revista tela viva 132 - outubro 2003

36
ANO12132OUTUBRO2003 CASE................................ 24 Teatro: um novo nicho para a produção SET 2003 ................ 26 Congresso aponta as indefinições da TV digital RADIODIFUSÃO... 28 Anatel quer distribuir software de análise topográfica EVENTO ....................... 30 Produção barata dá o tom no IBC 2003 Sempre na Tela Editorial. ............................................. .3 News. .................................................. .4 Scanner ............................................. .6 Figuras ............................................ .10 Upgrade. ......................................... .12 Making.of ...................................... .22 Agenda ........................................... .34 Acompanhe as notícias mais recentes do mercado www.telaviva.com.br pág. 14

Upload: converge-comunicacoes

Post on 28-Mar-2016

236 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

ano12nº132outubro2003

case..................................24teatro: um novo nicho

para a produção

seT.2003...................26Congresso aponta as

indefinições da tV digital

radiodifusão....28anatel quer distribuir software

de análise topográfica

evenTo.........................30Produção barata dá

o tom no IbC 2003

sempre.na.Tela

Editorial.............................................. .3

News................................................... .4

Scanner.............................................. .6

Figuras..............................................10

Upgrade...........................................12

Making.of........................................22

Agenda.............................................34

acompanhe as notícias mais recentes do mercadowww.telaviva.com.br

pág.14

Page 2: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 3: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

editorialA.campanha.pela.desoneração.da.importação.de.equipamentos.de.produção.deu.um.

passo.importante.nesse.começo.de.outubro..No.dia.1º.de.outubro,.a.Comissão.de.Edu-cação.do.Senado.realizou.uma.discussão.sobre.o.impacto.da.reforma.tributária.no.setor.de.comunicação..A.audiência.contou.com.representantes.da.Abert,.ANJ,.Aner,.UniTV,.

ABTA,.Fittert.(Federação.dos.Trabalhadores.em.Rádio.e.TV).e.Fórum.Nacional.pela.De-mocratização.da.Comunicação.(FNDC)..Entre.as.propostas.comuns.colocadas.por.todos.os.representantes.setoriais.e.que.tendem.a.ser.acatadas.pela.comissão,.está.um.pedido.

para.se.evitar,.no.texto.da.reforma,.a.taxação.sobre.a.importação.de.insumos.para.a.atividade.de.comunicação..A.preocupação.central.de.radiodifusores.é.com.a.importação.de.equipamentos.e,.no.caso.das.empresas.de.mídia.impressa,.a.preocupação.é.com.a.

taxação.sobre.importação.de.papel.Não.custa.lembrar.que.o.próprio.governo.já.sinalizou.diversas.vezes.sua.intenção.de.desonerar.a.importação.de.bens.de.capital,.incentivar.a.produção.audiovisual.e.as.exportações..As.nego-ciações.sobre.a.reforma.tributária.até.agora.apontaram.no.sentido.praticamente.oposto..Corre-

se.sim.o.risco.de.aumento.de.impostos.(especialmente.os.estaduais).para.diversos.serviços,.com.o.congelamento.dos.benefícios.fiscais..Esperamos.que.da.discussão.no.Senado.Federal.

saia.uma.garantia.de.que.as.vontades.manifestadas.por.todos,.governo.e.indústria,.prevaleçam.sobre.a.gula.fiscalista.dos.estados.

Finalmente.ouvem-se,.da.parte.do.governo,.notícias.animadoras.para.o.audiovisual..O.presidente.Lula.deve.anunciar.em.meados.de.outubro.a.tão.aguardada.definição.do.

futuro.da.Ancine..A.agência.deve.mesmo.virar.Ancinav,.um.órgão.para.cuidar.de.todo.o.audiovisual,.e.ficará.sob.a.batuta.do.MinC..Também,.o.ministério.de.Gil.anunciou.a.cria-

ção,.a.partir.de.2004,.das.film.commissions,.que.trabalharão.nos.níveis.federal,.estadual.e.municipal..São.dois.passos.importantes,.que.acreditamos.que.se.implementados.ajudarão.finalmente.a.deslanchar.a.produção.audiovisual.nacional,.tanto.em.relação.ao.mercado.

interno.quanto.às.exportações.

É.com.tristeza.e.saudade.que.nos.despedimos.de.nossa.ex-editora.e..colaboradora.Edylita.Falgetano.de.Moreira.Porto,.que.morreu.no.dia.22.de.setembro.

último,.vítima.de.um.AVC..À.família.e.amigos,.fica.nossa.homenagem.

Central de Assinaturas 0800 145022 das 8 às 19 horas de segunda a sexta-feira | Internet www.telaviva.com.br | E-mail [email protected]ção (11) 3123-2600 E-mail [email protected] | Publicidade (11) 3214-3747 E-mail [email protected] | Tela Viva é uma publicação mensal da Editora Glasberg - rua Sergipe, 401, Conj. 605, CEP 01243-001. telefone: (11) 3123-2600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP. | Sucursal SCn - Quadra 02, sala 424 - bloco b - Centro Empresarial Encol CEP 70710-500. Fone/Fax: (61) 327-3755 brasília, DF | Jornalista Responsável rubens Glasberg (Mt 8.965) | Impressão Ipsis Gráfica e Editora S.a. | não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização da Glasberg a.C.r. S/a

Diretor e Editor rubens GlasbergDiretor Editorial andré MermelsteinDiretor Editorial Samuel PossebonDiretor Comercial Manoel FernandezDiretor Financeiro otavio JardanovskiGerente de Marketing e Circulação Gislaine GasparAdministração Vilma Pereira (Gerente), Gilberto taques (assistente Financeiro)

Editora de Projetos Especiais Sandra regina da SilvaRedação Lizandra de almeida e Luciana osório (Colaboradoras)Sucursal Brasília Carlos Eduardo Zanatta (Chefe da Sucursal), raquel ramos (repórter)

Editor Fernando LauterjungWebmaster Marcelo Pressi Webdesign Claudia G.I.P.

Arte Claudia G.I.P. (Edição de arte e Projeto gráfico), rubens Jardim (Produção gráfica), Geraldo José nogueira (Editoração eletrô­nica), Luciano Hagge (assistente) Depar ta men to Comercial almir Lopes (Gerente), alexandre Gerdelmann e Cristiane Perondi (Contatos), Ivaneti Longo (assistente)

[email protected]

Page 4: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

w w w . t e l a v i v a . c o m . b r

anatel.cobra.canal.de..filmes.nacionais.no.cabo.[08/09]

No. final. de. agosto,. operadores. de. TV. a.cabo.receberam.da.Anatel.um.ato.em.que.a.agência.determina.que.cumpram.a.regu-lamentação. e. tenham. em. seu. line-up. um.canal. de. filmes. dedicado. exclusivamente.a.conteúdo.brasileiro..A.agência.pede.aos.operadores.de.cabo.que.informem.sobre.o.cumprimento. deste. dispositivo. da. regula-mentação.e.dá.prazo.de.90.dias.para.que.as.empresas.se.manifestem.Atualmente,.apenas.o.Canal.Brasil. tem.o.registro. necessário. no. MinC. para. ser. o.canal.exigido.na.regulamentação..Opera-dores.que.receberam.a.carta.da.Anatel.di-zem,.informalmente,.que.pretendem.recor-rer.e.que.não.podem.ser.obrigados.a.levar.um.canal.específico..Também.houve.quem.esperasse.do.Ministério.da.Cultura.provi-dências.para.viabilizar.um.“competidor”.ao.Canal.Brasil,.o.que.não.ocorreu.

senador.quer.manter.incentivos.via.icMs.[09/09]

O. presidente. da. Comissão. de. Educação. do.Senado.Federal,.senador.Osmar.Dias.(PDT/PR),.após.audiência.pública.sobre.os.impac-tos.da.reforma.tributária.no.setor.de.cultu-ra,.anunciou.a.elaboração.de.uma.emenda.à.proposta.para.garantir.aos.Estados.a.pos-sibilidade. de. manter. a. renúncia. fiscal. do.ICMS. para. incentivos. culturais. por. prazo.indeterminado,.e.não.apenas.por.mais.três.anos,. como. determina. o. texto. aprovado.na. Câmara.. O. principal. argumento. dos.senadores.que.apóiam.a.reivindicação.se.prende.à.necessidade.de.manter.para.as.unidades.da.Federação.as.mesmas.possi-bilidades. admitidas. para. a. União. e. para.os.municípios.Na.opinião.de.Assunção.Hernandes,.presiden-te.do.Congresso.Brasileiro.de.Cinema,.com.o.objetivo.de.evitar.a.guerra.fiscal.entre.os.Esta-

dos,.o.governo.acabou.com.as.possibilidades.de.concessão.de.incentivos.fiscais.estaduais,.valores. que. hoje. estão. em. torno. de. R$. 180..milhões.por.ano.e.que.são.essenciais.para.o.desenvolvimento.do.setor..

emissoras.públicas.partici­parão.do.GeT.[11/09]

A.Abepec.(Associação.Brasileira.das.Emisso-ras.Públicas,.Educativas.e.Culturais).recebeu.do.Ministério.das.Comunicações.garantias.de.que. participará. do. grupo. de. estudos. da. TV.digital.(GET)..Esta.é.a.primeira.de.uma.série.de.ações.conjuntas.que.a.associação.pretende.realizar.com.o.Minicom..Para.a.associação,.é.fundamental.participar.da.discussão.sobre.a.implantação.da.TV.digital.no.Brasil.para.que.as.televisões.públicas.não.corram.o.risco.de.ficar.de.fora.ou.de.serem.prejudicadas.duran-te.a.digitalização.das.transmissões.

