jornal da arquidiocese de florianópolis julho/2010

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Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Julho de 2010 Nº 158 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Pe. Sérgio: vocação despertada na infância e que foi crescendo PÁGINA 14 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Azambuja: Convívio reúne jovens para conhecer a vida no Seminário PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 Presidida pelo nosso arce- bispo Dom Murilo Krieger, cele- bração que criou a paróquia contou com a presença de mais de 800 fiéis. Durante a soleni- dade, foram abençoadas a se- cretaria e a casa paroquial. Durante a solenidade, Pe. José Jacob Archer foi empos- sado como o primeiro pároco. Em entrevista, ele fala como enfrentará esse novo desafio em seus 31 anos de padre. PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15 Bombinhas é elevada a Paróquia Três virtudes anticonsumistas As religiões e filosofias sempre propuseram a sobriedade, a soli- dariedade e a subsidiariedade como virtudes e caminhos práticos para a organização da vida pesso- al e coletiva. Essas três virtudes são especialmente consideradas pela fé cristã, na prática dos santos e das pequenas comunidades e no ensinamento da Doutrina Social da Igreja. Essas três virtudes se relaci- onam com os três conselhos evan- gélicos que a tradição da Igreja pede que sejam vividos pelas pes- soas consagradas nas ordens, con- gregações e institutos religiosos: a pobreza, a castidade e a obediên- cia. Claro está, porém, que todos os batizados são chamados a vivê- los, na medida em que são do Evan- gelho, nos põem nos seguimento de Jesus e nos ensinam a ser ver- dadeiramente felizes e livres. PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 10 Dom Murilo presidiu a celebração na qual ordenou os padres Leandro (esq.) e Silvio na paróquia de Biguaçu Presos ganham mais duas salas para cursos de formação PÁGINA 05 Kairós da Juven- tude pretende reuniur mais de mil participantes PÁGINA 07 Eventos celebram os 40 anos de criação do Movi- mento de Irmãos PÁGINA 08 GBFs preparam a II Concentração Arquidiocesana PÁGINA 11 Seminário discute uso das novas mídias na Evangelização PÁGINA 16 Ordenações encerram o Ano Sacerdotal Ordenação presbiteral de Silvio José Kremer e Leandro José de Souza, marcou o encerramento das celebrações do Ano Sacerdotal na Arquidiocese A Igreja Matriz da Paróquia São João Evangelista, em Biguaçu, foi pequena para acolher as cente- nas de fiéis que lá estiveram para participar da celebração de orde- nação presbiteral de Silvio e Le- andro. Tanto que foi montada uma lona para mais de 400 pessoas que acompanharam a solenidade por um telão. Celebração marcou o encerra- mento oficial do Ano Sacerdotal na Arquidiocese. Em entrevista, Pe. Vânio da Silva, coordenador da Pastoral Vocacional e do Ano Sa- cerdotal, faz um balanço do Ano e dos seus reflexos para a Igreja. PÁGINA 03 Celebração realizada no dia 13 de junho marcou a criação da Paróquia NSra. da Imaculada Conceição, no município de Bombinhas Centro de Evangelização Angelino Rosa - CEAR, será inaugurado em 18 de julho PÁGINA 03

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 158, ano XIV, Julho de 2010

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

ArquidioceseJornal da

Florianópolis,,,,, Julho de 2010 Nº 158 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Pe. Sérgio: vocação despertada na infância e que foi crescendo PÁGINA 14

Participe doJornal daArquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Azambuja:Convívio reúnejovens paraconhecer a vidano Seminário

PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03

Presidida pelo nosso arce-bispo Dom Murilo Krieger, cele-bração que criou a paróquiacontou com a presença de maisde 800 fiéis. Durante a soleni-dade, foram abençoadas a se-cretaria e a casa paroquial.

Durante a solenidade, Pe.José Jacob Archer foi empos-sado como o primeiro pároco.Em entrevista, ele fala comoenfrentará esse novo desafioem seus 31 anos de padre.

PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15 PÁGINA 15

Bombinhas é elevada a Paróquia

Três virtudesanticonsumistas

As religiões e filosofias semprepropuseram a sobriedade, a soli-dariedade e a subsidiariedadecomo virtudes e caminhos práticospara a organização da vida pesso-al e coletiva. Essas três virtudes sãoespecialmente consideradas pelafé cristã, na prática dos santos edas pequenas comunidades e noensinamento da Doutrina Social daIgreja. Essas três virtudes se relaci-onam com os três conselhos evan-gélicos que a tradição da Igrejapede que sejam vividos pelas pes-soas consagradas nas ordens, con-gregações e institutos religiosos: apobreza, a castidade e a obediên-cia. Claro está, porém, que todosos batizados são chamados a vivê-los, na medida em que são do Evan-gelho, nos põem nos seguimentode Jesus e nos ensinam a ser ver-dadeiramente felizes e livres.

PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 1 PÁGINA 100000

Dom Murilo presidiu a celebração na qual ordenou os padres Leandro (esq.) e Silvio na paróquia de Biguaçu

Presos ganhammais duas salaspara cursos deformação

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Kairós da Juven-tude pretendereuniur mais demil participantes

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Eventos celebramos 40 anos decriação do Movi-mento de Irmãos

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GBFs preparam aII ConcentraçãoArquidiocesana

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Seminário discuteuso das novasmídias naEvangelização

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Ordenações encerramo Ano Sacerdotal

Ordenação presbiteral de Silvio José Kremer e Leandro José de Souza, marcouo encerramento das celebrações do Ano Sacerdotal na Arquidiocese

A Igreja Matriz da Paróquia SãoJoão Evangelista, em Biguaçu, foipequena para acolher as cente-nas de fiéis que lá estiveram paraparticipar da celebração de orde-nação presbiteral de Silvio e Le-

andro. Tanto que foi montada umalona para mais de 400 pessoasque acompanharam a solenidadepor um telão.

Celebração marcou o encerra-mento oficial do Ano Sacerdotal na

Arquidiocese. Em entrevista, Pe.Vânio da Silva, coordenador daPastoral Vocacional e do Ano Sa-cerdotal, faz um balanço do Ano edos seus reflexos para a Igreja.

PÁGINA 03

Celebração realizada no dia 13 de junho marcoua criação da Paróquia NSra. da Imaculada

Conceição, no município de Bombinhas

Centro deEvangelização

Angelino Rosa -CEAR, será

inaugurado em18 de julho

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Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

“ Deixamo-nosguiar pelo Curad’Ars, para vol-tarmos a com-

preender a gran-deza e a beleza

do ministériosacerdotal”.

Porque eleé a manifestação

visível do Deusinvisível. Só eleé capaz de nos

revelar Deuse nos fazer

conhecer quemé Deus.”

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger,,,,, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Por que escolher Jesus Cristo?Não é exagero afirmar que o

mundo se transformou num imen-so mercado religioso. Encontramosreligiões para todos os gostos - al-gumas delas com deuses à ima-gem e semelhança do homem. Hápontos que são comuns nessas re-ligiões: todas prometem a salva-ção e têm como fundamento bási-co a oração, a esmola, o jejum, oapelo ao amor e o incentivo à cons-trução da paz no mundo.

Diante disso, nascem algumasperguntas: por que escolher JesusCristo? Não seria mais fácil escolheroutro Senhor, menos exigente? O queJesus Cristo traz de novo? Poderiaabrir um novo parágrafo para respon-der a outra questão, não menos in-teressante: a que Jesus Cristoestamos nos referindo? Não se tra-ta de uma pergunta retórica: se ob-

servarmos os que falam dele, per-ceberemos que há o Jesus Cris-to profeta, mas não Filho de Deus;há o Jesus que resolve problemaseconômicos e de saúde; há o queestá continuamente à nossa dispo-sição, para resolver nossos proble-mas e acalmar nossas consciênci-as etc. Fico, aqui, com o Jesus Cristoque se revela no Evangelho, o Filhode Deus, o Salvador, verdadeiro Deuse verdadeiro homem; que foi mortoe ao terceiro dia ressuscitou.

Por que escolher Jesus Cristo?Porque ele é a manifestação visí-vel do Deus invisível. Só ele, “que éDeus e está na intimidade do Pai”(Jo 1,18), é capaz de nos revelarDeus e nos fazer conhecer quem éDeus. Ele manifesta Deus que nin-guém viu. Como critério decredibilidade, nos dá suas obras:

“Crede-me: eu estou no Pai e o Paiestá em mim. Crede, ao menos, porcausa destas obras” (Jo 14,11).Suas obras têm como meta nos darvida, e vida em abundância. Quan-do colocou água numa bacia e pôs-se a lavar os pés dos discípulos, deuuma lição essencial a seus segui-dores: em seu Reino, grande e im-portante não é quem domina, masquem serve.

O cristianismo não parte deuma idéia de Deus para concluirque Jesus Cristo é igual a ele; par-te de Jesus Cristo, que é quem nosrevela o rosto do Pai. “Quem mevê, vê o Pai” (Jo 14,9). Jesus nosensina que foi Deus quem tomoua iniciativa em relação a nós; foiEle que nos amou primeiro. O Deusde Jesus Cristo é rico em miseri-córdia - por isso, ninguém pode

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bent Bent Bent Bent Bento XVIo XVIo XVIo XVIo XVI

A audácia de Deusquezas, considera os homens ca-pazes de agir e estar presentes emseu nome - essa audácia de Deus éo que de verdadeiramente grandese esconde na palavra “sacerdócio”.Que Deus nos considere capazesdisto; que desse modo Ele chamehomens para o seu serviço e se pren-da assim, a partir de dentro, a eles:isto é o que, neste ano, queríamosvoltar a considerar e compreender.Queríamos despertar a alegria portermos Deus assim tão perto, e agratidão pelo fato de Ele se confiarà nossa fraqueza, de Ele nos con-duzir e sustentar dia após dia. E que-ríamos assim voltar a mostrar aosjovens que esta vocação, esta co-munhão de serviço a Deus e comDeus, existe; antes, Deus está àespera de nosso “sim”. Juntos coma Igreja, queríamos novamente as-sinalar que devemos pedir esta vo-cação a Deus.

Creio, mas ajuda-me na minha incredulidade

O Ano Sacerdotal, que celebra-mos 150 anos depois da morte doSanto Cura d'Ars, modelo do minis-tério sacerdotal em nosso mundo,está para terminar. Deixamo-nosguiar pelo Cura d'Ars, para voltar-mos a compreender a grandeza ea beleza do ministério sacerdotal.O sacerdote não é simplesmenteo detentor de um ofício, como aque-les de que toda a sociedade temnecessidade para nela se realiza-rem certas funções. É que o sacer-dote faz algo que nenhum ser hu-mano, por si mesmo, pode fazer:pronuncia em nome de Cristo apalavra da absolvição dos nossospecados e assim, a partir de Deus,muda a situação de nossa vida. Pro-nuncia sobre as ofertas do pão edo vinho as palavras de agradeci-mento de Cristo, que são palavrasde transubstanciação - palavrasque o tornam presente, Ele mes-mo, o Ressuscitado, o seu Corpo eo seu Sangue, e assim transfor-mam os elementos do mundo:palavras que abrem de par em paro mundo a Deus e o unem a Ele.Por conseguinte, o sacerdócio nãoé simplesmente “ofício”, mas sa-cramento: Deus se serve de um po-bre homem a fim de, através dele,estar presente para os homens eagir em seu favor.

Essa audácia de Deus - que a simesmo se confia a seres humanos;que, apesar de conhecer nossas fra-

Jesus declarou: “Tudo é possí-vel para quem crê!” O pai do meni-no epilético que a Jesus pedia acura do filho, imediatamente ex-clamou: “Eu creio, mas ajuda-mena minha incredulidade” (cf. Mc 9,14-28). Um popular refrão para ocanto do Creio diz: “Creio, Senhor,mas aumentai minha fé”. Supõegradações na fé, pois é oraçãopara que a fé aumente de grau.Mas, se atentarmos ao texto bíbli-co de onde vem a prece, percebe-mos que há uma simplificação,normal quando os textos são radi-cais. O pai do menino epilético nãodiz “aumentai” e sim, ajuda-me naminha “incredulidade”. Em outraspalavras, aquele homem que estádiante do Senhor proclama “eucreio, Senhor”, mas vem em meusocorro, pois “eu não creio”. Suaalma hospeda simultaneamente afé e a incredulidade. Jesus leva emconta a autenticidade da oraçãodesse pai e lhe cura o filho.

Dando um passo adiante, po-demos contemplar o centuriãoromano diante de Cristo crucifi-cado e morto, e que proclama “naverdade, este homem era o Filhode Deus” (Mc 15,39). Aqui a pro-clamação se inverte: “Eu nãocreio, mas eu creio”. O pai estavadiante do Senhor que curava etinha fé, mas queria ter fé; ocenturião pagão estava diante deum homem fracassado, morto enele não tinha fé, mas proclamouque tinha fé. Paulo, no caminho

de Damasco, ao ser tocado pelaLuz do Ressuscitado, fala comoincrédulo “Quem és tu?” e con-clui com fé ao proclamar “Senhor”- Quem és tu, Senhor? (At 9,5).

A Palavra nunca nos deixa comsoluções simplificadoras, mas nosdesafia a passos sempre maiores.A fé é uma realidade tãoconstitutiva do ser humano quenunca a dominamos, mesmo pro-fessando-a. Quando ela atinge onível do sentimento e torna-secompensador dizer “eu creio”, so-mos em seguida levados ao deser-to e gritamos “eu não creio”. Não éa incredulidade, mas o grito angus-tiado para continuar a ter fé na so-lidão que desertifica nossa existên-cia, e que nos leva à constataçãode que ainda não cremos.

Deus nos permite viver esseparadoxo, para que não o domi-nemos com receitas emocionais,não o compremos com “graçasrecebidas”, não o seduzamos paraobter prosperidade. O mistério daredenção seria mais palatávelcom o Filho chegando ao mundoresplandecente: por isso mesmoDeus escolheu o caminho daencarnação na Virgem de Nazarée o triunfo da derrota na Cruz emJerusalém. Quem crê no Homemderrotado por amor é capaz decrer verdadeiramente no Ressus-citado. Por isso mesmo, Paulo fazquestão de dizer “nós, porém, pro-clamamos Cristo crucificado”(1Cor 1,23), “pois, entre vós, não

Jornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da Arqqqqquidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - FlorianópolisCep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322(48) 322(48) 322(48) 322(48) 3224-44-44-44-44-4799799799799799E-mail: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Site: www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, GuilhermePontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling -Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul

sentir-se excluído de seu amor;não olha para os méritos das pes-soas, mas para suas necessida-des; e - inimaginável! - deseja fa-zer do coração do homem e damulher sua morada.

Jesus Cristo, o Emanuel, o Deus-conosco, nos ensina que não se bus-ca Deus: se acolhe um Deus que seoferece ao ser humano. Seconhecêsseis o dom de Deus!... (cfJo 4,10) Ensina-nos, também, que opecado nos empobrece e diminui.Seremos reconhecidos como seusdiscípulos na medida em que amar-mos o próximo como ele nos ama.

Por que escolher Jesus Cristo? Oapóstolo Pedro nos ajuda a respon-der: “A quem iremos, Senhor? Tu tenspalavras de vida eterna. Nós cremosfirmemente e reconhecemos que tués o Santo de Deus” (Jo 6,69).

julguei saber coisa alguma, a nãoser Jesus Cristo, e este, crucifica-do” (1Cor 2,2). Quem não crê naderrota divina, não está apto a crerna sua vitória sobre a morte.

Na superficialidade não hápossibilidade da fé, e na serieda-de do caminho não há ocasiãopara fé facilitada. A palavra fé estáinserida na palavra confiança, sig-nificando entrega total àquele emquem acreditamos. Algo tão vitale belo, que teremos que semprerepetir com o pai do meninoepilético: “Senhor, é evidente queeu creio em ti, mas, ao mesmotempo, és tão grande que eu seique não creio; somente tu podesme fazer crer em ti. Dá-me fé, Se-nhor”. Lembro aqui o lamento doatormentado convertido francêsLeon Bloy: “Ó Cristo, que oras pe-los que te crucificam e crucificasaqueles que te amam!”. Ter fé éaceitar o drama do amor divino.

Dá-se então a experiência reli-giosa fundante das pessoas deDeus: quanto mais o procuram,menos o encontram, quanto maiso encontram, mais precisamprocurá-lo. No caminho da fé, Deusvai se revelando na glória e, emseguida, vai se ocultando no pobreque encontramos pelo caminho enas cruzes plantadas ao longo dotrajeto. E então a fé continuará aser desafiada, agora pelo amor.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

Bento XVIBento XVIBento XVIBento XVIBento XVI, 11.06.10

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

Jornal da Arquidiocese Julho 20103Geral

Arquidiocese recebe Centro de EvangelizaçãoCEAR atenderá necessidade da Arquidiocese: um espaço para a realização de grandes eventos

No dia 18 de julho, a partirdas 8h30min, será inaugurado oCentro de EvangelizaçãoCentro de EvangelizaçãoCentro de EvangelizaçãoCentro de EvangelizaçãoCentro de EvangelizaçãoAnge-lino RosaAnge-lino RosaAnge-lino RosaAnge-lino RosaAnge-lino Rosa - CEAR.Construído em Governador Cel-so Ramos, na Vila do Divino Olei-ro, onde já funciona a“Fraternidade São José”, destina-da a formação dos membros dacomunidade, e onde está sendocons-truída a Casa de Retiros “Vir-gem da Anunciação”, o CEAR põeà disposição da Arquidiocese am-plo espaço para grandes eventos.

