jornal da arquidiocese de florianópolis nov/09

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Pe Mário Sérgio: 25 anos de dedicação à vida prestiberal Em entrevista ele fala da sua vinda para a Arqui- diocese e do ingresso no nosso Clero, dos 23 anos que vive na Arquidiocese e, tendo sido radialista, como vê a comunicação na Igreja. PÁGINA 14 ASA realiza II Semana da Solidariedade Arquidiocese Jornal da “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8) Exaustão Pastoral O final do ano se aproxima, trazendo o clima de exaustão, de correria e de cansaço. É oportunidade para nos pergun- tarmos: por que nos cansamos no trabalho da evangelização? Aquilo que deveria ser experi- mentado como graça, encan- tamento e entusiasmo, tem-se tornado motivo de exaustão, fadiga e fardo. Já se tornou comum reclamar da sobrecar- ga dos agentes de pastoral, do ativismo da obra evangeli- zadora. Há estudos pelo mun- do afora que comprovam esta- rem os padres em estado de exaustão pastoral. É bom per- guntar-se: por que a obra evan- gelizadora produz exaustão? PÁGINA 04 Equipe prepara CFE-2010 na Arquidiocese Lideranças da Arquidiocese participaram, nos dias 09 a 11 de outubro, do Seminário de Pre- paração da Campanha da Fraternidade Ecumê- nica de 2010 (CFE-2010), realizado em Lages. Dias depois (22/10), uma equipe de 15 pes- soas esteve reunida para definir como a Cam- panha será dinamizada na Arquidiocese. Vários eventos já estão definidos. Entres eles: Seminá- rio de Preparação, a ser realizado em Biguaçu; celebrações ecumênicas; e a abertura oficial, na Quarta-Feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro. PÁGINA 07 Nosso arcebispo, Dom Murilo Krieger, presidiu a Celebração Eucarística, que concentrou os jovens no Ginásio de Esportes. Um dos momentos marcantes do Dia Nacional da Juventude Florianópolis, Novembro de 2009 Nº 151 - Ano XIV A Ação Social Arquidio- cesana estará promoven- do, nos dias 17 a 21 de no- vembro, a II Semana da So- lidariedade. O evento cele- brará os 49 anos da ASA. Durante a semana, haverá atividades em paróquias e a Feira Regional de Econo- mia Solidária. Realizada no Largo da Alfândega, a Fei- ra contará com exposição e comercializa-ção de pro- dutos, seminários e ofici- nas, e apresentações cul- turais. A realização do evento possibilitará que as organizações, grupos e ações sociais apresentem seus trabalhos. PÁGINA 10 Movimento de Emaús realiza “Campanha Ilu- mine uma Vida” PÁGINA 03 Vocacionadas conhecem vida das religiosas PÁGINA 05 Dom Murilo reali- za Visita ad limina PÁGINA 02 E 08 GBF apresenta o livreto do Advento/Natal. PÁGINA 11 Urna com as relí- quias de Dom Bosco visita Itajaí PÁGINA 16 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br DNJ reúne jovens de toda a Arquidiocese Realizado no Colégio Catarinense, o Dia Nacional da Juventude reuniu mais de 1,5 mil jovens, superando as expectativas da comissão organizadora Durante todo o dia, os jo- vens assistiram a shows de bandas católicas, apresenta- ções culturais, atividades re- creativas e esportivas. Mas também tiveram um momen- to para refletir sobre o proble- ma da violência, que foi o tema do DNJ deste ano. Eles tam- bém participaram da celebra- ção presidida pelo nosso arce- bispo Dom Murilo Krieger. A partir das reflexões dos jovens, foi elaborada a “Carta Aberta da Juventude da Arqui- diocese de Florianópolis”. O documento será encaminhado às autoridades. PÁGINA 09

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Edição 151, ano XIV, Novembro de 2009

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Nov/09

Pe MárioSérgio:25 anos dededicação àvida prestiberal

Em entrevista ele falada sua vinda para a Arqui-diocese e do ingresso nonosso Clero, dos 23 anosque vive na Arquidiocesee, tendo sido radialista,como vê a comunicaçãona Igreja.

PÁGINA 14 ASA realizaII Semana daSolidariedade

ArquidioceseJornal da

“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai”“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)

Exaustão PastoralO final do ano se aproxima,

trazendo o clima de exaustão,de correria e de cansaço. Éoportunidade para nos pergun-tarmos: por que nos cansamosno trabalho da evangelização?Aquilo que deveria ser experi-mentado como graça, encan-tamento e entusiasmo, tem-setornado motivo de exaustão,fadiga e fardo. Já se tornoucomum reclamar da sobrecar-ga dos agentes de pastoral, doativismo da obra evangeli-zadora. Há estudos pelo mun-do afora que comprovam esta-rem os padres em estado deexaustão pastoral. É bom per-guntar-se: por que a obra evan-gelizadora produz exaustão?

PÁGINA 04

Equipe prepara CFE-2010 na ArquidioceseLideranças da Arquidiocese participaram, nos

dias 09 a 11 de outubro, do Seminário de Pre-paração da Campanha da Fraternidade Ecumê-nica de 2010 (CFE-2010), realizado em Lages.

Dias depois (22/10), uma equipe de 15 pes-soas esteve reunida para definir como a Cam-panha será dinamizada na Arquidiocese. Várioseventos já estão definidos. Entres eles: Seminá-rio de Preparação, a ser realizado em Biguaçu;celebrações ecumênicas; e a abertura oficial, naQuarta-Feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro.

PÁGINA 07

Nosso arcebispo, Dom Murilo Krieger, presidiu a Celebração Eucarística, que concentrou osjovens no Ginásio de Esportes. Um dos momentos marcantes do Dia Nacional da Juventude

Florianópolis, Novembro de 2009 Nº 151 - Ano XIV

A Ação Social Arquidio-cesana estará promoven-do, nos dias 17 a 21 de no-vembro, a II Semana da So-lidariedade. O evento cele-brará os 49 anos da ASA.Durante a semana, haveráatividades em paróquias ea Feira Regional de Econo-mia Solidária. Realizada noLargo da Alfândega, a Fei-ra contará com exposiçãoe comercializa-ção de pro-dutos, seminários e ofici-nas, e apresentações cul-turais. A realização doevento possibilitará que asorganizações, grupos eações sociais apresentemseus trabalhos.

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Movimento deEmaús realiza“Campanha Ilu-mine uma Vida”

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Vocacionadasconhecem vidadas religiosas

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Dom Murilo reali-za Visita ad limina

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GBF apresentao livreto doAdvento/Natal.

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Urna com as relí-quias de DomBosco visita Itajaí

PÁGINA 16

Participe do

Jornal da

Arquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

DNJ reúne jovens detoda a Arquidiocese

Realizado no Colégio Catarinense, o Dia Nacional da Juventude reuniu maisde 1,5 mil jovens, superando as expectativas da comissão organizadora

Durante todo o dia, os jo-vens assistiram a shows debandas católicas, apresenta-ções culturais, atividades re-creativas e esportivas. Mastambém tiveram um momen-

to para refletir sobre o proble-ma da violência, que foi o temado DNJ deste ano. Eles tam-bém participaram da celebra-ção presidida pelo nosso arce-bispo Dom Murilo Krieger.

A partir das reflexões dosjovens, foi elaborada a “CartaAberta da Juventude da Arqui-diocese de Florianópolis”. Odocumento será encaminhadoàs autoridades. PÁGINA 09

Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Nov/09

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de Florianópolis

A visita a Bento XVINo final deste mês de novem-

bro, com meus irmãos bispos deSanta Catarina e do Rio Grande doSul, irei a Roma, visitar o Papa Ben-to XVI. Essa visita é oficial, prescritapara ser repetida a cada cinco anos.Seu nome - Visita ad limina - temuma interessante história. Nos pri-meiros séculos do cristianismo,quando um bispo de qualquer par-te do mundo ia a Roma para visitaro sucessor de Pedro, ao chegar aoslimites da cidade mandava emissá-rios dizer ao Bispo de Roma quedesejava vê-lo, para manifestar-lheunidade e obediência. Agia assim,lembrado da observação de Jesusa Pedro: “Confirma teus irmãos!” (Lc22,32). Então, o Papa, nome com oqual o Bispo de Roma passou a serconhecido, introduzia o visitante nacidade e ambos iam rezar nos

túmulos de S. Pedro e S. Paulo, co-lunas da Igreja. Ainda hoje, momen-tos essenciais dessas visitas, alémdo encontro com o Papa, são ascelebrações nas quatro principaisbasílicas romanas: S. Pedro, S. Pau-lo, S. João de Latrão (Catedral doBispo de Roma) e Santa Maria Mai-or. Visitam-se, também, os chama-dos “dicastérios romanos” (congre-gações e conselhos pontifícios), quesão os órgãos que ajudam o Papaa governar a Igreja.

Nesta visita de 2009, o que le-varei comigo? Levarei a Arquidio-cese de Florianópolis, com suas ale-grias, esperanças e desafios. Leva-rei comigo o desejo de, com o Bis-po de Roma, rezar por esta IgrejaParticular, na certeza de que nossaoração será particularmente bené-fica para os que aqui vivem. Leva-

rei, igualmente, minha gratidão pelamaneira como Bento XVI vem de-sempenhando sua missão.

O pontificado de Bento XVI estámarcado, e outros já o disseramantes, mais pela palavra do que porgestos. Nosso Papa apresenta,“oportuna e inoportunamente”(2Tm 4,2), aquilo em que acredita.Suas encíclicas, homilias, alocu-ções aos domingos ou às quartas-feiras nos falam de Deus, da vidaeterna, da esperança e da felicida-de. Bento XVI afirma, sob mil formas,que Jesus Cristo é o caminho parao Pai, o único salvador, o fundamen-to da nossa fé. Apresenta-nos comclareza a Igreja, chamada a mostrar,a todos, os caminhos para Deus.Lembra-nos o valor da liberdade,sem deixar de nos advertir que, paraser autêntica, ela deve levar-nos a

Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI

Menino Jesus de PragaExprimo a alegria de visitar

esta igreja, dedicada a SantaMaria da Vitória, onde é venera-da a imagem do Menino Jesus,conhecida em toda a parte comoo “Menino Jesus de Praga”. (...) Aimagem do Menino Jesus nos fazpensar imediatamente no misté-rio da Encarnação, no Deus Todo-Poderoso que se fez homem e vi-veu, por trinta anos, na humildefamília de Nazaré, confiado pelaProvidência aos cuidados atenci-osos de Maria e de José. Dirijo opensamento às vossas famílias ea todas as famílias do mundo, àssuas alegrias e às suas dificulda-des. À reflexão, unamos a oração,invocando do Menino Jesus odom da unidade e da concórdiapara todas as famílias. Pense-mos, de maneira especial, nasfamílias jovens, que devem fazermuitos esforços para dar aos fi-lhos segurança e um futuro dig-no. Rezemos pelas famílias emdificuldade, provadas pela enfer-midade e pela dor, por aquelasque estão em crise, desunidas oudilaceradas pela discórdia e pelainfidelidade. Confiemos todaselas ao Menino Jesus de Praga,conscientes de quão importanteé a estabilidade e a concórdiadas famílias para o verdadeiroprogresso da sociedade e para ofuturo da humanidade.

A imagem do Menino Jesus,com a ternura de sua infância,faz-nos também sentir a proximi-

dade de Deus e seu amor. Com-preendemos como somos preci-osos a seus olhos porque, preci-samente graças a Ele, nos torna-mos por nossa vez filhos de Deus.(...) No Menino Jesus de Pragacontemplamos a beleza da infân-cia e a predileção que Jesus Cris-to sempre manifestou para comos pequeninos, como lemos noEvangelho (cf. Mc 10,13-16). E,no entanto, quantas crianças nãosão amadas, nem acolhidas, nemrespeitadas! Quantas são vítimasda violência e de todas as for-mas de exploração por parte depessoas sem escrúpulos! Pos-sam ser reservados aos meno-res o respeito e a atenção quelhes são devidos: as criançasconstituem o futuro e a esperan-ça da humanidade!

Nossos Mortos - Memórias e CinzasEm dois de novembro, dia de

Finados, Comemoração dos FiéisDefuntos, nos dirigimos aos ce-mitérios e com carinho deposita-mos flores e acendemos velasnos túmulos das pessoas queri-das. Pais recordam filhos que par-tiram, filhos recordam pais, espo-sos lembram os cônjuges, amigospranteiam amigos: todos agoraigualados pela morte, na expec-tativa da feliz ressurreição. É acasa da memória, da gratidão, dareconciliação. Geralmente visita-mos o cemitério e ornamentamosos túmulos na véspera dos Fina-dos, no dia de Todos os Santos.Uma visão da fragilidade huma-na e um desafio à santidade aque somos chamados por nossaimagem e semelhança de Deus.

Gostaria,porém, de apresentaruma breve reflexão sobre um cos-tume que está se impondo: a cre-mação de cadáveres, iniciada noséculo XIX no ardor do ateísmo/panteísmo/materialismo e hojemuito especialmente em paísessecularizados. Decide-se portúmulos sem nenhuma identifica-ção ou por espalhar as cinzas aovento. Iniciamos dizendo que oCódigo de Direito Canônico, o Ca-tecismo da Igreja Católica (n.2301) e o Diretório sobre a Pieda-de popular não opõem obstáculosà cremação em si, mas quanto àmotivação e ao destino das cinzas.

A cremação surge como umcaminho breve. Mas, será que acremação respeita o desejo dosparentes e amigos que gostari-am de visitar a sepultura? Não

estaria subjacente a negação dadignidade do corpo, em vidacomunicador de vida, de afeto,de trabalho, de alegria?

A face mais delicada é a pos-sibilidade interrompida da me-mória dos que nos precederam,negando aos descendentes amemória dos antepassados. Porque hoje se dá tanta importân-cia à busca dos restos mortaisdas vítimas das guerras, dosgenocídios, das vítimas da vio-lência da Ditadura do Brasil? Éo desejo sagrado de dar-lhesuma sepultura, um lugar de des-canso. Veja-se a dor dos paren-tes das vítimas de acidentes aé-reos: como dói não poder con-templar e sepultar os restosmortais de pessoas queridas!

Após o ato da cremação - ge-ralmente feito com grande respei-to - espera-se em casa a urnacom as cinzas. Alguns as disper-sam no mar, outros em um jar-dim, outros as guardam em casa.

Psicólogos e sociólogos adver-tem: o rito da cremação quebra orito do luto com a entrega dos res-tos mortais a uma empresa. Guar-dar as cinzas em casa cria umambiente onde não se faz a dis-tinção do lugar dos vivos e dosmortos, com um clima doentio deluto sem fim. Talvez o lado maisgrave do dispersar as cinzas ouconservá-las em casa seria o ne-gar a memória pública dos quenos precederam. Uma sociedadecaminha olhando os caminhostraçados pelos antepassados. Ocorpo de nossos mortos é relíquia

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - Florianópolis

Cep 88015-130 - Fone/Fax (48) 3224-4799E-mail: [email protected] - Site: www.arquifln.org.br22 mil exemplares mensais

Diretor: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Editorial: Dom Murilo S. R. Krieger, Pe. José Artulino Besen,Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Maria Glória da Silva Luz, Guilherme Pontes, Carlos Martendale Fernando Anísio Batista - Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Jornalista Responsável: Zulmar Faustino- SC 01224 JP - Departamento de Publicidade: Pe. Francisco Rohling - Editoração e Fotos: ZulmarFaustino - Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão e Fotolitos: Gráfica Rio Sul

assumir nossas responsabilidadespara com os outros, já que não sepode falar em liberdade quando nãohá respeito à vida, à paz, à justiça eà solidariedade.

Nosso grupo será o quarto gru-po de bispos do Brasil a visitarBento XVI - no total, serão treze.Sabemos, antecipadamente, quea mensagem que nos dirigirá seránão somente para nós, mas paratodo o Brasil, assim como as men-sagens que já deu ou dará aosdemais grupos serão tambémpara nós. Nós o ouviremos, porém,com redobrada atenção, na certe-za de que, ao nos falar, o suces-sor de Pedro estará pensando par-ticularmente nestes dois Estadosdo sul do país, que muito já rece-beram da Igreja e que, portanto,muito lhe devem retribuir.

venerável ou incômoda?Uma solução apresentada é

haver nas igrejas, capelas de ce-mitérios, espaços onde colocá-las por algum tempo, até a su-peração natural do rito da sau-dade. E depois depositá-las noslocais públicos onde sãoinumados muitos falecidos.

