vivacidade ed. 94 - maio 2014

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Visita à Lipor: Fomos conhecer a Unidade de Gestão de Resíduos de Baguim do Monte > P.4 e 5 Reportagem O que é o Ultra Trail? Lucinda Sousa, campeã do Gondomar Futsal Clube apresenta a modalidade > P.16 Desporto Entrevistas aos candidatos Paulo Rangel w Francisco Assis w João Ferreira w Marisa Matias Opinião dos gondomarenses sobre as eleições de 25 de maio P.23 a 25 Festa da Cerveja regressa a Rio Tinto Conheça o programa > P.16 Junta de Rio Tinto cria Universidade Sénior Centro Cultural apontado como hipótese para sede > P.18 Hospital Escola está no concelho há mais de um ano Balanço podia ser “mais positivo”, segundo Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa > P.10 e 11 Remoção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova: Daniel Vieira garante que já existem trabalhos no terreno > P.8 Sociedade Europeias 2014

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Vivacidade ed. 94 - Maio 2014

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Visita à Lipor:Fomos conhecer a Unidade de Gestão de Resíduos de Baguim do Monte

> P.4 e 5

Reportagem

O que é o Ultra Trail?Lucinda Sousa, campeã do Gondomar Futsal Clube apresenta a modalidade

> P.16

Desporto

Entrevistas aos candidatosPaulo Rangel w Francisco Assis w João Ferreira w Marisa Matias

Opinião dos gondomarenses sobre as eleições de 25 de maio

P.23 a 25

Festa da Cervejaregressa a Rio TintoConheça o programa

> P.16

Junta de Rio Tinto criaUniversidade SéniorCentro Cultural apontado como hipótese para sede

> P.18

Hospital Escola está no concelho há mais de um anoBalanço podia ser “mais positivo”, segundo Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa

> P.10 e 11

Remoção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova:Daniel Vieira garante que já existem trabalhos no terreno

> P.8

Sociedade

Europeias 2014

2 VIVACIDADE MAIO 2014

Editorial

Caros Leitores,

Esta edição do Vivacidade é dedicada es-pecialmente às eleições europeias.

A comunicação social presta muito pou-ca atenção a estas eleições. Tem deixado que alguns candidatos e os respetivos partidos as tentem transformar numa espécie de referen-do popular à visão que o povo tem do governo da nação. Ou seja, fugindo de um propósito claro e simples que é o objectivo destas elei-ções: os eleitos representarem o nosso país no Parlamento Europeu.

O Governo e os ministros mais mediáticos também têm lidado mal com isto.

Atentos a estas dificuldades, no Vivaci-dade procuramos a opinião dos candidatos e os seus objetivos e muito nos orgulha termos sido capazes - apesar da nossa posição relativa de sermos apenas um pequeno órgão da im-prensa local - de produzir entrevistas muito relevantes com todos os candidatos, em que os interesses do país foram colocados acima dos interesses mesquinhos dos partidos e por isso estamos muto orgulhosos de mais esta edição do nosso jornal.

Espero que este trabalho dê frutos, pro-movendo uma votação na nossa região que demonstre à Europa que o povo português sabe a importância de votar nas eleições Eu-ropeias e que não deixa de exercer o seu direi-to com toda a força e vontade, reforçada pelo reconhecimento que quem tantas dificuldades atravessou nos últimos tempos tem que ter, mas também com a certeza que é da partici-pação de cada um que poderemos almejar a sermos melhores e ainda mais reconhecidos na Europa.

O que teria sido do nosso país se não fosse estarmos inseridos no Euro e na Europa nos últimos anos? É que as pessoas sentem no seu bolso que ganham menos. Há tantos casos de pessoas tão prejudicadas com as duras me-didas que o resgate financeiro impôs. Mas é preciso sabermos continuar a dizer onde estão os culpados e continuarmos a explicar que se fosse noutros tempos, era a inflação que resol-veria o assunto e escondiam-se assim os nos-sos problemas. Com o Euro isso não é viável, nem possível.

Perderíamos mais dinheiro com uma in-flação galopante; mas essa perda não era tão evidente e directa como quando eu sei que ganho menos 100 euros ou que pago mais 100 euros de imposto. Se fossem escudos, hoje o nosso escudo valeria muito menos do que os 200,48 Escudos que valeu cada Euro na con-versão, pois os nossos governos teriam dei-xado que uma inflação galopante resolvesse o problema de ter que fazer cortes e ter que au-mentar impostos. Era muito mais fácil ganhar eleições assim….

Nunca foi tão importante como hoje votar. Votar é mostrar as nossas escolhas e as nossas opções. E escolher nas eleições Europeias não parece difícil, dada a qualidade dos discursos dos candidatos e a qualidade relativa das listas que se apresentam a votação. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:António CostaEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, Chefe João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/jornalvivacidadeE-mail: [email protected]

Sumário:

Reportagem VivacidadePáginas 4 e 5

BrevesPágina 6

SociedadePáginas 8 a 18

CulturaPáginas 20 a 22

DestaquePáginas 23 a 25

PolíticaPáginas 26 a 28

DesportoPágina 29 a 35

Empresas & NegóciosPágina 36 a 38

OpiniãoPáginas 39 a 43

LazerPágina 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima Edição 12 de junho

1. Pode parecer desajusta-do no tempo, mas o processo de agregação das freguesias continua atual, não fosse a recente (semana passada) insistência do governo com a já possível – e aparente-mente estudada – agregação de municípios. Tal como afirmámos, o que está em marcha é um proje-to político de destruição do poder local, conquista do 25 de Abril, e de liquidação de serviços públicos essenciais. Em muitas localidades, depois do encerramento de es-colas, postos de polícia, correios, também já se encerraram os an-teriores edifícios das freguesias agregadas, ao contrário do que era prometido antes das eleições, pro-

vando-se o verdadeiro objetivo desta reforma: afastar das popu-lações mais um serviço público. E, ao contrário do que é repetida-mente referido (o que não torna verdade uma mentira), a correta gestão de serviços e recursos pú-blicos, utilizada como argumento para o encerramento, não corres-ponde à verdade; veja-se o exem-plo da Freguesia de Fânzeres: perdeu a repartição de finanças e mais recentemente a estação de correios. No entanto, desde 2009, a antiga repartição das finanças - património do estado - conti-

nua sem qualquer utilização e a degradar-se diariamente, quando uma das razões apresentadas para o encerramento dos correios foi precisamente o elevado custo com o aluguer do espaço.

2. Não chegariam, certamente, as páginas deste jornal, para uma abordagem histórica da deposi-ção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova. Contudo, importa não esquecer aqueles que, entre 2001 e 2010, mesmo silenciados, nunca desistiram da luta pela re-moção destes resíduos. Lembro até a propósito que, sendo hoje consensual qualquer posição favo-rável à resolução deste problema, existiram tempos que tal situação não se verificou, sendo inclusive negligenciada por sucessivos go-

vernos (PS,PSD,CDS) e por res-ponsáveis autárquicos. Se é verda-de que, a partir de Maio de 2010, este problema ganhou nova ampli-tude e interesse público, também é verdade que, nesse mesmo ano, e seguintes, houve quem tudo fizes-se para que o assunto ficasse nova-mente na “gaveta”, mesmo depois de confirmada a perigosidade dos resíduos. Faltando ainda decisi-vas etapas para o culminar deste processo, não podemos deixar de valorizar tudo o quanto se alcan-çou, mesmo quando nos coloca-ram sistematicamente “pedras no caminho”. Se as “derrotas não nos desanimam, as vitórias não nos descansam” e, por isso, sendo a re-cente assinatura do contrato para a remoção dos resíduos o passo de-cisivo, tudo faremos para que não se perca mais tempo com este pro-cesso. E reafirmamos: não basta remover; a população e a freguesia têm de ser compensadas por este crime ambiental. A proposta está lançada: não haveria melhor com-pensação do que requalificação ambiental, paisagística e cultural do antigo complexo industrial mi-neiro, que teve uma importância à escala regional e nacional, criando um espaço dinâmico e atrativo que dê a conhecer a história de 17 décadas de exploração do carvão e do homem. n

Quem não luta perde sempre!

Daniel VieiraPresidente: União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova

Na próxima edição, este espaço contará com um artigo de opinião do presidente da Junta da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, Isidro Sousa.

POSITIVO

Com o passar dos anos, as árvores do recreio da Escola EB1 da Boavista provocaram o levanta-mento do pavimento. Aproveitando a paragem letiva das férias da Pás-coa, a Junta de Freguesia de Rio Tinto retirou as árvores e reparou o re-creio.

NEGATIVO

Apesar das obras de repa-vimentação e arranjo das vias levadas a cabo pelas Juntas de Freguesia e pela Câmara, a rua D. António Castro Meireles possui vá-rios defeitos no pavimento obrigando os veículos que nela circulam a desviarem--se dos buracos ou arrisca-rem cair neles.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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O relógio marca 9h58 do dia 29 de abril e a equipa do Viva-cidade encontra-se no Pólo de Baguim do Monte da Lipor. À entrada explicam-se as regras de circulação dentro dos 36 hectares da unidade de gestão de resíduos e após um período de espera re-cebemos autorização para entrar no edifício administrativo.

Fomos recebidos por Rosa Veloso, responsável pelo Depar-tamento de Educação, Comuni-cação e Relacionamentos Institu-cionais, que nos acompanhou ao longo da visita. Por norma o tra-jeto iniciaria pelo Centro de Tria-gem, mas as obras de remodela-ção daquela unidade obrigaram a Lipor a considerar um plano B.

O espaço dedicado às visitas é o primeiro ponto de paragem. “Aqui acolhemos as nossas visitas e sensibilizamos as pessoas para a necessidade de reciclar. Os vi-sitantes devem trazer-nos alguns materiais para depositarem nos nossos ecopontos. Não deixamos de fazer a visita se não trouxerem resíduos, mas apelamos a isso”, conta Rosa Veloso, enquanto per-corre a sala ilustrada com mate-riais recicláveis.

Avançamos para o ecocentro da Lipor, um espaço aberto ao público de segunda a sábado, entre as 9h e as 18h. “Nos oito municípios que integram a Li-por dispomos de uma rede de 21 ecocentros e quase 3000 ecopontos. Os ecocentros são espaços próprios, onde o cidadão pode colocar uma grande diversidade de resí-duos de pequenas e gran-des dimensões”, afirma.

Divididos por zonas de reciclagem, desde os óleos alimentares e me-cânicos, à roupa e outros resíduos como mons-tros e monstros não

metálicos, os ecocentros passa-ram a ser mais procurados desde novembro de 2013, data em que foi lançado o cartão EcoShop.

Nas Plataformas de Triagem, um camião da Rede Ambiente descarrega uma nova carga de resíduos, que vão ser triados e agrupados por categorias pelos funcionários da Lipor. “Nesta zona fazemos uma inspeção vi-sual e apartamos os

materiais. É nesta plataforma que conseguimos perceber quais sãos os materiais que podem ou não ser reaproveitados”, explica-nos Rosa Veloso.

Mais à frente, o Parque Aven-tura, um espaço verde de 19 hec-tares que outrora serviu como aterro da Fertor e hoje está dis-ponível aos visitantes de maio a setembro.

“Durante vinte anos este local serviu de depósito de resíduos e atualmente é um espaço ao ser-viço da comunidade, com vários prémios ambientais”, conta a fun-cionária da Lipor.

Após conhecer o Parque Aventura, entramos na Central de Valorização Orgânica. O es-paço remodelado, era no início um dos principais problemas da Lipor, graças aos maus odores produzidos pela compostagem. “Houve um compromisso da organização em melhorar esse problema, sobretudo com a in-trodução de novas tecnologias e novos processos. Hoje a fábrica é totalmente fechada e os odores são muito reduzidos, porque não queremos prejudicar os territó-rios que nos receberam”, garante a responsável pelo departamento de comunicação.

Segundo Rosa Veloso, “a uni-dade de valorização orgânica tem capacidade para receber cer-ca de 60 mil resíduos orgânicos por ano. Em 2013, recebemos 40 mil toneladas e conseguimos ob-ter cerca de 10 mil toneladas de composto, que é comercializado pela Lipor”.

Enquanto percorremos a Central de Valorização Orgâni-ca vemos uma parcela de terreno cultivado. Para que serve aquele espaço? “Ali temos um terreno disponível para os nossos funcio-nários cultivarem várias culturas diversificadas e produzirem para consumo próprio. Dessa forma fomentamos o convívio e a cons-

ciência ambiental”, diz.Encerramos a visita à Lipor

de regresso à portaria onde fo-mos recebidos. Durante 32 anos chegaram a Baguim do Monte toneladas de resíduos, mas mais importante do que o desperdício é saber reaproveitar o lixo que produzimos.

“Estamos preparados para o futuro, isso é garantido”

José Luís Marques trabalha na Lipor há 13 anos e lidera o gabi-nete jurídico da empresa. “O que começou por ser uma lixeira a céu aberto de uma empresa privada [Fertor] é hoje uma associação de oito municípios responsável pela gestão, valorização e tratamento de resíduos urbanos. Desde 1982,

fizemos um grande tra-b a -

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Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE MAIO 2014

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Lipor recicla há 32 anos em Gondomar Em 1982, a Lipor foi constituída como Associação de Municípios. Atualmente a empresa é responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos de oito municípios – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde – e recebe por ano cerca de 500 mil toneladas de lixo. O Vivacidade foi visitar o pólo de Baguim do Monte e conhecer as centrais de tratamento da Lipor.

> Em 2013, a Lipor reciclou cerca de sete toneladas de resíduos recolhidos pelos visitantes

> No Centro de Triagem os resíduos são depositados, apartados e embalados por categorias

lho e atualmente servimos um milhão de habitantes que produ-zem anualmente cerca de 500 mil toneladas de resíduos sólidos”, começa por dizer.

Satisfeito com a evolução de 32 anos da Lipor, o dirigente re-vela ao Vivacidade um dos segre-dos para o sucesso: a harmonia entre municípios. “Somos um

exemplo flagrante do intermu-nicipalismo. Nunca existiu uma divergência que impedisse o nor-mal funcionamento dos nossos serviços e nunca fomos palco de lutas políticas dos autarcas. Sabemos que estamos sujeitos a variações e ciclos políticos, mas a partir do momento em que um autarca cessa o seu mandato, ces-

sa também as suas funções na Li-por”, acrescenta.

O também responsável pelo apoio aos órgãos de decisão da unidade de gestão de resíduos recorda ainda o difícil acolhi-mento da população de Baguim do Monte que se queixava fre-quentemente do mau cheiro produzido pela estação da Lipor,

nos anos 80. “Hoje temos um aterro selado e um parque [Par-que Aventura] que colocamos ao dispor da população, mas recor-do-me que morava em Alfena e quando o vento estava a favor, sentia o mau cheiro da Lipor, nos primeiros anos”, refere José Luís Marques.

Agora os objetivos da empre-

sa são diferentes. Atingir um alto patamar europeu e sensibilizar os portugueses para a importância da reciclagem são as priorida-des. Pelo meio encontra-se uma tarefa difícil: motivar os gondo-marenses. “Em Gondomar há um grande trabalho a ser feito. Neste momento, no que diz respeito à reciclagem, a Maia destaca-se e os valores têm vindo a aumentar. Por outro lado, Gondomar - que tem todas as condições para che-gar ao nível da Maia - não está a atingir os valores pretendidos”, admite o líder do gabinete jurí-dico.

Para motivar os munícipes a Lipor lançou em novembro de 2013 o cartão EcoShop, que pos-sibilita a troca de bens e serviços por materiais reciclados. Atual-mente o projeto conta com 500 aderentes. “O cartão EcoShop é mais um incentivo à população para reciclar. No entanto, escla-recemos que a Lipor não oferece nada a ninguém. O projeto fun-ciona através de parcerias cele-bradas com várias empresas. A Lipor não oferece nada. Para ob-ter os benefícios são oferecidos vales que o cidadão poderá des-contar”, diz José Luís Marques.

Sobre o futuro não existem dúvidas. “A Lipor está preparada para o futuro, isso é garantido”, afirma José Marques. Fruto da aposta na investigação e desen-volvimento das novas tecnologias ligadas à gestão e reaproveita-mento de resíduos, o responsá-vel não teme os novos desafios. “A mais recente reformulação do Centro de Triagem, no pólo de Baguim do Monte, vai permitir receber uma maior quantidade de resíduos. Na Lipor II, na Maia, foi recentemente renegociado o contrato de exploração por mais 10 anos e entretanto já temos mais 15 milhões de euros pron-tos a ser investidos nessa uni-dade. Temos a preocupação de acompanhar o desenvolvimento tecnológico”, conclui. n

No dia 10 de maio, no âm-bito da campanha ‘Vamos Lim-par a Europa’, realizaram-se em Gondomar, três ações de limpeza que contaram com o apoio de 80 voluntários. Os lo-cais escolhidos foram a Ribeira da Castanheira, em Rio Tinto, o rio Torto e a Ribeira de Silvei-rinhos, na União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova.

No total, foram recolhidos

50 sacos de 110 litros de plásti-cos, vidros, entulho e monstros, numa operação marcada pela motivação dos voluntários para limpar as margens e os leitos das ribeiras urbanas.

A ação foi promovida pela Câmara Municipal de Gondo-mar e Lipor, e teve o apoio da União de Freguesias de Fânze-res e S. Pedro da Cova e da Junta de Freguesia de Rio Tinto. n

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Gondomar aderiu ao movimento‘Vamos Limpar a Europa!’

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Lipor recicla há 32 anos em Gondomar Em 1982, a Lipor foi constituída como Associação de Municípios. Atualmente a empresa é responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos de oito municípios – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde – e recebe por ano cerca de 500 mil toneladas de lixo. O Vivacidade foi visitar o pólo de Baguim do Monte e conhecer as centrais de tratamento da Lipor.

> Na foto: José Luís Marques, líder do gabinete jurídico da Lipor

> O Parque Aventura é um espaço de 19 hectares aberto ao público entre maio e setembro

> No Centro de Triagem os resíduos são depositados, apartados e embalados por categorias

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Breves

Artur Manuel Gonçalves Maga-lhães Teixeira é o novo Comandante Operacional Municipal de Gondomar e assume a responsabilidade pelo comando da Polícia Municipal e do Serviço Municipal de Proteção Civil do Municí-

pio. O até agora diretor de Departamento Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal do Porto já foi apresentado aos

colaboradores daqueles serviços, bem como aos comandantes

dos vários corpos de bom-beiros de Gondomar.

O Centro Social de Soutelo (CSS) celebrou os 40 anos da Revolução dos Cravos com uma iniciativa no dia 26 de abril, que contou com testemunhos sobre a data e a atuação dos gru-pos CorAgem e Danças e Cantares do CSS. No dia 10 de maio, a instituição promoveu um de-

bate entre três associações: 25 de Abril, Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira. Duran-te um ano o CSS irá organizar uma iniciativa por mês que culminará a 25 de abril de 2015 com a comemoração dos 40 anos do CSS.

É já nos próximos dias 17 e 18 de maio, que os atletas Duarte Pinheiro e Tiago Costa repre-sentam a Seleção Nacional de Remo na Interna-tional Wedau Regatta, em Duisburg, Alemanha.

Em competição de Shell 2 e Shell 4, os atletas participam na categoria de sub-23 peso ligeiro [-70kg], na companhia de Ricardo Russo, de Lisboa, e Carlos Cruz, de Viana do Castelo.

No Dia Internacional de Sensibilização para o Ruído, a 30 de abril, o Centro de Edu-cação Ambiental da Quinta do Passal, em Valbom, organizou uma iniciativa em parce-ria com a Sociedade Portuguesa de Acústica. Além do vereador do Ambiente, José Fernan-do Moreira, participaram na palestra, entre outras individualidades, Andreia Oliveira, da

Divisão de Gestão Urbanística, Cristina Car-doso, da Associação dos Industriais de Cons-trução Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Joana Costa, da Divisão de Desenvolvimento Ambiental, Rui Amaral, da Brigada de Prote-ção Ambiental do Comando Metropolitano do Porto (BRIPA) e Manuel Castro, da Delegação de Saúde de Gondomar.

A exposição de pintura e escultura “Cum-plicidades” de Xavier está a decorrer no Audi-tório Municipal de Gondomar até ao final do mês de maio.

Para Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, que vi-

sitou no dia 7 de maio a exposição, os traba-lhos “manifestam cumplicidades e desafios à descontração das emoções e das vivências do humano.” A mostra está patente ao público na Sala Júlio Resende do Auditório Municipal de Gondomar.

Tiago Vieira precisa de ajuda para viver. Sofre de uma doença oncológica conhecida por Sarcoma de Ewing e precisa de ir à Ale-manha para realizar um tratamento com Cé-lulas Dendríticas. No dia 1 de maio, o Pavilhão Multiusos de Gondomar juntou milhares de pessoas e algumas coletividades do concelho durante toda a tarde, para um espetáculo de solidariedade. “Unidos pelo Tiago” foi o nome da iniciativa que juntou 7.457.63 euros e pro-porcionou ao jovem a sua ida à Alemanha.

