revista da arquidiocese de aparecida - fevereiro de 2013

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A Revista da ANO 2 - EDIÇÃO NÚMERO 19 - FEVEREIRO DE 2013 rquidiocese de Aparecida Imagem: Paróquia N.S. da Esperança - Arquidiocese de São Paulo PASTORAL DA SAÚDE: PRESENÇA SAMARITANA DE CRISTO NA VIDA DAS COMUNIDADES.

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Revista da Arquidiocese de Aparecida - Fevereiro de 2013

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Page 1: Revista da Arquidiocese de Aparecida - Fevereiro de 2013

1 Revista Arquidiocese

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Ano 2 - Edição númEro 19 - FEVErEiro dE 2013rquidiocese

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Pastoral da saúde: Presença samaritana de Cristo na vida das Comunidades.

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Revista Arquidiocese 2

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ArquidioceseRevista da

3 Revista Arquidiocese

Editorialmatéria de CapaPastoral da Saúde: Presença Samaritana de Cristo na vida das Comunidades.

ministério Extraordinário da Sagrada ComunhãoAprimoramento Espiritual do Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão.

Seminário Bom JesusUm retorno e uma espera.

Escola da FéQuaresma caminhada de Fé.

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Expediente

Revista da Arquidiocese de AparecidaAno 2 - Edição número 19Fevereiro de 2013

Arcebispo: Dom Raymundo Damasceno AssisEditora: Andréa Moroni – MTB 026616 SPProjeto Gráfico: Editora ExpediçõesRevisão: Jaqueline PereiraImpressão e Fotolito: Resolução GráficaTiragem desta edição: 5 mil exemplares

Arquidiocese de AparecidaR. Barão do Rio Branco, 412 – centro – AparecidaAssessoria de Imprensa: (12) 3104-2623www.arquidioceseaparecida.org.br

Para anunciar ligue: (12) 3133-2449

A Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Críticas e sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected]

13 EspiritualidadeMistagogia: o caminho da espiritualidade do Catequista.

Com o abraço e a bênção deDom Raymundo Cardeal Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida, SP

12

notíciaCongresso deve reunir cerca de mil jovens con-sagrados em Aparecida.

Aparecida recebe a 5º Romaria Nacional do Terço dos Homens.

Formação LitúrgicaCriatividade na Liturgia - Parte 2

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07

Estamos iniciando o mês de fe-vereiro. Para nós, católicos, este mês marca o início da quaresma. Este tempo santo tem como objetivo prin-cipal a conversão em vista da cele-bração dos mistérios pascais e como meios a esmola, o jejum e a oração.

A conversão significa, antes de tudo, uma busca para uma vivência maior da graça batismal através de uma melhor configuração a Jesus Cristo. Para que ela aconteça, é ne-

cessário que seja aprofundado o conhecimento da pessoa de Jesus e da sua mensagem e, neste sentido, todas as ações e iniciativas da Igreja devem ser valorizadas. Esta conversão deve acontecer em âmbito pessoal, eclesial e social.

A conversão social exige de nós uma tomada de consciência da nossa responsabilidade diante dos problemas sociais que causam tanto sofrimento para muitos filhos e filhas de Deus. Para nos ilumi-nar nesta tomada de consciência, a Igreja no Brasil realiza, todos os anos, a Campanha da Fraternidade.

A Campanha da Fraternidade de 2013 se reveste de um ca-ráter todo especial porque tem como tema a juventude, no ano em que acontece a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, no mês de julho, do dia 23 a 28, com a presença de Sua Santidade, o Papa Bento XVI.

O objetivo geral desta Campanha é: “Acolher os jovens no con-texto de mudança de época, propiciando caminhos para seu prota-gonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz”. Para que isso aconteça, a Campanha pro-põe como passos os seguintes objetivos específicos: propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida; possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talen-tos e sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

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Revista Arquidiocese 4

atéria de CapaM

Aberto para visitação todos os dias das 8h às 11h30 e das 14h às 18h

Distribuição das “Pílulas Devocionais” de Frei Galvão

Avenida Integração, 151 - Bairro São BentoCep: 12.522-030 - Guaratinguetá - SP

Tel.: (12) 3132-6233www.seminariofreigalvao.org.brfreigalvao@franciscanos.org.br

SEMINÁRIO

FRANCISCANO

FREI GALVÃOPastoral da saúde: Presença samaritana de

Cristo na vida das Comunidades

Desde 1995 a Pastoral da Saúde começou a ser implan-tada na Arquidiocese de Apa-recida, por meio de trabalhos nos hospitais e nas comuni-dades paroquiais, com a reali-zação de visitas aos enfermos contemplando, inicialmente, sua dimensão solidária. A Pas-toral da Saúde é um organis-mo de ação social da CNBB e se propõe a trabalhar, siste-maticamente, em três dimen-sões: solidária, comunitária e político-institucional.