O Centro de Evangelizaçãocontará com 3.400 m2 de áreaconstruída e com capacidadepara cinco mil pessoas. Toda aconstrução e os equipamentosnecessários para o pleno funci-onamento foram doados pelocasal Wallecy e AngelinoWallecy e AngelinoWallecy e AngelinoWallecy e AngelinoWallecy e AngelinoRRRRRosaosaosaosaosa, benfeitor, que está sen-do homenageado dando seunome à obra.

O CEAR será administrado pelaComunidade Divino Oleiro. No lo-cal, serão promovidos eventos de

Divulgação/JA

evangelização, dias de louvor eAvivamento, encontros de forma-ção, congressos, festivais. Masestará aberto a outros eventos,desde que se identifiquem com afinalidade da obra.

Para chegar ao local, seguin-do pela BR-101, deve-se entrar

Centro de Evangelização terá capacidade para cinco mil pessoas sentadas

Reuniram-se na noite de 16 dejunho de 2010, na Casa de Forma-ção dos Seminaristas da Diocesede Lages, em Florianópolis, osmembros da Comissão Arquidio-cesana para o Ecumenismo e o Di-álogo Inter-Religioso - CADEIR. Du-rante o encontro, o grupo avaliou aSemana de Oração pela Unidadedos Cristãos, celebrada entre osdias 16 e 23 de maio.

Ressaltou-se a importância es-

pecial das celebrações ecumê-nicas realizadas em cada dia daSemana. "As celebrações continu-am sendo realizadas, cada mêsnuma Comunidade Cristã, na cer-teza de que ‘a oração é a alma doecumenismo’”, disse CelsoCelsoCelsoCelsoCelsoLoraschiLoraschiLoraschiLoraschiLoraschi, coordenador arquidio-cesano da Cadeir.

Nessa reunião também defi-niu-se a programação do 3º En-contro Arquidiocesano de Repre-

na primeira entrada de Governa-dor Celso Ramos. Ela fica poucodepois do Posto Tijuquinhas, nosentido Florianópolis-Itajaí. Maisinformações, entre em contatopelos fones (48) 3296-1511 ou3224-6476, ou no site: wwwwwwwwwwwwwww.....divinooleirdivinooleirdivinooleirdivinooleirdivinooleiro.com.bro.com.bro.com.bro.com.bro.com.br.

Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...

Como já anunciado na edi-ção de junho, o Coral Santa Ce-cília da Catedral de Florianópolisestará realizando, no dia 14no dia 14no dia 14no dia 14no dia 14de agostde agostde agostde agostde agostooooo, o “IV Multicoral”. Tra-ta-se de um congraçamento en-tre os corais do Estado, especi-almente da Grande Florianópolis.O evento será realizado no Cen-Cen-Cen-Cen-Cen-tro de Evangelização Angetro de Evangelização Angetro de Evangelização Angetro de Evangelização Angetro de Evangelização Ange-----lino Rosalino Rosalino Rosalino Rosalino Rosa - CEAR, em Governa-dor Celso Ramos, e é celebrativoaos 60 anos do Santa Cecília.

Evento semelhante já foi rea-lizado no ano 2000, comemora-tivo aos 50 anos do Coral; tam-bém no ano 2006, para a Missade encerramento do XV Congres-so Eucarístico Nacional; e no ano2008, celebrando o Centenárioda “diocese” de Florianópolis.

O evento será realizado nos

Santa Cecília convida para o IV Multicoralmoldes do Concerto Espiritual daPáscoa, o “CONESPA”, realizadotodos os anos. Mas o “Multicoral”permitirá a participação de maiscorais, pois se disporá de maistempo. Cada Coral participanteapresentará três peças do seu re-pertório, preferencialmente sacro,e, no final, participarão da Missade Encerramento, cantando jun-tos o repertório comum, e conclu-indo com o Aleluia de Haendel.

A inscrição, com a taxa de R$10,00, está prorrogada até oprorrogada até oprorrogada até oprorrogada até oprorrogada até odia 1dia 1dia 1dia 1dia 14/04/04/04/04/077777. Os corais interessa-dos em participar devem entrarem contato com Pedro Cabral Fi-lho, pelo e-mail [email protected]@[email protected]@[email protected], fone (48) 9980-2077;ou com Zenildo Gonçalves:zenfloripa@ uol.com.brzenfloripa@ uol.com.brzenfloripa@ uol.com.brzenfloripa@ uol.com.brzenfloripa@ uol.com.br, fone9916-5117.

O Seminário de Azambujaestará realizando nos dias 31de julho, 01 e 02 agosto o Con-Con-Con-Con-Con-vívio Vocacionalvívio Vocacionalvívio Vocacionalvívio Vocacionalvívio Vocacional. O encontroé destinado aos jovens que cur-sam a 7ª série ou níveis acima.Terá início às 18h de sexta-feirae o término no domingo, às 16h.

O Convívio é realizado anual-mente para oportunizar aos jo-vens vocacionados conhecerem

Azambuja reúne vocacionadoso Seminário e discernirem melhora vocação à qual são chamados.Durante os três dias do Convívio,os participantes terão momentosde reflexão, oração e lazer.

Mais informações pelo fone(47) 3396-6276, com o Pe.Pedro SchlichtingPedro SchlichtingPedro SchlichtingPedro SchlichtingPedro Schlichting, reitor doSeminário de Azambuja, oucom o Pe. Carlos André Pai-Pe. Carlos André Pai-Pe. Carlos André Pai-Pe. Carlos André Pai-Pe. Carlos André Pai-xãoxãoxãoxãoxão, orientador espiritual.

A Renovação CarismáticaCatólica do Brasil realizará nosdias 14 a 18 de julho o seu XXIXCongresso Nacional, no Centrode Convenções e Feiras -Expominas, em Belo Horizonte/MG. A Arquidiocese de Floria-nópolis estará representada por20 pessoas.

O evento terá como tema“Proclama a Palavra, anuncia

Congresso Nacional da RCCa Boa Notícia!” (2Tm 4, 1-5) econtará com a assessoria de re-presentantes nacionais e inter-nacionais da RCC. Pelo segun-do ano consecutivo, o eventoterá à frente da organização daestrutura, Adriano José Men-des, ex-coordenador da RCCem nossa Arquidiocese. Maisinformações no site: www.www.www.www.www.rrrrrccbrasil.org.brccbrasil.org.brccbrasil.org.brccbrasil.org.brccbrasil.org.br.

Dia 3 de julho, o CardealCardealCardealCardealCardealDom Eusébio Dom Eusébio Dom Eusébio Dom Eusébio Dom Eusébio estará cele-brando seu Jubileu de Ouro deOrdenação Sacerdotal. A mis-sa jubilar será em São José dosCampos, no próprio dia 3, às

Jubileu de Ouro Presbiteral10h, e Dom Murilo Krieger,nosso Arcebispo, estará repre-sentando a Arquidiocese.

Segundo Dom Murilo, nãoestão previstas celebrações naArquidiocese de Florianópolis.

Ecumenismo avalia Semana de Oraçãosentantes Paroquiais para oEcumenismo e o Diálogo Inter-Re-ligioso, a se realizar no dia 28 deagosto, das 14h às 18h, na Paró-quia Santo Antônio de Campinas -São José. Cada Paróquia daArquidiocese poderá enviar duasou três pessoas para esse Encon-tro, cujo principal objetivo éaprofundar o conhecimento sobreEcumenismo e como organizaruma Comissão Paroquial.

A Escola Diaconal São Fran-cisco de Assis realizou, nos dias02 a 10 de junho, a sétima eta-pa da 14ª Turma. Novamente naCasa de Encontros e Retiros Di-vina Providência, em Floria-nópolis, esta etapa reuniu 39candidados: 10 de Joinville e 29da Arquidiocese.

Durante os nove dias, os candi-datos receberam formação emvárias disciplinas. A EscolaDiaconal se estende por 12 eta-pas de formação. “Até o final des-te ano, a maioria dos candidatosreceberá o ministério de leitor emsuas respectivas paróquias”, dis-se Pe. Valter Maurício GoePe. Valter Maurício GoePe. Valter Maurício GoePe. Valter Maurício GoePe. Valter Maurício Goe-----dertdertdertdertdert, diretor da Escola Diaconal.

Segundo ele, dos 44 candida-

Candidatos a Diácono realizam etapa de formação

tos que iniciaram a Escola, 39estão perseverando. A próxima

etapa será nos dias 20 a 30 deoutubro, no mesmo local.

Divulgação/JA

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

Uma vida sóbria, solidária e subsidiária nosajuda a ser verdadeiramente humanos!

4 Tema do Mês Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

abertos às novidades que as rela-ções humanas e os acontecimen-tos históricos nos trazem. Ao con-trário, pessoas que vivem entu-lhadas e empanzinadas de coisasmateriais mandam a seu cérebroum comando de auto-satisfaçãoque leva ao comodismo, à pregui-ça e à estagnação.

A solidariedade é o novo nomedo amor, é a virtude de quem temum coração aberto para perceberas necessidades do próximo epara sair-lhe em ajuda. A bem-

A solidarie-dade é o novo

nome do amor, éa virtude de

quem tem umcoração aberto

para perceberas necessidades

do próximo”.

As últimas conferências pro-movidas pela ONU, por organiza-ções a ela associadas, pelos paí-ses do G-8 e do G-20, sobre afome no mundo, sobre mudançasclimáticas e outros temas de rele-vância planetária, revelam que ospaíses, sobretudo os mais ricos,têm dificuldade em assumir umdesenvolvimento sustentável: oconsumismo, com a consequentedepredação das relações huma-nas e da natureza, é o carro-chefeda vida desregrada e desumanade nossos dias.

CONSUMISMO SUICIDAFechando-se aos questiona-

mentos que vêm das bases, dosmovimentos sociais e das igrejas,sobretudo do mundo dos pobres,os chefes das nações, os grandesempresários e todos nós perde-mos oportunidade para nos rever-mos em nossas ideias e atitudes.Esquecemos que os pobres nos en-riquecem quando nos pedem algo,quando nos fazem ver a vida comseus olhos e perguntas. Desde aqueda do muro de Berlim, o capi-talismo ocidental, que já se consi-derava a única saída para as gran-des questões econômicas, passoua ocupar sozinho o cenário sócio-político-econômico mundial. Comas condições técnicas para soluci-onar o grave problema da fome nomundo, é, no entanto, eticamenteincapaz de o fazer. Tem técnica,mas não ética. Tem cabeça, masnão coração.

Essa dissonância faz com queestejamos a construir uma civiliza-ção desumana que carrega em seubojo a própria destruição. A sobrie-dade, a solidariedade e a subsi-diariedade, três valores próprios dacivilização ocidental, construídanas bases do pensamento grego eda fé cristã, perdem hoje espaçopara o niilismo trágico que arruínaa todos. O monge italiano EnzoBianchi escreveu meses atrás:“prosseguir no caminho do exces-so e do desperdício, em dano dopróximo e das capacidades vitaisdo planeta, não é só inconscienteou vergonhoso: é, sobretudo, suici-da, porque coloca em risco a so-brevivência da criação, da terraque compartilhamos”. Sem sobri-edade, solidariedade e subsidia-riedade, não há futuro para o serhumano e o planeta.

SOBRIEDADE,SOLIDARIEDADE ESUBSIDIARIEDADEAs religiões e filosofias sem-

pre propuseram a sobriedade, a

que todos tenham todos os mei-os necessários para uma vida dig-na. Uma vida subsidiária faz comque nos vejamos como indivídu-os secundários, que têm os outrosem maior consideração que a simesmos, pessoas que põem-se aservir a causas de grande porte.Ao contrário, a omissão diante dasgraves necessidades do próximo,como se isso não me dissessenada, e a inércia diante da grande-za dos outros, sobretudo do abso-lutamente Outro, produzem dure-za e insensibilidade e levam à per-da de sentido da vida. Bem diz oantigo ditado: “quem não vive paraservir, não serve para viver”.

TRÊS CONSELHOSEVANGÉLICOS

O consumismo em que nos en-redamos nos põe em relação dedependência das coisas, nosdesumaniza e nos leva ao suicídio.Uma vida sóbria, solidária e subsi-diária abre-nos a mente e o cora-ção para que floresça em nós o querealmente somos: humanos! Es-sas três virtudes se relacionamcom os três conselhos evangélicosque a tradição da Igreja pede quesejam vividos pelas pessoas con-sagradas nas ordens, congrega-ções e institutos religiosos: a po-breza, a castidade e a obediência.Claro está, porém, que todos osbatizados são chamados a vivê-los, na medida em que são do Evan-gelho, nos põem no seguimento deJesus e nos ensinam a ser verda-deiramente felizes e livres. Serpobre é ser livre diante das coisase bens do mundo, é não deixar-seguiar pelo ídolo do ter, do deus di-nheiro. Ser casto é ser livre diantedas pessoas, até mesmo daque-las a quem nos consagramos nocasamento, na família e na vidaem comunidade; é não apegar-seciumenta e dominadoramente aosoutros; é não deixar-se guiar peloídolo do prazer, do deus sexo. Serobediente é ser livre diante daspróprias ideias e razões, para po-der amar e servir a todos, para bus-car a verdade no diálogo com osoutros; é não deixar-se guiar peloídolo do poder.

Temos aí três virtudes e trêsconselhos evangélicos muitoúteis, não somente para nossavida pessoal, mas também parao empenho por um mundo maissocialmente justo e mais ecologi-camente equilibrado.

Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,Prof. de Teologia e Diretor do ITESCEmail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

solidariedade e a subsidiariedadecomo virtudes e caminhos práti-cos para a organização da vidapessoal e coletiva. Essas três vir-tudes são especialmente consi-deradas pela fé cristã, na práticados santos e das pequenas co-munidades e no ensinamento daDoutrina Social da Igreja.

A sobriedade é a virtude dequem é comedido e modesto nouso das coisas. A bem-aventurançaevangélica da pobreza nos revelaque é bom ser pobre. O Evangelhonão quer que sejamos miseráveis,não quer que haja famintos e mi-seráveis; ao contrário, propõe vidaplena, vida em abundância paratodos; portanto, não só para al-guns. Mas o Evangelho propõe,isso sim, a pobreza como formade vida de quem não se apega àscoisas, de quem não põe sua confi-ança no ter mais, ganhar mais,gastar mais, consumir mais. Umavida sóbria e simples, marcadapela austeridade, disciplina e con-trole das paixões desordenadaspelo ter e poder mais, nos possi-bilita ter mais tempo e estar mais

aventurança da pureza de cora-ção faz ver todo ser humano comos olhos e o coração de Deus,como alguém diante de quem sedebruçar no sentido de oferecerum apoio, uma companhia, umconsolo. Uma vida solidária, expe-rimentada na saída de si em fun-ção da ajuda aos mais carentes ena busca de soluções para os gra-ves problemas humanos, expan-de os desejos e sonhos do cora-ção e promove a humanizaçãodas relações. Ao contrário, o fe-chamento sobre si produz a insa-tisfação e a tristeza, próprias dequem se enreda nas mesquinha-rias e mediocridades pessoais.Isto vale também para as naçõese a civilização atual.

A subsidiariedade é a virtudesocial e política de quem faz acon-tecer a vida nos meios mais bai-xos das estruturas e instituiçõeshumanas, de quem não esperaque as soluções venham decima. A bem-aventurança dafome e da sede de justiça” nosensina que ser humano é sonhar,querer e lutar por uma vida em

Três virtudesanticonsumistas

Arquivo/JA

Voluntários realizam a separação das doações para os atingidos pelas chuvas de novembro de 2008

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

Jornal da Arquidiocese Julho 20105Geral

Presos ganham espaço para oficinasConstrução de duas salas vai beneficiar mais de 30 presos do Presídio Masculino de FlorianópolisNa tarde do dia 24 de junho,

fez-se a inauguração de duas sa-las com destino laboral e educa-cional para cerca de 35 presos daGaleria “B” do Presídio. Realizadono próprio local da obra, o eventocontou com a participação de au-toridades da segurança pública,do judiciário, religiosas e dos vo-luntários da Pastoral.

Esta é a segunda obra reali-zada no presídio masculino pela“Associação Beneficente SãoDimas” - ASBEDIM, mantenedorada Pastoral Carcerária. A primei-ra foi a construção de um pátiopara os presos da Galeria “C”,inaugurado em 14 de dezembrode 2009. O próximo passo seráa construção de um consultórioodontológico, que deve ser inau-gurado ainda este ano.

