jornal nippak ed 13 de marÇo de 2014

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ANO 17 – Nº 2459 – SÃO PAULO, 13 A 19 DE FEVEREIRO DE 2014 – R$ 3,00 www.nippak.com.br Pesquisa tenta descobrir o que pensam os jovens nikkeis sobre o Japão O que pensam os jovens nikkeis sobre o Japão e sua cultura? E sobre as en- tidades nipo-brasileiras? Para tentar descobrir estas e outras respostas que há tempos afligem entidades, associações e lideranças da comunidade nipo-bra- sileira, o Consulado Ge- ral do Japão em São Paulo solicitou uma pesquisa ao Bunkyo (Sociedade Brasi- leira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), que CELIA KATAOKA está sendo realizada em parceria com as principais entidades nikkeis: Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), Enkyo (Beneficên- cia Nipo-Brasileira de São Paulo), Aliança Cultural Brasil-Japão e Câmara de Comércio e Indústria Japo- nesa do Brasil. O material começou a ser distribuído no final de janeiro. A previ- são é encerrar a pesquisa no dia 10 de março. ————————————–————————–––| Pág. 03 DIVULGAÇÃO Claudia Ito, a Dama que comanda o GP do Brasil de Fórmula 1 Quem diz que mulher é só para pilotar fogão, está enganado. Isso é coisa do passado. O grande exem- plo disso é a diretora-exe- cutiva da Interpro, a enge- nheira eletrônica Claudia Ito que é responsável por tudo que diz respeito ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. ———————————————————–————————––————–—––—————–————————–––| Pág. 07 DIVULGAÇÃO IPK convoca foliões nikkeis para desfilar na Águia de Ouro Fruto da parceria entre o Instituto Paulo Kobayashi (IPK) e a escola de samba Águia de Ouro, a Ala IPK foi lançada no último dia 2, na quadra da agremia- ção. Estiveram presentes o fundador e presidente do Conselho do IPK, Victor Kobayashi, o cônsul geral ————————————–————————–––| Pág. 06 do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, e o deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP), além do presidente da Alatur JBN, Tetsu Suzuki, membros da JCI Brasil-Japão, e a professora Lilly Mutai e alunas da Escola de Ballet Coppelia. RODRIGO MEIKARU Brasil confirma favoritismo e termina ‘Confra 2014’ em primeiro lugar O Brasil confirmou o fa- voritismo nos chamados esportes “da comuni- dade”, durante a realiza- ção da Confraternização Esportiva Internacional Nikkei, entre os dias 29 de janeiro e 5 de feve- reiro, na Bolívia. Como ————————————–————————–––| Pág. 11 manda a tradição, a de- legação tupiniquim fez bonito, trazendo na baga- gem nada menos do que 35 medalhas de ouro. No ranking geral, o País ficou em primeiro lugar, com Argentina e Peru comple- tando a tabela. Considerado o maior clube nikkei das Américas – e um dos maiores do mundo – o Nippon Country Club co- memora este ano seu 54º aniversário de fundação de olho em novos projetos. Localizado próximo à ca- pital paulista, no municí- pio de Arujá (cerca de 37 km), numa área de 570 mil metros quadrados, o clube conta com instalações mo- dernas que proporcionam comodidade para toda fa- mília. ———————————————————–————————––————–—––————–––––——–——––——–––| Pág. 09 Jornal Nippak (11) 3340-6060 É PENTA – O cantor Ale- xandre Hayafuji foi o ven- cedor do Grand Prix do 20º Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro, na Associa- ção Cultural e Desportiva Nipo-Brasileira de Jacareí. Muito emocionado pela conquista, ele recebeu os aplausos da platéia, que su- perlotou o salão e abraços dos amigos, professores e para alegria da sua regio- nal, Leste, levou para casa o prêmio de R$2.500,00. “Esta vitória foi tão difí- cil quanto o primeiro, pois você tem que ser impecá- vel, ou seja, cinco vezes melhor, com muita precisão e sempre emocionar”, disse Xandão, como é conhecido. ———————————————————–————————––————–—––—————–——––——–––| Pág. 4, 5 e 12 Valter Sassaki anuncia investimentos em obras e melhorias no Nippon Country Club em 2014 DIVULGAÇÃO

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JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

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Page 1: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

ANO 17 – Nº 2459 – SÃO PAULO, 13 A 19 DE FEVEREIRO DE 2014 – R$ 3,00www.nippak.com.br

Pesquisa tenta descobrir o que pensam os jovens nikkeis sobre o JapãoO que pensam os jovens nikkeis sobre o Japão e sua cultura? E sobre as en-tidades nipo-brasileiras? Para tentar descobrir estas e outras respostas que há tempos afligem entidades, associações e lideranças da comunidade nipo-bra-sileira, o Consulado Ge-ral do Japão em São Paulo solicitou uma pesquisa ao Bunkyo (Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), que

CELIA KATAOKAestá sendo realizada em parceria com as principais entidades nikkeis: Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), Enkyo (Beneficên-cia Nipo-Brasileira de São Paulo), Aliança Cultural Brasil-Japão e Câmara de Comércio e Indústria Japo-nesa do Brasil. O material começou a ser distribuído no final de janeiro. A previ-são é encerrar a pesquisa no dia 10 de março.

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DIVULGAÇÃO

Claudia Ito, a Dama que comanda o GP do Brasil de Fórmula 1Quem diz que mulher é só para pilotar fogão, está enganado. Isso é coisa do passado. O grande exem-plo disso é a diretora-exe-cutiva da Interpro, a enge-nheira eletrônica Claudia Ito que é responsável por tudo que diz respeito ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.———————————————————–————————––————–—––—————–————————–––| Pág. 07

DIVULGAÇÃO

IPK convoca foliões nikkeis para desfilar na Águia de Ouro

Fruto da parceria entre o Instituto Paulo Kobayashi (IPK) e a escola de samba Águia de Ouro, a Ala IPK foi lançada no último dia 2, na quadra da agremia-ção. Estiveram presentes o fundador e presidente do Conselho do IPK, Victor Kobayashi, o cônsul geral

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do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, e o deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP), além do presidente da Alatur JBN, Tetsu Suzuki, membros da JCI Brasil-Japão, e a professora Lilly Mutai e alunas da Escola de Ballet Coppelia.

RODRIGO MEIKARU

Brasil confirma favoritismo e termina ‘Confra 2014’ em primeiro lugar

O Brasil confirmou o fa-voritismo nos chamados esportes “da comuni-dade”, durante a realiza-ção da Confraternização Esportiva Internacional Nikkei, entre os dias 29 de janeiro e 5 de feve-reiro, na Bolívia. Como ————————————–————————–––| Pág. 11

manda a tradição, a de-legação tupiniquim fez bonito, trazendo na baga-gem nada menos do que 35 medalhas de ouro. No ranking geral, o País ficou em primeiro lugar, com Argentina e Peru comple-tando a tabela.

Considerado o maior clube nikkei das Américas – e um dos maiores do mundo – o Nippon Country Club co-

memora este ano seu 54º aniversário de fundação de olho em novos projetos. Localizado próximo à ca-

pital paulista, no municí-pio de Arujá (cerca de 37 km), numa área de 570 mil metros quadrados, o clube

conta com instalações mo-dernas que proporcionam comodidade para toda fa-mília.

———————————————————–————————––————–—––————–––––——–——––——–––| Pág. 09

Jornal Nippak(11) 3340-6060

É PENTA – O cantor Ale-xandre Hayafuji foi o ven-cedor do Grand Prix do 20º Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, que aconteceu nos dias 7, 8 e

9 de fevereiro, na Associa-ção Cultural e Desportiva Nipo-Brasileira de Jacareí. Muito emocionado pela conquista, ele recebeu os aplausos da platéia, que su-

perlotou o salão e abraços dos amigos, professores e para alegria da sua regio-nal, Leste, levou para casa o prêmio de R$2.500,00. “Esta vitória foi tão difí-

cil quanto o primeiro, pois você tem que ser impecá-vel, ou seja, cinco vezes melhor, com muita precisão e sempre emocionar”, disse Xandão, como é conhecido.

———————————————————–————————––————–—––—————–——––——–––| Pág. 4, 5 e 12

Valter Sassaki anuncia investimentos em obras e melhorias no Nippon Country Club em 2014

DIVULGAÇÃO

Page 2: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

2 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3340-6060Fax (11) 3341-6476

Publicidade:Tel. (11) 3340-6060Fax (11) 3341-6476

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Repórter Fotográfica: Luci J. YizimaColaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane

Kisihara e Marcos YamadaPeriodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 80,00

[email protected]

JORNAL NIPPAK

AULAS DE TANGOO casal do Tango Loco, com An-dré e Andressa (Uma das brasi-leiras a ganhar o dança esportiva no Japão)Onde: Carla Salvagni – Dança de Salão e Dança Esportiva (Av Lavandisca 662, Moema) Às 4ª feirasHorário: 21h Informações: 11/5052-9443 após 16h

AULAS DE DANÇAProfessores Sergio e Rosa Taira.Onde: Assoc. Shizuoka Kenjin (R. Vergueiro, 193 - Liberdade)As 2ª e 3ªfeirasHorário: 13h às 17hInformações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676

AULAS DE DANÇAProf. Marcos KinaOnde: Soc. Bras. de Cult. Japo-nesa – Bunkyo (Rua São Joa-quim 381, Liberdade)As 5ª feirasHorário: 11h às 12h30

NIKKEY CULTURALKaraokê: aulas com o prof. e maestro Hideo Hirose (2ª, 3ª, 4ª, 6ª e sábado) e a profa. Tsuguiko Hongo (5ª).Dança Social: Prof. Murae do-mingo (de manhã), Prof. Ha-yashi (2ª das 15h às 20h), Prof. Tahira (6ª das 13h às 16h30), Profa. Luciana Mayumi - Aulas de Tango (2ª e 4ª das 20h30 às 23h), Profa. Massako Nishi-da (4ª das 9h às 16h), Prof. Willian (sábado à tarde), Profa.

CURSOSSato Tazuko (sábado de manhã) e Profa. Yukie Miike (3ª, 5ª e do-mingo, diversos horários).Aulas de Violão, Guitarra e Baixo: Prof. Eder (sábado das 9h às 18h)Aulas de Japonês: (básico, in-termediário e avançado) Profas. Keiko, 2ª e Isabel Kayoko, di-versos horários.Obs: aulas de Português para estrangeiro com Profa. Isabel Kayoko.Aulas de Inglês: (básico, inter-mediário e avançado) Prof. An-derson (sábado), Profa. Priscila (diversos horários).Aulas de Informática: Prof. Vic-tor Kawata (diversos horários)Aulas de teclado: Profa. Neide (diversos horários)Tênis de Mesa: Prof. Mario Nakao - Técnico da Butterflay (diversos horários).Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade)Informações: 11/3774-7456, 11/3774-7457 e 11/3774-4430 com Meily (das 9h às 17h e sábado das 9h às 14h)

TELECENTRO IPK-BUNKYOAtendimento: de 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h e sábado, das 9h às 16hOnde: Rua São Joaquim 381, Liberdade ao lado da sede do BunkyoInformações: 11/3277-4272CURSOSCurso de Introdução à Infor-mática - Carga Horária: 16 horas

Digitação - Carga Horária: 20 horasEditor de Textos (Writer) - Carga Horária: 20 horasEditor de Planilhas (Calc) - Carga Horária: 20 horasImpress - Apresentação e Marketing Pessoal - Carga Horária: 20 horasGIMP - Carga Horária: 20 ho-rasGIF’s - Carga Horária: 10 ho-ras

Conheça os demais cursos ofe-recidos nos diversos Telecentros da cidade e veja outras informa-ções sobre oficinas em: www.prefeitura.sp.gov.br/telecentros

SÃO PAULO10º PROGRAMA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO A CUIDADORES DE IDOSOSOnde: Rua São Joaquim, 381, sala 14 (próx. à Estação São Joa-quim do Metrô)Data/hora: às quintas-feiras, das 12h30 às 16h30Informações (de terça a quinta--feira, entre as 9h e 17h) pelo tel.: 11/3209-0215, com Sirley

GUARULHOS26º CURSO PARA FAMILIARES E VOLUNTÁRIOS QUE CUIDAM DE IDOSOSOnde: Rua Jardim de Repouso São Francisco, 881Data/hora: às quartas-feiras, das 13h às 17hInformações (de terça a sexta, entre as 7h e 15h) pelo telefone: 11/2480-1122, com Milena

Informações e divulgação de eventos com Cristiane [email protected] – Tel. 11/3340-6060

AGENDA CULTURAL

CONCERTO

OSESP ITINERANTE: CORO DA OSESP EM SALTOCoro da Osesp Naomi Munakata regenteProgramaTomás Luís de VictoriaAve MariaWilliam ByrdAve Verum CorpusThomas WeelkesGloria in Excelsis DeoJosé Mauricio Nunes GarciaIn Monte OlivetiHeitor Villa-LobosTantum ErgoErnest WidmerSalmo 150Clément JanequinLe Chant des OiseauxCarlo GesualdoDolcissima Mia VitaClaudio MonteverdiEcco Mormorar l’OndeHeitor Villa-LobosDuas Lendas AmeríndiasCésar Guerra-PeixeNo Estilo de Folia de ReisCyro PereiraJequibachTom JobimPassarim [arranjo de Roberto Rodrigues]Insensatez [arranjo de Eduardo Carvalho]Dorival CaymmiSuíte dos Pescadores [arranjo de Damiano Cozzella]Programação sujeita a altera-ções. Onde: Sala Palma de Ouro (Rua Prudente de Moraes 580, Salto/SP)Dia 20/02/2014Horário: 20hIngressos: Gratuito (distribuição de ingressos no local, a partir de uma hora antes do concerto.

