jornal da arquidiocese de florianópolis fevereiro/2012

16
Veja a lista das transferências dos padres PÁGINA 05 Encontro Nacio- nal reúne Pasto- ral da Juventude PÁGINA 07 Instituto de leigas consagradas celebra 40 anos PÁGINA 15 Irmão Joaquim, missionário da antiga Desterro, dedicou sua vida à caridade PÁGINA 11 Florianópolis, Jan/Fev de 2012 Nº 175 - Ano XVI Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br MEC aprova Faculdade de Teologia de Santa Catarina No ano em que o ITESC comemora seus 40 anos, curso de Teologia recebe aprovação. Matrículas para processo seletivo já estão abertas O Ministério da Educação e Cultura (MEC) credenciou a Faculdade Católica de Santa Catarina – FACASC, e reco- nheceu o curso de bachare- lado em Teologia. A institui- ção está abrindo o processo seletivo para os interessados, leigos e leigas. As matrículas vão de 01 a 10 de fevereiro, para 50 va- gas no turno da manhã. A pro- va de seleção será realizada no dia 12 de fevereiro, do- mingo, e as aulas já iniciam no dia seguinte. Saiba mais sobre o pro- cesso de reconhecimento, onde obter mais informações e uma breve história dos 40 anos do ITESC. PÁGINA 03 Evento de evange- lização reúne 4 mil em Camboriú PÁGINA 14 A Igreja Católica põe-se ao lado do povo em seu empenho pela saúde. Não é a primeira vez que a saú- de e, por extensão, a vida, tem-se tornado tema de uma Campanha da Frater- nidade. Neste ano, o objeti- vo é refletir sobre a saúde pública no Brasil. Para que todos tenham uma vida sau- dável, é preciso contar com o espírito fraterno e comu- nitário das pessoas na aten- ção aos enfermos e na mobilização geral para a melhoria do sistema público de saúde. Com um dos me- lhores sistemas públicos de saúde do mundo, o Brasil tem ainda muito a avançar. PÁGINA 04 SAÚDE PARA TODOS Tema do Mês Arquidiocese terá 25 novos diáconos A Escola Diaconal São Francisco de Assis realizou no dia 28 de janeiro a for- matura dos 35 candidatos a diácono que concluíram a 14ª turma: 25 de Florianó- polis e 10 de Joinville. O even- to contou com a presença de nosso arcebispo Dom Wilson, vários padres e diáconos, e familiares dos formandos. Essa foi a maior turma for- mada pela Escola em seus 40 anos de existência. Os candidatos a diácono ago- ra aguardam a definição da data para a ordenação. PÁGINA 09 ASA lança cartilha sobre Gestão de Risco e Desastres PÁGINA 10 Escola Diaconal concluiu a 14ª turma com a formatura de 35 candidatos a diácono Os 25 candidatos da Arquidiocese formados na 14ª turma posam para foto com o arcebispo Dom Wilson. “Os diáconos são um importante auxílio no trabalho apostólico nas comunidades”, disse nosso Arcebispo.

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 175, ano XV, Fevereiro/2012

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Veja a lista das

transferências

dos padres PÁGINA 05

Encontro Nacio-

nal reúne Pasto-

ral da Juventude PÁGINA 07

Instituto de leigas

consagradas

celebra 40 anos PÁGINA 15

Irmão Joaquim, missionário da antiga Desterro, dedicou sua vida à caridade PÁGINA 11

Florianópolis, Jan/Fev de 2012 Nº 175 - Ano XVI

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

MEC aprova Faculdade deTeologia de Santa Catarina

No ano em que o ITESC comemora

seus 40 anos, curso de Teologia

recebe aprovação. Matrículas para

processo seletivo já estão abertasO Ministério da Educação

e Cultura (MEC) credenciou a

Faculdade Católica de Santa

Catarina – FACASC, e reco-

nheceu o curso de bachare-

lado em Teologia. A institui-

ção está abrindo o processo

seletivo para os interessados,

leigos e leigas.

As matrículas vão de 01 a

10 de fevereiro, para 50 va-

gas no turno da manhã. A pro-

va de seleção será realizada

no dia 12 de fevereiro, do-

mingo, e as aulas já iniciam

no dia seguinte.

Saiba mais sobre o pro-

cesso de reconhecimento,

onde obter mais informações

e uma breve história dos 40

anos do ITESC.

PÁGINA 03

Evento de evange-

lização reúne 4 mil

em Camboriú PÁGINA 14

A Igreja Católica põe-seao lado do povo em seuempenho pela saúde. Nãoé a primeira vez que a saú-de e, por extensão, a vida,tem-se tornado tema deuma Campanha da Frater-nidade. Neste ano, o objeti-vo é refletir sobre a saúdepública no Brasil. Para quetodos tenham uma vida sau-

dável, é preciso contar como espírito fraterno e comu-nitário das pessoas na aten-ção aos enfermos e namobilização geral para amelhoria do sistema públicode saúde. Com um dos me-lhores sistemas públicos desaúde do mundo, o Brasiltem ainda muito a avançar.

PÁGINA 04

SAÚDE PARA TODOSTema do Mês

Arquidiocese terá 25 novos diáconos

A Escola Diaconal São

Francisco de Assis realizou

no dia 28 de janeiro a for-

matura dos 35 candidatos

a diácono que concluíram a

14ª turma: 25 de Florianó-

polis e 10 de Joinville. O even-

to contou com a presença de

nosso arcebispo Dom Wilson,

vários padres e diáconos, e

familiares dos formandos.

Essa foi a maior turma for-

mada pela Escola em seus

40 anos de existência. Os

candidatos a diácono ago-

ra aguardam a definição da

data para a ordenação.

PÁGINA 09

ASA lança cartilha

sobre Gestão de

Risco e Desastres PÁGINA 10

Escola Diaconal concluiu a 14ª turma com a formatura de 35 candidatos a diácono

Os 25 candidatos da Arquidiocese formados na 14ª turma posam para foto com o arcebispo Dom Wilson.“Os diáconos são um importante auxílio no trabalho apostólico nas comunidades”, disse nosso Arcebispo.

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen,

Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória

da Silva Luz, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578

- Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e

Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

No dia 11 de janeiro último foipublicada a nomeação de D.Lorenzo Baldisseri como secretá-rio da Congregação para os Bispos,na Santa Sé. Desde dezembro de2002 tem ocupado a função deNúncio Apostólico no Brasil. Ante-riormente, havia sido Núncio noHaiti, no Paraguai, na Índia e Nepal.

Nunciatura Apostólica – ONúncio Apostólico é o representan-te diplomático do Papa junto ao Es-tado Brasileiro, e também junto aIgreja no Brasil. Para quem não estáacostumado com esta terminologia,o Núncio faz a função do embaixa-dor. É responsável por todo o conta-to diplomático entre o Estado doVaticano e o Estado brasileiro. Pelofato de ser o maior país católico, anunciatura do Brasil ganha impor-tância e tem um considerável volu-me de trabalho. Durante o períodoem que D. Lorenzo esteve no Brasilaconteceu a visita do Papa BentoXVI, a canonização de Santo Antô-nio Galvão, foi anunciada a realiza-ção da Jornada Mundial da Juven-tude no Brasil (2013). Em todos

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Unidade dos Cristãos:“Que todos sejam um”

não está ainda plenamente reali-zado. A vitória final só virá com asegunda vinda do Senhor, queaguardamos com esperança paci-ente. Também a nossa espera daunidade visível da Igreja deve serpaciente e confiante. Só assimencontram seu sentido pleno asnossas orações e o nosso compro-misso diário com a unidade doscristãos. A atitude de espera paci-ente não significa passividade ouresignação, mas uma respostapronta e alerta para qualquer pos-sibilidade de comunhão e defraternidade, que o próprio Senhornos dá. Tudo isso é motivo de gran-de esperança e alegria e deve en-corajar-nos a continuar nosso com-promisso de alcançar a linha dechegada juntos, sabendo que nos-so trabalho não é vão no Senhor(cf. 1 Cor 15,58). Amém.

O Bom Pastor chama suas ovelhas pelo nome

Na verdade, quando imploramoso dom da unidade dos discípulos,fazemos nosso o desejo expressopelo Senhor Jesus na sua oração aoPai: “Que todos sejam um” (Jo17,21). Por este motivo, a oraçãopela unidade dos cristãos não énada mais do que a participação narealização do plano divino para a Igre-ja, e o empenho decidido na restau-ração da unidade é um dever e umagrande responsabilidade para todosnós. Mesmo sofrendo ainda a situa-ção dolorosa da divisão, nós, cris-tãos, podemos e devemos olharpara o futuro com esperança, poisa vitória de Cristo, que cantamos,significa a superação de tudo o quenos impede de compartilhar a ple-nitude da vida com Ele e com osoutros. Unidos em Cristo, somoschamados a partilhar a sua missão,que é a de levar esperança ondedomina a injustiça, o ódio e o de-sespero. Nossas divisões tornammenos brilhante o nosso testemu-nho de Cristo. A meta da plena uni-dade, que aguardamos com espe-rança ativa e pela qual rezamoscom confiança, é uma vitória nãosecundária, mas importante para obem da família humana.

Embora tenha irrompido defini-tivamente na história com a ressur-reição de Jesus, o Reino de Deus

“O Bom Pastor chama suas

ovelhas, cada uma pelo nome, eas conduz para fora” (Jo 10,3). Achamada pelo nome é um raio deluz que ilumina as profundidadese as extensões desconhecidas daexistência humana (Basílio deIviron, Pai do Deserto). Mesmo naexperiência humana, quando apessoa amada nos chama pelonome, todo o nosso ser se revolveem alegria, emoção e confiança.

Quando Deus nos chama pelonome, as profundidades de nossoser conseguem captar toda a bele-za da existência, todos os sons ecores do universo, a beleza de cadaser também chamado pelo nome.Nosso nome, na boca divina, nosliberta do mal à medida em que nostorna capazes de ver nosso valor. Odemônio não conhece nosso nome,razão pela qual não atinge aquelesque ouvem a voz do Senhor.

O batismo – o Pai

nos chama de filhos

O Pai se dirige ao Senhor comoFilho, pois esse é seu nome:”Esse

é o meu Filho amado” (Mt 3,17:Batismo), “Este é o meu Filho

amado. Escutai-o” (Mc 9,7: Trans-figuração). Também nós, que par-ticipamos da vida de Cristo, so-mos chamados de filho: “Esse

meu filho voltou”; “Filho, tu estássempre comigo e tudo o que é

meu é teu” (Lc 15, 24.31).A liturgia batismal, que é

pascal, tem início com a pergun-ta: “Que nome escolhestes paravosso filho?”. Ao ser dado o nome,pede-se o batismo que iluminaráesse nome. Eternamente Deusnos chamará pelo nome de “fi-lho”. Mesmo que o abandonemos,o íntimo de nosso ser sofrerá ador da saudade: ouve o próprionome pronunciado por Deus, re-volvem-se suas vísceras, mas fe-cha-se ao amor que é dado, poisescuta o Pai chamando-o de “fi-lho”, mas não responde.

Após o batismo, com a vestebatismal, a vela acesa, segue o ges-to do “Éfeta”, abre-te. São tocadosos ouvidos e a boca do batizado ese proferem as palavras: “O Senhor

Jesus, que fez os surdos ouvirem eos mudos falarem, te conceda que

possas logo ouvir a sua palavra eprofessar a tua fé para louvor e gló-

ria de Deus Pai”. Pede-se que nos-sos ouvidos sejam abertos para quepossamos distinguir, entre tantas,a voz amorosa de Deus que noschama pelo nome. Pede-se quenossa boca seja aberta para quesaiba pronunciar o nome de Deus eo nome dos filhos de Deus. O batis-mo é o sacramento da identidadee da filiação.

Quanta ternura nessa palavra“filho”, quando escutada na hora do

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

pecado, da infidelidade. E quantaprivação vedarmos nossos ouvidoscom a cera do orgulho para nãoescutarmos mais a voz terna dequem nos está chamando de “filho”.

A solidão de uma

sociedade sem nome

Apesar de denominarmos cadacidade, lugarejo e povoado como“comunidade”, não deixam de serpovoados anônimos, onde a cadadia se implanta mais a solidão. Hápouco interesse em conhecermosas pessoas pelo nome, porque nãotemos interesse real em amá-las.

É grande a alegria de um velhi-nho, de uma criança, quando opadre-bom pastor os chama pelonome. Também na Igreja (palavraque significa assembléia, casa) seestabelece o anonimato e ironica-mente atingimos a perfeição decriar filhos e irmãos anônimos. Umdoente a quem o médico carinho-samente chama pelo nome sesente confiante, ingressa no pro-cesso de cura, pois o médico “sabemeu nome”. Talvez devido a essasmultidões com rostos e sem no-mes, nas quais nos incluímos, te-mos dificuldade de escutar o BomPastor nos chamando pelo nome,acabando por não conhecer a suavoz (cf. Jo 10, 3-4).

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Dom Lorenzo

fez muito pela

Igreja no Brasil.

Teve atuação

intensa tanto ao

interno da Igre-

ja como no

relacionamento

com o governo

brasileiro”.

O empenho deci-

dido na restaura-

ção da unidade é um

dever e uma grande

responsabilidade

para todos nós”.

Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da ArquidioceseOpinião2

estes eventos o papel do NúncioApostólico foi decisivo.

Nomeação dos Bispos –Uma das atividades da Nunciaturaao interno da Igreja no Brasil é a deconduzir o processo de nomeaçãodos novos bispos. Encarrega-se delevantar nomes de candidatos, pro-ceder às consultas e depois envia oresultado destas pesquisas para aSanta Sé que nomeia os novos bis-pos. No Brasil, a cada ano, são no-meados de dez a vinte novos bis-pos. Além disso, D. Lorenzo tinhauma grande disposição de fazer-sepresente nos acontecimentos davida das dioceses pelo Brasil a fora.Buscou com muito esforço mantercontato pessoal com os Bispos eatender as suas necessidades.

