dc 01/02/2012

18
Ano 87 - Nº 23.553 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 5 3 HOJE Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 29º C. Mínima 16º C. AMANHÃ Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 29º C. Mínima 17º C. Alckmin defende cardápio com PSD Tucanos aceitam pôr na mesa composição eleitoral com PSD e seu candidato Afif. E tentam barrar avanço das negociações do partido de Kassab com o PT. Pág. 7 Em Cuba, Dilma atira a 1ª pedra. Nos EUA. Tudo certo para a saída de Negromonte Dilma evitou o assunto em Cuba, mas por aqui, nos bastidores, já não se faz mistério do afastamento do ministro. Pág.6 Onda de frio mata 60 na Europa Castigados Ucrânia, Polônia, Romênia, Bulgária, Sérvia e Casaquistão (foto), onde na região de Pavlodar os termômetros marcaram - 43°C. Pág.9 Vladimir Bugayev/Reuters Hélvio Romero/AE Eles vivem isolados na Amazônia Imagens inéditas de família da etnia mashco-piro foram divulgadas ontem. Os índios vivem na Amazônia peruana. Pág. 12 Diego Cortijo/Reuters Ex-presidente do STF fica do lado do CNJ Tribunal deve decidir hoje se o CNJ pode investigar juízes antes de corregedorias. Ontem, Nelson Jobim foi a evento da OAB em Brasília em defesa do órgão. Pág.8 Valter Campanato/ABr Bradesco, o alvo da vez dos hackers. Site do banco ficou lento das 10h às 12h. Na véspera, a vítima foi o Itaú. Hoje, deve ser o Banco do Brasil. Pág. 13 Bolsa começa o ano com o pé direito Após ter ficado na lanterna dos investimentos em 2011 (queda de 18,11%), ela fecha janeiro em 1º, com alta de 11,13%. Já os fundos cambiais... Pág. 13 Governador apresentou ontem unidades móveis de programa de capacitação profissional Em sua 1ª visita como chefe de Estado a Cuba, a presidente usou a mesma saída que Lula para tratar de direitos humanos – falar do tema no país de Fidel é só para lembrar que todos têm problemas – e citou a prisão de Guantánamo. "Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro", disse após encontro com Raúl Castro (foto). Dilma criticou o embargo econômico dos EUA e afirmou que o papel do Brasil é ajudar a ilha a se desenvolver. Pág.5 Arte de Paulo Zilberman sobre foto de Adalberto Roque/EFE

Upload: diario-do-comercio

Post on 22-Mar-2016

245 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Diário do Comércio

TRANSCRIPT

Page 1: DC 01/02/2012

Ano 87 - Nº 23.553 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23553HOJE

Pancadas de chuva à tarde e à noite.Máxima 29º C. Mínima 16º C.

AMANHÃPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 29º C. Mínima 17º C.

Alckmin defende cardápio com PSDTucanos aceitam pôr na mesa composiçãoeleitoral com PSD e seu candidato Afif.E tentam barrar avanço das negociaçõesdo partido de Kassab com o PT. Pág. 7

Em Cuba, Dilma atira a 1ª pedra. Nos EUA.

Tu d ocerto para a

saída deN e gr o m o n t e

Dilma evitou o assunto emCuba, mas por aqui, nosbastidores, já não se faz

mistério do afastamentodo ministro. Pág. 6

Onda de friomata 60

na EuropaCastigados Ucrânia,Polônia, Romênia,Bulgária, Sérvia e

Casaquistão (foto),onde na região

de Pavlodaros termômetros

marcaram - 43°C. Pág. 9

Vladimir Bugayev/Reuters

Hél

vio

Rom

ero/

AE

Eles vivem isolados na AmazôniaImagens inéditas de família da etnia mashco-piro foram

divulgadas ontem. Os índios vivem na Amazônia peruana. Pág. 12

Diego Cortijo/Reuters

Ex-presidentedo STF fica

do lado do CNJTribunal deve decidir hoje se o CNJ pode investigar

juízes antes de corregedorias. Ontem, Nelson Jobim foi aevento da OAB em Brasília em defesa do órgão. Pág. 8

Valter Campanato/ABr

Bradesco, o alvo davez dos hackers.

Site do banco ficou lento das10h às 12h. Na véspera, a

vítima foi o Itaú. Hoje, deve sero Banco do Brasil. Pág. 13

Bolsa começao ano com o pé direitoApós ter ficado na lanterna dos investimentos em2011 (queda de 18,11%), ela fecha janeiro em 1º,com alta de 11,13%. Já os fundos cambiais... Pág. 13

Governadorapresentou ontemunidades móveis

de programade capacitação

profissional

Em sua 1ª visita como chefe de Estado a Cuba, a presidente usou a mesma saída que Lula para tratar de direitoshumanos – falar do tema no país de Fidel é só para lembrar que todos têm problemas – e citou a prisão de

Guantánamo. "Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro", disse após encontro com Raúl Castro (foto).Dilma criticou o embargo econômico dos EUA e afirmou que o papel do Brasil é ajudar a ilha a se desenvolver. Pág. 5

Arte

de

Paul

o Zi

lber

man

sobr

e fo

to d

e A

dalb

erto

Roq

ue/E

FE

Page 2: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann([email protected]), Carlos de Oliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana([email protected]), Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e MarinoMaradei Jr. ([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), FernandoPorto ([email protected]), Kleber Gutierrez ([email protected]), Ricardo Ribas ([email protected]) e Vilma Pavani([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn SchulkeRepór teres: Anderson Cavalcante ([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira,Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli,Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São PauloPABX (011) 3244-3737 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046, (011) 3244-3123

HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL a c s p @ a c s p. co m . b r

Gerente PL Arthur Gebara Jr. ([email protected])Gerente Executiva Sonia Oliveira ([email protected])Gerente de Operações Valter Pereira de Souza ([email protected])Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Folhapress, Efe e Reute r s I m p re s s ã o OESP GRÁFICA S/AAs s i n at u ra s Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

FALE CONOSCOE-mail para Cartas: [email protected] E-mail para Pautas: e d i to r @ d co m e rc i o. co m . b r

E-mail para Imagens : d co m e rc i o @ a c s p. co m . b r E-mail para Assinantes: circulac [email protected] Legal: 3244-3175. Fax 3244-3123 E-mail: l e g a l d c @ d co m e rc i o. co m . b r

Publicidade Comercial: 3244-3197, 3244-3983, Fax 3244-3894Central de Relacionamento e Assinaturas: 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355

opiniãoNo fundo, o que está faltando em todo canto é um caneta com tinta vermelha.

José Márcio Mendonça

A TINTAVERMELHA

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Na seara brasileira,os problemas estruturaisda economia são empurradoscom a barriga e distribui-seotimismo aos quatro cantos.

E o País é apontado como exemplode gestão para o mundo.

Nu m d o s ú l t i m o seventos prestigiadosdo agora esvaziadomovimento "Ocu-

pem Wall Street", o filósofo eslove-no Slavoj Zizek, falando aos parti-cipantes, serviu-se de uma metá-fora para apontar esse tipo de ma-nifestação de descontentamentocom a situação econômica socialvigente – que teve picos de au-diência pública também na Euro-pa – como a consciência que estáfaltando aos governantes mun-diais em relação aos desafios polí-ticos do novo mundo.

Slavoj Zizek utilizou uma velhapiada corrente na antiga RepúblicaDemocrática Alemã para criticaraqueles que não enxergam ou nãoquerem enxergar os novos desafiose mistificam uma realidade que in-siste em não mais existir. Contou eleaos jovens manifestantes:

"Um trabalhador alemão con-

segue um emprego na Sibéria; sa-bendo que toda sua correspon-dência será lida pelos censores, elediz aos amigos: Vamos combinarum código: se vocês receberemuma carta minha escrita com tintaazul, ela é verdadeira; se a tinta forvermelha, é falsa. Depois de ummês, os amigos receberam a pri-meira carta dele, escrita em azul:Tudo é uma maravilha por aqui.Os estoques estão cheios, a comi-da é abundante, os apartamentossão amplos e aquecidos, os cine-mas exibem filmes ocidentais, hámulheres lindas, prontas para umromance. A única coisa que não te-mos é tinta vermelha."

Essa situação, comparou Zi-zek, não é a mesma que vivemosaté hoje? "Temos toda a liberdadeque desejamos – a única coisaque falta é a tinta vermelha: nósnos 'sentimos livres' porque so-mos desprovidos da linguagem

para articular nossa falta de li-berdade. O que a falta de tintavermelha significa é que, hoje,todos os principais termos queusamos para designar o conflitoatual – guerra ao terror, demo-cracia e liberdade, direitos hu-manos etc. etc. – são termos fal-sos, que mistificam nossa per-cepção da situação, em vez depermitir que pensemos nela. Vo-cê, aqui presente, está dando atodos nós tinta vermelha".

Amesma falta de "tinta ver-melha" pode-se observarcom dolorosa nitidez nas

discussões sobre a economiamundial e as economias nacio-nais, o Brasil incluso. Passamos nasemana passada por dois badala-dos fóruns mundiais já tradicio-nais – o Econômico, em Davos, naSuíça, e o Social, em Porto Alegre,em plagas brasileiras, que deixa-

ram apenas uma sensação de umterrível deja vu. Discussões esté-reis, repetitivas e sem nenhumaproposta realmente inovadora,que chamasse atenção.

E nos dois eventos, pelo menosao que consta, estiveram presen-tes as duas natas do pensamentomundial, embora em posições an-tagônicas. Para usar velhos cli-chês, nem a esquerda nem a direitadas vanguardas sociais e econô-micas tinha muito a dizer.

Assim está sendo tambémnas intermináveis dis-cussões na União Euro-

peia para encontrar saídas para acrise em que estão mergulhadosos países do Velho Continente. OsEstados Unidos não ficam atrásnesse terreno: eles mesmos estãocom sua economia patinando esem ver luz no fim do túnel.

Na seara brasileira, empur-ram-se os problemas estruturaisda economia com a barriga, dis-tribui-se otimismo aos quatrocantos, apontando-se o Brasilcom sua gestão e suas políticascomo exemplo para o mundo.Uma ilha de bom senso e raciona-lidade num mundo de perplexi-dades. Não há risco de inflação, ocrescimento será vigoroso, osrestos de miséria serão elimina-dos num tempo justo. No fundo,na medida da realidade, o quefalta em todo canto é uma canetacom tinta vermelha. Quando caircortina do espetáculo...

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

É J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

IVONE

ZEGGER

O DONO É UM, MASOUTRO DESFRUTA

O usufruto éum instrumentopelo qual umapessoa cedeum bem de suapropriedadepara que outra ause. Mas ainda hámuitas dúvidassobre o seufuncionamento.

Écom frequência querecebo perguntassobre o usufruto –

popularmente chamado de"usos e frutos" –, esseinstrumento legal quepermite a uma pessoa cedera outra o uso de seus bens,como imóveis, por exemplo,mas sem perder apropriedade deles.

As dúvidas são muitas.Em que caso o usufrutopode ser feito? E em quecasos ele pode ser desfeito?Quais são os direitos dequem recebe um imóvelpara usufruto? E de seuproprietário? Paraesclarecer essas e outrasquestões, fiz uma lista comas perguntas mais comuns.

1) O usufrutuário podemorar no imóvel com outraspessoas que não sejam suaesposa/marido ou filhos?

Sim, o usufrutuário poderesidir no imóvel emcompanhia de outraspessoas que não sejam ocônjuge ou filhos. Podemser parentes, amigos etc,exceto se houver algumacláusula quanto ao usufrutoque impeça isso.

2) E se o usufrutuário tivernecessidade de proceder aalgum tipo de reforma?

Se for necessário realizarreformas que sejam parareparos ou melhoria, desdeque não descaracterize oimóvel, não há nenhump ro b l e m a .

3) Dei um imóvel emusufruto a um parente, masagora estou precisando dedinheiro. Posso pegar oimóvel de volta?

Depende das condiçõesdo usufruto. Se for vitalício,só pode ser extinto quandoo usufrutuário (a pessoabeneficiada com o usufruto)morrer. Se for temporário,então se extinguirá noprazo estabelecido. Resta-lhe a possibilidade denegociar, mediante certasregras, a devolução doimóvel com o usufrutuáriopara reintegrá-lo ao seupatrimônio –mas somentese ele concordar.

4) Posso dar umapartamento a um filho, masreservar seu usufruto paramim?

Pode. Não há nada que oimpeça de fazer isso. Naverdade, essa é uma dasformas mais comuns deu s u f ru to.

5) A pessoa que tem ousufruto do meu imóvelresolveu alugá-lo em vez demorar nele. Tenho direito areceber parte do aluguel?

Não. Os rendimentosprovenientes do usufrutopertencem ao usufrutuário.

6) Ganhei o usufruto deuma casa. Posso usá-la comogarantia para umempréstimo?

Não. Um bem cedido em

usufruto não pode servendido, penhorado nemusado como garantia deempréstimo ou de fiança.

7) O usufrutuário de meuimóvel está arruinandominha propriedade. Possocancelar o usufruto?

Sim. Se o usufrutuárionão cuidar da manutençãodo imóvel e com issoprovocar a sua deterioração,você poderá ingressar comuma ação judicialsolicitando a extinção dou s u f ru to.

8) Os móveis e objetos queestão dentro de uma casatambém fazem parte dou s u f ru to ?

Depende. Para que issoaconteça, é necessário queo documento queestabelece o usufrutocontenha, também, arelação dos móveis eobjetos que estão na casa.

9) Pode-se dar um imóvelem usufruto para mais deuma pessoa ao mesmotemp o?

Sim. É o chamadousufruto simultâneo.

10) Quando ousufrutuário morre, ousufruto passa para seush e rd e i ro s ?

Não. Quando ousufrutuário morre, ousufruto se extingue e eleretorna para o proprietário.

11) E o que acontece se oproprietário morrer antes dou s u f ru t u á ri o ?

A propriedade do bemem usufruto vai para osherdeiros do proprietário,mas o usufruto continuavalendo - ou seja, os direitosdo usufrutuário não sãoa fe t a d o s.

12. Pode-se ceder umimóvel em usufruto parauma pessoa que não é dafamília?

Sim. O proprietário deum imóvel tem o direito decedê-lo em usufruto paraquem ele quiser.

IVO N E ZEGER É A DVO G A D A

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DE

FAMÍLIA E SU C E S S Ã O, AUTOR A

DOS L I V RO S "HER ANÇA:PE RG U N TA S E RE S P O S TA S " E

" FAMÍLIA: PE RG U N TA S E

RE S P O S TA S " - DA MESCL A

ED I TO R I A L

W W W.I VO N E Z E G E R .CO M .BR

Page 3: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião TEMOS DE APROVEITAR 2012 PARA ARRUMAR A CASA E ACERTAR MEDIDAS ESTRUTURADORAS.

Receita de Ano Novo

MANUELITO

MAGALHÃES

JÚNIOR

"Para ganhar um ano novo quemereça este nomevocê, meu caro,

tem de merecê-lo,tem de fazê-lo de novo;

eu sei que não éfácil,mas tente,

experimente, consciente.É dentro de vocêque o Ano Novocochila e esperadesde sempre."

NICHOLAS

D. KRISTOF

O LADO PERVERSODA INTERNET

Como na primeira colu-na deste ano ainda fa-lávamos de 2011, sir-vo-me do último tre-

cho do poema Receita de Ano Novo,de Carlos Drummond de Andra-de, para iniciar a nossa conversa arespeito de 2012.

E começo a coluna voltandoaos primeiros minutos do ano re-cém-nascido. Enquanto mais dedois milhões de pessoas aprovei-tavam o belo espetáculo de fogose música na Avenida Paulista,nosso relógio do imposto zeravaseus números precisamente à ze-ro hora do primeiro dia do ano. Ese punha novamente em marcha,desta vez para medir a arrecada-ção de tributos em 2012.

Assim é que, quinze minutosapós a zero hora, no momento queos últimos fogos iluminavam a nos-sa avenida mais famosa, o Impostô-metro já ostentava a marca de 52 mi-lhões de reais em impostos arreca-dados e, antes de terminar a festa, às2 horas da madrugada, a cifra jáatingia 417 milhões de reais.

A arrecadação de impostos, me-dida pelo painel, contabilizou 100bilhões de reais nos primeiros vintedias do ano novo. Um crescimentode 10% na comparação com o mes-mo período de 2011. Em 2005, quan-do o Impostômetro foi criado, a ar-recadação anual atingiu R$ 773 bi-lhões. Durante o ano de 2011, a re-ceita de tributos atingiu R$ 1,5trilhão. É muito dinheiro!

Um estudo recente do InstitutoBrasileiro de Planejamento tribu-tário (IBPT) mostra que, nos últi-mos dez anos, a carga tributáriabrasileira cresceu mais de 5 pontospercentuais, passando de 30% doPIB em 2000 para 35,1% do PIB, em2010. Isso porque, no mesmo pe-ríodo, enquanto o PIB cresceu212% a arrecadação de tributos ex-pandiu-se quase 265%.

A economia brasileira começa2012 bem melhor do que começou2011, especialmente se a comparar-mos com o resto do mundo. Nos Es-

tados Unidos, empurrados pelo dó-lar fraco, que ajuda as exportaçõesamericanas, há uma modesta recu-peração da economia e a expectati-va de crescimento é da ordem de2%. Na Europa, mergulhada em cri-se, as expectativas mal atingem 1%– embora muitos já apostem até emcrescimento zero.

Aqui, o otimismo do gover-no aponta para um cresci-mento do PIB de 4 a 5%

em 2012. Mas a opinião não é com-partilhada pelo mercado, que si-tua em 3% a taxa de crescimentoanual da economia para este ano.Otimismos ou pessimismos à par-te, não é um crescimento desprezí-vel, ainda que estejamos longe dealcançarmos as taxas chinesas oumesmo as indianas.

Essa aparente tranquilidadepara enfrentar um ano que nascetenebroso para a maioria das na-ções não deveria fazer nosso paísperder as oportunidades que seabrem para aprofundar as refor-

mas institucionais, melhorar aqualidade dos gastos públicos epromover os investimentos em in-fraestrutura que necessitamos pa-ra elevar ainda mais o patamar re-cém conquistado de sexta econo-mia do planeta.

Além de fechar a torneira do des-perdício e da corrupção, o Brasil de-ve refletir sobre o tamanho do Esta-do. Dogmas a parte, um Estado gi-gante não é, por princípio, melhorque um Estado enxuto. E o tamanhodo Estado, facilitado pela sucessãode arrecadações recordes, tem cres-cido de maneira substancial.

Prova disso é o crescimento donúmero de servidores da União.Nos últimos dez anos, enquanto apopulação brasileira cresceu12,5%, o total de servidores cres-ceu 21%. A pergunta que fica é:melhoramos os serviços públicosfederais prestados á sociedade?Qualquer um que se utilize dessesserviços sabe a resposta...

Quanto à infraestrutura, o desa-fio de hospedar a Copa do Mundode Futebol em 2014 e as Olimpía-das em 2016 está se provando umralo de recursos intermináveis e,pior, muito pouco controlados.

Avolumam-se notícias de desvios,desperdícios e denúncias de pres-sões para ampliar os gastos, en-quanto quase nada se reflete namelhoria da vida das pessoas.

Uma rápida visita ao Aero-porto Internacional deSão Paulo evidencia a

questão: nas madrugadas, o maioraeroporto brasileiro mais se asse-melha a um albergue, com cente-nas de passageiros dormindo nochão, enquanto aguardam suasconexões, posto que as cadeirasforam retiradas para abrir espaçopara as filas colossais.

Enfim, temos de aproveitar2012 para arrumar a casa e acertarmedidas estruturadoras que per-petuem a oportunidade de cresci-mento que temos, graças a umaeconomia preparada ao longo deuma década no fim do século pas-sado. Impõem-se as discussões denovas políticas públicas que ga-rantam a expansão da nossa eco-nomia, como é o caso das políticas

para o setor industrial.Nos últimos 4 anos, enquanto a

expansão do nosso PIB total atin-giu 16%, o mesmo indicador paraa indústria de transformaçãoavançou meros 4%. Importantessetores como vestuário, calçados etêxtil foram fortemente impacta-dos pelo real valorizado e pela in-vasão dos produtos chineses.

O brasileiro merece receberum retorno melhor pelos impos-tos que paga. Em recente pesqui-sa, considerando os trinta paísesque mais arrecadam tributos, oBrasil conseguiu ficar em últimolugar no que diz respeito ao re-torno à sociedade dos tributospagos, sendo superado inclusivepelos nossos vizinhos Argentinae Uruguai, cujas economias sãomenores do que a nossa. E, comolição, o primeiro lugar pertence àAustrália, país que não integra oclube das oito economias mais ri-cas, diferentemente de nós.

Mas, para que esse retornoaconteça, é preciso que toda a so-ciedade – e cada um de nós, emparticular – se mobilize. E não"acreditar que por decreto da es-perança, a partir de janeiro ascoisas mudem", como muitobem lembra Carlos Drummondde Andrade, no mesmo poemaque abre essa coluna.

MA N U E L I TO P. MAG A L H Ã E S

JÚNIOR É E C O N O M I S TA E

D I R E TO R DA CO M PA N H I A DE

SA N E A M E N TO BÁSICO DO

ES TA D O DE SÃO PAU L O (SABESP).FOI PRESIDENTE DA

EMPRESA PAU L I S TA

DE PL A N E JA M E N TO

ME T RO P O L I TA N O (EMPLASA)E SECRETÁRIO DE PL A N E JA M E N TO

DA C I DA D E DE SÃO PAU L O.

