciou",disse. Nos dias de hoje, segun-do ele, a Bacia de Santos estáproduzindo 92 mil barris depetróleo por dia na área dopré-sal e entregando 3 mi-lhões de m3 de gás.

"Para o ano que vem, obvia-mente, essa produção vaicrescer bastante", comentouMarcusso. (Agências)

BNDES dáR$ 1,8 bipara linhão

OBanco Nacional deDesenvolvimentoEconômico e Social

(BNDES) aprovoufinanciamento de R$ 1,8bilhão para a construção deuma linha de transmissão eduas subestações que vãoconectar a energia geradapelas usinas do ComplexoHidrelétrico do Rio Madeiraao Sistema InterligadoNacional (SIN). Os recursosdestinam-se à Sociedade dePropósito Específico (SPE)Interligação Elétrica doMadeira, constituída pelaCompanhia de Transmissãode Energia Elétrica Paulista(CTEEP), Companhia HidroElétrica do São Francisco epor Furnas.

O banco informou que oprojeto poderá contar comrecursos obtidos por meio dedebêntures de infraestruturaa serem emitidas pela SPEInterligação Elétricas doMadeira, no valor máximo decaptação de R$ 350 milhões.Nesse caso, as garantias dofinanciamento aprovado peloBNDES também serãocompartilhadas com osdebenturistas, aumentando asegurança do papel. Caso aempresa opte por nãorealizar a emissão dedebêntures, deverá aportarrecursos próprios.

A operação faz parte dasnovas medidas que estãosendo adotadas paraestimular a emissão dedebêntures corporativas. Oobjetivo, segundo o BNDES, éampliar os recursosdisponíveis parainvestimentos em projetos deinfraestrutura no País econtribuir com odesenvolvimento domercado de capitais. Esse é oquinto financiamento dobanco que inclui a emissão dedebêntures paracomplementar os recursosnecessários aosinvestimentos.

Os investimentos doprojeto totalizam R$ 3,5bilhões e devem gerar cercade 4,4 mil empregos diretos,7 mil no pico das obras e 38mil indiretos, sobretudoaqueles ligados à produçãonacional de máquinas eequipamentos. A linha detransmissão, com 2,3 milquilômetros, cruzará cincoEstados (Rondônia, MatoGrosso, Goiás, Minas Gerais eSão Paulo) e 84 municípiosentre Porto Velho (RO) eAraraquara (SP).

Segundo o banco, atecnologia utilizada na linha,a de corrente contínua, é amais avançada e viável doponto de vista econômicopara a transmissão em longasdistâncias. (Agências)

Graça Fosteradmite que oaumento daproporção deálcool nagasolinaajudaria aPetrobras, maslembra queessa decisãocabe aogoverno.

Emprego industrial devese recuperar só em 2013

Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Asituação do empregona indústria de trans-formação paulista

deverá atingir o "fundo dopoço" este ano e apresentarleve recuperação a partir de2013, disse ontem o diretordo Departamento de Pes-quisas e Estudos Econômi-cos (Depecon) da Federa-ção das Indústrias do Estadode São Paulo (Fiesp), PauloFrancini.

"O ano de 2013 não vai teroutros 3% de queda no em-prego com relação ao anoanterior", afirmou, durantea divulgação do Índice do Ní-vel de Emprego de setem-bro, em São Paulo.

De acordo com o índice,na comparação com igualmês de 2011, o indicador de

setembro deste ano regis-trou queda de 2,85%, na sé-rie sem ajuste sazonal. Emrelação a agosto, tambémna série sem ajuste, a varia-ção foi de -0,01%.

A expectativa da Fiesp éde que até dezembro a in-dústria do Estado feche en-tre 75 mil e 80 mil postos detrabalho no ano. De acordocom Francini, indústrias quetinham grande número defuncionários, como os seto-res têxtil e de confecções,foram "muito agredidas pe-la penetração de importa-dos. Essa mudança estrutu-ral no emprego faz com quevoltar a crescer seja compli-cado, dadas as perdas e asfragilidades de alguns seto-res", afirmou Francini.

Apesar disso, o diretor daFederação ressaltou que ogoverno federal está atentoe está procurando melhorara situação da indústria detransformação.

O setor da indústria pau-lista que mais demitiu de ou-tubro de 2011 a setembrodeste ano foi o de veículosautomotores e autopeças,c o m o f e c h a m e n t o d e16.641 postos de trabalho.Dos 22 setores analisadospara o cálculo do Índice doNível de Emprego da Fiesp,seis foram responsáveis por85% do total de demissões,no período.

No acumulado em 12 me-ses até setembro, a indús-tria paulista demitiu 76.272trabalhadores. (Agências)

Operadoras do4G firmamcontratos

As principais operadorasde telefonia do País as-sinaram ontem os con-

tratos da quarta geração (4G)com a Agência Nacional de Te-lecomunicações (Anatel). Cla-ro, Oi, Vivo e TIM adquiriram li-cenças nacionais no leilão rea-lizado em julho, enquanto Skye Sunrise compraram lotes re-gionais para banda larga, tam-bém no espectro de 2,5 gi-gahertz (GHz). Além disso, ascompanhias assinaram umacordo para compartilharempelo menos 50% das torres danova tecnologia.

"O Brasil é o primeiro país daAmérica Latina a entrar no 4G.Vivemos um momento no qualo mercado de redes sociais e

aplicativos demanda maisbanda de dados e mais espec-tro, e o Brasil tem todas as con-dições de estar na vanguardado desenvolvimento tecnoló-gico de telecomunicações",afirmou o presidente da Ana-tel, João Rezende.

A indústria do setor deve in-vestir cerca de R$ 4 bilhões emcontratações nos próximos 24meses, graças à obrigação deconteúdo nacional na imple-mentação das novas redes.Elas devem estar funcionandoaté abril de 2013 nas cidades-sedes da Copa das Confedera-ções e até o fim do próximoano em todas as sedes e sub-sedes da Copa do Mundo de2014. (Estadão Conteúdo)

A produçãoda Bacia deSantos devecrescer, a daPetrobrastambém.

JOSÉ LUIZ MAR CUSSO, D I R E TO R

DA PETROBR AS.

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quarta-feira, 17 de outubro de 201218 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

Edital de Citação - Prazo de 20 Dias. Processo nº 0018444-77.2011.8.26.0008. O Doutor Antonio Manssur Filho,

MM. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível, do Foro Regional VIII - Tatuapé, da Comarca de São Paulo, do Estado de São

Paulo, na forma da Lei, etc. Faz Saber a Luiz Felipe Pina do Fojo, Marli de Jesus Oliveira do Fojo, CPF 022.385.508-

10, Nelson Pina do Fojo, CPF 665.360.228-15, Marialda Santos do Fojo, CPF 871.725.938-04, Abel Serafim Pina do

Fojo, CPF 519.523.358-68, Herminia Rosa Ferreira do Fojo, CPF 213.737.518-43,que lhe foi proposta uma ação de

Procedimento Ordinário por parte de Carmen Anic, objetivando a obtenção e a posse do imóvel sito na rua Cristóvão

Girão, 121 - Vila Formosa. Encontrando-se o réu em lugar incerto e não sabido, foi determinada a sua Citação, por

Edital, para os atos e termos da ação proposta de acordo com a decisão: Cite-se, ficando a parte requerida advertida do

prazo de 15 dias para, querendo, apresentar a defesa, que somente poderá ser ofertada por advogado, sob pena de

serem presumidos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Será o presente edital, por extrato, afixado e

publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Rua Santa Maria, 257 - CEP 03085-000, São Paulo-SP.

