jornal da arquidiocese de florianópolis julho/2011

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Assembleia em ritmo de planejamento Evangelização da Cidade O cristianismo nasceu na cidade, mas evoluiu no cam- po. Agora, volta (ou: é obri- gado a voltar) para a cidade. Nossa mentalidade conser- vadora, tradicional, teme a cidade, a competição da ci- dade. Somos feitos para ad- ministrar o que já está dado, não para criar, conquistar, avançar. O exemplo de Pau- lo é fascinante. Agiu com de- senvoltura no mundo das ci- dades, exatamente por ser um campo livre e aberto, re- Arquidiocese Jornal da Florianópolis, Julho de 2011 Nº 169 - Ano XV “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Cerca de 340 lideranças participaram da 26 a Assembleia Arquidiocesana, que deu passo decisivo rumo ao Plano de Pastoral Realizada na Paróquia Santo Antônio, em Campinas, São José, Assembleia reuniu padres, diáconos e agentes de pastoral. Durante o even- to, os participantes refletiram sobre os diagnósticos pasto- ral e social, elaborados ao lon- go dos últimos meses. Os tex- tos foram apresentados pelo Pe. Vitor Feller e por Fernando Batista respectivamente. Divididos em 20 grupos, os participantes deram suges- tões aos textos. Elas serão acrescentadas e o resultado vai compor o “ver” do Plano de Pastoral. Acompanhe uma síntese dos dois documentos. PÁGINA 09 Jovens realizam missão em Navegantes PÁGINA 07 69 candidatos a diácono fazem formação PÁGINA 08 Missionários par- ticipam de retiro para ir a Bahia PÁGINA 13 Pastoral Carcerária inaugura consultó- rio odontológico PÁGINA 15 ceptivo e acolhedor. Tinha a certeza de que o seu evan- gelho teria mais dinamismo do que as mensagens de todas as religiões que com- petiam nas cidades de en- tão. É verdade que hoje o cristianismo não é mais uma religião nova. Mas tem que (e pode) se renovar constan- temente: volta às fontes, anúncio sempre novo, no- vos métodos, expressões. PÁGINA 04 Itapema promo- ve peregrinação a Santa Paulina PÁGINA 03 Pe. Pedro Alcido Philippe: terceiro padre ordenado este ano PÁGINAS 08 e 14 Instituto reúne sete trabalhos sociais Criação do Instituto Vilson Gror integrou sete trabalhos sociais que o religioso criou e que prestam assistência a co- munidades empobrecidas da periferia de Florianópolis e Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Participantes ficaram atentos às apresentações que mostraram a realidade da nossa Arquidiocese São José. Há mais de 30 anos, o religioso vive e traba- lha nessas comunidades. Conheça um pouco sobre cada um dos trabalhos que fa- zem parte do Instituto. Em en- trevista, Pe. Vilson Groh fala dos motivos para a criação do Instituto e dos benefícios que isso trará para os projetos. PÁGINA 16 Pe. Vilson Groh, que há mais de 30 trabalha entre os pobres, é o homenageado

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 169, ano XV, Julho/2011

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Assembleia em ritmo de planejamento

Evangelização da CidadeO cristianismo nasceu na

cidade, mas evoluiu no cam-po. Agora, volta (ou: é obri-gado a voltar) para a cidade.Nossa mentalidade conser-vadora, tradicional, teme acidade, a competição da ci-dade. Somos feitos para ad-ministrar o que já está dado,não para criar, conquistar,avançar. O exemplo de Pau-lo é fascinante. Agiu com de-senvoltura no mundo das ci-dades, exatamente por serum campo livre e aberto, re-

ArquidioceseJornal da

Florianópolis, Julho de 2011 Nº 169 - Ano XV

“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Cerca de 340 liderançasparticiparam da 26a AssembleiaArquidiocesana, que deu passo

decisivo rumo ao Plano de PastoralRealizada na Paróquia

Santo Antônio, em Campinas,São José, Assembleia reuniupadres, diáconos e agentesde pastoral. Durante o even-to, os participantes refletiramsobre os diagnósticos pasto-ral e social, elaborados ao lon-go dos últimos meses. Os tex-tos foram apresentados pelo

Pe. Vitor Feller e por FernandoBatista respectivamente.

Divididos em 20 grupos, osparticipantes deram suges-tões aos textos. Elas serãoacrescentadas e o resultadovai compor o “ver” do Planode Pastoral. Acompanhe umasíntese dos dois documentos.

PÁGINA 09

Jovens realizammissão emNavegantes

PÁGINA 07

69 candidatos adiácono fazemformação

PÁGINA 08

Missionários par-ticipam de retiropara ir a Bahia

PÁGINA 13

Pastoral Carceráriainaugura consultó-rio odontológico

PÁGINA 15

ceptivo e acolhedor. Tinha acerteza de que o seu evan-gelho teria mais dinamismodo que as mensagens detodas as religiões que com-petiam nas cidades de en-tão. É verdade que hoje ocristianismo não é mais umareligião nova. Mas tem que(e pode) se renovar constan-temente: volta às fontes,anúncio sempre novo, no-vos métodos, expressões.

PÁGINA 04

Itapema promo-ve peregrinaçãoa Santa Paulina

PÁGINA 03

Pe. Pedro Alcido Philippe: terceiro padre ordenado este ano PÁGINAS 08 e 14

Instituto reúne sete trabalhos sociais

Criação do Instituto VilsonGror integrou sete trabalhossociais que o religioso criou eque prestam assistência a co-munidades empobrecidas daperiferia de Florianópolis e

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis

P O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Participantes ficaram atentos às apresentações que mostraram a realidade da nossa Arquidiocese

São José. Há mais de 30anos, o religioso vive e traba-lha nessas comunidades.

Conheça um pouco sobrecada um dos trabalhos que fa-zem parte do Instituto. Em en-

trevista, Pe. Vilson Groh falados motivos para a criação doInstituto e dos benefícios queisso trará para os projetos.

PÁGINA 16

Pe. Vilson Groh, que há mais de 30 trabalha entre os pobres, é o homenageado

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Colaboradores humildes, inteligentes e responsáveis

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Pe. João Francisco Salm, Pe. José Artulino Besen, Pe.

Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo, Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva

Luz, Daniel Casas, Carlos Martendal - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-

6578 - Coor. de Publicidade: Pe. Pedro José Koehler - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e

Fotos: Zulmar Faustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: Diário Catarinense

Há dois anos, a Arquidiocese deFlorianópolis vem se empenhandonum processo de planejamento dasua ação pastoral e evangelizadora.Uma tarefa árdua;mais ainda paraqualquer pessoa ou grupo que tenhao hábito de improvisar, ou paraquem sente rejeição a planejamen-to e organização. Neste caso as ra-zões para justificativas normalmen-te são diversas e variadas: vão des-de o não saber como fazer até a fal-ta de vontade para agir; e desde afalta de perceber seu valor até apouca sabedoria em aproveitar aprática de planejar como oportuni-dade em vista de objetivos.

Há também o perigo de se cairem extremos: pôr no planejamen-to todas as esperanças, como seisso bastasse, a ponto de subesti-mar a necessidade e a primazia

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Pentecostesdade primária da oração é a con-versão: o fogo de Deus transformao nosso coração e nos torna capa-zes de ver Deus e, assim, de viversegundo Deus e de viver para opróximo. E o terceiro ponto: os Paisda Igreja dizem-nos que tambémesta história de um profeta é pro-fética, é sombra do porvir, do futu-ro Cristo. E dizem-nos que aqui ve-mos o verdadeiro fogo de Deus: oamor que orienta o Senhor até àCruz, até ao dom total de si mes-mo. Então, a autêntica adoraçãode Deus consiste em dar-se a Deuse aos irmãos, a verdadeira adora-ção é o amor. E a autêntica adora-ção de Deus não destrói, mas re-nova e transforma. Sem dúvida, ofogo de Deus, o fogo do amor con-some, transforma e purifica, voltaa criar o nosso coração. E assim,realmente vivos pela graça do fogodo Espírito Santo, do amor de Deus,somos adoradores em espírito eem verdade.

Comunhão Espiritual - Devoção e Eucaristia

Na catequese de 15-6, depoisde falar sobre o ministério proféti-co de Elias, e tendo focalizado osacrifício no monte Carmelo, as-sim concluiu o Papa:

É isto que acontece: «O fogo doSenhor baixou do céu e consumiu oholocausto, a lenha, as pedras, apoeira e até mesmo a água do sul-co. Vendo isso, o povo prostrou-secom o rosto por terra, exclamando:“O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!”»(vv. 38-39). O fogo, este elementonecessário e ao mesmo tempo terrí-vel, ligado às manifestações divinasda sarça ardente e do Sinai, agoraserve para assinalar o amor de Deus,que responde à oração e se revelaao seu povo. Baal, o deus mudo eimpotente, não tinha respondido àsinvocações dos seus profetas; o Se-nhor, ao contrário, responde, e demodo inequívoco, à súplica de Elias,não só consumindo o holocausto,mas até secando toda a água quetinha sido derramada em volta doaltar. Israel já não pode ter dúvidas;a misericórdia divina veio ao encon-tro da sua debilidade, das suas dúvi-das e da sua falta de fé.

Estimados irmãos e irmãs, oque nos diz, a nós, esta história dopassado? Qual é o presente destahistória? Em primeiro lugar está emquestão a prioridade do primeiromandamento: adorar unicamentea Deus. Onde Deus desaparece, ohomem cai na escravidão das ido-latrias. Em segundo lugar, a finali-

Há intuições do devocionáriopopular que, confrontadas com aLiturgia, podem ganhar um signifi-cado profundo e ser símbolos deuma verdade maior. É o caso da“comunhão espiritual”: era e é re-comendada para quem não podeparticipar da Missa, ou por nãohaver a Celebração pela ausên-cia do padre, ou por impedimentode consciência, como viver situa-ção irregular. Na piedade popularestimulada nos seminários, con-ventos e associações religiosas,avultava a “oração do desejo decomungar”, de onde “comunhãoespiritual”, não real, como se oespiritual pudesse ser não real.

Encontramos no Profeta Mala-quias (480/460AC), o último na lis-ta dos profetas bíblicos, uma profe-cia messiânica que nos insere nocaminho da Comunhão espiritual:“De onde nasce o sol até onde elese põe, o meu nome é glorificadoentre as nações, e em todo lugar seoferece a meu nome um sacrifíciopuro, porque meu nome é glorifica-do entre as nações – diz o Senhor”(Ml 1, 11). Malaquias fala de umsacrifício puro de louvor celebradoininterruptamente em todas as na-ções. Não há momento ou lugar emque Deus não esteja recebendoesse sacrifício verdadeiro.

No tempo e na eternidadeOra, o drama da redenção pela

Cruz é situado historicamente: emJerusalém, numa sexta-feira, na

primavera do ano 30. Com issopodemos dizer que, nessa data,há um antes e um depois da Cruz,mas, no momento da Morte (tem-po)-Ressurreição (eternidade) serevela a divindade do Senhor e aEucaristia sai do tempo históricoe penetra na eternidade divina.Por quê? Deus é eterno, sem pas-sado ou futuro e a Liturgia, nessesentido, extrapola o tempo. Nos-sa vida humana transcorre nosfragmentos do tempo histórico, éverdade, mas nossa redenção si-tua-se no eterno de Deus.

Assim, permanece até o finalda história a Liturgia revelada noApocalipse, em que o Cordeiroimolado desde a fundação do mun-do assume o trono donde jorra aágua redentora para o perdão dospecados, (cf. Ap 21, 22-25): Cris-to, o Cordeiro, é o templo onde serealiza a história. Cristo continuacrucificado e ressuscitado, pois dis-se: “Quando tiverdes elevado o Fi-lho do Homem, então sabereis queEU SOU” (cf. Jo 8, 24.28). EU SOU éo nome de Deus, é a afirmação dadivindade e eternidade de Jesus,o Cristo. Seguindo a palavra deJoão, Deus está crucificado, e é naCruz que se revela o Filho eterno.Desse modo o sacrifício redentor– a Eucaristia - se estende a to-dos os tempos e lugares, do nas-cer ao pôr-do-sol. Se cremos noCrucificado, temos continuamen-te o perdão de nossos pecados,continuamente Cristo se oferece

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br24 mil exemplares mensais

ao Pai por nós, na força do Espíri-to Santo. Esse gesto redentor nãocomporta datas e tempos, porqueé obra divina, eterna. Cada comu-nidade eucarística intercede portoda a criação.

A Comunhãoespiritual eucarística

Assim, não há instante ou lu-gar em que não seja oferecido osacrifício perfeito anunciado porMalaquias e proclamado naLiturgia. Todo o cosmo é transfor-mado e santificado pela Eucaris-tia, pois o Messias crucificado eressuscitado a tudo consagra, esempre, e em todo lugar.

Desse modo, a Comunhão es-piritual pode ir muito além de umpiedoso desejo de receber a Co-munhão, de ser ato individual dealguém que não pode participar daMissa. A Comunhão espiritual éeucarística, é redentora, pois éparticipação real do mistério doCordeiro imolado, cujo fruto é aremissão de nossos pecados. Acada comunhão espiritual eucarís-tica, somos o filho pródigo sendorecebido pelo Pai e recriado pelasua misericórdia. Na Comunhãoespiritual podemos e devemos re-zar: “Nós vos louvamos e glorifica-mos, Senhor nosso Pai, e estamosunidos à Eucaristia que vossos fi-lhos celebram neste momento emtodos os lugares do mundo”.

Pe. José Artulino Besen

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

Se, de umlado, Jesus afir-

mou que sem Elenada podemos,

de outro, quisnossa participa-

ção na realizaçãodos seus planos”.

O verdadeirofogo de Deus:

o amor queorienta o Senhor

até à Cruz,até ao dom total

de si mesmo”.

Julho 2011 Jornal da ArquidioceseOpinião2

da Graça; ou simplesmente atribuirtudo à Providência Divina, numaatitude passiva e cômoda, ficandode braços cruzados, sem assumir-se como colaborador de Deus.

O Evangelho lembra que Jesus,referindo-se às iniciativas daqueleadministrador astuto, elogiou suahabilidade e advertiu: “Os filhos dastrevas são mais espertos do que osfilhos da luz” (Lc 16,8). Deus nosdotou de inteligência, liberdade evontade para que, capazes de pla-nejar e organizar, criemos condiçõesque abram espaço à ação divina.Sejamos evangelicamente astutos!.

Assim, para correspondermoscom a ajuda que Deus nos conce-de, é necessário que preparemosbem qualquer uma de nossas ati-vidades: uma reunião, mesmo quecorriqueira, uma celebração, uma

palestra, uma festa, etc. Como, porexemplo, é diferente uma Eucaris-tia bem preparada!

A Sagrada Escritura sugere, acada passo, que o plano de Deusde nos libertar e salvar, e de implan-tar o seu Reino, requer nossa parti-cipação humilde, inteligente eresponsável.Se, de um lado, Jesusafirmou que sem Ele nada pode-mos, de outro, quis nossa participa-ção na realização dos seus planos.

