jornal da arquidiocese de florianópolis jan-fev/10

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Economia e Vida No tempo de Jesus, Mamon era o deus das riquezas. Jesus o denunciou como um ídolo que traz infelicidade e morte. Ao con- trário do Deus vivo e verdadeiro, o Deus que dá vida. Vida plena e para todos, não só para al- guns. Hoje não se pode mais apelar para o Deus dos cristãos como se ele fosse o culpado pela pobreza e pela fome de tan- ta gente. Tempos atrás, dizia-se que pobreza e riqueza vinham de Deus. Pior ainda, que pobre- za era castigo e riqueza era bên- ção. Hoje se sabe que a pobre- za do mundo é fruto da ganân- cia humana. É cada vez mais evidente que a miséria e a fome de bilhões de pessoas no mun- do têm como causa os modelos econômicos perversos, basea- dos no egoísmo e no consu- mismo. Essa desgraça nasce dentro do coração humano. E como tal ela pode ser superada. PÁGINA 04 Arquidiocese Florianópolis, Jan/Fev 2010 Nº 153 - Ano XIV Pe Cardoso O tecelão que trocou a fábrica pelos altares Em entrevista, ele fala como foi o caso dele, de como foi despertada a sua vocação, dos 50 anos que dedica ao ministério presbiteral e que a Igreja deve se dedicar em bus- car vocações adultas, como foi o caso dele. PÁGINA 14 Jornal da “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Pastoral constrói pátio no presídio Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br SOLIDARIEDADE COM O HAITI A Campanha responde ao apelo do Papa Bento XVI em fa- vor do país. Pela urgência, Dom Murilo pede que as doações sejam em dinheiro e entregues nas comunidades da Arquidio- cese até o dia 05 de fevereiro. Em 2008, por ocasião da celebração de encerramento do Ano do Centenário, a coleta se- ria encaminhada ao Haiti, mas naquele ano, nosso Estado so- freu com as inundações e o nos- so povo precisou da nossa aju- da, do Brasil e do mundo. Celebração realizada na Ca- tedral, homenageou a Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, uma das vítimas brasi- leiras do terremoto no Haiti. PÁGINA 09 Celebração abre a CFE-2010 PÁGINA 03 Veja as transferên- cias dos padres dio- cesanos e religiosos na Arquidiocese PÁGINA 05 ITESC abre inscri- ções para cursos de Teologia para leigos PÁGINA 08 GBF relembra eventos de 2009 PÁGINA 11 Brasília será sede do 16º Congresso Eucarístico Nacional PÁGINA 16 Obra com 60 m 2 , beneficia mais de 50 presos do presídio de Florianópolis Campanha de orações e doações promovida pela Arquidio- cese pretende ajudar o povo do Haiti a reconstruir seu país A obra demorou sete meses para ser con- cluída e consumiu pouco mais de R$ 50 mil. O dinheiro veio de campanhas realizadas pela ASBEDIM, mantenedora da Pastoral Carcerária. A Pastoral tem outros projetos e depende de doações e voluntários para poder realizá- los. Um deles é a instalação de um gabinete odontológico, que precisa de voluntários e ins- trumentos. PÁGINA 10 RCC realiza 19º Louvor de Verão Mais de 10 mil pessoas se concentraram no Giná- sio de Esportes de Cambo- riú, para participar do XIX Louvor de Verão. Realizado no dia 24 de janeiro, o even- to contou com a pregação de Estelatus Mtema, coor- denador nacional da RCC, na Tanzânia, África, e do Pe. Márcio Vignoli. Missão na África Durante a celebração de encerramento do Louvor de Verão, foi realizado o envio missionário de três jovens consagrados da Comunida- de Católica Divino Oleiro, que a partir de fevereiro ini- ciam missão na Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau. Por um ano, eles ajudarão o Pe. Lúcio Espíndola no seu trabalho missionário na Paróquia de Empada. PÁGINA 08 Lideranças da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoas Idosa, que eram coordenadas nacionalmente pela Dra. Zilda Arns, realizaram homenagem à médica sanitarista que dedicou sua vida a atender os menos favorecidos

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 153, ano XIV, Janeiro e Fevereiro de 2010

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Economia e VidaNo tempo de Jesus, Mamon

era o deus das riquezas. Jesuso denunciou como um ídolo quetraz infelicidade e morte. Ao con-trário do Deus vivo e verdadeiro,o Deus que dá vida. Vida plenae para todos, não só para al-guns. Hoje não se pode maisapelar para o Deus dos cristãoscomo se ele fosse o culpadopela pobreza e pela fome de tan-ta gente. Tempos atrás, dizia-seque pobreza e riqueza vinhamde Deus. Pior ainda, que pobre-za era castigo e riqueza era bên-ção. Hoje se sabe que a pobre-za do mundo é fruto da ganân-cia humana. É cada vez maisevidente que a miséria e a fomede bilhões de pessoas no mun-do têm como causa os modeloseconômicos perversos, basea-dos no egoísmo e no consu-mismo. Essa desgraça nascedentro do coração humano. Ecomo tal ela pode ser superada.

PÁGINA 04

ArquidioceseFlorianópolis, Jan/Fev 2010 Nº 153 - Ano XIV

Pe CardosoO tecelão quetrocou a fábricapelos altares

Em entrevista, ele falacomo foi o caso dele, decomo foi despertada asua vocação, dos 50 anosque dedica ao ministériopresbiteral e que a Igrejadeve se dedicar em bus-car vocações adultas,como foi o caso dele.

PÁGINA 14

Jornal da

“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Pastoral constrói pátio no presídio

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

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SOLIDARIEDADECOM O HAITI

A Campanha responde aoapelo do Papa Bento XVI em fa-vor do país. Pela urgência, DomMurilo pede que as doaçõessejam em dinheiro e entreguesnas comunidades da Arquidio-cese até o dia 05 de fevereiro.

Em 2008, por ocasião dacelebração de encerramento doAno do Centenário, a coleta se-ria encaminhada ao Haiti, masnaquele ano, nosso Estado so-freu com as inundações e o nos-so povo precisou da nossa aju-

da, do Brasil e do mundo.Celebração realizada na Ca-

tedral, homenageou a Dra. ZildaArns, fundadora da Pastoral daCriança, uma das vítimas brasi-leiras do terremoto no Haiti.

PÁGINA 09

Celebração abrea CFE-2010

PÁGINA 03

Veja as transferên-cias dos padres dio-cesanos e religiososna Arquidiocese

PÁGINA 05

ITESC abre inscri-ções para cursos deTeologia para leigos

PÁGINA 08

GBF relembraeventos de 2009

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Brasília será sededo 16º CongressoEucarístico Nacional

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Obra com 60 m2, beneficia mais de 50presos do presídio de Florianópolis

Campanha de orações e doações promovida pela Arquidio-cese pretende ajudar o povo do Haiti a reconstruir seu país

A obra demorou sete meses para ser con-cluída e consumiu pouco mais de R$ 50 mil. Odinheiro veio de campanhas realizadas pelaASBEDIM, mantenedora da Pastoral Carcerária.

A Pastoral tem outros projetos e dependede doações e voluntários para poder realizá-los. Um deles é a instalação de um gabineteodontológico, que precisa de voluntários e ins-trumentos. PÁGINA 10

RCC realiza19º Louvorde Verão

Mais de 10 mil pessoasse concentraram no Giná-sio de Esportes de Cambo-riú, para participar do XIXLouvor de Verão. Realizadono dia 24 de janeiro, o even-to contou com a pregaçãode Estelatus Mtema, coor-denador nacional da RCC,na Tanzânia, África, e do Pe.Márcio Vignoli.

Missão na ÁfricaDurante a celebração de

encerramento do Louvor deVerão, foi realizado o enviomissionário de três jovensconsagrados da Comunida-de Católica Divino Oleiro,que a partir de fevereiro ini-ciam missão na Diocese deBafatá, na Guiné-Bissau.Por um ano, eles ajudarãoo Pe. Lúcio Espíndola noseu trabalho missionário naParóquia de Empada.

PÁGINA 08

Lideranças da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoas Idosa, que eram coordenadas nacionalmente pelaDra. Zilda Arns, realizaram homenagem à médica sanitarista que dedicou sua vida a atender os menos favorecidos

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Compartilho apreocupação

crescente causa-da pelas resistên-

cias de ordemeconômica e polí-tica na luta contra

a degradação doambiente.”

Jesus se preo-cupou não

somente comtemas ditos‘religiosos’,

mas tambémcom a fome,

com asdoenças e

injustiças.”

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiroA Campanha da Fraternidade

faz parte do calendário anual denossas dioceses. Promovidapela CNBB, procura inquietar asociedade com reflexões sobretemas sociais, especialmenteaqueles que estejam prejudican-do a vida fraterna. Neste ano de2010, há uma particularidade:novamente será ecumênica - istoé, assumida, também, por ou-tras igrejas cristãs.

O tema escolhido para a CF2010 foi: Economia e vida; e olema: “Vocês não podem servir aDeus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Seuobjetivo geral é o de unir as Igre-jas cristãs e as pessoas de boavontade na promoção de uma eco-nomia que esteja a serviço davida, em vista da construção dapaz. Seus objetivos específicos

são: denunciar a perversidade deum modelo econômico que visaem primeiro lugar ao lucro; edu-car para a prática de uma econo-mia de solidariedade, valorizandoa vida como o bem mais precio-so; e conclamar as Igrejas e a so-ciedade para a implantação deum modelo econômico que respei-te todas as pessoas.

Como se pode perceber,estamos diante de objetivos ousa-dos. Mas, como não ser ousadosdiante das injustiças que nascemde uma economia em que o lucroestá em primeiro lugar e o ser hu-mano não passa, muitas vezes, deum “produto”, útil apenas enquan-to ajuda o crescimento dessa mes-ma economia? Como ficar indife-rentes diante de uma “máquina”econômica que gera desigualda-

des, miséria, fome e morte? Reali-zada na quaresma, a CF quer “acor-dar” a sociedade, motivando-a auma profunda conversão. Afinal, aVida é um valor mais importanteque os interesses do mercado.

A palavra “economia” vem dogrego e significa, literalmente, “aadministração da casa”. Sua fina-lidade é a de providenciar tudo oque é necessário para a sobrevi-vência. Uma constante no pensa-mento social cristão é o caráter hu-mano da economia, como ativida-de realizada por pessoas, deven-do orientar-se a serviço delas - istoé, as pessoas são o centro e a ra-zão de ser da vida econômica.

Há os que perguntarão: temsentido as Igrejas cristãs trataremde um tema como esse? Não ha-veria outros temas mais interes-

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

A Igreja e a ecologiaA Igreja está aberta a todos,

porque, em Deus, ela existe para osoutros. Por isso, compartilha inten-samente a sorte da humanidade,que, neste ano há pouco iniciado,aparece ainda marcada pela crisedramática que atingiu a economiamundial, provocando uma instabili-dade social grave e generalizada. Naencíclica Caritas in veritate, convi-dei a procurar as raízes profundasdessa situação: em última análise,elas se encontram numa mentali-dade egoísta e materialista corren-te, esquecida dos limites inerentesa toda a criatura. Hoje queria subli-nhar que essa mentalidade amea-ça igualmente a criação. Provavel-mente cada um de nós poderia ci-tar um exemplo dos danos que amesma provoca ao ambiente nosquatro ângulos da terra. Cito um,dentre muitos outros, na históriarecente da Europa: há vinte anos,quando caiu o muro de Berlim equando desabaram os regimes ma-terialistas e ateus, que durante vá-rios decênios tinham dominadouma parte deste continente, não sepôde porventura medir as feridasprofundas que um sistema econô-mico sem referências assentes naverdade do homem infligira não sóà dignidade e liberdade das pesso-as e dos povos, mas também à na-tureza, com a poluição do solo, daságuas e do ar? A negação de Deusdesfigura a liberdade da pessoahumana, mas devasta também acriação. Daqui resulta que a salva-

guarda da criação não visa tanto aresponder a uma exigência estéti-ca, como, sobretudo, a uma exigên-cia moral, porque a natureza expri-me um desígnio de amor e de ver-dade que nos precede e que vemde Deus.

Por esse motivo, compartilho apreocupação crescente causadapelas resistências de ordem eco-nômica e política na luta contra adegradação do ambiente. Trata-sede dificuldades que se puderamconstatar ainda ultimamente, porocasião da XV Sessão da Conferên-cia dos Estados membros da Con-venção-Quadro das Nações Unidassobre as alterações climáticas, queteve lugar em Copenhague, de 7 a18 de Dezembro passado. Esperoque no decurso deste ano, primei-ro em Bona e depois no México,seja possível chegar a um acordopara enfrentar de maneira eficazesta questão.

Zilda Arns e outras mulheres em defesa da vidaQuando, em 1755, um terre-

moto, seguido de maremoto e in-cêndio, destruiu Lisboa, Voltaireperdeu a fé, e num poema atacoua Deus, que não zela pelo mundo,porque não existe. No ano 70 denossa era, o exército romano co-mandado por Tito destruiu a san-ta cidade de Jerusalém, incendiouo Templo, e um velho rabino res-pondeu a quem o acompanhavadesolado: “O Templo foi destruído.Não haverá outro. O Senhor querque nós o adoremos no coraçãode seus filhos”.

Duas atitudes diante do mes-mo drama. Assim, o terremotoque assolou a capital haitiana,Porto Príncipe, em 12 de janeirode 2010, também nos colocadiante de um desafio à serieda-de de nossa fé. Causou grandeimpressão em muita gente o Cru-cificado contemplando a monta-nha de destroços, única lem-brança intocada nas ruínas daigreja Sacré Coeur de Tugeau.Dra. Zilda Arns e os ouvintes desua palestra estavam lá dentroe não sobreviveram. Cremos queesse Crucifixo testemunhou aúltima prece de Zilda antes defalar na Pastoral da Criança, con-servando o seu mesmo sorrisodiante de uma criança salva, di-ante de uma criança a ser salva.

Zilda Arns Neumann compõea trindade das grandes mulhe-res que viveram décadas entreo lixo humano produzido pela in-justiça humana, e sempre con-servaram o sorriso: Irmã Dulce

da Bahia (1914-1992), MadreTeresa de Calcutá (1910-1999),Dra. Zilda Arns do Brasil (1934-2010). Três mulheres que en-grandecem o gênero humano:esquecidas de si, promoveram edefenderam a vida sem nuncaceder a tentações de revolta,defesa do aborto, crítica às fa-mílias numerosas dos pobres.Interessava-lhes a pessoa real,concreta: Deus quer essa vida,nós também a queremos.

Sua profunda fé cristã e cató-lica dilatou os espaços da mater-nidade, e seus ventres recebiame alimentavam todos os sofredo-res que depois davam à luz, e per-mitiam-lhes contemplar a Luz.Multiplicaram os espaços do amorsem reservas. Irmã Dulce no Hos-pital Santo Antônio de Salvador,Madre Teresa nas inúmeras obrasque semeou pelo mundo, Dra.Zilda nas milhares de voluntáriasque congregou na Pastoral da Cri-ança e da Pessoa Idosa.

