vivacidade ed. 71 - maio 2012

24
VIVA CIDADE COLÉGIO PAULO VI UMA ESCOLA DE VALORES Há 48 anos em Gondomar Av. Gen. Humberto Delgado, 201 4420-155 Gondomar Tlf. 22 4646027 / 96 2044244 / 91 2301989 Fax 22 464 58 54 Email: [email protected] http://www.colegiopaulovi.com Creche Ensino Pré-escolar (Contrato de Desenvolvimento) Ensino Básico (Contrato Simples) Ensino Secundário (Contrato de Associação) RESTAURANTE Largo S. Brás, 102/104 4435-804 Baguim do Monte - Gondomar [email protected] Desfrute do nosso espaço Preços especiais para GRUPOS 224 801 268 Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte Acordos com: Allianz • SAMS Quadros • Seguradoras • GNR • CGD • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos Óptica Lisboa RIO TINTO 224 893 329 BAGUIM DO MONTE 224 893 477 GONDOMAR 224 637 651 ERMESINDE 220 963 747 MATOSINHOS 220 926 562 Poupe 40€ na compra de DAILES® Aquacomfort Plus® Entre na página www.opoderdoseuolhar.com e registe-se. por 4 packs de 90 lentes de contacto 40€ DE OFERTA R ua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf.:229 734 079 • Fax: 229 734 080 Recolha de paletes●plástico●cartão Compra, venda e reparação de paletes Tratamento HT de acordo com NIMF-15 Mensal Ano 7 - nº 71 Director: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Luís Morais Ferreira [email protected] Quinta-Feira 24 Maio 2012 0,50€ A Festa da Cerveja vai estar de novo em Rio Tinto Metro: Manutenção das áreas verdes exterio- res ao canal continua sem responsável Sport Clube de Rio Tinto: Juniores vencem o campeonato Página 7 Página 11 Página 15 PS prepara Autárquicas Páginas 4 e 5 www.vivacidade.org

Upload: jornal-vivacidade

Post on 09-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

TRANSCRIPT

Page 1: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

VIVA CIDADE

COLÉGIO PAULO VIUMA ESCOLA DE VALORESHá 48 anos em Gondomar

Av. Gen. Humberto Delgado, 201 4420-155 GondomarTlf. 22 4646027 / 96 2044244 / 91 2301989 Fax 22 464 58 54

Email: [email protected]://www.colegiopaulovi.com

CrecheEnsino Pré-escolar (Contrato de Desenvolvimento)

Ensino Básico(Contrato Simples)Ensino Secundário (Contrato de Associação)

R E S T A U R A N T E

Largo S. Brás, 102/1044435-804 Baguim do Monte - Gondomar

[email protected]

Desfrute do nosso espaçoPreços especiais para GRUPOS

224 801 268

Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Acordos com: Allianz • SAMS Quadros • Seguradoras • GNR • CGD • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos

ÓpticaLisboaRIO TINTO

224 893 329

BAGUIM DO MONTE224 893 477

GONDOMAR224 637 651

ERMESINDE220 963 747

MATOSINHOS220 926 562

Poupe 40€ na compra de DAILES® Aquacomfort Plus®

Entre na página www.opoderdoseuolhar.com e registe-se.

por 4 packs de 90 lentes de contacto40€DE OFERTA

Rua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf. :229 734 079 • Fax: 229 734 080

Recolha de paletes●plástico●cartãoCompra, venda e reparação de paletesTratamento HT de acordo com NIMF-15

MensalAno 7 - nº 71

Director: Miguel AlmeidaDir. Adjunto: Luís Morais [email protected]

Quinta-Feira24 Maio 2012 0,50€

A Festa da Cerveja vai estar de novo em Rio Tinto

Metro: Manutenção das áreas verdes exterio-res ao canal continua sem responsável

Sport Clube de Rio Tinto: Juniores vencem o campeonato

Página 7 Página 11 Página 15

PS prepara AutárquicasPáginas 4 e 5

www.vivacidade.org

Page 2: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

2 informação VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

Ficha TécnicaRegisto no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06Director: Augusto Miguel Silva AlmeidaDirector-Adjunto: Luís Morais Ferreira (CP 7349)Edição, Redacção, Administração e Propriedade

do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SASede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTOTelefone: 22 832 9259 Fax: 22 832 9266

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos,

Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa.Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Caros Leitores,O artigo sobre a manutenção das áreas verdes da linha F do Metro do Porto é bem paradigmático de um dos maiores problemas que o nosso país tem, que é a incapacidade de manter as infra estruturas que tão alegre e rapidamente se construíram com os apoios da União Europeia.O canal do metro e os espaços ver-des que o circundam são um exem-plo que nos é próximo, mas muitos mais existem como as escolas em que não se pode ligar o ar condicio-nado ou as auto estradas com pontos de passagem de água que não são corrigidos ou as SCUDs com pisos irregulares ou o estado de conser-vação de alguns dos estádios de fu-tebol que eram novinhos em folha apenas á 8 anos.Sermos capazes de pagar os custos de funcionamento das coisas que criamos é um dos aspectos essen-ciais em qualquer realização huma-na e que deve estar bem presente no espirito e nos planos de quem faz ou manda fazer. A passagem da responsabilidade de gerir coisas públicas para privados deveria tornar o problema mais com-plicado para o Estado, pois o pro-blema continua a ser exactamente o mesmo, mas agora com necessida-de de gerar ainda maior lucro. Mas, curiosamente, a passagem para pri-vados torna o processo mais eficien-te e com melhores resultados…

EditorialJosé Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA.Economista e Docente Universitário

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Para preservar a tradição e dar con-tinuidade à inicia-tiva, a Cooperativa Cultural Arco do Bojo vai realizar a II

Mostra de “Cascatas Sanjoaninas” da Cidade de Rio Tinto do dia 11 a 29 de Junho. Todos os participan-tes terão direito a um prémio.

Um dos acessos para a estação do metro da Levada e até para o Parque Nascente, é feito por um passadi-ço construído para o

efeito. A via é propícia a velocidades e com o estacionamento das viaturas em fila contínua, a visibilidade é re-duzida tanto para os peões como para os condutores. Antes de se lamentar qualquer acidente grave, é urgente a colocação de passadeiras no local.

Carlos Silva - Leitor Vivacidade

positivo...

negativo...

Prezados leitores, após um breve in-terregno motivado por questões pro-fissionais, volto a apresentar-vos as “Memórias do nos-so passado”. Come-

ço por vos falar do Casal da Ferraria e do Casal da Lâmpada, os quais se en-contravam localizados no lugar de Sevi-lhães, Couto de Rio Tinto. Temos para estes casais três cartas de emprazamen-to, datadas de 11 de Maio de 1408, 13 de Dezembro de 1449 e 29 de Janeiro de 1526, as quais nos fornecem infor-mações bastante relevantes. De notar que os casais eram propriedades agrí-colas detidas em posse pelo Mosteiro

de S. Cristóvão de Rio Tinto. Em 1408, os referidos casais foram emprazados a três vidas a João Afonso (filho de Afonso Eanes de Baguim), Maria Ea-nes sua mulher e a mais uma pessoa. Sabemos que esses casais haviam sido anteriormente emprazados a Martim Eanes e a Afonso Domingos da Ponta, ambos moradores em Baguim. A renda anual estipulada então neste período, o da abadessa D. Aldonça Rodrigues de Sá, foi de cinco teigas (antiga medida para cereais) de centeio e sete teigas de milho, dois maravedis de foro, um par de galinhas para além da jeira (antigo foro que consistia em trabalho obriga-tório e gratuito de lavoura) excepto nos meses de Junho e Junho e dizimo sobre o vinho. Os emprazantes pagaram de

entrada deste emprazamento dos referi-dos casais um carneiro. Este documen-to foi redigido por Vasco Peres, capelão do Mosteiro. Em 1449, no período da abadessa D. Inês Alvares Borges, estes casais foram emprazados a João Eanes (filho de João Sobrinho), Leonor Vas-ques sua mulher e a mais uma pessoa. Estes novos emprazantes dariam de renda anual ao referido Mosteiro cinco teigas de milho, quatro teigas de cen-teio e uma teiga de trigo, colmo, palha e esterco segundo costume do mostei-ro pelo dia de S. Miguel de Setembro. Os emprazantes pagaram de entrada do prazo destes casais um carneiro, uma fogaça e quinze reais.(...)

(Continua na edição de Julho)Professor, Escritor e Historiador

Os casais da Ferraria e da Lâmpada em Sevilhães Memórias do nosso passadoPaulo Santos Silva

Page 3: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

3VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 publicidade

TINTAS – VERNIZES – DILUENTES – ESMALTES – VELATURAS – PRIMÁRIOS – TAPA POROS – DECAPANTES – TINTAS EM PÓ TERMOENDURECÍVEIS

TELAS ASFÁLTICAS E REVESTIMENTOS BETUMINOSOS COLAS INDUSTRIAIS

Rua 25 de Abril n.º 94 Loja 12 GondomarTlf: 220 964 417 Tlm: 966 051 275

Rua Agostinho Alves de Sousa, 326 • 4510-472 FÂNZERESTelefone: 224 861 838 • Telemóvel: 963 613 196

TAKE AWAY

Pratos Económicos DiáriosBifanas à Angolana

Temos petiscos diversos para o seu lanche,acompanhado com bom vinho de lavrador!

Sábados à noite Musica ao vivo com o grupo

AZ DUODomingos à Tarde das 15 horas ás 20 horas

KaraokeReserve Já a sua Mesa!!!!!!

Delicie-se com os nossos grelhados

Informação de Rio Tinto e Baguim do MonteVIVA CIDADE 28 Junho

Page 4: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

O deputado municipal, Carlos Brás, preside a Lista B e visitou S. Pedro da Cova e a Tapada do Outeiro no início do período da sua candidatura à Comissão Política Concelhia do Partido Socia-lista. Carlos Brás reuniu também com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gondomar para enfatizar a ideia principal da lista, uma “abertura à sociedade, às instituições e ao território de Gondomar que o Partido Socialista precisa de fazer para se assumir como uma alternativa credível ao atual poder.”

Vivacidade (VC) - “Mudar para ga-nhar” é o mote da sua candidatura. Na prática, que significado tem essa mu-dança?

Carlos Brás (CB) - O slogan foi esco-lhido precisamente porque entendemos que o PS precisa de mudar para ganhar a Câmara Municipal. E portanto o sub--slogan é “Mudar o PS para mudar Gon-domar”.

VC - Qual é a primeira coisa que vai tentar mudar no concelho, se vencer as eleições?

CB - Como sabe, isto é uma candidatu-ra interna, partidária e portanto, no caso de ganhar, como espero, o meu raio de ação circunscreve-se à estrutura partidá-ria. Embora depois tenhamos já algumas ideias de programa, para integrar no futu-ro programa à Câmara, mas circunscreve--se à lógica interna do partido. E dentro do partido, o que me parece que é mais premente mudar é a proximidade aos mi-litantes e a abertura à sociedade, às insti-tuições e ao território de Gondomar que o Partido Socialista precisa de fazer para se assumir como uma alternativa credível ao atual poder e às candidaturas que venham a disputar a Câmara Municipal.

VC - Voltando ao mote [Mudar para ganhar], porquê a alteração em relação ao mote de 2010 e porquê a cedência do mesmo ao atual rival?

CB - Antes de mais, isso revela algu-ma falta de imaginação e falta de origi-nalidade na escolha do slogan por parte do meu adversário, mas isso é da inteira responsabilidade dele. No fundo, se vir, [o slogan] é muito semelhante ao anterior. O slogan era, se bem me recordo, “Mude o PS, que Gondomar muda”. E, no fundo, o que prevalece aqui é a ideia de mudança e prevalece também a ideia de que Gondo-mar está à espera que o Partido Socialista mude para aderir às propostas socialistas.

VC - Começou as suas visitas de can-didatura à Tapada do Outeiro e a S. Pe-dro da Cova. É na energia e no ambiente

que estão as prioridades para o concelho?CB - Não só, não só. Essas foram duas

visitas emblemáticas e em S. Pedro da Cova, a visita não se limitou a tratar de questões ambientais mas também aborda-mos a questão do património cultural e da identidade histórica de S. Pedro da Cova, porque visitámos o Cavaleiro de S. Vicen-te e depois efetuamos também uma visita ao Museu Mineiro onde está guardado o espólio que existe da atividade mineira de S. Pedro da Cova. De facto, nós entende-mos que, a par do ambiente, a par do as-peto social e em conjunto com a atividade económica, são três aspetos fundamentais para garantir um crescimento e um de-senvolvimento sustentável em Gondomar.

VC - Como candidato à Comissão Política Concelhia de Gondomar que propostas e resoluções pensa poder vir a tratar no que diz respeito à cidade de Rio Tinto?

CB - Rio Tinto não tem nenhum tra-tamento especial no âmbito desta candida-tura. Rio Tinto é uma freguesia que, pelas suas próprias características e dimensões, tem um papel preponderante em qualquer aspeto político que diga respeito a Gondo-mar. Em Rio Tinto, para esta candidatura, é importante ganhar a Junta. A Junta de Rio Tinto assume, no papel concelhio, um destaque natural devido à dimensão que ela própria tem. Sei que em Rio Tinto há vários problemas que precisarão de aten-ção por parte do futuro executivo. Desde logo algumas promessas que ficaram por concretizar por parte desta Câmara Muni-cipal, nomeadamente, a questão do Fórum Cultural, a questão do rio Tinto – no que diz respeito à regularização de leitos e à re-cuperação ambiental –, no urbanismo, na questão das casas devolutas…Há muitas questões que este executivo municipal dei-xou por tratar em Rio Tinto. Mas depois, isso caberá ao futuro executivo – que eu es-pero que seja do PS - tratar dessas questões.

VC - Vai concorrer à câmara, na

eventualidade da sua lista ganhar as eleições?

CB - Não. O objetivo desta candidatura não é servir de trampolim para uma can-didatura à Câmara Municipal. Os estatu-tos do Partido Socialista foram alterados recentemente e uma das alterações que foi introduzida é precisamente a de que os militantes, através de sufrágio direto, esco-lherão o candidato do PS à Câmara Muni-cipal. E portanto é aos militantes que cabe a escolha do candidato à Câmara Munici-pal. Não vejo esta candidatura como um trampolim para isso, vejo sim esta candi-datura como uma oportunidade de estabi-lizar o partido, prepará-lo e construir uma base programática – partindo da força que nós temos nas Juntas de Freguesia -, um projeto que seja credível e que seja acei-tável para os gondomarenses. Qualquer militante que reúna as condições e que re-úna o número de assinaturas necessárias, pode-se propor ao eleitorado – que é o universo de militantes do PS – neste caso em Gondomar, como candidato.

VC - Mas vai-se propor como candi-dato?

CB - Não tenho essa ideia. Não parto para esta luta com esse intuito. Entendo que existem, dentro do Partido Socialista, pessoas mais bem colocadas para disputar essa eleição.

VC - Em Baguim, há algum assunto em destaque que mereça a atenção do próximo executivo?

CB - Em Baguim há várias questões que estão ainda por solucionar e dou, as-sim de repente, como exemplo a questão dos acessos à estação de metro, a ques-tão da regularização do pavimento da Rua Dom António Castro Meireles – que é a principal via de acesso a Baguim do Monte -, uma questão pendente, que não está totalmente resolvida e que o partido socialista deu um contributo muito im-portante, que é o canil. Estava prevista a construção de um canil numa zona muito

próxima de uma das principais zonas de residência de Baguim do Monte, a Quinta da Missilva. Essa questão está adormeci-da mas nós ainda não temos a garantia de que esse projeto não seja retomado e ainda não temos a garantia de que não ve-nhamos a ser confrontados com a ideia de construir um canil em Baguim.

(VC) - Novamente, no caso de a sua lista ganhar, já tem ideia de para quem irão ser delegadas as funções de pre-sidente da Junta de Rio Tinto e de Ba-guim?

(CB) - Não. Dentro da estrutura orgâ-nica do PS, cabe a cada secção de residên-cia escolher o candidato. A concelhia – o órgão ao qual eu estou a concorrer – só intervirá se os militantes não consegui-rem chegar a um consenso, se houver al-guma dificuldade na indicação de algum candidato e a única figura que há para que a concelhia possa intervir é a avocação do processo. Não há tradição – nem eu tenho grandes receios quanto a isso – de que seja necessário a concelhia interferir em cada uma das freguesias. Penso que os órgãos de residência poderão facilmente chegar, em cada uma das freguesias, à escolha do candidato que melhor corresponderá ao perfil que venham a traçar para ele.

VC - Há alguma medida de que ainda não tenha falado que propõe ao PS tra-tar em Gondomar?

