jornal da arquidiocese de florianópolis junho/2011

16
Partir de Jesus Cristo As cinco grandes urgênci- as evangelizadoras elen- cadas pelas diretrizes são: a Igreja em estado permanen- te de missão; a Igreja como casa da iniciação cristã; a Igreja como o lugar da ani- mação bíblica de toda a vida; a Igreja como comunidade de comunidades; a Igreja a ser- viço da vida plena para to- dos. Na primeira e na última dessas urgências, como que uma moldura para as outras Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Junho de 2011 Nº 168 - Ano XV “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Elizandro é ordenado padre Realizada na Paróquia São Cristó- vão, em Cordeiros, Itajaí, esta foi a terceira ordenação presbiteral da paróquia, em 43 anos de existência No dia 21 de maio, a Igre- ja Matriz estava lotada de parentes, amigos e fiéis, que lá estiveram para participar da celebração de ordena- ção presbiteral de Elizandro Scarsi. No final da celebra- ção, ele recebeu a provisão como vigário da Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, na Ponte do Ima- ruim, em Palhoça. A próxima ordenação presbiteral será a de Pedro Alcido, no dia 18 de junho, às 16h, em Antônio Carlos. Pe. Elizandro concedeu entrevista para o Jornal da Arquidiocese. PÁGINAS 09 e 14 Crianças realizam ação motivadas pela CF-2011 PÁGINA 05 Jovens promovem Pré-Missões em dois municípios PÁGINA 07 Assembleia da ASA elege nova diretoria PÁGINA 10 Lideranças parti- cipam de Assem- bleia de Pastoral PÁGINA 15 três, percebe-se que a Igreja deve estar voltada para fora, para a missão, para a encar- nação no mundo, o diálogo com a sociedade, o encon- tro com as culturas, o servi- ço dos pobres, a transforma- ção da realidade. Nas outras três, a Igreja deve estar vol- tada para Deus, para o mis- tério da graça que lhe é dada, a força que lhe vem da Pala- vra e dos Sacramentos. PÁGINA 04 Santuário de Angelina está na Internet PÁGINA 03 Dom Wilson é o novo presidente do Regional Sul IV da CNBB PÁGINA 08 Mutirão reúne comunicadores Mais de 250 comunicadores de todo o Estado estiveram reuni- dos nos dias 13 a 15 de maio em Joinville, para participar do Mutirão Regional de Comunicação. A Arquidiocese foi representada por 20 participantes. Durante os três dias, eles refletiram sobre o tema “Comunicação na vida da Igreja” e o lema “Investir em comunicação para ganhar na evangelização”. O evento contou com palestra do Pe. Zezinho e a presença da Irmã Élide Fogolare, coordenadora da Pascom nacional. “O Muticom con- tribuiu para o desenvolvimento da Pascom no nosso Regional”, ava- liou Teresinha de Campos, coorde- nação da Pascom no Estado. PÁGINA 16 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Durante o rito de ordenação, Dom José entregou ao Pe. Elizandro o cálice com Vinho e a patena com o Pão

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 168, ano XV, Junho/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Partir de Jesus CristoAs cinco grandes urgênci-

as evangelizadoras elen-

cadas pelas diretrizes são: a

Igreja em estado permanen-

te de missão; a Igreja como

casa da iniciação cristã; a

Igreja como o lugar da ani-

mação bíblica de toda a vida;

a Igreja como comunidade de

comunidades; a Igreja a ser-

viço da vida plena para to-

dos. Na primeira e na última

dessas urgências, como que

uma moldura para as outras

ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Junho de 2011 Nº 168 - Ano XV

“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Elizandro é ordenado padreRealizada na Paróquia São Cristó-

vão, em Cordeiros, Itajaí, esta foi aterceira ordenação presbiteral da

paróquia, em 43 anos de existênciaNo dia 21 de maio, a Igre-

ja Matriz estava lotada deparentes, amigos e fiéis, quelá estiveram para participarda celebração de ordena-ção presbiteral de ElizandroScarsi. No final da celebra-ção, ele recebeu a provisãocomo vigário da ParóquiaSão Judas Tadeu e São João

Batista, na Ponte do Ima-ruim, em Palhoça.

A próxima ordenaçãopresbiteral será a de PedroAlcido, no dia 18 de junho,às 16h, em Antônio Carlos.

Pe. Elizandro concedeuentrevista para o Jornal daArquidiocese.

PÁGINAS 09 e 14

Crianças realizamação motivadaspela CF-2011

PÁGINA 05

Jovens promovemPré-Missões emdois municípios

PÁGINA 07

Assembleiada ASA elegenova diretoria

PÁGINA 10

Lideranças parti-cipam de Assem-bleia de Pastoral

PÁGINA 15

três, percebe-se que a Igreja

deve estar voltada para fora,

para a missão, para a encar-

nação no mundo, o diálogo

com a sociedade, o encon-

tro com as culturas, o servi-

ço dos pobres, a transforma-

ção da realidade. Nas outras

três, a Igreja deve estar vol-

tada para Deus, para o mis-

tério da graça que lhe é dada,

a força que lhe vem da Pala-

vra e dos Sacramentos.

PÁGINA 04

Santuário deAngelina estána Internet

PÁGINA 03

Dom Wilson é o novo presidente do Regional Sul IV da CNBB PÁGINA 08

Mutirão reúne comunicadoresMais de 250 comunicadores

de todo o Estado estiveram reuni-dos nos dias 13 a 15 de maio emJoinville, para participar do MutirãoRegional de Comunicação. AArquidiocese foi representada por20 participantes. Durante os três

dias, eles refletiram sobre o tema“Comunicação na vida da Igreja” eo lema “Investir em comunicaçãopara ganhar na evangelização”.

O evento contou com palestrado Pe. Zezinho e a presença da IrmãÉlide Fogolare, coordenadora da

Pascom nacional. “O Muticom con-tribuiu para o desenvolvimento daPascom no nosso Regional”, ava-liou Teresinha de Campos, coorde-nação da Pascom no Estado.

PÁGINA 16

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Durante o rito de ordenação, Dom José entregou ao Pe. Elizandro o cálice com Vinho e a patena com o Pão

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Opinião2Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

Sob o olhar da Mãe do Bom Pastor

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Daniel Casas, Carlos

Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e

Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica GrafiNorte

Perto de completar 60 anos,em 2012, a CNBB (ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil) re-alizou de 04 a 13 de Maio sua 49ªAssembléia Geral. Desde 1977estas reuniões eram anuais e qua-se todas em Itaici, SP. De agora emdiante serão em Aparecida, sob oolhar da Mãe do Bom Pastor e emmeio ao fervor dos peregrinos queali vão todos os dias.

Segundo os estatutos da CNBB,a Assembléia Geral “é a expressãoe a realização maiores do afeto co-legial, da comunhão e co-responsa-bilidade dos Pastores da Igreja noBrasil”. Por sermos um país muitogrande, com população católicanumerosa, temos o maior episco-pado do mundo: em torno de 450bispos; um terço deles já eméritos.

Reunidos ao longo de dez dias,nossos Pastores oram, celebram a

Eucaristia, estudam, ouvem o queDeus lhes tem a dizer; refletem,debatem, tomam decisões; edifi-cam-se mutuamente, partilham ale-grias e angústias, sofrimentos e es-peranças; cultivam a comunhão,exercitam-se na fraternidade e re-tomam forças para o cumprimentoda missão que lhes foi confiada.

Desta vez houve as eleições dosnovos Presidente (Dom RaymundoDamasceno Assis), Vice-presidente(Dom José Belisário da Silva) e Se-cretário Geral (Dom Leonardo UlrichSteiner). O relatório das atividadesda Presidência que encerrava seumandato, impressionou pelo gran-de volume de trabalho realizado:atividades relativas à Santa Sé e aoâmbito universal; à América Latina;à vida interna da Igreja; à socieda-de civil; ao poder público; notas edeclarações. Dom Celso Antônio de

Queiroz - Bispo emérito deCatanduva, dizia: “É importante quetodos nós nos demos conta da de-dicação e do tempo que tudo issosupõe. Em nome de todos os bis-pos do Brasil quero agradecer à Pre-sidência e a todos os que trabalhamna CNBB”.

Outro tema central foram asnovas “Diretrizes Gerais da AçãoEvangelizadora da Igreja no Bra-sil” (2011-2015). Aprovadas, de-verão servir de referência e indi-car os caminhos para o planeja-mento das atividades dos Regio-nais e Dioceses. Também foramaprovadas as Diretrizes para oDiaconato Permanente.

Os Bispos manifestaram seu“[...] elogio e apoio à Frente Parla-mentar mista contra o aborto, peloexemplar testemunho humanitárioem favor da natalidade da pessoa

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Bem-aventuradoJoão Paulo II

nós que ainda peregrinamos notempo e no espaço; no Céu, a fes-ta entre os Anjos e os Santos émuito diferente! E todavia Deus éum só, e um só é Cristo Senhor que,como uma ponte, une a terra e oCéu, e neste momento sentimo-lomuito perto, sentimo-nos quaseparticipantes da liturgia celeste.

Hoje diante dos nossos olhosbrilha, na plena luz de Cristo res-suscitado, a amada e venerada fi-gura de João Paulo II. Sempre meimpressionou e edificou o exemploda sua oração: entranhava-se no en-contro com Deus. A sua humildadeprofunda, enraizada na união ínti-ma com Cristo, permitiu-lhe conti-nuar a guiar a Igreja e a dar ao mun-do uma mensagem ainda maiseloquente, justamente no períodoem que as forças físicas definha-vam. Feliz és tu, amado Papa JoãoPaulo II, porque acreditaste! Conti-nua do Céu - nós te pedimos - a sus-tentar a fé do Povo de Deus. Muitasvezes, do Palácio, tu nos abençoas-te nesta Praça! Hoje nós te pedimos:Santo Padre, abençoa-nos! Amém.

Bem-Aventurada Dulce dos PobresPassaram já seis anos desde o

dia em que nos encontrávamosnesta Praça para celebrar o funeraldo Papa João Paulo II. Então, se atristeza pela sua perda era profun-da, maior ainda se revelava a sen-sação de que uma graça imensaenvolvia Roma e o mundo inteiro:graça esta, que era como que o fru-to da vida inteira do meu amadoPredecessor, especialmente do seutestemunho no sofrimento. Já na-quele dia sentíamos pairar o perfu-me da sua santidade, tendo o Povode Deus manifestado de muitasmaneiras a sua veneração por ele.Por isso, quis que a sua Causa deBeatificação pudesse, no devidorespeito pelas normas da Igreja,prosseguir com discreta celeridade.E o dia esperado chegou! Chegoudepressa, porque assim aprouve aoSenhor: João Paulo II é Beato!

Estamos no segundo domingoda Páscoa, que o Beato João Pau-lo II quis intitular "Domingo da Divi-na Misericórdia". Por isso, esco-lheu-se esta data para a presentecelebração, porque o meu Prede-cessor, por um desígnio providen-cial, entregou o seu espírito a Deusjustamente ao anoitecer da vigíliade tal ocorrência. Além disso, hojetem início o mês de Maio, o mêsde Maria; e neste dia celebra-setambém a memória de São Joséoperário. Todos esses elementosconcorrem para enriquecer a nos-sa oração; servem-nos de ajuda, a

Maria Rita Pontes – Irmã Dulce- nasceu em Salvador da Bahia em26 de maio de 1914, e foi ao en-contro de Deus em 13 de marçode 1992, após 16 meses de sofri-mento pacientemente suportadoe ofertado. O “Anjo Bom da Bahia”,que andava pelas ruas de Salva-dor recolhendo pobres e donativos,é a Bem-aventurada Irmã Dulce.Ouvindo o povo que a amou e comela aprendeu a misericórdia, a Igre-ja a proclamou Bem-aventuradaem 22 de maio de 2011. Seunome de Santa é Bem-aventu-rada Dulce dos Pobres, Bem-aventurada Irmã Dulce dos Pobres.

Em 1932, com 18 anos, elaentrou na Congregação das IrmãsMissionárias da Imaculada Con-ceição, em Sergipe. Dois anos de-pois, retornou à Bahia, onde dedi-cou toda a sua vida às obras decaridade. Sentindo o chamado atrabalhar com os pobres e doen-tes, serviu como enfermeira noSanatório Espanhol. Quis preparar-se melhor e fez curso de Práticade Farmácia, aprendendo a mani-pular receitas. Recebeu licençapara abrir um curso noturno paraos operários. A Madre Provincialliberou-a das obrigações no Colé-gio e deixou-a abrir as portas doconvento para ganhar as ruas edar-se aos pobres. Agora dedica-va-se a ensinar letras e religião aosoperários e seus filhos perto dasfábricas e, na tarde dos domingos,visitava os moradores de uma in-

vasão nos mangues do Caminhode Areia. Seus olhos transfigura-dos pelo Amor contemplavam amiséria geral, a imundície, as cri-anças famintas e desnutridasatrás de cada janela. Levava re-médios que conseguia nas farmá-cias, providenciava consultas, pro-curava postos de emprego. A in-vasão crescia, era agora a favelados Alagados, depósito do lixo ur-bano onde os famintos competi-am com os urubus por algum ali-mento. Irmã Dulce teve clara suavocação: estar com os pobres.

A missionária damisericórdia

Em 1935, além da assistên-cia aos pobres dos Alagados, visi-tava fábricas, oferecendo aos ope-rários o Posto Médico instaladonuma velha oficina. No decorrerde 1939, um fato reorientou suavida: um pequeno jornaleiro veioa seu encontro pedindo um pou-co de amparo, de amor. Irmã Dul-ce não podia ficar indiferente. Re-colheu o menino e o abrigou numgalinheiro vizinho ao Convento.Pronto: de um galinheiro nasce umhospital. Limpou o ambiente, pro-curou lençóis, camas, colchões.Irmã Dulce não esperava os doen-tes e aflitos: ia procurá-los nas ruase tocas de Salvador.

O pequeno hospital crescia,também as necessidades. Pelamanhã Irmã Dulce saía pelo comér-cio pedindo pão, leite, remédio,

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

humana, cuja dignidade éinviolável [...]”. Também emitiramnota a respeito da decisão do Su-premo Tribunal Federal quanto àunião entre pessoas do mesmosexo: “[...] Tais uniões não podemser equiparadas à família, que sefundamenta no consentimentomatrimonial, na complementa-ridade e na reciprocidade entre umhomem e uma mulher, abertos àprocriação e educação dos filhos.[...] A instituição familiarcorresponde ao desígnio de Deus[...]. Propomo-nos a renovar o nos-so empenho por uma Pastoral Fa-miliar intensa e vigorosa [...]”.

Ainda foram tratados muitosoutros assuntos de uma pautalonga e diversificada. Só nos res-ta ser gratos a Deus, que na suaProvidência e Bondade nos deixaaos cuidados de tais Pastores.

roupa e dinheiro. Irmã Dulce neces-sitava também de um amigo nocéu. Encontrou-o na pessoa de San-to Antônio. O Hospital recebeu onome do Santo. As obras cresciam.Seu Banco era a Divina Providên-cia; o gerente, Santo Antônio.

