vivacidade ed. 89 - dezembro 2013

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Parque da Ourivesaria de Gondomar pronto este mês Sociedade Natal em Gondomar V P.12 V P.4 e 5 Empresas gondomarenses do ramo do luxo em destaque no estrangeiro V P.16 e 17 Entrevista a Catarina Monteiro: ex-concorrente do Secret Story é de Rio Tinto Cultura V P.23 “Acho que o programa se parece mais com uma novela” 10 bilhetes para O MELHOR FIM DE ANO DO PORTO no Multiusos Saiba mais P.26 50 bilhetes duplos para o Circo Gigante de 3 Pistas - Rio Tinto Saiba mais P.28 V V OFERTA Câmara Municipal de Gondomar “Orçamento minimalista” apresentado ontem pela autarquia Descobertos novos casos financeiros “mais graves e maiores” que o da Areosa Política V P.31 Baguim do Monte Fânzeres S. Cosme (Gondomar) S. Pedro da Cova Rio Tinto O Vivacidade foi para a rua conhecer as sugestões de Natal do comércio tradicional do concelho

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Vivacidade ed. 89 - Dezembro 2013

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Page 1: Vivacidade ed. 89 - Dezembro 2013

Parque da Ourivesaria de Gondomar pronto este mês

Sociedade Natal em Gondomar

V P.12

V P.4 e 5Empresas gondomarenses do ramo do luxo em destaque no estrangeiro

V P.16 e 17

Entrevista aCatarina Monteiro: ex-concorrente do Secret Story é deRio Tinto

Cultura

V P.23

“Acho que o programa separece mais com uma novela”

10 bilhetes para O MELHOR FIM DE ANO DO PORTO no Multiusos Saiba mais P.26

50 bilhetes duplos para o Circo Gigante de 3 Pistas - Rio Tinto Saiba mais P.28VVOFERTA

Câmara Municipal de Gondomar“Orçamento minimalista”apresentado ontempela autarquiaDescobertos novos casos financeiros“mais graves e maiores” que o da Areosa

Política

V P.31

Baguim do Monte Fânzeres S. Cosme (Gondomar) S. Pedro da Cova Rio Tinto

O Vivacidade foi para a rua conhecer as sugestões de Nataldo comércio tradicional do concelho

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2 VIVACIDADE DEZEMBRO 2013

Editorial

POSITIVOA rua Luís de Ca-mões/EN 209, em S. Cosme, já perto do antigo limite com Valbom, sofreu me-lhorias à circulação pedonal, por parte da Câmara Municipal, através de diversas intervenções de re-paração/construção de passeios, para me-lhorar a qualidade e segurança da mobili-dade dos peões.

NEGATIVOA árvore de Natal do Sport Clube Rio Tinto em concurso no Largo do Mos-teiro, foi vandaliza-da durante a noite de 10 de dezembro. Lamentavelmente, a árvore solidária do clube de Rio Tinto, ficou sem as cami-solas que a enfei-tavam, bem como a árvore da Obra ABC.

Prezado leitor. A propósi-to de um artigo escrito sobre uma antiga história que circu-la sobre Baguim do Monte, a qual intitulei “A Terra do Mata e Rouba”, a qual me foi conta-da por uma familiar afastada de um das personagens envol-vidas e contou-me tal como lhe tinha sido contada a ela e a muitas pessoas. De realçar que a mesma senhora nasceu bas-tante tempo depois dos factos terem ocorrido. Nestas cir-cunstâncias, a História teste-munhal não é isenta de falhas, pelo que é sempre útil “ouvir” o outro lado da história. Neste aspeto, o sr. Domingos Leça fez gentilmente chegar ao Vi-vacidade alguns pormenores que mudam um pouco a ver-

são anteriormente contada. Passo então a redigir a outra versão desta história. Assim, o “Gramão” chamava-se Fran-cisco dos Santos Moura, era comerciante e não agricultor, tendo este último falecido em 26 de Julho de 1927. Segundo o sr. Domingos Leça, os fac-tos ocorreram assim e passo a citá-lo: «Certo dia, junto ao comércio dele, estava a ser descarregado rachão (madei-ra) para o forno do padeiro. Estava impedir a passagem para a via pública. Marques Arruda precisava de passar e como não conseguiu entraram em discussão. Gramão agrediu Marques Arruda. Posterior-mente, Marques Arruda foi para tribunal. Testemunhas a

favor de Gramão em tribunal juraram falso e disseram que este não agrediu. Marques Arruda ficou furioso. Gramão passava à porta de Marques Arruda para se dirigir para o elétrico e no lugar do Mar-co, Marques Arruda agrediu Gramão com uma sachola. Gramão ainda se conseguiu arrastar até ao lugar da porta, acabando por falecer. Marques Arruda foi condenado sen-do deportado para a Angola» (fim de citação). O prezado leitor está, como em muitas situações todos estamos, pe-rante duas versões de uma história. Cabe-lhe escolher a que se ajusta mais à verdade, pois a busca da verdade é o eterno trabalho do verdadeiro historiador, não o dizer mal deste ou daquele. Prestemos honra e homenagem à memó-ria dos falecidos, pois não se encontram entre nós para se defenderem e, independen-temente do que tenham feito em vida, todos acabaremos a usufruir do descanso eterno. Que fiquem em paz senhores Francisco dos Santos Moura “Gramão” e Marques Arruda.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso Passado“A Terra do Mata e Rouba” – a outra versão

Caros Leitores,

Temos tido muito boas notícias. A economia Portuguesa quebrou a depen-dência de mais de 50 anos de uma ba-lança externa negativa e parece que o im-pacto do comércio externo no PIB subiu quase para o dobro, estando agora perto dos 40%.

Ou seja toda a gente já fez o que era preciso fazer…. Não, há ainda uma gran-de aldeia, liderada pelos senhores juízes do Tribunal Constitucional, indomável e que ainda não percebeu que é preciso fazer sacrifícios para podermos aspirar a ter um país melhor. E que não é possível que os sacrifícios continuem sempre para os mesmos – a classe média que trabalha por conta de outrem.

Mas também é preciso que os cortes não sejam cegos e, especialmente nos organismos da administração pública, sejam feitos em relação aos serviços e às pessoas em que tal é merecido.

Tenho tido a sorte de contactar com inúmeros serviços públicos e é certo que o esforço, empenho e dedicação da maior parte dos excecionais colaboradores que a Administração Pública portuguesa foi capaz de captar são, algumas vezes, manchados na sua reputação por aqueles poucos que não se desenvolvem, não pro-curam servir o público para quem traba-lham e não estão nada preocupados com serem eficazes nas suas funções.

Há também alguns sinais do lado do investimento que nos levam a pensar que 2014, com o fim da troika e com objetivos claros de racionalização e otimização da economia pode vir a ser um ano, do pon-to de vista económico e dos rendimentos disponíveis para as famílias, bem melhor que o ano de 2013.

Mas em 2013 ainda vamos ter um ex-celente Natal e umas boas saídas e entra-das em 2014; que é o meu profundo de-sejo para todos os leitores, distribuidores, simpatizantes e amigos do Vivacidade.

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/jornalvivacidadeE-mail: [email protected]

Sumário:

SociedadePáginas 4 e 5, 8 a 20

BrevesPágina 6

CulturaPáginas 21 a 23

PolíticaPáginas 26 a 31

DesportoPágina 32 e 33

Empresas & NegóciosPágina 34 a 38

OpiniãoPáginas 39 a 43

EmpregoPágina 44

LazerPágina 46

Próxima Edição 23 de janeiro

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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Os portugueses viveram em 2013 um ano difícil e repleto de desafios orçamentais e constan-tes ajustamentos financeiros. Por isso, neste Natal, o Vivacidade foi para a rua descobrir alternativas tradicionais aos grandes centros comerciais. Do vestuário à lite-ratura, do esoterismo à pastelaria natalícia, não faltam prendas eco-nómicas nas freguesias urbanas do concelho.

S. Cosme (Gondomar): Pe-ças de roupa, perfumes e livros para todos os gostos

É na rua 25 de abril, em S. Cosme, que estão presentes vá-rios estabelecimentos comerciais. A “baixa de Gondomar” começa junto ao quartel dos bombeiros, onde está a CienFragrancias, a perfumaria low-cost, que abriu há cerca de um ano. Perfumes, hidratantes corporais, cremes, vernizes, lápis, entre outros pro-dutos de cosmética, estão à venda por preços acessíveis. “Temos 160 marcas de perfumes, repartidas entre homem e mulher, o que faz com que as pessoas tenham uma grande variedade de escolha e achamos que esta é uma ótima ideia para um presente de Natal”, afirma Ana Amorim, proprietária do espaço.

A poucos metros de distân-cia, na Rua de Monte do Crasto, a Bete Boutique tem à venda cami-solas de senhora, casacos, camisas de homem, sempre com promo-ções abaixo dos 10€, em artigos nacionais. “Todos os anos temos prendas acessíveis para as pessoas oferecerem”, conta ao Vivacidade, Celestino Ribeiro, coproprietário do estabelecimento.

Na mesma rua, em direção à Escola Secundária de Gondomar, a Livraria Juvenil enfeita a montra com as principais referências da li-teratura nacional e internacional. José Rodrigues dos Santos, Dan Brown, J.R. Tolkien e autores de contos e histórias infantis, com-põem a oferta da livraria para este Natal. “Preparámo-nos sempre para esta ocasião. Temos livros, mas também dispomos de jogos didáticos, peluches e uma grande variedade de artigos”, aponta José Pereira, sócio-gerente.

No que diz respeito às vanta-gens do comércio tradicional face às grandes superfícies comerciais, os proprietários dos estabeleci-mentos gondomarenses não duvi-dam que o “atendimento persona-lizado e o preço” são os principais atrativos para o cliente.

Fânzeres/S. Pedro da Cova: A pastelaria tradicional de Natal e roupa quente a um preço económico

É junto ao Centro de Saúde de São Pedro da Cova que a Con-

feitaria 27 de Setembro brinda os clientes há oito anos, com o tradi-cional bolo-rei a 12 euros o quilo. “No Natal temos bolo-rei com todo o tipo de frutas, sonhos, rabanadas, tortas, troncos e toda a pastelaria de Natal”, diz Carlos Gonçalves, sócio--gerente. As encomendas para a consoada podem ser feitas através dos contactos telefónicos da em-presa, via email ou pelo Facebook.

Na mesma União de Fregue-sias, em Fânzeres, junto à Avenida da Carvalha, há feira todos os dias. Na Feira das Meias, os casacos, pi-jamas, meias, cuecas, calças estão à venda durante todo o ano, mas no Natal são uma boa prenda a um preço económico. Maria Ne-ves, proprietária, lembra que “com o Inverno rigoroso, os casacos são sempre uma boa opção”. De 5 a 10 euros, existem peças para todos os gostos, desde a roupa interior, ao fato de treino e ao vestuário do dia--a-dia.

Em Gondomar não faltam prendas económicaspara este NatalO Vivacidade foi para a rua conhecer o comércio tradicional do concelho e deixa aos leitores algumas sugestões nas freguesias de S. Cosme, Fânzeres, S. Pedro da Cova, Baguim do Monte e Rio Tinto. Desde as peças de roupa, aos sapatos, sapatilhas, botas e carteiras, Gondomar tem também lojas de produtos de esoterismo e lembranças simbólicas, com preços em conta para este Natal.

Texto: Pedro Santos Ferreira

V Não faltam camisolas, camisas, calças e casacos acessíveis na Bete Boutique

V Na CienFragancias existem 160 marcas de perfumes a preço low-cost

V Na Feira das Meias “os casacos são sempre uma boa prenda de Natal”

V Em S. Pedro da Cova, a Confeitaria 27 Setembro faz todo o tipo de bolos de Natal

V Livros, jogos e puzzles compõem a montra da Livraria Juvenil

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Sociedade

Baguim do Monte: Brin-quedos portugueses e prendas com significado mitológico

Quase em frente à sede da Associação Cultural Recreati-va Estrela de Baguim, na Rua Dom António Castro Meire-les, fica a papelaria Caderno de Sorrisos. Para os que ainda não compraram um presente de Natal para os mais novos, nesta papelaria podem encontrar bone-cas, carros de coleção em minia-tura, jogos, puzzles e peluches.

“Acho que as pessoas têm uma ideia errada do comércio local, pensam sempre que é mais caro e não é. Se forem a um shopping é quase o dobro do preço das bonecas que tenho aqui”, afirma Carla Fer-reira, proprietária da loja, em entrevista ao Vivaci-dade. Na Caderno de Sor-risos, os produtos vão desde

os 3€ até ao máximo de 15€, no caso de uma carteira de senhora.

Já na Rua dos Afonsos, há um espaço onde impera a mitologia africana dos órixas. O Recanto dos Órixas, uma loja que abriu há quatro meses, vende bijuteria, peças de decoração de interiores, olhos turcos para proteger das invejas e todo o tipo de produtos com ligação ao esoterismo.

“Temos decoração ligada à nossa área, búzios, fontes, caça--sonhos, espanta espíritos, más-caras, espelhos, tudo prendas com um significado especial”, destaca Soraia Moreira, sócia-gerente do estabelecimento.

Rio Tinto: Vestidos e fatos elegantes, doces tentado-res e sapatos para qual-quer carteira

A pensar na passagem de ano, mas sem descurar o dia-a-dia, o Atelier Susana de Castro, com instalações no Edifício Rio Tinto, na Av. Dr. Domingos Gonçalves Sá, tem preparada uma nova cole-ção, apresentada no dia 14 de de-zembro pela estilista riotintense. “Estão a decorrer as promoções de natal e estamos a ser procura-dos para fazer vestidos e casacos personalizados para a passagem de ano”, diz Susana de Castro.

No entanto, segundo a desig-ner de moda, na loja estão dispo-níveis “peças quentes e não mui-

to formais, para que possam ser adap-

tadas a um jantar de cerimónia mas também para le-var para o tra-balho, a pensar no quotidiano

dos clientes”.

Para acompanhar a tendência mais urbana e casual, a sapataria Camilo, tem calçado para todos os bolsos, com novidades todas as semanas. No Natal não existem

promoções, porque de acordo com Jorge Camilo, responsável da loja, “já existem durante o ano inteiro”.

“Temos coisas a 10€ que em certos sítios estão a 30 ou 35€”, afirma o sócio-gerente. Não fal-tam sapatos de homem, de se-nhora e calçado para as crianças,

desde 5 a 15€. “Temos sapati-lhas, sapatos, tacões e todo o tipo de produtos. A ideia desta loja é vender muito barato du-

rante o ano inteiro”, conclui.Às portas de S. Roque da

Lameira, na Rua Afonso de Al-buquerque, ainda em Rio Tinto,

fica uma das lojas Profiteroles de Gondomar. A fama do franchise é reconhecida e no Natal os do-ces podem ser tentadores. Todos os bolos da época, vão dos 9 aos

12€ por quilo. “As pessoas po-dem vir aqui comprar produtos para organização de festas e po-dem levar pequenas lembranças de Natal”, afirma Pedro Gomes, proprietário da Profiteroles de Rio Tinto.

Sugestões de natal não faltam e seria difícil enu-merar todas as lojas do concelho de Gondomar. Ainda assim, ficam as ideais de prendas econó-micas para aqueles que compram em cima da hora.

V No Atelier Susana de Castro estão a decorrer as promoções de Natal

V Na sapataria Camilo os preços vão desde 5 a 15€

VPastelaria de Natal e lembranças simbólicas estão à venda na Profiteroles

V Pulseiras, colares e espelhos são “uma boa prenda” no Recanto dos Orixás

V A Caderno de Sorrisos tem à venda brinquedos para os mais novos

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Breves

No dia 29 de novembro, pelas 21h, to-maram posse as oito Associações de Pais e Encarregados de Educação (APEE) do Agru-pamento Vertical de Escolas de Rio Tinto (AVERT), com a promessa de continuar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em conjunto nas iniciativas e na participa-

ção nos órgãos de gestão do AVERT. Au-rora Vieira, vereadora da educação, Helena Pedroso, da CONFAP e Jorge Ascenção, da FAPAG, também marcaram presença na ce-rimónia, juntamente com Conceição Lourei-ro, a representante do executivo da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

APEE tomou posse em Rio Tinto

A Banda Juvenil da Banda Musical de Gondomar, atuou na Praça D. João I, no Porto, no dia 30 de novembro. Em jeito de

balanço, após mais um momento alto da Banda Musical de Gondomar, no ano em que celebra o 150.º aniversário, Carlos Al-berto considerou 2013 “um ano recheado de intensa atividade e de acréscimo de qualida-de de desempenho das diferentes valências”. Para 2014, o Presidente da Banda Musical apontou como objetivos principais “a edição da monografia comemorativa do 150.º ani-versário e a ampliação da sala de ensaio da Orquestra Filarmónica”.

