jornal da arquidiocese de florianópolis setembro/2011

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Jornada une a juventude A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, principal- mente na Sagrada Liturgia, sem cessar toma da mesa, tanto da Palavra de Deus quanto do Corpo de Cristo, o pão da vida e o distribui aos fiéis. O Concílio Vaticano II (1962-1965) insistiu na pre- sença de Cristo nas palavras das Escrituras. Desde então a Igreja passou a colocar a Jornada Arquidiocesana da Juven- tude reuniu mais de mil jovens de 12 diferentes segmentos Promovido pelo Setor Ju- ventude da Arquidiocese, evento buscou unir as diferen- tes espiritualidades da juven- tude aqui presentes. Inspira- dos pelo tema Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé(Cl 2,7), o evento foi considera- do um sucesso pela número de participantes e de segmentos da juventude representados. O que motiva a equipe a já pen- sar em um novo evento para o próximo ano. Durante o dia, houve celebração, shows de evangelização, entrada da Cruz da Jornada e do ícone de Ma- ria, e apresentações dos seg- mentos presentes ao evento. PÁGINA 07 Comunicação é o tema da Semana Teológica no ITESC PÁGINA 05 Conheça a vida no Seminário Menor da Arquidiocese PÁGINA 09 GBF traz reflexão sobre o dia da Independência PÁGINA 11 Missionários avaliam missão realizada na Bahia PÁGINA 13 Palavra de Deus no centro da vida cristã. Surgiram os cír- culos bíblicos, grupos bíblicos em família, cursos de forma- ção bíblica, retiros espiritu- ais. Toda a ação pastoral e evangelizadora começou a centrar-se na leitura, medi- tação e prática da Palavra de Deus. Estamos vivendo uma revolução espiritual. Os frutos hão de se colher mais adiante. PÁGINA 04 Carmelo pro- move tarde de Espiritualidade PÁGINA 03 Pe. Siro é o novo administrador da Catedral de Florianópolis PÁGINAS 14 Leigo é o Secretário Executivo do Regional Casado, pai de três filhos (todos casados), oficial da reserva da Ae- ronáutica e com 61 anos de idade. Esse é Ademir Freitas, o novo Secre- tário Executivo da CNBB - Regional Sul 4 (SC). A posse no cargo foi realizada Jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude entraram com a Cruz e o Ícone de Maria em uma celebração no dia 15 de agosto, na sede da instituição. Com formação e experiência na área de planejamento e coor- denação de equipes de trabalho, nos próximos quatro anos ele terá a missão de acompanhar e moti- var os trabalhos nas pastorais, or- ganismos e serviços do Regional. Em entrevista, ele fala desse novo desafio em sua vida. PÁGINA 08 Ademir Freitas, de Imbituba, realizará os trabalhos pelos próximos quatro anos. Em 41 anos do Regional, é a primeira vez que um leigo assume a função Florianópolis, Setembro de 2011 Nº 171 - Ano XV Animação Bíblica Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 171, ano XV, Setembro/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Jornada une a juventude

A Igreja sempre venerou as

divinas Escrituras, da mesma

forma como o próprio Corpo

do Senhor, já que, principal-

mente na Sagrada Liturgia,

sem cessar toma da mesa,

tanto da Palavra de Deus

quanto do Corpo de Cristo, o

pão da vida e o distribui aos

fiéis. O Concílio Vaticano II

(1962-1965) insistiu na pre-

sença de Cristo nas palavras

das Escrituras. Desde então

a Igreja passou a colocar a

Jornada Arquidiocesana da Juven-tude reuniu mais de mil jovens

de 12 diferentes segmentosPromovido pelo Setor Ju-

ventude da Arquidiocese,

evento buscou unir as diferen-

tes espiritualidades da juven-

tude aqui presentes. Inspira-

dos pelo tema “Enraizados eedificados em Cristo, firmes na fé”(Cl 2,7), o evento foi considera-

do um sucesso pela número de

participantes e de segmentos

da juventude representados.

O que motiva a equipe a já pen-

sar em um novo evento para o

próximo ano. Durante o dia,

houve celebração, shows de

evangelização, entrada da Cruz

da Jornada e do ícone de Ma-

ria, e apresentações dos seg-

mentos presentes ao evento. PÁGINA 07

Comunicação é otema da SemanaTeológica no ITESC

PÁGINA 05

Conheça a vida noSeminário Menorda Arquidiocese

PÁGINA 09

GBF traz reflexãosobre o dia daIndependência

PÁGINA 11

Missionáriosavaliam missãorealizada na Bahia

PÁGINA 13

Palavra de Deus no centro da

vida cristã. Surgiram os cír-

culos bíblicos, grupos bíblicos

em família, cursos de forma-

ção bíblica, retiros espiritu-

ais. Toda a ação pastoral e

evangelizadora começou a

centrar-se na leitura, medi-

tação e prática da Palavra

de Deus. Estamos vivendo

uma revolução espiritual. Os

frutos hão de se colher mais

adiante.

PÁGINA 04

Carmelo pro-move tarde deEspiritualidade

PÁGINA 03

Pe. Siro é o novo administrador da Catedral de Florianópolis PÁGINAS 14

Leigo é o Secretário Executivo do Regional

Casado, pai de três filhos (todoscasados), oficial da reserva da Ae-ronáutica e com 61 anos de idade.Esse é Ademir Freitas, o novo Secre-tário Executivo da CNBB - Regional Sul4 (SC). A posse no cargo foi realizada

Jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude entraram com a Cruz e o Ícone de Maria

em uma celebração no dia 15 deagosto, na sede da instituição.

Com formação e experiênciana área de planejamento e coor-denação de equipes de trabalho,nos próximos quatro anos ele terá

a missão de acompanhar e moti-var os trabalhos nas pastorais, or-ganismos e serviços do Regional.Em entrevista, ele fala desse novodesafio em sua vida.

PÁGINA 08

Ademir Freitas, de Imbituba, realizará os trabalhos pelos próximos quatro anos.

Em 41 anos do Regional, é a primeira vez que um leigo assume a função

Florianópolis, Setembro de 2011 Nº 171 - Ano XV

Animação Bíblica

Participe do

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Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva

Luz, Daniel Casas, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Irmã Clea Fuck - Editoração e

Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

A Palavra de Deus sempre foifundamental na vida e nas ativida-des da Igreja. Assim tem sido desdeo início da missão do próprio JesusCristo (Mc 1,15), ao longo dos sécu-los e ainda hoje; a Igreja existe porcausa da Palavra e para a Palavra.

Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini, o Papa Ben-to XVI afirma: “A Igreja funda-se so-bre a Palavra de Deus, nasce e vivedela. Ao longo de todos os séculosda sua história, o Povo de Deus en-controu sempre nela a sua força; etambém hoje a comunidade eclesialcresce na escuta, na celebração eno estudo da Palavra de Deus” (VD3). Neste mesmo documento, oPapa indica “linhas fundamentais”para que a “Palavra divina [...]se tor-ne cada vez mais o coração de todaa atividade eclesial” (VD 1).

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Jornada Mundialda Juventude 2011

minho da vida eterna.Queridos jovens, aprendei a

“ver”, a “encontrar” Jesus na Eu-caristia, onde está presente e pró-ximo até se fazer alimento parao nosso caminho; no Sacramen-to da Penitência, no qual o Se-nhor manifesta a sua misericór-dia ao oferecer-nos sempre o seuperdão. Reconhecei e servi Jesustambém nos pobres, nos doen-tes, nos irmãos que estão em di-ficuldade e precisam de ajuda.Amados jovens, a Igreja contaconvosco! Precisa da vossa féviva, da vossa caridade e do di-namismo da vossa esperança. Avossa presença renova a Igreja,rejuvenesce-a e confere-lhe reno-vado impulso. Por isso, as Jorna-das Mundiais da Juventude sãouma graça não só para vós, maspara todo o Povo de Deus.

O valor maior é não ter preço – o Perdão

A cultura atual, nalgumas áre-as do mundo, tende a excluirDeus, ou a considerar a fé comoum fato privado, sem qualquer re-levância para a vida social. Mas oconjunto de valores que estão nabase da sociedade provém doEvangelho, como o sentido da dig-nidade da pessoa, da solidarieda-de, do trabalho e da família. Poreste motivo, queridos amigos, (...)gostaria de me deter sobre cadauma das três palavras que SãoPaulo usa nesta sua expressão:“Enraizados e fundados em Cris-to... firmes na fé” (cf. Cl 2, 7). Aprimeira imagem é a da árvore,firmemente plantada no solo atra-vés das raízes. Quando entramosem relação pessoal com Cristo, Elenos revela a nossa identidade e,na sua amizade, a vida cresce ese realiza em plenitude. Median-te a fé, nós somos fundados emCristo, como uma casa éconstruída sobre os fundamentos.Como Sucessor do apóstoloPedro, desejo confirmar-vos na fé(cf. Lc 22, 32). Nós cremos firme-mente que Jesus Cristo se ofere-ceu na Cruz para nos doar o seuamor; na sua paixão, carregou osnossos sofrimentos, assumiu so-bre si os nossos pecados, obteve-nos o perdão e reconciliou-noscom Deus Pai, abrindo-nos o ca-

Místico cristão, filósofo, médico,poeta, jurista, Ângelo Silesius (1624-1667) é autor de comoventes e ter-nos versos dirigidos à gratuidade deDeus: “A rosa não tem porquê. Flo-resce porque floresce. Não cuida desi mesma. Nunca se pergunta: Al-guém me olha?...”. Se cada flor, indi-vidualmente, é um hino à gratuidadedivina, somemos todas as obras dacriação e teremos uma pálida ima-gem do amor divino. Nenhuma floré igual a outra. Nenhuma pessoa éigual. O amor não repete dons, zelapela originalidade de cada um. Etudo gratuitamente, sem esperar re-compensas.

Nós, pelo contrário, somos mar-cados pelo olhar do preço, da utili-dade, do descartável, da compara-ção. Deus prefere o desperdício dabeleza. Ou não é um desperdício umjardim, um bosque, a variedade dasaves, frutas? Não bastaria uma rosapara encantar a natureza? NossoDeus prefere o desperdício do amor,do belo. As flores são colocadas alémdo útil ou inútil. Elas existem, e issobasta para alegrar uma existência.

Não bastaria o sorriso de umaúnica criança para encantar nos-sa existência, rejuvenescer nossoolhar? E são tantas as crianças,tão esplêndidos os olhos de cadauma que nos damos ao luxo denem percebê-las ao nosso lado.

“Hoje sabemos o preço de tudoe o valor de nada”, escreveu OscarWilde. Medimos cada gesto pelo pre-

ço e, desse modo, lhe tiramos o va-lor. A generosidade se caracterizanão pelo preço, mas pelo valor dogesto amoroso, amigo. Até criançasestão perdendo a alegria de recebergestos generosos: elas logo queremdefinir para que serve o presente.Se não serve, reclamam e jogam fora.Como seria importante recuperar-mos o olhar da admiração, do des-lumbramento, do encanto, o olhardivino! Isso tem consequências emnossa vida de fé: “O olho com quevejo Deus é o mesmo com que eleme vê” (M. Eckhart). Isso, do nossoponto de vista: se somos desprovi-dos de sentimentos, julgamos queDeus também o é. Ele, porém, mevê com desperdício de admiração,pois sou obra de suas mãos. “Quemaravilha, meu Senhor, sou eu!” (cf.Sl 138), seria nossa resposta verda-deira ao nos contemplarmos diantede nosso Criador.

A ciência, de tanto buscar acomposição de cada ser em seusnúcleos, moléculas, DNA, corre operigo de perder a capacidade deadmirar, de ver o conjunto. Mas,ao poder contemplar a incrívelcomplexidade de um átomo, tam-bém exclamará: “Que maravilha!”.

A ingratidão humana ea criação do perdão

Deus não se cansa em ser cria-tivo. Nunca subestimemos a capa-cidade do Espírito Santo, que in-venta os santos, as crianças, os

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gestos generosos, os mártires, osartistas, as mães e os pais. O mis-tério da salvação é o mistério doamor pessoal divino por cada umde nós expresso pela vida de Je-sus. Ele, em seu testamento, noúltimo dia terreno, escreveu coma escultura do Lava-pés: Deus veioao mundo para nos lavar os pés.

E continuará lavando nossospés, mas, a pedido de Pedro, noslava totalmente pelo perdão. Per-doar é a obra-prima do Deus Unoe Trino: perdoar sempre, pedir li-cença para perdoar, reconciliar-nos com ele. Ele perdoa o inimi-go, sempre, pois o mal e o ódioquebram a harmonia da criação.Ele não vê inimigos, mas filhos.

O perdão gemido pelo Senhorno alto da Cruz: “Pai, perdoai-lhes,não sabem o que fazem” pode nãoter sentido a nossos ouvidos, masé natural na gratuidade divina. Operdão ao inimigo tem sentidocomo per-doar: eu acompanho apalavra, “eu perdoo”, eu me doo aquem me ofendeu. É a mais precio-sa herança entregue pelo Senhoraos cristãos: perdoar sem dizer porque, perdoar grátis. Do mesmomodo que tudo em Deus é gratuito,tudo o que oferecemos de reconci-liação também seja gratuidade. Ahumanidade reconciliada é nossaretribuição ao desperdício da bele-za divina semeada na criação.

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Ao ritmo doAno Litúrgico,

a SagradaEscritura sedistribui no

tempo, tendono centro o

Mistério Pascal”.

Quando entramosem relação pessoalcom Cristo, Ele nos

revela a nossa iden-tidade e, na suaamizade, a vida

cresce e se realizaem plenitude”.

Setembro 2011 Jornal da ArquidioceseOpinião2

Mediante a animação bíblica daPastoral, as diferentes ações pas-torais e evangelizadoras de nossascomunidades promovem o encon-tro pessoal com Cristo e um conhe-cimento maior de sua pessoa, men-sagem e missão. Esta experiênciaé decisiva para alguém começar aser cristão, afirma Bento XVI.

Oportunidade especial para le-var à descoberta da centralidadeda Palavra de Deus, a catequese,em todas as formas e fases, im-pregna-se do pensamento, espíri-to e atitudes bíblicas e do Evange-lho de Jesus. Ao ritmo do AnoLitúrgico, a Sagrada Escritura sedistribui no tempo, tendo no cen-tro o Mistério Pascal. Nossas cele-brações litúrgicas buscam na Bíbliaas leituras que se explicam nashomilias e os salmos que se reci-

tam e cantam. Ali Deus fala e opovo escuta e responde.

