vivacidade ed. 69 - março 2012

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VIVA CIDADE Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte VIVA CIDADE NÃO PERCA Próxima Edição 26 de Abril Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte Acordos com: SAMS Quadros• Seguradoras • GNR • Caixa Geral Depósitos • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos Óptica Lisboa RIO TINTO 224 893 329 BAGUIM DO MONTE 224 893 477 GONDOMAR 224 637 651 ERMESINDE 220 963 747 MATOSINHOS 220 926 562 R ua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf.:229 734 079 • Fax: 229 734 080 Recolha de paletes●plástico●cartão Compra, venda e reparação de paletes Tratamento HT de acordo com NIMF-15 Mensal Ano 7 - nº 69 Director: Miguel Almeida Dir. Adjunto: Luís Morais Ferreira [email protected] Quinta-Feira 22 Março 2012 0,50€ Desporto: um olhar sobre os dois clubes de futebol de Rio Tinto em competição Página 21 ‘Metro em Rio Tinto – Antes e depois’ pelas mãos do pintor Ferreira da Silva Centro Social de Soutelo admite dificuldades na resposta ao auxí- lio aos idosos Página 16 Página 5 De Rio Tinto para o mundo Página 12 www.vivacidade.org

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Vivacidade ed. 69 - Março 2012

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Page 1: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

VIVA CIDADE

Informação de Rio Tinto e Baguim do MonteVIVA CIDADE

NÃO PERCA

Próxima Edição

26 de Abril

Informação de Rio Tinto e Baguim do Monte

Acordos com: SAMS Quadros• Seguradoras • GNR • Caixa Geral Depósitos • ADM • Segurança Social • Associações Socorros Mútuos

ÓpticaLisboaRIO TINTO

224 893 329

BAGUIM DO MONTE224 893 477

GONDOMAR224 637 651

ERMESINDE220 963 747

MATOSINHOS220 926 562

Rua da Granja, 555 • 4435-269 Rio Tinto • e-mail: [email protected] • Telm.: 93 314 42 46 • Telf. :229 734 079 • Fax: 229 734 080

Recolha de paletes●plástico●cartãoCompra, venda e reparação de paletesTratamento HT de acordo com NIMF-15

MensalAno 7 - nº 69

Director: Miguel AlmeidaDir. Adjunto: Luís Morais [email protected]

Quinta-Feira22 Março 2012 0,50€

Desporto: um olhar sobre os dois clubes de futebol de Rio Tinto em competição

Página21

‘Metro em Rio Tinto – Antes e depois’ pelas mãos do pintor Ferreira da Silva

Centro Social de Soutelo admite dificuldades na resposta ao auxí-lio aos idosos

Página16

Página5De Rio Tinto para o mundo

Página 12

www.vivacidade.org

Page 2: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

2 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Ficha TécnicaRegisto no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06Director: Augusto Miguel Silva AlmeidaDirector-Adjunto: Luís Morais Ferreira (CP 7349)Edição, Redacção, Administração e Propriedade

do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Josorac SGPS, SASede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 3 4250-331 PORTOTelefone: 22 832 9259 Fax: 22 832 9266

Colaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luís Morais Ferreira, Luísa Sá Santos,

Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Mário Magalhães, Miguel Almeida, Pedro Costa, Ricardo Caldas, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa.Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Caros Leitores,As novas pro-fissões que existem, em consequência da globalização e da inevitável reestruturação social da sociedade e do sistema eco-nómico, estão aí, e não as podemos ignorar.Nesta edição, apresentamos um im-pressionante caso de sucesso que nas-ceu como fruto da globalização e que demonstra que por trás dos desafios, há também muitas oportunidades. Mas também há problemas e as di-ficuldades que se sentem, por causa dos cortes orçamentais não deixam a nossa cidade indiferente. Que o di-gam os mais de Sete Mil idosos aos quais não se consegue dar um apoio eficaz pelas mais diversas razões. É urgente que se perceba que pode-mos e devemos optimizar os custos de funcionamento das organizações sem prejudicar aqueles que mais so-frem e que já pagaram as crises nos tempos deles. Este respeito não é pe-los reformados, pois há para aí mui-tos que não o merecem, mas sim o respeito que deve ser dado, devido à idade e à contribuição que as pesso-as deram no passado para que outros pudessem ter benefícios.O contraste entre um jovem jogador, que aceita riscos, e a necessidade de apoiar a nossa terceira idade, que bem precisa, é um facto interessante que o Vivacidade gostaria que os lei-tores percebessem e interiorizassem as conclusões óbvias.Como a vida na cidade também se faz com cultura, salientamos tam-bém os trabalhos de Ferreira da Sil-va, expostos no Centro Comercial Parque Nascente, subordinados ao tema: “Rio Tinto, o antes e depois”.E desejamos um excelente mês de Abril, de preferência para a Econo-mia com águas mil.

EditorialJosé Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, SA.Economista e Docente Universitário

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Aprovado na reu-nião de plenário da Rede Social no dia 8 de Março, o projec-to ‘Porta Aberta’ – criado pela Junta de

Freguesia de Rio Tinto juntamen-te com vários outros parceiros – vai permitir identificar idosos em situação de risco social ou de iso-lamento e garantir o acompanha-mento dos mesmos.

Depreende-se que deveria ser um local com uma certa sa-lubridade mas não é bem assim. Esta administração já fez

várias reclamações junto dos res-ponsáveis da Câmara Municipal de Gondomar, mas sem sucesso.

Leitor Vivacidade,José Cunha e Eva Cunha

Administração do CondomínioEdifício Rio Tinto I

(Av. Dr. Domingos Gonçalves Sá)

positivo...

negativo...

Porquê? Qual a razão que fez e faz desapa-recer a aprendizagem da Língua Francesa nas nossas escolas?A atual conjuntura económica do nosso país e da Europa, aponta para uma neces-sidade crescente do domínio desta língua estrangeira. Então como se compreende que esteja a sair dos currículos das escolas básicas e secundárias, o seu ensino como segunda ou terceira língua?Empresas em França, Suíça, Bélgica e ou-tros países de expressão francesa colocam anúncios de emprego, nos jornais portu-gueses. Então o que se passa? Qual a razão de acabar com o ensino do Francês? E as entidades como o Consulado de Fran-ça em Portugal entre outras, não poderão criar uma qualquer dinâmica que possa fa-zer reverter este paradoxo?

Há escolas de Línguas que estão a faturar com os desempregados e novos emigran-tes, induzindo-os para a aprendizagem de línguas como, alemão, castelhano , inglês, para assim terem mais oportunidades de emprego , mas não publicitam a língua francesa…! Daí, a nossa admiração!Quanto mais línguas falarmos melhor, mas banir dos currículos a Língua e Cultura Francesa, não será certamente o caminho a percorrer…Somos professoras de francês, não temos turmas de alunos com opção de Francês, na nossa escola, há já dois anos, apesar de dinamizarmos ações de sensibilização entre os alunos, com exposições temáticas, prova de gastronomia francesa, ciclos de cinema, música, uma constante adequação das es-tratégias (quando temos alunos) no senti-

do de tornar a aprendizagem da língua um atrativo para as novas gerações e… não há inscrições? Além da Cultura e da Civilização que a aprendizagem desta Língua incute, há toda uma necessidade de os jovens portugueses aprenderem esta língua pois é um caminho com muitas portas abertas a que poderão recorrer, para não falar dos valores veicu-lados no estudo da sua Literatura e Cultu-ra…poderão estar na base da formação dos cidadãos do futuro. Cidadãos que serão Homens e Mulheres com Maiúscula pois a riqueza e diversidade a que temos acesso no estudo desta Língua, projeta-nos para ho-rizontes mais alargados e capacita-nos com conhecimento ao nível de todas as áreas que compõem o Saber-ser, o Saber-estar e o Saber-fazer.

“Quem tramou a Língua Francesa?” Opinião Leitor Maria José Guimarães

Page 3: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

3VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 publicidade

TINTAS – VERNIZES – DILUENTES – ESMALTES – VELATURAS – PRIMÁRIOS – TAPA POROS – DECAPANTES – TINTAS EM PÓ TERMOENDURECÍVEIS

TELAS ASFÁLTICAS E REVESTIMENTOS BETUMINOSOS COLAS INDUSTRIAIS

Page 4: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

Começou no dia 5 de Março e ter-minou no dia 10 do mesmo mês. Foi esta a duração da ‘Semana Concelhia da Leitura’ que conjugou várias actividades na Biblioteca Municipal de Gondomar, Bibliotecas Escolares dos Agrupamen-tos de Escolas e Escolas Secundárias do concelho.

A “promoção do livro e da leitura” foi o principal objectivo desta semana, dinamizada pela Câmara Municipal de Gondomar há cinco anos consecutivos e que teve como ponto de partida o Pla-no Nacional de Leitura. Liliana Pires, representante do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, explicou que “as escolas, cada vez mais, estão a apostar em trazer escritores aos seus agrupamentos”. “Temos feito acti-vidades em conjunto e há seis anos atrás iniciámos a realização de uma feira do livro infanto-juvenil aqui no concelho, nos mesmos moldes da que temos hoje, e depois, quando o Plano Nacional de Leitura surgiu e sugeriu que as escolas organizassem semanas da leitura, nós – em conjunto – criámos uma ‘Semana Concelhia da Leitura’. Isto é, as escolas, no mesmo período, fazem a sua ‘Sema-na da Leitura’ e o concelho associa-se a esta iniciativa”, acrescentou.

Liliana Pires explicou também a importância de “incentivar os mais jo-vens a apresentarem as suas obras” e foi precisamente isso que fez Teresa Poças, autora do livro ‘Imensidão do Vazio’. A apresentação da obra trouxe duas tur-mas da Escola EB 2,3 de Gondomar e uma turma da Escola Secundária de Gondomar à Biblioteca Municipal do concelho, no dia 9 de Março.

A aluna do Colégio Paulo VI, em Gondomar, começou a “escrever poesia aos 11/12 anos” mas só este ano - com 15 anos – é que decidiu publicar a obra. Teresa Poças revela, no entanto, que a poesia faz parte da sua vida há muito mais tempo. “Eu não considero a escri-ta, a arte em si. Eu acho que tudo aqui-lo que está por trás da passagem para o papel é que é o verdadeiro processo. Por isso, eu acho que apesar de só ter apren-dido a escrever na primária – aos cinco anos – poetizo desde sempre”, expôs. A autora de “Imensidão do Vazio” criou um livro com base na sua “pessoa” mas já não se revê nele. “Aquilo que eu vejo nesta obra já está um bocado afastado de mim. Eu tentei largar-me da obra quan-do a escrevi. Posso dizer que nunca mais a li - depois de publicada – porque acho que agora a obra não é minha, é dos lei-

tores. Aquilo que eu pensei, nunca mais vou pensar da mesma forma. Ou seja, se eu lesse a obra iria ler as coisas de uma maneira diferente. Provavelmente iria achar que não faria as coisas da mesma forma, por isso tentei afastar-me. A úni-ca coisa que eu pretendo com isto é que as pessoas olhem para a poesia, a leiam e

a sintam. Que lhe deem uma nova vida, porque um poema nunca lido morre no momento em que for escrito”, afirmou. A obra não é, na opinião de Teresa Po-ças, para um “público específico”. A alu-na gondomarense da “área de ciências” e espera “continuar a escrever”.

Leitura com imagens e sons‘Os livros nossos amigos’ é o tema da

exposição patente na Escola Secundária de Rio Tinto, até ao dia 23 de Março, e organizado pela biblioteca escolar - no âmbito da ‘Semana Concelhia da Leitu-ra’. A exposição “surgiu a partir de uma exposição anterior com livros de profes-sores” e, afirmou Manuela Durão, coor-denadora da biblioteca da Escola Secun-dária de Rio Tinto, tem como objectivo “captar os alunos para a leitura e fazer com que, sobretudo os outros que não contribuíram para a exposição, vejam os

colegas e vejam os livros dos colegas e tenham vontade de participar e de ler. A ideia é sempre captar público para a leitura.”

Na exposição anterior com livros de professores – que durou três semanas - “tinham sido convidados alguns profes-sores - de diferentes áreas disciplinares

- que contribuíram com livros que, de alguma forma, os marcaram e foi feito um bilhete de identidade do professor com uma frase em que eles no fundo re-sumiam porque é que aqueles livros ti-nham sido determinantes na vida deles.” Já esta, “que já tinha sido pensada nessa altura também, teve como objectivo fa-zer uma coisa semelhante para os alu-nos”, explicou a professora Manuela Du-rão. Para a docente o mote essencial da exposição é “ler, ler, ler”. “Não interessa o quê. Pode ser banda desenhada, pode ser um jornal…” Até porque, na opinião da coordenadora da biblioteca escolar, estão expostos livros de variados estilos, muitos deles “infantis”. “Alguns [alunos] já se começam a aperceber que os livros que nos marcam – muitos deles – não têm a ver com a idade que nós temos agora, mas, o que nós lemos agora tem a ver com as coisas que já lemos no passa-

do”, finalizou.Indy Paiva, maestro e fundador da

‘Trupe Sons em Cena’, também vê com bons olhos a leitura. Durante a sessão que dirigiu de “Música com Bebés e Pa-pás” no dia 10 de Março, na Biblioteca Municipal de Gondomar, tentou “fazer o apelo à leitura”. “A bailarina estava a ler um livro e acho que é importante porque o aspecto visual nas crianças – para além do auditivo que é o nosso ên-fase nas sessões – é muito importante. As crianças associam depois o lado do carinho e do som que nós demos ao ob-jecto livro”, clarificou.

A sessão, que contou com a presença de 20 bebés e os respectivos pais foi um pouco diferente das que habitualmente a ‘Trupe Sons em Cena’ está habituada a fazer. “Foi um bocado maior – em ter-mos de presença de bebés e papás – por-que tivemos um instrumento especial e, aqui na biblioteca, fazemos sempre por trazer coisas especiais e alargamo-nos um bocadinho. O número ideal para a sessão é de doze bebés e estavam cá vinte”, afirmou Indy Paiva. O grupo de entretenimento já realizou cerca de ses-senta sessões no norte do país, “sempre em locais relacionados com a cultura”. Para o maestro esta foi “especial” por incluir a presença de uma “artista de Gondomar” que tocava harpa. O objec-tivo destas sessões é, para o fundador da Trupe, a “interacção com os bebés e com os papás.”

A ‘Semana Concelhia da Leitura” terminou no dia 10 de Março mas o concelho de Gondomar pode contar ainda com algumas actividades relacio-nadas com a leitura durante o mês de Março.

Ricardo Vieira Caldas

4 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Bebés e jovens aliciados para a ‘leitura’Semana Concelhia da Leitura

Page 5: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

Todos os dias os jornais fazem man-chete com uma ou mais notícias de medidas de austeridade aprovadas ou sugeridas pelo governo, onde o nome ‘Troika’ surge mencionado.

Os constantes cortes nos salários e os sucessivos aumentos do preço final leva os consumidores a cortar também eles, mas nos seus próprios orçamentos, os familiares.

