jornal da arquidiocese de florianópolis mar/10

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Em poucos dias da campa- nha SOS Haiti, a Arquidiocese mobilizou-se e arrecadou R$ 164.742,22. Desse montan- te, R$ 50 mil foram destina- dos aos seminários da Capi- tal Porto Príncipe. O restante foi repassado à Cáritas Inter- nacional. “Fiquei gratamente surpreso com o resultado da coleta, que demonstra a sen- sibilidade de nossos católicos para com a situação de nos- sos irmãos do Haiti”, disse o arcebispo Dom Murilo. “Em 2008 fomos ajudados, agora estamos ajudando”. PÁGINAS 03 Apelo para o Haiti teve resposta expressiva Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Jovens iniciam missão na África Celebração de envio foi realizada no dia 31 de janeiro. Durante todo este ano os três jovens auxiliarão o Pe. Lúcio Espíndola em seus tra- balhos de evangelização na Guiné-Bissau Erichson, Cláudia e Elaine sãos os jovens da Comunida- de Divino Oleiro que, durante todo este ano, realizarão tra- balho missionário na Paró- quia de Empada, Diocese de Ba-fatá, na Guiné-Bissau. Lá, há três anos, Pe. Lúcio Espín- dola, nosso missionário na África, realiza trabalhos de evange-lização. Antes da via- gem, eles tiveram uma audi- ência com o nosso arcebispo Dom Murilo e receberam a sua bênção. PÁGINA 16 Pastoral da Comu- nicação reinicia suas atividades PÁGINA 03 Catedral terá en- cenação da Paixão e Morte de Jesus PÁGINA 05 Domingo de Ramos - Dia Mundial da Juventude PÁGINA 07 Fundo de Solidari- edade aprovou 27 projetos em 2009 PÁGINA 10 Arquidiocese foi representada no MUTICOM PÁGINA 14 Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Março 2010 Nº 154 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) CFE-2010: celebração dá início à Campanha da Fraternidade PÁGINA 03 Novo Seminário Propedêutico é inaugurado em Camboriú Solenidade foi realizada na noite do dia 12 de fevereiro, e contou com a presença dos Formadores das quatro casas de formação e dos 48 semina- ristas da Arquidiocese. O nome do Seminário homenageia Mons. Valentim Loch, homem que dedicou boa parte dos seus 60 anos de sacerdócio à formação dos nossos padres. PÁGINA 15 Dom Murilo dá a sua bênção aos três jovens da Comunidade Divino Oleiro, que partiram para a missão na Guiné-Bissau. Proposta é ficar um ano como experiência. Se der certo, será montada uma casa permanente Procissão do Senhor dos Passos A mais tradicional manifestação religiosa do Estado será realizada dos dias 14 a 22 de março Pelo 244º ano consecutivo, a Irmandade promove a Procis- são do Senhor dos Passos. A solenidade segue o mesmo modelo que a consagrou nesses anos, com uma diferença: a equipe de coordenação está se empenhando em trazer mais jo- vens para participar da Procis- são. É através deles que a tra- dição será garantida para as ge- rações futuras. PÁGINA 09 Mais de 20 mil participaram em 2009

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 154, ano XIV, Março de 2010

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

Em poucos dias da campa-nha SOS Haiti, a Arquidiocesemobilizou-se e arrecadou R$164.742,22. Desse montan-te, R$ 50 mil foram destina-dos aos seminários da Capi-tal Porto Príncipe. O restantefoi repassado à Cáritas Inter-nacional. “Fiquei gratamente

surpreso com o resultado dacoleta, que demonstra a sen-sibilidade de nossos católicospara com a situação de nos-sos irmãos do Haiti”, disse oarcebispo Dom Murilo. “Em2008 fomos ajudados, agoraestamos ajudando”.

PÁGINAS 03

Apelo para o Haiti teveresposta expressiva

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Jovens iniciam missão na ÁfricaCelebração de envio foi realizada no dia 31 dejaneiro. Durante todo este ano os três jovensauxiliarão o Pe. Lúcio Espíndola em seus tra-

balhos de evangelização na Guiné-Bissau

Erichson, Cláudia e Elainesãos os jovens da Comunida-de Divino Oleiro que, durantetodo este ano, realizarão tra-balho missionário na Paró-quia de Empada, Diocese deBa-fatá, na Guiné-Bissau. Lá,há três anos, Pe. Lúcio Espín-

dola, nosso missionário naÁfrica, realiza trabalhos deevange-lização. Antes da via-gem, eles tiveram uma audi-ência com o nosso arcebispoDom Murilo e receberam asua bênção.

PÁGINA 16

Pastoral da Comu-nicação reiniciasuas atividades

PÁGINA 03

Catedral terá en-cenação da Paixãoe Morte de Jesus

PÁGINA 05

Domingo de Ramos- Dia Mundial daJuventude

PÁGINA 07

Fundo de Solidari-edade aprovou 27projetos em 2009

PÁGINA 10

Arquidiocese foirepresentada noMUTICOM

PÁGINA 14

ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Março 2010 Nº 154 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

CFE-2010: celebração dá início à Campanha da Fraternidade PÁGINA 03

Novo Seminário Propedêuticoé inaugurado em CamboriúSolenidade foi realizada na

noite do dia 12 de fevereiro, econtou com a presença dosFormadores das quatro casasde formação e dos 48 semina-ristas da Arquidiocese. O nome

do Seminário homenageiaMons. Valentim Loch, homemque dedicou boa parte dosseus 60 anos de sacerdócio àformação dos nossos padres.

PÁGINA 15

Dom Murilo dá a sua bênção aos três jovens da Comunidade Divino Oleiro, que partiram para a missão naGuiné-Bissau. Proposta é ficar um ano como experiência. Se der certo, será montada uma casa permanente

Procissão do Senhor dos PassosA mais tradicional manifestação religiosa do

Estado será realizada dos dias 14 a 22 de março

Pelo 244º ano consecutivo,a Irmandade promove a Procis-são do Senhor dos Passos. Asolenidade segue o mesmomodelo que a consagrou nessesanos, com uma diferença: aequipe de coordenação está se

empenhando em trazer mais jo-vens para participar da Procis-são. É através deles que a tra-dição será garantida para as ge-rações futuras.

PÁGINA 09 Mais de 20 mil participaram em 2009

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

Que pobre apo-logia! Um Deusnão onipoten-

te! Como pode-ríamos ter a

certeza do seuamor, se esseamor termina

onde começa opoder do mal?”

As penitênciasque a Igreja nosprescreve nesse

tempo sãojustamente

para que seja-mos mais livres,

menos apega-dos e mais

generosos.”

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis

É tempo de amorProfessores e funcionários pú-

blicos, desempregados e cobra-dores de ônibus, jovens e crian-ças que na Quarta-feira de Cin-zas foram a uma de nossas igre-jas, ouviram uma advertência:“Conver-tei-vos e crede no Evan-gelho” ou “Lembra-te que és pó,e ao pó hás de voltar!” Somos pó.Essa verdade nos obriga a deixarde lado a vaidade. Ajuda-nos aolhar o mundo, os homens e osacontecimentos com um olharmarcado pelo realismo. Se é ver-dade que somos pó, e que ao póvoltaremos, não menos verdadeé que, em Jesus, também Deusse fez pó. Por isso, no tempo daQuaresma, a Igreja coloca diantede nós aquele que “esvaziou-sea si mesmo, e assumiu a condi-ção de servo... Humilhou-se e foi

obediente até a morte, e mortede cruz” (Fl 2,7-8). Pela sua cruze obediência, conquistou para nósa salvação. Falta, agora, a nossaparte - aquele passo que somosconvidados a dar, para segui-lo.Afinal, ele quer ser seguido ape-nas por pessoas livres. As penitên-cias que a Igreja nos prescrevenesse tempo, tais como o jejum ea abstinência de carne em certosdias, e as que nosso amor nos ins-pirar, são justamente para quesejamos mais livres, menos ape-gados e mais generosos.

Para alguns, tornar-se livrepoderá significar maior fidelida-de aos seus deveres na família,no trabalho ou na sociedade.Para outros, maior preocupaçãopela justiça, na linha do que oSenhor falou, através do profeta

Isaías: “Por acaso não consistenisto o jejum que escolhi: emromper os grilhões da iniqui-dade,em soltar as ataduras do jugo epôr em liberdade os oprimidos edespedaçar todo o jugo?” (Is58,6). Para um terceiro grupo,poderá significar deixar de fumar,de beber e de divertir-se, tendoem vista os apelos transmitidospor outro profeta: “Agora, retornaia mim de todo o vosso coração,com jejum, com lágrimas e comlamentação. Rasgai, os vossoscorações, e não as vossas roupas,retornais ao Senhor, vosso Deus,porque ele é bondoso e misericor-dioso, lento na ira e cheio deamor, e se compadece na desgra-ça” (Jr 2,12-13).

A liberdade que conquistar-mos com tais práticas não será

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

A onipotência deDeus e o sofrimento

Em Cristo, Deus se manifestouna sua verdade total (...). Tambémhoje muitos vivem distantes de Cris-to, não conhecem seu rosto e, des-se modo, a eterna tentação dodualismo (...) renova-se sempre, ouseja, que talvez não haja unicamen-te um princípio bom, mas tambémum princípio perverso, um princípiodo mal; que o mundo está dividido,e são duas realidades igualmentefortes: e que o Deus bom é apenasuma parte da realidade. Tambémna teologia, compreendida a católi-ca, difunde-se atualmente estatese: Deus não seria onipotente.Desse modo, procura-se uma apo-logia de Deus, que assim não seriaresponsável pelo mal que encontra-mos amplamente no mundo. Masque pobre apologia! Um Deus nãoonipotente! O mal não está nas suasmãos! E como é que poderíamosconfiar-nos a este Deus? Como po-deríamos ter a certeza do seu amor,se esse amor termina onde come-ça o poder do mal?

Mas Deus já não é desconheci-do: no rosto de Cristo Crucificadovemos Deus, e vemos a verdadeiraonipotência, não o mito da onipo-tência. Para nós, humanos, a potên-cia, o poder, é sempre idêntico àcapacidade de destruir, de cometero mal. Todavia, o verdadeiro concei-to de onipotência que se manifestaem Cristo é precisamente o contrá-rio: nele, a verdadeira onipotênciaconsiste em amar até o ponto emque Deus pode sofrer: aqui apare-

ce a sua verdadeira onipotência,que pode chegar ao ponto de umamor que sofre por nós. E dessemodo vemos que Ele é o Deus ver-dadeiro, e o Deus verdadeiro que éamor, poder: o poder do amor. E nóspodemos confiar-nos a seu amortodo-poderoso e viver nele, comesse amor onipotente.

Penso que temos de meditarnovamente sobre esta realidade,dar graças a Deus porque Ele semanifestou, porque conhecemosSeu rosto, face à face; não é maiscomo Moisés, que só podia ver oSenhor de costas. (...) Através deCristo, Deus mostrou sua face,seu rosto. O véu do templo rasgou-se, abriu-se, o mistério de Deus évisível. (...) Agora, no homem Cris-to, podemos ver o rosto de Deus;podemos ver o ícone de Cristo eassim ver quem é Deus.

Vida Ativa e Vida EspiritualFala-se de crise de fé no clero

e no laicato apesar de, em nossosdias, termos como nunca, livros,programas de TV e rádio, instruin-do no tema da fé. Existe muitoempenho social, muitas obras:então, por que isso não é seguidode um grande florescimento davida espiritual? Por acaso se pen-sa que ação é vida espiritual? Cri-se de fé é conseqüência de crisede oração. Os mestres espirituaisnão receiam em desafiar: "dize-mecomo rezas e eu te direi em quecrês". Somente na oração o cris-tão tem verdadeiramente vida cris-tã. Quando os discípulos pedirama Jesus que lhes ensinasse a re-zar, receberam como resposta aprimeira oração cristã, o "Pai nos-so", alimento do cristão: contem-plar o Pai.

A Palavra de Deus é verdade,não poesia: ela afirma que Deusvolta seu rosto para nós, chama-nos a si e pede que nós tambémlhe voltemos nosso rosto. E issosomente é possível no momentoem que nos colocamos diantedele em corpo e alma, isto é, naoração aprendida com o próprioJesus. A oração nos fará conhe-cer o Senhor e repousar em seuseio e, deste modo, seremos teó-logos, saberemos falar de Deus.Ensinou-nos Evágrio (século V):“se rezas, és teólogo, se és teólo-go, rezas”.

Infelizmente para nós, cris-tãos, cavou-se um fosso entre aoração e a prática, entre a ação ea contemplação, identificando-se

as "forças vivas" com as "forçasativas" e mergulhando no concei-to pagão de "utilidade". Esse fos-so nos priva de buscarmos o ros-to de Deus, perdemos o rosto defilhos, entramos em crise espiritu-al, agindo febrilmente como autô-matos para superar o vazio de féque toma conta de nosso ser. Re-petindo, sem buscarmos o rostode Deus pela oração não encon-traremos nosso rosto, nossa "ima-gem e semelhança", não haverávida no Espírito.

A oposição entre vida ativa evida contemplativa, entre práticae contemplação é uma novidadeque nega a tradição espiritual docristianismo. São dois termos, eduas atitudes de vida, insepa-ráveis. A Igreja necessita de am-bos, ou melhor, eles são um, poisum está em relação ao outro. OAntigo Testamento, ao apresentara luta de Jacó com Deus, revelaessa reciprocidade (cf. Gn 32, 23-33)): lutando com o anjo, Jacó sim-boliza a vida ativa e, em seguida,contempla o rosto de Deus, sim-bolizando a contemplativa; mudao nome para Israel (o que lutoucom Deus).

Purificar-se das paixõespara orar de verdade

A oração é a contemplação doDeus Trindade e a ação é a pre-paração para ela. O mestre espi-ritual Evágrio Pôntico define vidaprática como método espiritualque purifica as paixões. A finali-dade da ação e da ascese (esmo-

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúsculo, GuilhermePontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling -Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul

um fim em si mesma. Quantomais formos livres, melhores con-dições teremos de caminhar aoencontro daquele que, há muitotempo, tomou sua cruz e veio emnossa direção. Por causa dele re-partiremos nosso pão com o fa-minto, recolheremos os pobres edesabrigados, e vestiremos aque-les que estiverem nus (cf. Is58,7). “Se fizeres isto, a tua luzromperá como a aurora, a curadas tuas feridas se operará rapi-damente, a tua justiça irá à tuafrente e a glória do Senhor irá àtua retaguarda. Então clamaráse o Senhor te responderá, clama-rás por socorro e ele te dirá: Eis-me aqui!” (Is 58,8-9).