Em 1983, na alegria de seus50 anos de vida religiosa, realizouo grande sonho: inaugurar o novoHospital Santo Antônio, com 800leitos, conforto, o maior Hospitalda Bahia, onde o doente nadapaga: basta ser pobre. Um Hospi-tal com conforto: Irmã Dulce diziaque o pobre deve receber o me-lhor, pois é o preferido de Deus e ébom não ofender a Nosso Senhor!Irmã Dulce, agora famosa e reco-nhecida, continuava pelas ruas,buscando pobres e socorro. Seuser era inseparável do Pobre/Cris-to e do Cristo/Pobre. A força des-sa Irmã era sua fragilidade: somen-te 40% de um pulmão oxigenavaseu corpo frágil e forte, sua ma-greza quase transparente. Aquelamulher de hábito branco e azul,cabeça coberta com véu azul an-dando pelas ruas, era a grandemissionária vivendo e anuncian-do as Bem-aventuranças. Nela,Deus tornou-se visível ao povobaiano e brasileiro. Missionária dapalavra transfigurada em vida.Como é bom poder invocá-la: Bem-aventurada Irmã Dulce dos Pobres,rogai por nós!

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Homilia na Missa da Beatificação,1º de maio de 2011

Reunidos ao lon-go de dez dias, nos-sos Pastores oram,

celebram a Euca-ristia, estudam,

ouvem o que Deuslhes tem a dizer;

refletem, debatem,tomam decisões”.

Hoje, diante dos

nossos olhos, brilha,

na plena luz de Cristo

ressuscitado, a ama-

da e venerada figura

de João Paulo II”.

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Jornal da Arquidiocese Junho 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Jubileu DiaconalA paróquia São João Evan-

gelista, em Biguaçu, estará emfesta no dia cinco de junho. Nes-se dia, o diácono AdemiroAntô-nio Kretzer estará cele-brando o seu jubileu de ordena-ção diaconal. A celebração serárealizada na comunidade San-ta Cruz, na Rússia, interior deBiguaçu, próximo à base daPetrobrás, e será presidida peloPe. Valter Maurício Goedert, pre-

sidente da Escola Diaconal SãoFrancisco de Assis.

Nascido em 18 de agostode 1941, Diácono Ademirosempre teve uma ligação muitopróxima com a Igreja. Graças aessa ligação, recebeu do Pe.Lúcio Espíndola, então vigárioem Biguaçu, o convite para serdiácono. Recebeu o apoio daesposa, que acompanha o seutrabalho, e dos nove filhos.

A Coordenação Arquidioce-sana do Movimento de Irmãospromove no dia 04 de junho umSeminário de Comunicação. Re-alizado no instituto Teológico deSanta Catarina, o evento terá iní-cio às 08h, e contará com a as-sessoria do Pe. Domingos Vol-nei Nandi, professor do ITESCe doutorado em comunicação.

O Seminário tem o objetivode apresentar orientações sobrecomunicação nos ambienteseclesiais, com ênfase na orató-

Seminário de Comunicação

No dia 31 de julho, será re-alizado no Ginásio de EsportesEstefano Becker, em SantoAmaro da Imperatriz, o IIFESTMUR - Festival de MúsicasInéditas Religiosas. O evento égratuito e terá início às 14h. Sãoconvidados a participar todasas bandas das igrejas e movi-

ria. Destina-se aos encontristasdo Movimento de Irmãos, cris-tãos envolvidos nas diversasPastorais e a quem tem interes-se em ser palestrante, ou ainda,aprimorar e/ou reciclar suas ha-bilidades de comunicação.

As vagas são limitadas. Maisinformações, com a coordena-ção de área ou paroquial domovimento. Ou com a coorde-nação Arquidiocesana, pelo e-mail [email protected].

Festival de Música Religiosamentos que animam as cele-brações na Arquidiocese deFlorianópolis. Serão premia-das as três melhores apresen-tações.

Informações com Nery ArturEller, pelo fone (48) 9936-4757, ou pelo [email protected].

Padres participaram de curso de formaçãoMinistrado por médico psiquiatra, curso mostrou como os padres devem lidar com os seus sentimentos

“Afetividade, sexualidade emística na vida do padre”, estefoi o tema do Curso de formaçãopermanente dos presbíteros daArquidiocese. Realizado nos dias10 e 11 de maio, na Casa deRetiros do Provincialado das Ir-mãs da Divina Providência, emFlorianópolis, o curso reuniumais de 40 padres.

O evento contou com a asses-soria de Roberto Almada, mé-dico psiquiatra e focolarino. Natu-ral de Assunção, no Paraguaí,Almada tem longa experiência emformação para o clero. Trabalhoumuitos anos em Roma realizan-do esse serviço. Durante o curso,ele falou que a maior dificuldadedos padres está em compreenderos próprios sentimentos e emo-ções. Segundo ele, muitas vezeseles tendem a sufocar a vocaçãona tradicionalidade, e não nosseus próprios sentimentos.

“Na conseguindo lidar com osseus sentimentos, os padres tam-bém não conseguirão lidar comos sentimentos dos fiéis eaconselhá-los”, disse. Segundo

Fo

to JA

Realizado no Providencialado, curso reuniu 40 padres da Arquidiocese

ele, a solução desse problemaestá em haver uma maior uniãoentre os presbíteros. “Expondo oque sentem aos seus colegas deministério, trocando experiênci-as, eles encontrarão soluçõespara as suas dificuldades”, acres-centou Almada.

Para o Pe. Vilson Groh, co-ordenador arquidiocesano daPastoral Presbiteral, o curso fazparte da formação permanente

do clero e o tema foi escolhidopara articular a vida cotidiana eeclesial do presbítero nas suasrelações afetivas e na experiên-cia mística da sua corporeidade.

“Os padres devem compreen-der primeiro a si mesmos, aco-lher e compreender o outro e serpresença e testemunho da suavida consagrada a serviço da suaprópria vida e missão”, disse Pe.Vilson Groh.

O Santuário de Angelina lan-çou em maio seu website. Pormeio do endereço www.santuarioangelina.com.br, osinternautas tem acesso a umapágina completa com informa-ções da Igreja local, Arquidio-cesana, nacional e internacional.O site traz informações para osparoquianos, para os turistas epara o município.

Além da agenda paroquial,das notícias e artigos, a páginaoferece conteúdos para os turis-tas, através do link “Atendimen-to ao Turista”. Nesse espaço épossível conhecer alguns hotéis

Santuário de Angelina agora está na internete restaurantes da região. Tam-bém se encontram informaçõescivis e turísticas das cidades deAngelina e Rancho Queimado,ambas administradas pela Paró-quia. O site ainda dispõe de umespaço multimídia com galeria defotos e vídeos. Nele é possível lera liturgia diária e fazer o seu pe-dido de oração.

Para o pároco, Frei RafaelSpricigo, OFM, é preciso ocupartodos os espaços no mundo vir-tual. “Faz-se necessário usar detodos os meios de comunicaçãopara a evangelização e a divulga-ção da fé em Jesus Cristo. O site

do Santuário tem esse objetivo”,enfatizou.

A Paróquia, instituída no dia8 de abril de 1921, é administra-da pelos franciscanos, perten-centes à Ordem dos Frades Me-nores. A comunidade local já par-tilhava do carisma de São Fran-cisco, antes mesmo da fundaçãoda Paróquia, pois alguns paroqui-anos já eram membros da OrdemFranciscana Secular do Brasil.Atualmente, a Paróquia NossaSenhora da Imaculada Conceiçãoconta com 18 comunidades, es-palhadas pelos municípios deAngelina e Rancho Queimado.

A Pastoral Carcerária convi-da para o seu 20º EncontroArquidiocesano, a realizar-se nodia 02 de julho, sábado, das 9h

Pastoral Carceráriaàs 15h, na Paróquia de Tijucas.Informações pelo fone (48)3879-2168, ou pelo [email protected].

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Nossa açãopastoral deve

passar da manu-tenção para a

criatividade,deve tornar-se

uma pastoraldecididamente

missionária”.

4 Tema do Mês Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

tudes e iniciativas de auto-avali-ação, mudança de estruturaspastorais, novos métodos e ati-tudes, a fim de fazer com quetodos os batizados sejam apai-xonados por Jesus Cristo, peloReino de Deus e pelo anúncio doEvangelho. Outra urgênciaevangelizadora que aponta parafora é colocar a Igreja a serviçoda vida plena para todos, em fa-vor das pessoas e grupos neces-sitados e da própria natureza.Isso exige capacidade para osgritos proféticos diante dos ata-ques que a vida sofre da parte da

Na última Assembleia Naci-onal da CNBB foram aprovadasas novas Diretrizes Gerais paraa Ação Evangelizadora da Igrejano Brasil, pra o período de 2011a 2015. É nessas diretrizes queas dioceses, paróquias e comu-nidades, pastorais, movimentose organismos eclesiais devemencontrar a inspiração para de-senvolver seu planejamento esua ação pastoral. Bem maisque nas diretrizes anteriores,nestas últimas aparece, de for-ma clara, o que foi decidido noDocumento de Aparecida, isto é,que nossa ação pastoral devepassar da manutenção para acriatividade, deve deixar de seruma pastoral da conservação etornar-se uma pastoral decidida-mente missionária.

Para isso, as novas diretrizessugerem que o ponto de partidaseja Jesus Cristo. É preciso voltarsempre de novo a Jesus deNazaré, à sua pessoa e prática,para sermos seus discípulos emissionários e, com ele, anunci-armos o Reino de Deus nos diasde hoje. As diretrizes sugeremduas atitudes: alteridade egratuidade. Alteridade se refereà abertura que se deve ter aooutro, ao diferente, na prática dorespeito, do encontro, do diálogoe da partilha. Gratuidade se refe-re à prática de Jesus, que ia aoencontro dos outros sem espe-rar nada em troca, não entrandona lógica do lucro e do mercadoe evitando práticas que geramviolência e destruição.

UM NOVO JEITODE SER IGREJA

Depois de lembrar que vive-mos uma mudança de época, naqual é preciso superar tanto orelativismo frouxo como o funda-mentalismo fanático, as novasdiretrizes indicam urgênciasevangelizadoras que mexemcom nossa concepção e práticade Igreja. Segundo DomRaymundo Damasceno Assis,cardeal-arcebispo de Aparecida epresidente da CNBB, as diretrizesapontam para “uma Igreja que sefirma no discipulado de JesusCristo, voltando-se ainda mais àsfontes da fé; uma Igreja que secoloca, de modo inquestionável,ao lado da vida, em especial avida fragilizada, ameaçada e des-respeitada; uma Igreja sama-ritana, irmã dos mais pobres eque se quer cada vez mais aber-ta ao diálogo ecumênico e inter-religioso; uma Igreja, em que

na iniciação cristã. Há muitaspessoas - crianças, jovens e adul-tos - que recebem os sacramen-tos da iniciação cristã, mas quenão são devidamente evange-lizadas. No mundo plural em quevivemos, urge atuar na formaçãocristã dos batizados, a fim de quesejam verdadeiramente inicia-dos nos mistérios de Deus, nocaminho da santidade, na leiturae na prática da Palavra, no conhe-cimento das verdades da fé. Orecurso ao catecumenato dosprimeiros séculos do cristianis-mo, atualizado para nossos tem-pos, é um caminho que se abrepara a nova evangelização.

A animação bíblica deve fa-zer com que a Palavra de Deusesteja à frente de toda obraevangelizadora. Carecemos deum catolicismo bíblico. O recur-so à religiosidade popular e a de-voções tradicionais não evange-lizam se não estiverem profun-damente marcados pela Pala-vra. Os métodos de leitura oranteda Palavra são apontados pelasdiretrizes como caminho da ver-dadeira evangelização. É preci-so levar a Bíblia para as mãosdo povo, nos grupos bíblicos emfamília, nas comunidades, nosencontros de catequese, naspastorais e movimentos, emtodo espaço e tempo.

Rede de comunidades! Nomundo de hoje busca-se traba-lhar em rede. Também na Igreja.Para isso, é preciso valorizar a vidacomunitária e resgatar as práti-cas locais. Existem muitas expe-riências comunitárias nas cida-des, nas periferias, no mundo ru-ral. As novas diretrizes valorizamas Comunidades Eclesiais deBase ao lado de novas experiên-cias comunitárias, como os círcu-los bíblicos, os grupos de família,as novas comunidades. Sugeremque nossas paróquias sejamsetorizadas, a fim de que o Evan-gelho possa chegar em todos osambientes e realidades, ondevive o povo.

Enfim, é preciso considerarque só nos tornaremos verda-deiros discípulos e missionári-os se anunciarmos a mensagemcristã não em primeiro lugar aosoutros, mas a nós mesmos,cumprindo as exigências de Je-sus e fazendo dele nosso pon-to de partida.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

cada batizado reconhece e assu-me o valor testemunhal de suaprópria vida”.

As cinco grandes urgênciasevangelizadoras elencadas pe-las diretrizes são: a Igreja emestado permanente de missão;a Igreja como casa da iniciaçãocristã; a Igreja como o lugar daanimação bíblica de toda a vida;a Igreja como comunidade de co-munidades; a Igreja a serviço davida plena para todos. Na primei-ra e na última dessas urgências,como que uma moldura para asoutras três, percebe-se que aIgreja deve estar voltada parafora, para a missão, para aencarnação no mundo, o diálo-go com a sociedade, o encontrocom as culturas, o serviço dospobres, a transformação da rea-lidade. Nas outras três, a Igrejadeve estar voltada para Deus,para o mistério da graça que lheé dada, a força que lhe vem daPalavra e dos Sacramentos.

UMA IGREJA DA MISSÃOA primeira das urgências

evangelizadoras é pôr a Igreja emestado permanente de missão.Isso exige uma verdadeira con-versão pastoral, implica em ati-

lógica do mercado. Deve-se de-fender a vida que, em todos osseus tempos, se vê ameaçada:no seu início, pelas leis pró-abor-to; no seu fim natural, pelas leispró-eutanásia; no seu percurso,pelas carências de subsistênciae segurança, condições de saú-de e educação. Torna-se neces-sário retomar a opção pelos po-bres que, como disse o papa Ben-to XVI em Aparecida, “está implí-cita na fé cristológica naqueleDeus que se fez pobre por nós,para nos enriquecer com sua po-breza”. Essa opção faz que osbatizados se tornem ossamaritanos de hoje e vão emsocorro dos últimos, dos indefe-sos, marginalizados, excluídos.

UMA IGREJADE DISCÍPULOS

As outras urgências evange-lizadoras insistem em temas quese fazem presentes entre nósdesde o Concílio Vaticano II, masque ganham agora um realcenovo: iniciação cristã, animaçãobíblica e rede de comunidades.

Nossas famílias já não con-seguem transmitir a fé como emoutros tempos. Então, a comuni-dade eclesial deve insistir mais

É preciso voltar sempre de novo a Jesus de Nazaré, à sua pessoa e prática.

Partir de Jesus CristoD

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Fiéis participam da celebração de ordenação presbiteral de Elizandro Scarsi, na Paróquia de Cordeiros, Itajaí

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Jornal da Arquidiocese Junho 2011

5Geral

Crianças realizam ação pela CF-2011Motivadas pela CF-2011, mais de 300 crianças participaram de atividade na Paróquia de Monte Alegre

A movimentação era grande,junto às salas de catequese daparóquia Senhor Bom Jesus, emMonte Alegre, Camboriú, no diasete de maio. Na tarde daqueledia, o aprendizado seria diferen-te. Eram mais de 300 criançasque colocavam luvas e pegavamsacos de lixo para percorrer, comseus catequistas, as principaisvias do bairro. O objetivo era re-colher pequenos materiais quesão jogados no chão, como pa-péis e bitucas de cigarro.

Segundo Antônio PedroSouza, coordenador da cate-quese, a ação foi pensada a par-tir da Campanha da Fraterni-dade deste ano, que tem comotema “Fraternidade e a Vida doPlaneta”. As crianças mantinhamos olhos atentos ao chão. O tra-balho deles foi refletido nos inú-meros sacos de lixo cheios.

