revista da arquidiocese de aparecida - outubro de 2011

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1 Revista Arquidiocese A de Aparecida Revista da “Senhora Aparecida, reflexo do coração materno de Deus” ANO 1 - EDIÇÃO NÚMERO 03 - OUTUBRO DE 2011 rquidiocese A Festa da Padroeira 2011

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Revista da Arquidiocese de Aparecida - outubro de 2011

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“Senhora Aparecida, reflexo do coração materno de Deus”

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3 Revista Arquidiocese

Dia 12 de outubro, celebramos a solenidade de Nossa Senhora Aparecida, declarada a padroeira do Brasil pelo Papa Pio XI, em 1930, e aclamada oficialmente como Rainha e Padroeira de nossa pátria em 1931, na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, na presença de uma multidão de fiéis e do Governo brasileiro.Apesar do título de Rainha e Padroeira do Brasil, a Mãe de Deus e nossa, quis manifestar-se de maneira simples e discreta: em 1717, nas águas do rio Paraíba, três pescadores - João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso

– depois de muito trabalho em vão, conseguiram, finalmente, apanhar grande quantidade de peixes, após terem encontrado em dois lances das redes, o corpo e a cabeça de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. A sabedoria, e, principalmente, a fé, destes três pescadores, fizeram com que eles conseguissem ver neste fato um sinal da presença de Deus. A fé que não permitiu que eles jogassem de volta para as águas do rio Paraíba a pequena imagem da Virgem da Conceição que acabara de ser encontrada, foi a mesma que inspirou um deles a levá-la para sua casa, para, a partir deste momento, ser venerada sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida porque foi achada (aparecida) nas águas. A devoção começou modestamente com a reza do terço e aos poucos, com o crescimento do número de devotos e a multiplicação das graças alcançadas, atribuídas a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, viu-se a necessidade de construir, em 1745, uma capela, no Morro dos Coqueiros, onde se encontra hoje a Basílica Antiga. E, em 1955, deu-se início a construção do atual Santuário - o maior santuário mariano do mundo. Hoje, o Santuário recebe, anualmente, cerca de 10 milhões de devotos, vindos de toda parte do Brasil e também de outros países que chegam à Casa da Mãe para louvar, pedir e agradecer pelas graças alcançadas. A devoção a nossa Mãe Aparecida, como vimos, surgiu de maneira muito simples e humilde, sem fato espetacular, assim como, o nascimento do seu Filho Jesus, que mesmo sendo Rei e nosso Salvador, escolheu vir ao mundo por meio de Maria, uma menina pobre de Nazaré, e nascer num estábulo, cercado por pastores e animais. Isto nos faz compreender melhor a predileção de Deus para com os pobres e humildes. Não podemos esquecer, também, que no Brasil, outubro é o mês dedicado às crianças e que dia 12 é também o seu dia. Jesus tinha especial atenção para com as crianças: “Deixai as crianças virem a mim e não as impeçais, pois a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus”. (Lc 18, 16). A todas as crianças, meus parabéns! Que todas, sem distinção, de raça ou classe social, tenham seus direitos fundamentais garantidos e, assim, possam crescer num lar cristão, numa família, onde se sintam protegidas, respeitadas e amadas.

Com o abraço e a bênção deDom Raymundo Cardeal Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida, SP

Editorialmatéria da CapaFesta da Padroeira 2011

ministério da Sagrada Comunhão A Eucaristia exprime o amor de Jesus por nós e estimula o fervor da caridade

Espiritualidade Viva a Mãe de Deus e nossa

Aconteceu na ArquidioceseMissa de Ordenação Episcopal de Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis

notíciasOs Bens Culturais na Igreja

LiturgiaServiços e Ministérios nas celebrações

Artigo do Seminário Bom JesusMês missionário: A Pastoral como elemento básico da Missão do Seminarista

Escola BíblicaSão Francisco de Assis e a liturgia

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ExpedienteRevista da Arquidiocese de AparecidaAno 1 - Edição número 03Outubro de 2011

Arcebispo: Dom Raymundo Damasceno AssisEditora: Andréa Moroni – MTB 026616 SPProjeto Gráfico: Expedições EditoraRevisão: Jaqueline PereiraImpressão e Fotolito: Resolução GráficaTiragem desta edição: 5 mil exemplares

Arquidiocese de AparecidaR. Barão do Rio Branco, 412 – centro – AparecidaAssessoria de Imprensa: (12) 3104-2623www.arquidioceseaparecida.org.br

Para anunciar ligue: (12) 3133-2449

A Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Criticas e sugestões devem ser encaminhadas para o e-mail: [email protected]

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Revista Arquidiocese 4

Com o tema ‘Senhora Aparecida, reflexo do coração materno de Deus’, a novena em louvor a Padroeira do Brasil será celebrada de 03 a 12 de outubro.

“O coração é o centro mais íntimo de um organismo, o centro vital, sem o qual é impossível viver. Por analogia, é no coração que fazemos escolhas e tomamos decisões… Nessa perspectiva, contemplamos o mistério de amor que encerra o coração de Maria: coração que era ‘sim’ para a vida, coração que era ‘sim’ para o irmão, coração ‘sim’ para Deus! Coração de Mãe que acolheu Jesus e acolhe todos os aflitos que estão junto à cruz! Com devoção fi-lial, aprendamos a imitá-la”, menciona o reitor do San-tuário, padre Darci Nicioli.

A novena será celebrada em dois horários: às 15h e às 19h. Os fiéis que não tiverem a possibilidade de partici-par da Novena no Santuário Nacional podem acompanhar pelos veículos de comunicação.

A REDE APARECIDA DE COMUNICAÇÃO vai trans-mitir toda a novena em preparação à Festa da Padroeira. A novena da noite, às 19h, será transmitida também pela TV Canção Nova e pela Rede Católica de Rádio. Para o reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli é im-portante poder contar com parcerias para levar as bênçãos da Padroeira aos fiéis nesse período.

