vivacidade ed. 80 - março 2013

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0,50€ Ourindústria 2013 ‘Capital da Ourivesaria’ recebe 15ª edição com 86 expositores Clube Gondomarense é a mais antiga associação de Gondomar Coletividade vai receber 40.000€ da Câmara para ampliação das instalações Sociedade V V P.7 P.15 12 bilhetes triplos para o Fun Day a 13 e 14 de abril Saiba mais P.36 Adolfo Sousa e Ernesto Augusto são sociais-democratas mas vão votar noutras cores V P.28 O que há para fazer em S. Cosme, Jovim e Valbom? Candidatos à Câmara anunciam medidas V P.34 Política 2 bilhetes duplos para o concerto dos RPM a 9 de maio Saiba mais P.10 V V OFERTA Joaquim Barbosa CDU escolhe candidato à Câmara de Gondomar Associativismo

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Vivacidade ed. 80 - Março 2013

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Page 1: Vivacidade ed. 80 - Março 2013

0,50€

Ourindústria 2013‘Capital da Ourivesaria’ recebe 15ª edição com 86 expositores

Clube Gondomarense é a mais antiga associação de GondomarColetividade vai receber 40.000€ da Câmara para ampliação das instalações

Sociedade

VV

P.7

P.15

12 bilhetes triplos para o Fun Day a 13 e 14 de abril Saiba mais P.36

Adolfo Sousa eErnesto Augusto sãosociais-democratas masvão votar noutras cores

V P.28

O que há para fazer emS. Cosme, Jovim e Valbom?Candidatos à Câmara anunciam medidas

V P.34

Política

2 bilhetes duplos para o concerto dos RPM a 9 de maio Saiba mais P.10VVOFERTA

Joaquim BarbosaCDU escolhe candidato à Câmara de Gondomar

Associativismo

Page 2: Vivacidade ed. 80 - Março 2013

2 VIVACIDADE MARÇO 2013

Editorial

POSITIVOO baguinense Alberto Cavaleiro Pacheco, aluno da Escola Frei Manuel de Santa Inês, foi um dos ven-cedores da 31.ª edição das Olimpíadas Portuguesas de Matemática, recebendo a Medalha de Ouro na Ca-tegoria A (8.º e 9.º anos). Albufeira acolheu a olim-píada entre os dias 14 e 17 de março.

NEGATIVO“O anúncio da ameaça de encerramento da estação dos CTT de Fânzeres é mais um passo no cerrado ataque aos serviços públi-cos, com total desrespeito pelas populações e pelos trabalhadores”

CDU – Gondomar

Prezados leitores. Quando nos prezamos e nos comprometemos no conhecimento do passado histórico das nossas terras e das nossas gentes, depa-ramo-nos, por vezes, com aspetos que a maioria de nós nunca havia reparado ou pensado sequer. Um destes aspetos é a denomi-nação de um lugar da Fre-guesia de Rio Tinto, mais concretamente Brás Olei-ro, perto da Areosa. Qual será a origem desta deno-minação tão peculiar? Te-ria existido e vivido nesse lugar um oleiro de nome ou apelido Brás e que o mesmo teria ficado na memória das gentes desse mesmo lugar? Alguns de nós talvez assim o pen-

sem, mas, no decurso da minha investigação sobre documentos relativos ao Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto, deparei com a existência de um antigo livro do fundo documen-tal existente no Arquivo Distrital do Porto, o qual se intitula Auto de demar-cação do Couto e Fregue-sia de Rio Tinto de que são Senhoras Donatárias as Reverendas Madres e Re-ligiosas do Real Mosteiro de S. Bento de Ave Maria da cidade do Porto, e que foi manuscrito pelo padre reverendo Carlos Manuel Coutinho e data de Janeiro de 1755. O referido livro foi feito por causa de um litígio que então opunha o Comendador de Águas

Santas e as referidas Ma-dres e Abadessas por mo-tivo do mesmo comenda-dor demandar como seus os rendimentos da parte do Couto de Rio Tin-to que confrontava com Águas Santas. O mais in-teressante deste livro é a existência de um mapa, também ele manuscrito, desta região do Couto de Rio Tinto com os respeti-vos marcos divisórios. Em nenhum deles encontra-mos a denominação Brás Oleiro, mas “Brasileiro”. O lugar de Brás Oleiro era assim denominado nes-ta época como Brasileiro. Então, donde vem Brás Oleiro se esta denomina-ção não parece ser ante-rior a 1755? Bem, é apenas uma opinião pessoal, mas julgo que o termo Brás Oleiro será uma “corrup-ção” da denominação original “Brasileiro”, pois, habitualmente, as pessoas antigas do lugar diziam Brás Oleiro sem fazer pau-sa entre as duas palavras, ou seja “Brasoleiro”.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso Passado

Brás Oleiro ou Brasileiro?

Caros Leitores,

Parece que os principais candidatos às elei-ções municipais estão escolhidos. A escolha do Marco Martins e do Fernando Paulo para serem os candidatos, respetivamente, do PS e do Movimento de Independentes não causa grande surpresa. Mesmo a escolha, a que da-mos destaque central nesta edição, do candi-dato da CDU Joaquim Barbosa é previsível. Os partidos e movimentos reconhecem quem tem contribuído para o seu desempenho eleitoral e premeiam essas pessoas. A escolha de Maria João Marinho, anunciada como candidata pela coligação PSD/CDS é uma verdadeira surpresa.

O que vai decidir estas eleições não vão ser os candidatos. Com mais simpatia, com me-lhor profissionalismo, com maior consciência social, com maior capacidade de influenciar os governos, todos são profissionais, competentes e rotulados à entrada como pessoas sérias. Isto, só por si, já dignifica o nosso concelho.

As pessoas que vão ser candidatos em lu-gares considerados elegíveis são a mais impor-tante questão que os partidos, movimentos e candidatos vão ter que trabalhar e decidir ra-pidamente, pois as informações que têm vindo a público são preocupantes pela inconsistência que demonstram. Refiro-me à inserção de pes-soas completamente desalinhadas das ideias politicas do(a) candidato(a), p.e. apenas e só por causa do seu nome de família ou contri-buição logística. Caros candidatos, obriguem os partidos e movimentos a aceitar aqueles que consideram melhores para o exercício dos mandatos e prefiram o caminho mais di-fícil, mas melhor, de serem vocês a escolher as pessoas que vão fazer equipa convosco quando eleitos.

Os exemplos de vira casacas são muitos no nosso concelho – pessoas que violentam os vo-tos que o povo lhes deu – e por isso não deixem que tal possa continuar a acontecer.

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (TP-1732)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 5 à 8

AssociativismoPágina 12 à 15

DesportoPáginas 16 à 18

DestaquePáginas 20 e 21

Empresas & NegóciosPáginas 22 à 24

OpiniãoPáginas 26 e 27

PolíticaPáginas 28 à 34

Emprego & FormaçãoPágina 37

LazerPágina 38

Próxima Edição18 de abril

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Page 3: Vivacidade ed. 80 - Março 2013
Page 4: Vivacidade ed. 80 - Março 2013

A Federação das Colectividades do Concelho de Gondomar vai home-nagear Valentim Loureiro e Fernando Paulo pela “intervenção feita em parce-ria com todo o Movimento Associativo Local”.

A Federação justificou a decisão - aprovada, por unanimidade, na sua últi-ma reunião de direção – de homenagear o presidente e o vereador da Câmara Municipal de Gondomar pelo facto de

“ao longo de quase duas décadas, e de forma constante, serem os dois princi-pais rostos de um projecto que enca-rou as associações de Gondomar como verdadeiras parceiras, incentivando-as a crescer, aumentar valências, desen-volver actividades e, principalmente, tornarem-se cada vez mais autónomas.”

O encontro/homenagem irá reali-zar-se no Multiusos de Gondomar “Co-ração de Ouro” no dia 31 de maio.

4 VIVACIDADE MARÇO 2013

Breves

Valentim Loureiro e Fernando Paulo homenageados

Na sua habitual reunião mensal de jan-tar, o Rotary Club de Gondomar juntou vários dos seus sócios e acompanhantes para ouvirem uma palestra proferida pelo docente universitário António Joaquim

Rodrigues. Com o tema ‘Urgência no re-gresso da Pedagogia à Escola’ o orador criou diálogo com a assistência e falou, com conhecimento de causa, da problemá-tica do ensino e das ciências pedagógicas.

‘Urgência no regresso da Pedagogia à Escola’ em debate nos rotários

A sessão de lançamento da campa-nha de recolha de fotografias “Com as suas fotografias fazemos a história” foi no dia 16 de março, no salão nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto. A campanha organizada pela Junta tem como objetivo a “recolha, catalogação e publicação de fotografias de interesse histórico de Rio Tinto” para “tentar reconstruir a histó-ria” da cidade. Com o apoio de técnicos especializados na área da fotografia e da conservação e arquivo, a Junta de Rio Tinto vai recolher as fotografias e devol-

vê-las aos donos, tendo já prevista a pri-meira exposição para setembro de 2013.

Tem fotografias antigas de Rio Tinto? Leve-as à Junta

A quantia foi a de 548 mil euros. O se-gundo prémio do Euromilhões saiu a um baguinense no dia 8 de fevereiro. Cliente habitual do quiosque e restaurante Kim Kim, em Baguim do Monte, o vencedor do prémio nem acreditou no proprietá-rio do restaurante, Manuel Ferraz Vieira, quando o mesmo lhe deu a informação de que tinha ganho o segundo prémio. A identidade do vencedor não foi revelada

a pedido do mesmo. Desta vez foi meio milhão de euros mas este restaurante de Baguim não se estreou agora na ‘atri-buição dos grandes prémios’. Enquanto mostrava o boletim fotocopiado do Eu-romilhões, Ferraz Vieira contou ao Viva-cidade que em 2012 saiu, a um cliente, 15 mil euros numa raspadinha e que este tipo de jogos da sorte esgota várias vezes por semana.

2.º prémio do Euromilhõessaiu em Baguim do Monte

É oficial. O Partido Social Democrata de Gondomar aprovou, no dia 15 de mar-ço, a candidatura da médica Maria João Marinho à presidência da Câmara Muni-cipal de Gondomar.

Rui Quelhas, candidato pelo PSD nas últimas eleições, será desta vez o número dois na lista do PSD à CMG.

Coordenadora do Centro da Saúde de Gondomar, a médica Maria João Marinho irá assim juntar-se à lista dos candidatos confirmados à Câmara, Marco Martins (PS), Fernando Paulo (Independentes) e Joaquim Barbosa (CDU).

Maria João de Jesus Araújo Ramos das Neves Marinho, nasceu em São Cosme a 14 de março de 1964 e é neta de um dos fundadores do PSD de Gondomar, Albino Araújo.

O nome da candidata foi aprovado por unanimidade e aclamação na reunião da Comissão Política Concelhia do PSD.

Maria João Marinho é a candidata pelo PSDà Câmara de Gondomar

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5VIVACIDADE MARÇO 2013

Sociedade: Festa do Sável e da Lampreia

Sável e Lampreia foram postos à provaGondomar voltou a receber à mesa o ‘sável frito’ e a ‘lampreia à bordalesa’ numa festa em que a gastronomia ocupa o lugar de destaque. No dia 6 de março provaram-se as iguarias e deram-se os prémios para de 8 a 10 de março levar ao Multiusos o ‘9.º Fim de Semana Gastronómico’.

A mesa está posta, o júri aguarda. Pas-sados poucos minutos chegam os primei-ros pratos. São um total de 15 de ‘lampreia à bordalesa’ e 12 de ‘sável frito’. Dividido em dois, o júri é composto por autarcas locais, responsáveis da Escola de Hotela-ria do Porto, empresários e pescadores. A ideia é eleger os três melhores pratos de cada iguaria, tendo em conta que a prova é ‘cega’, ou seja, o júri não sabe a quem per-tence cada prato.

No final do dia, a 6 de março, os vence-dores foram anunciados no salão nobre da Câmara Municipal de Gondomar (CMG).

Na categoria ‘Lampreia à Bordalesa’, o restaurante ‘Flôr do Nilo’ saiu vencedor, seguindo-se o ‘Dubai’ e ‘Aliança – O Aní-bal’. No ‘Sável Frito’, o ‘Dom Vicente’ con-seguiu o primeiro lugar, tendo o restau-rante ‘Dubai’ obtido novamente a segunda classificação e o ‘Estrelas do Douro’ a ter-ceira posição.

900 lugares diários quase lota-dos no 9.º Fim de Semana Gastro-nómico

De 8 a 10 de março, o Multiusos de Gondomar voltou a receber a gastronomia do concelho com cinco restaurantes a ser-virem lampreia e sável aos visitantes. Os lugares disponíveis enchiam à hora das re-feições tornando-se mesmo “insuficientes para a procura”. O vereador do pelouro do Turismo da CMG, Joaquim Castro Neves, tinha mesmo a expectativa que “a procura fosse inferior aos anos anteriores por cau-sa da crise”, facto que, segundo o autarca, “não se verificou” tendo a afluência ao ‘fim de semana’ sido “boa”.

Captura do Sável e Lampreia preocupa Quercus

Segundo o Instituto Nacional de Es-tatística, em 2011, foram capturadas em território nacional 27 toneladas de sável e 50 de lampreia. O valor é reduzido quando comparado, por exemplo, com a captura das 55222 toneladas de sardinha no mes-mo período. Ainda assim, a Quercus, uma organização ambiental portuguesa, mostra preocupação com a captura das duas espé-cies que dão nome à festa de Gondomar por esta altura. “As perspectivas para a conservação das duas espécies são preocu-pantes, já que estamos na presença de duas espécies ameaçadas. O Sável é uma espécie em perigo de extinção e a lampreia-mari-nha é vulnerável à extinção”, explicou ao Vivacidade o membro da Quercus, Paulo Lucas. “Seria bom que os Municípios e as Juntas de Freguesias se preocupassem em informar e sensibilizar os cidadãos para o facto de estarmos na presença de espécies ameaçadas, as quais devem ser objeto de medidas de conservação rigorosas e de me-canismos que garantam que o pescado que chega a estes festivais é capturado de forma legal e sustentável, sob pena de estes festi-vais se extinguirem em conjunto com estas espécies num futuro não muito distante”, disse o ambientalista. Lucindo Cruz, por sua vez, conhece as espécies apenas porque as pesca. É pescador experiente em Gondo-mar e considera a sua tarefa “simples” mas “trabalhosa”. Todos os anos, por esta altura, fornece sável e lampreia aos restaurantes do concelho. Por época, chega a pescar um to-tal de 200 a 300 peixes e para o pescador das águas de Valbom, neste momento e apesar da crise, o negócio ainda é “rentável”.

Este ano, a ‘Festa do Sável e da Lam-preia’ começou a 15 de fevereiro e terminou a 17 de março.

FOTO

: DR

Foram às centenas as pessoas que passaram pelo Fim de Semana Gastronómico

Texto: Ricardo Vieira Caldas

FOTO

: RVC

Restaurante Dubaiconquistou o segundo lugar no sável e na lampreia

Natalino Sousa é o gerente do res-

taurante Dubai, em Jovim. Con-

frontado com o facto de ter ganho

o segundo prémio nas categorias

de ‘sável frito’ e ‘lampreia à borda-

lesa’ desta edição não se mostrou

surpreendido. Afinal, desde o momento em que começou a participar

– há quatro anos – ganha sempre pelo menos um prémio. O segredo

é, na opinião de Natalino, “a experiência da cozinheira e a qualidade da

lampreia e do sável”. A esse segredo junta-se sempre “um bom azeite”.

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7VIVACIDADE MARÇO 2013

Sociedade: Ourindústria

“Capital da Ourivesaria”traz ao multiusos mais uma

OurindústriaJoias, luxo, riqueza e muito, muito ouro. É assim a ‘Ourindústria’ já habitual no mês de Março e que, uma vez mais, vai expor no Multiusos, do dia 21 a 24, a Ourivesaria de Gondomar.