EmProvérbios se lê: “Que teusolhos olhem sempre em frente eteu olhar siga reto para diante. Tra-ça um trilho para os teus pés e se-jam seguros os teus caminhos.Não te desvies nem à esquerda,nem à direita. Afasta teus pés domal” (Pr 4,25-27).Também poderí-amos dizer assim: Olha longe, ela-bora teus objetivos, define o que

desejas; empenha-te inteiro, demente, de coração e com todas asforças na realização do teu ideal;conscientiza-te de tua situação, vêonde andas, conhece tua realida-de, pondera tuas condições; deci-de-te pelos melhores caminhos eescolhe os meios ou estratégiasmais adequadas; não deixes quemotivações secundárias ou enga-nosas te desviem; persevera natrilha da Vontade de Deuse sê fiel.

Que nosso planejamento te-nha as marcas de quem sabe quedepende de Deus; de quem preci-sa dEle e sabe que pode contarcom sua participação atuante. Quenosso planejamento seja a expres-são de quem sabe que é chamadoa participar como colaborador deDeus na execução do Seu Planode Salvação do mundo.

Palavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do AdministradorPalavra do Administrador Pe. João Francisco Salm Administrador Diocesano daArquidiocese de Florianópolis

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Semana Missionária em GaropabaA Paróquia São Joaquim, em

Garopaba, estará realizando nosdias 16 a 23 de julho a SemanaVocacional Missionária. Com olema “Vão! Estou enviandovocês... Em qualquer lugar ondeentrarem, digam primeiro: A pazesteja nesta casa!” (Lc 10:3,5),o evento reunirá padres,diácono, religiosas e seminaris-tas que visitarão as 20 comuni-dades da paróquia. Já estão con-firmados seis padres e 21 irmãsde seis congregações religiosas.

“Muitos leigos também con-firmaram presença nesta ativida-de que é muito importante paraa Paróquia de Garopaba”, desta-cou Pe. Alceoni Berkenbrock,

o pároco. A programação inicia nanoite do dia 16 de julho, sexta-feira, com a acolhida dos missio-nários e vocacionados, seguindo-se a celebração eucarística. Naseqüência, haverá o envio missi-onários para as comunidades.

Durante os oito dias, os mis-sionários realizarão visitas a to-das as casas, em especial aosdoentes e idosos, e também se-rão realizadas palestras e encon-tros com as lideranças. Depen-dendo do número de padres,haverá mais celebrações euca-rísticas nas comunidades.

Outras pelo fone (48) 3254-3140 ou pelo e-mail [email protected].

A Coordenação Arquidioce-sana do Dízimo estará realizan-do no dia 30 de julho o encon-tro arquidiocesano de forma-ção. Programado para Tijucas,das 8h às 11h30, o evento con-tará com a assessoria do Pe.Vitor Feller, que falará sobre odocumento da Arquidioceseque traz as orientações para oDízimo. Além de prestar forma-ção às lideranças, o evento visadar unidade na caminhada

Formação para os agentes do Dízimoarquidiocesana.

Durante o encontro, os parti-cipantes também terão a opor-tunidade de trocar experiênciase informações. O encontro desti-na-se aos agentes paroquiais daPastoral do Dízimo, mas é aber-to a todos os que queiram parti-cipar. Mais informações pelofone (48) 9185-3003, com odiácono João Flávio Ven-drúsculo, coordenador, ou peloe-mail [email protected].

Encontro Regional da Pastoral FamiliarCurso preparou agentes para trabalhar com casais que buscam o sacramento do matrimônio

A Diocese de Rio do Sulsediou, nos dias 10 a 12 de ju-nho, o Encontro Regional da Pas-toral Familiar. Realizado no Cen-tro Diocesano Dom JoséBalestieri, antigo seminário SãoFrancisco Xavier, em Rio do Oes-te, o evento dedicou-se à forma-ção de agentes da Pastoral queatuam na preparação dos noivospara o sacramento: setor pré-ma-trimonial.

O encontro contou com a par-ticipação de 70 lideranças, repre-sentando oito das dez diocesesdo Regional. A Arquidiocese deFlorianópolis foi representada porNestor e Vilma Fetter, casalcoordenador da Pastoral Famili-ar na Arquidiocese, e pelo casalLuiz e Marilea Fontanella, da Pa-róquia Santíssima Trindade, emFlorianópolis.

Durante os três dias, os parti-cipantes contaram com a asses-soria do casal André e RitaKawahala, do Regional Sul I (SP).Eles trataram dos temas: o sacra-mento do matrimônio, a vida con-jugal e a necessidade humana;planejamento natural da família;

Fo

to JA

Realizada em Rio do Oeste, formação reuniu mais de 70 casais de oitodas dez dioceses da CNBB - Regional Sul IV

sexualidade e vida matrimonial.Todas as palestras foram ampa-radas nos documentos da Igreja.

Num momento do encontro,reuniram-se os coordenadores eassessores diocesanos da Comis-são Regional Sul 4 da PastoralFamiliar. Entre as deliberações,ficou definido que o 7º CongressoRegional Sul 4 da Pastoral Famili-ar será realizado em Lages(SC),

nos dias 21, 22 e 23 de setem-bro de 2012, com o tema: “Famí-lia, Pessoa e Sociedade”.

Para Vilma Fetter, que com seuesposo Nestor, coordenam a Pas-toral na Arquidiocese, o conteúdoabordado é sumamente importan-te para qualquer casal, tendo emvista “o grande número de casaiscom dificuldades nos relaciona-mentos”, disse.

Jornal da Arquidiocese Julho 2011

3Geral

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

A Coordenação Arquidioce-sana de Pastoral Vocacional pro-moverá no segundo semestre trêsencontros de formação para lide-ranças que já atuam na pastoralvocacional e para aqueles quedesejam formar equipes paroqui-ais em suas comunidades. Parafacilitar a participação, os encon-tros acontecerão sempre aos sá-bados, em três diferentes locais:

Formação para a Pastoral da Criançano dia 06 de agosto, na ParóquiaSão João Batista de Itajaí para ascomarcas de Itajaí, Brusque eTijucas; no dia 03 de setembro,na Paróquia de Santo Amaro daImperatriz para as comarcas deSanto Amaro e São José; e no dia01 de outubro, na Catedral paraas comarcas da Ilha, Estreito eBiguaçu. Os encontros acontece-rão das 13h30 às 17h30.

Pela oitava vez, a Paróquia San-to Antônio, em Itapema, promovea peregrinação “Peregrinando que-remos ver Jesus”, até o Santuáriode Santa Paulina, em Nova Trento.O evento será realizado nos dias30 e 31 de julho. A participação élimitada a 300 participantes, porconta da estrutura de segurança esuporte aos participantes, que pre-cisarão realizar inscrição.

Os participantes realizarão acaminhada de 64 km em doisdias. A caminhada inicia às 5h da

Itapema realiza peregrinação a Santa Paulina

manhã do dia 30, após a celebra-ção na Igreja Matriz, para todosos caminhantes, familiares e a co-munidade. A expectativa é chegarno mesmo dia, por volta das 18h,em Canelinha. Lá será montadauma estrutura no salão da IgrejaMatriz da Paróquia Sant’Ana,onde pernoitarão.

No dia seguinte, às 6h, serárealizada uma Celebração Eucarís-tica, e segue a caminhada. A ex-pectativa é chegar ao Santuário deSanta Paulina às 17h, quando os

peregrinos participarão de umacelebração de ação de graças.

As inscrições já estão abertase vão até o dia 22 de julho, de-vendo ser realizadas no site daparóquia: www.santoantonio

paroquia.com, a um custo deR$ 25,00, que dará direito a todaa estrutura de alimentação, segu-rança, boné e camiseta de identi-ficação. Mais informações pelosfones (47) 3368-4890, com a Co-ordenação Geral, ou 3368-2185,na Secretaria Paroquial.

Evento reunirá 300 fiéis que caminharão 64km em dois dias

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Só pela mís-tica, chegaremos

à profundidadeque permaneceapesar das mu-

danças; pois elaconduz ao mergu-lho na vida, mor-te e ressurreição

de Cristo”.

ATITUDES CRISTÃSE NÃO CRISTÃS

No mundo da cidade somosatingidos em cheio em nossamissão. Como reagir? Há três res-postas inconvenientes, inade-quadas, não bíblicas, não cristãs:a) misantropos, que fogem darealidade, se apegam ao passa-

Vivemos numa aldeia global,na era da globalização, da urba-nização plena. Como o mundo ur-bano mexe com nossa ação pas-toral e evangelizadora? A cidadeé lugar de espetáculo e constan-tes novidades, de liberdade dasdependências tradicionais (natu-rais ou sociais, tabus, etc.), de li-berdade para inventar a vida, élugar de desejos e frustrações.Como vivemos isso?

O cristianismo nasceu na ci-dade, mas evoluiu no campo.Agora volta (ou é obrigado a vol-tar) para a cidade. Em termos prá-ticos, é como que uma volta àsfontes, para a busca de novosmétodos e expressões no anún-cio sempre novo do Evangelho. Aaspiração à liberdade foi perce-bida e exaltada por São Paulocomo fator favorável ao cristianis-mo. Havia no ar um anseio porliberdade, que podia ser respon-dido pelo Evangelho. Longe deopor fé e liberdade individual,Paulo destaca os elementos deconvergência. O Evangelho eman-cipa de tabus, de autoridadesopressoras, de tradições desuma-nas. O Evangelho humaniza, liber-ta, torna a pessoa adulta.

Hoje, é preciso apresentar umcristianismo adulto, liberto desatanizações, magias, infantilis-mos, alienações, devocionismosbaratos. Um cristianismo adulto,que não seja passivo no mundoda cidade, que aprenda a situar-se nesses novos tempos, quefaça parcerias com os movimen-tos associativos urbanos (por se-gurança, educação, saúde, cultu-ra etc.). Um cristianismo que nãose prenda às estruturas paroqui-ais, nem amarre os fiéis às tare-fas paroquiais. Um cristianismonão paroquialista, isto é, não fixonum âmbito restrito, em peque-nos grupos ou guetos. Um cristia-nismo que não tema o mergulhonuma sociedade urbana, diversae múltipla, que não tema perdero controle sobre os fiéis, que sedespoje de sua linguagem eclesi-ástica, que forme redes de soli-dariedade com pessoas de outrasigrejas, religiões, associações,ongs etc., em vista da realizaçãodo grande sonho humano de li-berdade e vida digna para todos.

ROSTOS DACIDADE ATUAL

Como viver e anunciar o cris-tianismo diante das característi-cas que o jesuíta Pe. Libânio vêna cidade de hoje? Na cidade-es-petáculo, o cristianismo não deveentrar no jogo da mídia espeta-cular, do triunfalismo soberbo,mas oferece um espetáculo di-verso: a cruz, a sobriedade e asimplicidade da vida no segui-mento de Cristo, caminho seguropara a liberdade de novas criatu-ras, ressuscitadas. Na cidade-en-

de não tomar distância para vera realidade com mais clareza,fica surfando na pastoral, vai naonda, muda a toda hora e todoinstante, com o sabor do vento,não se aprofunda. É oimediatismo, o ativismo, a religiãode resultados (imediatos, semprofundidade).

O cristianismo deve marcardiferença. Nosso jogo é outro. Éhora de profundidade, não de su-perficialidade. Nossa diferençaestá em sermos profundos. Sópela mística, chegaremos à pro-fundidade que permanece ape-sar das mudanças; pois ela con-duz ao mergulho na vida, morte eressurreição de Cristo. É precisovoltar às fontes: lectio divina,catequese mistagógica, iniciaçãocristã. Uma das grandes fontesonde os cristãos católicos pode-riam abeirar-se para saberposicionar-se diante dos desafi-os do mundo atual são os docu-mentos conciliares do Vaticano II.No mundo da cidade, não fazmais sentido caracterizar os cris-tãos (pastores e fiéis) como “con-servadores ou progressistas”,mas como “preguiçosos ou zelo-sos”, “funcionários ou místicos”,“medrosos ou criativos”.

O FASCÍNIODO PODER

O mundo da cidade buscastatus, autoridade, prestígio, car-gos etc. No anúncio e na práticada fé cristã somos atingidos decheio no modo como exercemosnosso poder. Como nós, cristãos- pastores e fiéis - administramosa autoridade que, nos mais diver-sos campos, todos temos? Há di-versas respostas: a) grande par-te de burocratas, que ficam ape-nas no nível operacional de cum-prir rotina de celebrações, admi-nistrar sacramentos, resolver pro-blemas, atender pessoas, garan-tir equilíbrio econômico-financei-ro da paróquia ou diocese, enfim,a chamada pastoral de manuten-ção; b) poucos são reflexivos, comhabilidades estratégicas, refle-tem com equipes, fazem leiturasde cenário, formam e acompa-nham lideranças, pensam a mis-são da comunidade eclesial amédio e longo; c) muito poucossão místicos, aprofundam a di-mensão místico-espiritual de suamissão, sabem trabalhar a rela-ção entre a pastoral, a teologia ea espiritualidade (como os Paisda Igreja: santos, pastores, teólo-gos), confrontam as motivaçõesdo coração, descem até a raiz deonde brotam seu ser e agir: o mis-tério de Deus encarnado, mortoe ressuscitado.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

contro, o cristianismo não preci-sa retirar-se medroso, com com-plexo de vítima, mas deve abrir-se ao diálogo e ao anúncio, defi-nindo sua identidade pelo servi-ço aos fracos e pelo testemunhoda comunhão fraterna. Na cida-de-expressão, o cristianismodeve ajudar as pessoas a vence-rem o medo de se expressar, paraformarem opinião pública e mar-carem presença pública. Na cida-de-sofrimento, o cristianismo pre-cisa pôr-se do lado dos fracos(hospitais, prisões, asilos), na lutapela sobrevivência dos pobres(alimentação, moradia, saúdeetc.), como Igreja samaritana, mi-sericordiosa, sensível, através demeios eficazes de libertação. Nacidade-liberdade, o cristianismodeve tornar-se capaz de motivaruma verdadeira conversão daspessoas, que, não aceitando semmais o argumento da autoridade,introjetem o Evangelho de modocriativo e personalizado.

do, não vêem as mudanças, têmaversão às pessoas e à socieda-de; b) mágicos, que entram detal modo na realidade que se tor-nam iguais àqueles que se pre-tende atacar: religião de resulta-dos, milagrismos, terapias; c) mer-

cadores, que tratam a religiãocomo um bem de consumo, a sertratado como mercadoria, segun-do a lei de oferta e procura. Duasrespostas são bíblicas, evangéli-cas: a) místicos, que seposicionam no seguimento deJesus Cristo, portadores do Espí-rito Santo, anunciadores e prati-cantes da Palavra, santos; b)mistagogos, como Jesus Cristo,auxiliadores dos irmãos na expe-riência de Deus, na iniciação dosmistérios divinos.

Não é hora de entrar no jogopuro e simples da mercantilizaçãoda religião. Não podemos jogar ojogo do adversário, da religiãoneoliberal, da teologia da prospe-ridade. Quem entra nesse jogo,torna-se espetáculo, corre o risco

É preciso voltar sempre de novo a Jesusde Nazaré, à sua pessoa e prática.

Evangelizaçãoda Cidade

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4 Tema do Mês Julho 2011 Jornal da Arquidiocese

Fiéis da Comarca da Ilha participam da Procissão de Corpus Christi em frente a Catedral,

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Catedral fica lotada na Festa de Corpus ChristiApesar do tempo ruim, houve grande participação nas quatro celebrações realizadas durante o dia

Nem o tempo ruim que seabateu por Florianópolis no dia 23de junho impediu que os fiéis par-ticipassem da festa de CorpusChristi na Catedral. As chuvas im-pediram a confecção dos tapetes,mas ainda assim as quatro cele-brações programadas para o diaficaram lotadas de fiéis.