O Município de Gondomar e o Eixo Atlân-tico do Noroeste Peninsular começaram hoje a avaliar as potencialidades de uma eventual parceria entre as duas entidades. Luís Filipe Araújo, vice-Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e Carlos Brás, vereador do De-senvolvimento Económico e Empreendedoris-

mo, traçaram a Xoán Vásquez Mao, secretário--geral do Eixo Atlântico, um retrato genérico do Município, tendo transmitido as apostas es-tratégicas em curso. O Eixo Atlântico procura estabelecer e aprofundar redes de cooperação transfronteiriça nos territórios da Galiza e do Norte de Portugal, numa perspetiva europeia.

A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) dinamiza mais uma edição da Semana de Orientação Vocacional entre os dias 12 e 16 de maio. Com o objetivo de proporcionar aos alunos informação atualizada sobre as diversas

instituições do Ensino Superior, os cursos e as condições de acesso às faculdades e institutos politécnicos, a ESRT recebe palestras, material informativo, workshops e outras atividades, entre as 9h30 e as 17h30.

Cerca de 200 atletas participaram, de 18 a 20 de abril, no Eurobol 2014, um torneio de voleibol organizado pela Ala Nun’Álvares de Gondomar, no Pavilhão Multiusos. Na compe-tição participaram atletas juvenis masculinos e cadetes femininos. Na tabela de classificação

final, a Associação Académica de S. Mamede levou o primeiro lugar para os cadetes femi-ninos e a RTC Alkmaar, equipa holandesa, obteve a primeira classificação para os juvenis masculinos.

Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, e Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), assinaram, a 28 de abril, na Casa Branca de Gramido, em Val-bom, um contrato de financiamento da Loja Interativa de Turismo de Gondomar. A can-didatura envolve um investimento de 224 mil euros, 71,4% dos quais serão comparticipados pelo FEDER.

Polícia Municipal de Gondomar tem novo Comandante

“2014 – De Abril a Soutelo – 2015”

Henriquinos representam Portugal na Alemanha

Quinta do Passal assinalouDia Internacional de Sensibilização para o Ruído

“Cumplicidades” em exposição no Auditório Municipal

Concelho “unido” na ajuda a Tiago

Câmara de Gondomar e Eixo Atlânticoavaliam eventual parceria

Semana da Orientação Vocacionalna Secundária de Rio Tinto

Eurobol 2014 juntou no Multiusos 200 atletas de voleibol

Loja Interativa de Turismo na Casa de Gramido

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Sociedade

VIVACIDADE MAIO 2014

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Alunos da EB 2,3 de Rio Tinto identificaram seres vivos no troço do rioCerca de duas dezenas de alunos e docentes da Escola EB 2,3 de Rio Tinto realizaram, no dia 6 de maio, uma saída de campo ao rio da cidade. A visita foi coordenada e orientada pela equipa do Projeto “Mil Escolas” – da qual a EB 2,3 é uma das vencedoras – e pela Águas do Douro e Paiva (AdDP), parceira do projeto.

A Escola EB 2,3 de Rio Tinto é uma das 10 escolas vencedoras do Projeto “Mil Escolas” 2013/15 e, por isso mesmo, realizou no dia 6 de maio, uma saída de cam-po ao rio Tinto para observar e identificar espécies de seres vivos

Previamente ao início da saída de campo, foi oferecido à escola o Kit Projeto Rios, um

dos prémios do Concurso Pro-jeto “Mil Escolas”. Nesta saída de campo tiveram oportunidade de participar ativamente três pro-fessores da escola, vinte alunos do 5.º ano, afetos ao projeto e, ainda, dois elementos da equipa do Projeto “Mil Escolas”.

No que respeita à observação da zona envolvente ao troço do rio Tinto em estudo foi possí-vel identificar alguns seres vivos representativos do meio envol-vente ao ecossistema ribeirinho,

destacando-se alguns exemplos observados, nomeadamente ao nível da fauna. O pato-real ma-cho, o melro, o pombo-torcaz, o pardal, a joaninha, a mosca, a aranha, o mosquito e a libelinha--azul foram alguns dos exem-plos. Já na flora, os estudantes identificaram algumas papoilas, margaridas, rosas, adónis-de-itá-lia, dedaleiras, dentes-de-leão, oliveiras, figueiras, eucaliptos, entre outros. n

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Texto: Pedro Santos Ferreira

Presidente da Junta atento à remoção de resíduosde S. Pedro da CovaEm entrevista ao Vivacidade, Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, garante que vai ser um “vigilante atento” à remoção de resíduos da empresa Ecodeal. O autarca lamenta ainda a falta de apoios durante o proces-so que se arrastou por 13 anos.

Um processo longo, com várias etapas e muitas vezes silenciado. É desta forma que Daniel Vieira, presidente de S. Pedro da Cova, caracteriza “a luta de 13 anos”, pela remoção dos resíduos perigosos provenientes da Siderurgia Na-cional, da Maia, e depositados no antigo Complexo Mineiro da fre-guesia, entre 2001 e 2002.

No mês passado, durante a vi-sita de Jorge Moreira da Silva, Mi-nistro do Ambiente, Ordenamen-to do Território e Energia, Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), as-sinou com a empresa Ecodeal um contrato que garante a remoção dos resíduos até ao final deste ano.

“Sabemos que existem movi-mentações no terreno, mas ainda falta o visto do Tribunal de Con-tas. Da parte da Junta, vamos

continuar atentos e vigilantes ao processo de remoção, porque as derrotas não nos desanimam e as vitórias não nos descansam”, ga-rante Daniel Vieira.

Ao Vivacidade, o autarca mos-tra-se satisfeito com a remoção dos resíduos perigosos, mas não esquece o passado. “Este é um cri-me ambiental que foi sempre de-nunciado pela CDU. Quando os resíduos começaram a ser deposi-tados a CDU não estava no poder mas denunciou a situação, por-que sabíamos que os resíduos não eram benéficos para a população”, lamenta.

O presidente considera ain-da que a falta de apoios atrasou o processo e espera agora ver re-compensada a população de S. Pedro da Cova. “Somos os únicos intervenientes que estão presentes desde o início. Entretanto mudou o Governo, os ministérios, os se-cretários de Estado, o Município e até o presidente da CCDR-N. No entanto, sempre que o assunto se

torna mediático surgem agentes que em nada contribuíram para a mediatização do problema”, afirma o presidente da União das Fregue-sias.

Contudo, Daniel Vieira subli-nha que importa agora garantir a requalificação do Complexo Mi-neiro de S. Pedro da Cova. “Exis-tem vários exemplos de requalifi-cação de espaços industriais que podem contribuir para a dinami-zação turística e cultural de Gon-domar e de Portugal. Com fundos dos quadros comunitários acredi-tamos que é possível uma requa-lificação do Complexo Mineiro e do Cavalete do Poço de S. Vicente”, diz ao Vivacidade.

CCDR-N assume 9,9 milhões das despesas de remoção

A empresa Ecodeal vai receber 9,9 milhões de euros da CCDR-N para retirar os resíduos perigosos das antigas minas de carvão de S. Pedro da Cova. De acordo com a análise dos contratos públicos

assumidos pela Comissão de De-senvolvimento Regional do Norte, entre os dias 3 e 9 de maio, estão previstos três investimentos no va-lor global de 10 milhões de euros, sem contar com o IVA.

O contrato celebrado com a Ecodeal – Gestão Integral de Re-síduos Industriais, SA, que ganhou

o concurso público lançado pela CCDR-N, prevê, com o pagamen-to do IVA, um investimento de 12,2 milhões de euros.

“Registamos com agrado a reação do presidente do CCDR--N a este desafio de remoção dos resíduos”, afirma Daniel Vieira ao Vivacidade. n

“Estamos sempre à espera de mais mas o balanço não é negati-vo. Podia ser mais positivo se de facto não estivéssemos sempre condicionados pelas burocracias que têm a ver com projetos de de-cisão dos quais estamos à espera de há muito a esta parte”, começa por explicar ao Vivacidade, Salva-to Trigo. O reitor refere-se à Uni-dade de Cuidados Continuados (UCC), existente no terceiro piso do edifício, que está pronta desde janeiro de 2013 mas que perma-nece fechada “à espera que a Rede Nacional dos Cuidados Conti-nuados possa enviar os pacientes”. Salvato Trigo garante que o acordo com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), neces-sário para a entrada de funciona-mento da UCC, “irá agora ser as-sinado” e lamenta pela burocracia do processo até porque “não existe nenhuma UCC em Gondomar.” “São aspetos que tem diretamen-te a ver com circuitos decisórios que obviamente passam sempre por Lisboa e que não podemos controlar. Tive uma reunião com o Secretário de Estado da Saúde que me disse claramente que da sua parte está tudo preparado para podermos assinar o acordo. Para haver um acordo entre o HE e a Rede tem que haver um despacho conjunto entre Secretário de Es-tado da Saúde, Segurança Social e Finanças. E esse procedimento não estava devidamente afinado”,

refere o responsável pelo HE-UFP. Salvato Trigo confessa ao Vi-

vacidade que o Hospital “é gerido com as dificuldades próprias de um Hospital que ainda está abaixo do nível desejável para a susten-tabilidade do projeto” mas que o “horizonte dessa sustentabilidade é realista.” Em média, 120 pessoas são atendidas diariamente no HE--UFP, no que respeita às consultas externas, número que “ultrapassa

de longe as expectativas” do reitor. Nas cirurgias, por sua vez, o valor está “abaixo do expectável”.

Clínica Protocolada abriu e fechou no mesmo ano

Criada na ótica do atendimen-

to a pacientes por parte dos profis-sionais do HE-UFP, dentro da uni-dade hospitalar, o objetivo deste projeto seria, no fundo, criar uma clínica dentro do próprio hospital. O projeto acabou em maio de 2013 e as versões contadas ao Vivacida-de, que justificam o seu encerra-mento são diferentes?

Paulo Amado é ortopedista em Rio Tinto há 25 anos e foi, em tempos, diretor clínico e do bloco

operatório do HE-UFP.“Tinha o consultório em Rio

Tinto [onde atualmente possui] com um grupo grande de pes-soas a trabalhar e é proposta por Salvato Trigo a transferência do consultório para o HE que veio a

originar a Clínica Protocolada”, conta o médico. “A experiência não funcionou por uma questão de algumas dificuldades legais, isto é, de não saber como poderia uma clínica funcionar diretamen-te dentro de um Hospital e por algumas incertezas. Optou-se por encerrar a clínica”, acrescenta Pau-lo Amado. Salvato Trigo diverge na versão da história. “Dei-lhe [a Paulo Amado] a oportunidade de

ser criada dentro do HE a chama-da Clínica Protocolada, dirigida por ele, sujeita a regras escritas e assinadas, que nunca foram cum-pridas. A questão do encerramen-to tem a ver com ética. Foi escri-to nos documentos que a clínica

exigia a todos os profissionais que recomendassem os exames com-plementares de diagnóstico para o HE e que cirurgias, havendo-as, fossem todas realizadas também no HE. E isto nunca foi cumpri-do. A Clínica Protocolar era um segundo Hospital dentro do HE”, explica o responsável pela unida-de. “Eu não perdoo deslealdades a ninguém, nem falta de ética”, acrescenta Salvato Trigo.

Paulo Amado, que esteve ligado desde o início à conceção do HE--UFP e impulsionou a construção do CACE (Centro de Anatomia e Cirurgia Experimental), abandona o hospital a 31 de agosto mas elo-gia o equipamento que considera “fantástico”. Na sua ótica, o médi-co identifica dois problemas para a unidade: “a ausência de ligação ao SNS e as acessibilidades”. “Sempre fui mais a favor da construção do HE em Rio Tinto porque existem 50 mil pessoas concentradas na área. O Hospital aqui teria metade do tamanho, muito melhores aces-sibilidades e iria buscar clientes a outras áreas, nomeadamente ao Porto. No fundo, é tomada uma decisão política de se fazer o HE naquela área”, conta ao Vivacidade o ortopedista.

“O HE é comercial para todos os efeitos”

Rodrigues de Sousa, é médico cardiologista e responsável pela Clínica de Gondomar, uma das maiores do concelho. Desde a pri-meira hora, conta, tentou encon-trar uma solução que unisse a clí-nica ao HE-UFP e que servisse as

Afluência ao Hospital-Escola cresce mas ainda está “abaixo do desejável”Inaugurado a 4 de dezembro de 2012, em Gondomar, o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP) tem hoje, segundo Salvato Trigo, responsável máximo e reitor da Universidade, “três ou quatro vezes mais procura do que tinha há um ano atrás”. Ain-da assim, o balanço “podia ser mais positivo” e o reitor não esconde algumas dificuldades que encontrou pelo caminho, como a saída de alguns médicos do hospital, a ausência de desenvolvimentos na criação de um curso de medicina para o equipamento e a inserção da unidade hospitalar no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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Sociedade

VIVACIDADE MAIO 2014

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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• Cartão Saúde D`Ouro (63 entidades protocoladas) – 27.500• Atendimento Urgente (adulto e pediátrico) – 4.367

• Consultas – 15.500• Exames – 7.380• Cirurgias – 322

1 ano de funcionamento do Hospital Escola

duas unidades. Chegou a reunir-se com Salvato Trigo mas o mesmo rejeitou a proposta de Rodrigues de Sousa. “A nossa filosofia não é comercial, é pedagógica. Não pre-ciso de agentes, nem angariadores para trazer pacientes para o HE--UFP”, afirma Salvato Trigo. “Te-nho dores de cabeça com a lógica comercial que me quiseram meter no HE. Estou hoje a apanhar os es-tilhaços dessa lógica”, acrescenta.

Na opinião de Rodrigues de Sousa “foi pena que a Câmara não tenha acautelado as clínicas já existentes e ao mesmo tempo feito um protocolo de cooperação. Aquilo que tenho a dizer é que as armas com que lutamos não são as mesmas das do HE. Aquilo que foi dado ao HE, por parte do Muni-cípio, nunca foi dado a mais nin-guém”, esclarece ao Vivacidade. “Tenho pena que não tenhamos feito a união. O HE é comercial para todos os efeitos. Tem que pa-gar dívidas, salários, investimento, etc. Por mais capa que se lhe quei-ra pôr o HE continua a ser exclu-sivamente o hospital privado”, adi-ciona o médico.

Hospital de referenciação para Gondomar?

“A um paciente de Gondomar que tenha que recorrer a uma ur-gência neste momento, fica-lhe mais barato recorrer ao HE do

que ao Hospital de Santo Antó-nio, mesmo recorrendo ao SNS”,

elucida Salvato Trigo. Para o Rei-tor da unidade hospitalar, a ideia

é concorrer já este ano a prestador de serviço do SNS. “Relativamente há problemática da referenciação, o que sabemos é que foi publicado um decreto de lei em outubro de 2013 que liberaliza as convenções de prestadores de saúde”, diz o rei-tor. “A partir de 31 de outubro des-te ano, a maioria das convenções esgotará. Até lá, deveria ter sido já publicado o que se pode chamar caderno de encargos para que se possa concorrer. Do nosso lado es-tamos completamente preparados para que, logo que seja publicado o guião do concurso, possamos apresentar uma proposta do HE para uma convenção de natureza nacional ao SNS e para que pos-samos depois ser o Hospital de al-ternativa para Gondomar ao SNS”, refere Salvato.

Para Rodrigues de Sousa, da Clínica de Gondomar, a “inserção do HE no SNS é uma boa tentativa de procurar mais clientes”. Quan-to à ideia do hospital de referên-cia, já não lhe parece “nada bem”. “Parecia-me muito bem que fos-se o Hospital de S. João, dado os transtornos que tem causado aos gondomarenses. A passagem para o Santo António veio dificultar muito a vida dos gondomarenses”, indica.

Curso de Medicina do HE vai acontecer, garante Salvato Trigo

A criação de um curso de me-dicina para o Hospital-Escola é um assunto que, desde o início, tem estado na lista dos objetivos de Salvato Trigo. “A existência do ensino privado da medicina é uma inevitabilidade e, se já tivesse acontecido, seria para o país um grande avanço. Porquê? Porque estamos num Estado de-mocrático. O país tem que garan-tir aos cidadãos liberdade de es-colha e não pode condicioná-los a não realizarem os seus sonhos. Não faz nenhum sentido termos hoje mais de 2500 portugueses a estudar medicina fora do país porque o país não cria condições para poder estudar aqui” refere o reitor. O curso de medicina “vai acontecer”.

Universidade Fernando Pes-soa podia ter sido em Gondomar

Em entrevista ao Vivacidade, Salvato Trigo confessou que “a Universidade Fernando Pessoa não está em Gondomar há 26 anos porque o município na altura não percebeu o projeto.” “Há 26 anos, quando criei a UFP, um dos pri-meiros concelhos que abordei para o campus da universidade foi o concelho de Gondomar. A UFP poderia ter-se desenvolvido em Gondomar mas o presidente da altura, Aníbal Lira, não percebeu”, conclui. n

Afluência ao Hospital-Escola cresce mas ainda está “abaixo do desejável”Inaugurado a 4 de dezembro de 2012, em Gondomar, o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP) tem hoje, segundo Salvato Trigo, responsável máximo e reitor da Universidade, “três ou quatro vezes mais procura do que tinha há um ano atrás”. Ain-da assim, o balanço “podia ser mais positivo” e o reitor não esconde algumas dificuldades que encontrou pelo caminho, como a saída de alguns médicos do hospital, a ausência de desenvolvimentos na criação de um curso de medicina para o equipamento e a inserção da unidade hospitalar no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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> Na foto: Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa

> Na foto: Paulo Amado, médico ortopedista

> Na foto: António Rodrigues de Sousa, médico cardiologista

A mais recente Casa da Juven-tude de Gondomar situa-se em S. Pedro da Cova. O espaço que ou-trora serviu de Junta de Freguesia e posteriormente de Centro Lúdico

Municipal, sofreu algumas inter-venções e foi requalificado para passar a integrar a rede das Casas da Juventude de Gondomar.

Na inauguração, Marco Mar-tins, presidente da Câmara de Gon-domar, mostrou-se satisfeito por dar “nova vida” ao espaço público e colocá-lo ao serviço da população.

“De acordo com os Censos 2011, cerca de 26% da população de Gon-domar é jovem, o que corresponde a cerca de 44 mil habitantes, num universo de 168 mil habitantes. Por isso temos que fixar a juventude neste território, com a ajuda destes equipamentos”, disse o autarca, pe-rante dezenas de cidadãos.

Em tom de brincadeira, Marco Martins ainda desafiou Daniel Viei-ra, presidente da União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, para uma partida de Fifa nas con-solas de videojogos disponíveis na Casa da Juventude. “Já não jogo há alguns anos, mas deixo o desafio ao presidente da Junta”, brincou.

Daniel Vieira espera que o espa-ço cative a juventude da freguesia e que seja visitado por todos. “Este é

um espaço histórico porque serviu de Junta de Freguesia durante mui-tos anos e porque serve de espaço de ensaio à Banda Musical de São Pedro da Cova”, lembrou.

Segundo Hugo Raimundo, coordenador do gabinete de gestão das Casas da Juventude de Gondo-mar, o espaço tem várias valências à disposição da população. “Temos

o atendimento aos jovens, um es-paço internet de acesso livre e gra-tuito, uma área didática com jogos e consolas e uma área reservada a atividades manuais e ateliers, no piso superior”, afirma o responsável pelo espaço.

Gondomar (São Cosme) e Rio Tinto também dispõem de Casas da Juventude. n

S. Pedro da Cova recebe terceira Casa da Juventude do concelhoNo dia 9 de maio foi inaugurada a Casa da Juventude de S. Pedro da Cova, junto à igreja da freguesia. Gondomar passa a dispor de três espaços de educação não formal, informação, formação e de ocupação de tempos livres.

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VIVACIDADE MAIO 2014

Texto: Pedro Santos Ferreira

EB1 da Boavista participa no espetáculo “Em Nome do Código”No dia 7 de maio, decorreu no auditório do Centro Social e Pa-roquial de Rio Tinto a apresentação do espetáculo “Em Nome do Código”, protagonizado pelos alunos da Escola Básica do 1.º Ci-clo da Boavista, de Rio Tinto.

Os alunos da EB1 da Boavista, em Rio Tinto, integraram o projeto Educação Rodoviária pela Arte, que culminou com uma apresentação da peça “Em Nome do Código” aos pais, professores, funcioná-rios, representantes da Associação de Pais da EB1 da Boavista e representantes de en-tidades públicas locais.

A peça conta a história de duas per-sonagens – “Sr. Máforo”, um semáforo, e “Dona Riscas”, uma passadeira – que ga-nham vida e percorrem cenários do quoti-diano, enquanto conhecem novos amigos e relembram as boas práticas para uma circulação segura na via pública.

