jornal da arquidiocese de florianópolis março/2013

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Violência: advogado reflete sobre os ataques a ônibus e diz que vão continuar PÁGINA 14 Florianópolis, Março de 2013 Nº 187 - Ano XVII Paróquia de Guabiruba celebra 50 anos PÁGINA 03 FACASC abre cursos de Teologia para leigos PÁGINA 05 Ícones da JMJ vão percorrer paróqui- as e comunidades PÁGINA 16 Seminários ini- ciam o ano com 42 seminaristas PÁGINA 09 Juventude é o tema da CF-2013 A Campanha da Fraternidade deste ano busca formas de fazer com que os jovens tenham uma presença mais efetiva na Igreja e na sociedade Celebração realizada na Cate- dral, no dia 13 de fevereiro, mar- cou a abertura da Campanha da Faternidade que este ano reflete sobre a Juventude. Durante a mis- sa, que foi presidida pelo nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, ele falou que precisamos ser criativos para trazer os jovens para a vivência na Igreja. Na mesma oportunidade, Dom Wilson fez o envio missionário de uma jovem que vai trabalhar como voluntária na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Segun- do ele, a atitude de Fabíola Goulart é um gesto concreto da Arquidioce- se para a CF-2013 e para a JMJ. PÁGINA 03 Os bispos das dez dioceses da CNBB - Regional Sul IV participaram de celebração pelos 300 anos da Catedral. Esta foi uma das celebrações alusivas ao jubileu. O ponto alto será o dia 05/03. PÁGINA 16 A Quaresma é o período de quarenta dias em que os fiéis cris- tãos se preparam para a Páscoa, a festa mais importante do cristia- nismo. Começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira santa à tarde, antes da Missa da Ceia do Senhor, que já faz parte do Tríduo Pascal, centro da liturgia e da piedade cristã, a celebração da paixão e da ressurreição do Senhor. O melhor da festa é a pre- paração. Festa não preparada, vira bagunça e desordem e pode acabar em briga e violência. Em QUARESMA: Tempo de Reconciliação Tema do Mês vez de servir para a confraterniza- ção, serve para divisão. Se não nos prepararmos, a Páscoa vem, a Páscoa vai, e nada de novo acon- tece em nossa vida cristã. Entre tantos números simbólicos da Bí- blia, quarenta é um dos mais im- portantes e recorrentes. Indica um longo período de tempo, ne- cessário para a reconciliação com Deus e a conversão pessoal e co- munitária, em vista da realização de alguma promessa divina ou de algum evento salvador. PÁGINA 04 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Procissão do Senhor dos Passos A mais tradicional manifestação religiosa do Estado será realizada dos dias 10 a 17 de março Pelo 247º ano consecutivo, a Irmandade promove a Procis- são do Senhor dos Passos. Prin- cipais momentos serão nos dias 16 e 17 de março, que costu- mam reunir grande número de fiéis. Neste ano, mais uma vez, a equipe de coordenação está se empenhando em trazer mais jovens para participar da Procissão. PÁGINA 08 Artigos refletem sobre a renúncia do Papa PÁGINAS 02 E 12

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 187, ano XVII, Março/2013

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Violência: advogado reflete sobre os ataques a ônibus e diz que vão continuar PÁGINA 14

Florianópolis, Março de 2013 Nº 187 - Ano XVII

Paróquia deGuabirubacelebra 50 anos

PÁGINA 03

FACASC abrecursos de Teologiapara leigos

PÁGINA 05

Ícones da JMJ vãopercorrer paróqui-as e comunidades

PÁGINA 16

Seminários ini-ciam o ano com42 seminaristas

PÁGINA 09

Juventude é o tema da CF-2013A Campanha da Fraternidade desteano busca formas de fazer com que

os jovens tenham uma presençamais efetiva na Igreja e na sociedade

Celebração realizada na Cate-dral, no dia 13 de fevereiro, mar-cou a abertura da Campanha daFaternidade que este ano refletesobre a Juventude. Durante a mis-sa, que foi presidida pelo nossoarcebispo Dom Wilson TadeuJönck, ele falou que precisamosser criativos para trazer os jovenspara a vivência na Igreja.

Na mesma oportunidade, DomWilson fez o envio missionário deuma jovem que vai trabalhar comovoluntária na Jornada Mundial daJuventude, no Rio de Janeiro. Segun-do ele, a atitude de Fabíola Goularté um gesto concreto da Arquidioce-se para a CF-2013 e para a JMJ.

PÁGINA 03

Os bispos das dez dioceses da CNBB - Regional Sul IV participaram de celebração pelos 300 anos da

Catedral. Esta foi uma das celebrações alusivas ao jubileu. O ponto alto será o dia 05/03. PÁGINA 16

A Quaresma é o período dequarenta dias em que os fiéis cris-tãos se preparam para a Páscoa,a festa mais importante do cristia-nismo. Começa na Quarta-feira deCinzas e termina na Quinta-feirasanta à tarde, antes da Missa daCeia do Senhor, que já faz partedo Tríduo Pascal, centro da liturgiae da piedade cristã, a celebraçãoda paixão e da ressurreição doSenhor. O melhor da festa é a pre-paração. Festa não preparada,vira bagunça e desordem e podeacabar em briga e violência. Em

QUARESMA:Tempo de Reconciliação

Tema do Mês

vez de servir para a confraterniza-ção, serve para divisão. Se não nosprepararmos, a Páscoa vem, aPáscoa vai, e nada de novo acon-tece em nossa vida cristã. Entretantos números simbólicos da Bí-blia, quarenta é um dos mais im-portantes e recorrentes. Indicaum longo período de tempo, ne-cessário para a reconciliação comDeus e a conversão pessoal e co-munitária, em vista da realizaçãode alguma promessa divina ou dealgum evento salvador.

PÁGINA 04

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Procissão do Senhor dos PassosA mais tradicional manifestação religiosa do

Estado será realizada dos dias 10 a 17 de marçoPelo 247º ano consecutivo,

a Irmandade promove a Procis-são do Senhor dos Passos. Prin-cipais momentos serão nos dias16 e 17 de março, que costu-mam reunir grande número de

fiéis. Neste ano, mais uma vez,a equipe de coordenação estáse empenhando em trazermais jovens para participar daProcissão.

PÁGINA 08

Artigos refletemsobre a renúnciado Papa

PÁGINAS 02 E 12

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

O último Angelusde Bento XVI

Mais que serlembrado como oPapa que renun-

ciou, Bento XVIpassará para ahistória como

quem deixou umamarca profunda

na vida da Igreja”.

O Senhorme chama a

‘subir o monte’,a dedicar-meainda mais à

oração e àmeditação”.

Março 2013 Jornal da ArquidioceseOpinião2

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Wilson Tadeu Jönck Arcebispo de Florianópolis

A Renúncia do Papa Bento XVI

Bento XVI, 24 de fevereiro

A notícia da renúncia do Papasurgiu de forma surpreendente. Atô-nito, o mundo recebia o comunica-do, jamais esperado, de que o Papatinha decidido renunciar ao gover-no da Igreja. Nos primeiros instan-tes, sentimos dificuldade para arti-cular o pensamento. Já refeitos dosusto, começamos a acolher a no-vidade. Primeiro, buscar analisar oalcance de tal decisão; depois, pro-curar visualizar os caminhos da es-colha do novo Papa.

Hoje, alguns dias depois da co-municação oficial, se pode afirmarque a renúncia foi um ato corajo-so, tomado com lucidez e manifes-ta grande humildade. Na contra-mão da tendência humana dequerer segurar o poder, o Papa re-nuncia, para que a Igreja possaexercer com mais eficiência a mis-são recebida do próprio Cristo.

Bento XVI deixa um importan-te legado. Dotado de uma inteli-gência privilegiada, escreveu mui-

to como cardeal e continuou a es-crever quando Papa. Debruçou-sesobre os principais temas da atu-alidade. Deu respostas a muitasposições ideológicas que distor-cem a percepção que se tem desi, do ser humano e de Deus. Di-ante da fragmentação do pensa-mento teológico, uma das carac-terísticas do nosso tempo, BentoXVI devolveu à Igreja um discursodenso e coerente sobre as princi-pais verdades da fé.

Combateu a ditadura do rela-tivismo e o materialismo. Denun-ciou a mentalidade dominada pe-los interesses econômicos. Che-gou a dizer que o clima intelectualque se respira nem sempre é sau-dável. O mundo está poluído poruma mentalidade que não é cris-tã, e também não é humana, por-que está preocupada demais comos interesses terrestres e privadade uma dimensão espiritual. Nes-se ambiente, não só se marginali-

za Deus, mas também o próximo.O tempo do seu governo foi de

tensões e crises. Houve muitos ata-ques à Igreja católica, contra assuas posturas doutrinais. Falar malda Igreja católica estava na ordemdo dia. Houve ainda os escânda-los dentro da Igreja. Bento XVI en-frentou cada uma das situaçõescom muita coragem e transparên-cia. Não relutou em aplicar o amar-go remédio da correção aos quese tinham desviado do caminho.Também na área da administraçãoeconômica, sempre exigiu esclare-cimento da cada procedimento.

Passou por momentos de gran-de sofrimento. A administraçãodas crises e o confronto com asdenúncias e ataques frequentesna imprensa coincidiram com adiminuição das suas forças físicas.Acentuava-se a sua dificuldade decaminhar, sua voz se tornava sem-pre mais fraca. Os sinais da suaidade avançada eram cada vez

mais visíveis. Soube aprender como sofrimento. Dizia que não é afuga da dor que cura o homem,mas a capacidade de aceitar a tri-bulação e nela amadurecer.

Mais que ser lembrado como oPapa que renunciou, Bento XVI pas-sará para a história como quemdeixou uma marca profunda navida da Igreja. Seus ensinamentosfornecem respostas a tantas inter-rogações do nosso tempo. Desven-dou algumas falácias do pensa-mento atual, que tanto mal têmcausado. Sua mensagem direta eclara tem repercutido com forçasurpreendente, tanto no meio daintelectualidade quanto no meioda juventude.

Deus suscita a presença depessoas certas na hora exata. Ben-to XVI marcou nosso tempo e reali-zou uma grande obra. Somos agra-decidos por tudo que recebemosdeste homem que viveu para a Igre-ja. Deus lhe pague!

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. Leandro Rech,

Pe. Revelino Seidler, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol

Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin -

Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor. de Publicidade:

Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil / Ir. Clea Fuck - Editoração e Fotos: Zulmar

Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

Queridos irmãos e irmãs,Obrigado pelo vosso afeto!Hoje, segundo domingo da

Quaresma, temos um Evangelhoparticularmente belo, o da Trans-figuração do Senhor. O EvangelistaLucas dá especial ênfase ao fatode que Jesus se transfigurou en-quanto rezava... Meditando sobreesta passagem do Evangelho, po-demos aprender um ensinamentomuito importante. Antes de tudo,o primado da oração, sem a qualtodo o empenho do apostolado eda caridade se reduz ao ativismo.Na Quaresma aprendemos a daro tempo certo à oração, pessoal ecomunitária, que dá fôlego à nos-sa vida espiritual. Além disso, aoração não é um isolar-se do mun-do e das suas contradições, comono Tabor queria fazer Pedro, masa oração reconduz ao caminho, àação. “A existência cristã – escre-vi na Mensagem para esta Qua-resma – consiste em um contínuosubir ao monte do encontro comDeus, e depois voltar a descer tra-zendo o amor e a força que daíderivam, para servir os nossos ir-mãos e irmãs com o próprio amorde Deus” (n. 3).

Queridos irmãos e irmãs, esta

Palavra de Deus a sinto de modoparticular dirigida a mim, nestemomento da minha vida. Obri-gado! O Senhor me chama a ‘su-bir o monte’, a dedicar-me aindamais à oração e à meditação.Mas isto não significa abando-nar a Igreja. Ao contrário, se Deusme pede isto, é para que eu pos-sa continuar a servi-la com amesma dedicação e o mesmoamor com o qual tenho buscadofazê-lo até agora, mas de modomais adequado à minha idade eàs minhas forças. Invoquemosa intercessão da Virgem Maria:ela nos ajude a todos a seguirsempre o Senhor Jesus, na ora-ção e nas obras de caridade.

Como você está vivenciando a CF-2013?Sou catequista de crisma e

estamos recebendo formaçãopara trabalhar esse tema com osjovens. É um tema muito interes-sante. Devemos nos converteraos jovens, mudar o nosso olharpara eles e, sobretudo, acolhê-los. Uma Igreja mais acolhedoravai atrair esses jovens. Sair danossa área de conforto e ir atéeles com a maneira que eles seexpressam e ver o que tem a con-tribuir. Devemos ouvi-los e, juntocom eles, buscar respostas parao crescimento deles e da comu-nidade onde estão inseridos.

Gisele AzevedoParóquia São Francisco Xavier, Flo-

r i a n ó p o l i s

Buscando envolver os jovenspara viverem mais próximos daIgreja. Procurando formas detrazê-los para os seus talentos aserviço da evangelização. Estoubuscando que eles se envolvamcom a música, com as artes e ou-tras formas de expressão, dentrodaquilo que gostam de fazer. A Igre-ja precisa ter um rosto jovem eisso só será possível se permitir-mos que eles tenham uma açãoprópria deles, com a forma queeles se expressam. Assim, serãoprotagonistas das suas ações.

Fabrízio LucisanoLeigo consagrado do Movimento

Focolares

A CF 2013 vem motivar todaa Igreja a se voltar para a juven-tude, buscando formas deacolhê-la e animá-la na vida da

fé. Para viver esta CF com pro-fundidade, durante todo o anode 2013 pretendo firmar os pésna oração e no serviço pastoralpara ser também uma força den-tro da Igreja a apoiar a Juventu-de. A Jornada Mundial da Juven-tude será outro grande momen-to de demonstração de nossa féCatólica e unidade entre os jo-vens na busca do nosso grandeideal, Jesus Cristo.

Valeska Maddalozzo PivattoParoquia Nossa Senhora do

Carmo, Coqueiros, Florianópolis

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Caso queira compartilhar conosco algo que deseje ser refletido nesse espaço, envie suasugestão para [email protected]. As sugestões serão analisadas pela equipe.

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Jornal da Arquidiocese Março 2013

3Geral

Jovens são o tema da CF-2013A presença dos jovens na Igreja e na sociedade é o tema da Campanha

Uma Celebração Eucarística rea-lizada no dia 13 de fevereiro, às18h15, na Catedral, marcou a aber-tura da Campanha da Fraternidadeem Florianópolis. Presidida pelo nos-so arcebispo, Dom Wilson Tadeu

Jönck, e concelebrada por padrese diácono, durante a missa foi reali-zada a imposição das Cinzas.

