jornal da arquidiocese de florianópolis agosto/2010

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Arquidiocese Jornal da Florianpolis, Agosto de 2010 N” 159 - Ano XIV De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai De graa recebestes, de graa dai (Mt 10,8) Pe. Chico: experiŒncia como formador, pÆroco e administrador P`GINA 14 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Falando aos mais de dois mil fiØis presentes inauguraªo, Dom Murilo disse: O CEAR Ø um dom para a Igreja. Dom Wilson assu- me o pastoreio da diocese de Tubarªo P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 P`GINA 03 Copa Arquidio- cesana de Fute- bol atrai jovens P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 P`GINA 05 Livro de Dom Mu- rilo publicado em vÆrias traduıes P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 P`GINA 09 Irmª Carmelita celebra 60 anos de consagraªo P`GINA 15 P`GINA 15 P`GINA 15 P`GINA 15 P`GINA 15 RÆdio Cultura tem o segundo melhor programa do Brasil P`GINA 16 P`GINA 16 P`GINA 16 P`GINA 16 P`GINA 16 Inaugurado Centro de Evangelizaªo Com capacidade para mais de quatro mil pessoas, Centro de Evangelizaªo Ø um presente para a Igreja na Arquidiocese Uma celebraªo presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo no dia 18 de julho, marcou a inau- guraªo do Centro de Evange- lizaªo Angelino Rosa - CEAR. Mais de duas mil pessoas acom- panharam a cerimnia. Administrado pela Comunida- de Divino Oleiro, o espao, locali- zado no coraªo da Arquidiocese, estÆ disponvel para os grandes eventos. VÆrios deles jÆ estªo pro- gramados para este ano. P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA 09 09 09 09 09 Comunidade terapŒutica amplia espao de atendimento Nos grupos bblicos em fam- lia realiza-se a Igreja dos primei- ros tempos: os primeiros cristªos viviam em comunidade e perse- veravam unidos na doutrina dos apstolos; nas reuniıes em co- mum; na fraªo do pªo e nas ora- ıes; eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; ven- diam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro en- tre todos, conforme a necessida- de de cada um; todos juntos fre- quentavam o Templo, e nas ca- sas partiam o pªo, tomando ali- mento com alegria e simplicida- de de coraªo; juntos louvavam a Deus; viviam unidos e tinham tudo em comum; formavam um s coraªo e uma s alma; tudo era posto em comum entre eles; davam testemunho da ressurrei- ªo do Senhor Jesus; gozavam de grande aceitaªo; entre eles nin- guØm passava necessidade. P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA 04 04 04 04 04 GBFs participam da II Con- centraªo Arquidiocesana Todos os integrantes dos Grupos Bblicos em Fam- lia sªo convidados a participar da Concentraªo Programado para o dia 29 de agosto, no GinÆsio de Esportes Irineu Bornhausen, em Cambo-riœ, evento deverÆ reunir representan- tes dos mais de dois mil Grupos Bblicos em Famlia existentes na Arquidiocese. Esta Ø a segunda vez que o evento Ø realizado. A primei- ra foi em agosto de 2001. P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA 11 11 11 11 11 GRUPOS B˝BLICOS EM FAM˝LIA Em dez anos de funcionamento, Recanto Silvestre jÆ atendeu 1.642 pessoas portadoras de dependŒncia qumica Uma celebraªo presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo ,no dia 09 de julho, marcou a inaugu- raªo do refeitrio da Comunida- de TerapŒutica Recanto Silvestre. AlØm do refeitrio, o prØdio con- tarÆ com ampla cozinha e mais trŒs salas para atendimento mØdico, psicolgico e odontolgico. Administrada pelo Pe. Luiz Prim, Comunidade TerapŒutica Ø referŒncia em atendimento aos dependentes qumicos. P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA P`GINA 04 04 04 04 04

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 159, ano XIV, Agosto de 2010

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Agosto de 2010 Nº 159 - Ano XIV �De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai��De graça recebestes, de graça dai� (Mt 10,8)

Pe. Chico: experiência como formador, pároco e administrador PÁGINA 14

Participe doJornal daArquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Falando aos mais de dois mil fiéis presentes à inauguração, Dom Murilo disse: �O CEAR é um dom para a Igreja�.

Dom Wilson assu-me o pastoreio dadiocese de Tubarão

PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03 PÁGINA 03

Copa Arquidio-cesana de Fute-bol atrai jovens

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Livro de Dom Mu-rilo publicado emvárias traduções

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Irmã Carmelitacelebra 60 anosde consagração

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Rádio Cultura temo segundo melhorprograma do Brasil

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Inaugurado Centro de EvangelizaçãoCom capacidade para mais de quatro mil

pessoas, Centro de Evangelização é umpresente para a Igreja na ArquidioceseUma celebração presidida

pelo nosso arcebispo Dom Murilono dia 18 de julho, marcou a inau-guração do Centro de Evange-lização Angelino Rosa - CEAR.Mais de duas mil pessoas acom-panharam a cerimônia.

Administrado pela Comunida-de Divino Oleiro, o espaço, locali-zado no coração da Arquidiocese,está disponível para os grandeseventos. Vários deles já estão pro-gramados para este ano.

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Comunidade terapêutica ampliaespaço de atendimento

Nos grupos bíblicos em famí-lia realiza-se a Igreja dos primei-ros tempos: os primeiros cristãosviviam em comunidade e perse-veravam unidos na doutrina dosapóstolos; nas reuniões em co-mum; na fração do pão e nas ora-ções; eram unidos e colocavamem comum todas as coisas; ven-diam suas propriedades e seusbens e repartiam o dinheiro en-tre todos, conforme a necessida-de de cada um; todos juntos fre-

quentavam o Templo, e nas ca-sas partiam o pão, tomando ali-mento com alegria e simplicida-de de coração; juntos louvavama Deus; viviam unidos e tinhamtudo em comum; formavam umsó coração e uma só alma; tudoera posto em comum entre eles;davam testemunho da ressurrei-ção do Senhor Jesus; gozavam degrande aceitação; entre eles nin-guém passava necessidade.

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GBFs participam da II Con-centração Arquidiocesana

Todos os integrantes dos Grupos Bíblicos em Famí-lia são convidados a participar da ConcentraçãoProgramado para o dia 29 de

agosto, no Ginásio de EsportesIrineu Bornhausen, em Cambo-riú,evento deverá reunir representan-tes dos mais de dois mil Grupos

Bíblicos em Família existentes naArquidiocese. Esta é a segunda vezque o evento é realizado. A primei-ra foi em agosto de 2001.

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GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA

Em dez anos de funcionamento, �Recanto Silvestre� já atendeu1.642 pessoas portadoras de dependência química

Uma celebração presidida pelonosso arcebispo Dom Murilo ,nodia 09 de julho, marcou a inaugu-ração do refeitório da Comunida-de Terapêutica �Recanto Silvestre�.

Além do refeitório, o prédio con-tará com ampla cozinha e mais trêssalas para atendimento médico,psicológico e odontológico.

Administrada pelo Pe. Luiz

Prim, Comunidade Terapêutica éreferência em atendimento aosdependentes químicos.

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Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

� Trata-se deestar na presen-

ça de Deus,fazendo próprias,

na mente e nocoração, as

expressões do�Pai-Nosso��.

Um sinalpara a Igreja

que, olhandopara ela, crê

com renovadaconvicção nocumprimento

das promessasde Deus.�

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger Dom Murilo S. R. Krieger,,,,, SCJ Arcebispo de Florianópolis

Um grande sinal apareceu no céuUm grande sinal apareceu

céu: uma mulher revestida de sol,a lua debaixo dos seus pés e, nacabeça, uma coroa de doze es-trelas (Ap 12,1). Essa passagemdo livro do Apocalipse é procla-mada na Missa da Assunção deNossa Senhora . Segundo oensinamento oficial da Igreja, ahumilde jovem de Nazaré, esco-lhida e preparada desde toda aeternidade por Deus para ser mãede seu Filho Jesus, foi elevadaem corpo e alma à glória do céu.Se hoje está �vestida de sol�, nãose deve a um mérito seu ou aoresultado de seus esforços mas,sim, à escolha feita por aqueleque �nos abençoou com toda abênção espiritual em Cristo, e nosescolheu nele antes da criaçãodo mundo� (Ef 1,3).

Ignoramos como e quando sedeu a morte de Maria, e mesmose houve realmente morte. Os ori-entais preferem falar da dormiçãode Maria. Os Evangelhos, os Atosdos Apóstolos e as Epístolas nãofazem referência a isso. A fé nosensina que Maria foi assunta aocéu em corpo e alma, isto é, foiglorificada de forma total e com-pleta. Ela já é o que somos chama-dos a ser após a ressurreição dacarne. Sua Assunção mostra o va-lor do corpo humano, templo doEspírito Santo. Também ele é cha-mado à glorificação. Nosso corponão nos é dado para ser instru-mento do pecado, para a busca doprazer pelo prazer, mas para a gló-ria de Deus.

O dogma da Assunção nos dáuma certeza: Maria já alcançou a

realização final. Tornou-se, assim,um sinal para a Igreja que, olhan-do para ela, crê com renovada con-vicção no cumprimento das pro-messas de Deus. Olhando para oque Deus já realizou em Maria, oscristãos animam-se a lutar contrao pecado e a construir um mundojusto e solidário, para participar,um dia, do Reino definitivo.

Uma mulher já participa da gló-ria que está reservada à humani-dade. Nasce, para nós, um desa-fio: lutar em favor das mulheresque, humilhadas, não têm podidodeixar transparecer sua grandevocação.

É preciso, porém, estar aten-tos a um risco: a verdade sobre aAssunção de Maria, sobre sua glo-rificação antecipada, pode fazercom que passemos a vê-la distan-

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bent Bent Bent Bent Bento XVIo XVIo XVIo XVIo XVI

Rezar: estar napresença de Deus

lho e da presunção, das modas edos conformismos, e dá força paraser deveras livre, também de cer-tas tentações mascaradas de bon-dade. Perguntastes-me: como po-demos estar �no� mundo sem ser"do" mundo? Respondo-vos: preci-samente graças à oração. Não setrata de multiplicar as palavras,como já nos lembrou Jesus, masde estar na presença de Deus, fa-zendo próprias, na mente e no co-ração, as expressões do �Pai-Nos-so�, que abrange todos os proble-mas da nossa vida, ou adorando aEucaristia, ou meditando o Evange-lho no nosso quarto, ou participan-do com recolhimento na liturgia.Tudo isso não nos afasta da vida,mas, ao contrário, nos ajuda a ser-mos deveras nós mesmos em qual-quer ambiente, fiéis à voz de Deusque fala à consciência, livres doscondicionamentos do momento!

Exame de Consciência no Espírito Santo

Jovens, agradeço a Deus estapossibilidade de estar um poucoconvosco... Agradeço-vos o afeto queme manifestais com tanto entusias-mo! (...) De vossas palavras sobres-saem dois aspectos fundamentais:um positivo e outro negativo. O as-pecto positivo é constituído pela vos-sa visão cristã da vida, por uma edu-cação que evidentementerecebestes dos pais, dos avós, dosoutros educadores: sacerdotes, pro-fessores, catequistas. O aspectonegativo consiste nas sombras queobscurecem vosso horizonte: sãoproblemas concretos, que tornam di-fícil olhar para o futuro com sereni-dade e otimismo; mas são tambémvalores falsos e modelos ilusórios,que vos são propostos e que prome-tem encher a vida, mas ao contrárioesvaziam-na. Então, o que fazer paraque estas sombras não se tornemdemasiado pesadas? (...)

Queridos jovens! Encontrai,sempre, um espaço em vossos diaspara Deus, para ouvi-lo e para falar-lhe! (...) A verdadeira oração jamaisvos afasta da realidade. Se rezarvos alienar, vos tirar de vossa vidareal, estai alerta: não é verdadeiraoração! Ao contrário, o diálogo comDeus é garantia de verdade, de ver-dade consigo próprio e com os ou-tros, e assim de liberdade. Estarcom Deus, ouvir a sua Palavra, noEvangelho e na liturgia da Igreja,protege contra os enganos do orgu-

O grande dom da Páscoa é operdão dos pecados. Ao apareceraos discípulos após a ressurrei-ção, infundindo neles o EspíritoSanto, Jesus oferece como primei-ro fruto o perdão: �Recebei o Espí-rito Santo. A quem perdoardes, ospecados serão perdoados� (cf. Jo20, 22-23). A nossa ressurreiçãopessoal é o fruto mais belo doperdão dos pecados, que reatanossa amizade com Deus e recu-pera nossa beleza original.

Para pedirmos a remissão dospecados, necessitamos exami-nar nossa consciência, tomar co-nhecimento de nossa vida emDeus. E veremos o quanto nosfalta da semelhança divina. Épelo Espírito Santo que somoscapazes de um verdadeiro exa-me de consciência, exame devida e não de tarefas. O Espíritosonda tudo, mesmo asprofundezas de Deus. Ninguémconhece o que é de Deus, a nãoser o Espírito de Deus, que rece-bemos para conhecermos osdons que Deus nos concedeu (cf.1Cor 10-12) e, com ele, clamar-mos por socorro.

O Espírito, porém, nos revelaa verdade sobre nossa vida nãopara nos humilhar, para procla-mar nossa inutilidade. Não! Je-sus afirma que ele é o Paráclito,o Advogado (Jo 14,26), nos as-siste em nossa fraqueza (Rom8,26). O Espírito indica-nos quevivemos na confusão de Babel

(Gn 11, 1-9), onde há apenascompetição, e orienta nosso serpara a unidade (At 2, 1-11), ondetodos se compreendem e se re-conhecem como irmãos.

O exame de consciência, fei-to no Espírito, poderia nos tirar acoragem de continuar, dado o co-nhecimento profundo que tere-mos de nossas misérias, de nos-sa incapacidade para a reconcili-ação com Deus e o próximo. Nes-se momento de dúvida, oConsolador vem em socorro denossa fraqueza. Intercede emnosso favor, com gemidos inefá-veis. É segundo Deus que o Espí-rito intercede em favor dos san-tos (cf. Rom 8,26-27): a ação deDeus é fruto da infinita compai-xão do Pai pelo filho, a interces-são espiritual é obra da grandecompaixão.

Certa visão moralizante reduza vida espiritual ao comporta-mento ético, simplifica a vida es-piritual no comportamento religi-oso e, como fruto, pensamos queexaminar a consciência é consi-derar a observância maior oumenor dos Dez Mandamentos. Enos esquecemos que o Decálogoé a síntese da antiga Lei, sendoas Bem-aventuranças a Lei danossa Aliança. O �não� dos man-damentos é amadurecido no�bem-aventurado�: a fidelidade aDeus deixa de ser privação parase tornar procura incessante dafelicidade.

Jornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da ArJornal da Arqqqqquidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de Florianópolisuidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - FlorianópolisCep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322(48) 322(48) 322(48) 322(48) 3224-44-44-44-44-4799799799799799E-mail: [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - [email protected] - Site: www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Leda Cassol Vendrúscolo, Guilherme

Pontes, Carlos Martendal e Fernando Anísio Batista - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224

JP - (48) 8405-6578 - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Depto. de Publicidade: Pe. Francisco Rohling -

Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Gráfica Rio Sul

te de nós, muito acima de nossavida e de nossa realidade. Crer naAssunção é proclamar que aque-la mulher que deu à luz num está-bulo, entre animais, que teve seucoração traspassado, viveu noexílio etc., foi exaltada por Deuse, por isso mesmo, está muitomais próxima de nós. A Assunçãomostra as preferências de Deuspor aqueles que são pobres, pe-quenos e pouco consideradosneste mundo.

A Assunção de Maria lembra-nos o objetivo de nossa vida: es-tar, um dia, eternamente, comDeus. Uma irmã e mãe nossa -irmã na ordem da criação, mãe naordem da graça -, já está com Deus.Renova-se em nosso coração aesperança de recebermos, tam-bém, idêntico prêmio.

O Espírito Santo nos conduz aoverdadeiro exame de consciência:coloca-nos diante da pessoa e davida de Jesus Cristo. E nele, a pa-lavra central é a palavra que regeo amor: a fidelidade. �O fruto daEncarnação não pode ser frag-mentado: é o homem total bus-cando ser totalmente Cristo noEspírito�. Do mesmo modo comoDeus tem o impulso de vir ao nos-so encontro, colocou em cada umde nós o impulso de ir ao encon-tro dele, impulso que o homemtem no coração e que atinge ocume no Cristo. O homem e Deusse olham no espelho e, em certosentido, se conhecem (P.Evdokimov) e também percebemo que os diferencia. E Deus faz oconvite a que busquemos a ima-gem e semelhança de seu Filho,que condividiu a condição huma-na em tudo, menos no pecado.

