vivacidade ed. 67 - janeiro 2012

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VIVA CIDADE Marcações| 933 262 517 PEDRO CABELEIREIROS SOUSA www.pscabeleireiros.com M/F Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte Acordos com: SAMS Quadros• Seguradoras • GNR • Caixa Geral Depósitos • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos Óptica Lisboa RIO TINTO 224 893 329 BAGUIM DO MONTE 224 893 477 GONDOMAR 224 637 651 ERMESINDE 220 963 747 MATOSINHOS 220 926 562 Rio Tinto: Rua da Lourinha, 513/517 (junto à estação) - Tel. 22 489 76 37 Baguim do Monte: Rua Dom António Castro Meireles, 745 (ao lado da farmácia) Análises Clínicas Electrocardiogramas Podologia Consultas Médicas Medicina Dentária Mensal Ano 7 - nº 67 Director: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Luís Morais Ferreira [email protected] Quinta-Feira 26 Janeiro 2012 0,50€ Godinho Lopes marca presença no aniversário do Núcleo Spor- tinguista de Gondomar Página 22 Orçamentos da Câmara de Gon- domar e das juntas de Baguim e Rio Tinto aprovados Confraria dos Rojões e Papas atribui ao Bispo do Porto o título de Confrade de Honra Páginas 4 e 14 Página 12 E tudo o Metro mudou na cidade de Rio Tinto... Página 5 www.vivacidade.org

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Vivacidade ed. 67 - Janeiro 2012

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VIVA CIDADE

Marcações|933 262 517

PEDROCABELEIREIROSSOUSA

www.pscabeleireiros.com

M/F

Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Acordos com: SAMS Quadros• Seguradoras • GNR • Caixa Geral Depósitos • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos

ÓpticaLisboaRIO TINTO

224 893 329

BAGUIM DO MONTE224 893 477

GONDOMAR224 637 651

ERMESINDE220 963 747

MATOSINHOS220 926 562

Rio Tinto: Rua da Lourinha, 513/517 (junto à estação) - Tel. 22 489 76 37Baguim do Monte: Rua Dom António Castro Meireles, 745 (ao lado da farmácia)

Análises ClínicasElectrocardiogramas

PodologiaConsultas MédicasMedicina Dentária

MensalAno 7 - nº 67

Director: Miguel AlmeidaDir. Adjunto: Luís Morais [email protected]

Quinta-Feira26 Janeiro 2012 0,50€

Godinho Lopes marca presença no aniversário do Núcleo Spor-tinguista de Gondomar

Página22

Orçamentos da Câmara de Gon-domar e das juntas de Baguim e Rio Tinto aprovados

Confraria dos Rojões e Papas atribui ao Bispo do Porto o título de Confrade de Honra

Páginas4 e 14

Página12 E tudo o Metro mudou na

cidade de Rio Tinto... Página 5

www.vivacidade.org

O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Recarei (Paredes), o Grupo Folclórico Santo André (Gaia), o Ran-cho Folclórico S. Tiago de Silvalde (Es-pinho) e o Grupo de Cantares Tradi-cionais Canto D’ Ouro (do Orfeão de Gondomar) foram os convidados do XVIII Encontro Nacional de Janeiras Cidade de Gondomar, iniciativa que se realizou no passado dia 7 de janeiro. Participou também o grupo promotor do evento, o Rancho Regional de Fân-zeres. Este encontro marcou, de forma simbólica, o início da actividade cultu-ral do concelho para o ano de 2012.

A meio da tarde, já todos os grupos se juntavam na Câmara Municipal de Gondomar para a tradicional recepção no salão nobre da autarquia. Coube ao

vereador do Pelouro da Cultura, Fer-nando Paulo, acolher os grupos parti-cipantes e, em breves palavras, fazer um retrato social e cultural do concelho de Gondomar. “Mesmo em tempo de cri-se, e com inúmeras restrições, a Câma-ra de Gondomar não deixa de apoiar financeiramente as associações locais”, realçou Fernando Paulo.

Já à noite, e com o Auditório Munici-pal repleto, cantaram-se então as Janei-ras. As Janeiras, ou Cantar as Janeiras, é uma tradição que remonta ao tempo dos romanos. Janeiro era dedicado ao deus Jano, porteiro celestial, e invoca-va-se o seu nome cantando para afastar os maus espíritos. A tradição manteve--se, reconfigurando-se pelos tempos. Presentemente, consiste na reunião de

grupos, formais ou informais, que se passeiam pelas ruas, no início do ano, cantando e tocando. E, em paralelo, desejando um Feliz Ano Novo.

2 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Ficha TécnicaRegisto no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06Director: Augusto Miguel Silva AlmeidaDirector-Adjunto: Luís Morais Ferreira (CP 7349)Edição, Redacção, Administração e Propriedade

do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SASede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTOTelefone: 22 832 9259 Fax: 22 832 9266

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos,

Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa.Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Caros Leitores,O Vivacida-de lança uma nova forma de comunicação neste número. A nossa pre-sença na in-ternet tem sido residual, mas a partir deste momento passa a ser uma das presenças mais avançadas e consistentes que um jornal local pode ter no mundo virtual, o que muito nos orgulha. Este resultado é fruto de um trabalho de equipa e de coor-denação de recursos notável que tem sido realizado pelos colaboradores do Vivacidade e que não me canso de referir e aqui assinalar.A edição que vos apresenta-mos hoje é mais um excelente resultado do trabalho do jornal em prol da cidade.No conjunto de entidades a quem a cidade tem razões para agradecer não pode deixar de estar incluído o Metro do Por-to, pois com o festejo do pri-meiro ano completo de utiliza-ção do Metro do Porto surge a consolidação deste meio de transporte como a obra que mais alterou a cidade nos últi-mos 20 anos.Não podíamos deixar de lhe atribuir o devido destaque.Mas esta edição é mais uma que nos enche de orgulho e que esperamos sinta prazer em co-nhecer, pelo menos tanto como o que tivemos a produzi-la.Obrigado por nos ler.

EditorialJosé Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA.Economista e Docente Universitário

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

A juventude tem talento e imagina-ção. Como é o caso de Nuno Sousa, um jovem artista que esteve em plano de

destaque no espaço Arte no Par-que, situado no Parque Nascente. Este aluno da Escola Secundária de Rio Tinto foi o autor da expo-sição de fotografia intitulada ‘Co-municar’.

Na rua da Boavista, junto ao n.º 88, em Rio Tinto, encontra--se uma pérgola em madeira com deze-nas de anos apoiada

em esteios de pedra, que a meu ver está em vias de ruptura iminente, já que se nota nos barrotes grande curvatura e rachadelas. Seria bom que alguma entidade responsável fizesse uma inspecção ao local.

Leitor Vivacidade,Mário Regadas da Silva

positivo...

negativo...

Cantar as JaneirasSociedade

3VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 publicidade

TINTAS – VERNIZES – DILUENTES – ESMALTES – VELATURAS – PRIMÁRIOS – TAPA POROS – DECAPANTES – TINTAS EM PÓ TERMOENDURECÍVEIS

TELAS ASFÁLTICAS E REVESTIMENTOS BETUMINOSOS COLAS INDUSTRIAIS

Informação de Rio Tinto e Baguim do MonteVIVA CIDADE

NÃO PERCA

Próxima Edição

29 de Fevereiro

Em 2009, o Orçamento da Junta de Rio Tinto era de 1.050.000 milhões de euros. Passou de cerca de 945 mil eu-ros, em 2010, para um valor na ordem dos 815 mil euros, em 2011. Agora, em 2012, o Orçamento da autarquia rio tintense voltou a registar nova descida, cifrando-se nos 767 mil euros. “Não é prazer nenhum apresentar este do-cumento”, confessou o autarca Marco Martins na última assembleia de fregue-sia, acrescentando que “este é um Orça-mento muito baixo para uma freguesia como Rio Tinto.”

Segundo Marco Martins, a diminui-ção está relacionada com “o corte da verba da Câmara Municipal de Gon-domar, a redução das transferências do Estado e com alguma diminuição das receitas próprias da junta de fregue-sia. Este cenário faz com que “a autar-quia não possa efectuar qualquer tipo de investimento e tenha que reduzir os apoios que concede”, explicou o autarca. No entanto, “em 2012, vamos fazer um esforço para ajudar de alguma forma as colectividades.”

O presidente da Junta de Rio Tinto referiu ainda que, e apesar dos cons-trangimentos financeiros, “temos um Plano de Actividades algo ambicioso, com iniciativas nas áreas social, cultu-ral e ambiental. São actividades que se podem realizar com pouco ou nenhum dinheiro.” O Orçamento para 2012 foi aprovado por maioria, com os votos fa-voráveis do PS, contra do PSD, CDU e BE, e a abstenção do MRTC.

O deputado Alfredo Correia fez questão de explicar o sentido de voto do PSD. “Votamos contra este documento devido a alguns princípios que segue e a algumas preocupações manifestadas em orçamentos anteriores, nomeadamente na falta de alternativas para captar re-ceitas”, afirmou o social-democrata.

Já o Protocolo de Delegação de Com-petências entre a Câmara Municipal de Gondomar e a Junta de Freguesia de Rio Tinto para 2012 manteve a verba do ano passado, ou seja, 182 mil euros. À mar-

gem da assembleia de freguesia, Marco Martins lembrou que “em 2005, o valor do protocolo era de 300 mil euros. Ao longo dos anos registou-se uma redução de 40%.”

A Junta de Rio Tinto tem 28 funcio-nários e oito viaturas afectas à delegação de competências. Quanto à possibilida-de de rejeitar o protocolo, o autarca res-

pondeu que “se a junta de freguesia não aceitasse o protocolo, teria que rescindir contratos de trabalho e, certamente, que Rio Tinto ficaria prejudicado.”

Marco Martins, por outro lado, abordou também a questão do concur-so público internacional para a entrega da limpeza a privados. “Quero ver qual será o valor que as empresas privadas vão apresentar para o serviço que a

Junta de Rio Tinto presta actualmente. Tenho a certeza que será muito, muito maior”, concluiu.

Por sua vez, o comunista Adérito Machado referiu que “a CDU abstêm-se nesta questão, pois tem em consideração os trabalhadores que podem ser dispen-sados.” Já Alfredo Correia não concorda de forma alguma com este protocolo.

“Um atentado que se perpetua”, acusou ainda o representante do PSD. O Pro-tocolo de Delegação de Competências foi aceite pela maioria dos deputados, contando com os votos a favor do PS, contra do PSD e a abstenção do MRTC, CDU e BE.

Nesta assembleia de freguesia foram ainda aprovadas várias propostas. Uma delas relativa ao projecto que prevê a

construção de quatro torres, com 11 an-dares cada, no terreno do antigo Merca-do de Rio Tinto. A moção do PSD, aceite por unanimidade, propõe “a convoca-ção de uma conferência de Imprensa na qual estejam presentes as diversas forças políticas representadas na assembleia de freguesia, para que estas possam expres-sar a sua opinião e preocupações sobre este projecto.”

Já a CDU apresentou uma propos-ta, aprovada por unanimidade, sobre a colocação de parquímetros na zona da Areosa. Esta moção recomenda à “Câ-mara de Gondomar para que assuma as suas responsabilidades em matéria de propostas para alterações contratuais com a empresa concessionária sobre os tarifários e horários.”

Por outro lado, foi também aceite, por unanimidade, uma proposta do PS respeitante ao Plano Estratégico de Transportes, que prevê uma série de reduções a implementar no serviço pú-blico em 2012. E que vão afectar tam-bém Rio Tinto. O objectivo desta moção é tomar uma posição “contra o fim da linha 805 à noite e as reduções ao fim--de-semana; e solicitar à Empresa de Transportes Gondomarense que assuma a operação da linha 804 e a ligação ao Hospital de S. João, uma vez que a STCP a vai abandonar.”

Esta assembleia de freguesia ficou ainda marcada pela apresentação de uma proposta do BE sobre o Docu-mento Verde, que teve como finalida-de “manifestar a sua discordância com a proposta do Governo de extinção de cinco freguesias [Covelo, Lomba, Me-das, São Pedro da Cova e Valbom] do concelho de Gondomar.” Além disso, a moção propõe a organização de um debate que envolva partidos políticos, associações e população, e “a realização de uma assembleia de freguesia extra-ordinária para tomar uma posição final sobre o Documento Verde.” MRTC e BE votaram favoravelmente a proposta e PS, PSD e CDU abstiveram-se.

Luís Morais Ferreira

4 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Diminui mais uma vezOrçamento para 2012 da Junta de Rio Tinto

No passado dia 2 de Janeiro fez, pre-cisamente, um ano que o Metro che-gou à cidade de Rio Tinto. Segundo números avançados recentemente pela empresa Metro do Porto, a população aderiu em massa a este meio de trans-porte, com mais de um milhão e 250 mil pessoas a utilizarem a Linha Laranja (F) no seu ano de estreia. Uma ligação que mantém uma média de clientes, em dia útil, na ordem dos dez mil (cinco mil validações/dia nas estações que a inte-gram).

Levada, Campainha, Fânzeres e Contumil foram as estações mais pro-curadas durante o primeiro ano de ac-tividade da Linha Laranja, anunciou, em comunicado, a Metro do Porto. A da Levada, que também permite o acesso ao Parque Nascente, registou 23,6% do total de validações. Seguem-se as esta-ções da Campainha, com uma procura anual na ordem dos 14,5%, Fânzeres com 12,6% e Contumil com 12,3%. A Linha Laranja tem sete quilómetros de extensão e dez estações (Contumil, Na-soni, Nau Vitória, Levada, Rio Tinto, Campainha, Baguim do Monte, Carrei-ra, Venda Nova e Fânzeres).

A agente de viagens Fátima Silva, com 32 anos, é uma passageira assídua do Metro. “Utilizo este meio de trans-porte todos os dias”, referiu, ao Vivaci-dade, enquanto aguardava pela próxima carruagem na Estação de Metro de Rio Tinto. Embora elogie a rapidez deste meio de transporte, não deixou de di-zer que “o serviço não é dos melhores, nomeadamente no regresso a casa, entre as 18h e as 19h, com as composições a estarem sobrelotadas.”

Fátima Silva, por outro lado, lamen-tou o estado em que se encontram os espaços verdes adjacentes à Linha de Metro, com a vegetação já a atingir uma dimensão considerável. “Dá mau as-pecto”, lamentou a agente de viagens. A mesma considera ainda que “mais pes-soas vieram morar para Rio Tinto por causa do Metro.”

As opiniões dividem-se. Por sua vez, o empresário Carlos Morgado, proprie-tário de um café na rua da Lourinha, em Rio Tinto, afirmou que “a Metro está a prestar um bom serviço”, não tendo dú-vidas que a chegada deste meio de trans-porte à cidade foi muito positiva. “Rio Tinto mudou para melhor. Mais pessoas instalaram-se na cidade e, quanto mais não seja, podemos caminhar ao longo da linha”, sublinhou.

O empresário confessou que “o Me-

tro teve pouco impacto no meu negócio”, isto apesar de as composições passarem a poucos metros do seu estabelecimento comercial. Também Carlos Morgado, à semelhança de Fátima Silva, criticou a falta de manutenção dos espaços verdes envolvente ao canal do Metro. Opinião diferente possui a Metro do Porto que, em comunicado, salientou que “trata-se do troço mais verde de toda a rede, pro-porcionando uma agradável vista aos utilizadores.”

A perspectiva dos autarcas de Rio Tinto

No início deste mês, a Linha Laranja completou um ano de vida. O que ga-nhou a cidade com a vinda do Metro? “A Linha de Metro criou novas centrali-dades e novas zonas de expansão urba-na, quer para construção de habitação, quer para edificação de equipamentos

e afins. Também trouxe novas vias de acesso entre as três freguesias abrangi-das pela linha (Rio Tinto, Baguim do Monte e Fânzeres)”, respondeu o pre-sidente da Junta de Baguim do Monte, Nuno Coelho.

Além disso, “a população ganhou uma pista para fazer o novo ‘desporto nacional’ de massas que é o jogging (ca-minhada em português). Diariamente, centenas de pessoas caminham ao longo do percurso do Metro.”

Também na perspectiva do presiden-te da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, “a cidade ganhou em vários aspectos, nomeadamente em termos ambientais, com a redução do uso do transporte in-dividual. Desde que veio o Metro, entrar e sair de Rio Tinto nas horas de ponta é muito mais fácil. Passaram a circular muito menos automóveis nas ruas.” O autarca acrescentou que “a cidade ga-

nhou também uma nova zona de lazer e de convívio, assim como de prática des-portiva, com a construção do percurso pedonal ao longo do canal.”

E com a sobrelotação das composi-ções em horas de ponta já ultrapassada, neste momento, quais são os principais problemas relacionados com o Metro? Marco Martins mostrou-se preocupado com a falta de manutenção dos espaços verdes adjacentes à linha, defendendo que nesta questão “deveria ser a Metro do Porto a assumir a conservação” des-sas mesmas zonas.

“É inconcebível que desde Agosto a Câmara de Gondomar e a Metro ainda não se tenham sentado para discutir este assunto e tomar decisões”, denunciou o autarca. “Dada a falta de manutenção e rega desde Agosto, para além da vege-tação excessiva, muitas das espécies já estão destruídas, tendo que ser substitu-ídas”, alertou.

