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Ano 87 - Nº 23.573 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 1 de março de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 7 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 34º C. Mínima 20º C. AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 21º C. DILMA VAI À PESCA Fisgado, o senador e bispo Crivella (PRB-RJ) é o novo ministro da Pesca. Será a isca para multiplicar votos para Haddad num 2° turno em SP. Homenagem ao vice José Alencar? Aí já pode ser conversa de pescador. Pág.7 Arte de Paulo Zilbermann sobre foto de Sérgio Lima/Folhapress 'Se eleito, cumprirei 4 anos de mandato.' José Serra garantiu que, se for o candidato do PSDB e, depois, vença a eleição, não deixará a Prefeitura para concorrer à Presidência (em 2014). Também afirmou que decidiu ser pré-candidato por necessidade política, gosto, desafio e pela inovação. Pág.6 E Haddad dá as suas bicadas Entre críticas a Serra, o pré-candidato do PT mandou: "O paulistano quer um prefeito que cumpra o seu mandato". Referia-se à quebra de promessa do tucano em 2006. Pág.6 Marcio Fernandes/AE Deborah Secco brilha na passarela do Brás Atriz desfilou ontem, no último dia da 12ª edição do Shopping Mega Polo da Moda, que reúne 400 lojas. Varejistas de todo o País conheceram coleções para Outono/Inverno de 2012. Pág. 22 AE Moratória nuclear em troca de comida Norte-coreano Kin Jong-un suspende programa nuclear e terá 240 mil t de alimentos dos EUA. Pág. 14 KCNA/AFP Chico Ferreira/Luz A guerra das estrelas: generais contra-atacam. Em novo documento, 97 oficiais, incluindo 13 generais, reafirmam manifesto de clubes militares vetado pela Defesa (eles não reconhecem sua autoridade para isso). Pág.5

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 01/03/2012

Ano 87 - Nº 23.573 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 1 de março de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23573

HOJEParcialmente nublado

Máxima 34º C. Mínima 20º C.

AMANHÃSol com pancadas de chuvaMáxima 32º C. Mínima 21º C.

DILMAVAI ÀPESCAFisgado, o senador e bispoCrivella (PRB-RJ) é o novoministro da Pesca. Será aisca para multiplicar votospara Haddad num 2°turno em SP. Homenagemao vice José Alencar?Aí já pode ser conversade pescador. Pág. 7

Arte

de

Paul

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'Se eleito, cumprirei 4 anos de mandato.'José Serra garantiu que, se for o candidato do PSDB e,depois, vença a eleição, não deixará a Prefeitura paraconcorrer à Presidência (em 2014). Também afirmouque decidiu ser pré-candidato por necessidadepolítica, gosto, desafio e pela inovação. Pág. 6

E Haddad dáas suas bicadasEntre críticas a Serra, o pré-candidato do PT mandou: "Opaulistano quer um prefeito que cumpra o seu mandato".Referia-se à quebra de promessa do tucano em 2006. Pág. 6

Marcio Fernandes/AE

D e b o ra hSecco brilhana passarelado BrásAtriz desfilou ontem, noúltimo dia da 12ª edição doShopping Mega Polo da Moda,que reúne 400 lojas. Varejistasde todo o País conheceramcoleções para Outono/Invernode 2012. Pág. 22

AE

Moratória nuclear em troca de comidaNorte-coreano Kin Jong-un suspende programa nuclear e terá 240 mil t de alimentos dos EUA. Pág. 14

KCN

A/A

FP

Chico Ferreira/Luz

A guerra dasestrelas: generais

c o n t ra - a t a c a m .Em novo documento, 97 oficiais, incluindo 13 generais,

reafirmam manifesto de clubes militares vetado pela Defesa(eles não reconhecem sua autoridade para isso). Pág. 5

Page 2: DC 01/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos ([email protected])Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos deOliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]) Editor deFotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto ([email protected]), Ricardo Ribas([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, DarleneDelello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórteres Especiais: Fernando Gabeira, Kleber Gutierrez ([email protected]), . Repór teres:Anderson Cavalcante ([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian,Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, SandraManfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoOs EUA acabam de sacar do coldre mais um de seus argumentos, o ainda insuperável poderio de sua economia.

José Márcio Mendonça

Olho por olho,dente por dente

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

As pressões dos três paísesinteressados em vender os

caças para o Brasil sempre forammuito pesadas, inclusive como envolvimento direto de

seus dirigentes máximos.

Pode ser apenas coinci-dência, embora nem nocinema a di ta "meracoincidência", com que

diretores e produtores procuramisentar seu filme de alguma seme-lhança com a realidade, é tão ino-cente assim. O cancelamento, desurpresa, pela Força Aérea do Es-tados Unidos, da compra de 20aviões Super Tucano, um negóciode US$ 355 milhões, tem tudo parater sido uma dessas "estranhas"(ou suspeitas) coincidências.

As explicações dadas pelos nor-te-americanos, de que a Embraer,a fabricante dos aviões, não apre-sentou a documentação completaexigida por eles, não convencenem aqueles que acreditam aomesmo tempo em duendes, mulasem cabeça e Papai Noel. A em-presa nacional alega que partici-pou – juntamente com sua parcei-ra nos Estados Unidos, a SierraNevada Corporation – do proces-so de seleção para o projeto LightAir Support (LAS), entregando,no prazo exigido e sem exceção,toda a documentação requerida.

A concorrente da Embraer quecontestou o resultado da licita-ção foi a empresa norte-america-na Hawker Beechcraft.

Sem nenhum apelo às teoriasconspiratórias, tão ao gosto doatual governo brasileiro para ex-plicar de vez em quando os desa-certos de algumas de suas açõesexternas (e até internas, como ogosto de culpar a imprensa sem-pre que alguma coisa não sai con-forme o figurino) é possível dizer

que as razões americanas paracancelar o negócio são facílimasde conhecer. Estão nos manuaisdo velho pragmatismo político,diplomático e comercial dos Esta-dos Unidos, no melhor estilo "olhopor olho, dente por dente".

Por isso, a razão da mera coin-cidência. Esta decisão ame-ricana veio poucos dias de-

pois de ressurgirem as conversas deque o governo Dilma Rousseff, de-pois de ter postergado uma decisãoque o presidente Lula já havia pra-ticamente tomado, estava se prepa-rando para retomar a compra de 36aviões de caça para renovar e am-pliar a frota da Força Aérea Brasilei-ra. É um negócio bilionário, calcula-

do hoje em cerca de US$ 6,7 bilhões,que se arrasta há mais de dez anos,desde o governo Fernando Henri-que Cardoso

A retomada do projetoocorreu (também meracoincidência) depois que

a francesa Dassault conseguiuvender 126 caças Rafale para a Ín-dia. Até então esse avião era usadoapenas pela força aérea da França.Era o preferido do ex-ministro daDefesa, Nelson Jobim, e do presi-dente Lula, que chegou a externar,em cerimônia no Brasil, extra-ofi-cialmente, sua decisão a favor dosfranceses. Porém, pesava contraele certa resistência da Aeronáuti-ca e o fato de não ter ainda usuá-

rios fora de seu país de origem.Concorrem com ele o sueco (comoutros sócios europeus) Gripen e onorte-americano F 18, da Boeing.

As pressões dos três países inte-ressados em vender os caças desuas empresas privadas para oBrasil sempre foram muito pesa-das, com o envolvimento direto deseus dirigentes máximos. A maisdiscreta publicamente foi a Sué-cia, já Nikolas Sarkozy jogou todoo seu charme para cima do gover-no brasileiro, com salamaleques aLula e com apoio a tudo o que oBrasil dizia ou pretendia nos fó-runs internacionais.

Os norte-americanos joga-ram para valer, fortemen-te, mais do que qualquer

dos outros dois concorrentes. Ospresidentes Bill Clinton (junto a Fer-nando Henrique) e Barack Obama(junto a Lula) não tiverem pejo nopapel de caixeiros-viajantes. Dilmavai aos Estados Unidos em meadosde abril. Se não tiver se decidido, atélá, a respeito dos caças, não se livra-rá de uma conversinha ao pé do ou-vido sobre o tema. Eles puseramcartas e armas na mesa.

Agora, os EUA acabam de sa-car do coldre mais um de seus ar-gumentos, o ainda insuperávelpoder io de sua economia , amaior consumidora do mundo.Em negócios internacionais nãohá lugar nem para amizades nempara meras coincidências.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

ATENÇÃO PARA APOLÍTICA EXTERNA

Brasil continuacom atuaçãoconfusa, prudenteem algumashoras, tíbio emoutras, acossadopelos exóticosgovernos vizinhos,que pouco têm adar e muito apedir e reclamar.

Éuma pena queesteja em estadode regressão o

nosso continente latino-americano, tão sofrido,com suas populaçõesdesassistidas na saúde, naeducação, no emprego, emfuga permanente, muitasvezes buscando asobrevivência nos EstadosUnidos – que hoje, aliás,nem correspondem aossonhos daqueles que láconseguem chegar.

As democracias sãofrágeis, quase inexistentes. Ea corrupção e a demagogiaandam de mãos dadas.

Os exemplossão muitos. Acinquentenár iaditadura cubana, emque Fidel Castroresolveu passar ogoverno a seu próprioirmão, sob a admiraçãode uma parte dopensamento políticodo continente; avolta do sandinismototalitário naNicarágua; ai n co m p re e n s í ve lBolívia; a Venezuela tãorica e hoje vivendo sobracionamento de energiae de alimentos, com umregime pessoal e autoritário;o Equador, que limita aimprensa e ameaçaempresários, recorrendo àajuda da esquerdainternacional, como nocaso do ex-juiz BaltazarGarzon, um ativista quaserevolucionár io.

O nosso querido e vizinhoUruguai está entregue auma política incompatívelcom a tradição democráticae empreendedora de seupovo, em especial de suaselites, preparadas e cultas.

A Argentina vive nademagogia e na

corrupção, no caminho deum colapso econômico. E oMéxico pode engrossar estetime, infelizmente pela viaeleitoral, ainda este ano.

Colômbia, Chile e Peru,estão num bom momento,mas sob forte pressão dasinconformadas esquerdas.Já o Brasil continua no meiodisso tudo, prudente emalgumas horas, tíbio emoutras, mas visivelmenteacossado por estes exóticosgovernos, que poucotêm a dar e muito a pedir,exigir e reclamar, como éo caso do Paraguai.

Nossa política externatem de estar afinadacom as melhores tradiçõesque ainda habitam nossadiplomacia. Temos aípela frente as eleições nosEstados Unidos e na França,sem falar na crise europeia,questões que nos atingempor diferentes ângulos.Não podemos ceder, não

podemos decepcionarnossos tradicionais aliados.

A crise no Oriente Médiovai se tornando cada

vez mais explosiva e o Brasilnão pode esquecer de seuscompromissos com Israel,povo irmão, única democraciade fato na região, e alvodas ameaças mais radicais.O outro lado da moeda,para sermos finalmentereconhecidos como paísinfluente, é a moderação,o respeito e a credibilidade.

O sonho do Conselhode Segurança da ONU meparece ter sido adiado, issodepois de despropositadasaproximações com o regimedo Irã, que, de acordo com ospaíses mais cultos do planeta,conspira contra a paz mundial.Na questão síria, tambémnos omitimos, para ficarmoscom China, Rússia e Coreiado Norte. Não faz omenor sentido!

Esperemos que prevaleçamos ensinamentos do Barão doRio Branco. Ele foi o granderesponsável pela consolidaçãodas atuais fronteirasterritoriais do Brasil e pelamodernização da diplomacianacional. E coube a eleestreitar as relações comos países da América Latinae intensificar a a cooperaçãocom os Estados Unidos.O centenário de sua morte sedeu justamente neste ano.

ARISTÓTELES DRU M M O N D É

J O R N A L I S TA E VICE-PRESIDENTE

DA ASSOCIAÇÃO CO M E RC I A L DO

RIO DE JA N E I RO.ARI.D RU M M O N D @YA H O O.CO M .BR

AFP

Super Tucanos da Embraer: as desculpas norte-americanas para cancelar a compra são bastante suspeitas.

BR A S I L E I RO S ENVERGONHADOS

Nós, brasileiros,cidadãos conscientes epatriotas, nos sentimosmuito envergonhados pelasatitudes de nossosgovernantes, que defendemditadores sanguináriose terroristas pelo mundoafora. Essa, agora, decolaborar com as Farc

servindo comointerlocutores, será a gotad’agua em nossa dignidade.Infelizmente, desde ogoverno Lula muitos denós não nos sentimosrepresentados nas atitudesde política exterior tomadaspelas nossas autoridades.

Leila Elston - São Paulo

VEXAME À V I S TA

Conforme o Tribunalde Contas da União (TCU)apenas um dos 12 estádiosque sediarão os jogos daCopa de 2014 tem poucomais de metade das obrasexecutadas. Isso sem contaras obras de infraestrutura,hotéis, vias de acesso etc. Deduas uma: vamos passar

vexame ou raiva, ou os dois.Vexame pelo Brasil nãodar conta do evento eraiva pela lambança dossuperfaturamentos edesvios dos cofres públicos.

Aparecida Dileide Gaziolla -São Bernardo do Campo

ARISTÓTELES

DRUMMOND

Barão do Rio Branco:exemplo

modernizador

Reprodução

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quinta-feira, 1 de março de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião DEMOCRACIA NOS PAÍSES ÁRABES DEPENDE DE UM PROCESSO QUE DEMANDA LONGO TEMPO.

TERRA DE DRAGÕES

THOMAS L.FRIEDMAN

Nas épocas medie-vais , a lgumas re-giões perigosas ouinexploradas eram

frequentemente representadasnos mapas com o alerta: "Cuida-do, aqui há dragões".

Com certeza é assim que os car-tógrafos estariam representandotodo o Oriente Médio atualmente.Após o início do despertar árabe,era razoável ser, no pior dos casos,cético e, na melhor, esperançoso, so-bre as possibilidades de esses paísesfazerem a difícil transição da auto-cracia para a democracia.

Mas recentemente, observandocom atenção, deve-se concluir queas perspectivas de transições har-moniosas para a democracia emcurto prazo estão diminuindo. Écedo demais para desistir da espe-rança, mas não é cedo demais paracomeçar a se preocupar.

Deus sabe que isso não é porcausa da bravura dos jovens ára-bes e de muitos cidadãos comuns,que desencadearam esse desper-tar, em busca de dignidade, justiçae liberdade. Não. É porque a resis-tência e as mentiras da velha guar-da e das velhas ideias arraigadasnesses países são mais profundasdo que a maioria das pessoas per-cebe e a fraqueza ou ausência deinstituições democráticas, tradi-ções e exemplos são maiores.

"Há um ditado que diz que den-tro de todo homem gordo há umhomem magro louco para sair",observa Michael Mandelbaum,especialista em política externa daJohns Hopkins School of Advan-ced International Studies. "Tam-bém temos tendência a acreditarque dentro de toda autocracia háuma democracia louca para sair,mas isso talvez não seja bem ver-dade no Oriente Médio."

Foi verdade na Europa Orientalem 1989, ressaltou Mandelbaum,mas há duas ou três grandes dife-renças entre a Europa Oriental e oOriente Médio. Muitos países eu-ropeus orientais tinham um pas-sado liberal recente para recorrer –após o comunismo soviético, arti-ficialmente imposto, ter sido re-movido. E a Europa Oriental tam-bém tinha logo ali, na vizinhança,um modelo convincente e um ímã

LUIZ

OLIVEIRA

RIOS

DATA DE VALIDADE: HORA DE MUDAR

Honorável público, gentissenhorinhas, nobrescavalheiros: nosso próximo

espetáculo abordará uma corridaàs gôndolas e prateleiras dossupermercados, padarias e quetais. Qual a tarefa? Caçar as datasde validade de vários produtos aliexpostos. Não sei se será divertido,mas com certeza será uma boaaprendizagem como cidadãos ecomo consumidores.

De fato, localizar as datas devalidade em muitos produtos équase como num jogo de caça-fantasmas: letrinhas miúdas, nãoraro borrradas, descoloridas equase impossíveis de se enxergar aolho nu, impressas em locais quesomente entidades do além sãocapazes de achar.

É lamentável como muitasempresas ainda não aprenderam avalorizar o espaço de comunicaçãodireta com seus clientes nos seusrótulos e embalagens, destacandoa data de validade de seusprodutos – pois isso é, acima detudo, o primeiro direito dosconsumidores: o direito àinformação clara e inequívoca dobem a ser adquirido.

Parece que há um medoimplícito dessas empresas eminformar com ênfase quando oproduto foi embalado (envasado) equando expirará o seu prazo devalidade. Haveria algo a esconder?

Rótulos e embalagens devemtambém compor o que denominoaqui "grade extensiva dequalidade" de um produto. Emoutras palavras, e de maneiradescomplicada, temos então:

1) Conteúdo (que é o produto

em si mesmo, com sua qualidadeintrínseca – ou amalgamada nelemesmo – e indivisível);

2) Contexto (que é o seuinvólucro como recipiente – casodos frascos de perfumes, garrafasde refrigerantes, por exemplo –,embalagem de proteçãoexterna intacta e rótulosinformativos legais epropagandísticos, pois semesse contexto nenhumproduto poderá ser

exposto para venda).Ora, embalagens e rótulos

possuem também funçõesestéticas agregadoras de valor aosprodutos ali acondicionados eetiquetados, reforçando o desejodos clientes em comprá-los nosrespectivos pontos de venda,independentemente do fatorpecúnia (preço). Aliás, sabem osbons profissionais de vendas –nada a ver com "vendedorestiradores de pedidos" – queprodutos não possuem "preço" esim valor. Mas isso é outra história.

Parêntesis: os perfumistassabem como os frascos

recipientes – alguns deles são umaverdadeira obra de arte –,embalagens e rótulos precisam seruma festa para os olhos (contexto),enquanto o perfume em si mesmo(conteúdo) faz o deleite do olfato.

Sem filigranas mercadológicas,temos assim: contexto endógeno(tudo o que serve paraacondicionar o produto e conterinformações básicas diretas – elegais – para os clientes) e contextoexógeno, isto é, espaço externonos pontos de venda onde os

produtos são expostos para seremvistos, desejados e compradospelos clientes. Aqui entra o papeldo merchandising, que em outraocasião abordarei.

E por que a mancada de muitasempresas, algumas

desrespeitando "na lata" a Lei 8078,o Código de, em dificultar o acessodos clientes a informações claras,precisas e visíveis sobre as datas devalidade dos seus produtos?

Já houve, reconheça-se, certoavanço nisso, porém muito maispor pressão dos consumidorescônscios de seus sagrados direitose pela atuação dos órgãos dedefesa do consumidor, e muito

menos por iniciativa dasempresas, as quais, ao que tudoindica, não atinaram ainda para aimportância capital dessainformação – isso não pode sertratado somente como um"detalhe".

Por que não reservar espaçonobre para divulgar às claras a

data de validade de seuspro dutos?

Considerando que os produtossão bons, que todo o processo defabricação segue as normasprevistas em lei, e que, portanto, oartigo à venda vale cada centavo(ou não? ) a ser desembolsadopelo consumidor, as empresas

deveriam investir, sim , em umnovo modelo de comunicaçãovisual, focada na data de validadede todos os seus produtos.

O conceito de qualidade, assim,deve ir muito além do

conteúdo, ou do produto em simesmo, até porque isto éobrigação e não diferencial dequalquer empresa, abrangendotambém o contexto endógeno eex ó g e n o.

Aliás, quando se fala, nos diasatuais, sobre qualidade, urgedestacar de que modelo dequalidade se fala, afinal de contas.Porque aquele restrito ao produtoe aos processos de fabricação,

envolvendo certificações disto edaquilo, essa qualidade, digamosassim, não é mais percebida comoum diferencial pelos clientes.

As empresas, micro ou macro,que repensarem seu modelo

de comunicação direta com osclientes, utilizando seus rótulos eembalagens como veículospersonalizados, repaginandoespaço adequado para adivulgação da data de validade deseus produtos, serão aplaudidas depé pelo distinto público. E, comorecompensa, suas vendasaumentarão – fruto direto daconfiança conquistada com atransparência comercial.

Isso é Ética aplicada na prática.

LUIZ OLIVEIR A RIOS É P RO F I S S I O N A L DE

MARKETING E VENDAS E CO LU N I S TA DO

DIÁRIO DO CO M É RC I O.OLIVEIR A.RIOS@H OTM A I L .CO M

para a democracia de livre merca-do: a União Europeia.

A maioria do mundo árabe mu-çulmano não tem nada disso. As-sim, quando a tampa de ferro daautocracia foi retirada, eles recor-reram não ao liberalismo, mas aoislamismo, ao sectarismo, ao tri-balismo ou ao regime militar. Comcerteza, temos de nos lembrarquanto tempo levou para os Esta-dos Unidos construirem sua pró-pria ordem política liberal e comquais características ela nos tor-nou o que somos hoje.

Há quase quatro anos, elege-mos um negro, cujo nome era Ba-rack, cujo avô era um muçulmano,que nos tirou da pior crise econô-mica em um século. Agora esta-mos pensando em substituí-lo porum mórmon, e isso parece sercompletamente normal. Contu-

do, essa normalidade levou maisde 200 anos e uma guerra civil pa-ra se desenvolver.

Os árabes e os afegãos estãoem sua primeira década.Vê-se na Síria o quão rápi-

do o regime transformou a luta pelademocracia em uma guerra sectá-ria. Lembrem-se: a oposição na Síriacomeçou como um movimentopansírio, enraizado, em grandeparte pacífico, pela mudança de-mocrática. Mas ele foi deliberada-mente recebido pelo presidenteBashar Assad com assassinatos eveneno sectário. Ele quis transfor-mar o conflito em uma disputa en-tre sua minoria alauita versus amaioria sunita muçulmana do paíscomo uma forma de desacreditar aoposição e manter sua base.

Como Peter Harling e Sarah Bir-

ke, especialistas em Oriente Mé-dio que estiveram na Síria, escre-veram num artigo recente: "Emvez de reforma, o comportamentopadrão do regime tem sido em-purrar a sociedade até o limite. As-sim que os protestos começaram(...) a mídia estatal mostrou ima-gens de armas sendo encontradasnuma mesquita em Daraa, a cida-de do sul onde os protestos come-çaram, e alertaram que uma ocu-pação em Homs era uma tentativade criar um minicalifado. Essa ma-nipulação dos sírios indica que oregime estava confiante que aameaça de uma guerra civil iriaforçar tanto os cidadãos quanto osatores externos a concordar empreservar a estrutura de poderexistente como a única proteçãocontra o colapso".

O mesmo tipo de manipulação

das emoções é visto no Afeganis-tão. Soldados dos EUA queima-ram acidentalmente algunsexemplares do Alcorão, e o presi-dente Barack Obama pediu des-culpas. Entretanto, os afegãosrealizaram tumultos duranteuma semana, matando norte-americanos inocentes em respos-ta – e nenhum líder afegão, nemmesmo nossos aliados, ousaramse levantar e dizer: "Esperem, issoestá errado. Toda semana, no Pa-quistão, Afeganistão e Iraque,homens-bomba muçulmanosmatam outros muçulmanos – umpovo sagrado criado à imagem deDeus – e mal se dá um pio. Mas aqueima acidental dos livros sa-grados pelos norte-americanosprovoca revoltas e mortes. O quenossa reação diz sobre nós?"

Eles precisam ter essa conver-

sa. No Egito, a cada dia fica maisclaro que o Exército usou a revol-ta de Tahrir para se livrar de seuprincipal rival na sucessão – o fi-lho de Hosni Mubarak mais de-terminado às reformas, Gamal.

Agora, tendo se livrado tantodo pai quanto do filho, o Exércitoestá mostrando a sua verdadeiraface, ao perseguir funcionáriosnorte-americanos, europeus eegípcios pró-democracia por, su-postamente, trabalharem com"agentes estrangeiros" – a CIA, Is-rael e o lobby judaico – para deses-tabilizar o Egito.

Essa é uma acusação incon-testavelmente falsa, mascom a intenção de minar as

demandas democratas para que oExército se afaste. A fase do des-pertar árabe/muçulmano chegouao fim. Agora estamos bem na fasecontrarrevolucionária, quando asmãos de mortos do passado ten-tam estrangular o passado.

Estou preparado para analisarquaisquer ideias de como nós, noOcidente, podemos ajudar as for-ças da democracia e da decência avencerem. Mas, no final das con-tas, é a luta deles. Eles têm de as-sumi-la e eu só espero que não ter-mine – como frequente acontecena terra dos dragões – com os ex-tremistas percorrendo todo o ca-minho e os moderados simples-mente indo embora.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Newton Santos/Hype

Comunicação visual das empresas falha na prestação de informações sobre os produtos

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quinta-feira, 1 de março de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIAMisses e rainhas333 No passado, misses como Marta Rocha,Terezinha Morango (depois, Pittigliani) ouAdalgisa Colombo (depois, Teruskin) sempreacabavam se casando com poderosos empresá-rios. Em tempos mais atuais, há sinais de queesse tipo de inspiração romântica permanece:por exemplo, Leila Schuster, Miss Brasil 1993,

é a primeira-dama da Kia no Brasil, casada com José Luis Gandini.No Rio, que hoje comemora seus 447 anos de vida, SolangeMedina, mulher do médico e empresário Edson Bueno (Amil) foi,aos 17 anos, em 1965, rainha da festa do IV Centenário da cidade.De solteira, era Solange Dutra Novelli, depois se casou (e tevedois filhos) com Rubem Medina, separando-se depois.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Enquanto o Ministério daFazenda determina que o Bancodo Brasil instaure sindicância parainvestigar possível quebra de sigilodo ex-vice-presidente Allan Toledo,

depois de revelada movimentação atípica (quase R$ 1 milhão) emsua conta bancária, ele contrata advogados para ver quem vazouinformações sigilosas porque não responde a nenhum processojudicial. Se o Coaf registrou essa movimentação, não pode divulgarquaisquer dados. Com a instalação da sindicância, o ministro GuidoMantega e o presidente do BB, Aldemir Bendine, querem deixar claroque nada têm a ver com essa história, malgrado Toledo agora tenhanovas informações de que poderia ter sido até grampeado, durantemeses, lá mesmo no Banco do Brasil. Ele sempre teve boas relaçõescom Ricardo Flores, da Previ, com o qual Bendine é rompido.

Grampono BB

333 Depois de passar pelocarnaval brasileiro, lançar a18ª fragrância de seu perfumeGlowing, protagonizar nova etapada campanha de cosméticos da

L’Oreal e vencer uma guerra de derrières com CameronDiaz na festa do Oscar, Jennifer Lopez, 43 anos, reapare-ce, exibindo grande forma, na capa e em sensual ensaioda revista V em seu Sports Issue. Ela ataca de boxeadora,com direito até a cabelos forrados de gel, em fotos assina-das pelo peruano Mário Testino e com styling de CarineRoitfeld, ex-Vogue Paris. Na cartilha de Madonna, Jenniferagora namora seu coreógrafo Casper Smart, de 24 anos.

Entrandono ringue

Novostalentos

333 Uma das grifes de sapatosmais conhecidas do Brasil,Carmen Steffens, promoveugrande festa no Hotel Unique,em São Paulo, de encerramento

de seu 1º Concurso de Estilismo, vencido por Ana Rita Guedes, queganhou uma bolsa de estudo na Parsons School, de Nova York.Muita gente conhecida foi aplaudir os novos talentos: entre tantos,Milena Toscano e Thayla Ayala (esquerda), Lorenzo Martone,ex-Marc Jacobs, que funcionou como apresentador da noite(centro) e Lara Gerim, que comandava as carrapetas (direita).

Faço isso em prol dos magistrados sérios, decentes, que não podem serconfundidos com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados namagistratura.

IN OUTh

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T-shirt clássica. Camiseta regata.

MAIS: não engolem que ospetistas paulistas controlemFazenda, Planejamento,Justiça, Saúde e SecretariaGeral da Presidência.

MISTURA FINA

Super-greve333 O ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, recebe nopróximo dia 7, representantesda entidades sindicais depoliciais civis do país inteiro, queestão discutindo se entram ounão em greve nacional em abril.Os sindicalistas querem aaprovação das propostas queconstavam no PEC 300, comoo piso nacional para policiaise bombeiros. As federaçõesestaduais estão convocadaspara decidir sobre a greve dia16 de março. Se aprovada,começa em 16 de abril.

POR UM FIO333 Brasília ferve em boatos:o casamento de dois impor-tantes funcionários federaisentrou em zona de turbulên-cia. Ela teria descoberto queele a estava traindo com umajornalista. A descoberta geroubarracos indescritíveis. Ocasamento sobreviverá,contudo, se os planos políticosdo casal falarem mais alto doque a ira da mulher traída.

PMDB, PTB, PDT e PRem rebelião contra o PTde São Paulo: queremmostrar força em algumavotação importante.

Fotos: BusinessBank

«

ELIANA CALMON // do Conselho Nacional de Justiça, sobre novasinvestigações no Judiciário.

Na mesma cartilha333 Se Madonna já fez vários filmes como atriz e agoraavança na carreira de diretora, Lady Gaga não escondeque um de seus sonhos é atuar num filme de Woody Allen.Enquanto a chance não chega, ela aparece – quem diria –transformada numa celebridade-alien no filme Homens dePreto 3, que estréia dia 25 de maio nos Estados Unidose Brasil também. Outras figuras conhecidas igualmentefarão participações semelhantes no filme que, mais umavez, é protagonizado por Will Smith e Tommy Lee Jones.

Encicrôpédia333 Quem assiste a novela FinaEstampa se diverte com asexpressões usadas por Crô (MarceloSerrado) para rotular – a favor oucontra – Tereza Cristina (ChristianeTorloni). Telespectadores jábatizaram o festival de nomesusados pelo personagem comoEncicrôpedia e o próprio Serrado,quando os pronuncia, nunca sabese tem mesmo origem ou foraminventados pelo autor da novela,Aguinaldo Silva. Alguns deles:“Nefertite do Nariz Perfeito”,“Divina Isis”, “Suserana de Gizé”,“Pitonisa de Tebas”, “Filha deOsíris”, “Caranguejeira do Saara”,“Jacaroa do Nilo”, “Rainha doNilo”, “Sabia de Alexandria” emuitos mais.

ABATIDO333 Os médicos de Lularecomendaram que elepermanecesse em repousopor mais duas semanas,evitando até visitas que exijamquaisquer esforços por partedo ex-presidente. Quem vai aoapartamento de São Bernardo,habitualmente,éPauloOkamoto,presidente do Instituto Lula, quecuida da área financeira do ex-chefe do Governo. MarisaLetícia, a ex-primeira-dama,atravessa fase depressivadiante do abatimento do marido– e também foi medicada. Ocansaço de Lula é evidente,ainda não consegue comer e,embora se submeta à sessõesde fonoterapia, está rouco.

Fora de hora333 As primeiras investidasdo secretário José Aníbal, deEnergia, do governo GeraldoAlckmin e pré-candidato àprefeitura de São Paulo, contrao prefeito Gilberto Kassab,presidente nacional do PSD,foram consideradas “fora dehora” pela cúpula tucana. O altocomando do PSDB tem plenaconsciência da importânciade Kassab nas eleiçõesmunicipais, apoiando JoséSerra e, muito provavelmente,indicando o candidato a vice.Além disso, os tucanos apostamque os índices de popularidadede Kassab crescerão muito esteano, diante dos R$ 4,3 bilhõesprevistos para investimentosna cidade de São Paulo.

NOVA GUERRA333 A sempre polêmica LuanaPiovani agora começa adisparar contra AdrianeGalisteu porque acha que oprograma Muito+, da Band,“vive às custas dela”. NoTwitter, Luana acentua:“Falam de mim dia sim, dianão. O programa devia falarda Galisteu. Pauta muitomelhor: mais magra que eu,mais bonita que eu, mais rica,ela já tem filho, namorou gentemais famosa que os meus, jáficou mais pelada que eu,rainha de bateria eu nunca fui,muito melhor”. Depois mandarecado à emissora: se continu-arem a falar dela, processatodo mundo, como já proces-sou o Pânico na TV.

333 O GRUPO Doux, do francêsCharles Doux, enfrenta problemase está disposto a vender seusfrigoríficos no Rio Grande do Sul.Em 2009, a Marfrig comprou aplanta de perus e agora poderáadquirir o frigorífico de suínos emCaixas do Sul. Por outro lado, aPerdigão estaria comprando osfrigoríficos de aves de PassoFundo e Montenegro.

333 O PREFEITO Eduardo Paes,do Rio, acaba de assinar decretoconsiderando os vendedoresde mate nas praias de lá como“patrimônio cultural carioca”.

333 NOS ÚLTIMOS meses, aMTV tem cortado programas,demitindo funcionários e enxuga-do sua área financeira, diante dapossibilidade de alguma composi-ção com eventual grupo interes-sado em adquirir parte dela. Ocontrato com a MTV americanaestá chegando perto de seu finale a questão é se vale a penarenová-lo ou não. Mesmo debaixodessas nuvens cinzas, vemgravando pilotos de um novoprograma com Daniela Cicarelli.

333 A SUZANO informa quenão está negociando qualquertipo de venda da empresa comnenhum grupo chinês.

333 QUEM diria: o PR vaioficializar o nome de ClarissaGarotinho como vice de RodrigoMaia (DEM) na disputa pelaprefeitura do Rio, dia 8 de março,aproveitando o Dia da Mulher. Asurpreendente união das forçasde César Maia e AnthonyGarotinho, antigos inimigos,poderá incomodar para valera reeleição de Eduardo Paes.

