semmais 28 marco 2015

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Pub. Sábado | 28 março 2015 www.semmaisjornal.com semanário — edição n.º 848 • 8.ª série — 0,50 € região de setúbal Diretor: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA CULTURA 8 Ator e bailarino João Lobo começou no Fontenova e tem carreira nacional. NEGÓCIOS 13 Lisnave aprova contas e vai distribuir 1,2 milhões a trabalhadores efetivos. DESPORTO 11 Caparica Primavera Surf Fest arrancou com centena de atletas, oriundos de 17 países. Garcia de Orta sem vaga para enfermeira 'doente' SOCIEDADE A enfermeira Maria do Rosário Martins, adoeceu em Agosto do ano passado e agora quer voltar ao serviço. A administração do Garcia de Orta diz que tem que esperar por vaga. PÁG. 3 Susana Alves lança livro sobre sumos Detox e quer inspirar SOCIEDADE A autora confessa que com estas 'receitas' perdeu 25 quilos. Especializou-se, e agora quer inspirar os seus futuros leitores a mudarem de vida e a ganharam hábitos saudáveis. PÁG. 6 Distrito tem mais 95 vítimas de crimes de violência doméstica SOCIEDADE A região continua a registar as mais altas taxas do país de pessoas vítimas de crimes domésticos. Em 2014, o distrito contabilizou 735 casos, mais 95 do que os registadas em 2013. PÁG. 3 Reposição de areias é a melhor solução para as nossas praias Os especialistas continuam a defender que a melhor solução para resolver a erosão da nossa costa, entre a Caparica e o Portinho da Arrábida, é a reposição de areias. As águas já subiram 20 centímetros desde o século XX. PÁG. 2

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Edição do Semmais de 28 de Março

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Page 1: Semmais 28 Marco 2015

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Sábado | 28 março 2015 www.semmaisjornal.comsemanário — edição n.º 848 • 8.ª série — 0,50 € • região de setúbalDiretor: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

CULTURA 8Ator e bailarino João Lobo começou no Fontenova e tem carreira nacional.

NEGÓCIOS 13Lisnave aprova contas e vai distribuir 1,2 milhões a trabalhadores efetivos.

DESPORTO 11Caparica Primavera Surf Fest arrancou com centena de atletas, oriundos de 17 países.

Garcia de Orta sem vaga para enfermeira 'doente' SOCIEDADE A enfermeira Maria do Rosário Martins, adoeceu em Agosto do ano passado e agora quer voltar ao serviço. A administração do Garcia de Orta diz que tem que esperar por vaga.

PÁG. 3

Susana Alves lança livro sobre sumos Detox e quer inspirar SOCIEDADE A autora confessa que com estas 'receitas' perdeu 25 quilos. Especializou-se, e agora quer inspirar os seus futuros leitores a mudarem de vida e a ganharam hábitos saudáveis.

PÁG. 6

Distrito tem mais 95 vítimas de crimes de violência domésticaSOCIEDADE A região continua a registar as mais altas taxas do país de pessoas vítimas de crimes domésticos. Em 2014, o distrito contabilizou 735 casos, mais 95 do que os registadas em 2013.

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Reposição de areias é a melhor solução para as nossas praias

Os especialistas continuam a defender que a melhor solução para resolver a erosão da nossa costa, entre a Caparica e o Portinho da Arrábida, é a reposição de areias. As águas já subiram 20 centímetros desde o século XX.

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ENFOQUE

O ALERTA é deixado pelo físi-co Filipe Duarte Santos: «A me-lhor maneira de se defender a costa passa pela alimentação ar-tificial de areia nas praias», su-blinha o também coordenador do grupo de trabalho criado pelo Governo para apresentar solu-ções que contemplem a defesa da orla costeira. A conclusão sur-ge numa altura em que várias praias da região já não escapam ao fenómeno erosivo. Da Costa de Caparica até ao Portinho da Arrábida.

O professor universitário e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lis-boa reforça o que já se sabia, so-bre a melhor defesa da costa as-sentar na própria praia, ressal-vando que nesta altura a região está assistir a uma «erosão mui-to intensa», devido ao défice de sedimentos. É que até há alguns anos eram transportados pelos rios, «mas, devido à construção de barragens e extração de gran-des quantidades de areia dos rios e estuários, são hoje menos trans-portados para a costa».

Os estudos realizados ao lon-go dos anos confirmam ainda como o litoral está sem capacidade de «reposição natural», o que agra-va o atual cenário, já de si pessi-mista, com uma das costas mais energéticas do mundo para a la-titude em que o país se encontra. «Temos uma agitação marítima bastante intensa e ventos domi-nantes de noroeste, que provo-cam um transporte de sedimen-tos de norte para sul», explica.

Mais. A subida do nível mé-dio da água do mar, que regis-tou um aumento de cerca de 20 centímetros desde o século XX, deverá subir um metro até final do século, aumentando os pro-blemas na orla costeira, acres-centa o mesmo especialista, para quem não há tempo perder. É preciso investir conveniente-mente naquela que se perfila como a solução «mais duradou-ra», recorrendo à alimentação

artificial e areia nas praias, à se-melhança dos é que feito em mui-tos outros países com proble-mas idênticos e até mais graves do que Portugal, como sucede coma Holanda.

«O objetivo até é simples. Pas-sa por se ir buscar areia ao fun-do do mar e transportá-la para

a costa», explica o investigador ao Semmais, para quem o litoral deverá ainda começar a prepa-rar a relocalização de algumas construções. «É inevitável», diz, descartando a construção de mo-lhes, já que também eles têm sido responsáveis por alguns proble-mas ao longo dos anos.

Entregue em Dezembro ao Governo, o relatório do grupo de trabalho criado pelo Execu-tivo para apresentar soluções para a orla costureira analisou, durante seis meses, a erosão na costa de Portugal continental, desde o Minho até à foz do rio Guadiana.

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Texto Roberto Dores

As alterações climáticas que desafiam o distrito

Entretanto, o mesmo especialista diz que as alterações climáticas vão de-safiar o distrito de Setúbal a arranjar soluções para combater a, cada vez mais, frequente escassez de chuva, com consequentes aumentos dos pe-ríodos de seca. O risco de incêndio também vai ser agravado.O docente acrescenta que esta con-clusão, com base nos estudos reali-zados, não é caso para alarmismos exacerbados, sendo antes uma fer-ramenta de trabalho para evitar sur-presas desagradáveis no futuro. Isto é, explica, «vai ter que haver uma adap-tação a novas situações, para que se consiga, por exemplo, garantir água na região», sublinha, admitindo, que o maior receio recai sobre fenóme-nos meteorológicos extremos. Por exemplo, uma seca grave numa re-gião que desempenha «um papel im-portante no abastecimento de cereais é preocupante», insiste, acrescentan-do ainda que as ondas de calor serão um dos principais impactos a sul, «ten-do sido feito um trabalho bastante bom pela Direcção-Geral de Saúde e pelo Instituto Ricardo Jorge. Existe um sistema de alerta, o Ícaro, que é bas-tante bom», resume.

Reposição de areia é a melhor solução para praias do distrito, entre a Costa e o Portinho

É mais um alerta a poucos meses da abertura da época balnear, mas é o futuro que mais preocupa os especialistas

Águas subiram 20 centímetros desde o século XX

O desaparecimento de areias, da Costa da Caparica ao Portinho, é uma dor de cabeça, os especialistas dizem que a região está a assistir a «uma erosão muito intensa» e a solução é mesmo a alimentação artificial.

Os invernos rigorosos e o avanço do mar tem ‘engolido’ a zona arenosa e galgado áreas de apoio à época balnear

Nos últimos anos, têm sido colocados cente-

nas de milhar de me-tros cúbicos de areia na

Costa da Caparica

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SOCIEDADE

Enfermeira quer voltar ao trabalho mas não tem vaga no Hospital Garcia de Orta

A ENFERMEIRA Maria do Ro-sário Martins é funcionária do Hospital de Garcia de Orta (Al-mada), mas está com licença sem vencimento há sete meses, por “imposição” da própria unidade de saúde, segundo denuncia ao Semmais. «Não tenho nenhum rendimento desde Agosto. Cá em casa vivemos com o salário bai-xo do meu marido, a minha filha estuda em Lisboa e é inaceitável que não me deixem trabalhar», lamenta, depois do seu posto de trabalho no Serviço de Pneumo-logia - a qual estava adstrita – ter sido ocupado por outro profis-sional, enquanto a enfermeira era operada, devido a uma lesão na coluna e ficava com uma inca-pacidade de 13%.

«Há serviços que não posso fazer, sobretudo os que exigem muito esforço, mas existem ta-refas onde me podem enquadrar», reclama Maria do Rosário, que a 5 de Março de 2008 iniciou um autêntico calvário.

Viria a sofrer um acidente em serviço, diz, ficando com a colu-na afetada e, como consequên-cia, oito meses depois era vítima de um segundo acidente que agra-vou o seu estado de saúde. Fica-ria de baixa até 9 Fevereiro de 2011, dia em que regressou ao tra-balho com indicação médica para «não fazer esforços, nem estar muito tempo de pé ou sentada», sublinha.

Dia 29 de Abril de 2011, como consequência do acidente em ser-viço, foi operada ao joelho direi-to. Voltava a ficar de baixa, até que a 22 de Dezembro uma Jun-ta Médica lhe atribuiu Incapaci-dade Permanente Absoluta de 7,5%. Viria a apresentar-se ao tra-balho em Outubro de 2013, mas diz que a chefia não lhe permi-tiu trabalhar nesse dia «para não prejudicar o serviço», pelo que seria preferível gozar as férias que tinha em falta. Um total de 241 dias.

Já a 17 de Agosto de 2014 o azar voltou a bater-lhe à porta. Vítima de uma tentativa de rou-bo, Maria do Rosário seria vio-lentamente agredida. «Dei entra-da no hospital, fiz traumatismo craniano e voltei a ficar incapa-citada para trabalhar. Há uma queixa-crime apresentada por mim», revela, tendo solicitado aos recursos humanos do hos-pital a interrupção das férias.

Mas foi na resposta de Setem-bro que as coisas se complica-ram profissionalmente para a en-fermeira. A carta do hospital avi-sava que Maria do Rosário tinha passado à situação de licença sem vencimento, que ainda perma-

nece. Quando a 18 de Setembro tenta efetuar o registo biométri-co para entrar no hospital já não conseguiu. Os dados estavam anulados. No Serviço de Recur-sos Humanos ficou a saber que não poderia reiniciar as suas fun-

ções, porque estava de licença sem vencimento.

«Aconselharam-me a forne-cer novos elementos de prova re-lativamente à agressão. Reuni as provas da queixa-crime, relató-rio para a polícia e medicação em ambulatório, mas o pedido de anulação do atestado médico foi indeferido», lamenta, tendo re-cebido a mesma resposta do di-retor do hospital no passado 15 de janeiro. Já esta semana avan-çou com novo pedido de ingres-so, mas já sabe que a resposta será a mesma. «Nem sequer a mobilidade para a Administra-ção Regional de Saúde estou a conseguir», lamenta.

Maria do Rosário Martins está sem rendimentos desde agosto do ano passado, hospital diz que tem que esperar

DR

É uma história rocambolesca. A enfermeira adoeceu, ficou com uma ligeira incapacidade e perdeu o lugar. O hospital não a quer readmitir. Agora está sem rendimentos desde Agosto do ano passado.

Texto Roberto Dores

Hospital diz que enfermeira terá que esperarA administração do Garcia de Orta justifica em carta enviada à enfer-meira que a colaboradora foi co-locada na situação de licença sem vencimento «por incumprimento do dever de prestar trabalho con-secutivo no qual não se incluem os dias de férias». Como tal, os ad-ministradores aconselham Maria do Rosário a estar atenta ao mapa de pessoal, aguardando «um pos-to de trabalho não ocupado, po-dendo candidatar-se a procedi-mento concursal para órgão ou serviço para o qual reúna os re-quisitos».

Maria do Rosário Martins está com licença sem vencimento há sete meses

Crime aumentou no distrito com mais 95 vítimas em 2014O DISTRITO de Setúbal continua a registar as mais altas taxas do país de pessoas vítimas de crime, segundo dados revelados pela As-sociação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). E os sinais de aler-ta agudizaram-se por toda região face ao aumento de casos de vio-lência registados em 2014. O dis-trito contabilizou 735 vítimas, o que representa mais 95 do que as 640 de 2013, traduzindo 8,3% das vítimas no todo nacional, quando no ano anterior tinha sido 7,3%.

A região de Setúbal é apenas ultrapassada pelos distritos de Lis-boa, Porto e Faro, sendo que o per-

fil da vítima exibido pela APAV aponta, na grande maioria (82,3%) para mulheres com idades entre os 25 e os 54 anos (37,1%) casadas (39,4%) e com filhos (39,4%). 7,6% possuem ensino superior e 29,6% encontram-se empregada. 28,4% têm relação de conjugalidade com o autor do crime.

Quanto ao perfil do agressor, mais de 80% são homens com ida-des compreendidas entre os 25 e os 54 anos de idade (30%).

Os dados recolhidos relativamen-te ao autor do crime em 2014, carac-terizam-no, em termos de estado ci-vil, como casado (35,6%) e em 31,7%

dos casos tinham uma atividade pro-fissional regular. Em mais de 70% dos casos assinalados a vitimação ocor-rida foi de tipo continuado.