Outro perigo é a transferênciado rito do sepultamento para em-presas que lucram com ofertasde cerimônias sofisticadas, masque tiram o envolvimento dos fa-miliares. Já existe mercado deluxo para velório, cremação depessoas (e de animais de estima-ção). Aqui e ali se denunciam abu-sos: cremação de diversos corposao mesmo tempo, revenda dasvestes, dos ornamentos e da pró-pria urna. Se o morto é parte deum negócio, nada impede o mer-gulho no mundo da esperteza.

Nas orações diante de ummorto lembramos a alegria trazidapor aquele corpo, sua purificaçãopela água batismal, sua unçãocom o óleo do Crisma, sua alimen-tação pelo Pão eucarístico, agra-decemos a Deus pelo instrumen-to de amor que foi e pedimos per-dão se foi instrumento de ódio, vi-olência, ou se foi maltratado pelafome, pelas misérias de nossoegoísmo. Como é bom que apren-damos a lembrar, com SimoneWeil, que a maior graça que nos édada é saber que os outros existi-ram. E que continuam a existir.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

ReflexãoReflexãoReflexãoReflexãoReflexão

2 Opinião Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

O pontificadode Bento XVI

está marcado,e outros já o

disseramantes, mais

pela palavrado que por

gestos”.

Bento XVI, Praga, 26.09.09

A imagem doMenino Jesus,com a ternura

de sua infân-cia, faz-nos

também sentira proximidade

de Deus eseu amor ”

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Nov/09

Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

3Geral

Movimento de Emaús realiza CampanhaCampanha pretende angariar fundos para projeto social mantido pelo Movimento há 16 anos

Os jovens do Movimento deEmaús da Arquidiocese de Flo-rianópolis lançaram, no dia 17de outubro, a “Campanha Ilumi-ne uma Vida”. A idéia foi semea-da e acolhida pelos jovens parti-cipantes do último Retiro deAprofundamento, com Pe. Vitor

Feller, Orientador Espiritual doMovimento.

A Campanha visa angariar fun-dos para a “Casa-Lar Emaús”, umabrigo para crianças e jovensmantido pelo Movimento. Com oprojeto “Ilumine uma Vida”, serãovendidas camisetas e poderão serfeitas contribuições mensais atra-vés de autorização de débito au-tomático na conta de luz a partirde R$2,00, sendo que tais contri-buições caem diretamente na con-ta da “Casa-Lar”.

Trata-se de um projeto socialdo Movimento, iniciado há 16anos. Na “Casa-Lar Emaús”, oitocrianças e adolescentes do sexomasculino, encaminhados peloConselho Tutelar, recebem mora-dia, alimentação, educação, mé-

dico, dentista, psicólogo, psico-pedagogo, e atividades de lazere cultura.

Nesse tempo, mais de 50 jápassaram pela “Casa”. Algunsforam adotados por famíliassubstitutas e outros permanece-ram até que tivessem condiçõesde se manter sozinhos, mas con-tinuaram sendo acompanhadospelo Movimento.

Manutenção da Casa-Lar“A Campanha foi lançada para

ajudar na manutenção da ‘Casa’,tendo em vista os elevados cus-tos operacionais. Nosso objetivoé conscientizar a todos de que épossível, com um pouco de seutempo ou com um pequeno inves-timento, ajudar aos pequeninosque tanto precisam de nós”, dis-se Rafael Gil, que com sua espo-sa Sabrina são secretários doMovimento de Emaús.

A “Casa-Lar Emaús” está lo-calizada na rua Eurico Hosterno,321, Santa Mônica, Florianópolis.Para maiores informações sobre

a Campanha, ligar para PedroReis da Silva no telefone 3028-6761 ou 8432-9595, e para in-formações relativas à “Casa” li-gar na própria casa no telefone3233-4915 ou entrar no sitewww.casalaremaus.org.br.

O formulário de autorizaçãode débito na conta de luz está dis-

Assembléia prepara Jubileu do Movimento de Cursilhos

O Movimento de Cursilhos deCristandade da Arquidiocese foianfitrião da 25ª Assembléia Re-gional Sul IV do Movimento. Rea-lizado nos dias 02 a 04 de outu-bro, na Casa Dehon, em Brusque,o evento teve como lema “Quetodos juntos nos encontremosunidos na mesma fé” (Cf Ef 4,12-13), e temas: “Peregrinos Rumoao Jubileu” e “Relançamento do

MCC no Brasil”.O evento reuniu mais de 100

cursilhistas, dos Grupos Executi-vos Diocesanos de Florianópolis,Rio do Sul, Joinville, Tubarão,Criciúma, Blumenau e Caçador. AAssembléia contou com a presen-ça do Pe. Francisco de AssisWloch, Secretário Executivo doRegional Sul IV da CNB, e do Pe.José Gilberto Beraldo, Assessor

Jovens participantes do Emaús e voluntários da CasaLar diante da sede

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ITESC abre inscri-ções para duas

Pós-GraduaçõesO Instituto Teológico de San-

ta Catarina - ITESC, está abrindoinscrições para a segunda edi-ção do Curso de Pós-GraduaçãoLato Sensu em Estudos Bíblicos.As inscrições já estão abertas edevem ser feitas até o dia 20 dedezembro. São 45 vagas.

Realizado em parceria com aFaculdade Jesuíta de Teologia eFilosofia de Belo Horizonte - FAJE,o curso visa capacitar agentesanimadores de pastorais e deescolas de formação bíblica,bem como professores e estu-dantes universitários, comenfoque teológico-pastoral, decaráter ecumênico e ecológico.

A Pós-Graduação em Estu-dos Bíblicos pretende contribuirna formação de pessoas quebuscam aprofundar a culturabíblica e/ou que assumem amissão de organizar e animarcomunidades cristãs à luz dapalavra de Deus. É realizada emquatro etapas, cada uma comduração de 12 dias: duas sema-nas seguidas, de segunda-feiraa sábado, das 8h às 17h40.

Os interessados devem en-trar em contato pelo fone (48)3234-0400, ou pelo e-mail:[email protected]. Mais in-formações no site: www.itesc.org.br, ou pelo e-mail: loraschi@itesc,org.br.

Juventude“Juventude, Religião e Ci-

dadania”: este é o tema do cur-so de pós-graduação que pelasegunda vez o ITESC está ofe-recendo. São 50 vagas. As ins-crições já estão abertas e vãoaté 30 de novembro.

O objetivo é capacitar pes-soas para trabalhar com ado-lescentes e jovens numa pers-pectiva multidisciplinar. Comum total de 360 horas, o cursoé dividido em três etapas, fun-cionando de forma intensiva: aprimeira, de 18 a 31 de janeirode 2010. Os interessados de-vem entrar em contato pelofone (48) 3234-0400, ou peloe-mail: [email protected] informações no site:www.itesc.org.br, ou pelo e-mail: [email protected]

ponível no site www.emaus.

org.br/florianopolis e poderá serentregue na própria “CasaLar” ouser encaminhado para o Movi-mento de Emaús, no Largo SãoSebastião, 88, Sala 18, Florianó-polis/SC, CEP 88.015-530, e-mail: florianopolis@emaus.

org.br.

Cursilhistas aprovaram a realização de Triênio que preparará 50 anos do Movimento no BrasilNacional do MCC, durante todo oevento.

“Além da avaliação da cami-nhada e do planejamento das ati-vidades, a Assembléia tratou daproposta de relançamento do Mo-vimento de Cursilhos de Cristan-dade, à luz do Documento deAparecida, seguindo um projetoque culmina com a comemora-ção do Jubileu de Ouro do MCCno Brasil, em 2012”, disse Cesco-netto, um dos cursilhistas parti-cipantes da Assembléia.

A intenção é realizar umtriênio preparatório utilizando ométodo “Ver, Julgar, Agir e Avali-ar”, seguindo as orientações doDocumento de Aparecida e dasDiretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora da Igreja no Brasil, sobo nome de: “Triênio para o Jubi-leu de Ouro do MCC do Brasil”.

Neste ano, será realizado o“Ver”. O Movimento estará avali-ando a caminhada no Brasil paraconhecer o seu verdadeiro rosto,anseios, dificuldades, pontos ne-gativos e positivos, acertos e er-

ros. Em 2010 se enfocará o “Jul-gar” os dados de nossa realida-de, com os modelos a serem se-guidos.

Em 2011, passar-se-á ao“Agir”, quando será criado umPlano de Evangelização Partici-pativo, buscando eficácia naaplicação do carisma do MCC,que é o de evangelizar os ambi-entes onde o cursilhista transi-ta. Em 2012 viveremos o Ano Ju-bilar, com a realização do I Con-gresso do MCC do Brasil, cele-brando e avaliando todo o pro-cesso de preparação.

FORMAÇÃOO Setor de Florianópolis do

Movimento de Cursilhos de Cris-tandade realizou, nos dias 08 a11/10, o 197° Cursilho para Ho-mens. Foram mais de 80 homensenvolvidos entre néos e respon-sáveis, que viveram a experiên-cia do seu encontro pessoal comCristo e com os irmãos, nos trêsdias passados na casa de RetiroVila Fátima, em Florianópolis.

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Encontro, realizado na Casa Pe. Dehon, em Brusque, encontro reuniumais de 100 participantes de todo o Estado.

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Nov/09

4 Tema do Mês Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

de onde vinha a força de Paulo:seu ministério fundava-se no mis-tério divino, na quênose da cruzde Cristo. Hoje, constata-se entrenós um forte acento no poderhumano, naquilo que fazemos,podemos, falamos, propomos.Sobra pouco tempo para estarcom Deus; sobra pouco espaçopara a ação de Deus.

Enquanto o homem de hojetem sede de Deus, ainda que mui-

Muito ministério,pouco mistério.

Muita ação, pou-ca essência.

Muita correria,pouco coração,

Muita cobrança,pouca oferta”.

O final do ano se aproxima, tra-zendo o clima de exaustão, de cor-reria e de cansaço. Há também noar perspectivas de férias e descan-so. É oportunidade para nos per-guntarmos, a título de avaliação dacaminhada pastoral: por que noscansamos no trabalho da evan-gelização? Aquilo que deveria serexperimentado como graça, encan-tamento e entusiasmo, tem se tor-nado motivo de exaustão, fadiga efardo. Já se tornou comum recla-mar da sobrecarga dos agentes depastoral, do ativismo da obraevangelizadora. Uma pesquisa fei-ta em 2006, com 1600 profissio-nais de todo o país, mostrava queos padres e freiras católicos eramo grupo mais estressado entre cin-co categorias de profissionais quese dedicam ao atendimento e aco-lhimento de pessoas em dificulda-des espirituais, de saúde, sociaise de vida. Vinham à frente de poli-ciais, executivos, motoristas eatendentes de telemarketing. Évem verdade que a mesma pesqui-sa revelava que os padres e freiraseram a categoria profissional que,com maior freqüência, se diz felize mais raramente se sente sem es-perança. Trata-se de um paradoxo,uma aparente contradição, com fi-nal feliz: exaustão e felicidade, so-brecarga e esperança. Há estudospelo mundo afora que comprovamestarem os padres em estado deexaustão pastoral. Mas, volta apergunta: por que a obra evangeli-zadora produz exaustão?

O evangelho da graçaO cristianismo atual tornou-se

uma religião da obrigação, dopeso, da ação, do compromisso,da ética. Isso se reflete tanto naação social e política, quanto naliturgia e nos sacramentos, e nacatequese. A liturgia se encheu decoisas, palavrórios, comentários,espetáculos, teatros, shows. Ossacramentos são dados na medi-da em que houver contrapartidahumana, participação, empenho,cursos de formação, etc. A cate-quese encheu-se de metodologia,didatismo, etc. Nosso cristianis-mo, assim como o praticamos epropomos, corre o risco de perdera graça; nos dois sentidos. No sen-tido divino, perde a graça, o domde Deus; no sentido humano, per-de o humor, a beleza e a alegria.Em ligação com esse tema, temosa questão da força, do poder, dotriunfo. O cristianismo que prega-mos hoje se tornou religião da lei,da norma, do que pode ou nãopode. Pregamos na base do cál-culo humano, da quantidade, do

EXAUSTÃO PASTORAL Muita cobrança,pouca oferta

Descontando o anacronismo,podemos ver como nos evange-lhos há diferença entre as propos-tas religiosas da época e agratuidade do Evangelho de Je-sus. Quem cobra? João Batista,com sua ameaça e ira; os fariseus,escribas e doutores da lei, comseu legalismo; os sacerdotes, comseu sacrificialismo; os zelotas,com sua luta armada e propostasguerrilheiras; os essênios, comsua pureza ritual. Quem oferece?O Pai, com a oferta e entrega deseu Filho. O próprio Filho se ofere-ce como graça, na acolhida e noperdão aos pecadores, na predi-leção pelos pobres, na inclusãodas mulheres e dos marginaliza-dos, no amor aos discípulos até ofim, na entrega de sua vida nacruz, O Espírito Santo se oferecea nós, enquanto é entregue aosfiéis e derramado sobre a Igreja.

Nossa pastoral se tornou pordemais cobrança, correria, sobre-carga. Isso produz exaustão. Épreciso trabalhar, sim, correr, agir,estar presente a todas as situa-ções em que o Evangelho deveser anunciado e praticado. Maspondo sempre uma boa dose dealegria, de encantamento. Demodo que as pessoas percebam,em nossas palavras e ações, aoferta da graça do evangelho.Para isso, é preciso ir ao ser, aocerne, ao mistério de Cristo, parapoder ajudar as pessoas a faze-rem, também elas, a experiênciada graça da fé.

É claro que precisamos usarna ação pastoral os grandes valo-res das ciências do século XX: pla-nejamento, foco em objetivos cla-ros e métodos bem definidos, ad-ministração de recursos, fideliza-ção dos clientes, transparência naprestação de contas. É claro queprecisamos descobrir quais sãonossas forças (para as usarmoscom eficácia), as oportunidadesque o mundo nos apresenta (paraas inserirmos em nossa ação), asnossas fraquezas (para as minimi-zarmos) e as ameaças que pesamsobre nós (para as enfrentarmoscorajosamente). Mas não pode-mos cair nem na ganânciamercantilista de querer dominartudo nem na preguiça passivistae alienante. Pois nossa ação estásempre enraizada na graça de serdiscípulo do Senhor.

Pe. Vitor Galdino FellerCoord. Arquidiocesano de Pastoral,

Prof. de Teologia e Diretor do ITESC

Email: [email protected]

empenho, do sucesso. Tambémtornou-se religião da presença hu-mana, do discurso, do espetácu-lo. Não há mais, ou transparecemuito pouco ou dificilmente, aboa-nova da graça de Deus, dasalvação como oferta, da vindagratuita de Deus. Onde o ho-mem, o cristão, ocupa muito es-paço, Deus humildemente seoculta. Perdeu-se o sentido dacruz, da quênose, da fraqueza dacruz. Há muita força humana(instituições, ritos, mandamen-tos, cargos, títulos, funções, se-tores, pastorais, etc.) e poucoespaço para a beleza, o encan-to, a alegria, a graça divina.

A fraqueza da cruzDiferentemente de Paulo, que

pregava na base da fraqueza,hoje se pretende pregar na baseda correria, do triunfo, da força,da eficácia. A palavra 'fraqueza'aparece 21 vezes em toda a Bí-blia; destas, 17 vezes aparecenas cartas paulinas! Isso revela

tas vezes o mascare, com medo deir à profundidade de si, nós, agen-tes de pastoral, entramos na ondado mundo, da moda, da mídia, domercado, e insistimos na ação, noministério, no homem. Vamos logoao agir, com pouco espaço para oser. Muito ministério, pouco misté-rio. Muita ação, pouca essência.Muita correria, pouco coração,Muita cobrança, pouca oferta. Nãoentramos na profundidade, nãovamos às águas mais profundas,apenas surfamos na superfíciedos problemas imediatos e apa-rentes. Está claro que o cristianis-mo é religião da ação - “Vai e fazetu o mesmo”, disse Jesus aofariseu após a parábola do bomsamaritano (Lc 10, 25-37) - masa ação cristã só pode ser verda-deira se provier do ser cristão, serem Cristo, permanecer em Cristo.Muitas vezes é preciso estar comCristo na cruz, simplesmente, so-frendo e orando com o Senhor.Afinal, é Ele quem age através denossas pobres palavras e ações.