Na dimensão solidária existe a busca por atender a pessoa integralmente nos as-

pectos físico, psíquico, social e espiritual. Já a dimensão comunitária atua na promoção, prevenção e educação para a saúde, valorizando o conhecimento, a sabedoria e a religio-sidade populares, promovendo debates, palestras, encontros educativos sobre doenças, alimentação, saneamento básico e higiene.

A dimensão político-institucional trabalha junto a órgãos e Instituições Públicas e Priva-das que prestam serviços e formam profissionais na área da saúde, para que haja reflexão bioética e de humanização, formação ética e uma política de saúde plena, participando ainda dos Conselhos e Conferências de Saúde, fiscalizando, sugerindo e denunciando quando necessário.

Apesar de todas as dificuldades, a Pastoral da Saúde está presente de forma sistemáti-ca em dez paróquias da Arquidiocese de Aparecida e conta com a participação de cerca de uma centena de agentes que atuam de diversas maneiras nas três dimensões propostas, buscando sempre a construção de uma pastoral de conjunto e tendo um caráter ecumênico e até mesmo inter-religioso. Os agentes e equipes estão presentes nas comunidades, nas diversas instituições de assistência social, nos hospitais e unidades de saúde, assim como, nos diversos conselhos, conferências e na vida pública de nossas cidades.

Trabalho - A Pastoral da Saúde, assim como outras pastorais sociais, se baseia no traba-lho voluntário de pessoas que se propõem a disponibilizar parte de seu tempo e de suas vidas a uma atividade solidária e em busca do bem comum. Na sociedade atual, caracterizada, principalmente, pelo individualismo e pela competição desenfreada, o desafio é conscientizar, sensibilizar e mobilizar as pessoas para este trabalho social. Ao contrário do que se pensa, essa doação pessoal se torna gratificante, onde se recebe muito mais do que se doa.

O principal objetivo da Pastoral da Saúde é evangelizar, com renovado ardor missionário, o mundo da saúde, à luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos, participando da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida

A presença samaritana dos agentes e equipes de pastoral nas comunidades, assim como sua participação cidadã junto às entidades envolvidas com a saúde, são fermento na massa e tem produzido frutos que beneficiam a todos, sendo exemplo de uma vivência religiosa que procura unir uma profunda espiritualidade com uma prática social concreta.

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5 Revista Arquidiocese

As questões relacionadas à saúde em todos os seus aspectos são fundamentais para o desenvolvimento da sociedade e demonstram a necessidade de superação das desigual-dades existentes entre nós “para que todos tenham vida e vida em abundância”.

O estabelecimento de melhores condições de vida para todos é imprescindível para a promoção da saúde, a prevenção das doenças e a organização de um sistema de saúde digno, eficiente e humanizado que atenda plenamente as necessidades de nossa popula-ção. O Sistema Único de Saúde, criado a partir da Constituição de 1988 que reconheceu a saúde como direito de todos, tem obtido grandes avanços, mas ainda são inúmeras as dificuldades enfrentadas para sua plena realização. A Pastoral da Saúde tem um papel importante na construção desse novo modelo.

Romaria Nacional da Pastoral da Saúde – O Santuário Nacional acolhe, no dia 09 de feve-reiro, mais uma Romaria Nacional da Pastoral da Saúde. Os peregrinos vão participar da missa das 9h, que será presidida por Dom Antonio Fernando Brochini, bispo referencial da CNBB. O tema da romaria desse ano será “Pastoral da Saúde e Fé: Uma dimensão Missionária”.

Logo após, no auditório Noé Sotillo, os participantes assistirão a uma palestra com a profes-sora Maria Inez Nortl, sobre o tema: “Liderança e Gestão de Projetos”.

Dr João Carlos França de Paula Santos Coordenador da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Aparecida.

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Revista Arquidiocese 6

N otícia

Congresso deve reunir CerCa de mil jovens

Consagrados em aPareCida

Com o tema: “Novas Gerações: tecendo relações, cons-truindo caminhos”, o Congresso das Novas Gerações da Vida Religiosa Consagrada pretende reunir em Aparecida--SP, no Espaço Padre Vitor Coelho, de 09 a 12 de feve-reiro de 2013, cerca de mil religiosos e religiosas jovens. O evento é uma organização da CRB Nacional - Confe-rência dos Religiosos do Brasil, sob a coordenação do As-sessor Executivo para as Juventudes, Frei Rubens Nunes da Mota, OFMCap (foto), da representante da Diretoria da CRB Nacional, Irmã Lourdes Oro, sds, e de um represen-tante da Vida Religiosa Jovem de cada regional da CRB.

