jornal da arquidiocese de florianópolis 08/09

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Hélio Luciano será ordenado padre na Catedral Após concluir os estudos teológicos e ter sido orde- nado diácono na Espanha, Hélio Luciano será ordena- do padre na Arquidiocese. A celebração, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, será realiza- da no dia 29 de agosto, às 18h15, na Catedral. Após a ordenação, Hélio vai para Roma, onde fará o doutora- do em Bioética. PÁGINA 03 Arquidiocese Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Jornal da Florianópolis, Agosto de 2009 Nº 148 - Ano XIII “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Pe Vânio: Ano Sacerdotal e Ano Vocacional - celebrações com o mesmo objetivo Em entrevista, ele fala das duas celebrações e do tra- balho da Pastoral Vocacio- nal e deixa uma mensa- gem aos vocacionados. PÁGINA 14 Ecologia e Missão O tema do o 12º. Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil foi: “CEBs: Ecologia e Missão - Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia”. Havia gente de todos os cantos do país, pesso- as que sonham com novos céus e nova terra, num jeito novo de ser Igreja, de empenhar-se na luta por uma sociedade justa e igualitária e de cuidar respeito- sa e amorosamente de toda a criação. As celebrações do en- contro resgataram memórias da espiritualidade dos povos da re- gião e das experiências colhidas no caminho dos missionários que, vindos de todo o Brasil e de diversos lugares do mundo, há tempos se inseriram nas muitas realidades eclesiais e sociais da Amazônia. As orações foram alentadas pela promessa da terra onde corre leite e mel (Ex 3,8) e pelas bem-aventuran- ças evangélicas (Mt 5,1-12). PÁGINA 04 E 12 Ministros da Comunhão se reú- nem na Comarca do Estreito PÁGINA 03 Missa na TV abre Semana da Família PÁGINA 05 Encontro Regional celebra Ano Catequético PÁGINA 08 Azambuja: Santuário, Semi- nário e Paróquia PÁGINA 10 Projeto resgata cidadania através de aulas de dança PÁGINA 16 Encontro reuniu casais de todo o Brasil Pastoral Carcerária constrói no presídio Através do trabalho dos voluntários da “As- sociação Beneficente São Dimas” - ASBEDIM, mantenedora da Pastoral Carcerária, está sen- do construído um pátio e duas salas para os presos da Galeria “C”, no Presídio de Florianópolis. Serão cerca de 50 presos beneficiados. Alguns deles há mais de três anos não pegam banho de sol. O custo da obra está orçado em R$ 50 mil. A maior parte do dinheiro está vin- do de campanhas realizadas pela Pastoral para angariar fundos. PÁGINA 05 O Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, participou da noite de abertura do encontro. Nela, ele leu uma mensagem do Papa Bento XVI, que dava a sua Bênção Apostólica aos equipistas. Realizado em Florianópolis, nos dias 16 a 20 de julho, o 2º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora reuniu mais de cinco mil participantes O CentroSul, em Florianó- polis, foi pequeno para acolher os mais de cinco mil participan- tes do 2º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora. Du- rante os quatro dias do evento, eles tiveram palestras, deram testemunhos e participaram de grupos de reflexão. O evento é realizado a cada seis anos. O primeiro foi em Brasília. O Movimento das Equi- pes de Nossa Senhora existe há 70 anos. São mais de 62 mil casais no mundo. PÁGINA 09

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 148, ano XIII, agosto de 2009

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Hélio Lucianoserá ordenado

padre na Catedral

Após concluir os estudosteológicos e ter sido orde-nado diácono na Espanha,Hélio Luciano será ordena-do padre na Arquidiocese.A celebração, presididapelo nosso arcebispo DomMurilo Krieger, será realiza-da no dia 29 de agosto, às18h15, na Catedral. Após aordenação, Hélio vai paraRoma, onde fará o doutora-do em Bioética.

PÁGINA 03

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Participe do

Jornal da

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Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

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www.arquifln.org.br

Jornal da

Florianópolis, Agosto de 2009 Nº 148 - Ano XIII “De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Pe Vânio:Ano Sacerdotal eAno Vocacional -celebrações como mesmo objetivoEm entrevista, ele fala dasduas celebrações e do tra-balho da Pastoral Vocacio-nal e deixa uma mensa-gem aos vocacionados.

PÁGINA 14

Ecologia e MissãoO tema do o 12º. Encontro

Intereclesial das ComunidadesEclesiais de Base do Brasil foi:“CEBs: Ecologia e Missão - Doventre da terra, o grito que vemda Amazônia”. Havia gente detodos os cantos do país, pesso-as que sonham com novos céuse nova terra, num jeito novo deser Igreja, de empenhar-se naluta por uma sociedade justa eigualitária e de cuidar respeito-sa e amorosamente de toda acriação. As celebrações do en-contro resgataram memórias daespiritualidade dos povos da re-gião e das experiências colhidasno caminho dos missionáriosque, vindos de todo o Brasil ede diversos lugares do mundo,há tempos se inseriram nasmuitas realidades eclesiais esociais da Amazônia. As oraçõesforam alentadas pela promessada terra onde corre leite e mel(Ex 3,8) e pelas bem-aventuran-ças evangélicas (Mt 5,1-12).

PÁGINA 04 E 12Ministros daComunhão se reú-nem na Comarcado Estreito

PÁGINA 03

Missa na TV abreSemana da Família

PÁGINA 05

Encontro Regionalcelebra AnoCatequético

PÁGINA 08

Azambuja:Santuário, Semi-nário e Paróquia

PÁGINA 10

Projeto resgatacidadania atravésde aulas de dança

PÁGINA 16

Encontro reuniu casaisde todo o Brasil

Pastoral Carcerária constrói no presídioAtravés do trabalho dos voluntários da “As-

sociação Beneficente São Dimas” - ASBEDIM,mantenedora da Pastoral Carcerária, está sen-do construído um pátio e duas salas para ospresos da Galeria “C”, no Presídio deFlorianópolis.

Serão cerca de 50 presos beneficiados.Alguns deles há mais de três anos não pegambanho de sol. O custo da obra está orçado emR$ 50 mil. A maior parte do dinheiro está vin-do de campanhas realizadas pela Pastoralpara angariar fundos.

PÁGINA 05

O Núncio Apostólico, Dom Lorenzo Baldisseri, participou da noite de abertura do encontro.Nela, ele leu uma mensagem do Papa Bento XVI, que dava a sua Bênção Apostólica aos equipistas.

Realizado em Florianópolis, nos dias 16 a 20 de julho, o 2º Encontro Nacionaldas Equipes de Nossa Senhora reuniu mais de cinco mil participantes

O CentroSul, em Florianó-polis, foi pequeno para acolheros mais de cinco mil participan-tes do 2º Encontro Nacional dasEquipes de Nossa Senhora. Du-

rante os quatro dias do evento,eles tiveram palestras, deramtestemunhos e participaram degrupos de reflexão.

O evento é realizado a cada

seis anos. O primeiro foi emBrasília. O Movimento das Equi-pes de Nossa Senhora existe há70 anos. São mais de 62 milcasais no mundo. PÁGINA 09

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Vida oferecida pelos sacerdotesO Catecismo da Igreja Católica,

quando aborda a comunhão dosbens espirituais, depois de lembraralguns tipos possíveis de comu-nhão - por exemplo, a comunhãona fé, a comunhão dos sacramen-tos, a comunhão dos carismas -,aborda a comunhão da caridade:“Na comunhão dos santos ‘nin-

guém de nós vive e ninguém mor-

re para si mesmo’ (Rm 14,7). ‘Se

um membro sofre, todos os mem-

bros compartilham seu sofrimen-

to; se um membro é honrado, to-

dos os membros compartilham sua

alegria. Ora, vós sois o Corpo de

Cristo e sois seus membros, cada

um por sua parte’ (1Cor 12,26-27).‘A caridade não procura seu pró-

prio interesse’ (1Cor 13,5). O me-nor dos nossos atos praticado nacaridade irradia em benefício detodos, nesta solidariedade comtodas as pessoas, vivas ou mortas,que se funda na comunhão dossantos. Todo pecado prejudica

essa comunhão” (CIC, n. 953).Graças à possibilidade da co-

munhão da caridade, podemos edevemos rezar, fazer sacrifícios eaté oferecer nossa vida pelasantificação de qualquer pessoa.Sabendo da importância dos sacer-dotes na vida da Igreja, inúmeraspessoas, ao longo da caminhadada Igreja, ofereceram suas vidaspor eles. Só na eternidade conhe-ceremos o valor de pessoas assim,dotadas de uma alma verdadeira-mente sacerdotal. Ao publicar arevista “Adoração Eucarística pelasantificação dos sacerdotes e ma-ternidade espiritual”, a Congrega-ção para o Clero quis, justamente,incentivar essa prática. Dessa re-vista, publicada em 2007, desta-co o exemplo da Bem-aventuradaAlessandrina da Costa (1904-1955), portuguesa, beatificada a25.04.2004 (pp. 20-21).

Em 1941, Alessandrina escre-veu a seu pai espiritual, Pe.

Mariano Pinho, que Jesus se haviadirigido a ela com estas palavras:“Minha filha, em Lisboa vive umsacerdote que corre o risco de secondenar eternamente; ele meofende de maneira grave. Chamao teu padre espiritual e pede-lhe aautorização para que eu te façasofrer particularmente, durante apaixão, por aquela alma”.

Recebida a licença, Alessan-drina sofreu muitíssimo. Sentia opeso dos pecados daquele sacer-dote, que não queria mais saberde Deus e estava prestes a secondenar. Ela vivia em seu corpoo estado infernal em que se en-contrava o sacerdote, e suplica-va: "Não, no inferno não! Ofere-ço-me em holocausto por ele, atéquando Tu quiseres". Ela chegoua ouvir o nome e o sobrenome dosacerdote.

Pe. Pinho quis, então, saber docardeal de Lisboa se naquele mo-mento algum sacerdote estava-lhe

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

A caridadena verdade

A caridade na verdade, queJesus Cristo testemunhou comsua vida terrena e, sobretudo,com sua morte e ressurreição,é a força propulsora principalpara o verdadeiro desenvolvi-mento de cada pessoa e da hu-manidade toda. O amor -“caritas” - é uma força extraor-dinária, que impele as pessoasa se comprometerem, com co-ragem e generosidade, no cam-po da justiça e da paz. É umaforça que tem sua origem emDeus, Amor eterno e Verdadeabsoluta. Cada um encontra obem próprio, aderindo ao proje-to que Deus tem para ele, a fimde realizá-lo plenamente: comefeito, é em tal projeto que en-contra a verdade sobre si mes-mo e, aderindo a ela, torna-selivre (cf. Jo 8, 22). Por isso, de-fender a verdade, propô-la comhumildade e convicção etestemunhá-la na vida são for-mas exigentes e imprescindíveisde caridade. Esta, de fato,“rejubila com a verdade” (1 Cor13, 6). Todas as pessoas sentemo impulso interior para amar de

maneira autêntica: amor e ver-dade nunca desaparecem detodo nelas, porque são a voca-ção colocada por Deus no cora-ção e na mente de cada ser hu-mano. Jesus Cristo purifica e li-berta de nossas carências hu-manas a busca do amor e daverdade e desvenda-nos, emplenitude, a iniciativa de amore o projeto de vida verdadeiraque Deus preparou para nós.Em Cristo, a caridade na verda-de torna-se o Rosto da sua Pes-soa, uma vocação a nós diri-gida para amarmos nossos ir-mãos na verdade de seu proje-to. De fato, Ele mesmo é a Ver-dade (cf. Jo 14, 6).

O Cristo transfigurado é o Bom JesusDiz a sabedoria africana que

"a mais longa e difícil viagem é ado cérebro rumo ao coração", oque nos faz sofrer muito, poisestamos sempre racionalizandoos acontecimentos, incapazes quesomos de analisá-los com os olhosdo coração. Nossa existência temcomo fundamento o coração, oque contradiz a afirmação do filó-sofo Descartes, “penso, logo exis-to”. Se acharmos realmente queo pensamento é a base da vida,não conseguimos vivenciar o mis-tério central da fé cristã: “E a Pa-lavra/Verbo se fez carne, e habi-tou entre nós” (Jo 1, 14). A pala-vra é a exclamação da carne dolo-rida ou feliz, vitoriosa ou derrota-da, carinhosa ou enraivecida, porela nosso coração se revela emplenitude. Deus feito carne emJesus nos comunica tudo, e o Se-nhor se torna o narrador do Pai:toda a vida de Jesus é descriçãoda vida divina, é palavra viva.

No cristianismo, ao invés doque acontece com outras religiõese com a própria filosofia, não hálugar para a dualidade/divisãocorpo-espírito. Isso é fruto do pe-cado que, dividindo o homem,transformou o corpo em objeto,em posse, a ponto de se afirmar"eu tenho um corpo, e dele faço oque bem entendo". Na Comunhãoeucarística nós recebemos o Cor-

po de Cristo, eficaz medicina.A festa litúrgica da Transfigu-

ração do Senhor (6 de agosto) re-vela-nos o Senhor glorioso que semanifesta a Pedro, Tiago e João(Mc 9, 2-10). Mais resplandecen-te do que o sol, é o mesmo Senhorque em seguida revela sua identi-dade e realeza na Cruz: “Pai, che-gou a hora. Glorifica teu filho, paraque teu filho te glorifique” (Jo 17,1). A identidade de Jesus é mani-festada na carne doada para anossa vida, na carne transfigura-da pela doação total no amor, paraque nossa carne também se trans-figure no amor.

A alma popular vive a Transfi-guração celebrando os passos doBom Jesus na sua Paixão: festejao Bom Jesus. Os pobres que vivemas Bem-aventuranças são maiscapazes de ver o Bom Jesus naTransfiguração e o Transfiguradono Bom Jesus. Não separam a car-ne sofredora da carne gloriosa doSenhor transfigurado. É um só emesmo Senhor, tão amado na pi-edade eslava como o Senhor daHumildade. O Senhor que noscéus está à direita do Pai é oSenhor pobre, chagado e, porisso mesmo, glorificado peloamor que nos doa, e o Pai seempobrece nos doando o Filho.

Não há outro caminho paranós, cristãos: ou nos enriquece-

dando desgostos. O cardeal confir-mou que, realmente, havia um sa-cerdote que o preocupava muito; onome que pronunciou era exata-mente o mesmo que Jesus men-cionara para Alessandrina.

Alguns meses mais tarde, umoutro sacerdote, Pe. David Novais,amigo de Pe. Pinho, contou-lhe umfato especial. Ele, Pe. David, aca-bara de pregar um retiro em Fáti-ma, do qual havia também partici-pado um senhor muito discreto,que chamara a atenção de todospor seu comportamento exemplar.Esse homem, no último dia do reti-ro, sofreu um ataque de coração;foi chamado um sacerdote e elepôde confessar-se e receber a Co-munhão. Pouco depois, faleceu,reconciliado com Deus. Descobriu-se que aquele senhor, vestindo rou-pas leigas, era um sacerdote - exa-tamente aquele pelo qualAlessandrina tanto havia rezado ese sacrificado.

mos tudo doando, ou permane-cemos pobres conservando tudo.Isso se torna realidade a partir domomento em que nosso cérebroempreende a grande e dolorosaviagem rumo ao coração, em queo cálculo mesquinho da seguran-ça pessoal dá lugar à abundân-cia da generosidade. E sentire-mos profundamente o amor divi-no que “ama a quem dá com ale-gria” (2Cor 9,7).