EXPOSIÇÃO

OPA! UMA ALEGRE REVELAÇÃO – UM NOVO OLHAR PARA A AMIZADE BRASIL-JAPÃOJunko Koshino e Go YayanagiOnde: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés 88, Pinheiros)De 23/01 a 16/03/2014Horário: de 3ª a domingo das 11h às 20hIngresso: Entrada Gratuita

Informações: 11/2245-1900 ou www.institutotomieohtake.org.br

TOMIE OHTAKE GESTO E RAZÃO GEOMÉTRICACuradoria de Paulo Herkenhoff e a exposição reúne 80 trabalhos da artista. Onde: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés 88, Pinheiros)De 23/11 a 09/03/2014Horário: de 3ª a domingo das 11h às 20hIngresso: Entrada GratuitaInformações: 11/2245-1900 ou www.institutotomieohtake.org.br

SHUNJI NISHIMURA - Expo-sição em comemoração aos 105 anos da imigração japonesaOnde: Museu Histórico da imi-gração japonesa - Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Rua São Joaquim 381, 8ºandar, Liber-dade)Até 28/02/2014Horário: 13h30 às 17h30Ingresso: Entrada GratuitaInformações: 3209-5465 e 3208-1755 E-mail: [email protected]: museubunkyo.org.br

CINEMA

CINEMA BUNKYOTodas as quartas-feiras, a Co-missão de Biblioteca e Filmes do Bunkyo apresenta uma ses-são de filmes japoneses. Os filmes são exibidos em idioma japonês, sem legenda. Além disso, uma vez ao mês, realizam o “Free Market” (Frima), uma feira de produtos diversos, com artesanato, obentô (alimentos), brinquedos, livros e outros. Onde: Pequeno Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) Dia 19/02/2014Horário: 13hIngresso: Sócios entrada gra-tuita e não-sócios pagam R$5,00Informações: 11/3208-1755 ramal 128

EVENTO

AOBA MATSURIFeira de verduras frescas e co-midas caseiras.

do personagem para uma histó-ria em quadrinhos.Onde: Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Av. Lins de Vasconcelos, 3352 - metrô Vila Mariana.Dia 16/02/2014Horário: 9h às 12hMateriais necessários: 10 fo-lhas de papel sulfite, lápis ma-cio, borracha e régua.Taxa única: R$35,00 incluindo certificado de participação da Abrademi. Inscrições: através do site www.abrademi.com ou pessoalmente no local da aula.

COSPLAY: COMO FAZER ROUPAS E APETRECHOSA aula é formada por uma sé-rie de dicas de materiais e de como trabalhar com esses ma-teriais para se obter o resul-tado desejado. Os professores são cosplayers experientes que confeccionam todas as roupas e apetrechos. Se desejar, o aluno poderá trazer a peça que está fa-zendo para se informar com os especialistas.Idade mínima: Não há limite de idade. Palestrantes: Roberto Sa-dayoshi Moriama, Henrique Guilherme Novaes de Oliveira e Marcos Pilon Maziviero, todos experientes na confecção de rou-pas e apetrechos como armas e escudos para cosplay.Onde: Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Av. Lins de Vasconcelos, 3352 - metrô Vila

Mariana.Dia 16/02/2014Horário: 14h às 17hMateriais necessários: somente material para anotação.Taxa única: R$15,00 incluindo certificado de participação da Abrademi. Inscrições: através do site www.abrademi.com ou pessoalmente no local da aula.

PALESTRA

PALESTRAS GRATUITAS DO CIATEFevereiro/2014 - 14h às 16h18/02 – Estudando Japonês para Prestar o Nouryoku Shiken20/02 – O que é “Documento de Traslado” Exigido pela Pre-feitura do Japão para Restituir a Aposentadoria25/02 – Planejamento Para Al-cançar Objetivos27/02 – Lei da Atração e Autoes-tima: Maravilhosa FusãoOnde: CIATE - Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalhador Retornado do Exterior (Rua São Joaquim 381, 1º andar, Liber-dade)Informações e Inscrições:11/3207-9014

BATE PAPO E PALESTRA COM A ROTEIRISTA DE RUROUNI KENSHIN (SAMURAI X) – KAWORU KUROSAKIRio De Janeiro – RjOnde: UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro - Au-

ditório do Departamento de En-genhariaDia 26/02/2014Horário: 15hInformações: Consulado Geral do Japão no Rio de JaneiroSão Paulo – SpOnde: FNAC – Loja Pinheiros (Praça dos Omaguás 34, Pinhei-ros, Próximo a estação Faria Lima do metrô)Dia 27/02/2014Horário: 19h30Informações: 11/3579-2000Capacidade: 80 lugaresIngresso: Entrada Gratuita – Retirada da senha 1 hora antes do evento, no local.

EXCURSÃO

EXCURSÃO PARA THERMAS DE PARAGUAÇU PAULISTA/SPPartida dia 31/03/2014 às 23h em ônibus luxo.Lazer nas piscinas thermais com monitores. Karaokê Dance com jantar no Salão nobre do Kaikan de Paraguaçu Paulista. Dias 01 e 02/04 das 17h às 23h. Retorno no dia 03/04/2014 após o jantar.Reservas com Mely 11/3774-7456, 11/3774-7457, 11/3774-7443, Emilia Iritsu 11/3751-9910, 11/99510-8499, Professores Hayashi ou Jose Iritsu 11/99857-3845.

Informações e divulgação de eventos com Cristiane [email protected] – Tel. 11/3340-6060

Onde: Miyagui Kenjin Kai (Rua Fagundes 152, Liberdade)Dia 15/02/2014Horário: 9h às 18hInformações: 11/3209-3265

BAILE ÉRIKA KAWAHASHIMúsica ao vivo e Animação da Profa, tecladista, cantora e ju-rada Érika Kawahashi. Baile com PERSONAL DAN-CERS da ACADEMIA DAN-ÇANDO NA LUA e sorteio de brindes e de jóia.Onde: Associação MIYAGUI KEN (Rua Fagundes 152, Liber-dade)Dia 15/02/2014Horário: 18h30 às 23h (refeição à parte)Informações: 11/2578-3829, 11/99827-9925 e [email protected]

KARAOKÊ DANCE TOKUSHIMAOnde: Tokushima Kaikan (R Antonio Maria Laerte 275, Me-tro Tucuruvi)Dia 15/02/2014Horário: 9h às 17hInformações: 11/4748-5896 Sra Inaba

BAILE ALLEGRO Presença de Personal Dancer, Jantar opcional com Buffet Sho-ori e haverá sorteio de Brindes.Animação: BANDA ISSAMU MUSIC SHOW.Onde: Salão Social do MIYA-GUI KEN (Rua Fagundes 152, Liberdade)Dia 22/02/2014Horário: 19h às 23h30Reservas com Beth: 11/3209-2609, Cel.11/99904-2237 e e--mail: [email protected]

CURSOS

DESENHO DE PERSONAGENS DE QUADRINHOSA aula única de Desenho de Per-sonagens de Quadrinhos é uma realização da Abrademi e será ministrado pelo veterano dese-nhista Roberto O. Fukue. A aula ensina passo a passo como criar personagens de quadrinhos, como construir o rosto e o corpo

Page 3: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014 3JORNAL NIPPAK

Pelo menos 13 pessoas morreram e 1700 ficaram fe-ridas no Japão devido à tem-pestade de neve que atingiu, no último fim de semana, o Leste do país, segundo da-dos divulgados pela emissora pública NHK. A maioria das mortes, registradas em nove áreas do Japão, foi em conse-quência de acidentes de trân-sito ou quedas no gelo.

Segundo a NHK, ocorre-ram 6.155 acidentes rodoviá-rios causados pelas condições das estradas em 36 províncias afetadas pela tempestade. Até segunda-feira, foram contabi-lizadas 1.800 casas atingidas

por cortes de luz nos municí-pios de Ibaraki, Fukushima e Miyagi.

A maior tempestade de neve registrada nos últimos 20 anos na capital japonesa atingiu a altura de 27 centí-metros e provocou cortes de luz que afetaram cerca de 48 mil residências na região de Tóquio, de acordo com a To-kyo Electric Power (Tepco).

A tempestade levou ao cancelamento de centenas de voos no fim de semana nos dois aeroportos da capital, afetando milhares de passa-geiros.

(da Agência Brasil)

JAPÃO

Tempestade de neve deixa pelo menos 13 mortos

COmuNIDADe

DIVULGAÇÃO

Pesquisa pode servir para outros mapeamentos mais amplos

*Erika Tamura nasceu em Ara-çatuba (SP) e há 15 anos re-side no Japão, onde trabalha com desenvol-

vimento de criação. E-mail: [email protected]

COLUNA DA ERIKA TAMURA

exemplos valem mais que palavras

No último fim de semana nevou muito aqui no Japão. Um clima totalmente con-trastante com o do Brasil.

Os meteorologistas ja-poneses falavam que não nevava assim há 16 anos. Exatamente o tempo que tenho no Japão, e realmente quando cheguei aqui estava nevando e muito! O pri-meiro dia achei lindo, tirei fotos, brinquei na neve, fiz tudo o que uma típica bra-sileira faz quando se depara com a neve. O segundo dia já estava enjoando daquela paisagem toda branca e no terceiro dia já comecei a chorar e ligar para minha mãe vir me buscar, porque com a neve fica difícil sair de casa, aquela imensidão branca, como saber onde é rua e onde é calçada? Sem contar o frio...

E durante esse fim de se-mana me remeti ao passado, apesar de todo esse tempo, estou adaptada ao Japão, mas os transtornos que a neve causa são inevitáveis. Tirar a neve da rua, do carro, do estacionamento, afinal dirigir na neve é um perigo. Tudo isso faz parte da roti-na de todos que vivem no Japão.

E no centro de pesquisa onde trabalho, os transtor-nos causados pela nevasca não foi diferente, o esta-cionamento e a entrada es-tavam tomados pela neve, então fomos todos com a pá remover e limpar tudo. É aí que está a diferença entre os brasileiros e os japoneses, dificilmente em uma firma brasileira, veríamos o presi-dente da empresa colocando a mão na massa, ou seja, retirando a neve com a pá e fazendo todo o trabalho pesado. Certamente ele iria mandar um funcionário para que faça o trabalho braçal. Mas ali onde eu trabalho não é assim, o presidente e o diretor da empresa, calça-ram botas, luvas e munidos de pá, iniciaram os traba-lhos de limpeza do local, e eu vendo aquilo, senti von-tade de ajudar também, não é pelo “puxa saquismo”, e sim por uma questão de dig-nidade, afinal, vejo o dono da empresa e o meu chefe executando arduamente esse trabalho para o bem estar dos funcionários, e eu vou

ficar parada por que?Visto a camisa da em-

presa mesmo, porque mais do que ordens ou pedidos, os meus superiores me en-sinam com exemplos. A ati-tude deles, só demonstram o quão privilegiada eu sou em trabalhar em um lugar assim.

A preocupação deles era de tirar a neve dali o mais rápido possível para que ne-nhum funcionário derrapas-se com o carro, ou escorre-gasse quando estivesse an-dando pelo estacionamento.

Fiz questão de parar o meu trabalho, e sair da mi-nha sala quentinha para um frio congelante, somente pelo fato de querer contri-buir para um bom ambiente de trabalho.

Muitos brasileiros não entendem essa minha ati-tude, me criticam, e falam que sou idiota por querer ajudar, pois poderia ficar quieta numa sala com tem-peratura agradável. Mas a questão é: e a minha consci-ência, como fica?

Pois é, eles estão ali no serviço braçal, e em mo-mento algum me pediram ou ordenaram para que eu fosse ali, exatamente por isso decidi aderir, e com isso as outras japonesas também pararam os seus serviços e foram ajudar.

No inverno é a neve, e no verão é a grama, o enorme jardim do centro de pesquisa não conta com nenhum jar-dineiro, e é mantido por nós mesmos, pois o movimento começou pelo presidente da empresa também, que com uma máquina de podar gra-ma foi fazendo o serviço, e todos nós fomos aderindo aos poucos, sem ninguém pedir. Como as formigas que aos poucos vão fazendo o seu trabalho e em equipe para um resultado melhor.