Acordo Brasil-Santa Sé – Tal-vez a obra de maior relevância napassagem pela Nunciatura do Brasilfoi a assinatura do Acordo entre Bra-sil e Santa Sé sobre o ordenamentojurídico da Igreja católica no Brasil.Empenhou-se com forte determina-ção para conseguir este objetivo.Pode-se dizer que foi o grande

articulador deste acordo. É a obra quemarcará definitivamente a sua pas-sagem pela Nunciatura do Brasil.

Por este documento o Brasil re-conhece oficialmente a presença daIgreja Católica no Brasil e a aceitacomo entidade que colabora com ogoverno brasileiro em tantos seto-res da vida da sociedade brasileira.Sobre o Acordo, ele próprio afirmou:“A assinatura do Tratado Internacio-nal entre Brasil e Santa Sé constituia reafirmação das relações existen-te entre o Brasil e a Santa Sé e aadequada e clara regulamentaçãoda significativa presença e contribui-ção da Igreja Católica para o progres-so, a harmonia e o bem comum daSociedade Brasileira”.

Secretário da Sagrada Con-gregação para os Bispos – D.Lorenzo foi nomeado secretário daCongregação para os Bispos. EstaCongregação é o órgão da SantaSé que acompanha o trabalho dosbispos nas dioceses pelo mundo.É responsável pela criação de no-vas dioceses, pela nomeação etransferência dos bispos. Também

segue de perto as atividades de-senvolvidas pelas ConferênciasEpiscopais e organiza a “visita adlimina” dos bispos. Trata-se da vi-sita aos túmulos dos apóstolos eao Santo Padre o Papa que os bis-pos realizam a cada cinco anos.

Reconhecimento – D. Lorenzofez muito pela Igreja no Brasil. Teveatuação intensa tanto ao interno daIgreja como no relacionamento como governo brasileiro. A aprovação doAcordo Brasil-Santa Sé foi um mar-co na vida da Igreja do Brasil e darelação entre os dois países. D.Lorenzo era também o decano en-tre os embaixadores credenciadosjunto ao governo brasileiro. Cabia aele em tantos momentos represen-tar os embaixadores em momentosoficiais junto ao governo brasileiro.Cabia também ao decano organizarencontros entre embaixadores, taiscomo a recepção ou despedida deum embaixador. Pelo serviço pres-tado a Igreja do Brasil expressamoso nosso agradecimento. Pedimosque Deus o cubra com suas bênçãosna sua nova atividade.

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Wilson Tadeu Jönck Arcebispo de Florianópolis

Dom Lorenzo Baldisseri

Bento XVI, 25/01/2012

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

FACASC é reconhecida pelo MECInscrições para processo seletivo de 2012 já estão abertas e vão até o dia 10 de fevereiro

O Ministério da Educação e Cul-tura (MEC) credenciou, no dia 30de dezembro, a Faculdade Católi-ca de Santa Catarina – FACASC, eno dia 24 de janeiro reconheceu ocurso de bacharelado em Teologia.O reconhecimento premia o Insti-tuto Teológico de Santa Catarina -ITESC, que agora passa a chamar-se de FACASC, no ano em que ini-cia o 40ª ano acadêmico. A insti-tuição está abrindo o processo se-letivo para os interessados em cur-sar Teologia (bacharelado). As ma-trículas vão de 01 a 10 de feverei-ro, para 50 vagas no turno da ma-nhã. A prova de seleção serárealizada no dia 12 de feverei-ro, domingo, e as aulas já ini-ciam no dia 13.

O Processo de Seleção irá cons-tar de uma Prova Dissertativa (Re-dação) e da apresentação de docu-mentação à escolha do candidato:ou Boletim Individual de Resultadodo ENEM; ou Histórico Escolar doEnsino Médio; ou Histórico Escolarde Curso Superior de Graduaçãoconcluído, reconhecido pelo MEC.Informações mais detalhadas so-bre o processo de seleção encon-tram-se no portal da instituiçãowww.facasc.edu.br ou pelo tele-fone: (48)3234-0400 Ramal 203.

Fo

to

JA

Reconhecimento do curso de teologia premia a instituição que há40 anos é a encarregada de formar o clero catarinense

O Curso de Teologia (Bacharela-do) que será praticado na FACASCseguirá, ao menos no cerne de suamatriz curricular, os parâmetros docurso livre de Teologia praticadopelo ITESC desde 1973. Nestes 40anos, o ITESC foi ganhando visibili-dade regional e nacional com seusprofessores, seus ex-alunos, e suarevista quadrimestral “EncontrosTeológicos”.

Até o final de 2011, haviam-sematriculado no curso livre de Teo-

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20123Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Uma Celebração Eucarís-tica, no dia 22 de fevereiro, às18h15min, na Catedral deFlorianópolis, marcará a aber-tura da Campanha da Frater-nidade de 2012, que temcomo tema “Fraternidade e

Saúde Pública”, e lema “Que a

saúde se difunda sobre a ter-

ra” (cf. Eclo 38,8).A celebração será presidida

pelo nosso arcebispo Dom Wil-son Tadeu Jönck. Ao final, serárealizada a imposição das Cin-zas. Antes, no mesmo dia, DomWilson concederá entrevistacoletiva à imprensa no Auditó-rio da Cúria Metropolitana, parafalar sobre a campanha.

Com a CF-2012, a CNBBpretende “refletir sobre a reali-dade da saúde no Brasil em vis-ta de uma vida saudável, susci-tando o espírito fraterno e co-munitário das pessoas na aten-ção dos enfermos, e mobilizar

Celebração abre CF-2012por melhorias no sistema públi-co de saúde” (Texto-Base).

Esta não é a primeira vez quea Campanha da Fraternidadeaborda a saúde pública. Já em1984, com o lema “Saúde paratodos”, suscitou a criação doSistema Único de Saúde, o SUS,que é teoricamente o melhorsistema público de saúde domundo, mas que pode e deveser melhorado.

logia do ITESC um total de 1190alunos. Em vista desse curso, oITESC investiu na qualificação docorpo docente, que atualmentechega a aproximadamente 20 pro-fessores, sendo que mais da me-tade deles têm o doutorado.

O reconhecimento do curso deTeologia estava sendo aguardadodesde setembro de 2010, quan-do três técnicos do MEC realiza-ram visita técnica para o proces-so de credenciamento.

Desde o dia 25 de novembroo Pe. João Francisco Salm é “Co-

ordenador da Cúria Metro-

politana”, encarregado da orga-nização e articulação dos diver-sos departamentos da Cúria, ga-

Pe Salm é o novo ecônomo da Arquidioceserantindo a ordem estrutural efuncional do organismo; tam-bém “Ecônomo Arquidioce-

sano”, com a responsabilidadede administrar os bens da MitraArquidiocesana. Ele assumiu afunção de ecônomo no lugar doDiácono Renato Ghellere, queesteve à frente do trabalho noúltimo ano.

Com 59 anos, Pe. Salm épresbítero há 32. Nesse tempo,ele atuou no Seminário deAzambuja e no Santuário, em

Brusque, por 12 anos, como for-mador e reitor. Depois assumiu oSeminário Teológico ConvívioEmaús, onde permaneceu por 17anos. Desde janeiro de 2009 atéinícios de fevereiro de 2012, atu-ava como pároco da ParóquiaSanta Teresinha, em Brusque. Em2011, com a posse de DomMurilo em Salvador, foi eleito Ad-ministrador Arquidiocesano, apartir do dia 29 de março, conci-liando as atividades de Pároco eAdministrador.

Pe. Salm (dir.) assume ocargo de Ecônomo emsubstituição do DiáconoRenato Ghellere, queesteve a frente do trabalhono último ano

Fo

to

JA

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

A opção pela

vida indica o

empenho para

que todos te-

nham saúde e

consigam “a

harmonia física,

psíquica, social

e espiritual”.

“Eu vim para que tenham

vida e a tenham em abundância”

(Jo 10,10). Foi para trazer vidapara todos que Jesus veio aomundo. Esse é o projeto de Deus-Pai: saúde e vida plena para to-dos. Já na Primeira Aliança, ossábios de Israel haviam percebi-do que a saúde faz parte do pro-jeto de Deus, e que os médicos,farmacêuticos e enfermeiros de-vem colocar sua ciência e habili-dade a serviço da cura e da vida,“para que todos tenham saúde”.Por isso, o sábio Jesus Ben Sirá,por volta de 190 aC, escreveu“que as obras de Deus não têmfim, e dele vem o bem-estar paraa terra”. Dessa frase, a Igreja Ca-tólica no Brasil tirou o lema daCampanha da Fraternidade des-te ano: “Que a saúde se difunda

sobre a terra” (cf. Eclo 38,8).

UMA OBRAPERMANENTE

No dizer do sábio, as obras deDeus nunca terminam. Atravésdas obras humanas da ciência eda técnica, a criação continua de-senvolvendo os efeitos da obrade Deus. “Deus providencia e co-loca à disposição da humanida-de todos esses dons e por meiodeles ‘a saúde se espalha sobrea terra’. O autor sagrado sugereque há colaboração entre Deus ea humanidade. Por isso não sedeve renunciar, nem menosprezaras conquistas alcançadas pela in-teligência humana, pois elas sãoobra de Deus e meios pelos quaiso Criador continua sua ação nomundo” (Texto-base, n. 164). A cri-ação de Deus só terminará quan-do todos os seres humanos tive-rem alcançado a vida plena prome-tida por Jesus, quando a saúde e avida se tiverem difundido por todaa terra. A vida que Jesus trouxe é avida plena e perpétua, como parti-cipação da vida divina. O ser hu-mano, por suas próprias forças,não tem como alcançar a vida divi-na. Ela é dom de Deus-Pai, que nosfaz seus filhos adotivos em seu Fi-lho unigênito Jesus Cristo, pela for-ça e poder do Espírito Santo. So-mos chamados a ser “participan-tes da natureza divina” (2 Pd 1,4).Essa é nossa vocação. Mas isso sóé possível porque, por primeiro epor pura iniciativa, Deus a partilhouconosco em Jesus Cristo, no anún-cio e início do seu Reino.

O Reino de Deus é a realiza-ção dos sonhos divinos, transfor-mados em sonhos humanos, emsuas três grandes condições. Háuma condição mínima, que sesintetiza no cuidado com a vidafísica, o bem-estar do corpo, aposse dos bens materiais neces-sários à integridade da existên-cia: comida, casa, trabalho, segu-rança, saúde etc. Sem essa con-dição mínima, o Reino de Deusfica sem base, sem chão. Como

ser feliz sem as condições míni-mas de vida digna? Mas isso nãoé suficiente. Há uma condiçãomédia, que se realiza no cultivodo espírito: diversão e arte, cultu-ra e lazer, liberdade de comuni-cação e locomoção, promoçãodos direitos humanos, pessoaise sociais, construção da cidada-nia, organização democrática,segurança e paz. De fato, de queadianta ter comida, se não hátranquilidade e paz? Mas, a pos-se de bens materiais e espiritu-ais ainda é pouco para a felicida-de humana. O ser humano temdentro de si um desejo de abso-luto, um vazio que só será preen-chido no encontro definitivo comDeus. Há, por isso, uma condiçãomáxima e última para a realiza-ção do Reino de Deus: a ressur-reição final, a posse dos bens eter-nos, a vida eterna, a convivência

Vida feliz é a satisfação de todas as dimensões humanas.

SAÚDE PARA TODOS4 Tema do Mês Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese

Arq

uiv

o JA

feliz no céu. A participação navida divina é o sonho de todo serhumano. Mesmo que muitos ne-guem conscientemente sua di-mensão religiosa e sua aberturapara o infinito, todos vivem bus-cando a maior felicidade que só

pode vir de Deus.

OPÇÃO PELA VIDA

Todo o projeto de Deus sinte-tiza-se na palavra vida. Essa é aobra permanente de Deus. Essaatração que Deus exerce sobrenós, para levar-nos ao absoluto,à plenitude, ao céu, vai realizan-do-se nas lutas e conquistas dosdireitos humanos em todas assuas dimensões. Por isso, a Igre-ja na América Latina fez opçãopela vida. O Documento deAparecida fez da vida a palavra-eixo de todas as suas reflexões edecisões. A opção pela vida “nosprojeta necessariamente para asperiferias mais profundas da exis-tência: o nascer e o morrer, a cri-ança e o idoso, o sadio e o enfer-mo” (DAp 417). A opção pela vidaindica o empenho para que todos

tenham saúde e consigam, à luzda morte e da ressurreição doSenhor Jesus, “a harmonia física,psíquica, social e espiritual” (DAp418). Vida feliz é a satisfação detodas as dimensões humanas.

Os bispos latino-americanosreconhecem e denunciam que “asaúde é um tema que move gran-des interesses no mundo”. OEvangelho do Senhor quer trazerpara o mundo da saúde um res-piro mais humano, aberto aotranscendente. Por causa da féno Cristo morto e ressuscitado, ahistória do cristianismo e, de cer-to modo, também a do Ocidente,só pode ser contada fazendomemória dos bons samaritanosque nestes dois mil anos vieramao encontro dos necessitados,trazendo saúde para todos.

O texto-base da Campanha daFraternidade deste ano diz: “Des-de os primórdios da Igreja, a cari-dade inspirou suas comunidadesao serviço dos adoecidos, pois acaridade como tarefa da Igrejaencontra uma prática especial-mente significativa no cuidadodos doentes. É bom frisar, no en-tanto, que a inspiração para esteserviço é o próprio Cristo” (Texto-base, n. 211).

SAÚDE PÚBLICA

A Igreja Católica põe-se aolado do povo em seu empenhopela saúde. Não é a primeira vezque a saúde e, por extensão, avida, tem-se tornado tema deuma Campanha da Fraternidade.Neste ano, o objetivo é refletirsobre a saúde pública no Brasil.Para que todos tenham uma vidasaudável, é preciso contar com oespírito fraterno e comunitáriodas pessoas na atenção aos en-fermos e na mobilização geralpara a melhoria do sistema pú-blico de saúde. Com um dos me-lhores sistemas públicos de saú-de do mundo, o Brasil tem aindamuito a avançar.