Nossa ação pastoral está sempre enraizadana graça de ser discípulo do Senhor.

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Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

5Geral

Jovens conhecem a vida no SeminárioEstágio e Encontrão Vocacional reuniram 71 jovens de 25 paróquias e fazia parte do Ano Sacerdotal

No dias 09 a 12 de outubro, oSeminário Menor da Arquidiocese,em Azambuja, Brusque, promoveuo Estágio e Encontrão Vocacionais.No total, 71 jovens, representando25 paróquias da Arquidiocese, par-ticiparam do evento já tradicional,mas que neste ano fez parte docalendário do Ano Sacerdotal.

O evento teve início na tarde dodia 09 com a acolhida dos partici-pantes do Estágio Vocacional, vol-tado aos jovens que são acompa-nhados pela Pastoral Vocacionalparoquial ou que, mesmo nãoacompanhados, tenham interesseem abraçar a vida presbiteral, masque no mínimo estejam na oitavasérie do Ensino Fundamental.

Participaram 26 jovens. Nostrês dias, eles tiveram momentosde reflexão, esclarecimentovocacional, esportes, recreação,espiritualidade e estudo em gru-po. Dos participantes, 16 confir-maram o ingresso no Semináriono próximo ano: 12 para o me-nor e 4 para o propedêutico.

EncontrãoNo dia 12, as portas do Semi-

nário foram abertas para o“Encontrão Vocacional”. Voltado a

todos os jovens interessados emconhecer a vida no Seminário, in-dependente de idade e de escola-ridade, o evento reuniu 45 partici-pantes, que se somaram aos ou-tros 26 que estavam no Estágio.

Durante o dia, os 71 jovensassistiram a um vídeo sobre o iti-nerário vocacional, e participa-ram de uma celebração presidi-da pelo nosso bispo-emérito DomVito Schlickmann. À tarde, ouvi-ram as palestras do Pe. LúcioEspíndola, nosso missionário naGuiné-Bissau, África, e do Pe.Vânio da Silva, coordenador da

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/JADos 71 jovens, 16 confirmaram a entrada no Seminário no próximo ano

A Pastoral de Coroinhas es-tará promovendo no dia 08 denovembro um Encontro Vocacio-nal com as adolescentes e jo-vens, coroinhas e outras, quequeiram conhecer um pouco avida das religiosas. O evento serárealizado em Florianópolis, noProvincialado das Irmãs da Divi-na Providência, e faz parte daprogramação do Ano Vocacional.

Durante o dia, as interessa-das contarão com acolhida,momentos de confraterniza-ção, dinâmicas e data-show,para conhecer as outras jo-vens, as Irmãs, a vocação reli-giosa. Às 11h haverá a Missadominical, presidida pelo Pe.Vânio da Silva, coordenador daPastoral Vocacional.

Jovens têm experiênciacom as religiosas

Esta é a primeira vez que oevento é realizado. Assim comoexistem encontros para os ra-pazes conhecerem a vida noSeminário, pretendemos reali-zar algo semelhante para pro-porcionar o conhecimento dasmeninas sobre a vocação dasirmãs, disse Ir. Clea Fuck, co-ordenadora da Pastoral dosCoroinhas da Arquidiocese.

Para participar, as jovensdevem se inscrever preenchen-do a ficha disponível em suaparóquia. Mais informaçõespelos fones (48) 3263-0979 e9986-3339 (como os fones fi-cam em Tijucas, mesmo quemmora em Florianópolis ou re-gião, precisa discar o 48), oupelo e-mail: [email protected].

Pastoral Vocacional. Depois, osjovens foram divididos em grupospor faixa etária e refletiram sobreo discernimento vocacional.

“Tanto o Estágio quanto oEncontrão foram bastante positi-vos. Vimos o entusiasmo cada vezmaior dos jovens e acreditamosque para o próximo ano teremosnovos bons seminaristas”, dissePe. Pedro Schlichting, reitor doSeminário de Azambuja. Segundoele, mesmo aqueles que não in-gressarem no Seminário no próxi-mo ano, serão acompanhadospelas equipes vocacionais.

A comunidade de Braço doBaú, em Ilhota, receberá os pere-grinos de todo o Estado no dia 15de novembro, para a 21ª Romariada Terra e da Água. Nem mesmoas últimas chuvas, que mais umavez castigaram a região, desmo-tivou a comissão organizadora doevento. Com o tema “Cuidar daTerra. Garantir a Vida”, a Romariaserá realizada na Paróquia NossaSenhora da Glória, no Braço doBaú, em Ilhota.

Segundo a Comissão Pastoralda Terra, uma das organizadorasda Romaria, o local simboliza aluta corajosa das pessoas que lávivem e que sofrem as conseqü-ências do desastre ambientalocorrido em 2008, com muitasperdas humanas e materiais, masque, mesmo assim, seguem comfirmeza e esperança teimosa narecuperação e reorganização desua comunidade e de suas vidas.

Nesta Romaria, o objetivo é for-talecer o compromisso de cuidarda vida, acreditando que cuidar daTerra é garantir a vida. Pede-se queos participantes levem lanche paraser partilhado, água, prato, talhe-res, copo, proteção para o sol e/ouchuva, bandeiras, muita animaçãoe vontade de participar.

Braço do Baú receberá aRomaria da Terra e da Água

“Caso tenhamos previsão dechuva nos dias que antecederema Romaria, para não comprome-ter a segurança do evento, ele serárealizado na comunidade BaúBaixo. Isso não complica nadapara os romeiros, uma vez que éacesso para chegar ao Braço doBaú”, disse Elena Casagrande, daComissão Pastoral da Terra-SC,uma das promotoras do evento.

Na Arquidiocese, a Ação Soci-al do Saco dos Limões está orga-nizando um ônibus para levar aspessoas para a Romaria. Os inte-ressados devem entrar em con-tato pelos fones (48) 3322-4351e 9157-7067, com Daiana. As va-gas são limitadas.

A Paróquia Divino EspíritoSanto, em Camboriú, todos osanos realizava um Retiro de en-cerramento para os jovens parti-cipantes da Catequese de Cris-ma. Este ano, a equipe resolveuinovar. Em vez do Retiro, os jovensrealizaram visitas missionárias auma comunidade empobrecida.

As visitas foram realizadas nodia 03 de outubro, com a partici-

Crismandos realizam visitas missionáriaspação de 130 crismandos. Elesforam divididos em 65 duplas evisitaram 1.300 famílias da co-munidade Nossa Senhora da Gló-ria, no Cedro.

Antes de realizar as visitas, osjovens passaram por um mês deformação específica com base notexto de Lucas 19, 1-10, que tratada visita de Jesus a Zaqueu. Tam-bém foi elaborado um questioná-

rio de orientações sobreas visitas missionárias,para esclarecer quaisquerdúvidas dos crismandos.

“O Retiro não tinhauma ação concreta. Que-ríamos que vissem a rea-lidade das comunidades.Muitos deles vivem o seumundo sem conhecer arealidade à sua volta. Comas visitas, pretendeu-seque eles se conscientizem

das dificuldades enfrentadas pe-las outras pessoas e trabalhempara modificá-las”, disse Rosan-gela Aparecida Benassi, coorde-nadora paroquial de Catequese.

A comunidade já havia sidoinformada com antecedência darealização do evento. Nas visitas,os jovens se apresentavam, fazi-am a leitura de um texto-bíblico,rezavam e deixavam material dedivulgação da Arquidiocese. Tam-bém pediam que as pessoas fa-lassem sobre a sua realidade.

“Havia o receio de que eles nãofossem bem recebidos, mas acon-teceu o contrário, mesmo por par-te de pessoas de outras religiões”,disse Rosangela. Segundo ela, osucesso da primeira edição esti-mula para que ela seja repetidanos próximos anos. “A comunida-de gostou e os jovens pediram queessa experiência seja realizadaoutras vezes”, acrescentou.

No final das visitas missioná-rias houve a celebração eucarís-tica na igreja da comunidade comos jovens crismandos, os pais, oscatequistas e a comunidade.

Jovens realizam visita àsfamílias. Experiência foi bas-tante elogiada e deve repe-tir-se nos próximos anos

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Salmo 33 (32): Louvar é preciso

6 Bíblia Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

Para refletir:

Este salmo é um hino de lou-vor, como o são os salmos 8, 19,29, que já comentamos. Sendo“hino”, é um convite a louvar aDeus, com novas motivações. Onúmero de suas estrofes, 22, re-corda o número das letras do alfa-beto hebraico, embora não seja umsalmo estritamente “alfabético” nosentido de que cada versículo co-mece pelas letras sucessivas.“Louvar é preciso”, não porqueDeus precise de nossos louvores,mas porque Ele nos dá imensosmotivos de louvá-lo, tanto na suaobra criadora, como Criador, quan-to pela sua ação na história, comoSenhor. A referência insistente, noinício, aos instrumentos musicais,denota a ambientação litúrgica, noTemplo. É clara a estrutura do poe-ma, que abarca grandes unidades,totalidades, multidões: depois doconvite ao louvor, na introdução (vv.1-3), temos a dupla motivação, nocorpo do salmo (vv. 4-9 e 10-19) e,por fim, a conclusão (vv. 20-22),reforçando o tema da esperança econfiança no Senhor.

Convite ao louvor1. Exultai, ó justos, no Senhor

/ aos retos convém o louvor.2. Louvai o Senhor com a

cítara / tocai para Ele com aharpa de dez cordas.

3. Cantai para Ele umcântico novo, / tocai a lira comarte, na hora da ovação.

O convite é feito aos “justos” e“retos”, a fim de que “exultem noSenhor”, e o louvem e celebrem(v.1). O clima é de alegria e celebra-ção, animadas por instrumentosmusicais (cítara, harpa “de dez cor-das”, lira). O cântico a ser cantadoé um “cântico novo” (v.3), acompa-nhado de música “na hora da ova-ção”, enquanto acontecem as acla-mações dos presentes. Cântico“novo”, por quê? Pelos novos moti-vos de louvar, que vão se suceden-do na história, e que serão a seguirexplicitados, até que chegue o“cântico novo” do Apocalipse (p. ex.Ap 5,9), quando então o louvor seráperfeito, porque definitivo.

Justiça e misericórdia4. Pois reta é a palavra do

Senhor / e fiel, toda a sua obra.5. Ele ama o direito e a jus-

tiça / de sua misericórdia estácheia a terra.

Iniciando a motivação do louvor,o salmista celebra a “Palavra” doSenhor, isto é, a expressão do seuser, que é “reta”, garantindo a “fi-delidade”, a verdade/bondade “detoda a sua obra” (v. 4). Para nós,cristãos, essa “Palavra” não é ape-nas uma personificação literária,

mas é concreta, histórica: fez-secarne e habitou entre nós (Jo 1,14),é o Filho, o Senhor Jesus. A seguir,uma síntese do ser de Deus, dequem se afirma que Ele “ama o di-reito e a justiça”, e “de sua miseri-córdia está cheia a terra”. “Justiça”,pois, acompanhada de “misericór-dia”, graças à qual a justiça não ésem piedade nem implacável. É oque, audaciosamente, afirma SãoTiago, na sua carta: A misericórdiatriunfa sobre o julgamento (Tg2,13b). Isso, porém, com uma con-dição, expressa no início doversículo: a de sermos nós tambémmisericordiosos, pois o julgamentovai ser sem misericórdia para quemnão praticou misericórdia (Tg 2,13a)

Palavra e Espírito6. Pela palavra do Senhor fo-

ram feitos os céus / pelo soprode sua boca, todo o seu exército.

7. Como num dique reco-lheu as águas do mar / encer-rou em comportas os oceanos.

Nesses dois versículos, osalmista concentra o que o primei-ro capítulo do Gênesis descrevepasso a passo, desde a primeiraobra criadora, o “faça-se a luz” (Gn1,3). Numa afirmação decidida con-tra a idolatria dos astros, praticadapelos babilônios, ele proclama que“os céus”, e também “o exército doscéus” (sol, lua, estrelas), são criatu-ras de Deus, não deuses, porqueproduzidos “pela palavra” do Senhore “pelo sopro” de sua boca (v. 6).Por que, também “pelo sopro”, alen-to, espírito? É que toda palavra pre-cisa do sopro articulado, para quepossa ser ouvida, entendida, cum-

advertir-nos: Sem mim, nadapodeis fazer! (Jo 15,5)

O cuidado divino18. O olhar do Senhor vigia

sobre quem o teme,/sobre quemespera na sua misericórdia,

19. para livrá-lo da morte /e alimentá-lo no tempo da fome.

Onde, então, a salvação? Nãoem recursos humanos, mas naperseverança de quem espera namisericórdia do Senhor, que vigiasobre quem O teme (v. 18), isto é,dele cuida. De que maneira? Li-vrando-o da morte e alimentando-o em tempo de penúria (v. 19). En-tretanto, como conciliar essas cer-tezas da fé do salmista com a rea-lidade de tantos excluídos, de tan-tas vítimas da penúria e da fome?Se não são os alimentos que fal-tam, por que essa penúria?

Esperança e confiança20. Nossa alma espera no

Senhor, / é Ele nosso auxílio eescudo.

21. Nele se alegra o nossocoração / e confiamos no seusanto nome.

22. Senhor, esteja sobre nósa tua misericórdia, / do modocomo em ti nós esperamos.

A conclusão do hino é um pedi-do, precedido por duas constata-ções exortativas: nossa alma espe-ra no Senhor, isto é, persevere es-perando (v. 20); e “nele se alegra onosso coração”, isto é, “nele conti-nue alegrando-se”. Por quê? Por-que Ele é “nosso auxílio e escudo”,ou seja, proteção, e por isso “noseu santo nome”, isto é, nele, noseu plano, no seu poder misericor-dioso, confiamos (v. 21). A súplicado v. 22 se canta pelo final do TeDeum, o grande hino de louvor daliturgia católica: que a nossa espe-rança seja coroada pela divina mi-sericórdia. E isso nas circunstânci-as concretas, tantas vezes adver-sas, em que vivemos.

Pe. Ney Brasil Pereira

Professor de Exegese Bíblica no ITESC

email: [email protected]

prida. Daí, aliás, nasce a expressãoteológica “palavra inspirada”. A se-guir, o salmista-poeta recorre a duasbelas metáforas sobre a criação or-denada do mar, vencendo a sua re-beldia: o “dique”, que represa aságuas, e as comportas, que as re-colhem e delimitam.

Temor reverencial8. Que toda a terra tema o

Senhor, / tremam diante dele to-dos os habitantes do mundo.

9. Pois ele falou, e tudo sefez; / ordenou, e tudo come-çou a existir.

Diante desse domínio do Cria-dor sobre suas criaturas, a únicaatitude sensata de “toda a terra”,e de “todos os habitantes do mun-do”, é o “temor do Senhor”, temor,aliás, concretizado pelo “tremor”(v. 8). Diferente do medo, esse te-mor reverencial é “o princípio dasabedoria”, como tantas vezesnos lembra a Escritura (cf Pr 9,10).“Temor e tremor” diante dAquelecuja Palavra é soberana e eficaz:“Ele falou e tudo se fez; ordenou,e tudo começou a existir” (v. 9)

Plano e planos10. O Senhor anula os de-

sígnios das nações, / frustraos projetos dos povos.

11. Mas o plano do Senhoré estável para sempre / ospensamentos do seu coração,por todas as gerações.

12. Feliz a nação cujo Deusé o Senhor, / o povo que esco-lheu para si como herança.

Após ter exaltado a Palavra cri-adora (vv. 4-9), o salmista passa

Faça como Silvério Costa, Florianópolis, escreva p ara o Jornal da Arquidiocese, responda asquestões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros eObjetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 -Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]

agora a refletir sobre a ação deDeus na história (vv. 10-19). Im-pressiona o decidido contraste en-tre os planos das nações e o planode Deus. Sem hesitação alguma,o salmista afirma que “o Senhoranula os desígnios das nações, efrustra os projetos dos povos” (v.10), enquanto o plano divino secumpre sempre: “é estável parasempre” (v. 11). Mais ainda, seuprojeto, ou seja, “os pensamentosdo seu coração” - expressão que aliturgia aplica ao Coração de Jesus- permanecem por todas as gera-ções (v. 11). O profeta Isaías vári-as vezes, no seu livro, proclama aeficácia e irresistibilidade do pla-no divino: O Senhor dos exércitostomou uma decisão, quem a anu-lará? Sua mão está estendida,quem a fará recuar? (Is 14,27). Emcompensação, o salmista expres-sa a bem-aventurança da “nação”que acata esse plano, sua Lei, seuprojeto, nação cujo Deus é o Se-nhor, o povo que Ele escolheu comoherança” (v. 12).