Na opinião de Marco Martins, “o zonamento do Andante continua a pe-nalizar a população de Rio Tinto e Gon-domar face, por exemplo, à Senhora da Hora e a Matosinhos, por causa da zona C6.” O mesmo criticou também a Câmara de Gondomar por esta “nun-ca ter responsabilizado os empreiteiros pelos danos causados pela cheia de 21 de Dezembro de 2009, que em mais de 95% se ficou a dever às obras da linha e cujos prejuízos foram apenas assumidos numa pequena área.”

Por sua vez, o autarca Nuno Coelho lamentou o facto do acesso à estação de Baguim do Monte, pela rua das Donas, ainda não ter sido concluído. “Infeliz-mente, e devido à conjectura nacional, a Câmara de Gondomar não teve oportu-de Gondomar não teve oportu-nidade de finalizar a obra em 2011, mas já há verba cabimentada, no Orçamento Municipal para 2012, para esta obra que creio que vai arrancar dentro em breve.”

No que respeita à não conservação das zonas verdes envolventes à Linha de Metro, Nuno Coelho revelou que “felizmente, a Câmara Municipal e a Metro do Porto estão em vias de chegar a um entendimento.” No entanto, “des-de Agosto que essa manutenção não é efectuada e o estado em que se encon-tram actualmente as zonas verdes não é digno do sucesso comercial do Metro. A Administração da Metro do Porto não esteve bem, pois deveria assegurar a manutenção dos espaços até haver um acordo estabelecido com a Câmara de Gondomar”, criticou ainda o autarca.

Luís Morais Ferreira

5VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 informação

“A cidade mudou para melhor”Metro em Rio Tinto

6 vozes da assembleia da república VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

A Educação e o Risco

A Política, essa arte letal…

O Governo que despreza o trabalho

Na sociedade em que vivemos vai sendo cada vez maior as situações de “Risco”…O “ Risco é a probabilidade de que algo corra mal – o que significa que tudo envolve algum grau de risco, pois tudo pode correr mal ou menos bem.Há, no entanto vantagens em categorizar alguns riscos. Os mais frequentes, quando se fala de “risco”, é referimo-nos a perigos bem identificados.Partindo do vocábulo “Risco” verificamos que envolve vários conceitos que é conveniente definir e ter em conta quando se fala de “Risco” dados que, uns são mais ou me-nos previsíveis, tais como os naturais, outros nem sempre o serão face às suas consequências e refiro-me aos “riscos” sociais e económicos.Porém, o “Risco” que aqui vou abordar tem a ver com a Edu-cação e como deve ser abordado esta temática neste âmbito.Na área da educação para a cidadania, a escola procura de-bater com os seus educando alguns dos “riscos” que eles correm no percurso da sua vida escolar e pessoal. Pois, muitas vezes os “media” não são os mais eficazes a transmitir a percepção do “Risco”.Ora, a escola poderá ter um papel importante quando abor-da esta e outras questões, na medida em que se abre à so-ciedade civil e convida técnicos especialista (jornalistas, psicólogos, sociólogos…) para falarem com propriedade e conhecimento sobre “os Riscos” na Juventude.Todos nós sabemos que a Juventude tem, hoje, um leque alargado de contactos através das redes sociais virtuais que têm as sua vantagens e desvantagens.Muitos jovens, incautos, correm graves “riscos” ao entra-rem em determinados sites ou redes sociais.Por vezes, os jovens ao exporem as suas vidas pessoais, neste mundo cibernauta, estão inconscientemente a pôr em “ris-co” não só as sua vidas, como muitas vezes, as vidas dos seus familiares e dos seus amigos!!!!Por outro lado, muitos pais têm dificuldade em acompanhar os seus filhos nestas novas tecnologias e desconhecem, por completo, o seu alcance. Muitos não serão por desconhe-cimento das mesmas, mas sim pelo facto de não terem o tempo ideal que gostariam de dispor para estar com os seus filhos.A falta de diálogo e a não existência de hábitos de convívio entre pais e filhos levam a que muitos jovens se refugiem neste meios.Hoje, já se realizam conferências e debates direccionados para os pais e educadores de modo a facultar-lhes meios e técnicas para que possam acompanhar os filhos na área da cibernética. Uma área em constante mutação que requer a máxima atenção de todos os intervenientes.

Se baixos salários e longas horas de trabalho tornassem um país mais rico e mais competitivo, Portugal era uma das economias mais fortes da Europa. Somos um dos países em que se trabalha mais horas, bem mais do que na Alemanha ou na França, e um dos que tem os salários mais baixos (o nosso salário mínimo está quase três vezes abaixo do Fran-cês, por exemplo). Mas somos também um dos países mais desiguais da Europa. E a desigualdade, até o FMI concorda, impede crescimento económico.Temos problemas de injustiça social e económica, temos má organização do trabalho, temos falta de qualificações. Esperava-se que um Governo que quisesse ultrapassar os problemas estruturais do país enfrentasse esses problemas; apostasse nas políticas sociais e nos serviços públicos para combater as desigualdades, fosse exigente com as empresas e a gestão do trabalho, apostasse na educação e na cultura para qualificar a população. Esperava-se, finalmente, que ajudasse as empresas enfren-tando a banca. Porque hoje, em muitos sectores da econo-mia, os juros da dívida pesam bem mais do que os salários dos trabalhadores (nalguns casos três vezes mais). E por aqui se percebe bem que o problema não são os trabalhado-res, é sim a banca e a especulação financeira.Mas o Governo PSD/CDS ao mesmo tempo que capitaliza a banca, com o empréstimo que teremos todos de pagar e sem lhe exigir nenhuma contrapartida (sem qualquer garantia de que existirá financiamento da economia real a preços de-centes; muito pelo contrário), decide atacar os trabalhado-res e trabalhadoras.O acordo da Concertação Social não é um acordo. É pura perseguição a quem vive do seu trabalho: abre a porta ao despedimento sem justa causa, com a invenção do despedi-mento por ‘redução na qualidade do trabalho’; reduz o tem-po de férias e os feriados e retira mesmo metade dos fins de semana, com o trabalho 25 sábados por mês sem qualquer compensação; torna as horas extraordinárias mais baratas e acaba com o descanso compensatório para quem traba-lha num feriado; desregula os horários de trabalho com um banco de horas anual até às 150 horas e sem negociação co-lectiva; despedir passa a ser mais barato, mesmo no caso dos contratos antigos, com a imposição do tecto de 12 salários de indemnização; recorrer ao lay-off torna-se mais fácil; cair no desemprego é cada vez mais sinónimo de cair na miséria, com o tempo e no valor do subsídio de desemprego a desce-rem; desce o valor do trabalho para todos os trabalhadores e trabalhadoras ao instituir-se o novo mecanismo em que quem está desempregado passa a acumular por seis meses o subsídio e o ordenado de um trabalho que pague abaixo do que recebia para forçar a aceitar trabalhos de miséria.Este é um Governo irresponsável e cruel, que ignora que é o trabalho que produz riqueza, despreza o trabalho e elege como inimigo quem trabalha. Mas o acordo não é ainda lei. E quem trabalha, quem respeita a dignidade do trabalho, terá agora que se mobilizar e lutar.

PSDMargarida Almeida

PSIsabel Santos

BECatarina Martins

1. O acordo de concertação social foi assinado com grande pompa e circunstância. Talvez a memória me esteja a atraiço-ar, sinal do tempo que vai passando, mas não me lembro de a este propósito assistir a uma festa assim.Contudo, depois do foguetório ditado pelo marketing po-lítico fica a amargura de uma triste derrota, numa história onde infelizmente todos acabarão vencidos.Depois de ter lançado a lebre do aumento do horário de trabalho, em mais trinta minutos, lá chegamos a um com-promisso de competitividade e crescimento que se resume à diminuição dos custos salariais, ao aumento dos dias de trabalho e à facilitação dos despedimentos.Eis grande feito do Ministro Álvaro Santos Pereira! Tanto tra-balho académico em Vancouver, tanto esforço pessoal para atravessar o Atlântico e acabamos nisto.Como diz a canção “foi bonita a festa, pá!”, mas o resultado é desastroso. O peso deste acordo foi todo colocado do lado da diminuição dos direitos dos trabalhadores sem que o governo fosse capaz de perceber que o nosso problema não é, nem nunca mais poderá vir a ser, competir com as economias do dumping social. Que o nosso problema de competitividade e produtividade reside na necessidade de uma revolução orga-nizacional (exige o esforço e outra postura aos empresários) e na aposta na qualificação da mão-de-obra.Não, o Governo não vê isto e numa fúria insana marcha, levado pelo ardor ideológico e pelo preconceito social, sobre todo o sinal de progresso feito ao longo dos últimos anos neste sentido. Anuncia-se uma remodelação do Programa Novas Oportunidades, mas antes de qualquer estudo, antes que alguém se possa lembrar que é fundamental progredir neste plano, fecha-se a rede de centros para não se caia em tamanha tentação. Que isto de qualificar pessoas, de demo-cratizar o conhecimento, para a direita que nos governa é ideia do passado. Os bons empresários, aqueles que apostam na inovação e numa cultura organizacional moderna não precisam deste acordo e desprezam-no. Acham-no retrógrado, ridículo. Os trabalhadores estão revoltados e desmotivados perante a crescente perda de direitos e o agravamento das suas con-dições sociais.A UGT acabou enredada no complexo novelo negocial e o seu posicionamento sai fragilizado de todo este processo, o que não é bom para ninguém. Os trabalhadores perderam capacidade reivindicativa e os empregadores e o governo per-deram um interlocutor que, numa fase que se prevê de grande agitação social, sendo moderado, importava fortalecer.Ao longo da história sempre tivemos uma certa tendência a olhar com expectativa tudo e todos os que vêm de fora, mas este estrangeirado chamado Álvaro, parece ter parado no iní-cio da industrialização. Acabará por ficar para a história como o instrumento utilizado por Passos Coelho e seus companhons de route para a realização da sua agenda ultraliberal. A políti-ca… essa impiedosa dama que tanto enobrece como trucida, ser-lhe-á fatal. Tanto sacrifício pessoal para acabar assim...2. O Presidente da República foi vaiado na inauguração da Capital Europeia da Cultura.Raros são os políticos que fazem um percurso livre de po-lémica ou momentos menos felizes, se é que os há, mas vir dizer que um rendimento de pensões que ascende a bem mais de dez mil euros/mês não lhe dá para viver é, no míni-mo, um insulto para a esmagadora maioria dos portugueses, entre os quais me incluo.O povo, na sua incomensurável sabedoria, costuma dizer que cada qual sabe da sua vida e o Senhor Presidente lá sa-berá da sua. Mas este tipo de comentário, feito assim, denota uma forma quase brejeira de querer ser popular. Quero pen-sar que foi um momento menos feliz… mas não é tolerável a uma presidência da república que fica proporcionalmente mais cara aos portugueses que a casa real espanhola aos es-panhóis. Não é tolerável e pode vir a manifestar-se fatal para este último mandato de Cavaco Silva.

Poesia Reunida, de João Luís Barreto Guimarães, foi a obra que ‘inaugurou’ a Comunidade de Leitores 2012. E, em paralelo, ‘estreou’ uma nova vertente desta iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondo-mar – a abordagem a um livro de poesia.

Até 23 de Maio, com sete sessões agendadas, a Comu-nidade de Leitores contará com a presença, enquanto di-namizadores das sessões, para além de João Luís Barreto Guimarães, de valter hugo mãe, Marta Martins, Ana Luísa Amaral, João Manuel Ribeiro, João Teixeira Lopes e Rosa Quiroga.

A Comunidade de Leitores consiste no encontro de um grupo de pessoas que se juntam, periodicamente, para conversar sobre livros cuja leitura foi proposta pelo dina-mizador. A experiência da leitura é sempre íntima e indi-vidual, feita em casa por cada um dos participantes. Mas essa experiência é enriquecida pela partilha de opiniões, comentários e pontos de vista que ocorre nos encontros, permitindo a descoberta de outras formas de interpretar o livro analisado.

A finalidade da Comunidade de Leitores não é pro-duzir dissertações académicas nem fazer análises textuais aprofundadas das obras lidas. E, muito menos, avaliar o tipo de leitura feita pelos participantes. Como destacou o vereador do Pelouro da Cultura, Fernando Paulo, no ar-ranque da nova “Comunidade”, o objectivo da iniciativa é “assumir-se, sempre, o mais informal possível”, proporcio-nando a possibilidade de “dar e receber cultura e conheci-mento nesta iniciativa que se quer partilhada.”

Mais habituado a ser questionado do que a apresentar--se, o convidado da primeira sessão traçou, em breves li-nhas, o seu trajecto na escrita. Defendendo que “a poesia experimenta-se, não se explica”, João Luís Barreto Guima-rães destacou que “também os poetas querem ser lidos e procurados como os autores de ficção.” Sobre a dificulda-de da poesia chegar a um público mais genérico, o leitor--convidado disse que “talvez se justifique por edições cur-tas, má distribuição e quase ausência de divulgação pela Comunicação Social.”

A obra de João Luís Barreto Guimarães agrega um percurso poético de mais de duas décadas. Inclui, até, poemas do seu primeiro livro, editado quando jovem, nos tempos da Faculdade, e que, posteriormente, o autor optou por “não perfilhar e destruir”. Ainda assim, alguns desses poemas “sobreviveram” e integram agora a Poesia Reunida.

A Comunidade de Leitores prossegue no dia 1 de Fe-vereiro. O próximo convidado é valter hugo mãe, que irá analisar a obra O pintor do lava-loiças, de Afonso Cruz.

7VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 vozes da assembleia da república / informação

No fecho do ano, medidas relevantes

Custas judiciais: a Troika chega à Justiça

Ao contrário do mês de Novembro, em que os trabalhos parlamentares ficaram quase exclusivamente dedicados ao importante debate do orçamento de estado para este ano, o mês de Dezembro na Assembleia da República, foi rico na diversidade de temas debatidos e aprovados.Para além das habituais declarações políticas, em que sema-nalmente os partidos têm oportunidade de trazer à discus-são matérias da actualidade mais “mediática”, foram apre-sentadas iniciativas legislativas sobre matérias de fundo, desde a área da saúde, passando pelo ensino, emprego ou pela lei que prevê medidas de reforço da solidez financeira da banca.Do conjunto de diplomas, na minha perspectiva, creio ser relevante destacar três. Atenta às matérias da educação e do ensino superior, a maioria PSD/CDS apresentou um projec-to de resolução no sentido de criar uma nova fase de candi-daturas a bolsas no ensino superior. No momento difícil que as famílias vivem, é de crucial importância que ninguém fi-que impedido de prosseguir os estudos universitários, por dificuldade em aceder a essa ajuda logo no primeiro ano da faculdade. A ética social na austeridade implica medidas es-peciais, em momentos sensíveis como o que atravessamos.Por outro lado, foi aprovada a lei que estabelece um regi-me de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo, bem como um novo regime e modo de cálculo da compensação aplicável aos contratos objecto dessa reno-vação. Trata-se de uma lei agora aprovada, com a “marca CDS”. Muito nos batemos no passado por esta possibilidade, que consideramos ser de importância crucial num momen-to difícil como é aquele que o nosso país vive. Graças a esta legislação, será possível manter certamente muitos postos de trabalho no próximo ano e meio. Um claro motivo de satisfação para a nossa bancada parlamentar. Finalmente, com um carácter distinto e fruto do compro-misso com a Troika, foi discutida e aprimorada, após várias audições com entidades como o Banco de Portugal e Asso-ciação Portuguesa de Bancos, a lei através da qual o Estado poderá temporariamente apoiar o reforço de capital da ban-ca. Num momento em que são sérias as dificuldades a que as instituições financeiras estão expostas, ficou definido no memorando da Troika um montante de 12 mil milhões de euros para poder ser utilizado no reforço de capitais das ins-tituições financeiras. Ficou assim aprovada em Dezembro a redacção final da lei, de modo a contribuir para o reforço da solidez financeira das instituições de crédito e garantir tam-bém, em última análise, a segurança dos nossos depósitos, dos nossos investimentos, ou das nossas pensões.A razão pela qual destaquei estes três diplomas, tem a ver com o facto de todos eles tocarem em pontos fulcrais e de a todos dizerem directamente respeito. Importam aos que estudam, importam aos que agora dão os primeiros pas-sos no mundo do trabalho, e finalmente aos que precisam da banca para financiarem a sua actividade e manterem o funcionamento das empresas. É esta possibilidade de fazer a diferença que deve mover sempre o combate político. E a Assembleia da República é, sem dúvida, um palco privile-giado para o fazer.Importa, neste âmbito, referir que a actualidade difícil que o país vive, obriga a que muitas vezes, também no grupo parlamentar do CDS, estejamos a ter que apoiar decisões que podem até estar por vezes desfasadas dos princípios fundadores do CDS, mas estou certa que a sua inevitabili-dade momentânea, poderá ser também a oportunidade úni-ca para iniciarmos o verdadeiro processo de viragem que o país precisa e reclama. E por isso acredito, o trabalho que está a ser feito, vai valer a pena!