Ele nos salva dos três moti-vos que provocam o afastamen-to de Deus: a natureza enfra-quecida pela queda original (Cris-to a restaura pela encarnação), opecado (Cristo o vence pela cruz),a morte (Cristo a vence pela res-surreição). É o que nos revela oEvangelho da Salvação, é o queconhecemos em nossa vida pelaação do Espírito Santo. E o exa-me de consciência nos transpor-ta à felicidade da reconciliação.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

BentBentBentBentBento XVIo XVIo XVIo XVIo XVI, 04.07.10

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

Jornal da Arquidiocese Agosto 20103Geral

Dom Wilson assume a Diocese de TubarãoApós aguardar por dez meses, desde a transferência de Dom Jacinto, Tubarão recebeu o seu novo bispo

A Diocese de Tubarão realizouno dia 18 de julho, às 15h, na Cate-dral diocesana, uma cerimônia fes-tiva para receber o seu novo bispo:Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck. Noinício da celebração, ele recebeudas mãos de Dom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo KriegerDom Murilo Krieger,arcebispo de Florianópolis e presi-dente do Regional Sul IV, o báculocomo símbolo de serviço confiadoao pastor segundo o modelo de Je-sus Cristo. A seguir, sentou-se naCátedra episcopal, assumindocom esse gesto o ministério de bis-po de Tubarão.

Além dos bispos das diocesesdo nosso Regional Sul IV da CNBB,fez-se presente Dom Orani JoãoDom Orani JoãoDom Orani JoãoDom Orani JoãoDom Orani JoãoTTTTTememememempestapestapestapestapesta, arcebispo do Rio de Ja-neiro, de quem Dom Wilson foi bis-po-auxiliar, bem como o nosso bis-po auxiliar emérito Dom VitoSchlickmann. A catedral ficoulotada com os fiéis, religiosos e reli-giosas, seminaristas, familiares donovo Bispo e todo povo em geral.

O arcebispo de Florianópolis,em nome da Igreja no Estado, deuas boas vindas a Dom Wilson, ci-tando exemplos de hospitalidadede personagens bíblicos. �Todosnós, do Regional Sul 4, acolhemoshoje com alegria a Dom WilsonTadeu Jönck. Temos consciência

Divulgação/JA

de que este irmão vem em nomedo Senhor; vem à Igreja Particularde Tubarão, movido pelo mesmodesejo que levou Paulo a servir aoSenhor�, disse Dom Murilo.

No final da celebraçãoeucarística, Dom Wilson dirigiusuas primeiras palavras, agoracomo Pastor da Diocese de Tuba-rão, agradecendo e colocando-seà disposição para uma caminha-da conjunta e dedicada. Fez aindaa nomeação de Padre Nilo Buss,para Vigário Geral da Diocese.

Dom Wilson sentou-se na catedra episcopal de Tubarão, como seu 5º bispo

Dom WilsonDom Wilson Tadeu Jönck,

nasceu em Vidal Ramos, SC, em7 de outubro de 1951. Membroda Congregação do Sagrado Co-ração de Jesus, foi ordenadopresbítero em 17 de dezembrode 1977. Pelo Papa João Paulo II,em 11 de junho de 2003, foi es-colhido como bispo-auxiliar doRio de Janeiro. E agora, nomea-do pelo papa Bento XVI , é o 5ºbispo diocesano de Tubarão, des-de o dia 26 de maio de 2010.

Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...Vai acontencer...

A Pastoral da Pessoa Idosarealizará nos dias 03, 04 e 05de agosto (terça a quinta), das19h às 22h, na Paróquia N.Sra.da Boa Viagem, em Florianó-polis, capacitação para agentesda pastoral. A formação será mi-nistrada pela equipe de coorde-nação. No dia 22 de agosto, do-mingo, das 8h30 às 19h, a Pas-toral realizará formação paracapacitadoras da Pastoral nasparóquias. O evento será reali-

Pastoral da Pessoa Idosa oferece formaçãozado no Centro de Pastoral daParóquia da Trindade.

A Pastoral está presente emquatro comunidades da Arqui-diocese. Mais informações pe-los fones (48) 3207-6200 e9119-8020, ou pelo e-mailc a r m e n s o u t o 5 8 @c a r m e n s o u t o 5 8 @c a r m e n s o u t o 5 8 @c a r m e n s o u t o 5 8 @c a r m e n s o u t o 5 8 @yyyyyahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.br, com CarmenMary de Souza Souto, coorde-nadora, ou ainda no sitew w w . p a s t o r a l d a p e s s o aw w w . p a s t o r a l d a p e s s o aw w w . p a s t o r a l d a p e s s o aw w w . p a s t o r a l d a p e s s o aw w w . p a s t o r a l d a p e s s o aidosa.org.bridosa.org.bridosa.org.bridosa.org.bridosa.org.br.

A paróquia N.Sra. daImaculada Conceição, em Ange-lina, estará em festa em agosto.Nesse mês, dois dos seus trêsdiáconos estarão celebrandoJubileu de Prata de ordenação.O Diácono João GonçalvesDiácono João GonçalvesDiácono João GonçalvesDiácono João GonçalvesDiácono João Gonçalvescomemorará no dia 04 de agos-to na comunidade de São José,em Barra Clara. Contudo, nãoestá prevista uma celebração

Diáconos celebram jubileuespecial, pois o diácono estádoente e há alguns anos nãodesempenha suas atividades.

Já o jubileu do DiáconoDiáconoDiáconoDiáconoDiáconoAvelino AlvesAvelino AlvesAvelino AlvesAvelino AlvesAvelino Alves será celebradono dia 14 de agosto, às 10h,com missa presidida pelo nos-so arcebispo Dom Murilo. A ce-lebração será realizada na co-munidade Nossa Sra. das Do-res, em Garcia.

Nos dias 21 e 22 de agos-to, a Pastoral Familiar da Arqui-diocese estará promovendoum encontro de formação delideranças. Realizado na Paró-quia da Santíssima Trindade,em Florianópolis, o evento con-tará com a assessoria do Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.José Rafael José Rafael José Rafael José Rafael José Rafael Solano Solano Solano Solano Solano DuranDuranDuranDuranDuran,de Londrina, coordenador na-cional dos Grupos de Formaçãoda Pastoral Familiar.

Durante os dois dias, elefará um apanhado geral dos

Formação da Pastoral Familiarcinco setores da Pastoral: For-mação; Pré-Matrimonial; CasosEspeciais e 2ª União; PolíticasPúblicas e Familiares. �Ele vaiorientar-nos para que se possabuscar caminhos para atenderas necessidades desses seto-res�, disse Vilma Fetter, quecom seu esposo, Nestor, coor-dena a Pastoral Familiar naArquidiocese. Mais informa-ções, pelos fones (48) 3223-0751 ou pelo e-mailvilmafvilmafvilmafvilmafvilmafeeeeetttttttttter@ter@ter@ter@[email protected].

No dia 15 de agosto serárealizado o Encontro Vocacio-nal Abbá Pai 2010, com o tema�Aqueça seu coração no Amordo Pai�. O evento se realizará,das 9 às 18 horas, na Casa deRetiros do Provincialado (48-3212-4800), no Centro deFlorianópolis. O evento conta-rá com a participação dos Pa-

Vocacional ABBÁ PAIdres Siro Manuel de Oliveira eNey Brasil Pereira e do nossoarcebispo Dom Murilo Krieger.

As inscrições estão sendorealizadas nas livrarias Catedrale Paulus, em Florianópolis, oupelos telefones 30342417,3035-7897 e 9963-7939 e e-mail [email protected]@[email protected]@[email protected].

A Semana Nacional da Famí-lia será realizada nos dias 08 a14 de agosto e tem como tema�Família, formadora de valoreshumanos e cristãos�. Todas as

Paróquias preparam Semana da Família

�Forças Vivas� são convidadas arealizar eventos alusivos.

Na Arquidiocese, a Semanaterá abertura solene com a cele-bração da Missa na TVBV, no dia08, às 7h30min. Nas nossas pa-róquias, vasta programação: nodia 14, haverá missa e celebra-ção do Matrimônio Comunitário,às 18hs, na Igreja Matriz da Paró-quia de Campinas, São José e, nodia seguinte, o Almoço da Famíliano Salão Paroquial. A ParóquiaSagrados Corações, de Barreiros,São José, também realizará o Ca-samento Comunitário no dia 14de agosto.

Todos e todas estão convida-dos: Pai, mãe, filhos, netos, vovô evovó, titio e titia...para a grandeconcentração de encerramento daSemana Nacional da Família, nodia 15 de agosto, no Parque deCoqueiros, em Florianópolis. Com

palco e som, haverá missa cele-brada às 10h e, ao final, as crian-ças da catequese da ParóquiaNossa Senhora do Carmo soltarãocentenas de balões coloridos, to-dos com mensagens ás famílias.

A Paróquia Santíssima Trindadesediará nos dias 21 e 22 de agostoo 2º Encontro de Formação, organi-zado pela Comissão Arquidio-cesana de Pastoral Familiar, cujotema tratará da Família diante dasperspectivas da Conferência deAparecida. A Assessoria será do Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.José Rafael SolanoJosé Rafael SolanoJosé Rafael SolanoJosé Rafael SolanoJosé Rafael Solano, de Londri-na, e versará sobre os diversos Se-tores da Pastoral Familiar.

Mais informações sobre a Se-mana Nacional da Família 2010,pelo e-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected], ou pelos fones (48)32230751 e 9602-4010, com acoordenação arquidiocesana daPastoral Familiar.

Programação vai celebrar o evento em várias comunidades da Arquidiocese

Livreto a �Hora da Família� trazorientações para celebrar aSemana Nacional da Família

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

Os grupos bíblicos em família são a presen-ça do Evangelho e da Igreja nas casas!

4 Tema do Mês Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

verdadeiros discípulos de Cristo emissionários anunciadores de seuEvangelho, que precisa chegar atodos os corações, famílias, insti-tuições e estruturas. Não se podeesperar que as pessoas venhamàs nossas igrejas. É preciso que aIgreja vá aonde o povo está, que oEvangelho seja levado aonde opovo vive. O povo se encontra nascasas. Daí, esse impulso dadopelo Espírito Santo a diversasdioceses do Brasil para se criarem

É preciso quea Igreja vá aondeo povo está, queo Evangelho sejalevado aonde opovo vive. Daí,

esse impulsodado pelo

Espírito Santo�.

Depois de oito anos da 1ª. Con-centração dos Grupos de Reflexão,como eram chamados na época,celebraremos no último domingodeste mês de agosto, dia 29, a 2ªConcentração Arquidiocesana dosGrupos Bíblicos em Família. Que-remos louvar, bendizer e glorificara Deus pela existência de mais de2700 grupos de família espalha-dos em nossas paróquias, que se-manalmente se reúnem para re-zar, ler e meditar a Palavra de Deuse, a partir dela, tirar conclusões prá-ticas para a vida na família e nacomunidade.

O documento conclusivo da VConferência do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida, de 2007,sugere que um dos meios moder-nos de evangelização é a criaçãode pequenos grupos, onde os fiéispossam fazer, de modo bem con-creto, a experiência de Deus e fir-mar sua conversão a Cristo. �Comoresposta às exigências da evange-lização, junto com as comunidadeseclesiais de base, existem outrasformas válidas de pequenas comu-nidades, e inclusive redes de comu-nidades, de movimentos, grupos devida, de oração e de reflexão da Pa-lavra de Deus� (DAp 180). Os gru-pos bíblicos em família são tam-bém um meio bastante criativo eousado para fazer dos católicos ver-dadeiros missionários, que se dis-põem a enfrentar o grande desafioda evangelização nas cidades.

O QUE SÃO OSGRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIA?São grupos de pessoas que se

reúnem nas casas, para rezar, re-fletir, partilhar, à luz da Palavra deDeus, a realidade que os cerca,com o compromisso de ações prá-ticas para a transformação dessarealidade. Essas pessoas queremfazer a experiência do encontrocom Deus, que é Amor e Vida; sãopessoas que querem aprender aprática da oração em comum, davivência fraterna, da vida cristã;pessoas que se encontram parapartilhar a vida, a fé e a oração, naligação entre Bíblia e vida, revela-ção e realidade, Palavra de Deus eação humana. Nesses grupos, aspessoas são valorizadas, conheci-das pelo nome, onde as pessoasse sentem Igreja, onde fazem a ex-periência de serem iguais, filhos efilhas do mesmo Pai.

Os grupos bíblicos em famíliasão uma manifestação de resis-tência profética, de construção dacidadania, de descoberta de novoscaminhos de vida cristã e ação so-

mum; na fração do pão e nas ora-ções; eram unidos e colocavam emcomum todas as coisas; vendiamsuas propriedades e seus bens erepartiam o dinheiro entre todos,conforme a necessidade de cadaum; todos juntos frequentavam oTemplo e nas casas partiam o pão,tomando alimento com alegria esimplicidade de coração; juntos lou-vavam a Deus (cf At 2,42-47); vivi-am unidos e tinham tudo em co-mum; formavam um só coração euma só alma; tudo era posto emcomum entre eles; davam testemu-nho da ressurreição do Senhor Je-sus; gozavam de grande aceitação;entre eles ninguém passava neces-sidade (cf At 4,32-37).

IGREJA NAS CASASA casa era o lugar da ação e da

pregação de Jesus e das primeirascomunidades cristãs. Grandes acon-tecimentos da salvação acontece-ram nas casas. Maria recebe oanúncio do Salvador em sua casa(Lc 1,26ss). A casa foi lugar funda-mental na missão de Jesus (Mc 2,1-2; 7,17.24; 9,33; 10,10; Mt 13,36).Jesus entrou em diversas casas: nade Simão Pedro e André, onde curaa sogra de Pedro (Mc 1,29-33); nacasa de Jairo, o chefe da sinagoga,onde cura a menina filha Talita (Mc5,35-43); na de Simão, o leproso(Mc 14,3-9);na do fariseu Simão (Lc7,36ss); na casa de Marta e Maria(Lc 10,38-42);na de Zaqueu (Lc19,1-10). Jesus visitava as famíli-as, entrava em suas casas, faziarefeições nas casas do povo, inclu-sive na casa de pecadores (Levi eZaqueu, por exemplo). Os evange-lhos relatam 18 parábolas sobre avida doméstica, valorizando aevangelização nas casas.

Jesus manda celebrar a Pás-coa numa casa (Mt 26,17-20). OPentecostes aconteceu em umacasa (At 2,1-2). A primeiraevangelização se deu nas casas,abrindo-se assim para o mundo.No Templo, as pessoas ficavamde fora, havia exclusão. A Igrejaprimitiva evangelizava nas casas:�de casa em casa não cessavamde ensinar� (At 5,42). Pauloevangelizava �de casa em casa�(At 20,20). A Igreja dos nossostempos também precisa voltar aevangelizar nas casas. Os gruposbíblicos em família são um meioatual e criativo de fazer que oEvangelho chegue a um númerocada vez maior de pessoas.

Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,Prof. de Teologia e Diretor do ITESCEmail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

cial, de solidariedade e de teste-munho de vida. São um meio pri-vilegiado de evangelização e devalorização da vida, um meio quese tem mostrado convenientetambém no mundo urbano. Nes-ses grupos surgem novas lideran-ças, onde as pessoas descobremseus dons e carismas, paracolocá-los a serviço da comunida-de, através dos diversos ministé-rios, pastorais, organismos etc.Através deles, a Igreja busca viverconforme o modelo das primeirascomunidades cristãs: Igreja quevai ao encontro das pessoas; Igre-ja nas casas, nos condomínios,nas ruas; Igreja Povo de Deus; Igre-ja que liga Palavra, fé e vida.

POR QUE CRIARGRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIA?A Igreja dos nossos tempos

não consegue chegar a todas aspessoas com os meios dos tem-pos passados. É necessário quetodos os católicos assumam a férecebida no batismo e se tornem

pequenos grupos, nos quais aspessoas se reúnem para a oração,a reflexão e a ação, ao redor daleitura e meditação da Palavra deDeus. São muitos os fiéis que des-cobrem a beleza e a força que lhesdá a leitura cotidiana da Bíblia.

Nos grupos bíblicos em famí-lia, vive-se à semelhança daSantíssima Trindade, que é comu-nidade e unidade na diversidadede pessoas. Nesses grupos, todosse encontram iguais enquanto pes-soas humanas, mas distintos nosdons e carismas que cada qual vaidescobrindo em si e qualificando-se nos serviços e ministérios maisdiversos, tanto no interior da Igrejaquanto no meio do mundo. Um gru-po bíblico é experiência de comu-nhão, de vida comunitária, deunião das pessoas, no mesmomodo da união entre as pessoasdivinas: �Eu e o Pai somos um� (Jo10,30). Nos grupos bíblicos emfamília realiza-se a Igreja dos pri-meiros tempos: os primeiros cris-tãos viviam em comunidade e per-severavam unidos na doutrina dosapóstolos; nas reuniões em co-

GRUPOS BÍBLICOSEM FAMÍLIA

Arquivo/JA

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Jornal da Arquidiocese Agosto 20105Geral

Jovens participam de Cursilho FemininoEvento, em sua 19º edição, contou com a participação de 25 jovens do Setor Florianópolis do Movimento

O Movimento de Cursilhos deCristandade promoveu, nos dias08 a 11 de julho, o 19º Cursilhode Jovens Feminino. Realizado naCasa de Retiros Vila Fátima, noMorro das Pedras, em Floria-nópolis, o evento teve a participa-ção de 25 cursistas do setorFlorianópolis do Cursilho.

