dc 12/06/2012

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Ano 87 - Nº 23.643 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 4 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 14º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 14º C. Uma burca? E quem é que a está usando? São seis letras. K_ _ _ _ _ Não sabe? Pág. 18 Os novos frutos da Apple Farta colheita: novo MacBook Pro, a tela de Retina como no iPad, e chip de última geração da Intel; Siri poliglota; novos sistemas operacionais e mapas 3D. A festa anual da Apple só não teve Jobs. Pág. 20 Stephen Lam/Reuters São Paulo de todos os tempos O sol chegou a aparecer de manhã (foto), mas logo veio a tempestade e um festival de raios. Pág. 11 Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/AE Esquenta da Rio+20: esfriem. Na prévia da conferência, que começa amanhã, especialistas criticam consumismo. Pág. 10 Marcos de Paula/AE HOJE EM GENEBRA Brasil escala a muralha comercial da China O governo brasileiro preparou artilharia pesada para disparar contra a China, que terá hoje um dia de sabatina na Organização Mundial do Comércio. Mas não será o papagaio contra o dragão. A Europa e os Estados Unidos estarão com o Brasil na ofensiva. Todos querem abrir a caixa preta da expansão comercial chinesa. Pág. 16 HOJE EM BRASÍLIA Perillo não vai pular casa no jogo da CPI Governador de Goiás vai ter de explicar versões da venda de uma casa que acabou abrigando o contraventor Cachoeira. Pág. 5 MODA ANIMALE A inglesa Rosie Alice Huntington- Whiteley não fez mistério ao desfilar no 1º dia da SPFW. Pág.18 Paduardo/AE Daniel Teixeira/AE Ainda estamos otimistas Sobe índice de confiança da ACSP. Pág. 13 Testamos o novo (e silencioso) táxi elétrico. Página 11

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Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.643 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23643HOJE

Parcialmente nubladoMáxima 23º C. Mínima 14º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 24º C. Mínima 14º C.

Uma burca?E quem é

que a estáusando? São

seis letras.K_ _ _ _ _

Não sabe?Pág. 18

Os novos frutos da AppleFarta colheita: novo MacBook Pro, a tela de Retina

como no iPad, e chip de última geração da Intel; Siripoliglota; novos sistemas operacionais e mapas 3D.

A festa anual da Apple só não teve Jobs. Pág. 20

Stephen Lam/Reuters

São Paulo de todos os temposO sol chegou a aparecer de manhã (foto), mas logo

veio a tempestade e um festival de raios. Pág. 11

Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/AE

Esquenta da Rio+20: esfriem.Na prévia da conferência, que começa amanhã,

especialistas criticam consumismo. Pág. 10

Marcos de Paula/AE

HOJE EM GENEBRA

Brasil escala a muralhacomercial da ChinaO governo brasileiro preparou artilharia pesada para disparar contra a China, queterá hoje um dia de sabatina na Organização Mundial do Comércio. Mas não seráo papagaio contra o dragão. A Europa e os Estados Unidos estarão com o Brasil naofensiva. Todos querem abrir a caixa preta da expansão comercial chinesa. Pág. 16

HOJE EM BRASÍLIA

Perillo não vai pular casa no jogo da CPIGovernador de Goiás vai ter de explicar versões da venda de uma casa que acabou abrigando o contraventor Cachoeira. Pág. 5

MO

DA

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IMA

LEA inglesaRosie AliceH u nt i n g to n -Whiteley nãofez mistérioao desfilarno 1º dia daSPFW. Pág.18

Padu

ardo

/AE

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eixe

ira/A

E

AindaestamosotimistasSobe índice de confiança da ACSP. Pág. 13

Testamos o novo(e silencioso)táxi elétrico.

Página 11

terça-feira, 12 de junho de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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responsável, pela Oesp Gráfica.

Os ministros do Mercosul deveriam extrair lições do PISA para melhorar os sistemas educacionais na região.Roberto Fendt

A febre subiu?Quebrem ot e r m ô m et ro .

ROBERTO

FENDT

Não seria melhorutilizar os resultadosdo teste PISA paraverificar o que háde errado como ensino emnossa região?Foi o que fez aAlemanha aodescobrir, duranteo teste PISA 2000,que seus alunosapresentavamum desempenhoabaixo da média.

Anotícia teve poucodestaque em algunsde nossos principaisjornais: os ministros

da Educação dos países doMercosul querem criar um tes-te de avaliação da qualidadeeducacional para os países dobloco. Esse novo teste substi-tuiria o teste do Programa In-ternacional de Avaliação deAlunos (PISA), criado pela Or-ganização para Cooperação eDesenvolvimento econômico(OCDE). O teste é aplicado acada três anos e avalia o co-nhecimento de estudantes de15 anos de idade em matemá-tica, compreensão de leitura eciências.

O argumento para a criaçãodesse teste alternativo é sim-ples: o teste PISA, aplicado a470 mil estudantes de 65 paí-ses, ignoraria as condições es-pecíficas da região, distorcen-do os resultados.

No teste aplicado em 2009,o Brasil ficou em 54º lugar noescore total entre os 65 paísesparticipantes. Em ciências,que avalia o conhecimento ad-quirido e a capacidade de usaresse conhecimento efetiva-mente, ficamos em posiçãomelhor, 53º sobre 65. Em ma-temática, tivemos posiçãopior, em 57º lugar.

Talvez pela má colocaçãodos países latino-americanosparticipantes, foi entusiásticaa recepção à proposta de cria-ção de um teste específico pa-ra a nossa região. A iniciativacoube ao ministro da educa-ção da Argentina e secundadopelos ministros do Uruguai,Paraguai , Ch i le , Bo l ív ia ,

mico. Opr im ei-

ro pontoé o c o m-

p r o m e t i-mento com

o ensino e oestudo. Como

nos compara-mos com outros

países em rela-ção à remunera-

ção dos professo-res (relativamente a

outras carreiras com omesmo grau de aptidão), oucom relação à importânciaque os pais dão à educação deseus filhos? Os melhores sis-temas educacionais respei-

tam a diver-s i d a d e d a s

cap acida desdos estudan-

tes, de seus inte-resses e de sua

o r igem soc ia l ,promovendo enfo-

ques individualiza-dos ao aprendizado.

Segundo, os me-lhores sistemas edu-

cacionais estão estru-turados em torno de pa-

drões claros e ambicio-sos, partilhados por todo o

sistema. Esses padrõestêm por foco a aquisição de

aptidões complexas e capaci-tações de raciocínio superior,em lugar da mera acumulaçãode conhecimentos. Os estu-dantes, em sistemas assim or-ganizados, não podem serpromovidos a níveis mais al-tos sem demonstrar que estãoqualificados para tal.

Terceiro, a qualidade dosistema educacionalnão pode exceder a

qualidade de seus professo-res e administradores, já que oaprendizado é o produto doque ocorre na sala de aula. Osmelhores sistemas educacio-nais substituíram o sistema de"comando e controle" centra-lizado por sistemas escolaresem que as decisões estão maispróximas das necessidadeslocais e das técnicas mais ade-quadas para satisfazê-las.

Finalmente, o principal re-sultado de um bom sistemaeducacional reside no fato deproduzir qualidade em todo osistema de educação, permi-tindo que cada estudante sebeneficie de oportunidadesexcelentes de aprendizado.

Os ministros da Educação doMercosul deveriam extrair li-ções do teste PISA para melho-rar os sistemas educacionais naregião. Gastamos muito e obte-mos poucos resultados. Preci-samos de mais racionalidade emenos emoção no trato da qua-lidade do ensino em nossa sofri-da América Latina.

Osaudoso amigo Ro-berto Campos costu-mava dizer que "a ra-

cional idade, lamentavel-mente, não era o esporte pre-d i leto abaixo da l inha doEquador". E Mário HenriqueSimonsen argumentava,com respeito à política eco-nômica, que "combater a in-flação congelando preçosequivale a tentar curar a fe-bre pela destruição dos ter-mômetros".

Seria desejável que deixás-semos de quebra termôme-tros e abandonássemos asmás companhias dos vizi-nhos, dedicando mais aten-ção aos resultados do PISA pa-ra obter melhores resultadosna nossa educação.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

PAULO

SAAB

O MISTÉRIO DE

FERNANDO HENRIQUE

Celso Junior/AE

Fernando Henrique

Um dosgrandes mistériosda campanha

presidencial que elegeuDilma Rousseff e até hojenão explicado é por que oPSDB escondeu, durantea propaganda eleitoral, oex-presidente FernandoHenrique Cardoso.

A derrota, naquelaocasião, do tucano JoséSerra, foi uma espéciede morte anunciada paraos que defendiam ocandidato tucano emface dos equívocos depropaganda, jáesmiuçados após o pleito.

Um deles deixava claroque ao ficar indefinidoentre ser oposição outentar não atacar oentão presidente Lula,que sustentava comseu apoio e a máquinafederal a candidaturaDilma, Serra perdeuvotos de quem deleesperava uma atitude deoposição ao que Lulae o PT representavame representam navida nacional.

Neste quadro, a figurade FHC, que detém aindaum elevado prestígiopolítico, principalmentejunto à classe média,não foi utilizada parapedir votos para ocandidato tucano e aderrota de Serra ocorreusem a participaçãodo ex-presidente nasua campanha.

Ainda hoje em dia,ouso afirmar que as

pesquisas indicariamFHC como o tucano demaior peso, de maisprestígio junto aoeleitorado nacional. Apósdeixar o governo, eleassumiu uma atitudecompatível com suapassagem pelo poder,sempre elegante e ético,preservando a figura deex-presidente daRepública. Até osadversários políticosreconhecem essesatributos no tucano.

A campanha municipalvem se aproximando eSerra é novamentecandidato do PSDB aoposto de prefeito dacapital paulista. EstaráFHC presente desta vez?É verdade que se trata deum pleito municipal. Oenvolvimento– comosempre, até o pescoço –do ex-presidente Lula emfavor dos candidatos quetira da cartola, comoocorre novamente emSão Paulo (e em outrosestados/capitais) dá àeleição um caráter maisamplo, onde já se jogamas fichas das sucessõesaos governos estaduais e

à própria presidência daRepública, para onde Lulaquer voltar em 2014.

Sabe-se que FHC nãotem mais essa pretensão.Poderia até ter, apesarda idade. O tucanato nãoconseguiu produziraindanenhum candidatoque tenha o estofopolítico/eleitoral de FHC.Este, porém, temdiscernimento, bomsenso e – ao contrário demuitos por aí, quevestiram a faixa depresidente e nãodesistem de se manterprotagonistas (Collor,Sarney e o próprio Lula) –sabe o que cabe a um ex-presidente da República.

Do alto de sua posiçãode estadista, FHC se

deu ao direito de opinarsobre o governo Dilma,em entrevista ao jornalespanhol El País, ao qualdisse crer que "Dilma éuma pessoa íntegra,embora tenha tido ummomento mais difícil queo do presidente Lula,como foi também o meucaso. Ela terá de tomarmedidas rápidas eprofundas. Lula governouem condições favoráveis,e este não é o caso dela".

FHC disse tambémque Lula, na verdade,aprofundou o que foifeito em seu governo,"ainda que anos antestenha se oposto atudo o que fizemos".

Tem peso ainda apalavra de FHC.

E fica a questão colocadapara as eleições desteano. Em meio ao"mensalão" e a tantasdenúncias e falcatruasque envolvem o governofederal desde o início daera Lula, com o ex-metalúrgico querendo atodo custo a vitória doPT em São Paulo – eimpedir, como ele mesmodisse, a volta de umtucano ao Planalto em2014 –, ficaránovamente FernandoHenrique Cardosofora da campanhaeleitoral? Por quê?

PAU LO SAAB

É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

Peru, Equador e Venezuela.

Não seria melhor usar osresultados do teste pa-ra verificar o que há de

errado com o ensino em nossaregião? Foi o que fez a Alema-nha ao descobrir, no teste PI-SA 2000, que seus alunosapresentavam desempenhoabaixo da média. Desde en-tão, foi possível um grandeprogresso na qualidade daeducação alemã a partir dodiagnóstico obtido com o tes-te. Não deixa de ser curiosoque o PISA mostrou que o Bra-sil, o Chile e o México, na Amé-rica Latina, estão entre os paí-ses com maiores ganhos apartir de níveis muito baixosde qualidade da educação –embora não se julgue o tes-te relevante para nossoentorno.

A grande valia do PI-SA é mostrar os casosde sucesso e inspiraros sistemas nacio-nais de educação apossibilitar que ose s t u d a n t e saprendam mais,os professorese n s i n e m m e-lhor e o siste-ma educacio-nal se tornemais eficaz.

Certas ca-racte r íst i-cas dos ca-sos de su-cesso sãocomuns apaíses comd i s t i n ta sh i s t ór i a s ,culturas etraje tóriasde desen-v ol vi me n-to econô-

terça-feira, 12 de junho de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião REVOLUÇÃO VIA TWITTER OU FACEBOOK É APENAS O COMEÇO DO PROCESSO DEMOCRÁTICO.

O Facebook encontraa política convencional

THOMAS L.FRIEDMAN

Eu tinha acabado departicipar de um de-bate sobre a Turquia ea Primavera Árabe du-

rante uma conferência regio-nal aqui em Istambul e, quandoestava indo embora, uma jo-vem egípcia me abordou. "Se-nhor Friedman, posso lhe fazeruma pergunta? Em quem devovotar?". Indaguei: você estáme perguntando sobre Obamae Romney?".

Não, ela explicou. Era so-bre sua eleição egípcia destasemana que estava indagan-do. Dever ia e la votar emMohamed Morsi, o candidatoda Irmandade Muçulmana Is-lâmica, ou em Ahmed Shafiq,um general reformado queatuou como o último primei-ro-ministro de Hosni Muba-rak e está concorrendo comoum candidato do Estado dedireito secular?

Meu coração se solidarizoucom o dela. Como os ativistasegípcios pró-democracia di-zem, é como ter de escolherentre duas doenças. É muitotriste que, 18 meses apósuma revolução democrática,os egípcios tenham ficadoapenas com a escolha entreum candidato ancorado em1952, quando os militares doEgito assumiram o poder, eum candidato ancorado em622, quando o profeta Mao-mé criou o islamismo.

O que houve com a "Revolu-ção do Facebook"? Aliás, o Fa-cebook está tendo uma faseruim – no mercado de ações eno de ideias. Como um amigoegípcio observou, "o Facebo-ok realmente ajuda as pes-soas a se comunicarem, masnão a colaborarem". Não hádúvida de que o Facebook aju-dou certa classe de egípcioseducados a espalhar a palavrasobre a Revolução Tahrir. Omesmo para o Twitter. Mas, nofim das contas, a política sem-pre surge com duas caracte-rísticas bem antigas: lideran-

ça e a capacidade de conse-guir fazer coisas.

E quando chegou esse mo-mento, tanto o Exército egíp-cio quanto a Irmandade Mu-çulmana, dois antigos movi-mentos de "tijolo e cimento",estavam bem mais adaptadosdo que a geração Facebook deprogressistas seculares e islâ-micos moderados – cujos can-didatos somados tiverammais votos do que Morsi e Sha-fik juntos no primeiro turno,mas fracassaram em chegarao turno decisivo porque divi-diram os votos entre candida-tos que não se aglutinariam.

Sem dúvida, o Facebook,o Twitter e os bloguessão de fato instrumentos

revolucionários de comunica-ção e expressão que trouxe-ram à cena tantas vozes novase entusiasmadas. No seu me-lhor, eles estão mudando a na-tureza de comunicação políti-ca e das notícias. Mas, no seupior, podem se tornar substi-

tutivos viciantes à ação deverdade. Veja-se o quantotem se escutado recentemen-te: "Oh, eu tuitei sobre isso"ou: "Eu postei isso em minhapágina do Facebook".

Foi mesmo? Na maioria doscasos, isso é tão impactantequanto disparar um morteiropara a Via Láctea. A não serque você saia do Facebook ediscuta face a face com al-guém, você não terá agido defato. E, como o regime crimi-noso da Síria também está noslembrando, o "bangue-ban-gue" esmaga o "piu- piu" todosos dias da semana.

Comentando sobre os in-crivelmente corajososrebeldes da geração Fa-

cebook, o cientista políticoFrank Fukuyama escreveu re-centemente: "Eles consegui-ram organizar protestos e de-monstrações, e muitas vezesagiram com coragem impru-dente para mudar o antigo re-gime. Mas não conseguiram

se unir em torno de um únicocandidato, e depois se engaja-rem em um trabalho lento, en-fadonho, cansativo, de orga-nizar um partido político queconseguisse disputar umaeleição, distrito por distrito. OFacebook, ao que parece, pro-duz um clarão forte e ofuscan-te, mas não gera calor duranteum período suficiente paraaquecer a casa".

Vamos ser justos. Os jovensda Tahrir estavam lutandocontra duas redes de cliente-la bem enraizada. Eles tive-ram pouco tempo para criarredes populares em um paístão grande quanto o Egito. Di-to isso, porém, eles poderiamter aprendido sobre liderançae a importância de fazer ascoisas estudando um partidoislâmico da Turquia, o Justiçae Desenvolvimento, conheci-do como AKP, que governaaqui desde 2002, vencendotrês eleições consecutivas.

O que até mesmo os maiorescríticos do AKP vão reconhecer

é q u e , e muma déca-da, ele trans-f o r m o u aTurquia emuma potên-cia econômi-ca, com a se-gunda taxade c resc i-m e n t o d omundo, sóp e r d e n d opara a China.E ele fez issoliberando aenergia deseu povo –c o m u m aboa adminis-tração eco-nômica e umsistema desaúde uni-versal refor-mado, remo-vendo obs-t á c u l o s e

criando incentivos para negó-cios e investimentos estrangei-ros, e construindo novos aero-portos, ferrovias, rodovias, tú-neis, pontes, redes sem fio e sa-neamento por todo o país.

Uma jornalista turca quedetesta o AKP me con-fessou ter desejado que

o partido tivesse vencido aseleições municipais em sua ci-dade, porque sabia que ele te-ria melhorado a vizinhança.Mas eis o problema: o primeiro-ministro impressionantementeeficiente do AKP, Recep TayyipErdogan, tem sido eficiente nãosó em construir pontes, mastambém em eliminar qualquerJudiciário independente na Tur-quia e em intimidar a imprensaturca para que não haja maisfreios e oposições aqui.

Com o declínio econômico daUnião Europeia, os esforços in-terrompidos da Turquia para setornar membro da UE e a neces-sidade dos EUA em ter a Tur-quia como um aliado para vigiar

o Iraque, o Irã e a Síria, tambémnão há obstáculos ao crescenteautoritarismo do AKP. (Erdogananunciou de improviso, na se-mana passada, que ele preten-de aprovar uma lei restringindoseveramente o aborto.)

Assim muitas conver-sas que mantive comturcos aqui termina-

ram com alguém me dizendo:"Só não diga meu nome. Elepode ser muito vingativo". Is-so parece a China. E isso não ébom. Se a "sultanização" daTurquia feita por Erdogancontinuar desenfreada, elavai macular sua marca real-mente significativa e certa-mente vai acabar prejudican-do a democracia turca.

Também será ruim para a re-gião – porque seja quem for queganhe a eleição no Egito, quan-do for procurar um modelo paraseguir, encontrará a União Eu-ropeia aos tropeços, o governoObama dando passe livre paraErdogan e a Turquia prosperan-do sob um sistema que afirma:dê crescimento ao povo e, gra-dualmente, você conseguirárestringir as instituições demo-cráticas e impor a religião oquanto você quiser.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

NICHOLAS

D. KRISTOF

OS MERCADOSE A ÉTICA

Preocupa você ofato de que um cassinoonline tenha pago a

Kari Smith, uma mulher deUtah que precisava dedinheiro para a educaçãodo filho, US$ 10 mil paraela tatuar na testa o websiteda companhia? Ou queo Projeto Prevenção,uma instituição filantrópica,pague US$ 300 a mulheresalcoólatras ou viciadasem drogas para seremesterilizadas ou paraque se submetam àcontracepção permanente?Fato: cerca de 4.100mulheres toparam a oferta.

Michael Sandel, oteórico político de Harvard,cita outros exemplosem What Money Can’t Buy("O Que o Dinheiro não PodeComprar"), seu novo livroimportante e reflexivo. Eleafirma que nos últimos anosestamos caindo, sem muitareflexão, em confiar tantonos mercados de umaforma que mina a justiçade nossa sociedade.Esse é uma das batalhasfundamentais neste ano decampanha eleitoral. Muitosrepublicanos, incluindoMitt Romney, têm uma féprofunda na capacidade domercado "laissez-faire"em criar soluções ótimas.

Há algo de normal nessa fé

porque os mercados, defato, tendem a sereficientes. As taxas depoluição são consideradasmuitas vezes preferíveisa regulamentaçõesrígidas sobre poluentes.Talvez também façasentido vender publicidadenos ônibus públicos,talvez até mesmo vendero direito de batizar asestações de metrô.

Oquanto, porém,desejamos continuar

neste caminho? É corretoque os prisioneiros de SantaAna, Califórnia, possampagar US$ 90 por noite paraobter uma cela melhor emais limpa? Os EstadosUnidos deveriam realmentevender vistos de imigração?Um investimento deUS$ 500 mil feito por umestrangeiro garante odireito à imigração.

Massachusetts deveriater seguido adiante com suaproposta de vender o direitode batizar seus parquesestaduais? O The BostonGlobe questionou em 2003se o Walden Pond poderiase tornar Wal-Mart Pond.As cidades pobres deveriamaceitar viaturas policiaispraticamente grátis, masque viriam com publicidadenas laterais? Esse acordo

foi negociado e, por fim,fracassou. Mas ao menosuma cidade vende espaçopara anúncios em suasviaturas policiais.

"A comercialização detudo significa que os ricos eas pessoas com meiosmodestos têm vidas cadavez mais separadas",escreve Sandel. Vivemos,trabalhamos, fazemoscompras e nos divertimosem locais diferentes. Nossascrianças vão para escolasdiferentes. Pode-se chamarisso de camarotizaçãoda vida americana." Isso nãoé bom para a democracianem uma forma satisfatóriade viver. Queremos umasociedade onde tudo está à

venda?", indaga ele. Ouexistem certos bens moraise cívicos que os mercadosnão conseguem honrare que o dinheiro nãoconsegue comprar?"

Essa questão toca oâmago da justiça nos

Estados Unidos. Temos tidorecentemente muitosdebates sobre adesigualdade econômica,mas quase nenhumadiscussão sobre a formacomo a propagação dosmercados alimenta umadesigualdade mais amplae sistêmica. Pomos, éclaro, alguns limites nosmercados. Não possocomprar o direito de

arrancar a sua perna paraminha diversão. Americanosnão têm permissão devender sangue, mas(talvez erroneamente) nãopermitimos o comércio derins e outros órgãos mesmoque eles provavelmentesalvem vidas.

Os ricos podem,de fato, comprar acesso aopresidente indo a um jantarpor US$ 40 mil, mas nãoconseguem comprar umaMedalha da Liberdade. Umagrande doação políticaàs vezes pode comprar umaembaixada, mas nãoem um país importante.

Onde colocar as linhasque limitem o papel

dos mercados não está claropara mim, mas tenhotoda certeza de que já asultrapassamos bastante.Fico ofendido quando ogoverno leiloa o direito depôr nomes em bens públicosou vende acesso especial –mesmo que somentepara pistas mais rápidas emuma rodovia ou celasmelhores numa prisão.

Uma coisa é a DeltaAir Lines ter a primeiraclasse e a econômica. Outrabem diferente é o governooferecer a primeira classee a econômica para serviçosessenciais fornecidospelo governo.

Onde isso vai parar?Vamos deixar as pessoaspagarem para ter políciae corpo de bombeirospremium? Vamos prosseguircom uma ideia sugeridapelo juiz Richard Posner deleiloar o direito de adotarcrianças? Já temos uma

enorme desigualdade emnosso país: o 1% mais ricodos americanos detém maisriqueza do que os 90% maispobres, segundo o Institutode Política Econômica.Mas ainda temos algumaigualdade diante da lei– a igualdade em nossadignidade básica – e issonão deveria ter preço.

O"fundamentalismode mercado", para usar

um termo popularizadopor George Soros, estáganhando terreno. Ele estárelacionado à glorificaçãoda riqueza nas últimasdécadas, à celebração daopulência e ao surgimentode uma nova aristocracia.

Os fundamentalistas demercado assumem umcritério de darwinismo sociale aceitam que o "laissez-faire" é sempre o melhorsistema. Esse é o dogmaque ajudou a criar adesregulamentaçãobancária e a atual confusãoeconômica. E os queacreditam honestamenteque impostos baixos emercados sem limites sãosempre a melhor opçãodeveriam considerar a ideiade mudar para as áreastribais do Paquistão. Elas sãoum triunfo do governo, comimpostos insignificantes,nenhuma "regulamentaçãopesada" e mercado livrepara tudo, de drogas a AK-47. Se você é apaixonadopor mercados sem limites,é só visitar o Waziristão.

NICHOL AS D. KR I S TO F

É CO LU N I S TA DO NE W YORK TIME

TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

terça-feira, 12 de junho de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mulher de coragem333 Quem vem ao Brasil em julho para o 1ºForum Internacional Tempo de Mulher, eventoorganizado por Ana Paula Padrão em São Paulo,é a política e ativista Fawzia Koofi, primeira vice-presidente do parlamento afegão. Ela já foinomeada uma das 150 Mulhres Mais Corajosasdo mundo deste ano, segundo o site americano

The Daily Beast e deverá concorrer à presidência de seu país em2014. Mais: está escrevendo um livro, onde contará a dificuldadede crescer numa nação conhecida como o pior lugar do planetapara ser uma mulher. Quando nasceu foi deixada exposta aosol pela própria mãe para morrer – e sobreviveu.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Quem diria: funcionários doItamaraty estão arregaçando ospunhos de renda para reivindicarmelhores salários. Eles estãobatalhando por um aumento, as

possibilidades são remotas e, para protestar, eles resolveram chamara atenção de um jeito especial. Pelo menos duas vezes por semana,em pleno expediente, tiram da gaveta ou dos bolsos seus apitos epartem para um colossal apitaço, que acaba com a paz de qualquerdelegação estrangeira que esteja passando por lá. Em média, cadaapitaço pode demorar cinco minutos – o que é quase de enlouquecer.Mesmo assim, até agora, não conseguiram nada

333 A adolescente desajeitadaque estrelou Romeu e Julietaem 1996, ao lado de LeonardoDiCaprio, virou um mulherão evê sua carreira decolar aos 33

anos. Claire Dunes ganhou o Golden Globe em 2010 interpre-tando Temple Grandin, uma autista numa série de TV e no anopassado, levou outro por Homeland, onde vive uma agente da CIAque acha que um soldado que voltou do Iraque é um terrorista.Agora, ela é capa e recheio da edição russa da Harper’s Bazaar,onde surge em looks ousados e inusitados. Mais: Claire éuma das 100 pessoas mais influentes do mundo da Time.