Seguindo as instruções do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacio-nal, o Governo apresentou na Assembleia da República uma Proposta de Lei relativa ao Regime das Custas Ju-diciais.Claro está que o objectivo desta proposta não visa facilitar o acesso à Justiça por parte dos cidadãos Portugueses, que já hoje têm dificuldade em compreender porque é que pa-gam impostos se depois, quando precisam, ainda têm que pagar os Serviços Públicos que o Estado deveria assegurar e garantir.Aliás o Governo não o esconde. A própria Exposição de Motivos que acompanha a Proposta é muito clara: o objecti-vo destas medidas é aumentar as receitas da Justiça.E ao Governo pouco interessa que os Portugueses dispo-nham de menos rendimentos disponíveis, que paguem mais impostos, que ganhem menos e que fiquem sem o subsídio de férias e o 13º mês. Isso não interessa nada.Ao Governo pouco interessa que a Justiça seja um direito dos Portugueses e um direito que a nossa Constituição elege como fundamental.O que interessa é que a Troika mandou e o Governo faz o trabalho, acatando religiosamente as ordens.E o que resulta desta proposta são aumentos brutais nas custas judiciais, onerando ainda mais os utentes da Justiça, aumento das taxas pela emissão de certidões e cópias certi-ficadas e obrigam-se os litigantes a pagar “à cabeça” todas as diligências de prova requerida. E por aí fora.Ou seja, o Governo aumenta as custas judiciais para que os cidadãos não recorram aos tribunais, negando dessa forma o acesso ao direito á justiça, que é obrigação do Estado ga-rantir.E assim o recurso aos tribunais vai certamente diminuir, como o Governo pretende, mas isso significa que a justiça fica por fazer e quem fica de fora é quem tem menos condi-ções, porque os que têm mais condições continuam certa-mente a recorrer aos tribunais.O Governo transforma assim as custas judiciais num obs-táculo no acesso á justiça, transforma-as numa verdadeira contrapartida que os cidadãos têm de dar ao Estado pelos serviços que este lhes devia prestar, porque é sua obriga-ção.Mas o mais grave nesta proposta é a ousadia do Governo em pretender aplicar estes aumentos também aos processos pendentes.De facto esta é a sexta alteração ao Regulamento das Custas Processuais, mas é a primeira vez que o Governo pretende impor estes custos aos processos pendentes.E aplicar esta Lei e estes aumentos aos processos pen-dentes, acaba por frustrar as expectativas dos inte-ressados. Há assim uma espécie de “dar dito por não dito”, por parte do Estado relativamente aos cidadãos que recorreram já á justiça para fazer valer os seus di-reitos.Bem sabemos que esta Lei apenas se aplica aos actos futu-ros, mas mesmo assim, a nosso ver, estamos perante uma verdadeira retroactividade dos efeitos desta Lei, porque, neste caso, a retroactividade deverá ser aferida tendo como referência o momento em que o processo se inicia, porque é nessa altura que as pessoas fazem contas sobre os eventu-ais custos que envolvem um processo judicial, é nessa altura que as pessoas constróem a expectativa sobre os respectivos custos.O Governo está assim a alterar as regras a “meio do jogo”. O Estado não dá um bom exemplo, ainda por cima numa área como a Justiça.

CDSVera Rodrigues

PEVJosé Luís Ferreira

Comunidadede Leitores

8 vozes de baguim VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

O pastel de nata

A pré-bancarrota

Em Lisboa, junto à Torre de Belém, em 1502, iniciou--se a construção de um mosteiro, ao estilo manuelino: o Mosteiro de Santa Maria de Belém, hoje designado: Mosteiro dos Jerónimos, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos Portugueses.Na sequência da instabilidade política e social que se viveu em Portugal entre 1820 e 1834, para sobrevive-rem, os monges do referido Mosteiro, confeccionavam e vendiam um pastel de sabor inconfundível, por to-dos conhecido como Pastel de Belém.Hoje, para o governo do Sr. Passos Coelho, o pastel de nata é o rumo, o único plano e estratégia para relançar a economia do país. O governo do PSD/CDS decidiu sufocar o país com impostos e abdicar de qualquer investimento público que garanta o futuro dos por-tugueses. Confrontado com mais de 700.000 desem-pregados e 16.000 novos cada mês, este governo acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego.Um Primeiro-Ministro que aconselha os portugueses a emigrar é chefe de um governo que, entre outros, de-sistiu do projecto de transformar Portugal num país pioneiro dos automóveis eléctricos. Quando a Nissan abandonou o projecto da fábrica de baterias em Avei-ro, este governo encolheu os ombros, porque era um projecto do Eng. José Sócrates, mas o povo lembra-se que não legitimou este governo do PSD/CDS para des-truir postos de trabalho.Para mal de todos os portugueses, o PSD/CDS acre-dita que pode salvar as finanças públicas matando a economia. Está visto que, para este governo, governar bem é empobrecer o país. Os olhos do Ministro Vítor Gaspar quando anuncia a possibilidade de ter que cortar apoios ou subsídios parecem ter um brilho especial, e como assobia para o lado quando se trata de saber onde é que estão os cor-tes exemplares, do lado da despesa do Estado que os atuais governantes prometeram durante a campanha eleitoral. Este governo é um deserto de ideias; uma tristeza e não é só por não conhecer mais tipos de do-ces conventuais.A assinatura do Acordo de Concertação Social, que trata os trabalhadores como inúteis que só querem fe-riados, férias e boa vida, a todos devia envergonhar. Trata-se de um retrocesso civilizacional tornar os tra-balhadores escravos sem direitos e sem qualidade de vida. A classe dirigente incapaz e com horizontes limi-tados deste país, quer concorrer com a mão-de-obra barata dos chineses e indianos e não com a qualidade do trabalho que se faz na Europa.A política económica e orçamental deste governo não só é assustadora como revoltante: explora os cidadãos, exige que paguem impostos, acaba com direitos e im-põe deveres.   A forma arrogante e sem sensibilidade social como este Governo está actuar, é preocupante e deixa os tra-balhadores à beira do desespero e da desmotivação, não é aceitável pedir ou exigir a um trabalhador que se esforce, trabalhe mais horas, sem descanso e sem os rendimentos compensatórios económicos e sociais.

Os cidadãos da República Portuguesa acordaram estu-pefactos. Constatam que o país está à beira de cair no precipício da bancarrota. Está sem dinheiro para nada. O sector público, com os seus organismos e empresas, estão na eminência de não terem dinheiro sequer, para o vencimento dos seus funcionários. Mas como isso era possível, interrogam-se os cida-dãos desta Nação? Não estavam eles numa democra-cia? Não tinham posto toda a sua esperança e coração no socialismo científico, e depois no da Internacional Socialista, apregoado após o 25 de Abril? Após a era do Estado Novo, desse Salazar que era “muito mau”, e dava uma vida de pobreza a todos, não tinham ficado depois todos bem, com aqueles políticos que lhes pos-sibilitaram comprar todos os bens que nunca tinham sonhado poder vir a ter? E a prosperidade no país não era agora bem visível? E como é que lhes diziam estar agora Portugal endividado, e astronomicamente ainda por cima? E chamam a isso a sua “dívida soberana”.A resposta são os números que não enganam, e mos-tram o país a viver além das suas possibilidades. Quem se der ao trabalho de consultar as estatísticas de 1960 até agora, pode constatar os valores que o Estado arrecada, e aquele que gasta, ano após ano. A essa vida de “menino rico”, acrescenta-se a irresponsabilidade de quem não se importava nada com isso, porque tinha sempre quem lhe emprestava, aquilo de que precisava para equilibrar a balança. O bolo da dívida tornou-se incomensurável, e, agora, poucos querem continuar a emprestar dinhei-ro, a este belo país à beira-mar plantado. Se por acaso o fazem, aplicam-lhe juros astronómicos.Portugal hipotecou assim a sua soberania. E quem o fez? Todos os políticos que concorreram para isso, mas de forma gritante nos últimos 6 anos, o partido político do Eng. Sócrates. Simplesmente, duplicou todo o valor da dívida soberana que existia, desde o 25 de Abril.O dilema de toda esta situação, assenta no facto da so-ciedade não poder reger os seus destinos pessoa a pes-soa. Tem que delegar em alguém para colectivamente

PSAlício Morais

CDSJoão Neves Pinto

As notícias de cortes e aumentos dos bens e serviços de primeira necessidade que afectam os trabalhadores são uma constante, como, por exemplo, o novo brutal aumento dos transportes públicos. No entanto, não verificamos qualquer ideia positiva de relançamento do economia, a não ser a internacionalização do pastel de nata.Este governo do PSD/CDS repetiu as receitas de Ma-nuela Ferreira Leite e Bagão Félix, e usa de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira di-mensão do défice: “atira” despesas para o ano seguinte, contabiliza receitas antecipadas e nacionaliza fundos de pensões particulares.Apesar de sermos hoje um país em dificuldades, as nomeações e reconduções feitas pelo governo, para os gabinetes dos ministros e dos secretários de Estado, para a administração directa e indirecta do Estado e para o sector empresarial do Estado, são aos milhares e parecem um bom exemplo de clientelismo político… Saudações socialistas.

o fazer, da mesma maneira que, se quer vestir um ca-saco, recorre a que o saiba confeccionar. Os partidos políticos são aqueles que têm a tarefa de isso fazer, e o povo põe a sua vida, nas suas decisões. E há-os que o fazem cegamente, apaixonadamente, da mesma forma como amam os seus clubes de futebol.O cerne da questão reside na retórica que estes usam, para demonstrar aquilo em que acreditam, que de-monstram sem sombra de dúvidas, serem os mais cor-rectos. Isso enganou esta Nação, para caminhos que agora se revelaram errados. Observando os “frutos” vindos desses grandes senhores bem falantes e bem pensantes, rodeados de títulos e mordomias, que se intitulam pais da democracia, que navegam sempre na crista da onda, se vê sem sombra de dúvidas, como era a sua “árvore”. Foram maus gestores da causa pública, e levaram à ruína o país.No sector privado isso nunca aconteceria. São os mais capazes aqueles que conduzem as empresas. Os que o não sabem fazer, têm vida curta, são despedidos pelos seus patrões, ou levam rapidamente à falência as suas firmas. No sector público não, arrastam toda a Nação para o caos. Em última instância, é esse mesmo povo, senhor do poder do voto, aquele donde provem o cerne da ques-tão, porque se deixou anestesiar pela palavra “socialis-mo”, e por aqueles que dela fizeram uso. As suas deci-sões, o seu pensamento, a sua política, foram a maior parte das vezes erradas. Agora, pode-se lançar melhor o olhar para o tempo, naquilo que foi o desmantelar do Império Colonial Português. Uma entrega precipitada desses territórios, a partidos políticos comunistas, sem eleições, sem salvaguarda dos superiores interesses de Portugal, nem da vida desses povos, e num desprezo total pelos seus cidadãos que aí viviam e trabalhavam. É para aí que grande parte dos portugueses se socorre neste momento, para fazerem face às suas necessida-des, procurando encontrar aí o que não encontram no seu país.O interessante em tudo isto, se por acaso esta tragédia tem alguma coisa de interessante, é que o vírus que se instalou em Portugal, também contaminou a maior parte dos país da Europa. Quer dizer, quase todos eles se puseram a gastar mais, do que aquilo que produ-ziam. Quer dizer então, que a Europa tem também uma dívida enorme para com alguém. Esse alguém, é anónimo, bem escondido no dinheiro sem rosto. É fá-cil, no entanto, adivinhar quem poderá ser, para quem está fortemente dependente do factor energético, e de acordos comerciais ruinosos com o gigante China. A Europa perdeu o cimento que a aglutinava e a di-namizava. O ateísmo que passou a dominá-la, vibrou ferozmente contra uma das primeiras palavras proferi-das pelo actual Papa Bento XVI: “A Europa está ferida de morte”. Mas é o que acontece na realidade. Agora lamenta-se da corrupção e de todos os males que gras-sam na sociedade.Desde sempre, o homem pretendeu sobrepor-se ao seu semelhante, e da mesma forma o clã em que se agrupa. As guerras entre os homens, sempre se ar-rastaram pelos tempos da história, com dominadores e dominados. Nos tempos que temos, a “guerra” é a nível da economia…, do dinheiro. Mas os dominado-res já não precisam de arrastar os seus vencidos, para os seus países, como escravos. Aqueles que se “põem a jeito”, acabam por ficar dependentes, dos senhores do dinheiro feitos dependentes geração após geração, e se até lá souberem gerir bem os seus destinos e ti-verem à frente dos seus governos pessoas direitas e honestas.

9VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 vozes de rio tinto

Lembrando-lhes o que foi o Estado Novo

Regime político instituído sob a direcção de António de Oliveira Salazar, e que vigorou em Portugal sem interrup-ção, embora com alterações de forma e conteúdo desde 1933 até 1974, em alguns aspectos semelhante aos regi-mes instituídos por Benito Mussolini na Itália e por Adolf Hitler na Alemanha, mas também com significativas dife-renças em relação aos mesmos. Podem inventariar-se, sem preocupação de ser exaustivo, as seguintes características essenciais do, então, Estado Novo português.1. O culto do Chefe, Salazar (e depois, sem grande êxito, Marcelo Caetano), mas um chefe paternal, de falas mansas mas austero, eremita ‘casado com a Nação’ sem as poses bombásticas e militaristas dos seus congéneres Franco, Mussolini ou Hitler.2. Uma ideologia com forte componente católica, asso-ciando-se o regime à Igreja Católica através de uma Con-cordata que a esta concede privilégios bem diferente do paganismo hitleriano.3. Uma aversão declarada ao liberalismo político, apesar da existência de uma Assembleia Nacional e de uma Câ-mara Corporativa com alguma liberdade de palavra, mas representando apenas os sectores apoiantes do regime, organizados numa União Nacional, que Caetano mudará em Acção Nacional Popular (com excepção do curto pe-ríodo em que nela esteve integrada uma ‘ala liberal’, numa fase crítica de fim de regime, a unanimidade será a tónica destes órgãos).4. Um serviço de censura prévia às publicações periódicas, emissões de rádio e de televisão, e de fiscalização de pu-blicações não periódicas nacionais e estrangeiras, velando permanentemente pela pureza doutrinária das ideias ex-postas e pela defesa da moral e dos bons costumes.5. Uma polícia política (PVDE, mais tarde PIDE e no final DGS), omnipresente e detentora de grande poder, que re-primia de acordo com critérios de selectividade, nunca se responsabilizando por crimes de massas, ao contrário das suas congéneres italiana e especialmente alemã.6. Um projecto nacionalista e colonial que pretendia man-ter à sombra da bandeira portuguesa vastos territórios dispersos por vários continentes, ‘do Minho a Timor’, mas rejeitando a ideia da conquista de novos territórios (ao contrário do expansionismo do EIXO) e que é mesmo ví-tima da política de conquista alheia (caso de Timor) e no qual radica a manutenção de uma longa guerra colonial.7. Um discurso e uma prática anticomunista, não apenas na ordem interna como na, que leva Salazar, por um lado, a assinar um pacto com a vizinha Espanha franquista e, por outro, a hesitar longamente entre o EIXO e as demo-cracias durante a Segunda Guerra Mundial.8. Uma economia tutelada por cartéis constituídos à som-bra do Governo, detentores de grandes privilégios, fecha-da ao exterior, receosa da inovação e do regime.9. Uma forte tutela sobre o movimento sindical, apertado nas malhas de um sistema corporativo que procura con-ciliar harmoniosamente os interesses do operariado e do patronato.O Estado Novo sofrerá diversos abalos provocados, quer pelas tentações golpistas de forças de carácter abertamen-te fascista, à sua direita (Nacionais-Socialistas), quer pelas conspirações putschistas dos reviralhistas republicanos, repentinamente frustradas, quer pela acção das forças políticas que, periodicamente, se candidatam a eleições (nomeadamente, em 1958, com o General Humberto Del-gado) mas acabará por cair devido à acção de uma conspi-ração militar dirigida pelo Movimento das Forças Arma-das, em 25 de Abril de 1974.

MRTCJoaquim Marinho

Será Melres uma freguesia também a extinguir???