Durante os quatro dias, as mo-ças, com idade de 18 a 25 anos,contaram com palestras de mem-bros atuantes do movimento, amaioria jovens, e padres convida-dos. O encontro é realizado umavez por ano em cada um dos trêssetores do Movimento (Itajaí,Brusque e Florianópolis).

O objetivo do retiro é recupe-rar pessoas afastadas e desper-tar lideranças para sejam agentesde evangelização nos seus ambi-entes. �Muitos delas, a partir doCursilho, passaram a atuar comvigor na Igreja�, disse AndrezaCorrea, membro da equipe de co-ordenação.

Um exemplo disso é LeonaraRodrigues, 19 anos. Natural dePaulo Lopes, participou doCursilho no ano passado e neste

auxiliou na equipe de cozinha. �Apartir do retiro, fiquei mais anima-da para uma maior participaçãonas coisas da Igreja�, disse.

Próximos EventosNos dias 19 a 22 de agosto,

o Movimento realizará o 195ºCursilho Feminino adulto. Em se-tembro, nos dias 16 a 19, serárealizado o Cursilho Masculino

Realizado no Morro das Pedra, evento reuniu 25 cursilhistas

Foto JA

Mais de 300 coroinhas esti-veram reunidos no dia 17 de ju-lho, na Paróquia São Vicente, emItajaí, para participar do encon-tro da Comarca. Apesar do frio eda chuva, nove das onze paró-quias estiveram representadas.

Um dos pontos fortes doencontro foram as encenaçõesde "Vocações na Bíblia". As apre-sentações, ensaiadas e apre-sentadas com capricho e cari-nho, por cada paróquia, forammuito aplaudidas.

�Muito positivas tambémforam as presenças dos padrese dos seminaristas, que deramseu testemunho de amor à vo-cação, marcada, em geral, pelaatuação como coroinhas antesde entrarem no Seminário", dis-se Irmã Cléa FuckIrmã Cléa FuckIrmã Cléa FuckIrmã Cléa FuckIrmã Cléa Fuck, coorde-nadora Arquidiocesana doscoroinhas.

A próxima a organizar o en-contro com os coroinhas será aComarca de Tijucas. O eventoserá realizado no dia 14 de agos-

Encontro reúnecoroinhas de Itajaí

para jovens. Nos dias 14 a 17de outubro será a vez do 201ºCursilho Masculino adulto. Todoseles serão realizados na Casa deRetiros Vila Fátima, emFlorianópolis. Mais informaçõespelo fone (47) 3366-3773 ou9136-1060, com Dulce MariaTernes, coordenadora do movi-mento, ou pelo e-mail:[email protected]@[email protected]@[email protected].

to, na Paróquia Santo Antônio,em Itapema.

VOCAÇÕES FEMININASNo dia 21 de agosto, a Pas-

toral dos Coroinhas realizará oII Encontro Vocacional com asadolescentes e jovens, coroi-nhas e outras. O evento serárealizado no Provincialado dasIrmãs da Divina Providência, emFlorianópolis.

No ano passado, o evento foirealizado no dia oito de novem-bro, e reuniu 25 participantes. "Ointeresse despertado nos moti-vou a realizar este novo encon-tro, que esperamos reúna aindamais jovens interessadas emconhecer um pouco da vocaçãoreligiosa", disse Irmã Cléa.

Mais informações pelos fo-nes (48) 3263-0979 e 9986-3339 (como os fones ficam emTijucas, mesmo quem mora emFlorianópolis ou região, precisadiscar o 48), ou pelo e-mail:[email protected]@[email protected]@[email protected] de cinco mil pessoas são

aguardadas no dia 05 de setem-bro, a partir da 8h30min, no Cen-no Cen-no Cen-no Cen-no Cen-tro de Evangelização Angelinotro de Evangelização Angelinotro de Evangelização Angelinotro de Evangelização Angelinotro de Evangelização AngelinoRosaRosaRosaRosaRosa, em Governador Celso Ra-mos, para participar da Concentra-ção Arquidiocesana do Apostadoda Oração. Com o tema �Coraçãode Jesus, fonte de Amor�, o eventocontará com a assessoria do Pe.Otmar Schwengher SJ, secretárionacional do Apostolado, e do Pe.Silvano Valdemiro de Oliveira, pá-roco de Antônio Carlos.

O encerramento, às 15h, con-tará com celebração presididapelo nosso arcebispo Dom Murilo

Concentração do Apostolado da OraçãoKrieger. A animação ficará por con-ta de um coral com 200 vozes,sob a regência de RobsonMedeiros Vicente. Ao final, have-rá uma procissão com a imagemdo Sagrado Coração de Jesus, se-guida de queima de fogos.

O evento é realizado a cadadois anos. No último, realizado em2008, em Antônio Carlos, mais dequatro mil pessoas estiveram pre-sentes. �Isso nos motiva para queneste próximo ainda mais pesso-as possam participar�, disseTerezinha Nair da Rosa, membroda equipe arquidiocesana de co-ordenação do Apostolado.

Nos dias 17 e 18 de agos-to (terça e quarta), será reali-zado o Curso do Clero, na Casade Encontros e Retiros DivinaProvidência, em Florianópolis.O evento terá como tema�Canto e Música na Presidên-cia Litúrgica� e contará com aassessoria do Frei JoaquimFrei JoaquimFrei JoaquimFrei JoaquimFrei JoaquimFonseca ofmFonseca ofmFonseca ofmFonseca ofmFonseca ofm, de Belo Hori-zonte, MG. Ele já foi assessorda CNBB em música litúrgicae presta assessorias sobre otema em todo o Brasil.

Curso do Clero

O Movimento de Irmãos (MI) daArquidiocese promoverá no dia 28de agosto, a partir das 14h30, umapalestra de formação na ParóquiaSão João Batista, em São João,Itajaí. Com o tema �Movimento de

Formação para o Movimento de IrmãosIrmãos e as Vocações�, a palestraserá ministrada pelo Pe. SilvanoCosta, vigário da paróquia São Cris-tovão, em Cordeiros, Itajaí.

O evento faz parte docronograma comemorativo dos

40 anos do Movimento. Mais in-formações com Sandra e Ademir,coordenadores do MI na Área I,pelos fones (47) 9946-1130 ou9977-9095, ou pelo e-mailademirademirademirademirademirsouper@ysouper@ysouper@ysouper@[email protected].

Uma celebração realizada nodia 31 de agosto, às 19h30, mar-cará a dedicação, ou seja, consa-gração, da Igreja Matriz da Paró-quia Santíssima Trindade, emFlorianópolis. Presidida pelo nos-so arcebispo Dom MuriloDom MuriloDom MuriloDom MuriloDom MuriloKriegerKriegerKriegerKriegerKrieger, a celebração atende aum desejo da comunidade.

O normal é que toda igreja, apóserigida, seja dedicada. Mas, ape-sar de ter 35 anos, a Igreja Matrizda Trindade ainda não tinha sidoconsagrada. �Como nos últimosmeses ela passou por reforma in-terna, sendo adaptada às orienta-ções litúrgicas, optamos em reali-zar a dedicação, idéia que foi apoi-ada entusiasticamente por DomMurilo�, disse Frei CácioFrei CácioFrei CácioFrei CácioFrei CácioRRRRRoberoberoberoberoberttttto Po Po Po Po Peeeeetttttekekekekekooooovvvvv, o pároco.

Como determina a Liturgia deDedicação, a igreja ganhará uma

Matriz da Trindade será consagrada

relíquia da beata Albertina Berken-brock, mártir catarinense que foiassassinada em defesa da suavirgindade. Trata-se de seus ossosque será colocado sob o altar. Asolene recepção da relíquia serárealizada na véspera, às 19h30,com a presença do Pe. SérgioPe. SérgioPe. SérgioPe. SérgioPe. SérgioGeremiasGeremiasGeremiasGeremiasGeremias, reitor do Santuário deAlbertina, na Diocese de Tubarão.

Evento contou com a presença derepresentantes das várias paróquias

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não de compaixão, mas de hostili-dade. Por quê? Pois, na hipótesede o pecado contra Deus �explicare justificar� a doença, não justifica,porém, a sua exploração por partedos adversários. Uma vez, porém,que a doença, mesmo se justamen-te infligida, provoca perseguição in-justa, então que Deus intervenha epoupe ao orante o sofrimento ime-recido. Os quatro versículos descre-vem os lances dessa hostilidade,antes de tudo verbal. Consiste emcomentários, dissimulações e cál-culos: �Quando é que vai morrer?�As murmurações poderiam aludir afeitiçarias para agravar a doença ouimpedir a cura. De fato, apesar dasproibições (Dt 18,10-11), magia efeitiçaria continuavam a ser prati-cadas em Israel, como, aliás, aindahoje, maus olhados e despachos.

Até o amigo!10. Até o amigo em quem

eu confiava, / aquele que co-mia do meu pão, / levanta con-tra mim seu calcanhar!

Como se não bastasse a hostili-dade dos adversários, o salmista sequeixa agora da ingratidão, até datraição, do seu amigo, �aquele emquem eu confiava, que comia domeu pão�. A expressão, metafóri-ca, �levantar o calcanhar contra�,equivale concretamente a �dar umarasteira�, �golpear de surpresa como pé�, enfim, trair a confiança e ami-zade. Por isso, a dolorida queixa deJesus quanto a Judas (Jo 13,18).

Mas tu, Senhor!11. Mas tu, Senhor, tem pi-

edade e levanta-me, / para queeu lhes possa retribuir.

Diante da coalizão de inimigose �amigos�, o orante agora convo-ca o próprio Deus. E o faz com ur-gência e densidade expressivas,propondo até uma repartição detarefas: que o Senhor o �levante�,isto é, lhe restitua as forças, e opróprio salmista, restabelecido, seencarregará de �dar o troco� aosadversários. Em outros salmos, oorante pede que o próprio Deus�faça justiça�. Em outros salmos,também, em vez de �levanta-me�,o orante pede que o próprio Deusse levante: �levanta-te�. Quanto ao�dar o troco�, evidentemente, noEvangelho, Jesus nos mostra ou-tro caminho.

Tu me amas!12. Nisto saberei que me

amas: / se não triunfar de mimmeu inimigo.

Depois da dura experiência de

no devido tempo� (cf Sl 1,1-3). Ésempre a teologia da retribuição,expressa com insistência noDeuteronômio e nos Provérbios,mas contestada no livro de Jó: nemsempre, a fidelidade à Lei é garan-tia de sucesso.

O Senhor velará3. Velará sobre ele o Se-

nhor, / e o fará viver feliz sobrea terra, / e não o entregará àsmãos dos inimigos.

Como será essa retribuição? Opróprio Senhor �velará�, cuidarádaquele que cuida dos outros. E �ofará viver feliz sobre a terra�, en-tenda-se, a terra prometida. E �nãoo entregará às mãos dos inimi-gos�, quem quer que sejam eles:adversários, acusadores, malfeito-res. O texto deste versículo, tão ex-pressivo, é cantado ou rezadocomo antífona, antes da oraçãopelo Papa.

No leito da dor4. O Senhor o sustentará no

leito da dor, / lhe dará alívio nasua doença.

Continuando a descrever a re-tribuição positiva, o salmista foca-liza a eventualidade do sofrimen-to, dor, doença, que poderia sobre-vir mesmo a quem pratica o bem:�O Senhor o sustentará... lhe daráalívio�, trazendo-lhe a cura.

Piedade, Senhor!5. Eu disse: �Piedade de

mim, Senhor; / cura-me, poispequei contra ti�.

No capítulo 13 do evangelhosegundo João, no relato da últimaCeia, encontramos a citação de umdos versículos deste salmo, o v. 10:Até o amigo em quem eu confia-va... Está no diálogo entre Jesus eseus discípulos, logo após o lava-pés, quando Ele explica o significa-do daquilo que acaba de fazer: �Seeu, o Mestre e Senhor, lavei-vos ospés, também vós deveis lavar ospés uns aos outros� (Jo 13,14) Aseguir, é proclamada a �bem-aventurança da prática�: �Felizessereis vós se, compreendendo es-tas coisas, as puserdes em prática�(v. 17). E logo, preparando-os paraa dolorosa revelação do traidor, Je-sus continua: �Eu não falo de todosvós. Conheço aqueles que escolhi.Mas é preciso que se cumpra o queestá na Escritura: Aquele que comedo meu pão, levantou contra mimo calcanhar� (v. 18). São palavraspor um lado claras, na referência aJudas, mas por outro lado obscu-ras, porque a traição será consuma-da por um daqueles a quem Jesus�conhece� e �escolheu�. Além dis-so, o que vai acontecer �estava es-crito�, �era necessário�... Onde fica,então, a liberdade do traidor? Semestender-nos para esclarecer melhoro problema, é preciso saber que este,e outros textos dos salmos, relidos àluz da experiência pascal, ajudarama compreender o significado de al-guns detalhes da Paixão, aconteci-dos não �para que se cumprisse� aEscritura, mas de certo modo ante-cipados por ela. Isto é, a experiênciaconcreta do salmista, aludindo à trai-ção e ingratidão de um amigo, fatosnão raros na vida quotidiana, foitambém vivida por Aquele que,encarnando-se, assumiu nossas fra-quezas e limites. Mas vejamos o tex-to de todo o salmo.

Feliz, ditoso2. Feliz aquele que cuida do

desvalido: / no dia da desgra-ça, o Senhor o livrará.

Temos aqui uma bem-aven-turança, a daquele que faz o bemao necessitado. E a bem-aventu-rança é expressa em termos de re-tribuição: poderá sobrevir-lhe a des-graça, o sofrimento, mas �o Senhoro livrará�, em atenção aos seusméritos. Por isso, feliz dele! Com-pare-se esta bem-aventurançacom a que encontramos no iníciodo saltério, nos primeirosversículos do Salmo 1: �Feliz dequem não segue o conselho dosmaus... mas encontra sua alegriana lei do Senhor: ele será comoárvore bem irrigada, que dá fruto

De repente, depois de trêsversículos positivos sobre a salva-ção do justo, o salmista recordaagora sua própria experiênciaaflitiva, descrevendo os sofrimen-tos e hostilidades que suportou. Ecomeça confessando-se de ter pe-cado contra o Senhor, motivo aoqual atribui sua enfermidade: �cura-me, pois pequei contra ti�. Essa re-lação entre doença e pecado, oudoença como castigo do pecado,aparece com freqüência na Bíblia,como no caso do cego de nascen-ça, no evangelho segundo João:�Mestre, quem pecou: ele, ou seuspais, para que nascesse cego?� (Jo9,2) No entanto, Jesus respondeu:�Nem ele nem seus pais pecaram,mas é para que nele se manifes-tem as obras de Deus� (Jo 9,3). Istoé, Jesus não se detém na causali-dade, negativa, mas na finalidade,positiva, da doença.

Os inimigos6. Os inimigos me desejam

o mal: �Quando é que vai morrer,e ser cancelado o seu nome?�

7. Quem vem visitar-me falamentiras, / seu coração acu-mula maldade / e, saindo fora,comenta mal.

8. Juntos, murmuram con-tra mim meus inimigos, / pre-vendo o mal para mim:

9. �Uma doença ruim caiusobre ele, / de onde está deita-do não vai levantar-se�.

É estranho que a doença, apa-rentemente grave, do salmista, pro-voque, nos outros, sentimentos

Salmo 41 (40): Até o amigo!

6 Bíblia Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

tanta hostilidade sofrida, osalmista expressa a certeza deque Deus o ama. E ele �saberá�mesmo que Deus o ama, assimque experimentar concretamenteesse amor de predileção: na saú-de recuperada e nas relações so-ciais restabelecidas. A propósito,aqui �os inimigos� cedem lugar aoInimigo. Quem será?

Na tua presença13. Na minha integridade

me sustentas, / e me fazespermanecer na tua presençapara sempre.

Este versículo final apresentaa sós os dois: o salmista e o Se-nhor. A �integridade� recuperadapode ser física, a saúde, pois osversículos anteriores se detiveramlongamente na enfermidade sofri-da. Mas também moral, a justifi-cação, pelo perdão recebido. A per-manência �na presença� do Se-nhor pode significar a volta ao ser-viço do Templo ou, e também, aafirmação da relação pessoal dosalmista com Deus, �para sempre�.Não é preciso ressaltar a densida-de humana deste breve salmo,que em poucos versículos retrataa fragilidade e, logo, a recuperação,daquele que crê.

Seja bendito14. Seja bendito o Senhor,

Deus de Israel, / desde agora epara sempre. Amém, amém.

Esta �bênção� é a proclamaçãode louvor que costuma dar início àoração entre os judeus. Não é umpedido para que Deus abençoe,mas um voto solene para que eleseja �bendito�, isto é, louvado, �des-de agora e para sempre�. Aqui elaconclui o chamado �primeiro livro�dos salmos (Sls 1 a 41), assimcomo �bênção� semelhante con-cluirá os outros �livros�, no total decinco, do saltério.

