jornal da arquidiocese de florianópolis novembro/2011

16
Esclareça suas dúvi- das sobre a diocese, o clero e o bispo PÁGINA 08 Pastoral Carcerá- ria cria empregos para os presos PÁGINA 14 Pascom discute uso das mídias na evangelização PÁGINA 16 Seminário Re- gional prepara para a CF-2012 PÁGINA 03 Posse de Dom Wilson será transmitida ao vivo pelos meios de comunicação PÁGINA 09 Florianópolis, Novembro de 2011 Nº 173 - Ano XV Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Jovens celebram o seu dia “Ninguém tem amor mai- or do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Esta frase de Jesus se encon- tra no contexto de sua des- pedida. Depois do lava-pés, no decorrer da última ceia, tendo-se anunciado como “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6), como “videira verda- deira” (Jo 15,1), Jesus anun- cia seu novo mandamento: o amor mútuo. O que Jesus pede de seus discípulos não é uma adesão de emprega- Dia Nacional da Juventude refletiu sobre a presença da mulher na Igreja e na Sociedade Cerca de mil jovens parti- ciparam do evento, que este ano foi realizado em Garo- paba. O evento teve como tema “Juventude e protago- nismo feminino”, com o lema “Jovens mulheres tecendo relações de vida”, falando da presença da mulher na Igre- ja e na sociedade. Para debater a temática do dos que obedeçam e sirvam a seu patrão, mas uma ade- são de amigos, uma adesão de liberdade. Ele que, acei- tando ser chamado de Mes- tre e Senhor, deixara a lição do lava-pés (Jo 13,13-14), agora se apresenta como Amigo. Ele é o amigo que dá a vida pelos amigos. Ensina- nos assim que a vida dos dis- cípulos não consiste na obe- diência a uma lei, mas na prá- tica do amor, da amizade. PÁGINA 04 Coroinhas realizam último encontro comarcal do ano Oração do Ofício Divino da Juventude deu início às comemorações do Dia Nacional da Juventude Amar é dar a vida evento, os jovens foram distri- buidos em 25 grupos e depois partilharam as suas reflexões. O evento ainda contou com shows musicais e ence- nações teatrais, além de vá- rias opções de práticas espor- tivas e de lazer. O encerra- mento foi com a Celebração Eucarística na Igreja Matriz. PÁGINA 07 O Santuário de Azambuja rece- beu no dia 22 de outubro os Coroinhas da Comarca de São José. Durante o dia, eles realizaram visita ao Seminário, assistiram apresenta- ções teatrais e participaram de ativi- dades recreativas. Durante o encontro, Irmã Clea Fuck foi homenageada pela passagem dos seus 85 anos, 65 deles dedicados à vida religiosa Esse foi o 8º encontro comarcal realizado neste ano e o último. Desses, quatro foram em Azam- buja. Os encontros reuniram mais de 2,5 mil jovens e crianças auxili- ares do altar. PÁGINA 05 Sociedade Divina Providência come- mora centenário PÁGINA 15

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 173, ano XV, Novembro/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Esclareça suas dúvi-das sobre a diocese,o clero e o bispo

PÁGINA 08

Pastoral Carcerá-ria cria empregospara os presos

PÁGINA 14

Pascom discuteuso das mídiasna evangelização

PÁGINA 16

Seminário Re-gional preparapara a CF-2012

PÁGINA 03

Posse de Dom Wilson será transmitida ao vivo pelos meios de comunicação PÁGINA 09

Florianópolis, Novembro de 2011 Nº 173 - Ano XV

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Jovens celebram o seu dia

“Ninguém tem amor mai-

or do que aquele que dá a

vida pelos amigos” (Jo 15,13).

Esta frase de Jesus se encon-

tra no contexto de sua des-

pedida. Depois do lava-pés,

no decorrer da última ceia,

tendo-se anunciado como

“caminho, verdade e vida” (Jo

14,6), como “videira verda-

deira” (Jo 15,1), Jesus anun-

cia seu novo mandamento: o

amor mútuo. O que Jesus

pede de seus discípulos não

é uma adesão de emprega-

Dia Nacional da Juventuderefletiu sobre a presença da

mulher na Igreja e na SociedadeCerca de mil jovens parti-

ciparam do evento, que esteano foi realizado em Garo-paba. O evento teve comotema “Juventude e protago-nismo feminino”, com o lema“Jovens mulheres tecendorelações de vida”, falando dapresença da mulher na Igre-ja e na sociedade.

Para debater a temática do

dos que obedeçam e sirvam

a seu patrão, mas uma ade-

são de amigos, uma adesão

de liberdade. Ele que, acei-

tando ser chamado de Mes-

tre e Senhor, deixara a lição

do lava-pés (Jo 13,13-14),

agora se apresenta como

Amigo. Ele é o amigo que dá

a vida pelos amigos. Ensina-

nos assim que a vida dos dis-

cípulos não consiste na obe-

diência a uma lei, mas na prá-

tica do amor, da amizade.

PÁGINA 04

Coroinhas realizam último encontro comarcal do ano

Oração do Ofício Divino da Juventude deu início às comemorações do Dia Nacional da Juventude

Amar é dar a vida

evento, os jovens foram distri-buidos em 25 grupos e depoispartilharam as suas reflexões.

O evento ainda contoucom shows musicais e ence-nações teatrais, além de vá-rias opções de práticas espor-tivas e de lazer. O encerra-mento foi com a CelebraçãoEucarística na Igreja Matriz.

PÁGINA 07

O Santuário de Azambuja rece-beu no dia 22 de outubro osCoroinhas da Comarca de São José.Durante o dia, eles realizaram visitaao Seminário, assistiram apresenta-ções teatrais e participaram de ativi-dades recreativas.

Durante o encontro, Irmã Clea Fuck foi

homenageada pela passagem dos seus 85 anos,

65 deles dedicados à vida religiosaEsse foi o 8º encontro comarcal

realizado neste ano e o último.Desses, quatro foram em Azam-buja. Os encontros reuniram maisde 2,5 mil jovens e crianças auxili-ares do altar.

PÁGINA 05

Sociedade DivinaProvidência come-mora centenário

PÁGINA 15

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva

Luz, Daniel Casas, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração

e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

No próximo dia 15 de Novembro,quando Dom Wilson Tadeu Jönckestiver iniciando seu ministério como5º Arcebispo de Florianópolis, nossaArquidiocese estará contando duzen-tos e quarenta e cinco dias de sedevacante desde que Dom Murilo as-sumiu sua missão em Salvador naBahia. Vivemos juntos este períodode expectativa confiante, em oraçãoe no trabalho. Em nossas Comunida-des se repetiu incessante a súplica a“Deus, Pastor Eterno, que governa oseu rebanho com solicitude constan-te, nos concedesse um pastor que

lhe fosse agradável pela virtude e que

velasse solícito sobre nós”. Caminha-mos unidos “atuando nossa fé, es-forçando-nos na caridade e perma-necendo firmes na esperança emJesus Cristo” (cf. 1Ts 1,3).

Até lá o governo da Arquidiocese

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

“Peregrinos da Verdade,Peregrinos da Paz”

caracteriza a condição do nossomundo. A liberdade é um grandebem. Mas o mundo da liberdaderevelou-se, em grande medida,sem orientação, e não poucos en-tendem, erradamente, a liberdadetambém como liberdade para aviolência. A discórdia assume no-vas e assustadoras fisionomias ea luta pela paz deve-nos estimulara todos de um modo novo.(...)

Que os agnósticos não consi-gam encontrar a Deus dependetambém dos que crêem, com a suaimagem diminuída ou mesmo de-turpada de Deus. Assim, a sua lutainterior e o seu interrogar-se cons-tituem para os que crêem tambémum apelo a purificarem a sua fé,para que Deus - o verdadeiro Deus- se torne acessível. Por isto mes-mo, devemos sentir-nos juntosneste caminhar para a verdade, decomprometer-nos decisivamentepela dignidade do homem e as-sumindo juntos a causa da pazcontra toda a espécie de violênciaque destrói o direito. (...)

Os Santos, os verdadeiros missionáriosPassaram-se vinte e cinco anos

desde quando pela primeira vez obeato Papa João Paulo II convidourepresentantes das religiões domundo para uma oração pela pazem Assis. O que aconteceu desdeentão? Como se encontra hoje acausa da paz? Naquele momento,a grande ameaça para a paz nomundo provinha da divisão da terraem dois blocos contrapostos entresi. O símbolo saliente daquela divi-são era o muro de Berlim que, atra-vessando a cidade, traçava a fron-teira entre dois mundos. Em 1989,três anos depois do encontro emAssis, o muro caiu, sem derrama-mento de sangue.(...) Sentimo-nosagradecidos por esta vitória da li-berdade, que foi também e sobre-tudo uma vitória da paz. E é neces-sário acrescentar que, embora nes-se contexto não se tratasse somen-te, nem talvez primariamente, daliberdade de crer, também se trata-va dela. Por isso, podemos de certomodo unir tudo isto também com aoração pela paz.

Mas, que aconteceu depois?Infelizmente, não podemos dizerque desde então a situação se ca-racterize por liberdade e paz. Em-bora a ameaça da grande guerranão se aviste no horizonte, todaviao mundo está, infelizmente, cheiode discórdias. E não é somente ofato de haver, em vários lugares,guerras que se reacendem repeti-damente; a violência como tal estápotencialmente sempre presente e

Quando São Francisco perce-beu a grande alegria dos fradespelo martírio de alguns francis-canos no Marrocos, falou comseveridade: “Vamos parar de nosalegrar com o martírio dos outrose vamos nós sentir a alegria desermos mártires”. Isso vale paranosso relacionamento com osSantos: é muito belo admirar agrandeza e o heroísmo dos San-tos, mas, o importante mesmo, énós sermos santos. Nossa primei-ra vocação cristã é a santidade:“Sede santos como Deus é san-

to”, ordena a Escritura.Às vezes tem-se confundido a

missão cristã, e a missão do cris-tão, com fraternidade, formaçãode comunidade, justiça social. Issoé fruto da vida cristã, mas não oobjetivo primeiro, que é ser ima-gem de Deus. É muito triste e des-merecedor quando se faz da Igre-ja uma ONG e, do apostolado,ação de ONG com funcionáriospagos. Se assim fosse, não teriasido necessária a encarnação deJesus, que nos oferece o dom dasalvação: Cristo veio revelarquem é Deus e como Deus é, eque a humanidade plena se dá noser como Deus.

Retornemos à missão dosSantos: suas obras são fruto doamor que Deus por eles nutre eque os impele ao amor frater-no. A alegria da doação da vida

pelo Evangelho é obra do amorpessoal e incondicional porDeus: sentiram o amor de Deuse desse amor fizeram o sentidode sua vida.

Para mim,o viver é Cristo

Paulo sentia a sua vida comoviver o Cristo, que o amou e porele se entregou (cf Gl 2,20). SeuEvangelho foi anunciar a vida emCristo, a vida da graça no Espírito.Lembro aqui o missionário jesuí-ta espanhol, São Pedro Claver(1580-1654): quando fez os vo-tos religiosos acrescentou maisum: “ser escravo dos escravos” deCartagena (Colômbia). E viveuanos e anos carregando os negrosdoentes, aguardando-os na bocado inferno que era o porto deCartagena, quando chegavam fra-cos, purulentos, empestados, fe-ridos. A todos oferecia o carinhode escravo dos escravos. Quandoo papa Leão XIII o canonizou, dis-se: “Pedro Claver é o santo quemais me impressionou, depois davida de Cristo”. São Pedro Clavernão agiu por filantropia, não foiassistente social: sentindo a pre-sença de Deus dentro de si, ex-pandiu essa presença nos maissofredores, os negros escraviza-dos. Viveu a missionariedade cris-tã: fazer com que as pessoas sen-

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

tissem o amor de Deus do qualele era pobre instrumento.

A santidade,necessidade do mundo

O Concílio Vaticano II (1962-1965), na Constituição sobre aIgreja, foi claro: todos somos cha-mados à santidade. Ser cristão ébuscar ser santo.

Quando a catequese apresen-ta concretamente os Santos àscrianças e aos jovens, despertaverdadeiras vocações cristãs.Quando passa a apresentar a vidacristã como um trabalho humanoe a missão como humanismo,leva ao cansaço, pois as institui-ções do mundo o sabem fazermelhor e de modo mais agradá-vel. João Paulo II, em sua Cartasobre o Novo Milênio (2001), re-velou a santidade como o novoque podemos oferecer ao mundo:somente os cristãos podem anun-ciar essa novidade que faz feliz oser humano, e o torna mais hu-mano porque fruto do amor doDeus Pai e Criador.

Lermos e contemplarmos a vidados Santos nos desperta para amissionariedade evangélica: anun-ciar a Graça que liberta, e de graça.É deixar tudo para ganhar tudo, édar a vida para ganhar a vida.

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Sabemos quevem para estarjunto do Povo,

dos Padres eDiáconos, dos

Consagrados eConsagradas,dos grandes e

dos pequenos”.

Devemos sentir-nos

juntos neste caminhar

para a verdade, compro-

metendo-nos decisiva-

mente pela dignidade do

homem e assumindo

juntos a causa da paz”.

Novembro 2011 Jornal da ArquidioceseOpinião2

continuará sob os cuidados do Ad-ministrador Arquidiocesano e doColégio de Consultores. Mas o “gran-de serviço”, a missão de “pastorear”anunciando a Boa Nova de Jesus,celebrando o Mistério da Fé e ani-mando na Caridade, terá empenha-do muito mais gente, assistida e ori-entada pelo Espirito Santo: Dom Vitocom sua presença paterna, serviçale discreta; os párocos e os demaispadres colaboradores; os diáconos;as religiosas e os religiosos; os mi-nistros e ministras leigos; as lideran-ças de diferentes idades em tantasPastorais, Serviços, Associações,Organismos e Movimentos. A issodeve-se acrescentar a docilidade, aalegria, a confiança, o apoio, a ami-zade de crianças, de jovens e deadultos - Povo Santo de Deus - con-victos de que “o Senhor é o Pastor

que nos conduz e que nada nos po-derá faltar” (Sl 22,1).

Impossível será até mesmo sóimaginar quantos - e com que eficá-cia - doentes, idosos e outros ofere-ceram ao Pai suas experiências par-ticulares de vida ou “sua hora”, uni-dos a Cristo, em vista do bem denossa Igreja Arquidiocesana, pelosque tinham a missão de conduzi-la,pelo seu futuro Arcebispo e por aque-les a quem cabia escolhê-lo.