Gente Capaz

Vem isto a propósito do que se passou na última Assem-bleia Municipal de Gondomar, realizada em 28 de Dezem-bro de 2011. Na discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento, o líder da bancada municipal do PS acusou a Câmara Municipal de pressionar os presidentes de junta a votarem a favor das propostas da Câmara. O vice-presi-dente afirmou que tal era mentira e até ofensivo. As intervenções prosseguiram e chegou a vez do presi-dente da freguesia de Melres usar da palavra. Justificou o seu voto de abstenção nas propostas, por considerar que o Executivo Camarário continua a protelar a resolução dos problemas estruturais que a freguesia possui, designada-mente nas áreas sociais e económicas.No ponto seguinte da ordem de trabalhos - delegação de competências nas juntas de freguesia -, foi a proposta apro-vada em 11 juntas de freguesia. Mas o mais grave é que foi reprovada, com os votos contra dos eleitos pelo PSD mais o grupo municipal de VALENTIM LOUREIRO, a transferên-cia de competências para a freguesia de Melres, por esta ter ousado abster-se no Orçamento para 2012!!!Ao terem votado como votaram, aqueles grupos munici-pais (PSD e apoiantes de Valentim Loureiro) demostra-ram que não aceitam opiniões diferentes das suas. Para eles, quem não votar a favor das suas propostas tem que ser castigado. Inaceitável. Pelo facto de um presidente não ter dado o seu voto favorável ao Plano e Orçamento para 2012 viu ser reprovada a transferência de competências municipais para a sua freguesia.Tudo isto é preocupante porque estão em causa os inte-resses da população. Se nada for feito para alterar esta si-tuação de abuso do poder por parte do PSD e grupo de Valentim Loureiro, poderá ficar em causa a sobrevivên-cia da freguesia de Melres e a resposta aos problemas dos seus habitantes. Em democracia é preciso saber respeitar as opiniões diferentes e, neste caso, o presidente da Junta de Freguesia de Melres mais não fez do que defender os interesses dos seus habitantes.Como membro da Assembleia Municipal, e como cida-dão, não posso aceitar esta espécie de vingança política do PSD e do grupo municipal de Valentim Loureiro contra um presidente de Junta de Freguesia. Em democracia não há votos de primeira ou de segunda, todos os votos valem o mesmo, todos os votos têm igual dignidade. É preciso respeitar a vontade popular. Exige-se que o Executivo Municipal, e em particular o seu presi-dente, tome todas as medidas necessárias para reparar a situação antidemocrática criada pelo PSD e apoiantes de Valentim Loureiro na Assembleia Municipal. Está em cau-sa a continuidade da Acção Social da freguesia de Melres ou a sua EXTINÇÃO por não ter condições e meios finan-ceiros para prosseguir o seu trabalho. Também se exige à Câmara que tome as medidas adequa-das quanto ao estacionamento pago para Rio Tinto. Não pode o Executivo dizer que não tinha experiência aquan-do da negociação do contrato para o Mercado da Areosa e que para S. Cosme já fez de forma diferente. Para quem está há tantos anos a dirigir os destinos de Gondomar, isto não é aceitável.Se o Executivo reconhece o erro da sua actuação, como foi dito pelo vice-presidente na Assembleia Municipal, e como os habitantes de Rio Tinto não têm qualquer res-ponsabilidade na situação, então não têm de ser eles a pagar a incompetência de quem fez este negócio ruinoso. A Câmara anda sempre a dizer que governa a favor das pessoas. Só lhe resta um caminho: assumir o erro das suas escolhas, das suas decisões políticas.

É verdade! Ao longo dos séculos demonstrámos que somos Gente Capaz e que perante a adversidade (e foram muitas as que vivenciamos) nunca voltamos as costas.O nosso desígnio desde remota idade, é a luta. E o tempo, este tempo que é de Guimarães, cidade-berço da nacio-nalidade portuguesa, agora Cidade Europeia da Cultura, é também o tempo de todos os portugueses, de todos os que acreditam que são GENTE CAPAZ! Os vimaranenses são capazes e estão a revelar a sua força criadora à Europa e ao Mundo, baseados na sua história e na sua memória, juntaram-lhes os afectos e a força do “guerreiro” e Portu-gal ali surgiu naquela noite fria atmosfericamente, mas tão quente de humanidade… forte, cheio de vida e energia!E é essa ESPERANÇA de conseguir CORRER atrás da luz (mesmo que esta pareça estar só lá ao fundo do túnel); de INOVAR abrindo de imediato duas janelas, se uma porta se fechou; de PROCURAR o rendimento e o sustento aqui ou além, (como acontecera outrora); de TRANSFORMAR as uvas no bom vinho; de FAZER CRESCER as ideias e expandir-se, é portanto essa energia chamada ESPERAN-ÇA que nos fortalece e nos torna GENTE CAPAZ!É urgente acreditarmos e juntarmos as energias boas de todos e assim construirmos com alicerces mais seguros a nossa “casa-Portugal”. É o tempo do sacrifício, da

sementeira, até talvez da tempestade (para alguns que sofrem mais as agruras da vida), mas também é o tempo de “limparmos as poeiras da engrenagem”. E, tal como Guimarães que mostrou no dia da abertura da cidade a Capital Europeia da Cultura que sem “obras faraónicas” nem “investimentos megalómanos”, mas com a Memória Colectiva de um povo, a sua identidade , a sua capacidade de ir mais além é possível VENCER, também NÓS, vimaranenses, albicastrenses, portuenses, alentejanos, algarvios, numa palavra, PORTUGUESES, contribuiremos com o nosso TRABALHO, POUPANÇA, ENERGIA, CONCENTRAÇÃO NO ESSENCIAL, CRIA-TIVIDADE, INOVAÇÃO e LUTA, para que PORTUGAL se afirme mais forte hoje e amanhã!

BERui Nóvoa

PSDMaria Guimarães

10 vozes de rio tinto VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

2012: Ano de resistência e de luta

A vergonha histórica do (des)acordo social

A falência do projecto europeu. Haverá solução?

Mais um novo ano agora se inicia, mas com velhas políticas, uma vez que iremos continuar a ter confrontados com mais austeridade e exploração, que consequentemente originará retrocesso social, que irá tornará os portugueses ainda mais pobres do que no ano que findou.As troikas representadas pelo Governo PSD/CDS – a que o PS ficou irremediavelmente ligado, com a assinatura do Memorando de Entendimento e a abstenção no Orçamento de Estado – agem ditatorialmente, roubam aos desemprega-dos, aos trabalhadores precários e efectivos, aos reformados e pensionistas, direitos por estes conquistados.Desde o primeiro dia do ano que somos confrontados com nova avalanche de duras medidas. Aumentos brutais dos bens essenciais, taxas moderadoras, consultas nos hospitais e centros de saúde, electricidade, transportes públicos, aumen-to de impostos e uma brutal razia nos apoios sociais, quebra generalizada no investimento público, redução nas transfe-rências para o Poder Local. Também em sede de Concertação Social o capital e o patronato acabou de ganhar novo fôlego, com um “acordo” que contou com a apoio do governo/patro-nato/troika e a bênção da “suspeita do costume” UGT!O “acordo” celebrado constitui o maior atentado aos direi-tos dos trabalhadores e um retrocesso social sem preceden-tes nas relações de trabalho em Portugal. É óptimo para o grande patronato e inaceitável para os trabalhadores porque acentua a exploração, as desigualdades e o empobrecimento.É um compromisso que coloca o Estado e o dinheiro dos nos-sos impostos ao serviço dos grandes grupos económicos e fi-nanceiros e fragiliza a segurança social, ao forçá-la a financiar as empresas para baixar salários, generalizar a precariedade e, de seguida, enviar os trabalhadores para o desemprego.É um “acordo” da capitulação que subverte o princípio constitucional de proibição de despedimento sem justa cau-sa, abrindo a porta de par em par aos despedimentos por inadaptação, decorrentes da “quebra de produtividade ou de qualidade”, sempre associada a objectivos definidos e impos-tos pelo patronato... Tudo é executado e acordado em nome de um pretenso combate ao desemprego. Apregoa-se a ideo-logia das inevitabilidades, da resignação e do conformismo.O PCP tem apontado propostas concretas para ultrapassar este terrorismo social – que está a conduzir o país para o abismo – e que passam pela imediata renegociação da dívida pública, a tomada de medidas para o aumento da produção nacional, valorizando os salários e as pensões e interromper o criminoso programa de privatizações.É imperioso travar e rejeitar este pacto de agressão que está a sufocar a economia e o futuro do país. Nesse sentido, é fundamental o desenvolvimento e a ampliação da luta orga-nizada das massas trabalhadoras e do povo.Mas, não é apenas o Governo que tem demonstrado insen-sibilidade social nas medidas que toma, também em Gon-domar, a troika Valentim/PSD/CDS segue o mesmo trilho. A Câmara de Gondomar decidiu aumentar os preços da água e saneamento para 2012, em 5,68%. Os ramais de sa-neamento aumentam 4,35%. Isto, quando é conhecido que a empresa “Águas de Gondomar, SA” teve lucros líquidos de 800 mil euros em 2009 e 1 milhão e 400 mil euros em 2010. Também as tarifas de Resíduos Sólidos Urbanos vão aumentar em 2012. Convém lembrar que são aumentos su-periores à “taxa de inflação” de 3,19% prevista pelo governo.Também por exigências da troika estrangeira e nacional há a intenção de encerrar o SASU – Serviço de Atendimento em Situações de Urgência – à noite, fim de semana e feriados. Esta medida não devia constar sequer de intenções, uma vez que em Gondomar não existe hospital público e o concelho tem como hospitais de referência o de Valongo e o Hospital de Santo António (apesar do Hospital de S. João ficar nas imediações de Rio Tinto, a maior freguesia do concelho),

Aquando da assinatura do (Des)acordo Social, o Primeiro--Ministro e os demais governantes do PSD e CDS-PP clas-sificaram este (des)entendimento de histórico. Talvez a his-tória lhes dê razão. Foi na verdade um marco histórico de afundamento do país e um retrocesso social para as pessoas que trabalham e estão disponíveis para trabalhar. É incor-recto chamar acordo, visto que as medidas contidas pendem exclusivamente para o lado patronal e violam descarada-mente direitos fundamentais dos trabalhadores.Para o governo (PSD/CDS-PP) a justificação para tais me-didas gravíssimas, como vem acontecendo desde Junho, é sempre as imposições da “troika”. Não podemos deixar cair em esquecimento, que as ditas imposições da “troika” (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetá-rio Internacional), foram estabelecidas com o consentimen-to e assinaturas do PSD, CDS-PP e PS, sendo ainda apadri-nhadas pelo Presidente da República Cavaco Silva.Não é preciso ser guru, para prever que o (Des)acordo So-cial vai agravar a precariedade, a injustiça social, a pobreza e a exploração de quem trabalha, condenando o futuro dos nossos jovens ao acesso ao emprego com direitos.O documento foi aprovado à medida dos interesses das grandes empresas e do grande capital, representando um verdadeiro retrocesso civilizacional no quadro das relações de trabalho e do papel de um Governo que, em nome do Estado, deve defender e acautelar os interesses de todos de igual forma e do desenvolvimento do país, desenvolvimento este que só acontece se apoiado nos trabalhadores.O documento, para além de consagrar o trabalho gratuito, contém medidas que visam facilitar e tornar mais baratos os despedimentos e que são uma verdadeira seta envenenada dirigida aos trabalhadores mais idosos, com problemas de saúde ou com qualquer outra chamada “inadaptação”, sendo esta “inadaptação” algo cada vez mais subjectivo e de pos-sível perversa utilização. Estas medidas permitem passar o ónus da falta de formação profissional e da debilidade de respostas do nosso sistema social para cima dos trabalhado-res e ilibam as empresas e o Estado das suas responsabilida-des nestas matérias.Outro facto grave neste (Des)acordo é aprovar a redução da compensação ao trabalhador quando este se despede com justa causa, vindo, não só, dar implicitamente cobertura a práticas ilegais e imorais do patronato, que podem ir desde salários em atraso a práticas lesivas da saúde e segurança dos trabalhadores, assédio sexual, ou outras, permitindo a sua proliferação, como vem ainda penalizar duplamente o trabalhador que, para além de ser a vítima de uma práti-ca ilegal, vai ainda ser penalizado, do ponto de vista pecu-niário, por usar de um direito que lhe é reconhecido: o de se despedir. Perante brutais ofensivas contra a maioria dos portugueses é necessário e urgente reivindicar contra a re-tirada dos direitos de quem trabalha e de quem cria riqueza no país. Desde já a começar pela manifestação promovida pela CGTP, no dia 11 de Fevereiro. “Quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre”.

O projecto europeu foi o grande exemplo de paz e coopera-ção que o velho continente quis mostrar ao Mundo, nas últi-mas décadas. Hoje é possível a um europeu viajar livremente pelo continente, trabalhar onde quiser, estudar um semestre inteiro numa faculdade europeia, ter uma profissão acredita-da em qualquer lado na Europa e muito, muito mais.Mas tudo isto está em vias de se auto-destruir. Criámos um modelo social deveras exigente do ponto de vista financei-ro e acreditámos mesmo que era possível mantê-lo, estan-do nas nossas barbas que os orçamentos que aprovávamos eram deficitários. Ano após ano.O grande azar foi ter o socialismo democrático como motor deste sonho europeu, que na realidade foi apoiado por to-dos. Até mesmo outros quadrantes políticos apoiaram esta doutrina. Ou seja, preocupamo-nos em dividir uma rique-za, que no início do projecto existia: a economia crescia, mas que ano após ano abrandava. Mas continuámos na dis-tribuição da riqueza que não produzíamos que se traduziu em dívida. Dívida que não poderemos honrar nos muitos anos que se seguirão. Criámos um verdadeiro cancro.As asneiras não ficam por aqui. A Europa desenvolveu outra doença: “a carga fiscal”. Criou-se uma carga fiscal cada vez maior e não se reparou que isso fez com que a capacidade produtiva se deslocasse para mercados asiáticos. Hoje, 90% do que compramos vem desses mercados. Desde roupa, computadores, TV’s, o nosso telemóvel e ficamos na Europa com a logística e com o comércio. Resultado: desemprego.Mas nós, europeus, somos muito humanos(!): criámos o sa-lário mínimo, mas o telemóvel que temos foi feito por pes-soas que trabalham por um saco de arroz; abolimos o traba-lho infantil, mas nem sequer sabemos quem coseu os ténis que calçamos. Ou seja, é impossível competirmos com os mercados asiáticos. Impossível. Mas também não é possível

PCPJosé Fernandes

PEVMiguel Martins

Juventude PopularTiago Isidro Costa

obrigando a deslocações complicadas, tanto pelos doentes, como pelos seus familiares, acrescido de custos que daí ad-vêm.ASSEMBLEIA DE FREGUESIA – Na sequência da colo-cação dos parcómetros na zona envolvente do mercado da Areosa, a CDU apresentou na última Assembleia de Fregue-sia uma Proposta (aprovada por unanimidade) expressando solidariedade com todos os que serão afectados pelo paga-mento do estacionamento. Nessa Proposta recomenda-se à Câmara Municipal de Gondomar para que assuma as suas responsabilidades em matéria de propostas para alterações contratuais com a empresa concessionária sobre os tarifários e horários. Também foi aprovada uma Moção de Solidarie-dade com a ANAFRE, (aprovada por maioria), saudando esta, pela realização do seu XIII Congresso e manifestando total solidariedade com as decisões aprovadas e constantes das conclusões tornadas públicas.ASSEMBLEIA MUNICIPAL – Também a Assembleia Mu-nicipal de Gondomar aprovou, por unanimidade, uma Pro-posta da CDU, para que a Câmara de Gondomar proceda à reconstrução da Ponte Pedonal da Levada, destruída pelas cheias de 2009, dando expressão ao descontentamento dos moradores, manifestado através de um abaixo-assinado que reuniu dezenas de assinaturas. Na mesma ocasião foi aprova-da por unanimidade, uma Proposta da CDU para que a Câ-mara de Gondomar proceda à inventariação e classificação, como património cultural de interesse municipal, dos Moi-nhos de Água e Azenhas existentes na bacia hidrográfica do rio Tinto, que ainda possam ser preservados e aproveitados.Espera-nos um ano difícil. Mas 2012 poderá ser também um ano de renovada esperança e confiança numa inevitá-vel mudança de rumo. Nesse sentido, apelamos a todos, que participem na GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL que se realizará no dia 11 de Fevereiro em Lisboa!

apenas vivermos do comércio e da logística. E agora? Agora, apesar de não ser novo aquilo que falo, de toda a gente conhecer ao pormenor todas as entrelinhas que até agora escrevi, que este texto bem poderia ter sido escrito por qualquer europeu, quando ligamos as nossas televisões ouvimos falar em troika, em rating, na Grécia, em Portugal, mas nenhum dirigente europeu opinou sobre este proble-ma, ninguém apresentou nenhuma solução. Nem BCE, nem Merkel, nem Sarkozy, nem Barroso… É urgente voltar a produzir na Europa. Enquanto não resolvermos o problema Ásia, é impossível voltarmos a ter uma economia próspera, umas finanças saudáveis e não haverá salvação possível.

11VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 informação

Foi este o mote do Dia Solidário, uma acção organizada pela Comissão Social de Freguesia de Rio Tinto e que decor-reu recentemente na Escola Secundária de Rio Tinto. Para aceder ao local des-ta iniciativa era necessário entregar um bem alimentar à entrada. A solidarieda-de dos mais de 1.500 visitantes, segundo números avançados pela organização, permitiu a recolha de várias centenas de géneros alimentícios (arroz, leite, massa e conservas) que foram posteriormente distribuídos às famílias mais carencia-das da freguesia pelo Serviço Social da Junta de Rio Tinto.

O Dia Solidário, por outro lado, pro-porcionou às pessoas que se deslocaram à Secundária de Rio Tinto, por intermé-dio dos parceiros sociais e de diversas entidades, um vasto leque de serviços, desde manicura, maquilhagem, cabelei-reiro, massagem, consultas de podolo-gia, rastreios auditivos e visuais.

“Com esta iniciativa disponibiliza-mos à população, em especial àqueles que possuem menos recursos financei-ros, um conjunto de valências que de outra forma não teriam possibilidade

de obter”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Mar-tins.