A experiência de qualquer ci-dadão brasileiro mostra como écomplicado o acesso público àsaúde. Rola muito dinheiro nomundo da saúde, mas nem sem-pre em favor dos verdadeiros ne-cessitados. Corrupção política,desvios de verba, omissão dopoder público, entre outros fato-res, impedem que a populaçãopossa viver tranqüila nesse cam-po. Ficar doente é um risco.

Por isso, “é necessário forta-lecer canais de participação efe-tiva da sociedade e de suas enti-dades representativas na formu-lação, implantação e controle daspolíticas públicas de saúde” (Tex-to-base, n. 256).

Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arquidiocese, Prof.

de Teologia e Diretor da FACASC

Email: [email protected]

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Seminaristas concluem curso de Teologia15 seminaristas concluíram a graduação em Teologia e aguardam avaliação para posterior ordenação

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20125Geral

O Instituto Teológico de Santa Catarinarealizou na manhã do dia 08 de dezembrouma Celebração Eucarística de ação de gra-ças pelo encerramento do ano letivo de2011. A missa, iniciada às 8h, foi presididapelo Pe. Vitor Galdino Feller, diretor, econcelebrada por padres professores doInstituto, e contou com a presença de pa-rentes e amigos dos estudantes.

Durante sua homilia, Pe. Vitor lembrouque naquele dia estávamos celebrando aImaculada Conceição de Maria. Segundoele, nas entrelinhas dos Evangelhos, a Igre-ja captou a grandeza do mistério de Maria.Após a Celebração, teve início o ato de for-matura dos acadêmicos de Teologia.

Pe. Vitor, como diretor do ITESC, presi-diu o ato. O seminarista Marlon Malacoski,da Diocese de Caçador, conduziu o juramen-to. Já o seminarista Kelvin Konz, daArquidiocese, em nome dos demais, fez o

pedido do certificado de conclusão do cur-so, o que foi concedido pelo Diretor. Cadaum dos formandos recebeu o certificadodas mãos de um dos professores.

Na sequência, Kelvin, como orador, fezo discurso. Ele lembrou os colegas que ini-ciaram o curso, 38, dos quais estavam con-cluindo. Também fez memória dos dois pro-fessores que faleceram no decorrer da for-mação: Pe. Sérgio Maykot e Pe. Carlos Ro-gério Groh.

No seu discurso de paraninfo da turma,Pe. Vitor alertou para os desafios que es-peram os novos bacharéis em Teologia.Nesse sentido, discorreu sobre a ética davida, o diálogo entre as religiões e a liberta-ção dos pobres. “Cultiva-se uma Igreja deresultados, não de provações, de cruzes.Estamos no século XXI, urgindo empenhar-nos por uma Igreja cada vez mais a serviçodo Reino de Deus”, disse.

Os formandos da Arquidiocese são:Kelvin Konz, 23 anos, Ewerton MartinsGerent, 24 anos; e Marcos Decker, 24 anos.A ordenação diaconal e, posteriormente,presbiteral depende ainda do escrutínio, pro-cesso em que é avaliada a conduta dos can-didatos. Eles aguardam, do Sr. ArcebispoDom Wilson, a indicação da data da ordena-ção diaconal, provavelmente conjunta.

Três são da ArquidioceseAté a ordenação presbiteral, eles reali-

zarão estágio nas paróquias. Everton fica-rá na Catedral; Kelvin na Paróquia SantaCruz, em São José; e Marcos na ParóquiaSão Joaquim, em Garopaba.

Mais fotos no site da Arquidiocese(www.arquifln.org.br), clicar em“Álgum de Fotos”.

Pe. Vitor, diretor do ITESC e paraninfo dos bacharelandos, falou dos desafios que enfrentarão

Marcos, Ewerton eKelvin aguardam o

resultado dos escru-tínios para depois

marcarem a data daordenação diaconal -

possivelmenteconjunta, e depois

a presbiteral

Foto JA

Foto JA

Arquidiocese de Florianópolis

Transferências para 2012

Párocos Religiososque assumem missão em 2012 na Arquidiocese de Florianópolis:

Vigários Paroquiais Religiososque assumem missão em 2012 na Arquidiocese de Florianópolis:

Uso de Ordens e a Faculdade

para Ouvir Confissões

Eis a relação de transferências dos Padres daArquidiocese neste início do ano:

Pe. Vitor Galdino Feller

Pe. João Francisco Salm

Pe. Revelino Seidler

Pe. José Henrique Gazaniga

Pe. Valmir Debarbi

Pe. Carlos André Paixão

Pe. Alcides Albony Amaral

Pe. Pedro Paulo Alexandre

Pe. Hélio Tadeu Luciano deOliveira

NOME NOVA FUNÇÃO FUNÇÃO ANTERIOR

Vigário Geral

Administrador Econômico

Coordenador de Pastoral

Pároco Santa Teresinha, Brusque

Pároco São João Batista - Itajaí

Pároco Porto Belo

Formador Seminário Azambuja

Administrador Paroquial MonteVerde - Florianópolis

Vigário na Paróquia São JoãoBatista, Tijucas

Coordenador de Pastoral

Pároco SantaTeresinha, Brusque

Pároco Porto Belo

Pároco São João Batista, Itajaí

Vigário Tijucas

Formador Seminário Azambuja

Pároco Monte Verde,Florianópolis

Vigário Catedral - Florianópolis

Fazendo Doutorado em Bioética,em Roma

PÁROCO PARÓQUIA FUNÇÃO ANTERIOR

Pe. Frei João Maria dos Santos,OFM

Pe. Jair Rodrigues Costa, SCJ

Pe. Isidoro Paula da Silva, SDB

Paróquia Santo Antônio

Paróquia S.Luís Gonzaga

Paróquia São João Bosco

Florianópolis

Brusque

Itajaí

VIGÁRIO PARÓQUIA FUNÇÃO ANTERIOR

Pe. Elói Comper, SCJ

Pe. Wanderley Calça, FDP

Pe. Frei Luiz Roberto SilvestrePortela, OFMCap

Pe. Frei Carlos Alberto David,OFMCap

Paróquia S.Luís Gonzaga

Paróquia de São José

Paróquia Santíssima Trindade

Paróquia Santíssima Trindade

Brusque

São José

Florianópolis

Florianópolis

USO DE ORDENS PARÓQUIA LOCAL./MUNICÍPIO

Pe. André Borges da Silva, SCJ

Pe. Geraldo Pereira D’Ávila, SDB

Pe. Edvaldo Nogueira da Silva,SDB

Diác. Frei Vanderley Grassi, OFM

Casa Padre Dehon

Colégio Salesiano

Parque Dom Bosco

Paróquia Santo Antônio

Brusque

Itajaí

Itajaí

Florianópolis

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

SALMO 60(59):SÚPLICA COLETIVA

Este salmo tem uma estrutu-ra bastante clara, como súplicaapaixonada de um profeta, de umrei, que não temos como identifi-car. O salmo não antecipa a açãode graças, mas, em compensação,é marcado por um oráculo vigoro-so (vv. 8-10), que encontraremostambém no centro de outro sal-mo, o Sl 107 (106). No oráculo,Deus se apresenta como o verda-deiro senhor do país devastado.Afinal, essa terra tem dono, e Ele,o Senhor, garante a confiança ex-pressa no final.

Tu nos rejeitaste!

3. Ó Deus, tu nos rejeitaste,dispersaste nossas fileiras; /estavas irado, volta para nós.

4. Sacudiste a terra e a fen-deste: / repara as suas fendas,pois ela desmorona.

5. Infligiste ao teu povo du-ras provas, / fizeste-nos bebervinho atordoante.

Sob os efeitos de uma derrotamilitar, o salmista começa comuma acusação direta a Deus, nov. 3, acusação que é também umaqueixa e se encerra com o pedi-do: volta para nós! A derrota, de-vastadora, é comparada a um ter-remoto (v. 4), real ou simbólico,como elemento teofânico da açãode Deus. E esse povo, a quem Eleinfligiu duras provas (v.5), é o “teupovo”, teu parceiro, teu aliado,não teu inimigo! O “vinhoatordoante” é o do “cálice da ira”que aparece em outros textoscomo Is 51,17: “Bebestes da mãodo Senhor o cálice da sua ira”...

Salva-nos!

6. Aos que te temem, po-rém, deste um sinal, / para es-caparem dos arcos.

7. Para que teus amigossejam libertados, / salva-noscom a mão direita e responde-nos.

Numa transição para o orácu-lo a seguir, o salmista alude a um“sinal”, como a uma bandeirapara congregar “os que te te-mem”, e eles poderem “escapardos arcos” do inimigo. Numa lei-tura cristoló-gica, poderíamos veraí a “bandeira” de Is 11,10 ou otau, a cruz, dos assinalados de Ez9,4 (e Ap 7,3; 9,4). O v. 7 terminacom o pedido de uma resposta,“responde-nos”, pedido logo aten-dido no oráculo a seguir.

Salmos 60 e 61 (59 e 60)

Conhecendo o livro dos Salmos (45)Conhecendo o livro dos Salmos (45)Conhecendo o livro dos Salmos (45)Conhecendo o livro dos Salmos (45)Conhecendo o livro dos Salmos (45)

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sandálias, e canta vitória sobrea Filisteia.

Quem me conduzirá?

11. Quem me conduzirá àcidade fortificada? / Quem meguiará até Edom,

12. a não ser tu, ó Deus, quenos rejeitaste, / e já não sais, óDeus, com nossas fileiras?

13. Vem em nosso auxíliona tribulação, / porque é vãotodo socorro humano.

No entanto, após um oráculotão reconfortante, ainda uma dú-vida, expressa talvez pelo rei. SeDeus “nos rejeitou”, e já “não saicom nossas fileiras” (v. 12), comoé que poderemos ter sucessonuma expedição contra Bosra, ouPetra, a “cidade fortificada”, capi-tal de Edom? Apesar de tudo, eleinvoca o auxílio divino (v. 13), coma justificativa de que “é vão todosocorro humano”.

Faremos prodígios!

14. Com Deus, porém, fare-mos prodígios, / Ele pisotearánossos inimigos.

O salmo termina com a confi-ança restabelecida: “Com Deus,faremos prodígios”, isto é, nós,com sua ajuda. De resto, é a Ele,não a nós, que caberá a vingança,o “pisoteamento” dos inimigos.“Pisoteamento”, aliás, que nãocombina com a palavra e o exem-plo daquele que nos ensinou a“amar os inimigos” (cf Mt 5,44).

SALMO 61 (60):SÚPLICA PESSOAL

O salmista está passando poruma situação extrema, e por issopede por si: “ouve”, “eu te invoco”(vv. 2 e 3), e pede também pelorei (vv. 7 e 8). No final, reconforta-do, agradece e compromete-se a“cumprir as promessas” (v. 9)

Dos confins da terra

2. Ouve, ó Deus, o meugrito, / fica atento à minhaoração.

3. Dos confins da terra eute invoco, / de coração aba-tido.

A situação dolorosa em causatalvez seja a fuga, ou o exílio, aoqual alude o lugar de onde fala osalmista: “dos confins da terra”(v.3). Seria um sacerdote ou levi-ta desterrado, como o orante doSl 42-43 (41-42), que anela vol-tar para o Templo?

Rochedo,

refúgio, torre

4. Leva-me a um rochedoinacessível,/ pois tu és paramim o refúgio, / a torrefortificada perante o inimigo.

Em outros salmos, o próprioDeus é a “rocha de refúgio”, p. ex.Sl 18,3 ou 19,15. Aqui, persegui-do, o orante pede que Deus o es-conda, o abrigue num “rochedoinacessível”, sem deixar de reco-nhecer que o próprio Senhor é seu“refúgio” e “torre fortificada”. Note-se a concretude das comparações:severas, fortes, nada floridas.

Na tua tenda

5. Vou morar na tua tendapara sempre, / à sombra detuas asas encontrar abrigo!

6. Sim, ó Deus, aceitasteminhas promessas, / deste-mea herança dos que temem oteu nome.

Num lampejo de esperança ecerteza, as comparações se en-ternecem: “rochedo” e “torre” sãoagora “tenda”, a própria moradapastoril do Senhor, enquanto, commaior intimidade ainda, o salmis-ta se sente abrigado “à sombrade tuas asas” (v.5; cf Sl 57,2). Nov. 6, a certeza se confirma: “acei-taste minhas promessas” e “medeste a herança...” Aqui, um ter-mo típico da posse da Terra Pro-metida, p. ex. no Sl 16,6: “Para

mim, tocou-me um lote maravilho-so, e é esplêndida a minha heran-ça”.

Longa vida ao Rei

7. Aos dias do rei acrescen-ta muitos dias, / como os demuitas gerações sejam os seusanos.

8. Reine para sempre dian-te de Deus; / graça e fidelida-de o protejam.

Estes dois versículos, referen-tes ao rei, parecem acrescenta-dos posteriormente, na leituralitúrgica, no Templo. Deseja-se queo longo reinado prossiga sob oolhar e a proteção de Deus, mar-cado pela “graça e fidelidade”, ouseja, pela “misericórdia e verda-de”, que, segundo o Sl 89,15, sãoa base da monarquia legítima.Não o deveriam ser também deum governo democrático?

Quero cantar

9. Assim, quero cantar hi-nos ao teu nome, sempre, /cumprindo minhas promessasdia após dia.

Este versículo final, como dis-semos acima, poderia ser lido logodepois do v. 6, do qual é a continu-ação lógica. O salmista, sentindo-se desde já atendido, prometeuma gratidão perene, “quero can-tar sempre”, e se compromete apagar suas promessas “dia apósdia”, provavelmente sendo fiel àssuas obrigações diárias no Templo.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica na Fa-

culdade de Teologia de SC - FACASC

email: [email protected]

1) Que diz você do modo de osalmista dirigir-se a Deus,nos vv. Iniciais do Sl60(59)?

2) De que modo se expressaa resposta de Deus, nos vv.8-10 e o que significa?

3) Que diz da conclusão des-te Sl 60: “Ele pisotearánossos inimigos”?

4) Que significam as compa-rações dos vv. 4-6, do Sl61(60)?

5) Como rezar, em nossostempos secularizados ede “governo do povo”, osvv. 7-8?