Decididamente, Quaresmanão é tempo de tristeza. É, antes,tempo de amor.

la e jejum) é recuperar na alma asaúde natural, a libertação dasdoenças ou paixões, para se liber-tar das ilusões. Podemos fazeruma comparação: do mesmomodo como não se cura doenteda vista olhando para o sol, igual-mente não há fruto na oração emespírito e verdade num coraçãoimpuro e tomado pelas paixões.

Na grande tradição cristã, aesmola e o jejum simbolizam avida ativa, a libertação do viversomente de pão e para o dinhei-ro/bens. Sem essas duas atitu-des ascéticas (ascese é exercí-cio, treino), é impossível atingiro grau da verdadeira oração, daalegria de dizer "Pai nosso", decontemplar-lhe o rosto. Mas, nãodevemos alimentar falsas pre-tensões: por mais que vivamoso esforço libertador na vida ati-va, a oração contemplativa sem-pre será puro dom, carisma: domdo Pai, graça oferecida àquelesque Deus julgar dignos.

Recuperar a vida espiritual sig-nifica recuperar a alegria da vidacristã das comunidades, significasair do intelectualismo soberbo,do ativismo, e mergulhar na ver-dadeira sabedoria que brota da-queles que contemplam o rosto deDeus e assim se tornam teólogos.Podem falar de Deus porque,como Jacó/Israel, o viram face aface: “Vi Deus face a face, e mi-nha vida foi poupada” (Gn 32,31).

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Março 2010 Jornal da Arquidiocese

Bento XVI, 12.02.10

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

Dom Irineu é o novobispo de Lages

A Catedral Nossa Senhora dosPrazeres, em Lages, acolheu cen-tenas de fiéis e dezenas de pa-dres que, na manhã do dia 28 defevereiro, participaram da cele-bração de “posse” do Frei IrineuAndreassa como novo bispo dadiocese serrana. Faixas e carta-zes manifestavam as boas vindasao novo pastor.

A celebração contou com apresença de vários bispos, pa-dres das outras dioceses do Re-gional Sul IV, e autoridades polí-ticas, entre elas o Governador doEstado. A presença mais especi-al certamente foi a de Dom One-res Marchiori, agora bispoemérito de Lages. Dom Onerespassou para seu sucessor, DomIrineu, o báculo, símbolo dopastoreio do bispo. Em suas pa-lavras, disse que estava emocio-nado mas tranqüilo. “Acho que,depois de tanto tempo, a gentetem que descansar”, revelou DomOneres, com 76 anos, e que foibispo de Lages por 26 anos.

Dom Irineu recebeu da comu-nidade uma cruz peitoral feita denó de pinho, um símbolo dadiocese. Ele revelou que já na pri-meira visita que fez a Lages,abençoou o povo serrano. “É opovo que Deus me confiou. AquiDeus pediu que eu continuasseo gesto de amor para com Ele”,declarou o novo bispo.

DesafioEle agora terá o desafio de ad-

ministrar a diocese com maior ex-tensão territorial do Estado. Lagespossui 23 municípios e igual nú-mero de paróquias, distribuídas em502 comunidades. Por outro lado,é a diocese com menor população,com 333.906 fiéis.

Jornal da Arquidiocese Março 2010

3Geral

Resultado da Campanha SOS Haiti surpreendeEm poucos dias, contribuição dos fiéis somou R$ 164 mil que está beneficiando a população sofrida

Diante da tragédia que seabateu sobre o Haiti, na tarde dodia 12 de janeiro, pelo terremotoque destruiu a capital do país, aArquidiocese mobilizou-se e crioua campanha SOS HAITI. As paró-quias motivaram seus fiéis a fa-zerem doações em dinheiro e oresultado surpreendeu.

No total foram arrecadadosR$ 164.742,22. Desse valor, R$50 mil foi destinado aos Seminá-rios de Porto Príncipe, já que per-deram em torno de 40 semina-ristas e vários dos que sobrevive-ram ficaram mutilados, além dos

prédios destruídos. O dinheiro foiencaminhado por intermédio dainstituição alemã: “Ajuda à Igrejaque Sofre”. O restante, R$114.742,22, foi repassado aoHaiti via Caritas Internacional,para termos certeza de que che-gará a seu destino.

“Fiquei gratamente surpresocom o resultado da coleta, quedemonstra a sensibilidade denossos católicos para com a si-tuação de nossos irmãos do Haiti.Como Deus não deixa nenhumdom sem recompensa, Ele sabe-rá recompensar devidamenteaqueles que ouviram as palavrasde Seu Filho Jesus: ‘Eu estavacom fome... com sede... estavanu... doente... e me socorrestes’”,disse Dom Murilo.

Agradecimentos dopovo sofrido

Em e-mail enviado ao nossoArcebispo, o presidente da Confe-rência Episcopal do Haiti, DomLouis Kebreau, agradeceu a aju-da enviada. “Quero expressar omais profundo agradecimento emnome da Conferência Episcopal doHaiti e de todos os seminaristas”.

Segundo ele, muitos semina-ristas perderam a vida e outrosestão recebendo atenção médi-

ca e psicológica, depois do terre-moto que transformou a capitalPorto Príncipe em ruínas. Eletambém disse que o gesto de aju-da é um estímulo à retomada. “Aajuda que recebemos nos dá for-ça, ânimo, esperança para re-construir e unir nossos esforçospara ir adiante, porque Deus é o‘Salvador’ e está conosco”, dis-se Dom Kebreau.

RetribuiçãoEm 2008, a Arquidiocese ha-

via decidido que a coleta da ce-

Catedral de Porto Príncipe não resistiu aos abalos e ruiu

lebração de encerramento dascomemorações do Ano do Cente-nário seria encaminhada ao povohaitiano, pois, naquele ano, seupais havia sido atingido por qua-tro grandes tempestades tropi-cais. Com o cancelamento dacelebração por causa das inun-dações e desmoronamentos emnosso Estado, nosso povo é querecebeu ajuda de várias partesdo Brasil e do mundo. A ação querealizamos agora foi uma retribui-ção à ajuda que recebemos noano passado e em outros anos.

Comunicadores da Arquidio-cese estiveram reunidos na ma-nhã do dia 13 de fevereiro de2010, no auditório da Cúria Me-tropolitana, em Florianópolis,para definir os rumos da Pasto-ral da Comunicação. O encontroreuniu 17 participantes, repre-sentando todas as mídias exis-

Pastoral da Comunicação da Arquidiocese é reativadatentes na Arquidiocese. Entreeles, estavam o nosso arcebispo,Dom Murilo Krieger, e o coorde-nador Arquidiocesano de Pasto-ral, Pe. Vitor Galdino Feller.

O evento foi realizado aten-dendo ao pedido de Dom MuriloKrieger. Durante o encontro, ostrês participantes do “Muticom”

se apresentaram e falaram dotrabalho que estão fazendo.

Dom Murilo sugeriu que fos-se formada uma equipe de coor-denação composta por represen-tantes dos Meios de Comunica-ção existentes na Arquidiocese.“Essa equipe ficará responsávelpor definir um cronograma de ati-vidades da Pastoral para esteano”, disse.

Sete pessoas que estavampresentes à reunião se puseramà disposição. Ao final do encon-tro, reuniram-se, definiram asatribuições de cada membro e adata para um próximo encontro,que foi realizado na tarde do dia25 de fevereiro. Nesse dia, troca-ram idéias e definiram um calen-dário mínimo de atividades paraos meses de março, abril e maio.

Próximos PassosA equipe de coordenação de-

finiu que serão realizados trêsencontros de formação no dia 30de abril e no dia primeiro de maio.

O evento terá a assessoria já con-firmada da Irmã Élide Fogolari,coordenadora nacional da Pasto-ral da Comunicação.

Serão três momentos distin-tos, aproveitando a assessora. Aidéia é realizar uma formação es-pecífica para os padres na ma-nhã do dia 30 de abril, sexta, emlocal a ser definido. No dia se-guinte, a formação será destina-da a todos os comunicadores daArquidiocese. À tarde, a formaçãoserá destinada à equipe decoordenação.A proposta é apro-veitar a presença da Irmã Élidepara apresentar a equipe de co-ordenação, as propostas e trazermais pessoas para participar dasatividades.

Mais informações sobre aPastoral da Comunicação nosite da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), no link “Notíci-as” ou no link “Pastorais”, eclicar em “Comunicação”, ouainda pelo e-mail: [email protected] foi solicitado pelo nosso Arcebispo, que se fez presente

Cruz em frente à Catedral foi umadas poucas coisas que não ruíram

Divu

lga

ção

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lga

ção

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Dom Irineu é natural de Iacri, SP,onde nasceu a 15/11/49. Desde 2007era pároco em Herculância, SP

Divulgação/JA

Foto

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Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

4 Tema do Mês Março 2010 Jornal da Arquidiocese

um presbítero, a fim de obter o per-dão divino expressado na absolvi-ção. Deixar para a última hora acelebração do sacramento doamor de Deus pode revelar desin-teresse de verdadeira conversão.Muita gente pensa: cometo todosos pecados que quero até a últi-ma hora, me confesso na últimahora, tomo a comunhão... e conti-nuo a pecar. Vem Páscoa e vaiPáscoa e não há conversão, mu-dança de vida.

O jejum é umapelo para a be-leza de uma vida

simples, sóbria,austera, em que

se experimenta abem-aventurança

da pobreza”.

A Quaresma começa na Quar-ta-feira de Cinzas e termina na Quin-ta-feira santa à tarde, excluindo aMissa da Ceia do Senhor, que já fazparte do Tríduo Pascal, os três diasmais importantes da fé cristã, quan-do se comemora a morte e a res-surreição do Senhor. Quaresma étempo de preparação e expectativadiante da revelação de um fatonovo, de um evento poderoso: oMistério Pascal. Como diz o ditado:"o melhor da festa é a sua prepara-ção". Uma boa e santa Quaresmajá é meio caminho andado para acelebração festiva da Páscoa.

HISTÓRIA DA QUARESMAA festa da Páscoa começou a

ser celebrada pelos cristãos pe-los anos 30 de nossa era, logonos primeiros anos depois damorte e da ressurreição de Cris-to. Nas primeiras comunidadescristãs, celebrava-se semanal-mente a Eucaristia, no domingo,dia do Senhor, como ação de gra-ças pela salvação que, em Cristoe no Espírito Santo, Deus Pai ha-via ofertado à humanidade. En-tre os anos 100 e 300, passou-se a celebrar uma semana pre-paratória mais intensa para aPáscoa. Pelos anos 300, é quese começou a celebrar a Quares-ma, como tempo necessário parapreparar os catecúmenos - osnovos fiéis - para o batismo, oqual só era administrado na noi-te pascal. Assim, com a prepara-ção dos catecúmenos, toda a co-munidade cristã também se pre-parava para a Páscoa do Senhor.

UM GRANDERETIRO ESPIRITUAL

A Quaresma é um grande reti-ro espiritual, feito durante a cami-nhada diária, em casa, no traba-lho, no estudo, com base na leitu-ra diária da Palavra, no caminhorumo à Páscoa. Não fará boa Pás-coa, quem não fizer uma boa Qua-resma! Nesse grande retiro espiri-tual, toma-se consciência de quea nossa vida inteira é uma Quares-ma, uma caminhada rumo à Pás-coa definitiva, nossa morte e res-surreição. Nessa Quaresma que éa vida não é preciso ir atrás de sa-crifício e sofrimento. Basta assumircom decisão e amor o que é pró-prio da vida - incômodos, fadigas,incompreensões, dúvidas, incerte-zas, aflições, crises, provações, pri-vações, tormentos, sofrimentos,perseguições etc. - sempre em vis-ta de um bem maior.

É tempo de penitência, palavraconfundida com algo triste e chato.Penitência é a atitude de quem bus-

mais como é humano também ojejum da língua, dos olhos, dosouvidos, das mãos, dos pés. Ocontrole dos sentidos, o domíniodas paixões, hoje tão fora demoda, é o primeiro passo para aformação do caráter e a educa-ção da própria personalidade.

A esmola, na forma de carida-de fraterna, pode ser exercida demúltiplas formas: ajuda, consolo,ato de compreensão, palavra deperdão, conselho, partilha, visitaa um doente ou preso, tempo paraouvir, acolhida, solidariedade comflagelados de desastres naturaisetc. Não há limites para a carida-de cristã. Esmola não é umtrocadinho descomprometidodado a alguém, mas é um dar-sea si mesmo. Como Deus, em seuFilho, entregou-se por nós. Há 46anos, a Igreja no Brasil sugere quea Quaresma seja um tempo defraternidade e de solidariedade,em consonância com a Campa-nha da Fraternidade, como apeloà conversão pessoal e eclesial di-ante de problemas sociais gravesdo país. Neste ano, o tema da eco-nomia nos põe diante da gravequestão do modelo econômicoque gere a produção, o consumoe a distribuição de nossas rique-zas. Quantas vidas estão a servi-ço da economia predatória edepredatória da natureza, da fa-mília, do sexo, do trabalho, enfim,de nossas relações pessoais esociais! Em vez de a economiaestar a serviço da promoção e dadefesa da vida, sacrificam-se vi-das diariamente no altar deMamon, o deus dinheiro, o deusdas riquezas que, como no tempode Jesus, ainda hoje continua aexigir a matança de pessoas e deseres vivos para poder manter-sena crista da onda.