As crianças e os idosos emergem como as pessoas mais sensíveis aos efei-tos da crise.

O Vivacidade foi tentar perceber para que lado pende a balança finan-ceira dos residentes da freguesia de Rio Tinto e foi no Centro Social de Soutelo que procurou algumas respostas.

Pedro Forte, actual director do Cen-tro Social, referiu em entrevista que “na valência educativa está mais ou menos estabilizado, até porque há muita con-corrência”. A existência de Centros de Estudo e infantários podem camuflar as necessidades dos pais da freguesia,

admite ainda “dizer que se tem muita gente a bater à porta e que não há capa-cidade de resposta para todos não há”.

No entanto, o director consegue apontar algumas diferenças significa-tivas e demonstrativas da ginástica or-çamental que alguns pais tem de fazer:

“as mensalidades dos meninos que cá estão são calculadas em função dos ren-dimentos declarados pela família e as mensalidades são hoje, em 2012, mais baixas do que eram o ano passado ou no ano anterior (...) o que significa que as pessoas ou entraram numa situação de

desemprego ou os seus rendimentos di-minuiram”.

Para garantir uma maior justiça so-cial no Centro Social de Soutelo “tanto estão meninos recomendados pela se-gurança social provenientes de famílias carenciadas como meninos provenien-

tes de famílias com uma vida mais es-truturada”, referiu Pedro Forte.

Atento ao que se passa na freguesia onde reside, o director do Centro admite “nota se que hoje há mais dificuldade em rio tinto do que há 1 ou 2 anos atras”.

Queixa-se da diminuição dos apoios providenciados pelo Governo e alerta para o caso alarmante das “necessidades silenciosas” que afectam a população idosa em Rio Tinto.

“Pela sensibilidade que cada um de nós [direcção] tem, pelas conversas que temos com a coordenação, com os téc-nicos de intervenção social aquilo que se nota mais procura e não há capaci-dade de resposta é no apoio a idosos e dependentes!”

Só em Rio Tinto existem cerca de 7.000 idosos, dados providenciados pe-los últimos Censos, em 2011.

No Centro Social o futuro passa por alargar as instalações e providenciar esse apoio que consideram em falta. Reforçar o apoio domiciliário, Centro de Dia e de Convívio são os projectos na manga do dirigente que aponta o dedo ao Governo e acusa-o e abandonar a população ido-sa do país: “ o estado demitiu-se há mui-tos anos da responsabilidade que tinha para com as pessoas, designadamente para com os idosos”, referiu.

Maritza Silva

5VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 informação

Há agora mais dificuldades em Rio TintoCentro Social de Soutelo

O Centro Social de Soutelo é uma Instituição Particular de Solidariedade Social , vulgo, IPSS, fundado após o 25 de Abril de 1974, em Rio Tinto. Actualmente conta com cerca de 100 profissionais e presta serviços na área educativa (Creche, Pré – Escolar e CATL 1º, 2º e 3º ciclos); na área de idosos e dependentes (Centro de Dia, Centro de Convívio e Serviço de Apoio Domiciliário) e de Intervenção Comunitária (Rendimento Social de Inserção e Projectos Atípicos.

Page 6: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

6 vozes da assembleia da república VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Nova Medida de Apoio ao Emprego

A lei de limitação de mandatos e os bitaites

A renda do senhor feitor

Recentemente o Ministério da Economia e do Empre-go lançou uma nova medida para apoiar o emprego nacional.A medida foi designada por ‘Estímulo 2012’, com a qual se visa incentivar a criação de emprego e a em-pregabilidade, através de formação profissional, de trabalhadores mais afetados pelo desemprego, nome-adamente desempregados inscritos há pelo menos 6 meses consecutivos nos Centros de Emprego.Neste programa o Governo cativou uma dotação fi-nanceira de cerca de 100 milhões de euros, que se des-tinam a incentivar a criação de emprego e a emprega-bilidade, através de formação profissional.Ele é direcionado para as empresas que celebrem con-tratos de trabalho, a tempo completo, por um período não inferior a seis meses, e que demonstrem estar a criar novos postos de trabalho com estas contratações.O apoio financeiro proporcionado pela medida corres-ponde a 50% da retribuição mensal do trabalhador, num limite de €419,22 (indexante dos apoios sociais – IAS), por mês, durante um período máximo de seis meses.A percentagem do apoio financeiro pode aumentar para 60% nos casos em que é celebrado contrato de trabalho sem termo ou a celebração de contrato é efec-tuada com grupos de desempregados que apresentem maiores dificuldades de entrada ou reentrada no mer-cado de trabalho, tais como jovens com idade igual ou inferior a 25 anos, beneficiários do rendimento social de inserção, desempregados inscritos no Centro de Emprego há pelo menos 12 meses consecutivos, pes-soas com deficiência ou incapacidade, ou mulheres com um nível de habilitações inferior ao 3.º ciclo do ensino básico.Estas medidas foram publicadas recentemente pela Portaria n.º45/ 2012 de 13 de Fevereiro.Esta política integra-se no modelo de flexisegurança, que visa conciliar a segurança dos trabalhadores com a flexibilidade necessária às dinâmicas do mercado de Trabalho, procurando o desenvolvimento de uma nova geração de Medidas Ativas de Emprego.Dizem os arautos da desgraça que o ministro que tute-la esta pasta,  é o elo mais fraco deste governo.Será que ainda continuam a pensar da mesma forma...

O Ministro da Economia vê-se como um perigoso ani-mal político, a fazer as reformas que ninguém ousou nos últimos 15 anos e uma ameaça para os grandes poderes instalados. Mas deixemos a fértil imaginação do Ministro Álvaro e olhemos para a realidade.A grande reforma em curso deste governo é o ata-que ao trabalho. Corte de salários e pensões, corte no apoio aos desempregados, despedimentos mais fáceis e mais baratos, dias de trabalho gratuito, mais horas de trabalho por menos dinheiro. E cortes nos serviços públicos que são a condição da dignidade de todos; do serviço nacional de saúde à escola pública, sem esque-cer a eletricidade e os transportes, temos hoje menos e pagamos mais. Os resultados estão à vista; a pobreza aumentou 90%, desempregados são mais de um mi-lhão, a emigração está nos níveis dos tristes anos 60 do século passado.E quanto aos grandes interesses instalados e que vivem das generosas rendas do Estado, tudo o que sabemos é que estão cada vez mais instalados e com rendas cada vez mais generosas.A EDP manda no Ministério da Economia com forças renovadas. Não só provocou a demissão do Secretá-rio de Estado da Energia que falou das rendas exces-sivas das grandes produtoras de eletricidade, como vai construir a barragem do Foz Tua mesmo com todos os pareceres negativos da tutela do património cultural e, pasme-se, vai reter os dividendos que seriam pagos ao acionista Estado português até que a venda esteja con-cluída. Entre REN e EDP o Governo irá entregar cerca de 160 milhões de euros que são nossos a quem vai comprar a participação do Estado português nas em-presas e que nada fez ainda para merecer tal prémio. Se na eletricidade já se percebeu que os grandes pla-nos de combate às rendas excessivas, que enfeitam o memorando da Troika, não passam do papel, no que respeita às Parceria Público e Privado (PPP) o Gover-no não anda melhor. Na verdade, ainda não houve qualquer renegociação e continuamos com uma conta para pagar, até 2045, de mais de 21 mil milhões de eu-ros, a entregar ao BES, à Mota Engil, ao Grupo Mello, e a mais uns poucos daqueles que vivem das rendas garantidas e generosas do Estado português. A única ação do Governo foi mesmo de aumentar a mesada: a Lusoponte, concessionária das pontes sobre o Tejo, recebeu um bónus de 4 milhões de euros. Depois da denúncia pública, e de ter ficado claro que o Primeiro--Ministro não faz ideia a quantas anda o país quando não soube responder às perguntas de Francisco Louçã sobre o que se tinha passado, veio finalmente a notícia que a Lusoponte terá de devolver o dinheiro. Ficásse-mos calados e lá ficaria a mesada acrescida.Os exemplos do facilitismo do Governo para com os grandes grupos económicos sucedem-se. E não são um acaso; é a escolha de quem quer empobrecer o país. Quanto a nós, a todos e todas que não aceitam que o favor seja sempre mais premiado e o trabalho sempre mais humilhado, temos também uma escolha clara a fazer: resistir, propor, lutar. Em nome de justiça, em nome de futuro.

PSDMargarida Almeida

PSIsabel Santos

BECatarina Martins

A propósito disso e da também já anunciada revisão da lei eleitoral autárquica - dentro do processo de refor-ma iniciado com a reforma administrativa territorial - temos assistido a uma insólita diversidade de inter-pretações, em torno de uma lei composta por apenas dois artigos de uma redação absolutamente clara. Uma diversidade que só pode resultar de uma leitura apressada da lei de limitação de mandatos ou do facto de se estar a falar com base apenas na suposição do que lá estará ou dava jeito que lá estivesse escrito, sem ter lido a norma.Esta lei tem vindo a mostrar-se uma verdadeira arma-dilha para todos aqueles que, sem a lerem, vão despen-dendo comentários.A lei nº 46/2005 é clara. Estabelece que os presiden-tes dos órgãos executivos das autarquias locais só podem ser eleitos por três mandatos consecutivos e que, depois de atingido esse limite, “não podem as-sumir aquelas funções durante o quadriénio imedia-tamente subsequente ao último mandato consecutivo permitido”(sic).O limite está ligado ao exercício da função e não ao território. Com isto, o legislador pretendeu criar con-dições que potenciem a renovação de atores políticos e restringir o enraizamento de redes clientelares.Procurar lançar a dúvida sobre o teor da lei ou que-rer introduzir alterações mascaradas de clarificações, como já se anuncia, será provocar um retrocesso ver-dadeiramente inaceitável e que apenas trará a defini-tiva eternização de alguns “dinossauros autárquicos”, numa espécie de “dança dos concelhos” e a transferên-cia de redes clientelares, que já vai fazendo despontar inconfessáveis interesses em torno deste debate.A utilização do ardil da mudança de concelho para permitir recandidaturas consecutivas, porque é disso que se trata, sem qualquer tipo de limitação não passa, neste contexto, de uma manobra que nada dignifica quem a pratica e que abalará a confiança política dos cidadãos quando se aperceberem da perpetuação no poder de autarcas, muitas vezes já estafados e das mo-vimentações de teias de interesses que inevitavelmente se deslocarão capturando as estratégias de desenvolvi-mento dos diferentes territórios.Há alguns anos uma figura que muito estimo e que se tornou uma referência do Porto, cidade e clube de fu-tebol, criou e assumiu a personagem do Professor Bi-taite, comentador de futebol.Encarnou e deu corpo, assim, a algo que faz parte do carácter nacional: esta capacidade inaudita que temos de falar de tudo e mais alguma coisa mesmo que não se saiba nada do assunto.Percebo a pouca apetência do cidadão comum para a leitura da lei, mas não aceito políticos com responsa-bilidade, inclusive ao nível legislativo atuem dessa for-ma.Entendo que é pouco aceitável que o debate e a deci-são política seja feitos com esta ligeireza, mas, apesar de tudo, espero que esta seja a explicação para certas interpretações que caminham em sentido contrário ao que está inscrito na lei.Porque se assim não for só se pode concluir que esta-mos perante uma indecorosa cedência aos interesses instalados e a pressões fundadas nas mais comezinhas lógicas políticas. Atuar em sentido contrário ao ins-crito na lei ou promover a alteração da mesma numa violação ao espírito que presidiu à sua elaboração, re-presenta um passo em falso ou um passo atrás que terá pesadas consequências afundando-nos a todos, ainda mais, neste magma de crescente descredibilização da política e dos políticos.

A menos de dois anos das eleições autárquicas já se vão perfilando candidatos aqui e além e no rol dos pre-sidenciáveis circulam os nomes de alguns dos autarcas que atingem em 2013 o limite de mandatos, numa es-pécie de pré-anúncio de putativas candidaturas a câ-maras de concelhos vizinhos.

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Depois de ter tomado posse em Junho último, o governo lançou mãos à difícil tarefa de gerir os destinos do país, num momento em que estamos sob assistência financeira exter-na, logo, limitados na nossa autonomia e na nossa sobera-nia. No entanto, este facto não impede – até pelo contrário - que a equipa liderada por Pedro Passos Coelho esteja a ter “mão firme” no avançar de decisões e de reformas estrutu-rais, absolutamente decisivas para o nosso país.Tendo decorrido quase um ano após início do Memorando de Entendimento, importa referir que se registaram avanços significativos na correcção dos desequilíbrios orçamental e ex-terno e foram reforçadas as condições de estabilidade do sis-tema financeiro. Recorde-se que o défice das administrações públicas situou-se em 4% do PIB, substancialmente abaixo do limite de 5,9% do PIB do próprio programa. Este é um ponto importante, que foi alvo de avaliação positiva na ultima avalia-ção por parte da Troika, no mês de Março. É sem dúvida um sinal inequívoco da capacidade de Portugal cumprir perante os seus credores, perante quem nos empresta dinheiro. Mas para além da importante legislação criada, que limita o endividamento das entidades públicas e que contribui para o controlo e para o rigor orçamental, são várias as alterações que ilustram a acção firme e determinada deste governo. Os exemplos são inúmeros, mas neste âmbito (por limitação de espaço disponível, para este artigo) apenas destacaria três: a redução da estrutura do estado, a nova Lei do Arrendamento, e as acções tomadas perante os altos níveis de desemprego. As reformas do país estão a decorrer a bom ritmo, nomea-damente no que toca ao Programa de Redução e Melhoria da Administração Pública (PREMAC), que já apresenta re-sultados concretos ao nível da redução do número de cargos dirigentes, tendo os dirigentes superiores diminuído de 715 para 440 e os intermédios de 5 571 para 4 136. A redução dos dirigentes intermédios representa uma poupança que ultra-passa os 50 milhões de euros. Também o número de institu-tos públicos foi diminuído: passou de 74 para 56. A estrutura do Estado está, e bem, a ajustar-se à realidade do país.Quanta à nova lei do arrendamento, sem dúvida que Por-tugal precisa criar um verdadeiro mercado de arrendamen-to que, em conjunto com o impulso à reabilitação urbana, possa oferecer aos portugueses soluções de habitação mais ajustadas às suas necessidades, nomeadamente uma maior mobilidade no mundo do trabalho e uma flexibilização dos contratos de arrendamento, adaptada aos tempos de hoje. A lei do arrendamento já foi apresentada e está a ser discutida na especialidade, no parlamento.No que toca à questão do desemprego, se por um lado foi feita em sede de concertação social uma negociação e um acordo relevante para flexibilizar a lei laboral e permitir as-sim uma dinâmica que crie novos postos de trabalho, por outro lado não foi esquecido o tema específico do desem-prego jovem: já foi criada uma Comissão Interministerial de Criação de Emprego e Formação Jovem, que integra se-cretários de estado de várias pastas e está em diálogo com os parceiros sociais, tendo em vista a adopção de medidas de combate ao desemprego jovem. Foi negociado junto de Bruxelas um pacote financeiro especial para esta iniciativa, que estará a produzir resultados práticos já em Maio.Estes três curtos exemplos, consubstanciam uma acção efectiva e determinada para responder às necessidades ime-diatas do país, mas também para criar uma base mais sus-tentada para o nosso futuro. Percebemos assim que, apesar de a comunicação social não ser propriamente aliada do governo, na divulgação do seu esforço reformista, o traba-lho que está a ser desenvolvido é determinante. Estamos no bom caminho e vai valer a pena.

7VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 vozes da assembleia da república

A acção do governo: 3 exemplos

A Saúde do Governo

Se nós tivéssemos de proceder a um exercício para sin-tetizar a política do Governo PSD, CDS/PP, relativamen-te à área da Saúde, extrairíamos sem grande esforço, três conclusões que nos davam a leitura fiel da sua política de saúde:Encerramento de serviços de saúde, cortes a torto e a di-reito e do que fica, do pouco que resta, a intenção decla-rada de transferir os custos para os utentes, que já são, como se sabe, dos que mais pagam com a saúde na União Europeia.Temos assim um Governo que literalmente se recusa a en-tender que a saúde é de facto um direito das pessoas.E um Governo que coloca nas mãos da Troika, a saúde dos Portugueses, é um Governo que só não vende a sua sensibi-lidade social ao diabo, porque este, certamente não a com-praria.Também é verdade que haveria muito pouco para ven-der, porque sensibilidade social, é um conceito estranho a este Governo, e portanto pouco teria para oferecer. Mas ao colocar a saúde dos portugueses nas mãos da Troika, o Governo sabia muito bem o que estava a fazer ao Serviço Nacional de Saúde e aos portugueses, e o resultado começa a ser visível:Alastram as situações de carência nos estabelecimentos de saúde públicos, sobretudo nos hospitais.Falham os materiais essenciais, degradam-se os equipamen-tos, faltam recursos humanos, limita-se a disponibilização de medicamentos, falta material descartável para as cirur-gias, adia-se o uso de biafine por necessidades de raciona-mento e pede-se aos familiares para levarem garrafas de água, uma vez que os hospitais não têm água para dar aos doentes.Disparam as listas de espera para fazer exames. Há Hospi-tais sem dinheiro para compressas, pondo em causa as res-pectivas cirurgias.É este o diagnóstico do Estado da Saúde em Portugal e é isto, e apenas isto, que o Governo está a fazer aos Portugueses. Uma vergonha.E perante o que se está a passar, seria mesmo caso para di-zer: se a vergonha fosse uma doença, os membros do Gover-no estariam todos em lista de espera para serem internados.Um Governo que nem sequer equaciona resolver a falta de médico de família para quase dois milhões de portugueses e que literalmente desistiu de combater o problema das listas de espera.Um Governo que procede a cortes na Saúde, que ultra-passam completamente os limites do bom senso. Cortes na redução de exames de diagnóstico, cortes nos trata-mentos, cortes no apoio ao transporte de doentes, corte nos incentivos aos transplantes, cortes nos recursos hu-manos, colocando em causa o próprio funcionamento dos serviços, como no caso dos cuidados primários e cortes no material clínico essencial para a prestação de cuidados de saúde;Um Governo que vê na política de transplantes algo su-jeito a quotas de acesso, decidindo assim dos que devem sobreviver ou morrer, que elimina comparticipações em vacinas, que se vira para os doentes e os manda ir a pé para o Hospital, que se prepara para encerrar cegamente mais e mais centros e serviços de Saúde; é um Governo pouco, mas muito pouco saudável. É um Governo grave-mente doente.E o pior é que está a ser seguido, não por uma equipa médica, mas por aqueles que só vêm números e cifrões, chama-se Troika, e está pouco interessada na Saúde dos Portugueses.

CDSVera Rodrigues

PEVJosé Luís Ferreira

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8 vozes de baguim VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

O Provedor?

Desenvolver o País

Centro Escolar de Baguim do Monte

Portugal precisa de um Presidente da República em que os Portugueses acreditem, que os ajude e sobre-tudo não ande permanentemente em guerra com os Governos.O actual Presidente da República Cavaco Silva, em campanha eleitoral para a sua reeleição, declarou: “Sinto-me provedor dos Portugueses em particular aquele que dá voz a quem não tem voz, àqueles que não têm força suficientes para se defenderem das in-justiças.”Assim no seu primeiro discurso da tomada de posse para o exercício do segundo mandato disse: “Há limi-tes para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.”De acordo com a afirmação proferida, era natural que o Presidente da República interviesse junto do Pri-meiro-Ministro e do Governo, para que os trabalha-dores de fracos rendimentos e os reformados fossem poupados à subtracção dos seus parcos rendimentos, mas em vez disso aprovou e apoia leis sem questio-nar a sua constitucionalidade que legitima a acção do Governo.Como provedor dos Portugueses deveria ouvir e es-tar sempre junto deles, não se esconder atrás das pa-redes do Palácio de Belém logo que os portugueses se mostram zangados com os seus representantes no Estado, a exemplo do que fez ao suspender a visita à escola de António Arroio em Lisboa, mas recente-mente não se inibiu de inaugurar equipamentos entre eles , uma escola que já estava em funcionamento desde setembro. Quem se queixa da sua reforma de 10.000€, por não chegar para pagar as suas despesas, quando a grande maioria dos nossos reformados tem que sobreviver com menos de 300€ por mês, é uma afronta e uma provocação assumir-se como Provedor dos Portugue-ses injustiçados.Se fosse o Provedor dos Portugueses não promulga-va leis que dividem os trabalhadores em Portugueses de primeira e Portugueses de segunda e não permitia que este Governo promovesse excepções à participa-ção nos sacrifícios impostos, tal como está a aconte-cer com as empresas do estado CGD,TAP e Banco de Portugal.O Presidente da República deve ser o garante da defe-sa do cumprimento da constituição, deve estar acima das querelas partidárias e ser o elo de agregação dos Portugueses contribuindo para a coesão da sociedade combatendo a exclusão social e defendendo oportuni-dades para todos.O provedor dos portugueses mais vulneráveis - como são os doentes mais idosos - não permite que morram sem assistência Hospitalar, a exemplo do aconteceu há dias com uma doente idosa em Cha-ves. Porque o governo decidiu fechar a valência de

Numa altura de dificuldades, estimular a economia é uma obrigação dos nossos governantes. A restrutura-ção dos financiamentos europeus, iniciada com a re-cente resolução do Conselho de Ministros que deter-mina a rescisão dos contractos de financiamento e das decisões relativas à aprovação de operações no âmbito dos Programas Operacionais do Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional, que estejam, há mais de seis meses, sem execução física e financeira é uma necessi-dade urgente, pois não podemos ter o país comprome-tido com verbas que não são utilizadas.Agora é preciso agilizar os processos para que quem quer investir e ser apoiado o possa fazer. E, ao mesmo tempo, aumentar a vigilância sobre os aspectos físicos e financeiros da realização dos projectos. O lançamento de novos avisos de abertura, com um leque de tipificação de despesas mais apropriado e com uma melhor estruturação racional dos objectivos estratégicos – internacionalização e investigação & de-senvolvimento – é um muito bom sinal que o Governo mostra à Economia.Esperemos que o governo seja capaz de mostrar à União Europeia que é preciso estruturar desde já os sistemas de apoio pós 2013.Cumprimentos.

Durante muito tempo este equipamento, que se revela-va da maior importância, foi visto como uma miragem na nossa freguesia. Depois de muitas dúvidas quanta à sua instalação; de-pois de muitos avanços e recuos quanto à concretiza-

PSAlício Morais

CDSMaria Alzira

PSDCarlos Aires

cardiologia na urgência do Hospital de Chaves, sem criar processos expeditos para permitir que os nossos idosos não morram sem assistência médica como o que está a acontecer, impunha-se uma atitude pró--activa do “provedor”.O Presidente da República não tem nenhuma espécie de autoridade moral para acusar quem quer que seja de deslealdade institucional, seria muito mais vanta-joso para os Portugueses se o provedor Cavaco Silva, usasse a sua influência junto do Primeiro-Ministro e do Governo, para que este se empenhe em criar uma verdadeira estratégia política que leve à criação de em-prego e ao desenvolvimento da nossa economia.O provedor Cavaco Silva deveria fazer magistratura de influência junto do Primeiro-Ministro e do Governo na defesa da transparência na administração dos di-nheiros dos impostos do portugueses, para que não aconteça o que está acontecer com os pagamentos das concessões à “LusoPonte” que foram pagas duas vezes. Como diz o provérbio popular “quem faz um cesto faz um cento”.O Provedor, Presidente da República Cavaco Silva, devia dizer ao Primeiro-Ministro e ao seu Governo que acabe com as trapalhadas e que se deixe de guer-ras entre os Ministros, para ver quem manda mais nos fundos de coesão nacional,(QREN) se empenhe em governar e se deixe de se desresponsabilizar com o passado e que diga basta de confiscar os rendimentos aos trabalhadores e reformados enquanto, os grandes grupos económicos continuam a usufruir de um ma-nancial de proveitos financeiros. No momento político e económico em que o país se encontra precisa de um Presidente imaginativo, cuja imaginação vá para além, de ver um sorriso nas bocas das vacas a contemplar o pasto que as rodeia.

ção do equipamento; depois de muitas promessas, ele veio a implementar-se.A obra iniciou-se para alívio de todos, mas sempre com algumas reservas, e com sinceridade, da minha parte, também.Essas reservas passavam pela incerteza se a obra che-garia a ser realizada totalmente e se algum dia iria cumprir na integra as suas funções para qual foi pen-sada, projetada e construída.Como sabemos, a alternância no poder de duas conce-ções político-económica originam diferentes perspeti-vas no alcance dos objetivos a atingir.E depois, de al-guma importância, também, temos circunstâncias que fogem ao controlo normal das coisas (falta de verbas para dar um simples exemplo).Uma outra é certamente a insolvência da empresa construtora (fiscalizadora da obra) do centro escolar.O certo também é que a obra parece não ter fim – qua-se como amaldiçoada. No meio disto tudo, os bagui-nenses acompanham com muita expectativa o desen-rolar desta obra.O importante não é iniciar, mas antes concluir.Finalmente, se a obra for concluída, poderá não haver gente suficiente para encher o centro escolar. De que serve haver um equipamento se faltar gente?E depois, não nos podemos esquecer que ainda existem os prin-cípios economicistas que poderão deixar este equipa-mento “às moscas”.Até breve.

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9VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 vozes de rio tinto

Política e Religião

- 33,3 %; Partido Comunista - 9,1 %; Bloco de Esquerda - 4,9 %.Assim se verifica que, 58,5 % da população portuguesa apoia ideais de esquerda e extrema-esquerda, e só 33,2 %, ideais de centro e centro direita, para a resolução dos seus problemas a nível euro-peu.Por outro lado, as estatísticas dizem que na Europa, os cristãos re-presentam 82 % da sua população. Em Portugal o INE refere que estes são em 2001, 78 % do seu povo.2- Os países que constituem a União Europeia, não aceitaram ins-crever no “prólogo” da futura Constituição, a referência às raízes cristãs da qual provieram. Não se trata de um desconhecimento da história e da identidade cristã das populações europeias, mas sim, uma deliberada vontade de as não considerar.Um panfleto distribuído em Portugal, por altura das eleições para o Parlamento Europeu, divulgou como os nossos eurodeputados, em exercício no mesmo Parlamento, votaram para essa delibera-ção. A favor, só os votos dos eurodeputados do Partido Social--democrata (PSD), e do Partido Popular (CDS-PP). Os outros..., votaram todos contra. Pessoalmente, não faço ideia de quem seja o autor de tal panfleto. Mas o que interessa é na verdade a conclusão que obviamente se retira da forma como a esquerda e a direita se comportam em rela-ção à Igreja Católica, e a denúncia é aqui feita. A conclusão é pois clara, na demonstração da atitude dos partidos políticos perante este facto histórico.3 – Da sinopse dos documentos do Concílio Vaticano II: (...) a mis-são própria confiada por Cristo à sua Igreja, não é de ordem po-lítica, económica ou social: o fim que lhe propôs é, com efeito, de ordem religiosa. (...) (GS, 42); (...) a autoridade civil, que tem como fim próprio olhar pelo bem comum temporal, deve, (...) (DH, 3).Nesse Concílio é claramente dito que, o assunto de Deus é na verdade, do foro íntimo da consciência de cada um, dizendo-se também que, o assunto do poder político é uma matéria que diz respeito a todos, e se dirige ao bem-estar de todos.Assim é que, a atuação da hierarquia eclesiástica se deve dirigir para a evangelização, deixando a política para os políticos. Caso contrário, a sua atuação será fracionante dentro do seio do povo de Deus, que dirigem. No entanto, na vida humana o horizonte e o fim último coincidem..., no bem comum. Cabe assim à hierarquia ser a consciência critica. Como cristão, é com agrado que vejo um poder político..., laico.Todavia é de todos os tempos, a atração que estes dois campos exercem um sobre o outro. O poder político sempre ambicionou perpetuar a sua acção e vê, na Igreja um aliado apetecível.Alguns elementos da hierarquia também, insensatamente, se dei-xam arrastar para os campos políticos do poder, pensando assim obter privilégios e posições, com que acabam por ficar enredados. Paradoxalmente, põem-se a jeito para os meios de comunicação social, para continuamente darem entrevistas, explanando ali as suas ideias de solução social, politica, económica, financeira, e fi-losófica, para o Estado em que nasceram, alimentando assim o seu ego, num campo que não souberam escolher convenientemente. Quem não conhece a atuação nos “média” de D. Januário Torgal Ferreira, Frei Bento Domingos, ou, de tantos Párocos que se can-didatam às autarquias das suas paróquias, ou, que são já autarcas? Neste jogo, quem fica “sempre” a perder é certamente a Igreja, pois são nestes exemplos que os ditadores vão encontrar a sua “razão”.A tendência de todas as forças políticas, foi sempre de se aprovei-tar do poder que a religião cristã representa..., para proveito pró-prio. Ou então, receando os seus valores éticos, o de a perseguir e eliminar fisicamente. Nunca como agora, os cristãos foram tão perseguidos e mortos, em todo o mundo. A Fundação AIS dá con-tinuadamente sobre isso, um amplo e fundado relato.Na Europa democrática que somos, a eliminação da Igreja Católica é tentada por práticas e vias subtis de neutralização. Linhas, cor-dões e cordas, vão sendo usadas numa teia, que lhe retira a vonta-de, o espaço, o reconhecimento público, e a capacidade de pensar e estar.4 – A Europa dos nossos tempos está assente politicamente no ide-al da democracia. O número 4 do artigo 45º do projecto do tratado que estabelece uma CONSTITUIÇÃO PARA A EUROPA, diz: “Os partidos políticos a nível europeu contribuem para a formação da vontade dos cidadãos da União”. É assim que, para a escolha daqueles que irão promover o bem-es-tar dos europeus, e implementar os seus ideais a todos os níveis, os cidadãos têm que escolher os partidos políticos com que se identi-ficam, para o governo das suas nações. Para isso, há que conhecer os seus programas ou identificar-se com as ideias que propagam.É aqui, onde a hierarquia da Igreja não pode e nem deve actuar, que uma outra parte desse mesmo todo cristão, tem um papel fun-damental a desempenhar: refiro-me aos seus “fiéis leigos”. Nas suas mãos, está o futuro do seu país e da Igreja, na Europa. Uma vez que o poder político é ganho pela força do voto, a um país maioritariamente cristão, deveria corresponder um claro direccio-namento desses mesmos votos, para os partidos políticos que

CDSJoão Neves Pinto

Em vez de promover o arrendamento, governo aprova lei para despejar inquilinos

É a HORA de CUMPRIR PORTUGAL!