333 O SUPOSTO lançamento deTiririca, deputado federal (PR-SP),para prefeitura de São Paulo, éapenas uma surpreendenteestratégia do partido, que quervoltar a ter fatias do governode Dilma Rousseff. O pessoalda cúpula do PR, incluindo-seValdemar Costa Neto, nosbastidores, gargalham com osefeitos da candidatura e avisamque, certamente, o ex-palhaçoteria “dez vezes mais votos queFernando Haddad”.

333 DIA 11, véspera do aniver-sário de Recife, mais de 100integrantes da Unidos da Tijucaparticiparão de grande festa aolado do Galo da Madrugada: tudoem comemoração ao centenáriode Luiz Gonzaga, que inspirou oenredo da escola carioca.

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quinta-feira, 1 de março de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

REAÇÃOMilitares se referemà Comissão daVerdade comoreva n c h i s m o.

CO N S TATA Ç Ã OSó uma minoriaconhece Lei daAnistia e 67% são àfavor de punição.

política

Repreendidos,militares voltam

a se insurgirClubes militares reafirmam manifesto contra comentários sobre tortura no País

Um grupo de 97 ofi-ciais da reserva – 13dos quais generaise o coronel Carlos

Alberto Brilhante Ustra, de-nunciado por prática de tortu-ra – lançou novo manifesto ànação reafirmando as posiçõesdefendidas em outra manifes-tação pública no último dia 16deste mês contra possibilidadede punição a militares da reser-va acusados de tortura.

Na semana passada, o docu-mento intitulado Manifesto In-te rc lub es criticou a postura dapresidente Dilma Rousseff pornão repreender declarações deduas ministras atacando o re-

gime militar brasileiro. Tanto aministra Maria do Rosário (Di-reitos Humanos) como Eleo-nora Menicucci (Política paraas Mulheres) afirmaram que aComissão da Verdade poderá"levar a punições criminais dem i l i t a re s " .

O segundo documento, inti-tulado Eles que venham. Por aquinão passarão, surge após os pre-sidentes dos clubes militareslançarem carta no último dia24 deste mês desautorizando aprimeira manifestação.

O novo documento afirmaque os clubes militares não re-conhecem a autoridade do mi-nistério da Defesa sobre seusintegrantes e ataca a Comis-são: "Em uníssono, reafirma-mos a validade do conteúdodo Manifesto publicado no sitedo Clube Militar, a partir dodia 16 de fevereiro próximopassado, e dele retirado, se-gundo o publicado em jornaisde circulação nacional, por or-dem do ministro da Defesa, aquem não reconhecemos qual-quer tipo de autoridade ou le-gitimidade para fazê-lo".

A Comissão da Verdade de-ve apontar, mesmo que sem opoder de sugerir punições, res-ponsáveis por mortes, torturase desaparecimentos. Aprova-da em 2011, aguarda a indica-ção de membros para iniciar ostrabalhos.

No manifesto de segunda-feira, os militares lembram quea primeira declaração públicado dia 16 "reconhece a aprova-ção da 'Comissão da Verdade'como um ato inconsequentede revanchismo explícito e deafronta à Lei da Anistia, com obeneplácito, inaceitável, doatual governo".

O texto continua afirmandoque o Clube Militar não se in-timida e que "continuará aten-to e vigilante, propugnandocomportamento ético paranossos homens públicos, en-volvidos em chocantes escân-

dalos em série, defendendo adignidade dos militares, hojeferida e constrangida com sa-lários aviltados e cortes orça-mentários, estes últimos impe-dindo que tenhamos ForçasArmadas (FFAA) a altura danecessária Segurança Externae do perfil político-estratégicoque o País já ostenta. FFAA quese mostram, em recente pes-quisa, como Instituição damais alta confiabilidade do Po-

vo brasileiro (pesquisa da Es-cola de Direito da FGV-SP)".

O 2º texto lembra que o Clu-be Militar é uma associação ci-vil "não subordinada a quemquer que seja, a não ser a sua di-retoria, eleita por seu quadrosocial, tendo mais de 120 anosde gloriosa existência. Anos deluta, determinação, conquis-tas, vitórias e de participaçãoefetiva em casos relevantes daHistória Pátria".

Apesar de estarem na reser-va, todos os militares devem,por lei, seguir a hierarquia dasForças Armadas. O 2º texto foidivulgado no site A Verdade Su-focada, mantido pela mulher deCarlos Alberto Brilhante Us-tra, coronel reformado doExército, um dos que assinamo documento. Ustra é ex-chefedo DOI-Codi em São Paulo. Oministério da Defesa não semanifestou sobre o assunto.

Celso Amorim: ordem de retirada de manifesto de site, que reapareceu mais robusto .

Andre Dusek/AE - 17.01.12

Coronel CarlosAlbertoBrilhanteUstra, ex-chefedo DOI-Codiem São Paulo:novo protestocontrapossibilidadede punição amilitares dareservaacusados detortura.

Fabio Motta/AE - 25.01.2007

Reafirmamos avalidade doManifesto do siteretirado pelo Min.da Defesa, a quemnão reconhecemosautoridade.

TRECHO DO N O VO DO C U M E N TO

Maioria é a favor do uso deForças Armadas contra o crime

Amaior parte dosentrevistados peloInstituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea)considera que as ForçasArmadas devem combater ocrime. É o que aponta a 3ªedição da pesquisa doSistema de Indicadores dePercepção Social (Sips)divulgada ontem, dedicada àdefesa nacional, para avaliar arelação militares x sociedade.

Segundo a pesquisa, 91,7%dos 3.796 consultadosconsideram que Exército,Marinha e Aeronáutica devemcolaborar com as polícias

Militar e Estadual e atuartambém na segurançapública: 47% dizem queatuação deve ser constante eos demais, apenas emdeterminadas situações.

A suposição de que asForças Armadas atuemcotidianamente contra oscriminosos comuns é maisbem aceita entre os maisvelhos, de menor renda e demenor grau de escolaridade.

A maioria dos entrevistadostambém respondeuconsiderar que os militaresrespeitam a democracia; para20,8% dos consultados, os

integrantes das ForçasArmadas têm pouco ounenhum respeito pelademocracia. Os demais sedividem entre os queacreditam que o respeito étotal (42,6%) ou razoável(35,3%). A sondagem do Ipeamostrou ainda que, apenasentre a minoria que conhece aLei da Anistia, 67% sãofavoráveis à punição peloscrimes, sendo 22,2% apenaspara agentes da repressão,11,4% só para integrantes degrupos armados de oposiçãoe 33,4% para todos osenvolvidos. ( Ag ê n c i a s )

Mário Tonocchi

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quinta-feira, 1 de março de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕES

Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:PREGÃO ELETRÔNICO 016/2012-SMS.G, processo 2012-0.017.520-0, destinadoao registro de preços para FORNECIMENTO DE ANTÍDOTO, ANTIARRÍTMICOE ANTI-HISTAMÍNICO, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/GrupoTécnico de Compras/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. Asessão pública de pregão ocorrerá a partir das 10 horas do dia 20 de marçode 2012, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da SecretariaMunicipal da Saúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nosendereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal daSaúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia doedital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

A militância estava muito refratária a essa aproximação. Eu também estava um pouco desconfortávelFernando Haddad, pré-candidato do PT, sobre a aliança com o PSDpolítica

Serra garanteque fica até fim

Pré-candidato assegura que, se eleito, vai cumprir os quatro anos de mandato.

Guilherme Calderazzo

Oex-governador Jo-sé Serra disse on-tem que aceitou serpré-candidato do

PSDB à Prefeitura de São Paulopor necessidade política, porgosto pelo desafio e pela ino-vação. Em coletiva na qual ex-plicou por que se lançou nadisputa, na sede do DiretórioEstadual do partido, garantiuainda que, caso seja o candida-to dos tucanos e, depois, vençaa eleição, governará a cidadepor quatro anos e não irá nacio-nalizar a campanha ao se con-trapor ao PT e à sua forma deadministrar, como escreveu nacarta na qual formalizou o seupedido de disputar a prévia.

Segundo Serra, as circuns-tâncias e as necessidades polí-ticas mudaram no que diz res-peito à sucessão municipal e,diante disso, aceitou entrar nadisputa em atenção aos muitospedidos de integrantes doPSDB, inclusive do governa-dor Geraldo Alckmin. Ele ad-mite que uma das razões desua decisão está ligada à ma-nutenção de aliados tradicio-nais do círculo tucano na dis-puta. Referia-se ao prefeito

O que o cidadãoquer é propostasque solucionem osproblemas dacidade. Se forcandidato, é istoque faremos.

JOSÉ SERR A

Gilberto Kassab, que negocia-va aliança com o PT à sua su-cessão mas, com a decisão deSerra, deu-lhe apoio imediato.

Além das necessidades polí-ticas, Serra disse que o gostopelos desafios também o levoua entrar na disputa municipal."Gosto de inovar, sou ousado efaço acontecer", disse, referin-do-se ao próprio empenho pa-ra que políticas públicas seconsolidem e sejam bem-suce-didas. "Se for eleito, vou cum-prir quatro anos de mandato,governarei a cidade até 2016",disse Serra. E acrescentou:"Não tenho dúvida de que, sefor candidato, meus adversá-rios irão dizer o contrário. In-sistirão que se ganhar, vou sairlogo depois", disse.

O ex-governador admitiu

que a suspeita existe por causada decisão que tomou em 2006,quando deixou o cargo de pre-feito para se candidatar ao go-verno estadual. Antes, entãocandidato, dissera que cum-priria o mandato até o fim, sevencesse a disputa.

Na carta na qual pediu aosdirigentes municipais doPSDB que aceitassem a suapré-candidatura, Serra criti-cou a forma de administrar doPT, contrapondo a ela a manei-ra como ele costuma gerir o go-verno. Negou que estivessecom isso nacionalizando acampanha municipal. "O que ocidadão quer é propostas quesolucionem os problemas dacidade. Se for candidato, é istoque faremos", afirmou.

Além disso, o ex-governa-dor negou qualquer influênciana decisão da legenda, que an-teontem decidiu, por 10 votosa 8, que as prévias serão reali-zadas no dia 25, em vez do dia4, como estava previsto. "Sou afavor das prévias", afirmou,acrescentando que sempre es-timulou a disputa interna paraa escolha dos candidatos. Deacordo com Serra, se a sua can-didatura tivesse sido lançadahá meses, é bem provável quenão haveria prévias.

Aníbal e Trípoli ainda reclamamOs dois criticaram em carta a mudança das prévias e exigem mais dois debates

Os pré-candidatos doPSDB à sucessão mu-nicipal, em São Paulo,

José Aníbal e Ricardo Trípoli,divulgaram ontem carta aber-ta na qual criticaram a mudan-ça das prévias do partido, dodia 4 para 25 de março.

Encaminhada também àExecutiva Municipal do PSDB,a carta cobra, ao mesmo tem-po, a realização de pelo menosmais dois debates com a mili-tância do partido. No docu-mento, os pré-candidatos tu-canos manifestam preocupa-ção em torno da continuidadeda eleição interna e afirmamque o partido se dirigia para

um consenso de mudança dadata para o dia 11 de março.

Segundo o texto, "na reuniãode terça-feira, caminhava-separa o consenso: aceitaríamoso dia 11, tendo como contra-partida a realização de umgrande debate entre os trêspré-candidatos. No entanto,uma proposta apresentada naúltima hora, e levada imedia-tamente à votação, resultou noadiamento para o dia 25, o quenão havia sequer sido aventa-do antes". A entrada do ex-go-vernador José Serra na disputacriou um racha na reunião daexecutiva, promovida na noitede terça-feira.

Após uma discussão tensa, ocomando municipal adiou aeleição interna de 4 de marçopara 25 de março. Os integran-tes do comando municipal doPSDB estavam próximos deum consenso em torno do dia11 de março, mas o ex-gover-nador de São Paulo propôs umnovo adiamento para o dia 25de março, o que foi acatado.

"Neste sentido, propomosque a executiva se comprome-ta com a realização de, ao me-nos, dois debates com a mili-tância do partido", cobramAníbal e Trípoli. "Nós precisa-mos manter a chama acesa en-tre os filiados". (Agências)

Delegado é solto e volta aotrabalho. Com tornozeleira

Francisco Tenório, acusado de dois assassinatos, ganha liberdade vigiada

Oex-deputado federalFrancisco Tenório(PMN-AL), antes da

carreira política, era delega-do. E nesta função voltou on-tem ao trabalho como adjun-to da Delegacia de Acidentesde Trânsito de Maceió. Che-gou usando uma tornozelei-ra para monitoramento ele-trônico de presos em liberda-de provisória. Tenório res-ponde pelos assassinatosdo cabo José Gonçalves(1996) e do ex-assessor Cí-cero Belém (2005).

A determinação foi dadapelo diretor metropolitano daPolícia Civil, Arnaldo Soares,que levou em conta os riscosque corria se voltasse paraum distrito policial. Pessoaspróximas ao ex-parlamentardisseram que, por conta deantigas rixas, ele poderia ser"vítima" em um dos distritos.

A escolha pela Delegaciade Acidentes foi decisão dacúpula, por entender que setrata de "um distrito maisneutro", que não "apura cri-mes". Além disso, em razãoda tornozeleira, Tenório nãotem permissão para deixarMaceió e tem de se recolher,todos os dias, onde mora, an-tes das 20 horas.

O advogado Fábio Go-

mes, que representa o ex-deputado, informou ao G1que ainda nesta semana vaientrar com novo habeas cor-pus para seja revogada aobrigatoriedade da tornoze-leira. "Ele é réu primário,compareceu a todos os atosdo processo", afirmou.

Francisco Tenório foi pre-sidente da Associação dosDelegados da Policia Civil deAlagoas, vereador, quatrovezes deputado estadual (de1995 a 2005) e uma vez fede-ral (2006 a 2010). Como ti-nha imunidade, os dois in-quér i tos permaneceramtrancados até que, em 2010,não conseguiu se reeleger e,no dia seguinte, foi preso,

passando um ano na cadeiaaté ser solto no dia 16. Sobreos dois processos, seu advo-gado afirmou que ele "negaveementemente as acusa-ções". Além disso, não exis-tira nada contra ele.

Tenório foi preso em feve-reiro de 2011, em Brasília,acusado de ser o mandantedos assassinatos do caboJosé Gonçalves e de CíceroBelém. O Ministério Públicoalega que o cabo trabalhavapara Tenório, que atuava co-mo delegado à época, e queCícero foi morto numa "quei-ma de arquivo". (Agências)

Haddad diz que pensa em SãoPaulo 2012 e não Brasil 2014

Opré-candidato do PT àPrefeitura de São Pau-lo, Fernando Haddad,

criticou ontem o ex-governa-dor José Serra que, ao anunciara sua entrada na disputa muni-cipal, imprimiu um enfoquenacional. O petista aproveitouainda para lembrar que "o pau-listano quer um prefeito para acidade que cumpra o seu man-dato", numa referência a umapromessa que Serra fez no pas-sado e não cumpriu, em 2006.

Para Haddad, o foco da dis-puta deve ser a administraçãoda cidade e não o projeto nacio-nal de Serra para 2014. "Háquem diga que ele disputará aeleição de 2014, quer dizer,nem foi realizada a eleição de2012 e já estão pensando naquestão nacional".

Em 42 minutos de entrevistapara o portal Ter r a , Haddadressaltou que as próprias lide-ranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henri-que Cardoso, o presidente na-cional do partido, deputadofederal Sérgio Guerra (PE), e osenador presidenciável AécioNeves (MG), não descartam apossibilidade de Serra de dis-putar a eleição de 2014.

O pré-candidato do PT disseque seu interesse está no futu-ro da cidade de São Paulo e nãono "futuro do País" ou nas"duas visões distintas de Bra-sil", como mencionou o tucanoem seu discurso na terça-feira."Estamos interessados na cida-de e não estamos pensandonum segundo passo – o que se-rá de mim daqui a dois anos".

Na opinião de Haddad, o PTacertou na estratégia de lançarum nome novo em 2012 e que oPSDB "ensaiou" implementara mesma iniciativa, mas que"se sentiu inseguro e recuou".

Petista aproveitou para criticar a postura de José Serra, o provável adversário.

Chico Ferreira/LUZ

José Serra: retorno justificado pela "necessidade política, o gosto pelo desafio e pela inovação".

PSD sofre revés no STF

OPSD, partido do pre-feito Gilberto Kassab,sofreu ontem um re-

vés no Supremo Tribunal Fe-deral (STF). O vice-presidenteda Corte, ministro Carlos Ay-res Britto, rejeitou pedido paraque a legenda tenha participa-ção em comissões permanen-tes e temporárias do Congres-so. Embora o despacho seja li-minar, Ayres Britto deixou cla-

ro que discorda da solicitação.Para o ministro, que tem direi-to são os que passaram pelo"teste das urnas".

De acordo com Ayres Britto,"o partido autor da ação nãoparticipou de nenhuma elei-ção, não contribuiu para a elei-ção de nenhum candidato, nãoconstou do esquadro ideológi-co ou de filosofia política denenhuma eleição", afirmou.

"Não submeteu a nenhum cor-po de eleitores o seu estatutoou programa, não passou peloteste das urnas, enfim, porquenão ungido na pia batismal do-voto", disse Ayres Britto.

A ação analisada por AyresBritto ainda será julgada deforma definitiva pelo plenáriodo STF. Além de dizer que oPSD não passou pelo teste dasurnas, o ministro citou o regi-mento interno da Câmara, se-gundo o qual mudanças nasbancadas, decorrentes de mo-dificações em filiações parti-dárias, não devem ser conside-radas para a composição de co-missões. "Norma regimentalque, juridicamente rimadacom a Constituição, não abreexceção para os casos de mu-dança de filiação partidáriapara agremiação virginalmen-te nova", concluiu.

A decisão de Ayres Brittofrustrou as expectativas da le-genda que tenta garantir ou-tros direitos, como participa-ção no fundo partidário e tem-po de TV. Criada em setembro,a sigla também reivindica umafatia do fundo. (AE)

Márcio Fernandes/AE

Fernando Haddad: foco deve ser a cidade e não o País.

Há quem diga queele disputará aeleição de 2014,quer dizer, nem foirealizada a de 2012e estão pensando naquestão nacional.

FERNANDO HADDAD

O petista citou os governa-dores Cid Gomes (PSB/CE),Eduardo Campos (PSB/PE),Marcelo Déda (PT/SE), SérgioCabral (PMDB/RJ) e até o ex-tucano e prefeito do Rio de Ja-neiro, Eduardo Paes (PMDB),como exemplos da nova gera-ção de administradores que re-novaram "com a força da boapolítica". Apesar de afirmarque o sentimento geral da po-pulação paulistana é de "aban-dono", Haddad evitou críticasdiretas ao prefeito GilbertoKassab (PSD).

Ele também não quis daruma nota à sua administração."Não gosto de dar nota paraadministrador público, achoque é a população quem temde dar". No entanto, ao opinarsobre o preço da tarifa de ôni-bus na cidade (que é de R$ 3), opetista disse que o valor é in-compatível com o bolso dosusuários e que a qualidade daintegração do sistema estáaquém das necessidades da ci-dade. "O prefeito carregou noreajuste", afirmou.

O petista voltou a dizer quese sente aliviado com a opçãode Kassab por Serra e o fim doflerte com sua candidatura,mesmo com os elogios que re-cebeu do prefeito. "A militân-cia, de uma maneira geral, es-tava muito refratária a essaaproximação. Eu também es-tava me sentindo um poucodesconfortável". Além disso,Haddad, ao falar pela primeiravez de aborto e da união entrehomossexuais, foi bem claro:"sou contra". (Agências).

Francisco Tenório nãoescapou da prisão ao

perder a reeleiçãoDiogenes Santos/Ag. Câmara - 2.6.10

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quinta-feira, 1 de março de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

(A indicação de Marcelo Crivella) é até uma forma de homenagear o ex-vice presidente José Alencar.Ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais)política

Marcelo Crivella é 'fisgado' pelo governoBispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho de Edir Macedo, senador fluminense do PRB assume o ministério da Pesca e Aquicultura.

Oporta-voz da Presi-dência da Repúbli-ca, Thomas Trau-mann, confirmou

ontem a nomeação do senadorMarcelo Crivella (PRB-RJ) pa-ra o ministério da Pesca. Ele as-sume no lugar de Luiz Sérgio(PT-RJ), que volta para a Câ-mara. Ao anunciar a nomea-ção, Traumann se referiu aopartido de Crivella como o do"inesquecível" ex-vice-presi-dente da República, José Alen-car, que morreu no ano passa-d o v í t i m a d ec â n c e r.

Em nota d i-vulgada, o go-verno informaque a nomeaçãode Crivella sig-nifica "a incor-poração ao Mi-nistério de umimportante par-tido aliado dabase do gover-no". A ideia dogoverno, segundo fontes, é seaproximar da bancada do PRB,no momento em que outrospartidos aliados começam a fa-zer exigências na base. O PRBreúne 10 deputados e apenasum senador, Crivella. EduardoLopes, suplente de Crivella,também é do PRB.

De acordo com a nota da Pre-sidência, "a presidente está se-gura de que, à frente do minis-tério da Pesca e Aquicultura, osenador Marcelo Crivellaprestará relevantes serviços aoBrasil".

Bancada evangélica – Naprimeira entrevista que conce-deu após ser confirmado comoministro da Pesca e Aquicultu-ra, Crivella negou ter sido es-colhido para aproximar os

evangélicos do governo ou pa-ra assegurar o apoio do pré-candidato de seu partido à Pre-feitura de São Paulo, CelsoRussomanno, ao candidato doPT, Fernando Haddad, numeventual segundo turno dadisputa. "Sou indicado do PRBe não da bancada evangélica".

Crivella disse que se surpre-endeu ao receber o convite pa-ra ocupar a pasta no final de se-mana. E que a conversa entreambos se limitou a "questõestécnicas".

"A presiden-te disse que osetor da pescae n v o l v e m i-lhões de brasi-leiros, sobretu-do pessoas hu-mildes e que elagostaria que noministério eutrabalhasse co-mo trabalheinos 10 anos naÁfr ica" , con-

tou. Crivella é sobrinho do bis-po Edir Macedo, da Igreja Uni-versal do Reino de Deus, e dobispo Romildo Ribeiro Soares,da Igreja Internacional da Gra-ça de Deus. Ele tem sido umdos mais fiéis aliados do go-verno no Senado.

Crivella reconheceu que nãoestá entrosado com a pesca noPaís. "Confesso que vou ter deaprender – e aprender muito".Se depender de seus esforços,disse que gostaria de transfor-mar a área num setor inovador,a exemplo do que ocorre hojecom as inovações na agricultu-ra patrocinadas pela Embrapa."Acho que nós devíamos teruma Embrapa na pesca".

O senador acredita que apresidente Dilma Rousseff es-

colheu o seu nome em home-nagem ao "povo fluminense".

Imigração – Marcelo Bezer-ra Crivella nasceu em 1957, noRio de Janeiro, e formou-se emengenharia civil. Senador peloPRB, ele integra a bancadaevangélica do Congresso Na-cional e é bispo licenciado daIgreja Universal do Reino deDeus. Por cerca de 10 anos, eletrabalhou na difusão do traba-lho da igreja no continenteAfricano.

Ante de integrar o PRB, par-tido do qual é um dos funda-dores, foi filiado ao Partido Li-beral (PL) e o Partido Munici-palista Renovador (PMR). Jáfoi candidato à prefeitura doRio de Janeiro e exerceu o cargode diretor de Planejamento daEmpresa de Obras Públicas doEstado do Rio.

A página que o senadormantém na internet para noti-ciar suas atividades políticasdiz que, no Congresso Nacio-

nal, Crivella tem pautado suaatuação no binômio justiça pa-ra o Rio de Janeiro e redistri-buição da renda nacional.

No Senado, um dos desta-ques da atuação de Crivella foicomo presidente da Subcomis-são Permanente de Proteçãodos Cidadãos Brasileiros noExterior, subordinada à Co-missão de Relações Exteriorese Defesa Nacional, da qual Cri-vella foi vice-presidente.

Um de seus alvos foi reduzir,com sucesso, a detenção, prati-cada por período indetermina-do, de cidadãos brasileiros nosEstados Unidos, acusados deserem imigrantes ilegais.

H o me n a ge m – A ministrade Relações Institucionais,Ideli Salvatti disse ontem que aindicação do senador Crivellapara a Pesca é uma forma de oPalácio do Planalto prestar ho-menagem ao ex-vice presiden-te José Alencar.

"Em primeiro lugar, há um

profundo reconhecimento pe-lo trabalho que o ministro LuizSérgio desenvolveu tanto àfrente da Secretaria de Rela-ções Institucionais quanto àfrente do Ministério da Pesca eAquicultura, mas também daimportância de poder contarno governo, no ministério,com a representação do PRB,um partido que todos nós te-mos o maior respeito pela suaatuação e até uma forma de ho-menagear o nosso ex-vice pre-sidente José Alencar".

Ela nega que mudança seriauma forma de acalmar os âni-mos da bancada evangélica,que vem fazendo críticas aogoverno. "Toda a discussão foino sentido de integrar um par-tido que durante todo o gover-no Lula, na pessoa do vice-pre-sidente José Alencar, e durantetodo esse período de governoda presidente Dilma, semprefoi um partido extremamentealiado, firme". (Agências)

Sou indicado doPRB e não dabancadaevangélica.

SENADOR MAR CELO CRIVELL A,AGOR A MINISTR O DA PESC A,AO EXPLIC AR S UA NOMEAÇÃO

PEL A PRESIDÊNCIA DA

REPÚBLIC A, ONTEM

Antonio Cruz/ABr

Crivella: "Confesso que vou ter que aprender – e aprender muito"

Russomano: indicaçãonão influencia candidatura

Evangélicos cobram atitude por iranianoBancada busca com Gleisi Hoffmann uma posição do governo sobre ameaça de execução de um pastor no Irã

Em busca de um posicio-namento do governobrasileiro sobre a amea-

ça de execução de um pastorpelo governo do Irã, parla-mentares evangélicos se reuni-ram na tarde de ontem com a

ministra da Casa Civil, GleisiHoffmann. Segundo a minis-tra, o governo brasileiro estálevantando informações sobreo caso e poderá se manifestarformalmente no que se fere àdefesa dos direitos humanos.

Ela explicou que o Itamaratyprocura informações detalha-das sobre o caso do pastor e, atéhoje, o ministro das RelaçõesExteriores, Antonio Patriota, jádeve ter um relatório.

"O Itamaraty também temfeito contato para saber efeti-vamente qual é a causa da pri-são e levar nossos posiciona-mentos sobre a defesa dos di-reitos humanos. Ainda não te-nho uma definição sobre isso.O ministro Patriota ficou de atéamanhã ter um relatório mais

detalhado e, tendo isso [emmãos], vamos ter uma mani-festação formal, possivelmen-te do Itamaraty", ressaltou aministra.

Gleisi Hoffmann disse, noentanto, que o Brasil não tem apretensão de atuar como me-diador no caso, mas deve ma-nifestar a sua opinião, como es-pera a bancada evangélica".

O pastor iraniano YoussefNadarkhani está preso desde2009 e o motivo seria sua con-versão ao cristianismo. Na-darkhani, de 33 anos, nasceuem uma família muçulmana ese converteu ao cristianismoaos 19 anos. A alegação do go-verno iraniano é a de que ele foicondenado por crimes comoestupro e ameaça à segurançanacional. (ABr)

Caminhada Católica será patrocinadaAssim como apoiou eventos evangélicos, Prefeitura vai colaborar para a Caminhada da Ressureição, na Penha

Após liberar em 2011 oestádio do Pacaembupara eventos das igre-

jas Universal e Assembleia deDeus, o prefeito Gilberto Kas-sab (PSD) vai agora patrocinara 28ª Caminhada da Ressurrei-ção, evento da Igreja Católicaque deve reunir 100 mil pes-soas na Penha, na zona leste,durante a Páscoa.

A SPTuris abriu ontem licita-ção para a confecção de 5 milcamisetas que serão usadaspelos coordenadores da pas-seata. A empresa da Prefeituraresponsável por fomentar o tu-rismo também vai tambémcontratar cinco trios elétricos epagar o sistema de som da fes-ta marcada para o dia 7.

Dos cofres da Prefeituratambém vai sair o dinheiro pa-ra pagar outras despesas daCaminhada. É o caso da pro-dução de 3 mil cartazes e 500mil panfletos que serão distri-buídospelos participantes e

usados durante a ocasião.A licitação dos trios elétricos

inclui ainda a contratação de23 funcionários que deverãotrabalhar na operação dos veí-culos utilizados, entre eles oitooperadores de áudio e cincomotoristas.

P ro c is sã o – A caminhadatem um percurso de 13 quilô-metros e o ponto de partida é aBasílica da Pe-nha. Os f iéiscaminham emprocissão até aC a t e d r a l d eSão Miguel Ar-canjo, em SãoMiguel Paulis-ta. É o princi-pal evento daIgreja Católicadurante a Pás-coa.

Ad ver sári osdo prefeito di-zem que o afa-go em ano elei-

toral o aproxima de liderançascatólicas de grandes paróquiasda cidade, como as de São Mi-guel Paulista e da Basílica Nos-sa Senhora da Penha.

Para agradar os evangélicos,o prefeito já havia confrontadoo ministério Público Estadualno ano passado para liberar oPacaembu para o evento quecomemorou o centenário da

Assembleia deDeus. A Asso-ciação Viva Pa-caembu haviaconseguido li-minar na Justi-ça em 2007 queproibiu a reali-zação de qual-quer evento re-ligioso no está-dio.

Dois mesesantes, Kassabtinha tambémconfrontado alegislação mu-

nicipal e o MP para liberar oPacaembu, localizado em bair-ro residencial, para uma festada Igreja Universal que reuniumais de 60 mil pessoas de todoo País.

M u da n ç a – A aproximaçãode Kassab com as igrejas evan-gélicas começou em 2010, umano após o prefeito ter sido re-tratado com "chifres" de diabopor religiosos da Igreja Mun-dial do Poder de Deus. O mo-tivo das críticas foi o fecha-mento do megatemplo da igre-ja no Brás. Depois da pressão, aPrefeitura liberou o imóvel eKassab passou a comparecerem eventos públicos realiza-dos pelos pastores.

Em 2011, uma lei de autoriado Executivo liberou a cons-trução de outro templo da Igre-ja Mundial em Santo Amaro,em uma região onde, de acor-do com uma legislação de1988, deveria haver uma ruamunicipal. (AE)

Ed Ferreira/AE

Gleisi: "Ainda não tenho umadefinição sobre isso (ocomportamento do governo). Oministro Patriota (RelaçõesExteriores) ficou de até amanhãter um relatório mais detalhado".

William Volcov/AE - 28.02.12

Kassab: custeio da fé.

Transportes: sucessão serádiscutida na semana que vem

Adefinição do nome donovo ministro dosTransportes deverá

ficar para a semana que vem.A ministra de RelaçõesInstitucionais, Ideli Salvatti,telefonou ontem para o líderdo PR no Senado, BlairoMaggi (MT), para informarque o encontro da cúpula dopartido com a presidenteDilma Rousseff para tratar doministério só será marcadomais adiante e que ainda nãohá uma data definida. Háexpectativa de que o encontroocorra na próxima semana.

Uma fonte do governoinforma que a presidentedefiniu ontem somente amudança no ministério daPesca, que será comandadopor Marcelo Crivella (PRB-RJ). Dilma ainda tem dúvidassobre quem deve sucederPaulo Sérgio Passos nosTransportes. O PR apresentouuma lista ao Planalto com osnomes dos deputadosfederais Luciano Castro (RR)e Milton Monti (SP), do ex-senador César Borges (BA) edo vereador Antonio CarlosRodrigues. (AE)

Ernesto Rodrigues/AE - 03.02.12

Paulo Sérgio Passos: substituto ainda indefinido.

Oex-deputado CelsoRussomanno (PRB)afirmou ontem que a

indicação do senador Marce-lo Crivella (PRB-RJ) para o mi-nistério da Pesca não vai in-fluenciar sua candidatura àPrefeitura de São Paulo.

"Isso não é um acordo fir-mado agora. Durante a cam-panha, ficou acertado que oPRB teria um ministério", dis-se o pré-candidato. Ele lem-brou que em 2010 o PRB tinhao então vice-presidente JoséAlencar como filiado. "Nosso

acordo com o governo é naesfera federal".

O presidente do PRB, Mar-cos Pereira, também disseque a candidatura de Russo-manno está mantida. A indi-cação de um ministro foi pro-metida durante a eleição dapresidente Dilma. "Ela disseque é legítimo que tenhamoscandidato", afirmou.

Segundo ele, o ex-presi-dente Lula pediu há um mês oapoio do PRB para o petistaFernando Haddad já no pri-meiro turno. ( Fo l h a p re s s )

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quinta-feira, 1 de março de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

REDES SOCIAISPassageiros utilizaram as redes sociais para protestar

contra a pane e a paralisação da Linha 4 (Amarela)do metrô, ontem de manhã. "Escapei da zona dalinha quatro", postou Juliana Teixeira, no Twitter.cidades

Metrô: falha elétricaprovoca pane e

confusão na Linha 4Irritados com a paralisação, passageiros desceram do trem parado entre asestações e invadiram o trilho. Cerca de 16 mil pessoas foram prejudicadas.

Pela segunda vez emcinco meses, uma pa-ne elétrica é apontadacomo a responsável

pela paralisação na circulaçãode trens na Linha 4 (Amarela),do metrô. Desta vez, o problemaocorreu ontem, às 8h20, horáriode grande movimento de passa-geiros. A situação só foi norma-lizada às 9h. Cerca de 16 mil pas-sageiros foram prejudicados.