Minc.lança.concursos.para.longas.[12/09]

O.Ministério.da.Cultura.publicou.no.Diário.Oficial.da.União.do.dia.12.de.setembro.duas.portarias. lançando. concursos. públicos.. O.primeiro. concurso,. instituído. pela. Portaria.nº. 380/2003,. é. destinado. a. apoiar. a. reali-zação. de. projetos. audiovisuais. de. longa-metragem. inéditos,. de. baixo. orçamento,.dos.gêneros.ficção.e/ou.animação..Os.proje-tos.devem.abordar.temas.da.cultura.brasilei-ra.. Para. este. concurso. serão. selecionados.sete.projetos..O.valor.total.de.recursos.des-tinados.será.de.R$.4,8.milhões..O.segundo.concurso. público,. instituído. pela. Portaria.nº.381/2003,.será.destinado.à.finalização.de.filmes.de.longa-metragem..O.orçamento.total.desde.concurso.é.de.R$.1,5.milhão.

educativas.poderão.trans­mitir.eventos.esportivos.[16/09]

O.deputado.Edson.Duarte.(PV/BA).apresen-tou.um.projeto.de.lei.(nº.1.878/2003).auto-rizando.as.emissoras.educativas.estatais.a.

transmitirem,.sem.custos,.eventos.espor-tivos.de. interesse.nacional..O.projeto.de.lei.será.apreciado.em.caráter.terminativo.(não.precisa.ser.apreciado.pelo.Plenário).pelas.comissões.de.Ciência.e.Tecnologia,.Comunicação. e. Informática. (CCTI). e. de.Constituição.e.Justiça.e.Redação.(CCJ).

são.Paulo.terá.polí­tica.audiovisual.estadual.e.municipal.[18/09]

O. dia. 17. de. setembro. foi. agitado. para.o. cinema. em. São. Paulo.. Pela. manhã,.o. governador. Geraldo. Alckmin,. em. um.café. da. manhã. com. uma. comitiva. de.cineastas. paulistas,. assinou. o. decreto.que.cria.o.Conselho.Paulista.de.Cinema..O.conselho.tem.a.função.de.elaborar.pro-postas,.o.planejamento.e.a.programação.da.política.audiovisual.paulista.Além.da.reunião.com.o.governador.Alck-min,.alguns.cineastas.encontraram-se.na.noite.do.mesmo.dia.17.com.a.prefeita.de.São. Paulo,. Marta. Suplicy.. No. encontro.foram.empossados.os.membros.da.Comis-são.de.Cinema.de.São.Paulo.(Cocine)..A.Cocine. foi. criada. pela. Portaria. 25/2003.da. Secretaria. de. Cultura,. publicada. no.Diário. Oficial. do. Município. do. dia. 6. de.setembro..No.máximo.em.180.dias,.essa.comissão.irá.elaborar.e.apresentar.políti-cas.públicas.para.a.produção.paulistana.

ancine.divulga.levanta­mento.sobre.o.cinema.nacional.[22/09]

A. Ancine. divulgou. um. panorama. com.o. desempenho. econô­mico. do. cinema.nacional.nos.últimos.dez.anos..Segundo.o. panorama,. a. percentagem. de. filmes.de. longa-metragem. nacionais. lançados.aumentou.de.1,27%.do.total.de.títulos.lan-çados.no.País,.em.1992,.para.26,90%.ao.fim.de.2002..No.mesmo.período,.o.núme-ro.de.espectadores.dos.filmes.brasileiros.aumentou.de.36.093. (0,05%.de.um. total.de.75.milhões).para.7.299.988.(8%.de.um.

Acompanhe aqui as notícias que foram destaque no último mês no noticiário online Tela Viva News.

4tela viva

outubro de 2003

Page 5: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

total.de.quase.91.milhões).Além. disso,. foram. divulgados. números.do.ano.de.2003.(até.31.de.agosto),.com.a.estréia.de.14. longas.brasileiros.e.37.es-tão.prontos,.aguardando.lançamento..Há.52. em. finalização. e. 34. em. filmagem.. O.número.de.longas.em.pré-produção,.com.projetos.aprovados.para.captação.publi-cados. no. Diário. Oficial. da. União. até. 31.de.agosto,.é.de.256.títulos,.incluindo.fic-ção.e.documentários..Somando-se.todos.os.números.do.ano.chega-se.ao.núme-ro.de.393.filmes.de.longa-metragem.em.produção. ou. produzidos. este. ano. com.o.uso.de. incentivos. fiscais..Além.disso,.segundo.o.documento,.estão.em.produ-ção.outros.95.filmes.que.ainda.não.solici-taram.qualquer.incentivo.fiscal.Outro.dado.divulgado.foi.o.valor.investido.no. cinema. brasileiro. este. ano. através. da.Lei.do.Audiovisual.e.Lei.Rouanet:.R$.12,512..milhões..Os.dez.maiores.investidores.no.cine-ma.brasileiro.em.2003,.até.setembro,.foram:.BR.Distribuidora,.Eletrobrás,.Lafarge.Brasil,.Finame,. Brasil. Telecom,. Unicap. Unibanco,.Unibanco,. Banco. Bandeirantes,. Federal.Capitalização.e.João.Carlos.di.Gênio.

ancine.tem.prazo.para.analisar.incentivos..culturais.[22/09]

A.diretoria.da.Ancine.publicou.no.Diário.Oficial.da.União.do.dia.22.a.Deliberação.nº. 115/2003,. estabelecendo. prazos. para.que. a. agência. analise. os. pedidos. para.a. utilização. de. incentivos. baseados. nas.leis.do.Audiovisual,.Rouanet.e.Artigo.39.da.MP.2.228/01..A.resolução.estabeleceu.

um.prazo.de.até.45.dias.para.analisar.os.projetos.de.obras.audiovisuais,.contados.a.partir.da.data.em.que.o.pedido.for.proto-colado. na. agência.. Se. houver. diligência.de.documentos,.o.prazo.de.45.dias.será.suspenso.na.data.em.que.a.proponente.receber.o.aviso.da.Ancine..Após.o.cum-primento. das. exigências,. o. prazo. segue.pelo. período. remanescente.. A. delibera-ção.determina.ainda.o.arquivamento.do.projeto.caso.não.haja.resposta.às.exigên-cias.em.até.30.dias.após.o. recebimento.do.comunicado.de.diligência.da.agência..Por.fim,.a.Ancine.não.será.obrigada.a.ana-lisar.no.mesmo.exercício.de.sua.apresen-tação.os.projetos.protocolados.depois.do.dia.15.de.novembro.de.cada.ano..

Lula.anuncia.ancine.sob.o.Minc.[01/10]

O. chefe. de. gabinete. do. Ministério. da.Cultura,.Sergio.Sá.Leitão,.representando.o.ministro.Gilberto.Gil,.afirmou.dia.1º.de.outubro,. durante. o. rioseminars,. que. o.presidente.Lula.anunciará.no.dia.13.de.outubro. a. ida. da. Ancine. para. o. MinC.e. sua. transformação. em. Ancinav.. Sá.Leitão.completou.depois.que.será.anun-ciada. uma. política. federal. para. o. setor.audiovisual. e.que. “houve.muita.pressão.do.‘cinema.hegemô­nico’.para.que.a.An-cine. fosse.para.o.Ministério.do.Desen-volvimento.da.Indústria.e.do.Comércio”..Segundo.o.chefe.de.gabinete.da.secre-taria. para. o. desenvolvimento. das. artes.audiovisuais. do. Ministério. da. Cultura,.Leopoldo. Nunes,. haverá. ainda. uma. re-visão.da.MP.2.228/01.

a.criação.de.film.comis­sions.[01/10]

O. projeto. Brazilian. Film. Comission. foi.apresentado. durante. o. rioseminars.. Ele.prevê.a.criação.de.instituições.voltadas.à.promoção.de.regiões.brasileiras.e.do.País.como.locação.e.fornecedor.de.infra-estru-tura.e.mão.de.obra.para.produções.nacio-nais. e. internacionais,. visando. aumentar.o. turismo. e. a. produção. audiovisual. no.Brasil.. A. ação. reúne. os. ministérios. da.Cultura,.do.Turismo,.da.Integração.Nacio-nal,. de. Relações. Exteriores,. além. dos.governos.federal,.estaduais.e.municipais,.entidades. privadas. de. cultura. e. turismo.entidades. representativas. e. agências.reguladoras.Os.recursos.virão.do.governo.federal,.através.de.ministérios.e.agências,.governos.estaduais.e.municipais.e.ainda.de.instituições.privadas,.quando. possível.. No. futuro,. espera-se. que.elas.se.tornem.auto-sustentáveis,.arrecadan-do.taxas.sobre.produções.audiovisuais.e.sobre.o.turismo.O.trabalho.das.film.comissions.será.o.de.criar.normas.e.procedimentos.referentes.à.produ-ção.audiovisual,.catalogar.fatores.de.atração.em.sua.região,.promover.e.divulgar.a.região.atuando. como. uma. espécie. de. bureau,. e.monitorar.resultados.e.incentivar.o.desen-volvimento. da. infra-estrutura. existente..Vale.lembrar.que.hoje.parte.dessas.funções,.sobretudo. em. relação. a. autorizações. para.uso.da.imagem.do.Brasil,.cabem.à.Ancine,.o.que.coloca.um.provável.conflito.de.competên-cias.a.ser.resolvido.As.primeiras.film.comissions.deverão.come-çar.a.funcionar.já.no.início.de.2004.