Com cerca de 60 m2, o espa-ço é dividido em duas salas,comdois banheiros. Em uma das salas,os presos terão aulas de segundaa sexta-feira. Eles serão divididosem turmas de alfabetização, fun-damental e ensino médio. Tambémhaverá outras atividades educaci-onais, como palestras, dvds eaprenderão a fazer artesanato.

Na outra sala, eles trabalharãona oficina de reciclagem deeletroeletrônicos. Todos serão re-munerados conforme a produção.Só participarão das oficinas aque-les que estiverem estudando. “Nos-so objetivo é a reeducação e bus-car a reinserção social”, disse dis-se Leila TLeila TLeila TLeila TLeila T. M. Piv. M. Piv. M. Piv. M. Piv. M. Pivattattattattattooooo, presiden-te da ASBEDIM. As aulas serão mi-nistradas por professores voluntá-rios e pessoas contratadas.

O investimento total, agora, foide R$ 25 mil, que devem ser so-

mados aos R$ 55 mil, da etapaanterior. Os recursos vieram de do-ações de benfeitores e dos baza-res realizados pela Pastoral. Nosbazares, são comercializados pro-dutos doados pela FundaçãoNova Vida e pela receita federal.“É uma atividade que em si nãocompete à Pastoral Carcerária,mas que realizamos de forma su-pletiva, colaborando com o Esta-do na ressocialização do preso”,disse Pe. Ney Brasil Pereira, coor-denador arquidiocesano da Pas-toral Carcerária.

ReconhecimentoNosso Arcebispo Dom MuriloDom MuriloDom MuriloDom MuriloDom Murilo

KriegerKriegerKriegerKriegerKrieger também participou doevento. Para ele, é louvável por tersido realizado por voluntários. “Éuma garantia que se multiplicaráporque é feito com amor. Com estaobra, passarão a fazer um traba-lho mais eficaz para os presos e

auxiliá-los a se qualificar para sairdaqui melhor preparados para asociedade”, disse Dom Murilo.

O evento contou também coma presença da juíza da Vara de Exe-cuções Penais, Dra. Denise H.Dra. Denise H.Dra. Denise H.Dra. Denise H.Dra. Denise H.Schild de OliveiraSchild de OliveiraSchild de OliveiraSchild de OliveiraSchild de Oliveira. No cargo des-de setembro de 2009, ela fez umavisita às unidades do complexopenitenciário da Grande Florianó-polis. “Agradeço e parabenizo to-dos os voluntários que realizaramesta obra. Ela contribuirá para queos presos se tornem homens debem e que possam fazer algo, senão para a sociedade, mas parasi mesmos”, disse.

O TTTTTenentenentenentenentenente-Core-Core-Core-Core-Coronel Mazaonel Mazaonel Mazaonel Mazaonel Maza-----rottorottorottorottorotto, comandante da Companhiade Policiamento da Guarda do Pre-sídio Masculino, também estevepresente ao evento. “Todos os res-ponsáveis pela realização destaobra estão de parabéns. Eles me-recem uma homenagem especi-al”, enalteceu.

Obra foi realizada graças ao empenho dos voluntários da Pastoral

Foto JA

Representantes da Arquidiocese, participantes do quarto evento queuniu as duas dimensões indispensáveis para a Igreja

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Para que a oficina deeletroeletrônicos funcione, a Pas-toral Carcerária conta com oapoio da comunidade. Basta pe-gar qualquer equipamento elétri-co que não esteja em funciona-mento, ou que não se use mais eentrar em contato com a secre-taria da Pastoral, sede tambémda Associação Beneficente SãoDimas. Endereço: Rua Delmindada Silveira, s/n, (entrada peloportão da Penitenciária), na Trin-dade, Florianópolis. Esclareci-

Precisa-se de lixo eletrônicomentos pelos fones (48) 3879-2168 ou 2107-2323, ou pelo e-mail [email protected]@[email protected]@[email protected], a fim de se providenciaruma forma de colher as doações.Mais informações no sitewww.pastoralcarceraria.orgwww.pastoralcarceraria.orgwww.pastoralcarceraria.orgwww.pastoralcarceraria.orgwww.pastoralcarceraria.org.

A Pastoral Carcerária já desen-volve outros projetos no PresídioMasculino. Entre eles estão a ofi-cina de serigrafia (“Estampa Li-vre”), de confecção e de sabão.Embora haja mais de 300 presosno Presídio, esses projetos envol-

vem normalmente apenas 12 de-les, que recebem pelo trabalhorealizado e que são renovadosde tempos em tempos.

Mas os trabalhos da Pastoralalcançam os mais de 1.200 pre-sos do complexo penitenciário daGrande-Florianópolis. Ela realizadoações de kits de higiene, col-chões, cobertores, roupas, alémde prestar assessoria jurídica eassistência social. Tudo bancadopela Pastoral através de suas cam-panhas de arrecadação.

Nos dias 18 a 20 de junho en-contraram-se em Lages catequistase liturgistas para refletirem sobre aIniciação à Vida Cristã. A assessoraTherezinha Motta da CruzTherezinha Motta da CruzTherezinha Motta da CruzTherezinha Motta da CruzTherezinha Motta da Cruz con-duziu os trabalhos durante os trêsdias do encontro. Todas as diocesesdo Estado estiveram representa-das, com um total de 99 participan-tes. A Arquidiocese de Florianópolisparticipou com sete catequistas etrês liturgistas.

Esse foi o quarto encontro re-alizado no Regional, com o objeti-vo de integrar liturgia e catequese.As duas dimensões indispensá-veis da igreja permitem que o mis-tério do amor libertador de Deus,revelado plenamente no MistérioPascal de Jesus, chegue até nós,envolvendo-nos e comprometen-do-nos com a vida.

Liturgia e catequese: duasfaces do mesmo mistério

Durante o encontro, algumaspropostas ficaram claras: oenvolvimento dos adultos no pro-cesso de fé; formação mais apri-morada dos catequistas; a cele-bração deve envolver e atrair parao mistério; o acolhimento faz par-te do testemunho dentro da co-munidade; a importância doquerigma, para despertar os cris-tãos a fazerem uma experiênciaverdadeira com Jesus Cristo, nocaminho do discipulado.

“O aprofundamento da reflexãonos revelou que a catequese,como educação da fé, e a liturgia,como celebração da fé, são as no-tas de uma maravilhosa música: aEvangelização”, disse Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-lene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldi, coordenadoraArquidiocesana de Catequese euma das promotoras do encontro.

Representantes de pastorais,organismos, serviços, colégios emeios de comunicação daArquidiocese estiveram reunidosna manhã do dia 26 de junho, noSalão da Paróquia N.Sra. de Fáti-ma, em Florianópolis, para partici-par da Reunião das Forças Vivas.

Durante o encontro, LedaLedaLedaLedaLedaCassol VendrúsculoCassol VendrúsculoCassol VendrúsculoCassol VendrúsculoCassol Vendrúsculo, membro daCoordenação de Pastoral, fez a lei-tura da Ata e em seguida foi aplica-do o questionário em vista do "ver"de nosso Planejamento Arquidio-cesano de Pastora. Depois, como

nos encontros anteriores, foi feita aapresentação da Pastoral Militar ea Pastoral da Comunicação.

Na continuidade, Dona Ledafalou sobre os assuntos da Coor-denação. Entre eles, lembrou aConcentração Arquidiocesana dosGrupos Bíblicos em Família a serealizar no dia 29 de agosto, emCamboriú. Também falou do su-cesso da Campanha “Ficha Lim-pa”, uma iniciativa da Igreja, masque a imprensa não cita. O encon-tro foi encerrado com a oração deSão João Batista.

Reunião das Forças Vivas

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

cio profético “do julgamento e dajustiça” de Deus. E isso não ape-nas para pequenos grupos, mas“na grande assembléia” (vv. 10 e11). A missão não parece fácil, poisele insiste em afirmar que “nãofechou os lábios”, “não ocultou”,“não escondeu o amor e a fideli-dade” do Senhor. É sabido comoJeremias teve medo da missão (cfJr 1,6-8), mas o Senhor o “sedu-ziu” e o profeta, mesmo às vezeschorando, rendeu-se à divina “se-dução” (cf Jr 20,7-9)

Quanto a ti12. Quanto a ti, não afas-

tes de mim tua compaixão. /Teu amor e tua fidelidade meprotejam sempre!

13. Pois me rodeiam malessem número, / minhas culpasme oprimem / e não consigomais ver. / São mais que oscabelos da minha cabeça, emeu coração desfalece!

Levando em conta os obstácu-los encontrados, o salmista agoraapela para que o Senhor “não afas-te dele a sua compaixão”, literal-mente, “suas entranhas de miseri-córdia”. E que “o amor e a fidelida-de” de Deus, que ele deve anunci-ar, “o protejam sempre” (v.12). Porquê? Chega inesperada, e surpre-endente, a esta altura do salmo, aconfissão dos pecados. Os “malessem número” são as “culpas” dosalmista, “mais numerosas que oscabelos de sua cabeça” (v. 13),causando-lhe o desfalecimento docoração.

Apressa-te, Senhor!14. Digna-te, Senhor, de li-

vrar-me; / apressa-te, Senhor,em socorrer-me!

O cerco, cada vez mais aperta-do, de “males sem número”, leva osalmista a um grito de socorro, ex-presso por duas frases paralelas,grito que se encontra também emoutros salmos, p. ex.: no Sl 22,20:“Tu, Senhor, não fiques longe; vemlogo em meu socorro!”, ou no Sl38,23: “Vem depressa em meuauxílio, Senhor, minha salvação!”

Fiquem confusos15. Fiquem confusos e en-

vergonhados / os que buscamtirar-me a vida; Caiam para tráse fiquem cobertos de ignomí-nia / os que se alegram com aminha ruína.

16. Fiquem mudos, cober-tos de vergonha, / os que zom-bam de mim.

Como no salmo 35,26, o

lhe é devido, e do qual o ser humanonão é capaz. Segue uma bem-aventurança: a daquele “que põe noSenhor sua esperança” (v.5)

Quantos prodígios!6. Quantos prodígios fizes-

te, Senhor, meu Deus, / quantosprojetos em nosso favor! Nin-guém a ti se compara. / Tentoanunciar e proclamá-los, / masultrapassam qualquer conta.

Notar como aqui o salmista sevolta diretamente a Deus, quan-do antes falava nele, na terceirapessoa; e passa da primeira pes-soa singular (eu) para o plural: os“prodígios e projetos” divinos são“em nosso favor”, a salvação indi-vidual inserindo-se na de todo opovo. O Deus “incomparável” cor-responde à exigência do decálogo,de não se reconhecerem outrosdeuses (cf Ex 20,3). A tentativabaldada, de “anunciar e procla-mar” devidamente os prodígios, ésemelhante à que encontramos nolivro do Eclesiástico/Sirácida:“Quem será capaz de contar assuas obras?” (Eclo 18,2).

Não quiseste sacrifício7. Não quiseste sacrifício

nem oferta, / mas abriste meusouvidos. Não pediste holocaustonem vítimas pela culpa.

8. Então eu disse: “Eis quevenho! / No texto do livro estáescrito, a meu respeito,

9. que eu hei de ‘fazer a tuavontade’. / Meu Deus, é issoque eu desejo: / ter tua Lei den-tro das minhas entranhas.”

O autor da carta aos hebreus

Este salmo é famoso sobretu-do pelos versículos 7 a 9, citadose comentados no capítulo 10º dacarta aos Hebreus (Hb 10,5-10).O tema dessa passagem é a antí-tese entre oferecer sacrifícios ri-tuais e fazer a vontade de Deus,antítese tantas vezes ressaltadapelos profetas, como Oséias: É amisericórdia que eu quero, e nãoo sacrifício ritual (Os 6,6). No sal-mo, essa passagem encontra-seentre duas peças difíceis de ligarentre si: uma ação de graças (vv.2-6) e uma súplica (vv. 12-18). Asúplica parece tão independente,que se encontra mais adiante nosaltério como um salmo isolado,o Sl 70 (69). Comecemos, porém,com a ação de graças (vv. 2-6)

Do lodo para a rocha2. Esperei ansiosamente pelo

Senhor / e Ele se inclinou paramim, Escutando o meu grito.

3. Tirou-me da fossa damorte, do brejo lodoso, / fir-mou meus pés sobre a rocha, /deu segurança a meus passos.

O profeta Jeremias viveu literal-mente a cena descrita pelosalmista. Acusado de instigar opovo à rendição perante osbabilônios, ele foi lançado dentrode uma cisterna, na qual não haviaágua, só lodo, e “Jeremias atolouno lodo” (Jr 38,6). Pouco depois,porém, o rei permitiu que o soltas-sem, e o profeta, puxado por cor-das, foi tirado da cisterna (cf Jr38,13). No saltério, a “rocha”, ou“rochedo”, é muitas vezes o próprioDeus, como no Salmo 18: “Senhor,minha rocha e minha fortaleza...”(Sl 18,2) Aqui, por sua elevação econsistência, a “rocha” é um clarocontraste à “fossa” e ao “brejo”.

Um canto novo4. Pôs na minha boca um

canto novo, / de louvor ao nos-so Deus. Muitos hão de ver etemer, / e confiarão no Senhor.

5. Feliz aquele que põe noSenhor sua esperança, / e nãose volta para os soberbos, / nempara os que seguem a mentira.

O canto “novo”, aqui, em si ex-pressa a diferença da situação dealívio após a angústia. Mas talvez a“novidade” maior está na antíteseque será proclamada a seguir, nosvv. 7-9. No Apocalipse, o canto“novo” será o louvor definitivo,escatológico, que não mais precisa-rá ser substituído por outro canto“mais novo” (cf Ap 5,9 e 14,3). Quemo “põe na boca” do salmista (v. 4) é opróprio Deus, inspirando o louvor que

vê esta passagem realizada nomomento da encarnação, quando“ao entrar no mundo” (Hb 10,5),Cristo a assume pessoalmente.Assim, ele substituía toda a estru-tura sacrificial do Templo - “coisasoferecidas segundo a Lei” (Hb10,8) - pelo cumprimento da von-tade do Pai. No seu caso, pela en-trega da sua vida. E é “em virtudedessa vontade que somos santifi-cados”, diz o autor, “pela oferendado corpo de Jesus, o Messias, rea-lizada uma vez por todas” (Hb10,10). Quanto ao próprio salmista,ele fica entendendo que seu agra-decimento a Deus se exprimirámelhor pela “abertura dos seusouvidos” à vontade do Senhor, doque por “holocaustos e vítimas”. Jáo ensinara Samuel a Saul: “A obedi-ência vale mais que o sacrifício ritu-al” (1Sm 15,22). Ele entende tam-bém que, se a vontade de Deus está“escrita no livro” (v. 8), é precisointeriorizá-la, ingeri-la, como o foi orolo profético de Ezequiel (Ez 3,3).Assim, a Lei estará também “den-tro das entranhas” (v. 9), transfor-mando-se em vida.

A missão profética10. Anunciei teu julgamen-

to na grande assembléia: / vê,não fechei os meus lábios, /Senhor, tu o sabes.

11. Não ocultei tua justiça nofundo do coração, / proclameitua fidelidade e tua salvação. /Não escondi teu amor e tua fide-lidade à grande assembléia.

Mais do que por sacrifícios ritu-ais, o agradecimento do salmistadeve exprimir-se agora pelo anún-

Salmo 40 (39): Não quiseste sacrifício!

6 Bíblia Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

salmista faz uma tríplice impre-cação contra seus adversários,que “buscam tirar-lhe a vida, ale-gram-se com a sua ruína, e delezombam”. O evangelista João vêesta imprecação realizar-se na-queles que vêm à busca de Jesus,no jardim das Oliveiras, a fim deprendê-lo: quando Jesus se iden-tifica, eles “recuam e caem porterra” (Jo 18,6).

Alegrem-se em ti17. Exultem e se alegrem

em ti, todos os que te buscam;/ e digam sempre, os que de-sejam a tua salvação: "Grandeé o Senhor!"

Num contraste com a impre-cação do v. anterior, contra “os quebuscam tirar a vida” do salmista,ele expressa agora os seus votosde bênção para todos “os que bus-cam” o Senhor e “desejam a suasalvação”: que eles possam exultare alegrar-se, reconhecendo que,maior que todos os poderes doMaligno, só Deus “é grande”.

Não demores!18. Eu, porém, sou pobre e

infeliz; / mas o Senhor cuida demim. Tu és meu auxílio e meulibertador, / meu Deus, não de-mores!

Depois de referir-se aos mal-vados (v. 16) e aos justos (v. 17),o salmista retoma a sua situaçãopessoal, agora semelhante à situ-ação inicial, quando ele se sentia“na fossa da morte” e “atolado nolodo”. Reconhece-se “pobre e in-feliz” e, mesmo com a certeza deque “o Senhor cuida de mim”, ter-mina com um apelo, humilde maspremente: “meu Deus, não demo-res!” Quanto às “demoras” deDeus, delas nos diz o sábioSirácida, que é preciso saber“suportá-las” (Eclo 2,3).