Quando se ministram os Sacra-mentos, a Palavra de Deus é ele-mento decisivo: realiza o que diz.Assim como na História da Salva-ção, não há separação entre o queDeus diz e faz. Na Liturgia das Ho-ras entra-se em contato com a Sa-grada Escritura e com a riqueza daTradição viva da Igreja. Tambémquando se dão Bênçãos, a Palavraque se proclama lhes confere sen-tido e eficácia.

“A Palavra de Deus é indispensá-vel para formar o coração de umbom pastor” (DV 78). “Antes de maisnada, o sacerdote é ministro da Pa-lavra de Deus” (João Paulo II). E aVida Consagrada nasce da escutada Palavra de Deus e acolhe o Evan-gelho como sua norma de vida.A vida

monástica sempre teve como fatorconstitutivo da própria espiritua-lidade a meditação da Sagada Escri-tura, particularmente na forma daLeitura Orante da Palavra.

Os leigos e as leigas, no meiodo mundo, inseridos nas realidadestemporais, aprendem a discernir aVontade de Deus e difundem o Evan-gelho nos vários âmbitos da vidadiária na medida em que se fami-liarizam com a Palavra.

A Palavra de Deus está no fun-damento da vida espiritual. Sualeitura orante e fiel aprofunda afamiliaridade e o amor com a pró-pria pessoa de Jesus. Assim, maisfacilmente nos damos conta dochamamento que Ele nos faz paraque sejamos santos e nos coloque-mos a seu serviço em sua Igreja eno meio do mundo.

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

A Palavra de Deus - Coração de toda a Vida Eclesial

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Formação para convivência entre pais e filhosEscola de Relacionamento Abbá Pai foi realizada pela primeira vez em instituição de ensino

A Comunidade Católica AbbáPai promoveu, na noite do dia 18de agosto, mais uma etapa da Es-cola de Relacionamento Abbá Pai.Realizada no Educandário Imacu-lada Conceição, o evento buscouauxiliar os pais a ter um melhorrelacionamento com os seus filhos.

A escola tem como objetivo aju-dar os pais nas suas dúvidas de re-lacionamento conjugal e no rela-cionamento com os filhos, à luz dapsicologia cristã. A formação con-tou com a assessoria da psicólogaSandra Ribeiro de Abreu, 43 anos,mestre em psicologia, consagradada Comunidade Abbá Pai e com 21anos de experiência na área de cui-dados parentais (pais e filhos). “Osencontros são divididos em doismomentos: no primeiro, realizamosa exposição do tema; no segundo,é aberto para colocarem a sua sen-sibilidade e dificuldade em relaçãoàquele momento da vida que os fi-lhos estão vivendo”, disse Sandra.

O casal André Fernando e Va-léria Wagner Aguiar foram unsdos participantes. Segundo eles, oencontro ajudou bastante a compre-ender as necessidades e anseiosdos seus filhos. “Ela explicou que éimportante que levemos em contaas suas opiniões”, disse Valéria.

A Escola de RelacionamentoAbbá Pai já existe há oito anos. Ela

Foto/JA

Formação foi ministrada por psicóloga com 21 anos de experiência

possui um núcleo permanente emque as pessoas se reúnem todasegunda terça-feira do mês, às 19h,na Igreja São Cristóvão, pertencen-te à Paróquia N.Sra. do Rosário, emSão José. “Há pessoas que partici-pam desde o início, mas qualquerpessoa pode participar”, convidaSimone Pereira, uma das fundado-ras da Abbá Pai.

A ideia de realizar a formaçãono colégio partiu da própria institui-ção. Irmã Sueli Teresinha Gambeta,diretora do Centro EducacionalImaculada Conceição, conheceu aComunidade Abbá Pai a partir deuma visita da fundadora da institui-ção. Convidou para prestar uma

formação sobre o carisma do amore houve uma boa aceitação.

Depois disso, houve uma novaformação e agora a Escola de Re-lacionamento. “Sentíamos a ne-cessidade de ter formação volta-da à família. Sabendo da experi-ência da Abbá Pai nessa área, re-alizamos essa parceria”, disseIrmã Sueli. Segundo ela, a inten-ção é dar continuidade à forma-ção, mas para o próximo ano.

Mais informações, pelos fones(48) 3034-2417, 3035-7897 ou9963-7939, ou pelo [email protected] ou oupelo site www.abbapai.org

Jornal da Arquidiocese Setembro 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

As Monjas do Carmelo CristoRedentor estarão promovendo umatarde de Espiritualidade Carmelitana.Realizada no dia 02 de outubro, às14h, no Carmelo Cristo Redentor,Rua Monte Carmelo, 89, em Pica-das do Sul, São José, o evento con-tará com a assessoria do PadreEvaristo Debiasi e terá comotema: “Caminho da Infância Espiri-tual de Santa Teresinha”.

Esta é a primeira vez que oCarmelo realiza uma tarde deespi-ritualidade aberta a todos.Antes, era voltado a um público

Carmelo promove tarde de Espiritualidade Carmelitanaespecífico que solicitava ajuda nocaminho espiritual e era ministra-do pelas próprias Irmãs. A esco-lha de Pe. Evaristo foi por ele termuito amor à vida contemplativae de oração, e devoção a SantaTeresinha do Menino Jesus.

A formação será realizada naIgreja do Carmelo. Durante o even-to, além da palestra, haverá aapresentação do Teatro “Peque-na Via”, com integrantes da OrdemCarmelita Secular, e ainda ummomento de partilha com as Ir-mãs. O evento será encerrado com

a celebração Eucarística às 18h.A Ordem da Bem-Aventurada

Virgem Maria do Monte Carmeloestá presente na Arquidiocesecom duas casas: o Carmelo CristoRedentor, em Picadas do Sul, emSão José; e o Carmelo Santa Tere-sa, em Cabeçudas, Itajaí. As Mon-jas seguem a vida contemplativade oração pela Igreja.

Mais informações pelo fone(48) 3257-0413, ou pelo e-mail:c a r m e l o _ c r i s t o r e d e n t o r @yahoo.com.br, ou ainda pelo sitewww.carmelocristoredentor.com.br

A Pastoral Carcerária daCNBB - Regional Sul 4 estará pro-movendo, nos dias 16 a 18 desetembro, o seu 19º EncontroEstadual. Realizado anualmen-te, o evento reunirá representan-tes da Pastoral das dez diocesesdo Estado na Casa de EncontrosIrmã Jandira Bettoni, em Lages.

Durante o evento, os partici-pantes refletirão sobre a “Evolu-ção Histórica do Código de Pro-

19º Encontro Estadual da Pastoral Carceráriacesso Penal no Brasil”, com a as-sessoria do Padre Célio Ribeiro,Coordenador Regional da Pasto-ral. Também contarão com a as-sessoria de Manoel Feio da Sil-va, coordenador da Macro RegiãoSul da PC, que abordará o tema:“Experiências e Perspectivas daPastoral Carcerária no Brasil”.

Mais informações com oPadre Célio Ribeiro, pelo [email protected].

A Renovação Carismática Ca-tólica - RCC, da Arquidiocese deFlorianópolis e a Comunidade Ca-tólica Divino Oleiro promovem, nodia 11 de setembro, um dia deavivamento espiritual. Realizadono Centro de EvangelizaçãoAngelino Rosa (CEAR), em Gover-nador Celso Ramos, o evento teráa presença já confirmada dos mis-sionários Tom Edwards e JohnMathe, dos Estados Unidos. Elespregarão sobre o tema: “Aviva-mento no Poder do Espírito”.

O evento terá início às 7h45com a oração do Terço e encer-ramento às 16h com a SantaMissa. A entrada é franca. Serãooferecidos almoço e lanches no

RCC promove Dia de Avivamentolocal a preços convidativos.

Tom Edwards é fundador daAssociação Missionária que levao seu nome e membro do Rene-wal Ministries, obra missionáriafundada por Ralph Martin, umdos pioneiros da RCC no mun-do. Há 30 anos abandonou acarreira de executivo para traba-lhar em tempo integral na prega-ção do Evangelho. Faz missõesem todo o mundo. John Mathe éfundador da Associação LivingWater, que ajuda a levar águapotável às populações da África.

Todos estão convidados aparticipar. Mais informações nosite da Comunidade Divino Olei-ro: www.divinooleiro.com.br.

Retiro do Apostolado da OraçãoA Coordenação Arquidioce-

sana do Apostolado da Oração pro-move, nos dias 16 a 18 de setem-bro, o seu Retiro Espiritualarquidiocesano anual. Realizadona Casa de Retiros ProvincialadoCoração de Jesus, em Florianó-polis, o evento contará com a as-sessoria do Pe. Roque Schneider,SJ. O evento é uma oportunidade

de formação, reflexão, meditaçãoe realimentação espiritual. O reti-ro terá início às 17h do dia 16, eserá encerrado às 15h do dia 18,com a Santa Missa. Mais informa-ções pelos fones (48) 3245-2208,3034-6235 ou 9912-5870, comTânia Zimmermann, coordena-dora, ou ainda pelo [email protected]

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

A verdadeirareligião leva as

pessoas aoprofundo de si

mesmas, ao encon-tro real e afetivo

com o SenhorJesus Cristo”.

ção (oratio), que supõe a pergun-ta: o que dizemos ao Senhor, emresposta à sua Palavra? A oraçãoenquanto pedido, intercessão,ação de graças e louvor é o pri-meiro modo como a Palavra nostransforma. Depois vem a con-templação (contemplatio), duran-te a qual assumimos como domde Deus o seu próprio olhar e nosinterrogamos: qual é a conversãoda mente, do coração e da vidaque o Senhor nos pede? A con-templação tende a criar em nósuma visão sapiencial da realida-de segundo Deus e a formar emnós o pensamento de Cristo. A

O terceiro milênio começousob o signo da Palavra. Mil anosatrás, no início do segundo milê-nio, a Eucaristia é que estava emvoga. Devoções eucarísticas, pro-cissões e adorações do Santís-simo Sacramento ressaltavam apresença real de Cristo no sacra-mento da Eucaristia. Eram co-muns os “milagres eucarísticos”,fenômenos extraordinários datransformação da hóstia em car-ne e do vinho consagrado em san-gue, como que provas externas deuma realidade misteriosa: real-mente o Senhor se faz presenteno pão e no vinho eucaristizados.Agora, no início do terceiro milê-nio, salienta-se a presença de Cris-to na Palavra: ele é a eterna Pala-vra divina que se fez carne huma-na em Jesus de Nazaré (Jo 1,14).

UMA REVOLUÇÃOESPIRITUAL

O Concílio Vaticano II (1962-1965) deu o pontapé inicial nes-sa consideração sobre a presen-ça de Cristo nas palavras das Es-crituras. A constituição Sacro-sanctum Concilium sobre a sagra-da liturgia, ao falar das diversaspresenças de Cristo nas açõeslitúrgicas - nos sacramentos, nasespécies eucarísticas, no minis-tro, na comunidade reunida etc. -afirma: “Ele está presente na suaPalavra, pois é ele que fala ao serlida na Igreja a Sagrada Escritu-ra” (SC 7). A constituição dogmá-tica Dei Verbum, sobre a revela-ção divina, diz: “A Igreja semprevenerou as divinas Escrituras, damesma forma como o próprioCorpo do Senhor, já que, princi-palmente na Sagrada Liturgia,sem cessar toma da mesa, tantoda Palavra de Deus quanto doCorpo de Cristo, o pão da vida e odistribui aos fiéis” (DV 21).

Desde então a Igreja passoua colocar a Palavra de Deus nocentro da vida cristã. Surgiram oscírculos bíblicos, grupos bíblicosem família, cursos de formaçãobíblica, retiros espirituais. A Bíbliaganhou espaço nas casas doscatólicos fervorosos. A Palavra deDeus ganhou realce na celebra-ção litúrgica e passou a serinspiradora da catequese, do can-to e da música, dos movimentosapostólicos, das pastorais soci-ais. Toda a ação pastoral eevangelizadora começou acentrar-se na leitura, meditaçãoe prática da Palavra de Deus.Pode-se dizer que vivemos uma

reno, demorado.Em dezembro de 2000, num

encontro de catequistas e profes-sores de ensino religioso, o car-deal Ratzinger delineou o cami-nho da ação evangelizadora daIgreja no novo milênio. Inspiradona parábola da semente de mos-tarda (Mt 13,31-32), disse que épreciso evitar a “tentação da im-paciência, a tentação de procu-rar logo o grande sucesso, de bus-car os grandes números”. Esse“não é o método de Deus”. Novaevangelização não significa “atra-ir logo, com métodos novos emais refinados, as grandes mas-sas que se afastaram da Igreja”.A história da Igreja ensina que “asgrandes coisas sempre começama partir do pequeno grão, e os mo-vimentos de massa sempre sãoefêmeros”. Lembrando o modosingelo do agir de Deus na histó-ria - “Não te escolhi porque ésgrande; ao contrário, tu és o me-nor dos povos. Escolhi-te, porquete amo” (Dt 7,7-8) -, ele afirma:“Deus não conta com os grandesnúmeros. O poder exterior não éo sinal da sua presença. Grandeparte das parábolas de Jesus in-dica essa estrutura do agir divinoe responde assim às preocupa-ções dos discípulos, que espera-vam sucessos e sinais bem dife-rentes do Messias, sucessos dotipo oferecido por Satanás aoSenhor”. Ratzinger recorda que afenomenal expansão do cristia-nismo na época apostólica se ex-plica pela humildade e aparentemarginalidade: “Certamente,Paulo, no final da sua vida, teve aimpressão de ter levado o Evan-gelho até os confins da terra, masos cristãos eram pequenas comu-nidades dispersas pelo mundo,insignificantes segundo os crité-rios seculares. Na realidade, fo-ram o germe que penetra a mas-sa a partir de dentro e traziamconsigo o futuro do mundo”.

Segundo Ratzinger, a novaevangelização deve despir-se detoda retórica triunfalista e de todaneurose de reconquista. “Nãobuscamos escuta para nós, nãoqueremos aumentar o poder e aextensão das nossas instituições,mas queremos servir ao bem daspessoas e da humanidade, dan-do espaço Àquele que é a Vida”.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

revolução espiritual no cristianis-mo atual. Os frutos hão de se co-lher mais adiante.