O olhar de Deus13. Do céu o Senhor está

olhando, / Ele vê a humanida-de inteira.

14. Do lugar onde mora,observa / todos os habitantesda terra.

15. Foi Ele quem lhes for-mou o coração, / e conhecetudo o que fazem.

A soberania de Deus se com-prova pela sua onividência e onis-ciência: Ele vê tudo, sabe tudo, eisso ontem, hoje, sempre. ParaEle, que formou o coração huma-no (v. 15), isto é, “modelou-o”,como o oleiro à argila, tudo é cla-ro, incluindo a motivação profun-da que leva a pessoa a agir. Porisso mesmo, o julgamento perten-ce a Ele, que “conhece o ser hu-mano por dentro” (cf Jo 2,25).

Recursos humanos16. O rei não se salva por

um forte exército, / nem o he-rói por seu grande vigor.

17. O cavalo não ajuda avencer, / com toda a sua for-ça, não pode salvar.

O hino da CF-2009 fazia a per-gunta: “Onde pões tua confiança?Segurança, quem te traz?” Para osalmista, é evidente que a segu-rança não está no “forte exército”do rei, nem no “grande vigor” doherói, nem em “toda a força” docavalo (vv. 16-17). São recursoshumanos importantes, mas que,não sustentados pelo Senhor, nãofazem a diferença, isto é, não sal-vam. É, aliás, o que nos lembra oSenhor Jesus, no evangelho, ao

Conhecendo o livro dos Salmos (21)Conhecendo o livro dos Salmos (21)Conhecendo o livro dos Salmos (21)Conhecendo o livro dos Salmos (21)Conhecendo o livro dos Salmos (21)

1) Por que “louvar é preciso”,mesmo nas circunstânci-as adversas?

2) Como o salmista resume,em dois versículos, o pri-meiro capítulo do Gênesis?

3) Se amamos a Deus, nãopodemos ter “medo” dele(cf 1Jo 4,18). Que significa,então, o “temor de Deus”?

4) Se Deus frustra os proje-tos humanos, como deveser o nosso planejamento?

5) Qual a relação entre os re-cursos humanos e o cui-dado divino?

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Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

7CF-2010

Seminário prepara lideranças para a CF-2010“Economia e Vida”, este é o

tema escolhido para a Campanhada Fraternidade Ecumênica (CFE)de 2010, que tem como lema“Vocês não podem servir a Deuse ao dinheiro” (Mt 6,24). Para seaprofundar nesta iniciativa, maisde 100 pessoas de todo o Esta-do estiveram reunidas nos dias09 a 11 de outubro, no Centro deFormação Católica, em Lages,para participar do Seminário Re-gional de Preparação para a CFE-2010. A Arquidiocese esteve re-presentada por 12 lideranças.

Além da Igreja Católica, esti-veram representadas no seminá-rio a Igreja Evangélica de Confis-são Luterana no Brasil - IECLB,Igreja Episcopal Anglicana do Bra-sil - IEAB, Igreja Evangélica As-sembléia de Deus - IEAD, e enti-dades do Fórum Catarinense deEconomia Solidária.

Na abertura, Dom ManoelJoão Francisco, Presidente doConselho de Igrejas para Estudoe Reflexão (CIER) e bispo deChapecó, enfatizou que os parti-cipantes do Seminário são os pri-

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Desde que foi criada em 1964, esta será a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica

Mais de 100 lideranças de todo o Estado participaram do Seminário

meiros responsáveis pela dinami-zação da Campanha no decorrerde 2010 nas comunidades. Nasequência, Pe. José AdalbertoVanzella, secretário-executivo daCampanha da Fraternidade, fez aintrodução ao tema.

Economia SolidáriaNo dia seguinte, falou o Prof.

Valmor Schiochet, da Universida-de Regional de Blumenau - FURB,que fez a reflexão sócio-político-técnica. Durante a sua apresen-tação, houve um momento paratrês representantes do FórumCatarinense de Economia Solidá-ria apresentarem um panoramada Economia Solidária em SantaCatarina. À tarde, falou o Prof. Dr.Valério Guilherme Schaper, pastorda IECLB e integrante da equipede elaboração do texto-base, quefez a reflexão bíblico-pastoral.

À noite, após o jantar, houve atroca de experiências. Alguns em-preendimentos de Economia Soli-dária ficaram expostos durantetodo o evento em uma sala. Sãogrupos apoiados pelo Centro deApoio ao Pequeno Agricultor - CAPA,e pela Cáritas. Um representantede cada empreendimento apresen-tou o seu produto, como comer-cializa e o apoio que recebe.

No último dia do encontro, osparticipantes sugeriram propostaspara dinamizar a CF-2010 em suasregiões. Na sequência, fizeram aavaliação do Seminário. O encon-tro foi encerrado com uma Celebra-ção Ecumênica sugerida no subsí-dio do Conselho Nacional de Igre-jas Cristãs do Brasil - CONIC.

O relatório completo do encon-tro e outras informações sobre aCFE 2010 você encontra no sitewww.itesc.ecumenismo.com.

No dia 22 de outubro, a Comis-são Arquidiocesana do DiálogoEcumênico e Inter-Religioso -CADEIR, e a Comissão de Prepa-ração da Campanha da Frater-nidade Ecumênica promoveramum encontro com as pessoas queparticiparam do Seminário de Pre-paração da CFE-2010, realizadoem Lages, e outras lideranças queparticipam do Diálogo Ecumênico.

Realizado na residência deAdelir Raupp, coordenadoraarquidiocesana da CF, em Floria-nópolis, o encontro contou coma presença de 15 participantes,representando a Igreja Católica,a Igreja Evangélica de ConfissãoLuterana no Brasil e a IgrejaPresbiteriana Independente.

Esse foi o terceiro encontropromovido pela CADEIR com a fi-nalidade de pensar a promoçãoda CFE-2010. Durante o encon-tro, os participantes foram infor-mados do que houve no Seminá-rio Regional da CFE, do que já foidiscutido nas outras reuniões epropuseram a realização de vári-os eventos para a Campanha.

Um deles é o Seminário

Arquidiocesano de Preparação

da CFE, que será realizado no dia28 de novembro, na Paróquia SãoJoão Evangelista, em Biguaçu, apartir das 8h. No encontro, ficoudefinida a participação de cada

Vários eventos serãopromovidos na Arquidiocese

pessoa no Seminário.Entre os eventos previstos para

serem realizados ainda este ano,haverá celebração ecumênica noSantuário de Fátima, no dia 04/11,às 20h, e na Paróquia SantíssimaTrindade, no dia 07/12, às 19h30.No próximo ano, em março e abril,a celebração será realizada na Igre-ja Presbiteriana Independente e noTemplo Ecumênico em Jurerê, to-das em Florianópolis.

ABERTURA OFICIALNa Quarta-Feira de Cinzas, dia

17 de fevereiro, quando aconteceo lançamento oficial da Campa-nha da Fraternidade, o evento serárealizado no Templo Ecumênicoda Universidade Federal de San-ta Catarina. A partir das 14h, serárealizada a entrevista coletivapara a imprensa e depois, às 15h,haverá uma Celebração Ecumê-nica. As igrejas participantes doDiálogo Ecumênico serão convida-das ao evento.

Vários eventos ainda serãoprogramados para próximo ano,como: Solenidade na AssembléiaLegislativa do Estado, em data aser definida; o Dia Mundial deOração pela Unidade dos Cris-tãos, no dia 05 de março, noITESC; a Semana de Oração pelaUnidade dos Cristãos, nos dias16 a 23 de maio de 2010.

“A CFE propõe a criação de iniciativas de trabalho e renda”Durante o Seminário Regional

de Preparação para a Campanhada Fraternidade Ecumênica de2010, Pe. José Adalberto Vanzella,secretário-executivo da Campa-nha da Fraternidade, nos conce-deu a entrevista que segue.

Jornal da Arquidiocese - Quereflexão se pretende fazer com olema da CFE-2010?

Pe. Vanzella - Mostrar a con-tradição que existe entre os va-lores do Reino de Deus, que co-loca a pessoa humana e a suadignidade no topo da pirâmideda hierarquia de valores quemarca a existência humana, eos valores que fundamentam a

atual visão econômica.

JA - De que forma as Igrejasque compõem o CONIC vão con-tribuir na dinamização da CFE?

Pe. Vanzella - Cada Igreja, a seumodo, de acordo com a sua condi-ção, irá desenvolver atividades emvista da realização do objetivo ge-ral e dos objetivos específicos daCFE-2010. Mas todas vão unir-separa atingir esses objetivos a par-tir do planejamento e realização deatividades comuns, tanto no âm-bito religioso como no social.

JA - Quais alternativas a CFE pro-põe ao atual modelo econômico?

Pe. Vanzella - As principais

alternativas são: Promoção daeconomia solidária; Bancos po-pulares comunitários de micro-crédito; Superação do individua-lismo e do consumismo; Respon-sabilidade ecológica; Projetos degeração de emprego e renda; Cri-ação de redes de solidariedade.

JA - A questão do consumo trazreflexos diretos no meio ambien-te. Como a CF-2010 tratará isso?

Pe. Vanzella - A CFE-2010discute a responsabilidade de to-dos diante dos graves problemasque a economia traz para o meioambiente, mas essa questãoserá aprofundada na CF-2011,que tem como tema: A frater-

nidade e a vida no planeta.

JA - Algumas igrejas pregama "Teologia da Prosperidade".Como a CF-2010 pretende alertarpara esse tipo de prática?

Pe. Vanzella - A Teologia daProsperidade faz com que Deusdeixe de ser Deus para serinstrumentalizado pelo ser huma-no, tornando-se servo do homem.Deus é apresentado como um sercorrupto, que se vende por dinhei-ro, e a religião torna-se simples-mente um meio de utilização deDeus para a satisfação de neces-sidades temporais. O Reino defi-nitivo não possui destaque na teo-logia da prosperidade.

Pe. Vanzella, secretário-executivoda Campanha da Fraternidade, feza introdução ao tema durante oSeminário, em Lages

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Dia de “Cura no Amor” reúne fiéis

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JA

Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em São José,ficou lotada de fiéis, que durante todo o dia participaram do encontro

Quase mil pessoas estiveramreunidas no dia 18 de outubro naParóquia Nossa Senhora do Rosá-rio, em São José, para participar do2º Dia de "Cura no Amor". Promovi-do pela Comunidade Católica AbbáPai, o evento celebrou os dez anosde criação da comunidade.

O Dia contou com a pregaçãodo Pe. Eduardo Dougherty, precur-sor da Renovação Carismática Ca-tólica no Brasil e pregador de reno-me internacional, realizando prega-ções constantes em 39 países.Durante todo o dia ele fez pregaçõesque relacionaram a experiência doamor de Deus nas pessoas daSantíssima Trindade com a cura fí-sica, afetiva e espiritual.

O evento teve início às 8h damanhã com a acolhida dos parti-cipantes. Pela manhã, Pe. Eduar-do falou sobre “Deus, que é amor,cura-nos e liberta-nos de todos osmales”, centrando na pessoa deDeus Pai. Depois focou na “Curaem Jesus”. Em seguida houve aAdoração e passagem doSantíssimo Sacramento.

À tarde, ele falou sobre “Cura-dos pela Efusão do Batismo no Es-pírito Santo”, e na sequência foi fei-to um cenáculo de oração. O even-to foi encerrado com a CelebraçãoEucarística, a partir das 16h30, pre-

sidida pelo nosso Arcebispo DomMurilo Krieger, concelebrada peloPe. Eduardo, Pe. André Gonzaga,pároco anfitrião, e pelo Pe. Ney Bra-sil, orientador espiritual da Abbá Pai.

“Foi um momento histórico pelapresença de Pe. Eduardo Dou-gherty, que na década de 70 plan-tou as primeiras sementes da Re-novação Carismática no Brasil, eque há mais de dez anos não vinhaà Arquidiocese”, disse Simone Pe-reira, uma das fundadoras da Co-munidade Abbá Pai. Segundo ela,

a Abbá Pai celebra osdez anos, mas quemganhou o presente foia comunidade.

Esta foi a segun-da edição do evento.Na primeira, realizadaem novembro de2008, na ParóquiaSanto Antônio, emCampinas, São José,mais de 1.500 pesso-as participaram.

10 anos detrabalho

Criada em 1997 eoficializada em 1999,a Comunidade Cató-lica Abbá Pai (“Abbá”

Evento celebrou os dez anos da Comunidade Abbá Pai e teve a pregação do Pe. Eduardo Dougherty

em aramaico significa “paizinhoquerido”) é formada por leigos con-sagrados, em regime de aliança. Elanasceu junto ao movimento da Re-novação Carismática Católica, naigreja São Cristóvão, da ParóquiaN.Sra. do Rosário, em São José. Seucarisma é “Proclamar o amor e amisericórdia do Pai, pela santi-ficação das famílias”.

Formada de fiéis de todas as ida-des, a Comunidade é uma grandefamília na fé e na esperança do Amordo Abbá. Nesse espírito, atualmen-te, caminham com ela cerca de 40famílias, ligadas a seus vocacio-na-dos, amigos e voluntários.

A Comunidade organiza, perio-dicamente, eventos de evangeliza-ção e formação cristã, com espe-cial destaque para a família; visi-tas semanais a hospitais e asilos.Tem atuação na Orionópolis Cata-rinense e presta auxílio a váriasinstituições públicas como o Presí-dio de Florianópolis. Na Igreja, a Co-munidade tem atuação na RCC, naPastoral Carcerária e em várias pa-róquias, em especial na ParóquiaNSra. do Rosário.

Mais informações, entre emcontato pelos fones (48) 3034-2417 e 9963-7939 ou pelos e-mails: [email protected] [email protected].

Pe Eduardo conduziu o Santíssimo entre os fiéis.Ele retornou a Arquidiocese depois de dez anos

Arquivo/JA

A partir do dia 27 de novem-bro, nosso arcebispo Dom MuriloKrieger estará em Roma para re-alizar a Visita ad limina. Ele acom-panhará outros 31 bispos doSul 4 da CNBB (Santa Catarina)e do Sul 3 (Rio Grande do Sul). Ogrupo será o quarto de uma sé-rie de 13 grupos do Brasil que vi-sitarão o Papa Bento XVI.

Esta visita é oficial e deve serrealizada pelos bispos do mundointeiro a cada cinco anos. Nela, osbispos seguem uma programaçãoespecífica (veja artigo de DomMurilo na página 02) e têm um en-contro com o Papa. A visita é prece-dida por um relatório sobre a vidada diocese desde a última visita.

Esta é a segunda vez que DomMurilo realiza a Visita ad limina en-

Dom Murilo visita o Papaquanto arcebispo de Florianópolis.A primeira foi de 31 de janeiro a 07de fevereiro de 2003, junto com osbispos do Regional Centro Oeste(Goiás e Tocantins). Isso porque,dias antes de realizar a visita, pre-vista para novembro de 2002, des-cobriu um problema cardíaco e teveque passar por cirurgia.

Desde a última visita já se pas-saram sete anos, dois anos a maisque o normal. Isso porque nessetempo perdemos João Paulo II. “As-sim, várias visitas que tinham sidoprogramadas para aqueles que fo-ram os últimos meses de João Pau-lo II foram canceladas e só bemmais tarde remarcadas com o novoPapa, assim que pôde começar areceber os bispos para esta visitaoficial”, explicou Dom Murilo.

Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias

O Coral Santa Cecília da Ca-tedral está celebrando os seus59 anos de fundação. A dataserá comemorada com o seuConcerto Anual no dia 24 de no-vembro, às 20h30, na Catedral.Será na véspera do Dia de San-ta Catarina. Como é tradição, asegunda parte do Concerto con-tará com acompanhamento deOrquestra: desta vez, a “Came-

Coral Santa Cecília celebra 59 anosrata Florianópolis”.