Concerto Banda Juvenil no Porto

A 6ª edição do Prémio Nacional de Arte Erótica, organizada pela Associação Artística de Gondomar (ARGO), teve a concurso 87 obras de 41 autores. O júri foi unânime ao atri-

buir o Prémio Câmara Municipal à escultura em bronze “Prova de Amor”, de Carlos Costa, o Prémio FotoErótica Efémera-Arquitetura e Design a “Série Z Amarelo”, uma fotografia analógica/digital de Aurélio Mesquita e o Pré-mio Rui Alberto a “La déesse de l’érotisme” e “Le Pianiste”, o trabalho em tinha chinesa sobre papel, de Hugo Pimenta. Os trabalhos estarão em exposição no Auditório Municipal de Gon-domar até ao dia 22 de dezembro.

VI Prémio Nacional de Arte Erótica

No dia 14 de dezembro realizou-se o I En-contro de Dança Fame, no Auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. O evento

contou com a presença de vários grupos de dança que atuaram individualmente e, no final, reuniram-se em cima do palco num momento “freestyle” ao som do tema do filme “Fame”, cantado ao vivo. Sandra Brandão, vereadora da juventude e desporto da Câmara de Gondomar, e Daniel Vieira, Presidente da União de Fregue-sia de Fânzeres e São Pedro da Cova, também marcaram presença neste encontro de dança.

I Encontro Dança Fame

O Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, é novamente palco do concurso de árvores de

natal solidárias, organizado pela Junta de Fre-guesia de Rio Tinto e pela Comissão Social de Freguesia. Este ano, estão em concurso 33 concorrentes da comunidade escolar e asso-ciativa de Rio Tinto. Segundo a organização, o objetivo é fazer com que as árvores expos-tas possam ser visitadas pelo maior número de pessoas. A exposição inicia na Avenida da Conduta e termina em frente à Junta de Fre-guesia de Rio Tinto.

Concurso ‘Árvores de Natal Solidárias’ em Rio Tinto

O CDS/PP de Gondomar manifestou o apoio à decisão do Executivo Municipal inter-por uma ação junto do Tribunal Administrativo do Porto “a fim de fazer valer aquelas que são as legítimas prerrogativas do Município na matéria

no estranho caso da obrigação de indemnização no âmbito da Concessão do Estacionamento Pago do Mercado da Areosa”, afirma, em comu-nicado, António Aguiar Pereira, Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS/PP.

CDS/PP Gondomar apoia decisão doExecutivo sobre Mercado da Areosa

O “Corais D’Ouro” – II Encontro de Gru-pos Corais de Gondomar terminou a 30 de novembro, no Auditório Municipal de Gon-domar, que esteve esgotado para assistir ao encerramento do encontro, após cinco sába-dos consecutivos de atuações musicais. No total passaram pelo “Corais D’Ouro” 23 gru-pos corais de Gondomar.

Encerramento Corais D’Ouro 2013

A Biblioteca Municipal de Gondomar vai repetir este ano o programa de animação in-fanto-juvenil Biblioférias de Inverno. De 18 a 23 de dezembro, das 9h às 17h30, o programa irá proporcionar vários momentos lúdicos às crianças e jovens inscritos. Visitas a espaços

culturais, workshop’s, ateliers e oficinas de contos, expressão plástica, jogos, entre ou-tras surpresas, são algumas das atividades programadas. As inscrições são limitadas até ao número máximo de 22 participantes, com o custo de 15 euros por semana.

Biblioférias de Inverno 2013

Gondomar voltou a celebrar a época na-talícia com luzes e cores próprias da época.

Apenas com o envio de uma SMS, Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, fez a ligação da iluminação de Natal em Gondomar. Presidente e verea-dores reuniram-se nos Paços do Concelho para admirar e tirar fotografias junto à ár-vore iluminada à porta da Câmara de Gon-domar. A iluminação está presente em todo o concelho em três grandes painéis de Boas Festas, 180 painéis laterais e em cerca de 30 arruamentos.

Iluminação de Natal em Gondomar

O restaurante “O Cardeal” irá organizar a 5 de janeiro um jantar de beneficência a favor do lar de idosos do Centro Paroquial de Baguim. O jantar terá início às 19h30, com um custo de 20 euros por

pessoa. A receita reverterá na totalidade a favor do Centro Paroquial de Baguim. A iniciativa conta com os apoios da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Câmara Municipal de Gondomar e Lipor.

Jantar de beneficência no restaurante “O Cardeal”

Os jardins de infância de Aguiar, Fonte-la, Taralhão, Monte Crasto, Vinhal e a Escola Básica Nº1 de Gondomar, receberam as bo-las Moon e Street da Waboba, uma bola que ressalta na água, dedicada ao divertimento

saudável e em família. O objetivo da empresa sueca, Waboba AB, inventora da bola, é criar uma nova modalidade desportiva, em cola-boração com mais de 40 escolas do Norte ao Sul do País.

Waboba nas escolas de Gondomar

No dia 22 de novembro, tomaram posse os novos órgãos sociais da Associação de Pais da Escola Secundária de Rio Tinto (APAI-SESRT), no Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto. Na cerimónia participaram Marco Martins, presidente da Câmara Mu-

nicipal de Gondomar, e Nuno Fonseca, pre-sidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Durante a sua intervenção Marco Martins anunciou que a atribuição de apoios às asso-ciações vai passar a ser diretamente concreti-zada através dos serviços da autarquia.

Tomada de Posse APAISESRT

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Jantar solidário“Uma Família, um Presente” supera expectativasNo dia 29 de novembro realizou-se no restaurante “Tricas” um jan-tar de Natal solidário, sob o lema “Uma Família, Um Presente”. A recolha de alimentos e brinquedos adjacente ao jantar, reverteu a favor da Comissão de Proteção das Crianças e Jovens de Gondomar.

A ideia surgiu de uma brincadeira de três amigos que decidiram dar um contri-buto solidário para tornar mais felizes cer-ca de 1000 crianças a cargo da Comissão de Proteção das Crianças e Jovens (CPCJ) de Gondomar. Foi no dia 29 de novembro que teve lugar o jantar solidário “Uma Fa-mília, Um Presente”, organizado por Jorge Oliveira, Adriano Marçal e Vítor Teixei-ra. A iniciativa superou as expectativas iniciais e com apenas 15 dias de trabalho foram reunidas roupas, brinquedos e 44kg

de bacalhau. Segundo Jorge Oliveira, res-ponsável pelo restaurante, “há mais inicia-tivas para serem concretizadas e na Páscoa poderá haver um jantar semelhante”. “O entusiasmo com que este projeto foi apre-sentado foi muito importante. Gostávamos de repetir a experiência no Natal do próxi-mo ano”, disse Otília Castro, responsável da CPCJ, em declarações ao Vivacidade. A iniciativa “Uma Família, Um Presente” contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar.

Donas de Casa de Gondomar inauguraram Presépio Artesanal na Biblioteca de GondomarNo dia 6 de dezembro, a Associação Donas de Casa de Gondo-mar cumpriu mais uma vez a tradição da inauguração do Pre-sépio Artesanal na Biblioteca Municipal de Gondomar. A obra estará em exposição até ao dia 7 de janeiro.

Foi com a atuação do “Canto D’Ouro” do Orfeão de Gondomar, que teve início a inauguração do Presépio Artesanal de 2013, cria-do pela Associação Donas de Casa de Gondomar (ADCG). A 6 de dezem-bro foi inaugurada a ex-posição da obra, que irá ficar na entrada da Bi-blioteca Municipal de Gondomar (BMG), até ao dia 7 de janei-ro. “Acolhemos aqui o presépio há cerca de três anos. Esta exposi-ção já é uma tradição na Biblioteca”, afirma Liliana Pires, responsável pela BMG.

“Já levamos 20 anos a fazer este tipo de coisas. Cumprimos em março o nosso vi-

gésimo aniversário e dá-nos muito pra-zer trabalhar para a comunidade. Este

é um momento de fraternidade entre todos nós”, disse Ma-ria Gonzalez, presidente da ADCG, em entrevista ao Vivacidade.

Marco Martins, Presiden-te da Câmara Municipal

de Gondomar, Luís Filipe Araújo, vice--presidente do executi-vo municipal, as verea-

doras Aurora Vieira e Sandra Brandão e representantes das juntas de freguesia, tam-bém estiveram presentes na inauguração.

Rio Tinto recebeu um“Dia solidário” pela terceira vezFoi das 10h às 18h que a Escola Secundária de Rio Tinto abriu as suas portas para mais uma iniciativa do “Dia Solidário”. Cabelei-reiro, manicura, pedicure, massagem, rastreios de saúde, música, danças e aulas de zumba foram apenas algumas das atividades presentes no evento e com ‘o custo’ de apenas um bem alimentar.

O dia começou com uma aula de bócia com o Centro de Convívio da Junta de Fre-guesia de Rio Tinto. Ao longo da iniciativa foram várias as atividades disponíveis para quem as ‘trocasse’ por um bem alimentar. Para além das atividades, foi possível as-sistir ainda a atuações como, por exemplo, um grupo de cavaquinhos, danças freestyle, classe de guitarras, danças tradicionais da Ucrânia, entre outras. Para além de Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, associaram-se a esta iniciativa – a terceira edição - Marco Martins e Cláu-dia Vieira, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e a sua adjunta para a Ação Social. Na opinião da diretora da ESRT, Luí-sa Pereira, o ‘Dia Solidário’ espelha “a parti-cipação da escola e a abertura ao meio que

permite acolher todas as instituições liga-das à rede social e que permite que a escola mostre as suas atividades.” Mas a solidarie-dade não acaba aqui. “A Junta de Rio Tinto criou o Banco de Emergência Alimentar. No ano passado o Banco estava muito foca-lizado nesta época natalícia e agora vai as-sumir um carácter diferente, funcionando o ano inteiro. As recolhas não serão feitas no Natal em todas as instituições mas serão feitas nessas mesmas instituições, durante o ano inteiro. As associações comprome-teram-se nesse campo de forma a que haja sempre uma recolha de alimentos”, expli-cou ao Vivacidade, Nuno Fonseca. Este ano com 40 participantes, a grande maioria de Rio Tinto, o ‘Dia Solidário’ promete voltar para o ano, nos mesmos moldes.

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Presépios artesanais e doçaria tradicional de Natal estão em expo-sição e comercialização no Largo do Mosteiro, desde o dia 13 até 22 de de-

zembro. São nove dias de feira com 18 expositores de artesões locais. “O evento tem como ex-líbris o presépio artesanal com figurantes a trabalhar ao vivo”, conta ao Vivacidade, Nuno Moutinho, Presidente do Gabinete de Apoio ao Artesão da Associação Artística de Gondomar (ARGO).

O responsável pela supervisão da iniciativa lembra que os arte-sãos presentes na exposição “não tiveram que gastar dinheiro com o espaço que ocupam e contam com a presença do restaurante “O Cabe-ças”, que traz sempre mais público”. Segundo Nuno Moutinho, o espa-ço da feira foi “pensado para criar condições de abrigo, mesmo com chuva”.

No total são 30 artesãos e quatro representantes de gastronomia e do-çaria natalícia. A mudança da loca-lização da feira, que em 2012, esteve na zona do chão verde, prendeu-se com a necessidade de ter um palco. “Um recurso pelo qual sempre luta-mos”, recorda Nuno Moutinho.

“Este ano contamos receber pelo menos 3000 pessoas que nos visita-ram nas redes sociais do evento”, aclara Albertino Valadares. O Pre-sidente da ARGO marcou presen-

ça na inauguração e garantiu que a continuidade do evento no próximo ano “só será avaliada no final desta iniciativa”, no entanto, deixou claro que da parte da associação “há todo o interesse em continuar o evento”.

“As pessoas que comprarem produtos aqui têm desconto no cir-

co de Rio Tinto e quem comprar bilhetes para o circo tem desconto nesta feira”, destacou também o Pre-sidente da ARGO.

Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, esteve presente na inauguração da Feira de Natal de Rio Tinto.

Largo do Mosteiro recebe Feira de Presépios e Gastronomia de NatalDesde o dia 13 de dezembro que o Largo do Mosteiro serve de palco à Feira de Presépios e Gastronomia de Rio Tinto. Organizada pela ARGO, a mostra de artesanato conta com 18 expositores e um presépio ao vivo que irão estar presentes até ao dia 22 de dezembro.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Cada um com o seu reportó-rio – devidamente estudado e en-

saiado -, os três corais do Orfeão de Gondomar subiram à vez ao palco do auditório para atuarem perante uma vasta plateia.

‘O Pai Natal está a chegar’ de Gene Autry e Oakley Haldeman

foi o início de um espetáculo in-terpretado pelas crianças do Co-ral Infantil. Com risos, fotografias e aplausos, as crianças maravilha-ram o público presente. De segui-da, o Coral Juvenil interpretou ‘Amazing Grace’, de John Newton mas não esqueceu o já clássico ‘All I want for Christmas is you’ de Mariah Carey. O final, ficou a cargo do Coral Sénior que, com temas mais clássicos, iniciou a atuação com ‘Siyahamba’ de Espi-ritual Negro, com a direção artís-tica da maestrina Isabel Rodrigo e a pianista, Raquel Costa.

“A tradição do Concerto de Natal é quase tão antiga como o próprio Orfeão”, conta João Rocha, presidente do Orfeão de Gondomar, ao Vivacidade.

José Rodrigues, que perten-

ce também à direção do Orfeão, também teceu comentários so-bre a instituição. “É uma das instituições mais prestigiadas do concelho”, refere. Em jeito de conclusão, José Rodrigues traçou

alguns objetivos para os pró-ximos meses. “Estamos a criar novas classes no ramo da músi-ca mas o meu desejo é criar uma orquestra clássica”, admite. Fica a ideia.

Crianças, jovens e adultos do Orfeão de Gondomar levaram o natal ao Auditório MunicipalO Orfeão de Gondomar apresentou o Concerto de Natal 2013 no dia 7 de dezembro no Auditório Municipal. Imbuídos no espírito natalício, os elementos dos vários corais do Orfeão brilharam numa noite em que o canto assumiu o papel principal.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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V Coral Sénior foi dirigido pela maestrina Isabel Rodrigues V Crianças do Coral Infantil cantaram ‘O Pai Natal está a chegar’

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ARCUCRA pediu nova sede no 5.º aniversárioA Associação Recreativa e Cultural da Urbanização do Crasto (ARCUCRA) celebrou, no dia 26 de novembro, o quinto aniver-sário da coletividade formada em 2008. José Pinto, presidente da ARCUCRA, recordou o “trabalho feito” e lamentou não poder festejar o aniversário “numa sede em condições”, mas mostrou-se confiante em relação ao futuro da associação.

No dia 26 de novembro, cerca de 40 pessoas festejaram em Baguim do Monte o quinto aniversário da Associação Recrea-tiva e Cultural da Urbanização do Crasto (ARCUCRA). Em discurso, José Pinto, pre-sidente da ARCUCRA, lembrou “o trabalho feito” por uma “associação jovem” e voltou a desejar “uma nova sede”, um pedido repe-tido desde 2008.

Honrado com as presenças de Carlos Brás, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, e de Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, José Pinto mostrou-se confiante em relação ao futuro. “Temos esperança e eu acredito neste presidente da Câmara de Gondomar. Temos hoje uma boa prova inicial com a presença do vereador Carlos Brás”, disse José Pinto ao Vivacidade.

Carlos Brás e Nuno Coelho salientaram

a importância da associação e das atividades desenvolvidas pelos jovens. Fundada em 2008, a ARCUCRA é hoje uma coletividade com 120 sócios e integra várias competições de futsal com equipas de jogadores seniores, juvenis e infantis. A ARCUCRA tem tam-bém um grupo de dança e teatro.

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Cruzeiros para Gondomar cada vez mais próximosAs negociações já estão em curso e há pelo menos duas empresas interessadas. O executivo da Câmara Municipal de Gondomar quer levar avante a construção de um cais de embarque no rio Douro para criar uma nova rota turística para Gondomar.

A localização exata e as empresas in-teressadas são ainda desconhecidas mas o gabinete do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo garantiu ao Vivacidade que a criação de um cais nas margens do rio Douro, em Gondomar, está cada vez mais próximo de acontecer. O vereador do pelou-ro, Carlos Brás, admitiu mesmo que as “ne-gociações já estão em curso” e já teriam sido

pensadas na altura da campanha eleitoral.Segundo o pelouro do Desenvolvimen-

to Económico e Empreendedorismo, o ob-jetivo é potenciar o turismo no concelho – através da ourivesaria - criando uma “Rota da Filigrana” que ligará o rio Douro ao Par-que Tecnológico de Negócios de Ourivesa-ria de Gondomar, em breve parcialmente concluído.

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Gondomarenses já podemandar de carro com o “andante”Os Transportes Intermodais do Porto (TIP) e a Citizenn, do Gru-po Transdev, estabeleceram uma parceria de car-sharing nas principais zonas de interface com transportes públicos, permitin-do aos clientes de assinatura Andante utilizar o cartão “Andante Gold” como chave da viatura.

O conceito é simples, utilizar o cartão “Andante Gold” para subscrever o serviço de car--sharing através da internet ou nas lojas Andante da Trindade, Campanhã, Casa da Música e Senhora da Hora. A partir da subscrição, o cliente terá que esperar o máximo de 72 horas para que o cartão fique ativo e pronto a ser utilizado como chave das viaturas car-sharing.