A LEITURAORANTE DA BÍBLIA

Grande fenômeno da anima-ção bíblica de toda a ação pasto-ral e evangelizadora é a valoriza-ção da leitura orante da Bíblia, ummétodo antigo e sempre novo deaproximação à Palavra de Deus.Na exortação apostólica VerbumDomini, o papa Bento XVI apre-senta os seus cinco passos: “Co-meça com a leitura (lectio) do tex-to, que suscita a interrogação so-bre um autêntico conhecimentodo seu conteúdo: o que diz o tex-to bíblico em si? Sem este mo-mento, corre-se o risco que o tex-to se torne somente um pretextopara nunca ultrapassar os nossospensamentos. Segue-se depois ameditação (meditatio), durante aqual nos perguntamos: o que nosdiz o texto bíblico? Aqui cada umdeve deixar-se sensibilizar e ques-tionar, porque não se trata de con-siderar palavras pronunciadas nopassado, mas no presente. Che-ga-se então ao momento da ora-

lectio divina não está concluídaenquanto não chegar à ação(actio), que impele a existênciado fiel a doar-se aos outros nacaridade” (VD 87).

Nos momentos de oração pes-soal e comunitária, encontros decatequese, reuniões das pastorais,movimentos, organismos, cursosde formação do clero, retiros espi-rituais etc., precisamos dar maisespaço à Palavra de Deus.

EVANGELIZAÇÃOPELA PALAVRA

O mundo atual tem muita ca-rência de Deus. Responde-se aessa busca com ofertas que nãosaciam: devocionismos, milagris-mos, religiões terapêuticas, teo-logias da prosperidade. Isso levaas pessoas a surfarem na exis-tência religiosa, pulando de galhoem galho na busca de soluçõesimediatas para seus problemasimediatos. A verdadeira religiãoleva as pessoas ao profundo desi mesmas, ao encontro real eafetivo com o Senhor Jesus Cris-to. Isto só é possível com a con-versão à Palavra de Deus. Isto sedá de modo simples, sóbrio, se-

A nova evangelização deve despir-se de toda retó-rica triunfalista e de toda neurose de reconquista.

ANIMAÇÃO BÍBLICAFoto/JA

4 Tema do Mês Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Pe. Vitor fez uma reflexão sobre a Palavra de Deus na primeira Jornada Arquidiocesana da Juventude.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Encontro reúne vocações femininasRealizado pela terceira vez, encontro proporcionou às jovens conhecer melhor a vocação religiosa

A Pastoral de Coroinhas promo-veu no dia 27 de agosto um Encon-tro Vocacional para meninascoroinhas e outras adolescentes ejovens. Realizado no Provincialadodas Irmãs da Divina Providência, oencontro reuniu 45 participantes.Durante o dia, elas puderam conhe-cer um pouco da vocação religiosae da vida das Irmãs. As jovens re-presentavam cinco paróquias, dequatro comarcas da Arquidiocese.

As jovens participaram da Ce-lebração Eucarística, presididapelo Pe. Flávio Feler, pároco da Pa-róquia Santo Antônio, na Colo-ninha, Florianópolis. Em suahomilia, ele falou dos talentos queDeus nos dá, uma reflexão sobre oEvangelho do dia. “A cada um denós Deus dá talentos, dons dife-rentes. Nem todas vocês serão re-ligiosas, mas não devem ter medode seguir sua vocação”, disse.

Leandra Pauli e CleoniceRichartz, ambas de 14 anos, par-ticiparam do encontro pela segun-da vez. Elas tinham curiosidadeem conhecer a vida religiosa. “Te-mos uma ideia errada de como éa vida delas. Aqui sabemos exa-tamente qual a sua função den-tro da Igreja”, disse Leandra.

Daiany Rothstein, também de14 anos, participou do encontro

Foto/JA

O Instituto Teológico de SantaCatarina - ITESC promove nos dias26 a 30 de setembro a SemanaTeológica. Neste ano, o eventoterá como tema “Comunicação:teologia e pastoral”. A assessoriaserá do Pe. Gilberto Gomes, pró-reitor da UNISINOS e um dos pio-neiros da Leitura Crítica da Comu-nicação no Brasil.

Realizado todos os anos, anovidade é que as conferênciasserão, em sua maioria, à noite, eo evento contará com várias ofi-cinas de comunicação. O custoserá de R$ 20,00. As inscriçõespodem ser realizadas pelo sitewww. facasc.edu.br. Duranteos cinco dias, haverá conferênci-as, principalmente à noite, a par-tir das 19h30, oficinas pela ma-nhã, a partir das 8h, e umcinefórum na noite de quarta-fei-ra. As tardes serão livres.

A Conferência de aberturaserá na segunda-feira, às 8h,com o tema: “A realidade do fe-nômeno comunicacional naatualidade”, com o Dr. FaustoNeto, membro do Comitê Cien-tífico do CNPq (comunicação),professor titular da UNISINOS.No mesmo dia, à noite, a partirdas 19h30, haverá a conferên-

Comunicação é tema da Semana Teológica

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

cia: “Teologia da Comunicação”.Na terça, também à noite, a

conferência será sobre o tema:“Da sociedade dos mídias àmidiatização da sociedade”. Naquarta-feira à noite haverá oCinefórum. Na quinta-feira have-rá a conferência: “Internet eespiritualidade”. O evento de en-cerramento será a conferência:“O pensamento das Igrejas so-bre a comunicação”, realizadapela manhã, a partir das 8h.

As manhãs dos dias 27, 28 e29 serão destinadas para as ofi-cinas. Na terça-feira, pela manhãe tarde, será oferecida a oficinade “Fonoaudiologia: orientaçõese triagem”, ministrada por trêsprofissionais da área. No mes-mo dia, à tarde, será oferecida aoficina de fotografia. No dia se-guinte, pela manhã, os opçõesserão: mídias sociais, blog, textojornalístico ou comunicação pe-dagógica. Todas as oficinas se-rão ministradas por profissionaisqualificados na área.

Todos os eventos serão rea-lizados na sede do ITESC, emFlorianópolis. Maiores informa-ções no site: www.facasc.edu.br, ou pelo fone (48)3234-0400 .

pela primeira vez. Ela era coroinhae hoje participa da Liturgia e doCanto Litúrgico em sua comunida-de, em Antônio Carlos. Sente inici-ar a chama vocacional e participoupara conhecer. “Pensei que a vidadelas fosse bem mais monótona.Vi que é cheia de compromissos eresponsabilidades. Gostei”, disse.

Religiosas para a IgrejaSegundo Irmã Clea Fuck, coor-

denadora arquidiocesana da Pas-toral dos Coroinhas, não se trata deuma promoção para buscar voca-ções para uma Congregação espe-cífica, mas para qualquer carisma

de religiosas. “No encontro, elasconhecem a vocação. Depois, po-dem buscar a congregação com quemais se identificam”, disse.

Esta foi a terceira vez que o en-contro foi realizado. Ele surgiu a par-tir dos encontros de coroinhas, emque Irmã Clea costuma perguntarquem sente o chamado vocacional.Segundo Irmã Clea, dos dois encon-tros anteriores algumas jovens sen-tiram o despertar vocacional e es-tão recebendo acompanhamento.

Mais fotos no site da arqui-diocese: www.arquifln.org.br,clicar em “Álbum de Fotos”.

Participantes representavam cinco paróquias de quatro comarcas

Jornal da Arquidiocese Setembro 2011

5Geral

CNBB lança campanha SOS ÁFRICAtação (FAO) e o Alto Comissariadodas Nações Unidas para os Refu-giados (ACNUR), cerca de 12 mi-lhões de pessoas estão sentindoos efeitos da fome na região.

Ainda segundo os dados, a re-gião africana vem sofrendo nos últi-mos meses, além da seca, com afome, conflitos e a alta dos preçosdos alimentos. A crise na Somália jámatou 30 mil crianças de fome. Acada 11 semanas, dez por cen-to das crianças somalis com me-nos de cinco anos perdem a vida.

A Conferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB) e aCáritas Brasileira deram início àCampanha SOS África de ajuda àsvítimas da seca na região nordes-te do continente, conhecida comoChifre da África, que envolve ospaíses: Somália, Uganda, Etiópia,Quênia, Djibuti e Eritreia.

A região, principalmente aSomália, passa pela seca maisintensa dos últimos 60 anos. Se-gundo a Organização das NaçõesUnidas para a Agricultura e Alimen-

Você pode contribuir com acampanha da CNBB e Cáritas, emfavor das vítimas no Chifre da Áfri-ca, através de doações de qual-quer valor.

Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5; Caixa Econô-mica Federal: AG. 1041, OP. 003,C/C 1751-6; Banco Bradesco:AG. 0606-8, C/C 187587-6

Para DOC e TED o CNPJ é:33.654.419/0001-16

Mais informações: http://www.caritas.org.br

A Pastoral da Juventude daArquidiocese realizará, nos dias23, 24 e 25 de setembro, a suaAssembleia Arquidiocesana naCasa de Retiros Caminho deNazaré, em Enseada de Brito, Pa-lhoça. O evento terá como finali-dade discutir o Plano de Pastoralda PJ para os próximos três anos.

Assembleia da PJAntes, os jovens receberam umquestionário de avaliação da ca-minhada dos grupos de jovens.As respostas devem ser encami-nhadas para a secretaria da Pas-toral até o dia 08 de setembro.Aqueles que não receberam, po-dem encontrá-lo no site da PJ:www.pjarquifloripa.org.br.

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

É uma súplica individual,permeada de confiança: o autorrepete por três vezes “eu confio”(vv. 4, 5, 12), apesar do perigo emque se encontra. Há no salmouma espécie de estribilho, ou re-frão, que divide o texto em trêspartes: a introdução (vv. 2-3), onúcleo (vv. 6-10), e a conclusão(vv. 13-14). Quanto ao estribilho,é um recurso poético raro na poe-sia bíblica, e normalmentecondensa o essencial do poema.Neste caso, o estribilho repete trêselementos: o louvor da Palavra, aconfiança em Deus, a superaçãodo medo. O louvor transforma-se,no final, em ação de graças; a con-fiança, oposta ao medo, antecipa-se no v. 4 e no v. 10.

Tem piedade!2. Tem piedade de mim, ó

Deus, pois um homem me per-segue; / o dia todo, o agressorme oprime.

3. Meus adversários mehumilham o dia todo, / sãomuitos os que me atacam, óAltíssimo!

O salmo começa imediatamen-te com o pedido de compaixão,pois o salmista vê-se perseguido eoprimido “o dia todo”, quer dizer,sem trégua, sem descanso. Quemo persegue e oprime, no v. 2, é “umhomem”, logo qualificado de“agressor”, no singular, sem outrascaracterísticas mais concretas. Nov. 3, porém, “o agressor” se multi-plica: são “muitos”, os “adversári-os” que o atacam e humilham, eisso, novamente, como no v. 2, “odia todo”, sem descanso. Há, pois,razões para o pedido de socorro aDeus, chamado a reprimir asinvestidas humanas, quer de “um”,quer de “muitos”.

Eu confio!4. Mesmo com medo, em ti

confio; / em ti, ó Deus, cujapalavra eu louvo.

5. Em Deus confio, nãotemo: / o que pode fazer-meum ser de carne?

Nestes dois versículos, que se-rão repetidos antes do fim do sal-mo, o orante reafirma, apesar domedo, a sua confiança. É mais dra-

Salmo 56 (55): em Deus confio!

Conhecendo o livro dos Salmos (41)Conhecendo o livro dos Salmos (41)Conhecendo o livro dos Salmos (41)Conhecendo o livro dos Salmos (41)Conhecendo o livro dos Salmos (41)

Divulgação/JA

maligna dos seus adversários. É umconflito declarado, portanto. Temosaí seis ações dos ímpios/injustos,a maioria delas na surdina, visandoa eliminar o justo. Ora, essa tática,exatamente por não ser aberta, porser encoberta, é a que mais metemedo. Afinal, por que tanto ódiocontra o salmista, e tantos planospara eliminá-lo? O salmo não res-ponde. Deixa claro, porém, que éuma luta desigual, muitos contraum. Eles, os injustos, bem organi-zados e com planos definidos; osalmista, inerme, apenas confian-do na palavra/promessa de Deus.

Castiga-os!8. Por tanta iniquidade, re-

tribui-lhes; / na tua ira, humi-lha os povos, ó Deus.

O salmista formula agora umaimprecação, invocando sobreseus adversários injustos, “portanta iniquidade”, a punição divi-na. É o clamor do oprimido, queanseia pela manifestação da jus-tiça retributiva de Deus, segundoa “lei do talião”. Mais ainda: nasua justa ira, Deus não deixará dehumilhar “os povos”, que ousaremlevantar-se contra Ele.

Livro e odre,andanças e lágrimas

9. Contaste os passos daminha caminhada errante, /minhas lágrimas recolhes noteu odre; / acaso não estãoescritas no teu livro?

De repente, duas imagens,simples mas tão sugestivas, docarinho de Deus, do seu cuidadopor cada um de nós. Os “passoserrantes” do salmista estão todos“contados”, e nenhuma de suaslágrimas caiu por terra: pelo con-trário, Deus as recolheu no seuodre, e as registrou no seu livro!Andanças e lágrimas, soma davida de cada ser humano. Nemos “passos errantes”, nem as “lá-grimas derramadas”, se perdempara Deus. Porque Cristo caminhouconosco e orou “com gemidos elágrimas” (cf Hb 5,7), Ele consa-grou nossas andanças e lágrimas,dando-lhes valor perene.

Vão recuar!10. Então, vão recuar meus

inimigos: / quando eu te invocar,sei que Deus está do meu lado.

Depois da bela afirmação docuidado de Deus para com ele, nov. 9, o salmista volta de novo o pen-samento para os “inimigos”. Agoratranquilo, não impreca mais contraeles, como no v. 8, mas simples-mente afirma a certeza de que hãode “recuar”. Pois ele agora “sabe”,isto é, tem certeza e experiência,de que Deus “está do meu lado”,como fiel parceiro da Aliança.

Não temerei!11. Em Deus, cuja palavra

eu louvo, / no Senhor, cuja pa-lavra eu louvo,

12. em Deus confio, nãotemerei: / o que pode fazer-meum ser humano?

Estes dois versículos retomam,com pequenas modificações, osvv. 4 e 5, constituindo, como disse-mos, o “refrão” do salmo. Comeles, o salmista reafirma a razãoda sua confiança, agora inabalá-vel. São Paulo o dirá de outra ma-neira: “Se Deus é por nós, quemserá contra nós?” (Rm 8,31). Ain-da quanto à Palavra, como funda-mento da confiança do salmista,nós, cristãos, podemos louvá-la demodo especial, pela certeza deque, desde a encarnação do Lógos, a Palavra “se fez carne” (Jo 1,14)e tornou Deus presente entre nós.Nele se apoia nossa confiança,apesar da “carne” alheia que nos

ataca, e da “carne” própria que nosinsidia e enfraquece. Por sua res-surreição, porém, sabemos que Eleestá conosco, e por Ele podemosesperar a vitória definitiva da vidasobre a morte.

Vou agradecer-te!13. Mantenho, ó Deus, os

votos que te fiz: / vou te renderações de graças.