Segundo a ViaQuatro, a pa-ne elétrica ocorreu às 8h20 e foiresolvida cinco minutos de-pois. A falta de energia parali-sou as atividades nas seis esta-ções do ramal (Butantã, Pi-nheiros, Faria Lima, Paulista,República e Luz), além dostrens que transportavam pas-sageiros entre o Butantã e a Es-tação da Luz.

Segundo o consórcio, nãohouve necessidade de acionara operação Plano de Apoio En-tre Empresas Frente a Situa-ções de Emergência (Paese),que coloca ônibus em circula-ção no trecho afetado.

Sem energia para a locomo-ção da composição, passagei-ros de um trem parado próxi-mo à estação Faria Lima teriamse irritado com a paralisação etambém com o desligamentodo ar condicionado – queixaque também foi registrada nasredes sociais na internet.

Foi então que um dos usuá-rios teria acionado a porta deemergência do vagão, liberan-do a passagem para dezenasde outros passageiros. Osusuários desceram do trem evagaram pela lateral do trilho,entre as estações Paulista e Fa-ria Lima, por alguns minutos.

Seguranças – A presença depessoas nos trilhos paralisoutodo o sistema e mobilizou osseguranças do consórcio Via-Quatro, que seguiram até oponto da paralisação e recon-duziram os passageiros de vol-ta ao trem. A composição entãoseguiu viagem até a estaçãoFaria Lima, onde os passagei-ros foram orientados (pormeio do sistema de som) a de-sembarcarem. Foi a primeiravez que passageiros circula-ram pelos trilhos da Linha 4.

Após a retirada dos passa-geiros, os seguranças realiza-ram uma varredura completano trilho e nas estações paraevitar qualquer acidente navia. Diante disso, segundo anota da empresa, a falha de cin-co minutos estendeu para qua-

renta minutos, por causa da in-vasão na via e a realização detodo o procedimento de segu-rança para evitar acidentes.

Às 9h, a situação foi normali-zada, mas não encerrou a polê-mica com os passageiros. A ViaQuatro informou que devolve-ria o valor correspondente àpassagem aos passageiros afe-tados pela pane elétrica. No en-tanto, algumas pessoas disse-ram que não conseguiram rea-ver o dinheiro.

Outras falhas – No dia 19 deoutubro do ano passado, umapane elétrica também provo-cou a paralisação de trens naLinha Amarela. No início deoutubro, outra falha, desta vezna sinalização de vias, provo-cou transtornos para 75 milp a s s a g e i ro s .

Nas redes sociais, alguns pas-sageiros reclamaram do proble-ma ocorrido ontem. Houve atéquem ligasse a pane a um su-posto problema de circulaçãoocorrido no mesmo horário naCompanhia Paulista de TrensMetropolitanos (CPTM).

"Se não bastasse a linha nove(Esmeralda) da CPTM estarem obras e atrapalhar tudo,vem essa linha quatro e nossurpreende", postou no Twit-

ter o passageiro, Rodolfo Cle-mentino. Teve usuário que atépublicou a foto de um condu-tor do trem da CPTM que esta-ria sentado no banco de umaestação à espera da liberaçãoda linha do metrô.

Irr itação – O Twitter, aliás,foi o canal preferido de usuá-rios irritados com a paralisa-ção da via Amarela. Muitasdas críticas eram direcionadasao próprio Metrô de São Paulo,que não é a responsável pelaoperação do trecho.

Outros culparam os metro-viários, que anteontem amea-çaram entrar em greve, mas re-cuaram e aceitaram o aumentode salário proposto pela Com-panhia do Metropolitano.

"Esta paralisação na linhaquatro amarela está me pare-cendo coisa de funcionário in-satisfeito com a proposta", dis-se o passageiro e twitteiro,Marcio Jorge.

Comemoração – Também noTwitter teve quem comemoras-se não estar no local durante apane elétrica. É o caso de Julia-na Teixeira, que postou: "Tômuito feliz de ter perdido a ho-ra e entrado mais tarde no ser-viço. Escapei da zona da linhaquatro", disse. (* Com agências)

Movimentação de passageiros na Estação Butantã: nova falha elétrica

Nelson Antoine/AE

Ivan Ventura *

Para advogado, cadeira daTour Eiffel estava quebrada

Rafa von Zuben/Futura Press/AE

Os pais daadolescenteGabriellaNichimura(acima), quemorreu aocair de umbrinquedo doHopi Hari (esq.),prestaramontemdepoimentoao delegado deVinhedo. Paraadvogado,cadeira estavacom defeito.

O delegado de VinhedoÁlvaro Santucci No-venta Júnior ouviu na

tarde de ontem os pais da ado-lescente Gabriella Nichimura,de 14 anos, que morreu na ul-tima sexta-feira, depois de cairde um brinquedo no parqueHopi Hari. Armando e SilmaraNichimura chegaram à delega-cia por volta das 14h. Abatidos,evitaram falar com a imprensa.O advogado da família, Ade-mar Gomes, informou que vairequerer em juízo que o parquefique fechado por pelo menosum dia, em respeito aos fami-liares, e disse que houve umequívoco durante a perícia emrelação ao posicionamento deGabriella no brinquedo cha-mado La Tour Eiffel.

Segundo a defesa, a garotasentou-se em uma cadeira su-postamente interditada. Nofim da tarde de ontem, doisoperadores do brinquedochegaram à delegacia para de-por e, segundo o advogadodeles, Bichir Ale Bichir Junior, aversão dos funcionários é deque a cadeira na qual estavaGabriella não poderia funcio-nar. "Eles estavam lá na hora doacidente e informaram um su-perior que o brinquedo nãopoderia operar. Aquela cadei-ra, no mínimo, tinha de ser in-terditada", afirmou o advoga-dos dos operadores.

Segundo ele, o problemadetectado pelos funcionáriosestava na trava e um cinto quefuncionaria como segurançacomplementar não existianessa cadeira. "Eles (os funcio-nários) não têm autonomia

para parar um brinquedo.Quem tem não parou. Talvezpor visar muito o lucro".

O Hopi Hari informou, pormeio de assessoria, que reiterasua disposição de colaborarcom os órgãos envolvidos nainvestigação sobre as causasdo acidente. O parque não vai

comentar informações queenvolvam o brinquedo. A ver-são da defesa e dos funcioná-rios contraria a hipótese de fa-lha humana, principal linha deinvestigação até o momento.O delegado disse que só vai sepronunciar após o terminodos depoimentos. (AE)

Cresce número de denúnciasde maus tratos contra animais

Pelo terceiro mês conse-cutivo, o serviço Dis-que-Denúncia de São

Paulo recebeu um número re-corde de ligações sobre maus-tratos praticados contra ani-mais. O balanço de janeiroaponta que foram 404 denún-cias no mês.

Conforme informações daentidade, desde novembro es-te tipo de denúncia tem ficadoem quarto lugar no rankingdas ligações.

Entre novembro e janeiro,foram 1.066 ligações anôni-mas denunciando algum tipode crime contra os bichos.

"O 181 está registrando cer-ca de 12 denúncias por dia demaus tratos contra animais, oque supera as de porte de ar-ma de fogo e estelionato", afir-mou Mário Vendrell, gerentede projetos do Instituto SãoPaulo Contra a Violência, enti-dade mantenedora do serviçoDisque-D enúncia.

Historicamente, entre os

três crimes mais denunciadospermanecem o tráfico de dro-gas, os jogos de azar e os maustratos contra crianças.

Em janeiro, foram 6.623 de-

núncias sobre tráfico, 1.054 so-bre jogos e 544 de maus tratoscontra crianças. No total, o ser-viço recebeu no mês 13.439denúncias. (Fo l h a p re s s )

FÊNIX – Uma cachorrinha foi resgatada ontem com vidade um incêndio que destruiu uma casa em Joinville, SantaCatarina. O animal de poucos meses estava preso sob a casa.

Salmo Duarte/Agência RBS/AE

Giuliano Miranda/FotoArena/AE

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quinta-feira, 1 de março de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

continua...

Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 4º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais mil

ATIVO 2011 2010CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 42.574.388 38.271.610DISPONIBILIDADES (Nota 4) ....................................................................................................................... 164 159APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5) ...................................................................... 27.005.962 25.592.104Aplicações no Mercado Aberto ..................................................................................................................... 125.597 120.534Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................................................................................................... 26.880.365 25.471.570TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... 265.176 226.410Carteira Própria ............................................................................................................................................. 190.364 164.818Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................................................................... 74.812 61.592RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS............................................................................................................... 24.846 1.125Créditos Vinculados (Nota 7)......................................................................................................................... 3.494 1.074Correspondentes........................................................................................................................................... 21.352 51OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 8)........................................................................................................... 13.735.297 11.311.966Operações de Crédito - Setor Privado .......................................................................................................... 14.412.804 11.811.963Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa ................................................................... (677.507) (499.997)OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 8)....................................................................... (86.576) (172.263)Operações de Arrendamentos a Receber - Setor Privado............................................................................ 540.800 844.961Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ........................................................................................... (512.119) (804.588)Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa .............................................. (115.257) (212.636)OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 1.115.331 897.128Avais e Fianças Honrados............................................................................................................................. 3.781 -Rendas a Receber......................................................................................................................................... 323 225Negociação e Intermediação de Valores....................................................................................................... 78 -Diversos (Nota 9)........................................................................................................................................... 1.118.631 900.595Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa............................................................................... (7.482) (3.692)OUTROS VALORES E BENS (Nota 10)........................................................................................................ 514.188 414.981Outros Valores e Bens................................................................................................................................... 165.144 227.826Provisões para Desvalorizações ................................................................................................................... (72.949) (93.722)Despesas Antecipadas.................................................................................................................................. 421.993 280.877REALIZÁVEL A LONGO PRAZO................................................................................................................. 21.953.359 18.214.972APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5) ...................................................................... 674.585 1.803.562Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................................................................................................... 674.585 1.803.562TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... - 5.484Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................................................................... - 5.484OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 8)........................................................................................................... 17.884.719 14.013.945Operações de Crédito - Setor Privado .......................................................................................................... 18.721.723 14.611.015Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa ................................................................... (837.004) (597.070)OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 8)....................................................................... (155.817) (287.936)Operações de Arrendamentos a Receber - Setor Privado............................................................................ 454.482 1.070.587Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ........................................................................................... (449.745) (1.062.319)Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa .............................................. (160.554) (296.204)OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 2.828.814 2.414.278Diversos (Nota 9)........................................................................................................................................... 2.828.817 2.414.286Rendas a Receber......................................................................................................................................... - 2Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa............................................................................... (3) (10)OUTROS VALORES E BENS (Nota 10)........................................................................................................ 721.058 265.639Despesas Antecipadas.................................................................................................................................. 721.058 265.639PERMANENTE ............................................................................................................................................. 7.234.620 9.945.120INVESTIMENTOS (Nota 11) ......................................................................................................................... 476.297 481.673Participações em Coligadas e Controladas:- No País........................................................................................................................................................ 472.926 476.596- No Exterior .................................................................................................................................................. 175 168Outros Investimentos..................................................................................................................................... 12.808 14.146Provisões para Perdas .................................................................................................................................. (9.612) (9.237)IMOBILIZADO DE USO (Nota 12)................................................................................................................. 7.538 9.266Imóveis de Uso.............................................................................................................................................. - 544Outras Imobilizações de Uso......................................................................................................................... 24.632 37.728Depreciações Acumuladas............................................................................................................................ (17.094) (29.006)IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Nota 8) ............................................................................................ 6.719.864 9.423.014Bens Arrendados........................................................................................................................................... 7.387.494 9.791.292Depreciações Acumuladas/Superveniência de Depreciação........................................................................ (667.630) (368.278)DIFERIDO (Nota 13) ..................................................................................................................................... 933 1.774Gastos de Organização e Expansão............................................................................................................. 7.730 7.745Amortização Acumulada ............................................................................................................................... (6.797) (5.971)INTANGÍVEL (Nota 13).................................................................................................................................. 29.988 29.393Ativos Intangíveis........................................................................................................................................... 41.338 33.584Amortização Acumulada ............................................................................................................................... (11.350) (4.191)TOTAL ........................................................................................................................................................... 71.762.367 66.431.702

PASSIVO 2011 2010CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 19.532.729 17.394.599DEPÓSITOS (Nota 14).................................................................................................................................. 16.189.720 14.752.746Depósitos Interfinanceiros ............................................................................................................................. 16.189.720 14.752.746OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 3.343.009 2.641.853Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados................................................................................. 15.685 8.029Sociais e Estatutárias.................................................................................................................................... - 11.472Fiscais e Previdenciárias (Nota 16a)............................................................................................................. 1.188.494 885.678Diversas (Nota 16b)....................................................................................................................................... 2.138.830 1.736.674

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO....................................................................................................................... 26.345.366 24.516.623DEPÓSITOS (Nota 14).................................................................................................................................. 20.942.390 18.449.050Depósitos Interfinanceiros ............................................................................................................................. 20.942.390 18.449.050OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 5.402.976 6.067.573Fiscais e Previdenciárias (Nota 16a)............................................................................................................. 2.578.588 2.196.779Diversas (Nota 16b)....................................................................................................................................... 2.824.388 3.870.794

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS............................................................................................... 212.642 81.575Receitas de Exercícios Futuros..................................................................................................................... 212.642 81.575

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 17)................................................................................................................ 25.671.630 24.438.905Capital:- De Domiciliados no País ............................................................................................................................. 22.010.000 22.010.000Reservas de Lucros....................................................................................................................................... 3.661.857 2.429.146Ajustes de Avaliação Patrimonial................................................................................................................... (227) (241)

TOTAL ........................................................................................................................................................... 71.762.367 66.431.702

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, do Banco BradescoFinanciamentos S.A. (Bradesco Financiamentos), de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionarpelo Banco Central do Brasil.

O Bradesco Financiamentos oferece linhas de financiamento de crédito direto ao consumidor para aquisição de veículos de passeio, de transporte eoutros bens e serviços, além de operações de leasing e de empréstimos consignados, atuando como financeira do Bradesco.

No segmento veículos, os serviços são oferecidos por uma Rede conveniada, com mais de 13 mil parceiros em todo o País, formada por Revendase Concessionárias de veículos leves, de motos e de veículos de transporte. Para atendimento no segmento de empréstimos consignados, atua em todos osEstados brasileiros na captação de clientes, por meio de 1.131 Correspondentes, tanto no mercado quanto em Agências do Banco Bradesco, e em folhas depagamento de empresas do Setor Privado, destacando-se a parceria com os segmentos Bradesco Empresas e Corporate.

A produção de novos negócios em operações de veículos apresentou crescimento de 13,35% no ano de 2011. Este aumento na produção levou aocrescimento de 5,61% da carteira total de financiamentos/leasing de veículos.

No seguimento de empréstimos consignados, a produção de novos negócios apresentou crescimento de 32,62% no 4º trimestre de 2011, emcomparação ao mesmo período de 2010, proporcionando crescimento de 36,40% na carteira. Esse é o resultado da estratégia e da estruturaçãode uma equipe dedicada ao atendimento de convênios junto ao INSS, órgãos públicos e empresas privadas, aumentando a concessão de recursosnessa modalidade.

O Lucro Líquido do exercício de 2011 foi de R$ 2,293 bilhões e o Patrimônio Líquido de R$ 25,672 bilhões. No exercício foram pagos Juros sobre oCapital Próprio no montante de R$ 1,060 bilhão.

Agradecemos o apoio e confiança dos nossos clientes e parceiros comerciais e o trabalho dedicado dos nossos funcionários e demais colaboradores.

Osasco, SP, 14 de fevereiro de 2012.

Diretoria

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - Em Reais mil DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em Reais mil

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................ 6.470.084 12.327.037 11.479.140Operações de Crédito (Nota 8g) ................................................................................... 3.525.272 6.587.796 5.392.273Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 8g)......................................................... 1.366.970 2.673.222 3.305.078Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 6d) ........................ 1.577.745 3.065.855 2.775.882Resultado das Aplicações Compulsórias ...................................................................... 97 164 5.907DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................................... 4.101.713 7.688.122 7.477.453Operações de Captações no Mercado (Nota 14b) ...................................................... 2.174.062 4.166.428 3.922.127Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 8g) ....................................................... 1.208.326 2.390.913 3.014.455Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 8c e f) .................................. 719.325 1.130.781 540.871RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA....................................... 2.368.371 4.638.915 4.001.687OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................................... (683.157) (1.403.736) (1.866.350)Receitas de Prestação de Serviços (Nota 18) .............................................................. 35.054 64.251 49.276Rendas de Tarifas Bancárias (Nota 18)......................................................................... 232.868 421.913 269.941Despesas de Pessoal (Nota 19) .................................................................................... (29.042) (50.621) (50.505)Outras Despesas Administrativas (Nota 20).................................................................. (449.452) (864.119) (689.584)Despesas Tributárias (Nota 21) ..................................................................................... (157.649) (294.926) (220.952)Resultado de Participações em Coligadas Controladas (Nota 11a) ............................. (5.520) (3.345) (3.315)Outras Receitas Operacionais (Nota 22)....................................................................... 355.030 680.732 149.367Outras Despesas Operacionais (Nota 23)..................................................................... (664.446) (1.357.621) (1.370.578)RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................................... 1.685.214 3.235.179 2.135.337RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 24) ............................................................ (38.286) (100.004) (237.833)RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...................................... 1.646.928 3.135.175 1.897.504IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 26) ................................... (247.213) (842.464) (689.865)LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................... 1.399.715 2.292.711 1.207.639

Número de ações (mil) (Nota 17a) .............................................................................. 24.730.835 24.730.835 24.730.835Lucro por lote de mil ações em R$................................................................................ 56,60 92,71 48,83

Saldos em 30.6.2011.............................................. 22.010.000 179.747 3.133.912 (284) - 25.323.375Reversão de Dividendos Provisionadosdo 1º Semestre de 2011 ........................................ - - 8.483 - - 8.483

Ajustes de Avaliação Patrimonial............................. - - - 57 - 57Lucro Líquido........................................................... - - - - 1.399.715 1.399.715Destinações: - Reservas.......................................... - 69.985 269.730 - (339.715) -

- Juros sobre o Capital PróprioPagos ............................................... - - - - (1.060.000) (1.060.000)

Saldos em 31.12.2011............................................ 22.010.000 249.732 3.412.125 (227) - 25.671.630

Saldos em 31.12.2009............................................ 22.010.000 74.715 1.158.264 658 - 23.243.637Ajustes de Avaliação Patrimonial............................. - - - (899) - (899)Lucro Líquido........................................................... - - - - 1.207.639 1.207.639Destinações: - Reservas.......................................... - 60.382 1.135.785 - (1.196.167) -

- Dividendos Propostos...................... - - - - (11.472) (11.472)

Saldos em 31.12.2010............................................ 22.010.000 135.097 2.294.049 (241) - 24.438.905

Ajustes de Avaliação Patrimonial............................. - - - 14 - 14Lucro Líquido........................................................... - - - - 2.292.711 2.292.711Destinações: - Reservas.......................................... - 114.635 1.118.076 - (1.232.711) -

- Juros sobre o Capital PróprioPagos ............................................... - - - - (1.060.000) (1.060.000)

Saldos em 31.12.2011............................................ 22.010.000 249.732 3.412.125 (227) - 25.671.630

Exercícios findos em2º Semestre 31 de dezembro

2011 2011 2010

Ajustes deAvaliação

Capital Reservas de Lucros Patrimonial LucrosEventos Social Legal Estatutárias Próprias Acumulados Totais

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis. As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Em Reais mil DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - Em Reais mil

Exercícios findos em2º Semestre 31 de dezembro

2011 2011 2010Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais:Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e Contribuição Social ................................. 1.646.928 3.135.175 1.897.504Ajustes ao Lucro Líquido antes dos ImpostosProvisão para Créditos de Liquidação Duvidosa................................................................. 719.325 1.130.781 540.871Depreciações e Amortizações............................................................................................. 649.552 1.566.080 2.849.146Constituições de Provisões Cíveis,Trabalhistas e Fiscais ................................................... 122.073 539.533 740.101Constituições/(Reversões) de Provisões para Desvalorização de Bens não de Uso Próprio ... (5.998) (20.774) (10.788)Resultado de Participações em Coligadas e Controladas................................................... 5.520 3.345 3.315Insuficiência/(Superveniência) de Depreciação................................................................... 533.847 763.503 (572.003)Ganho/Perda na Venda de Investimento ............................................................................. (32.671) (32.671) -Ganho/Perda na Venda de Imobilizado ............................................................................... (75) 7 (1.673.297)Ganho/Perda na Venda de Bens Não de Uso Próprio......................................................... 77.030 153.442 248.397Outros.................................................................................................................................. 70.846 127.751 92.760

Lucro líquido Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social.................. 3.786.377 7.366.172 4.116.006(Aumento)/Redução em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ....................................... 132.002 (279.817) 3.704.974(Aumento)/Redução em Títulos para Negociação e Instrumentos Financeiros Derivativos (20.968) (36.327) 39.116(Aumento)/Redução em Relações Interfinanceiras e Interdependências............................ 7.467 (21.300) 4.495(Aumento)/Redução em Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil ................... (4.311.551) (7.633.353) (6.764.149)(Aumento)/Redução em Outros Créditos e Outros Valores e Bens..................................... (341.118) (1.012.820) (564.196)Aumento/(Redução) em Depósitos...................................................................................... 2.598.890 3.930.314 (2.101.116)Aumento/(Redução) em outras Obrigações ........................................................................ (680.252) (903.313) (386.214)Aumento/(Redução) em Resultados de Exercícios Futuros ................................................ 55.291 131.068 27.739Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos ................................................................. (228.400) (783.984) (162.530)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades Operacionais............................. 997.738 756.640 (2.085.875)Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos(Aumento)/Redução em Títulos Disponível para Venda ...................................................... 401 429 599(Aumento)/Redução em Títulos Mantidos até o Vencimento............................................... - 2.433 11.318(Aumento)/Redução em Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil ................... (1.688) (2.420) (1.074)Alienação de Bens Não de Uso Próprio .............................................................................. 121.196 242.614 360.905Alienação de Investimentos................................................................................................. 33.891 34.386 30Alienação de Imobilizado de Uso e Arrendamento.............................................................. 266.768 643.349 2.903.737Aquisição de Bens Não de Uso Próprio .............................................................................. (132.061) (290.968) (533.588)Aquisição de Investimentos ................................................................................................. - (2) (28.786)Aquisição de Imobilizado de Uso e Arrendamento.............................................................. (157.084) (302.456) (725.218)Aplicações no Diferido/Intangível......................................................................................... (4.123) (7.766) (20.673)Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Recebidos...................................................... 165 301 548

Caixa Líquido Proveniente(/Utilizado) nas Atividades de Investimentos....................... 127.465 319.900 1.967.798Fluxo de Caixa das Atividades de FinanciamentoDividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Pagos............................................................. (1.071.472) (1.071.472) (6.681)

Caixa Líquido Proveniente(/Utilizado) nas Atividades de Financiamentos ................... (1.071.472) (1.071.472) (6.681)Aumento/(Redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa................................................... 53.731 5.068 (124.758)

Caixa e Equivalentes de Caixa - Início do Período .............................................................. 72.030 120.693 245.451Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Período ................................................................. 125.761 125.761 120.693Aumento/(Redução) Líquida, de Caixa e Equivalentes de Caixa ................................... 53.731 5.068 (124.758)

2º Semestre Exercícios findos em 31 de dezembroDescrição 2011 % 2011 % 2010 %1 - RECEITAS ......................................................... 5.670.979 309,0 10.905.527 313,2 9.798.442 451,2

1.1) Intermediação Financeira......................... 6.470.084 352,5 12.327.037 353,9 11.479.140 528,61.2) Prestação de Serviços.............................. 267.922 14,6 486.164 14,1 319.217 14,71.3) Provisão para Créditos de

Liquidação Duvidosa................................ (719.325) (39,2) (1.130.781) (32,5) (540.871) (24,9)1.4) Outras ........................................................ (347.702) (18,9) (776.893) (22,3) (1.459.044) (67,2)

2 - DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃOFINANCEIRA..................................................... (3.382.388) (184,3) (6.557.341) (188,2) (6.936.582) (319,4)

3 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ....... (441.983) (24,1) (849.672) (24,5) (678.504) (31,1)Serviços de Terceiros......................................... (309.682) (16,9) (605.104) (17,4) (542.960) (25,0)Propaganda, Promoções e Publicidade............. (41.514) (2,3) (75.459) (2,2) (39.237) (1,8)Processamento de Dados.................................. (20.531) (1,1) (37.842) (1,1) (22.775) (1,0)Comunicações ................................................... (19.155) (1,0) (35.376) (1,0) (27.017) (1,2)Serviços do Sistema Financeiro ........................ (4.936) (0,3) (9.473) (0,2) (7.981) (0,3)Viagens .............................................................. (2.865) (0,2) (5.384) (0,2) (3.214) (0,1)Transporte .......................................................... (1.953) (0,1) (4.093) (0,1) (5.839) (0,3)Materiais, Energia e Outros ............................... (1.779) (0,1) (2.460) (0,1) (1.474) (0,1)Arrendamento de Bens ...................................... (609) - (1.914) (0,1) (3.570) (0,2)Manutenção e Conservação de Bens ................ (455) - (853) - (1.394) (0,1)Outras ................................................................ (38.504) (2,1) (71.714) (2,1) (23.043) (1,1)

4 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3).............. 1.846.608 100,6 3.498.514 100,5 2.183.356 100,65 - DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO ................. (5.720) (0,3) (11.493) (0,3) (8.385) (0,4)6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO

PRODUZIDO PELA ENTIDADE (4-5) ............... 1.840.888 100,3 3.487.021 100,2 2.174.971 100,27 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO

EM TRANSFERÊNCIA ...................................... (5.520) (0,3) (3.345) (0,2) (3.315) (0,2)Resultado de Participações emColigadas e Controladas.................................... (5.520) (0,3) (3.345) (0,2) (3.315) (0,2)

8 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (6+7)..... 1.835.368 100,0 3.483.676 100,0 2.171.656 100,09 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO...... 1.835.368 100,0 3.483.676 100,0 2.171.656 100,0

9.1) Pessoal ...................................................... 26.802 1,4 46.043 1,3 45.375 2,1Proventos.................................................... 13.557 0,7 18.607 0,5 18.461 0,9Benefícios ................................................... 3.876 0,2 6.142 0,2 6.888 0,3FGTS .......................................................... 703 - 1.287 - 1.550 0,1Outros Encargos......................................... 8.666 0,5 20.007 0,6 18.476 0,9

9.2) Impostos,Taxas e Contribuições ............ 407.102 22,2 1.141.968 32,8 915.947 42,1Federais ...................................................... 403.491 22,0 1.135.101 32,6 909.443 41,9Estaduais .................................................... - - - - 723 -Municipais ................................................... 3.611 0,2 6.867 0,2 5.781 0,3

9.3) Remuneração de Capitaisde Terceiros ............................................... 1.749 0,1 2.954 0,1 2.695 0,1Aluguéis ...................................................... 1.749 0,1 2.954 0,1 2.695 0,1

9.4) Remuneração de Capitais Próprios ........ 1.399.715 76,3 2.292.711 65,8 1.207.639 55,6Dividendos .................................................. - - - - 11.472 0,5Juros sobre o Capital Próprio ..................... 1.060.000 57,8 1.060.000 30,4 - -Lucros Retidos no Período.......................... 339.715 18,5 1.232.711 35,4 1.196.167 55,1

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis. As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1) CONTEXTO OPERACIONALO Banco Bradesco Financiamentos S.A. (Bradesco Financiamentos), é uma instituição financeira que tem como objetivo social a prática de todas asoperações ativas, passivas e acessórias permitidas às instituições financeiras e inerentes às carteiras de banco comercial, de arrendamento mercantil esociedade de crédito, financiamento e investimento, de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. O Bradesco Financiamentos é parteintegrante da Organização Bradesco e suas operações são conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeirose de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações contábeis devem ser entendidas neste contexto.

2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAs Demonstrações Contábeis foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas das Leis nos 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional)e 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) com alterações introduzidas pelas Leis nos 11.638/07 e 11.941/09, para a contabilização das operações,associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN). Incluem, estimativas e premissas, taiscomo: a mensuração de perdas estimadas com operações de crédito e de arrendamento mercantil; estimativas do valor justo de determinados instrumentosfinanceiros; provisões cíveis, fiscais e trabalhistas; perdas por redução ao valor recuperável (impairment) de títulos e valores mobiliários classificados nascategorias de títulos disponíveis para venda, mantidos até o vencimento e ativos não financeiros; e outras provisões. Os resultados efetivos podem serdiferentes daqueles estabelecidos por essas estimativas e premissas.As Demonstrações Contábeis foram aprovadas pela Administração em 14 de fevereiro de 2012.

3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEISa) Moeda funcional e de apresentaçãoAs Demonstrações Contábeis estão apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Instituição.

b) Apuração do resultadoO resultado é apurado de acordo com o regime de competência, que estabelece que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração dos resultadosdos períodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. As operaçõescom taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutorados respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base nométodo exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas a operações no exterior que são calculadas com base no método linear.As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço.

As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (PortariaMF no 140/84, do Ministério da Fazenda) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil.

c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações em ouro, aplicações no mercadoaberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, cujo vencimento das operações, na data da efetiva aplicação, seja igual ou inferior a 90 dias e apresentemrisco insignificante de mudança de valor justo, que são utilizados pelo Banco para gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

d) Aplicações interfinanceiras de liquidezAs operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. As demais aplicações são registradas aocusto de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável.

e) Títulos e valores mobiliários - ClassificaçãoTítulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dosrendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período;Títulos disponíveis para venda - que não se enquadram como para negociação nem como mantidos até o vencimento. São registrados pelo custo deaquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período, e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida aopatrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários, os quais só serão reconhecidos no resultado quando da efetiva realização; eTítulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São registradospelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de negociação e disponível para venda, bem como os instrumentos financeiros derivativos, sãodemonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor justo geralmente baseia-se em cotações de preços de mercado ou cotações depreços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos sãobaseados em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinaçãodo valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração.

f) Instrumentos Financeiros Derivativos (ativos e passivos)São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data contratação da operação, levando-se em conta se sua finalidade é para proteçãocontra risco (hedge) ou não.

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quinta-feira, 1 de março de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

...continuação

continua...

Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 4º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, destinam-se a atender as necessidades próprias para administrar a exposição globalda Instituição, no sentido de administração de suas posições. As valorizações ou desvalorizações são registradas em contas de receitas ou despesas dosrespectivos instrumentos financeiros.Os instrumentos financeiros derivativos utilizados para mitigar os riscos decorrentes das exposições às variações no valor de mercado dos ativos e passivosfinanceiros são considerados como instrumentos de proteção (hedge) e são classificados de acordo com sua natureza em:• Hedge de risco de mercado: os instrumentos financeiros classificados nesta categoria, bem como seus ativos e passivos financeiros relacionados, objeto

de hedge, têm seus ganhos e perdas, realizados ou não realizados, registrados em conta de resultado; e• Hedge de fluxo de caixa: os instrumentos financeiros classificados nesta categoria, a parcela efetiva das valorizações ou desvalorizações é registrada,

líquidas dos efeitos tributários, em conta destacada no Patrimônio Líquido. A parcela não efetiva do respectivo hedge é reconhecida diretamente em contade resultado.

g) Operações de crédito, de arrendamento mercantil, outros créditos com características de concessão de crédito e provisão para créditos deliquidação duvidosaAs operações de crédito, de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito são classificadas nos respectivos níveisde risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2.682/99 do CMN, que requerem a sua classificação de riscos em nove níveis,sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente,considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores.Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2.682/99 do CMN, para atribuição dos níveis de classificaçãodos clientes da seguinte forma:

Período de atraso (1) Classificação do cliente• de 15 a 30 dias................................................................................................................................................................. B• de 31 a 60 dias................................................................................................................................................................. C• de 61 a 90 dias................................................................................................................................................................. D• de 91 a 120 dias............................................................................................................................................................... E• de 121 a 150 dias............................................................................................................................................................. F• de 151 a 180 dias............................................................................................................................................................. G• superior a 180 dias........................................................................................................................................................... H(1) Para as operações com prazos a decorrer superior a 36 meses, é realizada a contagem em dobro dos períodos de atraso, conforme facultado pela

Resolução no 2.682/99 do CMN.

