jornal da arquidiocese de florianópolis abril/2010

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Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Dom Murilo celebra 25 anos de bispo No dia 28 de abril, nosso arcebispo Dom Murilo celebrará jubileu de episcopado. Toda a Arquidiocese é convidada a participar da celebração na Igreja Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque A celebração marca o dia em que a 28 de abril de 1985, pela imposição de mãos de Dom Afonso Niehues, Pe. Murilo Krieger foi sagrado bispo, as- sumindo como nosso auxiliar. Após Seminaristas são ordenados diáconos PÁGINA 03 Encontro reúne coroinhas de Brusque PÁGINA 05 Campanha combate ações de violência contra os jovens PÁGINA 07 Seminário apresen- ta diferentes mo- delos de economia PÁGINA 10 Programa da Rádio Cultura é um dos melhores do Brasil PÁGINA 16 Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Abril 2010 Nº 155 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Pe. Miron: dedicado ao jornalismo, à educação e ao sacerdócio PÁGINA 14 Catedral ficou lotada de jovens que participaram da celebração pelo Dia Mundial da Juventude seis anos, ele seguiu para Ponta Gros- sa, em seguida para Maringá, e em 2002 retornou para a Arquidiocese, desta vez, como nosso arcebispo. PÁGINA 03 Florianópolis celebra o Dia mundial da Juventude Foi a primeira vez que o DMJ foi celebrado na Arqui- diocese, desde que João Paulo II o instituíu em 1986 O “25º Dia Mundial da Juventude” reu- niu as várias expressões da juventude da Comarca da Ilha. Durante a celebração, presidida pelo nosso Arcebispo Dom Murilo Krieger, jovens levaram até o altar o ícone de Maria, além de também tra- zerem a cruz dos jovens. Ela vai peregri- nar pelas paróquias da Arquidiocese, ser- vido como preparação para o Encontro Mundial da Juventude com o Papa, a se realizar em Madrid, em agosto de 2011. PÁGINA 08 A vida cristã é vida pascal, porque no Batismo sepultamos nossos peca- dos e ganhamos nova vida. De fato, é isso que nos lembra o presidente da assembleia, na Vigília Pascal, antes da renovação das promessas do Batis- mo. Esta vida pascal é a vida do pró- prio Cristo ressuscitado. Tornamo-nos outros Cristos. Na verdade, todos jun- tos, nos tornamos um só Cristo, um só Corpo de Cristo. Passamos a viver PÁSCOA E LITURGIA como ele: sofremos as cruzes de cada dia e experimentamos as soluções e alegrias que nos vêm da graça do Evangelho vivido na comunidade. Esta vida em Cristo e com Cristo, é ainda, neste mundo, uma vida escondida. Co- nhecida só pela fé, fortalecida só pela esperança e vivificada só pelo Espíri- to Santo, que é o amor do Pai que nos foi dado em Cristo. PÁGINA 04 Pascom oferece formação para padres e comunicadores paroquiais A Pastoral da Comunicação da Arquidiocese estará realizando, nos dias 30 de abril e 01 de maio, forma- ção para os padres e os comuni- cadores católicos. Os dois eventos contarão com a assessoria da Irmã Élide Fogolare, coordenadora nacio- nal da Pastoral da Comunicação e as- sessora da CNBB. As formações mar- cam a retomada das atividades da Pascom na Arquidiocese. PÁGINA 09

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 155, ano XIV, Abril de 2010

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Dom Murilo celebra 25 anos de bispoNo dia 28 de abril, nosso arcebispo Dom Murilo

celebrará jubileu de episcopado. Toda a Arquidioceseé convidada a participar da celebração na Igreja

Matriz da Paróquia São Luiz Gonzaga, em Brusque

A celebração marca o dia em que a28 de abril de 1985, pela imposiçãode mãos de Dom Afonso Niehues, Pe.Murilo Krieger foi sagrado bispo, as-sumindo como nosso auxiliar. Após

Seminaristassão ordenadosdiáconos

PÁGINA 03

Encontro reúnecoroinhas deBrusque

PÁGINA 05

Campanha combateações de violênciacontra os jovens

PÁGINA 07

Seminário apresen-ta diferentes mo-delos de economia

PÁGINA 10

Programa da RádioCultura é um dosmelhores do Brasil

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ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Abril 2010 Nº 155 - Ano XIV “De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Pe. Miron: dedicado ao jornalismo, à educação e ao sacerdócio PÁGINA 14

Catedral ficou lotada de jovens que participaram da celebração pelo Dia Mundial da Juventude

seis anos, ele seguiu para Ponta Gros-sa, em seguida para Maringá, e em2002 retornou para a Arquidiocese,desta vez, como nosso arcebispo.

PÁGINA 03

Florianópolis celebra oDia mundial da Juventude

Foi a primeira vez que o DMJ foi celebrado na Arqui-diocese, desde que João Paulo II o instituíu em 1986

O “25º Dia Mundial da Juventude” reu-niu as várias expressões da juventude daComarca da Ilha. Durante a celebração,presidida pelo nosso Arcebispo DomMurilo Krieger, jovens levaram até o altaro ícone de Maria, além de também tra-

zerem a cruz dos jovens. Ela vai peregri-nar pelas paróquias da Arquidiocese, ser-vido como preparação para o EncontroMundial da Juventude com o Papa, a serealizar em Madrid, em agosto de 2011.

PÁGINA 08

A vida cristã é vida pascal, porqueno Batismo sepultamos nossos peca-dos e ganhamos nova vida. De fato, éisso que nos lembra o presidente daassembleia, na Vigília Pascal, antes darenovação das promessas do Batis-mo. Esta vida pascal é a vida do pró-prio Cristo ressuscitado. Tornamo-nosoutros Cristos. Na verdade, todos jun-tos, nos tornamos um só Cristo, umsó Corpo de Cristo. Passamos a viver

PÁSCOA E LITURGIAcomo ele: sofremos as cruzes de cadadia e experimentamos as soluções ealegrias que nos vêm da graça doEvangelho vivido na comunidade. Estavida em Cristo e com Cristo, é ainda,neste mundo, uma vida escondida. Co-nhecida só pela fé, fortalecida só pelaesperança e vivificada só pelo Espíri-to Santo, que é o amor do Pai que nosfoi dado em Cristo.

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Pascom oferece formação parapadres e comunicadores paroquiaisA Pastoral da Comunicação da

Arquidiocese estará realizando, nosdias 30 de abril e 01 de maio, forma-ção para os padres e os comuni-cadores católicos. Os dois eventoscontarão com a assessoria da Irmã

Élide Fogolare, coordenadora nacio-nal da Pastoral da Comunicação e as-sessora da CNBB. As formações mar-cam a retomada das atividades daPascom na Arquidiocese.

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Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

“De fato, aman-

do, conhece-mos. Escreveu

Santo Antônio:“A caridade é a

alma da fé,torna-a viva;

sem o amor, afé esmorece”.

Essa expressãohavia marcadoprofundamen-te minha vida

até então;como bispo,

dispunha-me aproclamá-lacom atos e

palavras.”

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Deus é amor!Em janeiro de 1956, deixei mi-

nha casa, em Brusque, para ir parao Seminário de Corupá, da Congre-gação dos Padres do Sagrado Co-ração de Jesus. A partir daí, fui meidentificando cada vez mais com ocarisma dehoniano. Era meu proje-to viver e trabalhar a vida toda den-tro das estruturas dessa Congrega-ção. Em 1985, porém, o Papa JoãoPaulo II me escolheu para o episco-pado. Passaria a viver o carisma dePe. Dehon de outra forma.

Naquela ocasião, devia fazerduas escolhas: Que Bispo me or-denaria? Onde seria minha orde-nação episcopal? Quanto ao Bis-po, não havia dúvidas: seria DomAfonso Niehues, Arcebispo deFlorianópolis, que, em 1969, haviame ordenado sacerdote. Quanto aolugar, também não havia muito que

pensar: seria em Brusque, na Ma-triz S. Luiz Gonzaga, onde, criançaainda, havia servido como coroinhae, aos 27 anos, fora ordenado sa-cerdote. Além disso, era a Paróquiade meus pais e de minha família.

Passados vinte e cinco anos,continuam vivas, em minha memó-ria, as cenas da celebração daque-la tarde de domingo, dia 28 de abrilde 1985. No final da Missa, expli-quei a todos a razão da escolha demeu lema episcopal: “Deus é amor”

(1Jo 4,16). Essa expressão, quenasceu da experiência de fé doevangelista S. João, havia marcadoprofundamente minha vida até en-tão; como bispo, dispunha-me aproclamá-la com atos e palavras.

Hoje, ao olhar para o início deminhas atividades episcopais,agradeço a Deus pela experiência

adquirida ao longo dos seis anosem que fui Bispo Auxiliar deFlorianópolis. Dom Afonso foi paramim um mestre, um pai e um ami-go. Em 1991, fui nomeado BispoDiocesano de Ponta Grossa. Sabiaque seria uma experiência diferen-te, pois passaria a ser o responsá-vel por uma Diocese. Nada conhe-cia daquela região. Mas a acolhi-da que aquele povo me deu ajudou-me a superar qualquer dificuldade,desde os primeiros momentos. Em1997 - portanto, seis anos depois -,fui nomeado Arcebispo de Maringá.Encantei-me com o jeito alegredaquela gente, com sua criativi-dade e espírito de iniciativa. Quan-do pensava que ali ficaria parasempre, recebi a nomeação paraa Arquidiocese de Florianó-polis.Era o ano de 2002. Aqui estou, por-

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Santo Antônio de PáduaGostaria de falar de outro san-

to pertencente à primeira geraçãodos Frades Menores: Antônio dePádua ou, como é também chama-do, de Lisboa, referindo-se à suacidade natal. Trata-se de um dossantos mais populares de toda aIgreja Católica, venerado não só emPádua, onde foi construída umamaravilhosa Basílica que conservaseus despojos mortais, mas emtodo o mundo.(...) Antônio contri-buiu de modo significativo para odesenvolvimento da espiritua-lidade franciscana, com os seus sa-lientes dotes de inteligência, equi-líbrio, zelo apostólico e, principal-mente, fervor místico. (...)

Em seus Sermões, Santo Antô-nio fala da oração como de umarelação de amor, que estimula ohomem a dialogar docilmente como Senhor, criando uma alegria ine-fável, que suavemente envolve aalma. Antônio nos recorda que aoração precisa de uma atmosferade silêncio, que não coincide como desapego do rumor externo, masé experiência interior, que tem porfinalidade remover as distraçõescausadas pelas preocupações daalma, criando o silêncio na própriaalma. Segundo o ensinamento des-te insigne Doutor franciscano, aoração é articulada em quatro ati-tudes indispensáveis, que... pode-ríamos traduzir do seguinte modo:abrir com confiança o próprio co-

ração a Deus; é este o primeiropasso da oração...; depois, dialo-gar afetuosamente com Ele, ven-do-o presente comigo; depois, émuito natural apresentar-lhe nos-sas necessidades; por fim, louvá-lo e agradecer-lhe.

Dos ensinamentos de SantoAntônio sobre a oração, capta-mos uma das características es-pecíficas da teologia franciscana,da qual ele foi o iniciador, isto é,o papel atribuído ao amor divino,que entra na esfera dos afetos,da vontade, do coração, e que étambém a fonte da qual brotauma consciência espiritual, quesupera qualquer conhecimento.De fato, amando, conhecemos.Escreveu Antônio: “A caridade éa alma da fé, torna-a viva; sem oamor, a fé esmorece”.

Nós, Padres, perdoamos e pedimos perdãoAs palavras do Papa foram

contundentes: “crimes hedion-dos”, “confiança traída”, “dignida-de violada”, “dano imenso”, “ultra-je”, “indignação”, “tristeza”, “lágri-mas”. Declarando-se “profunda-mente desolado” ante os sofri-mentos das vítimas de abusoscometidos por padres, em 20 demarço pp. Bento XVI dirigiu Cartaà Igreja irlandesa e a toda a Igre-ja, tocando nesse drama cujos si-nais se alastram como tsunami depaís a país. Numa passagem, fi-cou grafado: “Em nome da Igrejaexprimo abertamente a vergonhae o remorso que todos sentimos”.O Papa também critica a “preocu-pação descabida” em manter obom nome da Igreja para evitar es-cândalos, o que levou à impunida-de sob o pretexto de preservar adignidade de cada pessoa, atitu-de essa tomada por diversos bis-pos e que está na raiz do dramaatual. A tragédia da pedofilia e doabuso sexual de jovens é a maisdolorosa das violências, a maisperturbadora invasão na afeti-vidade de uma criança ou jovem.O Papa João Paulo II manifestavasua profunda dor diante daquelesque detêm a primeira responsabi-lidade de defender os mais frágeisda sociedade e dão-se o direito deprofaná-los sacrilegamente.

“Nós perdoamos e pedimosperdão” foi a palavra repetida naCelebração do Perdão, em marçode 2000, corajosamente presididae conduzida pelo Papa Wojtila. Nósperdoamos a todos os que nos

ofenderam, e pedimos perdão aosque nós ofendemos: as minorias,a violência da Inquisição, das Cru-zadas, do Colonialismo, o anti-semi-tismo, a mulher, o negro escraviza-do. Os filhos não pagam pelo pe-cado dos pais, mas somente vive-rão a verdadeira filiação pedindoperdão por seus pais. Reconciliar-se com a História diante do Deusmisericordioso é ato de humildadecristã, de santificação em praçapública na confissão dos pecados.

Assim nós, padres, perdoamose pedimos perdão. Nada justificaa chaga da pedofilia, do sexo a pa-gamento, do escândalo de padrese religiosos. Num tempo se usavao argumento de que se atacava aIgreja para calar-lhe a boca. Nãoserve mais: nossa boca será livrepara proclamar o Evangelho daGraça se ela mesma for purificadapela graça e - dolorosamente - pelahumilhação em praça pública. Tan-tas vezes erguemos nossas mãosno gesto divino de absolver o peni-tente dos pecados, e o fazemoscom imensa alegria. É também avez dos cristãos erguerem as mãospara nos perdoarem em nome dascomunidades, das famílias, das ví-timas da violência sexual.

Maturidade afetiva,condição para o celibato

As acusações que nos levamà confissão dos pecados tambémdevem ser purificadas. O ato deuma pessoa não é o ato de umacomunidade. Os pecados de al-guns - ou mais - sacerdotes, não

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúsculo, Guilherme

Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224

JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling -

Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul

tanto, há oito anos.O que mais tem chamado mi-

nha atenção nesses oito anos, éo rápido crescimento populacionalde nossa região. Em dez anos,nossa Arquidiocese, formada portrinta municípios, cresceu quatro-centos mil habitantes. Por isso,por mais que cada qual trabalhe,corra e se multiplique, fica sem-pre muito para ser feito.

No próximo dia 28 de abril, vol-tarei à Igreja Matriz S. Luiz Gonzaga,dessa vez para agradecer a Deus.A certeza mais forte que fica davivência desses vinte e cinco anosde bispo está muito bem sintetiza-da na frase de S. João: "Deus éamor". Por isso, agradeço antecipa-damente a todos aqueles que, na-quele dia, se unirem a mim paracantar os louvores de Deus.

são pecados da Igreja de tal País.É injusto acusar a Igreja dos Esta-dos Unidos de pedófila, pois se es-tará negando a dedicação herói-ca, fiel, de dezenas de milhares depadres frente ao pecado de um pe-queno número. Agora é a vez daIgreja na Alemanha, e as acusa-ções têm um endereço cruel: atodo custo quer-se atingir a pes-soa do Papa Bento XVI. Respon-de-se à tragédia da pedofilia coma crueldade do ataque à Igreja Ca-tólica, que não é abstrata, tem umrosto definido: o Papa. Quer-se ata-car a Igreja e os católicos.