Temos, portanto, muito que agra-decer a Deus e aos que conosco tri-lharam esse caminho. Somos gratostambém ao Papa por ter-nos envia-do Dom Wilson. E ao próprio DomWilson, por ter aceito essa missão tãodesafiadora, densa de possibilidadese preciosa em seus espinhos.

Na terça-feira, dia 15, feriadonacional, iremos de nossas Paró-

quias até Florianópolis para a sole-ne Celebração em que Dom Wilsondará o primeiro passo em sua novamissão. Será uma grande Ação deGraças e uma súplica fervorosa emfavor de nossa Igreja Particular e deseu Pastor.

- * - * - * -Dom Wilson, nós sabemos que o

senhor é como nós, um ser humano:feito de grandeza e de limitações; quesente alegrias e tristezas; que alimen-ta sonhos e luta por ideais; sabemostambém de seu amor a Cristo e suaIgreja; que tem alma grande e dispo-sição de “dar a vida” porque decidiuamar. Sabemos que vem para estarjunto do Povo, dos Padres e Diáconos,dos Consagrados e Consagradas, dosgrandes e dos pequenos. E nós que-remos estar com o senhor.

Seja bem-vindo, Dom Wilson!

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

Seja bem-vindo, Dom Wilson!

Bento XVI, 27/10/2011

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Seminário reflete sobre a CF-2012Evento reuniu 72 participantes de nove dioceses do Estado. A Arquidiocese esteve representada.

“Fraternidade e Saúde Públi-ca” é o tema da Campanha daFraternidade de 2012, que temcomo lema “Que a saúde se di-

funda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8).Como tem acontecido anualmen-te, o Regional Sul IV da CNBB rea-lizou, nos dias 7, 8 e 9 de outu-bro, em Lages o Seminário de Pre-paração para a Campanha.

Realizado no Centro de Forma-ção Católica, o encontro reuniu 72participantes, de nove dioceses doEstado. A assessoria foi do Frei

José Bernardes, secretário exe-cutivo nacional da Pastoral da Aids.Partindo do Texto-Base da Campa-nha, ele falou da problemática queenvolve a saúde no Brasil.

Com esta nova Campanha, aCNBB pretende “refletir sobre arealidade da saúde no Brasil emvista de uma vida saudável, sus-citando o espírito fraterno e comu-nitário das pessoas na atençãodos enfermos, e mobilizar pormelhorias no sistema público desaúde” (Texto-Base).

Esta não é a primeira vez quea Campanha da Fraternidadeaborda a saúde pública. Já em1984, com o lema “Saúde paratodos”, suscitou a criação do Sis-tema Único de Saúde, o SUS, quepode e deve ser melhorado.

Dom Wilson Tadeu Jönck, pre-sidente do Regional Sul IV daCNBB, participou do encontro. Elefalou da importância do Seminá-rio para a Igreja no Regional. “Oaprofundamento do tema da CF-2012 é importante para o traba-lho que será realizado nasdioceses, paróquias e comunida-des, tanto na quaresma, como nodecorrer do ano”, disse.

Realidade da Saúdedo Estado

O seminário contou com a pre-sença de João Pedro Carrei-

Fo

to

JA

Seminário Regional propôs ações para dinamizar a CF-2012 nas dioceses,paróquias e comunidades. Arquidiocese foi representada por 11 pessoas

rão Neto, médico e chefe doserviço de auditoria do Ministé-rio da Saúde em Santa Catarina.Ele deu um panorama geral dasituação da saúde no Estado, fa-lou sobre a questão orçamentá-ria, os investimentos na saúde eos projetos futuros, e os desafiosnesse trabalho.

Segundo ele, o SUS realizamais de 128 milhões de procedi-mentos ambulatoriais por anoapenas em Santa Catarina, o quecorresponde a aproximadamente20 procedimentos por ano porhabitante. No entanto, o Estadoainda possui uma deficiência desete mil leitos hospitalares.

Durante o encontro, os parti-cipantes foram divididos em cin-

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

O Coral Santa Cecília da Ca-tedral está celebrando os seus61 anos de fundação. A data serácomemorada com o seu Concer-to Anual no dia 21 de novembro,às 20h30, no Teatro Álvaro deCarvalho, em Florianópolis.Como é tradição, a segunda par-te do Concerto contará comacompanhamento de Orquestra.Desta vez, o evento contará com

Coral Santa Cecília celebra 61 anosa participação especial da“Camerata Florianópolis”.

Do programa, sob a regên-cia do Pe. Ney Brasil Perei-ra, consta, entre outras peças,a “Missa Pastoril para a noitede Natal”, do Pe. José Maurício,bem como as “Matinas de Na-tal”, do mesmo autor. Todos sãoconvidados a participar da sole-nidade. A entrada é franca.

Red Sanar capacita novos agentesAs pessoas interessadas em

ajudar na prevenção ao suicídiotêm uma nova oportunidade deformação. Será no dia 19 denovembro (sábado), das 14h às17h, no Educandário ImaculadaConceição, em Florianópolis.

A formação será ministradapor Zenir Gelsleichter, missio-nária leiga e funcionária da Livra-ria Paulus. Desde o início desteano ela faz atendimento noEducandário Imaculada Concei-

ção, nas tardes de sábado.O trabalho teve início na Argen-

tina, criado por um médico psiqui-atra. Depois foi levado ao Chile eBolívia. Agora está chegando aoBrasil. A finalidade é atender pes-soas com problemas de estresse,ansiedade, fobia, tristeza, pânico,depressão, angústia e crises, quepodem levar ao suicídio. Mais in-formações no site www.redsanar.org, ou pelo [email protected]

O Seminário de Azambujaestará realizando no dia 19 de no-vembro o "Convívio Vocacional", játradicional, feito anualmente. Tra-ta-se de um dia de formação paraos jovens que tenham interesseem conhecer a vida no Seminário.O evento é destinado aos jovensque estejam cursando a sétimasérie ou séries acima. Durante o

Convívio Vocacionaldia, eles contarão com CelebraçãoEucarística, palestras e momentosde lazer. “Será um dia de convi-vência para auxiliá-los a discernirsobre a sua vocação para a vidapresbiteral”, disse Pe. PedroSchlichting, reitor do Seminário.

Mais informações pelo fone(47) 3351-4992, ou pelo sitewww.azambuja.org.br

A Coordenação Arquidioce-sana da Campanha da Frater-nidade está convocando para,o Seminário Arquidiocesano daCF-2012. Será no Salão Paro-quial de São João Evangelista,

Arquidiocese terá seminário da Campanhaem Biguaçu, na manhã do dia26 de novembro. O evento pre-tende dar um panorama geralda Campanha e motivar os par-ticipantes para dinamizá-la emsuas comunidades.

co grupos. Em um momento elesrefletiram como dinamizar as co-letas da solidariedade, daevangelização e missionária. Emoutros dois momentos, eles su-geriram ações para a Campanhada Fraternidade no Regional, nasDioceses, nas paróquias e nascomunidades. Ao final do even-to, um representante de cadagrupo leu as sugestões dos de-mais membros. O encontro foiencerrado com uma celebraçãode ação de graças e envio missi-onário.

Matéria completa, fotos e

vídeo reportagem do evento

no site da Arquidiocese

(www.arquifln.org.br).

A Coordenação Arquidice-sana de Pastoral estará realizan-do na manhã do dia 12 de no-vembro, a partir das 8h30min, oEcontro das Forças Vivas daArquidiocese. Além da partilha deinformações, nesse encontro se

Encontro das Forças Vivasfará a celebração de Ação deGraças pelo ano e uma confra-ternização. Os participantes de-vem confirmar presença pelofone (48) 3224-4799 ou peloe-mail [email protected].

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

É o Cristoque dá o seu

exemplo, dandoa vida para dar

Vida a seus discí-pulos e a toda a

humanidade”.

“os últimos serão os primeiros” (Mt19,30); “a pedra rejeitada tornou-se pedra angular” (Mt 21,42; Sl118,22); “muitos são chamados,poucos são escolhidos” (Mt 22,14);“se o grão de trigo cai na terra emorre, produz muito fruto” (Jo12,24); “quem quiser salvar suavida a perderá e quem perder suavida por causa de mim, a salvará”(Lc 9,24), “derrubou os poderosos

Neste mês de novembro, nos-sa arquidiocese tem a graça de re-ceber seu novo pastor, Dom Wil-son Tadeu Jönck. Queremosacolhê-lo com carinho e alegria. Atradição da Igreja, fundamentadanas Sagradas Escrituras, propõediversas comparações para enten-der a relação que há entre o bispoe sua diocese: pastor e ovelhas,pai e filhos, marido e esposa. To-das elas têm grande carga afetivae espiritual. Certamente, a queencontra mais solidez bíblica é arelação de aliança, de casamen-to. Na primeira aliança, Deus foirevelado como esposo da comu-nidade de Israel (Os 3,1-5). NoNovo Testamento, Jesus Cristo foiapresentado como esposo da Igre-ja (Ef 5,25-32). O anel que o bispousa simboliza a aliança que fazcom sua diocese. Assim, nossaarquidiocese como um todo, comoIgreja diocesana, Igreja particular,é convidada a viver uma relaçãoesponsal com seu novo bispo. Umdos modos de amá-lo é acolher oseu lema episcopal como mote denossa própria vida espiritual.

LEMA E BRASÃOEmbora não sendo de caráter

obrigatório, quase todos os bisposescolhem uma frase, quase sem-pre tirada da Bíblia, como lemaepiscopal. O lema de Dom Wilsoné: “Maximus amor pro amicismori”. Numa tradição livre, prefe-rida pelo nosso arcebispo, querdizer: “Amar é dar a vida”. Numatradução literal, ficaria: “Maioramor é morrer pelos amigos”. Afrase é tirada do Evangelho de SãoJoão 15,13: “Ninguém tem maioramor do que aquele que dá a vidapor seus amigos”.

O lema vem representado nobrasão episcopal. Também não sen-do de caráter obrigatório, quase to-dos os bispos têm um brasão epis-copal. No brasão de Dom Wilson,exibem-se primeiramente as insíg-nias arquiepiscopais, que represen-tam seu cargo de arcebispo metro-politano: o chapéu prelatício verde,forrado de vermelho, do qual pen-dem quatro fileiras de borlas e seuscordões, de cada lado do escudo; acruz patriarcal de ouro ornada comdois rubis; e o pálio metropolitano.No centro está o escudo, em ver-melho, com um coração de prata,flamejante, encimado por uma cruz,ferido por corte do qual jorram trêsfiletes líquidos, que caem sobre umterraço de verde, fertilizando-o, efazendo nascer três brotos de plan-ta. O esmalte vermelho, no escudo,simboliza a vida temporal, terrena,na qual se desenrolou o evento bí-

homens e o que é fraqueza de Deusé mais forte que os homens” (1 Cor1,25). Os cristãos creem no poderque emana do aparente fracassoda cruz, vivem da força que vem daaparente impotência de um rejeita-do, anunciam o amor que perdoa aviolência humana que mata o man-so Cordeiro. Seguem um Pastor fei-to Cordeiro imolado! Por isso, podemdizer como Paulo: “quando sou fra-co, então sou forte” (2 Cor 12,10).

O AMOR SUPREMOA morte de Jesus, que foi a ex-

pressão máxima de seu amor peloPai, pois é aí, nesse entregar-se, queele ama o Pai e age conforme oque o Pai lhe prescreveu (Jo14,30). Aí, na cruz, ele vence oMaligno e glorifica o Pai. Sendo suamorte na cruz a expressão supre-ma do amor pelo Pai, é também ocume de seu amor por aqueles queconstituiu seus amigos (Jo 15,13).Eis o alicerce e a norma do amorfraterno: “amar é dar a vida”, comodiz o lema episcopal de Dom Wil-son. O salmista, no Antigo Testa-mento, dizia que a graça e a leal-dade de Deus valem mais que avida (Sl 63,4). Jesus, no Novo Tes-tamento, diz que o amor vale maisdo que a vida, pois é o amor que dásentido à vida e a transcende.

“Ninguém tem amor maior doque aquele que dá a vida pelosamigos” (Jo 15,13). Esta frase deJesus se encontra no contexto desua despedida. Depois do lava-pés,no decorrer da última ceia, tendo-se anunciado como “caminho, ver-dade e vida” (Jo 14,6), como “vi-deira verdadeira” (Jo 15,1), Jesusanuncia seu novo mandamento: oamor mútuo. O que Jesus pede deseus discípulos não é uma adesãode empregados que obedeçam esirvam a seu patrão, mas uma ade-são de amigos, uma adesão de li-berdade. Aceitando ser chamadode Mestre e Senhor, deixara a liçãodo lava-pés (Jo 13,13-14). Agorase apresenta como o Amigo quedá a vida pelos amigos. Na lógicade Deus, ensina-nos assim que avida dos discípulos não consiste naobediência a uma lei, mas na práti-ca da amizade.

Nossa Igreja diocesana, nalógica de Cristo e na imitação deseu pastor, é chamada a viveressa Palavra de vida. Que a alian-ça entre nosso pastor e nossaIgreja se deixe marcar pela práti-ca dessa passagem.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

blico da morte de Cristo na cruz. OSagrado Coração de Jesus, que do-mina a cena, tem dois significados:primeiro, retrata a Congregação dosPadres do Sagrado Coração de Je-sus, à qual D. Wilson pertence; se-gundo, lembra o próprio Coração deJesus Crucificado que, com o seusangue e água (Jo 19,34), rega aterra árida e faz brotar plantas no-vas, os cristãos, representantes danova humanidade, nascidos peloBatismo e nutridos pela Eucaristia.É o Cristo que dá o seu exemplo,morrendo para dar vida a seus dis-cípulos e a toda a humanidade.Embaixo, está o lema “Maximusamor pro amicis mori”.