A celebração principal foi rea-lizada às 15h, presidida por Dom

Vito Schlickmann, bispo emé-rito de Florianópolis. Após a pro-clamação do evangelho de SãoJoão, Dom Vito destacou durantea homilia que este é um “momen-to de oração, adoração, de se co-locar diante de Deus e dizer ‘obri-gado, Jesus’”.

Um coro de 180 vozes, com-posto pelo Coral Encantos, Coraldo Movimento de Irmãos de Ca-poeiras e Coral Nova Direção, soba regência de Robson MedeirosVicente, animou a celebração.

Segundo o Pe. Pedro Paulo

Alexandre, organizador da cele-bração, este ano em que se come-moram os 60 anos de ordenaçãopresbiteral do Papa Bento XVI, se-riam confeccionados 60 tapetesseguindo esse tema. “Apesar da

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A Paróquia Senhor Bom Jesusde Nazaré, em Palhoça, estaráem festa no dia 20 de julho. Nes-se dia, às 19h, o diácono

Onézimo João Fonseca esta-rá celebrando o seu jubileu de 25anos de ordenação diaconal. Re-alizada na comunidade São Se-bastião, a celebração será presi-dida pelo pároco Pe. FranciscoRohling. Após a celebração, seráoferecido um coquetel no salão.

Jubileu Diaconal

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Com 66 anos, diáconoOnézimo é o mais antigo em ati-vidade na paróquia. Ele fez par-te da 3ª Turma da EscolhaDiaconal São Francisco de As-sis, que concluiu a formação em1985. É viúvo há três anos. Comsua esposa, Rozeli IracemaFonseca, teve seis filhos e seisnetos. Seu lema de ordenação:“Se serves a Deus, serás recom-pensado”.

ausência dos tapetes, a festa nãoperdeu o brilho. O rito permaneceuo mesmo e os fiéis vieram marca-ram presença”, disse.

Além de participar das cele-brações, os fiéis foram convida-dos a levar roupas e alimentos.O resultado foi bastante positi-vo. Os donativos foram repassa-dos para a Ação Social da Cate-dral, que possui um cadastrocom várias famílias empo-brecidas da região central deFlorianópolis.

ReformaAs celebrações de Corpus Christi

foram realizadas com a Catedralem tamanho reduzido. Isso porqueos altares estão em processo de re-cuperação. Assim, o Altar-Mor, comtoda a ábside, as capelas do San-tíssimo e de N.Sra. das Dores, alémdos altares laterais, estão isolados.Isso fez com que boa parte da igre-ja ficasse sem acesso. Nesse tra-balho, mais de 20 imagens sacrasque ficavam nesses altares já fo-ram retiradas para restauração.

Durante celebração foi realizada a bênção e procissão do Santíssimo

Jornal da Arquidiocese Julho 2011

5Geral

O mês de agosto é tradicio-nalmente dedicado às vocações.Este ano, a Pastoral Vocacionalda Arquidiocese elaborou um ro-teiro especial. A Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil, CNBB,propôs como tema do mês: “Anun-ciar a Palavra que gera vida”.

O roteiro, com comentários,preces, pistas homiléticas e outrassugestões para as missas domini-cais, foi elaborado pelos semina-ristas de Teologia, Marcos eWellington, membros da equipeda Pastoral Vocacional, com o au-

Roteiro para celebrar o Mês Vocacionalxílio da Irmã Clea Fuck.

Em cada domingo de agostocelebramos,como é sabido, umavocação especial: do padre; dospais; dos consagrados e consagra-das; e dos leigos, com homena-gem especial para os catequistas.O roteiro foi elaborado seguindoessa dinâmica. Os interessadosem utilizar o roteiro devemacessar o site da Arquidio-cese deFlorianópolis (www.arquifln.

org.br) ou o site da PastoralVocacional (www.vocacao

sacerdotal.org.br).

A Associação dos Ex-Alunosdo Seminário de Azambuja –AESA, está promovendo umacampanha de arrecadação derecursos para a pintura externado Seminário de Azambuja. Inici-ado no início de abril, durante oencontro dos ex-alunos do semi-nário, até o momento já foramarrecadados 20% dos recursos.

Todos aqueles que quiseremcontribuir, podem depositar qual-

Pintura do Seminário de Azambujaquer importância na conta: Ban-co Bradesco, agência 3308, con-ta poupança 1.000.650-3, emnome da AESA, CNPJ11.086.884/0001-65. Pede-seque, após realizar a contribuição,o doador entre em contato com osr. Ernesto José de Souza,presidente da AESA, por telefoneou mensagem para o número(48) 9915-4132 ou pelo [email protected].

Mais de três mil pessoas estive-ram reunidas no dia Ginásio de Es-portes de Campinas, em São José,para participar do primeiro Cenáculode Pentecostes Arquidio-cesano.Com o tema “Sede um só corpo eum só espírito”, o evento reuniu par-ticipantes de 30 paróquias.

O encontro contou com a prega-ção de Maria Francisca, conhecidacomo Chica, da Comunidade Oásis,do Rio Grande do Sul, que já é bas-tante conhecida na Arquidiocesepelas pregações que já realizou emvários eventos. A pregação foi divi-

dida em três momentos tendocomo centro o tema do evento.

Essa foi a primeira vez que oCenáculo de Pentecostes foi con-centrado em um evento arquidio-cesano. Nos outros anos, ele erarealizado por comarca. “Decidimosrealizar em nível arquidiocesanopela própria palavra dos Atos dosApóstolos ‘Estavam todos reuni-dos no mesmo lugar’ (At 2:1). Nãofazer apenas comarcal, mas tam-bém arquidiocesana”, disse LuizCarlos Santana Filho, coordenadorda RCC na Arquidiocese.

Segundo ele, a intenção é que oevento seja alternado com um anoarquidiocesano e outro comarcal ea cada edição em uma comarcadiferente. Para o Pe. Hélio da Cu-

nha, pároco anfitrião, a realizaçãode um evento como esse reunindoum grande público é importantepara mostrar o avivamento da Igre-ja. “Demonstra a nossa força e trazavivamento na fé”, disse.

Mais informações, acesse

o blog: http://cenaculode

pentecostes.blogspot.com

Mais de três mil participam do Cenáculo de Pentecostes

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

São dois pequenos salmos,que podemos comentar juntos. Oprimeiro, caracterizado pela de-núncia profética e a preocupaçãocoletiva, é irmão gêmeo do Sal-mo 14(13), com texto quase idên-tico. O segundo, é uma súplica in-dividual, na qual o salmista ex-pressa a sua necessidade urgen-te de socorro e de justiça.

SALMO 53(52): TODOSSE CORROMPERAMEste salmo é uma denúncia,

severa e generalizante, que nadavê de bom na sociedade: “não háquem pratique o bem” (v. 2). “De-núncia”, aliás, é a característicado movimento profético, que emIsrael se estendeu desde o inícioda monarquia até pouco tempoapós o exílio na Babilônia. “Profe-cia”, nesse sentido, nada tem aver com previsão do futuro, mas éessencialmente “anúncio-denún-cia”: proclamação do projeto deDeus e denúncia de tudo o quecontraria esse projeto, a começardo ateísmo prático e das conse-qüentes injustiças sociais.

“Deus não existe”

2. Diz o insensato em seucoração: “Deus não existe!” /Corromperam-se, fazem coisasabomináveis; / não há quempratique o bem.

Este é o caso típico de umaafirmação bíblica – “Deus nãoexiste!” – que, isolada do seucontexto, diz o contrário do queseu autor quer dizer. Naturalmen-te, a Bíblia, da primeira à últimapágina, supõe e afirma a existên-cia de Deus. E não só a sua “exis-tência”, mas a sua atuação efeti-va no mundo e na história, atua-ção negada pelo “insensato”.Este, aliás, não tem a coragemde dizê-lo em público, mas só opensa consigo, “no seu coração”(v.2, como também o “insensa-to” do Sl 14/13,1). Não se trata,pois, do ateísmo “militante” dosnossos dias, mas do ateísmo prá-tico, também dos nossos dias, dequem não crê num Deus que façajustiça, que defenda os pobresetc. Conse-quência disso é acorrupção generalizada, que con-tinua entre nós: “Corromperam-se, fazem coisas abomináveis; /não há quem pratique o bem”(v.2). “Coisas abomináveis” são,para o salmista, as práticasidolátricas, não apenas ascultuais, mas tudo aquilo que seadora em lugar de Deus: o ter, oprazer, o poder, com as injustiçasque daí resultam.

Salmos 53 e 54: Denúncia e Súplica

Conhecendo o livro dos Salmos (39)Conhecendo o livro dos Salmos (39)Conhecendo o livro dos Salmos (39)Conhecendo o livro dos Salmos (39)Conhecendo o livro dos Salmos (39)

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priedade e responsabilidade oSenhor reclama, chamando-o de“meu povo”. Quanto aos “preda-dores”, como não lembrar aqui adenúncia de Jesus contra osescribas, que “devoram as casasdas viúvas, enquanto ostentamlongas orações” (Mc 12,40)?

Tremerão de pavor

6. Por isso, tremerão de pa-vor, onde não haveria o que te-mer. / Pois Deus dispersa os os-sos dos que te atacavam: / fi-carão envergonhados, porqueDeus os rejeitou.

A segunda parte desteversículo, à diferença do versículocorrespondente no Sl 14/13, falana “dispersão” de um exército ata-cante. Supõe, portanto, um confli-to militar, o ataque de um exércitoinimigo: seriam os assírios deSenaquerib, tentando tomar Jeru-salém (cf. 2Rs 18,17-37) e “devo-rar o povo”, impondo-lhe seus tri-butos? Historicamente, de fato, ogrande exército assírio se disper-sou, em 701 aC, deixando “enver-gonhados” os seus chefes.

A salvação de Israel

7. Vem de Sião a salvaçãode Israel! / Quando o Senhor mu-dar a sorte do seu povo, / exul-tará Jacó e Israel se alegrará.

Num detalhe nacionalista ecultual, o salmo termina expres-sando a certeza da salvação/liber-tação de Israel, pela intervençãodaquele que, no Templo, no mon-te Sião, mora em Jerusalém. Ele éo Senhor da História. É Ele quemguarda e defende seu povo.

SALMO 54 (53):FAZE-ME JUSTIÇA

Este salmo é simples, de valorliterário modesto, mas tem sidorezado por muitas gerações, e nós

queremos escutar, na pobreza po-ética, a autenticidade do sentimen-to nele expresso. O orante pede aDeus que “escute suas palavras”,sem se preocupar em enfeitá-las.Nesse sentido, é modelo de sim-plicidade e espontaneidade.

A invocação

3. Ó Deus, pelo teu nome,salva-me, / pelo teu poder,faze-me justiça!

4. Ó Deus, ouve a minha ora-ção, / presta ouvidos às pala-vras da minha boca.

São dois pedidos, de socorroe de justiça (v.3), reforçados pelainsistência em que Deus os escu-te. A súplica é judicial, o oranteapelando ao julgamento de Deus.O segundo imperativo, “faze-mejustiça”, denuncia a culpa dosseus adversários, e reclama san-ção e execução. Das duas moti-vações iniciais (v. 3), o “nome”evoca a condição divina de “juiz”,e o “poder”, a sua autoridade ecompetência judicial.

Levantam-secontra mim

5. Pois levantam-se contramim insolentes, / e violentosespreitam a minha vida, / semse importarem com Deus.

O salmo revela um conflitoentre o salmista e pessoas de umgrupo, que ele qualifica de “inso-lentes e violentos”. Eles, sem ra-zão, levantam-se contra o justo eo espreitam para matá-lo: foi ocaso de Caim, “levantando-se”contra Abel (Gn 4,8). Não temema Deus, que ordenou “não mata-rás” (Ex 20,13). Por isso não têmescrúpulos em eliminar uma vida,sobretudo a dos que, por um mo-tivo ou outro, os incomodam.

Deus é meu auxílio

6. Mas Deus é meu auxílio,/ o Senhor é quem sustenta aminha vida!

7. Que o mal recaia sobremeus adversários, / aniquila-osna tua fidelidade.

Neste terceiro momento dosalmo, o orante proclama que seu“auxílio”, ou “socorro”, é o próprioDeus, só Ele. Não prevalecerão,portanto, os adversários, sobre osquais, numa inexorável aplicaçãoda “lei do talião”, recairá o mal queplanejaram. Mais ainda, a “fideli-dade” de Deus não permitirá queeles continuem agindo, e os des-truirá totalmente, isto é, os “ani-quilará”... Não é preciso lembrar

que a oração de Jesus não inclui-ria este v. 7, pois sua primeira pa-lavra na cruz, segundo Lucas, foi:“Pai, perdoa-lhes, eles não sabemo que fazem!” (Lc 23,34). Por ou-tro lado, por nossos parâmetroshumanos, como se manifestariaa justiça, sem a punição dos mal-vados?

O agradecimento

8. E eu te oferecerei um sa-crifício voluntário, / e agrade-cerei ao teu Nome, porque ésbom.

9.De toda angústia me li-vraste / e me deixaste con-templar a derrota dos meusinimigos.

Na certeza de ser libertado, osalmista faz um voto, uma promes-sa: oferecerá “um sacrifício volun-tário”, isto é, espontâneo, não pres-crito pela Lei, mas expressandoantecipadamente seu agradeci-mento. E isso, porque o Senhor “ébom” e o “livrou de toda angústia”.Mais ainda, “deixou-o contemplara derrota” dos seus inimigos (v. 9)...Os Pais da Igreja viram esse “sacrifí-cio voluntário” realizado na mortesacrifical dAquele que disse: “O BomPastor dá a vida por suas ovelhas”(Jo 10,11) e que, embora ameaça-do, encaminhou-se conscientemen-te para a Paixão: “Ninguém tira demim a minha vida, eu a dou livre-mente” (Jo 10,18). Por outro lado,a segunda parte do último versículonão cabe no coração dAquele quese apresentou a nós como “mansoe humilde” (Mt 11,29) e nos ensi-nou, pelo exemplo e pela palavra, aamar os inimigos.

Pe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica no

Instituto Teológico de SC - ITESC

email: [email protected]

Para refletir:1) Como entender a afirma-

ção do “insensato”, no Sl53,2: “Deus não existe”?

2) Se “todos se corromperam”(Sl 53,4), não há mais nadaa fazer?

3) Quais são os dois pedidos,no início do Salmo 54?

4) Por que a oração de Jesusnão incluiria o v. 7 do Sal-mo 54?

5) Que significa o “sacrifíciovoluntário” do orante, no Sl54,8?

Procura-se um justo

3. Do céu Deus se inclina

sobre os filhos de Adão, / para

ver se existe alguém sensato,

/ alguém que procure a Deus.

4. Todos se extraviaram,

são todos corruptos, / nin-

guém mais faz o bem, nem um

sequer.

Diz-se que Diógenes, um filóso-fo grego do IV século antes de Cris-to, pôs-se a andar com a lamparinaacesa em pleno dia, procurandouma pessoa honesta... Aqui, osalmista apresenta o próprio Deus,inclinando-se do céu e, com o olhar,percorrendo a terra, em busca dealguém sensato (v. 3), e não o en-contra: “Todos se extraviaram, são

todos corruptos, / ninguém mais

faz o bem, nem um sequer” (v.4). Éa constatação amarga, totalmen-te negativa, de uma sociedade cor-rupta e opressora, onde “ninguém

mais faz o bem”... Semelhanteconstatação lemos em Miquéias,em tom de lamento (Mq 7,1-7), etambém em Jeremias, a respeitode Jerusalém (Jr 5,1). E o nossoBrasil, Santa Catarina, hoje?Quantos brados na imprensa, quan-ta denúncia, sem resultado! Poroutro lado, essa constatação ne-gativa, por mais realista que seja,não pode nos imobilizar, absoluta-mente. Pois a bondade e o poderde Deus superam, sem dúvida, amaldade humana.