São quatro dias por ano onde o ouro é o principal protagonista de uma exposição que tira o máximo partido do lema “Gondomar, Capi-tal da Ourivesaria”. 86 expositores compõem a ‘Ourindústria 2013’, a 15ª edição da iniciativa organizada pela Divisão de Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondo-mar, em parceria com a Associa-ção de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), que pretende, principalmente, continuar a “de-senvolver e promover o setor”. Os primeiros dias estarão reservados aos profissionais do ouro e, no dia 24, a “Ourindústria” abre a um pú-blico mais generalizado.

Ourivesaria representa 15% da atividade econó-mica local

O vereador do pelouro do Desenvolvimento Económico da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Joaquim Castro Neves, explica a importância do setor da Ourivesaria no concelho. “A Ouri-vesaria faz parte das nossas raízes. Além disso, desde há largos anos, esta indústria assume-se como de

grande importância na vida eco-nómica do Concelho. Temos, a nível nacional, mais de metade da produção do setor da Ourivesaria. E, em termos locais – e mesmo com este período de crise gene-ralizada – a Ourivesaria ainda re-presenta cerca de 15% da atividade económica local.” O objetivo

da ‘Ourindústria’ é, em pri-meiro lugar, na opinião do ve-reador, para “dar a conhecer um pouco da tradição que esta arte comporta. Mas, em paralelo, pre-tende-se potenciar a divulgação e o crescimento das unidades de Ourivesaria de Gondomar, assim como dos empresários de setores transversais aos metais preciosos.” “Acredito que este tipo de iniciati-vas vem impulsionar esta atividade

económica e todas as que lhe estão interligadas”, refere Castro Neves.

Valentim Loureiro faz “retrospetiva” das últimas edições da exposição

“Quase duas décadas pas-sadas, e prestes a terminar este ciclo, sou obrigado a fazer uma retrospetiva. E, numa análise ponderada, considero que esta foi uma aposta ganha. O setor da Ourivesaria, com as políticas de apoio e divulgação implemen-tadas pela Câmara Municipal, conseguiu manter o seu nível de afirmação. E, não obstante todas as condicionantes nacionais, e internacionais, soube adaptar-se, inovar, dinamizar e, principal-mente, manter Gondomar como a Capital da Ourivesaria”, começa por expor o presidente da CMG. A ‘Ourindústria’ continua a ser, na opinião de Valentim Loureiro, “mesmo nesta época de crise que o país atravessa, uma boa promo-ção da nossa mais tradicional in-

Texto: Ricardo Vieira CaldasV Ourindústria contará este ano com 86 expositores do setor da Ourivesaria

FOTO

: DR

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: DR

Esta é considerada, pelos

profissionais da Ourivesa-

ria, uma das mais impor-

tantes feiras do setor que

se realiza em Portugal. São

quatro dias de apresenta-

ção de produtos, definição

de parcerias e captação de

novos mercados e clientes.

Parque Tecnológicoe de Negócios daOurivesaria

O Parque Tecnológico de Negócios de Ourivesaria, ava-

liado em cerca de seis milhões de euros, está delineado

em três fases. A primeira fase do projeto inclui a constru-

ção do edifício central, com um restaurante e parque de

estacionamento, bem como os arruamentos envolven-

tes. A segunda fase, engloba a construção dos edifícios

destinados à Incubadora de Empresas e à instalação das

primeiras empresas e Contrastaria. Por último, a terceira

fase, segundo o previsto, abarcará a construção de um

equipamento tecnológico para o setor da Ourivesaria.

dústria.”Para o presidente da CMG, o

futuro passa pela continuidade deste certame e pela “construção do Parque Tecnológico e de Ne-gócios de Ourivesaria de Gondo-

mar, uma estrutura que represen-ta um considerável investimento.” “É um projeto necessário e que vai, futuramente, afirmar ainda mais a Ourivesaria Gondomaren-se”, finaliza.

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Os presidentes das Juntas de S. Cosme e Rio Tinto convidaram. Elas foram.Freguesias de S. Cosme e Rio Tinto assinalaram o Dia Internacional da Mulher, com evocações à figura feminina, agora mais amea-çada em clima de crise. Em Rio Tinto deram-se as tradicionais flores, em S. Cosme uns originais catos.

Tocam as 12 badaladas no reló-gio da Igreja Matriz de Gondomar. É 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e ao meio-dia assisti-se a uma azáfama atípica, na entrada da Junta. Várias mulheres con-centram-se na escadaria, enquan-to conversam. Lá dentro, o salão nobre está de portas abertas para receber as convidadas, que vêm da Associação Donas de Casa de Gondomar (ADCG). José Macedo, presidente da Junta, está de sorriso rasgado para cumprir uma já “tra-dição”. “Fazemos isto desde 2003, em jeito de homenagem à mulher

gondomarense”, comenta com o Vi-vacidade.

O Salão Nobre enche-se. A ses-são evocativa é breve, o quanto bas-te para os discursos de José Macedo e da Presidente da ADCG. O am-biente é de alegria, ouvem-se risos a cada palavra.

“Deve valorizar-se o papel da

mulher. São verdadeiras timonei-ras, capazes de conciliar a família com o trabalho, educando filhos, netos e bisnetos”, exalta o presi-dente da Junta. Mais: “Como se não bastasse, ainda se dedicam ao voluntariado”, como vocês, aponta o autarca às convidadas, que dina-mizam a ADCG.

Maria de Lurdes, 63 anos, é uma das presentes. Entrou para a ADCG “através de uma vizinha, há três anos”. Faz um balanço positi-vo, não apenas da participação na Associação mas também pela con-dição feminina. “É mais fácil sê-lo hoje em dia”, confessa.

Flores outra vez?

Este ano a Junta de S. Cosme decidiu quebrar a tradição. Em vez das tradicionais flores ofereceu um pequeno cato a cada mulher. “As rosas secam”, ironiza José Macedo.

À saída, Maria da Glória Mar-tins, 68 anos, já com o seu cato na mão, não esconde a alegria. “Estas iniciativas são muito interessantes,

especialmente a de hoje”, afirma a professora de costura e bordados à máquina.

Rio Tinto: 195 mulheres, 195 flores

Quem passou pela Junta de Rio Tinto no dia 8 de Março e não fosse homem não sairia de mãos a aba-nar. O executivo decidiu oferecer flores não apenas às colaboradoras mas a todas as mulheres que foram à Junta. E foram 195 as contempla-das. “É uma tradição de que não abdicámos”, afirmou Marco Mar-tins. “Houve também uma pequena festa no Centro de Convívio orga-nizada pelos utentes, à tarde”, acres-centou o autarca.

Texto: Luís Alves

V Na foto: presidente da junta de S. Cosme e presidente da ADCG

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: LA

Viva à lutadora mulher de S. Pedro da Cova!O Dia Internacional da Mulher foi celebrado em S. Pedro da Cova com garra e guiado por poetas e músicos. O grupo juvenil Contra-corrente – Fábrica Teatral animou a noite em que se celebrou a mulher e não só.

A hora e o local estavam marca-dos: 21H30, na Junta de S. Pedro da Cova. O motivo também se sabia: festejar o Dia Internacional da Mu-lher. Mais do que isso era especular. Mas o que as dezenas de cidadãos – homens e mulheres – que estiveram no salão nobre da Junta de S. Pedro puderam ver foi uma combinação entre música, poesia e política, to-das num mesmo palco, pela voz dos

Contracorrente.Num ambiente descontraído

– animado grandemente pelo en-cenador António Vieira -, come-morou-se o Dia Internacional da Mulher num tom de conquista. “S. Pedro é uma terra de luta e também pelas mulheres e pela sua causa luta e lutou”, disse Daniel Vieira, presi-dente da Junta, antes do espectácu-lo começar. “As mulheres alcança-ram conquistas históricas, seja pelo trabalho, seja pela independência. Ficam com os trabalhos mais bai-xos da sociedade e são as mais atin-

gidas pelo desemprego”, lamentou Vieira.

Quem emigrava era ele!

Entre Bertolt Brecht, António Gedeão, Joaquim Pessoa, José Afon-so ou Ary dos Santos, celebrou-se a mulher e a sua emancipação, con-tou-se a história que deu origem ao dia e deixaram-se também recados à conjuntura política. “Se o virem, podem dizer-lhe que por nós quem emigrava era ele”, disse António Vieira, entre risos e ironias.

Texto: Luís Alves

V O Dia da Mulher em S. Pedro da Cova contou com a presença dos Contracorrente

FOTO

: LA

A história do Dia Internacional da Mulher

A origem da celebração deste dia tem contornos trágicos. Em 1857, precisamente no dia em que

actualmente se assinala esta data, morreram carbonizadas 130 mulheres trancadas propositada-

mente dentro de uma fábrica, em Nova Iorque, onde se manifestavam por melhores condições

de trabalho. Em 1910, na Dinamarca, instituiu-se o dia como dedicado à figura feminina e em

1957 foi oficializado pela ONU.

8 VIVACIDADE MARÇO 2013

Sociedade: Dia Internacional da Mulher

no auditório da Junta de Freguesia

Page 9: Vivacidade ed. 80 - Março 2013
Page 10: Vivacidade ed. 80 - Março 2013

O Vivacidade oferece 2 bilhetes duplos às primeiras 2 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:

- Qual a nacionalidade da banda de rock dos anos 80 ‘Revoluções por Minuto’ (RPM)?

As respostas deverão ser enviadas para o [email protected] juntamente com os dadospessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.

PASSATEMPO RPM

Page 11: Vivacidade ed. 80 - Março 2013

ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTOFundada em 1895 RIO TINTO www.associacaosaobento.com

Societária da LIGA DAS ASSOCIAÇÕES MUTUALISTAS DO PORTO e da MUTUÁLIA - Federação Mutualista

A - Subsídio de Funeral +

SUBSÍDIO DE FUNERAL

- Associados admitidos antes de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular. 220,00 Euros para o Cônjuge. 125,00 Euros para Filhos até aos 15 anos- Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular

REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS. Só têm direito aos Benefícios da Modalidade subscrita os Associados que não tenham em atraso mais que três quotas mensais à data da ocorrência que justifi-car a atribuição do benefício.

Prazo de Garantia Adicional para atribuição do Subsídio de Funeral(Regulamento de Benefícios, artigo 18º, 1):“Os Associados que tenham sido admitidos há menos de 35 anos e que devam quantia superior a 3 quotas mensais não têm direito a receber os subsídios de funeral referidos (...) caso o óbito ocorra antes de decorrido o prazo de dez dias por cada mês de atraso após o respectivo pagamento.”

MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃORua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO

Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00

Contactos TelefónicosTel 22 489 01 07Fax 22 480 09 10Tlm 96 766 05 02

Endereços electrónicoswww.associacaosaobento.com

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PARTICIPA, INSCREVE-TE: a tua partilha de HOJE semeia um AMANHÃ MELHOR para todos

Estatutos da Associação e Regulamento de Benefícios atualizados em 2012

Assistência médica e de enfermagemSolidariedade Associativa

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MODALIDADES/VALÊNCIAS Idade de Acesso Carência Inicial Quota MensalAté aos 55 anos

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3 anos

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Sem carência

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2,00 euros

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Encargos de inscrição: 0-20 anos de idade: gratuito 21-40 anos de idade: 3,00 euros Mais de 40 anos de idade: 5,00 euros

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CONSULTAS MÉDICAS

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Horário: - segunda-feira, às 9 h 00 - terça-feira, às 14 h 15 - quinta-feira, às 16 h 00

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Clínica Médica e Reabilitação Mónica DuqueRua da Misericórdia, 270/274, Valongo

FARMÁCIAS

Farmácia Central de Rio TintoRua da Lourinha, 501/505 Rio Tinto

Farmácia Nova de AlfenaRua D. Afonso, 384 Alfena

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As portadas abriram-se, as pessoas vieram para a varanda, a música veio para o passeio e os associados, amigos e convidados acotovelaram-se para entrar na sede. O Clube dos Caçadores de Gondomar fez um século e a festa fez-se na Praça Manuel Guedes, no coração da cidade, no último sábado.

À porta da sede, a Banda Mu-sical de Gondomar denunciava uma tarde diferente do habitual. Lá dentro, um ambiente de ce-lebração entre todos, com o or-gulho dos associados a destacar--se. E de um, em particular. José Monteiro, o sócio n.º1, caminha-va entre os colegas, com um ar

tranquilo. “Como é que entrou para o Clube?”, perguntou o Vi-vacidade. “Sei lá como é que entrei, foi há tanto tempo”, res-ponde José Monteiro, em tom de brincadeira. E foi mesmo. Mon-teiro tornou-se sócio quando “ti-nha 14 ou 15 anos”. Atualmente tem 86.

Libertem o rés-do-chão, por favor

O presidente da direção do Clube dos Caçadores, António Macedo, discursou perante uma sala cheia e relembrou uma his-tória “por vezes atribulada” mas que “irradia orgulho e honra”.

Depois de ter passado em revista as modalidades do clube, aproveitou a presença do exe-cutivo da Câmara – Valentim Lou-reiro, Fernando Paulo e Castro Neves - para pe-dir uma “pren-da”: a libertação do rés-do-chão da sede, atual-mente ocupado pelo arquivo da autarquia. “Se o fizessem, seria possível a aqui-sição da sede so-cial”, referiu Ma-cedo.

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Associativismo: Clube dos Caçadores de Gondomar

VIVACIDADE MARÇO 2013

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Uma história centenária100 anos depois o Clube que é vizinho da Câmara Municipal de Gondomar celebrou o nascimento, com uma sede cheia de amigos e associados.

Texto: Luís Alves

V Na foto: ao centro, José Monteiro, atualmente o sócio mais antigodo Clube dos Caçadores de Gondomar

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Foi assim a 16 de feverei-ro, como a 23. Foi assim a 2 de março como a 9. O III Encontro de Teatro amador “Arte e Ato” desdobrou-se em quatro peças,

ao longo de dois meses. “Casa de Pais”, do grupo organizador; “O Chá das Cinco”, do grupo de tea-tro Grutaca, de Famalicão; “0% Caspa”, do grupo de teatro “Os Caminhantes”, de Vila do Conde; e, por fim, “Arriscar ou Petiscar Ou a Nova Barca do Inferno”, do grupo de teatro Verde Vejo, de

Valença.

“A coisa está preta. Al-guém pagou a luz?”

O humor e a sátira política fo-ram reis numa noite que colocou frente a frente o poder do teatro e o poder político. Literalmente. Na

primeira fila estiveram Fernando Paulo e Marco Martins que não contiveram o riso mesmo quando a crítica apontava o dedo à polí-tica local.

“Temos de dar os parabéns a este grupo pelos temais atuais que nos trouxeram”, afirmou Fer-nando Paulo, que também subiu ao palco no final da peça. Numa breve intervenção, o vereador da Cultura da Câmara de Gondo-mar, aproveitou a ocasião para se demarcar “daqueles que cortam na cultura quando o tempo é de crise”. “Em Gondomar, não há ne-nhuma sexta, sábado ou domingo onde não aconteça algum evento cultural ou recreativo”, afirmou Fernando Paulo que elogiou a As-sociação Vai Avante pela sua re-levância e pelo caráter “ecléctico”.

O grupo de teatro de Valen-ça, que na peça fez-se representar por 15 atores, entre jovens e me-nos jovens, agradeceu a receção e mostrou-se “muito satisfeito” pela vinda a Gondomar. “Quando fo-ram a Verdoejo (Valença) serão recebidos como nós fomos aqui”, afirmou uma das atrizes.

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Associativismo: III Encontro Teatro Amador

VIVACIDADE MARÇO 2013

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‘Arte e Ato’.Quem disse que os gondomarenses não gostam de teatro?Terminou o III Encontro de Teatro Amador, organizado pela Associação Vai Avante. “Arriscar ou Petiscar ou a Nova Barca do Inferno”, do grupo Verde Vejo, de Valença, subiu ao palco perante um Auditório Municipal cheio.