A oração é a atitude de quemestá permanentemente voltadopara Deus, de onde nos vem a úni-ca segurança. Só ele é nosso am-paro, fortaleza, escudo, rochedo.Num mundo de tantos deuses (di-nheiro, status, fama, moda, mídia,mercado), é preciso retomar deci-didamente o caminho para o Deusvivo e verdadeiro, o Pai de Jesus ePai nosso. É preciso converter-separa Deus, convergir para ele. Porisso, a Quaresma é também a re-tomada da graça e dos compromis-sos batismais, da consciência deestarmos e vivermos mergulhadosem Deus e na sua Igreja.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

ca silêncio e reflexão, em vista deinteriorização e autoco-nhecimentoque levam à percepção das própri-as fraquezas, misérias e pecados.Por isso, a penitência leva àcontrição interior, ao arrependi-mento ou pesar pelas faltas come-tidas, em vista da conversão, damudança de vida. Temos em gre-go o termo metanóia (meta-noús:além da mente, outra mente), queindica o desejo e a prática de iralém das mesmices quotidianas eaponta para outro modo de pen-sar e viver, outra ordem de valores,centrada não nas coisas exteriores,mas no encontro com Deus no in-terior de si mesmo. A conversão éo reconhecimento cristão dos pró-prios pecados, visto que constitu-em ofensa aos desígnios divinos anosso respeito. Trata-se de um te-mor de perder o amor de Deus, queé Pai. Daí a celebração do sacra-mento da reconciliação, tambémchamado precisamente de sacra-mento da penitência, que consistena confissão ou acusação contritados próprios pecados, diante de

JEJUM, ESMOLAE ORAÇÃO

As práticas penitenciais clás-sicas são os três atos de pieda-de do bom judeu, na busca doque é essencial nas nossas re-lações básicas: a oração diantede Deus, a esmola, a caridade,a fraternidade na relação com oirmão necessitado, e o jejum narelação com o próprio eu e coma natureza. O jejum é um apelopara a beleza de uma vida sim-ples, sóbria, austera, em que seexperimenta a bem-aventurançada pobreza. No mundo do des-perdício, o jejum nos ensina overdadeiro cuidado do corpo, dasaúde física e mental. Em meioao consumismo e materialismo,ao hedonismo e individualismo,o jejum revela que nossa segu-rança está no essencial, o amora Deus e ao próximo. Numa so-ciedade do supérfluo, do lixo,dos penduricalhos, o jejum é umchamado à simplicidade. É im-portante o jejum de comida e be-bida. Mas descobre-se cada vez

ESPIRITUALIDADEDA QUARESMA

A Quaresma é um grande retiro espiritual,no caminho rumo à Páscoa

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Jornal da Arquidiocese Março 2010

5Geral

Grupo encena Paixão e Morte de Jesus CristoMais de 230 pessoas participam da encenação, que pela segunda vez será realizada na Catedral

O Grupo Aliança Artes Sacras,cujo objetivo principal é aevangelização através da arte te-atral, está preparando a encena-ção da Paixão e Morte de NossoSenhor Jesus Cristo. O eventoacontecerá no dia 02 de abril, às20h, em frente à Catedral Metro-politana de Florianópolis.

Neste ano, o evento estará emsua nona edição e contará comuma equipe de 238 pessoas, sen-do 90 atores, interpretando 133personagens. Os demais ajudarãona montagem dos palcos e emtoda a estrutura da organização.Pela segunda vez, o projeto é reali-zado em parceria com o Grupo deTeatro Convivência, da ParóquiaSão Judas Tadeu, em São José.

A cada apresentação, o grupoprocura enfocar algum aspecto daPaixão. Neste ano, a encenaçãoenfocará a tentação. Quatro mo-mentos estão em evidência, quan-do o demônio se manifesta: a cons-piração do Sinédrio; a expulsão dosvendilhões do templo; no horto dasOliveiras; e na crucificação.

Segundo Carlos Cruz, coorde-nador do Grupo, o objetivo emenfocar as tentações está emmostrar que Jesus passou poressas provações. "O mundo vivemuito em divisões, que são ten-tações do demônio. Queremosmostrar que Jesus passou por

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Faleceu no dia 23 de feve-reiro, na paróquia São Vicentede Paulo, nosso irmão e amigodiácono José Severino dos San-tos, que dedicou 34 anos de suavida à diaconia. Nascido no dia09 de julho de 1936, em LuizAlves, casou-se com a sra.Horacina e tiveram seis filhos.Deles, recebeu 10 netos e 05bisnetos. Há 10 anos era viúvo.

Foi aluno da 1ª turma da Es-cola Diaconal São Francisco deAssis e ordenado diácono per-manente por Dom AfonsoNiehues, no dia 15 de fevereirode 1976, na então Capela SãoJudas Tadeu.

Fez de sua vida serviço eoração, mesmo em situaçõesadversas. No dia 28 de agostode 1989, o diác. José Severinorecebeu a provisão para exer-cer seu ministério diaconal naComunidade São Vicente dePaulo, na época pertencente àParóquia São João Batista.

Sofrendo de ataraxia cere-belar (perda da coordenaçãodos movimentos musculares),há 14 anos utilizava cadeira derodas e contava com a ajuda

Arquidiocese perde oDiácono José Severino

dos filhos para suas necessida-des básicas. Mesmo com as di-ficuldades físicas, o diáconosempre teve uma palavra ami-ga, de conforto a quem o pro-curava. A todos recebia commuita alegria.

Fez do seu leito um lugarde oração. Aceitava sua con-dição de sofrimento sem ex-pressar tristeza ou revolta.Aguardou com paciência emansidão seu encontro com oPai. Dessa forma, ele deixou-nos um grande exemplo deperseverança, fé e amor.isso e superou. E nós também

poderemos superar, se tivermosfé no projeto do Pai", disse.

Os ensaios já estão sendo re-alizados há mais de um mês. Tudopara garantir a qualidade da apre-sentação que já consagrou o Gru-po Aliança. A encenação contarácom 22 atos, divididos em 14 ce-nários, todos preparados pelaequipe. A direção cênica está acargo de Edson Patrício Aranha,formado em artes cênicas e coor-denador do Grupo de Teatro Con-vivência. A apresentação contarácom iluminação cênica e som es-pecial. Os diálogos foram previa-

mente gravados para garantir aqualidade da apresentação.

Formado com o objetivo deevangelizar através da arte deencenar, o Grupo Aliança foi cria-do por lideranças leigas de pas-torais e movimentos da paróquiade Sagrados Corações e comuni-dades próximas. Neste ano, o tra-balho conta com a participaçãode sete paróquias das Comarcasde Biguaçu, Estreito e Ilha.

Mais informações pelos fones(48) 9983-4592 ou 3257-8263,com Carlos Cruz, ou pelo e-mail:[email protected].

Grupo Aliança realiza a encena da Paixão há mais de dez anos

A Pastoral dos Enfermos iniciouno dia 11 de fevereiro a formaçãopara os agentes da pastoral e ou-tros voluntários. O curso, ministra-do pela médica-cirurgiã e terapeutaJurema Torança Hartmann, tevecomo tema “Os recursos da Medi-cina Ayuvetica para uma vida sau-dável”. O encontro reuniu mais de30 lideranças da Pastoral.

As formações são sempre re-alizadas no Centro Arquidioce-sano de Pastoral - CAP, no LargoSão Sebastião, em Florianópolis.Durante a formação, a médica ex-plicou os benefícios da medicinaque é milenar. Criada há mais decinco mil anos ela é aplicada naÍndia com grandes benefícios àspessoas.

As formações continuarão. Opróximo encontro será no dia 16de março, às 14h30, no CAP. Otema: “Quando e como utilizar o

Serviço de Atendimento Móvel -SAMU”. A formação será ministra-da por um profissional da área.

O objetivo é prestar orientaçõesgerais sobre o serviço, que podeser acessado por qualquer pessoa,independente de ter ou não planode saúde. “Quando passam por umproblema de saúde com a famíliaou alguém próximo, as pessoas fi-cam desorientadas, sem saber oque fazer. Com a formação, preten-demos mostrar quando e comoacessar esse serviço”, disse Ma-ria Luiza Nogueira, coordenadorada Pastoral dos Enfermos.

As formações são gratuitas eestão abertas a todos os interes-sados, independente de ser ou nãovoluntário da Pastoral. Não há ne-cessidade de fazer inscrição pré-via. Mais informações pelo fone(48) 3225-3469 ou 9992-1537,ou pelo e-mail: [email protected].

Pastoral realiza formação paraos visitadores dos enfermos

Os diretores paroquiais doApostolado da Oração realizaramno dia 27 de fevereiro o seu en-contro com as comarcas do sulda Arquidiocese. Esse foi o pri-meiro encontro do ano, semprerealizado no auditório da Cate-

Apostolado da Oração reinicia encontros arquidiocesanosdral, em Florianópolis, no últimosábado do mês, a partir das 14h.Participaram 75 lideranças, re-presentando 30 paróquias dascomarcas de Biguaçu, Estreito,Ilha, São José e Santo Amaro.

Para as comarcas do norte,

serão realizados dois encontros.As comarcas de Brusque e Itajaíestarão reunidas dia 13 de mar-ço, na Paróquia São Luiz Gonzaga.Já para as paróquias da Comarcade Tijucas, o encontro será reali-zado na Paróquia São Sebastião,no dia 08 de maio.

“Todos os encontros terão amesma temática. A devoção ao Sa-grado Coração de Jesus com o temada Campanha da Fraternidade, apreparação para a ConcentraçãoArquidiocesana do Apostolado, a serrealizada no dia 05 de setembro, no‘Centro de Evangelização AngelinoRosa’, a ser inaugurado em Gover-nador Celso Ramos”, informouTeresinha Nair da Rosa, responsá-vel leiga pelo Apostolado.

Mais informações, pelos fones(48) 3244-8477 ou 9968-2453,ou pelos e-mails: [email protected] ou [email protected]

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Realizado na Catedral, encontro reuniu 75 pessoas de 30 paróquias

Apesar de estar em uma cadeirade rodas há 14 anos, atendia aspessoas que o procuravam

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Salmo 36 (35): Malícia Humana e Grandeza de Deus

6 Bíblia Março 2010 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:

Pequena jóia do saltério, estesalmo nos desconcerta à primei-ra vista. Começa descrevendo amalícia humana, a maldade do“ímpio”, em quatro versículos de-salentados (vv. 2-5) e, de repen-te, exalta com entusiasmo a gran-deza de Deus, da sua misericór-dia, fidelidade, justiça, generosi-dade. Mais ainda: nele, em Deus,está a “fonte da vida” e, na sualuz, “vemos a luz” (vv. 6-10). Atéaí, as duas primeiras partes,contrastantes, do salmo. A tercei-ra parte é uma súplica, confian-te, mas insistente, e que terminacom a certeza, antecipada, deque os ímpios vão “cair”. Antes,já “caíram” (vv. 11-13).

Malícia humana2. Fala o pecado no cora-

ção do ímpio, / temor de Deusnão existe para ele.

3. Pois ilude-se a si mesmo,/ pensando que sua culpa nãoserá / descoberta nem detes-tada.

Como é que o mal se aloja nocoração humano e o domina? Otexto hebraico original, infeliz-mente incerto e, assim, não en-tendido nas versões, começamencionando um “oráculo” dopecado, à semelhança do orácu-lo profético, isto é, uma afirma-ção solene feita pelo profeta emnome de Deus. Neste início dosalmo, o “oráculo” é do própriopecado, de certa forma personi-ficado, e minando no coração doímpio o fundamento da sabedo-ria, isto é, o “temor de Deus”, que“não existe para ele” (v. 2). Nocoração está a raiz de tudo, comoalertou o Senhor Jesus: “É de den-tro, do coração, que procedem asmás intenções, a luxúria, os rou-bos, homicídios...” (Mc 7,22) Portudo isso, como é importante “vi-giar e orar” (cf Mc 14,38), paranão permitir que o pecado entreno coração e aí domine, procla-mando o seu “oráculo” engana-dor. Resultado de ouvir o “orácu-lo”: a ilusão de quem pensa que“sua culpa não será descobertanem detestada” (v. 3).

Maldade planejada4. Maldade e engano são as

palavras de sua boca, / recusaser sensato e fazer o bem.

5. Trama no seu leito a mal-dade,/ obstina-se no seu mau ca-minho, / não quer rejeitar o mal.

As palavras da boca do ímpiosão “maldade e engano”, e ele che-ga ao ponto de recusar o sapiencial

e o ético, não querendo “ser sen-sato” nem “fazer o bem” (v. 4). Denoite, deitado, medita e planeja ocrime, como já o denunciara o pro-feta Miquéias: “Ai dos que plane-jam maldades e tramam iniqüida-des em seus leitos!” (Mq 2,1) Du-rante o dia, “obstina-se no seu maucaminho”, e “não quer rejeitar omal”, isto é, conscientemente obs-tina-se na maldade. Retomando osvv. 2-3, vemos que tudo parte docoração: o rechaço da religião, odesprezo da moralidade, a renún-cia à sensatez.

Excelsa bondade divina6. Senhor, a tua misericór-

dia chega até os céus, / a tuafidelidade até as nuvens.

7. Tua justiça é como osmontes mais altos; / teus jul-gamentos, como o grandeabismo, / tu salvas homens eanimais, Senhor!

De repente, sem transição, oorante passa ao quadro oposto,à visão da bondade divina, ex-pressa de maneira extraordinária.As qualidades de Deus são exal-tadas por suas dimensões cósmi-cas. Vistas pelo ser humano, sãoaltas como o céu, as nuvens ouas cordilheiras; e profundas,“como o grande abismo” (vv. 6-7). A grandeza sentida e nãoabarcada de Deus é projetadapelo poeta a dimensões espaci-ais, como em Ef 3,18, onde Pau-lo fala da “largura e comprimen-to, altura e profundidade” doamor de Cristo. Como falaremosnós, ante o universo com milhões

ro, no plural, em favor dos que “re-conhecem” a Deus, isto é, o te-mem e o amam, e são “retos decoração” (v. 11). E o pedido é paraque Deus “prolongue” a sua mi-sericórdia e a sua justiça, isto é,as duas qualidades divinas men-cionadas junto com a fidelidade,nos vv. 6 e 7. Esse “prolongamen-to” da misericórdia vem tambémexpresso no magnífico oráculo deJeremias: “Com amor eterno eu teamei, e por isso prolongo a minhamisericórdia para contigo” (Jr31,3). Deus, que é “rico em mise-ricórdia” (Ef 2,4), não deixará dedemonstrá-la e “prolongá-la” emfavor dos que nele confiam.

Cuida de mim!12. Não deixes que me

pisoteie o pé dos soberbos, /não me ponha em fuga a mãodos malvados.