O brasileiro merece retornomelhor pelos impostos quepaga. Em pesquisa com os

30 países que mais arrecadam,o Brasil é o último no retorno

à sociedade dos tributos pagos.

Em novembro passadouma assustada garotade 13 anos bateu na

porta de um apartamentono Brooklyn. Quando umamulher a atendeu, a meninapediu para usar o telefone. Elaentão ligou para a mãe e depoispara a emergência policial.

A garota, que eu chamareide Baby Face, por causa desua aparência, contou à políciaque um cafetão violento avendia para sexo. Ele a tinhalevado para aquele prédio,onde um cliente a aguardava,e naquele momento eleesperava embaixo para tercerteza de que ela não ia fugir.A menina foi para o endereçoque o rufião indicou, e entãosubiu as escadas e bateu numaporta aleatoriamente, na

importante site americanoonde as pessoas vendemtodo o tipo de coisa, incluindosexo. Ele é uma dádivapara os cafetões, e permitemaos clientes encomendaruma garota como se fosseuma pizza.

Lauren Hersh, a promotora-chefe do Brooklyn, que

lidera a unidade de tráficosexual aqui em N.York, informaque das 32 pessoas que ela esua equipe processaram noúltimo ano e meio envolviambasicamente vítimas entre 12 e25 anos – e a maioria dos casosincluía garotas negociadas emanúncios do Backpage.

"Os cafetões estãose transferindo para a internet",afirmou Hersh. "Eles não estãomais pondo muito as garotasnas ruas. O Backpage é umgrande meio para vendê-las."

O site Craigslist deixouesse ramo de anúncios apósprotestos públicos. Os rufiõesse bandearam então parao Backpage.com, que épropriedade do Village VoiceMedia, grupo dono do jornalsemanal The Village Voice.

Pro curadores-geraisde 48 Estadosescreveram uma cartaconjunta ao Backpage,alertando que ele setornara um centro

para o tráfico de sexo esolicitou-lhe que parasse de veicular anúncios deserviços para adultos. Osprocuradores-gerais disseram,na carta conjunta, teridentificado casos em22 Estados nos quais oscafetões apregoaram garotasmenores de idade peloBackpage. E citaram o casode uma garota de 15 anosforçada a ter sexo com homensno ano passado em Dorchester,Massachusetts. O rufiãonegociou-a pelo Backpage.

O Backpage, porém, nãoestá se movimentando.

Aliás,o que fez foi revidarcom ataques pessoais contraaqueles que, como o atorAshton Kutcher, o relacionaramao tráfico humano.

Steve Suskin, assessorjurídico do Village Voice Media,deu-me uma longa declaraçãoafirmando que a empresa estácooperando totalmente comas autoridades. Ele citou umagarota de 16 anos de Seattle,que foi resgatada comoresultado de uma denúnciaque a empresa tinha feito.Mas " a censura não vai livraro mundo da exploração",declarou Suskin.

É verdade que existe riscode que os cafetões migrempara novos sites, possivelmente

baseados no exterior,até porque são menoscolaborativos. Mas, no geral,é um risco que vale a penacorrer. O sistema atual estáfalhando. Os rufiões não são osnegociantes mais inteligentese eliminar um centro parao tráfico poderia pelo menosreduzir o problema.

O Backpage insinua queestá lutando contra

censores e pudicos. Aliás, oque o move parece sermesmo a cobiça. Na carta, osprocuradores-gerais disseramque o Backpage ganha mais deUS$ 22 milhões anualmentecom anúncios de prostituição.

No Backpage, os cafetõesgarantem que as garotas sãomaiores de idade, mas Hershdá risada. "Eu vejo 19 eimediatamente penso 13",afirmou. "E não estou vendomuitos casos nos quais nãohaja coerção das garotas",completou. "A idade médiacom que uma menina éforçada à prostituição estáentre 12 e 14 anos. E a maioriadas que têm 16 ou 19 anosestá sendo gerida porrufiões viciados."

Embora não haja dadosconfiáveis sobre o tráficohumano, quanto maisolhamos, mais encontramos.O procurador do distrito do

Brooklyn, Charles J. Hynes,afirma que um ano antesdele estabelecer uma unidadede tráfico sexual, em junhode 2010, seu gabinete nãotinha processado nenhumcaso de tráfico. Desde então,o escritório se tornou modelonacional, indiciando32 pessoas, com dezcondenações e nenhumaabsolvição até agora.

Entre as resgatadas, estáBaby Face, que tinha fugido

de casa em setembro. Judge,supostamente, encontrou-a narua, comprou-lhe comida e lhedisse que ela era linda. Empoucos dias, ele postava umafoto no Backpage e a estavavendendo entre cinco a novevezes por dia, afirmam ospromotores. Quando ela nãoganhava dinheiro suficiente,ele a espancava com um cinto.

Quando Baby Facefugiu de seu cafetão e bateudesesperadamente na portadaquele apartamento noBrooklyn, ela também estavabatendo na porta das suítesexecutivas do Backpage e doVillage Voice Media. Essesexecutivos bem que poderiamouvir suas súplicas.

NICHOL AS D. KR I S TO F

É CO LU N I S TA DO NE W YORL TIMES.TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

esperança de obter ajuda.Baby Face disse que estava

sofrendo muitas dores parasuportar outro estupro deum cliente e depois contou aospromotores que estava comsangramento vaginal e que seucafetão a tinha chutado escadaabaixo, recentemente, apósuma tentativa de fuga.

A ligação da garota parao 911 levou à prisão deKendale Judge, de 21 anos.Judge alegou inocêncianas acusações de tráficosexual, sequestro, estupro eprostituição forçada. Ele estána prisão e ainda não ouvimosseu lado nessa história.

O episódio ressalta comoa garota foi negociada – emanúncios no Backpage.com, um

Page 4: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

Papel vs. banco333 “Sabe o extrato mensal da sua conta noItaú? Com alguns cliques ele passa a sersomente digital”. Foi só esse novo comercial dobanco Itaú, produzido pela África, começar a serveiculado para que, malgrado as risadas dobebê, de cara, a Bracelpa – Associação Brasilei-ra de Celulose e Papel e a Abigraf – Associação

Nacional da Indústria Gráfica caírem de pau em cima, enviando seusprotestos a Roberto Setúbal e outros diretores do Itaú ligados aoassunto. As duas entidades, além de incentivarem praticas sustentáveis(entre elas, a reciclagem do papel), acham uma barbaridade ainvestida contra um produto “tão presente da vida dos seres humanos”.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 O Itamaraty está convencido deque Cuba se prepara para estreitarrelações com os Estados Unidos,o que poderia significar o fim doembargo econômico, mesmo que

as novas resoluções sobre permanência no poder (cinco anos maiscinco) não tenham data para vigorar. A presidente Dilma Rousseffchega a Havana certa de que a economia cubana vai mudar e daráprioridade à agenda comercial. De cara, um financiamento doBNDES de US$ 683 milhões para a terraplanagem do Porto deMariel, a 150 km da Florida, obra da brasileira Odebrecht. Dilma querconvencer os irmãos Castro de que o Brasil pode ser um grandeparceiro. Mais: a dívida externa de Cuba, para quem não sabe, émaior do que seu PIB e os irmãos Castro têm a fama mundial de nãopagar ninguém. Cuba deve US$ 8 bilhões ao Japão, US$ 8 bilhões àEspanha e US$ 2 bilhões a Argentina, só para começo de conversa.

Nãopaganinguém

333 Aos 31 anos, MichelleWilliams ganhou o GoldenGlobe de melhor atriz por suaatuação em Sete Dias comMarilyn, onde revive a famosa

ícone sensual do cinema americano e está indicada para oOscar. Depois das filmagens, os blogs de gossips insinuaram queMichelle havia recorrido a enchimentos para reproduzir as curvasde MM. Agora, em sua edição de fevereiro, a revista GQ resolvedar capa e grande ensaio a atriz onde ela exibe suas curvas esuas intimates. Ela viveu quase três anos com Heath Leadger,que morreu de overdose, com quem teve uma filha, Matilda.

Sete diascom Michelle

Aherdeirade Datena

333 A modelo Letícia Wiermannnão usa o sobrenome do paifamoso, dá seus primeiros passosna TV e aparece na nova ediçãode Vip, em foto sensual: aos 25

anos, a filha do apresentador José Luis Datena (a mãe dela nãoé a atual esposa dele) mora em Miami, a cada dois meses vemao Brasil e é sócia lá de um canal na internet, o Vida On Line.Ela foi descoberta por Marlene Mattos há anos, já fez outroensaio para o site Morango (destaque 1) e aparece exibindobusto e derrière para valer em outros sites (destaque 2).

Nunca haverá outro Pelé. Eu nasci para o futebol assim comoBeethoven nasceu para a música e Michelangelo para a pintura.

IN OUTh

h

Tomara-que-caia. Vestido de um ombro só.

MAIS: ninguém quer pagarR$ 15 mil para ter aparaibana num evento eseu pai (e empresário), járeduziu para R$ 5 mil.

MISTURA FINA

Dolores em livro333 Há quase dez anos, ajornalista Ângela de Almeida,batalha para tirar do papel seuprojeto de contar em livro ahistória da cantora e composi-tora Dolores Duran. Agora,ganhou o apoio da editora Casada Palavra e foi aprovada, pelaLei Rouanet, a captação de R$200 mil para a empreitada. Apesquisa já está quase prontae serviu de fonte para o CDDolores Entre Amigos e parao programa Por Toda a MinhaVida, da Globo. Dolores morreucedo em 1959, aos 29 anos,vitima de um infarto (a históriado suicídio é pura lenda).

VINTAGE333 Antes do imbróglio do showem Aracaju, a roqueira Rita Lee,64 anos, já havia protagonizadoum espetáculo-extra emSaquarema, interior do Rio,ao lado do também roqueiroSerguei, 78 anos. À certa altura,ele abaixa as calças, mostra oderrière ao público e Rita faz amesma coisa. Quem viu, achouque o dela poderia ser encaradocomo um modelito vintage,com um ligeiro plissê; já ode Serguei, estava maispara loja de antiguidades.

Estão durando pouco os15 minutos de fama deLuiza Rabello, que estavano Canadá, ameaçandofuturos comerciais.

Fotos: BusinessNews

Caiu na rede333 Documentos da OperaçãoSatiagraha, anulada peloSupremo Tribunal Federal,que considerou as escutas dainvestigação ilícitas, foram parar –e ninguém sabe como – nainternet, inclusive transcrições dediálogos. Foi com essa operaçãoque o atual deputado federalProtógenes Queiroz (PCdoB-SP),na época delegado da PolíciaFederal, ganhou certa popularidade(queria até ser candidato a prefeitode São Paulo). Protógenes, a pro-pósito, está available novamente:seu segundo casamento comHeloisa teria naufragado e afilha da suposta socialiteRoberta Lucksinger não é dele.

NA PAREDE333 Lideranças do PMDB emtodo o país querem que MichelTemer se defina: ou fica sendoapenas vice-presidente do paíse não participa mais de gestõespolíticascomoPlanaltoousepretende manter essa posiçãodeintermediarnegociaçõescoma presidente Dilma, que vistamais a camisa de seu partidoe não recue com facilidade. Noepisódio de afastamento deElias Fernandes do DNOCS,apadrinhado de HenriqueEduardo Alves, ela nem quisouvir quaisquer ponderaçõesde Temer. Comunicou comofato consumado. Quemconhece bem o líder doPMDB na Câmara Federal,acha que “não estrilando,ele está esperando a vez”.

Olho no trânsito333 Estudo da arquiteta RaquelRolnik, da Faculdade deArquitetura e Urbanismo daUSP, revela que, em 1933, comuma população de 888 milhabitantes, a cidade de SãoPaulo contava com uma rede debondes de 258 quilômetros deextensão, três vezes maior que ada atual rede do metrô. O sistemade bondes era responsável por84% das viagens em modocoletivo e realizava 1,2 milhão deviagens por dia. Hoje, o paulistanogasta quase três horas por dia notransito (a cidade tem sete milhõesde carros) e passa 27 dias por anopreso em congestionamentos.Especialistas acreditam que acidade precisaria de, no mínimo,300 quilômetros de corredorespara aliviar o trânsito. Ou seja:pouco mais da rede de bondesdos anos 30, quando a populaçãoera 12 vezes menor.

EX-GARÇONETE333 Entre 16 a 18 anos,Adele Laurie Blue Adkinsganhava trocados comogarçonete de um café emLondres. Cinco anos depois,a cantora Adele está no topoda música pop, seu segundoálbum, 21, já vendeu 15milhões de cópias e dia 12,ela disputa as seis principaiscategorias do Grammy. Avida de Adele está no livro dojornalista inglês Chas Mewkey-Burden, que também escreveusobre Amy Winehouse e JustinBieber e que acaba de serlançado no Brasil.

«

PELÉ // ex-jogador de futebol, sobre Pelé.

333 JOSÉ Sérgio Gabrielli, queestá deixando a presidência daPetrobras, integra o Conselhode Administração da holdingdo Banco Itaú e, pelo menospor enquanto, não vai perderessa boquinha.

333 NESTE começo de ano, amodelo Gisele Bündchenprotagoniza as novas campanhasda Hope, Pantene, Espirit, Versacee Salvatore Ferragamo. No Brasil,na contramão dos poderes demultiplicação dela, sua marca decosméticos Sejaa, lançada há umano, com vendas exclusivas narede Droga Raia e na loja onlineSack’s, não emplacou, osprodutos encalharam e agoracomeçam a ser oferecidos comquase 40% de desconto.

333 NA PASSEATA do Dia daVisibilidade Trans, que reuniutravestis e transexuaisinconformados, foi lançado tambémum grito de protesto da categoria,com um toque emocional: “Não àdiscriminação! Atrás do siliconetambém bate um coração!”.

333 A ESCOLA União da Ilha, naqual a presidente da Petrobrás,Graça Foster, novamentedesfilará, quer a maior tenistabrasileira de todos os tempos,Maria Esther Bueno, hoje com 72anos, como destaque em cimade um carro alegórico. Elaganhou três vezes o torneio deWimbledon, citado no enredoda escola sobre Londres.

333 A PRESIDENTE DilmaRousseff já terá retornado de suaviagem, mas quem deverá levara mensagem presidencial aoCongresso, amanhã, é aministra-chefe da Casa Civil,Gleisi Hoffmann. O documentobate na tecla da importância daausteridade fiscal e Dilma estáempenhada em levantar a bolade Gleisi cada vez mais.

333 O PROGRAMA de qualidadede vida da Presidência daRepública está oferecendo umcurso de forró aos servidores doPlanalto. As aulas acontecem àssegundas e quartas-férias, na horado almoço e são ministradas porum expert que integra o quadrode funcionários da Secretaria-Geral da Presidência, sobcomando de Gilberto Carvalho.

Pães recheados de saúde333 Ana Maria Braga, Bianca Rinaldi, Hortência, Glorinha Kalil,Sabrina Sato, Eduardo Matarazzo Suplicy e outros tantosfreqüentadores assíduos da Galeria dos Pães, em São Paulo(cinco mil pessoas por dia) já estão aderindo às novas linhas depães lançadas lá (e preparadas por profissionais de engenharia denutrição), com ingredientes especiais e voltadas para a saúde dosbrasileiros. Para as mulheres, tem pães com colágeno, ácidosgraxos de mono e diglicerideos; para esportistas, outros ricos emcálcio, fósforo zinco e Omega 3 e mais um até para cuidar melhordo coração, com óleo de peixe, mix de vitaminas e mineral selênio.

��

���������

��

��

���

�������������

��

����

��

��

��

���

��

��

��

���

����

���

������

����

����������� ���� ���� � � ���� � ��������� � ��������� � ������

������������������� ��� ����� ������

��� �������������

����� �������

��������� �������

������ ��!��� ������� ������"

��������!�����

�� #������ $��%��

&���� ���������!� �����!���

'��������� ��

���� �������

������� ���� �

��(��������������!��������� �������!� ����

%� ��

#���������!�� �� ����!� ����������

$��� ���� � ')� �����!�������

&������!��� �*������*�

*����*" �����+��$���� �������

*����*" �����+��

$����,����

&������� � ���������������,��� ���� ���-(����� �����.�� ������ � ������

/�������

��0���� �/������

1 �����.���� �����!����� �,���

������'��� ���������

�����������

�%���� ���������������������� �����

'��!234 �%������ ����0���

#����������

*�����*"��

���+��

*5�*" �� ����+��'��������

�����������

$��� �&����� �'������ ��!��������

$��� �#���� �����,�

&6�������

$����

������ ������ �����!� ��� ,��� ��� ������

7���� � ���� ������

�������� �����!��� ��������

8 ������� ����� �����

299:;4 <!���= �,�= ���= >!����= ����= ?!(����= ��%��= @!��������

Page 5: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

DILMA FLEXEm Cuba, ela dizque discussão dosdireitos humanostem de ser ampla.

DINDINPresidente critica oembargo dos EUAe libera grana paraos cubanos

política

Direitos humanos, umproblema de todos.

Esse foi o argumento usado pela presidente DilmaRousseff, para evitar falar especificamente daquestão em Cuba. Ela seguiu a mesma linha usadapor Lula. "Eu concordo em falar de direitos humanosdentro de uma perspectiva multilateral", disse.

Em sua primeira visitaoficial a Cuba, a presi-dente Dilma Rousseffseguiu o roteiro escri-

to pelo seu antecessor LuizInácio Lula da Silva: falar dedireitos humanos no país deFidel Castro é apenas paralembrar que todos têm proble-mas – e, de preferência, citar aprisão de Guantánamo, aindamantida pelos Estados Unidosdentro do território cubano.

"Se vamos falar de direitoshumanos, nós começaremos afalar de direitos humanos noBrasil, nos Estados Unidos, arespeito de uma base aqui cha-mada Guantánamo, direitoshumanos em todos os lugares",disse a presidente, pouco antesdo encontro com o presidenteRaúl Castro. Ao sair do primei-ro compromisso da sua agendaoficial, a deposição de flores nomemorial de José Martí, Dilmaparou por 15 minutos para fa-lar com a imprensa.

Telhado de vidro – "Não épossível fazer da política de di-reitos humanos só uma armade combate político-ideológi-co. O mundo precisa se con-vencer de que é al-go que todos os paí-ses têm de se res-p o n s a b i l i z a r ,inclusive o nosso.Quem atira a pri-meira pedra tem te-l h a d o d e v i d ro .Nós no Brasil te-mos o nosso", afir-mou. "Então, euconcordo em falarde direitos huma-nos dentro de umaperspectiva multi-lateral. Agora, defato, é algo que temos de me-lhorar no mundo de uma ma-neira geral. Não podemosachar que direitos humanos éuma pedra que você joga só deum lado para o outro."

Os vários dissidentes que pe-diram audiências não conse-guiram espaço na agenda dapresidente, nem nas de outraspessoas da sua comitiva. Mes-mo a blogueira Yoani Sanchez,que em uma carta à presidentepediu visto e uma audiência.Perguntada se iria pedir per-missão de saída, para que a blo-gueira pudesse vir ao Brasil, apresidente afirmou que o Brasiljá havia feito sua parte. "Demoso visto. Agora, os demais pas-sos não são da competência dogoverno brasileiro", disse.

P er i go – Outros grupos dedissidentes que também ha-viam pedido encontros – entreeles as Damas de Blanco, querepresentam os presos políti-cos, e a Comissão de DireitosHumanos e Reconciliação Na-cional – também não recebe-ram resposta "Não nos respon-deram. Mas não vamos fazernenhuma tentativa, nem nohotel nem em outros lugares.Seria perigoso", disse Elizardo

Sanchez, da Comissão.A presidente foi questiona-

da sobre o significado de terido ao Fórum Social, na sema-na passada, e vir nesta semanaa Cuba. Ela reagiu: "Eu fico es-tarrecida com esse tipo de per-gunta. Eu fui à União Euro-peia, eu recebi os EUA. Eu an-dei pra danar. Fui no G20, naChina. Como a gente interpre-taria o ano passado? O Brasilfaz política internacional comtodos os países. Nós somosum povo absolutamente pací-fico, acreditamos no diálogo,achamos que é fundamentaltambém dialogar com os mo-vimentos sociais", afirmou."Não temos preconceitos denenhuma ordem. Essa é umacaracterística que não é só domeu governo, não é só do go-verno do presidente Lula. Éuma característica do Brasil. Éminha obrigação como presi-dente estabelecer uma posi-ção do Brasil que, além de ma-nifestar o crescente poder eco-nômico reconhecido interna-cionalmente também mostraessa disposição de diálogo,de parcerias construtivas

e d e p a r c e r i a spacíficas."

Em uma entre-vista coletiva on-tem em Havana,dissidentes cuba-nos afirmaram quenão esperam ne-nhuma crítica rele-vante de Dilma so-bre a situação dosdireitos humanosna ilha. "Acho queno plano pessoal(Dilma) pode estarpreocupada pelo

que acontece em Cuba em ma-téria de direitos humanos. Mas,não espero que ela trate o casode Wilman Villar abertamen-te", disse José Daniel Ferrer, ex-preso de consciência do "Grupodos 75" e líder da dissidenteUnião Patriótica de Cuba.