Depois de apontar a emigração como caminho aos jovens que pro-curam emprego, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei – a nº 38/XII – que prevê a criação de um Bal-cão Nacional de Despejos, em substituição dos tribunais. Esta é uma das medidas mais emblemáticas do plano de terror social em que o governo PSD e CDS-PP está empenhado. Com esta nova lei, o obje-tivo é aumentar brutalmente o valor das rendas e tornar os despejos baratos…e fora da lei. Repare-se que qualquer incumprimento con-tratual, mesmo que de reduzido valor (um casaco danificado numa lavandaria, ou a compra dum sofá com defeito, ou o não pagamento duma fatura do telemóvel) é tratado num tribunal. Mas para o go-verno, o eventual incumprimento dum contrato de arrendamento, com as dramáticas implicações sociais que um despejo sempre tem, fica de fora dos tribunais, será tratado numa comissão arbitral em que os que têm mais dinheiro ficam sempre a ganhar. Num país com mais de 700 mil fogos devolutos, uma parte dos quais em estado degradado de conservação e com rendas muito altas, o governo e a troika só querem lançar mais inquilinos para a rua. E fazem-no justamente no ano em que quem já tinha difi-culdade em pagar as contas dispõe agora de menos dinheiro para o fazer, com menos salário e mais impostos. Até a APEMIP, a princi-pal associação do setor imobiliário diz que “só baixando as rendas entre 20 a 30% se pode dinamizar o mercado de arrendamento”.Em vez de facilitar o fim dos contratos mais antigos e a expulsão dos inquilinos, o governo PSD/CDS-PP devia olhar para a oportunidade que tem à sua frente de mudar a face dos principais centros urbanos, dar-lhes nova vida e torná-los habitáveis. Para isso devia penalizar fiscalmente os imóveis devolutos e apoiar os proprietários que inves-tem na reabilitação e colocam esses fogos no arrendamento a preços decentes, evitando as rendas especulativas hoje praticadas.E nos casos em que o senhorio não tenha dinheiro para as obras - mesmo com empréstimos a juro bonificado - o Estado e as autar-quias deviam poder substituir-se aos senhorios nas obras e arrendar esses fogos, restituindo-os aos proprietários quando estivessem pa-gas as obras de reabilitação. Mas com esta lei é tudo ao contrário: o senhorio que tenha dinheiro para obras pode fixar o preço da renda que quiser. Se o inquilino não puder pagar, é despejado.O que o país precisa é dum plano de reabilitação urbana ambicioso que crie empregos nas obras necessárias e duma bolsa de arrenda-mento a preços controlados que baixe o valor das rendas, que há já muito tempo são especulativas. Com tais políticas públicas muita gente ficaria melhor, as cidades ganhariam nova vida e aumentava a qualidade de vida das pessoas. Mas há quem não goste da reabili-tação urbana e da promoção do arrendamento: os bancos…É que têm agora nas mãos cada vez mais casas que foram vendi-das a crédito, em condições que cada vez menos gente pode pagar. E não olham a meios para asfixiar a concorrência, ao negarem o financiamento a quem queira comprar casa fora dos seus leilões. Esta proposta de Lei dos Despejos também serve os seus interesses. Perante o abuso do sistema financeiro é preciso proteger a par-te mais frágil da relação contratual dos particulares sobreendivi-dados. E dar visibilidade às vidas hipotecadas é o primeiro passo para travar a injustiça: enquanto cidadãos devemos ser solidários com quem está perante uma execução de hipoteca e tentar travar os despejos imorais. Ninguém deve ser privado de uma habitação digna, nem ninguém deve ter a sua vida hipotecada por uma divi-da causada por juros abusivos.

Pois é! Em tempos difíceis, porque são tempos de “limpar a casa” dos vírus e bactérias instalados há anos e com tanta infestação, existem por aí uns falsos profetas do bem-estar dos portugueses mais carenciados a apregoar uns tantos desaforos inconcebíveis, ou não tivessem sido eles, os seus zorrinhos e o seu falso filósofo (porque de filósofo só tem o nome!), a tirar ao nosso povo o pouco que ele tinha, sob uma falsa égide de preocupação social.Veja-se o descalabro da dívida pública, da megalómana obra da Parque Escolar, por exemplo, onde se gastaram + de 20 milhões de euros por escola, que hoje são consideradas das melhores do mundo!Isto contrastando com tantas outras, no mesmo país (!!), sem con-dições aceitáveis de funcionamento. Não teria sido melhor recu-perar todas as escolas? Não se teriam poupado muitos milhões de euros? Não teríamos hoje um Parque Escolar mais equilibrado, mas, é certo, com menos LUXO; com menos sobrecarga para o Estado? E ficar com alguma folga económica para fazer face às ca-rências básicas dos seres humanos que frequentam as nossas es-colas, crianças e jovens que precisam de alimentação e cuidados básicos de saúde? E, a propósito da Parque Escolar diz a ex-ministra da educação, em defesa dos directores demissionários, contestando a ideia de custos elevados nas obras! “Não há qualquer derrapagem, não há qualquer má gestão (…) o que há é ruído e pressão que levou à demissão da Administração o que é completamente injusto e ina-ceitável (…)” Em contraponto a estas declarações da ministra, a Inspecção Geral de Finanças revela que os gastos com pessoal da Parque Escolar dispararam entre 2009 e 2011, sendo que em 2010, subiram 96% !!!...Assim, hoje gostaria de salientar dois aspectos da política nacional basilares de uma Nação que se quer livre, independente e social democrata, a EDUCAÇÃO e a SAÚDE.Quando os verdadeiros responsáveis pelo Estado do País vêm a público fazer ouvir a sua voz contra o trabalho de 8 meses de governação, de preocupação e de verdadeiro desafio em prol do equilíbrio do país, a todos os níveis, sente-se uma náusea, uma verdadeira revolta e uma enorme vontade de clamar por JUS-TIÇA!Que legitimidade têm esses senhores (in)Seguro, Zorrinho e Cª. para acusarem o actual governo de atitudes incorrectas quando foram os seus anteriores líderes que se preocuparam apenas com asfalto e betão, paredes de luxo e amplos corredores de vidro, aba-tendo os espaços verdes das escolas e não pensando nos obreiros do ensino, da Educação?Eles quase conseguiram aniquilar, levar ao descrédito uma classe de profissionais que são os Construtores do Futuro, um dos pilares da Nação - os Professores - tão maltratados, viram as suas carreiras estagnar ano após ano, o seu prestígio posto em causa, o ensino a piorar, as pessoas não foram a prioridade das senhoras ministras da educação!E quanto à saúde? ! Que moral tem o Sr (in)Seguro para vir dizer que “custe o que custar” na saúde não se pode cortar!? (nem con-seguiu ser original, critica as frases do Sr. Primeiro Ministro e de seguida usa-as como pano de fundo do seu discurso!).O povo sofre, é verdade, pois os tempos são de austeridade, mas não está este governo a dar exemplos de poupança na despesa pú-blica? Não está este governo atento aos problemas dos mais caren-ciados? É necessário que venham a público as boas práticas e as boas políticas já em execução para, com solidez, se poder fazer face a tanto problema HERDADO!Chamem-se as coisas pelos nomes. Basta de calar e deixar a oposi-ção dizer tudo o que lhe apetece! Não estão já a ser implementadas medidas de incentivo ao em-preendedorismo jovem? Na saúde não se está a desenvolver o programa de parcerias na tentativa de um melhor atendimento ao utente? Neste tempo de reconstrução, reformas estruturais importantes e urgentes, mudança de paradigmas, não teremos de nos unir todos, portugueses, políticos construtivos, trabalhadores, inte-lectuais, numa perspectiva construtiva de CUMPRIR PORTU-GAL? Não percamos Tempo! É a HORA! (já dizia Fernando Pessoa)Fonte: NET público de 14 de março – TSF 6 de março

BERui Nóvoa

PSDMaria Guimarães

1- Em 2005, a eleição para o Parlamento Europeu, que decorreu em Portugal a 13 de Junho, teve o seguinte resultado:Partido Socialista - 44,5 %; Coligação Força Portugal (PSD+PP)

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10 vozes de rio tinto VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Flagelo viral do desemprego

Alimentação – soberania de qualquer nação

“Um profundo reaccionarismo e uma cega indiferença à dramá-tica situação social que atinge milhares de portugueses marcam a governação da direita mais revanchista. Este Governo, sob o falso argumento da crise e a encenação dos sacrifícios para todos, mais não tem feito do que reforçar os mecanismos de exploração dos trabalhadores e assegurar aos grandes grupos económicos nacio-nais e internacionais um processo extraordinário de reprodução de mais-valias e de acumulação brutal de riqueza. E os efeitos tão devastadores e preocupantes estão à vista de todos, sendo, talvez, o flagelo do desemprego um dos maiores problemas que atingem a nossa sociedade.Milhares de portugueses são vítimas desta política corporizada pela tríade de agressão, destruição e caos. O desemprego foi e é o instrumento mais brutal e desumano utilizado pelo grande capital com vista à intensifi cação da exploração do trabalho assalariado. O gigantesco aumento do desemprego e suas consequências dramáti-cas para a vida dos trabalhadores e dos povos representam, a prova

Portugal tem hoje um défice alimentar que ultrapassa os 70% e ronda actualmente 4 mil milhões de euros. Uma situação que contribui em muito para a actual crise em que o país de encon-tra. Quando Portugal entrou para a Europa Comunitária CEE, em 1986 apenas 25% dos produtos alimentares provinham do exterior. Este agravamento é uma consequência do servilismo dos sucessi-vos governos (PSD/PS/CDS) à Política Agrícola Comum (PAC) e aos Acordos de Livre Comércio estabelecido pela UE com países terceiros. Os subsídios à não produção, ao abate, e os elevadíssimos custos de produção com os quais os agricultores e pescadores portugueses se confrontam, aniquilaram grande parte da agricultura e da pesca portuguesa, nomeadamente a de cariz familiar e artesanal. Simul-taneamente, derrubaram-se as barreiras aduaneiras, escancara-ram-se as portas do mercado alimentar nacional às importações e favoreceu-se a concentração do circuito da distribuição e de venda. Hoje, o mercado é controlado por meia dúzia de grandes empresas, que são também as maiores importadoras do país como a Jeróni-mo Martins (hipermercados Pingo Doce), Sonae (hipermercados Modelo e Continente), DIA, LIDL, AUCHAM (Jumbo), Mosque-teiros (Intermarché) que especulam sobre os preços e determinam, à sua bela vontade, os preços pagos à produção.Os custos desta política alimentar sentem-se negativamente em todo o território nacional, mas são mais drásticos, no seu interior que paulatinamente se vai despovoando, fruto da falência da agri-cultura familiar, do empobrecimento das famílias e do desinvesti-mento nestas regiões.Aos custos económicos e sociais temos de somar os prejuízos am-bientais, os incêndios, a erosão e o empobrecimento dos solos, a perda irreparável de biodiversidade agrícola e selvagem, as amea-ças à segurança alimentar, o aumento da dependência energética e das emissões de gases resultantes do transporte dos bens alimen-tares importados, e com consequências nas alterações climáticas.A alimentação dos portugueses mudou. Passou a ser moldada pelos produtos importados, por uma agricultura e uma pecuária intensivas, que já gerou vários alertas no país e ao nível da UE em relação à segurança alimentar, e pelas grandes superfícies comer-ciais, onde o agro-alimentar tem um lugar de Rei. De forma a inverter esta tendência é necessário optarmos por pro-dutos de origem local, regional e/ou nacional de preferência ad-quiridos junto do produtor ou no comércio tradicional, de modo a reduzir o défice e a dívida externa, dinamizar a economia na-cional e criar emprego, ajudar a manter a agricultura familiar e o mundo rural vivo, combater o despovoamento do interior, evitar os incêndios, preservar os solos, a biodiversidade e valorizar a pai-sagem, reduzir os gastos energéticos gerados com o transporte de produtos agrícolas e alimentares e as emissões de gases poluentes associadas, que contribuem para as alterações climáticas.É necessário apoiar a agricultura e a indústria agro-alimentar, a génese de qualquer economia. Não é possível uma economia de-pender apenas dos serviços quando não há relação com o tecido produtivo, quando este foi exposto ao abandono. Os serviços têm de ser o subproduto, das actividades produtivas e não um fim em si mesmo. Segundo o INE Portugal importa mais de 70% daquilo que consome em géneros alimentares; mas quantos empregos se-riam criados no país se esta situação fosse invertida?