13. Caíram os que prati-cam a iniquidade, / prostra-dos, não podem reerguer-se.

Só agora, depois de ter inter-cedido pelos que “reconhecem”a Deus e são “retos de coração”,o salmista pede que o Senhorolhe para ele em particular, e nãopermita que os “malvados”, dosquais traçou um retrato tão car-regado nos vv 2-5, o derrubem eafugentem. Que o “pé dos sober-bos” não pisoteie o orante, nema “mão dos malvados” o ponhaem fuga (v. 12). Por último, a cer-teza do futuro já realizado, doperigo passado, da ameaça su-perada: Eles, “os que praticam ainiqüidade”, já “caíram”; “prostra-dos” pelo poder de Deus, “nãopodem reerguer-se” (v. 13). Assimtermina este salmo impressio-nante, que faz com que a humil-de súplica individual do v. 12 sejaprecedida por tão profunda con-templação da bondade divina eda malícia humana.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESC

email: [email protected]

de galáxias? O salmista não vêdificuldade em justapor “miseri-córdia” e “justiça”, pois em Deusa “justiça” é misericordiosa e a“misericórdia” não pode não serjusta, em favor de “homens eanimais”, isto é, de todas as cria-turas vivas. É como se o Criadorcumprisse deveres de justiçapara com suas criaturas e asacompanhasse com a sua mise-ricórdia. Uma vez que lhes deu avida, é também fiel às suas exi-gências, como belamente lembrao livro da Sabedoria: “Amas a to-dos os seres, e não desprezasnada do que fizeste. Pois, se hou-vesses odiado alguma coisa, nãoa terias criado” (Sb 11,24). O con-junto de “homens e animais” apa-rece várias vezes no relato do di-lúvio e também em textos deEzequiel e Sofonias, que falamde “aniquilá-los”, iluminando porcontraste o nosso texto.

À sombra de tuas asas8. Como é preciosa a tua

graça, ó Deus! / Os filhos doshomens se refugiam à sombradas tuas asas.

Da dilatada visão cósmica, oorante se recolhe a suas experi-ências no Templo, transcenden-do os dados sensíveis num mag-nífico crescendo. Depois de exal-tar ainda a “graça”, ou seja, oamor misericordioso e fiel deDeus, refere-se com ternura àacolhida aconchegante que “oshumanos”, não mais os animais,encontram “à sombra das asasdivinas”. Esta expressão encon-

Faça como José Clemente, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, respondaas questões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livrose Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 -Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

tra-se outras três vezes nosaltério (Sl 17,8; Sl 57,1; Sl 63,7),sempre expressando o carinhopaterno/materno do Senhor.

Abundância torrencial9. Saciam-se da abundância

da tua casa, / da torrente dastuas delícias lhes dás de beber.

No Templo encontram os hu-manos a abundância dos bens doparaíso, de onde saía um rio,uma “torrente de delícias” que serepartia em quatro braços (Gn2,10). E é dessa “abundância tor-rencial” que o Senhor nos dá debeber. Como não lembrar-nosaqui da sede da samaritana, sa-ciada enfim pelo Único capaz delhe dar a água que se transformaem “fonte que jorra para a vidaeterna” (Jo 4,14)? Como não lem-brar-nos também da águavitalizante que saiu do lado direi-to do Templo, na visão de Eze-quiel (cf Ez 47,1-12), e transfor-mou em jardim o deserto ?

Vida e Luz10. Pois em ti está a fon-

te da vida / e à tua luz vemosa luz.

Versículo brevísssimo, que fe-cha com chave de ouro esta par-te central do salmo, dedicada aexaltar a grandeza e bondade di-vinas. A fonte da “torrente de de-lícias” (v. 9) é “fonte de vida” (v.10), que se encontra no próprioDeus ou “junto a Ele”, como diz otexto hebraico. Mas Deus é ain-da a própria origem da luz, luzque é também vida, como se ex-primirá João no prólogo do quar-to evangelho: “Nele - isto é, noLogos, o Filho, a Palavra eterna -estava a vida, e a vida era a luzdos humanos” (Jo 1,4). De fato,sem a luz, a luz do sol, não have-ria a fotossíntese, responsávelpor toda a vida orgânica no pla-neta. Por isso mesmo, a luz é aprimeira das criaturas de Deus (cfGn 1,3: “Faça-se a luz!”). E é “nasua luz”, à luz de Deus, que nóspodemos ver a luz, o que equiva-le a “viver”. De fato, não ver a luzé a morte, mas dela nos livraAquele que é a própria Luz.

Prolonga a tuamisericórdia!

11. Prolonga a tua miseri-córdia para com os que te re-conhecem, / e a tua justiça,para com os retos de coração.

Após o entusiasmo do louvor,o salmista faz seu pedido. Primei-

Conhecendo o livro dos Salmos (24)Conhecendo o livro dos Salmos (24)Conhecendo o livro dos Salmos (24)Conhecendo o livro dos Salmos (24)Conhecendo o livro dos Salmos (24)

1) A “malícia humana”, descri-ta pelo salmista, é só dosoutros? Como você a vê?

2) Como entender a justiça ea misericórdia, no próprioDeus?

3) Que diz você da nossa par-ticipação na “vida” e na“luz” de Deus?

4) De que maneira Deus “pro-longa” a sua misericórdia?

5) A súplica individual ficaperdida, num salmo detanta amplitude?

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Jornal da Arquidiocese Março 2010

7Juventude

A Pulseira do SexoModa entre os adolescentes, o que seria apenas um

adereço, tornou-se um estímulo à promiscuidadeA sociedade assistiu perplexa

nos noticiários à mais nova brin-cadeira das nossas crianças eadolescentes, chamada de “pul-seiras do sexo”. A brincadeira con-siste em um pacto firmado porcerto grupo, aonde uma meninausa várias pulseiras de cores va-riadas e os meninos têm a tarefade com o dedo arrebentar umadessas pulseiras, dependendo dacor a mesma vale o pagamento deuma prenda que vai desde umbeijo até uma relação sexual.

A informação é que a brincadei-ra se originou na Inglaterra e deforma rápida chegou às escolas detodo o país, gerando uma nova pre-ocupação para as instituições deensino, as famílias e aos governos.

Em nenhuma fase da vida deuma pessoa se justifica um pac-to nesse sentido. Porém, quandose trata de jovens de 13, 14 anos,a nossa consciência nos pergun-ta, onde estamos? Como chega-mos a isso? E para aonde vamos?

Perguntas essas que nos fa-zem refletir sobre o papel das ins-tituições, seja a família, a esco-la, o governo ou a igreja, e qual ocomportamento desses organis-mos frente às novas gerações.

Precisamos aproveitar a ondade que a nossa juventude estáfazendo pactos promíscuos, paratambém propormos um novo pac-to. É necessário chamar pais, pro-fessores, governantes, líderesespirituais, e formar um novo pac-to social de valorização da nossajuventude, “Não basta amar osjovens, eles têm que se sentiramados.” São João Bosco já di-zia isso a seus educadores hátempos atrás. É urgente unirmos

nossos esforços e criarmos novasreferências para a juventude,pois essa brincadeira leviana foisomente o símbolo de toda umasociedade, onde o jovem temcomo referência políticos corrup-tos, adultos individualistas e ga-lãs sem escrúpulos. Precisamosdemonstrar, através do exemplo,que o verdadeiro valor está no sere não no ter.

Vamos valorizar a família paraque nela o jovem encontre seumodelo e seu reduto, que a famí-lia seja a primeira instituição aeducar os nossos jovens, que asescolas formem bons cristãos ehonestos cidadãos, e que a Igre-ja deixe o jovem se sentir partedela, e que é possível atender aopedido do Papa João Paulo II, quechama todos à santidade.

Que aprendamos com essabrincadeira de mau gosto que oscaminhos adversos estão ao nos-

so lado, para que saibamos que háum outro caminho para escolher,que as instituições existem paraserem preservadas, e que a falên-cia de qualquer uma delas podedesequilibrar toda uma cadeia.

Dom Bosco, há mais de cemanos dizia que o sistema maiscorreto é o preventivo e nosalertava “Não existem jovensmaus. Se os há, é porque nãohouve nenhum adulto que se in-teressasse por eles”. Assim, fa-çamos nossa parte nos colégi-os, nos clubes, nas igrejas ou nacasa de cada um, mas façamosalguma coisa. Não podemos maispermitir a perda dos nossos jo-vens. Sem jovem não há espe-rança, sem esperança não háfuturo e, sem futuro, para queestamos vivendo o presente?

Eduardo Assis, Assessor do Grupo

São Judas Tadeu, Itajaí

Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...

Meninas de 13 e 14 anos utilizam as pulseiras. Meninos do grupo puxame arrebentam: dependendo da cor, pode significar até relação sexual

Por iniciativa de João Pau-lo II, o Domingo de Ramos vemsendo celebrado como “DiaMundial da Juventude”. Dequatro em quatro anos, numacidade determinada, como oserá Madrid no ano que vem,mas cada ano, a começar de

Domingo de Ramos - Dia mundial da JuventudeRoma, em cada diocese. Aqui emFlorianópolis será feita a come-moração do DMJ na Catedral, nosábado, 27, véspera do Domin-go de Ramos, em forma de Vigí-lia, na Catedral, a começar das20h. A coordenação do eventoestá com o Pe. Vânio da Silva,

Coordenador da PastoralVocacional e Reitor do Semi-nário Teológico da Arquidio-cese. Todos os jovens estãoconvidados. Na Vigília, se re-fletirá sobre a mensagem doPapa Bento XVI para esse Dia.Compareçam!

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FormaçãoFormaçãoFormaçãoFormaçãoFormação

O Centro de Capacitação daJuventude, em São Paulo, lan-çou uma coleção de livros apro-priados. A coleção pode ser ad-quirida na secretaria da Pasto-ral da Juventude, por R$ 15,00(os cinco livros), ou por e-mail:[email protected].

Como Desenvolver a Inte-gração do Grupo de Jovens?Os temas tratados neste cader-no estão centrados no proces-so de integração do grupo nasrelações com a pessoa, com acomunidade, com a cultura,com o cuidado e com o plane-ta. O Lugar Místico é Betânia,que nos convida a visitar a casados amigos e amigas, assimcomo Jesus, para jantar, gastartempo, contar histórias e vivera experiência do amor.

Como cuidar da pessoa nogrupo de jovens? Na mística deNazaré. O processo de persona-lização é o eixo por onde ospontos de reflexão vão ajudaro/a jovem a responder pergun-tas sobre quem participa dogrupo. O lugar místico é Nazaré.O convite busca vivenciar o co-tidiano da vida de Jesus para,com ele, perceber valores, pos-turas e escolhas que foram fei-tas ao longo de sua trajetóriaem uma vida oculta. Assim,nossa vida também pode sermarcada por escolhas e valo-res da construção do Reino.

Como desenvolver a parti-cipação social no grupo de jo-vens? Na Mística de Jerusalém.Uma das di-m e n s õ e smais desafi-adoras parao trabalhocom jovens,hoje, é a polí-tica. Ela nosconvida aparticipar, asair dos nos-sos mundosparticularese ir na dire-

Na trilha do Grupo de Jovensção do/a outro/a e dos interes-ses sociais, ou seja, políticos. Olugar místico é Jerusalém. Nocaminho com Jesus, devemosassumir a dureza das escolhas,de tal modo que haja mudançanas estruturas. Isso exige firme-za, compromisso, coragem, en-trega, oração, para que a vidavença a morte.

Como dinamizar um grupode jovens? Na Mística deEmaús. Este caderno traz vári-os pontos sobre o processo decapacitação técnica, trabalhan-do desde a pessoa do/a jovem,projeto de vida e comunidadeeclesial, até o planejamentomais amplo. Esses temas sãopropostos a partir da mística deEmaús, caminhando com oRessuscitado e celebrando emcomunidade a floração da vida.

Como vivenciar a fé e a mís-tica no grupo de jovens? Namística da Samaria. Assumiruma mística que dê sentido àvida, é uma das exigências doser humano hoje. Os pontos dereflexão provocam o grupo dejovens a refletirem sobre osreferenciais da fé e da místicacristã no seguimento a Jesus eno compromisso a partir daSamaria. Esse lugar é o encon-tro com as diversas culturas,buscando contemplar Deus quecria o diverso e o diferente, re-conhecendo esse mesmo Deusnas pessoas e nas culturas, cul-tivando uma postura de respei-to e encantamento.

A cada ano que passa, au-menta o número de pessoasque prefere aderir aos eventosparalelos ao carnaval, organiza-dos pela Igreja Católica. NaArquidio-cese, foram muitas asiniciativas que levaram a juven-

Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...

Pula, Sai do Chão, meu carnaval foi mais Cristãotude a retiros, encontros de car-naval e outros eventos. Acom-panhamos cinco desse encon-tros. Confira as fotos através daArquidiocese: www.arquifln.org.br, clicar em “Galerias” noalto da página.

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Abertura da CFE-2010 envolveu quatro IgrejasUma celebração, realizada na

tarde do dia 17 de fevereiro, noCentro Ecumênico da Universida-de Federal de Santa Catarina -UFSC, marcou o lançamento ofi-cial da Campanha da Frater-nidade Ecumênica de 2010 (CFE-2010) na Arquidiocese de Floria-nópolis. O encontro contou coma presença de representantes dequatro igrejas cristãs.

Estiveram no evento: o ar-cebispo de Florianópolis, DomMurilo Krieger, representandoa Igreja Catól ica, o PastorSigolf Grevel, da Igreja Evangé-lica de Confissão Luterana doBrasil, a Pastora Regina NiuraSi lva do Amaral , da IgrejaPresbiteriana Independente, eDom Clovis Ely Rodrigues, bis-po emérito da Igreja EpiscopalAnglicana do Brasil.

O encontro contou tambémcom a presença do reitor daUFSC, Antônio Toubes Prata, e doProfessor Alexandre Marino Cos-ta, Vice-Reitor do Centro SócioEconômico da UFSC. Antes dacelebração, os participantes fa-

Realizada no Centro Ecumênico da UFSC, solenidade teve a presença de representantes de quatro Igrejas Cristãs

Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias

Março 2010 Jornal da Arquidiocese8 CF-2010

laram sobre a importância daCampanha da Fraternidade e re-ceberam a imprensa para umaentrevista coletiva.

Desde que foi criada, em1964, esta é a terceira vez que aCampanha da Fraternidade éEcumênica. As outras foram em2000 e em 2005, e se repete acada cinco anos com uma novatemática. Neste ano, o tema é“Economia e Vida”, e o lema“Vocês não podem servir a Deuse ao dinheiro” (Mt 6,24).

“O dinheiro se transformounum Deus para muita gente. Tra-balha-se, vive-se como se ele fos-se a finalidade em si. O dinheiroé necessário, como um meio parao sustento, para a vida. Tanto quenão vamos levar desta vida tudoo que acumulamos”, justificouDom Murilo.

Bênção das CinzasMais tarde, às 18h15min,

nosso Arcebispo presidiu a ce-lebração da Bênção das Cinzasna Catedral. Em sua homilia,Dom Murilo falou que a Quares-

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JA Eventos aindaestão programados

para a CFE-2010Alguns eventos já foram

realizados em relação à Cam-panha da Fraternidade. Jáaconteceu o Seminário dePreparação para a Campa-nha, além de celebraçõesecumênicas em três locais. Apróxima celebração será nodia 23 de abril no TemploEcumênico, em Jurerê Inter-nacional, Florianópolis.