Desilusão – "Há outros in-teresses, outras questões en-volvidas e acho que isso ficarápara trás, assim como fez (oex-presidente Luiz Inácio)Lula da Silva quando morreu(Orlando) Zapata", acrescen-tou Ferrer.

Elizardo Sánchez, da Comis-são de Direitos Humanos e Re-conciliação Nacional, disseque não espera "nada de rele-vante" da visita de Dilma. ParaSánchez, a política externa dogoverno brasileiro continuamarcada por uma interpreta-ção anacrônica do princípio denão intervenção.

O líder do governo na Câma-ra, deputado Cândido Vacca-rezza (PT-SP), afirmou, ontem,que ninguém pode obrigarDilma a visitar grupos políti-cos dissidentes. E o fato de oBrasil "conceder visto para to-dos que pedem tem de ser fes-tejado". (Agências)

Presidente criticaembargo dos EUA

Oembargo econômicoimposto pelos Esta-dos Unidos contra

Cuba foi criticado ontem pelapresidente Dilma Rousseff.Para ela, esse processo não levaa nada, a não ser a mais pobre-za à população cubana. Deacordo com Dilma, a grandecontribuição que o Brasil podedar nesse caso é ajudar Cuba ase desenvolver.

E, para isso, está investindoem alimentos, máquinas eequipamentos naquele país.Como exemplo citou um crédi-to rotativo de US$ 400 milhõespara a compra de alimentos noBrasil e financiamento para

aquisição de máquinas agríco-las, para estimular a produção,além dos investimentos noPorto de Mariel.

Para Dilma, é fundamentalque se crie condições de sus-tentabilidade para o desenvol-vimento do povo cubano. "Ga-nha o Brasil, por fazer uma co-operação com um país, um po-vo e toda uma estrutura insti-tucional, que é competente,capaz na área de ciências mé-dicas e todas as questões liga-das à biotecnologia", decla-rou. "Ganha Cuba porque nes-sa parceria, o Brasil entra comseus conhecimentos e suasempresas." (AE)

Quem atira aprimeirapedra temtelhado devidro. Nós noBrasil temoso nosso.

DILMA ROUSSEFF

Dilma Rousseff se reuniu com o presidente cubano Raúl Castro, mas não deixou espaço em sua agenda para conversar com os dissidentes.

Dilma encontra Fidel e o passadoA p r e s i d e n t e D i l m a

Rousseff participou,ontem à tarde, de um

encontro com o ex-mandatáriocubano Fidel Castro. "Vou,com muito orgulho", confir-mou a presidente. Fidel, queestá afastado formalmente dopoder desde 2008 por motivosde saúde, recebeu Dilma e"uma comitiva reduzida", deacordo com o Itamaraty.

Como não estava previstona agenda oficial, Dilma sereuniu com Fidel logo após oalmoço, oferecido a ela pelopresidente Raúl Castro, irmãode Fidel. O local onde os dois seencontraram não foi divulga-do, por exigências do serviçode segurança do regime cuba-no. O Itamaraty também nãoinformou por quanto tempo osdois conversaram, nem os as-suntos que foram tratados.

Porém na audiência comRaúl, sabe-se que a presidenteintercedeu em favor da blo-gueira Yaoni Sánchez, a quemo governo brasileiro concedeuvisto, na semana passada, para

ela poder visitar o Brasil por 30dias, a partir da sua chegada aoPaís. Apesar do gesto de Dil-ma, a presidente evitou fazerqualquer comentário públicosobre a ativista, alegando que oassunto, a permissão para elaviajar, era com o governo cuba-

no. Até agora, Yoani teve 18 pe-didos para sair recusados pe-las autoridades cubanas.

Durante a manhã de ontem,Dilma aproveitou para visitara Praça da Revolução. Ela che-gou a Cuba na companhia doministro das Relações Exterio-

res, Antonio Patriota; de De-senvolvimento, Indústria eComércio Exterior, FernandoPimentel; e da Saúde, Alexan-dre Padilha. Esta é a primeiravisita da brasileira ao país co-mo presidente.

Só que há 31 anos, ela estevena ilha para participar do Con-gresso de Economistas do Ter-ceiro Mundo, em abril de 1981.O convite partiu da cientistapolítica Vânia Bambirra, entãocolega de partido no PDT. "Du-rante a chamada década perdi-da, Fidel organizou reuniõespara discutir a dívida dos paí-ses latino-americanos", disseBambirra. E numa dessas ve-zes, convidou Dilma, que teriapago a própria passagem.

Segundo Bambirra "não eranenhuma fortuna, e ela queriamuito conhecer Cuba", con-tou. A viagem não era das maissimples. Na época, partia-sedo Brasil para Cuba via Vene-zuela ou México. O regime mi-litar (1964-1985) suspenderarelações com a ilha. Hoje Dil-ma chega ao Haiti. ( Fo l h a p re s s )

Acordos paraajudar os cubanos

Em sua passagem porHavana, a presidenteDilma Rousseff assinou

vários acordos bilaterais paraampliação de parcerias, incre-mentando projetos científicose tecnológicos nas áreas desaúde, agricultura, ciência esetor aéreo. Se depender doBrasil, os cubanos terão apoiopara avançar na produçãoagrícola e expandir a rede pú-blica de atendimento à saúde.

Neste setor, as parcerias de-finem apoio para o fortaleci-mento da Rede Cubana deBancos de Leite Humano etambém pôr em prática açõesque intensifiquem as pesqui-sas relativas ao combate e tra-tamento do câncer, além deampliar os estudos e o monito-ramento do controle da quali-dade de medicamentos emCuba e no Brasil.

O governo brasileiro se dis-põe ainda a apoiar em Cuba aqualificação da prestação deserviços odontológicos. Tam-bém está sendo negociado ummodelo de pesquisas para es-tudos relativos a dados geoló-gicos e recursos minerais. Háainda propostas para capacitar

técnicos da Empresa de Servi-ços Tecnológicos de Cuba naárea de metrologia.

Em fase de aperfeiçoamentoe estímulo à produção agríco-la, Cuba quer aproveitar o co-nhecimento dos cientistas bra-sileiros para capacitar especia-listas em novos processos tec-nológicos desenvolvidos pelaEmpresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (Embrapa) nocombate de várias pragas.

Também deve ser assinadoum acordo sobre serviços aé-reos cubanos para estimular acompetitividade entre as em-presas, oferecendo mais op-ções aos consumidores. Aideia é permitir que esses ser-viços sejam oferecidos combons preços e garantir, ao mes-mo tempo, segurança opera-cional e aviação de alto nível.

Cuba é o único país socialis-ta das Américas e sofre com osefeitos do embargo econômicoimposto, desde 1962, pelos Es-tados Unidos. Porém, váriospaíses da região mantêm rela-ções econômicas com Cuba,como o Brasil. Só em 2011, o co-mércio entre os dois países en-volveu US$ 642 milhões. (ABr)

Dilma intercedeu pela ativista Yaoni Sanchez na reunião com Raúl

Alejando Ernesto/Efe

Roberto Suckert Filho/PR

Banco Bradesco S.A.CNPJ nº 60.746.948/0001-12 – NIRE 35.300.027.795.

Fato RelevanteAta da Reunião Extraordinária nº 1.816, de 31.1.2012,

da Diretoria do Banco Bradesco S.A.

Aos 31 dias do mês de janeiro de 2012, às 7h, na sede social, Cidade de Deus,4º andar do Prédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros daDiretoria sob a presidência do senhor Luiz Carlos Trabuco Cappi. Durante a reunião,os Diretores deliberaram submeter ao Conselho de Administração, em reunião a serrealizada em 10.2.2012, a seguinte proposta:

“pagar Dividendos aos acionistas da Sociedade, em complemento aos Jurossobre o Capital Próprio e Dividendos relativos ao exercício de 2011, no valor deR$151.290.621,02, sendo R$0,037741866 por ação ordinária e R$0,041516054por ação preferencial. Serão beneficiados os acionistas que se acharem inscritosnos registros da Sociedade em 10.2.2012, passando as ações a ser negociadas“ex-direito” aos Dividendos a partir de 13.2.2012.

Aprovada a proposta, o pagamento será feito em 8.3.2012, pelo valor declarado,não havendo retenção de Imposto de Renda na Fonte, nos termos do Artigo 10 daLei nº 9.249/95.

Os referidos Dividendos relativos às ações custodiadas na BM&FBOVESPA S.A. –Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros serão pagos à referida BM&FBOVESPA,que os repassará aos acionistas titulares por intermédio dos Agentes de Custódia.

Assim, o montante de Juros e Dividendos distribuídos aos acionistas, relativos aoexercício de 2011, totaliza R$3.740.334.781,49.”.

Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que osDiretores presentes assinam. aa) Luiz Carlos Trabuco Cappi, Julio de SiqueiraCarvalho de Araujo, Domingos Figueiredo de Abreu, José Alcides Munhoz,Aurélio Conrado Boni, Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, Candido Leonelli,Maurício Machado de Minas, Alexandre da Silva Glüher, Alfredo Antônio Lima deMenezes, André Rodrigues Cano, Josué Augusto Pancini, Luiz Carlos Angelotti,Marcelo de Araújo Noronha, Nilton Pelegrino Nogueira, André Marcelo da SilvaPrado, Denise Pauli Pavarina, Luiz Fernando Peres, Moacir Nachbar Junior eOctávio de Lazari Júnior.

Page 6: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bezerra sabia das irregularidades no Dnocs e mesmo assim tentou proteger o ex - d i re to r - g e ra l .Rubens Bueno, líder do PPS.política

Em Cuba, Dilma não fala de Negromonte.Dilma diz que só discute caso do ministro após voltar de sua viagem. E Negromonte desiste de participar de reunião com ministra Gleisi em Brasília

Apresidente DilmaRousseff evitou co-mentar a situaçãodo ministro das Ci-

dades, Mário Negromonte,durante sua rápida viagem aCuba, ontem.

"As questões relativas aoBrasil, eu já disse para vocêsanteriormente, nós discutimosno Brasil a partir de quinta-fei-ra", afirmou a presidente ao serquestionada sobre a perma-nência do ministro.

Segundo relatou reporta-gem do jornal Folha de S. Paulo,no último sábado, Dilma já in-formou ao comando do PP quebaterá o martelo sobre o subs-tituto na pasta somente ao re-tornar de viagem.

Mário Negromonte está so-frendo um processo de desgas-te que culminou, na semanapassada, com a revelação deque ele teria participado deuma reunião com um lobista eo dono de uma empresa de in-formática interessada em con-tratos com o ministério. O mi-nistro nega favorecimento.

Na segunda-feira, em maisum sinal de desgaste, o chefeda assessoria parlamentar deseu ministério foi demitido. Aexoneração de João UbaldoDantas, também baiano, foi as-sinada pela ministra da Casa

Civil, Gleisi Hoffmann.Cuba e Haiti – Durante a

viagem a Cuba, Dilma se reu-niu com o ex-ditador FidelCastro, afastado formalmentedo poder desde 2008, por mo-tivos de saúde. Depois, a presi-dente seguiu para Porto Ma-riel. A agenda da presidente nailha caribenha também incluiuum encontro com o presidenteRaúl Castro, ontem. Depois,seguiu para o Haiti.

D es is tê n ci a – Enquanto is-so, em Brasília, Negromontedesistia de participar de reu-nião no fim da tarde de ontemcom Gleisi Hoffmann. Repre-sentaram Negromonte os se-cretários nacionais de Sanea-mento, Leodegar Tiscoski, e deHabitação, Inês Magalhães,além de técnicos da pasta.

O Ministério das Cidades in-formou, por meio da assesso-ria de imprensa, que Negro-monte deixou de participar dareunião no Planalto porque "fi-cou preso com algumas de-mandas internas no ministé-rio". Ele teria entrado em con-tato com Gleisi, se explicado e aministra não teria visto proble-ma na ausência do colega.

O assunto da reunião foi aatuação no governo federal naprevenção de desastres naturaisem áreas de risco. (Agências)

Ale

jand

ro E

rnes

to/E

FE

Presidente Dilma fala à imprensa em Cuba: "Questões relativas ao Brasil, eu já disse, nós discutimos no Brasil, a partir de quinta-feira".

Ministro (o oitavo) de saída marcadaA p r e s i d e n t e D i l m a

Rousseff acertou a saí-da do ministro das Ci-

dades Negromonte com a dire-ção do PP e com o governadorda Bahia, Jaques Wagner (PT).

De acordo com informaçõesde bastidores do governo, Ne-gromonte poderá sair aindanesta semana, logo depois davolta da presidente ao Brasil,na quinta-feira. Dilma viajoupara Cuba na segunda-feira àtarde, vai para o Haiti hoje evolta para o Brasil amanhã.

Como na quinta-feira a pre-sidente terá de enviar umamensagem com os planos detrabalho do governo ao Con-gresso, é possível que o acertopara a saída de Negromonte sóocorra de fato na sexta-feira.

A presidente Dilma preten-de se reunir com o ministro Ne-gromonte – uma forma elegan-te de demonstrar um último si-nal de prestígio – repetindo,assim, um gesto que vem usan-do desde a saída do ex-minis-tro da Casa Civil, Antonio Pa-locci, em junho de 2011.

Sucessores à vista – Entreos nomes analisados pelo go-verno para suceder a Negro-monte no Ministério das Cida-des estão o do líder do PP naCâmara, Agnaldo Ribeiro(PB), os dos deputados Márcio

Reinaldo (MG), Beto Mansur(SP), e os dos senadores Bene-dito de Lira (AL) e Ciro No-gueira (PI). Ao que tudo indi-ca, a presidente manifesta cla-ramente que prefere MárcioFortes, que já foi ministro dasCidades e atualmente ocupa ocargo de Autoridade PúblicaOlímpica (APO).

O acordo entre Dilma, o PP eo governador Jaques Wagnerpara a saída de Negromonte

foi acertada na segunda-feirade manhã, durante assinaturada ordem de serviço para o iní-cio das obras de revitalizaçãourbanística da bacia do Rio Ca-maçari, na região metropolita-na de Salvador.

A seguir, Jaques Wagner en-trou no avião presidencial e se-guiu com Dilma para a viagema Cuba e Haiti. Ele foi o únicogovernador a acompanhar apresidente. (Agências)

MárioNegromonte,ministro das

Cidades. Segundoinformação debastidores do

governo, este émais um nome aser eliminado na

lista dos ministrosda presidente

Dilma. O oitavo.

Ed F

erre

ira/A

E –

13/1

2/20

11

Bezerra, antes "fritado" pela imprensa, agora indica quem vai cair.

Antonio Cruz/ABr

Presidente autorizamudanças no 2º escalão

Ap re s i d e n t e D i l m aRousseff autorizoutrocas no segundo es-

calão do governo, inclusivepara exigir que todos os minis-térios tenham sistemas deacompanhamento em temporeal dos programas e obras doExecutivo, afirmou ontem oministro da Integração Nacio-nal, Fernando Bezerra.

"A presidente estimulouque fossem feitas trocas paramelhorar a gestão."

As mudanças envolvem em-presas estataise órgãos da ad-m in is t r aç ãopúbl i ca queaté então t i-nham passadopor pequenasmudanças nasdiretorias, porvezes motiva-d a s p o r d e-n ú n c i a s d eirregular ida-des.

Segundo re-lato de auxiliar do Palácio doPlanalto, que falou sob condi-ção de anonimato, há melho-rias de gestão que podem serfeitas por sistemas de informá-tica, mas há outras em que atroca de pessoas é imperativapara apresentação de resulta-dos mais rápidos.

A fonte lembra que as trocascomeçaram na Petrobras,quando Dilma escolheu a dire-

tora de Gás e Energia, Mariadas Graças Foster, para suce-der José Sérgio Gabrielli napresidência da estatal.

A troca no segundo escalãodo governo é demanda antigados partidos aliados, que pres-sionaram muito por mudan-ças desde o começo de 2011. Naépoca, Dilma argumentavaque fazia uma gestão de conti-nuidade administrativa, por-tanto, não era necessário fazermudanças generalizadas.

Bezerra disse que na suaárea haverámudança emuma secreta-ria da pasta ereform ulaçãon a C o m p a-n h i a d e D e-s en vo l vi me n-to do Vale doSão Francisco( Co de v as f ) ,no Depar ta-mento Nacio-nal de Obrascontra a Seca

(Dnocs) e na Superintendênciade Desenvolvimento do Nor-deste (Sudene) – órgãos envol-vidos em irregularidades.

"Na secretaria de Infraestru-tura Hídrica, sai AugustoWagner Padilha, que vai para ainiciativa privada, e entraFrancisco José Coelho Teixei-ra, que era presidente da Com-panhia de Gestão de RecursosHídricos do Ceará." (Agências)

A presidenteDilma estimulouque fossem feitastrocas no segundoescalão paramelhorar a gestãodo governo.

FERNANDO BEZERR A

PPS propõe investigaçãocriminal contra Bezerra

OPPS ingressa hoje naProcuradoria-Geral daRepública com pedido

de abertura de inquérito crimi-nal contra o ministro FernandoBezerra (Integração Nacional).

O partido de oposição acusao ministro de "condescendên-cia criminosa" por ter interce-dido a favor da manutenção doex-diretor-geral do Dnocs (De-p a r t a m e n t o N a c i o n a l d eObras Contra as Secas) EliasFernandes no cargo, mesmocom relatório da CGU (Con-troladoria-Geral da União) aapontar irregularidades no to-tal de R$ 190 milhões apenasem obras irregulares.

A ação é baseada em matéria

da Folha de S. Paulo, que mos-trou documento encaminhadoem dezembro pelo ministro àGleisi Hoffmann, da Casa Ci-vil, no qual diz que a interven-ção ministerial no órgão era"demasiadamente drástica",não se "sustentando sob a óticada razoabilidade administra-tiva" e que o afastamento do di-retor-administrativo resolve-ria a corrupção no órgão.

Para o líder do PPS, o depu-tado Para Rubens Bueno, queassina a ação, a suspeita con-tra Bezerra é "muito grave" –ele sabia das irregularidadesno Dnocs e mesmo assim ten-tou proteger o ex-diretor-geral. ( F o l h a p re s s )

Rubens Bueno acusa: a suspeita contra Bezerra é "muito grave".

Andre Dusek/AE - 10/10/2011

Governo do RJ investeem divulgação no exterior

Ogoverno fluminensecomprou quatro pá-ginas coloridas de

matéria paga na edição de ja-neiro/fevereiro de 2012 daForeign Affairs, a mais presti-giada publicação sobre polí-tica internacional do mundo,para, segundo afirma, divul-gar o Rio no exterior.

Em época de crise das eco-nomias centrais, onde faltamrecursos e a estagnação eco-nômica persiste, o Executivofluminense foi a Nova Yorkem busca de investimentospara o Estado. Custeou, a pre-ço que não revela, semináriopromovido com a grife da re-vista Council on Foreign Rela-tions e a divulgação da "re-portagem" sobre o Rio. O tex-to incluiu entrevista com ogovernador Sérgio Cabral Fi-lho (PMDB) e é ilustrado comduas fotos na qual o políticoelogia enfaticamente suaprópria administração.

Procurado pelo Estado de S.Pa u l o , o governo do Rio recu-sou-se a revelar quanto gas-tou com a revista. O PalácioGuanabara informou já terpromovido eventos com pu-blicação de material no exte-rior em outras ocasiões – uma

delas, no diário americanoThe Washington Post.

O objetivo da publicaçãona Foreign Affairs, segundo oExecutivo, é a divulgação in-ternacional do estado, den-tro de estratégia de marke-ting e publicidade mais am-pla. A assessoria de Comuni-cação Social a legou nãosaber o custo da publicação,nem poder levantar o preçoda tabela de anúncios de pu-blicações, por uma "questãopublicitária de mercado".

A entrevista ocupa, emparte, três páginas nas quaisCabral apresenta os princi-pais feitos de sua administra-ção, as Unidades de PolíciaPacificadora (UPPs) e as Uni-dades de Pronto Atendimen-to (UPAs). Fala do saneamen-to financeiro do estado e daobtenção, pelo Rio, do graude investimento, concedidopela agência de classificaçãode risco Standard & Poor's."Outro ponto importante éeducação. Depois de déca-das de negligência, nossocompromisso é melhorar odesempenho das escolas pú-blicas do Rio no Índice de De-senvolvimento da EducaçãoBásica", diz Cabral. (AE)

Page 7: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Aceitei ser pré-candidato a prefeito pelo PSD. Para esse fim, acredito na reedição da aliança que me elegeu vice-governador.Guilherme Afif Domingospolítica

PSDB tentabarrar eventualacordo entre PT

e PSD em SPTucanos aceitam fazer acordo com PSDB e PSD tendo Afif como candidato

Troca: Meirelles oferecido por Kassab para chapa com Haddad. Alckmin tenta acertar o tempero para barrar eventual dobradinha entre PSD e PT na capital paulista

Aaproximação entrePT e PSD em tornode uma aliança àsucessão na Prefei-

tura de São Paulo, movimentopolítico que tem a bênção doex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva, levou o PSDB a defla-grar um esforço concentradopara barrar uma eventual do-bradinha entre as duas siglasna capital paulista.

A ordem do Palácio dos Ban-deirantes é manter as portasabertas para uma aliança entrePSDB e PSD e, na medida dopossível, ensaiar gestos públi-cos que reconstruam a ponteentre as duas legendas, racha-da desde o final de 2011.