Do programa, sob a regênciado Pe. Ney Brasil Pereira, consta,entre outras peças, a “MissaBrevis em Si bemol”, de JosefHaydn, celebrando os 200 anosdo seu falecimento, além da “Odepara o dia de Santa Cecília”, deHaendel, celebrando também os250 anos do falecimento desseoutro notável compositor.

Esta é a segunda vez que Dom Murilo realiza a visita como arcebispode Florianópolis. A primeira foi em 2003, feita a João Paulo II

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Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese8 Geral

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GeralJornal da Arquidiocese Novembro 2009

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Jovens debatem sobre a violênciaMais de 1,5 mil participam do DNJ, que neste ano refletiu sobre a violência que afeta sobretudo os jovens

Mais de 1.500 jovens, dos 30municípios da Arquidiocese, esti-veram presentes no ColégioCatarinense, em Florianópolis, nodia 25 de outubro, para partici-par do Dia Nacional da Juventu-de (DNJ). Promovido pela Pasto-ral da Juventude da Arquidiocese,o evento contou com a colabora-ção e participação de váriasespiritualidades da juventudepresentes na Igreja.

Este ano, o DNJ teve comotema “Contra extermínio da Juven-tude, na luta pela vida", e lema "Ju-ventude em marcha contra a vio-lência”. O encontro, no Ginásio deEsportes do Colégio, teve início às8h, com a recepção e identificaçãodos participantes. Depois segui-ram-se shows de bandas católicas.Às 10h, os jovens foram divididosem 60 grupos, cada um com ummonitor, para refletir sobre a ques-tão da violência. Eles leram um bre-ve texto e apontaram sugestõespara a redução da violência.

O resultado dos debates emgrupos foi encaminhado à coor-denação do evento que, a seguir,elaborou a "Carta da Juventudesobre a Violência". O documentoposteriormente será encaminha-do às autoridades municipais,estadual e federal, e a entidadesda sociedade civil.

Em seguida, a partir da11h30min, houve uma palestracom o Pe. Vilson Groh, que falousobre a sua experiência de 25 anosvivendo nas comunidades de peri-feria. Segundo ele, entre os anosde 2002 e 2003, assistiu a 80 fu-nerais de jovens e adolescentesvítimas das drogas e da violência.“Diante de tantas situações demudança social, a única que fun-ciona é seguir Jesus”, disse.

Em seguida falou a MajorEdenice Fraga, especialista ematendimento à criança e adoles-cente em situação de risco, daPolícia Militar.

Celebração EucarísticaA partir das 12h, foram libe-

CARTA ABERTA DA JUVENTUDEDA ARQUIDIOCESE DE FLORIANÓPOLIS

Nós, jovens participantes de diversos grupos na arquidiocese deFlorianópolis, reunidos no Dia Nacional da Juventude, manifestamo-nos por meio desta carta nossa opção pela paz e pela vida.

Apontamos a desestruturação das famílias, a falta de oportuni-dades para trabalho e estudo, os valores individualistas e a omissãode muitos governantes, como as maiores ameaças a nossa integri-dade. Apesar da insegurança que a violência dessa sociedade noscausa, mantemo-nos firmes na convicção de que todos merecem"viver em plenitude", e por isso nos colocamos em marcha pela paz.

Por mais que nos digam que “o sol deixou de brilhar”, quenada mais pode ser feito, não nos calamos. Afirmamos antes que“paz sem voz, não é paz, é medo”, e por isso, como nossos profe-tas, proclamamos que, para além do combate à violência, cons-truiremos “um novo céu e uma nova terra”: a civilização do amor.Para isso, não fazemos questão de cargos ou honrarias, quere-mos sim é companhia: uma nova juventude, bem como uma novasociedade, tarefa de todos.

A esperança, inerente ao jovem, que traz o novo, será a lâm-pada que iluminará nossos passos. Nossa fé em Jesus Cristo seráa razão para lutarmos por tudo isso.

Colégio Catarinense, Florianópolis, 25 de outubro de 2009.

radas as práticas esportivas e derecreação. Às 15h30, todos os jo-vens voltaram a se concentrar noGinásio de Esportes e participa-ram da Celebração Eucarística,presidida pelo nosso arcebispoDom Murilo Krieger, e concele-brada por 14 padres e umdiácono.

Em sua homilia, Dom Murilofalou do papel dos jovens naIgreja. “Cabe a vocês dizer aosoutros jovens que Jesus lheschama. Ele vem como um ami-go ao seu encontro. Há muitaspessoas precisando que alguémlhes diga: Coragem, Jesus te cha-ma! E esse é o papel de vocês”,disse Dom Murilo.

No final do encontro, houvesorteio de prêmios para os jovens.Camisetas, celulares, assinaturade jornal e uma bicicleta foram ofe-recidos por parceiros do evento.

Avaliação“O DNJ, como atividade, foi

muito positivo. Foi um dia em queconseguimos reunir mais de1.500 jovens e juntos tivemos aoportunidade de celebrar estadata tão especial para nós. Todosos jovens presentes debateram,divertiram-se e celebraram”, dis-se Guilherme Pontes, coordena-

dor da Pastoral da Juventude naArquidiocese.

Mas, segundo ele, o DNJ nãopode ser visto somente comouma atividade. “Ele representapara nós da PJ um recomeço, adisposição que temos para o ser-viço. O DNJ demonstrou que nos-so trabalho está dando certo eque estamos a serviço de quemprecisa: os grupos de jovens e aslideranças que fazem o trabalhoacontecer nas comunidades”,acrescentou.

Competições esportivasDurante o encontro, os jovens

puderam participar de várias prá-ticas esportivas e de lazer. Haviatouro mecânico, cama elástica,escalada, surf mecânico, além decompetições esportivas de futebolde salão e vôlei. Também apresen-tação de capoeira, boi-de-mamãoe encenações teatrais.

No total, 36 equipes de fute-bol de salão e 14 equipes de vôleise inscreveram. Elas competiramem confronto direto, e no final astrês finalistas receberam troféu emedalha. “Foi um importante mo-mento de confraternização entreos jovens. Uma oportunidade dese conhecerem melhor e trocaremidéias”, disse Guilherme.

Os jovens formaram pequenos grupos para refletir sobre o tema

Transmissão ao vivoAs pessoas que não puderam

participar do DNJ, tiveram a opor-tunidade de acompanhar todo oevento através da transmissão aovivo pelo site www.dnjaovivo.com.A transmissão foi realizada portrês câmeras, que eram operadaspor um computador.

Além de assistir e ouvir o queestava acontecendo, os partici-pantes ainda podiam emitir suaopinião através do Twitter. Todoo sistema foi operado por volun-tários do Movimento de JovensÁgua Viva. As fotos do evento es-tão disponíveis no site.

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O sucesso do evento representou a retomada do trabalho da juventu-de e a sua disposição de estar a serviço da Igreja

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10 Geral Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

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ASA realiza II Semana da SolidariedadeProgramação contará com atividades em algumas paróquias e no Largo da Alfândega, em Florianópolis

Com o intuito de discutir a soli-dariedade na Arquidiocese deFlorianópolis, a Ação Social Arqui-diocesana-ASA, realizou em 2008a Semana da Solidariedade, sendoesta uma atividade proposta pelaCáritas Brasileira (organismo daCNBB). Tendo como tema central aSolidariedade, a Semana quis mos-trar como ela se manifesta e comose organiza, identificando as pos-sibilidades de torná-la concreta.Além de promover o debate datemática nos espaços das AçõesSociais, a II Semana da Solidarie-dade tem a perspectiva de ampliara proposta, realizando de um even-to englobando uma mostra dos tra-balhos realizados pelas Ações So-ciais, apresentações culturais e Fei-ra de Economia Solidária.

A Semana da Solidariedadeterá as seguintes atividades:

17/11/2009 - EncontroArquidiocesano e Comemoraçãodos 49 anos da ASA: encontro comas Ações Sociais para refletir so-bre a Solidariedade, momento deavaliação da caminhada e encer-ramento da Formação em PolíticasPúblicas - Assistência Social. Local:Paróquia São João Evangelista -Biguaçu - 13h as 18h.

19 e 20/11/2009 - II FeiraRegional de Economia Solidária:comercialização dos produtos eserviços de grupos, associações,empresas autogestionárias e/oucooperativas com base nos prin-cípios da economia solidária. Lo-cal: Largo da Alfândega.

A Feira engloba:1- Mostra dos Trabalhos So-

ciais da Arquidiocese: espaçopara exposição de produções ar-tísticas desenvolvidas por pesso-as e/ou grupos, trazendo o resga-te de técnicas artísticas e cultu-rais próprias da região de Floria-nópolis, a fim de demonstrar a di-versidade cultural presente na re-gião. Local: Largo da Alfândega.

2- Seminário e Oficinas: vol-tadas para temáticas específicas,tais como: comércio justo e soli-dário, desenvolvimento social esustentável, alternativas e proje-tos ambientais, sociais e cultu-rais. Programação durante a IIFeira de Economia Solidária.

3-Apresentações Culturais:serão realizadas diversas apre-sentações culturais de grupos e

Na primeira edição, realizada em janeiro de 2008, participaram 43empreendimentos de economia solidária da região.

Na última Assembleia Arqui-diocesana de Pastoral, em junhopassado, foi definido que nossaArquidiocese iniciaria um plane-jamento arquidiocesano de pas-toral. Foram aprovadas as Dire-trizes da Ação Evangeli-zadorada Arquidiocese de Florianópolis,nas quais, juntamente com aná-lises e propostas de ação pasto-ral, são colocadas as pistas a se-guir no decorrer do planejamen-to. O Conselho Arquidiocesano

de Pastoral, que é compostopelos coordenadores de pasto-rais e organismos e por trêsmembros de cada comarca, e sereúne três vezes ao ano, será oresponsável geral pelo planeja-mento. O Secretariado Arquidio-cesano de Pastoral (dez pesso-as) e o Grupo de Apoio à Coorde-nação (cinco padres) passarama reunir-se mensalmente desdeagosto, para assumirem a mis-são de órgão pensante do pla-nejamento.

A Coordenação Arquidioce-sana de Pastoral, órgão executi-vo do planejamento, além de en-caminhar a publicação, divulga-ção e estudo das Diretrizes nascomarcas e paróquias, reuniu-seneste mês de outubro (nos dias3 e 17) com representantes pa-roquiais para dar os primeirospassos do planejamento. Nosdois encontros, houve participa-ção de representantes decinquenta (entre setenta) paró-quias. Além de estudar o que éplanejamento diocesano de pas-toral (natureza, importância, ob-jetivos e métodos), foi apresen-tado e revisado o questionário aser enviado às paróquias para le-vantamento de nossa realidadeeclesial.

QuestionáriosNo momento, está sendo

elaborado o questionário insti-tucional, cujo objetivo é levan-tar dados estatísticos de nossasituação eclesial: ofertas de sa-

Arquidiocese iniciaPlanejamento de Pastoral

cramentos, serviços ecle-siais epastorais, cursos de formação,número de agentes (ministros,catequistas etc.), tipos de pas-toral etc. Outro questionárioserá elaborado para ser respon-dido pelos agentes de pastorala fim de verificar seu parecer arespeito da Igreja, nossas forçase fraquezas, bem como as opor-tunidades e ameaças que nosvêm do mundo social. Outro ain-da deverá ser elaborado paraser respondido por católicos nãopraticantes e por católicos quedeixaram a Igreja, a fim de veri-ficar nossos limites e vazios pas-torais. Pretende-se que todosesses questionários sejam res-pondidos até abril ou maio dopróximo ano, para que suas res-postas sejam tabuladas e ana-lisadas nos meses seguintes.Além disso, de agosto a novem-bro do ano próximo haverá oCenso Demográfico Nacional,cujos resultados passarão a serpublicados no primeiro semes-tre de 2011. Com esses resul-tados, se poderá fazer uma aná-lise de nossa realidade social.

Aprovação em 2012Com esses dados eclesiais

e sociais em mão, há de se fa-zer uma análise bíblico-teológi-ca e apontar pistas de ação queirão compor o Plano Arquidio-cesano de Pastoral. Para poder-mos aproveitar-nos do resulta-do do Censo Demográfico, jul-gou-se mais oportuno que oestudo e aprovação do Planode Pastoral sejam adiados de2011 (como havia proposto aAssembleia) para 2012.

A Coordenação Arquidioce-sana de Pastoral conta com oapoio de todos os agentes depastoral para a realização doplanejamento, afim de que sepercorra o caminho eclesial daunidade e nele se possa ouvir oque o Espírito Santo diz à nossaIgreja de Florianópolis (Ap 2,7).

Trabalho é uma continuidade do que haviasido definido na Assembléia Arquidiocesana

artistas locais, priorizando proje-tos e programas sociais da gran-de Florianópolis e de artistas po-pulares.

21/11/2009 - I Seminário deAgricultura Urbana - Itajaí: com oobjetivo de proporcionar um espa-ço para troca de experiências, sa-beres, partilhas e conhecimento,além de resgatar o sentido místi-co da vida, a criação, o respeitopela Terra. Local: paróquia SãoVicente - Itajaí - Horário: 08:30 hs.

A realização do evento possi-bilitará que as organizações, gru-pos e ações sociais saiam de seusespaços habituais (nem semprereconhecidos pela população emgeral) para se apresentar ao gran-de público, valorizando seus tra-balhos e expressões culturais.

Desde 2006, quando foi aprovado o AnoCatequético Nacional pelos bispos, foi-se pensan-do em realizar a 3ª Semana Brasileira de Catequese.O tema, fundamentado na experiência dos discípu-los de Emaús (Lc 24, 13-35), que tem como base oencontro com o Senhor, quer chamar a atenção parauma catequese gradual e permanente.

Por isso, a 3ª Semana focalizou a Iniciação àVida Cristã, mostrando que não podemos maiscentrar nossa educação da fé em apenas criançase adolescentes. Toda a comunidade é convidada aentender que catequese, sendo uma dimensão,permeia todas as pastorais, movimentos, organis-mos, isto é, todos os cristãos batizados.

Toda a Semana foi um espaço de celebração,partilha, reflexão, mas, sobretudo, de compromissosdiante de uma catequese que responda aos novostempos de hoje. Do Regional Sul 4, 16 participantesdas diversas dioceses se fizeram presentes.

De Florianópolis, a Coordenadora Arquidiocesana

Aconteceu a 3ª Semana Brasileira de Catequese

de Catequese, Ir. Marlene Bertoldi (centro), e oscatequistas Marcio Murilo Martins e Miriane Paimestiveram presentes neste evento.

Representantes da Arquidiocese no evento

Arq

uivo

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Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

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Estamos nos aproximando doAdvento, tempo forte de prepara-ção para celebrar a grande festado Natal do Senhor. É um tempopropício para renovar o nossoencontro com Jesus de Nazaré, oEmanuel, Deus conosco.

O livreto compreende duascelebrações, inicial e final, e trêsencontros que refletem o tempodo Advento/Natal. Há mais trêsencontros, sugeridos para a ce-lebração do Ano Sacerdotal. Deusnos convida a dar continuidadeà missão.

Esses encontros relacionadosao Ano Sacerdotal poderão serrezados e refletidos pelos GruposBíblicos em Família, que queiramcontinuar a encontrar-se depoisdo Natal, ou mesmo em algummomento oportuno, com a famí-lia, com os amigos, ou na oraçãoparticular.

O livreto do Advento/Natal nosajudará a refletir sobre a revela-ção do amor e da graça de Deus

Livreto do Advento/Natal está disponívelGBF

Livreto prepara para a grande festa do Natal do Senhorna nossa vida e no mundo. Que-remos mostrar às pessoas queeste nosso mundo, com tantosdesafios, injustiças e violências,com tudo o que temos e somos,é a manifestação da graça e doamor gratuito de um Deus quenos ama ao ponto de dar-nos oseu Filho, feito gente como nós,para nos salvar.

Quando tivermos em mãos olivreto, para rezar e refletir sobreo tema “Natal: revelação do amorde Deus”, sentiremos a alegria deanunciar com urgência na comu-nidade e ao mundo o amor bon-doso e misericordioso. Lembra-mos a recomendação de Pauloaos Filipenses: "Tende em vós osmesmos sentimentos de CristoJesus" (Fl 2,5).