“O objetivo deste Congresso Nacional é redescobrir ca-minhos para assumir o protagonismo das Novas Gerações da Vida Religiosa Consagrada, favorecer a espiritualidade, as relações fraternas, e a missão, para ser testemunho pro-fético diante da realidade atual”, informou.

De acordo com o assessor, se entende por Novas Ge-rações da Vida Religiosa, todos os consagrados que fize-ram os primeiros votos ou votos temporários, até 10 anos de votos perpétuos. Para ele o que motiva a continuidade dos Congressos para este público da Vida Consagrada é o fato de que, conforme apontam as pesquisas, os grandes hiatos, as grandes crises da Vida Religiosa se encontram nessa fase da vida.

“O Congresso não é um ponto final, nem ponto de parti-da, mas fruto de uma caminhada. Queremos que este mo-mento seja uma motivação para que nas regionais da CRB possam continuar a formação de grupos ‘Novas Gerações’ que deem continuidade ao processo de partilha da vida, troca de experiências, de rezar juntos/as para continuarem fiéis no caminho e missão”, afirmou.

A representante e membro da Diretoria da CRB Nacio-nal, Irmã Lourdes Oro, sds, falou sobre as perspectivas da CRB sobre este evento. “A primeira perspectiva é que este Congresso seja para a Juventude Religiosa, um momento de revigoramento, de retomada da Vida Consagrada, da sua opção vocacional, com novo ânimo, com novo vigor e reencantamento do chamado vocacional e do espírito missionário. Uma outra perspectiva é que a Juventude da

Vida Consagrada tenha neste Congresso um espaço onde possam renovar o seu compromisso com a vida e a missão da Vida Religiosa. Que se sintam convocados, compromis-sados e valorizados”, relatou.

Para Irmã Lourdes, a cidade de Aparecida é o melhor lugar para a realização do evento: “É muito bom que seja em Aparecida pois Nossa Senhora é a nossa padroeira e é importante que a Vida Religiosa Jovem faça essa peregri-nação até ao Santuário no sentido de ir ao encontro da Mãe da Vida Consagrada, a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida”, concluiu.

Participam do Congresso, religiosos e religiosas com 10 anos de votos perpétuos, superiores, conselheiros e for-madores das congregações afins, membros das diretorias regionais e acompanhantes dos grupos novas gerações.

Fonte: CNBB

Para fazer a inscrição, entre em contato com a CRB: (61) 3224-4249 ou solicite a ficha de

inscrição por e-mail:

[email protected] (Irmã Rosenilde) e [email protected] (Leandro).

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7 Revista Arquidiocese

N otícia

aPareCida reCebe a 5º romaria naCional do terço dos Homens

A oração é um dom da graça e uma resposta decidida de cada cristão. Rezar o terço nos conduz a oração e nos faz meditar sobre os principais mistérios

da redenção que Cristo nos oferece.

O Santuário Nacional de Aparecida acolhe, no dia 23 de fevereiro, centenas de homens para rezar o Terço aos pés de Nossa Senhora Aparecida, durante a 5º Romaria Nacional do Terço dos Homens.

De acordo com o Prefeito de Igreja do Santuário Nacional, Irmão João Batista de Viveiros, não basta apenas rezar. É preciso fazer algo para confirmar a oração que rezamos.

O Missionário Redentorista explicou que desde a primeira romaria do Terço dos Homens o encontro cresceu muito e ressaltou, também, que com a participação das crianças, o Movi-mento já ganhou uma versão mirim em algumas cidades.

A romaria contará com a presença de Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora (MG) e bispo referência do Terço dos Homens na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e Dom Darci José, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida. O show com o padre Antônio Maria encerrará o evento.

Arquidiocese de Aparecida – Na arquidiocese, o Movimento Terço dos Homens está presente na Paróquia Nossa Senhora Apare-cida em Aparecida. Todas as segundas-feiras, cerca de 80 homens se reúnem na Igreja de São Benedito para a reza do terço, das 18h às 18h30. Segundo Célio Leite, que fundou o movimento em Aparecida, o Terço dos Homens completou 3 anos no dia 19 de outubro do ano passado. “No começo, rezávamos o terço com apenas três homens, agora já são 80”.