Não entendem nada!

5. Não entendem nada es-

ses malfeitores, / que devoram

meu povo como se fosse pão? /

Eles não invocam a Deus!

Não concordando com esseestado de coisas, o salmista-pro-feta ainda qualifica esses ateusde “malfeitores que nada enten-

dem”, e de predadores que “de-

voram o povo”, um povo cuja pro-

Julho 2011 Jornal da Arquidiocese6 Bíblia

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

PJ realiza Missão Jovem em NavegantesEvento reuniu jovens de dez dioceses de todo o Estado, que visitaram as residências da paróquiaMais de 250 jovens das 10

dioceses do Estado participaram,nos dias 23 a 26 de junho, da 3ªMissão Jovem Regional, promovidapela Pastoral da Juventude de San-ta Catarina, que aconteceu na paró-quia São Domingos de Gusmão, emNavegantes, Diocese de Blumenau.

Com o objetivo de tecer rela-ções mais fraternas, justas, soli-dárias e igualitárias, sinais do Rei-no de Deus, os/as jovens missio-nários/as trabalharam nas cincocomunidades da paróquia, fazen-do visitas às casas (para escuta,orações e bênçãos), encontros(com jovens, crianças e lideran-ças) e animando a caminhada decada comunidade eclesial.

O encerramento da Missão, nodomingo, foi marcado por uma ce-lebração presidida pelo bispodiocesano Dom José Negri, bemcomo com um ato pela vida da ju-ventude, em sintonia com a Cam-panha Nacional contra a Violênciae o Extermínio de Jovens. O encer-

Mais de 500 jovens participaram do encerramento realizada na Igreja Matriz da Paróquia São Domingos Gusmão, em Navegantes

Divulgação/JA

ramento foi com show do grupomusical “Mensageiros de Cristo”,de Araranguá-SC. Estava previstauma grande manifestação, mas oevento teve que ser cancelado porconta das chuvas.

“O evento foi muito marcante,pois fortalece a dimensão missio-nária da juventude. Com certezacada jovem volta para sua diocesecom muito mais entusiasmo paraseguir sua missão de batizado, para

Foi realizada nos dias 23 a 26de junho de 2011, na Casa deRetiros Caminho de Nazaré, emEnseada de Brito, Palhoça, a 2ªEtapa da Escola da Juventude2011. Organizada pela Coorde-

nação Arquidiocesana da PJ,

Escola da Juventude conclui 2ª etapa

Jornal da Arquidiocese Julho 2011

7Juventude

contribuir na construção do Reinode Deus a cada dia”, salientaRodrigo da Silva, Secretário Regio-nal da Pastoral da Juventude.

Além disso, segundo ele, aMissão Jovem Regional contribuiu

para a realização de missões jo-vens nas dioceses. “Hoje 70% dasdioceses do estado têm sua Mis-são Jovem, principalmente porconta do projeto missionário daPJ Regional”, acrescentou.

RCC promove Kairós da JuventudeNo dia 17 de julho, em Antô-

nio Carlos, a Renovação Caris-mática Católica (RCC) estará rea-lizando a 22ª edição do Kairós daJuventude. O evento reunirá jo-vens a partir dos 15 anos, que jáparticipam de Grupos de OraçãoJovem, os quais refletirão sobre otema “Enraizados e edificados em

Cristo, firmes na fé” (Cl 2,7). É omesmo tema da Jornada Mun-

dial da Juventude, a ser reali-zada de 16 a 21 de agosto, emMadri, na Espanha. O Kairós con-tará com a pregação de Juninho,da Missão “Ide”, de São Paulo.

O evento anual já se tornou tra-dição na Arquidiocese. A cada edi-ção é superado o número de par-ticipantes, com uma média de miljovens. O Kairós é uma oportuni-dade para a Juventude daArquidiocese avivar sua experiên-cia de Oração e ter uma forma-ção para esse Ministério. Esteano, o diferencial é que o eventoserá realizado em um só dia e aentrada é gratuita.

“Nossa paróquia sente-se hon-rada em sediar o Kairós. Nossa ju-ventude tem sede e fome da Pala-

vra de Deus. Quero receber na ci-dade do Coração de Jesus, todosos corações de jovens e adultossedentos em beber da Fonte quejorra para a Vida. Venham de ondevier, sejam bem vindos”, acolhe Pe.Silvano Valdemiro de Olivei-

ra, pároco de Antônio Carlos.

Mais informações pelos fo-

nes (48) 3263-0973, na se-

cretaria da RCC em Tijucas, ou

pelo fone (48) 3272-1110, na

Paróquia de Antônio Carlos.

Juventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em açãoJuventude em ação

a Escola é uma formação funda-mental para os líderes de gruposde jovens e formação de novaslideranças jovens em nossaArquidiocese.

Os jovens escoleiros aprovei-taram o feriadão para investir na

sua formação e principalmenteavaliar, entender a caminhada dosgrupos de Jovens, a fim de queconsigam sempre mais caminharde acordo com os ensinamentosde Jesus Cristo e lutando pelanossa Juventude.

Durante os quatro dias, os par-ticipantes contaram com momen-tos de reflexão sobre seuenvolvimento na Igreja e na soci-edade, mística e intensidade daoração, a militância na PJ, alémda Celebração Eucarística. A cadadia foi abordado um tema, tendoa assessoria de um jovem daArquidiocese.

Segundo avaliação dos própri-os escoleiros e assessores, estaetapa da Escola superou as ex-pectativas em todos os sentidos.Agora aguardamos ansiosos apróxima e última etapa, a realizar-se nos dias 27, 28 e 29 de agos-to, no mesmo local.

Assessoria ficou por conta de jovens da equipe de coordenação

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Jovens aproveitaram o feriado prolongado para investir na sua formação

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Pedro Alcido é o novo padre da ArquidioceseOrdenação foi realizada em Antônio Carlos, a paróquia com maior número de vocações da Arquidiocese

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to JA

A Igreja Matriz da Paróquia Sa-grado Coração de Jesus, em Antô-nio Carlos, se encheu de festa natarde do dia 18 de junho. Cente-nas de pessoas lotaram a igreja às16h para acompanhar a celebra-ção da ordenação presbiteral dePedro Alcido Philippe, 34 anos.A paróquia é conhecida por ter omaior número de vocações religio-sas da Arquidiocese. A celebraçãofoi presidida por Dom Wilson Ta-

deu Jönck, bispo de Tubarão, econcelebrada por dezenas de pa-dres e diáconos da Arquidiocese.

A igreja ainda contou com a pre-sença de familiares, amigos, fiéisda comunidade local, de origem doordenando, e das comunidadespor onde Pedro Alcido realizou ati-vidade pastoral, sobretudo da Pa-róquia São Joaquim, em Garopaba.Lá Pedro Alvido realizou atividadepastoral como seminarista e seuministério diaconal desde o dia 12de fevereiro, quando foi ordenadodiácono.

Pedro Alcido escolheu comolema de ordenação “Ide e fazei dis-

cípulos meus todos os povos, ba-

tizando-os em nome do Pai do Fi-

lho e do Espírito Santo!” (Mt.28,19). A celebração teve iníciocom a saudação inicial do Pe.

Silvano Valdemiro de Olivei-

ra, pároco local. Dom Wilson tam-bém saudou os participantes. Elefalou que já tinha ouvido comen-

tários sobre o grande número devocações na comunidade.

No início do rito de ordenação,o diácono Leonilo da Cunha fez ochamado ao ordenando. Pe. Silvanofez o pedido de ordenação e cha-mou o diácono Francisco RoqueGuesser, que acompanhou a voca-ção de Pedro Alcido, para que des-se o seu testemunho. “É um ho-mem de Deus, uma vocação ama-durecida e digno de ser ordenadopresbítero”, disse. Dom Wilson acei-tou os argumentos e deu-se pros-seguimento ao rito de ordenação.

Relacionamento

com Deus

Durante sua homilia, Dom Wil-son falou da escolha do lema deordenação de Pedro Alcido. Tam-bém lembrou que o mais impor-tante na vida do padre é o seu re-lacionamento com Deus. “Não éfácil, mas o caminho é a vida emoração. Também é muito impor-tante o amor à Igreja, não só à ins-tituição mas ao povo”, disse.

Em seguida, o ordenando ma-nifestou o seu propósito para a or-denação presbiteral. Depois, foi can-tada a ladainha, seguindo-se a im-posição das mãos do Bispo e dospresbíteros presentes. Ao final dacelebração, Pe. João Francisco

Salm, administrador diocesano,em nome da Arquidiocese, agrade-ceu a Dom Wilson Tadeu Jönck pela

presidência da ordenação, enquan-to aguardamos o novo Arcebispo.

Missão Pastoral

Pe. Salm entregou ao Pe. PedroAlcido a provisão com a sua nome-ação como vigário paroquial daParóquia São Joaquim, emGaropaba. Pe. Alceoni Berken-brock, o pároco, também recebeuuma cópia do documento. Ao final,Pe. Pedro fez os seus agradeci-mentos. “Agradeço a todos, de per-to ou de longe, que de alguma for-ma contribuíram para a minha for-mação”. Seus cinco irmãos entre-garam orquídeas ao bispo e padres.

Igreja Matriz ficou lotada de fiéis que lá estive-ram para acompanhar a ordenação presbiteralde Pedro Alcido Philippe (esq.)

Ao final, o novo padre foi cum-primentado por todos os fiéis. Osque estavam na rua tiveram umasurpresa: houve uma bela quei-ma de fogos. Todos se dirigirampara o salão paroquial, onde foioferecido churrasco, com refrige-rantes e bolo de aniversário. Obolo, em homenagem tambémao pároco, Pe. Silvano, que esta-va comemorando seu 36º aniver-sário natalício.

Para mais fotos, acesse osite da Arquidiocese (www.

arquifln.org.br) e clique em“Álbum de Fotos”.

Julho 2011 Jornal da Arquidiocese8 Geral

Nos dias 17 a 26 de junho,a Escola Diaconal São Fran-

cisco de Assis realizou maisuma etapa de formação de no-vos diáconos. Nesses dias, foirealizada a primeira etapa da15ª turma, e a 10ª etapa da 14ªturma. A formação reuniu os 69candidatos a diácono.

A partir da 14ª, a EscolaDiaconal passou a ser desen-volvida em 12 etapas de for-mação. Nas três últimas eta-pas, os candidatos realizam aformação juntos, mas em sa-

Escola forma novos diáconos permanentes

las e com professores diferentes.“A Escola Diaconal foi ampliadaem duas etapas para acrescen-tar os conteúdos exigidos pelaSanta Sé e pela CNBB”, disse Pe.

Valter Maurício Goedert, dire-tor da Escola.

A 15ª turma iniciou a forma-ção com 34 candidatos adiácono: 20 da Arquidiocese; 08de Tubarão; 05 de Joinville; e 01de Caçador. Já a 14ª Turma con-ta com 35 candidatos a diácono:25 da Arquidiocese e 10 deJoinville.

69 candidatos a diácono, distribuídos em

duas turmas participaram da formação

Novo

Diácono

PermanenteA Paróquia Santo Antônio,

em Campinas, São José, es-tará em festa no dia 09 dejulho. Nesse dia, às 18h, pelaimposição de mãos de DomIrineu Andreassa, bispo deLages, Djalma Lemes seráordenado diácono perma-nente da Arquidiocese. Seulema de ordenação “Eu, po-

rém, vim como aquele que

serve” (Lc 22,27).Djalma fez parte da 13º

Turma da Escola Diaconal SãoFrancisco de Assis, que con-cluiu a formação em julho de2008 junto com outros 20diaconandos, mas pediu umtempo para a sua ordenação.“Resolvi fazer um discerni-mento maior. Assim, creio quepoderei servir melhor a Igrejacomo consagrado”, disse.

Ele foi catequista, minis-tro e participou de vários tra-balhos pastorais na Paróquia.É casado com Lígia Maria

dos Santos Lemes, coorde-nadora paroquial da cate-quese de 1ª Eucaristia, suamaior incen-tivadora. Têmquatro filhos, todos com fortevivência na Igreja: uma dasfilhas, Patrícia, é consagradada Comunidade Divino Oleirorealizando missão na Bahia.

Djalma será ordenado diáconopermanente no dia 09 de julho

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35 candidatos estão prestes a concluir a 14ª turma e 34 iniciaram nova

Page 9: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Assembleia avalia situação da ArquidioceseMais de 300 lideranças participaram do evento que analisou os resultados das pesquisas

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Cerca de 340 lideranças, entrepadres, diáconos e agentes de pas-toral, estiveram reunidos no dia 25de junho, sábado, para participar da26ª Assembleia Arquidioce-

sana de Pastoral. O evento foirealizado na Paróquia Santo Antô-nio, em Campinas, São José. Osparticipantes refletiram sobre osdiagnósticos pastoral e social, ela-borados ao longo dos últimos me-ses, e deram suas contribuições.

O diagnóstico pastoral foi apre-sentado pelo Pe. Vitor Feller, co-ordenador arquidiocesano. O textofoi realizado com dados de pesqui-sa encaminhada aos padres,diáconos, forças vivas da Arquidio-cese e de pesquisa aplicada peloInstituto MAPA e dados do Censo.Já o diagnóstico social foi apresen-tado por Fernando Anísio Batis-

ta, da Ação Social Arquidiocesana.Após as exposições, os partici-

pantes foram divididos em 20 gru-pos, sendo que os 14 primeiros re-fletiram sobre o diagnóstico pasto-ral, e os outros seis grupos sobre odiagnóstico social, cada grupo com

o seu coordenador e secretário.À tarde, após o almoço, reali-

zado no local, foram apresenta-dos os resultados dos grupos. Ascontribuições serão incluídas no

GeralJornal da Arquidiocese Julho 2011

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texto e comporão o “ver” do Pla-no Arquidiocesano de Pastoral.

Ao final, Pe. João Francis-

co Salm, administrador arquidio-cesano, fez uma avaliação do en-

contro, agradecendo a participa-ção de todos e, de modo especi-al, a carinhosa acolhida da paró-quia, na pessoa do pároco, Pe.

Hélio da Cunha.

Alguns dados do Diagnóstico Pastoral

CENÁRIO DOS PADRES- Envelhecimento do Presbitério - 54,3%

dos Padres têm entre 50 e 80 anos. E é muitopequena (5,7%) a estimativa de crescimento.

CENÁRIO DOS DIÁCONOS- Há 117 diáconos permanentes na

arquidiocese, sendo a diocese com maior nú-mero de diáconos no Brasil.

- A maior faixa etária está entre 60 e 69anos; há necessidade de escolher candidatosmais jovens. Há também necessidade de maisempenho no campo social, sem deixar a atua-ção no múnus da Palavra e da Liturgia.

CENÁRIO DOS AGENTES DE PASTORAL- Os catequistas são uma grande força. A

maioria está entre 36 a 55 anos, mas precisam deformação continuada. Há necessidade de investirmais fortemente na catequese com adultos.