Com o tema “Fraternidade e Ju-ventude” e lema “Eis-me aqui, en-via-me” (Is 6,8), a CF-2013 temcomo objetivo “acolher os jovensno contexto atual, propiciando ca-minhos para seu protagonismo noseguimento de Jesus Cristo, navivência eclesial e na construçãoda vida, da justiça e da paz”.

Em sua homilia, Dom Wilsonfalou da importância do jovempara a Igreja. “O jovem é merece-dor da nossa atenção, traz a nos-sa confiança em coisas diferen-tes e melhores. Precisamos sercriativos para trazê-los para a Igre-ja. Eles não gostam muito de or-dem e imposição, querem partici-par e se sentir incluídos”, disse.

Segundo ele, todos somos con-vidados a refletir sobre o papel dojovem na Igreja e na sociedade, emostrar que queremos caminharcom eles. “São os jovens os prota-gonistas dos modernos meios decomunicação, através das mídiassociais. Eles precisam nos ensinara utilizar essas mídias para anun-ciar o Evangelho”, acrescentou.

Envio missionárioDurante a celebração, Dom

Wilson fez o envio missionário dajovem Fabíola Goulart, que foi parao Rio de Janeiro para ser voluntá-ria na equipe de comunicação daJornada Mundial da Juventude,

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Dom Wilson presidiu na Catedral à Celebração de abertura da CF-2013

que será realizada dos dias 23 a28 de julho. “Recebi um chamadode Deus para a JMJ e não poderiadar outra resposta que não o lemada CF-2013, ‘eis-me aqui, envia-me’. Conto com a oração de vocêsnessa minha nova missão”, disse.

Natural de Criciúma, Fabíolatem 26 anos e é jornalista. Veiopara Florianópolis para trabalharna sua profissão. Aqui, trabalhouem agências de comunicação e era

assessora de comunicação da Re-novação Carismática Católica doRegional.

ColetivaNa manhã do mesmo dia, Dom

Wilson concedeu entrevista coleti-va à imprensa no auditório daCúria Metropolitana. Também con-cedeu entrevista ao vivo e por tele-fone para programas de TV, Rádioe jornais. Durante as entrevistas,Dom Wilson afirmou que hoje sevive no Brasil como se não preci-sássemos do jovem. Ele não temenvolvimento social e na política.

“Os jovens demonstram interes-se no mundo do entretenimento.Isso também tem reflexos na Igreja.Eles têm pouca presença. Queremparticipar, mas de uma forma dife-rente. Eles têm um modo de pensardiferente. E a Igreja não temcorrespondido aos seus anseios”,disse o arcebispo de Florianópolis.Segundo ele, a CF-2013 busca en-volver os jovens e torná-los protago-nistas da sua história.

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Dia de Penitência e ReconciliaçãoA Renovação Carismática da

Arquidiocese promoverá, no dia10 de março, o 22º Dia de Pe-

nitência e Reconciliação.Será no Colégio São Luiz, emBrusque, e terá como tema “Sede

sóbrios e vigiai, resisti firmes na

fé” (1Pe 5,8). A pregação estaráa cargo de Onazir Conceição,secretário geral da RCC Brasil.

Durante todo o dia, outrosconvidados refletirão sobre as-pectos da Quaresma, e haveráatendimento às confissões. ACelebração Eucarística de en-cerramento será presidida pelo

A Paróquia N.Sra. do PerpétuoSocorro, em Guabiruba, estará emfesta no dia 19 de março. Nessedia serão comemorados os 50anos de criação da paróquia. Amissa de ação de graças, às 19h,será presidida pelo nosso arcebis-po Dom Wilson Tadeu Jönck.

O evento contará com a pre-sença dos padres que ajudaram aconstruir os 50 anos de história dacomunidade. Haverá uma home-

Paróquia de Guabiruba celebra 50 anosnagem especial ao Pe. PedroMathias Engel, o primeiro páro-co, com a fixação de uma placa.Lideranças da comunidade tam-bém serão homenageadas. Tam-bém será lançado um livro, escritopelo seminarista de Teologia daArquidiocese, Eder ClaudioCelva, resgatando a história daParóquia. Ao final, será oferecidoum jantar a todos os participantes.

Para celebrar a data, a comu-

nidade já está se preparando des-de julho de 2012. Toda primeiraterça-feira de cada mês está sen-do realizada uma novena de pre-paração em cada comunidade. Aúltima será no dia 12 de março,na Igreja Matriz, às 19h. Aindaantes do evento principal, haveráo tríduo. Mais informações pelofone (47) 3354-0115, ou pelo e-mail [email protected].

nosso arcebispo Dom WilsonTadeu Jönck.

Segundo Luiz Carlos San-

tana Filho, coordenador daRCC na Arquidiocese, o eventotem como finalidade levar osparticipantes a um aprofunda-mento do objetivo da Quaresma.“Ele foi criado para unir as pas-torais, movimentos e organis-mos da Igreja na mesma cami-nhada, em espírito de unidade,rumo à Páscoa”, informou.

Mais informações, no sitewww.rccarquifloripa.com oupelo fone (48) 3263-6347.

A Coordenação Arquidiocesa-na de Catequese promove, apartir do dia 24 de março, a Es-

cola de Formação Catequé-

tica para Multiplicadores.Criada há 15 anos, pelo segun-do ano consecutivo as sete eta-pas de formação da Escola se-rão realizadas na Paróquia San-ta Inês, em Balneário Camboriú.Mas todos podem participar daformação, independente da re-gião onde estejam. A Escola Ca-

Formação para catequistastequética tem a duração de trêsanos. A cada ano com umatemática diferente, sequencial,mas se pode ingressar na forma-ção a qualquer momento. Paraparticipar, os interessados de-vem procurar a coordenação decatequese de sua paróquia, quejá dispõe do folder de inscrição.Mais informações no sitewww.catequesefloripa.org.br,ou na coordenação de catequesepelo fone (48) 3224-4799.

Fabíola vai representar a Arqui-diocese como voluntária na JMJ

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A Escola da Fé RedemptorisMater Gloriosa, da Paróquia Nos-sa Senhora da Glória, em Floria-nópolis, em parceria com a Facul-dade Católica de Santa Catarina– FACASC, promove o Curso deTeologia para Leigos. Neste ano, aEscola dará continuidade ao estu-do do Novo Testamento, iniciadono ano passado, com o estudo doslivros dos Atos dos Apóstolos, asCartas Paulinas, o Evangelho deSão João e o Apocalipse de SãoJoão. As aulas serão ministradaspela teóloga Silvia Togneri, profes-sora da FACASC.

A novidade é que neste ano aEscola da Fé está iniciando a

Paróquia oferece cursosde formação para leigos

Schola Cantorum Nossa Senho-ra da Glória, que oferecerá o Cur-so de Extensão em Música e Can-to Litúrgico. Ele tem por objetivopropiciar aos fiéis cristãos forma-ção litúrgico-musical (teórica eprática), visando à preparaçãodos agentes de pastoral litúrgicapara que possam, em suas comu-nidades de fé, desempenhar oseu ministério litúrgico-musical,de acordo com os princípios enormas teológicos, litúrgicos, pas-torais, musicais e estéticos.

As inscrições já estão aber-tas. Mais informações pelo sitewww.pnsg.org.br, ou pelofone (48) 3304-8014.

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

QUARESMA:Tempo de Reconciliação

O jejum qua-resmal nos

convida à bem-aventurança da

pobreza evangéli-ca, da austeridade,

da sobriedade. “Anatureza agrade-

ce!” dizem os eco-logistas crentes. ”

Quaresma é o período de qua-renta dias em que os cristãos pre-param a Páscoa, a festa maisimportante do cristianismo. Co-meça na Quarta-feira de Cinzas etermina na Quinta-feira santa àtarde, antes da Missa da Ceia doSenhor. Esta, já faz parte do TríduoPascal, centro da liturgia e da pie-dade cristã, que celebra a paixãoe a ressurreição do Senhor. Diz oditado: “o melhor da festa é a pre-paração”. Festa mal preparadavira bagunça e desordem, e podeacabar em briga e violência. Emvez de servir para a confraterni-zação, serve para divisão. Se nãonos prepararmos, a Páscoa vem,a Páscoa vai, e nada de novoacontece em nossa vida cristã.

Entre tantos números simbóli-cos da Bíblia, “quarenta” é um dosmais importantes e recorrentes. In-dica um longo período de tempo,necessário para a reconciliação comDeus e a conversão pessoal e co-munitária, em vista da realizaçãode alguma promessa divina ou dealgum evento salvador. Algunsexemplos: Noé e sua família fica-ram 40 dias na arca à espera dofim do dilúvio; Isaac e seu irmãoEsaú casaram-se aos 40 anos; apósreprimir um egípcio e fugir da fúriado faraó, Moisés viveu por 40 anosno deserto de Madiã; o povo de Is-rael caminhou durante 40 anos pelodeserto rumo à terra prometida;Moisés passou 40 dias no monteSinai onde se entreteve na amiza-de com Deus; os espiões de Israelvisitaram a terra de Canaã durante40 dias, antes da entrada do povo;tanto Saul como Davi reinaram por40 anos; Elias viveu no deserto por40 dias; com a pregação de Jonas,Deus deu a Nínive 40 dias para searrepender; no início de seu minis-tério público, Jesus jejuou durante40 dias no monte das tentações;após a ressurreição, Jesus conti-nuou manifestando-se aos discípu-los durante 40 dias, preparando-os para a sua ascensão e para avinda do Espírito Santo.

O tempo da Quaresma é umverdadeiro sacramento, tempo pro-pício para nossa reconciliação comDeus, com o próximo e com a na-tureza. Assim, seremos pessoasrenovadas e poderemos celebrara vida nova do Cristo ressuscitado.

Reconciliaçãocom Deus

Num mundo que cada vezmais se esquece de Deus e vivecomo se Deus não existisse, os cris-tãos são chamados a afirmar sua

relação íntima e amorosa comaquele que reconhecemos comoo sentido de nossas vidas, a luz denosso caminho, a meta de nossosdesejos mais profundos. Comoseguidores de Jesus, os cristãossão interpelados a fazer uma realexperiência de Deus. O Documen-to de Aparecida insiste que é preci-so favorecer a todas as pessoasuma verdadeira experiência religio-sa. “Em nossa Igreja devemos ofe-recer a todos os nossos fiéis umencontro pessoal com Jesus Cristo,uma experiência religiosa profundae intensa, um anúncio querigmáticoe o testemunho pessoal dosevangelizadores, que leve a umaconversão pessoal e a uma mudan-ça de vida integral” (DAp 226).

Com frequência apresentamoso Evangelho pelo lado da lei e danorma, das exigências e até dasintransigências, tornando-o um far-do para o povo simples. Evange-lizar ao modo de Jesus é voltar aoanúncio feliz da boa notícia doamor misericordioso de Deus-Pai.Se os evangelizadores – sejam bis-pos, padres e diáconos, sejam

Quaresma é tempo de reconciliação com Deus,com o próximo, com a natureza e com nós mesmos.

4 Tema do Mês Março 2013 Jornal da Arquidiocese

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Tempo para o diálogo com Deus,para entregar-se e confiar-se a ele,para agradecer-lhe as maravilhasda vida, para louvá-lo pela belezada natureza, para adorá-lo ereconhecê-lo como único Senhor.

Reconciliaçãocom o próximo

A Quaresma é também tempode rever nossa relação com o pró-ximo, com as pessoas de nossocotidiano, na família, na vizinhan-ça, no estudo, no trabalho, no cír-culo de amizade. É tempo de verifi-car o tipo e a quantia de esmolaque doamos aos irmãos. A esmolada companhia, da ajuda, do con-selho, do consolo, da visita. Nummundo cada vez mais individualis-ta, a fé cristã apela sempre para adimensão da comunitariedade.

Não existe fé cristã sem comu-nhão, sem vida comunitária, semabertura para reconhecer as rique-zas da diversidade de dons e talen-tos, para suportar os defeitos dosoutros, para ajudar as pessoas aenfrentar e superar suas dificulda-des. Cria-se, assim, a vida de comu-

nidade. O Documento de Aparecidaensina que a vivência comunitáriaé um dos eixos da novaevangelização. “Nossos fiéis procu-ram comunidades cristãs, onde se-jam acolhidos fraternalmente e sesintam valorizados, visíveis eeclesialmente incluídos. É necessá-rio que nossos fiéis se sintam real-mente membros de uma comuni-dade eclesial e co-responsáveis emseu desenvolvimento. Isso permiti-rá um maior compromisso e entre-ga em e pela Igreja” (DAp 226).

Reconciliaçãocom a natureza

Também com a natureza é pre-ciso reconciliar-se. Num mundo emque as exigências do mercado noslevam à depredação da natureza,à poluição das águas, ao acúmulodo lixo, ao desmatamento das flo-restas, a Quaresma nos ensina osentido atual do jejum. Não bastaficarmos algumas horas sem co-mer e beber. É preciso aprender ater uma vida simples e sóbria. Oconsumismo materialista de nos-sos tempos, que enche nossasdespensas e armários, é o respon-sável pela destruição da nature-za. Todas as coisas que compra-mos não para o consumo susten-tável, mas para o supérfluo e odesperdício, são extraídas domundo mineral, vegetal e animal.

O jejum quaresmal nos convi-da à bem-aventurança da pobre-za evangélica, da austeridade, dasobriedade. “A natureza agrade-ce!” dizem os ecologistas crentes.O Documento de Aparecida nosadverte sobre a herança da cria-ção. “Esta herança muitas vezesse manifesta frágil e indefesa di-ante dos poderes econômicos etecnológicos. Por isso, como pro-fetas da vida, queremos insistirque, nas intervenções sobre osrecursos naturais, não predomi-nem os interesses de grupos eco-nômicos que arrasam irracional-mente as fontes de vida, em pre-juízo de nações inteiras e da pró-pria humanidade. As gerações quenos sucederão têm direito a rece-ber um mundo habitável e não umplaneta com ar contaminado. Fe-lizmente, em algumas escolascatólicas, começou-se a introdu-zir entre as disciplinas uma edu-cação em relação à responsabili-dade ecológica” (DAp 471).

Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arq., Prof. de Teolo-

gia e Diretor da FACASC/ITESC

Email: [email protected]

catequistas, ministros e lideranças– não tivermos uma experiênciaprofunda de Deus, se não vivermosna amizade afetiva com ele, se nãoformos reconciliados com ele…,não conseguiremos mais falar deDeus ao nosso tempo, tão carentede sua presença e de seu amor.Além da amizade, a reconciliaçãocom Deus só é possível através daoração. Trata-se de uma relaçãoque carece de cuidado e atenção.