O Educação Rodoviária pela Arte é um projeto de sensibilização para a segurança rodoviária, promovido pela Promoamb, em parceria com a Formato Verde e Com-panhia Instável, que contempla um con-junto de ações e workshops de educação rodoviária, dança educacional, expressão musical e expressão dramática, desen-volvidos em ambiente escolar. O projeto abrange três municípios – Gondomar, Matosinhos e Vila Nova de Gaia – num universo de 472 alunos, 22 professores e 22 funcionários de diversas escolas do 1.º ciclo do ensino básico e do pré-escolar. n

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Foi inaugurada a 24 de abril, a Loja Social de Rio Tinto, englo-bada nas comemorações do 25 de Abril de 1974. Uma Loja que a

autarquia define como “um espa-ço de solidariedade, onde estarão disponíveis bens para fornecer a todos aqueles que numa determi-nada altura das suas vidas carecem de apoio social.”

A Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT) apela a todos os rio-

tintenses e habitantes do concelho e arredores para a doação de bens para a Loja Social, tais como rou-pas, calçado, livros, brinquedos, etc.

O novo espaço, localizado no próprio edifício da Junta, possui uma parte de venda a baixo custo e uma parte de doação. No entanto, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia, alerta: “Só as pessoas sinalizadas pelo Gabinete de Ação Social da JFRT é que poderão ad-quirir os produtos da Loja Social”. “O contributo que a Junta dá para a Loja é o espaço, as despesas ine-rentes, a logística”, acrescenta o autarca.

O estabelecimento será gerido por voluntários – que fazem parte do banco de voluntariado e alguns utentes do Centro de Convívio também se disponibilizaram a

ajudar – e o horário é gerido pelos próprios.

“A Loja Social vai ser toda ela em regime de voluntariado. Há um compromisso da parte da au-

tarquia em que as receitas obtidas através da Loja Social serão total-mente investidas na Ação Social da JFRT”, refere, por último, Nuno Fonseca. n

Texto: Ricardo Vierira Caldas

Roupa, alimentos, livros e equipamento de apoio social é o que poderá encontrar na recém-inaugurada Loja da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Os produtos estão à disposição apenas dos mais carenciados, sinalizados pela autarquia.

Loja Social de Rio Tinto já abriu ao público

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> Nuno Fonseca inaugurou a Loja Social de Rio Tinto

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VIVACIDADE MAIO 2014

> Na foto: Alfredo Gandra, pai, e Hélder Gandra, filho

Hélder Gandra trabalha numa oficina com o nome do pai. A ‘Ofi-cina do Alfredo’ produz brinque-dos de madeira para todo o mundo e a marca, garante o artesão, já está “a ser projetada”. “Isto começou porque surgiu-me a ideia de fazer um brinquedo, graças ao trabalho do meu pai. O meu pai disse-me para desenhar mais brinquedos e comecei a aperfeiçoar a produ-ção de brinquedos, nos últimos seis anos. Nos últimos três anos comecei a tentar criar um projeto sozinho e está a re-

sultar”, conta o sãopedrense. “Tem sido posit ivo, p o r q u e

a marca está a ser projetada para fora de S. Pedro da Cova e até para o estrangeiro. Os turistas que com-pram mantêm contacto connosco e também temos presença no Fa-cebook, onde somos muito contac-tados”, refere ainda Hélder Gandra.

“Para uma criança, um brinquedo deve servir como semente da imaginação”

Carros, peões, robôs e heli-cópteros são alguns exemplos

dos brinque-dos pro-

d u z i d o s na oficina.

Para o

artesão o “objetivo é tornar estes brinquedos mais do que um obje-to.” “Não considero estes brinque-dos antigos, considero-os simples. Essa é a grande diferença para os brinquedos contemporâneos. Para

uma criança, um brin-quedo deve servir

como semente da imagina-ção. Com o

brinquedo de madeira é possível

personalizar com pintura,

e transfor- mar o brinquedo. Além disso, há sempre a possibilidade de os repa-rar e duram mais tempo”, comenta

Hélder Gandra.O marceneiro come-

çou por divulgar o tra-balho em escolas e

pequenas feiras e é por aí que quer continuar a ven-

der. “Nós pode-mos pôr bone-cos nas lojas, mas as lojas não nos vão pagar, só pa-

gam quando venderem os bonecos e não lhes interessa se os bonecos são portugueses ou chineses, o que interessa são os lucros. Preferimos apostar nas feiras e na venda direta ao público”, confessa.

Para já o trabalho corre-lhe bem e, por isso, pretende continuar na produção das suas obras de arte de madeira. “A profissão deve ser escolhida tendo em conta a devo-ção e vocação das pessoas”, refere Hélder. “Se eu não gostasse de fa-zer brinquedos, eles não seriam bem feitos. Sou feliz no que faço”, remata. n

Com pouco tempo de vida, a ADIRT organizou, nos dois úl-timos meses, diversas iniciativas relacionadas com a cultura da freguesia e centradas em três pi-lares: cooperação, participação e cidadania. Peças de teatro, espetá-culos de danças, cantares e ações sociais como “Alimente Sorrisos nesta Páscoa”, foram iniciativas

que a associação levou avante nes-tes últimos meses. Mas é em maio que a ADIRT quer dedicar o mês a Amália Rodrigues e desenvolver um programa cultural nesse senti-do. “No dia 7 de maio comemora--se 20 anos que Amália Rodrigues inaugurou a rua com o seu nome em Rio Tinto, aliás, única rua no mundo inaugurada pela diva do fado em vida. Em sua memória rezou-se uma missa na Igreja Ma-triz de Rio Tinto nesse mesmo dia. Enquanto associação e em parce-

ria com a Junta de Freguesia de Rio Tinto, com a Câmara Muni-cipal de Gondomar e com a Fun-dação Amália Rodrigues estamos a desenvolver esforços para que todos os anos neste mês se faça jus à grande Amália, através de ativi-dades ligadas ao fado e ao conhe-cimento da sua vida”, lê-se em co-municado enviado às redações. A ADIRT promete trazer para breve novidades sobre o programa para lembrar Amália Rodrigues, em Rio Tinto. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Na ‘Oficina do Alfredo’todos os brinquedos são de madeira

ADIRT lembra Amália Rodrigues em Rio Tinto

Há uma oficina em S. Pedro da Cova onde a produção de brinquedos artesanais ainda existe. São todos únicos, de madeira e a personalização fica a cargo das crianças. O objetivo é “tornar o brinquedo mais do que um objeto”.

A Associação para o Desenvolvimento Integrado de Rio Tinto (ADIRT), criada em março deste ano, quer criar o “Mês da Amália” – dedicado ao fado e à fadista – para lembrar a rua com o seu nome, a única inaugurada pela própria em vida.

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> Espetáculo de dança organizado pela ADIRT

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São cinco dias de festa, música, comida e muita cerveja. A 18.ª edição da Festa da Cerveja vai decorrer entre os dias 6 e 10 de junho, sem novidades face ao sucesso das edições anteriores.

Marcus Machado, artista brasileiro, au-tor da música ‘Dança da Gatinha’, Nelo Sil-va, Gondomar Band, Os Amigos da Onça, Fabuka e Prata Latina, prometem animar os cinco dias de festa, para além da habi-tual Feira de Artesanato.

“O objetivo é continuar no mesmo ní-vel das edições anteriores, por isso aposta-

mos numa festa semelhante, com artistas e parceiros de Gondomar”, afirma José Car-los Rocha, responsável pelo evento.

A inauguração está marcada para o dia 6 de junho, pelas 17h, com a festa a prolon-

gar-se até à meia-noite. Nos dias seguintes, o horário será das 15h à meia-noite.

Nesta edição regressa também o rally paper, que não se realizou nos anos an-teriores. A Festa da Cerveja é um evento organizado pela empresa Event Services e representa um investimento de 50 mil eu-ros. n

Festa da Cerveja regressa a Rio Tinto entre 6 e 10 de junhoMarcus Machado, Nelo Silva, Unión Salsea e Gondomar Band, são os cabeças de cartaz da 18.ª edição da Festa da Cerveja de Rio Tinto. O festival realizado no local da antiga feira espera receber cerca de 20 mil pessoas.

6 Jun: Gondomar Band – 22h 7 Jun: Unión Salsea – 22h8 Jun: Os Amigos da Onça – 21h30; Marcus Machado – 23h;9 Jun: Fabuka – 21h30; Nelo Silva – 23h;10 Jun: Prata Latina - 22h;

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Vinte e três formandos e três orientadores do CINDOR – Cen-tro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relo-joaria, formaram a empresa Rotas D’Ouro, que se apresentou ao pú-blico perante dezenas de convida-dos no auditório da CINDOR.

O objetivo da empresa é pro-mover as zonas de turismo em Gondomar e criar iniciativas que promovam a cultura do conce-lho, através de parcerias com as entidades locais. “O CINDOR proporcionou-nos neste módulo a criação de uma empresa, então fizemos um levantamento das ne-cessidades de Gondomar, procura-

mos saber onde estava o potencial do concelho, e identificamos o tu-rismo como principal objetivo. No entanto, esta empresa não é só de turismo, é também de desenvol-vimento regional”, explica Nelson Vidal, presidente da direção da Rotas D’Ouro.

Ao Vivacidade, Nelson admi-te que a empresa está pronta para ir para o mercado assim que haja disponibilidade de investimento. “As rotas estão prontas, a produção e marketing está preparado, falta apenas o investimento financeiro, que ainda está a ser avaliado”, re-fere.

Na apresentação foram divul-gadas três rotas turísticas, com cerca de 95km e compostas por 76 locais. Os percursos têm como as-peto comum os rios que banham

Gondomar - rio Tinto, rio Torto, rio Ferreira e rio Douro – para além de vários locais de interesse turístico do concelho, como a Fun-dação Júlio Resende, a Quinta do Passal, a Casa Branca de Gramido, a Estalagem Santiago, entre outras.

Segundo Carlos Brás, vereador municipal responsável pelo pelou-ro do Turismo, os formandos da CINDOR “estão de parabéns”. “Te-mos defendido uma valorização do rio Douro e está a valer a pena este esforço da autarquia. Os nos-sos objetivos passam por valorizar o ouro e o rio Douro, para além do potencial humano do concelho”, afirma o autarca. “Este projeto poderia ser aproveitado em qual-quer município e é fundamental combater o desemprego em Gon-domar, por isso é um excelente

projeto”, acrescenta.Apesar de não se comprometer

a investir no projeto, Carlos Brás deixou uma proposta aos jovens empresários. “No Parque Tecno-lógico será criada uma incubadora de empresas e estes jovens tem lá um espaço, se estiverem interessa-dos”, refere o vereador.

Para Eunice Neves, diretora do CINDOR, a empresa Rotas D’Ouro constitui o início de uma nova visão da direção do Centro de Formação. “Esta é uma opor-tunidade dos formandos se afir-marem no mercado de trabalho”, disse a diretora, em entrevista ao Vivacidade. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

O projeto surgiu em 2014 por um grupo de formandos do CINDOR e foi apresentado ao público a 29 de abril no auditório do centro de formação. A empresa Rotas D’Ouro quer funcionar como guia para os turistas que visitem Gondomar e já tem trabalho feito, falta o investimento necessário.

Rotas D’Ouro quer encaminhar turistas para Gondomar

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A ideia da criação de uma Uni-versidade Sénior, já estava na men-te de Nuno Fonseca, presidente da autarquia, há algum tempo. “Foi feito um diagnóstico das necessi-dades da freguesia e este equipa-mento foi um dos que se mostrou importante. Trabalhou-se para que se criassem as condições para este processo avançar e implemen-tar-se e aqui estamos a apresentar esta nova valência em Rio Tinto”, explica em exclusivo ao Vivacida-de, Nuno Fonseca.

Segundo a Junta, o projeto ar-rancará com um vasto conjunto de cursos e disciplinas para todos os seniores de Rio Tinto e arre-dores e que desejem continuar a investir na sua formação pessoal

e na ocupação dos tempos livres. A Universidade será gerida pela JFRT em parceria com diversas entidades que se associaram a este projeto.

Ao Vivacidade, Nuno Fonseca adianta que a instituição “irá ser inaugurada brevemente, mal este-ja terminado o processo de ajuste de disciplinas e professores e sejam abertas as candidaturas”. “Espera-mos que entre em funcionamento já no próximo ano letivo”, acres-centa.

Centro Cultural apontado como possível sede para a Uni-versidade

Questionado sobre em que local irá funcionar a Universidade, o pre-sidente da JFRT, explica que “para já estão assegurados alguns sítios dis-persos”, pelo menos “enquanto não se conseguir encontrar um espaço

único que englobe todas as discipli-nas e turmas.” Os locais já definidos serão o edifício da Junta, o Centro de Convívio e algumas escolas de Rio Tinto. No entanto, há um edifí-cio emblemático que poderá servir para a sede. “Estamos a ajustar com a C.M. de Gondomar a possibilida-de da utilização de parte do Centro Cultural de Rio Tinto. É um sítio de excelência para este projeto, nem

que seja para sedear a Universidade mesmo que depois sejam algumas formações noutros locais. Mas é um assunto em discussão e por isso ain-da não fechado. Tenho a certeza que a Câmara e a JFRT, em conjunto, irão encontrar a melhor utilização possível para aquele espaço”, com-pleta Nuno Fonseca.

Por agora, os cidadãos com mais de 50 anos que quiserem ins-

crever-se na Universidade Sénior poderão fazê-lo brevemente na JFRT. Duas Universidades Senio-res para Gondomar serão dema-siado? Nuno Fonseca responde: “De forma alguma. Ambas terão sucesso e não disputarão quer alu-nos quer professores. Aliás espero mesmo é que ambas sejam parcei-ras nestes projetos e troquem alu-nos, professores e experiências.” n

Algumas portas e janelas tive-ram que ser substituídas, houve uma pintura de todo o interior do edifício, um alargamento da zona de refeitório e uma reestruturação de gabinetes. No exterior, a JFRT

criou um muro e gradeamento no Parque Operacional com a princi-pal finalidade de criar maior segu-rança. Uma obra de vários milha-res de euros.

“Estava no programa político fazer algumas obras de melhora-mento e adaptação do edifício da Junta para o que é necessário. Para já, apostamos apenas na manuten-

ção do edifício. Houve algumas obras internas e uma substituição de todas as caixilharias de portas e janelas”, explica ao Vivacidade o presidente da JFRT, Nuno Fonse-ca.

Parque Operacional foi assal-tado seis vezes

Só no final do ano passado, o Parque Operacional da JFRT – que acolhe todos os veículos da autar-quia – foi assaltado seis vezes.

“Na parte operacional da jun-ta, fruto de alguns assaltos relati-vamente seguidos, roubaram ba-terias e combustível dos veículos”, conta Nuno Fonseca. “Vamos fe-char o parque operacional e adap-tá-lo melhor. Com as viaturas que vêm da Câmara e as restantes via-

turas precisamos de outro tipo de segurança e, por isso mesmo, foi construído um muro nas trasei-ras da Junta que no futuro servirá para fazer um coberto para o par-que operacional. Depois vai levar também um gradeamento lateral e um portão para fechar o parque”,

acrescenta o autarca. Quanto a outras obras na zona do jardim da JFRT, Nuno Fonseca confessa que “para já há um projeto para fazer aí uma obra mas pelos custos ain-da não passou de um projeto. Es-pero neste mandato ter condições para avançar com isso”, revela. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Texto: Ricardo Vieira Caldas

A Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT) formalizou, no dia 14 de maio, “um dos mais importantes e mais emblemáticos” projetos da freguesia, a criação da Universidade Sénior de Rio Tinto.

O edifício e a área envolvente da Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT) encontram-se, há algumas semanas, com obras de melhora-mento e adaptação. O objetivo é modernizar e criar alguma segurança no Parque Operacional da autarquia.

Junta de Freguesia de Rio Tintocria Universidade Sénior

Obras de melhoramentona Junta de Rio Tinto

> O Centro Cultural Amália Rodrigues poderá acolher a Sede da Universidade Sénior de Rio Tinto

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Cultura

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Hip-hop, breakdance, festa e boa dispo-sição, foram os ingredientes do 1.º ‘Gondo-mar Sabe Dançar’, um concurso de dança organizado pela Dancingstar – Associação Valboense de Dança, no dia 11 de maio.

Os grupos Yo!Crew e os Electric Slave foram os vencedores do encon-tro de dança nos níveis iniciado e avançado, res-petivamente. Estiveram em competição 10 grupos de nível iniciado – dos cinco aos 13 anos - e 12 grupos de nível avança-do – dos 14 aos 30 anos -, que foram avaliados por

um júri composto por sete especialistas em dança, caracterização e guarda-roupa. A associação Dancingstar não competiu, ficando apenas no papel de organizadora do evento.

“Convidamos três júris com um vasto currículo de dança: a Chris Faria, professora na Academia Pedro Sousa, Gil Carvalho, b--boy, e o Miguel Ângelo, que já atuou com a

Shakira, o Snoop Dogg e o David Carreira. Além dis-so, temos um júri que vai avaliar a caracterização e o guarda-roupa. Fazem par-te desse painel a vereadora Sandra Brandão, a Sónia Correia, das Dancingstar, e dois cabeleireiros pro-fissionais”, diz Maria João Correia, presidente da as-sociação valboense.

Nas bancadas, cerca de mil pessoas as-sistiram ao encontro de dança. Em 2015 o

Multiusos recebe nova edição do ‘Gondo-mar Sabe Dançar’. n

“O esforço de afirmação da qualidade no desempenho técnico e artístico, a aposta na formação e num trabalho de continuida-de de longo prazo, começam a dar os seus frutos”, refere Carlos Alberto, presidente

da BMG. “Uma direção artística de grande qualidade do nosso Maestro Luís Carva-lhoso, bem como uma escola cada vez mais afirmativa sob a liderança do Prof. Filipe Fernandes, são uma garantia de bons resul-tados e de esperança para o futuro”, acres-centa ainda o presidente, reagindo ao su-cesso alcançado pela banda no Concurso de Vila Franca de Xira.

Segundo a direção, “a Banda Musical de Gondomar transmite cada vez mais segu-rança a todos os que confiam no seu desem-penho e no brio de todos os seus elementos, ombreando com bandas cada vez mais pres-tigiadas e participando em desafios cada vez mais estimulantes”.

Ao Vivacidade, Carlos Alberto expli-cou que “este prémio, pela sua importân-cia extraordinária, merece ser destacado de modo particular, sem o misturar com outros eventos que poderiam menorizar o valor do mesmo. No entanto, a realização

recente do Concerto Coral Sinfónico - em duas sessões na Igreja de Cedofeita e na Igreja dos Capuchinhos em Gondomar - por parte do nosso BMG Chorus, articu-lando com outros grupos corais a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro, foi outro momento recente digno de registo. Para breve o lançamento da excecional mono-grafia dos 150 anos, com recolha de docu-mentação alusiva a este longo período de vida da colectividade.”

Para o verão, a BMG tem agendada a participação em várias festas e romarias. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Os grupos de dança Yo!Crew, no nível iniciado, e Electric Slave, no nível avançado, foram os vencedores do 1.º Concurso ‘Gondomar Sabe Dançar’, realizado a 11 de maio, no Multiusos de Gondomar. A iniciativa organizada pela associação Dancingstar terá nova edição em 2015.

No culminar das celebrações do seu 150.º aniversário, a Banda Musical de Gondomar (BMG) obteve no fim de semana de 3 e 4 de maio, o 1.º prémio no Concurso de Bandas de Vila Franca de Xira, considerado o maior evento neste domínio em Portugal e que de-corre com frequência bienal.

Yo!Crew e Electric Slave vencem 1.º ‘Gondomar Sabe Dançar’

Primeiro prémio para a Banda Musical de Gondomar no Con-curso de Bandas de Vila Franca de Xira

Nível Iniciado:1.º - Yo!Crew2.º - Blazing Dancers3.º - Academia Ana Monteiro4.º - DanceCreed5.º - Fresh Teen

Nível Avançado:1.º - Electric Slave2.º - Espaço da Dança3.º - GenerationY4.º - A.R. Ferreirinha5.º - DanceCreed

Resultados:

Convocatória

ORDEM DE TRABALHOS

Nos termos dos Estatutos, CONVOCO uma Assembleia-Geral da A.A.P.M., a reunir em sessão extraordinária, no auditório da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Rua D. António Barroso, nº 33, no dia 29 de Maio de 2014, pelas 21h, com a seguinte

1. Leitura, apreciação e votação da Acta da última Assembleia-Geral da A.A.P.M..2. Alteração do artigo 3º dos estatutos da AAPM que deve passar a ter a seguinte redacção:

“Artigo 3ºPara a realização dos seus objectivos, a instituição propõe-se criar e manter, nomeadamente:

a) Centros de Acolhimento para Crianças e Jovens com de�ciências intelectuais;b) Centros de Apoio às Familias de Crianças e Jovens com de�ciências intelectuais;c) Centros de Dia para Adultos e Idosos com de�ciências intelectuais;d) Lares de Residência Permanente para Crianças e Jovens com de�ciências intelectuais;e) Lares de Residência Permanente para Adultos e Idosos com de�ciências intelectuais.”