- 67% dos ministros se concentra na distribui-ção da Sagrada Comunhão, sendo pouca a atua-ção nos outros ministérios.

CENÁRIO DOS FIÉISAssíduos

- Pessoas com maior escolaridade tendem aser mais engajadas.

- 87% disseram não freqüentar outras crenças.Não Assíduos

- 50% têm entre 36 a 60 anos. É grande onúmero de jovens (24%) e adolescentes (17%)não assíduos, o que leva a crer que no futuro tere-mos ainda mais católicos não frequentadores.

Ex-Católicos

- 69% tem idade acima de 35 anos.- Maior número está entre os espíritas

(21%), que em sua grande maioria receberamos sacramentos na Igreja Católica.

CENÁRIO DAS FORÇAS VIVAS- Apenas 47% participa dos quatro encon-

tros anuais: em conseqüência, questiona-sea necessidade desses encontros.

CENÁRIO DAS PARÓQUIAS- Há 1.746 grupos bíblicos em família (GBF)

na Arquidiocese. São muito poucos em pro-porção com a população. Mas estão presen-tes em 95% das paróquias. Se são prioridade,por que tão poucos?

Alguns dados do Diagnóstico SocialPOPULAÇÃO:

- O índice de crescimento populacional daArquidiocese foi de 29,29% em 10 anos, con-centrando cerca de ¼ da população do Estado.

- Dentre as 20 cidades mais populosas doEstado 07 são da Arquidiocese.

- O município que mais cresceu naArquidiocese nos últimos dez anos foi São JoãoBatista: 77,70%. Os que tiveram maior decrés-cimo populacional foram: Leoberto Leal (-10%),Angelina (-9,11%) e São Bonifácio.

- O percentual de mulheres é superior ao dehomens na Arquidiocese, com 51% de mulheres e49% de homens.

ECONOMIA: O setor de serviços é o que maisemprega na Arquidiocese, com 34,47% da população.

APELOS SOCIAIS:- População Indígena: Presença de 09 comu-

nidades na Arquidiocese com uma Populaçãomédia de 500 pessoas, sendo 50% crianças;

- População Carcerária: existem 16 unidades

prisionais, num total de 5.625 presos – equi-valente a 35.91% da população total carceráriade SC;

- Municípios com maior índice de pobreza:Angelina (75,8%); Leoberto Leal (67,1%);Anitápolis (63,1%); Garopaba (56,9%); RanchoQueimado (56,4%);

- IDH: Santa Catarina tem um Índice de De-senvolvimento Humano superior ao do Brasil(BR, 0,699 – SC, 0,840) e cinco municípios daArquidiocese têm índice superior ao do Estado

O p i n i ã oO p i n i ã oO p i n i ã oO p i n i ã oO p i n i ã o

“A Arqui-diocese já ca-minha bas-tante bem.Com um Pla-no de Pasto-ral, porém, vi-

saremos melhor os objetivos.O Plano ajudará a trabalharmoscom mais unidade”, Maria da

Graça Vicente, Paróquia SãoVicente, Itajaí.

“ T o d oesse proces-so de planeja-mento, e amontagemde um planode pastoral,leva a uma melhor comunhão.A Igreja se fortalece e sabe poronde caminhar. Com o Plano, aArquidiocese saberá onde me-lhor investir forças e energiaspara melhor evangelizar”, Pe.

Alceoni Berkenbrock, Paró-quia São Joaquim, Garopaba.

“É impor-tante paraum melhorrendimentoem conjuntoe para apoi-ar, orientar e

qualificar nossa ação evan-gelizadora. Sem um bom pla-nejamento, não alcançaremoso objetivo da evangelizaçãosegundo o projeto de Jesus”,Irmã Cecília Luft, Irmãs Es-colares de Nossa Senhora,Santo Amaro da Imperatriz.

Por que éimportante a

Arquidiocese terum Plano de

Pastoral?

Os textos do Diagnóstico

Pastoral e Social estão dispo-

níveis no site da Arquidioce-

se. Acesse www.arquifln.org.br

e clique em “Download”, a

esquerda da página.

Lideranças ficaram atentas às apresentações e deram valiosas contribuições que serão incluídas no texto

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Seminário Arquidiocesano de Pastorais SociaisParticipantes refletiram e aprofundaram a sua missão social. Encontro foi realizado em Biguaçu

A Coordenação Arquidioce-sana de Pastoral, em parceriacom a Ação Social Arquidio-cesana - ASA, promoveu na ma-nhã do dia 11 de junho, o Semi-nário Arquidiocesano de Pasto-rais Sociais. Realizado na Paró-quia São João Evangelista, emBiguaçu, o encontro reuniu 35participantes, representando asações sociais paroquiais e aspastorais sociais da Arquidio-cese. O objetivo foi refletir eaprofundar a missão e atuaçãodas Pastorais Sociais na Arqui-diocese, a partir da realidade so-cial diocesana.

O evento contou com a asses-soria de Fernando Anísio Ba-

tista, representando a ASA, quefez o diagnóstico da realidade so-cial na Arquidiocese. A partir dedados do Censo, da Epagri, IPEA,secretaria de governo e das pró-prias pastorais sociais, ele fez umlevantamento da realidade: po-pulação, problemática ambiental,étnica, economia entre outros.Esses dados serviram para provo-car nos participantes uma refle-xão sobre suas ações.

Pe. Vitor Galdino Feller ,Coordenador Arquidiocesano dePastoral, também assessorou o

encontro. Ele falou sobre a “Mís-tica e Identidade das PastoraisSociais”. Segundo ele, a carida-de é o centro da vida cristã, enós cristãos nos alimentamosda mesa da Palavra e da Euca-ristia para depois servir na mesada Caridade.

Em seguida, os participantesforam divididos em seis grupos.Eles trouxeram sugestões paraduas perguntas: qual a missão pas-toral da Igreja diante dos desafiossociais que vimos e que deveriamser assumidos pelo governo?; que

Pe. Vitor assessorou o encontro realizado na Paróquia São João Evangelista

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o/JA

compromissos efetivos e práticospodemos agendar? Após algunsminutos de reflexão, as sugestõesforam apresentadas por um repre-sentante de cada equipe.

Ao final, foi solicitado que osparticipantes encaminhassem àAção Social Arquidiocesana umrelatório estatístico de suas ações.Ele serviu para complementar odiagnóstico social apresentado na26º Assembleia Arquidiocesanade Pastoral, realizada no dia 25 dejunho, na Paróquia Santo Antônio,em Campinas, São José.

Entre os dias 09 e 12 de no-vembro de 2011, todas as 173entidades-membro da CáritasBrasileira estarão em Passo Fun-do, RS. para avaliar e construir oPlano Plurianual 2012-2015,além de celebrar a caminhada detodas as Cáritas do Brasil.

A ASA como entidade membroda Cáritas Brasileira reuniu-secom sua Diretoria e Ações Sociaisque atuam na área de Desenvol-vimento Solidário e Sustentávelpara avaliar o Plano de 2008-2011, onde a partir da filiação àCáritas Brasileira em 2004 pas-sou a assumir sua missão e priori-dades de atuação.

A avaliação foi realizada a par-tir de uma análise da caminhadada Cáritas e da conjuntura, na qualse constatou que “dar o peixe”(emergências), “ensinar a pescar”(formação, promoção humana) e“pescar juntos” (construir juntoso projeto de sociedade) podemser integrados numa única pers-pectiva: mística e caridade liber-tadora. Ali, os excluídos e excluí-das são sujeitos e protagonistasem qualquer situação.

Nessa perspectiva de transfor-mação social, no período de 2008-

2011, os destaques foram: parti-cipação nos fóruns de políticaspúblicas e economia solidária; in-centivo e assessoria aos empreen-dimentos de economia solidária;produção de cartilha sobre Desen-volvimento Solidário e Sustentável;Hortas Comunitárias; Gestão deRisco e Desastre; formação em po-líticas públicas – assistência soci-al; envolvimento nas mobilizaçõessociais; fortalecimento das RedesLocais, Municipais e Arquidioce-sana; Rede Cáritas.

Na continuidade do processo depreparação para o Congresso eAssembleia, foi realizada a OficinaRegional com todas as Cáritas deSanta Catarina em junho. Haverátambém a Oficina Interregional (San-ta Catarina, Paraná e Rio Grande doSul) em agosto, e a Oficina Nacionalem data próxima da Assembleia.

Assim, destaca-se a participa-ção da rede ASA/Cáritas nesseprocesso de construção coletiva,com a participação das Ações So-ciais. Queremos proporcionar mai-or integração com essa rede desolidariedade, fortalecendo o sen-timento de pertença, e reafirman-do que na Arquidiocese deFlorianópolis nós “Somos Cáritas”.

10 Ação Social Julho 2011 Jornal da Arquidiocese

Rede de Ações Sociais em prepa-ração para o IV Congresso e XVIIIAssembleia da Cáritas Brasileira

Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial

Sementes de um Projeto Popular

Entre os dias 18 e 31 de julho,os oito grupos de economia soli-dária que participam do projeto“Fortalecendo as Experiências emEconomia Solidária” da CáritasRegional SC, irão expor seus tra-balhos no Shopping Iguatemi, emFlorianópolis. A exposição contri-bui com o objetivo principal do pro-jeto que é proporcionar maior via-bilidade econômica aos empreen-dimentos de economia solidária,gerando trabalho e renda, eprotagonismo social e político.

As pessoas que visitarem aexposição terão a oportunidadede conhecer as linhas de produ-tos dos grupos, que são: artigosde cama, mesa e banho, artesa-nato indígena guarani, ecos-pro-

Grupos de EconomiaSolidária fazem exposição

dutos (eco-bijuteria, eco-bags,óleos e essências orgânicos, sa-bão ecológico, entre outros).

A exposição acontecerá desegunda a sábado das 15h às 21he domingo das 14h às 20h. Maisinformações podem ser obtidasna Ação Social Arquidio-cesanapelo fone (48) 3224-8776 ou peloe-mail: [email protected].

Evento será relizado no ShoppingIguatemi, em Florianópolis

A Ação Social Arquidiocesanainiciou no último mês um projetovoltado para “Gestão de Risco eDesastres naturais”. A primeiraação do projeto é a sensibilizaçãoda rede de ações sociais daArquidiocese para a importância daatuação nesta área, sendo que écada vez mais comum a ocorrên-

Gestão de Risco e Desastre

cia de catástrofes ambientais. Paraisso, no mês de junho foi realizadauma série de encontros com asredes municipais de ações sociais,para debater o tema.

O Primeiro encontro ocorreuem Brusque dia 13/06, com aparticipação também do municí-pio de Guabiruba. O segundo, no

dia 17/06 em São José, juntocom o município de Biguaçu, foiseguido pelos encontros do dia27/06, em Florianópolis, dia 28/06 em Itajaí e 30/06 em Palho-ça. A maioria dos encontros tevea participação da Defesa Civil

Municipal, que auxiliou na refle-xão sobre a relevância do tema,incluindo outros assuntos: asvulnerabilidades sociais, política,econômica e temas ambientaiscomo as catástrofes, que abran-gem a todos os municípios.

Nesses encontros sentiu-se anecessidade de ter uma capaci-tação específica na área de ges-tão de risco e desastre para aten-der às demandas que já existem.No município de Brusque foimarcada uma capacitação queacontecerá através de três ofici-nas, nos dias 08, 15 e 22 de Agos-to. Já no município de São José, acapacitação acontecerá nos dias14, 21 e 28 de setembro.

Mais informações , na AçãoSocial Arquidiocesana, pelo fone(48) 3224-8776, ou pelo [email protected].

Encontros com a rede de ações sociais da Arquidiocese pretendesensibilizá-las para a importância da atuação nessa área

Encontros também contaram com a participação da Defesa Civil dealguns dos municípios e ajudaram na formação

Page 11: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Rumo ao 11º Encontro Estadual das CEBsSeminário dos Grupos de Reflexão/Família, GBF, e das Comunidades Eclesiais de Base – Regional Sul IV

Em comunhão com todas asdioceses do nosso Estado, os Gru-pos Bíblicos em Família fazem ca-minhada junto com as Comunida-des Eclesiais de Base, preparandopara o 11º Encontro Estadual nanossa Arquidiocese em 2012. Porisso participamos, entre os dias 17a 19 de junho, em Lages, do Semi-

nário regional dos Grupos Bíblicos

Família (GBF) e das Comunidades

Eclesiais de Base (CEBs). Havia 70participantes de 09 dioceses doRegional Sul IV, a Igreja em SantaCatarina: Chapecó, Caçador, Lages,Rio do Sul, Blumenau, Joinville,Florianópolis, Tubarão e Criciúma.

O Trem das CEBs

continua seguindo...

As CEBs continuam em pauta,mesmo se em muitos ambientessociais e eclesiais elas não tenhamganhado visibilidade. Mas estãopresentes na história da Igreja lati-no-americanda desde os anos 60,construindo um modo de ser e agirda Igreja que vincula a profissão dafé com os esforços de construçãode uma sociedade onde haja “vida

em abundância” (Jo 10,10) para to-dos. Elas são incentivadas no Do-cumento de Aparecida, na MissãoContinental e, finalmente, na men-sagem da Assembléia da CNBB de2010. O Documento de Aparecidanos assegura: “As comunidades

eclesiais de base, no seguimento

missionário de Jesus, têm a Pala-

vra de Deus como fonte de sua

espiritualidade, e a orientação de

seus pastores como guia que asse-

gura a comunhão eclesial. Demons-

tram seu compromisso evangeli-

zador e missionário entre os mais

simples e afastados, e são expres-

são visível da opção preferencial

pelos pobres. São fonte e semente

de variados serviços e ministérios

a favor da vida na sociedade e na

Igreja. Mantendo-se em comunhão

com seu bispo e inserindo-se no

projeto de pastoral diocesano, as

CEBs se convertem em sinal de vi-

talidade na Igreja particular. Atuan-

do dessa forma, juntamente com

os grupos paroquiais, associações

e movimentos eclesiais, podem

contribuir para revitalizar as paró-

quias, fazendo delas uma comuni-

dade de comunidades” (DAp 179).Na conclusão de sua Mensagem

ao Povo de Deus sobre as Comuni-

dades Eclesiais de Base (CNBB,Doc. 92), de 2010, nossos Bispossugerem “que este novo modo de

ser Igreja vá se tornando sempre

mais fermento de renovação em

nossa sociedade”.

O Seminário

Regional, em Lages

A temática que permeou o se-minário, “Justiça e profecia a

serviço da vida”, foi apresenta-da por três assessores: NeusaMafra, de Criciúma, Pe. VilsonGroh, de Florianópolis, e Pe. EliasWolff, de Lages. Algumas amos-tras do texto-base discutido econstruído no seminário:

VER

A realidade social do estado deSanta Catarina nos leva a ouvir-mos cinco gritos: 1. O grito que

brota do chão da nossa cul-

tura, marcada pela diversidade eprofundas transformações. 2. O

grito que brota do chão da

nossa economia: dinâmica ediversi-ficada, voltada para a expor-tação. É um modelo econômicoque gera progresso, porém nãopara todos, persistindo o sub-em-prego e a concentração de renda.3. O grito que brota do nosso

chão político: enquanto em âm-bito nacional, segmentos da clas-se trabalhadora chegaram ao po-der, em nosso Estado formou-seum bloco único, chamado “tríplicealiança”, tendendo a inviabilizaralguma reação política ligada aostrabalhadores e às classes popu-lares. Por outro lado, diminui o in-teresse pela política na população,enquanto mediação de mudanças.4. O grito que brota do nosso

chão ecológico: Santa Catarina,por situar-se no que osmeteorologistas chamam de “zonade convergência”, tem sofrido al-terações climáticas nos últimosanos, com uma freqüência signifi-cativa. Muitas delas, no entanto,agravadas pela ação humana irres-ponsável, deixando vítimas emvárias regiões. 5. O grito que

brota do nosso chão eclesial/

religioso: em nosso Estado cres-ce o pluralismo religioso, é rica apresença da religiosidade popular,mas a mentalidade individualista,alimentada pela teologia da pros-peridade, alastrou-se, inclusive nosmeios de comunicação.