Esta é a nossa missão de Igre-ja seguidora de Jesus Cristo: es-tar sempre a serviço, anuncian-do a todos e todas que Deus nosamou e assumiu a condição hu-mana, para construir entre nós o

seu Reino de amor, paz, justiça efraternidade.

A revelação do amor de Deus,na pessoa de Jesus Cristo, a boanotícia dada aos pastores, conti-nua sendo, hoje e sempre, a me-lhor mensagem a cada qual de nós.É preciso ter o coração aberto parasentir o amor de Deus de modoespecial, seja na família, no localde trabalho, ou nos momentos reu-nidos com os amigos, enfim portoda parte onde andarmos.

O Advento deve ser para nósum momento oportuno de recon-ciliação uns com os outros, paramelhor acolher Jesus na alegria,na simplicidade e na gratuidade.

Espera-se que cada um denós seja neste Advento o mensa-geiro e a mensageira que irá le-var às casas das famílias e à co-munidade a mensagem do amorincondicional de Deus.

Maria Glória da S. LuzCoord. Arquidiocesana dos GBF

Escola Bíblica dos GBF - Comarca de TijucasNo dia 28 de outubro, às

19h30m, aconteceu a Missa deação de graças, a entrega doscertificados e o encerramento doCurso Bíblico para Animadores eAnimadoras dos GBF da Co-mar-ca de Tijucas. Essa turma com-pletou a segunda etapa e con-tou com a participação de, emmédia, sessenta pessoas dasParóquias da Comarca. Os en-contros tiveram início no diaquinze de abril e aconteciam to-das as quartas à noite, até o dia

vinte e um de outubro. A seguir,quatro participantes relatamsuas experiências pessoais.

“O Curso Bíblico ministrado naParóquia São Sebastião de Tijucasfoi de valiosa contribuição paraminha vida pessoal - aprendi aentender melhor os textos sagra-dos, a compreender o significadode símbolos, figuras e palavras, eprincipalmente a interpretar ostextos. Fiquei feliz por ter oportu-nidade de participar de um CursoBíblico. Foi muito importante para

mim. Agradeço aos ministrantesdo curso, que foram muito com-petentes e dedicados”, LourdesMaria Pozzi Floriani - Tijucas.

“Trouxe maior conhecimentoem minha vida e me levou a serAnimadora do Grupo Bíblico emFamília”, Valésia Coelho - SãoJoão Batista.

“Fez-me sentir vontade de lera Bíblia com muita frequência eviver a Palavra de Deus no dia-a-dia com alegria”, Palmira Cadorin- Nova Trento.

“O estudo no Curso Bíblico emTijucas foi uma grande oportuni-dade para se apaixonar pela Pa-lavra de Deus e pelos GBF. Tevegosto de ‘quero mais’, pois a Pa-lavra de Deus seduz, basta deixar-se seduzir! Quem participou ficouboquiaberto, esperando sempremais daquela ‘bebida’, tal qual fi-lhote de pássaro esfomeado!”,Luiz Irineu Volpato - Itapema.

Agradeço ao Conselho Comar-cal de Pastoral, à Comissão Coor-denadora, aos Assessores, aosPadres da Comarca, aos partici-pantes e aos colaboradores.

Padre Isaltino DiasCoord. da Escola Bíblica

Ação Pastoral dos GBFCoordenadores (as):Nos encontros dos GBF, reu-

nidos nas casas, nos prédios,nos condomínios, com todos osirmãos e irmãs, transparece abeleza da vida de Igreja que seexperimenta no cotidiano de nos-sa fé. As pequenas comunida-des, iluminadas pela Palavra deDeus, geram gestos de partilha,solidariedade, amizade, fraterni-dade e comunhão.

Para tornar visíveis os fru-tos do nosso trabalho, é neces-sário avaliar nossas atividadese nossa caminhada de “Igrejanas casas”, isto é, de pequenascomunidades inseridas na ca-minhada paroquial.

Ao planejar o ano de 2010,será muito importante ter pre-sente a avaliação feita, para po-der traçar as atividades, os te-mas de estudo, as datas de reu-niões periódicas, as celebraçõese outros serviços, nos quais osgrupos estão engajados.

Para isso, é bom lembrar: terconhecimento das Diretrizes daAção Evangelizadora daArquidiocese; seguir as orienta-ções do livreto “Igreja nas ca-sas”; ter sempre em vista o ob-jetivo de evangelizar nas casas.

Tudo isso deve ser feito a partirda reflexão da palavra da vida ilu-minada pela Palavra de Deus, daoração comunitária e do encon-tro com Jesus Cristo, e da açãotransfor-madora da pessoa, dacomunidade e da sociedade.

A organização das equipesde coordenações na paróquiae na comunidade por determi-nado tempo é de grande impor-tância para o bom funciona-mento dos Grupos Bíblicos emFamília; para isso, podem serúteis também para nós as ori-entações dos regimentos dosConselhos Pastorais.

Portanto, orientamos que énecessário estar sempre aten-to às novas lideranças, acom-panhando sua formação, paraassumirem a frente dos grupos,a fim de renovar, reavivar e for-talecer a caminhada.

Com essa organização, osgrupos atingirão o objetivo delevar as pessoas a uma melhorparticipação na Ação Evange-lizadora, com convicção da im-portância dos GBF na vida daIgreja e da comunidade.

Coordenação Arquidiocesana

dos GBF.Alguns dos participantes da Escola Bíblica de Tijucas

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Alberto Francisco MaximilianoGattone nasceu em Schladen,Baixa Saxônia , Alemanha, em 9de outubro de 1834. EmHildesheim foi colega do Pe.Carlos Boegershausen que, em1857, veio para a região deJoinville. Ordenado presbítero emHannover, em novembro 1858,ali consagrou as primícias de seuministério sacerdotal. Sentindo ochamado missionário, em 20 deoutubro de 1860 requereu per-missão para vir ao Brasil e emJoinville foi recebido pelo amigoPe. Carlos, que o encaminhoupara a Colônia São Pedro Após-tolo (Gaspar).

Foi o primeiro vigário deGaspar, instalando-se no Belchiorde 1860 a 1867, quando foitransferido para Brusque. Mas éimportante citar que já em 1860,quando o Barão von Schneeburgdeu início à colonização da Colô-nia Itajaí-Brusque, chamou-opara atender ao crescente núme-ro de famílias católicas. Tambémcelebrou a primeira Missa na ca-pela dedicada a Nossa Senhorado Perpétuo Socorro emGuabiruba, na verdade uma cho-ça coberta de palhas. Blumenau,Gaspar e Brusque foram seucampo de apostolado.

Animador e orientador

de comunidadesO povoamento de Gaspar an-

tecedeu o progresso da ColôniaBlumenau, pois nas áreas dePocinho, Belchior e no atual cen-tro urbano tinham-se instalado

Padre Alberto Gattone - Apóstolo de Blumenau, Gaspar e Brusque65 famílias, 17 sendo alemãs,provenientes de São Pedro deAlcântara. Além disso, havia osbrasileiros natos, italianos paraali transferidos e os belgas daIlhota. A primeira capela foiconstruída a quatro quilômetrosa oeste da atual Gaspar, na mar-gem esquerda do Itajaí-açu.

Pelo fato de a colonização doDr. Hermann Blumenau se prolon-gar por Gaspar, Garcia e Velha,as comunicações passaram a serà margem direita do rio Itajaí e,por isso, foi requerido um terre-no para a futura igreja matriz nanova área urbana, e essa ali foiedificada em 1867. Em 1885,novo templo é inaugurado,construído no morro onde hoje seacha a igreja matriz. Demolidoem 1942, cedeu lugar à atualigreja, símbolo maior da cidadede Gaspar, com projeto arqui-tetônico de Simão Gramlich.

Pe. Gattone procurou atender,com zelo, aos primeiros núcleoscatólicos da Colônia Blumenau,estimulando a construção da pri-meira igreja, dedicada a São Pau-lo Apóstolo, cuja festa foi celebra-da pela primeira vez em 25 de ja-neiro de 1865.

Acompanhado de um sacris-tão, Pe. Gattone visitava a imen-sa região pastoral de Brusque,Pocinho, Gaspar, Blumenau,Garcia e Testo, a maior parte dasviagens feitas por via fluvial. De-pois, penetrava pelas picadas, acavalo ou a pé, recebido peloscatólicos espalhados por aque-les sertões e que encontravamna assistência religiosa forças

para continuar a vida de desbra-vadores.

Quando da criação da Fregue-sia de Gaspar, em 25 de abril de1861, uma de suas preocupa-ções foi bem delimitá-la, para nãohaver contestações da Colôniaprotestante de Blumenau. Nãomantinha relações amigáveiscom o Dr. Blumenau. Em 13 deagosto do mesmo ano, estandono Desterro, escreveu ao Gover-no Provincial para que comuni-casse ao Dr. Blumenau queGaspar nada mais tinha a vercom a Colônia Blumenau.

Os dois grandes homens tive-ram diversos atritos. Tambémconflitos com o Pastor OsvaldoHesse por ter realizado casamen-tos mistos (carta de 16 de feve-reiro de 1863). Padre Gattoneatuou em Gaspar de 1860 a1867. Abriu também uma esco-la, de curta duração, pois estava

Pe. Gattone: Blumenau, Gaspare Brusque foram seu extensocampo de apostolado

12 Artigos Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

Ecumenismo e Fraternidade no MundoNascemos e crescemos em

família. Aí aprendemos a nos re-lacionar mutuamente, respeitan-do o modo original de ser de cadaum dos seus membros. Aí noseducamos para o diálogo, vive-mos a partilha de bens, dividimosas tarefas a fim de que a casa setorne o espaço de vida digna, depaz e alegria para todos. Aí conhe-cemos o rosto de Deus comquem, pela fé, podemos nos re-lacionar cotidianamente. Aí des-cobrimos e iniciamos a desenvol-ver as nossas capacidades que,com a ajuda da escola e da soci-edade mais ampla, serão aperfei-çoadas e aplicadas para a reali-zação pessoal e para o bem co-mum. Entramos em contato compessoas e grupos que possuemmodos diferentes de pensar, con-cepções variadas a respeito detodos os aspectos que fazem par-te do nosso cotidiano: política, re-ligião, esporte etc. Vamos toman-do consciência de que o outronão é propriamente algo separa-

do de nós mesmos, mas é a nos-sa própria extensão. Queiramosou não, necessitamos uns dosoutros. Constatamos que, na ver-dade, pertencemos à grande fa-mília humana e moramos namesma casa. Somos irmãos e ir-mãs, não importa a raça, o sexo,a condição social, a cultura ou areligião.

Numa casa, a fim de que pos-sa ser lugar de convivência pací-fica e alegre, há necessidade deatitudes honestas e transparen-tes entre seus participantes. Co-locar na mesa, com sinceridade,o que cada um pensa com a dis-posição de acolher o pensamen-to do outro ou entender a sua ati-tude, é a maneira adequada paraa manutenção ou o resta-belecimento da unidade familiar.Se alguém esconde o jogo ou co-loca-se superior aos demais, cen-tralizando a palavra e as deci-

sões, dificultará a mútua compre-ensão e o necessário entendi-mento. Quebramos a fraterni-dade quando permitimos que oegoísmo, em qualquer uma desuas facetas, nos domine.

O ecumenismo e o diálogointer-religioso é a atitude neces-sária para o restabelecimento dapaz e da fraternidade no mundo.Aprendemos a nos tornar maishumanos e mais humildes. Reco-nhecemos, com gratidão, a criati-vidade divina, presente nas cul-turas e povos. Descobrimos quea fraternidade é o valor maior,possível de ser vivida quando sa-bemos ouvir e expor nossas con-cepções religiosas com transpa-rência e honestidade. Na vivênciada fraternidade não há lugar paraestratégias a fim de induzir osdemais para que aceitem e adi-ram às minhas verdades. A bus-ca da unidade não passa pelo de-

sejo de convencer os outros, maspela valorização da diversidade.A unidade se faz na acolhida dodiferente, em recíproca partilhado que move a nossa vida de féem Deus e de amor ao próximo.

Sim, porque há um modo deviver que nos torna plenamenterealizados e o mundo será verda-deiramente justo: o amor a Deuse ao próximo. Na tradição judai-co-cristã constitui-se no maiormandamento. Quando nos dispo-mos, de todo o coração, a nos re-lacionar como irmãos e irmãs,tudo se torna possível: as neces-sidades de cada pessoa serão sa-tisfeitas porque ninguém vai acu-mular bens só para si mesmo; asculturas diversas serão respeita-das e todas buscarão defender epromover a vida digna; as religi-ões serão consideradas cami-nhos de testemunho e anúncioda presença viva de Deus, de sua

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenário

EcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismoEcumenismobondade, da sua gratuidade, dasua libertação e da sua salvaçãopara todos os povos; todas as for-mas de vida que Deus suscitouem sua criação serão cuidadascom carinho, a fim de que bene-ficiem a todas as pessoas, garan-tindo um bom futuro para as no-vas gerações; as pessoas idosas,as crianças, as que estão doen-tes, enfraquecidas, empobre-cidas, presas ou oprimidas sãoatendidas de forma preferencial;o perdão, o diálogo e a reconcili-ação são atitudes permanentesentre os irmãos e irmãs...

Não há problemas que nãopossam ser superados numa so-ciedade fraterna, pois aí ninguémse deixa levar pelo egoísmo queimpede a graça de Deus de pro-duzir frutos de justiça e de paz.

Celso LoraschiProfessor no ITESC e Coordenador

da Comissão Arquidiocesana para

o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Re-

ligioso - CADEIR

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fraco e doente e o excesso de tra-balho provocou-lhe hemorragias.Sua vida de penitência tambémo enfraqueceu: muitas vezes dor-mia no assoalho e um livro lheservia de travesseiro.

Pe. Gattone era muito amadopelo povo católico e suas prega-ções animavam e orientavam avida das nascentes comunida-des. Conseguia dirigir-se aosadultos e crianças, transmitindoalegria e firmeza na fé. A isso sesomava o principal: o exemplo desua vida. Era homem de oração,mortificação e grande amor aopróximo. Após as celebrações,entretinha-se com as pessoaspara animá-las e consolá-las.

Em Brusque e no

Rio de JaneiroEm 21 de maio de 1867, Pe.

Gattone fixou-se definitivamenteem Brusque, aí permanecendo até1882. Também foi vigário encar-regado de Itajaí em 1871-1872.

A 31 de julho de 1873, era cri-ada a Freguesia São LuísGonzaga, formada pelos distritosde Colônia Itajaí (Brusque) e Co-lônia Príncipe Dom Pedro, sendonomeado seu primeiro Pároco Pe.Alberto Gattone. Na Colônia Prín-cipe Dom Pedro, hoje NovaTrento, ministrou a Primeira Co-munhão a Amábile Visintainer,hoje Santa Paulina.

Brusque possuía uma peque-na e humilde capela que, amea-çando ruir, foi substituída poroutra, grandiosa para a época,com pedra fundamental lançada

em 1873 e inaugurada em 1877.Em 1882, cansado e doente,

Pe. Alberto Gattone retirou-se parao Rio de Janeiro, sede da diocese(nesse tempo Santa Catarina per-tencia canonicamente ao Rio).

Estimado e respeitado, aindatrabalhou na Paróquia da Glóriae na Santa Casa de Misericórdia,residindo no Convento Francis-cano de Santo Antônio. Mais tar-de, doente, residiu no HospitalGamboa.

Faleceu no Rio de Janeiro em28 de janeiro de 1901, aos 67anos. Dele af irmou FreiCrisólogo Kampmann, OFM, quelhe ministrou os últimos sacra-mentos: "Pe. Gattone foi um sa-cerdote segundo o Coração deDeus". Nenhum de nós podeimaginar o que significava emdoação, generosidade, cansa-ço, privações, atender a umaregião imensa, tendo como re-ferência de comunicação um rioe espalhados pelos sertões deBlumenau, Gaspar e Brusqueseus paroquianos que falavamportuguês, alemão, italiano,flamengo e polonês. Foi consu-mido pelo zelo pastoral e peloEvangelho da caridade.