Ao afirmarmos que a Igreja éo Corpo de Cristo, afirmamos queela não está em Roma, Jerusa-lém, Genebra, Constantinopla: aIgreja está não onde há sucesso,riqueza, prestígio, influência, masonde é visível a pobreza de Cris-to. É ali que Cristo faz a perguntafundamental: “O que fizeste doteu irmão?”. Cristo é o mendican-te que bate à porta: “Eis que es-tou à porta e bato” (Ap 3,20). Seo acolhemos, com ele ceamos eformamos a Igreja, seu corpo.

Entramos no espírito dasBem-aventuranças: quanto maispobres forem os sinais cristãos,mais serão eficazes, pois Jesusvalorizava os pequenos sinais: ospobres, os marginais, as crianças,a mulher pecadora... O Senhortransfigurado é sempre o BomJesus, o Senhor da Humildade.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Só na eterni-dade conhe-

ceremos ovalor de pes-

soas assim,dotadas deuma almaverdadei-ramente

sacerdotal”

Bento XVI, Encíclica Caritas in

veritate, 1

Em Cristo, acaridade na

verdade torna-se o Rosto da

sua Pessoa”

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen,Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Guilherme Pontes, Carlos Martendale Fernando Anísio Batista - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino- SC 01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração e Fotos: ZulmarFaustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

3Geral

Ministros da Comunhão realizam encontro comarcalMais de 180 ministros e ministras se reuniram para o encontro que teve inspiração no Ano Catequético

Reunidos na Paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, São José, partici-pantes contaram com a assessoria do Pe. Cláudio Zimermann

A Paróquia São Judas Tadeu,em Barreiros, São José, sediou oEncontro dos Ministros e MinistrasExtraordinários da Sagrada Comu-nhão da Comarca do Estreito. Oevento, realizado no dia 28 de ju-nho, contou com a participação de185 ministros, representando asnove paróquias da comarca.

O encontro teve a assessoriado Pe. Cláudio Zimermann, coor-denador arquidiocesano do Minis-tério Extraordinário da SagradaComunhão, que tratou do tema“Nosso coração arde, quando Elefala, explica as Escrituras e parteo pão” (Lucas 24,32-35). O temafoi escolhido por ser o lema do AnoCatequético, oportunidade de re-flexão e desafio para todos.

“Os cristãos devem ter ummodo de ser Igreja que tenha aPalavra como fonte, a Oração co-mum como alimento e a Vida emplenitude como meta da missão”,disse Pe. Cláudio. Ele ressaltaque nesse texto bíblico, Lucasnos traz uma proposta de comu-nhão, de comunidade, de missão

Divu

lgaçã

o/JA

e de entrega até o fim.“O relato dos discípulos de

Emaús é um convite a todos nóspara cultivar a sensibilidade ao lon-go da caminhada evangelizadora,renovar a comunhão, a solidarie-dade e celebrar a vitória da vida”,acrescentou Pe. Cláudio.

Para Delamare de Oliveira Fi-lho, Coordenador dos Ministros eMinistras Extraordinários da Sagra-da Comunhão, da Comarca do Es-treito, o encontro foi bastante po-sitivo. “A acolhida da paróquia foimuito boa e a participação das co-munidades surpreendeu”, disse.

No dia 29 de agosto, pela im-posição das mãos de nosso ar-cebispo Dom Murilo Krieger e dopresbitério da Arquidiocese, seráordenado padre o diácono HélioLuciano de Oliveira. A celebraçãoserá realizada na Catedral Metro-politana de Florianópolis, inician-do às 18h15min.

Com 29 anos de idade, natu-ral de Florianópolis, Hélio recebeuacompanhamento vocacional noSeminário Convívio Emaús. Em2004 surgiu a oportunidade derealizar seus estudos filosóficose teológicos no Seminário Inter-nacional de Bidasoa, na Provín-cia de Navarra, na Espanha, con-fiado à Opus Dei.

Formado em Odontologia em2002, Hélio teve sua vocação des-pertada quando ainda estava nafaculdade. Ele fez parte do Movi-mento de Jovens Emaús e duranteo retiro de iniciação ao movimentosentiu o chamado. Em 2004, rece-beu o convite para realizar os estu-dos na Espanha, com bolsa integral.

Neste ano, em 25 de abril, re-cebeu a sua ordenação diaconalna Paróquia San Nicolás, emPamplona, Espanha. A Arquidio-

Arquidiocese ganha padreApós realizar seus estudos na Espanha,

Hélio Luciano será ordenado na Catedralcese de Florianópolis foi repre-sentada pelo Pe. Vânio da Silva,reitor do Seminário Teológico Con-vívio Emaús, e pelo Pe. Ney Bra-sil Pereira e Pe. Luiz HardingChang, este atualmente em estu-dos na França.

Enquanto cursava filosofia eteologia, Hélio ainda realizoumestrado em Bioética. Após asua ordenação presbiteral retor-nará à Europa, onde fará o cursode doutorado nessa área, emRoma, na Itália.

Hélio Luciano durante suaordenação diaconal em abrildeste ano, realizada na Espanha

Arquivo JA

“Educar a Terra. Garantir aVida”, este é o lema da 21ª Ro-maria que a Comissão Pastoralda Terra e da Água (CPT) estarápromovendo no dia 13 de setem-bro. Este ano, o evento será rea-lizado no Braço do Baú, emIlhota, na Diocese de Blumenau.

A região foi a que mais sofreucom as fortes chuvas que asso-laram o Estado no ano passado.Somente no Braço do Baú con-taram-se 47 mortos. Através da

Romaria da Terra e da ÁguaRomaria, a CPT e a Diocese deBlumenau convidam o povo emgeral para se fazer romeiro.

O lema da Romaria nos pro-voca a discutir, antes e durantea sua realização, a necessidadedo cuidado com o nosso plane-ta. Todos são convidados a par-ticipar desse importante evento.Organize sua caravana e partici-pe. Mais informações pelo fone(48) 3234-4766 ou pelo [email protected].

O Papa Bento XVI anunciou nodia primeiro de julho o nome deDom Jacinto Bergmann comonovo bispo da Diocese de Pelotas,Rio Grande do Sul. Ele sucede aDom Jayme Henrique Chemello,ex-presidente da CNBB, prestes acompletar 77 anos, de quem forabispo-auxiliar. A posse está previs-ta para setembro, em uma gran-de celebração na Catedral SãoFrancisco de Paula, em Pelotas.

“Embora sentindo deixar, nes-te momento, a Diocese de Tuba-rão, que amei de todo o coraçãonestes cinco anos de atuaçãocomo Bispo, retorno com alegriae com mente e coração abertospara Pelotas. Mente aberta paraentender, valorizar e promover avida eclesial nessa Igreja particu-

Dom Jacinto é o novo bispo de Pelotaslar. Coração aberto para acolhere amar a todas as ovelhas a mimconfiadas agora como Bispo Ti-tular”, disse Dom Jacinto.

Nos cinco anos em que esteve

a frente de Tubarão, Dom Jacintoparticipou de dois fatos marcantes:a celebração do cinquentenário dadiocese e a beatificação deAlbertina Berkenbrock.

Volta às origensNatural de Alto Feliz (RS), Dom

Jacinto Bergmann, 57, foi ordena-do padre em 1976. Em 2002 foinomeado bispo-auxiliar de Pelo-tas, ficando aí por dois anos, quan-do foi transferido para Tubarão.Com mestrado em Ciências Bíbli-cas pelo Pontifício Instituto Bíbli-co de Roma, exerceu inúmeras ati-vidades antes do episcopado sen-do, inclusive, subsecretário geralde pastoral da CNBB Sul III entre2001 e 2002. Seu lema episco-pal é “Em nome da Trindade”.

Dom Jacinto volta à diocese dePelotas, onde já foi bispo-auxiliar

Foto

JA

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sas vezes, como um refrão, nodecorrer de todo o encontro.

OS GRITOSDA AMAZÔNIA

Nos mini-plenários e nos pe-quenos grupos, fez-se a partilhadas experiências, gritos e lutas dascomunidades em relação ao pla-neta Terra, nossa casa comum, apartir do bioma amazônico e dosoutros biomas do Brasil (cerrado,caatinga, pantanal, pampas, mataatlântica e manguezais da zona

Gente simples,fazendo coisaspequenas, emlugares poucoimportantes,

conseguemudanças

extraordinárias”.

4 Tema do Mês Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Aconteceu em Porto Velho, noestado de Rondônia, nos dias 21a 25 de julho passado, o 12º. En-contro Intereclesial das Comuni-dades Eclesiais de Base do Bra-sil. O tema do encontro foi: “CEBs:

Ecologia e Missão - Do ventre da

terra, o grito que vem da Amazô-

nia”. Havia gente de todos os can-tos do país, pessoas que sonhamcom novos céus e nova terra, numjeito novo de ser Igreja, de empe-nhar-se na luta por uma socieda-de justa e igualitária e de cuidarrespeitosa e amorosamente detoda a criação. As celebrações doencontro resgataram memóriasda espiritualidade dos povos daregião e das experiências colhidasno caminho dos missionários que,vindos de todo o Brasil e de diver-sos lugares do mundo, há tempose inseriram nas muitas realida-des eclesiais e sociais da Amazô-nia. As orações foram alentadaspela promessa do Êxodo de umaterra onde corre leite e mel (Ex 3,8)e pelas bem-aventuranças evan-gélicas (Mt 5,1-12), sinal da teimo-sa esperança dos pequenos, ospreferidos de Deus. A todo instan-te, os depoimentos e relatos reve-lavam uma Igreja preocupada coma justiça social e a defesa da vida,e aqueciam o coração dos partici-pantes, desafiando-os a perseve-rar na caminhada das CEBs.

Os 56 bispos participantes ava-liaram intensamente o encontro,destacando a seriedade e o empe-nho nos debates, a espiritualidadeexpressa nas bonitas celebraçõesdiárias, o clima sereno e fraterno eo grande envolvimento das dioce-ses da região na organização e re-alização do encontro. A presençade 331 padres levou os bispos aexprimirem o desejo de que, nesteAno Sacerdotal, os padres do Bra-sil renovem o compromisso deacompanhar as CEBs, empenha-das em testemunhar os valores doReino, como discípulas e missio-nárias. Constatando que, na Con-ferência de Aparecida, as CEBsganharam reconhecimento e novoalento, os bispos tiveram tambémpalavras de apoio e incentivo paraa continuação da caminhada dascomunidades no Brasil.

NO VENTRE DA TERRAForam envolvidas mais de cin-

co mil pessoas, num total de 3.010delegados, aos quais se somaramconvidados, equipes de serviço, im-prensa e famílias que acolheramos participantes. Dos delegados dequase todas as 272 dioceses doBrasil, 2.174 eram leigos, sendo

ECOLOGIA E MISSÃOhabitantes, para que tenham osuficiente para viver com dignida-de. Fez-se um apelo para que osgovernantes sejam sensíveis aogrito que brota dessa região e, pau-tados por uma ética do cuidado,adotem uma política de contençãode projetos que agridem a Amazô-nia e seus povos da floresta, indí-genas, quilombolas, ribeirinhos, se-ringueiros, posseiros e migrantesdo campo e da cidade, numa pers-pectiva que efetivamente inclua osamazônidas, como colaboradoresverdadeiros na definição dos ru-mos da região.

ÉTICA DO CUIDADOO encontro favoreceu a toma-

da de consciência de nossas res-ponsabilidades em relação ao retouso da água, da terra, do solo ur-bano e à superação do consu-mismo, respondendo ao apelopara que todos vivamos do neces-sário, para que ninguém passenecessidade. Constatou-se, comalegria, a multiplicação de inicia-tivas em favor do meio ambiente,como as dos humildes catadoresde material reciclável, no meio ur-bano, verdadeiros profetas da eco-logia, e as da economia solidária,da agricultura orgânica e ecológi-ca. Já são muitos os sinais de uma"Terra sem males", que nos fazemcrescer na esperança de que "ou-tro mundo é possível". Na partilhadessas experiências, insistiu-seque os projetos dos grandes, prin-cipalmente as barragens das usi-nas hidroelétricas e as usinas nu-cleares geradoras de lixo atômicoque põem em risco a populaçãolocal, são projetos do deus-capi-tal transnacional, projetos que fa-vorecem os grandes e não os pe-quenos.

As CEBs, situadas no meio dossimples e pequenos, reafirmarama teimosa opção pelos pobres epelos jovens, proclamada há trintaanos em Puebla e confirmada emAparecida, em maio de 2007. Nes-se encontro, sustentadas pela féno Deus-Trindade que se revelou anós como “a melhor comunidade”,pela esperança e confiança emJesus e na utopia do seu Reino,pela leitura orante da Palavra epela força santificadora da Euca-ristia, as CEBs consolidaram suaresistência e luta em vista da su-peração das inúmeras dificuldadesem vista de um mundo novo.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

1.234 mulheres e 940 homens;197 religiosas, 41 religiosos ir-mãos, 331 presbíteros e 56 bis-pos. De nossa Arquidiocese, fize-ram-se presentes 15 pessoas.Havia também representantes dediversas igrejas cristãs. O caráterpluriétnico, pluricultural eplurilinguístico do encontro esta-va espelhado no rosto das 38 na-ções indígenas presentes e dosparticipantes de nove países daAmérica Latina e do Caribe, de cin-co da Europa, de um da África, deoutro da Ásia e da América doNorte. Foi marcante a presença dajuventude de todo o Brasil pormeio de suas várias organizações.

Na terra de muitos rios,igarapés e de muitas matas, osparticipantes foram recebidospelo arcebispo Dom MoacyrGrechi, catarinense, que evocouas palavras sábias do provérbioafricano: “Gente simples, fazen-do coisas pequenas, em lugarespouco importantes, conseguemudanças extraordinárias”,uma frase que foi repetida diver-

costeira), da América Latina e doCaribe. Constatou-se que a Ama-zônia está ameaçada: pelodesmatamento, com o avanço dapecuária, das plantações de soja,cana, eucalipto e outras monocul-turas, sobre áreas de florestas;pela ação predatória de barra-gens, de madeireiras; pelas quei-madas, poluição e envenenamen-to das águas, peixes e humanoscom o mercúrio dos garimpos, osrejeitos das mineradoras e o lixodas cidades. Encontra-se amea-çada também pelo crescente trá-fico de drogas, de mulheres e cri-anças e pelo extermínio de jovens,provocado pela violência urbana.

Os participantes somaram seugrito ao das populações locais,para que a Amazônia não seja tra-tada como colônia, de onde seretiram suas riquezas, em favor deinteresses alheios, mas que sejavista em pé de igualdade, no con-certo das grandes regiões irmãs,com sua contribuição específicaem favor da vida dos povos, emespecial de seus 25 milhões de

São muitos os sinais de uma “Terra sem males”,na esperança de que “outro mundo é possível”.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Crisma

Outroseventos

deagosto2009

Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

5Geral

Pastoral constrói obra no PresídioConstrução de pátio e duas salas beneficiarão cerca de 50 presos do presídio masculino de Florianópolis

Os presos da Galeria "C" doPresídio de Florianópolis vão ga-nhar um espaço de lazer. Atravésda "Associação Beneficente SãoDimas" - ASBEDIM, mantenedorada Pastoral Carcerária, está sen-do construído um pátio com 60m2, além de uma sala para ofici-nas de trabalho e outra multiuso,que se pretende utilizar para au-las, palestras e biblioteca.

São cerca de 50 presos queocupam um espaço em que cabea metade. A Galeria “C” é a desti-nada aos presos do ‘seguro’, queforam condenados por motivos tor-pes e que, por esse ou outros mo-tivos, não podem ficar com os ou-tros presos por risco à sua segu-rança. Vários deles estão nas ce-las há mais de três anos sem pe-gar sol, já que no local não há pá-tio, o que compromete sua saúde.