CITAÇÃO. PRAZO DE 20 DIAS. PROCESSO Nº 583.00.2009.183547-0 (Nº DE ORDEM 1744/2009). O Dr. Swarai Cervone de Oliveira, Juiz de Direito da 36ª Vara Cível, FAZ SABER a Q ASYSTEMS INFORMÁTICA DO BRASIL LTDA., CNPJ/MF 07.901.394/0001-06 e a JOSÉSCHENEWEISS DE QUEIROGA, CPF/MF 130.130.618-55, que BANCO ABN AMRO REAL S/A(sucedido por incorporação pelo Banco Santander Brasil S/A), lhes ajuizou ação de Execução,para cobrança da quantia de R$ 124.683,10 (janeiro/2012 fls. 88), dívida esta oriunda do saldodevedor do Contrato de Empréstimo datado de 28/10/2008. Estando os executados em lugar ignorado,foi determinada a citação por edital, para que no prazo de 03 dias, após o prazo de 20 dias supra,paguem o débito atualizado, caso em que a verba honorária será reduzida pela metade. No prazopara Embargos, reconhecendo o crédito do exeqüente e depositando 30% do valor em execução,incluindo custas e honorários advocatícios, poderão os executados requerer seja admitido pagar orestante em 06 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês (Lei nº11.382/2006). Será o presente, afixado e publicado. São Paulo, 14 de agosto de 2012.

1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL IX - VILA PRUDENTEEDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS RELAÇÃO Nº 0545/2012. Processo 0003562-54.2004.8.26.0009 (009.04.003562-8) - Execução de Título Extrajudicial - Banco BradescoS/A - Odilo da Roz e outro - EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS. PROCESSONº 0003562-54.2004.8.26.0009. O(A) Doutor(a) Jair de Souza, MM. Juiz(a) de Direito da1ª Vara Cível, do Foro Regional IX - Vila Prudente, da Comarca de SÃO PAULO, doEstado de São Paulo, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a ODILO DA ROZ, CPF/MF448.753.048-20, RG 4.851.211 e MARIA ROSÁRIA SILVA ROZ, CPF/MF 448.753.048-20, RG 5.855.423, Rua Inácio, 380, Apto. 53, São Paulo-SP, que BANCO BRADESCO S/A. lhes ajuizou AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, para cobrança daquantia de R$ 303.951,57 em 04.03.2004, oriunda do Instrumento Particular de Aberturade Crédito, com Garantia Hipotecária e Outras Avenças e respectivos aditamentos, sob nº418.230-8, firmado em 12.08.93, em que o exequente concedeu à empresa Sico Indústria,Comércio e Participações Ltda, um financiamento destinado à construção do imóvel, consistenteno Condomínio Edifício Eastower Residencial, sendo referido instrumento cedido pelaempresa ao exequente, através do Instrumento Particular de Cessão de Direitos Creditórios,firmado em 10.09.98, o crédito originário do Instrumento Particular de Promessa de Vendae Compra e Outras Avenças, sob nº 434.071-P, firmado em 04.03.95. Encontrando-se osexecutados em lugar incerto e não sabido, foi determinado o seguinte: 1. a citação eintimação de Odilo da Roz para que em 03 dias, após o prazo supra, pague o débitoatualizado. Em caso de pagamento dentro do tríduo ficam os honorários advocatíciosreduzidos pela metade. No prazo para Embargos, reconhecendo o crédito do exequentee depositando 30% do valor em execução incluindo custas e honorários advocatícios de10 % sobre o débito atualizado poderá o executado requerer seja admitido pagar o restanteem 06 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento)ao mês (Lei nº 11.382/2006). Sendo que no caso de não pagamento, será convertido,automaticamente em penhora o arresto procedido sobre os 50% do imóvel a este pertencente,qual seja, o apartamento nº 53, localizado no 5º andar do Condomínio Edifício EastowerResidencial, situado à Rua Inácio, nº 380, 26º subdistrito-Vila Prudente, matriculado sobnº 123.928 no 6º CRI desta Capital, podendo ainda, no prazo de 15 dias opor embargos.2. a intimação da executada Maria Rosária Silva Roz, sobre a penhora de 50% a estapertencente, do apartamento nº 53, localizado no 5º andar do Condomínio Edifício EastowerResidencial, situado à Rua Inácio, nº 380, 26º subdistrito-Vila Prudente, matriculado sobnº 123.928 no 6º CRI desta Capital, podendo também no prazo de 15 dias opor embargosà penhora. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei, sendoeste Fórum localizado na Av. Sapopemba, 3740, sala 201,2º andar, Vila Diva, CEP 03345-000, fone: (11) 2154-1418, São Paulo /SP. São Paulo, São Paulo, 28 de setembro de 2012.

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3ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional VIII - TatuapéEDITAL PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS, EXPEDIDO NOS AUTOS DE INTERDIÇÃODE RENATO ROCCO SILVA SATO, REQUERIDO POR PATRICIA GUTIERREZ SATO -PROCESSO Nº0003526-68.2011.8.26.0008. O(A) Dr(a). Tarcisa de Melo Silva Fernandes, MM.Juiz(a) de Direito da 3ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional VIII - Tatuapé, Comarca dede SÃO PAULO do Estado de São Paulo, na forma da lei, etc. FAZ SABER aos que o presenteedital virem ou dele conhecimento tiverem que, por sentença proferida em 23/04/2012, foidecretada a INTERDIÇÃO de RENATO ROCCO SILVA SATO, CPF 105.478.728-01, declarando-o(a) absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil e nomeado(a) comoCURADOR(A), em caráter DEFINITIVO, o(a) Sr(a). Patrícia Gutierrez Sato. O presente edital serápublicado por três vezes, com intervalo de dez dias, e afixado na forma da lei. Nada mais. Dado epassado na cidade de SÃO PAULO em 12 de setembro de 2012.

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Agência da ONU alerta que mais de 25% dos jovens detodo o mundo têm rendimento inferior a US$ 1,25 por dia.economia

Grécia rejeitamais austeridade

Presidente Papoulias diz que se a Alemanha deseja novos cortesde despesas e investimentos, deverá pedir "a outro povo".

Opresidente da Gré-cia, Karolos Papou-lias, criticou os cre-dores internacio-

nais pela nova onda de durasmedidas de austeridade queos gregos estão sendo força-dos a adotar.

"Eu disse à chanceler da Ale-manha, Angela Merkel, que seela quer mais medidas de aus-teridade, terá de pedi-las a ou-tro povo", afirmou Papouliasdurante encontro com líderessindicais. Ela esteve em Ate-nas na semana passada.

Não é a primeira vez que opresidente grego se envolveem debates desse tipo. Desdeo começo da crise na zona doeuro ele atacou o governo ale-mão diversas vezes. Após trêsanos de austeridade, os cre-dores da Grécia estão pressio-nando para que o país adoteum novo pacote, no valor de13,5 bilhões de euros, em cor-tes de gastos e aumentos deimpostos. Essa é uma das pre-condições para que o país re-ceba a próxima parcela do se-gundo pacote internacional

de resgate.Prazo vencido – A Grécia vai

permitir a venda de alimentosvencidos por um preço inferiorao original, numa medida queo governo não foi capaz de jus-tificar, mas que as associa-ções de consumidores inter-pretaram como uma prova desua incapacidade em deter ainflação de alguns produtosbásicos.