A atualização (accrual) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar, sendo queo reconhecimento em receitas só ocorrerá quando do seu efetivo recebimento.As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisãoexistente e controladas em conta de compensação por no mínimo cinco anos.As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações que já haviam sido baixadas contraa provisão e que estavam controladas em contas de compensação são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociaçãosomente são reconhecidas quando efetivamente recebidos. Quando houver amortização significativa da operação ou quando novos fatos relevantesjustificarem a mudança do nível de risco, poderá ocorrer a reclassificação da operação para categoria de menor risco.A provisão estimada para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruçõesdo CMN e do BACEN, associadas às avaliações realizadas pela Administração na determinação dos riscos de crédito.A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140/84, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulasde: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas peloBACEN, conforme segue:I - Arrendamentos a receberRefletem o saldo das contraprestações a receber, atualizados de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente.II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil e Valor residual garantido (VRG)Registrados pelo valor contratual, em contrapartida às contas retificadoras de Rendas a apropriar de arrendamento mercantil eValor residual a balancear, ambosapresentadospelascondiçõespactuadas.OVRGrecebidoantecipadamenteéregistradoemOutrasObrigações-CredoresporAntecipaçãodoValorResidualatéadatadotérminocontratual.OajusteavalorpresentedascontraprestaçõesedoVRGareceberdasoperaçõesdearrendamentomercantilfinanceiroéreconhecidocomosuperveniência/insuficiência de depreciação no imobilizado de arrendamento mercantil, objetivando compatibilizar as práticas contábeis. Nas operaçõesque apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento das parcelas contratuais, deacordo com a Resolução no 2.682/99 do CMN.III - Imobilizado de arrendamentoÉ registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com o benefício de reduçãode 30% na vida útil normal do bem, prevista na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são asseguintes: veículos e afins, 20%; móveis e utensílios, 10%; máquinas e equipamentos, 10%; e outros bens, 10% ou 20%.IV - Perdas em arrendamentosOs prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstradosjuntamente com o imobilizado de arrendamento. (Nota 8i)V - Superveniência (insuficiência) de depreciaçãoOs registros contábeis das operações de arrendamento mercantil são mantidos conforme exigências legais, específicas para esse tipo de operação. Osprocedimentos adotados e sumariados nos itens II a IV acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente noque concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil.Em consequência, de acordo com a Circular BACEN no 1.429/89, foi calculado o valor presente das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxainterna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ouinsuficiência de depreciação, respectivamente, registradas no Ativo Permanente, com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil aoregime de competência.h) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo)Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, calculados sobre as adições temporárias, são registrados na rubrica“Outros Créditos - Diversos“, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulose valores mobiliários, são registradas na rubrica “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”, sendo que para superveniência de depreciação é aplicadasomente a alíquota de imposto de renda.Os créditos tributários sobre as adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foramconstituídos. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente baseados nas expectativas atuais de realização, considerando os estudos técnicos eanálises realizadas pela Administração.A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%. A contribuição social sobre o lucroé calculada considerando a alíquota de 15% para empresas do segmento financeiro.Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.De acordo com a Lei no 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquidodo período, introduzidas pela Lei no 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real, devendoser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Para fins contábeis, os efeitos tributários daadoção das mencionadas Leis estão registrados nos ativos e passivos diferidos correspondentes.i) Despesas antecipadasSão representadas pelas aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos direitos de benefícios ou prestação de serviços ocorrerão emperíodos futuros, sendo registrados no resultado de acordo com o princípio da competência. Inclui seguro prestamista e comissões pagas, principalmente àrevendedores e concessionárias de veículos e promotoras de venda terceirizadas, pela colocação de operações de crédito.Os custos incorridos que estão relacionados com ativos correspondentes, que gerarão receitas em períodos subsequentes, os quais são apropriados aoresultado de acordo com os prazos e montantes dos benefícios esperados e baixados diretamente no resultado, quando os bens e direitos correspondentesjá não fazem parte dos ativos do Banco ou os benefícios futuros esperados não puderem ser realizados.j) InvestimentosOs investimentos em empresas controladas e coligadas com influência significativa ou participação de 20% ou mais no capital votante, são avaliados pelométodo de equivalência patrimonial.Os incentivos fiscais e outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos da provisão para perdas/redução ao valor recuperável(impairment), quando aplicável.k) ImobilizadoCorresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive osdecorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controles dos bens para a entidade.É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômicaestimada dos bens, sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos, sistemas de comunicação e segurança - 10% aoano; e sistemas de transportes e processamento de dados - 20% a 50% ao ano, e ajustado por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.l) Diferido e Intangível• Ativo Diferido - está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo

método linear. A partir de 8 de dezembro de 2008 as novas aquisições passaram a ser registradas no ativo intangível de acordo com a Carta Circularnº 3.357/08 do BACEN.

• Ativo Intangível - correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos comessa finalidade.

Compostos por softwares, que estão registrados ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada (20% ao ano), a partir dadata da sua disponibilidade para uso e ajustados por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. Gastos com o desenvolvimento internode softwares são reconhecidos como ativo quando é possível demonstrar a intenção e a capacidade de concluir tal desenvolvimento, bem como mensurarcom segurança os custos diretamente atribuíveis ao mesmo, que serão amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios econômicosfuturos gerados.m) Redução ao valor recuperável de ativos (Impairment)Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias títulos disponíveis para venda e mantidos até o vencimento e ativos não financeiros, excetooutros valores e bens e créditos tributários, são revistos no mínimo anualmente, para determinar se há alguma indicação de perda por redução ao valorrecuperável (impairment), e caso seja detectada uma perda, esta é reconhecida no resultado do período quando o valor contábil do ativo exceder o seuvalor recuperável (apurado pelo: (i) potencial valor de venda, ou valor de realização deduzido das respectivas despesas ou (ii) valor em uso calculado pelaunidade geradora de caixa, dos dois o maior).Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa substancialmente independentes de outros ativos e grupos.n) Depósitos e captações no mercado abertoSão demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, quando aplicável, os encargos exigíveis até a data de balanço, reconhecidos em base“pro-rata” dia.Nas operações de captação de recursos mediante emissão de títulos e valores mobiliários, as despesas associadas são apropriadas ao resultado, de acordocom o prazo da operação e apresentadas como redutora do passivo correspondente.

o) Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais - Fiscais e previdenciáriasO reconhecimento, a mensuração e a divulgação das provisões, das contingências ativas e passivas e também das obrigações legais são efetuados deacordo com os critérios definidos pelo CPC 25, o qual foi aprovado pela Resolução nº 3.823/09 do CMN e pela Deliberação CVM nº 594/09, sendo:• Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui controle da situação ou quando há garantias reais

ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não caibam mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo e pela confirmação dacapacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro passivo exigível. Os ativos contingentes, cuja expectativa de êxito é provável,são divulgados nas notas explicativas (Nota 15a);

• Provisões: são constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, acomplexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos paraa liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança;

• Passivos Contingentes: de acordo com o CPC 25, o termo “contingente” é utilizado para passivos que não são reconhecidos, pois a sua existênciasomente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros e incertos que não estejam totalmente sob o controle da Administração.Os passivos contingentes não satisfazem os critérios de reconhecimento, pois são considerados como perdas possíveis, devendo apenas ser divulgadosem notas explicativas, quando relevantes. As obrigações classificadas como remotas não são provisionadas e nem divulgadas (Nota 15c); e

• Obrigações Legais - Provisão para Riscos Fiscais: decorrem de processos judiciais, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidadeque, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas DemonstraçõesContábeis. (Nota 15b - III).

p) Outros ativos e passivosOs ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias, auferidos (em base“pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e mensuráveis, acrescidos dosencargos e das variações monetárias, incorridos (em base “pro-rata” dia).q) Eventos subsequentesCorrespondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações contábeis e a data de autorização para sua emissão.São compostos por:• Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações contábeis; e• Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações contábeis.Não houve qualquer evento subsequente para essas demonstrações contábeis encerradas em 31 de dezembro de 2011.

4) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Disponibilidades em moeda nacional ...................................................................................................... 102 106Aplicações em ouro................................................................................................................................. 62 53Total de disponibilidades (caixa) ......................................................................................................... 164 159Aplicações interfinanceiras de liquidez (1) .............................................................................................. 125.597 120.534Total caixa e equivalentes de caixa ..................................................................................................... 125.761 120.693(1) Refere-se a operações cujo vencimento na data da efetiva aplicação foi igual ou inferior a 90 dias e apresentam risco insignificante de mudança de

valor justo.

5) APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZa) Composição e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de Totaldias dias dias 360 dias 2011 2010

Aplicações no mercado aberto:Posição Bancada- Letras Financeiras do Tesouro .............................. 125.597 - - - 125.597 120.534Aplicações em depósitos interfinanceiros- Aplicações em depósitos interfinanceiros ............. 147.245 26.168.719 564.401 674.585 27.554.950 27.275.132Total em 2011 ......................................................... 272.842 26.168.719 564.401 674.585 27.680.547% ............................................................................. 1,0 94,5 2,0 2,5 100,0Total em 2010 ......................................................... 333.022 24.345.036 914.046 1.803.562 27.395.666% ............................................................................. 1,2 88,9 3,3 6,6 100,0b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez

Exercícios findos em31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez:- Rendas de aplicações em operações compromissadas - Posição bancada ........................................ 19.639 12.419- Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ........................................................................... 3.011.421 2.730.137Total (Nota 6d)........................................................................................................................................ 3.031.060 2.742.556

6) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOSa) Composição da carteira por emissor

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Valor de Valor de31 a 181 a Acima mercado/ Valor de Marcação mercado/ Marcação

1 a 30 180 360 de contábil custo a contábil aTítulos (1) dias dias dias 360 dias (2) (4) atualizado mercado (2) (4) mercadoTítulos públicos .............................. - - - 76.338 76.338 76.355 (17) 69.509 (30)Letras financeiras do tesouro ........... - - - 76.338 76.338 76.355 (17) 69.509 (30)Títulos privados.............................. 188.620 - - 218 188.838 189.217 (379) 162.385 (401)Cotas de fundos de investimento ..... 186.398 - - - 186.398 186.398 - 159.334 -Ações................................................ 2.222 - - - 2.222 2.219 3 2.833 (19)Outros............................................... - - - 218 218 600 (382) 218 (382)Total em 2011 .................................. 188.620 - - 76.556 265.176 265.572 (396)Total em 2010 .................................. 162.385 4.169 - 65.340 231.894 (431)b) Classificação por categorias e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Valor de Valor de31 a 181 a Acima mercado/ Valor de Marcação mercado/ Marcação

1 a 30 180 360 de contábil custo a contábil aTítulos (1) dias dias dias 360 dias (2) (4) atualizado mercado (2) (4) mercadoTítulos para negociação (1):.......... 186.398 - - 76.338 262.736 262.753 (17) 226.410 (30)Letras Financeiras do Tesouro ......... - - - 76.338 76.338 76.355 (17) 67.076 (30)Cotas de fundos de investimentos.... 186.398 - - - 186.398 186.398 - 159.334 -Títulos disponíveis para venda:.... 2.222 - - 218 2.440 2.819 (379) 3.051 (401)Ações................................................ 2.222 - - - 2.222 2.219 3 2.833 (19)Outros............................................... - - - 218 218 600 (382) 218 (382)Títulos mantidos até ovencimento (3): ............................. - - - - - - - 2.433 -

Letras financeiras do tesouro ........... - - - - - - - 2.433 -Total em 2011 .................................. 188.620 - - 76.556 265.176 265.572 (396)Total em 2010 .................................. 162.385 4.169 - 65.340 231.894 (431)(1) Para fins de apresentação do Balanço Patrimonial os títulos classificados como “para negociação” estão demonstrados no ativo circulante;(2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço.

Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos deprecificação, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundosde investimento, o custo atualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas;

(3) Atendendo ao disposto no Artigo 8º da Circular nº 3.068/01 do BACEN, a Instituição declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até ovencimento, o título classificado na categoria mantidos até o vencimento; e

(4) A coluna reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto os papéis classificados em “Títulos Mantidos até o Vencimento”, cujo valor demercado em 2010 é inferior ao valor de custo atualizado em R$ 1 mil.

c) Instrumentos financeiros derivativosEm 31 de dezembro de 2011 e de 2010, a Instituição não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos.d) Resultado com títulos e valores mobiliários

Exercícios findos em31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 5b).................................................................................... 3.031.060 2.742.556Fundo de investimento ............................................................................................................................ 27.065 24.152Títulos de renda fixa................................................................................................................................ 7.873 9.060Títulos de renda variável ......................................................................................................................... (143) 114Total ........................................................................................................................................................ 3.065.855 2.775.882

7) RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOSa) Créditos vinculadosRefere-se a Depósitos Compulsórios sobre Recursos à Vista no Banco Central, no montante de R$ 3.494 mil (2010 - R$ 1.074 mil).b) Resultado das aplicações compulsóriasA receita das aplicações compulsórias em 2011 totalizam R$ 164 mil (2010 - R$ 5.907 mil) e está sendo apresentada na Demonstração do Resultado em“Resultado das Aplicações Compulsórias”.

8) OPERAÇÕES DE CRÉDITO, DE ARRENDAMENTO MERCANTIL, OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICA DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSAa) Modalidades e prazos

Em 31 de dezembro - R$ milCurso normal Total

1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 Acima de 2011 2010Operações de crédito dias dias dias dias dias 360 dias (A) % (A) %Empréstimos e títulos descontados..................................................... 260.854 269.762 264.545 754.772 1.351.541 5.150.534 8.052.008 25,9 5.933.603 22,1Financiamentos ................................................................................... 997.198 913.054 892.286 2.435.562 4.247.199 11.844.277 21.329.576 68,6 17.734.964 65,9Subtotal .............................................................................................. 1.258.052 1.182.816 1.156.831 3.190.334 5.598.740 16.994.811 29.381.584 94,5 23.668.567 88,0Operações de arrendamento mercantil ............................................... 103.696 80.062 77.651 218.252 390.707 842.035 1.712.403 5,5 3.221.086 12,0Subtotal .............................................................................................. 1.361.748 1.262.878 1.234.482 3.408.586 5.989.447 17.836.846 31.093.987 100,0 26.889.653 100,0Outros créditos .................................................................................... 170 170 23 69 136 98 666 - 594 -Total das operações de crédito........................................................ 1.361.918 1.263.048 1.234.505 3.408.655 5.989.583 17.836.944 31.094.653 100,0 26.890.247 100,0Avais e Fianças ................................................................................... - 720 - - 1.842 1.231 3.793 - 4.816 -Total em 2011 ..................................................................................... 1.361.918 1.263.768 1.234.505 3.408.655 5.991.425 17.838.175 31.098.446 100,0Total em 2010 ..................................................................................... 1.207.385 1.148.846 1.049.417 2.973.013 5.077.291 15.439.111 26.895.063 100,0

Em 31 de dezembro - R$ milCurso anormal Total

Parcelas vencidas 2011 20101 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 540

Operações de crédito dias dias dias dias dias (B) % (B) %Empréstimos e títulos descontados..................................................... 11.481 9.045 6.295 11.842 7.580 46.243 6,5 46.202 7,0Financiamentos ................................................................................... 135.023 110.140 61.865 123.270 118.555 548.853 77,1 430.240 65,3Subtotal .............................................................................................. 146.504 119.185 68.160 135.112 126.135 595.096 83,6 476.442 72,3Operações de arrendamento mercantil ............................................... 29.607 20.964 11.676 22.974 24.958 110.179 15,5 182.935 27,7Subtotal .............................................................................................. 176.111 140.149 79.836 158.086 151.093 705.275 99,1 659.377 100,0Outros créditos .................................................................................... 2.456 3.781 - - - 6.237 0,9 955 -Total em 2011..................................................................................... 178.567 143.930 79.836 158.086 151.093 711.512 100,0Total em 2010 ..................................................................................... 168.744 122.452 64.215 133.348 171.573 660.332 100,0

Em 31 de dezembro - R$ milCurso anormal Total Total geral

Parcelas vincendas 2011 2010 2011 20101 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 Acima de

Operações de crédito dias dias dias dias dias 360 dias (C) % (C) % (A+B+C) % (A+B+C) %Empréstimos e títulos descontados............................ 11.196 10.855 10.439 29.073 49.995 159.588 271.146 7,5 233.496 7,4 8.369.397 23,6 6.213.301 20,3Financiamentos .......................................................... 134.672 130.529 126.128 341.166 586.882 1.567.324 2.886.701 79,2 2.044.473 65,0 24.765.130 69,9 20.209.677 65,8Subtotal ..................................................................... 145.868 141.384 136.567 370.239 636.877 1.726.912 3.157.847 86,7 2.277.969 72,4 33.134.527 93,5 26.422.978 86,1Operações de arrendamento mercantil ...................... 25.997 22.413 21.909 61.953 114.508 238.050 484.830 13,3 866.815 27,6 2.307.412 6,5 4.270.836 13,9Subtotal ..................................................................... 171.865 163.797 158.476 432.192 751.385 1.964.962 3.642.677 100,0 3.144.784 100,0 35.441.939 100,0 30.693.814 100,0Outros créditos ........................................................... 273 136 136 410 273 - 1.228 - 2.729 - 8.131 - 4.278 -Total das operações de crédito............................... 172.138 163.933 158.612 432.602 751.658 1.964.962 3.643.905 100,0 3.147.513 100,0 35.450.070 100,0 30.698.092 100,0Avais e Fianças .......................................................... - - - - - - - - - - 3.793 - 4.816 -Total em 2011 ............................................................ 172.138 163.933 158.612 432.602 751.658 1.964.962 3.643.905 100,0 35.453.863 100,0Total em 2010 ............................................................ 159.083 152.205 139.282 388.488 663.892 1.644.563 3.147.513 100,0 30.702.908 100,0b) Modalidades e níveis de risco

Em 31 de dezembro - R$ milNível de risco 2011 2010

Operações de crédito AA A B C D E F G H Total % Total %Empréstimos e títulos descontados............................ - 8.042.252 82.226 61.405 38.561 25.801 18.066 16.668 84.418 8.369.397 23,6 6.213.301 20,3Financiamentos .......................................................... 331 21.085.101 1.289.666 794.141 317.350 243.280 203.346 162.538 669.377 24.765.130 69,9 20.209.677 65,8Subtotal ..................................................................... 331 29.127.353 1.371.892 855.546 355.911 269.081 221.412 179.206 753.795 33.134.527 93,5 26.422.978 86,1Operações de arrendamento mercantil ...................... 12 1.483.178 347.767 157.213 46.737 36.106 29.924 26.575 179.900 2.307.412 6,5 4.270.836 13,9Subtotal ..................................................................... 343 30.610.531 1.719.659 1.012.759 402.648 305.187 251.336 205.781 933.695 35.441.939 100,0 30.693.814 100,0Outros créditos ........................................................... - - - 666 - - - - 7.465 8.131 - 4.278Total em 2011 ............................................................ 343 30.610.531 1.719.659 1.013.425 402.648 305.187 251.336 205.781 941.160 35.450.070% ................................................................................ - 86,3 4,9 2,9 1,1 0,9 0,7 0,6 2,6 100,0Total em 2010 ............................................................ 300 26.138.356 1.832.025 937.298 285.918 210.640 178.729 157.688 957.138 30.698.092% ................................................................................ - 85,1 6,0 3,1 0,9 0,7 0,6 0,5 3,1 100,0c) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Em 31 de dezembro - R$ mil% Mínimo Provisão

de provisio- Carteira Específica 2011 2010namento Curso Curso

Nível de risco requerido normal anormal Total % Vencidas Vincendas Genérica Excedente Total % Total %AA............................................................................... - 343 - 343 - - - - - - - - -A ................................................................................. 0,5 30.610.531 - 30.610.531 86,3 - - 153.037 - 153.037 8,5 130.685 8,1B ................................................................................. 1,0 381.277 1.338.382 1.719.659 4,9 811 12.573 3.813 119 17.316 0,9 18.474 1,1C................................................................................. 3,0 27.678 985.747 1.013.425 2,9 3.238 26.334 830 1.370 31.772 1,8 29.836 1,9Subtotal ..................................................................... 31.019.829 2.324.129 33.343.958 94,1 4.049 38.907 157.680 1.489 202.125 11,2 178.995 11,1D................................................................................. 10,0 16.490 386.158 402.648 1,1 5.852 32.764 1.649 80.328 120.593 6,7 85.632 5,3E ................................................................................. 30,0 8.578 296.609 305.187 0,9 17.158 71.825 2.574 60.885 152.442 8,5 105.214 6,5F ................................................................................. 50,0 7.225 244.111 251.336 0,7 28.020 94.035 3.613 50.141 175.809 9,8 125.021 7,8G................................................................................. 70,0 4.881 200.900 205.781 0,6 36.542 104.088 3.417 61.631 205.678 11,4 157.609 9,8H................................................................................. 100,0 37.650 903.510 941.160 2,6 298.537 604.973 37.650 - 941.160 52,4 957.138 59,5Subtotal ..................................................................... 74.824 2.031.288 2.106.112 5,9 386.109 907.685 48.903 252.985 1.595.682 88,8 1.430.614 88,9Total em 2011 ............................................................ 31.094.653 4.355.417 35.450.070 100,0 390.158 946.592 206.583 254.474 1.797.807 100,0% ................................................................................ 87,7 12,3 100,0 21,7 52,6 11,5 14,2 100,0Total em 2010 ............................................................ 26.890.247 3.807.845 30.698.092 391.143 824.087 210.563 183.816 1.609.609% ................................................................................ 87,6 12,4 100,0 24,3 51,2 13,1 11,4 100,0

Page 11: DC 01/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

...continuação

continua...

Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 4º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

d) Concentração das operações de créditoEm 31 de dezembro - R$ mil

2011 % 2010 %Maior devedor................................................................................... 4.865 - 4.530 -Dez maiores devedores.................................................................... 34.182 0,1 32.922 0,1Vinte maiores devedores.................................................................. 58.856 0,2 54.647 0,2Cinquenta maiores devedores.......................................................... 110.273 0,3 95.797 0,3Cem maiores devedores................................................................... 167.136 0,5 143.108 0,5e) Setor de atividade econômica

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 % 2010 %

Setor Privado .................................................................................. 35.450.070 100,0 30.698.092 100,0Indústria .......................................................................................... 352.550 1,0 299.372 1,0Alimentícia e Bebidas....................................................................... 60.471 0,2 52.146 0,2Móveis e produtos e madeira ........................................................... 44.423 0,1 43.039 0,1Siderurgia, metalurgia e mecânica................................................... 62.709 0,2 51.200 0,2Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................. 24.307 0,1 25.961 0,1Materiais não metálicos.................................................................... 45.330 0,1 34.525 0,1Têxtil e confecções........................................................................... 37.855 0,1 26.526 0,1Química ............................................................................................ 15.308 0,1 15.374 0,1Eletroeletrônica................................................................................. 7.701 - 5.851 -Artigos de borracha e plástico.......................................................... 16.356 0,1 14.924 0,1Edição, impressão e reprodução...................................................... 11.621 - 9.868 -Refino de Petróleo e Produção de Álcool......................................... 598 - 833 -Artefatos de couro ............................................................................ 7.984 - 6.219 -Papel e celulose ............................................................................... 4.503 - 3.080 -Veículos Leves e Pesados................................................................ 3.236 - 2.453 -Autopeças e acessórios ................................................................... 4.369 - 2.506 -Demais Indústrias............................................................................. 5.779 - 4.867 -Comércio ......................................................................................... 1.175.381 3,3 899.210 2,9Produtos em lojas especializadas .................................................... 413.139 1,2 325.005 1,1Produtos alimentícios, bebidas e fumo............................................. 145.925 0,4 107.474 0,4Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ............ 133.855 0,4 103.454 0,3Vestuário e calçados ........................................................................ 72.099 0,2 48.985 0,2Resíduos de sucatas........................................................................ 45.829 0,1 41.465 0,1Combustíveis.................................................................................... 32.384 0,1 32.146 0,1Varejista não especializado .............................................................. 92.616 0,3 69.773 0,2Artigos de uso pessoal e domésticos............................................... 51.570 0,1 31.825 0,1Veículos automotores ....................................................................... 79.799 0,2 58.784 0,2Intermediário de comércio................................................................ 38.801 0,1 27.826 0,1Atacadista de mercadorias em geral ................................................ 17.555 0,1 13.347 -Produtos agropecuários ................................................................... 9.905 - 10.190 -Demais comércios ............................................................................ 41.904 0,1 28.936 0,1Intermediário financeiro................................................................. 1.982 - 1.031 -Serviços........................................................................................... 1.351.884 3,8 1.100.741 3,6Transporte e armazenagens............................................................. 402.011 1,1 392.478 1,3Construção civil ................................................................................ 212.914 0,6 189.668 0,6Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestadosàs empresas ................................................................................... 394.674 1,1 283.042 0,9

Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridadesocial............................................................................................... 81.915 0,3 57.545 0,2

Alojamento e alimentação ................................................................ 79.940 0,2 52.694 0,2Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoriaempresarial ..................................................................................... 43.712 0,1 29.559 0,1

Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ........... 41.971 0,1 29.651 0,1Telecomunicações ............................................................................ 13.339 0,1 9.324 -Produção e distribuição de eletricidade, gás e água........................ 947 - 1.033 -Demais serviços ............................................................................... 80.461 0,2 55.747 0,2Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploraçãoflorestal.......................................................................................... 42.222 0,1 32.842 0,1

Pessoas físicas............................................................................... 32.526.051 91,8 28.364.896 92,4Total ................................................................................................. 35.450.070 100,0 30.698.092 100,0f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Saldo inicial............................................................................................................................................ 1.609.609 2.366.294Constituição............................................................................................................................................. 1.130.781 540.871Baixas...................................................................................................................................................... (942.583) (1.297.556)Saldo final .............................................................................................................................................. 1.797.807 1.609.609- Provisão específica (1).......................................................................................................................... 1.336.750 1.215.230- Provisão genérica (2) ............................................................................................................................ 206.583 210.563- Provisão excedente (3).......................................................................................................................... 254.474 183.816- Recuperação de créditos baixados (4).................................................................................................. 348.264 453.561(1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias;(2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior;(3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar

a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificaçãopelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução nº 2682/99 do CMN. A provisão excedente porcliente foi classificada nos níveis de riscos correspondentes (Nota 8c); e

(4) Classificadas em receitas de operações de crédito.g) Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil

Exercícios findos em31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Empréstimos e títulos descontados......................................................................................................... 1.807.585 1.429.765Financiamentos ....................................................................................................................................... 4.431.947 3.508.947Subtotal .................................................................................................................................................. 6.239.532 4.938.712Recuperação de créditos baixados como prejuízo.................................................................................. 348.264 453.561Subtotal .................................................................................................................................................. 6.587.796 5.392.273Arrendamento mercantil, líquido de despesas ........................................................................................ 282.309 290.623Total ........................................................................................................................................................ 6.870.105 5.682.896h) Demonstrativo da composição da carteira de arrendamento, a valor presente, com os saldos contábeis

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Arrendamentos financeiros a receber ..................................................................................................... 995.282 1.915.548(-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ............................................................ (961.864) (1.866.907)Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) ...................................................... 7.387.494 9.791.292(-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros, líquida de superveniência de depreciação (667.630) (368.278)(-) Depreciações acumuladas.................................................................................................................. (5.809.444) (6.316.001)Superveniência de depreciação .............................................................................................................. 5.141.814 5.947.723(-) Valor residual garantido antecipado (Nota 16b).................................................................................. (4.445.870) (5.200.819)Total do valor presente ......................................................................................................................... 2.307.412 4.270.836i) Imobilizado de arrendamento

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Veículos e afins ....................................................................................................................................... 7.387.118 9.788.523Máquinas e equipamentos ...................................................................................................................... 34 34Perdas em arrendamentos ...................................................................................................................... 342 2.735Total de bens arrendados ..................................................................................................................... 7.387.494 9.791.292Depreciação acumulada de bens arrendados......................................................................................... (5.809.444) (6.316.001)Superveniência de depreciação .............................................................................................................. 5.141.814 5.947.723Total da depreciação acumulada ......................................................................................................... (667.630) (368.278)Imobilizado de arrendamento............................................................................................................... 6.719.864 9.423.014O Bradesco Financiamentos, para atender o regime de competência, reverteu no período, provisão para superveniência de depreciação no montante deR$ 805.909 mil (2010 - constituiu R$ 466.698 mil), registrada em imobilizado de arrendamento, e efetuou a realização de superveniência de R$ 42.406 mil(2010 - R$ 105.305 mil), classificada em bens não de uso próprio em decorrência da reintegração de posse de bens arrendados e R$ 763.503 mil (2010 -R$ 572.003 mil) em resultado.j) Cessão de CréditoNo exercício, o Banco cedeu operações de crédito Consignado INSS para o BMC FUNDO DE INVESTIMENTO CRÉDITO CONSIGNADO - INSS no valorcontábil de R$ 352.977 mil (2010 - R$ 364.793 mil), por R$ 419.223 mil (2010 - R$ 435.308 mil).

9) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOSEm 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010a) Rendas a receber .............................................................................................................................. 323 227Dividendos............................................................................................................................................... 322 226Comissões............................................................................................................................................... 1 1b) Diversos ............................................................................................................................................. 3.947.448 3.314.881Créditos tributários de impostos e contribuições (Nota 26c) ................................................................... 2.435.439 2.209.760Devedores por depósitos em garantia..................................................................................................... 1.234.596 889.105Devedores diversos ................................................................................................................................. 138.844 103.001Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................... 85.805 59.990Títulos e créditos a receber ..................................................................................................................... 34.807 37.592Adiantamentos para pagamentos............................................................................................................ 13.313 10.858Opções por incentivos fiscais .................................................................................................................. 3.922 3.922Outros...................................................................................................................................................... 722 653

10) OUTROS VALORES E BENSa) Bens não de uso próprio

Em 31 de dezembro - R$ milProvisão Valor residual

Custo para perdas 2011 2010Imóveis ............................................................................................. 487 (25) 462 462Bens em regime especial ................................................................. 428 - 428 2.036Veículos e afins ................................................................................ 163.478 (72.589) 90.889 131.100Máquinas e equipamentos ............................................................... 711 (323) 388 478Outros............................................................................................... 40 (12) 28 28Total em 2011 .................................................................................. 165.144 (72.949) 92.195Total em 2010 .................................................................................. 227.826 (93.722) 134.104b) Despesas antecipadas

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Comissões sobre financiamento - Veículos............................................................................................. 547.081 363.358Comissões sobre empréstimos - Consignados ....................................................................................... 556.912 172.828Prêmios de seguro sobre créditos concedidos........................................................................................ 2.864 10.034Outros...................................................................................................................................................... 36.194 296Total ........................................................................................................................................................ 1.143.051 546.516

11) INVESTIMENTOSa) Ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos, registrados em contas de resultado, sob a rubrica de“Resultado de participações em coligadas e controladas”

Em 31 de dezembro - R$ milQuantidade de ações/ Participa- Lucro

Patrimônio cotas possuídas ção no líquido/ Ajuste decorrenteCapital líquido (em milhares) capital (prejuízo) Valor contábil de avaliação (1)

Empresas social ajustado Ações Cotas (%) ajustado 2011 2010 2011 2010Ramo financeiroTibre Distribuidora deTítulos e ValoresMobiliários Ltda. ............. 18.000 41.197 - 18.000 99,999 8.182 41.197 33.092 8.182 1.745

BMC AssetManagement DTVMLtda. ............................... 1.860 9.315 - 1.860 99,999 6.185 9.315 3.188 6.185 164

Everest Leasing S.A.ArrendamentoMercantil ......................... 172.000 314.829 127.700 - 100,000 19.163 314.829 295.849 19.163 15.412

Outras atividadesBF Promotora deVendas Ltda. ................... 111.220 106.076 - 111.220 99,999 (36.817) 106.076 142.893 (36.817) (20.592)

Banco BradescoEuropa S.A. .................... 503.371 645.052 1 - 0,027137 43.277 175 168 12 17

Promosec Cia.Securitizadora deCréditos Financeiros....... 3.000 1.109 - 6 100,000 (66) 1.109 1.174 (66) (50)

Outras Participações ........ - - - - - - 400 400 - -Ganho/perda cambialde investimento noexterior............................ - - - - - - - - (4) (11)

Total deInvestimentos............... 473.101 476.764 (3.345) (3.315)

(1) Considera os resultados apurados pelas companhias e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultados, quando aplicáveis.b) Outros investimentos

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Investimentos por incentivos fiscais ........................................................................................................ 12.216 12.216Títulos patrimoniais ................................................................................................................................. 2 -Outros investimentos............................................................................................................................... 590 1.930Subtotal .................................................................................................................................................. 12.808 14.146Provisão para perdas .............................................................................................................................. (9.612) (9.237)Total ........................................................................................................................................................ 3.196 4.909

12) IMOBILIZADO DE USODemonstrado ao custo de aquisição corrigido. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens.

Em 31 de dezembro - R$ milValor residual

Taxa Anual Custo Depreciação 2011 2010Imóveis de uso:- Imobilizações em curso.................................................................. - 134 - 134 48- Terrenos.......................................................................................... - - - - 143- Edificações..................................................................................... 4 % - - - 146Instalações, móveis e equipamentos de uso.................................... 10 % 7.844 (4.070) 3.774 3.639Sistemas de segurança e comunicações ......................................... 10 % 1.442 (1.067) 375 476Sistemas de processamento de dados ............................................ 20 % 15.212 (11.957) 3.255 4.814Total em 2011 .................................................................................. 24.632 (17.094) 7.538Total em 2010 .................................................................................. 38.272 (29.006) 9.266

13) DIFERIDO E INTANGÍVELO ativo diferido é demonstrado ao custo de aquisição, amortizado pelo método linear à taxa anual de 20%. O valor residual em 31 de dezembro de 2011correspondia a R$ 933 mil (2010 - R$ 1.774 mil). Amortizações acumuladas correspondiam a R$ 6.797 mil (2010 - R$ 5.971 mil).Os ativos intangíveis adquiridos possuem vida útil definida e são compostos por softwares e respectivos gastos com desenvolvimento. Em 31 dedezembro de 2011 apresentava o valor residual de R$ 29.988 mil (2010 - R$ 29.393 mil). Amortizações acumuladas correspondiam a R$ 11.350 mil(2010 - R$ 4.191 mil).

