vivacidade ed. 79 - fevereiro 2013

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São cada vez mais os que recorrem aos refeitórios sociais 0,50€ Concelho encheu-se de cor para mais um carnaval Milhares de crianças desfilaram nas ruas Rojões e papas de sarrabulho deram sabor às Festas a São Brás Principais ruas de Baguim do Monte foram palco de mais uma procissão Sociedade V V P.5 P.7 15 bilhetes individuais para o Eros Porto 2013 de 7 a 10 de março Saiba mais P.42 Minas de S. Pedro da Cova vão ser monitorizadas Tecnologia de universidades portuguesas e espanholas vai permitir supervisão V P.11 Bruno de Carvalho e Godinho Lopes estiveram em Rio Tinto Núcleo Sportinguista de Gondomar convidou personalidades do clube para o 11.º aniversário V P.17 Gondomar é o terceiro concelho com mais desemprego no Grande Porto Desporto 2 bilhetes duplos para o concerto de Bonnie Tyler a 28 de março Saiba mais P.43 V V V P.24-25 OFERTA

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Vivacidade ed. 79 - Fevereiro 2013

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Page 1: Vivacidade ed. 79 - Fevereiro 2013

São cada vez mais os que recorrem aos refeitórios sociais

0,50€

Concelho encheu-se de cor para mais um carnavalMilhares de criançasdesfilaram nas ruas

Rojões e papas de sarrabulho deram sabor às Festasa São Brás Principais ruas de Baguim do Monte foram palco de mais uma procissão

Sociedade

VV

P.5

P.7

15 bilhetes individuais para o Eros Porto 2013 de 7 a 10 de março Saiba mais P.42

Minas de S. Pedro da Cova vão ser monitorizadasTecnologia de universidades portuguesas e espanholasvai permitir supervisão

V P.11

Bruno de Carvalho eGodinho Lopes estiveramem Rio TintoNúcleo Sportinguista de Gondomar convidou personalidades do clube para o 11.º aniversário

V P.17

Gondomar é o terceiro concelhocom mais desemprego no Grande Porto

Desporto

2 bilhetes duplos para o concerto de Bonnie Tyler a 28 de março Saiba mais P.43VV

V P.24-25

OFERTA

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2 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Editorial

POSITIVOA avenida da Conduta está em obras. Arranjo de pas-seios, colocação de veda-ções, melhoramento de si-nais horizontais e pinturas de pisos é o que se pretende fazer na obra orçamentada pela Câmara de Gondomar em 250 mil euros. A con-clusão está prevista para Março ou Abril.

NEGATIVO“A colocação de parquíme-tros no centro de Gondo-mar foi muito má para o ne-gócio. Tivemos uma queda acentuada de clientes e tive mesmo que alugar um par-que privado para compensar quem vem cá comprar.”

Sérgio Sousa, comerciante em Gondomar

No Couto de Rio Tin-to existiam vários casais pertencentes quer à aba-dessa quer ao convento do Mosteiro de S. Cristó-vão de Rio Tinto. Irei aqui falar dum desses casais, o qual se situava no lugar de S. Mamede (Rio Tin-to), o qual era denomi-nado na documentação por “Casal de S. Mamede do Fundo”. Existem, para o período dos séculos XV e XVI, três cartas de emprazamento referentes a este casal. O primeiro documento está datado de 4 de Fevereiro de 1461, sendo o casal emprazado a Gomes Dias, capelão do Mosteiro de Rio Tinto,

pela renda anual de duas teigas de milho e duas de centeio, e sete maravedis pagos a vinte reais por maravedil. O segundo documento está datado de 27 de Abril de 1477, sendo desta vez empra-zado a Rodrigo Eanes, sua mulher Maria Aires e a uma pessoa depois de-les, A este emprazamen-to foi acrescentada uma quebrada denominada de S. Mamede do Santo. Sabemos pelo documen-to seguinte, datado entre 1525 e 1526, que a referi-da quebrada pertencia ao convento do Mosteiro de Rio Tinto. O mesmo casal foi nesta última data em-

prazado a Bastião Fer-nandes, mulher e a mais uma pessoa pela renda anual de vinte alqueires de pão meado (mistura de cereais, geralmente milho e centeio), dois alqueires de trigo e 340 reais em dinheiro, para além de prestar servi-ço em terra do Mosteiro (geiras) duas vezes com o corpo e duas vezes com os bois ou pagar 90 reais em substituição desta obriga-ção. Este lugar de São Ma-mede serviu também de ponto de referência para a localização do Mosteiro de Rio Tinto, graças dois documentos datados de 1449 e de 1526, uma vez que é referida a existência de uma estrada que ia do Mosteiro de Rio Tinto até este lugar. Em 1999, pude comprovar em S. Mame-de a existência de restos desta estrada coberta de lajes quando pesquisava sobre a delimitação do Couto de Rio Tinto.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso Passado

O Casal de S. Mamede do Fundo

Caros Leitores,

Quero agradecer as muitas felicita-ções que recebeu o “Jornal Vivacidade” e eu próprio pela nova imagem do Jornal.

O mérito não é meu, mas sim da gran-diosa equipa que é magistralmente gerida pelo diretor do Jornal, Miguel Almeida, a quem dou aqui o público reconhecimen-to, pelo trabalho desenvolvido e acima de tudo pelos resultados alcançados pois é unânime que a nova imagem e organiza-ção do jornal é substancialmente melhor do que as versões anteriores e isso deve--se ao esforço organizado do diretor e de toda a equipa.

Nesta edição, o Vivacidade destaca as dificuldades sociais com que as pessoas vivem no concelho, especialmente o fla-gelo do desemprego estrutural, que muito tem sido combatido pelas estruturas do IEFP, pelas obras de caráter social e tam-bém pela Igreja, abnegadamente e com muita vontade e enormes sacrifícios por parte de dirigentes, voluntários e dadores que muito têm tentado diminuir os pro-blemas reais das pessoas.

São estes exemplos dos apoios con-cretos à vida das pessoas que, neste mo-mento complexo, devem ser valorizados e apoiados, pois a organização e a dispo-nibilização aos mais desfavorecidos de meios suficientes, para se sobreviver com dignidade, deve estar para lá da esmola direta e deve obrigar a que se procure a dignificação do ser humano, o que está para lá deste ou daquele apoio específico e passa por serem construídas estruturas e ações em projetos integrados que levem a que as pessoas se possam desenvolver com dignidade e capacidade de afirma-ção.

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (TP-1732)Diretor Comercial:Luiz Miguel Almeida - 910 600 079Paginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Alfredo Correia, Álvaro Gonçalves, Alzira Rocha, André Campos, António Costa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Aires, Domingos Gomes, Fernando Nelson, Fernando Silva, Goreti Teixeira, Henrique de Villalva, Joaquim de Figueiredo, Joana Silva, José António Ferreira, Juliana Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Pedro Costa, Rita Ferraz, Sandra Neves, Susana Ferreira e Zulmiro Barbosa.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 5 à 13

AssociativismoPágina 14 e 15

DesportoPáginas 16 à 19

DestaquePáginas 24 e 25

Empresas & NegóciosPáginas 29 e 30

OpiniãoPáginas 32 e 33

PolíticaPáginas 35 à 41

Emprego & FormaçãoPágina 45

Lazer & EmpregoPágina 46

Próxima Edição21 de março

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Page 3: Vivacidade ed. 79 - Fevereiro 2013
Page 4: Vivacidade ed. 79 - Fevereiro 2013

A ligação entre a Rotunda da Rua Amália Rodrigues (Parque Nascente) e a Rotunda de Rebordãos, em Rio Tinto, abriu ao trânsito no dia 18 de fevereiro. Na página da Internet da Câmara Muni-cipal de Gondomar pode ler-se o apelo

“ao máximo cuidado dos automobilistas nestas novas acessibilidades”, contestadas já anteriormente pelo presidente da fre-guesia, Marco Martins. A Via Nordeste é o primeiro troço de uma ligação projeta-da no município para o futuro.

4 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Breves

Via Nordeste já abriu ao trânsito

O auditório do Agrupamento Vertical de Escolas de Rio Tinto, na escola EB 2,3 do Monte da Burra, recebeu, no dia 22 de fevereiro, Karla Farah – especialista em mediação escola-família – para refletir sobre os problemas das crianças e jovens

no dia a dia. “Crescer bem, amar melhor” foi o tema da “conversa” organizada pela Brigada do Bom Cidadão – um grupo de alunos da escola, fundado por Maria José Guimarães, que promove a formação cí-vica – e pela biblioteca escolar.

Educação e valores éticos em discussãona EB 2,3 de Rio Tinto

A Águas de Gondomar possui um novo sistema de comunicação de leitu-ras. As leituras efetuadas por esta em-presa, são realizadas bimestralmente. Na ausência de leitura, os consumos serão faturados por estimativa, com base na média dos consumos reais anteriores. Os consumos faturados por estimativa,

serão regularizados após leitura real do contador. A empresa permite agora o en-vio de leitura em qualquer dia da sema-na, a qualquer hora, com a regularidade que entender. A leitura para ser exata de-verá ser fornecida no dia mencionado na fatura anterior, encontrando-se no can-to superior direito da mesma. A mesma pode ser feita via site, através do registo na loja online [www.aguasdegondomar.pt] e também agora via telefone, através do sistema de registo automático de lei-turas. Para tal, basta marcar o número 224660200 e seguir as instruções que são dadas pela gravação, utilizando para esse efeito o teclado do telefone.

Novo sistema de comunicaçãode leituras da água

Na reunião de jantar de janeiro, o Ro-tary Club de Gondomar recebeu a visita de diversos companheiros do Rotary Club Porto-Douro, que partilharam a visita que o médico Fernando Póvoas fez ao clube, a convite do presidente, António Pais. Entre outros assuntos, Fernando Póvoas discor-reu sobre as causas da obesidade entra a população portuguesa e considerou o excesso de peso um problema grave de saúde pública, pouco considerado pelos poderes governativos.

Janeiro levou o médico Fernando Póvoasaos rotários de Gondomar

Enquadramento Legal - pela informação do cidadãoPela Defesa dos Direitos dos Cidadãos e das Pessoas Coletivas

É necessário que a comunidade combata a tendência para transferir aos interesses privados a co-brança de dívidas, e esteja atenta a outras matérias que tradicionalmente estão entregues aos Tribunais, nomeadamente a proliferação de julgados de paz e Tribunais Arbitrais. A Tendência dos últimos governos tem sido a de ceder a critérios economicistas de curto prazo, e a esquecer valores superiores que estão consagrados na Constituição e na Lei, como a salvaguarda da vida privada, a confidencialidade de dados, o direito à dignidade humana, o direito a contraditório, o direito à honra e à imagem, entre outros. Associo--me à Ordem dos Advogados para lançar um alerta para todos os leitores deste jornal: - é preciso que todos combatam a procuradoria ilícita, porque é um crime. Isto significa que só um advogado (ou um solicitador, na medida das sua competência) está habilitado para proteger as pessoas singulares e coletivas pela via judicial, ou extrajudicial. É prudente assegurar que o advogado que escolherem deve estar inscrito na Or-dem dos Advogados, e isso pode ser confirmado através do site www.oa.pt, em pesquisa de advogados, pesquisando o nome profissional, morada, ou nº de cédula profissional, ou pelo pedido de exibição de cédula profissional de forma presencial.

- Com experiência em todas as áreas do Direito, nomeadamente,Direito do Trabalho, Direito da Insolvência, Direito Civil,Direito Penal e Direito Comercial;- Constituição de Empresa na hora e Registos;- Clientes Particulares e Avenças;- Atendimento personalizado e sistema de e-consulting.Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, n.º 4341ª sala 10, 4435-213 Rio TintoCentro Comercial de Rio Tinto I (Junto à Igreja)Horário de atendimento: 9h00 às 12h30 e das 15h00 às 18h30T. (+351) 227 835 427 F. (+351) 227 838 665TLM. 913 711 506 / 933 459 092Email: [email protected]@hotmail.com

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Em Baguim do Monte, os idosos do lar do Centro Social Paroquial tiveram direito a uma festa para celebrar a época carnavalesca. Fanta-siados a rigor, mais de três dezenas de seniores cantaram, declamaram poemas e assistiram a um espetáculo de ilusionismo protagonizado por Eduardo Meixieira. A estrela da tarde do dia 7 de fevereiro foi Carla Maria, cantora de música popular portuguesa, que animou o lar e pôs no-vos e velhos a cantar as suas músicas.

5VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Sociedade: Carnaval

Cores vivas e muita foliano carnaval em GondomarO carnaval em Gondomar marcou bem presença nas freguesias de Fânzeres, Rio Tinto e S. Pedro da Cova. Os desfiles, compostos por mi-lhares de crianças, trouxeram alegria às ruas do concelho e deixaram um rasto de confettis e serpentinas.

V A época carnavalesca celebrou-se um pouco por todo o concelho, em Rio Tinto, Fânzeres, S. Pedro da Cova e Baguim

Banda S. Cristóvãode Rio TintoOrganizado anualmente, o ritual do velório simulado esteve mais uma vez presente na banda.

Os “enterros”

Triana, Rio TintoA tradição voltou à zona ocidental da cidade para pôr fim à época carnavalesca.

Associação Recreativa Desportiva e Culturalda MóO “enterro do Entrudo” celebrou--se mais uma vez no lugar da Mó.

Associação SocialRecreativa Culturale Bem Fazer Vai AvantePara além do desfile, a coleti-vidade não esqueceu o famoso “enterro”.

Amarelo, vermelho, verde, azul, foram al-gumas das cores que serviram para expressar a alegria e a folia do carnaval que se viveu no concelho de Gondomar. Fânzeres, Rio Tinto e São Pedro da Cova foram as freguesias em que mais se notou a presença do entrudo. Os desfi-les foram organizados pelas juntas de freguesia bem como, no caso de S. Pedro da Cova, pela Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante.

O desfile de carnaval de Fânzeres adotou para 2013 um percurso mais pequeno. No dia 8 de fevereiro, o cortejo começou na rua da Igreja e terminou no Pavilhão Municipal de Fânzeres. A incerteza das condições meteorológicas, segun-do a presidente da Junta de Freguesia, Fernanda Vieira, estiveram na base da alteração do per-curso habitual do desfile. Este ano, a vila contou com a participação de 1000 alunos provenientes dos jardins de infância e das escolas básicas do 1.º ciclo. Este foi já o quarto ano consecutivo em que a freguesia organizou o desfile no entrudo. A acompanhar as crianças mascaradas estive-ram professores, educadores, auxiliares de ação educativa, num total de 110 pessoas, muitas das quais também fantasiadas a rigor e contagiadas pelo espírito carnavalesco. Já dentro do Pavilhão Municipal de Fânzeres, as crianças puderam por em prática os seus dotes de dançarinos, numa aula de zumba e já mais para o final da manhã, o Palhaço Pintarolas trouxe ao pavilhão uma peça infantil.

O Largo do Mosteiro foi pequeno para acolher as mais de 2000 crianças que se mas-cararam para o desfile de carnaval, no dia 8 de fevereiro, que começou com a animação do Palhaço Mix no palco da freguesia. Depois de muitas gargalhadas da plateia e de algumas brincadeiras proporcionadas pelo espetáculo do Palhaço de Rio Tinto, as escolas e jardins de infância da cidade partiram pela avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá rumo ao largo das galerias Chão Verde. O “mega” desfile de

O tempo não foi amigo do já habitual desfile carnavalesco, organizado pela Associação Social R. C. B. F. Vai Avante em S. Pedro da Cova, na terça feira de carnaval, no dia 12 de fevereiro. Ainda assim, a associação não deixou que as condições climatéricas afetassem os seus planos e o cortejo prosseguiu com um encurtamento do percurso. A partida deu-se na sede da Vai Avante e findou no novo edifício da Junta de Freguesia

Em Fânzeres o programa este ano

foi diferente

Cerca de 2300 crianças fantasiadas

encheram o centro de Rio Tinto

São Pedro da Cova não desistiu,

apesar da chuva

Lar de idosos do Centro Social Paro-

quial de Baguim também festejou

Texto: Ricardo Vieira Caldas

carnaval uniu crianças, professores, técnicos, animadores, autoridades bem como a Junta de Freguesia numa festa em que até os idosos do Centro Paroquial tiveram direito a participar fantasiados.

de S. Pedro da Cova. Cerca de 400 crianças fize-ram a festa e encheram a freguesia de cor, fan-tasiadas de acordo com o tema escolhido para 2013, os palhaços.

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Sociedade: Festa do Sável e da Lampreia

A edição deste ano da ‘Festa do Sável e da Lampreia’ contou com uma cerimónia inaugural a bordo de um barco, em Ribeira de Abade, Valbom. Na inaugura-ção estiveram presentes, entre ou-tros, as principais personalidades políticas do concelho bem como representantes das 17 unidades de restauração que vão participar como parceiras na ‘Festa’.Com a ‘Festa do Sável e da Lampreia’, a CMG pretende, em primeiro lu-gar, “divulgar as potencialidades gastronómicas do concelho” e “as-segurar a promoção da economia local e dos restaurantes de Gondo-mar”.

Esta iniciativa, que já vai na 22ª edição, desenvolvida em par-ceria com os restaurantes, tenta mais um vez ser um fator impul-sionador da preservação e valori-zação da gastronomia tradicional portuguesa aumentando e refor-çando a visibilidade dos restau-rantes participantes.

Sável e Lampreia à discrição no concelho de Gondomaraté meados de marçoComeçou a 15 de fevereiro a 22.ª edição da ‘Festa do Sável e da Lampreia’, uma iniciativa do pelouro de Turismo da Câmara Mu-nicipal de Gondomar (CMG) que irá perdurar até 17 de Março com diversas atividades que colocam no centro de todas as atenções estas duas iguarias.

VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Março contará com a já habitual prova das igua-rias e com o ‘Fim de Se-mana Gastronómico’

Dia 6 de março foi a data es-colhida, este ano, para a prova de ‘Lampreia à Bordalesa’ e ‘Sável Frito’ no Auditório Municipal. Ainda no mesmo dia, mas já no Salão Nobre da Câmara Munici-pal de Gondomar, acontecerá a

cerimónia de entrega de prémios e diplomas aos restaurantes par-ticipantes no concurso.

O Pavilhão Multiusos de Gondomar vai receber uma vez mais o ‘Fim de Semana Gastro-nómico’, inserido no programa da ‘Festa do Sável e da Lampreia’. que se realiza entre os dias 8 e 10 de março no Multiusos Gondo-mar “Coração de Ouro”, existem outras iniciativas a assinalar.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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7VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Sociedade: São Brás

Baguim do Monte soube a Rojões e Papas de Sarrabulho no mês de fevereiroFoi em pleno centro das festas a São Brás que o júri do 14.º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte se reuniu, entre as 12h e as 14h do dia 3 de fevereiro, para provar e avalizar os pratos das 16 unidades de restauração partici-pantes no certame.

Através da denominada ‘pro-va cega”, ou seja, sem saberem o nome do participante a concurso, cada membro júri provou um a um as iguarias deste concurso.

Tal como vem sendo hábito, a prova estava dividida em dois grupos, um para classificar rojões e outro para classificar as papas de sarrabulho, havendo um prémio final ‘combinado’ com a soma fi-nal dos dois. O vencedor, este ano, desse mesmo prémio foi a Chur-

rasqueira de Baguim.O júri era constituído por di-

versos representantes de entidades convidadas pela organização para este efeito.