Um decreto ministerial rea-tivou uma antiga regulamen-tação que autoriza supermer-cados e empórios a vender ali-

mentos com a data de valida-d e s u p e r a d a . " E s t aregulamentação existe hámuitos anos, e é algo permiti-do também no resto da Euro-

pa. A única coisa que fizemosfoi detalhar que estes produ-tos devem ser vendidos a pre-ço baixo. Não entendo por quetanto barulho", declarou Yor-

gos Moraitakis, assessor doMinistério de Desenvolvimen-to. A norma exclui carnes e la-ticínios dos produtos que po-dem ser vendidos. (Agências)

Yorgos Karahalis/Reuters

Manifestações contra as medidas de austeridade são diárias em vários pontos da Grécia

Inflaçãoamericana

comporta-se bem

OÍndice de Preços ao Con-sumidor (IPC) dos Esta-

dos Unidos subiu 0,6% em se-tembro, o que representa umaumento global de 2% no pe-ríodo de um ano, informou oDepartamento de Trabalho.Desconsiderando os preçosdos alimentos e da energia,que são os mais voláteis, o nú-cleo da inflação em setembrofoi de 0,1%, assim como nosúltimos dois meses.

O dado confirma que o Fede-ral Reserve (Fed, o banco cen-tral norte-americano) tem fol-ga para manter sua política deestímulo monetário lançadano final de 2007, que situa a ta-xa básica de juros abaixo dos0,25% desde dezembro de2008. Já a medida de inflaçãoque mais atende o Fed, o cha-mado Índice de Preços emDespesas de Consumo, foi de1,5% nos últimos 12 meses.

O relatório mostrou que ossalários reais caíram 0,2% nosúltimos 12 meses fechadosem setembro. Os analistas es-perava um aumento de 0,5%no IPC e um núcleo da inflaçãode 0,1%. (Agências)

Presidente do Citi renunciaBrendan Mcdermid/Reuters

Pandit: saída surpreendeu.

Op r e s i-dentee x e-

cutivo do Citi-g r o u p , V i-kram Pandit,renunciou aocargo ontem,s u r p r e e n-d e n d o o smeios finan-ceiros. A saí-da do dirigen-te de uma dasmaiores insti-tuições dos Estados Unidosocorreu um dia depois de obanco apresentar resulta-dos trimestrais fortes.

Analistas e investidoresrapidamente levantaram ahipótese de que a saída sedeveu a algum tipo de dis-puta. Mas as ações do Citi-group subiram 1,5%, emmeio a comentários de al-guns investidores de quenão sentirão falta do ex-res-ponsável pelos fundos dehedge da instituição.

Comunicado divulgadopela direção do Citigroupinformou que Michael Cor-

bat, ex-presi-dente execu-t i vo pa ra aE u r o p a ,Oriente Mé-dio e África,foi indicadopara substi-tuir o renun-ciante. Minu-tos depois, onome de Pan-dit foi retira-do do site daempresa. O

vice-presidente operacio-nal John Havens, ligado aPandit, também saiu.

O relacionamento doconselho diretor com Pan-dit estava deteriorado des-de que os acionistas rejeita-ram um pacote de venci-mentos ao ex-diretor. Elerecebeu mais de US$ 15 mi-lhões em 2011, mas 55%votaram contra os benefí-cios adicionais. "Não é umchoque a saída de Pandit,mas a surpresa é o modo co-mo ele se afastou", disse Mi-ke Holland, presidente daHolland & Co. (Reuters)

Menores chinesestrabalhavam em

planta da Foxconn

Acompanhia taiwanesaFoxconn admitiu ter em-

pregado mão de obra de ado-lescentes entre 14 e 16 anosnuma de suas plantas chine-sas, que fabrica boa parte dosprodutos da Apple e de outrasgigantes tecnológicas. Pela leichinesa, menores de 16 anossão proibidos de trabalhar.

A empresa informou quedescobriu a irregularidade nafábrica de Yantai, na provínciade Shandong, após uma inves-tigação interna. "Isso não sóinfringe a lei chinesa como apolítica da Foxconn", dizia anota. "Medidas imediatas fo-ram tomadas para que os es-tagiários em questão retor-nassem a suas escolas. Esta-mos investigando como issoaconteceu e quais atitudes de-vemos tomar para que o fatonunca se repita."

A denúncia partiu da ONGChina Labor Watch. A mesmaorganização não governa-mental denunciou, em agos-to, a exploração de menoresde 14 anos por uma fornece-dora da Samsung na China, aHEG Electronics. (Agências)

Unesco pede maisatenção aos jovens

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Jovens de todo omundo se mobilizampara exigir maiores

oportunidades

Duzentos milhões dejovens, com idadeentre 15 e 24 anos,

de países em desenvolvi-mento, não completaram oensino primário, equivalen-te ao ensino fundamentalno Brasil, e precisam de ca-minhos alternativos paraadquirir habilidades bási-cas para o emprego. O nú-mero representa 20% dapopulação desses paísesnessa faixa etária e foi apre-sentado no 10º Relatório deMonitoramento Global deEducação para Todos, pu-blicado pela Organizaçãodas Nações Unidas para aEducação, Ciência e Cultu-ra (Unesco).

O relatório mostra que apopulação jovem do mundoé a maior que já existiu, eque um em cada oito jovensestá desempregado. Alémdisso, mais de 25% estãoem trabalhos que os dei-xam na linha da pobreza ouabaixo dela, equivalente aum rendimento inferior aUS$ 1,25 por dia. O docu-mento ressalta que "a pro-funda falta de qualificaçãoda juventude é mais nocivado que nunca".

A publicação avalia quehouve progresso significa-tivo em algumas regiões,mas poucas estão no cami-nho para atingir as seis me-tas previstas no Acordo deDacar (Senegal), assinadopor 164 países durante aConferência Mundial deEducação de 2000. Peloacordo, até 2015 devem sercumpridas as seguintesmetas: expandir cuidadosna primeira infância e edu-cação; universalizar o ensi-no primário; promover ascompetências de aprendi-zagem e de vida para jo-vens e adultos; reduzir oanalfabetismo em 50%; al-cançar a paridade e igual-dade de gênero; melhorar aqualidade da educação.

Em todo o mundo, 250milhões de crianças em ida-de escolar primária não sa-bem ler ou escrever, fre-quentando ou não a escola.Entre os adolescentes, 71milhões estão fora da esco-la secundária, perdendo aoportunidade de adquirir

habilidades vitais para umemprego digno no futuro.

As populações jovens po-bres são as que mais preci-sam de capacitação, princi-palmente das áreas rurais."Muitos jovens agricultoresnão têm sequer as habilida-des básicas necessárias pa-ra se protegerem e se sus-tentarem", conclui o estu-do. No Brasil, os que moramna zona rural têm o dobro dechance de serem pobres, e45% não completaram oensino fundamental.

Segundo a diretora-geralda Unesco, Irina Bokova, omundo está testemunhan-do uma geração jovem frus-trada pela disparidade crô-nica entre habilidade e em-prego. "A melhor resposta àcrise econômica e ao de-semprego de jovens é asse-gurar a capacitação básicae relevante de que preci-sam para entrar no univer-so do trabalho com confian-ça", disse. Para ela, essesjovens precisam ter cami-nhos alternativos para aeducação, para conseguiras habilidades necessáriasà sobrevivência e contribuircom suas comunidades.

O relatório mostra aindaque não investir nas habili-dades de jovens tem efeitosde longo prazo visíveis emtodos os países. Mesmo nasnações desenvolvidas, aestimativa é que 160 mi-lhões de adultos, ou 20%deles, não tenham requisi-tos mínimos para se candi-datar a um emprego, comoler um jornal, escrever oufazer cálculos. Por isso, aUnesco defende que inves-tir no desenvolvimento dashabilidades de jovens éuma estratégia inteligentepara países que querem im-pulsionar seu desenvolvi-mento econômico.