do fracasso do sistema capitalista e das políticas que dele emergem. Os trabalhadores portugueses não se resignam, nem conformam com este rumo que o país está a tomar, e hoje, pelo grau de co-nhecimentos e instrução, comparam o roubo a que estão sujeitos com o aumento dos lu cros dos grandes grupos económicos, não aceitando o jogo da mentira sobre a austeridade em nome de pre-tensos interesses nacionais.É hoje por demais evidente, as dificuldades das “troikas” nacio-nais e estrangeiras em justificarem estas gravo sas medidas. E tudo porque os trabalhadores e cada vez mais amplas camadas da popu-lação se lhes opõem com a sua luta e crescente força e influência.No plano local, muito recentemente, dois acontecimentos vieram consubstanciar as denúncias e o combate da CDU pela justeza das posições que tem assumido:1 – Após ter manifestado publicamente o seu veemente repúdio perante o projecto imobiliário que se pretendia construir no antigo mercado e alertado a população para os inconvenientes da apro-vação desse projecto, exi gindo submetê-lo à Avaliação Ambiental Estratégica; finalmente, a CCDR-N – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, atendendo às nossas pre-ocupações, e após ter analisado vários pare ce res dos organismos consultados (Instituto Geográfico Português, ARH Norte, IP e Di-recção Regional de Agri cultura) decidiu-se pelo chumbo do refe-rido Plano. 2 -– Em relação aos parcómetros e estacionamento pago na Are-osa, após denúncias feitas pela CDU e da justa luta levada a efeito pelos moradores e população em geral, a CMG recuou nas suas pretensões ao alterar o Regulamento Municipal. Assim, a partir de 24 de Março, os moradores ficarão isentos do pagamento nos dias úteis, entre as 8 e as 9 horas, e das 18 à 20 horas, incluin-do períodos para cargas e descargas, e isenção total aos sábados. As alterações agora anunciadas faziam parte das reivindicações apontadas pela CDU quer em comunicados públicos, quer atra-vés da intervenção na Assembleia de Freguesia e na Assembleia Municipal onde foi apresentada Proposta de Recomendação em ambos os casos.Estes dois factos comprovam a nossa coerência e determinação em dar continuação às justas reivindicações e anseios da população, confirmando que vale sempre a pena lutar por causas que consi-deramos justas.Mesmo assim e relativamente ao novo Regulamento Municipal, a CDU, Coligação da qual fazemos parte, votou contra, porque não concorda que zonas de estacionamento sejam sujeitas ao paga-mento de taxas e porque os gondomarenses já pagam demasiados impostos, designadamente à Autarquia, para além de achar que o preço/hora é exorbitante e até superior aos praticados nos muni-cípios vizinhos.No ano em que o PCP assinala o seu 91.º Aniversário, será também um ano de forte mobilização para os comunistas. Entre as muitas iniciativas, realizou-se no passado dia 17 de Março a 7.ª Assem-bleia de Orga ni zação da Freguesia de Rio Tinto, acontecimento de grande significado para o futuro do PCP em Rio Tinto e irá realizar-se o seu XIX Congresso no mês de Dezembro. Continuamos empenhados em todas as lutas que os trabalhado-res portugueses levam a efeito para combater a brutal ofensiva e regressão dos direitos e conquistas alcançados. Como é o caso do apoio dado à Greve Geral que foi convocada pela GGTP que se realiza no momento da distribuição desta edição.Apesar da vasta e complexa campanha de condicionamento e into-xicação da opinião pública, preparatória e justificativa das brutais medidas impostas pelas “troikas”, os trabalhadores e o país exigem um rumo diferente. Exigindo uma mudança de políticas que re-presente uma inequívoca exigência numa vida melhor, num Portu-gal com futuro, que coloque o País no caminho para a construção de uma sociedade mais justa, defensora dos valores progressistas trazidos pela Revolução de Abril.

PCPJosé Fernandes

PEVMiguel Martins

defendem os seus valores.É fácil de se entender que votar em partidos comunistas ou de extrema-esquerda, seria a negação de si mesmos.Por outro lado, o voto no Partido Socialista, que se situa no campo democrático do espectro político, e cuja denominação socialista é factor de atracção para muitos cristãos, revela-se um logro com-pleto. Este Partido é refém de fortes grupos de pressão e de socie-dades secretas. Os seus dirigentes proclamam, em alto e bom som, que se orgulham de serem, “Democratas, Republicanos e Laicos”. São estes que se têm entretido, no tempo, a substituir os valores cristãos..., pelos deles. Ainda bem há pouco, na vizinha Espanha, o partido socialista de Zapatero, mal se instalou no poder, não sos-segou enquanto não aprovou uma série de leis, que iam contra os valores morais e culturais, assentes nas raízes cristãs do seu povo. A hierarquia católica desse país bem protestou, mas de nada lhes valeu.5 – Analisar as estatísticas que a nível europeu e do nosso país são fornecidas, é entrar num completo paradoxo. As coisas simples-mente não batem certas. Nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, os votos do PS mais os da coligação PSD/PP, somam 77,7 %. A percentagem que nos é dada para os cristãos a nível nacional, situa-se nos 78 %. Assim se pode ver que os votos dados ao PS fo-ram retirados do seio cristão, que oferece por sua vez mais 0,3 % à extrema-esquerda. Tudo isso não é coerente, porque não é possível existirem cristãos a elegerem deputados, que depois irão fazer leis contra si mesmos.Uma segunda hipótese se apresenta então, e que é, o das estatísticas estarem erradas, o que não me parece provável, com os profissio-nais credíveis que as fazem.Resta a terceira explicação, que nos indicam estatísticas realmente certas, mas com pessoas a dizerem-se cristãs, pelo baptismo que receberam, mas a não o serem na realidade. Poderá dizer-se que representam, uma percentagem difícil de contabilizar, mas não os 78 % das estatísticas certamente.6 – Coexistem por assim dizer, duas realidades na vida humana. Uma de âmbito material, na carne e nos ossos de todos nós, a ou-tra, é espiritual. Se é certo que precisamos de pão para a boca, e que sem isso não podemos viver, também é certo que existe outro género de fome, pois nem só de pão vive o homem. São necessárias pessoas que se dediquem a esses dois campos, deixando o que é de Cesar para Cesar, e o que é de Deus para Deus.

(...) CDS - continuação

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11VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 reportagem

Mais uma visitaParque Nascente Health Club

A Primavera antecipou a sua che-gada e como é normal nesta época do ano, o nosso ritmo biológico altera-se. A vontade de exercitar ou experimentar novas actividades, toma conta de nós.

A motivação para ir aos ginásios pode ter vários motivos, todos bons, pois o resultado final é inequivocamen-te POSITIVO. Acreditamos que por este motivo, a afluência aos mesmos se mantém em alta e o Parque Nascente Health Club não é excepção. Encontra-mos um clube repleto de energia huma-na. Os cinco metros que estabelecem a

fronteira entre o Centro Comercial e o interior do clube, catapultam-nos para um mundo onde tudo parece girar a uma velocidade diferente. As mesmas pessoas que vemos no exterior assu-mem agora novas feições no rosto e na forma de se movimentarem. Se de um

lado vemos pessoas tranquilas a prati-car actividades, apelidadas de “Corpo e Mente”, como Pilates, Tai-Chi, Bodyba-lance ou Chiball, do outro encontramos salas onde as paredes vibram com o som e os corpos suam compulsivamente, ou a típica sala de musculação e cardiofit-ness onde mais uma vez vemos pessoas de todo o género e idade. Estivéssemos a falar de culinária e teríamos o doce, o amargo e o agridoce. Numa receita tão original e distinta não poderíamos deixar de questionar sobre o segredo da mesma:

Qual o segredo para este sucesso?Acreditamos que assenta em 3 gran-

des pilares. A equipa, a filosofia e a rela-ção preço qualidade.

E qual é a filosofia?Serviço final ao cliente. Aqui o servi-

ço é a actividade física acompanhada. A

distribuição dos espaços, o maior mapa de aulas do pais, o número de profissio-nais a realizar acompanhamento, tudo associado contribui para esta filosofia. Passamos a explicar;

Distribuição dos espaços- 70% da área do clube é útil para o fim a que se propõe, a actividade física. Tem apenas 12 metros quadrados para a entrada e

26 para a zona dita social. Mapa de aulas- Entre as 07:00 e as

24:00 encontra sempre aulas diferencia-das.

Profissionais a realizar acompanha-mento- A garantia de ter ajuda e ter alguém para prescrever, orientar e mo-tivar.

Estes 3 aspectos, em conjunto, criam

uma filosofia de serviço final entregue ao cliente. Quando o objectivo passa pela actividade física dá garantia de su-cesso e resultados. Não estamos a falar de ser simpáticos e sorrir para o cliente. Falamos de motivar e conseguir alcan-çar objectivos. Pode ser saúde, emagre-cer, aumentar o peso ou simplesmente passar melhor o tempo.

E para terminar, os sócios podem contar com novidades?

Anunciamos no dia 15 de Março aquela que acreditamos ser a melhor prenda para quem privilegiou o PNHC com a sua preferência e reservamos para Outubro algo que já caracteriza o PNHC, revolucionar a Industria do Fi-tness.

Page 12: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

12 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Tem 29 anos, nasceu no Por-to, viveu e estudou em Rio Tinto. Consegue ganhar dez mil euros só de uma vez em apostas desportivas ‘online’. O dinheiro nem sempre fez parte da sua vida mas ago-ra o ‘trader’, que viaja se-manalmente do Porto para Madrid e Londres, é profis-sional em apostas na Inter-net que realiza durante os jogos de futebol espanhóis, ingleses e portugueses. Pas-sou grande parte da infân-cia a jogar futebol na Quin-ta das Freiras e estudou na Escola Secundária de Rio Tinto durante dois anos. Agora, reúne-se esporadica-mente com os amigos para jogar futebol na cidade que o acolheu, onde passeia o seu Ferrari 355 F1.

Vivacidade (VC) - Sempre viveu em Rio Tinto?

Paulo Rebelo (PR) - Não, eu sem-pre vivi no Porto. Na altura, o meu pai foi trabalhar para fora, eu estava sozi-nho - vivia sozinho quando tinha 15 anos – e a minha tia vivia em Rio Tin-to. Para não continuar a viver sozinho, vim viver para casa dela. Andei na es-cola Secundária de Rio Tinto, dois anos, depois tentei entrar para a faculdade - não entrei – e voltei à escola para fazer melhorias. Depois, ainda estive a viver mais dois anos em Rio Tinto. Portanto, devo ter vivido mais ou menos quatro anos em Rio Tinto. Fiz muitos, muitos amigos. A prova disso é que ainda hoje venho jogar [futebol] aqui a Rio Tinto porque a maior parte dos meus amigos é daqui.

(VC) - Em que medida é que a pas-sagem por Rio Tinto influenciou a vida que actualmente leva?

(PR) - Honestamente, em nada. Mas o que posso dizer é que, na verdade, fo-ram os anos que eu mais gostei, durante o meu percurso escolar. Digo isto ho-nestamente, não é por ser de Rio Tinto. A diferença é que no Porto estudei em escolas maiores e não dava para fazer

as coisas que dava para fazer em esco-las mais pequenas como a de Rio Tinto. Era completamente diferente. E, como os meus colegas e eu morávamos todos perto da escola, dava para ter uma pro-ximidade muito maior. Fui muito feliz, sobretudo nesta escola. Nós agora até vamos fazer um reencontro de colegas e eu, no meu tempo, beneficiei de vá-rias viagens de estudo. Portanto, tenho mesmo saudades. Esse convívio com os meus colegas fez de mim uma pessoa melhor, sem dúvida.

(VC) - Depois de Rio Tinto, deu ‘um salto’ para a sua rotina actual ou foi construindo a sua carreira gradu-almente?

(PR) - Gradualmente. Entretanto, entrei para a faculdade. Tive oportuni-dade de viver sozinho outra vez, fui vi-ver para o Porto e - como consegui boas notas - tive direito a duas bolsas. Então não tive de trabalhar e tive uma vida calma durante os estudos na faculdade. Tanto que deu tempo para estudar isto das apostas – porque, francamente, não iria deixar um trabalho para me dedi-car a isto se realmente não tivesse tanto tempo livre. À medida que fui obtendo

ganhos mais consistentes, percebi que era uma oportunidade. O momento que me fez perceber melhor isso foi quando já estava a acabar o curso e - como tinha boas notas - fui convidado para entre-vistas de emprego em grandes empresas - algumas ligadas à Banca - e realmente percebi que nenhuma delas me podia oferecer o que já estava a ganhar, nessa altura, com as apostas.

(VC) - Então, quando é que decidiu ir viver para Madrid?

(PR) - Eu fui trabalhando aqui em Portugal. Trabalhei com a Liga Inglesa antes de começarem os jogos e depois percebi que é durante os jogos que se transaciona a maior parte do dinheiro e é aí que estão as grandes oportunidades para ganhá-lo. A maneira de trabalhar durante os jogos é completamente dife-rente da maneira de trabalhar antes dos jogos começarem e, por isso, demorou algum tempo a entrar no ritmo. Percebi, aí, que tinha uma vantagem muito gran-de em trabalhar com a Liga Portuguesa porque tinha de ver os jogos com pouco atraso [na emissão]. Aqui, os jogos que se passam em Portugal chegam a Portu-gal primeiro. Só depois chegam a Espa-

nha, só depois chegam a Inglaterra, e o contrário também. Tinha, por isso, uma vantagem muito grande em trabalhar com os jogos localmente. Entretanto, fui para Vigo para trabalhar com os jogos espanhóis e vi que a equipa que me dava mais dinheiro era o ‘Deportivo de  La Coruña’ e, na segunda divisão, o ‘Celta de Vigo’. Então, pensei: “Se estou na Ga-liza assim, em Madrid tenho o ‘Real Ma-drid’ e o ‘Atlético de Madrid’. Tenho de me mudar para Madrid para trabalhar.” Trabalho com a Liga Inglesa já há muito tempo, mas gosto mais de trabalhar com a Liga Espanhola. Oficialmente, vivo em três sítios neste momento. Em Madrid é onde trabalho mais, em Inglaterra te-nho lá a minha família e aqui no Porto tenho também família e grande parte dos meus amigos. Ando sempre divi-dido entre estas três cidades mas agora tem-me dado mais vontade de assentar um pouco.

(VC) - Já é reconhecido mundial-mente no mundo das apostas. Qual é o segredo para tanto sucesso?

(PR) - Não tenho uma resposta sim-ples para isso. Eu acho que o meu su-cesso no ‘trading’ é resultado de uma série de factores. Um é algo inato que nasceu comigo. Este gosto pelo futebol e esta capacidade que eu tenho em ana-lisar os jogos não aprendi em nenhum lado. Juntando a isso, todo o percurso profissional que eu tive antes com ac-ções ajudou-me a perceber o mercado das apostas. E depois, provavelmente, também contribuiu a vida que tive. Tive uma vida difícil, comparando com a maior parte dos meus colegas. A minha família era pobre e sempre tive que tra-balhar para poder estudar. Fiz trabalhos duros e acho que isso foi muito impor-tante para perceber o que não quero fa-zer. Então quando tive esta oportunida-de, agarrei-me - se calhar mais do que uma pessoa normal – porque era muito diferente do que aquilo a que estava ha-bituado a fazer.

(VC) - A hipótese de ‘acabar’ em Rio Tinto com a sua família está ou não descartada?

(PR) - Não. Ainda sou jovem e sei que ainda consigo ter esta vida, mas também sei que é uma coisa que não vou poder ter para sempre. E sem dúvi-da que, de todos os sítios que eu poderia escolher para ficar, Portugal é o topo das prioridades. Estou-me a ver, quando for velho, a ter aqui a minha casinha e ficar aqui descansado.

Ricardo Vieira Caldas

Orgulho em voltar a Rio TintoEntrevistaPaulo Rebelo

Page 13: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

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Convidam-se todos os interessados a apresentar reclamações, por escrito e devidamente fundamentadas, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente Aviso no Diário da República.O pedido está patente para consulta, incluindo o plano de lavra proposto, dentro das horas de expediente, na Direção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Ava 5 de Outubro, n° 87, 5o Andar, 1069-039 LISBOA, entidade para quem devem ser remetidas as reclama¬ções. O presente aviso e planta de localização estão também disponíveis na página eletróníca desta Direção-Geral.Direção-Geral de Energia e Geologia, em 18 de janeiro de 2012.