A respetiva cerimónia de en-trega de prémios decorreu no pró-prio dia 3 de fevereiro, às 21h30, na tenda da confraria gastronó-mica, abrilhantada pelo grupo de cantadores ao desafio Augusto Moreira & Amigos que alegrou os presentes com as suas desgarradas.

Paulo Araújo, no breve co-mentário que fez para agradecer os apoios recebidos das diversas

entidades, partilhou com os pre-sentes dois grandes objetivos que poderiam contribuir para engran-decer Baguim do Monte. No caso, a “instalação de uma tenda gigante em local a definir onde se pudesse organizar um super evento cujo protagonista principal seriam os rojões e papas de sarrabulho” e ainda de se arranjar um local para “servir de Sede para o Arco do Bojo e Confraria Gastronómica bem como para as coletividades que não possuam edifício próprio.”

As intervenções que se segui-ram produzidas pelas individuali-

dades presentes, pautaram-se pelo reconhecimento generalizado da “mais valia” que este certame acar-reta para a freguesia de Baguim do Monte em particular e para o município de Gondomar em geral. A mesma opinião partilha o presi-dente da Junta de Freguesia de Ba-guim do Monte, Nuno Coelho, que faz “um balanço positivo”. “A festa realizar-se a um domingo é em si um fator positivo e uma ‘mais va-lia’ para que haja muitas pessoas a visitar Baguim do Monte. O único fator menos positivo ocorrido este ano foi a ausência do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, por motivos de doença, pois seria a sua última procissão de S. Brás nesse cargo autárquico. Por tal motivo, ficou adiada a sua entroni-zação na Confraria Gastronómica dos Rojões e das Papas de Sarrabu-

lho à moda de Baguim do Monte”, referiu o autarca.

Neste evento, para além dos elementos da direção da Coopera-tiva Cultural Arco do Bojo, presi-dida por Paulo Araújo, estiveram ainda presentes a deputada da As-sembleia da República, Margarida Almeida, o vereador da Câmara Municipal de Gondomar, Fernan-do Paulo, o presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho, o presidente da Jun-ta de Freguesia de Rio Tinto, Mar-co Martins, o presidente da Asso-ciação Comercial e Industrial de Gondomar, Graciano Martinho, Marques Almeida da Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás e Augusto Pacheco da Con-fraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Papas de Sarrabulho

1.º- Churrasqueira de Baguim

2.º- Restaurante ‘O Cardeal’

3.º- Churrasqueira do Redondo

Rojões

1.º- Snack Bar ‘Bem Me Quer’

2.º- A. C. R. Estrela de Baguim

3.º- Café ‘Lareira’

Classificação 14.º Concurso Gastronómico

Prémio CombinadoChurrasqueira de Baguim

V A procissão a S. Brás realizou-se também no dia 3 de fevereiro

V Entronização do Padre Lucindo Silva como Confrade da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim

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Sociedade: Escola Secundária de Rio Tinto

Catarina Pinto, da Escola Secundária de Rio Tinto, é a vencedora portuguesa do con-curso “Jovens Tradutores”, iniciativa promo-vida pela Comissão Europeia. A jovem es-tudante de Gondomar conquistou o prémio com a tradução de um texto em Espanhol para o Português. O concurso, destinado aos alunos do Ensino Secundário, neste ano re-

gistou três mil participantes, de 750 escolas dos 27 Estados membros.

A cerimónia de entrega de prémios dos “Jovens Tradutores” realizar-se-á a 11 de abril, em Bruxelas. Catarina Pinto, de 17 anos, re-ceberá o prémio das mãos da comissária europeia para a Educação, Cultura, Multilin-guismo e Juventude, Androulla Vassiliou.

Aluna da Secundáriavence concurso europeuEstudante de 17 anos vai receber prémio em Bruxelas.

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Contacte-nos:910 600 079

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11VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Sociedade: Minas de S. Pedro da Cova

Em conversa com o Vivaci-dade, José Manuel Batista, coor-denador do projeto e professor do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto - INESC TEC –esclareceu que no caso das minas de carvão a situação é “relativamente fácil de explicar”. “Os resíduos de car-vão contêm componentes com-bustíveis que são acumulados e por vezes entram em combustão de forma descontrolada, desig-nada de autocombustão”, disse. Mais concretamente em S. Pedro da Cova, e segundo o investiga-dor do INESC TEC, “temos uma espécie de braseira que já dura alguns anos e continuará”.

O objetivo do projeto é ten-tar “conseguir compreender me-lhor a evolução do fenómeno”. “Nós temos estes problemas de exploração mineira do carvão no nosso país. A exploração neste momento, em termos de carvão, já não existe mas existe em Es-panha”, acrescentou o professor.

A equipa composta pelo INESC TEC [coordenação], a Universidade do Porto [Depar-tamento de Geociências Am-biente e Ordenamento do Terri-tório da Faculdade de Ciências], as Universidades Espanholas de Alcalá e Pública de Navarra e a Universidade de Limoges, em França, juntou-se neste projeto europeu para desenvolver e tes-tar, em ambiente real, uma solu-ção integrada para o problema.

“O INESC TEC vai desen-volver uns sensores de gás, ba-

seados em fibra ótica. O depar-tamento de Geologia fará toda a análise geológica dos dados no sentido de prever a erosão dos solos. A Universidade de Alca-lá vai desenvolver uma tecno-logia para medição distribuída de temperatura, uma espécie de serpentina em fibra ótica que nos vai dar o mapeamento da temperatura na escombreira – na pilha de resíduos de carvão. A Universidade de Navarra vai estar encarregue da congrega-ção dos diferentes sensores e na multiplicação. Por último, temos um grupo da Universidade de Limoges que vai fabricar fibras especiais para podermos detetar diferentes tipos de gás”, contou José Manuel Batista.

No que diz respeito à Jun-ta de Freguesia de S. Pedro da Cova, o presidente Daniel Vieira sempre concordou com a imple-mentação da nova tecnologia e já acompanha a questão desde o ano passado. “Fomos contacta-dos pela Faculdade de Ciências e desde logo nos disponibiliza-mos para ser parceiros”, referiu. “Nos últimos tempos, a questão mais mediática relativamente às minas de carvão tem sido a questão dos resíduos perigo-sos que foram aqui depositados num terreno contíguo. Nós te-mos desenvolvido uma luta no sentido da remoção dos resíduos perigosos. Mas a verdade é que, nesta questão, a freguesia nada tem a ver com o assunto por-que colocaram os resíduos cá e houve quem lucrasse com isso. Mas S. Pedro da Cova já tem um problema ambiental que resul-ta da exploração do carvão. E portanto, naturalmente que este estudo de dimensões nacionais ou internacionais é muito posi-tivo para a freguesia”, esclareceu Daniel Vieira que logo de segui-da acrescentou que a remoção de resíduos está prevista para o “início da primavera”.

Monotorização das minas de carvão de S. Pedro da Cova prevista para segundo semestre de 2013As minas de S. Pedro da Cova serão alvo de monotorização por parte de um protótipo de uma nova tecnologia. O projeto é europeu e está a ser desenvolvido por várias universidades.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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12 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Sociedade: S. Cosme (Gondomar)

Por iniciativa do Hospital--Escola da Universidade Fer-nando Pessoa (HE-UFP), reu-niram-se, na Ala Nun’Alvares de Gondomar, os responsáveis pela recém-inaugurada infraestrutura hospitalar, os responsáveis pela freguesia e as associações. O ob-jetivo, nas palavras do presidente da junta, José Macedo, dividiu-se em dois momentos. “Primeiro acho essencial que, aproveitando o facto de estarem aqui as asso-ciações, partilhar os vários pro-jetos que estamos a desenvolver. Depois, num segundo momento, aprofundarmos a relação com o Hospital-Escola”, afirmou Mace-do.

Dos projetos, o autarca des-tacou o Banco Alimentar Con-tra a Fome - que serve 80 a 100 famílias -, o Refeitório Social, a Cozinha Comunitária, o projeto Causa Maior, a Universidade Sé-nior de Gondomar - que tem 350 alunos e 48 professores - e o Pro-grama Integrado de Policiamento de Proximidade.

Numa altura de contenção e depressão económicas, a junta parece arranjar fôlego em proje-tos europeus. “Tivemos um corte drástico no orçamento. Temos de conseguir financiamento externo, especialmente em projetos euro-peus que financiam e suportam boas ideias”, afirmou José Mace-do, referindo-se a projetos como o Jobtown - uma forma de poten-ciar a criação de oportunidades de emprego para os jovens.

“A população ainda não descobriu o Hospital-Escola”Junta de S. Cosme, associações e Hospital-Escola reuniram-se para discutir Gondomar.

Texto: Luís Alves

A representar o Hospital-Es-cola esteve o Diretor-Clínico da instituição, o médico Jorge Rodri-gues, e o responsável pela comuni-cação, Bruno Soares.

“É um projeto belo, com uma arquitetura propositadamen-te pensada para ser um hospital cheio de luz”. Foi assim que Jorge Rodrigues caracterizou a infraes-trutura que dirige e que já está em pleno funcionamento, com todas as valências e com acordos médi-cos já estabelecidos. Ainda assim, lamentou que a população gondo-marense ainda “não tenha desco-berto o Hospital-Escola”.

Ao contrário do que acontece com os hospitais privados comuns, referiu Rodrigues, este Hospital “não é para comércio da saúde mas sim para seguir o regime de fundação, na qual a Universidade Fernando Pessoa está assente”.

Perante uma sala quase cheia, o diretor-clínico do HE-UFP desvendou alguns pormenores de funcionamento. “Queremos trazer a medicina tradicional para o Hospital e queremos vol-tar a fazer medicina como ela deve ser feita. Ou seja: sem um computador a distanciar a rela-ção médico-paciente”.

Entre aplausos espontâneos dos responsáveis pelas associa-ções, Jorge Rodrigues fez ainda referência ao tempo das consul-tas. “Não vamos ter consultas de 10 minutos. Cada consulta dura-rá, no mínimo, 45”.

“Um projeto belo”

Consulta de 45 minutos,

no mínimo

Orçamento da Junta de S. Cosme “quase não dá para pagar os salários”

José Macedo aproveitou o encontro para lamentar a situação atual das juntas de fre-

guesia. “Com os cortes que sofremos quase não temos como pagar os salários aos

nossos funcionários”. Com um orçamento reduzido pela atual conjuntura, Macedo diz

que é tempo de apontar baterias aos projetos europeus. “É nesta lógica que temos

apostado e se assim não fosse as freguesias já tinham falido”, lamentou o Presidente.

V José Macedo, presidente de S. Cosme (Gondomar) apresentou os projetos da freguesia

V A Ala Nun’Alvares recebeu as coletividades da freguesia de S. Cosme (Gondomar) para uma reunião

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ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTOFundada em 1895 RIO TINTO www.associacaosaobento.com

Societária da LIGA DAS ASSOCIAÇÕES MUTUALISTAS DO PORTO e da MUTUÁLIA - Federação Mutualista

A - Subsídio de Funeral +

SUBSÍDIO DE FUNERAL

- Associados admitidos antes de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular. 220,00 Euros para o Cônjuge. 125,00 Euros para Filhos até aos 15 anos- Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular

REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS. Só têm direito aos Benefícios da Modalidade subscrita os Associados que não tenham em atraso mais que três quotas mensais à data da ocorrência que justifi-car a atribuição do benefício.

Prazo de Garantia Adicional para atribuição do Subsídio de Funeral(Regulamento de Benefícios, artigo 18º, 1):“Os Associados que tenham sido admitidos há menos de 35 anos e que devam quantia superior a 3 quotas mensais não têm direito a receber os subsídios de funeral referidos (...) caso o óbito ocorra antes de decorrido o prazo de dez dias por cada mês de atraso após o respectivo pagamento.”

MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃORua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO

Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00

Contactos TelefónicosTel 22 489 01 07Fax 22 480 09 10Tlm 96 766 05 02

Endereços electrónicoswww.associacaosaobento.com

e-mail: [email protected]/associacaosaobento

www.twitter.com/associacaosaobento

PARTICIPA, INSCREVE-TE: A tua partilha de HOJE semeia um AMANHÃ MELHOR para todos

13VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Sociedade: Escola Secundária de Rio Tinto

Escola Secundária de Rio Tintoorganizou Jornadas de Turismo e AmbienteDiscutiu-se Ambiente e Turismo na Escola Secundária de Rio Tinto. A primeira edição das Jornadas, organizada pelos cursos pro-fissionais de Turismo e Gestão do Ambiente, realizou-se nos dias 24 e 25 de Janeiro e as conclusões podem vir a servir o Concelho de Gondomar.

Estatutos da Associação e Regulamento de Benefícios atualizados em 2012

Assistência médica e de enfermagemSolidariedade Associativa

B - Assistência médica e de enfermagem + Solidariedade Associativa

C - Solidariedade Associativa + Assistência médica e de enfermagem

MODALIDADES/VALÊNCIAS Idade de Acesso Carência Inicial Quota MensalAté aos 55 anos

Sem limite de idade

Sem limite de idade

3 anos

Sem carência

Sem carência

2,00 euros

2,00 euros

1,00 euros

Encargos de iniciação: 0-20 anos de idade: gratuito 21-40 anos de idade: 3,00 euros Mais de 40 anos de idade: 5,00 euros

ASSOCIADOS

CONSULTAS MÉDICAS

- Na Sede da Associação

Horário: - segunda-feira, às 9 h 00 - terça-feira, às 14 h 15 - quinta-feira, às 16 h 00

- Na Liga das Associações Mutualistas do Porto Rua Rodrigues Sampaio, 99 -1º PORTO Telefones 222 001 711 e 223 395 490 . Consultas de Várias Especialidades . Clínica Dentária / Laboratório de Prótese Dentária . Médico e Enfermagem ao Domicílio Telefone 222 010 126 . Farmácia da Liga Rua Formosa, 404 PORTO

SERVIÇOS CLÍNICOS

Clínica do BonfimAvenida Fernão Magalhães, 442, 1º, 2º e 3º, Bonfim (Porto)

Clínica Medicina DentáriaAvenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, 282, Loja Q, Rio Tinto

Clínica Médica e Reabilitação Mónica DuqueRua da Misericórdia, 270/274, Valongo

FARMÁCIAS

Farmácia Central de Rio TintoRua da Lourinha, 501/505 Rio Tinto

Farmácia Nova de AlfenaRua D. Afonso, 384 Alfena

Farmácia Outeiro do LinhoTravessa Vasco da Gama, 21 Valongo

APOIO DOMICILIÁRIO 24 HORAS

Nortecare - Apoio Domiciliário à Família, Lda.Médico, Enfermagem e FisioterapiaRua Antero de Quental, 325, Porto

Tlm.: 919 053 212 - www.nortecare.com

BANCOS

Banco Português de Investimento

Caixa Geral de Depósitos

MUTUALISMO E SOLIDARIEDADE SOCIAL: UNS COM OS OUTROS E TODOS POR TODOS

PROTOCOLOS - Condições Especiais para os nossos ASSOCIADOS

SERVÍÇOS JURÍDICOS

Cartório Notarial Guilherme OliveiraRua Dr. José Luís Araújo, 89, Rio Tinto

Tlf.: 224 886 316

Texto: Luís Alves

Quem discutiu e sobre o quê?

Pelas Jornadas de Turismo e Ambiente passaram cerca de 30 oradores, durante mais

de 16 horas de discussão, distribuídas por dois dias. Sempre sob o desígnio do tema,

falou-se de empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, reciclagem, património ou

reabilitação. Alexandre Pinto (CEO da iClio), Carla Rocha (diretora comercial do Viriato

Hotel Concept), Hélder Pacheco, Rui Quelhas ou Belmiro Manuel Ribeiro (diretor do

centro de formação Júlio Resende) foram alguns dos nomes que deram um contributo.

V O auditório da ESRT esteve quase cheio nas Jornadas de Turismo e Ambiente

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Na renovada Escola Secundá-ria de Rio Tinto (ESRT) assistiu-se a uma verdadeira avalanche de te-mas, problemáticas e oradores que, durante dois preenchidos dias, dis-cutiram o turismo e o ambiente.

Os temas, apesar do âmbi-

to alargado, tinham um enfoque natural na região de Gondomar. Também por isso estiveram os responsáveis políticos, ainda que com algumas ausências. Fernan-do Paulo abriu as Jornadas, Marco Martins e o responsável pela pasta do ambiente na câmara gondoma-rense, o vereador Castro Neves, faltaram apesar de constarem do programa.

O vereador e também can-didato à Câmara de Gondomar, Fernando Paulo, mostrou-se “re-cetivo relativamente aos resulta-dos que saiam das Jornadas”. “É muito importante que se discutam temas como estes e que seja pos-sível aplicar o produto das discus-sões à realidade, que neste caso é o concelho de Gondomar”, afirmou

o vereador. A iniciativa veio, nas palavras do responsável autárqui-co, confirmar uma “certeza”. “A Escola Secundária de Rio Tinto está na linha da frente, tanto no ensino dito regular como no en-sino profissional, este último que deve ser uma alternativa ao mes-mo nível do primeiro.” Ainda no mesmo dia, a oradora Deolinda Pinto, chefe da divisão do Turismo e Desenvolvimento Económico da Câmara de Gondomar, desvendou alguns dos projetos turísticos para Gondomar, enquanto passou em revista o potencial gondomarense. “Estamos a trabalhar na praia de Zebreiros para que possa atingir o mesmo estatuto da praia da Lom-ba já no próximo Verão”, referiu a responsável.

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Associativismo

Durante os meses de feve-reiro e março, as noites de sába-do, no Auditório Municipal de Gondomar, estão inteiramente reservadas para a 3.ª edição do Encontro de Teatro Amador ‘Arte e Ato’. A iniciativa, pro-

movida pela Associação Social e Cultural Vai Avante, trará até Gondomar um total de quatro grupos. Participam grupos de teatro amadores de Gondomar, Famalicão, Vila do Conde e, por último, de Valença.

O “arranque”, a 16 de feverei-ro, deu-se com a associação pro-motora do encontro. ‘Casa de Pais’, de Francisco Ventura, foi apresentado pelo Grupo de Tea-tro da Associação Vai Avante.

O ‘Arte e Ato’ conta, entre outros, com os apoios da Câma-ra Municipal de Gondomar, das juntas de freguesia de S. Pedro da Cova e de S. Cosme, da Asso-ciação Comercial e Industrial de Gondomar, da Fundação Inatel e, ainda, do Instituto Português do Desporto e da Juventude.

As próximas atuações serão no dia 2 de março, com ‘0% Cas-pa’, do Grupo de Teatro de Jo-vens ‘Os Caminhantes’ e a 9 de março com ‘Arriscar ou petis-car’, do Verde Vejo – Grupo de Teatro Amador.

‘Arte e Ato’ traz o teatro ao Auditório Municipalaté 9 de marçoAs noites de sábado, em fevereiro e março, contam este ano com a 3.ª edição do Encontro de Teatro Amador promovido pela Associação Social e Cultural Vai Avante.