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Jornal da Arquidiocese Março 2013

5Geral

Leigos recebem formação em TeologiaFACASC abre cursos de Teologia para leigos. Este ano são oferecidos seis cursos

A Faculdade Católica de SantaCatarina promoveu, na noite do dia25 de fevereiro, a abertura dos Cur-sos de Teologia para Leigos. No pri-meiro dia, todos os participantes doscinco cursos oferecidos pela FACASCficaram concentrados no auditórioda instituição para a aula inaugural.

Pe. Josemar Silva, referencialda juventude na Arquidiocese,apresentou a CF-2013, que temcomo tema “Fraternidade e Juven-tude”. Em sua explanação, ele fezum apanhado geral sobre a CFfocando a juventude diante da Igre-ja e da sociedade. “Precisamos nosaproximar da juventude. Os jovensdevem ser tratados como protago-nistas de sua história”, disse.

Em seguida, Silvia Togneri, co-ordenadora dos Cursos de Teolo-gia para Leigos, deu orientaçõesgerais sobre o funcionamento doscursos aos alunos e fez memóriados cursos oferecidos no últimoano. Também respondeu aosquestionamentos dos alunos. Se-gundo ela, os cursos são ofereci-

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

O setor Casos Es-peciais da PastoralFamiliar promove,nos dias 13 e 14 deabril, na ParóquiaSão Vicente, emItajaí, formação paracasais em segundaunião. Neste ano emque a formaçãocompleta 10 anossendo realizado na paróquia, oevento mais uma vez contarácom a assessoria do Pe.Roberto Aripe (Padre Chiru), daDiocese de São Leopoldo, RS,e sua equipe. Ele é o criador dametodologia “O Senhor é omeu Pastor”, que orienta oscasais em segunda união.

A formação tem como obje-tivo acolher os casais nessa si-tuação e trazê-los para a Igreja,para que se sintam membros dacomunidade como todo cristão.

Formação para casaisem Segunda União

Todos os casais da Arquidioce-se são convidados a participar.Os filhos, independente da ida-de, também podem ir.

Os participantes de outrascidades serão acolhidos parapernoitar em casas de família.Os interessados devem entrarem contato com a paróquia pelofone (47) 3241-2742 ou com ocasal referencial Lieje e Rogé-rio, pelos fones (47) 3241-2455ou 9983-2556, ou ainda peloe-mail [email protected].

Seminário sobre EcumenismoO Conselho de Igrejas para

Estudo e Reflexão-CIER convidatodas as lideranças para parti-ciparem do Seminário sobre

a Semana de Oração pela

Unidade dos Cristãos, a serrealizada de 12 a 19 de maio, asemana de preparação paraPentecostes. O Seminário serános dias 18 e 19 de março, noCentro de Eventos Rodeio 12,na cidade de Rodeio, perto deBlumenau. O evento contarácom a assessoria de Merce-

des Brancher, doutora em Ci-ências da Religião pela Univer-sidade Metodista de São Paulo,atuante em Blumenau.

Para participar, os interessa-dos devem adquirir a ficha deinscrição e confirmar até o dia12 de março. O custo com hos-pedagem e alimentação é deR$ 85,00. Mais informaçõespelo fone (48) 8426-5058, oupelos e-mails stelamdg@

hotmail.com e stelamdg@

gmail.com

dos há mais de 20 anos. “Paraesse, estamos oferecendo seiscursos. Quem ainda não se inscre-veu, ainda pode fazer direto nasecretaria da FACASC”, convidou.

Este ano, a FACASC oferece oscursos de extensão em TeologiaSistemática, Bíblia - Segundo Tes-tamento, Teologia Bíblica - Pasto-ral, Teologia Litúrgica - Fundamen-

tal, Teologia Catequética – Pasto-ral, e Curso de Canto e MúsicaLitúrgica II. Todos os cursos sãorealizados às segundas-feiras, das19h30min às 22h, na sede daFACASC, em Florianópolis.

Mais informações pelo fone (48)3234-0400, ou pelo site www.facasc.edu.br, ou ainda pelo [email protected]

Como forma de preparar oscatequistas para o ano, muitasparóquias da Arquidiocese promo-

veram no mês de fevereiro umasemana de formação catequética.As formações foram ministradas

Catequistas se preparam para atividadesParóquias realizam formação para os catequistas antes do início dos encontros

por professores da Faculdade Ca-tólica de Santa Catarina, semina-ristas, e lideranças da Catequese.

Os temas adotados foram di-versificados: Ano da Fé; o Credo;novo método de formação paracatequistas em forma de cartas;documento do Papa “A Porta daFé”; Espiritualidade Bíblica; e Lei-tura Orante da Bíblia.

Segundo Irmã MarleneBertoldi, coordenadora arqui-diocesana da Pastoral Catequé-tica, em fevereiro há a preocu-pação das paróquias em prepa-rar as lideranças antes do inícioda Catequese. “A formação é desuma importância. O catequistadeve estar em constante atuali-zação”, afirmou.

Alunos participaram da aula inaugural dos cursos de Teologia

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Paróquia da Meia Praia, em Itapema, foi uma das que promoveu formação

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Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

6 Bíblia Março 2013 Jornal da Arquidiocese

Conhecendo o livro dos Salmos (57)Conhecendo o livro dos Salmos (57)Conhecendo o livro dos Salmos (57)Conhecendo o livro dos Salmos (57)Conhecendo o livro dos Salmos (57)

Salmo 78 (77): Nossos pais nos contaramsua ira, / a cólera, a indignação, a

desgraça, / todo um exército de an-

jos do mal. 50. Deixou agir livre-

mente seu furor, / não os preservou

da morte, / entregou a sua vida à

peste. 51. Enfim, matou todos os

primogênitos do Egito, / as primícias

do seu vigor na terra de Cam.

Nesta altura, o salmista faz seusouvintes ou leitores retrocederemaos tempos da escravidão no Egito,da qual o Senhor os livrou ferindoos egípcios com “pragas”, aqui men-cionadas em número de sete, en-quanto o livro do Êxodo fala em dez.

O êxodo e aentrada em Canaã

52. Ao seu povo,porém, fez sair

como ovelhas, / conduziu-os como

um rebanho no deserto. 53. Guiou-

os com segurança, e não teme-

ram, / enquanto o mar recobria

seus inimigos. 54. Conduziu-os

ao seu domínio santo, / ao Mon-

te que a sua mão direita conquis-

tara. 55. Expulsou diante deles as

nações / e repartiu-lhes por sorte a

herança / fazendo morar nas suas

tendas as tribos de Israel.

Em contraste com a ruína dosegípcios, a libertação de Israel,conduzido por Deus como o pas-tor que guia seu rebanho parapastagens e apriscos seguros,aqui, a terra de Canaã. Nas ten-das dos canaanitas passam a mo-rar, agora, os hebreus.

Mesmo agraciados,ainda infiéis

56. Apesar disso, provocaram,

com suas revoltas, o Deus

Altíssimo, / não observando seus

preceitos. 57. Desviaram-se e fo-

ram infiéis como seus pais, / vol-

taram-se para trás como um arco

traiçoeiro. 58. Com seus lugares

altos o provocaram /e com seus

ídolos excitaram seu ciúme.

Repete-se a sina da rebeldia eda provocação de um povo tãoabençoado, e no entanto reiterada-mente infiel.

Os filisteus seapoderam da Arca

59. Deus o viu e se enfure-

ceu, / e rejeitou Israel completa-

mente. 60. Abandonou a morada

de Silo, / a tenda onde morava

entre os homens. 61. Entregou

ao cativeiro sua Força / e às mãos

do inimigo a sua Glória. 62. Aban-

donou seu povo à espada, / e se

indignou contra a sua herança.

63. O fogo devorou seus jovens, /

e suas virgens não ouviram o can-

to nupcial. 64. Seus sacerdotes

caíram vítimas da espada / e suas

viúvas não puderam chorar.

O salmista aqui se refere aosfatos narrados no 1º livro deSamuel, capítulos 4 e 5, culminan-

1) Em que sentido este sal-mo é “histórico”?

2) Por que é necessário recor-dar os fatos do passado,também do nosso país, danossa comunidade, refle-tindo sobre eles?

3) Por que o autor insiste tantonas constantes rebeliões einfidelidades do seu povo?

4) Que nos diz, em relação àliberdade de Deus, o seurepúdio de Efraím e a es-colha de Judá?

5) Davi correspondeu às es-peranças nele depositadaspelo salmista?

Este é um salmo “histórico”, nosentido de que recorda a história, opassado do povo de Deus. Por isso,é bastante longo, como o são tam-bém os salmos 105 e 106. Sendouma síntese, não conta toda a histó-ria, mas apresenta-a parcialmente,desde o Êxodo até a escolha do reiDavi, segundo determinado ponto devista. Na detalhada introdução (vv.1-8), o salmista insiste em que é pre-ciso refletir bem sobre os fatos pas-sados, para não incorrer nos erroscometidos.Um povo sem memóriaé um perigo. Por isso, a necessidadede acolher, com discernimento, “oque nossos pais nos contaram”.

Escuta, meu povo!

1. Escuta, meu povo, a instru-

ção; / presta atenção às palavras da

minha boca. 2. Vou abrir a boca em

parábolas, / expor os enigmas do

passado. 3. O que nós ouvimos e

aprendemos, / o que nossos pais nos

contaram, 4. não o ocultaremos a

seus filhos; / e à geração seguinte o

contaremos: as glórias do Senhor, o

seu poder / e os prodígios que reali-

zou. 5. Ele estabeleceu uma norma

para Jacó, / promulgou uma lei em

Israel; / ordenou a nossos pais que a

ensinassem a seus filhos, 6. para

que a conhecesse a geração seguin-

te, / a dos filhos que vão nascer. /

Eles, por sua vez, ensinarão a seus

filhos 7. a deporem em Deus sua

confiança, / a não esquecerem as

obras de Deus, / e a observarem

seus mandamentos. 8. Para que

não sejam, como seus pais, uma

geração indócil e rebelde, / cujo co-

ração foi inconstante / e cujo espí-

rito foi infiel a Deus.

O salmista, com autoridade se-melhante à de Moisés no livro doDeuteronômio (cfDt 32), fala em“parábolas” e “enigmas”, referindo-se aos fatos do passado, que de-vem ser bem compreendidos. Porisso mesmo, ele passa logo da 1ªpessoa singular para o plural: “O quenós ouvimos, não o ocultaremos àgeração seguinte”. Entre o que deveser transmitido, ele menciona: aconfiança em Deus, a memória desuas obras, a observância dos seusmandamentos (v.7)

Os filhos de Efraím

9. Os filhos de Efraím, arquei-

ros equipados, / bateram em reti-

rada no dia do combate. 10. Pois

não guardaram a aliança de Deus,

/ não quiseram seguir sua Lei;

11. esqueceram suas grandes

obras / e os prodígios que lhes

tinha mostrado.

O salmo, escrito em Judá, noreino do Sul, começa denuncian-do “Efraím”, o reino doNorte, se-parado de Judá desde a morte deSalomão e, finalmente, destruídopelos assírios em 722 aC. Não sesabe exatamente a que “retirada”o autor se refere.

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Na terra do Egito

12. De fato, diante de seus

pais, Ele fizera maravilhas / na

terra do Egito, no campo de Tânis.

13. Abriu o mar para fazê-los pas-

sar, / segurou as águas em pé

como num dique; 14. guiou-os de

dia com a nuvem, / e de noite,com

o clarão do fogo. 15. Fendeu os

rochedos no deserto, / e deu-lhes

a beber água em abundância. 16.

Do rochedo fez brotar riachos / e

fez correr água como rios. 17. Mas

continuaram pecando contra Ele,

/ revoltando-se contra o Altíssimo

no deserto. 18. Tentaram a Deus

no seu coração, / pedindo comida

segundo seu capricho. 19. Fala-

ram contra Deus, dizendo: “Será

que Deus pode pôr-nos a mesa no

deserto? 20. Ele bateu na rocha,

escorreram águas / e as torrentes

transbordaram. / Acaso poderá

também dar-nos pão, ou fornecer

carne para seu povo?” 21. Quan-

do o Senhor ouviu, enfureceu-se /

e um fogo se acendeu contra Jacó

/ e a cólera explodiu contra Israel.

22. Pois não acreditaram em Deus

/ e não confiaram no seu socorro.

“No campo de Tânis” é a locali-zação da residência dos Faraós nodelta do rio Nilo, no tempo deMoisés. O autor, porém, já começafalando da travessia do mar e dosprodígios e rebeliões no deserto.

Ingratidão e castigo

23. Apesar de tudo, ordenou

às nuvens do alto / e abriu as com-

portas do céu: 24. fez chover so-

bre eles o maná, para nutri-los, / e

deu-lhes o trigo do céu. 25. Pão

de anjos os homens comeram, /

pão com fartura lhes enviou. 26.

Fez soprar no céu o vento do Ori-

ente, / e trouxe com seu poder o

vento do Sul; 27. Fez chover sobre

eles carne, como poeira, / e aves,

como areia da praia. 28. Fê-las cair

no meio do acampamento, / ao re-

dor de suas tendas. 29. Comeram,

e ficaram saciados; / foi satisfeita a

sua avidez. 30. Mal haviam sacia-

do a gula, / e a comida estava ain-

da na sua boca, 31. quando a ira

de Deus se acendeu contra eles; /

castigou com a morte os mais vigo-

rosos, / abateu os jovens de Israel.

Condescendendo com as recla-mações do seu povo, o Senhor ossacia de pão e de carne. Quando,porém, não era mais a fome, masa gula que os movia, a condescen-dência termina e vem o castigo.

A misericórdiaque perdoa

32. Ainda assim, tornaram a

pecar, / pois não tiveram fé nos seus

prodígios. 33. Então dissipou seus

dias como um sopro / e seus anos

com um terror repentino. 34. Quan-

do os fazia morrer, então O busca-

vam: / convertiam-se a Ele para

reencontrá-lo, 35. lembrando-se de

que Deus era seu rochedo, / e o

Deus Altíssimo, o seu libertador. 36.

Mas o adulavam com as suas pala-

vras / e com a língua lhe mentiam;

37. seu coração não era sincero

com Ele / e não eram fiéis à sua

Aliança. 38. Ele, na sua misericór-

dia, / perdoava o pecado e não os

destruía. / Muitas vezes refreou

sua ira / e não deixava agir todo o

seu furor. 39. Lembrava-se de que

eram apenas carne, / um sopro que

se vai e não volta.