Pe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESCemail: [email protected]

Conhecendo o livro dos Salmos (28)Conhecendo o livro dos Salmos (28)Conhecendo o livro dos Salmos (28)Conhecendo o livro dos Salmos (28)Conhecendo o livro dos Salmos (28)

1)1)1)1)1) De onde vem a fama des-te salmo, e qual o temadessa passagem?

2) 2) 2) 2) 2) Qual é o “canto novo” queo Senhor “põe nos lábios”do salmista?

3) 3) 3) 3) 3) Que “sacrifício” Deus nãoquer? Mas Ele não inspirouos sacrifícios do Antigo Tes-tamento?

4) 4) 4) 4) 4) É fácil a missão proféticade “anunciar o julgamentoe a justiça” de Deus?

5) 5) 5) 5) 5) Como entender a terceiraparte do salmo, o qual po-deria terminar no v.11?

Arquivo/JA

O ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSTITUTTITUTTITUTTITUTTITUTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTA CAA CAA CAA CAA CATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA, além dos cur, além dos cur, além dos cur, além dos cur, além dos cursos nosos nosos nosos nosos noturnos de eturnos de eturnos de eturnos de eturnos de extxtxtxtxtensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-das fdas fdas fdas fdas feiras à noiteiras à noiteiras à noiteiras à noiteiras à noite (1e (1e (1e (1e (199999hhhhh3030303030 ----- 22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o curso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Teologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abertttttoooootambém a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2ooooo grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli-nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 32343234323432343234-----0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e-----mail: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

Jornal da Arquidiocese Julho 20107Juventude

Encontro Arquidiocesano da PJAconteceu no dia 27 de outu-

bro, na Paróquia São FranciscoXavier, no Monte Verde, o V En-contro de Coordenadores da Ju-ventude Arquidiocesano. Este en-contro começou a ser realizadoem 2009 e, após a Assembléiada Pastoral da Juventude, em2010, adotou novo formato. Acada três meses, são realizados“encontros preparatórios”, queacontecem em cada comarcapastoral. Após esses encontroscomarcais, os representantes dascomarcas se reúnem para juntospartilhar, continuar sua formaçãoe tomar as decisões necessáriaspara a caminhada da Pastoral daJuventude da Arquidiocese.

O Encontro Arquidiocesano decoordenadores da Juventude, querealizamos em junho, teve comotema de estudo a mensagem dosBispos, “Palavra de Deus e a Ani-mação Bíblica de toda a Pastoral”.Também teve um espaço parapartilha do avanço do trabalhopastoral nas comarcas, as dificul-dades e o planejamento. Foi tam-bém um espaço para decisões dealguns temas importantes para a

Pastoral da Juventude, como o DiaNacional da Juventude.

Dentre muitos avanços que aPastoral da Juventude tem conse-guido alcançar, os EncontrosArquidiocesanos têm grande pa-pel na articulação e represen-tatividade, haja vista que estavampresentes em 7 das 8 comarcas

Um espaço de partilha, formação e decisões da Pastoral da Juventude da Arquidiocese

Grupo Jovem “Sopro de Deus”Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...Juventude em ação...

O Grupo “Sopro de Deus” atuana Paróquia São Francisco de As-sis, no Aririú, Palhoça. O grupo co-meçou com alguns amigos que-rendo algo mais, um algo que com-pletasse suas vidas, e foi comessa vontade que nasceu maisum grupo de jovens.

Formado inicialmente por jovensque haviam feito a crisma, o grupocresceu, com novas adesões, novasmentes, novas historias pra compar-tilhar. Com isso formou-se um grupode amigos movidos pela fé.

Ao longo do tempo, os jovensforam participando de gincanas,retiros, DNJs, jogos de integração,e festas. Segun-do Douglas,membro da co-ordenação dogrupo, “o ‘soprode Deus’ é maisque um grupode jovens, éuma família naqual todos são ir-mãos uns dosoutros”. Muitasforam as vezesnas quais pen-

sou-se em desistir de tudo, mas osesforços em seguir em frente fo-ram maiores.

Nos encontros, o grupo temuma forma diferente de debatersobre os temas propostos: é usa-da a descontração, para interagircom os integrantes, mas nunca seesquecem as horas de oração. Tra-balha-se também com a Ação So-cial na ajuda de famílias carentes,e em muitos outros projetos.

A mensagem que a coordena-ção do “Sopro de Deus” deixa paratodos os grupos de jovens: “A fé emDeus nos faz crer no incrível, ver oinvisível e realizar o impossível”.

Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...

Encontros comarcais da Pastoral da JuventudeForam realizados, nos dias 12,

13, 19 e 20 de junho, os Encon-tros de Coordenadores da Juven-tude, nas oito comarcas pastoraisda nossa Arquidiocese.

Nesse espaço, os coordenado-res das paróquias de cada comarcaconheceram e estudaram a coleção

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pastorais da nossa Arquidiocese.Segundo Jonatan FelipeJonatan FelipeJonatan FelipeJonatan FelipeJonatan Felipe, co-

ordenador da PJ da Comarca daIlha, “o encontro foi proveitoso, evárias foram as decisões toma-das, contribuindo para sempre es-tarmos unidos, num só ideal, queé levar Cristo para a juventude, damelhor maneira possível”.

“Na Trilha do Grupo de Jovem”, umsubsídio para apoiar os grupos dejovens. Foi feito também um mo-mento de partilha sobre como sãorealizados os encontros dos grupos,materiais utilizados, para que assimtodos possam se conhecer melhor.Por fim, os encontros foram um es-

paço de opiniões e decisões acer-ca de algumas questões da Pasto-ral da Juventude da Arquidiocese.

Destacam-se as atividadesque serão organizadas nascomarcas. A Comarca da Ilha faráuma trilha, a do Estreito está or-ganizando uma Missa Comarcal.A comarca de Tijucas está plane-jando um retiro de acampamen-to. A comarca de Brusque realiza-rá uma “Cristo Dance”. A deBiguaçu está pensando en um diade shows e confraternização.

CONTATOS COM APASTORAL DA JUVENTUDETTTTTwittwittwittwittwitter er er er er - www.twitter.com/

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Realizado na Paróquia São Francisco Xavier, em Florianópolis, encontroreuniu os coordenadores das sete comarcas em que a PJ está presente

A Renovação CarismáticaCatólica da Arquidiocese deFlorianópolis estará promoven-do nos dias 31 de Julho e 01 deAgosto de 2010, o XXI Kairósda Juventude. O evento será re-alizado em Tijucas e tem comotema “Ponde em execução vos-sos prodígios para nos salvar,Senhor, e cobri vosso nome deglória” (Daniel 3, 43).

Esta edição do Kairós serárealizada no salão paroquial daigreja matriz de Tijucas. “A expec-tativa é reunir mais de mil jovensde todas as partes da Arquidio-cese, neste encontro de trans-formação e de forte experiênciacom o Senhor Jesus, pela açãodo Espírito Santo”, disse LuizLuizLuizLuizLuizCarlos Santana FilhoCarlos Santana FilhoCarlos Santana FilhoCarlos Santana FilhoCarlos Santana Filho, coorde-

Kairós reunirá jovens carismáticos

nador da RCC na Arquidiocese.O evento terá as presenças

de Fábio Lima, da Comunidade“Instrumento de Deus” - SP, pre-gadores do ministério Jovem daArquidiocese de Florianópolis, oministério de música “Sorriso deDeus” e o show com a banda“Amados do Eterno”, ambas daComarca de Itajaí.

As comarcas de Brusque, Es-treito, Ilha, Itajaí e São José estãoorganizando caravanas para par-ticipar do evento. Os interessadosem participar, devem entrar emcontato pelo e-mail: kairosdakairosdakairosdakairosdakairosdajuventude@[email protected]@[email protected]@hotmail.com, ouno escritório da RCC em Tijucaspelo fone (48) 3263-6347 das14h às 18h. A idade mínima paraparticipar é de 15 anos.

Mais de mil jovens são aguardado para oencontro que será realizado em Tijucas

Grupo de Jovens é das forças da Paróquia de Aririú,em Palhoça, e fonte de lideranças para a Igreja

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Julho 2010 Jornal da Arquidiocese8 Geral

Sessão homenageou Movimento de IrmãosRealizado na ALESC, Sessão Especial foi um dos eventos que marcaram os 40 anos do MovimentoO plenário da Assembleia

Legislativa de Santa Catarina -ALESC, foi pequeno para acolheras centenas de pessoas do Movi-mento de Irmãos da Arquidiocesede Florianópolis que lá estiveramna noite do dia 21 de junho. Nes-se dia, a partir das 19h30min, foirealizada Sessão Especial quehomenageou o Movimento pelosseus 40 anos de fundação.

A proposição partiu do deputa-do Edison Andrino e reuniu autori-dades religiosas como o nosso ar-cebispo Dom Murilo Krieger,Monsenhor Agostinho Staehelin,que introduziu o Movimento de Ir-mãos na Arquidiocese, Pe. Francis-co de Assis Wloch, assistente espi-ritual do Movimento, o casal Celinae Ozildo Prazeres, coordenadoresdo Conselho Nacional, e o casalMargarete e Heitor Campos, coor-denadores na Arquidiocese.

Todos os já citados e todas as28 paróquias da Arquidiocese emque o Movimento está presentehá mais de 25 anos receberamuma placa comemorativa. ParaDom Murilo, a celebração dos 40anos do Movimento de Irmãos nãoé um ponto de chegada. “É, sim,

um momento de reflexão, para atomada de novo impulso em suacaminhada, já que a vida continuae os desafios à frente se reno-vam”, disse Dom Murilo.

O casal Margarete e HeitorCampos, coordenadores do Mo-vimento na Arquidiocese, lembrouque, como membros, não podemesquecer que são uma ‘ferramen-ta’ a serviço da paróquia. “Temosque estar atentos às suas neces-sidades e prioridades. Só assim,estaremos cumprindo nosso pa-pel de Encontristas e de cristãos”,afirmaram.

OUTROS EVENTOS

As celebrações dos 40 anosdo Movimento de Irmãos tiveraminício no dia 21 de março, comuma celebração no Santuário deSanta Paulina. Além disso e daSessão Especial na ALESC, no dia27 de junho, a Comarca de Itajaírealizou uma missa de ação degraças na Paróquia São Cristóvão,em Cordeiros, Itajaí, presididapelo Pe. David Antônio Coelho

No mesmo dia, na Comarca deBiguaçu, mais de 160 veículos se

concentraram em frente a Paró-quia São João Evangelista, paraparticipar de uma carreata até An-tônio Carlos. A carreata teve iní-cio às 18h. Quando lá chegaram,participaram de uma celebraçãode ação de graças presidida peloPe. Silvano Valdemiro de Oliveira,pároco anfitrião.

No dia 27, a celebração daEucaristia na “Missa na TV” foi alu-

siva aos 40 anos do Movimento.Presidida por Dom Murilo, ela foiconcelebrada pelo Pe. ValdemarGroh e pelo Frei Ivo, carmelita quefoi assistente do Movimento quan-do trabalhou na Arquidiocese.

Para mais fotos sobre os even-tos, acesse o site www.arquifln.www.arquifln.www.arquifln.www.arquifln.www.arquifln.org.brorg.brorg.brorg.brorg.br e clique no link “Galerias”,no alto da tela.

Assinaturas pe-dem a criação daDefensoria Públi-

ca no EstadoForam coletadas maisde 47 mil assinaturas.

SC é o único Estadoque não tem a

Defensoria Pública

No dia 30 de junho de2010, em sessão na Assem-bléia Legislativa do Estado deSanta Catarina, o Movimentopela Criação da Defensoria Pú-blica realizou a entrega dasmais de 47 mil assinaturascoletadas entre os eleitores doEstado, fruto de um grande pro-cesso de mobilização popular,envolvendo a Igreja, universida-des, movimentos sociais, sin-dicatos, e outras organizações.

Durante o evento, foi en-tregue o projeto de lei de inici-ativa popular, criando aDefensoria Pública em SantaCatarina. Estiveram presentesrepresentantes de movimen-tos sociais, pastorais, estu-dantes e defensores públicosde todo o Brasil para reiterar aimportância do cumprimentodo art. 134 da ConstituiçãoFederal de 1988, que prevêque todos os Estados devemcriar as Defensorias Públicas,instituição que visa viabilizaro acesso integral e gratuito daspessoas à justiça.

“O evento marcará a fortemobilização social no Estadoem prol da criação da Defen-soria Pública, um direito fun-damental aos cidadãos cata-rinenses que vem sendo so-negado há mais de duasdécadas”, disse Pe. CelioPe. CelioPe. CelioPe. CelioPe. CelioRibeiroRibeiroRibeiroRibeiroRibeiro, coordenador Regio-nal da Pastoral Carcerária.

No evento, foram homenageadas 28 paróquias em que o Movimentoexiste há mais de 25 anos. A ALESC ficou repleta de encontristas.

Foto JA

O Conselho Regional da Pas-toral Familiar esteve reunido nosdias 19 e 20 de junho, para reali-zar a sua reunião. O evento con-tou com a participação de 45participantes, coordenadoresdiocesanos de oito das dezdioceses do Estado. O encontrocontou com a presença de DomDomDomDomDomIrineu RIrineu RIrineu RIrineu RIrineu Roqoqoqoqoque Schererue Schererue Schererue Schererue Scherer, Bispoda Diocese de Joinville e também

Encontro Regional prepara aSemana Nacional da Família

Assessor da Pastoral Familiar emSanta Catarina.

Durante o encontro, vários as-suntos foram tratados, entre osquais foi dada ênfase à preparaçãopara a Semana Nacional da Famí-lia, que será realizada nos dias 8 a14 de agosto. Esse mesmo conse-lho reunir-se-á novamente, para suaAssembléia anual, nos dias 9 e 10de outubro, em Florianópolis.

Encontro Regional da Pastoral Familiar reuniurepresentantes de oito das dez dioceses do Estado

Encontro reuniu 45 participantes do Regional Sul IV da CNBB econtou com a presença de Dom Irineu, Assessor da Pastoral

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GeralJornal da Arquidiocese Julho 20109

Silvio e Leandro são ordenados padresCelebração realizada na Paróquia de Biguaçu encerrou o Ano Sacerdotal na Arquidiocese

Pela imposição das mãos denosso arcebispo Dom Murilo Kriegere dos presbíteros presentes foramordenados padres Silvio JoséSilvio JoséSilvio JoséSilvio JoséSilvio JoséKremerKremerKremerKremerKremer e Leandro José de Sou-Leandro José de Sou-Leandro José de Sou-Leandro José de Sou-Leandro José de Sou-zazazazaza. A ordenação foi realizada no dia05 de junho, começando às 15h,na Igreja Matriz da Paróquia SãoJoão Evangelista, em Biguaçu, ter-ra natal dos dois e mesmo localonde foram batizados e receberamos sacramentos da iniciação cristã.

No total, 59 padres e 21 diáco-nos estiveram presentes, além defamiliares, amigos, paroquianos epessoas dos locais onde realizaramsuas atividades pastorais. Para po-der acolher os fiéis, foi estendidauma tenda na área externa da pa-róquia, onde um telão permitiu quemais de 400 pessoas pudessemacompanhar a celebração.

No início da celebração, DomMurilo disse que a ordenação dosdois presbíteros é um presentepara a comunidade, para aArquidiocese e para a Igreja. “Nes-te ano em que encerramos a ce-lebração do Ano Sacerdotal, éuma grande graça termos duas or-denações presbiterais. Um anopara darmos graças a Deus pelosdons concedidos à Igreja”.

Em sua homilia, Dom Murilodirigiu a palavra aos ordenandos:“Saibam que ‘não há bem maior,nesta vida terrena, do que condu-zir as pessoas para Deus, desper-

tar a fé, elevar a pessoa da inérciae do desespero, dar a esperançade que Deus está próximo e queguia a história pessoal e do mun-do’. É com essa certeza que você,Diácono Leandro, deverá repetircada dia: “Eis que venho, com pra-zer faço a vossa vontade” (Sl 39);e você, Diácono Sílvio, deverá serecordar diariamente: “Não fostesvós que me escolhestes, mas fuieu que vos escolhi”.

No início do rito de ordenação,Pe. Vânio da Silva, reitor do Semi-nário Teológico Convívio Emaús ecoordenador da Pastoral Presbi-

teral, fez a apresentação e deu oseu testemunho em favor doscandidatos ao presbiterado. Ao fi-nal, Pe. Leandro e Pe. Silvio fize-ram os agradecimentos, aos fami-liares, amigos, formadores e a to-dos de que de alguma forma con-tribuíram para a sua formação.Depois, todos os presentes foramconvidados a degustar um coque-tel oferecido pela comunidade nosalão paroquial.