Agenteda CIA

333 Nem só de Gisele Bündchene Juliana Paes vive o mundo dalingerie nacional: agora, a atrize cantora Emanuelle Araújo éa contratada da Del Rio, outra

marca de intimates, que apresenta até modelos mais surpreen-dentes como bodies metalizados. Aos 36 anos, Emanuelle, quejá fez Cordel Encantado, passou pela série As Brasileiras e estáem Louco por Elas (é Thalita), exibe um corpo e tanto, resultadode alimentação correta, ginástica e, claro, muito trio elétricode vez em quando porque, afinal ninguém é de ferro.

IN OUTh

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Botas de cano mole. Botas de cano duro.

MAIS: logo, contudo, tratoude emendar: "Agora, senão pagar o champanhe,não rola. Está na Bíblia: ohomem é o provedor."

MISTURA FINA

Emoções de agosto333 Agosto, mês escolhido parao julgamento do mensalão, é omesmo do inicio do horáriogratuito de rádio e TV. E claroque é o mês que sempre mexecom a cabeça de todos ossupersticiosos. Para quem gostade alamanque: a erupção doVesúvio que destruiu Pompéiaem 79 d.C. aconteceu emagosto; o suicídio de GetulioVargas, em 1954; a populaçãonas ruas pelo impeachment deCollor em 1992; a renuncia deJânio Quadros em 1961; e por aívai. Do jeito que se vislumbra,esse agosto que está chegandotambém pode ficar na história.

EM ALTA333 O prestigio do presidentedo Banco Central, AlexandreTombini, está cada vez maisem alta no Planalto. É umhomem de números frios,atento a todos os movimentosda economia, não misturapolítica em suas análises e suasprevisões sobre a queda dainflação estão se confirmando.JátodasasprofeciasdoministroGuido Mantega, da Fazenda,sobre crescimento, acabaramsendo mais do que furadas.

Luciana Gimenez, no ar,pergunta a Val Marchiorio que um homem precisater para conquistá-la. Eela: "Caráter e atitude."

Fotos: BusinessNews

Recado bem dado333 Apesar de todas irregularidades, propinoduto, revelaçõesna CPI, caixa dois e tudo mais, Joesley Batista, do J&F, aindanão desistira de comprar a Delta, até receber um recado curto egrosso do Planalto: se insistisse na transação, perderia todosseus aliados no núcleo central do governo, incluindo o BNDES,que tem 30% do grupo JBS-Friboi. Joesley não pensou duasvezes e tratou de devolver logo a batata quente para FernandoCavendish. Neste ano, a Delta já recebeu R$ 238,8 milhões daUnião e apenas em maio, R$ 55,2 milhões. São pagamentos deobras de manutenção de trechos rodoviários em 18 Estados.

Avesso do avesso333 O homem de marketing doCorinthians, Luis PauloRosemberg, acaba de receber(e gostou muito) nova idéia paraa venda dos naming rights doItaquerão. Todas as investidasfeitas até agora para associar onome de empresa ou produto aonome do estádio fracassaramporque o apelido Itaquerãopegou e será assim que o localserá chamado. A nova idéia viratudo ao avesso: registra Itaquerãocomo nome do Corinthians evende a expressão para clientesdiversos que queiram usar ourotular novos produtos, com ousem o símbolo corintiano junto.

DELÍRIO333 A audiência de Carrosseltem levado diretores do SBTquase ao delírio: há anos, nãoconvivem com um sucessodesses e Íris Abravanel, mulherde Silvio Santos e autora doremake, é tratada como “umanova Ivani Ribeiro”. Os maisantigos fazem uma comparação:sucesso semelhante só nostempos da Casa dos Artistas,copiado do formato do BigBrother, da Endemol, e queacabou rendendo processo.Silvio Santos está tãoentusiasmado que já estáencomendando Carrossel 2 –e da própria mulher.

Casamento blindado333 Filha do bispo Edir Macedo,da Igreja Universal do Reino deDeus e dono da Record, CristianeCardoso, prepara o lançamentode seu primeiro livro. Chama-seCasamento Blindado, entra peloterreno de relacionamentos evariantes e terá prefácio de OscarSchmidt, campeão olímpico debasquete. Oscar também fazpalestras de auto-ajuda, quandocompara sucesso profissional eaté mesmo felicidade conjugal aesporte. Ele é casado há 31 anoscom Maria Cristina e tem dois filhos.

PROTEGIDAS333 O Ministério da Saúde estádistribuindo o primeiro lote de2,2 milhões de preservativosfemininos de um total de 20milhões previstos para serementregues até o final do ano emtodoterritórionacional.Desde1997,quandoaAnvisa–AgênciaNacionaldeVigilânciaSanitáriaaprovou a comercialização dacamisinhafeminina,oministériojá distribuiu às brasileiras 16milhões de unidades.

Beijo na mão333 Com a proximidade dojulgamento do mensalão, aatriz Fernanda Torres, deTapas e Beijos, anda cismadacom um beijo que deu na mão docassado José Dirceu. Quandoexplodiu o escândalo – e elacontou essa história em crônica– passou batida por ele numrestaurante do Rio, onde Dirceualmoçava sozinho. Anosdepois, num evento, quando ocumprimentou de longe, sentiu,mais tarde, as mãos de Dirceu noseu ombro e não resistindo, beijouuma delas. Agora, não sabe o quefazer com a lembrança do smack.

333 O MINISTRO Cezar Pelusocompletará 70 anos no dia 3 desetembro, quando o julgamentodo mensalão, que começa emagosto, ainda estará correndosolto. Aí, ou poderá anteciparseu voto ou será substituídopela presidente Dilma Rousseffem meio ao processo.

333 JOAQUIM Roriz foi governa-dor do Distrito Federal por trêsmandatos, foi ministro daAgricultura e senador: agora,prepara um livro contando sualonga e turbulenta trajetóriapolítica, com direito a umadose de nitroglicerina. Roriznão pretende ser candidato amais nada, mesmo porque estáenfrentando problemas de saúdeque poderão ser agravados.

333 OS MINISTROS PauloBernardo, de Comunicações eGleisi Hoffmann, da Casa Civil,atravessam período de calmaria –e recolhimento. Não são vistosmais juntos, nem em eventospolíticos e tampouco em aconteci-mentos sociais em Brasília ou emCuritiba. Também futuros vôospolítico-eleitorais dos dois,acabaram indo para a geladeira.Torcem para que Dilma se reelejae eles permaneçam nos mesmospostos num segundo mandato.

333 QUEM andou circulandoem São Paulo e foi visto norestaurante Trindade, com doisamigos, foi Pierre Sarkozy, filhodo ex-presidente francês NicolasSakozy. Quem estava por pertoviu Pierre devorar um filé aomolho mostarda, com toquede shoyo, mais batatas fritas.

333 ÚNICO nome nacional comchances de vitória nas eleiçõesmunicipais de Salvador, ACMNeto, líder da bancada do DEMna Câmara, acaba de ganharum reforço na campanha. O ex-jogador Beijoca, ídolo do Bahiae do Flamengo, vai concorrer avereador e tentará atrair maiseleitores para o DEM.

333 ANTONIO Guerreiro,fotógrafo, sessentão e que viveuanos com Sônia Braga (naépoca, ela estava no auge e faziaGabriela na TV), tem seu estúdioe vive mais de portraits deintegrantes de famílias cariocasricas. Ele tem um verdadeirofestival de fotos de Sônia Braga,seminua e agora, resolveuvendê-las a R$ 15 mil cada uma.

As crianças da Nigéria têm duas horas diárias de aula e divi-dem uma cadeira com outras três crianças. Precisam de maisajuda do que a Grécia. CHRISTINE LAGARDE // diretora-gerente do FMI.

Apitaço semdiplomacia

Emanuelle,intimates

CHARGE DO DIA

terça-feira, 12 de junho de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

PEDREIR ABase aliada avaliaque Perillo não vaiter moleza no seudep oimento.

OPÇÕESHá quatro versõespara a venda euma verdadenão esclarecida.

política

CPMI DO CACHOEIRA

Marconi Perillo abre asessão dos governadores

O tucano presta depoimento hoje. Os parlamentares da base se reuniram ontem para traçar umaestratégia, mas o tema que deve prevalecer é a venda da sua casa. Amanhã, Agnelo Queiroz.

Avenda da casa ondefoi preso pela PolíciaFederal (PF) o con-traventor Carlos Au-

gusto Ramos, o Carlinhos Ca-choeira, será o ponto de parti-da para que os integrantes daComissão Parlamentar Mistade Inquérito, a CPMI do Ca-choeira, possam identificar onível de relação entre o bichei-ro e o governador de Goiás,Marconi Perillo (PSDB).

O seu depoimento, marca-do para hoje, é o primeiro en-tre os governadores. O de Ag-nelo Queiroz (PT-DF) está mar-cado para amanhã (leia mais napágina 6) . A convocação dosdois ocorreu em meio a um ra-cha na base aliada. Na oca-sião, a CPMI rejeitou a convo-cação para ouvir Sérgio Cabral(PMDB-RJ). Os peemedebis-tas, aliados dos petistas, arti-cularam os 16 votos pela con-vocação de Agnelo, com apoiodo PP, PR, PSC, PSB, PDT e opo-sição. Votaram contra 12 par-lamentares. O depoimento dePerillo foi aprovado por unani-midade.

Pontos obscuros – O relatorda comissão, deputado OdairCunha (PT-MG), disse que Pe-rillo tem muito a explicar. "Pre-firo não adiantar minhas dúvi-das, mas acho que o depoi-mento será a oportunidade deo governador esclarecer mui-ta coisa, não só em relação àvenda da casa, mas tambémsobre a sua relação com Ca-choeira", afirmou Cunha.

Já o senador Aloysio NunesFerreira (PSDB-SP) defendeuPerillo ao garantir que ele "vaivirar o jogo" ao depor na CPMI."Ele vai ser convincente, elevem reafirmando a mesma se-quência de acontecimentos,não há contradição alguma".

Pontos obscuros – Para o se-nador Randolfe Rodrigues(PSol-AP), Perillo "terá de es-clarecer muitos pontos queainda estão obscuros, pois ahistória da venda da casa nãofecha, com pelo menos trêsversões diferentes".

Randolfe disse também quechegou a ser procurado, na se-mana passada, para um en-contro com Perillo. "Um asses-sor me procurou para umaconversa antes do depoimen-

nião dos deputados e senado-res que integram a comissão,servirá para tentar esclarecero grau de proximidade do go-vernador com Cachoeira.

De acordo com a PF, Perillorecebeu R$ 1,4 milhão de Ca-choeira pela venda da casa enomeou funcionários a pedidodo bicheiro, que comandavaesquema ilegal de jogos. O go-vernador nega qualquer irre-gularidade.

"Pedreira" – Para o vice-presi-

dente da CPMI, deputado Pau-lo Teixeira (PT-SP), o governa-dor de Goiás deverá enfrentaruma "pedreira" na CPMI. Em-bora o PSDB tenha propostoum pacto de não agressão aoPT e PMDB em troca da blinda-gem de Perillo, Teixeira duvi-dou que a ideia ganhe força nabancada do PT.

Estaria pesando contra Pe-rillo a declaração de que espe-ra uma atitude de estadista doex-presidente Luiz Inácio Lula

da Silva. O governador, em re-cente entrevista, disse ter aexpectativa de que Lula nãoguarde contra ele ressenti-mentos da época do escânda-lo do Mensalão. A estratégiade se apresentar "como vítimade revanchismo" contrariou oPT. "Esse discurso não durameia hora na CPMI", assegu-rou Teixeira.

O governador vem insistin-do que é "alvo de perseguiçãopolítica" por "episódios do

passado". Em 2005, no augedo Mensalão, Perillo revelouque havia avisado Lula sobre aexistência do esquema.

O governador tucano disseque vai mostrar e entregar naCPMI os cheques de R$ 1,4 mi-lhão que recebeu na venda dacasa. "Fiz um negócio legíti-mo", insistiu Perillo.

Jantar estratégico – O vice-lí-der do governo na Câmara,deputado Hugo Leal (PSC-RJ),convocou os integrantes daCPMI do Cachoeira que com-põem a base governista paraum jantar, ontem à noite, emsua casa. A intenção é traçaruma estratégia comum entreos aliados do governo DilmaRousseff para o depoimentode Perillo. Na pauta, tambémestará a agenda da semana nacomissão. Já houve três janta-res com esse intuito. Um na ca-sa do deputado Maurício Quin-tella (PR-AL) e dois na residên-cia da deputada Iris Araújo(PMDB-GO).

Presidente reassume – O se-nador Vital do Rêgo (PMDB-PB) reassumirá hoje a presi-dência da CPMI do Cachoeira,depois de passar por um cate-terismo no dia 1º de junho, emSão Paulo. O exame descartoua possibilidade de obstruçãode artérias do coração. Após oprocedimento, Vital tirou cin-co dias de repouso, período noqual a CPMI foi presidida pelovice-presidente Teixeira.

O senador recebeu permis-são para voltar às atividadesparlamentares no dia 7. Comocaiu no feriado, Vital esperoupara retornar ao Congressoontem. A retomada vai ocorrercom o depoimento de Perillo,previsto para começar nestamanhã. (Agências)

to. Coloquei a condição de seruma conversa pública, commais três parlamentares. Oencontro não prosperou".

Grau de proximidade – As di-ferentes versões sobre a ven-da da casa apareceram em no-ta divulgada pelo governador,nos depoimentos dados à CP-MI pelo ex-vereador WladimirGarcez e pelo empresário Wal-ter Paulo Santiago. A apura-ção das circunstâncias em queo imóvel foi vendido, na opi-

Defesa: MarconiPerillo pretende dizer

na comissão que é"vítima de

revanchismo" e quefez um "negócio

legítimo".

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Quatro versões de venda para a mesma casaO imóvel que pertencia ao governador de Goiás tem uma história confusa: ele negociou, alguém pagou, alguém vendeu e Carlinhos Cachoeira morou ali.

Os integrantes daComissão Par la-mentar Mista de In-quérito, a CPMI do

Cachoeira, que investiga asrelações do contraventor Car-los Augusto Ramos, o Carli-nhos Cachoeira, com políticose empresários, deve concen-trar seu foco na venda da casado governador Marconi Peril-lo, que vai depor hoje.

Há quatro versões distintassobre a venda do imóvel. Re-portagem de O Globo de on-tem revelou gravação da Polí-cia Federal entre Cachoeira eWladimir Garcez, apontadocomo um dos principais auxi-liares de Cachoeira e o princi-pal elo do bicheiro com o go-vernador de Goiás.

De acordo com o texto, ocontraventor participou davenda da casa e chegou a or-denar que o dinheiro fosse le-vado para Perillo no palácio dogoverno. Nos diálogos, Garcezdiz que iria se encontrar comJayme Rincón, presidente daAgência Goiânia de Transpor-tes e Obras (Agetop), para tra-tar da venda. Em nota, Perillonegou a intermediação.

As versões sobre a casa:Delegado Mella – O delegado

Matheus Mella disse que a ca-sa foi comprada por Leonardode Almeida Ramos, sobrinhode Cachoeira. Pela venda, Pe-rillo recebeu R$ 1,4 milhão emtrês cheques assinados pelosobrinho, dois de R$ 400 mil eum de R$ 600 mil.

A casa dePerillo: o

imóvel foivendido por

R$ 1,4 milhão,mas pago em

cheque pelosobrinho de

Cachoeira oupelo ex-diretor

da Delta? Ouem dinheiro

por Santiago?

tro da lei e a negociação decla-rada no Imposto de Renda.

No comunicado emitido pe-lo governo de Goiás, "Perillorecebeu e depositou os che-ques nas datas combinadas esó passou a escritura após acompensação dos cheques. Ogovernador não observou onome do emitente, pois a es-critura só seria passada após aquitação. Ele não sabia e nemsabe quem é a pessoa citada",

encerrava a nota.O ex-vereador Garcez – W l a-

dimir Garcez, ex-vereador deGoiânia, confirmou que com-prou a casa para si e que pediudinheiro emprestado para Ca-choeira e Cláudio Abreu. Disseque o dono dos cheques eraAbreu e, depois, como não te-ria condições de quitar a dívi-da, revendeu a casa para Wal-ter Paulo Santiago.

Em depoimento na CPMI,

Garcez contou que "o gover-nador estava vendendo o imó-vel e me interessei pelo negó-cio, mas não tinha dinheiro pa-ra isso. Ele ofereceu por R$ 1,4milhão". Garcez disse que "co-mo ficou com medo de perdero imóvel", pediu dinheiro em-prestado para Cachoeira eAbreu. Segundo ele, os che-ques eram nominais, em no-me do governador. "Cláudioemprestou os cheques", De-

pois, ele teria vendido o imó-vel para Santiago.

Walter Paulo Santiago – Emdepoimento na CPMI, o em-presário afirmou que comproua casa e que pagou em dinhei-ro para Lúcio Fiúza, ex-asses-sor de Perillo, e para Garcez.Após a compra, contou queemprestou o imóvel para Gar-cez que, por sua vez, o cedeu aamiga Andressa Mendonça,mulher de Cachoeira.

O empresário disse que pa-gou R$ 1,4 milhão. "Não pa-guei com cheque. Paguei comnotas de R$ 50 e de R$ 100. En-treguei o dinheiro para Wladi-mir Garcez e Lúcio Fiúza, paraessas duas pessoas", ressal-tou Santiago. Apesar de teradquirido a residência, deixoua casa sob a responsabilidadede Garcez até o final de 2011."Ele pediu a casa para empres-tar para uma amiga. Eu nuncavi essa pessoa", disse.

Primeiro, Santiago se refe-riu a ela como uma "senhora".Quando os parlamentares oquestionaram, Santiago con-firmou que se tratava de An-dressa, a senhora Cachoeira.

Para o relator da CPMI, de-putado Odair Cunha (PT-MG),há uma "nítida contradiçãoentre o que diz Perillo, Garceze Santiago. Alguém nesta his-tória está mentindo", disseCunha. (Agências)

O governador afirmou, emnota, que quem intermediou avenda foi Wladimir Garcez, sóque a escritura saiu em nomede Walter Paulo Santiago. Pe-rillo também garantiu que re-cebeu R$ 1,4 milhão em trêscheques, mas as assinaturasnão eram de Leonardo. Esta-vam em nome de CláudioAbreu, ex-diretor da DeltaConstruções no Centro-Oes-te. Disse que tudo foi feito den-

Fernando Gallo/AE - 02.05.12

Perillo terá deesclarecer muitospontos que estãoobscuros, pois ahistória da vendanão fecha, com pelomenos três versões.

SENADOR RANDOLFE RODRIGUES

Leia mais sobre a CPMI doCachoeira nas páginas 6 e 7

terça-feira, 12 de junho de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

É uma situação gravíssima, um laboratório investigado por fraudes manter relações com um governador.Senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP)política

Amanhã, a vez de Agnelo.O governador do DF vai ter de explicar as ligações com esquema Cachoeira e a mais recente denúncia, a empresa Hipolabor.

Aoposição vai cobraramanhã, na Comis-são Par lamentarMista de Inquérito

do Cachoeira, explicações dogovernador Agnelo Queiroz(PT-DF) sobre suas relaçõescom o laboratório Hipolabor,acusado de sonegação fiscal,lavagem de dinheiro, forma-ção de cartel e falsificação demedicamentos. O objetivo éconvocar pessoas ligadas aopetista e à indústria farmacêu-tica para depor sobre o casoem análise na ProcuradoriaGeral da República (PGR).

Agnelo presta depoimentona CPMI sobre suposta ligaçãode assessores com o esquemado bicheiro Carlos Augusto Ra-mos, o Carlinhos Cachoeira, eum possível tratamento dife-renciado com a Delta. O gover-nador nega as acusações.

Demandas – Como revelouontem o Estado de S. Paulo,grampos obtidos com autori-zação judicial durante a Ope-ração Panaceia, desencadea-

da por órgãos de investigaçãode Minas Gerais, mostram queo laboratório, para acelerardemandas, recorria a Rafaelde Aguiar Barbosa, atual se-cretário de Saúde do DistritoFederal e ex-diretor adjuntona Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) naadministração Agnelo.

Numa das conversas, umdos diretores do Hipolabor,Renato Alves da Silva, pede aum representante da empre-sa em Brasília, Francisco Bor-ges Filho, que acione Barbosapara que ele interfira num dosdepartamentos da agênciaem favor da empresa. BorgesFilho foi chefe de gabinete deAgnelo na Câmara.

Supostos pagamentos – Umaagenda aprendida na opera-ção lista supostos pagamen-tos a Agnelo no valor de R$ 50mil. Segundo o ex-assessorBorges Filho, trata-se de umapromessa de campanha do Hi-polabor ao petista, mas que noentanto não se concretizou. O

líder do PPS na Câmara, depu-tado Rubens Bueno (PR),adiantou que vai propor a con-vocação dos citados na inves-tigação.

A aprovação do requeri-mento é pouco provável, jáque os governistas têm a

gar tudo e a todos. Quando umgovernador chega ao pontoem que chegou, com tantasdenúncias, deveria se licen-ciar do cargo para responder aelas", afirmou Bueno.

Provas – O senador RandolfeRodrigues (PSol-AP) anteci-pou que vai solicitar à força-ta-refa, responsável pela Opera-ção Panaceia, o compartilha-mento das provas. O objetivoé verificar se o suposto esque-ma investigado tem algumaconexão com o caso Cachoei-ra. "É uma situação gravíssi-ma – um laboratório investiga-do por fraudes manter rela-ções com um governador", co-mentou.

A oportunidade – Integranteda CPMI e autor de denúnciascontra o governador do DF, odeputado Fernando Francis-chini (PSDB-PR) disse que odepoimento marcado paraamanhã é uma oportunidadepara o petista explicar as suasrelações com o Hipolabor.

Segundo ele, cabe a quebra

dos sigilos bancários do go-vernador e da empresa paraidentificar eventuais paga-mentos ou contribuições decampanha não declaradas."Logo de cara, vejo indícios detráfico de influência. E, seidentificados depósitos da in-dústria para ele, corrupção",explicou Franceschini.

Trama mineira – Em nota, Ag-nelo negou ter recebido qual-quer repasse do laboratório outê-lo beneficiado. O comuni-cado emitido pelo Palácio doBuriti insinou que as investiga-ções conduzidas em Minas,estado governado pelo PSDB,são uma trama de tucanoscontra o governador do DF.

O deputado federal FábioRamalho (PV-MG), suspeito dereceber pagamentos do Hipo-labor e de intermediar interes-ses do laboratório na Anvisa,admitiu ontem ter atuado jun-to à agência para marcar reu-niões e agilizar processos,mas negou que tenha pratica-do tráfico de influências. (AE)

CPMI DO CACHOEIRA

Agnelo Queiroz: em nota oficial, governadorinsinua que novas acusações seriam uma trama

dos tucanos, porque as investigações foramfeitas a partir de Minas Gerais.

Quando umgovernador chegaao ponto em quechegou, com tantasdenúncias, deveriase licenciar pararesponder a elas.

RUBENS BUENO (PPS-PR)

maioria dos votos e o foco daCPMI são as relações de políti-cos e empresários com o bi-cheiro Carlinhos Cachoeira.

Caso a estratégia não dêcerto, a ideia é chamá-los paradepor nas demais comissõesda Câmara. "Temos de investi-

PGR recebeprovas da PFcontragovernador

Oprocurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel,

recebeu os documentos comas provas obtidas na Opera-ção Panacéia, da Polícia Civilde Minas, relacionadas com ogovernador do Distrito Fede-ral, Agnelo Queiroz (PT).

A operação apurou indíciosde envolvimento de assesso-res de Agnelo com um grupofarmacêutico acusado defraudes, formação de cartel esonegação fiscal.

Agnelo era diretor da Anvisa(Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária) na época. O em-presário Renato Alves da Sil-va, sócio da Hipolabor, tentouagilizar processos de interes-se da empresa junto ao dire-tor-adjunto de Agnelo na Anvi-sa, Rafael de Aguiar Barbosa,hoje secretário de Saúde dogoverno do petista.

Escutas telefônicas feitaspela polícia mostram que Silvapediu a interferência do lobis-ta Francisco Borges, ex-asses-sor de Agnelo na Câmara dosDeputados, para pressionarBarbosa. O deputado federalFábio Ramalho (PV-MG) tam-bém foi acionado pelo grupopara marcar audiências na An-visa.

Gurgel já está analisando osdocumentos e poderá pedirabertura de inquérito ao Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ) seavaliar que as provas são con-tundentes.

O procurador solicitou em24 de abril o compartilhamen-to das provas obtidas pela Po-lícia Civil, o Ministério Públicoe a Receita Estadual de Minas.Isso porque o governador temforo privilegiado e não poderiaser investigado em Minas.

Em nota divulgada ontem,Barbosa afirmou que não au-torizou ninguém a usar o seunome em conversas de qual-quer natureza. "Respondo portudo o que faço e por tudo oque falo. Mas não tenho con-trole nem responsabilidadepelo que terceiros falam ao te-lefone", disse.

O deputado Ramalho confir-mou que agendou audiênciaspara a Hipolabor e mais "duasou três" empresas mineiras naAnvisa. "[A Hipolar] É umaempresa mineira e empregamuitos mineiros. Tenho queencaminhar os pedidos, tudodentro da lei". ( Fo l h a p r e s s )

Deputado admite ajuda aHipolabor, mas nega influência.

Odeputado federal Fá-bio Ramalho (PV-MG)admi t i u on tem te r

atuado junto à Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (An-visa) para agilizar processosdo laboratório Hipolabor, in-vestigado por fraudes, mas aomesmo tempo negou ter prati-cado tráfico de influência emfavor da empresa. Ele disseque jamais recebeu paga-mentos da indústria farma-cêutica e colocou seu sigilobancário à disposição dos ór-gãos de investigação.

Conforme O Estado de S. Pau-lo revelou ontem, a Procura-dor ia Geral da Repúbl ica(PGR) analisa provas do su-posto envolvimento do parla-mentar com o Hipolabor, comsede em Minas Gerais. As in-formações foram obtidas du-rante a Operação Panaceia,

desencadeada no estado poruma força-tarefa integradapor Ministério Público, PolíciaCivil e Receita Estadual, comapoio do Ministério da Justiça eda própria Anvisa

Durante a operação, foramfeitas escutas que indicamque o laboratório encaminha-va demandas ao secretário deSaúde do Distrito Federal, Ra-fael Barbosa, que foi diretoradjunto de Agnelo Queiroz(PT) no órgão. O petista deixoua agência em 2010 para con-correr ao Governo do DistritoFederal.