As três nasceram e foram cria-das num lar católico. Suas obrasforam fruto da grandeza da fé,não da propaganda, que o Cristia-nismo é obra de grandeza e nãode espetáculo. Irmã Dulce adap-tou um velho galinheiro, recolheupobres e saiu pelas ruas com umcesto vazio, que retornava cheiode pão. Madre Teresa foi para asruas de Calcutá com um sari, umpar de chinelos, uma pequenamaleta. Zilda Arns olhou para omundo desenvolvido, cheio detécnicas e planejamentos, cheio

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Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen,Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Guilherme Pontes, Carlos Martendale Fernando Anísio Batista - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino- SC 01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração e Fotos: ZulmarFaustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul

santes e urgentes, temas que seri-am mais “religiosos”? Tudo o queé importante para o ser humano éimportante para o Evangelho. Porisso é que Jesus se preocupou nãosomente com temas ditos “religio-sos”, mas também com a fome,com as doenças e injustiças. Aoadvertir que não podemos servir aDeus e ao dinheiro, Cristo deixouclaro que as injustiças de nossomundo têm como causa a ganân-cia e o egoísmo. As injustiças cres-cem, pois, quando o dinheiro e olucro se tornam “deuses”, as pes-soas passam a reverenciá-los, de-votando-lhes seu tempo e suas pre-ocupações. Quem assim se com-porta, deixa de amar a Deus sobretodas as coisas e ao próximo comoa si mesmo, pois passa a servir, emprimeiro lugar, ao “deus” dinheiro.

de assessores e recursos malusados e apresentou sua receitapara as crianças: uma balança,uma régua de medir, multimixturade farelo de arroz, de trigo, de se-mentes, de cascas de ovo. Tem-se o número de 1.700.000 crian-ças salvas por essa estranhamedicina. Grandes sábios quise-ram processar voluntárias queaconselhavam o acréscimo deum prego de ferro no cozimentode feijão.

Dra. Zilda continuou sorrindo,seu sorriso abraçou os Estadosbrasileiros, países da América La-tina, da África. No meio da imun-dície da capital haitiana, pesso-as vivendo na lama, em esgotos,pobres vendendo o sangue paralaboratórios norte-americanos,sua palavra de amor foi cortadapor violento tremor de terra. Elanão teve privilégios: sua vida foiceifada com a de bispos, padres,seminaristas, pobres, ricos.

No meio dos destroços, o Cru-cifixo da igreja Sacré Coeur deTugeau quis participar dessedestino. Jesus teve pressa: que-ria morrer com Zilda, com todos,para infundir-lhes a semente daressurreição. E fazer de nós umacruz imensa, cósmica, que incluatodos os sofredores da terra, ena qual aceitemos ser crucifica-dos por amor, com o sorriso deDulce, Teresa, Zilda, para dar-lhes vida.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Bento XVI, 11.01.2010.

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Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20103Geral

Campanha de Solidariedade ao HaitiFaça a sua doação, porque o povo haitiano depende de nossa ajuda para reconstruir o seu país

Diante da tragédia que seabate sobre o Haiti, as paróqui-as, as comunidades religiosas, aspastorais, os movimentos, as as-sociações e todas as forças vivasda Arquidiocese de Florianópolissão convidadas a se unirem àcampanha SOS HAITI - campanhafeita de orações e doações. Seráuma forma de ajudarmos essepovo caribenho que tanto sofre ede respondermos ao apelo doPapa Bento XVI em favor do Haiti.

Em 2008, a Arquidiocese ha-via decidido que a coleta da ce-lebração de encerramento dascomemorações do Ano do Cente-nário da “Diocese” seria encami-nhada a esse povo, pois, naque-le ano, seu pais foi atingido porquatro grandes tempestades tro-picais. Com o cancelamento dacelebração por causa das inun-dações e desmoronamentos emnosso Estado, nosso povo é querecebeu ajuda de várias partesdo Brasil e do mundo.

É hora de demonstrarmosnossa gratidão e solidariedade.Foi por causa de um gesto desolidariedade para com as crian-ças desse povo que nossaconterrânea, Dra. Zilda Arns, per-deu a vida. “O dinheiro que arre-cadarmos com nossa campanhaserá enviado, via Cáritas Brasilei-ra e Cáritas Internacional, à Igre-ja do Haiti”, disse Dom MuriloKrieger, nosso Arcebispo.

Segundo ele, não há condi-ções de se fazer campanhas dealimentos, roupas etc., devido aoalto custo de transporte. A melhorcoisa é encaminhar dinheiro e, lá,eles verão quais as suas neces-sidades mais urgentes.

Doações atéo dia 05/02

Nossa campanha SOS Haitinão pode se prolongar, porque asnecessidades daquele povo sãoimediatas e urgentes. Sugerimos,pois, aos que quiserem participardessa expressão de solidarieda-de, que o façam, o mais tardar,até o dia 31 de janeiro de 2010.

Depois, se possível até o dia5 de fevereiro de 2010, as cole-tas sejam entregues em suasparóquias ou comunidades. Elasenviarão para a Cúria Metropoli-tana, que as encaminhará àCáritas Brasileira.

Foto

JA

Encontro, realizado na Casa Pe. Dehon, em Brusque, encontro reuniumais de 100 participantes de todo o Estado.

Lideranças homena-gearam Dra. Zilda Arns

A Pastoral da Criança e aPastoral da Pessoa Idosa pro-moveram, no dia 18 de janei-ro, uma celebração eucarísticapelo 7º dia de descanso eternoda Dra. Zilda Arns, fundadorae coordenadora nacional dasduas pastorais, uma das víti-mas do terremoto do Haiti. Acelebração foi realizada na Ca-tedral de Florianópolis, às18h15min, presidida pelo nos-so arcebispo Dom MuriloKrieger e concelebrada por vá-rios padres e diáconos.

A igreja estava lotada de fi-éis da comunidade e voluntári-as da Pastoral da Criança e daPastoral da Pessoa Idosa. Noinício da celebração, DomMurilo falou das intenções damissa, celebrada por todos osvitimados pelos terremotos noHaiti, em especial pelos solda-dos brasileiros que participa-vam da missão humanitária nopaís e pela Dra. Zilda Arns, quelá estava para levar o trabalhoda Pastoral da Criança.

Em sua homilia, Dom Murilodestacou a forma simples ehumilde com que ela atendia atodos. "Cada um de nós choraa morte de Dra. Zilda Arns. Nósnos lembramos dela não por ter

Missa marcou o 7º dia do falecimentoda fundadora da Pastoral da Criança

sido uma pessoa famosa, co-nhecida e admirada. Muitos denós podem lembrar inúmerasreuniões, conferências e en-contros, a ponto de vê-la comouma amiga, uma conselheira,uma mãe universal”.

Durante a celebração, ascoordenadoras das pastoraisderam o seu testemunho. NeliNagata Nobre, coordenadoraArquidiocesana da Pastoral daCriança, falou da tristeza pelofalecimento de Dra. Zilda, masda alegria por ela ter morridopela causa, como umamissionária. “A semente por elalançada permanecerá e darámuitos frutos", disse Neli.

Marli Rossi, coordenadoraestadual da Pastoral da PessoaIdosa, falou que há cinco anosDra. Zilda aceitou coordenarnacionalmente a Pastoral eministrou muitos cursos. “Foi aalegria e a disposição dela queme motivou a assumir esse tra-balho. Nosso coração está tris-te pela sua morte, mas vamoslutar para levar esse trabalhoadiante”, disse.

Mais fotos da celebração nosite www.arquifln.org.br, clicarem Galerias no alto da página.

Lideranças das Pastorais da Pessoa Idosa e da Criança, além de outrosfiéis, lotaram a catedral na celebração que homenageou Dr. Zilda

Uma celebração realizada nodia 17 de fevereiro, às 18h15min,na Catedral, marcará o lança-mento oficial da Campanha daFraternidade Ecumênica de 2010(CFE-2010) na Arquidiocese deFlorianópolis. Realizada na quar-ta-feira de Cinzas, a celebraçãoserá presidida pelo nosso arce-bispo Dom Murilo Krieger.

No mesmo dia, às 14h, nossoArcebispo e representantes dasigrejas cristãs que participam doEcumenismo estarão reunidos noauditório da Universidade Federalde Santa Catarina, quando have-rá uma entrevista coletiva para aimprensa. Em seguida, a partirdas 15h, haverá uma CelebraçãoEcumênica no mesmo espaço. Oevento ainda contará com a pre-sença de representantes do Cen-tro Sócio-Econômico da UFSC.

Esta é a terceira vez que a CF éEcumênica. Com o tema “Econo-mia e Vida”, e o lema “Vocês nãopodem servir a Deus e ao dinhei-ro” (Mt 6,24), a Campanha é reali-zada pelo Conselho Nacional deIgrejas Cristãs do Brasil - CONIC. Elatem como objetivo unir as IgrejasCristãs, e principalmente a nossasociedade, formada por pessoasde boa vontade, na promoção deuma economia a serviço da vida,sem exclusões, criando uma cultu-ra de solidariedade e trazendo paz.

Próximos eventosAlguns eventos já foram reali-

zados em preparação para a CFE.

Celebração abre CFE-2010Desde que foi criada, há 36 anos, esta será a terceiravez que a Campanha da Fraternidade é Ecumênica

Um deles foi no dia 28 de novem-bro, quando mais de 80 lideran-ças da Igreja Católica ApostólicaRomana e da Igreja Evangélica deConfissão Luterana do Brasil par-ticiparam do Seminário de Prepa-ração para a CFE-2010, realizadoem Biguaçu.

Também já aconteceram cele-brações ecumênicas no San-tuário de Fátima, no dia 04/11, ena Paróquia Santíssima Trindade,no dia 07/12. As próximas serãono dia 26 de março, às 19h30, naIgreja Presbiteriana Independen-te, na Coloninha, e no dia 23 deabril no Templo Ecumênico, emJurerê Internacional.

O ITESC ainda promoverá umaJornada sobre a CFE-2010. Oevento acontecerá no dia 25 defevereiro, das 8h30 às 11h30.Realizado em forma de painel, aJornada já tem confirmada a par-ticipação de representantes daIgreja Católica e da Igreja Luteranae de representante do Centro Só-cio-Econômico da UFSC. Todossão convidados a participar.

Dom Murilo impõe as Cinzas durante a celebração de abertura da CF-2009

Arquivo/JA

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

4 Tema do Mês Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

DEUS OU DINHEIRO

Jesus percebeu que tambémna sociedade do seu tempo haviaum duelo entre os adoradores doDeus vivo e verdadeiro e osadoradores dos deuses destemundo. Mesmo dizendo-se religio-sos praticantes, havia fariseus,doutores da lei, sacerdotes dotemplo, que eram muito amigos dodinheiro (Lc 16,14). Usavam onome de Deus em vão, porque oseu verdadeiro deus era o dinhei-

Os deusesdeste mundo

precisam de vi-das humanas:

mortes antes dotempo - emguerras, no

narcotráfico, notrânsito... ”.

Mais uma vez estamos na Qua-resma e, com ela, na Campanhada Fraternidade. Deus vem a nós,oferecendo-nos um tempo privile-giado para revisão de nossas ideiase atitudes sobre o modo como nossituamos diante da vida. Na pre-paração para a Páscoa, festa cen-tral de nossa fé cristã, é precisoque nos perguntemos: o que signi-fica para mim o Cristo crucificadoe ressuscitado? Diz o ditado que omelhor da festa é a sua prepara-ção. Para celebrar bem a Páscoa,temos todo o tempo da Quaresma,tempo de conversão, de silêncio ede sobriedade, de jejum e oração.Mas, sobretudo, tempo de carida-de, de fraternidade. É por isso quea Igreja no Brasil celebra a Cam-panha da Fraternidade no tempoda Quaresma, tempo propício parase refletir e viver um tema impor-tante que mexe com o nosso modode viver a fraternidade, a justiça so-cial, o bem comum.

Neste ano, como no ano 2000e em 2005, a Campanha seráecumênica; será coordenada peloCONIC (Conselho Nacional de Igre-jas Cristãs), associação que existedesde 1982, com o objetivo de in-centivar o ecumenismo, a unidade,querida por Cristo, entre todos osbatizados. Atualmente, cinco igre-jas fazem parte do CONIC: católi-ca, anglicana, luterana, presbite-riana unida e sirian ortodoxa. Elasescolheram como tema desse anoa grave questão da economia. Apalavra economia tem a ver com aadministração da vida, tanto noâmbito pessoal como no camposocial. Ninguém vive sem dinhei-ro. A pergunta é: que lugar ocupa odinheiro em nossa vida? Quais sãoos valores que regem nossas men-talidades e comportamentos?Como cristãos que somos, o que aPalavra de Deus nos diz sobre eco-nomia, sobre o uso do dinheiro,sobre a partilha dos bens sociais?A lógica do mercado ajuda ou atra-palha a vida?

OBJETIVOS DA CAMPANHA

Diante do tema "Economia evida", somos convidados a valori-zar as pessoas acima de tudo.Mais que o dinheiro que possuemou o status que ocupam na socie-dade. Numa sociedade que nosforça a todo instante, pela publici-dade e pela mídia, a pôr a nossaconfiança na posse de coisas ma-teriais, somos interpelados a supe-rar o consumismo e o individualis-mo. Como batizados, seguidoresde um Deus feito homem que mor-reu na fidelidade do anúncio de umReino de paz e justiça, somos esti-

dição. Diz o Eclesiástico: "Quemama o ouro não será justificado;quem persegue o lucro, nele seperderá" (Eclo 31,5). O ganancio-so não possui, mas é possuídopelo dinheiro e pelos bens terre-nos. “A ganância é uma idolatria”(Cl 3,5), diz São Paulo. Como osdeuses deste mundo (dinheiro,status, moda, drogas, sexo, lucroetc.) não têm vida própria, elesprecisam de vidas humanas parapoderem manter-se na crista daonda. Assim é que por causa de-les há tantas mortes. Mortes an-tes do tempo, como em guerras,no narcotráfico, no trânsito, pordoenças criadas etc.

O DEUS DA VIDA

Diferentemente de Mamon,deus das riquezas, que no fim e nofundo leva à infelicidade e à mor-te, o Deus vivo e verdadeiro, o Paide Jesus e nosso pai, é o Deus quedá vida. Vida plena e para todos,não só para alguns. Hoje não sepode mais apelar para o Deus doscristãos como se ele fosse o cul-pado pela pobreza e pela fome detanta gente. Tempos atrás, dizia-seque pobreza e riqueza vinham deDeus. Pior ainda, que pobreza eracastigo e riqueza era bênção. Hojese sabe que a pobreza do mundoé fruto da ganância humana. Cer-tamente há muitas desgraçasinexplicáveis, para as quais temosque ter olhos e ouvidos mais am-plos do que a nossa viseira coti-diana permite. Muitos desastresnaturais e doenças incuráveis nãotêm origem na ação humana. Mas,é cada vez mais evidente que amiséria e a fome de bilhões de pes-soas no mundo têm como causaos modelos econômicos perversos,baseados no egoísmo e noconsumismo. Contam os bens, nãoas pessoas. João Paulo II costuma-va dizer que há ricos cada vez maisricos à custa de pobres cada vezmais pobres. Essa desgraça nas-ce dentro do coração humano. Ecomo tal ela pode ser superada.

A Campanha da Fraternidadedeste ano quer nos encorajarpara a possibilidade de sonharcom outra economia. Mais soli-dária com os pobres, mais respei-tosa com o meio ambiente. Me-nos depredadora dos valores daspessoas e das famílias. Menosconfiada no apego às coisasterrenas e mais fundamentadana relação entre as pessoas.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

mulados a mostrar a relação en-tre a fé e a vida, sem medo de umavida simples, sóbria, austera, queseja marcada pela dedicação aosnecessitados.