“São pessoas que cometeramdelitos e estão pagando pelo quefizeram, mas também são seres

Pe. Ney Brasil, coordenador da Pastoral Carcerária, vistoria as obras nopresídio de Florianópolis que estão sendo feitas pelos próprios presos

Foto

JA

humanos e como irmãos devemosajudar a garantir a sua dignidade”,disse Leila Teresinha MaddalozzoPivatto, presidente da Asbedim.

O custo total da construção éestimado em R$ 50 mil. O dinhei-ro vem de doação de sapatos eroupas através da Fundação NovaVida e objetos da Receita Federal,também da realização de bazarese brechós promovidos pela Asso-ciação na capela São Dimas, quefica dentro do presídio. Além dis-so, a Pastoral realiza jantares ebingos, que ajudam nas despe-sas. Ainda uma pequena parte dodinheiro vem de doações e dopagamento de penas alternativas.

A obra está sendo construídapelos próprios presos, sob a ori-entação de um pedreiro e super-visão técnica de um arquiteto. Aconstrução é no segundo piso. Aparte de baixo será aproveitadapara a instalação de futuras ofici-nas. “É uma obra que deveria ser

feita pelo Estado, masque a Pastoral assumepela necessidade e ur-gência em atender essapopulação”, disse Leila.

Oportunidadeaos presos

A Pastoral Carce-rária mantém uma es-trutura na Penitenciá-ria de Florianópolispara atender os maisde mil presos do Com-

plexo. Ela conta com uma assis-tente social e uma advogada con-tratadas para prestar auxilio aospresos e às suas famílias. Elatambém realiza campanhas dedoações de material de higienee limpeza, de roupas e calçados,roupas de cama e cobertores,que são doados aos presidiários.

Além disso, no terreno da Ca-pela, que é de propriedade daMitra, ainda existe uma oficina deestamparia e confecção. O proje-to “Estampa Livre” foi criado hátrês anos e atualmente gera em-prego e renda a nove presos daGaleria “D”. Para o próximo mês,a Pastoral está criando um novoprojeto. Em parceria com o Nú-

cleo de Gestão de Design, da Uni-versidade Federal de SantaCatarina - UFSC, está engati-nhando a oficina de fazer sabãoa partir do óleo de cozinha. Aidéia é empregar cinco presosnesse trabalho.

Além de uma finalidadeeducativa e aprendizado de umaatividade de trabalho para os pre-sos, o projeto tem uma funçãoambiental. O óleo deixará de sairpelo ralo e poluir o ambiente. Paraisso, é preciso que as pessoas se-parem o óleo de cozinha e o repas-sem à Capela São Dimas ou entremem contato pelo fone (48) 3879-2168 ou 2107-2323, ou pelo [email protected].

Seminaristascarismáticos parti-cipam de encontro

Seminaristas do Rio Grande doSul e de Santa Catarina que co-mungam a espiritualidade da Re-novação Carismática Católica -RCC estiveram reunidos emFlorianópolis. Nos dias 20 a 24 dejulho, eles participaram de retiroespiritual realizado na casa de en-contros Rosa Mística. Durante oscinco dias, os 10 seminaristasbeberam da espiritualidadecarismática e refletiram sobre ochamado ao sacerdócio, inspira-dos pelo Ano Sacerdotal.

O tema do retiro foi um retor-no ao cenáculo. "Com isto, procu-ramos reviver os principais mo-mentos da ação extraordinária deDeus, nesse lugar em que Jesusse ofertou por amor a nós, em queos discípulos experimentaram aressurreição de Cristo, e o Pente-costes", disse Tiago VicenteSantana, um dos participantes.

O encontro contou com a as-sessoria do Pe. Leandro JoséRech, administrador paroquial daParóquia Santa Cruz, em São José,e de Simone Pereira, fundadora dacomunidade de leigos consagra-dos Abbá Pai. O evento contou ain-da com a presença de nosso ar-cebispo Dom Murilo Krieger, quecelebrou para os participantes.Bazares ajudam a arrecadar recursos

Na semana posterior ao Diados Pais, desde 1992, a Igreja ce-lebra a "Semana Nacional da Fa-mília". Neste ano, o evento serárealizado nos dias 09 a 15 de agos-to e terá como tema "Família, Igre-ja doméstica, caminho para odiscipulado", em consonância como Documento da Conferência deAparecida. Na Arquidiocese, a pro-gramação terá início com a cele-bração da Missa na TV, transmiti-da no domingo, 09, às 07h30, pelaTV Barriga Verde, presidida pelonosso bispo emérito Dom VitoSchlickmann.

Para celebrar a Semana, a co-ordenação arquidiocesana daPastoral Familiar propõe que sejaadotado o subsídio “A Hora da

Missa na TV abre Semana da FamíliaCoordenação propõe utilização do subsídio “A Hora da Família”

Família”, elaborado pela coorde-nação nacional. “É um documen-to completo, que traz reflexõespara cada dia da Semana, abor-dando o tema da CF do ano”, dis-se Luiz Carlos Soares, que comsua esposa Zélia coordena a Pas-toral Familiar na Arquidiocese.

“A Hora da Família” apresen-ta 8 encontros de reflexão rela-cionados à vida. Temas: 1º Vida,dom de Deus, 2º O valorinalienável da vida humana, 3ºFamília, santuário da Vida, 4º Atransmissão da Vida, 5º O alvo-recer da vida, 6º A educaçãopara a vida, 7º O entardecer davida, 8º Jesus Cristo: princípio efim da vida. Celebrações: Diadas Mães, Dia dos Avós, Dia dos

Pais, Dia do Nascituro, Dia deTodos os Santos, Solenidade daSagrada Família.

O subsídio está à disposição naCoordenação Arquidiocesana dePastoral. Mais informações pelofone (48) 3224-4799.

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JA

DATA HORA LOCAL CELEBRANTE

30 9h30 Gov. Celso Ramos Dom Murilo

8 10h

Jubileu de Prata do Diác.

Avelino Alves - Capela

N.Sra. das Dores (Garcia) -

Angelina

Dom Murilo

14-16Retiro das Secretárias -

Casa Pe. Dehon - Brusque

21-23

8º Congresso Nacional

Movimento de Irmãos -

Itajaí

Dom Murilo

22 19h30

Ordenação Diaconal: Frei

Marco Antônio Moreira de

Avelar, OFMCap - Capela

São Bento - Itacurubi

Dom Murilo

29 18h15

Ordenação Presbiteral:

Helio Tadeu Luciano de

Oliveira - Catedral

Dom Murilo

31 a

02/09-

Visita Pastoral - Par. São

Sebastião - Baln. Camboriú

Dom Murilo

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Salmo 30(29): A Alegria da Cura

6 Bíblia Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:

Este salmo, breve mas denso,expressando incontida gratidãopela saúde recuperada, é marca-do por uma série de contrapo-sições, por exemplo: livrar/deixar,clamar/exaltar, descer/subir, ira/bondade, tarde/manhã, pranto/alegria, dança/lamento, luto/fes-ta etc. Dirigindo-se aos "fiéis" doSenhor (v. 5), provavelmente noTemplo, o salmista narra a suaexperiência pessoal, para ele de-cisiva. Reconhece que Deus, fa-zendo-o passar por grave doença,deu-lhe a oportunidade de umanova visão de vida. Antes, atribuíaa si mesmo a prosperidade e jul-gava que nada a poderia abalar(v. 7). Agora, porém, tem a certe-za de que Deus é a sua seguran-ça, e compromete-se a louvá-lo“para sempre” (v. 13). A propósi-to, seria interessante ler o “cânticode Ezequias”, em Is 38,10-20, es-pecialmente os versículos 17-19:o jovem rei, atingido por grave en-fermidade, exprime a sua angús-tia e, depois, sua gratidão.

Eu te exalto2. Eu te exalto, Senhor, por-

que me livraste / e não deixas-

te / zombarem de mim meus

inimigos.

3. Senhor meu Deus, a ti

clamei / e me curaste.

4. Senhor, tu me fizeste vol-

tar do abismo, / restituíste-me

a vida, / para eu não descer à

sepultura.

Essa introdução resume o sal-mo, e já seria suficiente, sinteti-zando o que o salmista se propõe:relatar a experiência decisiva pelaqual passou. Quem seriam esses“inimigos” (v. 2), que dele zomba-riam? O autor não os descreve,mas os contrapõe aos “fiéis” doSenhor (v. 5), com os quais vaipartilhar a sua gratidão. Esses “ini-migos” seriam descrentes, quedebocham da confiança emDeus. O salmista, porém, já à bei-ra do abismo, “clama” (v. 3), eDeus se lhe revela como no Êxodo.Atendendo ao “clamor”, Ele faz oorante “voltar do abismo” e não odeixa “descer à sepultura”. Notar,como veremos a seguir, que nãotemos aqui, ainda, a perspectivacristã da morte vencida por Cris-to, da morte que, em Cristo, é pas-sagem para a Vida.

Os “fiéis” do Senhor5. Cantai hinos ao Senhor,

ó seus fiéis, / rendei graças à

sua sagrada memória!

Os “fiéis” do Senhor, emhebraico, hasidim, “pios”, são osque põem em prática a sua Lei, ecorrespondem à fidelidade divi-na, vivendo a solidariedade hu-mana. Infelizmente, essa “pieda-de” foi sendo mais e mais inter-pretada de modo ritual e lega-lis-ta. Por sua vez, a “sagrada me-mória” do Senhor é seu Nome,revelado no Êxodo (cf Ex 3,14),pois é com o “Nome” que o re-cordamos e o invocamos.

Ira e bondade,tarde e manhã

6. Pois sua ira dura apenas

um instante, / mas sua bon-

dade, a vida inteira. / Se de

tarde sobrevém o pranto, / de

manhã irrompe a alegria.

Como entender a “ira” deDeus? Claro que se trata de ummodo humano, relativo, limitado,de falar sobre os atributos divi-nos, também os negativos, ex-pressos “antropomorficamente”,isto é, de forma humana, porquenão temos outro meio de fazê-lo.Mesmo inspirado, o texto bíbliconão deixa de ser humano, e porisso não pode ser absolutizado.O fato é que mais vezes na Bíbliase contrapõe a “ira” de Deus àsua “bondade”, sempre se afir-mando que a bondade é maior,muito mais duradoura. Quanto à

“tarde e manhã”, notar que esseé o movimento horário do “dia deDeus”, que começa sempre à tar-de e desemboca na manhã,como nos dias da obra criadora,no primeiro capítulo do Gênesis.O nosso dia, ao invés, começa demanhã e termina, “morre”, à noi-te. O salmista expressa com feli-cidade a experiência da aurora,o novo dia, que “traz a alegria,dissipando, ou fazendo esquecer,o pranto da noite”.

Quando eu era feliz

7. Quando eu era feliz, eu di-

zia: “Nada vai me fazer vacilar!”

8. De fato, na tua bonda-

de, Senhor,/ me fizeste mais

firme que uma montanha; /

mas quando escondeste o teu

rosto, / fiquei conturbado.

Entrando agora em detalhes,o salmista revela a sua descober-ta progressiva da verdadeira facede Deus. Antes da grave doença,quando se sentia tranquilo e se-guro, achava que essa seguran-ça se devia à bondade “retri-butiva” do Senhor, que “paga”com a sua proteção aos que cum-prem a Lei, ou, segundo a “teolo-gia da prosperidade”, aos quepagam o dízimo. Essa segurançalhe parecia “mais firme que umamontanha” (v. 8). Por isso, quan-do Deus “escondeu o seu rosto”,

te enaltece, e não se cala. / Se-

nhor, meu Deus, eu te louva-

rei para sempre!

Comentando este últimoversículo, sigo a sugestão de umcomentarista, que faz a “trans-posição cristã” do texto: “Cristopôde pela primeira vez pronun-ciar com todo o direito e com ple-no sentido essas palavras: ‘Eu te

louvarei para sempre’”. Isso, por-que, ao fazer-se humano, o Filhode Deus assumiu todas as vicis-situdes humanas, exceto o peca-do, mas inclusive a morte. Acei-tou-a, embora dizendo: “Se pos-

sível, afasta de mim este cálice”

(Mt 26,39). Lutou com ela e, ven-cido, venceu-a, pela ressurrei-ção. E nós, que nEle cremos, po-demos também apropriar-nos dosalmo, aceitando como desígniode Deus as vicissitudes huma-nas mais contraditórias, até amorte, mas sentindo o gozo an-tecipado da vitória da Vida. Ouseja, podemos rezar deveras “Eu

te louvarei para sempre”, acres-centando, porém, um versículopaulino como refrão: “Graças a

Deus, que nos deu a vitória por

meio de Jesus Cristo, nosso Se-

nhor” (1Cor 15,57).Outro detalhe. Acho signifi-

cativo esse “futuro”, nos lábiosde alguém que já está louvan-do, como é o caso do popularcanto “Eu louvarei, eu louvarei”.Como: “eu louvarei”, se já estoulouvando? É que, além de osalmista propor a continuaçãodo louvor atual pela saúde re-cuperada, aí ele expressa tam-bém a certeza de que Deus con-tinuará surpreendendo-o e sur-preendendo-nos, dando-nos“mais do que merecemos ou

pedimos” (cf Ef 3,20), e fazen-do-nos ver ainda “coisas maio-

res do que estas” (cf Jo 1,50)

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESC

email: [email protected]

Faça como Salvador Bissoli, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, respondaas questões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livrose Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 -Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

ele ficou “conturbado”, abaladona sua pretensa fé. Veja-se, a pro-pósito, toda a discussão do livrode Jó, que é um debate justamen-te sobre o sofrimento que atingeuma pessoa correta, até entãopróspera. E o salmista aprende,afinal, a “clamar”. Essa humilda-de irá salvá-lo.

A ti eu clamo

9. A ti eu clamo, Senhor, /

a meu Deus peço socorro.

10. Que vantagem pode

haver em minha morte, / se eu

desço à sepultura? / O pó aca-

so poderá louvar-te / e procla-

mar tua fidelidade?

11. Atende, Senhor, tem

piedade, / Senhor, vem em

meu auxílio!

Retomando as etapas da suaexperiência, o salmista explica aargumentação que sustentoucom Deus. Ele “joga duro”: “Quevantagem pode haver em minhamorte?” Deus só teria prejuízocom isso, pois “defunto algumpode louvar o Senhor e procla-mar sua fidelidade”! Isto é, dei-xando-o morrer, Deus se mostra-ria “infiel”, o que é inconcebívelnAquele cuja essência é “amor

e fidelidade” (cf. Ex 34,6). Sen-do assim, continuamos aqui coma perspectiva do Antigo Testa-mento, que vê na morte o fim datrajetória humana, perenizada,se muito, na descendência. Oconceito da ressurreição dosmortos, para nós confirmadocom a ressurreição de Cristo, sóaparece nos livros mais tardios,como o de Daniel.

A dança e a festa12. Mudaste em dança

meu lamento / minha veste de

luto, em roupa de festa.

Bela síntese da superação dacrise, com sinais evidentes deque o “clamor” foi ouvido. Ago-ra, o salmista proclama que opróprio Deus é o autor da mu-dança do “lamento” em “dança”,da “veste de luto” em “roupa defesta”. Quem não se lembra, apropósito, da volta do “filho pró-digo” à casa paterna, na pará-bola de Jesus em Lucas (Lc15,22-24)? Quantas vezes te-mos tido experiência semelhan-te, mais ou menos intensa, emnossa existência?

Louvarei para sempre13. Por isso, meu coração

1) Que significa, para osalmista, a saúde recupe-rada?

2) Quem são os “inimigos” dosalmista, e quem são os“fiéis” do Senhor?

3) Que significa o movimen-to horário do “dia deDeus”, tarde e manhã?

4) Como era a vida do orante,e por que ficou abalado?

5) Que significa esse “louvorpara sempre”?