A parceria estabelecida entre os TIP e a Citizenn, procura ampliar as soluções de mobilidade dos clientes dos transportes

públicos do Grande Porto, através da utilização de

viaturas que funcio-nam como um car-

ro próprio, sen-do o pagamento

efetuado em fun-ção da utilização efeti-

va, ou seja, do número de horas e quilómetros per-

corridos.“O car-sharing é

uma opção sustentável, do ponto de vista am-

biental e financeiro, com uma ex-pressão cada vez mais forte a nível mundial”, refere Rui Silva, Administrador e Diretor das Linhas Internacionais e Car-Sharing da Citizenn.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

VNa foto: Carlos Brás, vereador do Desenvolvimenro Económico e Empreendedorismo da CMG

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Parque da Ourivesaria de Gondomar concluído este mêsEstá quase pronta a primeira fase do Parque Tecnológico e de Negócios da Ourivesaria de Gondomar. Com o edifício sede, o parqueamento e os acessos concluídos, a Câmara Municipal de Gondomar espera agora começar a receber, em Vale Chão, interessados na ocupação daquele espaço.

O centro nevrálgico do Parque Tecnológico e de Negócios da Ou-rivesaria de Gondomar (PTNOG) está praticamente concluído. No início de janeiro – se tudo correr como previsto – o edifício principal está de portas abertas para receber potenciais ourives interessados em ocupar o que, em junho deste ano, estava marcado pelos industriais como “mais um elefante branco”. O PNOG representa, no seu total,

um investimento de cerca de 16 milhões de euros, totalmente voca-cionado para a fileira da ourivesaria mas, para já, ainda só foram execu-tados nove milhões.

A primeira fase – que vai ficar concluída este mês - pode oferecer a um ourives uma área de exposi-ção e comercialização de produtos, uma área de formação e uma área de ligação com as entidades envol-vidas na produção de ourivesaria.“A candidatura, a adjudica-ção e a obra decorreram de costas voltadas para os ou-rives”

Preocupado com o que consi-dera ser “um edifício de excelência no ramo da ourivesaria”, o vereador do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo da Câmara

Municipal de Gondomar (CMG), Carlos Brás, espera que o Parque, com a primeira fase quase pronta, possa “suscitar interesse por parte dos ourives” do concelho.

O autarca lamenta, contudo, que o projeto não tenha sido divul-gado da melhor forma desde o seu início. “O projeto foi desenvolvido e construído não envolvendo os ourives. Os ourives foram ouvidos no início do projeto – na altura da apresentação da candidatura – mas depois nunca mais foram ouvidos. Houve um afastamento e nós esta-mos a tentar reaproximar”, conta ao

Vivacidade. “Nenhum ourives co-nhecia aquilo, nunca lá tinham es-tado. Ficaram surpreendidos com as condições que o edifício tem”, acrescenta Carlos Brás. Questiona-do sobre qual a intenção do ante-rior executivo com aquele projeto, o vereador responde: “Não quero emitir juízos de valor daquilo que foi o passado. De qualquer das for-mas, e porque também estive mui-tos anos na oposição e acompanhei alguns projetos de perto, não tenho dúvidas em dizer que [o projeto] foi muito mal conduzido. A preo-cupação principal não foi servir os ourives, foi construir. Houve pelo menos negligência”, refere.

CMG, ourives de Gondomar, AORP, CINDOR, contrasta-

ria e ACIG reuniram-seEm fase final de construção do

edifício sede, o vereador do De-senvolvimento Económico e Em-preendedorismo reuniu a Associa-ção de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) e promoveu uma visita ao PTNOG com a instituição e todos os associados que quiseram estar presentes.

“Os ourives ficaram de reunir entre eles e apresentar propostas para lhes podermos dar alguma flexibilidade naquele projeto para os acolher. Foram contactados os ourives de Gondomar, AORP, CIN-

DOR e contrastaria e ACIG”, expli-ca Carlos Brás ao Vivacidade.

A gestão do edifício será feita por uma entidade privada, com maioria de capitais da Câmara Municipal de Gondomar [50,1%]. “Pode-se dizer que é um edifício de excelência no ramo da ourivesa-ria e que garante aos ourives algu-mas coisas que foram identificadas como sendo necessárias nessa filei-ra de negócio”, acrescenta o autar-ca. Nesta primeira fase, a autarquia pretende garantir, a quem desejar ocupar o edifício, quatro coisas: co-modidade, bons acessos, eficiência energética e segurança. Nas fases seguintes, logo se verá. “Não vamos avançar com as outras duas fases sem ter a ocupação da primeira. Vamos fazer tudo o que estiver ao

nosso alcance para envolver as en-tidades ligadas à fileira da ourivesa-ria na ocupação do espaço e só de-pois, se se justificar, é que se poderá avançar para a segunda e terceira fase”, indica o vereador.

Polícia Municipal vai sediar--se no novo edifício

Com a entrada em funciona-mento do PTNOG, ainda sem data marcada, a CMG pretende descen-tralizar alguns dos seus serviços para o novo edifício e garantir me-lhores acessos ao local.

Por forma a garantir uma maior segurança dos ourives, a Polícia Municipal ficará albergada e sedia-da no Parque Tecnológico. “O equi-pamento terá circuito de vigilância e é fechado. A Polícia Municipal vai ficar lá sediada, com turnos contí-nuos”, explica o vereador.

Os acessos serão também me-lhorados e está prevista e em fase de adjudicação [medida já aprova-da em reunião de Câmara] a liga-ção do nó da rotunda do IC29, na Estrada Dom Miguel, ao PTNOG. “Em princípio, nos próximos seis

meses essa ligação ficará concluí-da. É uma obra pequena e rápida. Se o Parque vier a ser entregue à Câmara ainda este mês – como se prevê – há a possibilidade de criar um acesso provisório junto ao edi-fício principal”, refere ainda Carlos Brás.

PTNOG inserido na “Rota da Filigrana”

Apesar de tudo não passar de “uma ideia”, há ainda um outro objetivo para o Parque da Ouri-vesaria de Gondomar. O rio Dou-ro é uma aposta da Câmara para o turismo gondomarense e para a criação da “Rota da Filigrana”. Esse percurso turístico, com início no rio Douro, terá como paragem obrigatória o novo PTNOG. O objetivo é “potenciar o turismo e dinamizar o comércio local”. Mas, para já, aguarda-se a abertura do edifício sede.

A AORP e o CINDOR foram contactados pelo Vivacidade no sentido de obter alguns depoimen-tos mas não houve uma resposta em tempo útil.

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TO: PSF

V Edifício sede e área envolvente

V Interior do edifício sede, quase finalizado

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Villa Urbana de Valbom com novo parque infantil e mais apoio para o lar no 10.º aniversárioA Villa Urbana da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) comemorou, a 29 de novembro, o 10.º aniversário, com a inauguração de um parque infantil adaptado, completando o Jardim-de-Infância Urbanitos e a promessa de mais apoio finan-ceiro para a ocupação de vagas no lar residencial.

Pouco passava das 18h e já várias deze-nas de pessoas, algumas delas membros da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC), ocupavam o espaço envolvente do parque infantil que iria ser inaugurado na Villa Urbana, em Valbom.

A inauguração contou com a atuação de crianças da Villa, balões e muita música. No palco montado para a cerimónia, discursa-ram responsáveis pela APPC e membros da autarquia, entre os quais, o presidente da Câmara, Marco Martins.

Durante o discurso, Marco Martins,

garantiu o compromisso da Câmara Mu-nicipal de Gondomar contribuir na aqui-sição de um dos equipamentos em falta e elogiou “o trabalho de elevado nível técnico e humano desenvolvido na Villa Urbana de Valbom”. Também presentes na iniciativa estavam as vereadoras Aurora Vieira, do Pelouro do Desenvolvimento do Potencial Humano e Sandra Brandão, do Desporto e Juventude, além de Cláudia Vieira, adjunta do presidente para a Ação Social.

A melhor notícia foi, no entanto, anun-ciada por Hugo Tavares, responsável pela Segurança Social do Porto, ao anunciar que, no dia anterior, tinha sido autorizado financiamento para a ocupação de vagas no lar residencial. No mesmo dia, seguiram-se outras comemorações para celebrar os 10 anos da APPC.

A Associação do Porto de Paralisia Ce-rebral pretende ser reconhecida como a or-ganização parceira e participada de e pelas pessoas com paralisia cerebral, situações neurológicas afins e outras pessoas em si-tuação de dependência ou limitação funcio-nal e social.

Gimnodesportivos das EB 2,3 de Gondomar e Rio Tinto vão ser ampliadosOs pavilhões gimnodesportivos das escolas EB 2,3 de S. Cosme (Gondomar) e Rio Tinto vão sofrer obras de remodelação e am-pliação até ao final de 2014.

O executivo da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), reunido a 11 de de-zembro, adjudicou, por unanimidade, as propostas de ampliação e remodelação dos pavilhões e acessos envolventes das esco-las. As obras, com um custo total superior a dois milhões de euros (80% suportados pelo QREN e o restante pela DREN), deve-rão ficar concluídas até ao final de 2014. A renovação das estruturas principais daque-las escolas foi concluída ainda no anterior mandato, mas a renovação dos pavilhões

ficou, inexplicavelmente, fora do processo de reconversão.

Na reunião pública do executivo cama-rário foi também aprovada a abertura de sete concursos para instalação de equipa-mentos de eficiência energética nas piscinas municipais de Baguim do Monte, Fânzeres, Medas, S. Cosme, Rio Tinto, S. Pedro da Cova e Valbom, no montante global de 1,6 milhões de euros, financiados pelo QREN.

As obras deverão estar concluídas até ao final de 2014.

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Ricardo Magalhães é o Chief Operating Officer (COO) do Gru-po Menina Design, em Rio Tinto, detentor de uma outra empresa na área da iluminação, mais concreta-mente de candeeiros, a Delightfull.

“O grupo é um projeto que tem 10 anos, focado na área de “design e comunicação” e possui três marcas próprias [Boca do Lobo, Delightfull e Brabbu] e uma marca criada para um cliente dos Estados Unidos da América [Koket]”, começa por ex-plicar o COO. No que diz respeito à Delightfull, o projeto conta com uma “linguagem mais vintage, com uma identidade dos anos 50 e 60”. A aposta é na “manualidade” e “personalização”, uma arte que Ricardo Magalhães considera es-tar em “desuso em Gondomar”. A empresa cria candeeiros à medida e com materiais de excelência, onde o design assume um papel funda-mental.

Participação em projetos mundiais

O sucesso apareceu e do ano passado para este ano a Delightfull teve um crescimento de 700% o que, para o COO, “não é muito comum na altura em que vive-mos”. A famosa Harrods, a Disney e a cadeia Starbucks são alguns dos exemplos de projetos em que a em-presa gondomarense participa com a comercialização de candeeiros à medida. Mas nem o ramo cinema-tográfico escapa. “A Delightfull foi convidada para um projeto de um filme que irá passar no próximo ano em Hollywood”, conta Ricardo Magalhães. Quanto ao nome do fil-me, “é segredo ainda”.

A produção dos candeeiros customizados

Com apenas três designers, a

Delightfull cria candeeiros por en-comenda para todo o mundo. Uma peça pode custar milhares de euros e apenas para ser exposta no Para-mount Hotel, em Nova Iorque, por exemplo. O designer Diogo Carva-lho é responsável por uma infini-dade de projetos e acompanha-os de perto no principal parceiro e produtor da empresa, a Castro Li-ghting, em Fânzeres. “Há detalhes que têm que ser melhorados porque os nossos clientes esperam sempre o melhor”, explica Diogo, enquan-to analisa o projeto no seu iPad, na fábrica de produção dos Castro. “Os nossos melhores concorrentes são as marcas italianas, francesas, alemãs e mesmo chinesas, mas nós diferenciamo-nos porque podemos customizar as nossas peças ao nível da produção, acabamentos, formas e tamanhos. Temos muitos clientes que nos pedem isso e muito pouca gente faz isto no mercado”, acres-centa o designer.

No ano passado, a empresa de candeeiros exportou 93% dos seus produtos e Diogo Carvalho acre-dita que a aposta “está lá fora”, em países e cidades como Rússia, EUA e Hong Kong. Mas porquê o con-celho de Gondomar? Diogo res-ponde: “tem excelentes recursos e know-how. A parte minuciosa da ourivesaria é muito usada na nossa coleção, por exemplo.”

A produção fica a cargo da Castro Lighting, uma empresa já antiga no concelho. Modesto Cas-tro é o proprietário e controla toda a linha de fabrico. De candeeiros pequenos a candeeiros com cinco metros, Modesto gere uma fábrica em expansão e explica ao Vivaci-dade que os tempos são outros. “O mercado ao nível industrial pas-sa pela customização. Uma peça nunca sai igual à outra. O mercado funcionava um pouco ao gosto do industrial, mas hoje já não. Mas fe-lizmente já há muita gente, a nível internacional, a querer caminhar

na linha da Delightfull”, refere o proprietário.

“Queremos pôr Gondomar no mundo”

Com o enorme aumento do nú-mero de encomendas de candeei-ros, a Delightfull depara-se com um atraso de dois meses na entre-ga dos seus produtos. No entanto, para o COO do grupo, esse não é um problema já que se trata de um “objeto de desejo”. “As pessoas não se importam de esperar. Não esta-mos a falar de um objeto de neces-sidade. Estamos a falar de um obje-to de desejo. A única questão que, por vezes, acontece é que as pessoas ficam ansiosas para receber a peça”, refere.

Ricardo Magalhães criou a mar-ca com um sócio. Ambos viveram a infância e a vida em Rio Tinto e por isso decidiram estabelecer-se tam-

Empresas de Gondomar em destaque na imprensa internacionalDelightfull e InsidherLand são dois casos de sucesso que apostam no estrangeiro para vender artigos de luxo personalizadosA consultora imobiliária Cushman & Wakefield publicou, no dia 10 de dezembro, um estudo que conclui que “apesar da crise que o país atravessa, a evolução do sector de luxo em Portugal, com especial incidência nas cidades de Lisboa e Porto, deverá manter-se positiva no futuro, tendo em conta o potencial que ambas as cidades demonstram ainda para os operadores internacionais”. E é precisamente nesse setor que as empresas gondomarenses Delightfull e InsidherLand apostam diariamente tendo já, por diversas vezes, sido destaque de revistas e jornais como, por exemplo, a Forbes, Vogue, Elle Decoration e Financial Times. O Vivacidade foi conhecer estes dois casos gondomarenses de sucesso.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V A Castro Lighting, em Fânzeres,produz os candeeiros para a Delightfull

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bém no concelho. “Acreditamos que temos que ter o nosso papel social. Gostava de poder contribuir um dia para o crescimento desta cidade que têm um potencial enor-me. Queremos pôr Gondomar no mundo. Estamos com um projeto que está já em curso para construir em Rio Tinto novas instalações. Uma nave, que será um estúdio. Acredito que Gondomar tem um potencial enorme. É possível ven-cer com o que temos”, afirma.

Financial Times realça mo-biliário de luxo gondoma-rense

Também no setor do luxo mas num ramo diferente – o mobiliá-rio - Joana Santos Barbosa, fun-dou a InsidherLand, em 2012. Ar-quiteta de profissão, a riotintense dedica-se agora exclusivamente à empresa que criou e coloca todo o seu ADN nos artigos que pro-duz. Considera que produziu uma “marca de autor, com peças exclu-sivas”.

“Eu comecei a pensar na ideia em 2009. De 2009 a março de 2011, comecei a desenvolver o conceito da marca. Em 2011, saí do gabinete de arquitetura e co-mecei a preparar tudo, desde a identidade corporativa da marca, ao site e a tudo o que fosse preciso. Em janeiro de 2012 arranquei com a marca, com um lançamento no

Palácio do Freixo, no Porto. Com duas peças. Ao longo de 2012, o que tinha definido era apresentar a marca a nível nacional. Mas o que aconteceu foi que em dois meses, fui convidada para levar uma peça a Milão. A seguir tive o Oporto Show, em junho e depois comecei a preparar-me para a Feira de Pa-ris. Em janeiro de 2013, entrei na Maison et Objet, em Paris [uma das maiores feiras de decoração mundiais] e apresentei a marca a nível internacional. O feedback foi muito positivo, sobretudo por parte dos países árabes”, explica ao Vivacidade, Joana Santos Barbosa.

A partir daí, a InsidherLand foi destaque várias vezes na imprensa nacional e internacional e há me-nos de um mês, a arquiteta foi sur-preendida com o pedido para uma entrevista de uma jornalista do Financial Times. “A aceitação por parte da imprensa tem sido muito boa”, refere.

Between Waves, um sofá nomeado com prémios in-ternacionais

A primeira coleção da marca gondomarense InsidherLand é, se-gundo a autora, “muito influencia-da pela natureza e culturas”. “Já me disseram que havia uma influência arte decó”, explica Joana, que pro-duziu até agora 14 peças no total.

Encomendas ainda não tem

mas fama não lhe falta. A revista inglesa ‘Design et al’ nomeou para o The Internacional Design & Ar-quitecture Awards um sofá da sua criação, o Between Waves.