O SUBDIRECTOR GERALCarlos A.A.Caxaria

MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGODIRECÇÃO GERAL DE ENERGIA E GEOLOGIA

AVISOFaz-se público, nos termos e para efeitos do n° 3 do art° 16° do Decreto-Lei n° 88/90 de 16 de março e do n° 1 do art° 1o do Decreto-Lei n° 181/70, de 28 de abril, que AM - Almada Mining, SA, requereu a celebração de contrato de concessão de exploração experimental de depósitos minerais de ouro e prata, denominado "Banjas/Poço Romano", localizado no concelho de Gondomar e Paredes, distrito do Porto, �cando a corresponder-lhe uma área de 524,525 hectares, delimitada pela poligonal cujos vértices, se indicam seguidamente, em coordenadas Hayford-Gauss, DATUM 73, (Melriça):

VÉRTICE123456789

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PERPENDICULAR (m)159175159175161650159800158100158100157000157000157700157700

MERIDIANA (m)-21300-22220-24000-24000-22500-22000-21400-20500-21000-20500

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Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Desportiva

Docente da Faculdade de Ciências da Saúde - UFP

Coordenador do Grupo de Ortopedia do

Instituto CUF

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14 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Umas dezenas de sáveis e lampreias, música ao vivo, convívio e muito apeti-te. Foram estas as características de um almoço ou um jantar no pavilhão Mul-tiusos de Gondomar nos dias 9, 10 e 11 de Março.

O ‘Fim-de-semana Gastronómico’ decorreu pela oitava vez no concelho e trouxe algumas novidades.

Dias antes - a 7 de Março - o Auditó-rio Municipal de Gondomar recebeu os vários restaurantes que concorreram ao Concurso Gastronómico da 21.ª edição da ‘Festa do Sável e da Lampreia’ para a respectiva entrega dos prémios.

Na especialidade de ‘Lampreia à Bordalesa’ a vitória - pelo segundo ano consecutivo - foi para o restaurante ‘Es-trelas do Douro’. Quanto ao ‘Sável frito’, o restaurante ‘Cantinho das Manas’ foi o vencedor desta edição.

Ainda à luz da cerimónia de entre-ga dos prémios o Presidente da Câma-ra Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro elogiou a “capacidade e co-ragem dos empresários da restauração em ajudarem, de forma activa, o país a ultrapassar um período muito di-fícil”. Valentim Loureiro acrescentou também que “o Turismo será uma das poucas áreas que pode ter algum cres-cimento e ser uma das soluções para combater a crise”.

O concurso – em ‘prova cega’ – apre-sentou, este ano, como novidade a di-visão do júri em dois grupos. A cada um coube a tarefa de apreciar ou sável, ou lampreia e no fim os prémios foram entregues pelo Presidente da Câma-ra e pelo responsável pela Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira.

O Concurso Gastronómico termi-nou mas a ‘Festa do Sável e da Lampreia’ continuou no fim-de-semana.

A dona do restaurante ‘Cantinho das Manas’ – um dos vencedores desta edi-ção do Concurso Gastronómico - Cons-tança Cardoso, viu com normalidade a entrega do prémio ao seu restaurante.

“É normal. De sável já não é o primei-ro. Já ganhei muitos. De lampreia é que ainda não ganhei nenhum”, afirmou. O segredo para a vitória tem a ver com a “sensibilidade de cada um” e com a es-colha dos produtos. “A maneira como as pessoas preparam e cozinham. Penso que tem muito a ver com a preparação dos pratos”, acrescentou.

Para a dona do ‘Cantinho das Ma-nas’ houve um decréscimo de clientes devido à “má informação” sobre o ac-tual estado do país. A chefe de divisão de turismo e desenvolvimento econó-mico da Câmara Municipal de Gon-domar, Deolinda Pinto, não pensa da mesma forma. Deolinda Pinto acredita que o ‘Fim-de-semana Gastronómico’ teve “uma grande afluência de pessoas - apesar deste negativismo que, even-tualmente, se pode gerar nas pessoas do estado da conjuntura económica do país – derivado da organização e da qualidade com que são servidas estas iguarias.”

Não há, na opinião desta, uma dis-puta entre o sável e a lampreia e ambos os pratos confeccionados são aprecia-dos pelo público. “As pessoas que cá vêm percorrem este espaço até ao fim e fazem uma seleção mais ou menos uniforme.

Não há nenhum tipo de preferên-cia quanto ao sável ou à lampreia. Se há um elemento que está a comer lam-preia, há outro elemento que está a comer sável. Portanto, nessas iguarias, nenhuma se sobrepõe à outra. As duas são as rainhas desta altura nas mesas de Gondomar”, explica.

Este ano, durante a cerimónia, realizou-se também um concurso fo-tográfico denominado de ‘Retrato da Tradição’ com a entrega de um prémio pecuniário para o vencedor.

A 21.ª edição da ‘Festa do Sável e da Lampreia’ teve início a 17 de Feve-reiro e terminou a 18 de Março.

Ricardo Vieira Caldas

As “Rainhas” nas mesas de GondomarFim-de-Semana gastronómico

horário | segunda a sexta 10h00 - 12h00 > 14h00 - 20h00 | sábado 09h00 - 12h00

Rua dos Afonsos, 108 | 4435-610 Baguim do Monte | tel. 22 48 98 366

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O eurodeputado Nuno Melo foi a Bruxelas falar do problema que já se arrasta há anos em São Pedro da Cova.

À Comissão Europeia perguntou se esta “pondera exigir a remoção dos resíduos para um aterro de re-síduos tóxicos apropriado”, nome-adamente as 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados nas antigas minas de carvão de S. Pedro da Cova, em Gondomar.

O problema tem-se vindo a ar-rastar ao longo dos anos sem que houvesse uma solução à vista. Em Ju-nho de 2010 Nuno Melo apresentou à Comissão Europeia a suspeita de que os resíduos da extinta Siderurgia Nacional, encontrados em S. Pedro da Cova, virem a poder colocar em risco a saúde pública dos residentes,

pelos altos teores de chumbo, cádmio e arsénio encontrados no solo.

Após terem sido encomendados estudos ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ao terreno em causa e os resultados confirma-rem as suspeitas do eurodeputado, Nuno Melo rumou a Bruxelas para apurar se a Comissão Europeia ti-nha ou não conhecimento das aná-lises efectuadas e o que o estudo concluiu.

Janez Potocnik, responsável co-munitário pelo Ambiente, avançou na altura que “na eventualidade de ser detectada alguma violação do di-reito da União Europeia, a Comissão tomará as medidas legais necessárias para que as autoridades portuguesas remedeiem a situação sem demoras injustificadas”.

Num espaço de mês e meio, a farmácia Ascensão, em Gondomar, foi assaltada duas vezes. A 29 de janeiro, dois homens encapuzados e armados entraram na farmácia e roubaram 200 euros das caixas. A 14 de Março, o assalto repetiu-se. Aconteceu ao princípio da noite e o assaltante apenas disse uma frase quando entrou na farmácia, de arma em punho; “abra as gavetas que não lhe faço mal”.

Desta vez, o roubo rendeu 130 euros.

Em Rio Tinto, a farmácia Cen-tral, na rua da Lourinhã, foi igual-mente assaltada à mão armada, no dia 10 de Fevereiro. No momento do assalto, a farmácia tinha no seu interior alguns clientes. Os ladrões ameaçaram os clientes, roubaram o dinheiro da caixa registadora e fugi-ram de carro.

Já abriram inscrições para a VII edição do Torneio de Futsal Infantil de Rio Tinto promovido pela Junta de Freguesia. As inscrições são gra-tuitas e poderão efectuar-se até ao dia 13 de Abril. Os jogos vão decor-

rer aos domingos de manhã nos me-ses de maio e junho, a partir do dia 6 de Maio. No torneio, poderão parti-cipar equipas de atletas nascidos nos anos de 2000, 2001, 2002 e 2003.

Bruxelas pode levar Portugal a Tribunal se se confirmar a deposição ilegal de resíduos perigosos numa antiga mina em São Pedro da Cova, Gondomar.

Surto de assaltos em farmácias de Gondomar no espaço de mês e meio

VII Torneio de Futsal Infantil de Rio Tinto

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Nascido a 1933 na cidade in-victa, Ferreira da Silva co-meçou o seu percurso pes-soal bem longe da pintura. Hoje faz das aguarelas o seu hobby favorito. A pintar desde os 50 anos sobre estó-rias com história, desta vez levou Rio Tinto, o antes e o depois da construção das li-nhas do metro do Porto, ao Centro Comercial Parque Nascente. Há cerca de 2 anos , e após sugestão do Presidente de Junta de Rio Tinto, come-çou a pintar as paisagens das futuras estações de me-tro. Entretanto veio o novo meio de transporte e com ele as aguarelas da renovada cidade de Rio Tinto.Juntou - lhe umas paisagens, algumas das mais conheci-das da região e eis que sur-giram os quadros e depois a exposição no Centro Co-mercial Parque Nascente.Quem por lá passou de 5 a 13 de Março pôde apreciar a arte deste pintor de coração, de saber feito da expressão de uma paixão que desco-briu por acaso.

Vivacidade (VC) - Há quanto tem-po começou a pintar?

Ferreida da Silva (FS) - Foi pratica-

mente a partir dos meus 50 anos (...) Eu pus 3 hipóteses: a pintura, a literatura e a poesia. Comecei pela poesia, pare-cia-me a coisa mais fácil. Depois não sei como, mudei para a pintura a óleo e agora, nas aguarelas. (...) Não tenho uma única aula (...) o que tenho faço por

minha iniciativa, faço como eu gosto.(VC) - Como costuma pintar? Re-

serva alguma hora do dia para pintar?(FS) - Não tenho horas para pintar.

Aliás até tenho histórias engraçadas. Uma vez pintei um quadro e ao deitar-

-me, passava da meia noite, olhei para o quadro, uma aguarela, e não gostei dela. Fui buscar o material todo, coloquei-o

na minha sala e pus-me a pintar até per-to das 4 horas da manhã.

(VC) - Isto é um hobby para si, ou

seja é um passatempo?(FS) - Eu não comercializo a minha

obra. Faço, dedico-me a pintar mas não só a pintar faço a história da zona que pinto. Actualmente faço as coisas por zonas. Esta é sobre o Metro, tenho so-bre Gondomar, tenho sobre Rio Tinto, sobre a cidade do Porto, o Douro, tenho uma série delas.(...) Para além de pintar, procuro fazer a história desse local.

(VC) - O que significa para si ver o seu trabalho exposto e reconhecido?

(FS) - Eu não pinto com a intenção de ganhar prémios, mas fico muito sa-tisfeito se as pessoas gostam daquilo que eu faço. Evidentemente se dissesse o contrário mentia, é para mim uma sa-tisfação ver que aquilo que fiz consegue ser útil para alguém.

(VC) - Os seus quadros onde os guarda?

(FS) - Guardo-os em casa, não os vendo.

(VC) - Quantos quadros é que julga ter em casa?

(FS) - (..sorri) Ai não sei, cada tema tem à volta de 40, este tem 20, mas cerca de 30, 40 por tema.

(VC) - Gosta mais de Rio Tinto do Antes ou do depois?

(FS) - O metro melhorou Rio Tinto, em todos os aspectos, quer no panorâ-mico quer no de transportes. Rio Tinto é uma cidade muito mais moderna.

(VC) - Projectos de futuro, o que tem na agenda?

(FS) - Já pintei um trabalho sobre Rio Tinto, mas não gostei do que ti-nha feito portanto andei atras de novos temas e novos motivos. Já arranjei (..) vou começar a pintar sobre Rio Tinto. (...) é uma questão de tempo e vonta-de”.

Maritza Silva

16 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Ferreira da Silva dá cor ao Parque NascenteRio Tinto e o MetroAntes e Depois

“Sou um indivíduo que não sei estar parado, tenho de estar sempre a fazer qualquer coisa”.

Residente de Rio Tinto há cerca de 40 anos, Ferreira da Silva é formado em Eletrotecnia e Má-quinas.

Nunca teve aulas de pintura mas já foi premiado pelas suas aguarelas. Recebeu o 1º prémio da 11ª Mostra de Pintura e Escultura da Junta de Fregue-sia de Moreira da Maia; o 1º prémio de pintura da Lúmen; e ainda um diploma de mérito da Junta de Freguesia de Campanhã por serviços culturais prestados a Baguim do Monte e Rio Tinto.

A Linha Laranja (F) do Metro do Porto come-çou a funcionar a 2 de Janeiro de 2011. Os trajec-tos incluem 10 novas estações e 4 parques. Só no 1º dia de funcionamento ao público foram cerca de 8 mil os passageiros da nova linha. As obras de construção dos trajectos do Metro em Rio Tinto foram a obra de maior envergadura dos últimos anos na região.

Page 17: Vivacidade ed. 69 - Março 2012

O administrador-delegado da Li-por (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto), Fernando Leite, considera que há um “respeito muito especial” pela freguesia de Baguim do Monte. “Temos por ela [comunidade de Baguim] um respeito muito especial, desde os autarcas e as autoridades religiosas e civis até à pró-pria população. Sempre nos acolheram e sempre nos transmitiram o maior res-peito. Estamos sempre disponíveis para colaborar com aquela comunidade.”

Fernando Leite refere que para Ba-guim do Monte existe “um programa diferente”. “Estamos alinhados com pro-jectos de desenvolvimento local – ini-ciativas que tenham a ver com a própria valorização patrimonial da freguesia – e temos ajudado imenso nalgumas ini-ciativas de valorização social. Portanto, tudo aquilo que diga respeito àquela comunidade, nós temos uma especial

responsabilidade de dinamizar, ao má-ximo, actividades”, enfatiza.

A Lipor esteve presente, recente-mente, na Feira da Saúde de Baguim do Monte, que ocorreu nos dias 17 e 18 de Março e disponibilizou uma tenda para a realização de actividades da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte.

O administrador-delegado da Li-por justifica a presença das instalações da empresa em Baguim com o facto da freguesia sempre a ter “apoiado”. “Nós estávamos sediados em Ermesinde, pa-redes meias com Baguim. É óbvio que fazia todo o sentido requalificar as anti-gas instalações. Tínhamos umas instala-ções – na altura – de muito má qualida-

de e quando nós tivemos que construir uma nova face para a LIPOR era óbvio que devíamos construir essa nova face naqueles que nos ‘aguentaram’ durante muitos anos com uma face mais anti-quada”, confessa.

‘Conversas sustentáveis’ é o nome do ciclo de debates que está a ser pro-movido pela Lipor pelo quarto ano consecutivo na FNAC do Norteshop-ping. Embora este ciclo não ocorra nas instalações de Baguim do Monte, a Li-por vai organizar a ‘Conferência Rede Procura + Portugal: Capacidade básica em Compras Públicas Sustentáveis’, no dia 23 de Março, bem como a iniciativa ‘Sábados Verdes’, no dia 24 de Março, para conhecer a empresa por dentro. Na opinião de Fernando Leite, a Lipor tenta “levar ao conhecimento das pes-soas temáticas que interessam aos cida-dãos”.