Vários ateliers, de pintura e reci-clagem por exemplo, onde os jovens e adultos se divertiram, ginástica, aula de Zumba Fitness [programa de fitness latino-americano que incorpora hip--hop, samba, salsa, merengue, mambo, artes marciais, entre outros estilos] com dezenas de participantes e muita músi-ca, com especial destaque para a actu-ação dos Som da Rua. Um grupo que junta utentes de várias instituições que intervêm na área das dependências, en-tre elas, o projecto Prevenir, Intervir e Reinserir com ARTE(S).

Fazendo um balanço positivo do Dia Solidário, o autarca Marco Martins su-blinhou a importância da presença dos diversos parceiros sociais (25) e entida-des nesta iniciativa, que contribuíram para o sucesso da mesma. A terminar, o presidente da Junta de Rio Tinto referiu ainda que vai propor à Comissão Social de Freguesia que volte a organizar, em 2012, o Dia Solidário.

Luís Morais Ferreira

Seja solidário! Traga um bem alimentar!Sociedade

12 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Um dos momentos mais marcantes da festa em honra de São de Brás des-te ano será a entronização do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, como Con-frade de Honra da Confraria Gastronó-mica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte. “Agradecemos a honra que nos foi concedida pelo Bis-po do Porto em aceitar a categoria de Confrade de Honra da nossa Confraria e saudamos o pároco de Baguim, o pa-dre Lucindo Silva, pela total colabora-ção que nos tem dispensado”, afirmou o chanceler-mor Paulo Araújo.

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto desde Fevereiro de 2007, tem-se notabi-lizado pelas suas intervenções no cam-po cultural e religioso, ocupando aos 63 anos um lugar de destaque na hierar-quia da Igreja Católica. Pioneiro na uti-lização do Youtube para a divulgação de mensagens da diocese do Porto, D. Ma-nuel Clemente foi distinguido, em 2009, com o Prémio Pessoa, o mais prestigia-do galardão nacional que é promovido pelo jornal Expresso.

“A sua intervenção cívica tem-se destacado por uma postura humanísti-ca de defesa do diálogo e da tolerância, de combate à exclusão e da intervenção social da Igreja. Ao mesmo tempo que desenvolve a sua missão pastoral, D. Manuel Clemente promove uma inten-sa actividade cultural de estudo e deba-te público. Em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo.” Foi desta forma que o júri na altura justifi-cou a atribuição do Prémio Pessoa ao Bispo do Porto, sendo a primeira vez que este galardão foi entregue a uma personalidade da Igreja.

A cerimónia de entronização de D. Manuel Clemente como Confrade de

Honra tem lugar no dia 3 de Fevereiro, pelas 16h30, na tenda que a Confraria vai instalar, pela primeira vez, no Lar-go de São Brás. Um espaço que, segun-do Paulo Araújo, tem como propósito “acolher diversas iniciativas muito difí-ceis de realizar devido às condições cli-matéricas da época e, deste modo, dar uma atmosfera mais consentânea com a crescente popularidade dos rojões e papas de sarrabulho, e das próprias Fes-tas a São Brás.” Iniciativa que se tornou

possível graças ao contributo de todos os confrades e ao apoio da Junta de Fre-guesia de Baguim do Monte, fez questão de referir o chanceler-mor.

Uns dias antes, no dia 29 de Janeiro,

agora na Igreja Paroquial de Baguim, são entronizados dez novos confrades. Logo de seguida, realiza-se um almoço--convívio numa unidade de restauração da freguesia.

Programa de festas variadoNo entanto, o momento mais impor-

tante da festa em honra de São Brás é a procissão. O cortejo religioso, formado pelos vários andores, por diversas figu-ras bíblicas interpretadas por crianças e

adultos, pelos membros das confrarias (Sagrado Coração de Maria e São Brás, e dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte), pela Banda Musical de São Cipriano (A Nova) e por indivi-dualidades do concelho, percorre du-rante mais de uma hora as várias ruas de Baguim do Monte. A procissão tem início às 15 h, no dia 3 de Fevereiro.

Neste mesmo dia, actua logo pela manhã (8h) a Banda Musical de São Cipriano (A Nova). Três horas depois, o Bispo do Porto preside à missa sole-ne em homenagem ao santo padroeiro da freguesia e, pelas 12h, reúne-se na tenda da Confraria Gastronómica o júri do 13º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, organizado pela Cooperativa Cultural Arco do Bojo e apoiado pelo Vivacidade, que vai avaliar as iguarias em concurso. O presidente da Direcção

da Cooperativa, o também Paulo Araú-jo, não tem dúvidas que “esta é uma das iniciativas com maior impacto na eco-nomia local e que maior divulgação faz da freguesia de Baguim do Monte.”

Segundo o dirigente associativo, “as Festas a São Brás também foram muito beneficiadas com este concurso gastro-nómico, pois vêm ainda mais pessoas de fora para não só apreciar estes pratos, como também aproveitam para partici-par nos festejos. A título de curiosida-de, refira-se que no ano passado houve participantes que só no dia de São Brás venderam 30 pás de porco em rojões!”

Paulo Araújo salientou, por outro lado, “a qualidade” dos rojões e papas de sarrabulho preparadas pelos restau-rantes. “Todos os participantes desejam servir o melhor possível os clientes, dentro dos parâmetros definidos pela organização, que provocou uma crite-riosa selecção dos ingredientes utiliza-dos na confecção dos pratos”, referiu o presidente da Direcção, acrescentando que “sinónimo da importância deste concurso está o facto de chegarem até nós vários pedidos de restaurantes, fora da área de Baguim do Monte, a quere-rem participar.”

“Não podemos esquecer ainda o grande contributo ao longo destes anos das unidades de restauração, Câmara de Gondomar, juntas de Baguim do Monte e Rio Tinto, Associação Comer-cial e Industrial de Gondomar, Artame, Lipor, Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás, Paróquia de Ba-guim e do pároco da freguesia para o nascimento e consolidação deste cer-tame gastronómico”, concluiu Paulo Araújo.

O dia 3 de Fevereiro ‘encerra’ com o espectáculo musical do grupo Dupla Face. No dia seguinte, pelas 21h30, é a vez do conjunto de música tradicional portuguesa Arco do Bojo ‘subir ao pal-co’ no Largo de São Brás. Já no dia 5 de Fevereiro, pelas 15h, actuam o Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo e o Rancho Folclórico As Farrapeirinhas de Baguim do Monte. A entrega de prémios do 13º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarra-bulho de Baguim do Monte e do 2º Fes-tival Gastronómico de Gondomar Va-mos aos Rojões e Papas de Sarrabulho à Moda de Baguim do Monte, música dos alunos da Escola ComCordas incluída, ‘fecha’, pelas 21h, a edição de 2012 da festa em honra de São Brás.

Luís Morais Ferreira

Bispo do Porto será Confrade de HonraFesta em honra de São Brás

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14 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

A Assembleia Municipal aprovou recen-temente, com 28 votos a favor, 14 contra e uma abstenção, o Plano e Orçamento para 2012 da Câmara Municipal de Gondomar, que registou uma quebra relativamente ao ano anterior. Ou seja, diminuiu de cerca de 109 milhões de euros para pouco mais de 90 milhões de euros. No entanto, o edil Valentim Loureiro garantiu que “será pos-sível manter a execução dos nossos princi-pais projectos devido ao controle financei-ro rigoroso com que temos vindo a gerir o município, e que asseguram a solidez das nossas finanças.”

Segundo o presidente da Câmara de Gondomar, o Orçamento para 2012 “é um documento realista, rigoroso e ambicioso, que se enquadra num contexto económico--financeiro profundamente adverso e obriga a um esforço adicional no sentido de criar um equilíbrio entre dar resposta às neces-sidades dos gondomarenses e assegurar, simultaneamente, a sustentabilidade finan-ceira da autarquia.”

As políticas sociais, o investimento no Parque Habitacional e a melhoria do Parque Escolar são prioridades para a autarquia,

frisou Valentim Loureiro. O edil anunciou que este ano terá início a construção do Par-que Tecnológico de Ourivesaria de Gondo-mar, “um dos equipamentos mais marcantes para o desenvolvimento económico do mu-nicípio”, que significa um investimento de mais de seis milhões de euros (na 1.ª fase). Valentim Loureiro defendeu ainda os pro-jectos e iniciativas desenvolvidos em parce-ria e rede, destacando a acção das juntas de freguesia e das associações locais.

O Orçamento para 2012 da Câmara de Gondomar contempla uma série de projec-tos para a cidade de Rio Tinto (Baguim do

Monte e Rio Tinto), alguns deles inscritos em sucessivos exercícios financeiros. Por outras palavras, a conclusão do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto; a construção do Fórum Municipal de Rio Tinto; dar continuidade aos projectos de despoluição e requalificação ambiental de linhas de água concelhias, designadamente dos rios Ferreira, Sousa e Tinto, e iniciar a intervenção no rio Torto; a construção do Centro de Saúde de Baguim do Monte; e a entrada em funcionamento do Centro de Acolhimento Temporário para Jovens, do género feminino, entre os 12 e os 18 anos,

construído pela Câmara Municipal na fre-guesia de Baguim.

A autarquia pretende também requalifi-car várias ruas da cidade, concluir a cons-trução dos novos edifícios dos estabeleci-mentos de ensino de Rio Tinto e colocar à venda lotes de terreno, como, por exemplo, na zona da Ferraria (freguesia de Rio Tinto), por um milhão e 250 mil euros.

Nesta Assembleia Municipal foram ain-da aprovados os protocolos de delegação de competências entre a Câmara de Gondo-mar e as juntas de freguesia do concelho, exceptuando com a Junta de Melres. Em declarações à Agência Lusa, o autarca de Melres, Jorge Correia, afirmou que “bastou a minha abstenção no Orçamento Camará-rio para 2012 e foi chumbado o protocolo de delegação de competências com a Junta de Melres.” “Foi o único protocolo chumbado”, criticou ainda o autarca. Reagindo às acusa-ções, o vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira, referiu, também à Agência Lusa, que o que esteve em causa foi “uma vontade política e uma votação democrática, e não discriminatória.”

Luís Morais Ferreira

Na última Assembleia de Freguesia de Baguim do Monte de 2011 foram retratados vários assuntos que ao longo do ano foram debatidos pelos partidos com assento parla-mentar. A deputada do PS, Diana Ribeiro, recordou que, “apesar dos esforços conjun-tos com o Ministério da Saúde, Câmara Mu-nicipal de Gondomar e Junta de Freguesia, ainda não contemplamos provas físicas do local onde irá nascer o Centro de Saúde de Baguim do Monte.” O autarca Nuno Coe-lho referiu que actualmente existe terreno e verba disponível para a construção deste equipamento de saúde, acrescentando que o incumprimento neste processo é da parte da Administração Regional de Saúde.

Pelo presidente de junta ficou-se tam-bém a conhecer a tentativa de resolução de um problema que despontou no início de

2011. A criminalidade crescente que tem afectado a zona industrial e a rua D. Antó-nio Castro Meireles será combatida com a contratação de dois guardas-nocturnos. A contratação destes elementos ficará, exclusi-vamente, ao encargo das empresas situadas nos referidos locais.

Assunto recorrente nas assembleias de freguesia tem sido a zona envolvente da Li-nha do Metro. Um assunto que ainda não tem fim à vista, uma vez que tanto a Metro do Porto como a Câmara de Gondomar relegam para ambas a responsabilidade de limpeza da zona adjacente à linha.

No que respeita à rua das Donas, cuja obra é da responsabilidade do município, o autarca Nuno Coelho lembrou, mais uma vez, que o incumprimento é da Câmara Municipal e não da junta de freguesia. O

presidente de junta referiu que na última Assembleia Municipal “foi reconhecido pu-blicamente pelo vice-presidente da Câmara a falta de investimento nos arruamentos da freguesia. E que em 2012 este seria canaliza-do para Baguim do Monte, inclusive para a rua das Donas.”

Nesta assembleia de freguesia foi apro-vado por maioria, com os votos favoráveis do PS e a abstenção da coligação PSD/CDS, o Plano de Actividades e Orçamento da fre-guesia para 2012. Com um Orçamento na ordem dos 60 mil euros, o documento, ela-borado em função da receita prevista, tenta enquadrar-se na realidade do país.

“Fomos o mais realistas possíveis na re-alização deste Orçamento. Queremos que seja exequível. E caso haja diminuição das receitas, será feito um reajustamento”, expli-

cou Nuno Coelho, referindo que o Execu-tivo da Junta pretende dar continuidade à actual actividade social e lúdica.

Por outro lado, foi apresentada uma mo-ção, aprovada por unanimidade, na qual se manifesta a discordância em relação aos critérios do Documento Verde, que prevê a agregação/extinção das freguesias de Covelo, Lomba, Medas, São Pedro da Cova e Valbom.

Nesta ocasião foram ainda aprovados o Protocolo de Delegação de Competências com a Câmara Municipal de Gondomar (por unanimidade); e os regulamentos de utilização dos espaços colectivos da junta e de cobrança de taxas e licenças. Sem esque-cer também a apresentação do Relatório de Actividades do Trimestre (meses de Setem-bro, Outubro e Novembro).

Isabel Silva

Orçamento Municipal diminui

Orçamento realista para 2012

Política

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16 especial natal VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Durante a quadra natalícia, o clima de austeridade que impera actualmen-te no país não fez diminuir o ‘espírito de Natal’ e as acções de solidariedade no concelho de Gondomar. A Câmara Municipal (em colaboração com a San-ta Casa da Misericórdia de Vera Cruz), no âmbito do programa Natal Solidário, entregou cabazes de Natal a 944 famílias do concelho (exclui bebidas alcoólicas), num total de 3.081 pessoas.

Esta iniciativa, que representou para a autarquia um investimento de mais de 34 mil euros, pretendeu “proporcio-nar um Natal mais feliz e condigno aos agregados familiares mais carenciados do concelho”, afirmou o edil Valentim Loureiro. Para o presidente da Câmara de Gondomar “é dever de todos os res-ponsáveis autárquicos promoverem ac-ções para que, sempre que possível, se resolvam os problemas que afectam as populações.” “E foi precisamente esse o objectivo do Natal Solidário”, concluiu Valentim Loureiro.

Em Rio Tinto...Já o Executivo da Junta de Rio Tinto,

acompanhado pelo Pai Natal, realizou a habitual visita aos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo da rede pública da freguesia. Além de desejar Boas Festas a toda a comunidade escolar, a comiti-va liderada pelo autarca Marco Martins ofereceu a cada turma um dicionário ilustrado já com o novo Acordo Orto-gráfico e livros infantis.

Individualmente, as cerca de 2.250 crianças que frequentam os já referidos estabelecimentos de ensino receberam um bilhete para o circo e um pequeno livro didáctico sobre ambiente e recicla-gem. Esta iniciativa contou com o apoio da Lipor e do Parque Nascente.

A autarquia rio tintense promoveu também um concurso de construção de árvores de Natal em material de recicla-do. “Uma forma diferente, económica e ecológica de levarmos o Natal a mais pontos da freguesia”, referiu o autarca Marco Martins.

Realizado no âmbito da iniciativa Natal Solidário em Rio Tinto (dinami-zada pela Rede Social através da Comis-são Social de Freguesia), este concurso registou a presença de 25 árvores de Na-tal que tiveram a ‘missão’ de dar outro colorido às rotundas e jardins da fregue-sia. Trabalhos estes fruto da imaginação da comunidade escolar, dos utentes de Instituições Particulares de Solidarieda-de Social e associados das colectivida-

des. O grande vencedor desta iniciativa

foi a Escola EB 1 da Boavista. Em se-gundo lugar ficou o Contrato Local de Desenvolvimento Social - Urbanização de Carreiros e no último lugar do pódio, em ex aqueo, os infantários Rami-Olé e A Fisga. “Devido à extraordinária ade-são dos vários parceiros e ao envolvi-mento da comunidade neste concurso,

iremos repetir a iniciativa no Natal de 2012”, garantiu Marco Martins.

Em Baguim do Monte...A população de Baguim do Monte

fez questão novamente de ajudar as pes-soas carenciadas da freguesia, entregan-do, na junta de freguesia ou no Espaço Idade Mais, roupas, calçado, brinquedos e alimentos que foram distribuídos pe-

los mais necessitados da freguesia e por diversas instituições de solidariedade social. “Devido à enorme generosidade da população, mais uma vez, a campa-nha Natal Solidário foi um sucesso”, su-blinhou o autarca Nuno Coelho, acres-

centando que “2011 foi o ano em que mais géneros conseguimos recolher e de melhor qualidade.”

O autarca destacou, por outro lado, o papel importante de Domingos Ramos, “um verdadeiro solidário”, na organiza-ção desta iniciativa promovida pela Jun-ta de Baguim do Monte. Nuno Coelho não esqueceu ainda de frisar que alguns voluntários, o Gabinete de Acção Social

da junta e os funcionários desta autar-quia também colaboraram no Natal So-lidário 2011.

Também em Baguim do Monte, e pelo terceiro ano consecutivo, A Cara-vela - Associação para a Cidadania Eu-ropeia, em parceria com a Junta de Ba-guim do Monte, promoveu o concurso de presépios de Natal. “Uma iniciativa que visa incentivar a participação dos

baguinenses na cultura e nos valores comuns, promovendo, em simultâneo, a produção artística”, explicou o presiden-te da Direcção, Mário Tavares.