Page 6: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Arqui­tetura na TV

Um.novo.programa.com.produção.independente,.especializa-do.em.decoração.e.arquitetura,.estreou.em.setembro.em.São.Paulo,.com.exibição.em.três.canais.—.Canal.21,.Canal.Comuni-tário.e.Canal.São.Paulo..O.programa.“Morar com Requin­te”.traz.entrevistas.com.profissionais.da.área.e.é.apresentado.por.Priscila.Aspertti.e.Renata.Jabali..A.produção.é.da.WRC.Produ-ções,.com.direção.de.Wagner.Lanzotti.

Brasi­lzão

Não. tem. chavão. maior. do. que. dizer. que. o. Brasil. é.um.país.de.dimensões.continentais..Mas.a.equipe.da.produtora. paulistana. OKA. Comunicações. sentiu. na.pele.o.tamanho.dessa.terra.para.realizar.o.vídeo.da.IV.Semana.da.Alfabetização,.promovida.pela.Alfabetiza­ção Solidá­ria..A.equipe.da.OKA,.formada.pelo.diretor.Rogério.Zagallo,. o. cinegrafista.Marcelo.Miyao,.o. som.direto.Alfredo.Guerra.e.o.eletricista.Deda,.percorreram.em.seis.dias.mais.de.8,4.mil.km.—.distância.do.Rio.de.Janeiro.à.Flórida,.nos.Estados.Unidos.A.equipe.passou.por.Itapiúna.(CE),.Bonito.de.Santa.Fé.(PB).e.Araci.(BA).para.gravar.depoimentos.de.alunos,.alfabetizadores.e.coor-denadores.da.ONG..Os.testemunhos.serão.utilizados.para.contar.a.história.de.três.personagens.que.tiveram.suas.vidas.mudadas.pelo.projeto..O.roteiro.é.de.Ricardo.Zagallo,.coordenação.de.produção.de.Érika.Scarpinella,.computação.gráfica.do.ElectroLadyLand.Studio,.trilha.de.Felipe.Vassão,.edição.e.finalização.de.George.Safranov.e.Rogério.Zagallo.

6tela viva

outubro de 2003

Sufoco no bumba

O. sufoco. das. pessoas. no. transporte.coletivo. é. o. mote. da. nova. campanha.das. motos. Yamaha. YBR. 125.. O. filme.“Tá. Esperando. o. Quê?”. mostra. cenas.claustrofóbicas. das. pessoas. em. ô­ni-bus,. lotação. e. metrô­. para. mostrar.que.a.solução.é.sair.por.aí.de.moto..A.criação.é.da.equipe.da.FAM,.de.Fábio.Siqueira,. e. a. produção. é. da. Can­vas 24p,. com.direção.de.Wiland.Pinsdorf,.produção.de.Alexandra.Alonso.e.foto-grafia.de.Eduardo.Ruiz.

Fuji­ na fi­ta

Quatro.novos.comerciais.da.Fuji.Film.estão.sendo.veiculados,.em.duas. novas. campanhas.. Todos.eles. foram. criados. pela. Grey.Worldwide.e.produzidos.pela.Pro­digo Films,.com.direção.de.Rodri-go.Ferrari..Uma.das.campanhas,.institucional,.divulga.toda.a.linha.de.produtos.e.as.lojas.digitais..A..outra. divulga. a. promoção. que.vai. selecionar. fotos. de. pessoas..comuns.para.o.próximo.comer-cial. da. empresa.. O. ganhador.será.apresentado.no.“Domingão.do.Faustão”.

Fotos: Divulgação

Page 7: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Fi­m da moeda

Protagonizado.pelo.ator.Luiz.Fernan-do.Guimarães,.está.no.ar.desde.o.final.de. setembro. a. campanha. do. Banco.Central. que. anuncia. o. recolhimento.da.moeda.antiga.de.R$.1,00..O.filme,.criado.pela.Giovan­n­i,.FCB.de.Brasília,.procura.dar.um.tom.bem-humorado.ao.comunicado,.fugindo.ao.tom.oficial.que.costuma.aparecer.nesse.tipo.de.filme..A.direção.é.de.René.Sampaio,.da.produtora.carioca.CaradeCão.Filmes.

Passarela

A. nova. campanha. estrelada. por.Gisele Bün­dchen­. cria. um. cami-nho.sem.obstáculos.para.a.super-modelo..Ao.som.da.música.“Slow-motion.Bossa.Nova”,.hit.que.pulou.dos. comerciais. para. o. disco,. a.modelo.desfila.as.sandálias.Ipane-ma.pelo.Rio.de.Janeiro..Enquanto.anda,. as. pessoas,. deslumbradas,.se. encarregam. de. tirar. da. frente.tudo. o. que. aparece.. Com. cria-ção.da.W/Brasil,.o.filme.tem.dire-ção.de.Andrucha.Waddington,.da.Conspiração.Filmes.

Contadores de hi­stó­ri­a

O.longa.de.Eliane.Caffé.“Narradores de Javé”.mostra.a.mudança.na. rotina. do. pequeno. vilarejo. de. Javé. causada. por. uma. ameaça.repentina.de.sua.extinção:.Javé.deverá.desaparecer.inundado.pelas.

águas. de. uma. grande.hidrelétrica.. Diante. da.notícia,. a. comunidade.decide. ir. em. defesa. de.sua. existência. pondo.em.prática.uma.estraté-gia. bastante. inusitada.e. original:. escrever. um.dossiê. que. documente.o. que. consideram. ser.os.“grandes”.e.“nobres”.acontecimentos.da.histó-ria. do. povoado. e. assim.justificar.a.sua.preserva-ção.. O. filme,. que. será.tema.de.debate.no.pró-

ximo.Encontro.com.o.Cinema.Brasileiro,.no.dia.29.de.novembro.no.Centro.Cultural.Banco.do.Brasil,.em.São.Paulo,.conta.com.os.atores.José.Dumont.(foto).e.Mateus.Nachtergaele.

Produções locai­s

A.HBO.vai.anunciar.este.mês.os.deta-lhes.de.três.produções.originais.fei-tas.no.Brasil..São.os.seriados.“Man-drake”,. “Epitáfios”.e. “Sexo.Urbano”..“Man­drake”. é. uma. produção. local.a. cargo. da. produtora. Conspiração.Filmes;. “Epitá­fios”. é. uma. série. de.suspense.. “Sexo Urban­o”. aborda.a. vida. noturna. ligada. ao. erotismo.em.várias.capitais.latino-americanas,.entre.elas,.cidades.brasileiras..O.res-ponsável.pelos.seriados.é.o.vice-pre-sidente. de. produção. da. HBO. Latin.America,.Luiz.Perazza.

Page 8: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

�tela viva

outubro de 2003

Mi­stura de técni­cas

A.produtora.de.animação.Arte.Animada.é.a.responsá-vel.pelos.filmes.da.campanha.dos.chicletes.Big.Big,.da.Arcor.. O. produto. traz. figurinhas. com. curiosidades. do.Guia. dos. Curiosos,. e. o. filme. mistura. técnicas. de. ani-

mação.2D. e.3D.. O.primeiro.filme.apre-senta. o. produto,.enquanto.o.segun-do. lança. uma. pro-moção.de.sorteio..A.direção. dos. filmes.é.de.Celso.Soldi.

A.Cinegrafika.está. se. juntando.à.Cine-ma,.ampliando.assim.seu.leque.de.servi-ços..A.Cin­egrafika,.de.Marcelo.Presotto.e. Giuliano. Saade,. entra. com. sua. atua-ção. que. vai. da. criação. à. execução. de.filmes. com. elementos. gráficos,. como.pack.shots,.assinaturas,. letreiros,.vinhe-tas. e. até. filmes. totalmente. executados.na.pós-produção..Com.a.junção,.o.novo.sócio.Marcelo.Lepiani.traz.a.experiência.de.15.anos.em.efeitos.especiais.e.finaliza-

ção..Para.completar,.uma.unidade.de.3D.a.cargo.de.Fabricio.Navarro.passa.a.dar. apoio.ao. trabalho.da.nova. fase.da.empresa.Dessa. forma,. surge. um. bureau. com.capacidade. de. criação. em. direção. de.arte,.efeitos.e.pós-produção.com.equipa-mentos.de.última.geração.para.atender.os. mercados. publicitário. e. de. cinema..Toda. a. infra-estrutura. da. Cinegrafika.recebe. agora. da. Cin­ema. um. telecine.

spirit.HD.com.uma.mesa.de.colorização.DaVinci. 2K. Plus,. um. smoke. HD. para.pós-produção.e.o.film.recorder,.além.do.seu.laboratório.A. equipe. é. composta. por. Marcio. Pas-qualino.(Marcinho),.colorista;.Maninho,.2º.colorista;.Zeca,.coordenador.técnico;..Andrea. Nero,. coordenadora;. Claudia.Tavares,. atendimento;. Andreia. Anaya.e. David. Garroux,. designers;. e. Fabricio.Navarro,.designer.3D.

Farmá­ci­as

Já.está.em.veiculação.o.primeiro.filme.da.nova.campa-nha.da.Ultramed..Criada.pela.CCZ.Elétrica.e.produzida.pela.GW Comun­icação,. a.campanha.comunica.com.muito.humor.os.preços.ofere-cidos.pela.rede.de.farmácias..O.filme.foi.dirigido.por.Calix-to. Hakim. e. teve. direção. de.fotografia.de.Marcelo.Bizz.