E-mails apreendidos no anopassado mostram que o gabi-nete de Ramalho intermedia-va interesses do laboratóriona agência. O apelido dele –"Fabinho" – consta de regis-tros contábeis da diretoria dolaboratório, na qual estão lis-tados supostos repasses. Onome e o sobrenome do depu-tado também aparecem emdocumento que relaciona osuposto pagamento de via-gens a ele.

"Nunca recebi nenhum cen-tavo. Não faço nada para nin-guém em troca de dinheiro.Minha consciência está tran-quila", afirmou Ramalho. "Po-dem quebrar meu sigilo ban-cário na hora que quiserem",acrescentou. (AE)

Pedro Taques alertasobre perseguição política

Osenador Pedro Ta-ques (PDT-MT) afir-mou ontem que a Co-

missão Parlamentar Mistade Inquérito, a CPMI do Ca-choeira, não pode ser "ins-trumento de perseguiçãopolítica", como destacou aoG1, numa referência a dispu-ta entre governistas e oposi-ção para ouvir os governado-res Marconi Perillo (PSDB-GO), hoje, e Agnelo Queiroz(PT-DF), amanhã.

"A CPMI é um instrumentopolítico, mas não pode serum instrumento de perse-guição política. Não pode seruma CPMI do PT contra oPSDB ou do PSDB contra o PT.É uma comissão que busca averdade. Se eu entender queos esclarecimentos de Peril-lo não foram suficientes paraafastar as dúvidas, temosoutros meios para chegar aisso", afirmou Taques.

Para Taques, é de interes-se do próprio governador deGoiás falar a verdade em re-lação à venda da casa, quepode ter sido feita por inter-médio do contraventor Car-los Augusto Ramos, o Carli-nhos Cachoeira. Segundo osenador, "Perillo tem inte-resse de revelar de que ma-

neira foi feita a compra destacasa para estancar qualquerdúvida", assegurou.

Donos da CPMI – O senadornão poupou o comando daCPMI, presidida pelo senadorVital do Rêgo (PMDB-PB) erelatada pelo deputadoOdair Cunha (PT-MG). "Nãosei por que Vital não querchegar no presidente afasta-do da Delta, Fernando Ca-vendish. Todos têm que vo-tar e assumir a responsabili-dade. Presidente e relatornão são os donos da CPMI".

Taques defende tambémque a comissão ouça o depoi-mento de Luiz Antonio Pagot,ex-diretor do DepartamentoNacional de Infraestrutura eTransportes (Dnit), que em

entrevistas tem feito acusa-ções contra o PT e o PSDB porsuposto uso do departamen-to para arrecadação de cam-panhas eleitorais em 2010."Eu entendo que a CPMI nãopode fugir do foco, mas a Del-ta é um dos focos e não ouvi-mos o Pagot", disse Taques.

À disposição:"Minha consciênciaestá tranquila", dizdeputado verde deMinas Gerais.

Nunca recebinenhum centavo.Não faço nada paraninguém em trocade dinheiro. Podemquebrar meu sigilobancário.

FÁBIO RAMALHO (PV-MG)

Não sei por quenão queremchegar aopresidenteafastado daDelta, FernandoCavendish.

PEDR O TAQ U E S (PDT-MT )

André Borges/Folhapress - 01.06.12

Gilberto Nascimento/08.06.10

Geraldo Magela/Ag. Senado - 31.05.12

terça-feira, 12 de junho de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Uma série de providências pode advir dessa inspeção [no pagamento de salários dos desembargadores do TJ-SP].Eliana Calmon, corregedora-chefe do CNJ.política

Comissão excluicorrupção do rol dos

crimes hediondos

Acomissão de juristas doSenado que discute mu-danças ao Código Penal

decidiu ontem não incluir a cor-rupção praticada contra a ad-ministração pública na lista decrimes considerados hedion-dos. A sugestão havia sido feitapelo relator, o procurador re-gional da República Luiz CarlosGonçalves, mas não foi acolhi-da pela maioria dos integrantesda comissão.

O co leg iado , con tudo ,aprovou o acréscimo de setedelitos ao atual rol de crimeshediondos: redução análogaà escravidão, tortura, terro-rismo, financiamento ao trá-fico de drogas, tráfico de pes-soas, crimes contra a huma-nidade e racismo.

Atualmente, são conside-rados como hediondos os cri-mes de homicídio qualifica-do, latrocínio, tortura, terro-rismo, extorsão qualificadapela morte, extorsão me-diante sequestro, estupro eestupro de vulnerável, epi-demia com resultado de mor-

te, falsificação de medica-mentos e o tráfico de drogas.

A Lei dos Crimes Hediondosfoi editada em 1990, no gover-no do ex-presidente FernandoCollor de Mello, como respostaa uma onda de violência no es-tado do Rio de Janeiro Na prá-tica, os juristas propuseramincorporar ao Código Penal asmudanças da lei.

Os crimes hediondos sãoconsiderados inafiançáveis enão suscetíveis de serem per-doados pela Justiça. Eles têmregimes de cumprimento depena mais rigoroso que os de-mais crimes, como um tempomaior para os condenados te-rem direito a passarem do re-gime fechado para o semia-berto, por exemplo. Atual-mente é de dois quintos da pe-na para não reincidente e, coma proposta aprovada, seria demetade – para os reinciden-tes, o prazo seria o mesmo, detrês quintos. A prisão tempo-rária é de 30 dias, prorrogá-veis, prazo maior do que nosdemais crimes. (AE)

Fernando Amorim/AE

Alerta: a corregedora-geral do CNJ, Eliana Calmon, determinou verificação diretamente no Tribunal de Justiça paulista.

CNJ vai inspecionar contasde desembargadores em SPDireção do TJ pode ser responsabilizada se comprovadas irregularidades nos pagamentos a magistrados

AAc or re ge d or a- ge ra ldo Conselho Nacio-nal de Justiça (CNJ),Eliana Calmon, afir-

mou ao portal G1, ontem, quedeterminou uma verificaçãoaprofundada, a ser feita in lo-co, em julho, na folha de paga-mentos do Tribunal de Justiçade São Paulo (TJ-SP).

Os juízes do CNJ, destacou acorregedora ao portal, irãoaproveitar o exame para veri-ficar se há irregularidades naquitação de subsídios e bene-fícios a juízes, desembargado-res e servidores da Justiça deSão Paulo. Entre os alvos dosauditores estarão os supostospagamentos com uma corre-ção inflacionária irregular.

O tribunal paulista é suspei-to de irregularidade no paga-mento de benefícios de magis-trados desde o fim do ano pas-sado.

Segundo reportagem publi-cada ontem pelo jornal Fol h ade S. Paulo , a nova direção doTJ-SP manteve o pagamentode dívidas com juros dobradosa desembargadores que ti-nham pendências trabalhis-tas com o tribunal.

Novo atrito – Em vez de apli-car correção de 0,5% sobre aspendências, como determinaa legislação estadual de São

Paulo, o tribunal vem quitandoas dívidas com acréscimo dejuros de 1% ao mês. O presi-dente do TJ-SP, Ivan Sartori,disse que está agindo para re-solver a questão.

"Se forem identificadas irre-gularidades podemos fazerrecomendações e abrir pro-cessos para apurar responsa-bilidades da-queles que es-tão na chefia.Uma série dep ro v i dê n c ia sp o d e a d v i rdessa inspe-ção", alertouEliana, apósevento sobrem u t i r ã o d econciliação doS i s t e m a F i-nanceiro deH a b i t a ç ã o(SFH).

A retomada da verificaçãonos arquivos do TJ-SP se darásete meses após o ministro Ri-cardo Lewandowski, do Su-premo Tribunal Federal, tersuspendido, por meio de umaliminar, as investigações doCNJ em 22 tribunais do País.

Em dezembro de 2011, trêsentidades representativas demagistrados alegaram ao STFque o órgão teria efetuado a

quebra de sigilo de mais de200 mil magistrados, servido-res e familiares.

Em março, contudo, o minis-tro do Supremo Luiz Fux auto-rizou que o CNJ retomasse asinspeções nos tribunais desdeque as informações sigilosas eos dados fornecidos pelo Con-selho de Controle de Ativida-

des Financei-ras (Coaf) fos-sem excluídosdas investiga-ções.

P e r t o d op r a z o p a r adeixar a corre-g e d o r i a d oC N J , E l i a n aCalmon deci-diu finalizar otrabalho de-f l ag rado noano passado –o mandato de-

la se encerra em setembro,quando deverá ser substituí-da por Francisco Falcão, queainda será sabatinado peloSenado.

A magistrada explicou que,mesmo com o aval do STF pararetomar as apurações, haviadecidido esperar que a própriadireção do TJ-SP investigasseas supostas fraudes antes devoltar às inspeções.

"Quando a liminar caiu, sur-giu a informação de que eles(TJ-SP) haviam feito um levan-tamento. Achei melhor, antesde ir lá, deixar eles próprios to-marem as decisões", contou.

Padrão Simba – O MinistérioPúblico de São Paulo e a Re-ceita Federal estão desenvol-vendo um programa que vaipermitir a promotores e pro-curadores acesso em temporeal à evolução patrimonial erendimentos auferidos poragentes políticos e servido-res públicos sob suspeita deimprobidade e corrupção.

O novo aliado da promotoriapõe fim a um obstáculo histó-rico: o marasmo na análise dedocumentos fiscais sobrebens e valores declarados porinvestigados. A parceria com aReceita, antiga meta da Pro-curadoria-Geral de Justiça, se-guirá o padrão Simba – Siste-ma de Investigação de Movi-mentações Bancárias, diz oprocurador-geral, Márcio EliasRosa. Por meio do Simba, ado-tado em 2011, autoridadestêm acesso online a informa-ções repassadas por institui-ções financeiras.

Para Elias Rosa, a parceriacom o Fisco dará eficácia à Lei8.429/92, a Lei de Improbida-de Administrativa. (Agências)

Prisão de Cachoeiraleva crise e desânimo

a Anápolis

Em Anápolis, 50 quilô-metros ao norte deGoiânia e 150 ao sul

de Brasília, a queda nasvendas do comércio nãocostuma ser associada àcrise na Europa. Nas ruas elojas da mais dinâmicaeconomia do Centro-Oes-te, a crise é chamada deCarlinhos Cachoeira. Foi apartir da prisão, em feve-reiro, de Carlos AugustoRamos, contraventor quecomeçou seus negócios naárea de jogos eletrônicosda cidade, que o desânimodos 5 mil comerciantes elojistas aumentou.

"É só soltar o Cachoeirapara o dinheiro voltar", dizSebastião Carlos do Couto,dono de uma banca deDVDs na Avenida Brasil,uma das principais. "Parecebrincadeira, mas a crise doCachoeira deu uma balan-çada. O pessoal está cisma-do. Acabaram os bares quetinham máquina de jogos ederrubaram os empregos",relata. Ele diz que vendiaantes da crise cem DVDs.Agora, vende 40.

A Câmara dos DirigentesLojistas de Anápolis regis-tra uma queda de cerca de30% nas vendas nos últi-mos três meses em relaçãoao mesmo período do anopassado. Ninguém se arris-ca a associar esse porcen-tual de queda ao caso Ca-choeira, mas o sentimentona cidade de 350 mil habi-

tantes está mais perto deum problema local que re-sultado de uma conjunturainternacional.

"Após a crise política, aspessoas ficaram com me-do de gastar", diz o comer-ciante Reginaldo Regis,dono de uma loja de má-quinas de costura na cida-de. "O caça-níquel davaemprego, movia a econo-mia. Agora, queira ou não,o comércio de Anápolis ede toda as cidades próxi-mas caiu", avalia ele.

Apreensões – Nos primei-ros dias após a prisão de Ca-choeira, a Polícia Civil deGoiás apreendeu 1.801 má-quinas caça-níqueis emAnápolis e nas cidades vizi-nhas. Açougues, padarias,salões de beleza tinhamsuas despesas de aluguel,água e luz pagas pelas má-quinas, que ficavam escon-didas nos fundos das lojas.Os comerciantes ficavamcom 10% a 15% da arreca-dação das máquinas. Amaioria se acomodou.

Empresários da regiãoacreditam que a crise políti-ca, mesmo que atinja ape-nas os comerciantes, aindadeverá trazer mais desgas-te para a imagem de Anápo-lis. Embora a CPMI do Ca-choeira não avance nas in-vestigações da PF, os em-presários dizem que ainda éincerta a situação do gover-no do Estado, por exemplo,nesse processo. (AE)

Divulgação

Henriette Krutman: definição evita prescrições de crimes.

Mensalão: grupos aprovamdata de julgamento.

Os grupos sociais decombate a corrupção,na internet e em pas-

seatas públicas, ficaram satis-feitos com a definição do dia 1ºde agosto como a data de iní-cio do julgamento do Mensa-lão, conforme divulgou na se-mana passada o ministro Car-los Ayres Britto, presidente doSupremo Tribunal Federal(STF). "No quadro geral deatrasos, isso evitou a prescri-ção de muitos crimes, e coinci-diu com o período eleitoral,dando maior repercussão aocaso", crê a advogada Hen-riette Krutman, do grupo Que-remos Ética na Política.

"Mesmo não estando pre-sente à sessão, o ministro Ri-cardo Lewandowski, revisordo processo, confirmou a da-ta", exulta Marcelo Medeiros,à frente do grupo 31 de julho.Com um abaixo assinado de28 mil assinaturas online, e12 mil no papel, ambos já es-t iveram em Brasí l ia parapressionar o STF pelo iníciodo julgamento.

"Depois de inteirar-se doprocesso, o relator define seuvoto e o entrega ao revisor,que o despachará à mesa parajulgamento, quando tambémjá houver deliberado o seu",explica Francisco Olavo Gui-marães Peret, desembarga-dor do Tribunal de Justiça de

São Paulo (TJ-SP). Mas essesvotos só vê a público no finaldo julgamento. "O primeiro aproferir o voto é o relator, se-cundado pelo revisor; e daí se-guem a ordem crescente detempo de serviço no cargo",enumera. No caso do STF, por-tanto, o primeiro será o minis-tro relator, Joaquim Barbosa,seguido do ministro revisor,Ricardo Lewandowski, e, en-tão, a mais nova ministra, Ro-sa Weber, finalizando com oministro mais antigo, Celso deMello. A praxe concede ao ve-terano o "voto de Minerva". Seo plenário for composto de umnúmero par de ministros, oempate absolve o réu.

O procurador-geral da Re-pública, Roberto Gurgel, terá5 horas para expor as provasda acusação, na abertura dojulgamento, e os advogadosde cada réu 1 hora para suasdefesas.

A possibilidade de ocorre-rem nulidades, atrasando pro-cessos com um número eleva-do de réus, como é o do Mensa-lão, é quase certa: "Generica-mente, pode haver alegaçõesdos defensores de que 1 hora épouco a defesa, ou de que al-guma testemunha não foi ou-vida", exemplifica Peret.

"É possível que ocorramprescrições, em condena-ções a penas mínimas", dizele. Nesse caso, alguns acu-sados estarão livres e aptos ase candidatar.

Se foremidentificadasirregularidadespodemos fazerrecomendações eapurarresponsabilidades.

ELIANA CALMON, CORREGEDOR A.

Armando Serra Negra

terça-feira, 12 de junho de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A administração das obras no Rio passa segurança no cumprimento dos prazos.Aldo Rebelo, ministro do Esportepolítica

Ruralistas querem mediação de MendesNovo líder da bancada insiste na presença de ministro da Agricultura como porta-voz junto ao Planalto nas negociações da MP que altera o Código Florestal.

Onovo líder da ban-cada ruralista, o de-putado Homero Pe-reira (PSD-MT), dis-

se ontem que o grupo vai "in-sistir" para que o ministro daAgricultura, Mendes Ribeiro,continue como interlocutorjunto ao Planalto nas negocia-ções da medida provisória quealtera o Código Florestal.

Segundo o porta-voz da Pre-sidência, Thomas Traumann,a presidente Dilma Rousseffdesautorizou o ministro a ne-gociar mudanças na MP.

Dilma decidiu mandar abronca ao ministro pela im-prensa para mostrar o quantoficou irritada com declaraçõesdele sobre possível flexibiliza-ção do texto encaminhado pe-lo governo ao Congresso.

Para o governo, a fala do mi-nistro pode prejudicar a defe-sa da manutenção pelo Con-gresso do que foi editado peloExecutivo, como as faixas derecomposição de APPs (Áreasde Preservação Permanente)desmatadas à beira de rio.

Apreensão – Pereira, que as-sume oficialmente a bancadaamanhã, minimizou o caso,mas reconheceu que o desen-tendimento causa "apreen-são" na bancada: "A presiden-te está dizendo que o assuntoestá no Congresso (...) Na es-fera do Executivo, o assuntofoi encerrado com a edição doministério. Voltou a bola parao Congresso, nesse momentosão os parlamentares que vãoter que se entender".

Pereira também reforçou opapel do ministro para a ban-cada. "A porta de entrada dasdemandas (da bancada) é oministro, vamos insistir quefaça essa interlocução".

A MP que traz alterações noCódigo Florestal sancionadono mês passado com 12 vetosda presidente – ela restaurou otexto do Senado, que afirmaque o objetivo da lei é protegeras florestas nativas – começaa ser analisada esta semanapor uma comissão mista doCongresso controlada pormaioria ruralista. Foram apre-sentadas 696 emendas comsugestões de mudanças.

Consenso – Pereira pregamais diálogo e um "consenso"entre produção e proteçãoambiental. Defende expres-samente a mudança do artigo

da existam parlamentaresque defendem o enfrenta-mento com o governo, como ogrupo que, semana passada,entrou com mandato de segu-rança contra a MP no SupremoTribunal Federal.

Pacto – Para o deputado, nasnegociações sobre o CódigoFlorestal ainda é possível um"pacto da sustentabilidade",que consiga conciliar desen-volvimento e preservação.

Pereira afirmou que um dospontos de consenso na banca-da ruralista em relação ao tex-to do Palácio do Planalto se re-fere aos princípios listados noartigo 1º, "pois dão margem ainterpretações subjetivas dosmagistrados". Ele diz que a MPé injusta com os médios pro-dutores rurais, que perderãoparte da área para fazer re-composição.

Metas – Além das questõestrabalhistas, como as denún-cias de trabalho e fundiárias –caso da restrição às comprasde terras por estrangeiros edemarcações de reservas in-dígenas – uma das prioridadesda gestão de Pereira na FPA é aquestão do endividamento,que se arrasta desde a criseagrícola de 2004 e 2005.

Pereira afirmou que a situa-ção geral da agricultura é boa,graças à recuperação dos pre-ços, mas há "bolhas de endivi-damento" que somam R$ 20bilhões, decorrentes das com-pras de máquinas agrícolas.

O relator da MP do novo Có-digo , senador Luiz Henrique(PMDB-SC), marcou para 4 dejulho a entrega de seu parecerpara que o governo defenda otexto de Di lma durante aRio+20. A votação seria em 10de julho. (Agências)

primeiro do código estabeleci-do pelo governo e defendetambém mudanças na cha-mada PEC (Proposta de Emen-da Constitucional) do trabalhoescravo, para deixar claro oque pode classificar clara-mente essas situações.

A discussão dos vetos e dasmodificações de Dilma no tex-to do Código Florestal é um dosprincipais desafios do deputa-do no comando da FPA – comcerca de 230 parlamentares.

Ele disse que buscará o diá-logo com o governo para acor-do em relação aos temas maispolêmicos, embora na banca-

Sergio Lima/Folhapress - 25.05.12

Mendes Ribeiro: suas declarações sobre flexibilização do texto do governo irritaram a presidente Dilma.

A porta de entradadas demandas[da bancada] é oministro, vamosinsistir para queele faça essainterlocução.

HOMER O PEREIR A

COPA 2014

Mais R$ 200 mihões para o MaracanãAo todo, a verba disponibilizada pela União é de R$ 600 milhões, informou ontem o vice-governador do Rio.

Com 56% da reformaconcluída para a Copado Mundo de 2014, o es-

tádio do Maracanã receberáesta semana financiamentode mais R$ 200 milhões do go-verno federal por meio do Ban-co do Brasil. O valor disponibi-lizado pela União é de R$ 600milhões, informou ontem o vi-ce-governador do Rio de Janei-ro, Luiz Fernando Pezão.

O estádio, palco da final daCopa do Mundo e também daCopa das Confederações de2013, tem exatamente umano para ficar pronto antes dereceber o torneio preparatóriopara o Mundial – de 15 a 30 dejunho de 2013.

Do orçamento total – R$ 859milhões para a reforma com-pleta do estádio –, R$ 400 mi-lhões virão do BNDES, en-quanto outros R$ 200 milhõesserão disponibilizados peloBanco de Desenvolvimentoda América Latina (CAF) e osdemais R$ 59 milhões, do cai-xa do governo estadual, pro-prietário do estádio e respon-sável pela obra.

"A presidente Dilma vem naquarta-feira assinar esse em-préstimo histórico. É o primei-ro banco público a fazer em-préstimo a um ente federativonestes parâmetros de paga-mento, com juros baixos, cin-co anos de carência e 20 anospara pagar", disse Pezão a jor-nalistas que acompanharam avisita ao estádio, ontem, juntocom o ministro do Esporte, Al-do Rebelo.

Segundo Pezão, ao todo,oBanco do Brasil deve liberarR$ 3,6 bilhões para obras fe-derais no Rio de Janeiro visan-do a Copa do Mundo de 2014 eos Jogos Olímpicos de 2016.

A previsão do governo doestado é de que até o fim domês mais 4% da moderniza-

ção estejam prontos.Acertos finais – Segundo Pe-

zão, os últimos ajustes para aconclusão da reforma do Ma-racanã ainda dependem daescolha do gramado para ocampo do estádio – ainda emdiscussão com a Federação In-ternacional de Futebol (Fifa) –,do modelo de iluminação e dascadeiras a serem instaladas.

A reforma do estádio já foiparalisada algumas vezes de-vido às greves e, neste ano, aconstrutora Delta Engenhariasaiu do consórcio que atua nasobras depois de ver seu nomearrastado com o escândalo daCPMI do contraventor Carli-nhos Cachoeira.

Desafios – Apesar das esta-t íst icas indicarem que asobras estão prontas em maisda metade, os desafios reaispara o estádio ser concluído atempo para a Copa das Confe-derações, em junho do anoque vem, ainda parecem sergrandes.

Entre outros problemas aserem resolvidos, que foramdetectados na visita de on-tem, estão a colocação de

uma imensa estrutura para acobertura do estádio (umasdas maiores do mundo emárea), a instalação das arqui-bancadas e as obras dos arre-dores, incluindo o estaciona-mento.

Mesmo assim, o ministro doEsporte elogiou o andamento

visíveis os avanços. Hoje te-mos 54% de conclusão e, até ofinal deste mês, é provávelque nós nos aproximemos dos60% de conclusão".

Tranquilo – O ministro afir-mou que "a administração dasobras no Rio de Janeiro passa asensação de segurança" nocumprimento dos prazos.

Ele também avaliou que a ci-dade estará pronta para rece-ber a Copa das Confedera-ções, levando-se em contaque o estádio terá suas obrasconcluídas até o dia 28 de ja-neiro do ano que vem.

"O acompanhamento do go-verno do estado nos dá a segu-rança de que não só o Maraca-nã, mas as seis obras de mobi-lidade urbana, as obras do ae-roporto, de tráfego e do porto,estarão prontas para Copa de2014, e a do Maracanã, para aCopa das Confederações",constatou o ministro.

As próximas cidades quevão receber a visita do minis-tro do Esporte para vistoriadas obras para a Copa do Mun-do são, respectivamente, Cu-ritiba e Porto Alegre. (ABr)

Otimismo: emvisita às obras

do estádiocarioca, o vice-

governadorPezão e o

ministro doEsporte, Aldo

Rebelo (direita)acreditam que

prazos serãocumpridos.

As obras evoluírambastante nessestrês meses. Hojetemos 54% deconclusão. Até o fimdo mês, é provávelque teremos 60%.

ALDO RE B E LO

na implantação dos equipa-mentos para Copa de 2014 noRio de Janeiro.

Rebelo, que já tinha visitadoo estádio em março, destacouo empenho do estado em cum-prir o cronograma dos traba-lhos: "As obras evoluíram bas-tante nesses três meses, são

Ministro Gastão Vieira: sabia dos fatos, mas manteve o diretor.

Pedro Ladeira/Frame/AE - 18.09.11

Denúncia faz diretor doTurismo deixar a pasta

Odiretor doDepartamento de

Estruturação, Articulação eOrdenamento Turístico(Deaot) do ministério doTurismo, Ricardo MartiniMoesch, pediu demissãoontem, após o jornal OEstado de S. Paulo revelar,no sábado, que ele éinvestigado por usar ocargo para favorecerentidade dirigida porparentes em convênioscom a pasta. O pedido deexoneração foiapresentado ao ministroGastão Vieira (PMDB). Eleaceitou.

Em nota, o ministério doTurismo informou que odiretor tomou a decisãopara preservar suaimagem pessoal, familiar etambém da instituição. Aexoneração deve serpublicada hoje ou amanhãno Diário Oficial da União.

Moesch responde a umprocesso administrativodisciplinar (PAD) naControladoria-Geral daUnião (CGU), aberto apósuma sindicância doministério apontar assupostas irregularidadesem sua gestão.

O ministro Gastão Vieirasabia dos fatos desdeoutubro, mas o manteve

na função. Sua assessoriajustificou ontem que umeventual afastamento ouexoneração poderiaprejudicar "o trâmiteprocessual dasinvestigações". Segundo aPasta, trata-se de umarecomendação da própriaCGU, emitida em maio.

De acordo com asinvestigações do governo,Moesch aprovava contas,autorizava contratos eliberava verbas para oInstituto Marca Brasil(IMB), que tinha sua mãe,Norma Martini Moesh, emcargo de direção, e suamulher, Letícia Affonso daCosta Levy, comoadvogada.

A sindicância concluiuque o diretor despachavaem favor da entidademesmo sem documentoscomprovandoregularidade de contas ouexecução dos convênios.A assinatura de NormaMoesh, conselheira fiscalou deliberativa, consta dedocumentos da entidade.E Letícia tratava dosconvênios azeitados pelomarido. A CGU deve apuraro envolvimento deoutros servidores e ex-servidores com o InstitutoMarca Brasil. (AE)

Sergio Moraes/Reuters

terça-feira, 12 de junho de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

FR ANÇASocialistas de

Hollande vencemprimeiro turno para

o Legislativo

A RG E N T I N APesquisa diz queCristina Kirchnervive pior momentop ó s - re e l e i ç ã o

nternacional

Ahmed Shafik, candidato àPresidência do Egito, se compara ao

ex-presidente Lula. O que umgeneral reformado tem em comum

com um ex-líder sindical?