Deus não pode deixar deser justo, mas a sua justiça ésempre temperada pela mise-ricórdia, o amor compassivoque não deixa de levar em con-ta a fragilidade humana

As pragas do Egito

40. Quantas vezes se revolta-

ram contra Ele no deserto / e o irri-

taram na solidão! 41. Recomeça-

ram a tentar a Deus / e ofenderam

o Santo de Israel. 42. Não mais se

lembraram do seu poder, / do dia

em que os libertou do opressor, 43.

quando realizou seus prodígios no

Egito / e seus milagres no campo

de Tânis. 44. De fato, mudou em

sangue os rios e riachos dos egípci-

os, / para impedi-los de beber. 45.

Enviou contra eles moscas para os

picarem / e rãs para os afligirem.

46. Entregou às pragas suas colhei-

tas, / ao gafanhoto o fruto de seus

trabalhos. 47. Destruiu suas vinhas

com o granizo, / seus sicômoros

com a geada. 48. Entregou seu gado

à peste, / seus rebanhos ao raio.

49. Lançou contra eles o fogo da

do na destruição do santuário deSilo e na captura da Arca da Alian-ça pelos filisteus.

Derrota dos filisteuse repúdio de Efraím

65. Entretanto, o Senhor des-

pertou como de um sono, / como

um guerreiro dominado pelo vinho.

66. Golpeou os inimigos pelas cos-

tas, / infligindo-lhes eterna ignomí-

nia. 67. Repudiou a tenda de José, /

não escolheu a tribo de Efraim.

Aplicado o castigo, Deus volta asalvar o seu povo, golpeando desurpresa os inimigos. A destruiçãodo santuário de Silo (a “tenda deJosé”) é o sinal do repúdio de Efraím,o reino do Norte, mencionado comcensura no início do salmo (v. 9).

Escolha de Judá e de Davi

68. Mas designou a tribo de

Judá, / a montanha de Sião, sua

preferida. 69. Exaltou, como o céu,

seu santuário, /firmando-o como

a terra, para sempre. 70. E esco-

lheu Davi, seu servo, / tirando-o

do aprisco das ovelhas; 71. do meio

das ovelhas o chamou, / para

apascentar Jacó, seu povo, / e Is-

rael, a sua herança. 72. Ele os

apascentou com um coração ín-

tegro, / e com a habilidade de suas

mãos o conduziu.

O final do salmo conclui positi-vamente um balanço tão negati-vo do passado, apresentando aescolha de Davi, da tribo de Judá,e de Sião, local do novo santuárioda Arca e da Presença do Senhor.Nada comenta sobre a históriaposterior, dos sucessores de Davi,que também pecaram. Deixa, as-sim, em aberto, o surgimento deum novo Davi, o qual, para nós,cristãos, é o Senhor Jesus.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica na Fa-

culdade de Teologia de SC - FACASC

email: [email protected]

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Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

A Faculdade Católica de SantaCatarina - FACASC, em parceriacom a Coordenação de Pastoral daCNBB - Regional Sul IV, promoveu,dos dias 01 a 08 de fevereiro, aprimeira etapa do curso de pós-gra-duação (especialização latosensu) em “Juventude, religião ecidadania”. Participam do curso 38alunos, a maioria jovens, de todoo Estado catarinense e de outraspartes do país. Esta foi a primeirade quatro etapas, sempre realiza-das no período de ferias.

Na primeira etapa, os participan-tes trataram sobre Metodologia daPesquisa, Teologia da Libertação,Aspectos históricos, socioculturais

Jornal da Arquidiocese Março 2013

7Geral

Pós-graduação reflete sobre a juventude38 alunos de todo o Estado participaram da primeira etapa da pós-graduação oferecida pela FACASC

e teológicos da juventude e, Jovense o diálogo inter-religioso: matrizesculturais e religiosas do Brasil.

Os estudantes desse cursoretornarão, na segunda etapa, du-rante a primeira quinzena de julhopara tratar sobre Psicopedagogiae metodologia do trabalho com ajuventude, Direitos humanos e di-reitos da juventude, Sociologia daReligião e da Juventude, Organiza-ções e Movimentos Juvenis.

A curso é coordenado pelo Pe.Gilberto Tomasi, Doutor e Mestreem Ciências da Religião pela PUC,São Paulo. Segundo ele, o curso foiconcebido com o objetivo de “ca-pacitar jovens para o exercício da

cidadania, para a proposição e de-fesa de políticas públicas em favorda juventude, para a urgência dereunir jovens em grupos e em re-des de comunhão e de comunica-ção, na busca de solução para seusproblemas cotidianos e estruturais.

Pretende-se, ainda, buscar oaperfeiçoamento da compreensãoda realidade juvenil em suas vári-as dimensões: sóciocultural, políti-ca, psico-afetiva, religiosa e orga-nizacional. Sendo assim, este cur-so quer ser um espaço privilegia-do de reflexão e pesquisa sobrejuventude, capaz de alavancarações qualificadas junto aos jovenscatarinenses.

Segmentos da juventude presentes na ArquidioceseA Campanha da Fraternidade de 2013, que tem como tema a Juventude,

se preocupa com a baixa participação dos jovens na Igreja e na sociedade.Na Arquidiocese de Florianópolis, temos presentes 17 segmentos juvenis,movimentos que buscam envolver os jovens. Cada um deles possui um

carisma próprio, ação pastoral na Igreja e busca envolver os jovens. Comoforma de contribuir para que os jovens conheçam e tenham uma participa-ção mais efetiva na Igreja, a partir dessa edição iremos apresentar dois seg-mentos presentes na Arquidiocese.

A Pastoral da Juventu-de é um dos únicos seg-mentos juvenis compostoessencialmente por jovens,organizado em quase todasas dioceses do Brasil. Há re-gistros de que em meadosde 1970 já existia esta ati-vidade pastoral em nossaArquidiocese.

Segundo o livro “Civiliza-ção do Amor: Tarefa e Esperança”, “a Pasto-ral da Juventude é a ação organizada da Igre-ja para acompanhar os jovens a descobrir,seguir, e comprometer-se com Jesus Cristo esua mensagem, a fim de que, transformadosem homens novos, e integrando sua fé e suavida, se convertam em protagonistas da civi-lização do amor”.

Para tanto, encontramo-nos em peque-nos grupos para partilhar e celebrar a vida,

Pastoral da Juventudeas lutas, os sofrimentos, ecultivar a amizade, comuma mística própria. Nos-sa espiritualidade é encar-nada na realidade, e volta-da às comunidades nasquais estamos inseridos.

Em comunhão com a PJNacional, assumimos paraa Arquidiocese três proje-tos nacionais, fundamen-

tais para os jovens das paróquias, voltadosà formação, mística e comunicação. Comeles desejamos dar nova força e impulsopara o trabalho de evangelização dos gru-pos de jovens.

Para nos conhecer melhor, visite-nos nasredes sociais: Blog: http://pjarqui

floripa.blogspot.com.br ou Email:[email protected];Fanpage: PJ Arquifloripa

O Movimento dos Focolares nasceu emTrento (Itália) no dia 7 de dezembro de1943, data em que Chiara Lubich – a suafundadora, então com 23 anos – consa-grou a sua vida a Deus, como resposta àdescoberta fulgurante do Seu amor que serevelou precisamente no clima de ódio daSegunda Guerra Mundial. Quando corriapara os refúgios, para proteger-se dos bom-bardeios, Chiara e suas primeiras compa-nheiras levavam unicamente o Evangelho:“Aquelas palavras pareciam iluminar-se

com uma luz nova”.

Desde o início do Movimento, os jovensestiveram presentes como protagonistas.A sua fisionomia específica começou a sedelinear a partir de 1967, quando ChiaraLubich, com o lema “Jovens de todo o

mundo, uni-vos!”, colocou as bases paraa constituição dos movimentos juvenis.

Os gen (Geração Nova), jovens radical-

Movimento dos Focolaresmente comprometidos na espiritualidade daunidade, responderam àquele chamado, eainda hoje continuam a responder: jovensentre os 17 e 30 anos, espalhados por todaparte, nos cinco continentes, de diferentesetnias, nacionalidades e culturas. Pertencema diversas denominações cristãs, a váriasreligiões, ou não professam nenhuma cren-ça religiosa, mas são todos ligados pelo de-sejo de construir o mundo unido, fazercom que a humanidade seja, cada vez mais,uma só família, no respeito pela identidadede cada um. Sabem que a unidade na qualacreditam, e pela qual se empenham, não éapenas um projeto humano, mas o desígniode Deus sobre a humanidade: “Para que to-

dos sejam uma coisa só” (Jo 17,21).Mais informações no site www.

focolares.org.br, ou pelo fone (48) (48)3244-4190 ou pelo [email protected]

Promovido pela FACASC, primeira etapa reuniu jovens de todo o Estado

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Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

8Março 2013 Jornal da ArquidioceseGeral

A Irmandade do Senhor BomJesus dos Passos, em Florianópo-lis, promoverá, nos dias 16 e 17de março, pelo 247º ano conse-cutivo, a Procissão do Senhor dosPassos. As festividades iniciam nodia 10, com a investidura dos no-vos irmãos e irmãs, com eventostodos os dias, e seguem até o dia17, 5º domingo da quaresma.

Os dois pontos altos são: a pro-cissão de transladação das ima-gens, no dia 16, sábado: a partirdas 20h, translado da Imagem doSenhor dos Passos, seguida daimagem de Nossa Senhora dasDores, para a Catedral. No dia 17,domingo, às 16h terá início a pro-cissão do Encontro, em que asimagens circulam pelas principaisruas de Florianópolis e se encon-tram em frente à Catedral.

Um fato marcante neste anoé que o “Sermão do Encontro”será proferido por Dom Murilo

Krieger, arcebispo de Salvador,Bahia, e ex-arcebispo de Florianó-polis. Depois, as imagens, carre-gadas pelos Irmãos, retornampara a Capela do Menino Deus,junto ao Hospital de Caridade. AIrmandade do Senhor dos Passosconta atualmente com cerca de900 irmãos que, através do paga-

Procissão do Senhor Jesus dos PassosA mais tradicional manifestação religiosa do Estado busca envolver cada vez mais os jovens

mento de anuidade, mantêm aadministração do Imperial Hospi-tal de Caridade.

Participaçãodos Jovens

A comissão organizadora daProcissão busca envolver os jo-vens, de modo especial neste ano,quando a Campanha da Fraterni-dade focaliza a Juventude. Comesse objetivo, o Setor Juventudeda Arquidiocese se reuniu com aIrmandade e está organizando a

participação especial dos jovens,para incentivá-los a participar des-sa celebração. “É através da parti-cipação deles que a tradição daProcissão, mais que bicentenária,será garantida para as geraçõesfuturas”, disse José Carlos Pa-

checo, provedor da Irmandade.Mais informações com Rita

Peruchi, pelo fone (48) 3221-7588 ou pelo email rita@ hos-

pital decaridade.com.br, ou nosite www.hospitaldecaridade.

com.br, clicar em “Irmandade”.

A devoção ao Senhor Jesusdos Passos começou aqui a par-tir da chegada da imagem, ta-lhada em madeira por Francis-co Chagas, escultor baiano. Osregistros dizem que, em 1764,uma embarcação levava a ima-gem para o Rio Grande, RS. Apóstrês tentativas frustradas deatravessar a Barra do Rio Gran-de, por causa das fortes tem-pestades, a nave atracou defi-nitivamente na então Desterro.

Uma história com 247 anosO povo interpretou a dificul-

dade de a imagem chegar aoseu destino inicial como um si-nal do céu. E assim o capitãodo barco e os moradores acer-taram as despesas da confec-ção da imagem e seu transpor-te. A partir de então, a imagemfoi colocada na Capela Meni-no Deus, construída pela bea-ta Joana de Gusmão, e ali foicriada a Irmandade do SenhorJesus dos Passos.

Encontro das duas imagens diante da Catedral é o ponto alto quecostuma emocionar os milhares de fiéis que participam da solenidade

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Tendo elaborado, aprovado e pu-blicado o Plano Arquidiocesano dePastoral, no período de 2010-2012,queremos dar continuidade ao traba-lho desenvolvendo as pistas de açãoe os projetos pastorais aprovados.Nesse contexto queremos refletirsobre a importância que os Conse-lhos de Pastoral têm para a Igreja. ABíblia nos apresenta várias passa-gens que ressaltam duas caracterís-ticas fundamentais da Igreja: Comu-nhão e participação. A Palavra de Deusnos ensina que devemos planejar, or-ganizar, avaliar e realizar toda açãopastoral na unidade.

O Concilio Vaticano II (1962-1965), cujo jubileu estamos cele-brando no período de 2012-2015,nos mostra que a Igreja assumiu umrosto novo. Ela foi definida comoPovo de Deus. Insiste-se mais na di-mensão da Igreja-comunhão. É onovo jeito de ser Igreja-família, Igre-ja-participação, Igreja-comunidade,Igreja-povo. Nela, todos os fiéis sãoco-responsáveis pela vida cristã epela missão evangelizadora. Os Con-selhos de Pastoral são a expressãoorganizacional da Igreja, que preten-de ser mais participativa e comuni-tária. Quanto mais conselhos hou-ver, mais a Igreja será participativa.

O Documento de Aparecida nosdiz que: “Não pode existir vida cristãfora da comunidade” (DAp 278d).Sendo assim, a Igreja serve-se dosConselhos de Pastoral, presentesem todas as instâncias da vida e daorganização eclesial, como uma for-ma de exercício da cidadania cristãe espaço privilegiado da participa-ção do povo de Deus no poder hie-rárquico. “Os Conselhos de Pastoral,nos seus diversos níveis – diocesano,paroquial e comunitário – são o ór-gão que ajuda a pensar e realizar aação missionária e pastoral da Igre-

Plano Arquidiocesano de PastoralConselhos de Pastoral: um meio privilegiado parapromover a comunhão e participação na Igreja

ja, em vista de uma evangelizaçãoadequada aos desafios do mundo eda cultura moderna” (Plano Arquidi-ocesano de Pastoral, 2012-2022,n. 266). Portanto, podemos dizerque a diocese deve ter os Conse-lhos de Pastoral organizados em ní-vel comunitário, paroquial, comarcale diocesano porque somos uma Igre-ja-comunhão, que tem sua fonte naSantíssima Trindade.

Com o intuito de promover, orga-nizar, formar e dinamizar os Conse-lhos de Pastoral em nossas comuni-dades e paróquias, a Arquidioceseestará realizando encontros comtodos os coordenadores de CPCs,CPPs e Administradores Econômicosnas oito comarcas no período de fe-vereiro-abril (as datas estão nocronograma). Nesses encontros es-taremos estudando o Plano de Pas-toral e encaminhando os projetospastorais previstos e possibilitandoformação e informação sobre a di-mensão administrativa da Igreja.Vamos juntos fazer com que nossaIgreja se torne cada vez mais espa-ço de comunhão e participação.