Elijah Coelho Pedroso, 10anos, era uma das empolgadascrianças que participavam daação. Ele era um dos cate-quizandos mais atentos de suaturma e não deixava nenhum pa-pel para trás. “Acredito que vai terresultado”, disse ele.

Além da limpeza em si, Antô-nio acredita que a ação, pensa-da com o apoio do pároco, Pe.Celso Marquetti, é também

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A Escola Diaconal São Fran-cisco de Assis realizará nos dias17 a 26 a primeira etapa de for-mação da 15ª turma de can-didatos ao diaconato. A for-mação será realizada no Provin-cialado das Irmãs da Divina Provi-dência, em Florianópolis. Partici-parão da nova turma 33 candi-datos: 19 da Arquidiocese deFlorianópolis; oito de Tubarão; cin-co de Joinville e um de Caçador.

Eles estiveram reunidos nodia 04 de junho na Paróquia

Escola Diaconal

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Santo Antônio, em Campinas,São José. Na oportunidade, fo-ram passadas as comunica-ções sobre a Escola. O eventocontou com a presença das es-posas dos candidatos.

A primeira etapa da novaturma será realizada em con-junto com a décima etapa da14ª turma, que ainda terão ou-tras duas etapas até a forma-tura em janeiro de 2012. Até omomento, há 35 alunos na 14ªTurma da Escola Diaconal.

Mariápolis 2011O Movimento dos Focolares

promoverá nos dias 23 a 26 dejunho a Mariápolis 2011. O even-to será realizado no Hotel Morrodas Pedras, próximo à praia doCampeche, em Florianópolis.Trata-se de um congresso quereunirá grupos paroquiais de jo-vens, famílias, adultos, sacerdo-tes, religiosos, leigos ou quemnão professa nenhuma religião.

O evento oferece a possibili-dade de redescobrir e experi-mentar os valores universais queexistem no íntimo de cada serhumano e que abrem caminhospara a realização da fraternidadeuniversal. Este ano, ele aborda-

rá o tema “Uma estrada em dire-ção ao Sol”, que trata do projetode Deus para o Homem.

Durante os quatro dias, se-rão realizados workshops, jogos,momentos artísticos, troca deexperiências, diálogo, aprofun-damento de alguns aspectos daespiritualidade do Movimentodos Focolares etc, permitindouma experiência singular de con-vivência entre todos aqueles queparticipam na Mariápolis.

Mais informações pelo sitewww.focolares.org.br/sul/mariapolis2011_sc, ou pe-los fones (48) 3244-4190 e3244-0970.

A Paróquia São Francisco deAssis, em Aririú, Palhoça, sediarános dias 11 e 12 de julho, o “Re-tiro para Casais em SegundaUnião”. O encontro tem comoobjetivo acolher os casais nestasituação e trazê-los para a comu-nidade, para que se sintam Igre-ja como todo cristão. O evento

Casais em Segunda Uniãocontará com a assessoria do Pe.Roberto Arripe (Pe. Chiru),idealizador da metodologia “OSenhor é meu Pastor”, que ori-enta os casais em segundaunião. Os interessados em parti-cipar, podem entrar em contatocom Neuzeli e Vicente, pelos fo-nes 3242-7629 ou 9962-4751.

uma forma de conscientizar apopulação. “Vários grupos da pa-róquia também contribuíramcom o trabalho através da con-fecção de cartazes de cons-cientização”, disse. Segundo ele,o resultado do trabalho foram100 sacos de lixo recolhidos emuma hora de ação.

Problemas auditivosA catequese ainda promove

um trabalho inovador para oscatequizandos. Há catequese paraas crianças e adolescentes comproblemas auditivos. Foi criadauma sala especial de catequeseem “libras”. Hoje, são quatro

catequizandos, mas os cate-quistas pensam que muitos outrosvão participar dos encontros.

Segundo o coordenador Antô-nio, há procura de pessoas de ou-tros municípios, já que esta é umainiciativa única na região. Os encon-tros são ministrados pelas cate-quistas Sany Regina Sardá Justi,professora de libras, e CharlesFaqueti, que têm problemas audi-tivos. Mensalmente, no 2º e no 4ºdomingo, às 19h30, a missa é cominterpretação de libras.

Para mais informações, entreem contato pelos fones (47)3365-5560, 9919-8420 ou8464-5990.

Crianças limparam as ruas, motivadas pela Campanha da Fraternidade

Como parte das programaçõesda Semana do Meio Ambiente econsiderando a o tema da Cam-panha da Fraternidade deste ano,a Coordenação Arquidiocesana dePastoral, em parceria com a Se-cretaria Municipal de Educação deFlorianópolis, realizará, no dia 07de junho, às 16h, o Seminário so-bre “Vida no Planeta”.

Realizado no Centro Arqui-

CF-2011 e a Semana do Meio Ambientediocesano de Pastoral, o eventodebaterá questões ambientais dacapital catarinense. São convida-dos a participar representantesdas paróquias, pastorais, movi-mentos, associações, organis-mos, colégios ou meios de comu-nicação.

O evento contará com a pa-lestra da Sra. Zena Becker, Pre-sidente da ONG Floripamanhã,

que falará sobre o tema “Floripa2030”; do Dr. Ivo Sostisso, daComissão do Plano Diretor deFlorianópolis, que refletirá sobreo “Plano Diretor de Florianópolis”;e da Prof. Sayonara CastilhoAmaral, da Fundação do MeioAmbiente de Florianópolis, quetratará do tema “Dinâmicas so-bre Meio Ambiente – AspectosEducativos”.

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

6 Bíblia Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

O orante deste salmo come-ça interpelando uma persona-gem anônima, mas bem concre-ta; e termina, dirigindo-se direta-mente a Deus. É uma denúnciaprofética: alguém, ligado aos pro-fetas e cheio da audácia proféti-ca, denuncia um injusto,prepotente e caluniador, e lheanuncia o juízo divino. A cena sepassa num ambiente de tribu-nal, ao qual o injusto é convoca-do. Os poucos versículos se divi-dem em três momentos: 3-6, 7-9, 10-11. O primeiro momento(vv. 3-6) é o da acusação, denun-ciando toda a atividade crimino-sa do injusto. O segundo momen-to (vv. 7-9) é o da sentença, semapelação, anunciando a açãovingadora de Deus. Por fim, noterceiro momento (vv. 10-11), osalmista se volta para si mesmoe para o Senhor.

Eu te acuso!

3. Por que te glorias do mal,

/ ó poderoso na tua malícia?

4. O dia todo planejas cila-

das; / tua língua é uma nava-

lha afiada, / uma fábrica de

fraudes.

5. Preferes o mal ao bem,

/ a mentira, à sinceridade;

6. amas as palavras corro-

sivas, ó língua enganadora.

O salmista-profeta acusa oinjusto de maldade generalizadae consciente: ele, o injusto, se glo-ria do mal, é prepotente na suamalícia, planeja diariamente ci-ladas aos mais fracos. Mais ain-da: serve-se da língua como denavalha afiada para fabricar frau-

des (v. 4), prefere o mal ao bem,

a mentira, à sinceridade (v. 5),sente prazer nas palavras corro-

sivas (v. 6), servindo-se da menti-ra para enriquecer, à custa dosque não podem defender-se.

Este salmo reflete situaçãosemelhante à do Salmo 12. Háterrível conflito entre “o injusto”,que representa grupos ou umtipo de sociedade, e os justosmedrosos, que não reagem di-ante da ação dos poderosos.Isso porque, se reagirem, os in-justos os destroem com “pala-vras corrosivas”, calúnias, frau-des, ciladas e juízes comprados.Por isso, acham que não vale apena enfrentá-los. Assim, os in-justos vão acumulando riquezasmediante a fraude, e ainda segabam do mal que praticam eda mentira que espalham. A in-justiça e a impunidade permi-tem que os injustos construamum “império”, uma fortaleza con-

Salmo 52 (51): Por que te glorias do mal?

Conhecendo o livro dos Salmos (38)Conhecendo o livro dos Salmos (38)Conhecendo o livro dos Salmos (38)Conhecendo o livro dos Salmos (38)Conhecendo o livro dos Salmos (38)

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tra a qual ninguém pode lutar.Mas um profeta não se cala.

Num lugar público, talvez o Tem-plo, decide enfrentar os injustosnuma espécie de julgamento emnome do Deus da justiça. Acusa,não aceita defesa – pois a injus-tiça não tem como defender-se– proclama a sentença inapelávele mostra suas conseqüências.Tudo, em nome do Senhor, poisos profetas têm essa ousadia.

Hoje, onde se encontra essaprofecia, essa coragem de dizera verdade e denunciar a mentirados poderosos? Não seria naimprensa, na pena de jornalistascorajosos, que não deixam que amentira encubra e deforme a ver-dade?

Deus te abaterá!

7. Mas Deus te abaterá

para sempre, / te destruirá, te

varrerá da tenda / e te arran-

cará do solo fértil.

De repente, o salmista-profe-ta salta a um futuro que modifi-ca totalmente a situação presen-te, descrita nos versículos ante-riores (vv. 3-6). É a intervenção,agora, do Deus da Aliança, liber-tador e promotor da justiça. Ago-ra, quem age é o Senhor. O queirá fazer? Vai abater, destruir, var-

rer, e arrancar para sempre (v.7).São quatro verbos que recordamde perto a missão confiada aJeremias (Jr 1,10). As imagensganham vigor pelos verbos emacumulação. O injusto vive ins-talado na sua tenda (“tenda” étambém a existência do ser hu-

mano na terra: Is 38,12), temlugar garantido na sociedade,vive contente e protegido comsuas posses. De repente, Deuso arranca e arrasta violentamen-te para a intempérie e o desam-paro. O injusto se enraizava emsolo fértil – a “terra dos vivos” –

como árvore frondosa; apoiadoem suas raízes terrenas, cresciadesafiante; mas Deus o arrancacom suas raízes, para que sequee desapareça.

Os justos verão

8. Os justos verão e teme-

rão, e rirão dele, dizendo:

9. Eis o homem que não

punha em Deus o seu refúgio,

/ mas confiava na sua grande

riqueza / e se tornava forte

com seus crimes!”

Enfim, aparecem os justos.Até aqui, acuados e medrososdiante do poderio e arrogânciado injusto. Agora, porém, com aintervenção profética, irão ver,

temer, rir e comentar (v. 8). Aqui-lo que comentam revela, por umlado, a aparente força que pos-suía a injustiça, destruída peloSenhor. Por outro, comprovamque o verdadeiro refúgio estáem Deus (v. 9) e que é falsa aconfiança nas riquezas e que éfraco o império construído comos crimes. Não tinham razão deser, portanto, a insegurança e omedo dos bons.

Eu, porém

10. Eu, porém, sou como

oliveira verdejante na casa de

Deus; / é no amor do Senhor

que confio, para sempre e

eternamente.

Neste último momento, osalmista-profeta dá o seu teste-munho, falando de sua própriaexperiência. Talvez seja alguémligado ao Templo (v. 10). Sua con-vicção pessoal proclama o con-traste entre a falsa confiança doinjusto, nas riquezas, e a serenaconfiança que anima o salmista,no “amor”, isto é, na fidelidade emisericórdia do Senhor. Essa con-fiança é a chave de tudo, a sínte-se do sentido da vida. Confiar nasriquezas, ou em Deus, como oalertará o Senhor Jesus no Ser-mão da Montanha: não é possí-

vel servir a dois senhores (cf Mt6, 24). A imagem da oliveira

verdejante (v.10) contrasta coma da árvore arrancada (v. 7). Hácontraste também entre a casa

de Deus (v.10), firme e estável, ea tenda do injusto (v. 7), de re-pente destroçada. O salmista-pro-feta é o oposto do ímpio.

Quanto à oliveira, árvore ca-racterística do país e conhecidosímbolo de Israel (cf Jr 11,16 eOs 14,7), o apóstolo Paulo vaidesenvolver de modo originalessa imagem em Rm 11,17-24,para advertir os pagãos converti-dos (oliveira silvestre) a reconhe-cerem a primazia da eleição dosjudeus (oliveira cultivada): “Se

alguns ramos foram cortados e

tu, oliveira silvestre, foste enxer-

tada no lugar deles e, assim, te

tornaste participante da raiz e da

seiva da oliveira cultivada, não te

gabes...” (Rm 11,17)

Vou louvar-te

11. Para sempre vou lou-

var-te por que agiste, / e dian-

te dos teus fiéis vou proclamar

que teu nome é bom.

O drama da injustiça e de suasvítimas, finalmente resolvido,desemboca na oração de louvor,um louvor que não conhecerá in-terrupção: é “para sempre” (v. 11).Esse louvor, também, não serásecreto: pelo contrário, “diante

dos teus fiéis, vou proclamar que

teu nome é bom”. O “nome” é amaneira indireta de mencionar apessoa: Ele, o Senhor, pelo fatode agir, de reprimir o injusto, de-monstrou que “é bom”.

Como rezareste salmo?

Para rezá-lo adequadamen-te, é preciso estar animado, oudeixar-se animar, pelo espírito deindignação ética que caracteri-zou os profetas do Antigo Testa-mento, o próprio Senhor Jesus,e os profetas dos nossos tem-pos. As desigualdade sociais, afalta de oportunidades iguaispara todos vão aumentando oabismo entre ricos e pobres. Ospoderosos encobrem suas ri-quezas com mentiras veiculadasem todos os meios de comuni-cação. Também hoje, os profe-tas pagam com a vida as denún-cias que fazem. E no entanto épreciso fazê-las. Ai de nós, sefaltarem, também dentro daIgreja, os profetas.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

1) O salmo começa comuma denúncia profética.Contra quem? Por que?

2) Qual a sentença do injus-to, segundo o salmista-profeta?

3) O que faz os justos, antesmedrosos, mudarem deatitude?

4) Qual o testemunho pes-soal do salmista?

5) Com que espírito devemosrezar este salmo?

Para refletir:

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Jornal da Arquidiocese Junho 2011

7Juventude

PJ realiza Pré-Missões JovensRealizado em Angelina e Rancho Queimado, evento foi preparatório para as missões de julho

Nos dias 14 e 15 de maio, aPastoral da Juventude realizou aspré-missões jovens, em prepara-ção para as missões que aconte-cerão nos dias 15,16 e 17 de ju-lho na Paróquia Nossa Senhorada Imaculada Conceição, nosmunicípios de Angelina e RanchoQueimado. O Projeto de missio-nariedade foi assumido pela PJna última assembleia em 2009,para oportunizar aos jovens aexperiência de Deus em meio aopovo, afim de que se tornem pro-tagonistas da própria história ese comprometam na transforma-ção da sociedade e da Igreja.Isso, além de reafirmarmos o cha-mamento que nos foi feito na VConferência Latino Americana edo Caribe em Aparecida, no ano2007, para “alimentar a fé dopovo de Deus”, pois a partir denosso batismo somos chamadosa ser “discípulos e missionáriosde Jesus Cristo”.

As pré-missões iniciaram coma formação dos 21 lideres missi-onários que atuarão frente aosgrupos de visitação. A assessoriafoi do Pe. Paulo de Coppi, PIME.Foram trabalhados temas como:missão, atitudes e metodologia domissionário, e espiritualidademissionária. Durante o sábado à

As pré-missões iniciaram com a formação de 21 líderes missionários

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tarde e domingo o dia todo, os jo-vens estiveram nas comunidades,fazendo reuniões, conversando,ouvindo e conhecendo um poucoda realidade, para assim enten-dermos um pouco daquilo que éo dia- a- dia do povo.