A InsidherLand já expandiu e neste momento conta com mais um colaborador e com mais pes-soas na produção.

“Eu trabalho com artistas. Muitas das minhas peças têm tra-balho de um marceneiro, trabalho de um metalúrgico e de um joa-lheiro. Estas pessoas têm que tra-balhar em conjunto”, explica Joana Santos Barbosa. Apesar de não ter um espaço próprio – por decisão sua – a empreendedora corre vá-rios artesãos, dois deles em Gon-domar. “O metalúrgico é em Jovim e o marceneiro em Rio Tinto”, diz.

Uma marca ligada às ori-gens

A produção das 14 peças feitas até agora exige muito do tempo e dedicação da arquiteta. “Tem que haver cálculos e equilíbrio nas pe-ças”, afirma. “Trabalho na questão do detalhe e na liberdade orgânica da natureza. É difícil definir um estilo para a marca”, explica.

Com latão, cobre, tecidos e madeiras nobres, peças como a mesa em forma de folha de trevo – a Four...For luck – usa materiais de excelência e a mão de obra não fica atrás. “As pessoas procuram uma marca desta porque sabem que é feita em Portugal. Sendo em Portugal, a qualidade é muito superior por exemplo ao trabalho chinês”, aclara Joana. “O concei-to que a marca tem diferencia-se muito das outras. A marca está in-timamente ligada com aquilo que eu sou. Começa logo pelo nome. Todas as peças criadas têm a ver com o meu mundo”, finaliza. E o mundo fica a conhecer “o mundo de Joana Santos Barbosa” e Gon-domar continua a ser reconhecido internacionalmente.

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Empresas de Gondomar em destaque na imprensa internacionalDelightfull e InsidherLand são dois casos de sucesso que apostam no estrangeiro para vender artigos de luxo personalizadosA consultora imobiliária Cushman & Wakefield publicou, no dia 10 de dezembro, um estudo que conclui que “apesar da crise que o país atravessa, a evolução do sector de luxo em Portugal, com especial incidência nas cidades de Lisboa e Porto, deverá manter-se positiva no futuro, tendo em conta o potencial que ambas as cidades demonstram ainda para os operadores internacionais”. E é precisamente nesse setor que as empresas gondomarenses Delightfull e InsidherLand apostam diariamente tendo já, por diversas vezes, sido destaque de revistas e jornais como, por exemplo, a Forbes, Vogue, Elle Decoration e Financial Times. O Vivacidade foi conhecer estes dois casos gondomarenses de sucesso.

V Joana Santos Barbosa é fundadora e diretora criativa da InsidherLand

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Acolhe jovens menores do sexo masculino que, por alguma razão, foram privados de um meio

familiar normal e estável. É esta a principal função da Obra ABC, de Rio Tinto. Mas mais do que uma instituição esta é, na opinião dos seus dirigentes e fundadores, um local “de amigos”.

A cerimónia dos 50 anos jun-

tou na sede simpatizantes, amigos, voluntários e benfeitores que can-taram os parabéns à Obra ABC mas não sem antes ouvirem as pa-lavras de alguns convidados.

Para além do atual responsável da Obra, o padre José Camilo, a iniciativa contou com a presença de Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Sandra Brandão, vereadora da Ju-ventude e Desporto, e Nuno Fon-seca, presidente da Junta de Fre-guesia de Rio Tinto, que elogiaram a organização de cariz social.

Ao Vivacidade, José Camilo explica que as cinco décadas de existência da Obra ABC foram “um bocadinho o recordar mas também o assumir de responsa-

bilidades”, agora que está à frente da instituição. Para já, José Camilo orgulha-se ter “mantido as estru-turas e o pessoal” da Obra ABC e de, ao nível do acolhimento de ra-pazes, “ter tido uma resposta bas-tante positiva”.

Quanto à nova viatura, Cami-lo explica que “foi solicitada em agosto, com o concurso para a Câ-mara” e que “vai dar muito jeito” já que “veio substituir um carro que estava a ter muitos custos de ma-nutenção”.

50 anos de Obra ABCInstituição de Rio Tinto batizou viatura e juntou centenas na sede socialA Obra ABC - Amici Boni Consilli [Amigos de Bom Conselho em latim] comemorou, no dia 8 de dezembro, o seu 50.º aniversário. O balanço das cinco décadas dado pelos convidados e pela instituição foi claramente “positivo”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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V Padre José Camilo discursa na cerimónia dos 50 anos da Obra ABC

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O acórdão por tribunal arbi-tral, no âmbito do litígio relacio-nado com o contrato de conces-são de exploração de lugares de estacionamento pago na via pú-blica e construção e exploração de estacionamento subterrâneo do Mercado da Areosa, conde-nou, a 26 de agosto, o Municí-pio de Gondomar a pagar à Op-ção Sublime, SA 4.577.233,21€, acrescidos de juros de mora [perto de 110 mil euros à data de ontem].

Esta situação levou a autar-quia a avançar com uma provi-dência cautelar, uma ação para anular a decisão do tribunal ar-bitral e a participar os factos ao Ministério Público.

A execução da sentença bloquearia as contas da Câ-mara.

O acordo que irá ser assinado – e que não suspende a participação feita ao Ministério Público – prevê uma redução para 3,5 milhões de euros ao valor da indemnização derivada da resolução do contrato, sendo o pagamento 2,5 milhões efetuado até ao final deste ano, e o restante de modo faseado em seis prestações de 166 mil euros até 31 de agosto. Resulta, sublinhe-se, de uma negociação longa e dura entre o executivo camarário e o priva-do. Neste período será aberto um novo concurso para a concessão da exploração do património mu-nicipal.

Caso do Mercado da Areosa:Autarquia negoceia e “poupa” 1,2 milhõesA Câmara Municipal de Gondomar aprovou ontem, por maioria, uma proposta de acordo que prevê uma redução do valor indemnizatório a que a Autarquia tinha sido condenada por um tribunal arbitral. Na prática, trata-se de uma “poupança” de cerca de 1,2 milhões de euros.

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Participaram no ato, a 29 de novembro, para além de um re-presentante da Federação das Coletividades, Nuno Coelho, pre-sidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, e Luís Filipe de Araújo, vice-presidente da Câma-ra Municipal de Gondomar e res-ponsável pelo Pelouro da Cultura.

Aos desafios lançados por Da-

niel Cunha e, sobretudo, Nuno Coelho, no que ao polidespor-tivo do Crasto diz respeito, Luís Filipe de Araújo manifestou total abertura do município para que, tão rapidamente quanto possível, sejam encontradas soluções que satisfaçam projetos antigos para aquela zona da freguesia de Ba-guim do Monte.

Farrapeirinhas de Baguim do Monte com novo presidenteDaniel Cunha foi uma vez mais empossado, presidente da Direção do Rancho Folclórico de Danças e Cantares “As Farrapeirinhas de Baguim do Monte”, grupo constituído a 1 de janeiro de 1986 que marca a sua presença no movimento associativo concelhio.

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Foram cinco noites de sábado com espetáculos de teatro amador.

A 14.ª edição do já tradicional Fes-tival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, superou novamente as ex-pectativas com a atuação de quatro grupos convidados e do grupo de teatro residente, que ficou encarre-

gue de encerrar o festival, no dia 30 de novembro.

O Auditório do Dramático de Rio Tinto esgotou para assistir à revista à portuguesa “Mãos à Obra meu Porto”, composta por 2 atos, da autoria de Lopes de Almeida e encenada por Francisco Nogueira. A apresentação da revista contou também com acompanhamento musical ao vivo da Banda Atlantis.

No final, foram chamados ao palco Marco Martins e Nuno Fon-seca para os discursos e agradeci-mentos ao público. “Para mim já é da praxe vir aqui, mas hoje venho noutras funções e com muito or-gulho também. Espero que conti-

nuem a levar muito longe o nome do concelho”, disse o Presidente da

Câmara Municipal de Gondomar. Já Nuno Fonseca, Presidente

da Junta de Freguesia de Rio Tinto, louvou a atuação do Grupo de Tea-tro Renascer, após ter afirmado que “Rio Tinto seria muito mais pobre se o grupo não existisse”. O autarca deixou ainda um desafio ao grupo: “No verão quero ver este teatro no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, até porque eu já cumpri a minha parte do acordo.”

Após os discursos, o encenador Francisco Nogueira realçou o “êxito do festival, com um sempre exigen-te público” e não deixou de pedir a “colaboração de todos para a reali-zação do 15.º Festival de Teatro”.

Grupo de Teatro Renascer pôs “Mãos à Obra” no encerramento do 14.º Festival de TeatroO auditório do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto teve lotação esgotada no encerramento do 14.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto. A estreia da revista à portuguesa “Mãos à Obra meu Porto”, fechou em alta a última edição do festival que durante o mês de no-vembro levou os gondomarenses ao teatro, aos sábados à noite.

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Cultura

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Em 2013, celebram-se os 150 anos da Banda Musical de GondomarColetividade é já considerada a mais antiga do concelho

Segundo registos históricos, foi 1863 o ano oficial da criação da Banda Musical de Gondomar – na altura com um nome diferente -, o que faz da mesma a coletividade mais antiga do concelho. Para “fechar o ciclo”, Carlos Alberto, presidente da instituição, quer lançar no início de 2014 a monografia dos 150 anos da Banda e alargar a sede que, nos dias de hoje, é já pequena para as dezenas de alunos da escola de música.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Carlos Alberto cumpre agora o segundo mandato de dois anos na presidência da Banda Musical de Gondomar (BMG). Para o di-rigente da banda há claramen-te um período antes e depois de 2010.

Para além do grande aumento em número de sócios e grupos da ban-da, o presidente da BMG destaca as atua-ções no estrangeiro e na Casa da Música. “Fomos tocar à Casa da Música, fomos tocar a Espanha, num Encontro

de Bandas e agora há pouco tempo fomos convidados pela INATEL para tocar no Mul-t i u s o s .

A Banda de Gondomar passou a pertencer a um leque em que não era habitual estar”, refere.

Para celebrar os 150 anos de existência, Carlos Alber-to lançou um desafio a um

membro da BMG, “registar os 150 anos”. “É quase

como uma tese. Temos hoje, na mão dele [colaborador], um manuscrito de 1863 de fundação da ban-da. Inclusive a pró-pria Federação das Coletividades de

G o n d o m a r deu-nos o

registo que confirma a data”, expli-

ca. “Estamos a fechar um ciclo”, acrescenta.

O presidente da BMG põe como objetivo dois projetos para “fechar os 150 anos: a edição da monografia e o alargamento da sede”, problema que já está a afe-tar a banda.

“Chegamos a ter aulas no bar. É tanta a diversidade de instru-mentos que não dá para estarmos todos no mesmo local. Começa a ser difícil ensaiarmos na sala própria para o efeito. Havia um projeto para o alargamento da sede e no protocolo [subsídios da Câmara] deste ano, já temos uma verba para o alargamento”, refere Carlos Alberto.

Com quase meio milhar de sócios, a Banda Musical de

Gondomar assume-se hoje, na opinião de Carlos Brás, como uma das principais do concelho. Mas falar da Banda de Gondo-mar não é falar apenas de um grupo. Existem oito conjuntos que compõem a coletividade. A mais antiga e – talvez – famosa é a Filarmónica. Depois, fazem parte ainda da associação musi-cal o grupo de música popular portuguesa ‘Litos, Quinhas e Os Bandalhos’, o Grupo Coral recém criado ‘BMG Chorus’, o Quinteto de Metais com bateria e voz ‘Eru-ditos’, a Orquestra Ligeira ‘BMG Big Band’, a equipa não-federada de futsal ‘BMG Futsal’, a Escola de Concertinas e a Academia de Música, com cerca de 160 alunos, atualmente.

22 VIVACIDADE DEZEMBRO 2013

Cultura

VCarlos Alberto é presidente da Banda Musical de Gondomar

Banda Juvenil de Rio Tinto soprou uma velaAinda é pequena em idade mas já possui uma “dimensão consi-derável”. A Banda Juvenil de S. Cristóvão de Rio Tinto comple-tou um ano no dia 8 de dezembro e estreou o Centro Cultural de Rio Tinto para a celebração.

Com a presença de vários membros da banda sénior, simpatizantes e entidades po-líticas da Junta de Freguesia de Rio Tinto e da Câmara de Gondomar, a Banda Juvenil de Rio Tinto celebrou o primeiro aniversário no Centro Cultural Amália Rodrigues.

O edifício, outrora abandonado, foi ce-dido pela Junta e pela Câmara para o ani-versário da banda e na cerimónia ouviu-se a atuação do jovem grupo e houve até direito a uma homenagem do maestro Filipe Ribeiro.

Nos discursos, Daniel Ribeiro, presi-dente da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, fez questão de citar antigas declarações do presidente da Junta e agora presidente da

Câmara, Marco Martins, em que o mesmo afirmava que tinha pena que a “Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto, pelo seu mérito, qualidade e dimensão não pudesse usufruir e partilhar de outras condições e equipamen-tos que se encontram subaproveitados como, por exemplo, o Centro Cultural de Rio Tin-to, para melhor desempenhar a sua missão e melhor contribuir para a formação musical e cultural dos cidadãos!” Marco Martins dizia ainda: “Não desistirei de lutar por quem me-rece e, obviamente, a Banda merece. Certa-mente, o tempo permitirá corrigir e, num fu-turo próximo, alterar essa e outras situações.” No discurso o presidente da Câmara não se comprometeu e no final do evento explicou ao Vivacidade que ficou “o compromisso de colocar o edifício ao serviço da comunidade, não só com a banda mas também o Orfeão e outras instituições de referência em Rio Tin-to.” “Este edifício também servirá para outra coisa que é para voltar a haver serviços da Câmara em Rio Tinto”, referiu o autarca.

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Entrou para a Casa dos Segredos com 20 anos, em 2010. Passados três anos, o que mudou na sua vida?

Provavelmente, o que lhe vou responder a essa pergunta, vai pa-recer um clichê aos olhos da maior parte das pessoas – porque só quem passa por esta experiência poderá compreender – mas sem dúvida que a maior mudança é a que perdura no tempo. Hoje sou uma pessoa mais assertiva e confiante, o que contrasta com a enorme insegurança que eu tinha aos 20 anos. Profissionalmen-te, segui um percurso completa-mente normal: assentei ideias, pro-curei oportunidades e hoje exerço uma profissão que adoro.

Esteve cerca de mês e meio na casa mais vigiada do país e viveu por dentro essa experiência. Alguma vez se arrependeu de ter partici-pado?

Nunca. Se voltasse atrás e a mi-nha vida tivesse os mesmos con-tornos voltaria a fazê-lo porque, nessa altura, não tinha nada a per-der. Adorei o meu grupo e a minha edição [da Casa dos Segredos] mas se reformular a pergunta e pergun-tar se eu participaria atualmente respondia-lhe que não, sem hesitar. Na fase em que me encontro, jamais daria mão da minha privacidade e do meu emprego e nem poria em causa a estabilidade familiar.

Para si, a Casa dos Segredos é um jogo ou uma novela?

Na edição em que participei [a primeira] era-nos incutido que o programa era um jogo e o objetivo principal era descobrir o maior nú-mero de segredos possível e guardar o nosso religiosamente. Atualmen-te, acho que o programa se parece mais com uma novela.

Enquanto esteve na casa, repre-sentava também a imagem de Gondomar. Tentou transmitir uma boa imagem do concelho?

Não, nunca pensei que repre-sentava a imagem de Gondomar porque o nosso concelho tem grandes personalidades que o fazem melhor do que eu, como o nosso presidente, Marco Mar-tins. Mas claro que tentei digni-ficar e transmitir uma imagem boa das pessoas do concelho e principalmente da freguesia de Rio Tinto onde nasci, cresci, vivo e trabalho. É a minha terra de co-ração.

Desde a sua participação tem acompanhado as edições seguin-tes do Secret Story?

Acompanhei a segunda edição com grande curiosidade. Quere-mos sempre saber o que se segue, o que muda, quem são as pessoas. Acompanhei a terceira, de uma forma mais distanciada mas achei o princípio da decadência e isso confirmou-se agora com a quarta edição, onde só acompanhei mes-mo a estreia.

Que diferenças encontra da pri-meira edição para a quarta edi-ção?

Imensas! Penso que a produ-ção fez um bom trabalho ao nível das estruturas. Arranjou novas

formas de entretenimento, alterou algumas regras e introduziu novas vertentes que dinamizam o pro-grama. No entanto, para contraba-lançar, a qualidade dos concorren-tes é péssima.

Como foi a sua vida depois da fama que o concurso lhe trouxe?

Normalíssima. Ao início, a fama é engraçada e é surreal a forma como as pessoas nos tra-tam, como se estivéssemos num pedestal, mas depois torna-se chato e saturante. Aprendi que a privacidade é um bem precioso.

A sua vida privada e dos seus fa-miliares chegou a ser explorada pela imprensa cor-de-rosa?

Sim.