Por isso, a Campanha desteano propõe que nos eduquemospara a prática de uma economiade solidariedade com o próximo,de cuidado com a criação e devalorização da vida como o bemmais precioso. Para tanto, serápreciso também fazer a nossaparte para denunciar a perversi-dade do modelo econômico quevisa em primeiro lugar ao lucro,sem se importar com a desigual-dade, a miséria, a fome de milha-res de pessoas. Um modelo eco-nômico fundado sobre a adoraçãodos ídolos da morte e não sobre aadoração do Deus da vida. Mes-mo que não possamos resolvertodo o problema do mundo, pode-mos fincar raízes, através de pe-quenas ações pessoais e sociais,em vista de uma economia soli-dária, em que os pobres, osdesassistidos, os carentes sejamcolocados no primeiro lugar.

ro. Foi por causa desse duelo queJesus lhes falou de parábolas du-ras, como a do pobre Lázaro e dorico ganancioso (Lc 16,19ss),e ado rico insensato (Lc 12,16ss);convidou o jovem rico a distribuirtudo aos pobres (Lc 18,18ss);aceitou a conversão do ricoZaqueu (Lc 19,1ss); valorizou oóbolo da viúva pobre em detrimen-to das grandes ofertas dos ricos(Lc 21,1ss); declarou bem-aventu-rados os pobres e mal-aventura-dos os ricos (Lc 6,20.24); elogiouo amor gratuito do bom samari-tano (Lc 10,25ss); convidou os dis-cípulos a uma vida sóbria e sim-ples, desapegada dos bens terre-nos (Lc 12,22ss). Advertiu aos dis-cípulos que não se pode servir adois senhores: Deus e o Dinheiro(Mt 6,24; Lc 16,13).

Na linha dos profetas e sábi-os, Jesus percebe que Mamon, odeus do dinheiro e das riquezas,quer ser servido como rival oucompetidor do verdadeiro Deus.Mas, enquanto de Deus vem avida e toda a bênção, do abusodo dinheiro vem a morte e a mal-

ECONOMIA E VIDAHá ricos cada vez mais ricos à custa

de pobres cada vez mais pobres.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20105Geral

Arquidiocese de FlorianópolisTransferências para 2010

N.B.: 1. Pe. Lauro Roque Mittelmann, atual Pároco de Leoberto Leal, a partir de 18.01.10 foi incardinado na Diocese de Blumenau.2. Pe. Valdeci está incardinado na Diocese de Rio Grande - RS; faz uma experiência pastoral em nossa Arquidiocese.3. Leandro e Sílvio terminaram os estudos de Teologia e pediram para ser ordenados. As consultas serão feitas em breve.

PÁROCO PARÓQUIA LOCAL/MUNICÍPIO

Pe. Anésio Dalcastagner, SCJ N. Sra. de Guadalupe Canasvieiras -Florianópolis

Pe. Frei Carlos Ignacia, OFM Santo Amaro S. Amaro da Imperatriz

Pe. Frei José Clemente Müller, OFM Santo Antônio Florianópolis

Pe. José Manuel dos Santos, FDP São José São José

Pe. Frei Rafael Spricigo, OFM N. Sra. da I. Conceição Angelina

Pe. Roberto Silva, FDP São Francisco de Assis Forquilhinha - São José

VIGÁRIO PARÓQUIA LOCAL/MUNICÍPIO

Pe. André Scaglia, FDP São José São José

Pe. Frei Antonio Marcos Koneski, OFM N. Sra.da I. Conceição Angelina

Pe. Flávio Morelli, SCJ N. Sra. do P. Socorro Guabiruba

Pe. Frei Gamaliel Devigili, OFM Santo Amaro S. Amaro da Imperatriz

Pe. Frei Gunther Max Walzer, OFM Santo Antônio Florianópolis

Pe. José Nasc. Ferreira da Silva, FDP São Francisco de Assis Forquilhilha - São José

Pe. Frei Luiz Antônio Frigo, OFMCap Santíssima Trindade Trindade - Florianópolis

Pe. Luiz Carlos de Aguiar Gregório, FDP São Francisco de Assis Forquilhinha - São José

Pe. Mário Peixe, SCJ São Luís Gonzaga Brusque

Pe. Osvaldo Rech, SCJ São José Botuverá

Pe. Frei René Zarpelon, OFM Santo Amaro S. Amaro da Imperatriz

Pe. Frei Roberto Carlos Nunes, OFM Santa Inês Bal. Camboriú

Párocos Religiososque assumem missão em 2010 na Arquidiocese de Florianópolis:

Vigários Paroquiais Religiososque assumem missão em 2010 na Arquidiocese de Florianópolis:

NOME IRÁ PARA FUNÇÃO POSSE

Pe. Alvino Introvini MilaniSantuário e Paróquia N.Sra. deAzambuja - Brusque

Pároco 31.01.10 - 19h

Pe. Carlos André PaixãoSeminário N.Sra. de Lourdes -Azambuja, Brusque

Formador Janeiro/2010

Pe. Gercino Atílio Piazza Paróquia Sagrado Coração de Jesus -Leoberto Leal(1)

Pároco 31.02.10 - 10h

Pe. Isaltino Dias Par. Divino Espírito Santo - CamboriúVigário Paroquial e

Professor do PropedêuticoFever./2010

Pe. José Jacob ArcherPar. Senhor Bom Jesus dos Aflitos -Porto Belo

Vigário Paroquial(será Pároco da Paróquia da

Imaculada Conceição - Bombas, aser criada em junho/2010)

Fever./ 2010

Pe. José Rufino FilhoPar. Dom Bosco, de Itajaí / Par. Sta.Teresinha, de Brusque

Responsável pelapreparação da criação daParóquia S. Pedro - Itajaí

Fever./2010

Pe. Joselito SchmittParóquia São João Evangelista, deBiguaçu

Vigário Paroquial Fever./2010

Pe. Josemar da SilvaSeminário Propedêutico Mons.Valentim Loch - Camboriú

Reitor 01.01.10

Pe. Valdeci CardosoVieira (2)

Par. N. Sra. da Imaculada Conceiçãoda Lagoa - Florianópolis

Administrador Paroquial 10.01.10 - 9h

Pe. Valdir Bernardo PrimPar. S. João Batista e Santa Luzia -Capoeiras, Florianópolis

Pároco 06.02.10 - 19h

Pe. Hélio Luciano Catedral Vigário Paroquial 01.01.2010

Leandro José de Souza (3) Par. S. Vicente - Itajaí

Sílvio José Kremer (3) Par. S. Joaquim - Garopaba

Arquidiocese perde umpadre e um diácono

Diácono WaldemiroCom 83 anos de idade, Diácono

Waldemiro Batista faleceu na ma-drugada do dia 29 de novembro. Elesofria de problemas pulmonares,havia sido internado no Hospital deCaridade, em Florianópolis, e nãoresistiu. A missa de corpo presentefoi celebrada na Igreja Matriz da Pa-róquia São Sebastião, em Anitá-polis, presidida pelo Pe. LeandroSchwinden, o pároco.

Diácono Waldemiro nasceuno dia 29 de março de 1926.Quando jovem, entrou no Semi-nário e foi colega de Dom VitoSchlickmann, nosso bispo auxili-ar emérito. Em 1982 entrou paraa Escola Diaconal São Franciscode Assis, fazendo parte da tercei-ra turma. Sua ordenação foi nodia 18 de agosto de 1985.

Pe. AlvinoNatural de Santo Amaro da Im-

peratriz, onde nasceu em 02 demarço de 1963, Pe. Alvino Broe-ring, quando jovem, decidiu seguira vida religiosa franciscana. Maistarde, optou pelo clero diocesanoe foi ordenado padre no dia 07 deoutubro de 1989. Todos os seus20 anos de vida presbiteral foramdedicados a Paróquias do Vale doItajaí. Após a ordenação, traba-lhou na Paróquia Nossa Senhorados Navegantes, em Navegantes.Depois, em 1998, assumiu a Pa-róquia Santíssimo Sacramento,em Itajaí. Com a criação da Cape-lania Universitária, passou a sero seu capelão, atendendo os cen-tros universitários da UNIVALI.

Noticiamos com pesar o fale-cimento do Diácono WaldemiroBatista, ocorrida no da 29 de no-vembro, e do Pe. Alvino Broering,no dia 14 de dezembro.

Diác. Waldemiro, dono de umaoratória poderosa, era muito que-rido na comunidade de Anitápolis

Com uma ótima oratória, eramuito admirado e querido pelacomunidade de Anitápolis. Masno último ano, em virtude dascomplicações da doença, nãopôde mais exercer seu ministério.Ele era viúvo e deixa quatro filhos:três residindo em Anitápolis e umem Florianópolis.

Pe. Alvino era o diretor da Rá-dio Comunitária Conceição FM, daqual foi um dos fundadores em ju-nho de 2000. O trabalho com rá-dios comunitárias era sua paixão.Várias vezes representou aArquidiocese e o Regional Sul IVem eventos nacionais. Ele tam-bém tinha participação em outrasemissoras locais, onde ocupavaespaço na programação, levandoa Palavra de Deus.

O trabalho que realizou porItajaí foi reconhecido no dia 12de junho de 2008. Nessa data,em que a cidade comemorava148 anos, a Câmara de Vereado-res do município concedeu a eleo título de Cidadão Itajaiense.

Todo esse trabalho e dedica-ção foi interrompido na madruga-da do dia 14 de dezembro, quan-do deu entrada no HospitalMarieta Konder Bornhausen, emItajaí, vítima de disparos de armade fogo. Não resistiu aos feri-mentos e veio a morrer. O corpofoi velado na Paróquia doSantíssimo Sacramento, com apresença maciça da comunidade,por quem era muito querido, e emSanto Amaro da Imperatriz, suaterra natal, onde foi enterrado. Asmissas de corpo presente, emItajaí e Santo Amaro, foram presi-didas pelo nosso arcebispo DomMurilo Krieger, com a presença demuitos padres e diáconos.

Pe. Alvino dedicou os 20 anos desua vida presbiteral às comunida-des do Vale do Itajaí

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Salmo 35 (34): Defende-me, Senhor!

6 Bíblia Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:

Este salmo, de súplica indivi-dual, nasceu da angústia terrívelexperimentada por um justo queluta, sozinho, contra um grupo or-ganizado de injustos mais fortes.Há outros justos que ficam cala-dos (v.27), talvez com medo dereagir diante da força dos injus-tos. Se bem que todo o salmoseja pronunciado por um únicoorante, são claros os três sujei-tos do triângulo: Tu - Deus, Eu - oorante; Eles - os perseguidores.O “Tu” é interpelado com veemên-cia e será celebrado; o “Eu” des-dobra-se em conduta passada,situação presente, louvor futuro;e “Eles” articulam-se em açãocriminosa, mas fadada ao fracas-so. São claras também as trêsondas sucessivas do salmo, re-pousando e concluindo no lou-vor prometido. A situação dosalmista vai-se agravando à me-dida que se lê o salmo: se Deusnão interviesse, o justo fatalmen-te pereceria. Os três momentosde louvor, ao se destacarem, con-vidam à comparação. A primeiravez é um indivíduo, desmembra-do em curiosa pluralidade (“todosos meus ossos”, v. 10); na se-gunda vez, o indivíduo se encon-tra em meio a assembleia nume-rosa; na terceira vez, a assem-bleia se adianta em aclamaçãoe deixa que o orante termine emsolo.

ICorre em meu auxílio!

1. Senhor, julga quem meacusa, / ataca os que me ata-cam.

2. Empunha o escudo e acouraça / e corre em meu au-xílio.

3. Vibra a lança e investecontra os que me perseguem./ Dize à minha alma: “Eu soua tua salvação”.

O começo é agitado e apres-sado. Sete imperativos são lan-çados pelo orante ao Senhor, in-vocado como Juiz que julga e,logo, como Guerreiro que atacae defende. O trecho termina como pedido de que Deus fale ao ín-timo do salmista, assegurando-lhe a salvação (cf v. 3).

Sejam confundidos!4. Sejam confundidos e co-

bertos de opróbrio os que amea-çam a minha vida;/ voltem paratrás e sintam vergonha os queplanejam minha ruína.

5. Sejam como a palha anteo vento, / e o Anjo do Senhoros persiga.

6. Seja escura e perigosaa sua estrada, / quando o Anjodo Senhor os dispersar.

7. Pois sem motivo me arma-ram seu laço, / sem motivo ca-varam-me uma fossa.

8. Venha sobre eles de repen-te a ruína, / e a rede que arma-ram prenda a eles mesmos; /caiam no buraco que cavaram.

A angústia e o medo fazemo salmista explodir em impre-cações, quase maldições, con-tra os que o acusam e amea-çam. Ele pede que o “Anjo do Se-nhor”, como no Êxodo, os persi-ga e disperse (vv. 5-6), pois semmotivo armaram seu laço e ca-varam-lhe uma fossa (v.7). Porisso, de acordo com a lei dotalião, “olho por olho” (Ex21,24), que eles sejam presosna sua própria rede e caiam noburaco que cavaram (v.8).

Minha alma se alegrará9. Mas a minha alma se

alegrará no Senhor, / exultarácom a sua salvação.

10. Dirão todos os meus os-sos: "Senhor, quem é seme-lhante a ti, / que livras do maisforte o indefeso; / o pobre e odesvalido, de quem o explora?

A certeza de que o Senhor vailibertá-lo faz o salmista esquecer,por enquanto, seus adversários. Ea alegria é tanta que se torna plu-ral e coral: seus ossos todos pro-clamarão que só Deus é capaz delivrar, e livra “do mais forte, o in-defeso”. A expressão vai retornar,modificada, no Sl 51,10: “exulta-rão os ossos que esmagaste”.

Que eles não triunfem!25. Que não possam dizer

entre si: “Ah! Ah! É isto que que-remos!” / nem digam: “Nós odevoramos.”

26. Fiquem confusos e co-bertos de vergonha os que sealegram com meus males, /sejam envoltos em confusão eopróbrio os que se erguemcontra mim com soberba.

Novamente, as imprecaçõescontra os adversários, expressasem termos da “lei do talião”, comovimos acima, no comentário aosvv. 4-8. Que eles não tenham o dia-bólico prazer de tripudiar sobresuas vítimas, mas, pelo contrá-rio, sejam eles “confusos e cober-tos de vergonha”. Já observamos,mais vezes, que essas impre-cações, brotadas do senso de jus-tiça retributiva, devem ser relidascom o ensinamento e o exemplodo Senhor Jesus, que nos ensinoua amar os inimigos e orar por eles.

Louvado seja o Senhor!27. Mas exultem e se ale-

grem os que defendem minhajusta causa, / e possam dizersempre: “Seja louvado o Se-nhor, que zela pela segurançado seu servo.”