Pe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no ITESCemail: [email protected]

Conhecendo o livro dos Salmos (29)Conhecendo o livro dos Salmos (29)Conhecendo o livro dos Salmos (29)Conhecendo o livro dos Salmos (29)Conhecendo o livro dos Salmos (29)

1)1)1)1)1) Por que o versículo 10 des-te salmo lhe dá um signifi-cado todo especial?

2) 2) 2) 2) 2) Qual a semelhança entreo início deste salmo e o doSalmo 1?

3) 3) 3) 3) 3) Como agem os adversári-os do salmista contra ele?

4) 4) 4) 4) 4) E o que pede o salmistaem relação a eles? Jesusrezaria assim?

5) 5) 5) 5) 5) Como é que o salmista sa-berá que Deus de fato oama?

Arquivo/JA

O ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSO ITESC - INSTITUTTITUTTITUTTITUTTITUTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTO TEOLÓGICO DE SANTA CAA CAA CAA CAA CATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA, além dos cur, além dos cur, além dos cur, além dos cur, além dos cursos nosos nosos nosos nosos noturnos de eturnos de eturnos de eturnos de eturnos de extxtxtxtxtensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-ensão para leigos/as, nas segun-das fdas fdas fdas fdas feiras à noiteiras à noiteiras à noiteiras à noiteiras à noite (1e (1e (1e (1e (199999hhhhh3030303030 ----- 22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o cur22h), mantém o curso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Tso matutino de graduação em Teologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abereologia, em 4 anos, 8 semestres, abertttttoooootambém a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2também a leigos/as com formação universitária ou pelo menos 2ooooo grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli- grau completo. A matrícula pode ser feita por discipli-nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48)nas, com 2 ou 3 ou 4 créditos por semestre. Informações pelo fone (48) 32343234323432343234-----0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e0400 ou o e-----mail: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]: [email protected]

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

Jornal da Arquidiocese Agosto 20107Juventude

Copa Arquidiocesana de FutebolAconteceu nos dias 17 e 18

de julho deste ano, em Garopaba,sob organização da Secretaria daJuventude da Paróquia São Joa-quim, em parceria com a Pasto-ral da Juventude da Arquidiocesede Florianópolis, a I CopaArquidiocesana de Futebol.

Vários times, de toda aArquidiocese, participaram de di-versos jogos, das eliminatórias atéas finais. Durante os jogos, tam-bém podiam jogar videogame,baralho, jogos de tabuleiro e con-fraternizar-se com jovens de diver-sas paróquias.

O time feminino da Paróquiade Capoeiras levou na categoriafeminino. Já na categoria mascu-

lino, o time do Grupo JUPLI, de Arei-as de Palhocinha, em Garopaba,foi campeão.

Pe. AlceoniPe. AlceoniPe. AlceoniPe. AlceoniPe. Alceoni, pároco de Garo-paba, afirmou que �Deus, o Atletados atletas, deu a nós um corpopara que desfrutássemos dele damelhor forma possível. No espor-te, podemos colocar nosso corpoa serviço desse plano de Deus�.

Em nome da Pastoral da Juven-tude agradecemos a todos queparticiparam e contribuíram pararealização desta I Copa Arquidio-cesana de Futebol. �Esperamos nofuturo realizar novas competiçõesesportivas�, disse Guilherme Pon-tes, coordenador da PJ.

Oito equipes de futebol de quatro paróquias participaram da competição esportiva em Garopaba

Carta de Dom Murilo aos jovens daArquidiocese de Florianópolis

Caros jovens,

De 16 a 21 de agosto de 2011, o Papa Bento XVI estará emMadri - Espanha, para acolher jovens do mundo todo na JornadaMundial da Juventude. Nem todos os jovens poderão estar ali;cada qual, contudo, deverá estar representado pelos que foremem nome de sua diocese, pastoral ou movimento.

Desejo que a Arquidiocese de Florianópolis esteja lá represen-tada por um significativo número de jovens. Assim, além de de-monstrar nosso propósito de estar unidos ao sucessor de Pedro,estaremos também nos preparando para a Jornada Mundial se-guinte, que deverá ser em nosso país.

Sei que não é fácil para um jovem conseguir os recursos necessá-rios para uma viagem assim. Lembro-me, contudo, do que vi na Jorna-da Mundial da Juventude que se realizou em Toronto - Canadá, em2002, onde fui a convite do Comitê Organizador das Jornadas: muitosdos jovens que lá estavam haviam sido "sorteados". Explico-lhes: jo-vens de várias dioceses e movimentos fizeram, ao longo dos mesesque antecederam aquela Jornada, todo tipo de promoção. Venderampizzas e salgadinhos; fizeram trabalhos extras e promoções; pediramdoações e deram parte de seus próprios salários ou mesadas. Nofinal, sortearam entre os participantes dessas iniciativas o número depassagens que conseguiram comprar. Por isso mesmo, ao voltar, aque-les jovens deveriam repassar, para os que os haviam enviado, tudo oque tinham visto, ouvido e vivido em Toronto.

Comecem, pois, a colocar sua criatividade em ação. E, acimade tudo, reflitam desde já, pessoalmente e em grupo, no tema daJornada de Madri: �Enraizados e fundados em Cristo, firmes na fé�(Paulo aos Colossenses 2,7).

Deus os abençoe!Florianópolis, julho de 2010.

Dom Murilo S.R. KriegerDom Murilo S.R. KriegerDom Murilo S.R. KriegerDom Murilo S.R. KriegerDom Murilo S.R. Krieger, scj, scj, scj, scj, scjArcebispo de Florianópolis

PJ lança Programa de Rádio �Tá Ligado?!�

Equipe do Grupo JUPLI, de Garopaba, foi a vencedora masculina

Divulgação/JA

Time da Paróquia de Capoeiras foi o único representante feminino

Foi lançado, no dia 04 destemês, o Programa "Tá Ligado?!",produzido e apresentado pelaPastoral da Juventude daArquidiocese. O programa é veicu-lado todos os domingos, das15h30m às 16h30m, na RádioCultura AM 1110.

O programa tem cada sema-na um grupo de jovens ou uma

banda católica como convidados.Durante o programa, há momen-tos de oração, história do grupoconvidado, debate sobre umtema, informações e muito mais.

A idéia do programa surgiupara abrir mais um meio de diá-logo com a juventude católica epara ser uma ferramenta paraconhecermos os grupos de jo-

No dia-a-dia, percebemos mui-tos jovens que não se sentemamados. Não sentem o amor desuas famílias, de seus amigos,nem o amor de Deus. Durante estafase de nossas vidas, podemosdesconfiar ou ter certezas de tan-tas coisas, só de uma não pode-mos jamais duvidar: o amor deDeus por cada um de nós.

Como olhar para as monta-nhas, para os mares, para as pes-soas, e não perceber que tudoisso é obra de Deus? Como olharpara os céus, para as matas, parauma criança, e não ter a certezade que Deus fez cada coisa, cadaser, cada criatura, com todo o cui-dado e todo o amor?

Mesmo nos sofrimentos, nasdificuldades, nas provações, oamor de Deus permanece, ja-

O amor de Deusmais diminui, jamais modifica,pois �Deus é amor� (1 João 4,16b). Se Deus é amor, Deus nosfez com amor e para sempre irácuidar de cada um de nós comtodo o seu amor e zelo. Se emalguns momentos estivermosem dificuldade, com certeza issofaz parte do plano que Deus tempara nós. Faz parte do processode aprendizado e das provaçõesde nossa vida.

Que tenhamos a certeza des-se amor, desse acolhimento edessa companhia amorosa deDeus em nossas vidas. Esse amorse manifesta nas coisas, nas pes-soas, nas palavras, nos gestos eno nosso dia-a-dia.

Guilherme PontesGuilherme PontesGuilherme PontesGuilherme PontesGuilherme PontesCoordenador Arquidiocesano da PJ

vens e evangelizar através dasondas da rádio.

O programa conta com o au-xílio financeiro das paróquias daLagoa da Conceição, do MonteVerde e do Saco dos Limões, àsquais muito agradecemos porpatrocinarem esta nova oportu-nidade de integração da nossajuventude.

Foto JA

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Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese8 Geral

�Recanto Silvestre� amplia espaçoCom dez anos de atuação, Comunidade Terapêutica já atendeu 1.642 dependentes químicos

Uma celebração, realizada nanoite do dia 09 de julho, marcoua inauguração do refeitório da Co-munidade Terapêutica �RecantoSilvestre�. A celebração, presididapelo nosso arcebispo DomDomDomDomDomMurilo KriegerMurilo KriegerMurilo KriegerMurilo KriegerMurilo Krieger, contou com apresença dos residentes, ex-resi-dentes, padres, colaboradores eamigos da instituição.

Durante a celebração, DomMurilo comparou o trabalho reali-zado na instituição ao de SantaPaulina. �Ela iniciou o seu traba-lho a pedido de um padre. E é oque acontece nessa casa, em quevocês realizam seu trabalho apedido do Pe. Luiz PrimPe. Luiz PrimPe. Luiz PrimPe. Luiz PrimPe. Luiz Prim�, disse.

Ao final da celebração, foi des-cerrada uma placa comemorati-va: o novo espaço que recebeu onome de �Refeitório FranciscoCarlos Silvestre�, jovem vitimadopelas drogas, que era filho do ben-feitor que cedeu o local para a cri-ação da comunidade terapêutica.Em seguida, nosso Arcebispoabençoou o espaço.

O Refeitório tem capacidadepara atender até 150 refeições si-multaneamente. No mesmo pré-dio, também foram cons-truídasuma ampla cozinha, dois consul-tórios médicos/psicológicos e umconsultório odontológico, queserá equipado. Toda a obra foicusteada com doações.

10 ANOS EM BIGUAÇUO Recanto Silvestre foi criado

em 1998, em Major Gercino. Em

2000, quando a família Silvestriofertou o espaço, fez-se a transfe-rência para Biguaçu. Nesses dezanos, o local passou por inúmerastransformações entre reformas eampliações. Nesse tempo, 1.642pessoas foram atendidas no local.

Nele há cinco coordenadores e27 residentes, portadores de de-pendência química, que realizam oseu tratamento em regime deinternação. A base do tratamentose faz sobre o tripé: Espiritualidade,Disciplina e Trabalho. Os coordena-dores são pessoas habilitadas ecom vários anos de experiência notratamento da dependência. Todossob a orientação e coordenação te-rapêutica do Pe. Luiz Prim.

Além de administrar o Recanto

Nosso arcebispo e outras autoridades inauguraram o espaço que, alémde refeitório, contará com salas para atendimento médico e odontológico.

Foto JA

Silvestre, Pe. Luiz é também o res-ponsável pelo Centro de Tratamen-to �Recanto Paz e Bem�, emMaciambu, Palhoça. Os dois sãomantidos pelo Instituto Kairós deEstudos, Prevenção e Recuperaçãoem Dependência Química, entida-de mantenedora das duas casas derecuperação.

Pe. Luiz ainda presta assesso-ria a para três centros de recupera-ção em dependência química, fazparte da diretoria do Grupo de Apoioà Prevenção à Aids - GAPA, participado Conselho Municipal de Entorpe-centes de Florianópolis e da FrenteParlamentar de Combate à Droga.

Se depender da vontade dapopulação, Santa Catarina terádefensoria pública para garantirassistência jurídica a quem nãotem condições de pagar um ad-vogado. Um projeto de iniciativapopular que cria a defensoria pú-blica foi entregue no dia 30 dejunho, na Assembleia Legislativa.

Com mais de 48 mil assina-turas, o abaixo-assinado pede oreconhecimento do que está pre-visto no artigo 134 da Constitui-ção Federal: A Defensoria Públi-ca é um direito do cidadão, e San-ta Catarina é o único Estado quenão o reconhece. O projeto se-gue agora para apreciação nascomissões de mérito, antes deser votado em plenário.

A conquista é fruto de umaluta de lideranças sociais, inicia-da em 2006, em Chapecó, atra-vés do Movimento pela Criaçãoda Defensoria Pública Catari-nense. O trabalho ganhou fôlegono ano passado com a Campa-nha da Fraternidade, que tevecomo tema �Fraternidade e Se-gurança Pública� como lema �Apaz é fruto da justiça�. O projeto

Projeto pede a criaçãoda Defensoria Pública

foi assumido como gesto concre-to da CF, e foram desenvolvidasestratégias para colher as maisde 48 mil assinaturas que possi-bilitam a validade do projeto.

Participaram da entrega dasassinaturas integrantes do mo-vimento pela criação dadefensoria pública no Estado,universidades, estudantes, mo-vimentos sociais, sindicatos,Igreja, defensores públicos deoutros estados e demais enti-dades da sociedade civil orga-nizada que se envolveram nasmobilizações. Eles lotaram asgalerias do plenário, no mesmomomento que representantesdo movimento falaram na tribu-na da Assembleia.

Representando a Conferên-cia Nacional dos Bispos do Bra-sil (CNBB) e as pastorais soci-ais, Ivonete de Moraes destacouo envolvimento de cerca de 50entidades na coleta das assina-turas e disse que �a mobi-lização vai continuar, para pres-sionar, cobrar e exigir urgênciana implantação da defensoriapública no Estado�.

Abaixo-assinado foi entregue a palamentares da Assembléia Legislativa

Foi realizado, nos dias 04 a 10de julho, em Brasília, o I CongressoMissionário Nacional de Semina-ristas. O evento reuniu mais de150 seminaristas de todo o Brasil.A Arquidiocese de Florianópolis foirepresentada por Tiago Vicente Tiago Vicente Tiago Vicente Tiago Vicente Tiago VicenteSantanaSantanaSantanaSantanaSantana, seminarista do segun-

Congresso reflete a missionariedade dos seminaristasdo ano de Teologia do ITESC.

O Congresso foi realizadonuma parceria das PontifíciasObras Missionárias (POM), Cen-tro Cultural Missionário (CCM) epelas Comissões para AnimaçãoMissionária e para os Ministéri-os Ordenados e a Vida Consagra-

da. Tema do Congresso: �Forma-ção presbiteral para uma missãosem fronteiras�. O objetivo foi ode ajudar os seminaristas doBrasil a assumirem a dimensãomissionária universal da voca-ção cristã, especialmente apresbiteral.

Foto Eduardo Guedes/A

LESC

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GeralJornal da Arquidiocese Agosto 20109

CEAR: Centro de Evangelização e ComunhãoApesar do tempo chuvoso, a inauguração contou com a participação de mais de duas mil pessoasUma celebração realizada no

dia 18 de julho, marcou a inaugu-ração do Centro de EvangelizaçãoAngelino Rosa - CEAR, em Gover-nador Celso Ramos. Apesar dotempo chuvoso, que persistiu o diainteiro, mais de duas mil pessoasparticiparam da solenidade, pre-sidida pelo nosso arcebispo DomMurilo Krieger.

Antes do início da celebração,Dom Murilo abençoou a porta deentrada. Ele recebeu das mãos deAngelino RAngelino RAngelino RAngelino RAngelino Rosa osa osa osa osa e WWWWWalecyalecyalecyalecyalecy, sua es-posa, casal benfeitor que doou aobra, as chaves do CEAR. Elas fo-ram repassadas ao Pe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioPe. MárcioVignoliVignoliVignoliVignoliVignoli, que abriu as portas. Em se-guida, Angelino e Walecy desatarama fita inaugural e entraram. Ele esta-va trajado de �Cavaleiro da PontifíciaOrdem de São Gregório Magno�,comenda que recebeu da Santa Sé,em 2006, em reconhecimento aoseu trabalho em favor da Igreja.

Em sua homilia, Dom Muriloenalteceu a importância do CEAR,que deverá ser o centro de um gran-de anúncio: só em Jesus Cristo estáa salvação. �Para esta casa virãomuitas pessoas, quer para partici-par de retiros ou congressos, deencontros ou dias de oração. Nãopoucas chegarão cansadas, ansio-sas, tristes, abatidas, desiludidas.O CEAR deverá proporcionar-lhes aoportunidade de sentarem-se aospés do Mestre, para escutá-lo�, dis-se Dom Murilo.

Administrado pela Comunida-de Divino Oleiro, primeira benefi-ciada será a nossa Arquidiocese,as dioceses vizinhas e inúmerascomunidades, pastorais e movi-mentos. �O CEAR é um dom paraa Igreja�, acrescentou Dom Murilo.

Ao final da celebração, AngelinoRosa tomou a palavra, ao lado desua esposa. Ele agradeceu a pre-sença de todos. Ele falou que sou-be do Pe. Márcio sobre o seu proje-to para o local e abraçaram a cau-sa. �Entendemos que através des-sa obra, Deus quer que ampliemosa evangelização na Igreja�, disse.�Com alegria, entregamos hojeesta obra para a grandeza da Igrejae do evangelho de Cristo�, acres-

centou.Ao final, muito emo-

cionado, Pe. Márcio lem-brou que seu pai, presen-te à celebração, foi pormuitos anos zelador doGinásio de EsportesIrineu Bornhausen, emCamboriú. Com simplici-dade, mas com carinhoe devoção, ele zelava poraquele espaço que erauma extensão de suacasa. �Assim como ele,nós da Comunidade Di-vino Oleiro queremos serapenas zeladores desta

obra, apenas isso�.Ao final da celebração, foram

descerradas as placas inauguraisdo CEAR. Em seguida, todos foramconvidados a conhecer o �EspaçoAngelino Rosa�, que mostra a traje-tória de vida pessoal e política dodoador, seus trabalhos realizadosem favor da Igreja e as homenagensrecebidas.