A LÓGICA DE DEUSA Sagrada Escritura, sobretudo

os Evangelhos, está cheia de para-doxos, isto é, expressões que pa-recem contradições, mas que, nofundo, carregam verdades signifi-cativas e fecundas. Por exemplo:

e exaltou os humildes” (Lc 1,52).A grande verdade bíblica está na

simplicidade e na pobreza de Deus.É uma lógica diversa, até contrária,a que domina nossos pensamen-tos e atitudes. Nós o buscamos nopoder, ele se encontra na fraqueza.Buscamos no trono aquele que pre-feriu a manjedoura e a cruz. Ele,sendo o Senhor, fez-se servo e obe-diente até a morte de cruz (Fl 2,8);sendo rico, escolheu ser pobre pornós (2 Cor 8,9). “Aquele que nãocometeu pecado, Deus o fez peca-do por nós” (2 Cor 21). Buscamossubir na vida, muitas vezes usandooutros como trampolim, ele descepara se aproximar de nós, dos últi-mos, os pobres, as viúvas, os margi-nalizados. São Paulo resumiu esseparadoxo, ao mostrar que a lógicade Deus, o Pai que ressuscitou o cru-cificado Jesus, é inversa à lógicahumana do lucro e da ganância, dopoder e da arrogância: “o que é lou-cura de Deus é mais sábio que os

Jesus é o Amigo que dá a vida por nós.

AMAR É DAR A VIDA4 Tema do Mês Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Brasão Episcopal de Dom Wilson Tadeu Jönck

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Coroinhas realizam último encontro comarcal do anoDurante o ano foram oito encontros comarcais, reunindo no total mais de 2,5 mil coroinhas

Os coroinhas do segundo gru-po da Comarca de São José esti-veram reunidos no dia 22 de outu-bro no Santuário de Azambuja,participando do seu EncontroComarcal. Mais de 100 crianças ejovens de quatro paróquias parti-ciparam da Celebração Eucarística,presidida pelo Pe. Alvino Milani,pároco e reitor do Santuário deAzambuja, e concelebrada peloPe. Pedro Schlichting, reitor doSeminário, e pelo Pe. José Silvade Paiva, pároco de São José.

Em sua homilia, Pe. Milani dis-se que os e as coroinhas são mode-los para a comunidade. “Modelo éaquele que está na comunidadepara servir de exemplo para os ou-tros, é aquele que gosta das coisasde Deus e capricha na sua condu-ta”, disse. Ele ainda falou que só épadre por ter seguido o exemplo deoutros coroinhas, e também ter pro-curado ser exemplo para outros.

Após a celebração e o almo-ço, os participantes subiram oMorro do Rosário e também parti-ciparam de atividades de lazer , eassistiram à encenação teatralpreparada pelos seminaristas deAzambuja.

Fo

to JA Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Segundo Irmã Clea Fuck, co-ordenadora arquidiocesana da Pas-toral dos Coroinhas, participaramdos encontros, este ano, mais de2.500 jovens e crianças. “Os encon-tros são cada vez mais a confirma-ção da validade da integração des-se contingente jovem na caminha-da da Igreja”, disse.

Irmã Clea - 85 anosDurante a celebração, também

foi feita uma homenagem à IrmãClea Fuck. No dia anterior, ela tinha

Coroinhas estiveram no Santuário de Azambuja e conheceram o Seminário

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011

5Geral

A Comunidade CatólicaShalom realiza o Shalom Berit.O evento reúne música, dança,teatro e workshops em um só lu-gar. Ele será no dia 27 de novem-bro, no CATI, na Beira Mar de Sãode José, às 13h30. Uma das atra-ções é o espetáculo Canto dasIrias, que mostra o processo dedesfiguração do homem contem-

Shalom Berit: arte, música e workshopsporâneo. Além disso, a cantoranacional Suely Façanha fará suaapresentação e entoará as me-lhores canções da sua trajetória.Durante a tarde, serão ofereci-dos workshops sobre música,arte, experiência com Deus e ju-ventude. Mais informações pe-los fones (48) 3223-7801ou 9600-0586.

O Carmelo Cristo Redentor, emPicadas do Sul, São José, realizouno dia 02 de outubro uma tarde deEspiritualidade Carmelita. O even-to foi assessorado pelo Pe. Eva-risto Debiasi, que abordou o “Ca-minho da Infância Espiritual de San-ta Teresinha”. Durante a tarde, foiencenada a “Pequena Via”, com in-tegrantes da Ordem Carmelita Se-cular, emocionando os participantes.

Houve ainda um momento departilha das Monjas Carmelitas como público, quando a Madre Prioraapresentou a essência da vidacarmelitana e uma jovem postu-lante contou sua caminhada voca-cional. Era a Ir. Teresa Francisca do

Carmelitas realizam Tarde de EspiritualidadeAmor Misericordioso, que no dia 15ia receber o santo hábito.

Às 18 horas, finalizando o even-to, foi celebrada a Santa Missa, pre-sidida pelo Pe. Evaristo e concele-brada pelos padres João Cardoso,Oscar Pitsch e Leandro Souza. Asmonjas convidam desde já para acelebração da festa de São João daCruz no dia 14 de Dezembro.

“A participação foi grande, commuitas pessoas que não conheci-am o Mosteiro e a partir de entãocomeçaram a fazer parte dosamigos que partilham a espiritua-lidade do Carmelo”, disse MadreMaria do Sagrado Coração de Je-sus, priora do Carmelo.

celebrado 85 anos de nascimento,65 deles dedicados à vida religiosana Congregação da Divina Providên-cia. Foi ela que, em 1998, por oca-sião das concentrações arquidioce-sanas “Rumo ao Novo Milênio”, pro-pôs reunir os coroinhas da Arqui-diocese num grande encontro. Des-sa iniciativa nasceu a Pastoral dosCoroinhas, com coordenaçõesnas oito comarcas, que, a partir deentão, sob a coordenação da IrmãClea, realizam anualmente seus en-contros comarcais.

Professores, estudiosos, leigos,padres e bispos de todo o Brasil ede várias localidades do mundoestiveram reunidos nos dias 05 a08 de outubro, na UniversidadeCatólica de Salvador (BA), paraparticipar do II Congresso Teológi-co Internacional sobre o Matrimô-nio e a Família. A Arquidiocese deFlorianópolis foi representada porquatro participantes.

Promovido pela Arquidiocesede Salvador, pelo Pontifício Institu-to João Paulo II para estudos so-bre o Matrimônio e Família, pelaUniversidade Católica de Salvador

Congresso Internacional discute o Matrimônio e a Família(UCSal) – Instituto de Teologia e daCNBB – Comissão Episcopal paraVida e Família, o evento teve comotema “Desafios e Possibilidades daFamília no limiar do novo milênio:30 anos da Familiaris Consortionos 50 anos da Fundação UCSAL”.

O Congresso teve a presençade vários conferencistas, entreeles o arcebispo de São Paulo(SP), cardeal Dom Odilo Scherer;o secretário do Pontifício Conse-lho para a Família, Dom JeanLaffitte; o presidente da ComissãoEpiscopal Pastoral para a Vida e aFamília, da CNBB, Dom João

Carlos Petrini; o arcebispo de Sal-vador (BA), Dom Murilo Krieger.

Segundo Vilma Fetter, quecom seu esposo, Nestor, coorde-nam a Pastoral Familiar na Arqui-diocese, o Congresso enfatizou aatualidade do documento escritohá 30 anos por João Paulo II, como título “A Missão da Família Cristãnos dias de hoje”. “O documentochama-nos a viver nosso matrimô-nio com maior qualidade e a de-fender a Vida, bem como o deverde amor-exigente na transmissãodos valores familiares para nossosfilhos”, disse. Realizado no Carmelo, evento teve a assessoria do Pe Evaristo Debiasi

Divulgação/JA

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

A quarta bem-aventurança deJesus, segundo Mateus, focaliza osque têm “fome e sede da Justiça”(Mt 5,6), não “de justiça”, apesarde assim se ler nas traduções cor-rentes desse versículo. “Fome esede”, portanto, não de “qualquerjustiça”, ou dos “meus direitos”,mas da “Justiça” com maiúscula ecom o artigo definido, a saber, daJustiça de Deus. Isto é, da mesma“Justiça” pela qual poderemos serperseguidos (cf Mt 5,10) e que afi-nal se identifica com o próprio Se-nhor Jesus: “quando vosperseguirem...por causa de mim”(Mt 5,11). Por isso, neste estudode um salmo que focaliza a justi-ça, vale a pena fazer a perguntasobre o próprio conceito de “justi-ça”: justiça retributiva, justiçarestaurativa, justiça que castiga,justiça que redime? A “justiça” queo salmista invoca é claramente aretributiva, punitiva, aquela da qualo oprimido tem “fome e sede”,enfim, aquela pela qual o país cla-ma, neste mar de corrupção e vio-lência em patamar insuportável.No evangelho segundo Lucas, par-tindo da parábola da viúva pobre,afinal atendida por um “juiz iníquo”(Lc 18,1-5), Jesus assim comenta:“Escutai bem o que diz esse juiziníquo! E Deus, não fará justiça aosseus escolhidos, que clamam porEle dia e noite? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo, Deus lhesfará justiça bem depressa. Mas oFilho do Homem, quando vier, seráque vai encontrar fé sobre a ter-ra?” (Lc 18,6-8). Quer dizer: Deusnão vai “fazê-los esperar”, desdeque não falte a nossa parte: a fé,que se demonstra nas obras, acomeçar pela Justiça.

A “justiça”dos poderosos

2. Fazeis mesmo justiça, ópoderosos? / É segundo o di-reito que julgais as pessoas?

3. Não! No coração vóspraticais iniquidades; / no país,vossas mãos favorecem a vio-lência.

O salmo começa com uma in-terpelação direta, profética, emforma de pergunta retórica, con-tra os “poderosos” que desconhe-cem a “justiça” e o “direito”, osdois pilares que sustentam umanação e seu governo. Denunciam-se, assim, os juízes encarregados

Salmo 58 (57): Justiça Divina? Humana?

Conhecendo o livro dos Salmos (43)Conhecendo o livro dos Salmos (43)Conhecendo o livro dos Salmos (43)Conhecendo o livro dos Salmos (43)Conhecendo o livro dos Salmos (43)

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ulg

açã

o/JA

à voz dos “encantadores” (vv. 5-6).Pois bem, esses “poderosos”, pormais que sejam advertidos, não mu-dam, são teimosos na corrupção,no veneno que injetam na socieda-de. Mas afinal, quem são eles? Osalmo generaliza, o que em si nãoé justo, porque há sempre exce-ções, possivelmente numerosas.Aliás, não sabemos as circunstân-cias concretas do contexto históri-co do autor, embora essas falhasde “juízes” ou “governantes” (asduas palavras são expressas pelomesmo vocábulo hebraico) nãosejam, infelizmente, característicassó daquela época. Isso, porque “opoder corrompe”, e exatamentepor isso o Senhor Jesus insistiu nadimensão do serviço, como exigên-cia do exercício do poder entre seusdiscípulos: “Aquele dentre vós quefor o maior, seja o que serve a to-dos” (Mt. 20,26).

Quebra-lhesos dentes!

7. Ó Deus, quebra-lhes osdentes na boca; / Senhor, ar-ranca suas presas de leões!

8. Que se diluam, comoágua que escorre, / e sequemcomo o mato que se pisa.

9. Como a lesma que se der-rete e some, / como o abortivo,

que não viu a luz do dia.10. Antes que cresçam, se-

jam extirpados como o espi-nheiro; / sejam cortados comoo mato que o fogo queima.

Num último recurso, como os“juízes” ou “governantes huma-nos” não estão garantindo “a jus-tiça e o direito” (cf v.2), o salmistaagora se dirige a Deus, verbali-zando imprecações, ou seja, mal-dições terríveis contra esses injus-tos e prepotentes. Essas impreca-ções procedem da rebelião inter-na do orante, que se desafoga emsúplica apaixonada. Temos aquisete comparações fortes. A primei-ra os compara a leões famintosque devoram os justos. E o que sepede é que Deus lhes “quebre osdentes” e lhes “arranque as pre-sas”. A segunda, pede que desa-pareçam, como água derramada(v.8). A terceira, que “sequem”como erva pisada (v.8). A quarta,recolhe elementos do folclore. Defato, supunham que a lesma, aomover-se, “se derretia”, por cau-sa do rastro de baba que deixaatrás de si (v.9). É só o que restarádos juízes corruptos. A quinta,pede que sejam como “o abortivo,impedido de ver a luz” (v.9). Porfim, ainda duas imagens vegetais:que sejam “extirpados como o es-pinheiro, antes que cresçam”(v.10), diferentemente do modode proceder do dono do campono qual fora semeado o joio (cfMt 13,30); ou, ainda, sejam cor-tados, e que o fogo os queime!

Alegrar-secom a desforra?

11. O justo se alegrará aover a desforra; / lavará seus pésno sangue do perverso.

Enquanto o injusto, como “oabortivo”, “não verá a luz do dia”(v.9), o justo se alegra “ao ver adesforra”, não a vingança pelaspróprias mãos, mas a lumino-sidade da justiça vindicativa deDeus. Contemplando o triunfo dadivina justiça, da qual sentiu“fome e sede”, o justo reconhe-ce publicamente que a ação foide Deus. Mas... a “sede da justi-ça”, precisaria ainda chegar aoponto de “lavar os pés no sanguedo perverso”? Evidentemente,esse não é “o Espírito” daqueleque reprovou a Tiago e João o

ímpeto de “fazer cair fogo do céu”contra os samaritanos que nãoqueriam recebê-lo (cf Lc 9,55) eque, na sinagoga de Nazaré, ex-pressamente suprimiu, da cita-ção de Isaías 61,1-2, o versículoque anunciava “o dia da vingan-ça do nosso Deus” (cf Lc 4,19).Mas então, como é que o Espíri-to inspirou ao profeta e aosalmista essa passagem? Inspi-rou-a como expressão literária da“fome e sede da justiça”, expres-são que deve ser interpretadacomo tal, à luz da palavra e doexemplo do Senhor Jesus.

Deus faz justiça

12. E dirá: “Sim, há recom-pensa para o justo; / existeum Deus que faz justiça naterra!”

Afirmação corrente no finaldos processos em que é conde-nado o culpado, inclusive apósuma execução capital, é a se-guinte: “Justiça foi feita”. Que jus-tiça? A da lei do talião, a da “mor-te por morte”? Mas então, em vezde um morto, o assassinado, ago-ra, para se “fazer justiça”, paraque “não haja impunidade”,mata-se o assassino: e ninguémse dá conta de que o resultadosão dois mortos, não apenasum... Aqui volta a pergunta, ex-pressa no título deste comentá-rio: “Justiça, qual justiça?” O as-sunto não é fácil. Mas é precisoenfrentá-lo com coragem e coe-rência. Interceda por nós a “Filhade Sião” que, no seu Magníficat,exaltou Aquele que “olhou paraa humilhação de sua Serva, quederruba os soberbos e exalta oshumilhados” (cf Lc 1,48.52).