O presidente municipal doPSDB em São Paulo, Julio Se-meghini, reconheceu que a si-gla trabalhará para que não ha-ja acordo entre PSD e PT e res-saltou que até as prévias para aescolha do candidato tucano,em 4 de março, as duas legen-das podem avançar nas nego-ciações. "Nós vamos trabalharmuito para que esse relaciona-mento com o PT não comece."

Alarme disparado – Decla-ração do presidente nacionaldo PSD e prefeito de São Paulo,Gilberto Kassab, de que as con-versas com o PSDB estão en-cerradas, alarmou assessoresdo Palácio dos Bandeirantes,que temem enfrentar as má-quinas federal e municipal nasucessão de São Paulo. Os caci-ques tucanos esperavam queKassab aumentasse acenos po-líticos ao PT, mas não que eleexibisse publicamente sua in-satisfação com o PSDB.

Na última semana, em con-versa com o secretário da CasaCivil de São Paulo, Sidney Be-raldo, Kassab não descartoualiança entre PSDB e PSD, masinsistiu na indicação do vice-governador de São Paulo, Gui-lherme Afif Domingos (PSD),como candidato de uma even-tual aliança. O presidente na-cional do PSD teria reconheci-do que um acordo entre PT ePSD tem a simpatia das cúpu-las nacional e estadual petis-tas, mas encontra muitas resis-tências entre lideranças muni-cipais e movimentos sociais li-gados ao PT.

Te mper o – Tentando reto-mar as negociações com o PSD,o governador Geraldo Alck-min não descartou, pela pri-meira vez, um acordo entrePSDB e PSD que tenha comocandidato o vice-governadorde São Paulo. "Nenhuma hipó-tese pode ser descartada emuma conversa" e ponderouque é natural que o PSDB tenhacandidatura própria nas elei-ções municipais.

"Mas, quando se faz um en-tendimento, todas as possibili-dades são discutidas", acres-

centou Alckmin ontem, apóscerimônia de apresentação dequatro unidades móveis doVia Rápida Emprego. Afif Do-mingos não participou doevento, mas o governador fezquestão de citá-lo em discursoe, em entrevista coletiva, fezelogios a sua trajetória política."Ele é um grande nome, temserviço prestado a São Paulo, éum nome preparado para res-ponsabilidades importantes."

A composição de aliança en-tre PSDB e PSD com o vice-go-vernador como cabeça de cha-pa é bem vista entre aliados doex-governador José Serra, quevislumbram a oportunidadede unir as forças das máquinasestadual e municipal em tornode uma única chapa. Já esseeventual acordo não é bem vis-to por alguns aliados de Alck-min, que não pretendem abrirmão de candidatura própriapara a disputa municipal.

Nego ciaçõe s – A propostade Kassab é indicar Afif à su-cessão municipal em troca deapoio à reeleição de Alckminao governo, em 2014.

Ao PT, Kassab teria a ofere-cer o ex-presidente do BancoCentral, Henrique Meirelles,como vice na chapa de Fernan-do Haddad. "Eu sempre mani-festei simpatia pelo candidatodo presidente Lula e ao PT",admitiu Meirelles. Ligado aosetor financeiro e presidenteda Associação Viva o Centro,Meirelles é visto como "o JoséAlencar de Haddad" – um vicecapaz de quebrar resistênciasem setores que o PT não atinge."Mas esse não é o projeto dele",lamentou Kassab.

Ontem, pela primeira vezdesde que as negociações pelasucessão na Prefeitura come-çaram, Afif declarou publica-mente que é o candidato doPSD às eleições.

"Aceitei ser pré-candidato aprefeito de São Paulo peloPSD. Para esse fim, acredito nareedição da aliança que me ele-geu vice-governador", escre-veu em seu Twitter.

Essa declaração amplia apressão sobre o PSDB paulista-no. Anteontem, após reuniãocom a executiva municipal doPSD, Kassab declarou que Afifera seu candidato – Afif nadadisse sobre o assunto.

Mas a declaração causaconstrangimentos no Paláciodos Bandeirantes, já que Afifdiz que só será candidato como apoio tucano, e os tucanospreparam prévias para definiro candidato à prefeitura. Alck-min tentou amenizar a reper-cussão das articulações doPSD dizendo: "é natural que oPSDB queira ter candidatopróprio", mas que em um "en-tendimento, todas as hipóte-ses são admitidas". (Agências)

Semeghini contra dobradinha

Rafael Patrasso/AE – 17/3/2011

L.C.Leite/Luz – 30/1/2012

Helvio Romero/AE

PT conversará com prefeito

Mesmo com oanúncio de que o PTestá no radar de

alianças do PSD, o presidentedo diretório municipalpetista, vereador AntonioDonato, afirmou ontem queseu partido só vai sepronunciar sobre a eventualproposta do prefeito GilbertoKassab quando for procuradopelo prefeito.

"Nós não vamos procurá-lo.Se ele (Kassab) nos procurar,então vamos conversarcivilizadamente."

De acordo com Donato, oPT vai manter a resolução doConselho Político do pré-candidato Fernando Haddadque, no último sábado, dia 28,decidiu priorizar asnegociações com os cincopartidos da base aliada dogoverno Dilma Rousseff :PSB, PDT, PCdoB, PR ePMDB. Ainda segundoDonato, até uma segundaordem, não haverá mudançade estratégia. "Vamoscontinuar cuidando dasnossas alianças".

Na opinião do dirigentepetista, a formalização daoferta de aliança com o PTainda é remota, uma vez que oapoio do PSD a Haddad éencarado publicamente porKassab como uma alternativa,caso a candidatura do vice-governador Guilherme AfifDomingos não se sustente atéo início da campanhaeleitoral.

"O Kassab trata a gentecomo alternativa e não comoprioridade", concluiu odirigente petista. (Agências)

Diálogo com PT não visapressionar PSDB, diz Kassab.

Oprefeito de São Paulo epresidente nacionaldo PSD, Gilberto Kas-

sab, negou ontem que o iníciodo diálogo com o PT para umaaliança à sucessão municipalem São Paulo seja uma formade pressionar o PSDB a umacordo com seu partido.

"Não existe pressão, esta-mos numa democracia. Temosum partido que disputa pelaprimeira vez uma eleição; por-tanto vamos encontrar o nossocaminho", afirmou, após parti-cipar do lançamento da 5ª edi-ção da Campus Party, eventoque começa no dia 6 de feverei-ro, no Anhembi.

Para o prefeito, sua sigla nãofaz nada diferente das demaisao buscar alternativas de alian-ça. "O PSD vai examinar as me-lhores alternativas, e entre asmelhores verá qual é a melhorpara a cidade". Kassab ressal-tou que o nome do petista Fer-nando Haddad facilita o diálo-go entre os dois partidos. "Aju-da o Fernando Haddad ser ocandidato. O Haddad é umapessoa qualificada, jovem, co-nhece a cidade e fez um bomtrabalho à frente do Ministérioda Educação."

Mesmo time – Kassab lem-brou que ainda não existe con-versa formal com o PT, mas quepretende procurar o partidopara ver "se existe o interesseem discutir uma alternativa pa-ra a cidade". Ele até brincouquando informado que o pré-candidato do PT torce para oSão Paulo, seu time do coração."Ih, tá convergindo, hein."

Indagado sobre a resistênciade militantes do PT à possívelaliança com o PSD, Kassab dis-se: "Uma aliança só se fazolhando para frente e não paratrás". Segundo ele, não há pres-sa para iniciar o diálogo com oPT municipal, mesmo porqueo PSD prioriza o lançamentode uma candidatura própria."Como qualquer partido, nos-so esforço é por uma candida-tura própria. Mas não pode-mos deixar de examinar alter-nativas, porque se a candida-tura própria não prosperar,deveremos ter alternativas."

O nome é Afif – Kassab dei-xou claro que a alternativa viá-vel do PSD seria o lançamentoda candidatura do vice-gover-nador de São Paulo, GuilhermeAfif Domingos, à sucessão mu-nicipal. Mas admitiu que essapossibilidade ainda não é forteo suficiente. "Nós sabemos quea candidatura própria não temtido as condições necessárias,por enquanto, para que ela te-nha viabilidade. Apesar disso,vamos dar prioridade a essaquestão, mas em paralelo va-mos estabelecer essas conver-sas." Segundo ele, o PSD terá detrabalhar para apresentar umquadro "com musculatura e di-mensão suficiente para se apre-sentar numa eleição com di-mensão nacional".

Kassab explicou que o parti-do apoiaria a candidatura deHaddad porque se trata de umcandidato já definido pelo PT,enquanto o PSDB ainda apre-senta quatro pré-candidatos.A única aliança possível com oPSDB seria com Afif na cabeçade chapa. Enquanto o prefeitodava essas declarações, Alck-min concedia entrevista no Pa-lácio dos Bandeirantes, sinali-zando que as conversas com oPSD não estavam encerradas.Nos bastidores tucanos é gran-

de a resistência a uma chapa li-derada por Afif.

Cooperação – Apesar do im-bróglio nos bastidores, Kassabdisse que PSD e PSDB se res-peitam e têm cooperações en-tre si, mas é chegada a hora de oPSD "construir sua história". Eafirmou que continua manten-do boas relações com o ex-go-vernador José Serra, mas queapesar disso não tem conver-sado com ele sobre o plano mu-nicipal. "É evidente que ele[Serra], por ser um quadro doPSDB, se esforça para que te-nhamos PSD e PSDB juntos".

O prefeito, que recentemen-te enfrentou protestos de gru-pos organizados, disse que,apesar do episódio, não refor-çou sua segurança, nem mon-tou uma equipe para evitar ocontato com manifestantes –ao contrário do que teria feito ogovernador Geraldo Alckmin,conforme notícia divulgadaontem pela imprensa. "Não te-mo protestos. O prefeito temde estar à disposição da opi-nião pública e eu tenho a com-petência da imprensa para meacompanhar. A imprensa mos-trou a covardia de quem orga-nizou o protesto. Tendo vocês[jornalistas] por perto, estoumuito tranquilo." (AE)

Kassab: 'Nãoexiste pressão;estamos numademocracia.Nosso partidodisputa pelaprimeira vezuma eleição;portantovamosencontrar onossocaminho".

L.C.Leite/Luz – 30/1/2012

Page 8: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O CNJ não pode ser um mero guichê, um poupatempo dos tribunais.Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça.política

OAB defende liberdade de ação para CNJEntidade reúne advogados, juristas, senadores e ex-ministros em defesa de um Judiciário livre dos magistrados que "não honram a toga".

Com a presença de 7dos 15 integrantesdo Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ),

a Ordem dos Advogados doBrasil (OAB) realizou, ontemem Brasília, um ato em defesada entidade e contra o que clas-sificou de "conservadorismodos juízes que se acham inal-cancáveis". Hoje será divulga-da uma carta aberta assinadapor 200 organizações não go-vernamentais pedindo trans-parência do Judiciário, en-quanto o Supremo TribunalFederal (STF) deve decidir se oCNJ pode ou não investigarjuízes antes das corregedoriasdos tribunais. Compareceramà manifestação advogados, se-nadores, juristas e o ex-minis-tro da Defesa, Nelson Jobim,que presidia o STF quando dacriação do órgão.

Jobim criticou a disputa po-lítica em torno do CNJ. "Não ésó um problema de conduta, éum problema de conflito quese mantém nos tribunais esta-duais", afirmou. "É uma tenta-tiva de radicalizar a autono-mia, como se fossem repúbli-cas livres de controle."

Promotor de carreira, o se-nador Demóstenes Torres(DEM-GO) disse que conse-guiu 54 assinaturas para colo-car em votação uma propostade emenda à Constituição paragarantir os poderes do CNJ. "Ocorregedor não pode ser ape-nas o distribuidor", disse. "OCNJ não pode ser tratado co-mo uma corregedoria subsi-diária aos tribunais."

Apesar dos argumentos dosenador, o líder do governo naCâmara, deputado CândidoVaccarezza (PT-SP), descar-tou a possibilidade de a Câ-

Manifesto na OAB, em Brasília, tentou sensibilizar julgamento do STF. Em jogo, o futuro do Judiciário.

Alan Marques/FolhapressAlan Marques/Folhapress

Ophir Cavalcante cumprimenta Nelson Jobim: apoio irrestrito ao CNJ.

Dos 28corregedores queatuam no Judiciáriodos estados, 18respondem ouresponderam aprocessos no CNJ.

OPHIR CAVALC ANTE

mara debater proposta sobreos poderes de investigação doCNJ. Para ele, o Legislativonão pode interferir nas ques-tões do Judiciário. "Assim, co-mo não gostamos quando umjuiz, por exemplo, interfereem nossas questões."

O CNJ é centro de polêmicadepois que o STF, em caráter li-minar, suspendeu os poderesde investigação da corregedo-ria do órgão, que investigavamagistrados antes dos corre-gedores dos próprios tribu-nais. A ação foi movida por as-sociações de juízes, que criti-cam a postura da corregedoranacional de Justiça, a ministraEliana Calmon.

Os juízes defendem que oconselho só possa investigarapós as corregedorias locais. Aministra rebateu e defendeu ospoderes de investigação doCNJ. "O que está realmente emjogo é a sua sobrevivência." Pa-ra reforçar a importância doórgão, o presidente da OAB,Ophir Cavalcante, citou que"dos 28 corregedores queatuam no Judiciário, 18 res-pondem ou responderam aprocessos no CNJ". Disse ain-da que dos 27 presidentes deTribunais de Justiça, 15 têmprocessos em andamento ou jáarquivados pelo CNJ.

Para Cavalcante, caso o STFmantenha a liminar, "os bene-ficiados serão os magistradosque não honram a toga", criti-cou. "Queremos um Judiciárioarraigado a conceitos conser-vadores, a caixa-preta imper-meável? Essa visão conserva-dora, de juízes e tribunais inal-cançáveis, deve ceder a umideal republicano", concluiu.O ex-ministro da Justiça, Mi-guel Reale Júnior, disse que oCNJ não pode ser "um meroguichê, um poupatempo dostribunais". (Agências)

Andre Dusek/AE – 6/4/2011

Gurgel arquiva pedido de investigação contra Eliana Calmon. "Não há indícios de crime", assinalou.

Gurgel dá apoio ao conselho.E arquiva pedido contra Eliana.

Oprocurador-geral daRepública, RobertoGurgel, afirmou on-

tem que uma eventual decisãodo Supremo Tribunal Federal(STF) de limitar os poderes doConselho Nacional de Justiça(CNJ) fará com o que o órgãode controle do Judiciário perca"a razão de ser".

Segundo ele, o conselho de-ve poder investigar juízes eservidores independentemen-te da atuação das corregedo-rias dos tribunais. Por isso, pa-ra Gurgel, qualquer cercea-mento tiraria "a razão de ser"do conselho. "Não tenho dúvi-das que sim", confirmou. "Te-remos criado um embaraçomuito grande para o cumpri-mento das atribuições doCNJ". Gurgel disse que a posi-ção do Ministério Público "é nosentido de afirmar que a atri-buição do CNJ é concorrente àdos órgãos locais".

O plenário do STF deve ana-lisar hoje o mérito de um pedi-do feito pela Associação dosM a g i s t r a d o s B r a s i l e i ro s(AMB), que contestou a com-

uma das áreas em que o CNJdeve atuar e com toda a firme-za. O teto deve ser respeitado".

Ao arquivo – Ainda ontem,Gurgel arquivou pedido de in-vestigação solicitada pelas trêsprincipais associações de juí-zes do País contra Eliana Cal-mon, corregedora do CNJ. Nofim do ano passado, a AMB, aAjufe (Associação de Juízes Fe-derais) e a Anamatra (Associa-ção dos Magistrados do Traba-lho) pediram à Procuradoria-Geral da República que apu-rasse se Eliana cometeu crimeao determinar varredura fi-nanceira de juízes e servidoresde tribunais em todo o País.

As associações ressaltaramque Eliana violou a Constitui-ção ao pedir investigação semautorização judicial, além deter passado dados para a mí-dia. No ofício, Gurgel alegouque não há indícios de crime.Segundo ele, os dados divul-gados "não contêm a identifi-cação de magistrados e servi-dores, que eventualmente rea-lizaram operações qualifica-das de atípicas". ( Fo l h a p re s s )

O teto salarial éprecisamente umadas áreas em que oCNJ deve atuar ecom toda a firmeza.O teto deve serrespeitado.

ROBER TO GUR GEL

petência do CNJ para investi-gar e punir juízes. Liminarconcedida pelo ministro Mar-co Aurélio de Mello, em de-zembro, entendeu que o conse-lho não poderia atuar antesdas corregedorias dos tribu-nais estaduais.

Gurgel também comentou ossupersalários recebidos por al-guns magistrados. Levanta-mento nas folhas de pagamen-to do Tribunal de Justiça do Riode Janeiro (TJ-RJ) revelou queos valores pagos a juízes supe-ram em mais de 25 vezes o tetoprevisto para o funcionalismopúblico. "Essa é precisamente

Desvio de precatórios no RN

OMinistério Públicodo Rio Grande doNorte, que investiga

o desvio de recursos no setorde precatórios do Tribunal deJustiça do estado, ainda nãoconseguiu calcular os valo-res, mas informações preli-minares apontam que sãomilhões de reais.

Durante a Operação Ju-das, realizada ontem, forampresos a ex-chefe do setor deprecatórios, Carla Ubaranade Araújo Leal e o maridoGeorge Luís de Araújo Leal,responsáveis pelo planeja-mento dos desvios; CláudiaSuely de Oliveira Costa, se-cretaria particular de Carla;Carlos Eduardo Palhares de

Carvalho, amigo de Carla –responsáveis pelos saques,e Pedro Luís da Silva Neto,escriturário da agência decontas públicas do Banco doBrasil, responsável por facili-tar as transações bancárias.

O delegado responsávelpela investigação, MarcusDayan, disse que Carla e omarido foram presos em Re-cife. No primeiro depoimentoà Polícia Civil, Cláudia Suelydisse que os desvios pormeio de depósitos financei-ros e resgates eram feitos se-guindo orientação de Carla,para quem ela trabalhava co-mo "secretária executiva".

A primeira medida concre-ta do TJ, após as suspeitas

de desvios de recursos, foiexonerar a servidora de car-reira Carla Ubarana. A Justi-ça também bloqueou osbens dela e do marido. Omontante não foi divulgado,mas o casal possui veículosimpor tados no va lo r deR$ 600 mil, uma mansão napraia de Baía Formosa, lito-ral Sul potiguar, e dois imó-veis no bairro de Petrópolis,uma das áreas mais valori-zadas de Natal.

O advogado Felipe Cor-tez, que já pediu a revogaçãoda prisão de Carlos Eduardoe Cláudia Suely, espera pelodepoimento de Carla e domarido para também fazer amesma solicitação. (AE)

Page 9: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

IRÃ ATÔMICO 1Teerã e ONUencer ramdiscussões' co n s t ru t i va s '

IRÃ ATÔMICO 2Inteligência dos EUAalerta para ataquesdo Irã em solonor te-americanonternacional

INVERNO BRANCO CHEGA À EUROPAAonda de frio que atin-

ge o leste europeucausou mais de 60mortes na Ucrânia,

Polônia, Romênia, Bulgária e Sér-via nos últimos dias, enquanto asprevisões meteorológicas anun-ciam que as temperaturas podemcair para mais de 30 graus centí-grados abaixo de zero.

As previsões dizem que o friovai durar até sexta-feira, e come-ça a se aproximar do oeste. NaSuíça, a sensação térmica no fimde semana ficará entre 25 a 40graus negativos.

As nevascas congelaram lagose obrigaram as autoridades a in-terromper o trânsito em estradas,fechar itinerários de trem e cance-lar voos. (Agências)

Reuters David Cerny/Reuters

Janek Skarzynski/AFP

Victor Drachev/AFP

Jane

k Sk

arzy

nski

/AFP

SÍRIA'MÁQUINA ASSASSINA' EM AÇÃO

Co m a p o i odos EstadosU n i d o s , a

Liga Árabe e o Catarpediram ontem aoConselho de Segu-rança da Organiza-ção das Nações Uni-das (ONU) que tomeprovidências ime-diatas para conter aviolência na Síria, eque dê seu aval a umplano árabe que leveao afastamento dopresidente Bashar al-Assad. Isolada, a Rússia, alia-da de Damasco, rechaçouqualquer tipo de intervençãoem um "conflito interno".

"Todos nós temos uma op-ção: ficar ao lado do povo daSíria e da região, ou nos tor-narmos cúmplices da conti-nuada violência", disse a se-cretária de Estado norte-ame-ricana, Hillary Clinton.

Já o secretário-geral da LigaÁrabe, Nabil Elaraby, pediuuma ação "rápida e decisiva",ao passo que o primeiro-mi-nistro catariano, xeique Ha-mad bin Jassim al Thani, aler-tou que "a máquina assassina(do governo sírio) continuaem funcionamento".

"Não decepcionem o povosírio no seu drama", disse Ela-raby, pedindo o apoio do Con-

selho à resolução euro-árabeque manifesta aval ao planoda Liga Árabe.

Ele disse que os países da re-gião estão tentando evitaruma intervenção militar es-trangeira na crise, que come-çou há dez meses e já resultouem milhares de mortes. O xei-que também enfatizou esseponto, e sugeriu que o Conse-lho use a pressão econômica.