14. Pois me livraste da mor-te, / preservaste meus pés daqueda, / para que eu caminhena presença de Deus, na luzdos vivos.

O epílogo, ou seja, a conclusãodo salmo, é a ação de graças pro-metida. O orante deve ter feitouma promessa, um “voto”, ao qualDeus respondeu com a sua pala-vra. Nela o salmista acreditou, pro-clamando já a sua libertação inte-gral, num primeiro momento inte-rina, em relação ao perigo de mor-te antecipada e violenta. Isso, po-rém, sem excluir a libertação comosuperação definitiva. De fato, pre-servado da “queda”, do perigo detropeçar e cair, o salmista podeagora caminhar com segurança,“na presença de Deus, na luz dosvivos”. Andanças e lágrimas (v. 9),luz e companhia de Deus (v.14):as duas parelhas definem a nossavida, a experiência espiritual dosalmista e a de cada um de nós.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

1) De que se queixa o orante,neste salmo?

2) Apesar do medo, qual omotivo de sua confiança?

3) O Senhor Jesus rezaria aimprecação do v. 8?

4) O que lhe chama a aten-ção no v. 9, com as ima-gens do livro e do odre?

5) Como o salmista concluieste salmo? Com qualperspectiva?

mática, e mais humana, essa ati-tude, que a do profeta Isaías, queafirma não ter medo, justamentepelo fato de confiar: “Eu confio, enada temo” (Is 12,2). Aliás, osalmista se expressará tambémassim, no v. 5. Aqui, no v. 4, ele nãonega o medo, mas sobrepõe-lhe aconfiança. Aliás, se não houvessetemor, haveria que apelar para aconfiança? Entretanto, da confian-ça ele passa imediatamente aolouvor, e louvor da “Palavra”, istoé, da palavra da promessa deDeus. Notar o contraste entre açãoe palavra: enquanto o homem age,atacando, Deus oferece a sua pa-lavra, prometendo. Quem podemais: a ação do homem, ou a pala-vra de Deus? No fim do v. 5, osalmista conforta-se a si mesmo,argumentando: “O que poderia fa-zer-me um ser de carne”, isto é, ummortal, diante do poder de Deus?No entanto, foi essa “carne”, mor-tal e passível, que o Filho de Deus,por uma condescendência infinita,quis assumir, como o afirma o pró-logo de João: “A Palavra, o Filho, sefez carne...” (Jo 1,14)

O que eles fazem6. O dia todo retorcem mi-

nhas palavras, / e não pensamsenão em fazer-me o mal.

7. Conjuram, armam cila-das, / observam meus passos,atentam contra a minha vida.

Nestes dois versículos, osalmista resume a febril atividade

Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Para refletir:

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Jornada reúne segmentos da juventudeMais de mil jovens de doze segmentos participaram da Jornada Arquidiocesana da Juventude

Inspirados pelo tema “Enraiza-dos e edificados em Cristo, firmesna fé” (Cl 2,7), mais de mil jovensde todos os cantos da Arquidioceseestiveram reunidos no dia 28 deagosto. Eles participaram da pri-meira Jornada Arquidiocesana daJuventude - JAJ. Promovido peloSetor Juventude da Arquidiocese,o evento foi realizado no CEAR(Centro de Evangelização AngelinoRosa), em Governador Celso Ra-mos. Estiveram reunidos doze seg-mentos que trabalham com a ju-ventude na Arquidiocese.

O grande encontro iniciou às8h30, com a acolhida. Em seguida,começou um show de evangeliza-ção animado pelo Ministério deMúsica da Comunidade Shalom. Às9h, teve início a CelebraçãoEucarística, presidida pelo Pe.Pedro Paulo Alexandre, de 25anos. A celebração contou aindacom a presença de outros padres.A homilia foi conduzida de formadiferente. Em vez de fazer umareflexão do Evangelho do Dia, Pe.Pedro Paulo respondeu a pergun-tas formuladas pelos jovens pormeio do Twitter, Facebook e Orkut.Delas, foram selecionadas três,que foram lidas por jovens de di-ferentes espiritualidades. As per-guntas versavam sobre vocação,desafios da juventude e sobre osplanos de Deus para os jovens.

A Cruz da JornadaApós a celebração, houve alguns

momentos de show musical, segui-do de uma pausa para o almoço. Àtarde, a partir das 13h30min, tive-ram início as outras atividades. Os

A bênção de encerramento foi dada pelos representantes dos segmentos da Juventude da Arquidiocese

jovens da Arquidiocese que partici-param da Jornada Mundial da Ju-ventude, realizada nos dias 16 a21 de agosto, em Madri, Espanha,conduziram até o altar a Cruz e oícone de Maria.

Tendo esses símbolos como re-ferência, Pe. Vitor Feller fez a re-flexão bíblica sobre o tema da Jor-nada Arquidiocesana da Juventude.Segundo ele, não existe felicidadesem fidelidade. Também não exis-te ressurreição sem cruz. “É na cruzde Cristo que devemos enraizar-nospara viver a vida plena”, disse.

Pe. João Francisco Salm,Administrador Diocesano daArquidiocese, também se fez pre-sente. Ele disse que a cruz não ésinal de sofrimento, mas de alguémque se deixou seduzir. Lembrou

que Jesus foi um jovem que sedeixou seduzir pelo amor do Pai.

Em seguida, representantes decada segmento da juventude daArquidiocese que participou da Jor-nada em Madri deram o seu teste-munho. “Poder participar da Jorna-da Mundial da Juventude e auxili-ar a CNBB através da delegaçãooficial foi uma experiência inesque-cível. Estar em todos os eventos eos avaliando para a próxima jorna-da, que será no Rio de Janeiro, fi-cou marcado para cada um denós”, disse Guilherme Pontes,seminarista de Filosofia e delega-do arquidiocesano da JMJ.

Diferentes segmentosCada um dos segmentos de

jovens representados no eventoteve a oportunidade de realizaruma atividade cultural. Pe. LúcioEspíndola, missionário daArquidiocese na Guiné-Bissau, Áfri-ca, falou do trabalho realizado lá.Jovens da Comunidade DivinoOleiro também deram um teste-munho de sua presençamissionária, tanto na África, quan-to na Bahia. O jovem Mário dosSantos, seminarista de Teologiada Guiné-Bissau, falou das dificul-dades do seu país e da importân-cia dos missionários.

Bênção e avaliaçãoAo final do encontro, Pe.

Josemar Silva, referencial do

Jornal da Arquidiocese Setembro 2011

7Juventude

Setor Juventude na Arquidiocesee um dos promotores do evento,chamou até o palco um represen-tante de cada segmento da juven-tude. Eles se mantiveram de mãosdadas, mostrando a sua união.Pe. Josemar agradeceu a todosque tornaram o evento possível.

Pe. Pedro Paulo Alexandre, uti-lizando um smartphone, fez a lei-tura de um texto bíblico. Todos osrepresentantes dos segmentos dajuventude, com a imposição demãos sobre os participantes, de-ram a bênção de encerramento.

Para o Pe. Josemar, os objeti-vos do encontro foram alcança-dos, tanto pelo expressivo núme-ro de participantes quanto pelossegmentos representados. “Foium momento importante de co-munhão, partilha, integração e tro-ca de experiências, que certamen-te vai fortalecer o setor juventudena Arquidiocese”, disse.

Ele destacou três momentoscomo os mais representativos doencontro: a Celebração Eucarística;a entrada dos símbolos da Jornada(a Cruz e o ícone de N.Sra.); e a par-tilha dos jovens que participaram daJMJ, em Madri, Espanha. Ele disseainda que essa primeira experiên-cia motiva a equipe a já pensar opróximo evento para o ano que vem.

Mais fotos no site da arqui-diocese: www.arquifln.org.br,clicar em “Álbum de Fotos”.

Fo

to/JA

“Graças a ele, conhecemos quesomos diferentes, mas temos amesma finalidade, que é anunciarJesus, ainda que de formas diferen-tes. O encontro é importante paraque tenhamos unidade, mas man-tendo as nossas individualidades”,

João BarbosaMovimento dos Focolares.

“É importante, porque muitasvezes nos julgamos pequenos nostrabalhos que realizamos. Masreunidos, como aqui, percebemosque somos muitos e que, com opouco que fazemos, ainda quecom métodos diversos, fazemosa diferença. Unidos sempre sere-mos mais fortes”,

Letícia EspíndolaPastoral da Juventude.

“A grande importância é per-ceber que todos nós nos sentimosIgreja. A RCC tem muitos eventos,mas hoje conseguimos perceberque a unidade produz a santida-de. As diversidades somadas tor-nam a Igreja mais forte, com ob-jetivos concretos”,

Samir Samuel de AndradeRenovação Carismática

Por que é importanteum evento que reúne

as diferentes espiritua-lidades da juventude?

Encontro representou a união das diferentes espiritualidades da juventude

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Leigo assume Secretaria Executiva do RegionalEm 41 anos da CNBB - Regional Sul IV (SC), é a primeira vez que um leigo assume essa função como titular

Fo

to JA

Ademir Freitas, 61 anos, é onovo Secretário Executivo da CNBB- Regional Sul 4 (SC). A posse foi rea-lizada no dia 15 de agosto, em cele-bração realizada na instituição, comas presenças de Dom Wilson Ta-deu Jönck, SCJ, bispo de Tubarãoe presidente do Regional, e DomFrei Mário Marquez, bispo deJoaçaba, entre outros participantes.

Natural e residente em Imbitu-ba, Ademir é casado com JanetePlaisant Freitas, há 39 anos; temtrês filhos, todos casados, e temduas netas. É oficial da reserva daAeronáutica, onde atuou na áreade controle de tráfego aéreo e so-bretudo na implantação de siste-mas. É especialista em Análise deSistemas, tem formação em Ad-ministração, com enfoque em Or-ganização e Métodos.

Faz parte da Ordem Francisca-na Secular e é ministro da Fraterni-dade de Tubarão, atuando tambémcomo secretário regional da enti-dade. É leigo atuante na paróquiaN.Sra. Imaculada Conceição, emImbituba. Também atua como se-cretário do Conselho Paroquial dePastoral e coordena a Catequesena comunidade da Vila Nova.

Através desse Conselho, foiconvidado a participar da equipe deelaboração do Plano Diocesano dePastoral de Tubarão. A partir dessetrabalho, Dom Wilson conheceu oseu trabalho e, como presidente doRegional Sul 4, o convidou para par-ticipar da Secretaria Executiva.

Nos próximos quatro anos, eleterá a missão de acompanhar e mo-tivar os trabalhos nas pastorais, or-ganismos e serviços do Regional.Conheça um pouco de seu trabalho.

Jornal da Arquidiocese - É aprimeira vez que essa função é as-sumida por um leigo. Isso é uma res-ponsabilidade maior para o senhor?

Ademir - Causa uma expec-tativa de não frustrar principalmen-te Dom Wilson, que tomou a deci-são de escolher o meu nome. A mi-

nha chegada materializa o que aIgreja fala muito agora, que é oprotagonismo do leigo.

JA - O senhor já tinha conheci-mento da sua missão no Regional?

Ademir - Nenhum. Quando re-cebi o convite, perguntei a Dom Wil-son qual seria o meu trabalho. Elerecomendou que lesse o Documen-to 70 da CNBB, e clareou o que fa-ria. Nessa fase inicial, ainda conta-rei com o auxílio do Pe. Franciscode Assis Wloch, meu antecessor.

JA - Qual será esse trabalho?Ademir - Devo ajudar as dioce-

ses, sem impor nada. Estar a serviçodelas. Fazer com que as diretrizes eorientações da CNBB cheguem àsdioceses do nosso Regional. Há ain-da atividades que são exclusivas doRegional. Temos a Assembleia doRegional, a aprovação do Plano Re-gional de Pastoral, o anuário e ocronograma do Regional.

JA - Como sua esposa rece-beu a indicação?

Ademar - Muito bem. Ela já é asecretária na nossa fraternidadefranciscana em Tubarão. É, como eu,uma pessoa bem participativa dasatividades da Igreja e continuará atu-ando comigo nessa nova missão.

Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

JA - O senhor mora em Imbituba.Como fará para estar em Florianó-polis, e com sua esposa?

Ademir - Até pouco tempoatrás, residíamos em Florianópolis.Minha filha reside em Campinas,São José. Por enquanto estamosficando na casa dela. Enquanto es-tiver no Regional, minha esposa fi-cará lá. É uma oportunidade paratambém estar junto com nossaneta. Nas viagens, sempre quepossível, pretendo levar minha es-posa. Claro que por nossa conta,sem onerar o Regional. Na minhaatividade profissional, trabalheiem diferentes regiões do país etambém em outros países, e elasempre me acompanhou.

JA - A experiência na carreiramilitar vai favorecer o seu traba-lho no Regional?

Ademir - Certamente que sim.Embora a carreira militar seja dife-rente, tanto a minha prática, como aminha formação acadêmica facilita-rão o meu novo trabalho. O contro-lador de tráfego aéreo é um tomadorde decisões. É ele quem decide qualo caminho que uma aeronave deveseguir para evitar choques. Meu tra-balho era preparar a pessoa que te-ria essa incumbência e me certificarde que ela é capaz de exercê-la.

A Paróquia São Francisco deAssis, em Aririú, Palhoça, promo-veu, no dia 13 de agosto, o en-contro paroquial da Pastoral daInfância e AdolescênciaMissionária. Realizado na comu-nidade Nossa Senhora dosNavegantes, na Barra do Aririú,o evento reuniu mais de 80 par-ticipantes, representando asquatro comunidades em que aPastoral está presente.

O evento teve início às 14hcom a Liturgia da Palavra presidi-da pelo seminarista Júlio CésarHames e término às 17h30. Opároco Pe. Marcelo Henrique Fra-ga fez-se presente no evento du-rante a Celebração e fez uso dapalavra, falando de formadescontraída sobre a importân-cia das vocações e a importânciade existirem os padres, irmãs,catequistas. Também houve apresença da missionária Leka.

O objetivo do encontro foi fa-lar às crianças e adolescentesmissionários sobre os vários tiposde vocação, através de teatros edinâmicas que foram preparados

Paróquia promove encontro daInfância e Adolescência Missionária

pelos assessores. Durante o en-contro, cada assessor/coordena-dor da Pastoral em sua comuni-dade falou sobre uma vocaçãoespecífica. A animação ficou porconta do ministério de músicabanda Deus Vivo da igreja anfitriã.

A paróquia costuma realizarencontros paroquiais da Pasto-ral da Infância e AdolescênciaMissionária. Os encontros come-çaram a acontecer nas comuni-dades em que já existem os gru-pos, para divulgação da impor-tância do trabalho da Pastoralda Infância e AdolescênciaMissionária, bem como para ofortalecimento dos grupos.