“Nós queremos anunciar por sobre os telhados, por to-dos os meios e queremos unir as TVs de inspiração católi-ca para transmitirem a Novena da Padroeira. Estaremos rezando para que o Brasil inteiro receba a mensagem que brota do Santuário Nacional, para que possamos todos participar deste momento de festa e de profunda oração. É bênção, é graça para todo o povo brasileiro para que possamos comemorar a Rainha e Padroeira do Brasil”, afirmou padre Darci.

Matéria da capa

“Senhora Aparecida, reflexo do coração materno de Deus”

Festa da Padroeira

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Pregadores da novena da noite03.10 - Dom José Luiz Majella Delgado, Bispo de Jataí,

GO04.10 - Dom Sérgio Aparecido Colombo, Bispo de Bra-

gança Paulista, SP05.10 - Dom Antonio Carlos Felix, Bispo de Luz, MG06.10 - Dom Edmar Peron, Bispo Auxiliar de SP07.10- Dom Mauricio Grotto de Camargo, Arcebispo de

Botucatu, SP08.10 - Dom Pedro Cipollini, Bispo de Amparo, SP09.10 - Dom Paulo Cezar da Costa, Bispo Auxiliar do

RJ10.10 - Dom Zanoni Demettino Castro, Bispo de São

Mateus, ES11.10 - Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Fre-

derico Westphalen, RS12.10 - Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis, Ar-

cebispo de Aparecida, SP

Programação do dia 12 de outubro

05h: Alvorada Festiva05h30: Missa08h: Missa das Crianças10h: Missa Solene12h: Homenagem a Nossa Senhora13h: Missa e Hora Mariana15h: Consagração Solene16h: Procissão SoleneShow em Louvor a Nossa Senhora AparecidaShow Pirotécnico

Shows - Esse ano várias apresentações irão acontecer durante a Festa em homenagem a Padroeira do Brasil. No dia 8 de outubro os fiéis poderão acompanhar um show com a cantora Celina Borges, e no dia 9, com o ‘Terra da Padroeira’.

Já no dia 10 de outubro a comemoração fica por conta da cantora Joana que se apresentará no Auditório Padre Orlando Gambi, na Rede Aparecida.

Para encerrar as homenagens a Padroeira do Brasil, o Santuário Nacional vai realizar na Tribuna Dom Aloísio Lorscheider, o show de Padre Antônio Maria e amigos.

No dia da grande Festa da Padroeira, que também é o Dia das Crianças, a pequena Giulia Soncini de 6 anos, destaque em um programa de calouros da TV brasileira, vai homenagear Nossa Senhora Aparecida cantando Ave Maria, na celebração das 8h.

Visita de Immaculée IlibagizaCom o intuito de levar valores cristãos, como o perdão,

a paz e a valorização do próximo, o Grupo Silvia Aqui-no, formado por senhoras profissionais das mais diversas áreas, levará ao Santuário Nacional, no dia 12 de outubro, Imaculée Ilibagiza, a filha de Ruanda, que sobreviveu ao genocídio de 1994, quando mais de um milhão de pessoas foram brutalmente assassinadas, inclusive, a maior parte de sua família.

Immaculée é exemplo vivo de tenacidade, espírito forte e fé. Quatro anos depois do massacre, migrou para os Es-tados Unidos e foi trabalhar na Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje, dedica-se à Fundação Ilibagiza fo-cada na recuperação e educação de sobreviventes de ge-nocídios e guerras.

“Ela tem muita devoção à Nossa Senhora Aparecida e gosta de falar de sua experiência e trabalho para muitas

Immaculée Ilibagiza

Padroeira 2011

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pessoas. Neste sentido a convidamos para que viesse ao Brasil e ela topou”, disse Izaskun Martinez, profissional que faz parte do Grupo Silvia Aquino e que está a frente da visita de Imaculée ao Brasil.

Além da visita à Aparecida, Imaculée também fará pa-lestras para vários grupos em São Paulo, Cachoeira Pau-lista e Rio de Janeiro.

A participação da sobrevivente de Ruanda no Santuá-rio Nacional será na Missa Solene do dia 12 de outubro. Após a celebração ela deve participar de uma coletiva de imprensa.

Histórico da Festa da PadroeiraA festa da Padroeira do Brasil já foi celebrada em diver-

sas datas: dia da Imaculada Conceição (08/12); 5º domin-go após a Páscoa; 1º domingo de maio (mês de Maria); 7 de setembro (Dia da Pátria).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua Assembleia Geral, de 1953, determinou que a fes-

ta fosse celebrada, definitivamente, no dia 12 de outubro de cada ano.

Por ocasião da visita do Papa João Paulo II ao Brasil, o então Presidente da República, General João Batista Figueiredo, promulgou a Lei n. 6.802, de 30 de junho de 1980, “declarando feriado federal o dia 12 de outubro para o culto público e oficial a Nossa Senhora Apareci-da”, conforme consta no Diário Oficial da União de 1º de julho de 1980.

Com relação ao aspecto religioso, a Festa de Nossa Se-nhora Aparecida tem o objetivo de reviver o início dessa devoção, em outubro de 1717, com o aparecimento da Imagem no rio Paraíba do Sul.

Colaboração: Assessoria de Imprensa do Santuário e Portal A12

Fotos: Centro de Documentação e Memória/ AssessoriaMais informações sobre a festa através do blog www.

a12.com/festadapadroeira

Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida

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M inistério da Sagrada Comunhão

A Comunhão é de fundamental importância para o pro-gresso da nossa vida espiritual. Sua eficácia, porém, varia de acordo com o esforço que cada um faz para comungar bem.