Ampla atuação

Bai­xando a bola

As.agruras.de.um.diretor.de.cinema.de.primeira.via-gem.são.retratadas.no.longa.“Samba-Canção”,.do.tam-bém.estreante.em.longas-metragens.Rafael.Conde..Pre-miado.em.vários. festivais.de.curta-metragem,.o. tema.é.recorrente.na.carreira.do.diretor,.que.também.dirigiu.“A Hora Vagabun­da”,.curta.que.aborda.as.dificuldades.do.cineasta.na.cidade.de.Belo.Horizonte.No. longa,. que. já. recebeu. o. prêmio. de. revelação. no.Festival de San­ta Maria da Feira,.em.Portugal,.o.dire-tor.vai.tendo.que.reduzir.a.bitola.do.filme.—.até.chegar.ao.vídeo.—.para.poder.produzir..As.agruras.retratadas.são.comuns.à.carreira.da.maioria.dos.diretores..Conde.também.usou.todas.as.bitolas,.até.conseguir.transpor.todo.o.material.para.35.mm..O.filme.teve.pré-estréia.em.São.Paulo.em.setembro.e,.agora,.batalha.por.um.lugar.nas.salas.

Alta defi­ni­ção.

A. produtora. e. finalizadora. VBC. está. trabalhando,.desde.o.mês.de.agosto,.com.suporte.de.alta.defini-ção.na.captação,.montagem,.finalização.e.pós-pro-dução..Para.se.adaptar.à.nova.tecnologia,.a.empre-sa.realizou.no.final.de.julho.para.seus.funcionários.e.colaboradores.um.workshop.sobre.alta.definição..A. VBC. investiu. na. compra. de. uma. câmera. HDW.F900.e.um.VT.HDW.F500,.ambos.da.Sony,.além.de.lentes.prime.e.um.finalizador.on-line.Mistika.HD.

Page 9: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 10: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

A carrei­ra profi­ssi­onal da maqui­adora Anna Van Steen começou moti­vada por uma contradi­ção. A pri­ncípi­o, ela pensava em ser atri­z. Enteada do críti­co de teatro Sá­bato Magaldi­, e chei­a de arti­stas na famíli­a, Anna cursou a Escola

de Arte Dramá­ti­ca (EAD), parti­ci­pou do grupo de teatro i­nfanti­l Vento Forte e se preparou de todas as manei­ras. Mas havi­a uma coi­sa de que ela defi­ni­ti­va­mente não gostava: a transformação de sua i­magem, i­mposta pelo fi­guri­no e pela maqui­agem. “Fui­ percebendo que não gostava de me expor, não gos­tava de ser tocada, penteada.”

Fotos: Gerson Gargalaka (anna Van Steen) e Divulgação

Então deci­di­u mudar, largar o teatro, mas não sabi­a ai­nda o que fazer. Foi­ para Pari­s, onde começou a fazer os mai­s vari­ados cursos. Sabi­a que ti­nha alguma coi­sa a ver, queri­a conti­nuar na á­rea, só­ não sabi­a exatamente o quê. Entre eles, um era de maqui­agem i­lusi­oni­sta, com uma profi­ssi­onal que trabalhava no ci­rco. Os efei­tos que produzi­a servi­am de suporte para o mági­co e até uma “Monga” ela já ti­nha cri­ado. Me apai­xonei­ pela profes­sora e pela maqui­agem. Percebi­ que não gostava de um certo ti­po de maqui­agem, as pessoas são tão boni­tas, por que esconder i­sso atrá­s de uma má­scara?Empolgada, se i­nscreveu em outro curso, este de maqui­agens étni­cas, um ti­po de estudo antropoló­gi­co a parti­r da maqui­agem. Aqui­ lo para mi­m fazi­a sen­ti­do, as transformações ti­nham todo um si­mboli­smo, eram parte de uma cultura. Daí em di­ante descobri­u que era realmente essa a profi­ssão que que­ri­a ter. Hoje não troco por nada, já­ me ofereceram para fazer di­reção de

arte, tenho doi­s i­rmãos di­retores [Ri­cardo e Lea Van Steen], mas não quero.Ao voltar de Pari­s, seu pri­mei­ro trabalho foi­ no longa “Besame Mucho”, de Franci­sco Ramalho Jr. (1987), como assi­stente do maqui­ador Jack Montei­ro, com quem trabalha­

ri­a em mui­tas outras produções. Em segui­da, fez “Feli­z Ano Velho”, de Roberto Gervi­tz (1987), e, alguns fi­lmes depoi­s, “Bri­ncando nos Campos do Senhor”, de Hector Babenco (1991). Pas sa mos oi­to

. José Rein­aldo Gomes. é. o.novo. diretor. comercial. da.

Videomax.Produções.-.produto-ra. do. programa. “Show. Busi-ness”,. apresentado. por. João.Doria.-.e.da.editora.Doria.Asso-ciados.. Gomes. foi. diretor. de.marketing.publicitário.do. jornal.Valor. Econô­mico. nos. últimos.três. anos..Antes.disso,. acumu-lou.21.anos.de.experiência. em..várias.agências.do.mercado.

10tela viva

outubro de 2003

. Carla Pon­te. é. a. nova. integrante. da. equipe. da.Porão.Filmes..Jornalista,.formada.pela.ECA/USP,.ela.

assume. o. atendimento. na. produtora. e. também. atua.em.alguns.projetos.como.roteirista.e.assistente.de.dire-ção..Com.12.anos.de.profis-são,.trabalhou.na.Rede.Ban-deirantes,. MusicCountry,.TV.Tribuna.e.MTV.Brasil;.e.foi.free.lancer.nas.produto-ras.Vídeo.&.Cia.,.Canal.Azul,.na. Folha. de. S.. Paulo. e. na.Fundação.Padre.Anchieta.

. A. ABD. (Associação. Brasileira.de.Documentaristas).elegeu.sua.

nova. diretoria,. com. mandato. de.dois. anos.. Para. a. presidência. foi.reeleito.Mar.ce.lo Laffitte.(RJ)..Além.disso,.as.ABDs.regionais.foram.redi-vididas. em. sete. regiões. (eram.cinco),.cada.uma.representada.na.diretoria.. Para. as. votações. em.assembléia,. decidiu-se. que. cada.Estado.terá.direito.a.um.voto.(e.não.mais.por.regiões,.como.antes)..

an

na

. va

n.s

Te

en

.

Page 11: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

meses na Amazô­ni­a, e ti­ve que li­dar com aqueles seres humanos exó­­ti­cos, atores estrangei­ros chei­os de medos, com recei­o dos i­nsetos, da á­gua, de encostar nas pessoas... Mas a experi­ênci­a foi­ maravi­lho­sa, ti­vemos três meses só­ para pesqui­sar, trabalhando junto com o di­retor de arte Cló­vi­s Bueno e o di­retor de fotografi­a Lauro Escorel. Meu trabalho só­ acontece em absoluta dependênci­a da arte e da fotografi­a. A maqui­agem depende totalmente da luz e do enquadra­mento. Por i­sso, sempre peço que a maqui­agem, especi­almente a de efei­tos, seja testada antes. Mas nem sempre consegui­mos...Um pouco cansada da experi­ênci­a e di­ante de um período de i­ncertezas, em pleno governo Collor, Anna resolveu vi­ajar novamente. Foi­ para a Europa, se casou com um francês, trabalhou em publi­ci­dade na Bélgi­ca. Quando voltou, trabalhou em “Anahy de las Mi­si­ones”, de Sérgi­o Si­lva (1997), e retomou sua carrei­ra no ci­nema, na publi­ci­dade e no teatro.Aos poucos, foi­ podendo exercer o naturali­smo que sempre defendeu, um jei­to “Dogma 95” de encarar o ci­nema. Não é o dogma pelo mani­festo, mas pelo resultado, por um ci­nema mai­s verdadei­ro e chei­o de emoção. As pessoas têm pele, têm espi­nhas, têm olhei­ras... No fi­lme “Domésti­cas” (2001), de Fernando Mei­relles e Nando Oli­val, i­sso fi­cou patente. Atri­zes e empregadas domésti­cas se mi­sturam — todas sem maqui­agem. Con ven ci­ as atri­zes a não usar maqui­agem. Meu trabalho foi­ reforçar as olhei­ras, cri­ar hematomas, descabelar, colocar fi­veli­nhas. A maqui­agem tem que parecer como se ti­vesse si­do fei­ta pelo pró­pri­o personagem. Então, não fazi­a senti­do usar correti­vos nas atri­zes... Depoi­s, fez “Ci­dade de Deus” (2002), de Fernando Mei­relles e Káti­a Lund, e “Carandi­ru” (2003), de Hector Babenco — ambos com o mesmo tom. Em “Carandi­ru”, desenhou os personagens ao lado da di­reção de arte e mon­tou a equi­pe que atuou no di­a­a­di­a das fi­lmagens. Uma grande pesqui­sa foi­ fei­ta sobre as tatuagens dos detentos e, para cri­á­las, Anna desenvolveu uma ti­nta especi­al — fei­ta a base de ti­nta de caneta Bi­c com fi­xador de maqui­agem. Além di­sso, também cri­ou cari­mbos com os desenhos, para faci­li­tar a vi­da.Di­ante da vi­são mui­to parti­cular que tem de seu trabalho, Anna encontra di­fi­culdade para traduzi­­lo em palavras. Anda em busca de termos que o defi­nam para colocar nos crédi­tos dos fi­lmes. A li­nha que gosto de segui­r é a de usar a maqui­agem para construi­r o cará­ter do per­sonagem, não para corri­gi­r i­mperfei­ções estéti­cas. Então não gosto do termo maqui­agem, nem de caracteri­za­ção, que também i­nclui­ o fi­guri­no. Ai­nda estou procurando...