Sessão SoleneNo dia 08 de março, às

19h, a Assembléia Legisla-tiva de Santa Catarina realiza-rá uma solenidade alusiva àCampanha da Fraterni-dade.O evento, já tradicional, é pro-movido pelo Deputado PadrePedro Baldissera, e contarácom a presença de represen-tantes das igrejas cristãs par-ticipantes da Campanha.

ma é o momento favorável deconversão. "Durante a imposi-ção das cinzas, dizemos: 'Con-vertei-vos e crede no Evange-lho'. Isso significa mudar a di-reção no sentido da vida. Nãoum 'verniz', mas uma mudançaradical”, disse.

Segundo ele, a tendência hoje

é deixar-se levar pelas propostasdo mundo. A Campanha daFraternidade Ecumênica de 2010nos faz este desafio: “Que usofazemos do dinheiro?”, perguntae responde: “O dinheiro pode fa-zer um grande bem, se bem utili-zado, mas não podemos tornar-nos seus escravos”.

Durante a abertura na UFSC, representantes das Igrejas falaram sobre aCFE, participaram de celebração ecumênica e deram entrevista à imprensa

O Instituto Teológico de San-ta Catarina - ITESC, realizou namanhã do dia 26 de fevereiro,uma “Jornada Pastoral” sobre aCFE 2010. O evento era abertoa todos os interessados, e con-tou com a participação de maisde 80 pessoas, entre alunos eprofessores do ITESC, e outrosinteressados.

Foram expositores: Pe. Dr.Vilmar Adelino Vicente, professordo ITESC e representante da ins-tituição no evento; Professor Dr.Armando Lisboa, professor doCentro Sócio Econômico da Uni-

ITESC realizou Jornada Pastoral sobre a Campanha

mam as Igrejas a terem um com-promisso de transformação dasociedade em vista da constru-ção do Reino de Deus no mundode hoje”, refletiu.

Para o Prof. Ms. CelsoLoraschi, coordenador do encon-tro, o evento foi bastante positi-vo, tanto pelo número de partici-pantes quanto pela qualidadedas exposições e do debate. "De-monstrou o espírito crítico dosexpositores com relação à econo-mia hoje e apontando caminhospara uma economia verdadeira-mente solidária", avaliou.

versidade Federal de SantaCatarina - UFSC; Pe. RoqueFavarin, da Cáritas Nacional;Pastor Clori Trindade de Oliveira,da Igreja Metodista; e Pe. EliasWolff, representante do Ecume-nismo na CNBB e membro doConselho Nacional de IgrejasCristãs - CONIC.

Num segundo momento, osparticipantes puderam fazer per-guntas aos expositores. Para oPe. Elias, as três CampanhasEcumênicas têm uma intima liga-ção. Segundo ele, as três têmconotação social. “Elas concla-

Evento contou com a exposição de representantes de três igrejascristãs, que fizeram uma leitura crítica do Texto-Base da CFE-2010

Evento reuniu mais de 70 participantes que ouviram dos expositoressuas reflexões sobre a Campanha da Fraternidade deste ano

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GeralJornal da Arquidiocese Março 2010

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Procissão do Senhor Jesus dos PassosA mais tradicional manifestação religiosa do Estado busca envolver cada vez mais os jovens

A Mesa Administrativa da Ir-mandade do Senhor Jesus dosPassos, em Florianópolis, promo-verá, nos dias 20 e 21 de março,sábado e domingo, pelo 244º anoconsecutivo, a Procissão do Se-nhor dos Passos. A solenidadeinicia no dia 14, com a investidurados novos irmãos e irmãs, comeventos todos os dias, e segueaté o dia 22 de março com a mis-sa de ação de graças.

Os dois pontos fortes são aprocissão de translado, realiza-da no dia 20, sábado: a partirdas 20h, translado do Imagemdo Senhor dos Passos e, às 21h, o da imagem de Nossa Se-nhora das Dores, para a Cate-dral. No dia 21, domingo, às 16h terá início a procissão do En-contro, que culmina na frenteda Catedral.

Após o Encontro, terminado osermão alusivo, as imagens, car-regadas pelos Irmãos, retornampara a Capela do Menino Deus,junto ao Hospital de Caridade. AIrmandade do Senhor dos Passosconta atualmente com cerca de900 irmãos que, através do pa-gamento de anuidade, mantêm

a administração do Imperial Hos-pital de Caridade.

Participação dos Jovens

A comissão organizadora daProcissão busca envolver os jo-vens cada vez mais. Segundo aequipe, grupos e movimentos es-tão sendo visitados, para incen-tivá-los a participar dessa celebra-

A devoção ao Senhor Jesusdos Passos começou aqui apartir da chegada da imagem,talhada em madeira por Francis-co Chagas, escultor baiano. Osregistros dizem que, em 1764,uma embarcação levava a ima-gem para Rio Grande, RS. Apóstrês tentativas frustradas deatravessar a Barra do Rio Gran-de, por causa das fortes tem-pestades, a nave atracou defi-nitivamente na então Desterro.

Uma história com 244 anosO povo interpretou a dificul-

dade de a imagem chegar aoseu destino inicial como um si-nal do céu. E assim o capitãodo barco e os moradores acer-taram as despesas da confec-ção da imagem e seu transpor-te. A partir de então, a imagemfoi colocada na Capela MeninoDeus, construída pela beataJoana de Gusmão, e ali foi cria-da a Irmandade do Senhor Je-sus dos Passos.

ção. É através da participaçãodeles que a tradição da Procissão,mais que bicentenária, será ga-rantida para as gerações futuras.

Mais informações com RitaPeruchi, pelo fone (48) 3221-7588 ou pelo email [email protected], ouno site www.hospitaldecaridade.com.br, clicar em “Irmandade”.

Encontro entre as duas imagens é o momento mais marcante. No anopassado, mais de 20 mil pessoas acompanharam a Procissão

Divulgação/JA

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ção

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A Catedral Metropolitana deFlorianópolis, juntamente com oCoral Santa Cecília, realizará nodia 25 de março, às 20h, a tradi-cional Celebração Mariana da So-lenidade da Anunciação do Se-nhor, com o hino “AKÁTHISTOS”,em honra da Mãe de Deus. A ce-lebração será presidida por nos-so arcebispo Dom Murilo Krieger.

“AKÁTHISTOS”, palavra gregaque significa “não sentado”, indi-ca a forma como o Hino deve sercantado: de pé. Ele salienta o mo-mento em que Maria recebeu oanúncio de que fora escolhidapara gerar o Salvador, permane-cendo Virgem. A data, 25 de mar-

Hino celebra a Anunciação do Senhorço, ocorre exatamente nove me-ses antes do nascimento de JesusCristo, no Natal, 25 de dezembro.

Em 1987, Ano Mariano, quis oPapa João Paulo II, que esse “po-deroso e dulcíssimo hino” fossecantado em todas as catedrais domundo. Assim, pela primeira vez,graças ao Coral Santa Cecília,Akáthistos foi cantado em nossaCatedral, estando também grava-do em CD. Desde então vem sidocantado anualmente, sempre nodia da Anunciação do Senhor.

Todas as pessoas são convida-das a participar, em especial as con-gregações religiosas e movimentosque ostentam o nome de Maria.

No ano passado, entre osdias 26 de novembro a 10 de de-zembro, nosso arcebispo DomMurilo participou, em Roma, daVisita ad limina dos Bispos daCNBB - Regionais Sul 3 e 4. Namanhã do dia 5 de dezembro, aoreceber todo o grupo, Sua Santi-dade, o Papa Bento XVI, dirigiuuma mensagem aos bispos pre-sentes, extensiva aos demaisbispos do Brasil.

Ele abordou o tema “A univer-sidade e a escola católica”. En-tre outras coisas, advertiu: “... éprecisamente na referência explí-cita, e compartilhada de todos osmembros da comunidade esco-

Mensagem do Papa aos colégios católicostos de que era e é necessário "pro-mover aquela unidade entre fé,cultura e vida, que constitui a fi-nalidade fundamental da educa-ção cristã” (Bento XVI, 05.12.09).

Cópia do discurso papal com-pleto foi encaminhado a todos oscolégios católicos com um docu-mento de Dom Muilo. “Sei quantoos senhores e as senhoras preci-sam de apoio e orientação, dadasas dificuldades de sua missão.Agradeço o trabalho que desempe-nham em nossa Igreja Particular,desejo-lhes muita disposição e ale-gria nas atividades ao longo desteano de 2010, e envio-lhes minhabênção”, disse nosso Arcebispo.

lar... à visão cristã, que a escolaé “católica”, já que nela os prin-cípios evangélicos tornam-se nor-mas educativas, motivações inte-riores e metas finais”.

“Num mundo e numa épocaque querem tirar do horizonte davida social qualquer referência aotranscendente, qualquer sinal re-ligioso - inclusive os crucifixos,maior símbolo que temos do amorde Deus por nós! -, mais e maisse faz necessário firmarmos nos-sa identidade. Os fundadores deCongregações Religiosas e os Bis-pos que nos antecederam não te-riam fundado escolas e universi-dades se não estivessem convic-

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10 Ação Social Março 2010 Jornal da Arquidiocese

FAS apoiou 27projetos sociais em 2009Recursos do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade apoiaram projetos somando um valor de R$ 83 mil

No ano de 2009 a Coleta daSolidariedade arrecadou um to-tal de R$ 144.099,59, sendo quedesse total R$ 57.639,83 (40%)foram encaminhados para o Fun-do Nacional de Solidariedade eR$ 86.459,76 (60%) ficaram noFundo Arquidiocesano de Solida-riedade. Através desses recursosfoi possível apoiar 27 projetos so-ciais, aplicando um total de R$83.371,30.

Entre os 27 projetos apoiados,07 foram para programas e proje-tos com crianças e adolescentes, 07na área de formação para o exercí-cio da cidadania, 05 para qualifica-ção profissional e geração de tra-balho e renda, 02 para fortaleci-mento da rede de trabalhos soci-ais, 03 para divulgação da temá-tica da CF 2009, 01 para povosindígenas e 01 para Enchentes noNorte e Nordeste do Brasil. Foramatendidas, com os projetos apoia-dos, mais de 10 mil pessoas.

Segundo Fernando Anísio Ba-tista, da Ação Social Arquidio-cesana, nos onze anos de existên-

cia do FAS, o ano de 2009 foi ummarco em sua história, pois foi oano que mais arrecadou na Cole-ta e o ano em que houve o maiornúmero de projetos apoiados. Eledestaca que este é resultado do

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“Centro de Educação Infantil Anjo da Guarda”, trabalho realizado pelacomunidade do Pedregal, no Bairro Ipiranga, pertencente à Paróquia Sagra-dos Corações, em Barreiros, São José, foi um dos beneficiados pelo FAS.Trabalho atende 194 pessoas, na creche e no atendimento pedagógico

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trabalho realizado com as paróqui-as e com as ações sociais paro-quiais, as quais entendem que oFundo tem um papel estratégicona Arquidiocese: o de fortaleci-mento dos trabalhos sociais.

No Domingo de Ramos, queserá dia 28 de março, incluindoa véspera, dia 27 à tarde e noi-te, acontecerá a Coleta da Soli-dariedade, que é o “gesto con-creto” da Campanha da Frater-nidade. Dos recursos arrecada-dos, 40% constituem o FundoNacional de Solidariedade, que

Dia 28 acontecerá a Coleta da Solidariedade

se destina a apoiar projetos liga-dos à temática da Campanha decada ano e os outros 60% cons-tituem o Fundo Arquidiocesanode Solidariedade, que se desti-na a apoiar projetos sociais e degeração de trabalho e renda emnossa Arquidiocese.

Os recursos arrecadados são

distribuídos de forma organizadapara as comunidades empobre-cidas da Arquidiocese, apoiandoiniciativas que apontem para asuperação das estruturas de po-breza e injustiça presentes nasociedade. Sua contribuição faráa diferença para muitas pessoasque necessitam. Participe!!!

60% do valor arrecadado fica na Arquidiocese e compõe o FAS

Curso de Balé é oferecido a mais de 80 jovens nobairro Monte Cristo, região continental de Floria-nópolis, e as ensina a dançar artisticamente

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A Ação Social Neotrentina, da Paróquia São Virgílio,em Nova Trento, ensina mais de 50 mulheres a cos-turar e conseguir renda a partir desse aprendizado

PROJETOS SOCIAIS

Projeto Proponente Valor

Fisioterapia para Pessoas comDeficiência Visual

Associação Catarinensede Integração do Cego

4.985,25

Informática e Cristo.comParóquia São JudasTadeu - Brusque

5.000,00

Saúde e Educação na ComunidadeIndígena Garani Yvy Ju Miri

Ação Social São JoãoEvangelista - Biguaçu

5.000,00

Famílias que Integram as Comuni-dades de Atendimento da Ação So-cial São Luiz: perfil e necessidades

Assistência Social SãoLuiz

2.100,00

A informática ao alcance dos maiscarentes

Ação Social ParoquialSanta Cruz

3.730,80

Projeto Orquestra Ação Social da Trindade 4.215,35

Curso Balé Clássico e Moderno paraFormação Integral

Centro Loyola Amar eServir

2.000,00

Aquisição de Equipamentos e Mobi-liários de Cozinha, Refeitório e Dis-pensa para o Projeto Social Pedregal

Ação Social de Barreiros 5.000,00

Tocando e Cantando com Aledria ASP N. Sra. do Rosário - SJ 2.125,00

Grupo Abada Capoeira Rosário ASP NSra. do Rosário - SJ 3.488,00

Casa de Caridade Madre Tereza deCalcutá

Ação Social SantoAntônio

4.936,36

Percepções da sexualidade infanto-juvenil nas Casas-Lares NSra. doCarmo e São João da Cruz deFlorianópolis (primeira parcela)

Casa-Lar Nossa Senhorado Carmo e Casa-Lar SãoJoão da Cruz

1.560,00

Aprendendo a Dançar Ação Social da Trindade 4.500,00

Geração de Trabalho e Renda

Curso de Corte e Costura paraGeração de Renda e Cidadania

Centro Loyola Amar eServir

2.000,00

Mulheres em Ação Pela Superação Ação Social Neotrentina 1.182,25

Divulgação do Grupo Criando eCosturando

ASP NSra da Lapa -Florianópolis

1.249,10

CosturarASP Sta TerezinhaMenino Jesus - Fpolis

2.000,00

II Feira Regional de EconomiaSolidária

Ação SocialArquidiocesana

4.927,00

Formação e Mobilização

Dia Nacional da Juventude Pastoral da Juventude 2.410,00

Promotoras Legais Populares(primeira parcela)