É São Tomás quem nos ensina que a caridade é o efeito próprio desse Sacramento. Se recebido em estado de gra-ça, ele aumenta efetivamente na alma a caridade. Ele a faz desabrochar em atos, se a pessoa a isso se presta e dá sua livre cooperação, comungando devotamente. A vida sobrenatural sente-se restaurada, como o corpo depois de uma boa refeição.

A Eucaristia é o Sacramento que representa e produz a caridade, afirma São Tomás. Ela é ao mesmo tempo a expressão do amor de Cristo por nós e a causa de nosso amor a Ele.

Onde está melhor testemunhado o grande amor e prefe-rência desse Deus que Se encarnou e Se imolou por nós? Cristo está realmente na Eucaristia, com seu Corpo e seu Sangue. A fim de provar que realizou esse mistério, não em benefício de uma impessoal humanidade, mas de cada homem e mulher de todos os tempos, Ele os renova dia-riamente por toda parte, e Se oferece a todas as almas como se cada uma fosse o único objeto de seu amor.

Onde podemos encontrar um símbolo mais expressivo de seu amor por nós?

Instalado em nosso coração, presente com todas as suas energias divinas e humanas no centro de nosso próprio ser, Cristo age na alma que se dispõe à sua ação. Como

A EucAristiAexprime o amor de Jesus por nós e estimula o fervor da caridade

Pe. Jalmir Carlos HerédiaCoordenador da Pastoral Presbiteral

um braseiro do qual nasce um incêndio, Ele nos aquece e nos inflama. São Vicente de Paulo exclamava: “Meus irmãos, não sentis esse fogo divino arder em vossos pei-tos quando recebeis o Corpo adorável de Jesus Cristo na Santa Comunhão? Vim trazer o fogo à terra - disse Ele - e quanto desejo que arda!”

Pela visita eucarística, Jesus se aplica a fazer em cada um de nós individualmente a obra para a qual veio a este mundo. Sua passagem pela terra foi de curta duração. Breve também é sua visita eucarística. No dia da Ascen-são, porém, Ele prometeu enviar seu Espírito, que de fato logo se difundiu na Igreja. Da mesma forma, cada Comu-nhão piedosa é seguida de um “Pentecostes espiritual”. Uma vez cessada a presença sacramental de Jesus, seu Espírito - ou seja, o Espírito de Deus portando a marca viva de Cristo e conformando a Ele nossa alma - fixa em nós sua morada. Cada uma de nossas comunhões é como uma porta nova: faz com que Jesus entre mais profunda-mente em nossa alma. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua morada, cearei com ele e ele comigo”.

Que a comunhão recebida seja para todos ocasião pre-ciosa para uma renovada consciência do tesouro incom-parável que Cristo confiou a nós cristãos. Recebendo o Corpo e o Sangue do Senhor, vivendo seus ensinamentos, aprofundemo-nos nesse sagrado mistério e possamos di-zer como o apóstolo Paulo:

“Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.”

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Artigo do Seminário Bom Jesus

Nosso Seminário Missionário Bom Jesus, assim como, todos os centros de formação presbiteral e religiosa têm como meta levar o formando a um verda-deiro processo de busca e discernimento vocacional, embasado em algumas dimensões básicas, isto é, que orientam a vida do seminário e do candidato, acadêmica e, por fim, da qual iremos falar a DIMENSÃO PASTORAL.

O termo pastoral vai muito além daquilo que podemos pensar. A palavra deriva de “Pastor”, figura muito utilizada na Sagrada Escritura, principal-mente para se referir à pessoa de Jesus, “Eu sou o BOM PASTOR, dou a vida pelas minhas ovelhas” (Jo 10, 11). Então, a partir disso, aqueles que “fazem pastoral” são convocados a se configurarem cada vez mais suas ações com a do Cristo. Os objetivos claros da Ação Pastoral são: Evangelizar; cuidar da integridade da pessoa; valorizar o ser humano enquanto criatura divina; fazer acontecer a Obra de Deus e trabalhar na comunidade e para o bem da comu-nidade. Portanto, nenhuma pastoral é um ato em favor de si próprio, é sempre visando o bem comum, a comunidade.

No atual contexto da Igreja somos convocados pela Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum Domini a “convidar todos os cristãos a redescobrirem fascínio de seguir Cristo” (VD 96), ou seja, suscitar em outros o desejo pela Missão, pela Pastoral. Neste documento o Santo Padre Bento XVI vem nos alertar para a necessidade do contato com a Palavra de Deus na Missão, por-que sem a Palavra de Deus o Reino não acontece, a missão fica vazia, perde o sentido; portanto a Pastoral deve ser um conjunto de fatores: A Missão associada ao Amor à Palavra de Deus, nutrida pelo Sacramento da Eucaristia e enraizada na realidade em que se encontra.

A Igreja no Brasil nos propõe para o período de 2011-2015 as novas “Dire-trizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, como expres-são do desejo de atender às urgências pastorais que estão presentes na nossa Igreja e no mundo.

Em nossa atual situação somos oito seminaristas auxiliando nas pastorais: André Luiz, na Paróquia Nossa Sra. do Rosário; Odair Cruz, na Paróquia Puríssimo Coração de Maria; Moisés dos Santos, na Paróquia Nossa Sra. da Glória; Reginaldo Salomão, na Paróquia Nossa Sra. de Lourdes; Dou-glas Henrique, na Paróquia Santana; Thiago Guimarães, na Paróquia Senhor Bom Jesus, estes auxiliam na Pastoral Paroquial , isto é, prestam colaboração à ação pastoral nas paróquias da nossa Arquidiocese. Os seminaristas Luiz Fernando Miguel e Sidnei Lino da Cruz prestam seus serviços pastorais à Pastoral Vocacional do Seminário e da Arquidiocese, auxiliando na anima-ção vocacional Arquidiocesana e promovendo as vocações juntamente com a animação da juventude.