Pe. José Artulino Besenpejabesen.wordpress.com

(Nota: leia-se o texto de Frei

Estanislau Schaette, traduzido

pelo Pe. Eloy Dorvalino Koch, SCJ:

Padre Alberto Francisco Gattone,

in BLUMENAU EM CADERNOS,

Tomo XLVII, no.07/08, 2006)

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Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

13Missão

Começou no domingo, dia 4-10, em Roma e contou com a pre-sença de 244 Padres sinodais.Era a II Assembléia especial doSínodo dos bispos africanos. Naescolha dos Padres sinodais foiseguido o critério de se ter a pre-sença de pelo menos um Bispode cada um dos 53 Países quecompõem o continente Africano.Os outros quatro continentes es-tavam também representados.

O tema central do sínodo foi:“A Igreja da África no serviço dereconciliação, justiça e paz: ‘vóssois o sal da terra...vós sois a luzdo mundo’ (Mt 5,13-14)”. A esco-lha desse tema foi para destacara importância de se consolidar aestabilidade e a paz no continen-te, ferido por vários conflitos.

Assuntos debatidos1. A violência contra a mulher,

que causou comoção nos partici-pantes. Em muitos países africa-nos a mulher é vitima de abusos,

violência domestica, práticas ecostumes culturais discriminantese leis que expressam claramentepreconceitos em relação a elas.

2. As crianças soldados, re-crutadas a força, principalmenteos meninos, muitas vezes se tor-nando algozes de sua própria fa-mília. Qual o futuro dessas crian-ças, se não forem resgatadasdeste ciclo de violência...

3. Crescimento da violência,partindo da sua principal causa queé a crise de liderança que se mani-festa com as guerras, as rivalidadestribais, os saques e a exploraçãosem controle dos recursos naturais,a circulação das armas, a manuten-ção das milícias, a ausência de umexército regular etc.

Propostas apresentadas1. Promoção da Mulher, valo-

rizando sua integração nas estru-turas eclesiais, com papéis deresponsabilidade, de decisão ede projeção;

2º Sínodo Africano “Temos de aprender a dizer toda a verdadesobre a África, com respeito e amor”

2. Envolvimento direto dasmulheres nas Comissões 'Justiçae Paz', para que elas promovama paz e lutem contra as idéias queas desvalorizam, veiculadas pelanova ética mundial e por certastradições culturais.

Redescobrindo adignidade da ÁfricaO Sínodo da África ajudou a

contrapor a imagem redutiva queos meios de comunicação ofere-cem desse continente, deixando nasombra sua dignidade e grandeza.Cardeal Peter Kodwo AppiahTurkson, arcebispo de Cape Coast(Gana), advertiu que "a África foiacusada durante muito tempopelos meios de comunicação detudo o que prejudica a humanida-de; chegou a hora de dizer a ver-dade sobre a África com amor,promovendo o desenvolvimento

do continente, o que redundará nobem-estar de todo o mundo".

O problema da AIDSA AIDS está dizimando a popu-

lação e um dos maiores desafiosconsiste em dar a entender àspessoas que a pandemia não ébruxaria. A riqueza de matérias-primas atrai trabalhadores de ou-tras regiões que, ao chegarem,estendem a epidemia ainda mais.Muitos ainda não acreditam queé uma pandemia e que podem sercontaminados. O que a Igreja dizajuda muito. Mas a falta de infor-mação que existe sobre a AIDStambém afeta o que a Igreja diz.

Papa fala aosjovens africanos

No discurso que proferiu emvários idiomas, o Papa sublinhouque o futuro da África depende

Pe. Lúcio, o que mais lhe cha-mou a atenção neste período deférias aqui na arquidiocese?

Chamou-me a atenção a vitali-dade de nossa Igreja; muitos leigosparticipando das pastorais; padresdedicados à Igreja, buscando res-ponder aos inúmeros desafios quea sociedade de hoje apresenta. Agratuidade e o voluntariado como agrande marca de nossa Igreja.

E a Missão além-fronteiras?Percebo na Arquidiocese um ter-

reno propício para a missão além-fronteiras. A missão está presentetambém nas diversas pastorais. Háuma preocupação de que JesusCristo seja conhecido e amado portodos. Isso é missão. Um exemplo

Pe. Lúcio - Missionário Além-Fronteiras

em boa parte da formação deseus jovens, em particular deseus universitários. “Queridosuniversitários da África - exortouBento XVI -, peço-vos que sejais,na Igreja e na sociedade, opera-dores da caridade intelectual,necessária para enfrentar osgrandes desafios da história con-temporânea. A vós, queridos es-tudantes africanos, dirijo-vos umconvite especial para viver o tem-po do estudo como uma prepa-ração a desempenhar um servi-ço de animação cultural em vos-sos países”, concluiu.

ConclusãoMesmo diante de tantos obs-

táculos, a Igreja na África está oti-mista de que a reconciliação é pos-sível. É um desafio a ser vivenciadocomo Igreja, não somente na Áfri-ca, mas em todo o mundo.

Bento XVIem suavisita àÁfrica

bonito desta missionariedade é adoação da Comunidade Divino Olei-ro, que está enviando três jovenspara uma experiência de seis me-ses de missão na Guiné-Bissau, jun-tos formando uma pequena comu-nidade. O clero e o seminário tam-bém demonstram sensibilidadepara com a missão.

Depois de três anos o senhorfoi orientado a voltar ao Brasilpara descansar. Como foi essedescanso?

O descanso consistiu princi-palmente em concentrar-me naanimação missionária aqui naarquidiocese, assim libertando-me de um início de stress. Tiveoportunidade de divulgar a mis-

são na Guiné-Bissau nas paróqui-as, nos seminários, em reuniõese, sobretudo, junto aos colegassacerdotes. Tive o carinho de to-dos com quem me encontrei.

O senhor está voltando paraGuiné-Bissau?

Sim, dia 3 de novembro. Em2011 acaba o contrato da Arqui-diocese com o PIME (Pontifício Ins-tituto de Missões Exteriores). En-tão, veremos como dar continui-dade ao trabalho iniciado. O quefiz nesses cinco anos é de partici-pação em uma missão já existen-te. Se houver garantia de continui-dade por um período maior do quecinco anos, poderemos até pen-sar em iniciar uma missão própria.

Mas o importante é garantir quehaja sempre pessoas dispostas adarem continuidade à missão,seja colocando-se a serviço doPIME, seja colocando-se direta-mente a serviço de uma dioceseem terras de missão.

Gostaria de dizer algo mais?Gostaria de esclarecer que,

mesmo realizando um bonito tra-balho social de ajuda ao povo deGuiné-Bissau, que é pobre e so-frido, nossa missão é a de evan-gelizar. Por isso, todos os que aju-dam as missões, estejam cons-cientes de colaborar no anúnciode Jesus Cristo Salvador, o maiorbem que se pode fazer a um povo.Fico muito agradecido pelo cari-nho e atenção que recebi nestesdois meses. Devemos nos alegrarpor nossa Arquidiocese estar pre-

Pe. Lúcio Espíndola: nossapresença missionária na África

sente na missão além-fronteiras.

Contamos com a oração denossa Igreja que envia seus mis-sionários.

Pe. Lúcio Espíndola Santose-mail: [email protected]

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No mês de dezembro, três pa-dres da Arquidiocese estarão ce-lebrando seu jubileu de ordena-ção presbiteral: Pe. João Cardo-so (no dia 06/12) e Pe. EgídioAlberto Bertotti (08/12), amboscelebrando o Jubileu de Ouro; ePe. Mário Sérgio Silva Baptistim,que celebrará o Jubileu de Prata,25 anos de vida presbiteral, nodia 16 de dezembro.

Para conhecer um pouco davida desses homens que dedica-ram suas vidas a serviço da Igre-ja, faremos entrevistas com eles.O primeiro é o Pe. Mário Sérgio.

Jornal da Arquidiocese - Comofoi despertada a sua vocação reli-giosa? Por que escolheu a congre-gação dos padres Orionitas?

Pe. Mário Sérgio - Eu não erahabituado a freqüentar a igreja enão participava de grupos até osprimeiros anos da adolescência.Mas quando mudei de bairro, emCuritiba, conheci jovens que parti-cipavam do grupo “Você é meu ir-mão”, na paróquia daquela comu-nidade, orientada por padresOrionitas, e comecei a aderir. Co-nheci muitas pessoas, especial-mente uma religiosa franciscana,a irmã Maria Eugênia, muito ale-gre e entusiasta. Com o passar dotempo, fui assumindo e participan-do de vários grupos e movimentosna paróquia, o que me possibilitoumaior contato com os padres e re-ligiosos de dom Orione. Pude sen-tir um pouco melhor o dinamismode suas obras, de tudo o que ca-racterizava o seu trabalho. O apoio

Pe. Mário SérgioEx-locutor de rádio, dedicou especial aten-

ção à Pastoral Familiar na Arquidiocesee a orientação dos padres Orioni-tas, especialmente do padre Geral-do e da irmã Maria Eugênia, forambásicos para eu ir descobrindo ochamado do Senhor, e decidi fazerparte da família Orionita. Participeide um encontro com jovens quequeriam entrar para a Congregaçãoe, em fevereiro de 1975, fui para onoviciado em Juiz de Fora. Saí dire-to de casa para o noviciado, semqualquer outra experiência.

JA - Em 1985 o senhor veiotrabalhar na Arquidiocese e de-pois optou em ingressar no CleroArquidiocesano. Por quê?

Pe. Mário Sérgio - Eu chegueiaqui na Arquidiocese em 16 de ju-lho de 1985, para ser o vigário pa-roquial na Paróquia São João Batis-ta e Santa Luzia, em Capoeiras, con-fiada aos Orionitas. Ainda estavabem no início do meu sacerdócio,cheio de entusiasmo e de vigorapostólico. Nessa paróquia é queaprendi a ser padre de fato. Nessetempo todo conheci muitos colegasaqui da Arquidiocese, conheci a vidapastoral de nossa Igreja, assumi ser-viços em nível comarcal e atéarquidiocesano (na Pastoral Fami-liar). Fui percebendo que eu seriamais feliz e mais verdadeiro ao cha-mado que o Senhor me fez tornan-do-me padre diocesano. Decidi en-tão falar com o Arcebispo, na épo-ca, Dom Eusébio. Após essa con-versa, tudo foi encaminhado comopede o Direito Canônico e hoje es-tou encardinado na Arquidiocese.Aliás, destes meus 25 anos de sa-cerdócio, mais de 23 foram aqui e

a serviço desta Igreja particular. Eestou muito feliz com tudo isso.

JA - Antes de ser padre traba-lhou em rádio. Como o senhor vêa comunicação na Arquidiocese?

Pe. Mário Sérgio - Nos dias dehoje é absolutamente necessáriousar bem os meios de comunica-ção, pois eles chegam onde nós nãopodemos chegar, e com a rapidezque caracteriza o nosso momentosocial e cultural. Graças a Deus, anossa rádio “Cultura AM 1110” estátotalmente dedicada a evangelizare atinge parte muito abrangente danossa população. A Missa na TV to-dos os domingos é também muitoboa, inclusive é um dos programasde maior audiência daquela emis-sora na semana. O nosso Jornal éoutro ótimo veículo de informaçãoe de formação para o nosso povo.

JA - Por 12 anos o senhor foiOrientador Espiritual da PastoralFamiliar e ajudou na sua organi-zação. Como vê o trabalho que apastoral realiza hoje?

Pe. Mário Sérgio - Foi um tra-balho interessante, desafiador eintenso, o de ir organizando e cri-ando a Pastoral da Família aquina Arquidiocese. Em Capoeiras,havia formado um grupo peque-no de casais para atender casaisem crise. Isso ficou conhecido efui chamado para ajudar a orga-nizar a pastoral familiar em nívelarquidiocesano. Sou grato ao Se-nhor e às pessoas que me ajuda-ram nesse serviço, e peço que semantenha viva, criativa e eficazessa dinâmica de apostolado queprecisa ser verdadeiramente uma“pastoral eixo”, no dia a dia detodas as comunidades.

JA - No dia 16 de dezembro osenhor estará completando o Jubi-leu de Prata presbiteral. Tem algode que se arrependa ou gostariade ter feito diferente nesse tempo?

Pe. Mário Sérgio - São 25 anosde ministério. É um bom tempoonde pude aprender tanta coisana vida comum e na vida sacer-dotal e pastoral. Aqui na Arquidio-cese trabalhei em quatro comuni-dades: Capoeiras, Estreito (Santu-ário), Saco dos Limões, JardimAtlântico, e agora estou atuandona paróquia da Santa Cruz, aquiem Areias. Fiz coisas que não ima-ginava poder realizar, vivi emoçõesas mais lindas e, às vezes, as maisdesafiadoras. Cometi alguns errosque me ensinaram a não criar osmesmos problemas.

JA - Percebe-se que com o tem-po tem diminuído o número de vo-cações. Para o senhor, o que temcontribuído para isso? O que deveser feito para reverter esse quadro?

Pe. Mário Sérgio - Realmente,o número de vocacionados é pe-queno e é preciso fazer rapidamen-te algo pra inverter esse quadro. Onosso mundo e a nossa socieda-de passam por uma secularizaçãomuito forte. O sagrado perde seuespaço e a sua força. Isso, sem dú-vida, é o fator que mais concorrepara a escassez de vocações. Oque fazer? É preciso criatividadepara levar as pessoas a se encon-trarem com Jesus, num encontrovivo, forte e alegre. Só um encon-tro assim pode levar alguém a des-cobrir o chamado que Ele podeestar fazendo. Também é precisoque nós, padres, mostremos no diaa dia que somos felizes, que gos-tamos do que fazemos, que é bomser padre, que é realizador fazer davida uma constante experiência deserviço, de amor, de libertação.

14 Vida Presbiteral Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

Deu-se tan-to, o sapato,que se acabou.E, no entanto,foi quando jáestava para serd e s c a r t a d oque começou amais bela eta-pa da vida: a dedar flores!

NOITEBem aos poucos, Ele vestiu a

terra com as vestes da noite. Ascores foram se apagando suave-mente e o horizonte tingiu-se deum vermelho que foi esmaecendo,se apagando lentamente, até tor-nar-se cinza. Artista competente,teria agido assim para não entris-tecer o dia que partia e, ao mes-mo tempo, para alegrar o coraçãodos filhos que contemplavammais esse ato do Seu amor?

INCLINAÇÃOA inclinada torre de Pisa as-

sim ficará pelo resto dos seusdias. Mas, se vemos um quadroinclinado, a tendência é endireitá-lo. A inclinação - também a nos-sa - chama atenção. “Nega teusdesejos - diz São João da Cruz - eacharás o que teu coração dese-ja. Sabes lá se tua inclinação ésegundo Deus?”.

LOUVOR“Deus detesta quem se lou-

va.” (S. Clemente Romano)

NAVIODas coisas que se movem, o

navio é a maior ‘criatura’ visíveldos homens. Grande como umcampo de futebol, carrega cente-nas de toneladas de carga e podetransportar milhares de pessoas.

Das invisíveis criaturas deDeus, o vento é das mais fortes ebalança o navio como se fosseuma caixa de fósforos vazia. Tãogrande e, no entanto, tão fraco,o navio!

Das coisas que se movem, ohomem não é a maior criatura deDeus, mas é a mais forte. Os ven-tos da vida podem derrubá-lo, astempestades podem destroçá-lo,a doença matá-lo e, contudo, émorrendo que ele viverá.

Bela criatura, a criatura hu-mana. Feita com dedos de artis-ta, quase igual aos anjos, e coro-ada de glória e honra (cf. Sl 8).

SOLTudo passa. Também a noite.

Logo será dia. E viveremos como Sol!

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CATARATASAs cataratas refletem o amor

com que Deus faz todas as coi-sas. Quem delas se aproximasai respingado e, se abrir aboca, beberá água refrescante.Santa Maria Madalena de Pazzifala de outras cataratas: as docéu. E diz que elas “estão sem-pre abertas a jorrar para nós agraça, mas não conservamosaberta a boca do desejo pararecebê-la”!

BARQUEIROO homem esforçou-se tanto

para chegar à outra margem, na-dou tanto, que chegou exausto.Poderia, por apenas dois reais,ter sido levado pelo barqueiro,que desde cedo o aguardava.

Sim, o Senhor quer nosso es-forço, mas não nossa exaustão.O “vinde a mim” é tão pouco ou-vido... Por isso, tantos nadam,nadam, e, cansados demais, nãotêm sequer tempo de enxergar oBarqueiro que os espera!