Pe. Ney Brasil Pereira

Professor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

1) Que nos diz este salmosobre a situação do nos-so país?

2) Qual é a Justiça, da qualdevemos ter “fome esede”?

3)Qual é a única maneira deevitar a corrupção do poder?

4)Como interpretar a lingua-gem violenta deste salmo?

5) Em que sentido Deus, o Se-nhor, “faz justiça na terra”?

de “fazer justiça”, estabelecendo“o direito” na sociedade (v.2). Poiso que se vê é o contrário. O “cora-ção deles” planeja, consciente-mente, a injustiça. E suas “mãos”,suas decisões e sentenças, emvez de coibir, ainda “favorecem aviolência” (v.3).

Corruptos“congênitos”

4. Desde o seio materno osmaus se extraviaram; / os quedizem mentiras desviaram-sedesde que nasceram.

5. Eles têm veneno comoo da serpente, / como o vene-no da víbora surda que fechaos ouvidos

6. para não ouvir a voz do en-cantador, / mesmo do mais hábilem praticar encantamentos.

Neste segundo momento dosalmo (vv. 4-6), o autor se dirige aum grupo, talvez de discípulos, fa-lando-lhes do modo de ser desses“juízes corruptos”. A venalidade, asinjustiças e as mentiras como quenasceram com eles (v. 4). São cor-ruptos “congênitos”, de nascença.São comparáveis ao que há demais venenoso, a víbora. E osalmista serve-se de um detalhe dofolclore. Supunha-se que a víboratapasse os ouvidos para não ceder

Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Para refletir:

O ITESC - INSTITUTO TEOLÓGICO DE SANTA CATARINA, além dos cursos noturnos de extensão para leigos/as, nas segundas-feiras à noite (19h30 - 22h), mantém o curso matutino de graduação em Teologia, em 4 anos, 8 semestres, aberto tambéma leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2o grau completo. A matrícula pode ser feita por disciplinas, com 2 ou3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 3234-0400 ou o e-mail: [email protected]

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

DNJ reflete sobre o protagonismo femininoRealizado em Garopaba, evento reuniu cerca de mil jovens de toda a Arquidiocese

A Pastoral da Juventude da Arqui-diocese promoveu o Dia Nacionalda Juventude (DNJ). Realizado nodia 30 de outubro, na Escola JoséRodrigues Lopes, em Garopaba, oevento reuniu cerca de mil jovensde toda a Arquidiocese. Durante odia, eles refletiram sobre o tema“Juventude e protagonismo femi-nino”, com o lema “Jovens mu-lheres tecendo relações de vida”.

Pela manhã, os participantesreceberam a animada acolhidados jovens da comunidade. Emseguida rezaram o Ofício Divino daJuventude. Apresentações teatraise de bandas mantiveram os jovensanimados durante todo o tempo.Eles ainda puderam realizar práti-cas esportivas e várias atividadesde lazer. Houve ainda um momen-to de apresentação das autorida-des presentes e de agradecimen-to aos colaboradores.

À tarde, após o almoço, a ani-mação continuou com apresenta-ções teatrais e das bandas. O pon-to forte foi a distribuição dos jo-vens em grupos para refletir so-bre o tema do DNJ. Foram forma-dos 25 grupos, em cada um foidiscutido um dos dez subtemaspropostos, que tratavam da impor-tância da mulher na sociedade enos ambientes eclesiais.

Para ajudar na reflexão do tema

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011

7Juventude

do DNJ, foram espalhados cartazesfalando de mulheres que marcarama história por sua atuação não só naIgreja, mas na sociedade de modogeral. Depois de cerca de uma horade reflexão, um representante decada grupo leu a síntese da reflexão.

Para Daniel Schmidt Casas,secretário executivo da Pastoral daJuventude, o evento foi muito posi-tivo. “O DNJ mais uma vez mostroua força e a articulação da juventu-de na Arquidiocese. Além de ser ummomento de confraternização, éum espaço de reflexão”, disse.

Pe. Alceoni Berkenbrock,pároco anfitrião e nomeado padre

referência da Juventude na CNBB- Regional Sul IV (SC), acredita queo DNJ é importante como momen-to de celebração e entusiasmo. “Énecessária a reflexão da caminha-da da Igreja junto aos jovens, quesão um sinal de Deus”, disse.

Celebração EucarísticaO DNJ foi coroado com a Cele-

bração Eucarística, realizada naIgreja Matriz da Paróquia. Distan-te cerca de 300 mts do local doevento, o trajeto foi realizadocomo uma peregrinação. Seismoças carregaram a Cruz e a ban-deira da juventude, acompanha-das por centenas de jovens.

A missa foi presidida pelo Pe.Alceoni e concelebrada pelos Pa-dres Pedro Alcido, vigário, eVânio da Silva, reitor do Seminá-rio de Teologia. A igreja, com capaci-dade para 800 pessoas sentadas,ficou completamente lotada.

A homilia foi conduzida de for-ma diferente. Pe. Alceoni convidoutrês jovens para falarem sobre oque perceberam e o que marcouo dia para elas. Em seguida, fezuma reflexão a partir do Evange-lho do Dia. “Os jovens estão nocaminho certo. Devemos ver emcada um de nós o rosto de Cristo.Somente Ele é o Mestre”, disse.

Audiência Pública discute a vio-lência e extermínio dos jovens“Violência e Extermínio de Jo-

vens” foi o tema da AudiênciaPública realizada na manhã dodia 18 de outubro, na Assem-bleia Legislativa do Estado, emFlorianópolis. O evento reuniuautoridades da segurança públi-ca, da defesa do cidadão, dolegislativo estadual e da Igreja.Durante a solenidade, foramaprovados 17 temas para levara discussão adiante. Entre eles,a criação de um fórum para dis-cutir as políticas públicas para ajuventude no Estado.

A proposta da Audiência foifeita pelo Comitê Estadual daCampanha Nacional contra a vi-olência e o Extermínio de Jovensà ALESC. Durante o evento, cadauma das pessoas que compuse-ram a mesa falaram sobre otema, relacionando com a suaárea de atuação. Rodrigo daSilva, representante do comitê,mostrou em números a mortede jovens no Estado.

Segundo ele, por ano mais de1.200 jovens são mortos no Es-tado, vítimas de causas violentas.“65% dos homicídios acontecemem apenas 10 municípios do Es-

tado, todos no litoral”, informou.O delegado Ênio de Oliveira

Matos, da delegacia de homicídi-os da Capital, disse que boa parteda violência está relacionada à fal-ta de ocupação dos jovens. “As fa-mílias vêm para cá em busca demelhores condições de vida, masdeixam seus filhos à deriva, e elessão adotados pelo tráfico”, alertou.

Na avaliação do professorJosé Roberto de Souza Dias,especialista em trânsito, boa par-te das mortes está relacionada apéssima qualidade das estradas.Segundo ele, em 2009, 37 milpessoas morreram nas estradasbrasileiras. 70% foram de jovens.Ele enfatizou que Santa Catarinaé o terceiro Estado em que maisse morre nas estradas. “Nossasestradas são as mais insegurasdo país”, disse.

Na avaliação de Rodrigo daSilva, a audiência superou as ex-pectativas em termos de partici-pação e alternativas para a conti-nuidade da discussão do tema.“Esse foi mais um passo paraconstruirmos alternativas e criarações que mudem a realidadeatual”, disse.

Na Celebração, durante a homilia, jovens falaram sobre o DNJ

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Evento reuniu jovens de todo o Estado e encaminhou a discussão

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Os jovens foram divididos em 25 grupos para debater o tema do DNJ

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Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Esclareça dúvidas sobre a ArquidioceseEsclareça suas dúvidas sobre a diocese, o clero, o bispo e sua atuação

Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

A DIOCESEO que é uma Diocese?Diocese (ou “Igreja Particular”) é uma

porção do povo de Deus, cujo cuidado pas-toral está confiado ao bispo diocesano. Paraexercer sua missão, o bispo conta com acolaboração de presbíteros (= padres),diáconos, religiosos, religiosas, leigos e lei-gas. O Concílio Vaticano II (1962-1965), nodecreto Christus Dominus sobre o múnuspastoral dos bispos na Igreja, nos ensina queem cada Igreja particular, congregada noEspírito Santo mediante o Evangelho e aEucaristia, reside e opera a una, santa, cató-lica e apostólica Igreja de Cristo (CD 11).

Como entender a expressão “Igre-ja Particular”, referente a umaDiocese? Não existe uma só Igreja?

Entendemos a expressão “Igreja Particu-lar” como a entende o Novo Testamento, oqual, ao mesmo tempo em que fala da “Igre-ja de Deus” (1Cor 15,9), fala também das“Igrejas da Ásia” (1Cor 16,19); ao mesmotempo em que fala do “Corpo de Cristo, queé a Igreja” (Cl 1,24), fala das “sete Igrejasque estão na Ásia” (Ap 1,4), as quais depoissão nomeadas uma por uma, e a cada umadas quais se dirige a exortação a “escutar oque o Espírito diz às Igrejas”. Também hojepodemos chamar as nossas dioceses ouarquidioceses de “Igreja de Florianópolis”,“Igreja de Joinville”, “Igreja de Tubarão” etc.

O que é uma Arquidiocese?Arquidiocese é a diocese principal de um

grupo de dioceses; é a “principal” não por sermais importante, mas por ter sido a primeiraa ser criada, por ser a mais antiga. Esse grupode dioceses, reunido, forma a “Província Ecle-siástica”, que passa a ser conhecida com onome da arquidiocese (por exemplo: Provín-cia Eclesiástica de Florianópolis, abrangendotodas as dioceses de Santa Catarina).

Como nasce uma Diocese?Uma Diocese nasce da necessidade de

se dar maior atenção pastoral a determina-da região. Sua criação depende de um do-cumento do Papa, chamado de Bula papal.

NOSSA ARQUIDIOCESEQuem criou a Diocese de Florianó-

polis?A Diocese de Florianópolis foi criada dia

19 de março de 1908 pelo Papa Pio X, com-preendendo todo o Estado de Santa Catarinaque, até então, pertencia à Diocese deCuritiba. Na oportunidade da criação daDiocese de Florianópolis, a Matriz de NossaSenhora do Desterro foi elevada a Catedral.Em 1908, a população de todo o Estado erade, aproximadamente, 350 mil habitantes. Apopulação atual do Estado de Santa Catarina

é de mais de seis milhões de habitantes.

Por que chamava-se “Diocese deFlorianópolis”, se compreendia todoo Estado de Santa Catarina?

Chamava-se Diocese “de Florianópolis”porque a cidade onde se encontra a cáte-dra do Bispo dá o nome a toda a Diocese.

Quando a Diocese de Florianópolispassou a ser Arquidiocese?

A Diocese de Florianópolis tornou-seArquidiocese com a criação, em 1927, demais duas dioceses catarinenses (Lages eJoinville), que passaram a ser suas“sufragâneas” – isto é, dioceses que pas-saram a ter vida própria, mas pertencendoà mesma Província Eclesiástica.

Que dioceses nasceram em San-ta Catarina, depois da criação daDiocese de Florianópolis?

Além de Lages e Joinville (1927), temosem Santa Catarina as seguintes dioceses:Tubarão (1954), Chapecó (1958), Caçador(1968), Rio do Sul (1968), Joaçaba (1975),Criciúma (1998) e Blumenau (2000).

Quais foram os bispos e arcebis-pos de Florianópolis?

• O primeiro bispo de Florianópolis foiDom João Becker, nomeado a 13 de agos-to de 1908; aqui permaneceu até ser nome-ado Arcebispo de Porto Alegre, RS, em 1912.

• Foi seu sucessor Dom JoaquimDomingues de Oliveira, eleito bispo a02 de abril de 1914, e promovido a Arce-bispo em 17 de janeiro de 1927.

• Seu sucessor foi Dom AfonsoNiehues (de 18 de maio de 1967 a 16 demarço de 1991), falecido no dia 30 de

setembro de 1993.• Sucedeu-o Dom Eusébio Oscar

Scheid, SCJ (de 16 de março de 1991 a25 de julho de 2001) – hoje, Cardeal eArcebispo Emérito do Rio de Janeiro, RJ.

• Dom Murilo Sebastião RamosKrieger, SCJ, nomeado Arcebispo de Floria-nópolis a 20 de fevereiro de 2002, governoua Arquidiocese até 12 de janeiro de 2011,quando foi nomeado Arcebispo de São Sal-vador da Bahia e, portanto, Primaz do Brasil.

Como é constituído o clero daArquidiocese de Florianópolis?

O clero de nossa arquidiocese é consti-tuído de padres diocesanos, em número de96; padres religiosos, em número de 80; ediáconos permanentes, em número de 117.

Desde quando nossa arquidiocesetem diáconos permanentes?

Nossa arquidiocese foi pioneira, no Bra-sil, na introdução do diaconato permanen-te, restabelecido pelo Concílio Vaticano II(1962-1965), e é a que tem o maior nú-mero de diáconos permanentes no país(112 incardinados e 05 não incardinados).

Qual a contribuição que os/as re-ligiosos/as oferecem para a Arqui-diocese de Florianópolis?

Os/as religiosos/as, chamados a seguirCristo na vida em comunidade e na práticados conselhos evangélicos (obediência, po-breza e castidade), oferecem preciosa con-tribuição à ação pastoral na Arquidiocesede Florianópolis. Temos na arquidiocese101 religiosos (80 padres e 21 freis e ir-mãos), de 13 institutos masculinos diferen-tes, e 392 irmãs (ou freiras), de 21 institu-tos femininos diferentes.

De que forma os/as leigos/as atu-am na Arquidiocese de Florianópolis?

Os/as leigos/as são homens e mulhe-res da Igreja inseridos no mundo, são ho-mens e mulheres do mundo presentes naIgreja. Atuam nos mais diversos campos dafamília e da sociedade, como sinal e ins-trumento do Reino de Deus na terra. Atu-am também, de forma organizada, nas pa-róquias e comunidades, pastorais e asso-ciações, movimentos e serviços, na comu-nhão fraterna dos discípulos de Cristo.