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Umas dezenas de idosos e algumas crianças de um infantário da freguesia marcaram a tarde de aniversário da Uni-dade de Cuidados na Comunidade. O objetivo era festejar os dois anos de exis-tência ensinando ao mesmo tempo hábi-tos saudáveis a públicos distintos. Ativi-dades de alongamento bem como sessões teóricas de nutrição foram algumas das atividades que a UCC Inovar deu ao pú-blico presente. Na cerimónia, entre ou-tros, estiveram presentes o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o tesoureiro, Nuno Fonseca e o

responsável pelo pelouro da Cultura, Sá Reis bem como o nutricionista, Miguel Rego.

A Unidade presta cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito do-miciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vul-neráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo. Atua ainda na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção.

15VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Associativismo

Unidade de Cuidadosna Comunidade já temdois anos de vidaA UCC Inovar – Unidade de Cuidados na Comunidade rea-lizou uma sessão solene no Centro de Convívio de Rio Tinto com vista à celebração do seu 2.º aniversário.

Francisco Nogueira, presi-dente da Comissão de Cultura do

Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto abriu a sessão já passava das 21h30. Com alguma tristeza, disse ao público presente que “gos-taria de ver a casa cheia porque o grupo tem associados mais do que

suficientes para a encher”. Na pla-teia, cerca de três dezenas de pes-soas assistiam à cerimónia do 77.º aniversário. Mesmo assim, Fran-cisco Nogueira prosseguiu com firmeza. “É de louvar que o Dra-mático atinja os 77 anos de vida e ainda mais com a atividade que tem exercido ao longo destes anos. Sempre a olhar em frente a fazer algo de novo”, afirmou.

Na mesa montada no palco estiveram presentes, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, um representante da Federação das Coletividades do Conselho de Gondomar, Hugo Renato, o pre-sidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins e o res-ponsável pelo pelouro da cultura, Sá Reis. O presidente da direção, Alberto Mendes, deixou algumas palavras de felicitação e apreço

pelos presentes e pelo Dramático de Rio Tinto e procedeu, com a ajuda dos representantes na mesa, à entrega das medalhas comemo-rativas dos 25 e 50 anos de filiação dos associados da coletividade. Se-

guiram-se os discursos de todos os representantes convidados para a mesa montada no palco e, no final, ainda houve tempo para ‘cantar os parabéns’ com um Porto d’Honra servido no bar da sede.

Dramático de Rio Tinto: 77 anos ao serviço do teatroO Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto celebrou, no dia 5 de fevereiro, mais um aniversário. Apesar da fraca presença de público na plateia a cerimónia decorreu com normalidade.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Gonçalo Reis vencejornada inauguraldo Campeonato Nacionalde EnduroO Campeonato Nacional de Enduro começou, a 3 de feverei-ro, em Gondomar. Gonçalo Reis iniciou a nova época Enduro com um triunfo absoluto na jornada inaugural do Campeona-to Nacional. Participada por quase centena e meia de pilotos, a prova, realizada em zona central de Gondomar (S. Cosme) foi constantemente acompanhada por muito público.

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Desporto: Enduro

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Gondomar assinalou, a 3 de feve-reiro, o ‘arranque’ da edição 2013 do Campeonato Nacional de Enduro. Qua-se centena e meia de participantes mar-caram presença no início da temporada, disputada em Gondomar. Gonçalo Reis e Luís Correia assumiram a liderança das categorias principais. Com um per-curso com cerca de 40 quilómetros de perímetro, a prova de início do Cam-peonato Nacional de Enduro trouxe muito público à zona adjacente ao Pavi-lhão Multiusos.

Desportivamente, Gonçalo Reis foi o grande dominador, derrotando o cam-peão em título da categoria, Luís Olivei-ra. Na terceira posição, e pela primeira

vez a atuar na primeira classe da elite, fi-cou Henrique Nogueira. De realçar, ain-da, a participação de Hélder Rodrigues na abertura deste Nacional de Enduro. Depois do regresso do ‘Rali Dakar’, Hél-der Rodrigues registou o quarto melhor tempo da prova. Quanto à categoria Eli-te 2, Luís Correia foi o mais rápido.

O extenso pelotão realizou três vol-tas a um percurso com cerca de 40 qui-lómetros. Além das três passagens cro-nometradas pelas ‘especiais’ de Cross e Enduro, houve ainda mais duas a contar pela ‘Extreme’ - concebida com recurso a pneus e troncos e aproveitando alguns declives naturais. O ‘centro’ da prova foi o Pavilhão Multiusos, local de secreta-riado, ‘paddock’ e parque fechado.

A segunda jornada do Campeonato Nacional de Enduro terá lugar em Góis, no dia 3 de março.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

VA jornada inaugural do Campeonato Nacional de Enduro contou com um percurso de 40 quilómetros

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Desporto: Núcleo Sportinguista de Gondomar

O dia 3 de fevereiro não foi um dia comum para o Núcleo Sportinguista de Gondomar. A celebração de 11 anos de existên-cia levaram o núcleo a organizar um almoço de convívio com só-cios, membros da direção do clu-be e outros convidados.

Um dia antes do almoço, o núcleo recebeu na sua sede, em Rio Tinto, Godinho Lopes que, na altura ainda exercia funções de presidente do Sporting. Ao Vivacidade, o ex-dirigente do clube, explicou como era “impor-tante a presença de um núcleo no norte do país”. “É um bastião do Sporting num local onde haverá, naturalmente, mais portistas. O facto de celebrar mais um aniver-sário significa que está vivo e as

pessoas muitas das vezes ligam os núcleos exclusivamente ao re-sultados do futebol, que não têm sido bons na equipa principal. Isto revela que o Sporting é mui-to para além do futebol. Portanto agrada-me registar a permanên-cia do núcleo e a maneira como as pessoas sentem o clube”, expli-cou Godinho Lopes.

Já no dia de aniversário o seu “rival”, atual candidato à presi-dência de Alvalade, Bruno de Carvalho, destacou “os valores e ideais do Sporting”. “Já conheço o núcleo há cerca de dois anos e percebi logo desde o seu pri-meiro aniversário que represen-ta claramente aquilo que são os valores do Sporting. E é por ter esta ligação especial com estas pessoas, que é absolutamente de louvar que pessoas com tan-tos quilómetros de distância do Estádio de Alvalade, consigam manter um humor, um carinho e uma força, sempre na defesa do clube, dos seus valores e dos seus ideais. Sempre que puder, virei aqui com muita honra para apoiar todas as iniciativas deste núcleo”, esclareceu.

O almoço teve direito a dis-cursos e até a declamações de poemas. Manuel Silva, presiden-te da direção do núcleo destacou o “esforço da organização” por parte da casa aniversariante. “A direção pensou e decidiu pela primeira vez realizar na nossa sede o almoço de aniversário, pois temos umas boas instala-

ções. Recebemos cerca de 80 convidados, foram feitas as in-tervenções, almoçamos bem e passamos bons momentos de convívio, tudo dentro da ‘nossa casa’. O conforto de toda a festa ser feita na sede, evitando deslo-cações, e o carinho demonstrado pelas pessoas ao elogiarem a ini-ciativa foi muito bom e mostrou que valeu a pena o esforço que envolveu toda a organização”, afirmou o presidente.

No evento, estiveram presen-tes entre outros, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, o vereador pelo desporto da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo, um representante da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, João Mota Lopes, Fernando Nelson Alves, Lili La-ranjo e Manuel Pedro Gomes.

Futuro do núcleo e do clube

Para Manuel Silva, agora é

altura de resolver “assuntos pen-dentes”. “Antes de poder pensar em novos projetos, a direção Núcleo Sportinguista de Gon-domar, tem neste momento as-suntos pendentes por resolver. Situações complicadas que es-tamos a lutar para que fiquem resolvidas em breve, só depois é que se decidirá o futuro do Nú-cleo. Entretanto continuamos a angariar sócios para o Núcleo e para o SCP. Temos uma equipa de Futsal Sénior a competir na Liga desportiva de Gondomar e pretendemos inscrever uma equipa de infantis na Associação de Futebol do Porto. Continua-mos à procura de apoios a vários níveis para conseguirmos final-mente pintar o exterior da Sede”, disse.

No que diz respeito ao Spor-ting Clube de Portugal, Godi-nho Lopes esclareceu ao Vi-vacidade que o clube “não é só futebol.” “Nós ganhamos na última época mais de 300 títulos. Além disso subimos

para cerca de 30 modalidades e portanto é muito mais importan-te do que só futebol.” No entan-to, para o ex-dirigente, “o futebol é importante”. “Espero que, com o Jesualdo Ferreira, possamos voltar às vitórias e que o Spor-ting volte ao lugar que merece”, referiu ainda enquanto dirigente do Sporting.

O candidato a presidente do SCP, Bruno de Carvalho, disse, em entrevista que o que “faz falta é acarinhar aqueles núcleos que existem e lembrarmo-nos da im-portância que os núcleos têm na vida do clube.” “Numa época que vivemos, nos últimos anos, não abundante de títulos é o traba-lho dos núcleos, o trabalho que fazem junto das populações que nos faz ainda ser um dos maio-res clubes do mundo e é isso que temos que perceber e louvar”, fi-nalizou.

Núcleo Sportinguista de Gondomar celebrou aniversáriocom Bruno de Carvalho e Godinho LopesNão celebraram juntos mas ambos se deslocaram a Rio Tinto para congratular o Núcleo Sportinguista de Gondomar pelo seu 11.º aniversário. Godinho Lopes, ainda na qualidade de presidente do Sporting Clube de Portugal (SCP), chegou um dia antes com a comitiva. Bruno de Carvalho esteve presente no almoço de aniversário organizado pelo núcleo.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

VSede do Núcleo Sportinguista de Gondomar encheu no 11.º aniversário

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Alugo apartamentoLocal: Montes Burgos

Tipologia T3Garagem individual

c/ canilPreço 425€

936 351 038

Há um novo clube de basquetebol em Rio TintoChama-se Club5Basket e é o único clube de basquetebol em Rio Tinto neste momento. Os treinos são no pavilhão da Escola Secun-dária de Rio Tinto e os atletas são já às dezenas, dos mais pequeninos aos adolescentes.

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Desporto: Basquetebol

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Nasceu há uns meses. Com treinos quase diários, os atletas de minibasquete - a única modalida-de suportada neste momento pelo Club5Basket - fazem do pavilhão da Escola Secundária de Rio Tin-to a sua casa durante umas horas. Com equipas mistas, cada um transporta para o treino uma bola debaixo do braço.

Vasco Silva, presidente da di-reção do 5Basket foi também um dos seus fundadores. “Quando em 2007, tive a ideia do ‘5 Basket’, não era para se chamar ‘Club’ mas sim academia. Tinha e tenho a ideia de fazer três polos: um na zona li-toral do Porto, outro em Rio Tinto e outro em Gaia”, explicou ao Viva-cidade. “Em Portugal não se liga à formação no minibasquete. Estes miúdos têm que ser acarinhados, tem que ser apoiados e uma das coisas que eu fiz batalha desde iní-cio foi para termos uma fisiotera-peuta permanentemente no clube. Está em todos os treinos”, afirmou o presidente que conta já com al-guma experiência em basquete do Futebol Clube do Porto.

Localização ‘escolhida a dedo’

Também com experiência em basquetebol, Eurico Brandão, coordenador e fundador desporti-vo do clube, viu em Rio Tinto uma oportunidade para criar o seu clu-be. “Queremos identificar-nos com Rio Tinto. Aqui há uns anos havia a Associação Desportiva e Recreati-va da Ponte de Rio Tinto mas desde aí não houve mais ninguém”, disse. Vasco Silva acrescenta de seguida: “reparámos que no F.C. Porto havia muitos miúdos que vinham de Rio Tinto e de Baguim do Monte. Para o ano vamos tentar arrendar aqui perto um espaço, para a nossa fi-sioterapeuta ter a oportunidade de o explorar mas tendo um vínculo sempre ao clube.”

Para já, ambos os dirigentes têm como principais objetivos “tentar para o ano criar uma equi-pa B de cadetes e fortalecer o bas-quete feminino”. O Club5Basket possui atualmente uma equipa de Sub16 que já joga em competição e que treina semanalmente na Es-cola Básica e Secundária do Cerco do Porto.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V O pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto é o palco para os treinos do jovem clube de minibasquete

“Os miúdos quando se inscrevem no clube têm um ‘kit’, com o equipamento e uma bola. Ao terem uma bola asseguramos duas coisas. Primeiro, que o treinador sabe que tem uma bola para cada jogador e depois, o facto de eles terem a bola dá-nos alguma garantia que em casa podem brincar com ela”, explicou Eurico Bran-dão, coordenador desportivo do Club5Basket.

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Desporto: Torneio Bilharsinde

Torneio Bilharsinde põe em competiçãocentenas de atletas de renomeForam 10 dias de emoção desportiva no torneio do bilhar português que encheu os corredores do Centro Comercial Parque Nas-cente, de 14 a 24 de fevereiro. Centenas de atletas puseram as ‘mãos à obra’ e competiram numa ‘luta’ de concentração, perícia e profissionalismo.

Adolfo Pinto, responsável pela organização do Torneio Bilhar-sinde, fez um balanço “claramente positivo” do evento. “A zona de bi-lhares esteve quase sempre cheia às sextas, sábados e domingos”, disse. O especialista em ‘pool’ português [uma modalidade de bilhar] expli-cou ao Vivacidade que “estiveram presentes alguns dos melhores atle-tas a nível nacional e internacional” no torneio. “Tive jogos a demorar mais de 3 horas, o que demonstra a vontade de ganhar e uma qualida-de bilharista ao nível internacional”, referiu.

A competição deu a vitória a João Sousa do Clube de Bilhar Pedro Grilo, na Liga e SuperLiga Individual Bilharsinde e também o primeiro lugar em equipa com Manuel Pereira, na categoria Duplo

K.O. ‘Tacada Escocesa’. Manuel Pe-reira, do C. B. Pedro Grilo, ganhou ainda o 64 Duplo K.O Individual e Ricardo Castro, do Clube de Bilhar Netinhos, foi número um no Indi-vidual Bilharsinde Júnior. A Taça Bilharsinde Júnior foi atribuída ao C. S. Trofa e a Taça da Liga Bilhar-sinde ‘Equipas de 3’ pertenceu no-vamente ao C. B. Pedro Grilo, assim

como a Taça SuperLiga Bilharsinde.Na vertente feminina, Sérgia

Queirós conquistou o Individual Bilharsinde Cup. A Taça Bilharsin-de Cup foi ganha pelas ‘Amigas do Bilhar’.

Em segundo lugar no 64 Duplo K.O. ‘Individual’, Fernando Olivei-ra, é já bastante experiente nesta área tendo obtido, em 1996, o pri-

meiro lugar a nível internacional, por Portugal, em ‘pool’. Vencedor de 35 torneios particulares e sete torneios de apuramento para Las Vegas, em 2001, o internacional português quis prestar um agrade-cimento pelo apoio, aos amigos e às pessoas de Rio Tinto, na longa ca-minhada para a final onde teve que fazer 11 jogos. O Torneio Bilharsin-

de 2013 contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Luís Ramalho, que entre-gou os prémios em substituição do presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, que também assis-tiu ao torneio.

Este ano acabou mas, para o ano, a vinda do Torneio Bilharsinde pode voltar a ser uma realidade.

Missão Bilharsinde

A Bilharsinde visa fomentar o convívio e a amizade entre os participantes promo-vendo o intercâmbio com associações, coletividades e casas ligadas ao bilhar tendo como 1.º objetivo desenvolver a modalidade ‘pool’ português.

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A festa de aniversário, muito concorrida, realizou-se no Centro Social de Valbom. A Associação Valboense “Dancing Star” nasceu em janeiro de 2008. É uma escola de dança que tem como principal finalidade a ocupação, de uma forma lúdica, divertida e despor-tiva, dos tempos livres de todos os jovens que a integram. Tem, mais de duas centenas de alunas e alu-nos de vários escalões etários. Dos mais jovens até aos adultos, a Asso-ciação “Dancing Star” tem-se afir-mado, nestes últimos anos, como a instituição local que (a nível da dança) mais participantes agrega. “Empenho, dedicação e amor pela dança e pelos jovens” são, segundo as responsáveis pela Associação, a melhor forma de caracterizar o projeto “Dancing Star”.

Associação Valboense “Dancing Star” fez cinco anosA Associação Valboense “Dancing Star” comemorou, no dia 26 de janeiro, o seu 5.º aniversário. Em dia de festa, e com apresenta-ção de todas as classes de dança, a “prenda” chegou pela mão/voz do vereador Fernando Paulo, do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar. A associação valboense, ainda sem espaço próprio, irá ser passar a ocupar uma das antigas escolas do 1.º Ciclo entretanto desativadas.

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Primeiro, no dia 23 de feve-reiro, houve uma tarde de parti-lha de testemunhos. Depois, já à

noite, a Igreja Paroquial de Fân-zeres acolheu a Vigília de Ora-ção. No dia 24, novamente no

Pavilhão Municipal de Fânzeres, realizou-se a Eucaristia Solene de encerramento desta Jornada.

A iniciativa, coordenada pela Vigararia de Gondomar, foi uma das formas de assinalar o Ano da Fé. Estas comemorações, inicia-das em outubro de 2012 – data em que passam 50 anos da aber-tura do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica – irão terminar a 24 de novembro do corrente ano, último domingo do Ano Li-túrgico.

Das inúmeras presenças nos dois dias desta Jornada Vicarial, referência, além de D. Manuel Clement, Bispo do Porto, para D. João Lavrador, Bispo Auxiliar, o

Padre Álvaro Rocha, Vigário da Vara e, também, Valentim Lou-reiro, Presidente da Câmara de Gondomar, que esteve acompa-nhado dos Vereadores Fernando

Paulo, Joaquim Castro Neves e Arménio Martins.

Até quase ao final do ano estas Jornadas Vicariais prosse-guem por toda a Diocese.

D. Manuel Clemente presidiu Jornada Vicarial da Féem GondomarD. Manuel Clemente, Bispo do Porto, liderou, durante dois dias, a realização da Jornada Vicarial da Fé em Gondomar. A inicia-tiva, que tem percorrido todas as Vigararias da Diocese do Porto, foi, em Gondomar, acompanhada, durante dois dias, por perto de dois milhares de fiéis.

V D. Manuel Clemente conduziu a Jornada Vicarial da Fé em Gondomar

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V O Pavilhão Municipal de Fânzeres acolheu algumas centenas de pessoas

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Reportagem

Noite dos Óscares no Parque Nascenteatrai centenas para espetáculo de glamour

A 7ª edição da ‘Grande Noite dos Óscares’ de Gon-domar teve lugar, mais uma vez, nos cinemas do Centro Comercial Parque Nascen-te. Com direito a passadeira vermelha e com a obrigato-riedade de um ‘dress code casual chic’, várias foram as pessoas que ‘desfilaram’ no corredor dos cinemas para, a seguir, assistir a uma ses-são gratuita de filmes no-meados para os prémios de cinema mais famosos do mundo. A partir da meia noite e vinte era ainda pos-sível assistir em direto à gala do Kodak Theatre de Los Angeles, acompanhando as novidades da atribuição dos Óscares.