Aproveita-se para atacar a dis-ciplina do celibato católico afirman-do: existe pedofilia na Igreja porqueos padres não se casam. As esta-tísticas não o comprovam. Segun-do a ONG Cecria, dedicada à pro-teção dos menores, de 291 casosde abuso sexual no Brasil em2009, as crianças foram vítimas:33% do pai ou mãe, 14% do pa-drasto ou madrasta, 13% do vizi-nho, 10% do tio, 9% de conhecido,6% do avô, 5% do professor, sendo4% de desconhecidos. A santida-de da Igreja cresce nos grandestempos de reconciliação, de humi-lhação. É tempo de Páscoa, é tem-po de ressurreição. Nós, padres,perdoamos e pedimos perdão. Nós,que tanto anunciamos o Senhordas misericórdias, cremos firme-mente que também seremos lava-dos pela misericórdia do Senhor.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

Bento XVI, 10.02.10

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Jornal da Arquidiocese Abril 2010

3Geral

A Paróquia São Vicente dePaulo, em Itajaí, sediará, no dia10 de abril, às 18h, a ordena-ção diaconal de Leandro Joséde Souza e Silvio José Kremer.A celebração será presidida pelonosso arcebispo Dom MuriloKrieger. A ordenação presbiteralde ambos será no dia 05 de ju-nho, às 15h, em Biguaçu.

Naturais da Paróquia SãoJoão Evangelista, em Biguaçu,os dois seminaristas realizarãoa ordenação em conjunto. O lo-cal, São Vicente, foi escolhido,porque é lá que Leandro reali-za seu estágio pastoral. O lemade ordenação dos dois é “Tudo

Seminaristas são ordenadosdiáconos transitórios

posso Naquele que me fortale-

ce” (Fl 4,13).Nascido em 14 de agosto

de 1977, Leandro teve sua vo-cação para a vida presbiteraldespertada na adolescência,mas só aos 21 anos ingressouno Seminário Propedêutico, emAzambuja, Brusque. Teve comoformador o Pe. Revelino Seidler,atual pároco de Porto Belo.

Silvio José Kremer nasceu em04 de fevereiro de 1984. Aos 15anos, ainda adolescente, entrouno Seminário Menor de Azam-buja. É o filho caçula da casa, comduas irmãs já casadas.

A ordenação presbiteraldos dois também será con-junta e realizada na paró-quia de origem de ambos:São João Evangelista, emBiguaçu. A celebração será

Leandro José de Souza

Silvio José Kremer

ORDENAÇÃO PRESBITERALno dia 05 de junho, às 15h,presidida pelo nosso arce-bispo Dom Murilo, e sendorealizada como encerramen-to e coroação do “Ano Sacer-dotal”.

Os Presbíteros do RegionalSul 4 da CNBB (Santa Catarina)realizarão uma peregrinação aoSantuário Nossa Sra. de Fátima,em Fraiburgo, Diocese de Caça-dor. O evento é alusivo ao “AnoSacerdotal”, que está sendo ce-lebrado em toda a Igreja desdejunho de 2009. O evento é umapromoção da Comissão Pres-biteral do Regional.

Padres realizam Peregrinaçãoa Santuário em Caçador

A Arquidiocese será repre-sentada por cerca de 25 pa-dres. Um microônibus sairá daCúria Metropolitana no dia 21,às 4h da madrugada. “O localpara a peregrinação foi escolhi-do por ser um ponto mais cen-tral para o clero de todo o Esta-do”, disse Pe. Vilson Groh, co-ordenador da Pastoral Presbi-teral na Arquidiocese.

Dom Murilo celebra 25 anos de bispoNascido em Brusque, Dom Murilo foi nosso bispo auxiliar e, desde 2002, é nosso arcebispo

A Paróquia São Luiz Gonzagareceberá fiéis de toda a Arqui-diocese no dia 28 de abril, quan-do será realizada a celebraçãopelo Jubileu de prata Episcopalde nosso arcebispo Dom Murilo.A celebração terá início às 19h etodos estão convidados.

A celebração marca os 25 anosdesde que, em 1985, pela imposi-ção de mãos de Dom Afonso Nie-hues, Dom Murilo foi ordenado bis-po, assumindo a função de bispoauxiliar da Arquidiocese de Floria-nópolis. Dezesseis anos antes, omesmo Dom Afonso o havia orde-nado sacerdote. As duas celebra-ções foram realizadas no mesmolocal: Paróquia São Luiz Gonzaga,em Brusque, sua terra natal.

Nascido a 19 de setembro de1943, Dom Murilo é o 6º filho deuma família de 9 irmãos. Em ja-neiro de 1956, aos 12 anos, in-gressou no Seminário de Corupá,da Congregação dos Padres doSagrado Coração de Jesus, loca-lizado na região norte do Estado.Sua ordenação presbiteral foi re-alizada 13 anos depois, no dia 7de dezembro de 1969.

Como padre, Dom Murilo as-sumiu várias funções na Congre-gação. Trabalhou na Paróquia Sa-grado Coração de Jesus e foi rei-tor do Instituto Teológico S.C.J.,

Arq

uivo

/JA

ambos em Taubaté. Em 1981,passou a ser o Superior Provinci-al da Congregação, até ser nome-ado, em 1985, bispo auxiliar daArquidiocese de Florianópolis.

Bispo de FlorianópolisTendo tomado posse no car-

go de Bispo Auxiliar, aqui perma-neceu até o dia 8 de maio de1991, quando foi nomeado bis-po de Ponta Grossa, no Paraná.

No dia 7 de maio de 1997 foinomeado arcebispo de Maringá,também no Paraná.

Cinco anos depois, no dia 20 defevereiro de 2002, Dom Murilo foinomeado arcebispo de Florianó-polis. Ele sucedeu a Dom EusébioOscar Scheid, transferido para aArquidiocese do Rio de Janeiro. Aposse foi realizada no dia 27 de abrilno Ginásio de Esportes do ColégioCatarinense, em Florianópolis.

Pela imposição de mãos de Dom Afonso, em 1985 Dom Murilo foiordenado bispo assumindo como auxiliar de Florianópolis

Foto

JA

Pe. Vitor Feller, diretor do ITESC, leciona para uma das turmas

ITESC reinicia cursos de Teologia para leigosMais de 190 alunos participam de um dos seis cursos oferecidos

O Instituto Teológico de San-ta Catarina - ITESC, reiniciou nodia 01 de março seus cursos no-turnos de teologia para leigos.São cerca de 190 alunos que,todas as noites de segunda-fei-

ra, participam de um dos seiscursos oferecidos pelo ITESC. Oscursos são: Teologia Sistemáti-ca, Bíblia - Primeiro Testamento,Teologia Bíblica - Pastoral,Aprofundamento Bíblico, Teolo-

gia Litúrgica - Fundamental e Te-ologia Cate-quética - Pastoral.

Os cursos têm duração de umano e vão até novembro. As au-las são ministradas por professo-res do ITESC, professores convi-dados e por alunos (monitora-dos) das últimas fases do Cursode Bacharelado em Teologia.

Esses cursos de formaçãopara lideranças leigas são ofe-recidos pelo ITESC desde a suafundação, em 1973. De 2005 a2009, foram mantidos em con-vênio com o “Centro LoyolaAmar e Servir”. Neste ano, oITESC reassumiu a administra-ção dos cursos.

Além desses cursos noturnos,os leigos/as são encorajados ase matricular no curso matutinode graduação em Teologia, pelomenos em algumas disciplinas,junto com os seminaristas.

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

4 Tema do Mês Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

de Cristo, de sua passagem damorte à ressurreição e da consti-tuição da Igreja, o novo povo, opovo messiânico.

A PASTORAL

DO DOMINGONa luz da Páscoa, ganha vi-

gor também o domingo, Dia doSenhor, dia em que renovamosnossa própria páscoa no segui-mento de Cristo. Como diz o Do-

Essa vidapascal, vivida

diariamente noencontro com

Cristo e celebra-da todo domingona comunidade,

é motivo de gran-de alegria”.

A liturgia cristã teve início nasprimeiras comunidades seguido-ras do movimento de Jesus,quando quiseram celebrar a Pás-coa do seu Senhor. Por isso, todaa liturgia tem uma marca pascal.A reforma da liturgia, propostapelo Concílio Vaticano II, come-çou pelas celebrações da Páscoaque, antes dele, estava reduzidaa um amontoado de ritos secun-dários que encobriam o principal,exaltando mais a morte do que aressurreição do Senhor.

A SOLENIDADE PASCALO Tríduo Pascal passou ao cen-

tro da liturgia cristã. Ele não é pre-paração para a Páscoa, como in-felizmente muita gente pensa,mas é já a celebração da Páscoado Cristo crucificado, sepultado eressuscitado. Todas as celebra-ções do Tríduo Pascal - a missada ceia do Senhor da quinta-feirasanta, a ação litúrgica da paixãodo Senhor da sexta-feira santa, ea vigília pascal no sábado santo -são como se fossem uma só cele-bração. Tanto que se faz o sinalda cruz inicial na missa da ceia esó se vai fazer o sinal da cruz finalna bênção solene final da vigília.Não há bênção final na missa daceia, não há sinal da cruz nembênção final na celebração dapaixão, não há sinal da cruz inici-al no sábado santo. Convém, por-tanto, participar de todas essascelebrações, como se fossemuma só, um verdadeiro retiro es-piritual litúrgico, para se poder ce-lebrar devidamente e de modo ple-no o mistério pascal.

A celebração anual da Páscoanos leva a olhar de novo, como sefosse a primeira vez, para o misté-rio de Cristo, de sua morte e res-surreição. Páscoa é primeiramen-te uma festa judaica, que, em cadaano, celebra o acontecimento fun-damental da história do povo deDeus do Antigo Testamento: oêxodo, a libertação do Egito, ondeos hebreus viviam reduzidos à es-cravidão, e a sua passagem paraa Terra prometida por Deus. Pás-

coa passou a ser o nome do cor-deiro pascal, como nos diz SãoPaulo: “Cristo, nossa Páscoa, foi

imolado” (2Cor 5,7). Para nós, cris-tãos, o Sangue de Cristo é a garan-tia da libertação para todas as pes-soas, como o sangue do cordeiro otinha sido para os hebreus na saí-da do Egito. Na sua entrega nacruz, até ao sangue, Cristo realizaa passagem libertadora do peca-do e da morte para a vida em Deus,como se lê em São João: “Saben-

do Jesus que era chegada a hora

Eucaristia dominical e ao própriodomingo” (NMI 35). Citando suaprópria carta apostólica Dies

Domini sobre o domingo, propôs“que a participação na Eucaristiaseja verdadeiramente, para cadabatizado, o coração do domingo”(NMI 36) e que a Igreja continue aindicar a cada geração a celebra-ção dominical da Páscoa de Cristocomo “o eixo fundamental da his-tória, ao qual fazem referência omistério das origens e o do desti-no final do mundo” (DD 2; NMI 35).

VIDA PASCALA vida cristã é vida pascal, por-

que no Batismo sepultamos nos-sos pecados e ganhamos novavida. De fato, é isso que nos lem-bra o presidente da assembleia,na Vigília Pascal, antes da reno-vação das promessas do Batismo.Esta vida pascal é a vida do pró-prio Cristo ressuscitado. Tornamo-nos outros Cristos. Na verdade,todos juntos, nos tornamos um sóCristo, um só Corpo de Cristo. Pas-samos a viver como ele: sofremosas cruzes de cada dia e experi-mentamos as soluções e alegriasque nos vêm da graça do Evange-lho vivido na comunidade. Estavida em Cristo e com Cristo, é ain-da, neste mundo, uma vida escon-dida. Conhecida só pela fé,fortalecida só pela esperança, evivificada só pelo Espírito Santo,que é o amor do Pai que nos foidado em Cristo.

Essa vida pascal, vivida diari-amente no encontro com Cristo ecelebrada todo domingo na comu-nidade, é motivo de grande ale-gria. Assim proclama o Documen-to de Aparecida: “Neste encontrocom Cristo, queremos expressar aalegria de sermos discípulos doSenhor e de termos sido enviadoscom o tesouro do Evangelho. Sercristão não é uma carga, mas umdom: Deus Pai nos abençoou emJesus Cristo seu Filho, Salvador domundo” (DAp 28).

A vida pascal, a vida nova emCristo, é simbolizada de muitosmodos. Nos sacramentos da ini-ciação cristã - Batismo, Crisma eEucaristia - nascemos como no-vos filhos de Deus. Somos a hu-manidade nova. Purificados dofermento velho, nos tornamosuma nova massa, para celebrar-mos a festa pascal. Somos reno-vados pelo Espírito Santo e res-suscitamos para a luz da vida.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

de passar deste mundo para o

Pai..." (Jo 13,1). Portanto, Páscoaveio a significar passagem.

Quando, então, pomos a Pás-coa no centro da liturgia, o misté-rio de Cristo passa a ser o centrodonde tudo o mais irradia e rece-be o impulso vital. A vida, a pai-xão e a ressurreição do SenhorJesus passam a ganhar nova di-mensão na vida cristã. A soleni-dade da Páscoa volta a fazer-sepresente na vida e na consciên-cia da comunidade cristã, comonos primeiros tempos do cristia-nismo. Com isso, ganham seuverdadeiro significado e vigor ostextos bíblicos que lemos emcada celebração, uma vez quetodos foram escritos à luz da Pás-coa. Os do Antigo Testamento fo-ram escritos à luz do êxodo, cele-brado na Páscoa judaica comosaída do Egito rumo à terra da li-berdade e à constituição do povode Deus. Os textos do Novo Tes-tamento - evangelhos, cartas eapocalipse - foram escritos à luzdo novo êxodo, do mistério pascal

cumento de Aparecida, fazendoreferência ao discurso inauguraldo papa Bento XVI: “Entende-se,assim, a grande importância dopreceito dominical de ‘viver se-

gundo o domingo’, com uma ne-cessidade interior do cristão, dafamília cristã, da comunidadeparoquial. Sem uma participaçãoativa na celebração eucarísticadominical e nas festas de precei-to, não existirá um discípulo mis-sionário maduro. Cada grandereforma na Igreja está vinculadaao redescobrimento da fé na Eu-caristia. Por causa disso, é impor-tante promover a ‘pastoral do do-mingo’ e dar a ela ‘prioridade nosprogramas pastorais’ para umnovo impulso na evangelização dopovo de Deus no Continente lati-no-americano” (DAp 252).

Já o papa João Paulo II chama-va a atenção à importância do do-mingo. Na carta apostólica Novo

Millenio Ineunte, pediu que nomilênio que se iniciava se puses-se “o máximo empenho na litur-gia”, “dando particular relevo à

PÁSCOA E LITURGIANossa vida pascal é a vida do próprio

Cristo ressuscitado em nós.

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Jornal da Arquidiocese Abril 2010

5Geral

O Movimento Familiar Cristão(MFC) estará promovendo, no dia18 de abril, o Encontro de For-mação Conjugal e Familiar. O en-contro será realizado no CentroArquidiocesano de Pastoral e édestinado a todos os casais, se-jam eles casados, em segundaunião e não legalizados.

A formação é realizada acada seis meses e destinadapara até 25 casais. Pela manhã,

Formação para os casaiso encontro terá a assessoria doProfessor Carlos Martendal,com o tema “O Relacionamen-to Conjugal”. A tarde, a asses-soria ficará por conta do Pe.Waldemar Groh, que falará so-bre “Jesus na vida da família”.