14) DEPÓSITOSa) Depósitos

Em 31 de dezembro - R$ mil1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de Totaldias dias dias 360 dias 2011 2010

Depósitos interfinanceiros ....................................... 1.578.856 7.301.481 7.309.383 20.942.390 37.132.110 33.201.796Total em 2011 ......................................................... 1.578.856 7.301.481 7.309.383 20.942.390 37.132.110% ............................................................................. 4,2 19,7 19,7 56,4 100,0Total em 2010 ......................................................... 1.460.042 6.683.538 6.609.166 18.449.050 33.201.796% ............................................................................. 4,4 20,1 19,9 55,6 100,0b) Despesas de captação

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Depósitos a prazo.................................................................................................................................... - 36.837Depósitos interfinanceiros ....................................................................................................................... 4.166.428 3.885.290Total ........................................................................................................................................................ 4.166.428 3.922.127

15) PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIASa) Ativos contingentesNão são reconhecidos contabilmente ativos contingentes.b) Provisões e passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciáriasA empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades.Na constituição das provisões a Administração leva em conta: a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processosanteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas decorrentes dos respectivos processos.O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobreas quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.I - Processos trabalhistasSão ações ajuizadas por ex-empregados, visando obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras” em razão de interpretação do artigo 224da Consolidação das Leis do Trabalho. Nos processos em que é exigido depósito judicial para garantia de execução, o valor das provisões trabalhistas éconstituído considerando a efetiva perspectiva de perda destes depósitos.II - Processos cíveisSão pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas sempre que a perda for avaliada comoprovável, considerando a opinião de assessores jurídicos, natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e posicionamento deTribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento de normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamentode multas que possam causar impactos representativos no resultado financeiro da Instituição.III - Obrigações legais - provisão para riscos fiscaisA Instituição vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmenteprovisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.As principais questões são:Cofins - R$ 350.765 mil: Pleiteia calcular e recolher a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2º da LeiComplementar no 70/91, afastando-se, assim, a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98;IRPJ/CSLL - Perdas de Crédito - R$ 46.674 mil: Pleiteia deduzir, para efeito de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos, o valor das perdasefetivas e definitivas, totais ou parciais, sofridas no recebimento de créditos, independentemente do atendimento das condições e prazos previstos nosartigos 9º ao 14º da Lei nº 9.430/96 que só se aplicam às perdas provisórias.IV - Movimentação das provisões constituídas

R$ milFiscais e

Trabalhistas Cíveis Previdenciárias (1)Saldos em 31 de dezembro de 2010 ...................................................... 20.281 63.584 1.157.846Atualização monetária............................................................................... - - 126.014Constituições líquidas de reversões e baixas............................................ 8.397 104.118 301.004Pagamentos............................................................................................... (202) (70.231) -Transferências ........................................................................................... - - 56.402Saldos em 31 de dezembro de 2011 (Nota 16)...................................... 28.476 97.471 1.641.266(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais.c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveisA Instituição mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a Instituição figura como “autora” ou “ré”e amparada na opinião dos assessores jurídicos, classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Periodicamente são realizadas análisessobre as tendências jurisprudenciais e efetivadas, se necessária, a reclassificação dos riscos desses processos. Neste contexto os processos contingentesavaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.Em 31 de dezembro de 2011 não há processos contingentes avaliados como de perda possível de natureza relevante.

16) OUTRAS OBRIGAÇÕESa) Fiscais e previdenciárias

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 26c).................................................................. 1.348.669 1.515.169Provisão para riscos fiscais (Nota 15b) ................................................................................................... 1.641.266 1.157.846Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ....................................................................................... 713.018 358.438Impostos e contribuições a recolher........................................................................................................ 64.129 51.004Total ........................................................................................................................................................ 3.767.082 3.082.457b) Diversas

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Credores por antecipação de valor residual (Nota 8h)............................................................................ 4.445.870 5.200.819Credores diversos ................................................................................................................................... 324.590 267.581Provisão para pagamentos a efetuar....................................................................................................... 66.783 54.430Provisão para passivos contingentes cíveis e trabalhistas (Nota 15b).................................................... 125.947 83.865Outras...................................................................................................................................................... 28 773Total ........................................................................................................................................................ 4.963.218 5.607.468

17) PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital SocialO capital social no montante de R$ 22.010.000 mil totalmente subscrito e integralizado, é composto por 24.730.834.643 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.b) Reserva de Lucros

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Reservas de Lucros .............................................................................................................................. 3.661.857 2.429.146- Reserva Legal (1).................................................................................................................................. 249.732 135.097- Reserva Estatutária (2) ......................................................................................................................... 3.412.125 2.294.049(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido, até atingir 20% do capital social realizado. Após esse limite a apropriação não mais se faz

obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e(2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100%

do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.c) Dividendos e Juros sobre o capital próprioAos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício, que somados não seja inferior a1% do lucro líquido ajustado, nos termos da legislação societária. Fica a Diretoria autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmentesemestrais e mensais, utilizando-se das contas de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes, e, podendo ainda, autorizar a distribuição delucros a título de juros sobre o capital próprio em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, ou, em adição aos mesmos.O cálculo dos juros sobre o capital próprio e dividendos relativos aos respectivos exercícios findos em 31 de dezembro, está demonstrado a seguir:

R$ mil2011 2010

Lucro Líquido........................................................................................................................................... 2.292.711 1.207.639(-) Reserva Legal - 5% sobre o lucro....................................................................................................... (114.635) (60.382)Base de cálculo ..................................................................................................................................... 2.178.076 1.147.257Dividendos propostos (1)......................................................................................................................... - 11.472Juros sobre o capital próprio (2).............................................................................................................. 1.060.000 -Imposto de renda na fonte....................................................................................................................... (159.000) -Juros sobre o capital próprio (líquido) ..................................................................................................... 901.000 -Percentual em relação ao lucro líquido ajustado ............................................................................... 41,4% 1,0%(1) Os dividendos de 2010 foram pagos em 29 de dezembro de 2011; e(2) Pagos em 28 de outubro de 2011, conforme Ata da Reunião da Diretoria de 30 de setembro de 2011.

18) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E RENDAS DE TARIFAS BANCÁRIASExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Rendas de cadastro ................................................................................................................................ 421.913 269.941Taxa de avaliação/substituição de bem................................................................................................... 60.752 43.934Taxa de aditamento de contratos ............................................................................................................ 3.362 5.257Outras...................................................................................................................................................... 137 85Total ........................................................................................................................................................ 486.164 319.217

19) DESPESAS DE PESSOALExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Proventos................................................................................................................................................. 18.607 18.461Provisão trabalhistas ............................................................................................................................... 10.841 12.384Participação dos empregados nos lucros................................................................................................ 8.073 5.500Benefícios................................................................................................................................................ 6.142 6.888Encargos sociais ..................................................................................................................................... 5.865 6.680Treinamento............................................................................................................................................. 1.093 592Total ........................................................................................................................................................ 50.621 50.505

20) DESPESAS ADMINISTRATIVASExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Serviços técnicos especializados............................................................................................................ 474.305 375.995Serviços de terceiros e do sistema financeiro......................................................................................... 140.272 174.946Propaganda, promoções e publicidade ................................................................................................... 75.459 39.237Processamento de dados........................................................................................................................ 37.842 22.775Comunicações......................................................................................................................................... 35.376 27.017Contribuições filantrópicas ...................................................................................................................... 29.854 7.196Depreciação e amortização..................................................................................................................... 11.493 8.385Viagens.................................................................................................................................................... 5.384 3.214Transportes.............................................................................................................................................. 4.093 5.839Aluguéis................................................................................................................................................... 2.954 2.695Arrendamento de bens............................................................................................................................ 1.914 3.570Manutenção e conservação de bens....................................................................................................... 853 1.394Outras...................................................................................................................................................... 44.320 17.321Total ........................................................................................................................................................ 864.119 689.584

21) DESPESAS TRIBUTÁRIASExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

COFINS................................................................................................................................................... 244.261 180.946PIS........................................................................................................................................................... 39.692 29.078Imposto sobre serviços de qualquer natureza ISS.................................................................................. 6.867 5.768Outras...................................................................................................................................................... 4.106 5.160Total ........................................................................................................................................................ 294.926 220.952

22) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAISExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Reversão de provisões fiscais ................................................................................................................. 497.454 20.401Variações monetárias.............................................................................................................................. 88.895 58.032Recuperação de encargos e despesas ................................................................................................... 23.698 20.980Outras...................................................................................................................................................... 70.685 49.954Total ........................................................................................................................................................ 680.732 149.367

23) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAISExercícios findos em

31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Comissões e serviços de intermediação de crédito ................................................................................ 408.592 368.090Provisões para riscos fiscais ................................................................................................................... 247.161 407.763Perdas operações de empréstimos ......................................................................................................... 177.511 141.527Variações monetárias e cambiais............................................................................................................ 144.548 116.816Seguro prestamista ................................................................................................................................. 134.507 108.821Indenizações cíveis ................................................................................................................................. 84.057 63.511Busca e apreensão de veículos .............................................................................................................. 77.270 103.692Provisões para riscos cíveis .................................................................................................................... 38.661 17.559Outras...................................................................................................................................................... 45.314 42.799Total ........................................................................................................................................................ 1.357.621 1.370.578

Page 12: DC 01/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

...continuação

Banco Bradesco Financiamentos S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 07.207.996/0001-50Sede: Cidade de Deus, s/nº - Prédio Prata - 4º Andar - Vila Yara - Osasco - SP

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

...continuação

24) RESULTADO NÃO OPERACIONALExercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Prejuízo na alienação de valores e bens................................................................................................. (120.777) (248.676)Reversão de provisão para desvalorização de outros valores e bens .................................................... 20.773 10.788Rendas de aluguéis................................................................................................................................. - 59Outros...................................................................................................................................................... - (4)Total ........................................................................................................................................................ (100.004) (237.833)

25) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASa) As transações com o controlador, coligadas e controladas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros evigentes nas datas das operações, e estão assim representadas:

Em 31 de dezembro - R$ milAtivos Ativos Receitas Receitas

(passivos) (passivos) (despesas) (despesas)2011 2010 2011 2010

Aplicações em depósitos interfinanceiros:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 27.554.148 27.274.631 3.011.421 2.730.015Captações em depósitos interfinanceiros:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... (37.132.110) (33.201.796) (4.166.428) (3.885.290)Aplicações no mercado aberto:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 125.597 120.534 19.639 12.419Dividendos e juros sobre o capital próprio:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... - (11.472) - -Tibre DTVM Ltda. ............................................................................. 78 17 - -Everest Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ................................. 182 146 - -BMC Asset Management DTVM Ltda. ............................................. 59 2 - -Serviços terceiros:BF Promotora de Vendas Ltda. ........................................................ - - (391.656) (311.423)

b) Remuneração do pessoal-chave da AdministraçãoAnualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:• O montante global anual da remuneração dos Administradores, que é definido em reunião do Conselho de Administração da Organização Bradesco, aos

membros do próprio Conselho e da Diretoria, conforme determina o Estatuto Social; e• A verba destinada a custear Planos de Previdência Complementar aberta dos Administradores, dentro do Plano de Previdência destinado aos Funcionários

e Administradores da Instituição.Para 2011, foi determinado o valor máximo de R$ 1.000 mil para remuneração dos Administradores (proventos e gratificações) e de R$ 1.000 mil paracustear planos de previdência complementar de contribuição definida.Benefícios de Curto Prazo a Administradores

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Proventos................................................................................................................................................. 877 -Contribuição ao INSS.............................................................................................................................. 198 -Total ........................................................................................................................................................ 1.075 -Benefícios pós-emprego

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Planos de previdência complementar de contribuição definida............................................................... 1.036 -Total ........................................................................................................................................................ 1.036 -A Instituição não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para seu pessoal-chave daAdministração.Outras informaçõesConforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para:a) Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; ec) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própriainstituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau.Dessa forma, não são efetuados pelas instituições financeiras empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administraçãoou da Diretoria Executiva e seus familiares.

26) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALa) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social............................................................ 3.135.175 1.897.504Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15%,respectivamente .................................................................................................................................... (1.254.070) (759.002)

Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:Participações em coligadas e controladas .............................................................................................. (1.338) (1.326)Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .................................................................... (42.075) (59.523)Efeito do diferencial da alíquota da contribuição social........................................................................... 16.439 122.876Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar)...................................................................................... 424.000 -Outros valores ......................................................................................................................................... 14.580 7.110Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................................ (842.464) (689.865)b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Impostos correntes:Imposto de renda e contribuição social devidos...................................................................................... (1.068.151) (672.461)Impostos diferidos:Constituição/(realização) no exercício, sobre adições temporárias......................................................... 225.687 (17.404)Total dos impostos diferidos................................................................................................................ 225.687 (17.404)Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................................ (842.464) (689.865)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidosR$ mil

Saldo em Constituição Saldo em31.12.2010 (1) Realização 31.12.2011

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................ 1.482.524 541.524 384.811 1.639.237Provisão para contingências cíveis .................................................. 24.199 36.934 22.145 38.988Provisão para contingências fiscais ................................................. 399.718 283.552 98.248 585.022Provisão trabalhista .......................................................................... 7.874 3.711 194 11.391Provisão para desvalorização de bens não de uso.......................... 36.932 28.252 36.005 29.179Provisão para perda de títulos e investimento.................................. 1.668 18 19 1.667Ágio Amortizado ............................................................................... 129.456 - 61.021 68.435Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação................... 511 46 8 549Ajuste da Lei nº 11.638 de 28/12/2007 ............................................ 309 - 292 17Outros............................................................................................... 126.561 45.536 111.143 60.954Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias..... 2.209.752 939.573 713.886 2.435.439Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda......... 8 - 8 -Total dos créditos tributários (Nota 9).......................................... 2.209.760 939.573 713.894 2.435.439Obrigações fiscais diferidas (Nota 16a)............................................ 1.515.169 35.560 202.060 1.348.669Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas........ 694.591 904.013 511.834 1.086.770(1) Contempla o crédito tributário relativo à elevação da alíquota de contribuição social para as empresas do ramo financeiro, determinada pela

Lei nº 11.727/08, os quais correspondem ao valor de R$ 16.440 mil (Nota 3h).d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário decontribuição social MP nº 2.158-35

Em 31 de dezembro de 2011 - R$ milDiferenças temporárias

Imposto de renda Contribuição social Total2012.............................................................................................................. 463.912 263.031 726.9432013.............................................................................................................. 490.263 309.422 799.6852014.............................................................................................................. 545.031 326.757 871.7882015.............................................................................................................. 15.518 9.311 24.8292016.............................................................................................................. 7.621 4.573 12.194Total ............................................................................................................. 1.522.345 913.094 2.435.439A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 2.294.249 mil (2010 -R$ 2.067.368 mil) de diferenças temporárias.

e) Créditos tributários não ativadosEm função da Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pela CONSIF contra a Lei nº 11.727/08, artigos 17 e 41, os créditos tributários de períodosanteriores decorrentes da elevação da alíquota da Contribuição Social de 9% para 15% foram registrados até o limite das obrigações tributárias. Nesteexercício, o saldo remanescente em 31 de dezembro de 2010, no montante de R$ 16.440 mil, foi integralmente constituído (Nota 3h).

f) Obrigações fiscais diferidasA sociedade possui obrigações fiscais diferidas de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 1.348.669 mil (2010 - R$ 1.515.169 mil)relativas a: Superveniência de depreciação R$ 1.285.454 mil (2010 - R$ 1.486.931 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários einstrumentos financeiros derivativos R$ 1 mil (2010 - R$ 183 mil), lucro proveniente do exterior (2010 - R$ 400 mil) e atualização monetária de depósitosjudiciais de R$ 63.214 mil (2010 - R$ 27.655 mil).

27) OUTRAS INFORMAÇÕESa) Avais e Fianças prestados a clientes totalizam R$ 3.793 mil (2010 - R$ 4.816 mil), os quais estão sujeitos a encargos financeiros e a prestação de contragarantias pelos beneficiários.b) O Banco Bradesco Financiamentos S.A. utiliza a infraestrutura operacional e administrativa da controlada BF Promotora de Vendas Ltda., que mantémplanos de previdência complementar para seus empregados e dirigentes, na modalidade de contribuição definida, administrados pela Bradesco Vida ePrevidência S.A. Em 31 de dezembro de 2011, esses planos encontram-se integralmente cobertos pelo patrimônio FIFE - Fundo de Investimento FinanceiroExclusivo, onde estão aplicadas as provisões técnicas.c) Conforme previsto no Ofício Circular CVM nº 01/2007, o Banco Bradesco Financiamentos está dispensado de apurar o valor de mercado das operaçõesde arrendamento mercantil, os quais encontram-se registrados, a valor presente, de acordo com a Lei nº 6.099/74, substancialmente, como imobilizadode arrendamento. O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais em 31 de dezembro de 2011 equivale,aproximadamente, ao valor de realização desses instrumentos.d) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil. Os bens de uso da sociedadeestão segurados por montantes suficientes para cobrir eventuais sinistros contra incêndio, responsabilidade civil e riscos diversos.

e) Gerenciamento de riscosA atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente complexidade dos serviços e produtos e da globalização dosnegócios da Organização, motivo pelo qual está constantemente sendo aprimorada em seus processos.As decisões da Organização são pautadas em fatores que combinam o retorno sobre o risco previamente identificado, mensurado e avaliado, viabilizando oalcance de objetivos estratégicos e zelando pelo fortalecimento da Instituição.A Organização exerce o controle dos riscos de modo integrado e independente, proporcionando unicidade às políticas, processos, critérios emetodologias de controles de riscos por meio de um órgão estatutário, o Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital.O Bradesco Financiamentos como parte integrante da Organização Bradesco adota a estrutura de gerenciamento de riscos desta, no gerenciamento derisco de crédito, de mercado, de liquidez e operacional.f) Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, alguns pronunciamentos contábeis, suas interpretaçõese orientações, foram emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais serão aplicáveis as instituições financeiras somente quandoaprovadas pelo CMN. Os pronunciamentos contábeis já aprovados foram:• Resolução nº 3.566/08 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01);• Resolução nº 3.604/08 - Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03);• Resolução nº 3.750/09 - Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05); e• Resolução nº 3.823/09 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25).• Resolução nº 3.973/11 - Evento Subsequente (CPC 24);• Resolução nº 3.989/11 - Pagamento Baseado em Ações (CPC 10 - produzirá efeito a partir de 1º de janeiro de 2012); e• Resolução nº 4.007/11 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23 - produzirá efeito a partir de 1º de janeiro de 2012).Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC e tampouco se a utilização dos mesmos seráde maneira prospectiva ou retrospectiva.

A DIRETORIA

Célio Magalhães – Contador – CRC 1SP199295/O-5

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aos Administradores do

Banco Bradesco Financiamentos S.A.Osasco - SPExaminamos as demonstrações contábeis do Banco Bradesco Financiamentos S.A. (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 dedezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício e semestrefindos naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeisA Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinoucomo necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo comas normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria sejaplanejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nasdemonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevantenas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que sãoapropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui,também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como aavaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.

Base para opinião com ressalvaA Instituição registra as suas operações e elabora as suas demonstrações contábeis com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo BancoCentral do Brasil, que requerem o registro do ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil na rubrica provisão para superveniênciaou insuficiência de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencionado na nota explicativa nº 8i. Essas diretrizes não requerem areclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo,e rendas ou despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadasno Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

OpiniãoEm nossa opinião, exceto quanto a não reclassificação de saldos mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis acima referidas apresentamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bradesco Financiamentos S.A. em 31 de dezembro de 2011,o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício e semestre findos naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadasno Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionadoExaminamos também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), elaborada sob a responsabilidade da Administração da Instituição, para o exercícioe semestre findos em 31 de dezembro de 2011, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essasdemonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamenteapresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Osasco, 14 de fevereiro de 2012

KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio Sertório José Cláudio CostaCRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0 Contador CRC 1SP167720/O-1

Ar seco pode provocar sangramento no nariz,tosse e dificuldade para respirar.cidades

Ar seco põe SP em atençãoOntem a temperatura ficou acima dos 30 °C. Amanhã o tempo deverá fechar e estão previstas chuvas.

São Paulo entrou em es-tado de atenção na tar-de de ontem, por contada baixa umidade rela-

tiva do ar. De acordo com a De-fesa Civil, o índice ficou abaixodos 30% por volta das 12h30.Segundo estudo da Unicamp,índices de umidade relativa doar inferiores a 30% caracteri-zam estado de atenção; de 19%a 12%, estado de alerta; e abai-xo de 12%, estado de emergên-cia. Pela medição do CGE(Centro de Gerenciamento deEmergências), da Prefeitura, aumidade na estação CidadeAdemar (zona sul) era de29,4% às 13h30.

Como consequência do tem-po seco, algumas pessoas po-dem sofrer ressecamento demucosas do nariz e da gargan-ta, sangramento no nariz, tertosse, dificuldade para respi-rar, rinite e crises de asma e ir-ritação dos olhos por resseca-mento, com vermelhidão esensação de areia nos olhos,entre outros sintomas.

Com umidade abaixo dos30%, as recomendações são evi-tar exercícios físicos ao ar livredas 11h às 15h e umidificar oambiente por meio de vaporiza-

dores, toalhas molhadas ou re-cipientes com água. A DefesaCivil também orienta permane-cer em locais protegidos do sol econsumir bastante água.

Segundo a previsão do CGE,a massa de ar seco mantém ascondições de sol e calor nospróximos dias. As temperatu-ras vão variar entre mínimasde 20º C e máximas que podemsuperar os 33º C, com baixosíndices de umidade principal-mente no período da tarde.

Amanhã, áreas de instabilida-de ganham força e devem pro-vocar pancadas de chuva emtoda a Grande São Paulo.

Raios – O Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais (Inpe)capturou pela primeira vez noBrasil imagens de raios ascen-dentes, que partem de constru-ções na superfície. Os pesquisa-dores registraram quatro raios"de baixo para cima" que tive-ram início a partir de uma dastorres sobre o pico do Jaraguá.

Para se ter uma noção do queisso significa, um edifício alto(de 100 metros) como o EmpireState Building, nos EUA, regis-tra, em média, 26 raios desse ti-po por ano. Eles são raros e re-presentam 1% no total de raiosregistrados. Os demais raios sãodescargas atmosféricas.

Os raios ascendentes se ori-ginam em construções muitoelevadas, como torres de tele-comunicação ou para-raios deedifícios altos. (Agências)

Com tarde desol forte, opaulistanoprocurou serefrescar. Apiscina do SescBelenzinho, nazona leste,ficou lotada.

Clayton de Souza/AE

Page 13: DC 01/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

continua...

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 27.098.060/0001-45Sede: Alameda Rio Negro, 585 - 11º Andar - Conj. 112 - B - Alphaville - Barueri - SP

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em Reais mil

Lucro Líquido................................................................ - - - - 6.517 6.517Destinações: - Reservas............................................... - - 326 6.129 (6.455) -

- Dividendos Propostos........................... - - - - (62) (62)Saldos em 31.12.2011................................................. 9.750 - 1.222 15.302 - 26.274Saldos em 31.12.2009................................................. 9.220 280 846 8.483 - 18.829Homologação de Aumento de Capital.......................... 280 (280) - - - -Lucro Líquido................................................................ - - - - 623 623Destinações: - Reservas............................................... - - 31 586 (617) -

- Dividendos Propostos........................... - - - - (6) (6)Saldos em 31.12.2010................................................. 9.500 - 877 9.069 - 19.446Homologação de Aumento de Capital.......................... 250 - - (250) - -Lucro Líquido................................................................ - - - - 6.894 6.894Destinações: - Reservas............................................... - - 345 6.483 (6.828) -

- Dividendos Propostos........................... - - - - (66) (66)Saldos em 31.12.2011................................................. 9.750 - 1.222 15.302 - 26.274

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais mil

ATIVO 2011 2010

CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 22.864 13.768DISPONIBILIDADES (Nota 4) ....................................................................................................................... 32 4APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 5) ...................................................................... - 13.392Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................................................................................................... - 13.392TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 6) ......... 21.745 199Carteira Própria ............................................................................................................................................. 21.745 199OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 1.087 173Diversos (Nota 7)........................................................................................................................................... 1.087 173REALIZÁVEL A LONGO PRAZO................................................................................................................. 4.478 6.216OUTROS CRÉDITOS.................................................................................................................................... 4.478 6.216Diversos (Nota 7)........................................................................................................................................... 4.478 6.216PERMANENTE ............................................................................................................................................. 4 411INVESTIMENTOS ......................................................................................................................................... 1 407Outros Investimentos (Nota 8)....................................................................................................................... 10 416Provisões para Perdas .................................................................................................................................. (9) (9)INTANGÍVEL.................................................................................................................................................. 3 4Ativos Intangíveis........................................................................................................................................... 5 5Amortização Acumulada ............................................................................................................................... (2) (1)TOTAL ........................................................................................................................................................... 27.346 20.395

PASSIVO 2011 2010CIRCULANTE ............................................................................................................................................... 221 251OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 221 251Sociais e Estatutárias.................................................................................................................................... 72 6Fiscais e Previdenciárias (Nota 10a)............................................................................................................. 69 6Diversas (Nota 10b) ..................................................................................................................................... 80 239

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO....................................................................................................................... 851 698OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................................................................. 851 698Fiscais e Previdenciárias (Nota 10a)............................................................................................................. 233 234Diversas (Nota 10b)....................................................................................................................................... 618 464

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 11)................................................................................................................ 26.274 19.446Capital:- De Domiciliados no País ............................................................................................................................. 9.750 9.500Reservas de Lucros....................................................................................................................................... 16.524 9.946

TOTAL ........................................................................................................................................................... 27.346 20.395

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOSenhores Acionistas,

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, da Bankpar Arrendamento

Mercantil S.A. (Bankpar Arrendamento), de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo

Banco Central do Brasil.

No exercício, a Bankpar Arrendamento registrou Lucro Líquido de R$ 6,894 milhões, Patrimônio Líquido de R$ 26,274 milhões e Ativos Totais deR$ 27,346 milhões.

Barueri, SP, 14 de fevereiro de 2012.

Diretoria

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Em Reais mil DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - Em Reais mil

Exercícios findos2º Semestre em 31 de dezembro

2011 2011 2010

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis. As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

2º Semestre Exercícios findos em 31 de dezembro

Descrição 2011 % 2011 % 2010 %

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO - Em Reais mil

Exercícios findos2º Semestre em 31 de dezembro

2011 2011 2010RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................................ 902 1.647 1.217

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1) CONTEXTO OPERACIONALA Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (Bankpar Arrendamento) tem por objeto a prática de todas as operações de arrendamento mercantil, permitidas pelalegislação em vigor e pelas normas regulamentares aplicáveis à espécie. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas deforma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicose na gestão de risco, e suas demonstrações contábeis devem ser entendidas neste contexto.As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm aco-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituiçõese os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente.

2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAs demonstrações contábeis foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas das Leis nos 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional)e 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) com alterações introduzidas pelas Leis nos 11.638/07 e 11.941/09, para a contabilização das operações,associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN). Incluem, estimativas e premissas, taiscomo: a mensuração de perdas estimadas com operações de crédito e de arrendamento mercantil; estimativas do valor justo de determinados instrumentosfinanceiros; provisões cíveis, fiscais e trabalhistas; perdas por redução ao valor recuperável (impairment) de títulos e valores mobiliários classificados nascategorias de títulos disponíveis para venda, mantidos até o vencimento e ativos não financeiros; e outras provisões. Os resultados efetivos podem serdiferentes daqueles estabelecidos por essas estimativas e premissas.As demonstrações contábeis foram aprovadas pela Administração em 14 de fevereiro de 2012.

3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEISa) Moeda funcional e de apresentaçãoAs demonstrações contábeis estão apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Instituição.b) Apuração do resultadoO resultado é apurado de acordo com o regime de competência, que estabelece que as receitas e despesas devam ser incluídas na apuração dos resultadosdos períodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. As operaçõescom taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em contaredutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas pelométodo exponencial.c) Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações em ouro, aplicações no mercadoaberto e aplicações em depósitos interfinanceiros, cujo vencimento das operações, na data da efetiva aplicação seja igual ou inferior a 90 dias e apresentamrisco insignificante de mudança de valor justo.d) Aplicações interfinanceiras de liquidezAs aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas deprovisão para desvalorização, quando aplicável.e) Títulos e valores mobiliários - ClassificaçãoTítulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dosrendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período;Títulos disponíveis para venda - que não se enquadram como para negociação nem como mantidos até o vencimento. São registrados pelo custo deaquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período, e ajustados pelo valor de mercado em contrapartida aopatrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários os quais só serão reconhecidos no resultado quando da efetiva realização; eTítulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São registradosao custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de negociação e disponível para venda bem como os instrumentos financeiros derivativos sãodemonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo estimado. O valor justo geralmente baseia-se em cotações de preços de mercado ou cotações depreços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores justos sãobaseados em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinaçãodo valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração.f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo)Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos -diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas são registrados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”.Os créditos tributários sobre as adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foramconstituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis, observado o limite de 30% do lucroreal do período-base. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente baseados nas expectativas atuais de realização, considerando os estudostécnicos e análises realizadas pela Administração.A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%. A contribuição social sobre o lucroé calculada considerando à alíquota de 15% para empresas do segmento financeiro.Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.De acordo com a Lei nº 11.941/09, as modificações no critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucrolíquido do período, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941/09, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real,devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Para fins contábeis, os efeitostributários da adoção das mencionadas Leis estão registrados nos ativos e passivos diferidos correspondentes.g) InvestimentosOutros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas/redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.h) IntangíveisCorresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade.Compostos por softwares, que são registrados ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada (20% ao ano), a partir dadata da sua disponibilidade para uso e ajustados por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. Gastos com o desenvolvimento internode softwares são reconhecidos como ativo quando é possível demonstrar a intenção e a capacidade de concluir tal desenvolvimento, bem como mensurarcom segurança os custos diretamente atribuíveis ao mesmo, que serão amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios econômicosfuturos gerados.i) Redução ao valor recuperável de ativos (impairment)Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento e ativos não financeiros,exceto outros valores e bens e créditos tributários, são revistos no mínimo anualmente, para determinar se há alguma indicação de perda por redução aovalor recuperável (impairment), e caso seja detectada uma perda, esta é reconhecida no resultado do período quando o valor contábil do ativo exceder oseu valor recuperável (apurado pelo: (i) potencial valor de venda, ou valor de realização deduzido das respectivas despesas ou (ii) valor em uso calculadopela unidade geradora de caixa, dos dois o maior).Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa substancialmente independentes de outros ativose grupos.j) Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciáriasO reconhecimento, a mensuração e a divulgação das provisões, das contingências ativas e passivas e também das obrigações legais são efetuados deacordo com os critérios definidos pelo CPC 25, o qual foi aprovado pela Resolução nº 3.823/09 do CMN e pela Deliberação CVM nº 594/09, sendo:• Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias

reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não caibam mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo e pela confirmação dacapacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro passivo exigível. Os ativos contingentes, cuja expectativa de êxito é provável,são divulgados nas notas explicativas (Nota 9a);

• Provisões: são constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, acomplexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursospara a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança;

• Passivos Contingentes: de acordo com o CPC 25, o termo “contingente” é utilizado para passivos que não são reconhecidos, pois a sua existênciasomente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros e incertos que não estejam totalmente sob o controle da Administração.Os passivos contingentes não satisfazem os critérios de reconhecimento, pois são considerados como perdas possíveis, devendo apenas ser divulgadosem notas explicativas, quando relevantes. As obrigações classificadas como remotas não são provisionadas e nem divulgadas; e

• Obrigações Legais - Provisão para Riscos Fiscais: decorrem de processos judiciais, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidadeque, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstraçõescontábeis (Nota 9b).

k) Outros ativos e passivosOs ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiaisauferidos (em base “pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos emensuráveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos (em base “pro-rata” dia).l) Eventos subsequentesCorrespondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações contábeis e a data de autorização para sua emissão.São compostos por:• Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações contábeis; e• Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações contábeis.Não houve qualquer evento subsequente para essas demonstrações contábeis encerradas em 31 de dezembro de 2011.

4) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXAEm 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Disponibilidades em moeda nacional ...................................................................................................... 32 4Total caixa e equivalentes de caixa ..................................................................................................... 32 4

5) APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZa) Vencimentos

Em 31 de dezembro - R$ mil1 a 30 dias 2011 2010

Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................. - - 13.392Total em 2011 ........................................................................................... - -Total em 2010 ........................................................................................... 13.392 13.392b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidezClassificadas na “Demonstração de Resultado” como resultado de operações com títulos e valores mobiliários, no montante de R$ 5 mil (2010 - R$ 1.198mil) (Nota 6b).

6) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOSa) Classificação por categorias e prazos

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Valor de Valor demercado/ Valor de Marcação mercado/ Marcação

1 a 30 31 a 180 181 a 360 Acima de contábil custo a contábil aTítulos dias dias dias 360 dias (1) (2) atualizado mercado (1) (2) mercadoTítulos para negociação: (4)Certificados de depósitos bancários ... - 63 218 485 766 766 - 4 -Debêntures.......................................... - - - 159 159 159 - 1 -Letras do tesouro nacional .................. - - - 458 458 458 - 2 -Letras financeiras do tesouro .............. - 93 1.892 11.566 13.551 13.551 - 130 -Operações compromissadas (3) ......... 6.395 - 134 - 6.529 6.529 - 49 -Notas promissórias.............................. 136 - - - 136 136 - - -Outros.................................................. 104 - - 42 146 146 - 13 -Total em 2011 ..................................... 6.635 156 2.244 12.710 21.745 21.745 -Total em 2010 ..................................... 51 33 9 106 199 -(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação

da categoria dos fundos. No encerramento do exercício, os fundos exclusivos administrados pelo Conglomerado Bradesco somavam R$ 21.745 mil(2010 - R$ 199 mil). Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil;

(2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço.Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos deprecificações, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundosde investimento, o custo atualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas;

(3) Refere-se a recursos de fundos de investimentos aplicados em operações compromissadas com o Bradesco; e(4) Para fins de apresentação do Balanço Patrimonial os títulos classificados como “para negociação” estão demonstrados no ativo circulante.b) Resultado com títulos e valores mobiliários

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 5b)............................................................................ 5 1.198Fundos de investimentos................................................................................................................. 1.642 19Total ................................................................................................................................................ 1.647 1.217c) A Bankpar Arrendamento não possuía operações de instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010.

7) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOSEm 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Créditos tributários (Nota 17c)........................................................................................................ 5.010 5.861Devedores por depósito em garantia.............................................................................................. 257 245Impostos e contribuições a compensar .......................................................................................... 183 170Impostos e contribuições a recuperar ............................................................................................ 18 18Outros............................................................................................................................................. 97 95Total ............................................................................................................................................... 5.565 6.389

8) INVESTIMENTOSO investimento de R$ 1 mil refere-se a título patrimonial da CETIP Educacional. Em novembro de 2011 foram alienadas as ações da CETIP S.A., e baixadoo registro do valor de custo no montante de R$ 406 mil.

9) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIASa) Ativos contingentesNão são reconhecidos contabilmente os ativos contingentes.b) Provisões e passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciáriasA Instituição é parte em processos judiciais, de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades.Na constituição de provisões a Administração leva em conta: a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processosanteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável.A Administração da Instituição entende que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas decorrentes dos respectivos processos.O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial, é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis,sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.I - Processos cíveisSão pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas sempre que a perda for avaliada comoprovável, considerando a opinião de assessores jurídicos, natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e posicionamento deTribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento de normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamentode multas que possam causar impactos representativos no resultado financeiro da Instituição.II - Obrigações legais - provisão para riscos fiscaisA Instituição vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmenteprovisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.III - Movimentação das provisões constituídas

Em 31 de dezembro - R$ milCíveis Fiscais e Previdenciárias

No início do exercício de 2011 ................................................................................................... 2 234Constituições líquidas de reversões.............................................................................................. 4 -No final do exercício de 2011 (Nota 10) ..................................................................................... 6 234

10) OUTRAS OBRIGAÇÕESa) Fiscais e previdenciárias

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Provisão para riscos - fiscais (Nota 9)........................................................................................... 234 234Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ............................................................................. 58 -Impostos e contribuições a recolher.............................................................................................. 10 6Total .............................................................................................................................................. 302 240b) Diversas

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Provisão para pagamentos a efetuar............................................................................................. 516 533Provisão para passivos contingentes (Nota 9) .............................................................................. 6 2Credores diversos ......................................................................................................................... 176 168Total .............................................................................................................................................. 698 703

Capital Social Reserva de LucrosCapital Aumento Lucros

Eventos Realizado de Capital Legal Estatutária Acumulados TotalSaldos em 30.6.2011................................................... 9.750 - 896 9.173 - 19.819

1 - RECEITAS ......................................................... 11.008 101,3 11.775 102,4 1.092 130,7

1.1) Intermediação Financeira......................... 902 8,4 1.647 14,4 1.217 145,7

1.2) Outras ........................................................ 10.106 92,9 10.128 88,0 (125) (15,0)

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS ....... (133) (1,3) (267) (2,4) (256) (30,7)

Serviços de Terceiros......................................... - - - - (2) (0,2)

Propaganda, Promoções e Publicidade............. (85) (0,8) (169) (1,5) (177) (21,3)

Serviços Técnicos Especializados ..................... (34) (0,3) (64) (0,6) (58) (6,9)

Processamento de Dados.................................. (8) (0,1) (16) (0,1) (9) (1,1)

Contribuição Sindical ......................................... - - (10) (0,1) (10) (1,2)

Serviços do Sistema Financeiro ........................ (6) (0,1) (6) (0,1) - -

Outras ................................................................ - - (2) - - -

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) ................. 10.875 100,0 11.508 100,0 836 100,0

4 - DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ............. (1) - (1) - (1) -

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO

PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) ............... 10.874 100,0 11.507 100,0 835 100,0

6 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO...... 10.874 100,0 11.507 100,0 835 100,0

6.1) Remuneração do Governo ....................... 4.357 40,1 4.613 40,1 212 25,4

Federais ...................................................... 4.357 40,1 4.613 40,1 212 25,4

6.2) Remuneração de Capitais Próprios ........ 6.517 59,9 6.894 59,9 623 74,6

Dividendos .................................................. 62 0,6 66 0,6 6 0,7

Lucro Retidos.............................................. 6.455 59,3 6.828 59,3 617 73,9

Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 6b) ......................... 902 1.647 1.217RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA....................................... 902 1.647 1.217OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................................... (149) (298) (456)Outras Despesas Administrativas (Nota 12).................................................................. (134) (268) (257)Despesas Tributárias (Nota 13) ..................................................................................... (44) (81) (74)Outras Receitas Operacionais (Nota 14)....................................................................... 57 101 649Outras Despesas Operacionais (Nota 14)..................................................................... (28) (50) (774)RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................................... 753 1.349 761RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 15) ............................................................ 10.077 10.077 -RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...................................... 10.830 11.426 761IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 17) ................................... (4.313) (4.532) (138)LUCRO LÍQUIDO.......................................................................................................... 6.517 6.894 623

Número de ações (Nota 11a) ........................................................................................ 14.000.000 14.000.000 14.000.000Lucro por lote de mil ações em R$................................................................................ 465,50 492,43 44,50

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais:Lucro Líquido antes do Imposto de Renda e Contribuição Social ............................ 10.830 11.426 761

Ajustes ao Lucro Líquido antes dos Impostos.............................................................. (10.074) (10.074) 97Constituições/Reversões de Provisões Cíveis.................................................................. 2 2 96Depreciações e Amortizações.......................................................................................... 1 1 1Lucro na Alienação de Investimentos............................................................................... (10.077) (10.077) -

Lucro Líquido Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social.............. 756 1.352 858(Aumento)/Redução em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................... - 13.392 (763)(Aumento)/Redução em Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos FinanceirosDerivativos ...................................................................................................................... (7.587) (21.546) (131)

(Aumento)/Redução em Outros Créditos ......................................................................... (16) (60) 177Aumento/(Redução) em Outras Obrigações .................................................................... (3) 7 (303)Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos .............................................................. (3.605) (3.633) (29)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) das Atividades Operacionais.......................... (10.455) (10.488) (191)Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos:Alienação de Investimentos.............................................................................................. 10.484 10.484 -Aplicações no Intangível................................................................................................... (1) (1) (5)Dividendos e Juros sobre Capital Próprio Recebidos ...................................................... - 33 200

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) nas Atividades de Investimentos.................... 10.483 10.516 195Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos:Dividendos Pagos............................................................................................................. - - (4)

Caixa Líquido Proveniente/(Utilizado) nas Atividades de Financiamentos ................ - - (4)Aumento/(Redução) Líquida, de Caixa e Equivalentes de Caixa ................................. 28 28 -

Caixa e Equivalentes de Caixa - Início do Período ............................................................ 4 4 4Caixa e Equivalentes de Caixa - Fim do Período ............................................................... 32 32 4Aumento/(Redução) Líquida, de Caixa e Equivalentes de Caixa ................................. 28 28 -

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quinta-feira, 1 de março de 201214 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A.Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 27.098.060/0001-45Sede: Alameda Rio Negro, 585 - 11º Andar - Conj. 112 - B - Alphaville - Barueri - SP

11) PATRIMÔNIO LÍQUIDOa) Capital socialO capital social no montante de R$ 9.750 mil (2010 - R$ 9.500 mil) está representado por 14.000.000 ações ordinárias, nominativas escriturais, semvalor nominal.Em 18 de maio de 2011, o BACEN homologou a Assembleia Geral Extraordinária realizada em 14 de abril de 2011, deliberando aumentar o CapitalSocial em R$ 250 mil, elevando-o de R$ 9.500 mil para R$ 9.750 mil, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta“Reserva de Lucros - Estatutária”, de acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações.b) Reservas de lucros

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Reservas de Lucros ................................................................................................................... 16.524 9.946- Reserva Legal (1)....................................................................................................................... 1.222 877- Reserva Estatutária (2) .............................................................................................................. 15.302 9.069(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido

das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capitalou para compensar prejuízos; e

(2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 80% do Capital Social Integralizado.

c) DividendosAos acionistas está assegurado dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício, de importância não inferior a 1% do lucro líquido ajustado, nos termos dalegislação societária. No exercício, foram provisionados dividendos no montante de R$ 66 mil (2010 - R$ 6 mil), correspondendo a R$ 4,71 (2010 - R$ 0,43),por lote de mil ações.

12) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVASExercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Propaganda e publicidade............................................................................................................ 169 177Serviços técnicos especializados................................................................................................. 64 58Processamento de dados............................................................................................................. 16 9Serviços de terceiros.................................................................................................................... - 2Serviços do sistema financeiro..................................................................................................... 6 -Depreciações e amortizações ...................................................................................................... 1 1Outras........................................................................................................................................... 12 10Total ............................................................................................................................................. 268 257

13) DESPESAS TRIBUTÁRIASExercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Contribuição ao COFINS.............................................................................................................. 69 51Impostos e taxas .......................................................................................................................... 1 13Contribuição ao PIS...................................................................................................................... 11 10Total ............................................................................................................................................. 81 74

14) OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAISExercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil

2011 2010Reversões de provisões - cíveis...................................................................................................... 2 35Variações monetárias...................................................................................................................... (28) 106Dividendos/Juros sobre capital próprio ........................................................................................... 83 209Provisões para riscos - cíveis.......................................................................................................... (6) (296)Outras.............................................................................................................................................. - (179)Total ................................................................................................................................................ 51 (125)

15) RESULTADO NÃO OPERACIONALRefere-se ao lucro apurado na alienação das ações da CETIP S.A. (Nota 8).

16) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASa) As transações com o controlador e coligadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, e vigentes nasdatas das operações, e estão assim representadas:

Em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010 2011 2010

Ativos Ativos Receitas Receitas(passivos) (passivos) (despesas) (despesas)

Disponibilidades:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... 32 4 - -Aplicações em depósitos interfinanceiros:Banco Bradesco S.A. ....................................................................... - 13.392 5 1.198Dividendos:Banco Bradesco Cartões S.A. ......................................................... (68) (6) - -Banco Bradesco S.A. ....................................................................... (4) - - -b) Remuneração do pessoal-chave da AdministraçãoAnualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:• O montante global anual da remuneração dos Administradores, que é definido em reunião do Conselho de Administração da Organização Bradesco, dos

membros do próprio Conselho e da Diretoria, conforme determina o Estatuto Social; e• A verba destinada a custear Planos de Previdência Complementar aberta aos Administradores, dentro do Plano de Previdência destinado aos Funcionários

e Administradores da Instituição.A empresa é parte integrante da Organização Bradesco e seus administradores são remunerados pelos cargos que ocupam no Banco Bradesco S.A.,controlador da Companhia.A Instituição não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para seu pessoal-chaveda Administração.

Outras informaçõesConforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos para:a) Diretores e membros dos Conselhos consultivo ou administrativo, fiscal e semelhante, bem como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; ec) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira, quaisquer diretores ou administradores da própriainstituição, bem como seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º grau.Dessa forma, não são efetuados pelas instituições financeiras empréstimos ou adiantamentos a qualquer subsidiária, membros do Conselho de Administraçãoou da Diretoria Executiva e seus familiares.

17) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALa) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .......................................................... 11.426 761Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 15%,respectivamente ........................................................................................................................... (4.570) (304)

Receitas não tributáveis ................................................................................................................. 14 187Outros valores ................................................................................................................................ 24 (21)Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................................................... (4.532) (138)b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

Exercícios findos em 31 de dezembro - R$ mil2011 2010

Impostos correntes:Imposto de renda e contribuição social devidos............................................................................. (3.681) (194)Impostos diferidos:Realização no exercício sobre adições temporárias ...................................................................... 3 65Utilização de saldos iniciais de:Prejuízo fiscal ................................................................................................................................. (854) (9)Total dos impostos diferidos....................................................................................................... (851) 56Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................................................... (4.532) (138)c) Origem dos créditos tributários do imposto de renda e contribuição social diferidos

R$ milSaldo em Saldo em

31.12.2010 Constituição Realização 31.12.2011Provisões para contingência cíveis ........................................ 1 1 - 2Outros valores ........................................................................ 95 2 - 97Total dos créditos tributários .............................................. 96 3 - 99Prejuízo fiscal ......................................................................... 5.765 - 854 4.911Total dos créditos tributários (Nota 7)................................ 5.861 3 854 5.010d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e prejuízo fiscal

Em 31 de dezembro de 2011 - R$ milDiferenças temporárias

Imposto de renda Contribuição social Prejuízo fiscal Total2012......................................................................................... 11 6 93 1102013......................................................................................... 21 12 1.104 1.1372014......................................................................................... 21 12 1.211 1.2442015......................................................................................... 10 6 1.270 1.2862016......................................................................................... - - 1.233 1.233Total ........................................................................................ 63 36 4.911 5.010A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.O valor presente dos créditos tributários calculado considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 4.489 mil (2010 -R$ 5.230 mil), sendo R$ 92 mil (2010 - R$ 88 mil) de diferenças temporárias e R$ 4.397 mil (2010 - R$ 5.142 mil) de prejuízo fiscal.

18) OUTRAS INFORMAÇÕESa) Gerenciamento de riscosA atividade de gerenciamento dos riscos é altamente estratégica em virtude da crescente complexidade dos serviços e produtos e da globalização dosnegócios da Organização, motivo pelo qual está constantemente sendo aprimorada em seus processos.As decisões da Organização são pautadas em fatores que combinam o retorno sobre o risco previamente identificado, mensurado e avaliado, viabilizando oalcance de objetivos estratégicos e zelando pelo fortalecimento da Instituição.A Organização exerce o controle dos riscos de modo integrado e independente, proporcionando unicidade às políticas, processos, critérios emetodologias de controles de riscos por meio de um órgão estatutário, o Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital.A Bankpar Arrendamento como parte integrante da Organização Bradesco adota a estrutura de gerenciamento de riscos desta, no gerenciamento de riscode crédito, de mercado, de liquidez e operacional.b) Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, alguns procedimentos contábeis, suas interpretaçõese orientações foram emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), os quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quandoaprovado pelo CMN.Os pronunciamentos contábeis já aprovados foram:• Resolução nº 3.566/08 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01);• Resolução nº 3.604/08 - Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03);• Resolução nº 3.750/09 - Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05);• Resolução nº 3.823/09 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25);• Resolução nº 3.973/11 - Evento Subsequente (CPC 24);• Resolução nº 3.989/11 - Pagamento Baseado em Ações (CPC 10 - produzirá efeito a partir de 1º de janeiro de 2012); e• Resolução nº 4.007/11 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23 - produzirá efeito a partir de 1º de janeiro de 2012).Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC e tampouco se a utilização dos mesmos seráde maneira prospectiva ou retrospectiva.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISAos Administradores da

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A.

Barueri - SPExaminamos as demonstrações contábeis da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 dedezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício e semestrefindos naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeisA Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinoucomo necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo comas normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria sejaplanejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nasdemonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevantenas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que sãoapropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui,

também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como aavaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

OpiniãoEm nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimoniale financeira da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para oexercício e semestre findos naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar peloBanco Central do Brasil.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionadoExaminamos também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), elaborada sob a responsabilidade da Administração da Instituição, para o exercícioe semestre findos em 31 de dezembro de 2011, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essasdemonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamenteapresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Osasco, 14 de fevereiro de 2012

KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio Sertório André Dala PolaCRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0 Contador CRC 1SP214007/O-2

A DIRETORIA

Paulo Sérgio Odierna França – Contador – CRC 1SP182495/O-0

...continuação

nternacional

NOVOS VENTOS EM PYONGYANGCoreia do Norte anuncia a suspensão de suas atividades nucleares e autoriza a entrada de inspetores da ONU no país

KCNA/Reuters - 26/02/12

Kim Jong-un inspeciona tropas no sul do país. O novo líder sai da sombra do pai e acena com mudanças.

ACoreia do Norte concordou ontemem suspender suas atividades nu-cleares, além de estabelecer umamoratória em seus testes com mís-

seis de longo alcance. Como prova de seu com-prometimento, Pyongyang permitirá que ins-petores nucleares da Organização das NaçõesUnidas (ONU) visitem seu complexo nuclearYongbyon para verificar se a moratória foi co-locada em prática.

Em troca, os Estados Unidos anunciaram queestavam prontos para enviar 240 mil toneladasde alimento ao país comunista. Além disso,Washington afirmou que mais ajuda poderiaser definida com base nas necessidades.

O anúncio, feito simultaneamente pelo De-partamento de Estado dos EUA e pela agênciaoficial de notícias norte-coreana KCNA, abre ca-minho para uma possível retomada das nego-ciações de desarmamento de seis partes comPyongyang e segue conversações entre diplo-matas dos EUA e da Coreia do Norte em Pe-quim na semana passada.

A iniciativa também marca uma mudança sig-nificativa de política pela Coreia do Norte depoisda morte, em dezembro, do líder Kim Jong-il e aascensão de seu filho mais novo, Kim Jong-un.

A inteligência norte-americana diz que a Co-reia do Norte tem combustível suficiente parafabricar até oito bombas nucleares, segundo ojornal The New York Times. O país havia proibidoa visita de inspetores da Agência Internacionalde Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU, e feztestes nucleares em 2006 e 2009.

Desde que a Coreia do Norte aderiu ao Trata-do de Não Proliferação Nuclear, em 1985, o paísfez três acordos para suspender seu programanuclear, que acabaram fracassando – em geral,devido a desentendimentos com os EUA. O no-

vo acordo é o primeiro desde que Kim Jong-unassumiu o poder.

No último acordo acertado por Kim Jong-il,em 2005, a Coreia do Norte havia concordadoem reduzir suas atividades nucleares em nego-ciações de seis partes que incluíram as duas Co-reias, China, Japão, Rússia e EUA.

No acordo, Pyongyang abandonaria seu pro-grama nuclear em troca de incentivos econômi-cos e diplomáticos oferecidos pelas outras par-tes na negociação. Mas o acordo nunca foi total-mente implementado.

Desta vez, um porta-voz não identificado doMinistério de Relações Exteriores norte-coreanodisse em comunicado divulgado pela KCNA queo regime comunista havia concordado com a mo-ratória nuclear e com a permissão para o trabalhode inspetores da AIEA, "tendo em vista a manu-tenção de uma atmosfera positiva" para as con-versações entre os EUA e Coreia do Norte.

Re aç ão - A agência da ONU comemorou oanúncio de que a Coreia do Norte paralisará seuprograma de enriquecimento de urânio e reite-rou sua disposição a enviar inspetores para con-

trolar as atividades nucleares de Pyongyang."O anúncio feito pelos Estados Unidos sobre

suas recentes negociações com a República Po-pular Democrática de Coreia é um passo adian-te muito importante", declarou o diretor-geralda AIEA, o japonês Yukiya Amano.

Os governos vizinhos da Coreia do Sul e Ja-pão também saudaram o anúncio.

No entanto, a iniciativa de Pyongyang foi re-cebida com certa cautela pelo governo e pelaoposição norte-americana.

"Os EUA ainda têm profundas preocupações"com o programa de enriquecimento de urânio daCoreia do Norte, afirmou a secretária de Estadodo país, Hillary Clinton. "Quando Kim Jong-il fa-leceu, eu disse que era nossa esperança que umanova liderança escolheria guiar a Coreia do Nortepara o caminho da paz, ao assumir suas obriga-ções", disse. Segundo ela, o anúncio significa um"passo inicial e modesto" na "direção correta".

Já a oposição norte-americana acredita que oregime comunista tenta mais uma vez "enga-nar" o governo norte-americano.

"Anos em que fomos enganados pela Coreia doNorte nos mostraram que uma verificação (doabandono das atividades nucleares) é extrema-mente difícil, se não impossível", disse o represen-tante republicano Ed Royce à France Presse.

Fome - A ONU estima que até 1 milhão depessoas tenha morrido na Coreia do Norte nadécada de 1990, em uma das piores crises ali-mentares do século 20.

Desde janeiro, milhares de caminhões chine-ses transportam arroz para a Coreia do Norte,que ainda sofre com uma falta crônica de alimen-tos, denunciou Do Hee-yoon, membro da Coa-lizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pes-soas Sequestradas e Refugiados Norte-Corea-nos, um grupo com sede em Seul. (Agências)

FUTEBOLONU apoialiberação de usodo véu islâmicopara jogadoras

FORA DO ARIsrael faz batidaem duas emissorasde TV palestinasna Cisjordânia

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quinta-feira, 1 de março de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

OBAMA: MESTREOU APRENDIZ?

Mais de um comenta-rista da vida políticaamericana tem com-

parado o desempenho de doispersonagens tão diferentes ede posições tão antagônicasquanto o presidente BarackObama e a ex-governadora doAlasca, Sarah Palin. Essa tenta-ção de comparar opositorespolíticos tão extremados sedeve à queda de ambos nos úl-timos dois anos. A perguntaque se faz em qualquer análiseatenta do processo fascinantede ascensão e queda – seja deum homem, de uma ideologiaou de um modismo – é sobre seaquilo que se perdeu foi o en-tusiasmo do amante ou foi a re-velação da baixa qualidade doser ou do objeto amado.

As eleições americanas des-te ano vão testar a questão emObama e Palin, mas o teste aque vai se submeter o presi-dente é sem dúvida mais im-portante pelo cargo que ocupae por sua evidente maior con-sistência psicológicae intelectual. A ten-dência de imaginarObama só como umexcelente orador quer e s o l ve u t e n t a r omais alto posto dacarreira política e de-pois não soube maiso que fazer em pe-destal tão alto, cres-ceu bastante a princí-pio porque trouxeco n s i g o m u i to d aaventura e do atrevi-mento do herói ame-ricano arquetípico.

Mas a maneira como o presi-dente soube cercar-se de bonsespecialistas na missão com-plicada de centralizar todos osproblemas do mundo, numaépoca de crises econômicas as-sustadoras e num tempo emque a tecnologia ameaça pos-sibilitar a destruição de uma ci-dade com a simples pressão deum dedo humano, parece indi-car que ele é bem mais que umgrande orador impressionadocom o próprio talento.

Alguns fatores ajudarambastante seu crescimento elei-toral, depois de muitos mesesde declínio e ceticismo, masnenhum deles tem sido tão de-cisivo quanto o vazio e a afoite-za do Partido Republicano nacampanha das primárias para apresidência. Era impossívelimaginar que fosse tão fácil oG.O.P. tropeçar nas própriaspernas. O elefante temível vis-to de longe, de perto mostrou-se um elefante de pelúcia. Osquatro candidatos que resta-ram aos republicanos para a es-collha do adversário de Obamafizeram o trabalho que caberiaao presidente e seus assesso-res, escolhendo as armas que ogoverno na campanha eleito-ral propriamente dita. As acu-sações mutuamente feitas nasprimárias em diversos Estadosforneceram a munição.

E a ele, Obama, o que mais res-tou fazer? As opiniões se divi-dem, conforme a opção política,mas há constatações que trans-cendem a mera simpatia dastorcidas, e entram pelos olhos.

O presidente tem um olharimparcial e sereno quando fazdeclarações de impacto (mor-te de Bin Laden), quando ex-pressa seus sentimentos (mas-sacre na Síria) ou ainda quandodemonstra sofrimento (mortede soldados americanos noAfeganistão). Para as boas no-tícias ele reserva um tom maisameno (os 243.000 empregoscriados), mas a mesma aparen-te isenção. Seu autocontrolepode resultar de uma naturezaespecialmente forjada paraenfrentar dificuldades ou podeocultar uma inclinação na linhade Maquiavel para usar a forçado inimigo em seu benefício.

Ao fim do seu primeiro ter-mo como presidente, ainda hámuita gente querendo saber averdade sobre seu tempera-

so. Obama apontou o dedo in-dicador na sua direção, masseu olhar não se demorou noparlamentar, como quem co-menta: "Estão vendo comoeles fazem política?".

O mais curioso na personali-dade do presidente é um certoar que ele ostenta de já saber,sem sombra de dúvida, comosão as pessoas e como funcio-na o mundo. Sereno, não se fur-ta a sorrir olhando numa certadireção, como se tivesse locali-zado na multidão um velhoconfidente, ou alguém que oestima e compreende.

Essa identificação de umamigo especial em meio à mas-sa de admiradores foi notada eimitada até por candidatos doG.O.P., especialmente por MittRomney. No último Estado daUnião, com o Congresso todoreunido, Obama falou, abra-çou, sorriu, foi beijado por jo-vens e senhoras tomadas deentusiasmo, e o cumprimentoque trocou com o l íder da

maioria republicana,John Boehner, foi o develhos amigos.

Sua antiga oposi-ção à guerra no Iraquefaz eco com a sua deci-são de antecipar a reti-ra d a a m e r i c a n a d oAfeganistão, e, se issopareceu surpreenderseus adversários repu-blicanos, não espan-tou seus amigos deChicago, que conhe-cem as ideias do presi-dente sobre a "guerra

do futuro", quando os dronessem piloto e os fuzileiros na-vais especializados em ata-ques fulminantes vão dispen-sar o deslocamento dispen-dioso e politicamene desgas-tante de tropas americanasem terra estrangeira.

Consta que Obama escondemuito bem uma de suas maio-res preocupações e ao mesmotempo um dos seus mais aca-lentados projetos: a recupera-ção da imagem dos EUA, afeta-da, segundo crê, por uma polí-tica mais emocional do que ra-cional nos últimos governos.Outra ideia que ele não revela,mas que filtra dos seus discur-sos e entrevistas, é a questãoda paz no Oriente Médio: eleparece decidido a manter-sesolidário a Israel ante o terroris-mo árabe, mas quer conservara imagem de governante isen-to aos olhos do Islã, incentivan-do um grande acordo.

Em recente fala direta e qua-se populista em Detroit, Oba-ma parecia feliz com o encami-nhamento de sua reeleição.Principalmente por contarcom a colaboração dos pré-candidatos republicanos, queparecem ter uma tendência àautopunição. Romney, Santo-rum e Gingrich têm feito muitopelo crescimento da populari-dade de Obama. A mídia só en-trega o produto.

Luiz Carlos Lisboa

Não é do interesse da Argentina criar barreiras. A abordagem correta é de cooperação, não de confronto.Porta-voz do governo britânico

nternacional

Assad lançaataque final

a HomsOfensiva contra bastião rebelde na Síria é'bárbara e brutal', denunciam desertores.

Pelo menos 7 mil milita-res sírios iniciaram on-tem uma grande ofen-siva terrestre na cida-

de de Homs, aparentementecom a intenção de ocupar o bair-ro de Baba Amro, reduto rebel-de há 26 dias sob sítio e bombar-deios, segundo a oposição.

O porta-voz do Exército LivreSírio (ELS), Maher al-Nuami,explicou que a ofensiva é "bár-bara e brutal" e que as tropas es-tão usando "pela primeira vezmísseis de longo alcance".

"O ELS está repelindo o ata-que, mas os confrontos são desi-guais pela diferença no arma-mento", assinalou o porta-vozdos soldados desertores.

Os grupos opositores infor-maram que, em Homs, as forçasleais ao regime do presidente sí-rio, Bashar al-Assad, são apoia-das por tanques e veículos blin-dados que pertencem à divisãocomandada por Maher, irmãode Assad conhecido pela bruta-lidade. Ativistas dizem que aomenos 15 civis morreram.

Os relatos vindos de BabaAmro não podem ser imedia-tamente verificados devido àsrigorosas restrições impostaspelo governo ao trabalho daimprensa na Síria.

Segundo opositores, outras

regiões do país também são al-vo de bombardeios e de ata-ques terrestres, como a cidadede Halfaya, na província deHama, e várias localidades nosarredores de Aleppo e Idlib.

A Organização das NaçõesUnidas (ONU) diz que as for-ças de Assad já mataram maisde 7,5 mil civis desde o inícioda revolta, em março passado.

A Síria se recusou a deixarValerie Amos, chefe de ajudahumanitária da ONU, entrarno país, segundo ela afirmouontem. Para um diplomata oci-dental, a negativa é sinal deque Assad quer sufocar a in-surgência em Homs.

Fuga - Vários jornalistas oci-dentais estão retidos em BabaAmro, embora dois deles te-nham conseguido escaparcom a ajuda de ativistas sírios.

O jornalista espanhol JavierEspinosa, que cobre o conflitocivil sírio para o diário El Mun-do de Madri, foi o último a che-gar a salvo no Líbano. A sua fu-ga foi confirmada ontem pelamulher do repórter, MonicaGarcía Prieto.

Na terça-feira, o fotógrafobritânico Paul Conroy fora res-gatado. Permanecem na cida-de, ainda, os franceses WilliamDaniels e Edith Bouvier, queestá ferida. (Agências)

ESTADOS UNIDOS – O pré-candidato Mitt Romney venceu as primárias republicanas em Michigan eArizona na terça-feira passada. Apesar de avançar na disputa pela Casa Branca, é cada vez mais evidente suadificuldade em empolgar a base do partido. A expectativa fica para a "Super Terça-Feira" da próxima semana.

Soldados desertores enfrentam 7 mil homens leais a Assad em Homs. A cidade está sitiada há 26 dias.

Civis participam de funeral de rebelde em Idlib, no norte do país.

UE e Unasul entram na brigaReino Unido e Argentina pedem apoio de blocos regionais pelas Malvinas

Aescalada das tensõesentre Londres e Bue-nos Aires ameaça se

expandir para um embate re-gional. Ontem, o Reino Unidosolicitou a intervenção daUnião Europeia (UE) – e conse-guiu. O bloco anunciou que vaiiniciar ações diplomáticas"apropriadas" perante a Argen-tina depois que esse país con-vocou um boicote comercialcontra o Reino Unido devido aoconflito bilateral pelas IlhasMalvinas (Falklands, para osbritânicos). Horas depois, o go-verno de Cristina Kirchner pe-diu que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tambémparticipe das negociações.

A Argentina "propõe que aUE junto com a Unasul anali-sem a questão e convidem aspartes a reiniciar as negociaçõesconvocadas, em numerosasoportunidades, pela Assem-bleia Geral das Nações Unidas",disse a Chancelaria do país.

A Argentina "se compraz" pe-lo fato de o Reino Unido "haver,

finalmente, recorrido a um fó-rum para buscar uma soluçãodiplomática à questão das Mal-vinas", frisou a Chancelaria.

Buenos Aires respondeu as-sim à decisão do Reino Unidode convocar o encarregado denegócios do país sul-americanoem Londres, Osvaldo Mársico,e pedir a mediação da UE após a

proposta de boicote a produtosbritânicos. Um porta-voz dopremiê David Cameron disseque a sugestão de boicote era" c o n t r a p ro d u c e n t e " .

A tensão bilateral aumentounas vésperas do 30º aniversárioda guerra entre os países pelasoberania das ilhas e que deixoucerca de 900 mortos. (Agências)

Ex-soldados pedem reconhecimento por participar da guerra

Reuters

Zohra Bensemra/Reuters

Cézaro De Luca/EFE

Rebecca Cook/Reuters

mento. Antigos preconceitospolíticos encontraram boaacolhida nos primeiros mesesda campanha republicana pe-las primárias.

A candidatura de Rick Santo-rum, por exemplo, cresceumuito a partir da crença por eleveiculada de que Obama eraum elitista formado no meiointelectual de Chicago. Isso fezo presidente a usar, em pro-nunciamentos, uma lingua-gem mais inteligível para os"blue collars".

Aos que o conhecem na imti-midade – e sua mulher Michelledeu a respeito um depoimentointeressante na biografia nãoautorizada de Obama feita poruma repórter do The New YorkTi m e s : ele é descontraído, brin-calhão e propenso a sorrir. Masserá só isso? A própria Michellenão gostou do livro. Nas discus-sões de problemas importantespara o país, Obama às vezes os-tenta um semblante carregado,como no último encontro com oprimeiro-ministro israelense emque se falou do perigo iraniano.

A verdade é que nunca se viuObama perder o controle. Noseu segundo comparecimentoao Congresso, quando tratoudo Estado da União, ele foiafrontado por parlamentaresrepublicanos, inclusive tendoum deles chamado, em altavoz, o presidente de mentiro-

de Princeton, EUA.

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quinta-feira, 1 de março de 201216 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

��

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

M EGAUPLOAD

Dotcom pede R$ 300 mil para despesas

A RTE

Restaurando 'Guernica'

O quadro G uernica, do pintorespanhol Pablo Picasso, passa poruma avaliação detalhada para queseja iniciado um processo derestauração da tela. A obracompletará 75 anos no próximo dia26 de abril.

Para garantir que o processo derestauro seja preciso, uma máquinafotográfica gigante, que utilizatecnologia com raios infravermelhose ultravioletas, está "varrendo" todo opainel, de mais de 7 metros decomprimento para reproduzriimagens microscópicas em preto ebranco do quadro. Assim, osespecialistas poderão avaliar cadacentímetro da pintura e definir osmétodos e materiais necessários paraa restauração. O processo, que nuncafoi utilizado anteriormente porrestauradores de arte, permiteperceber bolhas ou mesmoarranhões imperceptíveis ao olhoh u m a n o.

A máquina entre em operaçãotodas as noites, depois que o MuseuRainha Sofia, em Madri, proprietáriodo quadro, fecha as portas. Segundoespecialistas, a pintura está numacondição delicada após ter sidotransportada para várias exposiçõesfora da Espanha.

C A RT O O N SM ostra

'OSC AR toons'homenageia

a maiorp re m i a ç ã o

do cinema domundial.