CB - Antes de mais, esta candidatura baseia-se na necessidade que eu sinto – e que um conjunto alargado de camaradas sente – de fazer o Partido Socialista voltar à rua. Isto é, trazê-lo para o exterior, trazê--lo para o contacto com as pessoas, com o território e com as instituições. No fundo, abrir o partido. Nós estamos na oposição em Gondomar há cerca de 20 anos. E por-tanto esta oposição deixou o partido pre-so a uma lógica do passado, introvertido, tímido e com muito receio do eleitorado gondomarense e de vir para a rua. Esta candidatura baseia-se nesses pressupostos e tem como desafio vencer a inércia que o PS tem tido nos últimos anos. Sobretudo, temos que nos apresentar ao eleitorado de cara erguida com um projeto credível e o partido entretanto tem que organizar-se internamente, por as estruturas a dialogar, os vereadores, a Assembleia Municipal, os presidentes de Junta… Só com estas enti-dades coordenadas é que nós podemos vir para a rua e tratar depois de construir um programa que possa merecer a aprovação dos gondomarenses. (Esta e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

4 entrevista VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

O candidato Carlos BrásEleições dia 2 de Junho para a Comissão Política Concelhia do PS Gondomar

Page 5: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

O presidente da Comissão Polí-tica Concelhia do Partido Socialista 2010/2011, Luís Filipe de Araújo apre-sentou a sua candidatura ao novo man-dato no dia 12 de Maio, na Biblioteca Municipal de Gondomar. O deputado dirige a Lista A e coloca no topo das suas prioridades “ganhar e conquistar Gon-domar” enquanto comunidade.

Vivacidade (VC) - A sua candidatura pretende “Ganhar Gondomar”. Na prá-tica, que significado tem essa mudança?

Luís Araújo (LA) - Significa essen-cialmente fazer renascer um Município que está adormecido há 20 anos. Isso é que significa “Ganhar Gondomar”. Aliás, como tentei transmitir na apresentação da minha candidatura, eu acho que o pro-blema mais importante de Gondomar é um problema de espaço público, de iden-tidade. É a falta de identidade dos gon-domarenses. Não existe espaço público, portanto nós temos de ganhar novamente Gondomar, de fazer renascer Gondomar enquanto comunidade. Porque a forma como vejo o Município, não encontro uma comunidade em Gondomar.

VC - Voltando ao mote porquê a alte-ração em relação ao mote de 2010 e por-quê a adoção do mesmo mote que o seu adversário usou no ano passado?

LA - Rigorosamente nem pensei nisso. A minha ideia foi com uma frase curta tentar fazer com que as pessoas percebessem que é realmente necessá-rio ganhar, conquistar Gondomar mas na ideia de comunidade. Gondomar en-quanto comunidade. Isso é que é preciso ganhar. E é essa a prioridade. O enfoque tem mesmo de ser esse. Aparentemente, isto é uma preocupação secundária mas na verdade, pensando bem, a minha pre-ocupação principal é essa. Acho que o início é esse.

VC - Como candidato à Comissão Política Concelhia de Gondomar, que propostas e resoluções pensa poder vir a tratar no que diz respeito à cidade de Rio Tinto?

LA - Em Rio Tinto há desde logo aquele problema do Plano de Pormenor do Centro Cívico que, enquanto vereador, votei contra na Câmara Municipal. O PS apresentou uma declaração de voto devi-damente fundamentada acerca do assunto e o que eu acho é que aquele lugar do an-tigo mercado é o único espaço que ainda sobra e que pode dar dignidade a Rio Tin-to. E aquele espaço não pode ser perdido, portanto essa é uma batalha que não pode ser perdida.

VC - É uma das prioridades?LA - Absolutamente. VC - E propostas para Baguim?LA - Eu julgo que em Baguim falta

uma centralidade que ainda não tem. Ba-guim pode aproveitar o canal do metro, que julgo que está desaproveitado – aliás, basta ver o estado em que estão as rotun-das, praticamente ao abandono – e tam-bém já disse que quanto a esse assunto acho que aquelas ervas deviam ser corta-das fosse por quem fosse. As pessoas não querem saber quem é que tem obrigação. Querem é ver o problema resolvido. Ago-ra, em Baguim acho que também falta

uma centralidade e obviamente que falta o que falta em todas as outras freguesias. Se nós quisermos passear com os nossos filhos ao fim de semana, não temos local nenhum. Temos de ir para o Porto para o Parque da Cidade ou vamos para Gaia. Infelizmente é assim.

VC - Ao nível ambiental e social, por

exemplo, há alguma proposta ou medi-da central de que ainda não tenha falado para Gondomar?

LA - Eu julgo que o nível ambiental é extremamente importante. E digo isto porque Gondomar tem características muito próprias, designadamente a nossa floresta que está completamente desa-proveitada. Gondomar podia ter, e devia ter, um parque ambiental de característi-cas metropolitanas - porque temos con-dições naturais para isso – e julgo que seria um grande pólo de atração a nível metropolitano. Precisamos é de vonta-de política para criar aqui um grande

parque ambiental, que ao mesmo tempo pudesse servir de área de lazer para todo o Município. Agora a verdade é que este executivo camarário não se interessa com Gondomar. Basta olharmos para o estado em que está o polis. Mas nós temos uma primeira mudança que é uma mudança de mentalidade e de ambição que não existe

nos intérpretes do executivo camarário atual. Quando ao resto, se começasse a elencar as áreas que precisam de mudan-ça, bastava escolher uma qualquer à sorte. O problema é que este Município é atrasa-do em todas as áreas.

VC - Vai concorrer à Câmara, na eventualidade da sua lista ganhar as eleições?

LA - Isso é uma pergunta de resposta difícil e o que é que eu penso acerca dis-so? Acho que este não é o momento certo para fazer essa avaliação. Se me perguntar: coloca essa hipótese de lado? Não coloco essa hipótese de lado. Julgo é que não é o momento certo para fazer esse juízo. Essa é uma questão que terá de ser respondida numa fase mais adiantada deste processo. Os partidos devem escolher os melhores. Não devem fazer as escolhas por capricho ou por interesse de fação. E, portanto, o que eu quero para o PS é o melhor can-didato para Gondomar, não é o melhor candidato para satisfazer o partido ou os amigos.

VC - E na sua lista há mais candida-tos que possam vir a concorrer à Câma-ra?

LA - Há muitos candidatos na minha lista e na outra lista. Eu admito isso, há vá-rias pessoas que julgo que tem perfil para ser candidatos à Câmara.

VC - Novamente, no caso de a sua lista ganhar, já tem ideia de para quem irão ser delegadas as funções de presi-dente da Junta de Rio Tinto e presidente da Junta de Baguim?

LA - Eu tenho uma opinião minha so-bre isso. Não quero estar a adiantar uma escolha que deve ser uma escolha dos mi-litantes dessas secções, como está nos ter-mos dos atuais estatutos do partido. Isso seria estar a ultrapassar a vontade dos mi-litantes. Eu julgo que os atuais presidentes de Junta seriam sempre os candidatos na-turais. Para além disso será sempre uma escolha dos militantes de cada uma das secções. E também devo reconhecer que o Partido Socialista, aqui em Gondomar, precisa obviamente dos seus presidentes de Junta. O partido tem de estar unido para vencer as próximas eleições autár-quicas, isso é inegável. E se for eu o presi-dente da Comissão Política não vou afas-tar ninguém. Muito pelo contrário.

Eu acho que devemos esquecer as cinco mil rosas do nosso jardim e deve-mos pensar numa única rosa que é Gon-domar. (Estas e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

5VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 entrevista

Os objetivos de Luís Filipe de AraújoEleições dia 2 de Junho para a Comissão Política Concelhia do PS Gondomar

Page 6: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

6 informação / desporto VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

A dupla Paljet [Jorge Silva e Miguel Rios] voltou à ação. O espaço “Feira Aventura”, em Santa Maria da Feira, voltou a acolher, no dia 20 de Maio, o Campeonato Nacional de Trial 4x4 para a realização da terceira ronda.

Apesar do objetivo não cumprido dos pilotos da Paljet de “ficar nos pri-meiros três do pódio”, a equipa acabou por subir uma posição na tabela geral em relação à temporada de 2011, tendo ficado em quinto lugar [terceiro lugar no final das três provas em Santa Maria da Feira, com 94 pontos].

Jorge Silva, da dupla rio tintense,

explicou ao VIVACIDADE que alguns “azares mecânicos” no Nissan Patrol não permitiram que a equipa concreti- que a equipa concreti-zasse os objetivos iniciais.

Momentos antes da partida, Jorge Silva, explicava a estratégia da Paljet no Campeonato de Trial. “A estratégia hoje é não deixar fugir os primeiros três que estão na nossa frente – vamos partir em quarto lugar – e não deixá-los fugir quer dizer que no momento certo, quando ti-vermos que atacar, vamos atacar do iní-cio até ao fim.”

O carro, esse estava “mais bonito” do que nas outras edições e com algumas

melhorias mecânicas. “Esteticamen-te, pusemos o carro mais bonito, mais viável, de forma a que, de prova a pro-va, a gente consiga ter sempre o carro com a mesma imagem, de forma a que os nossos patrocinadores tenham, diga-mos, alguma vaidade e alguma situação melhor na visibilidade da viatura. Em termos mecânicos, fomos investindo alguma coisa mas o comportamento da viatura está excelente”, disse Jorge Silva antes de partir para a corrida.

A pista, junto ao complexo desporti-vo do Feirense, em Sanfins, estava “rápi-da e boa”, na opinião de Jorge Silva, que

considerou esta edição do Campeonato Nacional de Trial 4x4 como “excelente”. “De ano para ano tem sido melhor, mui-to melhor”, confessou.

Os vencedores desta edição foram Paulo Candeias e Gerardo Sampaio de Carrazeda de Ansiães e o campeonato prossegue a 23 de Setembro em Tábua e 28 de Outubro em Paredes. A entrega de prémios, denominada Gala, está agen-dada para 2 de Dezembro, no restauran-te ‘Assador.pt’, em Canelas, Gaia. (Estas e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

O VIVACIDADE foi saber junto dos militantes do Par-tido Socialista, representan-tes de 6 freguesias do con-celho de Gondomar, qual a posição dos mesmos em relação aos dois candidatos à Comissão Política Conce-lhia do PS Gondomar.

“No entanto, enquanto militante do PS, já demonstrei publicamente, o meu apoio à candidatura do Dr. Luís Filipe Araújo para a Comissão Política Conce-lhia de Gondomar.

Esta minha opção, deve-se não só à confiança pessoal que merece o candida-to, mas também porque subscrevo e me revejo no projeto político que corporiza para o  Concelho de Gondomar.”

Fernanda Vieira – Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres

“O Carlos Brás representa a mudan-

ça e a renovação do PS, em atitudes, práticas e valores, traduzidos numa lista com muitos militantes até aqui alheados da vida partidária ativa  Sob o ponto de vista pessoal, nada tenho contra a re-candidatura do Luís Filipe Araújo, que muito respeito, mas os seus elementos já comprovaram que politicamente não estão à altura de dirigirem o PS Gon-domar no atual contexto. O PS é um partido de poder em Gondomar e tem estado fechado sobre si próprio, com muita inércia, preso a lógicas do passa-do e sem tomadas de posição públicas para as grandes causas que preocupam os Gondomarenses. Por isso voto B e apoio o Carlos Brás.”

Isidro Sousa - Presidente da Junta de Freguesia da Foz do Sousa

“Eu apoio incondicionalmente Luís Filipe Araújo. Desde logo porque reco-nheço o esforço e o mérito da sua actual liderança na Comissão Política Conce-lhia de Gondomar, pautada por uma enorme dedicação e empenhamento ao Partido Socialista mas, sobretudo, à Po-

pulação de Gondomar (e isso para mim é que é o mais importante, claramente), para além duma enorme seriedade, ri-gor e inteligência numa gestão interna que não é fácil, condicionada, como é óbvio, pelo facto de sermos oposição em Gondomar.”

Jorge Correia - Presidente da Junta de Freguesia de Melres

“Tendo em conta os desafios que se colocam ao Partido Socialista em Gondomar, apoio incondicionalmente a candidatura do Carlos Brás, da qual sou mandatário, porque é um camarada com valores, capacidade técnica e hu-mana, experiência política (nomeada-mente como líder do PS na assembleia municipal) e dinamismo para dar ao PS a energia e ritmo que precisa para al-cançar a   vitória na Câmara Municipal de Gondomar e nas várias Freguesias nas eleições autárquicas de 2013. Mudar para Ganhar, é pois a chave para o suces-so autárquico do PS em Gondomar.”

Marco Martins - Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto

“Carlos Brás tem tido um bom de-sempenho como líder do PS na Assem-bleia Municipal de Gondomar, por isso o apoio.

Todos são necessários para construir um PS forte e credível, para que os gon-domarenses voltem a confiar em nós os destinos da Câmara Municipal.

Daí o meu apelo a todos os socialis-tas de Gondomar para que, após o dia 2 de Junho, ganhe quem ganhar, se unam em torno dum objetivo comum: Ganhar Gondomar! “

Nuno Coelho - Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte

“O candidato que apoio é Carlos Brás, porque acho que o Partido Socia-lista tem que ser renovado e dar oportu-nidade a pessoas jovens.”

Silvino de Sousa Paiva - Presidente da Junta de Freguesia de Covelo

Os excertos citados revelam a opi-nião de simpatizantes do Partido Socia-lista.

Paljet sobe uma posição

A opinião dos Socialistas

Campeonato Nacional Trial 4x4

Eleições dia 2 de Junho para a Comissão Política Concelhia do PS Gondomar

Page 7: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

7VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 reportagem / informação

É já do dia 6 a 10 de Junho que se vai realizar a Festa da Cerveja 2012, em Rio Tinto. O evento conta, este ano, com as habituais barraquinhas de tascas e restaurantes do concelho, no Largo do Mosteiro e a Feira de Artesanato junto ao adro da Igreja Matriz.

A Festa da Cerveja de 2012 esteve em risco de não se realizar mas um in-vestimento privado vai permitir assegu-rar o evento.

O presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, explicou ao VIVACIDADE que esta festa tem vindo a dar um prejuízo aproximado de “10 mil euros por edição.” “Sempre dissemos que é um investimento que a Junta deve fazer. Porque promove o ar-tesanato, a cultura, o convívio. Só que este ano não temos margem orçamental. Tínhamos um orçamento de 2 ou 3 mi-lhões e agora temos 0,76 milhões. Por-tanto, não há margem para isso e, com muito custo, tínhamos tomado a decisão de não avançar com a Festa da Cerveja porque não podíamos correr o risco de a Junta suportar esse valor. Consegui-mos agora arranjar um parceiro priva-do, devidamente protocolado e com os formalismos necessários, que assuma o risco. Ou seja, vamos limitar as despesas da Junta a uma coisa mínima, ao apoio logístico e a assistência de meios huma-nos – portanto, não é um custo finan-ceiro direto”, assegurou o autarca. Mar-co Martins aclarou que “o programa não será tão ambicioso em termos de cartaz, como nos anos anteriores” mas referiu que “acima de tudo é preciso nesta con-juntura também iniciativas que promo-vam o convívio e o divertimento e que

as pessoas possam também descompri-mir um bocadinho.” Para isso a Junta de Freguesia certificou-se que o evento não teria qualquer custo para o público. “Não há qualquer tipo de custo. Não ti-nha lógica, nesta conjuntura, estarmos a pôr um preço. Portanto vamos manter a gratuitidade do evento”, afirmou o presi-dente da Junta.

Uma parceria diferente, a mesma organização

A i9 Produções, a empresa que assu-miu a organização da Festa da Cerveja 2012, vai apostar na mesma identida-de das edições passadas. Depois de um apelo de várias dezenas de pessoas na página do Facebook da Festa da Cer-veja, a i9 Produções decidiu associar--se. “Como soubemos que poderia estar em risco a realização do evento, assu-mimos nós a colaborar com a Junta de Freguesia. Achámos que este evento não poderia acabar e então preferimos não ter lucro mas também não ter prejuízo. Em termos de organização é exatamen-te igual porque os moldes são iguais aos que a Junta de Freguesia fazia. Temos alguns grupos, academias de dança, que costumam trabalhar connosco, vêm cá gratuitamente”, explicou Pedro Paiva, representante da i9 Produções e envol-vido na organização da festa.

“A festa da cerveja deste ano de 2012 vai ser idêntica há do ano passado, no mesmo local, com as mesmas ativida-des. Irá ter na mesma a Feira de Arte-sanato e iremos ter mais algumas em-presas a demonstrarem o que têm para oferecer aos rio-tintenses e a quem vi-sitar e vamos ter as mesmas tasquinhas

a confecionar os melhores petiscos que a cozinha tradicional portuguesa tem”, acrescentou.

Apesar da continuidade da edição de 2012, a animação vai ser mais fraca. “Tivemos que reduzir um bocadinho. Não vamos gastar tanto em animação. Preferimos fazer com que a festa se re-alizasse – porque estava em vias de não se realizar – e tirar algumas coisas que não eram tão importantes, para que a festa acontecesse. A figura de cartaz que as pessoas mais conhecem é o Marcus [Marcus Machado] e vai logo abrir a festa dia 6 de Junho”, revelou Pedro Pai-va.

O empresário acredita que a Festa da Cerveja “já conquistou o seu público” e que é importante para uma cidade com

poucas “coisas para animar as noites e os fim-de-semanas.” Ao contrário dos anos anteriores, o responsável pela or-ganização explicou que “este ano houve muita procura por parte do comércio de Rio Tinto e Gondomar – cafés e res-taurantes – para quererem participar na festa da cerveja.” Confirmados até agora estão ‘O Cabeças’, a ‘Paula dos Cachor-ros’, a ‘Churrasqueira Central de Rio Tinto’, o ‘Café Sport’, o ‘Grupo Mucaba’ e o ‘Café Snob’, algumas das barraquinhas já habituais nesta festa.

No ano passado visitaram a Festa da Cerveja 60 mil pessoas e o objetivo deste ano, para a organização, é “manter o número, mantendo o nível das festas anteriores.”