.A.produtora.Prodigo.Films.reformulou. seu. departa-mento. de. atendimento.com. as. contratações. de.duas.profissionais:.Ren­a.ta Aran­ha (5).e.Elis Pedroso (4).. Renata. representou. a.revista. oficial. do. Festival.Internacional. de. Cannes,.

“Daily”,.e.foi.uma.das.responsáveis.pelos.patrocinado-res.e.convidados.para.a.divulgação.do.FilmBrazil.no.evento..Elis.passou.pela.Telefilm.e.Miksom.

. An­to.n­io Athay­de. (1). fechou.contrato. com. o. SBT. para. assu-mir.a.superintendência.comercial.da. emissora. de. Silvio. Santos..Athayde. dirigiu. no. passado. a.área.comercial.da.Globo..Depois.ocupou.os.cargos.de.CEO.da.Net.Brasil. e. de. diretor. da. Globopar..Teve.ainda.uma.breve.passagem.pela.TV.Bandeirantes..O.executi-vo. está. levando. para. a. emissora.Clá­u.dio San­tos. (2). (até. então.diretor. comercial. da. Globosat). e.Adal.ber.to Vian­n­a (3),.que.atuou.na.Net,.Sky,.Americel.e.DirectNet.

6 9 10 117 8

1

2

3

.O.Projeto.FilmBrazil,.que.visa.transformar.o.Brasil.em.um.pólo.interna-cional.de.produção.audiovisual,.entrou.em.sua.segunda.fase.concen-trando.esforços.em.Brasília..Uma.comissão.do.projeto.e.da.Apro.forma-da.por Eitan­ Rosen­thal. (11),.presidente.do.FilmBrazil;.a.presidente.da.Apro,.Ley­la Fern­an­des.(10);.os.conselheiros.da.associação.Paulo Schmidt.(8).e.Lucia.n­o Traldi (6);.e.João Paulo Morello,.assessor.jurídico.da.Apro.e.do.FilmBrazil,.tiveram.uma.série.de.reuniões.em.Bra-sília.em.busca.de.apoio.para.o.projeto.A.primeira.reunião.da.comissão,.agendada.com.a.ajuda.do.deputado.federal.Carlos Sampaio.(PSDB/SP).(7),.foi.com.Juan­ Queiroz,.pre-sidente.da.Agência.de.Apoio.às.Exportações.(APEX),.do.Ministério.do.Desenvolvimento,.Indústria.e.Comércio,.a.quem.a.equipe.pediu.o.apoio.para.as.ações.programadas.para.o.próximo.ano.Em. encontro. com. a. deputada. federal.Zulaiê Cobra. (PSDB/. SP). (9),.presidente.da.Comissão.de.Relações.Exteriores.da.Câmara,.os.integran-tes. da. comissão.propuseram. simplificações.nos.procedimentos.para.concessão.de.visto.temporário.de.trabalho.a.técnicos.estrangeiros.e.na.importação.provisória.de.equipamentos.e.materiais.de.filmagem.

4

5

Page 12: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

HD e SD

A Thomson apresentou na IBC o mi­xer Kalypso Duo. Trata­se do pri­mei­ro mi­x­er que pode ter upgrade de SD para HD por software. Uma vez fei­to o upgrade, ele pode ser confi­gurado tanto para produções SD quanto HD. Além di­sso, suporta vári­os formatos HD, i­nclui­ndo 1080i­ e 720p. O produto está di­sponível em versões para doi­s, três e quatro M/E (mi­x/effects) e pode suportar um, doi­s ou quatro controles. Além da vantagem de passar pela tran­si­ção de SD para HD sem a necessi­dade de trocar placas, o modelo Duo traz todas as funções do Kalypso anteri­or. O preço do produto é a parti­r de Ü 400 mi­l.

www.thomsongrassvalley.com

Novo fi­nali­zador

A Pi­nnacle trouxe para a exposi­ção de equi­pamentos do Congresso da SET o si­stema de edi­ção e pó­s­produção Li­qui­d Chrome. A nova solução reúne três produtos da Pi­nnacle, o Targa 3000, o Li­qui­d Studi­o e o K­2. O Chrome completa a li­nha Li­qui­d de edi­tores em rede, que i­nclui­ os produtos Li­qui­d Blue, para ambi­entes broadcast que uti­li­zam vári­os formatos; o Li­qui­d Chrome, para correções em tempo real; Li­qui­d Si­lver, para pó­s­edi­ção no formato MPEG­2, e o Li­qui­d Purple, para apli­cati­vos de edi­ção de vídeos di­gi­tai­s baseado em software. Projetado para pó­s­produção, o Li­qui­d Chrome oferece uma suíte de software de aper­fei­çoamento formada pelo gerador de caracteres Ti­tleDeko Pro; o Commoti­on Pro,

para edi­ção e composi­ção de i­magens; o Impressi­on DVD Pro, para autori­a; e o Pi­nnacle Li­qui­d CX, para correção de cores. O produto tem preço sugeri­do nos Estados Uni­dos de US$ 14.995.www.pi­nnaclesysla.com

Processamento 64 bi­ts

A AMD lançou o pri­mei­ro processador de 64 bi­ts para PC compatível com Wi­ndows, o Athlon 64 FX. O processador, projetado para entusi­astas e cri­adores de conteúdo di­gi­tal, apresenta melhor performance em 32 bi­ts, para apli­cações atuai­s, e ai­nda computação de 64 bi­ts para a pró­xi­ma geração de software. A AMD lançou ai­nda uma versão para notebooks do processador, o Athlon 64, projetado para alta performance e conecti­vi­dade wi­reless. Contém gerenci­amento avançado de energi­a com a tecnologi­a AMD PowerNow!, consumo de potênci­a reduzi­do e vi­da da bateri­a estendi­da.Os novos processadores da AMD ganharam o apoi­o da Mi­crosoft, que anunci­ou uma versão beta do Wi­ndows XP 64­Bi­t Edi­ti­on. Além di­sso, a fabri­cante HP anunci­ou que planeja ter si­stemas com os novos processadores ai­n­da neste quarto tri­mestre de 2003. A Fuji­tsu, Fuji­tsu­Si­emens e NEC­CI também anunci­aram a di­sponi­bi­li­dade de si­stemas para o processador AMD Athlon 64.www.amd.com

12tela vivaoutubro de 2003

Page 13: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Edi­ção no Li­nux

A Di­screet anunci­ou na Internati­onal Broadcasti­ng Conventi­on, em Amsterdã, Holanda, reali­zada entre 12 e 16 de setembro, um si­stema de edi­ção e acabamento para o si­stema operaci­onal Li­nux, o Smoke 6. Segundo a empresa, o desempenho das estações PC atuai­s com as recém­lançadas capaci­dades do si­stema operaci­onal Li­nux propi­ci­am suporte avançado para as demandas de desempenho de acabamento e edi­ção do Smoke. O software trab­alha com resolução standard, foi­ desenvolvi­do para trabalhar com o Red Hat Li­nux 8 e será comerci­ali­za­do como uma solução chave na estação Intelli­Stati­on Z Pro 6221 da IBM. O si­stema IBM/Smoke 6 i­nclui­ gráfi­cos OpenGL, entradas e saídas PAL e NTSC e vári­as opções de armazenamento, entre elas a opção de soluções de hardware RAID 5 totalmente redundantes. A Di­screet pretende lançar o smoke 6 para Li­nux no i­níci­o de 2004.www.di­screet.com

Tri­pé para di­gi­tai­s

A Mattedi­ mostrou na exposi­ção de equi­pamentos do Congresso da SET, que aconteceu em setembro, no Ri­o de Janei­ro, o tri­pé M­10.K. Projetado para câmeras di­gi­tai­s, o tri­pé tem um

novo si­stema de ajuste gradual e li­near de pressão nos movi­mentos ti­lt e pan, além de mai­or i­ncli­nação de ti­lt (até 90 graus). O equi­pamento é composto por um tri­pé fei­to

de duralumíni­o com li­gas anodi­zado, cabeça hi­dráuli­ca, base em mei­a esfera, manche emborrachado e estrela de solo extensível escamoteável. Além di­sso, conta com estrela

de rodas Dolly com frei­os como acessó­ri­o opci­onal. A altura do equi­pamento vai­ de 0,8 metro até 1,73 metro e pesa 8,8 kg, suportando até 8 kg.

www.mattedi­.com.br

Mai­s customi­zá­vel

A Debetec está trazendo para o País a lente teleobjeti­va da Canon J22ex 7.6B. O equi­pamento é baseado na tecnologi­a da nova séri­e eIFxs, que traz todos os recursos da tecnologi­a anteri­or da fabri­cante, a séri­e IFxs, e ai­nda um di­splay que traz as i­nformações de confi­gu­ração. Outra novi­dade da tecnologi­a é um seletor di­gi­tal de funções, que permi­te confi­gurar e customi­zar a lente de manei­ra mai­s fáci­l. É possível ai­nda salvar novas confi­gurações, para usuári­os di­ferentes ou uso em di­versos ambi­entes.Entre as confi­gurações, está a possi­bi­li­dade de memori­zar duas posi­ções de zoom, e a lente “salta” de uma posi­ção para outra automati­camente, sem a necessi­dade de mar­cadores ou a velha fi­ta crepe para ajudar no servi­ço. Também é pos­sível pré­estabelecer uma veloci­dade de zoom e salvar na memó­ri­a. Com um cabo adaptador, é possível usar controladores de lentes de estúdi­o.A lente está di­sponível em versões com proporção 4:3 e 16:9 e há ai­­nda uma versão crossover (que funci­ona nas duas proporções). Outra opção para os três modelos é o extensor de 2X. As lentes têm zoom de 7.6 até 168 mm, sem o extensor, e de 15.2 até 336 mm, com o exten­sor. O peso do equi­pamento vari­a entre 1,79 kg e 1,89 kg.www.debetec.com.br

Page 14: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

A

Rede Record completa 50 anos com as contas em dia e começa a mexer na programação em busca do segundo lugar na audiência.