Mais fotos no site Mais fotos no site Mais fotos no site Mais fotos no site Mais fotos no site www.www.www.www.www.arararararqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br, clicar no link, clicar no link, clicar no link, clicar no link, clicar no link“Galerias” no alto da página.“Galerias” no alto da página.“Galerias” no alto da página.“Galerias” no alto da página.“Galerias” no alto da página.

Pe. Vânio avalia o Ano SacerdotalA celebração de ordenação

presbiteral de Silvio e Leandrotambém marcou o encerramen-to oficial do Ano Sacerdotal naArquidiocese de Florianópolis.Proposto pelo Papa Bento XVI,foi um ano marcado por muitasiniciativas pastorais e, principal-mente, pela intensificação dasorações pela santificação dossacerdotes e o envio de maisoperários para a Messe do Se-nhor. Em entrevista, PPPPPe. Vânioe. Vânioe. Vânioe. Vânioe. Vânioda Silvada Silvada Silvada Silvada Silva, Coordenador da Pas-toral Vocacional e do Ano Sacer-dotal, faz um balanço do AnoSacerdotal e dos seus reflexospara a Igreja, fala das ativida-des que mais marcaram e o quefica após o seu término.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Um balanço do Ano Sacerdotal.

Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - O Ano Sacerdo-tal serviu para retomarmos aconsciência da necessidade deuma constante reforma da Igre-ja, que precisa da renovação es-piritual dos presbíteros. O Papaolhou longe, em profundidade,e, neste tempo de escuridão paraa Igreja, nos indicou o caminhoda penitência e da humildadepara que nós padres busquemoscom mais empenho a santidadee vivamos o coração do nossoministério: dar a vida pelo outros.

JA - JA - JA - JA - JA - Como buscar com maisempenho a santidade e a reno-

vação dos presbíteros?Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Bebendo sempre

de novo do grande patrimônio es-piritual acumulado ao longo dahistória da Igreja, porque, para seranunciadores, é preciso ser antesouvintes. Devemos retornar àsfontes da fé: a Palavra de Deus, aliturgia, a caridade fraterna e o tes-temunho dos santos e santas.

JA - JA - JA - JA - JA - Que atividades promo-vidas pela Arquidiocese no AnoSacerdotal lhe chamaram maisa atenção?

Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Para mim, as ati-vidades mais bonitas e marcan-tes do Ano Sacerdotal foram: odia de oração dos padres na aber-tura do Ano Sacerdotal emAzambuja, a instalação do novoSeminário Propedêutico emCamboriú, as cartas do Arcebis-po aos jovens, às famílias e àscrianças, a peregrinação voca-cional da Comarca de São Joséao Santuário de Angelina, a Jor-nada da Juventude na Comarcada Ilha, o Festival Vocacional daComarca de Biguaçu, a celebra-ção comarcal de Corpus Christiem Itajaí e as ordenações dosnossos três novos padres: Pe.Hélio Luciano, Pe. Silvio Kremer,Pe. Leandro Souza.

JA - JA - JA - JA - JA - E depois do Ano Sacer-dotal?

Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Pe. Vânio - Rezo para quea conclusão do Ano Sacerdotal

marque o início deuma etapa de maissantidade na nossavida de presbíteros.Rezo para que padres,diáconos, religiosas elideranças leigas, tra-balhemos para a for-mação de equipesvocacionais em todasas paróquias daArquidiocese.

Leandro e Silvio, já ordenados presbiteros, mostram suas mão ungidascom o Óleo do Crisma por Dom Murilo durante o rito de ordenação

Foto JA

Como se sente como padre nos dias de hoje diante de tantos desafios?Silvio - Silvio - Silvio - Silvio - Silvio - Ser Sacerdote é um dom. É uma boa

notícia e uma graça. Como sacerdote, mentalizo,todos os dias, que tenho Cristo como meu Mestre.Sei que entre mim e Ele estão os desafios. O quefaço? Vivo procurando segui-lo da maneira mais pró-xima possível. Com Ele, sei quem sou e o que sou,não havendo porque temer os desafios.

Leandro - Leandro - Leandro - Leandro - Leandro - É um prazer e um desafio, pois paracada época há um apelo próprio. Trabalhar como pa-dre é um caminho, que eu quero percorrer com os queme forem confiados. Dos esforços que fizermos, osresultados só serão percebidos com o tempo. Sinto-me honrado em poder fazer parte de um ideal quetem como resultado uma felicidade duradoura.

Silvio - Silvio - Silvio - Silvio - Silvio - Se estão sentindo o chamado a serempadres, digam sim. Ainda que sintam amar outrapessoa, outra profissão, se sentirem forte o chama-do de Deus, não duvidem, sigam esse chamado. Osacerdote possui uma vocação muito especial. Elese torna instrumento vivo de Cristo.

E o que você diz aos jovens, em relação à vocação?Leandro - Vocação é um dom e precisa ser culti-

vado com carinho e partilhado de forma solidária efraterna. Ser padre é olhar o próximo e ajudá-lo aencontrar Deus e realizar-se em plenitude. Os jovensdevem considerar com carinho essa possibilidade,respondendo sem medo ao chamado.

Foto JA

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10 Ação Social Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

Economia Solidária: nova forma de ser, ter e viverA Campanha da Fraternidade

deste ano impulsionou a reflexãosobre o modo como os cristãos serelacionam com o dinheiro. Se éverdade que vivemos numa socie-dade baseada no modo de produ-ção capitalista, contudo, há pes-soas e grupos que buscam novasformas de ser, ter e viver.

Os problemas sócio-ambientaisatuais, agregados ao desempregoestrutural e ao surgimento de diver-sas doenças psicossomáticas, mo-tivam as pessoas a se organizaremem grupos, cooperativas e associa-ções, com elementos diferentesdos vividos no sistema capitalista.Boa parte desses grupos são deno-minados de Economia Solidária.

Essa Economia propõe umanova forma de viver a vida, onde oter não é mais importante que o sere tem como base o trabalho coleti-vo e a solidariedade entre as pesso-as e com os outros seres do planeta.

A Economia Solidária éuma prática baseada

em valores:Cooperação:Cooperação:Cooperação:Cooperação:Cooperação: interesses e ob-

jetivos comuns, união dos esforçose capacidades, propriedade coleti-va parcial ou total de bens, parti-lha de resultados e responsabili-dades diante das dificuldades.

Autogestão: Autogestão: Autogestão: Autogestão: Autogestão: exercício de prá-ticas participativas de autogestãonos processos de trabalho, nas de-finições estratégicas e cotidianasdos empreendimentos, na direção

A forma de produção e comercialização solidárias são uma alternativa aos problemas sócio-ambientais

e coordenação das ações nos seusdiversos graus e interesses.

Atividade Econômica: Atividade Econômica: Atividade Econômica: Atividade Econômica: Atividade Econômica: agre-gação de esforços, recursos e conhe-cimentos para viabilizar as iniciati-vas coletivas de produção, presta-ção de serviços, beneficia-mento,crédito, comercialização e consumo.

Solidariedade: Solidariedade: Solidariedade: Solidariedade: Solidariedade: preocupaçãopermanente com a justa distribui-ção dos resultados e a melhoriadas condições de vida dos partici-pantes. Compromisso com o meioambiente saudável e com a comu-nidade, com movimentos emanci-patórios e com o bem estar de tra-balhadores e consumidores.

A Ação Social Arquidiocesana- ASA apóia diversos grupos deeconomia solidária, que vão sur-

gindo nas comunidades em bus-ca de uma vida melhor, gerandotrabalho, renda e solidariedade.

Entre os grupos apoiados, noano de 2000 foi formado o em-preendimento “Conservas Will”, dacomunidade Ribeirão Veado, inte-rior de Nova Trento. Sua produçãoé de conserva: pepino, pêssego,beterraba, cenoura, geléias, entreoutros. O grupo comercializa seusprodutos em mercados, restauran-tes e supermercados da região deNova Trento e de Florianópolis.Como resultado do rendimento eorganização do grupo, a comuni-dade Ribeirão Veado foi a única deNova Trento que não sofreu com oêxodo rural, pois as famílias con-seguem manter-se na roça.

Feiras promovidas pela ASA ajudam empreendimentos de EconomiaSolidária a divulgar e comercializar os produtos e a trocar informações

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Em entrevistas ao Jornal daArquidiocese, Antônio WillAntônio WillAntônio WillAntônio WillAntônio Will, res-ponsável pela parte comercial dasConservas Will, falou sobre comosurgiu o empreendimento, os be-nefícios de ser um empreendi-mento de economia solidária e daCampanha da Fraternidade.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Como surgiu a idéia de criar umgrupo de Economia Solidária?

Will - Will - Will - Will - Will - A idéia surgiu duranteuma crise na área da fumicultura,e por não haver mercado do pês-sego in natura. O grupo procurou oPároco de Nova Trento, Pe. JoséVollmer, para expor a idéia ebuscar apoio, o qual ocorreuatravés de reuniões, cursos eprojetos com a EPAGRI e coma Ação Social Arquidiocesana.

JA - JA - JA - JA - JA - Quantas pessoasparticipam do Grupo?

Will - Will - Will - Will - Will - O grupo, hoje, conta com22 pessoas, mas também estábeneficiando outras pessoas dacomunidade, através do plantio deverduras.

JA - JA - JA - JA - JA - Qual é o diferencial de umgrupo de Economia Solidária?

Will - Will - Will - Will - Will - É a união pelo trabalho,onde todos buscam o ideal de cri-ar novas possibilidades e gerarrenda para quem participa do gru-

Experiência que está dando certopo. Além de oferecer sempre umproduto de qualidade para nossosconsumidores.

JA - JA - JA - JA - JA - Vocês acreditam que aidéia deveria ser seguida por ou-tros grupos em igual situação?

Will - Will - Will - Will - Will - Sim. Apesar das dificul-dades, estamos abrindo espaçono mercado e criando uma eco-nomia diferente.

JA - JA - JA - JA - JA - Como fica a divisão doslucros e o investimento no cresci-mento do grupo?

Will - Will - Will - Will - Will - A divisão é feita do se-guinte modo: na lavoura compra-

mos os produtos plantados e naparte da produção todos recebemo mesmo salário a partir dos re-sultados financeiros que temos.

JA - JA - JA - JA - JA - A Campanha daFraternidade de 2010 trouxe al-gum benefício para vocês?

Will - Will - Will - Will - Will - Sim. Trouxe mais conhe-cimento sobre a economia solidá-ria, divulgação dos grupos envol-vidos e apresentou grupos de ou-tras realidades.

Encontro de Economia Solidária da Rede ASAAconteceu no dia 27 de maio

o Encontro de Empreendimentosda Rede ASA na sala de reuniõesda Cúria (Senadinho). O encontrocontou com a presença de 30pessoas, representantes dos em-preendimentos que são acompa-nhados pela ASA.

Num primeiro momento, fo-mos chamados a refletir sobre aEconomia Solidária, a partir dasdiversas compreensões que osparticipantes têm, seja por algumtexto lido, alguma palestra queouviu, ou mesmo sobre o que foidebatido na Campanha daFraternidade 2010. Após as ma-nifestações espontâneas, simbo-licamente trouxemos bone-quinhos que representam cada

um dos presentes. Eles foramunidos, como se estivessem demãos dadas, formando uma gran-de ciranda, uma rede: a rede deempreendimentos de EconomiaSolidária da ASA. A partir dessegesto, refletimos sobre a impor-tância desse grupo, enquantoespaço de troca, partilha de co-nhecimentos e formação, quetem como propósito fortalecer osempreendimentos já consolida-dos, assim como possibilitar osurgimento de novos. Em segui-da, os grupos falaram de si, suaslutas, desafios, conquistas e so-nhos. Partilharam suas produ-ções, valorizando o trabalho co-letivo e individual de cada parti-cipante, expresso em produtos

de qualidade e sustentáveis.Num segundo momento, atra-

vés de um vídeo, o grupo podeperceber onde a Economia Soli-dária está presente, quais os si-nais de sua ação nas comunida-des e grupos, conceitos teóricos eexperiências concretas espalha-das em nosso país. Uma propos-ta solidária de viver a economiade maneira justa, sustentável eque valorize a pessoa humanaacima de tudo, independente doque ela pode produzir, uma eco-nomia que valorize as pessoasem sua essência, reconhecendosuas potencialidades, culturas elimitações.

Ficou como encaminhamen-to a continuidade da formação:

ainda este ano teremos maisdois encontros nos quais esta-remos fortalecendo a Economia

Solidária em nossa Arquidiocesee a rede de empreendimentosda ASA.

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Encontro reuniu representantes de empreendimentos apoiados pela ASA

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Jornal da Arquidiocese Julho 201011GBF

Comarcas realizam encontros dos GBFsEncontros nas comarcas de Busque, Estreito e Biguaçu promoveram a unidade dos Grupos BíblicosComarca de Brusque

No dia 06 de junho, na Paró-quia/Santuário NSra. de Azam-buja, realizou-se o encontrocomarcal com a presença de 85animadoras e animadores dosGBFs das paróquias da comarcade Brusque. Fomos todos muitobem acolhidos pela coordena-ção paroquial dos GBFs, peloPároco Pe. Alvino Milani e peloReitor do Seminário, Pe. PedroSchlichting. No encontro, tive-mos a presença da IrIrIrIrIr. L. L. L. L. Luzia Puzia Puzia Puzia Puzia Pe-e-e-e-e-reira reira reira reira reira como assessora.

Ir. Luzia falou que nós, anima-dores dos Grupos Bíblicos em Fa-mília, devemos ter muito claro emnossas mentes e em nossos cora-ções o que queremos com os gru-pos. Com esse questionamento,conduziu-nos a uma reflexão so-bre a identidade dos GBFs, a “Igre-ja nas casas”. A reflexão nos fezcompreender:

- a importância de sermosanimadores(as) animados, convic-tos da nossa missão de conduziras pessoas à oração pessoal, àparticipação nas celebrações co-munitárias, ao compromisso como anúncio da Palavra de Deus eao testemunho dos ensinamentosde Jesus.

- a importância da acolhida:cativar as crianças, os jovens, por-que às vezes por meio deles osadultos começam a participar, ecresce o clima de alegria e entusi-asmo por estarem reunidos.

Também foi apresentado oLivreto do Tempo Comum “Eis queestou à porta e bato”. O animadordeve preparar-se para ser o men-sageiro enviado por Jesus a bateràs portas das casas, com o anún-cio da boa notícia nas nossas co-munidades.

Somos discípulos missionári-os de Jesus Cristo, convictos damissão em assumir seu projeto de“vida em abundância” para aspessoas que se encontram exclu-ídas, marginalizadas, sem espe-rança de uma vida melhor. Fomosmotivados para participar da nos-sa concentração arquidiocesanados GBFs no dia 29 de agosto,em Camboriú, para celebramosjuntos com as CEBs e toda a Igre-ja arquidiocesana a caminhada de“Igreja nas casas’.

Miguel Arcanjo Costa Miguel Arcanjo Costa Miguel Arcanjo Costa Miguel Arcanjo Costa Miguel Arcanjo CostaParóquia Dom Joaquim - Cedro Alto

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Comarca do EstreitoAproximadamente 130 pesso-

as, provenientes das Paróquias daComarca do Estreito, realizaramseu encontro comarcal em prepa-ração à grande Concentração dosGrupos Bíblicos em Família. Osmuitos grupos pertencentes àComarca estavam representados.

O encontro aconteceu no dia19 de junho, sábado à tarde, naIgreja São Cristóvão, Paróquia N.Sra. do Rosário, Roçado, São José.Foi uma grande tarde de forma-ção e de espiritualidade, já queestávamos voltados para o estu-do do subsídio “Igreja nas Casas”,em preparação à Grande Concen-tração Arquidiocesana no dia 29de Agosto, em Camboriú. Nossaassessora, Irmã Luzia Pereira, fezuma maravilhosa apresentaçãodo conteúdo do documento emquestão. Frisou bastante sobre oscompromissos que devemos as-sumir como Grupos em Família enossa responsabilidade e mane-jo como animadores, principal-mente na alegria e boa vontade,sempre dispostos a assumir noGrupo e em grupo.

Nosso encontro terminou naprópria Celebração Eucarística daComunidade às 18h, cujo Cele-brante, Pe. André Gonzaga, o páro-co, fez o envio dos participantes.

Diác. Wilson Fabio de CastroDiác. Wilson Fabio de CastroDiác. Wilson Fabio de CastroDiác. Wilson Fabio de CastroDiác. Wilson Fabio de CastroComunidade São Cristovão

Comarca de BiguaçuAnimadores e animadoras dos

GBFs das paróquias de AntônioCarlos, Sagrados Corações e São

João Evangelista participaram doencontro comarcal dos GBFs quefoi realizado em Biguaçu. A coor-denação comarcal acolheu comalegria os participante e o asses-sor Pe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias Wolff.