Mais informações com o ca-sal coordenador, pelos fones(48) 3304-7803 ou 9106-4018/9164-3013, ou pelo e-mail [email protected].

No dia 18 de abril, a partirdas 9h, cerca de 80 liderançasdos três setores do Movimento(Florianópolis, Itajaí e Brusque)estarão reunidas na ParóquiaSanto Antônio, no Centro, emFlorianópolis para participar daAssembleia Diocesana do Mo-vimento de Cursilhos de Cris-tandade. O evento terá comotema “Relacionamento doCursilho à luz do Documento de

Assembléia do CursilhosAparecida” e lema “Todos jun-tos unidos na mesma fé”.

Durante a assembleia, tam-bém será dado início à prepara-ção dos 50 anos do Movimentode Cursilhos no Brasil, a ser ce-lebrado em 2012. Mais informa-ções, pelos fones (47) 3366-3773 ou 9136-1060, ou pelo e-mail [email protected], comDulce Maria Fontelles Ternes,coordenadora do movimento.

A Renovação CarismáticaCatólica realizará no dia 23 deabril, em Blumenau, o seu XIICongresso Estadual. Realizadono Ginásio de Esportes Galegão,ao lado da Vila Germânica, oevento reunirá lideranças daRCC de todo o Estado.

O evento contará com a ce-lebração de abertura presididapelo Pe. João Backmann, gran-de incentivador da RCC na Dio-

XII Congresso Estadual da RCCcese de Blumenau. A assesso-ria estará a cargo de Vicente eRoberto Tannus, de Goiania(GO), e de Umberto Sell, Coor-denador Estadual do Ministérioda Pregação da RCC. A anima-ção ficará com a Banda BomPastor, do Rio de Janeiro.

Mais informações pelo sitewww.rccsc.com.br ou pelo fone(48) 3045-1426, no EscritórioEstadual da RCC.

O Coral Santa Cecília da Ca-tedral convida a todos para par-ticipar do 25º Concerto Espiri-tual da Páscoa. Realizado no dia07 de abril, a partir das 20h, naCatedral Metropolitana deFlorianópolis, o evento reuniránove corais de Florianópolis,São José e Palhoça, que maisuma vez estarão reunidos paracantarem a Páscoa do Senhor.

Além do Coral Santa Cecília,o Conespa contará com as apre-sentações da Associação CoroLírico da OSSCA, o Coral daALESC, o Coral da Associação dosMagistrados, a Associação CoralHospital Florianópolis, a Associa-ção Coral Ítalo-Brasileira, o CoralEncantos, a Associação Coral de

Nove Corais cantam a PáscoaFlorianópolis, todos de Florianó-polis, e também a Associação Co-ral Cidade de São José, e o CoralBom Jesus de Nazaré, de Palho-ça. Cada Coral se apresentará in-dividualmente, unindo-se todosno final para o canto do Aleluiade Haendel, com acompanha-mento de um quarteto de metais,e regidos pelo Pe. Ney Brasil Pe-reira, regente do coral anfitrião eorganizador do evento.

O evento marca o jubileu deprata do evento, que neste anocelebra 25 anos de sua primei-ra realização. Será homenage-ado especialmente Dom MuriloKrieger, nosso Arcebispo, peloseu Jubileu de Prata episcopal,que ocorre no dia 28 de abril.

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Sessão Solene na ALESC tratou da CFE-2010Evento contou com a presença das quatro Igrejas Cristãs que participam do Ecumenismo no Estado

A AssembléiaLegislativa de San-ta Catarina reali-zou, na noite dodia 08 de março,uma Sessão Sole-

ne alusiva à Campanha daFraternidade deste ano, ecumê-nica. O evento, já tradicional, foipromovido pelo Deputado PadrePedro Baldissera. Com o tema“Economia e Vida” e o lema “Vocêsnão podem servir a Deus e ao di-nheiro” (Mt 6,24), esta Campanhada Fraternidade pretende unir asIgrejas Cristãs, e toda a nossa so-ciedade, na promoção de umaeconomia a serviço da vida, semexclusões, criando uma cultura desolidariedade e trazendo paz.

Participaram da solenidade:Dom Clovis Ely Rodrigues, bispoemérito da Igreja EpiscopalAnglicana do Brasil; Padre Francis-co de Assis Wloch, sub-secretáriodo Regional Sul IV da CNBB e rei-tor da Catedral, representando onosso arcebispo, Dom MuriloKrieger; Pastor Inácio Lemke, vicepresidente do Conselho de Igrejaspara o Estudo e Reflexão e pastorda Igreja Evangélica de ConfissãoLuterana; Deputado Padre PedroBaldissera, propositor da SessãoSolene, e Deputado Pedro Uczai.

Além deles, o evento foi presti-giado por várias autoridades ecle-

siásticas e agentes pastorais quetrouxeram bandeiras e lotaram aplenária da Assembléia. O desta-que especial ficou para o Movi-mento de Irmãos, que participoucom uma grande equipe.

Pe. Pedro Baldissera, propo-sitorda sessão solene, iniciou seu dis-curso justificando a Sessão. Elefaou da proposta da CFE de investirna Economia Solidária. “Uma eco-nomia popular e solidária deve ocu-par as lacunas deixadas pelo modode produção capitalista, que o po-der público não tem conseguido so-lucionar: desemprego, exclusão so-

cial, insegurança alimentar e faltade acesso à educação e saúde”.

Pe. Francisco de Assis Wloch, nos-so representante no evento, esclare-ceu que as Campanhas ecumênicastêm-se voltado para a valorização daspessoas, o cuidado da natureza e osgrandes direitos dos seres humanos."Foi nesse espírito que se pensou aCFE-2010, no contexto da economiacomo um instrumento a serviço daspessoas e não o contrário”, disse.

Mais fotos, no site da Arquidio-cese: www.arquifln. org.br, cliqueem “Galerias”, no alto da página.

Participantes compuseram a mesa e puderam falaram sobre a CFE-2010

Fo

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Realizado no Seminário deAzambuja, em Brusque, no dia 13de março, o encontro reuniu maisde 300 coroinhas da Comarca. Assete paróquias estiveram repre-sentadas e contaram com a pre-sença de seus padres.

Este foi o primeiro encontro

Coroinhas de Brusque participam de encontroRealizado em Azambuja, esse foi o primeiro dos oito previstos para este ano

comarcal dos coroinhas realizadoneste ano. Dos oito encontros pre-vistos no ano, quatro serão reali-zados em Azambuja. Isso para que,além de se confraternizarem, oscoroinhas conheçam um pouco davida do nosso Seminário Menor edo Santuário de Azambuja.

Os e as coroinhas tiveram mo-mentos de formação, confraterni-zação e encenações teatrais compassagens bíblicas. Eles conta-ram com o total apoio dos semi-naristas e padres de Azambuja,que auxiliaram na organização doevento. Como aconteceu nos úl-timos anos, os e as coroinhas fo-ram convidados a doar R$ 1,00para ajudar na formação dos fu-turos padres.

Próximos EncontrosA Comarca da Ilha e do Estrei-

to serão as próximas a realizar osencontros comarcais. Os doisencontros serão realizados emAzambuja. No dia 18 de abril, oscoroinhas da Comarca da Ilha. Nasemana seguinte, dia 24, será avez da Comarca do Estreito. Osencontros iniciam a partir das 8he vão até às 17h, encerrando coma Celebração Eucarística.

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A Paróquia de São José, em Botuverá, foi uma das representadas

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

afirma e reafirma sua convicção deque “o pouco com Deus é muito”,pois esse “pouco” vale mais do que“a abundância dos ímpios” (v.16),cujos “braços se quebrarão”, istoé, Deus lhes abaterá o poder. Emcontraste, Ele “sustenta os justos”,“conhece o dia a dia dos ‘inocen-tes’ e os socorrerá no tempo da ca-lamidade” (cf vv. 18-19). Depois decontrapor a “mão fechada” do“ímpio” à “mão aberta” do “justo”(v. 21), o salmista reitera que a“posse da terra” ficará com “quemtem a bênção de Deus” (v.22)

Nunca vi um justoabandonado

23. O Senhor firma os pas-sos do ser humano, / sustentaaquele cujo caminho lhe agrada.

24. Se ele cair, não ficaráprostrado, / pois o Senhor se-gura sua mão.

25. Fui criança e agora es-tou velho: / nunca vi um justoabandonado / nem um des-cendente seu pedindo pão.

26. Ele sempre se compa-dece e empresta, / e sua pos-teridade vive abençoada.

A fé do salmista, a sua certe-za inabalável de que Deus “nãoabandona o justo” (v.25), certe-za comprovada por sua longa ex-periência, de fato contrasta como triste espetáculo de tanto sofri-mento inocente no mundo, queos meios de comunicação trazempara dentro de nossas casas.Mas é também a certeza do sá-bio Sirácida, logo no início do seulivro: “Considerai, filhos, as gera-ções passadas e vede: quem con-fiou no Senhor e ficou desiludi-do? Quem permaneceu nos seusmandamentos, e foi abandona-do?” (Eclo 2,11-12)

Foge do mal27. Foge do mal e faze o bem,

/ a fim de viveres para sempre.28. Pois o Senhor ama a justi-

ça, / e não abandona seus fiéis.29. Os justos possuirão a

terra, / e nela para sempre vãomorar.

30. A boca do justo proferea sabedoria, / sua língua falajustiça.

31. A lei do seu Deus estáno seu coração, / seus pés nãovacilam.

32. O malvado espreita o jus-to, / busca um modo de o matar.

33. O Senhor não abando-na o justo na mão do ímpio, /não deixará que ele seja con-denado no julgamento.

Não basta que “a lei de Deus”esteja “no coração”, mas é preci-so que “os pés não vacilem” (v.

siste da ira” (v. 8)... “espera no Se-nhor e faze o bem: assim perma-necerás na terra” (v.3)

Os humildesherdarão a terra9. Quem faz o mal será ex-

terminado, / mas quem espe-ra no Senhor possuirá a terra.

10. Daqui a pouco não exis-tirá o ímpio; / se olhares parao seu lugar, não o encontrarás.

11. Mas os humildes her-

darão a terra, / e desfrutarãode grande prosperidade.

Por duas vezes o salmista ex-prime sua certeza inabalável:quem afinal possuirá a terra (v. 9 ev. 11) não são os “maus” nem os“ímpios”, mas os que “esperam noSenhor”, os “humildes”. Quantoaos “maus” e “ímpios”, daqui apouco não mais existirão: “se olha-res para o lugar onde estavam, nãoos encontrarás” (v.10)

Conflito entreímpios e humildes12. O ímpio trama contra o

justo / e range os dentes con-tra ele,

13. mas o Senhor se ri doímpio, / pois sabe que estáchegando o seu dia.

14. Os maus empunham aespada e retesam o arco, / paraatingir o humilde e o pobre, /para matar os retos de coração.

15. Sua espada vai pene-trar no seu próprio coração, /seu arco será quebrado.

Por que esse conflito? Se a ter-

A resposta, quem no-la dá é oSenhor Jesus, tanto pelo seu exem-plo, como pela proclamação da ter-ceira bem-aventurança, no evange-lho segundo Mateus: “Os mansosherdarão a terra” (Mt 5,5), isto é,são eles que vão “possuí-la”. Masde que “mansos” e de que “terra”se trata? “Mansos” são os humil-des, não-violentos, à semelhançadaquele que disse: “Aprendei demim, que sou manso e humilde decoração” (Mt 11,28). E a “terra”?Nas bem-aventuranças equivale,de certo modo, ao “reino de Deus”,que Mateus chama “reino doscéus” (cf 5,3 e 5,10), mas que nãoé apenas o “céu” após a morte: co-meça já aqui, embora “ainda não”em plenitude. No Salmo, porém, a“terra” é a “terra prometida”, ogrande alvo da promessa aos Pa-triarcas, e termo final do êxodo doEgito: Israel sai da “terra da escra-vidão” e, através do mar e do de-serto, chega à “terra onde correleite e mel”. Para nós, concreta-mente, a “terra” é o lugar, a cidadeonde moramos, o solo onde plan-tamos, e onde esperamos/quere-mos viver em segurança.

Não te irrites1. Não te exasperes por

causa dos maus / nem inve-jes os malfeitores.

2. Pois como o capim vãoser logo cortados, / e como omato verde vão secar.

3. Espera no Senhor e fazeo bem: / assim permanecerás

na terra e terás segurança.4. Põe no Senhor tuas delí-

cias / e Ele te dará o que teucoração pede.

5. Entrega ao Senhor o teufuturo, / espera nele, que Elevai agir.

6. Fará brilhar como luz tuajustiça / e o teu direito como omeio-dia.

7. Descansa no Senhor enele espera. / Não te irrites porcausa dos que prosperam, /por causa do intrigante.

8. Desiste da ira, depõe ofuror, / não te irrites, pois sóiria piorar.

Este salmo, em si, não é “ora-ção”, porque não se dirige direta-mente a Deus, embora esteja con-tinuamente falando dele. É, antes,uma reflexão sapiencial, que o au-tor, ancião experiente e de muitafé (cf v. 25!), propõe a algum ami-go ou discípulo que está no limiteda fé. Por quê? Por causa doinstigante enigma da prosperida-de dos maus e do sofrimento dosbons. O salmista começa pedin-do calma, resistência, perseveran-ça: “Não te exasperes” (v. 1) ... “de-

ra prometida era para ser partilha-da por todos, e nela “não haveriapobres” (cf Dt 15,4), como é que “oímpio trama contra o justo” e o po-bre? Evidentemente, por causa dacobiça, para aumentar sua proprie-dade, como o fez Jezabel com a vi-nha de Nabot (1Rs 21,1-16), ou osproprietários denunciados porIsaías: “ajuntam casa a casa, cam-po a campo, até serem eles os úni-cos moradores da terra” (cf Is 5,8).Com esse objetivo, não hesitam em“empunhar a espada” e “retesar oarco”... mas a espada acabará vol-tando-se contra eles (vv. 14-15).

Mais vale o pouco16. Mais vale o pouco que

tem o justo / do que a abun-dância dos ímpios.

17. Pois os braços dosímpios se quebrarão, / e o Se-nhor é quem sustenta os justos.

18. O Senhor conhece osdias dos inocentes, / eternaserá sua herança.

19. No tempo da calamida-de não serão confundidos, / nosdias de fome serão saciados.

20. Os ímpios morrerão, /os inimigos do Senhor, como asflores do campo vão murchar,/ e desaparecer como fumaça.

21. O ímpio toma empres-tado e não devolve, / mas ojusto tem piedade e reparte.

22. Pois quem tem a bênçãode Deus possuirá a terra, /quem é por Ele maldito será ex-terminado.

De várias maneiras o salmista

Salmo 37 (36): Quem vai possuir a terra?

6 Bíblia Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:

30). Mais ainda: não basta “fugirdo mal”, mas, positivamente, énecessário “fazer o bem, a fim deviver para sempre” (v. 27). Nes-sas condições, o justo, mesmoacusado com perfídia, “não serácondenado” (v. 33). Pelo contrá-rio, será confirmado na “posse daterra” (v. 29).

Espera no Senhor34. Espera no Senhor e ob-

serva seu caminho. / Ele teexaltará, para herdares a ter-

ra / e assistires triunfante aexpulsão dos malvados.

35. Eu vi o ímpio em suaarrogância, / crescendo comoum cedro frondoso.

36. Passei depois e não es-tava mais lá, / procurei-o e nãoo encontrei.

Novo apelo a “esperar no Se-nhor e guardar seu caminho” (v.34), isto é, seus mandamentos (v.34), com reiteradas motivações.Inclusive com o fato de que o jus-to, reintegrado na “herança daterra”, verá, “triunfante, a expul-são dos malvados” (v. 34.