A entidade alerta queapesar de a área econômi-ca ser a primeira a se bene-ficiar da mão de obra maisqualificada, o setor privadocontribui muito pouco naeducação dos jovens. (ABr)

Page 19: DC 17/10/2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

1.Data,Horário eLocal:Em05.10.2012, às 12hs, na sede social da “Cia”, naAv.Angélica, nºs 2.330/2.346/2.364, 9º andar, sala 901,Higienópolisem São Paulo/SP. 2. Convocação: Dispensada, nos termos do art. 124, §4º, da Lei 6.404/76 (“LSA”), em razão da presença de acionistas re-presentando a totalidade do capital social da Cia. 3. Quorumde Instalação e Presença:Presentes os acionistas titulares de 100%das açõesdaCia, conforme registros constantes no Livro deRegistro de Presença deAcionistas. 4.Mesa:Srs. Fábio Hori Yonamine (Presidente) eMariaBeatriz Lira Gomes Ferraz (Secretária). 5. Ordem do Dia: (a) aprovação da 1ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações,com garantia real, em série única, da Cia, no valor total de R$ 65.000.000,00, as quais serão objeto de colocação privada, sem qualquer esfor-ço de venda para o público em geral (“Emissão” e “Debêntures”, respectivamente); (b) aprovação da cessão fiduciária, pela Cia, de determina-dos direitos creditórios em garantia às obrigações a serem assumidas no âmbito da Emissão (“Cessão Fiduciária”); e (c) autorização para aDiretoria daCia praticar todos os atos necessários à realização, formalização e aperfeiçoamento da Emissão e daCessão Fiduciária, incluindo,mas não se limitando, a celebração (i) da escritura de emissão das Debêntures pela Cia e por Vinci Crédito e Desenvolvimento I - Fundo deInvestimento emDireitos Creditórios (“Escritura de Emissão” e “Debenturista”, respectivamente); (ii) do Contrato de Suporte eOutrasAvenças(“Contrato de Suporte”), a ser celebrado entre o Debenturista, a OASS.A. (“OAS”), a ConstrutoraOAS Ltda. (“ConstrutoraOAS”), com interve-niência e anuência daCia; e (iii) do Instrumento Particular deCessão Fiduciária deDireitos Creditórios emGarantia, a ser celebrado entre aCia,o Debenturista e, se for o caso, outras partes (“Contrato de Cessão Fiduciária” e, em conjunto com a Escritura de Emissão e o Contrato deSuporte e quaisquer outros contratos e documentos relacionados à Emissão, “Documentos da Emissão”). 6. Deliberações Unânimes: 6.1.Aprovar, nos termos doArt. 130, §§ 1º e 2º, da Lei das S.A., a lavratura da ata destaAssembleia na forma de sumário e sua publicação semqueconstemasassinaturas dos acionistas.6.2.Aprovar, semquaisquer reservas ou ressalvas, aEmissão, nas seguintes características e condições:(a) Valor Total da Emissão: até R$ 65.000.000,00, na Data de Emissão (conforme definido abaixo); (b) Número da Emissão:AEmissão re-presenta a 1ª emissão de debêntures da Cia; (c) Valor Nominal Unitário:AsDebêntures terão valor nominal unitário de R$1.000,00, na Datade Emissão (“Valor Nominal Unitário”); (d) Quantidade de Debêntures: Serão emitidas até 65.000 Debêntures; (e) Séries:AEmissão serárealizada em série única; (f) Conversibilidade, Forma eComprovação de Titularidade dasDebêntures:As Debêntures serão emitidas soba forma nominativa e não serão conversíveis em ações de emissão da Cia. Não serão emitidos certificados representativos das Debêntures.Para todosos finseefeitos legais, a titularidadedasDebêntures será comprovadapelo registro doDebenturista noLivro deRegistro deDebênturesda Cia; (g) Espécie:As Debêntures serão da espécie com garantia real, nos termos do art. 58 da Lei das S.A.; (h) Garantia:Opagamento detodas e quaisquer obrigações decorrentes da Emissão e/ou de qualquer dos Documentos da Emissão será garantido, nos termos do art. 58 daLei das S.A., pela cessão fiduciária de determinados direitos creditórios previstos noContrato deCessão Fiduciária. (i) OutrosContratos: seráfirmado, em caráter acessório, Contrato de Suporte, por meio do qual a OAS e a Construtora OAS obrigam a adotar todas as medidas neces-sárias para que sejam realizados determinados aportes de recursos financeiros na Cia. (j) Data de Emissão: Para todos os efeitos legais, adata de emissão das Debêntures será 8.10.2012 (“Data de Emissão”); (k) Data de Vencimento:As Debêntures terão prazo de vigência até oseu vencimento final, que se dará em30.05.2020, ressalvadas as hipóteses deAmortizaçãoAntecipada (conforme definido abaixo), deResgateAntecipado (conforme definido abaixo) e de vencimento antecipado; (l) Plano de Distribuição: As Debêntures serão objeto de colocação pri-vada, destinada exclusivamente ao Debenturista; (m) Regime deColocação:AEmissão será realizada sem qualquer esforço de venda parao público em geral; (n) Data de Integralização:Asubscrição e integralização das Debêntures estão condicionadas ao cumprimento de deter-minadas condições suspensivas estabelecidas na Escritura de Emissão, e a integralização das Debêntures será realizada pelo Debenturista àvista, em moeda corrente nacional, pelo Valor Nominal Unitário das Debêntures, em até 15 dias úteis do cumprimento ou da dispensa decumprimento (a critério exclusivo do Debenturista) das condições suspensivas (“Data de Integralização”), ou em outra data de comum acordoestabelecida pelas partes; (o) Formade Integralização:AsDebêntures serão integralizadasemmoedacorrente nacional, à vista; (p)PagamentodoValorNominalUnitário:Semprejuízo dos pagamentos emdecorrência deAmortizaçãoAntecipada, deResgateAntecipado edeVencimentoAntecipado, nos termos da Escritura de Emissão, o Valor Nominal Unitário será pago pela Cia em 6 parcelas anuais e sucessivas, na seguinteordem (cada data, uma “Data de Pagamento de Amortização”): Data de Pagto de Amortização: 1ª parcela - em 30.05.2015. % do ValorNominal Unitário Capitalizado (VN

aC): 3,50%;Data de Pagto deAmortização: 2ª parcela - em 30.05.2016.%do Valor Nominal Unitário

Capitalizado (VNaC): 7,00%;Data dePagto deAmortização: 3ª parcela - em30.05.2017.%doValorNominal UnitárioCapitalizado (VN

aC):

12,00%;Data de Pagto deAmortização:a

4ª parcela - em 30.05.2018.%do Valor Nominal Unitário Capitalizado (VNaC): 17,50%;Data de

PagtodeAmortização:5ªparcela - em30.05.2019.%doValorNominalUnitárioCapitalizado (VNaC):C 26,50%;DatadePagtodeAmortização:

6ª parcela - em 30.05.2020.%doValor Nominal Unitário Capitalizado (VNaC): 33,50%.Onde VN

a

aC = Valor Nominal Unitário atualizado pelaAtualizaçãoMonetária e pelos JurosRemuneratórios até 31.12.2013, calculado com6casas decimais, semarredondamento. (q)Remuneração:A remuneração de cada uma das Debêntures será a seguinte (“Remuneração”): (a) a atualização monetária do Valor Nominal Unitário serárealizada pelo Índice Nacional de Preços aoConsumidorAmplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IPCA) a partir daData de Integralização; e (b) juros remuneratórios: sobre o saldo devedor do Valor Nominal Unitário, atualizado pela atualização monetária,incidirão juros remuneratórios correspondentes ao percentual ao ano, na base de 252 dias úteis ao ano, calculados de forma exponencial ecumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos, desde aData de Integralização ou aData dePagamento daRemuneração imediatamen-te anterior, conforme o caso, até a data do efetivo pagamento da Remuneração, dentre os seguintes percentuais: (i) 10,50%, na base de 252dias úteis ao ano, o qual será aplicado emqualquer caso que não esteja previsto nos itens (ii) e (iii) a seguir; ou (ii) 10,30%, na base de 252 diasúteis ao ano, o qual será aplicado a partir, inclusive, da data em que ocorrer aAssunçãoControlada (conforme definido abaixo); ou (iii) 10,10%,na base de 252 dias úteis ao ano, o qual será aplicado a partir, inclusive, da data em que ocorrer aAssunçãoArena (conforme definido abaixo);para os fins aqui previstos, “Assunção Controlada” significa a assunção, por uma subsidiária integral da Cia, já existente ou a ser constituídaexclusivamente para esse fim, cujo único ativo será a participação na totalidade do capital social votante e total da Arena (conforme abaixodefinida) (“Controlada”), de todas as obrigações daCia nos termos dosDocumentos da Emissão, demodo que aControlada passe, para todosos fins, a ser a sucessora da Cia nos termos dos Documentos da Emissão, que será realizada mediante a celebração dos aditamentos aosDocumentos da Emissão para refletir o disposto acima, os quais deverão observar os requisitos de inscrição, registro e/ou averbação previstosnosDocumentos da Emissão e/ou em lei; e “AssunçãoArena” significa a assunção pelaArena Porto-Alegrense S.A., sociedade por ações comsede em Porto Alegre/RS, na Av. Padre Leopoldo Brentano 110, CNPJ/MF nº 10.938.980/0001-21 (“Arena”), constituída com o propósito deconstruir e operar o novo estádio em formato de arena multiuso para o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense (“Grêmio”), localizado em PortoAlegre/RS, no Bairro de Humaitá (“Projeto Arena”), de todas as obrigações da Cia, nos termos dos Documentos da Emissão, de modo que aArena passe, para todos os fins, a ser sucessora da Cia nos termos dos Documentos da Emissão, mediante autorização dos Credores doRepasse (conforme definidos abaixo); (r) Pagamento da Remuneração: Sem prejuízo dos pagamentos em decorrência de AmortizaçãoAntecipada, deResgateAntecipado e de VencimentoAntecipado, nos termos da Escritura de Emissão, a Remuneração será paga nas seguin-tes datas (cada data, uma “Data de Pagamento deRemuneração”).ARemuneração devida até 30.12.2013 será capitalizada e incorporada aoValorNominal Unitário;Parcela: 1ª -DatadePagtodeRemuneração: 30.05.2014;Parcela: 2ª -DatadePagtodeRemuneração: 30.05.2015;Parcela: 3ª -Data de Pagto de Remuneração: 30.05.2016; Parcela: 4ª -Data de Pagto de Remuneração: 30.05.2017; Parcela: 5ª -Datade Pagto de Remuneração: 30.05.2018; Parcela: 6ª - Data de Pagto de Remuneração: 30.05.2019; Parcela: 7ª - Data de Pagto deRemuneração: 30.05.2020. (s) VencimentoAntecipado:AsDebêntures poderão ter seu vencimento antecipado declarado nas hipóteses enos termos a serem estabelecidos na Escritura de Emissão. A Diretoria é autorizada a negociar as condições de vencimento antecipado daEscritura deEmissão, ficando, desde já, ratificados todos os atos praticados até a presente data com tal finalidade; (t)AmortizaçãoAntecipadaFacultativa:ACia poderá, a seu exclusivo critério e a qualquer tempo a partir da Data de Emissão, promover amortização antecipada faculta-tiva, total ou parcial, com relação à totalidade dasDebêntures, observado o disposto no art. 55 da Lei das S.A. (“AmortizaçãoAntecipada”), nashipóteses e nos termos a serem estabelecidos na Escritura de Emissão, inclusive no que se refere aos valores a serem pagos.AAmortizaçãoAntecipada deverá ser comunicada ao Debenturista com antecedência mínima de 15 dias corridos da data de sua efetivação, por meio de co-municação escrita enviada pela Cia. A data deAmortizaçãoAntecipada deverá ser obrigatoriamente um dia útil; (u) Resgate Antecipado: ACia poderá, a seu exclusivo critério e a qualquer tempo a partir da Data de Emissão, promover o resgate antecipado de parte ou da totalidadedasDebêntures, observado o disposto no art. 55 da Lei das S.A. (“ResgateAntecipado”), nas hipóteses e nos termos a serem estabelecidos naEscritura de Emissão, inclusive no que se refere aos valores a serem pagos. O ResgateAntecipado deverá ser comunicado ao Debenturistacomantecedênciamínima de 15 dias corridos da data de sua efetivação, pormeio de comunicação escrita enviada pela Cia.Adata deResgateAntecipado deverá ser obrigatoriamente um dia útil; (v) Assunção de Obrigações:As obrigações representadas pelas Debêntures poderãoser assumidas por outras Cias, nas hipóteses deAssunção Controlada eAssunçãoArena. No caso daAssunçãoArena, esta se dará caso aqualquer tempo durante a vigência das Debêntures, os credores do financiamento decorrente do “Contrato de Abertura de Crédito paraFinanciamento Mediante Repasse Contratado BNDES nº 12-2011”, celebrado em 16.12.2011, entre a Arena, Banco Santander Brasil S.A.(“Santander”), Banco do Brasil S.A. (“BB”), Banco do Estado doRioGrande do Sul S.A. (“BANRISUL”, e, em conjunto com oSantander e o BB,“Credores doRepasse”) e a ConstrutoraOAS, e seus aditamentos, a autorizem e após a obtenção das autorizações societárias aplicáveis; (w)Destinação dos Recursos:Os recursos obtidos por meio da Emissão serão necessariamente destinados ao investimento, pela Cia, direta-mente ou por meio de sociedades nas quais a Cia seja titular, direta ou indiretamente, da maioria do capital social, por coligadas (conformedefinição de coligada prevista no art. 243 da Lei das S.A.) da Cia e/ou por sociedades sob o mesmo controle (conforme definição de controleprevista no art. 116 da Lei das S.A.), direto ou indireto, da Cia em projetos necessariamente pertencentes a qualquer dos seguintes setores deinfraestrutura nacional, bem como as suas respectivas cadeias produtivas de fornecedores: (i) indústria de petróleo, seus derivados e petroquí-mica (Óleo &Gás), (ii) logística e transportes, (iii) energia (convencional, renovável, eficiência energética e outras), (iv) saneamento, (v) comu-nicações, e (vi) segmentos diretamente relacionados à infraestrutura necessária para os eventos esportivos da Copa doMundo de 2014 e aosJogos Olímpicos de 2016 (“Olimpíadas”), bem como quaisquer eventos preparatórios ou relacionados à Copa ou às Olimpíadas, tais como aCopa das Confederações e os Jogos Paralímpicos. 6.3. Aprovar a outorga da Cessão Fiduciária, pela Cia, em garantia do integral e pontualpagamento e/ou cumprimento de quaisquer obrigações principais, acessórias e moratórias, presentes e futuras, decorrentes ou que venhama decorrer da Escritura de Emissão e dos demais Documentos da Emissão, bem como todo e qualquer custo ou despesa comprovadamenteincorridos pelo Debenturista em decorrência de processos, procedimentos e/ou outrasmedidas judiciais ou extrajudiciais necessários à salva-guarda de seus direitos e prerrogativas decorrentes da Emissão, de (i) todos os rendimentos que forem atribuídos a determinados valoresmobiliários de emissão daCia, a qualquer título, assim como todas as outras quantias pagas ou a serem pagas em decorrência de tais valoresmobiliários; (ii) todos os direitos creditórios de titularidade da Cia contra aArena, a qualquer título; e (iii) a totalidade dos direitos creditórios detitularidade da Cia contra o banco depositário, a ser oportunamente nomeado, pelos recursos depositados e que vierem a ser depositados emconta de titularidade da Cia, de acordo com os termos e condições descritos no Contrato de Cessão Fiduciária. 6.4. Autorizar expressamentea diretoria da Cia, na forma do Estatuto Social da Cia, a praticar todos e quaisquer atos necessários ao fiel cumprimento das deliberações oratomadas, inclusive para negociar e firmar quaisquer instrumentos, contratos e documentos (e seus eventuais aditamentos) necessários à rea-lização, formalização e aperfeiçoamento da Emissão e da Cessão Fiduciária, incluindo, mas sem limitação, os Documentos da Emissão. 7.Aprovação eAssinatura daAta: Nadamais havendo a tratar, foramos trabalhos suspensos para a lavratura desta ata. Reabertos os trabalhos,foi a presente ata lida e aprovada, tendo sido assinada por todos os presentes.Mesa:Presidente: FabioHori Yonamine; Secretária:Maria BeatrizLiraGomes Ferraz.Acionista:OAS Investimentos S.A., representada por Cesar deAraújoMata Pires e JoséAdelmário Pinheiro Filho. Extratoda ata lavrada em livro próprio, nos termos do §3º do art. 130 da Lei das S.A. SP, 5.10.2012.Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz - Secretária.JUCESP448.757/12-6 em 15.10.12. Gisela SimiemaCeschin - Secretária Geral.

