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| 1 ED. 398 | MARÇO 2018 Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS - nº 398 - Março de 2018 www.sintrajufe.org.br www.facebook.com/sintrajufers CAMPANHA SALARIAL: É hora de equilibrar a balança

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Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS - nº 398 - Março de 2018

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CAMPANHA SALARIAL:É hora de equilibrar

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E X P E D I E N T E BOLETIM MENSAL DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO RS • FILIADO À FENAJUFE

COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO: Rafael Scherer | EDIÇÃO e REDAÇÃO: Alexandre

Haubrich e Thaís Seganfredo | PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO: Zap Multimídia | APOIO: Daniel

Borges | Sintrajufe RS: Rua Marcílio Dias, 660 - Menino Deus - Porto Alegre/RS | CEP 90130-000

Fone/Fax: 51 3235-1977 E-mail: [email protected] | Site: www.sintrajufe.org.br | Facebook: www.facebook.com/sintrajufers

Aproveitar o impulso das lutas de 2017

Tivemos um ano de 2017 de grande intensidade. Lu-tamos de janeiro a dezembro quase sem intervalos, sem respiros. Mas, apesar de todas as dificuldades, começamos 2018 com uma grande vitória construída ao longo do ano passado, ao derrotarmos nas ruas a reforma da Previdên-cia de Temer. Temos que aproveitar o embalo dessa impor-tante vitória e manter nossa mobilização, agora direcio-nada para outras pautas. Esse é o desafio que se impõe aos trabalhadores do Judiciário Federal, se quisermos buscar a reposição das nossas perdas salariais.

Em janeiro de 2019, encerra-se o pagamento da re-posição parcial que conquistamos em 2016, também após muita luta. O ano de 2018, portanto, precisa colocar essa luta como prioridade, já que a categoria segue com perdas salariais. O Sintrajufe/RS vem desde o ano pas-sado atuando nesse sentido, e o que precisamos agora é aproveitar o embalo das lutas do ano passado e nos

O Sintrajufe/RS divulga os nomes dos sindicalizados entre 17/12/17 e 01/03/2018. Bem-vindos!Ana Cristina Silva Beheregaray, JF Porto Alegre; Ana Ferreira Quesada, JF Porto Alegre; Luiz Carlos Dias Lima de Oliveira, aposentado; Marcia Di Giorgio Cardoso, JT Porto Alegre; Sandra Mara Bom Nunes, aposentada; Rogerio Ferreira dos Santos, JT Porto Alegre; Rossana Sofia de Freitas, aposentada; Rogerio Maurer Marroni, JE Porto Alegre; Rosana da Silva e Silva, JE Ibirubá; Susane Londero, JE Porto Alegre.

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mantermos mobilizados. Apenas com pressão podere-mos vencer mais esse desafio.

A atuação conjunta com outras categorias do serviço público também será fundamental neste ano. Por isso, o Sintrajufe/RS tem acompanhado as reuniões do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Fe- derais (Fonasefe) e do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Nesse âmbito, o foco em 2018, além da campanha salarial, será a re-tomada da luta pela data-base, pauta histórica do mo- vimento sindical no serviço público.

Em 2018, nossa opção precisa ser por usar o impulso da última vitória para fortalecer nossa luta. Cada colega deve ter essa consciência, com a certeza de que nós, tra-balhadores, não podemos nos permitir baixar a guarda, e que só com luta podemos conquistar o que queremos e merecemos.

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IALDada a largada: hora de intensificar a luta

por reposição salarialDesde o ano passado, o Sintra-

jufe/RS, a Fenajufe e outras enti-dades representativas dos servi-dores do Judiciário Federal vêm atuando por pautas relacionadas à valorização da categoria. Ago- ra, passada – ao menos por ora – a ameaça da reforma da Pre- vidência de Temer, o momento é de intensificar essa luta, e um dos grandes desafios passa a ser a luta salarial da categoria.