Por isso que digo que esse Japão me ensina muito, e na prática! Aqui nada é te-órico, pelo menos para mim.

Diversas entidades nipo--brasileiras sediadas na capi-tal paulista entre elas o Bun-kyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de As-sistência Social), realizarão no próximo dia 24, no Salão Nobre da entidade, cerimônia de despedida do embaixador Akira Miwa.

No último dia 5, a ceri-mônia aconteceu na residên-cia oficial do embaixador, em Brasília. Acompanhado de sua esposa, a embaixatriz Konomi Miwa, Akira Miwa externou o “imenso senti-mento de gratidão ao governo brasileiro e à população que me proporcionaram uma oportunidade riquíssima no trabalho diurno, visando o fortalecimento da relação bi-lateral Brasil-Japão”.

A cerimônia de despedida do embaixador japonês reu-niu personalidades dos Três Poderes (Executivo, Legisla-tivo e Judiciário), incluindo ministros de Estado, do Ju-diciário e representantes do Congresso Nacional, além do corpo diplomático de todas

as embaixadas instaladas no País. Miwa e sua esposa dei-xarão o Brasil no próximo dia 26 de fevereiro. “Deixarão saudades. Em especial, pelo produtivo e fecundo trabalho do embaixador”, disse o pre-sidente do Grupo Parlamentar

Brasil-Japão, Junji Abe.Conforme matéria publi-

cada na última edição do Jor-nal Nippak, o Ministério das Relações Exteriores do Japão definiu como seu sucessor o atual diretor de Cooperação Internacional do Ministério

das Relações Exteriores do Japão, Kunio Umeda.

Segundo a previsão do governo japonês, ele tomará posse no dia 20 de março pró-ximo como novo embaixador do Japão no Brasil. Dentre as muitas personalidades que fi-zeram questão de participar da despedida oficial de Miwa, destacaram-se o Ministro da Aeronáutica, Junito Saito; o ex-ministro do STJ – Supe-rior Tribunal de Justiça, Mas-sami Uyeda; e o presidente da Associação Nikkey do Brasil, Coronel Yoshio Kiyono.

DIVULGAÇÃO

DeSPeDIDA

entidades nipo-brasileiras de São Paulo organizam cerimônia de despedida do embaixador Akira miwa

O que pensam os jovens nikkeis sobre o Japão e sua cultura? E sobre

as entidades nipo-brasileiras? Para tentar descobrir estas e outras respostas que há tem-pos afligem entidades, asso-ciações e lideranças da co-munidade nipo-brasileira, o Consulado Geral do Japão em São Paulo solicitou uma pes-quisa ao Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social), que está sendo realizada em parceria com as principais en-tidades nikkeis: Kenren (Fe-deração das Associações de Províncias do Japão no Bra-sil), Enkyo (Beneficência Ni-po-Brasileira de São Paulo), Aliança Cultural Brasil-Japão e Câmara de Comércio e In-dústria Japonesa do Brasil.

O material começou a ser distribuído no final de ja-neiro. A previsão é encerrar a pesquisa no dia 10 de março. Segundo uma das coordena-doras da pesquisa, a jornalista Célia Abe Oi, o Bunkyo dis-tribuiu cerca de 4 mil impres-sos, que foram enviados para as chamadas “go-daitans”e entidades como a Abeuni (Aliança Beneficente Uni-versitária Nikkei), Câmara Júnior Brasil-Japão e Asebex (Associação Brasileira de Ex--Bolsistas no Japão), além das 20 Regionais da entidade na Grande São Paulo.

O objetivo é colher in-formações de 1500 jovens descendentes de japoneses – entre 18 e 35 anos – residen-tes no Estado de São Paulo. Desse total, 200 serão quali-tativos, ou seja, serão apro-fundadas para elaboração do relatório final, que deverá ser entregue até o dia 31 de março.

Digital – Além de ser um le-vantamento que há muito não se fazia na comunidade nik-kei, Célia Oi chama a atenção para uma novidade. “Na pri-meira semana de fevereiro, começamos a aplicar o ques-tionário também via digitar utilizando o site do Bunkyo”, conta a jornalista, explicando que a entidade contratou um profissional para desenvolver um software especial para ga-rantir a maior segurança pos-sível dos dados.

“No primeiro dia, cerca de 100 pessoas acessaram o site e responderam o questionário”, comemora Oi, destacando que, no caso dos formulários respondidos através do site, a pesquisa valerá também para quem estiver em outros Esta-dos. “Creio que, via digital, podemos extrapolar o círculo das entidades nikkeis”, arris-ca a jornalista, que destaca a importância da pesquisa.

“Trata-se de um primeiro mapeamento que poderá ser-vir para outros mais amplos e abrangentes”, afirma Oi, que não esconde uma certa ansie-dade pelo resultado. “Nesse questionário, temos itens muito interessantes como, por exemplo, um que trata diretamente sobre mutirracia-lidade. Isto é, queremos sa-ber se esse jovem é mestiço. Reconhecer o mestiço como descendente pode refletir no futuro da nossa comuni-dade”, diz ela, acrescentando que “é um número que pode ser bastante revelador para as lideranças nipo-brasileiras quando se fala em preserva-ção da comunidade”.

Casamento – Oi também des-taca a questão do casamento. “Nela, o entrevistado deve responder se é casado com descendente de japoneses ou não. Mas há outras bastante

interessantes como a que pede para a pessoa definir seu sen-timento em relação a ser des-cendente de japoneses, se para ela é muito bom ser identifica-da com o povo daquele país, se é bom, se é indiferente ou se ela não gosta”, observa a jor-nalista, explicando que o lvan-tamento procurou abranger as várias faixas etárias de uma pessoa. “Entre 18 e 22 anos, é a época dos estudos; dos 23 aos 30 é a fase da afirmação e dos 30 aos 35 é quando ela está se consolidando na vida”.

Para Célia Oi, ainda é cedo prever se o resultado poderá (re)definir uma pos-sível mudança de ação das entidades e associações em relação a participação dos jo-vens. “Mas certamente será um avanço”, diz.

Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas no site: www.bunkyo.org.br.

(Aldo Shiguti)

Comissão de Jovens: levantamento procurou abranger as várias faixas etárias dos pesquisados

Jornal Nippak

(11) 3340-6060

Cerimônia de despedida em Brasília reuniu políticos e membros da comunidade nipo-brasileira

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4 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

KARAOKÊ/eSPeCIAl

CELIA KATAOKA

Não fosse pelo inespe-rado da natureza, pe-ríodo já confirmado

como o mais quente da histó-ria no Estado, o 20º Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, mais conhecido como Paulistão, realizado nos dias 7, 8 e 9, na Associação Cul-tural e Desportiva Nipo-Bra-sileira de Jacareí, poderia ser considerado, incontestavel-mente, como coroado de ple-no sucesso, pelo excepcional trabalho da Comissão Orga-nizadora, que ainda foi con-templada pela excelente qua-lidade da média dos cantores. “Antigamente, assistíamos a muitos cantores de péssima qualidade, hoje, contamos nos dedos os que destoam demais dos outros”, afirmou um veterano cantor que par-ticipou de todas as edições do Paulistão desde 1995.

Logo na sexta-feira, pri-meiro dia do concurso, com a reunião pré-início em que participam representantes re-gionais, jurados e apresenta-dores, começando no horário, a Comissão Organizadora, “presidida por um japonês (Akira Ikawa)”, conforme afirmou Toshio Yamao, presi-dente da UPK, mostrou a que veio. E o Concurso começou exatamente no horário mar-cado e transcorreu sem trans-tornos ao longo do dia.

O inesperado citado tem a ver exatamente com a altís-sima temperatura que afeta as condições dos alimentos e da própria saúde dependendo da pessoa devido à desidrata-ção. Por isso, do primeiro ao terceiro dia, o evento foi mar-cado por mais de cem pessoas afetadas por desintoxicação alimentar ou por alteração de pressão.

Afora isso, mas que não abalou a qualidade do trabalho dos organizadores foi o atraso de uma hora no início do con-curso, no segundo dia, devido à demora da chegada do gera-dor por falha de comunicação e que acabou atrasando tam-bém a cerimônia de abertura que se transcorreu conforme descrito na página 5. Assim, o segundo dia foi marcado apenas por esse fato, mas sem abalar o ânimo da platéia, sempre muito animada. Aliás, outro fato curioso foi perceber a permanência de muitos par-ticipantes que não se coloca-ram bem em suas categorias.

E veio o terceiro dia, da apresentação das crianças no período da manhã e, à tarde começando pelas finais das, sempre, fortíssimas categorias Adulto B e A e a recém criada Super Star, de onde costumam sair o campeão do Grand Prix, conforme ocorreu para finali-zar com as premiações gerais. Na apresentação das crianças quem fazem a festa são os pais e como a premiação delas foi

logo em seguida, fechamen-to de gala para elas, mas não para alguns pais.

E de gala também foi o fechamento do dia, dentro do horário, com todo o período da tarde desfilando apenas cantores de ótima qualidade e coroando com a apresentação dos 17 cantores seleciona-dos para o Grand Prix, dan-do Alexandre Hayafuji, pela quinta vez.

Um verdadeiro campeão – Hayafuji,que já havia con-quistado esse prêmio em 2003, 2004, 2006 e 2008, tem também a conquista de um do Brasileirão pelo júri tecnico e 4 pelos populares, assim como já ganhou também um Zenkara (2007) e um NAK do Brasil (2001), além de um internacional, Prêmio Soori Daiji (Primeiro Ministro) no

Nippon Taishu (2004), em Tóquio. Um verdadeiro cam-peão.

Mas apesar de toda essa experiência, para ele, o deste teve um sabor especial por-que sabia que teria, antes, de passar pelos cinco fortíssi-mos adversários da categoria “Super Star”. “Me fez esfor-çar cinco vezes mais que os outros, que somado ao susto que levei, semanas atrás, ao perder para o Atsushi Abe, que voltou em grande esti-lo, serviu para rever melhor meu lado cantor, em conflito com o, agora, lado professor. E como sabia que os demais cantores eram tao bons quan-to o Atsushi, todos, deten-tores de Grand Prix, resolvi dar meu máximo em todas as fases”, explicou o campeão, bastante emocionado.

“E queria aproveitar para

agradecer à minha esposa e filhos pelo o carinho e apoio, a meus professores Kikuchi Etsuko e Roberto Maeda, aos meus alunos que mais do que isso, sao verdadeiros parcei-ros de treino, com os quais onde aprendo muito com eles também, aos jurados que se-manalmente trabalham sem cansar e nos ajudam com suas criticas e elogios para que pos-samos nos preparar para esse tipo de grandes eventos”, con-cluiu, feliz.

Outro grande campeão que falou à reportagem foi, At-sushi Abe, de volta ao evento como cantor porque nunca se ausentou de nenhum Pau-listão, pois cantou de 1995 a 2005 e iniciou sua prestação de serviço de sonorização de 2006 a 2013, razão que o le-vou a parar de cantar. Mas, retornando como cantor, ele pode comemorar 20 anos de convívio. Como era muito conhecido como cantor, a ex-pectativa do público também era grande por seu retorno, por isso foi muito ovaciona-do logo na subida ao palco, e mais ainda ao sair após com sua performance confirmar o que dele já se esperava.