No meio de flashes e

poses para fotografia, os convidados, vestidos a rigor, pediam autógrafos a atores, atrizes e celebridades con-vidadas para participar na ‘Noite’. Rita Pereira, Pedro Lima, Sara Matos, Lourenço Ortigão, Cláudia Jacques, Max e Maria Cerqueira Go-mes foram alguns dos no-mes que integraram a Noite dos Óscares 2013. Este ano, a noite foi dedicada a home-nagear os mais conhecidos espiões do cinema, numa al-tura em que se celebram os 50 anos do espião mais cé-lebre de todos, James Bond. Famosos pelos seus carros, alta tecnologia e mulheres deslumbrantes, os espiões do cinema conquistaram o Parque Nascente.

Luzes, câmara, ação. A Grande Noite dos Óscares voltou a Gondomar. De 24 de fevereiro para 25, a ma-drugada foi feita para as centenas de pessoas que se dirigiram aos cinemas do Centro Comercial Parque Nascente ,para aí sentirem na pele o que é uma noite dos Óscares ‘à americana’.

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Só em janeiro deste ano, de acordo com dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), inscreveram-se no Centro de Emprego do concelho 1316 pessoas num universo de mais de 16000 pessoas. Em Gondomar, mais de metade da população de-sempregada encontra-se na faixa etária dos 35 aos 54 anos e iniciou a sua procura por emprego há menos de um ano. A destacar há ainda um aspeto que a diretora do Centro de Emprego (CE) de Gondomar, Carla Vale, considera “prioritário” que diz respeito à pouca ou baixa instrução dos desempregados no concelho. Das mais de 16 mil pessoas inscritas no Centro, 4035 possuem apenas o nível de escolaridade do 1.º ciclo do ensino básico.

Empreendedorismo “fra-co” em Gondomar?

Em entrevista ao Vivacida-de, Carla Vale refere que “tendo o concelho de Gondomar enormes

potencialidades para serem explo-radas, existe uma fraca capacidade empreendedora na criação de no-vas empresas.” Porém, para a dire-tora do CE de Gondomar, a solução existe. “É necessária, por parte das entidades competentes, um inves-timento na criação de Polos In-dustriais, Centros Incubadores de Empresas, seguindo o exemplo do Hospital Escola da Fundação Fer-nando Pessoa, onde se alia a forma-ção teórica com a prática em con-texto real de trabalho”, refere.

Numa perspetiva diferente, o vereador da Educação da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) que detém também o pelouro da Ação Social, Fernando Paulo, re-conhece a “falta de empreendedo-rismo” no concelho mas enfatiza a ideia de esforço da CMG para tentar contornar a situação. “Ao nível do desemprego, Gondomar está na média da Grande Área Me-tropolitana do Porto. Não fosse o investimento que a Câmara tem procurado atrair e fixar - na criação de novos serviços de apoio social e no facto de termos o processo de transferência de descentralização de competências da Administra-

ção Central para as autarquias, em matéria da educação, que colocou muitos funcionários nas escolas e o apoio que damos ao terceiro setor - não nos segurávamos com certeza no padrão da média”, explica o ve-reador. No entanto, Fernando Paulo apressa-se a dizer: “isto não signi-fica que estejamos satisfeitos por-que as mais de 16 mil pessoas que estão inscritas no CE de Gondomar criam uma situação de preocupa-ção que a Câmara procura atenuar.”

Refeitórios sociais ten-tam “suavizar” o problema da falta de emprego

Com o desemprego chegam as “carências alimentares”. Em Gon-domar, existem atualmente seis re-feitórios sociais que procuram dar resposta às necessidades alimenta-res da população com baixo poder de compra, por norma desempre-gada. Muitos desses refeitórios sur-giram mesmo antes dos “tempos de crise” que o país atravessa neste mo-mento. O vereador da Ação Social da CMG, Fenando Paulo, esclarece que a ideia da sua criação foi a de “servirem de prevenção para tem-

pos difíceis”. Alguns dos refeitórios surgem na base da criação do Pro-grama de Emergência Alimentar, implementado pelo Estado, que pretendia investir 50 milhões de eu-ros em refeições, só em 2012.

Na freguesia de Gondomar (S. Cosme), a autarquia promove, em parceria com a Sociedade Portuen-se de Drogas, um refeitório social

que “dá de comer” diariamente a pelo menos 23 pessoas. Ana Rosa Alves, coordenadora do refeitório localizado nas instalações da Uni-versidade Sénior de Gondomar, serve todos os dias um prato quente aos benificiários do serviço. “Para alguns é uma necessidade. Alguns

vivem na rua, outros arrumam car-ros e nem têm o rendimento social de inserção”, diz. O presidente da Junta de S. Cosme, José António Macedo, reconhece também a im-portância do projeto e explica que, de certa forma, conectado com ou-tro refeitório implementado na fre-guesia. “Temos a cozinha comuni-tária Boa Esperança aqui na Junta, que distribui diariamente refeições à noite. Ganhámo-la num projeto de uma televisão portuguesa à qual concorremos”, acrescenta. Dentro de dias, também perto da Junta de Freguesia de S. Cosme, será inaugu-rada a ‘Oficina Social’ que, segundo José António Macedo, “será o novo espaço do refeitório social” junta-mente com umas salas para forma-ção de alguns programas do IEFP.

Em Rio Tinto, a Liga Nacional Contra a Fome desenvolve, des-de 2005, um papel “essencial” no combate às carências alimentares da população da freguesia. O fun-dador e presidente da Liga, Gaspar Pessoa, conta que de segunda a sábado, ao domicílio ou no refeitó-rio são distribuídas cerca 80 a 100 refeições por dia “O nosso critério de seleção consiste no encaminha-mento, ou seja, através da Segu-rança Social, da Junta de Rio Tinto ou de qualquer instituição Estatal”,

refere. Para além do refeitório, o es-paço da rua Calouste Gulbenkian funciona ainda como padaria. “Fa-zemos a distribuição de pão confe-cionado para cerca de 50 famílias”, explica. Da Junta de Rio Tinto, o presidente Marco Martins, acres-centa ainda que se “têm feito várias

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Reportagem

VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Desemprego em Gondomar atinge 16780 pessoasConcelho é o terceiro com maior número de desempregados no Grande Porto. Refeitórios sociais já são uma ajuda essencial para muitos.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Joaquim Martins é utilizador habitual do refeitório. Começou a fazer voluntariado e agora come lá “por necessidade”.

V Emília Nunes Pinto e Beatriz Salgado Guimarãesvivem em Rio Tinto e comem no refeitório há anos.

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campanhas de recolha de géneros, que são distribuídos às famílias pe-los parceiros da comissão social de freguesia.”

Já noutra freguesia, a ‘Mesa de S. Pedro’ é uma iniciativa da paró-quia que existe há seis meses e não

está inserida em nenhum quadro pré-estabelecido, não tem nenhum apoio da Segurança Social, nem da Câmara Municipal. “É um projeto completamente à margem de todos os apoios sociais. Funciona todos os dias ao jantar, com o apoio de 50 voluntários e da Junta de Fregue-sia.” É assim que o padre Fernando Rosas Magalhães caracteriza o pro-jeto pelo qual dá a cara. O pároco elogia as ações de quem ajuda na ‘Mesa’. “Os voluntários não só dão o seu trabalho como muitas vezes compram os próprios alimentos. O nosso modo de agir é: ‘quem se sen-tar na nossa mesa, come’. Neste mo-mento estamos a falar numa média de 60 pessoas. Estamos a fazer um pequeno levantamento para tentar conhecer as realidades de cada um”, diz Fernando Magalhães.

Em Valbom, Sónia Santos é responsável por um projeto de um refeitório implementado na Villa Urbana. “Fomos selecionados e questionados pela Segurança So-

cial para abrir uma cantina social de forma a colmatar o Programa de Emergência Alimentar que o Esta-do desenvolveu para combater os problemas de carência alimentar”, diz ao Vivacidade. “Abriu em maio de 2011 e, em termos de resposta

social, fornece 65 refeições diárias, seja ao almoço ou ao jantar”, ex-plica. É um projeto “essencial para estes beneficiários”.

Planos para 2013

A diretora do Centro de Empre-go de Gondomar, Carla Vale, expôs ao Vivacidade todos os projetos que o IEFP tem para Gondomar e explicou que para 2013, o Instituto vai ainda iniciar várias ações de for-mação, nas Modalidades de Apren-dizagem, Educação e Formação de Adultos, Cursos de Educação e Formação de nível pós-secundário e Formação Modular Certificada para tentar combater o baixo nível de instrução dos desempregados gondomarenses.

Para Rio Tinto, Marco Martins pretende continuar com os progra-mas com que trabalha no dia a dia. “Apostamos muito na formação e na qualificação. Através dos pro-tocolos estabelecidos com centros

de formação, formamos nas insta-lações da Junta mais de 1000 pro-cessos de reconhecimento de com-petências, em conjunto com mais 4500 cidadãos riotintenses noutros centros na freguesia. Também de-senvolvemos ações de inglês, espa-

nhol, técnicas comerciais, geriatria e muitas outras. Com a ação direta e indireta da Junta, promovemos a qualificação de mais de 12000 cida-dãos”, expõe.

Para Daniel Vieira, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, neste momento “nenhuma Junta de Freguesia tem condições financeiras e legais para combater o desemprego, a não ser que crie postos de trabalho, mas que atual-mente estão profundamente limita-dos pelas medidas que este e outros governos tomaram na limitação de contratações na administração pú-blica.” O que há, para o autarca, são “ações pontuais que visam atenuar o desemprego ou atenuar a pobreza e as carências alimentares, como é exemplo a Mesa de S. Pedro que a Junta apoia, ou as Instituições Par-ticulares de Solidariedade Social (IPSS) que existem na freguesia - algumas com dezenas de funcioná-rios - e que contam com o apoio da Junta de Freguesia.

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Desemprego em Gondomar atinge 16780 pessoasConcelho é o terceiro com maior número de desempregados no Grande Porto. Refeitórios sociais já são uma ajuda essencial para muitos.

Carla ValeDiretora do Centro de Emprego de Gondomar

16780 desempregados em Gondomar. É um número preo-cupante ou razoável no panorama nacional?

Sempre que falamos de desem-pregados, independentemente do número, estamos a falar de pessoas que perderam um emprego e ou que nunca trabalharam. Só esse simples fato deve ser motivo de preocupa-ção. Por outro lado, considerando que os números do desemprego não são comparáveis e muito menos ra-zoáveis. É preocupante o número de pessoas que se dirigem diariamente ao Centro de Emprego, não apenas para se inscreverem ou para reque-rerem subsídio de desemprego, mas também para procurar emprego ou obter informações sobre formação profissional. Este facto demonstra que as pessoas que estão nesta situa-ção são mais proativas na procura de soluções e respostas, o que requer que a nossa atuação seja mais eficaz e mais eficiente.

Na sua opinião, 2013 trouxe ainda mais desemprego a Gondo-mar?

Gondomar é um concelho maioritariamente habitacional, cuja população trabalha, em elevado nú-mero, na área metropolitana do Por-to. Nesse sentido, o aumento do nú-mero de desempregados inscritos no Centro de Emprego de Gondomar é resultado do encerramento de algu-mas empresas do Distrito do Porto. O início de 2013 trouxe de facto mais desemprego a este concelho, mas tal não traduz o encerramento de em-presas de Gondomar, mas de empre-sas da área metropolitana do Porto.

O facto de mais de metade dos desempregados inscritos no Cen-tro de Emprego de Gondomar te-rem feito a sua inscrição há menos de um ano, na sua opinião, é indi-cativo de algo?

É um facto que o número de desempregados de longa duração inscritos no Centro de Emprego de Gondomar é inferior à média do Distrito do Porto e inferior também à média nacional. Este indicador re-vela, em primeiro lugar, que os de-sempregados inscritos no Centro de Emprego de Gondomar apresentam pouca resistência à mobilidade e grande disponibilidade para se des-locar dentro da área metropolitana do Porto, na sequência da situação descrita na pergunta anterior. Em segundo lugar, a estratégia de in-tervenção e atuação adotada pelo serviço público de emprego tem contribuído para a diminuição do desemprego de longa duração, no-meadamente no desemprego jovem.

Por outro lado, os desempregados estão mais recetivos à frequência de ações de formação profissional, seja de curta ou de mais longa duração, o que contribui para uma mais rápida (re)inserção no mercado de traba-lho.

Qual é o setor, em Gondomar, mais afetado pelo desemprego?

No concelho de Gondomar o se-tor mais afetado pelo desemprego é a Construção Civil.

Sabendo que grande parte da população inscrita no Centro de Emprego de Gondomar tem pou-cas ou baixas qualificações, na sua opinião, quais são as medidas de combate ao desemprego mais prio-ritárias para o concelho?

Num concelho com um número de desempregados com poucas ou baixas qualificações, a formação pro-fissional é prioritária. Neste sentido, vamos iniciar em 2013 várias ações de formação, nas Modalidades de Aprendizagem, Educação e Forma-ção de Adultos, Cursos de Educação e Formação de nível pós-secundário e Formação Modular Certificada.

Para a população desemprega-da de Gondomar que programas do IEFP poderiam ser implemen-tados no concelho?

Fazendo uma análise mais glo-bal, todos os Programas e Medidas Ativas de Emprego do IEFP, IP estão a ser implementados e desenvolvi-dos por empresas, empresários em nome individual, associações, IPSS, juntas de freguesia, entidades públi-cas na aérea da educação, da saúde, do ambiente, entre outras. Toda a comunidade do concelho de Gon-domar é conhecedora das vantagens das nossas medidas, o que se reflete nas candidaturas apresentadas e com muito bons resultados na integração final dos candidatos. No entanto, não posso deixar de referir a fraca implementação da Medida Contra-to Emprego-Inserção+, destinada à integração de Beneficiários de Ren-dimento Social de Inserção, para os quais estamos a priorizar a resposta no âmbito da formação profissional. Por outro lado, tendo o concelho de Gondomar enormes potencialidades para serem exploradas, existe uma fraca capacidade empreendedora na criação de novas empresas. É necessária, por parte das entidades competentes, um investimento na criação de Polos Industriais, Centros Incubadores de Empresas, seguindo o exemplo do Hospital Escola da Fundação Fernando Pessoa, onde se alia a formação teórica com a prática em contexto real de trabalho.

Entrevista a

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Com a tomada de posse dos novos corpos sociais a 28 de de-zembro de 2012, a equipa liderada por Serafim Coutinho, presidente da direção, Justiniano Ferreira dos Santos, presidente da assembleia e Serafim Faria, presidente do con-selho fiscal entrou em vigor a 1 de janeiro e tem como objetivo prin-cipal “o associado”.

“Pretendemos tratar dos vivos”

Na nova direção, Serafim Coutinho disse ao Vivacidade que a aposta da Associação São Bento, neste momento, prende--se com a “comunidade”. “O que pretendemos é melhorar aquilo que está feito, corrigir algo que pos-sa não estar bem feito e acrescentar novas valências. Funda-mentalmente,

pretendemos tratar dos vivos. Porque dos mortos já está tudo institucionalizado aqui”, explicou. O presidente da associação acres-centou também que é preciso uma “adaptação aos tempos moder-nos” e por isso foram criadas mais duas valências para os associados: a assistência médica e de enfer-magem e a modalidade de soli-dariedade associativa. “São dois campos que estão agora a nascer e portanto dentro destas áreas te-mos muito por onde avançar. No

contexto de crise em que vivemos, mais do que nunca faz sentido que estas associações se abram ao exterior e cuidem fundamental-mente dos vivos”, referiu Serafim Coutinho.

Justiniano Santos, presidente da assembleia, aclarou o facto de a associação ter nascido “como uma sociedade fúnebre mas já há 50 anos ter a valência médica.” “Introduziu-se na prática assistên-cia médica – mais concretamente consultas – mas só agora nesta revisão dos estatutos em 2012 é que entrou como valência espe-

cífica. No fundo foi a legalização de uma prática que já exis-tia”, disse. No ramo da solidariedade as-

sociativa, os Socorros Mútuos de São Bento

das Peras de Rio Tinto tem já feito “alguma pro-

moção cultural relacionada com Rio Tinto, com a própria

associação e com S. Bento”.

Futuro: expansão e me-lhoramento de serviços

Na Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto, a história é “im-portante” mas o “futuro também importa”. Justiniano Santos, da as-sembleia, disse ao Vivacidade que a coletividade pretende “melhorar os serviços para os atuais associa-dos e familiares.” “Nesse sentido poderá haver a compra de uns terrenos junto à associação - par-

te efetuada e parte a propor à as-sembleia – para haver possibilida-des de aqui se levantarem outras capacidades para servir os sócios”, explicou. Mais concretamente na valência, a ser implementada este ano, da solidariedade associativa “entrará algum tipo de assistên-cia aos familiares dos falecidos.” “Sobretudo quando a morte ocor-rer em circunstâncias ‘trágicas”, acrescenta. É ainda pretendido pela associação uma “ajuda para as famílias fazerem o luto através de serviços psicológicos e através de outro tipo de apoios.”

A direção espera dar “con-tinuidade” aos dois mandatos anteriores que, na opinião de

Justiniano, “tiveram uma obra extraordinária de renovação da associação a vários níveis.” “Agora é preciso avançar e tentar novos caminhos, dentro também da cir-cunstância concreta em que nos encontramos”, referiu. Para já, há dois objetivos: continuar a dar algum apoio no luto e colaborar com outras instituições da fregue-sia e do concelho na resolução dos problemas sociais da nossa gente.”

No dia 28 de fevereiro, pelas 20h, irá realizar-se uma Assem-bleia Geral Extraordinária com vista a apreciar, discutir e votar a proposta da direção para aqui-sição de um prédio contíguo ao edifício da associação.

Associação São Bento de Rio Tinto apostana assistência médica e na solidariedade associativaEm abril de 1895 nascia uma sociedade fúnebre em Rio Tinto com o objetivo de dar assistência a familiares de falecidos. Mais de um século depois, a Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Peras de Rio Tinto aposta em duas novas valências para os “vivos”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

VNa foto: Serafim Faria, Serafim Coutinho e Justiniano Santos

V Salão Nobre da Associação São Bento de Rio Tinto

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Depois do discurso de agra-decimento à CMG pela “cedência do espaço” para a construção do

Hospital-Escola, Salvato Trigo apelou à “inteligência” dos eleito-res no momento do voto para as eleições autárquicas de 2013. “Te-mos a garantia que a continuida-de está garantida. Penso que Fer-nando Paulo é o digno substituto

da herança de Valentim Loureiro na cidade de Gondomar. Espe-ro bem que os gondomarenses votem com inteligência. E votar com inteligência é votar em pes-soas que já deram provas que estão ao serviço da população, estão ao serviço daquilo que é necessário fazer que é a política”, discursou. “Tenho que agradecer todo o empenho que Fernando Paulo tem tido em ajudar-nos a resolver alguns dos problemas que são ainda fundamentais numa instituição que está a co-meçar e em particular por ter-nos indicado o Sr. Henrique [gerente do novo espaço]”, acrescentou, na inauguração da nova cafetaria do Hospital.

Construção de Heliporto continua “dentro de dias”

Questionado pelo Vivaci-dade sobre se já havia licença para a construção do heliporto no terreno contiguo ao hospital, Valentim Loureiro, presidente da CMG, explicou que “tudo se

está a resolver”. “Havia um pro-blema com as áreas das aeronáu-ticas mas o vice presidente está a ultrapassar isso e dentro de dias vamos continuar a construção e pô-la ao serviço”, disse.