JULGAR

O “julgamento” dessa realida-de, na perspectiva da fé em JesusCristo e no seu Reino, não é deacusação ou condenação, mas dediscernimento. A questão orien-tadora desse “julgar” é a seguinte:o que significa e como anunciarJesus Cristo como “caminho, ver-dade e vida” (Jo 14,6) hoje?

Para responder, é preciso: 1) -

Olhar a realidade e nela

discernir o Deus da nossa fé. Nãobasta dizer que cremos em Deus.É preciso dizer em que Deus acre-ditamos, como Ele se manifesta,qual é o seu projeto. Olhamos arealidade à luz da Palavra de Deus,que recupera em nós a profecia,tendo Jesus e o seu Evangelho doReino como critério para o ser eagir como cristãos. Ele apresentaa Boa Nova aos pobres e denun-cia as estruturas injustas e o egoís-mo dos ricos (Lc 6,20-26). 2 - En-

tender qual deve ser a missão

da Igreja hoje. Os nossos Gruposde Família/Reflexão (GBF) pro-põem a Igreja “fermento na mas-sa”, com uma pastoral daencarnação que enfrenta as inter-pelações da realidade, sobretudono contexto urbano. Essa Igreja as-sume como modelo as Comunida-

des Eclesiais de Base, como “es-colas que têm ajudado a formarcristãos comprometidos com suafé, discípulos e missionários do Se-nhor” (DAp 178). Nas CEBs e nosGBF, vive-se a Palavra de Deus, ocompromisso social em nome doEvangelho, a ministerialidade lei-ga, a opção preferencial pelos po-bres (DAp 178). Trata-se de umaIgreja profética, celebrativa, minis-terial, de comunhão, comprometi-da socialmente; uma Igreja “famí-lia de famílias” (DAp 119), onde“uma família se faz evangelizadorade muitas outras famílias e do am-biente em que ela vive” (DAp 204).

Isso tem exigências e urgênci-

Jornal da Arquidiocese Julho 2011 GBF 11

as: 1) Para a Igreja - exige umrepensamento de suas estruturase instituições, e a coragem de aban-donar os fardos institucionais quenão mais correspondem àdinamicidade da evangelização. 2)

Para a missão – precisamos deuma Igreja em “permanente esta-do de missão”, missionariedadeque impregne a Igreja inteira: es-truturas, planos, níveis (DAp 365).3) Para a espiritualidade – araiz da nossa espiritualidade é aexperiência de Deus na história hu-

mana. Nessa experiência fazemosa nossa celebração e oração, re-colhendo o clamor dos que sofreminjustamente. Essa espiritualidadesustenta a “razão da nossa espe-

rança” (1Pd 3,21).

AGIR

Para isso, alguns caminhos sefazem necessários, em sintoniacom as atuais Diretrizes da AçãoEvangelizadora da Igreja no Bra-sil, 2011-2015 (nn. 25-72):

a) Organizar a Igreja em esta-

do permanente de missão (DAp):b) Fazer da Igreja uma casa da

iniciação à vida cristã (DAp 289).c) Fazer da Igreja o lugar de ani-

mação bíblica da vida e da pastoral.d) Fazer da Igreja uma comu-

nidade de comunidades, acolhe-dora, formadora e transformadora.

e) Fazer da Igreja um serviçoà vida plena para todos.

Os Grupos de Reflexão/Famí-lia (GBF), na perspectiva dasCEBs, são meios privilegiadospara vivermos a nossa fé eclesialhoje. Eles fortalecem: 1) os trêsâmbitos que orientam a ação pas-toral em “um único processo”: ser

pessoa que vive na comunida-

de e a partir daí formar uma so-

ciedade justa e solidária; 2) odiálogo ecumênico e interreli-

gioso, como proposta para o mun-do plural em que vivemos; 3) apastoral de conjunto, que possibi-lite a cooperação e correspon-sabilidade de todos, a integraçãoentre pastorais e movimentos, emum único projeto de missão queanuncia o Reino.

Concluímos o seminário refle-tindo e conversando sobre outrosassuntos que faziam parte dapauta, como: a escolha do cartaz,oração e cantos do 11º Estadualdas CEBs e a articulação dos re-presentantes das dioceses queparticiparão do Sulão das CEBsnos dias 14 a 16 de outubro, emLondrina/PR.

Colaboração: Coordenação

Arquidiocesana dos GBF, Equipe

regional das CEBs e GR/F e asses-

sores do seminário.

Saímos do Tempo Pascal e ini-ciamos a segunda etapa do Tem-po Comum, que nos levará até oAdvento, com a ordem de Jesusde sermos também hoje, em todaparte, seus missionários, profetascomo Ele, procla-madores do seuReino de Justiça, Amor e Paz.

O título do novo livreto “Pro-

fetas do Reino” é a nossa gran-de motivação para a multiplicaçãodos Grupos Bíblicos em Família.Jesus Cristo nos convoca a umaprofundamento de nosso vivercristão para chegarmos à santida-de, numa abertura em favor dos

Profetas do Reinooutros, sobretudo os mais frágeis,empobrecidos e injustiça-dos, re-fletindo junto com as Comunida-des Eclesiais de Base o tema: Jus-

tiça e Profecia a serviço da Vida eo lema: “Eu ponho as minhas pa-

lavras na tua boca” (Jr 1,9a). Uni-dos a Ele, fazemos comunhãocom Deus e com os irmãos e ir-mãs, assumindo nossa Missão, in-tegrados na família, na comunida-de e na Igreja, partilhando a mes-ma fé, fazendo o exercício doamor, da caridade e da solidarie-dade, a serviço da vida plena, em

abundância (cf Jo 10.10).

70 lideranças de nove dioceses participaram do evento em preparaçãopara o 11º Encontro Estadual, que será realizado em Florianópolis

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Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

Filho de Eduardo HenriqueAdams e de Alvina Boedecker,Luiz Gonzaga Adams nasceuem Brakel, na Westfália, em 16de novembro de 1893. Vocaçãomissionária, chegou ao Brasil em1912, com o nome de Frei Joa-quim, acompanhando um grupode seminaristas franciscanos. Osfrades preferiam completar osestudos no Brasil, em Blumenau,e, desse modo, se introduzir nacultura e na língua. Nesse perío-do, Frei Joaquim sentiu que suavocação era de padre diocesanoe foi recebido na recém-criadadiocese de Barra do Piraí, no Riode Janeiro. Foi ordenado presbí-tero na catedral de Florianópolisem 25 de dezembro de 1922.

De 1923 a 1929 passou osprimeiros anos de vida pastoralem Barra do Piraí (hoje Barra doPiraí-Volta Redonda). Devido aocalor, desejava retornar a SantaCatarina. Por já conhecer DomDaniel Hostin, franciscano, em1930 foi recebido e incardinadona Diocese de Lages.

Em LagesDom Daniel sentia a falta, na

cidade de Lages, de um bom colé-gio católico. Em março de 1930,fundou o Ginásio Diocesano, quefuncionou, a princípio, nas depen-dências da Escola Paroquial SãoJosé. Confiou a tarefa ao Pe. Adamse assim, de 1930 a 1937, este diri-giu o Colégio Diocesano de Lages.

Em 1931, Dom Daniel inicioua construção do prédio próprio do

Ginásio Diocesano. Para ha-ver maior tranqüilidade ad-ministrativa, em 28 de feve-reiro de 1938, a direção doGinásio foi entregue aosfrancis-canos. Em 29 de abrilde 1933 Pe. Adams foi no-meado vigário paroquial daCatedral de Lages. Continua-va sendo professor no Colé-gio Diocesano, mas gostavade visitar as famílias e as co-munidades da imensa paró-quia de Nossa Senhora dosPrazeres. A pé ou a cavalo,de carroça ou de charrete,nada o impedia de entrar emcontato com as famílias.

De 31 de janeiro de 1954a 1957 foi Reitor do Seminá-rio Diocesano de Lages. Um perío-do difícil, pois faltavam professo-res, os padres formadores desis-tiam rapidamente das funções.Pe. Adams fez o possível, especi-almente no cuidado pedagógico.Mas, preferia a pastoral paroqui-al. Significativa sua relação com aFamília Imperial brasileira. O mo-tivo inicial da amizade foi seu tra-balho na diocese de Barra do Piraí,a cujo território estava ligada a ci-dade de Vassouras, onde a Famí-lia Imperial Bragança possuía fa-zenda de café e residência de ve-rão. São freqüentes as correspon-dências entre ele e os príncipes eprincesas residentes no PalácioGrão Pará, em Petrópolis: comu-nicações de nascimentos, agrade-cimentos por visitas, convites paracasamentos.

Em 8 de dezembro de 1957,Pe. Adams foi nomeado primei-ro Pároco de Bom Jardim da Ser-ra, paróquia pobre, extensa, en-tre São Joaquim da Costa daSerra e os costões da Serra doRio do Rastro. Sofrido do climamuito frio e não gozando maisde saúde para esse campo pas-toral, em 1959 solicitou a excar-dinação da Diocese de Lages,com a incardinação na Arqui-diocese de Florianópolis.

Em FlorianópolisNos anos 1960-1961 acei-

tou, com alegria, ser Capelão doHospital Nereu Ramos, deFlorianópolis, que internava do-entes infecto-contagiosos, espe-cialmente de tuberculose.

De 1962-1967 foi pároco do

Senhor Bom Jesus de Nazaré,em Palhoça, sendo o primei-ro padre diocesano a atendera essas comunidades apósdécadas de trabalho francis-cano. O território paroquialincluía as antigas paróquiasde Enseada de Brito eGaropaba. O grande númerode comunidades, distâncias,as dificuldades de locomoçãominaram a saúde do Pe.Adams. Surgiam os primeirossintomas do Mal de Parkin-son e de surdez. Vendo essadificuldade, Dom AfonsoNiehues o transferiu para aparóquia de São José, com re-sidência no Preventório. Situ-ado à entrada do Roçado, aco-

lhia os filhos de casais comhanseníase, da Colônia Santa Te-resa. Celebrava na capela do Ro-çado e gostava de alugar umaKombi e sair a passeio com as cri-anças, que ele apresentava comocoroinhas a fim de evitar a rejei-ção das pessoas se as apresentas-se como filhos de leprosos.

Últimos anosA partir de 18 de fevereiro de

1972, já impossibilitado de presi-dir a Eucaristia devido ao Mal deParkinson, morou no Hospital deAzambuja, Brusque. Ali dava umbelo testemunho do “padre doen-te” e perseverante, aos seminaris-tas que gostavam de visitá-lo. Foimuito bem cuidado pelo atualdiácono Antônio Camilo dos Santos,então seminarista. Semanalmente

No dia 21 de maio, na Paró-quia Santo Antônio de Campinas– São José, aconteceu o IV Encon-tro Arquidiocesano de Represen-tantes Paroquiais para o Ecume-nismo e o Diálogo Interrreligioso.Esses encontros são uma das ati-vidades assumidas pela CADEIR,no esforço de efetivar o seu prin-cipal objetivo que é “desenvolvera dimensão diocesana do Ecu-menismo e do Diálogo Interreli-gioso, motivando a organizaçãode Comissões Paroquiais e incen-tivando os encontros para estu-dos, celebrações, partilha de ex-periências e outras iniciativas queexpressem a unidade e a buscacomum de um mundo justo e fra-terno”. Dezoito Paróquias daArquidiocese fizeram-se represen-tar nesses quatro encontros quebuscaram oferecer uma formaçãobásica sobre o significado do mo-vimento ecumênico e suaefetivação nas comunidadeseclesiais. Neste último encontro,o estudo centrou-se sobre o histó-

rico das Semanas de Oração pelaUnidade dos Cristãos e oaprofundamento do tema daSOUC deste ano de 2011 (05 a12 de junho): “Unidos no ensina-

mento dos Apóstolos, na comu-

nhão fraterna, na fração do pão e

nas orações” (At 2,42).O atual presidente do CONIC,

Dom Manoel João Francisco

(Bispo de Chapecó), através de e-mail, parabenizou a iniciativa daArquidiocese e enfatizou que “énas bases que acontecem as coi-sas”. Essa é a diretriz fundamen-tal que motiva o movimentoecumê-nico no Brasil. A unidadecristã acontece a partir do localonde moram os discípulos de Je-sus. Ela acontece quando cristãosconscientes do sonho de Jesus“para que todos sejam um”, semobilizam de alguma forma paraque ele se torne realidade. Esta

convocação evangélica foi lançadapelo Concílio Vaticano II que assu-miu “a reintegração da unidadeentre todos os cristãos como umdos seus objetivos principais”, con-forme declara já no início do De-creto sobre o Ecumenismo Unitatis

Redintegratio (Reintegração daUnidade). Reconhece a divisãoentre os cristãos como uma reali-dade que “contradiz abertamentea vontade de Cristo e se constituiem escândalo para o mundo”. Nãopodemos esquecer, no entanto,que a unidade é dom de Cristo e,por isso mesmo, ele não nos aban-dona. O Decreto conciliar lembraque o Senhor Jesus, “sábia e paci-entemente continua realizando opropósito de sua graça” que é res-taurar a união de todos os cristãos.

Quem deve participar des-te movimento em prol doecumenis-mo? O Concílio respon-

de: “Dele participam os que invo-cam o Deus Trino e confessam aJesus como Senhor e Salvador,não só individualmente, mas tam-bém reunidos em assembléias”(UR, 1). Com que disposição inte-rior devemos participar do movi-mento? Com a mesma disposiçãocom que nos empenhamos paracuidar de todos os membros donosso corpo a fim de que a saúdeseja integral. A saúde do Corpode Cristo precisa ser resgatada.Nós provocamos as feridas. Toma-mos consciência do mal que fize-mos. E procuramos colaborar paraa integridade da Igreja de Cristo.O Corpo de Cristo não pode per-manecer esfacelado.

A Paróquia orienta-se pela“eclesiologia de comunhão”.Isso não significa somente o cui-dado de promover a unidade en-tre as comunidades católicas. A

Eclesiologia de Comunhão

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eclesiologia da comunhão, ex-pressão do Corpo de Cristo, ne-cessariamente precisa incluir oprojeto ecumênico. As Comis-sões Paroquiais para o Ecume-nismo organizam-se com o obje-tivo de animar esse projeto. O Ca-tecismo da Igreja Católica (n. 820)nos interpela: “Cristo dá sempreà Igreja o dom da unidade, mas aIgreja deve sempre orar e traba-lhar para manter, reforçar e aper-feiçoar a unidade que Cristo querpara ela”. Para orientar este ser-viço integrante da açãoevangelizadora da Igreja, o Con-selho Pontifício para a Promoçãoda Unidade dos Cristãos elabo-rou o “Diretório para a Aplicaçãodos Princípios e Normas sobre oEcumenismo”. Encontra-se nas li-vrarias católicas.

Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coord. da Co-

missão Arquid. para o Ecume-

nismo e o Diálogo Interreligioso -

CADEIR

Padre Adams - Sacerdote Generosovestia a batina para participar daMissa no Santuário de Azambuja.Para-mentado e sentado, no dia 25de dezembro de 1972 celebrou seuJubileu de Ouro Sacerdotal. Umexemplo de fidelidade e de fé olharo ancião impossibilitado de presi-dir sua Missa Jubilar.

Piedoso, vivia em constante ora-ção. A cada final do dia se prepara-va para a hora da morte. Sem dra-mas, quando sentia muito a fragili-dade física ou era vítima de acha-ques, pedia a Unção dos Enfermos.Sofria a distância dos amigos, a so-lidão de padre doente. Mais vezesPe. Adams manifestou o desejo deretornar à Alemanha: desejavamorrer em sua Pátria. Assim, acom-panhado do enfermeiro AntônioCamilo, em 20 de julho de 1973retornou definitivamente à terra ale-mã, indo residir em Paderborn,numa Casa de Saúde administra-da por religiosas, onde tambémestava sua irmã Maria.

Ali, com muito conforto e a soli-dão própria imposta aos velhosnos países ricos, entregou a Deussua alma sacerdotal em 19 de ja-neiro de 1976. Podemos imaginaresses últimos anos de vida, sozi-nho, vivendo as dores da doença ea saudade do povo. Não temosnotícias de seus últimos dias. Que-remos conservar, aqui, a memóriadesse nosso presbítero e missio-nário silencioso e dedicado.

Pe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:

pebesen.wordpress.com)

Pe. Luiz Gonzaga Adams:na Missa de 50 anos de ordenação,no dia 25-12-1972, em Azambuja

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismo

Julho 2011 Jornal da Arquidiocese12 Artigos

Page 13: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Missão Jovem: 25 anos a serviço da missãoEm agosto de 2011 o jornal

Missão Jovem, que nasceu aquina nossa amada Florianópolis,completa 25 anos de existência.Esta é uma alegria que temos oimenso prazer de compartilharcom vocês. Mas, como tudo co-meçou? Em meados de 1986,Pe. Paulo De Coppi inquietava-se em descobrir uma forma deatuar de maneira mais ampla eeficaz com a juventude e com aanimação missionária, que cons-tituíam seu carisma sacerdotal.

Pe. Paulo foi-se convencendode que um jornal seria o melhorveículo para realizar a animação eformação missionária de maneiraconstante e mais abrangente. Navisão de Pe. Paulo, deveria ser umjornal decididamente missionário.Seus conteúdos, além disso, deve-riam calar concretamente no dia adia das pessoas, comprometendo-as, como cidadãs e cristãs, com aconstrução da própria comunida-de e na evangelização do mundo.

Um pequeno milagreNão é fácil encontrar uma pu-

blicação religiosa que, em tão pou-co tempo, tenha se tornado o prin-cipal subsídio de milhares de agen-tes de pastoral de um país. Comose conseguiu isso em tão poucotempo? Podemos afirmar que osegredo está em apresentar con-teúdos profundos e sempreatualizados, associados a um es-tilo direto e ao alcance de todos.É o segredo do sucesso dos mei-os de comunicação modernos!

Outro fator que torna o “Mis-são Jovem” apreciado pelos pa-dres e lideranças pastorais é oentusiasmo e otimismo que o Jor-nal transmite a um mundo tãodeprimido pelo materialismo econsumismo, bem como aos cris-tãos em geral e àqueles que seencontram descompromissadoscom a construção do Reino, coma vinha do Senhor.

A história em siO Missão Jovem nasceu em

Florianópolis, no mês de Agosto de1986. Embora com breve existên-cia, o Jornal está presente em todoo Brasil e em outros 50 países. Mas,o que foi que motivou o surgimentodo Jornal? Depois de ordenado, Pe.Paulo trabalhou no Amapá e na Itá-lia, e em 1985 foi chamado a coor-denar a Pastoral Missionária na

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Criado como subsídio aos missionários, Jornal continua se renovando, mesmo com o passar do tempo

Arquidiocese de Florianópolis.Depois de visitar dezenas de

Paróquias, grupos de jovens e mui-tas escolas, Pe. Paulo começou ase questionar sobre a validadedesse corre-corre que, embora fei-to com muita disposição, deixava-lhe a clara impressão de estar rea-lizando um trabalho sem continui-dade. Diante disso, buscou outrasformas de se comunicar com ascomunidades e, em particular, comos jovens. Por isso, lançou o jornal.

Um subsídioNo Jornal, os jovens encontra-

vam propostas de reuniões, deba-tes e atividades. Em abril de 1993,o “Missão Jovem” deu um grandesalto de qualidade quando, com aparticipação da Equipe Catequé-tica Arquidiocesana, começou aincluir o encarte denominado“Catequese Caminhando”. Atual-mente, milhares de catequistas, emtodo o Brasil, assinam e usam oJornal MJ, atraídos pela sua rique-za de conteúdos e simplicidade delinguagem.

A missão só pode ser uma pai-xão! Paixão sempre jovem, genuí-na, atualizada, corajosa, contagi-osa. Um veículo para quem é jo-vem na idade ou conserva o espí-rito jovem. Muitos de seus leito-res afirmam que é um jornal que

“não deixa parar”. De fato, a Equi-pe do Jornal MJ persegue um úni-co objetivo: Fazer de cada cristãoum missionário!

Jornal com emoçãoA Equipe do “Missão Jovem” é

viva e está em constante renova-ção. Além do jornal, ela já organi-zou diversas atividades ligadas àvida dos jovens: concursos, ginca-nas, cursos, e semanas de cons-cientização missionárias. Sem fa-lar no jornal “O Transcendente” e aWeb Rádio “Missão Jovem”, quesão as últimas duas “invenções”.Acrescente-se a isso o envolvi-mento de toda Equipe do Jornal naanimação missionária daArquidiocese de Florianópolis.

Pe. Paulo costuma dizer que,toda vez que sai uma nova ediçãodo jornal, é um momento de muitaemoção. Percebe-se, assim, que oJornal é fruto do carinho, esforço,amor e de muito ardor missioná-rio. Todos da Equipe do Jornal MJ sesentem comprometidos com o su-cesso do jornal. Tudo isto nos fazpensar que estamos no caminhocerto. Obrigado pelo imenso cari-nho que vocês têm demonstradopelo jornal. Deus abençoe a todos,pois a missão continua!

Pe. Francisco Gomes - PIME

Jornal da Arquidiocese Julho 2011

13Missão

Jornal criado por Pe. Paulo Di Coppi (esq.) emFlorianópolis ganhou o mundo. Ele traz temaspolêmicos e de interesse dos missionários, dosjovens e das famílias

A jovem Zenir Gelsleichtersempre teve o interesse em rea-lizar uma atividade missionária.Liderança atuante na Igreja, háseis anos conheceu o projetoque todos os anos encaminhamissionários leigos para aDiocese de Barra, na Bahia. Re-alizou a formação, e desde 2006todos os anos participa da mis-são. “Depois que participamospela primeira vez, não consegui-mos deixar de repetir no ano se-guinte”, declarou, tanto que fezcoincidirem as férias do seu tra-balho com o período da missão,para ficar mais tranqüila.

Ela foi uma das 53 pessoasque nos dias 17 a 19 de junhoparticiparam do retiro de forma-ção para as pessoas interessadasem participar da missão naDiocese de Barra, na Bahia. Pro-movido pelo Conselho Missioná-rio Diocesano – COMIDI, o retirofoi assessorado pelo Pe. João

Panazzolo, da Diocese de Caxiasdo Sul, RS, e que há mais de 30anos se dedica ao trabalho missi-onário. Ele tratou do tema “Por

Jesus Cristo somos chamados e

enviados para a Missão”.Dos participantes do retiro,

apenas 46 - um ônibus - sairãode Florianópolis no dia 15 de ju-

lho, com destino à Paróquia deMor Pará, na Bahia. Lá permane-cerão por sete dias, quando reali-zarão visitas e bênção das casas,proclamação do Evangelho, for-mação para catequistas e lideran-ças leigas. Retornarão no dia 25de julho. Nos últimos anos aArquidiocese tem levado até trêsônibus com missionários.

“Este ano o número é redu-zido por conta do tamanho daparóquia, que não tem estrutu-ra para receber um númeromaior de missionários”, disseDomingos Francisco Pereira,organizador da missão. Segun-do ele, a própria diocese é quemdefine os locais a serem visita-dos e são incluídos na progra-mação diocesana. Tanto quesabem onde realizarão a mis-são em 2012 e 2013.

Para o Pe. Josemar Silva,que por oito anos foi missioná-rio em Oliveira dos Brejinhos,pertencente a Diocese de Bar-ra, na Bahia, o trabalho missio-nário é muito importante.“Reacende a esperança, susci-ta novas lideranças, traz umnovo impulso à pastoral na pa-róquia”, disse. Segundo ele, naparóquia onde trabalhou, até foicriada uma nova comunidade.

Retiro prepara liderançaspara missão na Bahia

46 missionários realizarão o seu trabalhoem paróquia da Diocese de Barra na Bahia

Pe. João Panazzolo animou o retiro para os missionários

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Page 14: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

É preciso fazer com que os jovenspercebam que vale a pena dedicar

a vida a uma causa maior”

No dia 18 de junho, a Arqui-diocese de Florianópolis recebeuum novo presbítero. Realizadana Igreja Matriz da Paróquia Sa-grado Coração de Jesus, em An-tônio Carlos, uma celebraçãomarcou a ordenação presbiteralde Pedro Alcido Philippi. Presidi-da por Dom Wilson Tadeu

Jönck, bispo de Tubarão, a ce-lebração reuniu dezenas de pa-dres e diáconos.

Natural de Antônio Carlos,mais precisamente na comuni-dade Vila Doze, Pedro Alcido en-trou para o Seminário já com 23anos, uma “vocação tardia”. Ca-çula de nove irmãos (seis ho-mens e três mulheres), a famí-lia vive da agricultura e temuma vida religiosa bastante pre-sente na Igreja.

Em entrevista, Pe. PedroAlcido fala do seu despertarvocacional, do “clima vocacional”do município, das contribuiçõesda comunidade para a sua voca-ção, da tendência da Igreja emreceber vocações adultas, da es-colha do seu lema presbiteral edo que é preciso para despertarnos jovens a vocação para vidareligiosa ordenada.

Jornal da Arquidiocese -

Como foi despertada a sua

Pe. Pedro AlcidoUma vocação amadurecida de

Antônio Carlos, o município maisvocacional da Arquidiocese

vocação?

Pe. Pedro Alcido Philippe

- O meu despertar vocacional co-meçou cedo. Todas as noites,com minha família, rezávamos oterço, e aos domingos participá-vamos nas celebrações da Pala-vra ou da Santa Missa. Desde pe-queno, existia uma inquietaçãodentro de mim e busqueidiscerni-la. Quando freqüentei osprimeiros dias de aula, a profes-sora perguntou para cada alunoo que gostaria de ser no futuro.Respondi que queria ser padre.Mas, com o passar do tempo, estechamado ficou um pouco obscu-ro, pois as situações de vida mu-daram de rumo. Comecei a tra-balhar fora, e pude encontrar pes-soas de muita oração que conti-nuavam me incentivando.

JA - Você é natural da Pa-

róquia mais “vocacional” da

Arquidiocese. A que se deve

isso?

Pe. Pedro Alcido - Creioque a alguns fatores: nosso povoé de origem alemã e trouxe umamarca muito forte de fé. As fa-mílias, em geral, eram numero-sas, de muita oração, envolvidasna Igreja. O ambiente, portanto,era propício a um despertarvocacional.

JA - Antes de entrar no

Seminário, você foi cate-

quista e participou do grupo

de jovens. Que contribuições

isso trouxe para sua voca-

ção?

Pe. Pedro Alcido - Comocatequista, participando do gru-po de jovens, da equipe deliturgia e do coral da comunida-de, pude perceber que amadu-recia o chamado de Deus na mi-nha vida.

JA - Sua comunidade de

origem é Nossa Senhora

Aparecida, na Vila Doze. De

que forma ela contribuiu para

sua formação?

Pe. Pedro Alcido - MinhaComunidade, na Vila Doze, contri-buiu muito, desde o despertarvocacional até hoje, com as ora-ções, a ajuda material e o acom-panhamento ao longo da cami-nhada do Seminário.

JA - Você entrou para o

Seminário com 23 anos.

Comparando com os tempos

passados, é uma vocação

amadurecida. Por que hoje

isso é uma tendência?

Pe. Pedro Alcido - Embora

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Dom Wilson, bispo de Tubarão, unge as mãos de Pe. Pedro Alcido como Óleo do Crisma durante a celebração de sua ordenação presbiteral

eu tenha ingressado no Seminá-rio com 23 anos, vejo que as vo-cações precisam ser despertadase cultivadas desde cedo. Perceboque as vocações adultas são umarealidade muito comum. Contu-do, a vocação surge na infância,“adormece”, e apenas necessitaser despertada.

JA - Você escolheu como

lema de ordenação: “Ide e

fazei discípulos meus todos

os povos, batizando-os em

nome do Pai e do Filho e do

Espírito Santo” (Mt 28, 19).

O que representa esta pas-

sagem bíblica para você?

Pe. Pedro Alcido - Essapassagem representa paramim, pessoalmente, um chama-do a anunciar em toda parte oCaminho a Verdade e a Vida,que é o próprio Jesus, sendoinstrumento fiel de seu amor àhumanidade.

JA - A realidade da

Arquidiocese, atualmente, é

de poucas vocações para a

vida religiosa. O que é preci-

so para despertar nos jovens

esse chamado?

Pe. Pedro Alcido - Antes detudo, muita oração e confiança emDeus, lembrados da recomenda-ção que o próprio Jesus nos fez:Pedi ao Senhor da colheita que

mande trabalhadores para a sua

colheita (Mt 9,38 e Lc 10,2). Poroutro lado, é preciso dinamizar apastoral da juventude: fazer queos jovens percebam que vale apena dedicar a vida a uma causamaior...

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O casal que reza ajoelha-do consegue ficar de pé pelavida afora; filhos que vêempais de joelhos mantêm-se norumo certo até o fim de seusdias. Bem-aventuradas as

FazerFaze quanto podes e, tanto

quanto podes, faze tudo bem fei-to para assim amar a Deus e ser-vir o irmão.

Deus“Deus não é um Deus firme lá

em cima, dizendo a cada um o quedeve fazer, mas um Deus em ago-nia pedindo amor” (Pe. HenriNouwen). Quem já esteve à cabe-ceira de um agonizante é capaz deentender, pelo menos um pouco,a beleza e a profundidade destepensamento. Nosso Deus é umDeus em agonia pedindo amor!

DorPorque se dá, sem esperar re-

tribuição, o amor dói. Como a se-mente — que porta a vida — morrepara que a vida surja bela e faceirana flor que encanta os olhos, as-sim o amor — que porta Deus —deixa-se machucar, para que Deussurja aos olhos de quem não crê.

GrandezaO sol não se entristece porque

um graveto lhe fez sombra. Nemo graveto se envaidece porqueimpediu o sol de propagar sua luznaquele espaço. Cada um faz oque tem que fazer, cumprindo suamissão por inteiro.