A duração deste tipo de viti-mação continuada acontece so-bretudo, num espaço temporal entre os dois e os seis anos (19%). Diz ainda a APAV que, tendo em conta que a maioria dos casos re-ferenciados pela associação fo-ram casos de Violência Domés-tica, «é fácil perceber que o prin-cipal local do crime assinalado ti-vesse sido a residência comum, entre vítima e autor do crime», to-talizando 52,6% das sinalizações.

Já quanto à existência de queixa ou denúncia para as si-tuações sinalizadas, em cerca de 40% foi formalizada «uma quei-xa/denúncia junto das entida-des policiais».

De resto, a região acabou por acompanhar a tendência nacio-nal, onde, comparativamente com dados de 2013, a APAV re-gistou o aumento de casos em cada grupo de vítimas referen-ciado. Para as pessoas idosas, de 774 casos em 2013, passou-

-se para 852 em 2014. Mais 10,1%. Para as crianças e jovens, o au-mento percentual rondou os 2% (de 974 para 992). Entre mulhe-res e homens, no seu conjunto, o aumento percentual foi o mais significativo com 12,4% (de 6985 em 2013 para 7848 em 2014).

Ainda assim, não é de hoje que os portugueses que são vítimas de violência estão a perder a vergonha de denunciar os maus tratos, ainda segundo a APAV, sendo que a pró-pria GNR confirma este dado, ga-rantindo que os militares intensifi-caram a vigilância, sobretudo, jun-to da população mais isolada.

“O Seminarista e o Guerrilheiro” é o tí-tulo do livro de Matos Gago que é apre-sentado este sábado, no Teatro da Co-muna, em Lisboa, por João Mota. A obra aborda a Guerra Colonial em Angola,

de forma romanceada, numa perspeti-va do “Império” e da luta emancipado-ra dos movimentos anticoloniais. Ma-tos Gago foi presidente da Câmara de Grândola de 1990 a 1994.

A melhor seleção de peixe apanhado na cos-ta setubalense enriquece as ementas dos 65 restaurantes participantes no Festival da Caldeirada, a realizar de 28 de março e 12 de abril. O evento, que durante 16 dias dá

particular destaque a um dos pratos típi-cos de Setúbal, integra um ciclo de festivais gastronómicos promovidos ao longo do ano pelo município dedicados a peixes e mariscos com tradição na cozinha local.

Antigo presidente de Câmara lança livro Caldeiradas reforçam restaurantes sadinos

O ano passado foram azares atrás de azares

Denuncias e queixas na ordem dos 40 por cento

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SOCIEDADE

As areias finas de Tróia estão entre as melhores da Europa

AS PRAIAS de Tróia estão entre as 13 melhores praias da Europa, segundo o “Thrilist”, um dos mais prestigiados sites de turismo dos Estados Unidos da América, e en-tre as melhores de Portugal, de acordo com os leitores do jornal britânico “The Guardian”.

Segundo o site americano, “as praias de Tróia destacam-se pe-

las suas longas línguas de areia fina, água azul-turquesa e pela sua paisagem, onde encontramos as Ruínas Romanas de Tróia, o Porto Palafítico da carrasqueira e é possível observar golfinhos”.

Os leitores do “The Guardian”, por sua vez, elogiam “os 18 qui-lómetros de praias, ideais para um piquenique descontraído em família, sem multidões, ou para um passeio de barco durante o qual talvez seja possível ver os golfinhos”.

Para Célia Ferreira, respon-sável pela Área de Gestão Am-biental do Troia Resort «este é um reconhecimento que nos en-che de orgulho e que comprova que Tróia é um destino com cada

vez maior projeção internacio-nal». Acrescenta ainda que «a be-leza da sua envolvente natural é, sem dúvida, um elemento que o torna único em Portugal e no Mundo».

Recorde-se que a qualidade das 3 praias concessionadas, ‘Tróia-Mar’, ‘Tróia-Bico das Lu-las’ e ‘Tróia-Galé’, é ainda reco-nhecida pela Quercus, na sua lis-ta “Praias com Qualidade de

Ouro” sendo galardoadas, todos os anos, com a Bandeira Azul.

Segundo os responsáveis da Troia Resort, este é o resultado do trabalho desenvolvido no âm-bito do sistema de gestão am-biental que, progressivamente, englobou as atividades de pro-jeto, construção e exploração do empreendimento.

Trata-se de um caso pionei-ro em Portugal, uma vez que,

para além da exploração dos em-preendimentos turísticos, este sistema de gestão ambiental abrange a totalidade das opera-ções geridas pela ‘Sonae Turis-mo’ no resort, nomeadamente, as unidades hoteleiras ‘Aqualuz Suite Hotel Apartamentos’, o ‘Troia Golf Championship Cour-se’, a ‘Troia Marina’, as praias, a área florestal e todas as infraes-truturas associadas.

O evento foi apresentado em jeito de ‘brinde oficial’ no Torreão Poente do Terreiro do Paço, em Lisboa

Escola Técnica e Profissional da Moita multipla atividades OS ALUNOS da escola Técnica e Profissional da Moita conquis-taram o 2º lugar no Rally das Qualificações que se realizou no Centro Desportivo do Jamor e que assinalou o dia do Ensino Profissional.

Representada pelos delega-dos e sub-delegados das várias turmas, a Escola integrou assim o programa que tem como ob-jetivo valorizar o ensino profis-sional. Os alunos participaram em várias atividades ao longo do dia em conjunto com outros estudantes de escolas de todo o país. Segundo a Agência Nacio-nal para a Qualificação e o En-sino Profissional (ANQEP) «es-tas iniciativas pretendem criar uma cultura de ensino profis-sional, composta por valores como dinamismo, empreende-dorismo, pro-atividade e com-petitividade (saudável) e, deste modo, promover socialmente todas as modalidades educati-vas e formativas de nível secun-dário que garantem uma dupla certificação.»

Também com o objetivo de preparar cada vez mais os alu-nos para o mercado de traba-lho, a ETPM tem estabelecido um conjunto de protocolos com

entidades promotoras de inicia-tivas que possam integrar mais e melhor os alunos formados na escola. Assim surgiu também o protocolo com as adegas coo-perativas da região que, no res-taurante pedagógico “O Fraga-teiro” promovem em cada mês os seus vinhos. A primeira ade-ga a aderir foi a Casa Agrícola Horácio Simões cujos vinhos fo-ram escolhidos para acompa-nhar as refeições servidas pelos alunos dos cursos de hotelaria. Ao final de cada mês será reali-zado um jantar vínico com emen-tas específicas para cada adega servido, em regra, no espaço da própria adega.

Site americano e “The Guardian” aconselham turistas a visitar praias de Tróia

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Começam a ser recorrentes as preferências internacionais pela qualidade e beleza das praias que banham a Península de Tróia. É o turismo da zona a ganhar adeptos.

Texto Anabela Ventura

Responsáveis do Troia Resort orgulhosos

A natureza mais ou menos selvagens das

praias merecem elogios

Moscatel de Setúbal marca presença na segunda edição do “Lisbon Bar Show” 2015O MOSCATEL de Setúbal vai es-tar representado na segunda edi-ção do “Lisbon Bar Show”, que se realiza na Tapada da Ajuda, entre 19 e 20 de Maio, pelas marcas ‘Ba-calhôa’ e ‘José Maria da Fonseca’.

O evento, dedicado a profis-sionais do setor, apresenta-se como uma feira de carácter in-ternacional, promovida pela ‘Mo-jito Bar Catering’, e reúne, se-gundo a organização, «os maio-res especialistas, oradores e bar-tenders na apresentação e de-bate das últimas tendências, téc-nicas e utensílios na arte de bem servir o cocktail perfeito».

Apresentado em jeito de brin-de oficial no Torreão Poente do

Terreiro do Paço, o evento tam-bém vai premiar, em diversas ca-tegorias, os melhores do setor. E vai contar com a presença de Alberto Pizarro, barman princi-pal do “Bobby Gin”, de Barcelo-na, para uma masterclass sobre autêntico run das Caraíbas.

«Até ao momento quem pre-tendia este tipo de informação era obrigado a deslocar-se a outros países, o Lisbon Bar Show vem colmatar esta lacuna e apresen-ta-se assim como o maior encon-tro internacional de ‘bar show’ em Portugal», explicou Alberto Pires, responsável pela organização.

Para além da parte mais fes-tiva do evento, há a questão téc-

nica e profissional, sendo que a iniciativa é também «uma pla-taforma de conhecimentos, onde fornecedores, marcas, pontos de venda e barmans vão trocar ex-periências. «Num único local, os nossos visitantes podem encon-trar os melhores especialistas, assistir a demonstrações, reali-zar ‘networking’ e colocar-se a par das tendências mais recen-tes e, sobretudo, dar-se a conhe-cer enquanto profissional», acen-tua Alberto Pires.

Refira-se ainda que Hugo Feli-ciano, proprietário do Boca do Ven-to - Cocktail Bar & Tapas, de Alma-da, faz parte do Comité Organizador do “Lisbon Bar Show”.

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UMA TURMA do 3.º Ano do Curso de Engenharia Biomédica do Insti-tuto Politécnico de Setúbal visitou esta semana o Centro Operacional de Reprocessamento de Dispositi-vos Médicos (CENES), que é já uma referência para alunos e docentes da área da Saúde. O CENES, o primei-ro com estas características a ope-rar em Portugal, funciona em regi-me de outsourcing, sendo que a vi-sita, promovida pela professora Al-dina Soares, decorreu no âmbito da disciplina “Segurança e Higiene em Saúde”, na qual são abordados te-mas como os riscos associados aos dispositivos médicos e a Certifica-ção da Qualidade ISSO 13485.

A OBRA adjudicada à empresa CONS-DEP – Engenharia e Construção, S.A por cerca de 134 mil euros, tem um prazo de execução de 120 dias. A as-sinatura do contrato de consignação da obra foi feita quarta-feira, no jar-dim público de Rio de Moinhos.

A autarquia assinou ainda, no mesmo dia, com a Associação de Mo-radores de Rio de Moinhos o con-trato de comodato que visa a cedên-cia à Associação da Escola Primária de Rio de Moinhos e o protocolo de atribuição de um apoio financeiro, destinado a suportar os custos, na concretização das atividades e pro-jetos que a Associação de Morado-res de Rio de Moinhos promove du-rante este ano.

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Câmara do Seixal contra regime jurídico de transportes públicos

Turma de engenharia biomédica do IPS visita CENES

A Câmara municipal de Alcácer do Sal arranca obras de remodelação da ETAR de Rio de Moinhos.

A CÂMARA Municipal do Sei-xal aprovou hoje uma tomada de posição contra a proposta de novo Regime Jurídico do Servi-ço Público de Transporte de Pas-sageiros, referindo que existe uma “desresponsabilização do governo”.

“Com esta proposta de lei, o Governo afirma reconhecer o papel que as autarquias locais há muito reclamam no planea-mento e organização dos trans-portes públicos, mas de facto o que promove é a completa des-responsabilização da Adminis-tração Central nesta estruturan-te matéria para a vida das po-pulações”, refere o documento aprovado.

A autarquia, liderada por Joa-quim Santos (PCP), salienta ain-da que a proposta “aprofunda as consequências da opção priva-tizadora do sistema de transpor-tes”, como o aumento de preços e tarifas ou a redução da oferta.

“A aplicação deste regime não significa integrar a opinião e con-tributo dos municípios no pla-neamento e organização do sis-tema, mas sim a responsabili-

zação das autarquias pelo ser-viço público e seu financiamen-to, o promover a desresponsa-bilização do estado e a prolife-ração de centenas de autorida-des de transportes”, acrescenta o documento.

O município lamentou tam-bém que não tenham sido ou-vidas as autarquias, num tema que considera que terá “profun-das e negativas implicações em todas as esferas da vida” das pessoas.

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Pub.

Autarquia sai em defesa do transporte público

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SOCIEDADE

“SUMOS DETOX, Um Copo Por Dia Vai Mudar A Sua Vida”. Este é o nome do primeiro livro de Susana Alves e pode ser esta a chave para conse-guir uma vida saudável sem gran-des sacrifícios. Susana Alves nasceu em 1977 em Sobreira Formosa, con-celho de Proença-a-Nova, distrito de Castelo Branco. Nesta pequena aldeia do interior viveu grande par-te da sua infância…tempos de felici-dade que lhe ficarão para sempre na memória, momentos únicos e ines-quecíveis como as idas à horta com a sua avó. Aos 15 anos ganhou um concurso de jornalismo e viajou até ao Oriente.

Multifacetada, enérgica e bem--disposta, Susana Alves é licenciada em Ciências da Comunicação pela UAL. Foi assistente de bordo duran-te sete anos. Foi actriz, produtora, lo-cutora de rádio e professora de ex-pressão dramática. Hoje é assessora de imagem e comunicação no Colé-gio S. Filipe, em Setúbal. Vive há qua-se uma década em Quinta do Anjo, Palmela, terra que a acolheu e pela qual se apaixonou. Casou, foi mãe e engordou 30 quilos na gravidez. De-sagrada com a imagem reflectida no espelho resolveu ir à luta e encontrar uma solução. Os sumos detox foram a motivação para uma alimentação equilibrada e perda de peso. Ao fim de um ano perdeu 25 quilos.

Agência Comboio das Palavras esteve à conversa com Susana Alves, a autora do livro “Sumos Detox, Um Copo Por Dia Vai Mudar A Sua Vida”, lançado publicamente ontem, à noi-te, na Fnac do Colombo, em Lisboa.