28. E a minha língua pro-clamará tua justiça, / e o teulouvor o dia todo!

Apenas no final do salmo apa-recem “os que defendem minhajusta causa”, pelo visto dando só“apoio moral”, até agora, aosalmista, que no v. 12 sentia-se“desamparado”. Enfim libertado,ou com a certeza de sê-lo em bre-ve, o orante os convida a se asso-ciarem ao seu louvor. E, num últi-mo versículo, proclama a “justiça”salvadora de Deus.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESC

email: [email protected]

IIPagam-me o bem

com o mal

11. Levantam-se testemu-nhas mentirosas, / querem sa-ber de mim o que não sei.

12. Pagam-me o bem como mal, / deixando-me desam-parado.

13. Quanto a mim, quandoeles adoeciam, vestia-me decilício, / mortificava-me com ojejum, / e minha súplica revol-via-se no meu íntimo.

14. Como por um amigo,por um irmão, andei chorando,/ como quem está de luto pelamãe, entreguei-me à tristeza.

15. Mas, agora que tropecei,eles se alegram e se reúnem, /reúnem-se contra mim, para fe-rir-me sem que eu saiba.

16. Zombam de mim semparar, / atacam-me, riem demim, / rangem os dentes con-tra mim.

Após o breve momento de lou-vor (vv. 9-10), o salmista volta a re-ferir-se aos adversários, injustos eingratos, pelos quais ele orava, je-juava, se preocupava (vv. 13-14), eque agora se encarniçam contra ele.Descreve-os então concretamente:são “testemunhas mentirosas” (v.11), “pagam-me o bem com o mal”(v. 12), “alegram-se com a minhaqueda” (v. 15), “zombam de mimsem parar e me atacam” (v. 16)...

Senhor, até quando?17. Senhor, até quando fica-

rás olhando? / Livra minhaalma das feras que rugem, / li-

Faça como Felipe Silva, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, responda asquestões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros eObjetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 -Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

vra dos leões minha única vida!

O salmista reclama da demo-ra de Deus, como o faz o profetaHabacuc no início do seu livro:Deus “olha”, e não faz nada... Aurgência do perigo é expressa ago-ra pela referência aos adversári-os como “feras que rugem” (v.17b), como “leões” prestes aatacá-lo, a tirar-lhe a vida, sua "úni-ca vida" (v. 17c). "Única", porquenada a substitui, como não sesubstitui o “filho único” (cf Isaacem relação a Abraão: Gn 22,2).

Na grande assembleia18. E eu te darei graças na

grande assembleia / e te lou-varei no meio da multidão.

Como no Sl 22 (cf vv. 23-32),mas de forma brevíssima, em umsó versículo, o salmista prometecomparecer ao Templo, paraagradecer ao Senhor e louvá-lo,“no meio da multidão”.

IIINão riam de mim!19. Não riam de mim meus

inimigos, injustos, / nem pis-quem os olhos os que me odei-am sem razão.

20. Pois eles não falam depaz, / mas contra os mais man-sos da terra tramam intrigas.

21. E contra mim escanca-ram a boca e dizem: / “Ah! Ah!vimos com nossos olhos!”

Novamente, o espectro dosadversários “injustos” (v. 19),“intriguentos” (v. 20) e “debocha-dos” (v. 21). Notar as duas atitu-des, não raras, mesmo em nos-sas comunidades: a dos “intri-guentos”, que parecem ter prazerem desfazer a paz, perturbandoaté os pacíficos (“os mais mansosda terra”); e os “debochados”, quecelebram a gargalhadas a quedae o fracasso dos outros.

Viste, Senhor? Desperta!22. Viste, Senhor? Não fi-

ques mudo! / Senhor, não fi-ques longe de mim!

23. Desperta e levanta-tepara defender-me, / meu Deuse Senhor, para me proteger!

24. Defende-me, Senhor,segundo a tua justiça, / meuSenhor e meu Deus, não seriam de mim!

Nesses três versículos, o autorretoma a intensidade dos apelosdo início do salmo. Ele reclama damudez (v. 22 a), da ausência (v.22b), da inação de Deus, que pa-rece tardar em vir defendê-lo.

Conhecendo o livro dos Salmos (23)Conhecendo o livro dos Salmos (23)Conhecendo o livro dos Salmos (23)Conhecendo o livro dos Salmos (23)Conhecendo o livro dos Salmos (23)

1) Compare este salmo como Sl 22 (21): semelhançase diferenças.

2) O que lhe chama a aten-ção no modo como osalmista se dirige a Deus?

3) Quais são as duas atitu-des que o salmista denun-cia nos vv. 20 e 21?

4) Como cristãos, de quemaneira podemos assu-mir as imprecações dosalmista contra os adver-sários (vv. 4-8; v. 26)?

5) Que diz da “lei do talião”(cf Ex 21,24), e da “justiçasalvadora” de Deus?

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Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20107Juventude

Organização Comarcal da Pastoral da Juventude

A Pastoral da Juventude daArquidiocese de Florianópolisdefiniu em sua assembléia, umanova organização, que acontece-rá nas comarcas.

O Encontro de Coordenadoresda Juventude será um espaço deformação, partilha e decisões daPastoral da Juventude, que acon-

A partir de 2010, a Pastoral da Juventude passa a ter uma organização comarcaltece nas 8 comarcas da Arqui-diocese. Haverá reuniões nascomarcas nos meses de março,junho e setembro. São convida-das a participar as coordenaçõesparoquiais da PJ, e também ascoordenações dos grupos de jo-vens das paróquias que tiveremorganizada essa estrutura.

� Comarca de Santo Amaro: 06/03, 12/06 e 11/09 às 08h30� Comarca de São José: 06/03, 12/06 e 11/09 às 14h� Comarca de Tijucas: 07/03, 13/06 e 12/09 às 08h30� Comarca de Biguaçu: 07/03, 13/06 e 12/09 às 14h� Comarca do Estreito: 13/03, 19/06 e 18/09 às 08h30� Comarca da Ilha: 13/03, 19/06 e 18/09 às 14h� Comarca de Itajaí: 14/03, 20/06 e 19/09 às 08h30� Comarca de Brusque: 14/03, 20/06 e 19/09 às 14h

* Anote na agenda do seu grupo de jovens somente as 3 datas referen-

tes à sua comarca.

DATAS DOS ENCONTROS DECOORDENADORES DA JUVENTUDE

NAS COMARCAS PARA O ANO DE 2010*

É importante os grupos de jo-vens fazerem um planejamentoanual, no qual possam constar asdatas arquidiocesanas. O RetiroArquidiocesano de Coordenado-res de Grupos Jovens é a possibi-lidade de os coordenadores degrupos fortalecerem sua fé e ini-ciarem o ano, sendo duas as va-gas por paróquia. A Escola da Ju-ventude é uma escola de forma-ção de novas lideranças e acon-tece em três etapas, sendo duasas vagas por paróquia.

O Curso de Assessores é uma

Cronograma das atividadesArquidiocesanas 2010

formação para padrinhos, casalapoio e assessores de grupos dejovens, e também acontece emtrês etapas. O Dia Nacional da Ju-ventude é a grande celebração dajuventude da Arquidiocese e éaberta aos crismandos, gruposde jovens e outros jovens que nãoparticipam de grupos.

As Pré-Missões Jovens é omomento preparatório para asMissões Jovens, momento queserá realizado com os líderes mis-sionários. As missões acontece-rão em Angelina, no ano de 2011.

Na Véspera de Natal, dia 24de Dezembro, o Grupo de Jo-vens JASC - Jovens a Serviço deCristo, da Comunidade SãoJudas, Paróquia São JoãoBosco, Itajaí, realizou a já tra-dicional apresentação do nas-cimento do Menino Deus.

O Grupo de Jovens, que

Grupo de Jovens encena Nascimento de Jesus

Ao lado, os jovens realizam aencenação na igreja e, acima, osnove participantes do grupo tea-tral em momento de descontra-ção após apresentar o trabalho

O Grupo Jovem São Francis-co Xavier, da Paróquia SãoFrancisco Xavier, do Monte Ver-de, iniciou no ano de 2009 umanova atividade entre seusmembros: o Grupo Bíblico emFamília.

Além dos encontros sema-nais do grupo jovem, aos do-mingos, o grupo começou a seencontrar às terças-feiras, nascasas dos jovens, para juntosrezarem e refletirem os temasdos livretos dos Grupos Bíblicosem Família.

Segundo depoimento dosjovens, a ideia surgiu com a in-tenção de trazer mais oração eunidade entre as famílias dosmembros do grupo jovem. De-pois do inicio do GBF, percebeu-se que cresceu a união entreos jovens que participam doGBF, pois se conhecem melhore se encontram durante a se-mana.

Os compromissos sugeri-

Juventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em ação

Grupo Bíblico em Família e Grupo Jovem

dos nos encontros são adaptadosa partir da realidade da juventu-de. Já foram concretizadas vári-as ações desde o inicio do GBF,por exemplo: arrecadação de ali-mentos, roupas, brinquedos, visi-tas a asilos e outras.

Essa experiência é muito vá-

lida, e fica a sugestão para queoutros grupos de jovens pos-sam iniciar um Grupo Bíblicoem Família, ou participar degrupos já existentes, sendouma possibilidade de aumen-tar a fé, a união e a partilhaentre a juventude.

completou 12 anos em 2009,busca, através do teatro, passaruma mensagem de renovaçãocom a cara de São João Bosco.Para esta peça, contou com a par-ticipação de 9 integrantes para aorganização, montagem e ence-nação do espetáculo.

Segundo o Coordenador do

Grupo de Jovens, Bruno SérgioLima, “com este teatro busca-mos comunicar à nossa comu-nidade, através dos jovens,que o nascimento do MeninoDeus é uma grande chancepara a renovação dos senti-mentos que são trazidos juntoda manjedoura. O presépiotraz consigo um eterno senti-mento de alegria e esperançade renovação”.

MARÇO19, 20 e 21 - Retiro Arquidioce-

sano de Coordenadores deGrupos de Jovens

ABRIL23, 24 e 25 - 1ª Etapa da Es-

cola da Juventude e Cursode Assessores

JUNHO03, 04, 05 e 06 - 2ª Etapa da

Escola da Juventude e Cur-so de Assessores

AGOSTO27, 28 e 29 - 3ª Etapa da Es-

cola da Juventude e Cursode Assessores

OUTUBRO24 - Dia Nacional da Juventude

DEZEMBRO04 e 05 - Pré-Missões Jovens

Grupo de Jovens do Monte Verde se reúne uma vez por semana na casade um dos membros para participar dos Grupos Bíblicos em Família

Divu

lgaçã

o/JA

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Coroinhas se encontram a partir de marçoA Pastoral dos Coroinhas da

Arquidiocese estará promovendo,a partir de março, os encontroscomarcais. Este ano, o eventoterá como inspiração a Palavra deDeus. Cada paróquia das oitocomarcas será motivada a fazeruma encenação baseada numapassagem bíblica, priorizandocenas vocacionais.

Uma outra novidade para2010 é que, dos oito encontroscomarcais, quatro deles serãorealizados em Azambuja. Issopara que, além de se confrater-nizarem, os coroinhas conheçamum pouco da vida no SeminárioMenor Nossa Senhora deLourdes. Como aconteceu nosúltimos dois anos, nos encontros,os e as coroinhas são convidadosa doar R$ 1,00 para ajudar naformação dos futuros padres emnossos seminários.

Em 2009, foram realizadoscinco encontros comarcais. Emfunção dos riscos de contamina-ção pela Gripe A, as secretariasmunicipais de saúde solicitaramque os eventos não fossem reali-zados. Assim, não aconteceram osencontros nas Comarcas de SãoJosé, da Ilha e do Estreito.

Os encontros tiveram comoinspiração o Ano Sacerdotal, e foi

Pastoral avalia 2009 e já prepara os encontros de 2010, que em boa parte serão realizados em Azambuja

Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias

Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese8 Geral

solicitado que todas as paróquiasfizessem uma pesquisa sobre asvocações em suas comunidades.Na avaliação de Irmã Clea Fuck,coordenadora da Pastoral, os en-contros foram bastante positivos.

“Tivemos uma presença mui-to boa de coroinhas nos encon-tros, e de padres, sobretudo doscoordenadores das comarcas.Além de uma ótima apresentaçãodas pesquisas vocacionais”, dis-se Irmã Clea. Ela também ressal-tou a ótima acolhida das comu-nidades que sediaram os encon-tros comarcais.

Vocações FemininasEm 2010, a Pastoral dos

Coroinhas estará promovendopela segunda vez o EncontroVocacional com as adolescentese jovens, coroinhas e outras, quequeiram conhecer um pouco avida das religiosas. O evento serárealizado no dia 21 de agosto,novamente em Florianópolis, noProvincialado das Irmãs da Divi-na Providência.

Esta é a segunda vez que oencontro é realizado. Em 2009,o evento aconteceu no dia 08 denovembro e reuniu 25 adolescen-tes, provindas de cinco comarcas.Elas estão sendo acompanhadas

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/JA ITESC abre inscri-ções para cursos deTeologia para leigos

O Instituto Teológico de San-ta Catarina - ITESC, está abrindoas inscrições para seis cursos deTeologia para leigos: Teologia Sis-temática, Bíblia - Primeiro Testa-mento, Teologia Bíblica - Pastoral,Aprofundamento Bíblico, TeologiaLitúrgica - Fundamental e Teolo-gia Catequética - Pastoral. As ins-crições já estão abertas e vão atéo dia 01 de março.

Os cursos terão duração deum ano. Eles iniciam em março evão até novembro. As aulas serãorealizadas sempre no ITESC, às se-gundas-feiras, das 19h30 às 22h,inclusive nos feriados. As aulas se-rão ministradas por professoresdo ITESC, professores convidadose por alunos (monitorados) das úl-timas fases do Curso de Bachare-lado em Teologia.

Os cursos destinam-se a leigose leigas, também religiosos e reli-giosas, membros de comunidadescristãs, interessados em formaçãobíblico-teológica-pastoral. Os cursosde formação para lideranças leigassão oferecidos pelo ITESC desde asua fundação, em 1973. De 2005a 2009, eles foram mantidos emconvênio com o Centro Loyola Amare Servir. Neste ano, o ITESC reassu-me a administração dos cursos.

O investimento é de R$ 40,00por mês através de boleto bancá-rio. Ao final, será expedido o certifi-cado de conclusão. Para participar,os interessados devem fazer a suainscrição na sede do ITESC, na Ave-nida Dep. Antônio Edu Vieira,1524,Pantanal, em Florianópolis, ou atra-vés do site www.itesc.org.br.

Mais informações pelo fone

(48) 3234-2449, com Aline, ou

pelo e-mail secretaria@

itesc.org.br.

por uma equipe vocacional. “O in-teresse despertado no primeiroencontro nos motivou a realizaresse próximo”, disse Irmã Clea,

promotora do evento. A expecta-tiva é reunir ainda mais partici-pantes, de mais paróquias, nopróximo encontro.

Encontros Comarcais em 2010:13/03 - Brusque (Azambuja)17/04 - Ilha (Azambuja)24/04 - Estreito (Azambuja)15/05 - Santo Amaro (São Pedro

de Alcântara)

17/07 - Itajaí (S. Vicente)

14/08 - Tijucas (Itapema)

04/09 - Biguaçu (Santa Cruz)

11/09 - São José (Azambuja)

A Escola Diaconal São Francisco de Assis reali-za nos dias 23 a 30 de janeiro de 2010 a sextafase de formação da 14ª turma. Realizada na Casade Encontros Provincialado do Coração de Jesus,das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis,nessa turma a Escola conta com 40 alunos: 30 daArquidiocese e 10 da Diocese de Joinville.