Em janeiro de 2019, encer-ram-se as parcelas da última re-posição salarial, conquistada após uma greve de mais de cem dias em 2016. Sabendo as dificuldades que iremos enfrentar tanto com a cúpula do Judiciário quanto com o governo federal, é urgente dar início a uma forte campanha salarial. Os trabalhadores do Ju-diciário Federal continuam sob perdas salariais, e esse tema pre-cisará ser enfrentado, ainda, sob a vigência da Emenda Constitutcio-nal (EC) 95, através da qual Temer congelou os investimentos públi-cos pelos próximos vinte anos.

No dia 27 de fevereiro, a Fena-jufe oficiou o STF cobrando a aber- tura imediata da negociação sa- larial. O ofício foi providenciado e assinado pelo diretor da Fena-jufe e do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira, dando cumprimento à deliberação da última Plenária da federação. Conforme argumen-tado no documento, a iniciativa ocorre em função da “proximidade do final de implementação do rea-juste previsto na Lei n 13.317/2016, cuja última parcela será paga em 1º de janeiro de 2019”, a fim de im-pedir atrasos nas negociações que possam causar maior defasagem salarial para a categoria.

Os magistrados já começam a brigar por uma fatia grande do Orçamento do Judiciário – ou até pelo bolo inteiro. Recentemente, a Associação de Juízes Federais do Brasil convocou uma paralisação de juízes para o dia 15 de março, uma semana antes do possível jul-gamento, no STF, de uma ação que

pode extinguir o auxílio-mora-dia. O desejo da magistratura é não apenas mantê-lo, como in-corporá-lo ao salário. Seria um reajuste “informal”. Não podemos aceitar que os juízes levem adi-ante suas próprias pautas e a cúpula do Judiciário esqueça dos servidores, que estão com salários e benefícios defasados em relação à inflação – mesmo à oficial, sem falar na inflação real que vemos todos os dias nos supermercados e que parece esquecida pelo go- verno.

Já em dezembro de 2017, a Fe-najufe reuniu-se com a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, apresentando algumas das prin-cipais pautas e demandas atu-ais dos servidores do Poder Judi-ciário. O diretor do Sintrajufe/RS e da Fenajufe Cristiano Moreira foi um dos participantes da reu- nião, que tratou de temas como a política salarial, os quintos e os benefícios. Os sindicalistas cobra- ram que seja criado desde já um fórum permanente de negociação para se discutir em que termos se dará a próxima reposição salarial da categoria. A ministra Cármen Lúcia afirmou que vai analisar o pleito e que marcará uma nova reunião com a Fenajufe para dar o devido encaminhamento, mas até o momento não houve retorno.

É preciso começar imediata-mente a organizar nacionalmente e nos estados a luta por reposição salarial. Já está claro que difi-cilmente poderemos contar com qualquer apoio da magistratura, e o governo, por óbvio, também não tem interesse em melhorar as condições dos trabalhadores. Por-tanto, apenas nossa mobilização, como aconteceu na vitória so-bre a reforma trabalhista, poderá nos garantir mais direitos e a re-posição salarial que defendemos.

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TA Diretor do Sintrajufe apresenta painel “Reforma Trabalhista e Terceirização” em reunião ampliada do Fonasefe

Os efeitos do retrocesso aos di-reitos trabalhistas provocado pelo governo Temer (MDB) já são visíveis a partir do agravamento da pre-carização das relações de trabalho. Na reunião ampliada do Fonasefe que ocorreu no início de fevereiro, em Brasília, o diretor do Sintrajufe/RS e da Fenajufe Cristiano Moreira apresentou o painel “Reforma Tra-balhista e Terceirização”, tratando desses efeitos e do enfrentamento às reformas de Temer.

Com relação à reforma tra-balhista, Cristiano alertou para a falta de debate acerca da proposta, que tramitou em tempo recorde e sem que a opinião de diversos ju-ristas fosse considerada, o que re-sultou em um texto pautado por imprecisões técnicas, inconstitucio-nalidades (conforme ADI’s ajuiza-das no STF) e supressão de direitos e mecanismos legais que protegiam o trabalhador.