O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA-GERALFrancisco de Nápoles F. de Almeida e Sousa

Baguim do Monte, 09 de Maio de 2014.

22 VIVACIDADE MAIO 2014

Museu Mineiro inaugurou exposição ‘As Aventuras de Júpiter’

Fernando Vieira assume novo man-dato no FIDES – Orfeão de Valbom

Escola Secundária de S. Pedro da Cova no Museu Carlos Machado

No dia 10 de maio, o Templo Capitolino de Sbeitla abriu as portas à inauguração da exposição ‘As Aventuras de Júpiter’, do Museu da Lucerna de Castro Verde.

A 30 de abril, Fernando Vieira renovou o mandato como presi-dente da associação FIDES – Orfeão de Valbom. A nova direção do FIDES conta com sete elementos, quando anteriormente tinha apenas cinco. Os dois novos membros da direção terão a responsa-bilidade de gerir o departamento de basquetebol.

A Direção Regional da Cultura, através do Museu Carlos Macha-do, apresenta, de 8 a 11 de maio, três projetos realizados por alu-nos da Escola Secundária de São Pedro da Cova, em Gondomar, no âmbito da oitava edição da iniciativa “A minha escola adota um museu, um palácio, um monumento…”.

‘Júpiter’ está em S. Pedro da Cova e abriu portas aos curiosos até 31 de julho. A figu-ra central da exposição é o ponto de partida para abordar temas como as lendas funda-cionais de Roma e a expansão do Império Romano, sob a égide do Pai dos Deuses.

A exposição do Museu da Lucerna de Castro Verde, detentor da maior coleção de lucernas romanas provenientes do mesmo local arqueológico em todo o mundo, ba-seia-se nas interpretações iconográficas de alguns exemplares de lucernas romanas de temática mitológica, provenientes de Santa Bárbara dos Padrões.

A par da exposição, também será possível observar uma lucerna em funcionamento. O Museu Mineiro preparou ainda uma ativida-de didática para o público escolar, que visa explorar a temática mitológica da exposição.

As centenas de lucernas foram descober-tas em Santa Bárbara de Padrões, em Castro Verde, e remontam ao século I. n

A 31 de março, os associados do FIDES – Orfeão de Valbom decidiram renovar o man-dato de Fernando Vieira à frente dos destinos da coletividade. Um mês depois, a 30 de abril, o presidente e a nova direção, composta por dois novos elementos, ligados à equipa de basquetebol, tomaram posse nas instalações do FIDES, em Valbom.

Na tomada de posse marcaram presença Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar, António Nogueira, represen-tante da Federação das Coletividades, e Ma-nuel Aleixo, representante da União das Fre-

guesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. Em discurso, Fernando Vieira, realçou o orgulho na área cultural e desportiva da as-sociação e destacou momentos históricos da coletividade. “Temos feito crescer alguns es-paços físicos nestas instalações, porque esta-mos limitados ao espaço do nosso pré-fabri-cado, mas temos orgulho em não sermos uma associação que está dependente de subsídios”.

Perante cerca de 40 pessoas, o presidente fez um discurso emocionado e garantiu o em-penho no crescimento do FIDES, nos próxi-mos dois anos de mandato. n

Os trabalhos, intitulados “Reinterpreta-ção de testemunhos encontrados no museu I”, “Reinterpretação de testemunhos encontrados no museu II” e “Percurso Poético”, foram reali-zados no âmbito da iniciativa promovida con-juntamente pela Direção-Geral do Patrimó-nio Cultural (DGPC) e pela Direção-Geral de Educação (DGE) e estarão patentes no Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, de 8 a 11 de maio.

Este concurso tem como objetivo princi-pal despertar, entre os mais jovens, o interesse e incentivar o conhecimento relativamente ao Património Nacional, através do contato direto

entre as escolas e os monumentos, os museus e os palácios que integram a Rede Portuguesa de Museus (RPM).

Neste contexto, os alunos do 3.º ano do Curso Técnico-Profissional de Artes Gráficas da Escola Secundária S. Pedro da Cova, orien-tados pelas professoras Sara Pereira, Elsa Tava-res e Alice Cardoso, realizaram projetos na área de multimédia com base no acervo do Museu Carlos Machado.

Os alunos vão realizar visitas guiadas a esta mostra dos seus trabalhos no dia 9 de maio, entre as 10h00 e as 12h30, com entrada gratuita. n

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Utensílios romanos de iluminação, que utilizavam o azeite como combustível e que apresentam decorações dos mais variados motivos.

O que é uma lucerna?

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Destaque

Eleições Europeias 2014:o que muda? Contagem decrescente para o dia em que o futuro da Europa vai mudar. No mês de maio, 400 milhões de cidadãos vão eleger os 751 eurodeputados ao Parlamen-to Europeu, cujo mandato terá início em julho com a eleição do próximo presi-dente da Comissão Europeia. Face a 2009, Portugal perde um eurodeputado.

A 25 de maio os eleitores por-tugueses terão nas mãos o poder de decidir a nova maioria política que irá determinar a legislação europeia nos próximos cinco anos, em áreas que vão desde o mercado interno às

liberdades cívicas.Decisões como a uniformização

do preço do roaming em todos os Estados-membros da União Euro-peia, a regularização para a con-tração de empréstimos, a criação de um carregador comum para os telemóveis e o aumento da licença da maternidade, são alguns dos de-safios para o mandato 2014-2019.

O Parlamento Europeu tem agora um papel essencial no pro-cesso de tomada de decisão euro-

peu e decide em pé de igualdade com os governos nacionais em, praticamente, todas as leis euro-peias.

A importância das eleições de 25 de maio centra-se também na

escolha indireta do próximo pre-sidente da Comissão Europeia. Os candidatos são: Alexis Tsipras, Grécia, Esquerda Europeia; Guy Verhofstadt, Bélgica, Liberais e De-mocratas; José Bové, França, e Ska Keller, Alemanha, Partido Verde Europeu; Martin Schulz, Alema-nha, Partido Socialista Europeu; e Jean Claude Juncker, Luxemburgo, Partido Popular Europeu;

O novo presidente será eleito entre os dias 14 e 17 de julho. n

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Francisco AssisPartido Socialista

Marinho e PintoPartido da Terra

Orlando FigueiredoPartido pelos Animais e pela Natureza

Eduardo Pedro WelshPartido Nova Democracia

Gil GarciaMovimento Alternativa Socialista

Carmelinda PereiraPartido Operário de Unidade Socialista

José Manuel CoelhoPartido Trabalhista Português

Paulo RangelAliança Portugal

Rui TavaresPartido Livre

Marisa MatiasBloco de Esquerda

Leopoldo Mesquita NunesPartido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

Acácio ValentePortugal Pró Vida

Paulo CasacaPartido Democrático do Atlântico

Humberto OliveiraPartido Nacional Renovador

João FerreiraColigação Democrática Unitária

Nuno Correia da SilvaPartido Popular Monárquico

Cabeças de lista das 16 candidaturas às Europeias:

24 VIVACIDADE MAIO 2014

O futuro da Europa decide-se a 25 de maioNo dia 25 de maio os portugueses elegem os 21 eurodeputados que vão representar Portugal no Parlamento Europeu. O Vivacidade entrevistou os candidatos dos quatro partidos representados na Assembleia da República. Conheça as diferenças.« Que importância têm as eleições europeias para Portugal? «« Estas eleições poderão ser entendidas como uma avaliação para as próximas eleições legislativas de 2015? ««« Os portugueses estão a par da atualidade europeia? «««« Estas eleições trazem várias mudanças ao funcionamento da União Europeia. Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, Portugal perde um eurodeputado e, além disso, há também uma mudança na presidência da Comissão Europeia. Que impacto têm estas mudanças?

Destaque

O que pensam os gondomarenses

Juliana Mota - 63 anos, reformada, vai votar.

1. Tenho algumas dúvidas, mas acho que todos devíamos votar.2. Não faço ideia quem são.3. Acho que a maior parte é.

Américo Cunha - 72 anos, reformado, não vai votar.

1. Não, só servem para dar força sempre aos mesmos.2. Não conheço, nem quero conhecer. Estou desiludido com os políticos.3. Precisávamos de ser, mas ainda não temos essa cultura.

Francisco Assis - candidato do Partido Socialista

« São eleições muito importantes porque temos a possibilidade de mudar a maioria parlamentar na Europa e isso é muito importante porque vai induzir mudanças significativas nas próprias políticas nacionais. Podemos passar de uma fase em que, em nome de uma política de austeridade radical condenamos a economia à mediocridade e o Estado social a uma redução brutal, a uma política que concilie justamente rigor na gestão das finanças públicas com uma grande preocupação de libertar recursos para investimentos, que permitam o crescimento da economia, a criação de emprego e a manutenção do Estado social. Portanto, só por si é uma grande mudança. Na minha opinião, este ano haverá uma importância acrescida nestas eleições.

«« Estas são eleições verdadeiramente europeias mas obviamente que há uma interligação entre os temas europeus e temas nacionais. Não há hoje uma fronteira rígida a separar estas duas questões e por isso é natural que nestas eleições se debatam temas portugueses – o problema da austeridade, da recessão económica que a austeridade provoca, o problema do recuo do Estado social – com uma resposta europeia a este problema, que passa por uma política diferente que concilie rigor na gestão das finanças públicas com a preocupação de promoção do crescimento da economia e da criação de emprego. ««« Penso que em Portugal há hoje muita informação sobre as questões europeias. Evidentemente que essa informação é desigualmente distribuída pela população mas, apesar de tudo, julgo que hoje há muito mais consciência da importância das questões europeias do que haveria há uns anos atrás. «««« Não, a alteração no número de deputados resultou de uma reconfiguração do Parlamento Europeu e, nesse sentido, não vai introduzir nenhuma modificação.

Paulo Rangel - candidato da Aliança Portugal (Partido Social Democrata e Partido Centro Democrático e Social)

« Estas eleições têm grande importância para Portugal, porque a Europa está a sair de uma crise muito grave e é decisivo o impulso para uma nova fase da política europeia. Por outro lado, como é sabido, grande parte das decisões que são tomadas em Portugal sofrem influência das decisões europeias, por isso o resultado das eleições europeias é decisivo para saber o que irá acontecer a Portugal nos próximos anos. «« Penso que não. Todas as eleições têm leituras políticas nacionais, isso é evidente, mas não deve existir uma ideia de pré-legislativas porque estas são eleições europeias.

««« Os portugueses estão muito mais ligados à Europa do que estavam em 2009.

«««« Diria que a mudança mais significativa é o facto do presidente da Co-missão Europeia poder ser decidido em função de resultados eleitorais, o que altera a própria natureza das eleições europeias, porque os eleitores passam a ter uma influência mais direta na governação europeia.

Helena Pinto - 49 anos, desempregada, vai votar. 1. Seriam, mas infelizmente há muitas questões mal escla-recidas em Portugal.2. Sim, mas ainda não decidi em qual irei votar.3. Não me parece. Portugal continua à margem da Europa.

António Jorge - 41 anos, canalizador, não vai votar. 1. Acho que sim, mas depende da mentalidade dos políti-cos. É sempre vantajoso pertencer à União Europeia.2. Não conheço.3. Eu sou.

1. Eleições são importantes para Portugal?

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O futuro da Europa decide-se a 25 de maioNo dia 25 de maio os portugueses elegem os 21 eurodeputados que vão representar Portugal no Parlamento Europeu. O Vivacidade entrevistou os candidatos dos quatro partidos representados na Assembleia da República. Conheça as diferenças.« Que importância têm as eleições europeias para Portugal? «« Estas eleições poderão ser entendidas como uma avaliação para as próximas eleições legislativas de 2015? ««« Os portugueses estão a par da atualidade europeia? «««« Estas eleições trazem várias mudanças ao funcionamento da União Europeia. Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, Portugal perde um eurodeputado e, além disso, há também uma mudança na presidência da Comissão Europeia. Que impacto têm estas mudanças?

Texto: Ricardo Viera CaldasPedro Santos Ferreira

Márcia Fonseca - 30 anos, psicóloga, vai votar. 1. Sim. Temos que intervir nas decisões e esta é a nossa oportunidade de escolher os protagonistas.2. Conheço, mas vou votar em branco.3. Cada vez mais percebemos o conceito de ser europeu.

António Santos - 60 anos, reformado, vai votar. 1. São, dependemos muito da UE.2. Conheço, mas estão a fazer uma má campanha, basea-da no ataque político.3. O europeísmo está relacionado com a informação e a maior parte dos portugueses estão mal informados.

Marisa Matias - candidata do Bloco de Esquerda

« Nestas eleições estarão em votação várias propostas diferentes sobre o futuro da Europa e essas escolhas são essenciais porque se refletem na política nacional e na vida concreta das pessoas. Nesta altura em que se tornou evidente que a austeridade não está a promover nenhuma consolidação orçamental, em que as contas públicas não estão melhores, em que a dívida cresceu de 90%, para cerca de 130% é essencial votar em soluções diferentes para o futuro.

«« O que está em causa nestas eleições são as duas realidades, os eleitores farão no fundo uma dupla avaliação. São eleições para o Parlamento Europeu mas as políticas europeias têm uma relação muito grande com as políticas nacionais. O Governo português tem assento no conselho Europeu e portanto percebemos que as decisões que se traduziram em políticas concretas foram tomadas sempre em conjunto pelo Parlamento Europeu e pelos governos nacionais. Nesta medida a atuação do Governo português estará também a ser avaliada. ««« O que é mais grave neste momento é que nenhuma informação foi dada às pessoas sobre o que representa a assinatura do Tratado Orçamental e o seu impacto nas suas vidas. Os eleitores não sabem que o tratado significa 20 ou 30 anos de medidas de austeridade semelhantes às que tivemos nos últimos três anos. O que tem acontecido é que se tenta evitar que seja feito um debate público sério sobre esta matéria. Está a retirar-se aos portugueses a capacidade de decidir sobre questões tão importantes como esta, que vão influenciar as suas vidas durante décadas. «««« Creio que essa alteração não terá efeito significativo nas políticas. Em 2009 elegiam-se 22 deputados, vão passar a eleger- se 21. O Parlamento perdeu um deputado, em 2009 o último deputado foi eleito por uma escassa margem de votos. Julgo que as políticas só poderão ser alteradas através de uma nova configuração política do Parlamento Europeu, em que a esquerda possa ser reforçada.

João Ferreira - candidato da Coligação Democrática Unitária

« Estas eleições servirão para eleger 21 deputados portugueses para o Parlamento Europeu. É importante que sejam eleitos deputados comprometidos com a defesa dos direitos do povo e dos interesses do país e que não aceitem de forma submissa as imposições das potências europeias. Durante quatro anos tivemos quem lutasse pelos interesses nacionais nas mais diversas áreas, mas é importante reforçar o papel desses deputados, nomeadamente os deputados da CDU. «« Nunca como hoje foi tão evidente a ligação entre as políticas da União Europeia e a situação nacional. Falar da situação nacional é falar das políticas que têm sido seguidas pela União Europeia, que são profundamente lesivas dos interesses nacionais. ««« Procuramos trazer aos portugueses o que é decidido na União Europeia e damos a conhecer os impactos no nosso país. Tendo em conta o que os portugueses perderam e a diminuição da qualidade de vida, acreditamos que os portugueses estão plenamente conscientes do seu voto. «««« Lamentamos a perda de um eurodeputado, até porque lutamos contra isso. Infelizmente, o PS, o PSD e o CDS aceitaram essa perda de um eurodeputado português Quanto ao processo de eleição do presidente da Comissão Europeia, importa referir que ele não mudou, porque os candidatos são indicados pelo Conselho Europeu e eleitos no Parlamento Europeu. As eleições servirão para eleger os eurodeputados e não o presidente da Comissão Europeia.

Júlia Loureiro - 20 anos, empregada derestaurante, não vai votar. 1. Para mim não, mas são importantes para o país. 2. Não. Nem sequer conheço as propostas.3. São e têm algumas vantagens.

Isabel Oliveira - 50 anos, empregada de escritório, não sabe se vai votar. 1. São sempre importantes para melhorar o passado.2. Conheço mal. Os nomes não me dizem nada.3. Não estamos fechados em nós mas também não esta-mos virados para a Europa.

1. Eleições são importantes para Portugal? 2. Conhece os candidatos? 3. Portugueses são europeístas?

26 VIVACIDADE MAIO 2014

Gondomar comemorou 40 anos de 25 de AbrilA 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas punha fim a 48 anos de um regime ditatorial, liderado por António Oliveira Salazar e Marcello Caetano. Quarenta anos depois, em Gondomar, celebrou-se em vários pontos do concelho o Dia da Liberdade. O Vivacidade acompanhou de perto algumas iniciativas.

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> Em Rio Tinto, o dia começou com o hastear da bandeira e a largada de pombos. A Banda de S. Cristóvão animou a manhã.

> Nos Paços do Concelho, em S. Cosme (Gondomar), Marco Martins, presidente, e Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal de Gondomar, hastearam as bandeiras.

> Gramido recebeu a ‘Regata 25 de Abril’, organizada pelo Clube Naval Infante D. Henrique.

> Durante a tarde, realizou-se a sessão solene da Assembleia Municipal, na Biblioteca de Gondomar.

> A noite terminou com o espetáculo musical ‘40 Anos de Abril’, do grupo OSNOFA, no Auditório Municipal de Gondomar.

> Em Fânzeres, a Banda Musical de S. Pedro da Cova tocou o ‘Grândola, Vila Morena. Seguiu-se o hastear da bandeira e uma breve sessão solene no edifício da Junta de Fânzeres.

> A Junta de Baguim do Monte relembrou a revolução, os cravos e a chai-mite, com várias iniciativas durante o dia.

> Os alunos das escolas primárias de Rio Tinto foram os convidados na sessão solene da Junta.

> Na Lomba, os jogos tradicionais uniram gerações. O valor recolhido reverte a favor de David, um jovem da freguesia.

> No dia 27 de abril, Baguim do Monte encerrou as comemorações com o Sarau Cultural, no Centro Paroquial de Baguim do Monte.

> A Junta de Jovim seguiu a tradição, com o hastear da bandeira a ser feito pelo presidente José António Macedo.

> Junto ao Centro de Ciclista disputou-se a habitual Prova de Ciclismo ‘25 de Abril’.

> Em S. Pedro da Cova, novo demonstração da Banda Musical da freguesia.

> Na sala B do Auditório Municipal de Gondomar está patente até 30 de maio, a exposição ‘Cartazes 25 de Abril’.

Gondomar comemorou 40 anos de 25 de AbrilA 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas punha fim a 48 anos de um regime ditatorial, liderado por António Oliveira Salazar e Marcello Caetano. Quarenta anos depois, em Gondomar, celebrou-se em vários pontos do concelho o Dia da Liberdade. O Vivacidade acompanhou de perto algumas iniciativas.

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> Na foto: Otelo Saraiva de Carvalho, Júlio Magalhães e Marisa Matias

Otelo Saraiva de Carvalho e

Marisa Matias encerraram o ciclo de debates promovidos pela Câ-mara Municipal de Gondomar, no âmbito das comemorações do 40.º aniversário do 25 de abril de 1974. A 21 de abril, perante um auditório lotado, na Escola Secundária de Rio Tinto, o capitão de abril e a eurode-putada debateram o estado do país, quarenta anos após a revolução.

Marisa Matias começou por ci-tar Salgueiro Maia. “Há alturas em que é preciso desobedecer”, afir-mou a candidata do Bloco de Es-querda às eleições europeias de 25 de maio. “Apesar de não ser nasci-da em 1974, recordo-me quando a eletricidade chegou à minha aldeia.

Tinha três anos [nasceu em 1976] e foi uma das primeiras mudanças que senti”, disse Marisa Matias.

Otelo Saraiva de Carvalho con-siderou-se um “doutorado honoris causa em 25 de abril” e lembrou histórias daquele dia de 1974. “Às 18h o Governo de Marcello Caeta-no rendia-se. Dei ordem para que fosse Salgueiro Maia a receber a rendição mas ele recusou. Acabou por ser o general Spínola, até por-que Marcello Caetano não que-ria entregar o poder ao Salgueiro Maia”, lembrou Otelo.

Durante o debate os convida-dos lamentaram o atual estado do país e apontaram decadências em vários aspetos sociais. “O retroces-so está a verificar-se, sobretudo no Estado Social”, referiu a candida-ta do BE. No final, os convidados colocaram-se à disposição para

responder às questões do público

Capitão de Abril inaugurou exposição na Junta de Rio Tinto

Otelo Saraiva de Carvalho mar-cou presença na inauguração da exposição “25 de abril” da Junta de Freguesia de Rio Tinto. O estratega da Revolução dos Cravos reencon-trou Antero Ribeiro da Silva, presi-dente da delegação norte da Asso-ciação 25 de Abril, e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto.