Ocandidato à Presi-dênc ia do Eg i toA h m e d S h a f i kadotou uma estra-

tégia inusitada para con-quistar os eleitores egípcios.Em um novo comercial decampanha, Shafik se compa-ra ao ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva, deixandomuitas pessoas intrigadas.Com histórias e passados tãodiferentes, o que os dois po-líticos têm em comum?

Shafik fez carreira militar efoi o último primeiro-ministrodo ex-presidente Hosni Muba-rak. Muito distante das ima-gens divulgadas do ex-gover-nante brasileiro, escolhidas daépoca em que era líder sindical,nos anos 1980, e depois quan-do virou presidente em 2003.

O vídeo, exibido nos últi-mos dias na propagandaeleitoral de Shafik na televi-são egípcia, diz que "apesarde o presidente Da Silva serum simples trabalhador queengraxava sapatos, seu po-vo acreditou nele e deu a elesua confiança porque suacompetência era conhecida.Eles não o chamaram de trai-dor ou o xingaram. Eles nãofalaram de seu nível educa-cional ou de seu passado".

O general reformado egíp-c i o c o n c o r r e r á c o n t r aMohammed Mursi, integran-te da Irmandade Muçulmana,no segundo turno das elei-ções presidenciais, previsto

para os dias 16 e 17 de julho.Manifestantes pressionam

pela anulação da candidaturade Shafik no pleito por consi-derá-lo parte do regime deHosni Mubarak.

Ligação - O professor de Re-lações Internacionais do Ib-mec, Diogo Costa, explicou atentativa da campanha deShafik de relacionar o candi-dato com o ex-presidente Lula– duas pessoas com passadostão distintos.

"Shafik fala para uma au-diência que não conhece Lula,mas usa a relação de identida-de existente entre o OrienteMédio e a América Latina, ados países periféricos, paratentar estabelecer esta rela-ção entre os dois", afirmou oprofessor à Agência Estado.

De acordo com Costa, amensagem não vai convenceras pessoas com maior conhe-cimento dos fatos, mas podeajudar a levar às urnas os elei-tores fora das grandes cida-des, aqueles que não foramvotar no primeiro turno e es-tão indecisos.

"Shafik quer mostrar que aorigem de uma pessoa inde-pende de onde ela quer che-gar", explicou Costa. "Ele quervender a ideia de que os egíp-cios podem ser como os brasi-leiros, cidadãos de uma naçãoque é líder dentre os países emdesenvolvimento, imagemtambém disseminada pelo ex-presidente Lula." (Agências)

Temores denovo massacre

assombramos sírios

Agora, o alvo das forças deAssad é Al-Heffa. EUA alertam

para 'prestação de contas'.

Os Estados Unidos reve-laram ontem temer queo regime de Bashar al-

Assad esteja preparando umnovo massacre na Síria, destavez, na província noroeste deLatakia. O receio é baseado namovimentação suspeita de he-licópteros, tanques e mortei-ros em Al-Heffa, registrada pe-los observadores da Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) erevelada pelo enviado espe-cial à Síria, Kofi Annan.

Segundo ativistas, tropas doregime têm atacado Al-Heffadiariamente, na última sema-na, na tentativa de expulsar oscombatentes do Exército LivreSírio (ELS) enviados para a re-gião montanhosa perto dafronteira com a Turquia. A si-tuação em Al-Heffa foi descritacomo "terrível", embora aindanão houvesse relatos sobremortos ou feridos.

Ativistas também denuncia-ram que as forças do governoainda usaram helicópteros pa-ra atacar posições rebeldes nacidade de Rastan, província deHoms, que está sob bombar-deio intermitente "há meses".

A porta-voz do Departamen-to de Estado dos EUA, VictoriaNuland, expressou preocupa-ção sobre os relatos de que ogoverno sírio "possa estar or-ganizando" um outro massa-cre. Ao falar em Washington,ela alertou que "os responsá-

veis terão que prestar contas"."Lembramos aos coman-

dantes sírios uma das liçõesda (Guerra da) Bósnia (1991-1995): a comunidade interna-cional pode descobrir que uni-dades são responsáveis porcrimes contra a humanidade eos senhores serão considera-dos responsáveis por suasações", disse.

Ela, no entanto, negou no-vamente a intenção de umaintervenção militar dos EUApara tirar Assad do poder.

"Nossa preocupação é queuma intervenção de forças es-trangeiras nesse conflito – queestá à beira de se tornar umaguerra civil – não se transfor-me em uma guerra de pode-res", disse.

Annan disse ontem estar"profundamente preocupa-do" com a escalada de violên-cia na Síria. De acordo com oseu porta-voz, Ahmad Fawzi, oenviado pediu "a todos os la-dos que assegurem que civisnão serão atingidos".

A violência tem crescido nasúltimas semanas, com ambosos lados ignorando o cessar-fo-go mediado por Annan e quedeveria ter entrado em vigorem 12 de abril. Testemunhasdizem que mais de 14.400 pes-soas foram mortas desde queDamasco deu início à repressãocontra manifestantes em mar-ço do ano passado. (Agências)

Ó RBITA

DISTRAÍDOPremiê britânico,David Cameron,

esquece filha de 8anos em pub após

almoço de domingo

ESTADOS UNIDOSSecretário deComércio é

investigado por fugirsem prestar socorro

após acidente

Fotos: Reprodução vídeo

Mubarak: 'Eles queremme matar. Me salve'.

Em estado crítico de saú-de desde que começoua cumprir pena de pri-

são perpétua, o ex-presiden-te do Egito Hosni Mubarakculpou as autoridades de tra-mar sua morte. O ex-ditadorsofreu ontem duas paradascardíacas que foram reverti-das com o uso do desfibrila-dor. Segundo o governoegípcio, Mubarak entrou em"coma profundo".

Mubarak, que já estavahospitalizado, foi transferi-do após a condenação à pri-são de Tora, no Cairo. O pedi-do de transferência a umhospital não foi respondido.

O ex-líder de 84 anos temepela sua morte, revelou seuadvogado, Farid el-Deeb.

"Ele disse: 'eles querem mematar. Me salve'", contou De-eb à agência France Presse,após visitá-lo no presídio. "Is-so é homicídio deliberado. Is-so é vingança", acusou.

No dia 2 de junho, Muba-rak foi considerado culpadopela morte de 851 pessoasna revolta que precedeu aqueda do seu regime, em fe-vereiro do ano passado.

O porta-voz do Ministériodo Interior, Alaa Mahmoud,confirmou que o ex-líder en-trou em coma ontem. "A saú-de de Mubarak deteriora-sedesde o veredicto", disse.

Adversários de Mubarakdizem que pessoas próximasao ex-presidente exageram acondição dele. ( Ag ê n c i a s )

EFE - 07/09/11

Reuters

CERCO – A polícia russa realizou buscas ontem emapartamentos de diversos líderes da oposição, em um avisoclaro de que o presidente Vladimir Putin está perdendo apaciência com os dissidentes. A operação ocorreu um diaantes de uma manifestação que pode atrair dezenas demilhares de pessoas que contestam o governo. Osinvestigadores russos levaram computadores edocumentos de proeminentes opositores, como o ex-vice-premiê Boris Nemtsov e a apresentadora de televisãoKsenia Sobchak, cujo pai foi o mentor de Putin.

DESFILE – A bordo de um trio elétrico, Hugo Chávez cruzouontem uma Caracas tomada por milhares de fãs para seinscrever pela quarta vez à Presidência da Venezuela.Convalescente de um câncer do qual não revela detalhes, opresidente parecia inchado, mas demonstrava estar bemdisposto. Ele diz que está "absolutamente bem", emborahaja persistentes rumores de que seu estado de saúde égrave. Disposto a ficar no poder ao menos até 2019, Chávezaparece como favorito em todas as pesquisas sobre o pleitode outubro, contra o opositor Henrique Capriles Radonski.

Mikhail Voskresensky/Reuters Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Membros do ExércitoLivre Sírio descansamna capital Damasco

terça-feira, 12 de junho de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIOgeral

A seca gerada pela sede de consumirPrévia da Rio+20 começa com críticas ao modelo de crescimento aplicado nos últimos anos por toda a sociedade. E a presidente Dilma comemora suas ações.

As atividades préviasà Conferência daONU sobre Desen-volvimento Susten-

tável Rio+20 começaram on-tem com duras críticas ao con-sumismo, por representaruma ameaça ao equilíbrio am-biental do planeta, durante aprimeira jornada da TEDx-Rio+20, realizada no Forte deCopacabana.

A ex-senadora Marina Silvafoi uma das mais enfáticas nodiscurso contra o consumis-mo, ao denunciar que a "sedede consumir" e a separaçãoda ética da política "faz de to-dos nós exterminadores dofuturo". "Estamos sofrendodo mal do excesso. Temosmuito pouco tempo e uma vi-da dedicada ao ter em vez doser. Precisamos nos reencon-trar", declarou a ex-ministrado Meio Ambiente.

Ela sustentou que a crise devalores levou a sociedade a"sacrificar recursos naturaiscom milhares de anos em vir-tude do lucro de umas poucasdécadas". A ecologista pediuaos brasileiros que "exijamdos líderes mundiais que nãose omitam a salvar o planeta"durante a Rio+20.

Já o presidente do InstitutoAkatu, Hélio Mattar, susten-

tou que a difu-são de práti-cas consumis-tas fará comque sejam ne-cessários, empoucos anos,"quatro pla-netas" paraatender nos-sas necessi-dades.

O r g ul h o – A presidente Dil-ma Rousseff aproveitou a pro-ximidade da conferência daONU para mostrar suas con-quistas ambientais. "Em 2011registramos o menor desma-tamento da história do País. Eume orgulho de termos conse-guido reduzir o desmatamen-to ilegal em 77% em relaçãoao ano de 2004", disse ontemdurante seu programa de rá-dio "Café com a Presidenta".

A TEDx também serviu de vi-trina para iniciativas relacio-nadas à sustentabilidade.

Bola da vez – Universitáriascriaram um inusitado instru-mento gerador de eletricida-de: uma bola de futebol. Ummecanismo interno funcionacomo um motor: conformeela rola, ele produz e capturaa energia cinética.

Batizado de sOccket – jun-ção das palavras soccer (fu-tebol) e socket (conector detomada) –, a ideia surgiu em2008 quando Jessica Mat-thews e Julia Silverman estu-davam em Harvard e decidi-ram se matricular numa aulade Engenharia, embora fos-sem alunas de Ciências So-ciais: (Jessica, nigeriana, es-tudava Psicologia, e Julia, An-tropologia). O invento é tes-tado na Nigéria, África do Sul,Haiti, Espanha, México, ElSalvador e Libéria. Até o fimdo ano, chegará a Honduras,Benin e Brasil. (Agências)

Julia e Jessica: a bola iluminada.

Marcos de Paula/AE

EM GUARDA – O exército brasileiro já está nas ruas para garantir a segurança da cidade do Rio deJaneiro durante a realização da Rio+20. A marinha também se colocará em ação com uso de duasfragatas, uma corveta, um rebocador de alto mar, quatro navios patrulha, dois avisos de instrução, doisavisos de patrulha, quatro lanchas de apoio ao ensino e patrulha e 14 embarcações pneumáticas.Além desses equipamentos, a marinha utilizará seis helicópteros. (Agências)

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Mais de100 chefesde Estadoestarãopresentesna Rio+20

Marina Silva diz que 'somos os exterminadores do futuro' e é muito aplaudida no evento

TEDxRio+20, sigla tão complexa quanto os temas em discussão: como mudar os padrões de consumo global e redistribuir riqueza sem exaurir os recursos do planeta?

Izabella: "hálimite para a

miopiaambiental".

Fabio Motta/AE

Consumismosustentável

Aministra do Meio Am-biente, Izabella Teixei-ra, defendeu ontem as

medidas do governo para esti-mular o consumo, inclusive aredução do IPI de carros, e dis-se que não são incompatíveiscom o debate sobre desenvol-v imento sus ten táve l daRio+20. Em seminário sobresustentabilidade no Brasil, elacriticou as discussões sobreindicadores socioambientaisque não levam em conta ques-tões de governança e gestão."Tem limite para a miopia am-biental", afirmou a uma pla-teia formada principalmentepor ambientalistas.

"Está na hora de debater-mos as unidades de conserva-ção, a regularização fundiária,o acesso à informação com co-nhecimento técnico e científi-co. Vamos acabar com o achis-mo ambiental", disse duranteo seminário Brasil Sustentável- o caminho para todos.

Sobre o arrojo ao crédito e aredução de impostos para es-timular que os brasileiros con-sumam, a ministra afirmouque "medidas de curto prazonão podem ser confundidascom a discussão de médio elongo prazos da Rio+20, ondevamos fazer um debate paraos próximos 20 anos, discutiro futuro do planeta sem pen-sar no curto prazo, sem falarem crise, em guerra".

Para ela, "a questão do IPI épara solução de crise de curtís-simo prazo, temos empregosque estão em jogo". Para a mi-nistra, essas medidas emer-genciais não impedirão um es-forço do País para "pactuar umnovo padrão de consumo, jáque é insustentável repetir osmodelos que estão coloca-dos". Ela concorda com um no-vo modelo de medida de rique-za dos países que vá além doPIB e leve em conta indicado-res não econômicos. (AE)

Marcos de Paula/AE

Marcos de Paula/AE

Ministra do Meio Ambiente defendeações do governo para

estimular consumo e garantir empregos

Rio+20 de 13 a 22 de junho – Programação completa emwww.dcomercio.com.br

terça-feira, 12 de junho de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

EM MEMÓRIAO memorial em homenagem às 199 vítimas da

tragédia com o avião da TAM, no dia 17 de julho de2007, exibirá os nomes dos passageiros junto a um

espelho d'água. Uma amoreira que resistiu ao acidentefoi preservada como sinal de esperança.cidades

UM DIA DE RAIOS – São Paulo amanheceu ontem com o céu parcialmente aberto, prometendo um dia claro de outono. De repente, o tempo fechou, tudo escureceu e choveu forte. O Grupo de Eletricidade Atmosférica doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou a queda de 422 raios na Capital, principalmente nas regiões oeste, norte e central. Do total, 187 foram nuvens-solo - raios que chegam ao solo e que podem causar danos .

Fotos de Newton Santos/Hype

O táxi elétrico, um modelo Leaf, da Nissan, chamou a atenção de quem passava pela avenida Paulista na manhã de ontem. Seu interior é moderno, com painel que indica a quantidade de energia disponível.

Táxi elétrico faz sucesso eimpressiona pelo silêncio

Em caráter experimental, dois carros elétricosLeaf, da Nissan, passaram ontem a integrar a

frota de táxis da cidade. Em setembro, outros oitoirão para as ruas. Na sua estreia, o "táxi verde"

chamou a atenção na região da avenida Paulista esua primeira passageira foi só elogios.

Ivan Ventura

Aestreia dos doisprimeiros táxiselétricospaulistanos foi bem

à moda da terra da garoa.Ontem, debaixo d'água, ocarro enfrentou poças,pequenos alagamentos e,claro, o congestionamento. Ese deu bem. Mesmo que suapresença na cidade seja umteste, algumas voltas no "táxiverde" serviram para dirimirdúvidas, algumas atéengraçadas: carro elétrico,na chuva, não dá choque.

Os dois veículos Leaf, daNissan, o segundo elétrico aser testado no Brasil (oprimeiro foi um táxi quefuncionou por alguns mesesno aeroporto Afonso Pena,no Paraná, em 2010), ficaráà disposição no pontosituado na avenida Paulista,próximo à rua daConsolação. Para opassageiro, nada muda emrelação ao preço, igual aodos táxis movidos agasolina, álcool ou gás. Apartir de setembro, outrosoito veículos passarão acircular pela cidade portempo indeterminado.

Ontem, o táxi elétrico foiatração na Paulista. Segundoa montadora, o veículopercorre 160 km por dia e suarecarga dura de seis a oitohoras. Ao longo destasemana, o passageiro terádificuldade em passear notaxi elétrico, que será exibidoà imprensa. Na próximasemana, os dois carros sejuntarão aos outros 32 miltaxis registrados na cidade,mas com atuação restrita aSão Paulo e Grande SP.

A primeira passageira dotaxi elétrico, não é paulistananem brasileirada, mas acolombiana ConsueloSacristan, umaadministradora de empresaem Bogotá e há três mesesem São Paulo. "O carro é lindoe silencioso. Gostei do visual,mas vamos ver se é tão bom

A colombiana Consuelo Sacristan foi a primeira passageira do táxi elétrico: "o carro é lindo e silencioso".

quanto os outros", disse.Momentos antes de

Consuelo embarcar no táxielétrico, a reportagem do DCandou no veículo por algumasruas da região da avenidaPaulista.

O silêncio no interiorimpressiona. O Leaf,pilotado pelo taxista AlbertoRibeiro, não é apenas 100%limpo, mas totalmente livrede ruídos.

Todo esse silêncio poderiaser um problema em lugarescomo a avenida Paulista, poronde circulam mais de 700ciclistas por dia. Para evitaracidentes (já que o ciclistanão vai ouvir o veículo seaproximar), o táxi elétricopossui um alarme sonoroque avisa o ciclista (epedestres) de suasaproximação.

"O carro é automático. Nãoé barulhento e os ciclistas epedestre são avisados de suaaproximação por um sinalsonoro", disse Ribeiro, quedirigirá o Leaf por tempoindeterminado. "O carro tempotência de um motor 2.0,mas não polui o ar. É bemmelhor que o meu e temalguns itens de luxo, como é ocaso do câmbio automático,

que mais parece um joystickde videogame", completou.

Outro detalhe que chama aatenção é o painel do taxielétrico. Nele, não há ofamoso ponteiro docombustível, mas umindicador digital que mostra opercentual de energiaarmazenado e quantosquilômetros o motoristaainda poderá percorrer.

O "táxi verde" possui duasbaterias. A primeira estálocalizada sob o bancotraseiro de passageiros, semqualquer risco para ele. Asegunda bateria, menor, éusada em outras funções doveículo, como oacionamento dos faróis edas luzes do painel.

Mas há risco de choque emum dia de chuva? Ribeiro riu edisse que o risco é zero,mesmo com raios. "É seguro",disse o taxista.

O assessor especial daSecretaria de Transportes ecoordenador do projetopiloto, Ivan Whately, explicouque o consumo de energia docarro é elétrico é menor que odos demais carros a gasolina.

"Os carros movidos agasolina ou a álcool gastamenergia parados no trânsito.

O elétrico não, especialmenteparado no farol ou nocongestionamento. E isso éuma grande vantagem emSão Paulo", disse.

Whately aproveitou paracriticar a alta carga tributáriaque incide sobre o veículo, oque impede suapopularização, além dedestacar a necessidade decriação de mais postos parareabastecimento. Por outrolado, ele afirma que os custoscom combustível emanutenção são mais baixos,o que justificariam oinvestimento do taxista nestemomento.

Segundo estimativas daAES Eletropaulo, oabastecimento completo dabateria (com autonomia para160 quilômetros) sai emtorno de R$ 7. Para rodar amesma distância em umcarro movido a gasolina ou aálcool, serão necessáriosmais de R$ 30. "O carroelétrico é maravilhoso, masseu custo total (mais de R$200 mil) é inviável para otaxista brasileiro. Porexperiência, sei que ele gastaaté R$ 70 mil. Ainda é umcarro longe da nossarealidade", disse Ribeiro.

Operário no memorial em homenagem às vítimas do voo JJ-3054

Memorial da TAM entraem fase de acabamento

Mariana Missiaggia de uma amoreira que esta-va no meio dos escombros efoi mantida para simbolizara sobrevivência e esperan-ça dos familiares.

Serão instalados 199 fo-cos de luz junto ao espelhod'água. A intenção é simu-lar uma constelação, à noi-te, quando os focos estive-rem acesos. O piso e os ban-cos serão de concreto grafi-tado e outras 60 lâmpadasde LED iluminarão o espaçode 8.300 m². Por último, apraça ganhará um play-ground e uma intervençãopaisagística. Barreiros dis-se que para a criação do es-paço de convivência a opi-nião de familiares das víti-mas foi .

Tragédia – Em 17 de julhode 2007, um avião da TAMque transportava 176 pes-soas (170 passageiros e 6funcionários da empresa )do voo JJ- 3054 pousou emCongonhas, no início da noi-te, deslizou pela pista semconseguir frear, atravessoua avenida Washington Luiz ese chocou contra o depósitode cargas da própria empre-sa e um posto de combustí-veis. O acidente causou umgrande incêndio e matou199 pessoas, sendo consi-derado o mais grave aciden-te aéreo da história do país.

Em frente ao Aeropor-to de Congonhas ,cerca de 60 operá-

rios trabalham para finali-zar o Memorial 17 de julho,na avenida WashingtonLuís, em homenagem àsvítimas do acidente com ovoo JJ-3054, da TAM, em2007, que matou 199 pes-soas. A inauguração estáprevista para o dia 17 dejulho, quando a tragédiacompletará cinco anos.

Segundo Edgar Barreiros,52 anos, engenheiro respon-sável pela obra, o memorialestá em fase de acabamen-to. “Tivemos certos impre-vistos, mudanças no projetoe agora está chovendo mui-to. Ainda assim, creio que tu-do estará pronto na data pro-posta”, disse. Na área haviao prédio da TAM Express, umposto de gasolina e algumascasas. Tudo foi destruído.

O espaço dedicado à me-mória dos passageiros, tri-pulantes e funcionários daTAM mortos no acidente se-rá uma espécie de praça pa-ra visitação e tributo de pa-rentes e amigos. Os nomesdas 199 vítimas serão escri-tos na face de um espelhod'água construído ao redor

Léo Barrilari/Frame/AE Nilton Fukuda/AE Rodrigo Coca/Foto Arena/AE

terça-feira, 12 de junho de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

I NTERNET

82 milhões de brasileiros conectados

D ESIGN

Óculos em pixelsInspiradas nas imagens digitais, as lojas

Dmitry Samal e Triple Optic oferecem óculoscom desenho que remete aos pixels.

Os primeiros custam US$ 150.Os da Triple Optic, só US$ 10.

http://bit.ly/LCqKkH

E SPAÇO

P ATRIMÔNIO

Fonte em riscoFolhas de louro esculpidas

em pedra da Fontana diTrevi, em Roma, caíramdurante o fim de semana, oque preocupou autoridadesromanas. Cinco outras peçasparecem ameaçadas. Umdos monumentos históricosmais importantes da Itália, afonte foi restaurada há20 anos. A polícia isolou afonte, que foi limpa paraque restauradoresexaminassem os danos.

AMOR

Mostra 'Retratos deAmor, Ternura e

Carinho' exibe obrasde Sueli Finoto.Shopping Frei

Caneca, 569. Grátis.

N OBEL

Prêmios deste anoserão 20% menores

A Fundação Nobelanunciou ontem que vaireduzir em 20% o valor dosprêmios deste ano. Amedida que pretendeatenuar os efeitos da crisefinanceira no patrimônio daorganização. O valor dosprêmios Nobel deMedicina, Física, Química,Literatura, Paz e Economiade 2012 foi fixado em 8milhões de coroas suecas(cerca de 900 mil euros.Desde 2001, o valor era de10 milhões de coroassuecas (cerca de 1,1milhões de euros).

C IÊNCIA

O leite de RositaUma vaca clonada por

cientistas argenti-nos com genes bovi-nos e humanos co-

meçou a produzir leite similarao materno, informaram on-tem a Universidade Nacionalde San Martín (Unsam) e o Ins-tituto Nacional de TecnologiaAgropecuária (Inta), respon-sáveis pela clonagem.

Pesquisadores das duas ins-tituições inseriram dois geneshumanos codificadores deduas proteínas – a lactoferrinae a lisozima – presentes no lei-te humano em Rosita ISA, vacaclonada no ano passado.

"Esta é uma maneira de con-tribuir na luta contra a morta-lidade infantil, já que uma des-sas proteínas permite evitardoenças infecciosas do apare-lho digestivo e anemia nos re-cém-nascidos", explicou o rei-tor da Unsam, Carlos Rota.

De acordo com o pesquisa-

dor Germán Kaiser, do Grupode Biotecnologia da Reprodu-ção do Inta, a proposta da clo-nagem de vacas com geneshumanos não é substituir ovínculo mãe-filho durante alactação. O leite de vacas co-mo Rosita seria destinado aosbebês que, por distintas ra-zões, não têm acesso ao leitede suas mães.

Rosita, nascida em abril de2011 no Inta, foi apresentadaem junho do ano passado pelapresidente da Argentina, Cris-tina Kirchner. Na ocasião, Cris-tina garantiu que a vaca se

transformaria na "primeira nomundo capaz de produzir leitematerno".

A Argentina entrou no clubeda clonagem destinada a criarvacas transgênicas com finsmedicinais em agosto de2002, com o nascimento de"Pampa", fruto de uma clona-gem realizada por analistas dolaboratório local Bio Siduscom o intuito de obter leite bo-vino com a proteína de cresci-mento humano "hGH".

Os descendentes de "Pam-pa", a primeira bezerra clona-da na América Latina, produ-zem leite do qual é extraída es-sa proteína para produzir re-médios para crianças comproblemas de crescimentocom menor custo.

Nos últimos anos, cientistasargentinos clonaram tambémcavalos e touros a fim de obteranimais dessas espécies commelhor rendimento. (EFE)

A TÉ LOGO

Investimento em energia limpa precisa dobrar até 2020, diz AIE

Aprendizagem da acupuntura atrai cada vez mais estrangeiros à China

Comer peixe diariamente reduz risco de câncer de fígado, diz estudo

O número de pessoas comacesso à internet no Brasilchegou a 82,4 milhões noprimeiro trimestre de 2012,segundo pesquisa do Ibope,em parceria com a NielsenOnline, divulgada ontem. Onúmero representa umaumento de 5% ante oprimeiro trimestre de 2011,quando o levantamento

calculou que 78,2 milhões depessoas tinham acesso àinternet no Brasil. Seconsiderados os dadosrecolhidos pelo censodemográfico realizado em2010 pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística(IBGE), a pesquisa do Ibopeindica que 43% dosbrasileiros têm acesso à web.