Ricardo Vieira Caldas

No passado dia 30 de Abril, pelas 21h30, realizou-se a Assembleia de Fre-guesia de Rio Tinto, presidida por Eugé-nio Joaquim Saraiva.

A sessão iniciou-se com um perío-do de intervenção aberto ao público na qual dois cidadãos expuseram dois pro-blemas na Rua do Sistelo e na Rua Nova de Perlinhas. O presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, justificou as situações e a Assembleia Ordinária prosseguiu.

No período antes da ordem do dia foram apresentadas e votadas 11 mo-ções pelos vários partidos que com-põem a Assembleia, tendo nove delas

sido aprovadas por unanimidade e duas delas aprovadas por maioria [uma com abstenção do deputado Alfredo Correia do PSD e outra com duas abstenções, do deputado Alfredo Correia e da depu-tada Ana Rodrigues também do PSD]. De vários temas discutidos nas moções apresentadas, a questão do espaço do Antigo Mercado de Rio Tinto voltou acima da mesa para solicitar um técni-co da Câmara Municipal de Gondomar que possa explicar o projeto atual. Os mega-agrupamentos escolares, o posto de atendimento da Areosa, os centros escolares, bem como o Dia do Trabalha-dor foram também alvo de tema para

discussão. O 1º de Maio foi falado por todos os partidos presentes na Assem-bleia de Rio Tinto e mesmo saudado por alguns deles.

Já no período da ordem do dia, de-correu a votação para as atas 9, 10 e 11. As duas primeiras foram aprovadas por unanimidade e a terceira foi aprovada por maioria com abstenção do depu-tado António Garrido, do Partido So-cialista, por não ter estado presente na Assembleia nesse dia.

Na discussão sobre as Contas de Ge-rência do ano de 2011 o presidente da Junta prestou alguns esclarecimentos seguindo-se depois a votação. As Con-

tas foram aprovadas por maioria, com os votos a favor do PS e abstenções do PSD, RTC, BE e CDU.

Também aprovada por maioria foi a primeira modificação orçamental de 2012, com os votos a favor do PS e BE, votos contra do PSD e abstenções RTC e CDU.

A Sessão Ordinária terminou com a discussão do Inventário da Junta de Freguesia, onde interveio o deputado Alfredo Correia e o presidente da Jun-ta, Marco Martins, e com a apreciação do Relatório do Estatuto do Direito de Oposição.

Ricardo Vieira Caldas

Menos animação mas mais procura

Contas de 2011 aprovadas por maioria

Festa da Cerveja

Assembleia de Freguesia de Rio Tinto

Page 8: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

Cento e quatro anos de existênciaClube Gondomarense

O Clube Gondomarense, uma das coletividades mais antigas do concelho, comemorou, no passado dia 19 de Maio, o seu centésimo quarto aniversário, com a realização de uma sessão solene come-morativa. Uma cerimónia onde ficou bem patente o desenvolvimento que aquela coletividade da cidade de Gon-domar tem vindo a conhecer, que con-tou com a participação de várias entida-des, muitos associados e representantes de diversas coletividades do concelho.

Ocuparam a mesa de honra des-ta sessão solene, o vereador Fernando Paulo, em representação da Câmara Municipal de Gondomar, Vítor Varão, em representação da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme), um represen-tante do movimento associativo conce-lhio, além de Elói Viana e Laurentino Ramos, respetivamente, presidente da Assembleia Geral e da Direção da cole-tividade aniversariante. Entre a assistên-cia encontravam-se vários dirigentes do Clube Gondomarense e de outras cole-tividades da freguesia de Gondomar (S. Cosme).

O discurso de Laurentino Ramos,

presidente da Direção, ficou marcado pela explicação das mudanças que foi necessário fazer para, nos tempos de crise que vivemos, tornar a coletividade sustentável, bem como recordar que a promessa feita pelo presidente da Câ-mara, durante a sessão solene do ani-versário de 2009, de ampliação de mais um piso, ainda está por concretizar, acrescentando que “quero acreditar que a promessa do major Valentim Loureiro irá ser cumprida.”

A última intervenção pertenceu ao vereador Fernando Paulo, em represen-tação da Câmara Municipal de Gondo-mar, que depois de deixar palavras de saudade e evocação dos fundadores do Clube Gondomarense, principiou por destacar “a jovialidade de uma coletivi-dade com 104 anos de existência, funda-da dentro dos ideais da República, que é uma verdadeira escola da vida”, para depois deixar uma palavra de apreço aos dirigentes do clube, pelo “trabalho que têm levado a cabo, através de uma ges-tão criteriosa e bem-feita.”

Em resposta à questão colocada por Laurentino Ramos sobre a ampliação da

sede social, o vereador Fernando Paulo referiu que “a Câmara sempre honrou os seus compromissos” aconselhando o presidente do Clube Gondomarense a marcar uma reunião com o presiden-te da edilidade gondomarense, “onde o

projeto de ampliação será debatido”.Uma sessão solene que terminou

com um porto de honra, bem como com a partilha do bolo de aniversário e o cantar de parabéns ao Clube Gondo-marense.

8 informação / publicidade VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE RIO TINTOLIC.JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA

NOTÁRIO

JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL----- CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de Trinta de Abril corrente, exarada de folhas cinquenta e dois e seguintes, do livro de notas n° noventa e sete, deste Cartório, --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- JOSÉ RAIMUNDO RODRIGUES TAVARES, NIF 141 797 150 e mulher MARIA AMÉLIA DA FONSECA LEITE TAVARES , NIF 141 797 193, casados no regime da comun-hão geral de bens, naturais ele da freguesia de Santo Ildefonso, concelho do Porto e ela da freguesia de São Gonçalo, concelho de Amarante, e residente na Rua Gago Coutinho, 65, em Rio Tinto, Gondomar. ------------------------------------------------------------------------------------- E pelos outorgantes na foi dito que são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Um prédio urbano destinado a habitação, constituído por uma casa de rés do chão com garagem e andar, com a área coberta de setenta e sete metros quadrados e a área descoberta de noventa e um metros quadrados, situado na Rua Gago Coutinho, n.° 65, da freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, inscrito na matriz respectiva sob o artigo 5809, com o valor patrimonial e atribuído para efeitos deste acto de 37.030, 25€ (trinta e sete mil e trinta euros e vinte e cinco cêntimos). ------------------------------------------------ Que os outorgantes adquiriram em data que não conseguem precisar mas no ano de mil novecentos e setenta e nove, por compra verbal, nunca formalizada por escritura publica, a Joaquim Moutinho e mulher Margarida Neves, que foram casados no regime da comunhão geral de bens, já falecidos, residentes que foram no lugar do Forno, Rio Tinto. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que, em virtude da referida aquisição a outorgante, possui, o dito prédio há mais, há mais de vinte anos, usufruindo-o como verdadeiro proprietário, retirando dele todas as utilidades, como quem exerce um direito próprio, à vista de todos, aproveitando todas as utilidades do mesmo, conservando-o, suportando os encargos, pagando as respectivas contribuições, sem interrupção, sem nunca terem suscitado duvidas ou oposição de qualquer pessoa, elementos que conferem à posse assim exercida as características de pública, pací�ca e de boa-fé e que lhe permite invocar o direito de propriedade por usucapião e para o efeito, justi�ca o seu direito pela presente escritura. ----------------------- ----- O presente extracto vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado.

Rio Tinto, 30 de Abril de dois mil e doze

Jornal Vivacidade 24/05/2012

Porco no EspetoLeitão Assado

Caldo verde da avó Rita

(também com venda a particulares)

Visite-nos na Festa da Cerveja de Rio Tinto, de 6 a 10 de Junho!...

CARTÓRIO NOTARIALSo�a Carneio Leão

CERTIFICADO

----- Certi�co, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e seis de Abril de dois mil e doze, lavrada a folhas cento e vinte e quatro e seguintes do livro nº trinta e oito deste Cartório, MARIA ALVARINHA DE SOUSA MARTINS, natural da freguesia de Covelo, concelho de Gondomar e marido MANUEL LOPES DE OLIVEIRA, natural da freguesia de Gagos, concelho de Celorico de Basto, casados no regime de comunhão geral de bens, residentes na Rua da Cruz, número 633, em Covelo Gondomar, declararam: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- E pelos outorgantes foi dito: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que, com exclusão de outrem, são únicos donos e legítimos possuidores do seguinte bem: -------------------------------------------Prédio rústico, composto de terreno de cultivo, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, sito na Rua de Midões, da freguesia de Covelo, concelho de Gondomar, a confrontar do Norte com caminho, do Sul com Rua de Midões, do Nascente com Sebastião Ferreira Mendes e do Poente com o próprio, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e inscrito na matriz, em nome do justi�cante marido, sob o artigo 413, com o valor patrimonial e atribuído de duzentos e cinquenta euros. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que adquiriram este prédio, por compra à ante-possuidora, Irene Soares de Melo Pinto Pereira, viúva, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, contrato esse que nunca foi formalizado pela competente escritura de compra e venda e, desde essa data, entraram na posse do referido imóvel. ------------------------------------------------------------------------ Que sempre estiveram e se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio há mais de vinte anos, usufruindo por isso de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o e colhendo os respectivos frutos e produtos hortícolas, limpando-o, desbastando o mato, pagando os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, paci�ca-mente porque sem violência, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que dadas as enumeradas características de tal posse adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justi�cando o seu direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. ------------------------------------------------------------------------------ Gondomar, Cartório Notarial de So�a Carneiro Leão, vinte e seis de Abril de dois mil e doze.

A NotáriaSo�a Costa Pimentel Carneiro Leão

Jornal Vivacidade 24/05/2012

Page 9: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

I Jornadas Sociais de Rio Tinto‘Uma Nova Realidade’ foi o tema das I Jor-

nadas Sociais de Rio Tinto, organizadas pela Associação Rio Tinto Para a Evolução Social (ARTES), que decorreram no Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto no dia 4 de Maio.

A sessão de abertura foi dirigida pela pre-sidente da ARTES, Cláudia Martins, que sa-lientou a importância da realização deste mo-mento de reflexão, independentemente das “dificuldades financeiras que a ARTES atra-vessa”. A enfermeira explicou também que “volvidos três anos de intervenção do Progra-ma de Respostas Integradas de Rio Tinto têm sido notórias as alterações encontradas pelos técnicos no terreno, comparativamente com o primeiro diagnóstico realizado em 2007.”

No âmbito do tema ‘Prevenir novos e velhos desafios’ foram feitas algumas inter-venções, moderadas por Maria João Roque, coordenadora da equipa da prevenção do Centro de Respostas Integradas (CRI) do Porto Oriental sobre a “nova geração - no-vos comportamentos” pela diretora da escola Secundária de Rio Tinto, Luísa Pereira, que descreveu os jovens associados ao mundo das tecnologias, a “geração polegar”. A presi-dente da Comissão de Proteção de Crianças

e Jovens de Gondomar (CPCJ), Otília Paula, revelou dados sobre o trabalho da comissão junto dos jovens, os motivos do encaminha-mento, quem encaminha e as estruturas de apoio. Zélia Teixeira da equipa da Prevenção do CRI do Porto Oriental refletiu sobre al-guns conceitos associados às ‘novas drogas’ e novos consumos.

Num segundo momento, o tema “a pre-venção em c o n t e x t o escolar: a nova reali-dade” deu a conhecer o trabalho de-senvolvido pela equipa da prevenção em contexto escolar com o testemunho das alunas.

A coordenadora da Educação para a Saú-de do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº2, Marlene Fernandes, referiu a importân-cia da parceria e trabalho em equipa com o Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº2, mais especificamente no GAFAS (Gabinete de Apoio Físico ao Aluno), reforçando “a per-tinência da continuidade destes projetos no terreno.”

O almoço teve lugar no refeitório da Esco-la Secundária de Rio Tinto e a primeira mesa da tarde foi subordinada ao tema “ Reduzir com Saúde”. No debate foi discutida a adesão dos consumidores de substâncias ao trata-mento das doenças infeciosas, tema este abor-dado por Ana Rita Silva, do Hospital Joaquim Urbano, que mostrou ainda alguns números da adesão dos utentes às consultas, à terapêu-

tica medi-camentosa e ainda os motivos que os utentes u t i l i z a m para expli-carem a não

adesão, como também a visão dos profissio-nais de saúde acerca da mesma. Foi ainda dis-cutida a não discriminação dos consumidores no acesso aos serviços de saúde pelo professor da Universidade de Coimbra, Gonçalo Ban-deira e a dignidade no tratamento, por José Lima do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Gondomar.

Posto isto, foi debatido a relação entre os Programas de Substituição Opiácea, como por exemplo o ‘Intervir com ARTE(s)’ e a

redução da criminalidade. Esta temática teve como orador José Teixeira do Comando Me-tropolitano do Porto da PSP, moderado por Fátima Pessoa, coordenadora da Redução de Riscos e Minimização de Danos do CRI Porto Oriental.

A última mesa teve como tema ‘A Arte de Reinserir’ onde Miguel Neves e Jorge apresen-taram uma abordagem sobre ‘a reabilitação de alcoólicos pela via do Desporto’ e ‘o papel da música na reinserção’, respetivamente. Foi re-ferido que a ‘Liga para a Inclusão’ tem como principal objetivo contribuir para a inclusão social de pessoas excluídas ou em risco de exclusão, através da promoção de projetos de inclusão em diversas áreas como o desporto, a música, o teatro, as artes plásticas e dança.

As jornadas terminaram com a atuação do ‘Som Da Rua’. Após esta, realizou-se um lanche convívio entre os elementos do ‘Som da Rua’ oferecido pela Confeitaria ‘Gondo-doce’ e algumas Churrasqueiras de Rio Tin-to. A iniciativa teve a colaboração de alguns parceiros, nomeadamente, a Escola Secundá-ria de Rio Tinto, Junta de Freguesia de Rio Tinto, CRI Porto Oriental, Câmara Municipal de Gondomar, BANIF e Caixa de Crédito Agrícola.

9VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 reportagem / publicidade

Page 10: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

Primeiro a vitória, depois a festa. Os alunos do ‘Colégio Paulo VI’, em Gon-domar, triunfaram nas Competições Nacionais de Ciência na Universidade de Aveiro, nos dias 23, 24 e 26 de Abril. No campeonato com perto de 13 mil alunos, os estudantes tinham que res-ponder, em meia hora, a 80 perguntas de Ciências, Português e, sobretudo, Matemática. Os alunos de Gondomar conseguiram um total de seis dos nove primeiros lugares em disputa e várias medalhas de 2.º e 3.º lugar [13 meda-lhas, em 27 possíveis].

Durante três dias, o Campus Uni-versitário de Santiago transformou--se numa sala de aula gigante para a realização das provas de Matemática, Português, Física, Biologia, Geologia, Físico-Química e Ciências da Natureza. Em causa esteve a representação de 370 estabelecimentos de ensino de todo o país. Os participantes nas competições tinham entre os 7 e os 18 anos.

Em homenagem aos vencedores do campeonato, o Colégio Paulo VI or-ganizou uma cerimónia, no dia 4 de Maio, na cantina do edifício. No even-to, estiveram presentes os alunos, pais, professores, funcionários e o vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo.

A diretora do colégio, Dulce Macha-do, começou por agradecer a presença

de toda a comunidade escolar presente e mostrar a satisfação pela prestação dos alunos nas Competições Nacionais. “Os nossos alunos mostraram que são bri-lhantes e puseram o concelho de Gon-domar em destaque. Estamos aqui para homenagear todos os alunos que parti-ciparam nas Competições Nacionais de Ciência na Universidade de Aveiro. Na verdade, ensinar e aprender são tarefas difíceis, mas atingíveis, duras, mas gra-tificantes. E é por isso que a excelência do colégio se constrói dia-a-dia com es-forço, empenho e motivação de todos”, proferiu.

Rui Castro, também diretor do Co-légio Paulo VI, não ficou atrás. Dando ênfase às palavras de Dulce Machado, o diretor homenageou os alunos e profes-sores da instituição. “Nós costumamos comemorar, no final do ano, a gala do colégio mas achámos que não devíamos deixar passar sequer uma semana sobre a data em que algum jornalista resolveu chamar o colégio de ‘Campeão Nacional da Ciência’ e, de facto, achámos que era mais do que tempo de fazermos uma pequena cerimónia para homenagear, em primeiro lugar, os alunos, depois os seus pais e também aos professores. É um orgulho ter alunos que dedicaram horas e horas ao treino”, afirmou Rui Castro.

Em representação da Câmara Mu-

nicipal de Gondomar, Fernando Paulo admitiu que não ficou admirado. “Não fiquei admirado porque estou na Câ-mara há dezoito anos e praticamente desde que esta direção tomou conta, eu tenho acompanhado o processo de construção do Colégio Paulo VI. E tem sido um trabalho alicerçado sempre so-bre pilares muito firmes, num progresso e desenvolvimento muito sustentado e num crescimento sem grandes recu-os”, referiu. “Este feito, muito prestigia o colégio mas também honra o Muni-cípio de Gondomar. E é merecedor do

aplauso e reconhecimento de todos nós porque nem sempre podemos assistir a que uma única instituição some prati-camente metade de todos os títulos que estavam em disputa neste campeonato nacional”, explicou à plateia.