A edição deste ano contou com a participação de 15 presépios, “o dobro

dos concorrentes, o que para nós é mui-to gratificante, pois são um indicador de que a iniciativa começa a criar raízes na vida cultural da freguesia e de que se deve manter esta dinâmica.”

O júri do concurso atribuiu o pri-meiro prémio ao presépio do Café Aqua Doce, colocando-se nas posições se-guintes Maria da Conceição Gonçalves Rocha e Rancho Folclórico As Farrapei-

rinhas de Baguim do Monte. Após elo-giar a qualidade dos trabalhos, Mário Tavares deixou ainda um agradecimen-to aos concorrentes e às entidades que colaboraram nesta iniciativa.

E, mais uma vez, a Casa do Pai Natal ‘encheu de luz’ o Natal gondomarense. Situada em Baguim do Monte, atraiu, como já é hábito, milhares de visitan-tes à freguesia. O responsável por esta

‘obra-de-arte’ é Camilo Pereira, um ex--emigrante nos Estados Unidos, que anualmente decora a sua habitação com milhares de adereços alusivos ao Natal.

Luís Morais Ferreira

Natal ‘contagia’ Gondomar

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18 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Após alguns anos à frente dos destinos da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários da Areosa-Rio Tinto, An-tónio Maranho tomou a decisão de aban-donar a liderança da corporação, o que obrigou à marcação de eleições. Os sócios elegeram um novo presidente da Direcção para o triénio 2012-2014. Correia da Silva é o seu nome.

Este dirigente associativo, ligado a esta associação humanitária há já vários anos, tem como objectivos, para além de pro-porcionar melhores condições aos volun-tários e aos funcionários, o pagamento da dívida que diz respeito à construção do novo quartel, que significou um investi-mento na ordem dos 870 mil euros. 70% do custo da obra é suportado por fundos comunitários no âmbito do QREN e os restantes 30% pelos Bombeiros da Areosa.

Uma das formas de saldar a dívida passa pela venda das antigas instalações da corporação rio tintense, que estão situ-adas na Areosa. “O edifício continua por vender”, lamentou Correia da Silva. Rela-tivamente ao posto de enfermagem que está implementado no antigo quartel dos Bombeiros da Areosa, o presidente da Di-recção referiu que “continua em funcio-namento, não estando agora sob a alçada da nossa corporação por uma questão de custos. As enfermeiras assumiram a ges-tão daquele espaço. No entanto, os nossos associados continuam a usufruir das mes-

mas regalias.”O novo quartel está praticamente con-

cluído, faltando apenas instalar a vedação e os portões exteriores. O que representa para os Bombeiros da Areosa a sua ‘nova casa’? “Comodidade, operacionalidade e localização estratégica”, respondeu o 2º Comandante Virgílio Pereira, que consi-dera que a corporação tem os meios ne-cessários para prestar o melhor socorro à população. E para tal, este corpo de bom-beiros conta com 62 elementos, dez esta-giários e 18 viaturas.

Contudo, o 2º Comandante entende que era necessário adquirir um veículo de combate a incêndios florestais e reno-var uma das ambulâncias de socorro. O mesmo sublinhou ainda a importância do Posto de Emergência Médica do INEM, que desde 2009 está sediado nesta corpo-

ração. “Passamos a dispor de mais uma ambulância que está equipada com um desfibrilhador automático externo”, expli-cou Virgílio Pereira.

Nesta primeira entrevista ao Vivacida-de, Correia da Silva afirmou que os Bom-beiros da Areosa têm poucos sócios (cer-ca de 2.800) face ao número de habitantes da cidade de Rio Tinto – mais de 64 mil, segundo os Censos 2011. Na opinião do dirigente, a corporação não possui mais associados devido ao facto de Rio Tinto ser um dormitório. “Se tivéssemos, no mí-nimo, dez mil sócios, seria uma boa ajuda para a corporação”, disse.

Novos bombeiros voluntários. Nes-te ‘capítulo’, o 2º Comandante referiu que “estamos a realizar algumas campanhas de divulgação da Associação Humanitária como forma de nos darmos a conhecer e

convidar, de certa forma, os jovens a in-gressarem no corpo de bombeiros.” No en-tanto, a tarefa não é fácil, reconheceu Vir-gílio Pereira, pois “estamos inseridos numa cidade e os jovens têm muitas diversões.”

Transporte de doentes não urgentesÉ uma questão que preocupa seria-

mente os Bombeiros da Areosa-Rio Tin-to e as restantes corporações do país. “O dinheiro que recebemos actualmente do Estado não cobre as despesas”, revelou o presidente da Direcção, o que obriga “a muita ginástica nas contas.”

Nesta matéria, em declarações à Agên-cia Lusa, a Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) criticou o Ministério da Saúde pelas alterações que introduziu no trans-porte de doentes não urgentes. Ou seja, o não pagamento “do retorno do doente transportado à unidade hospitalar” e o “mecanismo de pagamento do preço de quilómetro” dentro das localidades não faz qualquer diferenciação sobre o terri-tório em que actuam as corporações. Uma situação que, na opinião da LBP, põe em causa a viabilidade financeira das associa-ções humanitárias do país.

A concluir, Correia da Silva deixou a promessa aos associados de que podem sempre contar com os Bombeiros da Are-osa e apelou ainda aos rio tintenses para que se tornem sócios desta corporação.

Luís Morais Ferreira

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19VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 informação

O Jornal de Notícias de 16 de Janeiro divulgou um texto que, pelos vários erros, mereceu análise do Vereador do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Gondomar.

Fernando Paulo considera que a notí-cia “em nada corresponde à realidade da Educação em Gondomar”, além de conter imprecisões graves “ao confundir taxas brutas de escolarização com resultados”.

De facto, a Educação tem sido – e con-tinuará a ser, para a Câmara Municipal de Gondomar – uma evidente prioridade. Há 18 anos, quando iniciou a gestão liderada por Valentim Loureiro, Gondomar tinha apenas 10% de cobertura na Educação Pré-Escolar, a generalidade dos 72 edifí-cios do 1.º Ciclo tinha instalações com-pletamente insalubres e sem o mínimo de condições, não havia o fornecimento de refeições, as actividades eram inexisten-tes e os apoios à acção social escolar eram manifestamente insuficientes.

Quanto ao 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e ao Ensino Secundário, cerca de 3.000 jovens tinham que se deslocar para fora do Concelho. Não havia qualquer Escola Profissional e seis escolas não es-

tavam dotadas de pavilhão gimnodespor-tivo.

É público que Gondomar é um dos municípios que maiores investimentos tem realizado – e que melhor trabalha e mais investe na Educação. Aliás, vários Minis-tros, Secretários de Estado e especialistas o têm reconhecido publicamente, bem como a Confederação Nacional das Associações de Pais e a Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar.

Actualmente, Gondomar tem dos me-lhores parques escolares do país. Foram recuperadas as antigas “Escolas Cente-

nárias” – que foram dotadas de ginásios, centros de recursos, bibliotecas e refeitó-rios. São servidas, diariamente, mais de 6.000 refeições (no Pré-Escolar e no 1.º Ciclo).

Além disso, Gondomar foi pioneiro na introdução de actividades educativas e pedagógicas. Presentemente, todos os alu-nos têm acesso a programas de Desporto e Educação Física, Música, Inglês, Infor-mática, Dança, Teatro e outras actividades de enriquecimento curricular.

Foram ainda construídas cinco novas escolas do 2.º e 3.º Ciclos e do Ensino Se-

cundário, bem como seis novos pavilhões gimnodesportivos nas escolas. Dispo-nibilizaram-se instalações para a Escola Profissional de Gondomar e fomentou-se a criação dos Centros de Novas Oportu-nidades.

A Acção Social Escolar é, agora, uma realidade. Até na área de transferência de competências para os Municípios (em matéria de Educação), Gondomar esteve na linha da frente.

No Plano de Actividades e Orçamen-to da Câmara, para 2011, foi iniciado um investimento na ordem dos 32,5 milhões de euros. Para além deste esforço da Câ-mara, o Governo investiu cerca de 35 mi-lhões de euros na remodelação/ampliação das Escolas Secundárias de Rio Tinto e de Gondomar.

Por tal, concretiza o Vereador Fernan-do Paulo, “Gondomar é um dos municí-pios do país com maior investimento na Educação e está na vanguarda dos muni-cípios portugueses!” Além do “excelente parque escolar”, o Vereador da Câmara destaca, também, os projectos pioneiros e inovadores, as escolas de referência e uma rede de parceiros activa.

“Gondomar é uma referência na Educação!”Sociedade

20 opinião VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

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Tem-se vindo a ver, cada vez mais, atle-tas com umas bandas coloridas aplicadas em várias partes do corpo. O que é aqui-lo? Para que serve?O taping é uma téc-

nica que se baseia em dois grandes efei-tos. O primeiro deles, a estimulação dos receptores cutâneos promovendo desta forma a redução de dor e auxiliando na propriocepção. Desta forma promove uma melhor interacção entre a tensão muscular, as articulações, os ligamentos e os nervos. O segundo efeito está rela-cionado com a facilitação do fluido lin-fático, melhorando desta forma a circu-

lação sanguínea, promovendo mais uma vez a redução de dor e uma mais rápida recuperação dos tecidos lesionados. O taping é uma banda adesiva elástica resistente à água que possui proprie-dades respiráveis, permitindo que seja usada por longos períodos de tempo e em qualquer parte do corpo, não con-tendo qualquer substância farmacoló-gica. Devido à sua elasticidade, permite o seu uso em qualquer actividade do dia-a-dia, quer no trabalho como na prática desportiva, mesmo na natação ou em qualquer outra actividade aquá-tica. A aplicação desta técnica é uma gran-de arma usada por nós, fisioterapeutas, porque permite que haja uma conti-

nuação do efeito dos nossos tratamen-tos por parte dos doentes, permitindo desta forma que eles “levem a terapia para casa”. O taping pode ser aplicado em praticamente todos os tratamentos de fisioterapia. As patologias de colu-na, tensão muscular, lesões articulares, têm benefícios na aplicação desta técni-ca. Nos pós-operatórios é sempre uma mais- valia para a redução do edema e da dor, sintomas estes que normalmen-te estão presentes nestes casos.Como é uma técnica que basicamente não tem contra-indicações nem efeitos secundários indesejados, pode ser apli-cado a qualquer pessoa, de qualquer idade, sendo esta uma atleta de alta competição ou não…

Era uma tarde linda de Sol, sem nuvens.Eu e o meu filho Pe-dro resolvemos pas-sear pela praia de areia branca que se estendia até ao velho forte.

- Mamã. Tenho fome. – disse Pedro agi-tando a mão de sua mãe.- Sim, meu querido, vamos até ao velho forte e lanchamos por lá. – respondeu a mãe.O forte fora construído há muitos anos atrás para guardar aquela terra dos in-vasores que vinham do mar.Hoje era um miradouro muito frequen-tado pelos turistas.Encontramos uma mesa com vista para

o mar e sentamo-nos.De repente, Pedro repara em algo.- Mamã, olha, é uma gaivota em cima do muro. – disse admirado.- É bem bonita. – respondi – repara nas belas penas brancas a brilharem à luz do Sol.A gaivota, curiosa não saia do mesmo sítio, bem perto da nossa mesa.Chamamos o empregado e este, ao fim de alguns minutos, trouxe-nos um belo lanche, chá e torradas com geleia de morango.Indiferente à nossa presença, a gaivota continuava ali, sempre no mesmo sítio, como se fosse a solitária guardiã dum tempo que já havia passado há muito.Tomávamos tranquilamente o nosso lanche quando Pedro teve uma ideia.

- Mamã, achas que se dermos um pou-co de torrada, a gaivota virá comê-la? – perguntou Pedro curioso por testar a sua hipótese.- Vou tirar um pouco da minha torra-da e colocá-la junto do sítio onde está a gaivota. – respondi.Levantei-me do lugar e ao colocar o pe-daço de torrada junto da gaivota, esta, subitamente, afastou-se para a outra ponta do forte.- Será que ela virá comer o pedaço de torrada? – perguntou Pedro um pouco ansioso.- Vamos esperar um pouco e ver o que acontece. – respondi-lhe com um sor-riso.Terminamos o nosso lanche e pedimos a conta. Notamos que a gaivota não se

tinha mexido do sítio para onde tinha voado.Entretanto, um bando de pardais havia pousado no mesmo sítio onde havia posto o pedaço de torrada.Bicada aqui, bicada ali, um dos pardais lá acabou por levar no bico o pedaço de torrada.A gaivota ficou furiosa, mas nada havia a fazer.- Por ter sido tão desconfiada, a gaivota perdeu um delicioso tesouro – disse Pe-dro com ar de sabedor.Não pude resistir a dar-lhe um beijinho carinhoso e saímos do velho forte de mãos dadas de volta para casa.

Educadora e escritorade livros infantis

Taping – “bandas coloridas”?

A Gaivota Desconfiada

FisioterapeutaBruno Pereira Martins

ContosMaria Arminda Gomes

21VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 desporto

É o que se pode dizer do Clube Pati-nagem de Baguim (CPB), que continua a somar incessantemente troféus na patina-gem artística. Desta feita, o CPB conquis-tou pela sexta vez consecutiva a Taça de Portugal, a principal competição nacional ao nível de clubes. Esta prova, que teve como palco o pavilhão municipal de Ba-guim do Monte, contou com a presença de cerca de 30 atletas, em representação de seis clubes. A organização desta com-petição esteve a cargo do CPB.

“Conquistar novamente a Taça de Por-tugal foi um sonho que idealizamos, que achávamos possível”, afirmou a presidente da Direcção do clube, Lina Costa. Satisfa-ção igualmente partilhada por técnicos e patinadores. Ganhar este troféu “é o resul-tado de um ano de trabalho, cumprindo os objectivos traçados”, referiu a treinado-ra Andreia Cardoso. “É sempre uma sen-sação muito boa. É uma recompensa pelo nosso esforço e dedicação”, sublinhou, por sua vez, a jovem atleta Diana Patrícia Fer-reira.

A que se deve este domínio avassala-dor do CPB na Taça de Portugal? “Temos a sorte de ter um conjunto de atletas ho-mogéneo, com muita qualidade técnica, e preparado para superar todos os obstácu-los”, frisou Lina Costa. Conjunto esse que vai sendo rejuvenescido com “a entrada no clube de um grande número de jovens que querem ingressar na patinagem artís-tica.” Um desporto, que segundo a diri-gente associativa, “é muito exigente ao ní-vel de treinos e dos respectivos horários.” “A partir de uma determinada fase do percurso escolar não é fácil para os nossos atletas conciliar os estudos e a prática des-

portiva”, acrescentou. Além da Taça de Portugal, este clube,

em todos os escalões competitivos, quer a nível distrital, quer a nível nacional, viu os seus atletas, na maioria das provas, consagrarem-se campeões. No âmbito internacional, os patinadores do CPB, ao serviço da Selecção Nacional, também “tiveram uma óptima prestação”, nome-adamente no Campeonato e na Taça da Europa.

“Estes resultados incentivam-nos a continuar a trabalhar e demonstram o va-lor dos treinadores, e o esforço e o empe-nho dos atletas e dos pais, que fazem par-te integrante do clube porque colaboram sempre nas nossas actividades”, afirmou Lina Costa. A presidente da Direcção não tem dúvidas que, “neste momento, somos o maior clube de patinagem de Portugal.” Mais: “Somos, de certeza, um dos melho-res clubes portugueses na história da pati-

nagem artística.”E o sucesso desportivo têm-se reflecti-

do em mais apoios para o CPB? “Nem por isso”, lamentou Lina Costa. “Com as difi-culdades financeiras que o país atravessa actualmente, provavelmente, os subsídios das entidades oficiais, nomeadamente da Câmara de Gondomar e da Junta de Ba-guim do Monte, vão diminuir”, previu a dirigente, acrescentando que por isso, “o ‘paitrocínio’, o apoio dos pais, é funda-mental.” Lina Costa criticou também o facto da patinagem artística continuar a não ter a visibilidade que merece, isto ten-do em conta o número de títulos já alcan-çados pelos patinadores lusos.

Jovem promessa do clube Actualmente, o CPB movimenta cerca

de 70 patinadores, divididos pelos esca-lões de Benjamins, Infantis, Iniciados, Ca-detes, Juvenis, Juniores e Seniores, que são

orientados por três treinadores. Durante o treino, a reportagem do Vivacidade conversou com uma das promessas deste emblema baguinense e da patinagem por-tuguesa. Chama-se Diana Patrícia Ferrei-ra, “nascida e criada no clube”, frisou, de imediato, Lina Costa.

A jovem de 18 anos, que estuda Gestão na universidade, ingressou no CPB com apenas nove anos. “Uma amiga minha incentivou-me na altura a participar nas Férias Desportivas que eram organiza-das por este clube. Gostei da experiência e acabei por ficar no CPB”, relembrou a atleta que competiu na Taça de Portugal.

No momento, e devido à faculdade, “tenho menos tempo e só treino três ve-zes por semana.” Apesar da dificuldade em conciliar os estudos e o desporto, “não me imagino sem a patinagem artística”, confessou Diana Patrícia Ferreira. “Não consigo explicar o que sinto quanto estou a patinar”, terminou a jovem atleta, que retomou rapidamente o treino.