TELA VIVA - A Record chega aos 50 anos. Como a emi­ssora se posi­ci­ona atualmente no mercado?Dennis Munhoz - Estamos na tercei­­ra fase de um projeto que começou em 2001. Começou com o saneamen­to das fi­nanças. Fi­zemos bem a li­ção de casa e agora estamos em ordem. O segundo passo foi­ o planejamento estratégi­co, defi­ni­r no que vale mai­s a pena i­nvesti­r. Agora vamos i­nves­ti­r em programação para chegar ao segundo lugar em audi­ênci­a. Quando assumi­mos a rede, os salári­os estavam

atrasados e devíamos para os fornece­dores. Em menos de ci­nco anos vi­ra­mos a tercei­ra rede do País. Di­ante di­sso, não é utopi­a querer chegar a esta posi­ção.

O que será­ a tercei­ra etapa?Agora temos estrutura para i­nvesti­r em programação, a base está monta­da. E para o públi­co, o que aparece não são as fi­nanças da empresa, mas o que ele vê na tela, então vamos renovar a programação. Vamos i­nvesti­r em dramaturgi­a, adqui­ri­r

A Record chega à maturi­dade com porte de “ci­n­qüentona enxuta”. A emi­ssora da Barra Funda, berço de alguns dos momentos mai­s memorávei­s da TV brasi­lei­ra, como os Festi­vai­s da Canção e a “Famíli­a Trapo” e trampoli­m de talentos como Cha­cri­nha e Si­lvi­o Santos, passou nos últi­mos anos por uma reforma admi­ni­strati­va e quer voltar a i­nvesti­r na programação com uma meta mui­to defi­ni­da: con­qui­star o segundo lugar da audi­ênci­a.

É da emi­ssora que vei­o, este ano, a mai­s relevan­te notíci­a de i­nvesti­mento em equi­pamentos de pro­dução, quando adqui­ri­u da Sony 17 camcorders e mai­s de 20 VTs, entre outros equi­pamentos, alguns já da nova geração da fabri­cante japonesa, equi­pa­dos com di­scos ó­pti­cos. Hoje, segundo a empresa, 80% do parque de produção já está di­gi­tali­zado.

A Record também vem i­novando na programa­ção. Investi­u em co­produções como o game show “Roleta Russa”, com a Sony, e o seri­ado “Turma

do Gueto”, com a Casablanca, e em parceri­as como a que tem com os canai­s Fox, de quem exi­be seri­ados e os documentári­os da Nati­onal Geogra­phi­c. E agora si­nali­za uma volta à teledramatur­gi­a, com uma novela de padrão “global”.

A emi­ssora anunci­ou i­nvesti­mentos de R$ 20 mi­lhões para o pró­xi­mo ano em programação.

É neste contexto que o presi­dente da emi­ssora, Denni­s Munhoz, conversou com TELA VIVA. Ele vem conduzi­ndo há quase três anos a reestrutura­ção da empresa, pertencente à Igreja Uni­versal do Rei­no de Deus. Munhoz é advogado e di­ri­gi­u o departamento jurídi­co da Rede Mulher (também pertencente à i­greja) até 1999. Em segui­da, tor­nou­se assessor jurídi­co da Rede Record, acumu­lando também a parti­r de 2000 os departamentos de recursos humanos e de contabi­li­dade. Em feve­rei­ro de 2002 assumi­u a vi­ce­presi­dênci­a da Rede Record, e em janei­ro deste ano, a presi­dênci­a.

14capa

outubro de 2003

Com a casa arrumada

Fotos: Divulgação (Dennis Munhoz e imagens de programação) e arquivo pessoal de reynaldo P. bräscher

Page 15: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

>>>>

um pacote de fi­lmes bem melhor e ampli­ar nossos eventos esporti­vos.

Foi­ di­vulgado que a novela que vocês farão será­ uma produção i­ndependente. Por que esta deci­são?Sou fã da produção i­ndependente, as produtoras têm condi­ção de produzi­r melhor e mai­s barato. Acredi­to mui­to na parceri­a. E este projeto não é para fazer “mai­s uma novela”. É uma coi­sa mui­to elaborada, o projeto exi­ste desde junho e será lançado em março, será uma coi­sa com padrão equi­valente ao da Globo. Isso não é barato, tem que ser mui­to bem tra­balhado.

E quem será­ a produtora?Tudo i­ndi­ca que será a Casablanca (N. da R.: a Record já tem parceria com a produ­tora na série “Tu­rma do Gu­eto”, campeã de au­diência da emissora).

A Record obteve há­ alguns anos uma li­cença para DTH (TV por assi­natura vi­a satéli­te). Pretendem operar este servi­ço?Não há planos para i­sso no curto prazo. Preferi­mos pensar melhor no assunto para, quando for fazer, fazer di­rei­to.

E quai­s são os planos para a Record Internaci­onal (canal transmi­ti­do vi­a satéli­te para o exteri­or)? Há­ i­nforma­ções sobre a audi­ênci­a do canal?A resposta que temos dos EUA e Canadá é mui­to boa. Começamos agora a transmi­­ti­r também para o Japão (desde junho) e até o fi­m do ano estaremos em Portugal e na Inglaterra. Este mercado ai­nda pode crescer mui­to. Por i­sso estamos até trans­feri­ndo a representante do canal para os EUA (Delma Andrade, que fi­cará em Nova York).

E em relação à rede naci­onal, há­ planos para uma ampli­ação?Hoje cobri­mos 95% do terri­tó­ri­o naci­onal, as afi­li­adas estão sati­sfei­tas. Mas ai­nda pode­mos crescer em algumas capi­tai­s.

O governo federal anunci­ou que vai­ di­stri­­bui­r suas verbas de publi­ci­dade baseado no share das emi­ssoras, mas admi­te que também usará­ outros cri­téri­os. Como o sr. vê i­sso?A di­stri­bui­ção das verbas pelo share é mai­s justa que o que se prati­cava anteri­ormente, mas os “outros” cri­téri­os são mui­to subjeti­­vos. Toda di­scussão que passa por share é bem­vi­nda, não tem outro jei­to.

andrémer mels tein [email protected]

linha do tempo

Com a casa arrumada

Década de 50Em.novembro.de.1950,.o.empresário.Paulo.Machado. de. Carvalho,. sócio. das. rádios.Excelsior.e.Jovem.Pan.(na.época.Paname-ricana),. consegue. a. concessão. para. uma.emissora.de.TV..No.dia.27.de.setembro.de.1953,.às.20h,.a.TV.Record.entra.oficialmente.no.ar,.como.a.terceira.emissora.de.televisão.a. surgir.na. capital. de.São.Paulo.. Fundada.por.Machado.de.Carvalho,.o.Canal.7.de.São.Paulo.era.equipado.com.a.tecnologia.mais.avançada.para.a.época..Essa.década.foi.mar-cada.pelas.produções.ao.vivo,.baseadas.no.

improviso,. pois. ainda.não.havia. videoteipe.disponível..Na.programação,.destaque.para.os.musicais,.esportes.e.telejornais..A.Record.faz. a. primeira. transmissão. externa. de. um.evento.esportivo.ao.vivo.

Década de 60A.emissora.continua.a. registrar.excelentes.índices.de.audiência,.com.diversos.progra-mas. e. agrega. à. sua. grade. humorísticos,.programas. de. calouros. e. de. entrevistas,.infantis.. Porém,. nessa. década,. a. emissora.sofre. quatro. incêndios.. Em. julho. de. 1966,.um.incêndio.destrói.estúdios.e.a.central.téc-nica.das.instalações.no.bairro.do.Aeroporto..Foram.mais.de.300.mil.filmes.e.equipamen-tos.destruídos..No.início.de.1969,.o.edifício.Grande. Avenida,. onde. estava. instalada. a.

Cap

itão

7 -

19

55

Page 16: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

AAlém de toda sua hi­stó­ri­a artísti­ca, a Record também passou nestes 50 anos por todas as i­novações técni­cas da TV, do preto e branco ao di­gi­tal. Vale a pena lembrar os tempos em que o pi­onei­ri­smo e a cri­ati­vi­dade davam o tom.