A resposta de Deus

8. Deus falou no seu santu-ário: / “Em triunfo repartireiSiquém / e vou medir o vale deSucot.

9. É minha a terra deGalaad, é minha a terra deManassés; / Efraim é o capa-cete da minha cabeça, / Judáé o meu cetro de comando.

10. Moab é a bacia em queme lavo, / sobre a Idumeia lan-çarei minhas sandálias, / sobrea Filisteia cantarei vitória!”

Em três versículos apenas, osalmista assume o papel de pro-feta, expressando em primeirapessoa o domínio de Deus sobrea “sua” terra. São nove nomesgeográficos, cuja lista corres-ponde praticamente aos domíni-os de Davi (cf 2Sm 8) antes dasua entrada em Jerusalém: seisnomes ligados ao povo escolhido(Siquém, Sucot, Galaad, Manas-sés, Efraim e Judá), e três nomesde países subjugados limítrofes(Moab, Idumeia, Filisteia). Deus éapresentado como um guerreirodominando a terra prometida, eos lugares ou povos são comoobjetos de seu uso pessoal: Judá,a tribo de Davi, é seu cetro decomando; Efraim é o capacete desua cabeça; Moab, com o marMorto, é a bacia em que lava ospés; ele reparte Siquém, no cen-tro, e mede o vale de Sucot, dooutro lado do Jordão, além dedispor de Galaad e Manassés;enfim, sobre a Idumeia lança as

Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Para refletir:

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Encontro nacional reúne Pastoral da JuventudeRealizado em Maringá, evento definiu mais de 130 ações a serem desenvolvidas nos grupos de jovens

Mais de 700 jovens de todo opaís estiveram reunidos nos dias08 a 15 de janeiro na Arquidiocesede Maringá, no Paraná, para parti-cipar do 10º Encontro Nacional daPastoral da Juventude (ENPJ). Oencontro é realizado a cada trêsanos e foi a primeira vez que aregião sul do Brasil sediou o even-to juvenil. Neste ano, os jovensrefletiram sobre o tema “SomosIgreja Jovem”.

O Regional Sul IV da CNBB (SC)esteve representado por 40 parti-cipantes, cinco deles da Arqui-diocese, como delegados. O Encon-tro Nacional é um momento emque a Pastoral da Juventude (PJ)se reúne em uma diocese para re-fletir, partilhar e celebrar a vida e acaminhada dos grupos de jovens.

Realizado no Centro de For-mação Bom Pastor, no SeminárioArquidiocesano, em Maringá, du-rante os oito dias, os jovens parti-ciparam de palestras e trabalhosem grupos.

O encontro também reuniuvários bispos do Brasil, especia-listas e autoridades que traba-lham com o público juvenil. O even-to teve início com a celebraçãoeucarística presidida por DomEduardo Pinheiro da Silva,presidente da Comissão Episco-pal Pastoral para a Juventude daCNBB, na Catedral de Maringá.

No decorrer da semana, asses-sores e especialistas conduziramcom os jovens atividades contem-plando temas como o ConcílioVaticano II, o projeto de revitalizaçãoda Pastoral Juvenil na América Lati-na, políticas públicas e direitos paraa juventude, as diretrizes da açãoevangelizadora da Igreja do Brasil,a Campanha Nacional contra a Vio-lência e o Extermínio de Jovens,entre outros.

Durante o ENPJ, os participan-te realizaram missões nas comu-nidades da Arquidiocese deMaringá e participaram de mar-cha pelas ruas da cidade, inspira-dos pela campanha nacional con-

Regional Sul IV (SC) esteve presente com 40 jovens, cinco da Arquidiocese

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Divulgação/JA

tra a violência e o extermínio dejovens. Os jovens ainda elabora-ram mais de 130 ações diretasque serão desenvolvidas nos gru-pos de jovens. A partir do encon-tro, será criado um documentocom essas propostas de ações.

Felipe Candim, membro daequipe de coordenação da Pasto-ral da Juventude, foi um dos dele-gados da Arquidiocese de Florianó-polis no evento. Segundo ele, oencontro foi muito positivo, sobre-tudo para animar o trabalho reali-zado aqui. “Foi bom ver que há tan-ta gente que luta pela causa dajuventude no Brasil e nos auxiliouna troca de experiências”, disse.

O Balneário Arroio do Silva, nolitoral sul catarinense, foi tomadopor cerca de 400 jovens missio-nários do Movimento Jovem daRenovação Carismática Católica,para a terceira edição catarinensedo projeto “Jesus no Litoral”.

Desde quinta-feira (29-12),até o domingo (01-01) os jovensparticiparam de uma programa-ção extensa de formação, oraçãoe missão. No primeiro dia aconte-ceu um “arrastão” na praia, quan-do os missionários cantaram eevangelizaram nas ruas e na areiada praia. No fim do dia, na missacom Dom Jacinto Flach, bispodiocesano de Criciúma, foi feito oenvio para a missão, que teve ini-

cio na sexta-feira.Os missionários fizeram mis-

sões nas casas na parte da ma-nhã, e na praia durante a tarde.Durante o dia, também aconteceuo “Cristo Fitness”, com alonga-mento e dança, na beira da praia.Por sua vez, o sábado também foidia de missão, na praia e nas ca-sas dos moradores do município,sendo que durante a noite houvea “Missa da Virada”, na praia, e o“Evangeliza Show”. Já no domin-go (01-01), os missionários segui-ram para o Balneário Rincão, onderealizou-se um arrastão e o encer-ramento do evento.

Segundo o coordenador do Mi-nistério Jovem da RCC de Santa

Jovens promovem o “Jesus no Litoral”

Cinco seminaristas da Arqui-diocese de Florianópolis, ao ter oprimeiro contato com o YouCatentusiasmaram-se com o novomaterial de evangelização, dadocomo um presente do Papa BentoXVI aos jovens. Algumas palavrasdo Santo Padre chamaram a aten-ção em especial: “Formai gruposde estudo nas redes sociais,partilhai-o entre vós na internet.Permanecei deste modo num diá-logo sobre a vossa fé”.

Atendendo a este convite e or-dem do Papa, resolveram criar umblog www.catecismojovem.blogspot.com), twitter (@CatecismoJovem), facebook (www.f a c e b o o k . c o m / c a t e c i s m ojovem),e orkut, para divulgar e mo-tivar estudos do Catecismo Jovemna internet, como pediu o Papa.

Se contarmos os números, oque era um simples projeto, já sur-preende. Os acessos ao blog su-peram as expectativas, assimcomo os seguidores no twitter efacebook e a interação possibili-tada em todos estes espaços.

O projeto cresceu e hoje contacom quarenta colaboradores detodo o Brasil, que auxiliam na di-vulgação de matérias, na produ-ção dos conteúdos e na parte

Catecismo Jovemganha site

Seminaristas que tem projeto de evange-lização nas redes sociais sobre o Catecismo

Jovem lançaram o site do projeto.operacional das redes sociais.

E durante o “Revolução Je-sus”, acampamento de férias or-ganizado pela Canção Nova, aequipe do Catecismo Jovem foiconvidada para conduzir ummódulo, chamado de Pope2You,de três pregações sobre o YouCat,que trabalhou a estrutura do do-cumento, além de possibilidadesde evangelização.

E durante o encontro, que reu-niu cerca de 15 mil jovens, foi lan-çado o site www.catecismojovem.com.br, que busca con-vergir as demais redes sociais eespaços do Catecismo Jovem, jáutilizados. O blog traz diariamen-te temas de formação curtos, ba-seados no YouCat e isso serámantido. Já o site trará matériassobre a utilização do YouCat, in-formações sobre a Igreja, além detodas as redes sociais do projeto.

Durante o dia, a equipe alegrou-se especialmente com uma men-sagem, recebida via twitter, do Car-deal Dom Odilo Scherer, que acom-panha o trabalho desenvolvido. “Pa-rabéns turma do Catecismo Jovem.Gosto do que vocês fazem. Conti-nuem firmes! A boa semente, umdia, brotará”, afirmou o Cardeal Ar-cebispo de São Paulo.

Cerca de 400 jovens se reúnem em Balneário Arroio do Silva para evangelizarCatarina, Maikel Ronqui, foi umgrande desafio evangelizar em Ar-roio do Silva, pois boa parte da co-munidade ainda não conhece oprojeto. “A cidade é pequena e,nesta época do ano, fica cheia deveranistas, o que torna a respon-sabilidade ainda maior”, afirma.

Segundo Dom Jacinto, a juven-tude é de grande importância paraDeus e a Igreja olha os jovens comtodo carinho, valorizando todaessa criatividade. “No evangelhotemos uma passagem que contacomo Jesus olhou para um joveme pediu-lhe que O seguisse, porémele teve medo. Hoje, eles não te-mem, e se entregam à causa deDeus”, disse o Bispo. Nossos cinco seminaristas criaram o site atendendo apelo do Papa

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20127Juventude

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese8 Geral

ITESC forma turmas de Teologia para leigos110 pessoas receberam certificado de participação nos seis cursos. Já estão abertas as novas matrículas

O Instituto Teológico de SantaCatarina realizou na noite do dia05 de dezembro, às 19h30min,uma Celebração Eucarística de en-cerramento dos Cursos de Exten-são para Formação de LiderançasLeigas. Durante o evento, na sededo Instituto, 110 pessoas recebe-ram os certificados de participaçãoem um dos cinco cursos de Teolo-gia e o curso especial de Aprofun-damento Bíblico.

Durante o ano, de fevereiro adezembro, todas as noites das se-gundas-feiras, os alunos participa-ram dos seguintes cursos: Teolo-gia Sistemática; Bíblia - PrimeiroTestamento; Teologia Bíblica - Fun-damental; Teologia Litúrgica - Sa-cramental; e Teologia Catequética- Metodológica.

Todos os cursos têm duraçãode dois anos. Esse foi o segundoano dos cursos, mas como as dis-ciplinas são independentes, nemtodos realizaram a primeira eta-pa. No segundo semestre do ano,iniciou-se um curso especial deAprofundamento Bíblico.

A celebração foi presidida peloPe. Vitor Galdino Feller, dire-tor do ITESC. Após a celebração,foi realizado o ato da formatura. Aaluna Maria Madalena falou emnome dos demais formandos. Emseu discurso, ela disse que oITESC mais uma vez “cumpre oseu papel de curar da cegueira”.“Embora há muito tempo traba-lhe na Igreja, só agora percebi mi-nha missão como cristã. Para quenossa fé seja profícua, precisa-mos de formação”, disse.

O professor Celso Loras-chi, coordenador geral dos Cursosde Extensão, também tomou a pa-lavra. Ele fez um agradecimentoaos alunos e professores que tan-to se dedicaram ao trabalho.“Quantos sacrifícios todos fizerampara poder participar dos cursos

nas noites de segunda-feira. Ten-do que sacrificar e até driblar oscompromissos familiares e profis-sionais para estar aqui”, disse.

Na avaliação dele, o ITESCestá evoluindo nos cursos de ex-tensão em relação ao conteúdo,levando em conta as sugestõesdos alunos. “Também percebe-mos um crescente interesse dosalunos em se aprofundar. Nãoquerem ser cristãos sem consci-ência do que significa sua fé nomundo de hoje”, disse Loraschi.

Inscrições para 2012

No próximo ano, o ITESC con-tinuará com os mesmos Cursosde Extensão. As inscrições serãorealizadas de 01 a 27 de feverei-ro, das 8h às 16h, pelo fone (48)3234-0400, com Crisleine, ou pe-

los e-mails [email protected], ou [email protected].

A ficha de inscrição está no site

www.itesc.org.br ou www.facasc.org.br. As aulas iniciamno dia 27 de fevereiro, segunda-feira, às 19h30. A taxa de inscri-

ção tem um custo de R$ 40,00,e um investimento mensal de R$45,00 para os oito meses de for-mação.

No próximo ano serão ofere-cidos cinco cursos: TeologiaFundamental;Bíblia - PrimeiroTestamento; Teologia Bíblica -Fundamental;Teologia Litúrgica -Sacramental; e Teologia Cate-quética - Metodológica. Os cur-sos são ministrados em suamaioria por professores doITESC e convidados, e destinam-se a leigos e leigas, também re-ligiosos e religiosas, membros decomunidades cristãs, interessa-dos em formação bíblico-teoló-gico-pastoral.

Os cursos de formação paralideranças leigas são oferecidospelo ITESC desde a sua fundação,em 1973. De 2005 a 2009, elesforam mantidos em convênio como Centro Loyola Amar e Servir. Em2010, o ITESC reassumiu a admi-nistração dos cursos.

Mais fotos no site daArquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar em “Álbum defotos”.

A Red Sanar, entidade queatua na prevenção ao suicídio,está alterando os dias e horári-os de atendimento. Os interes-sados em se beneficiar dos seusserviços, devem comparecer noEducandário Imaculada Concei-ção, no centro, em Florianópolis,às terças-feiras, das 19h às 22h.

A entidade também está dis-ponível para prestar formaçãoàs comunidades interessadasem promover esse trabalho. Acapacitação é ministrada por

Red Sanar altera dia e horário de atendimento

Zenir Gelsleichter, missionárialeiga e funcionária da LivrariaPaulus. Desde o início de 2011ela já realiza atendimento às pes-soas que a procuram. O trabalhoteve início na Argentina, criado porum médico psiquiatra. Depois foilevado ao Chile e Bolívia. Agoraestá chegando ao Brasil.

A finalidade é atender pes-soas com problemas deestresse, ansiedade, fobia, tris-teza, pânico, depressão, angús-tia e crises, que podem levar aosuicídio. Mais informações nosite www.redsanar.org. oupelo e-mail [email protected].

Formandos concluíram os cursos realizados em dois anos e ministrados, em sua maioria, por professores do ITESC

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Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 20129Geral

Candidatos a diácono concluem EscolaCom 40 anos de criação, escola diaconal formou mais 35 candidatos, 25 desses da Arquidiocese

A Escola Diaconal São Francis-co de Assis realizou no dia 28 dejaneiro a formatura dos 35 candi-datos a diácono que concluíram a14ª turma: 25 de Florianópolis e10 de Joinville. Realizada na Casade Encontros e Retiros Divina Pro-vidência, em Florianópolis, a for-matura foi precedida por uma Ce-lebração Eucarística.