Pe. Revelino Seidler - Coorde-

nador Arquidiocesano de Pastoral

Page 9: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Arquidiocese inicia ano com 42 seminaristasReitores dos seminários avaliam o início do ano letivo nos nossos quatro seminários

Os quatro seminários da Arqui-diocese iniciam o ano com 42 se-minaristas. Desses, 10 ingressaramno seminário neste ano. Apenas oSeminário Propedêutico ainda nãoiniciou as atividades: tem aberturaprevista para o dia 04/03.

O Seminário Teológico ConvívioEmaús iniciou o ano com 10 semi-naristas; dois são novos. As aulasiniciaram no dia 14 de fevereirona FACASC/ITESC. Pe. Vânio daSilva, reitor do Seminário, assimse expressa: “Esses jovens são si-nais de alegria e esperança para aArquidiocese, porque demonstramgenerosidade, boa vontade, e mui-ta seriedade, neste caminho depreparação para a vida presbiteral”.

O Seminário Metropolitano Nos-sa Senhora de Lourdes, em Azam-buja, Brusque, iniciou com 26 se-minaristas: 10 no Menor; e 16 naFilosofia. O início do ano letivo foiem datas diferentes: para o Menorfoi o dia 10 e para a Filosofia o dia17 de fevereiro. Dos seminaristasdo Menor, sete são novos. Na Filo-sofia, oito ingressaram neste ano.

Pe. Pedro Schlichting, reitor

de Azambuja, avaliou como bastan-te promissor o grupo de novos se-minaristas. “Todos participaram dosencontros vocacionais e eramacompanhados pelas equipes deanimação vocacional arquidiocesa-na e nas comunidades”, informou.

No Seminário Propedêutico, asatividades iniciarão no dia quatro demarço. Estão previstos seis prope-

deutas. O seminário terá algumasnovidades. Antes, funcionava emCamboriú. A partir deste ano será naCasa Santa Maria, na Ponta de Bai-xo, em São José (fone 48 3259-5591). “São jovens entusiasmados,com bom tempo de acompanha-mento vocacional e amadurecidosna vocação”, disse Pe. JosemarSilva, reitor do Propedêutico.

Aula inaugural e CelebraçãoEucarística, realizada na manhã dodia 14 de fevereiro, marcaram oinício do ano letivo na FaculdadeCatólica de Santa Catarina -FACASC. Evento reuniu alunos, pro-fessores, formadores e funcionári-os da instituição. A aula inauguralabordou o tema “Juventude eIgreja em Santa Catarina”, acargo dos jovens Uilian Dalpiaz eRodrigo Szymanski, membros daCoordenação da Pastoral da Juven-tude da CNBB-Regional Sul IV.

Durante a exposição,eles fize-ram um resgate histórico daevangelização da juventude noEstado, dos documentos doCELAM e da CNBB sobre os jovens,da opção da Igreja pelos Jovens, anecessidade de se ouvir o jovemna Igreja e na Sociedade, aprovei-tando especialmente, neste ano,a Campanha da Fraternidade e aJornada Mundial da Juventude.Depois da exposição, responde-ram a perguntas dos participantes.

A Celebração Eucarística foi pre-

FACASC inicia ano letivoFaculdade inicia o ano com 27 alunos novos e

81 distribuídos nos quatro anos da Teologiasidida pelo Pe. Vitor GaldinoFeller, Diretor da instituição e Vigá-rio Geral da Arquidiocese, econcelebrada por outros nove pa-dres. Em sua homilia, Pe. Vitor refle-tiu sobre a marca do tempoquaresmal, a conversão. “Devemosser pessoas convertidas para Deuse para o próximo. Muitas vezes ce-demos espaço a outros deuses, aosídolos deste mundo, às tentações.O Senhor nos convida a renunciar atudo, até a nós mesmos, assumin-do a cruz de cada dia”.

27 novos alunosA FACASC inicia o ano com 81

alunos: 27 no primeiro ano; 21 nosegundo; 15 no terceiro; e 18 noquarto. Dos 27 que iniciam o curso,21 são seminaristas, um diácono ecinco são leigos. No conjunto, aFACASC tem 68 alunos seminaris-tas, dez leigos e três diáconos. DaArquidiocese, são 10 seminaristas:dois no primeiro ano; três no segun-do; e cinco no terceiro. Não temosalunos no quarto ano.

Uma Celebração Eucarísticarealizada na manhã do dia 24 defevereiro marcou o Jubileu de Pratade vida religiosa da Irmã LuziaKoch, das Irmãs da Divina Providên-cia. Realizada no Provincialado, emFlorianópolis, a celebração foi pre-sidida pelo Pe. Vânio da Silva, coor-denador arquidiocesano da Pasto-ral Vocacional, e concelebrada peloPe. Valter Goedert, Pe. SilvanoValdemiro de Oliveira e pelodiácono Francisco Roque Guesser.

A celebração contou com a pre-sença dos seus pais, Maria eIldefonso Koch, parentes e amigos,e as irmãs da Congregação. Duran-te a solenidade, Irmã Luzia renovoua sua disposição de continuar nes-se caminho de seguimento de Je-

sus e renovou os votos perpétuos.“Confio minha vida e renovo meusim, os Votos Perpétuos que fiz deservir a Deus em pobreza, castida-de, obediência, por toda a minhavida, na Congregação das Irmãs da

Divina Providência”, disse.Depois ela recebeu das mãos

da Ir. Maria Eliza De Brida, provincial– também em nome da Coordena-ção Geral, Irmã Lurdes Lüke, e daProvíncia Coração de Jesus - a alian-ça, símbolo de que sua vida perten-ce a Deus. “É com alegria que aco-lhemos mais uma vez os seus vo-tos perpétuos”, disse Ir. Maria Eliza.

História: Natural de Rachadel,em Antônio Carlos, Irmã Luzia Kochteve a vocação religiosa desperta-da na juventude. Aos 17 anos in-gressou na Congregação das Irmãsda Divina Providência. Depois detrês anos de aspirantado, ingressouna Congregação,com o lema: “Tudoposso naquele que me fortalece”.

Irmã celebra jubileu de vida religiosa

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Foto JA

Professores, alunos e funcionários da FACASC participaram da aulainaugural que tratou o tema da CF-2013 e foi proferida por dois jovens

10 seminaristas realizam a formação teológica, última etapa em vistada ordenação presbiteral, acompanhados dos formadores

Jornal da Arquidiocese Março 2013

9Geral

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Coleta da Solidariedade: como seu gesto se concretiza?

10 Ação Social Março 2013 Jornal da Arquidiocese

O Fundo Arquidiocesano deSolidariedade – FAS é formadopela Coleta da Solidariedade rea-lizada anualmente no Domingosde Ramos. Essa coleta no anode 2012 arrecadou R$225.094,02 (duzentos e vinte ecinco mil, noventa e quatro reaise dois centavos), sendo que 60%,R$ 135.056,42 (centro e trintae cinco mil, cinquenta e seis re-ais e quarenta e dois centavos),compõem o Fundo Arquidiocesa-no e 40%, R$ 90.037,60 (noven-ta mil, trinta e sete reais e ses-senta centavos), vão para o Fun-do Nacional de Solidariedade. Noâmbito da Arquidiocese forambeneficiados 24 projetos, ou seja,mais de 4 mil pessoas beneficia-das. Já o Fundo Nacional apoiou245 projetos em todo o Brasil. OsFundos Solidários têm por objeti-

Em 2012 foram 24 projetos sociais apoiados, mais de 4 mil pessoas envolvidas e quase R$ 100 mil investidos

vo apoiar projetos a fim de esta-belecer a esperança entre os me-nos favorecidos, combatendodiscriminações e caminhando,junto com os excluídos, na busca

dos caminhos da vida em abun-dância para todos.

Acompanhe ao lado os proje-tos e comunidades apoiados comos recuros em 2012.

Grupo Saúde e Vida de Biguaçu foi um dos 24 projetos apoiados em 2012

Dando continuidade aos traba-lhos realizados através do projetoGestão de Risco e Desastre em al-guns municípios do Vale do Itajaí,a Ação Social Arquidiocesana deFlorianópolis – ASA e a Proteção eDefesa Civil Municipal, com a par-ceria do Instituto HSBC de Solida-riedade convidam todas as comu-nidades do município de Botuveráe Guabiruba a participarem do Se-minário municipal que tem comotema “Gestão de Risco e Desastree a participação da sociedade pormeio dos Núcleos Comunitários deDefesa Civil - NUDEC”.

Será um momento em que oNUDEC poderá fazer uma reflexão

Guabiruba e Botuverá terão seminá-rio de Gestão de Risco e Desastres

sobre a sua participação na Ges-tão de risco e desastre local, e,buscar-se-á ampliar a participaçãoda sociedade com este tema.

O Seminário contará com a

Maior participação da sociedade é o tema do seminário

BotuveráData 16/03/2013

Hora 08h às 12h

Local Salão da Paróquia São José

Inscrições (47) 3359-1170(47) 8423-5398c/ Fabiana

GuabirubaData 23/03/2013

Hora 08h às 12h

Local Salão Paroquial Cristo Rei

Inscrições (47) 9606-0252(47) 3354-4511(47) 3354-2725c/ Claudio Correa

assessoria de Marcos Ferreira,Psicólogo com experiência emPsicologia Social e Ambiental. Asinscrições poderão ser feitas nolocal ou por telefone.

PARTICIPE! VALORIZE O CONHECIMENTO E EXPERIENCIA DE PESSO-AS QUE LUTAM PELO BEM VIVER DE TODOS.

Relação dos projetos apoiados em 2012Construção do banheiro co-munitário

Caminhada da Juventude –em prol de uma saúde pú-blica mais digna

Justiça e Profecia a Serviçoda Vida: Rumo ao 11º Esta-dual das CEB’s e GBF

Manutenção e Pintura daCapela do Lar Santa Mariada Paz

Saúde e Vida

Kit para Capacitação

Criar e Costumar

Curso de Garçom

Pequenos Encantos

Música para Crianças Ca-rentes

Dom Joaquim te quero bem

Reforma da Lavanderia

Reformar para Manter

Curso de capacitação detrabalhador em jardinageme busca da inclusão para otrabalho e geração de renda

Etiquetas para Grupo deDoces

Trabalhadora em manicuree pedicure

Transformando lã em renda

Feira de Economia Solidária

Bordar

Seminário Regional Sul doMovimento População deRua

AFAGO – Mulheres em prolda saúde e meio ambiente

Nhemityrõ – Produção deabelhas

Casa da Comunidade dasAreias

Projeto Parquinho

Grupo Indígena Guarani Mby’a- Palhoça

Pastoral da Juventude da Pa-róquia dos Sagrados Corações– São José

Coordenação Arquidiocesanade Pastoral

Lar Santa Maria da Paz -Tijucas

Grupo Saúde e Vida - Biguaçu

Pastoral da Criança Arquid.

Ação Social Barreiros – São José

Associação Cultural, Social edesportiva Capicuys - Fpolis

Ação Social e Cultural PadreAfonso Staehelin - Anitápolis

Ação Social Paroquial São João– Itajaí

Ação Social Paroquial de San-ta Catarina - Brusque

Lar Sta. Maria da Paz - Tijucas

Assoc. João Paulo II - Palhoça

Ação Social e Cultural CristoRei - Camboriú

Grupo Doces do Fortunato -Garopaba

Ação Social e Cultural CristoRei - Camboriú

Ação Social e Cultural PadreAfonso Staehelin - Anitápolis

Ação Social Arquidiocesana

Associação Beneficente SãoDimas (ASBEDIM) - Fpolis

Centro Cultural EscravaAnastácia – Florianópolis

Associação das Fazendeiras,Amigas, Guerreiras e Otimis-tas (AFAGO) - Biguaçu

Aldeia Indígena Yynn MorotiWherá - Palhoça

Associação João Paulo II -Palhoça

Casa da Criança do Morro daPenitenciária - Florianópolis

4.984,66

3.000,00

5.000,00

3.894,00

4.995,00

624,00

4.250,00

4.991,00

1.782,00

4.083,40

2.134,00

4.950,00

5.000,00

3.212,00

4.012,00

3.459,24

5.000,00

5.000,00

4.980,00

5.000,00

4.829,00

4.980,00

5.000,00

3.820,00

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24

Total de Recursos Aplicados em 2012 98.980,30

Arquidiocese debate criação da Pastoralda População em Situação de Rua

Aconteceu no dia 20/02/2013, na Cúria Metropolitana, reu-nião para formação da Pastoral daPopulação em Situação de Rua.Estiveram presentes a Ação SocialArquidiocesana - ASA, Coordena-ção de Pastoral, Movimento Popu-lação de Rua e Centro Cultural Es-crava Anastácia - CCEA. Levantou-se a necessidade de organizaçãodesta pastoral na Arquidiocese,haja vista que este não é um desa-fio exclusivo de Florianópolis, mas

de toda a Arquidiocese, sendo fru-to das desigualdades sociais e fal-ta de efetivação de Políticas Públi-cas em âmbito municipal.

Nesse processo de organização,algumas iniciativas se destacamcomo é o caso da criação do Comi-tê Intersetorial de Populações emSituação de Rua em Florianópolis,com representação da sociedadecivil e do poder público municipalque visará a problematizar estasquestões e a abertura das gestões

municipais para o diálogo, buscadopropor medidas para intervenção,considerando as realidades locais.

Uma nova reunião está previstapara continuação do debate e cria-ção da Pastoral da População emSituação de Rua. Esta acontecerá:

Data 21/03/2013Hora 15:00 hsLocal Senadinho - Rua

Esteves Júnior- 447-Centro - Fpolis/SC

Projeto desenvolvido pelas Comunidades Eclesiais de Base - CEBsalimenta em média 70 pessoas por domingo em Florianópolis

Criação da Pastoral enfrenta desafio presente em toda a Arquidiocese

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Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

GBFs contam a sua históriaDesde o mês de fevereiro começamos a divulgar as histórias do GBF, relatadas

pelas animadoras dos grupos da paróquia de Azambuja – Comarca de Brusque.

Jornal da Arquidiocese Março 2013 GBF 11

Caminhada do grupo de oraçãoRainha da paz - do bairro Azambu-ja. Rua Carlos Ristow. Por volta dosanos 1960 já acontecia nas casasa união das famílias para a oraçãodo terço; abrangia todo o bairroRainha. Não havia uma pessoa quecoordenava. Era um grupo de pes-soas que se ajudavam na oração.Em 1970 foi construída uma pe-quena capela com a ajuda da co-munidade, no terreno da SenhoraValentina Batista. Na capela foicolocada a imagem de Nossa Se-nhora Aparecida. As orações eramfeitas então na capela, a 1ª missana capela foi celebrada pelo Pe.Valentim Loch. Passou algum tem-po, a família vendeu a proprieda-de, e a capela foi destruída, a co-munidade voltou a se unir nova-mente nas casas.