L OTERIAS

Concurso 764 da LOTOFÁCIL

09 11 12 14 16

Concurso 2919 da QUINA

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Diz atradiçãoque turistasque atiramuma moedana fontevoltarão aRoma umdia

Arte da comidaO site Design You Trust

selecionou 70 artistas quefazem da comida a matéria-

prima de suas criações.http://bit.ly/L0Ph1S

Nos próximos meses, umrobô-geólogo chegará aMarte para experimentaruma nova estratégia nabusca por vida fora daTerra. O Mars ScienceLaboratory da Nasa [naimagem acima], apelidadode Curiosity("Curiosidade"), procurarálocais que podem terabrigado e preservado avida. O pouso da Curiosity

está previsto para o dia 6 deagosto e a expediçãogeológica se concentrará naCratera Gale, situada ao suldo equador marciano, daqual sai uma montanha de 5km de altura. Os cientistasacreditam que essamontanha, localizada nocentro da bacia, sejaformada por sedimentosremanescentes do que umdia preencheu a cratera.

Dieta de atletaO que come um atleta. para

responder a essa pergunta, atletasturcos que participarão dos JogosOlímpicos de Londres posaram ao

lado de pratos que representamsua alimentação diária. As dietas

são balanceadas e atendem àsexigências de cada tipo de esporte.

Veja mais no site.http://bit.ly/L0XR0E

Acima, a atletaNur Tatar, dotaekwondo .Abaixo, Elif JaleYesilirmak,esperança dosturcos na luta livre.

O lançador de dardos Fatih Avan

Lutador de taekwondo Mete Binay

17 19 23 24 25

Divulgação/Inta

Nasa/Reuters

Fotos: Max Rossi/Reuters

Nasa enviará nova sonda a Marte

terça-feira, 12 de junho de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

SÃO PAULOVendas de imóveisnovos na capitalcrescem 12,5% dejaneiro a abril

SHOPPINGSR$ 6,55 mil é arenda familiarmédia mensal de93% dos clienteseconomia

Brasileiro volta a apostar na economiaDepois de recordes de otimismo no início do ano e da queda em seguida, Índice de Confiança revela que baixo desemprego e alta da renda animam consumidor.

Oconsumidor estáotimista com os ru-mos da economia,como aponta o Índi-

ce Nacional de Confiança(INC) divulgado ontem pelaAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP) em parceria como Instituto Ipsos. Em maio, oINC registrou 166 pontos, altadiante dos 164 verificados emabril e um resultado bem su-perior aos 143 pontos regis-trados em maio de 2011. O INCvaria de zero até 200 pontos,sendo que os registros acimade 100 pontos são considera-dos apontamentos de alta naconfiança.

O resultado de maio está

acima da média dos últimosdois anos, embora ele seja in-ferior aos resultados encon-trados em janeiro (178 pon-tos) e fevereiro (176 pontos)deste ano, que configuram re-cordes históricos do INC.

Segundo Emilio Alfieri, eco-nomista da ACSP, a conjuntu-ra econômica interna explica ootimismo no posicionamentodos consumidores. "O quemais influencia o índice é oemprego. Como estamos vi-vendo uma situação de baixodesemprego, somado ao au-mento da renda, a confiançana economia cresce", diz Alfie-ri. "Além disso, os consumido-res ainda não identificaramnenhum impacto da crise in-ternacional no mercado inter-no", completa o economista.

O INC mostra que, em maio,45% dos entrevistados disse-ram estar mais seguros em re-lação à instabilidade no em-prego. Em igual mês do anopassado, esse percentual erade 39%. No levantamento, foi

identificado que, em maio,51% dos entrevistados consi-deravam boa a própria situa-ção financeira, sendo que 59%deles acreditavam em melho-ra na situação financeira futu-ra. Já em maio de 2011, os re-

sultados foram menores: 43%estavam otimistas com a si-tuação atual e 51% esperandoavanços na situação futura.

Dentro do cenário otimista,o INC verificou que, em maio,50% dos entrevistados esta-vam dispostos a comprar ele-trodomésticos. Esse é um pa-râmetro importante por se tra-tar da intenção de compra deum item de grande valor agre-gado. Em maio de 2011, o per-centual dos dispostos a gastarcom tal bem era de 44%.

Para Rogério Amato, presi-dente da ACSP e da Federaçãodas Associações Comerciaisdo Estado de São Paulo (Fa-cesp), a atual política econô-mica deve respaldar a acele-ração da atividade econômi-ca. "Considerando o otimismo

do consumidor e a continuida-de da política de redução dataxa básica de juros, podemosesperar a recuperação da ati-vidade econômica para o se-gundo semestre", diz.

O levantamento identificouque os consumidores das re-giões Norte e Centro-Oestesão os mais confiantes, comINC de 193 pontos em maio.São seguidos pelos consumi-dores do Sul (186 pontos), Su-deste (177 pontos) e os do Nor-deste, que são os menos con-fiantes, com 127 pontos.

Em relação às classes so-ciais, o INC mostra que aque-les das classes A e B são osmais confiantes, com 170 pon-tos, seguidos pelos da classeC, com 169 e os das classes D eE, com 135 pontos.

O INC verificou que, no mês de maio, 50% dos entrevistados queriam comprar eletrodomésticos. Em maio de 2011, o percentual de pessoas dispostas a gastar com tal bem era de 44%.

Renato Carbonari Ibelli

Karime Xavier/Folhapress

Intenção de consumo cai3,8%, diz FecomercioSP.Pequenos impulsionam serviços

Empregos no setor estão se mantendo desde o início de 2012 pelos novos negócios.

Oindicador deIntenção deConsumo das

Famílias (ICF) paulistanasrecuou 3,8% em maio emrelação a abril e atingiu139,8 pontos, informouontem a Federação doComércio de Bens, Serviçose Turismo do Estado de SãoPaulo (FecomercioSP). Nacomparação com maio de2011, porém, houve alta de4,8%. O indicador varia de0 a 200 pontos, com a faixaabaixo de 100 pontosconsiderada nível deinsatisfação e acima dessapontuação, de satisfação.

Todos os itens quecompõem o ICFregistraram quedas emrelação a abril, mas aindase mantiveram no campoda satisfação. A maiorvariação negativa anteabril, de 6,9%, foiregistrada no itemMomento para Duráveis,que atingiu os 140,7pontos. O item Renda Atualfoi o que apresentou menorvariação, com queda de0,6%, para 152,8 pontos.Emprego Atual registrouqueda de 3,1%, para 139,4pontos. O Nível de

Consumo Atual (106,7pontos) e a Perspectiva deConsumo (142,4 pontos)apresentaram redução em3,6% e 3,9%,respectivamente.

Para a FecomercioSP, oresultado de maio é umasurpresa, uma vez que omercado de trabalho segueem alta, o crédito estámais acessível e aexpectativa era deaumento contínuo noindicador. "Se novasquedas acontecerem, ahipótese é de que asfamílias paulistanas nãointerpretaram da mesmaforma positiva que osanalistas a questão deredução de juros emudança na poupança",informou a federação emcomunicado.

Na divisão por faixas derenda, o indicador deIntenção de Consumo dasFamílias que ganham atédez salários mínimosapresentou redução de 4%em maio ante abril,enquanto o indicador dasfamílias com renda acimadesse nível permaneceupraticamente estável, emqueda de 0,1%. (AE)

Fátima Lourenço

Onível de empregopaulista com carteiraassinada entre as

atividades do setor deserviços tem se mantidoestável ao longo de 2012 –com dados acumulados atéabril –, alavancado,especialmente, pelos novosnegócios concebidos porempreendedores depequeno porte. "Ospequenos investimentos e amelhora da renda familiarativaram o mercado", afirmao vice-presidente daFederação de Serviços doEstado de São Paulo(Fesesp), José Luiz NogueiraFernandes.

Ao longo do período, onúmero de postospreenchidos se manteve emcrescimento, até atingir, aofinal de abril, 7,1 milhões deempregos com registro emcarteira. Na comparação como mês anterior, foi uma altade 0,4%, abaixo da médiaenvolvendo todos os setores,de 0,6%, ressalva Fernandes,se referindo ao crescimentomensal do "estoque" total de

empregos no estado paulista,de 13,6 milhões de postosnaquele mês.

Na mesma base decomparação, o empregoformal do comércio paulistacresceu acima da média(0,7%) e finalizou abril com2,6 milhões de vagas

(734,691 mil vagas); naagropecuária, 3,2% (359,127mil); e na atividade extrativamineral, de 55%, com 31,712mil empregados com carteiraassinada.

Evolução – O vice-presidente da Fesespexplica que o estudo, com

entidade passa a fazer, paraacompanhar a evolução doemprego com carteiraassinada em São Paulo.

O estudo é elaborado comdados do sistema RAIS-Caged, do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE) edo Instituto Nacional deSeguro Social (INSS). Olevantamento indica que osmaiores crescimentos emabril de 2012 foramregistrados nos serviçosprivados não financeiros,como turismo e cabeleireiro,e no segmento queincorpora educação, saúde eassistência, ambos comcrescimento mensal de0,5% – e com 4,1 milhões e1,067 milhões de postos detrabalho, respectivamente.A administração públicapaulista, com crescimentode 0,2%, fechou o mês deabril com 1,655 milhões deempregos formais.

O vice-presidente daFesesp analisa que odesempenho do setorpoderia ser ainda melhor.São empecilhos, segundosua análise, a dificuldadesde crédito e a qualificaçãoda mão de obra.

preenchidas. Na indústria detransformação, com 2,7milhões de postos ocupados,o crescimento foi de 0,3%; naconstrução civil, de 1,2%

dados comparativos de2006 até abril de 2012,marca a primeira divulgaçãoda Pesquisa Mensal deEmprego em Serviço que a

terça-feira, 12 de junho de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 12 de junho de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Valor médio dos presentes do Dia dos Namorados deve ser de R$ 64,29,mostra Fecomercio-SP; 66,9% dos paulistanos devem gastar mais de R$ 70.economia

O DRAMA DE NAMORARNa prática clínica, a psicóloga Meire Luciana de Lima Pinto observa o aumento das queixas dos pacientes – homens e mulheres – sobre adificuldade de se encontrar parceiros. Uma explicação: a necessária busca de afirmação feminina abala os naturais jogos de conquista.

José Maria dos Santos

Entre as quatro pare-des do seu consultó-rio na Vila Olímpia, apsicóloga Meire Lu-

ciana de Lima Pinto, 40 anos,está acumulando na práticaum conhecimento que vemganhando corpo e abrindo dis-cussões no planeta, particu-larmente nos Estados Unidose Europa: o resgate da femini-lidade para readequar as rela-ções afetivas entre homem e

mulher, cujoprimeiro pas-so fo i dadop o r A d ã o eEva. Ou, casor e j e i t e m aideia criacio-nista do Pa-raíso, por Lu-c y o u q u a l-quer austrolo-p h i t e c u smacho quef o s s e s e uc o n t e m p o r â-neo . ( Lu c y,descoberto naE t i ó p i a e m1974, datadode 3,2 milhõesde anos atrás,

é o mais antigo fóssil do hominí-deo – uma evolução entre o

chimpanzé e o homem – cogno-minado Austrolopthecus afaren-sis, encontrado até hoje, cujaevolução acabaria no homo sa-piens. Lucy, segundo os examesdos ossos, era fêmea).

A psicóloga está vendo cres-cer em sua experiência clínicaas queixas de seus pacientes –homens e mulheres – sobre adificuldade cada vez maior dearrumar namorado e já encon-trou uma explicação para o fe-nômeno: nas últimas déca-das, a necessária busca deafirmação feminina abalou osnaturais jogos de conquista esedução entre os dois sexos,fazendo com que a milenarabordagem entre homem emulher se transformasse emuma operação complexa,muitas vezes problemática eaté impossível. Trata-se deum assunto extremamenteopor tuno pa ra o D ia dosNamorados.

Diário do Comércio – Segundo suaexperiência como psicóloga, muitagente vai passar o Dia dosNamorados infeliz aqui em SãoPaulo. Qual é a razão?

Meire Luciana de Lima Pinto –Muitos dos meus pacientesvêm se queixando há muitotempo da dificuldade em arru-mar namorado. Reclamamque estão sozinhos. Sentem

muita ansiedade por causadisso, ansiedade que ganhacorpo nesta época. E é gentede qualidade, bem apresentá-vel, culta e educada – enfim,pessoas que se convencionoude chamar bom partido.

DC – Antes que entremos naansiedade, uma pergunta: a senhoratrabalha apenas com mulheres?

Meire – Não. Tenho homense mulheres. A ansiedade é am-pliada pelo sentimento de ex-clusão, algo como ocorre porocasião do Natal para quemestá solitário, devido às men-sagens de afeto e de felicidadetransmitidas pela mídia. Mas éclaro que a ansiedade é umaconsequência. O principal mo-tivo da dificuldade em encon-trar parceiros está, no meu en-tender, em uma espécie dedesencontro entre homens emulheres na busca de sua rea-lização afetiva. E isso tem aver com o resgate dos jogos deconquista que sempre a mar-caram, que são característi-cas naturais da relação ho-mem/mulher.

DC – A senhora está se referindo àtradicional corte entre o homem e amulher, os jogos de sedução entre omasculino e o feminino, cada qualcom seus recursos?

Meire – Sim. É disso que es-

tou falando. Eu acredito que onecessário processo de afir-mação da mulher nas últimasdécadas, chamado generica-mente de feminismo, envere-dou por uma teia de equívocosem que procedimentos natu-rais de feminilidade acabaramsendo confundidos com asubmissão decorrente da cul-tura machista.

DC – A senhora poderia definirexatamente a linha, a fronteira entrea submissão e a prática de serfeminina – enfim, de ser mulher?

Meire – A submissão repre-senta a anulação, significa amulher não ser ela própria;submeter-se em detrimentodas suas próprias necessida-des e aspirações. Quanto aser feminina, isso implicaa mulher dar curso à sua pró-pria natureza.

DC – Isso, no nosso caso, quer dizer,deixar-se cortejar?

Meire – Sim. Feminilidade,entre outras coisas, implicadar ao homem uma chance decortejá-la, de praticar sua se-dução. Assim é na natureza,entre o masculino e o femini-no. E não há nada de errado, deprepotência ou de humilhaçãonisso. Do contrário, o pavão,que é um exemplo clássico,não armaria aquela imensa

cauda reluzente para tentarconquistar a fêmea. Permitir asedução não significa deixarde ser a si própria, arranhar orespeito ou a dignidade.

DC – Até agora a senhora se referiuà parte que toca à mulher? E ohomem?

Meire – Oshomens es-t ã o r e c l a-mando dessadi f ic u ldadede abordar asm u l h e r e s .E este comen-tário tambémé b a s e a d ona minha ex-periência deco nsu lt óri o.E l e s d i z e mque as mulhe-res trocam sua posição femini-na pelo ataque. Na verdadeos homens querem fazer con-quistas e as mulheres podemse deixar conquistar ou não,conforme lhes convier. Pareceque o retraimento masculinocria uma espécie de circulovicioso: o feminismo torna-seuma defesa contra o vazio;a af i rmação feminista setransforma em uma defesaem geral. Eu quero reafirmarque ser feminina não significaser submissa.

Fotos: L.C. Leite/LUZ

Meire, em seu consultório em São Paulo: ganham corpo discussões sobre o resgate da feminilidade como forma de readequar as relações afetivas.

Ansiedade é ampliada pelosentimento de exclusão, afirma.

Paulistano deixa compra dopresente para a última hora

Pouco menos da metadedos paulistanos deixoupara comprar o presente

do Dia dos Namorados às vés-peras da data. A conclusão éde pesquisa divulgada ontempela Federação do Comérciode Bens, Serviços e Turismodo Estado de São Paulo (Feco-

mercio). O levantamentomostrou que 40,8% deixarampara adquirir o presente em ci-ma da hora. Ainda segundo asondagem, 74,8% dos mora-dores da capital têm namora-do (a), esposo (a) ou estão en-volvidos em outro tipo de rela-cionamento, alta de 5 pontos

percentuais em relação ao re-sultado de 2011, e 77,1% pre-tendem presentear.

O valor médio dos presentesdeve ser de R$ 64,29, de acor-do com a Fecomercio, mas66,9% dos paulistanos disse-ram querer gastar mais deR$ 70. Os presentes mais pro-curados devem ser peças devestuário, calçados ou aces-sórios (37,1%) e perfumes ecosméticos (11,8%).

Preços em alta – Os preçosdos produtos e serviços maisprocurados para a comemora-ção sub i ram, em méd ia ,6,04% no período de um ano,informou a Fundação GetulioVargas (FGV). O resultado fi-cou quase um ponto percen-tual acima da inflação medidapelo Índice de Preços ao Con-sumidor (IPC) da instituição,que em 12 meses acumula al-ta de 5,06%. (Agências)

Newton Santos/Hype

Preços dos itens mais procurados subiram 6,04% em um ano, diz FGV.

Os pacientesreclamam queestão sozinhos.Sentem muitaansiedade porcausa disso,ansiedadeque aumentanesta época.

terça-feira, 12 de junho de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Hoje, a OMC realiza sua sabatina sobre a política comercialchinesa, evento que será marcado por críticas ao país asiático.economia

Na reta final: as campanhas políticas ocuparam ontem novamente as ruas de Atenas. Na foto, partidários da extrema direita pedem votos.

John Kolesidis/Reuters

UE faz planopara o casoda Gréciadeixar euroTemerosas em relação ao resultado da eleiçãogrega do dia 17, autoridades europeiaselaboram plano para o caso do país deixar azona do euro. Limite de saques em caixaseletrônicos e até controle nas fronteiras dasnações fazem parte deste cenário.

Autoridades financei-ras da Europa ava-liaram como pior ce-nário possível o limi-

te aos saques em caixas ele-t rôn icos , a impos ição decontroles nas fronteiras e a in-trodução de controles de capi-tal, pelo menos na Grécia, nocaso de Atenas decidir deixara zona do euro. A decisão podeocorrer a partir do resultadoda eleição marcada para o do-mingo, dia 17.

Fontes da União Europeia(UE) disseram que essas ini-ciativas são parte de uma sé-rie de planos de contingência.

Elas enfatizaram que as dis-cussões eram apenas sobre sepreparar para qualquer even-tualidade, do que planejar al-go que eles achem que váacontecer, mas ninguém dis-se esperar que a Grécia deixeo bloco monetário.

O ministro das Finanças daBélgica, Steve Vanackere, dis-se no final de maio que erauma função básica de cada Es-tado-membro da zona do euroestar preparado para proble-mas. As discussões aparen-tam seguir nesse caminho.Mas com o aumento das incer-tezas políticas na Grécia se-

guindo a eleição inconclusivade 6 de maio, e antes de um se-gundo pleito no próximo dia17, há agora uma necessidademaior de se ter planos de con-tingência prontos.

Esquerda radical – As discus-sões foram feitas em telecon-ferências durante as últimasseis semanas, na medida emque cresceram preocupaçõesacerca da possibilidade de opartido da esquerda radical,Syriza, poder ganhar a segun-

da eleição, aumentando o ris-co de a Grécia renegar o resga-te da UE e do Fundo MonetárioInternacional (FMI) e, portan-to, ficar perto de abandonar amoeda comum.

Nenhuma decisão foi toma-da nas teleconferências, masmembros da equipe de traba-lho do Eurogroup, formado porex-ministros das Finanças dazona do euro e chefes de de-partamentos do Tesouro, dis-cutiram opções em detalhes,

de acordo com as fontes.Saques – Assim como limitar

saques e impor controles decapital, eles discutiram a pos-sibil idade de suspender oacordo de Schengen, que per-mite visto livre de viagem en-tre 26 países, a maioria da UE.

"Planejamentos de contin-gência estão em curso paraum cenário no qual a Gréciadeixe o euro", disse uma dasfontes envolvidas nas tele-conferências. "Limitar saques

em caixas eletrônicos e movi-mentos de capital foi conside-rado e analisado."

Outra fonte confirmou asdiscussões, incluindo que asuspensão do acordo deSchengen estava entre as op-ções levantadas. "Não são dis-cussões políticas, são discus-sões entre especialistas finan-ceiros que precisam estar pre-p a r a d o s p a r a q u a l q u e reventualidade", afirmou a se-gunda fonte. (Reuters)

Bolsas caem na Europa e nos EUA

As bolsas europeias fe-charam em baixa on-tem, embora tenham

operado em alta na maior par-te da sessão. Após um entu-siasmo inicial sobre o anúncio,no fim de semana, de que os lí-deres europeus concordaramem fornecer até 100 bilhõesde euros para ajuda aos ban-cos da Espanha, observado-res começaram a questionarse o plano acabará com a criseno país, e a euforia se transfor-mou em cautela.

Além disso, as eleições naGrécia, no próximo domingo,ajudam a criar um clima de in-certeza. No início da sessão,dados da economia chinesadivulgados no fim de semana,que surpreenderam de formapositiva o mercado, tambémderam um impulso ao senti-mento. No entanto, pesoumais forte a precaução com oanúncio para a Espanha. Se-gundo Joshua Raymond, ana-lista do City Index, a ajuda pa-ra os bancos espanhóis não é

uma solução para o problemada zona do euro, nem mesmopara o problema bancário dopaís. O índice Stoxx Europe600 fechou a sessão pratica-mente estável, aos 241,92pontos. O índice Ibex-35 daBolsa de Madri terminou o diaem queda de 0,54%, aos6.516,40 pontos. O BancoSantander caiu 0,27% e o Ban-co Bilbao Vizcaya Argn (BBVA)ficou estável.

E UA – O mercado norte-americano de ações fechouem queda forte também, re-vertendo a direção da abertu-ra, depois de evaporar-se oentusiasmo inicial com os si-nais de que a União Europeiadará ajuda financeira para osistema bancário da Espanha.Para Ben Halliburton, diretorda Tradition Capital Manage-ment, a Europa "fica adiando odia da prestação de contas".

O índice Dow Jones fechouem queda de 1,14%. O Nasdaqfechou em queda de 1,70%.

I t ál i a – A economia da Itáliacontraiu 0,8% no primeiro tri-mestre, guiada por uma que-da na demanda doméstica, eencolheu 1,4% na base anual,informou ontem o instituto na-

cional de estatísticas ISTAT.O declínio trimestral de

0,8% do Produto Interno Bruto(PIB) confirmou os dados pre-liminares do ISTAT, embora osdados da base anual tenham

sido revisados em relação aodeclínio reportado de 1,3%. Acontração trimestral de 0,8%no primeiro trimestre foi a ter-ceira retração consecutiva doPIB italiano. (Agências)

Brasil questiona na OMC subsídios chineses

Ogoverno brasileiro vaiquestionar naOrganização Mundial

do Comércio (OMC) o quesuspeita ser expressivossubsídios ilegais do governochinês para seus setoresindustriais e agrícolas,prática que estariadistorcendo o comérciomundial e dando vantagens

desleais para as exportaçõesde Pequim. O governobrasileiro promete cobrarexplicações sobre uma sériede barreiras à importaçãocriada na China.

Na avaliação do Brasil, háum desequilíbrio cada vezmais importante entre o queo País exporta e o que a Chinacoloca no mercado nacional.

Sabatina – Hoje, a OMCrealiza sua sabatina sobre apolítica comercial chinesa,evento que será marcado porcríticas à China. EstadosUnidos e Europa prometemusar a ocasião para denunciarpráticas ilegais de comércio.Não se trata de umcontencioso. Mas a sabatinaserve para que países levemà público suas insatisfações.

O Itamaraty vai à OMC comverdadeira artilharia,principalmente paraesclarecer o tamanho daajuda do Estado a algunssetores, o que já se denominacomo uma verdadeira "caixapreta" na expansãocomercial chinesa. NaEuropa, as autoridades deBruxelas já acusam a Chinade promover uma "economia

estatal de mercado", em umareferência ao peso do Estadodentro do setor produtivo.

Com reservas de US$ 3,2trilhões, a China é acusada defavorecer de forma ilegal acompetitividade de suasempresas. Desde 2009,Pequim é o maior parceirocomercial do Brasil e o maiorexportador do mundo. Maspacotes generosos do Estadochinês a diversas áreas fazempaíses pressionarem por umaresposta de Pequim sobrecomo é feito o financiamentoà produção.

O Brasil quer saber, porexemplo, como funcionam asempresas estatais no setoragrícola. O Brasil atacará asbarreiras às importações naChina, com a imposição depadrões. (AE)

terça-feira, 12 de junho de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Vistatek Produtos óticos S.A.CNPJ Nº 58.652.728/0001-88

Relatório da DiretoriaPrezados Acionistas Atendendo ao que determinam as disposições legais e estatutárias, temos a satisfação de apresentar-lhes o Balanço Patrimonial e as respectivas demonstrações de resultados do exercício, das mutações do patrimônio liquido e dos fluxos de caixa referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011,que representam os resultados obtidos e retratam asituação patrimonial e financeira da empresa. A diretoria se coloca ao inteiro dispor dos senhores para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários à melhor compreensão das demonstrações apresentadas.São Paulo,31 de março de 2012. A Diretoria

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro Em milhares de reaisAtivos Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010Circulante Reclassif. Não Revis.

Caixa e equivalentes de caixa 4 5.840 11.605 5.216Contas a receber 5 5.977 10.534 9.987Estoques 6 5.868 4.481 1.864Créditos diversos 275 856 186Impostos a recuperar 391 202 86

18.351 27.678 17.339Não circulante

Partes relacionadas 19 – 1.917 1.901Impostos a recuperar 66 526 467Créditos diversos – 5 –Investimentos – – 148Imobilizado 7 7.011 3.308 3.127Intangível 210 260 20

7.287 6.016 5.663Total do ativo 25.638 33.694 23.002

Passivo Nota 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010Circulante Reclassif. Não Revis.

Fornecedores 8 1.169 2.156 342Obrigações trabalhistas 383 341 142Debentures 9 274 – –Obrigações tributárias 10 1.269 1.440 768Dividendos a pagar 12 517 12.163 –Outras contas a pagar 108 1.377 431

3.720 17.477 1.683Não circulante

Debêntures 9 5.000 – –Provisão para contingências 11 368 413 430

5.368 413 430Patrimônio líquido 12Capital social 10.000 10.000 500Reserva de lucros 6.550 5.804 20.389

16.550 15.804 20.889Total do passivo e patr. líq. 25.638 33.694 23.002

Reclassificado Nota 31/12/2011 31/12/2010Receita operacional líquida 14 36.833 51.059Custo das vendas 15 (15.575) (23.927)

Lucro bruto 21.258 27.132Despesas de vendas (584) (665)Despesas com pessoal (9.735) (10.328)Despesas gerais e administrativas 16 (7.743) (6.794)Outras receitas e (despesas) 211 956

Res. antes das receitas (despesas)financeiras liquidas e impostos 3.407 10.301

Receitas financeiras 1.254 2.507Despesas financeiras (1.309) (423)

Resultado financeiro líquido 17 (55) 2.084Resultado antes dos impostos 3.352 12.385

Imposto de renda e contribuição social 13 (1.179) (2.957)Resultado líquido das operações 2.173 9.428Lucro por ação R$4,35 R$18,56

Nota 2011 2010Fluxo de caixa das ativ. operacionais Reclas.