Como lidou com essa situação?Muito mal. Sei que foi da mi-

nha responsabilidade ter concorri-do mas confesso que, quando o fiz, não tinha grandes preocupações em relação à imprensa porque tive um percurso linear. Nunca fiz nada que me envergonhasse e ape-sar de ter passado por um ou ou-tro episódio familiar menos bom, o facto é que todas as famílias os têm. Ninguém está preparado para ler mentiras e histórias inventadas sobre a nossa pessoa.

Continua a ser reconhecida, três anos depois?

Sim, ainda vai acontecendo. Dizem que a minha cara não lhes é estranha. Eu aproveito e brinco com a situação.

Em que projetos trabalha atual-mente?

Trabalho numa empresa de mobiliário e decoração, a BSInte-riores, que está no mercado já há 16 anos. A empresa apostou agora em Rio Tinto e eu estou bastante satisfeita por representá-la.

“Aprendi que a privacidade é um bem precioso”Catarina Monteiro, a riotintense da Casa dos SegredosA época de final de ano é já também, para muitos, sinónimo do final de alguns programas televisivos como os reality shows. Em Portugal, a Casa dos Segredos (versão portuguesa do original francês Secret Story) estreou em 2010 e assumiu-se como um dos programas televisivos mais vistos dos últimos tempos. Foi precisamente na primeira versão deste programa que Catarina Monteiro, riotintense de gema, participou. Ao Vivacidade, a ex-concorrente traça um perfil da sua vida atual e revela alguns ‘segredos’ do famoso programa televisivo.

V Catarina Monteiro vive e trabalha atualmente em Rio Tinto

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Cultura

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política

Juntas e Uniões de Freguesias vão ter mais competências Nova lei obriga câmaras a delegar competências e, em Gondomar, 41% dos meios vão passar para as juntasHouve uma descentralização administrativa no seguimento da lei 75, de 12 de setembro de 2013. A mesma lei, entrou em funcionamento no dia a seguir às eleições e as Câmaras e as Juntas tiveram 180 dias - a contar após a tomada de posse das assembleias municipais – para estabelecer os chamados “acor-dos de execução”.

Para Nuno Fonseca, presidente da Jun-ta de Freguesia neste momento há agora uma “lei que trata todos por igual. Somos todos freguesias e município”.

Com os acordos de execução – obriga-tórios e que só podem ser negociados uma vez – as Câmaras têm que delegar às Juntas de Freguesia várias competências, a me-nos que as mesmas não tenham condições de as receber. Não é o caso de Rio Tinto. Nuno Fonseca explicou ao Vivacidade que a dimensão da freguesia tem agora que fazer valer as responsabilidades que pode arrecadar também. “Uma junta como Rio Tinto tem que ter capacidade e competên-cia para receber tudo e mais alguma coisa”, comentou.

Na prática, em Rio Tinto por exem-plo, a Junta ficará responsável pela manu-tenção de espaços verdes, limpeza de vias e espaços públicos, reparar e substituir mobiliário urbano, manutenção de feiras e mercados, realização de pequenas repa-rações em estabelecimentos pré-escolares,

entre outras coisas.A Câmara e as Juntas e Uniões terão

que definir quais os meios que estavam

adstritos a essas competências e esses meios têm que passar para as freguesias. Isso representa, no caso de Gondomar, a transferência de várias centenas de mi-lhares de euros para as Juntas e Uniões de Freguesia mas não só. “É provável que haja transferências financeiras, humanas e ma-teriais”, referiu Nuno Fonseca.

“Depois temos licenças novas – como as de ruído, por exemplo - que passam di-

retamente das Câmaras para as juntas tam-bém”, acrescenta o autarca.

Na União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, o presidente Daniel Vieira, admitiu ao Vivacidade que já exis-tiram “duas reuniões com o presidente da Câmara”.

“Aquilo que pensamos é que - ten-do em conta quer o estudo aprofundado daquilo que a Câmara gastava com estas competências quer a análise rigorosa das Juntas de Freguesia - é preciso haver um rigor na transferência destas competências para cada uma das Juntas de Freguesia”, esclareceu Daniel Vieira aproveitou por concordar com as transferências. “As fre-guesias podem executar melhor as tarefas do que os municípios”, disse.

Os contratos inter-administrativos [an-tigos protocolos de delegação de competên-cias] continuarão, contudo, a existir.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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O MULTIUSOS DE GONDOMAR vai acolher ‘O MELHOR FIM DE ANO DO PORTO’.O Vivacidade oferece 10 bilhetes às primeiras 10 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:

- Qual é o nome do comediante gondomarense presente no cartaz do evento?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] [email protected] juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vencedor será notificado por e-mail.

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A faturação e cobrança das refeições escolares no concelho de Gondomar não está a decor-rer com normalidade. Em causa está o atraso na emissão de fatu-ra/recibo mensal, passados pelos agrupamentos escolares, que não foram ainda emitidos devido à “aquisição, pela Autarquia, de uma aplicação informática para gestão e controlo do referido serviço”. A CMG veio agora, através de um comunicado, esclarecer a situação. “Nos passados dias 29 de agosto e 24 de setembro, os Agrupamentos de Escolas foram informados da aquisição, pela Autarquia, de uma aplicação informática para gestão e controlo do referido serviço, per-mitindo a emissão de fatura/recibo mensal, de cada aluno, com indi-

cação do número de refeições con-sumidas e respetivo valor. Para o funcionamento daquela aplicação seria necessário o preenchimento obrigatório de todos os campos da base de dados, nomeadamente os relativos aos números de identifi-cação fiscal dos alunos e encarre-gados de educação, bem como de moradas atualizadas, tendo sido solicitada a colaboração dos Agru-pamentos de Escolas. A recolha destes dados, que deveria ter sido efetuada durante o mês de setem-bro, não veio a acontecer.”

A autarquia justifica o atraso referindo que “o atual Executivo camarário tomou posse no dia 23 de outubro e, face à situação des-crita, foi estabelecido o prazo de 15 de novembro como limite para

a receção dos dados. Os ficheiros rececionados, no entanto, apresen-

tavam vários lapsos, obrigando a um esforço redobrado dos recur-

sos humanos do Município, ao terem de lançar de novo todos os dados na base de dados, num total de mais de seis mil registos. Após análise pelos setores de Informáti-ca e de Educação da Câmara Mu-nicipal, a informação foi enviada para posterior tratamento por parte da empresa contratada para o efeito.”

A CMG vai agora providenciar medidas para que, durante esta semana, sejam emitidos os docu-mentos de cobrança referentes às refeições de setembro e outubro nos jardins-de-infância, seguindo--se depois os restantes estabele-cimentos. A cobrança do mês de novembro, que deveria ser efetuada em dezembro, será concretizada durante o mês de janeiro de 2014.

Câmara de Gondomar promete arrancar com cobrança dasrefeições escolares ainda esta semana após atraso de mesesApós um atraso na emissão de faturas e recibos mensais, a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) informa agora que a cobran-ça dessas refeições arranca ainda durante esta semana. Em comunicado, a autarquia justifica o atraso e lamenta “os constrangi-mentos que estão ser colocados às famílias, mas garante que nenhum aluno será discriminado ou ficará sem refeição”.

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Política

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RIO TINTO acolhe o Circo Gigante de Israel ModestoO Vivacidade oferece 50 bilhetes duplos às primeiras 50 pessoas que responderem correta-mente à seguinte questão:

- Quantas pistas tem o Circo Gigante?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] [email protected] junta-mente com os dados pessoais (primeiro e último nome, e n.º de B.I./C.C.). Cada vencedor será notificado por e-mail.

PASSATEMPO CIRCO GIGANTE

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Política

Junta de S. Pedro da Covacelebrou primeiro aniversárioA Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova celebrou no dia 8 de dezembro o primeiro aniversário. A obra é, segundo Daniel Vieira, “uma luta de 20 anos” da população de São Pedro da Cova, que veio “melhorar substancialmente a prestação de ser-viços na freguesia”.

Inaugurada pelo anterior executivo mu-nicipal a 8 de dezembro de 2012, a Junta de Freguesia de São Pedro da Cova acaba de cumprir o primeiro aniversário. O edifício é hoje considerado uma das grandes con-quistas da população sãopedrense e segundo Daniel Vieira, presidente da União de Fre-guesias de Fânzeres e São Pedro da Cova o balanço do primeiro ano nas novas instala-ções é “claramente positivo”.

“Era uma luta que já durava há 20 anos. Sempre tivemos instalações provisórias, por isso quando esta Junta foi inaugurada foi

uma grande conquista da população”, disse Daniel Vieira, em declarações ao Vivacidade.

No balanço do primeiro ano do novo edifício, o presidente destacou a melhoria nas condições de trabalho, a capacidade de receber “diversas exposições” e o novo audi-tório, por onde passaram “várias iniciativas” ao longo do ano.

Sobre a possível escolha da Junta de Fre-guesia de São Pedro da Cova como sede da União de Freguesias que lidera, Daniel Vieira admitiu a hipótese de ser a Junta de Fânze-res a ser escolhida. “O edifício de São Pedro da Cova não foi automaticamente escolhido para ser a sede da União de Freguesias por-que ao fim de 90 dias, essa escolha é tomada com base na freguesia com maior número de população. Neste caso, a Junta de Freguesia de Fânzeres irá ser a sede da União de Fre-guesias”, conclui o autarca.

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Política

Jerónimo de Sousacumpriu promessa com almoço em FânzeresO PCP de Gondomar, organizou a 30 de novembro um almo-ço no quinta Choupal dos Melros, em Fânzeres. O convívio contou com a presença de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do partido comunista, que cumpriu a promessa que tinha sido feita aquando da sua passagem por Fânzeres, durante a cam-panha eleitoral.

Cerca de 200 pessoas marcaram pre-sença no almoço organizado pelo PCP de Gondomar, no restaurante Choupal dos Melros. O convívio organizado pelo partido comunista teve como convidado especial Jerónimo de Sousa, secretário--geral do PCP, que durante a campanha eleitoral para as últimas eleições autár-quicas acompanhou a comitiva dos can-didatos do partido, na arruada de Fânze-res.

Na altura, Jerónimo prometeu re-gressar após as eleições, uma promessa que foi cumprida a 30 de novembro, na Quinta dos Choupos, onde se realizou o almoço de convívio.

Satisfeito com a presença do líder do PCP, Daniel Vieira, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, salientou “o início de muitas visitas de Jerónimo de Sousa a Gondomar”, na-quela que considerou ser “uma valoriza-ção de uma equipa e de um trabalho que tem sido desenvolvido com o resultado

obtido nas últimas eleições autárquicas”.“Tenho o objetivo de saudar a con-

tribuição que esta União de Freguesias deu para que o partido conseguisse um resultado local, concelhio e distrital que desse mais força à CDU para prosseguir o combate a esta política e a este governo. Queria fazer essa saudação à população de Fânzeres e S. Pedro da Cova”, disse Je-rónimo de Sousa, em entrevista ao Viva-cidade.

Quanto ao Orçamento de Estado para 2014, Jerónimo acalentou a esperança do veto presidencial de Cavaco Silva. “O expectável é que o Presidente da Repú-

blica utilize o direito de veto, devolvendo aquele Orçamento à Assembleia da Re-pública. Os portugueses não devem ficar à espera do Tribunal Constitucional, de-vem lutar contra as medidas brutais que colidem com a Constituição”, afirmou Je-rónimo de Sousa.

Os comunistas seguiram depois para o Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde inauguraram a exposição sobre o centenário de Álvaro Cunhal. A exposição poderá ser visitada até 15 de dezembro.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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V Jerónimo de Sousa juntou-se a Daniel Vieira e a Joaquim Barbosa num almoço/convívio em Fânzeres

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É um orçamento com “algu-mas particularidades e com al-gumas condicionantes”, revela o documento introdutório a que o Vivacidade teve acesso. Para 2014, estão previstos – para já – 67 mi-lhões de euros de receita, menos 11 do que em 2013.

A “transferência de competên-

cias do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermu-nicipais”, as “novas entidades ad-ministrativas resultantes do pro-cesso de agregação de freguesias”, a “entrada muito recente” do novo executivo, e o facto de “estar em curso uma avaliação externa por parte de uma entidade credível e reputada da situação” da Câmara, estão na base da apresentação des-te “orçamento minimalista”.

Segundo a mesma nota intro-

dutória, a redução no orçamento para o próximo ano deve-se so-bretudo à “situação conjuntural económico-financeira do país” que levou a que houvesse um cor-te de “1,3 milhões de euros nas transferências do Orçamento do Estado”. Também as “receitas pró-prias obtidas pelas taxas e licenças e pela cobrança de impostos” na autarquia sofreu uma redução, re-sultante da diminuição de receita de IMI.

Se para 2013 o orçamento ca-marário era de 78 milhões, para 2014 os 67 terão que chegar para pagar as dívidas e gerir o muni-

cípio. Em exclusivo, o Vivacidade questionou diretamente o presi-dente da Câmara e obteve uma ex-plicação mais pormenorizada.

Câmara apresenta “orçamento minimalista”O orçamento que Marco Martins caracteriza “de transição” não contempla “qualquer projeto novo” prometido pelo executivoJá está fechado o orçamento da Câmara Municipal para 2014. Ou pelo menos o “orçamento de transição”. 67 milhões de euros é o orçamento previsto – aprovado em reunião de Câmara com a abstenção do PSD/CDS e CDU - que diminui em 11 milhões em relação ao orçamento pre-visto para 2013. Ao Vivacidade, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, explica toda a contextualização deste orçamento.

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O que podemos entender com “Orçamento minimalista”?

Com um mês e meio de ativi-dade, não conseguimos ter tempo para fazer um orçamento de fun-do. Decidimos fazer um orçamen-to minimalista, de gestão, para depois, em abril apresentar um orçamento com um plano estraté-gico de reforço para o mandato, onde a nossa intenção é incluir, com o saldo que sobrar de 2013, alguns investimentos. É um orça-mento de transição, que mesmo assim contempla já um reforço dos meios para as Juntas.

Quando poderemos ter resul-tados da avaliação externa por parte da entidade cre-dível que a CMG contratou? Qual é a entidade?

Não sei. A auditoria financeira vai ser feita pela empresa Deloite

[aprovada em reunião de Câma-ra].

Na introdução ao orçamento, o documento refere que as transferências do Orçamento de Estado diminuem cerca de 1,3 Milhões de euros. O que representa essa redução nos cofres da autarquia?

É muito fácil. Representa me-nos 1.2%. De qualquer das ma-neiras, paralelamente a isso, es-tamos a elaborar um plano para redução de despesas.

Que redução haverá na dimi-nuição das receitas obtidas por parte da autarquia?

Mais de meio milhão de euros, garantidamente. O orçamento é focado na “di-minuição da dívida a longo prazo”. Quanto pretendem

amortizar em 2014? O nosso objetivo é amortizar

três milhões e meio de euros.

Projetos prometidos pelo executivo como o relvado sintético para o Atlético de Rio Tinto, reestruturação do Mercado da Areosa e da Feira da Belavista não estão então contemplados neste orça-mento?

Só em Abril. Neste momento não temos margem para incluir mais nada nem tempo para ava-liar as contas, em concreto. Neste momento não há qualquer proje-to novo incluído no orçamento, com exceção apenas do aumento global de meios para as Juntas de Freguesia. No global vamos au-mentar em 41% os meios para as Juntas, podendo ainda posterior-mente ser retificado esse valor.

Executivo descobriu situações “mais graves e maio-res” que o do Mercado da Areosa

Ao Vivacidade, Marco Martins admitiu que ao analisar as con-tas da Câmara encontrou “várias situações desagradáveis, como a do Mercado da Areosa e outras que entretanto apa-receram – mais graves – e que serão reveladas em breve. Situações de valor maior do que o do caso da Areosa.”

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Desporto

Dezenas de alunos da Escola Secundária de Gondomar e da Es-cola de São Pedro da Cova, estive-ram presentes em mais uma inicia-tiva “Conversas com Gente Nova”, na Casa da Juventude de Gondo-mar. Desta vez os convidados fo-ram Emanuel Silva e João Ribeiro, a dupla portuguesa de canoístas que conquistou no início de Setembro, em Duisburgo, na Alemanha, a me-dalha de ouro em K2 500m, fazen-do história na canoagem portugue-sa com o primeiro título mundial.

A conversa com os estudantes sob o tema “A (Nossa) Experiência de Representar Portugal”, foi mode-rada por Carlos Flórido, jornalista do jornal “O Jogo” que começou

por questionar os atletas sobre as vitórias, os treinos e a competição ao mais alto nível.

Em resposta, Emanuel Silva, vencedor da medalha de prata dos jogos olímpicos de Londres 2012, em K2 1000m, realçou a necessi-dade de “superar as condicionantes para depois se conseguir recom-

pensas como ser o melhor do mun-do”. Quanto aos treinos, o atleta admitiu treinar em média “quatro a cinco horas por dia, 12 vezes por semana”, numa preparação que en-volve natação, corrida e ciclismo. “Treinámos outras modalidades para melhorar a nossa”, admitiu Emanuel Silva.

Já João Ribeiro salientou a im-portância de “unir esforços para competir pela Seleção Nacional e conquistar medalhas para Portu-gal”. “É um sentimento único subir ao pódio e ouvir o hino português”, disse João Ribeiro, perante os 40 es-tudantes presentes na sala.