Ao Vivacidade, Otelo recordou o momento mais difícil do dia da li-berdade: “Foi tudo vivido com uma grande tensão e alegria. Não che-guei a ter receio que nada corresse mal, mas o momento mais compli-cado foi quando a fragata ‘Almiran-te Gago Coutinho’ se aproximou do Terreiro do Paço. Foi uma hora agitada, mas as Forças Armadas ti-

nham uma bateria pronta a metra-lhar a fragata, caso fosse necessário. Felizmente não foi”, disse Otelo Sa-raiva de Carvalho.

Para Nuno Fonseca, a visita do ex-militar português à Junta de Rio Tinto foi motivo de orgulho. “Tenho uma grande estima por esta data, especialmente pelos Ca-

pitães de Abril, que são meus ami-gos. Abril nunca estará cumprido, porque a história não deve ser es-quecida e com esta crise não po-demos falar numa liberdade plena, mas uma das grandes conquistas de Abril foi, sem dúvida, o poder autárquico”, lembrou o autarca de Rio Tinto.

Otelo Saraiva de Carvalho e Marisa Matias debateram 25 de abril em Rio TintoO auditório da Escola Secundária de Rio Tinto recebeu, a 21 de abril, Otelo Saraiva de Carvalho, estratega da Revolução dos Cravos, e Marisa Matias, cabeça de lista do BE às eleições europeias. Os convidados debateram o 25 de abril sobre a perspetiva de duas gerações.

Texto: Pedro Santos Ferreira

A decisão corresponde ao com-promisso assumido e definido pela autarquia de “melhorar a qualida-de da democracia, pugnando pela transparência da gestão, apelando e potenciando a participação de toda a comunidade na constru-ção de um Concelho com maior esclarecimento e participação”, lê-se na proposta aprovada com uma abstenção do vereador da CDU. O Orçamento Participativo de Gondomar abrange a área das obras públicas, nomeadamente, a construção de arruamento públi-co, conservação/manutenção de

arruamento existente, construção de parque infantil, conservação/manutenção de parque infantil existente no concelho.

Também ontem foi aprovada, por unanimidade, a organização e dinamização de atividades peda-gógicas, de animação socioeduca-tiva e de componente de apoio à família e a ocupação dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico. O pro-jeto “Escola em Férias + criativa”, que decorrerá nas semanas de 16 a 27 de junho, aponta para a reali-zação de várias atividades, com ou sem almoço. Ainda na educação

foi aprovado o parecer prévio para a contratação de refeições escola-res para o ano letivo de 2014/2015.

Destaque, ainda, para a apro-vação, também por unanimidade, do serviço de assistência técnica para o controlo das águas balnea-res de Zebreiros e Melres, em cum-primento do programa de vigilân-cia sanitária das águas balneares, cujo objetivo é iniciar o processo de designação de Praia para os res-petivos areais.

No período de informações foi revelado que o plano em curso de racionalização de custos com

arrendamentos de edifícios per-mitirá, a partir de outubro, uma

redução anual de despesa de 130 mil euros.

Orçamento Participativo conta com 200 mil eurosFoi aprovado, a 14 de maio, em reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar, o regulamento da primeira edição do Orça-mento Participativo do Município, que estipula uma verba de 200 mil euros para financiar projetos mais votados pelos cidadãos na área das obras públicas.

A eleição do novo coordena-

dor distrital do Porto da Associa-ção Nacional de Freguesias (ANA-FRE), decorreu a 5 de abril. Dário Silva, autarca de Gaia, foi eleito como sucessor de Fernando Viei-ra, fundador da delegação do Por-to e coordenador há 16 anos.

Dário Silva aponta como prin-cipais desafios para o mandato de quatro anos, o reforço do número de freguesias associadas e a reaber-tura do processo de reorganização territorial. “Estamos convencidos que podemos fazer um bom traba-lho, além de reforçar e reafirmar a importância da Delegação Distri-

tal do Porto perante a ANAFRE nacional”, afirma Dário Silva.

Durante o discurso de toma-da de posse, perante uma sala que encheu para assistir à cerimónia, na sede da ANAFRE, no Porto, o recém-eleito coordenador distri-tal deixou uma promessa. “Espero poder contar com o apoio dos ór-gãos sociais cessantes para formar um conselho consultivo que possa ajudar quem hoje toma posse”, dis-se o autarca.

Fernando Vieira, ex-coorde-nador, mostrou-se disponível para integrar o conselho consultivo e espera assistir ao crescimento da delegação distrital. “Saio com or-gulho do trabalho realizado ao longo destes 16 anos e admito que as equipas que me rodearam tor-

naram mais fácil a minha tarefa. No entanto, lembro que das 243 freguesias da Área Metropolitana do Porto, apenas 98 são associadas da ANAFRE Porto, por isso temos que aumentar esse número”, refere ao Vivacidade.

Nuno Coelho fala em dever cumprido e novo desafio

De saída do cargo de presiden-te da Mesa da Assembleia, Nuno Coelho, presidente da Junta de Ba-guim do Monte, considerou “fan-tástica” a experiência de oito anos na ANAFRE. “Saio com consciên-cia de dever cumprido e estou dis-ponível para integrar o conselho consultivo porque julgo que o pas-sado e a experiência adquirida não devem ser esquecidos”, afirma.

Ao Vivacidade, o autarca ad-mitiu que espera ver mais fregue-sias de Gondomar representadas

na ANAFRE. “Esse será o meu compromisso nos próximos anos”, admite.

Dário Silva é o novo coordenador da estrutura distrital do Porto da ANAFREDário Silva, presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, Gaia, é o novo coordenador do Conselho Diretivo Distrital do Porto, da Associação Nacional de Freguesias. A tomada de posse realizou-se a 11 de maio na sede da delegação distrital do Porto.

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Texto: Pedro Santos Ferreira

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CDU questionou APA sobre problemas ambientais em GondomarOs autarcas da CDU, Joaquim Barbosa, vereador da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, e Belmiro Magalhães, deputado da Assem-bleia Municipal do Porto, reuniram no dia 9 de maio com o Admi-nistrador Regional do Norte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a quem expuseram alguns problemas ambientais do conce-lho de Gondomar.

A ordem de trabalhos incluiu temáticas como a Estação de Tratamento de Águas Re-siduais (ETAR) de Rio Tinto, cujos efluentes têm implicações diretas no município do Porto, na área prevista para o Parque Orien-tal da Cidade; a ausência de uma rede de sa-neamento nas freguesias do alto concelho, que, segundo os autarcas, traz “graves conse-quências para a qualidade da água das diver-sas linhas de água para onde acabam por ser despejadas grande parte das águas residuais domésticas”; a deposição de resíduos indus-triais e de resíduos domésticos de grandes dimensões em lixeiras ilegais, como é o caso das antigas minas de Midões e a necessidade de acompanhamento da remoção dos resí-duos industriais perigosos depositados em S. Pedro da Cova, bem como a monitorização da qualidade da água.

O representante da APA mostrou re-

cetividade quanto às questões levantadas e confirmou que as questões, mais complexas, relativas ao funcionamento e capacidade da ETAR de Rio Tinto estão a ser estudadas em conjunto, pela APA, pela Câmara de Gon-domar, e pela empresa Águas de Gondomar, concessionária da exploração abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais, no sentido de se encontrar uma so-lução sustentável que preserve o ambiente e o leito do rio. Assegurou ainda que a APA está a monitorizar a qualidade dos efluentes. n

> Na foto: Luís Ramalho, Nuno Coelho, Fernando Vieira e Dário Silva

O objetivo é “envolver toda a

comunidade” e utilizar o “conceito familiar”, refere Carlos Ferreira, da organização da prova D’Ouro Run. As inscrições já abriram no websi-te da prova e, em três dias, mais de uma centena de pessoas de todo o país inscreveram-se.

A marca, para Carlos Ferreira, será nos “2000 mil participantes mas toda a gente diz que vai ultrapassar em grande escala”, menciona.

“Para além da corrida, vendemos o destino”, afirma o organizador que, no ano passado, deu vida à ‘Beach Run’, em Ma-tosinhos.

Este ano a estrada m ar-g i -

nal do município, entre Valbom e a Foz do Sousa, fará o percurso para a prova, num local que “pre-tende ser uma referência no turis-mo da região”. “A estrada de Entre--os-Rios possui todas as condições necessárias para proporcionar momentos de lazer a quem visita Gondomar, graças a uma marginal fabulosa, com magníficas praias fluviais e uma gastronomia ímpar”, alude a organização.

Uma inscrição, uma árvoreA organização

da D’Ouro Run Gondomar tem

como objetivo envolver toda a comunidade Runner num projeto social único, com o lema “Uma

i ns c r i -ção,

uma árvore” em que cada partici-pante contribui com uma árvore para reflorestar Gondomar, uma região que tem sido fustigada nos últimos anos por incêndios flo-restais. “Com este projeto, quere-mos contribuir para a conserva-ção da biodiversidade Ambiental no concelho, apelar à contribui-ção e acompanhamento da popu-lação na valorização e proteção da

natureza de um modo responsá-vel na conservação do nosso pa-trimónio florestal, contribuindo para uma Natureza mais viva, dis-persa e diversa para as gerações futuras”, explica a organização. Carlos Ferreira esclarece ainda ao Vivacidade que “o objetivo é em outubro ou novembro fazer tam-bém um novo evento e convidar todos os participantes a irem fa-

zer a plantação da sua árvore em zonas afetadas pelos incêndios.” “Vamos reflorestar com espécies nativas com o apoio do projeto das 100 Mil Árvores”, conclui.Até 1 de junho, a inscrição para a corrida de 15 quilómetros tem o custo de oito euros e para a cami-nhada quatro euros. A partir des-sa data, o custo será de 10 e seis euros, respetivamente.

A atleta Sara Moreira, da As-

sociação Recreativa Luz e Vida Gondomarense, ficou em 2.º lugar na categoria Infantis Femininas – Pentatlo [60m, peso 2kg, 60m barreiras, salto em comprimento e 1000m], do Torneio Atleta Com-

pleto Regional 2014, com um so-matório de 2.312 pontos, no con-junto de todas as provas.

As provas realizaram-se nos dias 3 e 4 de maio, no Estádio Dr. Prof. José Vieira de Carvalho, na Maia, e contaram com a partici-pação de seis atletas da Associação Luz e Vida Gondomarense.

“A presente época está a desen-rolar-se de forma muito positiva.

A equipa está a renovar-se para conseguir chegar aos feitos de an-tigamente e as camadas jovens es-tão a fazer um excelente percurso”, diz David Fernandes, membro da direção da coletividade.

A Associação Luz e Vida Gon-domarense conta atualmente com cerca de 100 sócios ativos.

Desporto

29VIVACIDADE MAIO 2014FO

TO: D

R

> Percurso da corrida

> Percurso da caminhada> Na foto: Carlos Ferreira

D’Ouro Runquer pôr 2000 pessoas a correr

Sara Moreira conquista 2.º lugar no Torneio Atleta Completo Regional de 2014

Com a “extraordinária beleza do rio Douro” como pano de fundo, a D’Ouro Run – iniciativa organizada pela EventSport e Câ-mara Municipal de Gondomar – quer pôr a correr 2000 pessoas entre Valbom e Foz do Sousa no dia 29 de junho. Ao todo são 15 quilómetros mas para quem quiser caminhar são apenas cinco.

Atleta da Associação Recreativa Luz e Vida Gondomarense foi vice-campeã do torneio realizado nos dias 3 e 4 de maio, na Maia.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Texto: Pedro Santos Ferreira

30 VIVACIDADE MAIO 2014

Desporto

“Quanto mais difícil for a prova, melhor é a minha prestação”

Já imaginou percorrer, inin-terruptamente, 115 quilómetros no meio da serra? E se a partida começasse à meia noite e a tempe-ratura ambiente oscilasse entre -2º centigrados e 20 graus? Lucinda Sousa, residente em Gens, Foz do Sousa, fê-lo na Madeira em apenas 20 horas e 18 minutos e alcançou o primeiro lugar, no sector feminino.

Na edição de abril do Vivacida-de, noticiou-se que Lucinda Sousa vencera, ao serviço do Gondomar Futsal Clube, o Madeira Island Ul-tra Trail (MIUT), que decorreu a 12 e 13 de abril. No total, 13 atletas rumaram até ao arquipélago e ape-nas um não conseguiu terminar a prova. O objetivo desta modalidade é “testar a resistência humana” atra-vés da corrida, em provas de Trail e Ultra Trail [ver caixa] que se dese-

nham pelo meio da natureza. Lucinda Santos Sousa concluiu

o percurso entre Machico e Porto Moniz com 6600 metros de desní-vel positivo, ficando em 16.º lugar na tabela geral. A atleta, de 43 anos, conta ao Vivacidade que “tudo isto foi uma surpresa” para ela. “Sempre treinei ao fim-de-semana no mon-te e então inscrevi-me no Trail de Santa Iria [em Gondomar] há um ano e fiquei em primeiro lugar. Foi uma surpresa”, conta. Já para a Ma-deira, Lucinda explica que também “não estava à espera” de obter esta classificação. “Nunca fiz uma prova a pensar em ir ao pódio. Vou fazer a próxima sempre a pensar em dar o meu melhor”, refere.

A chegada à partida é, na sua opinião, “um misto de sensações”. “No final da prova é uma sensação indescritível. É um misto de satisfa-ção e emoção. Na primeira vez que fiz uma maratona chorei no final”, afirma Lucinda.

Atualmente à frente na rede de Circuitos Nacionais de Trail Run-ning, Lucinda Sousa, sabe que, se ganhar as provas seguintes, vai re-

presentar Portugal e entra no cir-cuito mundial. No topo das provas mais difíceis está o “The North Face Ultra Trail du Mont-Blanc”, com um percurso de 306 quilómetros e com um máximo de 141 horas au-torizadas, em equipas de duas e três pessoas.

Modalidade saudável?“Temos consciência que não

é saudável pôr um ser humano a correr 20h”, confessa ao Vivacidade Lucinda Sousa. Contudo, o gosto pelo Ultra Trail é maior e a próxima prova, a 17 de maio, já está agen-dada. No MIUT, a atleta da Foz do Sousa bebeu ao todo 11 litros de água e confessa que perdeu alguns quilos como, aliás, acontece várias vezes. “A prova em que mais per-di peso foi no Paleozoico, no ano passado. Perdi entre 3 a 4 quilos”, explica.

A sua colega, Rosário Martins, não pertence ao Gondomar Futsal Clube mas treina com Lucinda e também participou na prova ma-

deirense, alcançando o 77.º lugar na prova de 85 quilómetros. A des-portista explica ao Vivacidade que “sabe os riscos que corre” e que não descora de uma “boa preparação”. “Fazemos muito ginásio, muita musculação e exercícios para au-mentar a resistência. Uma prova como esta implica que estejamos preparados mentalmente. A parte mental complementa a parte física”, esclarece. Este tipo de provas exi-gem, segundo Rosário, uma “gran-de capacidade de sacrifício” por parte do atleta. “Uma das nossas preocupações era a noite. E se nos perdêssemos?”, questiona Rosário Martins. Lucinda Sousa também partilha da mesma opinião. “Estava ansiosa com o amanhecer porque estive grande parte da noite sempre sozinha. É mais fácil fazer a prova acompanhada. Em casa é uma ago-nia pensar que vou correr à noite sozinha”, confessa.

“Por brincadeira fiz as contas e gastei há volta de 1500 euros”

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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: RVC

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: RCV

O que é o ‘Trail Running’?

Corrida pedestre em Natureza, com o mínimo de percurso pavimentado/alcatroado, que não deverá exceder 10% do percurso total, em vários ambientes (serra, montanha, alta montanha, planície, etc.) e terrenos (estradão, caminho florestal, trilho, single track, etc.), idealmente – mas não obrigatoriamente – em semi ou autossuficiência, a realizar de dia ou durante a noite, em percurso devidamente balizado e marcado e em respeito pela ética desportiva, lealdade, solidariedade e pelo meio ambiente.

* Fonte: Associação de Trail Running de Portugal

> Na foto: Direção do Gondomar Futsal Clube e atletas de Trail Running

> Na foto: Lucinda Sousa

Trail vs. Ultra Trail

Trail Curto: até 21,0975Km (até distância de meia maratona)Trail Longo: de 21,0975Km até 42,195Km (de distância de meia maratona até distância de maratona)Ultra Trail: provas acima de 42,195 Km (acima de distância de maratona)

O que é o Trail e Ultra Trail Running? O Vivacidade foi tentar perceber junto dos atletas do Gondomar Futsal Clube e da vencedora da última prova na Madeira, Lucinda Sousa, o que é preciso para conseguir correr mais de 100 quilómetros seguidos, em condições ad-versas da natureza.

Para garantir a segurança dos atletas, a modalidade de Trail Run-ning exige o dispêndio de alguns euros para a prática desportiva. Os equipamentos obrigatórios são vários [ver caixa] e quem gosta da modalidade não olha a meios para garantir o melhor conforto, segu-rança e prestação na prova. “Para a prova da Madeira, por brinca-deira fiz as contas e gastei há volta de 1500 euros”, conta Rosário Mar-tins. “Para participar num Trail há um grande investimento”, refere também Lucinda. “Uns calções [de compressão] custam 110 euros”, acrescenta.

Para além do equipamento, o MIUT [tal como nas restantes provas] foi altamente vigiado por centenas de militares que tinham como objetivo certifi-carem-se de que ninguém se perdia. Existiam também, ao longo dos 115 quilómetros, 13 postos de abastecimento e, garantem os atletas gon-domarenses, “um espíri-to de entreajuda” entre a maior parte dos par-ticipantes. “Existe uma espécie de código de honra em que, no caso de um atleta cair, o outro auxilia-o até o próximo atleta che-gar”, contam. “A entreajuda é muito importante”, refere Lucinda.

Lucinda Sousa prepara-se para as próximas provas

A prova que se segue [ver cai-xa], o Campeonato de Portugal Ul-tra Trail, a 17 de maio, dita quem será a campeã no seu escalão. A treinar diariamente e a correr uma vez por semana, Lucinda não espe-ra manter o primeiro lugar, apesar de ser possível. “Quanto mais difí-

cil for a prova, m e -lhor é a mi-n h a

prestação”, explica ao Vi-vacidade. A prova que se segue é “mais fácil” que o MIUT, por ser em terreno mais plano. Os seus cole-gas e a direção do clube,

no entanto, estão con-

f i a n -t e s . “ O s atletas c o n -side-rados d e

t o p o já reconhecem o va-lor que a Lucinda tem”, dizem.

A desportista já corre há alguns

anos mas ape-

nas co- meçou a entrar em provas há um ano e m e i o . Pelo Gon- domar, a professo- ra de e d u c a ç ã o f ísica da EB 2,3 de S. Pe-dro da Cova

c o r r e h á meio ano.

“Exis-tem grandes valores no concelho de Gondomar”

Telmo Viana é presidente do Gondomar Futsal Clube e não es-conde o orgulho que tem na sua atleta Lucinda Sousa. A vitória da Madeira teve um “grande significa-do” para o dirigente e para o clube”. “Significa muito ver reconhecida uma atleta nossa, gondomarense e a concretização de um grande so-nho de vencer uma prova ao nível e ao alcance de poucos. Isto leva a crer que existem muitos e grandes valores no concelho de Gondomar.

O Gondomar Futsal Clube enche--se de orgulho dos seus atletas e em particular da Lucinda porque sabe-mos as grandes qualidades huma-nas e desportivas que a atleta tem”, refere Telmo Viana que garante “fazer de tudo” para manter a atleta no clube “durante muitas épocas e muitos anos.”

Ao Vivacidade, o presidente ex-plica que “o Gondomar Futsal Clu-be iniciou obviamente com o futsal – que nunca deixou de ter – e tam-bém com o bilhar e atletismo.” “Há cerca de uma década, por diversas vicissitudes, acabou-se com o atle-tismo e está direção tinha o sonho de reativar essa secção. Felizmente, há cerca de um ano, conseguiu-se reunir um conjunto de atletas e fazendo agora um balanço obvia-mente que não estávamos à espera de ter este sucesso”, acrescenta o dirigente.