PRogRAmAção dA 5º RomARIA NACIoNAL do TeRço doS HomeNS6h30: Cadastramento ou confirmação de cadastro.8h00: Acolhida dos Homens do Terço no Altar do Santuário.9h00: Missa no Santuário10h30 às 11h45: Assembleia com os Coordenadores de Grupos de Terço no Auditório Padre Noé Sotilo (Subsolo do Santuário) e tempo livre para os demais participantes. 12h30: Animação (Grupo musical do Padre Adilson, de Itaúna – MG.) no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho.13h00: Acolhida de todos os grupos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho.14h00: Reza do Terço no Centro de Eventos 15h00: Consagração dos Homens a Nossa Senhora no Centro de Eventos15h30: Show com o Padre Antônio Maria no Centro de Eventos

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Revista Arquidiocese 8

“Existe um tempo para cada coisa”, nos ensina o livro do Eclesiastes. Ao iniciarmos o mês de fevereiro somos convidados a rever os últimos acontecimentos em nossas vidas. Para muitas pessoas encerra-se um período de descanso, passeios, encontros e lazer. Período que se pode criar novas possibilida-des e estabelecer novas amizades. Período que nos convidou a uma “parada”, ou melhor, a uma mudança de atividades. Férias! Mas, como “existe um tempo para cada coisa”, o mês de fevereiro para muitos é marcado pelo retorno e na comunidade do Seminário Missionário Bom Jesus, é um período de retorno às atividades comunitárias, à vida fraterna, aos estudos, às orações e formações da comunidade. Retorno não é um voltar estagnado e fadado a não mudança, e sim ,dar continuidade ao cultivo do primeiro amor se abrindo para novas pers-pectivas ou possibilidades que nos aguardam.

Um tempo para cada coisa! Um retorno e uma espera, um foi e um será. As férias se foram, porém nos esperam novos desafios, novos crescimentos, novos conhecimentos e novas experiências. Para a comunidade do Seminário Missionário Bom Jesus e todo povo cristão católico, o mês de fevereiro também é um tempo especial, um tempo forte na Igreja, um tempo de preparação para a Páscoa. Tempo de crescer e tempo de morrer.

Quaresma é tempo intenso de conversão, jejum e oração. Tempo em que aprimoramos o autodomínio com a graça de Deus. Tempo em que nos prepa-ramos para experimentarmos o Mistério Pascal. Somos convidados a vivê-lo intensamente, não como “mais” um tempo, um tempo qualquer, e sim, como um tempo a dar sentido ao nosso ser cristão.

O breve compêndio “Sou católico – vivo minha fé” nos ensina que viver um tempo litúrgico não é apenas recordar as ações de Jesus, nem somente renovar a lembrança de suas ações passadas, mas é viver uma celebração que tem força sacramental e especial eficácia para alimentar a vida cristã. Logo, viver a Quaresma é abrir o coração com largueza para recebermos todas as graças e efeitos que vem de Deus.

Que o retorno e a vivência deste tempo nos confirmem a opção pelo segui-mento do Cristo!

Gustavo Geraldo Pereira Angelo dos Santos

1º ano de Teologia

Um ReToRNo e UmA eSPeRA

Seminário Bom Jesus

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9 Revista Arquidiocese

A espiritualidade humana é fundamental para a vivência cristã. Espiritualidade é a vivência do Evangelho como Boa Nova de Jesus, em circunstâncias concretas, a partir da pertença consciente a Igreja, povo de Deus. Alimentar-se de uma constante experiência de Deus, da frequência sacramental e se expressar em gestos de solidarieda-de, misericórdia, fraternidade, como realização do amor, que se volta especialmente para o menor dos irmãos.

Cada Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão, por ser perante o mundo, testemunho da ressurreição e da vida do Senhor Jesus, e sinal do Deus vivo, deve aprimorar-se na oração, praticar a penitência, conhecer os documentos da Igreja e viver a doutrina cristã. O aprimoramento espiritual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão consiste no aprofundamento, escuta e vivência da Palavra. O Ministro se dispõe a caminhar em nome de Jesus e da comunidade até o irmão e levar-lhe o Pão da Vida. É responsa-bilidade da comunidade dar atenção primeira aos mais necessitados fazendo chegar até eles a força do Pão Vivo, a Eucaristia. Através dos Sacramentos a vida do homem, suas experiências passam a ter novo sentido. A vida nos reserva momentos e situações que sem a iluminação da fé, não conseguimos compreender. Sem a força do Pão Vivo da Eucaristia, temos dificuldades em aceitá-los e, sem a certeza de que em Cristo todo o sofrimento e morte tornam-se nova vida e libertação, não conseguimos caminhar. Por isso, iluminados pela fé e fortalecidos pelo Pão da Eucaristia, seguimos com coragem o caminho de Cristo.