SAPATO

SEPULTURAQuando o dia a dia nos quiser

sepultar com a rotina que tudoengessa, quando a rabugice qui-

ser nos enterrar, quando o euquiser se antepor ao tu desterran-do o que há de mais belo em nós,façamos a sepultura abrir-se:chamemos o amor!

Nesses 25 anos, fiz coisas que não imagi-nava poder realizar, vivi emoções as maislindas e, às vezes, as mais desafiadoras”

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Dos 25 anos de ordenação, 23 deles foram vividos na Arquidiocese

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Jornal da Arquidiocese Novembro 2009

15Mundo

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CNBB participa deencontro com líderes

de outras religiõesJudeus, muçulmanos, cristãos,

hindus, budistas e representantesde religiões africanas e indígenasestiveram reunidos, em Brasília(DF), para discutir pontos conver-gentes entre as crenças e definirestratégias para a paz. Entre os lí-deres religiosos participantes esta-va o presidente da Comissão Epis-copal Pastoral para o Ecumenismoe o Diálogo Interreligioso da CNBB,Dom José Alberto Moura, o grão ra-bino Yona Metzgero, o Xeique Ar-mando Saleh, da Mesquita Brasil,de São Paulo, o representante doBudismo Tibetano na América doSul, Lama Rinchen, e o embaixa-dor de Israel, Giora Becher.

O encontro, que terminou no dia20-10, debateu ainda temas comofamília, ciência, comunicação, iden-tidades e globalização. “Queremoscriar um terreno comum, para sa-ber como as religiões pensam, o quemudou e o que têm em comum paraque haja fomento do respeito e datolerância, valores fundamentaispara a paz”, afirmou a diretora daOrganização não GovernamentalAmisrael e organizadora da reunião,Kélita Machado.

Lançado novodiretório online da

mídia católicaO Pontifício Conselho das Co-

municações Sociais, juntamentecom o CELAM e o Signis, lança-ram o novo portal católico ondeos próprios usuários podem com-pletar ou atualizar a página volun-tariamente, baseados na estrutu-ra do sistema wiki. O site “www.intermirifica.net” funciona comoum pesquisador de rádio, televi-sões ou produtoras, em diferen-tes idiomas e países. Os usuári-os podem colocar dentro dodiretório os dados principais dosmeios de comunicação: país, idi-oma, número telefônico, e-mail epágina web. O objetivo principalde Intermirifica. net é que todosos meios de comunicação católi-cos se comuniquem entre si, tro-cando ideias e projetos comuns.Atualmente o diretório está emespanhol, porém em breve serátraduzido para o inglês, francêse português.

O diretório católico “www.intermirifica.net”, que faz referên-cia ao primeiro e único documen-to do Concílio Vaticano II dedica-do às comunicações sociais, temcomo objetivo converter-se nas“páginas amarelas dos meios decomunicação da Igreja”.

1º CongressoNacional de Plane-jamento FamiliarO evento realizou-se em

Curitiba (PR), tendo como tema“Gerar a vida com responsabili-dade”. Refletiu sobre a visão daIgreja quanto ao planejamento fa-miliar, a fundamentação científi-ca dos métodos naturais e aespiritua-lidade dentro da sexua-lidade do casal. De acordo com opresidente da Comissão Episco-pal para a Vida e a Família daCNBB, Dom Orlando Brandes, nocongresso vários casais deramseu testemunho, além de médi-cos e instrutores que trabalhamno Centro de Planejamento Na-tural da Família (Cenplafam) paraque, dentro da ciência e davivência dessas pessoas, os mé-todos naturais sejam conhecidos.

O Arcebispo explica que o pla-nejamento familiar e o conheci-mento dos métodos naturais de-vem ser vistos dentro de uma “edu-cação para o amor”, contrapondo-se à influência da sociedade depriorizar os bens materiais e colo-car os filhos em último plano. “Aeducação para o amor é eliminartodas essas ditaduras em relaçãoà mulher e levar o casal a decidirpela vida, de ter mais de um filho,com a consciência de que quemengravida não é só a mulher, maso casal”, destacou Dom Orlando.

Aparições de Fátimavão ao cinema com

efeitos especiaisO milagre do sol e as aparições

de Fátima em 1917 são recriadoscom efeitos especiais digitais nofilme britânico “O 13º Dia”, que es-treou no dia 13-10, em Portugal enos Estados Unidos. O filme deprodução independente é basea-do na história das aparições deNossa Senhora em Fátima, comespecial destaque para o dia 13de Outubro de 1917. De acordocom os diretores, a recriação dosdois episódios foi o maior desafioda produção.

O filme teve como ponto par-tida as memórias de Irmã Lúciae de outras testemunhas. “O 13ºDia” apresenta a história dos trêspastorinhos (Lúcia, Jacinta eFrancisco) de Fátima, que presen-ciaram seis aparições da VirgemMaria no céu, entre maio e outu-bro de 1917. No dia 13 de outu-bro de 1917, milhares de pesso-as se deslocaram à Cova da Iria,em Fátima, para assistir à apari-ção de Maria anunciada pelospastorinhos, e muitos garantiramter visto o sol se movimentar.

A Mensagem final da IIAssembleia Especial do Sínododos Bispos para a África para foiapresentada no dia 23-10, noVaticano, na presença do PapaBento XVI. O documento pede quea comunidade internacional trateo continente africano com “respei-to” e altere as regras do jogo eco-nômico, com referência especialpara a dívida externa. A explora-ção das multinacionais e interes-ses por trás das ajudas às popu-lações carentes também estão namira dos padres sinodais.

A Mensagem destaca que, emrelação à pandemia da AIDS, aIgreja não fica atrás de ninguémna luta contra a difusão do HIV eno cuidado dos doentes. À ima-gem do que já foi afirmado peloPapa, sublinha-se que esta ques-tão não se resolve com a distribui-ção de preservativos. Uma palavraespecial é dedicada às relaçõescom o Islã, assegurando que o diá-logo é possível, mas que é impor-

Sínodo para a Áfricaapresenta mensagem final

tante dizer “não” ao fanatismo.“África, levanta-te e anda!” é

o forte apelo deixado pelos Bis-pos, que repetem o pedido aossacerdotes, para que respeitemo celibato, às famílias, aos jovense às crianças. Em comum, o pe-

dido de que todos se empenhemem favor da reconciliação e queexista discernimento no confron-to com o mundo ocidental. O es-boço do texto havia sido apresen-tado à Assembleia no dia 17, emdiversas línguas.

Atenta à evangelização doscatólicos adultos, a ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil(CNBB) promove, nos dias 6 a 11-10, em Itaici (SP), a 3ª SemanaBrasileira de Catequese, com otema “Iniciação à vida cristã”. Oevento reuniu especialistas e co-ordenadores de catequese das271 dioceses do país. O prefeitoda Congregação para o Clero,Cardeal Cláudio Hummes, discor-reu sobre o tema “Discípulos-mis-sionários hoje”.

De acordo com o presidente daComissão Episcopal Pastoral para

Encontro reuniu catequistas de todo o Brasila Animação Bíblico-Catequéticada CNBB, Dom Eugênio Rixen, oencontro propôs uma reflexão con-junta sobre a iniciação à vida cris-tã. “Diante da descristianizaçãogalopante, da fragilidade que sen-tem muitos católicos frente aosdesafios da realidade atual, dian-te de um mercado religioso cadavez mais diversificado, precisa-mos anunciar e testemunhar queJesus é o Caminho, a Verdade e aVida” afirmou.

A 3ª Semana Brasileira deCatequese deu continuidade àcaminhada catequética no Brasil,

que teve como marco o Documen-to “Catequese Renovada”, inspi-rado na Conferência de Medelín(1968). “Esse documento desper-tou-nos para uma catequesemais cristocêntrica, bíblica etransformadora”, explicou a as-sessora da Comissão, Irmã ZéliaMaria Batista.

O evento faz parte da progra-mação do Ano Catequético Naci-onal, proclamado pela CNBB nomês de abril. O texto baseintitulado “Catequese, caminhopara o discipulado” foi ampla-mente estudado nas bases.

Bento XVI presidiu a Celebração Eucarística de abertura do Sínodo

A Santa Sé publicou, no dia20-10, uma nota informativa daCongregação para a Doutrina daFé sobre os decretos pessoaispara os anglicanos que desejamentrar em comunhão com a Igre-ja Católica. O texto fala da prepa-ração de uma Constituição Apos-tólica, em que a Igreja vai respon-der às muitas questões que fo-ram apresentadas à Santa Sé porgrupos do clero anglicano e seusfiéis de diversas partes do mun-do, que desejam se integrar àIgreja Católica.

Nessa Constituição Apostólica,

Santa Sé dá novos passos para comunhão com anglicanoso Papa Bento XVI introduz umaestrutura canônica que fornecepara tal união o "Ordinário Pesso-al", que permitirá aos anglicanosentrar em comunhão plena coma Igreja católica, conservando ele-mentos do patrimônio litúrgico eespiritual da Igreja Anglicana.

Em Londres, o primaz da Igre-ja Católica na Inglaterra e Gales,Arcebispo Vincent GerardNicholso, e o primaz da Comu-nhão Anglicana e Arcebispo deCantuária, Rowan Williams, par-ticiparam de uma coletiva de im-prensa sobre a nova estrutura da

Igreja para os anglicanos.O prefeito da Congregação

para a Doutrina da Fé, CardealWilliam Levada, ressalta o interes-se da Congregação em responderaos pedidos dos anglicanos emdiferentes partes do mundo: "Te-mos procurado atender as solici-tações para a comunhão plenaque vieram até nós de anglicanosde diferentes partes do mundo.Com esta proposta, a Igreja querresponder às aspirações legítimasdesses grupos anglicanos para aunidade plena e visível com o Bis-po de Roma, sucessor de Pedro".

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Nov/09

Tríduo e Cele-brações mar-cam o Dia de

Santa CatarinaDia 25 de novembro é a

data consagrada a Santa

Catarina de Alexandria, Pa-droeira da Arquidiocese, daIlha e do Estado, e co-titularda nossa Catedral. Prepa-rando a data, haverá umTríduo na Catedral, dias 22,23 e 24 de novembro. No dia25, as missas em honra daSanta serão celebradas às6h 30min, às 9h, às 12h15min e às 15h. A MissaSolene, será a das 19h30min, presidida pelo nossobispo emérito Dom VitoSchlickmann. A celebraçãocontará com participaçãoespecial do Coral Santa Ce-cília da Catedral.

16 Geral Novembro 2009 Jornal da Arquidiocese

Itajaí receberá as relíquias de Dom BoscoA urna percorre os cinco continentes em preparação ao bicentenário de nascimento de Dom Bosco

A Paróquia São João Bosco eo Colégio Salesiano, em Itajaí,receberão nos dias 22 e 23 denovembro, a Urna com as relíqui-as de Dom Bosco, que está visi-tando as várias nações em queos Salesianos estão presentes.

A solenidade faz parte da pre-paração ao bicentenário de nas-cimento do Santo, que ocorreráem 2015, e os 150 anos da fun-dação da Sociedade de São Fran-cisco de Sales (Salesianos). Aurna vem do Paraná e passarápor várias cidades de SantaCatarina até chegar a Itajaí. De-pois continua a sua peregrinaçãoaté o Rio Grande do Sul.

A urna contém uma relíquia deDom Bosco e pesa o total de 530quilos. No interior está colocado umfac-símile do corpo de Dom Boscosemelhante ao que existe na urnaconservada na Basílica de MariaAuxiliadora de Valdocco, em Turim,onde a Congregação nasceu.

Durante todo o tempo em quepermanecer na Paróquia, haveráampla programação envolvendo acomunidade, com horários espe-cíficos para a visitação e para ce-lebrações. O roteiro inicia no dia22 de novembro às 8h30, com arecepção no Posto Santa Rosa, na

BR-101, percorrendo as ruas dacidade até a Paróquia Dom Bosco.

Lá, a urna será recepcionadaàs 9h, seguindo-se a celebraçãode acolhida com as crianças doParque Dom Bosco e Lar PadreJacó. Às 15h haverá CelebraçãoEucarística presidida pelo nossoarcebispo Dom Murilo Krieger,com a presença das comunida-des pertencentes à Paróquia.

No dia 23, a partir das 9h, a

urna segue para o Colégio Sale-siano, onde haverá toda uma pro-gramação com celebrações envol-vendo os alunos e professores, eespaço para a visitação pública.A partir das 22h, haverá vigíliaanimada pela Articulação Juven-tude Salesiana (AJS) e pela Asso-ciação de Pais e Mestres (APM).

A URNAA urna é feita em alumínio,

bronze e cristal. A base represen-ta uma ponte sustentada por qua-tro pilares sobre os quais se lêemas datas que definem oBicentenário: 1815-2015. Os pi-lares são decorados para os la-dos da urna com quadrângulosmostrando semblantes de jovensdos cinco continentes.

Completam a decoração obrasão da Congregação sale-siana, a qual neste ano de 2009celebra o 150º aniversário de fun-dação, e o lema carismático queadotou o mesmo Dom Bosco -“Da mihi animas, cetera tolle”,que significa “Dá-me almas e tiraas outras coisas”.

Após 150 anos de fundação,a Congregação Salesiana está pre-sente em 129 nações e conta com16.092 salesianos: 10.669presbíteros, 2.025 irmãoscoadjutores, 2.765 seminaristas,515 noviços e 118 bispos, entreeles 5 cardeais. Na Arquidiocese,a congregação está presente naParóquia e Parque Dom Bosco, eno Colégio Salesiano, em Itajaí.

Mais informações pelo fone:(47) 3344-9102, no Parque DomBosco, ou pelo e-mail: [email protected].

Além de marcar o bicentenário de Dom Bosco, celebrado em 2015,passagem da urna marca os 150 anos da fundação Congregação

Divu

laga

ção

/JA

CrismasNovembro

2009

DATA HORA LOCAL CELEBRANTE

15 19h30 Fpolis - Coloninha Dom Vito

15 10h Fpolis - Capoeiras Dom Murilo

15 19h30 Fpolis - Jardim Atlântico Dom Murilo

15 9h3018h30

Fazenda Stº AntônioSão José - Par. São José

Pe. MilaniPe. Vitor

20 19h30 Santo Amaro Dom Vito

20 20h Fpolis - Agronômica Dom Murilo

21 15h19h

Sto Amaro - Lourdes (Águas Mornas) Pagará - Santo Amaro Pe. Vanio

21 16h Angelina Dom Murilo

21 19h Brusque - Azambuja Dom Vito

22 9h Major Gercino Dom Vito

22 9h Santo Amaro - Santa Cruz - (ÁguasMornas) Pe. Vanio

22 18h Baln. Camboriú - São Sebastião Dom Vito

22 10h Fpolis - Canasvieiras Dom Murilo

22 19h30 Fpolis - Catedral Dom Murilo

27 19h30 CEMJ (Capela do ColégioCatarinense) Dom Vito

28 19h Fpolis - Coqueiros Dom Vito

DATA HORA LOCAL CELEBRANTE

1 9h Tijucas Dom Murilo

1 9h Fpolis - Saco dos Limões Dom Vito

1º 19h Fpolis - Capela Rio Tavares (Pe.Valdir Prim) Dom Vito

079h

15h18h30

SaltoAgutiNova Trento - Matriz

Dom Murilo

07 15h18h

Capela Stª Teres. Menino Jesus São José - Par. Sant´Ana Pe. Vanio

07 19h30 São José - ROÇADO Dom Vito

08 9h Nova Trento - Claraíba Dom Vito

08 18h30 Fpolis - Par. Stº Antônio - Centro Dom Vito

08 9h15h Brusque - S.J.Tadeu - Águas Claras Pe. Vitor

08 9h30 Itapema Dom Murilo

08 16h Fpolis - Capelania Militar Dom Murilo

14 19h30 Itajaí - Fazenda Pe. Vanio

14 19h30 Itajaí - São João Batista Dom Vito

14 19h30 Garopaba Dom Murilo

15 9h Fpolis -Baln. Estreito Dom Vito

Capa do livro, de autoria doPe. Ney Brasil Pereira,dedicado à Santa, contendo oroteiro da Celebração, ahistória do seu culto, e outrasindicações. O livro pode seradquirido na Coordenação dePastoral, na Cúria Metropoli-tana. Mais informações pelofone (48) 3224-4799.