Conhecendo o livro dos Salmos (18)Conhecendo o livro dos Salmos (18)Conhecendo o livro dos Salmos (18)Conhecendo o livro dos Salmos (18)Conhecendo o livro dos Salmos (18)

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Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

7Juventude

Escreva o seu projeto de vida“Não importa aonde você já

chegou, mas para onde está

indo. Mas, se você não sabe

para onde está indo, qualquer

lugar serve”. Já pensou?Você já escreveu seu Projeto de

Vida? Provavelmente não. Afinal, amaioria das pessoas não tem umprojeto de vida escrito. Você podedizer: “ah, mas eu sei o que queroda minha vida”, ou “o futuro éimprevisível. Não adianta planejar.Logo pode acontecer algo na mi-nha vida que mude tudo”.

Deixe eu lhe contar um segre-do: Você não precisa planejar todaa sua vida para escrever seu PV(Projeto de Vida). Na proposta dasPJs, as bases do PV são: 1) a histó-ria de cada um; 2) os horizontes.

Não é difícil. Escrever seu pro-jeto de vida só exige um poucode dedicação e muita reflexão.Requer de 1 a 3 meses, e é bomplanejar para os próximos 3 anos.Depois, aconselha-se revisá-lotodo ano, para adaptá-lo às mu-danças da vida.

Alguns passos:

1) Rever sua história, eescrevê-la brevemente. Dividir emfases a sua vida: ajudará a enten-der porque somos como somos;

2) Olhar a situação onde vocêvive (familiar, pastoral, profissio-

Fo

to/JA

nal, social, cultural...);3) Sonhar com um novo mun-

do possível. Projetar seus horizon-tes: com que tipo de Igreja e so-ciedade você sonha? que quali-dades você quer desenvolver?

4) Rever sua vida pessoal, seujeito de ser e de se relacionar comas outras pessoas;

5) Rever/avaliar sua atuação(no trabalho, pastoral, estudos...);

6) Assumir algumas decisões.Que atitudes/ações concretasvocê pretende tomar nos diversosaspectos de sua vida;

Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...Batendo um papo sobre...

Existe um momento em quenão podemos mais fugir deDeus! Esta afirmação foi o pon-to principal da minha decisãopara a entrada no Seminário.

Fui batizado aos seis anos,e, na época, minha mãe parti-cipava das Novenas de NossaSenhora do Perpétuo Socorro,e eu a acompanhava. Meu paiparticipava da CongregaçãoCristã no Brasil, uma Igrejaevangélica tradicionalista,mas mesmo assim aceitouque eu fosse batizado na Igre-ja Católica.

Fiz a Catequese e, no dia dereceber a comunhão pela pri-meira vez, recebi o convite doPe. David Coelho para sercoroinha. A partir daí fui trilhan-do um caminho de amor aosagrado, engajando-me tantona Igreja, que minha mãe fez-me escolher entre ajudar naMatriz ou na capela. Optei porficar na capela, onde a neces-sidade era maior naquele mo-mento. Alguns anos depoisretornei à Matriz, ficando so-mente por lá. Foi aí que sentipela primeira vez o chamado deDeus à vocação Sacerdotal.

Como todo jovem, fiz a cris-ma, participei do grupo de jo-vens, fiz cursinho de inglês, es-panhol, estudei, saí com meusamigos, entre tantas outrascoisas que a grande maioriada juventude de hoje faz. Nes-sa época, decidi cerrar os ou-vidos à voz de Deus que mechamava.

Conversei com meu pároco,Pe. José Besen, sobre o quesentia, e então ele me convidoupara ir ao Convívio Emaús,onde ficam os seminaristas daTeologia. Após o convite do Pe.José, contei aos meus pais so-bre minha vontade de ir ao se-minário, mas não fui muito en-

Entrar no semináriotendido. De uma forma já es-perada, meus pais foram total-mente contra a minha vocação,mas mesmo assim fui aFlorianópolis. Resolvi esperarmais um pouco.

No Kairós de 2008, emItajaí, a voz de Deus começa-va a soar ainda mais alto, masmesmo assim, não me decidia.Dia 24 de fevereiro deste ano,iniciaram as atividades doPropedêutico, onde eu deveriaentrar, caso fosse ao seminá-rio. Trabalhei normalmentenesse dia, era quarta-feira decinzas, e após o trabalho fui àMissa. Lá ouvi a homilia profe-rida pelo Pe. Alvino Broering, ex-pároco, e pensei: "Mais umavez deixei passar o momento?"

Ao chegar em casa, após acelebração, resolvi checar meuse-mails. Havia recebido umamensagem de um seminaristaque tinha acabado de entrar,dizendo: "Paulo, vem! Ainda dátempo!" No mesmo instante de-cidi que, se fosse possível, iriaainda este ano! Logo converseicom meu Pároco, contei a meuspais, pedi demissão do empre-go, e fui para Azambuja, ondeestou hoje.

Fiz alguns meses de Pro-pedêutico e no dia 27 de julhoingressei na faculdade de filo-sofia, onde tenho algumas ca-deiras a cursar.

A realização do sonho deDeus na nossa vida nos trazalegria, nos dá uma vida nova,afinal de contas, quando acei-tamos, somos constantementemodelados pelo Oleiro. Real-mente eu posso dizer, existeum momento em que não po-demos mais fugir de Deus! Dei-xa-te modelar!

Paulo Victor SearaSeminarista do 1º ano de Filosofia

Acontecerá no dia 08/11/2009 o I Festival de MúsicasInéditas Religiosas, no ginásiode esportes Estefano Becker,em Santo Amaro da Impera-triz. O Festival terá apresen-tações musicais, culturais e

Festival de Músicas Religiosaspalestras.

Interessados em concorrercom obras inéditas na letra ena musica devem entrar emcontato para inscrição comNery, pelo e-mail neryael@

gmail.com.

Você pergunta...Você pergunta...Você pergunta...Você pergunta...Você pergunta...O que fazer quando o gru-

po é pequeno e não quer se

desmanchar?

Natália Magalhães DemartinoCoordenadora do Grupo Obra

Nova da Paróquia São João Ba-

tista, Itajaí.

Querida Natália, nossa res-posta dependerá do que é pravocê um grupo pequeno. Masvamos tentar esclarecer. To-memos como exemplo a cami-nhada de Jesus. Para muitosgrupos de jovens, o grupo queandava com Jesus Cristo éconsiderado pequeno. Ele an-dava com apenas doze e fize-ram uma diferença enorme navida de toda a humanidade. Sefor um número menor queesse, ainda assim pode cons-truir uma história linda, se to-dos os integrantes se compro-meterem a participar, crescere trilhar um caminho que leveao aprofundamento na vida

cristã de jovem. Conhecemosgrupos com uma média de setejovens, que estão trabalhandoe enfrentando, como todo gru-po, muitas alegrias e dificulda-des juntos. Se houver interes-se por mais informações sobrea caminhada deles, é só entrarem contato.

O mais importante é ter cla-ro o objetivo do grupo e plane-jar bem as ações. Mas posso lheafirmar que dependerá apenasde cada um, pois “onde dois oumais estiverem reunidos”... Eleestará no meio de nós e nosdará a força para fazer essa tra-vessia.

Gislene Nunes SaadAssessora da Past. da Juventude

Mande você tambémsua pergunta, idéia, su-gestão ou dica para a Pas-toral da Juventude pelo e-mail [email protected]

e concorra este mês auma Bíblia.

7) Mãos à obra! Planeje o quevocê vai fazer no próximo ano, se-mestre, mês e semana. Tenhadisciplina para executar o plane-jado. É bacana ter alguém que oacompanhe, ajudando você a re-fletir. E não se esqueça de revi-sar o projeto cada ano.

Dessa forma, você terá condi-ções de ter mais controle sobresua vida, bem como mais chancesde tornar seus sonhos realidade.

Rodrigo da SilvaSecretário Regional das PJs

XI Quermesse Comu-nitária de Garopaba

De 10 a 14 de junho de 2009,aconteceu a XI Quermesse Comu-nitária de Garopaba, que contoucom várias atrações musicais,atividades culturais e celebra-ções religiosas. A maior festa co-munitária de Garopaba é uma re-alização da Prefeitura Municipale da Ação Social da Paróquia SãoJoaquim. O evento contou comvárias atrações musicais locais enacionais.

A Pastoral da Juventude da Pa-róquia, como de costume, vem par-ticipando com uma barraquinha,onde o dinheiro é revertido para oRetiro Espiritual da Pastoral da Ju-ventude, que acontecerá em se-tembro. Segundo a coordenadorada PJ da Paróquia, ElisandraAmorim, “a Quermesse é a oportu-nidade de a PJ estar mais perto dacomunidade e ainda angariar fun-dos para o retiro anual”.

Juventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em ação

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

8 Geral Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Encontro Regional celebra Ano Catequético

Foto

JA

Dom Jacinto, bispo de Tubarão, presidiu à celebração de encerramento

Mais de 450catequistas de oitodioceses do Regio-nal Sul IV estiveramreunidas(os) em

Florianópolis no dia 19 de julho,para participar da ConcentraçãoCatequética do Regional. O eventoreuniu os participantes das oito Es-colas de Animação e Formação deCatequistas do Regional, realizadasentre 1993 e 2008, mas com a pre-sença de outros catequistas, e ser-viu para celebrar o Ano Catequético.

Durante a manhã, eles acom-panharam a apresentação emDataShow de um clipe que resga-tou a história da Escola Catequé-tica, nos seus 15 anos de existên-cia, emocionando os participantes.Em seguida, tiveram início as con-ferências que trataram de temasrelacionados ao Ano Catequético.

Pe. Vitor Galdino Feller, coor-denador arquidiocesano de Pas-toral e diretor do ITESC, deu iní-cio às conferências. Ele tratou dotema: “A Escola de Catequese doRegional Sul 4 diante dos desafi-os do nosso tempo". Os partici-pantes da Escola haviam recebi-do um questionário para avaliaro trabalho. A partir das respostas,foi elaborado um diagnóstico. Areflexão do Pe. Vitor foi sobre o

resultado das respostas.A tarde, Dom Jacinto Berg-

mann, bispo de Tubarão, recém-no-meado para a diocese de Pelotas,RS, e bispo referencial da Dimen-são Bíblico-Catequética no Regional,propôs “Uma iluminação em tornodo Ano Catequético”. Ele fez umasíntese do Texto-Base e deu pistasde ação para o Ano Catequético.

Em seguida, Pe. Agenor Brighen-ti apresentou o tema: “Perspectivasfuturas da Catequese”. Ele fez pro-posta de ações para celebrar o AnoCatequético e para a caminhadafutura da Catequese no Regional.

Participantes das oito Escolas Catequéticas, realizadas em 15 anos, estiveram reunidos no Encontro

Ao final do encontro, houve a cele-bração de encerramento e envio,presidida por Dom Jacinto.

O encontro teve como objetivosmobilizar os participantes da esco-la, desde sua primeira edição, nacaminhada da Catequese e no com-promisso de “discípulos missioná-rios”. Para Irmã Marlene Bertoldi,coordenadora Regional de Cate-quese, os objetivos foram alcança-dos. “Tivemos a presença de repre-sentantes das oito escolas. O encon-tro favoreceu o reencontro dos par-ticipantes e possibilitou a formaçãopara o Ano Catequético”, disse.

Uma celebração euca-rística, realizada no dia 16 deagosto, marcará a coroação daMãe Peregrina, rainha e vence-dora três vezes admirável deSchoenstatt. A celebração, naCatedral, será presidida pelonosso arcebispo Dom Murilo.Nela, estará sendo oferecidauma coroa à Mãe Peregrina, oque marca o início dos traba-lhos para que o Estado tenhaum santuário dedicado a ela.

A solenidade terá início às13h30min, com a acolhida aosparticipantes. Em seguida, a par-tir das 14h haverá a oração doterço. Depois, até as 16h, have-rá o louvor, com a Irmã ElianeCunha, cantora, compositora eprofessora de música em SantaMaria (RS), sede do SantuárioTabor, pioneiro do Brasil, inaugu-rado há 61 anos. A missa de co-roação terá início às 16h.

No Brasil há 22 Santuáriosdedicados à Mãe Peregrina,todos nos mesmos moldes dos

Celebração coroa aMãe Peregrina

Realizada na Catedral, coroação é o primeiropasso para que tenhamos um Santuário

que foram construídos pelo Pe.J. Kentenich quando deu inícioà devoção no início do séculopassado. A metade deles estános dois Estados vizinhos.

Em Santa Catarina há maisde sete mil capelinhas que visi-tam as famílias, permanecendoum dia da semana na casa decada uma delas. “Agora chegoua nossa vez de trazer um Santu-ário a Santa Catarina”, disseIrmã Míriam Rosana Fuck, asses-sora do Movimento no Estado.

No Estado são mais de sete milcapelinhas visitando as famílias

De que forma o Ano Catequético vai contribuir para o trabalho na comunidade?

“Leva a um despertar, a sercristão comprometido com a Pa-lavra, um testemunho de ser cris-tão. Traz uma maior animação eum reavivamento da fé, da vidaem comunidade”, Maria da Gló-ria Bastos, Paróquia NSra daImaculada Conceição, Angelina.

“Para que nossas comunida-des tenham uma maior preocu-pação na formação, para que aevangelização seja mais eficaz.Há um enfoque maior na evan-gelização, sobretudo com osadultos”, Eloise Cobra, ParóquiaSanta Inês, Balneário Camboriú.

“Tem uma preocupação espe-cial com a formação e abre pers-pectivas para que tenhamos novosconhecimentos. Ainda é precisoque haja um maior engajamentodos padres para que o AnoCatequético aconteça”, EdsonSerafim, Par. Sta Cruz, São José.

A Paróquia Senhor Bom Jesus,em Camboriú, celebrou no diaseis de agosto um ano de cria-ção. A celebração aconteceu jun-to com a festa do padroeiro, co-meçando no dia primeiro de agos-to com uma quermesse. Cadanoite houve missa, sempre às19h30 e presidida por um padreconvidado, que contribuiu para ahistória da comunidade. Em se-guida, apresentação cultural e ooferecimento de um prato gas-

Paróquia celebrou primeiro anotronômico.

O encerramento das festivida-des foi no dia 06. A celebraçãoeucarística foi presidida pelo Pe.Nildo Dubiela, o segundo padredesde que a comunidade foi cria-da. Após a missa houve um gran-de show pirotécnico e apresenta-ções culturais. “As celebrações fo-ram bastante participativas, con-tando com a presença de todas ascomunidades da paróquia”, come-morou Pe. Flávio Feller, o pároco.

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GeralJornal da Arquidiocese Agosto 2009

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Casais do Brasil se encontram em FlorianópolisEncontro Nacional é realizado pela segunda vez e reuniu mais de cinco mil participantes no CentroSul

Movidos pelo tema "Casal cris-tão, fecundidade evangélica" e pelolema "Eu e minha casa serviremosao Senhor" (Js 24,15), mais de cin-co mil participantes das Equipes deNossa Senhora de todo o Brasilestiveram reunidos no CentroSul,em Florianópolis, nos dias 16 a 19de julho, para seu 2º Encontro Na-cional. O evento também reuniu226 padres e bispos. Seguindo atendência dos encontros interna-cionais, o nacional é realizado acada seis anos. O primeiro foi rea-lizado em 2003, em Brasília.

O evento teve início na noite dequinta-feira, em dois momentos:cerimônia cívica e celebração deabertura. A cerimônia cívica con-tou com a presença do NúncioApostólico no Brasil, Dom LorenzoBaldisseri, do vice-presidente daCNBB, Dom Luiz Soares, do nossoarcebispo Dom Murilo Krieger, doGovernador do Estado e do seuvice, do Prefeito de Florianópolis,do casal responsável internacionale do casal responsável nacional.