Movimento das MulheresTrabalhadoras Urbanas

1.276,19

Formação em Políticas Públicas ASA 2.100,00

Para ser voluntário é preciso maisque amor é preciso formação

Ação Social São JoãoEvangelista - Biguaçu

570,00

Oficina de Sustentabilidade eElaboração de Projetos

Ação SocialArquidiocesana

930,00

Mobilização, Sensibilização CF-2009 Coord. Arquid. CF-2009 700,00

Fortalecendo a Rede Municipal deBrusque

Ações Sociais Paroquiaisdo Município de Brusque

786,00

PNAS e o Reordenamento das entida-des de Assistência Social - 1º Etapa

Ação SocialArquidiocesana

3.600,00

Emergência Social

SOS Norte e Nordeste Cáritas Brasileira 10.000,00

Total de Recursos Aplicados em Projetos 83.371,30

Projetos apoiados em 2009

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REUNIÕES DE ARTICULAÇÃODATA LOCAL

25/04 Comunidade do Mocotó

26/06 Comunidade da Praia (Ponte do Maruim)

22/08 Comunidade de Mont Serrat

24/10 Comunidade da Penitenciária

04/12 Comunidade do Alto da Caieira

ENCONTROS DE FORMAÇÃODATA LOCAL e TEMÁTICA

28/03 Encontro das CEBs: Identidade, Espiritualidade e Missão

das CEBs - Comunidade do Mont Serrat

25/07 Encontro das CEBs: CEBs, Fé e Política - Com. Quilombo

04/12 Encontro - Sinais de CEBs presentes em nosso meio -

Comunidade do Alto da Caieira

Jornal da Arquidiocese Março 2010

11GBF

Neste tempo quaresmal de2010, o livreto dos Grupos Bíbli-cos em Família, com o título: “AVIDA NOVA EM CRISTO”, quer nosproporcionar uma grande refle-xão sobre o nosso estilo de vida,

Livreto reflete sobre o Tempo QuaresmalSubsídio está pronto e encontros já estão sendo realizados

Equipe de coordenação é a responsável por preparar a 11º EncontroEstadual das CEBs, que será realizado em 2012 em Florianópolis

Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro

indicando o caminho do encon-tro pessoal e comunitário comJesus Cristo. Que saibamos res-ponder sim a mais este chama-do que Deus nos faz de colabo-rar na construção do seu Reino

de justiça, amor, paz e frater-nidade, para que o seu projeto devida seja vivenciado por todos osseus filhos e filhas.

Palavra do nosso Arcebispoaos Grupos Bíblicos em Família:

A Campanha da Fraternidadefaz parte do calendário anual denossas dioceses. Promovida pelaCNBB, essa Campanha procurainquietar a sociedade com refle-xões sobre temas sociais, especi-almente aqueles que estejam pre-judicando a vida fraterna. Nesteano de 2010, há uma particulari-dade: novamente será ecumênica- isto é, assumida, também, poroutras igrejas cristãs.

O tema escolhido para a CF2010 é: Economia e vida; e olema: “Vocês não podem servir aDeus e ao Dinheiro” (Mt 6,24). Seuobjetivo geral é o de unir as Igre-jas cristãs e as pessoas de boavontade na promoção de uma eco-nomia que esteja a serviço davida, em vista da construção da

paz. É um objetivo ousado. Mascomo não ser ousados diante dasinjustiças que nascem de umaeconomia em que o lucro está emprimeiro lugar, e o ser humano nãopassa, muitas vezes, de um "pro-duto", útil apenas enquanto aju-da o crescimento dessa mesmaeconomia? Como ficar indiferen-tes diante de uma "máquina" eco-nômica que gera desigualdades,miséria, fome e morte? Realizadana quaresma, a CF quer "acordar"a sociedade, motivando-a a umaprofunda conversão. Afinal, a Vidaé um valor mais importante queos interesses do mercado.

Há os que perguntarão: temsentido as Igrejas cristãs trataremde um tema como esse? Não ha-veria outros temas mais interes-

santes e urgentes, temas que seri-am mais "religiosos"? Tudo o que éimportante para o ser humano éimportante para o Evangelho. Porisso é que Jesus se preocupou nãosomente com temas ditos "religio-sos", mas também com a fome,com as doenças e injustiças.

Nossos Grupos Bíblicos emFamília fazem bem, pois, em par-ticipar das reflexões da Campanhada Fraternidade. Se quisermosmudar o mundo, precisamos co-meçar mudando nosso coração.Assim, pela conversão de nossocoração, estaremos dando umpasso importante para viver a Pás-coa do ano da graça de 2010.

Dom Murilo KriegerArcebispo Metropolitano

Os encontros e as reuniõesserão orientadas e assessora-das pelo Pe. Vilson Groh, MoacirAlburquerque e Roberto Iuns-kovski. Contamos com a partici-pação das comunidades que jávêm colaborando conosco des-de 2009: Alto da Caieira, Mocotó,Campeche, Ingleses, Vila Apare-cida, Forquilhinha, Praia da Pon-te do Maruim, Serrinha, Morro doQuilombo, Nova Esperança, Mor-ro da Queimada, Pastoral da Ju-

ventude, animadores(as) dosGBF e todas as lideranças quequeiram conhecer o nosso traba-lho evangelizador na Arqui-diocese. A presença de todos etodas é de grande valia, parareavivar a caminhada das Comu-nidades Eclesiais de Base.

“Lá vem o trem das CEBs,caminhando com seu povo...”

Edson MendesArticulador arquidioc. das CEBs

Cronograma de reuniõese encontros - 2010

No 10º Encontro Estadualque se realizou em 2008, naDiocese de Lages, com o tema:“Ecologia e Missão”, e o lema:“CEBs, povo de Deus cuidando daVida”, foi escolhida a Arquidio-

CEBs e GBFs, um jeito de ser Igreja

cese de Florianópolis para sediaro próximo encontro estadual em2012. Portanto, desde lá aArquidiocese de Florianópolis for-mou uma equipe de articulação,que vem se encontrando e pre-

“Lá vem o trem das CEB,s caminhando com seu povo. Escute,

meu amigo, venha ver o que há de Novo” (Terezinha do Brejão - MA).

parando os trilhos (caminhos)para a chegada e a recepção dosvagões das comunidades ecle-siais de todo o Regional Sul IV,que formarão o trem das CEBsem 2012.

Animados pelo espírito reno-vador do Intereclesial das CEBs,que aconteceu em julho de 2009,em Rondônia, na cidade de Por-to Velho, com o tema: “CEBs, Eco-logia e Missão”, e o lema: “Do ven-tre da terra o grito que vem daAmazônia”, continuamos com en-tusiasmo nossa caminhada dasComunidades Eclesiais de Baseem unidade com os Grupos Bíbli-cos em Família, com o compro-misso de articular todas as pe-quenas comunidades em âmbi-to Arquidiocesano.

Para melhor organizarmos,celebrarmos e partilharmos avida em comunidade, traçamosum planejamento de atividadescom temas de estudos para esteano de 2010.

Divulgação/JA

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

Sérgio Maykot nasceu no Es-treito, Florianópolis, em 1º demaio de 1948, filho dos descen-dentes de poloneses AndréMaykot e Olga Podiacki Maykot,originários de Pinheiral, NovaTrento. Seu pai abriu no Estreitoconhecida loja de ferragens, cujolucro reverteu na formação dosfilhos e na aquisição de numero-sos lotes de terra. Foi um empre-sário bem sucedido.

Sérgio ingressou no Seminá-rio de Azambuja com 10 anos deidade, ali se distinguindo pelasimplicidade, lealdade com osamigos, dons musicais de cantore violinista, organizador de sa-raus literários. Desempenhou acontento a função de mestre decerimônias nos Pontificais e Mis-sas gregorianas. Provindo de fa-mília de posses, não fazia exigên-cias, tudo o deixava satisfeito.Aprendeu a escrever bem, comestilo e bom humor.

Seguindo para Curitiba em1967, ali cursou filosofia e teolo-gia. Foi o difícil tempo das adap-tações ao espírito do ConcílioVaticano II encerrado em 1965:tudo parecia ser provisório e terde ser mudado... Com as dificul-dades superadas positivamente,Sérgio foi ordenado presbítero naigreja de Fátima, no Estreito, em1º de fevereiro de 1973. Perma-neceu um ano em Curitiba a fimde concluir estudos de Filosofiana Universidade Federal.

O início apostólico -dedicação e amor

aos pequenosEm 15 de janeiro de 1974 foi

Padre Sérgio Maykot - um padre a serviço dos menoresvigário paroquial de Tijucas, tra-balhando com Mons. AugustoZucco, à época chamado de "do-mador" de padres novos... Pe.Sérgio não tinha dificuldade desubmeter-se com bom humor aesse controle.

Em sete de janeiro de 1976foi provisionado pároco do DivinoEspírito Santo, em Camboriú, de-senvolvendo ótimo trabalho jun-to aos jovens e, especialmente,às crianças. Sua memória é alirecordada no “Jardim de InfânciaPadre Sérgio Maykot”.

Em 10 de janeiro de 1980,para surpresa de muitos, recebeuo, à época, glorioso encargo depároco do Santíssimo Sacramen-to de Itajaí. Nunca um padre ain-da jovem recebera essa missão.Na sua humildade e desapego,Pe. Sérgio não viu nada de glorio-so no trabalho, além de ter muitotrabalho. Espírito agregador, pro-curou a cada sábado reunir ospadres da cidade para uma con-versa e preparação da homilia. Osfrutos foram muito positivos.

Em fevereiro de 1986 foi no-meado pároco de São FranciscoXavier, Saco Grande, paróquiaque abrangia todo o norte da Ilhade Santa Catarina e que hoje estádividida em três. Trabalhou comzelo e abnegação, sem deixar deser enérgico diante de autorida-des quase vitalícias que, há dé-cadas, comandavam algumascomunidades. Substituiu-as, semreceio de críticas. Sempre ligadoà fraternidade presbiteral, desdeo início do ministério semanal-mente reunia amigos padres emcasa da família no Ribeirão daIlha. Depois se pensou numa As-

sociação de Presbíteros, comsede própria. Assim, em 1987nasceu a APAZ - Associação Pa-dre Augusto Zucco - com sede emBarreiros, São José, da qual sem-pre foi entusiasta incentivador.

Estudante depsicologia em RomaDesde padre jovem, Pe. Sérgio

nutria dois sonhos: estudar psico-logia e trabalhar no Seminário. Umsonho que era um: trabalhar naformação presbiteral. Dom Afon-so Niehues permanecia reticenteao ouvir essa conversa: achavaque Pe. Sérgio era pouco enérgi-co e não teria muita autoridadecomo formador. Enfim, cedeu eem 13 de fevereiro de 1992 Pe.Sérgio foi para Roma, cursar Psi-cologia na Pontifícia UniversidadeSalesiana. Hospedado no

12 Artigos Março 2010 Jornal da Arquidiocese

EU, ECUMÊNICA?Foi-me solicitado escrever algu-

mas palavras sobre o ecume-nismo.Então, resolvi escrever sobre a mi-nha própria experiência ecumênica.Fui ensinada na doutrina da IgrejaCatólica Apostólica Romana até aminha adolescência, sendo batiza-da e preparada para a Eucaristia,frequentando assiduamente asmissas e outras atividades na Pa-róquia Nossa Senhora de Fátima,no Estreito, Florianópolis. Durantea minha infância fui levada algumasvezes pelos avós maternos ao Cen-tro Espírita, para tomar passes e ou-vir algumas palestras. Confesso queentendia muito pouca coisa do queestava sendo feito e falado. Tam-bém durante as missas, era esse osentimento.

Meus pais nos faziam, a mime aos meus irmãos, irmos à mis-sa no domingo pela manhã. Essaida à Igreja nos dava o direito de,pela tarde, irmos ao cinema. Parameu pai e minha mãe, a únicaigreja verdadeira era a Igreja Ca-tólica Apostólica Romana. Até hojenão entendo como os meus avós

conseguiram me levar ao CentroEspírita. Não sei se meus pais sa-biam ou não dessas visitas.

Até aos dezesseis anos, não melembro de ter conhecido alguémque freqüentasse outra igreja oureligião que não fosse a Igreja Ca-tólica Apostólica Romana. Foi en-tão que, em 1980, comecei a na-morar um rapaz que, para minhasurpresa, era protestante. Fiqueimuito curiosa e fui com ele assistira um culto na Igreja PresbiterianaIndependente do Brasil, na qualestou até hoje. E agora, como pas-tora de uma comunidade (aproxi-madamente há dez anos), no bair-ro Coloninha, em Florianópolis.

Por que resolvi fazer este rela-to? Porque a mesma idéia que eutrouxe da Igreja Católica, eu atransferi para a Igreja Protestan-te: de que o "meu Deus" era o úni-co verdadeiro e a minha tradiçãodentro da qual eu me relacionocom Ele era a única verdadeira.

Continuei pensando que os mem-bros de outras igrejas e religiõesnão deveriam ser considerados, emuito menos deveria ter qualquertipo de diálogo ou comunhão comesses irmãos.

Minha mudança aconteceuquando fui fazer o mestrado na áreade Teologia Prática, em um seminá-rio interdenominacional. Durante asconversas com meus companhei-ros de curso (pessoas de outras tra-dições religiosas), comecei a enten-der como eu era preconceituosa,radical, funda-mentalista, ignoran-te, desrespeitosa, soberba e presun-çosa, achando-me dona da verda-de. Entendi que, assim como eu,eles também tinham recebido umamissão da parte de Deus. A missãode vivenciar o amor de Deus nestemundo e torná-lo um lugar onde to-dos tenham vida e vida em abun-dância. Essa era a missão de Jesuse é também a nossa missão, inde-pendentemente de nossas diferen-

ças e compreensões.O mais interessante é que a

própria palavra "ecumenismo" nosensina essa verdade, pois ela temsua origem no vocábulo grego“oikoumene” que, por sua vez, éderivado da palavra “oikos”, quesignifica casa, lugar onde se vive,espaço onde se desenvolve a vidadoméstica, onde as pessoas têmum mínimo de bem-estar. O cader-no do CEBI (Centro de Estudos Bí-blicos) “A Palavra na Vida, nº 227- “Em nome da Identidade: umaleitura de gênero, ecumenismo enegritude” - nos diz: “O movimen-to ecumênico teve seu ponto departida no movimento missioná-rio. No século XIX a fé cristã seexpandiu de uma forma jamaisvista. Entretanto, assim comocrescia muito o trabalho missio-nário, também ao longo do tempofoi-se criando uma rivalidade en-tre as igrejas. Os missionários pre-gavam sobre Cristo, mas também

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoaspiravam a construir sua própriaigreja. Aos poucos, começou-se asofrer por causa dessa desunião.Os missionários e líderes concluí-ram que havia chegado o momen-to de dialogar" (p. 16). Daí surgi-ram encontros, conferências e atéa criação de um órgão que con-grega as Igrejas Cristãs em todo oplaneta: o Conselho Mundial deIgrejas - CMI.