Já Salvato Trigo quis frisar que a obra “não é do hospital” e que por isso, o equipamento “nada tem a ver com essas ques-tões”. “O Heliporto é uma obra municipal não é do hospital. Fi-cou nos terrenos sobrantes por-que nos parecia ser um espaço adequado para um concelho com uma mancha florestal grande. O heliporto não tem rigorosamente nada a ver com o hospital”, acla-rou o reitor da Universidade Fer-nando Pessoa.

Salvato Trigo apoia a candidatura de Fernando Pauloà CâmaraÀ margem da inauguração da confeitaria do Hospital-Escola, em Gondomar, o reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, teceu elogios ao atual executivo da Câmara tornando igualmente público o seu apoio à candidatura de Fernando Paulo à Câmara Municipal de Gondomar (CMG).

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Glória Costa, pintora, escritora e membro da Associação Artística

de Gondomar (ARGO) explicou ao Vivacidade que os trabalhos que expôs tentavam ir ao encon-tro do tema que considera forte, a “essência”. Isabel Ferreira, também membro da Argo, confessou que

não consegue “eleger um trabalho de que goste mais porque todos têm o mesmo significado” para si.

A inauguração da exposição com o tema “Essência” teve lugar na Rua do Bonjardim, na INATEL do Porto, no dia 2 de fevereiro. O evento teve início pelas 15h e, entre várias dezenas de pessoas, contou com a presença de Sá Reis, do pelouro da cultura da Junta de Freguesia de Rio Tinto e com a candidata pelo PSD à Junta, Maria José Guimarães, que recitou al-guns poemas após a apreciação da exposição, pelos convidados.

INATEL do Porto recebeu exposiçãode duas pintoras rio tintenses“Essência” foi o nome da exposição de Glória Costa e Isabel Ferreira que esteve patente no INATEL do Porto de 2 a 28 de fevereiro. As duas pintoras de Rio Tinto não se estrearam no mundo da arte mas apresentaram uma exposição “diferente” onde a predomi-nância de cores fortes foi o que mais se destacou.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Na foto: Glória Costa, Sá Reis e Isabel Ferreira

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A concessão do novo sítio foi posta a concurso e o pro-prietário da confeitaria ‘Divino Gosto’ de Rio Tinto, Henrique Pinto, teve uma boa surpresa. A confeitaria selecionada para ficar no novo espaço passará assim a ser o ‘Divino Gosto 2’ dando continuidade à primeira ‘versão’ que já existe há cinco anos em Rio Tinto.

A inauguração, no dia 21, contou, entre outros, com a pre-sença do reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, do presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Valen-tim Loureiro e dos vereadores Castro Neves e Fernando Paulo, que elogiaram o espaço e os bo-los confecionados.

“A mim sempre me chamou a atenção todos os negócios re-lacionados com a área de ensino ou hospitais porque são locais

onde existe bastante gente con-centrada e onde se pode mos-trar aquilo que somos capazes neste ramo de hotelaria”, referiu

Henrique Pinto ao Vivacidade, na inauguração da cafetaria. Henrique Pinto garante, preços “mais baratos” para este novo

espaço.Famosa pelos ‘croissants’ a

confeitaria terá um horário de abertura das 8h às 2h.

Inaugurada cafetaria do Hospital-Escola de GondomarO Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar conta, desde o dia 21 de fevereiro com um novo espaço de cafetaria aberto ao público exterior.

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Em cada quatro mudanças de óleo uma é oferecida. É essa a es-tratégia de fidelização de clientes adotada pela Labetcar. “Temos um cartão cliente e por exemplo uma mudança de óleo mais montagem de alarme fica por 99,90 euros”, ex-plicou Mário Tedim.

O número 406 da rua da Lou-rinha, junto à estação ferroviária de Rio Tinto, tem desde outubro uma nova vida. Mário Tedim e Sérgio Bessa uniram esforços e abriram a Labetcar, uma oficina de mecânica automóvel. O desempre-go bateu-lhes à porta e por isso foi necessário “dar a volta” à situação abrindo um negócio aquilo em que são bons. A Labetcar conta já com uma carteira de clientes fixos, que cresce de dia para dia. O fa-tor da localização foi também um incentivo à abertura da empresa pelos dois sócios. Mário Tedim explicou ao Vivacidade a razão da escolha. “Achamos que era a melhor localização. A oficina tem alvará e era mais simples. Agora para se tirar o alvará tem que ser em zonas industriais. Esta já tinha e foi o melhor. É um bom negócio.” Apesar da motivação, os sócios da Labetcar confessam que as coisas “não estão fáceis”. “É um começo de uma atividade aqui. Os clien-tes estão a aparecer. Vamos vendo agora no dia a dia como corre e es-tamos a lutar para que corra bem”, disse Sérgio Bessa.

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Empresas & Negócios: Labetcar

Um exemplo de combate à crise no setor automóvelMário Tedim e Sérgio Bessa trabalham no ramo da mecânica automóvel há mais de 35 anos. A crise levou-lhes o emprego mas nem por isso deram o braço a torcer. Os dois mecânicos abriram há quatro meses, em Rio Tinto, a Labetcar, uma oficina de me-cânica automóvel multimarcas especializada em óleos e alarmes e para já estão a dar-se bem no mercado.

Com um “conhecimento espe-cializado na marca Ford” os dois só-cios da Labetcar não se restringem a uma s ó marca, no que diz respeito à reparação de veículos. “Trabalha-mos com todas as marcas”, disse Mário Tedim. Todas as marcas e todo o tipo de material, de origem e “da concorrência”. Os gerentes

Empresa dispõe de um car-

tão cliente com descontos

Oficina multimarcas com

vários serviços

Mário Tedim e Sérgio Bessa gerem a Labetcar há quatro meses. Mecânica, Eletricista, Chapeiro, Pintura, Diagnósticos de Eletrónica, Multimarcas, óleos, montagens de alarmes são os serviços que a Labetcar tem à disposição dos clientes.

da Labetcar acreditam ter “preços competitivos” mas sublinham que não conseguem competir com “as oficinas que não pagam impostos e que não estão oficializadas”.

Os serviços de mudança de óleo e instalação de alarmes são os mais procurados para já e a Labet-car adotou a Funch como marca de óleo de eleição. “É uma das melho-res marcas de óleo que há no merca-do”, referiu Sérgio Bessa.

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Empresas & Negócios: MaquiValores

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Recuando um pouco no tempo, o empresário relembrou a Agrin-dústria em 1986 e ainda guarda numa gaveta, com carinho, a me-dalha que recebeu nessa feira. “Be-los tempos”, afirma. Foi assim que tudo começou, em Portugal. “Co-mecei a constituir, em Gondomar, a empresa Francisco Morones que, por motivos de desenvolvimento rápido do negócio, tive que passar a “empresa limitada”, passando a chamar-se ‘Maquinouro Lda.’ De-pois de alguns anos de atividade e por motivos familiares tive que re-gressar a Espanha deixando, com muita pena, Portugal. Lá, constitui uma empresa [LU y MO Lda.] mas sempre com saudades deste país”, explica Francisco.

Ao mesmo tempo, o empresá-rio montou em Fânzeres a empresa ‘Bento e Morones Lda.’, passando a viver de novo em Portugal. “Depois de vários anos de atividade e por motivos de querer expandir com novas ideias - e ao não encontrar apoio - tive que tomar outro cami-nho chegando a concretizar esse projeto com uma nova empresa que edifiquei juntamente com ou-tro sócio. Já em tempos de crise, fundei então a nova empresa que passa a chamar-se ‘Maferm Lda.’ E mais uma vez depois de vários anos de atividade sinto-me com a necessidade de tomar novos rumos para o futuro”, conta o empresário espanhol.

Atualmente, Francisco Moro-nes é gestor da firma ‘MaquiValores Lda.’ A sua mais recente criação é,

Francisco Morones defende que é importantea união do setor da ourivesaria“Um bom dia a todas as pessoas, em particular às do setor da ourivesaria ao qual pertenço, com fornecimento de equipamento.” É assim que Francisco Morones, empresário em Gondomar, de nacionalidade espanhola e com grande amor por Portugal, começa por expressar-se, antes de explicar ao Vivacidade todo o seu percurso na indústria da ourivesaria.

Durante todo este percurso empresarial, que na opinião de Francisco, “não foi fácil”, o espe-cialista em máquinas e ferramen-tas do setor da ourivesaria explica que lhe foram “fechadas portas”. “Criticaram-me, encurralaram-me, difamaram-me por escrito, senti o tapete a fugir debaixo dos meus pés como também senti, subtilmente, um convite para abandonar”, con-

O segredo é “não baixar os

braços”

Esperança no futuro

na sua opinião, composta por “pes-soal jovem, dinâmico, com ideias frescas e cujos administradores são pessoas proativas”.

fessa. “No entanto”, acrescenta logo de seguida o empresário, “nada dis-to me enfraqueceu. Pelo contrário. Fiquei com mais força para seguir e demonstrar que aqui ainda há uma pessoa que não desiste”, afirma de forma convicta. “Senão, como po-deria superar os obstáculos deixan-do para trás as empresas que cons-titui, que seguem ativas no mercado e que digo simpaticamente que são os meus concorrentes”, acrescenta. Francisco Morones sente que, em Portugal, o setor da ourivesaria va-cila perante as “dificuldades” atuais. “Não devemos perder a fé, não de-vemos desistir dos nossos sonhos, dos nossos projetos. Sobretudo não nos amedrontarmos perante as dificuldades.” “Há crise, sim, mas temos que lutar contra ela e não devemos lamentarmo-nos porque ela não veio hoje, nem ontem, nem anteontem. Veio há muitos anos e agora estamos a acertar contas”, en-fatiza.

Com os conselhos que dá ao

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Atualmente, Francisco detém a ‘MaquiValores’, uma empresa em Gondomar de comércio de máquinas e fer-ramentas ligadas ao setor da indústria da ourivesaria.

O empresário da ourivesaria, Francisco Morones, já viveu casos “caricatos” de falta de união no setor da ourivesaria e joalharia, mas recorda alguns com mais pormenores.

“Estive presente na Assembleia Geral Ordinária da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), no dia 19 de Abril de 2012. A AORP tinha um total de 332 associados e todos foram convidados a par-ticipar na assembleia. Qual não é o meu espanto quan-do verifico que apenas compareceram 14 personas, das quais três pertenciam à organização. Onde está a união no nosso setor?”

“Fui à 1ª Conferência Ibérica de Ourivesaria, em Via-na do Castelo, a 8 e 9 de Junho de 2012 e mais uma vez senti a falta de assistência do setor de joalharia de Portugal. Não faltaram espanhóis, brasileiros, italianos, franceses, ingleses e outras nacionalidades, assim como uma dezena de escolas artísticas.

setor dos ourives, o espanhol “gon-domarense”, espera que a crise “os faça pensar, reagir, melhorar, mu-dar, transformar e inovar para es-quecer que o “limador de solda” fez parte da historia.

No fim, ironiza. “Sempre notei que o setor português foi sempre muito individualizado e surpreen-

dentemente notei uma união no dia do protesto na rua contra as taxas da contrastaria. Será que só há união quando nos mexem nos bolsos?”

O gestor da ‘Maquivalores’ pas-sou a mensagem mas quer deixar bem claro: “Eu só sou o Francisco Morones”.

V “A presença do setor joelheiro no Pavilhão Multiusos é uma referência notóriamas não é suficiente e temos que fazer mais.”

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1 – Ninguém tem dúvidas que os efeitos da crise em que o País

está sufocado continuam a fazer--se sentir de forma cada vez mais acentuada. O desemprego pros-segue em crescimento acelerado, surgem todos os dias novos cor-tes nos benefícios sociais, a tenaz dos impostos esmaga todos os cidadãos, instituições e empre-sas não têm acesso ao crédito, e o pouco que existe atinge taxas de juros insuportáveis, a cortejo das falências prossegue a ritmos assustadores, etc, etc.

Mas de repente, há cerca de duas semanas, parece que de um dia para o outro a crise tinha aca-bado. Os meios de comunicação levaram até aos píncaros o su-cesso da antecipação da emissão de dívida pública a cinco anos, emissão essa que ultrapassou em muito a procura em relação à oferta, colocando os juros abaixo da barreira psicológica dos cinco por cento. Foi o chamado bolo da ida aos mercados antes da previs-ta data de Setembro próximo…Mas, claro está, sem nenhum

efeito prático para quem está em apuros.

2 – Por uns dias, o pobre do cidadão anónimo ficou confun-dido, pois a avalanche de de-clarações, comentários, debates e tudo o mais que faz parte das jaculatórios da política parecia fazer crer que a crise tinha acaba-do, ou, pelo menos, estaria muito próximo disso. Puro engano. Para além do dito ritual do teste dos mercados, a verdade é que ne-nhum dos verdadeiros indicado-res da crise se alterou. Bem pelo contrário: enquanto uns tantos apregoavam a falsa boa nova, os dados estatísticos do desempre-go, das falências, da redução de rendimentos, da quebra da rique-za nacional, etc, etc, reafirmam que a crise continua a agravar-se no quotidiano de todos nós.

Foi neste cenário de loucura e embriaguez política que os diri-gentes do Partido Socialista, ator-doados no meio do turbilhão, de-cidem abrir a sua própria caixa de

pandora, partindo a frágil estabi-lidade interna que aparentemen-te vinham mostrando. Uns tantos dirigentes vêm pedir a marcação urgente de um congresso; outros começam a falar na necessidade de mudar de líder; um outro gru-po de críticos reúne-se em torno de António Costa e pressionam--no para avançar com uma candi-datura alternativa a António José Segura. E no meio de tudo isto, o presidente da Câmara de Lisboa entra na dança, dá, baralha e vol-ta a distribuir o jogo, mas já no meio da maior confusão.

3 – Em bom rigor, no meio desta feira de vaidades loucas, o Governo recebe um precioso balão de oxigénio: é que, mesmo não havendo quase nada a feste-jar de verdadeiramente válido, em torno do filme do regresso aos mercados, a desorientação dos dirigentes socialistas viera demonstrar à saciedade que, se o Governo é mau, a alternativa se-ria bem pior, pois ninguém se en-

tende, e poucos acreditam na ca-pacidade de António José Seguro, mesmo dentro das suas mais fiéis hostes partidárias.

Num ápice, comentadores po-líticos, analistas, propagandistas de serviço, dependentes e assa-lariados partidários desataram todos a apregoar que, afinal, não há condições para qualquer hipó-tese de eleições a curto ou médio prazo. Salvo as autárquicas, que se realizarão em Outubro, tudo o resto será fantasia, e o Gover-no tem todas as condições para levar a legislatura até ao fim, ou seja até meados de 2015. É claro que esta é uma visão excessiva-mente optimista, que também só anestesia quem quer ser aneste-siado. Mas de toda a forma, não há dúvida que o PS ofereceu ao Governo uma apólice de seguro que poucos esperariam que pu-desse acontecer, ainda há poucas semanas atrás… Como dizia um famoso comediante: é política, estúpido!

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Opinião

Governo ‘Seguro’ pelo PS

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Em resposta a um artigo pu-blicado na edição de 24 de janei-ro passado, usando do direito ao contraditório que me é conferido pela lei, fiquei surpreendido com a agressividade vil e violenta das palavras do comunicado desta senhora quer referentes à minha pessoa quer ao meu trabalho no artigo intitulado ”Tradições men-tirosas”.

Em primeiro lugar nunca tive o prazer de conhecer a dita se-nhora, nem mesmo quando par-ticipou, sabe-se lá como, numa pretensa monografia de Rio Tin-to, a qual, diga-se em abono da verdade, foi um trabalho de “tão boa qualidade e excelência cientí-fica” que teve de ser amplamente corrigido e retificado pelo então meu orientador de mestrado an-tes da sua publicação final.

Em segundo lugar, sou natu-ral de Rio Tinto e conheço bem as gentes, a história e tradições da terra. Uma das finalidades de qualquer historiador (entendi-

do como investigador da ciência histórica) é apurar a verdade dos factos, ainda que eventualmente possa não ter todos os elementos na sua posse. Sempre pautei pela verdade e pelo rigor nos artigos que publico e no meu trabalho como docente e investigador.

Em terceiro lugar, a História de Rio Tinto é desconhecida de muitos habitantes de Rio Tinto e de Baguim do Monte. Por isso mesmo, há alguns anos atrás ofe-reci os meus préstimos a este pe-riódico para colmatar essa falha,

o qual gentilmente tem acedido à sua publicação sem reservas e ninguém, até hoje, teceu quais-quer críticas negativas aos mes-mos.

Em quarto lugar, o título “Tra-dições mentirosas” foi a resposta a um artigo sobre a comemoração de uma batalha que efetivamente não existiu, ao contrário do que a senhora sugere. A toponímia, a falta de provas arqueológicas e as provas documentais apontam para as conclusões que apresentei no referido artigo, independente-

mente de opiniões alheias.Conheço muito bem o fundo

documental do Mosteiro de Rio Tinto, talvez até melhor do que a senhora Fina d’Armada, pois tive de investigar a fundo esse fun-do documental, à minha própria custa e sacrifício pessoal, para fa-zer a minha dissertação de mes-trado sobre esta instituição.

Por último, o mais grave de tudo para mim, foi a senhora es-crever que sou um “autor pouco humilde”. É de uma desfaçatez inaceitável por parte de alguém que não me conhece como pessoa nem o meu trabalho, o que dimi-nui qualquer credibilidade que ainda possa ter.

Para terminar, sei provavel-mente o que Jesus sentiu quando foi expulso da sinagoga, pois é o sentimento com que fiquei depois de ter lido o seu artigo.

Com gente assim, os bons fi-lhos da terra serão expulsos e irão fazer engrandecer outras que não a nossa, infelizmente.

Direito de resposta

Refutação do artigo daEdição nº 78 deJaneiro de 2013,da autoria deFina D’Armada como título “Tradiçõesmentirosas ou autorespouco humildes?”

Paulo Santos Silva

Professor, Historiador e Escritor

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Opinião

Estimados leitores. Já abriu o Hospital Escola de Gondomar, que ao longo destes tempos vos tenho vindo a informar. Não é fá-cil, colocar uma “máquina” desta dimensão a “rolar”, mas agora já começaram as intervenções ci-rúrgicas em Ortopedia, Trauma-tologia, Urologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Mamária, etc.

O internamento também já está em funcionamento, com doentes cirúrgicos e de medici-na. No entanto a grande valia é o início do Serviço de Atendimento Permanente, com especialidade de Medicina Interna e Clinica Geral (24 horas) e a Pediatria (das 14 ás 24 horas), com um espaço específico no SAP, com todas as condições de atendimento e in-ternamento inclusive (incluindo sala de observação contínua de Pediatria).

É óbvio que a grande afluência têm sido os doentes da ADSE e al-guns subsistemas (já temos a AD-VANCECARE), mas nos preços

adotados para os privados, tem sido permanente preocupação da administração, aproximar-se da-quilo que um paciente teria de pa-gar num hospital público, com as taxas moderadoras. Temos pena que seguradoras como a Medis e a Multicare retardem os proces-sos de adesão ao hospital, mas enfim, são dinâmicas diferentes e sei lá se interesses diferentes, por isso na hora de fazerem os vossos seguros de saúde sejam críticos. O próprio hospital desenvolveu um meio que se aproxima de um seguro de saúde, o Cartão Saúde D’Ouro, indo de encontro às ne-cessidades da população.