Texto: Luís Alves

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Está confirmado.O Clube Gondomarense é a mais antiga coletividade do concelho

15VIVACIDADE MARÇO 2013

Associativismo: Clube Gondomarense

Em 1903, com mês e dia ain-da desconhecidos, surgia a cole-tividade Grémio Aurora e Juven-tude que vinha a dar origem, dois anos depois, aos Camoneanos Gondomarenses, fundados em

21 de Maio de 1905. Os sócios angariados desta última coleti-vidade transitaram para o atual Clube Gondomarense (CG) quando esta mudou de nome em 1908. A 31 de janeiro deste ano, no auto de posse do Clube Gon-domarense, Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), questio-

nou com a restante mesa a pos-sibilidade da Escola Dramática Musical Valboense (EDMV) ser a coletividade mais antiga de Gon-domar. A partir daí Laurentino Ramos, presidente do clube, não mais descansou enquanto não desmistificou a questão. Com a ajuda de Silvino Figueiredo, his-toriador e sócio antigo do clube, encontraram uma série de docu-mentos que provaram o contrá-rio e Laurentino explicou ao Vi-vacidade. “Cabe-nos esclarecer os factos, e trazer a público os documentos que o comprovam, e com o devido respeito, retirar quaisquer dúvidas que existam sobre este assunto. Não é nos-sa pretensa com este esclareci-mento lesar de qualquer forma a EDMV, a qual consideramos, que foi e é uma grande coletividade, e que tal como o CG muito con-tribuiu para honrar o concelho de Gondomar”, referiu. O pre-sidente do clube esclareceu que “a EDMV teve a sua fundação em 4 de agosto de 1905, com o nome Escola Dramática Juventu-de Valboense” e que “nessa data o Clube Gondomarense já existia desde 21 de maio, com o nome de Club Camoneanos Gondo-marenses, sendo inclusivamente proveniente do Grémio Aurora Juventude”. Laurentino Ramos percebeu a confusão. “Entende--se alguma confusão, embora, creio, que não de má fé, mas apenas por desconhecimento de alguns factos. Penso que todos concordamos que o mais impor-

tante é a data do nascer do ser, independentemente de nomes e registos que venham a ter.”

Câmara vai dar 40.000€ para ampliação do CG

A direção de Laurentino Ra-mos que tomou posse em janeiro por mais dois anos, tem ideias concretas para o futuro da co-letividade. A ampliação das ins-talações, com a construção de um ginásio é a prova disso. O projeto, aprovado pela Câmara e prometido outrora por Valentim

Loureiro, promete avançar bre-vemente com uma ajuda anun-ciada pelo presidente da CMG de 40 mil euros. Laurentino Ra-mos espera que “até ao término do mandato da direção atual, se possa concretizar a obra, cujo projeto estava na Câmara já à oito anos.” O presidente do CG chegou a acrescentar que “só com este projeto realizado o Clube se tornará auto sustentável”. Para o futuro, o gondomarense que se encontra à frente do clube espera contar com “a juventude para di-namizar a coletividade”.

A dúvida persistia já antes do auto de posse do Clube Gondomarense que ocorreu a 31 de janeiro deste ano. Qual é a coletividade mais antiga de Gondomar? Escola Dramática Musical Valboense ou Clube Gondomarense? O presidente do clube, Laurentino Ramos, acabou com as incertezas.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Origens

Desde o início, o Clube integrava uma grande parte da

fina flor cultural e económica de Gondomar, incluindo

administradores do concelho da era Monárquica e ou-

tros presidentes de Câmara após a República, assim

como doutores, professores, engenheiros, notários,

entre outros.

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V Na foto: Joaquim Castro Neves, José Matias Alves, Fernando Paulo,

V Laurentino Ramos encontra-se no quarto mandato

V Na foto: documento que prova a transição de sócios do

Laurentino Ramos e Valentim Loureiro no auto de posse a 31 de janeiro

da presidencia do Clube Gondomarense

Club Camoneanos Gondomarenses para o Clube Gondomarense

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Desporto

VIVACIDADE MARÇO 2013

Roger Puyal e Humberto Reis abriram a edição de 2013 do CNTrial4x4 a vencer, numa jornada que apresentou um ele-vado nível competitivo, face às condições proporcionadas por uma pista, na sua base natural, muito técnica e dificultada pelas inconstantes alterações atmos-féricas. A dupla da Toyota Hilux assumiu a dianteira da corrida sensivelmente a meio da prova, depois de contabilizava a quarta volta. Dai até final, o piloto Roger Puyal não cedeu e nem mesmo alguns contratempos com o cabo do guincho impediram de levar a bandeirada xadrez na frente de todo o pelotão, cumprindo ao difícil traçado das encostas mais

agrestes de Valongo, 10 voltas. Jorge Silva não ganha

Rock Crawler mas con-quista melhor tempo na super-especial

Na sua segunda edição, a Taça Rock Crawler inscreveu três equipas, duas repetentes, e

uma nova, Paljet, transitando do CNTrial4x4. Momentos antes da prova, Jorge Silva, caracterizou a experiência como “um projeto novo”. “Mudamos de carro, temos outra viatura. O projeto que nós temos aqui é para nos divertir-mos, sentirmo-nos à vontade e deixarmos aqui um bocado da

nossa adrenalina, que é para isso que nós também estamos neste desporto: além do gosto, é sol-tarmos aqui a nossa adrenalina”, disse. “Neste momento o objetivo é chegar ao fim e conhecermos mais a viatura para que nos pró-ximos desafios, desafio a desafio, consigamos estar nos lugares ci-

meiros.” Nesta prova, Emanuel Cos-

ta e Gerardo Sampaio estiveram irrepreensíveis ao longo das duas horas de resistência, asse-gurando um triunfo tranquilo, sem deixar de quando em vez, dar o “tradicional” espectácu-lo público presente, totalizando oito voltas. Domingos Parente e João Pinto da Team Car Jaime/Troqouro, vencedores da edição de 2012, asseguraram um con-fortável segundo lugar, enquanto os estreantes, Jorge Silva e José Pires da Paljet, encerraram os lugares do pódio, numa prova esforçada e ainda numa fase ini-cial de adaptação ao Crawler. Na derradeira super-especial, num percurso mais reduzido invisual, seria a Paljet a surpreender os restantes adversários, ao registar o melhor tempo.

Roger vence campeonato em Valongo

Valongo foi palco de inauguração do Campeonato Nacional de Trial 4x4, uma prova recheada de inúmeras novidades e surpresas, marcada por emoção, competitividade e mau tempo, que deu a vitória a Roger Puyal e Humberto Reis da equipa Roger Auto.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Na foto: Jorge Silva e José Pires

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Paljet conquista melhor tempo na derradeira super-especial da Taça Rock Crawler

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V Arranque da prova de Rock Crawler, em Valongo

Cláudio Melo é presidente da Ponte de Rio Tinto há quase 18 anos, desde a criação do clube. A equipa de futsal possui atualmente dois escalões que treinam na Escola Secundária de Rio Tinto, o escalão de veteranos e o escalão de senio-res. Estes últimos, encontram-se na primeira divisão distrital da As-sociação de Futebol do Porto, em último lugar. O dirigente da Ponte de Rio Tinto, lamentou o facto do clube ter sido forçado a extinguir

um escalão, tendo agora esperança de o voltar a ver com a inauguração da sede. “Terminámos com as ca-madas jovens no ano passado por não termos uma sede. Agora a sede vai ajudar muito para “recolher” as pessoas, principalmente os miú-dos. E no futuro, vamos pensar se calhar em começar a ter outra vez um escalão jovem”, referiu. Ques-tionado sobre os projetos futuros, Cláudio Melo responde convicta-mente: “alargamento do número

de atletas”. Para o presidente da equipa de futsal e a sua mulher, Carmen Melo, tesoureira do clube, a inauguração da sede vai signifi-car “uma mudança na imagem da coletividade”. “Acho que a imagem da ponte de futsal de Rio Tinto vai ser alterada, as pessoas estavam habituadas a ver uma Associação sem estruturas, sem um nome fixo, o futsal da ponte de Rio Tinto era uma Associação que anda nos pa-vilhões”, explicou Cláudio Melo.

Já há uma casa para o Futsal da Ponte de Rio TintoNasceu a 16 de agosto de 1995 e levou o nome da ‘Ponte’ um pouco a todo o concelho. O Futsal da Ponte de Rio Tinto tem, desde 10 de março, sede própria e a ambição agora é aumentar o número de atletas.

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17VIVACIDADE MARÇO 2013

Desporto: Torneio de Karaté Shukokai

Quem esteve no sábado pas-sado nas imediações do Pavilhão Multiusos de Gondomar pode ter ouvido gritos e palavras de ordem do seu interior. E o mais provável é não ter percebido o que significavam. Foi o Tor-neio de Apuramento de Karaté Shukokai, realizado pela primei-ra vez em Gondomar e organiza-do pela Casa do Futebol Clube do Porto (FCP) de Rio Tinto.

Joana Amaral, 20 anos, res-ponsável pela Secção de Kara-té da associação organizadora mostrou-se muito entusiasma-da com a estreia. “Está a correr muito bem. Talvez esperássemos um pouco mais de público mas

o torneio em si está a ser muito competitivo, com atletas inter-nacionais e muitos campeões”, afirma a jovem responsável.

Apesar das bancadas não estarem repletas, a verdade é quem assistiu fê-lo com garra. Ouviam-se gritos de incenti-

vo, chamavam-se os nomes dos atletas com vigor, que ecoam nas paredes do pavilhão. A maioria são pais e amigos dos karatecas. Amélia Pereira, veio de Mem--Martins apoiar os seus filhos gémeos, ambos praticantes da modalidade. “Provavelmente

um deles vai à final dos 12-13 anos”, contou ao Vivacidade, es-perançada, enquanto observava a zona de combates. Ainda na bancada, Rui Bernardo ilustrou bem o stress que galga a com-petição. “Estou ocupado a con-trolar a situação do meu filho” responde o gestor hoteleiro que veio de Sintra.

De Trancoso para Gon-domar

Perto da zona onde os ka-ratecas disputam os lugares no campeonato, estava Pedro Pires, 40 anos, treinador de Karaté. Ti-nha uma cadeira reservada para ele, como todos os treinadores têm e donde lançam indicações para os seus atletas. Pedro não a usa com frequência, especial-

mente quando está a a ver com-petir uma atleta que já foi duas vezes campeã nacional. “Esta miúda está a tentar renovar o título”, disse, entusiasmado. “É a primeira vez que vimos a Gon-domar. O pavilhão tem muito boas condições, estamos a gostar muito”, afirmou o treinador.

Campeonato Nacional em Gondomar?

“A secção local da Casa do FCP em Rio Tinto tem cerca de um ano mas poderá no futuro organizar um Campeonato Na-cional em Gondomar”, disse Luís Brás, presidente da Direção. “O Karaté tem muita força no norte do país e esta organização local está a toda a prova”, atirou o res-ponsável.

‘Shobu Hajime’. O Multiusos foi palco de KaratéO Pavilhão Multiusos de Gondomar acolheu, no último sábado, o Torneio de Apuramento de Karaté Shukokai. Transpirou-se competitividade dentro e fora dos combates.

Texto: Luís Alves

V Torneio de Karaté Shukokai foi organizado pela Casa do F. C. Porto de Rio Tinto

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O Sport Clube Rio Tinto vai comple-tar 90 anos de existência no dia 1 de julho. Para celebrar a ocasião a direção do clube explicou ao Vivacidade que “neste aniver-sário irão ser organizados vários eventos em homenagem ao clube e a todos aqueles

que fizeram o clube chegar até aqui.”Do mesmo modo, a direção do clube

pede “especial colaboração a todos os só-cios e simpatizantes do Sport” para parti-ciparem nas iniciativas que irão ser dina-mizadas.

Sport Clube de Rio Tinto aproxima-se dos 90 anos

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ERRATANa reportagem “Torneio Bilharsinde põe em competição centenas de atletas de renome”, do mês

de fevereiro, edição n.º 79, página 19, onde se lê “(...) e Ricardo Castro, do Clube de Bilhar Neti-

nhos, foi número um no Individual Bilharsinde Júnior” deveria ler-se “(...) e Orlando José Conde,

do Clube Bilhar de S. Brás, foi número um no Individual Bilharsinde Júnior”. Ainda na mesma re-

portagem, onde se lê “presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Luís Ramalho” deveria ler-se

“presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho”. A redação do jornal Vivacidade

vem por este meio lamentar possíveis males causados.

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18 VIVACIDADE MARÇO 2013

Futebol ClubeUnidos Pinheirensefez 55 anos e pediu uma sede social maiorO Futebol Clube Unidos Pinheirense, de Valbom, teve mais uma razão para celebrar. No dia 16 de fevereiro a equipa sé-nior do clube conseguira o apuramento para os quartos de fi-nal da taça de Portugal mas foi a 23 do mesmo mês que o Pi-nheirense fez 55 anos de vida.

Com alguns dos objetivos do clube de futsal alcançados nos últimos meses, o Pi-nheirense, de Valbom, celebrou o seu 55.º aniversário na sede social no dia 23 de fe-vereiro. Na sessão solene, ficou bem mar-cada a necessidade de um espaço social maior para o clube. Marcaram presença, entre outros, os vereadores da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Pau-lo e Castro Neves, o presidente e a vogal do Desporto da Junta de Freguesia de Val-bom, José Gonçalves e Maria Olinda. Du-rante a cerimónia, todos os oradores dis-cutiram a questão do espaço da sede social seguindo-se depois uma homenagem aos atletas e treinadores que se destacaram na  época  transata, entre os quais, Pau-lo Vigário [sénior], Diogo Dias [iniciado], Daniel Pacheco [infantil] e Pedro Gonçalo

[benjamim]. Foram também homenagea-dos os treinadores Rui Vieira e Paulo Paz.

O Futebol Clube Unidos Pinheirense alcançou nos últimos três anos, três su-bidas de divisão consecutivas tendo o seu presidente, Marco Vigário, como objetivo “alcançar a quarta subida consecutiva e chegar à 2ª divisão nacional”. “Tem sido muito  difícil  manter estes resultados na vertente desportiva pois na parte social o clube está muito aquém dos resultados que pretendemos obter”, referiu o dirigen-te do clube. “Alegrou-nos que no final da nossa sessão solene comemorativa do nos-so 55 º Aniversario, o vereador Fernando Paulo ter-nos prometido para breve uma resolução para este nosso problema com as instalações e ter feito também o convite para que, se a nossa equipa jogar em casa os quartos de final da taça de Portugal, o jogo se realize no Multiusos de Gondo-mar”, explicou ao Vivacidade Marco Vi-gário.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Desporto: Futsal

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Técnico de eletricidade de instalações, técnico de instalação e operação de sistemas informá-ticos, técnico de cozinha, técnico de hotelaria e restauração e mui-tas outras profissões estão à dis-posição de quem quer aprender e enveredar por um caminho onde a teoria é deixada para segundo plano e a prática e a experiência contribuem para a obtenção de um emprego no final do curso.

O diretor pedagógico do cen-tro, Antenor Areal, explicou ao Vivacidade onde é que a Actual Gest investiu e vai continuar a in-vestir. “Nós temos de investir e va-mos fazer esse investimento mui-to forte porque dispomos de uma cozinha, uma cozinha preparada para a formação profissional. Dis-pomos também de um restauran-

te para simular as práticas. Porque o mercado começa a exigir”, justi-ficou. No que diz respeito à for-mação dos jovens, Antenor Areal é muito cético. “O jovem ter de ter a informação completa para dizer ‘eu quero ir por aqui’. E se quer ir para a escola, vai para a esco-

la para o ensino regular; se quer ir para a formação profissional, vai para a formação profissional. A liberdade é essa, ele tem de ter essa liberdade e tem de optar com muita informação e é isso que nós estamos a fazer”, aclarou o diretor pedagógico da Actual Gest.

Em cada curso, o formando é obrigado a estagiar numa em-presa que estabeleça um proto-colo com o centro. Muitas vezes, segundo Antenor Areal, esse es-tágio é sinónimo de emprego. Só em 2012, o centro de formação profissional localizado no centro

de Gondomar conseguiu uma taxa de empregabilidade a rondar os 80%.

Com protocolos estabeleci-dos com cerca de 300 empresas, a Actual Gest existe já há 20 anos e está em Gondomar há cerca de 10.

Futuro mais risonho para os jovens da Actual Gest Numa altura em que os níveis de desemprego continuam a subir em Portugal, a Actual Gest, um centro de formação profissional no coração de Gondomar, tenta combater o flagelo incentivando os jovens a aprender as profissões do futuro. A equivalência é o 12.º ano, a experiência é muito mais do que isso.