Eventos já programadosO Centro de Evangelização

Angelino Rosa supre uma carênciada Arquidiocese de espaços pararealização de grandes eventos. An-tes, quando se precisava reunir gran-de número de pessoas, precisava-se alugar ginásios de esportes ououtros espaços privados.

A sua posição - no centro geo-gráfico da Arquidiocese - favore-cerá a participação das pessoas.Para este ano, vários grandeseventos já estão agendados: o IVIVIVIVIVMulticoralMulticoralMulticoralMulticoralMulticoral, no dia 14 de agosto;e a Concentração Arquidio-Concentração Arquidio-Concentração Arquidio-Concentração Arquidio-Concentração Arquidio-cesana do Apostolado da Ora-cesana do Apostolado da Ora-cesana do Apostolado da Ora-cesana do Apostolado da Ora-cesana do Apostolado da Ora-çãoçãoçãoçãoção, no dia 05 de setembro etc.

Mais informações, entre emcontato pelos fones (48) 3296-1511 ou 3224-6476, ou no site:wwwwwwwwwwwwwww.divinooleir.divinooleir.divinooleir.divinooleir.divinooleiro.com.bro.com.bro.com.bro.com.bro.com.br.

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Livro de Dom Murilo recebe traduções

Em março de 2003, nossoarcebispo Dom Murilo lançou olivro �Um mês com Maria�, pe-las Edições Paulinas. Trata-se deuma obra de 31 capítulos, quetraz uma meditação para cadadia do mês. A inspiração surgiupara agradecer a proteção querecebeu da Mãe de Deus noperíodo de uma cirurgia cardía-ca, realizada no final de 2002.

Desde o seu lançamento, aobra alcançou grande sucesso.Surpreendeu Dom Murilo que olivro, com as devidas adapta-ções de linguagem, foi editadopelas Paulinas de Portugal (�Vi-ver um mês com Maria� - 2006),em espanhol (�Un mes con Ma-ria� - 2008), na Colômbia, e aca-ba de ser publicado em inglês(�A Month with Mary�), noQuênia, para os países africa-nos de língua inglesa. Em bre-ve, a obra também deve serpublicada em italiano, já que osdireitos editoriais foram adqui-ridos pela Livraria do Vaticano.

Sobre a caminhada de suaobra, Dom Murilo disse: �Hámuito tempo descobri que,

quando se lança ao público umpensamento, um artigo ou umlivro, em pouco tempo eles pas-sam a seguir um caminho pró-prio, independente dos projetosdo autor. Daí a responsabilida-de que se tem com o que sepublica; mas daí, também, a ale-gria quando se descobre quetais caminhos ultrapassaram asfronteiras do próprio país", dis-se nosso arcebispo.

O livro, em sua terceira edi-ção, pode ser encontrado nas li-vrarias católicas da Arquidiocese.

Angelino Rosa e sua esposa Walecy, acompanhados de Dom Murilo ePe. Márcio, fazem descerramento da fita inaugural do CEAR

Foto JA

No alto, o livro original, publicado em 2003. Acima, traduções emportuguês de Portugal, em espanhol, e em inglês para os paísesafricanos. O livro ainda será traduzido para o italiano.

Lançado em 2003, livro já recebeu trêstraduções e logo receberá mais uma

Pe. Márcio Vignoli é o fundador da Comunida-de Divino Oleiro, administradora do CEAR

Foto JA

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

10 Ação Social Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

Redes de Ações Sociais realizam encontrosA Ação Social Arquidiocesana

(ASA), desde 2006, desenvolveum trabalho de articulação dasAções Sociais Paroquiais (ASPs)por município. Esse trabalho évoltado para fortalecer o traba-lho das ASPs na perspectiva deredes, onde a partir das intera-ções entre as diversas entidadespossa ser qualificado cada vezmelhor o trabalho que estas vãodesenvolver, buscando um aten-dimento digno e eficaz para osbeneficiários de cada ASP.

No último mês, as redes mu-nicipais de Brusque, Florianópolis,Itajaí e São José realizaram seusencontros municipais. Nesses en-contros foram realizadas forma-ções nas seguintes áreas: Desen-volvimento Solidário e Sustentá-vel, Assistência Social e debatesobre a participação nos Conse-lhos Municipais de Políticas Públi-cas. Cada rede municipal tem seuplanejamento próprio, e são de-batidos assuntos a partir da reali-dade de cada município. Segun-

A forma de produção e comercialização solidárias são uma alternativa aos problemas sócio-ambientais

do Marlete Duarte RamosMarlete Duarte RamosMarlete Duarte RamosMarlete Duarte RamosMarlete Duarte Ramos, As-sistente Social da ASA, �esses en-contros, além de terem um cará-ter formativo e de troca de experi-ência entre as Ações Sociais, tam-bém têm por objetivo o fortaleci-mento dos trabalhos para umaatuação mais integrada�.

Rede de Ações Sociais do município de São José realizaram encontro

Divulgação/JA

Sensibilizado com o sofri-mento dos nossos irmãos dePernambuco e Alagoas, que so-freram com as fortes chuvas naregião, o Arcebispo de Floria-nópolis, Dom Murilo Krieger, lan-çou a campanha �SOS Pernam-buco e Alagoa�. Através da Con-ta Corrente: 5821-1, agência3505-X, as pessoas podem fa-zer doações em dinheiro paraos necessitados de lá.

Sugere-se que, feito o depó-sito, se envie um e-mail para aCáritas Brasileira - Regional Nor-deste II, entidade católica res-ponsável por administrar as do-ações, fazendo uma referênciaao envio da contribuição e comu-nicando qual a comunidade (Pa-róquia - Município - Arquidiocese)fez o depósito. Para o envio dee-mail, a própria Cáritas do Nor-deste II pediu que se entre emseu site �www.caritasne2.org.br�e, no link �Fale conosco�, se es-creva a mensagem referente aesse depósito. �Com o dinheiro,eles podem melhor analisarquais as suas maiores necessi-dades e adquirir o que preci-sam�, disse Dom Murilo.

A Arquidiocese de Florianó-

SOS Pernambuco e Alagoas

polis, através da Ação SocialArquidiocesana, já fez uma doa-ção em dinheiro. Aliás, campa-nha semelhante fora feita emabril, para ajudar as pessoas afe-tadas pelas chuvas no Rio de Ja-neiro e Niterói.

Em novembro de 2008, San-ta Catarina sofreu muito com asfortes chuvas que se abateram,sobretudo, na região do BaixoVale do Itajaí. Na época, foramorganizadas campanhas de do-ações em todo o Brasil paraamenizar o sofrimento dessaspessoas. Várias regiões daArquidiocese de Florianópolisforam afetadas, sobretudo osmunicípios de Itajaí, BalneárioCamboriú e Camboriú.

Também em janeiro e feve-reiro deste ano, a Arquidiocesese mobilizou para a campanhade doações em favor do Haiti.Um forte terremoto destruiuquase todo o país, que é um dosmais pobres do Continente. Empouco mais de um mês, a Arqui-diocese conseguiu doações pró-ximas de R$ 200 mil. O dinhei-ro foi repassado à Cáritas Inter-nacional, que administrou osrecursos.

Cada rede municipal terá maisdois encontros no segundo semes-tre, envolvendo todas as açõessociais paroquiais da Arquidiocese.Maiores informações desses en-contros poderão ser obtidas dire-tamente na ASA, fone: 3224 8776ou e-mail: asa@arasa@arasa@arasa@arasa@arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br.....

Arquidiocese de Florianópolis lançou campanhapara amenizar o sofrimento dos nordestinos

A avaliação da Campanha daFraternidade Ecumênica (CFE)deste ano, cujo tema é �Econo-�Econo-�Econo-�Econo-�Econo-mia e Vida�mia e Vida�mia e Vida�mia e Vida�mia e Vida�, e o lema, �Vocês�Vocês�Vocês�Vocês�Vocêsnão podem servir a Deus e aonão podem servir a Deus e aonão podem servir a Deus e aonão podem servir a Deus e aonão podem servir a Deus e aodinheiro�dinheiro�dinheiro�dinheiro�dinheiro�, demonstra que o pro-jeto de economia solidária, no quala Cáritas Brasileira e suas entida-des membro estão envolvidas, deucerto e que essa é uma das alter-nativas viáveis para milhares defamílias saírem da pobreza.

Esta é a conclusão a que che-gou a Cáritas Brasileira no balan-ço realizado durante a 6ª Feira deEconomia Solidária do Mercosule 17ª Feira de Cooperativismo deSanta Maria, Rio Grande do Sul,entre os dias 09 a 11 de julho. Obalanço indicou que a Campanhae seus desdobramentos em todoo país foram positivos.

Os cerca de 40 participantes,representantes de várias entida-des Regionais e da Cáritas Bra-sileira, do Conselho Nacionaldas Igrejas Cristãs no Brasil(CONIC), Fórum Brasileiro deEconomia Solidária, dentre ou-tras entidades, concluíram queo próximo passo é fortalecer a

Cáritas Brasileira faz balanço da CFE-2010

Campanha Nacional pelo Limiteda Propriedade da Terra.

No entendimento deles, a justi-ça social só poderá ocorrer comuma reformulação profunda da re-lação do Estado e da sociedade coma distribuição de terras no Brasil, eque a economia solidária só pode-rá avançar se estiver associada àreforma agrária. Relatos mostraramtambém que o tema da Campanhada Fraternidade deste ano foi es-sencial para o desenvolvimento deatividades de divulgação e promo-ção do conceito de economia soli-dária em todo o país. A maioria dos

participantes da reunião assegu-rou que a Campanha foi tão posi-tiva que possibilitou a ampliaçãodos Fundos Diocesanos.

A Conferência Nacional teve1.600 delegados, mais 200 con-vidados. No Rio de Janeiro, segun-do relatos apresentados na reu-nião, muitas pessoas se surpre-enderam com o tema, mas ele foibem recebido em todas as comu-nidades em que foi debatido. NoCeará, dentre as várias ações de-senvolvidas, as pastorais realiza-ram atividades em escolas e ga-rantiram uma ampla discussãonão só nos colégios, mas tambémem outros setores da sociedade.

De norte a sul, houve mobi-lização para promoção da Campa-nha. Dentre várias atividades de-senvolvidas especificamente, hou-ve uma grande produção de docu-mentos, cartilhas e publicaçõesque ajudaram na mobilização nãosó no Brasil, mas também na Amé-rica Latina e no mundo: a cartilhasobre Economia Solidária doFórum Brasileiro de Economia So-lidária foi traduzida para o japonês,o inglês e o espanhol.

No dia 18 de julho, Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.Valter Maurício GoedertValter Maurício GoedertValter Maurício GoedertValter Maurício GoedertValter Maurício Goedert co-memorou 40 anos de ordena-ção presbi-teral. A celebração co-memorativa foi realizada às 10hna Paróquia Santo Antônio, emCampinas, São José, e contoucom a presença de fiéis e cole-gas de sacerdócio e, especial-mente, de diáconos permanen-tes, seus discípulos da EscolaDiaconal.

Durante a celebração, ele fezum agradecimento a todas aspessoas que de alguma formacontribuíram com o seu ministé-rio. Ele foi ordenado em BarraClara, Angelina, SC, em 1970,por Dom Afonso Niehues. A se-guir, depois de alguns anos lecio-

40 anos de vida presbiteral

nando em Azambuja, doutorou-se em Roma (1982) e desde en-tão é professor do ITESC e Dire-tor da Escola Diaconal São Fran-cisco Xavier. Entre outras ativida-des, tem publicado vários livros,de liturgia e espiritualidade.

Pe. Valter é professor do ITESCe Diretor da Escola Diaconal

Arquivo/JA

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

Jornal da Arquidiocese Agosto 201011GBF

Concentração Arquidiocesana dos GBFsEvento em Camboriú reunirá representantes dos mais de dois mil Grupos existentes na Arquidiocese

No dia 29 de agosto, a partir das8h, no Ginásio de Esportes IrineuBornhausen, em Camboriú, será re-alizada II Concentração Arquidio-cesana dos Grupos Bíblicos em Fa-mília. O evento tem como tema�Igreja nas Casas�, e lema �Eis queestou à sua porta e bato� (Ap 3, 20)

O evento tem como objetivoscelebrar, visibilizar e reavivar a prá-tica da Igreja nas casas, fortalecen-do e incentivando a multiplicaçãodos pequenos grupos na comuni-dade. São convidados os partici-pantes dos GBFs, párocos, vigári-os, diáconos, seminaristas, pesso-as consagradas, catequistas, mi-nistros (as), lideranças da Igreja,membros das ComunidadeEclesiais de Base, e todo o povode Deus, para juntos celebrarmosa caminhada dos GBFs.

A tarde a Concentração terá oshow de Antônio Carlos, que esta-rá conosco animando, desde oinício, intervindo com algumas mú-sicas. Entre em contato com o seupároco e os coordenadores(as) dacomunidade e da paróquia, paraorganizarem a ida até Camboriú.

�Estamos vivendo com entu-siasmo o �tempo de advento� danossa II Concentração. É um tem-po de graça que o Senhor nos con-cede para fortalecemos os GruposBíblicos em Família no âmbitoarquidiocesano�, disse MariaMariaMariaMariaMariaGlória da Silva LuzGlória da Silva LuzGlória da Silva LuzGlória da Silva LuzGlória da Silva Luz, articuladoraarquidiocesana dos GBFs.

Momentos de preparaçãopara a concentração

No dia 10 de Julho, realizou-se o Encontro de Grupos Bíblicosem Família da Comarca de SantoAmaro da Imperatriz, na comuni-dade do Imaculado Coração deMaria, em Rancho Queimado.

Fizeram-se presentes as paró-quias de Santo Amaro, SãoBonifácio, Anitápolis e Angelina,através de 37 coordenadores eanimadores. Esse encontro foiconduzido pela CoordenadoraArquidiocesana dos GBF, MariaGlória, e pelo Pe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias WolffPe. Elias Wolff, daDiocese de Lages, professor doITESC em Florianópolis.

Iniciamos participando daoração. Em seguida, falou Pe.Elias, salientando a importânciados GBF, o objetivo geral�Evangelizar�, os objetivos espe-cíficos, o tema �Igreja nas Casas�e o Lema �Eis que estou à porta ebato� (Ap 3,20). Explicou de quemodo os GBF são a Igreja domés-tica, uma catequese continuapara a vida cristã.

Reforçou que os GBF são prio-ridade na Arquidiocese deFlorianópolis, e consequentemen-te devem sê-lo nas Comarcas, Pa-róquias e comunidades. Aliás, o

Comarca de Santo Amarosão também nas outras Diocesesde Santa Catarina.

Esses pequenos grupos for-mam a Igreja nas casas, nasquais se encontram as pessoase as famílias numa �família mai-or� para rezar, refletir sua reali-dade, dificuldades, alegrias e con-quistas, à luz da Palavra de Deus,comprometendo-se com a vida,através de ações concretas, parao bem comum das pessoas nacomunidade e na sociedade. Je-sus vem diariamente nos dizer:�Eis que estou à porta e bato� (Ap.3,20), lema este do GBF. E Eleespera uma resposta, uma deci-são nossa de acolhê-lo em nos-sa vida e em nossa casa. A co-munidade do Imaculado Coraçãode Maria, em Rancho Queimado,tem 7 Grupos Bíblicos, que pro-movem algumas ações solidári-as, as quais ajudam várias pes-soas, como também instituições.Esses grupos estão a caminho,no seguimento de Jesus, massabem que muito ainda preci-sam �caminhar�.

Animadora do GBFAnimadora do GBFAnimadora do GBFAnimadora do GBFAnimadora do GBFComarca de Santo Amaro

Os Grupos Bíblicos em Famí-lia da Comarca da Ilha, com 194presentes, incluindo os participan-tes das Comunidades Eclesiais deBase, foram acolhidos pela Paró-quia da Trindade no dia 04 de ju-lho. Era o Encontro Comarcal de2010, para celebrar a caminha-da e refletir o tema �Igreja nasCasas� e o lema �Eis que Estou aPorta e Bato�. Todos sentiram-semovidos pelo impulso do EspíritoSanto, através da assessora Ma-Ma-Ma-Ma-Ma-ria Angelinaria Angelinaria Angelinaria Angelinaria Angelina. Com entusiasmo,ela fez bela reflexão em prepara-ção para a grandiosa Concentra-ção Arquidiocesana dos GBF, queacontecerá no dia 29 de agostopróximo, onde a Comarca da Ilhaexplanará de forma lúdica o por-quê de acreditar nos Grupos Bíbli-cos. A assessora Mª Angelina

alertou: "Assim como Jesus, nóstambém temos uma missão. Je-sus chama a cada um de nós paraevangelizar nas casas, formandopequenos grupos na comunidade.Ser Discípulos e missionários deJesus é levar para o chão da vidaa partilha do pão Eucarístico e dopão da Palavra. Percebeu-se a ale-gria de �servir� das diversas pes-soas que ali estavam em suas co-munidades , confirmando o pro-pósito de serem seguidoras e se-guidores de Jesus Cristo, abraçan-do a prática da �Igreja nas casas�.O encontro nos introduziu no "ad-vento" de nossa II concentração enos animou para estarmos juntosno próximo encontro comarcal emnovembro.