O ministro é um servidor e com esta consciência cristã ajuda, em nome de Deus e da comunidade de fé, no trabalho que a Igre-ja necessitar. Antes de ver qualquer empecilho, a força maior está com aquele que se coloca a servir. A Espiritualidade do ministro seja essencialmente leiga, com consciência suficientemente esclarecida sobre a sua condição laical. Sendo então o Ministro um servidor, que se doa e que empresta seus pés e se dispõe a caminhar para

aPrimoramento esPiritual do ministro eXtraordinÁrio da sagrada ComunHÃo

Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão

Pe. Jalmir Carlos HerédiaDiretor Espiritual do MESC

a comunidade, até aquele que busca a Jesus, fazendo chegar até ele a força do Pão Vivo, a Eucaristia, com a responsabilidade de dar atenção e ser a presença viva do próprio Jesus. Para isso é importan-te que o Ministro conheça documentos, especialmente referentes à Eucaristia, a fim de exercer retamente esse ministério, e que conheça a “Instrução Geral do Missal Romano”, que disciplina a celebração da Santa Missa, evitando muitos procedimentos de maneira errada. O Senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso em Seu nome, quer que seus pobres servidores realizem tudo como Ele faria estando na terra.

É também essencial que a teologia do sacerdócio comum dos fiéis esteja à base da espiritualidade, redescobrindo todas as dimen-sões dos Sacramentos da iniciação cristã e que toda a formação es-piritual seja adequada a todas as áreas da personalidade, que não seja artificial, fugindo às realidades temporais e que dê a sua ativida-de e à sua presença um sentido de fé, de esperança e de caridade cristã, que o desenvolvimento do serviço o leve a descobrir e a apre-sentar aos outros a presença de Deus nas realidades temporais, que o leve sempre a renovar a identidade Cristã no mundo, que tenha uma espiritualidade de sal, luz e fermento, que seja um Ministro de ação, de oração e dos Sacramentos, que mantenha contato com a Palavra de Deus, a intimidade com Cristo na Eucaristia, na celebra-ção dos Sacramentos e na prática da oração individual e comunitária.

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Agenda: Paróquias, Pastorais e Movimentos

Revista Arquidiocese 10

PARóquiA N S CoNCeição Se PRePARA PARA A quAReSmA

santuÁrio naCional tem novo reitor

Tomou posse no último dia 02 de fevereiro, sábado, o novo reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A missa de posse do Padre Domingos Sá-vio da Silva, C.Ss.R, foi celebrada às 18h.

Padre Domingos Sávio da Silva assumiu a Rei-toria, em substituição ao Mons. Darci José Nicio-li, nomeado pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, bispo-auxiliar da Arquidiocese de Aparecida.

Padre Domingos integra a Comunidade Redento-rista e se dedica aos trabalhos Pastorais do Santuário Nacional desde o início de 2012.

Histórico - Padre Domingos Sávio da Silva, co-nhecido como Padre Domingos, nasceu no dia 17 agosto de 1947, em Lorena. Ordenou-se diácono no dia 30 de novembro de 1974, aos 27 anos. No dia 29 de junho do ano seguinte, foi ordenado padre, na Catedral de Nossa Senhora da Piedade, em Lorena.

Formado bacharel em Filosofia pelo Instituto Re-dentorista de Estudos Superiores de São Paulo, e em Teologia, concluiu o mestrado em Sagrada Escritura pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, na Itália. Neste mestrado, fez dois semestres na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel. É também doutor em Ciências da Religião com concentração em Bí-blia pela Universidade Metodista de São Paulo.

Já exerceu o cargo de pároco por um ano; de vi-gário paroquial por 3 anos, e por outros 3 anos atuou

PAStoRAl DA FAmíliA PRomove eNCoNtRo De CASAiS em lAgoiNhA

No dia 17 de fevereiro, a Pastoral da Família da Arquidiocese de Aparecida promove em Lagoinha, um Encontro de Casais. O tema será: “ Despertar para a fé” e o lema: “ Família geradora de fé e vida”.

O encontro, coordenado por casais da pastoral arquidiocesana, terá início às 7h, com a aco-lhida, e término às 19h, com a Celebração Eucarística.

Informações sobre o encontro podem ser obtidas na secretaria paroquial.Formação – A pastoral também realizará um encontro de formação de agentes na Paróquia

de São Dimas, em Guratinguetá, nos dias 22 e 23 de fevereiro.

nas atividades pastorais do Santuário Nacional, além de ter coordenado o Noviciado Redentorista da Pro-víncia de São Paulo por 7 anos, e o Pré-Noviciado no mesmo local por outros 2 anos. Em 2012, retornou à Pastoral do Santuário em Aparecida.