O i­mprovi­so tão característi­co do i­níci­o da televi­são não se refere apenas aos arti­stas e jornali­stas que apareci­am na tela ai­nda em preto e branco. Ele também era necessári­o para aqueles que estavam nos basti­­dores, por trás das câmeras. Um bom exemplo di­sso aconteceu na pri­mei­ra transmi­ssão ao vi­vo di­reto do Ri­o de Janei­ro para São Paulo. Uma equi­pe técni­ca teve de recorrer a mui­ta cri­a­ti­vi­dade, ali­ada ao conheci­mento da físi­ca, para levar até a capi­tal pauli­sta o si­nal da parti­da de futebol Brasi­l x Itáli­a, que aconteci­a em mai­o de 1956 no Estádi­o do Maracanã.

Naquela época, o responsá­vel técni­co pelas transmi­ssões externas da TV Record, Rey­naldo Pai­m Bräscher, estava deci­di­do a romper o êxi­to da TV Tupi­ de ter transmi­do um jogo da Vi­la Belmi­ro, em San­tos, para São Paulo, ou seja, a levar o si­nal por uma di­s­tânci­a de cerca de 70 km. Ao conversar com o fundador e então pri­nci­pal executi­vo do

canal 7 de São Paulo, Paulo Machado de Carvalho, Bräscher obteve si­nal verde. “Pri­mei­ro fi­zemos uma transmi­ssão de Campi­nas, a 100 km de São Paulo, e no mesmo mês parti­mos para o Ri­o”, relem­bra Bräscher, hoje com 76 anos.

De acordo com ele, i­ni­ci­almente era necessári­o encontrar os pontos mai­s altos para a retransmi­ssão do si­nal de TV. O técni­co alugou um avi­ão e sobre­voou o trajeto, locali­zando o Morro do Corcovado, pró­xi­mo à Ilhabela. O segundo passo foi­ vi­ajar com sua equi­­pe, em duas “vi­aturas”, di­z ele, até o local. Para chegar ao topo do morro, ti­veram que i­r a pé acompanhados de burros, que carregavam no lombo toda a parafernáli­a que preci­sari­am no cume.

Bräscher conta que antenas de mi­croondas foram i­nstaladas no Morro do Corcovado, mas era preci­so ter refle­

16 tela viva outubro de 2003

Mas não há­ o ri­sco de se repeti­r a si­tua­ção que se vê no mercado, de que a emi­ssora que tem 50% da audi­ênci­a fi­ca com 70% das verbas?Em relação a i­sso, a resposta é tempo e tra­balho. Quando o produto é bom, não falta anunci­ante.

A quali­dade da TV aberta vem sendo mui­to questi­onada, e a di­scussão se acentuou com o caso recente envolven­do o “Domi­ngo Legal”, do SBT (acusa­do de transmi­ti­r uma entrevi­sta forja­da com bandi­dos do PCC). Deve haver um controle sobre a programação?

Há uma li­nha mui­to tênue entre regulamen­tação e censura, tem que ser mui­to cui­da­doso com i­sso. Um caso como o do Gugu envolve a Justi­ça, então temos que cui­dar para não julgar antes. Agora, em se confi­r­mando que a entrevi­sta foi­ montada, e que ele ti­nha conheci­mento di­sto, a penali­dade apli­cada foi­ justa (N. da R.: a Ju­stiça tirou­ o programa do ar na semana segu­inte). Nó­s tomamos mui­to cui­dado com este ti­po de coi­sa, não colocamos nada no ar sem checar.

A vi­olênci­a e a bai­xari­a são neces­sá­ri­as para se obter uma boa audi­ênci­a?

do Rio a Sp via tela de galinheiro

Reynaldo Bräscher hoje (esq.) e operando um VT nos anos 60 (aci­ma).>>

torre. de. transmissão. do. canal. 7. pega.fogo. e. deixa. a. emissora. fora. do. ar. por.algumas.horas..Em.março.desse.mesmo.ano,.o.Teatro.Record.na.rua.da.Consola-ção. foi. consumido. pelas. chamas. e. em,.em.julho,.o.novo.teatro.da.Record,.o.mais.bem.equipado.da.TV.brasileira.na.época,.foi.destruído.em.outro.incêndio.

Década de 70A.Record.passa.por.uma.grave.crise.finan-ceira.no. início.dessa.década,.em.decor-rência.dos.prejuízos.com.os. incêndios.e.da. concorrência. com. as. emissoras. que.surgiam.no.mercado..Passa.a.dar.ênfase.também.ao.jornalismo..Em.19.de.fevereiro.de.1972,.ela.exibe.a.primeira.transmissão.oficial. em. cores,. com. imagens. geradas.pela. TV. Difusora. de. Porto. Alegre.. Em.seguida,. compra. um. grande. pacote. de..séries.e.filmes.do.exterior..Em.1977,.Silvio.Santos. (então. dono. da. TVS. do. Rio. de.Janeiro).se.associa.à.família.Machado.de.Carvalho..Há,.porém,.uma.outra.versão:.a.compra.teria.ocorrido.alguns.anos.antes.do.divulgado.oficialmente,.com.Silvio.San-tos.comprando.as.ações.(50%.do.total.da..Record). que. pertenciam. a. João. Batista.Amaral..Silvio.teria.colocado.o.empresário.Joaquim.Cintra.Gordinho.como.testa-de-ferro.. Isso.porque.Silvio.Santos. teria.um.contrato.com.a.Globo.de.exibição.de.seu.programa. e. uma. cláusula. impedia. que.fosse.acionista.de.alguma.outra.emissora.de.TV.

Década de �0Momento.de.expansão,.visando.a.cobertu-ra.total.do.Estado.de.São.Paulo..Em.1980,.ocorre.a.extinção.da.Rede.Tupi..Um.ano..depois,.Silvio.Santos.ganha.a.concessão.de.algumas.emissoras.que.pertenciam.à.Tupi,.entre.elas,.o.canal.4.de.São.Paulo,.e.inaugura.o.SBT..Durante.um.longo.tempo,..Record.e.SBT.exibiam.a.mesma.progra-mação..A.concorrência.se.acirrava.ainda.mais. com. o. SBT. e. a. Bandeirantes.. Em.

A F

amíl

ia T

rap

o -

19

67

A F

amíl

ia T

rap

o -

19

67

Page 17: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

>>tores de si­nal para captação do si­nal VHF da TV Ri­o ­ canal 13. “Uti­li­zamos sarrafos e rolos de tela fi­na de gali­nhei­­ro”, lembra o técni­co. Esses refletores foram encravados no morro e, depoi­s de uti­li­zados, ali­ foram abandonados. Outro si­stema para captar e refleti­r o si­nal foi­ i­nstalado no Morro do Itapeti­, em Mogi­ das Cruzes.

As i­magens foram captadas com antenas especi­ai­s de alto ganho para recepção da TV Ri­o, que i­ntegrava as Emi­ssoras Uni­das ao lado da TV Record e das rádi­os Record e Panameri­­cana (hoje Jovem Pan). O si­nal em VHF foi­ demodulado e transferi­do para o pri­­mei­ro li­nk (no Morro do Corcovado) de mi­croondas RCA de 0,5 W de potênci­a ali­mentando uma antena parabó­li­ca de 1,8 m de di­âmetro, di­reci­onada ao

Um programa como o “Ci­dade Alerta” é jornali­smo poli­ci­al, que cobra ati­tudes das autori­dades. A vi­olênci­a está aí, não é a TV que i­nventa, o jornal mostra para a população poder cobrar.

A auto­regulamentação seri­a uma boa solução para evi­tar este ti­po de problema?Sou favorável à i­déi­a, mas não sei­ se o cami­nho é através das emi­ssoras. É mai­s uma questão de bom senso. E o problema não é só­ a vi­olênci­a. Há também questões como o apelo sexual, você vê programas mostrando fotos de revi­stas masculi­nas no horári­o vesperti­no.

Como o sr. vê a di­scussão da proi­bi­­ção da publi­ci­dade de bebi­das alcoó­­li­cas na TV?A questão dos desti­lados já está bem defi­ni­da, mas em relação à cerveja, o mercado (fabri­cantes) di­z que a gradua­ção alcoó­li­ca é bai­xa, pareci­da até com alguns sucos ofereci­dos no mercado. Acho que bebi­da tem que ter uma moni­­toração si­m, mas dos pai­s. A TV não pode fazer apologi­a da bebi­da, mas tam­bém não podem proi­bi­r a publi­ci­dade, porque afi­nal a bebi­da é li­berada. A cri­an­ça não vai­ ver a propaganda na TV, mas vai­ ver o pai­ tomando. Então é algo que a soci­edade tem que olhar.

do Rio a Sp via tela de galinheirosegundo li­nk (na Serra do Itapeti­). Ali­, novamente demodulado, o vídeo passou a ali­mentar o segundo mi­croondas RCA di­reci­onado à Torre da TV Record em São Paulo i­nstalada a Rua Frei­ Caneca (Materni­dade de São Paulo). Nos televi­­sores em São Paulo, vi­u­se o narrador esporti­vo Si­lvi­o Lui­z nas prai­as cari­ocas entrevi­stando banhi­stas com um mi­cro­fone volante RCA valvulado, ali­menta­do a bateri­a, que pesava cerca de doi­s qui­los. Depoi­s, a seleção brasi­lei­ra não decepci­onou e venceu por doi­s a zero a equi­pe i­tali­ana nessa que foi­ a pri­mei­ra transmi­ssão i­nterestadual de televi­são no Brasi­l.

Durante uma semana a equi­pe técni­­ca da Record, formada ai­nda por Geral­do Campos, José Alves Perei­ra, Jacob de Abreu (já faleci­do), Severi­no Verardo e Johnston Vi­ana da Si­lva (atualmente di­retor técni­co da Jovem Pan), entre outros, reali­zou quatro transmi­ssões do

sandrareginasilva [email protected]

Si­lvi­o Lui­z entrevi­sta banhi­sta na prai­a de Copacabana.