A bem-aventurançada paz

37. Observa o justo e vê ohomem reto, / quem promovea paz viverá.

38. Mas os rebeldes todosserão destruídos, / a posterida-de dos maus será exterminada.

39. A salvação dos justosvem do Senhor, / é Ele seu re-fúgio no tempo da desgraça.

40. O Senhor os ajuda e osliberta, / livra-os dos ímpios eos salva, / pois nele buscaramrefúgio.

Sempre em contraste com os“rebeldes”, “os maus” (v. 38) e“os ímpios” (v.40), o salmista ter-mina reafirmando “a salvaçãodos justos” (v. 39), não sem an-tes ter proclamado a “bem-aventurança da paz” (cf Mt 5,9):“quem promove a paz viverá” (v.37), ou seja, “possuirá a terra” (vv.3, 9, 11, 22, 29, 34).

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESC

email: [email protected]

Faça como Carmem Marial Eibel, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, res-ponda as questões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA- Livros e Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior,447 - Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

Conhecendo o livro dos Salmos (25)Conhecendo o livro dos Salmos (25)Conhecendo o livro dos Salmos (25)Conhecendo o livro dos Salmos (25)Conhecendo o livro dos Salmos (25)

1) De que “terra” se trata? Éa terra dos “sem-terra”?

2) Este salmo é “oração”, ou,antes, reflexão, exortação?

3) Se a terra é de todos, porque os conflitos por cau-sa da terra?

4) Você, como o salmista ouo Sirácida, nunca viu umjusto abandonado?

5) Como entender a “bem-aventurança da paz”?

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Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Jornal da Arquidiocese Abril 2010

7Juventude

Inicia Campanha pela vida dos JovensNos dias 13 e 14 de março,

cerca de 50 jovens das 10dioceses de Santa Catarina par-ticiparam do Seminário Estadualda Campanha contra a Violênciae o Extermínio de jovens. O even-to foi promovido pelas Pastoraisda Juventude de Santa Catarina,com a participação do ProjetoAroeira "Procurando Caminho", eo apoio do Centro Cultural "Escra-va Anastácia" e do Centro SocialMarista Monte Serrat.

Sob a assessoria metodoló-gica de Lourival Rodrigues da Sil-va, da Casa da Juventude Pe.Bournier, de Goiânia, o evento foirealizado na comunidade deMonte Serrat, no Centro deFlorianópolis. Por ser no morro ecom grandes riscos sociais, mascom a forte presença da Igreja,isso possibilitou aos participan-tes mergulhar na realidadeempobrecida da comunidade.

Este Seminário Estadual seliga à Campanha Nacional contra

a Violência e o Extermínio de Jo-vens, promovida pelas Pastoraisda Juventude do Brasil, com oobjetivo de lançar o debate nasociedade civil sobre a violênciaque vem abreviando cada vezmais a vida da juventude.

Durante o Seminário, o temada violência foi debatido a partirde três eixos principais: violênciaurbana; violência no campo e vi-olência no trânsito. Para cada umdeles, houve uma pessoa falan-do dessa realidade.

Propostas para o Estadoe para as dioceses

O dia de domingo foi o momen-to de planejar a Campanha noEstado, desencadeando açõesem âmbito local, diocesano e es-tadual. Em âmbito diocesano, di-versas ações foram pensadas.Com base nisso, cada diocesefará posteriormente seu planeja-mento, a partir da realidade local.

Para dar suporte afim de que

a Campanha aconteça nas dioce-ses e no Estado, foi constituídauma Equipe Estadual, formada

Realizado em Florianópolis, Seminário deu início à Campanha no Estado

Seminário, com a presença de mais de 50 jovens das 10 dioceses do Estado, deu início à Campanha

por alguns dos jovens presentes.A partir das ações de formação,conscientização e debates nas

dioceses, grupos, paróquias ecomunidades, esta Campanhaquer juntar-se às muitas vozespresentes no Brasil, dizendo emtodos os cantos de Santa Cata-rina: “Chega de Violência e Exter-mínio de Jovens!”.

Para Rodrigo da Silva, secre-tário Regional das PJ´s de SantaCatarina e um dos organizadoresdo evento, o Seminário foi muitobom no sentido de dar um passoinicial para a Campanha Nacio-nal contra a Violência e Extermí-nio da Juventude.

“O local proporcionou um am-biente místico que motivou paraque os jovens voltem com forçapara as suas dioceses, grupos,paróquias e comunidades, refle-tindo sobre o que foi discutido epara que façam com que a Cam-panha aconteça nesses locais”,disse Rodrigo da Silva.

Mais informações sobre ozevento, no site www.cnbbsul4.org.br/pjs

O Retiro ocorreu nos dias 19 a21 de março, na Casa de Retiros“Caminho de Nazaré”, em Ensea-da do Brito, Palhoça, reunindo 45participantes. Pregadora foi a IrmãSilvia Aparecida da Silva, que tra-tou do tema “A pessoa de Jesus Cris-to e a espiritualidade do coordena-dor”, e lema “Jesus Cristo, Bom Pas-tor”. Irmã Silvia é assessora nacio-nal da Pastoral da Juventude. Alémdisso, é administradora da Associ-ação Promenor Padre Jacó, queatende 250 crianças e adolescen-tes de 6 a 17 anos, no contraturnoescolar, oferecendo oficinas por in-teresse, apoio pedagógico, psicoló-gico e formação espiritual.

O retiro teve como foco a pes-soa do coordenador dos gruposde jovem: “Quem sou e o que que-ro fazer da minha vida à luz dapessoa e da missão de JesusCristo”. Os participantes conta-ram com momentos de dinâmi-cas, orações e reflexões, e seuscompromissos respectivos. Hou-ve momentos de ‘deserto’ e re-flexão pessoal. “Como o encon-tro envolve jovens de toda aArquidiocese, que têm poucasoportunidades de se encontrar,também proporcionamos mo-

Coordenadores paroquiais participam de Retiro

mentos para trocas de experiên-cias”, disse Irmã Silvia.

Pe. Josemar Silva, novo orien-tador espiritual da PJ, esteve pre-sente todo o tempo e presidiu acelebração eucarística. Segundoele, “o encontro permitiu orientaros jovens, conhecer a realidade daPJ na Arquidiocese e também serconhecido por eles”.

Este foi o primeiro retiro desti-nado aos coordenadores paroqui-ais da PJ. Segundo Guilherme Pon-tes, coordenador da PJ na Arqui-

diocese, a proposta foi aprovada naúltima Assembleia da PJ. “A idéiasurgiu porque os coordenadores or-ganizam retiros para os seus gru-pos, mas não os vivenciam porqueestão muito ocupados na organi-zação. Esse é o espaço para quefiquem despreocupados e possamviver o seu momento de espiri-tualidade”, disse Guilherme.

Mais fotos, no site da Arquidio-cese (www.arquifln.org.br), no link“Galeria” no alto da página.

Este foi o primeiro retiro dos coordenadores paroquiais da PJA Pastoral da Juventude da

Arquidiocese de Florianópolisiniciou neste ano a sua novaorganização, a par tir dascomarcas. No mês de março,foram eleitos jovens coordena-dores comarcais, posterior-mente provisionados pelo Bis-po Dom Murilo.

Foram eles: Comarca deItajaí: Daniel Schmidt Casas,Natália Demartino e FernandoMarquetti. Comarca de Brus-que: Maiara Cristina Nascimen-to e Elisangela Dãobroski Dutra.Comarca do Estreito: EduardaBosoni e LuizH e n r i q u eS c h i m i d t t .Comarca deSão José:Jean Ricardoe NarrimamConte Cruz.Comarca deSanto Amaro:R e g i a n eSchappo eG é s s i c aB e r n a r d o .Comarca deT i j u c a s :

Coordenadores Comarcasda PJ são Provisionados

Letícia Espíndola e Wilian Voss.Comarca de Biguaçu: GisleyneMaria Anacleto, Gilmar Schmitze João Batista Sartori. Comarcada Ilha: Anayara Soares Rovarise Jonatan Felipe Schtz.

No domingo, 28 de março,foi celebrada a Missa de Ra-mos na Paróquia São Francis-co Xavier, no Monte Verde, coma leitura da provisão. Poste-riormente, os coordenadorescomarcais se reuniram e tra-çaram planos e metas para aPastoral da Juventude nasComarcas.

Participantes tiveram momentos de reflexão bíblica em pequenos grupos

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Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Parque Dom Bosco celebra 49 anosCrianças, adolescentes, jovens

e adultos participaram das come-morações do aniversário de 49anos do Parque Dom Bosco emItajaí. O evento, que ocorreu no dia25 de março, reuniu educandose colaboradores da obra social.

A programação, elaboradapela comunidade salesiana e co-munidade educativo-pastoral, in-cluiu, além da celebração euca-rística, diversas atividades espor-tivas e recreativas para os maisde 1.300 mil alunos que diaria-mente recebem os serviços dainstituição.

Durante o almoço comemora-tivo, várias autoridades participa-ram da confraternização com oseducandos, além de representan-tes de outros segmentos da soci-edade civil, como o Conselho Tu-telar de Itajaí, Instituto BetoCarrero, Companhia de Dança

Obra social da Congregação dos Padres Salesianos de Itajaí atende mais de mil crianças

Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias

Abril 2010 Jornal da Arquidiocese8 CF-2010

Millennium e Associação Empre-sarial de Itajaí.

TRAJETÓRIAO Instituto Lar da Juventude

de Assistência e Educação, tam-bém identificado como ParqueDom Bosco, tem como missãoacolher, educar e evangelizar, cri-anças, adolescentes e jovens emsituação de vulnerabilidade soci-al. É objetivo da instituiçãoprofissionalizar e encaminharadolescentes e jovens para omercado de trabalho.

Sediado em Itajaí, SC, o Par-que é uma Obra Salesiana de pro-moção humana e assistência so-cial. Fundado há 49 anos, aten-de em torno de mil educandos,de 6 a 18 anos, que freqüentamdiariamente os programas deevangelização, educação, eprofissionalização, recebendo

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/JA Encontroanual reúnediáconos e

esposasNos dias 23 e 24 de abril,

as esposas e viúvas dosdiáconos da Arquidiocese es-tarão reunidas, participandodo seu encontro anual, naCasa de Encontros e RetirosDivina Providência, em Floria-nópolis. Será um momento deconfraternização, descontra-ção, troca de experiências eformação. A expectativa é reu-nir mais de 70 participantes.

Durante o encontro, elasrefletirão sobre “O relaciona-mento familiar do diácono comsua esposa e filhos”. O eventoterá a assessoria do Pe. AdenirJosé Ronchi, Reitor do Semi-nário Filosófico de SantaCatarina - SEFISC, que acom-panha os diáconos de Brusquee da Diocese de Joinville.

No dia seguinte, 25, osdiáconos se juntam a suas es-posas e terão um momento deformação conjunta. Em se-guida, será realizada aAssembleia Extraordinária dosDiáconos. Entre os assuntos,a alteração do regimento daComissão Arquidiocesana doDiaconato Permanente -CADIP.

“No regimento, os diá-conos estão divididos em seteáreas pastorais, que estão re-lacionadas com os municípi-os. Queremos alterar parauma divisão por comarcas,em sintonia com a configura-ção da Arquidiocese”, disse oDiácono Avelino Trentin, pre-sidente da CADIP.

Crianças, adolescentes e jovens, atendidos pela Parque Dom Bosco,participam da celebração festiva alusiva aos 49 anos de fundação

gratuitamente diversas refeições:café da manhã, almoço e lancheda tarde, tudo gratuitamente. Sãoservidas aproximadamente mil e

seiscentas refeições diárias.Mais informações, no site

www.parquedombosco.org, oupelo fone (47) 3344-9100.

As várias expressões da juven-tude da Comarca da Ilha estive-ram reunidas à noite do dia 27

Comarca da Ilha comemora Dia mundial da Juventude

de março, vigília do domingo deRamos, na Catedral Metropolita-na, para celebrar o “25º Dia Mun-

dial da Juventude”. A celebração,presidida pelo nosso arcebispoDom Murilo, foi vibrante.

Os vários grupos de jovens, aoentrarem na Catedral, receberamramos de palmeira e tecidos co-loridos, que eles agitavam alegre-mente ao ritmo dos cantos. Ummomento marcante foi a entradada Cruz dos jovens, que depoispercorrerá as paróquias daArquidiocese, em preparaçãopara o Encontro Mundial da Ju-ventude com o Papa, a se reali-zar em Madrid, em agosto do pró-ximo ano.

Outro elemento da celebraçãofoi a entrada do ícone de Maria,que é também uma das caracte-rísticas dessas Jornadas. Duran-te a celebração, quatro jovens fi-zeram perguntas ao arcebispo,dentro do tema do DMJ, sobre a

vocação, como o jovem dar tes-temunho de sua fé... As pergun-tas foram carinhosamente res-pondidas por Dom Murilo.

A organização do evento es-teve a cargo do Pe. Vânio da Sil-va, Coordenador da PastoralVocacio-nal e Reitor do Seminá-rio Teológico da Arquidiocese.Essa foi a primeira vez que o DMJ,instituído pelo papa João Paulo IIem 1986, foi celebrado naArquidiocese.

Sobre esse dia, o papa BentoXVI, em sua Mensagem, disse que“essa iniciativa profética de seuantecessor tem produzido frutosabundantes, permitindo às novasgerações encontrar-se na fé, pôr-se à escuta da Palavra de Deus,descobrir a beleza da Igreja e vi-ver experiências fortes que as le-vam a doar-se a Cristo”.

Desde que foi instituído em 1986, é a primeira vez que a Arquidiocese o celebra

Participantes trazem a Cruz dos Jovens, que percorrerá as paróquias empreparação para o Encontro Mundial em Madrid, em agosto de 2011

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GeralJornal da Arquidiocese Abril 2010

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Catequese inicia formação para MultiplicadoresNeste ano, as nove etapas da Escola têm como temática a iniciação à vida cristã

Mais de 160 catequistas dasoito comarcas da Arquidioceseestiveram reunidos, no dia 28 demarço, para participar da primei-ra etapa da Escola de Multipli-cadores de Catequese de 2010.A formação foi realizada na Paró-quia São Francisco de Assis, emAririú, Palhoça.

Com a assessoria do Pe.Osmar Debatin, reitor do Semi-nário Teológico da Diocese de Riodo Sul e assessor da DimensãoVocacional do Regional Sul IV, osparticipantes refletiram sobre otema “Mística e Espiritualidadedo catequista a partir da Bíblia”.

Este foi o primeiro de nove en-contros de formação que serãorealizados neste ano, todos ten-do como base a “Iniciação à VidaCristã”. Foi um pedido dos bisposdurante a 47° Assembleia Geralda CNBB, realizada em 2009.“Eles refletiram que é preciso darum novo rumo à Catequese, le-vando mais em conta os jovens”,disse Irmã Marlene Bertoldi, co-ordenadora arquidiocesana deCatequese.

Segundo ela, a intenção de tra-balhar a iniciação a vida cristã du-

rante este ano é para que os cris-tãos batizados realmente assu-mam a sua fé com uma identida-de cristã. Muitos foram batizados,mas não evangelizados. Apenas re-ceberam os sacramentos. “Quere-mos conscientizar os catequistasdisso, para que eles sejam osevangelizadores”, acrescentouIrmã Marlene.