02 e 03- Formação de Catequistas;09 - Missa dos Enfermos;10 - Missa às 07h, 09h e às 19h;13 - Quarta Feira de Cinzas - missa às 08h e às 19h; 18 - Procissão da Penitência às 5h, e em seguida, missa na Matriz.

Em fevereiro, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição se prepara para o início da Quaresma.

Confira a programação do mês:

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Paróquia Santo afonSo abre inScriçõeS Para a catequeSe

Estão abertas as inscrições para catequese na Paróquia Santo Afonso Maria de Ligório, em Aparecida. Até o inicio do mês de março os pais ou responsáveis poderão inscrever seus filhos e filhas na Catequese de Primeira Eucaristia, Crisma e Catequese de Adultos.

Para efetivar a inscrição, pais ou responsáveis devem preencher uma ficha na secretaria da paróquia ou na sua comunidade, munidos de cópias da certidão de batismo e comprovante de residência, de segunda a sexta-feira, das 8h30

às 12h e das 13h30 às 17h. A idade mínima para iniciar na Catequese de Primeira Eucaristia é de 9 anos.

Santuário frei Galvão dá início a novena em PreParação a feSta do 1º Santo braSileiro

O Santuário Arquidiocesano de Frei Galvão, localizado no bairro Jardim do Vale, em Guaratinguetá, realiza todo o dia 25 de cada mês, às 19h, a novena em preparação para a Festa de Santo Antônio de Sant ‘Anna Galvão, que acontecerá no dia 25 de outubro.

“Durante esses nove meses que antecedem a festa nós nos reunimos em preparação para celebrarmos o grande dia do nosso querido Santo brasileiro. Sem dúvida, são momentos de muita graça, intimidade com Deus e também de amor ao nosso Santo”, destacou o Reitor do Santuário, Padre Roberto Lourenço da Silva.

A expectativa de público para este ano na novena e festa é de, aproximadamente, 100 mil pessoas nos dez dias de festa. Esses dados são baseados na distribuição das pílulas de Frei Galvão. Nos dois últimos anos, foram distribuídos cerca de 85 mil envelopes, nos dez dias da festa.

Mais informações e fotos sobre as novenas e a festa de Frei Galvão no site www.santuariofreigalvao.com ou pelo telefone (12) 3125-1444.

Paróquia São FranciSco DE aSSiS abrE

camPanha Da FratErniDaDE na

quarta-FEira DE cinzaS

A Paróquia São Franciscode As-sis, em Guaratinguetá, promoverá a abertura da Campanha da Frater-nidade 2013, durante a Celebração

Eucarística na matriz. A missa será às 19h e toda a comunidade está convidada a participar. O tema da CF deste ano é Fraternidade e Juventude.

Correção – na matéria do mês de janeiro foi publicado que o terceiro pároco da Paróquia São Francisco foi o Pe. Carlos Roberto de Carvalho, mas o correto é o Padre Roberto Lourenço da Silva.

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Revista Arquidiocese 12

Formação Litúrgica

Criatividade na liturgia – Parte 2

Pe. Narci Jacinto BragaAssessor de liturgia

Na preparação da liturgia de nossas comunidades procuremos sempre:- evitar toda preguiça e toda má vontade, quando se é convocado a prestar um serviço na celebração;- valorizar com criatividade as oportunidades de evangelizar e catequizar o povo durante a liturgia, sem cair no erro de fazer da

mesma uma simples aula de catequese;- proporcionar uma boa formação humana, teológica e litúrgica aos vários ministros, em especial, aos que tratam diretamente

com o povo durante os atos litúrgicos;- cantar ou recitar o salmo responsorial na Missa, conforme indica o autêntico espírito litúrgico, sem substituí-lo por qualquer

canto interlecional;- preparar bons leitores e salmistas para as proclamações bíblicas e para o canto dos salmos;- utilizar músicas e cantos litúrgicos para cada parte e cada tipo de celebração, evitando usar na liturgia cantos que, embora

religiosos, não são propriamente cantos litúrgicos;- equilibrar o tempo das homilias, cantos, gestos, orações, comentários e momentos de silêncio, para não cansar ou desarti-

cular a celebração;- levar os fiéis a compreender os gestos usados nas celebrações, mas sem esvaziá-los com explicações óbvias e inúteis;- formar a Equipe de Liturgia e as diversas Equipes de Celebração para que ajam em cada uma das celebrações;- intensificar as relações entre os animadores e o que preside a ação ritual;- valorizar a função dos vários ministros na celebração: acólitos, leitores, salmistas, animadores, cantores, recepcionistas etc.;- ser criativo na celebração, utilizando com respeito os elementos próprios da cultura e do jeito de ser do nosso povo, evitando-