Pe. Elias nos ajudou a refletir so-bre a importância, o objetivo e aidentidade dos GBFs na vida da Igre-ja e na Comunidade. O dos gruposé ‘evangelizar’. O animador(a) é umevangelizador e um evangelizado.Os GBFs são um modo de a Igrejaser: Igreja doméstica, Igreja família,Igreja pequena comunidade, com-prometida com o bem comum, Igre-ja comunhão com Deus e com osirmãos e irmãs, Igreja relação deamor com o Pai e o Filho e o Espíri-to Santo.

Os grupos são o chão da vidada Igreja, o jeito simples do povo deDeus viver a solidariedade, a parti-lha da vida e do saber, uma Igrejaonde todos têm direito a vez e voz.

Um modo de a Igreja viver avida de comunidade, tendo comoreferência as primeiras comunida-des cristãs, Atos 2, 42 “todos vivi-am unidos, na comunhão frater-na, na fração do pão...”. Por isso,os GBFs devem ser assumidoscomo prioridade pastoral por to-dos os membros da Igreja.

Em seguida fomos motivadospara a concentração dos GBFs nodia 29 de agosto em Camboriú, econversamos sobre o livreto doTempo Comum. O encontrorelembrou nosso compromisso de'Igrejas nas casas', incentivando-nos a continuar a missão que Je-sus nos enviou.

Animadores(as) dos GBFsAnimadores(as) dos GBFsAnimadores(as) dos GBFsAnimadores(as) dos GBFsAnimadores(as) dos GBFs

II CONCENTRAÇÃO ARQUI-DIOCESANA DOS GRUPOS

BÍBLICOS EM FAMÍLIAEstamos vivendo um tempo

de graça, preparando-nos paraa nossa grande II ConcentraçãoArquidiocesana dos Grupos Bí-blicos em Família, no dia 29 deagosto, em Camboriú.

É nossa responsabilidade,como participantes dos GruposBíblicos em Família, convidar osfamiliares, vizinhos e toda a co-munidade, para a nossa Con-centração. Quando? No dia 29de agosto, um domingo. Onde?No Ginásio de Esportes, em

Camboriú, na Paróquia DivinoEspírito Santo.

MOBILIZE TODA A COMU-MOBILIZE TODA A COMU-MOBILIZE TODA A COMU-MOBILIZE TODA A COMU-MOBILIZE TODA A COMU-NIDADE E ORGANIZE SUASNIDADE E ORGANIZE SUASNIDADE E ORGANIZE SUASNIDADE E ORGANIZE SUASNIDADE E ORGANIZE SUASCARACARACARACARACARAVVVVVANASANASANASANASANAS. Entre em conta-to com o pároco e oscoordenadores(as) da comuni-dade e da paróquia, para orga-nizarem a ida até Camboriú.

Mais informações, pelo fone(48) 3224-4799 ou pelo [email protected], com MariaMariaMariaMariaMariaGlória da SilvaGlória da SilvaGlória da SilvaGlória da SilvaGlória da Silva, coordenado-ra arquidiocesana dos GBFs.

plebiscito popular, ‘Por um limite dapropriedade de terra’ (gesto concre-to da CFE-2010), motivando queseja assumido e concretizado nasdioceses; importância da Romariada Terra e da Água como um espa-ço onde a fé e vida se encontram;reflexão sobre o tema e o lema do IIInterdiocesano: ‘A Missão dos Dis-cípulos Missionários de Jesus Cris-to à luz da Palavra de Deus’e “Ai demim se eu não evangelizar” (1Cor9,16); partilha sobre os elementosque compõem o cartaz do IIInterdiocesano; elaboração da car-ta/mensagem aos animadores eanimadoras para ser lida nos blo-cos; partilha dos blocos sobre a pre-paração, organização e metodo-logia dos Interdiocesanos, que rea-lizarão no dia 12 de setembro pró-ximo; encaminhamentos e serviçospara a próxima reunião regional dosGR/F e CEBs que se realizará emFlorianópolis.

Atividade Regional dosCoordenadores(as) dos GR/F e CEBsCerca de trinta e cinco lideran-

ças, dentre eles padres e leigos eleigas, representaram as diocesesdo Regional Sul IV na reunião esta-dual das CEBs e GR/F, nos dias 18a 20 de junho, em Criciúma. Fomosacolhidos calorosamente pelas li-deranças da comunidade NSra.Aparecida de Vila Nova Operária, daParóquia Santa Bárbara. O encon-tro contou com a presença e acolhi-da de Dom Jacinto Inácio FlachDom Jacinto Inácio FlachDom Jacinto Inácio FlachDom Jacinto Inácio FlachDom Jacinto Inácio Flach,atual bispo de Criciúma.

Na manhã de sábado, Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-Pe. Do-mingos Dorigon mingos Dorigon mingos Dorigon mingos Dorigon mingos Dorigon provocou umareflexão sobre a Conjuntura eclesiale social, apontando caminhos parao “VER” da realidade que nos cer-ca. Um dos assuntos levantados,muito discutido, foi ‘Ecologia’ - meioambiente. Seguiu-se a reunião emgrupos para aprofundar o tema nasdiferentes realidades de cadadiocese, visando os compromissosdos Grupos de Reflexão e CEBs comas questões queafetam a vidahumana e omeio ambiente.

Outros as-suntos: apre-sentação da car-ta/mensagemescrita na 43ªAssembleia Ge-ral (CNBB) dosbispos para a asCEBs e GR/F; re-flexão sobre o Entre os temas debatidos, estava II Interdiocesano

Divulgação/JA

Mais de 130 pessoas participaram do encontro na Comarca do Estreito

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

12 Artigos Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

João Borges Quintão nasceuno dia 27 de junho de 1871, naFazenda Boa Vista, que uns situ-am no Distrito de Sant'Ana do Alfiée outros, no Distrito de Babilônia,ambos incorporados, até 1890,ao Município de Itabira, MG. Hojeé o município de Marliéria, peque-na cidade onde logo se vê a ho-menagem ao filho ilustre e santo:“Escola Estadual Padre JoãoBorges Quintão”. Seus pais JoãoBorges Quintão e Maria TeixeiraFerreira o levaram à Pia batismalem 23 de julho de 1871.

Os primeiros estudos foramfeitos na sede do município, noColégio das Palmeiras. Depois doCurso de Humanidades no Colé-gio do Caraça, em 1890, dirigiu-se a Petrópolis onde entrou parao Noviciado da Congregação daMissão (lazaristas), e fez os cur-sos de Filosofia, de Teologia e deDireito Canônico. Em 1896, vol-tou ao Caraça, como Diácono, afim de lecionar nesse tradicionalestabelecimento de ensino que,dirigido pelos Padres lazaristas,educou gerações de cristãos, po-líticos e intelectuais brasileiros.Foi nele que Raul Pompéia ambi-entou seu conhecido romance “OCaraça”.

Ordenado presbítero em1896, no ano seguinte começoua lecionar no Seminário do RioComprido, tradicional casa de for-mação presbiteral da arquidio-cese do Rio de Janeiro, onde fi-cou até o fim do ano de 1901,tendo exercido paralelamente ocargo de Capelão da Santa Casa.

Entre 1902 e 1906, foi nome-ado Padre-Mestre de Missões nosEstados do Paraná e de SantaCatarina, onde foi grande no mi-nistério da Palavra. Seus sermõeseram brilhantes tanto pela forma

Padre João Borges Quintão - um coração divididoquanto pelo conteúdo bíblico einsistência na justiça social. Osjornais do Paraná e SantaCatarina com antecedênciaanunciavam suas pregações.

Modesto, nunca buscouelogios pelos seus justos e no-táveis merecimentos. Aprimo-rando a vida espiritual de mui-ta gente, ele foi, até 1918, umdos maiores artífices da cons-trução do Reino de Deus nasalmas de centenas de milha-res de brasileiros, tanto no Sulcomo no Rio de Janeiro.

Pe. João Quintão era dota-do de muita sensibilidade e for-te consciência da transitorieda-de da vida, como se vê nestacarta ao primo Raphael, escri-ta em 1902, em Curitiba: “Ape-sar das tristezas e saudades edos muitos trabalhos de pregar,confessar, baptizar etc. etc. estoucontente, porque em Jesus e emMaria e em José! Animo! Já estásno meio do caminho doloroso doCalvário. Alguns passos aindaatraz de Jesus e consumarás esseteu holocausto no alto da monta-nha! Vamos com Elle! Vamos!Ajudae-me a seguir-vos, a morrerconvosco crucificado. Espero queum dia irei gozar convosco no céo.Assim seja. Amen. Amen”.

Eleito bispo deFlorianópolis - a busca

da fidelidadeEntre 1906 e 1914, reitor do

Seminário de Curitiba. Em 1913foi surpreendido com a comuni-cação oficial de que havia sidoeleito por Pio X segundo bispo daDiocese de Florianópolis, vacan-te desde 1912 pela transferênciade Dom João Becker para PortoAlegre. Mas, para surpresa geral,

antes da sagração episcopal, hou-ve por bem e por certo desistir daplenitude do sacerdócio, por séri-as razões de foro íntimo.

Em 1980, assim se referiu aoacontecimento Mons. José Locks,testemunha da época, numa en-trevista que me concedeu: “No Pe.Quintão, lazarista, reitor do Semi-nário de Curitiba, pareciam reuni-das as qualidades de um Bispo:qualidades intelectuais e qualida-des morais. No entanto, depois denomeado ele renunciou, alegan-do ser indigno para o cargo. O Pe.Topp ficou encantado com a hu-mildade dele e foi a Curitiba parademovê-lo de sua renúncia: “TalBispo nós precisamos, sem ambi-ção de honras e dignidades”. Maso Pe. Quintão ficou inabalável, eno fim disse: “Mons. Topp, se osenhor conhecesse quem eu sou,não insistiria na sua teima”. Mons.Topp saiu pensando: “Ou é umgrande santo ou é um grande pe-

A Importância da Comissão Paroquial para oEcumenismo e o Diálogo Inter-Religioso - (2ª parte)

Na edição anterior iniciamosa conversa sobre a missão da Co-missão Paroquial para o Ecu-menismo e o Diálogo Interreli-gioso. A partir de alguns textos bí-blicos motivamos a respeito danecessidade da oração comomeio prioritário para que as Igre-jas Cristãs continuem sua cami-nhada para a unidade, seguindoo exemplo de Jesus e cumprindoo seu pedido para que todos se-jam um (Jo 17,21).

Junto com a oração persisten-te, individual e comunitária, a Co-missão Paroquial assume tam-bém a missão de defender e pro-mover os Direitos Humanos, tendoe vista a vida digna de todas aspessoas, independentemente desua confissão religiosa. Em cadacomunidade, se formos atentos,vemos diferentes rostos sofredo-res, como nos alerta o Documento

de Aparecida (nn. 407 a 430): pes-soas que vivem na rua, migrantes,enfermos, dependentes de drogas,vítimas de violência, detidos emprisões e tantos outros.

Uma das expressões deecumenismo e de diálogo inter-re-ligioso é a união das Igrejas Cristãse das Religiões nas ações de base.A opção fundamental é, sem dúvi-da, a caridade a partir das pessoassofredoras. Foi esta a opção deJesus e de tantos líderes da huma-nidade, pertencentes a diferentestradições religiosas.

Há um modo todo especial deorganizar e praticar a caridade: aPolítica. Todos nos lembramos daafirmação do papa Paulo VI quan-

do se referiu à Política como umadas formas mais elevadas de cari-dade. Por isso, escrevemos a pala-vra Política com “P” maiúsculo. To-dos somos responsáveis pelaconstrução de uma sociedade jus-ta e solidária. Todos podemos, de-vemos, fazer Política.

Recentemente o CONIC - Con-selho Nacional de Igrejas Cristãsdo Brasil, através dos representan-tes das Igrejas-membro (CatólicaApostólica Romana, EpiscopalAnglicana do Brasil, Evangélica deConfissão Luterana do Brasil,Presbiteriana Unida do Brasil eSirian Ortodoxa de Antioquia) lan-çou uma Declaração sobre Éticana Política e Eleições 2010. Entre

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

tou da perversidade do modeloeconômico vigente e de alternati-vas para incluir os menos favoreci-dos, é preciso que sejam refletidasmaneiras de contemplá-los emseus direitos e necessidades bási-cas...” (Declaração integral em:www.conic.org.brwww.conic.org.brwww.conic.org.brwww.conic.org.brwww.conic.org.br).

Quem sabe, uma das açõesconcretas das Comissões Paroqui-ais para o Ecumenismo e para oDiálogo Interreligioso, neste ano deeleições, seja reunir lideranças epessoas interessadas das IgrejasCristãs e de outras Religiões, con-vidando os candidatos da sua re-gião, para uma conversa sobre aPolítica: uma das formas mais ele-vadas de caridade...

Celso Loraschi Celso Loraschi Celso Loraschi Celso Loraschi Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coord. Comis-são Arquid. para o Ecumenismo eo Diálogo Inter-Religioso - CADEIR

cador!””. Era um homem fiel.Em Padre João Borges, o ce-

libato não era vividosantamente como deveria ser.Viveu seu sacerdócio e fé cris-tã com extrema seriedade,mas com o coração dividido. Sefoi eleito bispo num período emque somente grandes vultoseram chamados ao episcopa-do, na República incipiente, eraporque tinha dignidade moralpara esse ministério.

Poderia ter-se deixado se-duzir pela honra do Episcopa-do: preferiu a lealdade à Igreja.Não desistiu logo. Mesmo sa-bendo de sua condição de pe-cador, lutou para superar o dra-ma da paixão humana. Em1919, saiu da Congregação daMissão para o lar, que fundoucom Sílvia Bittencourt Cotrim,

filha de tradicional família de mili-tares. Pe. João tinha conhecidoSílvia na Santa Casa do Rio, ondeera interna.

O casal foi morar no humildearraial de Babilônia, hoje Mar-liéria, no Vale do Rio Doce e, parasustento da família, abriu umColégio que funcionou durantetrês anos (1920-1922), com adenominação de “Nossa Senho-ra das Dores”, sua grande devo-ção. Lugar pobre, não ofereciacondições de vida.

Em 1923, acompanhado damulher e de três filhos, ele mu-dou-se para Itabira, MG, a convitede seu antigo colega e amigoTrajano Procópio de AlvarengaMonteiro, a fim de, no GinásioMunicipal Sul-Americano, lecionaro francês, o inglês e o latim.

Enfermo, em 1927 foi interna-do do Hospital de Itabira, cujo povoo havia recebido com manifesta-ções de apreço e de caridade.

Agravando-se o mal que o pros-trava no leito, foi visitado por anti-gos colegas padres lazaristas. En-tre eles, Pe. Jerônimo de Castro,que lhe deu a absolvição geral eas bênçãos da Igreja a que elehavia prestado grandes e bonsserviços, deixando atrás de si umamontanha de boas obras, quemarcaram sua passagem por estemundo. Foi a maior graça da vidadesse homem que nunca deixoude ser sacerdote.

No dia 23 de julho de 1927,tendo recebido os últimos sacra-mentos, com apenas 54 anos,entregou sua alma ao Pai. Seucoração nunca se distanciara deJesus Cristo nem de Nossa Senho-ra, de quem era devotíssimo, poisnunca havia abandonado a reci-tação do terço do seu Rosário. Aesposa Sílvia e os filhos seguirampara o Rio de Janeiro.

A vida e a morte do Padre João,como ele era chamado emMarliéria, do Padre João Borges,como era conhecido em Itabira,do Padre Quintão, como era trata-do por seus colegas e irmãos daCongregação fundada por SãoVicente, despertam a lembrançapara uma das mais belas páginasde Péguy, em sua Obra “Clio”:

“Quando a graça não chegapor estradas retas, percorre es-tradas tortas. Quando não chegapela direita, chega pela esquer-da. Quando não chega seguindonuma linha reta, chega seguindouma linha curva e quebrada.Quando não chega do alto, che-ga de baixo. Quando não chegado centro, chega da periferia.Quando não esguicha como fon-te, corre como água pura”.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

Pe. Quintão, eleito o segundo bispode Florianópolis, renúnciou antesda sagração episcopal. Trocou osacerdócio pelo matrimônio.

outras reflexões, aí encontramos:“De nossas Igrejas chegam-nosexpressões de preocupação emuitas vezes espanto, acompa-nhadas de insatisfação e desilu-são em relação à classe políticade nosso país. A voz dessas pes-soas deve ser ouvida, não negli-genciada; afinal, o poder está nasmãos do povo que, de tempos emtempos, elege representantespara defender os interesses da co-letividade. Em vista disso, espera-mos nos políticos que forem elei-tos em outubro, que prezem pelaética como um valor inalienável...Lembrando a recente Campanhada Fraternidade Ecumênica, quecom o tema ‘Economia e Vida’ tra-

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

Os sul africanos têm mais de cinco mil Igrejas e seitas, mas negros e brancos ainda têm igrejas separadas

Jornal da Arquidiocese Julho 201013Missão

A Igreja na África do SulNomvula, uma senhora na

casa dos 30 anos, foi batizada,recebeu a Primeira Comunhão efoi confirmada na Vigília Pascal noSábado Santo, depois de ter parti-cipado no curso de catecúmenos.