O diretor também analisou mu-danças provocadas pela reforma, como a prevalência do negocia-do sobre o legislado, que teve o fal-so argumento de que o empregado poderia negociar diretamente com seu empregador. Outro absurdo é o “representante dos empregados” nas empresas com mais de 200 tra-

balhadores, função que não subs- titui o sindicato e pode funcionar como um capataz sindical. Uma grave consequência se dá no âm-bito da Justiça do Trabalho, com a cobrança de gastos judiciais, por exemplo. A medida integra o des-monte que vem sofrendo a JT, cuja precarização tem como aliado o próprio presidente do TST, Ives Gan-dra Martins Filho.

O agravamento da perda de di-reitos trabalhistas, que, segundo Cristiano, são atacados pelo mer-cado desde a Constituição de 1988, teve início com a aprovação da terceirização irrestrita. O painelis-ta destacou que os trabalhadores terceirizados que, em média, têm salários 20 a 30% menores do que contratações diretas, também res- pondem pela quase totalidade dos empregados resgatados em situ-ação análoga à escravidão. No Ju-diciário, há ainda o alerta para os crescentes casos de terceirização de atividade-fim, aprovada pela nova legislação.

Alguns efeitos do retrocesso já são visíveis, como o índice recorde de desemprego, fechamento de pos-tos de trabalho, a precarização das relações trabalhistas e as dispensas em massa.

OIT condena reforma trabalhista do Brasil

O Comitê de Peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), compos-to por juristas de diversos países, condenou recente-mente a reforma trabalhis-ta realizada no Brasil. O comitê questionou itens como a prevalência do ne-gociado e do acordo indi-vidual em detrimento do coletivo. Com o alerta, há grande possibilidade de o Estado brasileiro ser incluí-do na lista de casos graves, que serão analisados na próxima Conferência In-ternacional do Trabalho da OIT, em maio, em Genebra, na Suíça.

Diretor do Sintrajufe realizou painel no Fonasefe F

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Intervenção militar: populismo eleitoreiro, máscara para derrota da reforma e risco à democracia

O presidente Michel Temer (MDB) surpreendou o país ao de-cretar intervenção militar federal na segurança pública do Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro. O ato, aprovado pelo Congresso Na-cional, coloca as Forças Armadas no comando da segurança pública a partir da figura do interventor Walter Souza Braga Netto, general do Exército.

Além de ser uma medida de cu-nho eleitoreiro, o ato é tam-bém uma manobra de Temer para amenizar sua imagem di-ante da derrota vergonhosa em relação à reforma da Prev-idência e à sua crescente falta de apoio político, além da já co- nhecida impopularidade entre os brasileiros. A saída de Temer serve como uma desculpa para a derrota da reforma, já que a Legislação impede mudanças na Constituição durante a inter-venção. Cabe lembrar que o pres-idente tentou ainda apresentar um plano B com outros 15 proje-tos em substituição à Reforma, o que foi comparado pelo presi- dente da Câmara, Rodri-go Maia, a um “um café frio e velho”.

Por trás dos motivos duvido-sos, a intervenção militar, que tem duração prevista até 31 de dezembro deste ano, é um marco grave na história do país, já que abre precedentes perigosos no funcionamento da democracia. O fato nunca havia ocorrido des-de a Constituição de 1988. Além disso, a intervenção é uma me-dida populista e superficial que não resolve o problema de segu-rança do país, segundo especia- listas da área de segurança.

Há ainda o receio de que a me-dida possa agravar ainda mais a violência dentro das comunidades do Rio de Janeiro, nas quais moram milhares de trabalhadores. Desde que a operação entrou em vigor, a intervenção vem provocando

Intervenção militar no Rio de Janeiro amplia opressão sobre os mais pobres

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debates devido às denúncias de violação dos direitos humanos. São graves as atitudes que se tor-naram de conhecimento público, como o fichamento dos moradores da comunidade sem qualquer re- gulamentação e a paralisação in-justificada de automóveis em que se encontravam pessoas negras. Mandados coletivos de busca e apreensão, inconstitucionais, che-garam a ser cogitados, mas foram descartados após denúncia de membros do Judiciário.