Durante a Cerimónia de homena-gem aos alunos foi ainda possível as-sistir a uma atuação musical na cantina repleta de alunos, pais, professores e funcionários. (Esta e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

10 reportagem / publicidade VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

Cerimónia homenageia alunos vencedoresColégio Paulo VI

Negociações Particulares e Leilõesde Álvaro Arlindo das Neves RochaTlm.: 936 198 808E: [email protected][email protected]

www.leiloeira-alnoemi.ptcom escritórios de Advogados!...

Dra. Dina Felgueiras, Dra. Elisabete Almeida Teixeira

« LEILÕES ONLINE »BELPREÇO

MADALENANOVO ORIENTE

ESPINHO

BELPREÇO • BAGUIM DO MONTE Estrada Dom Miguel, 288 • 4435-677 Baguim Do Monte

Telf.: 224 801 860 • Mail: [email protected]

(Antigo Carpan)

Page 11: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

11VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 reportagem

Manutenção das áreas verdes irregularLinha F do Metro do Porto

A inauguração foi no dia 2 de Janei-ro de 2011. A Metro do Porto estreou a linha F – a sexta linha do Metro do Porto – para ligar o concelho do Porto a Gondomar pela primeira vez, neste transporte. Considerada como a linha “mais verde”, com 124 mil metros qua-drados de áreas verdes, o trajeto do me-tro percorre as Freguesias de Rio Tinto, Baguim e Fânzeres.

No início do mês de Agosto do mesmo ano, a manutenção das áreas verdes exte-riores ao canal do metro, em Rio Tinto, deixaram de ser feitas pela empresa, se-gundo Marco Martins, presidente da Jun-ta de Freguesia de Rio Tinto. Na altura, a confirmação foi dada, via fax, ao autarca, pela Metro do Porto, em Setembro desse ano. “Desde o dia 30 de Junho de 2011 a Me-tro do Porto deixou de ass e g u r ar a gestão e manuten-ção das áre-as verdes da responsabi-lidade do município de Gondomar, man-tendo apenas as zonas relativas ao sistema de metro ligeiro”, revelava o fax enviado pelo Gabinete de Imprensa da Metro.

“Desde o dia 1 de Agosto que a Me-tro deixou de fazer manutenção de gran-de parte das áreas verdes. Nós, quando nos apercebemos disso, no dia 4 ou 5 de Agosto - não posso precisar – tenta-mos perceber o que é que se passava e tive informação da Metro, dizendo que deixaram de fazer manutenção porque entregaram as áreas verdes à Câmara. A Câmara diz que não recebeu nada. Entretanto, andamos a forçar para que houvesse uma solução. Sei que a Metro fez uma proposta de um protocolo à Câ-mara, algures em Outubro, no sentido de a Câmara assumir a gestão”, explicou Marco Martins. A gestão, a assumir pela Câmara Municipal de Gondomar, en-

volveria to-das as áre-as verdes criadas no c o n c e l h o aquando da construção da Linha F, excetuan-do o canal do metro [também esse considerado como área verde] que teria a manutenção da em-presa contratada de subconcessão pela Metro do Porto.

Para o autarca, esta gestão proposta pela Metro não lhe parece “lógica”. “Na maioria dos municípios à volta é a Me-

tro que faz a manuten-ção de uma área de largura en-volvente ao canal sig-nificativa. E, mesmo aqui na li-nha F, basta passar o tú-

nel para o lado de lá e na estação Nau Vitória, naqueles jardins todos, é a me-tro que faz a manutenção. Nós achamos também que deve ser a Metro a fazer essa manutenção. Agora, não compre-endemos é porque é que passado tanto tempo a Câmara não tem uma solução. A Câmara diz que está para marcar uma reunião com a Metro para avaliar a si-tuação mas estamos em Maio e isto foi no mês de Agosto, está quase a fazer um ano”, lamentou.

Da parte da Junta de Freguesia de Fânzeres, a presidente, Fernanda Viei-ra, explicou ao VIVACIDADE como se desencadeou a situação das áreas verdes junto à linha do metro, na freguesia.

“No que diz respeito à rotunda que se situa na Avenida Dr. Mário Soares, questionamos a Câmara Municipal acerca da responsabilidade da manuten-

ção daquele e s p a ç o , dado que em deter-minada al-tura o mes-mo carecia de manu-tenção. Foi respondido pelo Mu-

nicípio, que essa questão estava a ser equacionada entre a empresa Metro do Porto e a própria Câmara Municipal. Em relação ao canal do Metro, julga-mos saber que a sua manutenção é da responsabilidade da empresa, Metro do Porto”, explicou Fernanda Vieira.

Entretanto, a Câmara Municipal de Gondomar começou a tratar da manu-tenção de algumas rotundas que com-põem o troço do metro de Gondomar.

Em Fânzeres, a autarca aclarou que a rotunda que finaliza a linha F do Metro na freguesia já está a ser tratada. O resto é a Junta que trata. “O espaço passou a ter um tratamento que se nos afigura por adequado, não tendo esta Junta de Fre-guesia, conhecimento da Entidade que ficou responsável por esse mesmo proce-dimento. A Junta de Freguesia de Fânze-res, promove as limpezas nos espaços ad-jacentes ao canal do Metro, assim como nos espaços que se si-tuam nas imediações, da rotun-da situada junto ao término da linha em q u e s t ã o”, explicou.

A posi-ção da Metro do Porto foi explicada ao VIVACIDADE por uma fonte oficial da empresa. “Uma vez concluída a emprei-tada e recebida a obra em definitivo, a Metro do Porto devolve a propriedade não afeta à circulação ao domínio públi-

co municipal, uma vez que estão repos-tas todas as acessibilidades, arruamentos, passeios, zonas verdes, iluminação públi-ca e equipamentos. Tal sucede, natural-mente, em todos os municípios onde a Metro do Porto já interveio ou intervém – uma vez terminada a obra, o espaço público construído ou reabilitado, é de-volvido ao domínio municipal.”

A fonte oficial da empresa advertiu ainda que “a Metro do Porto, por via do contrato de subconcessão para a opera-ção e manutenção do sistema de Metro, encarrega o operador da manutenção de todas as área verdes existentes no canal.” “As restantes zonas são, na verdade, do domínio público municipal e não se en-quadram no âmbito de responsabilidades de manutenção da Metro do Porto ou da subconcessionária”, finalizou. A Câmara Municipal de Gondomar, na pessoa do vice-presidente, José Oliveira, explicou que se encontra numa “posição incómo-da” e que a “situação está a ser analisa-da.” “Estamos para agendar uma reunião com a administração da Metro”, afirmou o vice-presidente da Câmara ao VIVA-CIDADE. No entanto, a reunião ainda “não tem dia nem hora marcada” e José Oliveira confessou não ter “tantas certe-zas” relativamente ao facto de a Metro do Porto não se responsabilizar pelas outras áreas verdes dos restantes municípios.

Contudo, o vice-presi-dente admi-tiu não “ter elementos que possam provar o contrário.”

Até ao m o m e n t o do fecho do jornal, a

Junta de Freguesia de Baguim do Monte não quis pronunciar-se sobre o assunto em questão. (Estas e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

Baguim do Monte

Fânzeres

Rio Tinto

Page 12: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

12 entrevista / publicidade VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

Conhecido como Padre Mário da Lixa, Mário de Oliveira é atualmente autor de dezenas de livros e jornalista aposentado. Durante vários anos conviveu de perto com a religião e o jornalismo. Já experien-ciou vários locais durante a sua vida. É oriundo de Santa Maria da Feira, já viveu no Porto, em Guiné-Bissau, Marco de Ca-naveses, atualmente vive em Macieira da Lixa, mas passou uma grande parte da sua vida em Gondomar.

Vivacidade (VC) - Como descreve es-ses anos vividos aqui no concelho?

Mário de Oliveira (MO) - Foram 18 anos de Presença Presbiteral militante, bem longe dos templos e dos altares, muito próximo das Populações, metido nas causas do As-sociativismo, da Cultura e na prática de um Jornalismo transformador de mentalidades das Populações, prisioneiras das Religiões, do Medo das deusas /deuses e dos Senhores do Poder Político, do Poder Clerical e do Po-der Financeiro. Sempre com o Evangelho, a Teologia e a Espiritualidade de Jesus, como motor e, sobretudo, como discernimento!

VC - Qual é o significado que Gondo-mar e, mais especificamente, S. Pedro da Cova têm para si?

MO - Hoje de S. Pedro da Cova, bem aberto ao Amanhã, anda fortemente marca-do pelo Ontem da mais crassa Exploração Mineira, pela Repressão Política do Fascis-mo e pelo clericalismo eclesiástico. Viver próximo, por opção, da População mais em-pobrecida e mais humilhada, faz-me crescer em Humano, numa lúcida postura política militante contra as causas da Pobreza e da Miséria, por isso, nos antípodas da humi-lhante Caridadezinha, tão do agrado dos que fabricam os Pobres.

VC - Criou inclusive, aqui, uma as-sociação [Padre Maximino] e um jornal (Fratenizar). Ainda mantém contacto com as duas organizações?

MO - Do jornal, agora apenas ‘online’ [www.jornalfraternizar.pt.vu], continuo di-retor, como sempre fui, desde a fundação, há quase 25 anos. Da Associação Padre Maxi-mino, sou, agora, simples associado, para que pessoas pedroenses peguem em suas mãos o seu projecto e tirem o máximo proveito cul-tural da sua sede, adquirida pelos fundado-res e logo registada em nome da Associação, como um património da população.

VC - É autor de várias dezenas de li-vros, todos considerados, pela imprensa

e pelo público, como polémicos. Dá-lhe algum gozo escrever obras que possam causar algum ‘embaraço’ a certas comuni-dades, ou escreveu simplesmente os livros sem saber que iam causar polémica?

MO - Mais do que “gozo”, faço-o, porque assim mo exigem a consciência e a respon-sabilidade de Presbítero da Igreja do Porto, que sou, desde 5 de Agosto de 1962. O meu livro mais recente, ‘Evangelho de Jesus’, apresentado dia 24 de Março 2012, no Por-to, vem pôr a nu que o Cristianismo, tido até agora como o que a Sociedade tem de melhor, é, afinal, o que há de mais contrário a Jesus e ao seu projeto político. Porque, em lugar de Prosseguir Jesus, reduz Jesus a um Mito bíblico-davídico, chamado Cristo e, em seu nome, tem cometido, ao longo des-tes últimos 20 séculos, os mais hediondos Crimes contra a Humanidade!

VC - Como Padre Mário da Lixa e jor-nalista aposentado, como conseguiu con-ciliar a religião com o jornalismo?

MO - Para mim, Padre da Igreja do Porto, não se trata de conciliar a Religião com o Jor-nalismo. Para mim, como para Jesus, todas as Religiões são para desmascarar, porque são todas intrinsecamente perversas. Basta ver-

mos o fausto e o poderio dos Sacerdotes e dos Pastores, ao longo dos séculos. Com as po-pulações, como seus servos da gleba, e, para cúmulo, ainda ameaçadas, dia e noite, pelo fogo do Inferno, inventado pelas Religiões e pelo Deus delas, que não passa de um Ídolo!

VC - Segundo os seus amigos, todas as receitas provenientes dos seus livros vão para o Barracão da Cultura, levantado na aldeia onde atualmente vive. É verdade? A caridade sempre foi uma prioridade na sua vida?

MO - É verdade, sim. Sempre quis ser, e sou, Padre pobre, por opção. E de graça. O meu salário de jornalista sempre foi parti-lhado com outras pessoas companheiras de caminhada e com as pequenas-grandes cau-sas da cultura e da vida. Mas não é a carida-de que me move. A caridade é degradante, quer para quem a faz, quer para quem pare-ce beneficiar dela. O que sempre me move é a justiça e a verdade. Nunca estaria de bem comigo, se alguma vez acumulasse nas mi-nhas mãos o que está a fazer falta a outras pessoas. Partilhar os bens, os materiais e os culturais-espirituais, é, para mim, o maior imperativo ético!

Ricardo Vieira Caldas

“O que me move é a justiça e a verdade”EntrevistaMário de Oliveira

A Excelência em Qualidade ao Melhor Preço

Rua Nossa Sra. Amparo, 346 • 4435-350 Rio Tinto • Telm:. 911 166 142Junto ao cruzamento da Cidade Jovem à Linha do Metro

JáABRIU

Sapatos SenhoraCarteiras Senhora Echarpes Senhora Sapatos Homem Sapatos DesportoSapatos Criança

SapatosDesde

5€

ESPECIALISTAS EMSEGURANÇA E

TELECOMUNICAÇÕESemail: [email protected]

WWW.IBERTEC.COM.PT

Sede:Rua Camilo Pessanha nº604435-638 Baguim do MontePORTUGALTlm: +351 964 270 429 - 967 033 457

Armazém:Tr. Do Campinho nº63

4435-830 Baguim do MontePORTUGAL

Tel/Fax: +351 224 882 573

MONTAGENS ELÉCTRICAS-SMATV-INTRUSÃO-DETECÇÃO INCÊNDIO-EAS-REDES ESTRUTURADASARMANDO FERREIRA FREIRE & Filho Lda.

Page 13: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

Quase dez mil pessoas encheram a 4ª edição do Salão ‘Ser Mamã’, que decor-reu no fim-de-semana de 5 e 6 de Maio na Exponor. Mais de noventa exposi-tores revelaram às “mamãs” e “futuras mamãs” uma imensa variedade de pro-dutos para bebés.

“Interatividade” foi a palavra de or-dem desta edição que contou com 500 metros quadrados de insufláveis para as crianças e outras atividades como escor-regas, jogos didáticos, pinturas faciais,

palhaços, moldagens de balões e vários espetáculos de dança que animaram o Salão.

Joana Ribeiro, gestora e coordena-dora do ‘Ser Mamã’ explicou ao VIVA-CIDADE que as “expectativas foram superadas.” “De manhã normalmente há menos visitantes e esta quarta edição trouxe muitos visitantes em maior esca-la e uma das coisas de que eu notei é que os visitantes vieram com mais tempo, quiseram passar mais tempo no Salão e

estiveram mais predispostos a percorrer todos os ‘stands’ e as atividades”, comen-tou. A coordenadora acrescentou ainda que este ano houve uma maior “afluên-cia de crianças de 4 a 10/12 anos” a vi-sitar a feira.

Para a responsável pela comunica-ção do Salão ‘Ser Mamã’, Manuela Silva, “esta 4ª edição do Salão Ser Mamã foi um sucesso”. “Houve muita adesão das pessoas, mesmo em tempos de crise”, afirma Manuela Silva. E para fazer frente à crise, as novidades não faltaram neste Salão começando pelo espaço ‘Mamã Outlet’. Nesta área, encontravam-se pro-dutos com desconto de feira para “miú-dos e graúdos”.

“Temos sempre novidades, quer a nível de interatividade, ‘workshops’, programa, como também de exposito-res. Por isso há sempre inovação. A ní-vel de conceito, manteve-se o conceito”, explicou Joana Ribeiro. O ‘Ser Mamã’ utilizou a área do pavilhão da Exponor para organizar o local por temáticas. No espaço da feira foi possível identificar a Praça do Comércio, a Praça Mamã Ou-tlet, a Praça da Saúde, a Praça da Beleza,

a Praça da Diversão, a Praça da Família a, Praça dos Desejos, a Praça da Educa-ção e a Praça dos Afetos.

O fim-de-semana de 5 e 6 de Maio acabou com um “feedback positivo” dos expositores que admitiram que a ‘feira das mamãs e dos bebés’ correu “perfeita-mente bem”. O último dia do ‘Ser Mamã’ foi partilhado com o dia da mãe e come-morado com uma largada de balões.

Ricardo Vieira Caldas

O sucesso superou a crise na ExponorSer Mamã

VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 informação / publicidade 13

Tem 18 anos ou mais?Tem experiências profissionais e não

completou os seus estudos?

Deseja ver reconhecidas as suas competências?Quer certificar-se para o 6º, 9º ou 12º anos?

A oportunidade é sua!

Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Rio TintoTravessa da Cavada Nova - 4435-162 Rio Tinto

Horário: Dias úteis, das 9 h às 20 hTelemóvel: 937598715 • Telefone: 224853710 • E-mail : [email protected]

Invista na sua qualificaçãoe prepare o seu futuro!

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Social Europeu

nCENTRO NOVAS OPORTUNIDADESESCOLA SECUNDÁRIA DE RIO TINTO

Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Desportiva

Docente da Faculdade de Ciências da Saúde - UFP

Coordenador do Grupo de Ortopedia do

Instituto CUF

Apoio Médico aos Clubes de Rio Tinto - Fisioterapia

Acordo com:Medis, Advancecare, Multicare,

Saúde Prime e Allianz

Cirurgia Ortopédica • Artroscopia Joelho e Tornozelo

Fisioterapia ao Domícilio

Consultórios: Instituto Cuf Porto - Telefone: 220 033 500

Av. Dr. Domingos Gonçalves Sá, 414 - Ed. Rio Tinto II - Sala B 4435-213 RIO TINTOTelefone: 224 897 133 Fax: 224 809 121 Email: [email protected]

Page 14: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

14 opinião / publicidade VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

horário | segunda a sexta 10h00 - 12h00 > 14h00 - 20h00 | sábado 09h00 - 12h00

Rua dos Afonsos, 108 | 4435-610 Baguim do Monte | tel. 22 48 98 366

APOIO DOMICILIÁRIO

Os seus pais deram-lhe tudo o que podiam...Agora são eles que precisam de si!