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Entrevista: Joaquim Barbosa

O que o leva a concorrer a uma carreira política na Câma-ra?

Penso que não concorro a ne-nhuma carreira política. Com 65 anos, o que um homem das hu-manidades e comunista pretende é continuar a servir. Fazer na Câ-mara aquilo que tem feito sempre na atividade política, nas associa-ções, que é trabalhar para o bem da população. Tentar descobrir problemas e tentar arranjar solu-ções. Não será uma carreira polí-tica mas uma tarefa.

Uma tarefa difícil? Se se refere à de conquistar

a Câmara é uma questão lógica a diferença entre possibilidade e probabilidade. Possibilidade há. Se os gondomarenses votarem na CDU eu ganho a câmara, se for em maioria. Com toda a hones-tidade parece-me que a probabi-lidade não será essa. Mas estou certo que vamos recuperar os lugares que perdemos na Câma-ra. Já tivemos dois vereadores e estou certo que vamos recuperar.

Na política, já foi vogal e presidente da Assembleia da Junta da Lomba e deputado e secretário da mesa da Assem-bleia Municipal. A sua candida-tura pela CDU é uma ambição pessoal por um cargo maior em Gondomar?

Nós [CDU] temos uma ma-neira de funcionar que para mui-tos é estranha mas não temos lutas internas, nem problemas, com o facto de ser “o Joaquim ou o António”. Isto não é por apoian-tes. Vamos trabalhando em con-senso, com camaradas do partido

e depois há uma série de cama-radas que estão em condições de poderem desempenhar a tarefa de candidato ou vereador. Depois vamos vendo o contexto e a dis-ponibilidade de cada um. Neste momento, como estou aposenta-do, tenho mais disponibilidade mas não é uma ambição pessoal. Só é pessoal na medida em que estou empenhado numa luta.

Os valores do PCP e agora da CDU sempre estiveram presen-

tes na sua vida?Sim, sempre estiveram pre-

sentes mesmo quando não era do PCP. Alguns dos valores, que de-pois vim a encontrar no PCP, es-tiveram sempre. Os valores da jus-tiça, da liberdade, da honestidade, da transparência, sempre anda-ram comigo. A minha consciência política veio na Guerra Colonial. Fui sozinho e fui mudando de camaradas e isso fez-me apanhar gente com muitas formações e o

contacto com as pessoas fez com que a minha consciência política se iniciasse em África. Quando re-gressei em 1972, fui para o jornal e tive contacto com pessoas como o Manuel Pina e César Príncipe. Em 1973, empenhei-me logo na cam-panha eleitoral para a Assembleia Nacional, naquilo que diziam que era eleições. Participei ativamente também em campanhas de apoio aos presos políticos. Depois do 25 de abril fiz parte do secretariado

distrital do MDP-CDE e houve uma altura em que começaram a haver algumas indefinições no partido e decidi-me “se é para es-tar no PCP, é no PCP”.

Atualmente já existem mais três candidatos confirmados (PS, Independentes e PSD) a disputar o lugar da presidência para as próximas eleições autár-quicas. Tendo em conta as outras candidaturas, como está defini-da a sua estratégia política para o concelho?

Estamos numa fase ainda de organização, mas se consultar as atas da Assembleia Municipal verá que a CDU é a força que mais documentos tem apresentado. Moções, propostas de alterações, agendamentos. Muitas coisas foram aprovadas sobre todas as

“Estou certo que vamos recuperar os lugares que perdemos na Câmara”Joaquim Barbosa é o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à presidência da Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Natural da freguesia da Lomba, reside atualmente em Rio Tinto. Aposentado de 65 anos, é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas [Estudos Portugueses, Ramo Científico] e Mestre em Linguística Portuguesa Descritiva. Entre outras coisas foi professor universitário na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e foi também arquivista/documentalista na Redação do Jornal de Notícias. O ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa de Habitação Mãos-à-Obra, desempenhou também vários cargos autárquicos entre os quais: vogal da Junta de Freguesia da Lomba e presidente da Assembleia de Freguesia da Lomba. No que diz respeito ao concelho, foi deputado municipal e secretário da mesa da Assembleia Municipal. O Vivacidade fez uma visita à Cooperativa de Habitação Mãos-à-Obra, onde ainda para muitas vezes, e questionou-o sobre políticas e ambições para as eleições autárquicas de 2013.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Eu sou da Lomba e nasci a trabalhar no campo. E lá nós limpá-vamos os regos antes de virem as chuvadas, para não estragarem os cam-pos. Em Gondomar não limpamos regos. Quando vem a ‘chuvada da crise’ ninguém aguenta isto.“

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freguesias dos gondomarenses e alguns assuntos nacionais. A nossa estratégia é olharmos para tudo o que temos feito e dizer “isto já foi feito, não vale a pena reclamar”, que infelizmente são poucos os casos. Vamos fazer o que sempre fizemos, continuar ao lado das populações e colaborar. Não temos que destruir o que está bem feito. Estive, por exemplo, no Polis de Gramido e aquilo é um equipamento positivo, mas depois faz-se aquilo e não se faz o resto. Tem o passadiço mas ao lado, na área de intervenção estão edifícios em ruínas. E nós temos uma palavra a dizer. Não temos ninguém na Câmara mas a CDU faz falta lá, sempre fez.

Nestes últimos quatro anos, o que foi feito e o que falta fazer em Gondomar?

Repare que nas últimas duas décadas, Gondomar teve à sua dis-posição cerca de mil e quinhentos milhões de euros. Disto, 900 mi-lhões terão sido para investimento e achamos que poderia ter sido fei-to mais. Deixamos fugir indústrias que eram de Gondomar. As madei-ras e alguma metalurgia desapare-ceram. Acudimos um pouco tarde à Ourivesaria, com o centro de formação que ajuda muito. E tudo isto criava postos de trabalho. Não houve um investimento nos nossos próprios recursos. A autarquia não é responsável pelo que se passa no país. Eu sou da Lomba e nasci a trabalhar no campo. E lá nós lim-pávamos os regos antes de virem as chuvadas, para não estragarem os campos. Em Gondomar não limpa-mos regos. Quando vem a ‘chuvada da crise’ ninguém aguenta isto. E que recursos é que nós temos? O rio, como meio de transporte, na área envolvente. E a ligação do rio à serra, através das estradas. Os tri-lhos não estão bem aproveitados. Depois a questão do emprego é ful-cral. A Câmara não tem a obriga-ção de criar emprego só por criar, tem é de criar condições para isso. Mas há outras questões. Gastou-se imenso na habitação. Julgo que se podiam recuperar habitações nas aldeias e nas cidades, apostando numa redefinição da política de habitação. Na educação, onde se tem feito um bom trabalho, mas mesmo assim o investimento que se tem feito não se tem reproduzi-do na empregabilidade dos gondo-marenses.

Tendo em conta o historial das últimas eleições, como prevê o desfecho das próximas?

Usando a metáfora do futebol, “prognósticos só no fim”. Não sei como é que vai ser. Sou amigo de dois dos candidatos (PS e Indepen-

dentes) e os gondomarenses vão ter que escolher. Mas para o bem e para o mal, a pessoa que ganhar vai ter uma herança de uma Câma-ra que andou nas bocas do mundo pelas piores razões.

Numa fase mais próxima das eleições a CDU manter-se-á so-zinha na luta ou tentará uma aproximação a algum dos partidos que já concorrem à presidência?

As coligações estão postas de parte. Sempre estivemos abertos a coli-gações mas de políticas. Quais são as políticas? Julgo que nesta campanha eleitoral para Gondomar não antevejo qualquer tipo de coligação. Depois das eleições, estaremos sempre dispostos – como sempre estivemos – a trabalhar seja com quem for para o bem de todos.

Ambiciona recuperar algum lugar da CDU na Câmara?

Sim, queremos recuperar e vamos recuperar. Eu prometi aos meus camaradas que só usaria gra-vata novamente no dia da tomada de posse.

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“Estou certo que vamos recuperar os lugares que perdemos na Câmara”Joaquim Barbosa é o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à presidência da Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Natural da freguesia da Lomba, reside atualmente em Rio Tinto. Aposentado de 65 anos, é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas [Estudos Portugueses, Ramo Científico] e Mestre em Linguística Portuguesa Descritiva. Entre outras coisas foi professor universitário na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e foi também arquivista/documentalista na Redação do Jornal de Notícias. O ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa de Habitação Mãos-à-Obra, desempenhou também vários cargos autárquicos entre os quais: vogal da Junta de Freguesia da Lomba e presidente da Assembleia de Freguesia da Lomba. No que diz respeito ao concelho, foi deputado municipal e secretário da mesa da Assembleia Municipal. O Vivacidade fez uma visita à Cooperativa de Habitação Mãos-à-Obra, onde ainda para muitas vezes, e questionou-o sobre políticas e ambições para as eleições autárquicas de 2013.

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O que penso de...Valentim Loureiropresidente da C. M. Gondomar

“Não fez aquilo que gostaríamos que tivesse feito. Gostaríamos que Gon-domar estivesse muito melhor e teve possibilidade de estar bastante melhor. Pessoalmente não me pronuncio.”

José Luís Oliveiravice presidente da C. M. Gondomar

“Prefiro não dizer nada.”

Fernando Paulovereador da C. M. Gondomar

“Conheço-o pessoalmente, dou-me bem com ele. É uma pessoa honesta. No conjunto da vereação que tem es-tado na CMG nos últimos anos é dos poucos que não teve problemas extra-municipais.”

Marco Martinspresidente da J. F. Rio Tinto

“Conheço-o daqui de Rio Tinto. É jo-vem e talvez chegue lá.”

Maria João MarinhoCandidata do PSD à Câmara

“Não a conheço pessoalmente – nem sei sequer a sua posição em relação encerramento do SASU de Gondomar –, mas a sua profissão e a suas fun-ções no Centro de Saúde de S. Cosme, permitir-lhe-ão contribuir para um me-lhor conhecimento da situação social que se vive no concelho decorrente da crise do capitalismo, da má governa-ção do país e da ausência de políticas municipais adequadas, e contribuir para a minimização dos seus efeitos”

Cristina Nogueiralíder da bancada da CDU Gondomar

“Foi candidata nas últimas eleições e tem feito um excelente trabalho na Assembleia Municipal. Conhecemo--nos há muitos anos, é capaz, uma ótima camarada e tem feito um bom serviço por Gondomar.”

Pimenta DiasCDU Gondomar

“Possivelmente o homem que mais sabe de algumas coisas da vida muni-cipal. Fez um excelente trabalho como vereador e na Assembleia Municipal.”

Pedro Passos Coelho

“Como primeiro ministro, tem-me fei-to pensar várias vezes. Entre os que acham que é incompetente e os pré-mios que vai recebendo lá de fora de “menino bem comportado”. Os dois casos podem ter razão, dependendo dos objetivos. Se tivermos em conta, o papel de resolver os problemas do país é um incompetente. Mas se pen-sarmos no objetivo do projeto neolibe-ral de destruir tudo o que é Estado e baixar o preço do trabalho para depois poderem reduzir os impostos, ele está a fazer um ótimo trabalho. Está a des-truir tudo o que é Estado.”

Jerónimo de Sousa

“Foi para muitos comunistas uma surpresa. Muito de nós, embora não queiramos, temos sempre aquela ima-gem do camarada Álvaro. É um ótimo camarada. É de uma generosidade, honestidade e simpatia a toda a pro-va. Temos visto que tem uma firmeza muito grande para levar a luta pelo comunismo.”

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Este novo espaço, de restauração a baixos custos, aposta na simplificação de processos e na negociação com fornece-dores para vender café, pão, sopa, bolos ou refeições a preços mais baixos que os normalmente praticados. Atendimento ‘self-service’ e louça descartável são outras

das características das padarias que, pro-curando combater o desperdício, estão a ser um sucesso a nível de procura.

A estrutura de Gondomar, que foi inaugurada no dia 13 de março e está lo-calizada no ‘Emporium Plaza’, criou 14 novos postos de trabalho.

A expansão deve-se ao suces-so e o sucesso deve-se aos “pre-ços competitivos”, pelo menos é essa a explicação que Sérgio Sousa dá quando questionado

pelo Vivacidade sobre o porquê da abertura da nova loja em Ma-tosinhos. O novo talho no nú-mero 451 da rua da Arroteia, em S. Mamede de Infesta, seguirá

os mesmos ideais que levaram os talhos de Baguim do Monte e Gondomar a alcançar um nível elevado de qualidade dos pro-dutos e de grande procura pelos clientes.

Desta vez, o talho emprega mais quarto funcionários, de um total de 23 que direta e indireta-mente trabalham para a cadeia Talho do Povo.  

A inauguração desta nova unidade alimentar contou no-vamente com a presença de An-tónio e Jade, ex-concorrentes do reality show ‘Casa dos Segredos’ e a visita de vários estudantes do ISCAP. Pela nova loja durante o dia inaugural, passaram cente-nas de pessoas que tiveram di-reito a sandes de porco no espeto e a “preços ainda mais apelati-vos” dos habituais praticados nos produtos do Talho do Povo.

Talho do Povo abre nova loja em S. Mamede de Infesta“Havia poucos talhos nesta zona.” É assim que o gerente do Talho do Povo, Sérgio Sousa, justifica a abertura de mais uma loja, desta vez fora do concelho de Gondomar.

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A restauração ‘low-cost’chegou a GondomarO conceito ‘Low-Cost.Come’ chegou a Gondomar. Paulo Cos-ta, criador da ideia, cumpriu o objetivo delineado aquando da abertura do primeiro espaço e abriu instalações em Gondomar.

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Empresas & Negócios

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Empresas & Negócios: Restaurante Cardeal

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Cardeal: uma referência na gastronomia em GondomarConhecido pelos grelhados na brasa e pelo seu forno a lenha, o restaurante Cardeal, que já existe há 20 anos em pleno centro de Baguim do Monte, inovou nos preços dos pratos sem nunca fugir à qualidade.

Rute Pereira é agora uma das gerentes do restaurante Cardeal, do Largo de S. Brás, em Baguim do Monte. Noutros tempos, o Cardeal pertencia ao seu pai que deixou o legado às filhas e mulher.

Em tempos de crise, há que inovar. A adesão às redes sociais foi o início de uma mudança, como explica Rute Pereira. “Tive-mos de nos habituar à realidade e continuar com as coisas devagar porque também, dada a conjuntura económica, o restaurante sofreu alguma quebra a nível de clientes. No fundo, o nosso restaurante está vocaciona-do para as pessoas da classe média, que foi precisamente a classe que mais sofreu com estas situações todas. Mas devagarinho te-mos de tentar levar a água a bom porto. Te-mos algumas alternativas, as refeições eco-nómicas que são diárias [não abrange o fim de semana], temos os preços para grupos e tentamos fazer algumas festas temáticas. Fizemos o carnaval, por exemplo, e o dia dos namorados com música ao vivo para as pessoas ficarem mais aconchegadas”, expli-ca a gerente do Cardeal. As refeições econó-micas custam ao cliente cinco euros apenas e incluem a sopa, o prato, a sobremesa, a bebida e o café. Rute Pereira garante que a comida que vem no prato é “exatamente a mesma” e não se foge “à qualidade”, a dife-rença está na quantidade de comida.

Para além dos pratos económicos, o res-taurante aposta agora também no serviço de take away. Os pratos mais procurados pela carteira de clientes mais frequentes são

o bacalhau na brasa, bacalhau à cardeal e o costeletão de boi.

A ‘época alta’ do Cardeal é a altura das festas da freguesia, as Festas a São Brás. Nesse período, o restaurante confeciona as famosas papas de sarrabulho e os rojões à moda de Baguim do Monte.

Diariamente, é colocado o menu do dia na página do Facebook do restaurante [https://www.facebook.com/restaurante.cardeal], situação que já fez crescer o núme-ro de clientes. Para o futuro, na opinião de Rute Pereira, a palavra de ordem é “estabi-lização”. O restaurante Cardeal está situado no Largo de São Brás, em Baguim do Monte e dispõe de 135 lugares sentados.