Mês Missionário: A Pastoral como elemento

básico da Missão do Seminarista

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9 Revista Arquidiocese

A pastoral do seminarista na pa-róquia consiste, essencialmente, no serviço às áreas da ação propriamente dita e no auxílio às pastorais específi-cas como: Familiar, Litúrgica, Minis-térios, Criança e Juventude. O cam-po de trabalho é bem vasto, devido à grande variedade de ministérios, dons e carismas na nossa Igreja. O semina-rista, em comunhão com o pároco da paróquia em que se encontra, elabo-ra, no início do ano, o seu projeto de pastoral, isto é, seus objetivos e metas para o ano de pastoral, tendo em vista a Palavra de Deus e as orientações da Igreja.

Em nosso planejamento participativo do Seminário (2009-2011) vimos que “a Pastoral surge como uma ne-cessidade da formação com vista ao aprendizado do ser-viço em uma paróquia e em outros campos da ação pas-toral.” Notamos em nossa Arquidiocese uma organização pastoral sólida, porém que às vezes deixa a desejar no uso dos meios de comunicação e em “assumir a dimen-são missionária” que contém toda pastoral, somos todos missionários. Para ser missionário não é preciso ir longe, mas sim abandonar o que nos atrapalha e o que nos faz ser egoístas e mesquinhos. A pastoral fica mais bonita e pro-dutiva quando todos participam e fazem o Reino de Deus acontecer na Comunidade. Seminarista Luiz Fernando Miguel

http://luizfmiguel.blogspot.com

Bom seria se todas as paróquias de nossa Arquidiocese tives-sem um seminarista para colaborar com a pastoral, mas para isso precisamos rezar pelas vocações, promover as vocações na nossa Igreja local. Então rezemos para que mais jovens pos-sam abraçar a vocação sacerdotal sem medo de ser feliz e com a convicção de que vale a pena seguir Jesus e vivenciar Seu Reino no contato com as pessoas da comunidade e no serviço à Igreja, com especial atenção às pessoas mais necessitadas de pão e de justiça, de amor e de Deus.

Que Nossa Senhora Aparecida, nosso Perpétuo Socorro, São Frei Galvão e São João Maria Vianey sempre intercedam por nós e nos ajudem a ser melhores para servir cada vez melhor. Que Deus abençoe a todos. Um abraço fraterno.

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Pe. Narci Jacinto Braga

L iturgia

Quando nos reunimos em assembléia, quer dizer que viemos para celebrar o mis-tério pascal de Jesus cristo. Nossa motivação funda-mental é a fé cristã, que nos leva à fonte da graça divina para receber seus dons e partilhá-los no mundo em que vivemos.

O ritual, que representa o conjunto de símbolos, lei-turas, gestos, silêncio e mo-vimentos, se realiza como uma ação humana a serviço da comunidade.

Para a realização do ritual dispomos de serviços e ministérios, cujo objetivo fundamental é a efetivação e o bom andamento da ação litúrgica.

Compreendendo os serviços e ministérios como expressão significativas da ação litúrgica, apre-sentemos alguns desvios de sua ação, que poluem e complicam as celebrações, quando deveriam clarear e expressar o ministério da fé que se celebra.

A equipe de liturgia é expressamente necessária para o desenvolvimento do rito. A equipe deve se preparar com atenção, para que seja capacitada a realizar sua função dentro da celebração. Encontramos, em certas celebrações, equipes de liturgia que não compreendem o significado profundo do rito e, portanto, conversam em momentos inadequados e se movimentam diante da assembléia, tirando a atenção dos fiéis e perturbando o andamento do rito.

Por vezes, a equipe de liturgia e a equipe de canto participam da celebração, como se apenas cumprissem uma tarefa na comunidade, seus integrantes não se concentram na ação ritual e ficam alheios à sua mística.

“ Os ajudantes, leitores, comentadores e componentes da escola de cantos desempenham um verdadeiro ministério litúrgico. Cumpram

sua função com a piedade e ordem que convém a tão grande ministério...sejam imbuídos do espírito litúrgico e preparados para

executar as suas partes, perfeita e ordenadamente.” SC 29)

Assessor de Liturgia

FONTE: A CELEBRAÇÃO LITúRGICA E SEUS DRAMAS.

ANTONIO SAGRADO BOGAZ E IVANIR SIGNORINI

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Page 11: Revista da Arquidiocese de Aparecida - outubro de 2011

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E scola Bíblica

No dia 4 de outubro a Igreja celebra São Francisco, o pobrezinho de Assis, para lembrar o jovem que rompeu com as estruturas do mundo e declarou seu amor incondicional a Jesus, na pessoa do necessitado.

Mas há outra razão pela qual Francisco é lembrado. Trata-se da sua relação com o cosmos, a sua declaração de amor para com a harmo-nia da natureza, especialmente, pelas suas palavras no “Cântico das Criaturas”, onde exalta as maravilhas realizadas pelo Criador. Na sua época, o termo ecologia era ignorado e a poluição não representava ameaça ao planeta, entretanto, a atitude zelosa de Francisco diante da natureza e do meio ambiente mereceu o reconhecimento da Igreja, tanto é que em 1979, João Paulo II declarou São Francisco, “Patrono dos Ecologistas”.

A preocupação ecológica de Francisco visa primeiramente o Criador e não apenas a criação. Ele olha e exalta a beleza do mundo, não simplesmente a sua utilidade para o homem. Ao enaltecer os elemen-tos da natureza, sem esquecer que Deus é a fonte e origem de tudo, Francisco não deve ser confundido com os panteístas que consideram criação e criaturas como deuses.