Ricardo Vieira Caldas

Uma produtividade “muito baixa” é a justificação para o possível encerramen-to de esquadras de atendimento da PSP, em Lisboa e no Porto, dada pelo Minis-tério da Administração Interna. Na lista dos dezanove postos que o Ministério está a estudar para o fecho - treze em Lisboa e seis no Porto – está a esquadra de atendimento da Areosa.

A freguesia de Rio Tinto tinha duas esquadras mas o panorama alterou-se, em 2008, com a passagem da esquadra da Areosa a posto de atendimento.

Agora, o Governo põe a possibilida-de de fechar o posto, cenário que Marco Martins, presidente da Junta de Fregue-sia de Rio Tinto não vê com bons olhos. “Fui surpreendido pelas notícias dos jornais nos últimos dias. A informação oficial que tenho da PSP, numa reunião realizada há cerca de três meses, era de que o posto de atendimento iria conti-nuar em funcionamento”, confessa. O mesmo refere que, se o posto de aten-dimento vier a desaparecer, vai aumen-tar “o sentimento de insegurança para aquela zona que é muito comercial e residencial.”

Marco Martins justifica a passagem da esquadra da Areosa a posto de aten-dimento com a “indefinição relativa às instalações por parte da Câmara Muni-cipal de Gondomar”. “A PSP estava ins-talada no antigo mercado e o novo mer-

cado não previu espaço para a PSP. Mais tarde, no final de 2009, a Câmara veio dizer que afinal havia um espaço e de-pois recuou. Se não houvesse esta inde-finição, em 2010 a Esquadra da Areosa não teria sido desclassificada para posto de atendimento”, acrescenta. O autarca diz perceber que “um posto de aten-dimento hipoteca meios que não são operacionais” mas afirma também que tem “muitas reservas que o seu encerra-mento possa - em concreto - aumentar o policiamento” pelo que comunica que não pode “concordar com esta proposta do Governo.”

Paulo Rodrigues, presidente da As-sociação Sindical dos Profissionais da Polícia, confessa ao Vivacidade que não

pensa da mesma forma. “Desde que haja o respectivo reforço do efectivo, a apli-cação do policiamento de proximidade e de visibilidade, nada se perde, bem pelo contrário. Esta é uma medida que tem o nosso apoio, desde que as condições anteriores estejam asseguradas. Polícias apenas a receber queixas nunca foi uma boa medida para a ASPP/PSP. Em Rio Tinto deverá haver em reforço de efecti-vo para além do que é oriundo do even-tual encerramento do Posto da Areosa. As freguesias, a PSP e as entidades res-ponsáveis têm de sentar-se na mesma mesa e, em conjunto, explicar o que se ganha com o encerramento do posto, desde que os pressupostos que atrás referi sejam cumpridos”, refere. No en-

tanto, Paulo Rodrigues enfatiza a im-portância de “esclarecer que não haverá encerramento de esquadras, mas sim de postos de atendimento, que são estrutu-ras sem efectivo operacional adstrito.” “Importa analisar aqui a relação custo--benefício para as populações. Em nos-so entender, é preferível não haver um posto de atendimento, que terá no mí-nimo, doze profissionais em serviço que não é mais do que administrativo, uma vez que apenas recebem queixas. A pro-liferação de postos de atendimento fez com que houvesse um falso sentimento de segurança entre a população, dado que apenas existe a estrutura física, sem o necessário efectivo. Por isso, desde que o policiamento de proximidade fi-que garantido, com mais polícias na rua, não nos opomos à ideia do encerramen-to dos postos/esquadras apenas de aten-dimento”, acrescenta.

Apesar de concordar com o possível encerramento de postos, o presidente da associação sindical referiu que “se efectivamente o posto de atendimen-to encerrar, terá de haver ajustamentos aos espaços para permitir que os profis-sionais possam trabalhar com todas as condições necessárias. É evidente que se houver um aumento de efectivos na casa dos dez, vinte por cento, terá de ha-ver intervenções que o permitam.”

Ricardo Vieira Caldas

17VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 informação

Um “respeito muito especial” por Baguim

PSP da Areosa em risco de fechar

Lipor

Segurança

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18 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Até ao final de Março todas as noites de Sábado são noites de teatro. A As-sociação Social e Cultural “Vai Avante” promove assim a II edição do Encontro de Teatro Amador “Arte e Ato”, no Audi-tório Municipal de Gondomar.

A iniciativa não é pioneira e neces-sita de reforço já que, de acordo com declarações prestadas por Fernando Duarte, presidente da Direcção da As-sociação “Vai Avante”, o teatro amador “desempenha um papel muito relevante na divulgação de novos actores e, tam-bém, por levar até um público mais vasto, peças de teatro, que por vezes, deveriam ter outro tipo de divulgação pública”.

Ao todo são 4 os grupos que passa-rão pelo palco de Gondomar ao longo do mês de Março : Aveiro, Vila do Con-de, Vigo (Espanha) e Gondomar, cada

um com uma peça a exibir em cada Sá-bado respectivo.

A estrear o “Arte e Ato” esteve, no passado dia 10 de Março, o Grupo Cul-tural e Recreativo de Rossas (Aveiro), com a comédia “D’aqui fala o morto”. A peça dá humor à tentativa de descober-ta do assassino de Artur Valdez, célebre actor de cinema. “Os velhos não devem namorar” do Grupo de Teatro da Juven-tude Unida de Mosteiró (Vila do Con-de) deram continuidade ao cartaz, no passado Sábado, dia 17 de Março.

Se não conhece o evento, ainda vai a tempo. No próximo dia 24 de Março o Navia Teatro Escola (Ñavia-Vigo) ence-na “Pedro Chosco”. O Grupo de Teatro ‘da casa’ sobe a cortina para encerrar o II Encontro de Teatro Amador; O Gru-po Teatro Vai Avante, de Gondomar, estreia a peça “Casa de Pais”. A entrada para o “Arte e Ato”, ao longo de todo o mês corrente, é gratuita.

O Auditório Municipal de Gondo-mar recebeu, nos passados dias 3 e 4 de Março, o Corpo Nacional de Escutas para a realização do seminário anual, desta vez, subordinado ao tema “Escu-tismo e Família”.

No local juntaram-se escuteiros de todo o país em prol de um só objectivo, sumariado por Carlos Alberto, respon-sável do Corpo Nacional de Escutas, “Para sermos verdadeiramente felizes, temos que fazer felizes os outros”.

Ao longo dos 2 dias de seminário houve debates e troca de experiências dos participantes envolvidos para que ideias novas viessem contribuir para a intervenção do movimento na (e para a comunidade).

A sociedade está em constante evo-

lução e como que a manter o ritmo e acompanhar as mudanças a par e passo, o seminário “Escutismo e Família” con-tou ainda com workshops sobre diver-sas temáticas, um pouco à semelhança do que aconteceu em anos anteriores. Violência doméstica, separação con-jugal, conselho de pais, redes sociais/famílias virtuais são alguns dos títulos dos workshops realizados no Auditório Municipal de Gondomar.

O evento não passou ao lado dos di-rigentes do Município de Gondomar. A sessão de abertura contou com a pre-sença de Fernando Paulo, vereador dos pelouros de Educação e da Cultura de Gondomar para quem” os escuteiros desenvolvem um trabalho anónimo e voluntário, mas que demonstra muita atenção e preocupação com a realidade das suas comunidades”.

À noite no teatro

“Escutismo e Família”

‘Arte e Ato’ no Auditório Municipal de Gondomar

Auditório Municipal de Gondomar

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19VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 opinião / publicidade

Que comprometem os seus resultados num plano de exerci-cio fisico.Existirão concerteza muitos mais, mas jul-go que estes sete fa-

zem uma grande diferença, entre atingir os seus resultados num programa de exercicio fisico ou não!1 - “elaborar o seu plano de treino” - se é um iniciado ou tem menos de 5 anos de ex-periência no que diz respeito a treino, não caia no erro de elaborar por si mesmo um plano. Pior ainda, não caia na tentação de pesquisar na internet ou revistas e copiar os milhares de planos que lhe são apresenta-dos. Grande parte dos planos apresentados, ou são elaborados por quem não tem a mi-nima noção do que está a fazer ou então são planos de profissionais, os quais se revelam completamente desjustados daquela que é a sua realidade e os seus objectivos.2 - “querer emagreçer e deixar de comer” - este é um erro, que infelizmente é muito frequente entre utilizadores de ginásios por todo o mundo. A realidade é que se quer perder peso, tem que comer. Mas tem de o fazer de uma forma ajustada aqueles que são os seus objectivos. Consulte um nutri-cionista e apresente as suas expectativas, certamente que lhe será elaborado um pla-

no alimentar equilibrado e o qual o fará per-der peso de uma forma saudável e gradual e o qual lhe preservará o máximo de massa muscular ao mesmo tempo que perde a tão inestética gordura.3 - “desprezar a ajuda de profissionais” - grande parte dos utilizadores de ginásios, sofrem daquilo a que eu chamo do “sindro-me de arrogância” e pelos simples facto de treinarem á algum tempo julgarem-se com um dominio total sobre tudo aquilo o que diz respeito a treino, anatomia, bioquimica, metodolgia etc …Nós, os profissionais da área, estamos num processo constante de aprendizagem e vi-vemos 24h/dia a realidade dos treinos e de todos os aspectos que englobam esta área. A nossa contribuição para a evolução de um utilizador de ginásio é fundamental e nós po-demos corrigir vários aspectos do seu treino e aconselhar a melhor forma de atingir os seus desejados obectivos. Desenganem-se todos aqueles que só pelos simples facto de verem uns videos no youtube ou imitarem certas posturas de profissionais no ginásio os vai levar no caminho do sucesso. A realidade é bastante diferente e nós, os profissionais, somos a ligação entre o vosso esforço ser apli-cado de uma forma construtiva ou ser des-perdiçado em rotinas abstractas, desprovidas de qualquer linha orientadora e sem estarem minimamente adaptadas aquela que é a reali-

dade de cada um.4 - “acreditar que existem poções mágicas” - Este é outro grande problema. Grande par-te dos utilizadores de ginásios, porque lhes falta identidade e força de vontade, recorrem a “poções mágicas”, sejam elas na forma de produtos naturais, suplementos desporti-vos ou outras quaisquer substâncias que são apregoadas como milagrosas. Isso simples-mente não existe ! Se não aprenderem a co-mer de uma forma correcta, treinarem com o método adequado e se não tiverem um estilo de vida saudável, garanto que nunca atingi-rão os objectivos que anseiam. Os produtos naturais têm certamente o seu lugar num re-gime alimentar, assim como os suplementos alimentares, mas os resultados não aparecem só porque os compram e os ingerem, tudo o resto conta no resultado final.5 - “quanto mais treinar melhor” - Menti-ra! Cada um de nós tem de encontar o equi-librio entre o treino e o tempo necessário para o corpo recuperar. Mais uma vez repi-to, não aspirem a treinar como os atletas de alta competição, quando o vosso objectivo é ter saúde e bem estar. A alta competição, além de não ser algo acessivel a todos, tam-bém não é saúde. O corpo é levado a extre-mos considerados “contra natura”.Tenha em consideração a sua idade, peso actual, objectivos e estilo de vida e procure um profissional para lhe elaborar um plano

de treino ajustado a si.6 - “é muito dificil, não consigo” - Infeliz-mente a sua atitude mental será aquela que mais influência terá no seu resultado final. Ninguém é inválido ao ponto de nada con-seguir fazer. Tente e vá crescendo dentro das suas potencialidades. Assuma o controlo da sua vida e do seu corpo e vá descobrindo aos poucos o seu potencial, sempre com uma atitude positiva e lutadora.7 - “eu quero ficar como aquele atleta” - não imite ninguém, não copie planos de treino, não assuma uma identidade que não é a sua.Como já disse, cada um de nós tem per-sonalidades próprias e formas diferentes de encarar determinados aspectos da vida. No treino é exactamente o mesmo, de que lhe adianta querer ser um atleta de elite, se já tem 80 anos, pode na pior das hipóteses tentar, mas certamente ficará frustrado pois nunca conseguirá. A realidade é uma coisa dura e muitas pessoas têm dificuldade em aceitarem aquilo que são. Em vez de tentar duplicar os outros tente ser uma melhor versão de si próprio, aceite as suas dádivas e leve-as ao limite. Nunca desista, mas tente em primeiro lugar perceber quem é, as fer-ramentas que tem e como pode melhorar dentro daquela que é a sua realidade.

Personal Trainer CertificadoTreinador pessoal de Krav Maga

“os 7 pecados” Crónica MusculaçãoJoão Carvalho

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‘Saúde e bem-estar’ foi o tema do se-minário que abriu a VII Feira da Saú-de no dia 17 de Março. A feira - de dois dias - foi organizada pela Junta de Fre-guesia de Baguim do Monte e contou com rastreios de saúde gratuitos e várias outras actividades, ao longo do fim-de--semana.

A sessão de abertura da feira – que decorreu no auditório da Junta - con-tou com a presença do vereador do Pe-louro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, do pre-sidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho e da represen-tante do ACES (Agrupamentos de Cen-tros de Saúde) de Gondomar, Maribel Fernandes.

O vereador do Pelouro da Cultura de Gondomar proferiu algumas pala-vras antes do seminário sobre ‘Saúde e bem-estar’ e afirmou que nos dias de hoje “a saúde deve estar presente, não só no tratamento das questões sinalizadas face aos problemas, mas cada vez mais na área da prevenção e da promoção da saúde para o bem-estar generalizado, do ponto de vista psicológico, físico e so-cial.”

Durante o seminário, várias foram as conclusões retiradas pelos palestran-tes e pela audiência e após um breve comentário do médico e moderador,

Alcino Branco, foi a vez do nutricio-nista, Miguel Rego, apresentar as suas ideias sobre ‘alimentação e bem-estar: da abundância à fome em 15 minutos’. O nutricionista fez a análise de um es-tudo da sua autoria e verificou que “77,8 % das famílias, em Gondomar, que são apoiadas pelo Rendimento Social de In-serção estão em insegurança alimentar” ou seja, explicou, “em algum momento sentiram que não tinham dinheiro su-ficiente para comprar comida.” Miguel Rego acrescentou ainda que, nesse es-

tudo, 7,6 % desses 77,8% encontravam--se “com fome severa” o que, segundo a explicação do nutricionista, signifi-ca que “pelo menos houve um dia em que nenhum membro da família comeu porque não havia para comer.” O assun-to foi discutido no auditório da Junta de Freguesia e chegou-se à conclusão que “muitas famílias não aproveitam os apoios que a Câmara oferece.”

Outros temas foram discutidos, du-rante o seminário, como ‘stress parental e desempenho académico da criança’,

apresentado pela psicopedagoga clíni-ca e psicóloga, Filipa Soares, ‘saúde e bem-estar’, pelo enfermeiro José Lima e ‘um modelo de respostas integradas no campo das dependências’ pelo Diretor do Centro de Respostas Integradas do Porto Oriental, Jorge Barbosa.