Durante a cerimônia, DomLorenzo fez a leitura da mensa-gem do Papa Bento XVI aos parti-cipantes. Saudando os equipistas,disse: “Desejo exprimir-lhes o vivoapreço do Papa pelo braseiro deluz divina e calor humano que oMovimento conseguiu, ao longodos anos, avivar em inúmeros ca-sais, reforçando sua convicção

nos valores da família e no lar cris-tão”. A mensagem encerrou coma bênção apostólica aos partici-pantes. Na sequência, introduziu-se a imagem de N.Sra. Aparecida,dando início ao momento litúrgico.

Nos dias seguintes, pela ma-nhã, após a celebração eucarís-tica, os encontristas contaram compalestras e testemunhos de bis-pos, padres, casais e jovens, liga-dos ao Movimento. À tarde, foramdivididos em mais de 200 gruposde reflexão, debatendo os temasapresentados nas conferências.

Ato PúblicoNo sábado, dia 18, por volta

das 14h, os participantes seguiramem caminhada do CentroSul até aCatedral, onde eram aguardadospor Dom Murilo, por Dom JoséNegri, bispo de Blumenau, e peloPe. Francisco Wloch, pároco daCatedral, para a realização do “AtoPúblico”. Lá, entregaram ao nossoarcebispo uma pequena pedra quehavia sido levada ao Santo Padrepor Dom José, em nome das Equi-pes de Nossa Senhora do Brasil, eque, abençoada por Sua Santida-de, ficará na Catedral como sím-bolo das ‘pedras vivas’ que, segun-do o Apóstolo Pedro, somos todosnós (cf. 1Pd 2,5).

Gesto concretoFazendo ligação com essa pe-

Movimentoexiste há70 anos

As ENS nasceram na Fran-ça em 1939, por iniciativa dealguns casais que, acompanha-dos de um sacerdote, o PadreHenri Caffarel, adquiriram ohábito de se encontrar todos osmeses para redescobrirem jun-tos o sentido e as riquezas dosacramento do Matrimônio.

Assim, as ENS são um Mo-vimento de Fiéis Leigos, cons-tituído por casais que buscamno sacramento do Matrimônioum ideal de vivência cristã.Cada Equipe é formada por 5 a7 casais que se reúnem men-salmente, com a assistência deum padre, chamado “Conse-lheiro Espiritual”, para conse-guirem juntos, “em equipe”, oque sozinhos dificilmente con-seguiriam: a busca da santida-de conjugal, em benefício desuas próprias famílias.

Cada casal membro dasENS deve assumir os seguintescompromissos, chamados“pontos concretos de esforço”:Oração conjugal; Dever de sen-tar-se; Regra de vida; Escuta daPalavra; Meditação e participa-ção em Retiro Espiritual.

62 mil casais

O Brasil é o único país, porenquanto, a realizar encontrosnacionais. Os encontros inter-nacionais iniciaram em 1970.Em 26 de julho de 2002, o Mo-vimento teve o reconhecimen-to definitivo da Santa Sé comoMovimento de Fiéis Leigos. Nomundo são mais de 62 mil ca-sais espalhados por todos oscontinentes. Na Arquidiocese,temos cerca de 300 casais.

dra, por meio da qual os equipistasquiseram expressar sua fé em Cris-to, rocha de água viva, estavam ascentenas de outras que os partici-pantes trouxeram de suas terraspara manifestar solidariedade auma família pobre de Florianópolis,sede do Encontro.

Abençoadas por Dom AlbanoCavallin, que presidiu à celebraçãoeucarística de domingo, elas cons-tituirão parte do fundamento deuma casa que, com a coleta reali-zada no Encontro, será entregue àfamília necessitada. Silvia e GlaucoCôrte, Coordenadores da Comis-são Organizadora local, explicaramque esse gesto concreto tambémmarca o Encontro Nacional.

EncerramentoNo domingo, após a oração da

manhã, Dom Dimas Lara Barbo-sa, Secretário-Geral da CNBB, pro-nunciou a conferência final, abor-dando a missão da família no

O 11º Encontro Internacionaldas Equipes de Nossa Senhora,previsto para 2012, será no Bra-sil. Essa será a primeira vez queo evento acontecerá fora da Eu-ropa. O último encontro foi reali-zado em Lourdes, na França, em

mundo de hoje, a partir do Docu-mento de Aparecida. Seguiu-se acelebração eucarística, com ahomilia de Frei Avelino Pertile, e oEnvio. Assim realizou-se o queestá resumido na primeira estro-fe do Hino deste 2º Encontro Na-cional: “As Equipes de Nossa Se-nhora no Brasil, de longínquosrincões, reunidas na Ilha formosa,afervoram os seus corações: Eu eminha casa serviremos ao Se-nhor! Nós, nossas famílias, todosnós, serviremos ao Senhor!”

Para Silvia e Glauco Côrte, “oEncontro deixou profundas mar-cas em todos os participantes: aacolhida recebida e a fraternidadedos que receberam; as palestrase testemunhos, que fortalecerama fé comum, o compromisso coma Igreja e a unidade do Movimen-to; enfim, a consolidação da mís-tica das Equipes de Nossa Senho-ra (ENS), fortalecendo a espiritua-lidade conjugal”.

Encontro Internacional será no Brasil2006. Quase nove mil pessoaspertencentes às ENS de todo omundo estiveram então reunidas."A escolha do Brasil demonstra ocrescimento e a valorização dotrabalho das ENS em nosso país",avaliaram Silvia e Glauco Côrte.

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Os participantes tiveram palestras, testemunhos e grupos de reflexão

Equipistas caminharam até a Catedral onde participaram de Ato Público

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10 Paróquia Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Azambuja: Santuário, Seminário e ParóquiaTrês atividades diferentes realizadas na mesma comunidade paroquial, desafiando o trabalho pastoral

Criada como paróquia emsete de março deste ano, NossaSenhora de Azambuja é a paró-quia mais nova da Arquidiocese.Mas também uma das comuni-dades mais antigas e tradicio-nais. Ela começou a se formar em1875 com a vinda dos primeirosimigrantes italianos, que dezanos depois construíram a pri-meira ermida. Hoje, são mais de20 mil habitantes, distribuídosem três comunidades, além deoutras três que estão sendo for-madas.

Além da paróquia, dentro desua estrutura ainda funciona oSantuário NSra. de Azambuja, omais antigo da Arquidiocese(1905), o Seminário Metropolita-no NSra. de Lourdes (1927), oMuseu Arquidiocesano Dom Joa-quim Domingues de Oliveira(1960) e o Hospital Arquidio-cesano (1902).

Toda a atividade pastoral éassumida pelo pároco e reitor Pe.

Pedro Schlichting, contando como apoio do Pe. Gercino Atílio Piazzae do Pe. Nélio Roberto Schwanke.Apesar de concentrar muitas res-ponsabilidades, Pe. Pedro conse-gue dar especial atenção a cadauma delas. Atualmente está bas-tante envolvido na reestruturaçãodos espaços disponíveis.

A diversificação de atividadesé um desafio ao trabalho, mastambém traz benefícios. "Temos26 seminaristas e eles nos auxi-liam nos trabalhos pastorais. Co-laboram com a Catequese, minis-tram cursos de batismo, acompa-nham os jovens, visitam as casas

e auxiliam na acolhida no Santu-ário", explica Pe. Pedro.

Conheça algumas das ativi-

dades pastorais desenvolvidas

na paróquia:

Dízimo - O trabalho da Pasto-ral do Dízimo se tornou referên-cia na Comarca de Brusque. Atra-vés de 32 zeladores são entre-gues os envelopes nas casas amais de dois mil dizimistas. Jun-to com o envelope, recebem umaprestação de contas das entra-das e saídas da paróquia.

Catequese - Recebe o acom-panhamento sistemático do Pe.Gercino Atílio Piazza. Ele acompa-nha os 24 catequistas, metadedeles seminaristas, que minis-tram os encontros a cerca de 200catequizandos. Há formação per-manente para os catequistas.Este ano foi colocada em prática

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Azambuja é o mais antigo local de peregrinação da Arquidiocese. Já em1905 foi declarado “Santuário Episcopal”

uma boa novidade: os adolescen-tes da primeira comunhão tive-ram a experiência de fazer a con-fissão no meio do ano.

GBFs - Os Grupos Bíblicos emFamília são a grande força daparóquia e são tratados comoverdadeira prioridade pastoral.São 26 grupos distribuídos emtodas as comunidades. Eles sereúnem semanalmente às terças-feiras, dia em que nenhum outrocompromisso pode ser agendadona paróquia. Na segunda terça-feira do mês acontece a missa dafamília: nesse dia não há o en-contro, mas a missa é preparadae motivada sempre por dois Gru-pos Bíblicos. "Graças ao traba-lho dos GBFs, três novas comu-nidades estão sendo constituí-das", disse Pe. Pedro, que acom-panha o trabalho dos Grupos.

Obras buscam melhor estruturar a paróquiaCom a criação da paróquia, o

andar térreo do Seminário foi ce-dido para abrigar a estrutura pa-roquial. Dessa forma, o prédio foitodo reestruturado. Isso transfor-mou o prédio em um verdadeirocanteiro de obras, mas sem com-prometer as atividades forma-tivas. Nesse primeiro andar, ain-da em obras, foram construídassalas de encontros, auditório ecozinha. Os outros dois andaresforam adaptados para melhoratender os seminaristas.

O último piso, pretende-setransformá-lo em espaço de reti- Morro do Rosário, com suas imagens, está passando por reforma completa

ros para jovens. “Assim os jovensterão a oportunidade de conctactocom os seminaristas, o que pode-rá favorecer um novo despertarvocacional”, disse Pe. Pedro. Oprédio conta ainda com um tea-tro, que está sendo revitalizado.

As obras alcançaram outrosespaços da paróquia. O Morro doRosário também está passandopor reformas. As imagens estãosendo restauradas, a iluminaçãoserá subterrânea, ganhará velá-rios e sistema hidráulico. Tudodeve estar pronto para a Festa deAzambuja, que acontece este ano

dias 15 e 16 de agosto.O Santu-ário também deverá passar porreformas em breve.

O prédio do Museu Arquidio-cesano, que já abrigou o Hospi-tal e o Seminário, passou por re-formas iniciadas em 2003 e inau-guradas em agosto de 2005. Ago-ra Pe. Pedro promove um traba-lho de revitalização. Através deparceria com o poder público, oMuseu não mais fecha as portasnos fins de semana. Também foiestimulada a visitação do Museupor crianças e adolescentes darede de ensino da região.

HISTÓRIAAlgumas famílias vindas do

distrito de Treviglio (Itália), no dia22 de outubro de 1875, paraemigrarem para o Brasil, fixa-ram-se no vale de Azambuja.Dez anos depois, construírampequena Capela em honra deN.Sra. de Caravaggio. Sobre oaltar, um quadro de Nossa Se-nhora, vindo da Itália.

Azambuja logo tornou-se umcentro de peregrinações. Cres-cendo o número de romeiros ea importância espiritual que al-cançava, poucos anos depois, apequena ermida foi substituídapor uma igreja maior, concluídaem 1894. Percebendo o cresci-mento da visitação a Azambuja,o Bispo Diocesano de Curitiba,Dom Duarte Leopoldo e Silva, a1º de setembro de 1905, elevoua Capela de Azambuja à digni-dade de Santuário Episcopal,com o título de “Santuário deNossa Senhora de Azambuja”,desmembrando-o da jurisdiçãodo Vigário de Brusque. A finali-dade dessa criação, basicamen-te, foi de, através das esmolasdos romeiros, se propiciaremcondições de subsistência à“Santa Casa de Misericórdia deNossa Senhora de Azambuja”,criada três anos antes, a 29 dejunho de 1902.

Em abril de 1927 é transferi-do para Azambuja o SeminárioMenor da Arquidiocese. Pe. Jai-me de Barros Câmara, que maistarde viria a ser Cardeal Arcebis-po do Rio de Janeiro, foi seu pri-meiro Reitor. Desde então, os pa-dres professores do Seminárioassumem também a pastoral do

Santuário.A capelinha de 1885 foi de-

molida no dia 02 de novembrode 1927. Nas proximidades jun-to à fonte, cujas águas são tidascomo miraculosas, deu-se inícioà construção de uma gruta, emhonra de NSra de Lourdes. Noano seguinte, em 9 de dezem-bro, Pe. Jaime abençoava einaugurava o novo monumentode piedade.

No dia 8 de dezembro de1939 era lançada a pedra fun-damental do atual Santuário.Suas paredes foram erguidasem redor do Santuário anteri-or. O projeto foi idealizado pelorenomado arquiteto SimãoGramlich. Entre junho e setem-bro de 1941 se demole o anti-go Santuário.

A partir de 1950 é cons-truído o “Morro do Rosário”:consta dos 15 Mistérios do Ro-sário, distribuídos ao longo docaminho de acesso ao cume domorro que fica atrás do Santuá-rio. No topo, o último dos Misté-rios Gloriosos: a coroação daVirgem Maria pela SantíssimaTrindade. Cada um dos mistéri-os consta de estátua ou gruposde estátuas feitas de cimento,em tamanho natural.

Em 07 de março de 2009, oSantuário foi elevado a paróquia.A celebração foi presidida pelonosso arcebispo Dom MuriloKrieger, e contou com maciçapresença do clero arquidioce-sano. Pe. Pedro Schlichting foi no-meado pároco de Azambuja,acumulando as funções de rei-tor do Seminário e do Santuário,e diretor do Museu.

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Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

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Comarca de Itajaí“Hoje, neste local, aconteceu

um novo Pentecostes”, com estaspalavras, o assessor Moacir Albu-querque encerrou a ConcentraçãoComarcal de Itajaí, que reuniu maisde 400 animadores (as) e integran-tes dos Grupos Bíblicos em Famíliana tarde de domingo do dia 19/07,com o tema: “A Missionaridade à luzdo Documento de Aparecida”.

A Paróquia São João Batistaacolheu a todos os participantescom alegria e entusiasmo. O mo-mento do lanche confirmou a uni-dade de todos mediante a parti-lha, que repetiu o milagre da mul-tiplicação dos pães. “Todos come-ram e ficaram satisfeitos” (Lc 9,17.

O assessor Moacir nos alertousobre a importância de sermos

Comarcas realizam encontros dos GBFs

Pe. Henrique Gazaniga, pároco de São João Batista, em Itajaí, fala aosparticipantes do Encontro Comarcal realizado em sua paróquia

Divu

lgaçã

o/JA

GBF

Encontros nas comarcas de Itajaí e Busque buscam promove a unidade dos Grupos Bíblicos em Famíliacristãos bem formados, conhece-dores da realidade que nos envol-ve, pois não somos apenas “discí-pulos”. O documento de Aparecidanos diz que “conhecer Jesus pelafé é nossa alegria, segui-lo é umagraça, e transmitir este tesouro aosdemais é uma tarefa que o Senhornos confiou ao nos chamar e nosescolher”. Portanto, somos “Discí-pulos Missionários de Jesus” e anossa missionariedade vai alémdos limites pessoais. A nossa prá-tica de discípulos missionários au-tênticos se dá no trabalho que exer-cemos na família, na Igreja, na co-munidade, na sociedade, nos dife-rentes serviços e ministérios, e emespecial, nos GBF.

A Santa Missa, presidida peloPe. José Henrique, pároco local, encerrou o encontro. Todos saíram

repletos do Espírito Santo e foramanunciar a Boa Nova em suas Co-munidades. A cantora fadista, CéliaPedro, emocionou a todos com a in-terpretação da Ave Maria do Des-terro, enquanto a imagem eraconduzida a um altar florido. Esti-veram presentes os Padres das pa-róquias vizinhas: Pe. Flávio, Pe. Ti-

móteo, Pe. Cláudio, e osdiáco-nos Joaquim, deDom Bosco, e Lothar, deCamboriú.