Resultado do exercício 2.173 9.428Ajustes para:

Erros de períodos anteriores – 3.876Depreciação e amortização 1.329 527Efeito de baixas do ativo imobilizado 109 152Provisões para perda com investimentos – 148Provisões para contingências (45) (17)Provisões para créditos de liquidação duvidosa 6 66Despesas com juros 720 –

Redução (aumento) nos ativosContas a receber 4.551 (613)Estoques (1.387) (2.617)Créditos diversos 586 (675)Impostos a recuperar 271 (175)

Aumento (redução) nos passivosFornecedores (987) 1.814Obrigações trabalhistas 42 199Obrigações tributárias (171) 672Outras contas a pagar (1.269) 946

Fluxo de caixa liq. decorrente das ativ. operac. 5.928 13.731Fluxo de caixa de atividades de investimentoAdições ao imobilizado e ativo intangível (5.090) (1.276)Fluxo de caixa decorrente das ativ. de invest. (5.090) (1.276)Fluxo de caixa de atividades de financiamentoCom terceiros

Empréstimos a receber de partes relacionadas 1.917 (16)Captação na emissão de debêntures 5.000 –Pagamento de juros de debêntures (446) –Distribuição de lucros e divid./juros s/capital próprio (13.074) (6.513)

Caixa proveniente (usado em) de ativ. de financ. (6.603) (6.529)Aumento (redução) líq. em caixa e equiv. de cxa (5.765) 5.926

Caixa e equivalentes de caixa no início do exerc. 11.605 5.679Caixa e equivalentes de caixa no final do exerc. 5.840 11.605

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação do capital social

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reaisReservas de lucros

Nota Capital Reserva Reserva de Lucrossocial legal reten. de lucros acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2009 anteriormente apresentado 500 100 16.413 – 17.013Retificação de erros 3 – – 3.876 – 3.876

Saldos em 01 de dezembro de 2010 ajustado 500 100 20.289 – 20.889Aumento de capital com lucros 9.500 – (9.500) – –Reserva legal – 400 (400) – –Lucro líquido do exercício – – – 9.428 9.428Distribuição de dividendos – – (6.513) – (6.513)

Destinações:Reserva legal – 471 – (471) –Dividendos a distribuir propostos 3 – – – (8.000) (8.000)Reserva de retenção de lucros – – 957 (957) –

Saldos em 31 de dezembro de 2010 anteriormente apresentado 10.000 971 4.833 – 15.804Lucro líquido do exercício – – – 2.173 2.173

Destinações:Reserva legal – 109 – (109) –Dividendos a distribuir propostos – – – (516) (516)Juros sobre capital próprio – – – (911) (911)Reserva de retenção de lucros – – 637 (637) –

Saldos em 31 de dezembro de 2011 12 10.000 1.080 5.470 – 16.550

Demonstrativo de Fluxo de Caixa Exercícios findos em 31 de dezembro em 2011 e de 2010

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 Em milhares de reais1. Contexto operacional - A Vistatek Produtos Óticos (“Companhia”) é uma sociedade anô-nima de capital fechado domiciliada no Brasil. O endereço registrado da sede social da Com-panhia encontra-se localizado no município de São Paulo, Estado de São Paulo, na RuaWizard, 410. A Companhia tem como objeto social a exploração do comércio, importação,exportação e distribuição de materiais e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e farma-cêuticos; prestação de serviços de assistência técnica e locação de equipamentos médico--hospitalares, ópticos e farmacêuticos; e assessoria e realização de treinamentos, palestras,seminários e conferências sobre a utilização de materiais e equipamentos médico-hospitala-res, ópticos e farmacêuticos. A Companhia é especializada em rejuvenescimento e saúdeocular, comercializa produtos oftalmológicos há mais de 23 anos e, hoje, representa comexclusividade fabricantes de renome internacional. Dessa maneira, importa e distribui, em todoo Brasil, insumos, equipamentos e instrumentos para diagnóstico e cirurgia de retina e vítreo,catarata, refrativa e glaucoma, destinados à solução das diversas patologias oculares. 2. Basede preparação - a. Declaração de conformidade - As demonstrações financeiras da Compa-nhia foram elaboradas de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil, consubstan-ciadas na Lei das Sociedades por Ações (Lei no 6.404/76, incluindo suas posteriores altera-ções), aplicáveis para pequenas e médias empresas (NBC TG 1.000) emitidas pelo ConselhoFederal de Contabilidade (CFC). A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada peloConselho de Administração em 05 de abril de 2012. As demonstrações de resultados abran-gentes não estão sendo apresentadas, pois não há valores a serem apresentados sobre esseconceito, ou seja, o resultado do exercício é igual ao resultado abrangente total. b. Base demensuração - As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo históricocom exceção dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado.c. Moeda funcional e moeda de apresentação - Essas demonstrações financeiras são apre-sentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeirasapresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indi-cado de outra forma. d. Uso de estimativas e julgamentos - A preparação das demonstra-ções financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil exige que a Adminis-tração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contá-beis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas.As estimativas contábeisenvolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram baseadas em fatores objeti-vos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor ade-quado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essasestimativas e premissas incluem a estimativa de vida útil do ativo imobilizado e de sua recupe-rabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelo método deajuste a valor presente, análise do risco de crédito para determinação da provisão para deve-dores duvidosos, assim como análise dos demais riscos para determinação de outras provi-sões, inclusive para provisão para contingências. A liquidação das transações envolvendoessas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registradosnas demonstrações financeiras, devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo deestimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas periodicamente, num períodonão superior a um ano. 3. Principais práticas contábeis - As políticas contábeis descritas emdetalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentadosnessas demonstrações financeiras. a. Moeda estrangeira - Transações em moeda estran-geira são convertidas para o Real pelas taxas de câmbio nas datas das transações. Ativos epassivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na data de apresenta-ção são reconvertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio apurada naquela data. Oganho ou perda cambial em itens monetários é a diferença entre o custo amortizado da moedafuncional no começo do exercício, ajustado por juros e pagamentos efetivos durante o exercí-cio, e o custo amortizado em moeda estrangeira à taxa de câmbio no final do exercício deapresentação. b. Instrumentos financeiros - i. Ativos financeiros não derivativos - A Com-panhia reconhece os empréstimos e recebíveis e depósitos inicialmente na data em que foramoriginados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados pelo valor justopor meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Com-panhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. A Companhiadesreconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativoexpiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixacontratuais sobre um ativo financeiro em uma transação no qual essencialmente todos os ris-cos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual participação queseja criada ou retida pela Companhia nos ativos financeiros é reconhecida como um ativo oupassivo individual. Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apre-sentado no balanço patrimonial somente quando a Companhia tenha o direito legal de com-pensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo eliquidar o passivo simultaneamente. A Companhia classifica os ativos financeiros não derivati-vos nas seguintes categorias: ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resul-tado e empréstimos e recebíveis. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meiodo resultado - Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado casoseja classificado como mantido para negociação ou seja designado como tal no momento doreconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo valor justo por meio doresultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e vendabaseada em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégiade investimentos da Companhia. Os custos da transação, são reconhecidos no resultado comoincorridos. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidospelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos, os quais levam em consideraçãoqualquer ganho com dividendos, são reconhecidas no resultado do exercício. Empréstimos erecebíveis - Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calcu-láveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelovalor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimentoinicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dosjuros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Caixa e equi-valentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentosfinanceiros com vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação.Os quais são sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor, e são utilizadas na gestãodas obrigações de curto prazo. ii. Passivos financeiros não derivativos - Todos os passivosfinanceiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia setorna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passivofinanceiro quando tem suas obrigações contratuais retirada, cancelada ou vencida. Tais passi-vos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custosde transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medi-dos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. iii. Capital social - Açõesordinárias - Ações ordinárias são classificadas como patrimônio líquido. Custos adicionaisdiretamente atribuíveis à emissão de ações e opções de ações são reconhecidos como dedu-ção do patrimônio líquido, líquido de quaisquer efeitos tributários. c. Contas a receber - Ascontas a receber são registradas e mantidas pelo valor nominal dos títulos representativosdesses créditos, reduzidos da provisão para créditos de liquidação duvidosa, caso aplicável. Aprovisão é constituída para os títulos cujo recebimento é possível ou remoto. Esses valoresnão são ajustados a valor presente por apresentarem vencimento de curto prazo e por nãoresultarem em efeito relevante nas demonstrações financeiras. d. Estoques - Os estoques sãomensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo dos estoquesé baseado no princípio de preço médio ponderado e inclui gastos incorridos na aquisição deestoques e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações e condições existentes.O valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzidodos custos estimados de conclusão e despesas de vendas. e. Imobilizado - i. Reconheci-mento e mensuração - Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisiçãoou construção, deduzido de depreciação acumulada. Conforme entendimento da administra-ção da Companhia, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 não houveregistro de perdas por redução ao valor recuperável (impairment). O custo inclui gastos quesão diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela Com-panhia inclui: • O custo de materiais e mão de obra direta; • Quaisquer outros custos paracolocar o ativo no local e condição necessários para que esses sejam capazes de operar daforma pretendida pela Administração; e • Os custos de desmontagem e de restauração do localonde estes ativos estão localizados. Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado(apurados pela diferença entre os recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobi-lizado), são reconhecidos em outras receitas/ despesas operacionais no resultado. ii. Custossubseqüentes - Gastos subseqüentes são capitalizados na medida em que seja provável quebenefícios futuros associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. Gastos demanutenção e reparos recorrentes são registrados no resultado. iii. Depreciação - Itens doativo imobilizado são depreciados pelo método linear no resultado do exercício baseado navida útil econômica estimada de cada componente. Itens do ativo imobilizado são depreciadosa partir da data em que são instalados e estão disponíveis para uso, ou em caso de ativosconstruídos internamente, do dia em que a construção é finalizada e o ativo está disponívelpara utilização. As vidas úteis estimadas para o exercício corrente e os comparativos estãodescritas na nota explicativa n°7. f. Ativos intangíveis - Os ativos intangíveis que são adqui-ridos pela Companhia e que têm vidas úteis finitas são mensurados pelo custo, deduzido daamortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. i. Gastossubseqüentes - Os gastos subseqüentes são capitalizados somente quando eles aumentamos futuros benefícios econômicos incorporados no ativo específico ao quais se relacionam.Todos os outros gastos, incluindo gastos com ágio gerado internamente e marcas, são reco-nhecidos no resultado conforme incorridos. ii. Amortização - A amortização é reconhecida noresultado baseando-se no método linear baseada nas vidas úteis estimadas de ativos intangí-veis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso. As vidas úteis estimadas parao período corrente e comparativo são as seguintes:• Marcas e patentes 10 anos• Programas de computadores (“softwares”) 5 anosg. Redução ao valor recuperável - i. Ativos financeiros (incluindo recebíveis) - Um ativofinanceiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data deapresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valorrecuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indicaque um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele eventode perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser esti-mados de uma maneira confiável. A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderamvalor pode incluir o não-pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestrutu-ração do valor devido a Companhia sobre condições de que a Companhia não consideraria emoutras transações, indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência,ou o desaparecimento de um mercado ativo para um título. ii. Ativos não financeiros - Osvalores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e imposto derenda e contribuição social diferidos, são revistos a cada data de apresentação para apurar sehá indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperá-vel do ativo é estimado. A Companhia não identificou nenhum ativo com redução no seu valorrecuperável. h. Demais ativos circulantes e não circulantes - Apresentados aos valoresde custo ou realização, dos dois o menor, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as

variações monetárias auferidas. i. Obrigações tributárias e trabalhistas - Representam osvalores de tributos e contribuições devidos pela Companhia. A Companhia contempla tambémos valores a pagar a funcionários decorrentes de salários, benefícios etc. j. Provisões - Umaprovisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia tem uma obriga-ção legal ou construtiva que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que umrecurso econômico seja exigido para liquidar a obrigação. As provisões são apuradas atravésdo desconto dos fluxos de caixa futuros esperados a uma taxa antes de impostos que reflete asavaliações atuais de mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e riscos específicos parao passivo. Os custos financeiros incorridos são registrados no resultado. k. Demais passivoscirculantes e não circulantes - Os passivos circulantes e não circulantes são demonstradospelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentesencargos, variações monetárias incorridas até a data do balanço patrimonial. l. Receita ope-racional - A receita operacional da venda de bens no curso normal das atividades é medidapelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecidaquando existe evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos ineren-tes a propriedade dos bens foram transferidos para o comprador, de que for provável que osbenefícios econômicos financeiros fluirão para a companhia, de que os custos associados ea possível devolução de mercadorias podem ser estimados de maneira confiável, de que nãohaja envolvimento contínuo com os bens vendidos, e de que o valor da receita operacionalpossa ser mensurado de maneira confiável. Caso seja provável que descontos serão conce-didos e o valor possa ser mensurado de maneira confiável, então o desconto é reconhecidocomo uma redução da receita operacional conforme as vendas são reconhecidas. m. Receitasfinanceiras e despesas financeiras - As receitas financeiras abrangem receitas de jurossobre aplicações financeiras, descontos obtidos e variações cambiais ativas. A receita de jurosé reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos. As despesas financeirasabrangem despesas com juros sobre debêntures e variações cambiais passivas. Os ganhose perdas cambiais são reportados em uma base líquida. n. Imposto de renda e contribui-ção social - A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% sobre olucro tributável, acrescida de 10% sobre o lucro anual excedente a R$ 240. A provisão paraContribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucrotributável, A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostosde renda correntes. O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre olucro ou prejuízo tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamentedecretadas na data de apresentação das demonstrações financeiras. o. Ajustes e reclassifi-cações de períodos anteriores - As demonstrações financeiras referentes ao exercício findoem 31 de dezembro de 2010, originalmente emitidas em 17 de março de 2011, estão sendoreapresentadas, em conformidade com a Seção 10 da Resolução CFC no 1255/09, que aprovaa NBC TG 1000 (Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas) - Políticas Contábeis,Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, em decorrência da mudança da elaboração dacontabilidade adotando-se um sistema próprio e interno. Dessa forma foram reavaliados ossaldos de abertura das demonstrações financeiras de 2010 como ativos e passivos decorrente,principalmente, de estoques e imobilizado inventariados, validação de caixa, bancos, títulosa receber e a pagar, impostos a pagar e créditos tributários. Os critérios de contabilizaçãoforam adequados e uniformizados, prevalecendo o regime de competência. Abaixo demons-tramos um resumo das demonstrações financeiras originalmente apresentadas, comparativasàs demonstrações ora reapresentadas: a. Ajustes e reclassificações referentes aos saldos de31 de dezembro de 2009:Ativos 31/12/2009 Ajustes e

reclassific. 01/01/2010Divulgado Ajustado

Circulante Não revisado Não revisado Não revisadoCaixa e equival. de caixa 5.679 (463) 5.216Contas a receber 7.274 2.713 9.987Estoques 5.711 (3.847) 1.864Créditos diversos – 186 186Impostos a recuperar 3 83 86

18.667 (1.328) 17.339Não circulantePartes relacionadas 1.901 – 1.901Impostos a recuperar – 467 467Investimentos 148 – 148Imobilizado 42 3.085 3.127Intangível 20 – 20

210 3.552 5.663Total do ativo 18.877 2.224 23.002Passivo 31/12/2009 Ajustes e

reclassific. 01/01/2010Divulgado Ajustado

Circulante Não revisado Não revisado Não revisadoFornecedores 2.287 (1.945) 342Obrigações trabalhistas 192 (50) 142Obrigações tributárias 763 5 768Outras contas a pagar 523 (92) 431

3.765 (2.082) 1.683Não circulanteProvisão para contingên. – 430 430

– 430 430Patrimônio líquidoCapital social 500 – 500Reserva de lucros 16.513 3.876 20.389

17.013 3.876 20.889Total do passivo e patr. líq. 20.778 2.224 23.002b. Ajustes e reclassificações referentes aos saldos de 31/12/2010:

Ajustes eAtivos 31/12/2010 Reclassif. 31/12/2010Circulante Divulgado Não Revis. Reclassif.Caixa e equivalentes de caixa 11.664 (59) 11.605Contas a receber 10.585 (51) 10.534Estoques 7.558 (3.077) 4.481Créditos diversos 979 (123) 856Impostos a recuperar 202 – 202

30.988 (3.310) 27.678Não circulantePartes Relacionadas 1.917 – 1.917Impostos a recuperar 59 467 526Créditos diversos 5 – 5Investimentos – – –Imobilizado 4.217 (909) 3.308Intangível 260 – 260

6.458 (442) 6.01637.446 (3.752) 33.694

Ajustes ePassivo 31/12/2010 Reclassif. 31/12/2010Circulante Divulgado Não Revis. Reclassif.Fornecedores (a) 2.645 (489) 2.156Obrigações trabalhistas (b) 401 (60) 341Obrigações tributárias 1.440 – 1.440Dividendos a pagar (c) 4.163 8.000 12.163Outras contas a pagar 1.222 155 1.377

9.871 7.606 17.477Não circulanteProvisão para contingências 472 (59) 413

472 (59) 413Patrimônio líquidoCapital social 10.000 10.000Reserva de lucros (c) 17.103 (11.299) 5.804

27.103 (11.299) 15.80437.446 (3.752) 33.694

(a) Reclassificação como conta redutora de estoques de terceiros em poder da Companhia,no montante de R$489, anteriormente apresentado na conta de fornecedores para controlegerencial da Companhia. (b) Contingências trabalhistas constituídas em 2010 na conta deobrigações trabalhistas, reclassificadas para a rubrica de Provisão para contingências, no pas-sivo não circulante, para melhor refletir a natureza do saldo. (c) Os ajustes e reclassificaçõesrealizados no patrimônio líquido se referem aos lançamentos de correção do saldo de 31 dedezembro de 2009 e períodos anteriores que foram realizados durante o exercício de 2011,no montante de R$ 3.299 , e à constituição de provisão de dividendos a pagar no montante deR$8.000 que estavam aprovados para a data base de 31 de dezembro de 2010 e distribuídosno ano seguinte. c. Reclassificações referentes aos saldos da demonstração do resul-tado do exercício de 31 de dezembro de 2010: 31/12/10 Reclassif. 31/12/10

Divulg. Reclas.Receita operacional líquida (a) 52.626 (1.567) 51.059Custo das vendas (b) (24.525) 598 (23.927)Lucro bruto 28.101 (969) 27.132Despesas de vendas (b) – (665) (665)Despesas com pessoal (c) (11.089) 761 (10.328)Despesas gerais e administrativas (c) (6.093) (701) (6.794)Outras receitas e (despesas) (a) 49 907 956Resultado antes das receitas (desp.)financeiras liquidas e impostos 10.968 - 10.301Receitas financeiras (a) – 2.507 2.507Despesas financeiras – (423) (423)Resultado financeiro líquido 1.417 667 2.084Resultado antes dos impostos 12.385 – 12.385Imposto de renda e contribuição social (2.957) – (2.957)Resultado líquido das operações 9.428 – 9.428(a) Reclassificação referente à transferência de receita operacional líquida para a rubricade outras receitas operacionais, referentes a reembolsos de despesas operacionais, e dedescontos financeiros obtidos para a rubrica de receitas financeiras. (b) Reclassificação defretes sobre vendas apresentado na demonstração do ano anterior como custos e da despesa

constituída para créditos de liquidação duvidosa, que no ano anterior foi apresentado comodespesas gerais e administrativas. (c) Reclassificação referente a despesas administrativasanteriormente classificadas como despesas com pessoal.4.Caixa e equivalentes de caixa 31/12/11 31/12/10 01/01/10

Reclassif. Não revis.Caixa e bancos 255 2.347 2.108Aplicações de liquidez imediata 5.585 9.258 3.108

5.840 11.605 5.216Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixade curto prazo e não para investimento ou outros fins, sendo que a Companhia consideraequivalentes de caixa os valores que são realizáveis e conversíveis imediatamente em caixa.Os investimentos financeiros classificados no ativo circulante são representados por aplica-ções financeiras, remuneradas a uma taxa média do Certificado de Depósito Interbancário(CDI), com vencimento inferior a 90 dias, estando sujeito a um baixo risco de mudança devalor.5.Contas a receber 31/12/11 31/12/10 01/01/10

Reclassif. Não revis.Clientes de terceiros 6.004 10.600 9.987(-) Perdas com devedores duvidosos (27) (66) -

5.977 10.534 9.987As movimentações na provisão para perdas com devedores duvidosos são as seguintes:

2011 2010Em 1º de janeiro (66) -Adições (6) (66)Baixas 45 -Em 31 de dezembro (27) (66)A constituição e a baixa da provisão de contas a receber com difícil realização foram regis-tradas no resultado do exercício. Os valores debitados à conta de provisão são geralmentebaixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos.6.Estoques 31/12/11 31/12/10 01/01/10

Reclassif. Não revis.Mercadorias para revendas 4.967 4.122 1.864Materiais em poder de terceiros 813 351 -Outros 88 8 -

5.868 4.481 1.864A Companhia possui o procedimento de manter estoques em poder dos seus clientes parafutura utilização e venda dos materiais de consumo para esses terceiros. O saldo de esto-ques em poder de terceiros relacionado a essas operações é de R$ 812 em 2011 (R$ 2.431em 2010) e estão registrados como materiais em poder de terceiros. Em 2011 e 2010, nãohouve redução dos custos históricos de estoques para valores realizáveis líquidos e não foiidentificada a necessidade de constituição de provisão para giro lento. 7.Imobilizado-a. Com-posição do imobilizado

31/12/2011 31/12/10Taxa anual Deprec.

de deprec. (%) Custo acum. Líq. Líq.Reclassif.

Terrenos e edifícios (a) 4.391 - 4.391 -Máquinas e equipamentos (b) 33 4.299 (2.451) 1.848 2.658Móveis e utensílios 10 266 (52) 214 236Equipamentos de informática 20 286 (96) 190 208Ferramental 10 179 (34) 145 206Imobilizado em construção 223 - 223 -Total 9.644 (2.633) 7.011 3.308(a) Houve aquisição no período de um novo edifício, local em que funcionará a nova sede daCompanhia. Os bens relacionados a essa aquisição ainda não entraram em operação, razãopela qual não estão sendo depreciados. (b) A Companhia utiliza a modalidade de negócio“comodato”, no qual disponibiliza bens do seu imobilizado ao cliente com o objetivo de ele-var o consumo de produtos oftalmológicos pertencentes à grade de produtos vendáveis dacompanhia por um período de 36 meses. O saldo de imobilizado, líquido da depreciação, rela-cionado a essas operações é de R$ 1.848 em 2011 (R$ 2.658 em 2010) e estão registradoscomo máquinas e equipamentos. Considerando que ao final desse processo de “comodato”o equipamento perde valor de mercado e seu desempenho fica comprometido, a Companhiaadotou a taxa de depreciação de 33,33% para representar a vida útil desses ativos. b. Movi-mentação do custo

2009 Adições Baixas Transf. 2010Não revis. Reclassif. Reclassif. Reclassif.

Máq.e equipam. 3.998 363 (152) - 4.209Móveis e utensílios 154 107 - - 261Equipam.de inform. - 252 - - 252Ferramental - 228 - - 228Total 4.152 950 - - 4.950

2010 Adições Baixas Transf. 2011Reclassif.

Terrenos e edifícios - 4.391 - - 4.391Máq. e equipam. 4.209 330 (239) - 4.300Móveis e utensílios 261 9 (5) - 265Equipam. de inform. 252 66 (32) - 286Ferramental 228 71 (120) - 179Imobil.em constr. - 223 - - 223Total 4.950 5.090 (396) - 9.644c. Movimentação da depreciação acumulada

2010 Adições Baixas 2011Reclassif.

Máquinas e equipamentos (1.551) (1.128) 228 (2.451)Móveis e utensílios (25) (27) - (52)Equipamentos de informática (44) (52) - (96)Ferramental (22) (19) 7 (34)Total (1.642) (1.226) 235 (2.633)8.Fornecedores 31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010

Reclassif. Não revisadoFornecedores nacionais 448 290 85Fornecedores estrangeiros 721 1.866 257

1.169 2.156 342A exposição da Companhia para os riscos de moeda e de crédito relacionados a fornecedoresencontram-se divulgados na nota 18. 9.Debêntures-Esta nota explicativa fornece informaçõessobre os termos contratuais das debêntures, que são mensurados pelo custo amortizado. Paramais informações sobre a exposição da Companhia a riscos de taxa de juros e liquidez, vejanota explicativa 18.