Com cerca de 50 praticantes de atletismo, de estrada e Trail, Telmo Viana está satisfeito com a equipa e apenas lamenta a falta de apoio para a modalidade. “Sabemos que existem cada vez menos apoios e nesta modalidade o apoio é prati-camente inexistente. Sensibiliza-mos todos os sponsors e autarquia para nos ajudar. Da parte da au-tarquia ainda não houve nenhum apoio mas estou convencido que o atual presidente irá apoiar este clu-be”, finaliza. n

31VIVACIDADE MAIO 2014

“Quanto mais difícil for a prova, melhor é a minha prestação” > Percurso do Madeira Island Ultra Trail

Próximas provas de Trail

Próximas provas de Ultra Trail

8 de junho – Trail dos 4 Caminhos (22 km)6 de julho – Trail do Almonda (30 km)

14 de setembro – Trail Nocturno das Lebres (15 km)12 de outubro – Trail do Sor (30 km)

17 de maio - UTSM – Ultra Trail da Serra de São Mamede * (100 km)2 de agosto - UTNLO – Ultra Trail Noturno da Lagoa de Óbidos (50 km)27 de setembro - GTSA – Grande Trail da Serra d’Arga (45 km)

Algum material obrigatório

- Mochila- Impermeável- Telemóvel,- Manta térmica- Lanternas- Apito- Um litro e meio de água - Gel (para ténis)

O que é o Trail e Ultra Trail Running? O Vivacidade foi tentar perceber junto dos atletas do Gondomar Futsal Clube e da vencedora da última prova na Madeira, Lucinda Sousa, o que é preciso para conseguir correr mais de 100 quilómetros seguidos, em condições ad-versas da natureza.

“O meu grande sonho é representar Portugal”André Pereira, 18 anos, é natural de Gondomar e começou a praticar atletismo com seis anos, na Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim. Hoje corre pela Casa do Benfica em Paredes onde tem vindo a conquistar vários títulos, desde 2011, e tem o sonho de representar Portugal nos jogos olímpicos.

Como começou a tua carreira no atletismo?Comecei a correr aos seis anos porque era hiperativo. A partir daí tornou-se uma paixão e comecei a vencer algumas provas.

Em Gondomar é fácil ser prati-cante de atletismo?Não há muitos locais para treinar em Gondomar. Eu comecei a cor-rer no Estrelas de Baguim, depois passei pelos Alunos de Meirim e corríamos na rua. Com a vinda do Metro do Porto para Gondomar, passamos a treinar no passadiço de Rio Tinto e também utilizamos a Quinta das Freiras.

Mas continuam a não existir as condições necessárias para atle-

tas de alta competição?Há falta de condições no concelho. Merecíamos um parque maior, para motivar os jovens a praticar desporto. O local mais próximo que temos é a Faculdade de Des-porto da Universidade do Porto, onde temos que pagar para trei-nar. Como somos gondomarenses, gostaríamos de treinar em Gondo-mar.

De volta ao atletismo. Após o início de carreira no Estrela de Baguim, passaste a represen-tar o Alunos de Meirim Futebol Clube. Quando é que surgiu a proposta da Casa do Benfica de Paredes?Quando era juvenil fiz boas mar-cas nacionais e pouco depois sur-giu a proposta da Casa do Benfi-ca de Paredes. Acabei por aceitar, porque havia um projeto olímpico, do qual faço parte.

Como são os teus treinos?Como sou atleta de meio-fundo e fundo, consiste em fazer 40 mi-nutos de treino, com várias séries por semana. Eu tenho vários trei-nos bidiários por semana. Como sou estudante, acordo às 6h para ir treinar e depois vou para as au-las. Tenho sempre cuidado com a alimentação e é preciso um grande sacrifício da parte do atleta.

Esta época já conquistaste dois títulos nacionais. O balanço é positivo?A época está a ser positiva, por-que os principais objetivos foram alcançados. O objetivo principal era ser campeão nacional de corta--mato, acabei por conseguir e tam-bém me sagrei campeão nacional de estrada, que não estava à espera de vencer. Agora estou no bom ca-minho para conseguir uma quali-ficação para o mundial da prova de

obstáculos.

O grande sonho é repre-sentar Portugal?Esse é o meu grande so-nho. Já o podia ter alcan-çado, mas acabei por ficar cinco vezes em casa a ver Portugal. No entanto, não vou desistir e tenho a c e r t e z a que este ano vou c o n s e -guir re-presentar o nosso país. Outro sonho que te-nho é o de bater o recorde mun-dial do Carlos

Lopes (risos).

Que conselho dás aos jovens que queiram seguir o teu exemplo?Não podem desistir

perante as dificuldades e têm que estar dispos-

tos a abdicar de muito tem-

po livre. Por outro lado po-dem ter a opor-tunidade para via-jar pelo mu n d o

em com-p e t i ç ã o

e conhecer grandes atletas nacionais. n

33VIVACIDADE MAIO 2014

Desporto

Texto: Pedro Santos Ferreira

“No primeiro treino tínhamos

apenas dois atletas. Andamos a cativar os alunos das escolas de Gondomar e fomos bem recebi-dos, mas foi complicado formar uma equipa. Fomos crescendo gradualmente e acabamos a pri-meira época com 10 jogadores. Hoje temos cerca de 20 atletas e no próximo ano vamos tentar formar uma equipa feminina”, começa por dizer Fábio Santos, 22 anos, trei-nador do Clube Desportivo de Rio Tinto.

O projeto surgiu há dois anos e tem hoje cerca de 20 atletas, di-vididos em três escalões: bambis

(dos quatro aos oito anos), minis (dos nove aos 10 anos) e infantis (dos 11 aos 12 anos). Desde 2012 o clube já integrou várias competi-ções e venceu uma prova regional da Associação de Andebol Porto.

“Neste momento estamos a disputar a 4ª onda da Prova Regio-nal Minis Masculinos – Série B. Na primeira e na segunda onda fica-mos em primeiro lugar, na terceira ficamos em terceiro lugar e nesta estamos a discutir o título regio-nal. São nove jogos e nove finais”, refere o treinador.

O Clube Desportivo de Rio Tinto treina às segundas-feiras no pavilhão da Escola EB 2/3 de Rio Tinto n.º 2 e joga no Pavilhão Municipal de Baguim do Monte. “Pagamos o valor mensal de alu-

guer do pavilhão à escola e con-seguimos ficar com um espaço à segunda-feira, das 18h às 19h30. É o único treino semanal que temos, além de uma parceria feita com o Estrela e Vigorosa Sport, com quem temos um jogo-treino, to-das as quartas-feiras. Desta forma os miúdos não ficam só com um treino por semana e ganham mais experiência”, explica Fábio Santos

O treinador faz um balanço positivo dos dois anos do clube e aponta os desafios para a próxima temporada. “No próximo ano não há subidas de escalão, por isso pre-vejo uma boa época. O nosso obje-tivo ainda não é sermos campeões, mas queremos criar o hábito de estar sempre na luta pelo título”, conclui.

Clube Desportivo de Rio Tinto afirma-se no andebol de formaçãoFundado em 2012, o Clube Desportivo de Rio Tinto tem vindo a conquistar jogadores de andebol dos escalões bambis, minis e infantis. Em entrevista ao Vivacidade, Fábio Santos, treinador, faz um balanço positivo do crescimento do clube.

Texto: Pedro Santos FerreiraTiago Cardoso, 10 anos:

Surgiu na minha escola um papel e fiquei interessado porque já tinha visto jogos de andebol na televisão. Vim experimentar e fiquei a gostar.

Hugo Cardoso, 12 anos:

Eu e o Tiago somos irmãos. Ele veio primei-ro e eu vim ver um treino dele e gostei. O treinador disse que se eu quisesse também podia juntar-me ao clube e assim foi.

Pedro Rocha, 11 anos:

Um colega meu disse-me para vir experi-mentar, eu vim e acabei por ficar no clube. Nunca tinha jogado andebol.

Objetivo: ajudar Maria João. Foi com esta missão que os gondomarenses se so-lidarizaram e participaram em duas inicia-

tivas de apoio, no âmbito do movimento “Unidos por Mary”.

A primeira iniciativa realizou-se no dia 3 de maio, no auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar. Um recital de guitarra do gondomarense João Leitão, encheu a sala com a finalidade de ajudar Maria João, 21 anos, a quem foi diagnos-ticada uma doença oncológica há três anos.

A 11 de maio realizou-se em Gondo-mar (São Cosme), nova ação solidária. Milhares de pessoas participaram na cami-nhada organizada pela Ala Nun’Álvares de Gondomar. Ao evento associaram-se vá-rias empresas do município e Marco Mar-tins, presidente da Câmara de Gondomar.

“Mary”, como é conhecida, descobriu que sofria de um Sarcoma de Ewing na perna esquerda quando tinha 18 anos e, desde então, realizou vários ciclos de tra-tamentos de quimioterapia e cirurgias para retirar o tumor.

A gondomarense e a família procuram

apoios para suportar os custos dos trata-mentos alternativos das células dendríti-cas, realizados na Alemanha.

No dia 21 de junho, o Multiusos de Gondomar recebe a última ação da campa-nha “Unidos por Mary”, com um espetácu-lo de dança. n

34 VIVACIDADE MAIO 2014

Desporto

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: DR

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Texto: Pedro Santos Ferreira

Milhares de gondomarenses “Unidos por Mary”Maria João, 21 anos, a quem foi diagnosticada uma doença oncológica na perna esquerda, contou com o apoio dos gondo-marenses em duas ações distintas. A 3 de maio, realizou-se um recital de guitarra de João Leitão, no Auditório de Gondomar, e a 11 de maio, uma caminhada solidária, organizada pela Ala Nun’Álvares de Gondomar.

> Na foto: João Leitão

Pratica o desporto de Equita-ção - Obstáculos desde os 8 anos e neste momento está na categoria de juvenis. Alcançou, entre janei-ro e março deste ano, lugares ci-meiros no Ranking Nacional de Jump-off da Federação Equestre Portuguesa e venceu provas como a ‘Ladies Tour’ do Ria Tour, em Aveiro.

Margarida Gomes e o seu ca-valo Quattu, classificaram-se tam-bém em primeiro lugar na Golegã e Óbidos, no Green Horse Tour e em Arezzo, Itália, obtiveram o primeiro e terceiro lugar nos vá-rios dias em que a prova para o Campeonato de Salto Inter-nacional Oficial da Juventude (CSIO) decorreu. Para o mês de

julho, a atleta está já pré sele-

cionada para o Cam-p e o n a t o Europeu da Juventude que se rea-liza também em Itália.

O profes-sor do Sport Club do Porto, Miguel Laran-jeira, explicou ao Vivacidade que a Margari-da é “uma atle-ta especial”. “Na equitação cos-tumamos di-zer que exis-

tem atletas que vão aprendendo e outros que nascem já com o jeito.

Ela nasceu com o jeito, com à vontade, não tem medo e é uma guerreira”, refe-riu. “Existe uma ligação

muito forte entre ela e o cavalo”, acrescentou. Para o treinador, “o que se exige mais da atleta e do cavalo é o controle do galope, a disciplina de figuras,

bem como a c o n d u -

ç ã o entre s a l -tos”.

“Sem-pre gostei muito de c a v a l o s e desde a p r i m e i r a vez que

montei um

nunca mais larguei esta vida”Ao Vivacidade, Margarida

confessou que “sempre gostou de cavalos” e que está contente por estar onde está. Já teve duas éguas – a Quénia e a Zima – mas desde dezembro que tem um novo “ami-go”, o Quattu, e a ligação “é muito forte”. “Estou a adaptar-me bem a este cavalo. Tenho sorte que é rá-pido e tem uma boa passada e isso também é bom porque me traz confiança”, contou.

A atleta integrou o Sport Club do Porto há apenas alguns meses mas o desejo em evoluir já lhe trou-xe várias vitórias. “Tentei sempre ir para sítios onde achasse que podia evoluir mais. Às vezes custava--me um pouco porque tinha lá os meus amigos mas como sabia que era melhor para mim tentei sem-pre ficar com professores melho-

res”, mencionou. “O meu objetivo é sempre ganhar mas o meu sonho seria ganhar o Campeonato da Eu-ropa”, finalizou Margarida Gomes.

Pais orgulhososMárcia Gomes, mãe da Mar-

garida, não esconde o orgulho que tem pela filha apesar das várias horas semanais que é obrigada a dedicar à modalidade. “Sinto-me orgulhosa. São fins-de-semana seguidos um pouco sufocantes. A Margarida treina todos os dias, com a exceção da segunda-feira. Sai da escola às 16h30 e chega aqui às 17h e fica até às 20h e quase to-dos os fins-de-semana tem provas. É uma vida complicada, mas é o que ela gosta e é o sonho dela”, co-mentou. Apesar de tudo, disse, “é uma boa aluna e faz bem a gestão do tempo”. n

35VIVACIDADE MAIO 2014

Desporto: Equitação

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: RVCFO

TO: RVC

P.123456789

1011121314151617181920

EquipaSobradoOliv. Douro Paredes FC Pedras RubrasS. Martinho Serzedo Aliados LordeloCandal LeçaPadroenseSC Rio TintoVarzim B Rebordosa Vila MeãUD ValonguenseLousadaS. Pedro da CovaBarrosasInfesta Nogueirense FC

Pontos7759565552514848474543414140403734323029

P.12345678

EquipaSalgueiros 08 GondomarAmaranteSousenseSC CoimbrõesCamachaVila FlorPerafita

Pontos3836352928252215

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Fase manutenção2013/2014

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos Jogos24 Maio (17h)Gondomar - Sousense

Próximos Jogos18 Maio (17h)Nogueirense FC - SC Rio TintoS. Pedro da Cova - Candal

Tabela Classificativade Futebol Atleta de equitação de Valbom soma vitórias

Pré-seleção para campeonato europeu está garantidoCom 12 anos, Ana Margarida Gomes já coleciona várias medalhas do pódio de algumas das principais competições de equitação nacionais e internacionais. A atleta de Valbom corre atualmente pelo Sport Club do Porto e já está selecionada para o campeonato europeu, em Itália.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

> Na foto: Miguel Laranjeira (professor), Quattu (cavalo) e Margarida Gomes (atleta)

36 VIVACIDADE MAIO 2014

Tentação das Bifanas:um ano de vida e hipótese de expansão

“O balanço é positivo”, começa por dizer João Silva, proprietário do restaurante baguinense. “Os nossos clientes aderiram muito bem ao primeiro ano em que esti-vemos abertos”, comenta.

O dono do restaurante, tam-

bém ele baguinense, não poupou nos custos e ofereceu aos clientes um dia diferente para comemorar o primeiro aniversário da Tenta-ção das Bifanas.

“De manhã oferecemos flores e os clientes duplicaram. Houve

também música ao vivo e muitas fotografias”, conta.

Desde janeiro que o espaço é maior. A Tentação das Bifanas sofreu um alargamento de insta-lações – com mais 26 lugares – e João Silva mostra-se contente com o negócio.

“Há pessoas de Baguim que ainda chegam pela primeira vez ao restaurante e ficam admiradas com o sucesso que isto tem. Não esperava tanto retorno. Criou-se uma casa de sucesso”, refere orgu-lhoso.

A bifana é prato principal e a referência da casa mas as francesi-nhas e cachorros especiais, assim como o prego em pão com queijo da serra, papas de sarrabulho e ro-jões têm ganho terreno.

João Silva admite ao Vivaci-dade que a ideia de expansão não está excluída da sua estratégia para a Tentação das Bifanas e “para o ano quem sabe se não poderá abrir outra casa”. “Talvez no Porto, fora

do concelho de Gondomar”, indi-ca.

Para já, o proprietário já tem outros planos e está confirmada a sua presença na Festa da Cerveja de Rio Tinto, de 6 a 10 de junho. n

O Dia do Trabalhador teve um significado especial para a Tentação das Bifanas, um restaurante já com alguma história em Baguim do Monte. O estabelecimento festejou o seu primeiro aniversário num animado convívio com clientes.

Empresas & Negócios

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> Na foto: João Silva (à direita), proprietário da Tentação das Bifanas

37VIVACIDADE MAIO 2014

Empresas & Negócios

CienFragancias celebrou primeiro aniversário com animação

Mil pessoas no aniversário doTalho do Povo em Gondomar

Colégio Paulo VI comemorou dia da liberdade

A já conhecida loja de perfumes ‘low-cost’ de Gondomar, a Cien-Fragancias, festejou a 17 de abril o seu primeiro aniversário. No dia, não faltou bolo, champanhe e animação para os clientes.

A rua 25 de Abril, em Gondomar, foi o palco do terceiro aniver-sário do Talho do Povo 2. Mais de mil pessoas juntaram-se à festa neste que é “o maior dos três talhos” da cadeia Talho do Povo.

Os 40 anos da Revolução dos Cravos foram assinalados um pouco por todo o concelho de Gondomar e o Colégio Paulo VI não quis ficar de fora. Um dia antes, a 24 de abril, as comemorações enche-ram o edifício escolar com centenas de pessoas.

A Páscoa não foi o único motivo de cele-bração para a jovem loja de perfumes CienFra-gancias, em Gondomar. Quem passava na rua 5 de Outubro não ficava indiferente ao palhaço que animava o estabelecimento. A já habitual aposta da CienFragancias na proximidade com o cliente foi ainda mais patente no dia do ani-versário.

Mariana Amorim, uma das responsáveis pela loja gondomarense explicou ao Vivaci-dade que a procura pe-los perfumes ‘ l o w - c o s t ’ continua e que “as ven-das conti-nuam altas”. “O ‘low-cost’ é o que está a dar e as pes-

soas procuram muito esse tipo de produtos”, afirma. “No aniversário, os nossos clientes habituais recebiam sempre uma fatia de bolo, ficavam lá um bocadinho connosco, conver-savam e tivemos um palhaço lá o dia todo”, contou ainda Mariana Amorim.

Para além da animação, o primeiro ani-versário da CienFragancias contou também com pinturas faciais para as crianças e jogos com balões. A CienFragancias de Gondomar

dispõe atual-mente de mais de 160 fragrâncias de perfume em frascos de 55ml a um preço fixo: 9,90 eu-ros. n

“Começamos com animação de palhaços, pipocas e tivemos também porco no espeto, música e foguetes. Foi uma maneira de agra-decer aos clientes e tornar o Talho do Povo cada vez maior”, revela Sérgio Sousa, proprie-tário do Talho do Povo.

O Talho do Povo – uma cadeia com três estabelecimentos – juntou familiares, amigos e clientes numa festa, a 3 de maio, para cele-brar o terceiro aniversário da segunda loja, em Gondomar. “Fizemos nessa semana pro-moções diárias, a vender os artigos ao preço

de custo – com o apoio dos fornecedores – de forma a podermos agradecer aos clientes”, dis-se ainda Sérgio Sousa.

“É sempre um orgulho festejar mais um aniversário. Dá-me sempre força e vontade de trabalhar. Houve-se falar em crise mas aqui não se sente muito isso”, explica ao Vivacidade o proprietário.

A próxima iniciativa do Talho do Povo está para breve, com a realização de um Mega Piquenique em Gondomar. n

Um concerto, uma exposição alusiva à data, várias interpreta-ções e poesia. Foi este o progra-ma das comemorações do 25 de Abril do Colégio Paulo VI. A instituição não esqueceu Abril e Rita Cardoso, aluna do 12.º ano e uma das or-ganizadoras do evento, explicou ao Vivacida-de a importância da data para o colégio. “Não é todos os dias que se celebram 40 anos do 25 de Abril. É um mo-mento marcante na história de Por-tugal, porque im-

plantou a democracia no nosso país. O 25 de abril pôs fim a um regime de 48

anos de ditadura. Os portu-gueses não se identificavam com esse regime e, por isso

mesmo, foi a vitória da voz de um povo. Com estas iniciativas preten-demos alertar os jovens para a importância dos momentos que marcaram a nossa história”, expôs.

Já da Associação de Es-tudantes, o presidente Ricardo Águeda, acrescentou que estas comemorações pretenderam “transmitir os valores con-quistados em abril, a história de Portugal e também a histó-ria do Colégio Paulo VI”. n

38 VIVACIDADE MAIO 2014

Empresas & Negócios

Paljet inovacom aposta em mobiliário e decoraçãoOs restaurantes ‘Paletes Burger Caffé’, em Ermesinde, e ‘Soundwich’, no Parque da Cidade, do Porto representam os exemplos de maior sucesso na mais recente aposta da Paljet: a utilização das paletes no mobiliário e decoração.

Sabia que pode fazer uma cama apenas com paletes e um colchão? Na empresa riotintense de comer-cialização de paletes de madeira recuperadas, Paljet, já é possível idealizar e encomendar paletes à medida para decorar uma casa ou um estabelecimento ou ainda para criar um móvel.

“Parece fácil. As pessoas que cá vêm trazem um pouco de ima-ginação e as coisas fazem-se. On-tem um cliente veio cá pedir-me umas paletes para fazer uma cama e trouxe-me um design que nun-ca tinha visto para a conceção da cama”, refere Jorge Silva, proprie-tário da Paljet. “Algumas peças de mobiliário produzimos em massa, outras são únicas”, acrescenta ain-da.