Por volta de 1980, Maria Aze-vedo assumiu a coordenação dogrupo, com a ajuda dos padres deAzambuja, que orientavam e fazi-am bênção nas casas. Em 1988, oSeminarista Jorge Gelatti começouum trabalho de pastoral na comu-nidade e acompanhava o grupo, vi-sitava os doentes e levava a Euca-ristia. Foi acompanhando o traba-lho dele que despertou em mim odesejo de participar. Outros semi-naristas também passaram pelogrupo, alguns hoje são sacerdotes:Pe. Jorge, Pe. Iseldo, Pe. Antônio, Pe.Revelino. Eles preparavam asnovenas de Natal e Páscoa. No tem-po comum se rezava o terço.

Trabalhávamos com livrinhos(centro de pastoral popular). Asnovenas eram feitas domingo ànoite, reuniam muita gente, e nosalegrava a participação das crian-ças. Em 1993, Maria Azevedo pas-sou a coordenação para Elza Bosio(eu). Continuei o trabalho com a aju-da da comunidade e dos semina-ristas. Durante alguns anos, Geral-do Zem, um senhor idoso que gos-tava de participar no grupo, organi-zava com a ajuda da comunidadeo Natal para as crianças, e Pe. Lú-cio abençoava as crianças. Em1996, Pe. Iseldo celebrou missa nacomunidade e abençoou uma ima-gem de Nossa Senhora de Fátima,que visitou todas as casas da co-

Paróquia Azambuja – Brusquemunidade. A imagem foi doadapara a Marinês Bosio e tornou-sepadroeira de um grupo que ela co-meçou no bairro Cedrinho.

Em 2001, o nosso grupo foiregistrado com o nome NossaSenhora Rainha da Paz. Não tínha-mos a imagem. Uma mulher par-ticipante do grupo esteve emAparecida e nos trouxe a imageme doou para o grupo. No grupo to-dos contribuíam, faziam seu tra-balho com amor.

Em 2008, eu, Elza, passei a co-ordenação para Chirle Clemer, quefaz um bom trabalho. O grupo pas-sou por muitas dificuldades, triste-zas e perdas. Mas a oração e aunião do grupo foi mais forte, per-severamos e superamos os desafi-os. Realizamos muitos gestos con-cretos de solidariedade para famíli-as da nossa comunidade que pre-cisavam de ajuda, também ajuda-mos nas coletas de alimentos paraa ação social da paróquia, tivemosmomentos de lazer, realizamos al-guns bingos em prol das necessida-des que iam aparecendo. Além dosGBF, também costumamos fazermomentos de oração nas casas dasfamílias enlutadas, que perdemseus entes queridos, durante umasemana (nestes momentos usa-mos os livrinhos de celebração, ora-ções de consolo e de esperança).Uma vez por ano temos missa nogrupo, na qual sempre convidamostodos os vizinhos. Fazemos umacaixinha com valor mensal e utili-zamos para homenagear cada ani-

versariante do grupo com um mimo(flores...).

Houve uma grande mudança,quase todos os participantes usama Bíblia, quando alguém tem difi-culdade de encontrar o texto bíbli-co, um ajuda o outro a procurar.Usamos os livretos dos GBF e fa-zemos durante todo o ano, os trêstempos litúrgicos: Natal/Quares-ma/Tempo Comum. A participaçãono GBF aproxima as vizinhanças.Se não existisse o grupo, ficaría-mos muito tempo sem ter contatocom os vizinhos. O grupo acolhetodos(as) e caminha sempre, atu-ando de forma firme e forte a di-mensão social em prol das famíli-as da comunidade, como: enxoval,alimentação, remédio, e em bus-ca de melhoria de infraestruturapara a comunidade.

Através dos GBF, os participan-tes foram adquirindo uma consci-ência de que o mundo e a ecolo-gia é nossa casa: na economia,preservação da água, reciclagemde óleo, agrotóxico e tantas ou-tras atitudes pequenas, mas degrande valor. Em 2011 tivemos aalegria de celebrar as bênçãos egraças que aconteceram durante50 anos de caminhada do grupoRainha da Paz. Tenho certeza deque a oração de mãos dadas nofinal de cada encontro revigora asfamílias e faz o grupo permane-cer unido, cultivando a amizade.

Elza Bosio – coordenadora paro-

quial dos GBF

Neste ano, especialmentecelebrado como ‘Ano da Fé’, osGrupos Bíblicos em Família/CEBs planejam e organizamsuas atividades em comunhãocom o Planejamento PastoralArquidiocesano. Promovem for-mação em nível arquidiocesa-no sobre dois temas funda-mentais para a evangelizaçãonas casas: Leitura Orante da

Bíblia e Catecismo da Igre-

ja Católica.Todas as coordenações

paroquias dos GBF são convi-dados a participarem junto comas coordenações comarcais dareunião ampliada, que aconte-cerá em duas regiões:

Sul, no dia 06 de abril,

às 14horas na igreja do

Kobrasol (São Francisco de

Assis e Santa Rita de

Cassia), para todas as paróqui-as das comarcas: Santo Amaro,

São José, Ilha, Estreito e Biguaçu;

Fiquem atentos:

Norte, no dia 13 de

abril, às 14horas, na igre-

ja matriz de Itapema (San-

to Antônio), para todas asparóquias das comarcas:Brusque, Itajaí, Tijucas, comotambém podem participar asparóquias da comarca deBiguaçu que ficarem mais pró-ximo do local.

Certos de “fazer acontecer

a ‘Igreja nas casas’, nas bases,

no chão da vida, garantir a pre-

sença do Evangelho na vida do

povo, favorecer ao povo católi-

co a participação em um grupo

de vivência da fé e do amor cris-

tão, ajudar a pessoa a fazer a

experiência do encontro com

Jesus Cristo, promover uma

aproximação cada vez mais ex-

plícita entre a Igreja de hoje e a

Igreja das primeiras comunida-

des cristãs”, alegramo-nos

com a presença de todos

e todas.

Faz 32 anos que, um belo diade tarde, veio um seminarista naminha casa, e este seminaristahoje é o Pe. Francisco Rohling. Aproposta dele era começar asnovenas do Natal e Páscoa nascasas, e eu aceitei, marcamos odia e a hora e ele liderava os en-contros. Meus filhos eram peque-nos e participavam comigo, na-quele tempo os encontros eramna Páscoa e Natal.

Um dia, um menino sofreu aci-dente grave (hoje adulto é meu

Grupo Nossa Senhora de Lourdes – Bairro Azambujamesma pediu muito que eu voltas-se a coordenar o grupo (asnovenas) aqui. Então meu cunha-do sofreu um derrame cerebral,quando melhorou fez a promessade dar a casinha e a imagem deNossa Senhora de Lourdes para onosso grupo. Hoje a padroeira éNossa Senhora de Lourdes e pre-tendo continuar seguindo em fren-te com o grupo.

Inês Heflen Schweitzer - Ani-

madora de grupo

vizinho), ficou alguns dias na UTIe aos poucos foi melhorando. Nósrezamos muito pela recuperaçãodele, quando voltou para casa elemesmo pediu pra continuarmoscom as orações, seus pais ficarammuito gratos pelo grupo.

Muitos seminaristas passa-ram no nosso grupo, muitos hojesão sacerdotes. Um deles era nos-so parente, que hoje já está comDeus, nosso Pai celestial, o Pe.Carlos Guesser, uma pessoa demuita espiritualidade, muito que-

rido por todos no grupo, fez muitafalta para nós e algumas pessoasde Brusque que ficaram muito tris-tes com essa fatalidade, e já são12 anos do seu falecimento.

Nosso grupo foi até 1992 eentão parou por falta de animador.Recomeçou em 2000, com a mo-tivação de Pe. Lúcio. Ele pediu paraeu assumir o grupo como anima-dora, mas eu achei que não esta-va preparada, cheguei até a parti-cipar do grupo da Sandra. Quandoa Marli era nossa orientadora, ela

Encontro arquidiocesano das coordenações comarcais e paroqui-ais dos Grupos Bíblicos em Família

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Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Encontro reúne padres e reli-giosos novos na ArquidioceseParticipantes receberam orientações gerais sobre o funcio-

namento da Arquidiocese e dos serviços oferecidosA Coordenação Arquidiocesana

de Pastoral promoveu, na manhãdo dia 23 de fevereiro, encontrocom os padres, religiosos e religio-sas que iniciaram sua missão pas-toral na Arquidiocese em 2013.Realizado no Centro Arquidiocesa-no de Pastoral, o evento reuniu 18participantes e contou com a pre-sença do nosso arcebispo Dom Wil-son Tadeu Jönck, o ecônomo daArquidiocese, Pe. Leandro JoséRech, e a coordenação de Pastoral.

O encontro teve início com aacolhida de Dom Wilson aos par-ticipantes. Ele falou da importân-cia da vinda deles e o quanto têma contribuir com as experiênciasque trazem para a Arquidiocese.“Eles, com os seus carismas eobras, enriquecem a caminhadada Igreja local”, disse Dom Wilson.

Depois, Pe. Revelino Seidler,coordenador de Pastoral, falou so-bre a Arquidiocese: apresentou umpouco da sua história, governo eadministração, setores que funcio-nam na Cúria. Também trouxe in-formações gerais sobre as paró-quias, santuários, comunidades,sobre os presbíteros e diáconospermanentes, casas e institutosreligiosos, mapa dos municípios ecomarcas, população por municí-pio e crescimento de cada um.

Ele ainda falou sobre as pasto-rais, movimentos, organismos, ser-viços, colégios, associações e mei-os de comunicação existentes naArquidiocese. Depois, apresentouos materiais que são disponibiliza-dos e a organização pastoral, osconselhos pastorais em todos osníveis. Também apresentou o Pla-no Arquidiocesano de Pastoral e ocronograma de atividades.

Pe. Leandro Rech, ecônomoda Arquidiocese, deu orientaçõessobre a questão administrativa daArquidiocese. Falou sobre a impor-tância em manter as contas daparóquia pagas em dia e as impli-

Encontro reuniu 18 padres e religiosos/as que inciam missão aqui neste ano

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cações que isso acarreta em todaa Arquidiocese. “Como temos umCNPJ único, uma conta não pagabloqueia as contas de todas ascomunidades da Arquidiocese”,disse. Também apresentou o Sis-tema Pastoral e os incentivou autilizá-los. Além de outros serviçosoferecidos pela Arquidiocese àsparóquias e comunidades.

Durante o encontro, cada par-ticipante teve a oportunidade dese apresentar, falar sobre o traba-lho que realizava antes e a expe-riência pastoral anterior. Eles tam-bém puderam esclarecer dúvidassobre a Arquidiocese.

12 Artigos Março 2013 Jornal da Arquidiocese

Bento XVI - o homem querenunciou ao Papado pela Igreja

Em 2005, após a morte doBeato João Paulo II, foi eleitoPapa um venerável cardeal, de78 anos, que provavelmenteera mais conhecido pelo seunome que pela sua face –Joseph Ratzinger. Seu nomeera muito conhecido no mundoacadêmico por seus escritos e,na Igreja, pela função desem-penhada, de Prefeito da Congre-gação para a Doutrina da Fé.

Com mais de 600 publica-ções nos mais diferentes camposda teologia, Joseph Ratzingerconstitui-se um dos últimos teó-logos que considera a teologiadesse modo, contribuindo para ateologia como um todo e influen-ciando inclusive outras áreas doconhecimento. Vale a pena men-cionar a Encíclica Caritas inVeritate, que escreveu junto comalguns colaboradores, e que éelogiada por vários economistasde renome mundial.

Na outra vertente de seu re-nome antes de ser Papa, encon-tra-se o fato de Ratzinger ter sido,por quase 24 anos, o Prefeito daCongregação para a Doutrina daFé. O Papa João Paulo II, conhe-cendo a sua capacidade teológi-ca, reconhecida desde a sua par-ticipação no Concílio Vaticano IIcomo perito, chamou-o para serseu colaborador já no início deseu pontificado. Ratzinger, queera um apaixonado pela vida aca-dêmica, mesmo já Arcebispo deMunich, não aceitou o primeiroconvite, com o objetivo de podercontinuar suas investigações te-ológicas. Pressionado novamen-te pelo jovem Papa polonês,Ratzinger aceitou, com a condi-ção de poder continuar publican-do obras de cunho teológico.

A partir de então, surgiu umasimbiose quase perfeita entre oPapa João Paulo II e o cardealRatzinger. Ambos dinamizaram avida da Igreja com vários textosde cunho pastoral e teológico –seja nos documentos magisteriais,seja na produção filosófico-teoló-gica de ambos. Formaram umpontificado sui generis, adaptadoao seu tempo, mas sem reduzir averdade do Evangelho. Ambos ti-nham a missão de viver o pós-Con-cílio, de encontrar, em meio a tan-tas opiniões, qual era a posiçãoreal da Igreja de Cristo, de orientare inclusive corrigir os excessos, as

falsas interpretações. Neste âm-bito, para Ratzinger, devido à fun-ção que ocupava, ficou a partemais antipática, a de corrigir. Semquerer tornar-se um homemmidiático – sempre foi extrema-mente tímido – mas com a agili-dade de quem sabia que traba-lhava pela Igreja e consequente-mente para Deus, com uma hu-mildade profunda e uma compe-tência profissional invejável, fezaquilo que João Paulo II e a Igrejaesperavam dele.

Com a morte de João Paulo II,Ratzinger esperava voltar paracasa e dedicar-se à Teologia, comojá havia expressado em sua auto-biografia “Minha Vida”, em 1998.A força da união de Ratzinger como Papa anterior – e por que nãodizer, a própria vontade de Deus –fez com que ele renunciasse aseus planos pessoais e viesse aser o 265º sucessor de São Pedro,com toda a carga – mas tambéma graça – que implica este cargo.Suas Encíclicas e demais docu-

“Creio que re-cordaremos

Bento XVI comosanto, que con-

sumiu a sua vidaem fazer a von-tade de Deus”.

mentos, discursos, cartas, todosde uma claridade e objetividadeúnicas, com certeza serãonorteadoras por muito tempo devários âmbitos da vida da Igreja.São dignos de menção os três li-vros que escreveu sobre “Jesus deNazaré”, solucionando polêmi-cas que duravam décadas enorteando novos caminhos de es-peculação teológica e exegética.