Essa é a primeira turma da Escola Diaconalque tem 12 etapas de formação. Isso para ade-quar o currículo às novas orientações da diaconia.Essa também é a terceira etapa de formação queé realizada na Casa de Encontros. Desde que aEscola foi criada na Arquidiocese, em 1972, to-das as turmas haviam realizado a sua formaçãono ITESC.

Candidatos a diácono realizam etapa de formação

Encontros de Coroinhas, como o realizado em Antônio Carlos (Comarcade Biguaçu), são importante espaço de confraternização entre os jovens

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GeralJornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20109

Louvor de Verão reúne mais de 10 milEm sua 19º edição, evento promovido pela Renovação Carismática a cada ano reúne mais participantes

Com o tema “Louvai ao Senhor, porqueEle é bom, eterna é sua misericórdia” (Sl135,1), mais de 10 mil pessoas se con-centraram no Ginásio de Esportes deCamboriú, para participar do XIX Louvor deVerão, realizado durante todo o dia 24 dejaneiro. O evento é promovido anualmen-te pela Renovação Carismática Católica(RCC) da Arquidiocese.

Nesta edição, o Louvor contou com a pre-gação de Estelatus Mtema, coordenadornacional da RCC, na Tanzânia, na África, edo Pe. Márcio Vignoli, idealizador do evento.O convite lhe foi feito por Pe. Márcio, quandorealizou visita missionária ao país no anopassado. O evento contou também com aanimação de Eugênio Jorge, cantor, compo-sitor e produtor musical de renome, e dabanda da Comunidade Divino Oleiro.

Estelatus foi convertido à religião cató-lica quando cumpria pena na prisão. Assuas pregações foram divididas em trêsmomentos. Elas tiveram como base a suaexperiência de vida. “Não importa o tama-nho de nosso pecado, o importante é queDeus nos ama e está disposto a nos per-doar e nos envolver em seu amor”, disseEstelatus. Como não fala português, con-tou com a tradução simultânea de ReginaMasulo, que veio com ele.

CelebraçãoO ponto forte do Louvor de Verão foi a

Celebração Eucarística, realizada a partirdas 17h, presidida pelo Pe. Márcio Vignolie concelebrada por padres e diáconos. Noinício, Pe. Márcio dedicou a missa aoshaitianos. “Que tenham paz, esperança epossam reconstruir o seu país”. A homiliafoi proferida pelo Pe. Leandro Rech, que apartir deste ano é o novo assistente ecle-siástico da RCC na Arquidiocese.

Durante a celebração, foi realizado oenvio dos três jovens da Comunidade Di-vino Oleiro que, a partir de fevereiro, reali-zarão trabalho missionário na Guiné-Bissau, na África. Em seguida, foi lida aprovisão do novo Conselho Arquidiocesanoda RCC e apresentada a equipe que coor-denará o trabalho nos próximos dois anos.

Mais fotos do Louvor de Verão no sitewww.arquifln.org.br, clicar em Galerias noalto da página, ou no site www.rccarquifloripa.com.br.

Durante todo o dia, participantes tiveram momentos de oração, louvor e pregações

Foto

/JA RCC tem novo coordenadorLuiz Carlos Santa Filho é o novo coorde-

nador da RCC na Arquidiocese para os pró-ximos dois anos (2010-2011). Ele assumeem substituição a Roberto Rivelino da Cu-nha. Ele é da paróquia São Sebastião,Tijucas, já foi coordenador paroquial ecomarcal da RCC por quatro anos. Tambémfoi secretárioarquidiocesanona última ges-tão. Para os pró-ximos dois anos,tem como metasevangelizar asfamílias, “a partemais difícil”, etornar realidadeo Centro de For-mação da RCC.

Durante o XIX Louvor de Verão, foi realiza-do o envio missionário de três jovens consa-grados da Comunidade Católica Divino Olei-ro, que a partir de fevereiro iniciam missão naDiocese de Bafatá, na Guiné-Bissau. Por umano, eles ajudarão o Pe. Lúcio Espíndola, nos-so representante no país, no seu trabalhomissionário na Paróquia de Empada.

Jovens são enviados para missão na ÁfricaTrês jovens iniciarão trabalho missionário na Guiné-Bissau a partir de fevereiro

Erichson, Cláudia e Elaine serão os trêsjovens que, durante todo este ano, realiza-rão a missão na África. Eles terão a funçãode ajudar no hospital, alfabetização paraadultos, ministrar aulas de informática eevangelização, seguindo o carisma da RCC.

Ainda haverá uma nova celebração deenvio, a ser realizada no dia 31 de janeiro,

às 19h30, na ParóquiaN.Sra. de Lourdes e SãoLuiz, em Florianópolis.Os missionários já deve-riam ter ido para a Áfri-ca no dia 10 de janeiro,mas a estrutura pararecebê-los ainda nãoestava concluída.

Pe. Márcio Vignoli,diretor e fundador daComunidade, falou ain-da durante a celebraçãode como surgiu a opor-tunidade. “Em sua visi-ta à Arquidiocese, Pe.Lúcio falou que precisa-va da ajuda de outraspessoas em seu traba-

Luiz Carlos, o novocoordenador da RCC

lho. Então nos colocamos à disposiçãopara auxiliá-lo”, disse. Ao final, ele falouainda que o próximo objetivo é levar a co-munidade para a Tanzânia.

A Comunidade possui cinco fraterni-dades: na Paróquia Sagrado Coração de Je-sus, em Ingleses; na Paróquia Nossa Senho-ra de Lourdes e São Luiz, na Agronômica,ambas em Florianópolis; em Governador Cel-so Ramos; em Balneário Camboriú; e emMuquém do São Francisco, na Bahia.

Realização de um sonhoCom 27 anos, e há seis na Comunidade

Divino Oleiro, esta é a segunda experiênciamis-sionária de Elaine Vier da Silva. Por doisanos ela foi missionária da Comunidade emMuquém do São Francisco na Bahia. Paraela, esta nova experiência será um desafioe a realização de um sonho. “Desde nova,sempre tive o desejo de evangelização emoutras terras. Agradeço a Deus por esta opor-tunidade e à Comunidade pela confiança emmim depositada”, disse.

Mais informações sobre a Comunida-de, acesse www.divinooleiro.com.br.

Pe. Márcio fez o envio missionário dos três jovens consagradosque a partir de fevereiro vão para Guiné-Bissau, na África

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10 Geral Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Pastoral constrói pátio no PresídioApós sete meses de obras, presos do presídio masculino de Florianópolis ganham pátio para pegar sol

A Pastoral Carcerária da Arquidioceseinaugurou, no dia 14 de dezembro, a cons-trução de um pátio para os presos da Gale-ria “C” do presídio masculino de Florianó-polis. Realizada através da Associação Be-neficente São Dimas - ASBEDIM, mantene-dora da Pastoral Carcerária, o pátio contacom 60 m2 e beneficia mais de 50 presos.

A Galeria “C” é destinada aos presosdo 'seguro', que foram condenados por mo-tivos torpes e que, por esse ou outros mo-tivos, não podem ficar com os outros pre-sos por risco à sua segurança. Boa partedeles estava nas celas há mais de trêsanos sem pegar sol - direito previsto na Leide Execução Penal -, já que no local nãohavia pátio, o que comprometia a saúde.

Sensibilizada com essa situação, a Pas-toral Carcerária resolveu empreender a cons-trução. “É uma obra que deveria ser feita peloEstado, mas que a Pastoral assume pelanecessidade e urgência em atender essapopulação”, disse Leila Teresinha Madda-

lozzo Pivatto, presidente da Asbedim.

InvestimentoA construção foi realizada pelos própri-

os presos, sob a orientação de um pedrei-ro e supervisão técnica de um arquiteto.Nos sete meses de construção, foram in-vestidos pouco mais de R$ 50 mil. O di-nheiro veio do bazar permanente realiza-

do na Capela São Dimas, que fica dentrodo presídio. São sapatos e roupas recebi-dos através da Fundação Nova Vida e ob-jetos da Receita Federal.

A Pastoral ainda realiza jantares ebingos, que ajudam nas despesas. Umapequena parte ainda vem de doações emdinheiro e do pagamento de penas alter-

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Solenidade de inauguração da obra foi realizada no próprio pátio e contou com a participa-ção da equipe de coordenação, de voluntários e colaboradores da Pastoral Carcerária

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Na semana que antecedeu ao Na-tal, os voluntários da Pastoral Carceráriapromoveram a doação de 3.500pacotinhos de Natal para os presos.Com doces e guloseimas, os presentesforam entregues aos encarcerados nospresídios e penitenciárias de Tijucas,Biguaçu, São Pedro de Alcântara eFlorianópolis.

nativas. Além da construção do pátio, aPastoral ainda auxilia os presos em suasnecessidades mais básicas. “Quando pre-sos, muitas vezes não possuem materialde higiene, e adquirimos para eles. Quan-do soltos, eles não têm roupas ou mesmodinheiro sequer para pegar o ônibus. Tam-bém prestamos esse auxílio”, disse Leila.

Para o Pe. Ney Brasil Pereira, coorde-nador Arquidiocesano da PastoralCarcerária, a realização desse trabalho foiuma bela iniciativa da ASBEDIM e um ges-to concreto da Pastoral. “É uma obra deresponsabilidade do Estado, mas que aPastoral realizou supletivamente, e quemuito beneficiará as pessoas que viviamnaquela situação de abandono”.

Gabinete odontológicoNum futuro próximo, a Pastoral preten-

de iniciar a construção de uma sala que abri-gará um gabinete odontológico. A expectati-va é iniciar o trabalho nos próximos doismeses. Como o complexo prisional não dis-põe de dentistas, cada vez que o detentoprecisa fazer uma consulta, é montado todoum aparato de segurança. Com a instalaçãodo gabinete odontológico ficará bem maisfácil para eles receberem o atendimento.

“Para isso, precisamos de doações detodo o material necessário para montar ogabinete”, disse Leila. O que não for con-seguido, a Pastoral terá que adquirir. O ga-binete funcionará com um profissionalcontratado e voluntários. Se alguém sedispuser, entre em contato.

Mais informações pelo site www.

pastoralcarceraria.org ou pelo fone (48)3879-2168 ou 2107-2323, ou ainda peloe-mail: [email protected].

Presos ganham presentes de NatalNa capital, os presentes natalinos

ainda foram entregues no Cadeião, noPLIAT, na Casa do Albergado e nas de-legacias. Essa é a primeira vez que aPastoral realiza esse trabalho envolven-do os outros presídios da região. “Essainiciativa foi importante para despertarneles o espírito natalino, derenascimento”, disse Leila.

No dia 17 de fevereiro, quarta-feirade Cinzas, tem início o ano acadêmicodo Instituto Teológico de Santa Catarina- ITESC. Os leigos com o segundo graucompleto ou formação universitária in-teressados em matricular-se no Cursode Teologia, em todas ou algumas dasdisciplinas do curriculo, entrem em con-tato com a secretaria do ITESC, pelo fone(48) 3234-4443, ou pelo e-mail:[email protected].

Funcionando desde 1973, o ITESCtem por finalidade a formação teológico-pastoral de futuros presbíteros, bemcomo a colaboração na formação teoló-gica e pastoral de religiosos(as) eleigos(as), comprometidos com o povo deDeus, para uma Igreja toda Ministerial.

ITESC abre inscriçõespara novos alunos

A Pastoral Carcerária ocupa um terre-no dentro do complexo prisional, mas desua propriedade. Nele, está edificada aCapela São Dimas e, junto a ela, há duassalas onde funciona o projeto “EstampaLivre”. Nele, nove presos aprendem a con-feccionar e a colocar estampas em cami-sas, gerando trabalho e renda para eles.

Em 2009, começou a ser implantada aoficina de fazer sabão a partir do óleo decozinha. O trabalho está engatinhando. Nomomento há apenas um preso nele. A mai-or dificuldade está em conseguir a matériaprima e na comercialização do produto.

Em outubro de 2009 também foram ini-ciados os cursos de teclado e violão. Umvoluntário da Aeronáutica ministra os cursospara oito presos. A idéia é estender o proje-to, abrindo vagas também no presídio. Paraisso, é necessário que haja mais voluntári-os. Os instrumentos já estão disponíveis.

Aprendizado profissional

Bazares e promoções,realizados na Capela

São Dimas ou emcomunidades, é o que

ajuda a manteros trabalhos da

Pastoral Carcerária

Oficina de Serigrafia gera renda e ensinauma profissão aos presidiários

Arquivo/JA

Arquivo/JA

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Advento/Natal - GBF da par. de S. Judas Tadeu, Barreiros

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 201011GBF

Momentos vivenciados pelos GBFDurante o ano de 2009, muitos foramos trabalhos realizados pelos GruposBíblicos em Família em nossas paró-quias e comunidades. Nesta página,lembramos alguns desses momentos

que marcaram o ano de 2009.Iniciamos o ano com vigor e

entusiasmo, fruto do trabalho querealizamos com empenho, ardor eperseverança em 2009, sendo es-paço de vivência da fé, de reflexão,oração e compromisso com os ir-mãos e irmãs, conforme osensinamentos de Jesus Cristo.

Os Grupos Bíblicos em Famí-lia (GBF) como prioridade da açãopastoral e evangelizadora daArquidiocese têm um objetivo cla-ro: fazer acontecer a Igreja nascasas, nas bases, no chão davida; garantir a presença do Evan-gelho na vida do povo; favorecerao povo católico a participaçãoem um grupo de vivência da fé edo amor cristão; ajudar a pessoaa fazer a experiência do encon-tro com Jesus Cristo; promoveruma aproximação cada vez maisexplícita entre a Igreja de hoje ea Igreja das primeiras comunida-des cristãs.

Queremos nesta edição des-tacar alguns momentos dos mui-tos que foram vividos em âmbitoarquidiocesano. Ao longo do anode 2009, as atividades se multi-plicaram em nível arquidioce-sano, comarcal, paroquial e nacomunidade.

Os momentos celebrativos, as

experiências vivenciadas nos pe-quenos grupos, as atividades deformação, as reuniões periódi-cas, os compromissos assumidosna comunidade pelos grupos e osmomentos de confraternizaçãoreafirmam nossa identidade deser Igreja e revigoram a caminha-da de evangelização dos GBF,para que nossa Igreja arquidio-cesana seja a casa habitada pelaPalavra de Deus e que tenha suaraiz sustentada no chão de nos-sas casas, na realidade de nos-sas comunidades.

Lembramos que, neste anode 2010, continuamos seguindoo planejamento decidido e prati-cado desde 2007. E este é o anoda nossa grande ConcentraçãoArquidiocesana dos Grupos Bíbli-cos em Família, que será realiza-da no dia 29 de agosto, emCamboriú. Será, sem dúvida, ummomento forte de nos empenhar-mos na continuidade dos gruposexistentes e na formação de no-vos Grupos Bíblicos em Família,no meio rural, no meio urbano enas periferias, em toda a nossaIgreja arquidiocesana.