O evento foi realizado pelaequipe de coordenação paroqui-al da Pastoral da Criança e Ado-lescência Missionária, formadapor Fernanda da Silva, QueilaHinckel, Lurdinha e Cristiane.Para Fernanda Silva, o encontrofoi uma experiência bastantepositiva. “As crianças e adoles-centes puderam conhecer umpouco mais das vocações espe-cíficas da Igreja”, disse.

Posse de Ademir materializa o protagonismo leigo no nosso Regional

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Encontro reuniu mais de 80 participantes de toda a paróquia.

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Rede Sanar chega à ArquidioceseEntidade fundada na Argentina busca atender pessoas que sintomas que possam levar ao suicídio

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Maria de Lourdes (nome fictí-cio) é natural de Recife, emPernambuco. Em 2001, a convitedo irmão, veio com sua mãe já ido-sa para Florianópolis. Ela queria fi-car mais próxima do filho. Algumtempo depois, sua mãe adoeceu,e Maria de Lourdes deixou o em-prego para cuidar dela. Ela faleceuem outubro de 2008.

Distante de sua terra natal,com poucos amigos, problemasde convivência com o irmão, pordisputa da herança, e a dor pelafalta da mãe, caiu em depressãoe chegou a ser internada três ve-zes. Isso a levou a tentar contra aprópria vida por algumas vezes.

Ela é uma das pessoas que jáestão recebendo atendimento daRede Sanar, que tem como finali-dade atender pessoas com pro-blemas de estresse, ansiedade,fobia, tristeza, pânico, depressão,angústia e crises, que podem le-var ao suicídio. Criada na Argenti-na, a entidade está chegando àArquidiocese de Florianópolis.

Na tarde do dia 20 de agosto,foi promovida a primeira forma-ção para as pessoas interessadasem conhecer e se voluntariar parao serviço. Realizada no Edu-candário Imaculada Conceição,no centro, em Florianópolis, a for-mação foi ministrada por ZenirGelsleichter, missionária leiga e

GeralJornal da Arquidiocese Setembro 2011

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A caminhada do SeminárioMenor é percorrida pelos jovensque, ao terminarem o ensinofundamental, se sentiram cha-mados a discernir sua vocação.Eles iniciam suas jornadas noSeminário cursando o ensinomédio, em preparação para aFaculdade de Filosofia.

O cotidiano dos Menores é umtanto quanto distinto em relaçãoao dia a dia vivenciado pelos se-minaristas das outras etapas daformação. Os horários são distri-buídos tendo em vista o estudo, oesporte, as orações comunitárias,o trabalho e as refeições. Alémdaquelas oferecidas pelo ensinomédio, há aulas internas de latim,música, português, religião, etique-ta, teatro, educação física, dentreoutras opcionais.

O ensino médio é cursado naescola Dom João Becker, locali-zada nas proximidades do Se-minário. O fato de frequentaremum colégio fora das dependên-cias do Seminário constitui umaoportunidade saudável, pois po-dem interagir com outros jovens.

Também participam dos en-contros dos Grupos Bíblicos em

Conhecendo a vida nos Seminários

Vivenciando o Seminário MenorFamília, nas casas dos paroquia-nos do Santuário de Nossa Se-nhora de Azambuja, no qual fre-quentam a Santa Missa diaria-mente. Enfim, o Seminário Me-nor é formado por jovens corajo-sos, que, desde cedo, deixaramsuas famílias, suas casas e seusamigos para adentrar em águasmais profundas, rumo a Cristo.

CONVITE:Jovem, venha ser um instru-

mento de Deus na vida e na his-tória de nossa Igreja Diocesanade Florianópolis. Seja um padrediocesano. É Jesus quem o cha-ma para o ministério sacerdotal.Se você ainda não pensou nisso,pense agora! Se tiver uma inquie-tação vocacional, procure seuPároco. Cristo conta com vocêpara trabalhar na sua messe.

CONTATO:Seminário Menor Metro-

politano Nossa Senhora deLourdes, Rua Azambuja, 1076Azambuja, CEP 88353-460Brusque – SC - Fone: (47) 3396-6276, ou pelo [email protected]

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funcionária da Livraria Paulus, quese aprofundou sobre o trabalho nasua origem.

Durante o encontro, os parti-cipantes conheceram como foicriada e o método terapêuticoadotado, que é presencial e comtestemunhos. Já foi marcado umpróximo encontro para o dia 10de setembro, às 14h, no mesmolocal, quando será aprofundadoo método. Todos os interessadossão convidados a participar.

Maria Luiza Nogueira, coor-denadora arquidiocesana da Pas-toral dos Enfermos, foi uma das par-ticipantes do evento. Para ela, o ser-viço prestado pela Rede Sanar é im-portante, porque há uma carência

afetiva muitogrande. No seutrabalho comovisitadora dos en-fermos, percebeque há muitaspessoas com ne-

cessidade, mas principalmente oca-sionados por problemas mentaisque interferem no físico. “As pesso-as não têm tempo para o outro. Agrande caridade está na escuta. Onosso papel é facilitar que a pes-soa encontre a solução, e isso faze-mos ouvindo”, disse.

Miriam Helena Sega foi vo-luntária do Centro de Valorizaçãoda Vida – CVV, que tem como finali-dade a prevenção ao suicídio atra-vés de atendimentos telefônicos.Ela soube do evento e participou,para conhecer a proposta. “Neces-sitamos desse tipo de serviço. A an-gústia e a depressão são males queatingem a nossa sociedade, masaparece pouco na mídia”, disse.

Para Zenir, promotora do even-to, o encontro foi bastante provei-toso, e os participantes demons-traram interesse em participar dotrabalho. “A perspectiva é que,com mais divulgação, mais pes-soas participem da formação etambém outras pessoas procu-rem pelo atendimento”, disse.

Mais informações pelo fone(48) 9635-9315, pelo e-mailredsanarbrasi l@gmail .com ,ou no site www.redsanar.org(em espanhol).

Voluntários ou apenas interessados em conhecer participaram da formação

Pe. Carlos André Paixão com os seminaristas do Seminário Menor

Atendimentos,ainda quepoucos, já estãosendo realizados

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Rede Cáritas da Região Sul realiza encontroRealizado em Florianópolis, encontro reuniu representantes das dioceses dos três Estados do SulAconteceu nos dias 16, 17 e

18 de agosto, em Florianópolis, oEncontro Inter Sul da Cáritas Brasi-leira, com representantes dasCáritas Diocesanas, SecretariadosRegionais de Santa Catarina, RioGrande do Sul, Paraná e Secreta-riado Nacional. O referido encon-tro é parte do processo de prepa-ração para o IV Congresso Nacio-nal. Da mesma forma que as Dio-ceses e os Estados realizaram suasoficinas, a região sul do país e de-mais regiões também realizaramseus momentos preparatórios.

Tendo como tema central o De-senvolvimento Solidário Sustentá-vel e Territorial (DSS-T), a oficinabuscou, num primeiro momento,trazer alguns elementos da realida-

de, nos aspectos sociais, políticose eclesiais, que contou com a con-tribuição de Carlos Eduardo - Che,professor da Universidade deChapecó (UNOCHAPECÓ), do Pe.Vilmar Adelino Vicente, professor doITESC, e da Professora Vera HerwegWestphal, da UFSC. Além disso, re-fletiu-se sobre o modelo de desen-volvimento atual, que gera exclusão,pobreza, desigualdade e devasta-ção ambiental. Como contrapro-posta a esse modelo que impera, aCáritas Brasileira incentiva a cons-trução de um modelo sustentávele solidário, gerador de vida, inclu-são, coletividade e respeito ao meioambiente. Esse modelo aos poucosvem ganhando espaço em nossascomunidades e Dioceses.

10 Ação Social Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Representantes das Cáritas Diocesanas da Região Sul do Brasil sereuniram em Florianópolis para preparar o IV Congresso Nacional

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Prova disso foram as experiên-cias comunitárias que conhecemosdurante o encontro, três das quaisserão socializadas no CongressoNacional: Projetos de SementesCrioulas de Anchieta (SantaCatarina), Escola de Economia So-lidária (Paraná), Prevenção deEmergências de Santa Margaridado Sul (Rio Grande do Sul). O en-contro também possibilitou olhar-mos a caminhada da Cáritas Bra-sileira nos últimos quatro anos,tendo sido feitas avaliações do Pla-nejamento Estratégico 2008-2011, e apresentados indicativosde ações para o próximoquadriênio 2012-2015. O IV Con-gresso ocorrerá nos dias 09 a 12de novembro em Passo Fundo/RS.

A Ação Social Arquidiocesana - ASA, emparceria com a Cáritas Brasileira Regional deSanta Catarina e a Pastoral da Saúde, pro-moveu uma Oficina sobre Plantas Medicinais,com o tema: “Plantas Medicinais: do Cul-tivo ao Uso”. A oficina foi realizada no dia22 de agosto, em Biguaçu, com a parti-cipação de 36 pessoas.

Inicialmente foi feita uma breve apre-sentação do Projeto “Fortalecendo Experi-ências de Economia Solidária em SantaCatarina”, da Cáritas em parceria com aPetrobrás, que, dentre seus objetivos, bus-ca “resgatar e valorizar o conhecimento cul-tural e popular sobre o cultivo e uso dasplantas medicinais”.

A assessoria teórica da oficina foi deCecília Cipriano Osaida, que é vice-pre-sidente da Associação Catarinense de Plan-tas Medicinais e Produtora de plantas no

Oficina de Plantas MedicinaisSítio Harmonia Natural, em Canelinha. Eladiscorreu sobre a importância da denomi-nação botânica e popular das plantas. Eminúmeras utilizações, o uso incorreto podelevar a intoxicações e, em casos mais séri-os, a óbito.

O período da tarde foi assessorado porRenan Kendy, que é técnico da Alive –Associação Linha Verde e transmitiu conhe-cimentos de forma prática sobre a produ-ção de sabonetes, xampus e pomadas.Kendy ensinou a fazer um chá de ervas con-centrado, para ser utilizado como base(princípio ativo das plantas medicinais) nosprodutos. No final da oficina, todos os par-ticipantes receberam um sabonete, xam-pu e pomada, artigos que foram produzi-dos durante a prática.

Para Jaci Perottoni, CoordenadoraArquidiocesana da Pastoral da Saúde, a ofi-

cina foi extremamenteválida, pois aprofundouos conhecimentos téc-nicos e científicos sobrea utilização de plantasmedicinais, aliados aosconhecimentos popula-res trazidos pelos parti-cipantes.

Realizado em Biguaçu,formação reuniu 36participantes

A Capacitação em Ges-tão de Risco e Desastre, pro-movida pela Ação SocialArquidiocesana, teve seu iní-cio no município de Brus-que, com a Rede de AçõesSociais desse município e re-presentantes de Botuverá eGuabiruba. Estão se capaci-tando 27 lideranças dasações sociais e comunida-des. Destacamos a partici-pação de representantesdas Defesas Civis deGuabiruba e Botuverá.

Nos três primeiros en-contros realizados foramtrabalhados: Introdução ao tema e apresen-tação da Defesa Civil de Brusque; Preven-ção, Preparação, Resposta e Reconstrução;e Abordagem com Famílias, ocasiões pro-pícias para discutir a atuação em 2008 econhecer mais sobre essa temática. Para oúltimo encontro está previsto o tema: Ges-tão de Abrigos e Comunicação.

Rede de Ações Sociais de Brusque iniciaCapacitação em Gestão de Risco

Após a conclusão das Oficinas está pre-vista a construção dos Planos Preventivos daRede de Ações Sociais e o debate com ou-tras entidades para a constituição dos Núcle-os Comunitários de Defesa Civil.

Nos demais municípios da Arquidiocese,a Capacitação também estará acontecen-do, conforme cronograma abaixo:

Os interessados poderão fazer sua inscrição através do telefone (48)3224-8776ou e-mail [email protected]

Município Datas Local Hora

São José e

Biguaçu14, 21 e 28/09

Paróquia Sagrados Corações -

Barreiros/S.José

14:00 às

17:30 hs

Itajaí 08, 15 e 22/09Paróquia São Cristovão -

Cordeiros/ Itajaí

14:00 às

17:00 hs

Formação reuniu lideranças e representantes da Defesa Civil

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O Grito por uma IndependênciaA independência do Brasil foi representada por um grito, mas passados 189 anos ainda não estamos livres

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Grito dos Excluídos é uma oportunidade de nos manifestarmos contratudo o que nos oprime, o que fere os nossos direitos

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Quando estudamos lá no iníciodo ensino fundamental, ao qualchamávamos de primário, dizia adisciplina de História que Portugalexplorava todos os recursos doBrasil, indo para lá todas as nos-sas riquezas, colaborando, porisso, no desenvolvimento daquelepaís. Continua a história dizendoque o governo do Brasil da época,neste caso, regido pela monarquia,saturado dessa exploração desme-dida e vergonhosa, um dia decla-rou que o Brasil se tornaria inde-pendente da “pátria mãe”. Diz, ain-da, que foi através de um gesto doimperador da época a que a histó-ria denominou “Independência oumorte”. Isto em 1822.

Antes disso, lá pelos anos de1789, havia bravos patriotas quejá lutavam contra aquela grandeexploração. Esse movimento levouo nome de “Inconfidência minei-ra”, cujo lema era “Liberdade ain-da que tardia”. O sentimento nacio-nalista de muitos daqueles com-patriotas, o desejo de querer umapátria livre da opressão, da explo-ração e da injustiça teve um fimamargo, como a história nos con-ta, mas despertando, certamente,para as gerações futuras, o espíri-to de luta por uma pátria sem ma-les, e que não podemos viver pre-sos às amarras da escravidão, sejaela branca ou negra; não podemosviver presos às ideias de um povoque nos provoca opressão, quenos explora. Acreditamos que, emdeterminado momento, precisa-mos dar um grito de basta. Se te-mos fé em Deus, cremos na suajustiça, cremos numa liberdadeque, mesmo que tardia, virá, e écrendo na justiça plena, que iremosao encontro da promessa de Je-sus, que é vida plena para todos:“Eu vim para que todos te-

nham vida, e a tenham em

abundância” (Jo 10,10)Neste mês de setembro, va-

mos lembrar o dia da “indepen-dência” do Brasil daquele país.Tudo isso até pode ser possível,numa área diplomática e política.No aspecto social, porém, aindaeste tempo está por vir.