NOSSO NOVO PASTORQuem é o nosso novo arcebispo?Dom Wilson Tadeu Jönck tem 60 anos,

nasceu em Vidal Ramos, SC, no Vale do RioItajaí, no dia 10 de julho de 1951. CursouTeologia no Instituto Teológico Sagrado Co-ração de Jesus na cidade de Taubaté, SP, de1974 a 1977. Em 17 de dezembro de 1977foi ordenado presbítero. Depois de ordena-do padre, formou-se em Educação, emVarginha, MG, em 1981. Obteve licenciatu-ra em Psicologia na Universidade Gregorianaem Roma, em 1990. Após vários encargospastorais, em 11 de junho de 2003 foi no-meado Bispo Auxiliar da Arquidiocese deSão Sebastião do Rio de Janeiro. No dia 26de maio de 2010 foi nomeado quinto Bispoda diocese de Tubarão, onde tomou posseno dia 18 de julho. Em maio de 2011, foieleito presidente da CNBB-Regional Sul IV,região que corresponde ao Estado de SantaCatarina. Finalmente, em 28 de outubro foinomeado nosso Arcebispo.

Qual o lema episcopal de Dom Wil-son?

Embora não sendo de caráter obrigató-rio, quase todos os bispos escolhem umafrase, quase sempre tirada da Bíblia, comolema episcopal. O lema de Dom Wilson é:“Maximus amor pro amicis mori” (Amar édar a vida). A frase é tirada do Evangelhode São João 15,13: “Ninguém tem maioramor do que aquele que dá a vida por seusamigos”.

Qual nossa atitude diante do novobispo?

Escolhido pelo Santo Padre para sernosso novo pastor, nós acolhemos DomWilson como nosso irmão, amigo, mestre epai. Depois de vários meses de oração su-plicante, agradecemos ao Senhor pelo domque nos faz. Ao mesmo tempo, nos unimosaos fiéis da vizinha Diocese de Tubarão, emoração fervorosa, pedindo a Deus que lhesdê em breve um novo bispo.

(Texto completo no site da Arqui-diocese - www. arquifln.org.br)

O brasão da arquidiocese é

composto do escudo e das in-

sígnias metropolitanas. O es-

cudo é esquartelado de prata

e vermelho, tendo no centro

uma cruz de esmaltes trocados,

e, nos cantos, uma roda (de Santa

Catarina), dividida em quatro par-

tes, com os esmaltes também troca-

dos. A cruz de esmaltes trocados re-

presenta a Cruz da Vitória de Cris-

to, o Messias. A Cruz é expressão

de reconciliação e o livro aberto

para todos que com fé procuram a

única Verdade, depositada no

“Deus Trino-Uno” e na qual a virgem-már-

tir, padroeira da arqui-diocese, Santa

Catarina de Alexandria, nutriu-se virginal

e sacrificalmente (branco e vermelho do

escudo), como a Santa Mãe Igreja, para

vencer o mundo perverso (o instrumento

despedaçado, a roda de torturas).

Page 9: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Tudo pronto para a posse de nosso arcebispoComissão foi formada para organizar a solenidade, que terá transmissão ao vivo pelos meios de comunicação

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A comissão que está preparan-do as solenidades do início da mis-são de Dom Wilson TadeuJönck na Arquidiocese de Floria-nópolis esteve reunida na tarde desegunda-feira. Realizado na IgrejaMatriz da Paróquia Sagrados Cora-ções, em Barreiros, São José, oencontro reuniu a equipe central erepresentantes das comissões.

Este foi o terceiro encontro daequipe, que se reúne desde a no-meação de Dom Wilson comonosso arcebispo, em 28 de outu-bro. Durante o encontro, os parti-cipantes falaram do trabalho queestão realizando na organizaçãodo evento e receberão sugestõesdos demais participantes para di-namizar o trabalho.

A celebração em que Dom Wil-son iniciará seu ministério pasto-ral na Arquidiocese de Florianó-polis será realizada no dia 15de novembro, às 9h30, no Gi-násio de Esportes do ColégioCatari-nense, em Florianópolis. Olocal foi escolhido por ser na áreacentral, bem localizado, possuiuma boa estrutura e é arejado, oque possibilitará uma boa acolhi-da aos participantes.

Posse terátransmissão ao vivo

A solenidade e celebração emque Dom Wilson assume aArquidiocese de Florianópolis terátransmissão ao vivo pelos meiosde comunicação. As pessoas po-derá acompanhar a solenidadepela TV, rádio e mídia sociais. Acoordenação de comunicação estáa cargo da equipe arquidiocesanada Pastoral da Comunicação.

Pela TV, as pessoas poderãoassistir a transmissão através docanal de TV à cabo TVCom ou ain-da pelo site da Arquidiocese(www.arquifln.org.br), que tam-bém transmitirá o evento. A Rá-

GeralJornal da Arquidiocese Novembro 2011

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- 1.552.824 milhão de habitan-tes (Censo 2010)

- 30 municípios- 73 paróquias e similares *- 602 capelas *- 08 comarcas *- 07 santuários *- um bispo-auxiliar emérito- 92 padres diocesanos (ou se-

culares) incardinados residen-tes, 05 dioc. incardinados nãoresidentes, 23 nãoincardinados residentes *

- 74 membros de institutos davida consagrada; e 06 mem-bros do PIME *

- 117 diáconos permanentes *- quatro Seminários *

Coordenada pelo Pe. João Francisco Salm, administrador Arquidiocesano,comissão é encarregada de realizar todos os preparativos para a posse

A Comunidade Católica AbbáPai promoveu no dia 16 de outubroo IV Dia de Cura no Amor. Realizadona Igreja Matriz da Paróquia SantoAntônio, em Campinas, São José, oevento também comemorou os 12anos de existência da comunidade.Durante a celebração, RomualdoPereira, pai da fundadora, proferiuseus primeiros votos, somando-seaos outros 11 membros consagra-dos da comunidade, que fizeramsua renovação.

O Dia de Cura no Amor contoucom a presença do Padre ThiagoCalçado, da Canção Nova, de SãoPaulo, e com a participação do Pe.Hélio da Cunha, Pároco, e a ani-mação do Ministério Abbá. Noevento, Padre Thiago, que é mes-tre em filosofia, formador e profes-sor de seminaristas, na GrandeSão Paulo, e pregador da RCC emtodo o País, levou os encontristasa refletirem e vivenciarem, comdinâmicas e momentos de oração,a importância do amor no proces-so de cura e plenitude da vida.

Durante o dia, ele desenvolveu

Dia de Cura no Amor celebraaniversário da Abbá Pai

os temas “Só no amor somos cu-rados”, focando o amor comobase de toda cura, para além detodo medo, e “O amor tudo per-doa”, tratando o perdão como lu-gar por excelência do amor, rezan-do pela cura interior. À tarde, Pe.Thiado desenvolveu o tema “Cu-rados para amar”, falando doamor e sua dimensão missionária,no chamado para amar.

No final da manhã, Padre Hélioda Cunha conduziu o momento deadoração ao Santíssimo Sacramen-to. O evento foi encerrado com mis-sa solene presidida pelo Pe. Hélio ecom a presença do Pe. Ney, um dosdiretores espirituais da Abbá Pai.

Em novembro a Comunidadeabre nova turma de aspirantado, aqual integrará a formação perma-nente dirigida aos vocacionados,com módulos semanais de forma-ção bíblica, psicológica e espiritual.

Mais informações pelo sitewww.abbapai.org, pelo [email protected], peloTwitter @abba_pai, ou pelofone (48) 3034-2417

Divulgação/JA

Durante o evento, foi realizada a consagração de um novo membroda Comunidade e a renovação dos votos de outros 11 membros

dio Cultura 1110 AM tambémtransmitirá toda a celebração deposse. Além de acessar pelo rá-dio, os ouvintes poderão acompa-nhar a transmissão pelo sitewww.divinooleiro.com.

O evento será ainda transmiti-dos pelas mídias sociais, atravésdo Twitter da Arquidiocese(@Arquifloripa) e pelo Facebook( w w w . f a c e b o o k . c o m /arquifloripa1908)

Como Dom Wilsonencontrará a Arquidiocese

- 46 seminaristas: 11 no menor;06 no Propedêutico; 17 na Fi-losofia; e 12 na Teologia

- 61 institutos femininos, com392 irmãs (freiras) *

- 30 institutos masculinos, com21 irmãos (além dos padres) *

- 19 pastorais- 19 serviços e ministérios- 08 meios de comunicação- 25 movimentos e associações

leigas- 11 colégios católicos- 02 centros de formação su-

perior

* Dados do Anuário da Arqui-

diocese 2001

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

FAS ajuda na manutenção da Fazenda da EsperançaEntidade adquiriu equipamentos para a fabricação de pães para consumo interno e comercialização

A Fazenda da Esperança éuma entidade mundialmente co-nhecida pelo trabalho de recupe-ração de dependentes químicos.Na Arquidiocese, está presentedesde o dia 18 de dezembro de1999, quando começou atenden-do ao setor masculino. Dez anosdepois, em fevereiro de 2009, olocal passou a atender ao setorfeminino. Com capacidade paraatender 12 simultaneamente, oespaço conta atualmente comnove recuperandas.

O método de tratamento é omesmo que consagrou as Fazen-das da Esperança, hoje presentesem nove países, com mais de 60casas (15 fora do Brasil). É o tri-pé: espiritualidade, trabalho, con-vivência fraterna. A cada dia, asinternas têm momentos de ora-ção, meditação sobre passagensbíblicas, e celebrações.

“O trabalho é parte importan-te do tratamento, tanto para a ocu-pação das recuperandas quantospara a manutenção da casa”, dis-se Maria Lúcia Silva Santos,coordenadora da Fazenda. Segun-do ela, uma das formas de manu-tenção será o cultivo e comercia-lização de flores, que pretendeminiciar em breve. Por enquanto,estão concentradas nos pães ebolachas.

Essa atividade iniciou há al-gum tempo, mas realizada comdificuldade, pois não dispunhamdos equipamentos adequados.Entraram com um projeto junto aoFAS e foram beneficiadas com R$

4.999,00. Com o dinheiro, foi ad-quirido um forno elétrico, um ci-lindro, para dar forma à massa, euma masseira, para bater a mas-sa. Após a aquisição, uma volun-tária doou outro forno.

Os pães e bolachas sãocomercializados de porta em por-ta, entre os voluntários da Fazen-da da Esperança e com aquelesque a visitam. Mas aceitam enco-mendas. Os interessados podemsolicitar pelo fone (48) 3234-0825. Mais informações no site:www.fazenda.org.br.

18 projetos aprovadosAlém da “Fazenda da Esperan-

ça”, a comissão responsável peloFundo Arquidiocesano de So-lidariedade, FAS, aprovou outros17 projetos, somando um total de

10 Ação Social Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Mulheres em recuperação utilizam os equipamentos adquiridos para afabricação de pães e bolachas, que ajudam na manutenção do local

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R$ 80.361,93 em recursos. A co-missão terá uma última reuniãoainda este ano, no mês de novem-bro, em que discutirá a aprovaçãode outros projetos.

Como foi apresentado na edi-ção passada, a Arquidiocese arre-cadou R$ 181.317,18. Desses,40% (R$ 72.526,87) foi repassa-do à Cáritas e forma o Fundo Na-cional de Solidariedade, que pos-sui uma equipe de coordenaçãonos Regionais. O restante, R$108.790,31, compõe o FAS. OFundo é formado pelas doaçõesdos fiéis como gesto concreto daCampanha da Fraternidade e des-tina-se a estimular a criação deprojetos sociais alternativos degeração de trabalho e renda, e in-centivar projetos sociais referen-tes à CF de cada ano.

Será realizada dos dias 21a 27 de novembro de 2011 aSemana da Solidariedade, umaação da Rede Cáritas que bus-ca promover a discussão de te-mas relacionados à conjuntura.Em nossa Arquidiocese, a ativi-dade está sendo motivada pelaASA/Cáritas em parceria com aCoordenação Arquidiocesanade Pastoral/Pastoral Social, quefomentarão o Tema: Desenvol-vimento Solidário Sustentável eTerritorial (DSS-T), e o Lema: Se-mentes de um Projeto Popular.

Durante a semana serão re-alizadas atividades, encontros,feiras solidárias e seminários.Destacamos a atividade do dia23 de novembro, que ocuparátodo o dia. Pela parte da ma-nhã haverá o Encontro Arqui-diocesano das Ações Sociais,

SEMANA DA SOLIDARIEDADE:Sementes de um projeto popular

e à tarde o Seminário: Desen-volvimento Solidário Sustentá-vel e Territorial (DSS-T), com oassessor da Cáritas Brasileirae Coordenador do Fórum Naci-onal de Mudanças Climáticase Justiça Social, Ivo Poletto.Toda a comunidade, pastoraissociais e outros segmentos sãoconvidados a participar. Infor-mações e inscrições para osencontros, pelo telefone; (48)3224-8776 - ASA ou o [email protected]

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11/1203h80

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A região de Florianópolis reali-zou nos dias 10 e 11 de outubro,na casa de retiros do Morro dasPedras, a segunda etapa do cursode gestão e viabilidade econômi-ca para empreendimentos de eco-nomia solidária, acompanhadospelo projeto “Fortalecendo Experi-ências de Economia Solidária emSanta Catarina”. O projeto é desen-volvido pela Cáritas Brasileira, Re-gional SC, com patrocínio daPetrobrás e conta como parceiralocal a Ação Social Arquidiocesana

Curso proporciona melhoria na gestão de grupos de Economia Solidária

(ASA) de Florianópolis.O curso, que reuniu 29 pesso-

as de 10 grupos, tem como obje-tivo “Qualificar os empreendimen-tos de economia solidária aprimo-rando a gestão e a viabilidade eco-nômica para o aumento da rendagerada.” Esta etapa tratou das for-mas de organização do grupo,missão do empreendimento, pla-no operacional etc.

Nessa etapa, foram incluídosno curso o grupo de mulheres dacomunidade remanescente de

quilombolas, grupo de mulheresMãos Unidas e a Associação deArtesãos, todos do município deGaropaba.

Os empreendedores avalia-ram o curso de forma positiva,destacando a metodologia utiliza-da, a troca de experiências e oencontro de culturas como indíge-nas e remanescentes dequilombos. Os grupos seguemagora na construção dos planosde negócios, contando com acom-panhamento da articuladora local.