A Escola de Multiplicadores é

Nos dias 30 de abril e 01 demaio, a Pastoral da Comunica-ção - PASCOM, estará realizan-do formação para o clero e paraas lideranças da Arquidiocese.Os dois eventos contarão coma assessoria da Irmã ÉlideFogolari, coordenadora nacio-nal da Pascom, pela CNBB.

O primeiro momento serádestinado aos bispos, padres ediáconos. O evento será na ma-nhã do dia 30 de abril, a partirdas 8h, no auditório do ITESC,com o tema: "A Comunicação eos meios: como utilizá-los naevangelização". A assessoraabordará, de forma prática, a ur-gência de alguns documentosda Igreja que tratam da comu-nicação e a carta do Papa parao 44º Dia Mundial das Comuni-cações, neste ano.

No dia seguinte, também a

Pascom promove formaçãopara o clero e lideranças

partir das 8h, a formação serádestinada aos leigos que traba-lham ou têm interesse em traba-lhar com os meios de comunica-ção. O encontro será no CentroArquidiocesano de Pastoral - CAP,Largo São Sebastião, no Centro,em Florianópolis. Irmã Elide ex-plicará "O uso dos meios de co-municação na Evangelização".Na oportunidade, a equipe decoordenação da Pastoral da Co-municação falará dos seus pro-jetos e apresentará um históricoda trajetória da PASCOM, com asnotícias publicadas no Jornal daArquidiocese.

Mais informações comSedemir Melo, coordenadorArquidiocesano da Pastoral daComunicação, pelo e-mail:[email protected] oupelo fone (48) 8822-3787.

destinada a todos os cristãosbatizados, não apenas aoscatequistas. Mesmo quem nãoparticipou da primeira etapa,pode participar das demais. Apróxima será no dia 25 de abril,a partir das 8h, na Paróquia San-to Antônio, em Campinas, SãoJosé. O tema será “Iniciação àVida Cristã”, com a assessoria daIrmã Marlene Bertoldi.

Assessorado pelo Pe. Osmar Debatin, formação reuniu em Aririú,Palhoça, mais de 160 catequistas das oito comarcas da Arquidiocese

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Evento marca a retomada dos trabalhos da

Pastoral da Comunicação na Arquidiocese

Pertence à Congrega-ção das Irmãs Paulinas.É formada em jornalismopela Universidade Católi-ca de Pernambuco, espe-cialista em Educaçãopela Escola de Comuni-cação e Artes da Univer-sidade de São Paulo, emestra em Ciências daComunicação. Atualmen-te é coordenadora Naci-onal da Pastoral da Co-municação e assessorado Setor de Comunica-ção da CNBB. Por contadisso, ministra diversoscursos na área de Pasto-ral da Comunicação portodo o Brasil.

Irmã Élide Maria Fogolari

Irmã Élide vai assessorar as duasformações oferecidas pela PASCOM

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O Movimento de Emaús reali-zará nos dias 29 de abril a 02 demaio o 86º Retiro Feminino. Comosempre, o retiro será realizado naCasa de Encontros Vila Fátima, noMorro das Pedras, em Florianó-polis. O retiro terá a assessoria doPe. Vitor Galdino Feller, orientadorespiritual do Movimento.

“O Retiro abordará temas re-lacionados aos valores humanose cristãos, estimulando os jovensa se tornarem lideranças maisparticipativas na sua comunidade,trabalho, faculdade e, especial-mente, na sua própria família”,

Emaús promove retiros para jovensdisse Fernando Wendhausen, co-ordenador do movimento.

Para participar, os jovens de-vem ter entre 18 e 29 anos, epreencher a ficha de inscriçãoque está no site do Emaús(www.emaus.org.br/florianopolis)ou obter informações pelo telefo-ne (48) 9980-8021 ou pelo e-mail [email protected],com Fernando.

Após preencher a ficha, ascandidatas passam por uma en-trevista, que acontecerá nos dias15 e 19 de abril das 20h às 22hhoras e no dia 17 de abril das 9h

às 12h, no Centro Arquidiocesanode Pastoral (CAP), Largo São Se-bastião, na Beira-Mar, emFlorianópolis.

Retiro MasculinoNos dias 13 a 16 de maio, o

Emaús promoverá o Retiro Mas-culino. O local e as regras sãoas mesmas. As entrevistas serãorealizadas nos dias 29 de abrile 03 de maio das 20h às 22 h eno dia 01º de maio das 09h às12h no CAP. As inscrições tam-bém já podem ser feitas no sitedo movimento.

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10 Ação Social Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

Seminário mostra situações concretas da CFEA Comissão de preparação da

Campanha da Fraternidade Ecumê-nica (CFE-2010) promoveu na ma-nhã do dia 6 de março, a partir das8h, o Seminário Economia e Vida.Realizado no auditório do CentroSócio Econômico da UFSC, o even-to teve como tema “Economia Soli-dária e Economia de Comunhão”.Durante o Seminário, representan-tes das duas modalidades de eco-nomia relataram as suas experiên-cias, que são situações concretasdentro do que pede a Campanha daFraternidade. O Seminário foi umaparceria com a Ação Social Arqui-diocesana, contando com o apoiodo Fundo Arquidiocesano de Solida-riedade, e a coordenação da Cam-panha da Fraternidade.

A abertura foi realizada pelo Dr.Armando Lisboa, professor de Eco-nomia da UFSC. Ele falou da exis-tência do Núcleo de Estudos e Prá-ticas da Sócio-Economia Solidária,que já conseguiu concretizar osprojetos da Feira de Economia So-lidária, na UFSC, além do grupo decompras coletivas e apoio a empre-endimentos de economia solidária.

No modelo de Economia Soli-dária, a empresária Idalina Boni

Durante o evento, foram apresentadas as experiências em Economia Solidária e Economia de Comunhãofalou sobre o empreendimento querepresenta. Situado em Itajaí, o“Justa Trama” está presente emvários estados do Brasil. O grupotrabalha com roupas. O diferencialé que eles realizam o ciclo comple-to da produção: desde o plantio doalgodão, até a confecção da roupae a comercialização da produção.

Economia deComunhão

Já a Economia de Comunhãocontou com duas experiências.Sérgio Pina apresentou a empresade turismo “Encanta Brasil”, ondea ética é um princípio de trabalho.Situada em Palhoça, a empresapromove viagens educativas e cul-turais nas escolas e colégios daregião. Milena de Cordova falou daconfeitaria “Casa das Cucas” e daempresa que comercializa materi-ais para festas e aviamentos “FaçaFesta”, a qual representa.

Para serem consideradas Eco-nomia de Comunhão, as empre-sas precisam seguir algumas nor-mas, entre as quais, gerar novosempregos e dividir os lucros emtrês partes: uma, destinada aocrescimento da própria empresa;

outra, para a formação da equipede trabalho quanto à cultura dafraternidade; e uma terceira, paradoações aos pobres.

A Campanha da FraternidadeEcumênica deste ano pretende con-tribuir para uma melhor relaçãoentre economia, vida humana econservação do meio ambiente vi-tal, visando uma economia de justi-ça e solidariedade. “Foi pensando

nisso, que decidimos mostrar asexperiências concretas nessa linhada Economia que gera a vida”, dis-se Fernando Anísio Batista, soció-logo da Ação Social Arquidiocesanae coordenador do Seminário. Se-gundo ele, o Seminário foi uma óti-ma iniciativa da comissão de orga-nização da CFE, pois mostrou naprática que é possível viver umanova forma de economia.

Realizado na UFSC, Seminário foi importante por proporcionar conhe-cer outros modelos de economia, dentro do que pede a CFE-2010

O Conselho do Fundo Arqui-diocesano de Solidariedadelançou o edital para recebimen-to de projetos sociais e de ge-ração de trabalho e renda rela-tivos à temática da Campanhada Fraternidade Ecumênica de2010, sobre Economia e Vida.As propostas de projetos deve-rão contemplar iniciativas pre-vistas no texto-base da CFE

FAS lança edital pararecebimento de projetos

2010, ou ações de acordo comsuas motivações.

O prazo para recebimentode projetos se encerra no dia14 de maio de 2010. Os gru-pos, pastorais, movimentos eassociações, interessados emparticipar desse edital, pode-rão acessá-lo através do site daArquidiocese de Florianópolis,no link Ação Social.

“Pelo Direito de Produzir e Viverem Cooperação de Maneira Susten-tável” é o lema da II ConferênciaNacional de Economia Solidária,que acontecerá entre os dias 16 a18 de junho de 2010 em Brasília -DF. A referida conferência foiconvocada pelo Conselho Nacionalde Economia Solidária em dezem-bro de 2009, e será antecedida porConferências territoriais ou regio-nais e estaduais.

A Conferência regional de Eco-nomia Solidária de Florianópolisacontecerá na Assembléia Legis-lativa do Estado de Santa Catarina,

Economia Solidária terá sua II Conferênciano dia 08 de abril de 2010 das8:30 às 18 horas. Poderão partici-par da conferência como delega-dos: os representantes de empre-endimentos econômicos solidári-os, representantes de organiza-ções da sociedade civil e represen-tantes do poder público municipal,estadual ou federal, bem como re-presentantes dos poderes legisla-tivo e judiciário. Além desses, a con-ferência é aberta para a participa-ção de qualquer cidadã/o na qua-lidade de observador/a.

Mais informações: www.fbes.org.br ou [email protected]

A partir das enchentes ocorri-das em novembro/2008, e outrosacontecimentos ocorridos no Esta-do (enchentes, vendavais, tufões,desmoronamentos, etc), a ASA ini-

Política de Emergência e a Reconstrução da Vidaciou o processo de discussão so-bre o seu papel diante dessas si-tuações e viu-se a necessidade dese construir um Plano de Emergên-cia para nossa Arquidiocese, sen-

do este um compromisso assumi-do pelas dioceses que compõema Rede Cáritas Santa Catarina. Apremissa uma ação que busque areconstrução da vida e não meroassistencialismo.

Observa-se que esses aconte-cimentos, quase sempre, agravamsituações de risco já existentes, aschamadas emergências sociais,onde parte da população já vivesituação de abandono, pobreza emiséria, e os fenômenos climáti-cos deixam mais evidente a mar-ca do desrespeito e agressão aosdireitos humanos.

Sendo uma das marcas de tra-balho da Cáritas Brasileira, a Po-lítica de Emergência atua conside-rando cinco frentes: 1. Prevençãode Desastres; 2. Preparação paraEmergências e Desastres; 3. Res-

postas imediatas aos desastres/emergências; 4. Reconstrução eRecuperação das Condições deVida; e 5. Articulação e Parcerias.

Para o desenvolvimento dessePlano é necessário uma atuaçãoampla e o envolvimento nos deba-tes realizados pela sociedade e ór-gãos ligados à Defesa Civil. Nesteano, 2010, realiza-se a 1ª Conferên-cia Nacional de Defesa Civil, desta-cando-se a participação da ASA nasConferências Municipais e na Con-ferência Estadual, realizada em 03de março. Essa mobilização possi-bilitará ampliar o debate e fazercrescer a consciência coletiva so-bre a necessidade de novas inicia-tivas de transformação das áreasde risco, e a criação de condiçõesde vida melhores e mais seguraspara as pessoas.

Em novembro de 2008, várias regiões da Arquidiocese sofreram com aenxurrada, mas campanhas amenizaram o sofrimento das pessoas

Arq

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Abaixo-Assi-nado “Pelo

direito àEconomiaSolidária”

Participe dacoleta de assi-

naturas!

A cada dia cresce a quan-tidade de pessoas no Brasilque decidem unir-se parapraticar a Economia Solidá-ria. Elas encontram, entre-tanto, enormes dificuldades,se compararmos às empre-sas convencionais, por nãohaver um reconhecimento,por parte do Estado, do direi-to ao trabalho associado e aformas organizativas basea-das na Economia Solidária

Por isso, o Conselho Na-cional de Economia Solidária,com participação de repre-sentantes de vários setoresda sociedade civil e do gover-no, elaborou uma propostade Lei que cria a Política Na-cional de Economia Solidária,além do Sistema e o FundoNacionais de Economia Soli-dária.

Projeto de Lei

A sociedade civil tomou ainiciativa, então, de lançar acampanha de coleta de assi-naturas para conseguir apro-var essa proposta como umProjeto de Lei de IniciativaPopular. Para isso, é neces-sário toda a mobilização pos-sível em cada bairro, comu-nidade e cidade, para se con-seguir a assinatura de 1% doeleitorado brasileiro, o quesignifica uma meta de apro-ximadamente um milhão e300 mil assinaturas!

A meta de assinaturaspor Estado é de 1% do elei-torado estadual. Cada folhadeve ter assinaturas ape-nas de um município oumicrorregião. Os formulári-os do abaixo-assinado e asprincipais orientações po-dem ser encontrados nosite do Fórum Brasileiro deEconomia Solidária (www.fbes.org.br).

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Jornal da Arquidiocese Abril 2010

11GBF

Os animadores(a) dos Gruposde Reflexão/Famílias e das Co-munidades Eclesiais de Base daIgreja de Santa Catarina, Regio-nal Sul 4, se reuniram de 12 a14 de março, em Joinville, para oSeminário Regional de Formação,com a presença de 82 pessoasdas 10 dioceses do Estado.

Durante o encontro, refletiramsobre a caminhada e a experiên-cia de vida dos GR/F e das CEBs,à luz das diretrizes de nossa açãoevangelizadora (nº 34). O docu-mento diz: "... são louváveis os es-forços de multiplicação de gruposde famílias, de reflexão e círculosbíblicos, em torno da palavra deDeus, da vida de oração e do ser-viço na Igreja e na sociedade. Es-ses grupos se constituem em me-

Seminário reúne GR/F e CEBs do Regionaldiações privilegiadas para comuni-dades eclesiais de tamanho huma-no a exemplo das CEBs”.

Maria Glória da Silva Luz,articuladora arquidiocesana dosGrupos Bíblicos em Família, foiuma das representantes daArquidiocese de Florianópolis noevento. “Sentimo-nos motivadosem fortalecer em nível Regionalsul 4, o rosto e o jeito de ser igre-ja dos Grupos de Reflexão/Famí-lias e das Comunidades Eclesiaisde Base, diante dos desafios de-correntes de uma sociedade queimpõe o individualismo, oconsumismo e o comodismo",disse. Na próxima edição do Jor-nal da Arquidiocese estaremosrelatando com mais detalhes oconteúdo do Seminário.

GBF - Prioridade pastoral da ArquidioceseIgreja nas casas! A Arquidiocese nos chama e convida a evangelizar.

Os grupos refletem o rosto da Igreja, que é graça presente em todo lugar.Lideranças de varias comu-

nidades participaram do encon-tro de formação, que aconteceuno dia 28 de março organizadopela equipe de articulação dasComunidades Eclesiais de Base- CEBs, que será sediado emFlorianópolis em 2012. O primei-ro encontro de formação desteano realizado na Igreja N.Sra. doMonte Serrat, no Centro, reuniu33 participantes varias comuni-dades da grande Florianópolis.Durante toda a tarde, foi refleti-do o tema “Identidade, Espiritua-lidade e Missão das CEBs”, coma assessoria do Pe. Vilson Grohe Moacir Albuquerque. Depoisde uma pausa para o café, osparticipantes partilharam o queentenderam da reflexão.