O currículo é intenso e de qualidade tanto no canto como sonorizador, “tive o prazer de participar das 11 primeiras edições do Paulistão, ganhar 1 Grand Prix (1995), 11 troféus e o prazer de acompanhar as demais últimas 8 edições com meus serviços profissionais”, falou Abe. E não media pala-vras ao retorno, “após tanto tempo ausente, estar nova-mente junto a grandes nomes dessa nova categoria denomi-nada Super Star, só tenho a agradecer pela calorosa aco-lhida dos amigos cantores e pelo carinho e incentivo dessa grande platéia durante minha apresentação. Platéia esta, dividida entre os que não sa-biam que eu cantava e os que já me conheciam, criando cer-ta expectativa. Espero não tê-

20º Paulistão consagra talento de Alexandre Hayafuji, pentacampeão do Grand Prix

Veterano E: 1º) Paulo Suzuki (Centro-Oeste), 2º) Zenko Higa (Leste)Veterano D2: 1º) Kiyomi Na-gahama (Leste), 2º) Hiromitsu Sato (Centro)Veterano D2 Kashosho: 1º) Kazue Sakakibara (Oeste) Veterano D1: 1º) Shinobu Tada (Noroeste), 2º) Ruriko Kumura (Sorocabana)Veterano D1 Kashosho: 1º) Akira Ikawa (Central)Veterano C2: 1º) Taeko Yoshi-mura (Oeste), 2º) Boriko Kuri-moto (Sul II)Veterano C2 Kashosho: 1º) Mitsue Kina (Centro)Veterano C1: 1º) Terumi Taka-no (Centro), 2º) Carlos Miya-moto (Oeste)Veterano B: 1º) Tadashi Wata-nabe (Leste), 2º) Hiromi Hirai (Central)Veterano B Kashosho: 1º) Sergio Tanigawa (Sudoeste), 2º) Luis Yabiku (Centro-Oeste)Veterano A: 1º) Kazue Fu-jii (Sul II), 2º) Sandra Sasaki (Norte)Veterano A Kashosho: 1º) An-gelaisa Toyota (Centro-Oeste)Juvenil: 1º) Naruto Kuroki (Sudoeste), 2º) Akemi Ito (Centro-Oeste) Pop: 1º) Mitie Tamada (Sudo-este), 2º) Hideki Egoshi (Cen-tral)Pop Kashosho: 1º) Kimio Su-

zuki (Oeste)Infantil A: 1º) Harumi Miyake (Paulista), 2º) Aiko Yasumura (Centro-Oeste)Infantil B: 1º) Ryu Muraka-mi (Central), 2º) Harumy Ito (Centro)Infantil C: 1º) Marie Wata-nabe (Centro-Oeste), 2º) Miwa Yoshikawa (Paulista)Infantil D: 1º) Akira Iamaguti (Sudoeste), 2º) Ayumi Onoda (ABCD/BX Santista)Infantil E: 1º) Enzo Yamashita (Paulista), 2º) Lívia Nishiyama (ABCD/BX Santista) Tibiko A: 1º) Kendi Teruya (Leste), 2º) Rafael Yassunaga (Centro-Oeste)Tibiko B: 1º) Yasmin Yamashi-ta (Paulista), 2º) Yumi Fukao (Noroeste)Tibiko C: 1º) Kawane Naga-matsu (Noroeste), 2º) Yasmin Yonamine (Leste)Adulto B: 1º) Yoshinobu Kiyo-hara (Oeste), 2º) Taís Iwano (Centro-Oeste)Adulto B Kashosho: 1º) Yoshiaki Shinde (Sudoeste)Adulto A: 1º) Sayurio Kohatsu (Central), 2º) Isadora Kataoka (Centro-Oeste)Adulto A Kashosho: 1º) Yuka Osawa (Leste)Super Star: 1º) Alexandre Hayafuji (Leste)Grand Prix: 1º) Alexandre Hayafuji (Leste)

RESULTADO DO 20º PAULISTÃO

-los decepcionado”, afirmou, aliviado.

Estreante – Mitie Tamada, grande companheira de Abe, da mesma forma participou de todos os Paulistões até 2005 e pelas mesmas razões também o interrompeu já que é tam-bém a grande companheira no serviço de sonorização, fican-do, portanto, mesmo período ausente. E o retorno foi em grande estilo já que, além de também tão ovacionada quan-to Abe, em sua apresentação faturou o prêmio máximo de sua categoria POP e até dei-xando os demais pretendentes ao Grand Prix um pouco pre-ocupados. “Para mim foi tudo ótimo. Fiquei muito emocio-nada, feliz com a acolhida e incentivo dos amigos, e tam-bém pelas novas amizades que fizemos! Hontoni ureshii deshitaaaa!”, ainda emocio-nada pela conquista.

“E foi engraçado porque, por estar quase 10 anos lon-ge como cantora, tinha mui-ta gente que nem imaginava que eu cantava. Assim espero também não tê-los decepcio-nados com minha apresenta-

ção”, completou também hu-mildemente.

Ao contrário dos excep-cionais e veteranos cantores acima, Paulino Takahara, participou pela primeira vez de um Paulistão. “A oportu-nidade de participar de um, pela primeira vez, foi de uma experiência única para mim. Só por conhecer e presen-ciar uma realidade diferen-te da que estou acostumado nos taikais da regional, pela grandeza do palco, qualidade do som e a quantidade de ju-rados me surpreendeu. Senti--me pequeno diante de tan-tos cantores renomados que estavam em minha categoria veterano B. Ouvindo esses melhores cantores, só tenho a dizer que tenho ainda muito a aprender. A experiência foi ótima, quem sabe, este ano, já participo do Yosen (Elimina-tórias) para o de 2015”, com-pletou entusiasmado.(Silvio Sano, especial para o Jornal Nippak)Leia mais às pags 5 e 12A cobertura do 20º Paulistão teve a participação dos jor-nalistas Aldo Shiguti, Silvio Sano e Célia Kataoka

Tadao Ebihara, Alexandre Hayafuji, Toshio Yamao e Mario Sakamoto (da esquerda para direita)

Centro-Oeste leva o Dantaissen

A regional Centro-Oeste recebeu a maior pontuação por equipe, com comemora-ção entre os cantores, fami-liares, professores e amigos. Pela animação durante todo o Paulistão a Centro-Oeste também foi a escolhida como a melhor torcida. A pontuação do dantaissen fi-cou assim: Centro-Oeste: 16.975.46; Leste: 16.972.24; Central: 16.961.27; Cen-tro: 16.960.23 e ABCD: 16.949.95.(Célia Kataoka, especial para o jornal Nippak) Regional Centro-Oeste ficou com os prêmios por equipe e de Melhor Torcida

CELIA KATAOKA

Este ano, Paulistão contou com cinco apresentadores

Jurados tiveram muito trabalho em Jacareí

Paulino Takahara, da categoria Veterano B

Cantores da categoria Pop aguardam resultado

SILVIO SANO

FOTOS: SILVIO SANO

ARTE: SILVIO SANO

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São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014 5JORNAL NIPPAK

KARAOKÊ/eSPeCIAl

FOTOS: ALDO SHIGUTI

“É na hora da dificuldade que conhecemos os ver-dadeiros amigos”. A

fra se, que pode parecer um desabafo, define bem o per-fil do coordenador geral do 20º Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, o Pau-listão – como é mais conhe-cido – Mario Sakamoto. Sem papas na língua, Sakamoto disse que, “por se tratar de um evento importante e gran-dioso como é o Paulistão, em especial este, que comemora 20 anos, enfrentamos muitos obstáculos”. “Inclusive finan-ceiros”, explicou Sakamoto à plateia, entre eles políticos, autoridades e convidados que acompanharam, no sábado, a abertura do maior evento de karaokê do Estado.

Sob uma temperatura de mais de 35 graus, a cerimônia começou com um atraso de cerca de 2 horas ocasionado por constantes problemas téc-nicos no som – enquanto a re-portagem do Jornal Nippak esteve no local, foram quatro interrupções. Estiveram pre-sentes o presidente do Bun-kyo de Jacareí, Alberto Ueda; o presidente da União Central de Karaokê (UCK), Akira Ikawa; o presidente da Ace-as Nikkey, Hideyuki Karia; a presidente da Abrac (Asso-ciação Brasileira de Canção), Akemi Nishimori; o presi-dente do Conselho Delibera-tivo da Aceas Nikkey, Kazu-hiro Mori; o vice-presidente do Bunkyo (Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), Jorge Ya-mashita; a secretária munici-pal de Cultura de Jacareí, Sô-nia Ferraz; o vice-prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Izidro Neto (PMDB); os deputados federais Junji Abe (PSD-SP), Keiko Ota (PSB-SP) e Walter Ihoshi (PSD-SP); os estadu-ais Helio Nishimoto (PSDB)

e Jooji Hato (PMDB), e os vereadores Edgard Sasaki (DEM), de Jacareí; e Cláudio

Anzai (PSDB), de Suzano, além do presidente da Acal (Associação Cultural e As-

sistencial da Liberdade), Hi-rofumi Ikesaki, e a presidente do Instituto NAK do Brasil, Yochimi Kitagawa.

Emoção – Em seu discurso, Sakamoto agradeceu a dire-toria da Aceas (Associação Cultural, Esportiva e Agrí-cola de Suzano), entidade responsável pela promoção do Paulistão deste ano, e a verba de R$ 250 mil pro-veniente de emendas par-lamentares empenhadas pelos deputados estaduais Hélio Nishimoto (PSDB) e Jooji Hato (PMDB) e pelo deputado federal Junji Abe (PSD-SP), através da Secre-

Toshio Yamao e mario Sakamoto fazem balanço positivo do 20º Paulistão

Paulistão deste ano foi especial: 20 anos preservando e divulgando a cultura japonesa

taria de Estado da Cultura.A emoção maior ficou re-

servada para o final, quando Sakamoto agradeceu o apoio e compreensão de seus fami-liares, principalmente de sua esposa. “Não sou de Jacareí. Moro em Ferraz de Vascon-celos, onde tenho uma loja de materiais de construção. Na semana que antecedeu o Paulistão tive que ficar uma semana fora e sem o apoio da família não teria conseguido”, disse Sakamoto, que não teve como conter as lágrimas.

Na segunda-feira, mais aliviado com o término do Paulistão, Sakamoto repetiu o que disse no encerramento do evento. “A próxima cidade que faça melhor”, disse o coor-denador, que respondeu tam-bém sobre casos de pessoas que sentiram-se mal na sexta e no sábado e tiveram que ser levadas à Santa Casa de Jaca-reí com sintoma de diarreia. Segundo Sakamoto, “segura-mente menos de 50 pessoas”, entre elas cantores, jurados e apresentadores foram medica-das e receberam alta. “Foi um problema [virose] que veio de fora, não tinha como bloque-

ar”, afirmou Sakamoto.Para o presidente da UPK

(União Paulista de Karaokê), Toshio Yamao, nada que tire o brilho do evento. “Na nossa avaliação, o evento foi óti-mo e o balanço foi bastante positivo”. Segundo Yamao, que foi agraciado com a Or-dem do Mérito de Educação e Integração, no grau de Co-mendador, pelos esforços re-alizados em prol da cultura, merece destaque o cenário, considerado pelo presidente da UPK, “uma inovação” que deu certo. “Também foi muito feliz a ideia de trabalhar com cinco apresentadores no lugar de sete ou oito como fazía-mos no passado”, destacou o presidente, lembrando que uma das edições do Paulistão chegou a reunir 11 jurados.

A 20ª edição do Concurso de Karaokê do Estado de São Paulo, o Paulistão, foi uma realização da União Central de Karaokê, com promoção da Aceas Nikkey e apoio da UPK, Bunkyo de Jacareí e Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria de Cultura.

(Aldo Shiguti)

Políticos e convidados destacam importância do karaokê como

ferramenta de integraçãoAutoridades, políticos e

convidados que discursa-ram na cerimônia de aber-tura do 20º Paulistão foram unânimes em destacar o papel social do karaokê. A presidente da Abrac, Akemi Nishimori, que veio de Maringá especialmente para a abertura, lembrou que as duas entidades – Abrac e UPK – caminham de mãos dadas. O presi-dente da Aceas Suzano, Hideyuki Karia disse que, “além do espírito de com-petição, o Paulistão cum-pre também um importante papel que é o de preservar a cultura japonesa”.

“Quem canta os males espanta e ainda fortalece a cultura japonesa”, destacou o deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP), acrescen-tando que foi através do Paulistão que “selou amiza-des eternas”.

O também deputado fe-deral Junji Abe, que pela se-gunda vez conseguiu ajuda financeira para o evento, “a tradição dos festivais de ka-raokê nutre e reforça os la-ços culturais na comunidade nipo-brasileira, além de reve-lar talentos e contribuir para o fortalecimento da cultura de

modo geral”.Já o deputado estadual

Hélio Nishimoto (PSDB) lembrou que era a primeira vez que o Vale do Paraíba sediava um evento do por-te do Paulistão. “É um dia especial e todos que estão ajudando merecem a nossa gratidão”, afirmou. (AS)

ALDO SHIGUTIO

O presidente da UPK, Toshio Yamao (d) foi homenageado

O coordenador Mario Sakamoto: “O próximo que faça melhor”

Público, que lotou as dependências do Bunkyo de Jacareí sofreu com as altas temperaturas

Cerimônia de abertura é sempre um espetáculo à parte

A secretária municipal de Cultura de Jacareí e pre-sidente da Fundação Cultu-ral “José Maria de Abreu”, Sonia Regina Ferraz, disse que “Jacareí sente-se hon-rada em receber um evento tão grandioso e importante como este”. Segundo a secre-tária, Jacareí conta com uma relação “muito boa” com a comunidade nipo-brasileira. “Além da Festa do Imigrante, realizada anualmente pela Associação Cultural e Des-portiva Nipo-Brasileira de Ja-careí com apoio da Prefeitura Municipal, há três anos rea-lizamos também a Presença Japonesa em Jacareí, uma semana dedicada à culinária,

dança e apresentações musi-cais que acontece no Museu de Antropologia da cidade”, conta Ferraz, lembrando que, a comunidade japonesa, ao lado das comunidades árabe e italiana, são as mais repre-sentativas de Jacareí. “Além da festa, a Prefeitura também tem um projeto para tombar as comunidades árabe e japonesa como patrimônios culturais e imateriais do município.

“Estamos na fase de le-vantamento e coleta de dados, que devem ser concluídos até o mês de junho e encaminha-do para o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do município”, disse a secre-tária, lembrando que a imi-

gração japonesa em Jacareí teve início em 1927, com a chegada da família Shoji.

Até os anos 80, a pro-dução de hortifrutis teve grande influência na econo-mia da cidade, com desta-que para o cultivo de flores e tomates. “Os japoneses tiveram também importante participação na construção da cidade”, destaca Ferraz.