Realizado em Florianópolis, evento qualificou 10 empreendimentos, que apren-

deram como melhor gestionar e viabilizar economicamente o seu trabalho

29 pessoas participaram da qualificação promovida pela Cáritas Regional

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

“Preparai os caminhos do Senhor!” (Is 40,3)

O livreto traz um roteiro de encontros para a preparação do Natal cristão. Ele deve ser utilizado em família

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011 GBF 11

Estamos para celebrar maisum Natal. Com o passar do tem-po, muitos interesses começarama girar em torno desta festa; sobre-tudo os que têm a ver com o co-mércio. No entanto, o Natal é acelebração do nascimento de Je-sus Cristo, vindo na humildade: “Euvos anuncio uma grande alegria,que será também a de todo o povo:hoje, na cidade de Davi, nasceupara vós o Salvador, que é o CristoSenhor! E isto vos servirá de sinal:encontrareis um recém-nascido,envolto em faixas e deitado numamanjedoura” (Lc 2,10ss).

O livreto que está em suasmãos traz um roteiro de encontrospara a preparação do Natal cristão.Poderão ser realizados, de prefe-rência, reunindo famílias vizinhas;também em casa, na própria famí-lia, em locais de trabalho ou ondee com quem tiver boa vontade, jáque Jesus veio para todos.

O que importa é estimular e fa-cilitar um encontro real de cadapessoa com o Senhor que vem. Ele,na verdade, já bate à nossa portahá muito tempo. Que bom serádeixá-lo entrar agora, ouvir sua Pa-lavra, aceitar seu chamamento, ofe-recer-lhe docilidade e obediência!

Além da participação nestesencontros, seria oportuno apro-veitar o Advento para fazer umaboa Confissão, celebrando a Re-conciliação que Jesus tornou pos-

O II Sulão das ComunidadesEclesiais de Base (CEBs) acon-teceu nos dias 14 a 16 de ou-tubro, com a participação de207 participantes dos quatroEstados: São Paulo, Rio Gran-de do Sul, Paraná e Santa Cata-rina, na Arquidiocese de Lon-drina, PR.

O encontro foi muito provei-toso e animado. Refletimos so-bre o tema Justiça e Profeciano Campo e na Cidade, asses-sorados por Sergio Coutinho,assessor nacional do SetorCEBs na CNBB, e pelo Pe. Be-nedito Ferraro, assessor daampliada nacional das CEBs. Àluz da Palavra de Deus, noscomprometemos com o seuprojeto: “Eu vi a opressão de...ouvi o grito de aflição... tomeiconhecimento de seus sofri-mentos. Desci para libertá-los”(Ex 3,7-8). Terminado o Encon-tro, voltamos “para o campo ea cidade” de nossas dioceses,

animados para vivenciarmoscom sempre mais intensidadea missão que Jesus nos con-fiou: “Ai de mim se eu nãoevangelizar!” (1Cor 9,16).

A Igreja de Santa Catarina,CNBB - Regional Sul4, foi repre-sentada por 24 animadores eanimadoras dos Grupos de Re-flexão/ Família (GR/F) e dasComunidades Eclesiais deBase (CEBs), engajados nas co-munidades de seis dioceses:Caçador, Lages, Joinville, Floria-nópolis, Tubarão e Criciúma. AArquidiocese se fez presentecom dez animadores e anima-doras de nossas paróquias.

Retornamos fortalecidoscom a certeza de que o Senhorcaminha conosco, dispostos aser protagonistas a serviço davida, propagando o Evangelho doReino no campo e na cidade.

Coordenação das CEBs e GR/F

CNBB – Regional Sul4

II Sulão das CEBs –CNBB Regional Sul 4

sível com sua Morte e Ressurrei-ção. Um olhar ao redor, com ocoração aberto e atento a irmãose irmãs necessitados, tambémnão pode faltar.

As alegrias do Natal serão tão

mais intensas e profundas quan-to mais nos empenharmos na suapreparação.

Pe. João Francisco Salm

Administrador Arquidiocesano

O Grupo Bíblico em Família“Mãe do Bom Conselho”, da Paró-quia Nossa Senhora do Rosário,iniciou suas atividades em 2001,com o incentivo do DiáconoVilson Santos. Como a grandemaioria dos GBF, começou acanha-do e com poucos membros. Era co-ordenado por José Paulo Corrêa deSouza, juntamente com BentaMaria de Souza e Zaneli Corrêa deSouza. Em 2002, realizamos umanovena, elaborada pelos membrosdo próprio Grupo, em homenagema N.Sra. Aparecida. No ano seguin-te, a Coordenação do Grupo foi pro-curada pela família onde tinha sidofeita a novena, relatando a graçaalcançada por uma sobrinha que

Devoção a Nossa Senhora Aparecidatinha grave lesão na coluna, impos-sibilitando-a de se locomover. Ofato foi comprovado pelos médi-cos. Nesse mesmo ano, a própriasobrinha foi quem carregou a ima-gem em procissão. Muito fervoro-sos, construíram uma gruta e de-monstraram o desejo de dar conti-nuidade à realização da novenacomo gesto de agradecimento pelagraça alcançada. A partir de então,cada ano a novena tem seu inícioem diferente residência, seguindoem procissão com a imagem até aresidência anfitriã. Com o passardos anos, a novena elaborada pe-los membros do GBF ganha maise mais adeptos e sua realização jáenvolve outros segmentos pasto-

rais da comunidade. Pontos altosda novena são a reflexão da Pala-vra de Deus e os momentos deagradecimentos, súplicas e depoi-mentos. É importante sempre lem-brar a Mãe de Jesus nas bodas deCaná: “Fazei tudo o que Ele vos dis-ser” (Jo 2,5). Neste 12/10, a nove-na contou com cerca de 80 partici-pantes, inclusive com a presençae a bênção do Pe. André Gon-zaga, nosso pároco e da Coorde-nadora Arquidiocesana dos GBF,Maria Glória da Silva. Nossoagradecimento especial à famíliade Dona Amélia Ouriques Car-doso, que nos proporciona estemomento de muita fé, gratidão edevoção à mãe Aparecida.

“As CEBs são forma privilegiada de vivência

comunitária da fé, inseridas no seio da socie-

dade em perspectiva profética... São verda-

deiras escolas que formam cristãos compro-

metidos... Elas são expressão visível da

opção preferencial pelos pobres...”(DGAEIB 102 – 2011-2015.)

Realizado em Londrina, Paraná, evento reuniu

207 participantes dos quatro Estados

Santa Catarina esteve representada no evento por seis dioceses.Da Arquidiocese, participaram dez animadores e animadoras

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Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Agostinho Roque Rom-baldi nasceu em Caravaggio,Farroupilha, RS em 22 de agostode 1917. Foi ordenado sacerdoteem Lages por Dom Daniel Hostinem 29 de novembro de 1942. Aorigem gaúcha de diversos bonspadres e seminaristas da diocesede Lages se deve tanto à migra-ção de famílias riograndensescomo aos pedidos de Dom Danielàs voltas com carência de clerono imenso território da Diocese deLages que, dividida, deu origem àsde Caçador, Joaçaba e parte deChapecó.

Padre Agostinho foi párocosempre em comunidades cujapadroeira era Nossa Senhora, enisso enxergou obra da Divina Pro-vidência, uma vocação e um com-promisso com Maria. Aliadas àdevoção mariana estavam SãoJosé e Almas do Purgatório.

Seu primeiro ministério foiexercido como vigário paroquialde Campos Novos, com provisãode 26 de dezembro de 1942.

A partir de 18 de janeiro de1946 foi pároco de Nossa Se-nhora da Saúde, Abdon Batista.Com a dificuldade de formado-res para o Seminário, em 15 dejulho de 1951 Dom Daniel o no-meou professor no SeminárioSão João Vianney, Lages e, em15 de fevereiro seguinte, Dire-tor espiritual.

A vocação de Pe. Agostinhoera outra, porém: trabalhar com opovo na paróquia e nas pequenascomunidades rurais, o que acon-teceu em seguida: em 1953 foinomeado vigário encarregado depreparar a paróquia de Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro, Bom

Retiro; de 6 de março de 1953a 31 de maio de 1955, páro-co de Nossa Senhora da BoaViagem, Bocaina do Sul. E, de7 de novembro de 1955 a 8de janeiro de 1978 seu gran-de campo de apostolado: pá-roco de Nossa Senhora dosCampos, Arroio Trinta. Ali viveue trabalhou, acumulando amissão de vigário encarrega-do de Santa Juliana, SaltoVeloso entre 1963 e 1966.

Arroio Trinta – Comuni-dade de migrantesA história do Município de

Arroio Trinta inicia no ano de1922, com a chegada dosprimeiros colonizadores, vin-dos do sul do Estado, maisprecisamente das regiões deCriciúma e de Urussanga. Essespioneiros, descendentes de ita-lianos, vieram em busca de ter-ras férteis que produzissem osustento de suas famílias. Nosul catarinense as terras escas-seavam, divididas que estavamentre os numerosos filhos.

A localidade, então pertencen-te à Videira, foi elevada à Distritoem 1944, e em 15 de dezembrode 1961 conquistou a sua eman-cipação. Foi intenso seu compro-misso com a emancipação da co-munidade.

Com base na cultura e na tra-dição herdadas de seus fundado-res, Arroio Trinta destaca-se hojecomo um Município tipicamenteitaliano, que cultiva a dança fol-clórica, a culinária, a música e alíngua italiana, matéria obrigató-ria em todas as suas escolas.Com um clima e uma altitude que

favorecem a fruticultura, o Muni-cípio é importante produtor depêssegos e de outras frutas de cli-ma temperado, recebendo o títu-lo de “Capital Catarinense doPêssego”. Ainda é uma pequenacomunidade, tendo hoje 3.488habitantes.

Um prefeito municipal afirmouque Pe. Agostinho foi “a espinhadorsal para o desenvolvimento doMunicípio”. Gênio difícil, mas sem-pre interessado na comunidade,aberto a inovações. Assumiu decorpo e alma aquelas pequenascomunidades por onde se espa-lhavam as famílias católicas, pro-moveu as vocações, deu impulsoaos estudos bíblicos. Passou oano de 1970 em Roma com a fi-nalidade de estudar a teologia doVaticano II, o retorno às Fontespedida pelo Concílio.

Preocupado com a juventude,em 1958 deu início ao Colégio

Sagrada Família que ofereciao Curso ginasial. Para dirigi-lo,conseguiu a vinda das IrmãsEscalabrinianas, que ali traba-lharam por 11 anos, quando oColégio passou para o Estado.

Mas, para não ver a juven-tude sem perspectivas ou dei-xando sua terra, liderou a in-trodução do 1º e 2º Graus. Des-se modo, em 1971 fundou emArroio Trinta a Campanha Na-cional das Escolas da Comu-nidade-CENEC, criando o Co-légio que em sua homenagemrecebeu o nome de ColégioCenecista Padre Agosti-nho. Em 2004 o patrimôniofoi adquirido pelo Município.

Em quase todas as comu-nidades da região a presença

de um padre foi sempre funda-mental: enquanto os políticos di-videm, nem sempre chegando aacordo, o padre une os interessesdas comunidades, reúne as pes-soas, dá o impulso. Seria difícilimaginar as nossas comunidadesrurais sem a presença do padre,da autoridade do vigário respeita-do e amado e, às vezes, temido.O afeto do povo pelos padres semanifesta nas ruas, escolas, hos-pitais que levam seu nome. Dissonão escapa o Padre AgostinhoRombaldi.

Seu sonho era dotar a sedeparoquial de uma igreja matrizbela e espaçosa: em 1975 iniciou-lhe a construção, em estilo mo-derno, com uma torre alta, em for-ma de cruz. Faleceu antes de vê-la inaugurada. Devido a proble-mas estruturais, foi demolida em2010 e em seu lugar construiu-seoutra, inaugurada em 2011.

A palavra ecumenismo reves-te-se de enorme importância, so-bretudo, nos dias de hoje, ondepululam preconceitos, violências,guerras, fratricídios, humilhaçõese ataques frontais; às vezes porcausa de cor, de tribo e de raças;não poucas vezes por causa da fé.

O ecumenismo consiste embuscar as similitudes, as conflu-ências e os pontos de concordân-cia entre todas as religiões e - sediferença houver, e onde ela exis-tir - procurar um diálogo sereno.Se os religiosos não conseguemviver em paz uns com os outros,então parem de colocar o diabolá fora no mundo. Está lá dentrode suas igrejas e orientando aque-les púlpitos! Quem prega a intole-rância não prega a fé cristã!

Poderíamos aprender com ob-servadores de estrelas e astrôno-

mos que, em colinas diferentese lugares muito diferentes, as-sestam o seu telescópio parauma determinada estrela, e de-pois se reúnem para refletir so-bre o que viram, o que é comume o que é diferente do ponto devista do ângulo em que estão.Nenhum deles deixa de ser ob-servador ou astrônomo, nenhumdeles deixa de ter seus méritos,mas, é claro que haverá peque-nas diferenças - ou até grandesdiferenças - a partir do tipo detelescópio que usam, das condi-ções de nuvens dos lugares ondeestão e a partir de uma série deoutras circunstâncias. Mas, con-versando, um aprenderá com ooutro. Isolados, nenhum deles

crescerá o suficiente.O ecumenismo é essa capaci-

dade de olhar com fé para a mes-ma luz e dialogar sobre o que cadaum viu, aprofundar as semelhan-ças, conversar serenamente sobreas diferenças e, naquilo em quetudo é comum, trabalhar juntospelo bem do povo e pelo bem dacomunidade. O movimentoecumênico hoje é muito forte,mas continua contestado emmuitas igrejas e, dentro das igre-jas, por grupos a quem não inte-ressa esse diálogo. Há cristãosque acham que o diálogo os pre-judica... Sentindo-se vencedores eeleitos, consideram uma perdaadmitir que o outro possa estarcerto em alguns temas da fé! Está

Ecumênicos, porque maduros

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Padre Agostinho Roque RombaldiSeus últimos dias

Em 1976 Pe. Agostinho adoe-ceu, não mais recuperando a saú-de e a liberdade de movimentos:tinha apenas 59 anos. Preparou-se para morrer: em algumas cele-brações fazia seu exame de cons-ciência diante da comunidade, atodos pedindo perdão, o que le-vava a comunidade às lágrimas,pois o tinha na conta de santo.

Poucos dias antes da morte es-creveu um pequeno TESTAMEN-TO. Após a profissão de fé católicae os agradecimentos e conselhos,essa humilde e comovente confis-são dos pecados:

“Peço perdão a Deus e aos ir-mãos pelas minhas infidelidadespor negligência ou por fraquezahumana, pelos escândalos, pelapreguiça, pouca oração, desleixono cumprimento do dever, o pou-co caso das ordens dos superio-res, da minha soberba disfarçadae de todos os males que causei oufiz, ciente ou inconscientemente”.