Por fim, creio que não recor-daremos Bento XVI por seu tra-balho com o Papa João Paulo II,nem por seu próprio pontifica-do, nem por sua genialidadeacadêmica, nem por sua profun-da vida de oração, mas nos re-cordaremos dele como santo,que consumiu a sua vida emfazer a vontade de Deus.

Pe. Hélio Tadeu L. Oliveira

Mestre em Moral e Bioética, edoutorando em Bioética

A Pastoral da Pessoa Ido-sa estará promovendo nomês de março dois encontrosde formação e aprofunda-mento. O primeiro será o En-contro Arquidiocesano reali-zado no dia 09 de março, noSantuário de Fátima, em Flo-rianópolis. Ele terá como ob-jetivo promover, articular, sen-sibilizar e implantar a Pasto-ral nas paróquias da Arquidioce-se. São convidados a participarum representante por comarca eum representante por paróquia. O

Formação para a agentes daPastoral da Pessoa Idosa

evento contará com a palestra deOsvaldina Zucco Weber, membroda equipe arquidiocesana da Pas-toral da Pessoa Idosa, que tratará

os temas: Quem somos?Onde estamos? E o que que-remos?; metas para 2013.

Já nos dias 16 e 17 demarço, também no Santuáriode Fátima, a Pastoral estarárealizando capacitação paranovos agentes. Os interessadosem participar, podem entrar emcontato com Carmen Souto,Coordenadora da Pastoral da

Pessoa Idosa, pelos fones (48)32076200 ou 9119-8029, ou peloe-mail carmensouto58@

yahoo.com.br.

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Coroinhas participam deencontros comarcais

Formação para coordenadores/as e encontros comarcaisde coroinhas estão programados para o ano de 2013

A Pastoral de Coroinhas da Ar-quidiocese estará promovendo,dos dias 08 a 10 de março, o Re-tiro Arquidiocesano para coorde-nadores e coordenadoras decoroinhas. Realizado no Provin-cialado das Irmãs da Divina Provi-dência, em Florianópolis, o Retirocontará com a assessoria do Pe.Vânio da Silva, coordenador arqui-diocesano da Pastoral Vocacionale reitor do Seminário TeológicoConvívio Emaús.

Todas as coordenações paro-quiais e de comunidades, não im-porta a idade, são convidadas aparticipar. As inscrições estãoabertas e podem ser feitas com acoordenação comarcal, ou direta-mente com a Irmã Clea Fuck pe-los fones: (48) 3263 0979 - 99863339 (TIM), ou pelo [email protected]. O custo éde R$ 160,00, com hospedagemcompleta.

Além do retiro, a Pastoral de

Coroinhas também programou osencontros comarcais de coroi-nhas. Esses encontros iniciam apartir de maio e vão até outubro,e na maior parte serão realizadosem comunidades da própria co-

13GeralJornal da Arquidiocese Março 2013

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o/JA

Pastoral UniversitáriaA Pastoral Universitária possui

desafios próprios, pois estáinserida num contexto de forma-ção acadêmica, cientifica e tecno-lógica, dentre outras característi-cas particulares. A CNBB (Confe-rencia Nacional dos Bispos doBrasil) lança em 2013 na Cole-ção “Estudos” o documento “Se-guimento de Jesus Cristo e a mis-são evangelizadora no âmbitouniversitário”. O documento vemdar um rumo ao trabalho pasto-ral, pois busca ser uma respostaàs questões que encontramos nasuniversidades.

Na Arquidiocese, a Paróquia daTrindade de Florianópolis desenvol-ve um trabalho na UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC)e, segundo o Frei Luiz Antônio Frigo,OFM Cap., Coordenador da Pasto-ral Universitária, ela tem uma lon-ga e respeitada história.

O frei destaca que há vários gru-pos católicos que atuam, seja den-tro da própria UFSC ou na redon-deza com as seguintes programa-ções: Missa no Templo Ecumênicoàs sextas-feiras 12h15; Grupo demúsica litúrgica; Programa de edu-cação quanto ao uso de álcool;Retiros para jovens universitários;Oficina de Oração e Vida; Apoio psi-cológico; Integração e acompanha-mento dos jovens haitianos; Gru-pos de oração e debate sobre te-mas relevantes como Fé e Cultu-ra; Engajamento em trabalhos so-ciais e de preparação para a Jorna-da Mundial da Juventude.

A partir do segundo semestrede 2012, o Arcebispo de Floria-

nópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck,scj tem se empenhado na ampli-ação da Pastoral Universitária naArquidiocese. Promoveu dois en-contros com lideranças e pesso-as envolvidas, seguido pela Co-ordenação Arquidiocesana dePastoral que promoveu um en-contro no CAP (Centro Arquidio-cesano de Pastoral) em 27 deOutubro de 2012.

Como resultado do encontrono CAP definiu-se: a) a criação deum grupo no Facebook para Pas-toral Universitária da UFSC; b) apromoção do Curso Alpha em Flo-rianópolis para formação de lide-ranças; c) a realização de um en-contro entre os padres dispostosa atuar e iniciar uma experiênciaconsorciada na Pastoral Universi-tária da UFSC. Em 2013 haveráatendimento espiritual na UFSC àsterças e uma nova Missa cuja ani-mação litúrgica será feita pelo Se-minário de Teologia às terças17h45. Haverá ainda a IniciaçãoCristã por meio do Catecumena-to Juvenil em preparação ao Ba-tismo, Crisma e Eucaristia, propos-ta do Curso Alpha e Retiros.

A ampliação dessa experiên-cia buscará alcançar outras Insti-tuições de Ensino Superior, talcomo a UDESC (Universidade doEstado de Santa Catarina) queserá a próxima instituição a con-tar com a presença de assessorpara Pastoral Universitária.

Mais informações pelo e-mail [email protected] [email protected]

Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Jovens universitários participam de um dos eventos da Pastoral

marca (veja programação abaixo).Neste ano, os encontros têmcomo inspiração o Plano de Pas-

toral da Arquidiocese, o Ano

da Fé e o eixo transversal de Pas-toral Família.

Vocações FemininasA Pastoral promove ainda este

ano o Encontro Vocacional comas adolescentes e jovens,coroinhas e outras. Realizado no24 de agosto, é o quinto ano con-secutivo do evento que mais umavez terá como sede o Provin-cialado das Irmãs da Divina Pro-vidência, em Florianópolis, e temcomo objetivo apresentar às jo-vens a vocação religiosa femini-na. A cada ano, o encontro de for-mação reúne mais jovens inte-ressadas em conhecer a vida dasreligiosas. Mais informações pe-los fones (48) 3263-0979 e9986-3339, ou pelo email:[email protected] .

Veja a programação:08-10/03: Retiro arquidiocesano p/coordenadores/as –

Provincialado

25/05: Comarca de São José – Campinas/Kobrasol

15/06: Comarca de Brusque – Guabiruba/Guabiruba sul

22/06: Comarca da Ilha - Local a definir

24/08: Encontro Vocacional Feminino (coroinhas e ou-

tras) - Provincialado

14/09: Comarca de Tijucas - Azambuja

15/09: Comarca de Itajaí – Paróquia do Santíssimo (Coroinhase Pais)

21/09: Comarca do Estreito - Colégio N.S.Fátima (Coroinhas e Pais)

05/10: Comarca de S. Amaro – Angelina/Rancho Queimado

19/10: Comarca de Biguaçu - Santa Cruz/ Areias

Coroinhas estão presentes nas celebração, são peça importante naliturgia e local de onde surgem muitas das vocações para a Igreja

Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

14 Geral Março 2013 Jornal da Arquidiocese

Semente 1Semeemos, semeemos o bem

e a bondade, a paciência e a com-preensão, o perdão... Há tantas se-mentes e, às vezes, poucos semea-dores; há tantas sementes e, àsvezes, poucos que acreditam queelas serão capazes de germinar edar frutos; há tantas sementes e,às vezes, poucos que acreditam serparticipantes da lavoura de Deus...

Semente 2Deus sabe o que podemos

semear e nos dá as sementes; Eletambém conhece os terrenos quereceberão a semeadura e não sepreocupa, porque sabe qual seráo resultado. Quer que confiemosnEle como Ele confia em nós. Seconfiarmos, semearemos comEle, e as sementes produzirão fru-to: “cem por um, sessenta por um,trinta por um” (cf. Mt 13,23).

DesarmamentoUm coração desarmado é um

coração em que o Senhor podearmar sua tenda, é um coraçãoem que não pode habitar a injus-tiça (Cf. Jó 11,14), é um coraçãoque louva o Senhor e ama e serveos irmãos.

VidaViver bem consiste em dar-se

tanto e tão inteiramente a Deus eaos outros que a gente acaba seesquecendo de si.

EsquecidoDeus é um grande ‘esquecido’, e

não é por causa da ‘idade’, que Ele,sendo eterno, não tem. Ele não seesquece de mim e de ti, mas se es-quece das nossas ofensas, dos nos-sos pecados, quando, na Confissão,arrependidos, lhe pedimos perdão.

OfensaSe sou ofendido e fico remo-

endo a ofensa, sofro de novo cadavez que da ofensa me lembro.Nem sempre ‘recordar é viver’...

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o/JA

Um filme interessante: “Up!Altas Aventuras”. Entre as boascenas, aquela em que o persona-gem começa a jogar fora móveise utensílios para que a casa con-siga subir ao espaço. Quanta coi-

Altosa inútil que nos aprisiona à terratambém nós guardamos... A Pás-coa nos lembra: “Se, portanto,ressuscitastes com Cristo, buscai ascoisas lá do alto, onde Cristo estásentado à direita de Deus” (Cl 3,1)!

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

O bom semeador sabe, comoensinam os chineses, que “a se-

Se entregamos nossa vontade ao Senhor, ocoração se abre e os joelhos se dobram.

Semente 3mente nunca vê a flor”. Saiu o se-

meador a semear...

Vontade

Os ataques a ônibus vão continuar,porque a violência contra os presos

também vai continuar acontecendo”.

Nos últimos meses, Santa Ca-tarina tem ocupado quase que di-ariamente as manchetes nacio-nais. Não mais pelas suas belezasnaturais, que encantam a todos,mas pela violência. Quase que dia-riamente ônibus, veículos públi-cos, particulares e até prédios têmsido incendiados. Grande partedesses atentados, em nossa Arqui-diocese. Tudo indica que é repre-sália dos presos à situação humi-lhante e degradante com que sãotratados no sistema prisional. Tan-to que, afinal, a Força Nacional foichamada e sua principal função foitransferir os presos. Mas nenhumaação foi desenvolvida para resol-ver o problema.

Para discutir o tema, conversa-mos com o advogado João Moa-

cir Correa de Andrade. Especia-lista em Direito Penal e ProcessoPenal, conselheiro federal da Asso-ciação dos Advogados Criminalistasde Santa Catarina - AACRIMESC,participou por nove anos da comis-são de assuntos prisionais da OAB,sendo nos últimos três anos comopresidente, e é um dos fundadoresda Associação de Proteção e Assis-tência ao Condenado – APAC, deFlorianópolis.

Em entrevista, ele pinta com tin-tas fortes o sistema prisional de San-ta Catarina e critica as ações desen-volvidas pelo governo, acreditandoque a violência vai continuar, masaponta soluções para o problema.

Jornal da Arquidiocese - A

que se deve a violência que

tem acontecido no Estado, es-

Os presos e os ataques aos ônibusAdvogado fala sobre as motivações para os

ataques aos ônibus e critica ações do governopecialmente em Florianópolis?

Dr. João Moacir - Várias en-tidades e pessoas vêm há algunsanos denunciando os maus tratose abandono dentro do sistemaprisional, onde seres humanos são“jogados” e desligados do mundo,seus direitos mais elementares sãodesrespeitados, como o direito auma alimentação básica e sufici-ente em quantidade, nem se falede qualidade. Algumas acomoda-ções demonstram que valor algumé dado ao reeducando.

JA - Então, esses ataques

têm relação com a forma

como os presos são tratados?

Dr. Moacir - Certamente. As-sim, além do acima mencionado,aliado a todas as outras deficiên-cias de saúde, assistência jurídica,social, etc... mais os espancamen-tos gratuitos que, em que pese anegativa dos gestores do sistema,são uma constante, não resta dú-vida de que esses fatores efetiva-mente são e foram determinantespara o desfecho das duas últimasséries de atentados em nosso Es-tado e principalmente na Capital.

JA - As ações promovidas

pelos órgãos públicos têm

sido suficientes para respon-

der a essa situação?

Dr. Moacir – Lamentavelmen-te, os milhões que estão sendo gas-tos para “abafar” os efeitos dos aten-tados, acabam saindo do bolso detodos. Assim, os cidadãos perdemduas vezes: uma, ao terem a rotinaalterada, e outra, por arcarem indi-

retamente com as custas atravésdos impostos que pagam. E ainda,sem medo de errar, tudo não passade um “paliativo”. As ações que mo-mentaneamente são realizadas ecom certa maestria pela nossa Polí-cia são insuficientes. Enquanto asautoridades “competentes” nãoenvidarem esforços para combateras causas, a sociedade continuarárefém de uma politicagem onde to-dos sabem qual é a solução pararesolvê-la e não o fazem.

JA - A vinda da Força Na-

cional é a forma de resolver

o problema?

Dr. Moacir - Estamos assistin-do à pirotecnia governamental acer-ca da vinda da Força Nacional, mui-tos, inclusive, aplaudindo. O proble-ma não é e nunca foi falta de polí-cia. O problema está encravado nosistema prisional, ou seja, está exa-tamente naquelas pessoas que a

polícia já prendeu. A polícia já fez asua parte. No entanto, quem nãovem cumprindo a sua função é aadministração prisional. A Força Na-cional passa a ser mera cortina defumaça, com o condão de masca-rar o real problema, dando margema que políticos posem de heróis aolado de uma pseudo solução docaos instalado.

JA - O que ganham os au-

tores ou mandantes dos

atentados?

Dr. Moacir - Nada! A não sero aumento de seus históricos cri-minais e um aumento também emsuas penas. Assim, fica fácil dedu-zir que estes movimentos não pas-sam de um “grito de desespera-dos”, que de forma não conven-cional e “ilegal” buscam chamar aatenção para seus reclamos.

JA - A transferência de pre-

Fo

to JA

Dr. Moacir, advogado criminalista, critica as ações dos órgãos governa-mentais para combater as ações de violência ocorridas no Estado

sos para outras regiões do

Estado e para a Polícia Fe-

deral é a alternativa correta?