As pré-missões foram umgrande momento de partilha e deir ao encontro das comunidades.Agradecemos à paróquia pelaacolhida carinhosa que tivemos.

Nossas missões têm comotema: “Juventude em Missão” eo Lema: “Nesta terra, neste

chão... semeando Comunhão”.Segundo João Batista Sartori,

Coordenador das Missões Jo-vens, “as pré-missões foram mui-to boas: conseguimos conhecerum pouco mais sobre a realida-de da paróquia e partiremos ago-ra para a próxima etapa, que érealizar a formação dos jovensque participarão das missões, everificar junto às lideranças daparóquia os detalhes da visitaçãoque acontecerá em julho.”

Venha fazer parte dessa mis-são você também! Entre em con-tato a Secretaria da Pastoral daJuventude pelo fone: (48) 3224-4799 ou por [email protected]

Realizada em Angelina, evento reuniu maisde 150 jovens da Comarca de Santo Amaro

Divulgação/JA

No dia 14 de maio aconteceuna Paróquia de Angelina a primei-ra “Noite da Juventude” da Co-marca de Santo Amaro, reunindocerca de 150 jovens. Essa noitefoi organizada pela Pastoral da Ju-ventude e demais apoiadores daParóquia local.

Durante toda a noite foi visívela alegria de cada pessoa que esta-va prestigiando o evento. A noitefoi animada pela Banda AUJ (Ami-

Noite da Juventude

Certas vezes percebo a reaçãode alguns jovens na missa e mepergunto o que se passa em suascabeças? E aí lembro um livro queli recentemente: “A missa me dátédio”. Será que esses jovens es-tão entediados durante as mis-sas? Creio que este é o primeiropasso, se você quiser falar aosjovens sobre a missa: entender oque se passa com eles. E a me-lhor forma de descobrir, é pergun-tando. Talvez você não tenhacomo responder o porquê de amissa ser tão monótona (na visãodaquele jovem), por que ele nãose agrada daquilo. Oouvir é muitoimportante, antes de querer falar.

Talvez a melhor forma, sejaconcordar com o sentimento,mas tentar explicar o significado

Como falar ao jovem sobre...

A Missae a profundidade da missa.Como contestar um sentimento?Se ele “se entedia”, não são pa-lavras que vão mudar o sentimen-to dele. Mas, as palavras de vocêpodem fazer com que a missa ad-quira significado para aquele jo-vem, embora entediado.

“Fazei isto em memória de

mim”(Lc 22,19): a missa não éuma invenção do padre, do bispoou do papa. Deus enviou seu Fi-lho e este, antes de partir, quisdeixar um elo que continuasse anos ligar. Ele o fez através de umpedaço de pão e de um pouco devinho. Jesus disse que, para man-termos a comunhão com Ele, seusdiscípulos deveriam repetir o queEle fez. É simples: é um pedido deDeus, através de seu Filho. A mis-

gos Unidos por Jesus), que maisuma vez aceitaram o convite decolaborar com a Paróquia. Trouxe-ram, através da música, momen-tos de louvor, animação e emoção.

Além de crianças, jovens eadultos da comarca, participaramdessa noite também líderes mis-sionários da Arquidiocese, queestavam realizando as Pré-Mis-sões Jovens durante aquele finalde semana.

sa é esta memória, esta lembran-ça, este momento de fazermos oque Ele pediu (Cf CIC 1341).

Dessa forma, buscando en-contrar junto com o jovem um sig-nificado para a missa e especial-mente a Eucaristia, fica mais fá-cil de ajudá-lo a entender, até queele encontre, na missa, um signi-ficado maior. Mesmo que eu fi-casse entediado em algumaspartes da missa, começaria aquerer ficar ali por causa de Cris-to e porque quero estar na suapresença. Pois Ele afirmou que,através daquela memória, tería-mos parte com Ele, gozaríamosda presença d’Ele.

Guilherme PontesSeminarista da Arquidiocese

A Pastoral da Juventude daCNBB - Regional Sul IV (SC), esta-rá promovendo no dia 26 de ju-nho, em Navegantes, a MarchaEstadual contra a Violência e oExtermínio de Jovens. A organi-zação pretende reunir mais decinco mil jovens. A marcha iniciaàs 9h30, e os jovens caminha-rão até a frente da Prefeitura,onde haverá show musical como grupo “Mensageiros de Cristo”,de Araranguá.

A Marcha faz parte da Cam-panha Nacional contra a Violên-cia e o Extermínio de Jovens, quedesde 2009 tem sido trabalha-da pela PJ junto aos jovens, aopoder público e a sociedade civil.Ela será realizada junto com a 4ªCaminhada pela Vida, eventopromovido pela Pastoral da So-briedade de Navegantes.

Marcha contra a ViolênciaTodos os anos, mais de 1.200

jovens, entre 15 e 24 anos, mor-rem em Santa Catarina vítimasde causas violentas (homicídios,suicídios e acidentes de trânsito).No Brasil, são mais de 42 mil porano. No Estado, 51% das vítimasde homicídios são jovens.

A Marcha trará presente rea-lidades de violência sofridas pelajuventude, bem como sinais deesperança presentes na organi-zação dos jovens. Tudo isso commuita animação, música, teatroe todo o dinamismo da juventu-de. Todas as pessoas são convi-dadas a participar e fortalecer aesperança.

Organize seu grupo e partici-pe deste momento histórico!Mais informações pelo site:www.missaojovem.pjsul4.org.br/marcha

Através da música, jovens tiveram momentos de louvor e animação

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Junho 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

Dom Wilson assume o Regional Sul IVNatural do Estado, Dom Wilson, bispo de Tubarão, assume o Regional pelos próximos quatro anos

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Nos dias 04 a 13 de maio,mais de 300 bispos de todo o Bra-sil estiveram reunidos em Apa-recida, São Paulo, para participa-rem da 49ª Assembleia Geralda Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB). Durante aassembleia, os bispos de SantaCatarina elegeram Dom WilsonTadeu Jönck, 59 anos, bispo deTubarão, como o novo presidentedo Regional Sul IV (SC).

A diretoria ainda ficou compos-ta por Dom Frei Mário Marquez, 52,recém-empossado em Joaçaba,que assume a vice-presidência, epor Dom Augustinho Petry, 72, deRio do Sul. Dom Vilson sucede aDom Murilo Krieger, que foi eleitoarcebispo de Salvador, Bahia, e látomou posse em 25 de março.

Pe. Francisco de AssisWloch, secretário executivo doRegional no último mandato, foimantido no cargo. “Para nós émuito importante a sua perma-nência pela experiência no Regi-onal e na CNBB, e já conhecemuito bem a mecânica do traba-lho, disse Dom Wilson.

Natural de Vidal Ramos, emSanta Catarina, Dom Wilson nas-ceu no dia 10 de julho de 1951.Foi ordenado presbítero em 17 de

dezembro de 1977 pela Congre-gação do Sagrado Coração de Je-sus. A sagração episcopal foi nodia 16 de agosto de 2003, quan-do assumiu como bispo auxiliarda Arquidiocese de São Sebasti-ão do Rio de Janeiro. Em 26 demaio de 2010, foi nomeado bis-po de Tubarão, tomando posse nodia 18 de julho do mesmo ano.

Durante a 49º Assembleiados Bispos, o cardeal DomRaymundo Damasceno Assis, ar-cebispo de Aparecida (SP), foi elei-to o novo presidente da CNBB.Ele sucede a Dom Geraldo LyrioRocha, arcebispo de Mariana,MG, que esteve à frente da insti-tuição nos últimos quatro anos.

Em entrevista, Dom Wilsonfala dos seus projetos para o Re-gional durante o seu mandato.

Jornal da Arquidiocese -O senhor é natural de SantaCatarina. Isso ajuda no tra-balho que pretende realizar?

Dom Wilson - Nasci em VidalRamos, que hoje pertence àDiocese de Rio do Sul, fui ordena-do pres-bítero em 1977 e a maiorparte de minha missão comopresbítero foi realizada no Estado.Dez deles foi nesta Arquidiocese,

onde trabalhei por dez anos emBrusque. Trabalhei como padre emtrês dioceses do Estado. Isso mepermitiu conhecer bastante coisade Santa Catarina. Estava emJaraguá do Sul, Diocese de Joinville,quando em 2003 fui nomeado bis-po-auxiliar do Rio de Janeiro.

JA - Há oito anos o senhoré bispo e há dez meses estáde volta ao Estado. Já deupara se inteirar da realidadedo nosso Regional?

Dom Wilson - Participei de al-gumas reuniões de âmbito regio-

Dom Wilson diante da sede do Regional Sul IV, em Florianópolis

nal, onde pude reencontrar padresque já conhecia e entrei em conta-to com a pastoral de SantaCatarina. O resto vamos aprenderagora. Estou chegando, disposto aaprender e contribuir para tornarsempre melhor o nosso Regional.

JA - Quais os maiores de-safios que o senhor terá queenfrentar na presidência doRegional?

Dom Wilson - Os desafios sãoos do nosso tempo. São os mes-mos que encontramos em todo oBrasil, depois particularizados em

cada diocese. A questão da indife-rença religiosa, a família que estáse esfacelando, a questão da ju-ventude... O viver a fé de uma for-ma intensa no nosso tempo, esseé o maior desafio geral.

JA - Quais são as suaspropostas de trabalho paraos quatro anos de mandato?

Dom Wilson - A primeira coi-sa que gostaria de fazer é promo-ver uma maior união entre nós bis-pos: que possamos nos conhecere troquemos experiências evivências em nossas dioceses.Quase todos somos bispos novosem Santa Catarina. Depois, ver osprojetos que estão sendo desen-volvidos no Estado. Conheço al-guns, mas não em profundidade.A formação dos seminaristas, queé de âmbito regional, e a própriaquestão vocacional, que pede umaatividade e atitude nossa comodioceses, de bispos e de promoto-res de pastoral, receberão atençãoespecial. A atividade do Regional éfazer acontecer aquelas atividadesque são gerais, mas que asdioceses confiam ao Regionalpara que haja unidade em todo oEstado. Vamos nos empenhar paraque isso aconteça.

No próximo dia 11 de junho,sábado de manhã, das 08h às12h, em Biguaçu, estará acon-tecendo o Seminário Arqui-diocesano de Pastorais Sociais.Com assessoria da ASA-Cáritas,será trabalhado o tema: “Umolhar sobre a realidade socialarquidiocesana”. O semináriotem como objetivo: refletir eaprofundar a missão e atua-ção das Pastorais Sociaisna Arquidiocese, a partir dosgritos da realidade diocesana.Pretende-se também definir odiagnóstico social da Arquidio-cese, para ser apresentado eestudado na próxima Assem-bleia Arquidiocesana de Pasto-ral, em vista do “ver” de nosso

Seminário Arquidiocesanode Pastorais Sociais

futuro Plano Arquidiocesano dePastoral.

Participarão do seminárioquinze pessoas de cada pasto-ral social existente na Arqui-diocese (Carcerária, Criança,Enfermos, Juventude, Migran-te, Pessoa Idosa, Saúde, Sobri-edade e Universitária) e duaspessoas de cada Ação SocialParoquial. A Coordenação Arqui-diocesana de Pastoral contacom a colaboração de todos, emvista do sucesso deste Seminá-rio, que se revela importantepara o diagnóstico social de nos-so Plano de Pastoral.

Pe. Vitor Galdino FellerCoordenador Arquid. de Pastoral

O Conselho MissionárioDiocesano – COMIDI, estarápromovendo nos dias 17, 18e 19 de junho um Retiro deFormação para os interessa-dos em realizar trabalho mis-sionários na Diocese de Bar-ra, na Bahia. O retiro será rea-lizado na Comunidade NovaEsperança, em Tijucas.

Há mais de 20 anos, aArquidiocese encaminha mis-sionários leigos para realizarmissão na Diocese de Barra,na qual é desenvolvido o pro-jeto “Diocese Irmã”, com a ma-nutenção de um padre. Desde2000, o trabalho tem sido re-alizado mais sistematicamente,encaminhando mais missionári-os leigos.

Todos os anos era enviado umônibus. Mas de 2007 a 2009, com

o aumento da demanda, foramencaminhados dois ônibus e em2010, três ônibus. “Isso mostra queo trabalho de animação missio-nária que é realizado na Arqui-

diocese tem surtido efeito e aspessoas estão despertando aconsciência missionária”, dissePe. Darcísio Schappo, coor-denador do COMIDI.

Durante o retiro, os missio-nários receberão formaçãopara o trabalho missionárioque realizarão nos dias 15 a28 de julho, em Mor Pará, naDiocese de Barra, na Bahia. Oretiro tem como tema “Por Je-sus Cristo somos chamados eenviados para a Missão”, coma pregação do Pe. JoãoPanazzolo, da Diocese deCaxias do Sul, RS, e assessorda Dimensão Missionária da

CNBB regional e nacional.Os interessados devem entrar

em contato com o Sr. Domingospelos telefones: 9619-9244 e8477-3552.

COMIDI realiza Retiro para Missionários

Page 9: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

GeralJornal da Arquidiocese Junho 2011

9

Elizandro é o novo padre da ArquidioceseRealizada na paróquia de Cordeiros, em Itajaí, ordenação presbiteral foi a segunda deste ano

Fo

to JA

A Igreja Matriz da Paróquia SãoCristóvão, em Cordeiros, Itajaí, foipequena para acolher as cente-nas de fiéis que lá estiveram natarde do dia 21 de maio. Nessedia, às 15h, foi realizada a cele-bração de ordenação presbiteralde Elizandro Scarsi, 30 anos. Acelebração foi presidida por DomJosé Negri, bispo de Blumenau,e concelebrada por padres ediáconos da Arquidiocese.

A igreja ainda contou com apresença de familiares, amigos,fiéis da comunidade local, da deorigem do ordenando, e das co-munidades por onde Elizandrorealizou atividade pastoral.

No início da celebração, Pe.Nelson Tachini, SCJ, o pároco,fez a saudação inicial. Em segui-da, Dom José Negri agradeceu oconvite para presidir a ordena-ção. Com a saída de Dom MuriloKrieger, Dom José foi convidadopara a solenidade. No dia 30 deabril ele já presidira a ordenaçãodo Pe. Pedro Paulo Alexandre, emLeoberto Leal. Ele foi nosso bis-po auxiliar de 2005 a 2009.

Pe. Valter Maurício Goe-dert, diretor da Escola Diaconale Professor de Liturgia do ITESC,fez o pedido de ordenação pres-biteral e deu o seu testemunhode que Elizandro era considera-do digno da ordenação.

Vida em OraçãoEm sua homilia, Dom José fa-

lou da importância da oração navida do presbítero. “O sacerdote éo especialista na oração, é aque-le que se assemelhou tanto aoCristo, que vive a sua vida cons-tantemente em comunhão comDeus. (...) Um padre que vive a suavida sem rezar é como uma árvo-re frutífera viçosa, bonita, massem frutos, que só serve para ocu-par espaço”, disse Dom José.

Em seguida, o ordenando ma-nifestou o seu propósito para aordenação presbiteral. Depois, foicantada a ladainha. Após, pelaimposição de mãos de Dom José,

Elizandro foi ordenado presbítero.O ato foi seguido por todos os pa-dres presentes à celebração.

Ao final da celebração, um gru-po de jovens da comunidade reali-zou uma encenação artísticavocacional. Pe. João FranciscoSalm, administrador diocesano,em nome da Arquidiocese agrade-ceu a Dom José Negri pela presen-ça e por ter realizado a celebração.

Missão PastoralPe. Salm entregou ao Pe.