Pede que todos tenham mai-or apreço à Palavra de Deus, à Bí-blia e sejam devotos de NossaSenhora, São José e Almas.

O explosivo e generoso sacer-dote era agora o humilde cristãose preparando para o encontrocom o Senhor ao qual consagraraa vida. Faleceu em Arroio Trintaem 8 de janeiro de 1978, aos 61anos de vida e 36 de sacerdócio.O povo quis que fosse sepultadona igreja matriz em construção eagora foi trasladado para o novotemplo.

Pe. José Artulino Besen

(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Agostinho Roque Rombaldi:um gaucho que adotou Santa Catarina

no exercício do seu ministério

Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese12 Artigos

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

tudo certo com eles e tudo erradocom os outros. Então, porque dia-logar, se o outro não em nada debom a oferecer?

Ecumenismo rima comfraternidade, afeto mútuo e tole-rância em nome do Criador. As di-ferenças são resolvidas com res-peito e sem mentiras ou falsasacomodações. Os anti-ecumênicos, infelizmente, nãochegaram a esse estágio e sãopessoas que ainda acreditam queo Sol brilha apenas no telhadodeles, ou, se brilha no do outro,brilha muito pouco. Eles é que têma verdadeira Luz e só eles podemfalar, porque só eles conhecem averdade. Não falta quem afirmeque Deus os ama mais do que aos

outros, ou que eles amam a Deusmais do que os outros.

Sem caridade e humildade éimpossível ser ecumênico. Ospais que tentam aproximar e le-var ao diálogo dois irmãos teimo-sos e turrões que, por achar quetêm razão ou que sabem mais,atiram coisas um no outro e gri-tam cada vez mais alto pela casa,sabem o quanto o diálogo é im-portante. Leva anos a tarefa defazer esse tipo de irmãos para-rem de se ofender. Mas acabadando certo, mas só depois queos dois crescem e amadurecem!Infelizmente há os que morremagredindo. Brigam até o fim davida para provar que o outro estáerrado em tudo! Mas aí, já é des-vio de conduta!

Pe. Zezinho, scj

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Infância Missionária, uma sementinha para o futuroSabemos o que é infância. É

a primeira etapa da vida de todasas pessoas. A criança é o grandetesouro que Deus confiou à huma-nidade, porque é uma vida a serdesenvolvida. É sempre o símbo-lo vivo de uma nova criação. É nainfância que se firmam as basespara uma juventude e vida adultasaudáveis. Para essa etapa davida, surgiu na França em 1843 aInfancia Missionária.

A Pontifícia Obra da Infân-cia Missionária foi fundada porDom Carlos Forbin Janson, Bispode Nancy, França, no ano de 1843.Essa atividade missionária com ascrianças foi motivada pelas car-tas que missionários, principal-mente da China, escreviam, con-tando a realidade triste e dura dascrianças naquelas regiões: doen-ças, mortalidade, analfabetismo,abandono...

A finalidade da Obra é sus-citar o espírito missionário univer-sal das crianças e adolescentes,desenvolvendo seu protagonismona solidariedade e na evangeliza-ção e, por meio delas, em todo opovo de Deus: “Ajudar as criançaspor meio das crianças”, ou “crian-ça evangeliza e ajuda criança”, foio grande lema do Bispo fundador.

Esta obra é, pois, um serviçoem favor da animação, formaçãoe comunhão missionárias das cri-anças e de seus animadores, paraque cooperem na evangelizaçãouniversal, especialmente das cri-anças de todo o mundo, e na soli-dariedade, partilhando os bensmateriais.

A “IAM” como é chamada pe-las crianças e seus assessores (“In-fância e Adolescência Missio-nária”), visa despertar e fortaleceras vocações missionárias. Como?Pelo conhecimento da vida e dasnecessidades das outras crianças,que suscita, necessariamente, oanseio de conhecer e amar a to-dos como irmãos e irmãs e deanunciar Jesus, para os que aindanão o conhecem.

Por ocasião dos 160 anos dafundação da Obra, Papa JoãoPaulo II, na Mensagem de 06 dejaneiro de 2003, fornece oscritérios à luz dos quais a InfânciaMissionária deve orientar-se eavaliar sua caminhada...

Finalidade do trabalho é despertar o espírito missionário nas crianças: criança evangelizando criança

“A Infância e Adolescência

Missionária, propõe às crianças

de todas as dioceses do mundo

um programa baseado na oração,

no sacrifício e em gestos de soli-

dariedade concreta; assim elas

podem tornar-se evangelizadoras

de outras crianças.

Queridas crianças missio-

nárias, sei com que dedicação e

generosidade vocês procuram le-

var adiante esta Obra apostólica.

Vocês se esforçam de muitas for-

mas para partilhar o destino das

crianças obrigadas a trabalhar an-

tes do tempo e socorrer as mais

pobres, em suas necessidades.

Sejam solidárias com osanseios e as dramáticas situa-ções das crianças envolvidas nas

guerras dos adultos, elas que

freqüentemente são vítimas da vi-

olência bélica.

“Rezem todos os dias para

que o dom da Fé que vocês rece-

beram seja transmitido a milhões

de crianças que ainda não conhe-

cem Jesus.”

Crescimento do trabalho

Nestes últimos anos, aObra tem-se desenvolvido comgrande vigor e intensidade:

Vão surgindo grupos, cada vezmais numerosos, nas comunida-des, paróquias, colégios e escolas;

A atualização da identidadee do carisma vem sendo aprofun-dada em encontros, congressos,trocas de experiência, escritos edebates;

A organização vem melho-

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011

13Missão

rando, graças ao constante esfor-ço de colaboração com as pasto-rais da Igreja, com a vivência deoutros países, animada pela prio-ridade reconhecida às crianças eadolescentes na sociedade civil etambém na Igreja.

A “IAM” na Arquidiocese ini-ciou-se em 1995. Nestes anos decaminhada, muitas liderançassurgiram e vêm surgindo, nas pa-róquias onde há abertura.

Nestes 16 anos de existênciana Arquidiocese,temos em tornode 40 grupos de “IAM”. Ainda éuma obra “nova”, e que muitasvezes é vista como “algo a mais”.Mas já são quase 170 anos depresença mundial, e não quer ser“algo a mais” e, sim, um auxílio atantas pastorais.

Em 1870 já dizia Mons.

Hermosilla (México), hoje san-to: “A Infância Missionária é umaObra que provém, sem dúvida, deDeus. Obra que não será nuncasuficientemente enaltecida e lou-vada, digna de florescer sempree de permanecer até o fim dostempos na Igreja Católica, comosua glória. Obra que é, ao mes-mo tempo, honra para as crian-ças e ajuda para as suas debili-dades. Obra que merece a bên-ção do céu e da terra.”

Querendo conhecer a Obra

da Infância Missionária, en-

tre em contato conosco pelo

e-mail: leka@missaojovem.

com.br, ou pelo fone 3222-

9572.

Arq

uiv

o/JA

De 04 a 12 de outubro, a PróParóquia de Muquém do São Fran-cisco, na Diocese de Barra (BA) reali-zou a novena em honra ao seu Pa-droeiro, São Francisco de Assis. Coma graça de Deus, pela primeira vezna história, aconteceu a celebraçãoda Santa Missa em todas as noitesda Novena. A Pró Paróquia é admi-nistrada pelos missionários da Co-

munidade Católica Divino Olei-

ro, de Florianópolis. Em uma das noi-tes da Novena, o Padre convidado

Missionários da Arquidiocese seencontram em “Terra de Missão”

para presidir a Santa Missa foi Pe

Iseldo Scherer, que também é daArquidiocese e está trabalhando naParóquia de Oliveira dos Brejinhos,da Diocese de Barra. Foi uma noitede encontro dos missionários daArquidiocese de Florianópolis emterra de missão, e não poderia tersido em época melhor: afinal, outu-bro é o mês das Missões. Após acelebração, todos os missionários seencontraram na barraca de docesda Novena.

A Comunidade Católica Divi-no Oleiro terá a partir do próximoano uma casa de missão perma-nente na Diocese de Bafatá, naGuiné-Bissau, África. O acordo foifirmado no dia 09 de outubro,quando Dom Pedro Zilli, bispodaquela Diocese, esteve em nos-sa Arquidiocese. Durante o dia,ele visitou a Casa Mãe da Comu-nidade Divino Oleiro, concedeuentrevista à Rádio Cultura e ao

Divino Oleiro terá missão na Guiné-Bissauprograma de TV “Mais Feliz comJesus”, e almoçou com os mem-bros da comunidade.

Já no ano passado, 2010, a Co-munidade realizou trabalho missi-onário na Guiné-Bissau, com trêsconsagrados. Essa foi a sua primei-ra missão estrangeira. Para darcontinuidade ao projeto, se deve-ria montar uma estrutura para osmissionários, o que está sendo feitoao longo deste ano.

Foto JA

Foto JA

Em sua visita àArquidiocese,

Dom Zilliconcedeu

entrevista àRádio Cultura

Missionários da Arquidiocese se encontraram em Muquém do SãoFrancisco. Todos eles realizam trabalho na Diocese de Barra, na Bahia

Crianças participam do Congresso Arquidiocesano da Infância Missionária.Realizado em setembro, evento reúne participantes de toda a Arquidiocese

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

A Pastoral Carcerária da Arqui-diocese comemorou na tarde do dia20 de outubro os 40 anos do traba-lho de assistência aos presos, co-meçado pela Ir. Maria Uliano daDivina Providência (in memoriam)com a criação da LAFAM, em 1971.Desde 2005, a entidade se chamaASBEDIM, “Associação Beneficen-te São Dimas”. O evento foi realiza-do no Presídio Masculino de Floria-nópolis. Constou da bênção e inau-guração do espaço que vai ampliaro projeto de serigrafia e confecçãode camisetas, desenvolvido pelospresos.

As oficinas de serigrafia e con-fecção existem há seis anos e hojedão trabalho para dez presidiários.Com o novo espaço, de 75 metrosquadrados, mais cinco presos po-derão trabalhar. Os equipamentosforam doados por uma voluntária.Além do espaço para o trabalho, olocal também conta com alojamen-to para alguns detentos.

A obra foi realizada ao longodeste ano e teve um investimentoestimado em R$ 60 mil. “O dinhei-ro veio de promoções realizadaspela Pastoral e do bazar permanen-te realizado através de doações daFundação Nova Vida”, disse LeilaPivatto, presidente da ASBEDIM,braço social da Pastoral Carcerária.

A solenidade contou com a pre-sença da Secretária de Estado deJustiça e Cidadania, Ada de Luca,e de várias autoridades do Comple-xo Penitenciário de Florianópolis, derepresentantes da OAB e do Conse-lho da Comunidade, além dos vo-

Pastoral Carcerária comemora aniversário

luntários da Pastoral Carcerária como seu coordenador arquidiocesano,Pe. Ney Brasil. Um bolo comemo-rativo dos 40 anos marcou a data.No seu pronunciamento, a Secretá-ria de justiça e Cidadania falou daimportância das instituições que re-alizam esse trabalho para os encar-cerados. “A sociedade deve partici-par e colaborar com a reabilitaçãodo preso. Apenas o Estado não temcondições de dar o atendimento ne-cessário”, disse Ada de Luca.

Mais uma obra da PastoralEsta foi a quarta obra realizada

pela Pastoral Carcerária no presí-dio de Florianópolis. A primeira foi aconstrução de um pátio benefician-do 60 presos da Galeria “C”, inau-gurado em 14 de dezembro de2009. A segunda, foi a construçãode duas salas para uso laboral e

educacional, no “térreo” do pátio. Aobra, inaugurada em 24 de junhode 2010, beneficiou 35 presos daGaleria “B” do presídio. No dia 15de junho, foi inaugurado o Consul-tório Odontológico, que está aten-dendo diariamente, de terça a sex-ta à tarde. E agora, a ampliação doprojeto de serigrafia. Essas obras ti-veram um custo total aproximadode R$ 175 mil, inteiramente pagos.Enquanto isso, continuam as visi-tas semanais dos voluntários aosvários setores do Conjunto: Peniten-ciária, com vários anexos, PresídioMasculino, Presídio Feminino, Hos-pital de Custódia, Centro de Tria-gem. Essas visitas, que são a ativi-dade mais importante da Pastoral,evidentemente não se contabilizamem números.

Mais fotos no site da Arqui-diocese (www.arquifln.org.br).

Div

ulg

açã

o/JA

Dom Wilson énosso novo Arcebis-po! O Senhor estádando a nós, daArquidiocese de Flo-rianópolis, um pas-

tor segundo o seu

coração (cf. Jr 3,15),um pastor que vemconhecer as ove-lhas para amá-las eserv i - las, comoconsta em seulema episcopal.

Sucedendo umgrande arcebispo desua Congregação,vem, com a humilda-de e a bondade, se-mear as sementesdo Reino em nossomeio. Nós nos sentimos mui-to bem com o presente que oSenhor nos dá; sinta-se bem

PoupançaQuem conhece a miséria em

si mesmo aprende a poupar oque é miserável; quem conheceo orgulho em sua vida e procuravencê-lo, sabe poupar o orgulho-so; quem se envergonha da im-pureza de seus pensamentos,não olha de cima os que percebeimpuros. Ajudado pela graça efortalecido pela própria fraqueza,também do mal o homem podetirar o bem.

DoaçãoQue bom estar acostumado a

doar: roupas, alimentos, remédi-os... Que bom acostumar-se a fa-zer doação do tempo, do perdão,da compreensão, do sorriso...

AntecipaçãoQuando se ama, antecipa-se

o céu; quando se odeia, antecipa-se o inferno!

Bem-vindo!

14 Geral Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

BatalhaQuantas batalhas na vida: ba-

talhas contra tantas coisas exter-nas que nos querem prender aomundo, batalhas imensas contratantas coisas que fazem guerraem nosso interior. De todas sepode sair vitorioso, se contarmoscom o socorro do Senhor dosexércitos.

PoderMuitos lutam tanto, que che-

gam a morrer pelo poder. Tam-bém nós devemos nos empe-nhar, dando a própria vida, paraque o poder seja nosso fiel com-panheiro: o poder da bondade,o poder do amor, do serviço, dahumildade. É tesouro que valeuma vida!

em nosso meio o senhor tam-bém, Dom Wilson! Seja bem-vindo!

LuzUm dia partiremos daqui

para ir ao encontro de quem es-pera desde toda a eternidadepara nos dar o abraço terno eeterno, Aquele que, sendo a luzdo mundo, deu-nos da Sua luzpara podermos ser reflexo doSeu brilho!