Terminada a conversa com

Carlos Flórido, os atletas ficaram à disposição dos alunos que coloca-ram várias questões relacionadas com as viagens, as diferenças entre as medalhas olímpicas e mundiais e a rivalidade entre Emanuel Silva e João Ribeiro, que, em Portugal, representam o Sporting CP e o SL Benfica, respetivamente.

Campeões Mundiais de canoagem visitaram GondomarEmanuel Silva e João Ribeiro, campeões do mundo de canoagem na categoria K2 500m, estiveram no dia 5 de dezembro na iniciativa “Conversas com Gente Nova”, organizada pela Casa da Juventude de Gondomar. O diálogo moderado por Carlos Flórido, jornalista do jornal “O Jogo”, teve como tema “A (Nossa) Experiência de Representar Portugal”.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Desporto

Tem 16 anos, reside em Val-bom, e já foi campeã europeia

de karaté por equipas. Ana Ca-rina Pinto fez parte da equipa de Portugal que derrotou a Poló-nia na final do ESKA-European Shotokan Karaté-Do Cham-pionship, por equipas. O com-

bate estava empatado a 1-1, mas a atleta foi essencial ao derrotar a adversária polaca no combate decisivo, por 2-0. “O título eu-ropeu foi muito importante para mim, deu-me uma força para lu-tar pelos meus objetivos e para continuar a treinar e evoluir”, afirma Ana Pinto, em entrevista ao Vivacidade.

A jovem atleta que integrou a comitiva portuguesa, começou a praticar karaté aos 11 anos e dois anos depois tornou-se pro-fissional no clube CKSPorto, que continua a representar. “Na época 2012/2013 sagrei-me vice-cam-peã regional e vice-campeã nacio-nal”, recorda a karateca.

Segundo Ana Pinto, o próxi-mo objetivo já está definido: “tra-balhar para ser campeã nacional”.

A atleta tem agora o sonho de sagrar-se campeã em Portugal, na vertente de combate que domina, o Kumité.

Campeã europeia de karaté reside em ValbomEstá em competição há apenas três anos, mas já conquistou a Europa com 16 anos. Ana Carina Pinto sagrou-se campeã europeia na vertente karaté-shotokan, após ter derrotado por 2-0 a adversária polaca, na final da competição que decorreu na Póvoa de Varzim, nos dias 22, 23 e 24 de novembro.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Clube Naval Infante D. Henriquecelebrou 88.º aniversárioO Clube Naval Infante D. Henrique festejou o 88.º aniversário no dia 1 de dezembro, na Quinta da Azenha de Baixo, em S. Cosme. A ocasião serviu para reunir sócios, atletas, amigos e familiares.

A Quinta da Azenha de Baixo, em S. Cosme, foi palco da festa dos 88 anos do Clube Naval Infante D. Henrique, no dia 1 de dezembro. Durante o evento foram en-tregues os diplomas de campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal 2013 aos atletas do clube. Foram também distingui-dos os sócios com 25 e 50 anos e foram en-tregues os galardões Atleta do Ano, Atletas Jovens do Ano e Atleta Veterano do Ano.

Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e os vereadores Carlos Brás e Sandra Brandão, com os pe-louros do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo e do Desporto e Juven-

tude, respetivamente, marcaram presença na cerimónia, além de Aníbal Lira, Presi-dente da Mesa da Assembleia Municipal de Gondomar, José António Macedo, Presi-dente da União das Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim, o responsável da equipa médica do clube entre outras personalida-des.

O Clube Naval Infante D. Henrique foi fundado em 1925, na freguesia de Valbom, por um grupo de desportistas náuticos. Atualmente é um dos maiores clubes a ní-vel nacional e está este ano a competir pelo terceiro título consecutivo de campeão na-cional de remo.

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Tentação das Bifanas amplia instalaçõesRestaurante ainda não fez um ano em Baguim do Monte mas já expandiu as instalações graças à enorme procura e a uma “grande oportunidade”.

Desde o início de maio de 2013 que as bifanas se torna-ram uma tentação em Baguim do Monte. O elevado número de clientes e a constante procura de uma mesa, rapidamente provaram que o espaço de 25 lugares era de-

masiado pequeno. O restaurante conta agora com um total de 60 lugares e promete oferecer novas especialidades.

A Tentação das Bifanas passou a ser maior. O restaurante sedia-do na rua Dom António Castro

Meireles, em Baguim do Monte, comprou o espaço que outrora es-tava alugado ao Partido Socialis-ta. No total, irão estar disponíveis 60 lugares sentados, num “espaço agradável para o cliente”, segundo João Silva, proprietário do estabe-lecimento.

“Tivemos a necessidade e a oportunidade de alargar as nos-sas instalações. Não pensávamos abrir tão cedo, mas a oportuni-dade proporcionou-se e o cliente está satisfeito com o nosso produ-to, que é cada vez mais procura-do”, diz João Silva.

À margem do alargamento do espaço está prevista também uma melhoria no atendimento ao público e vão surgir novas es-pecialidades. “Vai haver também uma aposta maior nas francesi-

nhas e a confecção vai ser muito mais rápida para ir ao encontro da necessidade do cliente”, afirma o proprietário.

A Tentação das Bifanas é já um dos mais requisitados restaurantes de Baguim do Monte, apesar de só

ter sido inaugurado em maio. Pelo estabelecimento que tem como principais referências as bifanas no pão, os cachorros especiais com molho de bifana, as papas de sarrabulho e os rojões, já passa-ram mais de 15 mil clientes.

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Ermesinde já conta com um novo espaço para comer leitão as-sado. O “Joaquim Pacheco” abriu uma sala de restauração com espa-ço para 40 pessoas, no 1.º andar das instalações na Rua Monte da Bela.

Inaugurado a 10 de dezembro, o objetivo de José Castro, sócio--gerente do “Joaquim Pacheco”, é “rentabilizar o espaço”, num projeto que demorou “cerca de meio ano” até ser concluído.

Segundo José Castro, “desde o início que já havia a ideia de fazer a parte da restauração, mas só agora o projeto foi concretizado”.

O “Joaquim Pacheco” tem como especialidade o leitão assado em forno a lenha, mas conta tam-bém com pratos de bife e hambúr-guer.

Joaquim Pachecocom novo espaço para comer leitão assadoCom instalações na Rua Monte da Bela, 270 – Pav. B, o espaço Joaquim Pacheco, que até agora dispunha apenas do serviço take--away, já conta, desde o dia 10 de dezembro, com uma sala de restaurante, no 1º andar.

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No Talho do Povo o Natal chegou mais cedoFoi com pompa e circunstância que o Talho do Povo celebrou este Natal. A “iniciativa de sucesso” que durante o dia 14 de dezembro per-correu as ruas de Gondomar e da zona da Arroteia, com uma limousine, pais natal motards e milhares de prendas, ofereceu às crianças e clientes a oportunidade de festejar mais cedo a época natalícia.

No dia 14 de dezembro, o Talho do Povo celebrou o Natal com mais uma iniciativa de cortar o trânsito. “Prendas, neve, fogo de artifício, moto 4, limousine e pais natal, não faltou nada”, afirma Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo.

O dia começou nas instalações da Arroteia, com a chegada da li-mousine que, em letras douradas desejava a todos os clientes e ami-gos um “Feliz Natal”, em nome da equipa do Talho do Povo. Segui-ram-se as prendas e o barulho das motas que ajudaram a compor a caravana que passou por Baguim do Monte e São Cosme. Muita con-fusão nas ruas e “neve” a pairar no ar, num ambiente de festa e boa

disposição, foi a imagem que ficou para mais tarde recordar.

“O balanço do evento é cla-ramente positivo. Foi uma coisa estrondosa e mais uma iniciativa

de sucesso. Distribuímos cerca de 5000 prendas, o que superou a nos-sa expectativa. Apareceram mais crianças do que o número que tí-nhamos previsto, mas todas rece-

beram uma prenda”, disse Sérgio Sousa.

O proprietário do Talho do Povo revelou que já existe “uma ideia para o Natal do próximo ano”,

com a garantia que será diferen-te. “No Talho do Povo, as iniciati-vas nunca são repetitivas, estamos sempre a mudar”, garantiu Sérgio Sousa.

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No próximo sábado (21 de dezembro),os clientes do Talho do Povo terão a oportunidadede viajar de limousine em S. Cosme (Gondomar)

V Na foto: Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo, distribui lembranças V Na foto: Liliana Azevedo, vestida a rigor

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“A MultiÓpticas é uma empre-sa bastante respeitada no mercado nacional e internacional. Felizmen-te conseguimos já pelo terceiro ano consecutivo assinar uma marca com eles e isto tem sido um projeto quase familiar, onde eles nos aco-lhem como se fossemos filhos deles e não se nota tanto o lado empresa-rial”, explicam os irmãos Guedes ao Vivacidade.

Ao lado, os sócios gerentes da loja agradecem a presença das ce-lebridades. “Os irmão Guedes há mais de seis anos que são embaixa-dores da nossa marca, além disso detemos uma marca própria e ex-clusiva de óculos de sol, com mui-ta qualidade e popularidade a um baixo custo que tem o nome dos Gémeos, a marca chama-se “PRG”

que são as iniciais dos nomes deles Pedro Ricardo Guedes. Estando eles a atravessar um excelente momento é muito importante para nós poder-mos contar com a grande popula-ridade para promoção das nossas lojas e produtos”, referem os sócios.

Para 2014, a grande aposta de Rui Tavarela e Hugo Ferreira é “afirmarem-se como líderes no mercado de Gondomar. Há muitos anos que a MultiÓpticas é a marca líder de mercado em Portugal, re-centemente  recebemos o galardão de “marca de confiança dos Por-tugueses”, indicam. “Percebemos que o mercado de Gondomar es-tava muito bipolarizado. Existem ópticas “low cost” em que a oferta de marcas e qualidade são inexis-tentes e, por outro lado, são lojas

direcionadas para um pú-blico superior. Com a nossa entrada no mercado conseguimos col-matar uma falha que existia no consumidor com maior sensibilida-de ao preço mas que não abdica da qua-lidade associada a marcas, e a nossa loja é a única que apresenta o melhor preço com produtos de mais qualidade e garantia associado a marcas de prestigio”, acrescentam.

‘Manos Guedes’ visitaram MultiÓpticasCientes da azáfama que poderia ser criada com a visita dos irmãos Pedro e Ricardo Guedes à MultiÓpticas, os gerentes da loja Rui Tavarela e Hugo Ferreira decidiram convidá-los a aparecer e a “brincadeira” correu bem. Dezenas de fãs da marca e dos jovens galãs apareceram e passaram uma tarde com muito animação na MultiÓpticas.

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Na foto: Liliana Azevedo, vestida a rigor

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Ernesto Augusto: “2014 será o ano da mudança”Com instalações na Av. da Carvalha, em Fânzeres, há mais de três anos, a Agência de seguros Ernesto Augusto tem aprofundado de forma positiva a ligação com a seguradora francesa MACIF. Nas palavras deste profissional, “que encara com otimismo o ano de 2014”, entre as principais novidades estão a parceria que a Macif desenvolveu na área dos seguros de saúde, destinado às famílias.

Após um ano em que a clas-se média “ficou muito fragilizada e perdeu poder aquisitivo”, Er-nesto Augusto acredita que 2014

será o ano da retoma nos mais variados domínios da economia nacional e, em especial, na ativi-dade seguradora.

Com um expressivo número de clientes distribuídos pela Área Metropolitana do Porto, este pro-fissional de carreira comercializa todos os ramos de seguros, vida e não vida. No próximo ano, as principais apostas serão no setor da saúde: “onde vão ser desen-volvidas iniciativas comerciais com o objetivo de angariar novos clientes, de forma a preencher um vazio que tem vindo a acentuar-se em Portugal”.

Desde a fundação, no já dis-tante ano de 1983, a empresa Er-nesto Augusto Seguros direcio-nou o seu negócio para o cliente particular e para as pequenas e médias empresas tendo como

principal divisa, o permanente acompanhamento e orientação dos seus segurados, em caso de sinistro.

De acordo com Ernesto Au-gusto, “esta opção tem valido a fi-

delização e preferência dos clien-tes e a conquista de outros”.

Por último, Ernesto Augusto deseja a todos os seus clientes, for-necedores e amigos, “Festa Felizes e votos de excelente 2014!”

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Durante a última década, a econo-mia portuguesa atravessou um longo período de crise e estagnação econó-mica, com um crescimento real médio anual igual a 0,7%. Esta situação teve graves consequências ao nível do de-semprego e do sobreendividamento dos agentes económicos. No sentido de superar os desafios da atual conjuntura e retomar a trajetória de convergência com os seus parceiros europeus, Por-tugal já iniciou, ao longo de 2013, um processo de crescimento económico sustentável, o qual deve ser consolida-do nos próximos anos. Recentemen-te, Portugal tem vindo a dar sinais, embora ténues, sobre o crescimento da economia e do emprego. Para que estes sinais se tornem mais evidentes e venham a tornar a economia por-tuguesa mais próspera foi definida uma Estratégia de Fomento Indus-

trial para o Crescimento e o Emprego 2014-2020, que visa um crescimento sustentável da economia assente no aumento das exportações, na capta-ção de investimento, na estabilização do consumo privado e na qualificação do capital humano. Esta estratégia tem por objetivo materializar uma visão clara de crescimento para a economia portuguesa: uma economia de voca-ção internacional, tendo como prin-cipal motor de crescimento uma in-dústria de elevado valor acrescentado nacional e geradora de emprego, em que o Estado atua como facilitador da iniciativa privada. Esta visão está con-substanciada em objetivos ambiciosos e concretos para Portugal, com metas a alcançar até 2020. Assim, para Por-tugal ter um crescimento sustentável e atingir os objetivos traçados para 2020, será necessário maximizar a capacida-

de de exportação das nossas empresas, apostar na reindustrialização enquan-to motor da economia, fomentar o investimento privado, a criação sus-tentada de emprego e o investimento no conhecimento e na qualificação efi-ciente dos nossos recursos humanos. De todos os objetivos traçados relevo o emprego e a qualificação das pes-soas. O emprego é um dos principais pilares das economias desenvolvidas. Assim, uma taxa de emprego elevada representa uma utilização efetiva do capital humano e constitui um estí-mulo à procura interna, bem como a criação de oportunidades de emprego para toda a população ativa é funda-mental para a construção de uma so-ciedade justa e equitativa. A qualidade do capital humano é um fator funda-mental para o crescimento económico de Portugal. O nível médio de qualifi-

cação dos portugueses e o seu alinha-mento com as necessidades do tecido empresarial têm uma influência direta e significativa nos níveis de emprego, na produtividade e na capacidade de gerar inovação e empreendedorismo verdadeiramente distintivos. A qualifi-cação das pessoas é parte fundamental da Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego, que nessa exata medida tem como objeti-vo, em função de aumentos de produ-tividade, uma política de valorização das remunerações dos quadros e dos trabalhadores das empresas. Portugal, deve continuar a promover políticas de apoio ao investimento económico com incidência nas áreas fiscais, do emprego e da qualificação dos Portu-gueses… A todos os leitores do VIVA-CIDADE, votos de Um Santo Natal e um Ano de 2014 muito Próspero.

Catarina MartinsBE

Com a aproximação do início de 2014, somos todos levados a fazer um balanço do ano que finda e uma pro-jeção das nossas expectativas para o período que se avizinha. Um ritual re-petido a cada ano e que, desta vez, fica marcado por diversas incógnitas.

O Plano B Dentro de poucos dias assistiremos

à mais do que previsível promulgação, pelo Presidente da República, do Orça-mento do Estado 2014. Ato a que se se-guirá a inevitável remessa, por iniciativa dos partidos da oposição, para o Tri-bunal Constitucional para fiscalização sucessiva da inconstitucionalidade de algumas normas.

Ao não submeter este diploma a fiscalização preventiva, o Presidente República fará com que se arraste pelo próximo ano dentro o anúncio e as consequências de qualquer declaração de inconstitucionalidade. Lá teremos

que esperar por meados de 2014 para descobrir o Plano B do Governo, na sua plenitude. Já nos acostumamos a isto ao longo dos três últimos anos, mas conve-nhamos que a persistência do Governo e de Cavaco Silva no mesmo erro se está a tornar intolerável.

O fim do Programa de Assistência Económica e Financeira

Depois de tantas avaliações positi-vas da Troika ao desempenho de Portu-gal no cumprimento do PAEF e de todo o fervor austeritário colocado pelo Go-verno na sua aplicação, seria de esperar que, à imagem do que aconteceu com a Irlanda, chegássemos ao termo deste programa sem necessitar de qualquer programa de acompanhamento. Con-tudo, previnam-se os incautos porque a Troika mostra-se longe, muito longe, de tal anúncio. Entretanto, a Alemanha veio anunciar estar disponível para uma ajuda a Portugal no seu processo de

regresso aos mercados. Esta notícia, a confirmar-se, fará com que muitos reju-bilem. Porém, é bom lembrar que não há almoços grátis e esta salsicha alemã poderá revelar-se absolutamente indi-gesta. Desenganem-se aqueles que pen-savam que 2014 seria o fim do pesadelo.