31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010Debêntures 7.415 - -Juros a apropriar (2.141) - -

5.274 - -Parcela no circulante 274 - -Parcela não circulante 5.000 - -Em 01/03/2011 houve a emissão de 500 debêntures de colocação privada, não conversíveisem ações, com o valor de face de R$ 10.000 cada uma.Os recursos obtidos com a subscrição das debêntures foram utilizados para aquisição doedifício em que funcionará a nova sede da Companhia e para reforço do capital de giro daCompanhia. As debêntures têm prazo de 36 meses, vencendo-se em 1º de março de 2.014. Asdebêntures pagarão taxas pré-fixadas de 1,60% ao mês incidente sobre o valor nominal unitá-rio das debêntures sendo que essa remuneração será paga trimestralmente, sempre no dia 15dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, sendo o primeiro pagamento foi em 15/04/2011.Não haverá amortização programada, o valor unitário será pago integralmente na data devencimento. Portanto, a parcela registrada no passivo não circulante, bruto das amortizaçõese por ano de vencimento é demonstrada a seguir:Ano Valor2013 7142014 5.714

6.428Cláusulas contratuais restritivas (covenants)-Não há “covenants” financeiros aplicáveis aessa emissão de debênture.10.Obrigações tributárias 31/12/11 31/12/10 01/01/10

Não revis.Imposto s/circul.de mercadorias (ICMS) 603 373 200Imposto s/produtos industrializados (IPI) 115 49 54Programa de integração social (PIS) 49 20 7Contrib.p/financiamento da

seguridade social (COFINS) 227 95 33IR retido na fonte e a recolher 247 644 332Contribuição Social a recolher (CSLL) 12 223 125Outros impostos a recolher 16 36 17

1.269 1.440 76811.Provisão para contingências-Durante o curso normal dos negócios, a Companhia ficaexposta a certas contingências e riscos, que incluem processos tributários, trabalhistas ecíveis, em discussão. Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Companhia possuía regis-trado, no passivo não circulante, os seguintes valores a título de provisão para cobrir eventuaisriscos prováveis:a. Composição 31/12/11 31/12/10 01/01/10

Reclassif. Não revis.Provisão para riscos fiscais 78 123 77Provisão para riscos cíveis 230 230 353Provisão para riscos trabalhistas 60 60 -

368 413 430b. Movimentação 31/12/10 Adições Realização Baixas 31/12/11Riscos fiscais 123 15 (60) - 78Riscos cíveis 230 - 230Riscos trabalhistas 60 - - - 60

413 15 (60) - 368A principal provisão para risco civil refere-se à ação ordinária de reparação sobre danos moraise materiais requeridos pelo Centro Oftalmológico Celso Dabi Lopes. A pretensão do autor,além de honorário e custas, dano material perfaz o total de R$ 4.136. Apesar do advogadoexterno responsável pela causa julgar como possível a perda, ele cita a possibilidade deacordo que poderia culminar na perda de R$ 200, valor provisionado. O total dos outros pro-cessos com risco de perda possível é de R$ 33. 12.Patrimônio líquido-a. Capital social-Em31 de dezembro de 2011, o capital social subscrito e integralizado é de R$ 10.000 (R$ 10.000em 31 de dezembro de 2010 e R$ 500 em 1º de janeiro de 2010) representado por 500.000ações ordinárias (500.000 ações ordinárias em 31 de dezembro de 2010 e 1º de janeiro de2010). A composição acionária em 31 de dezembro de 2011 é a seguinte:Sócios Quantidade ações ordinárias

2011, 2010 e 1º de janeiro de 2010Vistatek Participações S.A. 495.000Vistatek Produtos Médicos S.A. 5.000Total 500.000b. Distribuição de dividendos-No exercício de 2011 foi proposta a distribuição dos lucrosaos quotistas no montante de R$ 516 (R$ 8.000 em 2010 e R$ 4.163 em 1º de janeiro de2010). Além da distribuição de lucros, foram pagos juros s/capital próprio no montante deR$ 911 em 2011 (R$0 em 2010 e 1º de janeiro de 2010). c. Reserva de lucros: • Reservalegal-É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício nos termosdo art. 193 da Lei 6.404/76, até o limite de 20% do capital social. • Reserva de retenção delucros-O saldo remanescente de lucros acumulados em 31 de dezembro de 2011, no valorde R$ 637 (R$ 957 em 2010) foi transferido, conforme proposta da Administração, para aconta “Reserva de retenção de lucros”, no pressuposto de sua aprovação pelos acionistas,com as demonstrações financeiras do exercício findo naquela data. 13.Imposto de rendae contribuição social-a. O imposto de renda e a contribuição social são compostoscomo segue:

2011 2010Resultado antes do IR e da contribuição social 3.352 12.385Ajustes para refletir a alíquota efetiva(+/-) Diferenças temporárias 593 -(+/-) Diferenças permanentes 505 -(-) Juros sobre capital próprio (911) -Base do lucro real 3.539 12.385(-) Compensação de impostos (71) -Base de cálculo do IR e contribuição social 3.468 12.385Alíquota aplicável 34% -Débito fiscal apurado pelo lucro real (1.179) -Efeito líquido tributação pelo lucro presumido (a) - (2.957)IR e contribuição social no resultado-Corrente (1.179) (2.957)(a) Para os anos anteriores, o imposto de renda e contribuição social era calculado com baseno lucro presumido. Em 2011, não houve apuração de imposto de renda diferido com basenas diferenças temporárias.14.Receita operacional líquida 2011 2010Receita bruta Reclassif.Vendas de consumo cirúrgico 44.242 40.524Venda de equipamentos 1.318 26.935Vendas de faço 4.942 854Outras vendas 2.328 5.351

52.830 73.664DeduçõesImpostos sobre vendas (13.871) (15.065)Devoluções (1.941) (6.879)Descontos concedidos (185) (661)(-) deduções (15.997) (22.605)Receita operacional líquida 36.833 51.05915.Custo dos produtos vendidos 2011 2010

Reclassif.Custo de materiais (15.249) (23.817)Logística (135) -Embalagens (70) (71)Outros custos (121) (39)

(15.575) (23.927)16.Despesas gerais e administrativas 2011 2010

Reclassif.Ocupação (1.098) (867)Depreciação (1.329) (527)Veículos (761) (778)Viagens (578) (755)Serviços contratados (659) (413)Bonificações de produtos (397) -Outras despesas (2.921) (3.454)

(7.743) (6.794)17.Resultado financeiro líquido 2011 2010Receitas financeiras Reclassif.Juros ativos (aplicações financeiras) 645 620Descontos obtidos 233 700Variações cambiais ativas 231 910Outras receitas financeiras 145 277

1.254 2.507Despesas financeirasJuros passivos (debêntures) (720) -Variações cambiais passivas (531) (196)Outras despesas financeiras (58) (227)

(1.309) (423)Resultado financeiro líquido (55) 2.08418.Instrumentos financeiros-A Companhia mantém operações com instrumentos financeiros. ACompanhia não efetua aplicação de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativosde risco. Os resultados obtidos com estas operações estão condizentes com as políticas e estraté-gias definidas pela administração da Companhia. Todas as operações com instrumentos financeirosestão reconhecidas nas demonstrações contábeis da Companhia. Classificação dos instrumen-tos financeiros-A classificação dos instrumentos financeiros está apresentada no quadro a seguir,e não existem instrumentos financeiros classificados em outras categorias além das informadas:

2011 2010Valor Valorjusto justo

atrav. Emprést. Pas. atrav. Emprést. Pas.Ativos Nota result. recebív. financ. result. recebív. Financ.Cxa e equival. 4 5.840 - - 11.605 - -Ctas a receber 5 - 5.977 - - 10.534 -Partes relacion. 19 - - - - 1.917 -Outros creditos - 275 - - 861 -PassivosFornecedores 8 - - 1.169 - - 2.156Debêntures 9 - - 5.274 - - -Outras ctas

a pagar - - 108 - - 1.377Aplicações financeiras-As aplicações financeiras referem-se substancialmente a certificadosde depósitos bancários (CDB) remunerados a uma taxa média ponderados do Certificado deDepósito Interbancário (CDI), estão sendo apresentada pelo seu valor justo dada a classificaçãode valor justo através do resultado, conforme demonstrado anteriormente. O pronunciamentocontábil sobre instrumentos financeiros estabelece uma hierarquia de três níveis para o valorjusto, a qual prioriza as informações quando da mensuração do valor justo pela Companhia, paramaximizar o uso de informações observáveis e minimizar o uso de informações não observáveis.O pronunciamento descreve os três níveis de informações que devem ser utilizadas na mensu-ração ao valor justo: • Nível 1-Preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativosidênticos ou passivos; • Nível 2-Outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, ondeos preços cotados (não ajustados) são para ativos e passivos similares, em mercados não ativos,ou outras informações que estão disponíveis e que podem ser utilizadas de forma indireta (deri-vados dos preços); e • Nível 3-Informações indisponíveis em função de pequena ou nenhumaatividade de mercado e que são significantes para definição do valor justo dos ativos e passivos.A tabela abaixo demonstra em resumo os ativos e passivos financeiros mensurados a valor justo.

2011 2010Ativos Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3Caixa e equivalentes - 5.840 - - 11.605 -PassivoDebêntures - - 5.274 - - -As operações da Companhia estão sujeitas aos fatores de riscos abaixo descritos: Gerencia-mento de risco financeiro-a. Risco de taxa de jurosDecorre da possibilidade da Companhia apresentar ganhos ou perdas decorrentes de oscilaçõesde taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros. b. Risco de estrutura decapital (ou risco financeiro)- Decorre da escolha entre capital próprio e capital de terceiros que aCompanhia faz para financiar suas operações. Para mitigar os riscos de liquidez e a otimização docusto médio ponderado do capital, a Companhia monitora permanentemente os níveis de endivida-mento de acordo com os padrões de mercado. c. Risco cambial-A Companhia está sujeito ao riscode moeda nas compras denominadas em uma moeda diferente das respectivas moedas funcionaisda Companhia, o Real (R$), mas também o Dólar Americano (USD) e o Euro (EUR). O resumo dosdados quantitativos sobre a exposição para o risco de moeda estrangeira da Companhia fornecidapela Administração baseia-se na sua política de gerenciamento de risco conforme abaixo:

2011 2010R$ USD EUR R$ USD EUR

Fornecedores 721 268 90 1.866 1.067 88d. Risco de crédito-As políticas de prestação de serviços e concessão de crédito da Companhiaestão subordinadas às políticas de crédito fixadas pela Administração e visam minimizar even-tuais problemas decorrentes da inadimplência de seus clientes. Este objetivo é alcançado pelaAdministração por meio da seleção criteriosa da carteira de clientes que considera a capacidadede pagamento (análise de crédito) e da diversificação de suas operações (pulverização do risco).A Companhia não possui histórico de inadimplência significativa junto aos seus clientes. e. Riscode preços-A Companhia considerada baixo o risco de preços por serem pactuados junto aosclientes no momento da celebração do contrato. 19.Partes relacionadas-Remuneração de pes-soal-chave da administração-Em conformidade com o artigo 9º do Estatuto Contrato Social daCompanhia, os diretores administradores fazem jus a uma retirada mensal a titulo de pró-labore,levada a conta de despesas gerais no fim de cada exercício. Em 31 de dezembro de 2011,a Companhia creditou a seus administradores, salários, benefícios e remuneração variável decurto prazo o montante de R$ 320 (R$ 650 em 2010). Contas a receber de partes relacionadas

31/12/2011 31/12/2010 01/01/2010Vistatek Produtos Médicos (a) - 1.754 1.901Vistatek Locação (b) - 60 -Vistatek EPP (b) - 18 -Vistaserv (b) - 85 -

- 1.917 1.901(a) Empréstimo realizado à companhia Vistatek Produtos Médicos S.A., entidade sócia da Compa-nhia. O referido montante foi renegociado, e foi firmado contrato de mútuo entre as partes na data de01/10/2010, sendo repactuada a atualização do saldo devedor por juros à taxa Selic mais 1% na datado efetivo pagamento. O empréstimo encontra-se totalmente quitado em 31/12/2011. (b) Os emprés-timos referem-se a pagamentos feitos pela Companhia de despesas das empresas relacionadas. Oempréstimo encontra-se totalmente quitado em 31/12/2011. Debênture-Conforme divulgado na notaexplicativa no 9, em 01/03/2011 houve a emissão de 500 debêntures de colocação privada com ovalor de face de R$ 10.000 cada uma. Essas debêntures foram subscritas e integralizadas por AntônioManuel Azevedo representante da Vistatek Participações S.A. e José Roberto Alves Alegre represen-tante da Vistatek Produtos Médicos S.A., ambas Companhias acionistas da Vistatek Produtos ÓticosS.A. 20.Cobertura de seguros-A Companhia possui cobertura de seguro em valores consideradospela Administração como suficientes para cobrir possíveis perdas. A Companhia adota a política decontratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientespara cobrir eventuais sinistros. Atualmente a apólice 05.18.030.830 em vigor da cobertura para riscosdiversos no montante e R$ 5.300 com vencimento em 09/02/2012. As premissas de risco adotadas,dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma revisão das demonstrações financeiras,consequentemente não foram analisadas pelos nossos auditores independentes.

Representantes da empresa e ContabilistaAntonio Manuel Azevedo

Diretor Presidente – CPF-MF nº 003.718.958-12José Roberto Alves Alegre

Diretor Administrativo – CPF-MF nº 019.320.838-55Airton Donizeti Coelho

Contador- CRC-SP 1SP-124865/O-0- CPF-MF nº 028.941.218-81

A tendência dos carros importados é de alta nos preços e queda nas vendas.Flavio Padovan, presidente da Abeivaeconomia

IPI altera rotade veículosimportadosVenda de veículos importados avança 4% em maiosobre abril, mas cai 35,6% sobre igual mês de 2011.

Avenda de veículosimportados subiu4% em maio nacomparação com o

mês anterior, segundo aAssociação Brasileira dasEmpresas Importadoras deVeículos Automotores(Abeiva). Foram 12.388unidades emplacadas, ante11.917 registradas em abril.Em relação a maio de 2011,com 19.227 transações,houve queda.

Segundo o presidente daAbeiva, Flavio Padovan,enquanto as vendas totais deautomóveis no mercadobrasileiro recuaram 8,7%

ante maio de 2011, nosegmento de importadosessa queda foi de 35,6%.

Na comparação mensal,enquanto o mercado deimportados cresceu 4% anteabril, o mercado totalapresentou avanço de 12,1%.

No acumulado do ano atémaio foram 59.768emplacamentos, queda de16,3% ante igual período de2011, quando 71.388veículos importados foramcomercializados.

Para o presidente daAbeiva, os números refletemos efeitos da alta do Impostosobre Produtos

Industrializados (IPI) paramodelos de veículos que nãoatendem à exigência mínimade 65% de conteúdo nacionale também da apreciação docâmbio do dólar verificadanas últimas semanas.

Demissões – Em nota àimprensa, Padovan semostrou preocupado com amanutenção do emprego de35 mil trabalhadores em 882concessionárias dasassociadas no País.

Ele destacou a perda demercado registrada pelosveículos importados em maio(a fatia ficou em 4,51%, ante4,87% em abril e 6,4% em

maio de 2011). Nacomparação entre osacumulados dos cincoprimeiros meses de 2012 e2011, a participação demercado caiu de 5,28% para4,63%. "A partir deste mês,os estoques de automóveisde nossas associadas com oantigo IPI devem estarchegando ao seu final.Portanto, certamente terãode iniciar o repasse de custos.Com isso, a tendência doscarros importados é de altanos preços ao consumidor ede queda significativa nosvolumes de vendas", afirmouPadovan. (AE)

terça-feira, 12 de junho de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Da África aoBrasil, pelapassar elada moda.

A nova edição da SPFW foiaberta ontem com desfile

inspirado na cultura africana.Mas o Norte e Nordeste do Paísmarcam também a moda queserá apresentada na Bienal.

Aatriz inglesa RosieAlice Huntington-W h i t e l e y , d e 2 5anos, abriu ontem o

primeiro desfile da 33ª ediçãoda São Paulo Fashion Week(SPFW), no prédio da Bienal,no Parque do Ibirapuera, zonasul da Capital paulista. Entrouna passarela pela Animale,grife que elegeu a África comotema. Apesar do olhar globali-zado do primeiro dia, a sema-na de moda paulistana – quevai apresentar até sábado astendências da primavera e doverão 2013 – está muito in-fluenciada pela cultura doNorte e do Nordeste do País.

No térreo da Bienal, em vezde uma exposição de moda in-ternacional – como ocorreu naedição passada – foram ex-postas fotos de Várzea Quei-mada, no coração do semiári-do do Piau. Lá, o arquiteto Mar-celo Rosenbaum coordenouum projeto de desenvolvi-mento social baseado no de-sign. Alguns objetos produzi-dos pela comunidade estão àvenda na Bienal – entre eles,um cesto usado pelo prefeitoGilberto Kassab (PSD) para fa-zer graça. Ciceroneado porPaulo Borges, cr iador doSPFW, Kassab assistiu ao des-file de Herchcovitch. "Não en-tendo nada de moda", brincouo prefeito.

Thiago Bernardes/ AE

A modelo e atriz inglesa Rosie Alice Huntington-Whiteley, de "Transformers: O Lado Oculto da Lua", abre a semana de moda em São Paulo.

AlexandreHerchcovitch

Oestilista AlexandreHerchcovitch seinspirou em Boy

George, um dos ídolos de1980, em sua novacoleção feminina. Oslooks vieram comchemises e vestidos emcores fortes, como rosapink, azul, amarelo evermelho.

As modelos tambémusaram chapéusassinados pelo inglêsStephen Jones – o modelococo, eternizado por BoyGeorge, foi a inspiração.Bolsas com aplicações demetal e de alfinetes foramoutros acessóriosapresentados porHerchcovitch.

A beleza do desfile foiassinada por CelsoKamura e trouxe muitoscachos nos cabelos, outrareferência aos anos 1980,e cara limpa. ( Fo l h a p r e s s )

Tufi Duek

Oestilista Tufi Duek apostou na cadência e nas flores para a sua coleção Verão 2013. O ritmoestava presente na música na passarela, que trazia níveis diferentes para marcar o passo dasmodelos. Em relação às estampas, nada mais verão do que flores e cores claras. Com requinte e

inteligência, o estilista encontrou novas maneiras de trabalhar com essa referência. Mas não haviadesenhos claros das flores, embora elas estivessem por toda parte nos vestidos em tons fortes quepontuam a coleção.

Todo o ritmo na noite de ontem foi apresentado de um jeito bastante simples. As peças deixavam àmostra as linhas da costura, sem acabamentos. O contraste ficou por conta dos babados rebuscados.Sobre as cores, vieram em um crescendo: do branco e amarelo ao vermelho e preto. (Agências)

Amarca Animale abriu a 33ª edição do São Paulo Fashion Week com um safári na África.Apostando em estampas de animal como forte referência, a estilista Priscilla Daroltinvestiu na seda como tecido base da nova coleção.

As cores vieram em tons neutros e terrosos, como capim, amarelo e verde, ressaltando asestampas de zebra, crocodilo e tartaruga. A marca misturou a suavidade da seda com a rigidezdo couro, em modelagens diferenciadas, como calças que pareciam vestidos e shorts por cimade leggins, em referência esportiva.

Max Weber, um dos principais maquiadores do País, assinou a beleza do desfile. A ideia,segundo ele, foi brincar com as estampas das roupas nos cabelos, com mechas em cores comopreto, marrom, vermelho e loiro escuro. Os penteados receberam textura molhada na frente,com efeito de gel, e seco atrás, sempre "liso e chapado". "A maquiagem foi totalmente verão,com muito cílio e dourado nos olhos", explicou. Na boca, apenas um pouco de volume e corvermelha. ( Fo l h a p r e s s )

Sebastião Moreira/EFE

Seba

stião

Mor

eira

/EFE

Thiago Bernardes/ FolhapressPaulo Whitaker/ Reuters

Daniel Teixeira/AE

J.F.Diório/AE J.F.Diório/AE

Prefeito se diverte no SPFW

Quem estáde 'burca"?É o prefeito

K assab.Convidado de honra, oprefeito de São Paulo,Gilberto Kassab (PSD),fez questão de dizer edemonstrar que nãoentende de moda:

confundiu um cesto depalha em exposição

com um adereço paraa cabeça. Um chapéu?Não. Uma máscara?

Não. Uma burca? Não."Passei a acompanharmais a moda graças aoSPFW, mas na verdadenão acompanho muito,não", revelou. "Meus

ternos quem ainda faz éo seu Antônio",

revelou o prefeito.

Evelson de Freitas/AE

Animale

J.F.D

iório

/AE

terça-feira, 12 de junho de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

ShoppingCenter IbirapueraS.A.CNPJ/MFnº58.579.467/0001-18 -NIRE:35300118502

AtadaAssembleiaGeralOrdináriaRealizadaem27deAbrilde2012,LavradanaFormadeSumárioData, Hora e Local: 27 (vinte e sete) dias do mês de abril de 2012, às 09:30 (nove horas e trinta minutos), em Primeira Convocação,noAuditório localizado noPisoC 4 1/2, comacesso pelo hall dos elevadores n°s 5 e 6, do ShoppingCenter Ibirapuera, na Av. Ibirapueranº 3.103, nesta Capital. Presença de Acionistas: Acionistas representando número legal suficiente, ou seja, 64,6043% do CapitalSocial comdireito a voto, conformeassinaturas lançadasnocompetente “LivrodePresençadeAcionistas”.MesaDiretora:Presidente -Sr. Armando de Angelis Filho, no exercício da Presidência do Conselho de Administração; Secretário: Roberto José Bastos.Presentes, ainda, o Sr. Salim Haddad Netto, Diretor Presidente da Companhia e o Sr. Antonio Carlos Bonini Santos Pinto,representante daDirectaAuditores, empresa de auditoria independente.OrdemdoDia: a) leitura, discussão e aprovação do relatórioda administração e demonstrações financeiras, acompanhadas de parecer favorável do Conselho Fiscal, relativos ao exercício socialencerrado em 31 de Dezembro de 2011; b) proposta da administração, objetivando o pagamento escalonado dos dividendosprovenientes do mesmo exercício.Publicações: Aviso aos acionistas publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornalDiário doComércio, edições dos dias 21, 22 e 23 demarço de 2012.Editais de convocação publicados nosmesmos jornais, edições de18, 19 e 20 de abril de 2012.Demonstrações Financeiras, Relatório da Administração e Parecer dos Auditores publicados nosmesmosperiódicos, nas edições do dia 05 de abril de 2012. Ato contínuo, a mesa deu início aos trabalhos desta Assembleia. Deliberações:Foram tomadas, por acionistas representando 60,5515% do capital social votante da Companhia, com abstenção dos seusadministradores, as seguintes deliberações: a) Autorizar a lavratura da ata a que se refere esta Assembleia em forma de sumário, nostermos do art.130, § 1º, da Lei nº 6.404/76;b) Aprovar, depois de examinados e discutidos, comaabstenção dos legalmente impedidos,o relatório anual e as contas da administração, bem como o balanço patrimonial e as demonstrações financeiras, com pareceresfavoráveisdoConselhoFiscal daCompanhiaedosauditores independentes, relativosaoexercício social encerradoem31dedezembrode 2011; c) Aprovar, depois de examinada e discutida, a proposta do Conselho de Administração da Companhia, adotada em suareunião do dia 26 demarço de 2012, no sentido de que os dividendos constantes das demonstrações financeiras ora aprovadas fossempagos em duas parcelas, sendo a primeira no valor de R$ 8.500.000,00 (oito milhões e quinhentos mil reais), em maio de 2012,e a segunda no valor de R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais) em outubro de 2012; d) Determinar a instalação doConselho Fiscal da Companhia para o presente exercício de 2012 e designar para os cargos demembros efetivos do Conselho Fiscal,commandato até a assembleia geral ordinária que deliberar sobre as demonstrações financeiras do exercício social a encerrar-se em31 de dezembro de 2012, os Senhores: 1) Antonio Carlos Barbosa, brasileiro, casado, administrador de empresas, RG. nº 3.719.310-SSP/SP,CPF/MFnº380.283.608-15, residenteedomiciliadonestaCapital naRuaEmboabas, nº 605,CEP04623-011;2)Roberto JoséBastos, brasileiro, casado, advogado, RG. nº 2.506.877-5-SSP/SP, CPF/MF nº 007.515.708-00, residente e domiciliado nesta Capital,com escritório na Rua Nigéria, nº 20, CEP 04538-020 e 3) André Marcos Campedelli, brasileiro, casado, advogado, RG nº 9.328.001-SSP/SP, CPF/MF nº 076.750.298-10, residente e domiciliado nesta Capital, com escritório na Rua Bela Cintra, nº 904, 8° e 9° andar,CEP 01415-000; e seus respectivos membros suplentes, os Senhores: 1) Guilherme Carvalho Monteiro, brasileiro, casado, advogado,RG. nº 2.594.932-SSP/SP e CPF/MF nº 033.537.618-53, residente e domiciliado nesta Capital, com escritório na Rua Nigéria, nº 20,CEP 04538-020; 2) Michel Gora, brasileiro, casado, comerciante, RG nº 3.520.577-SSP/SP, CPF/MF nº 187.802.538-49, residente edomiciliado nesta Capital na Rua Dr. José Carlos deToledo Piza, nº 215, 9º andar, CEP 05712-070 e 3) Felipe Zorzan Alves, brasileiro,solteiro, advogado, RG nº 25.397.423-9-SSP/SP, CPF/MF nº 270.530.348-01, residente e domiciliado nesta Capital, com escritório naRua Bela Cintra, nº 904 - 8° e 9° andar, CEP 01415-000. Manifestações: O Sr. Gabriel Liebesny, procurador da acionista L3ParticipaçõesLtda., titular deações representando0,2098%docapital social, propôsaconvocaçãopara futurasassembleiasgerais pormeio de carta, proposta essa que foi recusada pela maioria dos presentes.Encerramento:Nadamais havendo a tratar, foi a presentelida e aprovada, pelos presentes, encerrando-se assim os trabalhos. São Paulo, 27 de abril de 2012. aa)Armando de Angelis Filho -Presidente;Roberto José Bastos - Secretário.Acionistas Presentes:AMiniatura Comércio de Brinquedos Ltda., Abrão Kherlakian,Andréa Justus Chioratto, Anna Pellegrini Bassi, Antônio Martins Barroso, Antônio Matos Duca, Ari Giron, Armando de Angelis Filho,Armando Freitas Monteiro, Artur Danielian, Banco ABN AMRO Real S.A., Bayard Administradora de Bens Ltda., Bodum Comércio eParticipaçõesLtda.,BristolComercial Ltda.,CabreuvaParticipaçõesLtda.,CentroAtacadistadeMateriaisparaEscritórioLtda.,CláudioWiniawerGarini,DanielKolanian,DelaineGiusti,DelmiraMatosDucaGiovanelli,Dini’sMagazineLtda.,ÉlcioCaccelli, FábioEuksuzian,Farmácia e Laboratório Homeopático Almeida Prado Ltda., Fernando Abílio Kherlakian, Gaivota Empreendimentos e ParticipaçõesLtda., Giuseppe Bertozzi, Hala Jean Kassis, Harutuim Euksuzian, Haruo Uchikawa, Hedda Geminder Aufricht, Hilário Galves Júnior,Isaac Schafirovitch, Isidora Martinez Rodrigues Barroso, JAM Administração e Participações S.A., Jamel Ali El Bacha, Jorge Kassis,José Cezar Saban Júnior, Júlio Okubo Jóias Ltda., Karnik Karabet Bogiatzian, L3 Participações Ltda., Lojas Guiné Ltda., Luiz GetúlioChingFackGeh,LuizFernandoMaron, LuizKoWingGeh,LuizVitórioGeh,MaibeParticipações IntermediaçõesdeNegóciosS/CLtda.,Malvino Rodrigues, Maria Áurea Matos Duca, Marcelo Euksuzian, Marcelo Kherlakian, Mário dos Santos Pereira, Mário MartinsBarroso, Marisa Ferreira Mogadouro, Máximo Félix Edelstein, Michael Klein, MTA Empreendimentos e Participações Ltda., NazarethDanielian, NelsonChammas Filho, Norberto Blumenfeld Lichtenstein, OresteNestor de Souza Laspro, OrlandoMartinez, Pailcon Bense Participações Ltda., Pietro Spinelli Calçados Ltda., Rafik Jean Kassis, Regina Célia Maluly Matta, Roberto de Mingo Zimmermann,Rubens Dryzun, Said Daher, Salim Haddad Netto, Sândi Cintra Foz Adamiu, Savério Silvarolli, Souvenir Brazil Presentes Ltda., TâniaMurgel Edelstein,Valter Nilton Félix,Valter Uzzo,Vidal RitvoVeicer,Victor Hugo Artefatos deCouro Ltda.,Waldemar Caccelli,WenMaoLin, Wota Administração e Participações S.A., Yagoub Jean Kassis, Yara Schafirovitch, Zimo Empreendimentos Imobiliários Ltda.A presente é cópia fiel do original, lavrado no livro próprio. Armando de Angelis Filho - Presidente. Visto: Roberto José Bastos -Advogado -OAB/SPnº15.761.JUCESPnº239.960/12-9em04/06/2012.GiselaSimiemaCeschin -SecretáriaGeral.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 066/2012 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1185/2012Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico FMS nº066/2012, tendo como objeto o registro de preços de medicamento não padronizado, para atender processosautorizados, incluindo demandas administrativas para Defensoria Pública e processos judiciais (reedição dopregão eletrônico FMS nº 060/2012, por ter resultado deserto naquela oportunidade), conforme especificaçõese quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá ser obtido nos sites: www.licitacoes-e.com.bre www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a abertura das propostas dar-se-ão até às 8 horas e 30minutos do dia 22 de junho de 2012, e o início da sessão de disputa de preços será às 9 horas e 30 minutos do dia 22de junho de 2012. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 11 de junho de 2012.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOSSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

PREGÃO ELETRÔNICO FMS Nº 065/2012 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1151/2012Faço público, de ordem do Senhor Secretário Municipal de Saúde, que se encontra aberto o Pregão Eletrônico FMS nº065/2012, tendo como objeto o registro de preços para aquisição de dieta enteral e fórmula láctea infantil,conforme características, especificações e quantidades constantes nos Anexos II e V. O Edital na íntegra poderá serobtido nos sites: www.licitacoes-e.com.br e www.saocarlos.sp.gov.br, opção Licitações. O recebimento e a aberturadas propostas dar-se-ão até às 8 horas e 30 minutos do dia 22 de junho de 2012, e o início da sessão de disputa depreços será às 9 horas e 30 minutos do dia 22 de junho de 2012. Maiores informações pelo telefone (16) 3362-1350.