Para Francisco, tudo é obra e propriedade de Deus e as coisas de-vem ser conservadas ou protegidas porque existem e nem tanto pela sua utilidade ou lucros obtidos a partir da sua exploração. O seu cân-tico de amor à natureza sugere que o homem deve se colocar no meio das criaturas, não acima delas; livre do desejo de posse ou dominação: “O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo” (Gn 2,15).

são Francisco de Assis e a ecologiaTomando o exemplo de São Fran-

cisco, devemos ser coerentes com a identidade cristã e as propostas do Evangelho, rejeitando as atitudes consumistas e a escravidão determinadas pelo mundo que nos leva a um comportamento possessivo sobre a natureza, muito mais do que de contemplação e admiração pela obra do Criador. Essa cultura nos impede de experimentar relações mais humanas e pessoais com os nossos irmãos.

Em 1999, uma importante revista norte-americana, de circulação mundial, realizou uma pesquisa e concedeu o título de “Homem do Segundo Milênio” a Francisco de Assis, em reconhecimento pelo seu amor a Deus, aos irmãos e à natureza.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade está focalizando o tema “Fraternidade e Vida no Planeta”, refletindo sobre os danos provo-cados pelo uso inadequado dos recursos naturais e a “Campanha Missionária” proposta para outubro, o mês missionário, definiu como tema: “Missão na Ecologia”, respondendo às propostas da CF 2011. É a Igreja querendo nos conscientizar para experimentarmos o ideal franciscano e cantar: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas...”.

[email protected] Bíblica “Beato João Paulo II”

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celebra padroeiroParóquia de São Francisco

C omunicado das Paróquias

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A Paróquia São Francisco de Assis, em Guaratinguetá, celebra até o dia 09 de outubro a novena e festa em honra de seu padro-eiro. A novena será celebrada com missa nos dias de semana, às 18h30, e aos sábados e domingos, às 19h. A comunidade é con-vidada a colaborar com o gesto concreto, doando alimentos. No domingo, dia da festa, haverá missa sertaneja às 9h e, logo após, a saída da 1ª Cavalgada de São Francisco de Assis. A procissão pelas ruas da comunidade começa às 17h30 e, logo após, missa solene da festa. A quermesse acontece após a novena.

A Comunidade São Lucas (Village Santana), pertencente à Paróquia São Dimas, em Guaratinguetá festeja seu padroeiro de 13 a 16 de outubro. A no-vena será às 19h e, logo após, quermes-se. No domingo dia 16, às 9h terá início a procissão e, logo em seguida, missa. Às 19h30 haverá noite beneficente em prol da comunidade.

A equipe do Centro Arquidiocesano de Pastoral já está prepa-rando a 7ª Assembleia Arquidiocesana , que será realizada em 2012. O tema central será baseado nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, documento lançado durante a 49ª Assembleia Geral da CNBB.

De 13 a 15 de outubro acontece-rá o tríduo em homenagem a San-ta Edwiges. O tema desse ano será “Celebremos com Santa Edwiges para que nossa alegria seja perfeita!”. Haverá missa às 19h30 e, logo após, quermesse. No dia 16, dia da festa, a procissão terá início às 9h e, logo após, missa solene na igreja de Santa Edwiges. Depois haverá almoço co-munitário, com bingo e shows.

No dia 30 de outubro será realizada na paróquia a Crisma dos adoles-centes. A celebração acontecerá na matriz de São Roque, às 19h.

Encontro de formação para o clero da sub-região de Aparecida

De 17 a 19 de outubro será realizada mais uma etapa da Formação Permanente para o Clero da sub-região de Aparecida na cidade de Passa Quatro, estado de Minas Gerais. O encontro contará com a presença dos padres das dioceses de Aparecida, Caraguatatuba, Lorena, São José dos Campos e Taubaté.O tema a ser refletido nesse encontro será: “Presbítero, homem de relações – A pessoa do Presbítero”. O assessor do encontro será o Psicólogo e Padre Dalton Barros, Missionário Redentorista.

Comunidade São Lucas festeja padroeiro em Guaratinguetá

PAróquiA São Pedro terá ProgrAmAção eSPeciAL no mêS

miSSionário

A MAtriz do Senhor BoM JeSuS é zelAdA por GuArdiõeS eM potiM

pAróquiA SÃo roque CeleBrA SAntA edWiGeS

Neste mês de outubro a Paróquia São Pedro em Guaratinguetá vai intensificar as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da Missão Continental. Também haverá celebração especial pela Semana Nacional da Vida, de 01 a 07 outubro. Está programado, ainda, um jantar dançante em prol do ECC no dia 14 de outubro, no CASOTA.

Os guardiões da matriz do Senhor Bom Jesus em Potim comemoraram um ano de trabalho, que foi instituído pelo pároco, Pe. Nelson Lopes. Os guardiões são pessoas que fazem parte da paróquia e que, voluntariamente, disponibilizam o seu tempo para zelar pela casa de Deus. Desde quando foi criada a equipe dos guardiões, a Igreja Matriz tem ficado com as portas abertas das 6h30 às 18h. As festividades de aniversário dos guardiões foram marcadas por dois acontecimentos: jantar comemorativo: dia 07 de setembro e missa em ação de graças e de envio dos novos guardiões no dia 08 de setembro.

Arquidiocese se prepara para assembleia

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A matriz de Santo Antônio em Guaratinguetá é uma construção do século XVIII. Mas, esse va-lioso patrimônio está precisando da ajuda da co-munidade. O telhado da igreja está com cupins e goteiras. Para dar início a obra de recuperação do telhado, a Paróquia Santo Antonio está pro-movendo uma campanha para arrecadar fundos para a obra. As doações podem se feitas através de depósito bancário, no banco Bradesco, agên-cia 415 – Conta Corrente 96277-5 ou entregues na secretaria paroquial.