Para o vereador de Jaca-reí, Edgar Sasaki, “trata-se de um reconhecimento para as comunidades estrangeiras que contribuíram para o de-senvolvimento do município na qual os japoneses estão inseridos”.

(Aldo Shiguti)

ALDO SHIGUTI

Jacareí tem projeto para tombar comunidade nikkei

A secretária municipal de Jacareí e presidente da Fundação Cultural, Sonia Regina Ferraz

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6 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

CARNAVAl

DIVULGAÇÃO

O Instituto Paulo Koba-yashi (IPK) e a Escola de Samba paulistana

Águia de Ouro vão levar os laços de amizade que unem Brasil e Japão para o Sam-bódromo. A Ala IPK, que promete tornar a Águia de Ouro na escola mais japonesa do Carnaval paulistano deste ano, foi lançada no último dia 2, na quadra da agremiação, na zona Oeste de São Paulo. Estiveram presentes o funda-dor e presidente do Conselho do IPK, Victor Kobayashi, o cônsul geral do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, e o deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP), além do presidente da Alatur JBN, Tetsu Suzuki, membros da JCI Brasil-Japão, e a profes-sora Lilly Mutai e alunas da Escola de Ballet Coppelia.

Para fazer bonito no Sam-bódromo paulistano, Victor Kobayashi está convidando foliões nikkeis para desfila-rem na ala, que terá cerca de 100 componentes. Os interes-sados podem adquirir a fan-tasia ao preço de R$ 160,00. Os ensaios acontecem todos os domingos, às 19 horas, na quadra da Águia de Ouro (Av. Presidente Castelo Branco, 7683 – Barra Funda).

“Trata-se de mais uma ação que estamos realizando com a Águia de Ouro cuja parceria tem trazido bons fru-tos”, explica Kobayashi, lem-brando que o Instituto Paulo Kobayashi e Águia de Ouro são parceiras no Projeto de Intercâmbio Cultural com o Japão, cujo objetivo é criar um centro de referência da cultura brasileira no Japão.

Como primeira etapa, o presidente da escola, Sidnei Carriuolo, visita regularmen-te para o país nipônico desde 1986. As últimas duas, no ano passado e em 2012, já como parceiro do IPK. As visitas têm como objetivo ministrar workshops para escolas asso-ciadas à Aesa (Associação das Escolas de Samba de Asaku-sa), que realiza o maior Carna-val do mundo fora do Brasil.

Em 2013, a Águia de Ouro fez um desfile impecá-vel, mas foi penalizada em 1,1 ponto por ter ultrapassado o limite de tempo, o que aca-bou custando o título – ficou na terceira colocação.

Este ano, a escola está no-vamente disposta a brigar pe-las primeiras colocações. Se no ano passado homenageou o sambista João Nogueira, este

ano será a vez do cantor e com-positor Dorival Caymmi. O samba-enredo “A velha Bahia apresenta o centenário do po-eta cancioneiro Dorival Caym-mi”, dos compositores Vitor Gabriel, Rodolfo Minuetto, Rodrigo Minuetto, Cruz, Bru-no Tomegeski, Pelezinho, W. Corrêa e Jr. Silva, terá como intérprete Serginho do Porto.

Reservas – A Águia será a quinta escola a entrar no Anhembi no segundo dia de desfiles, por volta das 02h50, na madrugada de sábado para domingo (dia 2 de março).

Interessados em fazer parte da Ala IPK podem ligar para o Instituto Paulo Koba-yashi pelo telefone: 11/3288-8989 ou pelo e-mail: www.ipk.org.br

(Aldo Shiguti)

IPK convoca foliões nikkeis para desfilar na Águia de Ouro

Em cerimônia realizada no dia 4 de fevereiro, no Au-ditório Paulo Kobayashi na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, tomou posse o comitê executivo 2014 da Câmara Junior Inter-nacional Brasil - Japão. Jun Mabe passou a presidência da JCI para Marcos Kenji Suto gestão 2014. Fizeram parte do cerimonial o depu-tado estadual Helio Nishi-moto (PSDB), Ricardo Luis Nishimura (vice-presidente do Bunkyo – Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), Gui-lherme Tibola, Hiroaki Sano (cônsul Geral Adjunto do Japão), Fujioshi Hirata (se-cretário geral da Câmara do

Comercio e Indústria Brasil Japão), ex-deputado federal William Woo, Masato Nino-miya, vereador de Paraguaçu Paulista, Antonio Takashi Sa-sada, e o fundador do Insti-tuto Paulo Kobayashi (IPK), Victor Kobayashi, entre ou-tros.Fotos: Luci Judice Yizima

COmuNIDADe

Foliões nikkeis poderão adquirir a fantasia por R$ 160,00O fundador do IPK, Victor Kobayashi, e o cônsul Noriteru Fukushima

Jorge Nagao, além do Nippak e www.portal-nikkei.com.br, também está na constelação do www.algoadizer.com.br.

E-mail: [email protected]

Haikais e mais haicais

O que Décio achou,/ Ha-roldo descobriu todo/ poder de Bashô.// Octavio Paz,/ poeta maior completa:/ - É tudo, é demais! // No haiga, haikai,/ pintura e a escritu-ra./ Vixe o queixo cai!// O poeta Shiki:/ Haiku: haikai e hokku./ Não acho tão chic.//Sogi, poeta,/ fazia renga a poesia/ que Bashô deleta.//

Soneto e haikai/ são for-mas o que for mas/ mudar ninguém vai.”

Haikais para Sochi 2014

I)Brasileiro, em Sochi,/ No gelo, és um brasigelo,/ Tenha boa Sochi!

II) País caliente,/ sem neve, medalha never,/ mas ‘tamos contentes./

III) Soletre este manta:/ Ice eu te pego, medalha! Mas sem ser pilantra.

IV) Fica frio, mano,/ Gente, não tem tempo quente,/ Só calor humano.

V) Japonês adora/ o frio, já o Brasil/ é uma brasa, mora!

VI) Invejo seu inverno./ Quente viu, frio TV./ Brasil, um inferno.

VII) ‘Sóchii não deu’, Sóchio,/ A Sochiedade só,/ curte, é só ócio.

VIII) É bom que se fre-ezer,/ Herói você é, girl or boy,/ E take it easy!

ERRATA

Na edição passada, houve um deslize: “Onde se lê Ane, leia-se Ani, e vice

versa. Como bem lem-braram Chisato Yoshioka,

Rosa Eliko e Helena Akiko T.Morais, a elas meu obri-

gatô”.

Fui apresentado aos hai-cais de Guilherme de Al-meida, na década de 70, e fi-quei encantado com a beleza e precisão de seus versos e rimas:

O haicaiLava, escorre, agitaa areia. E enfim, na bateia,fica uma pepita.

PescariaCochilo. Na linhaeu ponho a isca de um sonho.Pesco uma estrelinha.

Tentei imitá-lo: Primeiro haikai / Capricho pra não ser “mixo” / Por fim, ele sai.// Fiquei satisfeito e curti ainda mais os haicais depois que Millôr Fernandes pas-sou a publicá-los na reVeja.

Na semana passada, fo-mos Genésio and me, à Casa Guilherme Almeida, no Pa-caembu, assistir a uma bela aula sobre Haikai, ministra-da pelo professor Marcelo Tápia, da USP. Na ocasião, foi lançado o livro Lumes, de Pedro Xisto, Berlendis e Vertecchia Editores, sele-ção, textos e notas de Mar-celo Tápia, o palestrante pa-lestrino(?), foi calorosamen-te aplaudido naquela noite calorenta.

Transgredindo o haikai tradicional, haikailizo o conteúdo da palestra para a sua preciosa apreciação. Quem se segura, não cai, lá vai haikai!

“Na Casa Guilherme/ de Almeida, na terça-feira,/ Tápia, o mestre,//Didatica-mente,/ deixou nu o haikai, show,/ contudo, decente.// A plateia seleta/ contemplava tão atenta/ curtindo os poe-tas.// Marcelo, em haikai,/ é douto, doutor, sim, d’outro/ mundo, o dos haicais.//

No início, surgiu/ do ren-ga, haikai-renga,/ canto que divertiu.// O nome haikai/ de hai-gracejo- e kai/-har-monia-, oka?// O Bashô bai-xou/ de cinco pra três, sim:/ um, dois, três e fim!//Haikai de Bashô,/ perfeito ganhou respeito,/Era mesmo um show.// Bashô, vida calma,/ fez haikai, poema-bonsai/ bom sai e com alma.// Ma-tsuó Bashô,/ li o livro que Leminski/ nos presenteou.// Haikai de Bashô/ diversas versões em versos/ precisos ganhou.//

COLUNA DO JORGE NAGAO

REPRODUÇÃO

*Silvio Sano é arquiteto, jornalista e es-critor. E-mail: si [email protected]

O futuro do karaokê – Parte IIDe volta de Jacareí, findo

o Paulistão, assediado que fui por pessoas de grande representatividade peran-te a principal entidade do karaokê no Estado (UPK), retornei de lá pensando na possibilidade de soltar já uma segunda parte daquela de mesmo título, por sinal, a imediatamente anterior a esta. Daí, na 3ª feira, ao re-ceber o email de um leitor (Edsel Haruki Ikeda), não tive mais dúvida... até para mantermos mesmo quente o debate, conforme observei, em prol do bom karaokê.

Como a mensagem do

Ikeda-san é meio longa, não por censura, mas para o es-criba aqui não perder espaço dentro do próprio... rsrs, mos-trarei apenas detalhes: “Caro colega Silvio, na sua coluna do dia... futuro do Karaoke... onde cita o envelhecimento dos participantes e o sumi-ço dos jovens...sim, pura re-alidade, mas também é de conhecimento de todos, que há de muito errado nos re-gulamentos destes eventos... por exemplo.. muitos... pro-fessores concorrerem... com alunos. Ora, deveria ter uma categoria só de professores... Muitos dos jurados que jul-

gam eventos grandes como UPK (Paulistão), são profes-sores de muitos dos que par-ticipam... se houver empate entre um aluno seu com um de outro, logicamente... dará o ponto a mais ao seu... e para dizer... a verdade, o karaokê está se tornando um comér-cio e não mais um evento de amizade(Shinboku)... Abra-ços.” Recado à UPK. Né, não?!

E em se falando dela, con-forme afirmei no primeiro parágrafo, retornei de Jaca-reí com uma pulga atrás da orelha. Oras, se falamos em futuro, como ficar ouvindo coisas ligadas a retrocesso, de volta ao passado? Assim não dá, né!

Bom, na primeira parte abordei como razões de afastamento dos jovens as insatisfações com posturas provindas das próprias as-sociações organizadoras dos eventos e com exemplos “feios” vindos de cima. As-sim, como evitar? E se esse tipo de exemplo, “feio”, vier de mais acima ainda, como da própria principal entidade UPK, por exemplo? Como se não bastasse o que assis-timos, calados, diariamente, de exemplos “feios” vindos do Planalto Central do País, inclusive da própria principal mandatária e que acabará le-vando o país à bancarrota... se já não está levando, agora teremos de conviver com a

mesmice aqui embaixo tam-bém... justamente num am-biente ligado à música, à har-monia, à integração e à paz?

No momento é o que está ocorrendo. Mérito dela. Mas é preciso lembrar de que, as-sim como a Constituição de um país, Estatuto não é como a... Casa da Mãe Joana!, que pode se mudar a bel prazer dos que estão no poder. E, atenção!, isso tem nome!

Portanto, caro simpati-zante do karaokê, se tiver alguma opinião, não apenas para tentarmos atrair de volta os jovens (até os... 60!!, cor-rigiram-me em Jacareí), ra-zão primeira do tema, como também para que a entidade não se transforme no retrato

do país, até porque somos nipo... brasileiros, escre-vam, assim como fez o Ike-da-san. Aliás, sua contribui-ção servirá até como ensaio para as eleições de outubro para se colocar o Brasil de volta ao rumo certo. Já es-tou sentindo no ar uma Parte III... Né, não?!

É pra renovar?Tudo bem. Dentro da lei.Pra não degringolar.

JCI Brasil-Japão realiza cerimônia de posse

Page 7: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014 7JORNAL NIPPAK

AuTOmOBIlISmO

DIVULGAÇÃOQuem diz que mulher é só para pilotar fo-gão, está enganado.

Isso é coisa do passado. O grande exemplo disso é a diretora-executiva da Inter-pro, a engenheira eletrônica Claudia Ito que é responsável por tudo que diz respeito ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Aos 45 anos de idade, ela se divide em ser mãe, mulher e executiva que organiza há sete anos o maior evento esportivo do país, o GP do Brasil de Fórmula 1. A Ceo da Interpro (empresa que faz parte das Organiza-ções Globo) começa o pri-meiro semestre no comando com vinte e cinco funcioná-rios efetivos, em sua maioria mulheres no comando, e no segundo semestre para orga-nizar o evento contrata mais de dez mil empregados tem-porários, é uma verdadeira corrida nos bastidores.