No dia 18 de Março, a Feira de Saú-de de Baguim do Monte trouxe, à po-pulação baguinense, rastreios de saúde grátis, um atelier de artes plásticas, uma aula de ioga, algumas actividades des-portivas para crianças e a actuação do Rancho Folclórico “As Farrapeirinhas” de Baguim do Monte. A feira contou ainda com a venda de produtos naturais e artesanato, bem como a demonstração de massagens e terapias.

Ricardo Vieira Caldas

Insegurança alimentar aumentaFeira da Saúde

20 informação VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

Uma vacina é uma preparação a n t i g é n i c a , que inoculada ( a d m i n i s t r a d a ) num indivíduo induz uma resposta imunitária

protectora específica de um ou vários agentes infecciosos. Muitos de nós tomamos recentemente a vacina sazonal contra a gripe.Considerar que as vacinas só são para as crianças e jovens é uma ideia errada. Errada, também, é a ideia de pensarmos que as vacinas dos adultos apenas são a vacina antitetânica e a vacina anual contra a gripe! Mas hoje, situemo-nos na vacina antitetânica.A maior parte das vacinas ajudam a proteger não só o indivíduo vacinado mas também a própria comunidade, desencadeando a chamada “imunidade de grupo”. Ao

estarmos vacinados, contribuímos para diminuir o número de pessoas susceptíveis à doença e interrompemos a circulação do microrganismo. Já tinha pensado nisto?As vacinas permitiram já a erradicação de uma doença terrível, a varíola, e estão prestes a conseguir a eliminação de outra doença, a poliomielite. As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer tratamento médico. Nenhuma medida, à excepção do fornecimento de água potável às populações, contribuiu tão decisivamente para a melhoria da saúde pública como as vacinas! A vacinação, constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos vivos se não fosse a vacinação.O Plano Nacional de Vacinação (PNV) é o calendário de vacinas

recomendado pelas autoridades de saúde em Portugal. A sua história remonta a Outubro de 1965, ano em que o PNV teve início oficial em Portugal com a vacina contra a poliomielite. Recomenda as vacinas que devem ser tomadas numa base de rotina, bem como as respectivas idades de vacinação. As vacinas incluídas neste plano são administradas universal e gratuitamente ao maior número possível de cidadãos, não existindo barreiras para a sua administração, excepto, logicamente e raramente, no caso em que um indivíduo tenha contra-indicações médicas.O tétano é uma doença aguda provocada pelo clostridium tetani, uma bactéria produtora de esporos que podem persistir no solo durante meses ou anos. A doença é adquirida por inoculação dos esporos nos tecidos, principalmente através de lesões, picadas, queimaduras

e feridas. Como sintomatologia associada à doença salientam-se as contracções musculares muito dolorosas. O diagnóstico é principalmente clínico e o tratamento deve ser realizado em meio hospitalar em unidades de cuidados intensivos. A mortalidade é mais acentuada em crianças e idosos.A vacinação antitetânica é a medida preventiva mais eficiente contra o tétano, e a vacinação de todos os adultos é um dos principais objectivos do PNV. Segundo este plano, os indivíduos devem ser vacinados aos 2, 4, 6 e 18 meses de idade, aos 5-6 anos e 10-13 anos e, posteriormente, de 10 em 10 anos durante toda a vida.Se necessita de ser vacinado, não hesite, procure o seu Enfermeiro de família nas Unidades de Saúde Familiar e junto dele tire todas as suas dúvidas!

Há quanto tempo não olha para o seu boletim de vacinas? EnfermeiroJosé Lima

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21VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012 desporto

Chamam-lhe “Desporto Rei”, move multidões e movimenta milhões. Mas fora da liga dos grandes há o resto e o resto é igualmente grande. Que o di-gam os clubes de futebol de Rio Tinto. O Sport Clube de Rio Tinto e o Atlético Clube de Rio Tinto continuam a atrair os jovens da região para a prática des-portiva. Joga-se no masculino desde os mais pequeninos até aos mais graúdos. São todos da mesma região mas vestem camisolas de cor diferente. Dão o corpo e alma pelo jogo ainda que saibam que há muito que os limita de alcançar rel-vados mais verdejantes.

Sport Clube de Rio TintoO pontapé de saída foi dado em Ju-

lho de 1923. Foram cidadãos de Rio Tinto que tomaram a iniciativa de criar um clube desportivo na freguesia. De-

savenças entre jogadores deram origem a uma cisão, em 1926, e com ela surgiu um novo clube em Rio Tinto – o actual Atlético Clube.

Só a II Guerra Mundial veio impedir a realização de competições. Terminada a guerra, em 1945, retomou-se a activi-dade desportiva e o futebol voltou a bri-lhar na freguesia.

Desde então, e até agora o Sport Clu-be de Rio Tinto já foi Campeão da pro-moção a época de 1931/32; Campeão da III Divisão Regional em 1974/75 e Cam-peão da 1ª Distrital em 1988/89, lugar que gostaria de voltar a alcançar.

Artur Monteiro dirige agora o Clube do qual foi guarda-redes, lá nos tempos em que ainda jogava futebol. Confes-sou que o clube vai sobrevivendo com algumas dificuldades, já que os tempos são de crise, e admitiu que se pudesse

aquilo que faria de imediato pelo clube era “um campo de treino sintético (…) seria muito bom para as camadas jovens e mesmo para a academia (…) e a se-gunda era fazer um pavilhão gimnodes-portivo (...) porque nós, por exemplo, já tivemos hóquei em patins (…) mas acabamos por desistir porque não tí-nhamos pavilhão”.

As despesas de manutenção não saem barato, são cerca de 800 euros por mês em água quente, rega, relva e adubo….”é preciso gastar dinheiro”, re-cordou o dirigente.

No futuro Artur Monteiro gostava de ver o clube ascender à “II divisão Nacional, “houve 4 anos quase seguidos que ficamos em 4ª lugar e perdemos 19 pontos aqui em casa senão tínhamos subido” (…) não há dúvida que seria o ideal, uma 2ª Nacional mas também ter-mos condições, termos um campo sin-tético para isso”.

Actualmente a equipa sénior ocupa o 13º lugar da Tabela Classificativa na Divisão de Honra. (ver caixa)

O ‘sonho’ de Artur Monteiro para já fica em ‘stand by’, dependente dos próxi-mos jogos (o SC Rio Tinto está a 30 pon-tos do CA Felgueiras) e da decisão, ainda por apurar, da possível extinção da 3ª di-visão Nacional no término desta época.

Atlético Clube Rio TintoSurgiu de desavenças entre jogado-

res e desde então que se manteve firme enquanto clube de futebol.

Actualmente António Taveira lide-ra a equipa sénior que subiu, na época passada, para a 1ª divisão distrital, onde, considera o treinador “ é a divisão na-tural para o clube, tendo em conta o campo que nós temos e as dificuldades financeiras”. “A equipa mantem-se”, as-segurou o treinador, e “luta contra equi-pas com um orçamento muito superior ao nosso”. “Os jogadores só estão a pré-mios” reforçou António Taveira.

O que mais falta faz, considera, é um campo sintético e, segundo o secretário da direcção do clube, Rui Alves, o cam-po actual devia estar mais “centralizado - estamos mais prejudicados a nível de transportes para os miúdos”. A localiza-ção do campo atrapalha mas é sobretudo o sintético que mais falta faz, reforçou.

Ocupam, até agora, o 9º lugar na ta-bela classificativa e, a 19 pontos do UD Valongense acreditam conseguir acabar a época mantendo o lugar que ocupam na 1ª Divisão.

Rui Alves adiantou “os jogadores sé-niores são jogadores especiais (…) são jogadores que gostam do clube, que sen-tem o clube”. O treinador acrescentou: “tomara os sócios ter este amor que os jogadores terem para com o clube (…) era sinal que havia muita gente para aju-dar”.

Maritza Silva

Rio Tinto e o Futebol

PosiçãoAF Porto Divisão de Honra 2011/12

Equipas Pontos123456789

101112131415161718

595148474545423534333230292726242317

CA FelgueirasSalgueiros 08Nogueirense FCFC Pedras RubrasLixaSerzedoCandalD.SandinensesBarrosasOliv. DouroCanideloBaiãoSC Rio TintoCustóias FCS. Pedro da CovaPedrouçosFC VilarinhoSC Nun´Alvares

PosiçãoAF Porto 1ª Divisão Série 2 - 2011/12

Equipas Pontos123456789

101112131415161718

575448464442413838363433323123232119

UD ValonguensePerosinhoSobradoCrestumaGulpilharesAD Marco 09AtaenseS. FélixCA Rio TintoLeverenseAvintesSenhora da HoraLeça do BalioFC FozVila FCArcozeloSC Rio de MoinhosCerco do Porto

ResultadoJornada 26 (18-03-2012)

Visitante0-11-01-01-41-11-22-03-12-1

Baião SC Rio Tinto S. Pedro da Cova Pedrouços Salgueiros 08 D.Sandinenses FC Vilarinho Candal CA Felgueiras

VisitadoLixa

BarrosasFC Pedras Rubras

Oliv. DouroSC Nun´Alvares

CanideloCustóias FC

SerzedoNogueirense FC

ResultadoJornada 27 (18-03-2012)

Visitante0-01-11-10-07-00-13-43-02-1

CrestumaCerco do PortoLeverenseFC FozGulpilharesCA Rio TintoSenhora da HoraArcozeloSC Rio de Moinhos

VisitadoLeça do Balio

AvintesS. Félix

AtaenseSobrado

UD ValonguensePerosinho

AD Marco 09Vila FC

BELPREÇOMADALENA

NOVO ORIENTEESPINHO

BELPREÇO • BAGUIM DO MONTE Estrada Dom Miguel, 288 • 4435-677 Baguim Do Monte

Telf.: 224 801 860 • Mail: [email protected]

(Antigo Carpan)

Jornada 28: Cerco do Porto - Crestuma; Leverense - Avintes; FC Foz - S. Félix; Gulpilhares - Ataense; CA Rio Tinto - Sobrado; Senhora da Hora - UD Valon-guense; Arcozelo - Perosinho; SC Rio de Moinhos - AD Marco 09; Vila FC - Leça do Balio

Jornada 27: Candal – Lixa; Baião – Barrosas; SC Rio Tinto – Nogueirense FC; CA Felgueiras – FC Pedras Rubras; S. Pedro da Cova – Oliv. Douro; Pedrou-ços – SC Nun´Alvares; Salgueiros 08 – Canidelo; D.Sandinenses – Custóias FC; FC Vilarinho – Serzedo

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22 reportagem VivacidadeQuinta-feira, 22 de Março 2012

De acordo com os Censos 2011, a fre-guesia de Rio Tinto tem mais de 12 mil pessoas com idade superior a 65 anos.

São cada vez mais as notícias que fa-zem manchete nos jornais a denunciar mais um caso de abandono na popula-ção idosa. A população portuguesa, em geral é uma população envelhecida e muitas vezes faltam os meios para pro-videnciar os cuidados que estas pessoas precisam e merecem.

Para preencher essa lacuna, sur-giu no inicio deste ano, em Rio Tinto, a Home Instead – Apoio Domiciliário, uma empresa licenciada pela Segurança Social, e com protocolos com diversas entidades a nível nacional. A sua missão é proporcionar o apoio máximo a ido-sos e dependentes, assegurando a máxi-ma qualidade de vida em cada situação e permitindo, desta forma, que não se-jam obrigados a afastar-se do conforto e segurança do seu lar, nem das pessoas e locais que conhecem desde sempre.

Sara e Jorge Alvarenga, são os res-ponsáveis pela abertura desta empresa, Um conceito pouco conhecido, mas inovador.

A Home Instead – Apoio Domicili-ário, garante a prestação de diversos ti-pos de cuidados clínicos e não clínicos, como, higiene pessoal, acompanhamen-to, preparação de refeições, pequenas tarefas domésticas, lembrança de me-dicação, apoio nocturno, Fisioterapia, Enfermagem, Podologia, entre outros serviços especializados.

Os serviços podem ser prestados por poucas horas a 24 horas por dia (presen-cial ou como linha de apoio), de forma esporádica ou continuada.

O aconselhamento técnico, a projec-ção de obras de adaptação e supressão de barreiras e mesmo a venda de equi-pamentos especializados são outras ver-tentes da Home Intead – Apoio Domici-liário de Gondomar.

Sara Alvarenga, responsável pelo es-critório, referiu que este projecto sem-pre foi uma ambição pessoal, visto estar na área da saúde, e ter uma apetência especial para trabalhar com os mais ido-sos: “Além disso, é um sector onde pos-so conciliar a oportunidade de desen-volver um projecto com elevado valor social com a criação de um negócio de

futuro”, referiu a responsável pela Home Instead em Gondomar.

“Foi a opção certa, pois numa altura em que a família tem o seu tempo cada vez mais preenchido pelas suas obriga-ções profissionais e sociais, é fundamen-tal a existência de empresas e serviços que assumam, em seu nome, a prestação de cuidados que os seus familiares neces-sitam”, reforçou ainda Jorge Alvarenga.

É um orgulho para Sara e Jorge Al-varenga poder fazer parte da vida das pessoas colaborando e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do cliente, possibilitando, em simultâneo, um descanso da família, através de uma relação de confiança.

Mais ainda constatar, através das vi-sitas semanais, a total satisfação e reco-nhecimento dos clientes.

Para além disso esta empresa está a contrariar a tendência do mercado la-boral, oferecendo emprego a pessoas com mais de 40 anos e apostando numa formação contínua para as suas Caregi-vers (ajudantes familiares).

O processo de selecção é rigoroso. Cada candidata passa por diferentes fa-ses de selecção e é alvo de diversas for-mações ao longo do tempo, que melhor se adequem ao trabalho que exerce e à pessoa de quem cuida.

As Caregivers são agentes especializa-das que para além de cuidado dão cari-nho e apoio às pessoas de quem cuidam, e como cada caso é um caso, cada cliente é encarado como um caso especial. “Tan-to as nossas Caregivers como os serviços são personalizados consoante a neces-sidade do nosso cliente. Os orçamentos são fornecidos após uma visita domicili-ária, sem qualquer custo ou compromis-so, e traduzem apenas os serviços que reconhecemos serem necessários para garantir o bem-estar das famílias que nos contactam”, referiu Sara Alvarenga.

Quanto ao futuro... “O futuro será abranger outras áreas, para conseguir-mos ajudar ainda mais pessoas, sem afectar a qualidade e a personalização dos nossos serviços”, referiu Jorge Alva-renga.

Apoio domiciliário de excelência em Rio TintoHome Instead

Rua 25 de Abril n.º 94 Loja 12 GondomarTlf: 220 964 417 Tlm: 966 051 275

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PROMOVEMOS A MOBILIDADE EM SEGURANÇA DO SEU AUTOMÓVEL

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