A consulta externa tem neste momento todas as especialidades disponíveis, sob marcação, desde Oftalmologia, Otorrino, Gine-cologia, Psiquiatria, Geriatria, Psicologia, Dermatologia, entre outras.

Tudo já mexe no Hospital Escola, é importante a sua divul-gação, não porque esteja preo-

cupado com o fator económico, mas principalmente por se tratar de uma importante estrutura de saúde, no nosso Concelho. Não

esqueçam que se trata do maior investimento, alguma vez realiza-do em Gondomar, merecendo o apoio de todos os nossos autarcas que reconhecem a importância deste projeto para as populações, mesmo os mais incrédulos se vêm

obrigados a reconhecer a vital im-portância deste hospital.

Se não precisa de nos visitar como doente, faça-o como saudá-

vel, pois não é só na doença que nos devemos preocupar com a saúde.

Bem, esparemos por vós no Hospital Escola...

Até breve, estimados leito-res…

O Hospital Escola de Gondomar

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista em Ortopedia e Traumatologia

Mestre em Medicina Desportiva

Coordenador de Ortopedia do Ins-tituto CUF

Docente da Universidade Fernan-do Pessoa

Um destes dias, quando cava-queava com um amigo residente no coração de Baguim do Monte, a propósito da insegurança na fre-guesia, ele contou-me que, há uns meses atrás, a Junta de Freguesia teria enviado um ofício a todos os baguinenses, recomendando--lhes o serviço de uma equipa de guardas noturnos, a quem seriam confiadas umas rondas para evi-tar que a onda de assaltos se tor-nasse numa rotina.

Fiquei perplexo, e pedi-lhe alguns esclarecimentos comple-mentares sobre tão peregrina ideia. Eis se não quando o meu

amigo saca da carteira um ofí-cio onde, exatamente, era feita a apresentação do referido servi-ço, com chancela da autarquia, e com aspeto praticamente oficial. Perguntei-lhe qual era então o pa-

pel da PSP da cidade, mas rápido percebi que os alegados guardas noturnos também estariam ar-ticulados com a Polícia de Segu-rança Pública.

Inconformado com o que ia

ouvindo, tentei saber se as tais rondas se destinavam a estabele-cimentos comerciais e industriais. Fui informado que era para toda a gente, incluindo os moradores, e que o serviço já estava a ser ofe-

recido de porta em porta. Claro que me interroguei o

que aconteceria aos moradores que não quisessem aderir aos ser-viços, mesmo que com uma taxa simbólica. Mas os conhecimentos do meu amigo não iam tão longe. A sorrir, deixou soltar uma hipó-tese: se calhar, quem não aderir à ronda dos guardas noturnos, um dia destes vai ser surpreendido pela inesperada visita dos amigos do alheio…

Fiquei perplexo, ao pensar que, com gestos destes, e com o patrocínio de entidades oficiais, por este andar caminhamos mes-mo para uma sociedade onde cada um tem de pagar, a contas próprias, a sua segurança. Seja ela prestada pelas autoridades poli-ciais, ou por uma qualquer bri-gada de guardas noturnos. Pobre País, este. E pobre gente que tem de viver numa terra onde a Junta de Freguesia já aconselha os seus fregueses a contratarem serviços de rondas noturnas!

Guardas noturnos ‘à la carte’Bisturi

Henrique Villalva

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Francisco Laranjeira é o novo secretário-coordenador do PS de Baguim do MonteO empresário baguinense, Francisco Laranjeira, é o novo secretário do PS de Baguim do Monte, após o pedido de demissão do anterior secretariado. O apoio às candidaturas de Marco Martins e Nuno Coelho é o objetivo deste novo secretariado.

“Comecei na política em 1989, já fui deputado na assem-bleia de Baguim e fui eleito pelo MDP/CDE. O meu percurso po-lítico foi andando. Sou militante do PS desde 1993 e agora num contexto um pouco conturbado do partido, com a demissão do atual secretariado de Baguim, candidatei-me ao lugar, para não o deixar morrer e para haver um consenso.” É desta forma que Francisco Laranjeira contextua-lizou a sua entrada para o se-cretariado do PS de Baguim do Monte.

A demissão do anterior se-cretariado deve-se, na opinião do político, “ao facto de os cole-gas não estarem de acordo com algumas ideias políticas”.

Para além de não querer que o PS de Baguim acabe, o empre-sário explicou ao Vivacidade que o outro motivo da sua entrada “é a de fazer a vitória à Câmara Municipal de Gondomar, com o apoio total ao Marco Martins.”

Francisco Laranjeira disse não acreditar contudo, em “vitórias fáceis.” “É um vitória difícil mas que tem que ser trabalhada”, dis-se, referindo-se à candidatura de Marco Martins à Câmara. Para além do apoio ao atual presi-dente da Junta de Rio Tinto, La-ranjeira disse que a ambição da sua equipa passaria também por “apoiar Nuno Coelho” e “subir a militância” no partido.

O atual secretário-coorde-nador do PS Baguim tem ao seu lado Joaquim Silva, como vice-

-coordenador, e Manuel Ferreira dos Santos como presidente da Assembleia Geral.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Biografia:É empresário há 32 anos Foi músico e diretor da Banda S. Cristóvão de Rio TintoNa política, esteve no MDP/CDE e migrou para o PSFoi diretor do jornal ‘Press Baguim’Ex-secretário da ACIGEx-presidente da Assembleia Industrial de Gondomar

O percurso foi efetuado em autocar-ro, devidamente identificado, com faixas aludindo à data, sendo que em cada cida-de houve uma paragem, em locais espe-cíficos, para entrega de “kit” informativo.

Em Gondomar, depois da passagem por vários locais, a comitiva do ‘Percur-so da Esperança’ terminaria a viagem na Câmara Municipal. Os elementos do Nú-cleo Regional do Norte da LPCC - com-

posto por alunos, voluntários, técnicos e sobreviventes - procedeu à entrega sim-bólica do “kit” informativo.

Em 2011 morreram em Portugal mais de 25 mil pessoas com cancro. A doença cancerígena na laringe, brônquios e pul-mão são os que provocam mais mortes em Portugal, seguindo-se o cancro do cólon, do estômago, do tecido linfático e da próstata.

‘Percurso da Esperança’ assinala Dia MundialContra o CancroDe forma a assinalar o Dia Mundial Contra o Cancro, a 4 de fevereiro, o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) realizou o ‘Percurso da Esperança’, périplo que passou por várias cidades da sua área de abran-gência e viria a terminar, precisamente, na Câmara Munici-pal de Gondomar.

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Política: Vozes da Assembleia da República

Atualmente, no âmbito do Com-promisso Para o Crescimento, Com-petitividade e Emprego assinado com os parceiros sociais, está a ser imple-mentado um conjunto de medidas na área da economia, das políticas ativas de emprego, da legislação laboral e da proteção social. Estas medidas estão alinhadas com as prioridades do atual Governo, expressas nas Grandes Op-ções do Plano. Este Compromisso inci-de sobre três domínios: ‘Políticas Eco-nómicas’, ‘Políticas Ativas de Emprego e Formação Profissional’, e ‘Legislação Laboral, Subsídio de Desemprego e Relações de Trabalho’. Para cada um destes domínios foram acordadas li-nhas orientadoras de ação e medidas a promover. No âmbito das políticas

económicas, o acordo visa a promo-ção do crescimento económico e da criação de emprego sustentável, pres-supondo a definição clara de um con-junto de linhas orientadoras de ação e de medidas que contribuam de forma decisiva para o reforço dos fatores de competitividade da economia portu-guesa. No domínio das Políticas Ativas de Emprego e Formação Profissional, foi acordado pelas partes subscritoras que estas políticas “(…) assumem uma importância fundamental, reforçada pelo seu papel estrutural no domínio da melhoria da capacidade competiti-va das empresas, pelo elevado número de desempregados e de duração do desemprego e pela resposta às neces-sidades das empresas e dos trabalha-

dores e particularmente dos jovens.” As alterações e medidas acordadas no quadro das Políticas Ativas de Empre-go e Formação Profissional abrangem aspetos tão diversificados como: Fun-cionamento e gestão dos Centros de Emprego; Medida de apoio à empre-gabilidade “Estimulo 2012”; Medida de acumulação do subsídio de desempre-go; Formação Contínua, Formação de Desempregados e Outros Programas de Formação Profissional; Aprofunda-mento do Sistema de Aprendizagem; Lançamento do Cheque-Formação; Reforço do ensino profissional e da ligação das escolas às empresas e a Sis-tema de Certificação Profissional. Por outro lado, no domínio da ‘Legislação Laboral, Subsidio de Desemprego e

Relações de Trabalho’, o acordo visa diferentes matérias de índole laboral, tendo parte delas sido implementadas com a terceira revisão do Código La-boral, que entrou em vigor no início de Agosto de 2012. Entre estas destaca-se a dinamização da contratação coletiva, enquanto instrumento essencial para a regulação das relações de trabalho entre empresas e trabalhadores. Neste âmbito, o acordo visou estabelecer um nível máximo de aproximação das de-cisões dos seus próprios destinatários e implementar mecanismos de descen-tralização da contratação de modo a criar condições para um maior envol-vimento das pequenas e microempre-sas, que predominam no tecido empre-sarial português.

Isabel SantosPS

Catarina MartinsBE

No momento em que algumas das anunciadas “transferências” de presi-dentes de câmara são colocadas em causa, por providências cautelares, o Presidente da República e os seu ser-viços decidiram meter mãos-à-obra e chegaram a uma assombrosa desco-berta sobre a Lei de Limitação de Man-datos. A diferença entre o “de câmara”, inscrito na Lei publicada, e o “da câma-ra”, presente no texto do Decreto da As-sembleia da República, assuma o cerne da polémica. Sobre esta Lei nunca tive qualquer dúvida interpretativa, como afirmei num artigo aqui publicado há algum tempo atrás. É evidente que ela limita o número de mandatos em re-lação ao exercício da função e não ao território, não admitindo o processo de

itinerância de protagonistas que as pró-ximas eleições autárquicas ameaçam inaugurar. A descoberta de que este não teria sido o espírito do legislador é algo de surpreendente, levando-nos a questionar a utilidade do ato legisla-tivo, uma vez que a renovação política fica reduzida a uma dança de cadeiras entre velhos protagonistas. Contudo, o mais curioso de tudo isto é que ten-do esta lei sido alvo, desde sempre, de um acalorado debate interpretativo, o Senhor Presidente da República e os serviços de apoio à Presidência da Re-pública precisaram de oito anos para chegar a esta descoberta. Agora, chega-dos aqui, importa perscrutar possíveis soluções para esta confusão. A hipótese de correção está fora de questão, uma

vez que a chamada Lei Formulário es-tabelece o prazo limite de 60 dias após a publicação para se proceder a tal. Neste contexto, se o PSD quiser levar por diante algumas das candidaturas já anunciadas terá que fazer aprovar uma nova Lei que consagre tal solução. O CDS ficará em muito maus lençóis no meio de tantos flick-flacks políti-cos. Começou por se manifestar contra qualquer alteração à lei, enveredando pela interpretação do limite vinculado à função. Entretanto, em nome da esta-bilidade governativa, deu uma volta de cento e oitenta graus e acabou por fazer coligação com o PSD em algumas des-sas candidaturas. Agora...veremos! O PCP assumiu já a defesa desta dança de cadeiras, tão há medida dos seus inte-

resses. O PS tomou a iniciativa política de não apresentar a candidato nenhum Presidente de Câmara que tenha atin-gido o limite de mandatos. Pela minha parte, devo esclarecer que jamais vo-tarei favoravelmente uma lei de faz de conta, ou seja, uma lei que não impo-nha a limitação de mandatos ao exer-cício da função. Não havendo acordo para uma revisão da atual moldura legal, há algo que não podemos, desde já, ignorar: a resolução deste imbróglio não será pacífica e continuará a passar pelo recurso aos tribunais, acabando, previsivelmente, no Tribunal Constitu-cional. A novidade é que este anúncio do Presidente da República deixa no ar um condicionamento na decisão que até aqui não existia. Curioso facto!...

O país está hoje mais pobre, e, por essa razão, pior. Os indicadores desse empobrecimento geral do país são a re-cessão económica, que é mais grave do que aquela que estava prevista, e que se prevê que venha a ser o dobro da última previsão que o governo fez. A dívida é hoje superior àquilo que estava previs-to que seria no fim do Memorando em 2014. A dívida é hoje de 122,5% do PIB, isto é, 11.000 milhões de euros a mais do que estava previsto para o final de 2014. O desemprego disparou e as me-lhores previsões anunciam que conti-nuará a crescer em 2013. Por último, a situação social do país é dramática para muitos portugueses e para muitas famí-lias. A pobreza, na sequência do brutal crescimento do desemprego não para de alastrar. Pedro Passos Coelho anun-

ciou 2013 como o ano da viragem. Mas estamos na terceira pior recessão desde 1975. Perante isto, o governo lança a ilusão de que a partir da sétima avalia-ção da troika tudo será diferente e que essa avaliação constituirá um momen-to de viragem das políticas. O governo propõe-se prolongar os prazos e flexibi-lizar as metas do Memorando, mais isso significa na verdade mais tempo para a mesma política de austeridade e de re-cessão, mais desemprego e mais pobre-za e mais espiral recessiva. O problema do Memorando não está no ritmo da sua aplicação mas sim na sua própria política, nas propostas e nas medidas que o Memorando inclui. Mais tempo para mais austeridade e para mais de-semprego é errar ao quadrado é errar pelo dobro. O essencial é mudar as

políticas que estão consagradas no Me-morando. Dizemo-lo há já dois anos e a realidade confirma-o: não há solução que não passe pela renegociação. O úni-co caminho para sair da crise é a redu-ção do principal encargo financeiro do país: os juros pagos pela dívida pública. Hoje não adianta já apenas reduzir as taxas de juro ou prolongar o tempo e o prazo para o pagamento da dívida. Não há já solução sem renegociar a dívida, o que significa reduzir o stock da dí-vida, o valor da dívida, porque só isso permitirá de forma sustentável reduzir os juros que nós pagamos e que são a principal dificuldade para equilibrar as contas públicas. É bom lembrar que se fossem aplicadas a Portugal as con-dições que hoje são aplicadas à Grécia, isso permitiria libertar 15.000 milhões

de euros, ou seja 9% do PIB, que permi-tiriam o relançamento da economia. Só a renegociação pode permitir a liberta-ção de fundos necessários a um progra-ma de estímulo à economia que deve ser orientado para quatro áreas: o apoio às pequenas e médias empresas, o apoio à reabilitação urbana, o apoio às ener-gias alternativas e também à estrutura e à rede ferroviária. Cortar na dívida para investir no que cria emprego e cresci-mento económico. O problema do país não é um problema de ritmo, de calen-dário e de datas de execução do progra-ma da troika. O problema do país é o programa da troika, é o Memorando. Ou mudamos rapidamente o rumo ou Portugal não sairá da crise. Os milha-res que cantam a Grândola ao governo sabem bem que é tempo de mudança.

Medida Estímulo 2012

A Lei de Limitação de mandatos... de novo...

Basta fazer as contas

Margarida AlmeidaPSD

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Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes de Rio Tinto

As recentes mudanças no governo tiveram um impacte também no grupo parlamentar do CDS, nomeadamente nos deputados do Porto. O regresso da secretária de estado do Turismo, Cecília Meireles ao Parlamento, ditou a saída da Vera Rodrigues que aqui escrevia habitualmente. Cabe-me a seu pedido substituí-la daqui em dian-te neste espaço, o que espero cumprir diligentemente. O arranque deste ano tem sido marcado por notícias mistas para o nosso país. Se por um lado o regresso aos mercados financeiros é de grande valor, por outro lado o ano promete ser mais difícil do que todas as previsões. As razões são fáceis de per-

ceber: nacionalmente estamos no bom caminho, e isso é comprovado pela confiança que conseguimos de quem pedimos dinheiro, mas na Europa as coisas não estão fáceis e com essas difi-culdades a nossa economia - nomeada-mente as exportações - ressente-se. A variável mais grave nessa evolução é o crescimento do desemprego que atin-ge hoje uma fatia muito significativa da nossa população, particularmente da população jovem. A esse respei-to o governo anunciou uma reforma particularmente importante, a nível do IRC. Pretende-se que seja possível que as empresas possam deduzir neste imposto investimentos que façam para

criar emprego. O desejável, claro, seria que pudéssemos obter acordo dos nos-sos credores para baixar os impostos, nomeadamente os sobre o rendimento, duma forma generalizada, mas à fal-ta disso esta pequena medida poderá ajudar a que mais pessoas encontrem emprego por tornar as nossas empre-sas mais competitivas no mercado in-ternacional. Não se pode no entanto descurar que o atual nível de impos-tos é incrivelmente alto. E se sabemos que mantemos a obrigação de pagar as dívidas que outros fizeram em nosso nome, até porque o não pagamento te-ria consequências muito graves para as nossas empresas e famílias, a verdade é

que o governo tem a obrigação de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que a fatura é paga pelo estado e não pelos contribuintes. Que é como quem diz, cortando na despesa e não aumentando na receita. Finalmente, e em matéria local é de assinalar a elei-ção do Luís Pedro Mateus para presi-dente da Comissão Política Concelhia de Gondomar da Juventude Popular. Um rio tintense de provas dadas na estrutura local e nacional da JP (onde integra o Gabinete de Estudos) fica agora também com a importante tarefa de apoiar o CDS-PP nas próximas au-tárquicas. A ele e sua equipa um forte abraço!

José Luís FerreiraPEV

Nuno FonsecaPS Rio Tinto

Execução orçamental de 2012: O Governo diz que cumpriu a execução orçamental relativa ao Orçamento de 2012, mas os números desmentem. Basta olhar para a quebra das receitas fiscais para perceber que o Governo está a faltar à verdade. As receitas fiscais ficaram, infelizmente, muito abaixo das previsões do Governo. Três mil milhões de euros abaixo das previsões iniciais do Governo e de 600 milhões de euros abaixo das pre-visões feitas pelo Governo já em ou-tubro de 2012. Défice público: O Go-verno dizia que chegaríamos ao fim do ano de 2012 com o défice público situado nos 4,5%. Porém, por altura

da 5ª. avaliação da Troika, em setem-bro de 2012, o Governo viu-se obriga-do a passar a sua previsão para os 5%. Ora, para além de, também aqui, o Governo ter falhado, porque os 4,5% do défice ficaram longe, os 5% que o Governo agora reclama, merece uma análise cuidada. Com efeito, o Go-verno para poder dizer que atingiu o défice dos 5%, socorreu-se de alguns mecanismos pouco habituais e nada sustentáveis. O Governo considerou nas receitas, 460 milhões de euros provenientes do Fundo de Pensões da PT e 90 milhões do Fundo de Pensões do BPN (num e noutro caso, que os Portugueses vão ter de suportar nos

próximos 30 anos). Mas para além do recurso a estas receitas extraordi-nárias e que portanto só se recebem uma vez, e que no caso dos Fundos da PT e do BPN, nos vão hipotecar o futuro, o Governo ainda contabilizou 800 milhões de euros da concessão da ANA e que o Eurostat ainda não confirmou. Conclusão, ficamos muito longe dos 4,5% do défice, prometidos pelo Governo e muito provavelmen-te nem os 5% se vão atingir, no caso do Eurostat não considerar os 800 milhões da ANA. Dívida Pública: O Eurostat veio recentemente anun-ciar que a dívida pública portuguesa atingiu os 120% do nosso PIB. Ou

seja, o Governo não pára de impor sacrifícios aos Portugueses em nome da redução da dívida pública, po-rém apesar dos dolorosos sacrifícios impostos, a dívida pública não para de crescer. Portugal vai regressar aos mercados: O regresso de Portugal aos mercados, por si só, não resol-ve nenhum dos nossos problemas. Impõem-se, antes de mais, investir a sério na nossa economia, como forma de travar esta onda de falências, como forma de travar o flagelo social do de-semprego e como forma de criarmos riqueza, a única forma de pagar dívi-das. Caso contrário teremos dor sem ajustamento.