Presidida pelo arcebispo deFlorianópolis, Dom Wilson Ta-deu Jönck, a missa contou coma presença de um grande númerode padres e diáconos, além defamiliares e amigos, além dos can-didatos a diácono da 15ª turma,que realizavam a formação nomesmo período, mas em salas ecom professores diferentes.

Em sua homilia, Dom Wilsonfalou sobre a importância, missãoe desafios que os futuros diáconosterão pela frente, sempre contan-do com o apoio da esposa e famí-lia. “A escolha da diaconia não éde vocês. Foi Deus que os esco-lheu para assumir essa missão.Vocês concluíram uma etapa daformação, mas o aprendizadoserá contínuo, com a própriavivência do diaconato”, disse.

Após a celebração, teve inícioa formatura propriamente dita. Pe.Valter Maurício Goedert, dire-tor da Escola Diaconal, agradeceua todas as pessoas que colabo-ram permanentemente com aEscola e que contribuíram para aformação dos candidatos. “Seique é a concretização de um so-nho para eles e sonhar semprenos faz felizes”, disse.

Lino Dalpiaz, formando daDiocese de Joinville, discursou emnome dos seus colegas. Em se-guida, os formandos, acompanha-dos de suas esposas, receberamos certificados de formatura.

40 anos de formação

A Escola Diaconal São Francis-co de Assis foi criada em 1971,com a finalidade de preparar fu-turos diáconos a serviço do povoda Arquidiocese de Florianópolis,mas outras dioceses do Estado etambém fora dele aproveitaramessa mesma estrutura.

Esta foi a primeira turma daEscola em que a formação foi re-alizada em 12 fases (antes eram10). Eles se encontram três vezesao ano, em regime de internatode dez dias, para a formação. Oresultado é que a Arquidiocese deFlorianópolis é a diocese commais diáconos no Brasil: 110 ematividade.

Para Pe. Valter, a diaconia estácrescendo e as comunidades es-tão percebendo a importânciadeste ministério. “Percebemosque os candidatos estão vindomelhor preparados, mais madu-ros e mais conscientes da voca-ção. Isso mostra a consolidaçãodo diaconato permanente”, disse.

Dom Wilson destacou que aArquidiocese de Florianópolis éuma referência nacional nodiaconato, tanto assim que Pe.Valter é convidado para ministrarpalestras em todo o Brasil. E osdiáconos são uma importantes

força para nós. “São um importan-te auxílio no trabalho apostóliconas comunidades. São uma voca-ção, um ministério e uma grandegraça para a Arquidiocese”, disse.

15ª Turma de Formação

Nos dias 20 a 28 de janeiro

também foi realizada a terceiraetapa de formação da 15ª turmada Escola Diaconal. Igualmente re-alizada na Casa de Encontros eRetiros Divina Providência, emFlorianópolis, esta etapa contoucom a participação de 34 candi-datos a diácono: 19 da Arquidio-cese; 09 da Diocese de Tubarão;

05 de Joinville e 01 de Caçador.

Mais informações sobre aEscola Diaconal no sitewww.diaconos.com.br. Maisfotos da formatura no site daArquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar em “Álbum defotos”.

Com pesar informamos o fa-lecimento de dois diáconos per-manentes: Manoel Vidal Pe-reira, 83 anos, da Catedral deFlorianópolis, falecido no dia 09/12/11; e Onézimo João Fon-seca, 66 anos, da Paróquia Se-

Falecem dois diáconos da Arquidiocesenhor Bom Jesus de Nazaré, em Pa-lhoça, falecido no dia 09/01/12.

O Diácono Manoel havia sidointernado no Hospital de Carida-de, na quarta-feira, dia 08/12,com insuficiência cardíaca. No diaseguinte seu quadro clínico agra-vou-se e ele entrou em comairreversível. O falecimento foi porvolta das 13h.

Natural de Palhoça, Maneca -como era conhecido - veio morarem Florianópolis aos 17 anos.Casou-se com Célia FranciscaPereira, vivendo com ela por 62anos. Tiveram sete filhos, 14 ne-tos e nove bisnetos. Ordenadodiácono em 1988, exerceu o mi-nistério diaconal durante 23 anos.

Diácono Onézimo fez parte da

terceira turma da Escola DiaconalSão Francisco de Assis. Era omais antigo dos quatro diáconosda paróquia. Em 20 de julho de2011, comemorou as bodas deprata diaconal. Era viúvo deRozeli Iracema Fonseca.Diácono Maneca

Diácono Onézimo

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Os 35 candidatos a diácono formados comemoram a conclusão da 14ª turma da Escola Diaconal

Foto JA

Foto JA

Solenidade teve grande presença de padres, diáconos e familiares

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

ASA lança cartilha sobre Gestão de Risco e DesastresCartilha é o resultado da primeira etapa e busca potencializar o trabalho já iniciado em 2011

10 Ação Social Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese

O projeto Gestão de Risco eDesastre, iniciado em 2011, fina-lizou sua primeira etapa com umbalanço muito positivo. A partirdas capacitações realizadas nosmunicípios de Brusque, São JoséPalhoça e Florianópolis, com des-dobramentos para os municípiosde Botuverá, Guabiruba, PortoBelo e Biguaçu, foi possível umagrande troca de experiências en-tre os mais diversos profissionaisda Defesa Civil, Secretarias deHabitação, Corpo de Bombeiros,profissionais das áreas de direitoe geologia, lideranças comunitári-as, além das ações sociais paro-quiais e seus voluntários.

Para 2012 persiste-se no obje-tivo do Projeto que é a construçãode comunidades mais segurasnos municípios da Arquidiocese,através da formação e capacitaçãodas entidades sociais e liderançascomunitárias para atuarem em si-tuação de risco e desastre.

As Ações propostas visam:• Fortalecer os vínculos da

população com a Defesa Civil nosmunicípios;

• Difundir a temática para li-deranças comunitárias e a popu-lação vulnerável;

• Capacitar entidades sociaise lideranças comunitárias sobreo tema;

• Fomentar o surgimento dosNúcleos Comunitários de DefesaCivil – NUDEC´s e Núcleos Comu-nitários de Gestão de Risco e De-sastres;

• Fomentar a elaboração doPlano Preventivo aos eventos cli-máticos;

• Desenvolver eventos espe-

cíficos sobre gestão de risco e de-sastres.

Além dessas ações, a publica-ção da cartilha sobre Gestão deRisco e Desastres “ConstruindoComunidades mais Seguras” visaa aproximação das organizaçõescomunitárias e o protagonismodas pessoas em situações adver-

O Projeto FORTEES encerrou asatividades em 2011 com a reali-zação, em Florianópolis, no dia 03de dezembro, da Oficina deCatadores de Material Reciclado.Compareceram 17 catadores. Aoficina contou com a assessoriados representantes do Movimen-to Nacional de Catadores deMateriais Recicláveis, Júlio eDorival, que debateram sobre a im-portância e a riqueza do trabalhodos catadores em relação à vida eao meio ambiente, além dos de-safios e as conquistas de um mo-vimento organizado.

A oficina teve um resultado mui-to positivo, com a motivação dospresentes e o interesse de estaremse inserindo nesses espaços de or-ganização dos catadores que hojetrabalham individualmente. A partirdesse interesse já temos o indicativode organização de mais dois empre-endimentos de catadores: um emBiguaçu e outro na Costeira doPirajubaé, em Florianópolis.

A oficina foi tão bem aceita,que foram solicitados mais encon-

Oficina de Catadores reúne

representantes de cooperativastros como esses. No momento daavaliação, Paulo, que é catador demateriais recicláveis de Biguaçu,disse que “gostaria de agradecer apartilha das idéias. Adorou conhe-cer esse pessoal, viu que a coisa éséria, pois existem catadores emtodo o lugar e a organização é emâmbito nacional. Pensar nas solu-ções e dificuldades é muito bom.No entanto, gostaria de ter maistempo para discutir”.

Para Dorival, que é represen-tante do Movimento Nacional deCatadores de Materiais Reciclá-veis, a oficina proporcionou ummomento de fortalecimento doscatadores, suprindo uma lacunada organização dos catadores naregião da Grande Florianópolis.“Agora, com a parceria da ASA eCáritas, tentaremos viabilizar ou-tros encontros como este”, disse.

Com isso, a ASA buscará forta-lecer, neste ano, a organizaçãodos catadores que ainda estãotrabalhando sozinhos, por meiode um espaço comum de forma-ção, debates e ações comuns.

Grupo partici-pante do

debate sobre aimportância do

trabalho doscatadores emrelação à vida

e ao meioambiente.

Divulgação/JA

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Mensagem aos Voluntários das Ações SociaisTodas as pessoas precisam de encorajamento.

Por isso, queridos(as) voluntários(as) das Ações Soci-ais, precisamos encorajar-nos, porque há dias emque tudo parece sombrio. As pessoas enfrentam ci-clos diferentes de vida, ou seja, existem dias de mon-tanha e dias de vale! A vida impõe muitas pressõessobre as pessoas, a carga fica pesada e o desânimopode dominar os corações. O desafio do trabalho aser feito parece grande demais, e a vontade de de-sistir e sair de cena sempre surge como uma opção.

Não devemos ser pessoas que, diante de umbelo dia de sol, só enxergam a pequena nuvem

escura do horizonte! Pelo contrário, devemos serdaqueles que, mesmo perante as tempestades,nos lembramos que sobre as nuvens escuras osol nunca deixa de brilhar... Não desanimem nosseus trabalhos das Ações Sociais, tenham cora-gem, acreditem e lutem por seus projetos.

Sejam ousados(as), corajosos(as) eaudaciosos(as) neste ano.

Deus abençoe a todos(as) vocês.

Pe. Mário Sérgio do NascimentoPresidente da ASA

O projeto FORTEES – Forta-lecendo Experiências de Econo-mia Solidária realizará no dia06 de março, na Arquidiocese,a terceira etapa do Curso deGestão e Viabilidade Econômi-ca para os 10 empreendimen-tos de economia solidária acom-panhados pelo projeto.

A Ação Social Arquidiocesana,

Curso de Gestão e Viabilidade

Econômica para Empreendimentos

de Economia SolidáriaCáritas Brasileira Regional SC eProjeto FORTEES fazem a chama-da para os Empreendimentosirem se organizando para partici-par desta terceira etapa, trazen-do consigo muita animação esede de conhecimento para par-tilharem suas experiências e fa-zerem mais um dia inesquecívelpara a sua caminhada.

sas da natureza, com orientaçõespara a execução das quatro eta-pas que compreendem a adminis-tração de um desastre: preven-ção; preparação; resposta e re-construção.

A proposta da ASA para 2012é que ocorra a adesão de novasações sociais, paróquias, pasto-rais e movimentos, ao projeto.

Capa da cartilha

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

GBF e CEBs caminham rumo ao III InterdiocesanoArquiocese de Florianópolis sediará o evento que reunirá também as dioceses de Tubarão e Criciúma

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 2012 GBF 11

Lembramos que neste anoacontecerá um grandioso mo-mento dos GBF e das CEBs, o IIIEncontro Interdiocesano . OInterdiocesano é uma atividaderegional que acontece de doisem dois anos, organizado em 04blocos, reunindo as diocesesque compõem a Igreja em SantaCatarina – CNBB Regional Sul IV,por aproximação: Chapecó, Ca-çador e Joaçaba (1º bloco); Riodo Sul e Lages (2º bloco);Joinville e Blumenau (3º bloco);Criciúma, Tubarão e Florianó-polis (4º bloco).

O III Encontro Interdiocesanoacontecerá no dia 20 de maio,domingo, no Centro deEvangelização Angelino Rosa(CEAR), com início às 9 horas etermino às 16 horas com a cele-bração presidida por D. Wilson,nosso Arcebispo. O tema quepermeará o encontro é: Justiça eprofecia a serviço da vida; e o lema

iluminador é: “Ide pelo mundo in-teiro e anunciai a Boa-Nova a to-dos os povos” (Mc 16,15).

Nossa Igreja Arquidiocesanaacolherá com alegria todos osanimadores e animadoras dosGBF e das CEBs, que representa-rão as suas dioceses: Florianó-polis, Tubarão e Criciúma.

Portanto, divulguem e organi-zem caravanas, para que os GBFe as CEBs marquem presençacom um número expressivo querepresente bem a nossaArquidiocese. Entrem em contatocom os coordenadores (as) paro-quiais e comarcais dos grupos,para preencher sua ficha de ins-crição e reservar seu lugar nosônibus.

Com convicção e alegriacontinuaremos nossa missãocom renovado ardor missioná-rio, no valioso serviço de evan-gelização da nossa Igreja Arqui-diocesana.

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GBF e CEBs - Nossa missão continua

Caros leitores e leitoras, “Conhecer aJesus Cristo pela fé é nossa alegria, se-gui-lo é uma graça, e transmitir este te-souro aos demais é uma tarefa que oSenhor nos confiou ao nos chamar e nosescolher” (DAp 18).

Depois de um bom descanso e dasférias, retornamos com entusiasmo e vi-gor às atividades dos GBF e das CEBs.Em 2011 foram momentos bem celebra-dos: as experiências vivenciadas nos gru-pos e os compromissos assumidos na co-munidade; as atividades de formação eas reuniões periódicas; os momentos deconfraternização e os celebrativos, todosreafirmam nossa identidade de “Igrejanas casas” e sustentam a nossa cami-nhada de evangelização, para que nossa

Igreja arquidiocesana seja a casa habita-da pela Palavra de Deus e tenha sua raizsustentada no chão de nossas famílias,na realidade de nossas comunidades.

Iniciamos o ano com uma nova jor-nada de trabalho, o Livreto da Quares-ma e Páscoa: “Jesus, caminho, ver-dade e vida”.