A ideia, garante o dono da em-presa, “surgiu de toda a equipa Pal-jet” e o sucesso tem sido “evidente”. “É mais um complemento daqui-lo que queremos fazer. Estamos abertos a qualquer tipo de ideia, o cliente é que manda”, afirma.

Exemplos não faltam: uma esplanada no Parque da Cidade [Soundwich], parte da praça da alimentação do Centro Comercial Dolce Vita Porto e ainda um res-taurante em Ermesinde [Paletes Burger Caffé], este último com-posto quase na sua totalidade por paletes.

Para o gerente do restaurante de Ermesinde Paletes Burger Ca-ffé, Ricardo Dias, “a ideia de fazer este tipo de restaurante foi tentar pegar em produtos que já existem e voltar a dar-lhes vida, reutilizan-do os materiais”. “As paletes aca-baram por ser um dos produtos que mais está envolvido no ramo do mobiliário”, refere. “O facto de serem paletes é mais fácil porque já existe um molde feito”, acrescen-ta o dono do restaurante que abriu ao público no dia 7 de maio.

Para breve estará também pronto um escritório no Porto também constituído na sua maio-ria por paletes da rua da Granja, em Rio Tinto.

> Paletes Burger Caffé > Restaurante Soundwich

> Cama feita de paletes da Paljet> Na foto: Ricardo Dias e Jorge Silva

> Na foto: Jorge Silva e colaborador do restaurante Soundwich

> Restaurante Soundwich > Móvel criado pela Paljet

Catarina MartinsBE

No dia 25 de maio escolhemos re-presentantes para o Parlamento Euro-peu. Da quantidade de água que pode caber num autoclismo à legislação sobre saúde pública ou imigração, tudo passa pelo Parlamento Europeu. Incluindo, claro está, a austeridade e a relação com os mercados financeiros. Um ex-conse-lheiro de Durão Barroso já explicou: os resgates a Portugal, Irlanda e Grécia ser-viram para salvar a banca alemã e não os povos. No dia 25 de maio, cada um de nós, através do voto, pode decidir se quer continuar assim ou se quer cons-truir um futuro mais decente.

Porque crescem o afastamento da tomada de decisão e a desilusão com os partidos do bloco central, que vão alter-nando mas nunca são alternativa, a abs-

tenção é uma tentação. Em Portugal a abstenção tem sido cada vez maior; nas últimas europeias foi superior a 63% e temos um presidente da República es-colhido por menos de metade dos elei-tores. A abstenção cresce e os problemas agudizam-se. Não há nenhum poder transformador na abstenção, apenas desistência. São cada vez menos os que escolhem o futuro de todos.

E estas eleições são mesmo sobre o nosso futuro. Instituições nacionais e in-ternacionais avisam que manter o atual rumo do país significa cortar a cada ano, em despesa pública, o equivalente a metade do que se gasta em educação ou um terço do que custa o SNS. Vinte anos com cortes desta ordem destroem as vidas e o país. Não votar, é escolher

este futuro de empobrecimento.Na escolha que se faz para o Parla-

mento Europeu é importante perceber quem dá força a que políticas. PSD e CDS fazem parte do grupo popular eu-ropeu, que tem governado a Europa e que está no poder na Alemanha. O PS faz parte do grupo socialista europeu, que tem votado ao lado dos populares em todas as questões relevantes, dos tratados às sanções sobre os países em dificuldades. É difícil perceber em que discordam estes dois grupos e, na ver-dade, na Alemanha os socialistas fazem parte da coligação que suporta o go-verno de Merkel. Na Europa como em Portugal, o bloco central acaba sempre por defender os interesses dos mercados financeiros.

O Bloco de Esquerda faz parte do grupo da esquerda unitária que se tem oposto à austeridade. A primeira can-didata e eurodeputada, Marisa Matias, é vice-presidente do Partido da Esquer-da Europeia e uma das obreiras de um compromisso político inédito entre partidos de esquerda de toda a Europa assente em três pontos fundamentais: uma política para o pleno emprego, o fim da austeridade e a renegociação da dívida soberana dos países em dificul-dades.

No dia 25 de maio escolhem as pessoas e não os mercados. A escolha é entre deixar tudo na mesma ou juntar forças para uma mudança na Europa e em Portugal. O futuro está mesmo nas nossas mãos. n

O dia em que os mercados não mandam

Opinião: Vozes da Assembleia da República

39VIVACIDADE MAIO 2014

A ciência, a tecnologia e a inovação são fortes motores da prosperidade e de desenvolvimento económico.

Só uma visão mais abrangente e uma cultura de educação baseada no rigor e na exigência permitem ultrapas-sar os desafios da construção do conhe-cimento e da sua integração cultural.

Assim, importa promover a qua-lificação real, fortemente alicerçada num ensino de qualidade dos jovens e adultos, que constitui um instrumento fundamental para o bem-estar pessoal e social e um mecanismo essencial para combater a pobreza.

Há um grande esforço coletivo para a elevação do nível de qualificação dos portugueses e para a intensificação da investigação científica e do nível tecno-lógico da nossa economia, com reflexos na inovação empresarial e no reforço da empregabilidade em setores de média e alta especialização.

Com vista a melhorar o ensino em

Portugal, do básico ao superior, é indis-pensável criar percursos educativos di-versos que correspondam às aspirações e projetos de futuro da população e às necessidades da sociedade.

A escolaridade obrigatória, agora de doze anos, deve proporcionar a to-dos os jovens um ensino que garanta qualificações reais independentemente dos percursos educativos pelos quais optem, devendo, também, permitir que um número crescente de estudantes en-contre na oferta de educação superior uma resposta de qualidade ajustada ao seu projeto de vida.

Dado que, ainda há uma procura de ensino superior ainda insuficiente, o Governo elegeu como política reto-mar o crescimento da participação no ensino superior para dar resposta à am-bição dos jovens e, essencialmente, pro-mover o aumento da qualificação dos portugueses, concorrendo deste modo para o reforço da empregabilidade, da

mobilidade social e da coesão, e para o rejuvenescimento do tecido produtivo.

Para tal, será necessário fortalecer a ligação entre o ensino que ministram as instituições de ensino superior e as empresas de modo a consolidar a oferta educativa, reforçando-a em áreas do co-nhecimento de maior empregabilidade e de maior interesse estratégico.

Assim, o Governo tem vindo a ado-tar medidas no sentido de aumentar a participação no ensino superior e de captar novos públicos.

Com este propósito, tem desen-volvido mecanismos que passam, não só pela implementação do programa Retomar e pelo aumento da eficiência do sistema de ação social escolar, mas também pela criação de cursos técnicos superiores profissionais.

A criação destes cursos visa impul-sionar a oferta de ensino superior pro-fissional, respondendo às necessidades do mercado e às aspirações dos jovens

que, terminando o ensino secundário, pretendem prosseguir estudos superio-res na expectativa de uma rápida inte-gração no mercado de trabalho.

Estes cursos técnicos superiores profissionais, terão uma estreita ligação ao tecido empresarial regional, nomea-damente na definição dos objetivos e programas de estudo e na disponibili-zação de estágios de qualidade no final da formação.

Esta nova modalidade de ensino superior será particularmente impor-tante para o

número crescente de alunos que optam pela via profissional no ensino secundário.

A disponibilização destes cursos de nível 5 do Quadro Europeu de Quali-ficações,

permite finalmente completar o quadro nacional de qualificações para o ensino superior, cuja atualização será feita a breve prazo. n

O Governo veio fazer o anúncio da “saída limpa” da Troika, no meio de grande encenação e coreografia, com direito a fotografia de família para a pos-teridade. Pela voz do Primeiro-ministro ficamos a saber que o cumprimento do Plano de Ajustamento Económico e Fi-nanceiro foi um sucesso.

O Presidente da República, por sua vez, logo veio a público, na versão “eu agora falo pelo Facebook”, confrontar os críticos que tempos antes teriam vatici-nado a inevitabilidade de um segundo resgate.

Confesso que decorridos todos es-tes dias ainda não consegui vislumbrar o motivo de tão grande euforia, mas pre-sumo que o problema deve ser meu e da larga maioria dos portugueses, que não conseguimos alcançar o significado de tão sublime celebração nacional.

A verdade é que ao olharmos para o

estado do país nada mais avistamos que não seja um imenso rasto de destruição e empobrecimento.

O PIB/per capita e o investimento regrediram para valores de há vinte anos atrás. O rendimento das famílias desceu para valores de há oito anos. Os apoios sociais, os salários e as pensões sofreram severas reduções. Perderam-se mais de 330 mil postos de trabalho e milhares de empresas faliram. As desigualdades e o risco de pobreza aumentaram. Mi-lhares de portugueses emigraram - num movimento de saída do país que ameaça deixar-nos sem a geração melhor prepa-rada que fomos capazes de gerar.

Todos os dias somos confrontados com a diminuição da resposta dos ser-viços públicos. Os centros de investiga-ção vêm a sua actividade reduzida pela míngua de recursos. Os jovens investi-gadores estão a emigrar e há milhares

de estudantes a abandonar as universi-dades e a desistir do sonho de um curso superior, devido à redução da capacida-de financeira das famílias. Nas escolas, há cada vez mais alunos para cada vez menos professores e os recursos para as despesas de funcionamento são mani-festamente insuficientes. Os efeitos dos cortes orçamentais no Serviço Nacional de Saúde são devastadores.

Diante de um cenário destes, aquilo que se impunha na hora da despedida da Troika era uma atitude prudente e de respeito por todos aqueles que a crise deixou para trás.

Em vez disso, o Primeiro-ministro optou por um tom eufórico e o Presi-dente da República, mais uma vez, co-locou em causa o distanciamento e a imparcialidade que a função exige e veio tomar partido na defesa dos seus corre-ligionários. Lamentavelmente, optaram

ambos por um mau caminho. Cavaco Silva é cada vez menos o

Presidente de todos os portugueses e sairá completamente desprestigiado do desempenho das suas funções e Passos Coelho, que desenvolveu uma espécie de paranóia messiânica, acabará desa-creditado.

O cumprimento do Plano de As-sistência, na versão “custe o que cus-tar” “vamos para lá do memorando”, foi um sucesso? Sob o ponto de vista estritamente teórico, no mundo virtual das folhas de exel, talvez tenha sido. Só que a vida é muito mais que aquilo que qualquer gráfico ou tabela, por mais perfeitos que sejam, podem conter e, a políticos experientes, impunha-se que respondessem à pergunta: e o Povo? Se o tivessem feito, perceberiam que não há motivo para tanta festa, discurso e lantejoula. n

Cursos Técnicos Superiores Profissionais

E o Povo?

Margarida AlmeidaPSD

Isabel SantosPS

José Luís FerreiraPEV

Portugal terminou com sucesso o programa de ajustamento que, nos três anos passados, exigiu muitos sacrifícios aos portugueses. É bom recordar que esses sacrifícios foram provocados por uma dívida insus-tentável que hoje, finalmente, está na trajetória inversa.

Importa também assinalar que o pior já passou, e que isso deve-se ao cumprimento do programa de assis-tência que o anterior governo nego-ciou, mas que este teve de executar. Há ainda assim quem insista que es-tamos pior do que há um ano. É uma visão de vistas muito curtas que im-

porta rebater. Se é verdade que há hoje mais

desempregados e que o PIB está mais baixo que há três anos é também in-sofismável que a trajetória quer do emprego, quer do PIB é crescente e não decrescente como já era há três anos atrás. Aliás, muita da atividade económica e do emprego que se ve-rificavam há três anos eram fruto dos elevados défices públicos que não eram sustentáveis mas dava a impres-são duma falsa riqueza. Como uma família que se endivida para manter o nível de vida e depois cai, também nós caímos na realidade – dura.

Mas valeu a pena sobretudo por-que a alternativa era bem pior: com a bancarrota, Portugal demoraria muito mais tempo a se levantar desta crise.

Posto isto, aproximam-se eleições europeias em que se debatem dois modelos: o do Partido Popular Euro-peu, representado cá pela coligação Aliança Portugal entre CDS e PSD e o do Partido Socialista Europeu. Dum lado os partidos que tiveram de pagar a fatura, do outro lado os que a pedi-ram e não pagaram.

Curioso é o lema do Partido So-cialista: “Mudança”. Mudança para

quê, pergunta-se? Para voltar o país ao que era antes da intervenção? Para voltarmos à espiral da dívida? Mas isto não são eleições europeias?

Porventura será “mudança” dos protagonistas europeus. Depois do flop do senhor Hollande e do Parti-do Socialista Alemão ter ido para o governo com a senhora Merkel serão agora os deputados socialistas ao Par-lamento Europeu a virar a Europa. Para um rumo despesista e irrespon-sável que já nos trouxe ao ponto em que estamos. E contra todos os outros partidos socialistas europeus.

À terceira, só cai quem é parvo. n

Desafios nacionais – eleições europeias

Falar de Abril é falar de uma jor-nada. Uma jornada que enterrou defi-nitivamente uma ditadura ao mesmo tempo que nos abriu as portas para um mar de possibilidades. Para trás ficou um país a preto e branco, cin-zento, descalço, onde a mortalidade infantil imperava e o analfabetismo era moda.

Mas hoje, 40 anos depois, ainda que nos digam que são provisórios, sentimos indícios, do ressuscitar de situações que pensávamos que Abril havia resolvido.

A saúde comprava-se e a pobreza ganhava contornos de generalidade. A fome espreitava as casas e instalava--se até á mesa de muitas famílias por-tuguesas. A reforma era um caminho

que obrigava os idosos a percorrerem as ruas de mão estendida. O trabalho, não era um direito, mas um favor dos patrões.

Infelizmente qualquer semelhan-ça com o que vemos hoje, não é ape-nas pura coincidência.

40 anos depois de 74, Portugal é um país melhor, sem dúvida, mas o percurso de lá até aqui, com parti-cular enfoque nos últimos três anos, deixam-nos fortes motivos de preo-cupação. Abril está a perder força. A procura da justiça social está a ser descaradamente abandonada e o Estado Social está a ser intencio-nalmente destruído. A fome espreita já em muitos lares portugueses. E se em cada esquina encontrávamos um

amigo, agora em cada esquina encon-tramos duas pessoas sem trabalho.

Mas isto nada tem a ver com Abril, tem a ver com as opções dos vários Governos dos últimos 38 anos, que se foram afastando dos ideais de Abril. Aos poucos acabaram por ven-der a nossa produção, destruíram a nossa economia e empobreceram os portugueses. O resultado das políticas desses Governos, sobretudo do atual Governo PSD/CDS, está à vista: o de-semprego atinge números nunca vis-tos. Metade das pessoas desemprega-das não tem acesso a qualquer apoio social. A justiça é só para alguns. A saúde passou a ser um luxo. A edu-cação é só para quem tem capacidade económica. Transformam os jovens

licenciados em emigrantes. Trans-formam empresas do Estado que dão lucro, em negócios chorudos para o setor privado. Transformam cidadãos com direitos em clientes com necessi-dades que se satisfazem no mercado. Agravam as problemáticas ambien-tais. Levam os baldios aos compartes. Extinguem freguesias e desrespeitam a autonomia do poder local.

Se o Governo não muda as po-líticas, os portugueses deveriam ter oportunidade de mudar de Governo.

40 anos depois é altura dos por-tugueses exigirem o reencontro com os valores de Abril e exigirem outras políticas e um Governo que respeite a Constituição. n

Em maio falamos de Abril

Michael SeufertCDS-PP

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Decorreu no passado dia 25 de abril uma reunião ordinária da As-sembleia Municipal de Gondomar, marcada simbolicamente nesse dia para relembrar a importância da data. Existem hoje órgãos executivos e representativos, eleitos por sufrágio porque a Revolução de Abril assim o permitiu. Achei por isso, que não haveria forma de melhor dignificar a comemoração dos seus 40 anos, que cumprir o dever para o qual os gon-domarenses deram o seu voto.

Infelizmente, nem todas as forças políticas o entenderam assim, fazen-do com que a Assembleia Municipal decorresse apenas com a presença dos deputados e presidentes de Junta do

Partido Socialista, do CDS-PP e Blo-co de Esquerda. Contraditoriamente, e mesmo sob a justificação que o 25 de Abril se comemora na rua, junto do Povo, a CDU compareceu após a reunião da Assembleia à Comemora-ção Solene, uma hora depois. E não, esta não decorreu na rua.

Para além da incongruência dos motivos desta ausência, não mar-caram presença numa das reuniões mais importantes a decorrer neste ano. Na ordem de trabalhos estava a apreciação e votação do Relatório de Gestão e Prestação de Contas do ano de 2013, bem como a 1ª Revisão às Grandes Operações do Plano e Orça-mento Municipais de 2014.

Uma vez que o ano de 2013 fica marcado pela mudança do executivo da Câmara Municipal, dando início a um novo ciclo governativo e polí-tico, seria de esperar que o Relatório de Gestão e Prestação de Contas es-tivesse dividido em duas partes, res-petivamente antes e após as eleições. Contudo, legalmente não foi possível fazê-lo, pelo que foi apresentado num documento único. Uma vez que está a decorrer uma auditoria externa à gestão praticada até às eleições, e o documento não é mais do que um re-latório que resume a atividade anual do município, não houve hesitação na aprovação do mesmo.

Uma vez que para o ano de 2014

transitou um saldo de gerência na ordem dos 5.519.930,76€, o executi-vo entendeu realizar uma primeira Revisão às Grandes Operações do Plano e Orçamento Municipal para 2014, dado que existiam despesas que não estavam previstas pelos agentes anteriores, bem como investimentos inadiáveis. Para a distribuição destas verbas pelas diferentes rúbricas, fo-ram ouvidos os presidentes de Junta do Concelho, para determinar quais as intervenções mais urgentes, e tidos em conta os compromissos eleitorais feitos pelo Partido Socialista, que agora têm condições para começarem a serem honrosamente cumpridos. n

Da Assembleia de 25 de Abril

Joana ResendePS

40 VIVACIDADE MAIO 2014

António ValpaçosCDU

As eleições para o Parlamento Europeu de 25 de maio assumem, no atual contexto nacional, uma enorme importância.

Desde logo porque os partidos responsáveis por um dos períodos mais negros da nossa história estão juntos contra o povo e o país. Para que se saiba, na Assembleia da Re-pública, no Governo, ou no Parla-mento Europeu, cá como lá, PSD, PS e CDS estiveram sempre unidos em tudo que é essencial quando se tratou de decidir em favor da União Europeia, em favor dos grandes grupos económicos contra os tra-balhadores e o povo. Relembremos que juntos subscreveram o Pacto de

Agressão do FMI/BCE/UE que está a destruir a vida dos portugueses, aprovaram o Tratado Orçamental amarrando o nosso país a décadas de empobrecimento, uniram-se na reforma do IRC assegurando ao grande capital bónus fiscais sobre os seus lucros sujeitando os traba-lhadores e o povo à carga insupor-tável do IRS e do IVA e que nunca quiseram renegociar a dívida para assim continuarmos a assistir a um roubo sem precedente nos salários, reformas e direitos.

Nestas eleições dar mais força à CDU é a oportunidade que temos para eleger mais deputados com-prometidos com a firme defesa dos

interesses dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos re-formados, dos pequenos e médios empresários, dos agricultores e pes-cadores, enfim, de amplas camadas da população. Por outro lado, o voto na CDU é também o que, de forma mais consequente, engrossa o cau-dal da luta e do protesto contra este Governo e contra a sua política; é o voto que melhor contribui para a derrota de ambos e para a afirmação de uma alternativa política, patrióti-ca e de esquerda, capaz de assegurar a mudança na vida nacional a que aspiram cada vez mais portugueses.

Votar na CDU é votar em ho-mens e mulheres de palavra e de

uma política de verdade, que não dizem hoje uma coisa para amanhã fazer o seu contrário, que dão com-bate à corrupção e não querem con-tinuar a assistir à impunidade que os grupos económicos e financeiros gozam, que recusam benefícios pes-soais pelos cargos que exercem ou exercerão, que fazem de cada man-dato não uma oportunidade para obter privilégios e “fazer carreira” mas sim um compromisso para de-fender os interesses e direitos dos trabalhadores, do povo e de um país que se quer soberano e desenvolvi-do. n

Está na nossa mão mudar a situação!