OAS Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 07.584.023/0001-30 - NIRE: 35.3.0032488-9

Ata de Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 5 de outubro de 2012

Auto Posto Campobasso Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia ede Instalação ,48000595,e requereu a Licença de Operação para com.varejista de comb.e lubrificantes, sito à Av. Luiz Pequini,1090- Jd.Palermo II- São Bernardo do Campo - SP

João Pedro dos Santos Comb. e Deriv. Petroleo, torna público que recebeu da Cetesb aLicença Prévia edeInstalação ,43000717,e requereu a Licença de Operação para com.varej.de comb. e lubrificantes, sito à Rod.Anhamguera,Km 164-Jd.Anhamguera-Araras-SP

UNIÃO DE NEGROS PELA IGUALDADE - UNEGRO BRASILConvocação

A Diretoria Nacional da União de Negros pela Igualdade - Unegro Brasil convoca seus filiados e filiadaspara o dia 17 de novembro de 2012, às 18h, na Rua Canuto do Vale nº 196 - Santa Cecília - São Paulo-SP, para Assembleia Geral com os seguintes pontos de pauta: 1. Mudança da Diretoria Executiva,Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal; 2. Mudança do Estatuto Social da Unegro.

Edson Luis de FrançaCoordenador Geral da Unegro - Brasil

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO 55/12 - PREGÃO 25/12Decisão do Prefeito no Processo Licitatório 55/12 - Pregão 25/12. Objetivo: Contratação de empresaespecializada para a prestação de serviços de implantação, gerenciamento, administração, fiscalização,emissão, fornecimento e manutenção de vale-alimentação, através de cartões magnéticos, destinadosaos servidores da Prefeitura do Município de Castilho, que se enquadrem na previsão contida na LeiMunicipal 1.831, de 21 de fevereiro de 2008. Considerando as razões fáticas e de direito discorridas peloSr. Pregoeiro, na ata dos trabalhos da sessão de julgamento de 10 de outubro de 2012, decido, a teor dodisposto no art. 109, § 4º, da Lei 8.666/93, CONHECER dos recursos interpostos pelas empresas SindplusAdministradora de Cartões, Serviços de Cadastro e Cobrança Ltda. EPP e VS Card Administradora deCartões Ltda. ME, e, no MÉRITO, negar-lhes provimento, mantendo-se em seus exatos termos a decisãorecorrida. Castilho-SP, 16 de outubro de 2012. Antonio Carlos Ribeiro - Prefeito. A Debitar (17.10.12)

PREFEITURA DA ESTÂNCIA

BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SPEMPRESA MUNICIPAL DE SAÚDE - EMUS – AVISO DE EDITAL

Acha-se aberto, na Empresa Municipal de Saúde - Emus, o Pregão Presencial nº 001/2012,Objeto Contratação de empresa para prestação de serviços laboratoriais para coleta e análisede exames médicos na Emus, conforme descrição dos Anexos. O início da sessão de lancesdar-se-á às 10h, do dia 29 de outubro de 2012. O edital na íntegra, encontra-se à disposiçãodos interessados, no endereço eletrônico www.mongagua.sp.gov.br, através do aplicativoLicitações Pregão Presencial. Para qualquer esclarecimento, entrar em contato através dotelefone (13) 3445-3067 - 3445-3082, e pelo e-mail licitaçã[email protected] - SalimIssa Salomão - Autoridade Competente.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00527/12/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE CONSUMÍVEIS ATRAVÉS DA REDE DE SUPRIMENTOS PARA AS ESCOLAS DA CEI -POLO - 5A - DIRETORIAS DE ENSINO - AMERICANA, CAMPINAS LESTE, CAMPINAS OESTE, CAPIVARI,PIRACICABA E SUMARÉ.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para AQUISIÇÃO DE CONSUMÍVEIS ATRAVÉS DA REDE DE SUPRIMENTOS PARA AS ESCOLAS DACEI - POLO - 5A - DIRETORIAS DE ENSINO - AMERICANA, CAMPINAS LESTE, CAMPINAS OESTE, CAPIVARI,PIRACICABA E SUMARÉ.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 17/10/2012, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, atravésda Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 30/10/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nosautos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 17/10/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALDRespondendo pela Presidência

Decreto s/nº de 03/10/2012

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00492/12/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE CONSUMÍVEIS ATRAVÉS DA REDE DE SUPRIMENTOS PARA AS ESCOLAS DA CEI - POLO- 6 - DIRETORIAS DE ENSINO - MIRACATU, REGISTRO, SANTOS E SÃO VICENTE.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para AQUISIÇÃO DE CONSUMÍVEIS ATRAVÉS DA REDE DE SUPRIMENTOS PARA AS ESCOLAS DA CEI -POLO - 6 - DIRETORIAS DE ENSINO - MIRACATU, REGISTRO, SANTOS E SÃO VICENTE.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 17/10/2012, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, atravésda Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 30/10/2012, às 13:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nosautos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 17/10/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALDRespondendo pela Presidência

Decreto s/nº de 03/10/2012

FILAG DO BRASIL COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE COSMÉTICOS S.A.CNPJ/MF nº 12.446.467/0001-49 - NIRE 35.300.385.519

Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordináriaFicam convocados os acionistas da FILAG DO BRASIL COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE COSMÉTICOS S.A. (“Companhia”),para reunirem-se, em 2ª convocação, em AGE, no dia 26/10/2012, às 10h, na sede social da Companhia, localizada em SãoPaulo/SP, na Av. General Furtado do Nascimento, 740, cj. 24, Alto de Pinheiro, CEP 05465-070, para deliberar a respeitoda seguinte ordem do dia: (i) eleger os membros da Diretoria da Companhia. (ii) aprovar e ratificar a celebração de contratosde mútuo pela Companhia, nos termos do artigo 20, alínea “e” do Estatuto Social da Companhia. (iii) ratificar a celebraçãode contrato de prestação de serviços pela Companhia. Participação nos trabalhos: Em conformidade com o art. 126, incisoI da Lei 6.404/76, para participar da AGE, os acionistas ou seus respectivos representantes deverão comparecer munidosdos documentos hábeis de sua identidade. Representação: Os senhores acionistas poderão ser representados naAssembleia Geral Extraordinária por procurador constituído há menos de um ano, que seja acionista, administrador dacompanhia ou advogado, em consonância com o art. 126, § 1º da Lei 6.404/76. Nesse caso, para fins de melhor organizaçãoda Assembleia Geral Extraordinária, a Companhia recomenda aos Senhores Acionistas que depositem na Companhia, comantecedência de 72 horas contadas da data da realização da Assembleia Geral Extraordinária, o instrumento de procuração,devidamente regularizado na forma da lei. Informações Gerais: Os documentos relativos às matérias a serem discutidasna Assembleia Geral Extraordinária encontram-se à disposição dos Senhores Acionistas na sede da Companhia. São Paulo,15/10/2012. Carlos Zetune - Diretor, Wilson Soderi Jr. - Diretor.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia

16 de outubro de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudi-cial e recuperação judicial:

Requerente: Bom Pastor Produções Artísticas e Phonográfi cas Ltda. Requerido: Sonteli Com. Imp. Exp. Equi-

pamentos Eletroeletrônicos Ltda. Rua Barão de Duprat, 342 - Stand 205 – Centro - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Construlocmaq Construtora e Locadora de Máquinas Ltda. Requerido: Construtora Beter S/A.

Avenida Heitor Antonio Eiras Garcia, 3295 – Butantã - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Banco Fibra S/A. Requerido: Mega Plast S/A Indústria de Plásticos. Avenida Santa Marina, 1.430

– Água Branca - 2ª Vara de Falências.

A preocupação é que, sem a ajuda da UE, os custos de financiamento daEspanha subam a níveis insustentáveis, ameaçando a estabilidade do euro.economia

OCDE: decisões da Europanão devem ser subestimadas.

As decisões tomadas pe-los líderes da Europapara solucionar o cená-

rio de crise na zona do euronão devem ser subestimadas,de acordo com o secretário-geral adjunto da Organizaçãopara a Cooperação e Desen-volvimento Econômico (OC-DE), o belga Yves Leterme.

"Eu não subestimaria as de-cisões que serão tomadas pe-los líderes europeus nos próxi-mos dois anos. Podemos dizerque eles já tomaram decisõesimportantes, e eu não subesti-maria o impacto disso", decla-rou durante o Simpósio Econô-mico Global 2012, realizadono Rio de Janeiro.

Resolver a questão da dívi-da europeia é prioridade paraa OCDE. Entretanto, Leterme

reconhece que as negocia-ções podem ser "meio frus-trantes", em meio a tantos in-teresses diferentes e trâmitesburocráticos. "Os líderes es-tão tentando enfrentar os pro-blemas. Mas essa questão es-tá relacionada à Europa da for-ma que foi desenvolvida. Épreciso seguir inúmeros trata-dos", afirmou.

O comissário para Empre-go, Assuntos Sociais e Inclu-são da União Europeia (UE),Lászlo Andor, defende maisurgência na busca pelos pila-res que possam fazer com quea aliança monetária seja sus-tentável e legítima. "Não con-seguimos reconstruir a con-fiança dos mercados financei-ros e perdemos a de alguns ci-dadãos." (Estadão Conteúdo)

Crise chega à mesa

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Em Portugal (imagem aola do) , membros do Mo-

vimento Nacional de Res-taurantes realizaram on-tem um panelaço em pro-testo contra o aumento de23% do Imposto sobre ValorAgregado (IVA) em frenteao parlamento português.Já em Milão, na Itália (fotoa b a i xo ) , uma unidade do McDonald´s distribuiu sanduí-ches e refrigerantes de gra-ça, pouco antes de fechardefinitivamente as portas,após 20 anos de funciona-mento. (Agências)

Espanha deve pedir empréstimoPaís está buscando apoio de parceiros da zona do euro para ir em frente com pedido de ajuda financeira

Heino Kalis/Reuters

Pichação emValência, na

Espanha(à direita),

revela como acrise chegou àsruas. Em formade palavras de

ordem e empasseatas

(foto abaixo).

AEspanha está ava-liando a possibilida-de de pedir uma li-nha de crédito do

fundo de resgate da União Eu-ropeia (UE), o Mecanismo deEstabilidade Europeu (ESM,na sigla em inglês), afirmouontem uma autoridade sêniordo Ministério das Finanças es-panhol, fornecendo os primei-ros detalhes do plano do paíspara buscar ajuda externa ecombater a crise interna, se-gundo o Wall Street Journal.

O oficial disse à imprensa in-ternacional que a Espanha es-tá buscando apoio dos parcei-ros da zona do euro para ir emfrente com o pedido de um pa-cote de ajuda.

O governo, no entanto, nãosabe se o apoio será unânimepor causa de preocupações deque a tensão nos mercadoscom a estabilidade do europossa se espalhar para a Itália,que também está muito endi-vidada, segundo ele.

Essa foi a indicação maisclara de como o primeiro-mi-nistro da Espanha, MarianoRajoy, deverá proceder, após

meses de incertezas entre in-vestidores e autoridades portoda a Europa.

A preocupação é que, sem aajuda da UE, os custos de fi-nanciamento da Espanha su-bam a níveis insustentáveis,ameaçando a estabilidade damoeda comum europeia.

A Espanha tem estudado co-mo usar os novos recursos decombate à crise da Europadesde que o Banco Central Eu-ropeu (BCE) anunciou, no mêspassado, sua disposição deauxiliar economias problemá-

ticas da zona do euro com-prando quantidades ilimita-das de títulos soberanos nomercado secundário.

Enquanto isso, a Alemanhasinalizou ontem estar aberta àideia de que a Espanha recebauma linha de crédito preventi-va do ESM, afirmaram doisparlamentares da coalizão dogoverno de Angela Merkel, se-gundo a agência B l o o m b e r g.

Os comentários de MichaelMeister, vice-líder do partidode Merkel, e Norbert Barthle,porta-voz para orçamento do

Parlamento alemão, são umsinal de mudança na posiçãopública do ministro das Finan-ças da Alemanha, WolfgangSchäuble.

As opiniões dos políticosalemães são essenciais por-que eles precisam aprovarqualquer pedido de ajuda deacordo com as regras parla-mentares. A Espanha citou apreocupação com a rejeiçãoda Alemanha como razão parasua relutância até agora debuscar um resgate, uma con-dição para que o Banco Cen-tral da Europeu (BCE) ajude areduzir os custos do emprésti-mos do país.

Rating – Ontem, a Moody'sInvestors Service reafirmou orating dos bônus do governoda Espanha em Baa3, comperspectiva negativa. E o ra-ting da dívida de curto prazoda Espanha foi reafirmado em(P) Prime-3.