"Não estamos pedindo umaintervenção militar", disse oxeique. "Estamos defendendoque se exerça uma pressão eco-nômica concreta para que o re-gime sírio possa perceber que éimperativo atender às exigên-cias do seu povo."

Rússia - A rejeição pública auma intervenção militar pare-ceu ter sido evocada para

agradar à Rússia(à esq., o presidenterusso, Dmitri Med-vedev, com Assad).O e m b a i x a d o rrusso na ONU, Vi-taly Churkin, dis-se que um consen-so é "possível e ne-c e s s á r i o " . M a sMoscou ameaçavetar uma resolu-ção que leve a umaintervenção es-trangeira nos mol-des da que ocorreu

no ano passado na Líbia.Rep ressã o - Na Síria, a vio-

lência continua. O grupo oposi-tor Comitês de CoordenaçãoLocal afirmou que as forças desegurança de Assad aumenta-ram a repressão ontem nos ar-redores da capital Damasco. Ogrupo afirma que o efetivo usa-do é "sem precedentes".

Segundo os manifestantes, alocalidade de Guta Leste, na re-gião da capital, está há quatrodias sob cerco completo de tro-pas fieis a Assad e a eletricida-de, a água e as redes de comu-nicações estão cortadas.

Na segunda-feira, o Ministé-rio do Interior sírio anunciouque a periferia de Damasco es-tava sob controle e a persegui-ção contra grupos terroristascontinuava. (Agências)

AFP

- 21/

08/0

8

Ian Simpson/EFE

Rumo às Malvinas

AMarinha do ReinoUnido enviará nospróximos meses um

de seus navios de guerra maismodernos, o HMS Dauntless(a cim a), para as ilhas Malvi-nas (ou Falklands, para osbritânicos), em uma opera-ção que Londres qualificoucomo de rotina. O anúncio le-vou a Argentina a pedir aogoverno britânico "mais di-plomacia" e "menos armas"para resolver a questão da so-berania do arquipélago.

"A Argentina rejeita a tenta-tiva britânica de militarizarum conflito sobre o qual as Na-ções Unidas já indicaram queambas nações devem resolver

em negociações bilaterais",disse a chancelaria argentina.

O vice-ministro de Rela-ções Exteriores britânico, Je-remy Browne, declarou que"a soberania das ilhas não énegociável" e afirmou que se-rão dados "os passos necessá-rios para garantir a seguran-ça" do arquipélago.

Visita real - O governo bri-tânico anunciou ainda a che-gada do príncipe William àsMalvinas. Em comunicadointitulado "Mais diplomacia,menos armas", Buenos Airesdisse que o príncipe "chegaà s i l h a s M a l v i n a s c o m omembro das forças armadasde seu país".

"O povo argentino lamentaque o herdeiro real chegue aosolo pátrio com o uniforme deconquistador e não com a sa-bedoria de estadista que tra-balha a serviço da paz e do diá-logo entre as nações", assina-lou a nota oficial.

Londres controla as ilhas –situadas a 480 quilômetros dacosta sul da Argentina - des-de 1833. Em 1982, o ReinoUnido enviou uma força na-val e milhares de soldadospara reclamar as ilhas depoisque forças argentinas as ocu-param. Cerca de 650 argenti-nos e 255 soldados britânicosmorreram no conflito que du-rou 10 semanas. (Agências)

Romney éfavorito,

mas Obamaganha.

EUA Quarta prévia partidária pa-ra escolher o rival de Bara-

ck Obama nas eleições de no-vembro e maior prêmio por ora,a Flórida votou ontem em umaetapa letal da corrida republica-na. O rastro de agressões entreos dois principais aspirantes po-de servir de munição ao presi-dente democrata.

Com 42% dos votos apurados,o ex-governador de Massachu-setts Mitt Romney (à dir.) obteve50% do total, enquanto o ex-pre-

sidente da Câmara dos Repre-sentantes Newt Gingrich alcan-çou 30% dos votos

Se o resultado for confirmado,Romney seria o primeiro aspiran-te a ter duas vitórias nas prévias,abrindo frente sobre o adversárioque prometia seguir no páreo.

Mas a troca de acusações nosdias que precederam a votaçãojá levava políticos e eleitores aprever estragos, independente-mente do resultado.

A maioria dos onipresentes

anúncios de TV e rádio insultavao caráter do rival, com Romneypintando Gingrich como antiéti-co e Gingrich retratando Romneycomo falso e inábil ao falar. Osdois se acusam de mentir.

Gingrich dirige ataques con-tra Obama e as "elites" da mídia,o que lhe angariou votos. Po-rém, os aliados de Romney têmretratado o rival como muito er-rático para ser um candidatoviável. Além disso, Romney emgeral é visto como mais prepa-

rado para discutir economia,em um momento de recupera-ção ainda tímida nos EUA.

O ex-governador, porém, temdificuldade em ganhar votos dosconservadores, por mudar suasposições sobre aborto, direitosdos homossexuais e controle dearmas, e também pelas seme-lhanças entre o sistema de saúdeque implantou em Massachu-setts e o de Obama em nível na-cional, que é bastante criticadopelos republicanos. (Ag ê n c i a s )

Brian Snyder/Reuters

Page 10: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

PESQUISAApenas 18% dospaulistanosconsideram bom otransporte em SP.

D E S A BA M E N TOOntem foramlocalizados maisrestos mortais nomeio do entulho.cidades

Transporte é ruim para 41%, diz pesquisaLevantamento anual realizado pela ANTP revela a insatisfação do paulistano com o transporte coletivo oferecido na capital paulista, seja ele ônibus, trem ou metrô.

Pesquisa divulgada on-tem pela ANTP (Asso-ciação Nacional dosTransportes Públicos)

revelou que a avaliação dotransporte coletivo em São Pau-lo piorou na opinião de seususuários: 41% afirmaram que otransporte é ruim, contra ape-nas 18% que afirmaram que ébom. Os demais não conside-ram nem bom, nem ruim.

Segundo a pesquisa, seis dosnove meios de transporte ava-liados tiveram queda nos con-ceitos "excelente/bom" de2010 para 2011, incluindo me-trô, trens e ônibus municipais.

Apenas ônibus de corredo-res da Capital,o expresso Ti-radentes e osônibus do cor-redor São Ma-te us- Ja baq ua-r a m e l h o r a-ram sua ava-liação, sendoque esse últi-mo apresen-t o u o m a i o rc re s c im e n t o :nove pontosp erce nt ua is ,p u l a n d o d e70% para 79% dos usuáriosque o consideravam "excelen-te/bom". A melhor avaliação édo expresso Tiradentes (antigofura-fila), com 81% dos usuá-rios aprovando o serviço.

Na avaliação, 48% dos entre-vistados consideraram que ometrô melhorou nos últimosanos, enquanto 27% afirmaramo mesmo sobre o trem e 16% so-bre o ônibus. No entanto, a pes-quisa apontou uma queda nostrês itens em relação a 2010,quando os resultados foram,respectivamente, 68%, 39% e29%. Para a ANTP, a queda nosnúmeros é sinal de que o usuá-rio está perdendo a sensaçãodas melhorias no transporte.

Usuá rio – A pesquisa daANTP também mostrou o perfildo usuário de transporte públi-co em São Paulo. Segundo a as-

sociação, os usuários são de to-das as classes sociais e incluemtrabalhadores, estudantes e exe-cutivos, além de moradores deoutros municípios e turistas.Entre os entrevistados, 51% sãomulheres, 82% pertencem àsclasses B e C.

I nt er ne t – De acordo com apesquisa, a renda pessoal mé-dia do passageiro é de R$ 1.110e 68% acessam a internet. 60%dos entrevistados disseramque se informam sobre o trans-porte coletivo pela televisão;25% afirmaram que usam a in-ternet para se informarem so-bre o assunto.

Em relação à viagem, os en-t re v i s t a d o sapontaram aslimitações dotransporte pú-blico como amaior fonte dei n c ô m o d o s :6 9 % a v a l i aq u e p r o b l e-mas como su-perlotação eespera ou atra-so dos meiosde transporteatrapalham oserviço. Ape-

nas 6% dos entrevistados dis-seram não se incomodaremcom nada durante a viagem.

Expl osão – Uma explosãocausada por uma falha elétricaem um trem que circulava pelaestação Praça da Árvore, na Li-nha 1 (Azul) do metrô assustouos passageiros que estavam nacomposição, causando tumul-to na estação.

Segundo a assessoria de im-prensa do Metrô, a falha ocorreuàs 15h07 e foi causada por umasobrecarga elétrica em um doscarros da composição, o queprovocou um “forte estrondo”.Os passageiros tiveram que serretirados do trem, e a circulaçãono sentido Jabaquara foi inter-rompida. Por volta de 15h15, aoperação foi normalizada, in-formou o Metrô.

De acordo com o jornalista

Eduardo Anizelli/Folhapress

Pesquisa anual da ANTP mostra que a satisfação do paulistano com o transporte coletivo piorou. Superlotação e atrasos são maiores queixas.

Motoristas e cobradores paralisaram ontem de madrugada. De manhã, longas filas nos pontos de ônibus.

Helvio Romero/AELeandro Rodrigues, de 24 anos,que estava na estação no mo-mento da explosão, os passa-geiros se assustaram e acredita-vam que uma bomba havia ex-plodido no trem. “Era muita fu-maça. Pessoas passando mal,muito assustadas, com medo,ligando para os familiares e di-zendo que uma bomba haviaexplodido”, afirmou.

Greve – Motoristas e cobra-dores de ônibus da Capital fi-zeram uma paralisação no co-meço da manhã de ontem, pre-judicando mais de dois mi-lhões de passageiros.

O Sindicato dos Motoristasafirma que o ato foi um protestocontra as multas aplicadas pelaPrefeitura nas empresas de ôni-bus por falta de qualidade deserviço e que depois são descon-tadas dos salários dos trabalha-d o re s . (Agências)

Era muita fumaça.Pessoas passandomal, muitoassustadas, commedo, ligando paraos familiares.

LEANDR O RODRIGUES, SOBRE A

E X P LO S Ã O NO METRÔ

Wilton Junior/AE

Celebração para as vítimas do desabamento de três prédios foi realizada ontem, na Câmara Municipal do Rio

Rio: missa em homenagem aos mortos

Mais dois pedaços decorpos foram encon-trados no depósito

no município de Duque de Ca-xias, na Baixada Fluminense,para onde estão sendo levadosos destroços dos desabamen-tos de três prédios na AvenidaTreze de Maio, no Centro doRio. De acordo com o Corpo deBombeiros, 10 restos mortaisnão identificados já foram en-contrados no local.

A Associação das Vítimas da13 de Maio reclama que houvepressa da Prefeitura em limparo local da tragédia. "Deviamter feito uma busca minuciosapara permitir que as pessoasencontrassem seus entes que-ridos em melhor estado", afir-mou a advogada da entidade,Simone Argolo Andrews.

As partes de corpos encon-

tradas foram encaminhadaspara o Instituto Médico Legal.No caso da impossibilidadeidentificação pela impressãodigital ou arcada dentária, osfragmentos de ossos e dentesserão submetidos a exames deDNA. Com o reconhecimentodos corpos de Daniel de SouzaJorge Amaral, de 26 anos, e Mi-riene Lopes dos Santos, de 66,agora já são 15 corpos reconhe-cidos dos 17 resgatados nos es-combros. Cinco pessoas aindaestão desaparecidas.

I n v es t i g a ç ã o – A investiga-ção da Polícia do Rio sobre acausa do desabamento estáconcentrada na obra que a em-presa Tecnologia Organizacio-nal (TO) realizava no 9º andardo Edifício Liberdade.

Sócio da firma de traduçõesPrimacy Translations, Victor

Nogueira afirmou em depoi-mento que uma reunião foi in-terrompida em seu escritóriopor um barulho parecido como som do impacto de uma má-quina pesada, por volta das19h30. A empresa funcionavano 8º andar.

Missa – O arcebispo do Rio,Dom Orani João Tempesta, ce-lebrou uma missa em homena-gem às vítimas no salão nobreda Câmara dos Vereadores.Antes da cerimônia, Vera Lú-cia Guitahy, mãe de BrunoGuitahy, de 25 anos, emocio-nou ao falar sobre a esperançade ver o filho vivo. "Meu senti-mento de mãe acredita queainda há possibilidade de en-contrar ele com vida", afirmouVera. Durante a celebração, elapassou mal e foi levada para ohospital. (AE)

Ó RBITA

ACIDENTE NOS EUA

Familiares e amigos dosbrasileiros envolvidos em

um acidente de trânsito nosEstados Unidos vão pedir aogoverno federal que ajudeno transporte dos corpos.Cinco brasileiros da mesmafamília morreram e diversosficaram feridos no acidente,no domingo. Ontem haveriaum encontro dos familiarescom representantes doconsulado do Brasil.( Fo l h a p re s s )

ALAGAMENTO – Os bairros do Pari e Bom Retiro ficaram com a abastecimento de água interrompidoontem de manhã devido ao rompimento de uma tubulação da Sabesp. O problema inundou a avenidado Estado e a rua São Caetano, que tiveram o tráfego interrompido.

B U E I ROS

A prefeitura do Rioidentificou mais dez

bueiros com alto risco deexplosão durante vistoria feitaontem. Anteontem, umapessoa morreu após explosãoem um bueiro no porto.

Os bueiros passaram a serfiscalizados em agosto do anopassado. Até o momento, foramencontrados 302 instalaçõescom alto risco de explosão.

Em todos os casos, oprotocolo de emergência foiacionado, com a comunicaçãoimediata ao Centro deOperações Rio e asconcessionárias Light e CEG.Os tampões foram isolados esinalizados para reparoimediato pelasconcessionárias. ( Ag ê n c i a s )

CA R N AVA L

A Justiça do Riodeterminou que o TCM

(Tribunal de Contas doMunicípio) devolva osquatro camarotes a que teriadireito nos desfiles dasescolas de samba do Rio.

O tribunal é responsávelpela fiscalização do contratopara a organização docarnaval com as escolas desamba. Em seu pedido, apromotora Gláucia Santana,da 5ª Promotoria de Defesada Cidadania, alega que,apesar do Ministério Públicoter encontrado váriasirregularidades na prestaçãode contas das escolas, o TCMnão encontrou nada errado.O TCM nega qualquerir regular idade. ( Fo l h a p re s s )

Adriano Lima/AE

Page 11: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

3setor

º

Das ruaspara a piscinaProjeto tira crianças ejovens das ruas e levapara as piscinas paraensinar polo aquático. Éo Oficina na Piscina, quejá atendeu 3,5 milpessoas em quatro anose revelou mais de 20atletas que hoje atuamem clubes de renome eparticipam decampeonatos nacionais.

Fotos: Satiro Sodré e Luiz Frota/Divulgação

Atletas do Projeto Oficina na Piscina durante jogo de polo aquático: 22 jovens já estão federados e defendem clubes paulistas em competições

Erik Seegerer é oidealizador doprojeto. Ele jádefendeu a seleçãobrasileira.

Crianças e adolescentes atendidos pelo projeto

Kelly Ferreira

Embora não seja um es-porte muito popularentre os brasileiros,apesar de ser tradicio-

nal e bem conhecido interna-cionalmente, o polo aquáticoganha força e está transforman-do a vida de meninos e meninasna capital paulista. O projetosocial Oficina na Piscina, reali-zado pelo Instituto para o De-senvolvimento Sociocultural eAmbiental, já atendeu 3, 5 miljovens em seus quatro anos deexistência. Vinte destes atletasconquistaram vagas em conhe-cidos clubes particulares, setornaram federados e dispu-tam campeonatos.

O atleta Messias Camilo temsomente 16 anos, mas já cons-truiu uma história de amorcom o polo aquático. Penúlti-mo filho em uma família de 15irmãos e morador da periferia,encontrou no esporte um bommotivo para se desviar da cri-minalidade. "Foi no polo aquá-tico que encontrei a chance deter uma vida digna, longe dascoisas ruins que cercam os jo-vens. Juntei duas coisas quegosto de fazer: nadar e jogarbola", explicou o adolescente.

Messias, que chegou ao pro-jeto há quatro anos para se di-vertir, faz carreira no esporte ealmeja seguir em frente e alcan-çar voos maiores. "Treino muitotodos os dias para chegar à se-leção brasileira e participar deuma Olimpíada. Quero fazercarreira no esporte e ajudar aminha família financeiramen-

te", disse. Os atletas federadosrepresentam os times em cam-peonatos nacionais.

Empenho – Assim comoMessias, outros 22 jovens doprojeto estão ligado à federaçãoque representa o polo aquático,defendendo clubes paulistasimportantes, como o Pinheiros.Entre os motivos para este reco-

nhecimento, segundo o ideali-zador do projeto, Erik Seegerer,estão a seriedade e o empenhodos alunos. "O projeto ofereceum vínculo que, muitas vezes,protege os meninos de coisasnada saudáveis, como as dro-gas. Eles se agarram a isso e o re-sultado não poderia ser outro anão ser o reconhecimento", ex-

plica o atleta pan-americano, defen-sor da seleção brasi-leira por 15 anos.

O Oficina na Pis-cina conta com oapoio da Secretariade Esportes, Lazer eRecreação da cida-de de São Paulo, eatende 1,2 mil jo-vens todos os anos."Queremos incenti-var cada vez maiscrianças à praticaesportiva. No anopassado, visitamos

mais de 30 de escolas públicaspara divulgar o projeto. Cercade 3,5 mil alunos receberam in-formações sobre o polo aquáti-co", contou Seegerer.

Instrumento de inclusão so-cial, o projeto dissemina umadas modalidades considera-das mais elitizadas. Seegererdefende o polo aquático comoum esporte que pode benefi-ciar a sociedade. "Atualmente,o polo aquático é uma realida-de em regiões de baixo poderaquisitivo. Por meio do espor-te ensinamos fundamentoseducacionais e éticos. Os re-sultados comprovam que o es-porte é uma das melhores al-ternativas para a formação deum indivíduo", afirma.

Projeto - Inserido no pro-grama Clube Escola da Secre-taria Municipal de Esportes,Lazer e Recreação, o Oficina naPiscina usa o polo aquático co-mo ferramenta para a educa-ção. As aulas são oferecidas aalunos entre 10 e 16 anos, pre-ferencialmente matriculadosem escolas públicas do entor-no dos clubes. E o melhor: nãoé preciso saber nadar. As aulasde natação estão incluídas.

"Encaramos o projeto comouma escola, ou seja, um con-texto com uma filosofia, um es-paço para manter princípios ecentrar as ações e escolhas emtorno de um projeto políticopedagógico. Já as piscinas se-riam as salas de aula, um espa-ço facilitador para a aprendi-zagem", disse o idealizador.

Para manter o projeto, queministra nove mil horas de ofi-cina por ano, a equipe conta comum coordenador-geral, uma co-ordenadora pedagógica, duaspsicólogas, três coordenadores

técnicos, 17 professores, 20 esta-giários de educação física e umassistente administrativo.

No ano passado, o projeto,recebeu o apoio do EsporteClube Pinheiros, A Hebraica,Instituto Sedes, Rede EsportePela Mudança Social (Rems) edas empresas Machado Asso-ciados, CDI ComunicaçãoCorporativa, Tok Take, VivaSucos, Gatorade e TurnerImagem e Comunicação. Pa-ra se inscrever no projeto bas-ta acessar o site www.oficina-napiscina.com.br

Pu l s e i racontra aviolência

Danilo Borges/Divulgação

A atriz Fernanda Machadocom a Pulseira da Atitude

A a t r i z F e r-nanda Ma-chado ade-

riu à campanha Fa l esem Medo – Não àViolência Domésti-c a , d o I n s t i t u t oAvon, e posou coma pulseira que arre-cada fundos paraa p o i a r p r o j e t o sc o m p r o m e t i d o scom o fim da vio-lência doméstica.

Pesquisa realiza-da pelo instituto,em 2011, mostra que 6 emcada 10 brasileiros conhe-cem alguma mulher que so-freu violência doméstica.Embora os números sejamalarmantes, é possível preve-nir. Por isto com os recursosarrecadados com a venda deprodutos vendidos pelos li-vros da Avon, o instituto tempromovido cartilhas, vídeos

e seminários com informa-ções sobre o tema.

A Pulseira da Atitude, ba-nhada em prata, com deta-lhes em azul e o símbolo doinfinito custa R$ 13. Ao com-prar o produto, serão doadosR$ 3,40 ao Instituto Avon. Odinheiro será investido emprojetos pelo combate daviolência doméstica.

É hora de doar sangue

ADrogaria São Paulodeu início à 10ª ediçãoda Campanha de

Doação de Sangue, cujo temaé Tô Dentro. Solidariedade: leveessa ideia no peito. Durante osmeses de férias e também noCarnaval, os estoques dosbancos de sangue caemaproximadamente 30%.Por isso, a rede realiza, até opróximo dia 29, uma intensacampanha para conquistarnovos voluntários.

No ano passado, a empresamobilizou cerca de 50% doseu quadro funcional, numgesto que, estima-se, ajudou a

salvar em torno de 15,8 milvidas. Neste ano, a meta éultrapassar a marca das 3.968doações feitas em 2011. Acada doação, até quatro vidaspodem ser salvas.