Rui NóvoaBE

O governo tem feito as paran-gonas dos jornais com diversos anúncios recentes sobre a saida á irlandesa de Portugal. Percebemos que há aqui notoriamente, uma tentativa de colar o trajeto que Portugal teve durante o período de intervenção da Troika e agora de transição ao projecto irlandês. Fazendo um pouco essa anologia o Bloco de Esquerda apresentou no passado dia 9 um projecto de lei que visava responder à irlande-sa a uma das maiores dificuldades que temos no nosso país. Existe atualmente em Portugal um nume-ro elevadíssimo de pessoas no de-

semprego com mais de metade sem qualquer apoio social. É perante este flagelo que o Bloco de Esquer-da tenta responder à necessidade de dar apoio àqueles que estão agora completamente desportegidos. Ao darmos apoio a estas pessoas esta-mos de facto a transpor para a lei Portuguesa aquela que é a realidade da lei irlandesa. Existe atualmente na Irlanda apoio para todos aqueles que estão no desemprego sem limi-te temporal. Nós não fazemos uma transposição direta mas levamos como boa ideia de que ninguém diz que uma proposta destas merece justificação financeira, mas todos

nos lembramos que o governo PSD/CDS não teve falta de solidariedade com os mercados financeiros ou, particularmente até, com o sistema bancário que contou com 12 mil milhões de euros para a sua reca-pitalização. É bom que se saiba que mais de metade desse dinheiro está parado numa conta bancária sem ser utilizado, esse dinheiro deve ser utilizado para salvar as pessoas. O projeto que apresentamos tinha medidas concretas: 1 - diminuir o prazo de garantia para aceder ao subsídio de desemprego de 365 para 180 dias, num período de 24 meses imediantemente anterior à data do

desemprego; 2 - diminuir o prazo de garantia necessário para aceder ao subsídio social de desemprego a todos os desempregados de longa duração e prolongar a sua atribui-ção até serem inseridos no mercado de trabalho ou atingirem a pensão de velhice; 3 - permitir o acesso à pensão de velhice por antecipação de idade a todos os desempregados que cumpram os requisitos de ida-de, carreira e carreira contributiva, independente de estarem a receber subsídio de desemprego. Esta era a saida à irlandesa que os Portugue-ses queriam mas o PSD/CDS com abestenção do PS recusaram. n

Com licença, queremos viver.

Pedro OliveiraCDS-PP

Pois é, o PS, via presidência da Assembleia Municipal (AM), decidiu agendar e realizar uma AM ordinária para o passado dia 25 de Abril. Ape-sar das reservas e dos argumentos invocados, essencialmente pela CDU e CDS/PP, a verdade é que o Sr. Presi-dente da AM, em reunião de líderes, se mostrou insensível à argumenta-ção destes dois partidos e a sessão foi marcada para o feriado. Designa-damente, o PS foi insensível ao facto de ser feriado. O PS foi insensível ao facto de se tratar de uma efeméride com inúmeras iniciativas partidárias. O PS foi insensível ao facto de ter aprazado para a mesma tarde uma cerimónia formal evocativa da revo-lução de Abril, com intervenção dos partidos representados na AM. Con-clusão: A CDU recusou participar da

sessão. O PSD não compareceu igual-mente. O CDS, por respeito ao órgão, participou da sessão, não sem que, em futuras eventuais novas posições similares do PS, pondere assumir-se politicamente de forma bem mais as-sertiva.

Todos sabemos que o PS logrou alcançar uma maioria absoluta na AM e que isso lhe traz naturais e óbvias prerrogativas. Contudo, e no contexto de uma democracia adulta, as maiorias políticas não são tudo, havendo sempre espaço e razão para o diálogo e para o consenso. É dentro desta perspetiva que entendemos as reuniões de líderes anteriores a cada AM. Uma ideia de participação e de colaboração na prática política, ape-sar das diferenças.

Por assim ser não aceitamos o

discurso paternalista veiculado pelo Sr. Presidente da AM em ofício res-posta (do qual nos deu formal conhe-cimento), endereçado à CDU pela decisão desta de não participação na-quela AM, como se o PS, na sua “prá-tica magnânima”, fosse o campeão da democracia em Gondomar. O CDS/PP de Gondomar, não precisa, não quer e, portanto, não aceita qualquer paternalismo do PS. Até porque a de-mocracia não se reforça com “tiques” de reserva mental, em que se institui uma pseudo-interação entre as for-ças partidárias representadas na AM para in fine se fazer como o PS quer.

O CDS respeita, como sempre respeitou, as maiorias democráticas. O que não pode é compactuar com visões casuísticas de uma prática po-lítica, em que tudo se justifica em fun-

ção dos interesses do momento bem como da maioria de que se dispõe e, muito menos, que se altere, como o PS fez, uma prática de há anos que muito ajudou a sedimentar enquanto partido na oposição, e que se pren-dia com a potenciação, em reunião de líderes, dos maiores consensos possíveis nas questões essenciais, in-dependentemente das maiorias exis-tentes. Desta feita, o PS prescindiu de defender o consenso preferindo o “peso” da maioria absoluta de que dispõe. Enfim, esperemos que, para bem da democracia em Gondomar, este mau “tique” de se fazer política assim se tenha implodido como úni-co exemplo que tenha sido e que tudo volte à normalidade na boa gestão da relação entre os partidos representa-dos na AM de Gondomar. n

Os “tiques” do PS

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

41VIVACIDADE MAIO 2014

1 – No verão passado o país viveu algumas semanas sobre a ameaça do caos político, na se-quência da demissão do então ministro das finanças, Vítor Gas-par, a que se seguiu a ameaça de demissão do governo, anunciada como irrevogável, protagonizada por Paulo Portas. Muita gente já se esqueceu do melodrama em que o país político esteve mergulhado durante semanas. É por isso im-portante recordar que Passos Coe-lho esteve então na corda bamba, quando constatou que o Presi-dente da República lhe “congelou” uma equipa governativa recauchu-tada, com Cavaco Silva a forçar até ao limite um acordo alargado dos partidos do arco do poder.

Após negociações em várias frentes, o desejado acordo pre-tendido por Cavaco Silva não foi conseguido, porque o líder do Partido Socialista recusou qual-quer solução que não passasse por eleições imediatas, ao tempo. Ora, é também bom recordar, a propos-ta do Presidente da República, ao tempo, era a de, na sequência do desejado acordo alargado, anteci-par as eleições legislativas para o início deste verão. Não tendo sido possível esse consenso partidário alargado, o Presidente da Repúbli-ca optou por dar posse ao Governo remodelado por Passos Coelho, e onde Paulo Portas se manteve, tro-

cando a pasta dos negócios estran-geiros pelo lugar de vice-primeiro ministro.

2 – De então para cá, ficou claro que o líder do Partido Socia-lista nunca mais daria a mínima abertura para qualquer consenso partidário que pudesse, directa ou indirectamente, reforçar as políti-cas de Passos Coelho. Da mesma forma que o Presidente da Repú-blica nunca mais deixou de manter nos seus discursos os apelos a um consenso alargado entre os maio-res partidos. Apelos a que também o Chefe do Governo se manteve permanentemente colado, na ten-tativa de deixar claro na opinião pública que só não há entendi-mento porque o líder socialista

obstinadamente se mantém reni-tente a qualquer tipo de apoio às políticas governamentais.

Enquanto isto, o país real tem a percepção que após as próximas eleições europeias de 25 de maio os apelos aos consensos ainda se-rão maiores por parte da maioria, e, seguramente, as resistências a qualquer acordo com este Gover-no, por parte do PS, ainda serão mais vincadas. Teremos, certa-mente, António José Seguro a re-clamar de novo eleições antecipa-das. Ou seja, desiludam-se todos os que pensam que antes das le-gislativas ainda pode haver um en-tendimento entre o Partido Socia-lista e a coligação PSD/CDS. Para os socialistas qualquer acordo a

fazer, só depois do teste eleitoral…3 – Ora, é nesta atitude que

reside, verdadeiramente, um jogo cínico entre os partidos do arco do poder. Porque qualquer dos par-tidos democráticos sabe que a si-tuação gravíssima em que o país se encontra só será ultrapassada com um largo consenso nacional. Isto, independentemente da tal saída limpa da troika… Portanto, nisto todos estão de acordo, ainda que nenhum dos partidos o confes-se deliberadamente, para não ser acusado de fraqueza. Preferem to-dos colocar o discurso no tom do “desejável e aconselhável”. A ques-tão de fundo é saber quem deve liderar o tal consenso alargado…

Perante este quadro, o líder do PS faz um raciocínio de oportuni-dade (para não dizer de oportu-nismo político!) que é o seguinte: se o PS pode ganhar as próximas legislativas, porque há de agora fazer um acordo, em situação de subalternidade, quando o pode fazer já como líder do Governo? Resta saber se depois das eleições, quando os protagonistas trocarem de cadeira, o PS não corre o risco de encontrar pela frente a mesma indisponibilidade da parte do PSD com que hoje brinda o partido lí-der do Governo. Aqui sim, reside o equívoco, e o cinismo da política à portuguesa! n

Eleições Europeias vão agravar relações entre Passos e Seguro

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Opinião

42 VIVACIDADE MAIO 2014

As compras feitas pela inter-net constituem uma forma rápi-da, cómoda e eficaz de resolver os assuntos. No entanto, é necessário precaver-se de algumas situações, que podem transformar estas van-tagens num autêntico pesadelo:

Em primeiro lugar, evitar ad-quirir em sites não oficiais ou que não forneçam informação clara sobre quem é o vendedor ou não

possuam qualquer tipo de endere-ço físico, contacto móvel ou ende-reço eletrónico.

Em segundo lugar, verificar se estão disponíveis os termos e as condições de venda do produto ou serviço, prazo de entrega, o direito de resolver o contrato dentro dos 14 dias, o preço total do bem, as modalidades de pagamento e in-formação sobre o tratamento dos

dados pessoais.Em terceiro lugar, certificar-se

de que está a usar um site seguro. Este normalmente inicia-se por “https”.

Deve ainda evitar expor os seus dados bancários e caso seja obrigatório, certifique-se do grau de encriptação da página, deven-do sempre utilizar um computa-dor pessoal e não um computador

público ou uma rede Wi-Fi sem proteção.

Na impossibilidade de encon-trar informação relativa ao site que pretende, recomendamos a utili-zação do assistente de compras – “HOWARD”, disponibilizado pelo Centro Europeu do Consumidor, que o permite ajudar a obter infor-mação sobre o grau de confiança dos vários sítios eletrónicos. n

Pretendo comprar um bilhete para um festival de Verão pela internet. Há cuidados a ter na escolha do site?

Cláudia SousaJurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

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43VIVACIDADE MAIO 2014

Opinião

Quando nos deslocamos de carro de Rio Tinto ao centro de Gondomar, temos o grato prazer de ver muita gente a correr, andar de bicicleta ou simplesmente a ca-minhar. Estão de facto os hábitos das pessoas a modificar e as autar-quias têm um papel fundamental nesse incentivo, criando espaços, passeios e ciclovias adequadas. Realmente os “novos” autarcas es-tão atentos a essa necessidade e têm fomentado todas as condições necessárias à prática do exercício e do desporto. São muitos os pas-seios adaptados, a própria linha do metro, que permite a atividade des-portiva num contacto íntimo com o que a civilização tem de especial e a natureza. A sensação de quem viaja de metro desde o Dragão, no meio de prédios e de repente, sur-ge o metro a desbravar o campo, com o rio ao seu lado, isto a pou-cos minutos do centro do Porto, é realmente uma sensação de pura

beleza. Observamos muitas pes-soas a praticarem marcha, corri-da ou simplesmente a caminhar. Aliás, surge um fenómeno a que os

clubes desportivos locais, têm de estar atentos, ou seja, a prática do exercício está a concentrar-se ou em atividades individuais, como a

corrida, a marcha, a bicicleta, ou quando muito em ginásios. As co-letividades desportivas devem estar atentas a este fenómeno, sob pena, da sua função social se perder ou diminuir significativamente. De-vem os clubes alterar o seu funcio-namento, de forma a procurarem as pessoas e não o contrário. Será com a organização de corridas, provas, etc., que se incentiva e reú-ne os muitos que já hoje praticam desporto individualmente. Devem as direções dos clubes fomentar a prática de exercício coletivo e não simplesmente limitarem-se a uma equipa de meia dúzia de atle-tas, com despesas hoje difíceis de comportar. Estimados autarcas, continuem o vosso programa, pois estou certo que será essa a direção correta. Desporto de lazer, esse sim é saudável. O desporto de alta com-petição, esse já tem outras condi-cionantes.

Até breve, estimados leitores… n

O desporto faz bem?

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

Pela segunda vez no espaço de três anos a cidade do Porto foi eleita “Melhor Destino Turístico Europeu 2014”. O mesmo troféu havia já a cidade conquistado em 2012, o que torna o Porto num caso único de renovação do título em espaço temporal tão reduzido.

Por efeito deste galardão, mas sobretudo porque o Porto está na moda nos roteiros turísticos, o número de visitantes à capital do norte tem vindo em crescimento contínuo desde o “Euro 2004”, ou seja, há dez anos a esta parte. Bas-ta andar pela cidade, em qualquer dia da semana, mas sobretudo aos fins-de-semana para qualquer um de nós constatar a presença de centenas de estrangeiros por todo o lado.

São muitos os factores que concorrem para este honroso qua-dro turístico. Desde a reabilitação do espaço público e do edificado privado, sobretudo na baixa, pas-sando pela sucessão de eventos de grande impacto internacional – Circuito da Boavista e WTCC, Red Bull Air Race, Campeonato Mun-

dial de Veleiros, Festival Primave-ra Sound, Internacionalização do S. João, etc, etc – e, naturalmente, a revolução do transporte aéreo com as “low cost” a despejarem milhares de pessoas no aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Enquanto nortenhos, todos temos razões para nos orgulhar-mos da nossa capital. E enquanto membros do Concelho Metropoli-

tano do Porto, ex-Junta Metropo-litana, ainda maior deve ser a nos-sa satisfação. Mas estes quadros de contentamento obrigam-nos, também, a uma reflexão séria e profunda, que pode partir des-ta pergunta: Quais os concelhos do Grande Porto que melhor têm aproveitado este “boom” turístico?

A resposta não é difícil, porque é evidente. Logo a seguir ao Porto

é Gaia quem mais tem beneficiado do fluxo crescente de visitantes, a que se segue a cidade de Matosi-nhos. Para os últimos lugares fica a Maia (ainda assim beneficia-da pelo aeroporto), e Gondomar como lanterna vermelha.

É escandaloso que os anterio-res executivos autárquicos gondo-marenses nunca tenham manifes-tado qualquer visão integradora para atrair uma parte dos que vêm visitar o Porto. Gondomar mante-ve-se sempre numa atitude passi-va, com uma visão doméstica do fenómeno turístico. É por isso que o atual Executivo Camarário não pode seguir pelo mesmo caminho.

Ou desenvolve um projeto in-tegrado de “drenagem” do fluxo turístico do Porto para Gondomar, ou, se nada for feito, o concelho continuará condenado a ser um território dormitório, irrelevante no contexto da grande metrópo-le nortenha. Ninguém perdoará a Marco Martins se não demonstrar capacidade para, no mínimo, in-verter a tendência do apagamento de Gondomar… n

Gondomar: programa turístico precisa-se

Bisturi

Henrique Villalva

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Lazer

VIVACIDADE MAIO 2014

CHEFE JOÃO PAULO RODRIGUESPALAVRAS CRUZADAS, SUDOKU E ANEDOTA

Ingredientes para 1 pessoa:

1 lombos de bacalhau previamente demolhado(posta alta)Amêndoa laminadaAzeitonas às rodelasPimento verdeBatata pequenaAzeite q.b.4 dentes de alho1 folha de louroTomate Cherry

Confeção:

Coloque a posta de bacalhau num tacho pequeno, junte os dentes de alho previamente descascados e esmagados, a fo-lha de louro e a amêndoa.Encha depois o tacho com azeite até cobrir os lombos de ba-calhau. Tape com papel de alumínio e leve o tacho a lume muito brando durante cerca de 20 minutos.O objetivo é que o bacalhau coza muito lentamente no azeite (confite). Por isso o lume não pode estar demasiado alto para que o azeite não ferva e frite o bacalhau em vez de o cozer.

Num tabuleiro com sal grosso coloque as batatas a assar no forno 30 minutos. Após estarem assadas dar um murro nas batatas e colocar no forno com azeite e alho picado. Numa fri-gideira saltear em pouco azeite a tomate cherry assim como rodelas de pimento verde. Sirva depois o lombo de bacalhau sobre as rodelas de pimento e regue com o azeite e a amên-doa. Como guarnição disponha a gosto as batatas a murro e o tomate cherry e as rodelas de azeitona.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Exposições:Coletiva de caricaturas e desenhos de amorAté 31 de maio, no Café Giardino

“Era uma vez”, pintura de Albertino Valadares9h às 20h, de segunda a sexta; 14h às 20h, ao sábado, na Casa da Juventude de Rio Tinto

“As Aventuras de Júpiter”Até 31 de julho, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Pintura, de Maria Rosa17 maio a 20 de junho15h às 17h30, à segunda; 10h às 12h30 e 15h às 17h30, de terça a sexta, na sede da ARGO

Diversos:Tertúlia: “Museus: coleções criam co-nexões”16h, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Colheita de Sangue24 de maio9h às 12h30, na Escola Secun-dária de Rio Tinto

Música:Música com Bebés & Papás 31 de maio10h30 às 11h30, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Teatro:30.º Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV)Até 7 de junho, na Escola Dramática Val-boense, em Valbom

Festivais:

XXVI Feira Nacional do Artesa-nato

31 de maio a 8 de junho15h às 24h, domingo (01/06) e sábado

(07/06); 18h às 24h, segunda a sexta; 15h às 20h, último dia, no Largo do Souto, em Gondomar (S. Cosme)Festa da Cerveja de Rio Tinto6 -10 de junho Rio Tinto

Literatura:Apresentação do livro “A Princesa Norma”

21h30 – Auditório Municipal de Gondomar

“Ao encontro de... Camilo Castelo Branco”Até 23 de maio, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Comunidade de Leitores: As escolhas de... Jorge Velhote “O Barão Trepador”, de Ítalo Calvino21 de maio21h30, na Biblioteca Municipal de Gondomar

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

* docente na Actual Gest

Bacalhau Confitadocom Amêndoa e Azeitonas

De boas intenções está o inferno cheio. Exija resultados palpáveis. Não aceite somente sonhos. Só se vive uma vez! No amor, tenha cautela com as tentações.

Vai ser preciso lutar contra o excesso de individualismo para conseguir alcan-çar o seu objectivo. Tente que os seus colegas colaborem consigo. Dê ouvidos à sua intuição.

Adivinham-se alterações na sua car-reira profissional. O seu talento e a sua criatividade estão em evidência. Aproveite a altura para mostrar os seus anseios laborais.

Quem guarda hoje, amanhã terá! O seu amor está em alta. Esta mês vá divertir-se e goze da sua companhia. Preste mais atenção aos que o rodeiam e terá boas surpresas.

Agarre a oportunidade que lhe apa-recer. Não deixe que a sua timidez e indecisão interfiram. Use de determinação na sua vida. Bom dia para colocar em prática planos afectivos antigos.

Aja conforme as suas convicções. Oportunidades profissionais não irão faltar. Aposte na sua imaginação para conquistar vitórias e realizar sonhos.

Mês radioso para os nativos deste signo. Possibilidade de encontro / reencon-tro com pessoa muito importante na sua vida. Não deixe passar esta ocasião.

Nos próximos meses o leitor poderá contar com um espaço dedicado às novidades e inova-ções tecnológicas. Este mês, sugerimos a aplicação ‘Moves’, ideal para monitorizar os nossos movimen-tos diários e períodos de atividade física. O ‘Mo-ves’ regista automaticamente as suas atividades diárias, por onde passa e o tempo que permanece em cada lugar. Basta carregar o telefone no bolso ou na mala e a aplicação faz o resto. Objetivo? Ver de forma detalhada o seu exercício físico “natural” - desde corridas, caminhadas, passeios de bicicleta ou o simples subir de escadas e caminhada do car-ro ao trabalho – a par das calorias queimadas em cada atividade. Além disso, a aplicação permite ao utilizador definir uma meta diária (ex: 10 mil pas-sos por dia) e exibe um mapa com a identificação das rotas diárias. Se anda sempre com o smar-tphone no bolso, nada melhor do que instalar esta aplicação para registar a sua atividade diária. O ‘Moves’ é gratuito para smartphones Android e iOS.

A amabilidade consegue muitas coi-sas. Controle a sua agressividade. No cam-po afectivo, tenha em atenção problemas com um rival. Fique atento.

Conte com a ajuda de amigos e familiares. Boa oportunidade para estreitar os seus laços de amizade e familiares. No plano afectivo, os astros não estão muito favoráveis.

Astral cheio de boas vibrações! Você está em harmonia absoluta com as pes-soas com que convive. No amor, seja me-nos agressivo. Tente agradar ao seu amor e estimule mais o vosso relacionamento.

Rever velhos amigos e lugares será um desejo que não conseguirá controlar. Programe uma viagem futura. Tente ser conciliador e entender o ponto de vista alheio. Mês de muitas expectativas.

Acredite na sorte, tudo correrá pelo melhor. Alargue os seus horizontes. Vai ter um dia cheio de ideias e novos projectos. Siga-os e terá boas surpresas.

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Lazer

LELO e ZEZINHA

FOTO VIVACIDADEManuel Luís GouchaApresentador de televisão

[email protected]

VIVA TEC

Emprego

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