Diálogo. Creio ser esta a pala-vra que durante muito tempo emminha vida ficou faltando. Dialo-gar: falar, e também ouvir o outro.Hoje, em minha vida, busco umavivência mais ecumênica, procu-rando dialogar com todas as pes-soas. Não é fácil. Mas creio que oecumenismo é um dos instrumen-tos que pode tornar este mundoum lugar onde o "Shalom" de Deusse torne realidade para todos.Sim, eu sou ecumênica!

Regina Niura Silva do AmaralPastora da Igreja Presbiteriana In-

dependente do Bairro Coloninha -

Florianópolis.

Pontifício ColégioPio Brasileiro, revi-veu com carinho ecompromisso osvelhos tempos deSeminário.

Na SemanaSanta de 1998 es-tava de volta aoBrasil. Em 27 demarço assumiucomo vigário paro-

quial da Catedral e como párocoem fevereiro de 1999. Simultane-amente passou a lecionar noITESC e tinha uma grande agen-da de atendimentos na linha depsicologia.

Os últimos anos deuma breve existência

Finalmente, em 22 de junhode 2001 saiu a provisão tão de-sejada: formador dos estudan-tes de Filosofia no Seminário“Edith Stein”, em Barreiros.Sempre desejara exercer esseministério e agora, com a pre-paração pelos estudos de Psi-cologia, poderia viver essa ex-periência. A bem da verdade,sentiu-se frustrado, e pediupara retornar ao ministério pa-roquial. Em nove de dezembrode 2003 foi provisionado páro-co de Nossa Senhora Aparecida,

Procasa, São José. Humilde epobre paróquia, mas onde viveua consagração pastoral commuita alegria. Nesse tempo foitambém Coordenador da Co-missão Preparatória do Cente-nário da Diocese de Floria-nópolis (1908-2008), cuja gran-de celebração foi a trágica en-chente de novembro/dezembrode 2008.

Sempre disponível, em 1º defevereiro de 2009 assumiucomo pároco de São José, sen-do recebido com alegria poraquele povo. Seus primeirospassos de reunir e escutar aslideranças despertaram forteesperança. Infelizmente, poucomais de um mês depois, emseis de março, faleceu repenti-namente, vítima de infarto, aoretornar de consulta médica eentrar na casa paroquial.

Todos choraram essa vidaprecocemente ceifada. Doía ocoração ver as crianças - as sem-pre amadas crianças - depositan-do flores em sua urna funerária.Padres e povo choravam a perdade um amigo, uma presençasempre forte e exemplar. No diaseguinte, sábado à tarde, apóscomovente Missa exequial, seucorpo foi depositado no cemité-rio de Coqueiros, onde descansajunto a seus pais.

Escrever essas linhas foi umanecessidade para mim, que pri-vei de sua amizade por 49 anos.Foi graça fecunda tê-lo comoamigo no Seminário e compa-nheiro de ministério.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

Pe. SérgioMaykot, padre,psicólogo, amigocom dedicaçãoespecial aosjovens, àscrianças e asvocações

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

A nossa Arquidiocese quer avançar no uso dos MCS. É algo possível e urgente para o anúncio da Boa Nova

Jornal da Arquidiocese Março 2010

13Missão

A Missão de Comunicar a Alegria PascalBento XVI, numa mensagem

dirigida a toda Igreja, apresentousua visão pastoral sobre as novasmídias como sendo “instrumentosindispensáveis” para a sua missãoevangelizadora, pois as novastecnologias ajudam a instaurar for-mas de diálogo de maior alcance.

Bento XVI lança hoje a mesmapergunta que o apóstolo Paulo lan-çou aos primeiros cristãos empe-nhados no anúncio de Cristo:Como hão de acreditar naquele dequem não ouviram falar? E comohão de ouvir falar, se não houverquem lhes pregue? (Rm 10,14).

O mundo digital, afirma oPapa, abre perspectivas e concre-tizações notáveis ao incitamentopaulino: Ai de mim se não anun-ciar o Evangelho! (1Cor 9,16).

Com o Evangelho nas mãos eno coração, insiste o Papa, é pre-ciso reafirmar que é tempo depreparar caminhos que condu-zam à Palavra de Deus, tendouma particular atenção por aque-les que se encontram em condi-ção de busca e aos que não acre-ditam, mas que cultivam no co-ração desejos de absoluto e deverdades não caducas.

Essa mensagem, que o papaBento XVI lançou no dia dos Mei-os de Comunicação Social, sur-preendeu favoravelmente e mo-tivou sacerdotes e comunidadesa encararem e usarem adequa-damente os meios poderosís-simos de comunicação para aevangelização do mundo contem-porâneo.

COMUNICADORESCOMPETENTES

Mas, para que se realize o

que o Papa pede, há necessida-de de que o mundo católico acor-de e se preocupe mais com aformação de bons e competen-tes comunicadores. Nossas rá-dios e TVs, em seu conjunto, ain-da carecem de comunicadoresmaduros em sua fé e tecnica-mente mais aprimorados.

Será que em nossas universi-dades e em milhares de colégioscatólicos existe uma preocupa-ção concreta em descobrir jovensque possuem valores no campoda comunicação? Será que nes-ses ambientes, como tambémnas comunidades paroquiais, nosgrupos e movimentos, existe a co-ragem de investir no aprimora-mento de futuros comunicado-res? Será que, para isso, existeum forte estímulo de cima?

São esses fatores muito séri-os se quisermos que a nossaevangelização midiática se apri-more e consiga transmitir a men-

sagem de Cristo e da Igreja, deforma moderna e cativante, emtodos os ambientes e nos lares,muitos deles descristianizados.

Está na hora de despertar epartir para ações concretas quenos permitam sair do amado-rismo. Se isso acontecer na Igre-ja dos cinco continentes, o “idepelo mundo inteiro, pregai o evan-gelho a todas as criaturas” tornar-se-á uma realidade maravilhosae confortadora. Nenhuma dificul-dade deve nos impedir de que aBoa Nova chegue às extremida-des da terra!

EQUIPE DE

COMUNICAÇÃONo dia 13 de Fevereiro, reuniu-

se um grupo seleto decomunicadores de nossa Arqui-diocese. Estava presente o nossoArcebispo Dom Murilo e Pe. VitorFeller, coordenador da PastoralArquidiocesana. O assunto era:Pastoral da Comunicação Dioce-sana. Ouve uma apresentação doque já existe e, em seguida, bus-cou-se abrir novos horizontes paraa nossa comunicação. O encon-tro foi muito proveitoso e, finalizan-do, foi escolhido um grupo decomunicadores que se encarrega-rão de movimentar ainda mais anossa Pastoral da Comunicação.Pedimos a Deus para que dê aessa equipe a coragem e acriatividade necessárias para umamissão tão importante.

Pe. Paulo de Coppi - [email protected]

MOSUL, domingo, 21 de fe-vereiro. Nesta semana, quatrocristãos foram assassinados asangue frio em Mosul (Iraque).“A situação é trágica”, alertouWarduni e “o governo ira-quiano não está fazendo o quedeveria, para acabar com essemassacre. Precisamos que acomunidade internacionalfaça pressão sobre seus pró-prios governos e estes sobre ogoverno iraquiano”.

O último cristão assassinado

Solidariedade entre IgrejasIraque: quatro cristãos assassinados em

quatro dias. Patriarca caldeu pede ajuda à

comunidade internacionalé um jovem estudante universi-tário. Interceptado por dois ho-mens que se diziam das forçasde ordem, mataram-no a tiros.

O Arcebispo declarou: “Nós,cristãos, somos inocentes, nãocausamos dano a ninguém, sóqueremos viver em paz em nos-so país. Se querem noserradicar de nossa terra, que odigam. Se não, que nos deixemem paz”. Amigos e amigas cris-tãos, rezemos para esses nos-sos irmãos perseguidos.

O Anuário Pontifício 2010,apresentado a Bento XVI, apre-senta um aumento do númerode católicos no mundo, bemcomo o de sacerdotes e semi-naristas, especialmente naÁsia e na África

Em 2008, foram registrados1 bilhão e 166 milhões de fiéisbatizados, com um aumento de19 milhões (+1,7%) em relaçãoao ano anterior. Mesmo consi-derando o aumento da popula-ção mundial, que atingiu umtotal de 6 bilhões e 700 milhõesde pessoas, observa-se um dis-creto aumento da população ca-tólica em termos percentuais(de 17,33 para 17,40 %).

Aumenta o número decatólicos no Mundo

Aumentou também o nú-mero de bispos, que passou deda 4.946 em 2007 para 5.002em 2008. Houve também umdiscreto aumento no númerode sacerdotes, seja diocesanosou religiosos, da ordem de 1%no período entre 2000 a 2008.

Aumentou também, em ní-vel global, o número de candi-datos ao sacerdócio, passandode 115.919 em 2007 para117.024 em 2008.

Tal aumento foi mais pronun-ciado na África (+3,6%), na Ásia(+4,4%) e na Oceania (+6,5), en-quanto que a Europa registrouuma queda no número de can-didatos ao sacerdócio de 4,3%.

No dia 21 de 02, a Anima-ção Missionária deu seus pri-meiros passos com o encontroregional dos assessores da In-fância e Adolescência Missio-nária, na cidade de Mafra.

No dia 07 de Março, das8.30 às 16.30, em Tijucas, ha-verá o Iº encontro de formaçãomissionária para todos os ani-madores missionários daArquidiocese. Contamos com aparticipação de todos.

ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA

Informações com Dalva,

pelo fone (48) 8411-3896.Encontro reativou a Pastoral da Comunicação na Arquidiocese

Fo

to JA

Papa Bento XVI incentiva o uso dos meios de comunicação que consi-dera “instrumentos indispensáveis” para a evangelizadora da Igreja

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Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

14 Geral Março 2010 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Deu-se tan-to, o sapato,que se acabou.E, no entanto,foi quando jáestava para serd e s c a r t a d oque começou amais bela eta-pa da vida: a dedar flores!

FonteComo é que aquela fonte, tão

pequena, poderia pensar que umdia seria capaz de chegar aomar? Como é que aquela fonte,quase invisível, poderia supor quese transformaria no maior rio domundo? Também nós: não pen-semos tão pouco do grandiosodestino que nos espera! Fomoscriados do nada para, no amor,viver com Deus pelos tempossem fim.

ConvivênciaNão nos permitamos conviver

como estranhos.

TempoDo tempo só se colhe o que

nele se planta. E, se não se plantanada, o que se haverá de colher?Se não se planta, está perdido otempo destinado à plantação.

Divu

lga

ção

/JA

Preocupações“A cada dia basta o seu cui-

dado” (Mt 6,34). Para quantos denós a vida seria bela se vivêsse-mos bem esse conselho de Je-sus... Por que deixar que o pas-sado nos vergue as costas e ofuturo nos preocupe tanto, se sótemos o presente para viver?

VelaA vela acesa ficou à disposi-

ção de todas as que lhe foramapresentadas. Acendeu uma auma, para que também pudes-sem iluminar. E as trevas se afas-taram. Os homens e as mulheresque têm em si a luz de Cristo,quanta escuridão espantam!

AlegriaNão deixemos a alegria se

despedir de nós e ir para terraslongínquas.

NúmerosParece que, para Deus, núme-

ros não importam. Também paraos santos. Irmã Emanuele relatouao Padre Pierre, em Paris, sua ale-gria por já haver salvo sete mil cri-anças. A resposta daquele que vi-via no meio do lixo, junto aos lixei-ros, surpreendeu-a: “E as outras?”.

EducaçãoPais que se dedicam à edu-

cação dos filhos dão-lhes umgrande tesouro. Quando se edu-ca cristãmente, com amor exigen-te, moldam-se os filhos à feiçãode Deus e, então, o mundo nãoserá capaz de deformá-los.

CompetênciaAo descobrir em nós a capaci-

dade - que vem de Deus (cf. 2 Cor3,5) -, alguém poderá descobrir,também, o Deus que nos habita.

O caminho das facilidadesdesemboca na estrada das tris-tezas; a alegria implicadesinstalação, serviço, renún-

cia, lava-pés. Quanto mais ale-gria damos aos outros, tantomais alegres nos tornamos nósmesmos!

Caminho

Florianópolis é representada no MuticomEvento reuniu mais de dois mil participantes de 37 países da América Latina e do Caribe

Nos dias 03 a 07 de fevereiro,a cidade de Porto Alegre sediou oMutirão de Comunicação Améri-

ca Latina e Caribe (Muticom). Pro-movido pela CNBB, através da Co-missão Episcopal Pastoral paraEducação, Cultura e Comunica-ção, pelo CELAM e pela OCLACC,o evento reuniu mais de dois milparticipantes de 37 paíseslatinoame-ricanos e caribenhos.

O Regional Sul IV da CNBB(Santa Catarina) esteve represen-tado por 18 pessoas. A Arquidio-cese de Florianópolis teve a pre-sença de três jovens. Com o tema“Processos de Comunicação e

Cultura Solidária”, o MUTICOMpromoveu espaços de diálogosobre os processos de comunica-

ção à luz da cultura solidária, naconstrução de uma sociedadecomprometida com a justiça, aliberdade e a paz.

O evento contou com palestras,painéis, conferências, oficinas,apresentações culturais e artísti-cas. Elas tiveram como referênciaos maiores especialistas em comu-nicação da Igreja Católica no mun-do. “Foi um momento raro paranós, participarmos de um eventocomo esse em que comunicadoresde referência mundial puderam tra-zer-nos suas experiências”, disseZulmar Faustino, jornalista daArquidiocese.