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1 – Ainda o Orçamento do Estado para o corrente ano aguar-

dava publicação em Diário da República e já toda a oposição e analistas económicos apregoavam que quase todas as previsões orça-mentais nele contempladas seriam inatingíveis, e de um estrondoso irrealismo. À força de tão contes-tado, dir-se-ia que o Orçamento nascia desde logo amaldiçoado, pois apenas a maioria parlamentar tentava, com óbvio esforço, sus-tentar a sua credibilidade. E por isso era óbvia a falta de convicção dos que defendiam as teses gover-namentais. Não foi preciso esperar muito tempo, porque ainda em janeiro, quer as instâncias inter-nacionais quer o próprio Banco de Portugal vieram dizer que os prin-cipais dados previsionais ali pre-vistos não seriam atingíveis. Toda-via, o discurso oficial continuava a fazer crer que era realista esperar que aquelas previsões haveriam de se concretizar. Mas não é por os governantes desejarem muito que uma coisa aconteça que ela vai mesmo acontecer… E por isso, a

cada dia que ia passando, era mais evidente o falhanço orçamental.

2 – O primeiro balde de água fria surgiu com a revelação, por parte do INE, dos dados do de-semprego global de 2012. O ano fechava com uma taxa muito superior à que o Governo pre-vira. E um mês depois, ao serem revelados os dados de janeiro, o desemprego apresentava já nú-meros superiores aos que o Go-verno previra no Orçamento para todo este ano, e com previsões do Eurostat com forte tendência de agravamento. Maior descrédito governamental era difícil de con-seguir, e por isso mesmo só restava reconhecer o erro das previsões. Paralelamente, todos os demais indicadores macroeconómicos re-levantes começavam a indiciar um rotundo falhanço: o dobro da taxa de recessão económica prevista; menos receita em todos os impos-tos, e mais despesa em quase todas as rubricas. Ao Governo mais não restava que confessar o fracasso, e

anunciar a necessidade de, no âm-bito da sétima revisão da troika, propor alterações aos calendários do reajustamento negociado. Ou seja, pedir mais tempo à União Europeia para atingir o equilíbrio do nosso défice.

3 – Como era de esperar, a pressão e a contestação ao Go-verno saltaram para as ruas, cul-minando com as gigantescas ma-nifestações do passado dia 2 de março. Portugueses de todas as idades e condições, de todas as classes e quadrantes políticos, in-

cluindo os da área dos partidos da maioria, não deixaram de respon-der ao apelo do movimento “Que se lixe a Troika”, e juntaram-se às centenas de milhares nas princi-pais cidades do país, sobretudo em Lisboa e Porto, para pedir uma imediata mudança de rumo polí-tico. Foi, de facto, uma jornada de inequívoca condenação do Gover-no. É claro que não resultam evi-dentes as consequências de todas estas manifestações. Pela simples razão de que ninguém foi capaz, até ao momento, de apontar po-líticas alternativas à brutal auste-ridade a que o País está a ser su-jeito. Parece, sim, claro que todos desejam que a Europa rica venha em nosso socorro, e assegure aos países aflitos a continuação de um Estado social de bem-estar, sem a canga da dívida. Ou seja, que al-guém pague a dívida por nós, ou que atire o seu pagamento para daqui a umas décadas. Mas, ao que tudo indica, este será apenas um sonho a perder de vista...

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Opinião

Governo volta a falhar previsões e contestação aumenta nas ruas

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Como elementos da equipa responsável pela autoria da “Mo-nografia de Rio Tinto”, invocando o direito ao bom nome e reputação, de que nenhum cidadão pode ser privado, solicitamos a publicação em idêntico lugar e com o mesmo destaque da resposta que se segue ao “Direito de resposta”, publicado no nº 79 no v/ jornal, da autoria de Paulo Santos Silva.

Salientamos que respondemos

exclusivamente à passagem que passamos a transcrever:

«Em primeiro lugar nunca tive o prazer de conhecer a dita senho-ra, nem mesmo quando participou, sabe-se lá como, numa pretensa monografia de Rio Tinto, a qual, diga-se em abono da verdade, foi um trabalho de “tão boa qualidade e excelência científica” que teve de ser amplamente corrigido e retifi-cado pelo então meu orientador de mestrado antes das sua publicação final»

Não pretendemos acicatar âni-mos, no que ao valor das lendas concerne… muito menos aquilatar das qualidades historiográficas do autor do artigo.

Mas o caso muda de feição quando o referido senhor decidiu entrar por ínvios caminhos, de suspeição, de desrespeito – e MEN-TIRA – relativamente à “pretensa Monografia de Rio Tinto” (sic).

Passamos a explicar e esclare-cer:

- “Rio Tinto – Apontamentos

Monográficos” (assim foi batizada a obra) é uma monografia “escrita segundo as melhores e mais atuais exigências da moderna historiogra-fia”. E ainda “…esta é uma boa mo-nografia, um precioso suporte de dados informativos com que, desde agora se deverá contar e que se terá sempre de citar quando nos referir-mos a Rio Tinto. Estamos, de facto, perante uma base de dados essen-cial e indispensável para futuras e mais profundas investigações”- es-tamos a citar as insuspeitas pala-vras de um lídimo historiador, de um isento cientista, o Professor Doutor Frei Geraldo J.A. Coelho Dias, que apresentou a obra.

Saliente-se que este Professor apenas teve acesso à obra, após a sua impressão, dispondo do tempo bastante para a sua análise para a apresentação, que teve lugar no dia 30 de Outubro de 1999.

Está esclarecida a primeira “dú-vida” do autor do artigo.

- A obra resultou de um traba-lho de equipa de Professores da Es-

cola EB 2,3 de Rio Tinto – por isso, a colega Fina d’Armada participou na sua elaboração, não sendo pois nem a única nem a principal autora do referido trabalho.

Esta equipa correspondeu ao convite dirigido pelo então Pre-sidente da Junta de Freguesia, Sr. Carlos Pires, para elaboração de uma monografia da terra; acresce que a mesma foi publicada e apre-sentada ao público já na gestão do Sr. João Moura.

Está satisfeita a curiosidade do Sr. Professor Paulo - já sabe como as coisas se passaram.

Finalmente, e não menos im-portante…

- A parte em que, referindo-se ao trabalho realizado pelos autores, afirma (sic) que este era de « “tão boa qualidade e excelência cientí-fica” que teve de ser amplamente corrigido e retificado pelo então meu orientador de mestrado an-tes da sua publicação final » (o bold é da nossa autoria).

Declaração torpe, afirmação

mentirosa, imperdoável num cien-tista, menos ainda num professor e num cavalheiro – e para a qual exigimos a apresentação de provas, a saber:

Em que circunstâncias ocor-reram as tais correções e retifica-ções de que fala?

Qual o nome do pretenso – esse sim – corretor, que seria o orientador do escriba?

Se não se pode provar que hou-ve ou não houve a tal batalha do rio Tinto, temos obrigação moral e deontológica de provar as nossas afirmações, mormente quando es-tas são de tal teor que colidem com o bom nome e dignidade de outros cidadãos, que por acaso - mero acaso – são profissionais do mesmo ofício.

Aqui fica, pois, um apelo que é uma exigência:

- Senhor Professor Paulo San-tos Silva, PROVE o que afirma ou RETRATE-SE!

A humildade e a honestidade são atributos dos grandes Homens.

Direito de respostaRefutação do direito de resposta daEdição nº 79 defevereiro de 2013,da autoria dePaulo Santos Silva

Albano Magalhães, Fáti-ma Silva, Fina D’Armada, Licínia Lopes, Natália Correia e Olga Castro

A equipa que elaborou a obra “Rio Tinto – Apontamentos Monográfi-cos”

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Governo volta a falhar previsões e contestação aumenta nas ruas

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Opinião

A atividade científica já “mexe” em Gondomar. É óbvio que tem sido fundamental a oportunidade que proporciona o hospital escola (HE+), com as suas excelentes con-dições direcionadas para o ensino e para a investigação. Desde o audi-tório com capacidade para 250 par-ticipantes, salas de trabalho com meios audiovisuais, bloco cirúrgi-co inteligente, com capacidade de transmissão de cirurgias em direto não só para o auditório como tam-bém para a internet, passando pelo centro de anatomia e cirurgia expe-rimental, todos estes instrumentos e condições físicas permitem já a organização quase semanal das mais variadas atividades científicas.

Pretende-se assim, que Gon-domar, venha a ser conhecido não só pela filigrana, pelos nabos, lam-preia ou sável, mas também pela atividade científica na Medicina, graças às mais variadas manifesta-ções científicas essencialmente no campo da Saúde.

Destaco principalmente as V

Jornadas do Pé Porto Barcelona, congresso Internacional a realizar no HE+ no dia 11 de Maio deste ano, ou o Congresso Europeu da Sociedade do Pé e Tornozelo, a que nos pertence a presidência local. Mas na área da Imagiologia, Cirur-gia Geral, Psicologia, Fisioterapia, enfim, em variadas áreas de Saú-de, estão programadas iniciativas

em que qualquer profissional pode participar, podendo para isso con-sultar o site do HE+.

Mas não se esqueçam, melhor do que recorrer na doença, será prevenir na saúde, os meios de diagnóstico e de rastreios, são es-senciais para uma população sau-dável. Uma vez que o futuro do país parece ainda incerto, em que apesar

das medidas graves sociais e econó-micas instauradas, parecem ainda não serem suficientes, para nos salvar da bancarrota, teremos pelo menos de dar atenção ao nosso fí-sico pois a saúde psíquica, essa está ameaçada.

Bem a esperança deve sempre existir...

Até breve, estimados leitores…

Atividade científica no nosso Concelho

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clinico do Hospital Escola de Gondomar

Há uns meses atrás, ainda an-tes do Inverno chegar a sério, o Bisturi vaticinou que, pelo andar da carruagem, quando chegásse-mos ao final do Inverno as ruas do concelho de Gondomar estariam em lastimoso estado. A profecia não era difícil de acertar: quando durante o Verão e o Outono não se cuida de pelo menos tapar os buracos, está na cara que, às pri-meiras chuvas, esses mesmos bu-racos haveriam de se converter em autênticas crateras.

E a verdade é que, ainda com muita chuva no horizonte, os re-sultados estão já à vista de toda

a gente: as ruas de maior tráfego no concelho de Gondomar ca-minham a passos rápidos para se tornarem quase intransitáveis. Os buracos são mais que muitos, com o asfalto a desaparecer, de dia para dia, em muitos locais.

Nas freguesias de Rio Tin-

to e Baguim é uma lástima o que se vê um pouco por todo o lado, sobretudo nas principais artérias. Mas não é só aqui que tal aconte-ce. Quem circula pelas restantes freguesias do concelho, o cenário é o mesmo, à excepção das vias que, em anos recentes, receberam

novos pisos de asfalto, ou então as que pertencem às Estradas de Por-tugal e que foram intervenciona-das há menos tempo.

De Valbom à Meda, de S. Pedro da Cova a Fânzeres, passando pe-las freguesias mais pequenas, são às centenas as ruas esburacadas,

que de dia para dia vão ficando em pior estado. Isto para não falar em passeios partidos, ou simplesmen-te inexistentes…

Poder-se-ia pensar que, em ano eleitoral tudo isto poderá vir a ser retocado quando o Verão se aproximar. Mas não há que ter grandes esperanças. Por duas or-dens de razão: a primeira porque vai haver, obrigatoriamente, mu-dança de presidente na Câmara, já que Valentim Loureiro não poderá recandidatar-se; em segundo lu-gar, pura e simplesmente porque o Município não tem dinheiro, e as receitas caíram dramaticamente.

É de admitir que aqui e ali ve-nham a ser tapados uns buracos mais escandalosos, com uns re-mendos toscos e de curta duração, como, aliás, é da praxe entre nós. Mas preparem-se os gondoma-renses para, nos próximos anos, regressarem aos tempos em que as vias do concelho eram verdadeiros caminhos de cabras. A crise tam-bém dá para justificar tudo isto…

Ruas viram caminhos de cabrasBisturi

Henrique Villalva

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“Portugal atravessa um período de grandes dificuldades. Considero que todos nos temos de empenhar na concertação de soluções que nos conduzam a um crescimento económico e a uma melhoria das condições de vida das po-pulações. Vivemos um tempo em que os movi-mentos de independentes fazem sentido, sem amarras nem formatações impostas por uma linha que alguém idealizou em termos nacionais e distantes das efetivas necessidades das popula-ções. A liderança de Fernando Paulo constitui, em qualquer equipa e em todas as dimensões, um garante de qualidade e de entrega em prol do bem comum. Para ser coerente com uma postura cívica que faço questão de manter, não podia deixar de dar publicamente o meu apoio ao Fernando Paulo. O trabalho de excelência na rede social de Gondomar, na educação, na ju-ventude, no desporto e na cultura, muitas vezes no âmbito de projetos inovadores, são a prova da sua disponibilidade, competência e capacidade intelectual para assumir o cargo de presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

Penso que no PSD, o momento mais nega-tivo, do ponto de vista político, correspondeu à retirada da confiança política ao Major Va-lentim Loureiro, pelas estruturas nacionais do partido que originou, mais tarde, o Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração. Recordo que a candidatura do Major Valentim Loureiro à Câmara Municipal de Gon-domar pelo PSD foi votada favoravelmente e por unanimidade no plenário do PSD de Gondomar e por maioria esmagadora no órgão competen-te da distrital do PSD Porto. Não se respeitou o direito à diferença, como condição inerente à natureza humana e indispensável para a afirma-ção integral da personalidade de cada indivíduo, que está consagrado nos princípios e valores do PSD. O momento mais positivo foi sem dúvida o da primeira vitória do PSD para a Câmara de Gondomar. Permitiu tirar o nosso concelho de

um marasmo esmagador.Neste momento, considero o Fernando Pau-

lo a pessoa certa para conduzir os destinos do município de Gondomar. Ele saberá apresentar um plano de trabalho que tenha como princi-pal objetivo o desenvolvimento do concelho. Os gondomarenses conhecem o seu valor e a idoneidade. Vivemos um momento em que as pessoas e a sua qualidade de vida constituirão o principal eixo orientador das políticas públicas. A coesão social, a criação de emprego, o am-biente, as acessibilidades, a qualidade dos espa-ços urbanos estarão certamente nas prioridades de Fernando Paulo. Ele tem mais de 20 anos de experiência na vida autárquica, o conhecimen-to profundo de Gondomar, das suas gentes e das instituições. A sua candidatura assenta em pilares sólidos de uma carreira de autarca que certamente será reconhecida pelos gondoma-renses. Hoje a realidade é bem diferente e, por isso mesmo, os gondomarenses têm dado a sua confiança à equipa de independentes que politi-camente têm sabido garantir um espaço sólido de liberdade e de afirmação para que as organi-zações da sociedade civil possam ter iniciativa e criatividade. De todas as candidaturas eu espero disponibilidade para ajudar Gondomar a ser um concelho cada vez mais próspero. Valorizo todos aqueles que se disponibilizam para servir a causa pública. No entanto, considero que este não é o momento ideal para experimentalismos e para projeções artificiais de carreiras políticas. O Fer-nando Paulo tem carisma, é um líder conhecido e reconhecido pelos seus pares. Tem estatuto político para lutar pela defesa dos direitos dos gondomarenses nas instâncias políticas regio-nais e nacionais. É nos momentos de maiores dificuldades que precisamos de respostas com maior rigor, competência, experiência e dedica-ção. Neste contexto, a sua candidatura constitui--se na grande mais-valia para Gondomar e para os gondomarenses.”

São sociais-democratas

Adolfo Sousa assume-se como “um de-

fensor dos valores e ideais da social-

-democracia”. A sua aposta política foi

sempre no sentido de uma “participação

cívica alicerçada no diálogo e na concer-

tação social”. Militante do Partido Social

Democrata desde meados da década de

90, fez parte da comissão política concelhia de Gondomar, da assembleia distrital e

foi delegado eleito, em representação do PSD de Gondomar, ao congresso nacional

do PSD. Fez também parte de vários grupos de trabalho ao nível concelhio e dis-

trital. Ao Vivacidade, Adolfo Sousa confessou que, apesar de ser militante do PSD,

vai apoiar a lista independente à Câmara Municipal de Gondomar.