Coordenação ComarcalCoordenação ComarcalCoordenação ComarcalCoordenação ComarcalCoordenação Comarcal

Comarca da IlhaA Igreja da Imaculada Concei-

ção, da paróquia da Agronômica,no centro, acolheu no dia 25 dejulho o povo das Comunidades

Comunidades Eclesiais de BaseEclesiais de Base, para sua jornadade preparação para o Encontro Es-tadual das CEBs que aconteceráem 2012. O Encontro foi assesso-

rado pelos Padres Vitor Feller eVilson Groh. Participaram lideran-ças de 13 comunidades, vindosdas Comarcas de São José, Es-treito e Ilha. Pe. Vitor Feller nosconduziu a uma reflexão sobre�Fé, Política e Ética�, tendo comoreferencia o livreto da CNBB �Elei-ções 2010: O Chão e o Horizon-te�. Pe. Vilson refletiu a caminha-da das CEBs como sinal de vitali-dade da Igreja, com base no Doc.92 da CNBB: �Mensagem aopovo das Comunidades Eclesiaisde Base�. Em cima dessa refle-xão, cada comunidade ficou res-ponsável por avaliar a caminha-da das CEBs na sua paróquia. As-sim se abre o caminho para otrem das CEBs, que vem apitan-do rumo a 2012.Encontro de formação reuniu representantes de 13 comunidades

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12 Artigos Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

Padre Afonso Vidal ReitzPadre Afonso Vidal ReitzPadre Afonso Vidal ReitzPadre Afonso Vidal ReitzPadre Afonso Vidal Reitznasceu em Antônio Carlos, SC, em30 de outubro de 1906, filho deNicolau Adão Reitz e Ana MariaReinert. É mais conhecido comoo irmão mais velho de outros doisgrandes padres: Cônego Dr. JoãoReitz e Cônego Dr. Raulino Reitz.Três irmãos, de temperamentosmuito diferentes, mas, unidospelo amor à Igreja e à natureza.Afonso ingressou no Seminárioainda jovem e foi ordenado sacer-dote em 04 de novembro de1934, em São Pedro de Alcântara.

Foi o Seminário de Azambujaseu primeiro campo de aposto-lado, ali exercendo as funções deprofessor (1935-1939), diretorespiritual (1936) e prefeito de es-tudos (1938-1939).

Rigoroso consigo mesmo, oera com os outros, sendo muitasvezes de difícil convivência, nãopor egoísmo mas pelo severocumprimento dos deveres.

Pároco de Luiz AlvesEm 12 de dezembro de 1939

foi provisionado pároco de SãoVicente de Paulo, Luís Alves. (Maistarde descobriu que o motivo desua transferência tinha sido o fatode com um tiro ter matado o gatode estimação da Madre Superio-ra: �fui trocado por um gato mor-to�, brincava, azedo).

Era um padre diocesano assu-mindo uma paróquia de grandetradição salesiana. Sempre levouem alta consideração o trabalhosalesiano, e viu seus melhoresjovens se encaminharem para os

Padre Afonso Vidal Reitz - Sensibilidade e Rigidezseminários dessa Congregação,serem ordenados padres, trêsdeles eleitos bispos. E foram nu-merosas as vocações femininas.

Pe. Afonso era um homem rigo-roso, de posições claras defendidascom intransigência. Zeloso no aten-dimento às comunidades, no con-fessionário e na pregação. Em LuísAlves encontrou muitas famíliasque tinham emigrado de AntônioCarlos e que ofereceram valiosacontribuição à vida paroquial.

Necessitando a paróquia denova igreja matriz, escolheu umprojeto de estilo românico puro,igreja imensa para pequena cida-de. Sempre se orgulhou da purezade estilo dessa construção, leva-da a cabo com sacrifício e zelopelos pormenores.

Pe. Afonso tinha algumas li-mitações que muito comprome-tiam seu relacionamento com opovo: a opção política pela UniãoDemocrática Nacional-UDN, osnervos à flor da pele e, fraquezahumana, a propensão para a be-bida, da qual se libertou nos últi-mos anos de vida.

Em dado momento, as queixasse avolumaram e o arcebispo DomJoaquim lhe passou um telegramade transferência: �Deixe Luís Alves.Proponho Penha�. No seu estilo, Pe.Afonso respondeu com outro tele-grama: �Penha não me interessa.Não deixo Luís Alves�. Era o ano de1965, após 26 anos dedicados àparóquia de Luís Alves. Seu telegra-ma não teve efeito, pois, dias de-pois, chegou Pe. BertolinoSchlickmann com provisão compe-

tente, Penha foi ocupada por outropadre e Pe. Afonso literalmente�sobrou�. Dirigiu-se a Florianópo-lis e viu-se isolado: Dom Joaquimnão o recebia de jeito nenhum,pois tinha sido desobediente.Nessa situação de abandono,entra em campo o irmão Pe. Rau-lino Reitz, que pede, ao Arcebis-po, permita Pe. Afonso residir emAzambuja na condição de �exila-do�, o que acabou acontecendo.

Professor, confessor eartista em Azambuja

E assim, pobre, Pe. Afonso re-tornou ao Seminário de Azambuja,lecionando de 1965 a 1972. Suasmatérias preferidas: português, de-

DAREI GRAÇAS AO SENHORAprendi, com os anos vividos,

que ser grato não faz mal a nin-guém, tal qual canja de galinha.Descobri que precisamos, no dia-a-dia, gostar do jeito que temos, eviver como somos, e não apenastentar ser do jeito que os outrosgostam que sejamos; precisamosnos ajeitar, nos perfumar, nos en-cantar com mais altivez. Não quedevamos olhar os outros com su-perioridade e orgulho, mas sim queem primeira instância demonstre-mos confiança em nossaspotencialidades. Isso seria umaforma de conquistar espaço navida e, respeitando os outros, terí-amos como retorno o respeito emdobro. Isso é viver o maior manda-mento de Jesus: �Amai-vos uns aosoutros como eu vos amei� (Jo15,12). Aprendemos, no dia-a-diada fé, que Deus cumpre tudo o quenos tem prometido. E veremos amão de Deus a nosso favor, e to-dos irão nos olhar e afirmar quetemos face de vencedores.

A gratidão nos faz vitoriosos enos ensina a superar os males davida, nos faz crentes na escolhaque fizemos, que é a vida comDeus. Esta nos oferece duas pers-pectivas. Podemos experimentarmomentos em que cada oraçãonossa é atendida, e nos sentimospróximos de Deus. Mas tambémpodemos experimentar momen-tos de densa neblina, em queDeus parece estar calado. No en-tanto, é justamente nesses mo-mentos que podemos aprenderque, apesar do forte nevoeiro,Deus ainda é nosso regente e nãonos abandonou, de maneira quepodemos exclamar com o profe-ta Habacuque: �Mesmo assim eudarei graças ao Senhor!� (Hc 3,18).Porque, se minhas provações têmsabor amargo, minhas vitórias te-rão sabor de mel.

Creiamos nisso e façamos arevolução espiritual em nossavida: em todos os seus momen-tos, demos graças a Deus. Seja-mos gratos por tudo o que o Se-nhor Jesus nos tem oferecido.Aprendamos com o profetaHabacuque, que encerra o seu li-vro com uma oração em que ex-pressa, em vibrante linguagemprofética, a sua confiança na pro-teção do Deus de sua salvação.Ele diz: �Ainda que as figueirasnão produzam frutos e as parrei-ras não dêem uvas; ainda que nãohaja azeitonas para apanhar e tri-go para colher; ainda que não hajamais ovelhas nos campos nemgado nos currais, mesmo assimeu darei graças ao Senhor�.

Deus não atende todos os pedi-dos, mas cumpre todas as suas pro-messas. Como é bom saber disso,

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

as nossas alegrias passageiras umdia vão ser transformadas em ale-grias eternas, por causa da nossafé em Jesus Cristo, o Filho de Deusque nos amou e se entregou nacruz por nós (Gl 2,20).

Tudo aquilo que nos incumbiremde realizar, dediquemo-nos comafinco e boa vontade e, se possível,façamos mais do que nos pedem.A recompensa virá a galope, comoum cavalo com um arreio de opor-tunidades, que nos gratificarão pelodesempenho acima do esperado.Portanto não esperemos que al-guém nos traga flores, plantemos onosso jardim e decoremos nósmesmos a nossa vida.

Oremos: Senhor Jesus, todavez que eu tiver que passar poruma situação amarga ou angusti-ante, que eu possa também ex-clamar: �Mesmo assim, eu dareigraças ao Senhor�. Amém.

Prof. Maximiliano B. de OliveiraProf. Maximiliano B. de OliveiraProf. Maximiliano B. de OliveiraProf. Maximiliano B. de OliveiraProf. Maximiliano B. de OliveiraMinistro Anglicano

senho, geografia, alemão e italiano.Seu relacionamento com os alunosdeixava a desejar, com ameaças decastigos físicos e ataques verbais.Era seu modo de ser. Um homemsolitário, devotado ao silêncio e aoslivros. Não prezava amizades, nemde ex-paroquianos nem de familia-res. A solidão levava à agres-sividade e vice-versa.

As aulas de português eramministradas através da leitura deRui Barbosa (Oração aos Moços)e Afonso d�Escragnolle Taunay(Inocência) e elogios a Humbertode Campos. Fazia a gramáticabrotar do texto. Padre piedoso,cada manhã celebrava às 6h e,aos domingos, atendia às confis-sões no Santuário. Nunca falhou.

De temperamen-to difícil, mas degrandes qualida-des artísticas,Pe. Afonso foium pároco fiel eprofessor exi-gente. Espirituo-so e retraído,faleceu em 1989,com 55 anos desacerdócio, emAzambuja.

quando nos encontramos numa si-tuação desesperadora. Nesses mo-mentos angustiantes podemos,como cristãos, centralizar a nossaatenção nas promessas que Deusestá cumprindo em nossa vida,como a nossa salvação que nos égarantida através de nossa fé emJesus, a sua misericórdia paraconosco e a sua companhia cons-tante em nosso dia-a-dia. Muitoshinos de louvor foram produzidosem situações desesperadoras,quando Deus dava forças a seusautores para dar graças não ape-nas �pela prece respondida�, mastambém �pela esperança que fa-lhou�. O autor do Salmo 102 colo-ca-se perante Deus e confessa asua fragilidade, mas alegra-se por-que o seu grito de socorro é atendi-do por um Deus eterno. Tambémnós podemos ter certeza de que

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Ao mesmo tempo em que eraagressivo, era dotado de grandesensibilidade artística: era um es-cultor de pedras e decorador combromélias. Ajardinou o pátio doSeminário e ergueu, pedra sobrepedra, sem pressa, a belíssimaGruta de Nossa Senhora deLourdes no mesmo pátio. Gosta-va de conversar, comentar o pas-sado e a decadência dos �temposatuais�. Era esse seu problema:nada via de bom no Seminário e oexternava com agressividade. Foium homem fiel ao seu sacerdó-cio, à Igreja e às suas convicções.

Viveu no silêncio, na oração eno trabalho de 1973 a 1989, quan-do, em 20 de setembro Deus ochamou à ressurreição: vivera 83anos e exercera por 55 anos o mi-nistério sacerdotal. Uma nota desua última hora de vida: sabendode sua saúde debilitada, Dom Afon-so foi visitá-lo para convencê-lo ainternar-se no Hospital. �Não, Ex-celência!�, foi a resposta. Dom Afon-so sugeriu que um médico o visi-tasse: �Sim, Excelência!�. O Arce-bispo saiu satisfeito pela vitória. Emseguida, quando o médico chegou,a porta estava chaveada por den-tro e Pe. Afonso já tinha sido atingi-do por um infarto mortal. Sepulta-do no cemitério de Azambuja, hojerepousa no Jazigo dos Padres, emAntônio Carlos. Deixou um exem-plo de correção moral, pobreza debens materiais e seriedade no mi-nistério.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

No mês de Agosto, nas comunidades celebra-se o Mês Vocacional e a �Semana Nacional da Família�

Jornal da Arquidiocese Agosto 201013Missão

FAMÍLIA MISSIONÁRIAFAMÍLIA:

SUJEITO DE MISSÃOJoão Paulo II afirmou : �...es-

tou convicto de que, através dafamília cristã, a Igreja vive e reali-za a missão que o Senhor Jesuslhe confiou. A Família deve estarconsciente desta sua missão�(Obs. Romano - Set. 1980).

A igreja local se encontra e viveem diversos lugares e grupos. Tra-ta-se de encarnações parciais,mas autênticas, da totalidade daIgreja. Entre essas encarnações,a menor, mas a mais significativa,é a família: �a primeira comunhãode pessoas� (GS 1) e a primeiraIgreja (Igreja doméstica).

Não se trata, portanto, de umainstituição fechada, mas de umponto de convergência e de irradi-ação de toda a família humana.Por isso mesmo, a família é convi-dada a se abrir à comunhão uni-versal, com todos os seres huma-nos, vencendo todo tipo de bar-reira: de raça, condição social, re-ligião e cultura.

Conseqüência disso, não éverdadeiramente cristã e missio-nária a família que vive isolada,fechada em si mesma. O primeiropasso a ser dado pela família éabrir a porta às outras famílias,através do conhecimento, do diá-logo, da hospitalidade, da partilhados problemas familiares, econô-micos, educativos e sociais.

Poderíamos falar também deuma paternidade responsávelmais ampla, que se reveste deuma nova luz. De fato, a fecundi-dade, que se expressa em novosnascimentos e na educação daprole, não é mais a única fecundida-de da família, que agora abre seuleque e preocupações para o vas-to mundo que precisa de salvação.

Dessa forma, perspectivasnovas deparam-se à visão cristãdas famílias abertas: Casais queintegram movimentos familiarescomprometidos nas pastorais;Casais que oferecem alguns anosde sua vida como missionáriosleigos; Casais que adotam crian-ças órfãs e abandonadas etc.

FAMÍLIAFONTE DE VOCAÇÕES

A encíclica �Christifideles Laici�dirige-se às famílias pedindo-lhestambém que se preocupem emfornecer vocações à missão da Igre-ja no mundo: �Para a evange-

lização do mundo são necessári-os, antes de tudo, evangeliza-do-res. Em vista disso, todos, mas es-pecialmente as famílias cristãs,devem se responsabilizar pelosurgimento e o amadurecimentode vocações especificamentemissionárias, sacerdotais, religio-sas e leigas� (CL 35).

É triste constatar como muitasvocações missionárias não che-gam à sua realização, pela duraoposição de famílias que se dizem�cristãs�. Sem dúvida, o mundomaterialista e consumista, em quevivemos, contribui muito para acriação de falsos valores como: oindividualismo exagerado, o �ma-terial� suplantando o �humano� eo �espiritual�, falsos valores queconstantemente são veiculadospelos meios de comunicação etc.

É fácil entender como a parti-da de um filho ou de uma filhapara as missões possa ser umsofrimento, mas, para os pais quecultivam uma fé profunda, isso setorna motivo de grande alegria.

Como afirma o Concílio, é estauma forma de missão que preci-sa ser bem mais desenvolvidadentro de nossa Igreja. Eis o quediz o documento Ad Gentes 23:�Trata-se não só de pessoas quecom o apoio de suas famílias par-tem para as missões, mas de ver-dadeiros núcleos familiares mis-sionários: casais cristãos que dei-xam sua pátria para servir na vo-cação missionária ou, inclusive, defamílias inteiras, cujos filhos tam-bém se vêem envolvidos na mis-são �aos povos�.

Não são poucas as famíliasque já se encontram trabalhandona primeira evangelização: naÁsia, na África e na América Lati-na. A experiência já mostrou quea presença da família cristã setorna um exemplo de extremaimportância, ao lado do missioná-rio sacerdote.

COOPERAÇÃOMISSIONÁRIA

Se o partir para as missões,como família, na prática é umaaventura de poucas famílias cris-tãs, no entanto, todas elas, comoresposta à fé recebida, devem par-ticipar da obra evangelizadora daIgreja aqui e aos não-cristãos. Issopode ser realizado através da:

- Oração familiar: que abranjaos anseios de toda a humanida-

de, pedindo a Deus que realizeseu Reino de amor, justiça e paz.

- Oferta da vida: muitas vezescheia de sacrifícios e de dificulda-des. Unindo-a ao sacrifício de Cris-to, essa doação tem uma enormeforça redentora.