Os doadores devem estardentro do perfil estabelecidopelo Ministério da Saúde epodem escolher o local maispróximo para doar. Naempresa, o funcionário, alémde ter o direito a um dia defolga, previsto em lei, ganhaum dia a mais nas férias.Informações no sitewww.prosangue.sp.gov.br ouno telefone 0800 55 0300.

Informática na maturidade

Pelo terceiro ano seguido,a Fundação SérgioContente – Idepac

oferece o Curso de Informáticapara a Maturidade. As inscriçõesacontecem sexta-feira, às 14h,na rua Visconde de Itaboraí, 443,no Tatuapé. As vagas são parapessoas com mais de 60 anos.Os alunos receberãogratuitamente material didático,uniforme e lanche. As turmas,com média de 35 alunos, serão

formadas de acordo com onúmero de inscritos, apóstriagem a partir de critérioscomo idade e formação escolar.

O curso tem duração de trêsmeses e as aulas são duas vezespor semana, com assuntoscomo mensagens instantâneas,Orkut, Facebook, Twitter,YouTube e de gerenciamentode e-mails. Mais informações no(www.fundac aosergio-co nte nte. co m . b r )

HospitalSabará abre

inscrições paravoluntár ios

AFundação HospitalInfantil Sabará estálançando programa

para pessoas interessadas emrealizar trabalho voluntárioem suas dependências.Os interessados devemse inscrever no sitewww.sabara.com.br eresponder a um questionárioprévio. Depois disso, serãochamados para entrevista etreinamento, para atuar emáreas distintas, desde serviçosde acolhimento a pacientes efamiliares a pronto-socorro,internação e brinquedotecas.O programa tem consultoria daAssociação Viva e Deixe Viver.

O Sabará nasceu no iníciodos anos 60 pelas mãos de umgrupo de médicos pediatras efoi o primeiro hospital ainaugurar uma UTI pediátrica,em 1974. Desde 2010, ohospital atende na AvenidaAngélica, 1.987, em um novoprédio de 17 andares.

Prêmio paraagentes

jovens dec u l t u ra

As inscrições para oPrêmio Agente Jovemde Cultura foram

prorrogadas até o dia 29,permitindo participação deum maior número deinteressados. O Agente Jovemde Cultura vai reconhecer500 jovens, entre 15 e 29 anos,em todo o Brasil, que atuame trabalham em suascomunidades com açõesculturais nas categorias decomunicação, articulação emobilização cultural; culturae tecnologia; pesquisa, acervoe diálogos intergeracionais;formação cultural; produção eexpressão artística e cultural,entre outros.

Ao todo, serão investidosR$ 5 milhões para concessãode prêmios, de R$ 9 mil, paracada iniciativa selecionada. Oprêmio é desenvolvido peloMinistério da Cultura e maisinformações estão no sitew w w. c u l t u ra . g ov. b r / c u l t u rav i va .

1,2 MIL JOVENSSão atendidos todos os anos pelo

projeto, que tem o poio da Secretariade Esportes, Lazer e Recreação.

Page 12: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 201212 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

��

��

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

I NTERNET

Cataratas do Iguaçu no Google

E S P E

TA C U

L O

Espetáculo multimídia 'Nise da Silveira –Senhora das Imagens' mistura teatro,dança, canto, projeção de imagens e

pantomima. Teatro Eva Herz.Livraria Cultura. Conjunto Nacional.Avenida Paulista, 2.073, 21h. R$ 50.

M EGAUPLOAD

Dados não podemser deletados

A Carpathia Hostingsinformou em nota que "não temnem nunca teve acesso aosconteúdos dos servidores doMegaupload". A companhia foiapontada pela Procuradoria dosEUA como uma das contratadaspelo site de armazenamentopara alugar servidores. Aprocuradoria teria informadoque deu permissão à Carpathia ea outra empresa para apagaremtodos os arquivos e dados doMegaupload. A Carpathiainformou que não tem acesso aoconteúdo de seus clientes.Muitos consumidores usavam oMegaupload para guardar fotosde famíliae materiais pessoais.

P RIVACIDADE

Google diz queprotegerá dados

O Google garantiu ontem quese comprometerá a proteger osdados pessoais dos usuários,depois de um pedido deparlamentares americanos paraque a empresa explicasse aoCongresso a nova regra deconfidencialidade apresentada nasemana passada. A proposta éque uma única regra passe a regero conjunto de produtos Google,como o e-mail Gmail, YouTube ePicasa. As modificações doGoogle acontecem nummomento em que a questão daconfidencialidade na internet émuito sensível para autoridadesde regulação do mundo todo.

A MAZÔNIA

Novas imagens de tribo isolada

Aorganização am-biental SurvivalInternational di-v u l g o u o n t e m

imagens inéditas que mos-tram, de perto, índios isola-dos da etnia Mashco-Piro quevivem no Parque Nacional deManú, localizado dentro daAmazônia, no Peru. As fotosmostram uma família da et-nia e foram registradas entreagosto e novembro de 2011.Não houve contato dos fotó-grafos com os índios, segun-do a ONG.

Os Mashco-Piro foram des-cobertos há aproximadamentedois anos e são uma das cercade cem tribos isoladas conheci-das atualmente em todo omundo. Segundo a Survival,está cada vez mais difícil vi-sualizar membros da tribo,pois a atividade de madeirei-ras e petroleiras na região emque vivem fazem com que elesse escondam na mata fechada.

AFP

SEM PRIVILÉGIOS? - Imagem postada no Facebook pelo partido Liberdade e

Solidariedade (SAS), da Eslováquia, mostra 17 de seus parlamentares nus sob os

dizeres em campanha pela manutenção da imunidade judicial parlamentar.

A TÉ LOGO

Cargueiro naufraga no Mar Negro turco; 10 marinheiros desapareceram

Mulheres e jovens britânicos não se sentem representados na TV, diz BBC

Ator americano Sean Penn é nomeado embaixador itinerante do Haiti

Os 470 anos do descobrimento dasCataratas do Iguaçu pelo espanhol ÁlvarNúñez Cabeza de Vaca foram lembrados

ontem no "doodle" do Google. O logotipoda página do buscador no Brasil foisubstituído pela imagem acima, do

explorador observando as quedas d´água.

L OTERIAS

Concurso 1042 da DUPLA-SENA

Segundo sorteio10 11 26 33 35 49

Concurso 2812 da QUINA

50 54 63 79 80

L ONDRES 2012

Londrinos reprovam Cristo RedentorA intenção da Embratur de

instalar uma réplica temporária doCristo Redentor, com 40 metros dealtura, perto do topo do PrimroseHill, em Londres, deixou muitosmoradores furiosos. A réplica fazparte do pacote de atividadespromocionais do Brasil destinadasa divulgar a Olimpíada do Rio, em2016, na cidade-sede dos jogos de2012. Primrose Hill é um bairro queabriga influentes parlamentares deoposição, e também escritores,

atores e modelos. Alguns moradoressão favoráveis à instalação daestátua no morro, que tem vistapanorâmica para a capital britânica,mas outros prometem lutar contraisso. "É um lugar muito especial, elenão precisa de nenhuma construçãopor cima. Vai ter briga", disseMalcolm Kafetz, presidente daentidade Amigos de Primrose Hill,que tem 1.100 associados. AEmbratur declarou apenas que sesurpreendeu com a notícia.

Diego Cortijo/Survival/AFP

Primeiro sorteio04 14 21 32 41 45

DINOSSAUROSURBANOS

O artista Andy Council criaimagens de dinossaurosextremamente detalhadas tendocomo ponto de partida algunselementos das paisagens doscentros urbanos modernos.Edifícios, estradas, torres, pontes,igrejas, trens, carros emonumentos entram nacomposição das ilustrações. Oresultado é bonito e inusitado.

http://andycouncil.blogspot.com/

MODAMuseu conta

4 mil anosde história

Um acervo com 150 peçasque contam 4 mil anos da

história da moda pode serconhecido em Canela (RS). OMuseu da Moda de Canela é umempreendimento da estilista MilkaWolff. Com 56 anos de profissão, aestilista recriou alguns dosmodelos mais emblemáticos dahistória da moda que agora estãoreunidos em um edifício de maisde 3 mil metros quadrados. Oespaço é ocupado por 19 vitrinestemáticas que abrangem váriosperíodos históricos – Antiguidade,Idade Média, Iluminismo,Renascença, Era Napoleônica,Rainhas da França, Belle Époque,Avant Garde, século XX e século

XXI. Além disso, há um espaçoexclusivo dedicado a vestidos de LadyDiana que Milka adquiriu em leilões.O museu conta ainda com café, lojae auditório para exibição de vídeos.(Reportagem: Fafá Lourenço)

w w w. m u s e u d a m o d a d e c a n e l a . c o m . b r

Museu teráexposições

temporárias

Investimentono projeto foi

de cerca deR$ 6 milhões

´w

ww

.dco

mer

cio.

com

.br

Fotos: Divulgação

Page 13: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

BOLSA NO TOPO DOS INVESTIMENTOS

Melhora dohumor em

relação à criseinternacional

refletiu na alta.Por outro lado,

fundos cambiaisdesabaram emjaneiro, com o

real valorizado.

Depois de encerrar2011 na lanterna,c o m q u e d a d e18,11%, a bolsa foi a

melhor aplicação no primeiromês deste ano. A alta foi de11,13%, segundo ranking ela-borado pelo administrador deinvestimentos Fabio Colom-bo. Janeiro foi um mês em quechegaram notícias boas dospaíses que atravessam criseseconômicas, e isto refletiu naalta das bolsas mundiais, in-clusive a brasileira. "Em razãoda forte alta vista em janeiro, arecomendação é de venda gra-dativa e parcial da carteira deações", afirmou Colombo.

Por outro lado, a melhora dohumor em relação à crise inter-nacional valorizou o real, e osrendimentos dos fundos cam-

biais desabaram. Aplicaçõesatreladas ao dólar tiverammaior queda, 6,53%, enquantofundos de euro caíram 5,71%.Como o cenário também podemudar, o administrador reco-menda manter aplicações delongo prazo na cesta de inves-timentos, como segurança.

Segundo Colombo, os inves-tidores se animaram com a de-c isão do Federal Reserve(FED) de manter o juro baixoaté 2014, e com a perspectivados Estados Unidos voltar acrescer. Depois, o mercado rea-giu positivamente à reduçãodo custo de mercado das dívi-das da Itália e da Espanha.

Internamente, o que trouxebom humor aos investidoresbrasileiros foi a indicação doComitê de Política Monetária(Copom) de que a taxa básicade juros (Selic) será reduzidaao patamar de um dígito até o

final deste ano. No mês passa-do, o comitê baixou a taxa de11% para 10,5% ao ano.

Como administrar — Emmeio ao cenário otimista, a vo-latilidade pode voltar à bolsa,alerta Colombo. Para se teruma ideia, sua projeção para oIbovespa, principal indicador

do mercado brasileiro, para ospróximos 12 meses, é de máxi-ma de 124 mil pontos (alta de98%), mínima de 52 mil pontos(queda de 17%), e média de 73mil pontos (alta de 16%).

Ele recomenda acompanharos desdobramentos do acordosobre dívida na Grécia, evolu-

ção dos custos de rolagem dasdívidas da Itália e da Espanha eprojeções e dados reais de cres-cimento das economias deChina, Estados Unidos, Euro-pa e Japão. No Brasil, é impor-tante observar como evolui ainflação, que ainda preocupa.

A pressão nos preços fez dostítulos do Tesouro Nacional,indexados ao Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA)o segundo investimento maisrentável, com ganhos de 0,75%a 1,05%. Eles continuam sendorecomendados, pois pagam de5% a 5,5% ao ano mais IPCA.

A rentabilidade desta apli-cação foi parecida com fundosRenda Fixa, que pagaram0,70% a 1% no mês passado, ebateram os fundos DI, que ren-deram menos que 1%. "Estaaplicação teve rendimento realbruto prejudicado com a infla-ção pressionada, para em tor-

no de 4% a 5% ao ano. A pers-pectiva para fevereiro é que ofundo DI ofereça rendimentoreal bruto de 0,55% a 0,85% aoano." Ainda assim, Colombodiz que a aplicação é boa parainvestidores conservadores.

De um mês para outro, o ou-ro saiu do topo do ranking aorender 0,63%. A aplicação é re-comendada para diversifica-ção da carteira dos conserva-dores. A desaceleração do Ín-dice Geral de Preços — Merca-d o ( I G P - M ) e m j a n e i r o ,quando fechou a 0,25%, enco-lheu o rendimento dos títulosdo Tesouro Nacional, que fi-cou entre 0,45% e 0,75%.

Por último, a poupança teverendimento líquido de 0,59%em janeiro e, com a queda daSelic, voltou a interessar aos in-vestidores sem acesso a fundosque cobram taxa de adminis-tração anual menor que 2,5%.

Ataques de hackers a bancos continuamque, no período, o número deacessos ao site chegou a 100%da capacidade total, númeroque normalmente é de 10%. "Obanco tem diversos softwaresinstalados para prevenir essa

Cumprindo o "prometi-do" em seu perfil noTwitter, os hackers bra-

sileiros do grupo Anonymousafirmaram ter realizado ontemum novo ataque a instituiçõesbancárias. O site do banco Bra-desco teria sido alvo da ação de"protesto contra a corrupção"feita pelo grupo. Na segunda-feira, a página do Itaú foi a pri-meira a sofrer o ataque, e ficoufora do ar por alguns minutos.

Por volta de 10h da manhãde ontem, o site do Bradesco fi-cou indisponível por mais dedez minutos. O ataque duroucerca de duas horas, e gerouuma lentidão "forte" na página

inicial do site. Segundo o dire-tor vice-presidente do Brades-co, Aurelio Conrado Boni, osistema de dados "não sofreuataques e está protegido".

O executivo disse também

quantidade de acessos. Um de-les identifica o endereço de ori-gem e o tira do ar. Nós desati-vamos alguns, e a página do in-ternet banking voltou", afir-mou, durante apresentação

dos resultados de 2011.O Bradesco afirmou ainda

estar preparado para suportaraté 50% mais de acessos, com acanalização feita por três ope-radoras diferentes. Atualmen-

te, a quantidade de transaçõespelo internet banking é de 5milhões/dia, incluindo extra-tos, saldos e agendamentos.

Os hackers brasileiros doAnonymous, que prometematacar a página de um bancobrasileiro por dia nesta sema-na, de acordo com as redes so-ciais, têm como alvo hoje oBanco do Brasil. Na quinta-fei-ra é a vez da Caixa. Na sexta, oalvo seria o Santander, mas opresidente, Marcial Portela,disse ontem à imprensa que "obanco vem monitorando e re-forçando seu site desde sema-na passada, devido às ameaçasde ataques". (RT com Agências)

Brasil é alvode crimescib ernéticos,diz estudo

No meio do fogo cruzadodos hackers, uma notícia

alarmante: estudo do centrobelga de pesquisas SecurityDefense Agenda (SDA) e daempresa de antivírus McAfeeaponta que o Brasil é um dospaíses menos preparados paraataques cibernéticos, em umranking de 23 nações. Dos

países analisados, nenhumconseguiu nota máxima (5),que é o de "prontidão total".

O Brasil teve nota 2,5, ao ladode Índia e Romênia, à frenteapenas do México. Os maisbem-colocados são Israel,Finlândia e Suécia, com nota4,5. No capítulo sobre o País,além de dizer que aqui a

infraestrutura e a tecnologia(de segurança cibernética)"tendem à desatualização",destaca-se ainda que a falta delegislação para combater essescrimes "constituem o calcanharde Aquiles do Brasil, ondeciberataques contra usuáriosde sites de bancos estão acimada média mundial." ( Ag ê n c i a s )

O otimismo dosinvestidoresbrasileirosvoltou, após aindicação doCopom de quea taxa básicade juros (Selic)deve chegar aopatamar de umdígito este ano.

Lucro líquido do Bradesco cresce 10%

Crédito impulsiona ganho do Santander

Rejane Tamoto

Yasuyoshi Chiba/AFP Photo

O Bradesco encerrou 2011 comlucro líquido de R$11,028 bi-lhões, número 10% superior ao

ano anterior, e o terceiro maior da histó-ria dos bancos brasileiros de capitalaberto, aponta levantamento da con-sultoria Economatica. O Itaú Unibanco,que ainda não divulgou o seu resultado,aparece na primeira colocação, com lu-cro líquido de R$ 11,708 bilhões apura-do em 2010. Já o Banco do Brasil lucrouR$ 11,296 bilhões, e aparece como o se-gundo a obter melhor resultado.

Em 2011, o Bradesco teve aumento dedespesas por investimentos na expan-são de pontos de atendimento e contra-tações. Por outro lado, receitas com cré-dito, cartões de crédito e seguros puxa-

ram o ganho para cima. Entre eles, admi-nistração de consórcios (alta de 21,7%),rendas de cartão (21,3%) e conta-cor-rente (18%). Em seguros, os destaquesforam vida e previdência (23,8%), capi-talização (22,7%) e saúde (22%).

Para 2012, a perspectiva é de acelera-ção da economia no segundo semestre.A projeção de alta na carteira de créditoé de 18% a 22%, e aumento nas conces-sões de 23% a 27% para micro, peque-nas e médias empresas. De acordo como banco, a estratégia para aumentar ocrédito será reforçar a base de clientes.

Despesas — No quarto trimestre de2011, o Bradesco lucrou R$ 2,726 bi-lhões, queda de 3,2% sobre o terceiro tri-mestre. Os ativos totais encerraram o

ano em R$ 761,5 bilhões, alta de 19,5%em relação a 2010. O patrimônio líquidofoi de R$ 55,582 bilhões. O diretor-pre-sidente e membro do conselho do Bra-desco, Luiz Carlos Trabuco, disse que oretorno sobre o patrimônio líquido de21% "estava dentro das expectativas efoi positivo", considerando investimen-tos em infraestrutura para crescimentoorgânico, de R$ 700 milhões.

Em 2011, a carteira total de crédito foiR$ 345,724 bilhões. O destaque foi ocrescimento da participação de 22% demicro, pequenas e médias empresas, se-guido por grandes empresas (18,6%) epessoas físicas (10,6%). O índice de ina-dimplência total (superior a 90 dias) foide 3,9%, ante 3,6% em 2010. (RT )

O banco Santander Brasilanunciou ontem que seu lucro

líquido foi de R$ 7,755 bilhões em2011, número 5,1% maior do que osR$ 7,382 registrados em 2010(padrão IRFS). No quarto trimestre, obanco somou R$ 1,799 bilhão, umaqueda de 0,2% frente ao trimestreanterior. No padrão contábil Br GAAP,o ganho líquido foi R$ 3,557 bilhõesem 2011, ou uma queda de 7,9%.

A carteira de crédito total ficou emR$ 194,184 bilhões no fechamentode 2011, alta de 20,9% em 12 meses,e de 5,1% comparado ao trimestreanterior, segundo o padrão IFRS. Osegmento pessoa física cresceu24,4% em 12 meses, e 5,4% notrimestre. Segundo o Santander, osprodutos com mais destaque foramcartões e crédito imobiliário.

O índice de inadimplência (carteira

vencida há mais de 90 dias, maiscréditos normais com alto risco deinadimplência) atingiu 6,7% noquarto trimestre, mantendo-seestável em comparação ao anterior.Quanto ao mesmo período de 2010,a alta foi de 0,9 ponto percentual,puxado por pessoa física, que tevealta de 1,4 ponto percentual. Jácarteira pessoa jurídica teve alta de0,4 ponto percentual. (Ag ê n c i a s )

Page 14: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

Page 15: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Vamos voltar para a era de um dígito, com taxas de juros de um dígito e de desemprego em um dígito.Sérgio Mendonça, do Dieeseeconomia

Desemprego cai e fecha 2011 em 10,5%O total de desocupados na região metropolitana de São Paulo, em dezembro do ano passado, ficou abaixo de 1 milhão pela primeira vez desde janeiro de 1995.

Ataxa média de de-semprego no Paíscaiu em 2011, aopassar de 11,9%, em

2010, para 10,5% no ano passa-do. As informações são da Pes-quisa de Emprego e Desempre-go (PED), realizada pela Funda-ção Sistema Estadual de Análisede Dados (Seade) e pelo Depar-tamento Intersindical de Esta-tística e Estudos Socioeconômi-cos (Dieese) em sete regiões me-tropolitanas – Belo Horizonte,Fortaleza, Porto Alegre, Recife,Salvador, São Paulo e DistritoFederal – e divulgada ontem.

Em dezembro, a taxa re-cuou para 9,1%, ante 9,7% emnovembro. Esta é menor taxaverificada desde o início dasérie histórica.

Também em dezembro, havia2,020 milhões de pessoas de-sempregadas no País, 142 mil amenos do que em novembro.

O número total de desocu-pados na região metropolitanade São Paulo ficou em dezem-bro abaixo de 1 milhão pelaprimeira vez desde janeiro de1995, quando era de 961 milpessoas. Ao fim do ano passa-do, eram 968 mil desemprega-dos na região, 58 mil a menosque em novembro.

A taxa registrada em SãoPaulo caiu de 9,5%, em novem-bro, para 9%, em dezembro,quarta queda consecutiva e omenor número registrado dasérie histórica.