Como surgiu a ideia de escrever um livro?Foi um convite dos responsáveis pela editora 20/20, mas precisamen-te pela Nascente, depois de terem pesquisado a minha página de Su-mos Detox e Receitas Saudáveis, no facebook, que, na altura, tinha cer-ca de 50 mil fãs. Gostaram, ficaram interessados e entraram em con-tacto comigo.

E quais as razões de ter começou este seu caminho nos Detox?

Aconteceu de uma maneira mui-to engraçada. Eu engordei cerca de 30 quilos na gravidez e só amamen-tei durante um mês. Sentia-me mal

comigo própria, com o meu corpo, com a minha maneira de estar. Eu olhava para a Susana no espelho e não via a Susana que eu conhecia. Toda a gente me dizia que eu iria recuperar, que precisava de fazer deita e exercício físico, etc. Um dia, de manhã, eu estava a ver um pro-grama televisivo, no qual uma ac-triz famosa falava sobre os sumos detox e os seus benefícios. Na altu-ra achei piada e como gosto muito de comer resolvi experimentar. Subs-titui o meu pequeno-almoço por um sumo detox, feito com frutas, vegetais, legumes e sementes. E as-sim foi! Comecei a minha caminha-da que continua até hoje. Todos os dias de manhã bebo um sumo de-tox, já consegui emagrecer 25 qui-los e, portanto, passado um ano, es-tou muito satisfeita.

Mas, como a própria Susana diz os sumos detox não fazem milagres. Que estilo de vida adoptou? Aboli algumas coisas da minha ali-mentação, como os fritos e a fast--food, troquei o pão branco pelo pão escuro, faço caminhadas, sempre que posso, e não exagero no álcool. Doces só aos fins-de-semana. Mas, não me privo de nada, ou seja, eu continuo a alimentar-me da mesma maneira, mas sou mais comedida. Se antes comia um prato generoso de comida, agora como apenas me-tade. Dou prioridade às carnes bran-cas, como muito peixe e vegetais e bebo muita água. Em suma, sigo uma alimentação equilibrada.

Resolveu partilhar com outras pes-soas esta sua experiência através da escrita. O que pretende com este livro?Este livro tem duas vertentes. A pri-meira é contar a minha experiencia, o porquê da minha motivação e da continuação da motivação, porque nós inicialmente temos sempre uma motivação muito grande, mas de-pois é difícil continuar. Espero que as pessoas comecem a adoptar um estilo de vida mais saudável…podem não beber um sumo detox todos os dias, mas pode tentar duas ou três vezes por semana, o que já é um bom começo. Este livro tem também dois planos semanais que não são difí-ceis de fazer e, claro, o mais impor-

tante é manter. Toda a gente conhe-ce os benefícios da fruta, dos legu-mes, dos vegetais e das sementes. Os super alimentos, como spiruli-na, as bagas goji, a maca ou o Baobá também são muito ricos. As pessoas podem começar por pensar em per-der peso e depois continuar neste caminho para conseguir uma vida mais saudável.

A Susana engordou devido à gra-videz. Quer deixar alguns conselhos às recém-mamãs que engordaram mais do que era recomendado?Sim. Acima de tudo há-que manter a calma. Todas nós somos diferen-tes, todas nós temos metabolismos diferentes e maneiras diferentes de ver a comida. Eu exagerei também porque tive muito tempo parada, no-meadamente, nos últimos dois me-

ses… O conselho que dou às recém--mamãs, e só depois de deixarem de amamentar, é simplesmente aliarem uma alimentação equilibrada à prá-tica de exercício físico. Eu não gos-to de ginásio, mas há um campo de manutenção perto da minha casa onde faço umas caminhadas. Op-tem pelo sumo detox, mas não pen-sem que o sumo detox, por si só, é a solução. Tudo tem um bom senso, um equilíbrio. Eu só bebo um sumo por dia. Aos domingos não bebo e opto por um iogurte com super ali-mentos e frutos. Mas como digo sem-pre o mais importante é a motiva-ção. Eu sempre fui magra e para mim foi um choque olhar-me ao espelho com mais 30 quilos. Em vez de pro-curar dietas radicais resolvi entrar por este caminho e sinto-me cheia de energia. Para além da perda de

peso, tanto o meu cabelo como a mi-nha pele rejuvenesceram.

Estava à espera do sucesso da pá-gina “Sumos Detox e Receitas Sau-dáveis” no facebook?Sinceramente não. Eu estava em casa, de licença de maternidade, e pensei: tenho de fazer alguma coisa, eu sou muito activa e não consigo estar pa-rada. Então, as redes sociais foram as minhas aliadas para estar em con-tacto com o mundo. Esta questão da partilha foi engraçada porque eu pen-sei: por que é que eu estou a fazer es-tes sumos todos os dias e não parti-lho com pessoas que podem estar nas mesmas circunstâncias do que eu? Não estava à espera do sucesso, foi uma surpresa muito boa, porque percebi que as pessoas interessam--se pela sua saúde e bem-estar. As pessoas perguntavam-me quais os ingredientes que eu utilizava, quan-do é que eu bebia o sumo, onde é que eu comprava os ingredientes… e isso deu-me uma motivação extra, o que foi fantástico.

Já trabalhou em várias áreas. O que faz actualmente?Sou responsável de comunicação e imagem do Colégio S. Filipe, em Setúbal. Um colégio privado, bas-tante conceituado. Todos os dias chego ao colégio com uma energia muito grande. Curioso é que mui-tas mães e até professores e outros funcionários do colégio, conhecen-do esta minha batalha contra o peso, ficaram muito entusiasmados de-pois de verem a diferença. Os meus maiores fãs são os funcionários do colégio e as mães dos meninos que sempre se mostraram muito inte-ressados nesta matéria. Também já fiz um workshop de sumos detox, no colégio, que teve uma adesão muito positiva.

Ao longo dos anos trabalhou em várias áreas…Já fui formadora na área da expres-são dramática. Fui assistente de bor-do durante sete anos, locutora de rá-dio, actriz e produtora. Tenho o cur-so de ciências de comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa.Quais são as suas expectativas em relação ao livro?Eu não crio grandes expectativas. Era fantástico que o livro tivesse su-cesso e que as pessoas começas-sem a fazer aquilo que eu fiz, que foi adoptar um estilo de vida sau-dável e começar por algum lado. Eu acho que nós temos de ter uma in-trodução no desenvolvimento da saúde, para depois termos uma con-clusão positiva, que é aquilo que se irá reflectir no espelho. Obviamen-te que eu gostaria que o livro tives-se sucesso, porque assim também me sentiria realizada.

«Os Sumos Detox foram a minha grande motivação»

Susana Alves perdeu 25 quilos e lança livro

A AMBILITAL empresa de gestão de resíduos que opera em todo o Lito-ral Alentejano, lançou o projeto “Tam-pa Solidária”, com o objetivo de apoiar iniciativas de carácter social.

O alvo da iniciativa são institui-ções de solidariedade social e pes-soas individuais, através de apoios

financeiros ou aquisição e oferta de material específico, uma vez que o projeto pretende apoiar comprova-das necessidades especiais e pessoas coletivas ou seus utentes.As candidaturas que se enquadrem no âmbito do projeto, devem pre-viamente solicitar a aprovação da

adesão e, posteriormente, proceder à recolha e entrega de tampas de plás-tico ou metal à Ambilital, que pro-cederá ao encaminhamento para re-ciclagem. Como contrapartida, a em-presa de resíduos atribuirá um do-nativo ou fará a oferta e entrega dos equipamentos solicitados.

Ambilital lança projeto de social “Tampa Solidária”

DESCOBRIR os recantos miste-riosos de centros históricos, ca-minhar por paisagens de tirar o fôlego, percorrer salinas e arro-zais incríveis e cruzar os céus e as águas do concelho são algu-mas das propostas do progra-ma turístico “Alcácer com Vida”,

que arranca em abril e se pro-longa até ao final do ano.Seguem em anexo nota de im-prensa e imagens referentes a este programa que arranca já a 4 de abril com batismos de voo em helicóptero “Pelos céus de Alcácer”.

Alcácer mostra recantos misteriosos

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O livro “Sumos Detox, Um Copo Por Dia Vai Mudar A Sua Vida”

Deixe-se inspirar e ganhe novos hábitos alimentares

Tem mais de 70 re-ceitas de Sumos De-tox, sugestões de combinações de in-gredientes, dicas de alimentação, dois pla-nos Detox para pôr em prática, testemu-nhos, glossário, e muito mais...

Leia e deixe-se inspirar pela his-tória da autora. Aceite o desafio e descubra como pode, também, implementar hábitos saudáveis no seu dia-a-dia sem ter de fazer dietas impossí-veis com objetivos inalcançáveis.

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LOCAL

Novo mercado de Sesimbra só em maio

Alcochete celebra 500 anos do foral

OS VENDEDORES do mercado municipal vão ter “casa nova”. A obra deverá arrancar em maio, de modo a minimizar o impacte na atividade dos vendedores que, por força dos trabalhos, deverão ser deslocados para o mercado de rua, no Largo Eusébio Leão.

Uma das principais alterações desta intervenção é a transferên-cia do mercado do peixe para a parte sul do piso térreo, projeto incluído no programa de Valori-zação do Património Piscatório de Sesimbra: Instalação do Mu-seu do Mar e da Pesca e suas Com-ponentes, cuja candidatura foi aprovada pelo programa Opera-cional Pesca.

A IGREJA de S. Brás, no Samou-co, é palco, este domingo, às 16 horas, de cantigas medievais ga-lego-portuguesas, música sefar-dita e renascentista com as “Lou-çanas”. Insere-se nas comemora-ções dos 500 Anos do Foral de Al-cochete. As “Louçanas” estão a divulgar o repertório de música antiga através da mulher. Entra-da livre. “As Louçanas” atuam no Samouco

Posto GNR da Moita avança em 2016O PRESIDENTE Rui Garcia, que reuniu com o secretário de Estado Adjunto da Minis-tra da Administração Interna, Fernando Alexandre, para en-contrar solução para o antigo quartel dos bombeiros locais e para a instalação dos milita-res, espera que o processo avance em 2016.

O governante manifestou dúvidas quanto à localização e ao projeto inicial previsto, propondo o estudo de alter-nativas em conjunto com a autarquia.

Para o edil, este quartel é «uma prioridade». A solução pode passar pela permuta do antigo quartel por terreno municipal.

O MUNICÍPIO investiu mais de 86 mil euros, com ajuda comunitá-ria, no novo passeio do Cais. A obra, que permite a criação de um novo espaço de lazer na frente ribeiri-nha, é inaugurada este sábado, a partir das 10h30.

A inauguração inclui a aber-tura da exposição “Montijo – Um Lugar para Viver”, patente no es-paço público da frente ribeirinha, e a animação a cargo da Socie-dade Filarmónica 1.º de Dezem-bro e do grupo de hip-hop Uni-ted Dance Crew.

Durante o dia e a noite, a As-sociação de Comerciantes da Fren-te Ribeirinha promove diversas iniciativas de animação de rua, onde a interação com o público é elemento fundamental.Jogos tradicionais, animação de rua com mimos, malabarismo com fogo e uma queimada são algu-

mas das atividades propostas.O passeio do Cais permitiu a

requalificação da rua Miguel Pais, tendo no local sido concebida uma ampla zona pavimentada em cal-

çada para utilização pedonal e para colocação de esplanadas.

Este novo espaço de lazer pos-sibilita um maior contacto das pes-soas com o rio.

Montijo investe mais de 86 mil euros na requalificação do passeio do cais

Almada vai discutir o valor da ondaA CÂMARA Municipal de Alma-da e a Faculdade de Ciências e Tec-nologia da Universidade Nova de Lisboa promovem este sábado, dia 28 de março, o Colóquio “A Costa na crista da onda – o valor da onda e a cultura oceânica na Costa da Caparica”, no Ever Ca-

parica Hotel, entre as 14h e as 17h30. Este encontro, que está in-tegrado no Caparica Primavera Surf Fest, festival de surf e músi-ca que decorre entre 26 de mar-ço e 4 de abril, na Costa da Capa-rica (ver página 11), vai contar com inúmeros especialistas.

Dia do Consumidor assinalado

Barreiro promove oficinas O MUNICÍPIO está a realizar vá-rias oficinas para assinalar o Dia do Consumidor. As próximas ses-sões terão lugar a 8, 15, 22 e 29, sempre das 10 às 12 horas, nos Paços do Concelho. As temáti-cas são “Tenho deveres, logo te-nho direitos”; “Especialidades da minha terra”; “Gosto, será que preciso?” e “Quem é que me ba-teu à porta?”.

O novo passeio permite um maior contato com a zona ribeirinha

Santiago anuncia investimentos no saneamento

O EDIL de Santiago, Álvaro Bei-jinha, durante a visita recente à nova ETAR de Alvalade, anun-ciou novos investimentos na área do saneamento para Relvas Ver-des e Vale da Eira.

«Uma vez que parte do sis-tema, nas localidades mais pe-quenas, continua na responsa-bilidade direta da autarquia, va-mos também investir, este ano, se não houver nenhum proble-ma, em duas novas ETAR’s de pequena dimensão, em Relvas Verdes e em Vale da Eira». Re-centemente, o município termi-nou ainda a obra de uma Esta-ção de Tratamento de Águas (ETA) em Silveiras. «Estamos a fazer um conjunto de investi-mentos muito significativo no saneamento e na água», subli-nha o edil santiaguense, Álvaro Beijinha.