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Para as próximas eleições autárquicas, Adolfo Sousa vai apoiar Fernando Paulo, Ernesto Augusto apoia Marco Martinsmas não votam no PSD

“Fui um apoiante, no primeiro mandato, do major Valentim Loureiro mas com o decorrer do tempo, percebi que de facto não era a pes-soa indicada, que era demasiadamente popu-lista, demagogo e portanto seguramente não ia trazer grande valor acrescentado ao concelho. O PSD, lamentavelmente, investiu sempre na mesma figura, dividiu o partido em Gondomar e eu opus-me sempre a esse tipo de solução, de dividir os próprios militantes do PSD. Nas últi-mas eleições autárquicas, o PSD em Gondomar deu-se ao luxo de politicamente tentar esmagar e punir todos aqueles que não se identificavam com a candidatura independente e eu fui um deles . Pus-me claramente ao lado do enge-nheiro Rui Quelhas porque ia ser o candidato institucional do PSD e era a esse a quem eu estava partidariamente obrigado a apoiar e foi esse que apoiei desinteressadamente e de uma forma abnegada, empenhada e fui fortemente penalizado politicamente, com o “diz que disse”. Puseram na minha boca coisas que eu nunca fiz. Acho que também foram deselegantes para comigo porque montaram toda uma campanha incendiária contra mim.

Não se infere daqui que eu estou agora no outro lado por vingança, porque não tenho ne-nhum problema cultural nem tenho nenhum problema psicológico ou existencial. É, diga-mos, uma questão de que já cansa este modelo de gestão - porque de certa forma também não tem trazido valor acrescentado aos gondoma-renses - porque também é preciso pôr ponto final neste tipo de situação de bipolarização do PSD mais os independentes. É preciso acabar com este cinzentismo todo, aproveitar para di-zer ‘não’ a estes senhores e dar oportunidade a outras pessoas com capacidade e não conotados

com esta atual gestão. Já lá vão 20 anos e é pre-ciso catapultar o concelho de Gondomar para outras vivências, para outros modelos de gestão, de forma mais participativa, chegar mais às pes-soas, menos populistas e mais eficazes. Estou--me a referir concretamente a Marco Martins. Sou apoiante indefetível dele. Cruzei-me com ele na vida política, estávamos ao mesmo nível, éramos os dois presidentes de Junta - em Rio Tinto e em Fânzeres - e houve ali uma empatia, uma aproximação, não só sob o ponto de vista humano, como também sob o ponto de vista da política. E de facto deu para perceber que ele era uma pessoa empenhada. Fui percebendo nele, alguma astúcia, alguma diferença para melhor e que estaria eventualmente ali apontada uma forte possibilidade para gerir o concelho de Gondomar nos próximos anos. E pronto, as coisas traduziram-se naquilo que é sabido, ele é o candidato institucional oficial do PS em Gondomar e vou apoiá-lo em homenagem àquilo que disse. Por força das evidências que nos vão surgindo no dia a dia nos últimos 20 anos, tudo aponta que ele terá condições para ser o próximo presidente de Câmara. Tem que haver rotatividade e se os partidos maioritários em Portugal – quer o PSD quer o PS - reclamam rotatividade no exercício governativo, também tem que haver rotatividade no exercício da ges-tão autárquica, nomeadamente num município grande, como é o caso de Gondomar. Mas o apoio é para Marco Martins. Não estou nada preocupado com a militância porque eu não vivo da política e seguramente que não vou ser penalizado porque até hoje não há memória em Gondomar de punição aos militantes do parti-do social democrata que apoiaram a candidatu-ra independente.

Ernesto Augusto iniciou o seu percur-

so político nos anos 80. A sua ausência

profissional para Paris e Nova Iorque,

durante uns anos, afastou o seu envol-

vimento na política nacional. Em 94,

regressa a Portugal como responsável co-

mercial da companhia de seguros Allianz

e retoma “o contributo cívico à política”, com o convite do então presidente da Jun-

ta de Fânzeres, José Martins, para ingressar como militante no Partido Social De-

mocrata. Entretanto, é eleito presidente da Assembleia de Freguesia de Fânzeres.

Em 2005, preside a Junta de Freguesia, cargo que mantém durante um mandato.

Atualmente, continua como militante do PSD mas “não tem participado” já que

“não está de acordo com a orientação política que tem sido dada a Gondomar.”

Vai apoiar Marco Martins, nas próximas eleições autárquicas. Em discurso direto,

explica ao Vivacidade o porquê da sua decisão.

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Política

VIVACIDADE MARÇO 2013

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29VIVACIDADE MARÇO 2013

Política: Vozes da Assembleia da República

O Plano Estratégico de Iniciati-vas de Promoção da Empregabilidade Jovem e Apoio às Pequenas e Médias Empresas designado por ‘Impulso Jo-vem’, inclui novas medidas de estágios entre os quais o Passaporte Emprego, Passaporte Emprego Economia Social, Passaporte Emprego Agricultura, Pas-saporte Emprego Associações e Fede-rações Juvenis e Desportivas.

Ora, os Passaportes Emprego vi-sam complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram um primeiro ou um novo emprego, de forma a melhorar o seu perfil de em-pregabilidade e apoiar a transição entre

o sistema de qualificações e o mercado de trabalho; promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto dos empregadores; fomentar a criação de emprego em novas áreas e impulsionar o desenvolvimento de re-cursos humanos nos sectores dos bens e serviços transacionáveis.

Os Passaportes Emprego Econo-mia Social, Emprego Agricultura, Em-prego Associações e Federações Juvenis e Desportivas têm ainda como objetivo impulsionar o desenvolvimento de re-cursos humanos nas respetivas áreas de abrangência.

São destinatários da Medida Pas-

saporte Emprego, Passaporte Emprego Economia Social e Passaporte Empre-go Associações e Federações Juvenis e Desportivas os jovens entre os 18 e os 25 anos, inclusive, inscritos nos centros de emprego ou centros de emprego e formação profissional como desempre-gados. A Medida Passaporte Emprego Agricultura, dirige-se aos jovens com idade entre os 18 e os 35 anos.

Estes estágios terão a dura-ção de um ano, não prorrogável, pode realizar-se em todo o território conti-nental e é remunerado. As entidades promotoras que integrem, no final do estágio, os jovens estagiários receberão

um prémio de integração. A Medida Passaporte Em-

prego tem como desígnio não só com-bater os elevados níveis de desemprego jovem como também evitar que este se torne estrutural. Daí que, estas medi-das sejam dirigidas a jovens desempre-gados inscritos nos centros de emprego há pelo menos quatro meses.

Ao promover estes estágios, no âmbito das políticas de Emprego, o Governo visa proporcionar uma expe-riência de trabalho que crie oportuni-dades de integração, direcionada aos jovens com maiores dificuldades neste contexto.

Isabel SantosPS

Catarina MartinsBE

As conferências de imprensa após as avaliações da Troika constituem já uma traição cujo cumprimento é espe-rado pelos portugueses com o espírito de quem aguarda ser submetido a mais um ato de flagelação.

Avaliação, após avaliação, o discur-so repete-se - novos cortes e revisão de indicadores orçamentais cuja previsão invariavelmente falhamos. O desem-prego cresce, o PIB diminui e a pobreza esmaga-nos.

Neste momento, quando estamos prestes a assinalar a passagem de dois anos sobre o chumbo do PEC IV, con-vém parar, olhar para o caminho per-corrido, para os sacrifícios impostos pela insana voragem de ir para além do memorando, e perguntar: Valeu a pena?

Vamos continuar por este caminho?Recordo perfeitamente as imagens

televisivas da votação do PEC IV. O PCP, o Bloco de Esquerda , o PSD e o CDS/PP unidos. O PS e o Governo isolados. Os dias seguintes marcados pela demissão do Governo e a negocia-ção do resgate financeiro com a Troika, numa posição de extrema fragilidade.

Pedro Passos Coelho, ungido na sua qualidade de candidato a Primei-ro Ministro, criticava duramente o Governo e afirmava sem tibieza que: governaria muito bem com o FMI; não haveria despedimentos; não haveria mexidas nos subsídios de férias nem de natal; não haveria subida de impostos; não acabaria com a taxa intermédia na restauração e com ele teríamos equilí-

brio nas contas públicas.Passados dois anos, o que temos

hoje? Os funcionários públicos, refor-

mados e pensionistas sofreram cortes nos subsídios de férias e Natal e a so-bretaxa do IRS desfere um rude golpe nos rendimentos do trabalho. O IVA da restauração passou para 23%, ditan-do falências e desemprego em catadu-pa neste setor. De um nível de recessão de -0,4% passamos para -3,8%. Mais de sete mil e quinhentas empresas fa-liram em 2012. A taxa de desemprego passou de 12,4% para uma previsão de valores acima dos 18% nos próximos dois anos. O consumo privado regista decréscimos históricos. A dívida públi-ca não para de aumentar passando de

cerca de 94%, em percentagem do PIB, para 122,4%.

Diante disto o Ministro das Finan-ças e o Primeiro Ministro limitam-se a anunciar a revisão das previsões or-çamentais, para pior, e que beneficia-remos de mais um ano para proceder ao anunciado corte de mais quatro milhões na despesa pública, mas sem abrandar o esforço a que temos sido sujeitos. Sim! Não podemos ser piegas!

O Governo falhou, os resultados são desastrosos, atravessamos clara-mente a fronteira do empobrecimento, mas persistimos, teimosamente, numa receita que está a destroçar a economia, a destruir o país e a colocar em sério risco o sistema democrático. Não será tempo de dizer basta?!

Sabem-se finalmente os resulta-dos da sétima avaliação da troika. A avaliação, que se afirma positiva na primeira linha, não esconde, e pelo contrário revela com uma nitidez exemplar, o falhanço do governo e da troika. Mais desemprego, mais reces-são, mais pobreza. Um desastre. E a resposta que o governo propõe ao de-sastre é mais desastre: despedimentos e cortes. Chamam-lhe ajustamento. Sabemos que é empobrecer.

Vítor Gaspar propõe mais de uma década de austeridade. Que avós vi-vam pior hoje para construir um fu-turo em que filhos vivem pior do que os pais viveram, os netos pior que os avós. É a destruição da democracia.

O ministro que fala vagarosamente e erra depressa – três previsões em três meses e sempre a descer – propõe a ditadura do empobrecimento.

O PSD veio dizer que o problema é um memorando mal construído. Esquecendo que Catroga também o desenhou. Querendo que esqueça-mos o que bradaram entes dois anos: “ir além do memorando”. Não esque-cemos. Sabemos que não é defeito, é feitio.

O Governo de direita, com a tei-mosia fanática do empobrecimento e a recusa cega da inevitabilidade da dí-vida, tudo o que propõe é “endividar para empobrecer”. Uma expressão cer-teira que lembra um outro discurso.

Sabem quem acusou um gover-no de “endividar para empobrecer” e afirmou “Um ano depois, Portugal tem o maior endividamento de sem-pre, a maior carga fiscal de sempre, a maior despesa pública de sempre, o maior desemprego de sempre”? Foi Paulo Portas, em 2010. Três anos de-pois deste discurso, e com quase dois anos de governo PSD/CDS, o endivi-damento aumentou 50 mil milhões de euros, subiu o IVA, o IMI, o IRS em 30%, o desemprego aumentou em 400 mil.

Quem fez este discurso não pode esconder-se dos resultados de mais uma avaliação desastrosa a inaugurar ginásios a milhares de quilómetros.

Há limites para o cinismo político. Paulo Portas tem de demitir-se. E com ele, tem de demitir-se o Primei-ro-Ministro e o Governo.

Nesse discurso de 2010, Paulo Portas afirmava que tempos exce-cionais exigem soluções excecionais: “um governo que se preocupasse a sério com o endividamento, que pro-movesse o crescimento da economia.” Tinha razão. Hoje Portugal precisa de um governo capaz de enfrentar a troika, renegociar a dívida e investir no crescimento da economia. O ape-lo que fez em 2010 serve hoje como uma luva ao governo de que faz parte: “Demitam-se. O país apreciaria este gesto de patriotismo”.

Passaporte Emprego

O Governo “chumbou” mais uma vez

“Demitam-se. O país apreciaria este gesto patriótico”

Margarida AlmeidaPSD

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30

Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Os recentes resultados da sétima avaliação da troika ao programa portu-guês podem ser recebidos com a sensa-ção de falhanço para o nosso programa. Apesar de nem termos cumprido as metas de défice acordadas inicialmente, os efeitos na economia foram bem pio-res que inicialmente esperado: recessão e desemprego estão bem acima do pro-jetado, quando o défice ano passado foi ainda de 6,6% e portanto muito acima do inicialmente acordado.

Olhando para esta realidade há algum que parece insofismável: o pro-grama inicial estava mal desenhado. Ou era demasiado exigente nas metas do défice, ou era demasiado otimista

nos efeitos na economia. E no fim de tudo percebemos que não havia à data - já lá vamos sobre hoje - uma alterna-tiva famosa. Recorde-se que o gover-no Sócrates pediu eleições quando se foi chumbado o famigerado PEC4 no Parlamento. Ora esse PEC4 era ainda mais exigente que o memorando de entendimento no que diz respeito à redução do défice público. Como fica-va por explicar onde obtinha financia-mento - recordo que no memorando se inscreveram 78 mil milhões de euro de financiamento a juros muito inferiores que o que obtínhamos à data - é fácil de concluir que a economia portuguesa estaria hoje ainda pior. Quanto a alter-

nativas presentes vale a pena relembrar que uma passagem por um período de depressão económica e crise no mer-cado do emprego ocorreria sempre. A economia portuguesa passou demasia-do tempo a viver apoiada em emprés-timos externos, no setor público e no setor privado, que quando esse influxo de capital terminou por incapacidade de financiamento as consequências se-riam sempre altamente penalizadoras. Afinal se com défices de 5% ou ate 10% estávamos a crescer cerca de 1%, quan-to não estaríamos a decrescer sem esse financiamento externo? Como os défi-ces aumentam o stock da dívida, cada ano que passava os nosso encargos com

juros subiam também. A ilusão do cres-cimento dos últimos 30 anos ia sempre rebentar-nos nas mãos - mais cedo ou mais tarde. Foi justamente por isso que a União Europeia com o apoio do FMI desenhou os programas de assistência: evitava-se assim o colapso da zona Euro e permitia-se que a prazo os países re-cuperassem a sua soberania. A alterna-tiva seria os países saírem da zona Euro e sofrerem um rol de consequências imprevisíveis. Estamos, nesse sentido, melhores hoje do que estaríamos sem programa? Julgo que sim. O programa podia ter funcionado melhor? Julgo que sim também. Desenvolverei essa ideia na próxima edição.

José Luís FerreiraPEV

Na linha da ofensiva que o Go-verno tem vindo a fazer aos direitos dos portugueses, alguns deles até com relevância constitucional, como é o caso do direito à habitação, o Gover-no procedeu à revisão do regime jurí-dico do arrendamento urbano.

E com este novo regime, a lei do arrendamento, deixou de ser a lei do arrendamento e passou a ser a lei dos despejos, porque este novo regime mais não visa do que permitir o des-pejo sumário de milhares e milhares de famílias das suas habitações.

O Governo, ignorando tudo aqui-lo que tem vindo a fazer às famílias português para lhes diminuir os seus rendimentos, ainda vem provocar

substanciais aumentos nos valores das rendas. O que o Governo fez foi substituir os mecanismos de atualiza-ção faseada e controlada do valor das rendas por aquilo a que o Governo intitula de negociação entre inquilino e senhorio, atribuindo ao senhorio a faculdade de aumentar livremente o valor das rendas, bem como para des-pejar o inquilino, sem mais, caso este não consiga dar resposta ao valor da renda imposta pelo Senhorio.

Para além disso o Governo ainda revoga os subsídios de renda e depois vem dizer que protege os mais vulne-ráveis. De facto o Governo exceciona desta completa liberalização os inqui-linos com 65 anos ou mais, as pessoas

com grau de incapacidade de 60% ou mais e os inquilinos com rendimen-tos inferiores a 5 salários mínimos.