Elizandro a provisão de sua no-meação como vigário paroquialde São Judas Tadeu e São JoãoBatista, na Ponte do Imaruim, emPalhoça. Ele já realiza atividadespastorais na paróquia desde odia 12 de fevereiro, quando foiordenado diácono. Pe. LuizRebelatto, o pároco, recebeuuma cópia do documento.

Ao final, já ordenado pres-bítero, Elizandro agradeceu a to-dos que de alguma forma contri-buíram para a sua formação. An-tes da bênção final, Dom Joséainda disse que estava muito fe-liz por presidir a celebração deum padre que vai exercer seu mi-nistério na mesma paróquia emque ele havia iniciado o seu tra-balho na Arquidiocese.

Ao final da celebração, todosforam convidados a participar deum coquetel no salão paroquial.

Assista o vídeo da orde-nação no site da Arqui-diocese (www.arquifln.org.br)e mais fotos clicando em “Ál-bum de fotos”.

A Comissão Arquidiocesanapara o Ecumenismo e o Diálo-go Inter-Religioso (CADEIR) pro-moveu no dia 21 de maio, umencontro de preparação para aSemana de Oração pela Unida-de dos Cristãos (SOUC-2011).Realizado na Igreja Matriz daParóquia Santo Antônio, emCampinas, São José, o encon-tro reuniu 22 participantes, re-presentando 12 paróquias.

Realizado à tarde, o encon-tro teve quatro momentos for-tes: 1. uma celebração ecu-mênica inicial, tendo em vistaque “a oração é a alma doecumenismo”; 2. histórico dasSemanas de Oração pela Uni-dade dos Cristãos com a expo-sição de Márcio Murilo Martins;3. apresentação por CelsoLoraschi sobre o tema daSOUC/2011 na perspectiva daobra de Lucas; 4. partilha deexperiências ecumênicas e es-clarecimentos sobre o papeldas Comissões Paroquiais parao Ecumenismo, bem como apartilha de idéias sobre o quecada comunidade pode fazerdurante a SOUC.

“O que foi enfatizado noencontro é que em cada cele-bração não esqueçamos derezar pela unidade dos cristãos,atualizando o que as comuni-dades de Jerusalém viveram

Encontro prepara paraa Semana de Oração

Durante o rito de ordenação, as mãos de Elizandro são ungidas peloÓleo do Crisma por Dom José Negri, que presidiu a cerimônia

A Paróquia Sagrado Cora-ção de Jesus, em AntônioCarlos, estará em festa no dia18 de junho para receber a ce-lebração de ordenação presbi-teral do diácono Pedro AlcidoPhilippe. A celebração serárealizada na Igreja Matriz, às16h, e presidida por Dom Wil-son Jönck, Bispo de Tubarãoe recém empossado presiden-te do Regional Sul IV da CNBB.

Com 34 anos, Pedro Alcidoé de família bastante religiosae foi a vida em oração que de-terminou o seu despertarvocacional. A caminhada comocatequista e a participação no

Grupo de Jovens também con-tribuiu para seu discernimento.Em 2000 ingressou no Semi-nário Menor de Azambuja.

Próxima Ordenação:

Pedro Alcido

Ordenação será em Antônio Carlos

Arq

uiv

o/JA

O Movimento de Cursilhoconvida os Jovens de 18 a 28anos, que não são casados, aparticipar de um retiro espiri-tual. O evento é dividido emdois momentos, um para asmulheres e outro para os ho-mens. O feminino será nosdias 30 de junho e de 01 a03 de julho. O masculino nodias 07 a 10 de julho. Ambosserão realizados na Casa deRetiro Vila Fátima, no Morro

das Pedras, em Florianópolis.O evento tem como objetivorecuperar pessoas afastadasda Igreja e despertar lideran-ças para que sejam agentesde evangelização nos seusambientes de convivência.Os interessados devem en-trar em contato pelos fones(48) 3035-2923 ou 9946-4201 ou pelo e-maila c a d _ r e c i c l a g e m @superig.com.br.

Retiro para Cursilhistas

nos primeiros tempos da Igre-ja, conforme indica o lema: ‘Uni-

dos no ensinamento dos Após-

tolos, na comunhão fraterna,

na fração do pão e nas ora-

ções’ (At 2,42)”, disse CelsoLoraschi, delegado arquidio-cesano da CADEIR,

Realizada entre nos dias 05a 12 de junho, a Semana deOração pela Unidade dos Cris-tãos é um projeto ecumênicopromovido pelo ConselhoMundial de Igrejas e peloPontifício Conselho para a Pro-moção da Unidade dos Cris-tãos, da Igreja Católica Apostó-lica Romana, desde 1968. NoBrasil o Conselho Nacional deIgrejas Cristãs (CONIC) é o pro-motor do evento ecumênicodesde 1983. Na Arquidiocese,a promotora é a CADEIR.

Neste ano, a SOUC-2011tem como lema “Unidos no

ensinamento dos apóstolos,

na comunhão fraterna, na fra-

ção do pão e nas orações” (cf.At 2,42). Portanto, o evento fazum apelo a todos os cristãospara a redescoberta conjuntados valores que mantinhamunida a comunidade primitivaem Jerusalém, quando os fiéisse uniam no ensina-mento dosapóstolos, na comunhão fra-terna, no partir do pão e nasorações.

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

ASA realiza 39ª Assembleia Geral OrdináriaDurante a Assembleia foi eleita a nova diretoria que coordenará a instituição nos próximos três anos

Aconteceu no dia 14 de maio,na Paróquia São João Evangelistaem Biguaçu, a 39.ª AssembleiaGeral da ASA. Com a presença dasEntidades-Membro, a Assembleiadeliberou sobre vários pontosimportantes para o fortalecimen-to da caminhada da rede ASA naArquidiocese de Florianópolis.

Somos Solidariedade,somos Cáritas

Num primeiro momento damanhã, Pe. Roque Favarin, se-cretário regional da Cáritas Brasilei-ra em Santa Catarina, apresentoua história da organização dos traba-lhos sociais da Igreja Católica E suaconsolidação ao longo do tempo,sobretudo a partir das Cáritas Paro-quiais, Diocesanas e Regionais. AASA desde 2005 é entidade filiadaà Cáritas Brasileira e é sua a mis-são de espalhar para a sua rede amística e o jeito “Cáritas”, junto àsações sociais paroquiais.

Gestão 2011-2014A Assembleia também delibe-

rou sobre a alteração estatutária,onde redefiniu sua missão, visãoe valores, filiação e desfiliação deentidades-membro, tendo a AçãoSocial e Cultural Nossa Senhorada Glória - ASCUNSEG como amais nova entidade-membro;aprovação dos relatórios de ativi-

dades e financeiros do período de2009 e 2010, e a escolha da nova

10 Ação Social Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

diretoria e conselho fiscal da ASA.Com o voto unânime de todos osdelegados presentes, foi eleitapara o triênio de 2011-2014 anova diretoria e conselho fiscal:

“A Assembleia foi muito posi-tiva e animadora, pois ela possi-bilitou a participação das entida-

Nova diretoria eleita para a Ação Social Arquidiocese para 2011-2014

Div

ulg

açã

o/JA

Presidente: Pe. Mario Sérgiodo Nascimento

Vice-presidente: SandraSchilichting

1º Secretária: Leda CassolVendrúsculo

2ª Secretária: Maria InêsClasen

1º Tesoureiro: Diácono Rena-

to Ghellere

2.º Tesoureiro: Djalma Lemes

Conselho Fiscal: Pe. SiroManoel de Oliveira, Sr.Antonio José de Souza eSr. Paulo Schmidt.

Suplentes: Maria Elisabeth daSilva, João Carlos da Cos-ta e Sra. Ivone Martins.

Nova Diretoria 2011-2014

des filiadas no processo de ges-tão e funcionamento da ASA, as-sim como fortaleceu ainda maisa caminhada e o sentimento depertença a uma grande rede deAções Sociais”, disse Pe. MárioSérgio do Nacimento, novopresidente da ASA.

Desde a Constituição de1988, os cidadãos têm o direitoassegurado de não só participarda formulação das políticas pú-blicas, mas de fiscalizar a aplica-ção e a gestão dos recursos pú-blicos e cobrar resultados. Essafiscalização pode ser feita indivi-dual ou coletivamente, atravésdos conselhos gestores de políti-cas públicas. Muitas Ações Soci-ais Paroquiais participam ativa-mente desses espaços, compon-do com outras entidades os Con-selhos de seus municípios.

Em março de 2011, a ASA ini-ciou o Curso de Formação de Con-selheiros e no próximo dia 29

de junho trabalhará a temática“Participação e Controle So-

cial”, em parceria com a Contro-ladoria Geral da União. Esta, aCGU, é o órgão de controle inter-no competente para fiscalizar acorreta aplicação dos recursosfederais, além de ser responsá-

Participação e Controle Social:

Como efetivar esse direito?

vel pelas ações de capacitação efomento à participação social,através da Secretaria de Preven-ção à Corrupção – SPCI. No pró-

ximo encontro serão trabalhadospela CGU: conceito, formas e me-canismos do controle social. E umdos principais assuntos será a 1ªConsocial (Conferência Nacio-nal sobre Transparência e Con-trole Social), que ocorrerá de ju-nho/2011 até maio/2012 emnível municipal, estadual e naci-onal, e cuja participação dos con-selheiros de políticas públicas éfundamental.

Dada a importância do papeldesenvolvido pelos conselheiros, ede sua capacitação continuada,serão abertas vagas para participa-ção de membros dos ConselhosMunicipais da Grande Florianópolis.

Participe!!

Contato para inscrições: 3224-8776 com Inês

Data Hora Local Tema e Assessoria

29/06 08h30

Salão Paroquial São

João Evangelista -

Biguaçu

Participação e Controle

Social - Representante

da CGU

Motivados pela Campanha daFraternidade deste ano, a AçãoSocial São João Evangelista promo-veu no dia 28/04, no auditório daIgreja Matriz, a realização de Diá-logo com o tema “Fraternidade eVida em Biguaçu”.

O objetivo do encontro foiaprofundar o conhecimento dacomunidade sobre a situação domeio ambiente no Planeta e emBiguaçu, bem como identificar pro-postas de ações que ajudem a su-perar os problemas ambientais.

O encontro contou a partici-pação de representantes de to-das as comunidades do Municí-pio e membros de organizaçõessociais locais. Após a aberturaIrmã Eunice Berry fez umaapresentação do conteúdo dotexto base da CF-2011.

Depois Henrique Azevedo,Superintendente da FundaçãoMunicipal do Meio Ambiente deBiguaçu – FAMABI, apresentou por

Paróquia de Biguaçu promoveação sobre a CF-2011

meio de fotografias as riquezas eos problemas ambientais deBiguaçu, bem como as ações queestão sendo tomadas e as queainda precisam ser implemen-tadas para desenvolvermos a ci-dade de forma sustentável.

Em seguida a AssociaçãoBiguaçuense de Catadores deMateriais Recicláveis fez uma falasobre o trabalho da organização naárea da reciclagem de resíduos só-lidos (lixo). No último momento doencontro algumas perguntas fo-ram feitas pelos presentes ao re-presentante da FAMABI. Assuntoscomo relação agricultura e meioambiente, pedreira e aterro sani-tário foram abordados.

Como proposta de ação a Pa-róquia apoiará o programa de co-leta seletiva e triagem de resíduossólidos que está em fase inicial deimplantação no município, em es-pecial através da divulgação esensibilização nas comunidades.

Divulgação/JA

Evento reuniu dezenas de pessoas que debateram sobre o meio ambiente

A intervenção da ASA emgestão de riscos e desastres

A rede Cáritas Brasileira vemdesenvolvendo sua atuação nes-se campo há muitos anos, e acada nova intervenção direta vemmanifestando a necessidade deaprimorar-se nessa área, haja vis-ta que todo evento traz consigonovas conseqüências e compre-ensões da realidade social.

A partir do último grandeevento em 2008, no Vale doItajaí, a ASA percebeu a neces-sidade de ampliar sua atuaçãonessa perspectiva. Para tanto,o objetivo da ASA com o Projetode Gestão de Risco e Desastresé capacitar as entidades-mem-bro e líderes comunitários, porela identificados para estarematuando nessas situações, além

da emergência em si, mas comações de prevenção, prepara-ção, resposta e reconstrução.Serão realizadas capacitaçõestécnicas com as entidadesmembro em administração dedesastres, articulação e fortale-cimento dos vínculos com aDefesa Civil, Plano de Contin-gência e um Seminário para so-cialização dos conhecimentosadquiridos pelos capacitadosenvolvendo toda a sociedade ci-vil e governamental no debate.

O Inicio das atividades acon-tecerá durante os encontros dasRedes Municipais: Palhoça –09/06; Brusque – 13/06; Flo-rianópolis – 15/06; São José –17/06; e Itajaí – 28/06.

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Justiça e Profecia a serviço da vidaEste é o tema do novo livrete dos GBFs para o Tempo Comum, elaborado pela equipe de coordenação

Os Grupos Bíblicos em Famí-lia caminham em unidade com aIgreja em Santa Catarina rumo ao11º Encontro Estadual das Comu-nidades Eclesiais de Base (CEBs).Assim sendo, o nosso Livreto dosGrupos Bíblicos em Família parao Tempo Comum deste ano apre-senta alguns aspectos diferentes,desde a capa até os conteúdosde alguns encontros. Para melhorcompreensão, vão aqui algumasinformações e explicações geraisa respeito de diversas referênci-as que aparecem ao longo dos18 encontros do livreto e das ce-lebrações: inicial e final.

1. Toda a Igreja no Brasil é re-presentada pela Conferência Naci-onal dos Bispos do Brasil (CNBB), eestá dividida em 17 Regionais: Nor-te 1; Norte 2; Noroeste; Nordeste1; Nordeste 2; Nordeste 3; Nordes-te 4; Nordeste 5; Oeste 1; Oeste 2;Centro Oeste; Leste 1; Leste 2; Sul1; Sul 2; Sul 3; Sul 4. As dez diocesesdo nosso Estado formam o Regio-nal Sul 4 da CNBB. Daí, o mapa doEstado na capa do nosso livretopara o Tempo Comum.

2. Todas as dioceses do Regi-onal Sul 4 têm como prioridadepastoral os Grupos de Reflexão/Família, com nomes e siglas dife-rentes: Grupos Bíblicos em Famí-lia (GBF); Grupos de ReflexãoBíblicos(GRB); Grupos de Reflexão

(GR); Grupos de Reflexão/Família(GR/F); Grupos de Família (GF).

3. Anteriores a esses grupos deevangelização existiam no Brasil - econtinuam a existir - as Comunida-des Eclesiais de Base (CEBs), asquais têm a prática de celebrar, acada quatro anos, um grande En-contro Estadual, sempre em outradiocese, e um Encontro Intereclesial,em um dos Regionais da CNBB.

4. Em abril de 2012, aconte-cerá em nossa Arquidiocese o11º. Encontro Estadual das CEBs,com o tema: Justiça e Profecia aServiço da Vida; e em 2014, nacidade de Juazeiro do Norte, noCeará, o 13º Intereclesial, com omesmo tema, e o lema: “CEBs ro-meiras do Reino no campo e nacidade”.

5. Em preparação ao eventoem nossa arquidiocese, e comoexpressão de comunhão eclesialno nosso Regional, surgiu a propos-ta de cada diocese contribuir esteano com um tema para o livretodos Grupos das demais dioceses.