Grândola acolhe congresso dos municípios

TRÓIA É palco, desde ontem, do XXII Congresso da ANMP, que reú-ne mais de 1 500 congressistas para debater e refletir o poder local.

António Filipe, António Lobo Xavier, Augusto Mateus e João Salgueiro são os conferencistas convidados para apresentação de temas.

Segundo Figueira Mendes, edil de Grândola e um dos oradores da sessão de abertura, trata-se de «um momento de grande impor-tância para o nosso concelho e para toda a região», salientando que «é a primeira vez que o Alen-tejo recebe este Congresso, pelo que devemos estar orgulhosos que o mesmo seja em Grândola». O evento decorre no Centro de Congressos de Tróia, até este sá-bado, dia 28.

Setúbal caça o ovo da Páscoa

O PARQUE da cooperativa de Ven-das de Azeitão recebe este sábado, das 10 às 19 horas, centenas de crian-ças na “Caça ao Ovo da Páscoa”.

A iniciativa promete animar os mais novos com ateliers de pintura, caça aos ovos, teatro de

fantoches, hora do conto e jogos antigos.

Livros infanto-juvenis e venda de doces não faltam na 2.º edição da Caça ao Ovo da Páscoa, evento de entrada gratuita, dinamizado pela Junta e escolas

Palmela revive festival dos sabores S. GONÇALO, até este domingo, é palco do 21.º Festival Queijo, Pão e Vinho, organizado pela AR-COLSA. Trata-se de um momen-to alto da promoção dos produ-tos de qualidade. É o caso do Queijo de Azeitão DOP, dos vi-nhos da Península, do pão e da

doçaria tradicional, da fruta, das compotas, do mel e dos licores, entre outras iguarias. No total, serão 50 expositores, onde se contam, também, este ano, má-quinas e alfaias agrícolas. Não falta animação musical, expo-sição e venda de produtos

Alcácer do Sal estreita laços de ajuda com a paróquia localO PÁROCO Ricardo Lameira agradeceu ao município a cola-boração com a igreja para me-lhorar a vida da população.

«Agradeço a abertura que tem manifestado às minhas propos-tas. Só assim podemos caminhar e levar esta terra para a frente», disse, dia 23, na assinatura do protocolo com o município.

O protocolo prevê a divul-gação do património religioso,

histórico e cultural e novos ho-rários das igrejas de Santiago, St.ª M.ª do Castelo, St.º António, capela das Onze Mil Virgens e do Santuário Jesus dos Márti-res. Prevê ainda a utilização da igreja de St.º António ou Con-vento dos Frades para velórios e cerimónias fúnebres e visa ain-da a atribuição por parte do mu-nicípio de verba para manuten-ção dos espaços religiosos.

Cantinas do Seixal ajudam os mais carenciados do concelhoREDE DE cantinas sociais do Sei-xal, no âmbito do Emergência Social, fornece refeições diárias a famílias e pessoas carenciadas, através da participação de 7 ins-tituições do concelho.O apoio destina-se a idosos com baixos rendimentos, famílias mo-

noparentais com rendimentos reduzidos, famílias em situação de emergência temporária, pes-soas com doença crónica, pes-soas ou famílias desempregadas e pessoas que já recebam apoio social, desde que não seja no âm-bito alimentar.

Sines apaga luzes pela poupança

VÁRIOS EDIFÍCIOS de Sines apa-gam as luzes, das 20h30 às 21h30 deste sábado, no âmbito da Hora do Planeta, promovida a nível mundial.

Assim, serão desligadas as luzes dos paços do concelho, centro de ar-tes, edifício Técnico – S. Marcos, edi-fício da Divisão de Obras Munici-pais e Serviços Urbanos, piscinas,

pavilhões desportivos, museu e casa da juventude.

A data é celebrada desde 2009 em várias localidades, com o apoio de organizações, empresas e de mi-lhares e pessoas. Pretende alertar para as alterações climáticas e esti-mular a redução dos consumos ener-géticos.

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Ofertas Semmais - Inscreva-se já!

TEMOS CONVITES para oferecer aos nossos leito-res para assistirem à nova revista de Filipe La Feria, “Portugal à Gargalhada”, em cena no Teatro Politea-ma, em Lisboa, com sucessivas lotações esgotadas. Marina Mota, Maria João Abreu, Joaquim Monchi-

que, José Raposo, Paula Sá e Ricardo Soler são os ca-beças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes, e critica e satiriza os prin-cipais acontecimentos políticos e sociais do País. Para se inscrever no passatempo ligue 969 431 085.

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na Capricho

CULTURA

Ofertas Semmais - Inscreva-se já! Basta ligar 969 431 085

Ganhe convites para o teatro em Lisboa, Barreiro, Setúbal e Almada

“Portugal à Gargalhada”, de La Feria

“PORTUGAL À Gargalhada”, a revista de La Feria, continua em cena no Politeama, em Lisboa. Marina Mota, Maria João Abreu, e Joaquim Monchique, entre outros, são os ca-

beças de cartaz desta revista que aposta em cenários e figurinos deslumbrantes, e criti-ca e satiriza os principais acontecimentos po-líticos e sociais do País.

A música coral está em destaque, este do-mingo, às 17 horas, no Forum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, no XIII Encontro de Coros Infantis e Juvenis de Setúbal, com três agrupamentos. Além do anfi-

trião Coral Infantil de Setúbal, participam o Coro Juvenil do Camo, de Beja, e os Pe-quenos Cantores de Barrô, de Águeda. As entradas custam 2,5 euros, para o balcão, e 3,5 para a plateia.

O Estúdio Jovem assinala, este sábado, 20 anos de atividade desenvolvida com os jo-vens do concelho. Trata-se de um espaço municipal multifuncional que procura dar resposta às necessidades e interesses dos

mais novos através da dinamização de pro-gramas de ocupação de tempos livres e da promoção das mais diversas atividades em áreas distintas de interesse juvenil. Há um diversificado conjunto de atividades.

Setúbal acolhe encontro de coros infantis e juvenis Estúdio Jovem de Grândola celebra 20 anos

Dos palcos do Fontenova e da Dançarte para o Godspell nacional

O ATOR/BAILARINO setubalen-se José Lobo, de 28 anos, faz parte do elenco do musical “Godspell” que já fez carreira no teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, entre 5 e 15 deste mês, e em Aveiro, ontem, dia 27, no âmbi-to do Dia Mundial do Teatro.

Produzido pela Courtesyland, com encenação de Matilde Troca-do, direção musical de Artur Gui-marães e coreografia de Paula Ca-reto, “Godspell” é composto por um elenco de 10 atores/cantores e 5 mú-sicos que tocam ao vivo.

Foi através de um casting, em dezembro do ano passado, que José Lobo, e todo o elenco, teve oportu-nidade de se estrear num godspell. O balanço só poderia ser o melhor.

«É um projeto, sem dúvida, mui-to especial. Esperemos que nos con-videm para brilharmos noutros pal-cos do País», sublinha, não poupan-do elogios a toda a equipa: «Todas as pessoas envolvidas neste proje-to, além de muito talentosas, são de uma grande generosidade, entrega D

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João Lobo concorreu a um casting e, agora, está a viver uma aventura muito especial com gente talentosa .

Texto António Luís

Teatro do Mar estreia “Wahida”

O TEATRO do Mar estreou quar-ta-feira, em Évora, o espetáculo de caráter poético e multidisci-plinar, “Wahida: Coração Costu-rado”, inspirado no imaginário do romance “Le Coeur Cousu”, de Ca-role Martinez.

O espetáculo, para maiores de 16 anos, conta a história de uma mulher atravessa o deserto sem se deter. Puxa um imenso volu-me semelhante a uma carroça que, simbolicamente, carrega todo o seu passado. Fransquita possui o “poder” da transformação, atra-vés das linhas com que cose. Sub-jugada pela família e por uma so-ciedade opressora e preconcei-tuosa, acaba numa fuga constan-te e obsessiva, numa procura in-cessante por amor e libertação.

A sua história é narrada pelo único ser que a irá obrigar a pa-rar, a sua filha por nascer, Sole-dad, a única gerada do amor, mas também a única que nunca con-seguirá amar.

Com encenação de Julieta Au-rora, é interpretado por Sandra Santos, Juliana Conde, Luís João Mosteias, Sérgio Vieira e Fábio Carvalho.

e companheirismo. A mensagem de amor e bondade que queremos pas-sar com este espetáculo não pode-ria ser melhor nem mais atual».

José Lobo, que se estreou pro-fissionalmente a fazer teatro no Teatro Estúdio Fontenova, conti-nua a colaborar com a Dançarte, de Palmela, e a colaborar com ou-tros projetos de teatro pontuais. Além disso, esteve envolvido no musical “Luísa Todi”.

O seu grande sonho no mundo das artes passa por conseguir «su-perar-me todos os dias em cada pro-jeto» e «ser um veículo para que o público possa ver o Mundo em que vivemos com outros olhos». Além disso, sente «vontade de experimen-tar outros meios de representação e trabalhar com mais companhias e profissionais».

José Lobo, ao ser questionado se prefere o teatro ou a dança, ad-mite que «ambos fazem parte do meu caminho profissional. Faço sempre por conseguir cruzar as duas disciplinas. O corpo faz parte do tra-balho de ator e a interpretação faz parte do trabalho de bailarino».

No que toca a projetos para o futuro, o ator/bailarino José Lobo prefere não pormenorizar. «A nos-sa profissão vive um dia de cada vez, sempre com a esperança e dis-ponibilidade para abraçar novos e bons desafios».

José Lobo admite que a vida artística

é para ser vivida um dia de cada

vez, sempre com a esperança

O primeiro trabalho profissional de João Lobo aconteceu no Fontenova

“Rosa Enjeitada”, de Fernando Gomes

A ARTEVIVA, companhia de teatro do Bar-reiro, tem em cena a comédia musical “Rosa Enjeitada”, de Fernando Gomes, com ence-nação de Luís Pacheco, que conta a história

dos amores e desamores de uma prostituta. Interpretações de Ana Samora, Manuela Fé-lix, Sara Santinho, Alexandre Antunes, Bru-no Vitoriano, Henrique Gomes, entre outros.

Revista popular de Bruno Frazão

“É SÓ Pagode”é a nova revista de Bruno Fra-zão que estreou dia 27, no “Independente”, em Setúbal, voltando ao mesmo palco este domingo, às 16 horas. Conta com uma sáti-

ra política, religiosa e social. Presta homena-gem a Paula Costa, Álvaro Félix, Fernando Guerreiro e Carlos César. Com cerca de 2 ho-ras , a revista promete divertirmento.

Extremo relembra invasões francesas

A 46.ª criação do Teatro Extremo, “Guer-ra é Guerra”, de autoria e encenação de Horácio Manuel, estreou ontem, em Al-mada, com interpretação de Bibi Gomes,

Fernando Jorge Lopes, Horácio Manuel e Rui Cerveira. Frei Bernardo, Joanico, Frei Pacheco e a cantora Luísa Todi, relatam--nos episódios das invasões francesas.

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Finas das bandas de garagemA final do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, com cinco grupos em competição, junta no palco projetos provenientes de vários pontos do País, com estilos e sonoridades musicais para todos os públicos, do jazz ao rock, da fusão às novas tendências. Entrada livre. Capricho Setubalense, 22 horas. .

Montemuro partilha memórias“Memórias Partilhadas” é o título da peça de teatro que o Teatro de Montemuro leva à cena, no âmbito do Dia Mun-dial do Teatro, no concelho da Moita. A entrada é livre, mediante a reserva antecipada de bilhetes no teatro. Forum José Manuel Figueire-do, B. Banheira, 21h30.

Emblemáticas partituras de Zarzuela

O Coro Juvenil de Lisboa interpreta algumas das mais

emblemáticas partituras corais do repertório da zarzuela. A dirigi-lo

e a acompanhá-lo ao piano está o maestro Nuno Margarido Lopes,

que fundou este coro residente no Teatro Nacional S. Carlos tendo

em vista a formação de jovens cantores. Entradas: 6 a 10 €.

Teatro Joaquim Benite, Almada, 21h30.

Música Moderna de CorroiosA final da 20.ª edição do Festi-val de Música Moderna de Cor-roios coloca em palco as bandas finalistas: Roleta 37, da Ama-dora; Paradigma, de Oliveira de Azeméis; e MargemSoul, do Seixal. Entrada livre. Teatro do Ginásio Clube de Corroios, 22 horas.

Família Martins diverteO do Barreiro Projéctor leva à cena a comédia “A Família Martins”, com encenação de Luciano Barata, com a dura-ção de 45 minutos. SIRB “Os Penicheiros”, Barreiro, 21h30.

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A QUINTA revista popular de Bruno Frazão, “É Só Pagode”, es-treou ontem no Grupo Despor-tivo “Independente”, com casa cheia. Com um investimento a rondar os 5 mil euros, o espetá-culo estará em cena naquela co-letividade até ao final do ano.

Oito atores e quatro bailari-nas em palco fazem-nos rir até mais não com crítica social, po-lítica e religiosa local, nacional e internacional.

É de destacar os quadros da “Morte de Adão e Eva”, “Lembran-ças de Évora”, “Vendedoura de Beijos” e “Idosos levados ao aban-dono nos Lares”, bem como ho-

menagens a Paula Costa, Fernan-do Guerreiro, Carlos César e Ál-varo Félix.