H ISTÓRIA

S e g re d o sda Igreja

As atas doprocesso contraGalileu Galilei eo sumário dojulgamento deGiordano Brunosão alguns dos100 documentossecretos doVaticano agoraexpostos nosM useusCapitolinos deR oma.

D ESIGN

Face de vidroInspirado nas máscaras do

Carnaval de Veneza, o designerFabio Novembre cria vasos quetrazem rostos esculpidos emvidro. Conheça outras obras doartista no site.

http://bit.ly/yEBA4n

Floresem raio X

O fotógrafoBrendan Fitzpatrick,

que vive emCingapura, criou

uma série queregistra as fotos

quandosubmetidas araios X. Mais

imagens no site.http://bit.ly/wmUuAb

M ARKETING

Seus tuítescolocados à venda

O Twitter negociou com aempresa Datasift a venda detuítes publicados e nãodeletados do site. A venda serefere a posts publicados hápelo menos dois anos, mas anovidade não foi vista com bonsolhos pelos usuários da redesocial, que reclamam deviolação de privacidade. Ointeresse da Datasift nasmensagens é simples. A partirdos textos postados pelosinternautas será possível ajudarempresas a criar campanhas demarketing, avaliar suas marcas etambém atingir usuáriosinfluentes. O valor danegociação não foi revelado.Com a venda, o Twitter pretendegerar receita extra, além daobtida por mensagens ehashtags patrocinadas.

P RIVACIDADE

França investigará GoogleAagência de regula-

mentação de dadosda França vai iniciaruma investigação

oficial sobre as novas normas deprivacidade do Google, que en-tram em vigor hoje. A agênciaanunciou que sua interpretaçãopreliminar é de que as novasnormas não são compatíveiscom as leis europeias de prote-ção à privacidade pessoal.

O Google anunciou em janei-

ro que simplificaria suas nor-mas de privacidade, consoli-dando 60 regulamentos dife-rentes em um modelo único quese aplicará a todos os serviços.

Isso permite que o gigantede buscas na web reúna todosos dados que recolhe de usuá-rios individuais em todos osseus serviços. O Google infor-mou que essa unificação ajudana personalização dos resulta-dos de buscas. Os usuários,

que não poderão optar por nãousar as novas normas.

"A CNIL e as autoridades deproteção de dados da União Eu-ropeia estão profundamentepreocupadas com essa combi-nação de dados pessoais de di-ferentes serviços; têm fortes dú-vidas quanto à legalidade e lisu-ra desse processamento, e sobresua compatibilidade com a le-gislação europeia de proteção adados", disse a agência.

A TÉ LOGO

Com três gols de Messi, Argentina venceu ontem a Suíça em amistoso

Astrônomos criam nova técnica para detectar vida em outros planetas

Meryl Streep doa US$ 10 mil para escola da cidade da atriz Viola Davis

Com suas finanças congeladasaté o fim do processo queresponde na Justiça por pirataria, ofundador do site Megaupload, KimDotcom, pediu ontem a liberaçãode cerca de R$ 300 mil para poderpagar suas despesas domésticas.Ele classifica como "despesasdomésticas", segundo o site Stuff,da Nova Zelândia, quitar dívidascom credores, além de contratarseguranças, babás e um mordomo.Ele recebeu cerca de R$ 40 mil para

viver pelas próximas três semanas.Também ficou determinado quemulher de Dotcom, Mona,receberá dinheiro para suasdespesas diárias e para os custosmédicos do nascimento dosgêmeos do casal. O Megaupload,usado para compartilhar arquivos,foi fechado pela Justiça em janeirosob acusação de praticar pirataria,permitindo o download dearquivos protegidos por direitosautorais, como músicas e filmes.

L o goLogowww.dcomercio.com.br

As obras da Tokyo Sky Tree, torre de 634 metros na região leste deTóquio, foram concluídas ontem. A torre é considerada a mais alta

do mundo a abrigar um centro de comunicações. As obrasatrasaram em dois meses por causa do terremoto e do tsunami

que atingiram o Japão em 2011.

L OTERIAS

Devido a problemas operacionaisque provocaram atraso nofechamento das apostas, ossorteios dos concursos 2835 daQUINA, 720 da LOTOFÁCIL,1367 e 1223 da LOTOMANIA nãoforam divulgados ontem. Paramais informações, visite o site daCaixa Econômica Federal (CEF).

w w w. c a i x a . g o v. b r

Obra-prima de Pablo Picasso passa por processo pioneiro de avaliação

O processo de Galileu Galilei,do século 16, um dos 100documentos da exposição'Lux in Arcana', em Roma

Shopping GranjaVianna. Rodovia

Raposo Tavares, Km23,5, Cotia. Grátis

Tiziana Fabi/AFP

Yosh

ikaz

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AFP

F UTEBOL

Tudo igual na CBFA Assembleia Geral da

Confederação Brasileira deFutebol (CBF) anunciouontemque Ricardo Teixeira continuarácomo presidente da entidade,que comanda há 23 anos. Oscinco vice-presidentes e ospresidentes das federaçõesestaduais decidiram porunanimidade manter Teixeira.

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quinta-feira, 1 de março de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

CRISE EUROPEIABanco CentralEuropeu empresta529,5 bilhões deeuros a 800 bancos

SAFRA CANAA Unica informaque haverá atrasona moagem dasafra 2012/2013economia

Exterior põe bolsa no topo de rankingA bolsa liderou a relação das melhores aplicações em fevereiro, já refletindo, segundo especialista, o acordo

positivo da Grécia, ponto delicado na crise da Europa, e a recuperação da economia dos EUA.

Yasuyoshi Chiba/AFP Photo

Mercado acionário brasileiro vem seguindo tendência externa de alta, mas ainda deve ter muitos altos e baixos em 2012.

Karina Lignelli

ABM&FBovespa semanteve na lide-rança das aplica-ções em fevereiro, e

fechou o mês com alta de4,34%, de acordo com o ran-king elaborado pelo adminis-trador de investimentos FabioColombo. Segundo ele, a boafase vem desde janeiro, quan-do houve melhora relativa dasituação da Europa. A evolu-ção do acordo da Grécia, a que-da nos juros das dívidas da Itá-lia e da Espanha, e o crescimen-to acima do esperado da eco-n o m i a n o r t e - a m e r i c a n atambém refletiram essa alta.

"Em fevereiro, as notíciascontinuaram a alimentar a me-lhora do bom humor dos mer-cados. No Brasil, a bolsa se-guiu a tendência externa, masainda preocupa a evolução dainflação nos próximos meses, ea queda forte dos rendimentosdas diversas aplicações atrela-

das a juros", disse.A recomendação de Colom-

bo continua a ser de venda gra-dativa e parcial da carteira deações. Porém, de modo geral,mesmo que a bolsa venha semantendo no topo do ranking,isso não quer dizer que devecontinuar, em vista das altasmuito fortes dos dois primei-ros meses do ano. "Há boasperspectivas para 2012, mascom altos e baixos", ressaltou.

Na outra ponta, a melhorade humor relacionada à criseinternacional continuou a va-lorizar o real. Apesar da quedamenor em fevereiro ante janei-ro, aplicações cambiais atrela-das ao dólar se mantiveram nalanterna, com queda próximade 1,7%. Já os fundos de euro ti-veram pequeno fôlego, e regis-traram uma alta de 0,27%.

"As moedas em geral se re-cuperaram, em razão da me-lhora de humor em relação àcrise europeia. Mas ambascontinuam opção de diversifi-cação, como forma de seguro

para investidores com perfilconservador e moderado e vi-são de longo prazo, se o cená-rio continuar incerto", disse.

Surpresas – Apesar do oti-mismo do mercado, e de suaprojeção em fevereiro de fe-chamento da bolsa em 2012 emtorno de 16,22%, Colombo re-comenda que o investidoracompanhe detalhes impor-tantes para evitar surpresas.

Entre eles, o acordo final sobrea dívida grega e a evolução docusto de rolagem das dívidasda Itália e da Espanha, assimcomo as projeções de desacele-ração da economia europeia.

Dados reais sobre cresci-mento das economias da Chi-na, EUA, Europa e Japão sãorelevantes. "E na economia do-méstica, as variáveis a seremacompanhadas são o nível de

crescimento e inflação", disse.Ao contrário de janeiro, os

fundos de renda fixa trocaramde lugar no ranking de feverei-ro com os títulos do TesouroNacional, indexados ao Índicede Preços ao Consumidor Am-plo (IPCA). No caso da rendafixa, segundo investimentomais rentável, os ganhos entre0,65% e 0,95% foram puxadospela queda dos juros futuros.Eles continuam como opção dediversificação para investido-res moderados.

Os títulos públicos atreladosao IPCA, apesar de terem caí-do para a terceira posição emfevereiro, se mantêm como op-ções de diversificação, por ren-derem entre 4% e 5% ao ano,mais a variação da inflação."Com o IPCA de fevereiro pro-jetado em 0,45%, os resultadosforam bem superiores aos in-dexados ao IGP-M (Índice Geralde Preços ao Mercado)", disse.

A inflação pressionada e aredução da taxa Selic conti-nuaram a prejudicar os fundos

DI, o quarto no ranking. "Emmarço, seu rendimento brutoserá na faixa de 0,65% a 0,95%,dependendo da taxa de admi-nistração do fundo e da 'mar-cação' do mercado", explicou.

O ouro, que fechou o mês em0,42%, caiu para o sexto lugar.Mesmo assim, Colombo conti-nua a recomendar a aplicaçãoaos investidores conservado-res, por ser similar aos fundoscambiais. Em sétimo lugar, oIGP-M desacelerado, que fe-chou negativo (em 0,06%), en-colheu a rentabilidade dos tí-tulos públicos atrelados ao ín-dice entre 0,10% e 0,40%.

Também são opções de di-versificação por renderem en-tre 5% e 5,5% mais a variação.

Em último, após a queda daSelic, a poupança, que teverendimento líquido de 0,5%para cadernetas com aniversá-rio em março, se tornou inte-ressante para investidores semacesso a fundos DI ou renda fi-xa, e taxas de administraçãomenores que 2,5% ao ano.

Ações tiveramprejuízo deUS$ 50,4 tri

Pesquisa do Instituto Assaf,divulgada ontem, revela

um prejuízo espantoso nasbolsas de todo o mundo entre acrise econômica de 2008, defla-grada nos Estados Unidos, e2011. As bolsas perderamUS$ 50,4 trilhões devido aosefeitos da crise financeira.

Mesmo com a recuperaçãovista na economia mundial en-tre 2009 e 2010, o ano passadoderrubou a média anual parauma perda média de 3% nosmercados globais.

Europa – O estudo do Insti-tuto Assaf aponta que, entre2007 e 2008, o valor de mercadoda bolsa dos EUA caiu 53%, en-quanto os ativos europeusamargaram queda de 42%. Poroutro lado, as bolsas de valoresdos países emergentes apre-sentaram valor ização de22,6%. A pesquisa do Assaf re-leva que os valores de mercadode companhias listadas no Ja-pão subiram 9% no mesmo pe-ríodo e aumentaram 3% naAustrália, Nova Zelândia eCanadá. (Agências)

PIB dos EUA cresce além do previstoAeconomia dos Estados

Unidos cresceu umpouco mais rápido do

que se estimava inicialmenteno quarto trimestre, comgastos mais firmes dosconsumidores e dasempresas, o que pode ajudara acalmar os temores de umaforte desaceleração nocrescimento no início de2012. O Produto InternoBruto (PIB) do país cresceu a

uma taxa anualizada de 3%,a maior desde o segundotrimestre de 2010, informouo Departamento deComércio em sua segundae s t i m at i va .

O dado ficou acima dos2,8% informados em janeiro.

"Isso mostra uma melhoraconstante, a despeito detoda a volatilidade nospreços das ações quetivemos no ano passado e

mostra que agora estamosperto de sair da recessão",afirmou o diretor deinvestimentos do SolarisGroup, em Nova York,Tim Ghriskey.

Um ritmo de crescimentosustentado de pelo menos3% provavelmente serianecessário para tornarperceptível um avanço naabsorção dosdesempregados e daqueles

que desistiram de procuraremprego. Embora o acúmulode estoques das empresasainda responda por grandeparte do crescimento daprodução no últimotrimestre, as revisões do PIBrevelaram uma melhora naperspectiva para 2012.

Co n s u m i d o re s – Alémdisso, os gastos dosconsumidores – querepresentam cerca de 70% daatividade econômica dos EUA– ficaram um pouco maisfirmes do que se pensavainicialmente. Os gastos dosconsumidores cresceram ataxa de 2,1%, em vez dos 2%informados anteriormente.

Até agora, dados que vãodo emprego à produçãoindustrial do país têmmostrado força subjacente naeconomia, reduzindo anecessidade de o FederalReserve (Fed, banco centraldos Estados Unidos) afrouxarmais a política monetária.

Porém, a alta dos preços dagasolina, de 12,6% desde ocomeço do ano, está

ofuscando a boa perspectiva.D esemprego – O

presidente do Fed, BenBernanke, ofereceu umavisão moderada sobre aeconomia ontem, jogandoágua fria na avaliação de querecentes sinais positivosacenam para umarecuperação mais forte.

Bernanke disse aoCongresso que, a menos queo crescimento acelere, a taxade desempregoinaceitavelmente alta no paísnão cairá. Mas ele evitousinalizar mais compras detítulos pelo Fed, esfriandoesperanças de algunsoperadores nos mercadosfinanceiros que estavamapostando em mais estímulomonetário. "O mercado detrabalho está longe donormal", afirmou.

O declínio na taxa dedesemprego nos EUA nosúltimos meses, para 8,3% emjaneiro, mínima em três anos,ante 9,1% em agosto,surpreendeu economistasdentro e fora do Fed. (Re u te r s )

O presidentedo FederalReserve(Fed), BenBernanke,está aindapreocupadocom arecuperaçãodo mercadode trabalho.

Jonathan Ernst/Reuters

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quinta-feira, 1 de março de 201218 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 1 de março de 2012 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não se fabrica mais nada aqui. Paramos nossas máquinas para vender máquinas c h i n e s a s.Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaqeconomia

Produção de embalagemtem tímido aumento

Após expansão de 10,23% na receita em 2010, o setor apresenta crescimento de 1,5% em 2011.

Paula Cunha

Osetor de embala-g e n s r e g i s t r o uc re s c i m e n t o d e1,5% da produção

física em 2011 ante o ano ante-rior, com receita líquida devendas de R$ 43,7 bilhões. Oresultado, muito abaixo da al-ta expressiva de 10,23% de2010, indica um processo deacomodação do segmento eaponta que ele não deve am-pliar sua participação no Pro-duto Interno Bruto (PIB), ava-liada em 1,1% neste ano. Em1985, era de 1,5%. Apesar dis-so, o desempenho é superiorao da indústria brasileira co-mo um todo, que avançou0,27% no ano passado.

Os números foram divul-gados ontem em São Paulopela Associação Brasileira deEmbalagem (Abre). Um estu-do realizado pelo InstitutoB r a s i l e i r o d e E c o n o m i a(Ibre), da Fundação GetúlioVargas (FGV), indica que o ní-vel de emprego acompanharáessa redução de ritmo de ati-vidade do País, com expan-são moderada, o que indica230 mil postos de trabalho atéo final deste ano.

De acordo com o estudo,apresentado por SalomãoQuadros, coordenador deA n á l i s e s E c o n ô m i c a s d oIbre/FGV, todos os tipos deembalagens produzidas tive-ram resultados inferiores aosde 2010. O maior recuo foi odas que utilizam o plástico

como matéria-prima (- 2,7%)ante elevação de 7,14% no anoanterior. Todos os outrositens registraram crescimen-to muito menor que o do anoanterior, como a madeira, queavançou 4,18% ante alta de24,45%, e metal, que apresen-tou expansão de 2,42% depoisde aumento de 16,26% nosmesmos períodos.

Entre as embalagens plásti-

cas, os itens fabricados paraprodutos alimentícios e bebi-das foram os que apresenta-ram diminuição mais expres-siva na produção em 2011, umpercentual de 10,03%. Eles re-presentam 21,5% da fabrica-ção desse grupo. Em seguida, aprodução de sacos ou sacolascaiu 2,05%, e representa 22,4%do total.

No setor de papel, papelão e

cartão, o desempenho anualfoi positivo em todos os itensproduzidos em 2011. As caixasde papelão ondulado avança-ram 3,46%, enquanto caixas ecartonagens dobráveis de car-tão, cartolina ou papelão lisocresceram 3,32%, e sacos e bol-sas de papel apresentaram au-mento de 12,36%. Esses últi-mos tiveram elevação expres-siva principalmente no últimotrimestre, de 18,06% ante igualperíodo de 2010, em razão dascampanhas para a redução douso de sacolas plásticas.

Estímulo à reciclagem –Além da repaginação do logo-tipo da associação, iniciativaque envolveu todos os mem-bros da Abre, o segmento esta-beleceu uma parceria com oMinistério do Meio Ambientepara estimular a reciclagemem todo o País. Batizado dePrograma de Pacto Setorial, oacordo, segundo Ana MariaVieira dos Santos Neto, direto-ra do Departamento de Consu-mo e Produção Sustentada doMinistério do Meio Ambiente,tem como objetivo disseminaruma linguagem comum de re-ciclagem em todo o País. Asimbologia está no site da Abre(w w w. a b re . o rg . b r ).

Salomão Quadros,Ibre/FGV, afirma quetodos os tipos deembalagensproduzidas tiveramresultados inferioresaos de 2010.

Divulgação

Máquinas: déficit13,6% maior em 2011.

Apesar de fechar2011 com receitade R$ 81,2 bilhões,

uma alta de 9,2% ante2010, as importações demáquinas e bens decapital continuam sendoas grandes "vilãs" para osetor. Dados divulgadosontem pela AssociaçãoBrasileira da Indústria deMáquinas eEquipamentos (Abimaq)apontam que asexportações aumentaram28,6% sobre 2010, paraUS$ 11,9 bilhões. Já asimportações ficaram emUS$ 29,7 bilhões ,expansão de 19,1% sobreo ano anterior. Com isso, odéficit na balança do setorficou em US$ 17,8bilhões, alta de 13,6%,comparado com 2010.

Entre os setores maisrepresentativos emreceita que influenciarama expansão dessaindústria, destacam-semáquinas agrícolas(30,1%) e bens sobencomenda (6,2%). Poroutro lado, enfrentamsituação preocupante pelaconcorrência comimportados, máquinastêxteis, que tiveramfaturamento 45,5% menore máquinas paraplásticos, com recuo de18,1% na receita.

Já o nível de utilizaçãoda capacidade instalada(Nuci) fechou 2011 emqueda de 1,2% ante 2010.Em janeiro, o indicadorficou em 75,8%, ante

79,2% de igual mês de2011. "É o pior Nuci desdeo pior mês do pós-crise(fevereiro de 2009), de79,3%, e o menor desde1999, de 67,8%", disse opresidente da Abimaq,Luiz Aubert Neto. Osempregos tambémrefletiram esses dados.Apesar da alta de 3,6% noano passado, o setorperdeu 2.332 postos detrabalho desde outubro.

Frente a esse cenário, aentidade reduziu aprojeção anterior decrescimento para 2012entre 7% e 8% para 5%. Opresidente acredita que odéficit na balançacontinue a ser recorde, edeve passar de US$ 20bilhões "sem dúvida"."Não se fabrica mais nadaaqui. Paramos nossasmáquinas para vendermáquinas chinesas",lamenta. Ele culpa o realvalorizado, o Custo Brasile a falta de medidas queprotejam o setor contra osimportados pela"desindustrialização". "OBrasil pode sereindustrializar. Mas ogoverno precisa darcondições para isso."

Como reação aosproblemas enfrentadospela indústria, federaçõesde todo o País ligadas aosetor, assim como todasas centrais sindicais,elaboraram o manifestoconjunto Grito de alertaem defesa da produção edo emprego brasileiro. Omovimento prevê atos atémaio em vários estadosb ra s i l e i r o s.

Karina Lignelli

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quinta-feira, 1 de março de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Contatos com oautor pelo e-mail: [email protected]

O desafio dascidades inteligentes

Ilker/Sxc

Aaproximação dedois megaeventosdo porte, a Copa doMundo de Futebol

em 2014 e Olimpíada em2016, exige atenção redobra-da quando se trata da infraes-trutura necessária para rece-ber da noite para o dia milha-res de visitantes. Nesse con-texto, contar com cidadesinteligentes deixou de servisão futuríst ica para setransformar em realidadepremente. É um desafio gi-gantesco, que inclui desdeviabilizar a construção e aadaptação de estádios à am-pliação da rede hoteleira, domonitoramento e segurançadas ruas ao gerenciamentoplanejado dos transportes.

Mas o que são afinal cida-des inteligentes? São comu-nidades que lançam mão doque há de mais avançado emgestão, recursos tecnológi-cos e arquitetônicos para res-ponder aos desafios da con-centração populacional. Asua implantação exige gran-des doses de vontade, plane-jamento e investimentos emrecursos físicos e humanos,mas compensa. A ideia écriar ambientes sustentáveise eficientes, com alto grau deconectividade, que permi-

tam conviver com altos ní-veis de qualidade de vida.

Um bom exemplo de solu-ções inovadoras para criarcidades inteligentes vem doLiving Labs, organizaçãosem fins lucrativos que pro-move novas tecnologias eserviços nas cidades. Em umtrabalho conjunto com aOracle, The Climate Group,Banco Mundial e mais 21 ci-

dades de quatrocont inentes –Barcelona, Bir-mingham, Ci-dade do Cabo,G u a d a l a j a r a ,Hamburgo, La-g o s , M é x i c o ,Rio de Janeiro,São Francisco eS a n t i a g o d oChile, entre ou-tras – a meta éa d o t a r a s m e-lhores soluçõest e c n o l ó g i c a spara atender osdesafios urba-nos . "O nossoprograma im-pulsiona a sus-t e nt a b il i d ad e ,promovendo afilosofia de queo equilíbrio doplaneta depende

da adoção de uma tecnologiaavançada nas cidades", expli-ca André Papaleo, vice-presi-dente de Indústrias da Oraclepara a América Latina.

O conceito é simples. Épreciso integrar e criar siner-gias entre o governo local,órgãos públicos e empresasprivadas para o desenvolvi-mento de projetos. Otimi-zando recursos, há redução

de custos e melhoria dos pro-cessos, além de permitir aoc i d a d ã o p o u p a r t e m p o .Quando se estabelecem ser-viços inteligentes que inte-grem infraestruturas urba-nas com menor impacto eco-lógico, as cidades se tornamtambém mais eficientes eatrativas. O apoio da tecno-logia permite ganhar tempoe qualidade de vida, comboas malhas rodoviárias,ferroviárias, aéreas e portuá-rias, a democratização dabanda larga para internet etelecomunicações, gerencia-mento do trânsito, combate àviolência e bons serviços aoscidadãos, entre outros.

Sustentabilidade das cida-des não é tema da moda. É abusca do equilíbrio do planetapela adoção nas cidades detecnologias que as tornem in-teligentes. Integradas, infraes-truturas urbanas, tecnologiase telecomunicações criamuma rede que viabiliza a au-tossustentabilidade. "É maisurgente que nunca que as ci-dades assumam a liderançacom uma visão de futuro,apoiando-se na tecnologia dainformação como mecanismoimprescindível para impul-sionar o seu desenvolvimen-to", conclui Papaleo.

Passageiro Vip

VerenaBogéa

Div

ulga

ção

Agerente- geral doQuality Hotel Curitiba é

uma carioca que, apesar demuito jovem, estátarimbada em mudar decidades – umas 15 vezesdesde que nasceu. Éapaixonada por hotelariadesde que ouviu umapalestra sobre Turismo noano do vestibular que a fezdesistir de estudar Direito."Iniciei em eventoscorporativos e sociais,recepção e organização,mas logo procurei umaoportunidade na minhaárea de coração", diz VerenaB ogéa.

Foi estagiária em umhotel que a submeteu auma verdadeira prova de

fogo: passar uma semanaem cada setor. "Lembro dosprimeiros dias, polindo latade lixo e limpandobanheiros. Foramexperiências muito válidasque fazem de mim o quehoje sou."

Desde 2005, atua naAtlantica Hotels, ondeingressou. Atualmente égerente geral, função queacumula com aresponsabilidade pelospadrões da bandeiraQuality no Brasil. "Curitibaestá com um mercadosuperaquecido, e esse é omomento deaproveitarmos com umagestão de receitas com focoem resultados", diz Verena.

A GM e a Peugeot esperam que, após cinco anos, a aliança reduza oscustos operacionais em US$ 1 bilhão para cada uma, por ano.economia

GM e Peugeot fazem aliança globalElas vão compartilhar técnicas de fabricação dos veículos, componentes e criarão de uma joint venture mundial para compras.

Fabrice Coffrini e Eric Piermont/AFP Photo

A norte-americana General Motors vai adquirir umaparticipação de 7% na francesa Peugeot

As montadoras Ge-n e r a l M o t o r s ePeugeot confirma-ram ontem a cria-

ção de uma aliança global quedeve gerar economias subs-tanciais para as duas compa-nhias. Sob os termos do acor-do, a norte-americana GM vaiadquirir uma participação de7% na francesa Peugeot. Alémdisso, elas vão compartilhartécnicas de fabricação dos veí-culos, componentes e a cria-ção de uma joint venture mun-dial para compras. Mesmo as-sim, ambas vão continuar co-mo companhias separadas eainda vão competir em mui-tos mercados.

A GM e a Peugeot esperamque, após cinco anos, a alian-ça reduza os custos operacio-nais em US$ 1 bilhão para ca-da uma, por ano. A aliança vaiser gerenciada por um grupoformado por executivos decada uma delas. O acordo ain-

da depende de aprovação dasautoridades reguladoras. Osprojetos devem entrar emoperação no segundo semes-tre deste ano.

"Essa parceria traz tremen-das oportunidades para nos-sas duas companhias", disse

Dan Akerson, executivo-chefeda GM. "As sinergias da alian-ça, acrescentadas aos nossosplanos independentes, posi-cionam a GM para uma renta-bilidade sustentável de longoprazo", acrescentou.

Philippe Varin, CEO da Peu-

geot, chamou a aliança de "ummomento tremendamente ex-citante para ambos os grupos",que "é rico nos seus potenciaisde desenvolvimento". Comoparte do acordo, a Gefco, uni-dade de logística da Peugeot,vai prestar serviço para a GMna Europa e na Rússia.

A entrada da GM na Peugeotdeve abrir caminho para amontadora francesa levantarquase 1 bilhão de euros pormeio de uma emissão de açõescom direito preferencial desubscrição (rights issue). Esseaumento de capital vai ajudara Peugeot a fortalecer suas fi-nanças e pagar por novos pro-jetos colaborativos.

A família Peugeot, que atual-mente detém uma participaçãode 22,8% na holding da monta-dora, afirmou que vai participarda emissão de ações, e que devevender 50% dos papéis a quetem direito nessa nova emissãopara a GM. (AE)

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quinta-feira, 1 de março de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

BANCOMERCANTILDO BRASIL S. A.CNPJ Nº 17.184.037/0001-10 - COMPANHIAABERTA

ASSEMBLEIAGERALORDINÁRIAPRIMEIRACONVOCAÇÃO

Ficam convocados os senhores acionistas do Banco Mercantil do Brasil S.A. para a Assembleia GeralOrdinária, a ser realizada no dia 02 de abril de 2012, às 10:00 (dez) horas, na sede social, na Rua Rio de Janeiro,654/680 - 5º andar, em Belo Horizonte, Minas Gerais, a fim de discutir e deliberar sobre os seguintes assuntos:I - Demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31/12/2011, publicadas no “Minas Gerais” eno “Estado de Minas”, edições de 16/02/2012, e sob a forma de extrato, no “Diário do Comércio de SãoPaulo”, edição de 17/02/2012; destinação do lucro líquido respectivo e ratificação dos juros sobre capitalpróprio, relativos ao ano de 2011, pagos em 31/08/2011 referente ao 1º semestre e o 2º semestre a ser pagoem 13/03/2012. II - Eleição dos membros do Conselho Fiscal. III - Remuneração dos administradores edos membros do Conselho Fiscal. Para participar da Assembleia, os acionistas pessoas físicas deverãoexibir documento de identificação pessoal, sendo que os representantes dos acionistas pessoas jurídicasdeverão exibir os documentos que legitimem a representação, inclusive contrato social ou estatutosocial. Os acionistas que detenham ações custodiadas na BMF&Bovespa deverão exibir extrato deações custodiadas atualizado. Conforme normas estatutárias, quando da representação do acionista pormandatário, o respectivo instrumento de procuração deve ser depositado, contra recibo, na Sede daSociedade, até 05 (cinco) dias antes da data da Assembleia. Na forma da ICVM 481/09, toda a documentaçãopertinente às matérias deste Edital encontra-se disponível aos acionistas na sede da Companhia e no sitewww.cvm.gov.br, desde 16/02/2012. Belo Horizonte, 24 de fevereiro de 2012. CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO -Milton deAraújo, José Ribeiro Vianna Neto, Mauricio de FariaAraujo, José Carneiro deAraújo, Yehuda Waisberg, Peter Edward Cortes Marsden Wilson, Glaydson Ferreira Cardoso, Luiz HenriqueAndrade de Araújo e Leonardo de Mello Simão.

BV Sistemas deTecnologia da Informação S.A.CNPJ/MF Nº 04.499.812/0001-84 - NIRE 35.300.369.050

Ata da Assembléia Geral Extraordinária, Realizada em 30 de Dezembro de 20111. Data, Hora e Local: Dia 30 de dezembro de 2011, às 13:00 horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas, nº 14.171, Torre A, 11º andar, na Ca-pital do Estado de São Paulo. 2. Convocação e Presença: Dispensada a convocação, em virtude da presença de Acionistas representando a totalidade docapital social. 3. Mesa: Milton Roberto Pereira, Presidente; Marta Cibella Knecht, Secretária. 4. Ordem do Dia: Aumento do capital social e alteração do Arti-go 4º do Estatuto Social da Sociedade. 5. Deliberações: Os acionistas, por unanimidade de votos, aprovaram: (i) O aumento do capital social da Sociedade,de R$ 11.610.108,35 (onze milhões, seiscentos e dez mil, cento e oito reais e trinta e cinco centavos) para R$ 13.610.108,35 (treze milhões, seiscentos edez mil, cento e oito reais e trinta e cinco centavos), sendo o aumento de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), sem emissão de novas ações, totalmentesubscrito e integralizado nesta data mediante o aproveitamento de parte da Reserva de Expansão, sem emissão de novas ações, de acordo com o dispostono Parágrafo 1º do Artigo 169 da Lei 6404/76. (ii) Em virtude da deliberação mencionada no item (i) acima, fica alterado o artigo 4º do Estatuto Social, quepassa a ter a seguinte e nova redação: “Artigo 4º. O capital social é de R$ 13.610.108,35 (treze milhões, seiscentos e dez mil, cento e oito reais e trinta ecinco centavos), divididos em 500.000 (quinhentas mil) ações ordinárias, todas nominativas, sem valor nominal”. (iii) Permanecem em vigor e inalterados osdemais artigos do Estatuto Social que não foram alterados pelo presente instrumento. 6. Observações Finais: O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra,não havendo, todavia, nenhuma manifestação. Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vaiassinada pelo Presidente, Secretária e demais acionistas presentes. (aa) Milton Roberto Pereira, Presidente; Marta Cibella Knecht, Secretária; p. BV Partici-pações S.A., Milton Roberto Pereira e Walter Guilherme Piacsek Junior. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 30 dedezembro de 2011.Marta Cibella Knecht - Secretária.Arquivado na JUCESP em 30.01.2012, sob nº 45.604/12-5.Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Votorantim Corretora de Seguros S.A.CNPJ/MF Nº 09.023.931/0001-80 - NIRE 35.300.369.041

Ata da Assembléia Geral Extraordinária, Realizada em 30 de Dezembro de 20111.Data,HoraeLocal:Dia30dedezembrode2011, às12:00horas, na sedesocial, naAlamedaRioNegro, nº 161, 12º andar,SalaB,CondomínioWest Point, Alphaville Industrial, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo.2. Convocação e Presença:Dispensada a convocação, em virtudeda presença de Acionistas representando a totalidade do capital social. 3. Mesa: Milton Roberto Pereira, Presidente; Marta Cibella Knecht,Secretária.4.OrdemdoDia:Aumento do capital social e alteração do Artigo 4º do Estatuto Social da Sociedade.5.Deliberações:Os acionistas,por unanimidade de votos, aprovaram: (i) O aumento do capital social da Sociedade, de R$ 40.316.927,82 (quarenta milhões, trezentos edezesseis mil, novecentos e vinte e sete reais e oitenta e dois centavos) para R$ 54.802.284,60 (cinquenta e quatro milhões, oitocentos e doismil, duzentos e oitenta e quatro reais e sessenta centavos), sendo o aumento de R$ 14.485.356,78 (quatorze milhões, quatrocentos e oitenta ecinco mil, trezentos e cinquenta e seis reais e setenta e oito centavos), totalmente subscrito e integralizado nesta data, sendo o montante de R$2.807.334,75 (dois milhões, oitocentos e sete mil, trezentos e trinta e quatro reais e setenta e cinco centavos), mediante o aproveitamento dosaldo da “Reserva Legal” e o montante de R$ 11.678.022,03 (onze milhões, seiscentos e setenta e oito mil, vinte e dois reais e três centavos),mediante o aproveitamento do saldo da “Reserva de Expansão”, sem emissão de novas ações, de acordo com o disposto no Parágrafo 1º doArtigo 169 da Lei 6404/76. (ii) Em virtude da deliberação (i) acima, fica alterado o Artigo 4º do Estatuto Social da Sociedade, que passa a ter aseguinte e nova redação: “Capital Social e Ações - ARTIGO 4º - O capital social é de R$ 54.802.284,60 (cinquenta e quatro milhões, oitocentose dois mil, duzentos e oitenta e quatro reais e sessenta centavos), dividido em 200.000 (duzentas mil) ações ordinárias, todas nominativas,sem valor nominal”. (iii) Permanecem em vigor e inalterados os demais artigos do Estatuto Social da Sociedade que não foram alterados pelopresente instrumento. 6. Observações Finais: O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação. Ostrabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretária edemais acionistas presentes.(aa)MiltonRobertoPereira, Presidente;MartaCibella Knecht, Secretária;p.BVParticipaçõesS.A.,WalterGuilhermePiacsek Jr. e Milton Roberto Pereira. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 30 de dezembro de 2011.Marta Cibella Knecht - Secretária. Arquivado na JUCESP em 30.01.2012, sob nº 45.6045/12-9. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

BancoSumitomoMitsuiBrasileiroS.A.CNPJnº60.518.222/0001-22 -NIREnº35300031831

AtadaReuniãoOrdináriadaDiretoriaRealizadaem29deSetembrode2011Aos 29 dias do mês de setembro de 2011, às 10h (dez horas), na sede social do Banco Sumitomo Mitsui BrasileiroS.A., na Avenida Paulista, nº 37 - 12º andar, na Capital de São Paulo, compareceram os Srs. Diretores doestabelecimento abaixo relacionados, em Reunião da Diretoria, sob a presidência do Sr.Teruhisa Konishi, DiretorPresidente da sociedade, para deliberarem e tratarem de assuntos sociais, adiante nomeados. O Sr. DiretorPresidente informou que a reunião tinha por objetivo deliberar e decidir sobre ajustes nos valores de provisãoreferentes a contingências judiciais para setembro de 2011, e em sequência, deliberar a respeito da abertura deagência nas Ilhas Cayman, objetivando facilitar a captação de recursos no exterior e o desenvolvimento de novosserviços e produtos aos clientes do Banco SumitomoMitsui Brasileiro S.A., e por fim, apreciar e decidir a respeito daadministração dos negócios sociais. Após discussão sobre as matérias, a Diretoria resolveu, por unanimidade devotos, aprovar a provisão líquida contábil no valor deR$ 416.689,61, em adição a valores já provisionados, para fazerfaceaocontencioso fiscal;aprovisãocontábil líquidanovalor deR$457.716,82, emadiçãoavalores jáprovisionados,para fazer face ao contencioso cível; e, ainda, a provisão contábil líquida no valor de R$ 680.214,34, em adição avalores já provisionados, para fazer face ao contencioso trabalhista. Em sequência, resolveu a Diretoria, porunanimidade de votos, aprovar a abertura de agência nas Ilhas Cayman. Por fim, a Diretoria decidiu, também porunanimidade de votos, continuar com amesma orientação administrativa até aqui imprimida na gestão dos negóciossociais.Nadamais havendoa tratar nemdiscutir, apósagradecer a presençaea colaboraçãodos senhoresDiretores,oSr.Diretor Presidente encerrou a sessão, pelo que se lavrou esta ata, que vai lida, achadaemordemeassinadapelamesa e pelos demaismembros daDiretoria, para constar e produzir todos os efeitos legais.Ausente justificadamenteo DiretorCarlos Eduardo deMoraes Barros Junior. aa.Teruhisa Konishi - Diretor Presidente;Yuji Kurihara - DiretorVice-Presidente;HirokazuHatanaka -DiretorVice-Presidente;RobertoHitoshiMizuno,Diretor.Esta é cópia autênticadaAtadaReuniãoOrdináriadaDiretoriadoBancoSumitomoMitsui BrasileiroS.A.realizadaem29de setembrode2011. São Paulo, 29 de setembro de 2011.Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. -Yuji Kurihara - Diretor Vice-Presidente;Roberto Hitoshi Mizuno - Diretor. JUCESP nº 83.763/12-0 em 27/02/2012. Gisela Simiema Ceschin -SecretáriaGeral.