Em visita a redação do Jornal Nippak, a executiva Claudia Hamada Maciá Ito, paulistana, mais conhecida como Claudia Ito fala sobre seu trabalho e como gerencia a equipe que produz o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. “Executar um Grande Prê-mio de Fórmula 1 do Brasil não é uma tarefa fácil para ninguém, a grande diferença, foi formar uma boa equipe de trabalho, pois ninguém faz nada sozinho. Boa parte da equipe já trabalha junto há vinte anos, o que facilita”, afirma. “O grande desafio é manter todos na mesma sinto-nia, para manter o cronograma alinhado. Outra questão é mo-tivar as equipes para manter o equilíbrio nos momentos mais tensos, e pedir um pouco de calma, pois vai chegando mais próximo do campeonato, a tensão vai aumentando”, des-taca a Ceo Ito.

E completa, “a maior su-peração é a amizade e o com-panheirismo no jeito brasileiro de ser. Como cada um já sabe o que fazer, e a importância da tarefa de cada equipe, é só cada um executar direitinho o seu trabalho, que vai compor o todo da Fórmula 1 perfeita. Mas, conseguir adequar Inter-lagos a um padrão internacio-nal e de primeiro mundo foi uma conquista ano a ano, difí-cil pela logística, pela questão de verba da Prefeitura de São Paulo”.

Ginga – A executiva admite que a cada ano passa a prefei-tura faz as obras de melhorias no autódromo dentro das suas possibilidades, como a arqui-bancada no setor B, os ba-nheiros fixos, que antes eram

usados banheiros químicos, o recapeamento de asfalto nas pistas, os boxes são mais ade-quados, apesar de pequenos.

Conforme Ito, outro as-pecto importante é o trabalho executado pela Companhia de Engenharia de Trânsito – CET, e elogia as manobras de desvio do fluxo de veículos no entorno do autódromo. “A CET faz um trabalho fantás-tico na semana do GP, eles executam um trabalho de pri-meiro mundo no entorno do autódromo”, reconhece Ito.

Claudia conta que o se-gredo de fazer um GP do Brasil com estilo de primeiro mundo, sem perder o charme e a ginga brasileira é crono-metrar e alinhar tudo com seus fornecedores e empresas de serviços que trabalham com ela há anos, e sabem que nada pode atrasar ou dá errado. “O Brasil é o maior mercado do campeonato, e na questão de receptividade, o Brasil recebe muito bem o visitante. Os es-

trangeiros gostam desse calor humano do brasileiro. Os pi-lotos não são tão exigentes. O Autódromo de Interlagos é visto pelos pilotos como o me-lhor autódromo, apesar de ser pequeno”, avalia Claudia.

Reconhecimento – No ano passado a FIA (Federação Internacional de Automobi-lismo) elegeu o GP do Brasil como o mais organizado da temporada de 2013. Para a comandante do GP do Brasil, essa é uma conquista de toda a equipe e das milhares de pes-soas que participaram direta e indiretamente do trabalho de formiguinha da organização durante o todo ano de 2013 até o Grande Prêmio. “O mé-rito não é só da Interpro, mas também da Prefeitura de São Paulo, da CET, da Polícia Mi-litar e do Corpo de Bombei-ros, de todos os colaboradores e parceiros. Pretendemos esse ano fazer melhor que o ano passado”, garante Claudia Ito.

Em 2014, o GP do Brasil não será mais a etapa de en-cerramento da temporada. A prova de Interlagos está mar-cada para 9 de novembro e será a antepenúltima do ano, antecedendo o GP de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, no dia 23 do mesmo mês. O campeonato é com-posto de 11 equipes, 22 car-ros e de 35 pilotos (incluindo os pilotos de testes). A grande novidade para a temporada 2014 no Brasil é a mudança dos motores que deixam de ser V8 aspirados, passam a ser V6 turbo, com alteração da aerodinâmica dos carros, dando maior ênfase a compe-titividade entre os carros.

De acordo com a executi-va, o GP do Brasil de Fórmula 1 movimenta 200 milhões de dólares. O GP também mo-vimenta o setor hoteleiro da capital e do interior paulista, que em termos de público só perde para a Parada Gay.

(Luci Júdice Yizima)

Claudia Ito, a dama que comanda o GP do Brasil de Fórmula 1

[email protected]

Apenas uma xícara de chá e pãozinhos pretos eram suficientes para o desjejum. Naquele dia, diferente dos outros, dirigiu seus olhos negros e cansados em di-reção à esposa. Desde que chegaram a Santos, três meses tinham passado. Ti-nham escolhido uma pensão familiar, de uma família de italianos, de cuja janela po-dia-se ver em panorâmica as docas. Também o mar podia ser visto, quase sempre nu-blado e, em cujo céu as aves de rapina com a sua cober-tura negra, sondavam a exis-tência de algum alimento.

Passava horas diante da janela com uma expressão de distanciamento da reali-dade, quase não comia, be-bia o suficiente para não se desidratar. Naquela mesma cidade portuária, havia cerca de trinta e três anos, chegara com os pais a fim de compor um sonho, que deu início com o recebimento de uma carta. Dizia aquela que havia muito trabalho nos cafezais do Brasil, gente de boa índole, que em menos de cinco anos fazia fortuna. O clima era bem melhor do que o do Japão, não tinha terremotos e nem tufão. Pelo Japão tinham se aventurado por algumas cidades, como Osaka, depois Sapporo, na distante Hokkaido.

Ainda se lembrava, jo-vem que era, deixando o Porto de Kobe. As serpen-tinas esticadas eram o único elo de ligação do velho va-por com amigos e parentes que ficaram no Japão. De-pois rebentaram, deixando no ar a saudade da terra natal e os sons das vozes, que por muito tempo continuaram ecoando em seus ouvidos: “Sayonara, sejam felizes”.

Nada importante tinha o que fazer naquela pensão, além de servir-se do almoço e do jantar. Poucas eram as roupas. Do resto, venderam com preço irrisório para os amigos, entre estes os mó-veis e a louça. Nunca tive-ram muita sorte, o único comércio que abriram, um bar, que faliu. Os filhos, um casal, preferiram continuar no Brasil.

- Permaneçam em nosso país – disse ofegante Sa-toko, a filha. Mas sabia que toda insistência seria em vão. Tinham decidido, ou melhor, o teimoso Jun Wa-tanabe, desiludido da vida, queria retornar ao Japão e

morrer em sua terra natal, numa aldeia no interior da província de Wakayama.

Foi numa conversa numa noite de verão, debaixo de uma quaresmeira em flor que Jun decidira retornar. A situação em que se en-contrava não era das pio-res, mas queria usufruir do cheiro úmido de sua terra. O amigo confidenciava-lhe de que a guerra tinha termina-do, com a vitória do Grande Império. Assim, continuou falando:

- Um navio há de aportar em Santos em poucos me-ses. Virá repatriar os japo-neses que aqui vieram para colonizar as terras conquis-tadas.

- Esta notícia é ótima. Fico com ânimo de cavalgar pelas planícies da Manchú-ria, onde foram os meus pri-mos como soldados. Tam-bém teria ido se continuasse no Japão.

Sempre macambúzio, da janela o olhar parado em direção ao horizonte. Mas nunca do navio chegar. Pou-cos dias se passaram desde que uma carta recebida de um amigo, lá do interior, o convidava a voltar. Desa-conselhava-o em continuar com a árdua tarefa de es-pera. Outros também, iguais a ele, dirigiram-se ao porto de Santos e havia ouvido falar de outros que foram a Paranaguá, no Paraná. “Se voltar, poderá viver na qua-lidade de caseiro de um ja-ponês, além de cultivar sua própria horta e comerciali-zar”, dizia o amigo na carta.

A esperança ainda era a única crença que o mantinha alí. Retornar significava des-truir toda a sua esperança, que apesar das dificuldades, tinha se consolidados nes-tes dias de asilo voluntário. Sentia-se envergonhado pe-los sucessivos insucessos na lida com a terra, indomá-vel em sua natureza, o sol a destruir toda vivacidade de sua pele suja de poeira ver-melha. E assim, continuou com os olhos no horizonte, impassível, esperando o na-vio aportar. Num lapso, no ponto em que o azul do céu encontrava-se com o azul mais escuro do mar a ponta de uma embarcação deu si-nais de existência. Não tinha certeza se era da Marinha Imperial mas não perdeu as esperanças.

Alinhou a coluna e bateu continência.

O navio que vai chegar...

Claudia Ito recebe das mãos de Bernie Ecclestone o prêmio de Melhor GP de F-1 de 2013

JORNAl NIPPAK(11) 3340-6060

ASSINe / ANuNCIe

Claudia Ito: “O Brasil e o maior mercado do campeonato e recebe muito bem os visitantes”

LUCI JUDICE YIZIMA

Page 8: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

8 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

Molinete ou carretilha, qual utilizar?

NIPPAK PeSCAMauro Yoshiaki Novalo

Texto: Mauro Yoshiaki Novalo

Revisão: Aldo ShigutiPublicidade

[email protected]. (11) 3208-4863

Óculos polarizados MustadA Mustad traz para o mercado brasileiro ócu-los polarizados e anatômicos. Você mais protegido no seu esporte e lazer. Em breve, nas melhores lojas de esporte

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Site Mosqueiros do RioTendo o pesque e solte como carro-chefe do Fly Fishing, este é um dos sites que no Brasil, além de juntar os seus adeptos, tem como finalidade divulgar e disseminar a prática deste estilo de pesca, muito bem retratada no filme “Nada é para sempre” (direção de Robert Redfort e Brad Pitt no elen-co). Áreas específicas: como a dedicada a confecção de iscas (Fly Tying) com dicas e passo a passo da montagem destas e, outras seções interessantes para quem se dedica a esta mo-dalidade. É preciso se cadastrar (gratuito) para ter acesso às informações do site. Visite: www.mosqueirosdorio.com.br

Caiaque Barracuda da Caiaque LontrasÓtima escolha para quem está se aventuran-do nos esportes náuticos e apre-cia o contato direto com a natureza. Caixa estanque com tampa, 2 suportes de varas, suporte de remo, porta copo, porta objetos com tampa estanque, passadores de nylon, alças de transporte, fitas de bagageiro, válvula de escoamento tipo tampão, remo duplo e encosto reclinável de encaixe rápido. Comprimento: 3,40m - largura: 0,75m - peso:

24kg e capacidade: 145kg. Procure nas lojas especializadas. Informações:(11) 2297 8943 - 2058 0070 ou www.caia-quelontras.com.br

CuRTAS Uns preferem o moli-nete outros melhor se adaptam a carretilha.

Conforme preferência pes-soal e experiência, você vai perceber qual o melhor para determinada pescaria.

Vai pescar em um am-biente que precise de mais linha do que o utilizado numa vara de mão? Então vai pre-cisar de um equipamento que armazene linha que pode ser um molinete, carretilha ou spincast no caso do bait cas-ting ou então carretilha se for de fly.

Molinete É basicamente um carretel

fixo onde através de um sis-tema de rotação a linha é ar-mazenada. Para o arremesso é levantar a alça para liberar a linha, que fica totalmente sol-ta tornando-o ideal para iscas leves. Muitos questionam sua precisão mas dependendo da experiência consegue-se óti-mos lançamentos neste que-sito. Com muitos modelos de diversas fábricas, diferentes especificações e tamanhos, com grande variação de pre-ços.Tem para todos os gostos e bolsos.

Carretilha Neste sistema é o carretel

que gira, o que teoricamente facilita no recolhimento para grandes exemplares (funcio-nando como um guindaste) e, nos arremessos mais precisos (quando se precisa colocar a isca em determinados locais para se ter êxito nas cap-turas). Também conta uma infinidade de modelos e ta-manhos, inclusive oceânicos (com capacidade de mais de 5000 de linha). Um dos gran-des problemas para iniciantes é a “cabeleira”. Esta se forma nos arremessos: a linha sai da carretilha girando o car-retel e, caso o pescador não freie este movimento antes da isca bater na superfície da água, o carretel continuará o movimento liberando linha, que se “embola” no equipa-mento, porisso o nome. Uma forma de evitar é através do acionamento dos freios (dife-re em marcas e modelos) que quanto mais apertado (com ação do freio) menos linha libera. O aconselhável é ini-ciar no freio médio e com o tempo liberar o carretel até, dominar os arremessos. Isto tudo depois de calibrar o equipamento com todo o con-junto de isca (chumbo e etc). Atenção também em situação de vento forte contrário aos lançamentos.

Temos as carretilhas em 2 perfis: baixo e redondo.

Spincast Uma mistura de molinete

com carretilha resultou neste que é o mais indicado para inicantes pois tem-se a preci-são da carretilha com a facili-dade de manuseio do moline-te num só equipamento. Di-versos modelos e tamanhos os tornam adequados para variadas pescarias, mas não “pegou” no Brasil.