-se, porém, coisas absurdas, ridículas ou alheias ao genuíno espírito eclesial;- alterar periodicamente a ornamentação do lugar da celebração;- usar com frequência óleos e essências perfumadas, flores e demais objetos expressivos na liturgia;- valorizar o ambão ou mesa da Palavra de Deus, diversificando-o da estante do comentarista e dos cantores;- cuidar dos livros litúrgicos, especialmente dos livros que contêm a santa Palavra de Deus;- evitar proclamar a Palavra na liturgia a partir de folhetos ou folhas avulsas, por respeito à sua santidade;- evitar pôr sobre o altar arranjos de flores ou outras ornamentações indevidas, que ferem o espírito litúrgico e atrapalham a

visão direta da mesa da Eucaristia por parte do povo;- usar objetos dignos, belos, limpos, excluindo-se qualquer possibilidade de desvalorização ou desrespeito das coisas santas;- valorizar o corpo e a dança na liturgia, conforme o autêntico espírito litúrgico, bem como a música orquestrada, as cores etc.;- usar frequentemente a bênção e aspersão da água sobre os fiéis, que recordam o Batismo e a purificação, substituindo com

elas o Ato Penitencial da Missa;- usar o incenso, o fogo, as tochas e velas em momentos mais significativos;- acolher com atenção, carinho, alegria e respeito os fiéis na porta da igreja e despedi-los convenientemente no final da

celebração;- valorizar o canto na liturgia, cantando inclusive aquelas partes que normalmente são dialogadas entre o padre e o povo.- preparar bem as homilias e comunicações verbais a serem feitas durante a celebração;- criar maior aproximação e simpatia entre o que preside e os fiéis participantes;- cuidar dos idosos e das crianças durante a Missa, ajudando-os e dispensando a todos carinho e respeito;- criar um ambiente celebrativo de paz, alegria, cordialidade, afeto;- valorizar as várias idades, gerações e faixas etárias que participam da assembleia comum;- evitar toda divisão, toda maledicência, todo egoísmo e vão orgulho na preparação e realização dos trabalhos litúrgicos e de-

mais atividades próprias da Igreja, servindo ao Senhor e aos irmãos com simplicidade, generosidade e alegria, dando bom exemplo, sem desejo de vanglória ou espírito de soberba.

Se usarmos inteligentemente esses e tantos outros exemplos simples de criatividade, nossas celebrações ganharão mais vida, sentido e expressão. Os fiéis compreenderão melhor a ação litúrgica e a celebração com maior ardor e empenho. Assim, o Senhor será dignamente louvado por seu povo fiel e toda a Igreja de Cristo brilhará em verdade e santidade. Essas são, sem dúvida, atitudes que Cristo Jesus espera de cada um de nós.

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spiritualidadeEMistagogia: o CaMinho da

espiritualidade do Catequista

Na proposta da Iniciação à vida cristã, com a inspiração catecume-nal, propõe-se a um processo ca-tequético com seu tempo de Mista-gogia, para as pessoas que aderem pela fé a Jesus Cristo e querem fazer parte da comunidade cristã. A Mistagogia, pois, conduz ao mistério de Deus. É uma palavra de origem grega: Mystes +eagein - Mystes = mistério / Eagein = conduzir, guiar

Mistagogia: ação de guiar para dentro do mistério.

Mas, o que é mistério?No nosso contexto mistério re-

fere-se a Deus, o mistério de Deus, seu desígnio de salvação que se

centra na pessoa de Jesus e sua páscoa. É necessário descobrir o mistério da pessoa de Jesus e os mistérios do Reino. Nós fazemos parte deste mistério.

Precisamos ser iniciados no mistério, não somente com palavras, mas também através de ritos, de ações simbólicas. Os ritos (celebrações litúrgicas) têm a função mistagógica de nos conduzir para dentro do mistério. Na liturgia, cada palavra, cada gesto, cada movimento “contém” o mistério e nos faz mergulhar nele: no mistério de Deus, no mistério da vida, no mistério da história, em nosso próprio mistério. É preciso conhecer o Cristo para amá-Lo e querer ficar com Ele. (Jo 1,35s).

É preciso confiar na força do Espírito Santo que se comunica na sobriedade das palavras e dos gestos sacramentais. Ele é o mistagogo invisível.

Para isso é preciso uma espiritualidade mistagógica. Pela espiritualidade o ser humano é capaz de Deus. Inspirado pelo Espírito Santo deixar-se guiar por Ele para viver com alegria, com coragem e entusiasmo a vocação cristã e a missão, pleno do amor de Deus. A vida de oração, a frequência aos sacramentos nos alcançam a maturidade espiritual. Não basta um itinerário litúrgi-co, é preciso conversão pessoal.