Maria Glória da Silva LuzArticuladora Arquid. dos GBFs

GBF da Paróquia N.Sra da Glória, Balneário Estreito

Participantes da Escola Bíblica da Comarca de Tijucas

Encontro Comarcal da Comarca de Itajaí

Confraternização do grupo da Comunidade do Roçado

Encontro Comarcal da Comarca da Ilha

Encontro Comarcal da Comarca de Tijucas

Reunião dos Coord. Paroquiais - Comarca Santo Amaro

GBF Ingleses - Celebração de encerramento do ano

Comunidades Eclesiais de Base - Monte Serrat

Reunião Arquidiocesana das Coordenações Comarcais e da Equipe deRedação dos livretos dos Grupos Bíblicos em Famílias, realizada no dia28/11/2009, em Antônio Carlos. O encontro foi encerrado com umaconfraternização entre os participantes.

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Filho de José Hobold e de Ma-ria Waterkemper, Vendelino nasceuem São Ludgero em 07 de outubrode 1917 e foi ordenado presbíteroem Florianópolis em 11 de janeirode 1942. Inicialmente foi coadjutorde Orléans e Pedras Grandes. Em25 de janeiro de 1943 foi nomea-do vigário paroquial do SantíssimoSacramento, em Itajaí, trabalhan-do com o intrépido e zeloso Pe.José Locks, a quem defendeu eapoiou frente às calúnias impin-gidas de nazista, quinta-coluna, noquente período da Grande Guerra.Pe. José tinha iniciado a constru-ção da majestosa igreja matriz,com planta de Simão Gramlich.Deixou-a em ponto de cobertura.Coube a Pe. Vendelino completá-la. Em 18 de janeiro de 1947 foinomeado vigário encarregado doSantíssimo Sacramento de Itajaí ede Nossa Senhora da Penha, Pe-nha. No ano seguinte, em 09 defevereiro, era pároco do Santís-simo, marcando a história religio-sa e civil da região, que abrangiaItajaí, Navegantes, Piçarras e Pe-nha. Estatura alta, presençamarcante, sempre bem arrumado,bom pregador, ótimo na linguagem,seguro nas decisões, Pe. Vendelinoera talhado para a liderança.

Padre zeloso e bomadministrador

De grande tino administrativo eliderança popular, organizou a pa-róquia, dotando-a de nova casaparoquial e Centro paroquial. Perce-bendo novos tempos, construiu sa-las a serem alugadas para auxiliarna manutenção paroquial, nissosendo pioneiro. A obra que o mar-cou foi a conclusão da igreja matrizdo Santíssimo Sacramento, inaugu-rada em 15 de novembro de 1955.Fez da igreja de pedra um verdadei-ro livro de catequese através da ló-

Monsenhor Vendelino Hobold - Zelo pela Casa de Deusgica dos vitrais, dos afrescos e dascapelas laterais. Uma obra pron-ta que rejeita qualquer acréscimoou supressão. Tudo nela tem sen-tido. O povo itajaiense se orgulhadesse monumento sagrado, obrasua, de suas economias e fé. E dainspiração teológica do agoraMons. Vendelino, de Aldo Locatellie Emílio Sessa.

Para dar conta do trabalho devisita às numerosas comunidades,em certo período a paróquia tevetrês vigários auxiliares: especial-mente com os impulsos pastoraisdo Concílio Vaticano II, a região foienriquecida com nova visão deIgreja e comunidade. Pe. Vendelinoassumiu a reforma litúrgica e pas-toral com muito entusiasmo e coe-rência. Pelo crescimento popula-cional e previsão de mais cresci-mento, que se revelou verdadeira,Dom Afonso Niehues optou pelacriação de quatro paróquias em1968: Nossa Senhora de Lourdes,Fazenda; São João Batista, bairroSão João; São Cristóvão, bairroCordeiros; São João Bosco, bairroDom Bosco. Em 1990, a ParóquiaSão Vicente de Paulo no bairro SãoVicente. Antes do Concílio, o gran-de movimento pastoral centrou-sena Liga Jesus, José e Maria, com aparticipação frutuosa de centenasde homens que periodicamente sereuniam com a Liga de outros mu-nicípios.

Nas décadas de 50 e 60, aParóquia foi estimulada pela AçãoCatólica, sendo muito ativa a Ju-ventude Operária Católica - JOC,movimento extremamente fecun-do para a vida eclesial. Com seumétodo de ver-julgar-agir, a AçãoCatólica deu à vida paroquial ho-mens e mulheres bem formadosbíblica e pastoralmente. A Associa-ção Cristã Feminina foi o braçodireito da paróquia em sua ação

social e caritativa. A fundação dePraesidia da Legião de Maria esti-mulou a devoção mariana e a vi-sita às famílias. Para estas, hou-ve a introdução das Equipes deNossa Senhora - ENS e do Movi-mento Familiar Cristão - MFC.

Combate em defesada fé católica

Em 1959 foi editado o Jornal OPOPULAR, órgão oficial da Paró-quia. Tinha como Diretor Côn.Vendelino Hobold e Diretor Geren-te, Dr. Abílio Ramos. Visceral-men-te anti-comunista, foi um Jornal di-rigido à orientação dos católicos,pois pairava no ar o medo de umavitória esquerdista. Era típico, noperíodo, o medo do comunismoateu, especialmente devido a umaconsciência maior que as lideran-ças operárias assumiam a respei-to de seus direitos. O POPULARdeixou de ser editado em 1960.Mons. Vendelino tinha pavor de co-munistas e os caçava onde podia.Deixou escrito em 1960: “São pou-cos os comunistas em Itajaí. Ape-sar disso, agem muito e organi-

Mons. Vendelino Hobold, umpadre dedicado e fiel

12 Artigos Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Histórico das Campanhas daFraternidade Ecumênicas

A Campanha da Fraternidade-2010 é Ecumênica, isto é, promo-vida pelo Conselho Nacional deIgrejas Cristãs do Brasil (CONIC),que “é uma associação fraterna deIgrejas que confessam o SenhorJesus Cristo como Deus e Salvador,segundo as Escrituras e, por isso,procuram cumprir sua vocaçãocomum para a glória de Deus Unoe Trino, Pai, Filho e Espírito Santo,em cujo nome administram o San-to Batismo.” As Igrejas-membro doCONIC se sentem chamadas aotestemunho comum do Evangelhoe ao serviço solidário, especialmen-te em favor dos mais pobres.

O CONIC foi fundado em PortoAlegre - RS, em 1982. Hoje, comsede em Brasília - DF, congrega 05Igrejas-membro: Igreja CatólicaApostólica Romana, Igreja Episco-pal Anglicana do Brasil, IgrejaEvangélica de Confissão Luteranano Brasil, Igreja Presbiteriana Uni-da do Brasil, e Igreja Síria Ortodo-

xa de Antioquia. Além das Igrejas,o CONIC possui alguns membrosfraternos (organismos ecumêni-cos). Em abril de 1996, a Assem-bleia Geral da CNBB aprovou aproposta de uma Campanha daFraternidade Ecumênica - CFE,como testemunho e sinal de umadas muitas coisas novas que, noJubileu do Ano 2000 e no terceiromilênio, os discípulos de Cristopoderiam oferecer ao mundo divi-dido e competitivo.

A primeira CFE, organizada peloCONIC, aconteceu no mesmo ano2000, com o tema “Dignidade Hu-mana e Paz” e o lema “Novo Milê-nio sem exclusões”. A construçãodessa plataforma comum faz par-te da novidade que o movimentoecumênico quer realizar. Essa CFE

teve repercussão mundial, tantoque a avaliação feita pelo CONIC esuas Igrejas-membro foi muito po-sitiva, ao ponto de solicitar à Con-ferência Nacional dos Bispos doBrasil - CNBB, detentora da marcae da organização deste projeto deevangelização, a realização de ou-tras Campanhas da FraternidadeEcumênicas. Decidiu-se, então,que a cada 05 anos a CF seráEcumênica.

A segunda CFE aconteceu em2005, com o tema “Solidarieda-de e Paz”, o lema “Felizes os quepromovem a paz.” (Mt 5,9), e ten-do como objetivo geral: “Unir Igre-jas cristãs e pessoas de boa von-tade na superação da violência,promovendo a solidariedade e aconstrução de uma cultura de

paz.” A CFE-2005 quis motivar asIgrejas Cristãs e a sociedade bra-sileira como um todo para a cons-trução da paz por meio de umapostura solidária.

A Campanha da FraternidadeEcumênica - 2010

Dando continuidade às CFEsanteriores, o CONIC manteve amesma temática para reflexão,com novos enfoques. Trata-se nãosomente de resgatar e defender adignidade de todas as pessoas,mas criar condições de paz, aju-dando a construir uma cultura defraternidade, apontando princípiosde justiça, denunciando ameaçase violações da dignidade e dos di-reitos, e abrindo caminhos de soli-dariedade. Tema: “Economia e

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoVida”. Lema: “Vocês não podemservir a Deus e ao dinheiro.” (Mt6,24). Objetivo geral: “Unir Igrejascristãs e pessoas de boa vontadena promoção de uma economia aserviço da vida, sem exclusões,contribuindo na construção deuma cultura de fraternidade e paz.”Estratégias: a) Denunciar a perver-sidade de todo modelo econômicoque vise em primeiro lugar ao lu-cro, sem se importar com a desi-gualdade, miséria, fome e morte.b) Educar para a prática de umaeconomia de solidariedade, de cui-dado com a criação e valorizaçãoda vida como o bem mais precio-so. c) Conclamar Igrejas, religiõese toda a sociedade para ações so-ciais e políticas que levem à implan-tação de um modelo econômico desolidariedade e justiça para todasas pessoas.

Marcio MuriloVice-coordenador da CADEIR

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zadamente. Os mentores são unsfuncionários do Banco do Brasil,que possuem um pouco mais decultura. Em dezembro saíram comum jornal próprio: “Tribuna deItajaí”. O maior trabalho é desen-volvido junto aos sindicatos. Feliz-mente a quase totalidade de sindi-catos está sob a presidência deelementos bons e religiosos, quepor mais vezes já foram advertidosda infiltração vermelha” (Livro deTombo II, fls. 79v. e 80).

A mesma energia era utilizadapara combater os "crentes", inva-sores de sua seara católica. Che-gou a arregimentar grupos de ca-tólicos para rezarem a Ave-Maria ecantarem hinos marianos, enquan-to os crentes entoavam os Aleluias.O clima quase redundava em vio-lência. Corajoso, era obedecido portodos. Mandou prender jovens daelite local que se arriscaram a an-dar de automóvel diante da Casaparoquial, à noite. Em 30 de mar-ço de 1960, para surpresa e la-mento geral, retirou-se de Itajaí,assumindo como pároco de Nos-sa Senhora da Penha, Penha. Ocortejo de carros que o acompa-nhou, dizem, ia de Itajaí a Penha.Assumiu o bom e santo Pe.Bertolino Schlickmann, homem daoração e da catequese. Para novasurpresa, em 20 de janeiro de1965, Mons. Vendelino retornoucomo pároco do Santíssimo Sacra-mento, Itajaí, sendo acolhido festi-vamente. Mas, os tempos eramoutros, e Pe. Bertolino imprimiraum clima de mais diálogo e afetona vida paroquial. O estilo enérgi-co e autoritário de Monsenhor nãoera mais aceito. Tinha chegado aofim seu tempo em Itajaí: grandepároco, homem de Deus, consci-encioso de suas obrigações, lídernato, mas a sociedade se transfor-mara. Pediu transferência.

O final de um longoministério

Nova etapa de seu ministério:a criação da paróquia Santo Antô-nio, em Campinas, São José. Em11 de fevereiro de 1970 foi nomea-do pároco. Existia ali uma igrejinhade madeira que Monsenhor subs-tituiu pela moderna igreja matrizatual, com planta de Ludwig Rau.Equivocou-se num aspecto:achando a planta exagerada, di-minuiu-a em um terço, o que selamenta, pois ficou relativamentepequena. Campinas era uma co-munidade nova, formada pelasótimas famílias católicas emigra-das de Urubici, Bom Retiro e deoutras comunidades da Serra. Pro-fusão de lideranças para todo otrabalho. Era um aglomerado ur-bano, hoje é uma cidade rica, vivae progressista. O trabalho e preo-cupações elevaram o nível de ner-vosismo de Monsenhor Ven-delino. Não tinha mais paciênciapara as contrariedades normaisda vida paroquial.

Em 1980 fixou residência emArmação da Penha, onde possuíacasa. Foi pároco de Nossa Senho-ra da Paz, Piçarras (10 de abrilde 1982). Sempre atendeu à Ar-mação. A saúde e a capacidademental se deterioraram. A infla-ção galopante devorou-lhe aseconomias. Necessitado, encon-trou socorro na mão fraterna depadres. Faleceu no Hospital deAzambuja, em Brusque, em 31 deagosto de 2003, sendo sepulta-do no cemitério brusquense Jar-dim da Paz, na área reservada àcomunidade de Azambuja. Asobras que realizou recordamconstantemente sua memória depadre dedicado e fiel.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

“A inculturação é o centro da nova evange-lização e seu aspecto mais importante” (SD 229)

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 201013Missão

Pe. Mateus Ricci

Dentre os tantos eventos cul-turais e religiosos de 2010, des-taca-se a celebração do quartocentenário da morte (1610 - 2010)do Pe. Matteo Ricci, o jesuíta quemarcou a história das missões naChina e que a revista AmericanLife colocou entre os 100 mais in-fluentes e importantes persona-gens do segundo milênio.

Percorrer a história de MatteoRicci é como viver uma fantásti-ca aventura. O grande missioná-rio nasceu em Macerata - Itália -em 6 de outubro de 1552, exata-mente 57 dias antes da morte deFrancisco Xavier, com quem co-mungava o sonho de evangelizara China. Estudou direito, mas assuas matérias preferidas eram amatemática e a astronomia. Defato, Pe. Mateus tornou-se umgrande conhecedor da astrono-mia, da matemática, da cartogra-fia e da filosofia.

UM MISSIONÁRIO

ILUMINADOEm 1577, Mateus embarcou

em Goa e, em seguida, foi paraMacau, onde foi ordenado sacer-dote. Seus superiores - clarividen-tes - sonhavam abater a barreirado grande Império Chinês, parafazer chegar à Corte de Pequim, eao próprio imperador, o anúncio doEvangelho. Pe. Mateus era o mis-

sionário ideal para essa aventura.Dotado de uma extraordinária

memória, Pe. Mateus aprenderapidamente o chinês, insere-sena cultura do povo e estuda avida do grande filosofo Confúcio.

Vestido de bonzo, entra emcontato e amizade com os sábi-os do lugar e consegue as primei-ras conversões.

UMA MISSÃO

EM PEQUIMO jovem jesuíta, culto e

carismático, ganhou grande pres-tígio junto às classes cultas da Chi-na, a ponto de ser apresentado àCorte Imperial, que ficou encanta-da com sua bondade e seu conhe-cimento. Entre outras, Ricci de-monstrou aos chineses que a ter-ra era redonda, confeccionou osprimeiros planisférios, construiu re-lógios mecânicos e traduziu obrasocidentais para o mandarim.

Por tudo isso, o imperador lheconcedeu permissão para fundaruma igreja e admitiu-o junto aosmandarins - os mais altos funcio-nários imperiais. Entre as perso-nalidades que ele converteu, al-guns eram parentes diretos doimperador. Dessa forma, o cato-licismo se desenvolvia livremen-te por toda a China.

Sua amizade com o imperadorfoi tamanha que, quando Pe.