6. Assim, no presente livreto,após a Celebração Inicial para oTempo Comum, teremos um 1º.Bloco de encontros com o temageral: Rumo ao 11º. Encontro Es-tadual das CEBs em 2012, cons-tando de 08 encontros com temaselaborados pelas dioceses deCriciúma, Blumenau, Chapecó,

GBFJornal da Arquidiocese Junho 2011

11

Florianópolis, Tubarão, Rio do Sul,Joinville e Lages; e um 2º. Bloco,com temas inspirados pelas no-vas Diretrizes Gerais da AçãoEvangelizadora (DGAE) aprovadasna última assembleia da CNBB,

concluindo com uma CelebraçãoFinal do Tempo Comum.

Ir. Clea FuckMembro da equipe de redação e

revisão dos livretos dos GBF

Encontrodos GBFs -

Paróquia daColoninhaNo dia 14 de maio realizou-

se na paróquia Santo Antônioe Santa Maria Goretti -Coloninha, o encontro de for-mação dos GBF com os anima-dores e animadores. O Encon-tro foi organizado pela equipeparoquial e conduzido no pri-meiro momento pelo párocoPe. Siro Manuel de Olivei-ra, que falou sobre importân-cia da Palavra de Deus na vidae na missão da Igreja. Na suafala, ressaltou que Maria é adiscípula perfeita na escuta daPalavra de Deus. Maria escutaa anun-ciação do anjo (Lc1,26ss) e diz sim ao grandeanúncio da Boa-Notícia, a reve-lação Deus à humanidade. Elase coloca totalmente disponí-vel à vontade de Deus. Assim,também nós, precisamos sa-ber escutar Deus, para anunci-ar ao mundo com convicção efidelidade a Boa-Notícia do seuReino de amor, justiça e paz. Oencontro finalizou com a Leitu-ra Orante da Palavra de Deuscom o texto bíblico de Lc 24,35ss “Os discípulos de Emaús”,conduzida com simplicidade esabedoria pelo diácono Wil-son Castro, da comunidadeSão Cristovão, paróquia do Ro-sário. Percebeu-se que os ani-madores e animadoras volta-ram alegres para suas comuni-dades, entusiasmados e con-victos da missão à qual Jesusos envia (Lc 4,18).

Comunicado

Comarca de

Santo AmaroConvidamos todos os ani-

madores e animadoras dosGBFs, os senhores padres ediáconos das 06 Paróquiasque compõem a comarca,para o encontro de formaçãosob os GBF no dia 18 de ju-nho das 14horas as 17horas,na comunidade da IgrejaImaculado Coração de Mariaem Rancho Queimado. Orga-nizem-se nas paróquias paraparticipar.

Os Grupos Bíblicos em Famí-lia e as Comunidades Eclesiais deBase da Comarca da Ilha estive-ram reunidos no dia 29 de maiopara participar de um encontro deformação. Realizado no salão daParóquia da Imaculada Conceiçãoda Lagoa, em Florianópolis, o en-contro reuniu mais de 130 parti-cipantes de seis paróquias dacomarca.

Durante o dia, os participantestiveram dois temas de formação.Pela manhã, após a saudação, às9h, todos foram conduzidos páro-co, Pe. Valdeci Cardoso Vieira,por uma caminhada em uma tri-lha no meio da Mata Atlântica.

Nos 1,5km da trilha localiza-da nos fundos da Igreja Matriz,eles refletiram sobre a Campa-

Encontro dos GBFs/CEBs na Comarca da Ilhanha da Fraternidade deste ano enossas ações sobre o meio am-biente.

À tarde, após o almoço, a for-mação foi conduzida por CarlaCristiani de Oliveira Guimarães,animadora de Grupos Bíblicos emFamília. Ela falou sobre a dimen-são social dos GBFs/CEBs a par-tir dos documentos das conferên-cias de Puebla e Aparecida. Eaplicá-los em nossa ação pasto-ral, não apenas em palavras, masem ações concretas que mudema sociedade em que vivemos.

O encontro foi encerrado comum momento celebrativo condu-zido pelos três diácono e pelo Pe.Pedro Paulo Alexandre, presen-tes ao encontro. Para o DiáconoRoberto, coordenador comarcal

dos GBFs, o encontro foi muitopositivo. “Foi muito bom pela par-ticipação e pelas assessorias,

Em uma das reuniões comar-cais dos coordenadores(as) pa-roquiais dos GBFs, antes de inici-ar a quaresma, foi lançada a pro-posta, por uma coordenadora pa-roquial, de mobilizar as comuni-dades na reciclagem de lixo:“Que tal! Se conseguirmos fazeruma campanha de recolhimentopara reciclagem de latinhas de

(Rio do Meio, Santa Regina, Arei-as, Vila da Pedra, Vila Conceição,Cedro, Braço e Matriz.

O melhor de tudo é que nãoparamos, estamos arrecadandofundos agora para as Missões naBahia. Infelizmente, nossa cida-de não possui a coleta seletiva delixo, portanto a grande maioria vaimesmo para o aterro sanitário.

Ação concreta dos GBFs - Comarca de Itajaíalumínio, e o valor arrecadadoseria doado na Coleta da Solida-riedade de cada Paróquia. Nós naParóquia Divino Espírito Santo emCamboriú sugerimos que nãoapenas latinhas, mas todo mate-rial fosse recolhido, e então veioa surpresa com a quantidade e odesejo do povo em não colocarno lixo esse material. Resultado

do recolhimento apenas no tem-po da quaresma: Papelão 332Kg; Alumínio 62 Kg; Ferro 325Kg; Plástico (Pet) 228 Kg; Misto(papel e Sacos de Plástico 331Kg; Litros de vidro, 22 unidades;Vidros de conserva, 37 unidades.O rendimento foi de quase qui-nhentos reais. Grupos Bíblicos deoito comunidades participaram

que contribuíram para o cresci-mento dos GBFs e CEBs daComarca”, disse o diácono.

Mais de 130 lideranças estiveram reunidas na Paróquia da Lagoa

Fo

to JA

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

12 Artigos Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Filho de João Rohden e deAna Locks, Huberto nasceu emSão Ludgero em 31 de dezem-bro de 1893. Sentindo o chama-do ao sacerdócio, iniciou os estu-dos aí mesmo, no seminário fun-dado na própria casa paroquialpelo Pe. Kloecker. Seguiu para oRio Grande do Sul, onde percor-reu o caminho escolar nos semi-nários dos padres jesuítas.Retornou a Santa Catarina emfins de 1919, sendo ordenadopadre em 1º de janeiro de 1920,em cerimônia realizada na Cate-dral. Na mesma oportunidadetambém eram ordenados Jaimede Barros Câmara, futuramentebispo de Mossoró, arcebispo deBelém e Cardeal do Rio de Janei-ro, e José Locks, depois Monse-nhor. Era tio de dois outros ecle-siásticos de grande envergadura:Dom Afonso Niehues, que foi ar-cebispo de Florianópolis, e Mons.Huberto Brüning, missionário emMossoró por uma vida.

Em 5 de janeiro de 1920 foinomeado vigário paroquial daCatedral de Florianópolis e vigá-rio encarregado da SantíssimaTrindade, um trabalho de muitocansaço e privação através dascomunidades pobres da Ilha deSC. O trabalho excessivo prejudi-cou-lhe a saúde. Em 1921 foiprovisionado vigário paroquial deBraço do Norte e, em 1922, pá-roco da Laguna.

Aluno de jesuítas, amante dosestudos, Pe. Huberto percebeu

que sua vocação não era a pasto-ral direta com o povo, mas a vidaacadêmica. Obtendo licença deDom Joaquim, bispo diocesano,foi recebido na Companhia de Je-sus. Em 1924 ingressou no Novi-ciado dos Jesuítas em PareciNovo, RS.

Na condição ainda de noviço,foi enviado, já em abril de 1924,para a Europa, onde esteve em di-ferentes casas da Ordem, comple-mentando seus estudos, com o tí-tulo de Doutor em Filosofia. Em 15de maio de 1931 retornou àArquidiocese, sendo nomeado vi-gário paroquial de Urussanga eencarregado de Cocal, pequenacolônia de polacos. Com a grandebagagem intelectual já adquirida,sentiu-se desvalorizado. Esse era,porém, o costume de Dom Joa-quim: não era humilhar, mas pro-var a obediência.

Em 14 de novembro de 1931recebe Cartas Demissórias paradeixar a arquidiocese de Floria-nópolis e ir para a diocese de San-ta Maria,RS. Ali foi nomeado Ins-petor das escolas ferroviárias,com centro em Santa Maria.

A Liga da Boa ImprensaNuma época de poucas obras

católicas ao alcance do povo, Pe.Rohden teve o apoio firme e ami-go do Cardeal Dom SebastiãoLeme, do Rio de Janeiro e empe-nhou-se na Cruzada da Boa Im-

prensa: lançar, a preços acessí-veis, obras de formação católica.

O sucesso foi imenso e sua pes-soa conheceu fama rápida emtodo o cenário nacional.

Em São Paulo, de onde saemmuitas publicações para o res-tante do país, diversos eclesiás-ticos ofereceram sutis objeçõesa algumas afirmativas deRohden. Depois da morte do Car-deal Leme, em outubro de 1942,consolidou-se a oposição, agoraclara e pública.

Pe. Rohden, atingido tão forte-mente em sua integridade intelec-tual e cristã, sentiu o baque. Vi-veu, de 1943 a 1945, num sítiodo Estado do Rio de Janeiro. Deci-diu abandonar o ministério sacer-dotal em 1943. Entregou a suacarta de desistência do uso as or-dens eclesiásticas em janeiro de1945, ao arcebispo do Rio de Ja-

neiro, Dom Jaime de Barros Câ-mara, seu colega de estudo e deordenação. Deixa a Igreja católicae o Cristianismo como religião re-velada. Profundas mágoas marca-ram para sempre essa decisão.

Nos Estados UnidosTendo clareza de mudança

de vida e de convicções, de1945 a 1946 recebe uma Bol-sa de estudos para PesquisasCientíficas, na Universidade dePrinceton, New Jersey (EstadosUnidos), onde conheceu AlbertEinstein. Ali lançou os alicercespara o movimento de âmbitomundial da Filosofia Univérsica,tomando por base do pensa-mento e da vida humana a cons-tituição do próprio Universo, evi-denciando a afinidade entre Ma-temática, Metafísica e Mística.

Um homem e sua obraPublicou quase 100 livros de

Religião, Filosofia e Ciência. Aolongo da vida revisou, atualizoue reescreveu o conjunto de seusescritos, hoje editados pela Fun-dação Alvorada e por elecondensados em 65 obras.

Importante para conhecê-lo apartir de si mesmo e de seu pon-to de vista: POR UM IDEAL – o

que por ele vivi e sofri em meio

século (2 volumes – 1962): é aautobiografia de Rohden. É ondetranspira seu ressentimento con-tra a Igreja (em praticamente to-dos os capítulos). Todas as suas

Nos últimos dias temos pre-senciado uma série de manifes-tações ligadas à temática homos-sexual, associadas à decisão doSupremo Tribunal Federal (STF)de reconhecer a união estável decasais homossexuais, bem comoao projeto de lei sobre a chama-da "homofobia", ou ainda, emrelação às opiniões polêmicas dodeputado Bolsonaro. Em meio atoda essa confusão, tentemosaclarar um pouco as ideias.

Creio que, em primeiro lugar,devemos dar um basta às ideolo-gias e à falta de racionalidade - daparte de todos. Do lado católico -que nem sempre tem-se compor-tado como deveria - a Igreja deixaclaríssimo que a atitude em rela-ção a uma pessoa com tendênci-as homossexuais é a de acolhercom respeito, compaixão e deli-cadeza, evitando, em relação aeles, qualquer sinal de discrimina-ção (Catecismo da Igreja Católi-

ca, n.2358). Por outro lado, daparte dos que defendem a homos-sexualidade, não pode existiruma ditadura que condene deimediato as opiniões contráriasàquelas que eles defendem.

Deixando claro esse ponto erespeitando quem defende opi-niões contrárias - ainda que raci-onalmente acredite que essasopiniões estejam equivocadas -racionalmente defendo que a ati-vidade homossexual é contráriaao modo próprio de ser da natu-reza humana. Insisto no termo"racional" porque não defendoessa posição devido à minha fé,mas porque a minha razão mepermite ver que é algo contrárioao amor. Sem nenhuma intençãode ofender as pessoas que te-nham essa tendência, parece-meclaro que o que sentem é umaatração sexual - quase semprereduzida apenas a essa dimen-são. Acaso o amor não é mais que

a mera sexualidade?Uma prova do que disse an-

tes, é que existem apenas 60 milpessoas no Brasil que se "casa-ram" com pessoas do seu mes-mo sexo. Não chega a 0,04% dapopulação brasileira. Para que le-gislar para um grupo de 0,04%?Não me interpretem mal - aindaacreditando que seja um erro, nãopretendo de nenhum modo quese proíba ou se tire a liberdade deas pessoas viverem a sexualida-de como queiram. Porém criar leis- que moldam uma sociedade -defendendo a homossexualidadee a união homossexual como fa-mília, que poderia inclusive ado-tar filhos, parece-me uma ofensaà democracia e à educação danossa sociedade. Querer, atravésde uma lei, proibir qualquer tipode manifestação de quem temuma opinião contrária à "politica-mente correta" é uma ofensa nãoao catolicismo ou à religião, mas

à liberdade de pensar, à liberda-de de expressão. Trata-se, comodisse Reinaldo Azevedo em seublog, de uma ditadura do politica-mente correto.

É democrático que, enquanto62% da população brasileira sejacontrária à união homossexual,essa seja imposta pelo SupremoTribunal Federal de modo clara-mente contrário ao artigo 226 daConstituição Federal? Não só nãoé democrático, como é incons-titucional - mas a quem nos quei-xaremos, se é o STF quem decidea constitucionalidade?

Sem prolongar mais, concluodizendo que como católicos nãosomos e não devemos ser"homofóbicos". O que defende-mos é que não mudem inconstitu-cionalmente o modelo de família,base de toda a sociedade e quenão inculquem em nossos filhosuma educação pró-homossexual.Como católicos, não somos e ja-

Homossexualidade, Catolicismo e Liberdade

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mais seremos contrários à liber-dade de pessoas homossexuaisviverem de um modo com o qualnão estamos de acordo, mas oque queremos é também a liber-dade de poder dizer claramente oque pensamos, sem que isso sejaconsiderado crime. Onde fica anossa liberdade?

Pe. Dr. Helio Lucianograduado em Odontologia pela

Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC), em Filosofia

Eclesiástica e Teologia pela Uni-

versidade de Navarra (UN); Mes-

tre em Bioética pela Faculdade

de Medicina da Universidade de

Navarra (UN) - Espanha; Mes-

trando em Teologia Moral pela

Pontifícia Universidade da Santa

Cruz (PUSC); Doutorando em

Bioética pela Faculdade de Medi-

cina do Campus Biomedico di

Roma (UNICAMPUS); Membro da

Comissão de Bioética da CNBB.

Padre Huberto Rohden – um longo caminhomemórias são lembradas sobeste enfoque.

Morte – o fim de umlongo caminho

Huberto Rohden teve uma vidaagitada por muitas conferênciaspelo Brasil afora, normalmente fre-qüentadas por piedosos católicosque gostavam de ouvi-lo e perma-neciam católicos. Sua figura, pos-tura e comunicação atraíam.

Nos últimos anos levou vidade meditação, contato com a na-tureza, trabalho na horta, revisãode suas obras. Escrevia para seusamigos e parentes (Dom AfonsoNiehues, Mons. José Locks,Mons. Huberto Brüning e outros):cartas de um homem sereno eseguro, mas que sentia saudadesde um mundo que lhe estava de-finitivamente distante.