«Estamos perante uma verda-deira revista à portuguesa, não tão rica como eu desejaria. So-mos todos amadores e é um gran-de orgulho levar à cena este es-petáculo. Esperemos que as pes-soas se divirtam», sublinha Bru-no Frazão.

Os ensaios arrancaram em ou-tubro do ano passado e os apoios vieram de várias entidades, en-tre as quais o município sadino.

Este domingo, a revista sobe ao palco às 16 horas, no mesmo palco. Os bilhetes custam 5 euros.

Revista de Bruno Frazão estreou com casa cheia

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POLÍTICA

O ex-primeiro-ministro, Santana Lo-pes, e o ex-secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, vão participar no de-bate ”Percursos feitos –Desafios atuais”, no âmbito de uma iniciativa dedicada

ao fundador do PSD, Sá Carneiro. O de-bate está agendado para dia 30, às 21 horas, na Biblioteca Bento de Jesus Ca-raça. No local está a exposição sobre Sá Carneiro.

O deputado do PSD Bruno Vitorino in-siste na importância de reinstalar a es-quadra da PSP Barreiro no centro da ci-dade, tal como estava anteriormente. Bruno Vitorino defende que esse passo

é «uma necessidade premente para a po-pulação, garantindo não só mais segu-rança, como também permite maior vi-sibilidade da ação policial, dissuadindo assim eventuais atos criminosos».

Debate com Santana Lopes e Carvalho da Silva PSD insiste em esquadra da PSP no Barreiro

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Luís Chambelo é o novo líder do CDS-PP de Almada

PCP gaba aumento de militantes’ e quer mais investimento público

LUÍS CHAMBELO, 35 anos, gestor, é o novo líder do CDS--PP para os próximos dois anos na concelhia de Alma-da, substituindo no cargo An-tónio Maco. Foi eleito com 21 votos a favor.

Luís Chambelo, que con-correu em lista única, preten-de dar continuidade ao traba-lho que tem vindo a ser feito desde 2009, apostando para tal numa equipa «praticamen-te renovada e equilibrada, ten-do como principal fim a con-solidação e crescimento do partido no concelho, tal como ser alternativa credível e res-

ponsável ao partido comunis-ta que governa Almada».

Ao fim de três mandatos à frente daquela concelhia, o líder cessante e deputado mu-nicipal António Maco faz ba-lanço «positivo» tendo em con-ta que em 2009, o CDS-PP pra-ticamente «não tinha expres-são em Almada, tendo ao lon-go destes últimos anos con-quistado o respeito de adver-sários e a confiança dos alma-denses».

Captar mais militantes, criar maior dinâmica e inter-venção dos militantes e dos munícipes para com o parti-

do, apresentar propostas que visem apostar na criação da ‘Marca Almada’, atrair mais jovens para o concelho e mais empreendedorismo e inves-timento, mais reabilitação ur-bana e do património histó-rico, são algumas das apostas do novo líder.

OS COMUNISTAS do distri-to reuniram na 9.ª Assembleia da Organização Regional de Setúbal, em Almada, e apro-varam um conjunto de medi-das e propostas para reforçar a intervenção partidária.

Estiveram presentes cer-ca de 600 delegados na reu-nião magna do PCP no distri-to. Margarida Botelho, respon-sável da DORS e membro da Comissão Política, sublinhou o facto de desde 2011 terem sido recrutados novos 700 mi-litantes. «Podemos fazer mui-to mais para trazer gente ao partido, gente que se destaca na empresa, no sindicato, na coletividade, que está connos-co na CDU, que está connos-co nas lutas», afirmou, num dos momentos mais marcan-tes da assembleia.

A dirigente lembrou ain-da que «recrutar rapidamen-te é a única forma de garantir

que vamos continuar a ter or-ganização em determinado local ou que a passaremos a ter em certas empresas». Ain-da a este propósito, a respon-sável lembrou que neste mo-mento há mais cerca de 150 membros do partido que tra-balham nas células e setores profissionais. Mas não ficou em branco o «desaparecimen-to» de algumas células antes com trabalho político e par-tidário. «A precaridade e a ex-ploração, não são dados com que contamos, não são decre-tos de impossibilidade», afir-mou Margarida Botelho, su-blinhando a necessidade de reativação dessas células de luta política.

Sobre a região, em que os comunistas, na CDU, presi-dem a oito dos nove municí-pios da e a 30 das 37 fregue-sias e uniões de freguesias, os delegados exortaram a «uma maior proximidade com os problemas das populações».

Presente esteve «o brutal ataque ao poder local demo-crático», tendo sido reafirma-do a defesa da autonomia das autarquias e a «exigência de devolução das freguesias ao povo», rejeitando qualquer tentativa de adulterar o carác-ter democrático e colegial dos órgãos autárquicos.

A manutenção na esfera pública dos serviços de água, saneamento e tratamento de resíduos foi outra dos pontos que mereceu grande unani-midade junto dos delegados à 9.ª Assembleia.

Finalmente, os comunis-tas exigiram a construção da terceira travessia do Tejo (Bar-reiro-Chelas), com as valên-cias rodoferroviária, do novo aeroporto de Lisboa no cam-po de tiro em Alcochete, do pólo logístico do Poceirão e do terminal de contentores no Barreiro, juntamente com a defesa e modernização do pólo ferroviário do Barreiro e a am-pliação e qualificação do por-to de Setúbal.

9.ª Assembleia da Organização Regional de Setúbal reuniu 600 delegados

Texto Anabela Ventura

Assembleia do PCP em Almada com sala cheia e grande entusiasmo pelo aumento de militantes na região

Deputadas do PS querem conclusão de obras em escolasAS DEPUTADAS socialistas Eurídice Pereira e Catarina Marcelino, acompanhadas pelos presidente e vice presi-dente do município do Mon-tijo, Nuno Canta e Francisco Santos, e ainda pelo presiden-te da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Fernan-do Caria, deslocaram-se quin-ta-feira à Secundária Jorge Peixinho, no Montijo.

A Jorge Peixinho «fazia parte do leque das escolas a intervencionar no âmbito da Parque Escolar e, ainda, viu construída a 1.ª fase, não obs-tante não ter resolvido todo o processo de empreitada. No entanto, a 2.ª fase do projeto é «sucessivamente adiada criando grandes problemas de funcionamento», conta Eu-rídice Pereira.

Em 2007 foi lançado um programa de requalificação e modernização das escolas secundárias, concretizado através do Parque Escolar, de-vido «à degradação e obso-lescência de grande número de escolas em todo o país, pela desadequação de muitas de-las aos novos desafios da es-colaridade contemporânea e pelo ineficaz modelo de ges-tão e financiamento das ati-

vidades de manutenção e con-servação destes edifícios».

Com a entrada do Gover-no PSD/PP, «tudo foi colo-cado em causa e, certo, é que estando a legislatura a termi-nar, passados cerca de 4 anos, as escolas não têm os pro-blemas resolvidos», acres-centa a deputada.

Com exceção da Secun-dária do Pinhal Novo, que viu retomar os trabalhos, a do Monte da Caparica, a João de Barros (Corroios) e a Jor-ge Peixinho (Montijo), «tei-mam em não ver melhores dias». Perante este cenário, os deputados socialistas pro-metem insistir junto do Go-verno para que sejam «as-sumidos os calendários das obras».

Visita à Escola “Jorge Peixinho”

600 delegados deram voz à 9.ª Assembleia da DORS. Recrutar mais militantes e exigir investimentos públicos, foram as notas marcantes.

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NotáriaMaria Teresa Oliveira

Sito na Avenida 22 de Dezembro nº 21-D em SetúbalCertifico, para efeitos de publicação que no dia vinte de Março de dois mil e quinze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 28 do livro 278 – A, de escrituras diversas, na qual:Rui Maria Parreira, solteiro, maior, residente em Brejos da Carregueira, CCI 1519, Comporta, em Alcácer do Sal, contribuinte número 145819280, justificou a posse, invocando a usucapião, do seguinte imóvel:Prédio Urbano, composto de edifício de um piso, destinado a habitação, com a área coberta de duzentos e quarenta e três metros quadrados e a descoberta de cinco mil oitocentos e cinquenta e dois metros quadrados, sito em Tanganhal das Extremas / Sobreiras Altas, União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra, concelho de Grândola, que confronta do norte com Domingos Pereira, sul com caminho e corte da vinha, nascente com corte quadrada e do poente com Domingos Pereira, ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Grândola, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 1703, da mencionada União das Freguesias.Está conforme.Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21 – D emSetúbal, 20 de Março de 2015.

A Notária,Maria Teresa Oliveira

Conta registada sob o número 486

Pub.

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Aproximação aos problemas da região

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DESPORTO

Difícil mas não impossível…

tos ou “halls” de hotéis. E nes-sas ocasiões, enquanto há quem jogue, oiça música ou veja tv, eu estudo, em pleno aproveitamento do tempo. E assim vou avançando, sem me custar muito”.

Nunca mais esqueci esse depoimento de Butragueño repleto de lógica e envolven-do preciosa mensagem para quantos a quiserem aprovei-tar nos tão difíceis tempos que correm.

Termino, fazendo signifi-cativa referência a 3 médicos desportistas de justificada fama há algumas décadas: os futebolistas brasileiros Sócra-tes e “Tostão”, aplaudidos “cra-ques” de Selecções “canari-nhas” e Roger Bannister, mé-dio fundista britânico que foi o primeiro a baixar dos 4 mi-nutos na corrida da milha (1609m).

Fizeram época e continuam a ser bem lembrados, reavi-vando o conceito do título des-ta crónica – o de ser, de fac-to, muito difícil (mas não im-possível!) conciliar um cur-so superior com proezas des-portivas de um maior vulto. E se este meu escrito puder incentivar jovens estudantes, amantes do Desporto, posso dar-me por feliz.

David Sequeira Colaborador

PODERÁ chamar-se-lhe um conceito idealista aplicado às circunstâncias de conseguir conciliar estudos ao mais alto nível com práticas desporti-vas de 1º plano.

Há muitos que o tentam e muito menos os que conse-guem como citámos, nominal-mente, na nossa crónica ante-rior sobre médicos futebolis-tas de qualidade, de bons exem-plos registáveis em Portugal.

Várias tentativas de legis-lação para facilitar estudos e épocas de exame não têm sur-tido os efeitos desejáveis, com culpas maiores atribuíveis às Universidades, onde ainda há quem pense que são insociá-veis as condições de estudan-te e desportista.

Sem ser em medicina, com aquele largo contingente que citámos em crónica recente neste mesmo lugar, a Acadé-mica de Coimbra pode e deve orgulhar-se de um vasto lote de futebolistas de 1º plano que puderam conjugar estudos e futebol no ambiente especial da Lusa Atenas. E avanço com uns quantos exemplos assi-naláveis ao longo de muitas décadas, desde os anos 30 até agora. Em Direito, (Diógenes Boavida, José Belo, Vasco Ger-vásio), em Letras (Alberto go-mes, Artur Jorge, Cagica Ra-paz), em Ciências de várias espécies (“Nora” Leite, Micael, Rui Rodrigues, José Viegas e o actual Nuno Piloto).

E cremos que basta para reforço da tese enunciada quanto à conjugação de estu-dos, exames, treinos e jogos.

Recordo sempre o teste-munho de Emilio Butragueño, futebolista de eleição do po-deroso Real Madrid, agora conceituado economista em funções directivas do Clube de Chamartin.

Jogando ao mais alto ní-vel internacional, Butragueño conseguiu conciliar exigên-cias do curso superior com as de “craque”, no Clube e na Se-lecção. Numa entrevista per-guntaram-lhe como é que con-seguia tal desiderato e Butra-gueño, simples e descontraí-do, respondeu assim:“É fácil de explicar. As exigên-cias competitivas do Real Ma-drid implicam muitas horas de estágios, viagens, longas esperas em salas de aeropor-

A Assembleia Municipal de Jovens teve como tema “O Mar de Sesimbra na Euro-pa e no Mundo” e a madrinha da iniciativa foi escolhida por ser uma atleta que tem no mar o seu palco. Joana Pratas, assim como

os velejadores olímpicos Carlos Ribeiro Fer-reira e Álvaro Marinho, partilharam na 12ª AMJ, que teve lugar no Comité Olímpico Nacional, a sua experiência no maior even-to desportivo do Mundo.

O Alegro promove este sábado o 1º Torneio de Futebol Alegro Setúbal destinado aos es-calões de Traquinas e Petizes. O campo de jogos exterior do centro comercial vai ani-mar-se com miúdos dos 6 aos 9 anos numa

organização que conta com a parceria do Centro de Cultura e Desporto de Brejos de Azeitão. A entrega de prémios será feita por Aurélio Pereira, Carlos Pereira e Jorge Mo-reira, os padrinhos do evento.

Joana Pratas apadrinha Assembleia de Jovens Alegro promove torneio de futebol para miúdos

A 33ª Volta ao Alentejo tem passa-gem pelo distrito de Setúbal nas duas últimas etapas que se realizam este fim-de-semana.

Este sábado, a partir das 15:30 ho-ras, começam a chegar os ciclistas a Vila Nova de Santo André, depois de percorrerem os mais de 143 quiló-metros da etapa que começa às 11:30, em Aljustrel. A etapa conta com três metas volantes – no Cercal, Santiago do Cacém e Grândola – e ainda com

um prémio de montanha de terceira categoria na Serra de Grândola.