Somos e seremos independen-tes completamente, quando todoo nosso povo viver plenamente avida com dignidade; quando o amorsuperar o ódio; recursos suficientes

para um projeto social suprirem aescassez; quando a fome for sacia-da plenamente e a partilha feita porigual, onde sobrarão “doze cestoscheios” (cf Mt 14, 20); tivermos tra-tamentos suficientes para os nos-sos males; não precisarmos de ou-tros planos de saúde, porque o pla-no público poderia suprir todas asnecessidades do cidadão; quandotivermos educação e saúde de qua-lidade e forem prioridades para to-dos e tivermos liberdade de ir e virsem nos preocuparmos com la-drões e assaltantes.

Sabemos que uma parcela depessoas de boa vontade trabalhaem busca de vida melhor paraamenizar o sofrimento do próximo,porém outras pessoas, em grandeparcela, impedem o andamentode projetos sociais que visem auma melhoria populacional,atravancando o projeto de constru-ção do Reino de Deus.

Grito de IndependênciaQue a “Independência do Bra-

sil” aconteceu através de um “gri-to” a história nos conta, porém énecessário que haja mais gritos.Gritemos, para que o nosso traba-lhador tenha salário digno, grite-mos pelo salário melhor de nos-sos professores da rede pública edos servidores da área da saúde;gritemos para que sejamos livresda corrupção e dos corruptos, ede outros males que afligem anossa sociedade. Gritemos, pois,para que todos nós, brasileiros,sejamos iguais perante a lei e porsermos irmãos e irmãs, filhos e

filhas do mesmo Criador: Deus.Gritemos, gritemos, gritemos!

Estes dias que antecedem o 07de setembro, e durante a semana,será um momento propício pararefletir e anunciar nossas ações nosespaços de discussão na socieda-de, a fim de animar nossos irmãose irmãs que se organizam e vão àluta nos diversos locais e esferas(comunidades, municípios e Esta-dos) em prol de vida digna para to-dos. Como cristãos, temos a mis-são de sermos protagonistas deuma sociedade mais justa, frater-na, solidária e sem exclusões...

Unidos a Cristo Ressuscitado,vivenciamos este grande momen-to em que a Igreja se mobiliza emalguns Estados, e em algumasDioceses de Santa Catarina, nacerteza de que queremos ecoarexclamando: “PELA VIDA GRITAA TERRA... POR DIREITOS TO-DOS NÓS”, o Grito dos Excluídos,sendo uma atividade social da Igre-ja e dos movimentos sociais demobilizações em defesa dos Pro-jetos Populares, políticas públicaspor melhores condições de vidapara os trabalhadores, trabalhado-ras e para todo o povo brasileiro,

Você pensará que tudo isso éum sonho. Até pode ser, porém osonho deve acontecer para sersonhado, na esperança de novasrealizações. “Sonho que se sonhasó é só um sonho. Mas sonho quese sonha junto torna-se realidade”(D. Hélder Câmara).

Diác. Wilson de CastroMembro da equipe redação dos GBF

TestemunhoTestemunhoTestemunhoTestemunhoTestemunho

O casal morou por 21 anosno Rio Tavares, bairro pertencen-te à Paróquia Nossa Senhora daBoa Viagem. Lá, tiveram e cria-ram os quatro filhos, que tam-bém se tornaram atuantes navida da Igreja. Eles participavamda Pastoral Familiar. Realizavamuma série de atividades que en-volviam toda a paróquia. O tra-balho era promovido por 32 ca-sais, responsáveis por organizara celebração dos sacramentos.

Em 2002, o casal se mudoupara as proximidades da IgrejaMatriz da Paróquia São Luiz, naAgronômica, um bairro tambémde Florianópolis. O local era maispróximo para o trabalho e estudodos filhos. Inicialmente, pretendi-am ‘dar um tempo’ na vida co-munitária e apenas participar damissa. Mas não foi possível.“Quando estamos inseridos nes-se meio, não tem jeito: querendoou não, a gente sempre acaba seenvolvendo”, disse Dionísio.

Envolvimento comunitárioForam reconhecidos como

importantes lideranças e convi-dados a atuar na Matriz. Recu-saram. A intenção era trabalharna capela São José, uma áreaem que as pessoas tinham atéalgum receio de participar porconta da violência. Aldair criouum grupo de mães na capela. Lá,um grupo de senhoras aprendeartes manuais, como costura,crochê, bordado... A produção écomercializada em bazares.

Juntos, ocasal come-çou a articulara Pastoral Fa-

miliar na comunidade e a envol-ver os vizinhos. Antes, as pes-soas não costumavam circularpelo bairro com receio da vio-lência. Chegavam em casa e setrancavam. Não participavamda missa na igreja da comuni-dade. Com os trabalhos, passa-ram a se conhecer melhor, secumprimentar e a sair de casapara conversar com os vizinhos.

“Eles começaram a se conhe-cer. Teve pessoas que disserammorar aqui há mais de 20 anose sequer sabiam o nome do seuvizinho”, disse Aldair. Tambémformaram uma equipe de segu-rança no bairro. Os vizinhos tro-caram telefones e em situaçõesde emergência se comunicam.Roubos já foram evitados, gra-ças a essa iniciativa.

Hoje, além de participar damissa, realizam os encontrosdos Grupos Bíblicos em Famí-lia e priorizam a realização nacasa dos doentes. Antes, a igre-ja reunia no máximo nove pes-soas. Agora está semprelotada. A Paróquia conta com15 Grupos Bíblicos em Famí-lia. Só na comunidade São Josésão quatro grupos.

A cada fechamento do livreto,realizam confraternizações echegam a reunir mais de 60 pes-soas na casa do casal. Tambémrealizam uma missa mensal,sempre na segunda quarta-feirado mês, às 19h. A ideia foi colo-cada em prática há dois anos ecada vez reúne mais fiéis.

O casalDionísio eAldair dátestemunho detrabalho pelosirmãos e emfavor da Igreja

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Fazendo a diferença na comunidade

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

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Antônio Pedro Guglielmi, filhode Pedro e Orandina Guglielmi,nasceu em Içara, SC em 27 desetembro de 1927. Fez o primá-rio em apenas um ano. Indo paraAzambuja, foi o primeiro da clas-se ginasial. Sempre manifestouprofunda e perspicaz inteligência.

De 1948 a 1955 cursou Filo-sofia e Teologia na UniversidadeGregoriana, em Roma, com todosos estudos custeados por familia-res. Seu grande prazer era a Filo-sofia. Enquanto cursava Teologiana Gregoriana, aproveitava ostempos livres para estudar as lín-guas bíblicas no Pontifício Institu-to Bíblico. Conhecia 23 línguasentre as antigas e modernas, efalava e escrevia corretamentesete. Foi ordenado presbítero emRoma em 08 de dezembro de1954, com outros 17 companhei-ros brasileiros.

Vida religiosaEm 1946 teve o desejo de ser

padre jesuíta, no que foi desacon-selhado pelo pai. Em abril do mes-mo ano solicitou a Dom Joaquima permissão de estudar mais umano em Roma, licença concedidaprontamente. Era o desejo de fa-zer o Curso de Sagrada Escriturano Bíblico. Em 12 de outubro de1955, Dom Joaquim o incardinana Arquidiocese de Florianópolis,onde pouco residiu: somente em1956, como professor no Semi-nário de Azambuja. De 1961 atéa morte viveu na arquidiocese deSão Sebastião do Rio de Janeiro,sempre incardinado em Florianó-polis. Após a breve estadia emAzambuja, retorna a Roma e, de

1956 a 1960, obteve a gra-duação no Pontifício InstitutoBíblico de Roma.

No Concílio Vaticano IIPe. Guglielmi teve a grande

oportunidade de viver de pertoa experiência única do Concílio,que se estendeu de 1962 a1965. Em 1962, foi Teólogoperito de Dom Joaquim na pri-meira fase do Concílio VaticanoII, nomeado por João XXIII. Paraa segunda Sessão, da qual DomJoaquim não participou, DomAfonso Niehues, bispo coad-jutor de Lages, foi nomeado Pro-curador de Dom Joaquim (como pedido de apresentar suasduas teses não apresentadas naprimeira Sessão) e Pe. Guglielmiperito do mesmo.

Em 30 de setembro de 1963,no dia seguinte ao início da segun-da Sessão, reuniu-se na DomusMariae, onde se hospedavam osbispos brasileiros, a Comissão Teo-lógica brasileira com mais dois as-sessores, ambos catarinenses:Frei Guilherme Baraúna OFM,da Academia Mariana Internacio-nal, e Pe. Antônio Guglielmi, comoespecialista no setor bíblico. Foieleito pelos bispos brasileiros peri-to do Episcopado brasileiro, nocontexto sendo o único padrediocesano brasileiro. Causou óti-ma impressão nos bispos, especi-almente por seus conhecimentosbíblicos e de grandes teólogos dotempo. Dom Helder Câmara orecomendou e aceitou.

Ao final da Sessão, Pe.Guglielmi retorna ao Rio de Janei-ro, onde assume como professor

do Seminário. Era forte seu víncu-lo com o Cardeal Dom Jaime deBarros Câmara, que sempre oapoiou. Pôde retornar a Romapara a Terceira Sessão do Concí-lio, com aprovação do CardealCâmara. Em 18 de setembro de1964, a Secretaria de Estado doVaticano comunicou que o PapaPaulo VI o incluíra entre os “Peri-tos do Concílio”. Um meritoso ca-minho: perito pessoal, perito doepiscopado, perito do Concílio.

Professor no Rioe Juiz de Fora

Concílio terminado, retornouao Brasil, acolhido pelo CardealCâmara. Será sempre professor.De 1964 a 1970 - professor noSeminário Maior do Rio de Janei-ro, lecionando Exegese do AT e doNT e História das Religiões. De

1964 a 1970 - professor deSagrada Escritura e de Antro-pologia no Instituto Superior dePastoral Catequética (ISPAC) eno Instituto de Pastoral (INP)da CNBB. Em 1970 morreuseu padrinho e protetor, o Car-deal Jaime de Barros Câmara.

De 1965 a 1976 - professorda Escola Mater Ecclesiae, doRegional Leste-1 da CNBB, fun-dada por Dom Jaime em 1964,com o objetivo de formar pro-fessores de educação religiosae leigos atuantes. Lecionava Ci-ências bíblicas e Antropologiacientífica. De 1968 a 1975 - pro-fessor associado da PontifíciaUniversidade Católica do Rio deJaneiro. De 1974 a 1990 - pro-fessor adjunto da UniversidadeFederal de Juiz de Fora, MG,

onde se aposentou em 21 de mar-ço de 1990.

Demissões e processoSurgiram problemas entre Pe.

Antônio Guglielmi e o novo Arcebis-po do Rio, Dom Eugênio de Araú-jo Sales. Pe. Guglielmi era entusi-asta da ciência bíblica naquilo quetinha de mais moderno. O CardealSales mostrou-se preocupado comos caminhos pelos quais envereda-va Pe. Guglielmi e tomou as deci-sões que achava pertinentes: em25 de agosto de 1975 foi dispen-sado da PUC do Rio. Em 1976, oCardeal Sales o exclui do corpo deprofessores da Escola MaterEcclesiae. Sentindo-se injustiçado,ingressou com ação na justiça.

Em 19 de maio de 1978 saiComunicação da Cúria do Rio deJaneiro, dirigida a Dom Afonso, de

Consta que existem atualmente nomundo cerca de 33 mil igrejas. Isto signifi-ca 33 mil grupos religiosos com doutrinase convicções diferentes. Se lembrarmosque cada uma destas igrejas possui milha-res ou milhões de adeptos, podemos ima-ginar a imensurável babel religiosa em quese tornou o cristianismo (sem contar as re-ligiões não cristãs).

Esta divisão é considerada um escânda-lo para o cristianismo e, efetivamente, o é.Mas, se aceitamos que o Espírito Santo é oagente unificador dos cristãos, também po-demos considerá-lo o iniciador desta diver-sidade existente. Reflitamos sobre os acon-tecimentos do dia de Pentecostes relatados

em Atos 2.1-14. O dom de línguas tem oclaro objetivo de proclamar a mensagemevangélica aos mais diversos grupos de pes-soas, nações e culturas. As pessoas queestavam em Jerusalém nesse dia, “vindosde todas as nações do mundo”, voltarampara seus países, e lá, dentro de sua culturae de acordo com seus costumes e tradições,anunciaram a mensagem e formaram gru-pos de cristãos (igrejas). Estas igrejas preci-savam se adaptar às peculiaridades cultu-rais de cada grupo étnico, formando assimsuas próprias liturgias. Era a diversidademediada pelo poder do Espírito Santo.

O escândalo do cristianismo não está,necessariamente, no fato de haver tantas

igrejas, mas no fato de confundir unidadecom uniformidade: a intenção exclusivistade impor sua tradição, doutrina e liturgia,condenando todos os que são diferentes.

Observemos no relato da ação do Espí-rito Santo (Atos 2), especialmente noversículo 11: “estamos ouvindo esta gentefalar em nossa própria língua”, isto é, nanossa própria maneira de entender e viver.Não havia uniformidade na ação de procla-mar, mas havia uniformidade no conteúdoda mensagem: divulgar “as grandes coisasque Deus tem feito”.

Permaneçamos no essencial, isto é,anunciar as maravilhosas coisas que Deusfez e faz: a salvação pela fé em Jesus Cris-

Uniformidade ou Unidade?

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Padre Antônio Gublielmi - um estudiosoque Pe. Guglielmi não teve o Usode Ordens renovado. Em 19 desetembro de 1978, nova carta aDom Afonso, comunicando quePe. Guglielmi deu entrada a novoprocesso judicial. A situação sedeteriora, e em 19 de março de1984, Dom Eugênio comunica aDom Afonso o Edital publicado naRevista do Clero, proibindo-lheconferências, pregações e sus-pensão do Uso de Ordens.

O processo (no Recurso, Pro-cesso no. 1.012/78) arrastou-sede 1976 a 1988. Em 28 de junhode 1988, o STF deu-lhe ganho decausa. Foi a primeira vez que oSupremo deu ganho de causa con-tra a Mitra em mais de 400 anos.O Cardeal Sales renovou-lhe o Usode Ordens. Muito conhecido, Pe.Guglielmi oferecia cursos e confe-rências pelo Brasil, para diocesese entidades laicas, inclusive reu-nindo pequenos grupos de cris-tãos que queriam ouvi-lo.

Os últimos dias de umtrabalhador incansávelPe. Guglielmi foi padre de estu-

dos, não foi um padre pastor, ligadoà vida sacramental e ao mistériocristão. Um homem entusiasmadopela ciência bíblica e pouco para ateologia bíblica. Foi fiel a seu sacer-dócio até o fim. Em outubro de1997 sofreu um AVC que o deixouimpossibilitado para o trabalho.Retornando à sua terra natal, aos72 anos descansou em 12 de ju-nho de 1999, em Vila Nova, Içara.