Mateus morreu, em 02 de maiode 1610, foi-lhe permitido ser se-pultado em Pequim, capital dopaís, e com a proclamação de umluto nacional. Para honrar a suamemória, o imperador reconhe-ceu oficialmente a religião cristãe, em seu túmulo, mandou cons-truir uma estela funerária de már-more em honra do grande missio-nário que havia lançado uma pon-te entre o Oriente e o Ocidente.

Pe.Mateus deixou na Chinauma cristandade de 2500 con-vertidos, dos quais 400 em Pe-quim, muitos da nobreza e daclasse dirigente.

METODOLOGIA DE

VANGUARDAAlém de se vestir de bonzo,

Mateus Ricci deixou crescer a bar-ba e os cabelos e adotou o hábitode letrado. Missionário pioneiro notempo e na estratégia, Mateus foiconsiderado um segundo Confúciopela sua atividade literária e cientí-fica. Redigiu pelo menos 20 livros:obras de apologia, matemática, as-tronomia e um catecismo, por sinalmuito apreciado pelos mandarins.

MISSÃO INCULTURADA

ATÉ QUE...Tudo isso foi continuado, e

sempre na mesma linha, pelosconfrades que lhe sucederam.Dessa forma, a evangelizaçãoatingiu proporções tais que Roma

vibrou de entusiasmo e, em 1659,recomendou aos missionários:

“Não introduzam na China asnossas culturas, mas a fé, que,longe de rejeitar ritos e usos deoutros povos, desde que não se-jam perniciosos, procura mantê-los e protegê-los. Que haveria demais absurdo que levar e intro-duzir entre os chineses ritos comcostumes franceses, espanhóis,italianos, ou de qualquer outropaís da Europa?”. Infelizmente,outras congregações que segui-ram na evangelização do Impériochinês e não possuíam o espíritode sabedoria do clarividente Pe.Mateus, desencadearam a histó-rica “questão dos ritos”, que co-locou o Papa e o imperador chi-nês em irredutível oposição.

São as tais sombras de que ahistória da evangelização não es-teve isenta. Foi a mesma falta deinculturação que prejudicou tam-bém a evangelização das Améri-cas, onde não se verificou um ver-dadeiro encontro entre as civiliza-ções e religiões europeias e as dosAstecas, dos Incas etc. Elas foramsimplesmente varridas. “O Evange-lho chegou às nossas terras emmeio a um dramático e desigualencontro de povos e culturas..."(Documento de Aparecida - 4)

EXIGÊNCIA DE

INCULTURAÇÃOPe. Mateus Ricci, ainda hoje,

continua sendo estimado pelos

cristãos e pelos não crentes, poisele soube penetrar na culturachinesa até ser consideradocomo um grande chinês e conse-guir, com sucesso, um grande tra-balho de Evangelização numacultura tão diferente.

Em todos os tempos, sua es-tratégia deve ser adotada, se aIgreja quiser lançar-se seriamen-te na evangelização de mais deum bilhão de chineses, muitosdos quais, levados por novas exi-gências de espiritualidade, estãose abrindo para o Evangelho.

Seu exemplo deve inspirartambém as nossas lideranças,todas elas chamadas a se em-penhar no conhecimento de suarealidade em rápida transforma-ção. “A inculturação é o centro danova evangelização e seu aspec-to mais importante” (SD 229)

Pe. Paulo de Coppi - PIME

a) simpatia e respeito pelos valoresespirituais e intelectuais dos Chi-neses:

b) conhecimento perfeito da língua;

A estratégia missionária dePe. Mateus Ricci era muito simples:

O missionário da Inculturação

c) apostolado pela imprensa e pelodiálogo;

d) especial cuidado com as classes cul-tas e dirigentes;

PARA REFLETIR E AGIR

1 - Qual foi a novidade do agirdo Missionário MateusRicci no contexto chinês?

2 - Quais as consequências,na ação missionária, aquie no além-fronteiras, quan-do não há preocupaçãocom a inculturação?

3 - Leia os artigos 491 a 500do documento de Apare-cida e reflita sobre eles.

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Nascido no dia 16 de maio de1925, João Cardoso largou a vidade operário em uma tecelagem deBrusque, aos 22 anos de idade,para entrar no Seminário deAzambuja. Quarto filho de 11 ir-mãos, foi uma decisão inusitadapara a família. Não tinha nenhumoutro parente religioso, seu pai eracatólico, mas não frequentava aigreja. Contava apenas com o apoioda mãe. Como havia deixado osestudos para trabalhar, teve quefrequentar por seis anos o Semi-nário Menor. Entre seus professo-res, teve o Pe. Ney Brasil Pereira.Concluído o estudo em Azambuja,foi cursar Filosofia em SãoLeopoldo, RS. Com o fechamentodesse Seminário, concluiu o cursoem Viamão, onde também cursouTeologia. 14 anos depois de se terdecidido pela vida religiosa, foi or-denado padre em 06 de dezembrode 1959, na Catedral de Florianó-polis, por decisão sua. E foi na Ca-pital que exerceu os seus 50 anosde ministério em cinco paróquias.

Na entrevista que segue, reali-zada alguns dias depois de vir deuma internação no hospital por pro-blemas renais, ele fala do seu des-pertar vocacional, de como motivarnovas vocações e buscá-las nas vo-cações adultas, e da forma que asua experiência anterior contribuiuem seu ministério.

Jornal da Arquidiocese -Como foi despertada a sua voca-ção para a vida religiosa?

Pe. Cardoso - Quando tinha 22

Pe. João CardosoUm operário que, aos 22 anos,

trocou a tecelagem pelos altaresanos, gostava de dançar. Certa vezestava dançando uma valsa, e eladizia: “Lá no céu junto a Deus, emsilêncio, minha alma descansa”. Avocação é misteriosa. Depois dis-so, saí da fábrica, onde trabalhavacomo tecelão, despedi-me dosmeus colegas e entrei para o Se-minário. Ajudou muito o fato deminha mãe ser uma católica fer-vorosa, e de eu há três anos per-tencer aos congregados marianos.Entrei no Seminário com 22 anose fui ordenado com 36 anos.

JA - O senhor é de um tempoem que eram bem mais abundan-tes as vocações para a vidapresbiteral. O que é preciso paradespertar nos jovens o interessepela vida religiosa ordenada?

Pe. Cardoso - É preciso ter fa-mílias santas. Tive a graça de teruma mãe que muito rezou por mim,mas não me viu padre. Faleceupouco tempo antes. A vocação ésempre um mistério. Hoje ficou di-fícil conseguir novas vocações, por-que os pais não vão mais à igreja,e assim os filhos também não vão.Dessa forma, não há clima para odespertar vocacional. Outra coisaé que as famílias têm poucos filhose projetam para eles uma carreiracomo médico, advogado...

JA - O senhor é consideradocomo uma vocação tardia. Vê-seque hoje isso é uma tendência.Na sua opinião, a Igreja deveriase concentrar em buscar voca-ções adultas?

Pe. Cardoso - Quando entreino Seminário, fazia parte de umaturma de 120 seminaristas. Des-ses, seis eram considerados vo-cações tardias. A Igreja deveria seconcentrar nas vocações adultas.O despertar vocacional é um mis-tério. Não se sabe como aconte-ce. Mas se a pessoa participa daigreja, fica mais fácil optar pelosacerdócio. As equipes vocacio-nais deveriam concentrar seus tra-balhos nas lideranças que atuamem pastorais, movimentos, orga-nismos, serviços e outros traba-lhos que já existem na Igreja.

JA - Antes de ir para o semi-nário, o senhor foi tecelão. Emque a sua experiência anteriorcontribuiu para o seu ministério?

Pe. Cardoso - Nasci em umafamília humilde, servi o exército etrabalhei na fábrica. Creio que tiveuma boa experiência de vida, eisso facilitou que eu conhecessea vida e compreendesse os pro-blemas familiares. Creio que meajudou a aconselhar as pessoasque me procuraram. Pelo fato deter uma experiência de vida ante-rior, sempre gostei mais que ascatequistas fossem mães. Pois,assim, poderiam melhor lidar comos filhos dos outros.

JA - Toda a sua vida presbiteralfoi realizada em paróquia e emFlorianópolis. Fale um pouco des-se trabalho.

Pe. Cardoso - Quando concluíos estudos, solicitei a Dom Joaquim

Domingues de Oliveira que fosseordenado na Catedral, emFlorianópolis, o que aconteceu nodia 06 de dezembro de 1959. Nomesmo dia, fui designado para tra-balhar no Santuário de Fátima, paraatuar como padre cooperador. Lápermaneci por dois anos, trabalhan-do com o Pe. Quinto. Depois fui paraa Catedral, onde fiquei por quatroanos. Depois, em 1966, fui desig-nado para a recém-criada paróquiaNossa Senhora da Lapa. O traba-lho da preparação da comunidadefoi realizado por Mons. Bianchini. Foium trabalho muito desafiante, comum começo muito difícil. A comuni-dade carecia de lideranças e nãopossuía estrutura. Eu não tinhaonde comer, e por alguns meses tiveque dormir no Posto de Saúde dacomunidade. Lá permaneci por 21anos. Em 1987 fui transferido paraa paróquia Nossa Senhora da Gló-ria, em Balneário, Estreito. A paró-quia havia sido criada cinco anosantes. É uma paróquia de uma sóigreja, sem capelas. Nela, coloqueiuma Cruz Gloriosa do Amor, comsete metros de altura, a imagem deNossa Senhora Rainha da Paz, econstruí uma gruta dedicada a Nos-sa Senhora de Lourdes e SantaBernadete. Há três anos estou devolta na Paróquia Nossa Senhora deFátima, minha primeira paróquia.Aqui realizo atendimentos espiritu-ais e ajudo nas celebrações.

JA - O senhor acaba de come-morar 50 anos de vida presbiteral.Há algo de que se arrependa deter feito ou, se tivesse a oportuni-dade, gostaria de fazer de formadiferente?

Pe. Cardoso - Não me arrepen-do de nada do que fiz. Sempre digoque, se não fosse padre, eu seriapadre. Resumindo tudo, digo queDeus é bom e Maria é nossa mãe.

14 Vida Presbiteral Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

As equipes vocacionais deveriamse concentrar nas vocações adultas.O melhor caminho é com as lide-ranças que atuam nas paróquias”

Foto

JA

Após 50 anos, desde que foi ordenado, Pe. Cardoso retornou aoSantuário de Fátima, onde em 1969 iniciou o seu ministério presbiteral

Deu-se tan-to, o sapato,que se acabou.E, no entanto,foi quando jáestava para serd e s c a r t a d oque começou amais bela eta-pa da vida: a dedar flores!

MistérioA semente que brota e flores-

ce, a vida que nasce e é muito útil,as alegrias e os sofrimentos: emtudo existe um pouco do mistériode quem nos criou. Como serábelo quando tudo for revelado!

Senhores“Ninguém pode servir a dois

senhores” (Mt 6,24) . Creio queaqui também se pode pensar no‘senhor’ que está no outro e no‘senhor’ que está em mim: se o‘senhor’ que está em mim tomaposse de mim e não me deixa sairpara atender o outro, estou des-tinado à infelicidade, mas, sequero servir o 'senhor' que é meuirmão, minha irmã, então sou umvencedor, cada dia caminhandopara a casa do Pai!

AmorSó quem já sofreu por amor,

só aquele e aquela a quem oamor provou, e até do modo maisduro, sabe que depois do Calváriovem a Ressurreição.

Divu

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ção

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OferecimentoQuando sofro, posso libertar-

me, especialmente do meu eu,tão frágil, tão necessitado dosoutros e do Outro. Então, sou ca-

paz de oferecer-me e, se me ofe-reço, já não me pertenço. Quan-to mais me oferecer, mais medarei, indo ao encontro dos ou-tros e do Outro. Aí poderei ser oque até então não havia sido.

Amor 2O amor é simples, espontâ-

neo, não sabe ser solitário. Elefaz-se um com o outro.

Amor 3O amor é uma decisão. Eu de-

cido te amar: te amarei! Há riscos,encontrarei desafios, mas não hánada que resista ao amor. Haverálágrimas, as incompreensões es-tarão em muitas esquinas, masnão existe força maior do que oamor, do amor que se enraíza noAmor. O humano em Deus, reves-tindo-se do que vem dEle.

ÓrfãosTriste coisa, a orfandade. Mais

triste é ser órfão de pais vivos. Maistriste ainda é sentir-se órfão nãopor faltar o pai ou a mãe, mas porter ‘pais’ e ‘mães’ em excesso.

ServirQuem serve o outro, em quem

está o Senhor, se reparte, e é in-teressante que, repartindo-se, aíé que se torna inteiro!

SilêncioComo é importante educar os

filhos para o silêncio! Quem apren-deu a ficar em silêncio, aprendeua estar pronto para escutar o outroe, acima de tudo, para escutar aDeus, que lhe fala por Sua Palavra,pelas pessoas, pelos acontecimen-tos. O silêncio, amadurecido, torna-nos livres e alça-nos a voos parabem alto. Construtor de vidas sóli-das, é “cimento de toda atividadelivre e eficaz” (Bento XVI).

EuO eu gosta de gritar, de se fa-

zer notado; aprecia muito os luga-res de destaque, a fama, o poder.O eu não sabe ficar quieto. O amorprefere calar, esconder-se paramanifestar-se. O eu gosta de ficarno seu cantinho, o amor semprevai ao encontro. Grande como a luacheia é o eu que se deixou vencerpelo tu, não porque não tivesse for-ça, mas porque sua força estavano amor. E se cala, para que o tupossa falar: se se cala por amor,saboreia como poesia que vem doalto tudo o que lhe acontece.

Mesmo em meio a dificul-dades, quem ama a famíliadeseja estar com ela tantoquanto o homem que, mergu-

lhando sem oxigênio, logo de-seja ar. Quem ama assim, nun-ca acha chato voltar para casa,porque o amor não é chato...

Família

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 201015Geral

Igreja nos EUA pedereforma migratória

A Igreja Católica nos EstadosUnidos pede ao Congresso queaprove este ano uma reformamigratória integral, que permitaa legalização da população clan-destina. O pedido foi feito duran-te a realização da Semana Nacio-nal do Migrante. O presidente doComitê de Migração da Conferên-cia dos Bispos Católicos dos Es-tados Unidos, Dom John CharlesWester, afirmou que a opinião pú-blica, incluindo os católicos e de-mais confissões religiosas, “que-rem uma solução humana e inte-gral” aos problemas do sistemamigratório.

“Todos queremos que o Con-gresso responda a este assunto eo faça agora. Estamos fazendotodo o possível para garantir queisso ocorra” - afirmou Dom Wester,que acrescentou que o Congres-so tem que oferecer uma via paraa legalização para os cerca dedoze milhões de imigrantes ilegaisque vivem no país. “Somente umareforma migratória integral ofere-ceria a solução mais prática, hu-mana e eficaz ao problema da imi-gração ilegal nos Estados Unidos”- observou. Todavia, o prelado con-sidera importante ajudar a resol-ver as causas que obrigam milha-res de pessoas a emigrar ilegal-mente de seus países. Os bisposdos EUA realizam uma campanhaa favor da reforma migratória, queinclui a distribuição de 1,5 milhãode cartões-postais que os fiéis en-viam aos líderes do Congresso, vi-gílias e projetos de conscien-tização sobre o assunto nos pró-ximos meses. Em 2007, o projetopara reforma migratória integralnão foi aprovado no Senado devi-do a disputas partidárias.