Um dígito – A taxa de de-semprego nas sete regiões me-tropolitanas consultadas naPED deve chegar a um dígitoneste ano. A previsão foi dadaontem pelo coordenador daFundação Seade, AlexandreLoloian, e pelo economista do

Dieese, Sérgio Mendonça. "Va-mos voltar para a era de um dí-gito, com taxas de juros de umdígito e de desemprego em umdígito", afirmou Mendonça,durante a divulgação dos re-sultados da (PED) em dezem-bro e no acumulado de 2011.

O economista do Dieese afir-mou, porém, que as taxas de de-socupação devem subir no pri-meiro trimestre de 2012, por ra-zões sazonais, mas devem vol-tar a cair ao longo de todo o ano."Essa previsão de desempregode um dígito é bem consistente",diz. De acordo com Mendonça,esse cenário só poderá mudarem caso de uma crise bancáriana Europa ou na China. "O Paísdeve crescer entre 3% e 4% nesteano e com a População Econo-micamente Ativa (PEA) cres-cendo pouco, como ocorreu em2011 (0,5%), não é difícil que te-nhamos um desemprego de umdígito ao fim de 2012", afirmou.

R e nd i m e n to – Em novem-bro, o rendimento médio realdos ocupados (descontada ainflação) cresceu 0,7% no País,ficando em R$ 1.443. Já o dosassalariados apresentou altade 1,4%, para R$ 1.506.

Esta é a terceira alta no ren-dimento consecutiva (após oi-to quedas e estabilidade nosmeses de julho e agosto).

Nos últimos 12 meses, o ren-dimento médio dos ocupadosapresentou alta de 0,2% (paraR$ 1.412), enquanto o dos assa-lariados recuou 0,2% (paraR$ 1.467). O rendimento real foifortemente impactado pela in-flação de 2011 – de 6,5%, segun-do o Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) –,apontou Alexandre Loloian, co-ordenador da Seade. (Agências)

Evandro Monteiro/Hype

Em dezembro, havia 2,020 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, 142 mil a menos do que em novembro, segundo dados do Dieese.

Zona do euro tem recorde negativoEnquanto no Brasil uma

taxa de desempregode 10,5% no encerra-

mento de 2011 é comemora-da como positiva, na Europao índice de desemprego de10,4% no ano passado, nas17 nações da zona do euro, éum novo recorde negativo ep r e o c u p a n t e.

De acordo com dados pu-blicados ontem pela agênciade estatísticas oficial Euros-tat, cerca de 16,5 milhões depessoas estavam desempre-gadas no fim do ano passadona zona do euro – uma alta de751 mil pessoas em relaçãoao fim de 2010.

A taxa subiu de forma regu-

lar em 2011, com a estagna-ção do crescimento e a possi-bilidade de uma recessão. Opaís com a taxa de desempre-go mais alta continua sendo aEspanha (22,9%), seguida pe-la Grécia (19,2%). Já a Áustriatem o índice mais baixo, de4,1% de desempregados.

Considerando os 27 países

membros da União Europeia(UE), a taxa de desemprego fi-cou em 9,9% em dezembro. Oindicador vem aumentandodesde 2008 (7,1%), alcançan-do cerca de 23,6 milhões depessoas. Economistas dizemque a taxa da UE pode alcan-çar 11% até meados destea n o. (Folhapress)

Setor de serviços puxou empregosOsetor de serviços foi o

grande responsável pelacriação de postos de tra-

balho em 2011 nas sete capitaisbrasileiras acompanhadas naPesquisa de Emprego e Desem-prego (PED), divulgada ontem pe-la Fundação Sistema Estadual deAnálise de Dados (Seade) e peloDepartamento Intersindical de Es-tatística e Estudos Socioeconômi-cos (Dieese). Nesse setor, foramgeradas 272 mil vagas no ano pas-sado, alta de 2,6% ante 2010, deum total de 407 mil vagas nas re-giões pesquisadas.

Em dezembro de 2011 anteigual mês de 2010, serviços foi aatividade que apresentou maioraumento no número de pessoas

ocupadas (2,1%), ou 229 mil no-vas vagas. Em relação a novem-bro, a alta foi de 0,9%, o que sig-nifica 99 mil postos de trabalho amais. "Os serviços têm compen-sado os movimentos menos di-nâmicos da indústria em termosde criação de empregos", expli-cou o coordenador da FundaçãoSeade, Alexandre Loloian.

A indústria foi o único setor emque houve queda em dezembrono número de ocupados: forammenos 11 mil pessoas ante de-zembro de 2010. No saldo doano, porém, o setor criou 33 milpostos de trabalho nas sete re-giões metropolitanas, expansãode 1,1% em comparação com2010. Destaque positivo para

Salvador (10,2%) e negativo pa-ra o Distrito Federal (4,1%), en-quanto São Paulo permaneceupraticamente estável, com leverecuo de 0,3%.

O comércio gerou ao todo 73mil vagas em 2011, crescimentode 2,3% em comparação a 2010;construção civil avançou com 65mil empregos, alta de 5,2% noperíodo; e outros setores – queincluem serviços domésticos –registrou queda de 36 mil postos,com recuo de 2,3% ante 2010.

A criação de postos com car-teira assinada nas sete regiõesmetropolitanas pesquisadas –Belo Horizonte, Fortaleza, PortoAlegre, Recife, Salvador, SãoPaulo e Distrito Federal – cresceu

5,8% em relação a 2010, ou 528mil novas vagas. As vagas semcarteira, entretanto, recuaram4,7%, ou menos 91 mil postos. "Éum claro sintoma de que a preca-riedade do mercado de trabalhoestá caindo", disse Sérgio Men-donça, economista do Dieese.

Em dezembro, a criação deempregos com carteira subiu 1%ante novembro e 4,3% em com-paração a dezembro de 2010. Ospostos sem o documento, porsua vez, apresentaram quedasde 1,7% ante novembro e de7,9% em relação a dezembro de2010. Segundo Mendonça, acriação de postos com carteiraassinada compensou a quedanas vagas informais. (AE)

Letícia Moreira/Folhapress

A atividade gerou 2,6% a mais de vagas em 2011

Empresas buscam reduzir custosPaula Cunha o volume de tarefas realizado

diariamente.Vieira opina que a legislação

não está preparada para solu-cionar este tipo de problema.Por isso, ele acredita que o su-perior imediato e o departa-mento de Recursos Humanosdevem avaliar se o funcionáriopossui o nívelnecessário dec o mp ro me t i-mento e res-po ns abi li da-de para traba-lhar em casa.

Outra reco-mendação doespecialistapara a empre-sa é limitar oacesso do em-pregado à plataforma de tra-balho. A medida evitaria, as-sim, a configuração de horasextras. Além disso, deve ser es-tabelecido claramente que to-das as regras de conduta e po-líticas corporativas são aplica-das tanto a empregadoresquanto a empregados, inde-pendentemente do local emque as atividades de trabalhose desenvolvem.

Te n d ê n c i a – Para a psicólo-ga e coordenadora do Progra-ma de Gestão de Pessoas daFundação Instituto de Admi-nistração (FIA), Cristina Li-monge, o trabalho em casa éum processo que se consolida-rá rapidamente em razão desuas vantagens econômicas

p a r a a s e m-presas. Por is-so, ela acredi-ta que elas de-v e m s e l e -cionar crite-riosamente osfuncio náriosque poderãotrabalhar nes-te novo siste-ma – além daq u al i f i c aç ã o

técnica para a função, deve ha-ver entre encarregados e traba-lhadores um sistema claro deatribuição de tarefas, com me-tas e prazos.

A coordenadora da FIA en-fatiza, ainda, que a base de tra-balho, com todos os equipa-mentos necessários, deve serinstalada pela empresa na resi-dência do funcionário. Ela res-salta que atividades de risco,

como, por exemplo, avaliaçãode joias e outros bens de valor,podem ser realizadas median-te a contratação de um seguro.E opina que já existem solu-ções arquitetônicas para resi-dências que podem contribuirpara o sucesso do trabalho nolar. Para Limonge, o profissio-nal não precisa isolar-se total-mente do convívio familiar seestabelecer regras de convi-vência e separar todo o mate-rial de trabalho dos demais ob-jetos da casa.

Quanto aos aspectos com-portamentais, a psicóloga lem-bra que para os trabalhadorescompulsivos, os chamadosworkaholics, o desafio é estabe-lecer os próprios limites e dei-xar claro para a empresa emque momentos excedeu os li-mites e em que circunstânciaseles ocorreram. "O trabalho emcasa é uma tendência que vai seconsolidar. Entretanto, as em-presas manterão suas sedescom bastante ostentação parafixar seu nome", conclui. Ebrinca que, no futuro, as em-presas instalarão também ban-ners com o seu logotipo na casade seus funcionários.

Trabalhar em casa, sonhode muitos profissionais,também já é a aspiração

de empresas interessadas emreduzir custos e despesas.

O artigo 6º da Lei 12.551,que entrou em vigor no últimodia 15 de dezembro, passou anão distinguir o trabalho rea-lizado em domicílio e à distân-cia. Mas a alteração na lei tra-balhista não esclarece tudo,alertam os especialistas. É ne-cessário que empregadores eempregados estabeleçam re-gras claras de atuação.

Para Fernando Borges Viei-ra, advogado responsável pe-la área trabalhista do escritó-rio Manhães Moreira Advo-gados Associados, a altera-ção foi realizada de formaapressada. Na sua opinião, olegislador deveria prever si-tuações como o pagamentode horas extras. Por isso, o es-pecialista recomenda a insta-lação na residência dos fun-cionários de mecanismos deconexão com a sua platafor-ma de trabalho para controlar

O trabalho em casaé uma tendênciaque vai seconsolidar.

CRISTINA LI M O N G E, P S I C Ó LO G A E

COORDENADOR A DO PROGR AMA

DE GESTÃO DE PE S S OA S DA FIA

Page 16: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O vinho foi o destaque das vendas dos supermercadosem volume. Em 2011, registrou aumento de 34,9%.economia

Vendas dos supermercados sobem 3,7%A Associação Brasileira de Supermercados divulgou ontem dados sobre o desempenho do setor em 2011. Os números são positivos, embora abaixo da previsão.

Paula Cunha

As vendas dos su-permercados cres-ceram 3,71% em2 0 11 e f i c a r a m

abaixo da previsão de aumen-to de 4% a 4,5% apresentadapela Associação Brasileira deSupermercados (Abras) para operíodo. Os números foram di-vulgados ontem pela entidadee seu presidente, SussumuHonda, explicou que o merca-do apresentou uma conjuntu-ra menos favorável que a doano passado.

Apesar disso, o resultado foiconsiderado positivo e indicaum processo de acomodaçãodo mercado. Para 2012, a pro-jeção de cresci-m e n t o é d e3,5% a 4%. An-teriormente, ae x p e c t a t i v ae r a d e 4 % a4,5%.

A entidadetambém apre-sentou os nú-meros referen-tes a dezem-b r o d o a n op a s s a d o ,quando houveelevação real nas vendas de1,54% frente a dezembro de2010 e majoração expressivade 30,01% ante novembro de2011. Todos os índices foramdeflacionados pelo Índice Na-cional de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA), do Institu-to Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

Fora de casa – Honda lem-brou que o IPCA foi de 6,5% noano passado e o IPCA Alimen-tos terminou 2011 em 7,18%,impulsionado pela alimenta-ção fora de casa. Ele apostouque o crescimento real das ven-das do segmento em 2012 sedará em função da expectativade queda na inflação dos ali-mentos. "Os preços dos ali-mentos não terão alta porque ademanda está acomodada e,com isso, a indústria não eleva-

rá seus preços", disse Honda.Quanto aos volumes, o índi-

ce elaborado pela Nielsen paraa Abras apontou aumento de1,8% nas vendas no ano passa-do ante o resultado de 2010,quando foi observada varia-ção positiva de 6,7% em com-paração com 2009.

O grupo de bebidas alcoóli-cas foi um dos principais res-ponsáveis pelo crescimento doconsumo em 2011, puxado pe-los vinhos (veja reportagem nes-ta página). Mas, neste quesitovolume, os sucos de fruta lide-ram, com aumento de 15,9%,seguidos de bebidas à base desoja, com 13,6%.

A ze it e – Os alimentos queregistraram maior redução devendas em volumes no ano

p a s s a d o f o-r a m ó l e o eazeite (7,7%),arroz (4,7%),café em pó egrãos (4,3%),sabão em bar-ra (13,2%) e fa-rinha de trigo(7,7%). Segun-do Honda, osr e s u l t a d o sapontam umamudança noc o m p o r t a-

mento dos consumidores, queoptaram por produtos prontose semi-prontos e alimentosmais saudáveis.

O índice AbrasMercado,composto de 35 produtos, re-gistrou crescimento acumula-do de preço de 3,78% em 2011.Compilado e analisado pelaGfK, o índice ficou abaixo doIPCA e da variação observadaem 2010, quando terminou em17,4%, em relação a 2009.

No acumulado do ano, osmaiores aumentos de preçosnos supermercados ficaramcom café torrado e moído(25,7%), sabonete (20,1%) emargarina cremosa (14,5%).

Os dados da Abras mostramque os maiores recuos nos pre-ços no ano passado ficaramcom batata (5,4%), biscoitomaisena (3,8%) e arroz (3,1%).

Em volume, cerveja perde pontos.

Joel

Silv

a/Fo

lhap

ress

Segundo a Abras, o crescimento da venda de cervejas foi de 2,3% em 2011 em relação a 2010.

Ovolume de vendas decerveja, produto quesempre foi o destaque

de comercialização nos su-permercados, decepcionouem 2011. De acordo com le-vantamento da Nielsen, feitoa pedido da Associação Brasi-l e i r a d e S u p e r m e rc a d o s(Abras) , no ano passado,comparado a 2010, o item tevecrescimento de vendas, emvolume, de 2,3% ante avançode 17,8% em 2010 na relaçãocom 2009.

"Cerveja sempre foi um dosprodutos que puxam o índicede vendas e até prejudicou ofaturamento anual. Deveriater registrado um percentualmais elevado de crescimentono ano passado, mas não teve",disse o presidente da Abras,Sussumu Honda.

Clima frio – Segundo Hon-da, o clima mais frio no final doano ajudou a desacelerar asvendas da bebida.

Por outro lado, o vinho foi odestaque das vendas dos su-permercados em volume. Em2011, registrou aumento de34,9% ante 2010.

De acordo com Honda, oconsumo da bebida – tanto na-

Minimercado Extra aposta noconsumidor dos bairros

Renato Carbonari Ibelli

Anac: tarifastêm reajustede 4,4%.

AAgência Nacional deAviação Civil (Anac)

publicou ontem no DiárioOficial da União duasresoluções que tratam dametodologia de cálculo dofator X e do reajuste anualdas tarifas aeroportuárias deembarque, pouso,permanência, e dos preçosunificados e depermanência, domésticas einternacionais. A elevaçãonos preços será de 4,4%.

O reajuste das tarifasocorre anualmente ecorresponde à atualizaçãomonetária das tarifasaeroportuárias, por meio daaplicação do Índice de Preçosao Consumidor Amplo(IPCA), deduzido do fator X.Esse fator refere-se aosganhos de produtividade.

Pela resolução anterior, ofator X seria nulo até adefinição da metodologia decálculo, em 2013. Mas a Anacse antecipou para que o fatorX pudesse incidir já nesteano. Com isso, o reajuste queseria de 6,5%, relativo aoIPCA, caiu para 4,4%. (AE)

Rafael Hupse/Folhapress

Números indicam mudança no comportamento dos consumidores: eles optaram por produtos prontos e semi-prontos, e mais saudáveis.

cional quanto importada – temcrescido anualmente na casade dois dígitos. "A concorrên-cia com importadores está fa-zendo com que a indústria na-cional do vinho aprimore suaprodução", afirmou o executi-vo, citando empresas comoSalton, Miolo e Valduga.

Selo fiscal – Sobre a obriga-toriedade do selo fiscal nos vi-nhos, de acordo com instruçãoda Receita Federal de dezem-bro, o executivo disse que aAbras foi contra "a partir domomento que havia a obriga-toriedade de selar produtosem estoque", o que acarretaria

custos adicionais."Mas o selo, em si, é bom pa-

ra o setor. O segmento de uís-que já faz isso há um bom tem-po", declarou Honda, que dis-se também que a obrigatorie-dade do selo fiscal foi um"lobby" da indústria nacionalde vinhos. (AE)

Buscando acertar nosdesejos e tendências doconsumidor de

supermercado — essecomprador que tem mudadobastante o perfil com oalargamento da classemédia —, a rede Extra, doGrupo Pão de Açúcar, apostaem um novo tamanho de loja.As unidades denominadasExtra Fácil ficaram pequenasdemais para o cliente e serãodescartadas. Até o fim do ano,todas essas lojas serãosubstituídas pelo novoformato Minimercado Extra.

Esse é um processo queacontece desde novembro doano passado, quando aalteração atingiu 23 unidades.Agora, restam 47 lojas paraserem convertidas, além deeventuais novas unidades quejá nascem com o novoformato. A proposta da rede éagregar mais serviços eprodutos às lojas de bairro,uma demanda identificada

em pesquisa realizada junto aseus consumidores.

Segundo o diretor demarketing do Grupo Pão deAçúcar, Marcelo Bazzali, apesquisa mostrou que oconsumidor busca cada vezmais comodidade eatendimento personalizado.Por isso, uma das ações darede foi ampliar o leque deserviços oferecidos.Diferentemente do Extra Fácil,o Minimercado Extra temseções de açougue, frios epadaria com atendimentodireto. Para o novo formato,também foi ampliado o setorde hortifrutis. "Queremosatender esse novoconsumidor multicanal que,ao longo da semana, oumesmo do dia, faz compras devariados perfis", disse Bazzali.

O diretor de marketinglembra que em grandescentros, em especial na cidadede São Paulo, o formatominimercado, que pelotamanho pode estar maisintegrado aos bairros, temgrande potencial de

crescimento. "O consumidor ésensível às dificuldades dedeslocamento, e querencontrar a maior variedadede itens concentrado em umlocal próximo de ondecostuma passar."

Mas Bazzali descarta que oformato de hipermercadoperca espaço, inclusive emSão Paulo. "Os hipermercadosestão se reinventando,oferecendo eletrônicos eeletrodomésticos. Sãoprodutos que continuarãocom demanda aquecidaenquanto classes C e D tive-rem aumento de renda e ocrédito disponível nomerc ado."

Entre novembro edezembro de 2011, o Extrainvestiu R$ 36 milhões naimplantação do MinimercadoExtra. Além da maior gama deprodutos e serviçosagregados, o novo formatoapresenta lojas maiores, de350 metros quadrados, frenteaos 200 metros quadrados doExtra Fácil. A área dos caixastambém foi ampliada.

Os preços dosalimentos não terãoalta porque ademanda estáacomodada e aindústria nãoelevará seus preços.

SUSSUMU HONDA, DA ABR AS

Page 17: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

CONVOCAÇÃOFicam convocados os sócios da UFAC a se reunirem em Assembleia Geral, a realizar-se em primeira convocação, às 17 horas e em seguida às 18 horas do dia23-02-2012, à Rua Boa Vista nº 51, 1º subsolo, a fim de deliberarem sobre aseguinte ordem do dia: 1) Discussão e aprovação do balanço referente ao exercíciode 2011; 2) Eleição dos membros da Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo eConselho Fiscal para o próximo triênio; 3) Outros assuntos de interesse geral. Asinscrições para registro de chapas estarão abertas a partir de 03-02-2012, e encerrar-se-ão no dia 17-02-2012, devendo as mesmas serem efetuadas na secretaria daUFAC, com a Sra. Maria Aparecida Camargo. O presente edital atende às exigênciasestatutárias, artigos 13º a 19º.