Matéria prima de última geração

Os novos modelos de car-retilhas proporcionam reco-lhimento muito rápido, isto é possível pela ação de mais rolamentos, onde estrutura de material de ultima geração conferem maciez e leveza ao conjunto, que é primordial

para quem precisa efetuar muitos lançamentos durante o dia de pesca. Fabricados em países de mão-de-obra barato é possível se ver nas lojas, equipamentos a preços módicos.

O multifilamento dimi-nuiu a bitola da linha aumen-tando a resistência, propor-cionando mais linha para bri-gas com grandes peixes. Ao mesmo tempo, para resistir a esta nova linha, os passadores precisaram de mais proteção e, assim surgiram novas ge-rações de varas para atender esta demanda. Também uma nova geração de molinetes e carretilhas foram desenhadas para se adequarem a esta evo-lução.

Custo-benefícioConvém avaliar quantas

vezes vai utilizar num deter-minado período (por exem-plo: um mês) e, a partir daí investir num equipamento melhor ou não. Considerar que peças plásticas quebram facilmente enquanto que ro-lamentos de aço duram muito mais, mas encarecem o custo final. De qualquer forma vale sempre investir num bom produto, pois com manuten-ções periódicas vai prolongar muito o tempo de uso.

Vale observar sempre qual o peixe alvo para poder dimensionar qual o melhor equipamento para ocasião, seja carretilha ou molinete. Informações de quais espé-cies poderão ser encontradas serão importantes para definir a bitola, linha e quantidade a ser utilizada, o que indicará qual tamanho e qual tralha a utilizar. Saber sobre o local das pescarias também é de alta relevância para esta ava-liação.

VarasMolinetes pedem varas

com os passadores montados na parte de baixo enquanto carretilhas e grande parte dos spincasts - alguns modelos utilizam varas como dos mo-linetes - são para varas com gatilho e os passadores mon-tados para cima. Temos hoje, varas para carretilhas com os passadores montados no sistema spiral guide ou tor-qued flex - onde os primeiros passadores são montados na parte de cima e vão “rotacio-nando” para acompanhar a curvatura do blank, girando até finalizarem embaixo. Em edições futuras abordaremos o assunto mais detalhada-mente.

LembreteQuem trabalha o peixe é

a vara. Então o correto - na briga com o peixe - é tracio-nar o peixe enquanto a vara estiver sendo levantada, e no movimento de abaixar a vara, aí sim você manivela e reco-lhe a linha. Rebocar o peixe seja com carretilha, molinete ou spincast é risco de estragar o mecanismo do mesmo e re-duzir o tempo de vida útil do equipamento.

Ótimas pescarias!

APOIO:

Maré Iscaswww.mareiscas.com.br

Moro e Decontowww.morodeconto.com.br

Mustadwww.mustad.com.br

Pesqueiro 63www.pesqueiro63.com.br

Page 9: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014 9JORNAL NIPPAK

Departamento de Beisebol e Softbol do NCC realiza diversas atividades durante o ano

COmuNIDADe

DIVULGAÇÃO

Considerado o maior clube nikkei das Amé-ricas – e um dos maio-

res do mundo – o Nippon Country Club comemora este ano seu 54º aniversário de fundação de olho em novos projetos. Localizado próximo à capital paulista, no municí-pio de Arujá (cerca de 37 km – distância percorrida em 30 minutos de carro), numa área de 570 mil metros quadrados, o clube conta com instalações modernas que proporcionam comodidade para toda famí-lia.

O local é equipado com restaurante (com capacidade para atender 480 pessoas), 37 quiosques, lanchonetes, qua-dras de tênis, quadras exter-nas, hotel, campos de gatebol, salão de jogos, salas de aula, campos de beisebol, pisci-nas semi-olímpicas e olímpi-cas, ginásios poliesportivos, campos de futebol, cancha de bocha, pista de atletismo, playground e quadras de ba-dminton. Oferece ainda aos associados aulas de pintura, dança de salão, dança do ven-tre, guitarra, violão, violino, teclado, taikô, karaokê e salão de jogos, além da pescaria no lago e segurança 24 horas.

Para 2014, o presidente do NCC, Valter Sassaki, explica que a atual administração pretende dar continuidade ao trabalho já iniciado em 2013 e investir em novos projetos. Na proposta de Previsão Or-çamentária para o exercício de 2014, estão contempladas novas obras, como a constru-ção de um alojamento para atletas, a reforma da secreta-ria, vestiários e gourmet do departamento de futebol, a reforma da cobertura da área das piscinas cobertas e do de-partamento de artes marciais, a reforma do 5º andar do escri-tório em São Paulo, o término da reforma dos quiosques, a ampliação do almoxarifado, as iluminações do campo so-ciety e das quadras 11 e 12 de tênis, além de uma série de outras obras e melhorias.

A ideia é continuar com a administração focada na ge-ração de recursos, para que sempre haja um superávit que garanta a manutenção de uma capacidade de investimentos em obras e melhorias, para que o associado do Nippon possa usufruir de instalações modernas e adequadas para a sua prática esportiva e o seu lazer, dentro de um ambiente familiar e seguro.

Ética – Segundo Sassaki, “o Nippon continuará sempre dentro do cumprimento da sua missão, que é a de asse-gurar aos associados a plena satisfação e a alegria de viver através do lazer, do esporte e

da educação, sempre pautado pela ética e transparência, na busca contínua e constante da excelência, sem esquecer da sua responsabilidade social e

sempre pautado numa política financeira conservadora, ad-ministrando sempre com res-ponsabilidade e transparência os recursos captados de seus

associados”.

Harmonia – Em 2013, ao lado de sua diretoria, Sas-saki conquistou importantes

Presidente do Nippon Country Club, Valter Sassaki anuncia investimentos em obras e melhorias

vitórias na administração do clube, entre elas a reforma completa do hotel, “dotado de uma comodidade semelhante ou melhor que os mais con-ceituados flats do mercado”. “Além desta obra, concluí-mos também a sede do mallet golf e a reforma de diversos quiosques nos bosques”, des-taca Sassaki, acrescentando que, “apesar do ano contur-bado que o país atravessou, conseguimos continuar cres-cendo e investindo na melho-ria da infraestrutura por meio de novas obras e inovando os eventos sociais”.

No ano passado, cerca de 7 mil pessoas, em média, parti-ciparam das atividades sociais do Nippon, como o Undokai, a Festa Junina, o Nippon Fest e o Bonenkai. “São eventos que têm uma participação muito grande dos nossos associados, o que atesta a sua atratividade para os nossos associados”, explica Sassaki, lembrando que, na área de responsabili-dade social, também o clube continuou cumprindo o seu papel de investir dentro de suas possibilidades, na ajuda das comunidades carentes e às instituições beneficentes.

Responsabilidade – Para Sassaki, o sucesso de sua ad-ministração é decorrente da perfeita harmonia existente entre todos os departamentos do clube, sejam eles espor-tivos ou sociais. “Este é o grande diferencial que temos, e que faz com que o clube se constitua em uma grande fa-mília”, diz Sassaki, afirmando que presidir um clube do por-te do NCC “é uma responsa-bilidade muito grande”.

“Mas esta responsabili-dade é compartilhada e divi-dida com uma grande quan-tidade de diretores e vice--diretores, tanto da diretoria executiva como das diretorias departamentais. O resultado é fruto do empenho de uma equipe que trabalha harmo-niosamente e que se doa pelo amor que tem com o clube”, destaca Sassaki, explicando que o Nippon Country conta atualmente com 5 mil famí-lias associadas – o que repre-senta cerca de 28 mil pessoas.

“É um número que temos procurado manter por con-siderarmos ideal dentro da nossa infraestrutura”, diz Sas-saki, que atribui o sucesso do NCC à “continuidade de uma linha administrativa”. Manter o equilíbrio financeiro, aliás, é um dos desafios da atual diretoria do NCC em 2014. “Manter a saúde financeira é fundamental para que o clube continue crescendo. E hoje, apesar da crise, os investi-mentos são necessários se não você corre o risco de perder associados”, observa Sassaki. O outro desafio, explica, é manter o bom ambiente den-tro do NCC que o consagrou como “o clube da família”. “É importante mantermos uma infraestrutura que atenda os anseios dos associados”, des-taca.

(Aldo Shiguti)

NIPPON COUNTRY CLUBOnde fica: Estrada dos Vados, 260 – Bairro dos FontEs – aru-já (sP)infOrmações pelO tel: 11/4652-0270Para saBEr mais soBrE o cluBE acEssE: www.niPPoncluB.com.Br

Recreação e diversão garantidas para os filhos dos associados

Parque aquático do Nippon Country Club conta com seis piscinas, sendo duas internas aquecidas

Hotel é dotado de comodidade “semelhante ou melhor” que os mais conceituados flats do mercado

Valter Sassaki (à direita) discursa durante cerimônia de abertura do Nippon Fest de 2013

Grupo Ryukyu Koku Matsuri Daiko no Nippon Fest de 2013: eventos atraíram, em média, 7 mil pessoas

Page 10: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

10 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

A equipe vermelha comandada por Terezinha Mizukosi (com bandeira).

KARAOKÊ

ARqUIVO PESSOAL

Na festa de Shinnenkai realizada pela As-sociação Naguisa

no dia 18 de janeiro, em sua sede, na zona Sul de São Paulo, a equipe Vermelha (feminina) sagrou-se campeã do Mini-Kohaku Utagassen, contabilizando um placar de 6 X 3 contra a equipe Branca, desde 2004 e um empate.

A competição vem sendo realizada na Associação Na-guisa desde 2004 nas festas de Bonenkai e a partir de 2012 foi mudada para as fes-tas de Shinnenkai.

Este ano foram reuni-dos 18 pares para animar a competição. Mais de 120 pessoas prestigiaram a festa, que teve muitas atrações: na parte da manhã um animado “Moti-Tsuki” num autêntico “Ussu” (esculpido em ma-deira bruta) e que vem sendo usado há anos na associação, seguido depois de um “Ozo-ni” - caldo japonês com “mo-tis” recém socados.

Depois, um bom almoço com uma fartura de pratos trazidos pelos participantes na modalidades “motiyori” (cada um traz algo para a fes-ta) além de grelhados e pratos japoneses preparados na as-sociação.

E na parte da tarde o “Mi-ni-Kohaku” que serviu de um bom entretenimento e diver-são para todos.

“O importante é a gente iniciar e manter durante o ano todo esse clima de alegria e união” destacou Atsushi Mi-yake, o presidente, que tam-bém participou da competi-ção.

A coordenação do evento esteve a cargo de Elena Ka-negae, diretora Social que

também atuou como (exce-lente) animadora: “Toda esta festa, toda essa animação, só foi possível graças à ajuda de todos” disse ela.

E o “grand finale” foi o congraçamento de todos cantando “Itsudemo Yumeo” (Sonhar Sempre) encerrando a grande festa da Naguisa.

Participaram da Equipe

Vermelha: Terezinha Mi-zukosi (Capitã), Eiko Torii, Sandra Nakagawa, Lucia Mi-take, Ivone Umeki, Laura Ko-taki, Marina Katsuki, Akemi Furuzawa, Luiza Ochi, Tere-zinha Ozeki, Eliza Iwakami, Selma Murakami, Luiza Ku-magai Julie Kume/Marcos Manabe, Mieko Suguimoto, Aurora Tatibana, Mieko Ka-waguchi e Mitiko Ikeuti.

Pela equipe Branca: Cli-neu Ida (Capitão), Frank Ikeda, Sakae Iwakami, Fla-vio Chiota, Seichi Yokota, Mario Onaka, Norio Miyaha-ra, Maurício Ferreira, Luiz Kirihata, Toshihiro Miyake, Toshiyuki Koga, Tsutomu Inoue, Masaru Kume & Taka-hashi, Cazuhiro Kawaguchi, Atsushi Miyake, Kiyotada Ochi e Eiji Denda.

Naguisa: equipe Vermelha vence pela sexta vez

Selma Murakami apresentando-se pela equipe Vermelha.Expectativa: As duas equipes aguardando a apuração.

É nois! A comemoração da equipe Vermelha.

Atsushi Miyake fazendo a sua apresentação.

Uma das mesas com iguarias proporcionadas pelo “motiyori”.

Um animado bate-papo: (esq/dir) dr. Júlio Aguemi, Eiji Denda, dr. Ruy Pereira, Toshiyuki Koga, Yutaka Yoshida, Keizo Uehara e Ossa-mu Matsuo (de costas).

Massao Suzuki (88) mostrando o seu vigor no moti-tsuki.

A consagração: Terezinha erguendo a taça de campeã da compe-tição.

Congraçamento: as equipes Vermelha e Branco terminando com uma grande festa.

Elena Kanegae, diretora Social que coordenou a festa.