É uma tarefa gigantesca, a somar àsexigências do seu dia-a-dia.

Contacte-nos e saiba como podemos ajudar.Com Competência, Con�ança e Carinho!

Home Instead: líder mundial emCuidados Domiciliários

Tel: 220 155 [email protected]

policlínica

Rua Dr. Severiano, nº 7 Loja Esquerdo4510-554 Fânzeres - GondomarTelf. 224888337 • Telm. 968967373

Agora Psiquiatria com o Dr. Mota Pereira!

Visite-nos na página Webwww.venceradepressão.com

Designer de ModaConfecção por medida

Cerimónias e NoivaAvenida Dr. Domingos Gonçalves Sá, 434 sala 15

4435-213 Rio Tinto no Edifício Rio TintoTlf.220 022 762 Tlm.932 862 685

E-mail: [email protected]

TABACARIA AREOSA

Adosinda Fernanda Oliveira da Silva • Est. da Circunvalação, 3968A4435-184 Areosa Rio Tinto • Telef.: 22 971 39 07 • Cont. Nº 163 510 970

RUA CALVÁRIO DE MONTEZELO - FÂNZERES

(JUNTO AO CAMPO DE FUTEBOL DO MONTEZELO)

TELM. 911 111 170Festa do 1º. Aniversário do Gondoor Soccer

VALORES À HORA A PARTIR DE 25€Segunda a Sexta das 10h as 17h

2 HORAS SEGUIDAS A PARTIR DE 40€Segunda a Sexta das 10h as 17h

PROMOÇÃO ESTUDANTES ATÉ AOS 16 ANOS 2€ cadaSegunda a Sexta das 10h as 17h

2 CAMPOS DE RELVA SINTÉTICAFestas de AniversáriosEscolinha de futsal dos 4-14 anos

www.gondoorsoccer.com.pt

Sábado 2 de junho de 2012 com Karaoke e insu�áveis

Sabia que lavar as mãos pode salvar vi-das e é o melhor que temos a fazer para prevenir doenças?Pode parecer que esta técnica não tem nada de novo para si,

mas não é bem assim!As mãos são o principal veículo de transmissão dos microrganismos de uma pessoa para outra. Assim sendo, a lavagem das mãos é a principal medida de controlo da infeção cruzada. Embo-ra pareça uma técnica rotineira e sim-ples, a sua correta execução tem alguns aspetos essenciais facilmente esqueci-dos ou ignorados.O termo “lavagem das mãos” foi subs-tituído pelo termo “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento.Remover os microrganismos que colo-nizam as camadas superficiais da pele,

assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos é a sua principal fi-nalidade.A flora transitória fica localizada na su-perfície da pele e é formada por micror-ganismos que adquirimos no contacto com o ambiente seja animado ou ina-nimado. Têm um curto tempo de so-brevivência, um elevado potencial pa-togénico e são facilmente transmitidos por contacto. A lavagem das mãos com sabão simples remove-os facilmente.Por outro lado, a flora residente, que existe normalmente na epiderme, tem funções importantes de prevenção da colonização patogénica. Raramente causa doença a não ser quando intro-duzida nos tecidos ultrapassando as barreiras naturais. Estes microrganis-mos não são facilmente removidos pela ação mecânica da lavagem das mãos sendo necessário recorrer à ação quí-

mica de um antisséptico associado.Segundo estudos realizados na popu-lação norte-americana, chegou-se à conclusão que as mulheres lavam mais as mãos que os homens (90% vs. 75%). Referem, também, lavar sempre as suas mãos após utilização da casa de ba-nho (83%), antes de lidar com alimen-tos (77%), após contacto com animais (42%), tossir ou espirrar (32%) e lidar com dinheiro (21%).A higienização das mãos é uma meto-dologia crucial no controlo da infeção hospitalar, incluindo as do próprio do-ente. As vantagens são imensas, para os doentes, para o pessoal de saúde, para a Instituição e para a sociedade. Por isso, cabe a cada profissional observar rigo-rosamente esta medida, tomando cons-ciência da responsabilidade que lhe compete nesta pedagogia contra a in-feção. Tornar os ambientes hospitalares mais seguros é um imperativo de todos os profissionais de saúde, assegurando

que os cuidados de saúde que presta-mos aos doentes estão em boas mãos.Não se esqueça das regras de etiqueta: as mãos devem ser protegidas, pelo que os espirros devem ser dirigidos para os cotovelos ou para lenços de papel des-cartáveis. Em seguida, deite ao lixo os lenços  imediatamente depois de utili-zados e lave bem as mãos com água e sabonete líquido.Ao proteger-se a si está a proteger tam-bém o outro! Seja saudável!

Higienização das mãos EnfermeiroJosé Lima

Page 15: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

15VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 desporto / publi-reportagem

Primeiro paletes, agora reciclagem. A Paljet, uma empresa de compra e venda de paletes de madeira utilizadas no comércio para acondicionar mercadorias, já não se dedica só à madeira. Com a recolha das pa-letes, a firma de Jorge Silva e Márcia Andra-de pensou mais à frente. Porque não reco-lher também os plásticos e cartões? Foi isso mesmo que fizeram.

“O nosso começo foi por paletes e trans-portes. Fomo-nos apercebendo da forma enérgica que as coisas vão evoluindo e qui-semos evoluir com muita calma – fase a fase – e o mundo da reciclagem é aquilo que hoje nós e o país vamos viver. E nós, pequenos, vamos tentar crescer moderadamente”, ex-plica Jorge Silva.

No que diz respeito à reciclagem, a Paljet trata do cartão, plástico e metal. Apesar de os materiais chegarem em formas distintas – vários tipos de plástico, cartão e metal – o produto final é sempre o mesmo: um fardo de plástico, cartão ou metal em bruto, que é enviado para moer nas fábricas.

A empresa lida com dois tipos de clien-tes. Alguns “fazem uma parte da triagem, não a 100%”. Os outros limitam-se a dispo-nibilizar o plástico e o cartão e a triagem é feita nas instalações da Paljet. O empresário

relembra algumas das funções da firma de Rio Tinto. “Recolher dos clientes, relembrá--los para eles não porem no lixo [o que é para a reciclagem]. Ao recolhermos, nós de-pois também pagamos”, afirma Jorge Silva.

Apesar da “grande concorrência”, o pro-prietário da Paljet confirma que “tem havi-do uma adesão” porque a empresa aposta na publicidade. “É o nosso meio de chamar a atenção das pessoas e de chamar para algum interesse”, confessa. Jorge Silva elogia “a ca-pacidade de resposta” que a Paljet “tem tido no mercado.” “Não nos temos alargado mui-to. Apenas na Área Metropolitana do Porto. Cada vez mais queremos essa como a nossa área, não só por ser a nossa área mas tam-bém por causa da redução de custos”, diz o empresário de Rio Tinto.

A crise fez-se notar mas não abalou a fir-ma que se destaca pelo “crescimento e pela quantidade de produtos que tem recebido.” Contudo, Jorge Silva não apoia, neste mo-mento, o crescimento mas sim a estabilida-de. “Não vamos dizer que estamos no auge, como há cinco anos atrás. As coisas diminu-íram um bocadinho, mediante a conjuntura do país. Nota-se a palavra ‘crise’ mas não nos podemos queixar. O cliente traz menos por-que não tem para trazer. Por exemplo, nós

poderíamos comprar mil paletes. Deixamos de comprar mil e passamos a comprar seis-centas. Temos é que manter uma regularida-de perante os nossos clientes”, adverte.

Com intenções de “ficar forte no merca-do”, esta indústria de recolha, manutenção e venda de paletes também investiu no espaço [com o novo serviço de reciclagem] e nas máquinas. “Vamos fazendo as nossas mo-dificações internamente, por sectores. Cada vez mais, temos que nos aperfeiçoar. Houve um alargamento em máquinas: porta-con-tentores, empilhadores de pinças, enfarda-deiras”, refere o dono da Paljet.

A reciclagem porém, não fez esquecer o

principal negócio da firma sediada em Rio Tinto, na rua da Granja, no número 555. “Nós não trabalhamos só a nível nacional. Trabalhamos com outros países. A realidade é que continuamos com as paletes em nú-mero um mas iremos apostar cada vez mais – e, naturalmente, teremos que apostar - na parte da reciclagem. Firmamos que as pale-tes são o nosso negócio”, frisa Jorge Silva.

Para o futuro “o projeto maior é manter e não descer. Como tal contamos com os nossos fornecedores e clientes para isso!” (Esta e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

Com sete pontos de diferença do segun-do classificado, os Juniores do Sport Clube de Rio Tinto são campeões da sua série na 2ª Divisão da Associação de Futebol do Por-to. Na época passada, o plantel que agora é campeão neste escalão, vencera também os juvenis. Agora, a vitória leva a equipa à 1ª Divisão dos Juniores e o treinador, João Ro-drigues, explica a razão do sucesso.

“Uma das razões é a continuidade. Estes jogadores, quase todos transitaram comigo dos juvenis, onde também fomos campeões na época passada. Por isso temos aqui nes-ta equipa bicampeões. Eu e a minha equipa técnica e grande parte do plantel. Mas o su-cesso deveu-se sempre à qualidade dos joga-dores e depois há um espírito de humildade, de entreajuda, um ambiente muito forte, de muita amizade, que tudo aliado deu na con-quista do campeonato.”

A equipa manteve estável durante a época tendo apenas sofrido três derrotas no cam-peonato. “As oscilações que aconteceram fo-ram depois de a equipa já ter garantido a su-bida e o sermos campeões – 4 jornadas antes de concluir o campeonato. Houve um certo relaxe. Tivemos duas derrotas depois disso. [Com o Ataense e S. Martinho] Até então

tínhamos só tido uma derrota. Tudo o res-to foi sempre coroado com muitas vitórias e com muita qualidade”, explicou João Rodri-gues. “No global, estávamos preparados para o campeonato onde estivemos inseridos, agora como é normal, depois de uma equipa subir de divisão, temos que crescer um boca-dinho, ser mais maduros, perceber que nem todos os jogos vão ser abordados da mesma maneira. Isto é, não vamos poder assumir os jogos todos numa primeira divisão, vamos ter que ser um bocadinho mais inteligentes”, acrescenta. Isto porque o treinador pretende levar a equipa aos seis primeiros lugares da 1ª Divisão se tiver “condições”. “Tudo indica – e também é minha vontade, se me derem condições para tal – que vou continuar no escalão dos Juniores e, como vamos dispu-tar uma primeira divisão distrital é fazer um campeonato extremamente tranquilo. A es-pinha dorsal da equipa fica toda. É bastante reforçada com os jogadores que transitam dos Juvenis para os Juniores, que também vão trazer uma mais-valia com certeza e o objetivo é ficar entre os seis primeiros”, es-clareceu João Rodrigues que afirma que, do plantel desta época, vão sair “cinco jogadores e o resto mantém-se.”

O clube vai entrar numa fase de “in-definição diretiva” com o atual presidente hospitalizado e com eleições para uma nova direção à porta.

“Faço um apelo para que as forças vivas da cidade de Rio Tinto e para as pessoas que gostam deste maravilhoso clube se unam. É um ano de eleições, um ano em que toda a gente fala em crise mas eu acho que tempos de crise também são tempos de oportuni-dade. Por isso faço um apelo para que se unam, que façam uma direção forte. O clube vai entrar numa fase de transição”, indicou o treinador dos Juniores do Sport Clube de Rio Tinto que pediu para “erguerem o clu-be” para “o lugar onde merece.”

João Rodrigues espera que o Sport apos-te na formação de jogadores e “quiçá em no-vas modalidades”.

“O Sport Club de Rio Tinto que aposte na formação porque tem muitos frutos para colher. Temos duas fornadas muito boas que podem garantir se calhar, daqui a quatro ou cinco anos, que o Rio Tinto viva da formação e com estabilidade para continuar a ganhar e ser um nome de grande prestígio para a ci-dade e para a Freguesia. É de lamentar que no concelho de Gondomar haja apenas um

sintético. E um clube como o Sport Clube de Rio Tinto, que leva sempre bem alto o nome de Gondomar, ser um clube que ainda tem infraestruturas miseráveis para a prática do futebol. Temos a modalidade de futebol mas somos um clube, que mesmo com poucas condições, movimenta cerca de 500 crianças e quiçá ampliarmos esse número com outras modalidades como futsal, voleibol, basquete-bol, hóquei em patins – que o Sport Clube de Rio Tinto já foi um clube muito famoso nessa modalidade”, explicou o treinador.

O último jogo em casa, no dia 20 de Maio, deu direito a um empate frente ao Va-longuense. Resultado: 1-1. (Esta e outras fotografias em www.vivaci-dade.org)

Ricardo Vieira Caldas

Reciclagem é uma aposta

Juniores vencem o campeonato

Paljet

Sport Clube de Rio Tinto

Page 16: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

Tudo começou com uma dor no joe-lho. Os médicos, no início, diziam que era “mimo”. Rita Samara tinha apenas 10 anos quando lhe foi diagnosticado um sarco-ma de Ewing, um tumor ósseo no ilíaco esquerdo [osso da bacia] que atinge prin-cipalmente crianças e adolescentes. Foi, de imediato, para o Hospital de S. João e dias depois começou a fazer um tratamento intensivo de oito ciclos de quimioterapia. Durante dois anos interrompeu os estudos e no fim desse período a doença desapare-ceu. Manuela Loureiro, a mãe da Samara, explica que “nesses dois anos, os médicos queriam ainda tirar-lhe células para fazer o autotransplante, mas como os ciclos foram muito rigorosos de quimioterapia e depois radioterapia, ela não conseguiu guardar as células na totalidade que era necessário.”

Um ano e meio depois, a Samara recaiu com uma metástase pulmonar. “A doença não aparecia em lado nenhum, inclusivamente, quer no ilíaco esquerdo que estava um tumor primário mas não dava sinal a não ser ali, fi-xava ali. Fez 4 ciclos de quimioterapia e foi para o IPO [Instituto Português de Oncolo-gia] fazer o autotransplante porque entretanto conseguiu guardar células. Com o autotrans-plante, a Rita esteve cerca de três anos e meio sem precisar de nada e já estava a ir às con-sultas anualmente”, refere Manuela Loureiro.

A metástase pulmonar voltou a apare-cer aos 18 anos e depois de concluir mais quatro ciclos de quimioterapia, Rita Sama-ra, já com poder decisão, não aceitou voltar a fazer autotransplante. Atualmente com 19 anos, a aluna da Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) já fez mais exames e tem

um nódulo de dois centímetros.“A resolução dos médicos aqui era –

como ela estava com um bom estado geral e ainda estava com uma boa qualidade de vida – deixar andar, até ver, e depois come-çar a fazer quimioterapia. Como mãe, não cruzei os braços: investiguei, tentei saber coisas. Levamo-la ao instituto Champali-maud. O médico disse-lhe que era operável. É operável mas ele [o médico] também sou-be dizer que, ao operar, há o risco de voltar novamente. Também disse que já operou uma senhora 13 vezes. Isso não é para uma jovem de 19 anos. Não lhe vou dar grande qualidade de vida. Então, como soube da Alemanha, parti para aí. Entretanto, fui in-formando os médicos do Hospital de São João de tudo”, conta a mãe de Rita Samara.

O tratamento na Alemanha é, segundo Manuela Loureiro e a própria Samara, “to-talmente diferente”.

“Eu fui [à Alemanha] e vi o tratamento. Eles lá não são apologistas de radioterapia nem de quimioterapia; só mesmo em extre-mos. Na Alemanha, a clínica a que eu fui, tem umas máquinas que usam uma tecno-logia muito avançada. A nível de tempera-

tura, é uma máquina que aquece a parte do corpo; ao mesmo tempo estão a injetar-nos todo o tipo de vitaminas e aquilo atua tudo no tumor e destrói as células completamen-te. Tanto que eu já ando a tomar essas vita-minas. Quando for, já tenho o corpo prepa-rado”, explica Samara.

As “máquinas” de que Samara fala, fazem parte de um tratamento com um custo de aproximadamente 15 mil euros. A essa quan-tia, pode acrescer [no caso de o primeiro tra-tamento não resultar] um outro tratamento de 30 a 35 mil euros, que consiste na criação de umas vacinas únicas, com as próprias cé-lulas da pessoa. “Na altura eu estava noutras condições, tinha o meu marido em casa. Po-deria não ter monetariamente a verba toda mas pronto, iria pedir a um banco. Neste momento, ele não está. Eu tenho uma família que me apoia mas, como deve calcular…”

Com a ausência do pai, a urgência de levar Samara à Alemanha e ao ver a impos-sibilidade da mãe conseguir pagar os trata-mentos, a irmã de Samara, Inês, espalhou a mensagem na Escola Secundária de Rio Tinto, local onde atualmente estuda.

De um dia para o outro, a comunidade es-

colar tomou conhecimento do assunto e vá-rias pessoas disponibilizaram-se para ajudar. Foi o caso de Ana Beatriz Moura, colega de turma de Inês. “Nós estamos a organizar um em que vamos convidar todos os grupos que fazem parte de dança de Gondomar. Todas as pessoas estão a colaborar e vamos pedir à Câmara Municipal de Gondomar – já fomos lá – para nos emprestar o pavilhão Municipal de Fânzeres para fazermos lá o evento.”