Sucede que mesmo assim o Go-verno permite que o senhorio proce-da a aumentos que essas pessoas não conseguem suportar. E a agravar, este regime de exceção tem a duração de cinco anos, depois disso entram no regime geral, isto é, as rendas são li-beralizadas. Logo, depois desses cinco anos, as pessoas ficam sem qualquer reposta social. É pois mais que evi-dente, que a conversa do Governo de que os inquilinos mais idosos, as pes-soas com deficiência e as pessoas com mais dificuldades do ponto de vista económico estão protegidos por este

novo regime, é conversa fiada.E é conversa fiada tanto duran-

te os primeiros cinco anos, com o depois desse período de transição, porque num caso e noutro as rendas representam valores que são insupor-táveis para essas pessoas.

Adivinham-se assim, muitas si-tuações de atraso no pagamento das rendas ou até mesmo, impossibilida-de objetiva do pagamento desses va-lores, por parte de muitas famílias. E o resultado também se adivinha, des-pejo imediato.

É assim que o Governo resolve os problemas das pessoas, o Governo re-solve os problemas dos senhorios e os inquilinos que se amanhem.

Avaliar a Troika

A Lei dos despejos

Michael SeufertCDS

VIVACIDADE MARÇO 2013

Tendo-me sido lançado o repto, que muito me honra, de colaborar na secção ‘Vozes da Assembleia Munici-pal’, parece-me lógico que inicie por uma apreciação sobre o que entendo ser hoje a governação local, quais as suas principais fragilidades e em que sentido pode evoluir a qualificação da política autárquica.

Inseridos no típico modelo do sul da Europa, onde as relações clien-telares entre os diversos grupos de interesse locais e a elite que governa existem de forma algo tolerada pelos eleitores, os autarcas tendem a olhar para as populações mais como o vei-culo da sua eleição ou da sua reelei-ção do que a razão de ser da sua ação.

As insuficiências da democra-cia local em Portugal têm raízes em ambos os lados da problemática e aqueles que em última análise po-dem ser os “juízes” através do voto, os eleitores, apresentam elevados ní-veis de tolerância e uma deferência exagerada para com os seus eleitos. No geral há resistências em assumir a responsabilidade política de punir com o voto os que prevaricam no exercício do poder autárquico.

No caso do município de Gon-domar tem sido notória a falta de envolvimento dos partidos da oposi-ção, e até dos parceiros de executivo, na definição das políticas públicas municipais. A auscultação aos par-

tidos é desvalorizada e ignorada. Os mecanismos de participação das populações têm sido instrumentais e a discussão pública minimizada e inócua. Gondomar viveu um ciclo de poder pessoal em que a decisão foi errática e ao sabor de impulsos de circunstância. Chegou-se a apregoar que se ia a eleições sem programa. Não houve uma prática de envolvi-mento da população nem o hábito da prestação de contas. A distância entre eleitos e eleitores foi sempre grande. Aliás, a prestação de contas, mesmo aos órgãos autárquicos foi sempre forçada e diminuta.

Mas os ciclos terminam e agora que vamos mudar, devemos apos-

tar na valorização da proximidade e na participação dos eleitores nas discussões e decisões municipais. A presença em assembleias deve ser estimulada e devem ser criadas as condições físicas para que tal acon-teça na Assembleia Municipal, as reuniões de Câmara devem ir às fre-guesias recolher contributos para a elaboração do orçamento e explicar onde se gasta o dinheiro que é de to-dos.

Não defendo a democracia dire-ta pelos perigos óbvios, mas a demo-cracia representativa carece de me-lhorias de parte a parte. Melhorias na prestação dos eleitos e melhorias na exigência dos eleitores.

A prestação dos eleitos e a exigência dos eleitores

Carlos BrásPS

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31VIVACIDADE MARÇO 2013

Política: Vozes da Assembleia Municipal

Rui OliveiraCDS/PP

Cristina NogueiraCDU

O Concelho de Gondomar é sem dúvida a “Capital da Ourivesaria”, e tem sido o mais afetado pela situação difícil que esta indústria tem vindo a atraves-sar, com o aumento brutal das suas ma-térias-primas ao longo dos últimos anos. A nova portaria nº 418-A/2012 de 19 de dezembro, aumentou drasticamente os emolumentos e taxas desta indústria, sem dar tempo a que esta se pudesse adaptar e sem modernizar a sua regula-mentação, há muito tempo aguardada. Esta portaria visa apenas responder a um mero problema criado pelo Estado, um buraco financeiro de milhões de eu-ros, criado ao longo dos anos de existên-

cia da Contrastaria. Este problema não pode ser visto só na vertente financeira, uma vez que é necessário analisar o pro-blema no seu todo, ou seja, na vertente política, económica e social. Na vertente política é necessário encetar uma refor-ma urgente da Regulamentação desta indústria e acabar com o monopólio da Contrastaria. A modernização da Regulamentação desta indústria é fun-damental para que esta se modernize e se aproxime dos restantes países Euro-peus. Desta forma, seremos mais com-petitivos. A criação de uma contrastaria privada seria o passo seguinte no campo político, para obrigar à modernização

da Contrastaria Pública e liberalização dos preços cobrados aos Ourives nas Contrastarias, em vez de serem criados por Portaria. Na vertente económica, tem de se analisar qual é aquele que mais contribui para a criação de empregos, exportação e satisfação da nossa procura interna. Não deixamos de ver a impor-tância da Contrastaria, que tem com cer-teza um papel importante, mas que não exporta, não satisfaz uma necessidade de consumo e tem emprego público que é pago com os impostos dos portugueses. Já a indústria da Ourivesaria cria empre-go privado e público, satisfaz a procura interna e exporta. Na vertente social, o

Concelho de Gondomar será bastante afetado, visto que todas as atividades de-pendem da Ourivesaria, tanto atividades privadas e públicas, já que estas depen-dem em grande medida dos impostos arrecadados. Sabemos todos que a Con-trastaria depende da indústria da Ouri-vesaria mas o contrário não é verdade, uma vez que a Ourivesaria continuaria a existir. É necessário que se avance com a reforma, célere, desta atividade e com a privatização da contrastaria, para que possamos ser mais competitivos nos Mercados Internacionais e para que a Industria da Ourivesaria seja vista como o motor de várias atividades.

O poder local democrático é parte integrante do desenvolvimento regional e potencial capaz de promover o bem estar das populações. As próximas elei-ções autárquicas realizam-se num novo quadro concelhio. A ser concretizado o que a Assembleia da República apro-vou os gondomarenses vão eleger não os representantes da população para as treze freguesias do concelho, mas para nove. A ser concretizada a proposta A da UTRAT- Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Ter-ritório - tal significaria a extinção de oito das doze freguesias do concelho, dando lugar a três mega-freguesias – Fânzeres/S. Pedro da Cova/Baguim do Monte: 53.756 habitantes; Rio Tinto:

50.762 habitantes; Gondomar (S. Cos-me)/Valbom/Jovim: 48.626 habitantes – e quatro pequenas freguesias – Foz do Sousa: 6.057 habitantes; Melres/Medas: 5.662 habitantes; Covelo: 1.626 habitantes; Lomba: 1.516 habitantes – criando um grande desequilíbrio demográfico entre elas. Da proposta B da UTRAT resultaria algo semelhan-te, com a agravante de serem extintas nove das doze freguesias do concelho. Em vez de promover a coesão do Mu-nicípio, tal cenário apenas contribuirá para o agravamento das assimetrias so-cioeconómicas existentes entre a zona urbana e a zona rural do concelho. Sob o eufemismo “União de Freguesias” – “coisa” que não está contemplada na

organização do Poder Local plasmada na Constituição da República – mani-pulam-se as populações fazendo-lhes crer que vão manter as suas freguesias quando, na realidade, estas serão extin-tas, com a inevitável perda da identida-de histórica e do sentimento de perten-ça a uma comunidade politicamente autónoma, a juntar à perda dos órgãos representativos – assembleia e junta de freguesia – e dos serviços de proximi-dade de que beneficiam actualmente. A reorganização administrativa do terri-tório “desenhada” pela Lei n.º 22/2012 não contribui para a modernização da Administração Local, significando antes um empobrecimento do Poder Local Democrático paulatinamente

construído após o 25 de Abril de 1974. A pujança e dimensão do Movimento Associativo e Popular de Gondomar é a demonstração inequívoca de que as populações das freguesias gondoma-renses se orgulham da sua história e tradições, teimando em manter uma identidade própria que será irremedia-velmente posta em causa com a perda da autonomia político-administrativa. O bom senso aconselha que a vontade das populações seja respeitada, em vez de lhes ser imposta à força uma reor-ganização administrativa do território incompreensível e estúpida e, por isso, inaceitável. A CDU continuará a lutar para manter a identidade do concelho e de cada uma das suas freguesias!

Necessidade da Reforma da Ourivesaria, motor de atividades privadas e públicas

O exercício do poder local democrático não é uma questão ‘pseudo-técnica’!

Rui NóvoaBE

No momento em que inicio este artigo o ministro que fala devagar mas, erra depressa, Vítor Gaspar está a co-municar ao país os resultados da sé-tima avaliação da troika. Diz-nos que o alargamento do prazo de 12 meses foi uma vitória, mais uma sem dúvida contra os desempregados, os reforma-dos e os trabalhadores que vivem cada vez com mais dificuldades. Porém, o choque entre a realidade dos números e a “cassete” dos resultados positivos das políticas da troika é tão flagrante que obrigou Vítor Gaspar, “o bom alu-no” que se esforçou para cumprir com toda as receitas impostas pela troika a apresentar um cenário muito sombrio, onde cada vez mais a tão falada inver-são da recessão é empurrada para mais tarde. Portugal tem agora até 2015 que

atingir um défice de 2,5% e mais um ano para cortar mais 4 mil milhões de euros. As novas previsões do governo da troika admitem uma taxa de desem-prego de 19%, o que para o governo é tido como uma vitória. Para o país é, uma derrota, o dito ajustamento signi-fica que as medidas aplicadas falharam depois de toda a austeridade, em que o governo não consegue outro resulta-do que não seja mais recessão e mais desemprego. Já não há dúvidas que com esta política o país não para de se afundar. Estamos intervencionados há quase dois anos, com cargas de aus-teridade absolutamente brutais, com impostos impossíveis de suportar e um desemprego que não para de crescer. E tudo isto, para chegarmos no fim do ano com um défice acima dos 5,5%,

deste modo pergunto - Tantas medi-das, tantas vidas destruídas para isto? É evidente que um país com a econo-mia em queda acentuada desde 2009, não tem capacidade de pagar juros de 5%. Com o país a produzir cada vez menos, a fatia destinada para os juros é cada vez maior e assim, o governo em nome da redução da despesa aplica sempre a mesma receita de mais cortes nas escolas, nos hospitais, nos serviços públicos, nas pensões e nos serviços sociais, continuando os bancos a apro-veitar para aumentarem cada vez mais os seus lucros. Com aplicação da dívida pública portuguesa a banca viu valori-zada em 60% no ano passado. Mas en-quanto vemos os bancos a serem rea-bilitados com os dinheiros públicos as pessoas são empurradas para a maior

crise das últimas décadas, sendo obri-gadas a escolher entre o desemprego e a emigração. Desde que o governo de Passos&Portas tomou posse, a cada dia o país contraiu 2,3 milhões em nova dívida com juros impossíveis de pagar. Se somarmos o empréstimo da troika e as emissões da dívida pública Portu-gal recebeu 110 Mil Milhões mas, esse dinheiro aterra nos bancos e voa em juros que nunca chegam à economia e ao emprego. Sabemos bem que os re-sultados da sétima avaliação da troika rebelam com toda a clareza o compe-tente falhanço das medidas implemen-tadas e mostram que o rumo que o governo pretende seguir é continuar a falhar. Com este governo a resposta ao desastre é mais desastre! Por isso o País exige a sua Demissão Já.

Governo da Troika Demissão Já!

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“Sem mão-de-obra barata não há emprego.” Foi esta a frase proferida por Belmiro de Azevedo na última sessão do CdP que já fez nascer críticas ao empre-sário por parte de alguns responsáveis pe-las confederações sindicais e patronais. O convidado de Joaquim Jorge, moderador e fundador do CdP, falou dos desperdícios dos dinheiros públicos e no facto de Por-tugal não ter sabido “fazer coisas simples como não gastar mais do que temos.”

Ainda no debate, Belmiro de Azeve-do falou sobre as manifestações que têm

sido feitas no país. “Temos sido engenho-sos para fazer essas manifestações, que é quase um Carnaval, mais ou menos per-manente e não tem havido grandes de-sastres”, declarou o empresário sobre os protestos ocorridos nos últimos tempos em Portugal. E acrescentou: “Enquanto o povo se manifesta, a gente pode dormir mais descansada. O pior é quando não se manifesta.”

Belmiro de Azevedo debateu no dia em que o Clube dos Pensadores comemo-rava 7 anos de existência.

Belmiro de Azevedono Clube dos PensadoresO aniversário do Clube dos Pensadores foi marcado pela pre-sença de Belmiro de Azevedo. Há 7 anos a promover o debate e a cidadania, o Clube dos Pensadores (CdP) trouxe, no dia 18 de fevereiro, mais uma sessão onde o destaque foi para algu-mas declarações do presidente do conselho de administração da Sonae.

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: DR

32 VIVACIDADE MARÇO 2013

Depois do ato eleitoral a 22 de fevereiro, foi a vez de, no dia 1 de março, no auditório da Biblioteca Municipal, serem empossados os Órgãos Sociais da FAPAG. Em dia de tomada de posse de uma jovem e renovada equipa para o biénio 2013/2014, destaque para a manutenção de Jorge Ascenção no Conselho Executivo e de Ilídio Ramos na Assembleia Geral.

Mas esta cerimónia ficaria igualmente marcada pela home-nagem feita a Fernando Paulo, vereador do Pelouro da Educação da Câmara. As Associações de Pais do Concelho de Gondomar aprovaram, por unanimidade,

atribuir o título de “Sócio Hono-rário” ao vereador responsável pelo Pelouro da Educação.

Jorge Ascenção referiu, na ocasião, que tal homenagem se justificava por vários fatores. “Gondomar é um Concelho de

referência na Educação, algo re-conhecido muito para além das fronteiras locais e regionais”, além de que, acrescentou, “temos, em conjunto, sabido produzir em rede”. Classificando como “lúci-da e competente” a liderança na

Autarquia – quer a nível de Pre-sidência, quer também na área da Educação –, Jorge Ascenção considerou, por tal, como “intei-ramente justa” a distinção a ser entregue ao vereador Fernando Paulo. Ilídio Ramos, presidente da Assembleia Geral da FAPAG, frisou acreditar no futuro. Por-que, como esclareceu, “acredita-mos no saber e na capacidade de hoje construir e partilhar”.

Fernando Paulo, vereador do Pelouro da Educação da Câmara de Gondomar, e homenageado da noite, foi aplaudido por uma sala cheia. Afirmando que tal distin-ção “deveria ser partilhada” com

todos os elementos da Câmara, da Assembleia Municipal, das Juntas de Freguesia, das Escolas (nomea-damente dos órgãos de gestão e Professores) e das associações de pais, Fernando Paulo destacou os vinte anos de funções – marcados pela “partilha e pelo encontrar de caminhos e soluções”.

Elogiando o movimento as-sociativo de pais de Gondomar “pela sua maturidade”, o Verea-dor camarário mostrou satisfação por “não encontrar associações subservientes mas, antes, exigen-tes numa defesa intransigente de melhores escolas e melhor Edu-cação”.

Jorge Ascenção e Ilídio Ramoscontinuam na liderança da FAPAGA Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar (FAPAG) realizou, no passado dia 1 de março, a tomada de posse dos seus novos Órgãos Sociais. Em dia de início de um novo ciclo, destacou-se a homenagem que a FAPAG prestou ao vereador do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo.