Desde o último encontro es-tadual das CEBs em Lages aequipe de articulação vem se en-

CEBs rumo ao encontro Estadualcontrando em reuniões mensaiscom a finalidade de articular ereavivar as comunidades, a fimde prepará-las para acolher osparticipantes que vierem das 10dioceses para o grande evento.Foi traçado neste ano um crono-grama de reuniões e mais trêsencontros de formação. O próxi-mo encontro será no dia 25 dejulho, na Igreja N.Sra. de Guada-lupe, no Morro do Quilombo, emItacorubi. O tema será “CEBs - fée política”, com a assessoria doPe. Vitor Galdino Feller, coorde-nador arquidiocesano de Pasto-ral, e do Pe. Vilson Groh.

Mais informações, pelo fone(48) 3733-5327 ou 9901-9316,ou pelo e-mail [email protected], com Edson LuizMendes, coordenador arquidio-cesano e estadual das CEBs.

Aplica-se aos Grupos Bíblicosem Família de nossa Arquidiocesea observação feita pelo Documen-to de Aparecida a respeito das pe-quenas comunidades eclesiais:"Constata-se que nos últimos anosestá crescendo a espiritualidadede comunhão e que, com diversasmetodologias, não poucos esforçostêm sido feitos para levar os leigosa se integrar nas pequenas comu-nidades eclesiais, que vão mos-trando frutos abundantes. Nas pe-quenas comunidades eclesiais te-mos um meio privilegiado para aNova Evangelização e para chegara que os batizados vivam como au-tênticos discípulos e missionáriosde Cristo" (DAp 308). Essas comu-nidades - por exemplo, nossos GBF- "são um ambiente propício parase escutar a Palavra de Deus, parase viver a fraternidade, para seanimar na oração, para aprofundar

É fé e vida na partilha.É Grupo Bíblico em Família.

Desde 2005, os Grupos Bíbli-cos em Família (GBF), antes cha-mados Grupos de Reflexão, são aprioridade pastoral em nossa Igre-ja arquidiocesana. Em resposta aesse apelo de evangelização, cen-tenas, milhares de pessoas reú-nem-se semanalmente, em peque-nos grupos, em todos os qua-drantes da Arquidiocese, concreti-zando o objetivo dos GBF: fazeracontecer a Igreja nas casas, nasbases, no chão da vida; garantir apresença do Evangelho na vida dopovo; favorecer ao povo católico aparticipação em um grupo devivência da fé e do amor cristão;ajudar a pessoa a fazer a experi-ência do encontro com Jesus Cris-to; promover uma aproximaçãocada vez mais explícita entre a Igre-ja de hoje e a Igreja das primeirascomunidades cristãs.

A identidade dos GBF e sua ins-piração se expressam no tema: Igre-ja nas Casas; e no lema: “Eis queestou à porta e bato” (Ap 3,20). Três

Os grupos constituemcomo que um forte elode comunhão eclesial,fazendo da Arquidio-cese uma grande Igrejanas Casas.

O Manual dos GBF“Igreja nas Casas” diz:“Nada impede que osoutros grupos (Aposto-lado da Oração, Movi-mento de Irmãos, RCC,Cursilho, capelinhas deNossa Senhora...) tam-bém entrem na cami-nhada da Arquidiocese,seguindo os roteirosdos Grupos Bíblicos emFamília. Com isso, nãoperderão o seu caris-ma, mas o enriquece-rão com sua inserçãona caminhada evange-lizadora da Igreja

arquidiocesana” (p. 11). Acolhe-mos com alegria a palavra de moti-vação de nosso Arcebispo D. MuriloSebastião R. Krieger na Apresenta-ção do Manual “Igreja nas casas”:

Uma Espiritualidade de Comunhãoprocessos de formação na fé epara fortalecer o exigente compro-misso de ser apóstolos na socie-dade de hoje. São lugares de ex-periência cristã e evangelizaçãoque, em meio à situação culturalque nos afeta, secularizada e hos-til à Igreja, se fazem muito maisnecessários” (DAp 308).

Para muitos fiéis, os GBF são umlugar privilegiado para uma experi-ência concreta de Cristo e uma ex-periência de comunhão. Afinal,quem não gosta de ser acolhido fra-ternalmente, de se sentir valoriza-do, de se sentir realmente membrode uma comunidade eclesial e co-responsável pelo seu desenvolvi-mento? Claro que essa experiêncianão é suficiente para nossa fé. Hánecessidade de um passo além -isto é, de participar da vida paroqui-al, que é uma comunidade de co-munidades, que tem como centro

a Eucaristia e como farol a Palavrade Deus. Pertencemos, também, auma Igreja Particular - isto é, a umaDiocese, “na qual está e opera ver-dadeiramente a Igreja de Cristo,una, santa, católica e apostólica”(Concílio Vaticano II, DecretoChristus Dominus, 11). Nossa co-munhão é, também, com o Papa,sucessor de Pedro, “perpétuo e vi-sível princípio e fundamento da uni-dade de fé e comunhão” (ConcílioVaticano II, Constituição DogmáticaLumen Gentium, 18).

Como, pois, não agradecer aoSenhor pelo dom dos Grupos Bí-blicos em Família? Como não lheagradecer pelas pessoas que tra-balham para que esses gruposcresçam e beneficiem um núme-ro sempre maior de pessoas?...

Dom Murilo KriegerArcebispo Metropolitano

Neste ano, os Grupos Bíblicos em Família promovem uma grande Concentra-ção Arquidiocesana, para a qual são convidados não só todos os/as participantesdos inúmeros grupos GBF de toda a Arquidiocese, mas também lideranças e mem-bros dos demais setores pastorais, pois, como prioridade pastoral, abarcaria, vir-tualmente, todas as forças vivas da nossa Igreja. O evento terá lugar no Ginásio deEsportes em Camboriú, no dia 29 de agosto. Fiquemos atentos à publicidade epreparemos a nossa participação numa grande caravana paroquial.

FIQUEMOSATENTOS:

características marcam nossa iden-tidade: oração, reflexão e ação. Essetripé, centrado na Palavra de Deus,visa aprofundar a vivência cristã nodia a dia, ao longo de todo o ano.

Encontro de formação foi o primeiro do ano e reuniu 33 participantes

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Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Pe. João Batista Steiner: umpadre que os arquivos demons-tram limitado, mas que no esfor-ço de uma longa vida adquiriuméritos pelo trabalho na Igrejaem Santa Catarina. Como peni-tência por alguns erros, aceitouser isolado pelos padres e poucovalorizado pelo povo. Nasceu emLustigen, Alemanha, em 17 dejulho de 1844. Foi ordenadopresbítero na catedral deRottenburg em 10 de agosto de1869. Após diversas capelanias,em 1882 foi nomeado pároco emStockheim.

Chegou ao Brasil em 1884,em 4 de junho, recebendo juris-dição em Santa Catarina, confe-rida pelo Bispo do Rio de Janeiro,Dom Pedro Maria de Lacerda, aquem estava sujeito o territóriocatarinense. De 08 de abril de1888 a 1º. de fevereiro de 1902foi vigário na tradicional paróquiaalemã de São Pedro de Alcântara.Aproveitando as leis de naturali-zação e decidido a não maisretornar à Alemanha, em 12 dejunho de 1888 recebeu Carta deNaturalização. Devido a incêndiodoloso no arquivo paroquial deSão Pedro, nada se tem de suapassagem por ali.

Em 06 de maio de 1902 foinomeado coadjutor de Itajaí, Pe-nha e Camboriú. Em 08 de setem-bro de 1903, coadjutor de SãoJosé, com residência em Palho-ça. Devido à presença, ali, de três

Padre João Batista Steineruma vida longa e sofrida

12 Artigos Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

A Cruz, o Batismo e a LiberdadeNós, cristãos e cristãs, parti-

cipamos durante a Semana San-ta, das celebrações em memóriade Jesus Cristo em sua paixão,morte e ressurreição. Nossa fénos dá a certeza de que, com suamorte na cruz, Ele trouxe a salva-ção para toda a humanidade. Acruz tornou-se o caminho, porexcelência, do seguimento de Je-sus e o meio pelo qual penetra-mos no mistério da encarnaçãodo Filho de Deus. Através da con-templação de Jesus Cristo Cruci-ficado, São Paulo desenvolve asua "Teologia da Cruz", demons-trando, junto às comunidadescristãs primitivas, que passamospara a vida nova na medida emque crucificamos o egoísmo comtodas as suas expressões. Nistoreside o verdadeiro significado doBatismo, conforme ele escreveaos Romanos: “Vocês não sabem

que todos nós, que fomos

batizados em Jesus Cristo, fomos

batizados na sua morte? Pelo Ba-

tismo fomos sepultados com ele

na morte, para que, assim como

Cristo foi ressuscitado dos mor-

tos por meio da glória do Pai, as-

sim também nós possamos cami-

nhar numa vida nova. Se perma-

necermos completamente unidos

a Cristo, com morte semelhante

à dele, também permanecere-

mos com ressurreição semelhan-

te à dele” (Rm 6,2-5).Como podemos perceber no

texto de Paulo, viver “completa-mente unidos a Cristo” é assumira “morte semelhante à dele”. Se-guindo a leitura da carta aos Ro-manos, Paulo reitera que é o nos-so “velho homem” que deve sercrucificado com Jesus, a fim deque morramos para o pecado enos tornemos pessoas livres. Es-crevendo aos Gálatas, comple-menta essa convicção: “Irmãos,

vocês foram chamados para se-rem livres... Coloquem-se a servi-ço uns dos outros através doamor. Pois toda a Lei encontra asua plenitude num só manda-mento: ‘Ame o seu próximo como

a si mesmo’. Mas se vocês se

mordem e se devoram uns aos

outros, tomem cuidado! Vocês

vão acabar destruindo-se mutu-

amente” (Gl 5,13-15).Há um clamor que emerge do

coração da humanidade: Amor, Li-berdade, Justiça! Há uma neces-sidade urgente: a unidade entretodos os povos, em torno do pro-jeto de uma vida de dignidade noplaneta terra, a nossa casa co-mum. Esse projeto, sem dúvida, éviável. Aos cristãos foi-nos ofere-cido um caminho: a cruz. Em ou-tras palavras, acolher-nos mutua-mente na fraternidade implica em

crucificar o “homem velho” do in-dividualismo, do corporativismo,da competição, da ganância, dodogmatismo e, enfim, de todas asformas que nos separam, impe-dem o diálogo e impelem às divi-sões (também entre cristãos). Es-sas divisões contradizem o man-damento do amor mútuo, com tris-tes consequências.

São Paulo chama as atitudesegoístas de “obras da carne”, con-trapondo-as às “obras do Espíri-to” que são “amor, alegria, paz,

longanimidade, benignidade, bon-

dade, fidelidade, mansidão, auto-

domínio... pois os que são de Cris-

to Jesus crucificaram a carne com

suas paixões e seus desejos” (Gl5,22-24). A identificação com Cris-to na cruz, longe de caracterizar-se como derrotismo ou glorifica-ção do sofrimento, é o modo de

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoviver do novo homem e da novamulher. Ao ser crucificado, Jesuslevou consigo a natureza velha decada um de nós. Esta verdade dafé cristã pode transformar-se em“programa de vida”, sempre reno-vado no empenho cotidiano deamar incondicionalmente. Cadaexpressão de egoísmo, por menorque pareça ser, pode ser imedia-tamente “crucificada” na cruz deJesus, para dela emergirmoscomo seres cada vez mais livres.É o “batismo na morte de Jesus”,como afirma São Paulo: é o mer-gulho na graça que nos proporcio-na vida nova. Nessa condição de“crucificados” para egoísmo,tornamo-nos capazes de promo-ver relações verdadeiramenteecumênicas.

Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coordenador

da Comissão Arquidiocesana para

o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Re-

ligioso - CADEIR

Pe. João BatistaSteiner, em umafoto histórica einédita de 1905,quando partici-pava da ReuniãoGeral do Clero

padres franciscanos, sua presen-ça não era mais tão necessária,motivo pelo qual pediu para sercoadjutor de Santo Amaro comresidência em Teresópolis, o quelhe foi consentido em 04 de ou-tubro de 1904. Foi provisionadocomo coadjutor do Curato deTeresópolis (incluindo o AltoCapivari-São Bonifácio), que eraadministrado pelos franciscanosde Santo Amaro.

Por problemas pessoais decomportamento, no início de1907 foi obrigado a fazer um re-tiro com os jesuítas de NovaTrento. Após isso, sob condiçõesinformadas ao pároco em 20 demarço de 1907, trabalhou comocoadjutor de Tijucas, São JoãoBatista e Porto Belo.

Primeiro Capelão-Cura

de Vargem do CedroDe 12 de outubro de 1907 a

15 de abril de 1909 exerceu o mi-nistério de vigário de São João Ba-tista, Imaruí. Devido a doençasque mataram muitos moradores,Pe. Steiner, com receio do contá-gio, pediu para se deslocar aVargem do Cedro em 27 de junhode 1910. Desta data a 1920 foio primeiro Capelão-Cura deVargem do Cedro que, em 15 dedezembro de 1911 teve anexa-das as capelas de São Martinhoe São João.

Em 20 de novembro de

1920, Pe. Othmar Baumeister,dehoniano que trabalhava emTubarão, escreveu a Dom Joa-quim Domingues de Oliveira arespeito de pais de Rio Fortunaque vieram se queixar do com-portamento afetivo de Pe.Steiner, algo muito sério. DomJoaquim o encarregou de inves-tigações que confirmaram asdenúncias. Assim, em 05 de fe-vereiro de 1921, Pe. Steiner foisuspenso de todas as suas or-dens, declarado infame, e pri-vado de qualquer ofício, benefí-cio ou função, e obrigado à re-sidência em Imaruí. A pedido doPe. Antônio Mathias, vigário deImaruí, em 15 outubro de 1921

recebeu licençade celebrar. Em 6de abril de 1922,vivendo em extre-ma penúria, pediusocorro ao bispo

diocesano: “O suplicante estásofrendo, de modo terrível, demelancolia proveniente de arre-pendimento e contrição, e vio-lentas e contínuas tentaçõespara desesperação”. Depressãoem estado puro. Compassivo,Dom Joaquim em 21 de dezem-bro de 1923 o nomeia coadjutordo Curato de Teresópolis e, em03 de março de 1924, recebeautorização para atender às ca-pelas nova e velha de SantaMaria de Loeffelscheidt, no AltoCapivari. Em 26 de novembro de1924 escreve a Dom Joaquim,pedindo para ser provisionadoCura de São Bonifácio. Está com79 anos.

Um padre velho

e doenteEm 1927, o velho Pe. Steiner

cai do cavalo e desloca a coxa,ficando impedido de celebrar. Em08 de março de 1930, pede paraser liberado de Teresópolis e no-meado coadjutor de São Boni-fácio. Tem 85 anos e não conse-gue mais visitar os doentes. Estácom catarata e sofre dos rins. Em28 de abril de 1932, Dom Joa-quim autoriza Pe. Steiner a dei-xar Teresópolis e ir residir com oPe. Nebel em Braço do Norte.

Em 6 de junho de 1935 rece-beu, em testamento, de GertrudesSchmitz, uma doação que estavadepositada na Caixa Econômicade Laguna. Era tarde, infelizmen-te. Pe. João Batista Steiner fale-ceu em Teresópolis aos 13 de ju-nho de 1935 às 17h, sendo se-pultado no dia seguinte às 15h.Viveu 91 anos, dos quais 66 comopadre e 51 no Brasil. Humilde, li-mitado, pobre, nada deixou a nãoser a memória de sua dedicaçãoe as dores por que passou parater um pouco de pão à mesa. Em29 de novembro de 1969, no cen-tenário de sua ordenação presbi-teral, por iniciativa de Frei RaulBunn, OFM, seus restos mortaisforam trasladados para dentro daigreja de Teresópolis.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

O Akáthistos celebra a anunciação do Senhor e é cantado pelo Coral Santa Cecília desde 1988

Jornal da Arquidiocese Abril 2010

13Missão

Hino celebra a Anunciação do SenhorA Catedral Metropolitana de

Florianópolis, juntamente com oCoral Santa Cecília, realizou dia25 de março, às 20h, a tradicio-nal Celebração Mariana da Sole-nidade da Anunciação do Senhor,com o hino “AKÁTHISTOS”, emhonra da Mãe de Deus. A cele-bração foi presidida pelo nossoarcebispo Dom Murilo Krieger, ereuniu mais de 200 pessoas naCatedral de Florianópolis.