Este ano, será um ano importante para o panorama autárquico do país, por diversos motivos. Em primeiro porque, irão realizar-se eleições au-tárquicas e muitos dos rostos que hoje lideram ou têm responsabilidades nos diversos órgãos das atuais autárquicas irão a votos e, naturalmente sufraga-rão o trabalho desenvolvido. Neste ponto, teremos aqui a normal avalia-ção feita pelos eleitores e poderemos aferir do reconhecimento que este trabalho recebeu junto dos habitantes da sua autarquia. Em segundo, porque iremos pela primeira vez, ter eleições para as freguesias agregadas e, por isso mesmo verificarmos o que nos trará esta nova medida que tanta tinta fez e ainda fará correr. Julgo que será des-de já importante referir, como nota de rodapé, que esta medida em nada irá

favorecer as freguesias e as suas despe-sas. Tenho a certeza, porque consegui ver isso nas funções que desenvolvo atualmente na Junta de Freguesia de Rio Tinto, como Tesoureiro, que o euro gasto por uma autarquia local como as juntas, é muito mais bem gas-to do que o euro gasto pelo governo central ou até mesmo pelas Câmaras Municipais. Quanto mais perto se estão das pessoas e do terreno, mais noção temos das suas necessidades e da melhor forma de aplicar os parcos recursos que as juntas de freguesia dis-põem. Admitamos, que Portugal ne-cessita de uma reforma administrativa e do seu mapa autárquico. Admitamos que muitas das juntas de freguesia necessitam de ganhar dimensão. Ad-mitamos que as juntas de freguesia necessitam de ser modernizadas e

de adquirem novas competências. Admitamos estes pontos todos, mas também teremos de admitir que esta lei, trará um novo mapa autárquico, imposto contra a vontade das popu-lações, trará novas juntas com maior dimensão, sem ter em conta a realida-de local, apenas aumentar por regra e esquadro e de novas competências nem se fala delas. Posto isto, acho que todos os que estamos ligados as au-tarquias locais e vivemos diariamente esta problemática, teremos de admitir que esta nova lei foi uma oportunida-de perdida, de se fazer uma reforça de futuro e que serviria Portugal, pelo menos durante este novo século. Em terceiro, teremos a limitação de man-datos. Uma lei que impedirá alguns autarcas de se recandidatarem, dizen-do uns que será apenas no seu conce-

lho ou freguesia, dizendo outros que será á mesma função, independente-mente de onde ela se realize. Por mim, limitar é limitar e não concebo que eu possa deixar de ser autarca na minha freguesia e possa ser na freguesia vi-zinha, mas uma vez mais estamos pe-rante uma lei, que ainda nos fará ouvir falar muito sobre ela. Por mim, neste momento que se iniciam iniciativas de campanha eleitoral, espero que todos os candidatos dignifiquem a democra-cia em si, participando ativamente nas diversas iniciativas de campanha que organizarem, esclarecendo as pessoas e demonstrando as suas ideias dife-rentes, muitas das vezes para o mes-mo projeto, sem efetuarem quer falsas promessas, quer prometendo “mun-dos e fundos” que estão fora das suas competências e decisões.

Ano Novo, Vida Nova?

Algumas notas sobre a situação económica

Eleições Autárquicas 2013

Michael SeufertCDS

VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

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37VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Política: Vozes de Rio Tinto

Preocupo-me com todas as ques-tões ligadas às pessoas, neste caso, aos rio tintenses! É que todo o povo tem necessidade de manter a sua tradição e por tal tem o dever de preservar o seu património. Quando falo em património refiro-me à “herança” deste povo, desde as suas mais re-motas marcas até aos mais recentes “pontos nevrálgicos” de Rio Tinto. Preocupam-me os problemas com o rio que não podemos deixar rela-xar, preocupa-me o Centro Cultural Amália Rodrigues que não vamos deixar que o desfigurem… É o Úni-co Centro Cultural desta cidade! Tem que ser ativado para o fim para o qual foi criado! Não nos calaremos, quere-mos o Centro Cultural pleno de ma-

nifestações culturais, de conferências e colóquios, de exposições. Temos aí, quase moribundo, um pequeno mu-seu da saudosa Amália Rodrigues, porque não aumentá-lo e divulgá-lo? Os rio tintenses gostariam de aí se deslocar para apreciar Arte, Cultu-ra, Interagir com o Conhecimento… Preocupa-me o património paisa-gístico. Regozijo-me com as bonitas árvores da Avenida que durante duas ou três semanas embelezam de fac-to aquele espaço, mas, e o resto do tempo? E os outros espaços todos? Estamos a falar de uma das maiores freguesias do país! Tem de haver mais cuidado, mais asseio, mais empenho, mais envolvimento da própria popu-lação… é a nossa terra… queremos

que esteja cuidada! E o Espaço da antiga feira semanal? A deslocação da feira foi feita com o argumento de que no mesmo local se iria construir um Fórum Cultural, para quando a sua concretização? Estando este espaço no centro da cidade, dá uma ima-gem de abandono, ao mesmo tempo, quando utilizado para o circo ou di-versões, torna-se extremamente peri-goso para quem ali circula, dado exis-tirem restos de ferros no pavimento podendo provocar acidentes. E a Rua de Esteves? (ver Facebook Maria José Guimarães-Rio Tinto 2013) E a Zona da Triana? E Carreiros? E a Boavista? (…) Boavista? Porque se está a deixar morrer a traça mais antiga da terra? Porque não restaurar? Preocupo-me

com os animais abandonados e ou vadios. Temos de criar meios para os proteger! Preocupo-me com os terrenos abandonados quando se po-deriam aproveitar como espaços de cultivo para consumo e, ou comercia-lização de produtos e assim apoiar a sustentabilidade da economia local. Estamos numa fase em que temos de facilitar, desobstruir, realizar recur-sos, recuperar, ser criativo, temos de criar condições para ultrapassar os obstáculos, fazer de Rio Tinto uma ci-dade que atraia pessoas, investidores, enfim temos de promover a Inovação Social. Quero, portanto, a dinami-zação de todos os polos que possam promover soluções para o bem-estar dos rio tintenses.

Rui NóvoaBE Rio Tinto

José FernandesPCP Rio Tinto

Depois de tantas vozes credíveis terem dito que as políticas do governo PSD/CDS atirariam o país para o abis-mo, vem agora o ministro das finanças dizer-nos que houve uma derrapagem de 1.600 milhões de euros para este ano, quantia esta que desapareceu “das contas públicas em resultado da auste-ridade que o governo teima em trazer para o país”. Como muito bem disse o deputado Pedro Filipe Soares do Blo-co de Esquerda, isto não é uma derra-pagem mas um grande “trambolhão”. O aumento para o dobro daquilo que eram as previsões do PSD/CDS é sem dúvida uma “cambalhota monumen-tal”. E agora, para ajustar as contas, vai o governo voltar a sobrecarregar o

povo com mais perda de salário, mais desemprego e mais assaltos fiscais… Ao governo PSD/CDS-PP tem faltado seriedade e responsabilidade para as-sumirem o falhanço das suas políticas. E também lhes falta coragem política para dizerem o que estão a preparar para os meses que faltam de 2013, o que vão fazer quanto ao desemprego (que afeta hoje mais de UM MILHÃO de pessoas), que medidas irão tomar para reanimar a economia, que polí-ticas vão seguir para estancar a saída para o estrangeiro de tantos milhares de jovens qualificados … Nos últimos dias tem-se assistido em vários pontos do país a um aumento de contestação por parte de muitos cidadãos contra

vários membros deste (des)governo PSD/CDS-PP. De que é que estavam á espera? Se estão sempre a tomar me-didas contra o povo, não podem espe-rar que o povo fique calado, sem de-monstrar o seu descontentamento. O povo português tem a sua dignidade e não aceita o desmantelamento do es-tado social e o empobrecimento for-çado dos trabalhadores. A destruição que está a ser levada a efeito pelo go-verno PSD/CDS-PP só é comparável à destruição das invasões de Napoleão no início do século XIX. Grândola e outras canções foram feitas como res-posta à exploração de todo um povo. E por isso tem todo o sentido voltar a cantar Zeca Afonso, já que hoje temos

de novo muitas vítimas da política do PSD e CDS/PP e famílias inteiras na miséria. É chegada a hora de por fim a esta política que tem vindo a destruir a esperança de milhares de famílias. A espiral recessiva está instalada, o maior desemprego de sempre está aí. Estas são as escolhas do governo e são estas escolhas que o PSD e CDS/PP não assumem com frontalidade perante o país. Ora se o governo não assume, se a troika não o vai chumbar (porque o governo está a fazer o que a troika quer) tenham certeza de uma coisa: o país vai chumbar a troika e o governo e vai exigir outra política e outro governo. DEMISSÃO é exigên-cia nacional.

Prosseguindo o seu ataque aos di-reitos consagrados na Constituição da República, o Governo do PSD-CDS procedeu à revisão da Lei do Arren-damento, fazendo aprovar a NRAU – Nova Lei do Arrendamento Urbano, transformando-a numa verdadeira Lei dos Despejos, da qual resulta a negação do direito à habitação. Esta Lei afetará não só as famílias, mas também levará ao despejo de muitas coletividades e ao encerramento de inúmeros pequenos estabelecimentos comerciais, especial-mente aqueles localizados nos bairros antigos das cidades e vilas portugue-sas, originando desta forma um agra-vamento do desemprego. Trata-se de um instrumento concebido pelo Go-

verno e pela maioria parlamentar que o suporta, para servir os interesses de muitos senhorios e a atividade especu-lativa do capital financeiro no merca-do imobiliário, constituindo um fator adicional de instabilidade social, que se traduzirá no avolumar das carências e dificuldades de centenas de milhares de famílias e no aumento significativo de casos de exclusão extrema, em que num quadro de agravamento das con-dições de vida da esmagadora maioria dos portugueses, é previsível que se venham a verificar situações de atraso no pagamento das rendas ou mesmo de incapacidade de pagamento, cir-cunstância que permitirá aos proprie-tários proceder de imediato ao despejo

dos inquilinos. Acresce ainda que a limitação dos valores máximos das rendas para os inquilinos com mais de 65 anos de idade, carência econó-mica ou com deficiência com grau de incapacidade superior a 60%, apenas vigorará durante um período de cin-co anos, após os quais se concluirá o processo de transição para o regime de renda livre. No entanto, alertamos que os arrendatários com idade supe-rior a 65 anos e contratos anteriores a 1990, que o processo de atualização de rendas não configura um novo contra-to mas sim a atualização do contrato primitivo. Enquanto as forças políti-cas do arco da governação insistem no caminho vergonhoso e deplorável

de enganar os gondomarenses, o PCP continua a esclarecer e a lutar pelos reais interesses das populações. Tendo sido a única força política do Conce-lho a realizar um debate público de esclarecimento sobre a lei que afetará milhares de famílias, essencialmente as que têm contratos anteriores a 1990. Ciente dos dramas que irão agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses, o Grupo parlamentar do PCP, apresentou na Assembleia da República um Projeto-Lei a fim de que seja revogada a Lei n.º 31/2012, assim como a suspensão da atualização dos diversos tipos de arrendamento, bem como a correção extraordinária do re-gime de rendas.

Insistir para preservar!

Agir agora

Pela revogação da nova Lei do Arrendamento Urbano

Maria José GuimarãesPSD Rio Tinto

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Política: Vozes de Rio Tinto / Vozes de Baguim do Monte

A água é, reconhecidamente, um bem escasso, essencial à vida na Terra. É um bem estratégico que presta um serviço essencial para a preservação do equilíbrio dos ecos-sistemas, a preservação da saúde, para o desenvolvimento e a vida das pessoas assim como qualquer outro ser vivo. É, tal como o saneamento, um Direito Humano consagrado numa Resolução das Nações Unidas datada de Julho de 2010 e por isso deve a todos ser facultada de for-ma equitativa, limpa e segura. Um Estado que não garante o acesso à água ao seu povo, não lhe garante o direito à vida. Os recursos que transformam a água em água potá-vel são limitados e são lentos, pelo

que a água deve ser tratada com a racionalidade, a precaução e a parci-mónia que a sua protecção exige. O investimento público em água e sa-neamento tem um fator de retorno elevadíssimo a médio e longo prazo, com particular impacto na saúde e no desenvolvimento dos povos. Promover a poupança e a reutiliza-ção são políticas fundamentais que podem assegurar a sustentabilidade e o direito das gerações futuras. No entanto, a privatização dos serviços de abastecimento de água, confere--lhe um estatuto de mercadoria que contraria inapelavelmente o prin-cípio da acessibilidade universal e põe em causa a sua sustentabilida-de. Permitir que a água se consti-

tua como uma simples mercadoria configura um enorme retrocesso ci-vilizacional que é preciso combater com todas as nossas forças. Aliás, agora o PSD/CDS está a tentar fazer crer que a privatização da água é a coisa mais moderna que pode haver por esse mundo fora. No entanto, nesses mesmos países a tendência é justamente fazer revisões das de-cisões que foram tomadas sobre privatização da água, no sentido, justamente, da sua renacionaliza-ção e da sua remunicipalização. A água é um direito inalienável, é um direito fundamental das populações e, aliás, de resto, também de sobe-rania dos próprios Estados. Com a privatização da água quem fica a

ganhar? As empresas. Qual é a outra lógica das empresas, para ganharem dinheiro e obterem lucro? Aumen-tarem, brutalmente, o preço da água e as taxas de disponibilidade para as pessoas pagarem tarifas muito mais elevadas. Por outro lado, o que é que estas empresas fazem? Reduzem os investimentos na rede, claro! Que-rem obter lucro, pelo que quanto menos investimento fizerem melhor para elas. E, depois, o que é que isto significa? Significa uma degradação do recurso «água». Esta é a lógica, a privatização da água é uma ques-tão ideologia que o PSD e CDS que-rem implementar, tornando a água, que é um direito e um bem público, numa mercadoria.

Miguel MartinsPEV Rio Tinto

Maria Alzira RochaCDS Baguim do Monte

Caras e caros Baguinenses, é com especial prazer que escrevo este, meu primeiro, artigo para o jornal Viva-cidade enquanto Secretário Coor-denador e responsável pelo Partido Socialista de Baguim do Monte. A minha primeira palavra dirijo-a a si, como forma de cumprimento e também com o compromisso de de-fender sempre os superiores interes-ses da nossa terra e seus habitantes. Gostaria de endereçar uma saudação especial ao meu camarada Coelho da Silva e a toda a sua equipa que me antecedeu na direção do PS de Baguim do Monte. Fizeram um exce-lente trabalho conjuntamente com o atual Executivo da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, liderado pelo Arq.º Nuno Coelho. Este Secretaria-do do PS propõe-se dar continuidade

a esse trabalho e já iniciou a progra-mação de várias atividades tendo em vista a abertura do PS à chamada “sociedade civil”, bem como os pre-parativos das próximas Eleições Au-tárquicas. Nesse sentido, já foi apro-vado por unanimidade e aclamação o Arq.º Nuno Coelho, atual Presi-dente da Junta de Freguesia, como candidato do PS à Junta de Freguesia de Baguim do Monte. É nosso en-tendimento que o trabalho realizado pelos autarcas socialistas à frente dos destinos da Junta de Freguesia, desde 2005, tem sido muito bom e tem tido o justo reconhecimento por parte dos cidadãos de Baguim do Monte, por isso deve ter continuidade. Baguim do Monte tem sido um bom exemplo de “boas práticas” governativas, com lisura, rigor e transparência. O Arq.º

Nuno Coelho tem sido um Presiden-te de Junta sempre presente, sempre próximo dos cidadãos e sempre na defesa dos interesses da freguesia. Exemplo disso é a maneira como de-fendeu (e defende) a autonomia da freguesia de Baguim do Monte face ao (vergonhoso) novo mapa autár-quico proposto pelo atual Governo. Felizmente, Baguim do Monte não sofrerá nenhuma agregação forçada com outra Freguesia mas o PS de Ba-guim do Monte discorda totalmente com o que foi imposto às Freguesias do concelho de Gondomar. O atual Governo tem destruído Portugal e a agregação de Freguesias irá ter con-sequências muito nefastas para o futuro do nosso país, irá principal-mente acelerar o processo de deserti-ficação do interior de Portugal, onde

as únicas instituições públicas que restavam para dar apoio à população eram as Freguesias. Os Partidos não são todos iguais, os políticos também não, e o PS de Baguim do Monte tem orgulho nos seus autarcas e lamenta que os membros deste Governo não conheçam os exemplos positivos dos políticos que temos a defender a nos-sa terra. Por último, uma palavra de agradecimento a todos quantos or-ganizaram as atividades e os vários eventos ocorridos nas Festas a S. Brás, principal romaria de Baguim do Monte ocorrida no passado dia 3 de fevereiro. Mais uma vez, demos bons exemplos de hospitalidade a todos quantos nos visitaram e sou-bemos elevar o nome do Santo e de Baguim do Monte. Saudações Socia-listas

O poder da alteração de uma letra na lei de limitação de manda-tos autárquicos parece ser abismal. A discussão sobre se a limitação é para um presidente “de câmara” ou um presidente “da câmara” é ab-surda e cómica e demonstra bem a incapacidade de realização que o país tem. Em vez de se resolver o problema, através de um esclareci-mento cabal das autoridades máxi-mas de interpretação legal (Será o Tribunal Constitucional?) ou atra-

vés de um esclarecimento votado e aprovado no parlamento por uma ampla maioria dos deputados, adia--se esse esclarecimento, deixando que eventuais candidaturas ilegais se estabeleçam e façam trabalho e despendem recursos que podem não ser producentes. Mais, todos os políticos sabiam que o problema de interpretação desta Lei existia. Os políticos andaram quase oito anos a ignorar o problema, pois esta Lei é de 2005. Eu própria chamei a aten-

ção para o assunto mais do que uma vez, nestas crónicas. E nada foi feito atempadamente para esclarecer ou explicar o assunto, pois quanto mais tarde melhor, pois assim as conse-quências são mais fáceis de explicar, apesar de serem mais difíceis de ge-rir. É um perfeito exemplo do país que somos. O pais do desenrasca, da habilidade, do contacto pessoal e do pequeno (neste caso até pode ser grande) favor. É este país em que as manifestações “organizadas” vão to-

mar café no exato momento em que o ministro chega e que, por isso não conseguem cantar em direto, para as câmaras de televisão captarem o momento, perdendo-se assim o in-tencionado embaraço do Ministro… É o país em que tomar café com os amigos é mais importante do que concretizar o objetivo que levou as pessoas aquela hora e aquele local… Não é o caso do CDS, que continua a trabalhar para promover um país melhor e com pessoas melhores.