Em outubro, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida está comprometida com a festa em louvor a Nossa Senhora Aparecida no Santuário Nacional. Mais de 200 paro-quianos colaboram na festa em várias atividades. Outubro também é o mês do rosário e a paróquia vai rezar o santo rosário nos setores.

pAróquiA noSSA SenhorA ApAreCidA eMpenhAdA nA feStA dA

pAdroeirA do BrASil

Paróquia Santo Antônio faz campanha para reforma do

telhado da matriz

A Comunidade São Geraldo da Paróquia Santo Afonso celebra a novena e festa de seu padroeiro, de 21 a 30 de outubro, com cele-bração da missa todas as noites, às 19h30. Neste ano será refletido o tema: “São Geraldo Missionário e o Cristo anunciador do Reino de Deus”. No dia 16 de outubro, dia litúrgico de São Geraldo, haverá uma charreata (procissão de charretes) às 18h, com saída da Igreja

de São Geraldo. No dia 24 de outubro, será realizada grande carreata pelas ruas da cidade de Aparecida, com sa-

ída da Igreja de São Geraldo, às 18h e, logo após, novena e missa. No dia 30, encerrando os festejos de São Geraldo, missa solene às 18h30 e, logo após, terá início a procissão que percorrerá as ruas da comunidade. Todos os dias, após a novena, haverá quermesse.

Durante o mês de outubro haverá promoção de eventos nos finais de semana com o objetivo de angariar recursos para a Comunidade e acolher bem a todos que visitam a Capela de São Geraldo.

comunidade são Geraldo celebra padroeiro em Aparecida

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E spiritualidade

Querido (a) leitor (a) de nossa Revista da Arquidiocese de Apareci-da: este mês de outubro nos dedicamos a rezar e meditar com Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil. Por isso, nesta pági-na de espiritualidade, gostaríamos de sugerir uma celebração mariana. Vamos juntos, rezar com nossa Mãezinha querida.

Em primeiro lugar, sugerimos que você prepare o ambiente. Junte toda a sua família, ou comunidade, coloque sua imagem de Nossa Senhora Aparecida em destaque, ponha uma florzinha ao lado e acen-da uma vela. Apresente seus pedidos e necessidades, e peça para que todos façam o mesmo. Quando rezamos juntos, Deus se faz presente no meio de nós. Iniciemos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Cantemos: Viva a mãe de Deus e nossa, Sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, A Senhora Aparecida! Aqui estão vossos devotos, Cheios de fé incendida, De conforto e de esperança, Ó Se-nhora Aparecida! Virgem santa, Virgem bela, Mãe amável, Mãe que-rida, Amparai-nos, socorrei-nos, Ó Senhora Aparecida.

Algum membro da família pode rezar o Salmo 45, 11-18:Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de

teu pai. De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens. Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor. Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro. Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras. Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real. Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra. Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente.

Deixemos um espaço de tempo para que a leitura possa ecoar em nossas mentes e em nossos corações. Vamos sentir o amor de Deus preenchendo nossas casas, nossas famílias, nossas vidas...

Em seguida, vamos meditar o Evangelho de São Lucas, capítulo 1, 39-45:

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!

No dia 12 deste mês, celebramos a festa de Nossa Senhora Apa-recida, padroeira do Brasil. Maria, venerada como rainha do Céu e da Terra, como contemplamos no Quinto Mistério Glorioso foi agra-ciada por Deus e escolhida dentre todas as mulheres para ser a mãe de Jesus, nosso Senhor e Salvador. Mulher simples e humilde, que

viva Mãe de Deuse nossa!

Colaboração: Seminarista André Luiz Pizani Domiciano e Pe. André Gustavo de Sousa

Revista Arquidiocese 14

soube acolher o projeto de Deus para a sua vida, sem mesmo saber como, sem questionar, apenas com docilidade de coração e confiança total em Deus, respondeu ao anjo: “Faça-se em mim, segundo a tua palavra”. Meditemos, queridos irmãos e irmãs, sobre o Sim de Maria, sobre a sua entrega e confiança em Deus, que não deixa de olhar para a nossa fragilidade e pequenez, mas espera nossa resposta de adesão a Ele para que Ele possa realizar grandes coisas em nossas vidas.

Confiantes no Deus da vida que quer a nossa felicidade, rezemos com Maria:

Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: descon-certou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Saudemos a Mãe de Deus e nossa e rezemos pelo nosso Brasil: Ave-Maria...

Oração final: Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Ima-culada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia á pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cris-to, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Cantemos: Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida!

1. Sob esse manto do azul do céu, guardai-nos sempre no amor de Deus!

2. Eu me consagro ao vosso amor, ó Mãe querida, do Salvador!3. Sois nossa vida, sois nossa luz, ó Mãe querida, do meu Jesus!

Benção final: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo mal e nos conduza à vida eterna. Amém

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A Igreja tem consciência de que sua missão evangelizadora deve ter uma atenção particular pela preservação dos Bens Culturais. Fazem parte desses bens os edifícios, desde as mais grandiosas basílicas e catedrais até as mais simples capelinhas ou salas de reuniões. Igualmente, os monumentos, os arquivos, as bibliotecas, os museus, os paramentos litúrgicos, as imagens, quadros e obras de arte pertencem a tal conjunto. Tudo aquilo que é produção humana ligada ao culto e à expressão de fé completa o acervo cultural da comunidade cristã.

Nossa Arquidiocese de Aparecida, embora pequena em suas dimensões geográficas, tem um patrimônio cultural e histórico da maior importância. Basta lembrarmos que somos os responsáveis pela guarda de um dos maiores tesouros religiosos do Brasil, a imagem de barro de Nossa Senhora da Conceição que em 1717 foi retirada das águas do rio Paraíba.