- Cooperação material: os mis-sionários, expressão de nossascomunidades que os enviaram,

em suas dificuldades, tambémeconômicas, não devem sentir-sesozinhos, esquecidos, mas apoi-ados pela ajuda e a solidariedadedas comunidades de origem.

Para que isso aconteça, é im-portante que a família:

- se eduque para o espírito depobreza, evitando gastos dema-siados.

- se liberte de exigências e ape-gos exagerados.

- prepare os filhos para a parti-cipação nas atividades do bairroe da comunidade eclesial.

- cultive a atenção para comos últimos

- proponha às novas geraçõesgrandes ideais, que ponham emação suas potencialidades.

- Exortem à leitura de revistasmissionárias que oferecem teste-munhos fortes de doação.

Assim procedendo, das famíli-as missionárias surgirão novossacerdotes e missionários, comotanbém líderes para os movimen-tos eclesiais, partidos, empresasetc. Os pais têm que motivar nosfilhos o gosto pelo serviço e peladoação.

PARA REFLETIR:1. Como abrir as famílias

para a comunhão universal?

2. O que implica, no dia-a-dia da família, uma educaçãomissionária autêntica?

Divulgação/JA

Caminhos da MissãoCaminhos da MissãoCaminhos da MissãoCaminhos da MissãoCaminhos da Missão

130 missionários realizamMissão em Xique Xique - BA

Trata-se da 10ª Missão Popu-lar, realizada na Igreja Irmã deBarra, desta vez na Paróquia deXique Xique, na qual participaramexatamente 130 missionários denossa Arquidiocese, integrandoas 75 equipes que se desloca-ram nas diversas comunidades.

É sem dúvida um gesto missioná-rio de grande relevância. Aumentao número das paróquias que envi-am seus missionários, celebrandoo envio dos mesmos e enriquecen-do a comunidade com os seus tes-temunhos, por ocasião de sua vol-ta. Parabéns, missionários!

PIME ordenamissionáriosbrasileiros

Nestes dias, na Ásia, África eAmérica Latina haverá a ordena-ção sacerdotal de 11 diáconos doPIME. Quatro deles são brasileiros,que realizaram seus estudos defilosofia no Seminário �Ad Gentes�,em Brusque, e de teologia emMonza - Itália. Infelizmente, pelaprimeira vez, não foi ordenado ne-nhum novo missionário europeu!

Outubro Missionário 2010

A Novena Missionária emDVD é a novidade em 2010.O DVD contém nove brevesdocumentários, com temasrelacionados à missão, paraserem utilizados na novena

Após longo aprendizado,chega o mês da formatura e doenvio do cristão: Vai, anuncia econstrói o Reino! Para animar o

mês das Missões, as Ponti-fícias Obras Missionárias, emsintonia com a CF 2010, pro-põem um tema e um lema.

Tema: �MISSÃO E P�MISSÃO E P�MISSÃO E P�MISSÃO E P�MISSÃO E PARARARARARTILHATILHATILHATILHATILHA�����.Lema: �OUVI O CLAMOR DO MEU POVO��OUVI O CLAMOR DO MEU POVO��OUVI O CLAMOR DO MEU POVO��OUVI O CLAMOR DO MEU POVO��OUVI O CLAMOR DO MEU POVO�

missionária das comunida-des cristãs do Brasil. Osnove temas abordados es-tão em sintonia com o con-teúdo do respectivo dia danovena.

Palavras do papa João Paulo II: �Através da família cristã, a Igreja vivee realiza a missão que o Senhor Jesus lhe confiou�.

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14 Geral Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

GrãozinhosO camelo passava através do

deserto: suas patas pisavam osgrãozinhos de areia e ele, orgulho-so e triunfante, dizia: �Eu vos es-mago, vos esmago!�. Os grãozinhosdeixaram-se esmagar, mas levan-tou-se o vento. �Vamos, grãozinhos- disse - unam-se a mim bemjuntinhos, juntos flagelaremos ocamelo e o enterraremos debaixode montanhas de areia!�.

E assim como contou o Carde-al Albino Luciani, assim aconteceu.

Grãozinhos 2Quando Jesus e nós pedimos

ao Pai que não nos deixe cair emtentação é porque, qual camelo,pensamos que escorregar �só umpouquinho, só essa vez�, não fazmal. O diabo começa a comerpelas beiradas, para depois che-gar ao meio do mingau. E, então,

Divulgação/JA

se farta, �sepultado� pela monta-nha de �tentações-grãozinhos�...

BarquinhoQuanta liberdade tem o barqui-

nho lá no meio do mar! Sem outrasembarcações por perto, sem ruaspara cruzar nem sinaleiras paraparar, sem pedestres de quem cui-dar, leva o pescador calmamentepelas sossegadas águas da baíanorte. O sol inunda o corpo do tri-pulante, e veste de alegres cores aágua e o próprio barco.

O cristão é um pouco esse bar-co: ele conhece a verdade, que oliberta mesmo em meio ao �tráfe-go� intenso e às ruas apinhadasde gente, e anda como se fosse oúnico, fazendo-se um com todos.�Se as águas do mar da vida qui-serem afogá-lo�, a união com oSenhor o salvará. E ele andarápelo mundo refletindo a luz do Solque o inunda e nele faz morada.

No dia 03 de agosto, Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-Pe. Fran-cisco Rohling cisco Rohling cisco Rohling cisco Rohling cisco Rohling estará celebrandoos seus 25 anos de vida presbiteral.Para marcar a data, no dia 04 deagosto, às 19h, será celebrada umamissa de Ação de Graças na IgrejaMatriz do Senhor Bom Jesus deNazaré, em Palhoça, onde ele épároco. A Celebração Eucarísticacontará com a presença de nossoarcebispo Dom Murilo Krieger, quefará a homilia. No dia 08, às 9h, Pe.Chico celebrará missa em SãoBonifácio, sua terra natal.

Nascido no dia 24 de agosto de1958, sua vocação para a vidapresbiteral foi despertada ainda emtenra idade, certamente fruto dasorações de seu bisavô, a quem nãoconheceu. Ele queria que um dosseus 15 filhos (oito homens e setemulheres) seguissem a vida religio-sa. Não teve êxito. Mas hoje, netose bisnetos são 28 padres e mais de20 irmãs. Em entrevista, Pe. Chicofala da sua trajetória de vida, daexperiência como formador em se-minário, pároco e administrador.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Como foi despertada a suaComo foi despertada a suaComo foi despertada a suaComo foi despertada a suaComo foi despertada a suavocação para a vida presbi-vocação para a vida presbi-vocação para a vida presbi-vocação para a vida presbi-vocação para a vida presbi-teral?teral?teral?teral?teral?

Pe. Francisco Rohling - Pe. Francisco Rohling - Pe. Francisco Rohling - Pe. Francisco Rohling - Pe. Francisco Rohling - Oelemento muito forte foi a vivênciareligiosa familiar. Nosso bisavô,Walter Buss, por ocasião do inícioda colonização de São Bonifácio,como puxador de reza, pedia publi-camente que um dos seus oito fi-lhos ficasse padre ou uma das setefilhas se tornasse freira. Dos filhos,nenhum correspondeu a esse de-sejo. No entanto, entre seus netose bisnetos, hoje são 28 padres emais de 20 freiras. Emma Buss, fi-lha de Walter, minha avó, aprecia-va plantar rosas ao pé de cada pa-

Pe. Francisco RohlingFormador, pároco e administrador

lanque da cerca, tradição entre osalemães. Sendo seu neto mais ve-lho e como ela residia conosco, eua acompanhava nos trabalhos. Cer-to dia, ao plantar roseiras, ela medisse em alemão: "No dia em quefores padre, vou enfeitar o altar comrosas destas roseiras". Dois anosdepois me encontrava no Seminá-rio, fruto do trabalho de promoçãovocacional do Pe. Sebastião vanLieshouth, pároco de São Bonifácio,e de toda a tradição familiar. Minhaavó não viu minha ordenação, masas suas rosas enfeitaram o altar,como ela havia profetizado.

JA - Dos seus 25 anos deJA - Dos seus 25 anos deJA - Dos seus 25 anos deJA - Dos seus 25 anos deJA - Dos seus 25 anos devida presbiteral, 14 foramvida presbiteral, 14 foramvida presbiteral, 14 foramvida presbiteral, 14 foramvida presbiteral, 14 foramcomo formador no Semináriocomo formador no Semináriocomo formador no Semináriocomo formador no Semináriocomo formador no Semináriode Azambuja. Em que essede Azambuja. Em que essede Azambuja. Em que essede Azambuja. Em que essede Azambuja. Em que essetrabalho enriqueceu o seutrabalho enriqueceu o seutrabalho enriqueceu o seutrabalho enriqueceu o seutrabalho enriqueceu o seupastoreio?pastoreio?pastoreio?pastoreio?pastoreio?

Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Fui por sete anosorientador e professor no Seminá-rio de Azambuja, os outros últimossete como reitor e professor, acu-mulando as atividades de reitor doSantuário e diretor do MuseuArquidiocesano Dom Joaquim. Em1998, fui diretor interino do Hospi-tal Cônsul Carlos Renaux. O traba-lho no Seminário foi de uma valiamuito grande. Muito mais que ensi-nar, nós aprendemos. A preciosida-de desse aprendizado aestá na con-vivência com os colegas padres ecom os residentes da casa, desta-cando a convívio com Mons.Valentim Loch, com quem aprendia importância e o gosto pelo con-fessionário. O ardor sacerdotal dePe. Bertolino Schlickmann. As con-versas diárias de 15 minutos comDom Afonso Niehues, então arce-bispo emérito da Arquidiocese, aobuscar o jornal diário no gabinetedo reitor. Ele emitia os seus parece-

res e convicções no campo da for-mação e no contexto vivencial, massem interferir na condução do Se-minário.

JA - Desde janeiro de 2005,JA - Desde janeiro de 2005,JA - Desde janeiro de 2005,JA - Desde janeiro de 2005,JA - Desde janeiro de 2005,o senhor é o Ecônomo dao senhor é o Ecônomo dao senhor é o Ecônomo dao senhor é o Ecônomo dao senhor é o Ecônomo daArquidiocese. Como encarouArquidiocese. Como encarouArquidiocese. Como encarouArquidiocese. Como encarouArquidiocese. Como encarouesse novo desafio?esse novo desafio?esse novo desafio?esse novo desafio?esse novo desafio?

Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Como opção devida, escolhemos ser padre. Dentrodesse ministério, porém, a dimen-são administrativa é e torna-se im-portante. Não se tem uma especia-lização no seminário para isso, maso trabalho é feito por causa daArquidiocese, que requer um padrenesse setor. Isso faço com dedica-ção e da melhor forma que me épossível. Está sendo salutar ser pa-dre e administrador simultanea-mente. Isso me ofereceu uma com-preensão muito mais transparentedos desafios pelos quais passamos padres nas paróquias: o da ma-nutenção e administração dos bense da pastoral paroquial.

JA - Qual a importância deJA - Qual a importância deJA - Qual a importância deJA - Qual a importância deJA - Qual a importância de

um pároco ser também umum pároco ser também umum pároco ser também umum pároco ser também umum pároco ser também umbom administrador?bom administrador?bom administrador?bom administrador?bom administrador?

Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Não há eficientepastoral sem organização, plane-jamento, administração e recursos,tanto materiais quanto humanos,para o desenvolvimento do traba-lho de evangelização. É ingenuida-de alguém dizer-se somente pas-tor: é preciso dar condições de tra-balho para o desenvolvimento dapastoral. É necessário planejarpara evangelizar, principalmenteem tempos de mudança.

JA - Desde 28 de dezem-JA - Desde 28 de dezem-JA - Desde 28 de dezem-JA - Desde 28 de dezem-JA - Desde 28 de dezem-bro de 1998, o senhor é obro de 1998, o senhor é obro de 1998, o senhor é obro de 1998, o senhor é obro de 1998, o senhor é opároco do Senhor Bom Jesuspároco do Senhor Bom Jesuspároco do Senhor Bom Jesuspároco do Senhor Bom Jesuspároco do Senhor Bom Jesusde Nazaré, em Palhoça. Comode Nazaré, em Palhoça. Comode Nazaré, em Palhoça. Comode Nazaré, em Palhoça. Comode Nazaré, em Palhoça. Comoavalia a sua atuação comoavalia a sua atuação comoavalia a sua atuação comoavalia a sua atuação comoavalia a sua atuação comopároco?pároco?pároco?pároco?pároco?

Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Aqui, lembro opropósito de Maria: �Faça-se emmim segundo a tua palavra� (Lc1,38). Nossa Senhora, no momen-to da Anunciação, quis colocar-sea serviço, e este também é o meudesejo junto à porção do povo deDeus que me foi confiado. É ver-

dade que nunca estamos à alturadas exigências, devido à fraque-za humana, inconsistências pes-soais, limites de capacidade. Maso desejo é servir. Somado às for-ças de tantas lideranças (�forçasvivas�) de que uma comunidadeparoquial dispõe em seu meio, otrabalho de evangelização é ma-ravilhoso, encantador, e impulsio-na sempre mais para a realizaçãode projetos junto ao povo de Deus.

JA - Neste tempo comoJA - Neste tempo comoJA - Neste tempo comoJA - Neste tempo comoJA - Neste tempo comopároco, a paróquia passou apároco, a paróquia passou apároco, a paróquia passou apároco, a paróquia passou apároco, a paróquia passou aadministrar o Asilo �Casa San-administrar o Asilo �Casa San-administrar o Asilo �Casa San-administrar o Asilo �Casa San-administrar o Asilo �Casa San-ta Maria dos Anjos�. Porqueta Maria dos Anjos�. Porqueta Maria dos Anjos�. Porqueta Maria dos Anjos�. Porqueta Maria dos Anjos�. Porquefoi assumido esse desafio?foi assumido esse desafio?foi assumido esse desafio?foi assumido esse desafio?foi assumido esse desafio?

Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Pe. Chico - Nossa Ação SocialParoquial assumiu, como sua tare-fa, o trabalho com a Pastoral da Cri-ança, com a Terceira Idade e ocadastramento de migrantes parareceberem cestas-básicas. Hoje,doamos em média 140 cestas bá-sicas por mês a famílias cadastra-das e acompanhadas pelo Movi-mento de Irmãos. O Asilo acabouentrando como um complemento.Funcionando havia há 10 anos, eadministrado pela Ordem TerceiraSecular, estava com dificuldades fi-nanceiras. Acolhia 22 pessoas ido-sas. O Promotor de Justiça, saben-do da precariedade da situação emque se encontravam os idosos, de-cretou seu fechamento. Mas, indoao local, percebeu que 14 pessoasnão teriam para onde ir. Com isso,recomendou que a paróquia assu-misse o projeto de angariar recur-sos para revitalizar o Asilo. Isso foihá quatro anos. A Paróquia assu-miu. Realizamos uma reforma ge-ral e ampliamos o espaço. Hoje há32 residentes e 13 funcionários,com atendimento 24 horas, consi-derado entre os mais humanitáriosda Grande Florianópolis. O trabalhono Asilo também trouxe reflexospositivos na paróquia. Nunca tive-mos tanta dedicação na pastoralquanto após essa experiência dedoação e percepção da dor alheia.

PaiQuantos filhos, quantas filhas

pensam coisas bonitas a respeitode seu pai e nunca lhe dizemnada. Que pena! Não haveria pre-sente melhor do que abrir o cora-ção para aquele que fez nossocoração bater.

Se você ainda o tem ao seulado, não se acanhe: deixe o amorfalar, diga-lhe algo que o faça sen-tir quanto bem você recebeu dele,de quanto sacrifício você é deve-dor. Não se omita. Viva a alegriade fazê-lo feliz! Feliz Dia dos Pais!

Pai 2Quanto de Deus pode revelar

a vida de um pai! Adaptando pala-vras de São Francisco de Salespoderíamos dizer: �Ah! bom Se-nhor! ao ver nosso pai criado àimagem e semelhança vossa, nãodeveríamos dizer um ao outro:

olhe esta criatura, como se pare-ce com o Criador?�. Contigo, Se-nhor, ele se esforça por parecer-se: na paciência, na compreen-são, no carinho, na doação, noamor que, como diz Paulo, �tudodesculpa, tudo crê, tudo espera,

tudo suporta� (1Cor 13,7).

Pai 3Vamos lá, solte os lábios e

diga com o coração: �Pai, eu teamo!�.

Não há eficiente pastoral sem organiza-ção, planejamento, administração e recur-sos, para o desenvolvimento do trabalho�

Foto JA

Pe. Francisco Rohling em sua sala de trabalho na Cúria Metropolitana

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

Jornal da Arquidiocese Agosto 201015Geral

Carmelita celebra 60 anos de vida consagradaTodos são convidados para participar da celebração no Carmelo Cristo Redentor, em São José

O Carmelo Cristo Redentor,em Picadas do Sul, São José, es-tará em festa no dia 15 de agos-to. Nesse dia, Irmã Maria StellaIrmã Maria StellaIrmã Maria StellaIrmã Maria StellaIrmã Maria Stellado Sagrado Coração de Je-do Sagrado Coração de Je-do Sagrado Coração de Je-do Sagrado Coração de Je-do Sagrado Coração de Je-sussussussussus, uma das fundadoras doCarmelo e por 16 anos sua Ma-dre Superiora, comemorará os 60anos de vida consagrada. A cele-bração será presidida pelo nossoarcebispo Dom Murilo Krieger noCarmelo, às 17h.