516 anos da primeiraMissa nas Américas

Com a celebração de umamissa, realizada no dia 06/01, oCardeal Arcebispo de Santo Do-mingo recordou os 516 anos daprimeira Eucaristia das Américas,realizada em 06 de janeiro de1494, pelo frei Bernardo Boyl.

O evento ocorrido na localida-de de La Isabela, na RepúblicaDominicana, marcou o início daevangelização da América.O po-voado de La Isabela conserva amemória histórica da colonizaçãoe evangelização das Américas, vis-to que, no lugar, foi construída aprimeira fortaleza do continenterecém-descoberto pelo navegadorgenovês Cristóvão Colombo, como apoio da Coroa espanhola.

Encontro Nacionalde Presbíteros devereunir mais de 500

sacerdotesO 13º Encontro Nacional de

Presbíteros (ENP), marcado para osdias 3 a 9 de fevereiro, em Itaici,município de Indaiatuba (SP), reu-nirá mais de 500 sacerdotes dos17 regionais da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB).Este ano, o encontro será especialpor estar comemorando os 25 anosdo primeiro ENP. O tema discutidoserá o “Ano Sacerdotal”, convoca-do pelo papa Bento XVI, no ano pas-sado. Ao todo estão inscritos para oencontro 528 presbíteros de todo opaís, divididos por regionais. O Re-gional Sul IV da CNBB (SantaCatarina) será representado por 23presbíteros. Segundo o assessor daComissão Episcopal para os Minis-térios Ordenados e a Vida Consa-grada, da CNBB, padre Reginaldode Lima, durante o 13º ENP os par-ticipantes irão rever os temas estu-dados e refletidos ao longo destes25 anos. Refletirão também sobretemas transversais, acompanhadosde reflexão sobre o presbítero.

‘Reforma’ da refor-ma litúrgica, pedemestre de cerimô-

nias do PapaO mestre de cerimônias do

Papa, monsenhor Guido Marini,indica que é preciso fazer umanova reforma litúrgica, que se ali-nhe com a tradição da Igreja e res-peite as sugestões do ConcílioVaticano II. O pedido da “reformada reforma litúrgica” foi expressoem uma palestra que Marini pro-feriu no dia 6/01, organizada pelaConfraria do Clero Católico daAustrália e dos Estados Unidos.O responsável pela liturgia noVaticano assegurou que a renova-ção da liturgia deveria refletir “aininterrupta tradição da Igreja”,incorporando as sugestões doConcílio Vaticano II no seio dessatradição. As reformas conciliares,insistiu, devem ser entendidas nocontexto de continuidade com astradições de séculos anteriores.

Marini lamentou que a necessi-dade de renovação seja evidente,especialmente devido à extensãomundial dos abusos litúrgicos. “Nãoé difícil perceber o quanto algunscomportamentos estão distantesdo verdadeiro espírito litúrgico”, dis-se o sacerdote, acrescentando que“nós, os sacerdotes, somos os prin-cipais responsáveis por isso”.

Urgência! É com esse senti-mento que a Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB) ea Cáritas Brasileira, organismo vin-culado à CNBB, estão lançandouma Campanha de ajuda às víti-mas do terremoto que atingiu opaís caribenho, na noite do dia 12,vitimando milhares de pessoas,dentre elas a fundadora da Pas-toral da Criança, Drª Zilda Arns.

Diante das consequênciasdesta tragédia, a CNBB, em con-junto com a Cáritas Brasileira,lança a Campanha SOS HAITI emsocorro à população atingida peloterremoto. Com esta campanha,a Igreja pretende fazer um apeloa todas as comunidades, paróqui-as, dioceses e à sociedade emgeral, para que organizem cole-tas em favor do povo haitiano,sugerindo que o dia 24 de janei-ro, domingo, seja dedicado a ora-ções pelas vítimas, reflexões ecoletas em dinheiro.

O resultado da campanha bra-sileira SOS HAITI se integra à cam-panha mundial promovida pelaCáritas Internacional, em respos-ta ao chamado do Papa Bento XVI

Igreja no Brasil lançacampanha SOS Haiti

para a solidariedade da Igreja aopovo haitiano. As doações em di-nheiro podem ser depositadasnas contas bancárias abertasexclusivamente para a campanhae serão destinadas às ações desocorro imediato, reconstrução erecuperação das condições devida do povo haitiano.

As contas para depósito são:- Banco Bradesco - Agência: 0606

Conta Corrente: 70.000-2;- Caixa Econômica Federal OP:

003 - Agência: 1041 Conta Cor-rente: 1132-1;

- Banco do Brasil - Agência: 3475-4 Conta Corrente: 23.969-0

Para mais informações,acesse o site da Cáritas Brasilei-ra, www.caritas.org.br ou ligue(61) 3214-5400.

País foi quase completamente destruído pelos terremotos. Milharesmorreram e a população precisa da nossa ajuda para reconstrui-lo

Se o Brasil mantiver o mesmoritmo de diminuição da pobrezaextrema e da desigualdade de ren-da observado nos últimos cincoanos (2003 a 2008), poderá ob-ter indicadores sociais próximosaos de países desenvolvidos em2016. Da mesma forma, poderáalcançar o nível de uma taxa depobreza absoluta de apenas 4%.

Os dados, divulgados no dia12/01, constam de documentodo Instituto de Pesquisa Econô-mica Aplicada (Ipea), vinculado àSecretaria de Assuntos Estratégi-cos da Presidência da República.

Brasil pode erradicar pobreza extrema em 2016São considerados pobres extre-mos aqueles que recebem até25% de um salário mínimo pormês, enquanto os pobres abso-lutos dispõem mensalmente deaté 50% de um salário mínimo.

Segundo o documento, a mai-or parte dos avanços atualmen-te alcançados pelo Brasil noenfrentamento da pobreza e dadesigualdade está direta ou indi-retamente associada à estrutu-ração das políticas públicas deintervenção social do Estado,motivadas pela Constituição Fe-deral de 1988.

O Ipea aponta ainda outrostrês fatores decisivos no comba-te à pobreza e desigualdade: aelevação do gasto social no país,que cresceu de 19% do ProdutoInterno Bruto (PIB) em 1990 para21,9% do PIB em 2005; adescentralização da política so-cial, com o aumento do papel domunicípio na implementação daspolíticas sociais, instância quesaltou 53,8% em participaçãonos gastos sociais no período de1980 a 2008; e a participaçãosocial na formatação e gestãodas políticas sociais.

Divu

lga

ção

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Bento XVI reafirmou que o ca-minho da busca ecumênica é umaopção irreversível da Igreja Católi-ca. O Papa fez a declaração no dia18/01, ao receber a DelegaçãoEcumênica da Igreja Luterana daFinlândia. Este é o 25º ano em queo grupo realiza sua visita anual aoBispo de Roma.

Ao lembrar o número 3 daencíclica Ut unum sint, de JoãoPaulo II - “Com o Concílio Vaticano

“Ecumenismo é opção irreversível da Igreja”, diz Bento XVIII, a Igreja Católica empenhou-se,de modo irreversível, a percorrero caminho da busca ecumênica,colocando-se assim à escuta doEspírito do Senhor, que ensina aler com atenção os ‘sinais dostempos’” -, o Papa completou:“Este é o caminho que a IgrejaCatólica tem sinceramente abra-çado desde aquela época”.

O Pontífice também fez men-ção à Declaração Conjunta sobre

a Doutrina da Justificação, publi-cada há dez anos e consideradaum marco no diálogo Luterano-Católico. Bento XVI classificou aDeclaração como “um sinal con-creto da fraternidade redesco-berta entre luteranos e católicos”,ao mesmo tempo que saudou ostrabalhos desenvolvidos na Fin-lândia e na Suécia com vistas adebater as questões decorrentesdaquele documento.

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Jan-Fev/10

16 Geral Janeiro/Fevereiro 2010 Jornal da Arquidiocese

Brasília será a sede do XVI CEN-2010Evento faz parte das comemorações dos 50 anos da Capital Federal e da criação da Arquidiocese de Brasília

Neste ano, em que aCapital Federal comemo-ra os seus 50 anos de fun-dação e da sua Arqui-diocese, ela terá um mo-tivo a mais para comemo-rar. Nos dias 13 a 16 demaio, Brasília receberá oscatólicos de todo o Brasilpara celebrar a Eucaristia.Nesses dias, será realiza-do o XVI Congresso Euca-rístico Nacional.

O evento terá como tema: Eucaristia,pão da unidade dos discípulos missioná-rios, e por lema: Fica conosco, Senhor!

(cf. Lc 24,29). Ele será o ponto centraldas celebrações dos 50 anos daArquidiocese de Brasília, que contarãotambém com uma retrospectiva históri-ca dos acontecimentos mais importan-tes da Arquidiocese, como a primeiramissa, celebrada no marco inicial daconstrução da cidade, em 1957, e o VIIICongresso Eucarístico Nacio-nal, realiza-do em 1970.

A programação do Congresso envolve-rá atividades de reflexão e estudo sobretemas atuais e relevantes para a vivênciado sacramento da Eucaristia, celebraçõeseucarísticas, adoração ao Santíssimo Sa-cramento e atividades culturais. Paraessa autêntica festa, toda a Igreja éconvocada, e o evento deverá contar coma presença de cardeais, bispos, sacerdo-tes, religiosos, diáconos permanentes,membros de institutos de vida consagra-da, leigos e representantes de todas asdioceses do País.

O Congresso será antecedido pela re-

Ultima edição do CEN, em 2006, foi realizada em Florianópolis. Procissão Luminosa deuinício à programação. Ela saiu da catedral e foi até o CentroSul, reunindo milhares de fiéis

Arquivo/JA

alização da 48ª Assem-bleia Geral da CNBB, cujamissa de abertura, em 3de maio de 2010, farámemória da PrimeiraMissa em Brasília, naPraça do Cruzeiro.

HistóriaA história dos Con-

gressos Eucarísticos co-

meça na França, que re-

alizou, em 1881, o 1º

Congresso Eucarístico Internacional, em

Lille. Ao todo já foram realizados 48 Con-

gressos Internacionais. Já os Congressos

Nacionais tiveram inicio em Salvador

(BA), em 1933.

Hoje os Congressos são realizados a

cada quatro anos. Um dos Congressos

mais lembrados é o de Fortaleza (CE), em

1980, que contou com a presença do papa

João Paulo II, em sua primeira visita ao

Brasil. A última edição foi em 2006, quan-

do a Arquidiocese de Florianópolis sediou

o 15º CEN, de 18 a 21 de maio.

A estrutura montada surpreendeu os

participantes vindos de todos os cantos do

Brasil. Isso graças aos milhares de volun-

tários que se doaram para o evento. De

todo o material confeccionado para a rea-

lização do Congresso em Florianópolis foi

feita uma cópia e encaminhada para a

Arquidiocese de Brasília, para que tivesse

uma base para confeccionar o seu materi-

al próprio.

Mais informações sobre o XVI Congres-

so Eucarístico Nacional, acesse o site

www.cen2010.org.br.

Tema: Eucaristia, Pão da Unidade

dos Discípulos Missionários

Este tema se inspira na V Conferênciade Aparecida, realizada em maio de 2007.Lá, apresentou-se a riqueza da existênciacristã a partir deste binômio: discípulo-mis-sionário. O discípulo missionário de JesusCristo se alimenta do Pão eucarístico, paraque possa fortalecer-se na fé, na esperan-ça e na caridade e não desfaleça por cau-sa das dificuldades do caminho. A Euca-ristia também gera a unidade da Igreja:Jesus Cristo, pelo Sacramento do seu Cor-po e Sangue, cria a comunhão da sua Igre-ja, seu Corpo Místico.

TEMA E LEMALema: Fica Conosco, Senhor! (cf Lc

24,29)O lema tem como inspiração o convi-

te dos discípulos de Emaús. Esta fraserevela a fome de Deus que se encontrano coração de cada ser humano. Ela nosmostra que sem Cristo não temos senti-do na vida, permanecemos numa assus-tadora solidão. O CEN-2010 tem o obje-tivo de proclamar a todo o Brasil a ale-gria da fé em Jesus Cristo realmente pre-sente na Eucaristia, e de convidar todosos católicos a crescerem na adoração,na devoção e no amor a Ele, nosso mis-terioso companheiro de viagem.

A cidade de Porto Alegre vai

sediar o Mutirão de Comunicação

América Latina e Caribe (Muticom).

O evento, promovido pela CNBB,

através da Comissão Episcopal

Pastoral para Educação, Cultura e

Comunicação, pelo CELAM e pela

OCLACC, será realizado de 03 a 07

de fevereiro. O Mutirão é um gran-

de encontro de exposição e deba-

te sobre os rumos e as perspecti-

vas da comunicação na Igreja e na

sociedade, com a participação de

comunicadores de todo o país. A

Arquidiocese de Florianópolis tam-

bém estará representada.

No Brasil, ele é realizado des-

de 1998 e, como Congressos,

desde 2001 na América Latina e

Porto Alegre sedia Mutirão de ComunicaçãoCaribe, com o propósito de ser um

espaço de intercâmbio, atualiza-

ção, reflexão e aprofundamento

sobre os temas da comunicação

e da sociedade, e como instância

de mediação e socialização entre

aqueles que trabalham no campo

da comunicação, em vista das

novas experiências que vão sur-

gindo na sociedade, nos movimen-

tos e nas organizações sociais.

Durante os cinco dias do

evento, estarão reunidos profis-

sionais da comunicação, estu-

dantes, movimentos sociais, co-

municadores populares e socie-

dade em geral, para propor um

novo jeito de fazer comunicação,

comprometida com a construção

de uma sociedade mais justa,

promotora da liberdade e da paz.

De acordo com a coordena-

ção do evento, “O Mutirão é o

encontro dos que não se acomo-

daram, mas permaneceram nas

praças e nas estradas, cami-

nhando rumo a um novo tempo e

convidando todos a participarem.

São pessoas que continuam so-

nhando com uma comunicação

capaz de fazer a diferença, uma

sociedade mais fraterna, uma po-

lítica a serviço do bem comum,

uma economia solidária com a

vida e uma cidade mais humana

e baseada na justiça social”.

Mais informações sobre o

evento no site www.muticom.org.

Todos os responsáveis pe-

los meios de comunicação exis-

tentes na Arquidiocese, como

os jornais e boletins informati-

vos paroquiais, os programas

de rádio e televisão, e internet,

são convidados a participar, na

manhã do dia 13 de fevereiro,

das 8h30min às 11h30, do

encontro arquidiocesano da

Pastoral da Comunicação. O

evento acontecerá no auditório

da Cúria Metropolitana, na rua

Esteves Júnior, 447, Centro,

Florianópolis, e terá como ob-

jetivo retomar os trabalhos da

pastoral na Arquidiocese.

Comunicadores da Arquidiocesesão convidados para encontro

Durante o encontro, que

está sendo realizado a pedido

de nosso arcebispo Dom

Murilo Krieger, será feita a

apresentação dos participan-

tes e de suas atividades e será

formada uma equipe coorde-

nadora, que fará a elaboração

de um plano comum de com-

promissos e atividades. O

evento será realizado em con-

junto com a Coordenação

Arquidiocesana de Pastoral.

Mais informações pelo fone

(48) 3224-4799, ou pelo e-

mail [email protected].