Aqueles homens que a pescaram souberam, na simplicidade de sua pobreza, ofere-cer para a Santa que começaram a chamar de Nossa Senhora Aparecida todo o cuida-do, devoção e carinho que lhes era possível. Quando eles a retiraram da rede de pesca, para protegê-la a embrulharam num pedaço de pano. Foi o primeiro e fundamental gesto de cuidado por Nossa Senhora Aparecida. Os milhões de devotos que hoje a ve-neram em seu grandioso santuário-basílica, só podem manifestar seu amor e gratidão à Mãe Imaculada de Aparecida porque houve quem de sua imagem cuidasse antes.

Que João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia nos ajudem a cuidar dos Bens Culturais e do Patrimônio Histórico da Arquidiocese.

Pela Comissão para os Bens Culturais e Históricos da Arquidiocese de Aparecida Pe. Victor Hugo C.Ss.R.

N otícias

os bens culturaisna Igreja

Imagem de Jesus Crucificado do final do século 19, que foi restaurada em 2008 pelo artista Alex. Pertence a Paróquia Sant’Anna em Roseira.

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Revista Arquidiocese 16

N otícias

De 16 a 25 de outubro o Santuário Arquidiocesano de Frei Gal-vão, no Jardim do Vale em Guaratinguetá, celebra a novena e festa do seu padroeiro. O tema desse ano será: “Palavra de Deus na vida e na missão da igreja”.

Segundo o reitor do Santuário, Padre Roberto Lourenço da Silva, a escolha foi motivada pelo “Verbum Domini”, exortação apostólica pós-sinodal publicada pelo Papa Bento XVI, em novembro do ano passado. “Queremos levar os fiéis leigos a uma missão maior na Igreja”, revela Padre Roberto.

A novena acontece em dois horários: 14h30 e 19h e, logo após, será celebrada missa na 1ª igreja no Brasil, dedicada ao Santo. . Como gesto concreto, os fiéis poderão doar alimentos não perecí-veis e fraldas geriátricas.

O Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, participará da novena às 19h, no dia 16 de outubro.

No dia da festa, dia 25, haverá missa solene às 10h, presidida por Dom Antonio Carlos Altieri, Bispo de Caraguatatuba, SP . Às 17h, terá início a procissão pelas ruas da comunidade e, em seguida, missa presidida pelo reitor do Santuário, Pe. Roberto Lourenço da Silva. Durante a novena, haverá quermesse no largo do Santuário Frei Galvão.

Santuário Frei Galvão - O Cardeal Arcebispo de Apareci-da, Dom Raymundo Damasceno Assis, constituiu canonicamen-te no mês de dezembro de 2010 o Santuário de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão. O decreto foi assinado no dia 8, Solenidade da Imaculada Conceição.

Segundo Dom Damasceno, a criação do santuário foi o primeiro

o primeiro santo brasileirocelebra Frei Galvão,

GuArAtinGuEtá

Imagem de Frei Galvão

Santuário dedicado ao santo em Guaratinguetá

passo para separar a igreja de Frei Galvão da Paróquia Nossa Se-nhora de Fátima. “E como santuário podemos dar uma estrutura melhor para os devotos que visitam a igreja. E também será mais fácil fazer um planejamento mais global para o santuário”.

Com a criação do santuário, foi nomeado um reitor para cuidar dos trabalhos, que será o Padre Roberto Lourenço da Silva, que acu-mula a função de pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Paróquia de Santo Antônio - A Paróquia Santo Antônio em Guaratinguetá também terá novena em honra a São Frei Galvão. Será de 16 a 25, sempre às 07h e 19h, na matriz, igreja onde o santo foi batizado. O tema da novena será “Frei Galvão, instrumento de caridade e vivência da Palavra de Deus”, e lema: “Na escuta da pa-lavra, celebramos Frei Galvão”.

Pequeno histórico do santo - Nascido em Guaratinguetá, em 1739, de uma família de muitas posses, descendia dos primeiros povoadores da Capitania e corria em suas veias sangue de bandei-rantes. Renunciou a uma brilhante situação no mundo e ingressou na Ordem franciscana. Fundou, em 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, na capital paulista. Não somente formou e con-duziu espiritualmente as religiosas desse mosteiro, mas também, o

edificou materialmente, ao longo de 48 anos de esfor-ços contínuos.

Foi o arquiteto, o engenheiro, o mestre de obras e muitas vezes o operário da sua edificação, que somente se tornou possível porque ele incansavelmente pedia, ao povo fiel, esmolas para a magnífica construção. Sa-cerdote procurado e estimado por todos, era chamado “Homem da Paz e da Caridade”.

Entregou sua alma a Deus em 1822. Foi beatificado em 1998 e canonizado em 2007. Até hoje sua sepul-tura, na capela do mosteiro, é visitada por multidões que acorrem a lhe pedir graças e milagres, e também à procura das famosas e prodigiosas “pílulas de Frei Galvão”.

Aurélio de Castro Figueiredo

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17 Revista Arquidiocese

A Semana Nacional da Vida (01 a 07 de outubro) e o Dia do Nascituro (08 de outubro), instituídos pela 43ª Assembleia Geral da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), são oca-siões especiais para colocar em evidência o valor e beleza desse dom precioso que rece-bemos de Deus.

Segundo a Pastoral Fami-liar, o tema “Vida humana no planeta” foi escolhido com o incentivo da proposta da en-cíclica Centesimus Annus, do Papa João Paulo, de 1991. Neste documento, o papa fala da necessidade de uma ecologia humana e do atraso em compreender que não é possível utilizar todo o poder da natureza de forma desregrada.

Alguns questionamentos sobre a realização da Semana Nacional da Vida e o Dia do Nas-cituro:

Por que instituir a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro?A Semana da Vida é uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse

Dom precioso que de Deus recebemos. De modo especial, foi instituída para salientar o valor sa-grado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantas ameaças que, atualmente, a vida vem sofrendo, é missão do cristão e da Igreja reafirmar sua importância inestimável e inegociável. Ela é o fundamento sobre o qual se apóiam todos os demais valores.