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Padre Antônio Gublielmi:

perito pessoal, perito do episcopado,perito do Concílio

Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese12 Artigos

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Balneário/Estreito celebra o seu cinquentenário e convida a todos

os cristãos a participar da celebração comemorativa que se realizará no dia 09 de setembro na Igreja Paroquial

Nossa Senhora da Glória (R. Sérgio Gil, 792). O Pastor Daltro G. Tomm é um dos líderes cristãos de Florianópolis

inserido no movimento ecumênico. Abaixo a síntese da sua pregação no templo ecumênico da UFSC, numa das

celebrações ecumênicas realizadas durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

to. Há muitas maneiras de anunciar o Evan-gelho. O importante é que este Evangelhoda salvação não seja deturpado.

Pr. Daltro G. TommIgreja Luterana

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Missionários avaliam missão na BahiaUm encontro realizado no dia

21 de agosto reuniu os missioná-rios da Arquidiocese que nos dias15 a 25 de julho realizaram mis-são na Paróquia de Morpará, per-tencente à Diocese de Barra, naBahia. Durante a manhã, elesavaliaram o trabalho missionário,falando de suas experiências, erealizaram um momento de con-fraternização com almoço festivo.

A missão foi uma promoção doConselho Missionário Diocesano -COMIDI, e contou com o trabalho de49 missionários, entre padres, reli-giosas e leigos. O número foi menorque nas edições anteriores, porquea paróquia não poderia acolher maispessoas. Durante os sete dias, elesvisitaram 30 comunidades da paró-quia. Nesses dias, realizaram visitase bênção das casas, proclamaçãodo Evangelho, formação paracatequistas e lideranças leigas.

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Voluntários que realizaram missão na Bahia falaram das experiências e participaram de confraternizaçãoFernando Ventura foi um dos

missionários. Essa foi a primeira vezque ele participou, mas gostou tan-to que já se colocou à disposiçãopara o próximo ano. “Na celebra-ção de envio, Dom Luiz Cappi,bispo local, mostrou-nos um Cristosem face. Disse que as pessoas ve-riam em nós a face de Cristo. Issofoi um grande aprendizado e umaresponsabilidade”, avaliou.

Mais experiente, Leonora Car-doso participou do encontro da mis-são pela quarta vez. Segundo ela,há uma força que deixa os missio-nários muito bem para realizar o seutrabalho. “Ao nos depararmos coma situação em que vivem, esquece-mos dos nossos problemas, que sãotão pequenos em relação ao deles,e só queremos ajudar”, disse.

Para Domingos Francisco Perei-ra, organizador da missão, o traba-lho foi mais uma vez muito provei-

Jornal da Arquidiocese Setembro 2011

13Missão

toso e comemorado pela comuni-dade de Morpará. Segundo ele, opovo recebeu muito bem os missi-onários, que realizaram um exce-lente trabalho. “Muitas das comu-

nidades visitadas chegam a ficardois anos sem a visita de um pa-dre. Quando recebem a visita dosmissionários, renovam-se as espe-ranças neles”, disse.

CELEBRAÇÃOO Conselho Missioná-

rio Diocesano – COMIDI,convida todos os missio-nários que já realizarammissão na Bahia a parti-cipar de um encontro. Oevento será realizado nodia 09 de outubro, a par-tir das 9h, na Igreja Ma-triz da Paróquia São Se-bastião, em Tijucas. Du-rante a manhã, os parti-cipantes falarão sobresuas experiências missio-nárias. “Será uma oportu-nidade de reencontro, jáque perdemos contatocom alguns deles”, disseDomingos Francisco Perei-ra. Mais informações pe-los fones (48) 8477-3552ou 9619-9244.

Caros amigos e amigas doJornal Arquidiocesano,

Durante o próximo mês, ire-mos ouvir muito a palavra mis-são. Mas, o que tem a missãode tão importante que fez comque milhares de homens emulheres deixassem tudo epartissem para uma terra dis-tante? Quando falamos de mis-são, uma espécie de curiosida-de toma conta da nossa men-te: afinal, o que é essa tal demissão? O que se pretendecom ela? Tem ainda cabimen-to hoje em dia falar de Jesusassim “na cara” das pessoas?

Realidades como a promoçãohumana, formação de comunida-des, voluntariado, solidariedade...são entendidas hoje como mis-são. Como sabemos, evangeli-zação é outro termo que indicamissão. A Igreja afirma a impor-tância da evangelização comoprioridade absoluta de sua mis-são: “A evangelização conterásempre uma proclamação clarade que em Jesus Cristo a salva-ção é oferecida a cada pessoa,como dom de graça e de miseri-córdia do próprio Deus” (Paulo VI,EN n° 27).

É bem verdade que essaevangelização se expressa emalgumas exigências básicas,como o serviço, o diálogo, o anún-cio e o testemunho de comunhão.O mês de setembro é considera-do o mês da Bíblia! Não podemosesquecer que pregar o Evangelhoé, para todos os cristãos, um man-damento de Jesus e não apenasum bom propósito ou uma práti-ca piedosa. Por isso, a Igreja fazpróprias as palavras do apóstoloPaulo: “Ai de mim, se eu não anun-ciar o Evangelho!” (1 Cor 9, 16).Na missão, seja ela ad gentes, decuidados pastorais ou nova

evangelização, é priori-tário o anúncio do Evan-gelho. Não se trata, por-tanto, de algo facultativo,condicionado às situa-ções ou à mentalidadedos ouvintes. É um man-damento que tem valorabsoluto para todos ostempos e lugares. Anun-ciar o Evangelho é umanecessidade que se im-põe ao anunciador e aointerlocutor, porque écondição necessária parao acesso à fé. Como nos

exorta o Papa Paulo VI: não pode-mos ir dormir sossegados, saben-do que mais da metade da popu-lação mundial ainda não conhe-ce Jesus Cristo em termos de fé.Precisamos de testemunhas emissionários para levar a BoaNova às nossas irmãs e irmãosnão-cristãos.

Quero terminar este artigo comuma correspondência do Pe. Pau-lo De Coppi. Da Itália ele nos en-via uma mensagem com aqueleardor missionário típico da suapersonalidade. Boa leitura!

Pe. Francisco Gomes - PIME

Na missão, o primado do EvangelhoDesta vez escrevo-lhes da Itá-

lia. Após 50 anos de açãomissionária no Amapá e em SantaCatarina, voltei para celebrar o ju-bileu de ouro sacerdotal na minhaterra natal. Nada mais justo queos cristãos de minha cidade natalagradeçam comigo a Deus poressa extraordinária vocação e pelobem que pude fazer com a sua gra-ça. Ainda este mês estou voltandoao Brasil. Acho esse retorno natu-ral, pois tenho certeza de que Deusme chamou para isso, e acreditoser o que de melhor posso fazerna vida. Através dos últimos arti-gos que escrevi, vocês ficaram co-nhecendo as minhas andançaspelas comunidades ribeirinhas doAmapá e o meu empenho na ani-mação missionária, seja na Itáliaou no Sul do Brasil. Fiz essa ani-mação em paróquias de longa tra-dição cristã, comunidades quechegaram a enviar missionários apaíses não-cristãos, mas que, pordiversos motivos, infelizmente ha-viam perdido aquele entusiasmomissionário que deve caracterizaros discípulos de Cristo.

A Igreja, preocupada com essaindiferença que vem se alastran-do nos países de tradição cristã,

Enviai, Senhor, Missionários...vem comonunca traba-lhando paraque os cris-tãos recupe-rem o espíri-to missioná-rio que leva-va São Pau-lo a exclamar: “Ai de mim, se nãoevangelizar!”

É isso que precisa acontecer noBrasil, particularmente no próximomês de outubro. Cada grupo, cadacomunidade, desde já, prepareuma programação que seja capazde motivar e despertar o espíritomissionário em todos os cristãosda paróquia. As Pontifícias ObrasMissionárias - POM já prepararambons subsídios para isso.

Onde não existirem, fundem gru-pos de Infância, Adolescência (IAM)e Juventude Missionária. Realizemcampanhas de assinaturas das re-vistas, jornais e livros missionários.Sobretudo, peçam ao Senhor damesse que mande muitos e bonsmissionários para evangelizar osque ainda não O conhecem. Umgrande abraço do amigo,

Pe. Paulo De Coppi - PIME

Missionários participaram do encontro de avaliação e confraternização

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Assumo esse novo desafio com mui-to respeito e confiança. Amo a vida

paroquial e os desafios que ela traz”

A Catedral de Florianópolis re-cebeu, no dia 07 de agosto, o seunovo administrador paroquial:Pe. Siro Manoel de Oliveira.Ele substitui o Pe. Francisco deAssis Wloch, que esteve à frenteda paróquia nos últimos dezanos. Natural de Garopaba, ondenasceu a 22 de agosto de 1951,aos 11 anos seguiu para o semi-nário, sendo ordenado presbíteroem Garopaba, em 29 de setem-bro de 1979.

Mais tarde, fez mestrado emCiências Bíblicas, em Roma, e há22 anos é professor do InstitutoTeológico de Santa Catarina(ITESC). Foi pároco, vigário paro-quial e formador no SeminárioN.Sra. de Azambuja e formador noSeminário Teológico ConvívioEmaús. Sempre conciliou as ativi-dades de pároco com as de for-mador e de professor.

Nessa sua missão, Pe. Siroterá uma série de desafios pelafrente: uma igreja em processo derestauração; a celebração de 300anos de paróquia no próximo ano.Em entrevista, ele fala como en-frentará esses desafios.

Jornal da Arquidiocese - Osenhor está assumindo comopároco da Catedral deFlorianópolis, que é a Igreja-Mãe da Arquidiocese. Isso éum desafio maior?

Pe. Siro Manoel de Olivei-ra - Assumo com muito respeitoe muita confiança. Respeito, não

Pe. Siro de OliveiraCom 32 anos de vida presbiteral, ele assu-

me o desafio de administrar a Catedralsó por uma questão de boas ma-neiras, mas também porque é aIgreja-Mãe da Arquidiocese, por-que tem, em termos de Brasil,uma longa tradição e, ainda, res-peito pelo trabalho e empenhodo Pe. Francisco de Assis Wloch.Confiança, porque encontro aquium belo grupo de padres: o Pe.Pedro Martendal com a sua ex-periência e doação, o Pe. PedroPaulo Alexandre com a sua juven-tude e esperança, o Pe. DirceuDanetti com seu trabalho muitointeressante e necessário com amobilidade humana. São compa-nheiros maravilhosos, que vãocomo que me tomando pela mãoe me introduzindo nos diversosambientes e serviços. A gente vaiaprendendo...

JA - A Catedral dispõe deum moderno sistema de se-gurança e comunicação. Osenhor pretende continuarinvestindo nisso?

Pe. Siro - Sim, o que foi co-meçado com tanto amor e esfor-ço não se joga fora, e precisamosestar antenados com os temposatuais. Mas a evangelização éalgo sempre muito encarnado,passa de pessoa a pessoa, comoJesus, que anunciou o Reino to-cando, encostando em cada pes-soa concreta...

JA - A restauração da Ca-tedral foi iniciada em 1995e ainda está distante de ser

concluída. Como o senhorpretende tocar esse projeto?

Pe. Siro - Temos como queduas realidades numa só. A Cate-dral e a Paróquia da Catedral. ACatedral tem o seu patrimônio his-tórico e cultural. São obras tom-badas pelo poder público. O queaté aqui foi feito pelo Pe. Chico esua equipe foi fundamental, pro-videncial, com muita visão e tiro-cínio. A meta já foi traçada, a equi-pe continua com as velasenfunadas. A Catedral está crian-do seu espaço museal, muito im-portante para a nossa história. Jáa Paróquia da Catedral cuida dasquestões pastorais - pensar hojecomo evangelizar a cidade e nacidade. Este centro tãourbanizado, de pessoas que vãoe vêm, que aqui trabalham, masnão moram, pessoas que pas-

sam, transeuntes... Aliás, no pró-ximo ano, nossa Catedral celebraseus 300 anos... A Paróquia daCatedral tem que dialogar com ohoje, com o presente que está aí.Não pode ter saudades do passa-do, de um tempo que passou. Ohoje, esta pós-modernidade líqui-da nos desafia e muito.

JA - Como está sendo pen-sada a celebração dos 300anos da Paróquia Catedral?

Pe. Siro - Já foram realizadasreuniões e formada uma equipede trabalho que está se articulan-do para isso. Estamos pensandouma série de eventos. Sabemosque já estamos atrasados. Creioque o espaço museal contribuirábastante para manter viva a lem-brança do passado. Mas não de-vemos ficar apenas no passado.

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to JA

Pe. Siro diante da imagem original de N.Sra. do Desterrro, padroeirada Catedral. Intenção é colocar a imagem em seu local de origem.

É preciso pensar no presente eplanejar o futuro.

JA - O senhor está habitua-do a assumir missões emmomentos de crise - não é ocaso agora. Isso favorecepara desempenhar o trabalhoque assume na Catedral?

Pe. Siro - Sempre estamosem crise, hoje estamos bem,amanhã nem tanto. A Igreja não éuma realidade pronta, acabada.Ecclesia semper reformanda, di-ziam os Padres da Igreja. Estamosa caminho, em processo de cons-trução, a cada dia recomeçamos...

JA - O senhor é padre há32 anos e professor no ITESChá 22 anos. Sempre concilioua atividade de pároco com ade formador. Como pretendeconciliar a atividade acadê-mica com o trabalho de páro-co em uma paróquia com tan-tas responsabilidades?

Pe. Siro - É verdade. De umlado, sou padre diocesano, amo avida paroquial, os desafios que elatraz, a concretude das pessoas, aprontidão que exige, a surpresaque de vez em quando bate à por-ta. A vida acadêmica, por outrolado, me atrai e muito. E então,quando, por causa do envolvi-mento paroquial, um tema nãovem a ser lido, aprofundado, umdebate não é acompanhado, issome dói. Corre-se o risco da super-ficialidade nos dois lados: faltade maior inserção na vida paro-quial ou mergulho mais profun-do e atualização na minha áreade estudos. Faço o que posso. Aminha sorte agora são os meuscolegas padres que sempre mesafam a barra.

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As vozes do mundo são tan-tas e tão atraentes que, se nãocuidarmos, nos tornarão surdosà única voz que vale a pena ou-vir. A TV distrai, a internet distraie até escraviza, o shopping dis-

PoseMaria se postou junto à cruz

de Jesus; eu, às vezes, sou tenta-do a posar junto a ela. Livra-me,Senhor, de toda pose; ajuda-me ame postar junto a Ti e aos meusirmãos, como a Mãe.