Com as decisões anuncia-das, a Moody's concluiu a revi-são dos ratings da Espanhapara possível rebaixamento,iniciada em 13 de junho. (Esta-dão Conteúdo)

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quarta-feira, 17 de outubro de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O ideal, entretanto, seria uma desoneração total, mesmo que gradualmente, em vez da criação de outra contribuição, que representasse uma redução efetiva de custos.Marcel Solimeo, economista da ACSPeconomia

Desoneração é boa, mas não para todosSetores da economia que têm ampla folha de pagamento têm menor valor a ser recolhido para o INSS na comparação com a sistemática antiga

Adesoneração da fo-lha de salários é umadas medidas maisimportantes toma-

das pelo governo para aumen-tar a competitividade da indús-tria nacional e reivindicação an-tiga do empresariado. A medi-da consiste no fim do paga-mento de 20% sobre a folha desalários, a chamada contribui-ção previdenciária, para maisde 20 setores. Em vez desse en-cargo, as empresas pagarãoalíquotas de 1% ou 2% sobre ofaturamento bruto, conforme aatividade. O produto vendidono mercado externo é isentotanto da contribuição previden-ciária como do novo tributo.Com a medida, o governo alegaque deixará de arrecadar R$12,83 bilhões em 2013 e R$14,11 bilhões em 2014.

Na opinião de José RicardoRoriz Coelho, diretor do depar-tamento de Competitividadee Tecnologia da Federaçãodas Indústrias do Estado deSão Paulo (Fiesp), a desonera-ção da folha é importante por-que reduz o custo dos encar-gos sobre os salários, sem me-xer nos direitos dos trabalha-dores, para a grande maioriados setores contemplados. "Aprincipal vantagem é a redu-ção do custo de produção e ex-portação, com queda no preçodos bens e serviços para o con-sumidor e, portanto, com im-plicações no índice de infla-ção", completa.

O diretor da Fiesp ressalva,entretanto, que os setoresmais automatizados e que uti-lizam mão de obra terceiriza-da podem perder com a deso-

neração. Mas são poucas asempresas que deixarão de tervantagem econômica com amudança da base de cálculo.Segundo especialistas, o valorda folha de salários é a variá-vel mais importante para defi-nir a existência ou não de van-tagem econômica. Quantomais robusta a folha de paga-mento, menor o valor a ser re-colhido na comparação com asistemática antiga. Empresasdo setor têxtil, call center, cal-

çados e confecções foram asprimeiras a usar a nova fórmu-la, em agosto de 2011.

Nas consultorias tributá-rias, a desoneração da folha éo tema que mais gera dúvidasentre os empresários. Nesteano, o governo federal editouduas Medidas Provisórias(MPs) ampliando a desonera-ção. Desde então, a troca dabase de cálculo vem exigindoum trabalho extra de contado-res e advogados, que no mo-

mento estão debruçados so-bre a MP 582, que ainda não foiconvertida em lei, para enten-der a nova sistemática e o seualcance.

Na opinião da gerente de RHda FTI Consulting, Sílvia Bue-no, além de tornar a indústriamais competitiva, o governoquer aumentar a formalizaçãode mão de obra. "É quase umareforma previdenciária, quetira o custo do trabalho no iní-cio da cadeia produtiva", clas-sifica. Segundo ela, as empre-sas que se sentirem prejudica-das devem rever suas estraté-g i a s d e c o n t r a t a ç ã o d epessoas jurídicas, os famososPJs, para usufruir das vanta-gens da desoneração.

C o m pl ex i d a de – De fato, adesoneração da folha é umagrande reforma na rotina dosescritórios de contabilidade.Na Organização King de Con-tabilidade, o tema trouxe au-mento de trabalho, e de custo.Segundo a contabilista ElviraCarvalho, o escritório que nãotiver um software atualizadopara processar as mudanças éobrigado a fazer os cálculosmanualmente ou em planilha."É preciso separar os códigosde produtos vinculados ou nãoà legislação", resume. Em ou-tras palavras, o cálculo é maiscomplexo para as empresasque desenvolvem atividadesou fabricam produtos contem-plados pela legis-lação que trata doassunto e não in-cluídos na norma."A medida é boa,mas representaum custo invisívelpara os escritó-rios de contabili-d a d e , q u e n ã oconseguem re-passar para osclientes", afirma.

Embora em me-nor proporção, aKing já identificouempresas que te-rão aumento decusto que chega a70% com a trocada tributação da folha pelo fa-turamento. O caso específicoé de uma indústria de confec-ção. "É uma atividade que ter-ceiriza quase tudo", afirma El-vira. E nesse caso, não há ou-tro caminho para obter redu-ção do custo de produção doque contratar formalmente amão de obra.

Dúvidas – Além de trabalhoextra para escritórios de conta-bilidade, a nova legislação temgerado dúvidas entre os em-presários. Segundo a gerenteda área trabalhista da ThomsonReuters - Fiscosoft, AlessandraCosta, é o assunto dominante

nas ligações dos clientes daempresa. Uma das principaisdúvidas é saber se as optantesdo Simples Nacional estão su-jeitas às novas regras. A respos-ta é não. A legislação não é clarasobre isso, mas a Receita Fede-ral esclareceu por meio da Re-solução de Consulta nº 70 que osegmento está fora dessa siste-mática. "Se as empresas doSimples quiserem adotar a re-gra da desoneração deverãopedir a exclusão do regime tri-butário diferenciado (o Sim-ples)", explica Alessandra.

Uma outra dúvida frequen-te diz respeito à forma de cál-culo nos casos de empresasque desenvolvem atividades

ou fabricam pro-dutos não incluí-dos nas MPs. "Épreciso fazer umcálculo complexo,q u e c o n s i d e r atanto a alíquota de1% ou 2% sobre ofaturamento, co-mo outro percen-tual a ser aplicadosobre a folha, deforma proporcio-nal", diz. De acor-do com a consul-tora, pela MP nº582 (a última a sereditada), a deso-neração da folhade salários passa-

rá a ser adotada pelas empre-sas de transporte rodoviário ecoletivo de passageiros.

Na opinião do economistada Associação Comercial deSão Paulo (ACSP), Marcel Soli-meo, a medida, em tese, é po-sitiva pois reduz os encargossobre a folha de salários, parteintegrante do custo Brasil. "Oideal, porém, seria uma deso-neração total, mesmo quegradualmente, em vez da cria-ção de outra contribuição, querepresentasse uma reduçãoefetiva de custos", analisa, aoafirmar que as exportadorassão as grandes beneficiadas.

Novaregra parao setornaval

Osetor naval,que trabalhacom mão de

obra intensiva, foiincluído na lei dadesoneração dafolha de pagamento,mas ainda nãousufrui da reduçãodos encargostrabalhistas, o quedeverá ocorrer só apartir de 2013.Segundo a advogadaFabiana de AlmeidaChagas, do escritórioGlézio RochaAdvogados, issoocorre porque o'grosso' da receitade um estaleiro só éreconhecido emtermos contábeisdepois da entrega nonavio, que é a suaatividade principal.Sendo assim, emalgumas situações, osetor vemrecolhendo acontribuição de 20%sobre a folha desalários. "Essa é umasituação comum nossegmentos quetrabalham comgrandes edemoradas obras",resume.

A advogadaressalta que ogoverno corrigiu adistorção com a Leinº 12.715/2012. Anorma estabeleceque as empresascom até 95% dareceita provenienteda atividadebeneficiada pela MP563 poderão usarcomo base decálculo a receitabruta. "Mesmo comos casos pontuais deaumento do custo, amedida do governo éboa porqueprivilegia a indústrianacional", conclui.

Sílvia Pimentel

Empresasdo setortêxtil têmdesoneradoa folhadesde o anopassado

A medida é boa,mas representaum custoinvisível para osescritórios decontabilidade,que nãoconseguemrepassar paraos clientes.

ELVIR A CAR VALHO,OR GANIZAÇÃO KING DE

CO N TA B I L I D A D E

Clayton de Souza/AE