São Paulo, 26 de janeiro de 2012.Maria Aparecida Camargo - Presidente em Exercício

FILAG DO BRASIL COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE COSMÉTICOS S.A.CNPJ/MF 12.446.467/0001-49 - NIRE 35.300.385.519ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Data, Hora e Local: 03 de outubro de 2011, às 9:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Cidadede São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida General Furtado do Nascimento, nº 740, cj. 24, Alto dePinheiros, CEP 05465-070. Convocação: Dispensada a convocação prévia, na forma do disposto noArtigo 124, § 4º da Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores. Presença: Presentes todos os acionistas,conforme se verificou pelas assinaturas apostas no Livro de Presença de Acionistas. Mesa: CarlosZetune - Presidente; Wilson Soderi Junior - Secretário. Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) a propostade redução do capital social da Companhia com o conseqüente cancelamento de 3.823.529 (trêsmilhões, oitocentas e vinte três mil quinhentas e vinte e nove) ações preferenciais da classe 2, subscritase não integralizadas pelo acionista Lourival Monte; (ii) alteração da Cláusula 5ª do Estatuto Social daCompanhia. Deliberações: Colocadas as matérias em exame, discussão e posterior votação, foramexpressa e unanimemente aprovadas pelos acionistas com direito a voto, sem restrições ou ressalvas:(i) a redução do capital social da Companhia, parcialmente integralizado, em moeda corrente nacional,por ser considerado excessivo para a consecução do objeto social da Companhia, em conformidade como Artigo 173 da Lei nº 6.404/1976, passando de R$ 45.000.000,00 (quarenta e cinco milhões de reais)para R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), com uma redução efetiva de R$ 35.000.000,00 (trinta ecinco milhões de reais). Em razão da redução ora deliberada, foi aprovado o cancelamento das 3.823.529(três milhões, oitocentas e vinte e três mil quinhentas e vinte nove) ações preferenciais da classe 2,nominativas e sem valor nominal, subscritas pelo acionista Lourival Monte por meio do Boletim deSubscrição datado de 07.06.2011 que seguiu anexo à Ata de Assembleia Geral Extraordinária daCompanhia realizada na mesma data e arquivada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESPsob nº 271.312/11-7, em sessão de 18.07.2011, ficando consignado que a redução do capital social oradeliberada não ensejará restituição de qualquer importância a referido acionista, tendo em vista que atéa presente data as ações por ele subscritas não foram integralizadas; (ii) a alteração da Cláusula 5ª doEstatuto Social da Companhia, a qual passa a vigorar com a seguinte e nova redação: “Cláusula 5ª –O capital social da Companhia é de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), dividido em 5.980.392(cinco milhões, novecentas e oitenta mil, trezentas e noventa e duas) ações nominativas, sem valornominal, sendo 5.000.000 (cinco milhões) de ações ordinárias e 980.392 (novecentos e oitenta miltrezentas e noventa e duas) ações preferenciais da classe 1. Parágrafo 1º – Cada ação ordinária darádireito a um voto nas assembleias gerais da Companhia. Parágrafo 2º - As ações preferenciais da classe1 conferirão aos seus titulares direito a recebimento preferencial na distribuição de dividendos pelaCompanhia.” Encerramento: Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém semanifestou, foram encerrados os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura da presente em Livropróprio, a qual, reaberta a sessão, foi lida, achada conforme, aprovada e por todos os presentes assinada.Certifico que a presente é cópia fiel da original lavrada no livro próprio. São Paulo, 03 de outubro de 2011.Mesa: Carlos Zetune - Presidente da Mesa; Wilson Soderi Junior - Secretário da Mesa. AcionistasPresentes: Wilson Soderi Junior; Carlos Zetune; Jürg Roth; Lourival Monte. Commar ComércioInternacional S/A - P. Luciana Nogueira da Costa Menezes.

EMPRESA MUNICIPAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS – EMPROEXTRATO DE DECISÃO (001/2012) - (Pregão Presencial 001/2012)

A Empresa Municipal de Processamento de Dados - EMPRO, através de sua Diretora Presidente, dianteda desclassificação de todas as empresas participantes do certame e em obediência ao princípio daeficiência e da economicidade, e tendo ainda, todo o procedimento licitatório, até o presente momento,transcorrido sob o manto da legalidade e estando na conveniência da EMPRO em chegar-se àcontratação do objeto licitado, analisado, DECIDE: 1) Afastar a sugestão de cancelamento do certameapresentada pelo Pregoeiro, determinando-se a SUSPENSÃO do Pregão Presencial 001/2012, portempo indeterminado, possibilitando assim, a adoção de todas as medidas necessárias para aadequação do Edital e seus anexos à realidade dos equipamentos disponíveis no mercado, na permissãoda Lei de Licitação; 2) Após as modificações necessárias a serem verificadas pela área Técnica daEMPRO, será aberto novo prazo para o recebimento das propostas pelas empresas licitantes, nostermos do § 3º, do art. 48, da Lei 8.666/93. É a decisão, dando-se ciência aos interessados pelaspublicações costumeiras e em determinações legais, J. o despacho aos autos. São José do Rio Preto,31 de janeiro de 2012. Lúcia Maria Jorge Hirata. Diretora Presidente.

SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SeMAEABERTURA DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS nº 01/2012 – PROCESSO SeMAE nº 005/2012

Entrega dos envelopes: até 17.02.2012, às 8h45. Abertura da licitação: 17.02.2012 a partir das 9h00. Objeto: Reformae ampliação de prédio para instalação do arquivo geral do SeMAE, localizado na Rua Castelo d’água s/nº - Praça Aldo Toneli– Bairro Redentora - município de São José do Rio Preto, incluindo fornecimento de todos os materiais, mão de obra,máquinas e equipamentos necessários à execução dos serviços. Custo global estimado: R$404.384,03. Prazo deexecução: 06 meses. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181, Jd. Seixas, S.J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAEna internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br.

São José do Rio Preto, 31.01.2012 – Alan Sinibaldi Cornachioni – Presidente Interino da C.L.

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12

AVISOComunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, a partir desta data, nasede social, na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Departamento de ContadoriaGeral, bem como no site de Relações com Investidores (www.bradesco.com.br/ri), osdocumentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404, de 15.12.1976, relativos aoexercício social encerrado em 31.12.2011. Osasco, SP, 31 de janeiro de 2012.Diretoria. 1o, 2 e 3.2.2012

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795

Ata da Reunião Extraordinária no 1.837, do Conselho de Administração,realizada em 12.12.2011

Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 43.447/12-0, em24.1.2012. a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795

Ata da Reunião Extraordinária no 1.849, do Conselho deAdministração, realizada em 3.1.2012

Aos 3 dias do mês de janeiro de 2012, às 7h30, na sede social, Cidade de Deus, 4o

andar do Prédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros doConselho de Administração sob a presidência do senhor Lázaro de Mello Brandão.Durante a reunião, os Conselheiros deliberaram registrar o pedido de renúnciaformulado pelo senhor Ademir Cossiello, ao cargo de Diretor Gerente, em cartadesta data, cuja transcrição foi dispensada, a qual será levada a registro juntamentecom esta Ata, consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviçosprestados durante sua gestão. Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião elavrando-se esta Ata, que os Conselheiros presentes assinam. aa) Lázaro de MelloBrandão, Antônio Bornia, Mário da Silveira Teixeira Júnior, João Aguiar Alvarez,Denise Aguiar Alvarez, Luiz Carlos Trabuco Cappi e Milton Matsumoto. Declaramospara os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e quesão autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bradesco S.A.aa) Julio de Siqueira Carvalho de Araujo e Antonio José da Barbara. Certidão:Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercialdo Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 43.458/12-9, em24.1.2012. a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

ALVORECER – ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOSCNPJ – (MF) N.º 62.511.019/0001-50ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

A Alvorecer – Associação de Socorros Mútuos, por seu presidente do Conselho de Administração eatendendo às disposições estatutárias (Art. 23 parágrafo 1.º, letra “a”) convoca a todos(as) os(as)associados(as) para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 03 de março de 2012, no ClubeEscola Jardim São Paulo, à Rua Virí, 425 – Jardim São Paulo, nesta capital às 08:30 horas em 1ªconvocação, com a presença de 1/3 dos associados, ou às 9:00 horas com qualquer número (Art. 25 doEstatuto), tendo como pauta o seguinte: a) Leitura da Ordem do Dia; b) Composição da Mesa (Presidentee Secretário); c) Leitura, discussão e votação das Atas das Assembleias Gerais Anteriores; d) Leitura,discussão e Aprovação do Balanço Patrimonial do exercício de 2011, bem como dos relatórios doConselho de Administração relativos ao exercício de 2011; e) Demais assuntos de interesse daALVORECER. Participação de associados maiores de 18 (dezoito) anos de idade e em dia com suasobrigações estatutárias. Dr. Silvio José Ferraz Tavares - Presidente do Conselho de Administração.

Requerente: Banco Industrial e Comercial S/A. Requerido: PampaMontagens e Manutenção Ltda. Rua Humberto I, 298 - Bloco B - Conjunto13 – Vila Mariana - 2ª Vara Falências.Requerente: NSR Indústrial Comércio e Representações Ltda.Requerido:Roma de Lupas Ltda. ME. Rua Maria Lucia Duarte, 489 – VilaPirituba - 1ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 31 de janeiro de 2012, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

economia

Ogoverno derrubouo ritmo de cresci-mento dos investi-mentos e segurou

as emendas dos parlamentarespara conseguir cumprir prati-camente no "alvo" a meta fiscaldo ano passado. Com uma fol-ga de apenas R$ 810 milhõesem relação à meta, as contas dosetor público – que incluem ogoverno federal, estados e mu-nicípios – fecharam 2011 comum superávit primário de R$128,7 bilhões, o equivalente a3,1% do Produto Interno Bruto(PIB). O superávit primário é asobra de caixa para pagar os ju-ros da dívida pública.

Mesmo em um cenário deaumento da arrecadação e dast r a n s f e rê n-cias de recei-tas da União,os estados emunicípios esuas estataisnão consegui-ram cumprira meta previs-ta para 2011, oque obrigou ogoverno fede-ral a cobrir ad i f e r e n ç a .Embora posi-tivos, os da-dos fiscais di-vulgados on-tem pelo Banco Central (BC)apontam para um cenário ain-da mais difícil e complexo em2012, o que alimenta descon-fianças dos analistas em rela-ção à capacidade de cumpri-mento da chamada meta cheia,sem abatimentos.

A equipe econômica teráque conciliar a pressão maiorde gasto – em um quadro dedesaceleração do ritmo decrescimento das receitas – coma exigência da presidente Dil-ma Rousseff de aumento dosinvestimentos públicos paraacelerar a expansão do PIB.

El eiçõ es – Também serámais difícil para estados e mu-

nicípios, em ano de eleições,conseguirem cumprir a metafiscal ainda mais ambiciosa doque a do ano passado. A metapara os governos regionais éR$ 6,7 bilhões maior em 2012do que a de 2011.

Com gordura no superávitpara o cumprimento da metanos últimos meses do ano (emnovembro, 99% da meta já es-tava cumprida), o Ministérioda Fazenda calibrou a execu-ção do Orçamento e acelerouos gastos em dezembro paradiminuir a pressão de despe-sas em janeiro, que deverãoapontar um recuo. Mas a áreatécnica reconhece que as incer-tezas em relação ao comporta-mento do PIB e da arrecadação

devem di f i-cultar o traba-lho neste ano.

Para o eco-n o m i s t a d aC o r r e t o r aConvenção,F e r n a n d oTullett, a "in-f l e x ã o " d o sgastos do go-v e r n o e m2 0 1 1 , q u ec r e s c e r a ma b a i x o d ochamado PIBpotencial doBrasil, foi im-

portante para ajudar o BC napolítica monetária, porque ge-rou contração da demanda. Aeconomista-chefe do Bank ofNew York Mellon ARX Inves-timentos, Solange Srour Cha-chamovitz, lembrou que 2012é ano eleitoral. Mas ela prevêque, na segunda parte do ano,o governo federal vai colocar opé no freio dos gastos. "No pri-meiro semestre devemos terresultados piores tanto doponto de vista da arrecadaçãoquanto dos gastos por conta docalendário eleitoral. Em segui-da, acredito que haverá um es-forço do governo para cumprira meta", disse Solange. (AE)

Superávit do Paísfoi de R$ 128,7 bi

O governo federal anunciou que cumpriu a meta desuperávit primário de 2011, com saldo equivalente a

3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Despesa com juroscresce R$ 41 bi em 2011

Ataxa básica Selicm é d i a m a i s a l t apressionou as des-

pesas com juros no anopassado. Dados do BancoCentral (BC) divulgados on-tem mostram que essa des-pesa aumentou R$ 41,304bilhões em 2011, atingindoa m a r c a r e c o r d e d eR$ 236,673 bilhões, o equi-valente a 5,72% do ProdutoInterno Bruto (PIB) do País.Em 2010, os gastos com ju-ros foram menores e soma-

ram R$ 195,369 bilhões, ocorrespondente a 5,18% doPIB. Em dezembro, essasdespesas com juros salta-ram para R$ 20,574 bilhõesante R$ 18,368 bilhões emn ove m b r o.

O setor público consoli-dado terminou o ano de2011 com déficit nominal deR$ 107,963 bilhões, o cor-respondente a 2,61% doPIB, segundo o BC. O nú-mero mostra piora em rela-ção a 2010. (AE)

O superávit primário do País é a sobra de caixa para pagar os juros da dívida pública

810milhões de reais foi a

diferença entre osuperávit primário

obtido pelo governoe a meta estipuladapara o ano de 2011,

segundo dados do BC.

Bru

no

Mar

fin

ati/A

E

OGX, de Eike Batista,consegue obter petróleo.

AOGX, do empresárioEike Batista, começoua produzir petróleo

ontem, informou acompanhia em comunicadoao mercado. O primeiro óleoda maior petroleira privadado País, que faz parte doconjunto de empresas doGrupo EBX, foi extraído às18h39 no campo de Waimea,na bacia de Campos, no litoraldo Rio de Janeiro, a partir daplataforma OSX-1, adaptadaem Cingapura. A produçãoem caráter de teste começadois anos e dois meses após aprimeira descoberta nocampo, em um prazo

considerado excelente poranalistas do setor.

"O primeiro óleo da OGX,em pouco mais de dois anosda descoberta de Waimea,representa a quebra de maisum paradigma na indústriado petróleo e evidencia avelocidade de execução e ofoco em resultados do GrupoEBX", disse Eike Batista,presidente do Conselho deAdministração e diretorpresidente da OGX. Oprimeiro óleo – chamado deTeste de Longa Duração(TLD) – marca o começo dageração de caixa dacompanhia. (Reuters)

Page 18: DC 01/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Se 2012 não for o ano do tablet, não sei quando vai ser.Alexandre Marquesi, professor do curso de Marketing Digital da ESPMeconomia

Foxconn terá mais cinco fábricas no PaísFabricante do iPad produzirá gabinetes para notebooks e PCs, componentes eletrônicos, conectores, baterias e elementos de mecânica de precisão no Brasil.

At a i w a n e s a F o x-conn, que fabricaos iPads da Apple,d e v e r á m o n t a r

mais cinco fábricas no Brasil,além da já anunciada plantapara a produção de telas decristal líquido. A informaçãofoi dada ontem pelo secretáriode Planejamento e Desenvol-vimento do Estado de São Pau-lo, Julio Semeghini.

De acordo com Semeghini,estarão envolvidas fábricas degabinetes para notebooks e PCs,componentes eletrônicos, co-nectores, baterias, e de elemen-tos de mecânica de precisão.

A negociação agora é pelalocalização dessas fábricas.São Paulo quer o investimento,assim como possivelmente osestados vizinhos.

"Estamos aguardando osexecutivos voltarem das co-memorações do Ano Novochinês para retomarmos as ne-gociações", disse Semeghini.

Cada uma das plantas deve-rá ter aproximadamente 1 milfuncionários. Os investimen-tos não estão definidos, mas

devem ser de "centenas de mi-lhares de dólares", segundodeclaração do secretário.

As partes produzidas poraqui ajudarão também namontagem dos produtos daApple, informou Semeghini.Por enquanto, a empresa co-meça a importar os kits paramontagem de iPads e iPhonesno Brasil.

Benefícios – A Foxconn járecebeu do governo federal osbenefícios fiscais para produ-zir tablets no Brasil.

De acordo com portaria pu-blicada no último dia 25 noDiário Oficial da União (DOU), acompanhia terá direito aos be-nefícios previstos no Decreto5.906 de setembro de 2006.

A determinação prevê isen-ção ou redução do Imposto so-bre Produtos Industrializados(IPI), Programa de IntegraçãoSocial (PIS) e Contribuição pa-ra o Financiamento da Seguri-dade Social (Cofins) para em-presas que invistam em ativi-dades de pesquisa e desenvol-v i m e n t o d e p ro d u t o s d etecnologia. (F o l h a p re s s ) Até o fim do ano fiscal de 2011, foram vendidos em todo o mundo 39,85 milhões de iPads. Os preços dos tablets devem recuar no Brasil em 2012.

Leonardo Soares/AE

2012, O ANO DOS TABLETS?Rafael Nardini (ESPM). A opinião é

compartilhada por AlmirMeira Alves, professor deRedes de Computadores, daFaculdade de Informática eAdministração Paulista (FIAP).

Alguns fatores devemcontinuar a pesar em favor doproduto. Coma vinda do iPad2 ao País, apr imeiraversão dotablet daApple passou aser vendidacom preçosmenores. Alémdisso, houve olançamento demodelos pelaSamsung e aentrada daPositivo, com um produto100% nacional. "Hoje, você jáencontra tablet porR$ 350", declara Alves.

Os preços devem sofreruma queda no País como umtodo neste ano. "Se fala emiPad custando, no máximo,R$ 1 mil. Então, os outrosdevem custar até 20% menospara competirem. O mercadoestá muito aquecido. Já há 2

mil modelosde tablets nomundo todo",afirma Alves.

Outro fatorque devefacilitar asvendas é aforma de usoprática com ate l ato u c h s c re e n ." Co maplic açõesmais simples e

acesso à internet e e-mail, otablet ganhou importância",conta Marco Lopes, vice-presidente de Marketing e

Novos Negócios da PositivoInfor mática.

Atualmente, 12 empresaspossuem a habilitação paraproduzir tablets no País com oincentivo fiscal. Entre elasestão: LG, Motorola, Samsung,Semp Toshiba, Aiox, CEB,Envision, Itautec, MXTIndustrial, PositivoInformática e Sanmina. A maisnova a entrar nessa lista foi aFoxconn, com a assinatura daportaria que permite oenquadramento da empresana chamada Lei do Bem.

Na frente – Líderconsolidada no mercadobrasileiro de tablets, aempresa fundada por SteveJobs mantém a discrição.Nenhum dos executivos éautorizado a falar com aimprensa. A fórmula nãoatrapalha nem um pouco osnegócios. Até o fim do anofiscal de 2011, foram

vendidos em todo o mundo39,85 milhões de iPads.

Mesmo sendo umarealidade para o uso pessoal,Marco Lopes, da PositivoInformática, não vê os tabletsroubando a cena dos PCs noambiente corporativo. "Oformato de tela e tecladoainda é mais positivo para asempresas. Mas o mercadocorporativo tem uma boaaceitação na área de vendas,por exemplo."

Na opinião do professorAlmir Alves, embora jáexistam suportes parateclado, simulando ainteração de um computadorpessoal, a diferença dedesempenho ainda pesa."Para quem trabalha cominformática, que rodaprogramas pesados, o tabletnão serve. Imagina rodar umAutoCAD em um tablet? Elenão aguenta."

Para quem trabalhacom informática,que rodaprogramaspesados, o tabletnão serve. Imaginarodar um AutoCADem um tablet? Elenão aguenta.

ALMIR ALV E S , PR OFESSOR

Ataiwanesa Foxconnensaia desde ocomeço do anopassado, porém

ainda não iniciou a fabricaçãodo iPad no Brasil. Aposta altado governo federal parabaratear o preço e incentivar acompra do tablet – incluindonessa conta incentivos fiscaisbastante polpudos eestimativa de redução emtorno de 30% do preço doproduto –, o atraso dafabricação do tablet da norte-americana Apple não impediuque ele fosse o maior objetode compra no último Natal.

A procura pelos aparelhosno varejo superou asexpectativas iniciais,chegando a esgotar estoques.A loja virtual da rede FastShop, por exemplo, teve as

entregas de iPads para oEstado de São Pauloindisponíveis com aproximidade do Natal. NaFnac, outra importante redevarejista, faltou modelos doGalaxy, o tablet da Samsung.Previsões da consultoria IDCapontam que 500 milbrasileiros tenham iniciado2012 com um tablet nas mãos.E até dezembro, segundoespecialistas ouvidos peloDiário do Comércio, essenúmero tende a crescerb a s t a nte.

"Se 2012 não for o ano dotablet, não sei quando vai ser.Temos fábricas no Brasil,incentivos do governo eplanos para aquisição no meioacadêmico com parcelamentobastante generoso", afirmaAlexandre Marquesi, professordo curso de Marketing Digitalda Escola Superior dePropaganda e Marketing

18 montadoras estão livres do aumento de IPIOgoverno divulgou

ontem a lista definitivadas 18 montadoras

que estão livres do pagamentode imposto mais alto naprodução de veículos atédezembro deste ano, porcumprirem regras de produçãonacional e investimento. A listaanterior era provisória e sógarantia o benefício fiscal atéhoje, 1º de fevereiro. Asmontadoras são as seguintes:Agrale, Caoa (Hyundai), Fiat,Ford, GM, Honda, Iveco,MAN, Mercedes-Benz,MMC, Nissan, PSA Peugeot-Citroën, Renault, Scania,Toyota, Volkswagen,Volvo e InternationalIndústria Automotiva daAmérica do Sul.

Segundo portariapublicada ontem no DiárioOficial da União, essas são asempresas que cumprem osrequisitos mínimos deprodução nacional einvestimento em inovação,exigidos pelo governo, paraconceder o benefício deredução da alíquota doImposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI)incidente sobre os veículosfabricados em qualquer deseus estabelecimentosindustriais ou importados doMercosul e México.

Empresas não enquadradas,o que inclui principalmente

fabricantes chineses e de carrosde luxo, pagam imposto 30pontos percentuais maiordesde dezembro do anopassado. Pela portariapublicada pelo Ministério doDesenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (Mdic), asempresas habilitadas ainda

estão sujeitas à verificação documprimento dos requisitosexigidos, bem como aocancelamento da habilitaçãodefinitiva.

Para pagar imposto menor,as empresas devem terconteúdo nacional acima de65%, realizar ao menos seis de

11 etapas da fabricação deveículos no País e investir0,5% do faturamento líquidoem pesquisa edesenvolvimento. Para essasempresas, as alíquotas de IPIpara veículos variam de 7% a25%, dependendo do modeloe potência do automóvel.

Montadoras que nãocumprem as exigênciaspagam imposto maior, quevaria de 37% a 55%,dependendo das cilindradas.O aumento do tributo vale atédezembro de 2012 e faz partedo plano de estímulo àindústria "Brasil Maior". (AE)