Os 12 encontros deste livreto nos le-vam a refletir o mistério da Paixão, Mor-te e Ressurreição de Cristo. Também noslevam a refletir sobre a Campanha daFraternidade, um apelo que a Igreja noBrasil faz para vivermos mais intensa-mente o tempo da Quaresma, assumin-do com responsabilidade de filhos e fi-lhas de Deus, de maneira convertida, ainterpelação expressa no tema: “Fra-

ternidade e Saúde Pública” e no lema“Que a Saúde se difunda sobre a terra”(Eclo 38,8).

A Quaresma é o caminho que nos levaao encontro do Crucificado-Ressuscitado.Jesus nos convida à conversão. Este ape-lo é parte essencial do anúncio do Reino:“Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc1, 15). Queremos neste tempo quaresmalfazer uma caminhada de oração mais in-tensa e de penitência, de conversão e deperdão, de reconciliação com Deus e comos irmãos e irmãs.

Com o coração voltado para Cristo, ven-cedor da morte e do pecado, vivamos in-tensamente o período santo e santificadorda Quaresma, preparando-nos para cele-brar bem a Páscoa do Senhor.

Terminadas as férias, retomamos as atividades com vigor renovado

Última edição do Interdiocesano foi realizado em 2010 em Criciúma. Arquidiocese contou com 250 participantes

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

12 Artigos Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

O Padre Doutor Cesar Rossinasceu em Subiaco, Itália, em 9de janeiro de 1879. Oriundo daAbadia Nullius de Subiaco, esta-va incardinado na Diocesesuburbicária de Tívoli, onde foi or-denado presbítero em 19 de de-zembro de 1902. Chegou ao Bra-sil em 1908.

Sua missão não foi entre oscolonos italianos, atendidos pelosbons padres do Norte da Itália, eque não viam com bons olhos umpadre do Sul. Dedicou sua vidasacerdotal ao povo açoriano. Aochegar, em 1908, foi nomeadovigário paroquial da Catedral deFlorianópolis, sua primeira esco-la da língua portuguesa. Em 16 denovembro de 1910, assumiucomo vigário paroquial de SantoAntônio dos Anjos de Laguna eencarregado de Nossa Senhoradas Dores de Jaguaruna.

Fez o exame canônico naCasa Paroquial de Tubarão, no dia13 de fevereiro de 1911, peranteos padres Frederico Tombrock,Francisco Xavier Giesberts e JoãoFrancisco Bertero. Aprovado peloprofundo conhecimento de Teolo-gia Moral. Em 14 de fevereiro de1911 foi provisionado pároco deSão João Batista do Imaruí e en-carregado do Senhor Bom Jesusdo Socorro de Pescaria Brava.

Em 1º de dezembro de 1917ficou pároco de Santana do Mirime encarregado de Santana de VilaNova. Com a saída do Pe. JoãoAntônio Fidalgo, Garopaba passou

a ser assistida por ele, assu-mindo como vigário Interinoem 4 de maio de 1918, exclu-ído o 2º Distrito de PauloLopes, anexado à Paróquia deSanto Amaro. Em 02 de feve-reiro de 1922 foi nomeadopároco de São Joaquim deGaropaba, e encarregado deSantana do Mirim e Santanade Vila Nova. A partir de 1925foi nomeado pároco deSantana do Mirim, sendoGaropaba e Vila Nova anexa-das a esta Paróquia.

Devido à vasta seara quelhe foi confiada, com poucosrecursos financeiros e escas-sos meios de transporte, nãose poderia esperar dele umaassistência mais assídua. Seuprimeiro trabalho foi realizar a re-forma da igreja matriz de São Joa-quim de Garopaba, inaugurada emdezembro de 1922, com a festado Sagrado Coração de Jesus.

Mas, seu grande desejo eraconstruir uma torre para a igrejamatriz, pois achava a existente,adequada ao estilo colonial, mui-to pequena e sem beleza. Cons-truiu também a escadaria que levaà igreja, a mesma hoje existente,pois o acesso anterior era por trásda igreja. A inauguração da torre eda reforma geral da matriz deu-seno Natal de 1937: novo assoalho,vidraças, porta lateral, nova pin-tura a óleo da Capelamor, forro ealtares, púlpito, confessionário eescada de coro.

Do mesmo modo praticamen-te reformou e deu novo aspecto àigreja matriz de Santana do Mirim.Sempre havia a dificuldade dosrecursos humanos e financeiros,mas não faltava a perseverança.

Os trabalhos pastoraisem Garopaba

Não era fácil para o Pe. Rossi,homem de formação monástica,canonística e romana, adaptar-seao mundo religioso açoriano. Hou-ve conflitos, aqui e em outros lu-gares. Levou adiante a recomen-dação da Igreja e instituiu oApostolado da Oração e a PiaUnião das Filhas de Maria.

Em 1921 projetou a criação

da Irmandade de Nossa Se-nhora dos Navegantes. Nesseano, pela primeira vez, reali-zou-se a Festa. Pe. Rossi quei-xa-se da “desorganização dopessoal do mar”.

Pe. César Rossi e seutemperamento

Ponto importante, não es-quecido por aqueles que o co-nheceram: Côn. Dr. CésarRossi era defensor dos pobresem questões de terra. O Con-fessionário era um verdadeiroconsultório para questões ju-diciais. Chegou a aconselharaos pobres que ocupassemterras ociosas. Em tempos tãoremotos, usou sua formação

jurídica para a defesa do povosofrido e maltratado peloschefetes políticos.

Bem é verdade que o Pe. Rossiviveu continuamente em atritoscom alguém das três paróquias aque atendia (Mirim, Garopaba,Vila Nova). Abundam os abaixo-assinados pedindo sua retirada dealguma de suas Paróquias.

Natural que a um abaixo-assi-nado pedindo a retirada se-guia-se outro pedindo a permanência.O Arcebispo equilibrava-se o me-lhor possível entre um e outro. Opovo, em geral, reconhecia a de-dicação do padre, e perdoava seusnervosismos e uma fala com for-te sotaque italiano, nem semprebem entendida.

O que nós, aqui em SantaCatarina, temos a ver com as no-tícias sobre a crise na Europa esobre o baixo crescimento da eco-nomia dos Estados Unidos, quenão saíram do noticiário no finalde 2011 e que, provavelmente,seguirão na pauta em 2012?

Mais do que, talvez, grande par-te dos leitores deste artigo imagi-na. A perspectiva de menor cresci-mento da economia, especialmen-te no setor industrial, tem direta re-lação com os postos de trabalhoque são gerados e, dessa forma,com o bem-estar social e o desen-volvimento do Estado. A indústriacatarinense é composta por 42 milempresas, que são responsáveispor um terço de toda a riqueza ge-rada em Santa Catarina e que em-pregam 735 mil trabalhadores. As-sim, quase um em cada três traba-lhadores com carteira assinada estáno setor industrial. Costumo dizerque quando a indústria vai bem, aeconomia vai bem, o que significamais postos de trabalho para os jo-vens que estão chegando ao mer-cado de trabalho ou para aqueles

que precisam se recolocar.2011 foi um ano desafiador

para a indústria, especialmente acatarinense. Nossas fábricas têmtradição de vender parcela expres-siva de sua produção no exterior.Junto com questões como as defi-ciências de infraestrutura do Paíse a alta carga de tributos, a cota-ção do dólar tem sido um fator queencarece os produtos feitos no Bra-sil em comparação com a concor-rência com similares feitos na Chi-na ou em outros países. Em outraspalavras, mesmo que os empresá-rios e os trabalhadores catari-nenses sejam extremamente efi-cientes, em muitas situações nos-sos produtos não são competiti-vos. O perfil do parque fabrilcatarinense também contribuiupara que os nossos números fi-cassem abaixo da média nacional,já que o Estado não possuimontadoras de automóveis, nemé produtor de bens como minériode ferro e petróleo, segmentos que

favorecem os dados nacionais.Em função disso, na média, a

indústria catarinense fechou2011 com redução próxima de 4%na produção, enquanto as vendasficaram praticamente estagna-das. A diferença nesses dois indi-cadores sinaliza que os empresá-rios começaram o ano passadootimistas, com formação de esto-ques, ao mesmo tempo em queaponta a importação de insumose produtos por parte da própriaindústria, obrigada a buscar alter-nativas para fazer frente ao acir-ramento da concorrência. Afinal,ao mesmo tempo em que venderfora do Brasil está cada vez maisdifícil, as empresas internacionaisse fazem cada vez mais presen-tes com seus produtos no Brasil.

Entre as estatísticas da indús-tria catarinense em 2011, o dadopositivo ficou por conta da geraçãode emprego, que cresceu cerca de4% na indústria de transformaçãoe 16% na indústria da construção

A indústria e as oportunidades de trabalho

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Cônego Dr. Cesar RossiO longo sofrimento de um

padre dedicado

Pe. Rossi visitou a Itália em1921 e 1938. Em 21 de dezem-bro de 1940 foi nomeado Cône-go honorário do Cabido Metropo-litano de Florianópolis.

Sua saúde entrou em declínioa partir de 1940. Surgiram sinto-mas de arteriosclerose, doençaque o levou a uma velhice triste edeprimente, acompanhando-o atéo túmulo. Nem sempre pôde con-tar com a caridade cristã paraampará-lo, pois, preocupaçõescuriais fizeram desse velho doen-te um incômodo. Não tendo paraonde ir, passou os 4 derradeirosanos da existência terrena inter-nado no Hospital de Laguna, pa-gando as despesas com a entre-ga de seus bens pessoais. Ali, po-bre e solitário, faleceu a 11 demarço de 1953. Pe. GregórioLocks ministrara-lhe, na véspera,a Unção dos Enfermos. Pouco an-tes havia completado 74 anos deidade e 51 de sacerdócio e 45 demissão no Brasil. Está sepultadono cemitério da Igreja de Sant’Anade Mirim.

Assim se expressou um velhi-nho da Encantada, interior deGaropaba: “Ele morreu pobre,abandonado, com saudade de al-guém para conversar!”

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Cônego Dr. Cesar Rossidedicou sua vida ao povo açoriano

civil. Produzir menos com mais tra-balhadores pode parecer uma con-tradição, mas o dado mostra queos empresários estavam confiantesna economia no ano que findou.Evidencia também que os industri-ais postergam o quanto podem asdemissões, inclusive em função doinvestimento feito na qualificaçãodos seus trabalhadores.

O que preocupa com relação aoano de 2012 é que agora as em-presas industriais terão dificuldadepara seguir contratando, já que ocenário para o ano não difere mui-to daquele vivido no ano passado.

Nesse contexto, o setor empre-sarial tem insistido na necessida-de de a indústria local ter um am-biente de negócios similar ao deseus concorrentes. De outro lado,por meio do Sistema FIESC, osempresários buscam estimular ainovação como estratégia cada vezmais importante. Nesse sentido, aqualificação dos trabalhadores éuma das questões-chave. Por isso

o Sistema FIESC vai investir nospróximos três anos R$ 300 mi-lhões na expansão do atendimen-to aos trabalhadores e suas famíli-as. O SENAI, que já realiza cerca de85 mil matrículas por ano em for-mação profissional, pretende do-brar esse número até 2014. E oSESI, que atua no atendimento aotrabalhador e suas famílias, pla-neja triplicar as cerca de 10 milmatrículas anuais na Educação deJovens e Adultos, mecanismo queoportuniza o retorno de trabalha-dores aos bancos escolares.

A FIESC e a indústria estão pre-paradas para enfrentar os desafiosde mais um ano de incertezas eco-nômicas, através do aumento de in-vestimentos em educação e inova-ção para a competitividade, comvistas ao desenvolvimento susten-tável do Estado e a ampliação damelhoria da qualidade de vida dostrabalhadores e de suas famílias.

Glauco José CôrtePresidente do Sistema Federação

das Indústrias do Estado de San-

ta Catarina– FIESC

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Irmão Joaquim - 250 anos do Apóstolo da Caridade

Há 250 anos nasceu no Des-terro, hoje Florianópolis, o Irmãoleigo Joaquim Francisco do Li-

vramento (1761-1829), JoaquimFrancisco da Costa de nascimen-to - e “Livramento” pela devoção aNossa Senhora do Livramento. Ir-mão Joaquim era filho de um ca-sal açoriano da Ilha do Faial, tendonascido em 20 de março de 1761.

Sua espiritualidade era cen-trada na devoção ao SantíssimoSacramento e na consagração aospobres. Sua grande alegria era cui-dar da igreja matriz de sua terra,limpá-la, ajudar o padre. Desde aadolescência se dirigia diariamenteà igreja – hoje Catedral – para aju-dar na limpeza e servir de coroinha.

Trabalhou muito para instaurarno Brasil a Congregação do Desa-gravo do Santíssimo Sacramento,fundada em Portugal no século XVIIpor Sóror Maria Joana, do Conven-to de Louriçal, e assim estabele-cer nas igrejas a Adoração Perpé-tua do Santíssimo Sacramento.

Irmão Joaquim professou nas Ir-mandades de Nossa Senhora doRosário e de São Benedito, do Se-nhor dos Passos e na Ordem Tercei-ra da Penitência do Desterro em1784, conseguindo permissão parausar o hábito franciscano descober-to, isto é, sem capuz. Tinha 23 anos.Não quis ser padre nem fradeconventual, pois ser peregrino era asua vocação. Queria, por todo o Bra-sil, propagar a Adoração aoSantíssimo e o cuidado com a infân-

cia desvalida. Tornou-se de tal modoconhecido e respeitado, que em Lis-boa foi recebido pela Rainha DonaMaria I, no Rio foi recebido por DomJoão VI e Dom Pedro I. As portas daCorte estavam abertas para ele.

Hospital Caridadedos Pobres

Conseguiu reunir grupos demulheres adoradoras do Santíssi-mo. Mas sua grande obra centrou-se na criação de obras para o aten-

dimento aos pobres, especialmen-te à infância desvalida. Sua primei-ra iniciativa foi sair pelo litoralcatarinense, angariando recursospara o Hospital Caridade dos Pobres.