Temporada 2012. O objectivo “é conti-nuar a trabalhar muito, a treinar com em-penho, a mobilizar as pessoas e a chamar a atenção para esta modalidade”, afirmou Lina Costa, que adiantou que o CPB volta este ano a organizar uma prova do calen-dário da patinagem artística - o Campeo-nato Nacional de Figuras Obrigatórias.

A presidente da Direcção fez ainda questão de deixar um forte agradeci-mento às pessoas que colaboram com os Corpos Sociais do clube, à equipa técnica, aos atletas, à Câmara Municipal e à Junta de Baguim do Monte pelo apoio que têm concedido ao longo dos anos.

Luís Morais Ferreira

‘Papa-títulos’Clube Patinagem de Baguim

Vemos os ‘gu-rus’ da per-da de peso a anunciarem na televisão “exer-cite-se mais e coma menos”. Aparentemen-te, para eles,

esta afirmação deveria ter feito parte dos ‘10 mandamentos’. Existe um prin-cípio na ciência da lógica que se chama ‘Ockham´s Razor’, que nos diz que a so-lução mais simples para um problema, normalmente é a correcta. Sendo assim, o que poderia ser mais simples para al-guém que quer perder peso? Comer me-nos e exercitar-se mais… Infelizmente,

neste caso as coisas não são assim tão simples.Esqueçam a tecnologia da lipoaspiração, bandas gástricas e supressores de apetite, assim como termogénicos e lipoliticos. O corpo humano adapta-se ao ambiente em que está inserido. No nível mais básico isso inclui o nível de comida disponível, o nível de actividade que é necessária para conseguir essa comida e a quantidade de descanso necessária até ter que procurar comida novamente.O sono está cada vez mais negligenciado em todo o mundo civilizado. Aliás, a nos-sa sociedade recompensa os indivíduos que quase não dormem só para poderem trabalhar mais horas, divertirem-se mais, gozar a vida nocturna...

Hoje, as pessoas fazem de tudo para pode-rem eliminar a necessidade de dormir nas suas vidas e já não são só os adolescentes com o recurso a anfetaminas e outros es-timulantes para conseguirem passar uma noite inteira a dançar, mas também os es-tudantes que têm de passar noites em cla-ro a ler, enfermeiros e médicos nas suas longas rondas nocturnas, polícias e traba-lhadores fabris, crianças com recurso ao tão disponível ‘Red Bull’ e até as donas de casa que começam o dia com doses mas-sivas de café para poderem realizarem as dezenas de tarefas diárias da sua vida fa-miliar.O sono é um componente fundamental do equilíbrio do ser humano e muito em-bora cada um de nós tenha necessidades

diferentes, existe um mínimo necessário para que possamos gozar de uma vida plena de saúde. Distúrbios no sono cau-sam em muitos casos um grande aumento da massa gorda no organismo e perda de massa muscular por mecanismos quími-cos no interior do nosso corpo. Em pouco tempo começamos a sentir na pele todos os malefícios das noites sem dormir ou de dormir pouco.No essencial, poderemos resumir um estilo de vida saudável a três aspectos: comer de uma forma equilibrada, exer-citar-se de uma forma regular e ter bons hábitos de sono. Bons treinos e sonhos felizes!

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22 desporto VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Pela primeira vez, um presidente do Sporting Clube de Portugal esteve em Gondomar, mais precisamente, em Rio Tinto. O actual líder dos leões, Godi-nho Lopes, foi o convidado de honra do Núcleo Sportinguista do Concelho de Gondomar (NSCG) nas comemorações do décimo aniversário. E foi recebido com muitos aplausos dos sócios e sim-patizantes do clube.

Acompanhado nesta ocasião por vá-rias figuras do universo verde e branco, entre elas, a velha glória do clube, Ma-nuel Fernandes, o vice-presidente para os Núcleos, Rogério de Brito, a ex-diri-gente leonina, Isabel Trigo de Mira, Go-dinho Lopes visitou as renovadas insta-lações do NSCG.

Após ficar a conhecer, em pormenor, a sede dos leões de Gondomar, o pre-sidente do Sporting escutou, já na sala principal do Núcleo, as palavras carre-gadas de emoção de José Maria Saraiva, ‘Prémio Stromp 1968’, um galardão que distingue os sportinguistas que mais se destacam ao longo do ano nos vários sectores da vida deste clube.

“Com alegria temos um presidente

do Sporting que, pela primeira vez, visita o Núcleo Sportinguista de Gondomar”, rejubilou José Maria Saraiva, acrescen-tando que existe “a determinação e a força de vontade para sermos um dos maiores núcleos do país”. E concluiu: “O Sporting é o nosso grande amor!”

“Viajar pelos núcleos é sentir o pul-sar do Sporting. Cada vez que venho aos núcleos sinto um grande prazer em estar à frente deste clube, sentindo nes-tas ocasiões que o Sporting é realmen-te grande”, sublinhou Godinho Lopes.

Como tal, o líder sportinguista pretende que a ligação entre os núcleos e o clube se torne cada vez mais próxima.

Após felicitar o NSCG pelo décimo aniversário e pelo trabalho que tem de-senvolvido em prol do Sporting, Godi-nho Lopes referiu que, numa alusão à polémica relativa às imagens no corre-dor de acesso aos balneários da equipa visitante no Estádio José de Alvalade, “o meu objectivo é mostrar coisas concre-tas. Gente e núcleos que vivem o Spor-ting, e não balneários e corredores.”

Já sobre o plantel sénior de futebol, o dirigente leonino admitiu que “ainda não somos a equipa que queremos ser.” “Mas com o apoio de todos tenho a certeza que o Sporting vai conseguir aquilo que me-rece, que é estar no topo do futebol por-

tuguês. Tenho a certeza de que viemos para ganhar e para comandar”, afirmou.

Nesta ocasião, Godinho Lopes anun-ciou também que “tendo em conta as dificuldades actuais, e dentro do objec-tivo de alcançarmos os 200 mil sócios, vamos tentar criar condições para que a quota não tenha qualquer custo para o novo associado.” O clube pretende ainda criar uma imagem comum nos núcleos. “Dentro do Sporting não podem existir problemas. O clube está acima de nós”, ‘rematou’ o presidente leonino.

Por sua vez, o presidente da Direc-ção do NSCG, Manuel Silva, afirmou que “nestes dez anos tivemos muitos al-tos e baixos.” E, de imediato, fez questão de frisar que “estamos aqui por amor ao Sporting.” Como resposta obteve uma forte salva de palmas. Para Manuel Sil-va, “o Sporting é o segundo maior clube da Europa.” A terminar a intervenção, o dirigente agradeceu profundamente a presença de Godinho Lopes no NSCG.

Já o presidente da Assembleia-geral, João Fernando, salientou que “este é um Núcleo de paixões, de convicções, de trabalho, de competência, de todos os sportinguistas, aberto e receptivo.” “O Sporting Clube de Portugal é o nosso grande amor e colocamos toda a nossa experiência pessoal e dedicação ao seu serviço, com a honra e o orgulho de po-dermos vir a ser parte da sua história”, acrescentou.

Num aniversário onde estiveram presentes também o ex-futebolista Fer-nando Nelson e os representantes dos núcleos de Parambos, S. Bernardo, S. João da Madeira, Águeda, Vila Nova de Ansos e Estarreja, o autarca Marco Martins disse que era “um orgulho” re-ceber Godinho Lopes na freguesia. O presidente da Junta de Rio Tinto desta-cou, por outro lado, o facto da freguesia acolher representações de dois dos mais importantes clubes de futebol do país

(FC do Porto e Sporting). E não esque-ceu ainda de felicitar os responsáveis pela fundação do NSCG.

A completar as intervenções, o ve-reador Fernando Paulo referiu que “o Sporting é uma das maiores instituições de Portugal.” No que respeita ao Núcleo Sportinguista, “é uma associação que tem contribuído para o desenvolvimen-to do nosso concelho.” O vereador dei-xou ainda uma confissão aos presentes: “Sou leão de signo.”

Luís Morais Ferreira

Godinho Lopes visita Núcleo SportinguistaFutebol

1ª PUBLICAÇÃOTRIBUNAL JUDICIAL DE BARCELOS

2º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

Processo: 2043/11.6TBBCL – Acção de Processo SumárioN/Referência: 6741685 – Data: 09-11-2011Autor: José António da Costa Mirra CorreiaRéu: Joaquim Jorge Barbosa Castro Ferreira e outro(s)…

Nos autos acima identi�cados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando:

Réu: Carlos Manuel Rodrigues Costa, pro�ssão: Desconhecida, �lho(a) de Joaquim Pereira da Costa e de Maria Idalina Rodrigues de Oliveira, estado civil: Desconhecido, nascido(a) em 20-11-1974, concelho de Guimarães, freguesia de São Paio (Guimarães), nacional de Portugal, NIF – 222539640, BI – 11100961, domicílio: Rua António Sérgio, Nº 44, Rio Tinto, 4435-109 Rio Tinto, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a con�ssão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste em que o réu e outros, sejam solidariamente condenados a pagar ao autor uma indemnização por danos patrimoniais, no valor de 26.557,42 €, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais.Fica advertido que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

A Juíza de DireitoDr(a) Magda Cerqueira

O O�cial de JustiçaArmando Jorge Franco da Cunha

23VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 informação

Conhecer o nosso passado e defen-der as suas marcas é um dever de cida-dania de toda a sociedade e não apenas dos proprietários desses testemunhos…Falo concretamente das construções que ao longo dos tempos a mão huma-na fez surgir ao longo dos rios (azenhas, moinhos, levadas, represas…)

Se na actualidade, o rio Tinto como o afluente do Douro com piores níveis de contaminação, sendo referido como a única massa de água de toda a região classificada com o estado final de “Mau” (estudos elaborados pela Administração da Região Hidrográfica do Norte, no âmbito do Plano de Gestão da Região Hidrográfica), este cenário já foi bem diferente.

Tempos houve em que o rio era um organismo vivo, que dava alimento aos habitantes da localidade – já não se fala dos peixes que existiam no seu leito, mas de actividades alimentadas pelas suas águas, outrora límpidas e sem as altas cargas poluentes a que hoje está sujeito.

Lembramos a propósito as lavadeiras e os moleiros… Se das primeiras apenas se podem registar as “modinhas” que entoavam enquanto lavavam, batiam e punham a corar e a secar as roupas que as freguesas “davam ao rol”, além dos depoimentos vivos das que ainda res-tam, os últimos permanecem altivos, resistindo ao tempo e à incúria dos ho-mens… É na defesa e preservação deste património construído que devemos er-guer as nossas vozes e mobilizar os nos-

sos esforços!Porque a força motriz da água é mui-

to forte (passa a redundância), o ser humano “cedo” descobriu a forma de aproveitar essa energia cinética para, entre outras funções, moer os cereais – surgiram assim os moinhos de água, que representaram um enorme avanço na história da moagem dos cereais.

A palavra ‘moinho’ deriva do la-tim molinum (de molere, que significa moer). Existem vários tipos de moi-nhos: do mais antigo ao mais recente, podemos citar as atafonas, os moinhos de água e os moinhos de vento. Por ra-zões óbvias, falaremos dos moinhos de água, que abundaram neste nosso rio…

Trata-se de um engenho muito sim-ples, que funciona da seguinte forma: a passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó (pedra redonda muito pesada), que mói o cereal, transformando-o em farinha. Os moinhos de rodízio ou roda hori-zontal foram introduzidos na Penínsu-la Ibérica pelos romanos (séc. I a.C.), enquanto os de roda vertical, também designados por azenhas, foram introdu-zidos pelos árabes (séc. VI).

Normalmente constroem-se diques que param o curso da água acumulan-do-a num reservatório a que se chama albufeira ou represa. Noutros casos, existem diques (açudes) que não param o curso natural da água, mas a obrigam a passar por um desvio que a leva até ao moinho. Os moleiros de outrora moíam o grão das regiões circundantes e entre-

gavam a farinha aos clientes, normal-mente ao dorso de burros.

Que nos dizem os documentos acer-ca dos moinhos de Rio Tinto? Segun-do as Memórias Paroquiais, datadas de 1758, “tem esta freguesia quarenta e cinco moinhos, um lagar de azeite, duas noras, estes moinhos moem até ao São João e daí por diante moem de preza-da, por se lhe tirar as águas para regar os frutos.” De referir que um relatório oficial de 1881 refere a existência de 60 moinhos em Gondomar (a crermos na precisão e rigor dos dois documentos, a Rio Tinto cabia o grosso da capacidade de moagem do concelho).

Memórias mais recentes, as da Sr.ª D. Augusta Victória, que transcrevemos parcialmente, do poema “Rio Tinto, Antigamente”:

“Nesse tempo ainda passavamPor aí uns ribeirinhosAproveitava-se a águaPara montar mais moinhos.

Meus pais tinham uns moinhos- Sete a água e um a vapor - Quando não havia águaTrabalhava o de motor.

Trabalhava a carvãoPara o gás produzirTrabalhava noite e diaPara a todos poder servir.” In “Ternura dos Noventa”

Dos moinhos de que há memória – e sua localização – e dos sobreviventes, falaremos em próximas edições.

Fátima Silva

Energia verde de um rio, hoje vermelho…Ambiente

Andam por aí mosquitos por cordas por causa do plano governamental que prevê a fusão de muitas centenas de freguesias, praticamente em todos os concelhos do país. Gondomar não é ex-cepção, e, caso se mantenham as linhas de orientação já aprovadas pelo Conse-lho de Ministros sobre a matéria, ine-vitavelmente teremos de nos conformar com o plano que reduz, a pouco mais de metade, o número de freguesias hoje existente no concelho.O plano decorre do compromisso as-sumido com a Troika, e será para valer já nas próximas eleições autárquicas, no próximo ano. Mas este processo é apenas a primeira fase de um “dossier” mais vasto, e que visa redesenhar o qua-dro administrativo do país, a curto-mé-dio prazo. O que implica, numa primei-

ra fase, a fusão de freguesias, e, numa segunda fase, ainda sem data prevista, novas fronteiras para os concelhos, com uma significativa redução em relação aos actualmente existentes.Estamos, pois, a iniciar uma mudança de paradigma nesta matéria, em relação ao passado recente, onde o princípio dominante era o da criação de novos concelhos. Caso para dizer, que a hipó-tese de Rio Tinto vir a ser concelho um dia já não deve passar de uma miragem, pelo menos nas próximas décadas… O Bisturi recorda-se de ter lido, há uns anos atrás, um artigo neste jornal, de um colaborador permanente, que de-fendia, em alternativa à passagem de Rio Tinto a concelho, a sua integração na cidade do Porto. As reacções foram de alarido, com os defensores do Movi-

mento Rio Tinto a Concelho a vociferar contra aquela ideia. Nunca o Bisturi viu qualquer reacção do autor da ideia da integração no Porto, o que faz supor que o articulista preferiu remeter-se ao silêncio, deixando que o tempo lhe des-se razão. Hoje, é mais que óbvio que a freguesia só teria a ganhar com a sua integração no concelho do Porto. A valorização patrimonial seria instantânea, como fa-cilmente qualquer pessoa pode consta-tar numa simples comparação dos pre-ços por metro quadrado da habitação entre Rio Tinto e a cidade do Porto. Não é fácil, seguramente, reverter o rumo das coisas, e concretizar seme-lhante plano. Mas enquanto os dirigen-tes de Rio Tinto continuam uma luta inglória e sem sentido, do outro lado

do rio, em Gaia, a maioria clama pela integração no Porto. Caso para recor-dar que ‘não há pior cego do que aquele que não quer ver’… É a nossa sina. São os políticos que temos, e que, se calhar, também merecemos.

Quem falou em fusão de freguesias? BisturiHenrique de Villalva

CARTÓRIO NOTARIALLAURINDA GOMES

NOTÁRIO

EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL---- Laurinda Maria Teixeira Gomes, Notária do Cartório Notarial de Laurinda Gomes, sito na Rua das Carmelitas, nºs 26, 2º andar, no Porto. ------------------------------------------------------------------------------------- Certi�ca narrativamente, para efeitos de publicação, que, por escritura de vinte e um de Dezembro de dois mil e onze, exarada a folhas noventa e nove e seguintes do livro de notas cento e sessenta e um, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justi�cação Notarial, na qual foram justi�cantes: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANTÓNIO DA ROCHA OLIVEIRA, NIF. 166.948.616, divorciado, natural da freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, aí residente na Rua do Monte nº 76, titular do B.I. nº 1942508, de 11/02/2012 SIC Porto e MARIA CECÍLIA DA SILVA CARVALHAL, NIF 155.514.962, divorciada, natural do Porto, freguesia de Miragaia, residente na dita Rua do Monte nº 76, Valbom, Gondomar, titular do B.I. n.º 3439295 de 28-01-2004 SIC Lisboa. ------------------------------------------------------------------ Mais certi�ca que, nessa escritura, foi declarado o seguinte: --------------------------------------------------- Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte: ----------------------- Prédio urbano, composto por casa com dois pavimentos, páteo e quintal, sito no Lugar do Monte, freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, com a área de superfície coberta de noventa metros quadrados, dependência de quatro metros quadrados, páteo vinte metros quadrados e quintal com seiscentos e sessenta metros quadrados, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz sob o artigo 528. ----------------------------------------------------------- Que o prédio foi por eles justi�cantes enquanto casados adquirido por doação de Sera�m Pinto Ribeiro, solteiro, maior, residente na Travessa dos Lavadores n.º 18, Valbom, Gondomar, em ano que declaram ser de mil novecentos e setenta e sete. ---------------------------------------------------------------------- O que é certo, é que buscas efectuadas ao título que deu origem aquela doação, o mesmo não aparece, não dispondo de título formal que lhes permita o respectivo registo, mas desde aquela data, entraram na posse e fruição do mesmo, em nome próprio, posse que detêm há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja; ---------------------------------------------- Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de todas as suas utilidades, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo no todo do imóvel, quer pagando as respectivas contribuições e todos os encargos. ------- Que esta posse em nome próprio, pací�ca, contínua e pública, desde o ano de mil novecentos e oitenta e oito, conduziu à aquisição do imóvel por usucapião, que invocam, justi�cando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. ----------------------------------------------------Está conforme. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------PORTO e referido Cartório, aos 21 de Dezembro de dois mil e onze. -----------------------------------------

A NotáriaAssinatura ilegível

24 informação VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Recentemente, o Governo lançou o Plano Estratégico de Transportes, Mobi-lidade Sustentável, Horizonte 2011-2015, um documento que estabelece uma série de normas orientadoras para o Sector dos Transportes Públicos nos próximos anos. E que tem como prioridades cumprir os compromissos externos assumidos por Portugal e tornar o sector dos transportes financeiramente equilibrado e compor-tável para os contribuintes portugueses; assegurar a mobilidade e a acessibilida-de a pessoas e bens, de forma eficiente e adequada às necessidades, promovendo a coesão social; e alavancar a competiti-vidade e o desenvolvimento da economia nacional.