Page 11: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014 11JORNAL NIPPAK

COLUNA AKIRA SAITO

O bem sem pretensões

*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, mo-rou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde trei-nou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu--shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atualmente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão.E-mail: akira.karate@gmail.comwww.karatedogojukai.com.brwww.saitobrothers.comwww.artesdojapao.com.brwww.akirasaito.blogspot.com

“Fazer o bem, não importa a quem”

Sempre digo aqui que o mundo precisa de exemplos, de pessoas que possam dar bons exemplos. O que ve-mos atualmente, principal-mente pelas imagens sensa-cionalistas da mídia, é a no-tícia que enaltece a violên-cia, que incita o sentimento mais baixo do ser humano. Infelizmente isto vende e dá muito lucro.

Pequenos gestos, peque-nas ações, podem fazer uma grande diferença na vida de uma criança para que no fu-turo ela possa ser uma pes-soa de bem, com caráter, ho-nesta e proativa na socieda-de. Neste caso são as pessoas próximas que carregam esta responsabilidade. Os pais, tios, padrinhos e até mesmo amigos próximos servem de referência para uma criança em formação. Será que você está dando um bom exem-plo? Não adianta reclamar do mundo como está e não assumir a sua parcela de res-ponsabilidade.

Hoje em dia, com o mundo competitivo como está, às vezes sem perceber passamos o mau exemplo à

nossas crianças de que tudo tem um preço e que tudo tem que ser recompensado. A amizade tem que ser uma coisa sincera e o bem de-vemos fazer o tempo todo, mesmo que o resultado não seja o esperado. Não deve-mos idolatrar o bem ma-terial ao ponto da criança entender que o que ela “ga-nha” é mais importante do que a intenção de quem deu. Até porque presente não pode ser obrigação e nem recompensa por nada.

É preciso cultivar mais o amor ao próximo, o desejo de fazer o bem, a satisfação sincera de poder ajudar alguém.

Graças a Deus tive gran-des pessoas que me ensina-ram com seus exemplos o valor de ser um “Ser Huma-no Melhor”. Agradeço todos os dias pelos seus ensina-mentos e por poder ser pelo menos um pouco do que eles foram. Obrigado especial a um tio que se foi recente-mente e que era o exemplo de bondade sem pretensões.

O mundo pode se trans-formar em um lugar melhor, depende de todos nós!!!!!

GANBARIMASHOU!!!!!

CONFRATeRNIzAçÃO

FOTOS: RODRIGO MEIKARU

O Brasil confirmou o fa-voritismo nos chama-dos esportes “da co-

munidade”, durante a realiza-ção da Confraternização Es-portiva Internacional Nikkei, entre os dias 29 de janeiro e 5 de fevereiro, na Bolívia. Como manda a tradição, a delegação tupiniquim fez bonito, trazendo na bagagem nada menos do que 35 meda-lhas de ouro. No ranking ge-ral, o País ficou em primeiro lugar, com Argentina e Peru completando a tabela.

Dentre as modalidades disputadas (beisebol, boli-che, judô, futsal, atletismo, golfe, tênis de mesa e volei-bol), destaque para a seleção de futsal feminino, além das equipes de tênis de mesa, vo-leibol, atletismo e judô. To-das estas conquistaram o pri-meiro lugar, mostrando que o Brasil mantém a hegemonia, e revelando novos talentos para o esporte.

Todo o planejamento para a participação dos brasileiros ocorreu de forma programa-da. Desde a última edição do evento, promovido no Peru, em 2013, os coordenadores de cada modalidade se reu-niram praticamente todos os meses para elaborar a parte logística e estrutural. Afinal, foram cerca de 500 atletas e dirigentes envolvidos dire-tamente para a participação na “Confra”, média conside-rada alta em comparação às demais delegações. Além do Brasil, Argentina e Peru, o evento contou com a parti-cipação de Paraguai, Guate-mala, México, Chile e, claro, os anfitriões bolivianos.

Presidente da delegação pela segunda vez, Valter Sas-saki faz um balanço positivo sobre a participação dos bra-sileiros. Para ele, mais do que competir, “o que valeu foi a integração esportiva, o inter-câmbio cultural”.

Dever cumprido – “Para muitos jovens, esta é uma oportunidade de conhecer um país novo, de ter contato com nikkeis de países vizi-nhos. Com toda a certeza, saímos da Bolívia com uma sensação de dever cumprido e satisfeitos com a qualidade técnica dos atletas que foram à Bolívia. Tenho certeza de que todos deram o melhor e se sentiram vitoriosos, inde-pendente do resultado final”, destaca Sassaki, que também

é presidente do maior clube nikkei da América do Sul, o Nippon Country Club.

O histórico vitorioso do Brasil não surpreende. O País – que possui a segunda maior concentração de japoneses fora do Japão – conta com boa infraestrutura para treinos e competições, casos do tênis de mesa, cujo coordenador Marcos Yamada dedica-se há anos em prol do esporte. Judô e atletismo também mantêm boas posições por trabalharem incansavelmente nas competições amadoras, sendo berço de talentos que, não raramente, despontam para o profissional.

“A comunidade nipo-bra-

sileira sempre esteve ligada aos esportes, promovendo competições e dando ênfase nos treinamentos. Todo esse esforço pode ser visto não apenas na ‘Confra’, como também em outras competi-ções. Até mesmo atletas que hoje são consagrados vieram dos torneios amadores. Isso mostra que o Brasil aposta e investe nos esportes. Den-tre nikkeis, todos vão com a certeza de darem o melhor”, explana Sassaki.

Por tanto comprometi-mento, a comissão organiza-dora já está de olho em 2016. Na ocasião, a delegação bra-sileira participará da próxima edição do evento, desta vez

com sede no México. A mis-são não será fácil: realinhar novamente todas as moda-lidades para, juntos, partici-parem de mais uma edição. Segundo Sassaki, as reuniões devem começar em breve, já com o intuito de assegurar de forma positiva a participação do País. “A expectativa já é grande. Os dirigentes da de-legação ficaram muito felizes com a participação do Brasil, pois foi um ótimo aprendiza-do. Tenho a certeza de que, no México, vamos com o senti-mento positivo e em clima de harmonia”, finaliza Sassaki.

Desafio – Se o clima entre brasileiros era de euforia, o mesmo pode ser visto entre os bolivianos. Anfitriões do evento, eles consideraram a realização da ‘Confra’ um grande marco, não só para a comunidade nikkei local, como também para a socie-dade em geral.

A cidade escolhida para sediar a festa foi Santa Cruz de La Sierra, que concentra a maior parte dos descen-dentes. Para compor o time de pessoas que viabilizaram o evento, montou-se uma comissão com aproximada-mente 20 pessoas, sendo a grande maioria jovens.

Para o coordenador geral da ‘Confra’, Javier Guibu, a realização de um grande evento na Bolívia, volta-do aos nikkeis, simboliza a grande união entre os países, “que participaram ativamente e colaboraram da melhor ma-neira”.

“Chegamos ao fim da ‘Confra’ com uma sensa-ção boa, de dever cumprido mesmo. Não existem perde-dores, somente ganhadores,

Delegação brasileira confirma favoritismo e termina ‘Confra 2014’ em primeiro lugar

Acontece neste fim de semana (15 e 16), no CT da Yakult/CBBS, em Ibiúna (SP), a 12ª edição do Torneio Início de Softbol Feminino Sub 13 (aberto) e Festival T--Bol feminino “Taça Tiemi Yajima” 2014. A competição, que abre oficialmente o calen-dário de atividades da Confe-deração Brasileira de Beise-bol e Softbol, a partir deste ano passa a adotar a nova nomenclatura internacional. Assim, o torneio, que perten-cia a categoria mirim (10-12 anos) é agora sub 13 (10-13 anos), aberta a jogadoras nas-cidas a partir de 2001.

Confirmaram presença as equipes de Maringá, Marí-lia, Londrina (que participa pela primeira 1ª vez), Paraná Clube (também estreante), Nikkei Curitiba, Guarulhos, Gecebs, Nippon Blue Jays e Tozan. Na categoria T-Bol também há novidades. SP Gi-

gante e Paraná Clube estarão participando pela primeira vez ao lado de Maringá, Ma-rília, Nippon Blue Jays, Ati-baia e Tozan.

Idealizado por Nelson Ya-jima como forma de homena-gear sua filha, Tiemi Yajima, que veio a falecer em 1994, então com 11anos de idade, vítima de uma doença incurá-vel, a competição tem como objetivo incentivar a garota-da, os pais e dirigentes. “O objetivo é manter o espírito

de participação e não de com-petição”, explica Yajima, que costuma realizar o torneio com a ajuda da família e das equipes participantes, além de pais de atletas.

Tanto, explica Yajima, que um dos diferenciais da Taça Yajima é a distribuição de medalhas e brindes a todas as participantes. Haverá ainda gincana para as atletas e ati-vidades para as mães.

A entrada é franca.(Aldo Shiguti)

Xii tornEio início dE soFtBol intErnacional FEminino suB 13 (aBErto) E FEstiVal t-Bol FEmi-nino “taça tiEmi Yajima” 2014Onde: ct Yakult – rodoVia Bunjiro nakao, km 58,5 – iBiú-na (sP)QuandO: dias 15 E 16 FEVE-rEiro. congrEsso técnico às 7h30. aBErtura: 8h.encerramentO: 13h infOrmações pelO telefOne:11/99985-3060 ou [email protected]

DIVULGAÇÃO

SOFTBOl

12ª Taça Tiemi Yajima acontece neste fim de semana

Competição deve reunir cerca de 350 atletas neste fim de semana no CT da Yakult, em Ibiúna

QUADRO GERAL DE MEDALHASPAÍS O P B LUGARBRASIL 35 28 18 1ºARGENTINA 7 11 13 2ºPERÚ 3 13 11 3ºBOLIVIA 2 2 10 4ºPARAGUAi 2 1 1 5ºGUATEMALA 2 0 1 6ºCHILE 1 0 1 7ºMEXICO 1 0 0 8º

A delegação brasileira fez bonito, trazendo na bagagem nada menos que 35 medalhas de ouro

pois todos nos sentimos como irmãos, de querer conversar e socializar com outros países. Apesar das modalidades não estarem concentradas em apenas um único lugar, pu-demos desfrutar de bons mo-mentos juntos, nos jantares e almoços coletivos. Enfim, foi uma belíssima experiência”, comentou Guibu.

Superação – No total, a Bo-lívia possui cerca de 10 mil descendentes de japoneses. Por ser pequena – em compa-ração com o Brasil -, a comu-nidade tem mais facilidade de se comunicar. Tanto que o conceito de “união” intenso, resultando em ações como a ajuda para viabilizar o a con-fraternização esportiva, cujo orçamento total girou em tor-

no de US$ 180 mil. Segundo Guibu, boa parte do aporte financeiro veio de pessoas fí-sicas.

“Obtivemos patrocínio de grandes empresas, nos apoiando nesta causa. Porém, saímos em busca de doação da própria comunidade, de casa em casa. E a receptivi-dade foi tão grande que nos surpreendeu. Pessoas que de-ram dois, três mil dólares do próprio bolso para concreti-zar este sonho. Essas atitudes realmente nos comoveram e tivemos a certeza que muitos acreditaram. Creio que foi um grande exemplo de su-peração e também de união. Não há como mensurar tanto carinho”, diz o coordenador.(Rodrigo Meikaru, especial para o Jornal Nippak)

Javier Guibu (e) homenageia Valter Sassaki

Jogos simbolizaram a grande união entre os países

Um dos destaques foi a equipe de futsal feminino

Page 12: JORNAL NIPPAK ED 13 DE MARÇO DE 2014

12 São Paulo, 13 a 19 de fevereiro de 2014JORNAL NIPPAK

Jornal Nippak (11) 3340-6060

PAULISTÃO – Realizado nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro, na Associação Cultural e Des-portiva Nipo-Brasileira de Ja-careí, o 20º Concurso de Ka-raokê do Estado de São Paulo, o Paulistão, reuniu diversas li-deranças da comunidade nik-kei. Foi a primeira vez que Ja-careí sediou um evento deste porte. Estiveram presentes Al-berto Ueda, da ACNBJ; Akira Ikawa, da UCK; Hideyuki Ka-ria, da Aceas; Toshio Yamao, da UPK; Akemi Nishimori, da Abrac; Kazuhiro Mori, do Bunkyo de Suzano; o coorde-nador geral do XX Paulistão, Mário Sakamoto; o vice-pre-sidente do Bunkyo, Jorge Ya-mashita; a secretária munici-pal de Cultura de Jacareí, Sô-nia Ferraz; o vice-prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Izidro Neto (PMDB); os deputados federais Junji Abe (PSD-SP), Keiko Ota (PSB-SP) e Walter Ihoshi (PSD-SP); e os estadu-ais Helio Nishimoto (PSDB) e Jooji Hato (PMDB), além dos vereadores Edgard Sasaki (DEM), de Jacareí; e Cláudio Anzai (PSDB), de SuzanoFotos: Aldo Shiguti e Silvio

SanoLeia mais às paginas 4 e 5

A cobertura do 20º Pau-listão foi feita pelos jorna-

listas Aldo Shiguti, Celia Kataoka e Silvio Sano

FOTOS: ALDO SHIGUTI

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FOTOMONTAGEM: SILVIO SANO