Organizações da sociedade ci-vil agora estão em articulação para fiscalizar o ato e suas con-sequências, que trazem sensação de segurança à elite mas podem ser graves para a parcela menos favorecida da população, inclu-sive devido à falta de transpar-ência e regulação quanto à atu-ação dos militares.

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RIA Em meio a mobilizações, governo

desiste da reforma da PrevidênciaO dia 19 de fevereiro marcou uma importante vitória

da classe trabalhadora contra a sanha por lucro dos mais ricos. Em meio a mais um dia nacional de luta contra a reforma da Previdência, o governo de Michel Temer (MDB) anunciou a desistência da proposta que acabaria com a aposentadoria de milhões de brasilei- ros. Utilizou a intervenção militar no Rio de Janeiro (veja na página 5) como pretexto, mas foi a força das ruas, ocupadas desde o início de 2017, que de fato der-rotou a reforma. No dia 19, em Porto Alegre, os tra-balhadores do Judiciário Federal realizaram um dia de paralisação, mais uma vez como protagonistas da luta contra a proposta no Rio Grande do Sul.Assembleias de base

O dia teve uma rodada estadual de assembleias de base, na qual a categoria discutiu os eixos de luta para o ano, aprovando, nas quatro assembleias de Porto Alegre (em três delas com pequenas alterações) o tex-to proposto pela direção do Sintrajufe/RS. Esse texto traz como eixos de luta: não à reforma da Previdên-cia; em defesa da Justiça do Trabalho; revogação da reforma trabalhista e EC 95; data-base já!; exigir que o STF inicie imediatamente negociações em torno da re-posição salarial; revogação do rezoneamento eleitoral; melhorias no plano de saúde da JF; contra as reestru-turações precarizantes; pela retomada imediata das nomeçaões; aplicação das 10 medidas do Sintrajufe/RS contra adoecimento e assédio moral.

Debate sobre o FunprespLogo após as assembleias de base, a categoria par-

ticipou de um debate no auditorio das varas trabalhis-tas, promovido pelo sindicato, tendo como tema a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). A convidada do encontro foi a advogada Marilinda Marques Fernandes, especia- lista em Previdência. Marilinda apresentou uma pers- pectiva geral sobre o que representa a adesão ou não ao Funpresp, destacando os riscos que os servidores podem correr por tratar-se de um fundo vinculado às oscilações do mercado financeiro. De qualquer forma, pontuou, “o que deve motivar a entrar é um cálculo feito em cima da sua situação concreta de cada servidor, ou pode haver um grande prejuízo”. Em breve, o Sintra-jufe/RS pretende produzir uma cartilha sobre o tema, considerando os questionamentos de vários colegas e o prazo de adesão ao Funpresp, que expira em 2018.

Ato público unificadoAo final do dia, rumou-se à Esquina Democrática,

onde um ato unificado com outras categorias encer-rou as mobilizações do dia 19. Abaixo de chuva, mais de duzentos trabalhadores criticaram a proposta de refor-ma da Previdência, a intervenção militar no Rio de Ja-neiro e o governo Temer. No fim do ato, a boa notícia: a reforma estava derrotada, ao menos por enquanto!

Assembleia de base na JF

Assembleia de base na JT

Assembleia de base no TRE Duque

Palestra sobre o Funpresp durante paralisação do dia 19 de fevereiro

Protesto contra a reforma da Previdência

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IAEm Brasília e no interior, mais lutaO dia 19 teve luta em Porto Alegre e também em

Brasília e no interior do Rio Grande do Sul. O Sintrajufe/RS e os trabalhadores do Judiciário Federal estiveram mobili-zados em todas as frentes possíveis para barrar a reforma da Previdência.

Em Brasília, uma caravana enviada pelo sindicato par-ticipou de um ato público no aeroporto antes de rumarem para o Congresso, onde buscaram pressionar os parla- mentares para derrotar a reforma. Os colegas presentes na caravana participaram, ainda, de uma reunião do Fórum

das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e do Fórum Nacional Permanente das Carrei-ras Típicas de Estado (Fonacate), onde foram discutidas as principais pautas da categoria para este ano.