Bela lição para quem não per-mite que ninguém lhe faça som-bra e precioso ensinamento paraquem se alegra quando tira o bri-lho da vida do próximo.

MágicaQue coisa mágica é essa que

pode alegrar seu dia e o dia das pes-soas à sua volta sem lhe custar qua-

se nada? Um sorriso! No trânsito, naslojas, nas filas, nas salas de espera,por onde você passar, semeie sorri-sos. Você vai se surpreender ao verum rosto fechado iluminar-se e abrir-se. E mesmo que não haja retribui-ção, não se importe: o seu sorrisofaz bem a você!

NuncaNunca alguém perdeu alguma

coisa importante por amar, masmuitos já perderam o mais impor-tante por não terem amado... Oamor machuca, é verdade, mastambém cicatriza; o desamormachuca de outra forma, e muitomais, mas não funciona comocicatrizante...

Joelhosmães, e bem-aventurados ospais que os filhos enxergamajoelhados. São pais que re-velam Deus aos filhos e sãofilhos que conseguem fotogra-far Deus nos pais!

Há quanto tempo estamosmortos, no sepulcro, apodrecendoem nossos pecados? São os ver-mes da raiva e do ódio a corroernossa alma, os vermes da impure-za, do falar mal dos outros, da fal-ta de amor, que nos deixam num

Ressurreiçãodeserto terrível, onde de dia o ca-lor das paixões asfixia e, de noite,o frio rigoroso da indiferença mal-trata. Deixemo-nos tocar pela gra-ça. Então também nós ressurgire-mos. E a alegria voltará a ser hós-pede do nosso coração!

14 Geral Julho 2011 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Presos ganham atendimento odontológicoCom a construção de consultório odontológico, mais de 300 detentos do Presídio serão beneficiados

A Pastoral Carcerária (PCr) daArquidiocese realizou, no dia 15/06, às 15h, a inauguração de umconsultório odontológico no Pre-sídio Masculino de Florianópolis.A obra é resultado de seis mesesde trabalho e vai beneficiar cercade 320 detentos, distribuídos emcinco galerias, num investimentode R$ 40 mil, em recursos própri-os e de projeto. O evento contoucom a participação de represen-tantes da direção e de vários se-tores do Complexo Penitenciáriode Florianópolis, da OAB-Cidadã,do Conselho da Comunidade, e devoluntários da PCr.

Pe. Ney Brasil Pereira, co-ordenador arquidiocesano da PCr,falou da importância simbólica daobra: "É um setor da saúde que emsi compete ao Estado, mas demodo supletivo a PCr está ofere-cendo o equipamento. Natural-mente, contamos com a colabora-ção do presídio no sentido de en-caminhar os apenados para rece-berem esse benefício, solicitadopelos próprios detentos", disse.

Os atendimentos serão reali-zados pela dentista Teresinha Ri-beiro Modi, nas tardes de terças equintas-feiras, das 14h às 17h30.Com experiência de 20 anos naprofissão e especialização emperiodontia, ela afirma que o con-sultório está equipado para a rea-lização de todos os procedimen-tos necessários para um bomatendimento.

Origem dos recursosA obra foi realizada com recur-

sos de projeto aprovado pela 2ªVara Crime Federal e do bazarpermanente realizado através dedoações da Fundação Nova Vida.Na falta de um consultório inter-no, o atendimento odontológicotem demandado, até agora, escol-ta policial para clínicas fora dosmuros, o que evidentemente acar-

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reta uma série de problemas.“É claro que a atividade própria

da PCr é a visita evangelizadora,cada semana, aos presos. No en-tanto, constatada, exatamentenas visitas, a carência desse tipode serviço, empenhamo-nos emrealizar a obra”, disse Leila T. M.

Pivatto, presidente da “Associa-ção Beneficente São Dimas” -ASBEDIM, braço social da Pastoral.

Segundo ela, a próxima obra daASBEDIM já está em andamento ecom prazo para inauguração. Tra-ta-se da construção de uma salade 75 m2, onde serão montadasoficinas de confecção. A obra temum custo aproximado de R$ 30mil. A inauguração deve acontecernos próximos quatro meses.

Outras contribuiçõesEsta é a terceira obra realiza-

da pela PCr no Presídio Masculi-no de Florianópolis. A primeira foia construção de um pátio benefi-ciando 60 presos da Galeria “C”,inaugurado em 14 de dezembrode 2009. Um investimento demais de R$ 50 mil.

A segunda, foi a construção deduas salas para uso laboral e edu-

cacional. A obra, inaugurada em 24de junho de 2010, beneficiou 35presos da Galeria "B" do presídio.Um investimento de mais de R$ 25mil em recursos próprios. No localhá turmas de alfabetização, ensinofundamental e ensino médio, alémde outras atividades educacionais.

A PCr, através da ASBEDIM,mantém uma secretaria na Cape-la "São Dimas", dentro do Comple-xo. Ela conta com uma assistentesocial e uma advogada, contrata-das para prestar auxÍlio aos pre-sos e, eventualmente, a suas fa-mílias. Ela também realiza cam-panhas de doações de materialde higiene e limpeza, roupas e cal-çados, roupas de cama e coberto-res, e até colchões...

Além disso, no terreno da Cape-la, que é de propriedade da Mitra,ainda existe uma oficina de estam-paria e confecção. O projeto “Estam-pa Livre” foi criado há cinco anos(2006) e atualmente gera empregoe renda a nove presos da Galeria “D”.

Mais informações pelos

fones (48) 3879-2168 ou

2107-2323, ou pelo email

[email protected]

Representantes da Pastoral Carcerária, responsável pela obra. Consultó-rio dispõe dos equipamentos necessários para o atendimento completo

Jornal da Arquidiocese Julho 2011

15Geral

Como atuamos:Os interessados nas Paróqui-

as que queiram uma Pastoralda Saúde, é só montar um gru-po que a equipe executiva irá edará todas as informações neces-sárias, ajudando na sua consti-tuição. Temos material didáticodisponível para os interessados.

O projeto desenvolvido pelaPastoral da Saúde busca fortale-cer a organização e valorização dosgrupos no processo de educação

em saúde, promovendo uma me-lhor qualidade de vida, aumentan-do a solidariedade nas comunida-des. “O Senhor fez a terra produzir osmedicamentos, o homem sensatonão os despreza” Eclesiástico 38,4.

Mais informações pelos fones(48) 3225-5032, 991-0753 ou3224-8776, com Jaci HelenaPerottoni, coordenadora da Pas-toral da Saúde, ou pelo blog http://cnbbsul4.org.br/sites/saude/

Conhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Pastoral da SaúdeÉ a ação evangelizadora de

todo o povo de Deus comprometi-do em promover, preservar, defen-der, cuidar e celebrar a vida, tor-nando presente no mundo da saú-de a ação libertadora de Jesus.

Engajar-se na Pastoral daSaúde é optar por participar empromover a saúde integral do serhumano e evitar a doença. É es-tar presente na defesa da VIDA!

A Pastoral da Saúde tem seuobjetivo maior defender a vida,e para isso trabalha nas comu-nidades com a formação de li-deranças Agentes da pastoral daSaúde. São pessoas das comu-nidades que atuam na preven-ção, promoção e recuperação dasaúde. A Pastoral da Saúde de-senvolve suas atividades em trêsdimensões:

Dimensão Solidária -Vivência e presença samaritanajunto aos doentes e sofredoresnas instituições de saúde, na fa-mília na comunidade. Visa aten-der a pessoa integralmente, nasdimensões física, psíquica, soci-al e espiritual.

Dimensão Político Institu-cional - Atuação junto aos Órgãose Instituições, públicas e privadasque prestam serviço e formam pro-

fissionais na área da saúde. Zelapara que haja reflexão bioética, for-mação ética e uma política de saú-de sadia.

Dimensão Comunitária -Visa a promoção e educação paraa saúde. Resgatar e valorizar a sa-bedoria e a religiosidade popular,relacionadas com a utilização dosdons da mãe natureza e conser-vação do meio ambiente.

A Pastoral da Saúde daArquidiocese trabalha há mais devinte anos, com a proposta de Plan-tas Medicinais, contanto com gru-pos localizados em comunidadesurbanas e rurais. Esses grupos sãoformados por pessoas da comuni-dade que atuam voluntariamente,trabalhando com as plantas medi-cinais de forma caseira e artesanal.

Curso de formação

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2011

Uma cerimônia realizada namanhã do dia 07 de junho, no au-ditório da Associação Comercial eIndustrial de Florianópolis, ACIF,marcou a criação do Instituto Pa-dre Vilson Groh, IVG. O evento con-tou com a presença de empresári-os, autoridades públicas, religiosos(as) e representantes de ongs.

O ato formalizou a integraçãode uma rede composta pelo Cen-tro Cultural Escrava Anastácia, aAssociação dos Amigos da Casada Criança e do Adolescente doMorro do Mocotó, o Centro deEducação e Evangelização Popu-lar, o Centro Social ElizabethZarcamp e as unidades São José,

Pe. Vilson Groh dá nome a InstitutoSete obras sociais que atendem mais de nove mil pessoas empobrecidas se concentram no IVG

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Crianças recebem acompanhamento pedagógico em um dos projetos

Jornal da Arquidiocese -Como surgiu a ideia de trans-formar em Instituto as obrasque o senhor coordena?

Pe. Vilson Groh – A ideiasurgir a partir de uma avaliação deuma consultora internacional quefez um olhar sobre os nossos tra-balhos e verificou que seria neces-sário criar uma sinergia entre to-das as entidades. Há muito tempojá havíamos pensando nisso, porvárias razões: deixar todo esse le-gado que construímos para que váa frente de forma organizada e quecontinue sendo espaços de aces-so de inclusão social; para capta-ção de recursos e cada vez mais

16 Geral Julho 2011 Jornal da Arquidiocese

poder levar os trabalhos para a fren-te; e para continuar criando condi-ções de tornar também viável arelação Estado/sociedade civil fren-te ao que hoje fazemos.

JA - Com a criação do Ins-tituto, que benefícios issotraz para as obras?

Pe. Vilson - Vai trazer maiorvisibilidade, captação de recursos,transparência de contas, profis-sionalização e competência dopróprio trabalho.

JA - O senhor tem umnome de prestígio e que pas-sa credibilidade. A criaçãodo Instituto com o seu nomeagrega valor a essas obras?

Pe. Vilson - Na verdade nãoqueria que o meu nome fosse dadoao Instituto. Mas na reunião dosconselhos das organizações nos-sas, as pessoas fizeram ma avali-ação de que o meu nome tem, di-gamos assim, capital social e aju-daria a agregar sinergia, capitaçãode recursos e levar a frente esselegado do nosso trabalho.

Monte Serrat e Irmão Celso Con-te, do Centro Social Marista.

Todas são instituições criadaspelo Pe. Vilson Groh e que aten-dem pessoas da periferia de Floria-nópolis, mas atingindo os municípi-os vizinhos. Elas são o resultado deum trabalho de mais de 30 anos.

A criação do Instituto visa fa-cilitar o trabalho em rede entre asinstituições, reduzindo custosoperacionais e fortalecendo suasustentabilidade. Todas continua-rão com sua autonomia, para ga-rantir as particularidades de seustrabalhos. Conheça um pouco so-bre cada uma das organizaçõesque compõem o Instituto:

CCEA (Centro CulturalEscrava Anastácia) - Criado em1994, na comunidade do MontSerrat, tem uma atuação educativa,em rede, junto a comunidadesempobrecidas. Atende 7.434 crian-ças, jovens e adultos, articuladosem 16 projetos, na faixa etária de 6anos à Terceira idade.

A CAM – Casa da Criançae Adolescente do Morro doMocotó - foi criada em 1994, noMorro do Mocotó, com o propósitode sistematizar ações sociais atéentão desenvolvidas sem projetode intervenção. Atende 200 crian-ças e adolescentes, na faixa etáriade 5 até 15 anos e meio de idade,com um custo mensal, por atendi-do, de R$ 199,00.

O CEDEP – Centro deEducação e Evangelização Po-pular – localizado no Monte Cris-to, foi criado em 1987, visando apoi-ar e fortalecer iniciativas dos movi-mentos populares que emergiramprincipalmente da leva migratóriaoriginada do interior do Estado.Atende 300 crianças e adolescen-tes na faixa etária de 5 a 15 anos, aum custo médio de R$ 166,78

Centro Elisabeth Zar-kamp – localizado no Alto daCaieira do Saco dos Limões, tem oobjetivo de empoderar sujeitos in-dividuais e coletivos das comuni-dades de periferia e sua inserçãosocial e profissional. Realiza ofici-na de Artesanato, Grupo de Mu-

lheres, Grupo Jovem, Batismo, Pri-meira Eucaristia e Crisma, e As-sessoria Jurídica.

O CENTRO SOCIAL MA-RISTA IRMÃO CELSO CONTE– localizado, também, no Alto daCaieira do Saco dos Limões, é re-sultado de uma parceria do Insti-tuto dos Irmãos Maristas, atravésda União Catari-nense de Educa-ção, realizada em 2007 com o Cen-tro Social Elizabeth Sarkamp, “Fu-turo das Crianças”. Atende 200crianças e adolescentes na Faixaetária de 06 a 15 anos, a um cus-to médio de R$ 214,38.

O CENTRO SOCIALMARISTA MONT SERRAT – lo-calizado na Comunidade do MontSerrat, nasceu com o Projeto Tra-vessia no ano de 1999, buscandouma ocupação para as crianças eadolescentes da comunidade.Atende 180 crianças e adolescen-tes na faixa etária de 06 a 15 anos,com um custo médio de R$ 233,86por atendido.

O CENTRO SOCIALMARISTA SÃO JOSÉ – localizadoem Serraria, São José, tem o objeti-vo de promover uma educação fun-damentada nos princípios da Mis-são Educativa Marista. É uma visãosocioeducativa, oportunizando aemancipação dos sujeitos no senti-do individual e coletivo. Atende 890educandos de 1º ano à 8ª série nafaixa etária de 06 a 17 anos, a umcusto médio de R$ 176,98.

“Criação do Instituto vai trazersinergia para os trabalhos”

A Diocese de Blumenau ce-lebrou na noite do dia 07 de ju-nho o Jubileu de Prata de Orde-nação Presbiteral do seu bispo,Dom José Negri. Realizada às19h na Catedral São Paulo Após-tolo, a celebração de ação degraças reuniu o clero local, osbispos do Regional, além de pa-dres e diáconos da Arquidiocesede Florianópolis. Também con-tou com a presença especial deDom Murilo Krieger, arcebis-po de Salvador, na Bahia.

Dom José Negri nasceu emMilão no dia 18 de setembrode 1959. Após cursar o ensinofundamental, médio, e filoso-fia e teologia em Milão, Itália,licenciou-se em Psicologia naPontifícia Universidade Grego-riana, em Roma. Foi ordenadopresbítero pelo Cardeal CarloMaria Martini em 7 junho de1986, na Catedral de Milão.Chegou ao Brasil no dia 25 dejaneiro de 1987.

Nomeado bispo auxiliar daArquidiocese de Florianópolispelo Papa Bento XVI, em 14 dedezembro de 2005, foi ordena-do bispo no dia 5 de março de2006, em Brusque. Escolheucomo lema de vida episcopal“Sufficit tibi gratia” (Basta-te a

minha graça). Em 18 de feve-reiro de 2009 foi nomeado peloPapa ao pastoreio da diocesede Blumenau.

Dom Josécelebração25 anos deordenaçãopresbiteral