Mas NomvuIa é um caso par-ticular: há já alguns anos que to-dos os domingos ensinava o cate-cismo às crianças do ensino pré-escolar na sua paróquia e aindarecebia regularmente a comu-nhão na missa. Só no ano passa-do, ao conversar com o seu páro-co, é que percebeu que nunca ti-nha sido batizada na Igreja Católi-ca. Sempre pensara que era cató-lica pelo mero fato de ter freqüen-tado o ensino primário e secun-dário numa instituição católica.

Na verdade, ela tinha sido bati-zada na Suazilândia, seu país na-tal, na Igreja do Nazareno, umadenominação fundamentalistapróxima dos “cristãos renascidos”.

A confusão de Nomvula podeser um caso isolado, mas refletebem a confusão que está na men-te de muitos cristãos da África doSul que têm dificuldade em ver adiferença entre uma Igreja e ou-tra, e muitas vezes acreditam quetodas as denominações cristãssão o mesmo.

Isso também explica o fato deos cristãos facilmente deixarem deser fiéis de uma Igreja e passarema sê-lo de outra, muitas vezes porcausa do casamento. É ampla-mente aceito entre os negros, quesão cerca de 85 por cento dos 3,8milhões de católicos na África doSul, que a mulher tem de seguir a

Igreja do seu marido, mesmo queeste não seja praticante.

Falta de inculturaçãoNa África do Sul, onde, segun-

do alguns estudos, há mais de cin-co mil Igrejas e seitas. A confusãoe a falta de reconhecimento dasdiferenças entre as confissões cris-tãs também se devem a uma insu-ficiente inculturação da fé cristã,“uma fé meramente epidérmicana África do Sul”, afirma o arcebis-po de Joanesburgo, E acrescenta:“O Cristianismo na África do Sultem cerca de 150 anos e a mu-dança de mentalidade trazida pelaevangelização não foi tão radicalcomo seria de esperar”.

Na verdade, a religião tradicio-nal não é praticada abertamentee, no entanto, subjaz a tudo o queacontece na vida das pessoas. Aspessoas temem os espíritos dosantepassados, cujo poder é consi-derado superior ao de Deus sobreo destino da pessoa. Um semina-rista que estava preparando os jo-vens para o sacramento da Confir-mação, perguntou-lhes aonde éque eles se dirigem em caso dedoença. Os jovens responderamem coro: “ao sacerdote e, em se-guida, ao curandeiro tradicional”.

Fonte de empenhoNinguém pode negar o empe-

nho da Igreja Católica em váriasesferas sociais, tais como educa-ção, saúde, meios de comunicaçãoe projetos de desenvolvimento. NaÁfrica do Sul, que tem uma dasmaiores taxas de infecção com

5,7 milhões de pessoassoropositivas, a Igreja dá uma gran-de contribuição na luta contra apandemia do AIDS, coordenandomais de 100 programas de servi-ços para esses doentes, incluindohospitais, clínicas, asilos, cuidadosdomiciliários, prevenção da trans-missão de mãe para filho, etc. Osprogramas chegam a mais de 70mil pessoas, com 14 mil a recebe-rem tratamento anti-retroviral.Além dos muitos membros do pes-

soal qualificado a serviço da Igre-ja, há inúmeros voluntários, a mai-oria mulheres e desempregados,que cuidam diariamente de doen-tes no seu domicílio, lidam com amorte e cuidam das crianças órfãsdevido à doença. Esses voluntári-os prestam este serviço com fé ecompaixão genuína pelos doentes.

Novos desafiosA Igreja na África do Sul precisa

lidar com outros desafios, entreeles a busca da reconciliação. O

governo, através do trabalho daComissão de Verdade e Reconcilia-ção, dirigida pelo arcebispoanglicano Desmond Tutu, liderou oprocesso na sociedade, mas as Igre-jas, em geral, têm sido mais lentasa assumirem esta tarefa e não fo-ram capazes de dar um contributoespecífico na área de reconciliação.“Há imensas divisões raciais e étni-cas, mesmo entre os nossos católi-cos”, diz o bispo auxiliar da arqui-diocese de Durban. “Como Igreja,temos de desafiar a sociedade e osnossos paroquianos, à luz do Evan-gelho, mostrando que a diferençacultural é complementar e que é umfator de enriquecimento”.

Nas grandes áreas metropoli-tanas, por exemplo, os brancosrezam nas suas paróquias, os ne-gros nas suas próprias e os mesti-ços fazem o mesmo. Há poucasparóquias mistas. O tipo de lingua-gem que se ouve freqüentementeem relação a negros e brancos,ainda é a do “nós e eles”.

A liderança da Igreja Católica naÁfrica do Sul está preocupada como desafio da reconciliação. Após oSínodo Africano, realizado emRoma em 2009, os bispos da Áfri-ca do Sul, Botsuana e Suazilândialançaram a consulta pastoral parao ano de 2012, que abordará, deforma prática, o tema do Sínodo daReconciliação: “Justiça e Paz”. Es-pera-se que iniciativas como essagerem a visão e o entusiasmo ne-cessários para fazer da Igreja na Áfri-ca do Sul um sinal mais visível dosvalores do Evangelho numa socie-dade que ainda luta com divisõesraciais e econômicas.

Efrem TEfrem TEfrem TEfrem TEfrem TresoldiresoldiresoldiresoldiresoldiAdaptação por Pe. Paulo dePe. Paulo dePe. Paulo dePe. Paulo dePe. Paulo deCoppiCoppiCoppiCoppiCoppi-PIME

Divulgação/JA

150 seminaristas de todosos seminários maiores do Bra-si l estarão reunidos emBrasilia de 4 a 10 de julho re-fletindo sobre o Tema: "Forma-ção presbiteral para uma mis-são sem fronteiras" e tendocomo lema: "Chamados paraestar com ele e enviados" (Mc3,14). Serão sete dias inspira-dos por uma reflexão bíblica

Congresso Missionário dos Seminaristassobre a missão a partir dos evan-gelhos e das cartas de Paulo. Oobjetivo da iniciativa é alimen-tar a consciência missionáriados futuros presbíteros, à luz daBíblia e das orientações dosmais recentes documentos daIgreja. Será um passo significati-vo para que a Igreja do Brasil re-ceba um novo e forte impulsomissionário.

Aos 130 missionários daArquidiocese de Florianó-polis que estarão realizandotrabalho evangelizador naParóquia de Xique Xique,dddddiocese da Barra, naiocese da Barra, naiocese da Barra, naiocese da Barra, naiocese da Barra, naBahia, Bahia, Bahia, Bahia, Bahia, desejamos uma boaviagem e uma ótima missão.Eles partem dia 16 de julhoe estarão de volta no dia 28.

Divulgação/JA

Um dos principais problemas é aAids. Há 5,7 milhões de pessoas

infectadas. A Igreja coordenamais de 100 programas para

evitar a proliferação do problema

Embora desde 1990 não existamais o Apartheid, que segregavaos negros, o preconceito ainda é

presente. Negros e brancosparticipam dos cultos e celebra-ções em igrejas separadas. Isso,

apesar do empenho do arcebispoanglicano Desmond Tutu (ao lado).

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2010

14 Geral Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

PapelNinguém que brinque com o

amor sairá dessa 'brincadeira' in-cólume. É mais ou menos como opapel que, deixado à sua própria‘vontade’ e posto na máquina,desliza ‘feliz’ pela bobina e delasai enrugado. Quando sai, porque,às vezes, fica trancado! E, uma vezamassado, nem à força do ferrode passar consegue que as ‘rugas’desapareçam...

EuQue batalha, cada dia, contra

o “eu”, que requer o primeiro lu-gar, que quer ter, só ele, a opiniãocerta, que exige o respeito aosseus ‘direitos’. O “eu” custa a mor-rer. E como gosta de ressuscitar!

OuvirQuando ouvimos com o cora-

ção, os sinos da alma tocam,

Divulgação/JA

quem fala sente-se irmão e tudofica mais fácil!

FelicidadeA verdadeira felicidade consis-

te em fazer o outro feliz, porque,afinal, é no outro que encontro oOutro!

ImportunarOs santos são simples. Na

sua humildade e confiança, diri-gem-se ao Pai como filhos quese sabem amados. Afirmava osanto Cura d’Ars: “O bom Deusgosta de ser incomodado”! ESanta Teresa d'Ávila expressavaseu amor ardente dizendo: “Ómeu Deus, quem me dera impor-tunar-vos sem cessar!...”. O pró-prio Mestre ensinou-nos a‘importuná-lo’: “Batei e vos seráaberto” (Mt 7,7).O que estamosesperando?

O namoro é a estação emque se embarca para, depois,com amor duradouro, viajar pe-las estações da vida. E, nessaviagem, às retas sucedem ascurvas, às subidas sempre suce-

Namoro 3

No dia 13 de julho, o Pe. Sér-Pe. Sér-Pe. Sér-Pe. Sér-Pe. Sér-gio José de Souza gio José de Souza gio José de Souza gio José de Souza gio José de Souza estará cele-brando 25 anos de ordenaçãopresbiteral. Nascido no dia 23 desetembro de 1956, na localidadedo Estreito, região continental deFlorianópolis, teve a vocação des-pertada na mais tenra idade. Lem-bra que aos cinco anos já brincavade celebrar missa.

Numa família de sete irmãos,Pe. Sérgio cresceu no cultivo da fée da vida cristã, proveniente deseus pais. Mais tarde, por volta deseus 17 anos, ingressou no semi-nário de Azambuja, em Brusque.Após completar seus estudos deTeologia no ITESC, foi ordenadopresbítero no dia 13 de julho de1985, no Santuário NSra. de Fáti-ma, sua paróquia natal. Contavaentão 27 anos de idade. Seu lemade ordenação: “Eu vim para servire não para ser servido”.

Em entrevista ao Jornal daArquidiocese, ele fala como foidespertada sua vocação, o apoiorecebido da família, a contribuiçãodas Irmãs Salvatorianas, o traba-lho que realizou nas quatro comu-nidades onde exerceu o ministé-rio presbiteral e as contribuiçõesque deu para as vocações.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Como surgiu sua vocaçãoComo surgiu sua vocaçãoComo surgiu sua vocaçãoComo surgiu sua vocaçãoComo surgiu sua vocaçãopresbiteral?presbiteral?presbiteral?presbiteral?presbiteral?

Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Desde muito cedo,nos primeiros anos de minha vida.Minhas brincadeiras de infânciapreferidas eram: batizar, rezar mis-sas, procissões, e até mesmo na

Pe. Sérgio de SouzaUma vocação despertada ainda na in-

fância e que foi fortalecida com os anosoração do Oficio das irmãsSalvatorianas, subir ao altar e abriros braços para fazer a oração. Osermão, que também fazia, era umúnico tema: o nascimento de Jesus(Natal). A “hóstia” era banana cor-tada em rodelas. Muitas vezes euvisitava os vizinhos como um “minipadre”. A roupa, a princípio, era umlençol ou camisola; o que mais mefizesse parecer com um padre.Com seis anos, ganhei das irmãssalvatorianas um paramento com-pleto: alva, cíngulo, estola, amito ecasula. Meu cálice era um copo devidro; a pala, uma parte de caixa desapato, e um lenço era o corporal.Não podia faltar o coroinha, que erameu irmão caçula, com seu traje esineta nas mãos. Até dizem quetambém havia coleta na “missa”.Lembro-me da visita da imagem deNSra. de Fátima às famílias, onderezávamos o terço; penso que, aqui,começou de fato o chamado.

JA - O senhor recebeuJA - O senhor recebeuJA - O senhor recebeuJA - O senhor recebeuJA - O senhor recebeuapoio para a sua decisão ain-apoio para a sua decisão ain-apoio para a sua decisão ain-apoio para a sua decisão ain-apoio para a sua decisão ain-da tão jovem?da tão jovem?da tão jovem?da tão jovem?da tão jovem?

PPPPPe. Sérgio - e. Sérgio - e. Sérgio - e. Sérgio - e. Sérgio - Tudo e todos co-laboravam: o ambiente familiar, osprimeiros vizinhos que eram pa-dres e religiosas, e acima de tudo,o Santuário de NSra. de Fátima.Esse ambiente caloroso de Mãe ede fé foi no qual vivi e convivi pormuito tempo. Outra experiênciamarcante de minha infância e ado-lescência foram os trabalhos querealizava com muito zelo e amor àminha paróquia e aos sacerdotes:ajudava na limpeza da casa paro-

quial, capinava ao redor da igreja,engraxava os sapatos dos padres,apanhava flores para enfeitar aigreja, preparava as missas, comotambém ajudava na celebração.Qualquer trabalho que fosse pelaigreja eu estava sempre disposto.Tudo era motivo de grande alegria:servir a igreja, servir os sacerdotes.

JA - Qual a contribuiçãoJA - Qual a contribuiçãoJA - Qual a contribuiçãoJA - Qual a contribuiçãoJA - Qual a contribuiçãodas Irmãs Salvatorianas nodas Irmãs Salvatorianas nodas Irmãs Salvatorianas nodas Irmãs Salvatorianas nodas Irmãs Salvatorianas noseu despertar vocacional?seu despertar vocacional?seu despertar vocacional?seu despertar vocacional?seu despertar vocacional?

Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Eu, e meus seteirmãos, estudamos no ColégioNSra. de Fátima, das IrmãsSalvatorianas, que ficava junto doSantuário, ocupando várias desuas dependências. Cursei o Pré,o Jardim e da 1ª a 4ª série e inclu-sive o quinto ano de admissão. Ozelo, a dedicação e alegria dessasconsagradas, só temos a agrade-cer de coração. Nossa família Sou-za deve muito a elas. O zelo pelaIgreja de Fátima, a Catequese,

Liturgia e a Educação Escolar, ser-viços prestados por elas, criaramem mim um grande amor à Igreja.O meu reconhecimento por tudo oque fizeram se expressa a cada dianas orações em sua intenção.

JA - Os seus 25 anos deJA - Os seus 25 anos deJA - Os seus 25 anos deJA - Os seus 25 anos deJA - Os seus 25 anos depresbítero foram dedicadospresbítero foram dedicadospresbítero foram dedicadospresbítero foram dedicadospresbítero foram dedicadosao atendimento paroquial. Oao atendimento paroquial. Oao atendimento paroquial. Oao atendimento paroquial. Oao atendimento paroquial. Oque mais colaborou para oque mais colaborou para oque mais colaborou para oque mais colaborou para oque mais colaborou para obom êxito do seu trabalho?bom êxito do seu trabalho?bom êxito do seu trabalho?bom êxito do seu trabalho?bom êxito do seu trabalho?

Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Em minha vidapresbiteral, Deus sempre me pôsem contacto com sacerdotes ido-sos, a quem muito estimei. Na mi-nha primeira experiência, em Pon-te do Imaruim, Pe. Osvaldo PrimPe. Osvaldo PrimPe. Osvaldo PrimPe. Osvaldo PrimPe. Osvaldo Primpediu a Dom Afonso que eu fossetrabalhar com ele, iniciando assimminha vida ministerial ao lado dequem a estava concluindo. Foi mui-to marcante e aprendi muito. EmBrusque, pude conviver com o Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.João da CruzJoão da CruzJoão da CruzJoão da CruzJoão da Cruz, SCJ, homem deDeus a quem tive a alegria de escu-

tar muitas vezes, relatando suas his-tórias e seus trabalhos. Em Campi-nas, São José, com o Pe. Raul e Pe.José foram sete anos de convivên-cia, de partilha, ajuda e acolhimen-to. Em Itajaí, com o padre Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-cisco Marinicisco Marinicisco Marinicisco Marinicisco Marini, que residia ondeagora é minha paróquia e a quemacompanhei em sua longa doença.Em minha paróquia de origem, noEstreito, tive a alegria de convivercom muitos padres: Pe. Quinto, Pe.Raul de Souza , Pe. Edegar, Pe. JoãoCardoso, Pe. Aquilino, Pe. Norberto,Pe. Agostinho Petry (atualmenteDom Agostinho), Pe. Vertolino, masacima de tudo, a pessoa do Pe. Quin-to, que criou em mim uma “inspira-ção” de sacerdote, desde o trajarao celebrar; a ele devo o meu me-lhor aprendizado.

JA - O que mais o marcouJA - O que mais o marcouJA - O que mais o marcouJA - O que mais o marcouJA - O que mais o marcouno seu trabalho como pároco?no seu trabalho como pároco?no seu trabalho como pároco?no seu trabalho como pároco?no seu trabalho como pároco?

Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Pe. Sérgio - Por todas as pa-róquias em que passei, cada umadelas deixou uma marca diferen-te. Em Brusque, muito me marcouo grande trabalho que pude reali-zar fazendo visitas nas casas; re-alizei-as em toda a paróquia deSanta Teresinha, inclusive visitan-do lares evangélicos. Outra expe-riência muito forte foi a da Reno-vação Carismática em Campinas.Foi algo que me marcou profun-damente e também o coração dajuventude em busca da Palavra eda Eucaristia. Lembro-me que,para os retiros, eles se dirigiam àspraças públicas em busca de ou-tros jovens, e levavam dependen-tes químicos para uma primeiraexperiência de retiro. Era um gru-po de oração que funcionava dejaneiro a dezembro, todas as se-gundas-feiras. A participação eramuito grande. Os retiros, os encon-tros... Deus realizou sua Obra emmuitos corações.

Minhas brin-cadeiras deinfância pre-feridas eram:batizar, rezarmissas eabrir os bra-ços parafazer aoração”

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JA

dem as descidas. Haverá tempobom, sim, mas o mau tempotambém baterá à porta. É preci-so, desde o princípio, ser sábio,e construir sobre a Rocha e, não,sobre a areia.

NamoroNamoros sadios normalmen-

te saem de boas famílias; namo-ros desastrosos, de famílias emque já não há limites nem forma-ção, famílias em que Deus nãotem mais lugar.

Namoro 2Pais que educam bem os filhos

e as filhas estarão entregando umbem precioso a seu futuro cônju-ge. E, mais tarde, ficarão felizes emver a família que eles constituíram.E ficarão felizes com os netos queseus filhos lhes darão. E louvarãoa Deus pelos limites que impuse-ram, pelas permissões que nãoconcederam, pelas exigências queapresentaram. Filhos bons e capa-zes de amar são criados com oamor exigente dos pais. Pais frou-xos criam filhos frouxos, pais exi-gentes criam filhos felizes, mesmoem meio às dificuldades da vida.

Pe. Sérgio preside aEucaristia: sonho deinfância foi realizadoaos 27 anos, com aordenação presbiteral

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Jornal da Arquidiocese Julho 201015Geral

Bombinhas é elevada a ParóquiaCelebração marcou a criação da Paróquia NSra. da Imaculada Conceição, no município de Bombinhas

Mais de 800 pessoas participa-ram da celebração realizada namanhã do dia 13 de junho que crioua Paróquia NSra. da Imaculada Con-ceição, em Bombas, no municípiode Bombinhas, desmembrada daParóquia Senhor Bom Jesus dos Afli-tos, em Porto Belo. Presidida pelonosso arcebispo Dom Murilo Krieger,a celebração contou com a partici-pação de nosso bispo-auxiliaremérito Dom Vito Schlickmann,além de 11 padres e três diáconos.Pe. José Jacob Archer Pe. José Jacob Archer Pe. José Jacob Archer Pe. José Jacob Archer Pe. José Jacob Archer foi empos-sado como o primeiro pároco.

A Igreja Matriz, recém cons-truída, teve os seus 600 lugarescompletamente ocupados. No iní-cio da celebração, após a leiturados documentos de criação da pa-róquia e de nomeação do primeiropároco, representantes das seis co-munidades que compõem a novaparóquia trouxeram o Evangelho atéo altar, e o entregaram a Dom Murilo.O Evangeliário veio em uma redecom o nome de cada uma das co-munidades. Após as leituras, Pe.Jacó fez a profissão de fé.

Em sua homilia, Dom Muriloexplicou o conceito de paróquia."A paróquia é fonte de salvação egraça. É o lugar do perdão de

Deus. O ponto de encontro de umacomunidade. É o local para juntosdescobrirmos como Jesus nosama e é misericordioso e para queO anunciemos aos outros", disseo Arcebispo.

ENTREGA DAS CHAVESPe. Jacó recebeu das mãos de

Dom Murilo a chave da Igreja e doSacrário. “Lembra-te de que a Eu-caristia é o ápice e a fonte de toda avida cristã. Por isso, empenha-te

com todo o zelo para que ela seja ocentro de toda a ação pastoral e detoda a vida da Paróquia”, disse DomMurilo. Ao final da celebração, foirealizada a prestação de contas dasreceitas e despesas nos três anosde construção da Igreja Matriz, daSecretaria e da Casa Paroquial.

Para mais fotos e a notícia com-pleta, acesse o site www.www.www.www.www.arararararqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br. As fotos estão nolink “Galerias” no alto da página.

Pe. Jacó fala sobre os de-safios na nova paróquia

Com a criação da ParóquiaSanto Antônio, em Bombinhas,Pe. José Jacó ArcherPe. José Jacó ArcherPe. José Jacó ArcherPe. José Jacó ArcherPe. José Jacó Archer assumiucomo o seu primeiro pároco. Coma experiência de 31 anos de vidapresbiteral, 14 deles como nossomissionário na Bahia, ele fala dotrabalho que pretende realizar.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Como enfrenta o desafio de ad-ministrar uma paróquia nova?

Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Não é a primeiravez. Em 1983, quando da criaçãoda Paróquia NSra. dos Navegan-tes, em Governador Celso Ramos,fui o responsável por preparar acriação e fui o primeiro pároco.Também como padre missionáriona Bahia, onde fui pároco em Oli-veira dos Brejinhos, na Diocese deBarra, também tive que iniciarmuitas coisas. O desafio se encon-tra em todos os lugares. Bombi-nhas é um dos municípios quemais crescem na Arquidiocese.Nos últimos anos, sua populaçãodobrou. O desafio é o de atenderbem os migrantes, tantos os turis-tas como os residentes, unindo-os com os nativos, e procurandointegrá-los na vida paroquial.

JA - JA - JA - JA - JA - O senhor tem a intençãode criar novas comunidades?

Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Sem dúvida,Essa será uma das principaistarefas. Para este ano já inicia-remos as celebrações noMariscal, para que logo come-cemos a construir uma igreja.Pessoas já manifestaram o de-sejo da doação de um terreno.

Outras regiões também já estãomapeadas. Preocupamo-nostambém em adquirir terrenosem áreas ainda não desenvol-vidas, mas que têm potencial.Se não fizermos isso agora,mais tarde será mais difícil.

JA - JA - JA - JA - JA - Quais as suas priorida-des em termos pastorais?

Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - Pe. Jacó - A Juventude e oMeio Ambiente. Estamos come-çando a formar grupos de jovens,mas não há ainda uma Pastoralda Juventude organizada, e pre-cisamos fazer isso. A questão domeio ambiente já é preocupaçãoda comunidade. O município cres-ce muito e temos que preservaras riquezas naturais. Tambémtemos a preocupação em forta-lecer e reforçar as pastorais quejá existem. Além disso, temosmuitos pescadores artesanais eembarcados. Pretendemos darespecial atenção a eles.

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A Comunidade Católica AbbáPai realizou no dia 27 de junho, aterceira edição do “Avivamento deDons”. Realizado no CentroArquidiocesano de Pastoral - CAP,o evento contou com a participa-ção de 200 pessoas.A formaçãofaz parte do carisma da Comuni-dade, que busca vivenciar e pro-mover encontros de conhecimen-

Abbá Pai realiza “Avimamento de Dons”to e oficina de dons e carismas.

A formação contou com a asses-soria do Pe. Evaristo DebiasiPe. Evaristo DebiasiPe. Evaristo DebiasiPe. Evaristo DebiasiPe. Evaristo Debiasi, quefalou sobre o Dom do Amor, o maiorde todos os dons e a raiz da cen-tralidade do carisma Abbá Pai. Du-rante todo o dia, ele buscou mostrarcomo entender o amor de Deus. “Oamor de Deus é um amor que nosvê, nos ouve e nos sente. Que veio

ao nosso encontro para nos condu-zir à terra da felicidade”, disse.

Segundo ele, Jesus é orevelador do amor do Pai. Deusquer nos amar em sua totalidade,por isso ofereceu o seu Filho paraa nossa salvação. Deus tambémquer tudo e não parte de nós. Porisso, nos coloca quatro desafios:que sejamos santos, misericordio-sos, perfeitos e bons como Ele o é.

O evento foi encerrado com acelebração Eucarística presididapelo Pe. Ney Brasil Pereira econcelebrada pelo Pe. Siro Manoelde Oliveira, Pe. Marcelo Telles ePe. Evaristo. Após a missa, foramhomenageados os presbíteros,além de outras nove pessoas con-sideradas “Amigos Abbá Pai”, quecolaboraram com a comunidadenos seus dez anos de fundação.

Na avaliação de Simone Perei-ra, fundadora da Comunidade, aformação correspondeu plena-mente ao carisma da Abbá Pai,que é o Amor de Deus.

Dom Murilo presidiu a celebração na nova e lotada de fiéis Igreja Matriz

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O experiente Pe. Jacob é oprimeiro pároco de Bombinhas

Celebração de encerramento lotou a Igreja São Sebastião

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Peregrinação reúne seminaristas do RegionalNo dia 9 de junho, o Santuário

NSra. de Azambuja, em Brusque,acolheu mais de 200 seminaristasdos seminários maiores (estudantesde Filosofia e Teologia) do RegionalSul IV da CNBB (SC) que realizarama sua primeira Peregrinação Regio-nal. O evento contou com a presen-ça de quatro bispos do nosso regio-nal. Motivada pela Organização dosSeminários e Institutos do Brasil -OSIB, a Peregrinação foi promovidapelo Pe. Ademir, da diocese de Tuba-rão e presidente Regional da OSIB.

Pela manhã os seminaristas fo-ram acolhidos e encaminhados

para o santuário NSra. deAzambuja. Nesse momento, Pe.Alvino Milani, pároco e reitor do San-tuário, dirigiu-lhes palavras de incen-tivo. Os seminaristas do SeminárioFilosófico de Santa Catarina -SEFISC, motivaram a oração doSanto Terço no Morro do Rosário.Logo após, foram conduzidos à Ca-pela Cristo Rei, no Seminário, parase prepararem para a celebraçãopenitencial, presidida por DomDomDomDomDomJosé NegriJosé NegriJosé NegriJosé NegriJosé Negri, Bispo de Blumenau.Dom Murilo, nosso Arcebispo, pre-sidiu a celebração Eucarística, queencerrou a peregrinação.

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16 Geral Julho 2010 Jornal da Arquidiocese

Seminário debate as mídias na evangelizaçãoEvento reuniu representantes de sete dioceses do Estado e mostra o crescimento da Pascom

Foi realizado nos dias 11 a 13de junho, o Seminário Regional “No-vas mídias e novas tecnologias”.Promovido pela equipe da Pastoralda Comunicação do Regional Sul 4da CNBB, o evento foi realizado noCentro de Formação RecantoChampagnat, em Florianópolis, ereuniu cerca de 50 pessoas, repre-sentando sete das dez dioceses doEstado. A Arquidiocese esteve re-presentada por 12 participantes.

O Seminário contou com a as-sessoria do Pe. João CarlosAlmeida, mais conhecido comoPe. JoãozinhoPe. JoãozinhoPe. JoãozinhoPe. JoãozinhoPe. Joãozinho, jornalista, compo-sitor, escritor e apresentador detelevisão, e do Pe. DomingosPe. DomingosPe. DomingosPe. DomingosPe. DomingosVolnei NandiVolnei NandiVolnei NandiVolnei NandiVolnei Nandi, doutor em comu-nicação e professor no Instituto Te-ológico de Santa Catarina - ITESC.

Em sua palestra, Pe. Joãozinhofalou que hoje a comunicação é “di-gital”, porque utiliza muito mais osdedos no teclado do que falando ouqualquer outra coisa. “Por isso, aPascom deve ser a pastoral digital.Afinal, hoje se evangeliza muito maispelo meio digital, do que presencial”.

Durante todo o evento, ele usoudas suas experiências pessoaispara mostrar a importância dosmeios digitais na evangelização. Elefalou do seu blog (http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho),que tem uma média diária de 1.200acessos e que é atualizado váriasvezes ao dia, e do seu Twitter(wwwwwwwwwwwwwww.twitt.twitt.twitt.twitt.twittererererer.com - @.com - @.com - @.com - @.com - @padrejoaozinhopadrejoaozinhopadrejoaozinhopadrejoaozinhopadrejoaozinho), que tem maisde 10 mil seguidores. “Que padreconsegue falar com um número tãogrande de pessoas ao dia?”.

Segundo ele, o desafio daPascom é exercer o ministério dacriatividade digital, pois muitasdas pessoas de hoje já nasceramno mundo digitalizado. “Comovamos trabalhar na evangelizaçãodesse povo?”.

Meios digitais:necessidades e perigos

Na tarde de sábado, Pe. Nandiassumiu a assessoria. Sua refle-xão teve dois objetivos: fazer pro-

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vocações, a partir de alguns mo-delos teóricos, para perceber queas novas tecnologias oferecempossibilidades, mas também ofe-recem armadilhas para aevangelização; e oferecer umachave teológica para organizar asatividades da Pascom.

Num primeiro momento, mos-trou algumas tendências da Igreja,na atualidade, que ilustram comoela se deu mal ao entregar-se afoitaàs novas tecnologias. Chamou aatenção para o risco e o pecado da“idolatria midiática”, uma vez queesta assumiu os atributos de Deus:Onipotência, Onipresença, Onivi-dência e Oniciência. Por outro lado,enfatizou as possibilidades das no-vas tecnologias quando utilizadasde modo criterioso. “O que se eco-nomiza em comunicação se perdena evangelização”, afirmou.

Durante o Seminário, Pe. Joãozinho falou das suas experiênciaspessoais no uso das mídias. Seu blog tem média de 1.200 visitasdiárias e seu Twitter tem mais de dez mil seguidores.

Pe. Joãozinho, um dos as-sessores do evento, concedeua entrevista que segue. Eleenfocou sobre a necessidade demelhor utilizarmos as novasmídias na evangelização, sobre-tudo a Internet, através das suasRedes Sociais.

Jornal da Arquidiocese Jornal da Arquidiocese Jornal da Arquidiocese Jornal da Arquidiocese Jornal da Arquidiocese -O que deveríamos fazer paraconscientizarmos nossos páro-cos sobre a importância da Pas-toral da Comunicação?

Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - A carta doPapa Bento XVI para o 44º DiaMundial da Comunicação, esteano, foi suficientemente clara. Ospadres precisam estar minima-mente presentes no continentedigital. A PASCOM é a salvaçãopara alguns sacerdotes com pou-ca fluência na Internet. Nossomundo migra rapidamente parao ambiente virtual. Precisamosestar “aonde o povo está”.

JA - JA - JA - JA - JA - O que está faltando paraa Igreja invadir omeio virtual?

Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -A Internet ainda é mui-to mal ocupada. Mes-mo os evangélicos quetradicionalmente ocu-param a TV, não estãomuito atentos às Re-des Sociais. É a nossahora de colocar o Siteno ar... e a baixo custo!

JA - JA - JA - JA - JA - Que conteú-dos podem ser utiliza-dos na evangelização?

Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -Pe. Joãozinho -A qualidade da men-sagem é muito im-

“Os padres devem estar pre-sentes no continente digital”

portante para garantir a suacredibilidade. Por isso é neces-sário utilizar “filtros”, para nãocolocar qualquer coisa no ar noafã de se fazer presente. Umaboa equipe de PASCOM preci-sa ter alguém que tenha a ca-pacidade de utilizar um filtrogramatical. Um site de Igrejacom erros de português podecolocar em risco a credibilidadedo que se diz.

JA - JA - JA - JA - JA - O meio virtual pode serutilizado em qualquer situação,ou de acordo com o público?

Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Pe. Joãozinho - Não va-mos esquecer que a Internetcom suas Redes Sociais sãonovos meios, são estradas maisacessíveis... Logo quase todosterão presença nesse meio. Aacessibilidade cresce mais naperiferia que nos grandes cen-tros. Mesmo os mais pobresestão tendo acesso à rede. Elaé menos excludente do que umlivro que custa 25 reais.

No primeiro dia, o evento con-tou com a presença de nosso ar-cebispo Dom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo Krieger, quetambém é o presidente do Regio-nal. “Esse seminário pode não tersido o mais participado, mas cer-tamente foi o mais divulgado. Isso,porque todos aqui presentes utili-zaram as suas mídias para falardele. E é isso o que pretendemos:aprender a utilizar as novas mídiasna evangelização”, disse.

Para Maria Terezinha Campos,coordenadora Regional daPascom, o Seminário. é reflexo docrescimento que a Pascom temtido no nacional e nas dioceses.“O Seminário marca uma nova eta-pa da PASCOM no Regional. O seuresultado mostra como será o per-fil da Pastoral no meio digital, comouma alternativa às soluções habi-tuais”, disse.

Pascom visita as comarcasNo mês de junho, a Pastoral

da Comunicação (Pascom) daArquidiocese acompanhou a Co-ordenação Arquidiocesana nasreuniões comarcais. O coordena-dor da Pascom, Sedemir MeloSedemir MeloSedemir MeloSedemir MeloSedemir Melo,

visitou seis das oito comarcas.Em todas elas, fez a apresenta-ção da proposta e colocou a pas-toral à disposição para motivar acriação de lideranças para atuarem nível comarcal e paroquial.

Durante o Seminário, Pe. Joãozinho fez olançamento do seu livro “Imagem e Seme-lhança de Deus na Mídia” e deu autógrafos

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