Embora ainda não hajam informações concretas sobre a aplicação do Plano Es-tratégico de Transportes (PET) no Grande Porto e na rede da STCP, o autarca Marco Martins, tendo em conta o que tem sido divulgado nos orgãos de comunicação so-cial, receia as consequências negativas da introdução do PET, em particular na fre-guesia de Rio Tinto. Ou seja, “bastantes li-nhas serão reduzidas, em termos de ofer-ta, nomeadamente nos serviços nocturnos

e aos fins-de-semana.” Além disso, “outras linhas serão entregues aos privados, o que implicará que muitos autocarros da STCP, que foram adquiridos com os nossos im-postos, deixarão de ser necessários.” As críticas não ficaram por aqui.

Na opinião do presidente da Junta de Rio Tinto, “o que aí vem é muito pior do que a nova rede! Terá impactos na Área Metropolitana do Porto muito mais pre-judiciais e limitadores para as pessoas do que aqueles que ocorreram em 2007.” “Como se já não bastasse mais um au-mento dos passes em Janeiro, a acrescer ao que já se verificou em Setembro, ao fim dos passes sociais para estudantes e refor-mados, ao fim do tarifário monomodal, obrigando todos os utentes a adquirir o tarifário Andante/Intermodal sem que o zonamento do mesmo tenha sido revisto como há muito anunciado, agora os habi-tantes do Grande Porto vão ainda ver re-duzida, e em muito, a oferta de transpor-tes públicos”, lamentou Marco Martins.

“Em 2007, a STCP decidiu introduzir modificações, apenas com base em estu-dos técnicos, sem ouvir autarquias nem populações, prejudicando em muito a

mobilidade dos portuenses. E Rio Tinto, sendo a freguesia do Grande Porto com maior número de habitantes e maior taxa de mobilidade pendular diária, foi parti-cularmente afectada”, lembrou o autarca. A população respondeu nessa altura com dezenas de manifestações e cortes de es-trada. A STCP acabaria por recuar e “in-troduziu algumas alterações que minimi-zaram os impactos negativos.”

Regressando a 2012 e ao PET, o presi-dente de junta considera que “a operação de linhas que se cruzam/intersectam por diversos operadores obrigará a um au-mento do número de transbordos, muitas vezes em locais sem condições para tal, e a um inevitável aumento do tempo médio de cada viagem. Dependerá o tempo de espera da capacidade de articulação entre operadores e da implementação do verda-deiro conceito de rede de transportes, que no Porto pouco passa do papel, para além daquela que é a actual oferta da STCP.”

Por outro lado, o autarca fez questão de referir que “nada tenho contra os ope-radores privados.” “Conheço alguns que prestam um bom serviço e de qualidade, cumprindo e realizando horários e dis-

ponibilizando viaturas confortáveis aos utentes. Outros nem por isso. Usam viatu-ras que já deveriam estar descontinuadas, realizam apenas as viagens nos horários com maior procura, as mais rentáveis, e não denotam qualquer preocupação so-cial”, acrescentou.

A concluir, Marco Martins reafirmou que é fundamental que as medidas a adoptar no âmbito do PET, “sem prejuízo de admitir a optimização de oferta e algu-ma redução de custos, sejam devidamente pensadas e articuladas com populações e parceiros, nomeadamente com as autar-quias.”

Luís Morais Ferreira

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25VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012 informação

O Orçamento para 2012 da Associa-ção de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto (ASMRT), apre-sentado em Assembleia-geral pelo pre-sidente da Direcção, Domingos Men-des, recebeu a aprovação unânime dos sócios da associação. À semelhança do Conselho Fiscal, que também deu pa-recer favorável ao documento. O orgão liderado por Serafim Coutinho consi-dera “que, apesar de todos os desafios que a actual conjuntura apresenta, a Associação São Bento das Pêras de Rio Tinto saberá encontrar as respostas ade-quadas que a coloquem no caminho do progresso, ao serviço dos sócios.”

“O Orçamento elaborado por esta Direcção apresenta um resultado líqui-do de cerca de 396 mil euros. Prevê-se um valor de proveitos inerentes a asso-ciados de um milhão e 224 mil euros, e ainda um valor de custos relativos aos sócios na ordem dos 563 mil euros. O total de despesas de funcionamento as-cende a mais de 435 mil euros, repre-sentando 31,22 % do total de proveitos previstos”, explicou Domingos Mendes.

Nesta ocasião, o presidente da Direc-ção da ASMRT enumerou aos associa-

dos presentes os objectivos estratégicos para este mandato. Um deles passa pela alteração dos estatutos e do regulamento de benefícios, pois “estão perfeitamente desadequados face às normas vigentes.” “Pretendemos rever algumas regras do subsídio de funeral e alargar a novas va-lências, como a modalidade de assistên-cia médica e de enfermagem, e de solida-riedade associativa”, concretizou.

Ao nível do património, o objectivo é “continuar a modernizar as instalações da associação, conferindo um maior conforto e com o mínimo de dignida-de, com condições de atendimento ao público mais satisfatórias.” Domingos Mendes referiu que durante este ano es-tarão concluídas as obras de beneficia-ção do edifício-sede da ASMRT.

Por outro lado, o presidente da Di-recção assegurou que “será para manter a atribuição aos associados, com as quo-tas em dia, da comparticipação de seis euros nas consultas médicas fornecidas pela Liga das Mutualidades, que se reali-zam nas nossas instalações.” Isto porque “as condições proporcionadas aos uten-tes ainda não são satisfatórias.”

Ainda no que diz respeito aos sócios,

a Associação São Bento das Pêras tem como propósito proporcionar aos só-cios maiores benefícios e novas valên-cias, comunicar mais eficazmente aos associados as regalias a que têm direito, e “inverter a diminuição do número de sócios que se tem verificado nas Asso-ciações Mutualistas, em geral, e na nos-sa associação, em particular.”

“Melhorar o controlo de gestão da Associação São Bento.” Mais um ob-jectivo estratégico da instituição, subli-nhou Domingos Mendes. Neste campo, “a Direcção realizou com enorme suces-so a implementação de um sistema de

controlo de cobranças mais moderno, mais eficaz, mais atempado, mais sim-ples para os cobradores e colaboradores da área administrativa”, congratulou-se o dirigente associativo.

Domingos Mendes referiu ainda a importância de continuar o processo de abertura da ASMRT à comunidade lo-cal. Ou seja, organizar um conjunto de eventos de carácter cultural, no período das Festas de São Bento, em Rio Tinto, “como forma de celebrar o patrono desta associação”, com particular destaque para a conferência ‘Memória de São Bento’.

Luís Morais Ferreira

“Ano Novo, Vida Nova”. O início de um novo ano sugere mudança. Os 12 desejos pedidos por milhões em todo o mundo provam a pretensão de mudar, melhorar e assim evoluir, naquele que é um trajecto natural e inerente ao ser humano.

O Jornal Vivacidade, não querendo ser diferente, também mudou. Na edi-ção impressa, o leitor não notará qual-quer diferença - relembramos, ainda assim, a recente renovação estética que fizemos. Foi na edição online que o Vi-vacidade apostou. Os últimos meses de 2011 e os primeiros dias de 2012 foram de trabalho intenso na redacção do jor-nal, para que hoje - na primeira edição impressa do ano - lhe pudéssemos dar esta novidade: o sítio www.vivacidade.org é o novo endereço web do Jornal e com ele surgem novos desafios.

Este novo espaço, pensado de raiz e to-talmente redesenhado em relação ao ante-rior, pretende transpor o trabalho desen-volvido e espelhado na edição impressa.

Um imperativoA Internet é, hoje mais do que nun-

ca, um mundo paralelo ao que conhece-mos e vivemos, em contínuo crescimen-to e desenvolvimento. Se há 20 anos a sua existência passava despercebida, em 2012 ela é um verdadeiro imperativo, de importância inegável. Sabendo dis-so, o Vivacidade não quis desperdiçar a oportunidade de poder estar presente naquele que é um espaço universal, que não conhece fronteiras.

CoerênciaQuando visitar o site do Vivacida-

de – como esperamos que o faça com frequência – não se sentirá num lugar estranho. Um dos objectivos mais im-portantes da construção do Vivacidade online foi o de manter a coerência em relação à edição em papel. O Editorial, o Observatório, as Vozes – de Rio Tin-to e de Baguim do Monte -, assim como as notícias mais importantes estão neste espaço, ainda que apresentadas de for-ma diferente e mais dinâmica.

Em Rio Tinto, em Londres, em Hong Kong...

Uma das maiores vantagens de o

Vivacidade ter agora uma presença na Internet é a extensão de possibilidades que a natureza do novo espaço permi-te. Se a edição impressa tem algumas limitações – comuns a todas as publi-cações impressas – a versão online não. Uma parte considerável da informação que consta no Vivacidade impresso está também no site e poderá ser consultada não apenas em Rio Tinto mas em todo o mundo, bastando para isso ter um com-putador com acesso à Internet. Numa altura em que cada vez mais portugue-ses emigram, esta parece-nos ser uma oportunidade única de fazer chegar a informação rio tintense aos portugue-ses espalhados pelos quatro cantos do mundo.

24 horas sob 24 horasAssociadas às possibilidades geo-

gráficas, surgem as temporais. O site do Vivacidade, oficialmente “inaugurado” hoje, aquando da publicação impressa, não mais fechará. O horário de expe-diente não existe, estando a funcionar em pleno todas as 24 horas do dia, ser-vindo os interesses informativos dos

cidadãos de Rio Tinto, mas também de Gondomar e de outros locais.

InteractividadeOs espaços web têm uma particu-

laridade relativamente aos meios ana-lógicos: são interactivos. Isto é, as suas visitas ao site do Vivacidade serão mar-cadas por escolhas, entre aquilo que o leitor deseja ver e aquilo que pretende deixar para mais tarde. Por isso, tenta-mos simplificar a navegação para que pudesse encontrar o que deseja da for-ma mais confortável.

Notícias minuto-a-minuto e Mete-orologia

Para além da informação da autoria do Vivacidade, poderá encontrar outra, proveniente de fontes diversas. Reserva-mos um espaço na página principal onde as notícias sobre o concelho de Gondo-mar são actualizadas minuto-a-minuto. Para além disso, poderá também confe-rir na mesma página a previsão do tem-po para o concelho. E boa navegação!

Luís AlvesResponsável Vivacidade Online

A pensar no futuro

Vivacidade abre 2012 com novo site

Associação São Bento das Pêras

Edição online

26 opinião VivacidadeQuinta-feira, 26 de Janeiro 2012

Rua Agostinho Alves de Sousa, 326 • 4510-472 FÂNZERESTelefone: 224 861 838 • Telemóvel: 963 613 196

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1- Tudo indica que até ao próximo Ou-tono será ditada a sorte final do actual figurino da Europa da Moeda Única. Para muitos analis-tas a sentença já está previamente escri-

ta: COLAPSO!... E o que é que isto sig-nifica, se vier a concretizar-se? Segundo os especialistas de finanças públicas in-ternacionais significará que o euro, hoje moeda partilhada por 17 dos 27 países da União, ficará reduzido a uma moeda única para a meia dúzia de países que têm condições reais de manter as res-pectivas economias em alta competição com os países mais desenvolvidos à es-cala planetária. Todos os outros países, que não consigam competir em preços, qualidade e quantidade dos seus pro-dutos destinados à exportação, terão de saltar fora deste campeonato, ou regres-sando às respectivas moedas nacionais, ou agrupando-se numa espécie de euro de segunda ou terceira categoria. É certo que nenhum destes mecanismos

está previsto no actual quadro jurídico dos tratados que suportam quer a União Europeia, quer a moeda única. É uma novidade que ninguém previa que pu-desse vir a acontecer, razão pela qual os mais aflitos não se cansam de reclamar que é preciso reinventar a União Euro-peia, restituindo-lhe o espírito de solida-riedade entre países que esteve na géne-se da sua fundação. Mas uma coisa é o desejo e os clamores políticos de muitos, e outra bem diferente é o custo dessa so-lidariedade. Se tivermos em conta que o principal cofre da moeda única é a Alemanha, o euro só se salvará no seu actual figurino se os alemães estiverem dispostos a abrir os cordões à bolsa, que é como quem diz, dispostos a pagar mais impostos para suportar a manutenção do actual clube da moeda única.2- Não deixa de ser confrangedor ver a indigência argumentativa de muitos dos nossos políticos e outros tantos co-mentadores e analistas quando aprego-am que é preciso obrigar a Alemanha a criar as chamadas “eurobonds”, ou seja, obrigações do tesouro à escala da União. Estes títulos seriam emitidos pelo Banco

Central Europeu, ou por uma qualquer outra instituição criada para o efeito com a participação dos bancos centrais de to-dos os países da zona euro, e destinar--se-iam a assegurar a emissão de dívida pública de qualquer dos países membros deste clube. A consequência imediata disto seria que os países que hoje têm acesso ao financiamento nos mercados a juros muito baixos ver-se-iam obrigados a aceitar pagar juros muito mais eleva-dos para compensar os países que hoje não têm crédito, ou têm de pagar juros elevadíssimos.Ora, se tivermos em conta que no epi-centro desta arquitectura financeira te-ria de estar sempre como motor princi-pal a Alemanha, ficaremos esclarecidos quando olhamos para o quadro em que, nesta matéria, se movimenta hoje o Go-verno de Berlim. Atente-se neste porme-nor: muito recentemente a Alemanha decidiu fazer uma emissão de dívida a seis meses, sob a condição de apenas aceitar financiamento a custo zero, ou seja sem juros. A resposta dos mercados foi espantosa: o tesouro alemão não só arranjou todo o dinheiro que queria, como o conseguiu a juro negativo. Isto é, os investidores preferiram emprestar dinheiro ao tesouro de Berlim aceitan-do, daqui a meio ano, receber menos do que o montante emprestado, do que ficar com ele nos seus cofres. De uma maneira mais simples, os investidores pagam para que o Governo de Berlim lhes guarde as suas reservas…3- Com este exemplo se vê qual o es-tado a que a moeda única chegou. Mas podemos percepcionar, sobretudo, o que irá na cabeça dos alemães quando alguém lhes fala em solidariedade mo-netária, ou seja, quando lhes for pedido que aceitem pagar mais impostos para socorrerem os países aflitos. Eles que,

numa conjuntura tão asfixiante como a que vivemos, até conseguem financiar--se a juros negativos… Contrapondo a este quadro, ouve-se por aí muito gente – os dos discursos politicamente cor-rectos! – que a Alemanha acabará por aceitar esta factura porque precisa dos aflitos para poder exportar os seus pro-dutos. Uma meia verdade, convertida numa falácia completa. Porque neste jogo de quem exporta e quem impor-ta é preciso saber, antes de mais, quem está mais dependente de quem!Aqui chegados, os próximos meses se-rão de uma angustiante incerteza. Não apenas para nós, portugueses. Mas para toda a União Europeia, e, sobretudo, para os países da moeda única. Com as agências de rating a semear cada vez mais dúvidas sobre a capacidade da mo-eda única prosseguir o seu futuro no seu actual modelo e com os dezassete par-ceiros nela incorporados, os líderes da União Europeia têm pela frente o maior desafio desde a fundação da CEE, há quase 55 anos. Ou se unem em torno de uma solução milagrosa, ou definitiva-mente a actual União Europeia acabará por se redesenhar segundo um modelo de diferentes divisões, ou, como costu-ma dizer-se, a diversas velocidades. Res-ta saber, se tal acontecer, em que divisão poderá jogar Portugal.

Jornalista e Professor Universitário

Europa da moeda únicaCaminha para o colapso? Posto de Vigia

Manuel Teixeira

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