Entretanto já foi organizada uma cami-nhada a favor da causa, que se vai realizar no dia 17 de Junho, junto à linha do Metro, com partida às 9h30 da Escola Secundária de Rio Tinto. A caminhada tem um custo de 1 euro, que reverte na totalidade para o tratamento da Samara na Alemanha.

Cláudia Rodrigues, Angelina Maia e Teresa Couceiro são professoras na ESRT e estão responsáveis pelo projeto. A última explicou ao VIVACIDADE a urgência na ca-minhada. “Até 17 de Junho, tem de estar tudo já recolhido porque ela no dia 1 de Julho vai para a Alemanha. Mas há a possibilidade de ela poder ir mais cedo; ela vai fazer agora um exame. Se o tumor aumentar ela vai já para a Alemanha. Quem quiser comparticipar com mais algum dinheiro, pode fazer num enve-lope fechado. Entrega aqui na escola no dia da caminhada, ou até ao dia da caminhada e depois nós fazemos chegar à mãe. Entretanto, vamos também fazer um sarau cultural aqui na escola, no dia 15 de Junho e esse sarau vai ter um bar e todo o dinheiro do bar vai ser revertido em função da causa da Samara”, re-fere Teresa Couceiro.

(Esta e outras fotografias em www.vi-vacidade.org) Ricardo Vieira Caldas

Duas bolas a zero foi o resultado do Sport Clube de Rio Tinto frente ao Serzedo, no dia 13 de Maio, no último jogo em casa desta época. Vitória no jogo, oitava posição na tabela geral classificativa desta época, a 33 pontos do campeão de 2011/2012, o Clu-be Académico de Felgueiras.

O treinador da equipa de Rio Tinto, Fili-pe Alves, mostrou-se contente com o resul-tado do jogo e explicou como é que a equi-pa saiu vencedora. “Sabíamos que íamos defrontar, na minha opinião, uma das duas melhores equipas desta divisão. Sabíamos que é uma equipa que gosta de dar iniciativa de jogo à equipa adversária e depois fazer as jogadas em contragolpe, apanhar a equipa descompensada defensivamente. Para azar deles, parámos o jogo para nós darmos ini-ciativa de jogo a eles e utilizarmos a arma

que eles costumam utilizar contra as equi-pas adversárias e foi essa arma que nós pro-curamos usar hoje no jogo.”

Em relação à posição da equipa no cam-peonato, o treinador dos Seniores explicou ao VIVACIDADE que já havia dito aos seus jogadores que o jogo com o Serzedo devia ter sido “a meio do campeonato”. “Eu sempre disse desde o primeiro dia que cá cheguei que tínhamos plantel mais que suficiente para passar uma época bastante tranquila. Agora, por diversas razões, a primeira volta não foi do nosso agrado, tínhamos momen-tos muito bons. Nós tínhamos dois picos bem pronunciados, momentos muito bons, como momentos muito maus. E no campe-onato as melhores equipas são aquelas que são mais regulares”, admitiu.

Para o treinador, a equipa está entre as

“5 melhores da divisão” e foi prejudicada nesta época. “Eu não me quero desculpar com questões de arbitragem – mas até por aí. Até por aí fomos uma equipa em que fomos constantemente prejudicados, em muitos pontos”, disse. “Jogos em que fomos prejudicados e bastante prejudicados e que não é um golo, é pontos que nos roubam. Só com isso, acabávamos de quinto para cima. Portanto, se isso não acontecesse, estávamos nessas posições”, aclarou Filipe Alves.

A época de eleições para a nova direção do clube não passou ao lado do treinador que espera que “as pessoas que sejam rio--tintenses verdadeiras queiram fazer as coi-sas com cabeça, tronco e membros mas não deixem passar muito tempo.”

O responsável pelos treinos da equipa principal do Sport Clube de Rio Tinto dei-

xou ainda um apelo à Câmara Municipal de Gondomar, Junta de Freguesia de Rio Tinto e atual direção do clube.

“Quero deixar uma palavra de gratidão ao presidente Artur Monteiro. Ele está a passar por problemas de saúde e eu sei que não passa pelas pessoas de Rio Tinto, sei que passa pela Câmara. Eu acho que estava mais do que na hora de a Câmara de Gondomar, juntamente com a Junta de Freguesia e mais alguém daqui da direção, decidirem e ho-menagearem o presidente da forma correta que é porem este estádio com o nome dele. É uma pessoa que já fez muito pelo clube. Apesar do parque de jogos já se chamar Ar-tur Monteiro eu acho que este é que é o Es-tádio do Rio Tinto.” (Fotografias em www.vivacidade.org)

Ricardo Vieira Caldas

16 reportagem / desporto VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

Onda de solidariedade ajuda aluna

Equipa principal fica na oitava posição

Escola Secundária de Rio Tinto

Sport Clube de Rio Tinto

Page 17: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

17VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 informação

Breves

Breves

O Ministério do Ambiente clas-sificou um total de 526 águas como boas para a prática balnear. Em Por-taria publicada no Diário da Repú-blica de 27 de abril, foi confirmada a informação da classificação, a nível nacional, de mais de meio milhar de praias.

Gondomar ‘passa’ a ter, oficial-mente, a única praia fluvial de toda a Área Metropolitana do Porto. A Praia da Lomba (no Douro) junta--se a uma extensa lista de 438 praias costeiras e 88 fluviais – com período de funcionamento variável entre 1 de maio e 30 de setembro.

No dia Mundial do Livro, deu-se apresentação do livro de Joaquim Jorge, ‘Política  e Coisas Piores’ na Casa do Livro, no Porto. A apresen-tação esteve a cargo do diretor do Jornal de Notícias, Manuel Tavares mas o autor considerou que o seu livro “realça a Política como algo nobre e que tem por finalidade re-solver os problemas das pessoas”. No entanto, Joaquim Jorge enfatiza

que “alguns atores da política [polí-ticos], com as suas atitudes e com-portamentos dão uma ideia errada do que é a política.” Conclui que “ a política fica muito cara ao erário público e concomitantemente aos portugueses” e que “é preciso políti-cas baratas, menos mordomias, me-nos regalias, mais responsabilidade, mais sentido de Estado, mais bem--comum.”

No passado dia 11 de Maio, rea-lizaram-se as eleições para a Comis-são Política Concelhia do PSD Gon-domar. Às eleições apresentou-se apenas uma lista, encabeçada por Telmo Viana, que garantiu a lideran-ça do partido durante os próximos

2 anos. De 529 votantes, a votação ve-

rificada foi de 502 votos a favor, 17 brancos e 10 nulos. A votação para a Mesa da Assembleia do Plenário resultou com 508 votos a favor, 11 brancos e 10 nulos.

No passado dia 12 de Maio, rea-lizaram-se as eleições para o Núcleo Residencial do PSD de Rio Tinto. Às eleições apresentou-se apenas uma lista, encabeçada por Alfredo Cor-reia, que garantiu a continuidade na

liderança do partido durante os pró-ximos 2 anos.

A votação verificada foi de 46 vo-tos a favor da lista A, sem qualquer voto em branco ou nulo.

O VIVACIDADE errou. Na no-tícia ‘Conselho Municipal de Edu-cação cria dois novos agrupamentos em Gondomar’, publicada na edição de 26 de Abril de 2012, a informação inicial está errada. Só existiu, até à data da edição, uma reunião com o

Conselho Municipal de Educação e não várias. A decisão da criação dos agrupamentos esteve apenas na base de reuniões da Câmara Municipal de Gondomar com a DREN e outras entidades.

No dia 11 de Maio de 2012, fo-ram empossados os corpos sociais Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte para o biénio 2012 / 2014, durante um jantar que decorreu no Restaurante Porto Rio, em Rio Tin-to, e contou com 23 participantes.

Neste contexto, foi consenso una-nime avançar para a Certificação do prato Rojões e Papas de Sarrabulho

à moda de Baguim do Monte, por forma a permitir o reconhecimen-to dos interessados nos restaurantes que passem a servir estes pratos ao longo do ano.

Após a orientação da Agência Nacional para a Qualificação envia-da para as escolas, para extinguirem os Centros de Novas Oportunidades (CNO) através de despedimento co-letivo, a Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) já fez saber que vai “manter o CNO de Rio Tinto aberto até 31 de Agosto”.

A escola vai suportar os custos com receitas próprias já que o Go-verno dá essa possibilidade. Em al-ternativa, no documento emitido

pela Agência Nacional para a Quali-ficação e o Ensino Profissional (AN-QEP), as escolas podem proceder à cessação de contratos do pessoal dos CNO através “por meio de despedi-mento coletivo ou de despedimento por extinção de posto de trabalho.”

Luísa Pereira, diretora da ESRT, disse ao VIVACIDADE que a escola vai “assumir os encargos” até Agosto e até lá o Governo irá “dizer o que vai fazer com a Educação e Forma-ção para Adultos”.

Praia da Lomba

‘Política e Coisas Piores’ de Joaquim Jorge

Eleições para a Comissão Política Concelhia do PSD Gondomar

Eleições PSD Rio Tinto

Errata - Edição Nº 70

Tomada de Posse da Confraria Gastronómicados Rojões e Papas de Sarrabulho

Secundária de Rio Tinto mantém CNO aberto até Agosto

Page 18: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

18 vozes da assembleia da república VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

2012 - Ano Europeu do Envelhecimento Ativo …

Trapalhada, digo eu!

Até não restar nada

Esta é uma oportunidade para todos de refletirmos sobre o facto viveremos hoje em dia mais tempo e com mais saúde do que nunca, e aproveitarmos as oportunidades que a to-dos se oferecem. O CONSELHO DA EUROPA E O PAR-LAMENTO EUROPEU CONSIDERAM QUE O envelheci-mento ativo pode dar à geração que está acima dos 60 anos e aos idosos do futuro a oportunidade de: Permanecerem no mercado do trabalho e partilharem a sua experiência, continuarem a desempenhar um papel ativo na sociedade, viverem uma vida o mais saudável e gratificante possível. Ora como se vê, é de grande importância a decisão do Par-lamento Europeu e do Conselho da Europa, classificarem 2012 como Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da solidariedade entre gerações. Assim, o envelhecimento ati-vo será este ano o tema central das agendas políticas euro-peias e - precisamente num período conturbado da história da europa - eis que surge também a resposta assente numa aposta clara de promoção da solidariedade entre gerações. É muito claro, que 2012 terá também de ser encarado como um ano de oportunidades: Oportunidades para, refletir so-bre a valiosa contribuição das pessoas mais idosas na so-ciedade. Oportunidades para, refletir sobre os desafios da longevidade, designadamente, nas áreas do trabalho e em-prego, cuidados de saúde, serviços sociais, educação e for-mação ao longo da vida, voluntariado, habitação, transporteOportunidade para, refletir no diálogo e solidariedade entre gerações, que é tão importante… Mas não nos enganemos…Se ficarmos somente no plano da consciencialização, da re-flexão e das intenções, ficaremos muito aquém da grande oportunidade que este ano nos oferece!2012 é, essencialmente, um ano para agir, o que implica a definição de objectivos claros e a assunção de compromissos que permitam aos estados membros e às partes interessadas o desenvolvimento de iniciativas que estimulem o debate, o intercâmbio de boas práticas e a sensibiliação da opiniao pública para a importância do envelhecimento ativo enquan-to expressão de participação cívica e factor de coesão social. Hoje, vivemos uma crise económica que tem obviamente re- uma crise económica que tem obviamente re-flexos do ponto de vista social , resultado de uma conjuntura económica desfavorável e de um conjunto de fatores internos e externos, por todos sobejamente conhecidos. Ao facto, não é certamente alheio o quadro de envelheci-mento demográfico acentuado, que se vem verificando des-de 2001 com tendências de agravamento, segundo os censos 2011. Não podemos ignorar os impactos sociais, económi-cos e financeiros daqui resultantes, parecendo claro que os modelos económicos e sociais dos últimos 50 anos não se-rão capazes de fazer frente ao fenómeno.É impossível ignorar os desafios que se nos apresentam e que exigem políticas inovadoras. A estratégia da união eu-ropeia para o crescimento 2010-2020 assim o requer. A situ-ação portuguesa assim o reclama.Assim, Portugal partilhará com os demais países da união europeia o desafio de dar resposta à mudança da pirâmide etária e de criar oportunidades para a participação ativa, de todos e de todas, na vida familiar e na sociedade.Sabemos que o envelhecimento ativo é a resposta adequada. Mas também sabemos que ele exige uma abordagem mul-tidimensional e que implica a responsabilização e a parti-cipação de todos na promoção da igualdade entre homens e mulheres, no incentivo à solidariedade entre gerações, no combate à exclusão social e à discriminação.O Programa de Emergência Social foi estruturado na base desse novo modelo de inovação, através de uma rede na-cional de solidariedade dinâmica, inovadora, envolvendo o estado e os diferentes atores no terceiro sector.

O Governo vai repetindo a frase: “Não rasgamos contratos”. A frase que se aplica aos contratos das parcerias-público privadas, das concessões das autoestradas, das rendas exces-sivas da luz. Quando muito renegoceia, timidamente. Como no caso da energia, em que pediu à EDP para prescindir de uma pequeníssima parte das rendas por agora, compen-sando-a com os preços da luz a subir a cada 3 meses e mais rendas ainda no futuro.E enquanto afirma orgulhoso que “não rasga contratos”, o Governo vai rasgando o direito do trabalho, até não restar nada. Contratos com grandes empresas, nem beliscar se pode. Contratos de trabalho, esses, não valem nada. E as-sim se reduz o direito do trabalho a quase nada, como se cada trabalhador pudesse negociar de igual para igual com o patrão. Inventa-se o banco de horas individual que acaba com todas as regras sobre os horários de trabalho. Acaba-se com o despedimento por justa causa, inventando o conceito de despedimento por inadaptação que é a porta para todo o abuso.Entretanto o desemprego dispara para valores nunca vistos: 20% da população ativa portuguesa não tem trabalho. Von-tade, força, riqueza que se desperdiça a cada dia. Direitos e dignidade que se rouba. E a cada vez que o Governo fala, mais insulta. Passos Coelho chama ao desemprego uma oportunidade, Álvaro Santos Pereira simplesmente “o coi-so”. Irresponsabilidade e insensatez de quem é sequer capaz de imaginar o desespero de cada uma das mais de um mi-lhão e quatrocentas mil pessoas que, em Portugal, se veem hoje sem trabalho e sem salário; sem emprego.Diz-se que a austeridade é inevitável e que a alteração da legislação laboral é o que permite criar emprego e dar opor-tunidade às novas gerações. Mas, a cada alteração da legis-lação laboral, o desemprego aumenta. Um milhão de novos desempregados, desde as alterações de Bagão Félix feitas com a desculpa do excesso de rigidez. E fica pior para to-dos: nenhum jovem terá mais oportunidades se tiver os pais desempregados ou os avós sem pensão; e todos os jovens terão certamente mais pressão para aceitar condições ainda piores de trabalho, se os seus pais não tiverem o mínimo de direitos.A austeridade é a desculpa para as alterações laborais que matam o contrato social em que assenta a nossa democra-cia. Por que não serve para mais nada; está à vista a sua estupidez: mais desemprego, mas falências, menos receitas fiscais para o Estado, recessão a agravar-se, dívida a au-mentar. Mas o seu efeito perdurará; porque os contratos milionários dos grandes grupos económicos permanecem intactos enquanto os direitos de quem trabalha são destru-ídos. Não nos enganemos: a luta pelos direitos do trabalho é a luta contra a austeridade e a troika. E é uma luta pelo presente e pelo futuro.

PSDMargarida Almeida

PSIsabel Santos

BECatarina Martins

Estamos prestes a assinalar um ano sobre a tomada de posse deste governo e, à medida que o tempo avança, a velocidade a que a trapalhada acontece aumenta.As previsões de recessão e desemprego do Ministro das Finanças são revistas em cada ida ao Parlamento, em cada novo documento apresentado. Na voragem de dar novos nomes às coisas o Governo apresentou à União Europeia um Plano de Estabilidade e Crescimento disfarçado de Documento de Estratégia Orça-mental fugindo, assim de dar conhecimento do mesmo, em primeira instância, ao parlamento português. Acabou por apresentá-lo à Assembleia da República e ao país, debaixo de um coro de críticas, numa versão que não correspondia à apresentada na UE e com as previsões do desemprego já com uma revisão anunciada.A escalada da agressão contra os funcionários públicos avan-ça e sobe de tom. Na imprensa surge o anúncio da meta de 120 mil “rescisões por mútuo acordo” sem que tal número esteja minimamente sustentado num qualquer estudo e sem que se perceba de onde vem a necessidade de tal feito, no mo-mento em que a tutela da administração pública prevê que se alcance este ano uma redução do número de efetivos da or-dem dos 2,4%, ou seja, acima dos 2% fixados pelo memoran-do da Troika. Uma medida que acompanha as novas regras de uma mobilidade “verdadeiramente musculada”. Tudo isto depois de os pensionistas, aposentados e trabalhadores da administração pública terem ficado a saber que não recupe-rarão os 13º e 14º meses em 2014, como tinha sido assumido com a apresentação do Orçamento do Estado de 2012, e que só o farão faseadamente daí em diante.O Ministro das Finanças disse na sua última audição na Co-missão de Orçamento, Finanças e Administração Pública: “Eu não minto, não engano, não ludibrio”. É caso para se dizer: que nos aconteceria se o fizesse?!Mas a trapalhada parece ter vindo para ficar, também pela mão do Ministro Miguel Relvas.Primeiro com o caso da troca de informações e mensagens de telemóvel com o mais famoso dirigente dos serviços secretos portugueses e, finalmente, com a ameaça de revelar aspetos da vida pessoal da jornalista do Público que se preparava para publicar um artigo mais aprofundado sobre este caso.Noutros tempos teríamos o Eurodeputado Paulo Rangel e outros fazedores de opinião, a vir a público “rasgando as vestes” em defesa da democracia e da liberdade de ex-pressão, contra aquilo que noutros tempos batizou de asfi-xia democrática.~Mas até agora nada. Nem uma daquelas frases bombásticas que enchiam os telejornais de outrora. Como diria o poeta, tempo é feito de mudança…O que parece não ter tendência a mudar é a arrogância de um Governo fraco que nos condena a indicadores de de-semprego desastrosos, à destruição das empresas, ao des-mantelamento dos serviços públicos, ao assalto da estrutura do Estado. Tudo isto acompanhado de uma inquebrantável queda para a trapalhada.