Em sua homilia, Dom Muriloenalteceu a beleza do hino e fa-lou da importância de se cele-brar essa data. “Maria é Virgeme escolhida para Esposa - umaEsposa que continuará Virgem.Foi na liberdade que Maria tor-nou-se Mãe; foi livremente quedisse: Faça-se em mim...”. “OAkáthistos vem nos lembrar quea História da Salvação não é sóuma contemplação do passado,mas também uma abertura àssurpresas de Deus. Em nós, a His-tória da Salvação continua”, com-pletou Dom Murilo.

Na sequência, o Coral SantaCecília da Catedral cantou o Hino“AKÁTHISTOS”, que foi acompa-nhado por todos os presentes.Akáthistos é uma palavra gregaque significa “não sentado”, indi-cando a forma como o Hino deveser cantado: de pé. Ele salienta omomento em que Maria recebeu

o anúncio de que fora escolhidapara gerar o Salvador, permane-cendo Virgem. A data, 25 de mar-ço, ocorre exatamente nove me-ses antes do nascimento de JesusCristo, no Natal, 25 de dezembro.

HistóriaEm 1987, Ano Mariano, quis o

Papa João Paulo II, que esse “po-deroso e dulcíssimo hino” fossecantado em todas as catedrais domundo. Assim, pela primeira vez,graças ao Coral Santa Cecília, e apedido de Dom Murilo, nosso bis-

po auxiliar na época, o Akáthistosfoi cantado em nossa Catedral,estando também gravado em CD.

Em 2002, quando Dom Mu-rilo retornou à Arquidiocese, as-sumindo como nosso arcebispo,solicitou ao Coral Santa Cecíliaretomasse o canto do Aká-thistos, o que tem sido feito anu-almente desde 2003, sempre nodia da Anunciação do Senhor, 25de março.

Mais fotos, no site da www.arquifln. org.br, clicar em “Galeri-as”, no alto da página.

Em 1987, quis João Paulo II, por ocasião do Ano Mariano, que o hino fossecantado no dia 25/03, desde então o Coral Santa Cecília o tem cantado

Fo

to JA

A população carcerária emSanta Catarina cresceu 187%de 1998 a 2008. No mesmo pe-ríodo, o crescimento popula-cional foi bem menor, de 21%.Em 1998, o Estado tinha 3,5 milpresos e uma população de5,02 milhões de habitantes.Neste ano, até fevereiro, SantaCatarina somava 12.900 pre-sos e uma população estimadaem 6,06 milhões de habitantes.

O sistema prisional do Es-tado, analisado a partir da Leide Execução Penal (LEP), nãoatinge 5 mil vagas para uma po-pulação carcerária de 12.900presos, considerando que 8506são condenados (dados de ju-nho de 2009). Os números po-dem ser explicados pelo desca-so público com a questãoprisional e a segurança pública.Blumenau, p.ex., tem 761 pre-sos ocupando um presídio quedizem ter "capacidade para400", caso deixemos de lado alei. A maioria das unidadesprisionais foram edificadas noimproviso, sem planejamento.Cadeias publicas recebem adenominação de “Presídios”(Ambiente para presos provisó-rios, aqueles que ainda não fo-ram condenados), ignorando aurgência de "Penitenciárias"(Ambiente para presos conde-nados), mas na realidade sãoautênticos “depósitos” de pre-sos. A já mencionada Lei de Exe-cução Penal 7210/84 é prati-camente deixada de lado. Osagentes prisionais sofrem comos baixos salários e o perigoconstante.

Sistema PrisionalArcaico

Alguns dizem que apolícia trabalha muito,mesmo com o baixo efe-tivo. Mas num Estadoque tem polícia forte eum sistema prisional ar-caico e improvisado, oresultado será a eternainsegurança pública. Oendurecimento das leistem levado mais gente àcadeia, geralmente po-

Insegurança pública!bres, mas não inibe a violên-cia. O que pode inibir a violên-cia são ações como a geraçãode empregos, educação, mo-radia, política agrária e umenvolvimento maior das Igre-jas e demais entidades quetrabalham pela paz no âmbitosocial.

Todavia, o problema maiortem sido a vida do povo nas ci-dades. O meio urbano tem ge-rado conflitos e conflitos podemlevar à prisão. Hoje, 78% da po-pulação de Santa Catarina vivenas cidades, que nem semprecomportam ou têm estruturaspara o contingente populacionalexistente. O drama é ainda mai-or nas cidades litorâneas e doVale do Itajaí.

Enfim, não se faz seguran-ça pública utilizando somente overbo reprimir. O problema émais amplo. Atualmente somosdesafiados a pensar políticaspúblicas de segurança. É conhe-cida a expressão "governo quenão constrói escolas, é obriga-do a construir presídios", masem nossos dias me parece quenem uma e nem outra coisavem sendo projetada. Logo, oucontinuamos maquiando a rea-lidade ou começamos a dar pas-sos na direção do tão sonhadoEstado democrático de Direitoe com Direitos Humanos!

Pe. Célio RibeiroCoordenador estadual da Pas-

toral Carcerária, Regional Sul IV

da CNBB

[email protected]

Divu

lga

ção

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A Arquidiocese realizou namanhã no dia 20 de março o en-contro para a geração do SetorJuventude. Realizado no CentroArquidiocesano de Pastoral - CAP,no Centro de Florianópolis, oevento contou com a participaçãode 20 jovens representando aspastorais, movimentos, organis-

Encontro propõe a criação do Setor Juventudemos, serviços, colégios e congre-gações que atuam no campo dajuventude.

O encontro foi uma proposi-ção do nosso arcebispo DomMurilo Krueger e do Pe. VitorGaldino Feller, coordenadorarquidiocesano de Pastoral, deacordo com o que pede a CNBB.

"O Setor não foi criado porque épreciso unir todos que atuam nocampo da juventude. A criaçãoserá feita a partir deles", argu-mentou Pe. Vitor.

No início do encontro, DomMurilo e Pe. Vitor argumenta-ram sobre a importância e ne-cessidade da criação do Setorda Juventude. Em seguida, foiestudado o livro “Setor Dioce-sano da Juventude”, da CNBB,que traz subsídios para a reali-zação do trabalho. A propostafoi aceita e aprovada pelos par-ticipantes.

Durante o encontro foi consti-tuída uma equipe formada pormembros representativos dossegmentos juvenis, para encami-nhar os próximos passos para aformação do Setor Juventude. Aequipe é encabeçada pelo Pe.Josemar Silva, orientador espiri-tual da Pastoral da Juventude daArquidiocese.

Divu

lgaçã

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Segmentos que atuam com a juventude participaram da reunião

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

14 Geral Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Deu-se tan-to, o sapato,que se acabou.E, no entanto,foi quando jáestava para serd e s c a r t a d oque começou amais bela eta-pa da vida: a dedar flores!

LAVA-PÉSEstás com os Doze. Teus ami-

gos mais próximos. E tu, Senhor eMestre, os deixas estupefatos, sur-presos. O impacto é grande. Lavasos pés deles e os enxugas. Não teconstranges em abaixar-te, em fa-zer o serviço de um escravo. E la-vas, não com menor amor, os pésde Judas, aquele que te vai trair.Quantas vezes, bom Jesus, essetraidor infame sou eu. E, como a ele,também a mim chamas de amigo.E vais morrer por mim, para me sal-var. Tu, sim, és amigo; eu, umprofanador dessa amizade sagrada.E, sabendo que vais morrer pormim, que te ofendo tanto, e que vaismorrer por esses que estão lendo oque escrevi, e pelos homens e mu-lheres de todos os tempos e luga-res, dirás, antes de seres entregueaos carrascos no monte das Olivei-ras: “Ninguém tem maior amor doque aquele que dá a sua vida porseus amigos” (Jo 15,13). Tu, Senhor,és este que dá a vida; eu, o teu ami-go! A misericórdia morre pela misé-

Divu

lga

ção

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ria, o três vezes santo morre pelopecador, o todo-poderoso morre poraquele que é só fraqueza! Que mis-tério de amor!

MULHERES-ESPOSASQuantas! Uma multidão inume-

rável, mulheres que santificam suasfamílias, que tornam o mundo me-lhor! Nelas a doação é companhei-ra constante, o sacrifício é hóspedepermanente, o zelo é irmão da de-dicação cotidiana. Analfabetas oudoutoras, sábias ou ignorantes, po-bres ou ricas de bens materiais, fe-cundam a terra em que vivem como amor que as habita e as faz sedarem sem medida, porque esta éa medida do amor.

BUSCADORO que temos buscado em nos-

sa vida? Temos sido "buscadoresde Deus"? Perdido é todo o tempoque não utilizamos para buscarDeus, para encontrá-lo nos queEle põe em nossas vidas. Semee-mos o amor, plantemos o serviço!

Jesus ressuscitou! Podemos cantar “Vitória! Tu reinarás, ó Cruz, tunos salvarás”! Podemos cantar o Aleluia! Houve a noite das trevas, odia se tornou escuro, mas o Sol sem ocaso, que a terra escondeu porbrevíssimo tempo, sempre será a Luz de nossa vida! Feliz Páscoa!

PÁSCOA

Apesar de tão diferentes entresi, essas são as três atividades queresumem o apostolado do Pe. MironAlexius Stoffels, SJ, e que aindahoje, aos 76 anos de idade, procu-ra cultivar. Natural de Alto Feliz, umpequeno município do interior doRio Grande do Sul, próximo a SãoLeopoldo, ingressou na vida religio-sa por influência da mãe, coorde-nadora paroquial do Aposto-lado daOração. O pai, importante comerci-ante da região, deu todo apoio, masnão levava fé de que o filho chegas-se a padre. Em entrevista, ele falado seu despertar vocacional, da op-ção pelos padres jesuítas, os estu-dos nos Estados Unidos, sua dedi-cação à educação, os trabalhos querealiza na Arquidiocese e a ativida-de com jornalista e escritor.

Jornal da Arquidiocese - Comonasceu sua vocação religiosa?

Pe. Miron - Do binômio família& paróquia (Igreja). A mãe, profun-damente religiosa (era coordena-dora do Apostolado da Oração),convidava seguidamente os padresda região para almoçar em casa.Como havia muitos filhos na casa,a atenção do pároco era para osdois mais jovens (eu e meu irmão).No mais, era costume de família,enviar um filho (ou uma filha) parao seminário ou convento. Fui o es-colhido pelo pároco (jesuíta), coma aprovação do pai e da mãe. O painão acreditou que eu aguentaria avida dura de seminário, sobretudono que se referia à alimentação, efalou: “se não ficar padre, o estu-do não está perdido”.

JA - Por que optou pelos jesu-ítas?

Pe. Miron StoffelsPadre, jornalista e educador

Pe. Miron - Os filhos de S. Ináciodominavam a região. Ir para o se-minário significava internar-se noColégio S. Inácio de Salvador doSul. A região (Bom Princípio, Feliz,Alto Feliz, Vale Real) era um verda-deiro celeiro de vocações, tantoassim que o Cardeal D. VicenteScherer nunca se mostrou muitofavorável à desmembração daarquidiocese, porque não queriaperder esta região, mais ainda, oseminário menor S. João MariaVianey, localizado na área. Além dedezenas de sacerdotes, vieram daífiguras exponenciais da hierarquiaeclesiástica: Dom Vicente Scherer,Cardeal de Porto Alegre; e D. IvoLorscheiter, presidente da CNBB.

JA - Enquanto estudante nosEstados Unidos, o senhor traba-lhou numa paróquia. Que tal estaexperiência?

Pe. Miron - Após minha ordena-ção (1964), fui destinado para ter-minar meu currículo religioso nosEstados Unidos. Éramos 21, de 18países diferentes. Eu era o único daAmérica do Sul. Após esse período,iniciei os estudos de pós-graduaçãoem Comunicação Social (Mestrado)na New York University (na épocacom 47 mil alunos). Ao deixar o Bra-sil, na despedida, o Provincial medeixou um recado: “não mande re-cibo e, não volte com vícios” (Ora, oestudo é caríssimo nos States). Poristo, para cumprir o preceito do su-perior, deveria ‘encardinar-me’numa paróquia. Não era nada es-tranho, as paróquias de Nova Yorkcontarem com a presença de pa-dres estrangeiros. Fui para a paró-quia no Bronx, comunidade comforte presença de imigrantes italia-

nos. Os fins de semana eram ata-refados, com três missas no sába-do e sete missas no domingo. Comonão havia Ministros da Eucaristia,nem diáconos, os padres tinham dedistribuir a comunhão nas missas.Éramos cinco padres na casa, trêsidosos e dois jovens. Entre nós doiscresceu uma profunda amizade atéo fim da vida. Dois detalhes: paraser pároco no EUA, o padre deve ter25 anos de ordenação, portantonão há párocos novos; outra é queos padres são “colados”, quer di-zer, ficam numa paróquia por todaa vida. Só saem se pedirem.

JA - O senhor passou 32 anosna UNISINOS. Como conciliou osafazeres acadêmicos com o mi-nistério sacerdotal?

Pe. Miron - Assim que voltei doexterior, assumi, em S. Leopoldo,na UNISINOS, a direção do cursode Comunicação Social, recém-cri-ado: Jornalismo, Publicidade e Pro-

paganda, Relações Públicas. Trêsanos depois, fui promovido a Dire-tor do Centro (Letras e Comunica-ção Social) e, depois, a Vice-ReitorAcadêmico. Sem dúvida, meu mai-or desafio. Recebi uma universida-de com nove mil alunos e, após oitoanos, entreguei-a a meu sucessor,com 24 mil alunos. Após vinte anosdedicados ao mundo acadêmico,dei uma guinada na vida, substitu-indo parcialmente meus compro-missos escolares por atividadespastorais: missas na capela univer-sitária, aconselhamento espiritual,promoção de retiros universitários(quatro por ano).

JA - Aqui, o senhor atua noColégio Catarinense, onde é rei-tor da igreja Santa Catarina deAlexandria e diretor diocesano doApostolado da Oração. Qual aimportância do “Apostolado”?

Pe. Miron - No Encontro Arqui-diocesano do Apostolado da Ora-

ção (AO), em Antônio Carlos, agos-to de 2008, compareceram 3.500pessoas, originando um problemana cidade, porque não havia esta-cionamento para tantos ônibus. Nofim da missa, quando Dom Murilopresenciou a retirada de 140 ban-deiras que escoltavam o altar, du-rante a celebração, ele não se con-teve e comentou: “Eis aí, quiçá, amaior força da nossa igreja”. O “Ca-tecismo do AO” foi publicado em11 capítulos, enfocando a história,espiritualidade, devoção ao Cora-ção de Jesus, estrutura... Visa darum conhecimento correto e globalaos associados do AO. A prova deque a iniciativa foi oportuna é aaceitação por parte da comunida-de: em três meses esgotaram duasedições: 4 mil exemplares. São200 perguntas, ao longo de 90páginas.