Natural de Arroio do Meio, mu-nicípio da região da Grande PortoAlegre, Irmã Stella teve a sua voca-ção despertada em tenra idade.Dos seus sete irmãos, todos tive-ram iniciação à vida religiosa. Ape-nas um deles não seguiu essa vo-cação, decidindo-se pelo casamen-to e a família. Três irmãos foramordenados padres: dois diocesa-nos em Porto Alegre e um Jesuíta.Outro se tornou irmão jesuíta. Suasduas irmãs entraram na congrega-ção das Irmãs da Divina Providên-cia. Em 1960, quando sua mãe en-viuvou, ela também entrou na con-gregação, tendo a filha mais velhacomo mestra das noviças. Acom-panhe a entrevista.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Como foi despertada a sua vo-Como foi despertada a sua vo-Como foi despertada a sua vo-Como foi despertada a sua vo-Como foi despertada a sua vo-cação para a vida religiosa? Ecação para a vida religiosa? Ecação para a vida religiosa? Ecação para a vida religiosa? Ecação para a vida religiosa? Eporque as Irmãs Carmelitas?porque as Irmãs Carmelitas?porque as Irmãs Carmelitas?porque as Irmãs Carmelitas?porque as Irmãs Carmelitas?

Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Desdecriança desejei ser religiosa. Creioque a vocação me foi infundida noBatismo. A leitura da vida de San-ta Teresinha do Menino Jesus meempolgou, e sua espiritualidadesuscitou em meu coração o dese-jo de trilhar o seu �Pequeno Cami-nho� da confiança e do abandono,no silêncio da clausura, buscandoa Face de Deus.

JA - Vocês eram em oitoJA - Vocês eram em oitoJA - Vocês eram em oitoJA - Vocês eram em oitoJA - Vocês eram em oitoirmãos e sete foram chama-irmãos e sete foram chama-irmãos e sete foram chama-irmãos e sete foram chama-irmãos e sete foram chama-dos à vida consagrada. Comodos à vida consagrada. Comodos à vida consagrada. Comodos à vida consagrada. Comodos à vida consagrada. Comose deu essa bênção?se deu essa bênção?se deu essa bênção?se deu essa bênção?se deu essa bênção?

Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Como sedeu, não sei. Só Deus sabe. O fato éque, quando meus pais já tinhamtrês filhos, o mais velho com quatro

anos e meio, um sacerdote consa-grou oficialmente a família ao Sa-grado Coração de Jesus. Mamãesempre nos dizia que consagroutambém todos os que ainda viriam.Assim, os cinco que vieram depois,já estavam de antemão consagra-dos ao Coração de Jesus. Desde1922, na primeira sexta-feira domês, mamãe e os filhos, a cavaloou a pé, íamos participar da SantaMissa e fazer a Comunhão Repara-dora. À noite, todos nos reuníamos,tendo à frente papai, que renovavaa consagração ao Coração de Je-sus. Lembro muito bem com queunção papai rezava e como tomoua sério a consagração da família aoCoração de Jesus. Antes e depoisdas refeições, todos juntos rezáva-mos as orações da bênção e deação de graças. Mamãe tinha mui-to empenho para nós estudarmosbem o catecismo e prestarmosmuita atenção ao sermão na Mis-sa. Em casa, nos fazia repetir o querecordávamos. Nosso pároco,Monsenhor Jacó Seger, nos visita-va frequentemente, conversandosobre a grande graça de os paisdarem um filho para o altar, comosacerdote etc. Era grande amigo dafamília. E assim, um após outro, to-dos sentiram-se motivados para seconsagrarem a Deus. Os pais sem-pre deixaram liberdade para esco-lher o estado de vida e diziam: "Sequerem, podem seguir. Deus vai cui-dar de nós!� (dos pais). Tendo papaifalecido em 1960, um ano após,também mamãe ingressou na vidaconsagrada, na congregação dasIrmãs da Divina Providência. Viveu18 anos como Religiosa e dizia quenão trocaria sua sorte por nenhu-ma outra. Faleceu com 86 anos, napaz do Senhor.

JA - No dia 15/08, a senho-JA - No dia 15/08, a senho-JA - No dia 15/08, a senho-JA - No dia 15/08, a senho-JA - No dia 15/08, a senho-ra estará celebrando 60 anosra estará celebrando 60 anosra estará celebrando 60 anosra estará celebrando 60 anosra estará celebrando 60 anosde Vida Consagrada. Como éde Vida Consagrada. Como éde Vida Consagrada. Como éde Vida Consagrada. Como éde Vida Consagrada. Como éter dedicado praticamenteter dedicado praticamenteter dedicado praticamenteter dedicado praticamenteter dedicado praticamentetoda a sua vida à Igreja?toda a sua vida à Igreja?toda a sua vida à Igreja?toda a sua vida à Igreja?toda a sua vida à Igreja?

Irmã Maria Stella - �No Coraçãoda Igreja, minha Mãe, eu serei oAMOR!� São palavras de Santa

Teresinha, concretizadas em suavida de oração e doação constan-te nas pequenas coisas de cadadia. É o que procuro fazer pelasantificação da Santa Mãe Igreja,especialmente pela santificaçãodos Sacerdotes.

JA - Percebe-se que éJA - Percebe-se que éJA - Percebe-se que éJA - Percebe-se que éJA - Percebe-se que écada vez menor o número decada vez menor o número decada vez menor o número decada vez menor o número decada vez menor o número devocações femininas. O que évocações femininas. O que évocações femininas. O que évocações femininas. O que évocações femininas. O que épreciso fazer para despertarpreciso fazer para despertarpreciso fazer para despertarpreciso fazer para despertarpreciso fazer para despertarnas jovens a vocação?nas jovens a vocação?nas jovens a vocação?nas jovens a vocação?nas jovens a vocação?

Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - Irmã Maria Stella - O exem-

Irmã Maria Stella com seus sete irmãos, seis deles religiosos como ela, suamãe também religiosa, e foto de seu pai já falecido na época. Ao fundo, aimagem de Nossa Senhora do Carmo, sua inspiradora

Foto JA

plo cristão dos pais: mostrar aosfilhos, desde pequenos, quais sãoos verdadeiros valores, que perma-necem para a vida eterna. Ensiná-los a viver na fé. Conduzi-los a Je-sus, o verdadeiro Amigo e Mestre,que é o Caminho, a Verdade e aVida. Fazê-los descobrir, na suaconsciência, quanto é feliz quemprocura observar os mandamen-tos de Deus e quanto é infelizquem segue os próprios caprichos.Conduzi-los a Maria. Como Mãe,ela nos orienta e conduz.

115 anos do Apos-tolado da Oração

No dia 4 de julho de 2010 oApostolado da Oração da Paró-quia de São José, comemorou115 anos de fundação. Nessedia, o pároco Pe. José ManoelPe. José ManoelPe. José ManoelPe. José ManoelPe. José Manoeldos Santosdos Santosdos Santosdos Santosdos Santos e seus paroquianosreceberam com muito entusias-mo a chegada das centenas defiéis com as bandeiras das paró-quias da comarca.

A comemoração foi precedi-da de um tríduo preparatório.No dia, pela manhã, foi realiza-da a celebração eucarística, pre-sidida pelo Pe. Maneca e compregação do Pe. Miron Stoeffels,diretor diocesano do Apostoladoda Oração. Ele falou sobre a�Espiritualidade e Devoção aoSagrado Coração de Jesus peloOferecimento Diário�.

A tarde foi realizado o momen-to mariano, conduzido porRainildes Juttel Grah, coordenado-ra do Apostolado da Comarca deSão José. Em seguida, os consa-grados da Comunidade CatólicaDivino Oleiro, Simone e Eduardo,proferiram uma pregação com otema �Discípulos e Missionários�.

Depois, houve uma soleneprocissão pelas ruas do CentroHistórico de São José, com a ima-gem do Sagrado Coração de Je-sus. O evento foi encerrado coma missa de ação de graças, presi-dida pelo pároco e concelebradapor vários padres.

Durante a celebração foramhomenageadas Dona AlbertinaRampinelli da Silva, com 96anos de idade e a pessoa maisidosa do Apostolado de SãoJosé, e Dona Maria Aurora daSilva, que nesse dia havia com-pletado 70 anos de atuação doApostolado. O encontro foi fina-lizado com uma emocionantecoroação da imagem do Sagra-do Coração, realizada por crian-ças e adolescentes.

A Comunidade de Santo An-tônio, em Caetés, pertencente àparóquia Divino Espírito Santo, emCamboriú, celebrou no dia 13 dejunho os 50 anos de construçãoda sua igreja. A comemoraçãoocorreu nos dias 24 a 27 de ju-nho, contando com CelebraçõesEucarísticas presididas pelo Pe.Cláudio Zimermann, o pároco, Pe.Isaltino Dias, vigário, e pelo Pe.Josemar Silva.

Segundo informações, até a

Comunidade celebra Jubileu de Ourodécada de 20 havia apenas umacruz no local, que chamavam deSanta Cruz, onde o povo se reu-nia e rezava. Mais tarde, por vol-ta de 1933, foi construída umacapela de madeira, na época emque surgiu a primeira escola dacomunidade. Em 13 de junho de1960 foi inaugurada a atual ca-pela. Foram muitas as famíliase pessoas que contribuíram paraa sua construção, que permane-ce bem conservada e bonita.

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Agosto/2010

16 Geral Agosto 2010 Jornal da Arquidiocese

Comunicadores se reúnem em encontro nacionalRealizado em Aparecida, encontro da Pascom refletiu sobre as novas mídias na evangelização

Mais de 300comunicadores detodo o Brasil estive-ram reunidos emAparecida, São

Paulo, entre os dias 21 e 24 de ju-lho, para participarem do II Encon-tro Nacional da Pastoral da Co-Pastoral da Co-Pastoral da Co-Pastoral da Co-Pastoral da Co-municação municação municação municação municação (Pascom). A Arquidio-cese de Florianópolis esteve repre-sentada por cinco comunicadores.

Durante os quatro dias do en-contro, leigos, comunicadores pro-fissionais e voluntários da Pascom,puderam participar de painéis, se-minários e troca de experiências.Os seminários foram divididos emquatro áreas: Pascom, Internet,Radio e Imprensa, e cada partici-pante escolheu de acordo com suaárea de interesse.

Dom Orani João TDom Orani João TDom Orani João TDom Orani João TDom Orani João Tememememempestapestapestapestapesta,arcebispo do Rio de Janeiro e presi-dente da Comissão Episcopal paraa Educação, Cultura e ComunicaçãoSocial da CNBB, fez a abertura doencontro, na noite de 21 de julho,abordando o tema: �Igreja e comu-nicação: desafios e necessidades�.

No segundo dia, as discussõesforam realizadas em torno das�Novas tecnologias e novasmídias: inclusão e exclusão digi-tal�; �Televisão: sua inserção nocotidiano dos indivíduos�; �Rádio:a arte de falar e ouvir�; �Telenove-la: criação, produção e apresen-tação�; �A arte e a representação�.

Os temas ligados a novelas ti-veram a assessoria dos globaisEriberto Leão (ator), Iris Gomes (ins-

Foto JA

trutora de dramaturgia e escritora),e das atrizes Taís Araújo e VanessaGiacomo, que partilharam atravésde vídeo suas experiências na cria-ção dos seus personagens e sua fé.

No dia 23, foram abordadastemáticas voltadas à internet e àsnovas mídias sociais, com temascomo: �Internet: porta de entradapara a evangelização no mundoglobalizado�; �web: novas ferra-mentas do mundo digital paraconstituir rede na Igreja do Brasil�e �web: ferramentas de formaçãoe qualificação para os agentes depastoral�. À noite aconteceu a ce-rimônia de entrega dos prêmiosde comunicação, da CNBB.

AvaliaçãoA Irmã Élide Maria FogoIrmã Élide Maria FogoIrmã Élide Maria FogoIrmã Élide Maria FogoIrmã Élide Maria Fogo-----

larilarilarilarilari, assessora do setor de comuni-

Regional Sul IV da CNBB (SC) foi representado por quatro dioceses.A Arquidiocese contou com cinco comunicadores no encontro

Durante o Encontro Nacionalda Pastoral da Comunicação, nanoite do dia 23, foi realizada aentrega dos Prêmios de Comuni-cação da CNBB, edição 2009.Entre os agraciados estava a nos-sa Rádio Cultura AM 1110, querecebeu o prêmio de segundo lu-gar, na categoria entretenimento.

O programa �Super T�Super T�Super T�Super T�Super Tarararararde�de�de�de�de�,produzido e apresentado pelolocutor Xande SouzaXande SouzaXande SouzaXande SouzaXande Souza, recebeuo prêmio Microfone de Prata,conferido pela CNBB e Unda Bra-sil. Esta é a segunda vez conse-cutiva que o programa recebe oprêmio. No ano passado ele ha-via ficado na terceira colocação.

�Alegra-nos muito, pois é umreconhecimento nacional peloesforço na busca de qualidadeem nossa programação, mastambém aumenta nossa res-ponsabilidade, uma vez quequeremos avançar sempre. Te-mos, então, o desafio de che-gar ao primeiro lugar�, disseSedemir Melo, diretor da Rádioe seu representante no evento.

Rádio Cultura tem o segundomelhor programa do Brasil

Além do prêmio �Microfonede Prata�, para as Rádios, foitambém entregue o "Dom HelderCâmara�, para a imprensa, o�Margarida de Prata� para o ci-nema e o �Clara de Assis�, paraproduções televisivas. A cerimô-nia foi transmitida ao vivo pelasTVs Católicas (TV Aparecida, Sé-culo XXI e Canção Nova). Sobrea Rádio Cultura, conferir o portalwwwwwwwwwwwwwww.divinooleir.divinooleir.divinooleir.divinooleir.divinooleiro.com.bro.com.bro.com.bro.com.bro.com.br.

Missão de EvangelizarA Rádio Cultura de Floria-

nópolis faz parte do projeto deevangelização �Mais Feliz comJesus�, da Comunidade CatólicaDivino Oleiro. O projeto atua emrádio desde 2001 e assumiu aCultura em 2004. Com uma pro-gramação diversificada e de qua-lidade, a Rádio Cultura conquis-tou o coração dos ouvintes e con-ta hoje com 39 programas locais,diários ou semanais, ao vivo ougravados. A emissora pode seracessada pelo site www.www.www.www.www.divinooleirdivinooleirdivinooleirdivinooleirdivinooleiro.com.bro.com.bro.com.bro.com.bro.com.br.

cação da CNBB e coordenadoranacional da Pascom, analisou po-sitivamente as atividades do en-contro. �Todas as questões relati-vas às mídias, sejam elas rádio, te-levisão, imprensa e internet, foramrealmente debatidas e estudadas.Percebemos um grande interessepor parte das pessoas que esta-vam no encontro�, comentou.

Para Sedemir MeloSedemir MeloSedemir MeloSedemir MeloSedemir Melo, coordena-dor da Pascom na arquidiocese deFlorianópolis, a participação no en-contro contribuirá para o trabalhoque aqui está sendo realizado. �APascom não tem nada de seu paracomunicar: nossa função é ajudaras diversas pastorais a comunica-rem aquilo que lhes é próprio, ou seja,entendemos que somos chamadosa estar a serviço de todos, na parce-la que nos foi confiada�, disse.

Sedemir Melo (centro), diretor da Rádio, recebeu o prêmio dasmãos de Tatiana Simon Dias, secretaria da UNDA e Antonio Pinelli,diretor de Radios da Rede de Comunicacão da TV Aparecida

Divulgação/JA

CNBB publicará documento sobre Igreja e comunicaçãoA série �Estudos da CNBB�

(Coleção Verde) vai ganhar maisum título. O Conselho Permanen-te da CNBB aprovou, no dia 23de julho, a publicação de um tex-to sobre Igreja e comunicação,elaborado pelo Setor de Comu-nicação Social, da ComissãoEpiscopal Pastoral para a Edu-cação, Cultura e Comunicação

Social da CNBB.O texto foi apresentado aos bis-

pos pela equipe de redação, coor-denada pelo presidente da Comis-são, Dom Orani João TDom Orani João TDom Orani João TDom Orani João TDom Orani João Tememememempestapestapestapestapesta,arcebispo do Rio de Janeiro, e ser-virá de base para a elaboração deum Diretório de comunicação paraa Igreja no Brasil. O assunto pode-rá entrar na pauta da assembleia

da CNBB em 2011.O texto pode, oportunamente,

ser apresentado à assembleia daCNBB, à qual é reservada sua últi-ma versão e aprovação, tornan-do-se, então, documento oficialda Conferência e sendo publica-do na coleção �Documentos daCNBB�, também conhecida como�Coleção Azul�.