Mas quem é o Nascituro?É aquele ser humano que está no ventre materno antes que a Mãe lhe dê à luz. Este possui o

direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.

Santa Gianna Beretta Molla - Não dá para refletirmos sobre a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro, sem pensarmos em uma Santa, Mãe e Médica, que doou sua própria vida para salvar a da sua filha. Santa Gianna Beretta Molla, Patrona da Pastoral Familiar, Padroeira das Fa-mílias, protetora das Gestantes e símbolo da defesa da vida, foi beatificada em 1977 e canonizada em 2004. Após a canonização, Dom Diógenes Silva Mathes, Bispo Emérito de Franca (SP) e responsável pelo processo de canonização, doou para Arquidiocese de Aparecida uma imagem da santa, que peregrina pelas Paróquias. O Casal Rogério e Ana Lucia, juntamente com a filha Gianna Aparecida, peregrinam com a imagem, testemunhando a graça que receberam pela intercessão da santa e sobre a defesa da vida.

A imagem já percorreu as Paróquias de Santo Antônio, São Roque, São Francisco de Assis, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora do Rosário e se encontra, atu-almente, peregrinando na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, onde serão realizados terços e nove-nas à Santa Gianna, pela Defesa da Vida, pelos Nascituros, pelas gestantes e por todas as famílias.

Durante a Semana da Vida, a imagem peregrina de Santa Gianna estará na comunidade Santa Margarida Maria, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, onde haverá reflexões sobre esse mo-mento forte de nossa Igreja, que é a Defesa da Vida e o Dia do Nascituro.

Em outubro, a Paróquia São Miguel também receberá a imagem. Em novembro, ela segue para a Paróquia São Dimas e, em dezembro, para a Paróquia Sant’Ana, em Roseira.

Após a novena de Nossa Senhora de Aparecida, a Pastoral Familiar da Arquidiocese organizará uma Marcha em Defesa da Vida, que terá a participação das paróquias. O destino da caminhada será o Santuário Nacional de Aparecida, onde será celebrada uma missa.

vida Humana no Planetaé o tema da Semana Nacional

da Vida 2011

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Revista Arquidiocese 18

Uma missa celebrada no sábado, dia 10 de setembro, no Santuário Nacional marcou as comemorações em Apare-cida pelos 25 anos de episcopado do Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, celebra-dos no dia 15 do mês passado.

Participaram da celebração, oo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri; o Cardeal Ar-cebispo Emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes; o Cardeal Arce-bispo Emérito de Brasília, Dom José Freire Falcão; o Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, Dom Eu-sébio Scheid; o bispo de Santo André, Dom Nelson Westrupp; o bispo de São Felix do Araguaia e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner; o bispo de Limeira, Dom Vilson Dias de Oliveira e o arcebispo de Sorocaba, Dom Eduardo Benes.

Da sub-região de Aparecida estavam presentes os bispos de São José dos Campos, Dom Moacir Silva; de Taubaté, Dom Carmo Rhoden; de Caraguatatuba, Dom Antônio Carlos Altieri e de Lorena, Dom Benedito Beni dos Santos.

Da Arquidiocese de Aparecida estavam presentes o Vigário Geral, Padre Nelson Ferreira Lopes; o Chanceler e Moderador, Padre Paulo Tadeu; o Ecônomo, Padre Matusalém Gonçalves dos Santos, párocos, formadores e seminaristas do Seminário Missionário Bom Jesus.

Marcaram presença ainda, o Reitor do Santuário Nacional, Padre Darci Niciolli, o Ecônomo, Padre Luiz Claudio Alves de Macedo e vários outros padres redentoristas. Autoridades civis, militares, parentes e amigos de Dom Damasceno também participaram da celebração.

Durante a missa, o Núncio Apostólico leu mensagem escrita pelo Papa Bento XVI por ocasião do Jubileu de Prata de Dom Damasceno.

Outras homenagens foram prestadas a Dom Damasceno pela data. Em Minas Gerais, na Arquidiocese de Ma-riana, a missa foi no dia 13 de setembro, às 18h, no Seminário São José; em Capela Nova, terra natal do nosso Cardeal, houve missa na Matriz de Nossa Senhora das Dores, às 17h, seguida de homenagens preparadas pelos paroquianos. Em Brasília, os bispos do CONSEP (Conselho Episcopal Pastoral da CNBB) também celebraram o Jubileu de Prata de Dom Damasceno, com missa em Ação de Graças, no dia 21 de setembro.

A conteceu na Arquidiocese

Três representantes da Arquidiocese de Aparecida: Cé-lia, Paulo Elache e Elza participaram, de 02 a 04 de se-tembro, do 31º COMIRE, realizado na cidade de Santos. O tema deste ano foi: “Missão e Comunicação”.

Dia 01/10 Padre Renan Rangel Pereira – Paróquia Nossa Senhora da Glória – aniversário de ordenaçãoDia 23/10 Padre André Gustavo de Souza – Seminário Missionário Bom Jesus – aniversário natalícioDia 28/10 Padre Vinícius da Silva – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – aniversário natalício

Missa marca 25 anos de ordenação episcopal de

Dom Damasceno

Aniversariantes de Outubro

Arquidiocese presente no 31º COMIRE

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19 Revista Arquidiocese

inforMe:A Arquidiocese de Aparecida, por meio do seu Arcebispo, Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis, informa a todo o Povo de

Deus que o Site, Rádio e Web TV denominado “São Frei Galvão.com” (www.saofreigalvao.com) não é órgão de comunicação oficial da Arquidiocese, nem aprovado por esta.

A Rádio Web oficial da Arquidiocese de Aparecida é www.radiofreigalvao.com que também pode ser acessada pelo portal:www.arquidioceseaparecida.org.br

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