No domingo, a partida para a úl-tima etapa da prova acontece em Al-cácer do Sal, às 10:30 horas, e termi-na em Reguengos de Monsaraz. A der-radeira etapa da Volta ao Alentejo conta com três metas volantes ao lon-go dos mais de 175 quilómetros.

James Oram, da Team Axeon, foi o primeiro vencedor nesta 33ª Volta. O jovem ciclista neozelandês

começou em grande a “Alentejana” acumulando no primeiro dia a vi-tória por pontos traduzida na Ca-misola Verde Crédito Agrícola e a Camisola Branca RTP símbolo da juventude.

O ano passado, o vencedor da Volta ao Alentejo foi Carlos Barbe-ro, da Euskadi, que além de ter ven-cido na geral ganhou ainda a ca-misola verde, da classificação por pontos.

Volta ao Alentejo arranca este fim-de-semana

“ Recordo sempre o testemunho de Butraguêno, futebolista de eleiçãodo poderoso Real Madrid, agora economista no clube de Chamartin”

Ondas da Caparica recebem melhores atletas europeus

AS EXPECTATIVAS são bastante altas para os organizadores desta pri-meira edição do Caparica Primave-ra Surf Fest que começou na passa-da quinta-feira e que se prolonga até ao próximo sábado.

Para Miguel Inácio, da organi-zação, este vai ser um «festival com muita música durante a noite e mui-to surf durante o dia e onde estarão os melhores atletas europeus da mo-dalidade. Acima de tudo achamos que vai ser uma grande festa.»

O evento inclui a primeira etapa da World Surf League Junior, de 1 a 4 de abril, que conta com a participa-ção de cerca de uma centena de atle-tas, representantes de 17 nacionali-dades, e que para Miguel Inácio são motivo de orgulho. «É um número que nos satisfaz bastante, uma vez que esta é a primei ra edição do cam-peonato». Um orgulho reforçado pela confiança depositada pela World Surf League Europa. Rob Gunning, Tour

Manager europeu da World Surf Lea-gue afirma que a instituição «está mui-to satisfeita por acrescentar este novo evento ao seu calendário anual». Para Rob Gunning «a organização e a Câ-mara Municipal de Almada estão muito motivadas em transformar esta etapa inaugural da World Surf League Junior numa grande expe-riência de surf e música. E nós te-mos todo o prazer em associarmo--nos a um evento como este.»

O circuito, que define os cam-peões europeus de surf sub-20 e pos-teriores lugares na final mundial da categoria, tem este ano cinco etapas em território nacional.

Praticamente todos os nomes so-nantes do surf júnior europeu estão inscritos, com destaque para o vice--campeão em título, o francês Timo-thée Bisso, para o português Tomás Fernandes, 3º melhor júnior mundial em 2014, para o basco Natxo Gonza-lez, top 5 europeu do ano passado e sempre um candidato ao título, para a vice-campeã europeia do ano pas-sado, a atleta da ilha Guadalupe Kim Veteau ou para o também português Miguel Blanco, finalista na última eta-pa do circuito europeu de 2014.

Guilherme Ribeiro tem 12 anos e é surfista. Campeão nacional de surf sub-14 e vice-campeão nacio-nal sub-12, o jovem surfista vai es-tar no Caparica – Primavera Surf Fest, para competir na terceira eta-pa do Circuito Regional da Gran-de Lisboa e na primeira etapa eu-ropeia da World Junior Surf Lea-gue. No vídeo promocional da pro-va, Guilherme Ribeiro afirma que a Caparica é o seu «sítio preferido para competir porque tem as me-lhores ondas do mundo.» A jogar em casa, o jovem surfista já traçou o objetivo «Venho para ser cam-peão europeu!»

A par do seu amigo e conterrâ-neo Afonso Antunes, Guilherme, tam-bém filho de surfistas e uma das maio-res esperanças do surf nacional da atualidade.

Pedro Carvalho, ex-campeão regional Júnior e Open, e ex-top 16 nacional, e Sérgio Machado, ex-cam-peão regional e nacional são dois atletas locais que estarão presen-tes no Caparica Surf Fest através de wild card. Os dois atletas, que ulti-mamente têm dedicado uma boa parte do seu tempo a projetos de formação, vão competir entre a eli-te do bodyboard nacional, da qual já fizeram parte!

Primeira edição do Caparica Primavera Surf Fest gera grande expetativa

Texto Marta David

A prova inclui a primeira etapa do Worl Surf League Junior e conta com centena de atletas, oriundos de 17 países.

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Atletas da região a postos para conquistar títulos

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EDUCAÇÃO

O DESPORTO e as atividades cul-turais não vão faltar durante as fé-rias da páscoa que estão mesmo aí à porta. No colégio S. Filipe a práti-ca de exercício físico é uma cons-tante e até mesmo nas pausas leti-vas há-que manter esta dinâmica.

Neste sentido, durante três dias, 30 e 31 de Março e 1 de Abril, o co-légio irá proporcionar um vasto con-junto de atividades ligadas ao des-porto e à cultura, tendo como prin-cipal objetivo a ocupação saudável dos tempos livres das criança e jo-vens. Mas as férias desportivas não se dirigem apenas estudantes do co-légio, mas também aos alunos ex-ternos que queiram aproveitar as férias da páscoa praticando uma vá-rias modalidades desportivas des-porto e participado noutras ativi-dades de cariz cultural.

«Vão ser três dias virados total-mente para a prática desportiva com algumas atividades ligadas à ver-tente cultural, para além das dan-ças e dos ateliers teatro. Vão ter mo-dalidades individuais, desportos co-

letivos, de exploração da natureza e atividades aquáticas», explica João Pireza, professor de educação físi-ca, convidado pelo colégio para orientar esta iniciativa.

«Estão também programadas duas saídas programadas e vamos envolver atividades que serão rea-lizadas na Serra da Arrábida. Se-rão três dias em pleno, das 8.00 às 18 horas sempre em movimento», acrescenta o professor.

A maioria das atividades serão desenvolvidas dentro do colégio, com os materiais e recursos huma-nos da própria instituição. «Vamos juntar a experiência externa, a mi-nha, com a experiência interna que o colégio tem, no que diz respeito ao desenvolvimento da prática de atividades desportivas e culturais.

Em princípio, serei eu e os pro-fessores do colégio que iremos orien-tar as atividades. Mas, tudo depen-de do número de inscrições que con-seguirmos», salienta João pireza, adianta o número máximo de par-ticipantes será de 60.

Para além dos professores de educação física, a iniciativa vai contar com a colaboração da pro-fessora de dança, Sofia Costa, da responsável pelo atelier de teatro, Susana Alves, do professor de ar-tes plásticas, Luís Silva, e do ani-mador Gonçalo Rodrigues, que prestará o apoio nas atividades aquáticas.

Com uma vasta experiência no

campo desportivo e na realização de atividades de ocupação de tem-pos livres, João Pireza, sublinha o papel deste tipo de iniciativa. «O grande intuito é promover um es-tilo de vida ativo e saudável, esti-mulando a prática desportiva e multidisciplinar. Não deve haver a preocupação com o rendimen-to, ou se são praticantes desta ou daquela modalidade. É importan-

te sim ser praticante de desporto, seja ele qual for», salienta o pro-fessor de educação física.

João Pireza realça ainda a im-portância da prática de exercício físico durante toda a vida. «As va-riadas experiências que obtêm, para além de os enriquecerem en-quanto pessoas, também vão fa-zer com que percebam onde é que os seus desejos se enquadram me-lhor e aquilo que querem fazer ao longo da vida. Se estes jovens des-cobrirem o que gostam de fazer, ainda na fase jovem, temos aí o caminho para poderem ser pes-soas ativas ao longo de toda a sua vida, realizando actividades que lhes dão prazer».

Quanto às expectativas para estas férias “pascais” desportivas, João Pireza diz-se confiante. «Acre-dito que vai correr tudo bem. Quan-do realizamos atividades destas o nosso grande objetivo é fazer as crianças e jovens felizes. Eles têm de se divertir, têm de sair daqui satisfeitos e com vontade de re-petir», diz, satisfeito, o professor.

As “férias desportivas”, que irão decorrer ao longo de três dias (30 e 31 de Março e 1 de Abril), têm um custo de 50 euros. As inscrições devem ser efetuadas até ao dia 27 de Março, através dos contactos: 926048156/927551805 ou direta-mente na secretaria do Colégio S. Filipe.

Colégio Atlântico com auditório cheio angaria 12 toneladas de alimentos com concerto solidário

Desporto e cultura nas férias da Páscoa

“AMAR É Partilhar!” foi o lema do primeiro concerto solidário que o colégio Atlântico realizou, na noite do passado dia 20, nas suas instala-ções, perante uma planteia entusiás-tica, atenta e repleta de encarrega-dos de educação, docentes, funcio-nários e amigos.

Durante cerca de duas horas, alu-nos e professores deram vida a uma animada festa composta por can-ções, danças, poesia e música. O pal-co do pavilhão multiusos, decora-do com pombas brancas, símbolo da paz e da partilha, foi pequeno para acolher o enorme talento dos alu-nos e encarregados de educação.

António Pereira, diretor do co-légio do Seixal, que admite que o con-certo solidário foi «um sucesso», agra-deceu a todos quantos estiveram por detrás da organização do evento, «em especial a todos os pais que aderi-ram em peso a esta iniciativa». Na sua opinião, o palco e a cultura faz parte dos nossos alunos. Sem dúvi-da que este tipo de iniciativas para

ajudar quem precisa é para conti-nuar», relembrando que o colégio já ajudou também a “Janela Aberta” e avançou no terreno com recolhas de alimentos para o Banco Alimen-tar, com a colaboração dos alunos do colégio. «Tentamos retirar dos nossos alunos o melhor deles para

que estejam bem preparados para a vida, sempre com humildade e res-peito pelo outro», frisa.

Já Tina Pereira, esposa do di-retor do colégio, que costuma

colaborar na distribuição dos alimentos aos sem-abrigo, todo os dias à noite, em conjunto com a Associação “Dá-me a tua Mão”, revela que o preço dos ingres-sos foi pago com géneros ali-mentícios, a favor desta asso-ciação. «Conseguimos 12 tone-

ladas de alimentos, desde enla-tados, massa, arroz, bolachas, cereais, entre outros, o que é mui-to bom».

A responsável não deixa de elogiar o trabalho desta associa-ção, mais concretamente o pro-jeto “Loja Solidária”, destinado às famílias carenciadas que são sinalizadas pelas assistentes so-ciais.

A irmã Arminda Oliveira, men-tora da “Dá-me a tua Mão”, cria-da em 2004, que presta apoio às pessoas mais carenciadas do con-celho do Seixal, com «uma pe-quena refeição para aconchegar o estômago», faz um balanço «muito positivo» do concerto so-lidário, sublinhando que «foi fa-buloso. Além de educar, este co-légio fez um gesto solidário mui-to bonito e conseguimos encher uma carrinha de alimentos». Além da ajuda do colégio Atlântico, a associação conta com os apoios do Banco Alimentar, Segurança Social e várias superfícies comer-ciais. A associação dispõe de 80 voluntárias.

Com 904 alunos, desde o ber-çário até ao 9.º ano, o colégio Atlántico, localizado em Pinhal de Frades, aposta num ensino de qualidade, bilingue, estando para breve a implementação do ensi-no secundário.

Iniciativa visou apoiar a obra da Associação “Dá-me a tua mão”, cuja atividade principal se destina aos sem-abrigo

Colégio S. Filipe, em Setúbal, com novidades

João Pireza, professor experiente e dedicadoNatural do Barreiro e residente no concelho de Palmela, João Pi-reza licenciou-se em 2004 pela faculdade de Motricidade Huma-na. Com um longo e rico currícu-lo na vertente desportiva, João Pireza foi professor de natação, jogador federado e treinador de basquetebol, fez formação espe-cífica na área do fitness, como ins-trutor de musculação e personal trainer e deu aulas de ginástica geriátrica e motricidade para a terceira idade. Desde o ano pas-sado é professor de hidroginás-tica. «Muitas vezes fui coincidin-do várias atividades, o que me ga-rantiu experiências diversifica-das», afirma João Pireza.

As ações de responsabilidade social já são apanágio do Colégio e a direção promete amppliá-las.

Texto António Luís

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Carrinha cheia de alimentos

O espectáculo envolveu a ´prata da casa ,́ com os alunos a revelarem enorme talento em diversas áreas

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Lisnave vai distribuir 1,2 milhões por trabalhadores efetivos

Chefe de sala João Oliveira dá cartas no hotel Premium

A LISNAVE vai distribuir 1,2 mi-lhões de euros, como gratificação de balanço, aos trabalhadores efe-tivos da empresa, na sequência da deliberação, quinta-feira, da As-sembleia Geral de Acionistas, que aprovou o Relatório de Gestão e Contas da empresa referente ao exercício do ano passado.

Os dados mais relevantes do documento, têm a ver com o ní-vel de operacionalidade dos es-taleiros, com 92 navios repara-dos, oriundos de 21 países, o que, segundo nota de imprensa da Lisnave, sublinha a “estabilida-de” dos estaleiros da Mitrena, apesar do “volátil e adverso con-texto que vive o mercado do ”shi-pping” internacional.

Com 98 por cento da sua pro-dução virada para a exportação e uma incorporação nacional su-perior a 90 por cento, a empre-sa atingiu em 2014 um nível de vendas de 85,67 milhões de eu-ros, aos quais correspondeu um lucro líquido de 6,47 milhões de Euros.