À zero hora do dia 7 de outu-bro de 1981, após longainternação em uma clínicanaturista de S. Paulo, aos 87anos de vida e 61 de ordenaçãosacerdotal, o professor HubertoRohden partiu deste mundo e doconvívio de seus amigos e discí-pulos. Suas ultimas palavras, emestado consciente, foram: “Eu

vim para servir a humanidade”.Hoje seus restos mortais re-

pousam no túmulo de seus pais,em São Ludgero.

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Pe. Huberto Rohden:

de padre diocesano afilósofo e cientista da natureza

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Jornal da Arquidiocese Junho 2011

13Missão

Bem-Aventurado Clemente VismaraNos dias de hoje, falar ou es-

crever sobre santidade parece algofora de moda, pois a nossa socie-dade consumista e materialistaenaltece o “culto do corpo”, o “ternotoriedade”, possuir “bens mate-riais” ou impor ainda a “religião dopegue e pague”, isto é, quanto mai-or a bênção, maior deve ser a ofer-ta. A Igreja, porém, propõe e teste-munha os valores eternos que, defato, dão sentido à vida. Enquantoa beatificação do Papa João PauloII e da Ir. Dulce ainda ecoa nos nos-sos ouvidos e corações, apresen-to aos nossos leitores a figura dovenerável Pe. Clemente Vismaraque, no dia 26 de junho, será de-clarado Bem-Aventurado, na Cate-dral (Duomo) de Milão.

O PIME na Birmânia(atual Myanmar)

O novo Bem-Aventurado é ummissionário do Pontifício Institutodas Missões - PIME, uma famíliamissionária, hoje sesquicen-tenária, pois nasceu em 1850, doclero diocesano da Lombardia,região da Itália cuja capital é Mi-lão. Dois anos depois, o PIME jáenviava seus primeiros missioná-rios para a Papua Nova Guiné.Poucos anos depois, em 1868, oPIME enviava outro grupo de mis-sionários, dessa vez para aBirmânia. Pe. Clemente Vismarafoi enviado logo após a sua orde-nação. Naquele país, o missioná-rio viveu 65 anos, voltando para aItália somente uma vez, em 1957,por motivo de saúde.

Quem foiPe. Clemente Vismara

Pe. Clemente nasceu emAgrate Brianza, perto de Milão,

Pelo amor que tinha pelascrianças, sobretudo os órfãos epobres, Pe. Clemente é considera-do o “Protetor das crianças” nopequeno, mas bastante populoso,país asiático.

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Desta vez trata-se de um missionário do PIME, que passou 65 anos na missão da Birmâniaem 6 de setembro de 1897. Comsete anos ficou órfão de pai e mãe.Em 1913, com 16 anos, entrouno Seminário de Milão, mas trêsanos depois teve que interromperos estudos para prestar o serviçomilitar na 1ª Guerra Mundial. Foidurante essa guerra que surgiunele o ideal da vocaçãomissionária. Clemente entendeuque somente a Deus valia a penadoar totalmente a vida. Foi assimque, em 1919, estando novamen-te no Seminário de Milão, fez aopção radical de ser missionárioalém fronteiras. Em vista disso,entrou no Seminário Missionáriodo PIME, na mesma cidade e, em1923, foi ordenado presbítero.

O seu entusiasmo e a sua von-tade de doar-se a Deus e às mis-sões era tão grande que, logo emseguida, partiu para a Birmânia,numa região paupérrima situadaentre a China, o Laos e a Tailândia.Naquela região não havia aindanenhum cristão. Brincando sobreessa situação, o Pe. Clemente es-creveu: “Numa distancia de 100km, se quisesse ver um outro cris-tão deveria me olhar no espelho!”.

“O começo, testemunha oPe. Clemente a um seu amigo,foi muito difícil! Sempre quechegava numa aldeia, as pes-soas fugiam e se escondiamnas choupanas. Era a primeiravez que um homem brancoaparecia para visitá-los. Contu-do, apesar disso, posso lhe afir-mar que, raramente, senti tris-teza ou abatimento”.

As virtudes dePe. Clemente

Desde o começo do seuapostolado, Pe. Clemente visitava

todas as aldeias daquela enormeregião. Até onde podia, ia a cavaloe depois chegava a pé, pois erauma área muito montanhosa.

Entre as suas virtudes desta-camos: seu espírito de fé, o amoràs crianças e aos pobres, espíri-to de sacrifício, serenidade dian-te das dificuldades, otimismo,humildade, paciência, bom sen-so e equilíbrio, desapego dosbens materiais, e confiança ab-soluta na Providencia Divina.

No seu modo de agir e falar,mesmo diante das situaçõesmais dramáticas, transmitia sem-pre, e a todos, o amor à vida e aalegria de viver. Por isso, o povogostava de dizer: “Clemente é opadre que está sempre sorrindoe brincando”.

Pe. Clemente morreu no dia15 de junho de 1988, em MongPing, com 91 anos, rodeado pelopovo que o amava e que o reco-nhecia como um pai. Ele foi se-pultado ao lado da gruta de Nos-sa Senhora de Lourdes, que elemesmo tinha construído. Após asua morte, logo se difundiu a

fama de sua santidade e foi cha-mado carinhosamente de “Patri-arca da Birmânia”. De suas exé-quias participaram também mui-tos budistas e muçulmanos.

Caminho rumoà beatificação

Um mês depois da morte doPe. Clemente, o grupo missionárioda sua paróquia de origem, escre-veu ao Superior Geral do PIME,pedindo que se iniciasse a Causada sua beatificação. Isso aconte-ceu somente em 1996, pelo Car-deal Carlo Martini, de Milão.

No dia 15 de março de 2008,o Papa Bento XVI reconhecia oPe. Clemente como “Servo deDeus”, devido ao seu modo he-

róico em praticar as virtudes evan-gélicas.

Após mais dois anos, a Comis-são Médica aprovou o milagreatribuído à sua intercessão e, nodia 2 de abril de 2011, o Papaassinou o decreto que reconhe-cia o milagre, declarando assimo Pe. Clemente Bem-Aventurado.

A celebração da beatificaçãoserá realizada no dia 26 de junhode 2011, na Catedral de Milão.

Devoção ao Bem-Aventurado Clemente

O Bem-Aventurado Clementejá é invocado como o “Protetordas crianças”, devido ao amorque ele tinha pelas crianças, so-bretudo os órfãos e pobres. Inú-meras graças foram recebidas,pela intercessão do Pe. Clemen-te, também por casais sem filhose em vias de separação.

Ao Pe. Clemente, já no finalde sua vida, alguém pediu quedeixasse uma mensagem paraos jovens. Eis a sua mensagem:“Queridos jovens, baseado naminha longa experiência, digo avocês que, para ser missionário,é necessário doar a vida com ge-nerosidade, simplicidade, entusi-asmo e amor. Não guardem nadapara si. Sejam livres para amar aDeus e ao próximo por toda avida. Se o missionário não é ca-paz de tamanha doação, nãovale nada. Acreditem: Só Deusbasta!”

Que o Bem-Aventurado Cle-mente suscite muitas vocaçõesmissionárias entre nós.

Pe. Toninho Nunes – PIME

Pe. Clemente Vismara, em 1923, logo que foi enviado para a Birmânia,e já idoso, aos 91 anos, depois de passar 65 anos naquele país.

Atividades MissionáriasNos dias 25 e 26 de junho

será realizado o Retiro de for-mação para assessores da In-fância e adolescência Missio-nária. Os interessados em par-ticipar, devem entrar em con-tato com Dalva, (48) 8411-3896, ou Maria AparecidaCampos, 3342-1886, ou peloe-mail: [email protected].

Nos dias 18 a 20 de junho,O Conselho MissionárioDiocesano estará promoven-do, em Tijucas, o Retiro para aspessoas que desejam realizarmissão na Bahia. Os interessa-dos devem entrar em contatocom o Pe. Darcísio Schappo,pelo fone (48) (48) 3273-1103 ou pelo [email protected]

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

Devemos motivar os jovens a seguira vida religiosa ordenada através de

nosso testemunho como padres”

14 Geral Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

A Paróquia São Cristóvão, emCordeiros, Itajaí, recebeu os fiéisno dia 21 de maiopara a celebra-ção de ordenação presbiteral deElizandro Scarsi. Em 43 anos decriação da paróquia, esta foi aterceira ordenação. A primeira foido Pe. Vitor Galdino Feller, orde-nado no dia 23 de fevereiro de1980. Depois, do Frei FábioCesar Gomes, no dia 09 de ju-nho de 2001.

Filho de João Augusto Scarsie Lúcia Guimarães Scarsi,Elizandro nasceu no dia 02 defevereiro de 1980, em Laranjei-ras, no Paraná. Segundo filho detrês irmãos, aos 14 anosElizandro se mudou com a famí-lia para Itajaí, passando a residirna comunidade de Cordeiros.

Lá passou a participar dosgrupos de jovens e foi catequista.Graças a isso, sentiu cada vezmais forte o desejo de seguir avida religiosa ordenada. Conver-sou com o seu então pároco, Pe.João Elias Antero, e recebeu todoo apoio. Participou dos encontrosvocacionais em Azambuja e em1999 entrou para o Seminário.

Em entrevista, Pe. Elizandrofala influência da participação nosgrupos de jovens e da catequeseno seu despertar vocacional, doapoio recebido da sua família, daescolha do lema de ordenação eseu significado, da necessidadede os padres motivarem os jovensno seguimento de Jesus e o queesses devem fazer caso sintam o

Pe. Elizandro ScarsiVocação despertada no trabalho como

catequista e membro de grupo de jovensdesejo de seguir a vocaçãop0resbiteral.

Jornal da Arquidiocese - Osenhor participou de grupode jovens e foi catequista.De que forma essas experi-ências contribuíram para oseu despertar vocacional?

Pe. Elizandro - O fato de tersido catequista e também de terparticipado de grupo de jovens sóajudou a reforçar a fé que herdeide minha família. Ser catequistae membro do grupo de jovens fezcom que eu participasse de for-ma mais direta da vida da comu-nidade e, com isso, acentuou-seem mim o desejo de ser sacerdo-te. Por que a vocação semprenasce da comunidade e para acomunidade.

JA - Durante a sua orde-nação presbiteral, era nítidoo orgulho do seu pai em es-tar entregando um filho paraa Igreja. Qual a importânciada família na sua vocação?

Pe. Elizandro - Minha famí-lia foi muito importante na minhavocação, por que foi dela que eurecebi a fé, que me possibilitoutrilhar esta caminhadavocacional. Por isso sou muitograto a eles por tudo que aconte-ceu comigo, especialmente estagraça de hoje ser um sacerdotepara a Igreja de Jesus Cristo. Lou-vo a Deus pela família maravilho-sa que tenho: foram sempre mui-

to próximos de mim e me acom-panharam em tudo com muitaalegria, dando-me muita forçapara enfrentar esta missão tãosublime e tão grande.

JA - Seu lema de ordena-ção presbiteral é “Aqui estou,Senhor; que devo fazer? En-via-me para onde for do teuagrado”, de São FranciscoXavier. O que ele representa?

Pe. Elizandro - Para mim.representa a missão que assumia partir de minha ordenação pe-rante a Igreja. Vou procurarcolocá-lo em prática todos osdias da minha vida como sacer-dote, e que Deus me ajude avivenciá-lo bem todos os dias deminha vida. Por que o lema deordenação sacerdotal é o progra-ma de vida do Padre.

JA - A Arquidiocese deFlorianópolis possui quasedois milhões de habitantes,mas possui apenas 50 semi-naristas nas quatro esferasde formação. O que é preci-so para despertar nos jovenso ardor vocacional?

Pe. Elizandro - Devemos,como padres, procurar motivarmais os nossos jovens para esteseguimento através do nosso tes-temunho pessoal. Além disso,devemos investir mais na pasto-ral vocacional de nossas paróqui-as. Sabemos que muitas paróqui-as da Arquidiocese não têm umtrabalho direcionado às vocações,ou sejas, uma pastoral vocacionalorganizada. Devemos como sacer-dotes motivar mais nossas lide-ranças para nos ajudarem nestetrabalho de motivação vocacional.

Fo

to JA

Emocionado em um dos momentos da celebração de sua ordenaçãopresbiteral, Pe. Elizandro mostra as mãos ungidas com o Crisma

Também devemos convidar maisos nossos jovens para fazerem aexperiência em nossos Seminári-os, para com isso poderem daruma resposta ao Senhor.

JA - O que o senhor tem adizer aos jovens que sentemo desejo de seguir a vidareligiosa, mas ainda nãoderam o passo decisivo?

Pe. Elizandro - Vocação é aaptidão natural e a expressão con-creta, revelada nos trabalhos, nomodo de vida e ações, que estácontida em toda pessoa. A Igrejatem uma atenção especial paracom as vocações, reconhecendoseu valor na vida das pessoas eatuando em prol do crescimentodos “trabalhadores da messe”. Épreciso estar atento ao chamado.Hoje, são muitas as vozes queconfundem e abafam o verdadei-ro sentido do chamado de Deus.É preciso saber o momento certoem que Ele chama, e acima detudo aderir a esse chamado. A Igre-ja necessita cada dia mais da dis-posição dos cristãos para o desen-volvimento dos trabalhos que a“missão” nos interpela a assumir-mos. A exigência é grande, a dis-ponibilidade também, porque ochamado exige um compromisso,radicalidade evangélica, regra devida, uma vida despojada para oSenhor, inteiramente disponívelpara Ele. É viver inteiramente dis-ponível para o serviço à Igreja, aosmarginalizados, aos pobres, felizsempre. Responder a isso requerum discernimento maduro, since-ro, coerente e responsável. E issoé para toda vida, o chamado épara todos, embora nem todossejam sensíveis a ele.

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

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CasalUm homem e uma mulher que se amam, dois santos que

se amam, com o amor mais puro e verdadeiro que já uniu doisseres humanos: o amor de Maria e José! Pensados desde todaa eternidade pelo Pai, foram criados para cuidar do Criador.Ela, a Virgem Mãe, amamentará com seu seio o Pão da vida;ele, o homem justo, cuidará desse Filho com o amor que vemdo próprio Deus!

OrquídeasGosto das orquídeas, gosto de

ver surgir os brotos, de acompa-nhar o seu desabrochar, de con-templar as flores que surgem. Per-

co tempo admirando a beleza desua forma e das cores com que oPintor as pinta. Ele as faz comdedos de artista, mostrando a fir-meza de sua mão ao nelas fixartraços tão bonitos, dispondo-osora de um mesmo comprimentoe largura, ora bem diferentes. OAmor se dá todo em tudo.

Orquídeas 2Gosto de ir percebendo o en-

velhecimento das flores, que semantêm belas até cair. Que liçãopreciosa! Gosto de sempre denovo fazer-me presente quando,

parecendo feia e morta, fica len-tamente desenvolvendo as novasflores com que, ano após ano, seoferece ao observador atento.

Nós trazemos o tesouro emvasos de barro e somos como asorquídeas. Nos períodos de aridez,o Amor vai tecendo novas florescom que nos daremos ao mundo.

Orquídeas 3Ah, Divino Jardineiro, teu amor

nunca excede a medida porque ésem medida: és Mestre que ensi-na sem falar porque fazes falaras criaturas que crias. Franciscome ajude a te dizer: “Louvado se-jas, meu Senhor, pela irmã orquí-dea: ela é bela e sempre de novo,ao morrer, nasce, porque para istoé que a criaste”!