Já no interior do estado, diversos colegas incorpo- raram-se à paralisação da categoria. Houve registro de paralisações na Justiça Federal em Bagé, Santa Maria, Santana do Livramento e Novo Hamburgo e na Justiça do Trabalho em Pelotas, Taquara, Taquari, Santa Rosa e Guaíba.

Ato marcou vitória sobre a reforma da Previdência

Sindicatos estiveram mo-bilizados em Brasília

Colegas de Santana do Livramento paralisaram e acompanharam debate sobre Funpresp via internet

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IA Sintrajufe ingressa com ação sobre adicional de qualificação para ações de treinamento na JT

Em assembleia geral real-izada no final de janeiro, a cate-goria aprovou uma proposta de acordo da Advocacia-Geral da União com o sindicato no proces-so que trata do custeio do auxílio pré-escolar. Trata-se do proces-so nº 5050830-77.2017.4.04.7100, em que o sindicato busca o reco- nhecimento da ilegalidade da cobrança do custeio do auxílio pré-escolar prevista no decreto 977/93 e a devolução dos valores já descontados indevidamente.

A proposta inicial da AGU consistia em devolver aos servi-

dores 90% do valor já descontado. Após diversas tratativas, a assesso-ria jurídica do sindicato conseguiu elevar esse valor para 95%. Conforme aprovado na assembleia, os ho- norários terão percentual de 10% sobre o valor pago (uma vez que, com o acordo, não haverá ho- norários sucumbenciais, de praxe em condenações à União), os quais serão destacados diretamente em requisição de pagamento, assim como 1% a título de contribuição sindical.

Seguindo a interpretação da direção do sindicato, a categoria

entendeu a proposta como van-tajosa na medida em que a rá- pida definição desse acordo pula etapas do processo e evita que o caso perdure. Permite, assim, que uma ação que poderia levar cer-ca de cinco anos para ter uma definição encerre-se rapidamente com o recebimento dos valores em sua quase totalidade. Agora, a di-reção do Sintrajufe/RS e a asses-soria jurídica do sindicato prosseg-uem nas tratativas com a AGU para a conclusão e assinatura do acordo, o qual será submetido ainda a ho-mologação judicial.

Categoria aprova proposta de acordo com a AGU sobre custeio de auxílio

O adicional de qualificação recebido pelos servidores a partir de ações de treinamento não integra o cálculo para a aferição de pensão ou aposentadoria. Mesmo assim, na Justiça do Trabalho é realizado desconto sobre essa verba para contribuição previdenciária. Para contestar essa prática, no dia 15 de fevereiro o Sintrajufe/RS ajuizou ação judicial buscan-do a suspensão do pagamento da contribuição previdenciária sobre o adicional de quali-ficação por ações de trein-amento. A ação pede também a devolução dos valores descon-tados desde 2012.

O entendimento do Sintra-jufe/RS e da assessoria jurídica do sindicato é de que não pode haver desconto sobre essa verba para contribuição previdenciária, já que o adicional não integra o cálculo para aposentadoria. Esse entendimento já foi reconhecido no âmbito administrativo para a Justiça Federal da 4ª Região e a Justiça Eleitoral do Estado do Rio Grande do Sul.

A ação, protocolada sob o n° 5006272-83.2018.4.04.7100, tramitará na 13ª Vara Federal de Porto Alegre.

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18JTSintrajufe se reúne com nova

administração do TRT4

Sindicato cobra providências na questão da VT de Guaíba

No início de fevereiro, o Sintrajufe/RS se reuniu com a nova administração do TRT4 para apresentar as principais pautas da categoria aos desembargadores, que tomaram posse em dezembro. Participaram da reunião os diretores Cristiano Moreira, Eliana Leonar-di e Rafael Scherer; pela administração, a presidente, desembargadora Vania Cunha Mattos; o vice, desem-bargador Ricardo Carvalho Fraga; e o vice-corregedor, desembargador Marcelo Gonçalves de Oliveira.