Os dados confirmam também a dimensão da empresa a nível internacional.

JOÃO OLIVEIRA, conhecido em-presário da restauração sadina, está agora a exercer as funções de chefe de sala no hotel Premium, em Setúbal, depois de ter tido ex-periências noutros espaços de res-tauração de Setúbal.

Na sua ótica, o hotel Premium deve ser usufruído por toda a po-pulação de Setúbal. «Além de pro-porcionar uma estadia agradá-vel aos turistas, o hotel também está aberto à população da cida-

de. Temos uma cozinha de qua-lidade e variada, espaços agra-dáveis, como bar, sauna, pisci-na, jacuzzi e spa, e uma linda vis-ta panorâmica sobre a cidade», revela João Oliveira.

Com uma ementa variada e di-ferente, é de destacar o creme de tomate com ovo escalfado e ore-gãos, o ratatui provençal (prato vegetariano), a massa chinesa com frango, gengibre e molho de soja, não esquecendo, nas sobreme-

sas, o gratinado de frutas com za-baglione de moscatel de Setúbal.

No pequeno-almoço, «muito rico», é de realçar as compotas de fruta, feitas pelo chefe, os batidos e os sumos de fruta fresca, vários pães e bolos, entre muitas outras delícias. «As pessoas podem aqui vir tomar o pequeno-almoço ou um banho de piscina mesmo sem estarem hospedadas no hotel», apela João Oliveira.

Sacha Hiêu, o chefe de ser-

viço na cozinha, também está a adorar a sua experiência nesta unidade hoteleira, uma vez que «aprecia e valoriza muito» a ci-dade de Setúbal. «Estamos a apos-tar num novo conceito de cozi-nha. Com qualidade, queremos proporcionar ‘viagens’ pelo Mun-do aos nossos clientes. Com a experiência que adquiri no Mun-do, quero dar a partilhá-la aos clientes, com pratos diferentes e ousados», sublinha.

Boas contas, com 6,7 milhões de lucro líquido, aprovadas em assembleia de acionistas

Mesmo com a situação internacional desfavorável, a empresa conseguiu manter a sua operacionalidade intacta. Os bons resultados financeiros comprovam a estabilidade.

Texto Anabela Ventura

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Adrepes vê aprovados mais de 3 milhões para apoiar projetos ligados ao mar e à pesca

A REQUALIFICAÇÃO do mercado do peixe de Sesimbra, a requalifi-cação do porto de Setúbal (APSS), investimentos em equipamentos de transformação de peixe, a renova-ção de lojas e investimentos num depurador de bivalves são alguns dos 20 projetos que viram aprova-ção no âmbito do eixo 4 do Promar, promovido pelo Grupo de Ação Cos-teira Além Tejo e gerido pela Adre-pes na Península de Setúbal. O in-vestimento é superior a 3 milhões de euros e garante a criação de 20 postos de trabalho.

Manuela Sampaio, coordena-dora da Adrepes, mostra-se satis-feita com esta aprovação e realça que estamos na presença de pro-jetos «muito importantes, pois tra-zem uma mais-valia para os pes-cadores, consumidores e entida-des, que vão passar a ter produ-tos mais frescos, melhor conser-vados e com mais qualidade».

Até ao ano de 2020, a Adrepes irá continuar a trabalhar para que outros projetos da região sejam apoiados, nas áreas do rural, pes-cas e urbano. «Queremos conti-nuar a ajudar projetos que dina-mizem a economia local, geram riqueza e criem emprego», acres-centando que durante o mês de abril serão conhecidos os resul-tados das candidaturas à pré-acre-ditação da Adrepes, como grupo de ação local, na vertente rural, costeira e urbana».

Os estaleiros da Lisnave continuam a consolidar a sua posição no mercado

“Casa do Rio” é o espetáculo de dança que a Companhia de Dança de Almada apresenta no Fórum José M. Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, às 21h30. Inspirado na música portuguesa,

este bailado tem por base a diversidade da cultura nacional. Sobre a criação, o coreógrafo Benvindo Fonseca diz: «Pre-cisava dançar também as minhas raízes lusas».

Low Budget, Loosense, Atlas e Hotkin são os quatro grupos que participam, este sábado, às 22 horas, na pré-eliminatória do 11.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal, na Capricho Setubalense. Na

pré-eliminatória, com entrada gratuita, quatro bandas sadinas procuram para a final do concurso. O vencedor tem aces-so direto à final e os restantes participam nas três eliminatórias.

Dança “Casa do Rio” nos palcos da Moita Bandas de garagem atuam na CaprichoA Decathlon abre este sábado ao pú-blico a sua loja de Setúbal localizada na zona de Algeruz, criando centenas de postos de trabalho. De origem fran-cesa, a Decathlon nasceu em 1976 para

satisfazer os desportistas. Presente em mais de 20 países, a Decathlon abriu a sua primeira loja em Portugal em 2000 na Amadora. A marca é especia-lizada em todos os desportos.

Os vinhos produzidos na Península vão estar em destaque no XXI Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses, que decorre este fim-de--semana em Troia. A Associação da

Rota de Vinhos, em parceria com o mu-nicípio de Palmela, dinamiza duas pro-vas de vinhos para os participantes e oferecerá, também, o Moscatel, uma forma de mostrar os nossos néctares.

Declathlon de Setúbal abre sábado ao público Vinhos da região vão ao congresso da ANMP

NEGÓCIOS

Governo aliena 250 m2 do Alfeite a paróquia do Laranjeito por 11 mil euros

O GOVERNO aprovou esta quin-ta-feira a desafectação do domí-nio público militar de 250 metros quadrados do Bairro Social do Al-feite, em Almada, à Paróquia da Igreja da Sagrada Família de Mi-ratejo-Laranjeiro, por 11350 euros.

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Marques Guedes, disse que esta “desafecta-ção do domínio militar de uma par-

cela de terreno com a área de 250 metros quadrados, parte integran-te do estabelecimento militar do Alfeite”, foi decidida “por forma a permitir obras de requalificação” na referida igreja, que está “em al-gum estado de degradação”, me-diante “uma contrapartida finan-ceira da ordem dos 11 mil euros”.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, “esta de-cisão visa travar o aumento da de-

gradação do edifício da igreja, bem como do equipamento nela insta-lada, o que só é possível com am-pliação do logradouro”.

O mesmo comunicado acla-ra que está em causa um terreno “integrante do Bairro Social do Alfeite, freguesia do Laranjeiro, concelho de Almada” e que “a alie-nação é feita mediante a contra-partida financeira no montante de 11350 euros”. D

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OPINIÃO

EM 1938 dez anos depois de Sala-zar ter assumido o poder, foi publi-cada uma coleção de sete cartazes de propaganda que foram distribuí-dos, por todas as escolas primárias do país. Tinham como título “A Li-ção de Salazar” e visavam doutri-nar as crianças nos princípios ideo-lógicos do Estado Novo.

Os cartazes abordavam temas tão diversos como a família, o tra-balho, os serviços públicos, as for-ças armadas, as infra-estruturas ro-doviárias e portuárias.

Havia ainda um relativo à res-tauração financeira. Neste mos-travam-se os cofres cheios e ins-crevia-se a mensagem “Graças à restauração financeira, iniciada em 1928, os títulos do estado e a moeda portuguesa fortes pela mo-delar administração e pelas re-servas de ouro, são hoje dos mais

acreditados no mundo.” Setenta e sete anos depois, a Mi-

nistra das Finanças Maria Luís Al-buquerque afirmou que Portugal tem hoje os “cofres cheios”.

Cheira a naftalina salazarista este dislate ufanamente repetido pelo Primeiro Ministro, que revela uma enorme insensibilidade face às con-dições em que vivem a maioria dos portugueses.

Para lá do “enorme aumento de impostos”, dos cortes de salários, dos roubos das pensões, da asfixia subfi-nanciante dos serviços públicos e da estagnação forçada da economia, a ação governativa de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas traduz-se num conjunto de não-políticas.

Há uma evidente diferença en-tre os discursos e a realidade senti-da pelas pessoas. O governo tem atri-buído a si próprio o mérito do início

de uma retoma que ninguém vê. A maioria da população empobreceu, um em cada seis portugueses em ida-de ativa está desempregado, mais de um terço dos jovens não consegue arranjar trabalho. A dívida pública portuguesa era há seis meses 131,4% do produto interno bruto, sendo a terceira mais alta da União Europeia.

Recentemente verificou-se uma descida dos juros das Obrigações do Tesouro português a 10 anos, mas esta não é mérito da ação do gover-no português.

Resulta antes da entrada em vi-gor do programa de compras no mercado secundário de dívida pú-blica pelo Banco Central Europeu.

Com efeito, com exceção do caso grego, todos os outros países da zona euro estão a pagar juros mais bai-xos do que nós.

Os cofres até podem estar cheios, mas estão cheios de dívi-das, de dinheiro que não é efetiva-mente nosso, relativamente ao qual teremos de continuar a pagar ju-ros. Estão cheios da dignidade que foi roubada aos portugueses. Já os bolsos dos portugueses estão cheios de coisa nenhuma. Num vazio onde só a miséria e a fome parecem cres-cer, onde se contam os trocos para sobreviver.

Para além de esvaziar os bol-sos dos portugueses e desmante-lar o Estado, o governo, na sua aus-teritária e subserviente germano-filia, aplicou a empobrecedora li-ção de Merkel e usa uma demago-gia de ecos salazaristas mas nada fez pela restauração financeira. A sua ação nada tem de modelar, a sua confrangedora incompetência transformou Portugal num país sem projeto, sem desígnio e sem esperança.

INICIANDO UM novo caminho que desejamos profícuo e perió-dico neste órgão de comunicação social de sucesso na região de Se-túbal, o dia 7 de Março, ficou as-sinalado com fatos e atos ocorri-dos algures no ano 1975, nesta bo-nita cidade de Setúbal.

Este espaço é da responsabi-lidade do autor deste texto e em nada vincula os responsáveis do “SemMais Jornal”.

Em consequência do dia a dia de cada um, nem sempre as gera-ções que viveram o período con-turbado dos anos 1974 e seguintes, nomeadamente o denominado “Ve-rão 75”, conseguem dar um teste-munho das suas experiências.

Importa olhar para as situações

ocorridas nesta época, com análi-se crítica, de uma “saudade para o futuro” (pensamento de Teixeira de Pascoaes), sabendo inferir os aspetos positivos. Havia uma mi-litância ativa e participativa e em-penhada pelos ideais em que cada um acreditava. Em muitos casos ocorreram excessos de intolerân-cia, mas compreensivos, deriva-dos pela ansiedade que todos ma-nifestavam em assumir a liberda-de. Arriscaram-se vidas humanas nos limites daquelas intolerâncias, mas se atendermos, ter existido uma revolução não violenta, é na-tural que as ruturas tivessem ocor-rido de forma prolongada.

Em 7 de Março de 1975, um co-mício do então PPD na cidade de

Setúbal, não se realizou, porque os manifestantes de esquerda as-sim o boicotaram e desencadea-ram uma “ação cívica à paulada” a todos os simpatizantes e mili-tantes que se encontravam no in-terior do pavilhão; nem as forças policiais conseguiram conter os contra manifestantes; só a inter-venção das forças armadas em tempo útil evitou que houvesse vitimas graves.

Recordar este episódio, tam-bém é recordar que o mesmo em muito contribuiu para que então algumas das autoridades nacio-nais e mesmo alguns dirigentes políticos tomassem consciência que não seria pela força e pela via de processos revolucionários que

se faria imperar a democracia em Portugal. No entanto, o caminho foi difícil de trilhar e ainda hoje, com 40 anos de democracia, se pergunta se o sistema democrá-tico está consolidado.

Temos consciência que o Ve-rão de 2015 será certamente um “Verão Quente”. Tal como há qua-renta anos há quem não queira ver que a realidade da sociedade portuguesa está mais tranquila e estável e acredita no futuro, de-pois de um período muito difícil e de grande crispação.

Hoje, falta um pouco mais de militância e inconformismo na maioria da população portugue-sa acreditando nos ideais e cau-sas saindo do seu conforto para se oporem às “miragens” de fon-tes secas sem propostas e que nada mais têm para oferecer que não seja voltar a politicas que condu-ziram a crises e resgates. Se a “maioria silenciosa” souber resis-tir aos efeitos mediáticos e nefas-tos teremos um Portugal diferen-te e esperançoso tal como ocor-reu no final de ano de 1975.

Cofres cheios de nada, bolsos com coisa nenhuma

07mar75: uma marca indelével para o “PPP/PSD” em Setúbal

Ficha técnicaDiretor: Raul Tavares; Editor-Chefe: Roberto Dores; Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Departamento Gráfico: Natália Mendes. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. Telem.: 93 53 88 102; Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Uma Comissão exemplar

APESAR dos resultados a que se chegar e às conclusões do rela-tor, a Comissão de Inquérito Par-lamentar ao ‘caso BES’ tem mui-tos méritos e mostra que, mes-mo no às vezes inquietante ma-rasmo da nossa Assembleia da República, é possível fazer par-lamentarismo de qualidade.

O primeiro elogio vai para um ‘setubalense’. O líder da Comis-são, Fernando Negrão, esteve sem-pre à altura, assertivo, oferecen-do espaço aos deputados, mes-mo nas questões mais ríspidas e nos embates mais acutilantes.

Depois, diga-se a verdade (e nesse aspeto o relator tem boa e decisiva informação) muitos dos implicados chamados a ‘depor’ não se coibiram. Aliás, mostra-ram mesmo quase todas as con-tradições desse mega caso de so-negação e dados e delapidação do capital do então maior banco português.