Pela primeira vez, o evento foiantecedido pelo “Encontro conti-nental de jovens comunicado-

Os três participantes daArquidiocese no Muticom, inqui-etados em apenas participar,decidiram colocar suas habilida-des em prática e criaram um blogdo evento. Através do endereçoh t t p : / / f l o r i p a n o m u t i c o m .

wordpress.com, em apenas duashoras já noticiavam tudo o queacontecia no Mutirão.

A idéia surgiu a partir da ex-periência de cada um deles. Comtalentos diferentes, mas que secompletam, os três decidiramunir suas habilidades e colocá-lasem prática para mostrar o queacontecia no Muticom. Erameles: Zulmar Faustino, jornalistada Arquidiocese, Guilherme Pon-

Jovens da Arquidiocese criaram site para divultar o evento

res”. Na tarde dos dias 02 e 03de fevereiro, os jovens contaramcom um espaço só seu. Na tardedo dia 02, houve um painel como tema “Dialogando e transmitin-do cultura solidária”, realizadopelo músico uruguaio DanielDrexler e por Elson Faxina, ex-as-sessor de comunicação e colabo-rador da Pastoral da Criança.

O próximo Mutirão Brasileirode Comunicação será realizadono Rio de Janeiro, nos dias 17 a22 de julho de 2011. Será a séti-ma edição do evento, com otema: “Comunicação e Vida: Di-versidade e Mobilidade”. Ao finaldo Muticom em Porto Alegre, aequipe do Rio fez a apresentaçãode como será a próxima edição.

tes, coordenador da Pastoral daJuventude, e Felipe dos Santos,do movimento Água Viva Jovens,da Paróquia NSra. da Boa Via-gem, em Florianópolis.

Os três foram foram agracia-dos com uma menção honrosa,pelo seu trabalho. O prêmio foientregue ao nosso arcebispoDom Murilo Krieger, que acom-panhou o Muticom através doblog dos jovens.

De Florianópolis, ele mandoua seguinte mensagem: "Quandoesses meios forem colocados aserviço da evangelização, os“pés” dos evangelizadores serãomais rápidos, em condições dealcançar em menor tempo e com

mais eficácia o apressado serhumano de hoje. Vivam intensa-mente essa experiência e, ao vol-tar, motivem outros a colocar tãoricas ferramentas a serviço daBoa Nova de Jesus", escreveuDom Murilo.

Os três jovens integram aequipe da “Pascom”, a Pastoral

da Comunicação, da Arqui-diocese. Eles pretendem ofereceruma oficina aos representantesde pastorais e paróquias. Nela,demonstrarão sobre o uso dosmeios eletrônicos na transmissãode informações.

Mais informações no site doevento ou pelo e-mail: jornal@

arquifln.org.br. Iniciativa dos três jovens foi recompensada pela equipe de comunicação

Dom Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho dasComunicações Sociais, representou o Papa no evento

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Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

Jornal da Arquidiocese Março 2010

15Geral

Uma celebração, realizadana noite do dia 12 de fevereiro,marcou a criação do SeminárioPropedêutico “MonsenhorValentim Loch”. Foi presididapelo nosso arcebispo DomMurilo Krieger, e concelebradapor vários padres e diáconos daArquidiocese, na Igreja Matriz daParóquia Divino Espírito Santo,de Camboriú. A igreja estavacompletamente lotada.

No início da celebração, foi lidaa provisão em que Pe. JosemarSilva foi nomeado reitor doPropedêutico. Ele terá a seus cui-dados nove seminaristas “prope-deutas”. O Seminário foi instituí-do no dia primeiro de janeiro. Acelebração marcou a abertura dasatividades acadêmicas.

Participaram da celebraçãoos 48 seminaristas das quatrocasas de formação do cleroarquidiocesano: Menor (12);Propedêutico (9); Filosofia (16); eTeologia (11), com os respectivospadres formadores. Os “prope-deutas” provêm de Florianópolis(4), Camboriú (2), Itajaí (2) eBrusque (1).

Em sua homilia, Dom Muriloenalteceu as virtudes de Mons.Valentim Loch. Disse que ele foiformador de praticamente todos ospadres da Arquidiocese. “Era umhomem que nos olhava do alto,isso por causa da sua altura e nós,pequenos por ainda sermos crian-ças. Mas quando o conhecíamos,víamos o seu carinho, simplicida-de e atenção a todos”, disse.

Dom Murilo convocou a comu-nidade a participar da formaçãoe da vida do Propedêutico. "O êxi-to deste Seminário depende deDeus, que nos dará a sua graça,dos formadores, bispo e padresque farão o acompanhamento, edo povo através das suas oraçõese também da ajuda material",esclareceu Dom Murilo.

Vocações AdultasO Seminário Propedêutico é

um espaço de formação para os

Propedêutico inaugurado em Camboriú

alidade nova, que não existia há30, 40 anos. É um período emque o jovem faz uma experiên-cia comunitária. Ele estuda ofundamental para depois apro-

Durante a celebração, nosso arcebispo Dom Murilo posou para foto com todos os 48 seminaristas, queestão nas quatro casas de formação da Arquidiocese neste ano, com seus respectivos formadores

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Seminário homenageia Mons. Valentim, que dedicou os seus 60 anos de ministério à formação do nosso clero

jovens que terminaram o ensinomédio ou superior e passam porum ano de preparação para en-trar na Filosofia. São chamadosde vocações adultas. “É uma re-

veitar melhor os anos seguintes",informou Dom Murilo.

Pe. Josemar Silva é o Reitor doSeminário. Natural de Camboriú,ele foi ordenado presbítero há

nove anos, oito deles trabalhan-do como missionário na Paróquiade Oliveira dos Brejinhos, naBahia. Um dos motivos para a es-colha do seu nome para assumiro Propedêutico é por ele tambémser uma vocação adulta, já queentrou no Seminário aos 25 anos,assim como os rapazes que esta-rão aos seus cuidados. Os noveseminaristas têm idades que va-riam entre 18 e 30 anos.

Segundo ele, a Igreja orientaque a formação para o Prope-dêutico deve ser realizada emum local distinto. “Deve ser lo-cal apropriado para eles apro-fundarem a vida comunitária,espiritua-lidade e se prepararempara a formação filosófica", in-formou Pe. Josemar. O Seminá-rio foi instalado em uma casacedida pela Paróquia de Cam-boriú. A casa era ocupada pelasIrmãs Catequistas Franciscanas,que por 40 anos auxiliaram nostrabalhos pastorais da Paróquia.Com a saída delas para a novaParóquia do Senhor Bom Jesus,a casa ficou disponível para o Se-minário.

Quem era Monsenhor Valentim?

Mons. Valentim participando da Reunião Geraldo Clero poucos anos antes de sua morte

Nascido em São Ludgeroem 10 de outubro de 1921, ain-da na infância perdeu o pai e,pouco depois, a mãe. Assim,Valentim Loch viveu privado depais, irmãos, sobrinhos, solidãoocupada pela dedicação inte-gral à vocação presbiteral. En-tre 1939-1945 estudou Filoso-fia e Teologia com os Jesuítasde São Leopoldo, RS, e foi or-denado presbítero no Santuá-rio de Azambuja em 8 de de-zembro de 1945.

Dedicou 45 anos de seu mi-nistério à formação presbiteral.Em 1946 foi nomeado professore prefeito de disciplina em Azam-buja; em 1950, professor e dire-tor espiritual; em 1959, quarto

reitor do Seminário, com a eleiçãode Mons. Afonso Niehues a bispocoadjutor de Lages. Continuandoa obra do antecessor, levou a insti-tuição a seu mais brilhante perío-do de formação intelectual.

Com a morte repentina deMons. Frederico Hobold, em 1970,Pe. Valentim veio para Florianó-polis, com a missão de VigárioGeral (1970-1986) e Coordenadorde Pastoral (1970-1977). De 1978a 1982 foi Subsecretário do Regi-onal Sul-IV da CNBB, enfrentandoinúmeras reuniões e viagens peloterritório catarinense. Aos 66 anosde idade, em 1987, iniciou o últi-mo período ministerial, novamen-te no Seminário de Azambuja. Foiprofessor e Assistente dos Estu-

dantes de Filosofia. Acomunidade e os do-entes de Azambuja es-timavam a figura já his-tórica do“Monsenhor”.

Deus chamou-o asi em 2 de junho de2006, tendo ele che-gado aos 85 anos deidade. No dia seguin-te, véspera de Pente-costes, acompanhadode muitos presbíterose diáconos e de emo-cionado povo, seu cor-po foi depositado aolado do túmulo de suamãe, no Jardim da Pazem Azambuja.

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Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Mar/10

16 Geral Março 2010 Jornal da Arquidiocese

Comunidade envia seis jovens para a missãoTrês jovens deram início à missão na Guiné-Bissau, África, e outros três continuarão trabalho na Bahia

A Comunidade Católica DivinoOleiro realizou, no dia 31 de janei-ro, o envio missionário de seis jo-vens que, desde os primeiros diasde fevereiro, realizam o seu traba-lho na Guiné-Bissau, na África, ena Bahia. A celebração foi realiza-da às 19h30min, na Igreja Matrizda Paróquia Nossa Senhora deLourdes e São Luís, na Agronômi-ca, em Florianópolis, presididapelo Pe. Márcio Vignoli e conce-lebrada pelo Pe. Paulo De Coppi.

Durante a celebração, foramapresentados os jovens que segui-rão para a missão: Simone Cris-tina de Souza; Patrícia Lemes; eAdilson da Silva Lino, seguem paraMuquém do São Francisco, naBahia, onde há três anos a Comu-nidade está presente.

Erichson Stueber, Cláudia Con-ceição dos Santos e Elaine Vier,iniciarão a missão na Paróquia deEmpada, Diocese de Bafatá, naGuiné-Bissau, África. Eles ajuda-rão Pe. Lúcio Espíndola, que láestá realizando trabalho missioná-rio em nome da Arquidiocese.

Em sua homilia, Pe. Márciodisse que os jovens estão sendoenviados para proclamar e anun-ciar a Palavra em missão. “O pro-

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feta anuncia o Reino de Deus. As-sim são também os missionári-os. Eles irão para proclamar averdade que é a Palavra de Deus.Desejamos aos missionários quesejam felizes, fecundos e san-tos”, disse Pe. Márcio.

Pe. Paulo De Coppi lamentounão haver mais jovens na celebra-ção. “Que bom se todos os jovensda Arquidiocese fossem convoca-dos a participar desta celebra-ção! Certamente alguns delesseriam motivados a seguir oexemplo destes jovens”, disse.

Missão na ÁfricaO trabalho dos três jovens que

seguiram para a África será deajudar no hospital, alfabetizar osadultos, ministrar aulas deinformática e na evangelização,seguindo o carisma da RCC.

A missão atende a um apelodo Pe. Lúcio. Em sua visita àArquidiocese, realizada em no-vembro de 2009, ele falou ao Pe.Márcio Alexandre Vignoli, diretore fundador da Comunidade, queprecisava da ajuda de outras pes-soas em seu trabalho.

“Realizaremos esse trabalhomissionário por fazer parte do

Na manhã do dia seguinte, ostrês jovens que seguiram para aÁfrica foram recebidos pelo nos-so arcebispo Dom Murilo Krieger.Eles estavam acompanhados doPe. Márcio. Durante o encontro,Dom Murilo deu uma bênção es-pecial aos três jovens pelo traba-lho que irão receber.

“Em 2008, a Arquidiocesecelebrou o centenário de suacriação como diocese. O even-to tinha como lema ‘De graçarecebestes, de graça dai’ (Mt10,8). Era, ao mesmo tempo,uma lembrança dos inúmerosmissionários que tinham vindoda Europa ou de outros conti-nentes para evangelizar nosso

Dom Murilo concede sua bênção aos missionários

carisma da Comunidade. Enten-demos que a semente amontoa-da apodrece, espalhada ela fru-tifica e cresce”, disse Pe. Márcio.Segundo ele, a Comunidade, ain-da que sendo pequena, dá de suapequenez.

Segundo ele, os jovens reali-zarão uma experiência no paísafricano até dezembro deste ano.Se o trabalho der certo, a Comu-nidade formará uma fraternidade

permanente na Guiné-Bissau. Foio que aconteceu no trabalho rea-lizado em Muquém do São Fran-cisco, na Bahia. Em 2007, três jo-vens foram enviados para reali-zar a experiência missionária. Otrabalho deu certo e já está emseu quarto ano.

Mais fotos da celebração no

site www.arquifln.org.br, clicar em

“Galerias” no alto da página.

povo, e um convite a retribuir àIgreja um pouco do muito quehavíamos recebido. Espero queo Senhor acolha o gesto destesjovens da Comunidade DivinoOleiro como uma expressão denossa gratidão”, disse DomMurilo.

A Arquidiocese de Florianó-polis, através do Fundo Arqui-diocesano de Solidariedade -FAS, ajudou os jovens missio-nários na ida para a Áfricaatravés da compra das passa-gens aéreas. O FAS é formadopelos recursos da coleta daCampanha da Fraternidade,realizada na Quarta-Feira deCinzas.Nosso arcebispo recebeu os três jovens que seguiram para a África

Correios lançamselo em

homenagem aDrª Zilda Arns

A Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos (ECT)lançará um selo em homena-gem a Zilda Arns, vítima doterremoto que atingiu o Haiti,em janeiro deste ano. O lan-çamento está previsto para opróximo dia 24 de março, naCatedral Basílica Menor daNossa Senhora da Luz, emCuritiba (PR). A tiragem seráde 600 mil exemplares e ovalor facial será de R$1,45.

A ilustração do selo é obrada artista plástica TherezaRegina Barja Fidalgo. No selo,o rosto da fundadora da Pas-toral da Criança divide o es-paço com o desenho de famí-lias e com um coração bran-co, que representa a paz. Den-tro dele, a frase “Para que to-das as crianças tenham vida”.Embaixo do coração, uma cri-ança com os braços abertosem sinal de vitória.

Thereza e Zilda já haviamse conhecido no final da dé-cada de 80. A artista foi convi-dada para fazer as ilustraçõesde uma das primeiras ediçõesdo Catecismo “Crescendo comJesus em comunidade”, ado-tado pela arquidiocese do Riode Janeiro.

Zilda era médica pediatrae sanitarista, fundou e coor-denou a Pastoral da Criança.Ela era irmã do arcebispoemérito de São Paulo, domPaulo Evaristo Arns. Ela dedi-cou sua vida a trabalhos desolidariedade, combatendoas doenças infantis e a des-nutrição. Doutora Zilda Arnsmorreu aos 75 anos.

Durante a celebração, os seis jovens receberam o Envio Missionário

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JA