À nova administração, os dirigentes destacaram a importância da defesa da Justiça do Trabalho e manifestaram o desejo de dar continuidade à relação de diálogo e respeito que tribunal e sindicato vêm mantendo. A presidente do TRT4 concordou e res-saltou que a defesa da JT é pauta prioritária. Ambos concordaram ser fundamental uma luta conjunta

A situação da VT de Guaíba foi um dos principais assuntos na reunião com a a nova administração do TRT4. No dia 02 de janeiro, houve um incêndio na sala de informática causado pelo aquecimento do CPD. O Sintrajufe/RS visitou o local na companhia de um perito no fim de janeiro e verificou que a situação continua- va grave apesar da limpeza e reforma realizadas. Na ocasião, foi constatado um cheiro forte e fuligem nos móveis, e vários colegas informaram que sofreram sin-tomas como ardência nos olhos, náusea e problemas gastrointestinais.

Na reunião com a administração, o sindicato en-tregou o relatório feito pelo perito e questionou a falta de resposta aos dois requerimentos encaminhados pelo Sintrajufe/RS ao TRT4, solicitando a suspensão do tra-balho até que haja condições de salubridade e medição das partículas aerodispersoides dispersas no ar. Apesar de o TRT4 já ter providenciado uma medição, o sindicato contratou um laboratório para realizar o procedimento, a fim de averiguar a insalubridade. A medição foi real-izada no dia 2 de março e até o fechamento desta edição o resultado ainda não havia sido divulgado.

contra a EC 95.Outra pauta abordada foram os resultados da

Pesquisa de Saúde 2016/2017 e as 10 Medidas contra o Adoecimento e o Assédio Moral propostas pelo sindi-cato. Foi ressaltado ainda pelos diretores que muitos problemas de saúde surgem da sobrecarga de trabalho causada pela falta de servidores (na JT, há 153 cargos vagos). Sindicato e administração criticaram a deter-minação do presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, de vetar a reposição para vacância por aposen-tadoria, e os dirigentes solicitaram que a magistrada reitere a cobrança feita ao TST anteriormente para que a medida seja revista. Quanto à valorização salarial da categoria, 0s diretores cobraram à administração que pressione o STF e tribunais superiores para a formação de mesa de negociação e construção de propostas.

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Sindicato se reuniu com nova administração do TRT4

CPD foi inteiramente dani-ficado no incêndio em Guaíba

Direção constatou situação grave na VT de Guaíba após incêndio

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No dia 8 de fevereiro, inte-grantes do Núcleo de Diversidade Sexual do Sintrajufe/RS (Nuds) realizaram a primeira reunião do grupo destinada a discutir e en-caminhar propostas que propi- ciem a inclusão de pessoas LGB-TI+ no Judiciário Federal. Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, tran-sexuais, intersexuais e demais di-

O Núcleo dos Analistas Judi-ciários, o Núcleo dos Técnicos Ju-diciários e o Núcleo dos Aposenta-dos e Pensionistas do Sintrajufe/RS elegeram os delegados que par-ticiparão dos encontros nacionais realizados pela Fenajufe no mês de março.

Em reunião na sede do sindi-cato, foram eleitas as colegas Iria

Maria Edinger para a 2ª reunião do Coletivo Nacional de Analistas da Fenajufe (Conan) e Daniela Cris-tina da Silva para a 4ª reunião do Coletivo Nacional de Técnicos da Fenajufe (Conatec). Ambos es en-contros acontecem entre os dias 3 e 4 de março, no San Marco Hotel, em Brasília.

Já o Núcleo de Aposentados e

Pensionistas do Sintrajufe/RS, em reunião extraordinária, escolheu os colegas que irão representar o Rio Grande do Sul no 4º encontro do Coletivo Nacional dos Aposenta-dos da Fenajufe (Conap), que ocorre no dia 2 de março, também no San Marco Hotel, em Brasília. Os cole-gas escolhidos foram Ari Antonio Heck e Arlene da Silva Barcellos.

versidades sexuais podem integrar o Núcleo, criado para atender a uma demanda do Coletivo de Di-versidade do Judiciário Federal, formado por mais de 30 colegas.