Privatização da água: “Euromilhões” para alguns, o aumento do custo para todos

Novo secretariado do PS em Baguim do Monte

A força do “de” ou do “da” e do (ou de) Café

VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

Francisco LaranjeiraPS Baguim do Monte

O Jornal Vivacidade vem, por este meio, informar os seus leitores que a partir da edição n.º 80 os espaços “Vozes de Rio Tinto” e “Vozes de Ba-guim do Monte” serão extintos. Assim, esta editoria continuará a publicar as “Vozes da Assembleia da República” passando agora a ter também “As Vozes do Município”, dando destaque a uma personalidade por partido no concelho.

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Política

“Uma das medidas que consideramos essen-cial é a de dizer que somos contra a forma como as freguesias foram agregadas e o facto deste assun-to ter avançado contra a vontade das populações. Sabemos que esta questão quer em Fânzeres, quer em S. Pedro da Cova, é uma questão importante. Defendemos a manutenção do funcionamento dos serviços nos dois edifícios das Juntas de Freguesia, independentemente de onde fique sediado o ór-gão político e onde seja definida a sede da Junta de Freguesia. A par disto, também iremos defender a manutenção dos serviços de proximidade de ambas as comunidades. Pode haver a tendência de, com a União de Freguesias e a conjugação das mesmas, quererem extinguir alguns serviços e portanto nós, relativamente a esta matéria, tudo faremos para de-fender a manutenção dos serviços de proximidade. Depois há uma outra área que consideramos impor-tante, que é a área social. Especialmente S. Pedro da Cova – mas também Fânzeres – é muito marcada pelos conjuntos habitacionais. S. Pedro da Cova é uma das freguesias com maior número de pessoas a viver em conjuntos habitacionais da Câmara e, ape-sar de termos feito um forte investimento na recu-peração física e no apoio aos agregados familiares, iremos continuar a investir para humanizar ainda mais os conjuntos habitacionais e continuar a criar espaços para que as pessoas tenham aí também boa

qualidade de vida. Quer em termos de equipamen-tos base de fácil acesso mas também o apoio e acom-panhamento às famílias. Também uma das lacunas em Fânzeres e S. Pedro da Cova são os espaços pú-blicos de lazer. Defendemos a construção de um parque ambiental público, se possível entre as duas freguesias ou aproveitando as condições naturais que S. Pedro da Cova tem e ligando à requalificação da antiga linha de carvão de Midões. Em Fânzeres há também uma lacuna forte ao nível do melhora-mento do espaço público e dos arruamentos. Que-remos investir no melhoramento dos arruamentos em alguns pequenos espaços de lazer, construção de passeios, alguns espaços pedonais. Também acha-mos que, relativamente a Fânzeres, temos que apro-fundar a dinamização do tecido associativo de cariz social. Temos poucas IPSS.”

Medidas paraFânzeres/S. Pedro da Cova

“Em primeiro lugar, estamos a falar de um ter-ritório que tem o maior desemprego no concelho, nomeadamente, em S. Pedro da Cova que é a fre-guesia que tem 26% de desempregados e aquela que tem mais beneficiários do Rendimento Social de Inserção. Portanto, o que é prioritário para Fânze-res-S. Pedro da Cova é apostar no nosso eixo prio-ritário que é a questão do crescimento económico e da criação de emprego. E é preciso rentabilizar os equipamentos e S. Pedro da Cova e Fânzeres têm três zonas industriais que estão subaproveitadas. É necessário que a Câmara, através daquilo que já propusemos, do Gabinete do Empreendedor, dos incentivos fiscais à fixação de investimento, crie medidas para atrair desenvolvimento económico e criar emprego.

Depois temos a questão imaterial mas funda-mental, em S. Pedro da Cova, que é preservar a história mineira da freguesia e intervir em situa-ções – como por exemplo com o Cavalete do Poço de S. Vicente – criando uma zona museológica, em função das infraestruturas que existem e aprovei-tando os financiamentos comunitários que irão haver para o próximo Quadro Comunitário 2014-2020. Isto, para não só aproveitar aquilo que é já classificado como um imóvel de interesse nacional,

mas também para que, aquela que foi a grande fon-te de abastecimento da zona do Porto e arredores em termos de energia e do carvão produzido, seja também conhecido.

Ao nível das infraestruturas, uma coisa que é prioritária para o território de Fânzeres-S. Pedro da Cova é arranjar instalações alternativas para a GNR. A Guarda Nacional Republicana está num extremo da freguesia sem condições operacionais e temos que arranjar umas instalações mais centrais e com condições. Que pode passar por aproveitar alguns equipamentos existentes, como uma escola desativada, um edifício que esteja numa área de-socupada, etc. É importante é fazer-se isso rapida-mente.”

“Não é fácil, em poucas palavras, relatar as principais carências ao nível social e ao nível de infraestruturas para a freguesia. Fânzeres tem tido um crescimento constante em termos populacionais, mas ao mesmo tempo foram, num passado recente, encerradas três es-colas do ensino básico. Isto é sem dúvida um indicador seguro de que a nossa população idosa está a aumentar e sendo esta uma faixa etária especialmente vulnerável, julgo que faz falta na nossa Freguesias um Lar para Idosos, com todas as valências necessárias à manutenção de uma boa qualidade de vida para os seus uten-tes. Ainda em relação aos mais idosos, seria importante estender o Apoio Domiciliário que é prestado durante os dias úteis, também aos fins-de-semana, qualificando e melhorando por esta via, este importante apoio que é prestado e esta população que já não dis-põe de uma razoável autonomia ou de uma retaguarda familiar que os possa acompanhar. Em termos das infraestruturas, destacaria o facto da nossa Freguesia que tem uma população a rondar os 25.000 habitantes, ainda não dispor de um espaço verde de quali-dade, onde a nossa população possa disfrutar dos seus tempos de lazer com segurança e equipamentos adequados, num espaço que também privilegie o contacto com a natureza. Também sentimos a falta de um auditório com as devidas condições para que as diver-sas expressões culturais de que a nossa Freguesia é fértil se possam melhor desenvolver e apresentar. Por último referiria a necessidade de se investir na melhoria e na manutenção da nossa rede viária que já começa a atingir um grau de deterioração preocupante, com todos os problemas que essa situação acarreta para a vida da po-pulação que servimos.”

“O maior problema social que a freguesia de S. Pedro da Cova tem é o desemprego. Não é um problema específico da freguesia, resulta de uma política mais geral deste governo e das políticas que têm vindo a ser seguidas. Mas naturalmente que uma freguesia que já por si, do ponto de vista histórico, tem problemas sociais, quando o desemprego cresce, vai crescer sobretudo nas freguesias mais vulneráveis. Do ponto de vista dos equipamentos sociais, considera-mos que a freguesia tem ainda algumas debilidades e algumas insu-ficiências, designadamente no apoio à juventude e à terceira idade. Era fundamental um lar para a terceira idade em S. Pedro da Cova. Mas a verdade é que nestes últimos quatro anos também existem algumas evoluções positivas. Por exemplo, está para ser inaugurado o Centro de Dia da Associação Social Estrelas de Silveirinhos.”

Fernanda VieiraPresidente da Junta de Freguesia de Fânzeres

Daniel VieiraPresidente da Junta de Freguesia deS. Pedro da Cova

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A sessão arrancou com uma breve atuação dos “Jokers”, gru-po de música de jovens gondo-marenses da Academia Melodia, seguindo-se uma intervenção do vice-presidente da Transpa-rência e Integridade Associação Cívica, que passou em revista as três últimas décadas vividas em Portugal na perspetiva do que de mais opaco aconteceu ao país, no campo político, económico e financeiro. Paulo Morais enu-merou, a concluir, algumas das coisas que podem ser feitas para combater a corrupção, para além de se ser “militantemente sério”: ser transparente, simplificar a legislação e atuação da Justiça,

punindo os prevaricadores e ressarcindo-se a sociedade dos danos causados.

Marco Martins “não esta-va à espera” de ver tanta gente e, durante o debate, defendeu a alteração do local e modo de funcionamento da Assembleia Municipal, por forma a incenti-var a participação dos cidadãos, reuniões públicas do executivo camarário descentralizado pelas freguesias e a elaboração de or-çamentos participativos.

Após um período de pergun-tas e respostas, o debate encer-rou para lá da meia-noite e meia, ainda na presença da maioria dos participantes.

Paulo Morais convidado por Marco Martinspara debater “transparência e democracia”Cerca de duas centenas de pessoas encheram por completo o auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG), onde decorreu o debate com o tema “Agir para Intervir - o sistema somos todos nós”, com a presença de Paulo Morais, no quadro de uma das linhas principais da candidatura do PS à Câmara Municipal de Gondomar: transparência e qualificação da democracia.

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Política: Debate

VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

O debate contou com a pre-sença de membros das principais estruturas dos comunistas e com a Associação de Inquilinos do Nor-te, que se disponibilizou a prestar um melhor esclarecimento aos ar-rendatários.

Promovido pela Comissão de Freguesia, o debate teve várias de-zenas de pessoas presentes, uma vez que se tratava de uma iniciati-

va que muito sensível e de grande preocupação, principalmente para quem tem contratos anteriores a 1990. Daí que a plateia tivesse composta essencialmente por pes-soas de idade

No início interveio Joaquim Barbosa da Comissão Concelhia do PCP, que lembrou, que “esta revisão, foi fruto do Memorando de Entendimento assinado com

a troika por todos os partidos do arco do poder”, lembrando tam-bém, o que está escrito na Cons-tituição da República, em relação ao direito à habitação. Interveio de seguida Fernandes Martins, membro do PCP e advogado da Associação, que evidenciou a “injustiça desta lei, que é lesiva e muito perigosa para os que têm mais de 65 anos e os mais caren-

ciados.” Depois passou-se a perío-do reservado a questões colocadas pelo público, com as mais variadas perguntas, “prazo das cartas en-viadas pelos senhorios”, “valor do aumento pedido ao arrendatário”, “contratos de 5 anos, etc., etc. Ten-do o representante da Associação dos Inquilinos, dado respostas a grande parte das perguntas colo-cadas pelos presentes.

Nova Lei do Arrendamento discutida em debate do PCPO PCP realizou uma sessão de esclarecimento sobre a Nova Lei do Arrendamento Urbano (NRAU) no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto. O debate juntou algumas dezenas de pessoas que discutiram a lei que entrou em vigor no início do ano.

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Política: Debate

Moderado pelo presiden-te da Associação de Pais da Es-cola Secundária de Rio Tinto (APAIESRT), José Pinto, o debate

“Educação em Gondomar, que ca-minhos?” não encheu mas ainda conseguiu juntar cinco dezenas de pessoas.

A discussão do futuro da edu-cação em Gondomar pareceu re-nhida aos olhos do público num discurso onde o vereador Fernan-

do Paulo fez uma análise do que foi feito pelo executivo da CMG nos últimos anos e Marco Martins propôs um conjunto de ideias para o concelho no panorama educati-vo. Durante a sessão o presidente da junta e candidato à CMG de-fendeu a “uniformização da esco-lha dos manuais escolares” assim como o conceito de uma “cidade educadora”. O vereador não parti-lhou da mesma opinião optando por dar continuidade à sua linha de ação educativa na CMG, dando “livre arbítrio à escolha dos ma-nuais” por escola.

No debate também se falou de “rankings” tendo cada um dos oradores elogiado a prestação da ESRT e falado do Projeto Educati-vo Municipal e do papel das asso-ciações de pais nas escolas.

Na plateia estavam presentes,

entre outros, a vogal da Junta de Rio Tinto, Conceição Loureiro, o Presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Gondomar, Luís Filipe Araújo, os candidatos à pre-sidência da Junta, José Santos, Ma-ria José Guimarães e Nuno Fonse-ca, o presidente da Federação das

Associações de Pais do Concelho de Gondomar, Jorge Ascensão, o presidente da direção da APEE da EB2,3 de Rio Tinto, Carlos Mon-teiro, a direção da ESRT e alguns membros da APAIESRT.

No final, houve espaço para ouvir as perguntas do público.

Futuro da educação debatido pelos candidatos à CâmaraA Escola Secundária de Rio Tinto recebeu, no dia 1 de fevereiro, o vereador da educação da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Fernando Paulo e o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, para debater o tema “Educação em Gondomar, que caminhos?”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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O Vivacidade oferece 1 bilhete individual às primeiras 15 pessoas que responderem corretamente às duas seguintes questões:

- Qual o nome oficial da dança sensual a ser apresentada pela primeira vez no Eros Porto?- Que atriz porno portuguesa conquistou o prémio XBIZ, o óscar do cinema para adultos?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] juntamente com os dados pessoais (primeiro e úl-timo nome e bilhete de identidade/cartão de cidadão). Os vence-dores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.

PASSATEMPO EROS PORTO 2013

42 VIVACIDADE FEVEREIRO 2013

A página de Facebook do Viva-cidade ultrapassou os 1000 “gos-tos” no dia 27 de fevereiro, um dia antes de o jornal sair para a rua. Tudo isto só foi possível graças a si. Obrigado. O jornal Vivacidade tem uma periodicidade mensal mas está presente nos principais

eventos do concelho de Gondo-mar. Pode contar com a informa-ção atualizada ao minuto no nos-so Facebook e com as fotografias dos últimos acontecimentos. Um obrigado especial ao nosso leitor Hugo Pinheiro que colocou o nos-so milésimo “gosto”.

Obrigado por gostar de nós!

FOTO

: DR

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O Vivacidade oferece 1 bilhete duplo às primeiras 2 pessoas que responderem corretamente às duas seguintes questões:

- De que país é a cantora Bonnie Tyler?- Qual é o nome da empresa organizadora do concerto deBonnie Tyler?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] juntamente com os dados pessoais (primei-ro e último nome, morada e código postal). Os vencedores serão anunciados na página oficial do jornal no Facebook.

PASSATEMPO BONNIE TYLER

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Por imposição legal, os preços da eletricidade já deixaram de estar regulados, estabelecen-do-se um regime de mercado livre; quer isto dizer que os preços da eletricidade já não estão tabelados ou fixados administrativamente, mas são livremente estabelecidos pelos novos e di-versos prestadores de serviços. Estes efeitos não são imediatos, mas sim graduais.

Na verdade, de acordo com a legislação, os clientes de eletricidade em Baixa Tensão Nor-mal (BTN) com potência contratada igual ou superior a 10,35 kVA, já viram extintas as tarifas reguladas a partir de 1 de julho de 2012 e os consumidores com potência contratada inferior a 10,35 kVA, a partir de 1 de janeiro de 2013.

Para saber qual a sua potência contratada, pode consultar uma fatura de eletricidade, pois o valor daquela é sempre identificado.

Assim, para os consumidores que já celebraram, a partir daquelas datas, ou ainda celebrem contratos de fornecimento de eletricidade com os fornecedores de mercado livre, já serão apli-cadas as tarifas não reguladas.

Para os consumidores que possuem, à data, contrato de fornecimento de eletricidade com o comercializador que garante o serviço público universal, terão que alterar o prestador do ser-viço, isto é, fazer um novo contrato com uma das empresas existentes em mercado livre, depois de consultarem as várias propostas, compararem preços e condições contratuais, escolherem conscientemente a situação mais adequada ao seu perfil.

Dispõem, no entanto, os consumidores de um período transitório para efetuar a mudança: os consumidores com uma potência contratada entre 10,35 e 41,4 kVA, poderão fazê-lo até 31 de dezembro de 2014, enquanto que os consumidores com uma potência contratada inferior a 10,35 kVA poderão fazê-lo até 31 de dezembro de 2015.

Durante esse período transitório, se os consumidores não aderirem ao mercado livre, ser--lhes-á aplicável uma tarifa transitória revista trimestralmente pela ERSE, entidade reguladora do setor, à qual acrescerá um factor de agravamento no valor a pagar por kVA.

Resumindo, todos teremos de aderir ao mercado livre de fornecimento de eletricidade, no limite até 31 de dezembro de 2015. A permanência com o atual contrato implica um agrava-mento trimestral do custo da tarifa da eletricidade.

Não se pode, porém, evocar que o consumidor seja objeto de multa.

Anabela FerreiraJurista da DECO

Para qualquer esclarecimento adicional, por favor dirija-se à DECO – Associa-ção Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto, Fax 222 019 990 ou através de HYPERLINK “mailto:[email protected][email protected]

Ouvi nas notícias que tenho de mudar o meu contrato de fornecimento de eletricidade, senão vou ser penali-zado com multa. Isto é verdade?

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Emprego & Formação

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Lazer

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O correto é SÃO BENTO DAS PERAS e não PÊRAS?

É das PERAS, sem dúvida nem acento cir-cunflexo.

Na forma singular, este substan-tivo leva acento circunflexo – pêra –, assim se distingue da preposição arcaica “pera”. No plural, a palavra não tem rival e por isso não precisa de usar chapéu para ter distinção.

Do mesmo modo, pêro – para se distinguir da conjunção arcaica “pero” – e peros (fruto).

E que peras são as que constam deste título ou invocação de São Bento?

Não são as peras - fruto, como aparecem nas mãos do Santo e às vezes até misturadas com uvas. Há alguma coincidên-cia da data da principal festa de São Bento - 11 de Julho - com a época das colheitas, das primícias da fruta. Todos sabemos como os ritmos agrícolas foram desde sempre as-sociados à festa e perduraram em muitas festas cristãs ao longo dos tempos. E os rit-mos da natureza acabam por sobrepor-se e prevalecer sobre as referências da História.

São peras que verdadeiramen-te significam “pedras”. Em memória da ex-periência de vida eremítica que fez Bento de Núrcia entre os penhascos agrestes do Monte Subiaco, não muito longe de Roma, para se curar dos males da grande Cidade e aprofundar a sua conversão espiritual. Foi nesse Monte Subiaco que São Bento foi con-geminando e redigindo a sua célebre Regra, que foi o modelo da vida monacal na Igreja do Ocidente e deu à Europa a matriz cultural que ainda conserva, de claras origens judaica e helénica e cristã. São Bento é um dos gran-des fundadores da Europa, foi por isso que o Papa Paulo VI o declarou Padroeiro Principal da Europa.

E não poderia São Bento ser reco-nhecido e declarado como Padroeiro da Cida-de de Rio Tinto, São Bento cuja festa e devo-

ção tem aqui tão antiga e venerada tradição? São Cristóvão é Padroeiro da paróquia e da freguesia de Rio Tinto, e com muita honra de todos os riotintenses: ele não levaria a mal por ter a seu lado São Bento como Padroei-ro da Cidade, cidade que abrange também a freguesia de Baguim do Monte.

E donde vem esta confusão de peras? Pois do resultado comum da evolução etimológica de duas palavras latinas diferen-tes: “Petram” deu “pera”, a significar “pedra” e que no português antigo até se leria e es-creveria “péra”, para se distinguir de “pera” e “pêra”, já referidas acima; e ”pirum”, que deu pêro e pêra / frutos bem apetecidos e apre-ciados. É um dos muitos casos da chamada “evolução etimológica convergente”.

E o elemento “pera / pedra” sub-siste ainda em vários topónimos actuais. De forma directa, por exemplo em Armação de Pêra e Castanheira de Pêra; em forma deri-vada, em Perosinho, Peroselo, Perafita, entre outros.

Por Justiniano Santos

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