Destaque especialao pároco Pe. JoséHenrique, que esteve pre-sente durante toda a tar-de. Seu apoio e dinamis-mo nos darão força e co-ragem para seguirmosadiante na missão queassumimos. Que a cha-ma do ardor missionário

No dia 17 de julho, na CatedralMetropolitana, Dom Murilo presi-diu à missa de envio dos delega-dos que representaram aArquidiocese nos dias 21 a 25 dejulho em Porto Velho - Rondônia.O 12º Intereclesial, com o tema“CEBs: Ecologia e Missão - Do ven-tre da terra, o grito que vem daAmazônia” reuniu representantesdos 17 Regionais do Brasil, dospaíses das Américas e outros paí-ses, inclusive do Continente Afri-cano. Foram delegados de quasetodas as 272 dioceses do Brasilsendo: 2.174 leigos, 1.234 mulhe-res e 940 homens; 197 religiosas,41 religiosos irmãos, 331presbíteros e 56 bispos, dentre os

12º Intereclesial das CEBsquais um da Igreja EpiscopalAnglicana do Brasil, além de pas-tores, pastoras e fiéis dessa Igre-ja, da Igreja Meto-dista, da IgrejaEvangélica de Confissão Luteranano Brasil e da Igreja Unida de Cris-to do Japão, juntamente com 94indígenas de 38 etnias diferentes.Ao todo, somamos 3.010 delega-dos, com a presença do presiden-te da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Ro-cha. Ressalto a presençamarcante da juventude de todo oBrasil, por meio de suas várias or-ganizações. Foi uma experiênciamuito boa e rica, em queaprofundamos a consciência denossa responsabilidade em rela-ção ao reto uso da água, da terra,

o cuidado com a ecologia, o meioambiente, a superação do consu-mismo, respondendo ao grito quevem dos povos da Amazônia. Emnossas comunidades, nos traba-lhos na base, somos: “Gente sim-ples, fazendo coisas pequenas,em lugares pouco importantes,conseguindo mudanças extrador-dinárias”, assim disse D. MoacyrGrechi, lembrando um provérbioafricano. Toda a riqueza vivida eaprofundada nesses dias em Por-to velho nos motivará para darcontinuidade em nossa missão deexecutar o projeto de Jesus Cristoe o sonho de Deus, “Eu vim paraque todos tenham vida e a tenhamem abundância” (Jo 10,10), na

construção de uma sociedademais justa, fraterna e solidaria.

Lançamento do livreto na Trindade

Dom Murilo presidiu, na Catedral, à celebração de envio dos 15delegados da Arquidiocese que participaram do 12º Intereclesial

que sentimos neste encontro per-maneça acesa em nossa missão.

Colaboração: Glória Maria DalCastel

Comarca de BrusqueNo dia 26 de julho, as coorde-

nações da Comarca de Brusquedos GBF reuniram os animadorese animadoras para um encontrocomarcal na Paróquia São Judas,em Brusque. Participaram desseencontro cerca de 150 membrosdos GBF, vindos de todas as paró-quias. O tema refletido foi “Os Dis-cípulos Missionários”, à luz do lema“Não estava o nosso coração ar-dendo quando Ele falava pelo ca-minho e nos explicava as Escritu-ras?” (Lc 24,32). Foi um dia muitoproveitoso, com a Irmã Luzia Perei-ra, que falou da importância denossa caminhada como GBF na co-munidade e na Paróquia. Devemos

estar atentos e perceber que Jesuscaminha conosco, como fez comos discípulos de Emaús. Ele entraem nossas casas, senta-se à mesaconosco e partilha o pão do amor,da paz, da solidariedade,da vidaem abundâcia. Fazer esse cami-nho com Jesus é viver nossa expe-riência de fé como seus discípulosmissionários. Caminhamos embusca da vida em plenitude, da es-perança em Jesus ressuscitadoque ouve nossas angústias, que seaproxima de nós porque nos ama,revelando o amor incondicional doPai. Abertos nossos olhos e ouvi-dos, compreendendo que somoscapazes de lutar pelo seu projetode “vida em abundância” para to-dos e todas, vamos à casa dos ir-mãos e irmãs, partilhando comeles o pão da solidariedade, da jus-tiça, da fraternidade e da paz.

O Grupo Bíblico em Família écatequese com adultos, catequesenas famílias, aprendizado de vidacristã, experiência de Deus e de ver,no irmão e na irmã, o rosto de Je-sus. Pe. Valério, pároco de Botuverá,ressaltou que os GBF fazem comque as pessoas que se reúnem te-nham mais convivência cristã, maisafeto e se conheçam melhor. Rezan-do em pequenos grupos, as pesso-as aprendem a participar mais davida de comunidade.

Recebemos a visita de nossospárocos, partilhando a importânciados pequenos grupos, e confirman-do a solidificação dos GBF em cadaParóquia. O encontro encerrou comuma Celebração Eucarística.

Colaboração: Ana Regina S.Petermann

Lançamento do Livreto do Tempo ComumNos meses de junho e julho

algumas paróquias realizaram olançamento do Livreto do Tem-po Comum. Mesmo sem ter oslivretos em mãos, as coordena-ções paroquiais se organizarame reuniram-se com os animado-res e animadoras dos GBF pararefletirem o novo conteúdo.

Na Paróquia da Trindade reu-niram-se em torno de 30 anima-dores. Esse momento de estudosobre o livreto fortaleceu-os, pro-porcionando entusiasmo pelamissão para a qual Jesus con-voca e envia.

Na Paróquia São João Batis-ta - Itajaí, os animadores (as) emembros dos GBF, junto com aspessoas da comunidade, cele-

braram o lançamento do novolivreto numa missa da comuni-dade. A coordenação paroquialusou dos recursos da tecno-logia, projetando o conteúdo vi-sualmente na Igreja.

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Maria Glória da Silva Luz,

uma das participantes do evento

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Padre Augusto Schwirling inclui-se na cepa dos missionários incan-sáveis, corajosos, de resistênciafísica, espiritual e moral a toda pro-va. Dele pode-se dizer que viveu nomato, nas clareiras onde se funda-vam comunidades de imigrantesalemães e seus descendentes, emSanta Catarina. Parou apenasquando não podia mais continuar.

Nascido em Lichtenau, West-fália, em 25 de fevereiro de 1872,diocese de Paderborn, na Alema-nha, foi ordenado presbítero em22 de março de 1895. Após dozeanos de trabalho pastoral na suapátria, chegou ao Brasil em 1907,impulsionado pelo mesmo ardormissionário do Pe. Carlos Boeger-shausen (1833-1906), primeiropároco de Joinville, onde foi vigá-rio paroquial. Sua vinda para ocampo missionário foi irreversível.Já em 22 de julho de 1910 rece-beu a incardinação na diocese deFlorianópolis, incardina-ção confir-mada em 1930, porque o docu-mento anterior não chegara à Ale-manha.

Generoso ímpetomissionário

Um ano após a chegada emJoinville, já estava na região doCapivari, um imenso sertão verde.Em 1º de agosto de 1909 celebroua primeira Missa em Anitápolis edeu início à construção da cape-la. O Chefe interino do NúcleoLauro Müller (depois Anitápolis)pede ao bispo que o nomeie pro-fessor de religião com a subven-ção mensal de 200$000. A Co-missão manda construir casapara escola e reserva lotes para oprofessor e sacerdote. Em 30 dedezembro do mesmo ano é nome-ado Cura de Teresópolis, colôniafundada em 1860 e atendida pe-los franciscanos até 1899.

Padre Augusto Schwirling - Missionário do Alto CapivariCom o zelo do Bom Pastor,

amplia seu campo de ação paraalém dos limites do Curato, limi-tes aliás muito indefinidos. Em 23de dezembro de 1910, as cape-las de Löffelscheidt e VargemGrande passam a Teresópolis.Cavalo, charrete, pernas, eramseu dia-a-dia. Tudo o que se refe-ria aos colonos lhe interessava.

Em relatório de 1918, citadetalhadamente as igrejas e ca-pelas a que atendia, num territó-rio onde hoje se situam os muni-cípios de Rancho Queimado,Anitápolis, São Bonifácio, Itupo-ranga, Vidal Ramos, Rio Fortuna,São Martinho e Armazém.

Fundador decomunidades

A exemplo do Pe. GuilhermeRoer (1821-1891), que tinha en-caminhado colonos para o Vale doBraço do Norte, Pe. Schwirling re-faz o projeto, mas partindo do rioMaracujá que nasce em Anitápolise deságua no Alto Vale do RioItajaí-mirim, percorrendo as regi-ões vizinhas em busca de terrasmelhores. Deve-se ao Pe.Schwirling o início do povoamen-to das regiões que hoje constitu-em Ituporanga, Vidal Ramos e Pre-sidente Nereu, nas cabeceiras doItajaí Mirim, no período de 1912a 1928. Dá início à organizaçãoeclesiástica da imensa região,contando com o auxílio missioná-rio ocasional do Padre BernardoBläsing e dos fran-ciscanos FreiHúmilis e Frei Meinrado.

Esse pioneirismo esbarrounum obstáculo: a presença ances-tral dos índios botocudos, amea-çados pela penetração tanto doscolonos que vinham do Alto Valecomo dos que subiam pelo Itajaí-mirim procedentes de Brusque.

Assistimos, desse modo, às

terríveis expedições de bugreiros,grupos de colonos pagos para li-teralmente caçar e matar índios(!), uma página triste da históriacatarinense. Pe. Schwirling, paranós incompreensivelmente, che-gou a participar de algumas des-sas expedições. Preocupado como desenvolvimento da comunida-de de Teresópolis, com recursosque trouxera da Alemanha e a co-laboração dos colonos, em 1920fundou nela a primeira indústria:a “Sociedade Cooperativa de

Theresopolis - Refinação de Ba-

nha, Salsicharia, Fabricação de

presuntos, compra e venda de

todos os produtos coloniaes”. Aexperiência não teve longa dura-ção, mas reflete o interesse dopadre pelos seus colonos.

A messe é grande,poucos os operáriosEm 1919, devido ao muito tra-

balho, pede o deslocamento doPe. Ernesto Schulz de Orléanspara o auxiliar em Teresópolis,pois sentia-se impotente dianteda vastidão do campo apostóli-

co. Não sendo atendido, em1922, com dor no coração, pedea Dom Joaquim um outro posto,em qualquer local da diocese. É-lhe oferecida a Coadjutoria deImaruí, Laguna, Quadro do Nor-te, sabendo-se que ele não acei-taria essa mudança.

A solução veio no mesmo ano:os franciscanos de Santo Amaro daImperatriz assumem Teresópolis ePe. Augusto fixa residência no AltoCapivari, São Bonifácio: por 23anos (1922-1945) será o zelosopastor de São Bonifácio.

Em 1921 os Padres deho-nianos assumem o Curato de SãoSebastião de Vargem do Cedro ePe. Schwirling, para atendimentode algumas comunidades, de1926 a 1932 será vigário encar-regado do mesmo curato, comresidência em São Bonifácio. Porsua vez, o dehoniano Pe. GabrielLux, depois tão benemérito emAzambuja, é o vigário. Preocupa-do e obediente, embaralhadomesmo sobre qual seria o territó-rio de sua jurisdição, em dois deagosto de 1935 Pe. Schwirlingpede esclarecimentos sobre os li-mites da sua paróquia. Na mes-ma carta, a respeito das constru-ções, escreve ao Arcebispo: "Nes-tes lugares retirados fora do co-mércio, pobrezinhos, não há pro-fissionais, e se tiver não sabemfazer uma planta, e se tiver plan-ta , não sabem executar". Resu-mindo: Pe. Augusto passa a aten-der Teresópolis e Capivari (SãoBonifácio). Cansado e com proble-mas de saúde, em 30 de marçode 1937 pede e recebe licençapara passar três meses na Alema-nha a fim de encaminhar um her-deiro para os bens paternos, poisele é o filho mais velho e dois ir-mãos tinham morrido na Guerra.Como desejasse visitar mais uma

Pe. Augusto Schwirling - cavalo,charrete e pernas eram o seumeio de transporte para chegaràs comunidades longínquas

12 Artigos Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

Vocação MacroecumênicaTodos sabemos que a palavra

“ecumenismo” diz respeito ao di-álogo entre as Igrejas cristãs, vi-sando à comunhão entre todas aspessoas que professam a JesusCristo como Salvador. Tambémsabemos da importância do “diá-logo inter-religioso” como caminhode fraternidade entre todas aspessoas que participam de dife-rentes tradições religiosas. Nosúltimos tempos, cada vez mais,usa-se o termo “macroecume-nismo” para designar as relaçõesintegrais entre todos os seres hu-manos e com todas as coisas. Éum espírito que anima atitudes deacolhida, de respeito, de venera-ção e de contemplação. É ummodo de ser que nasce da novaconsciência de que tudo estáinter-relacionado e inter-depen-dente. Há uma profunda solidari-

edade que nos une definitivamen-te. A alteridade faz também parteintegrante da minha identidade; odestino do outro está intimamen-te ligado ao meu.

Desta consciência de relaçãointegral surge a possibilidade dereorientar a nossa vida de modoa garantir que “tudo o que vivemerece viver”. Esta, certamente,é uma forma de agradecer e lou-var a Deus, criador e libertador detodas as coisas. Tudo o que Elefez “viu que era muito bom” (Gn1,31) e; por isso, nada exclui, masde tudo cuida com carinho e amor.

Estamos hoje percebendo,com mais clareza, que a presen-ça do Espírito de Deus, desde oinício, impregna a história de to-

dos os povos e nos faz reconhe-cer o plano divino de amor e deunidade. Antes mesmo de qual-quer movimento de evangelizaçãopelo mundo, Deus aí já se encon-trava, fazendo-se conhecer de for-mas diversas. Cada ser humanoé sacrário vivo de Deus, tambémaquele que o ignora ou o nega. Oscaminhos de sua salvação sãoverdadeiramente conhecidos so-mente por Ele, muito além dos sis-temas religiosos.

Ousamos dizer, então, queDeus é macroecumênico por exce-lência, pois não é racista, nem estáligado exclusivamente a nenhumacultura, etnia, igreja ou tradiçãoreligiosa. Cuida de cada pessoa: éextensão de si próprio; zela por

cada coisa: é expressão de suacriatividade. Tudo Ele fez por amor.Na história revela-se como o Deusda vida plena. Em Jesus Cristomanifestou-se como o Deus univer-sal, desejoso de que todos che-guem ao conhecimento da verda-de e oferecendo gratuitamente asalvação a todos os povos.

Somos, então, profundamentegratos pela magnânima generosida-de de Deus que nos criou à suaimagem e acolhe a todos comoseus filhos e filhas muito amados.Somos gratos por todas as coisasque Ele colocou à nossa disposiçãocomo “maná” caído do céu, paraque todos possam servir-se segun-do a necessidade de cada um. Sen-do assim, a vocação primeira dos

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

vez toda a Anitápolis e celebrarPentecostes e Corpus Christi emSão Bonifácio, embarcou só em15 de junho em São Francisco doSul no vapor General Artigas.

De Lichtenau, em 22 de agos-to de 1937, escreve que "arran-jou com as Irmãs Dominicanasduas Irmãs professas e uma en-fermeira... As Irmãs Dominicanasde Speyer vieram, mas Dom Joa-quim as encaminhou paraAraranguá, depois de breve pas-sagem por Teresópolis e Capivari.