O Congresso Estadual da cate-goria já aprovou o apoio e a valo-rização da diversidade sexual e de gênero como pauta. O tema é tam-bém uma constante na atuação

Núcleo de Diversidade Sexual do Sintrajufe realiza primeira reunião

Núcleos elegem delegados para encontros nacionais

da direção do sindicato, que vem manifestando a importância da luta por uma sociedade mais fra-terna, sem preconceitos.

As reuniões e atividades do Nuds são abertas a todas as pes-soas LGBTI+ da categoria e ocor-rem na sede do sindicato na ter-ceira terça-feira de cada mês. A próxima ocorre no dia 20/03.

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Primeira reunião do Nuds ocorreu em fevereiro

Naf fez reunião extraordinária para eleger delegados

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Dia 9 de março tem festa do Dia Internacional da Mulher

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ASintrajufe distribui agenda e calendário 2018

Oficina de teatro ocorre em março no Sintrajufe

Sintrajufe realiza oficina de pizzas artesanais

Desde o final do ano passado, es-tão sendo distribuídos aos colegas a agenda e o calendário 2018 do Sintrajufe/RS. Desde dezembro de 2017, o sindicato tem montado ban-cas nos locais de trabalho para que todos possam retirar os brindes. Os colegas do interior e aposen-tados estão recebendo o material pelos Correios e por malote. Os co-

Para celebrar o Dia Interna-cional da Mulher, o Sintrajufe/RS promove uma festa no dia 9 de março. O evento inicia às 20h na sede do sindicato (Marcílio Dias, 660) e tem entrada franca. A música fica por conta da banda Três Marias, grupo formado exclu-

Em março, o Sintrajufe/RS oferece uma oficina de pizzas ar-tesanais e degustação de cerve-jas especiais. Com o acompanha- mento da chef Márcia Cardozo, os participantes vão fazer pizzas com massa de malte (fermento biológi-co) e molho de tomate e coberturas. Haverá em seguida degustação das pizzas com cervejas especiais, com a beer sommelier Andrea da Matta.

O Sintrajufe/RS oferece em março a oficina “O Jogo Teatral”. As aulas buscam desenvolver as habi- lidades de comunicação e ex-pressão e diminuir a inibição atra- vés do estímulo à espontaneidade e criatividade. Na oficina, são rea- lizados jogos teatrais que instigam a participação de forma ativa, exer-citando a capacidade de trabalhar em grupo. A oficina será ministra-da pela atriz, diretora e arte-educa-dora Caroline Faleiro.

Dias: 16 e 23/3 e 6/4 (sextas-feiras)Horário: 19h às 22hLocal: Sintrajufe (Rua Marcílio Dias, 660)Preço: R$ 50,00 para sindi-calizados e dependentes / R$ 100,00 para não-sindicalizados e comunidadeFaixa etária: a partir de 16 anosInscrições: no Sintrajufe/RS, até o dia 14/03, com Ana Paula Faria ou Fabrine

Dias: 24/3 (sábado)Horário: 9h às 13hLocal: Sintrajufe/RS (Rua Marcílio Dias, 660)Preço: R$ 90,00 para sindicaliza-dos / R$ 130,00 para não-sindi-calizados e comunidadeInscrições: no Sintrajufe/RS, até o dia 22/03, com Ana Paula Faria ou Fabrine

Colega retira seus brindes em banca no TRE

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rges legas que preferirem podem pegar

os brindes na sede do sindicato (Marcílio Dias, 660).

O calendário 2018 traz as fotos dos premiados na 13ª edição do Concurso Fotográfico do Sintra-jufe/RS, que teve como tema “Et-nias”. A agenda mostra imagens que resgatam as principais mobili-zações da categoria em 2017.

sivamente por mulheres que traz a diversidade de ritmos da músi-ca popular de diversas regiões do Brasil, como o jongo, o afoxé e o forró. Cervejas artesanais feitas por mulheres das cervejarias Mutt e Zíngara, além de pesticos, es-tarão à venda na copa.

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