E, por último, um naipe de deputados que, desta vez, sou-beram munir-se dos instrumen-tos fundamentais para que qua-se nada ficasse a descoberto. Em termos técnicos e em termos po-líticos.

Vamos ver se a justiça dá se-guimento a esta fase ainda mui-to insípida. Porque se tudo ficar na mesma, a máxima do ‘crime--compensa’ será elevada à sua suprema dimensão.

EDITORIALRaul Tavares

JÁ MUITO se tem teorizado, discu-tido e debatido sobre politicas edu-cativas, a pouco mais de um mês das comemorações do 41° aniversário do 25 de Abril, importa salientar o quanto a educação contribuí para a mobilidade social dos portugueses ou para a qualificação das diferen-tes profissões. Sem sombra de du-vida que o ensino foi, provavelmen-te, nos últimos anos o sector que mais mudanças provocou em Portugal.

Mesmo que por vezes, consi-deremos algumas medidas insufi-cientes ou inadequadas, o facto é que o sistema democrático de en-sino permitiu a igualdade de opor-tunidades na sua plenitude. Quem é que na velha oficina de almas (ter-mo usado no antigo regine para designar a escola) ousava prever

que o filho do padeiro pudesse vir a ser juiz ou médico? Usada muita das vezes como elevador social, a escola permitiu o acesso a deter-minadas funções com base no mé-rito e na qualificação, em vez da he-reditariedade ou heranças.

Corremos o riso deste sistema imperfeito ruir se continuarmos a banalizar o discurso de que estudar não compensa, até ” porque não há empregos, nem podemos ser todos Drs.” Deixar passar a mensagem às gerações mais novas de que o co-nhecimento, o trabalho e o mérito não valem a pena, é paradoxal e in-consequente . Até porque, os licen-ciados são pouco mais que 10% da população e se o trabalho e o méri-to não são premiados o que resta?

A marginalidade e /ou as economias paralelas!? A escola pública e demo-crática, de todos para todos, deverá ser uma realidade ganha e conquis-tada por Abril, mas também inclu-siva e combatedora de desigualda-des sociais. Criadora de processos de mudanças e assente numa rela-ção que deverá ir muito mais além da relação professor/ aluno, a nos-sa nova-velha escola poderá ser a tábua de salvação para a recupera-ção económica e social de Portugal.

Comemorar Abril é comemo-rar as vitórias do Estado Social, co-memora Abril também é semear novos direitos e preservar velhos deveres. A escola de todos e para todos é nosso dever e faz parte da nossa herança!

A Escola de Todos e para Todos

Elizabete CavaleiroCoordenadora Pedagógica

João CouvaneiroProfessor Ensino Superior

ESPAÇO ABERTO E LIVRE

Zeferino BoalMilitar/Consultor

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Sábado • 28 março 2015 • www.semmaisjornal.com 15

NA UNIÃO Europeia tem-se acen-tuado uma crise social sem prece-dentes, principalmente na zona euro.

Ela é ímpar quanto ao tempo de duração, sobretudo no desempre-go; este indicador há muito que dei-xou de ser conjuntural e, quanto á precariedade que nos países perifé-ricos atinge níveis de exclusão e ver-gonha. A queda do Lehman Brothers em 2008 mudou o rumo da história económica recente, ao permitir o en-vironement ideal para o experimen-talismo doutrinário.

Sete anos depois do início de uma crise, com origem na desregulação e nos excessos do sistema financei-ro, as reformas estruturais mais pro-fundas incidiram, pasme-se ou não, nas leis do trabalho.

As regras que obrigavam ao diá-logo, e que mantinham o equilíbrio de classes, foram substituídas por imperativos económicos que pro-vocam desequilíbrios profundos nas relações de trabalho e no modelo so-cial. A narrativa do discurso políti-co adotou a palavra “competitivida-de” com um sentido doutrinário de-masiado largo.

De tal forma, que se tornou difí-cil distinguir o centro direita do cen-tro esquerda. O discurso político eu-ropeu está reduzido á forma do pa-gamento das dívidas soberanas e às taxas de juro que se “conseguem” para novos empréstimos no merca-do de capitais.

Quem ousar colocar em cau-sa o status quo financeiro é con-siderado não-alinhado ou apeli-dado de radical. É aqui que o so-cialismo democrático tem a obri-gação de apresentar um caminho político diferente. Poder-se-ão apresentar soluções diferentes

para a economia; mais ou menos investimento público (só possível com verbas comunitárias); pode-rão existir até diferenças substan-tivas quanto ao regime fiscal para privilegiar uns setores económi-cos em função de outros; contu-do, será com propostas concretas para o mercado de trabalho que se distinguem os modelos sociais e se distinguem os programas dos partidos políticos.

Os desequilíbrios sociais, ali-mentados na última década por li-berais, e que Sociais-democratas e Democratas Cristãos não conse-guiram contrariar, fez o cidadão comum pensar que não existia al-ternativa. Por isso mesmo, esta é a altura para qualquer candidato que ambicione ser o próximo Primei-ro-ministro, apresentar propostas concretas para a legislação labo-ral. Como retomar o diálogo social de forma a privilegiar a contrata-ção coletiva, quais as medidas que punam efetivamente os ganhos concorrenciais de forma desones-ta; quem está em condições para um compromisso de médio prazo para a atualização no salário mí-nimo e, o que fazer para cativar os trabalhadores em funções públi-cas ou qual o papel do Estado na nova economia. Sem propostas concretas para o mundo do traba-lho ficará um vazio que, acreditem, será preenchido ou por demago-gos ou perigosos populistas. De-pois não se queixem.

Exige-se Clareza

Manuel FernandesDirigente da UGT

A IMPLOSÃO de um dos polos da bipolaridade em que o mundo se encontrava dividido até há escas-sos vinte e seis anos deu lugar a consequências económico-finan-ceiras, tecnológicas sociais e po-liticas verdadeiramente impres-sionantes.

Vivemos hoje num mundo que nada tem a ver o que existia.

O GATT – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio que regulamen-tava à escala global as relações co-merciais por meios bilaterais entre os países deu lugar à OMC – Orga-nização Mundial do Comércio, que é uma instituição multilateral que conduziu ao endeusamento dos mercados valorizando conceções neoliberais no domínio económi-co e impondo o domínio a podero-sas instituições financeiras. A polí-tica passou a ser subalternizada à economia e esta às finanças.

O recurso e o uso generaliza-do das novas tecnologias e com elas das chamadas redes sociais fomen-taram a atomização da sociedade, sob o primado do individualismo, concorrendo também para a des-

valorização da dignificação do tra-balho face ao crescimento galo-pante do desemprego nos países mais desenvolvidos. Os espaços económicos supranacionais pas-saram a ser dinamizados por me-ras lógicas mercantilistas, como se vê na União Europeia.

O aumento do desemprego, a afetação de princípios e valores que aceleraram a corrosão das relações fomentaram a insegurança e a pro-miscuidade entre os negócios e a política foi ganhando corpo passan-do a ideologia a ser uma realidade marginal.O mundo bipolar deu lugar ao uni-polar e agora vive-se sob o efeito da multipolaridade. O mundo está mesmo perigoso.

Porque a realidade é o que é e não o que se deseja que seja, é útil e proveitoso reconhecemos que vi-vemos agora sob os efeitos de um capitalismo forte e gravemente des-regulado.

No decurso das transformações que de há vinte e seis anos a esta par-te se verificaram no mundo, os par-tidos da área do socialismo demo-

crático que conjuntamente com os partidos democratas cristãos tive-ram um papel determinante na cons-trução do que é hoje a União Euro-peia e se assumiram como charnei-ra nos equilíbrios políticos–sociais, sustentando e fomentando um de-senvolvimento coeso e solidário, ce-deram no essencial ao pragmatis-mo do endeusamento dos merca-dos. As alternativas passaram a me-ras alternâncias com pouco a dis-tinguir os objetivos dos partidos da governação. Os partidos foram a re-boque dos acontecimentos, descu-rando gravemente a ideologia. Os resultados de hoje visíveis no pró-prio quadro europeu.

Sucede que estamos a entrar num novo ciclo e isto por rejeição, pelos eleitores, do rumo da marcha que a nível geral está a ser seguida. Como se começa a ver de forma cada vez mais clara.

O reforço da ideologia, dos va-lores e dos princípios tem e vai de novo estar na ordem do dia.

Que não hoje quais por ilusões sobre isso.

Por ser assim o partido socia-

lista tem uma oportunidade de ouro que não poderá ser defrau-dada nas próximas eleições legis-lativas. Sustentando políticas de rutura com as que o governo tem defendido, com graves consequên-cias para Portugal e para os por-tugueses e apresentando objeti-vos simples e claros em que todos se revejam.

A oportunidade de ouro do PS

Vitor RamalhoAdvogado

POR ENTRE desejos distantes e sonhos estudados milimetri-camente, olhando a imensidão do mar, o sol começava a de-saparecer e Francisca não tar-dou a fazer-se à estrada, rumo ao seu lar. Tentou vislumbrar a cidade, mas não conseguiu, como se esse fosse o seu des-tino – não ver as luzes, a azáfa-ma, os odores artificiais, os tons acinzentados, os prédios altos, as multidões. Talvez devesse esquecer os seus devaneios e ilusões, conformar-se com a serra verde, com a fruta fresca, com a quietude e paz da sua casa. Talvez o mundo lá fora não tivesse sido feito para ela, talvez não seja prudente des-cobri-lo, talvez, talvez...

No entanto, o mundo não tem outro propósito senão ser descoberto, vivido, apreciado e exultado – não só as serras, os oceanos, os rios, as flores, os animais, o céu, a lua e sol, mas também as cidades, os edifícios, as lojas, os automóveis, as ruas, os cafés, as fábricas, e cada uma das pessoas que perfazem, jun-tas, a infinidade de recantos, histórias, palavras, músicas, sorrisos e lágrimas que se vão redescobrindo por todo o lado.

Formara-se já, no rosto de Francisca, um sorriso alarga-do – foi a casa, compôs uma mo-chila improvisada com tudo o que precisava para passar uns dias fora, escreveu um bilhete aos pais e saiu. Saiu rumo à ci-dade, não importando nada mais se não isso mesmo – a saída.- Vou fazer um retiro, é só isso... – dizia para consigo, sorrindo, porque nenhum retiro conheci-do tem como destino a cidade.

Esqueceu o futuro, esque-ceu consequências, esqueceu tudo – só caminhou. Primeiro a relva do quintal, depois a ter-ra batida da estrada secundá-ria, o alcatrão da estrada prin-cipal e, finalmente, pousou os pés na calçada.

As Intrínsecas Questões do Ser (Parte II)

Margarida NietoEstudante

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

JÁ ROLARAM cabeças e o assun-to ainda vai durar algum tempo.

Ficámos a saber que para as cabeças pensantes de quem gere os nossos impostos há Portugue-ses de primeira e portugueses de segunda. Mas também ficámos a saber que há muitos funcioná-rios bisbilhoteiros. Não ficámos a saber, mas imaginamos, é para que andam esses funcionários a “bisbilhotar” os dados fiscais pes-soais dos “VIP´s”. Se o papel do sindicato foi importante na de-núncia da lista VIP, também se-ria importante e pedagógica na denúncia destes abusos. Quan-do há dois pesos e duas medidas, somos aquilo a que se chama de parciais.

Por outro lado, pena tenho eu que o meu nome não cons-tasse no Swissleaks. Dessa lista já eu queria constar.

Não, não pretendia andar a fugir aos impostos ao Estado. Pre-tendia era ter tanto dinheiro que pudesse pensar nisso. EhehhehePor aqui, no Seixal entenda-se, vivemos tempos engraçados. Um certo marasmo. Boas medidas entre-cortadas com medidas me-nos simpáticas.

O IMI, sempre o IMI, em bre-ve vai começar a trazer-nos amar-gos de boca. E nessa altura os se-nhores e as senhoras munícipes do Seixal vão perceber melhor por-quê que votei contra o Orçamen-to, as Grandes Opções do Plano e a Fixação da Taxa do IMI.

É que, com a exclusão da Cláu-

sula Travão, seguida da actuali-zação do valor dos imóveis, a Câ-mara nem precisava aumentar para nós pagarmos mais e eles au-mentarem a receita.

No fundo todos nós estamos a ser duplamente castigados – pa-gamos com a actualização (qua-se sempre para valores superio-res) e depois ainda pagamos o au-mento que a Câmara faz incidir sobre esse valor. E dizem-se eles comunistas e defensores do povo!

Claro que o governo devia ter mantido mais um ano ou dois a cláusula travão e eu, como social--democrata, acho que em ano de eleições é vontade de perder vo-tos. Mas Pedro Passos Coelho lá sabe da vidinha dele…

Por fim uma nota positiva – O novo Plano Director Municipal foi publicado. Participei dele. Absti-ve-me. Não é o meu modelo de ci-dade, mas pelo menos há um mo-delo. Saiba a Câmara implemen-tá-lo e já será muito bom.

Agora se for, como de resto em tantas outras coisas, apenas bonitas intenções, então de nada valeu o esforço.

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

Paulo Edson CunhaVer. PSD/Seixal

O tema do momento é a lista VIP

“ O reforço da ideologia, dos valores e dos princípios tem e vai de novo estar na ordem do dia. Que não haja ilusões sobre isso. ”

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