JA - O senhor publicou muito.Ainda tem tempo para esta ativi-

dade?Pe. Miron - Continuo colaboran-

do em revistas internas, emboranum ritmo mais cadenciado. Quan-do jovem, meus afazeres me obri-gavam a escrever: fui por anos,secretário e redator de uma revis-ta colegial - “O Eco”, com uma tira-gem de 45 mil. Na época haviaduas revistas colegiais no RS: “OEco” e “Ideal”, esta, editada pelosmaristas. Ao tempo que secretari-ava a revista, fiz o curso do Jorna-lismo na Universidade Federal doRS e, depois, também concluí ocurso de Letras. Na universidadea gente é forçado a escrever mui-to. A saudade que o campus dei-xa, são as infinitas oportunidadesde você alargar e enriquecer seusconhecimentos, pois, todos os diashá encontros, painéis, conferênci-as de personalidades sobre osmais diversos mundos da ciência,artes e letras. Essa riqueza só sevive no seio de uma universidade.

Após vinte anos dedicados aomundo acadêmico, substituí parci-almente os compromissos escola-res por atividades pastorais”

Foto

JA

Pe. Miron diante da Igreja Santa Catarina, no Colégio Catarinense.

BONDADESerá que a bondade me habi-

ta? Será que os outros veem bon-dade em mim? O que ouviríamosdos que nos conhecem um pou-co melhor se, como diz meu que-rido neto Artur, neles falasse oque está em sua 'testa', isto é, emseu pensamento?

CHOROSe Jesus, o Filho do Altíssimo,

chorou (cf. Jo 11,35), por que eu,tão fraco e pecador, não posso cho-rar? Chora o fraco e chora o forte,chora o pai e chora a mãe, choramos filhos e choram as filhas, chorao rico e chora o pobre, chora o san-to e o pecador, chora o são e o do-ente. Não choram os que têm co-ração duro, coração de pedra, ne-cessitados, com urgência, de umtransplante que lhes dê um cora-ção de carne. Então se alegrarãocom os que se alegram e chorarãocom os que choram (cf. Rm 12,15).

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

Jornal da Arquidiocese Abril 2010

15Geral

Os bispos, padres e diáconosda Arquidiocese estiveram reuni-dos na manhã do dia 23 de mar-ço para participar da Reunião Ge-ral do Clero. Realizado no salão daIgreja Matriz da Paróquia SãoFrancisco de Assis, em Aririú, Pa-lhoça, o evento contou a partici-pação de mais de 150 membrosdo nosso clero. A reunião inicioucom a apresentação dos que pelaprimeira vez participavam do en-contro. Em seguida, Pe. VitorFeller, coordenador arquidioce-sano de Pastoral, expôs os pon-tos mais importantes do texto "AEclesio-logia do Documento deAparecida". A seguir, os participan-tes foram divididos em grupos porcomarcas. O objetivo era que le-vantassem pistas para o desen-volvimento do Plano de PastoralArquidiocesano. As sugestões dosgrupos foram anotadas e repas-sadas à Coordenação de Pastoral.

Após a pausa para o café, nos-so arcebispo Dom Murilo tomoua palavra e fez algumas comuni-cações. Entre outros temas, falouda “inconciliabilidade entre fécristã e maçonaria”. Ele respon-

Clero realiza sua primeira reunião do ano

pação na Romaria dos padres doRegional ao Santuário Nossa Se-nhora de Fátima, em Fraiburgo,Diocese de Caçador.

Foi sugerido que o encerra-mento das celebrações do AnoSacerdotal seja realizado no dia05 de junho, quando acontece aordenação presbiteral de Lean-dro José de Souza e Silvio JoséKremer, na Paróquia São João

Membros do Clero da Arquidiocese estiveram em grande número

Mais de 150 clérigos, entre bispos, padres e diáconos, participaram do encontro realizado em Palhoçadia a um boato de que a Igrejaestaria aceitando essa entidade,pois o Código de Direito Canôniconão a menciona. “A maçonarianão mudou, assim não cabe àIgreja mudar sua posição”, disseDom Murilo. Em outro momento,foi ainda mais enfático: “Deve-seperguntar claramente quem émaçom, e recordar essa incom-patibilidade”, acrescentou.

Outro assunto que chamou aatenção foi a carta do ConselhoPermanente da CNBB, que solici-tou seja realizada uma coleta emtodas as paróquias em favor do16° Congresso Eucarístico Na-cional, a ser realizado de 13 a 16de maio deste ano em Brasília.Dom Murilo apelou para que asparóquias sejam generosas.

Comunicadosda Coordenação

Entre os temas abordados,Sedemir Valmor de Melo, coor-denador da Pastoral da Comuni-cação, convidou os padres parauma manhã de formação no dia30 de abril. Na sequência, Pe.Vilson Groh incentivou a partici-

Evangelista, em Biguaçu. A pro-posta foi aceita.

Em seguida, houve a "Fila doClero", em que alguns dos presen-tes deram a sua contribuição. Apósa bênção de encerramento, deDom Murilo, todos os participantesalmoçaram no salão paroquial.

Mais fotos no site www.arquifln.org.br, clicar em “Gale-rias” no alto da página.

OVISA realiza for-mação para casais

O Movimento FamiliarOVISA - Orientação Vivencial Sa-cramental, estará oferecendono dia 17 de abril, a partir das16h, formação para os casaisque participam do movimentoe aqueles que o queiram conhe-cer. Com o tema “A oração emnossa vida”, o evento será rea-lizado na Igreja NSra. de Fáti-ma, no Jardim Maluche, perten-cente à Paróquia São LuizGonzaga, em Brusque.

Coordenação NacionalNos dias 23 e 24 de abril

será realizada, em Corumbá(MS), a primeira reunião danova presidência nacional doOVISA. Ivete e Gilmar S. Macha-do, coordenadores do Movi-mento na Arquidiocese e mem-bros da diretoria nacional comocasal coordenador regional,nos representarão no evento.

Informações pelo e-mail:[email protected];ou no site www.ovisa.org.br.

A Coordenação Arquidiocesana de Pasto-ral promoveu, na manhã do dia 27 de março,o encontro das Forças Vivas da Arquidiocese.Realizado no Salão da Paróquia N.Sra. de Fá-tima, em Florianópolis, o encontro reuniu 47participantes representando as pastorais, or-ganismos, serviços, colégios e meios de co-municação da Arquidiocese.

No encontro, Pe. Vitor Feller, coorde-nador Arquidiocesano de Pastoral, refletiusobre o texto “A Eclesiologia do Documen-to de Aparecida”, redigido pelo Pe. Mário

“Forças Vivas” participam de encontrode França Miranda, que participou comoperito da Conferência de Aparecida. Antes,Pe. Vitor solicitou que os participantes fi-zessem anotações no texto para contribuirno Planejamento Arquidiocesano.

Após a reflexão, os participantes apon-taram sugestões. Entre elas, foi sugerida arealização de um grande mutirão missio-nário arquidiocesano. Completando essaidéia, foi sugerido que se fizesse continua-mente visitas nas casas, tendo como baseo que foi realizado em preparação para o

15º Congresso Euca-rístico Nacional, rea-lizado em 2006, emFlorianópolis.

Na sequência, foidado espaço paraque duas forças vivasse apresentassem.Cada uma teve 15minutos. Apresenta-ram-se a “Comunida-de N.Sra. da Esperan-ça” e o Encontro Ma-trimonial. A propostafoi levantada no anopassado. Os próxi-mos a se apresenta-rem serão a Pastoral

da Comunicação e a Pastoral Militar.Na sequência, Irmã Marlene Betoldi,

coordenadora arquidiocesana de Cate-quese, apresentou um síntese do livro “Ini-ciação à Vida Cristã”, que faz parte da cole-ção Estudos da CNBB, com o número 97.Ela falou que esse será o foco das forma-ções da Catequese para este ano.

Depois, Pe. Vitor fez uma retrospectivado Planejamento Arquidiocesano de Pas-toral. Disse que o trabalho iniciou em ju-nho de 2009 e uma equipe de 14 partici-pantes têm-se reunido mensalmente. Eleselaboraram um questionário voltado às li-deranças e outro voltado aos párocos. Háum terceiro, está sendo elaborado por umaempresa voltado às pessoas que freqüen-tam as missas e aquelas que não partici-pam mais. “Eles apontarão a realidade dosnossos católicos”, disse Pe. Vitor.

Em seguida, houve um momento comas notícias da Coordenação. Depois, cadaparticipante teve um breve momento parafalar dos eventos que estão programadospara os meses seguintes. O encontro foiencerrado com a oração do XVI Congres-so Eucarístico Nacional, que será realiza-do de 13 a 16 de maio, em Brasília.

Mais fotos no site www.arquifln.org.br,clicar em “Galerias” no alto da página.Participantes fizeram sugestões para o Plano de Pastoral

Comunidade N.Sra. da EsperançaA "Comunidade Nossa Senhora da Es-

perança" é um serviço do Movimento dasEquipes de Nossa Senhora. O trabalho des-tina-se a atender os viúvos, viúvas e pes-soas sós. A iniciativa foi de Nancy Moncau,responsável por trazer o Movimento aoBrasil. Tendo sido viúva, sempre era soli-citada que se fizesse um trabalho desti-nado às pessoas nesse estado da vida.Mas só conseguiu organizá-lo em 2003,começando a funcionar no ano seguinte.Aqui, na Arquidiocese, o trabalho começoucom um pequeno grupo e hoje já contacom sete. Mais informações pelo fone (48)3225-0372.

Encontro MatrimonialEm 1952, pelo Padre Gabriel Garcia Cal-

vo, na Espanha, percebeu que quando oscasais estavam bem, os filhos iam bem naescola. Se estavam mal, acontecia o con-trário. Assim, decidiu criar um encontro paraos casais, que se chamou “Encontro Matri-monial”. Em 1971, começou a expansãomundial. No Brasil chegou em 1975. Eletem como missão fortalecer a renovaçãopermanente do sacramento do matrimônio.Alguns participantes do Encontro das For-ças Vivas testemunharam a mudança quecausou em suas vidas. Mais informaçõespelo fone (48) 3343-3198 ou pelo [email protected]

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Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Abril/2010

16 Geral Abril 2010 Jornal da Arquidiocese

Rádio Cultura ganha prêmio nacionalPrograma “Super Tarde” foi eleito o terceiro melhor, entre as rádios católicas de todo o país

A Rádio Cultura 1.110 AMfoi a vencedora do Prêmio “Mi-crofone de Prata”. O programa“Super Tarde”, comandado pelolocutor Xande Souza, foi consi-derado como o terceiro melhorprograma radiofônico católicodo Brasil. Instituído pela CNBB,o prêmio é oferecido pela UniãoNacional de Radiodifusão Cató-lica - UNDA, e seleciona as me-lhores produções radiofônicasdo país.

Para Sedemir Melo, diretor daRádio Cultura, ganhar esse prê-mio significa o reconhecimentoao trabalho que vem sendo reali-zado ao longo destes 9 anos.“Sempre na intenção de levar omelhor ao nosso ouvinte, anun-ciar o Evangelho com toda a qua-lidade que Ele merece”, disseSedemir.

Este é o segundo prêmio queo projeto de evangelização atra-vés da ondas sonoras ganhou. Ooutro foi em 2002, ainda na Rá-dio Santa Catarina. Na época, re-ceberam o prêmio “Destaque doAno 2002 no segmento RadioAM”, conferido pelo instituto depesquisa “The Best”, quando es-tava há apenas um ano no ar.

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Evangelização pelasondas do rádio

A Rádio Cultura de Floria-nópolis está completando seisanos (desde 2004) de programa-ção Católica. Mas o trabalho deevangelização pelo rádio iniciou em2001. Ao todo são nove anos, com-pletados no dia dez de março. Otrabalho teve início com o aluguelda Rádio Santa Catarina.

A Rádio Cultura AM 1.110 -“Mais Feliz Com Jesus” conta

Programação diversificada e de qualidade conquistou o coração dos ouvintes

com 34 programas locais, diáriosou semanais, ao vivo ou gravados.Ela atinge 24 municípios, comuma população estimada em pou-co mais de um milhão, e está tam-bém na internet, no portalwww.divinooleiro.com.br.

Ela é mantida por um Clubede Ouvintes, conhecidos como“Arautos”, que com os funcioná-rios, voluntários e cada um dosouvintes, fomam a família “MaisFeliz Com Jesus”.

Xande é o responsável peloprograma vencedor do prêmio,mas todos os voluntários ecomunicadores da Rádio Culturaestão de parabéns. É o que elerevela na entrevista que segue.

Jornal da Arquidiocese -Fale um pouco de como é o seuprograma.

Xande - O programa SuperTarde está no ar há quatro anos,trazendo notícias, espiritua-lidade, músicas e, é claro, a par-ticipação do ouvinte com brin-cadeiras, oferecimentos musi-cais, muita alegria e descontra-ção. É um programa de entrete-nimento mesmo.

JA - Há quanto tempo vocêrealiza esse trabalho de evan-gelização através da Rádio?

Xande - Sou locutor (radialis-ta) há quase 9 anos. Comecei em2002 na Rádio Santa Catarina890 AM. Pe. Márcio me convidoupara fazer parte da equipe. Tra-balhei durante um período, de-

pois saí e trabalhei em outras seisemissoras na grande Florianó-polis, retornando em 2006.

JA - O que representa pes-soalmente para você terganhado este prêmio?

Xande - Reconhecimentoprofissional. Estou muito feliz,um prêmio nacional é super im-portante para a carreira dequalquer um. Ainda mais nummeio de comunicação que temmuitos profissionais competen-tes. Não é uma questão de egoe sim reconhecimento mesmo.

Sucesso Compartilhado

Encontro fortalece integração entre jornalistas e organismos da CNBBA CNBB realizou nos dias 12 a

14 de março, em Brasília, o 3º En-contro de Jornalistas das dioceses,regionais e organismos vinculadosà Conferência Nacional dos Bisposdo Brasil (CNBB). Estiveram pre-sentes também jornalistas que atu-am em TVs e Rádios católicas.

O evento reuniu 45 jornalistasde 12 estados, totalizando 28dioceses, e foi coordenado pelaAssessoria de Imprensa e pelo Se-tor de Comunicação da CNBB. AArquidiocese de Florianópolis este-ve representada pelo jornalistaZulmar Faustino, responsável peloJornal da Arquidiocese.

O secretário geral da CNBB,Dom Dimas Lara Barbosa, visitou

os participantes e celebrou comeles a missa no domingo. Ele re-conheceu a importância do traba-lho dos jornalistas e apresentoualguns projetos na área da comu-nicação, que a CNBB está desen-volvendo. “Uma das ações queestamos implementando é a Redede Informática da Igreja no Brasil,denominada RIIBRA”, explicou.

Cada momento do encontrocontou com uma assessoria, quetratou de temas discutidos na atu-alidade pela imprensa no Brasil.

EncaminhamentosO momento de maior interação

no evento foi no domingo, quandoos participantes sugeriram pistas

para melhorar o próximo encontro,favorecer a aproximação dos jorna-listas. Uma das sugestões é que aCNBB, através de seus departa-mentos de comunicação, elaboreum manual de redação e estilo quesirva de referência para os jorna-listas. O grupo nomeou uma equi-pe de cinco pessoas para a produ-ção do Manual.

Outra sugestão é a formaçãode uma rede entre os jornalistasque faça circular as notícias dasdioceses, na perspectiva de se for-mar, com o tempo, uma agênciade notícias para a Igreja do Brasil.

Para ver fotos do encontro,acesse: http://www.flickr.com/jornalarquidiocese.

Participantes pousam para a foto oficial após a celebração presidida porDom Dimas, secretário Geral da CNBB, que também participou da foto

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