Foi enviado um requerimento àrainha Dona Maria I, solicitandorecursos para a construção do Hos-pital. Paralelamente, o Irmão Joa-quim, jovem de 21 anos, empe-nhou-se na arrecadação de esmo-las, conseguindo metade dos recur-sos gastos com a sua construção. Oterreno foi doado ao lado da Cape-la do Menino Deus, da BeataJoana de Gusmão. A obra foi inau-gurada no dia 1º de janeiro de1789. A partir de 1854, o Caridadedos Pobres passou a chamar-se deImperial Hospital de Caridade.

Casa Pia e Colégiodos Órfãos em

SalvadorPeregrino da caridade,

indo para a Europaesmolar, percebeu pelasruas de Salvador numero-sas crianças abandonadase sem o que fazer. Conse-guiu da Rainha a autoriza-ção para esmolar e, comtão grande recomendação,todos procuravam ajudá-lo. Assim fundou a CasaPia e Colégio dos Órfãos deSão Joaquim em 1799.

Foi a primeira institui-ção no Brasil a ter projetopedagógico e profissional

no triângulo escola-profissão-traba-lho. A formação profissional ofere-cida pela obra de Irmão Joaquimfez nascer em Salvador uma gera-ção de bem formados pequenosartesãos, contribuindo para o de-senvolvimento da cidade. Ali seensinava alfaiataria, contabilidade,marcenaria, tecelagem, sapatariae tipografia, conforme desejo dosbenfeitores. A Casa Pia atuoucomo fornecedora de trabalhado-res especializados para a cidade

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Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim, em Salvador, Bahia,com 212 anos de existência, ainda permanece em franca atividade

em expansão. O orfanato teve atu-ação importante na transição quese seguiu entre o trabalho escravoe o assalariado.

Ainda em franca atividade,neste ano de 2012 está com 150meninos internos, que permane-cem no estabelecimento de se-gunda à sexta à tarde, quandoretornam ao convívio familiar.

Santa Casa de Miseri-córdia em Porto Alegre

Chegando à província do RioGrande, o Irmão Joaquim associou-se a dois benfeitores, a fim de criarem Porto Alegre instituição seme-lhante ao Caridade dos Pobres doDesterro. A necessária aprovaçãoreal chegou em 1803. No final des-se ano teve início a construção dasede. Houve a tentativa de alterar adesignação do hospital para aten-der os doentes militares, o que trou-xe conflitos. Em maio de 1822,porém, o Príncipe Dom Pedro con-firmou à Irmandade da Santa Casaas prerrogativas comuns às outrasMisericórdias. Concluídas as primei-ras enfermarias, a cozinha e a ca-pela, os primeiros doentes foramadmitidos em 1º de janeiro de1826, e em 1837 a Santa Casapassou a cuidar das crianças expos-tas, passando a receber subvençãogovernamental e a posse de todosos terrenos devolutos e aforados dacidade, com as respectivas rendas.

Casa Pia em Jacuecanga,Rio de Janeiro

Em Jacuecanga, Angra dos Reis,Irmão Joaquim em 1809 fundou aCasa Pia da Santíssima Trindade.Nessa Casa, também chamada deSeminário, conseguiu de Dom JoãoVI precioso auxílio para dar-lhe ori-entação e continuidade: o padrelazarista Antônio Ferreira Viçoso,que a dirigiu por 15 anos e que,antes de ser eleito bispo deMariana, foi professor no Caraça,MG. Devido à falta de espaço e a

doenças, por um tempo a Casa Piafuncionou no velho conventoCarmelita de Angra.

Foi a obra que mais estava nocoração de Irmão Joaquim. Era umverdadeiro Seminário onde se re-zava, se obedecia a severa disci-plina e se estudava muito. Atestan-do a qualidade do ensino, um deseus ex-alunos foi o primeiro bispode Fortaleza, Dom Luís Antônio dosSantos (1817-1891), Marquês deMonte Pascoal e depois arcebispode Salvador. O Seminário-Casa Piafoi extinto em 1858.

Seminários em Itue São Paulo

Em 1822, Irmão Joaquim fun-dou em Itu, SP, o Seminário NossaSenhora do Bom Conselho que, em1867, passou aos padres jesuítas.O Pe. José de Campos Lara deixou,em seu Testamento, um legadopara o Irmão Joaquim do Livramen-to, com a incumbência de fundareste Seminário. O Pe. ManoelFerraz de Sampaio Botelho foi no-meado primeiro diretor pelo IrmãoJoaquim, que logo se retirou paraSão Paulo, a fim de fundar outroSeminário: o Seminário Santana,em 1824, que se destinava aosmeninos desamparados.

Tanto em Salvador como emSão Paulo conseguiu do governoa cessão de antigos semináriosdos jesuítas, que tinham passadoao Estado por ocasião de sua ex-pulsão em 1759.

Morte do Peregrinoda Caridade

Irmão Joaquim, insistente pe-regrino da caridade, foi recebidopor reis, vice-reis, governadores eautoridades eclesiásticas. Tentouigualmente promover a missãoentre os índios, não o permitindoa burocracia. Para garantir a ma-nutenção e a continuidade desuas obras, diversas vezes viajoupara Portugal. Em maio de 1826dirigiu-se novamente a Portugal

para conseguir padres das Congre-gações da Missão e de São FilipeNéri para a educação da juventu-de. Em 1829 morreu na cidadefrancesa de Marselha, antes deembarcar para o Brasil.

Irmão Joaquim vestia as crian-ças e jovens com batina e capuz,tendo ao lado direito do peito as fi-guras de um cálice encimado pelaHóstia, lembrando sempre o deverda Adoração ao Santíssimo. Em diaspróprios, as crianças saíam pelasruas de Salvador, e das outras cida-des, a pedir esmolas, e o faziam can-tando este verso, costume que tal-vez tenha levado das Folias de Reise do Divino de sua Desterro:

Dae aos orphaõs d’esta casa/ Do vosso-ainda um vintém:Deos, ao ver o feito, empraza/ Dar-vos-um premio também.

A seu respeito escreveu o Ser-vo de Deus e grande amigo DomAntônio Ferreira Viçoso, bispo deMariana, MG: “O Irmão Joaquim,conquanto tivesse fundado qua-se ao mesmo tempo os seminári-os de Itu e Santana, em São Pau-lo, visitava com mais freqüênciao de Jacuecanga. Enquanto aquiestava, todas as suas ações eramoutros tantos exemplos de virtu-de para a daqueles ditosos discí-pulos. Um só momento não esta-va ocioso: mas orando, ou tratan-do do asseio dos meninos, ou in-citando-os a acostumarem-se aosofícios domésticos, por isso quenunca comprava escravos paraseus estabelecimentos. Era mui-to parco em seu sustento; velavamuito em orações; nunca diziamal de pessoa alguma, antes emtodos supunha as boas intençõesde que era ornada sua alma”.

Dele se afirmou: “nasceu rico,viveu mendigando e expirou namiséria!”. Foi o Servo de Deus DomViçoso, que deu a Irmão Joaquimo justo título de “Vicente de PauloBrasileiro”.

Pe. José Artulino Besen

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 2012

Missionário da capital catarinense que criou obras assistenciais para os jovens de norte a sul do Brasil

Casa Pia em Jacuecanga, Rio de Janeiro, era a preferida de Irmão Joaquim

Divulgação/JA

Irmão Joaquim, filho de ricos comercian-tes, que dedicou a vida à caridade, sendorecebido por reis e rainhas

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Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

A Renovação Carismática Ca-tólica (RCC) da Arquidiocese pro-moveu, no dia 22 de janeiro, o XXILouvor de Verão. Realizado no Gi-násio de Esportes de Camboriú, oevento reuniu mais de quatro milparticipantes da Arquidiocese, deoutras dioceses e de turistas queveraneavam.

Eles refletiram sobre o tema“Apascenta minhas ovelhas” (Jo21,25), o mesmo adotado pelaRCC no Brasil para este ano. Umdos destaques do evento foi a gran-de participação dos padres quedurante todo o dia compareceramao evento ou lá permaneceram.

O “Louvor” contou com a pre-gação de José Prado Flores, doMéxico, formador de conceito in-ternacional e que desde a déca-da de 70 se dedica exclusivamen-te à pregação. Tem cerca de 35livros publicados sobre evan-gelização e RCC traduzidos paravárias línguas. A animação ficoucom a banda MissionáriosShalom, de Fortaleza.

José Prado Flores, acompa-nhado de uma interprete, dividiua sua pregação em dois momen-tos: no primeiro, pela manhã, elefalou sobre o tema do evento; àtarde, a partir das 14h30, ele abor-dou o tema “Louvor à SantíssimaTrindade”.

O evento teve ainda a prega-ção do casal Rose e RomeuMendes, no final da manhã. Elesfalaram sobre “Jesus, o bom pas-tor”, enfatizando o pastoreio den-tro da família. “É tempo de ser di-

Louvor de Verão reúne 4 mil em Camboriú

ferente, de testemunhar com avida, de dar frutos”, insistiu Romeudurante a pregação.

Celebração EucarísticaUm dos momentos fortes do

Louvor de Verão foi a celebraçãoEucarística final, presidida pelonosso arcebispo Dom WilsonTadeu Jönck. Em sua homilia,ele falou sobre a importância daevangelização na família. “Seja-mos evangelizadores para quetenhamos uma família onde Je-sus seja louvado”, disse. Segun-do ele, agindo assim, transforma-remos não só a nossa família,como também toda a sociedade.

Para o Arcebispo, o Louvor deVerão é uma grande iniciativa quedeve ser estimulada. “A Igreja pre-cisa desses grandes eventos. É ummomento de catequese e fortale-cimento expressivo da unidadeeclesial. Sempre renova nas pes-soas a disposição de prosseguirna caminhada”, disse Dom Wilson.

Ao final do evento, Luiz CarlosSantana Filho, reeleito coordena-dor da Renovação Carismática daArquidiocese para mais dois anos,fez os agradecimentos e entregoulembranças às pessoas homena-geadas. Dom Wilson ainda convi-dou todos os jovens a participaremda Jornada Mundial da Juventude,a ser realizada de 23 a 28 de julhode 2013, no Rio de Janeiro.

Para Luiz Carlos, o Louvor deVerão cresce a cada ano, graçastambém à qualidade dos prega-dores e animadores. “Sempre

14 Geral Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Em sua 21ª edição, evento trouxe pregador de reconhecimento internacional

Dom Wilson presidiu a Celebração Eucarística para os fiéis de toda aArquidiocese, que lotaram o Ginásio de Esportes de Camboriú

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QuedaCristo não se alegra ao ver-nos

cair, mas ao ver-nos cair e, emseguida, levantar, se rejubila!

MundoO mundo não compreende

como um casal se ama para en-contrar o Amor!

AlturaO jardineiro trabalhou na cer-

ca viva. Os galhos que se salienta-vam foram cortados e todos fica-ram iguais. Também nós, mem-bros do corpo de Cristo, somospodados para, embora diferentes,nos tornarmos iguais: ninguém émais que ninguém. E quem é con-vidado pelo Cabeça do corpo parasubir, subirá com Ele e não se jul-gará superior. Todos somos convi-dados a nos inclinar diante da dig-nidade do irmão, e quanto mais

baixo nos pusermos mais o Mes-tre nos tornará iguais.

RodaTudo que recebe, ela doa.

Vive para acolher e distribuir.Nada retém para si. O despo-jamento da roda d’água: queexemplo a imitar!

Roda 2Somos como a roda: ela só gira

se recebe água; nós só vamospara a frente se recebemos a Fon-te da água, a água viva. Não nosassustemos se, às vezes, parecerque estamos parando: é que en-tão estaremos quase vazios e aÁgua cairá com força e nos enche-rá de novo para um novo recome-ço: com mais vigor, mais alegria,mais disponibilidade. Sejamosdóceis como a roda. A água nãodepende dela; ela é que dependeda água!

NinhoO fiapo que o passarinho leva

para construir o ninho é escolhi-do. Também nós somos escolhi-dos por Deus para a construçãodo Reino. Esse fiapo é um fiapoprovado: não é verde, mas tem-perado pelo rigor do tempo. O Se-nhor também trabalha com os quetemperou ou está temperando.

Ninho 3O passarinho não cansa nem

desiste até terminar o trabalho.O apóstolo o imita. O passarinhoescolhe fiapos flexíveis, paramodelá-los; o Senhor também.Que Ele nos dê a graça da flexi-bilidade, para que possa mode-lar-nos. Então, diremos: “Fize-mos o que devíamos fazer! “ (cf.Lc 17,10).

PousoCerta vez, Jesus pediu

que olhássemos as aves docéu: quem as sustenta? Nãoé Ele mesmo? Que passari-nho já errou o pouso? Então,como que é que o discípulovai errar o pouso no coraçãodo irmão se a mão do Mes-tre guiar seus passos, suaspalavras?

Ninho 2Na construção do ninho, há fia-

pos que se perdem, levados pelovento. Também na construção doReino há ventos (os das tentações)que podem fazer perder-nos. Noninho, todo fiapo é importante; noReino, também. Do Evangelho,adaptando: “Somos fiapos comoquaisquer outros” (cf. Lc 17,10).

Polícia Federal re-cupera imagem

roubada deBiguaçu há 32 anos

A recuperação se deu após de-núncia do Instituto do PatrimônioHistórico Artístico Nacional – IPHAN.A imagem tombada, de valor inesti-mável, foi apreendida em uma lojaespecializada em leilões de obje-tos de arte, em um shopping nazona sul do Rio de Janeiro.

Com um metro de altura, ta-lhada em madeira, a estátua deSão Miguel Arcanjo estava desa-parecida havia 32 anos, desdeque fora roubada da histórica igre-ja de São Miguel Arcanjo, emBiguaçu, em maio de 1979.

O Pe. José Luiz de Souza, pá-roco de Biguaçu, recebeu a confir-mação da recuperação da ima-gem na tarde do dia 10/12 atra-vés do IPHAN de Florianópolis.Segundo ele, o Instituto entrou emcontato com o mesmo órgão noRio de Janeiro e foi providenciadaa documentação necessária paraque ela retorne a Santa Catarina.Antes ela ainda será periciadapelos técnicos da Polícia Federal.