AmorO amor, mesmo ferido, não

sabe deixar de ser bom. O amor évida. E a vida, sempre que é amor,é vida em abundância. O amor vaiao encontro. Sempre!

VingançaSanto Tomás de Aquino louva-

va a Deus “por vossa doçura quefoi vossa vingança”. Quando omaligno se esforça tanto para co-locar a vingança em nosso cora-ção, por que não pedir a Deus quenos dê força e coragem para imitá-lO, fazendo, também nós, da do-çura a nossa vingança?

Distraçãotrai... Quanta coisa que, se nãotiver medida, pode fazer-nosmal... Sem medida deveria sertão somente nosso amor a Deuse à voz com que nos fala: SuaPalavra!

14 Geral Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

BondadeA bondade abre as portas da vida!

Perder e ganharTambém na família, quem qui-

ser ganhar a vida, perdê-la-á, equem a entregar ao marido, à mu-lher, aos filhos, aos pais, aos ir-mãos, irá ganhá-la. Quem quiserviver no bem bom, preferindo serservido a servir, preferindo gozar avida a seu modo em vez de dá-laao modo como os outros precisam,um dia descobrirá, com imensa tris-teza, que viveu sem viver!

InsultosNa cruz, em meio a dores ter-

ríveis, Jesus é insultado até amorte: pelos transeuntes, pelossumos sacerdotes e escribas, pe-los ladrões. A um destes, que searrepende e lhe faz um pedido,Ele promete o Paraíso. Se você eeu tivéssemos estado no Calvário,teríamos visto que quem ama nãose ofende: esquece-se de si parasó pensar no outro!

Como é belo os pais receberemhomenagem dos filhos; cai bem ahomenagem que uma instituiçãofaz a alguém que prestou serviços àcomunidade. São homenagens gra-tuitas, não exigíveis. Só Deus podeexigir homenagem. E nós podemoshomenageá-lO com a gratidão, com

Homenagemo colocar os dons a serviço, com oamor. Também com o amor aos ir-mãos, o perdão que pedimos e oque concedemos. Se nos empe-nhássemos em homenagear cadapessoa colocada em nossa vida, porcerto um novo céu e uma nova terrase veriam na terra dos homens.

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

Jornal da Arquidiocese Setembro 2011

15Geral

PJ conclui Escola da JuventudeFormação é realizada há oito anos e prepara jovens líderes da Pastoral para atuar nas comunidades

Movimento de Cursilhos de CristandadeO Movimento de Cursilhos de

Cristandade - MCC, é um movi-mento Eclésia que, mediante ummétodo próprio, possibilita avivência e a convivência do fun-damental cristão, ajuda a desco-brir e a realizar a vocação pessoa,criando núcleos de cristãos, queirão fermentar de Evangelho osambientes. Em outras palavras,todo cursilhista é um testemunhaa fé e é um evangelizado no am-bientes em que está inserido.

O MCC possui três finalidades:Imediata - vivência do fundamen-tal cristão – que significa viver aGraça, a Vida Divina em nós, reali-zando o Plano de Deus, anuncian-do seu Reino e seguindo a Cristo;Mediata - convivência em núcle-os / grupos / pequenas comuni-dades de fé presentes nos ambi-entes, procurando neles introdu-zir o fermento do amor, dafraternidade, da justiça, do per-dão...; Específica - evangelizaçãoambiental, com a qual se procuralevar os cursilhistas a ser fermen-to dos valores do Evangelho nosseus próprios ambientes.

O método do Cursilho passapor três etapas: Pré-Cursilho -na seleção de ambientes e candi-datos; Cursilho - no fomento deuma conversão autêntica e pro-gressiva dos cursilhistas; Pós-Cursilho - na volta dos que vive-ram o Cursilho ao lugar de ondesaíram, seu acompanhamentonas tarefas de fermentar seus am-bientes e sua vinculação vital comos outros cristãos comprometi-dos. Os três métodos juntos cons-tituem um todo indivisível. Paraque o Movimento seja autênticoe para que sua finalidade sejaalcançada, o Método deve seraplicado na sua totalidade; emcoerência com a finalidade con-

creta de cada um de seus tempos.

História - O Movimento deCursilhos ou “a obra dos Cursilhos”,como se dizia, teve seu início nocontexto social, político e religiosoda Espanha nas décadas de 1930-1940. Coube a iniciativa à Juventu-de da Ação Católica Espanhola(JACE) da Diocese de Palma deMaiorca. Participando de peregrina-ções promovidas pela JACE aosSantuários nacionais e, especial-mente da preparação e realizaçãoda grande Peregrinação levando 80mil jovens a Santiago de Compos-tela, em agosto de 1948, intuírameles a “obra dos Cursilhos”. Aque-les “cursillos” ou pequenos cursospreparatórios à peregrinação, minis-trados a milhares de jovens por todaa Espanha, durante vários anos, po-deriam continuar a ser desenvolvi-dos, agora com outro direciona-mento. Assim, surgiu o Movimento.

No Brasil, ele está desde1962. Na Arquidiocese, o movi-mento é dividido em três setores:Itajaí, Brusque e Florianópolis. Jun-tos, eles compõem o Grupo Exe-cutivo Diocesano (GED).

Mais informações, com DulceMaria Fontelles Ternes, coodena-dora, pelos fones (47) 3366-3773/9136-1060, ou pelo [email protected], ou aindapelo site www.cursilho.org.br.

Nos dias 26, 27 e 28 de agos-to foi realizada a terceira e últimaetapa da Escola da Juventude2011. Promovida pela Pastoral daJuventude da Arquidiocese, estafoi a VIII edição do evento. O even-to foi realizado na Casa de RetirosCaminho de Nazaré, em Palhoça,e reuniu lideranças jovens. A Esco-la da Juventude é um evento quepossibilita a formação e o amadu-recimento dos líderes e coordena-dores jovens em vista de uma PJmais atuante em todos os níveisda Igreja e da sociedade brasileira.

Durante o evento, várias ativi-dades foram programadas. Nasexta-feira, a etapa iniciou com aoração baseada no ofício divino epreparada pelos própriosescoleiros. Em seguida aconteceufechamento dos trabalhos a res-peito do Projeto de Vida, no qualos jovens já vinham trabalhandodesde a primeira etapa. Este tra-balho foi de grande valia, visto quea realidade da Juventude é bas-tante difícil e precisa ser acompa-nhada, planejada para que pos-samos cada vez mais, contar comjovens líderes em nossa diocese.

Já no sábado pela manhã, osjovens puderam conversar, buscarentendimento a respeito daAssembleia Arquidiocesana da PJque será realizada nos dias 23,24 e 25 de setembro, também na

Casa de Retiros Caminho deNazaré. Por se tratar de um espa-ço formado por lideranças vindasde todos os cantos da Diocese otrabalho foi fundamental para arealização da Assembleia.

Na tarde de sábado e manhãde domingo os jovens contaramcom a assessoria de Paulo Fran-cisco Júnior, que fez uma reflexãosobre o Planejamento de Pasto-ral da PJ e puderam olhar commais atenção, de uma maneiramuito dinâmica, o que certamen-te contribuirá para a participaçãodos jovens na Assembleia.

Eduardo Franchini foi um dosparticipantes da Escola. Segundo

ele, a formação deixou um marcoem seu coração. “Propiciou a nóscrescer como seres humanos ecomo filhos de Deus através deaprendizados simples e concre-tos. Criando amizades pela fé epelo amor, me fazem crer em ummundo de esperança onde a ju-ventude pode e deve criar meiosde melhorar a vida através dos pla-nos de Deus”, refletiu.

Para o escoleiro Maurício LuísAlves Júnior quando se fala emescola, muitos pensam em algochato, algo que devemos decorarpara passar em alguma prova. Aescola da juventude vem paraquebrar com isso. “Nela estuda-mos algo por quem somos apai-xonados através de palestras edebates, dinâmicas e animação”,

Em clima místico e emocionan-te a VIII edição da Escola da Juventu-de foi encerrada com o convite aocompromisso e a luta por um mun-do mais jovem e humano. Os jovensque se sentiram prontos e dispos-tos receberam seu anel de tucum. Oclima encantou quem estava pre-sente, via-se no olhar, no sorriso, naexpressão de cada jovem a vonta-de de lutar pelo que acreditam, lutarpor um mundo mais justo.

Jovens participaram de dinâmicas e se prepararam para a Assembleia da PJ

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Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Setembro/2011

No dias 14 a 20 de agosto,foi celebrada a Semana Nacionalda Família. Na Arquidiocese, asparóquias realizaram programa-ções, sobretudo nos horários dasmissas, para cada um dos diasda Semana. Destacamos aqui al-guns dos eventos realizados nes-ses dias.

A Paróquia N.Sra. do Carmo,em Coqueiros, Florianópolis, en-cerrou a Semana com uma missacampal. Os fiéis saíram da IgrejaMatriz em caravana até o Parquedo bairro, onde foi celebrada amissa campal. Durante a missa,crianças soltaram mais de 800balões, e foram distribuídos ímãsde geladeira com a imagem e ora-ção da Sagrada Família.

A Catedral concentrou as cele-brações da Semana da Família detoda a Comarca da Ilha. Realizadana manhã de sábado, 20, a cele-bração de encerramento foi reali-zada nas escadarias da igreja. Pre-sidida pelo Frei Cácio Roberto,da Paróquia da Trindade, a celebra-ção contou com a participação deoutros seis padres. A missa foi ani-mada pela cantora católica Simo-ne Medeiros e pela Banda Ama-dos do Eterno.

A Paróquia Santa Cruz, de

Paróquias realizam Semana da FamíliaEm cada uma delas, foram realizadas atividades que procuraram refletir sobre a importância da família

16 Geral Setembro 2011 Jornal da Arquidiocese

Nos dias 22 a 24 de agosto,o Conselho Diocesano de Pas-toral esteve reunido na sede dadio-cese, com todos os padrese religiosas que têm coordena-ção de pastorais sob sua res-ponsabilidade, assim tambémalguns leigos e leigas, com nos-so bispo Dom Frei Luiz Flá-vio Cappio, OFM.

Durante o encontro, foi reali-zada a avaliação das Santas Mis-sões Populares, acontecidas nomês de julho, na paróquia SãoPedro, em Morpará, onde tive-mos a benéfica e sempre muitoenriquecedora presença de lei-gos e leigas missionários, comPe. Josemar, diáconos perma-nentes, seminaristas e religiosasda Arquidiocese de Florianópolis.

"A presença deles é sempreuma grande ajuda e manifesta-ção desta irmandade que hámuitos anos existe concretamen-te entre a diocese de Barra, naBahia, e a Arquidiocese deFlorianópolis", disse Pe. IseldoScherer, que desde fevereiro des-te ano é o nosso representantena Diocese de Barra, na Bahia,atuando comopároco na Paró-

Pe. Iseldo assumecoordenação de área

quia N.Sra. de Oliveira, em Olivei-ra dos Brejinhos, Bahia.

Depois, entre outros assuntosdiscutidos em pauta, tratou-sesobre a eleição da Coordenaçãode Pastoral da diocese. SegundoDom Luiz, por conta da extensãoterritorial da diocese, o ideal se-ria dividi-la em duas áreas.

A partir disto, o ConselhoDiocesano de Pastoral estudou,refletiu, rezou, e depois DomLuiz conduziu o momento emque todos puderam se manifes-tar. Foram indicados dois nomespara assumir a coordenação emcada área. Depois de muito re-fletir, ficou estabelecido que oPe. José Romero FelixCabral, diocesano local, assu-mirá a área 1, e Pe. IseldoScherer, da Arquidiocese deFlorianópolis, assumirá a área 2.

“Para esta nova missão con-tamos com as orações e o apoiode todos os fiéis da Diocese deBarra e também da Arquidiocesede Florianópolis. Assim prosse-guimos rumo à meta que dese-jamos com todos vocês alcan-çar", disse Pe. Iseldo.

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Na Paróquia N.Sra. do Carmo, fiéis realizaram peregrinação com a ima-gem da Sagrada Família e com balões que depois foram lançados ao ar

Notícias da Bahia

Pe Iseldo énosso repre-sentante naDiocese deBarra, naBahia, desdefevereirodeste ano

As Pastorais Carcerárias detodo o mundo estiveram reunidasno XIII Congresso Mundial daICCPPC (Comissão Internacionalde Pastoral Penitenciária Católi-ca). O congresso foi realizado en-tre os dias 27 de agosto e 1º desetembro de 2011, em Yaoundé,Camarões, na Universidade Cató-lica África Central (UCAC).

O Brasil esteve representadono evento com seis participantes.Entre ele, Pe. Ney Brasil Perei-

Pe. Ney participa de Congresso Internacional da Pastoral Carceráriara, coordenador arquidiocesanoda Pastoral Carcerária e que atuano atendimento aos encarceradoshá quase 40 anos.

Durante os cinco dias, os parti-cipantes refletiram sobre o tema:“Los Ministros Carcelarios Católicostrabajarán sobre Justicia, Reconci-liación y Paz”. O congresso tambémteve como objetivo apoiar e fortale-cer a Pastoral Carcerária Africana.Além disso, foram discutidos temas,como assistência aos familiares

dos presos e projetos que comple-mentem a educação de seus filhos,e partilhas de boas práticas comomodelos para as pastoraiscarcerárias espalhadas no mundo.

As oficinas desenvolveram es-tratégias e programas para as re-giões que são prioridades para otrabalho em um futuro próximo naICCPPC: África, Europa Central eOriental, América Latina, Ásia. Osidiomas oficiais do congresso fo-ram Inglês, Espanhol e Francês.

Barreiros, São José, encerrou aprogramação da Semana comuma carreata, casamento comu-nitário e almoço de confraterniza-ção, que reuniu mais de 400 pes-soas. A Paróquia Santo Antônio,em Capinas, São José, realizou ojá tradicional Almoço da Família,que contou com a participação demais de 380 pessoas.

A Paróquia N.Sra. da Boa Via-gem, em Florianópolis, promoveutrês noites de conferências sobrea família. Realizado nos dias 18,19 e 20, os temas versaram so-

bre situações que afetam a famí-lia. O evento proporcionou umaintegração das Pastorais e Movi-mentos da paróquia.

Congresso NacionalA Arquidiocese de Florianópolis

esteve representada nos dias 19 a21 de agosto no XIII Congresso Na-cional de Pastoral Familiar, realiza-do em Belo Horizonte - MG. O casalNestor e Vilma Fetter, coorde-nadores da Pastoral Familiar, sesomaou a outros mais de mil agen-tes da pastoral de todo o Brasil.