ArteHá muitos corações que pro-

curam alguém que os ouça e nãoencontram. Que apostolado boni-to o do ouvir. Ouvir com amor, comatenção, como se não houvessenada mais para fazer. A arte da

escutatória pode fazer um bemimenso!

InquietudeQue bênção, a inquietude! Quando ela é inquietude de ir ao encon-

tro de quem sofre, de quem passa frio, de quem não tem o que comer,de quem está à procura de Deus!

Durante comemoração, foi inaugurado mais um espaço de trabalho para os presos

Uma Celebração Eucarística re-alizada no dia 24 de outubro, mar-cou o lançamento do ano doCinquentenário do Movimento

de Cursilhos de Cristandade

no Brasil (MCC). O lançamento doano jubilar foi realizado na igrejamatriz da Paróquia de Itapema, econtou com a presença de 350cursilhistas de toda a Arquidiocese,representando os Setores Brus-que, Florianópolis e Itajaí.

A celebração foi presidida peloPe. Alvino Milani. A sua homiliateve como base o chamamentocontido no Documento de Apareci-da (DAp) a todo batizado, a atuarcomo Discípulo Missionário nassuas realidades, principalmentecom a sua vivência e testemunho.

Para comemorar o Jubileu deOuro em 2012, o MCC reviu suacaminhada durante os três últi-mos anos. Motivados pelo DAp,enfatizou-se o seu carisma, o deevangelizar os seus ambientes,implantando neles Pequenas Co-munidades de Fé.

A Coordenadora do Grupo Exe-cutivo Diocesano do MCC, Dulce

Maria Fontelles Ternes, na suamensagem de lançamento do Ano

MCC inicia celebraçãodo ano do centenário

No Estado, mais de 52 mil pessoas já realizaram oscursos do Movimento de Cursilhos de Cristandade

Jubilar, lembrou o nascimento doCursilho no Brasil, na Semana San-ta de 1962, em Valinhos/SP, quan-do aconteceu o primeiro cursilho,com a participação de padre e lei-gos espanhóis. Hoje o MCC estápresente em todo o país.

Em Santa Catarina, o Grupo Exe-cutivo Regional Sul IV, já realizoumais de 1.300 Cursilhos. Mais de52 mil leigos e leigas realizaramessa experiência de encontro pes-soal com Cristo. Na Arquidiocese deFlorianópolis foram realizados 429Cursilhos. Atualmente, são progra-mados 12 encontros anuais. Neles,em torno de 500 participantes, en-tre jovens e adultos, se motivampara viver o evangelho e evangelizar.

O MCC realiza encontros se-manais de formação integral, de-nominados de Escolas Vivenciais,mola mestra do MCC, abordandotemas que envolvem a formaçãocatequético-doutrinal, formaçãosócio-ambiental, conhecimentosda metodologia de trabalho doMCC, treinamento de liderança eformação de formadores. NaArquidiocese, aproximadamente,300 cursilhistas participam des-sas Escolas Vivenciais.

Projetos de serigrafia e confecção dão serviço para dez presos. Com aconstrução, haverá espaço para mais 15 presos trabalharem

Fo

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Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

Jornal da Arquidiocese Novembro 2011

15Geral

100 anos da Sociedade Divina ProvidênciaInstituição centenária foi criada para ser entidade jurídica das obras da Congregação

Celebrar o centenário da Soci-edade Divina Providência (SDP) éo desafio de, simbolicamente, co-memorar o aniversário da “mãe”que surge depois dos filhos. Issoporque a SDP, obra que mantémhospitais, colégios e atividadessociais, foi fundada em 10 de no-vembro de 1911, à medida que asIrmãs sentiram a necessidade deexistir uma Matriz, uma “Casa-Mãe” que reunisse todos os filhosjá “nascidos” e desse a eles as di-retrizes de como atuarem e enfren-tarem os desafios da vida.

Em Florianópolis situa-se essaCasa Matriz, mantenedora da

SDP, onde estão alocados os se-tores de TI, marketing, secretaria,financeiro, contábil, administrati-vo, jurídico e social, que dão su-porte às Filiais. Junto àMantenedora funciona toda a es-trutura de hotelaria e eventos, pre-parada para sediar encontros degrande e pequeno porte. O localtem salas de palestras; auditório;serviços de hospedagem e alimen-tação; recepção; área paracafezinho; capela; além de espa-ços que permitem o contato coma natureza. O ambiente acolhedorgarante discrição aos hóspedes,está adaptado a atender idosos epessoas com necessidades espe-

ciais e é propício para a realiza-ção de retiros e encontros.

Atualmente a SDP possui3.230 colaboradores e mantémquatro hospitais - Nossa Senhorada Conceição, Santa Isabel, SãoJosé e Maternidade ChiquinhaGallotti e Hospital e MaternidadeSão José; quatro colégios - Sagra-da Família, Stella Maris, São Josée Colégio dos Santos Anjos; umacasa de atendimento a idosas –Casa Divina Providência e o Cen-tro Educativo Mont Serrat.

EducaçãoEnsino de qualidade com ser-

viços diferenciados sempre foi ameta dos Colégios da Rede Divi-na Providência, atualmente loca-lizados em Tubarão, Laguna,Blumenau e Joinville. São mais de4.000 alunos matriculados nasquatro unidades de ensino, daEducação Infantil ao Terceirão. Oscolégios contam com laboratóri-os de informática, bibliotecas,brinquedotecas, parques, ginási-os, quadras de esportes etc. Oensino religioso, as aulas de ori-entação profissional e as bolsasde estudo concedidas a alunos debaixa renda também fazem parteda filosofia das escolas e revelama sua responsabilidade social.

Divulgação/JA

No Centro Educativo, localizadono Mont Serrat, bairro da periferiade Florianópolis, são atendidas 120crianças de famílias de baixa-renda,

com idades entre 03 meses e 06anos. Os atendimentos são em doisturnos ou em turno integral, no Ber-çário, Maternal, I, II e III Períodos.

A história centenária na saú-de iniciou com o trabalho de Irmãsenfermeiras que atendiam pesso-as doentes e empobre-cidas emdiferentes regiões de Santa Cata-rina. Hoje são quatro hospitais, lo-calizados em Tijucas, Jaraguá doSul, Blume-nau e Tubarão, que ofe-recem serviços de pronto-atendi-mento, média e alta complexida-de. Tratamentos oncológicos;

Saúdeagências transfusionais; centrosde diagnóstico; ambulatórios dealta complexidade; UTI’s, são al-guns dos serviços oferecidos poresses hospitais, que também ser-vem de campo de estágio paracursos universitários na área dasaúde. São mais de 800 leitos eaproximadamente 1.740 médi-cos, para atenderem à populaçãodas regiões norte e sul do Estado.

seõçanretnI aiD-etneicaP lairotalubmA

SUS 508.03 %56 829.361 %17 461.703 %47

SUS-oãN 255.61 %53 181.86 %92 015.901 %62

latoT 753.74 %001 901.232 %001 476.614 %001

SUSotnemidnetAed% %07edaidéM

SUS-oãNotnemidnetAed% %03edaidéM

sodalucirtaM %001-sasloB %05-sasloB

litnafnIoãçacudE 995 32 69

IlatnemadnuFonisnE 7241 131 593

IIlatnemadnuFonisnE 6241 771 753

oidéMonisnE 467 591 902

latoT 6124 625 7501

adidecnocaiportnalifed% %93

Na Casa de Atendimento a Ido-sas, sediada no bairro da Trinda-de, em Florianópolis, cerca de 40Irmãs são atendidas, recebendo

cuidados médicos e odonto-lógi-cos e realizando atividadeslaborativas, recreativas e de culti-vo religioso.

SocialDesde 1911, a SDP preocupa-

va-se com o atendimento social emlares de crianças, abrigo de idosos,orfanatos e em todos os lugaresonde a desigualdade fosse gritantee necessitasse de atendimento àspessoas “menos favorecidas”. Hojeas atividades sociais são desenvol-vidas por meio de projetos própriosou projetos realizados em parceriacom Instituições de Terceiros.

Há Irmãs e colaboradores quecontribuem com a realização de tra-balhos sociais e religiosos nas Pas-torais Sociais, em Entidades Assis-tenciais e nas Paróquias, contandotambém com o apoio e a colabora-ção de 500 voluntários. A atividadesocial expande-se para as açõesmissionárias e de saúde alternativa.Gratifica-nos dizer que são mais de10 mil pessoas, entre idosos, adul-tos, crianças e adolescentes, bene-ficiados nos projetos sociais que de-senvolve ou mantém parceria.

Na foto maior, o Centro Educativo Monte Serrat, mantido pelaentidade em Florianópolis. Na foto ao lado, a Casa Matriz da SDP

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Novembro/2011

A Pastoral da Comunicação daCNBB-Regional Sul IV, realizou nosdias 28, 29 e 30 de outubro, nadiocese de Criciúma, o seu II Se-minário Regional. Na ParóquiaNossa Senhora da Natividade, emCocal do Sul, diocese de Criciúma,o evento reuniu cerca de 100comunicadores de sete diocesesdo Regional, sendo nove da Arqui-diocese. O tema mais uma vez foi“Investir na Comunicação para ga-nhar na Evangelização”.

O Seminário contou com a pre-sença de Dom Jacinto InacioFlach, bispo anfitrião. Durante oevento, ele falou da importância dosmeios de comunicação na evange-lização. “Mesmo que não saibamosdominar toda esta tecnologia, te-mos que participar e viver este es-pírito, pois a Boa Nova está no co-ração daqueles que acreditam ecorrespondem”, disse.

Vários assessores ministrarampalestra durante o evento. Entreeles, Pe. Márcio Vignolli, da Ar-quidiocese de Florianópolis. Ele foiconvidado por ser o fundador daComunidade Divino Oleiro e cria-dor do projeto multimídia “Mais Fe-liz com Jesus”, com a Rádio Cultu-ra, revista, sites e programa em TV.

Durante sua explanação, eleabordou o tema “A importância daespiritualidade no uso das Novas

Seminário discute as novas mídias na evangelizaçãoEvento reuniu mais de 100 comunicadores representando sete dioceses do nosso Regional

16 Geral Novembro 2011 Jornal da Arquidiocese

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Vários palestrantes falaram sobre o tema central em debate

Mídias e Novas Tecnologias”. Se-gundo Pe. Márcio, as novas mídiaspodem tornar-se novos centros deespiritualidade, novos aerópagosde evangelização. “Mas deve-se tercuidado para não banalizar e tra-tar o Evangelho como objeto demarketing”, alertou.

O evento também contou coma presença de Gustavo HenriqueBorges, missionário e especialistaem estatística, estratégia e monito-ramento do Sistema Canção Novade Comunicação. Sua palestra tevecomo tema “Aprofundando as No-vas Mídias e novas Tecnologias”.

Ele falou que as mídias sociaistêm como característica a comuni-

cação de ‘muitos para muitos’, ouseja, as interações teoricamente in-finitas. No entanto, ela não substituia comunicação direta. “Por mais queeu tenha dois mil seguidores, tenhoque falar para um em especial. Quan-do você fala diretamente com a pes-soa ela se sente importante”, disse.

Para Terezinha Campos, co-ordenadora Regional da Pascom,o seminário foi muito positivo, tan-to pelo número de participantes,representatividade das diocesese pelos assessores. “Encerramoso encontro com a certeza de quecolaboramos com a reflexão dotema e de que comunicar é cons-truir comunhão”, disse.

A Escola Diaconal São Francisco de Assis realizou,nos dias 21 a 29 de outubro, mais uma etapa deformação dos candidatos a diácono. O evento, na Casade Encontros do Provincialado das Irmãs da DivinaProvidência, contou com a participação de 34 candi-datos a diáconos da 14º Turma e 33 da 15º Turma.

As turmas realizam a formação separadamente.No último dia, as duas turmas se reuniram junto comas esposas e filhos, e participaram de uma palestracom o casal Nancy e Aécio Cunha, que falaram daespiritualidade das Equipes de Nossa Senhora.

Esta foi a penúltima etapa de formação da 14ªTurma e a segunda da 15º Turma. A última etapada 14ª Turma será nos dias 20 a 28 de janeiro.

Candidatos a diácono completam mais uma etapa de formação

Último dia reuniu os candidatos, esposas e parentes

O Coral Santa Cecília da Cate-dral foi homenageado na noite dodia 31 de outubro pela AssembleiaLegislativa de Santa Catarina, emFlorianópolis. O evento, propostopelo deputado Padre Pedro

Baldissera, marcou o encerramen-to das comemorações dos 60 anosdo Coral. Durante a solenidade, só-cios fundadores e membros do Co-ral receberam placa comemorativa.

Realizado no auditório Anto-nieta de Barros, o evento reuniuautoridades e pessoas convida-das, entre elas Pe. Siro Manoel

de Oliveira, pároco da Catedral,e Mons. Agostinho Stahelin,fundador do Coral. No evento, oCoral apresentou músicas do seurepertório acompanhado peloquarteto de metais da banda daPolícia Militar.

Algumas pessoas tomaram apalavra, entre eles, Dauth

Emmendörfer, presidente do Co-ral pela sexta vez. Ele falou da his-tória do Coral. Lembrou que foi cri-ado oficialmente em 1950, embo-

Coral Santa Cecília recebehomenagem na Alesc

Evento encerrou as comemorações dos seus 60 anos

ra a Catedral já tivesse corais an-tes. “A trajetória do grupo já contacom 12 CDs gravados, com inter-pretações que vão de cânticos sa-cros e natalícios a músicas popu-lares e folclóricas”, disse.

O deputado Padre Pedro, pro-positor da homenagem, ressaltouque o Coral mantém uma ligaçãointensa com a cultura da comuni-dade florianopolitana e catarinen-se. “É essa característica, de con-jugar a qualidade artística com oobjetivo de celebrar a fé, que jul-go mais significativa. Por isso pres-tamos esta justa homenagem”,disse. Ele também foi homenage-ado como sócio benemérito pelosseus feitos como parlamentar epelo apoio que presta ao Coral.

Após a solenidade, o Coral re-cebeu outra homenagem, destavez do Coral da ALESC. Eles, que jáparticiparam de eventos promovi-dos pelo Coral Santa Cecília, can-taram canções do seu repertório.Em seguida, todos saborearam umbolo comemorativo dos 60 anos.

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Pe. Ney e Dauth receberam placa da Alesc, das mãos do Padre Pedro

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