As eleições para o Parlamento Eu-ropeu

A coligação PPD/PSD-CDS/PP, depois do seu último arrufo conjugal, brindou-nos com uma prova da solidez da sua relação - consubstanciada no pro-jeto de apresentação de uma lista con-junta ao Parlamento Europeu. Ao que parece, ainda nada disto é dado como certo e poderão aparecer algumas difi-culdades aritméticas na assinatura deste acordo de geometria variável. Diante deste tango intermitente, em que pare-ce que as vontades dos dois bailarinos imprescindíveis para a dança nem sem-pre se conjuga, e do desgaste que a ação

governativa vai produzindo adensa-se a expectativa de uma grande vitória da oposição, sobretudo do PS, que servirá como anúncio da mudança a operar nas legislativas de 2015. Contudo, um pou-co por toda a Europa, a adesão a algum discurso mais radical e a respostas mais arrojadas para uma crise cujo fim pare-ce incerto, são sinais evidentes da impa-ciência que a crise está a provocar nos cidadãos em relação aos tradicionais partidos do arco do poder e não podem ser menosprezados. Embora seja cedo para prognósticos, atrever-me-ia a an-tecipar que esta batalha será ganha por quem mais ousar, na (re)definição de um rumo para a Europa, no discurso e no romper de barreiras de aproximação aos eleitores, cujo esforço de mobiliza-ção se mostra particularmente difícil. Se isto não acontecer esbarraremos no estrondosa vitória da abstenção que ba-ralhará todas as leituras em relação às legislativas de 2015.

O crescimento económico de Portugal, 2014-2020

Feliz 2014! Um ano com diversas incógnitas...

Margarida AlmeidaPSD

A décima avaliação da troika foi positiva. O Governo ficou contente. Não é novidade. Sempre que a troika avalia positivamente e o governo fica contente, o país sabe que está mais po-bre e mais desigual. O Governo cumpre as metas e isso é positivo, dizem. E que metas? O memorando da troika previa que em 2013 Portugal tivesse um dé-fice de 3%, dívida pública de 108% do PIB e taxa de desemprego nos 12,4%. De facto temos um défice que talvez fique 5,5%, uma dívida a 128% e o de-semprego acima de 16%, mesmo com milhares de pessoas a abandonarem o país. É certo que troika e governo fo-ram renegociando metas, para escon-

der o desastre das suas políticas. Como um mau professor e um mau aluno que acordam que o objetivo é 16, depois 12, a seguir 8 e finalmente ficam con-tentes com 7,5. Mas o Governo repete: os esforços dos portugueses estão a dar resultados. E as pessoas olham à volta e perguntam-se se perderam o emprego, o salário, a pensão, para que tivéssemos mais milionários e fossem maiores as suas fortunas. Está o país mais pobre, mas alguns ganham muito com isso. São precisos muitos pobres para fazer um rico, já sabíamos. É duro, mas é a economia a ajustar. Há indicadores positivos, insistem. Olhamos para os indicadores. Estamos mais pobres do

que há um ano e com mais desempre-go. Entre trimestre há apenas sinais de abrandamento da recessão. Explica o Banco de Portugal que é um abran-damento apoiado na procura interna e com uma contribuição negativa da procura externa líquida. Ou seja, o con-sumo caiu ligeiramente menos e o in-vestimento também (a construção civil abrandou o ritmo da queda). Continua-mos a produzir cada vez menos e a ter de importar mais do que exportamos. Não se alterou em nada a estrutura da nossa economia. A nova economia, a que Pires de Lima chama milagre, é afinal a velha economia. Mas num país mais pobre e mais endividado. Passos

Coelho e Paulo Portas exultam porque a troika está a seis meses de ir embora. Nada dizem sobre como aguentará o país uma dívida pública que a troika só aumentou. E repetem que a austeridade é para ficar. A saída da crise ou o fim da chantagem da finança não estão no horizonte do Governo. Apenas mais do mesmo, em mais pobre. Chame-se troi-ka, programa cautelar, ou outra coisa qualquer. A contagem decrescente para o fim da troika só é possível no avesso do Governo. Na luta contra a austerida-de, as privatizações, o desmantelamen-to do Estado Social. Na alternativa da renegociação da dívida, criação de em-prego, solidariedade, democracia.

Mais do mesmo, mas em mais pobre

Isabel SantosPS

Opinião: Vozes da Assembleia da República

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José Luís FerreiraPEV

Escrevemos aqui da última vez que era fundamental baixar os impos-tos para consolidar a recuperação da economia portuguesa.

Portugal está hoje com um nível de impostos muito elevado. Esses im-postos não são uma opção política, são uma obrigação financeira: anos e anos de endividamento equivaleram ao adiamento de impostos que hoje so-mos chamados a pagar. É por isso que é tão importante haver políticas orça-mentais equilibradas. Os governos não devem endividar-se loucamente como aconteceu no passado - pois essas dívi-das cairão fatalmente sobre os contri-buintes futuros na forma de impostos. E note-se que, na primeira década do século, o endividamento não produziu

crescimento, com que alguns tentam justificar a expansão do setor público. Portugal divergiu da União Europeia nesse período.

O governo encetou uma reforma de IRC que está em vias de ser fina-lizada. É uma boa reforma. Porque precisamos de empresas para o cresci-mento económico e para a criação de emprego. É até provável que a redu-ção das taxas neste imposto traga um aumento de receitas, se a confiança e a maior liberdade gerarem atividade económica.

Para isso, no entanto, é importante que se possa dar um sinal de confian-ça de que esta reforma não é só para os próximos dois anos. O governo e o Partido Socialista devem conseguir

um consenso para uma década - ou mais. Só assim se adivinha uma esta-bilidade bem-vinda ao sistema fiscal.

Uma palavra final sobre a nature-za deste imposto. Diz-se muitas vezes que ele é um imposto sobre o capital e que deve ser preferido ao imposto so-bre rendimentos porque incide sobre o trabalho. Sem dúvida que o imposto sobre o trabalho deve ser reduzido ao máximo para incentivar exatamente esse trabalho. Mas é preciso também lembrar que máquinas e escritórios não pagam impostos. As pessoas é que pagam. O IRC incide assim, ultima-mente, sobre o trabalho também. Os trabalhadores destas empresas pagam--no tanto como os consumidores dos seus produtos porque o IRC é tido por

quem investe como um custo como outro qualquer. Se for demasiado alto a empresa cortará nos salários (ou não os aumentará) ou aumentará nos seus preços (ou não os reduzirá).

No fim de contas, no entanto, o importante é reduzir o peso dos im-postos. O governo começou, e bem, pelo IRC onde se espera conseguir um consenso alargado para dar máxima eficácia à reforma. A anunciada re-forma do IRS é também bem-vinda e esperamos que possa passar por uma profunda simplificação do sistema. E é caso para não esquecer: tal como os impostos altos são resultado do des-pesismo do passado. Impostos baixos no futuro são resultado da austeridade presente.

Reduzir os impostos

A gestão do processo dos Estalei-ro Navais de Viana do Castelo é um exemplo claro da forma como este Governo encara o interesse público, porque de facto o interesse público esteve completamente ausente neste processo.

Mas o caso dos Estaleiros de Via-na também nos mostra o empenho deste Governo em promover a nos-sa economia, a nossa atividade eco-nómica e a forma como combate o maior flagelo social dos nossos dias, o desemprego.

São mais de 600 trabalhadores que o Governo vai enviar diretamen-te para o desemprego. É uma prenda de natal que o Governo quer dar às

600 famílias envolvidas e à região de Viana do Castelo. Porque sejamos claros, não existe da parte da Em-presa que ficou com a subconcessão, qualquer compromisso, quanto a uma eventual reintegração dos tra-balhadores dos ENVC que o Gover-no quer despedir.

Mas há neste processo um ele-mento que ganha contornos, no mí-nimo duvidosos, senão anedóticos. É que o Governo diz que não tem di-nheiro para que os Estaleiros possam comprar a matéria-prima, nomea-damente o aço, para dar resposta às suas encomendas, desde logo os dois navios asfalteiros, encomendados pelo Estado da Venezuela. Mas para

despedir mais de 600 trabalhadores, o Governo já tem dinheiro. Para pro-duzir não há dinheiro. Mas para des-pedir já há dinheiro.

Acresce ainda que despedir os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo não custa ape-nas 30 milhões de euros. É preciso contabilizar também, os custos com o pagamento do subsídio de desem-prego a 620 trabalhadores, o que, feitas as contas, teremos de somar aos 30 milhões, mais cerca de 8,5 milhões de euros. Mas também é preciso ter em conta que esses traba-lhadores deixam de contribuir para a Segurança Social e também é preciso ter presente que o Estado ainda per-

de terrenos, equipamentos e infraes-truturas e até fundos comunitários para os privados. É só bons negócios para o Estado.

E ao contrário do que diz o Go-verno, quando afirma que se trata de uma imposição da Comissão Euro-peia, é preciso lembrar que a Comis-são Europeia não decidiu ainda nada sobre esta matéria. Não há conheci-mento formal de qualquer decisão da Comissão Europeia, que obrigas-se ao despedimento de mais de 600 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Foi portanto uma decisão deste Governo PSD/CDS que dá assim mais um passo para destruir a nossa economia.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo

Michael SeufertCDS-PP

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Lembrando o Programa do Par-tido Socialista para as últimas Autár-quicas do concelho, uma das áreas de intervenção estratégica incluía o Am-biente, Urbanismo, Espaço Público e Ordenamento do Território. Havia já a consciência que o desenvolvimento sustentado e a qualidade ambiental são incontornáveis no Ordenamento do Território, sendo que Gondomar tem recursos naturais que devem ser aproveitados, requalificados e devol-vidos à população.

Durante o século XX, a popu-lação urbana cresceu de 15% para mais de 50% da população total, e o que foi durante muito tempo um es-paço físico completamente definido

e limitado, a cidade, foi-se alargando indiferenciadamente naquilo que po-demos definir como subúrbio. Ocorre que, tendo a potencialidade para ofe-recer aos seus habitantes uma gama de espaços, atividades e estímulos que concretizem e satisfaçam as necessi-dades dos seus utentes, a monofun-cionalidade aparente demonstra que não há sucesso nesta ação. A qualida-de de vida dos seus habitantes passa pela satisfação das necessidades bási-cas de cada um, onde é primordial o contacto com o meio ambiente, situa-ções de contemplação e recreação, em que todos os elementos da natureza são indispensáveis.

É deste modo importante criar os

Parques Urbanos propostos para Rio Tinto e para União de Freguesias de Gondomar, São Cosme/Valbom, va-lorizando a paisagem, reforçando a diversidade existente e potencializan-do a aptidão natural do território.

Os Parques Urbanos de Gondo-mar deverão organizar os espaços disponíveis por forma a maximizar as áreas permeáveis, a recuperar os ecossistemas naturais, e a requalificar os espaços florestais das áreas abran-gidas que, ao longo dos tempos, se foram degradando. Naquilo que for possível, será enriquecedor manter estruturas existentes associadas à prática da agricultura, presente e do passado, lembrando o que foi o prin-

cipal setor económico do concelho desde sempre. Por outro lado, devem criar novas estruturas, promovendo a prática de desportos e de atividades de recreio várias, capazes de atrair um elevado número de pessoas, e que atenda a todas as classes etárias e es-tratos sociais.

E como o principal objetivo é servir as pessoas, também elas de-verão ser participativas, potenciali-zando atividades e protagonizando intervenções que se venham a reali-zar. A melhor maneira de trabalhar é em conjunto com a natureza, pois ela com a sua grande generosidade garante a continuidade e desenvolvi-mento das comunidades.

A importância dos Parques Urbanos

Joana ResendePS

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António ValpaçosCDU

A recente publicação da Lei nº 75/2013, de 12 de Setembro, veio empobrecer profundamente o fun-cionamento democrático da Área Metropolitana do Porto (AMP). PSD e CDS multiplicam-se em de-clarações de uma alegada defesa de uma maior descentralização dos ór-gãos políticos e da valorização das Áreas Metropolitanas mas, com a imposição da nova legislação, vie-ram agravar ainda mais a situação existente. Ou seja, não apenas as Áreas Metropolitanas não viram reforçadas a sua legitimidade demo-crática e representatividade, como assistiram ao fim do seu órgão de-liberativo e mais representativo – a Assembleia Metropolitana (AM). A

AM era constituída por membros efetivos das Assembleias Municipais eleitos em listas próprias sendo que no mandato anterior todas as forças políticas estavam representadas.

À AM competia legalmente deli-berar sobre os principais assuntos de interesse metropolitano, fiscalizar a atividade da Junta Metropolitana e a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento. Com a sua extinção, perdeu o pluralismo, a representa-tividade e a democracia nas Áreas Metropolitanas, que se viram ainda mais empobrecidas institucional-mente.

No quadro da nova legislação, a única participação das Assembleias Municipais nas decisões dos órgãos

metropolitanos corresponde à ra-tificação da lista da Comissão Exe-cutiva Metropolitana. Desde modo, na última Assembleia Municipal de Gondomar meramente se ratificou uma lista de cinco secretários da Comissão Executiva que resultou de um acordo entre os Presidentes de Câmara. Lamentamos que a le-gislação tenha acabado com a AM e, por isso, não aceitamos a citada ratificação.

Para que se saiba foi na AM que levámos a debate e propusemos so-luções para temas importantes do desenvolvimento económico e so-cial metropolitano, como as infraes-truturas, a mobilidade metropolita-na (metro, transportes ferroviários e

rodoviários), indo até ao ambiente, a defesa da água pública, a defesa do litoral, a cultura a nível metropolita-no, a descentralização e justa parti-lha dos fundos comunitários, entre várias outras questões.

Apesar das limitações impostas por esta nova legislação, reafirma-mos que a CDU vai continuar a dar toda a atenção ao trabalho coorde-nado e conjunto em torno dos pro-blemas fundamentais da AMP, seja com a intervenção dos seus cinco vereadores nas cinco câmaras muni-cipais de que fazem parte, seja nas assembleias municipais onde temos eleitos, dando expressão a propostas de cooperação intermunicipal e a soluções para questões comuns.

Sobre o empobrecimento dos órgãos metropolitanosface a nova legislação - consolidação do bloco central PSD/PS/CDS

Rui NóvoaBE

Chegamos ao fim de 2013 piores do que nos encontrávamos no fim de 2012, e pelo que ouvimos pela voz de Passos Coelho a destruição é para continuar nos os próximos anos.

Nunca é demais lembrar que os partidos que nos desgovernam PSD/CDS, apresentaram-se nas últimas eleições com a promessa de que se fossem para o Governo não conti-nuariam com as mesmas medidas do Partido Socialista, então no Governo.

E foi dessa forma que chegaram ao poder enganando milhares de Por-tugueses com a promessa de que go-vernariam a favor das pessoas, os re-sultados estão há vista de todos. Mais Desemprego, mais precariedade, me-nos salário, menos saúde, menos pen-sões para quem trabalhou toda a vida.

Mas, mais, muito mais para os poderosos, esses sim os verdadeiros responsáveis pelo estado em que se encontra o nosso país.

Chegou o momento dos Portu-gueses não se deixarem levar mais, pelas mentiras destes senhores que quando estão na oposição tudo nos prometem para de seguida fazer exa-tamente o seu contrário. Quem não se lembra de os ouvir dizer que co-nheciam todos os problemas do país, tinham soluções para tudo? E agora dizem-nos que a final estavam enga-nados pois julgavam que o país não estava assim tão mal.

É uma vergonha e isto passa-se com todos os Governos que temos tido nos últimos, 35 anos a culpa é sempre do Governo anterior, e assim a vida das pessoas vai ficando cada vez pior.

Diz-nos o Primeiro Ministro que os aumentos dos salários só serão possíveis quando o país estiver a cres-cer entre 2,5% a 3%. É preciso muito descaramento, porque na realidade nunca Portugal cresceu a esse nível.

Na verdade o que ele nos quis dizer é de que enquanto existir esta política não haverá qualquer aumento de sa-lário para a maioria dos portugueses.

Quem não se lembra do tempo do Sr. Silva - como lhe chama o seu amigo da Madeira - quando era Pri-meiro Ministro, da palavra de ordem com que se apresentou às eleições ( Portugal Não Pode Parar). É verdade, nesses tempos era tudo p’rá frente e entravam muitos milhões todos os dias, não para os bolsos dos trabalha-dores, mas sim para muitos dos seus amigos como Dias Loureiro e outros que tais.

Convém não nos esquecermos de quem era o líder da JSD nessa altura para os mais distraídos, nada mais nada menos do que o atual Primeiro Ministro, por isso por vezes quando ouço alguns políticos da nossa praça pedirem ao Presidente da República para não deixar o Governo fazer mal

aos portugueses eu pergunto: será que eles não entendem de que ambos defendem os mesmos interesses?