O catequista mistagogo tem a missão de estar envolvido numa experiência fascinante com Cristo, sentir-se amado por Deus, transmitir o ensinamento, conduzir o catequizando aos mistérios da fé e estar engajado na comunidade. Assim o seu testemunho será convincente, pois passa por sua espiritualidade.

“O catequista mistagogo tem uma espiritualidade envolvente. Tem uma cumplicidade com Deus, sendo seu porta-voz. Tem experiência de intimidade com Deus na oração, na participação litúrgica, na leitura orante da Palavra de Deus, no seguimento de Jesus Cristo e na formação de comunidades cristãs. Ele, na oração e contemplação, procura ver a realidade, isto é, a vida com os olhos de Deus”. (Dom Paulo Mendes Peixoto)

Pe. André Gustavo de SousaFormador do Seminário Missionário Bom Jesus

Assessor da Comissão Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Aparecida

Para a Leitura orante no mês de fevereiro:Abaixo, caro leitor (a), você encontra a citação do evangelho de cada domingo do mês para sua leitura, meditação, oração e contemplação da Palavra de deus.

03/02 – Lc 4, 21-30 – 4º Domingo do Tempo Comum10/02 – Lc 5, 1-11 – 5º Domingo do Tempo Comum

17/02 – Lc 4, 1-13 – 1º Domingo da Quaresma24/02 – Lc 9, 28b-36 – 2º Domingo da Quaresma

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E scola da Fé

Dia 10/02 – Padre José Carlos de melo – Paróquia Puríssimo Coração de maria – aniversário natalícioDia 15 /02 –Dom Raymundo Damasceno Assis – Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB – aniversário natalícioDia 16/02 – Padre Peixoto – Paróquia Santo expedito – aniversário natalício

Aniversariantes de fevereiro

quaresMa CaMinhada de fé

[email protected] Bíblica “Beato João Paulo II”

A Quaresma é um período de reflexão, um tempo de caminhada na fé e de con-versão interior. De acordo com as Normas Universais do Ano Litúrgico, “o tempo da Quaresma vai da Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor (Quinta-feira santa), exclusive”. Durante esta jornada espiritual os cristãos vivem de uma maneira especial a sua relação com Deus e com os outros.

Originalmente a Quaresma foi inspirada numa gran-de catequese que a Igreja primitiva fazia, durante qua-renta dias, quando os catecúmenos se preparavam para receber o Batismo no Sábado Santo, dentro da Solenidade da Vigília Pascal. Junto dos catecúmenos estavam também aqueles que tinham cometido peca-dos graves, os quais pretendiam retornar à fé cristã. Esse tempo era marcado pela penitência, oração, jejum e escuta da Palavra de Deus.

A espiritualidade da Quaresma propõe para nós os exercícios de conversão: oração, jejum e esmola. Con-tudo, são necessárias propostas concretas, com base em objetivos bem definidos. Devemos aproveitar as sugestões de vivência do Ano da Fé para assumirmos atitudes de caridade, oração e mortificação pessoal que nos levem redescobrir e fortalecer o dom da fé em nos-sas vidas.

O início da Quaresma é marcado com o símbolo das Cinzas, lembrando os ritos de penitência a que se submetiam os pecadores convertidos. O gesto de se cobrir com cinzas significa o reconhecimento da própria fragilidade e mortalidade, necessitada de ser redimida pela misericórdia de Deus. Na liturgia da Quarta-feira de Cinzas, durante a imposição das Cinzas o sacerdote ou os ministros dizem: “Convertei-vos e crede no evan-gelho”. A nossa conversão exige uma atitude de fé na

Palavra de Deus. Quando dizemos “eu creio”, afirma-mos a nossa decisão de vida, a sua compreensão e o itinerário para atingir a sua plenitude.

Outro elemento importante da liturgia da Missa de Quarta-feira de Cinzas é a leitura do Apóstolo São Pau-lo: “Agora é o tempo favorável...” (2Cor 6,2b) definindo a importância do itinerário quaresmal como tempo opor-tuno para preparar-nos para celebrar o inefável aconte-cimento da nossa fé, ou seja, a renovação batismal e o mistério pascal.

A Quaresma deve ser um tempo de aprofundamento da fé, pessoal e comunitária. A fé é uma atitude que cresce e se aprofunda, à medida que nos leva a entrar em comunhão pessoal com Cristo e, por Ele, com Deus na Trindade Santíssima.

Durante a Quaresma, como num retiro pessoal, po-demos meditar sobre os gigantes da fé (Hb 11,4 – 40), conforme sugestão da Carta Apostólica Porta da Fé (PF, 13), que nos recorda: “Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história”.

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