São Carlos, 11 de junho de 2012.Chayana Antonio de Moura - Pregoeira

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PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO Nº 14/12 - CONCORRÊNCIA Nº 02/12Decisão da Comissão Permanente de Julgamento de Licitações no Processo Licitatório 14/12, Concorrência02/12, o qual tem por objeto a concessão de uso administrativo de uma unidade industrial de fécula demandioca e derivados, com capacidade de moagem de 200 (duzentas) toneladas/dia, instalada numa áreade terras rurais, com 10 alqueires na medida paulista, contendo várias benfeitorias, pelo período de 30(trinta) anos; ou a concessão de uso administrativo de uma área de terras rurais, com 10 alqueires namedida paulista, contendo várias benfeitorias, pelo período de 30 (trinta) anos, para a instalação efuncionamento de uma unidade industrial de qualquer setor. Decidiu classificar como proposta de maioroferta ao item 2.2.2 à empresa J. A. Abdalla Construções e Serviços – ME, no valor de R$ 0,07 (setecentavos) o metro quadrado e para o item 2.2.5 a empresa A. a Z. Comércio - Representação e ServiçosLtda, no valor de R$ 0,08 (oito centavos) o metro quadrado. Fica aberto o prazo legal para interposição derecurso, a partir da data desta publicação, nos termos do art.109, inciso I, alínea “b”, da Lei Federal 8666/93, estando desde já os autos do processo com vista franqueada aos interessados. A Debitar (12.06.12)

A Prefeitura do Município de Santa Gertrudes torna público que, no dia e hora especificados, nas dependências do PaçoMunicipal, à Rua 01A, 332, Centro, Santa Gertrudes/SP, realizar-se-á licitação, na modalidade Pregão Presencial 10/2012,objetivando o Registro de Preços, pelo tipo menor preço global por lote, obtido pelo maior desconto sobre a tabela de preçosde peças originais/genuínas, visando aquisições futuras, parceladas e a pedido, de peças para a manutenção dos veículosleves, pesados, agrícolas e motocicletas pertencentes à frota municipal. O edital completo poderá ser retirado no endereçosupracitado, no horário das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, sendo necessária a retirada no local. Não serãoenviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com as propostas e os documentos de habilitação devem serprotocolados até às 9:30 horas do dia 25/06/2012, no Paço Municipal. A sessão de lances e julgamento será neste mesmodia, às 10:00 horas. Santa Gertrudes/SP, 11 de junho de 2012. Danielle Zanardi Leão – Pregoeira.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA GERTRUDESPregão Presencial 10/2012

TPD – Processamento de Dados Ltda. CNPJ 05.478.580/0001-40

Convocação de Assembleia GeralConvocamos os senhores sócios para Assembleia Geral, dia 21/06/2012, às 10 h, na sede social, sitaà rua Pedro Cubas, 122 – CEP: 02913-000 – SP/SP, em especial o sócio WASHINGTON LUISZAMPIERI, para deliberarem discussão e votação para exclusão do sócio. São Paulo, 12 de junho de2012. Vera Lúcia Giorgio Zampieri e Renato Augusto de Paula Teixeira - Sócios-Diretores.

Requerente: Gerdau Aços Longos S/A. Requerido: Uni Engenharia e Comércio Ltda. Avenida Vi-cente Pinzon, 173 - 5° Andar - 2ª Vara de Falência.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃOEXTRAJUDICIAL E

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São

Paulo, foram ajuizados no dia 11 de junho de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de

falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.CNPJ Nº 17.184.037/0001-10

COMPANHIAABERTAASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃOFicam convocados os senhores acionistas do BancoMercantil do Brasil S.A., para a Assembleia GeralExtraordinária, a realizar-se no dia 09 de julho de2012, às 10:00 (dez) horas, na sede social, na RuaRio de Janeiro, 654/680 - 5º andar, em BeloHorizonte, Minas Gerais, a fim de discutir edeliberar a respeito da seguinte Proposta doConselho de Administração, com parecer favoráveldo Conselho Fiscal: I - homologação do aumento docapital social deliberado pela Assembleia GeralExtraordinária de 27/02/2012, no valor deR$85.200.000,00 mediante subscrição particular deações, com e emissão de 7.100.000 (sete milhões ecem mil) novas ações preferenciais nominativasescriturais; II - alteração do art. 4º do Estatuto Socialpara dispor sobre o aumento de capital. Todos osdocumentos relativos a pauta da Assembleia,exigidos a partir de 2010 pela Instrução CVM nº481/09, estão disponíveis para consulta na sede doBanco, bem como no sitio da Comissão de ValoresMobiliários (www.cvm.gov.br). Somente as açõesordinárias terão direito a voto. Para participar daAssembléia, os acionistas pessoas físicas deverãoexibir documento de identificação pessoal, sendoque os representantes dos acionistas pessoasjurídicas deverão exibir os documentos quelegitimem a representação, inclusive contrato socialou estatuto social. Os acionistas que detenham açõescustodiadas na BM&F Bovespa, deverão exibirextrato de ações custodiadas atualizado. Conformenormas estatutárias, quando da representação doacionista por mandatário, o respectivo instrumentode procuração deve ser depositado, contra recibo, nasede da Sociedade, até 05 (cinco) dias antes da datada Assembleia. Belo Horizonte, 05 de junho de2012. CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO.

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BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A.NIRE: 35.300.150.082 - CNPJ: 01.858.774/0001-10 - Companhia Aberta

Assembléia Geral de Debenturistas. Primeira Convocação.BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. convoca os Senhores Debenturistas da Segunda Série da QuartaEmissão de Debêntures Subordinadas Não Conversíveis em Ações da BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. paracomparecerem, em primeira convocação, à Assembléia Geral de Debenturistas da Primeira Série, a realizar-se no dia22 de junho de 2011, na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 18º andar, Vila Gertrudes, CEP 04794-000,São Paulo/SP às 10:00 horas. Não se registrando a presença de debenturistas que representem o número mínimo parainstalação da Assembléia Geral, ficam desde já os Senhores Debenturistas convocados para segunda e última convocaçãopara o mesmo dia e local, às 11:00 horas, para deliberar sobre (i) alteração da Escritura de Emissão, para prorrogar oprazo de vigência das Debêntures da Segunda serie até 1º de julho de 2022; (ii) criar mecanismo de Repactuaçãopara as Debêntures da Segunda Série e (iii) outros assuntos de interesse dos debenturistas. São Paulo, 06 de junhode 2012. Bv Leasing Arrendamento Mercantil S.A. Marcos Lima Monteiro - Diretor de Relações com Investidores.

SEAC-SP - Sindicato das Empresas de Asseioe Conservação no Estado de São Paulo

C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34

Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, convo-cados para a Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 25 de junho2012, na sede social situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista-SP, às 17:30 (de-zessete e trinta) horas, e 2ª Convocação às 18:00 (dezoito) horas. Discussão e deliberação sobrea seguinte Ordem do Dia: Assunto: a) Conhecimento e Deliberação sobre o Relatório Anual eContas da Diretoria, bem como respectivo Parecer do Conselho Fiscal, relativo ao exercício findo em31 de dezembro de 2011. São Paulo, 11 de junho de 2012. Rui Monteiro Marques - Presidente.

Centro Automotivo Itinguçu Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença deInstalação ,30004336, e requereu a Licença de Operação para com. varejista decombustiveis e lubrificantes sito à Rua Itinguçu, 327 -Penha - SãoPaulo-SP

Manuel Augusto Dinis Pereira, torna público que requereu da Cetesb a Licença Prévia,para comercio varejista de combustiveis e lubrificantes, sito à Avenida Salim FarahMaluf, 1999 - Tatuapé - São Paulo-SP

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA - ASFSeleção de Fornecedores - Modalidade Coleta de Preço nº 024/2012

A ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA - ASF comunica às empresas interessadas que se acha abertaa Seleção de Fornecedores modalidade Coleta de Preço nº 024/2012 OBJETIVANDO A CONTRATAÇÃODE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRATAMENTO DERESÍDUOS QUÍMICOS E MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS DEPROCESSAMENTO DE FILMES RADIOLÓGICOS COM FORNECIMENTO DE AUTOMIXER.Informações e Edital: Associação Saúde da Família, Praça Mal Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050site: www.saudedafamilia.org endereço eletrônico [email protected]. Sessão Pública(Entrega de documentos e abertura de envelopes): 19/06/2012, às 13h30. Local da sessão: AssociaçãoSaúde da Família, Praça Marechal Cordeiro de Faria, 65 - Higienópolis - São Paulo.

Scórpios IndústriaMetalúrgica Ltda, torna publico que requereu junto aCETESB, aRenovação daLICENÇADEOPERAÇÃO, paraProduçãodePeças eAcessórios paraVeículos àRuaForte doAraxá,565 - ParqueSãoLourenço/SãoMateus - SãoPaulo - SP.

Comunicamos que osRelatórios Anuais do Agente Fiduciário das emissões de debêntures abaixorelacionadas, relativos ao Exercício Social de 2011, estão disponíveis em nossa sede, nos locaisindicados noArtigo 12, inciso XVIII da InstruçãoCVMnº 28/83 e emnossowebsite www.pavarini.com.br.

EMISSORA SÉRIE / EMISSÃO

ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS S.A. ÚNICA / PRIMEIRA

Rio de Janeiro, 30 de maio de 2012Pavarini Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Rua Sete de Setembro, 99/24º andar, Rio de Janeiro, RJ, 20050-012Tel/Fax 21-2507-1949 [email protected]

AGENTE FIDUCIÁRIOAVISO AOS DEBENTURISTAS

A forte elevação das vendas externas propiciou um saldo comercial de US$ 80 bilhões nos últimos 12 meses.Comunicado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.economia

Vendas externas doagronegócio têm recorde

O complexo soja foi o maior responsável pela receita de R$ 10,26 bilhões em maio.

As exportações doagronegócio alcan-çaram em maio omelhor resultado da

história. A receita cresceu21,2% em relação a igual mêsdo ano passado e totalizouR$ 10,26 bilhões, superando orecorde de US$ 9,84 bilhõesobtido em agosto de 2011.

O resultado se deve ao de-sempenho do complexo soja,que no mês respondeu porcerca de 90% do incrementodas exportações do agrone-gócio, de acordo com o levan-tamento do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa). O estudo mos-tra que em maio as vendasexternas do complexo sojacresceram 31,1% em volumee 45,2% em valor.

O complexo soja também éresponsável pelo bom desem-penho da balança do agrone-gócio nos primeiros cinco me-ses do ano. A receita das ex-portações cresceu 7,1% eatingiu US$ 36,7 bilhões, en-quanto as despesas com im-portações recuaram 0,8%, pa-ra US$ 6,945 bilhões. O supe-rávit aumentou 9,2%, paraUS$ 29,7 bilhões.

O crescimento das exporta-ções neste início de ano se de-ve principalmente ao ritmoacelerado dos embarques desoja, apesar da quebra de sa-fra estimada pela CompanhiaNacional de Abastecimento(Conab) em 11,5% (menos 8,6milhões de toneladas).

As perdas foram provoca-das pela estiagem que casti-gou as lavouras na região Sul.No caso da soja em grão, osembarques de janeiro a julho

deste ano correspondem a81% das 31,1 milhões de tone-ladas projetadas para esta sa-fra pela Conab. Em igual perío-do do ano passado, os embar-ques somaram 59,5% do totalexportado.

Os dados relativos aos últi-mos 12 meses mostram queas exportações do agronegó-c io t iveram expansão de17,9% e atingiram US$ 97,4

bilhões. As importações cres-ceram 13,9%, para um total deUS$ 17,4 bilhões. "A forte ele-vação das vendas externaspropiciou um saldo comercialde US$ 80 bilhões no período",informa o Ministério.

Carne – Os dados acumula-dos sobre as exportações docomplexo carnes de janeiro amaio deste ano apontam que,em relação a igual período do

ano passado, as vendas cres-ceram 5,7% em volume e1,9% em valor. O preço médiodas carnes diminuiu 3,6%.

As exportações de carne bo-vina t iveram aumento de3,6% em volume e 3,5% em re-ceita, com leve recuo de 0,1%no preço médio. Já as vendasexternas de carne de frangocresceram 5,4% em volume erecuaram 0,5% em valor, emvirtude da queda de 5,6% nopreço médio. A carne suína re-gistrou aumento de 4,3% nosembarques e retração de1,1% na receita, em função daqueda de 5,2% no preço.

O setor sucroalcooleiro tevequeda de 13,9% no volume ex-portado e de 11,9% na receitanos primeiros cinco mesesdeste ano. A receita recuouUS$ 985 milhões e ficou emUS$ 6,216 bilhões. A queda sedeve à retração de 15% tantono embarque como na receitade açúcar, em relação ao de-sempenho no período de ja-neiro a maio de 2011. O valordas exportações de açúcar to-talizou US$ 5,844 bilhões. Jáas exportações de etanol cres-ceram 33% em valor (paraUS$ 362 milhões). (AE)

Niels Andreas/AE

As exportações do agronegócio cresceram 7,1% de janeiro a maio.

45,2por cento foi o

aumento em valordas exportações do

complexo soja e31,1%, em volume.

Mercado reduz previsãodo PIB: 2,53% em 2012.

Omercado voltoua reduzir a previ-são do Produto

Interno Bruto (PIB) doPaís em 2012, de 2,72%para 2,53%, e mantevea perspectiva para a ta-xa básica de juros nesteano em 8% após a divul-gação da ata do Comitêde Política Monetária(Copom). É o que revelarelatório Focus do Ban-co Central (BC), divulga-do ontem.

A redução da Selic,atualmente em 8,5% aoano, faz parte de umapolítica mais ampla dogoverno para estimulara economia brasileiradiante dos sinais de queela deve crescer nesteano perto de 3%, bemabaixo da projeção ini-cial de 4,5%.

Os analistas tambémestão menos otimistascom 2013. A projeçãopara o PIB do próximoano caiu para 4,3% de-pois de ter se mantidoem 4,5% por duas se-manas consecutivas.

Ind ústri a – Uma dasatividades mais afeta-das pela desaceleraçãoda atividade econômicabrasileira, a produçãoindustrial, também foiajustada para baixo. Aprojeções para o ÍndiceNacional de Preços aoConsumidor Amplo (IP-CA), acompanhou a ex-pectativa de desacele-ração econômica. Osanalistas esperam que oíndice feche o ano em5,03%, em relação aos5,15% da semana pas-sada. (Agências)

Boa Vista Serviços: sobetotal de cheques devolvidos.

Do total de cheques emitidos em maio,2,15% foram devolvidos por falta defundos, segundo pesquisa divulgada ontem

da Boa Vista Serviços, administradora do ServiçoCentral de Proteção ao Crédito (SCPC). Opercentual é o maior desde julho de 2009, quandoos cheques devolvidos somaram 2,17% do total.

Em abril, o percentual de cheques devolvidostinha ficado em 2,04%. Em maio de 2011, em1,96%. Segundo o SCPC, o índice de cheques semfundos "vem seguindo uma tendência de altadesde outubro de 2010, quando atingiu o valor de1,54% de cheques devolvidos".

O estudo aponta que o número de chequesdevolvidos entre janeiro e maio de 2012 é 2,39%menor que o ocorrido em igual período de 2011. Acompensação de cheques na mesma basecomparativa deste ano diminuiu 7,37%. Emcomparação com maio de 2011, houve queda de3,13% no total de cheques devolvidos, e umadiminuição de 11,87 % nos chequescompensados. Cheques devolvidos de pessoasfísicas tiveram queda de 5,1%, enquanto os depessoas jurídicas cresceram 3,3%. (Agências)

terça-feira, 12 de junho de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

n

nformática

ACESSÓRIOS

Desenhos radicaispara notebooks

ANewLink amplia suacoleção de skins para

notebooks com o lançamentode dois modelos ilustradoscom caveiras. Produzida emvinil, a coleção de skins daNewLink está disponível para3 tamanhos de notebooks:10", 14.1" e 17". Além deproteger os portáteis, osskins contam ainda com colaespecial que não deixaresíduos na hora de removero adesivo. O preço sugeridode cada skin é de R$ 17,90.

SERVIÇOS

Táxi na tela dosmar tphone

ACapital conta agora com500 taxistas plugados

na SaferTaxi(www.safertaxi.com),serviço virtual para reservasdo serviço. O sistema vaioperar, inicialmente,apenas na cidade e poderáser utilizado tanto emcomputadores quanto nasversões para iPhone,Blackberry, Android e Nokia.É possívellocalizaros táxismaispróximose aguardarcercade 10minutosapós asolicitação.

TECNOLOGIA

Apertem os cintos, o piloto sumiu.

Imagine pegar uma estradae não precisar controlar o

veículo. Essa é a proposta doprojeto Sartre (Safe RoadTrains for the Environment),que fez o primeiro teste decomboio rodoviário. Trêsveículos da Volvo e umcaminhão, todos adaptadoscom o sistema, eram controlados automaticamente, seguindoum veículo líder e interagindo sem acidentes com os demaisautomóveis da rodovia, desprovidos do sistema e alheios aocomboio. O teste foi na Espanha. www.sartre-project.eu

HARDWARE

PC pequenoe poderoso

AZotac, fabricante deplacas gráficas, lançou

o ZBOX nano XS AD11 Plus.Segundo a empresa, é omenor computador domundo com capacidade deexibir com precisãoimagens em alta definição.Tem processador AMD E-450 APU com RadeoN HD6320. O gabinete mede106 milímetros e apenas37 milímetros de altura,cabendo até em um bolsode jaqueta. Preço aindanão divulgado.

GAMES

Senhor dos Anéisna versão Lego

AWarner Bros, a TTGames e o Lego Group

anunciaram o game "LegoO Senhor dos Anéis", amais recente edição paravideogame da saga criadapor J. R. R. Tolkien. O gameestará disponível paraXbox 360, PlayStation 3,Wii, Nintendo DS, Nintendo3DS, PlayStation Vita e PC.O jogo é baseado nafamosa trilogia doscinemas e acompanha ahistória dos três filmes dasaga. Aprevisãodo gamenas lojasdo País épara omês denovembro.

Apple, como nos bons tempos de Jobs.

Um MacBook mais fino, com chipde última geração e tela Retina – a

mesma do Novo iPad, comaltíssima resolução – é a arma daempresa para enfrentar a onda deultrabooks dos concorrentes. Além

desse lançamento, a Appleapresentou ontem o novo sistema

operacional Mountain Lion eadiantou os recursos do sistemaiOS 6 para dispositivos móveis.

Fotos: Stephen Lam / Reuters

Além de mostrar o novoMacBook Pro (no alto), opresidente-executivo da

Apple, Tim Cook,comemorou o sucesso

de vendas da App Store

AApple apresentouontem o novo note-book MacBook Pro,q u e i n c o r p o r a a

mesma tela de alta resoluçãodo Novo iPad - a Retina Dis-play - e vem equipado com anova geração de chips da In-tel, Ivy Bridge. O lançamentofaz parte de uma série deatualizações de softwares ehardwares que a empresa es-tá implementando como for-ma de fortalecer a concorrên-cia com o Google, que incluitambém um novo aplicativode mapas para o sistema mó-vel iOS, novos idiomas para aassistente pessoal Siri e ver-sões novas dos sistemas OS Xe iOS. As novidades foram re-veladas durante a 23ª ediçãodo WWDC (Worldwide Deve-lopers Conference), eventoanual da Apple voltado paradesenvolvedores.

A nova geração de notebo-oks MacBook Pro é mais fina econta com uma tela da linhaRetina, com quatro vezesmais pixels (5,1 milhões nototal) que o modelo anterior."É o computador mais lindoque já fizemos", disse PhilSchiller, vice-presidente demarketing de produto da Ap-ple. "Surfar pela internet vaiser como ler uma revista im-pressa de qualidade." O note-book, que começou a ser ven-dido ontem, tem tela de 15,4polegadas, 7 horas de bate-ria e preço, claro, bem salga-do: RS$ 10 mil – já anunciadotambém no site brasileiro daempresa. Schiller, explicoucomo a versão redesenhadados notebooks MacBook Air,também apresentada naconferência, será 100 dóla-res mais barata, em média,

do que seus antecessores,mas ainda assim terá proces-sadores mais rápidos fabri-cados pela Intel.

O presidente-executivo, TimCook, que assumiu após a mor-te do co-fundador da empresaSteve Jobs em agosto de 2011,preferiu destacar em sua apre-sentação o sucesso da loja deaplicativos, a App Store, que ul-trapassou a marca dos 30 bi-lhões de aplicativos baixados ejá pagou US$ 5 bilhões paraseus desenvolvedores. A AppStore tem hoje 400 milhões decontas cadastradas com car-tões de crédito e 650 mil aplica-tivos disponíveis, incluindo225 mil específicos para iPad.

Leão da Montanha - Entre asnovidades de atualizaçõesdos sistemas Apple, o desta-que foi para o Mountain Lion,nova versão do OS X, sistemaoperacional para computado-res e notebooks, que permitiráconverter voz em texto – emvez de usar o teclado, serápossível falar ao microfone pa-ra escrever um texto no Word,por exemplo. O navegadorweb da empresa para OS X, oSafari, agora terá uma barraunificada para entrada de en-dereços e termos de busca,como no Chrome, do Google, eno Internet Explorer, da Micro-soft. Com lançamento previs-to para julho, o Mountain Lioncustará US$ 19,99.

Mapas – A Apple passará ausar seu próprio serviço demapas no próximo semestre,que irá substituir o popular eonipresente aplicativo doGoogle, colocando um fim naparceria de cinco anos dasduas empresas e abrindo umnovo mercado para a firmade Cupertino.

O principal destaque do no-vo aplicativo Maps estará nasimagens 3D, coletadas comajuda de três companhias demapeamento compradas emanos recentes: PlaceBase, C3Technologies e Poly9.

O Flyover, como a Applechama o modo de visualiza-ção tridimensional, terá vi-sualização "fotorrealística",segundo a empresa, e serábaseado em vetores e commuita interatividade. O ser-viço estará disponível no iOS6, que deve chegar entre se-tembro e novembro desteano. A primeira versão beta(de testes) do sistema estavadisponível apenas ontem pa-ra os desenvolvedores.

Siri mais poliglota – Comapenas oito meses de vida, aassistente de voz Siri, do ce-lular iPhone 4S, aprendeu afalar mandarim, italiano e es-panhol, mas nada ainda deportuguês. Além disso, a Siritambém estará disponívelpara iPad. Outra novidadecom o novo sistema opera-cional de iPhone e iPad, seráque, ao associar sua conta doFacebook ao aparelho comiOS 6, haverá integração coma rede social. O usuário pode-rá, por exemplo, publicarimagens no Facebook a partirdo aplicativo de fotos e "cur-tir" aplicativos da App Store.Informações dos perfis dosseus amigos na rede socialpoderão ser integradas aoscontatos do aparelho.

Mais um recurso do iOS 6 –que terá 200 novas ferramen-tas, segundo a Apple – é o mo-do "não perturbe", para evitarque o usuário seja incomoda-do com mensagens e ligaçõesenquanto dorme. O FaceTime,

aplicativo de videoconferên-cia, poderá ser usado em re-des móveis de operadoras noiOS 6 – atualmente, ele só fun-ciona por meio de Wi-Fi.

Um destaque no aplicativode e-mail do novo sistema é apossibilidade de adicionarcontatos preferidos a umalista VIP – mensagens envia-das por eles serão marcadascom uma estrela.

A Apple anunciou ainda umnovo apl icativo chamadoPassbook, que agrega car-tões de embarque de avião,ingressos de cinema e car-tões promocionais de esta-belecimentos como o Starbu-cks. (Agências)

A vida oculta de Steve

Enquanto a Applesegue a vida semSteve Jobs,

continuam surgindorevelações sobre opassado de seu maisimportante líder.Reportagem divulgadaontem pela conceituadarevista Wired revela umdocumento que elasolicitou aoDepartamento de Defesaamericano. Tratam-sedos dados sobre Jobsquando ele foi alvo deuma investigação desegurança "altamentesecreta" na da década de1980. No documento, eleafirma ter medo quealguém pudessesequestrar sua filha a fimde chantageá-lo. Essaconfissão, juntamente

com alguns detalhes sobreo uso de drogas e suaprisão quando era menorde idade, estão noquestionário preenchidopara a investigação. Ao serentrevistado porinvestigadores em 1988,Jobs foi questionado deque forma ele poderia seralvo de chantagem. Elerespondeu que tinha umafilha ilegítima e sentiu quepoderia haver "um tipo dechantagem ou ameaça sealguém a sequestrasse".Mas acrescentou que, sefosse chantageado, seriaprincipalmente pormotivação financeira. Maisdetalhes da saborosahistória estão no site:http://www.wired.com/threatlevel/2012/06/steve-jobs-security-clearance

É o computador mais lindo que já fizemosPhil Schiller, vice-presidente de marketing de produto da Apple