É mais que tempo de dizer bas-ta. Os portugueses precisam de um governo que os defenda e não de um Governo que usa o poder contra os seus direitos. Cada dia que passa com esta gente à frente dos destinos do nosso país podemos ter a certeza do aumento da pobreza e da miséria. Os bancos alimentares já não dão resposta a tantos pedidos de ajuda sem esquecer os muitos milhares que por vergonha preferem passar fome. Aumenta todos os dias o número de crianças com fome nas escolas, e de-pois desta tragédia com que cada vez mais famílias se confrontam ainda têm a coragem do nos dizer que o país vai no bom caminho.

Tenham vergonha. Vão-se embo-ra. Os Portugueses estão fartos deste Governo.

A crise, sempre a crise!

Pedro OliveiraCDS-PP

Este é um tempo de introspeção. O Natal tem, na verdade, este

efeito em nós, de nos fazer cogitar sobre o sentido da nossa ação quoti-diana procurando apurar se não nos afastamos, nas suas diferentes ver-tentes, do essencial propósito por que nos determinamos.

Viemos para a política porque cremos que, sendo o Homem um ser eminentemente gregário, se apróxima tanto mais da sua felici-dade individual quanto mais equili-brada for a comunidade em que se insere. E a nossa ação na política é

claramente darmos muita da nossa disponibilidade em prol desse equi-líbrio social, onde todos desfrutan-do de mais que o essencial ganhem consequentemente espaço, para transformarem muitos dos seus so-nhos em realidades vivenciadas e experimentadas reiteradamente.

Genuinamente, estamos con-victos que muita da nossa felicida-de individual nos é repercutida dos “efluvios” de bem-estar material e psicológico dos nossos concida-dãos. Cumpre-nos pois potenciar o desenvolvimento social mediante a

liberdade de todos em individual-mente afirmarem as respetivas ape-tências, num processo onde a livre iniciativa de cada um desmultiplica os seus efeitos em favor da comuni-dade que os acolhe e os vai redefi-nindo dia a dia.

Enquanto representantes de parte da comunidade Gondomaren-se temos pois a subida incumbência de continuarmos na senda deste percurso, fertilizante do crescimen-to do indivíduo que se faz sempre em interligação com os seus pares, sem acintosos egoísmos porque ne-

cessariamente estereis mas também sem sujeitar a liberdade de cada um a teóricas personificações do todo, comprovadamente castradoras de ideias que diversificam e inovam.

Pensamos e fazemos a política imbuidos da bonomia Cristã e cien-tes de que a comemoração do Natal, mais que a simples troca material de prendas pelos amigos que também fazemos, representa a certeza de um dos caminhos mais extraordiná-rios que a felicidade humana pode beneficiar para se espalhar mundo fora!...

Natal

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

41VIVACIDADE DEZEMBRO 2013

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Entre as muitas lições que a gestão da crise económico-finan-ceira trouxe aos portugueses rele-va a importância que passou a ser dada ao Tribunal Constitucional,

a quem têm sido remetidos im-portantes diplomas legais para apreciação da sua conformidade (ou não) com os preceitos consa-grados na Constituição da Repú-blica. De tal sorte o recurso ao TC se tornou banal que até o cidadão mais ignorante sobre o sistema político passou a pronunciar-se sobre a constitucionalidade das leis! E por isso não espanta que nos espaços mediáticos, desde os ocupados por especialistas até aos de “antena aberta” pululem por aí sábios para todos os gostos…

A cada intenção que o Gover-no anuncia, ou a cada diploma que aprova ou faz aprovar no Par-lamento por via da maioria PSD/CDS, saltam a terreiro um sem número de “constitucionalistas” a defender com a maior das con-vicções a necessidade de recorrer aos juízes do Palácio Ratton, com o claro objetivo de travar as in-tenções governamentais. E pouco interessa o que esteja em causa…

à partida o importante é levantar a lebre, e pôr os galgos a correr atrás dela, que é como quem diz, pôr em dúvida a conformida-de constitucional de tudo o que Governo ou maioria pretendem aprovar.

Ora, é muito grave e de grande perigo para o regime que se gene-ralize e banalize o recurso siste-mático a um tribunal que, pela sua natureza, deveria ser uma instância de absoluta exceção. Por duas ordens de razões: a primei-ra, porque é suposto que o legis-lador, quer em sede de Conselho de Ministros quer na Assembleia da República, seja tecnicamente competente e politicamente res-ponsável, de forma a respeitar a Lei Fundamental como primeira preocupação; em segundo lugar, porque o Tribunal Constitucional deve ser a “última rácio” em todo o processo legislativo, sob pena de descredibilização agravada do nosso sistema político e dos res-

petivos órgãos de soberania.Não vale a pena esconder o sol

com a peneira ou ter medo das pa-lavras. A composição do Tribunal Constitucional faz dele uma insti-tuição política que, naturalmente, fundamenta as suas decisões na interpretação das leis, mais ou menos subjetiva, dos membros que o compõem, e que refletem as suas naturais simpatias ideológi-cas. Não espanta, por isso, que as suas decisões sejam tomadas por maioria simples dos membros em efetividade de funções, o que se tem traduzido, em muitos casos, por expressivas divisões entre os treze juízes daquele tribunal.

Releva deste quadro que o país político está a caminho de regres-sar ao tempo do Conselho da Re-volução, órgão político-militar que durante os primeiros anos da nossa democracia tutelou os órgãos de soberania, reclamando para si um direito de fiscalização das leis, – e em certos casos com

poderes de legislador – que me-norizava a credibilidade do pró-prio sistema político. Hoje, com as devidas distâncias, parece que caminhamos para o renascer de uma nova tutela, que não sendo político-militar, é indiscutivel-mente político-constitucional.

Pobre país, este, cujas institui-ções políticas demonstram uma congénita incapacidade para as-sumirem as suas obrigações sem o recurso sistemático a um órgão tutelar que, neste momento, está convertido num árbitro dos ór-gãos de soberania, a quem com-pete afirmar a maturidade polí-tica das instituições do regime. A prosseguirmos este caminho, seguimos tristemente para um precipício colectivo. E ou os par-tidos do arco do poder (PSD, PS e CDS) acordam a tempo para uma revisão constitucional, ou a curto prazo a própria democracia corre sérios riscos e poderá mesmo ser posta em causa…

Vivemos num regime tutelado pelo Tribunal Constitucional

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Opinião

42 VIVACIDADE DEZEMBRO 2013

Natal pode ser um pretexto para o exercício de contenção num ano especialmente difícil, a pensar que os próximos poderão continuar a ser complexos para muitas famílias, ao nível social e económico.

Natal é o momento para rever algumas tradições e hábitos enrai-zados de pendor mais consumista e de procurar alternativas conso-nantes com uma sociedade mais sustentável e solidária.

Gaste menos e ofereça mais: Estabeleça o sistema de “amigo se-creto” no seio da família ou ofereça um presente para toda a família e que todos possam partilhar (um filme “familiar”, um jogo coletivo para os mais novos) ou, consoante o orçamento familiar, fixe o núme-ro de prendas e o montante para cada uma.

Faça você mesmo: tem um va-lor incalculável independentemen-

te do engenho de cada um: faça compotas, biscoitos, bordados, crochets, enfeites de Natal e outras habilidades. Crie um cartão perso-nalizado e faça um embrulho origi-nal aproveitando materiais de casa.

Para um Natal mais sustentável,

reutilize e recicle os resíduos!O princípio da reutilização dos

objetos, questionando se podem servir para outros fins ou guarda-dos para o ano seguinte, evita o desperdício, mas também é um tra-vão ao gasto do orçamento familiar.

O princípio da reciclagem é es-pecialmente importante nesta altu-ra do ano tendo em conta o aumen-to da produção de resíduos. Quase tudo o que compramos vem acon-dicionado em embalagens, que, muitas vezes, pecam pelo excesso de material e de embalagem, sem uma adaptação ao volume dos bens que empacotam. Caso não consiga evitá-los, espalme as embalagens de plástico e de catão até ficarem com o menor volume possível.

Seja solidário: há inúmeras ins-tituições de solidariedade social que precisam do apoio de todos. Faça um donativo no seu IRS, seja voluntariado e ofereça atenção e carinho a quem precisa e recolha os brinquedos e roupas que não já não se usam em casa para outros que precisam.

E passe um Natal Feliz, são os votos da DECO!

Natal criativo e sustentável

Joana Simões

Jurísta da DECO

Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: [email protected]

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43VIVACIDADE DEZEMBRO 2013

Opinião

Todos os anos renovamos a esperança que o Novo Ano, nos traga melhores motivos de alegrar a nossa vida, dos nossos familia-

res e amigos. As Festas, de Natal e Ano Novo, constituem sempre uma oportunidade para parar-mos e refletir, sobre o ano que se passou, para procurar soluções e corrigir o possível, esperando me-lhores tempos e motivações para a vida.

Vivemos uma época que não nos anima na espectativa de vida, no aspeto económico, mas lem-brem-se que a saúde será o bem mais precioso que temos de pre-servar e esse, depende muito dos nossos hábitos de vida, tal como o exercício físico, o cuidado com a alimentação e todo um conjunto de cuidados e regras que ao longo dos nossos artigos aqui publica-dos neste jornal, compartilhamos com os leitores.

É óbvio, que não será a nossa intenção, tornar os leitores hipo-condríacos, ou seja, alguém que supervaloriza os sintomas, ima-ginando logo que estão doentes, mas não é demais chamar aten-ção, que não devemos protelar sintomas e sinais clínicos anor-mais, que podem ser importan-tes, devendo ser o nosso médico a valorizar ou não, o que pode ser relevante, para que desse modo se possa resolver uma doença na

sua fase inicial. Ainda esta sema-na, tive um claro exemplo disso, quando um familiar meu me te-lefonou, referindo que achava estranho, pois notava sangue na urina, de modo frequente. Apesar de uma pessoa saudável e com 52 anos, achei por bem recorrer de imediato ao colega de Urologia, que após uma consulta, pediu uma ecografia, que revelou uma lesão neoplásica da bexiga, em tudo podendo indiciar um can-cro. Apesar da enorme preocu-pação despertada em todos nós, o facto de se descobrir numa fase muito inicial, será a grande van-tagem para que se consiga erra-dicar de modo total a lesão, que, de outra forma, sendo protelada, poderia constituir um grave pro-blema para tratamento total. Este é um claro exemplo de que deve-mos manter vigilância e consultas de rotina, para que não sejamos surpreendidos com uma doença já numa fase adiantada do seu processo.

Compete ao seu médico ou a um médico que recorra, fazer a triagem do que possa ser impor-tante e depois fazer os exames complementares de diagnóstico, rx , ecografias, enfim, tudo a que

o médico ache importante para chegar a um diagnóstico. É claro que quando falamos deste modo, pressupomos que haja uma dinâ-mica e resposta nem sempre pos-sível na prática, pois, por vezes o acesso à saúde não será fácil e eficaz. Para os que possam, devem fazer seguros de saúde, que deste modo e complementar ao Serviço Nacional de Saúde, podem tornar mais rápido o acesso à saúde e até, porque não dize-lo, tornar o SNS mais livre para que possa ser mais eficiente aos que não podem fazer seguros de saúde e a ele tem de recorrer, mesmo para situações básicas. É tempo de acabar com a hipocrisia dos políticos “baratos”, que com frases muito “bonitas” insistem em enganar as pessoas menos atentas ou mais fáceis de enganar pela formação que têm.

Bem, mas é do Natal que vos queria falar e da esperança num Ano Novo melhor. Reconheço que não escrevo estas linhas, com a convicção que gostaria, mas ca-ros leitores, vamos todos dar uma ajuda num Mundo melhor e esse começa na nossa terra, na nossa cidade de Rio Tinto. Agora que fi-nalmente a Câmara de Gondomar se lembrou que existe Rio Tinto,

com um conjunto de iniciativas e obras a iniciarem-se, que desde há muito eram necessárias. Deixo aqui as maiores felicidades para o nosso novo Presidente da Câ-mara de Gondomar, Dr. Marco Martins, um amigo que deixou uma obra fantástica na Junta de Freguesia de Rio Tinto e a toda a sua equipa de Vereadores que tive a oportunidade de conhecer na inauguração da Clínica Rio Tinto, a quem desejo que mantenham a motivação que neles senti, para continuarem um trabalho digno, embora difícil. Acima dos parti-dos estão as pessoas e essas são o que importa. Foi esse o exemplo que deu o Porto, com a eleição do Dr. Rui Moreira, um meu conhe-cido também, com claras capaci-dades de fazer bem e melhor.

Nem só de obras megalóma-nas e pouco úteis necessitamos, mas sim de preservar o que todos os dias utilizamos e sentimos. Isso prendem-se desde as vias de co-municação aos jardins com as flo-res que alegram a vista e emanam o perfume que nos toca na alma, para o bem estar de todos.

Bem hajam e votos de Bom Natal e melhor Ano Novo 2014... Até breve, estimados leitores…

Natal e Ano Novo 2014

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

Sempre que há uma mudan-ça de protagonistas partidários do poder – seja ele nas autarquias ou no poder central – é certo e sabido que, durante largos meses, e às vezes anos, vem à baila a “pesada herança”, que é como quem diz a tendência para denunciar ou responsabilizar o poder anterior por umas tantas “malfeitorias”.

Este é, seguramente, o tique político mais enraizado nas nossas classes dirigentes. Diria mesmo um vírus que nenhum partido político conseguiu, até hoje, liquidar no seu sistema imunitário. O que é grave e muito perigoso. Antes de mais por-que representa sempre uma tendên-cia para um ajuste de contas com o passado recente, numa prática di-

visionista que pretende pôr de um lado os “bons”, e do outro os “maus”.

Mas não ficam por aqui os pe-rigos deste vírus político. É que durante meses perdem-se energias preciosas na busca de “escândalos” do passado, em vez de desde a pri-meira hora se assumir um caminho, que o mesmo é dizer tomar conta da herança, e seguir em frente na busca das melhores soluções para os pro-blemas herdados, ou que surgem no percurso.

Finalmente, neste processo de “caça às bruxas” quase sempre no fim da linha quem mais perde é erá-rio público e os próprios cidadãos que o sustentam; cidadãos que têm o direito de ver os novos eleitos de-dicados ao que é essencial, e a traba-

lhar afincadamente na resolução dos problemas. Por isso é que há alter-nância do poder na justa espectativa coletiva de que quem vem a seguir faça melhor do que os anteriores…

Não se infira daqui que os novos eleitos devam passar uma espon-ja sobre tudo o que encontraram. Muito menos que não tomem as decisões políticas que devem ser tomadas no sentido de averiguar eventuais ilícitos ou atentados à lei e ao direito. Para isso há instâncias de investigação própria, e instituições com poderes de responsabilização, seja esta em sede administrativa ou contra-ordenacional, cível ou penal.

Vem isto a propósito da “pesa-da herança” que o atual executivo camarário de Gondomar tem vin-

do a apregoar ter encontrado no município. O “Bisturi” exorta os autarcas gondomarenses a fazerem o que deve ser feito: corrigir o que entendem que está mal; participar às competentes instâncias o que en-tendem que deve ser esclarecido ou responsabilizado; seguir em frente num trabalho sério, dedicado, e sem demagogias nem folclores.

O povo está farto da política do “passa-culpas”. O povo quer ver os problemas resolvidos. O povo tem direito à dedicação dos seus autar-cas. O povo quer saber para onde vai e quem o conduz no que deve ser conduzido. O povo dispensa cam-panhas de intoxicação. O povo exige que se faça a justiça que deve ser fei-ta… e nada mais!

Os custos da “pesada herança”Bisturi

Henrique Villalva

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Emprego

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Lazer

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Guarde segredo sobre o que pre-tende fazer. É muito importante o factor surpresa. A família espera mais de si. Dê-lhe mais atenção e estimule os laços que vos unem.

Procure melhorar profissionalmente. Chances de se destacar no trabalho. In-vista em projectos ambiciosos, depois de os analisar.

Boa oportunidade de trabalho no ho-rizonte. Seja decidido e perseverante para alcançar o seu objectivo.

Avalie bem todas as possibilidades que terá numa possível mudança, pois poderá ser benéfica para a sua vida pessoal.

Dedique-se à família. As questões sentimentais e amorosas estão favoreci-das. Cuidado com palavras impensadas e ditas na hora errada.

A nostalgia e a angústia poderão to-mar conta de si. Se não conseguir supe-rar o desânimo, mesmo assim procure divertir-se.

Faça uma lista de tarefas pendentes. Enfrente-as uma a uma e verá que tudo se resolve. Conselhos de alguém mais ve-lho e muito mais experiente ser-lhe-ão muito úteis.

Uma atitude de um colega de tra-balho dará novo fôlego à sua relação. A sua fértil imaginação poderá ser uma arma poderosa na noite de paixão com que sonha.

Mostrar ambição com moderação pode ser saudável. Uma excelente oportu-nidade profissional irá surgir.

Realize um programa com os seus amigos. Aparecerão ideias óptimas para a diversão. Tente não ser possessivo e querer controlar tudo.

Os mal entendidos acontecem sempre. Uma conversa franca e amistosa poderá resolver essa situação que há muito a preocupa.

Desfrutará da companhia de familia-res e companheiros de trabalho. Libere as suas emoções de maneira controlada e lute pelo que quer.

ENVIE-NOS A SUAFOTO VIVACIDADE

Na foto: José Martins

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