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“A grave situação social que vivemos, pro-

vocada pela aceitação do memorando chamado de Entendimento sobre as condicionalidades de Política Económica, assinado com a troika pelo PS, PSD e CDS e que, tal como o PCP avisara, está a levar o país para um nível de desemprego e de miséria nunca vistos, exige das autarquias locais, porque mais perto dos problemas, uma redobrada atenção aos problemas sociais. Nas freguesias urbanas, de maior densidade popu-lacional, como são Valbom e S. Cosme, as si-tuações de miséria tenderão a agravar-se. Por

isso é necessária uma avaliação permanente da eficácia da ligação com as redes sociais no ter-reno e com os centros de cuidados primários de saúde para, a tempo, serem tomadas medidas que possam minorar os efeitos das políticas ne-fastas do governo. É necessário proceder a uma avaliação da concessão de transportes públicos, sobretudo nas freguesias de Valbom e de Jovim, onde apenas uma empresa presta esse serviço. Por outro lado, é necessário tentar desfazer o “engano” do presidente da Câmara e “puxar”

o Metro até à sede do concelho e pô-lo a dar a volta por Valbom. As três freguesias têm em comum as margens do Douro, tão mal trata-das. O programa POLIS, que devia ter chegado a Atães, foi encurtando no espaço e dilatando no tempo e nos custos e não saiu de Valbom. É necessário continuar a valorização das margens e fazer a manutenção permanente da área do POLIS, mantendo os serviços de apoio, bares e casas de banho em funcionamento durante mais tempo.”

“Aquilo que temos como medidas essenciais é investir em ciclovias e percursos pedonais, não só em Valbom - no POLIS - mas fazendo a ligação a Jovim, requalificando a zona de Marecos e dar continuidade ao programa POLIS. E depois tam-bém investir na ligação entre as duas freguesias a S. Cosme, através da Ribeira da Archeira. Portanto

será fazer o aproveitamento e a ligação da zona do rio até ao centro da cidade. No caso concreto de Gondomar (S. Cosme) também é necessário conti-nuar a investir em ciclovias e percursos pedonais e a construção de um parque urbano, com a dimen-são para a sede do concelho. Também teremos que exigir a extensão da linha do metro até à sede do concelho e encontrar uma alternativa até que tal aconteça. Nós defendemos que a sede do concelho tem um conjunto de serviços que justifica que haja a ligação do metro. É preciso também dar conti-nuidade à construção do Parque Tecnológico e de Negócios da Ourivesaria, que já tem a primeira fase em construção e é preciso concluí-la e lançar tam-bém a segunda fase. Iremos também avançar com um estudo de viabilidade para a construção dos Paços do Concelho para qualificar os serviços, dar

melhores condições aos funcionários da Câmara e aos munícipes que nos procuram. Também para concentrar todos os serviços para ganhar em ren-tabilização de recursos e comodidade. Em termos de acessibilidades, iremos prosseguir com um estu-do para uma eventual construção de uma variante alternativa à rua Dr. Joaquim Manuel da Costa, em Valbom, porque entendemos que é uma via bastan-te antiga e que carece de uma alternativa. Vamos também retomar o projeto da ligação Alameda de Cartes, das Areias até Valbom. Relativamente à área social, duas notas. Esta é uma agregação que tem duas cidades e uma vila e como é óbvio fomos sempre contra a forma de como as freguesias foram agregadas e temos que ter em conta a dimensão e a expectativa que a população destes territórios tem relativamente à necessidade de procurar os novos

serviços na Junta de Freguesia. E nessa perspetiva temos que ajudar a criar condições para a manu-tenção do funcionamento dos serviços nas Juntas de Freguesia e a manutenção dos serviços de proxi-midade. Há hoje, algumas destas juntas, como por exemplo Valbom, que têm a funcionar o serviço dos correios e portanto devem ser criadas condi-ções para manterem esses serviços. Vamos manter também – e se possível intensificar – a matriz de apoio social a toda a população com programas e projetos que possam ir ao encontro das necessi-dades de carência alimentar. Nestas três freguesias há também uma forte concentração de população a residir em conjuntos habitacionais camarários e por isso iremos continuar a investir para qualificar o espaço público destes conjuntos habitacionais e continuar a criar serviços.”

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Política: Medidas para Gondomar - S. Cosme, Jovim e Valbom

VIVACIDADE MARÇO 2013

Fernando Paulo - Independente

“Trata-se da maior agregação em termos de impacto e número de população que foi feita em Gondomar. As três freguesias juntas vão ter 48 mil habitantes e é um compromisso do PS e um com-promisso de candidato à Câmara de que os três edifícios das três freguesias se vão manter integral-

mente como estão e, com as novas competências que pretendo delegar nas freguesias, irão aumentar o nível de resposta e de proximidade à população e portanto as pessoas não irão sentir, se o PS vencer na Câmara, nenhuma alteração pelo facto de ter havido uma agregação. Para S. Cosme, freguesia sede do concelho, é necessário resolver o problema da mobilidade. Exigir, como medida de fundo, a construção da linha do metro Campanhã, Freixo, Valbom, S. Cosme. E exigir como? No próximo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, é preci-so que o Governo preveja isso e o financiamento de 85% de contrapartida comunitária da obra, porque a exploração é rentável. Enquanto isso não arran-ca é preciso resolver os problemas de mobilidade dentro das freguesias e resolver o problema do An-

dante – porque a população de Valbom tem direi-to a ter o Andante e só tem em algumas carreiras. Depois há um potencial enorme nestas três fregue-sias. Têm a particularidade de serem as três fregue-sias com margem ribeirinha [do Douro] e portan-to há que potenciar dentro daquilo que é a nossa Estratégia de Valorização dos Recursos Naturais e Aproveitamento do Ambiente. Temos que colocar aquela marginal ao serviço das pessoas. E não faz sentido que os gondomarenses vão caminhar para Gaia ou para Matosinhos. O POLIS foi feito e tem que ser mantido – porque neste momento está ao abandono – e depois é preciso desenvolver mais situações na marginal para que a população possa lá estar. Temos também duas ou três questões mais imateriais. Estamos a falar de uma de três fregue-

sias com um conjunto de oito bairros sociais com cerca de três mil cidadãos a viverem em habitação social com taxas de Rendimento Social de Inserção e por isso, a medida de estimular a economia e o emprego e qualificar as pessoas, assenta aqui como uma luva. E em S. Cosme e Jovim temos também que renovar e ressuscitar o setor da Ourivesaria. E o que é fundamental aqui? Há um Centro Tec-nológico que está em construção e a nossa ideia é aproveitar a qualificação através do CINDOR e colocá-lo em contacto com a comunidade. Temos aqui que conjugar esforços para que a qualificação seja feita para as pessoas e seja feita numa aposta daquilo que é também uma das grandes marcas de Gondomar com a indústria da Filigrana e da Ou-rivesaria.”

Marco Martins - PS

Joaquim Barbosa - CDU

A Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme) tem apostado, ao longo dos últimos anos, numa po-lítica de desenvolvimento e sustentabilidade social, fazendo convergir diferentes recursos e sinergias,

que têm possibilitado o avanço para novas formas inovadoras de resposta às questões sociais. Neste momento e no meu entender a Freguesia de Gon-domar (S. Cosme) não apresenta grandes carências ao nível da intervenção social e comunitária como é fácil constatar através dos inúmeros projetos de-senvolvidos e que têm garantido uma melhor qua-lidade de vida em geral às populações. Estou a falar por exemplo do Refeitório Social, da Cozinha Co-munitária, do Banco Alimentar contra a Fome, do Projeto Causa Maior, da Loja Social, do Programa de Emergência Social, do Programa junto a si e do Projeto oficina social. Contudo a aposta na promo-ção da Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida

e numa política de Envelhecimento Ativo, fez com que esta Freguesia fosse pioneira numa série de pro-jetos dentre os quais destaco a Universidade Sénior de Gondomar com 340 alunos,52 disciplinas e 48 professores em regime de voluntariado, o Projeto rede amiga que visa pessoas idosas, isoladas e caren-ciadas da Freguesia, o Gabinete de apoio à pessoa idosa que irá ser um serviço de atendimento e en-caminhamento personalizado ao idoso para outras entidades e serviços e o desenvolvimento do plano gerontológico da cidade de Gondomar inserido no âmbito da Rede mundial das cidades amigas dos idosos e da qual a Freguesia de Gondomar (S. Cos-me) faz parte a convite da Organização Mundial de

Saúde. Convém ainda referir que tendo em vista a inovação social e o empreendedorismo, a Junta de Freguesia procurou desde 2009 estar envolvida em inúmeros projetos europeus que trazem mais-valias para a comunidade em geral e que permitem por exemplo a criação de oportunidades de emprego para os jovens através da constituição de um grupo de suporte local e dos apoios concedidos por parte da comissão Europeia. Relativamente à questão das infraestruturas o que eu penso é que quer a nossa freguesia quer o concelho em geral apresenta graves lacunas ao nível da existência de espaços verdes, de lazer e recreio, onde as pessoas possam usufruir da natureza na companhia das suas famílias.

José A. Macedo - J. F. Gondomar

A redação do jornal Vivacidade contactou o presidente da Junta de Freguesia de Valbom, José Gonçalves, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta por parte do mesmo. Da parte da Junta de Freguesia de Jovim, o presidente Agostinho Roboredo, solicitou educadamente à redação a não resposta ao assunto requerido para o jornal.

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35VIVACIDADE MARÇO 2013

A Junta de Freguesia de Ba-guim do Monte abriu as portas no último sábado. Não se trata de uma alteração do horário do expediente, mas sim da Feira da Saúde que tem em 2013 a sua 8ª edição. À porta estão alunos da freguesia, vestidos a rigor, que

acolhem os visitantes. É um even-to feito de e para a comunidade. É o que explica Mónica Freire, téc-nica do Gabinete de Acção Social. “Temos profissionais de saúde, alunos, professores, escuteiros e baguinenses em geral”, refere a psicóloga.

A comunidade animou dois dias de actividades, seminários e rastreios. No sábado na Junta de Freguesia, no domingo na Escola

EB 2,3 Frei Manuel Sta. Inês.“As pessoas têm aderido e a

Feira da Saúde é uma referência. Mais do que isso: é uma obrigação da Junta promover a saúde públi-ca e a formação”. Logo ao lado, Rita Vinhas, também psicóloga, aguarda os visitantes que queiram fazer os primeiros rastreios. “Esta-mos a testar a memória. Até agora os resultados não são preocupan-tes”, garante a profissional.

Centro de Saúde “congelado”marca Feira da Saúde de BaguimFicou prometido pelo anterior Governo mas não se cumpriu pelo actual executivo. Centro de Saúde de Baguim do Monte continua a ser apenas um projecto, facto que marca a 8ª edição da Feira de Saúde, que este ano teve a “Cidadania Integrada” como tema.

Texto: Luís Alves

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Uma mágoa em Baguim na gravata do presidente

Apesar da feira da saúde estar a correr “bem”, o presidente da Junta de Baguim do Monte, Nuno

Coelho, não está satisfeito. A culpa não é da Feira mas do centro de Saúde que está “congelado”.

“A minha gravata é negra pelo protesto que faço, publicamente, da não concretização da obra”,

lamenta Coelho. O presidente da Junta afirma que esta obra é “essencial” e que tudo está a postos

para começar. “Temos projecto, temos o terreno – ao lado do Centro Escolar, que será inaugurado

em breve -, temos o financiamento da Câmara e temos a estrutura humana, que viria do Centro de

Saúde da Venda Nova, mais concretamente da Unidade de Saúde Familiar Lusíada”. O que falta? “Uma resposta positiva deste executivo”, responde

Nuno Coelho que não se mostra esperançado que este Governo dê luz verde ao projecto.

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: LA

V A 8ª edição da Feira de Saúde decorreu nos dias 16 e 17 de março

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O MULTIUSOS DE GONDOMAR será o palco, nos próximos dias 13 e 14 de Abril, entre as 10 e as 19 horas, do FUN DAY GONDOMAR 2013 que aposta numa grande variedade de insuflá-veis, tais como, o Ice Slide que é um insuflável gigante, o Mickey Park, o Bosque Encantado, as pistas de obstáculos, a parede de escalada, fun zoo, barco pirata, índios, quintinha, selva, play-ground, os matrecos humanos, etc.

O Vivacidade oferece 12 bilhetes triplos às primeiras 12 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:

- Qual é o nome da empresa organizadora do Fun Day?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.

PASSATEMPO FUN DAY

36 VIVACIDADE MARÇO 2013

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIADOS

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTOFUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

De acordo com os estatutos, e, nos termos do nº 2, alínea c) do Art.º 39º, convoco todos os Senhores Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para reunirem em Assembleia Geral Ordinária, nas novas INSTA-LAÇÕES DO QUARTEL, sita à Rua dos Marques - Rio Tinto, que terá lugar no próximo dia 26 de Março de 2013, pelas 21h00m:

ORDEM DE TRABALHOS:

1º - Apreciar discutir e votar o Relatório e Contas da Gerência referente ao ano de 2012, bem como parecer do Conselho Fiscal;

2º - Trinta minutos para discussão de assuntos de interesse da Associação

Rio Tinto, 07 de Março de 2013

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

Nota : A Assembleia-geral reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto.

Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presen-ças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINU-TOS depois, com qualquer número de Associados

RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTO

SERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

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37VIVACIDADE MARÇO 2013

Emprego & Formação

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Lazer

VIVACIDADE MARÇO 2013

Contrariedades laborais podem surgir. Use a sua capacidade de raciocínio para ul-trapassar esses problemas. Irá ter chance de se evidenciar novamente. Enfrente todos estes contratempos com um sorriso e tudo será mais facil.

Altere o seu visual. Será um êxito se aproveitar as influências benéficas que es-tão este mês sobre si. Um convite pode dar origem a novas amizades. Todas as pessoas que conhecer farão parte do seu futuro.

O sucesso profissiona está assegura-do nos astros. Evite o excesso de palpites. Siga as suas ideias e as oportunidades não faltarão. Se está com problemas amoroso ou familiares, hoje será um bom dia para resolvê-los.

Com tanta vitalidade e bom senso, as oportunidades continuarão a surgir. Porém, não se descuid com a família. Ela é o seu “ porto seguro “. Forte atracção por coisas novas.

Vá passear a um jardim ou outro lugar que lhe inspire paz e harmonia. Altura pro-pícia para desfrutar de boas companhias e conversas profundas. A sua paz interior sairá reforçada para enfrentar o stress diário.

A precipitação pode não ser o melhor conselheiro. Os astros estão do seu lado, mas é preciso determinação e persistência. Aproveite a boa influência astral para incenti-var o seu relacionamento familiar e amoroso.

Tome cuidado com posturas muito rígi-das e inflexíveis. Vai ter a força necessária para preparar o novo horizonte que se avi-zinha. É possível que sinta desejo de iniciar novo amores. Não deixe que o passado o influencie.

Nem todos os seus planos darão certo. Mas você poderá alterar isso com a sua gran-de estabilidade e capacidade de atrair boas influências. Ocasião adequada a fazer amiza-de com pessoa interessante.

Você está mais determinado que nun-ca. O seu carisma está favorecido. No plano familiar, tente controlar-se. Os seus ânimos estão à flor da pele. Seja compreensivo e dialogante para tentar resolver os problemas do dia-a-dia.

Se está a pensar em mudar, é a hora. Equacione bem e tome uma atitude. Há de-cisões na vida que não se podem adiar. Con-trole a sua ansiedade e impetuosidade, mas aja. A saúde está favorecida. A família deve ser acarinhada.

Altura indicada para solucionar proble-mas antigos. Verá que eles não são de tão difícil resolução. Você consegue. Mude a sua rotina. Vá em frente. No amor, procure ex-pressar os seus sentimentos. Bom astral na paixão.

Siga os seus instintos e você poderá fa-zer um negócio muito oportuno. Entusiasmo ao conhecer pessoa interessante. Estimule a sua vida amorosa, saindo da rotina diária. Procure fazer uma surpresa agradável ao seu amor.

VIVACIDADE Viva!Vivacidade!Renasces!És Cidade FloridaDe magnólias vestidaPonteada de VidaPara o mundo imagem vividaComo sonho rendilhadoNesta Primavera a despertarCom fulgor sentimos o odorDo teu rio serpenteando,Murmurando no seu leito,Ora largo, ora estreito,Ora aplaudindo, ora chorando,Vendo os cavaleirosIncessantes cavalgandoRumo ao fim do palcoDa hipocrisia, da vã cobiça desmedida,Caminhamos, buscamos o sorrir d’outroraAguardando a aurora do devir,És barca da Glória,És a nossa CidadeÉs a nossa Vitória!

21 DE MARÇOÉ O DIA MUNDIAL DA POESIA?

Para os nossos leitores,apresentamos um poema deMaria José Guimarãescom o nome do nosso jornal.

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