Os últimos anosDe 1939 a 1944 há várias

cartas dele a Dom Joaquim so-bre problemas crescentes de saú-de. Em 15 de janeiro de 1945,Dom Joaquim lhe escreve e per-gunta se é possível criar a Paró-quia de São Bonifácio semAnitápolis, e quais seriam os li-mites definitivos. Era o últimoconsolo para o Padre que percor-rera aquelas regiões por 46 anos.E era a despedida. Em 23 de fe-vereiro de 1945 é transferidopara Brusque, com a provisão deCapelão das Irmãs da Divina Pro-vidência na Chácara Santa Tere-sinha, pertencente a Azambuja.Anos depois deixou a Capelaniae fixou residência no Seminário,pois perdera quase completa-mente a memória. Tinha apenaslampejos de recordações.

Deus o chamou em 16 de ja-neiro de 1961, com 89 anos devida e 66 de sacerdócio. O povode São Bonifácio não o esqueceu.Por iniciativa da comunidade e doPe. Sebastião van Lieshout SSCC,em dois de novembro de 1970seus restos mortais foram trans-portados para São Bonifácio.

Pe. José Artulino Besen

pejabesen.wordpress.com

cristãos e cristãs se confunde coma de todo ser humano, que é viverdignamente sobre a terra.

Em outras palavras, todas aspessoas possuem a missãomacroecumênica em vista do pro-jeto de justiça, de respeito aos di-reitos humanos, de paz e de soli-dariedade universal. É preciso quenos aproximemos e nos reconhe-çamos como necessitados unsdos outros. Somos a família huma-na, antes de qualquer outra asso-ciação; estamos ligados por umaorigem e um destino comuns. Éimprescindível superar o que nossepara, e caminhar juntos...

Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coordenador

da Comissão Arquidiocesana para

o Ecumenismo e o Diálogo Inter-

Religioso - CADEIR

Divu

lga

ção

/JA

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

13Missão

Em maio de 2005 realizou-se,em Brasília, na sede das Pon-tifícias Obras Missionárias, o pri-meiro encontro nacional, com osassessores da Infância e Adoles-cência Missionária de todos osregionais, para dar continuidadeà caminhada da Infância Missio-nária, ou seja, continuar acompa-nhando os passos das criançasque passavam da infância mis-sionária para a adolescência.

As Pontifícias Obras Missio-nárias do Brasil (POM), com maisesta iniciativa, queriam contribuirpara a conscientização de todospara o fato de que a Igreja, na suaessência, é missionária. É exata-mente com o desejo de desper-tar e capacitar os jovens para adimensão missionária, e seuengajamento, que surgiu a ObraPontifícia da Juventude Missio-nária (JM).

O QUE É A JUVENTUDE

MISSIONÁRIA?A Juventude Missionária não é

um movimento nem uma pasto-ral, mas grupos de jovens, anima-dos por uma forte paixão missio-nária e vinculados à Obra Ponti-fícia da Propagação da Fé. Entreseus objetivos, encontram-se:1. O engajamento do jovem na

caminhada eclesial da Igreja

(pastoral de conjunto)2. Uma visão universal e a dispo-

sição para cumprir o manda-to missionário de Cristo (Mc16,15)

3. Assumir com responsabilida-de seu compromisso missio-nário de batizado.

4. Testemunhar uma vida autên-tica, a partir de uma espiritua-lidade centrada no sacramen-to da Eucaristia, como fonte eponto de chegada da Missão

A SEMENTE LANÇADA

EM LAGESNos dias 12, 13 e 14 de ju-

nho de 2009 realizou-se, emLages, o primeiro encontro de for-mação para assessores da Juven-tude Missionária em SantaCatarina. O objetivo era capacitare formar os que irão ou já estãotrabalhando com esta ObraPontifícia. As palestras foram fei-tas por Pe. Vitor Meneses, Asses-sor Nacional da JM.

Além da formação dos asses-sores, o encontro tinha por objeti-vo conscientizar sobre a importân-cia da presença dos jovens naIgreja. Com assessores conscien-tes e o empenho das paróquias, adivulgação da JM e seu desabro-char em nossa Arquidiocese serámais fácil e os frutos não faltarão.

Pe. Vitor Menezes insistiu di-zendo que a JM não deve ser ini-ciada sem a permissão do Bispoe sem antes ter sido apresenta-da e comunicada às liderançasda diocese e da paróquia, pois aJuventude Missionária deve fazerparte integrante da comunidadeeclesial e não ficar à margem.

Os jovens que optarem porfazer par te da JM, deverãoengajar-se na comunidade de for-ma ativa, dando testemunho deter feito a experiência de um en-contro pessoal com Cristo. Natu-ralmente, os jovens da JM devemprimeiro tomar consciência darealidade e realizar seu trabalhocom uma visão aberta, universal.

A Obra da Juventude Missio-nária tem metodologia, conteúdose linguagem para capacitar cadajovem a ser um evangelizador deoutros jovens, aproximando-os deCristo. O lema da JM já fala claro:“Jovem evangeliza jovem”.

Juventude MissionáriaUma Obra Pontifícia para o

engajamento missionário da juventude

Pe. Lúcio na África: não esqueçamos de rezar pelos nossos missionários

Divulgação/JA

UM CONVITEÉ necessário e urgente que a

Igreja dê o devido espaço e créditoaos jovens, aposte em seu poten-cial, entre na sua realidade e utili-ze a mesma linguagem. Isso é in-dispensável para poder aproximar-se dos jovens que, assim, mais fa-cilmente se aproximarão da Igreja.

Com pena constatamos que,em muitas de nossas paróquias,onde um dia floresceu a InfânciaMissionária - atualmente não hajamais esses grupos. Diante disso,é dever das paróquias resgatar osque já passaram pelos grupos deadolescentes missionários, paraque se engajem em grupos de Ju-ventude Missionária. Será um óti-mo meio de formar novos líderes,com estilo e entusiasmo missioná-rios, para as nossas pastorais e, seDeus quiser, para que surjam, en-tre eles, novos missionários paraos cinco continentes. Não é issoque a Igreja de Aparecida está pre-

gando e querendo com urgênciapara o continente americano?

Ai vai, portanto, o convite acada paróquia e a seus assesso-res da Infância que, por váriosmotivos já não estão mais atuan-do, para que assumam o compro-misso de resgatar esses jovens,que já foram suas crianças na IMe, com eles, tomar conhecimentoda Obra da Juventude Missionária,que, até agora, não foi implanta-da em nossa Arquidiocese.

Por Miriangela "Leka" Paim

IDE EANUNCIAI!

“O Espírito do Senhor está sobre mim, por-

que ele me ungiu e enviou-me a anunciar a

Boa Nova aos pobres” (Is 61,1)

Endereços úteis

Coordenadora da Infânciae Adolescência Missionária -IAM: Dalva (48) 8411-3896

Secretária da IAM - Maria

Aparecida - Cida (48) 3342-

1886

Divulgação/JA

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

O Ano Sacerdotal pretende apresentara beleza do ministério presbiteral e des-pertar novas vocações sacerdotais”

SOLIDARIEDADESe nós não soubermos nos so-

correr uns aos outros, haverá umacrise muito pior do que a crise eco-nômica que afetou o mundo. Senão soubermos nos socorrer unsaos outros com amor, os homensjá não se preocuparão tanto comas gigantescas geleiras que derre-tem, mas verão, estupefatos, asgeleiras muito maiores da indife-rença, do comodismo, do desamortomarem conta do planeta, trans-formando-o num enorme emara-nhado e, não mais, numa socieda-de. Porque na sociedade todos so-mos sócios, e na falta de solidarie-dade e de amor ninguém é de nin-guém. É cada um por si. E longe denós pensar que, então, se é cadaum por si, Deus será por cada um...

SOLIDARIEDADE 2Quando não se é solidário, não

se é feliz; quando se é solidário, aalegria, dom de Deus, vem passe-ar e fica morando em nosso cora-ção. Quanto mais a gente se dá,mais se é feliz; quanto mais se vaiao encontro do irmão, tanto maisDeus vem ao nosso encontro!

DAR E TIRARDisse alguém: "O que Deus

tem para me dar, ninguém tira; oque Ele quer me tirar, ninguémpoderá me dar!".

FELICIDADEPequenos momentos de felici-

dade verdadeira constroem nocoração grandes 'árvores' que,como artérias, levam o sangue daalegria a toda a nossa vida. Sãoárvores em que, como na infân-cia, podemos pendurar os balan-ços que nos levam para o alto,sem nos preocupar tanto com asdescidas, porque elas tambémfazem parte da felicidade de viver.

FELICIDADE 2Viver em paz, amando os

seus, procurando servir os ir-mãos, sem se preocupar em ter,mas em ser: boa fórmula para afelicidade! Ela se encontra naspequenas-grandes coisas davida. E, na maioria das vezes,senão sempre, depende de nóstransformar as pequenas boascoisas da vida na vida que vive-mos.

MÃOSPerguntaram

à anciã quasecentenária: “Deque canto a se-nhora mais gostapara o ofertó-rio?”. Ela respon-deu: “De mãosestendidas”. Ecompletou: “Por-que quando agente está demãos estendidas,elas estão longedo corpo e não dápara reter nada!”.

Divu

lgaçã

o/JA

Neste ano, a Arquidiocese ce-lebra o Ano Vocacional e, atenden-do à convocação do Papa BentoXVI, a Igreja celebra o Ano Sacer-dotal. Para falar um pouco sobreessas duas convocações, conver-samos com o Pe. Vânio da Silva,coordenador arquidiocesano daPastoral Vocacional. Em entrevis-ta, ele fala sobre os eventos pro-gramados para o ano, sobre o quefazer para despertar novas voca-ções para a vida presbiteral, doscaminhos que deve seguir um jo-vem que sente o chamado, e dei-xa uma mensagem aos voca-cionados.

Jornal da Arquidiocese - Neste

ano, a Igreja está celebrando o Ano

Sacerdotal e a Arquidiocese tam-

bém celebra o Ano Vocacional.

Qual é o objetivo de unir essas duas

convocações?

Pe. Vânio - O Papa Bento XVIsurpreendeu a Igreja, no dia 16 demarço deste ano, convocando umAno Sacerdotal para celebrarmosos 150 anos da morte de São JoãoMaria Vianney, padroeiro de todosos padres do mundo. Bem antes,em setembro do ano passado,nossa Arquidiocese tinha decidi-do celebrar um ano vocacional.Com a convocação do Papa, o Ar-cebispo decidiu unir as duas inici-ativas que tinham objetivos seme-

Pe. Vânio da SilvaDuas celebrações têm o mesmo objetivo, desper-tar vocações: o Ano Vocacional, na Arquidiocese,

e o Ano Sacerdotal, em toda a Igreja.

lhantes. Os objetivos do Ano Sa-cerdotal são: apresentar a belezae importância do ministériopresbiteral; e despertar novas vo-cações sacerdotais.

JA - A celebração do Ano Sacer-

dotal foi aberta no dia 19 de junho,

com os padres da Arquidiocese reu-

nidos no Santuário de Azambuja.

Que outros eventos estão previstos?

Pe. Vânio - Realmente, no dia19 de junho tivemos uma belamanhã de encontro e oração naabertura do Ano Sacerdotal, noSantuário de Azambuja. Naquelemesmo dia, todas as paróquiasrealizaram momentos de adora-ção ao Santíssimo Sacramento euma missa especial de aberturado Ano Sacerdotal. Agora, cadacomarca pastoral está preparan-do um evento alusivo. Acontece-rão peregrinações a Santuários,shows musicais, gincanas comcrismandos, etc. Teremos a roma-ria do clero para o Santuário deAparecida, as cartas de DomMurilo para os jovens, as famíli-as e as crianças sobre o tema dasvocações e, no próximo ano, osegundo Congresso VocacionalArquidiocesano. Além dessas ati-vidades, muitas outras estarãoprevistas e podem ser conferidasno site do ano sacerdotal(www.anosacerdtoal.org.br). Con-

tudo, mais importante que oseventos especiais, são as peque-nas iniciativas diárias para tornarcada atividade pastoral um ser-viço à promoção de todas as vo-cações necessárias à vida daIgreja. Chegou a hora de fazer-mos da pastoral vocacional a vo-cação de toda pastoral.

JA - O senhor coordena a Pasto-

ral Vocacional na Arquidiocese. O

que fazer para despertar nos jovens

o interesse pela vida religiosa?

Pe. Vânio - A experiência daigreja diz que os dois meios maisimportantes na pastoral voca-cional são: a oração confiante e

perseverante de todas as comu-nidades pelas vocações e o teste-munho alegre e fiel dos pres-bíteros, religiosos e religiosas. Es-peramos que neste Ano Sacer-dotal todas as comunidades es-tejam de joelhos pedindo pelasvocações, e que todos os padresredescubram a alegria do própriochamado para terem a coragemde chamar.

JA - Hoje, quais os caminhos

que um jovem que sente o chama-

do deve seguir?

Pe. Vânio - Um jovem que sen-te o chamado para a vocação sa-cerdotal ou religiosa deve cultivar

a oração pessoal e participar ati-vamente da vida de sua comuni-dade paroquial; deve falar com opadre ou as religiosas de sua pa-róquia e contar o que está sentin-do; e procurar o seminário ou ascasas religiosas para participardos encontros de discernimentovocacional. A partir desse períodode discernimento, cada seminárioou casa religiosa vai apresentar aojovem o caminho mais adequadopara que ele responda ao chama-do de Jesus.

JA - Diz-se que a tendência atu-

al são as vocações maduras (ou

tardias), pessoas com mais idade

que têm a vocação despertada.

Há algum trabalho diferenciado

para seguir essa tendência?

Pe. Vânio - Os jovens mais ma-duros que sentem o desejo de en-trar no seminário são acompanha-dos pelos seus párocos e pela pas-toral vocacional e depois encami-nhados para o Seminário Prope-dêutico, que é a instituiçãoformativa responsável pelas voca-ções adultas.

JA - Que mensagem o senhor

deixa para aqueles jovens que

sentem o chamado para a vida

religiosa ordenada?

Pe. Vânio - Eu sou muito felizcomo padre. Tenho a alegria de serum consagrado para a salvação domundo. Por isso, se algum jovemestá sentindo o chamado para serpadre ou religioso/a eu só possodizer: o que você está esperandopara dizer o seu sim? Nada podeser mais belo e importante na vidado que responder ao chamado queo Senhor Jesus nos faz.

14 Vida Presbiteral Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

ORGULHOEm quantos para-choques de

caminhão já vi escrito que "o or-gulho a terra come"! Como o Solpoderia orgulhar-se de iluminar odia se, à noite, ele se esconde?Como o oceano poderia orgulhar-se de sua vastidão se o Senhor"doma o orgulho do mar e acal-ma as ondas quando elas se ele-vam"? (Sl 88,10). Orgulho: difícilnão tê-lo; melhor não possuí-lo!

CRUZOlho para a cruz e nela Te

vejo, Senhor. Mas, por que estásaí? Porque eu estou aqui. Tu, otrês vezes Santo, pregado comoum malfeitor; eu, o grande peca-dor, solto como um homem debem. "Na cruz, os meus pecados;em Ti, o horror por eles" (CardealNewman).

CAIRPaulo caiu quando não estava

em Ti; depois que passou a viverem Ti e por Ti, não caiu mais, pois"não caem aqueles de quem Cris-to é a altura" (Santo Agostinho).

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Há pensamentos que constro-em e outros que destroem; há osque nos deixam felizes e os quenos trazem preocupações. Lutaárdua, a de domesticá-los. Oschineses advertem: “Atenção ao

PENSAMENTOque pensas, está na raiz do quefazes”. É preciso fazer “sentir ochicote aos meus pensamentos"(cf. Eclo 23,2). Devo ser seu car-rasco, quando preciso, antes queeles se tornem os meus!

Os braços foram feitos para acolher; o coração, para amar!