Por determinação da PF, a igre-ja deverá passar por adaptações ereceber algum sistema de seguran-ça antes de a imagem voltar para oseu local de origem. A comunidadeestá se organizando para compriras exigências e logo que possívelreceber de volta o seu padroeiro.

buscamos trazer o que há de me-lhor para as pessoas e, sabendodisso, a cada ano elas vêm. Esaem cada vez mais motivadascontinuar o trabalho em suas co-munidades”, disse.

21 anos de históriaO “Louvor” teve início em

1990, a partir de um pequeno gru-po de oração de Camboriú, forma-do por 12 pessoas, entre eles, Pe.Márcio Vignoli, ainda seminarista.A primeira edição foi realizada noClube Palmeiras, em Camboriú,com a presença de pouco maisde 100 pessoas.

No ano seguinte, foi repetido,mas já com o nome de “Louvor deVerão”. Com a expectativa de reu-nir um número bem maior de par-ticipantes, foi realizado no Ginásio

de Esportes de Camboriú, de ondenunca mais saiu, e contou com aparticipação de Dom Murilo, naépoca nosso bispo auxiliar e gran-de apoiador do evento.

Para Pe. Márcio, o evento cres-ce a cada ano e contribui para ocrescimento da Renovação Caris-mática na Arquidiocese. “Percebe-mos também que a cada ano cres-ce o número de participantes jo-vens, o que evidencia que o Louvorcontinuará animando a juventude.A nova evangelização tem tudo aver com a juventude”, disse.

Mais informações no sitehttp://rccarquiflorianopolis.blogspot.com, mais fotos nosite da Arquidiocese (www.arquifln.org.br), clicar no link“Álbum de fotos”.

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

Jornal da Arquidiocese Janeiro/Fevereiro 201215Geral

Igreja Matriz de Biguaçu é consagradaDom Wilson presidiu o solene rito de consagração do altar, que marcou os 70 anos de criação da paróquia

A Paróquia São João Evan-gelista, em Biguaçu, presenciou,à noite do dia 21 de dezembro, aconsagração da sua Igreja Matriz.A Eucaristia, presidida pelo arce-bispo Dom Wilson TadeuJönck, foi concelebrada por vári-os padres e diáconos, com gran-de afluência da comunidade. Adata também marcava os 70 anosde criação da paróquia.

A celebração iniciou com o Ar-cebispo procedendo à bênção daágua e, depois, aspergindo toda aextensão da igreja. Em sua homilia,Dom Wilson lembrou todas as pes-soas que ajudaram a construir acomunidade paroquial.

O rito de consagração começoucom a ladainha de Todos os San-tos, seguida da unção do altar. Tam-bém foram ungidas, pelo Arcebis-po e pelo pároco, Pe. José Luizde Souza, as 12 cruzes afixadasàs paredes da igreja. Depois, foramacesas as 12 velas colocadas jun-to às cruzes. Para esse momento,foram convidadas 12 liderançasda paróquia. Ao final da celebra-ção eucarística, Pe. José Luiz to-mou a palavra e lembrou um pou-co da história da comunidade.

“Em 21 de dezembro de 1941,Dom Joaquim Domingues de Oli-veira criava esta paróquia. 70 anosse passaram e estamos aqui para

agradecer a Deus e louvá-lo portodo bem realizado no meio do seupovo. Nossa gratidão a cada umadas 27 comunidades que fazemparte desses 70 anos de história”,disse Pe. José Luiz.

Ele ainda presenteou DomWilson com um exemplar do es-boço do livro que marca os 70anos da paróquia, elaborado porJoaquim dos Santos Gonçalves,com a colaboração de JoséRicardo Petry. Como não houvetempo hábil para a impressão, foientregue um esboço do livro.

Instituto de leigas consagradas

celebra 40 anos de fundação

Uma Celebração Eucarística,na manhã de 29 de janeiro, na Ca-tedral de Florianópolis, marcou os40 anos do instituto de vida con-sagrada “Comunidade Lúmen”. Foipresidida pelo Pe. Vilmar Vicen-te, que há mais de 30 anos acom-panha o instituto, e concelebradapelo Pe. João Cardoso e Pe. PedroAdolino Martendal.

Durante a celebração, em suahomilia, Pe. Vilmar falou da missãoprofética vivida pelas leigas consa-gradas. “O profeta é alguém que vemdo meio do povo para falar em nomeDeus. É isso que essas mulheres fa-zem. Vivem no meio do povo, dedi-cam sua vida a Deus e à Igreja e dãotestemunho de fé”, disse.

A comunidade foi criada no dia30 de janeiro de 1972, na Cate-dral de Florianópolis. Em 30 de ja-neiro de 2007, recebeu a aprova-ção diocesana. Atualmente são110 consagradas, atentas aos cla-mores da realidade onde vivem.

Ao longo dos anos, a Comuni-dade cresceu e rompeu fronteiras.Hoje está presente em paróquiasde: Florianópolis, São José,Brusque, Balneário Camboriú,Blumenau, Joinville, Laguna, Riodo Campo, Armazém, Tubarão,Brasília e Barros, no Piauí.

O modo de a Comunidade tes-temunhar Jesus Cristo está expres-

so no Carisma: “Leigas consa-gradas, atentas aos clamoresda realidade onde vivem”.Suas integrantes vivem sua consa-gração fora do convento, no meiodo povo, onde discretamente dãotestemunho de vida cristã.

Participam de formação per-manente, através de retiro e en-contro fraterno anual, reuniãomensal, participação em cursos,palestras e similares, para cres-cerem na fé, na unidade, nafraternidade. A “ComunidadeLumen” tem como essencial navida consagrada: Palavra de Deus,Eucaristia, Evangelização, Oração,e a vivência do Carisma e dosConselhos Evangélicos de pobre-za, castidade e obediência.

A pessoa que manifestar odesejo de ser membro da Comu-nidade, inicia sua preparação porum período de dois anos. Apósesse tempo, se for de sua livrevontade, e não houver nenhumimpedimento, fará a primeira con-sagração, colocando-se a serviçoda Igreja e dos irmãos.

Mais informações pelos fones(48) 3233- 2172 ou 3222- 1225,ou pelos e-mails: [email protected], [email protected]. Mais fo-tos no site da Arquidiocese(www.arquifln.org.br)

Leigas consagradas dão testemunho de vida de fé no meio do mundo

Foto JA

O evento foi encerrado com odescerramento de uma placa co-memorativa por Dom Wilson, Pe.José Luiz e pelo prefeito do muni-cípio. Em seguida, todos foramconvidados a participar de um jan-tar por adesão.

A solenidade marcou o traba-lho de restauração da igreja ereadequação do altar às novasnormas litúrgicas. Todo o trabalhofoi acompanhado pela ComissãoArquidiocesana de Liturgia, semque se precisasse alterar a pro-gramação normal da paróquia.

Por indicação do deputado es-tadual Padre Pedro Baldissera, aPastoral da Saúde estadual rece-beu, dia 12 de dezembro, a me-dalha Comenda do LegislativoCatarinense. Conferida pelaAssembleia Legislativa de Santa

Pastoral da Saúde recebe homenagem na ALESC

Pe. Baldissera (esq.) entregou a homenagem a Jaci e ao Pe. Zanella

Durante a celebração, foram homenageadas as pessoas quecontribuiram com a Paróquia ao logo dos seus 70 anos de história

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Criado na Catedral, em 1972, Instituto hoje

está presente em 12 municípios do Brasil

Catarina, a Pastoral foi uma das40 instituições do Estado a rece-ber a homenagem.

A Pastoral da Saúde foi esco-lhida em reconhecimento à atua-ção voluntária na prevenção dedoenças e promoção da saúde

com orientação alimentar, cultivode hortas e o resgate da culturapopular das Plantas Medicinais. Asatividades são em beneficio daspessoas mais pobres e excluídas.

Também porque, em 2012, otema da Campanha da Fraterni-dade “Fraternidade e Saúde Públi-ca”, e o lema “Que a saúde se di-funda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8),deverão contar com a participaçãoda Pastoral da Saúde na suadinamização.

Jaci Helena Perottoni, coor-denadora da Arquidiocese de Flo-rianópolis e integrante da equipeexecutiva da Pastoral da Saúde deSC, e Padre José Avelino Zanel-la, psicólogo, que atua na Diocesede Chapecó, onde iniciou a cami-nhada da Pastoral da Saúde, em1975, por iniciativa do Bispo DomJosé Gomes, receberam a comendarepresentando a instituição.

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Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Fevereiro/2012

16 Geral Janeiro/Fevereiro 2012 Jornal da Arquidiocese

A Comunidade Católica de SãoFrancisco de Assis, em Jurerê In-ternacional, Florianópolis, reali-zou, na noite do dia 15 de dezem-bro, o lançamento do projeto deconstrução da igreja. Realizado noCentro de Eventos Il Campanario,o ato reuniu mais de 250 mem-bros da comunidade e convida-dos, entre os quais, nosso arce-bispo Dom Wilson Tadeu Jönck.

Durante o evento, FlávioAugusto, da agência de comunica-ção Marcca, apresentou os proje-tos de mídia de conscientização ede levantamento de fundos. Entreas peças publicitárias, foram mos-trados os outdoors, materiais im-pressos e o site: http://igrejasaofranciscodeassis.org.br.

A arquiteta Mirian Reichert, es-pecializada em espaço celebrativoe responsável pela obra, apresen-tou o projeto arquitetônico, queconta com a assessoria do artistasacro Cláudio Pastro, encarregadoda parte artística interna.

Para Severino Soares Silva, co-ordenador do Conselho de Pasto-ral da Comunidade, o evento tevetambém como finalidade acolherDom Wilson. “Quisemos conciliar olançamento do projeto, com a aco-

Jurerê lança projeto de construção de igreja

lhida ao nosso arcebispo, que nes-se dia comemorava um mês de suaposse em Florianópolis”, disse.

Ele e a arquiteta repassarama Dom Wilson uma cópia do pro-jeto de construção. Nosso arcebis-po disse que estava feliz com ainiciativa da comunidade. “A co-munidade de Jurerê precisa deuma igreja para que os católicospossam aqui celebrar a sua fé.Desejo que em breve o projeto se

Evento contou com a presença do nosso arcebispo Dom Wilson, que celebrou na comunidade

torne realidade”, afirmou.Foi ainda apresentado um

vídeo sobre as obras da IgrejaCatólica pelo mundo e houve aapresentação de estreia do “Co-ral São Francisco”, sob a regênciado maestro Miguel Felipe. Em se-guida, todos foram convidados ase servir no jantar por adesão.

Celebração EucarísticaDois dias depois, no sábado, 17-

12, Dom Wilson presidiu a Celebra-ção Eucarística na tenda montadanos dois terrenos adquiridos para aconstrução da igreja. A celebraçãofoi realizada às 19h e contou comampla participação da comunida-de. Em sua homilia, nosso arcebis-po lembrou que “a tenda tem mui-to a ver com a caminhada dos cris-tãos. Ela é provisória, como o foi atenda do povo eleito no deserto, atéa construção do Templo na terraprometida”, disse. Desde maio de2011, são realizadas celebraçõesaos sábados às 19h durante a tem-porada, e 18h no resto do ano. Ain-da durante a temporada, tambémaos domingos, às 20h.

Visando modernizar e agilizarsuas atividades, processos admi-nistrativos e pastorais, bem comode suas paróquias, desde novem-bro de 2011 a Arquidiocese deFlorianópolis vem implantandoum novo sistema informatizado.

O trabalho conta com o auxílioda empresa Maistre Informática,que possui o “Sistema Pastoral”,utilizado por grande número dedioceses no Brasil. A empresa pres-ta serviços na área administrativaà Igreja há mais de 25 anos.

Foram adquiridos modernosservidores para acesso e utiliza-ção do sistema e todas as medi-das e rotinas de segurança foramimplantadas.

Logo após o evento da nomea-ção e posse do novo Arcebispo, jáem dezembro de 2011, foram re-alizados treinamentos com páro-cos, secretárias(os) de paróquias,

Arquidiocese implanta novosistema informatizado

equipe de funcionários da cúria epessoas interessadas, visandoapresentar e introduzir os princi-pais conceitos de utilização donovo sistema. Outras etapas foramcumpridas, contando sempre como apoio da empresa contratada.

Para o Pe. João FranciscoSalm, ecônomo da Arquidiocese, éimportante que as paróquias assi-milem o novo sistema. “As exigênci-as legais vão se tornando sempremaiores e temos de nos adequar.Haverá algum incômodo até tudo senormalizar. Tempos de mudançageram algum desconforto. AArquidiocese é grande, são quasesetenta paróquias, o que torna o pro-cesso da mudança e adaptação umpouco mais complexo. A participa-ção e o empenho de todos garanti-rão o sucesso. Vale a pena”, afirmou.As paróquias estão tendo as orien-tações e o suporte necessários.

Treinamentos foram realizados esistema já está sendo implantado

Dom Wilson presidiu Celebração Eucarística na tenda montada no terrenoonde será construída a igreja. Missas acontecem aos sábados, 19h

Igreja terá 600m2 de área construída e capacidade para 300 pessoas

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Logo oficial da JMJ Rio-2013

será no dia 7 de fevereiroConfirmada a nova data do lan-

çamento da Logomarca da Jorna-da Mundial da Juventude (JMJ)Rio2013: dia 7 de fevereiro de2012. A cerimônia será às 20h noauditório do Edifício João Paulo II,na Glória, onde fica a sede do Co-mitê, e contará com a presença demais de 100 bispos de todo o Bra-sil, além de autoridades e repre-sentantes da sociedade.

A expectativa é grande em tor-no da divulgação do símbolo deum dos maiores eventos que oBrasil irá sediar. Para aumentar a

ansiedade e curiosidade, na vés-pera do evento, dia 6, o CristoRedentor será iluminado com ascores de 150 países que deverãoparticipar da jornada.

O lançamento, previsto anteri-ormente para o dia 1º de feverei-ro, foi adiado em atenção e solida-riedade a todos os familiares dasvítimas do desabamento dos trêsprédios no Centro do Rio, na últi-ma quarta-feira, dia 25 de janeiro.

Mais informações no sitewww.rio2013.com