Page 19: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

19VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 vozes da assembleia da república / informação

As opções de política orçamental estão na ordem do dia. Nunca se debateram tanto e com tanto entusiasmo teorias macroeconómicas e concepções mais ou menos filosóficas do que deve ser a ação e/ou a intervenção no governo na condução dos destinos do país. Mas nunca os portugueses tiveram tão presentes e tão óbvios, mais do que essas mes-mas teorias, os resultados práticos das erradas opções, que foram sendo assumidas pela esquerda, na governação do nosso país. Afinal de contas, o que nos trouxe a política orçamental expansionista, seguida nos últimos anos? Resumidamente, trouxe défices orçamentais acima dos 3% (chegando aos 10% em 2011), níveis de desemprego a superar os 8% a par-tir de 2009, dívida pública num crescimento galopante e a incapacidade de o estado pagar aos seus fornecedores. O fim da história não podia ser feliz e a desconfiança por parte dos mercados, em relação à capacidade de honrarmos os nossos compromissos, acabou por traduzir-se no inevitável pedido de ajuda financeira, que nos tolheu a autonomia e a sobera-nia do país. A título de exemplo, da grandeza do descalabro do PS, em seis anos de governo Sócrates, a dívida direta do estado cresceu tanto como em 20 anos, se considerarmos o período de 1980 a 1999, e cresceu o dobro do que no perío-do de 1999 a 2004. Estão em causa mais 61 mil milhões de euros. Foi quanto aumentou a dívida com o PS no governo, o que equivale a uma percentagem de 67% de aumento, no período de “apenas” seis anos.Assim, a dimensão e a evidência que estes dados deixam transparecer, constituem o falhanço indesmentível das polí-ticas orçamentais expansionistas que o PS sempre apoiou e que hoje, paradoxalmente, ainda defende.Pelo contrário, o CDS nunca ignorou que a dívida crescente e os problemas inerentes dos sucessivos défices, estão na base do agravamento da crise da dívida soberana, dos constran-gimentos que essa mesma dívida coloca à banca portuguesa, do efeito negativo no crédito da banca perante as nossas em-presas e também na base das consequências inevitáveis sobre as taxas de desemprego e sobre a fraca dinâmica económica. De facto, só o PS, por artes mágicas ou pura irresponsabilida-de, consegue separar o crescimento e o emprego, da perigosa dinâmica da dívida e do défice. Trata-se de um ciclo vicioso de variáveis interdependentes, onde as ultimas têm efeitos in-contornáveis e previsíveis sobre as primeiras. Porém, o rumo inverteu-se e a boa notícia é que começamos a sentir os primeiros resultados da política orçamental deste governo. Por um lado, temos sucessivas avaliações positivas da parte de quem nos empresta dinheiro, que tem origina-do a libertação das sucessivas “tranches” do empréstimo e que permitem que continuemos a poder honrar os nossos compromissos com credores e fornecedores do estado. Por outro lado, a execução orçamental do primeiro trimestre, se excluídos os factores que não dependem da acção directa deste governo (mas de compromissos já assumidos no pas-sado), demonstra o controlo da despesa: o corte da despesa primária em 4.3%, e da despesa corrente primária em 3.8 %. O estado está definitivamente a controlar os seus gastos e o nível do défice está muito abaixo dos compromissos do MoU para o primeiro trimestre do ano. Deve ainda salien-tar-se que o impacto das medidas de consolidação orçamen-tal, ainda não estão refletidos nos dados que se conhecem até hoje, em contabilidade pública.A política orçamental do actual governo, tem como objecti-vo essencial a diminuição do endividamento e das necessi-dades de financiamento da economia portuguesa. Esta pode não ser a “via verde” para o crescimento, mas é inequivo-camente, a única via possível, a bem das novas gerações.

A única via… O Tratado Orçamental

Vivemos numa Europa cada vez menos democrática, com a Alemanha e a França a decidirem o destino de todos os povos da Europa, com os restantes Estados-membros a li-mitarem-se a aceitar as decisões desse diretório.Mas para além do profundo défice democrático, ainda te-mos o modelo neoliberal que atualmente está a dominar a UE e que está a colocar os países em dificuldade, completa-mente dependentes dos mercados.A esta situação não é certamente alheio o facto de o Banco Central Europeu não poder financiar os seus contribuintes, que são os Estados-membros.Nesta circunstância, o que o BCE faz é emprestar dinheiro aos grandes bancos privados a uma taxa de juro baixa para, depois, estes bancos emprestarem esse mesmo dinheiro, aos Estados que precisam, mas a taxas de juro muito mais altas.E neste contexto, “Os Verdes” consideram que o que era prioritário e deveria ser o centro das atenções dos respon-sáveis europeus, era exatamente remover a proibição do BCE para que ele pudesse financiar diretamente os Estados--membros e expurgar, assim do circuito, estes bancos inter-mediários, que arrecadam milhões e milhões de euros, que são suportados pelos Estados.Ma não, ao invés disso, os senhores da Europa, pretendem proceder à revisão dos tratados para consagrarem o Pacto Orçamental.Ao invés de procurarem soluções para que os conceitos de coesão e de solidariedade começassem a fazer parte do vo-cabulário da União Europeia, os senhores da Europa preten-dem controlar totalmente a política económica dos estados Membros.Ao exigir-se a inscrição dos limites de défice orçamental, significa que em caso de incumprimento por parte dos es-tados, há lugar à imposição automática de mecanismos de correção, isto é, medidas determinadas pela Comissão Eu-ropeia.Esta subordinação determina a imposição de “programas de Reformas estruturais”: nas Leis laborais, nos salários, nas reformas e pensões, nos serviços públicos, na segurança so-cial, e por aí fora. E pasme-se, até, há lugar à aplicação de sanções financei-ras:Ou seja, os países que estão em dificuldade, em vez de serem ajudados pela UE, ainda vão sofrer sanções finan-ceiras, o que vai agravar ainda mais a situação desses países.É o abandono definitivo da solidariedade e da coesão en-quanto premissas da Europa.Mas mais, a transferência de soberania para a cada vez me-nos democrática UE, vai condicionar o nosso Parlamento na definição das políticas sociais, económicas e orçamentais e arredar assim os Portugueses das decisões que mais im-portância revestem para as suas vidas.É uma facada na democracia, sem precedentes. As matérias orçamentais, constituem a questão chave de qualquer povo em termos de soberania.Mas vai trazer também mais austeridade, isto quando é mais que sabido que a austeridade não é solução, como se está já a ver hoje.Neste contexto, “Os Verdes” consideram que o que está em causa com este Tratado é sério de mais para não ouvir os Portugueses, que aliás, nunca foram chamados a pronun-ciarem-se sobre matérias europeias e por isso propuseram a realização de um referendo ao tratado orçamental, que PS, PSD e CDS não quiseram.

CDSVera Rodrigues

PEVJosé Luís Ferreira

Nos últimos meses o “Bisturi” denunciou aqui o perigo de abandono a que foi votado o passeio pedonal da beira-rio, entre o Freixo e o Gramido. Quem frequenta aquele espaço, seja em caminhadas de exercício físico seja passeio de lazer, ia notando que a degradação resultante da falta de vigilân-cia e manutenção iria, certamente, mais cedo ou mais tarde, descambar para situações incontroladas.Primeiro começaram por desaparecer algumas peças de mobiliário mais ou menos de pequena monta, como sejam os baldes do lixo, ou os suportes das placas de identificação das plantas no Jardim das Aromáticas. Seguiram-se várias árvores, selvaticamente partidas ou arrancadas. Depois foi o roubo dos próprios moldes metálicos de suporte lateral das camadas de cimento que rematam as pistas pedonais e velocipédicas. E nem as grelhas das caixas de águas pluviais escaparam.Há uns meses atrás o vandalismo apoderou-se do complexo de casas de banho próximas do Gramido, que nunca chega-ram a abrir, mas que foram esventradas e completamente destruídas, desde os tectos ao mobiliário, desde os sanitá-rios às próprias portas.Por fim, e aos poucos, começou a verificar-se que foram re-tiradas as tampas técnicas das caixas de ligação de alguns candeeiros. Até que os vândalos se sentiram seguros para, na prática, limparem o que restava, levando a maioria dos equipamentos, inviabilizando de vez o funcionamento da iluminação pública do passeio pedonal. Hoje, já ninguém pode andar de noite naquele percurso, porque é uma ameaça e um perigo para qualquer cidadão, salvo se as pessoas se organizarem em grupos, e com ilu-minação própria. É pena que assim seja. Mas é sobretudo insuportável saber-se que isto era previsível, e iria acontecer mais cedo ou mais tarde.Toda a gente sabe que quando um espaço público entra em degradação ou é posto em marcha, rapidamente, um plano de recuperação e controlo do vandalismo, ou é certo e sa-bido que as coisas se agravarão de forma exponencial em muito curto espaço de tempo. É o que está a acontecer no passeio pedonal da marginal do Douro. Urge, pois, travar a destruição daquele espaço nobre, e recuperar o que já foi vandalizado, sob pena daquele passeio se tornar num espa-ço fantasma…

Cumpriu-se a pior das profecias…

BisturiHenrique de Villalva

Page 20: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

20 vozes de rio tinto VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

Vandalismo no Polis de Gramido - Valbom

Retrocesso Social e Civilizacional

alvo, e que em nada beneficiam o Concelho e a Cidade de Valbom, bem como não beneficiam a população, muito pelo contrário. Primeiro vandalizaram os bebedouros, depois seguiram-se os recipientes do lixo, as áreas ajardinadas, as casas de banho, as paredes (que foram grafitadas), e agora os postes da iluminação pública também não sobreviveram à vaga de vandalismo de que este local sem sido alvo. Convém referir e relembrar que o património municipal tem custos para ser construído, e também tem custos de manutenção, e esses custos normalmente são elevados e vão sempre ser suportados pelos contribuintes (por nós…). Somos nós que indirectamente pagamos todas estas obras através dos im-postos. Ao destrui-las, estamos a destruir aquilo que ajuda-mos a construir e a pagar! Ao aludir e repudiar estes actos de vandalismo, e para con-cluir o meu raciocínio não podia deixar de lançar um apelo: depende de todos cuidar melhor das nossas Cidades e das infraestruturas públicas que nelas existem. Cabe-nos a todos o dever de preservar a qualidade de vida da nossa popula-ção, a qual está interligada com o meio que habitamos e com o local onde vivemos. Uma vez que ninguém destrói a casa que construi e onde vive, também ninguém deve destruir o património municipal. Deve preserva-lo como se fosse seu, porque na realidade, o património municipal é de todos.

Juventude PopularPedro Carvalho

PCPJosé Fernandes

A escolha é a resignação ou indignação

Continuar a aprender ao longo da Vida!

Depois dos 30 anos de estado social pós II guerra, o projeto liberal-burguês encontrou nos pilares do neoliberalismo o discurso meritocrático sobres as maravilhas do mercado de oportunidades. Com uma narrativa feita á medida para ata-car a unidade, o colectivo e a solidariedade.Assistimos ao desmembramento gradual do estado social, á desregulamentação do mercado de trabalho.

Que aflição!Dizem alguns, talvez com razão, talvez não…O Governo vai fechar todos os Centros Novas Oportunida-des, e agora?Não é verdade! Os protocolos assinados serão cumpridos. O Centro de Novas Oportunidade em que trabalho tem contrato até Agosto 2012, os formandos irão trabalhando e até Agosto serão certificados todos os que conseguirem completar o processo de RVCC em que estão inscritos. E depois?Há novas diretrizes, novos acertos, novos rumos, novas di-nâmicas relacionadas com as novas realidades económico--financeiras em que o país se encontra.No entanto, a Certificação de competências, a aprendiza-gem ao longo da vida, os cursos profissionais, a qualidade do Ensino em Portugal, é para continuar, estimular e cum-prir a máxima “Fazendo com SABER o que os fará SER”.Sabemos, todos , as dificuldades que o país atravessa , e por isso, teremos de ser pacientes, de adequar os (poucos) Meios que possuímos –devido às enormes restrições finan-ceiras com o aproximar do fim do QREN, os fundos dispo-níveis também chegam ao fim- ao (muito) que queremos empreender. E é preciso repeti-lo: o ensino/aprendizagem ao longo da vida vai continuar!Mas, que adianta certificar se o conhecimento não aumen-tar, se as possibilidades/potencialidades dos formandos não forem estimuladas?O Ensino Recorrente Noturno já funcionou em anos ante-riores e com bons resultados, as pessoas gostam de apren-der, gostam de “ter aulas” de buscar o saber. E é essa vertente que está a ser equacionada e irá dar continuidade à Certifi-cação daqueles que, muitas vezes, por motivos alheios à sua vontade, não puderam frequentar a escola em tempo útil, e fá-lo-ão agora de uma forma que se adeque à sua situação, ou de trabalhador, ou de desempregado.As escolas irão servir-se dos seus meios técnicos e humanos para dar resposta aos Novos Centros para a Qualificação e Ensino Profissional. Tenhamos pois Esperança num mundo melhor, porque mais limpo, mais metódico, mais organizado, vivamos segundo as nossas possibilidades, não temos fundos para vivermos à larga, mas temos inteligência q.b. para darmos a volta às situações e encontrar soluções viáveis, capazes de continu-ar projetos iniciados com tanto despesismo (que na atual conjuntura não lhes dariam sequencialidade), mas que ade-quando métodos e estratégias em colaboração com a escola pública e profissional levaremos adiante!

BERui Nóvoa

PSDMaria Guimarães

Foi noticiado recentemente que a ciclovia existente na mar-ginal de Gondomar se encontra às escuras depois de terem sido vandalizados os postes de iluminação e de terem sido roubados os fios de cobre. Esta ciclovia faz parte das infra-estruturas do Polis e tem perto de três quilómetros de cum-primento, que vão desde os limites do Concelho (junto ao Freixo), percorrendo Ribeira de Abade até Gramido. Esta infraestrutura encontra-se situada num local e num meio que por si só deveriam ser mais bem cuidados e estimados por todos, sem excepção. Este local é utilizado por inúmeras pessoas e famílias que por ali passeiam, caminham, correm, e andam de bicicleta, todos os dias. Neste local para além da ciclovia, existe ain-da um pequeno parque infantil onde as crianças se podem divertir, um pequeno espaço verde com algumas mesas e bancos, os quais são palco de alguns piqueniques e outros passatempos de várias pessoas e famílias. Ao referir estas infraestruturas todas, não podia deixar de mencionar o Rio Douro que se encontra ali ao lado, e que é uma referência para a Cidade de Valbom, para o Concelho e para Região, uma vez que as suas águas correm pelas mar-gens que se encontram situadas junto deste local. Ao mencionar este espaço e as infraestruturas que nele exis-tem, não podia deixar de salientar e repudiar os comporta-mentos de vandalismo de que estas infraestruturas têm sido

Quando o PCP fala que as políticas que estão a impor ao país só acrescentam exploração, privações, dificuldades e incertezas quanto ao futuro, e que se torna um imperativo nacional a exigência de rejeição do Pacto de Agressão, fá-lo no interesse de todos os trabalhadores e do país.Este Pacto de Agressão representa um grave retrocesso so-cial e civilizacional. Dois dos alvos destas políticas crimino-sas têm sido a educação e a saúde, pilares essenciais de um país que se quer próspero e civilizado…Na educação a par dos imensos problemas que afetam o ensino e a sua cada vez maior elitização, prepara-se agora o Governo para proceder à reestruturação da rede escolar, nomeadamente com a agregação de escolas e agrupamentos, invocando razões de ordem territorial, pedagógica e eco-nómica. No entender do PCP este reordenamento obedece unicamente a critérios economicistas e programáticos. Por detrás desta estratégia de aglomeração e concentração dos meios escolares, sejam materiais ou humanos, a orientação central do anterior e do atual Governo PSD/CDS representa a subversão completa do papel do Sistema Público de En-sino, fragilizando-o e criando o espaço para que, cada vez mais, progrida a marcha de gradual privatização do ensino a que já se vem assistindo. A aglutinação e concentração dos recursos materiais e humanos das escolas acarretam custos sociais e pedagógicos absolutamente inaceitáveis. A qualida-de pedagógica, a organização educativa e o sucesso real das aprendizagens são paulatinamente substituídos por preocu-pações meramente estatísticas e economicistas, subvertendo os princípios básicos de uma efectiva política educativa e pedagógica de excelência. Na saúde o panorama não é me-nos favorável, com as sistemáticas e deliberadas violações ao funcionamento do SNS, a que se juntam o aumento das taxas moderadoras e de todos os serviços de saúde (como assisti-mos recentemente em Gondomar com o encerramento do SASU – Serviço de Atendimento a Situações Urgentes), os cortes naquilo que é essencial ao funcionamento regular dos hospitais públicos e no próprio transporte de doentes, pondo em causa o acesso e qualidade dos cuidados de saúde presta-dos e a capacidade de resposta às necessidades dos utentes. Os portugueses não podem ser penalizados na prestação de cuidados de saúde com qualidade e humanidade, em re-