Dr. Moacir - Esta é mais umamedida paliativa e que não resolveo problema dos atentados, pois pre-sos que já estiveram nos PresídiosFederais falam que preferem vol-tar para lá a continuarem sendo tra-tados pior que animais ali onde es-tão. Considerando que a mentali-dade de alguns agentes não evoluie continuam achando que tudo seresolve com “porrada” e maus tra-tos, fica fácil prever que tudo podecomeçar de novo em breve. Os pre-sos, maltratados, não precisaramde lideres específicos para pediremapoio dos “irmãos” aqui de forapara cometerem os ataques que jávivenciamos. Até mesmo porque ésabido que, após uma primeiramovimentação como a que já forafeita, fica fácil retomá-la.

JA – Quais as alternativas

para recuperar o falido sis-

tema carcerário?

Dr. Moacir - É triste saber queexistem alternativas para a efetivaressocialização de presos e que cus-tam muito menos aos cofres públi-cos, porém, não estão recebendo adevida atenção do Governo. Exem-plo disso é o sistema APAC - Asso-ciação de Proteção e Assistência aoCondenado - praticado com êxito emMinas Gerais e que vem sendo tra-balhado por um grupo de voluntári-os e liderados pela PastoralCarcerária. Estatísticas confiáveiscomprovam uma eficiência naressocialização em torno de 90%,por esse sistema, fazendo com quea sociedade ganhe duas vezes: poiscada preso ressocializado é menosum a voltar à criminalidade, o que,somado ao baixo custo do método,culmina com dupla vantagem paraa sociedade.

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

Jornal da Arquidiocese Março 2013

15Brasil e MundoMuseu de ArteSacra inauguraexposição de

medalhas papaisO Cardeal de São Paulo, Dom

Odilo Pedro Scherer fez a inaugu-ração oficial da exposição “A Cá-tedra de Pedro: As Medalhas con-tam a História”, no dia 22-02. Amostra, um acervo de medalhaspapais, tem curadoria de MariaInês Lopes Coutinho e consultoriade padre José Arnaldo Juliano eacontece no Museu de Arte Sacrade São Paulo (MAS/SP).

As medalhas selecionadaspara a mostra fazem parte de umacoleção de mais de mil medalhaspapais, que, por sua vez, perten-cem à coleção de numismática doMAS, com aproximadamente novemil peças.

Por definição, essas meda-lhas são cunhadas anualmentedesde o século XV e exibem even-tos e efemérides relativos aoPapa em questão, além de pres-tar homenagem a Papas do pas-sado e destacar acontecimentoshistóricos, servindo como umaespécie de linha do tempo quemarca pontos cruciais da histó-ria da humanidade.

A exposição apresenta ao pú-blico uma grande variedade depeças, a mais antiga datando doséculo III: desde o papa Antero(que ocupou o cargo em 235 efaleceu no ano seguinte, apenasum mês e dez dias após ter assu-mido) até Paulo VI (que assumiuem 1963 e permaneceu até1978, ano de sua morte).

Além da variedade dos papase eventos representados e dosmetais de cunhagem, a exposiçãoainda apresenta uma diversidadenas dimensões das medalhas, vis-to que algumas delas são de umaépoca em que ainda não havia umtamanho padrão. Na mostra sãoexibidas moedas com diâmetrode 1,4 cm a 16,5 cm.

Subsídio Horada Família 2013será apresenta-do aos BisposNa próxima reunião do Conse-

lho Permanente, que será realiza-da entre os dias 6 e 8 de março, aComissão Episcopal Pastoral paraa Vida e a Família (CEPVF), da Con-ferência Nacional dos Bispos doBrasil (CNBB), apresentará o sub-sídio “Hora da Família” para 2013.O texto, cujo tema de 2013 é “ATransmissão e Educação da Fé Cris-tã na Família”, é utilizado em todoo Brasil para encontros e reflexões.

“O tema deste ano é um dosmais importantes para a família,que quer ver os filhos crescendo em

sabedoria, estatura e graça, comoo evangelho fala de Jesus (cf Lc 2,52)”, menciona o presidente daCEPVF, e bispo de Camaçari (BA),dom João Carlos Petrini.

Ainda de acordo com domPetrini, esta é mais uma ediçãodo subsídio “Hora da Família”,especialmente preparado para aSemana da Família, que aconte-ce no mês de agosto. “A Hora daFamília 2013, no Ano da Fé e emsintonia com a Jornada Mundialda Juventude, espera ser um vali-oso instrumento para o relaciona-mento pais e filhos, principalmen-te na transmissão e educação dafé cristã”, destacou o assessor daCEPVF, padre Wladimir.

No dia 27, um dia antes daoficialização da renúncia do PapaBento XVI, o arcebispo do Rio epresidente do Comitê OrganizadorLocal (COL), Dom Orani JoãoTempesta viajou para Roma, a fimde agradecer ao Papa pelo seu tra-balho à frente da Igreja, e pelaescolha do Rio de Janeiro comosede da próxima JMJ.

Em entrevista, o Arcebispo fa-lou que o sentimento é de grati-dão a Bento XVI, por ter conduzi-do a Igreja com fé e racionalidadeem momentos difíceis.

Quanto às comparações entreBento XVI e João Paulo II, Dom Oranidestacou que não cabe nem julgar,nem comparar, mas perceber e va-lorizar a obediência e resposta decada um ao serviço pela Igreja Ca-tólica e o trabalho de evangelizaçãorealizado mundialmente.

Esclarecendo dúvidas sobre aJMJ, Dom Orani assegurou quetodos os trabalhos em preparaçãopara o encontro mundial de jovens

Em Roma, Dom Orani agradecerá aoPapa pela escolha do Rio para a JMJ

continuam normalmente, tendoem vista que Bento XVI já haviadito que, caso ele não pudesseparticipar da Jornada, seu suces-sor iria em seu lugar. As únicaspossíveis mudanças serãoefetuadas na agenda do novoPontífice, como os lugares poronde ele passará. “Esta será umajornada de dois papas, um que

estará em oração pelo encontro eoutro que presidirá as celebra-ções”, disse o arcebispo.

Sobre a possibilidade de ser oprimeiro anfitrião do novo Papa, oarcebispo do Rio diz que a apresen-tação do pontífice ao mundo duran-te a JMJ será um belo sinal de no-vos tempos para a juventude cató-lica, com muita alegria de todos.

Dom Orani agradecerá ao Papa pela escolha do Rio para sede da JMJ

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A eleição de um novo Papa éum momento raro, único, na vidada Igreja, necessitando de muitaoração, sublinhou Dom RaimundoDamascendo, Arcebispo de Apare-cida e Presidente da CNBB. Para aescolha do novo Papa, o Cardealacredita não serem observados cri-térios como nacionalidade, cor oupopularidade. “Penso que o espíri-to que anima os Cardeais eleitoresé de muita humildade, serviço e

O Cardeal de Aparecida fala sobre o Conclaveabertura à vontade de Deus.”

“Olhamos alguns critérioscomo experiência pastoral, o co-nhecimento da Santa Sé. Precisaser uma pessoa com facilidadepara o diálogo e a comunicação,logo, as línguas são importantes.É observada a vida da própria pes-soa, sua espiritualidade, sua san-tidade de vida, sua capacidade deliderar a Igreja nos tempos dehoje. Mas, é na abertura ao Espíri-

to que Deus nos levará a eleger oPapa”, esclareceu.

Do Brasil, cinco Cardeais irão par-ticipar do Conclave: Dom João Brazde Aviz, Prefeito da Congregação paraos Religiosos; Dom Cláudio Hummes,Arcebispo Emérito de São Paulo; DomOdilo Pedro Scherer, Arcebispo de SãoPaulo; Dom Geraldo Majella Agnelo,Arcebispo Emérito de Salvador e DomRaymundo Damasceno, Arcebispode Aparecida.

Cerca de duas mil pessoaslotaram o Centro de Convenções naVia Costeira de Natal (RN), no dia15-02, para o lançamento nacionalda CF-2013. Um seminário mar-cou as comemorações alusivas aojubileu de ouro da Campanha, queteve origem na Arquidiocese deNatal, na comunidade de Timbó,município de Nisia Floresta.

Celebração em Natal marcou 50 anos da CFA solenidade de lançamento

contou com a participação do secre-tário geral da CNBB, Dom LeonardoSteiner; do presidente da ComissãoEpiscopal Pastoral para a Juventu-de, Dom Eduardo Pinheiro; do arce-bispo metropolitano de Natal, DomJaime Vieira Rocha; e diversos bis-pos do Regional Nordeste 2.

Durante a solenidade, foi lida

uma carta do Núncio Apostólico noBrasil, dom Giovanni D’Aniello, naqual ele ressaltou: “Este é um mo-mento celebrativo, e também ummomento de revisão da Campanhada Fraternidade, reconhecendo anecessidade de um aprimoramen-to do conteúdo da Campanha, paraque esta possa ser sempre mais umforte poder de evangelização”.

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Março/2013

16 Geral Março 2013 Jornal da Arquidiocese

Bispos celebram 300 anos da CatedralDos dias 25 a 27 de fevereiro,

os bispos das dez dioceses do Esta-do estiveram reunidos em Florianó-polis para participar do seu encon-tro. Aproveitando a sua permanên-cia aqui, eles celebraram na noitedo dia 26 na Catedral, como parteintegrante das comemorações dos300 anos da Catedral. A Celebra-ção Eucarística foi presidida pelonosso arcebispo Dom Wilson TadeuJönck, que é também presidente daCNBB - Regional Sul IV.

Durante a solenidade, DomWilson falou que temos muito aagradecer e fazer memória do lo-cal onde começou todo o Estadode Santa Catarina. Em sua homilia,ele lembrou a história da Catedrale a sua ligação com o crescimentoda cidade e do Estado. “Isso não ésó um aglomerado de pessoas.São cristãos batizados e que vivema sua fé”, disse. Ele também lem-brou a devoção a Nossa Senhorado Desterro, padroeira da Catedral,e falou da sua devoção.

Ao final, Pe. David Antônio Co-elho, pároco da Catedral, agrade-ceu a presença de todos e lem-brou que essa era uma das cele-brações alusivas ao jubileu. Ou-tras ainda serão realizadas nodecorrer do ano.

Data JubilarUma Missa de Ação de Graças,

realizada às 19h30min do dia 05de março, marcará os 300 anosda Catedral de Florianópolis. ACelebração Eucarística será presi-dida pelo Vigário Geral da Arquidio-cese, Pe. Vitor Galdino Feller,com a presença de padres ediáconos da Arquidiocese. Nessadata, há exatamente 300 anosuma pequena igreja uniu os primei-ros moradores da então Desterro.

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Ícones da JMJ pretendem en-volver jovens da Arquidiocese

Reunidos para encontro regional, bispos celebraram o aniversário da Igreja-Mãe do Estado

Com a finalidade de prepararas comunidades para a JornadaMundial da Juventude e motivá-las para a Campanha da Frater-nidade, a Coordenação Arquidio-cesana de Pastoral confeccionouréplicas do Ícone de Nossa Senho-ra e da beata Albertina Berken-brock e os distribuiu a todas asparóquias da Arquidiocese.

“A intenção é que as paró-quias confeccionem uma Cruze, junto com os dois símbolos,façam com que eles peregrinempor todas as comunidades,além dos colégios, associaçõesde moradores e outros espaçospara envolver os jovens nesseano em que a Igreja adotou ajuventude como tema da Cam-panha da Fraternidade e que oBrasil sediará a Jornada Mundi-al da Juventude”, disse Pe.Revelino Seidler, coordenadorarquidiocesano de Pastoral.

Réplicas da imagem de Nossa Senhora e da beata Albertina Ber-kembrock, ícones da JMJ, foram encaminhadas a todas as paróquias

Após a Celebração, todos sãoconvidados a verem a exposição queestará terminando neste dia. Tam-bém haverá um coquetel comemo-rativo ao aniversário da Catedral,oferecido a todos os presentes.

Durante todo o ano, no dia 17de cada mês, será realizada umamissa em honra de N.Sra. do Des-terro, com apresentações culturaisapós a missa. “A ideia é revitalizar adevoção à padroeira da Igreja Mãeda Arquidiocese”, disse Pe. EwertonGerent, vigário da Catedral.

Dom Wilson presidiu à celebração que comemorou os 300 anos daCatedral e que reuniu os bispos das 10 dioceses do Estado

Os ícones de Nossa Senho-ra e da beata Albertina estive-ram em todas as comarcas daArquidiocese entre os dias 10 e13 de janeiro, acompanhadasda Cruz Peregrina. O objetivo éque o envolvimento que osícones tiveram naquele mo-mento seja repetido com ativi-dades mensais em todas ascomunidades da Arquidiocese.

“Os jovens devem ser en-volvidos de forma que eles sesintam bem e do jeito deles”,acrescentou Pe. Revelino. Eleainda informou que a Coorde-nação de Pastoral tem dispo-nível o livreto “Cruz Peregrina”,que orienta quanto à celebra-ção da passagem da Cruz pelaArquidiocese, e que pode seradotado pelas comunidades.

Mais informações pelo fone(48) 3224-4799, ou pelo [email protected].

Réplicas dos ícones foram encaminhadas às

paróquias para peregrinar pelas comunidades

A Associação de Proteção eAssistência ao Condenado - APAC- de Florianópolis promoveu, namanhã do dia 07 de fevereiro, umencontro com a desembargadoraSalete Silva Sommariva, respon-sável pela Coordenadoria de Exe-cução Penal e da Violência Do-méstica e Familiar contra a Mu-lher (Cepevid). O objetivo foi apre-sentar a APAC como método deressocialização do condenado econseguir apoio para a sua efeti-va instalação em Florianópolis.

Realizado no Tribunal de Justi-

ça, o encontro contou com a pre-sença de representantes do Mi-nistério Público, do Tribunal daJustiça, do Juizado de ExecuçõesPenais, da Secretaria de Justiça eCidadania do Estado e da Pasto-ral Carcerária. Durante o encon-tro, ficou conhecendo o trabalhoque a Pastoral realiza e conside-rou a APAC como uma extensãodo trabalho que hoje já é realiza-do pela Pastoral Carcerária no pre-sídio de Florianópolis. A desem-bargadora indagou cada um dospresentes se apoiavam a iniciati-

va, o que foi confirmado por to-dos eles. Ainda se prontificou amarcar uma reunião com o gover-nador para tratar sobre a APAC.

Segundo Leila Pivatto, o encon-tro foi muito produtivo. “Ele serviupara reafirmar o nosso ideal da ins-talação da APAC em Florianópolis epara fortalecer o compromisso dosdemais membros com esse objeti-vo. Creio que demos mais um paçorumo ao nosso propósito”, disse.

Mais informações sobre a APAC,pelo fone (48) 3879-2168/2107-2323, na Pastoral Carcerária.

Encontro busca criar a APAC em Florianópolis