PensamentoMeu pensamento pode ser

meu dono: isso seria muito ruim,pois devo domá-lo. Ele está sem-pre comigo e, no entanto, podenão ser meu: pode ser um pen-samento bom, que vem de Deus,mas também pode vir do Malig-no. Está escondido, mas possorevelá-lo; é silencioso, mas podetransformar-se em palavra e, até,em ação.

Pensamento 2Eu e meu pensamento: dois

companheiros, mas nem semprebons companheiros. Ele nuncame deixa só, mas existem vezesem que devo deixá-lo sozinho,isto é, não dar chance para quese prolongue, porque poderá pre-judicar-me e a outros. Com eleposso santificar-me, mas tam-bém posso pecar. Poderá ser umaliado de valor, mas também umperigoso adversário.

AlegriaA alegria interior nem sempre coincide com a alegria exterior, e aquela

é mais importante que esta, porque sempre verdadeira. Mas, normalmen-te, a alegria interior manifesta-se no exterior, o que nem sempre acontecequando a situação é inversa. Deus está em mim, Ele está no meio de nós:esta certeza deveria encher-nos de alegria, da perfeita alegria cristã.

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Jornal da Arquidiocese Junho 2011

15Geral

26ª Assembleia Arquidiocesana de PastoralRealizada em Campinas, São José, evento definirá o nosso Plano Arquidiocesano de PastoralNo próximo dia 25 de junho de

2011, sábado, na Paróquia SantoAntônio, em Campinas, São José,estaremos realizando a 26ªAssembleia Arquidiocesana dePastoral. Em carta convocatóriaenviada no último dia 20 de maioa todos os membros da Assem-bleia – natos, representativos econvidados – Pe. João FranciscoSalm, nosso Administrador Arqui-diocesano lembra os objetivosgerais que nortearão os trabalhos:a) fortalecer a comunhão na cami-nhada da ação pastoral e evange-lizadora da Igreja na Arquidiocese;b) celebrar o mistério da Igreja,povo de Deus em comunhão emissão; c) unir todas as forças vi-vas (paróquias e comunidades,congregações religiosas e institu-tos seculares, pastorais e organis-mos, movimentos e novas comu-nidades, colégios e meios de co-municação etc.) na mística e naprática da vida eclesial.

Além dos objetivos gerais, hátambém os seguintes objetivosespecíficos: a) dar continuidadeao processo do planejamentoarquidiocesano de pastoral, inicia-do em junho de 2009 com a apro-vação e publicação das Diretrizesda Ação Evangelizadora da Arqui-diocese; b) estudar os pré-textosdo diagnóstico pastoral e do diag-nóstico social do planejamentoarquidiocesano de pastoral; c) con-cluir a etapa do “ver” do processodo planejamento arquidiocesanode pastoral; d) preparar a Igreja daArquidiocese para chegada de nos-so novo Pastor, a fim de que eleencontre nossa Igreja em plena ca-minhada e nela se insira melhor,através do conhecimento dos di-

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agnósticos pastoral e social.Segundo o regimento, são

membros da Assembleia Arquidio-cesana de Pastoral: a) natos: oArcebispo Metropolitano e o Bis-po Auxiliar; os membros da Coor-denação Arquidiocesana de Pas-toral; os membros do ConselhoArquidiocesano de Pastoral; osPadres e Diáconos da Arquidio-cese; b) representativos: os coor-denadores arquidiocesanos daspastorais, serviços e movimentos;um/a religioso/a por congregaçãopresente na Arquidiocese; dois lei-gos/as por Paróquia, eleitos pelaAssembleia Paroquial; seis semi-naristas de Teologia e três semi-naristas de Filosofia da Arqui-diocese; c) convidados: BisposEméritos da Arquidiocese; asses-sores, peritos, estudiosos e outros;Presidente da CNBB – RegionalSul IV; Subsecretário da CNBB –Regional Sul IV. Conta-se comuma presença aproximada de

400 participantes.Depois da apresentação dos

textos-base do “Diagnóstico Pas-toral”, que está sendo preparadopela Agência Dominus de Comu-nicação, e do “Diagnóstico Soci-al”, que está sendo elaboradopela ASA – Cáritas, haverá traba-lhos de grupos com o objetivo demelhorar esses diagnósticos, a fimde que possam constituir, depois,a parte do “ver” de nosso futuroPlano Arquidiocesano de Pastoral.

A Coordenação Arquidioce-sana de Pastoral pede oraçõesdos leitores do Jornal daArquidiocese e de todos os mem-bros de nossa Igreja pelo bom êxi-to da Assembleia, recordandonosso compromisso comum emfazer acontecer entre nós a Igre-ja de Jesus Cristo e, através dela,o Reino de Deus-Pai.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral

Escola de Relacionamento Abbá Pai

Lideranças, divididas em grupos, vão estudar os documentos jáelaborados e definirão o Plano Arquidiocesano de Pastoral

Depois de manter-se pormais de sete anos, mensalmen-te, na Paróquia N.Sra. do Rosá-rio, em São José, a Escola de Re-lacionamento Familiar Abbá Paiagora chega, pela primeira vez, aFlorianópolis.

Iniciada em 19 de maio, a Es-cola abraça novos participantes acada módulo, além de dar conti-nuidade aos trabalhos com os queperseveram. Nesta primeira expe-riência em Florianópolis, ela acon-tecerá com encontros mensais até

agosto. O próximo será dia 16 dejunho, no auditório do EducandárioImaculada Conceição, em Floria-nópolis, a partir das 18h30min.

À frente da condução da Es-cola está a terapeuta familiar,com especialização e mestradona área, Sandra Ribeiro deAbreu, consagrada da Abbá Pai.Segundo ela, a Escola prioriza asmães e pais, mas acolhe qual-quer integrante familiar que quei-ra aprender e ajudar sua família.

Para Simone Pereira, funda-

dora da Abbá Pai, a manutençãoda Escola realiza uma parte signifi-cativa da missão da obra Abbá Pai.“O trabalho da terapeuta Sandra,tem-nos ajudado a cumprir ocarisma de ‘proclamar o amor, a mi-sericórdia do Pai, pela santificaçãodos relacionamentos familiares’, naIgreja e no mundo”, disse Simone.

As inscrições podem ser feitaspelo fone (48) 32223025 ou peloe-mail [email protected]. Mais informações no sitewww.abbapai.org.

Nos idos de 1844, em Vals,na França, nasceu o Apostoladoda Oração como hoje o conhe-cemos. No Brasil, a cidade deRecife-PE, acolheu o primeironúcleo. Mas foi a partir de Itu-SP, que a “semente lançada”tornou-se grande árvore. Empouco tempo alcançou o Brasiltodo. Estima-se que, atualmen-te, represente em torno de cin-co milhões de associados.

A Missão Pontifícia de coor-denar e animar o Apostolado daOração no mundo, há muitotempo, é confiada à Companhiade Jesus (Jesuítas). Em virtudedessa Missão Pontifícia, o Su-perior Geral da Companhia deJesus é o Coordenador Mundi-al, Auxiliado por um Conselho eSecretário Mundiais. Em cada

país atua um secretário Nacional.No Brasil o trabalho é assumidopor Pe. Otmar Schwengber Sj,auxiliado por três coordenadoresregionais: Norte/Nordeste; Cen-tro/Centro Leste; Sudoeste e Sul.Este ultimo coordenado pelo Pe.Sereno Boesing Sj que coor-dena o AO na Arquidiocese.

Em todas as Dioceses há Di-retores Espirituais, nomeadospelos Bispos. A maioria absolu-ta, são do clero Diocesano. Aquina Arquidiocese de FlorianópolisPe. Sereno assumiu o trabalhoneste ano. Já as coordenaçõesDiocesanas são formadas pelosleigos. São pessoas generosasque levam a Igreja para o cora-ção do mundo e o mundo para ocoração da Igreja, diga-se, parao Coração de Cristo.

Apostolado da Oração

Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Para todos se fortificarem naslides apostólicas, importantes sãoas energias espirituais provenien-tes de seis fontes, também cha-madas de alicerces do Apostoladoda Oração: 1 - A devoção ao Sagra-do Coração de Jesus; 2 - A inesgo-tável riqueza de inspirações quevêm da Escuta e vivência da Pala-vra de Deus; 3 - A Eucaristia: cume,ápice, cerne da vida da Igreja, logo,do Apostolado da Oração tam-bém. 4 -A devoção ao Espírito San-to. É tão necessária sua Luz, Ver-dade e Vida, nas atitudes apostó-licas; 5 - A devoção a Nossa Se-nhora, que tanta participação tevena formação do Coração do Filho

Jesus; 6 - A comunhão com a Igre-ja. O Apostolado da Oração atingea missão na proporção em que es-tiver em comunhão com a Igreja. Oservir é a sua identidade. É só re-zar e meditar a Ladainha do Sa-grado Coração de Jesus, aprova-da pelo Papa Leão XIII, em 1899,para se certificar desta verdade.

Pe. Sereno Boesing SjCoor. Brasil Meridional e Diretor

Esp. Arquidiocesano do AO

Mais informações pelo fone(48) 3245-2208 e 9912-5870,ou pelo e-mail [email protected]

Fontes fortificantes do Apostolado

Mais de 4,5 mil associados participaram da sua Concentração em 2010

Arquivo/JA

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Junho/2011

16 Geral Junho 2011 Jornal da Arquidiocese

O Regional Sul IV da CNBB pro-moveu nos dias 13 a 15 de maio oprimeiro Mutirão de Comunica-ção. Realizado em Joinville, o even-to reuniu mais de 250 comu-nicadores católicos de todo o Esta-do, que refletiram sobre o tema“Comunicação na vida da Igreja” eo lema “Investir em comunicaçãopara ganhar na evangelização”. AArquidiocese esteve representadapor 20 participantes. Todo o even-to foi transmitido ao vivo via WebTVpelo site do Muticom (www.muticomsc.com).

A abertura do evento foi reali-zada na noite de sexta-feira noCentro Diocesano de Pastoral, econtou com palestra proferida porPe. Zezinho. Ele falou sobre aimportância de a Igreja investirem comunicação, mas, sobretu-do, na formação dos comunica-dores. Ele acredita que isso já es-teja acontecendo. “Demorou, masa Igreja está investindo seriamen-te nos meios de comunicação ecomunicadores”, disse. O eventotambém contou com a presençada Irmã Élide Fogolare, coor-denadora nacional da Pascom.

No dia seguinte, sábado, oscomunicadores se reuniram naFaculdade Cenecista de Join-ville.Lá, pela manhã, puderam esco-lher entre quatro seminários. Àtarde, no mesmo local, foram rea-lizadas as oficinas. Os participan-tes puderam escolher entre seteopções. Tanto os seminários quan-to as oficinas foram ministradospor especialistas nos temas abor-dados e por pessoas com longacaminhada na Igreja.

No domingo, pela manhã, oevento foi aberto às 8h, com a SantaMissa, presidida pelo Pe. Francis-co de Assis Wloch, secretárioexecutivo do Regional Sul IV daCNBB, e concelebrada por outrostrês padres. A celebração foi tam-

Muticom reúne comunicadores do Estado250 comunicadores de seis dioceses participaram do primeiro Muticom. O próximo já está previsto

bém transmitida ao vivo pelaWebTV Catedral de Florianópolis(www.catedralflorianopolis.com).

Após a celebração, os partici-pantes das oficinas apresenta-ram os resultados dos seus tra-balhos. A cada uma das sete ofi-cinas, foi destinado um tempopara utilizarem como quisessem.

Carta do MuticomAo final do encontro, foi lida a

Carta do Muticom. Escrita pela equi-pe de coordenação, o documentofaz um panorama geral do eventoe fala dos compromissos que os par-ticipantes assumem juntos a partirda realização do Muticom.

“Acreditamos que o Muticom

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to JA

Pe. Zezinho proferiu palestra de abertura do evento realizado em Joinville

No dia 05 de junho, a Igrejacelebrará o 45º Dia Mundial dasComunicações Sociais. Nesteano, o texto, redigido pelo PapaBento XVI, tem como tema “Ver-dade, anúncio e autenticidade devida, na era digital”. Nele, o Papafala das mudanças que o uso daInternet tem provocado na socie-dade, da preocupação em fazero bom uso desse meio e suaspotencialidades na evange-lização. “Somos chamados aanunciar, neste campo também,a nossa fé: que Cristo é Deus, oSalvador do homem e da histó-ria, Aquele em quem todas ascoisas alcançam a sua perfei-ção”, disse o Papa.

Para celebrar o Dia Mundialdas Comunicações Sociais, to-dos os comunicadores daArquidiocese são convidados aparticipar das celebrações naCatedral de Florianópolis. Nessedia, as quatro celebrações (7h30,

45º Dia Mundial dasComunicações Sociais

9h30, 18h e 19h30) serão vol-tadas para o tema.

Promovido pela Pastoral daComunicação da Arquidiocese, oevento pretende reunir oscomunicadores que atuam nosmeios de comunicação da Igreja,nos meios comerciais, os agen-tes da Pastoral da Comunicaçãoe todos aqueles que acreditamna comunicação como meio deevangelização.

Após a celebração das 9h30,todos são convidados a participarde um coquetel. Nele, Pe. Fran-cisco de Assis Wloch, párocoda Catedral, falará sobre o textodo Papa para o 45º DMCS, comen-tando também o trabalho da Pas-toral da Comunicação na Arqui-diocese, e a experiência da Cate-dral na utilização das novas mídias.

Mais informações pelo e-mail [email protected].

contribuiu para o desenvolvimen-to da Pascom no nosso Regio-nal”, avaliou Maria Teresinha deCampos, coordenadora daPascom no Estado.

O próximo Muticom está pre-visto para 2013 e será realizadona Diocese de Tubarão. A equipejá havia conversado com DomWilson Tadeu Jönck, bispo de Tu-barão e recém eleito presidentedo Regional Sul IV. Ele aceitou aproposta e a recebeu com alegria.

Assista aos vídeos doMuticom no site da Arqui-diocese (www.arquifln.org.br) no final da página emais fotos clicando em “Ál-bum de fotos”.

Compromissos assumidos no Muticom Continuar oferecendo oportu-

nidade de formação aos agentes

da Pastoral da Comunicação da

CNBB - Regional Sul IV;

Motivar a articulação da

Pascom nas instâncias dioce-

sana, comarcal e paroquial;

Construir um coletivo de jovens

comunicadores, com o objetivo de

motivar a evangelização da juven-

tude e do próprio jovem como pro-

tagonista;

Estabelecer entre as priorida-

des das dioceses o investimento

em recursos para a comunicação;

Fortalecer a ação evangelizadora

da Igreja através do uso moderno

dos meios de comunicação;

Muticom NacionalNos dias 17 a 22 de julho, a

Arquidiocese do Rio de Janeirosediará o 7º Mutirão Brasi-leiro de Comunicação. Oevento tem como tema “Comu-nicação e Vida: diversidade emobilidade”, e busta motivar ascomunidades brasileiras a refle-tirem sobre a comunicação re-lacionada com a vida cotidianae suas expressões que acolhema diversidade que somos e asmobilidades que experimenta-mos na cultura contemporânea.

O evento contará com es-

pecialistas e pensadores daIgreja e dos meios de comuni-cação, em painéis matinais.Também serão oferecidas ofi-cinas de formação que vão au-xiliar os comunicadores a do-minar as ferramentas paraevangelizar através dos meiosde comunicação.

Lideranças da Pastoral daComunicação da Arquidioceseestão se mobilizando para par-ticipar do evento. Mais informa-ções sobre o Muticom no sitewww.muticom.com .