BRAÇOS

Foto

JA

Pe. Vânio coordena a Pastoral Vocacional na Arquidiocese

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis 08/09

Jornal da Arquidiocese Agosto 2009

15Geral

Divu

lgaçã

o/JA

O presídio de Tijucas foi cons-truído para abrigar 120 presos,mas “abriga” atualmente cerca de340. Ainda assim é consideradomodelo no Estado. Para atenderessa população carcerária cres-cente, em junho de 2007 foi cria-da a Pastoral Carcerária (PCr). Umgrupo de 10 voluntários realiza vi-sitas semanais aos presos, todasas tardes das quintas-feiras.

O trabalho surgiu após a Ir.Lucenira Hillesheim participar doCurso de Formação da PCr reali-zado pela EMAR, em 2007. “Isso,também atendendo aos pedidosinsistentes do Pe. Ney”, disse aIrmã, referindo-se ao Coordena-dor arquidiocesano da Pastoral.

Nas visitas semanais, os vo-luntários procuram refletir com ospresos o evangelho do dia, anima-dos com violão, com cantos e ora-ções. E sempre terminam compalavras de fé e esperança, coma oração do Pai Nosso de mãosdadas e o abraço da paz. “Rezan-do com eles, cantando, partilhan-do a vida, como também ouvindo-os, a PCr quer ser presença deIgreja no meio dos nossos irmãose irmãs presos”, disse Ir. Lucenira.

Cerca de 20% da populaçãocarcerária masculina participados encontros promovidos pela

Pastoral resgatadignidade dos presos

Trabalho iniciou há dois anos e já colhe bons frutos no presídio de Tijucas

Pastoral e cerca de 80% das mu-lheres. Mas os que participamacabam ‘contaminando’ positiva-mente os outros. Eles apreciammuito a presença dos voluntários.Quando não vão (problemas inter-nos no presídio), são cobrados. Aadministração penitenciária tam-bém aprecia. Quando é permitidaa sua entrada, são pelo menos 15dias sem problemas entre presos.

Hoje há Grupos Bíblicos emFamília sendo formados no presí-

dio. Mas eles só se reúnem com apresença dos voluntários. Sozi-nhos, são constrangidos pelos ou-tros presos. São realizadas celebra-ções periódicas no presídio. Atra-vés do diácono Reinaldo Poggettidos Santos, de Tijucas, a cada doismeses há a celebração da Palavra.O Pe. Gervásio Fuck, pároco deTijucas, também atende a confis-sões na Páscoa e Natal, e sempreque solicitado vai ao presídio.

Necessidadesemergênciais

Além do trabalho de evangeli-zação, a PCr se preocupa em aten-der as necessidades mais urgen-tes dos presos. Constantementesão realizadas campanhas de ar-recadação de material de higiene:sabonetes, pasta de dente e esco-vas, além de roupas e calçados,que são repassados aos detentos.Também se arrecadam jornais erevistas, para que os presos reali-zem trabalhos artesanais. As cam-panhas são realizadas em Tijucas,São João Batista e Porto Belo. Hámotivação nas paróquias e a res-posta da comunidade é bastantepositiva.

O trabalho caminha bem, masainda encontra alguma resistên-cia dos presos. “Nossa intençãoé também prestar auxílio às fa-mílias, mas talvez por vergonhaou por preservação, eles não pas-sam os endereços”, disse IrmãLucenira. A pastoral também estábuscando participar do Conselhoda Comunidade, previsto pelaLEP (Lei de Execução Penal).

As Comarcas de Biguaçu eItajaí realizaram no mês de ju-lho os seus encontroscomarcais celebrativos do AnoCatequético. Com o tema“Catequese, caminho para odiscipulado”, cada comarcacontou com um assessor quetrabalhou os quatro temas quecompõem o texto-base do Ano:Jesus Cristo; a Palavra de Deus;a Eucaristia; e o ser e a missãodo Catequista.

Na Comarca de Biguaçu, oencontro foi realizado no dia 05de julho, na Comunidade Ven-daval, pertencente à paróquiaSão João Evangelista, emBiguaçu. Mais de 400 lideran-ças da Igreja estiveram reuni-

Comarcas celebramo Ano Catequético

As comarcas de Biguaçu e Itajaí realizarama celebração no mês de julho

das. Durante o dia, os partici-pantes contaram com a asses-soria da Irmã Meri Hammes,catequista franciscana.

Na Comarca de Itajaí, maisde 400 lideranças estiveram reu-nidas na Paróquia São Vicente.O encontro, realizado no dia 12de julho, contou com a assesso-ria da Irmã Luzia Pereira, tam-bém catequista franciscana.

Segundo Irmã Marlene, co-ordenadora arquidiocesana deCatequese, os encontros forammuito positivos. “Todas as paró-quias estiveram presentes, ascelebrações foram bastante ani-madas e participativas, e os te-mas foram muito bem aborda-dos”, avaliou.

Igreja no Brasil e no MundoIgreja no Brasil e no MundoIgreja no Brasil e no MundoIgreja no Brasil e no MundoIgreja no Brasil e no Mundo

O Pontifício Conselho daPastoral para os Migrantes e osItinerantes escreveu uma men-sagem para o 30° Dia Mundialdo Turismo, que vai se realizarno próximo dia 27 de setembro.

O organismo vaticano res-salta no texto que o turismooferece ocasiões de diálogo econhecimento e não pode pres-cindir da ética da responsabili-dade e do respeito pela diver-sidade. Com o tema “O turismo,celebração da diversidade”, oevento pretende ressaltar queo turismo é um convite a nãose fechar na própria cultura,mas a se abrir às outras e con-frontar-se com diferentes ma-neiras de viver e pensar".

Segundo a mensag em, a di-versidade é um fator positivo e

Pontifício Conselho escrevemensagem pelo Dia do Turismo

não impede as culturas e as reli-giões de se aproximarem cadavez mais, fazendo brotar um au-têntico desejo de paz. Infelizmen-te existem ainda hoje “incompre-ensões e preconceitos profunda-mente arraigados, que levantambarreiras e alimentam divisões”,afirma o documento.

A mensagem do PontifícioConselho da Pastoral para osMigrantes e os Itinerantes ressal-ta que é urgente o compromissode transformar a discriminação,a xenofobia e a intolerância emaceitação, percorrendo os cami-nhos do respeito e do diálogoconstrutivo. Nesse contexto, aIgreja tem a importante tarefa,seguindo a convicção de Paulo VIna Encíclica “Ecclesiam suam”,de dialogar com o mundo.

Na última Assembleia Geralda CNBB, que aconteceu emabril, em Itaici (SP), os bisposaprovaram o projeto permanenteda Semana Missionária para asIgrejas Católicas na Amazônia.

A partir de outubro deste ano,a Comissão para a Amazônia or-ganizará todos os anos uma Se-mana Missionária em âmbitonacional. Neste ano, a Semanaacontece entre os dias 25 e 31de outubro. Segundo a assesso-ra da Comissão, irmã Maria IreneLopes dos Santos, o projeto pre-tende envolver a Igreja no Brasil

Semana Missionária para Amazôniade diversas formas. “O projetovisa a envolver a Igreja fazendocom que os leigos entendam aimportância da Amazônia para oBrasil e para o mundo. Aspectosecológicos, ambientais, econô-micos, políticos e, sobretudo, osvoltados para a evangelização".

“Queremos que esta iniciati-va seja uma oportunidade paraque todo o povo de Deus possase engajar cada vez mais naação evangelizadora da Igreja noBrasil”, afirmou o presidente daComissão para a Amazônia, DomJayme Henrique Chemello.

“Sábias, oportunas e ilumina-doras são as palavras do SantoPadre, que reitera o desenvolvi-mento como uma vocação hu-mana. O desenvolvimento pode-rá ser plenamente atingido seforem respeitados os princípiosque consideram o ser humanouma criatura predileta de Deus,revestida de uma dignidade quenão pode ser sacrificada pelasleis econômicas.”

Foi o que disse o presidenteda Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB), Dom Geral-do Lyrio Rocha, comentando aencíclica do Papa Bento XVICaritas in Veritate. A Igreja prestaseu serviço à humanidade e cha-

Presidente da CNBB comenta aencíclica Caritas in Veritate

ma a atenção sobre o risco de umdesenvolvimento centralizado emsi mesmo, que não respeita o serhumano. “Nesse sentido, disseainda Dom Geraldo, o Papa recor-da a função imprescindível do Es-tado em garantir a liberdade reli-giosa como condição também dedesenvolvimento”.

O presidente da CNBB espe-ra que a encíclica “inspire ospaíses em sua irrenunciávelbusca de caminhos em prol daresolução da crise econômica,em vista de um desenvolvimen-to que coloque no centro a pes-soa humana, sobretudo os po-bres, defenda a vida e elimineas desigualdades”.

Voluntários da Pastoral Carcerária, liderados pela Irmã Lucenira (centro),realizam visitas semanais aos mais de 350 detentos do presídio de Tijucas

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A dança criando cidadãosO Fundo Arquidiocesano de

Solidariedade (FAS) foi criadopara apoiar financeiramente pro-jetos sociais e de geração de tra-balho e renda. O Fundo é com-posto por 60% da Coleta da Soli-dariedade, contribuição que osfiéis fazem durante a celebraçãodo Domingo de Ramos (os outros40% são encaminhados à CáritasNacional). Neste ano, 17 projetosjá foram contemplados com osrecursos. Outros estão sendoavaliados pela comissão. Um de-les é o curso de Balé Clássico eModerno para formação integral.

O projeto iniciou há dois anosno Monte Cristo, uma comunida-de empobrecida da região conti-nental de Florianópolis. AmaraMartino, instrutora formada embalé na Escola Nacional de Dan-ça de Buenos Aires e em Expres-são Corporal, já lecionava volun-tariamente para as crianças nascasas. Recebeu o convite para le-var seu trabalho a um espaço naigreja local e hoje atende a 80 jo-vens, de 5 a 18 anos, sem limitede idade, dois dias da semana.

Nas segundas e sextas-feiras,das 18h30 às 20h, elas aprendemtécnicas de dança. “A base é obalé, mas também ensinamos ex-pressão corporal, técnicas de cons-ciência corporal, rítmica e percus-são”, disse Amara. Segundo ela, osparticipantes aprendem dança desalão, italiana, gauchesca, forró,hip hop, quadrilha, dança clássica

Através da dança, os participantes melhoram seus desempenhos escolares e a convivência familiar

e outros ritmos podem ser incor-porados, “desde que não sejamofensivos”, salienta.

A maioria dos participantesestá há pouco tempo. Mas já sepercebem melhoras no rendi-mento de cada um. Já realizaramaté algumas apresentações. “Adança contribui para o físico,emocional, melhora a concentra-ção, a disciplina, a consciênciado espaço e do tempo. Assim, háreflexos diretos na convivênciafamiliar e nos estudos”, afirma ainstrutora de dança.

Com o valor de R$ 4 mil rece-bidos do FAS, serão colocadosespelhos nas paredes, o que fa-cilitará o aprendizado, já que po-

derão observarseus própriosmovimentos, etapumes sobre opiso, o que per-mitirá realizarexercícios sem apreocupação decair.

Braço socialdo Centro

LoyolaAs aulas de

dança são mi-nistradas naigreja NSra Apa-

Foto

JA

Orientadas pela experiente professora de balé, meninas fazem exercí-cio em uma sala da igreja. Recursos do FAS vão melhor equipar o local.

16 Geral Agosto 2009 Jornal da Arquidiocese

recida e São Geraldo, pertencen-tes à Paróquia da Coloninha. Acapela se tornou o braço socialdo Centro Loyola - Amar e Servir.Desde 2004, quando foi criadoem Florianópolis, o Centro ofere-ce cursos de Bíblia e Espiritua-lidade em parceria com o Institu-to Teológico de Santa Catarina -ITESC.

Desde o início de suas ativi-dades, o Centro Loyola manteveuma relação estreita com a co-munidade. Logo em seguida, em-preendeu a construção da atualcapela e, depois, de um prédioanexo para a realização de en-contros e cursos. Hoje no local,além das aulas, o Centro mantémuma secretaria, oferece cursosde informática, música e encon-tros de grupos de idosos.

“Todos são realizados em par-ceria com outras instituições”, in-formou Elaine Schweitzer Clau-mann, coordenadora administra-tiva do Centro Loyola. Segundoela, a intenção é no futuro próxi-mo instalar uma biblioteca aber-ta à comunidade no mesmo local.

Para mais informações sobre oprojeto ou sobre o Centro Loyola,entre em contato pelo fone (48)3234-2449 ou pelo [email protected].

A Pastoral da Criança estárealizando formação nas paró-quias da Arquidiocese. A forma-ção é continuada e está sendorealizada em todas as paróqui-as onde a Pastoral atua. A últi-ma paróquia a concluir a forma-ção foi a Paróquia Nossa Senho-ra da Boa Viagem, em Florianó-polis. Por dois meses, a equipe decoordenação realizou a formaçãodo Guia do Líder para as voluntá-rias que atuam na paróquia.

O trabalho consiste emorientá-las quanto à abordagemàs famílias, ensinar as mães oscuidados com seus filhos, na ali-mentação, na saúde, e ver seas crianças estão na escola. En-sinam a preparar o multimis-tura, que é dado às crianças queestão abaixo do peso.

“É uma formação dentro dasnormas já consolidadas da Pas-

Pastoral da Criança ofereceformação para líderes

toral da Criança e que auxilia osvoluntários em suas atividadescotidianas", disse Neli NagataNobre, coordenadora da Pasto-ral da Criança na Arquidiocese.Segundo ela, a formação podelevar até dois meses, dependen-do da disponibilidade dos volun-tários. Além da formação doGuia do Líder, a Pastoral tam-bém oferece capacitação paraorganizar hortas caseiras e as-sim cultivar alimentos, bemcomo cozinha alternativa, paramelhor aproveitar os alimentos.

A Pastoral da Criança estápresente em 19 paróquias daArquidiocese e em 60 comuni-dades. São mais de 2600 cri-anças atendidas e 300 gestan-tes. Os interessados em rece-ber a formação devem entrarem contato com Neli Nobre,pelo fone (48) 9907-5576.

No dia 29 de agosto, a Comis-são Arquidiocesana para o Ecu-menismo e o Diálogo Inter-Reli-gioso - CADEIR, promoverá o 2º En-contro de Representantes Paro-quiais. Realizado na Paróquia SãoJoão Evangelista, em Biguaçu, oevento terá início às 13h30min,com término previsto para as 18h.Todos são convidados.

O Encontro deste ano, com aparticipação de dois ou três re-presentantes por paróquia, deve-rá contemplar, especialmente, oestudo do texto-base da Campa-nha da Fraternidade Ecumênicade 2010, que tem por tema: “Eco-nomia e Vida” e por lema: “Vocêsnão podem servir a Deus e aoDinheiro” (Mt 6,24).

O principal objetivo é incentivar

Encontro reúne liderançasparoquiais do Ecumenismo

e capacitar os agentes promotoresdo Ecumenismo e do Diálogo Inter-Religioso, partilhando as iniciativasjá existentes e aprofundando aespiritualidade do diálogo dentrodo pluralismo das Igrejas Cristãs edas Tradições Religiosas.

“A partir da organização de Co-missões Paroquiais, busca-se de-senvolver a dimensão ecumênicanos níveis comarcais e dioce-sano”, disse Celso Loraschi, coor-denador da Pastoral na Arquidio-cese. Segundo ele, todos os ser-viços pastorais e movimentos sãochamados a assumir esta dimen-são, pois “a relação com os irmãose irmãs batizados de outras Igre-jas e comunidades eclesiais é umcaminho irrenunciável para o “dis-cípulo missionário”.

Participantes também têm aula de Hip Hop e muitosoutros estilos “desde que não sejam ofensivos”