O capital encontrou uma nova fonte de especulação, ao mesmo tempo que construiu o pretexto para uma ofensiva feroz sobre o estado, seja ele o estado social, seja ele o pa-pel do estado no mercado ou nas relações socio-laborais.O discurso dos mal comportados tenta fazer a moralização da política onde a divida é consequência de quem não nos soube governar. A austeridade que nos é imposta não passa de uma fuga para a frente de um capital que, depois de ser socorrido pelos estados e de acusar a sua fragilidade ideoló-gica, saliva por um aumento da exploração para se salvar, á custa dos sacrifícios do povo.A escolha não pode ser feita entre a austeridade em bruto, ou numa versão mais soft. A escolha é pelo direito ao salá-rio, e pela defesa do estado social contra a politica de aus-teridade deste governo PSD/CDS que tudo nos quer tirar.A austeridade deixa um rasto de destruição nos países onde é aplicada e em Portugal essa realidade é bem visível: A economia minga a cada dia que passa e o desemprego atin-ge valores inimagináveis, particularmente entre os mais jo-vens. A cada novo pacote de austeridade os resultados dão conta de um pais pior, mais pobre, mais desigual e mais condenado ao incumprimento estas medidas estão a destruir a economia e a fazer disparar o desemprego.Querem fazer-nos querer que o caminho para o crescimento é o empobrecimento; o caminho para melhorarmos a qua-lidade de vida é perdermos direitos; Não podemos aceitar a mentira, nem a chantajem, o caminho passa, em primeiro lugar, pela rejeição da chantajem, pela destruição da resig-nação e pelo combate a estas ideias de acumulação pela concentração, privatização e aumento da taxa de exploração por via da desregulamentação. No passado dia 6 de maio o povo Grego votou de forma inequívoca pondo em minoria os partidos de direita, res-ponsáveis pela situação a que chegou o povo,Nas próximas semanas vamos assistir á maior chantagem contra o povo Grego desde Merkel, Barroso, FMI, e com-panhia, devemos manifestar a nossa solidariedade, com o povo Grego estamos convosco a vossa luta é também nossa contra os que teimam de que não á solução a resposta tem de ser a Luta toda.

Page 21: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

1 – Luísa encontra-se numa fase difícil da sua vida. O ma-rido abandonou-a com três filhos pequenos. Trocou-a por uma vistosa e assanhada brasileira e, desapareceu.Sem habilitações, faz limpezas dia e noite para se poder sus-tentar. Mesmo assim, só o consegue com a solidariedade de outros.Já lhe sugeriram entregar-se à prostituição para poder ul-trapassar mais facilmente os seus problemas, mas recusa-se. Não são esses os seus valores.Podia também seguir a mesma via do seu marido, abando-nar os filhos e fugir para bem longe, mas isso seria negar-se a si própria.2- A Fernando, na força dos seus 25 anos de vida, acontece--lhe a maior mudança da sua existência. Aos seus pais e a ele próprio, são-lhe retirados todos os seus bens materiais e, de uma situação económica desafogada, que auferia numa colónia portuguesa, fica na da miséria absoluta.O causador disso, é a sua amada pátria. Os políticos que o fi-zeram, passaram a despreza-los e a terem-lhes mesmo ódio, a eles, que só trabalhavam e nem sabiam o que era política. Mas em Portugal, esses novos políticos, são respeitados e considerados mesmo como heróis. Que fazer? Arregaça as mangas e inicia a sua vida desde o princípio. Paga o preço do privilégio de ter nascido, e de querer viver com dignidade.3 – Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, é forçado a dar a sua palavra ao Imperador Afonso VII, rei de Leão e Caste-la, para que o cerco montado ao seu senhor em Guimarães, seja levantado, como garante, de que seu primo lhe prestará vassalagem.Contudo, em 1131, Afonso Henriques muda a sua capital para Coimbra, e sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII.Conta a lenda, que Egas Moniz paga então a sua dívida. Vai com a sua família a Toledo, descalço e com uma corda ao pescoço, pôr a sua vida e dos seus, ao dispor do Imperador, a quem se tinha comprometido com a sua palavra. Tanta honra, acaba por resultar no perdão da sua divida. 4 – A Passos Coelho e o seu governo, colocaram-lhes uma corda ao pescoço, desde que iniciaram as suas funções. Os governos anteriores, e de uma forma acentuada, os lidera-dos pelo partido socialista, gastaram o que tinha e o que não tinha a nação, num exercício ruinoso de administração pública.Pode-se perguntar, mas como é possível gastar o que se não tem? Ao nível das nações é possível…, pede-se empresta-do. Assim, de empréstimo em empréstimo, levaram o país à bancarrota. Agora, já não há quem empreste mais a esta nação.A corda ao pescoço de Passos Coelho é agora, como o foi no tempo de Egas Moniz, a palavra dada. Desta vez a “palavra”, não é do próprio, mas sim da nação, e por quem a vinculou, em protocolos assinados e reconhecidos internacionalmen-te. O interessante é que essa corda se estende a todo o povo português, que em nada concorreu para isso. Mas mais in-teressante é que os responsáveis estão impunes, não recebe-ram qualquer sansão por isso.A tarefa do governo do “aio” Passos Coelho, é ingrata. Quem agora o vai receber, já não é um Imperador, como no tempo de Egas Moniz, mas sim montes de credores, que querem ver o seu dinheiro de volta. Mais ingrata essa tarefa se apre-senta, por causa dos tempos em que o seu país vive, onde a ética está ausente do pensamento social.Àqueles que sem sentido de estado, criticam a tarefa deste governo, resta a solução de serem eles próprios, a empresta-rem o seu dinheiro, à nação tão carenciada.

21VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012 vozes de rio tinto / baguim

Pagar A dívida

CDSJoão Neves Pinto

Nó cego

Careca à Mostra

No final do século XX seria impensável, à maioria dos por-tuguês, imaginarem que os sucessivos Governos dos “Mer-cados” PSD/CDS e PS implementassem políticas que con-duzissem país à actual regressão económica, à regressão de direitos sociais, da educação à saúde, passando pela segu-rança social. O país não aguenta, as PME não aguentam, as pessoas têm que suportar estes “governos de mercado” sub-metidos a mercados e a especuladores parasitas que vivem à custa de quem trabalha, e de quem retira do seu trabalho a dignidade para viver. Aliás hoje com estes sucessivos gover-nos balanceados ao vento dos especuladores, os portugue-ses trabalham simplesmente e apenas para sobreviver.Há um ano atrás, aquando da negociata do PS, PSD e CDS, apadrinhada pelo Presidente da República Cavaco Silva, fo-mos “abençoados” pela Troika, que tanto tem zelado pelo interesse das famílias portuguesas, que tanto tem zelado pelo futuro dos nossos filhos. Não custa ganhar dinheiro, vendendo dinheiro, especulando sobre o elo mais fraco que são as pessoas. Conforme se veio a confirmar, com a ven-da dos 78.000 milhões de euros, os portugueses irão pagam mais 35.000 milhões, quase mais 50% só de juros. Então isto é uma ajuda? Que rica ajuda! É sem duvida uma grande ajuda, para que a troika portuguesa, nomeadamente o go-verno tenha um bode expiatório para se desresponsabilizar das opções ideológicas, ou seja da enorme catástrofe política que tem conduzido ao empobrecimento dos portugueses. Não é preciso ser-se um guru, para perceber que austerida-de conduz a mais austeridade. É sem dúvida urgente que os portugueses exijam um rompimento com este pacto bélico para a maioria dos portugueses. Não basta ao PS, cingir-se à politica do faz de conta, à politica de ajeitar a gravata mais para a esquerda, nivelando sempre mais para à direita. Mas no que toca à tomada de decisões abstêm-se, abstêm-se dos portugueses, abstêm-se da realidade catastrófica das opções ideológicas deste governo PSD / CDS. O PS tem de se preocupar, isso sim, com o nó cego que sufoca o país e as perspectivas de crescimento e desenvolvimento.

O Primeiro Ministro Passos Coelho, fala-nos como se fos-semos malucos, como se estivéssemos desprovidos de toda a capacidade de pensar e avaliar as mentiras que nos tentam impingir e animam toda uma casta murmurante que consi-dera a politica uma estrebaria e os políticos uma associação de malfeitores, Pedro Passos Coelho ganhou a simpatia de muita gente como paladino da transparência e da verdade, acentuou com voz treinada e uma simpatia de subúrbio.Com mais de oito meses de governação os episódios de des-crédito e a destruição da esperança dos portugueses tem sido uma constante.A actual maioria de direita que apoia o governo não foi capaz de implementar uma medida concreta que vise a cria-ção emprego, salvo a alteração do código de trabalho, que permite facilitar os despedimentos e diminuir os salários e quase a extinção das indemnizações por despedimento sem justa causa. Fez ao contrário do que tinha prometido na al-tura da campanha para atingir o poder, é claro que hoje já não se acredita no que ele diz ou promete.Considerar que o ser desempregado é uma oportunidade para mudar de vida, com tal insensatez que podemos espe-rar da governação deste senhor.Assistimos recentemente a vários episódios tristes que re-velam o envolvimento vergonhoso destes senhores com os serviços de informação do Estado. Por isso é preocupante a forma despudorada como utilizam todos meios para con-trolar e manipular os Portugueses. Um dos episódios mais marcantes e que define Pedro Pas-sos Coelho com um Primeiro Ministro sem carater tem a ver com o envio para Bruxelas o Documento de Estratégia Orçamental, sem dar conhecimento a Assembleia da Repú-blica, à Oposição e aos Parceiros sociais.O secretismo com que isto é feito desrespeita toda a ética democrática, mas como isto não basta-se, o conhecimento em Portugal deste documento foi feito através das Institui-ções Europeias, assim que estes senhores ficaram com a ca-reca a mostra, entregaram um documento na Assembleia da República diferente do que tinham enviado para Bruxelas, este é um dos muitos exemplos da transparência e verdade de Pedro Passos Coelho, tudo isto com apoio do Presidente da República Dr. Cavaco Silva.Ainda acerca deste assunto em declarações proferidas pelo PSD, este disse lamentar a forma com o assunto foi tratado, disse também que não é razão para o PS falar em quebrar o consenso plitico. É preciso ter muita lata, para passar aos portugueses um atestado de incapacidade para memorizar aquilo que eles fizeram aquando do PEC IV,Confirma-se hoje que o Sr. Pedro Passos Coelho esteve reu-nido com o então Primeiro Ministro José Sócrates mais de 4 horas a falar sobre o PEC IV. Assim Pedro Passos Coelho mentiu aos Portugueses ao dizer que não tinha conheci-mento do documento, mas por pura ganância do poder es-tes senhores neo-liberais servem-se de tudo, pouco importa a vida e o bem estar do povo. A crise política provocada por este senhor trouxe aos trabalhadores portugueses e aos reformados a pobreza e em muitos casos a exclusão social.Após ter provocado uma crise politica em Portugal Pedro Passos Coelho foi de imediato de rabo entre as pernas justi-ficar o seu acto de irresponsabilidade aos parceiro Europeus onde levou um puxão de orelhas, o que é, que os portugue-ses podem esperar de um Primeiro Ministro sem carater?Pelo silêncio do Presidente da República deduz-se que é co-nivente com este secretismo do envio do (DEO) para Bru-xelas. Se assim não é estamos perante uma falta de lealdade institucional, e então o que faz o Presidente da República dr. Cavaco Silva? Cordiais Saudações Socialistas.

sultado do excessivo e intolerável desinvestimento no sector, justificado para resolver um défice orçamental criado por anos de políticas ruinosas, de que os doentes e o povo portu-guês não podem ser responsabilizados. O acesso á educação e à saúde são dois dos direitos inalie-náveis do povo português consagrados na Constituição Por-tuguesa, que estes malfeitores juraram defender, cumprir e fazer cumprir. É por isso tempo de não calar mais a indig-nação e o protesto, de transformar a indignação e revolta de cada um na acção e na luta de todos que há-de ser capaz de derrotar esta política ruinosa, que a não ser travada condu-zirá o país para o abismo. Desde já apelando à participação na manifestação a realizar em 9 de Junho, no Porto, con-vocada pela CGTP-IN, «Pela defesa de emprego, salários, direitos, serviços públicos; por uma mudança de política.»No plano local, realizou-se no passado dia 30 de Março mais uma Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, onde a CDU apresentou as seguintes Moções: Contra o encerramento da Esquadra da PSP na Areosa (aprovada por unanimidade), Mega-Agrupamentos Escolares (apro-vada por unanimidade), Adiamento de projectos para o rio Tinto (aprovada por unanimidade) e uma Saudação ao 1º de Maio (aprovada por maioria). O conteúdo pormenorizado destas moções pode ser consultado em: (cduriotinto.blogs.sapo.pt)

PEVMiguel Martins

PSAlício Morais

(...) PCP- continuação

Page 22: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

22 opinião / publicidade VivacidadeQuinta-feira, 24 de Maio 2012

1 – A situação de bloqueio político em que se encon-tra a Grécia, na se-quência dos resul-tados das últimas eleições legislati-vas, é praticamente o passaporte da-

quele país para a saída do euro. E se, como tudo indica, vai ser esse o desfe-cho final para o Governo de Atenas, a única certeza que neste momento exis-te é que a União Europeia terá de se preparar para enfrentar um autêntico terramoto, de consequências impre-visíveis. Em bom rigor ninguém sabe como se desenvolverá um processo desta natureza. Nem em termos polí-ticos, nem em termos técnico-finan-ceiros. Se o futuro próximo da República Gre-ga for o abandono da moeda única, ninguém duvida que os gregos ficarão durante muitos anos isolados dos mer-cados financeiros internacionais, sen-do obrigados a viver dos seus próprios

recursos. Será, certamente, a falência do Estado, com o seu rosário de misé-ria, que não poupará ninguém. Será, certamente, a fuga maciça de capitais, que, neste momento, é já uma prática corrente diária no sistema financeiro daquele país. Será, por fim, a perda de centenas de milhões de euros de muitos credores que confiaram na economia grega. 2 – Se os gregos optarem pelo aban-dono da moeda única, a União Euro-peia terá de fazer opções muito com-plicadas, que passam, antes de mais, pelo controlo de danos, e pela blinda-gem dos riscos de contágio a outras economias. E é mais que certo que o primeiro país a ficar na mira de fogo será Portugal. Ou seja, muito dificil-mente o nosso país conseguirá voltar aos mercados financeiros no próximo ano, como tem assegurado o Primei-ro-Ministro, Pedro Passos Coelho. O mais certo é termos de recorrer a um novo empréstimo para que o país pos-sa cumprir as suas obrigações perante os nossos credores.

Ora, isto significará, no mínimo, novas medidas de austeridade, certamente mais pesadas do que as actualmente em prática. E se todos sentimos que a economia interna está ao nível da so-brevivência, poderemos ver-nos numa situação ainda mais gravosa, nomea-damente no que respeita à quebra dos consumos internos, com o seu calvário de desemprego a atingir níveis impen-sáveis, e com uma recessão também bem mais penosa do que a apontada pelas previsões governamentais. A pergunta já clássica continuará sem resposta: como podemos sair desta en-cruzilhada?3 – O país real tem resistido à crise com um sofrimento generalizado muito mais contido do que se poderia imagi-nar. Mas a paciência e a capacidade de resistência dos cidadãos também tem limites. E não é de excluir a possibili-dade de, em desespero de causa, gran-des franjas da sociedade portuguesa poderem ceder à tentação da tragédia, a exemplo do que está a acontecer em Atenas. Se a estabilidade governativa

que tem o seu suporte na actual coliga-ção PSD/CDS for posta em causa pela pressão da rua, Portugal corre sérios riscos de seguir o caminho da Grécia. É por isso que as autoridades de Bruxelas não podem ignorar a ameaça da bola de neve…Mas qual será, de facto, o limite da re-sistência dos portugueses? Não é fácil prever qual o elo da cadeia social que poderá rebentar mais cedo. Mas é fácil admitir que esse elo será sempre o de-semprego. Se não houver, a curto pra-zo, relançamento da economia com a travagem do desemprego e a criação de novos postos de trabalho, é muito pos-sível que Portugal enfrente uma explo-são social de contornos imprevisíveis. O tecido social português na aguentará um milhão de desempregados. Antes de chegarmos ao número maldito te-remos, certamente, uma explosão nas ruas. E ao primeiro rastilho que surja, tudo pode acontecer. Que os políticos, de dentro e de fora, pensem nisto, en-quanto é tempo.

Jornalista e Professor Universitário

Saída da Grécia da moeda únicadeixa portugal na linha de fogo Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Page 23: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012

PROMOVEMOS A MOBILIDADE EM SEGURANÇA DO SEU AUTOMÓVEL

Page 24: Vivacidade ed. 71 - Maio 2012