OAS EMPREENDIMENTOS S.A.NIRE Nº 35.3.0036333-7 - CNPJ/MF Nº 06.324.922/0001-30

ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE ACIONISTA1. Data, hora e local: aos 31 de dezembro de 2011, às 11:00 horas, na sede social da OAS EMPREENDIMENTOSS.A., sociedade anônima de capital fechado, subsidiária integral, com sede na Avenida Angélica, nº 2.248, 8º andar,Consolação, CEP 01228-200, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, que é seu Foro, registrada na JuntaComercial do Estado de São Paulo – JUCESP sob o NIRE nº 35.3.0036333-7, por despacho de 13 de novembro de2008, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.324.922/0001-30 (“Companhia”). 2. Presença: acionista representando100% (cem por cento) do capital votante da Companhia, conforme se verifica pelas assinaturas lançadas no Livrode Presença de Acionistas. 3. Convocação: dispensada na forma do artigo 124, parágrafo 4º, da Lei nº 6.404/1976(“LSA”). 4. Mesa: Cesar de Araújo Mata Pires (Presidente) e José Adelmário Pinheiro Filho (Secretário). 5. Ordemdo dia: deliberar sobre (i) aumento do capital social da Companhia; e (ii) reforma e consolidação do EstatutoSocial da Companhia, de acordo com as deliberações tomadas. 6. Deliberações: instalada a Assembleia, foramtomadas as seguintes deliberações, aprovadas pela acionista detentora de 100% (cem por cento) do capital socialda Companhia sem quaisquer ressalvas: (i) AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL DA COMPANHIA - Aumentar o capitalsocial da Companhia em R$ 105.945.303,00 (cento e cincomilhões, novecentos e quarenta e cincomil, trezentos etrês reais), correspondente à emissão de 105.945.303 (cento e cinco milhões, novecentos e quarenta e cinco mil etrezentas e três) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, de acordo com o boletim de subscriçãoe integralização que compõe o Anexo I da presente ata, mediante a capitalização da totalidade dos créditos detidospela acionista OAS Engenharia e Participações S.A. contra a Companhia, no valor de R$ 105.945.303,00 (cento ecinco milhões, novecentos e quarenta e cinco mil, trezentos e três reais), registrados na conta de Passivo deno-minada Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFAC). Em razão da presente alteração, o capital socialda Companhia passa de R$ 172.453.823,00 (cento e setenta e dois milhões, quatrocentos e cinquenta e três mil,oitocentos e vinte e três reais), dividido em 172.453.823 (cento e setenta e dois milhões, quatrocentas e cinquentae três mil, oitocentas e vinte e três) ações, para R$ 278.399.126,00 (duzentos e setenta e oito milhões, trezentos enoventa e nove mil, cento e vinte e seis reais), dividido em 278.399.126 (duzentas e setenta e oito milhões, trezen-tas e noventa e nove mil, cento e vinte e seis) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, totalmente subs-critas e integralizadas emmoeda corrente nacional.Dessa forma, a acionista decidiu alterar o Artigo 4º do EstatutoSocial, que passa a ter a seguinte nova redação: “Art. 4º - O capital subscrito é de R$ 278.399.126,00 (duzentos esetenta e oito milhões, trezentos e noventa e nove mil, cento e vinte e seis reais), dividido em 278.399.126 (duzen-tas e setenta e oito milhões, trezentas e noventa e nove mil, cento e vinte e seis) ações ordinárias, nominativas esem valor nominal, totalmente integralizadas em moeda corrente nacional.” (ii) REFORMA E CONSOLIDAÇÃO DOESTATUTO SOCIAL - Reformar e consolidar o estatuto social da Companhia, na forma do Anexo II da presente ata,de forma a refletir as deliberações tomadas nos itens acima. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a ses-são foi suspensa para lavratura da presente ata, que foi lida, aprovada e assinada por todos, dela se tirando cópiasautênticas para os fins legais. Cesar de Araújo Mata Pires (Presidente); José Adelmário Pinheiro Filho (Secretário);Acionista: OAS Engenharia e Participações S.A., p/ Cesar de Araújo Mata Pires e José Adelmário Pinheiro Filho. Apresente ata, redigida sob a forma de sumário, nos termos do artigo 130, parágrafo 1º, da LSA, é cópia fiel daquelaconstante do Livro de Atas de Assembleias Gerais da Companhia, ficando autorizado por sua acionista seu registroe publicação. São Paulo (SP), 31 de dezembro de 2011. Mesa: Cesar de Araújo Mata Pires, Presidente da Mesa,José Adelmário Pinheiro Filho, Secretário. Acionista presente: OAS ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. Cesarde Araújo Mata Pires / José Adelmário Pinheiro Filho.A presente ata encontra-se arquivada na JUCESP sob o nº37.279/12-9 em 18/01/12 sob o n º de protocolo 0.035.781/12-9 – Gisela Simiema Ceshin – Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO Nº 11/12 - PREGÃO Nº 06/12Processo Licitatório 11/12. Pregão 06/12. Objeto: Aquisição de 01 (um) ônibus, 01 (um) miniônibus (van),01 (um) caminhão basculante e 01 (uma) motoniveladora. A data prevista no preâmbulo do edital, relativaà realização do certame supra, fica reaberta para 08 de março de 2012, às 15 horas. Castilho – SP, 29 defevereiro de 2012. Antonio Carlos Ribeiro – Prefeito. A Debitar (01.03.12)

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:COMUNICADO

Em razão das alterações feitas, desde a primeira publicação, e dos reiterados esclarecimentos acerca dos processosa seguir discriminados, a FDE republica a última versão dos editais, como forma de consolidar as informações nelecontidas, e estabelece nova data e horários para o recebimento dos envelopes e a abertura do Envelope nº 1, comosegue: 46/00614/11/02 - 30/03/2012 - 09h30; 46/00615/11/02 - 30/03/2012 - 10h00; 46/00616/11/02 - 30/03/2012 - 10h30; 46/00617/11/02 - 30/03/2012 - 11h00; 46/00618/11/02 - 30/03/2012 - 11h30; 46/00619/11/02 -30/03/2012 - 14h00.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00900/11/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE BIBLIOCANTO DE AÇO - BL 01A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Aquisição de Bibliocanto de Aço - BL 01.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 01/03/2012, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 14/03/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminha-das, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 01/03/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

STAFF INFORMÁTICA LTDA., CNPJ nº 04.643.984/0001-80, por seus sócios, declara extinta asociedade em 31.01.2012, conforme distrato social.

BANCOMERCANTILDO BRASIL S. A.CNPJ Nº 17.184.037/0001-10 - COMPANHIAABERTAAVISOAOSACIONISTAS - AUMENTO DE CAPITAL

SUBSCRIÇÃO PARTICULAR DEAÇÕES

O Banco Mercantil do Brasil S.A. comunica aos seus acionistas que a Assembleia GeralExtraordinária realizada em 27 de fevereiro de 2012 aprovou o Aumento do Capital Socialno montante de R$85.200.000,00, mediante subscrição particular de ações, com a emissão de7.100.000 novas ações preferenciais escriturais. Será garantido aos atuais acionistas o direitode preferência na subscrição das novas ações, nos termos do disposto no art. 171 da Lei6.404/76, pelo prazo de 30 dias, conforme estipulado neste Aviso aos Acionistas. O exercíciodo direito de subscrição deverá observar as seguintes condições: 1) Data de Registro e relaçãode subscrição - Os acionistas detentores de ações (ordinárias e/ou preferenciais) do BancoMercantil do Brasil S.A. no dia 02 de março de 2012 terão direito de preferência para asubscrição das novas ações preferenciais emitidas, na proporção de 20,056497% da posiçãoacionária detida pelo acionista; 2) Negociação ex-subscrição -As ações do BancoMercantil doBrasil S.A., adquiridas a partir de 05 de março de 2.012, inclusive, não farão jus ao direito depreferência.Apartir de 05 de março de 2012, as ações passarão a ser negociadas ex-subscrição;3) Preço de Emissão - O preço de subscrição das novas ações preferenciais é de R$12,00(doze reais), cada uma, fixado com base na “Perspectiva de Rentabilidade da Companhia”,apurado no Laudo de Avaliação elaborado pelo BES Investimento do Brasil S.A. - Banco deInvestimento, CNPJ nº 34.169.187/0001-12, conforme detalhado no Edital de Convocação daAssembleia Geral realizada; 4) Condição da Integralização - A integralização da subscriçãodeverá ser à vista e em moeda corrente nacional; 5) Características das ações emitidas edividendos - As ações preferenciais emitidas em razão desse aumento do Capital Social têmcaracterísticas idênticas às das atualmente existentes e farão jus, neste exercício, a dividendose/ou juros sobre o capital próprio pro rata temporis, a contar da data do início do prazo desubscrição e serão pagos após a aprovação desse aumento pelo Órgão Regulador competente;6) Prazo para exercício do direito de preferência: O prazo de preferência para subscrição é de30 dias, iniciando-se no dia 05 de março de 2012 com término no dia 04 de abril de 2012;7) Cessão do direito de Subscrição - O direito de preferência para subscrição das novasações, poderá ser livremente cedido pelos acionistas da Companhia a terceiros, nos termosdo art. 171, §6º, da Lei 6.404/76. 8) Procedimento para a subscrição das ações e forma deintegralização - A subscrição e a integralização das novas ações preferenciais serão feitasmediante o preenchimento do Boletim de Subscrição, o qual poderá ser obtido (a) em qualqueragência do Banco Mercantil do Brasil S.A.; (b) através de pedido encaminhado pelo acionista,no prazo previsto nesteAviso, para o endereço eletrônico [email protected]; (c) através de solicitação de encaminhamento por fax do Boletim de Subscrição, feitapelo acionista à Gerência de Relações com Acionistas nos telefones (31) 3057-6234 ou (31)3057-6196 e fax (31) 3057-6859; (d) Os acionistas que tiverem suas ações custodiadas juntoa BM&F BOVESPA - Central Depositária - deverão exercer seus direitos de preferênciapara subscrição das novas ações por meio de seus agentes de custódia. (e) A integralizaçãodeverá ser feita, em moeda corrente e à vista, em qualquer agência do Banco Mercantil doBrasil S.A. (f) Caso o acionista/subscritor resida em localidade onde o Banco Mercantil doBrasil S.A. não possua agência, a integralização poderá ser feita, via DOC ou TED, atravésda instituição financeira de preferência do acionista/subscritor para a conta de titularidade doBanco Mercantil do Brasil S.A, cujos dados serão informados quando do envio do Boletimde Subscrição; (g) Caso a subscrição/integralização ocorra fora da rede de agências do BancoMercantil do Brasil S.A, o acionista/subscritor deverá encaminhar o Boletim de Subscriçãoe o comprovante do DOC ou TED, via correio, para a Gerência de Relações com Acionistas(Rua Rio de Janeiro 654/14º andar, Belo Horizonte/MG, CEP 30160-041). Antes do envio viacorreio, o acionista/subscritor deverá encaminhar tais documentos para o fax (31) 3057-6859.9) Procedimento de sobras: a) Os subscritores deverão manifestar seu interesse na reserva dassobras no Boletim de Subscrição; b) Após o término do prazo para o exercício do direito depreferência, os subscritores que tiverem manifestado interesse na reserva de sobras no boletimde subscrição, terão o prazo de 3 (três) dias úteis, seguintes à apuração das sobras, a serinformado por meio de publicação de novoAviso aosAcionistas, para efetivarem a subscriçãodas sobras; c) Caso após a subscrição das sobras previstas no item anterior (letra “b”) aindaremanesçam ações não subscritas, serão abertos até outros 2 (dois) novos prazos - divulgadospor novos Avisos aos Acionistas - para a subscrição das ações não subscritas por aquelesacionistas que tenham pedido reserva de sobras, com relação a essas ações não subscritas,no boletim de subscrição de sobras. Após esses prazos para subscrição de sobras, caso aindaremanesçam ações a serem subscritas, a estas será dado o tratamento legal, mediante leilão embolsa. 10) Homologação - Após a subscrição da totalidade das ações emitidas será realizadanovaAssembleia Geral para fins de homologação doAumento de Capital, sendo certo que, nostermos da Lei nº 4.595/64, haverá a necessidade de homologação desse Aumento de Capitalpelo Banco Central do Brasil. 11) Crédito das Ações - As ações emitidas serão creditadas aosrespectivos subscritores em até 5 (cinco) dias úteis após a homologação do aumento de capitalpelo Banco Central do Brasil o que será divulgado através de publicação de novo Aviso aosAcionistas. BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. Athaide Vieira dos Santos - Diretor deRelações com Investidores.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 29 de fevereiro de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes

pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Consórcio Alfa de Administração S.A.CNPJ/MF nº 17.193.806/0001-46 e NIRE 35 3 0002366 8

Ata de Reunião do Conselho de AdministraçãoData: 06 de fevereiro de 2012. Horário: 17:00 horas. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, São Paulo - SP. Reuniu se o Conselho deAdministração do Consórcio Alfa de Administração S.A., presentes seus membros infra-assinados. Na ocasião os membros do Conselhode Administração tomaram conhecimento da renúncia do Sr. Ricardo Ananias de Oliveira ao cargo de Diretor desta sociedade. Em seguida ossenhores Conselheiros, segundo preceitos legais e estatutários, resolveram, por unanimidade, eleger para Diretor, o Sr. Christophe YvanFrançois Cadier (CPF/MF nº 128.492.178-67 - RG nº 9.895.807-SSP-SP), brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado emSão Paulo-SP, com endereço comercial na Al. Santos, 466 - 10º andar, Cerqueira César, São Paulo - SP. O prazo de mandato do Diretor oraeleito se estenderá até a posse dos eleitos na primeira Reunião do Conselho de Administração que se realizar após a Assembleia Geral Ordi-nária de 2012. O Diretor preenche as condições prévias de elegibilidade previstas nos artigos 146 e 147 da Lei nº 6.404/76 e na Instruçãonº 367/02 da Comissão de Valores Mobiliários, bem como não está incurso em crime algum que vede a exploração de atividade empresarial.No mesmo ato deliberaram designar o Dr. ChristopheYvan François Cadier para Diretor de Relações com Investidores, em substituição aoSr. Ricardo Ananias de Oliveira, em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 480, de 2009. Nada mais a tratar, foi encerrada a reunião,da qual se lavrou esta ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos Conselheiros presentes. São Paulo, 6 de fevereiro de 2012. PauloGuilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente do Conselho de Administração. José Aloysio Borges - Conselheiro. Luiz Alves Paes de Barros- Conselheiro. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Consórcio Alfa de Administração S.A. a.a.) Rubens Garcia Nunes- Diretor Vice-Presidente. Paulo Guilherme M. L. Ribeiro - Diretor Presidente. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registrosob o nº 76.531/12-0 em 17/02/2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Requerente: Capricórnio S/A. Requerido: Sandra Lucki - ME. Rua Almirante Barroso, 907 - Brás - 2ª Vara de Falências. Requerente: Banco Industrial e Comercial S/A. Requeri-do: Saúde ABC Serviços Médico-Hospitalares Ltda. Av. Vereador José Diniz, 3505 – Campo Belo - 1ª Vara de Falências.

Os estados registraram em janeiro superávit primário deR$ 4,624 bilhões e os municípios, R$ 612 milhões.economia

Contaspúblicas têmmelhor mêsdesde 2001Saldo positivo recorde de R$ 26,016 bilhões

em janeiro ocorreu graças a maiorarrecadação e os desempenhos dos estados

As contas do setor pú-blico fecharam omês de janeiro comsuperávit primário

de R$ 26,016 bilhões, o melhorresultado para o mês desde oinício da série em 2001, infor-mou ontem o Banco Central(BC). Esse resultado, que excluio gasto com juros da dívida, foiobtido não só por um esforço fis-cal maior do Governo Central,com arrecadação, mas tambémpelo desempenho dos estados,que registraram superávit pri-mário de R$ 4,624 bilhões. Osmunicípios tiveram um saldopositivo de R$ 612 milhões.

Enquanto as contas do Go-

verno Central tiveram superá-vit de R$ 20,233 bilhões, os go-vernos regionais (estados emunicípios) tiveram R$ 5,236bilhões. Esse desempenho fa-vorável das contas dos estadose municípios ajudou a aumen-tar o resultado em janeiro.

As empresas estatais, poroutro lado, também registra-ram um superávit de R$ 547milhões. Enquanto as empre-sas estatais federais tiveramum superávit de R$ 186 mi-lhões, as empresas estatais es-taduais registraram um resul-tado positivo de R$ 454 mi-lhões. Já as municipais regis-traram déficit primário de

R$ 92 milhões.Em 12 meses até janeiro, o

superávit primário das contasdo setor consolidado subiu de3,11% para 3,3% do PIB, o equi-valente a R$ 136,978 bilhões.

As despesas com juros do se-tor público somaram em janei-ro R$ 19,661 bilhões. O valor éum pouco maior do que os ga-tos com juros em janeiro do anop a s s a d o , q u e s o m a r a mR$ 19,281 bilhões. Em 12 mesesaté janeiro, os gastos com jurossomam R$ 237,054 bilhões, oequivalente a 0,71% do PIB, se-gundo os dados do BC.

Superávit nominal – O setorpúblico consolidado encerrou

janeiro com superávit nominalde R$ 6,355 bilhões. O valormostra reversão quando com-parado a igual mês de 2011,quando o setor amargou déficitnominal de R$ 1,532 bilhão.

Entre os componentes para oresultado do mês passado, osgovernos regionais responde-ram pela maior fatia do resul-tado, com saldo nominal posi-tivo de R$ 3,749 bilhões, sendoque a maioria dessa cifra foiobtida pelos governos esta-duais, que terminaram o mêspassado com o desempenhopositivo de R$ 3,536 bilhões.

Na esfera federal, o governocentral encerrou janeiro com

superávit nominal de R$ 2,184bilhões. Já as estatais entrega-ram um dado nominal positi-vo de R$ 421 milhões.

No acumulado em 12 mesesaté janeiro deste ano, o setor pú-blico amarga déficit nominalde R$ 100,076 bilhões, o equiva-lente a 2,41% do PIB. O percen-tual é inferior ao resultado emdezembro de 2011, quando cor-respondia a 2,61% do PIB.

Dívida líquida – A dívida lí-quida do setor público voltou asubir em janeiro e alcançou oequivalente a 37,2% do Produ-to Interno Bruto (PIB) no mêspassado. Segundo o BC, o va-lor é superior aos 36,5% regis-

trados em dezembro de 2011.O aumento do indicador no

mês passado aconteceu, espe-cialmente, graças à variaçãocambial de 7,3%, o que aumen-tou o indicador em 1 pontoporcentual, e à apropriação dejuros, que somou outro 0,5ponto à dívida. Segundo o BC,a dívida líquida em janeiroequivalia a R$ 1,544 trilhão.

O BC informou ainda que adívida bruta do governo fede-ral alcançou 55,1% do PIB emjaneiro. Em dezembro, o indi-cador estava em 54,3%. Por es-te conceito, a dívida brutaequivale a R$ 2,287 trilhões emjaneiro. (AE)

No acumulado em12 meses atéjaneiro deste ano,o setor públicoamarga déficitnominal deR$ 100,076bilhões, oequivalente a2,41% do PIB. Emdezembrocorrespondia a2,61% do PIB.

David Siqueira/SXC

Page 22: DC 01/03/2012

quinta-feira, 1 de março de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Brasil de 2020 será um dos maiores mercados consumidores e uma das maiores economias globais.Pesquisa da FecomercioSPeconomia

Classe C sustentará alta de 40% do PIBFecomercioSP

prevê queconsumo

familiar no Brasilchegará a

R$ 3,53 trilhõesem 2020.

Crescimento dopoder aquisitivo

ficará maisevidente na

classe média.

Pesquisa da Federaçãodo Comércio de Bens,Serviços e Turismod o E s t a d o d e S ã o

Paulo (FecomercioSP) mostraque a classe média será a prin-cipal responsável por susten-tar um crescimento acumula-do de 40% projetado pela enti-dade para a economia brasilei-ra até 2020.

O estudo "A evolução daclasse média e o seu impactono varejo", divulgado ontem,chama de classe média as famí-lias que formam a classe C de-finida pelas faixas de rendi-mento da Pesquisa de Orça-mentos Familiares (POF) doInstituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE). Por essecritério, integram a classe mé-dia famílias com renda mensalde R$ 1,4 mil a R$ 7 mil.

A pesquisa prevê que o con-sumo familiar no Brasil será deR$ 3,53 trilhões em 2020, anteR$ 2,34 trilhões estimados pa-ra 2011. O montante represen-tará 65% do Produto InternoBruto (PIB) do Brasil em 2020.Para a entidade, o crescimentodo poder aquisitivo da popu-lação ficará mais evidente naclasse C, que hoje representa54% dos brasileiros e possuiuma capacidade de consumode mais de R$ 1 trilhão, o queequivale a 51% de toda a rendadas famílias.

A previsão é que já em 2015 a

classe média seja responsávelpelo consumo equivalente aodas classes A e B somadas. Se-gundo a pesquisa, o País passapor um forte processo de cres-cimento do mercado consumi-dor. Em 2003, as classes A, B e Crepresentavam cerca de 49%das famílias brasileiras e atual-mente essa proporção chega a61%. "Em 2003, menos da me-tade dos brasileiros se encon-trava em um patamar médiode consumo, enquanto hojequase dois terços da popula-ção já alcançou esse patamar",afirma o estudo. "O Brasil de2020 será um dos maiores mer-cados consumidores e uma dasmaiores economias globais."

A renda per capita da popu-lação, que em 2010 era deR$ 19.342, deve crescer 30% nasclasses A (rendimento mensalacima de R$ 11 mil) e B (entreR$ 7 mil e R$ 11 mil) e 50% nasdemais. Entre 2002 e 2010, a ta-xa de desemprego passou de11,7% para 6,7%, de acordo como estudo. A massa real de salá-rios aumentou em torno de 30%

no mesmo período."O Brasil tornou-se uma eco-

nomia de classe média comrenda maior e mais bem distri-buída e ainda contará com oprocesso de inclusão de pes-soas de faixas de renda maisbaixas no mercado de consu-mo por mais essa década, aomenos", afirma a entidade.

As condições socioeconômi-cas verificadas nos últimosanos têm mudado, conforme aFecomercioSP, o perfil de con-

sumo da população. "O consu-midor brasileiro, que já evoluiudo consumo básico para umpatamar mais sofisticado, vaidemandar cada vez mais servi-ços e produtos de alta qualida-de", prevê a pesquisa. Exemplodisso, segundo o estudo, é ogasto médio com alimentaçãofora do domicílio – que em 2003era de R$ 114,59 por mês e pas-sou para R$ 145,59 em 2009, au-mento de 26,6%. Os gastosmensais médios com telefoniacelular subiram 63,3% entre2003 e 2009, passando deR$ 17,68 para R$ 28,93.

De acordo com a entidade, ocomércio varejista foi um dossetores privilegiados com amudança dos padrões sociaisda população. O crescimentomédio do varejo foi de 9% aoano de 2004 a 2010, um au-mento real de 82% nas vendasno período. "Em sete anos, ocomércio varejista quase do-brou de tamanho", afirma aF e c o m e rc i o S P.

Pop ul aç ão – A pesquisaprojeta que, em 2020, o País

COLEÇÕESOUTONO/INVERNO2012 –A atriz DeborahSecco desfilouontem, noúltimo dia doeve ntoShopping MegaPolo Moda, noBrás, emSão Paulo. Leiamais emw w w. d co m e rc i o.co m . b r.

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Cresce aintenção deconsumodas famílias

A intenção deconsumo dasfamílias subiu 0,9%

em fevereiro contra janeiro,e subiu 3,1% frente afevereiro do ano passado.Foi o que mostrou aPesquisa de Intenção deConsumo das Famílias daConfederação Nacional doComércio de Bens, Serviçose Turismo (CNC).

Mas, em janeiro, ainstituição apontou elevaçãomais intensa na comparaçãocontra mês anterior, de 1,8%no consumo contradezembro do ano passado.No entanto, contra janeiro de2011, o consumo subiusomente 0,3% no primeiromês do ano.

O aumento do saláriomínimo, um cenárioinflacionário mais benigno emedidas do governo deincentivo ao consumolevaram à permanência desaldo positivo nos resultados.A CNC chamou atenção parao fato de que as famílias aindamantêm elevada confiançaquanto ao emprego. Isso, emum ambiente em que ogoverno já adotou medidasde incentivo ao consumo,pode ter influenciado oresultado positivo defeve re i ro.

Por faixas de renda, olevantamento mostrou que aconfiança se manteve empatamar elevado tanto entreos mais ricos quanto entre osmais pobres. Para a entidade,as famílias estão maisotimistas quanto aoconsumo futuro do que noano passado. Embora aperspectiva de consumo emfevereiro deste ano tenhacaído 3,7% contra janeiro,ainda se encontra 2,9%acima de igual mês do anopassado. A pesquisa ouviuem torno de 18 milconsumidores no País. (AE)

terá aproximadamente 207 mi-lhões de habitantes. A popula-ção economicamente ativa,atualmente de 130 milhões, de-ve atingir 145 milhões de bra-sileiros, o que representa umincremento de mais de 10% naforça de trabalho potencial nofim da década.

Para a entidade, entretanto,o principal desafio do Brasilpara os próximos dez anos é li-dar com as consequências pro-vocadas pelo envelhecimentoda população. "Se a última dé-cada foi do fortalecimento ecrescimento da classe média,esta será focada no entendi-mento dos riscos e oportunida-des envolvidos no envelheci-mento da população", observao estudo.

O total de pessoas com maisde 60 anos deve pular de 18 mi-lhões para 26 milhões em 2020.Para a entidade, com o aumen-to da qualidade e da expectati-va de vida, muitas pessoascom idade superior a 60 anosirão permanecer no mercadode trabalho. (AE)

Taxa de desemprego atinge 9,5%

Em janeiro havia 2,111 milhões de pessoas desempregadas no País

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Gasto com alimentação fora de casa, que subiu 26,6% entre 2003 e 2009, é um exemplo, segundo aFecomercioSP, de que a classe C demanda cada vez mais serviços e produtos de alta qualidade.

Patrícia Cruz/LUZ

Ataxa de desemprego noPaís atingiu 9,5% em ja-neiro, ante os 9,1% veri-

ficados em dezembro, segundoa Pesquisa de Emprego e De-semprego (PED), realizada pelaFundação Sistema Estadual deAnálise de Dados (Seade) e peloDepartamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese) em sete re-giões metropolitanas e divulga-da ontem. No ano passado, a ta-xa média foi de 10,5%. No últi-mo mês, havia 2,111 milhões depessoas desempregadas noPaís, resultado do aumento de104 mil demissões em janeiro.

A taxa registrada em São Pau-lo subiu para 9,6% em janeiro – amenor da série histórica –, ante9% em dezembro. A alta inter-rompe uma sequência de qua-tro quedas consecutivas.

O nível de ocupação no Paísficou praticamente estável,com alta de 0,1%. Neste mês, ototal de ocupados foi estimadoem 20,167 milhões, para umaPopulação EconomicamenteAtiva (PEA) de 22,167 milhões.

O desemprego recuou ape-nas em Recife (12,2%, em de-zembro, para 11,9%, em janeiro)e Belo Horizonte (de 5,2% para5,1%). E subiu em Porto Alegre(de 6,4% para 6,5%), Distrito Fe-deral (de 11% para 11,5%), For-taleza (de 7,7% para 8,1%) e Sal-vador (de 14,1% para 15%).

Na divisão por atividade, onível de ocupação subiu emquatro dos cinco setores.

Rendimento – Em dezem-bro, o rendimento médio realdos ocupados (descontada a in-flação) cresceu 0,4% no País, fi-cando em R$ 1.458. Já o dos as-

salariados recuou de 0,4%, paraR$ 1.510.

Taxas diferentes – A dife-rença na metodologia utilizadapelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) e pelaPED (Seade/Dieese) explica adiscrepância entre os númerosapresentados pelas pesquisas.

Hoje, a PED reportou uma ta-xa de desemprego de 10,5% em2011, enquanto o IBGE divul-gou, na semana passada, umavariação de 6%.

Na PED, realizada desde ja-neiro de 1985, a Seade e o Dieesedividem o desemprego em trêscategorias: aberto (quando aspessoas procuram emprego),oculto por desalento (pessoasque não procuraram trabalhonos últimos 30 dias por uma sé-rie de motivos) e oculto por tra-balho precário (que realizamtrabalhos precários, como bicos,por exemplo).

Para o IBGE, que realiza a Pes-quisa Mensal de Emprego(PME) desde janeiro de 1980, apessoa que faz bicos ou tem umemprego temporário está em-

pregada. Ou seja, o instituto le-va em consideração apenas asinformações referentes ao de-semprego aberto – quando a

pessoa está há mais de 30 diasprocurando emprego.

O IBGE faz o levantamentonas regiões metropolitanas deRecife, Salvador, Belo Horizon-te, Rio de Janeiro, São Paulo ePorto Alegre.

Já a Fundação Seade e o Die-ese apuram os números emsete regiões: Belo Horizonte,Fortaleza, Porto Alegre, Reci-fe, Salvador, São Paulo e Dis-trito Federal.

Assim, a taxa do ano passadode 10,5% da PED é o resultadoda soma do desemprego aberto(7,9%) mais o desemprego ocul-to (2,6%). Com a a ponderaçãodo IBGE, da média das taxas dedesemprego, o resultado do anotodo foi de 6%. ( F o l h a p re s s )

61por cento das famíliasbrasileiras é quantorepresentam hoje as

classes A, B e C.Em 2003 essa

participação era decerca de 49%.