Equi­pe técni­ca na pri­mei­ra transmi­ssão de TV ao vi­vo de Campi­nas.

>>

1988,.assume.a.terceira.geração.da.família.Machado.de.Carvalho,.que. junto.com.Sil-vio. Santos. (que. nessa. época. já. era. sócio.majoritário). colocam. a. emissora. à. venda..No. final.da.década,.o.bispo.Edir.Macedo,.líder.da.Igreja.Universal.do.Reino.de.Deus,.compra.a.Record.

Década de 90

Em.1991,.o. foco.da.programação.passa.a.ser. o. jornalismo.e. a.nova.gestão. começa.a. formar. uma. rede. nacional. de. emisso-ras.. Até. 1993,. já. conta. com. emissoras.próprias. no. Rio. de. Janeiro,. Brasília,. Belo.Horizonte. e. Goiânia.. Em. 1995,. a. Record.compra.o.prédio.e.os.equipamentos.da.TV.Jovem.Pan.de.São.Paulo,.na.Barra.Funda,.e. muda. sua. sede. para. lá.. Nessa. década.continua.o.processo.de.expansão.no.Bra-sil. e. conquista. várias. afiliadas. da. extinta.Rede.Manchete..A.partir.de.1996,.a.Record.passa.a. investir.bastante.em.profissionais,.em.programação.(incluindo.filmes.e.séries).e. em.equipamentos.. Em.1997,. a. potência.do.transmissor. instalado.no.topo.do.edifí-cio. Grande. Avenida,. na. Avenida. Paulista,.passa.de.30.kW.para.60.kW,.e,.no.mesmo.ano,. ocorre. a. implantação. do. Núcleo. de.Teledramaturgia.. Em. seguida,. a. emissora.firma.parceria.com.a.TVM.Produções,.para.minisséries.e.novelas..Em.outubro.de.1998,.a. Record. adquire. sua. primeira. unidade.móvel.totalmente.digital,.composta.por.um.caminhão. com. quatro. câmeras,. um. swit-cher.e.três.aparelhos.de.edição.videotape.com. stop. motion.. Além. disso,. há. a. troca.

Heb

e e

Go

lias

- D

éc.

Arr

elia

e P

imen

tin

ha

- 1

95

6

Heb

e e

Go

lias

- D

éc.

Page 18: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 19: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 20: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

x 20 tela viva outubro de 2003

Ri­o: as entrevi­stas com banhi­stas, a parti­­da de futebol, o Grande Prêmi­o de Turfe di­reto do Jó­quei­ Clube e um show come­morati­vo pelo fei­to a parti­r do estúdi­o do canal 13.

InovaçõesBräscher guarda outras grandes lembran­ças dos pri­mó­rdi­os da televi­são. “Mes­mo antes de exi­sti­r o vi­deotei­pe no País, a Record i­novava mostrando lan­ces das parti­das de futebol na hora.” Havi­a duas câmeras i­nstantâneas Pola­roi­d, cada uma atrás de um gol. Quando necessári­o, a foto i­nstantânea do lance era colocada à frente da câmera de TV (então valvulada), que sozi­nha pesava perto de 35 kg, além do vi­sor (desta­cado) de cerca de 10 kg, com lente de 50 mm (geral) até 1000 mm (close) — “eram lentes fi­xas, poi­s não exi­sti­a ai­nda a famosa zoomar”, afi­rma ele. No i­ntervalo do jogo, o telespectador podi­a ver os melhores lances. “Um fotó­grafo captava as i­magens em fi­lme de 16 mm. Rapi­damente, ele revelava apenas no negati­vo. As i­magens eram projetadas (no negati­vo) em uma tela na parede e uma câmera modi­fi­cada com a polari­da­de i­nverti­da colocava a i­magem no ar”, relembra Bräscher.

A Record também transmi­ti­a a cor­ri­da de São Si­lvestre pelas ruas de São Paulo. Para i­sso, uti­li­zava um ôni­bus adaptado, com uma máqui­na de vi­deotei­­pe, mantendo uma câmera i­nstalada na frente e outra na trasei­ra do veículo.

A chegada do VT preto e branco faci­li­tou o trabalho em vári­os aspectos. Mas o transporte da máqui­na para as externas exi­gi­a uma grande operação. O aparato pesava aproxi­madamente 1 ton., uti­li­zava fi­tas de duas polegadas e os carretéi­s ti­nham 16 polegadas de di­â­metro. “Para captar i­magens nas ruas,

era necessári­o um cami­nhão só­ para levar a máqui­na de VT”, di­verte­se Bräs­cher, nasci­do em Lages (SC).

Da Aeronáutica para a TVO catari­nense se envolveu com eletrôni­­ca quando começou sua carrei­ra mi­li­tar na Base Aérea de Flori­anó­poli­s, em 1944. Queri­a ser pi­loto, mas foi­ parar na Escola Técni­ca de Avi­ação em São Paulo, formando­se em técni­co de manu­tenção eletrôni­ca de aeronaves. Fez está­gi­o na Base Aérea de Santa Cruz (RJ) e aperfei­çoou­se em rádi­o navegação. Em 1947 dei­xou a Força Aérea e passou a atuar na avi­ação ci­vi­l.

A entrada no mercado televi­si­vo foi­ em 1952, ao ser contratado para a i­ns­talação da Rádi­o e TV Pauli­sta (canal 5), de São Paulo. Na Record entrou em 1954, e ali­ trabalhou durante 18 anos. Em 1960, fez curso de vi­deotei­pe na CBS, em Nova York (EUA). Depoi­s da Record, trabalhou no Objeti­vo, que foi­ o pri­mei­ro colégi­o do País a ter ci­rcui­to fechado de TV a cores. Pelo Objeti­vo, em 72, foi­ aprender sobre os equi­pa­mentos de geração de i­magem de TV colori­da no Japão. No ano segui­nte, fez estági­o na Internati­onal Vi­deo Corpora­ti­on (IVC), em Utah (EUA), fabri­cante de equi­pamentos de TV em cores. Em 1976, Bräscher ajudou a montar a Rádi­o FM Jovem Pan 2 e, em 78, parti­ci­pou da i­nstalação do novo transmi­ssor da Jovem Pan 1, da marca Harri­s com 50 mi­l W de potênci­a.

Hoje aposentado, conti­nua prestando servi­ços de manutenção em equi­pamentos eletrôni­cos para a Uni­versi­dade Pauli­sta, do Grupo Objeti­vo.

Um dos pri­mei­ros carros de externa, em frente ao Jó­quei­ Clube do RJ.

Câmera valvulada posi­ci­onada no Jó­quei­ Clube do Ri­o.X

digital,. composta. por. um. caminhão. com.quatro.câmeras,.um.switcher.e.três.apare-lhos.de.edição.videotape.com.stop.motion..Além.disso,.há.a.troca.da.frota.de.veículos,.a.informatização.de.todos.os.departamen-tos.da.emissora,. entre.outros. investimen-tos..Entre.1999.e.2000,.é. implantada.uma.cobertura. jornalística. internacional. com.correspondentes.

Século 21O.processo.de.expansão.se.manteve.e.hoje.são.63.emissoras,.entre.próprias.e.afiliadas,.além.de.centenas.de.retransmissoras.espa-lhadas.pelo.Brasil.No. início.de.2003. foi. inaugurado.o.novo.Centro. Exibidor. Digital,. substituindo.as. fitas. para. exibir. comerciais. por. um.moderno. sistema. de. automação. de. exi-

bição.. Para. a. cobertura. jornalística. em.São. Paulo,. a. Record. conta. com. o. Águia.Dourada. I. (helicóptero. do. tipo. Esquilo),.equipado. com. quatro. câmeras,. sendo.duas. internas. e. duas. externas.. Uma. das.câmeras. externas. permite. movimentos.de. 360. graus,. aproximando. as. imagens.em. até. 70. vezes,. e. a. outra. câmera. está.instalada.na.traseira.que.facilita. imagens.panorâmicas.. Sob. o. helicóptero. está. um.transmissor. de. microondas. (para. trans-missões. ao. vivo). e. um. receptor. (para.receber.imagens.das.cinco.Motolinks.que.buscam.notícias.nas. ruas.de.São.Paulo)..Há.ainda.o.Águia.Dourada.II.(helicóptero.Robson. 44),. um. pouco. menor. mas. com.as. mesmas. características. do. primeiro..Ainda.para.o.departamento.de.jornalismo,.a.emissora.investiu.no.início.de.2003.mais.de. US$. 2,5. milhões. em. equipamentos.para. captação. externa.. São. câmeras. da.nova.tecnologia.Digital.IMX.da.Sony.com.unidades.de.gravação.em.disco.óptico,.o.que.agrega.qualidade.e.mais.velocidade.à.produção.de.matérias.

Inez

ita

Bar

roso

- D

éc.

50

Inez

ita

Bar

roso

- D

éc.

50

Page 21: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 22: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

­making­of

22tela vivamaio de 2004

C L I P E D E R A P A L T O A S T R A L

A g i­ l i­ d a­ d ePara i­sso, foi­ montada uma equi­pe híbri­da, de pauli­stas e cari­o­cas. De São Paulo saíram o di­retor, o di­retor de arte, a pro­dução e o fi­guri­no. No Ri­o, foram recru­tados os profi­ssi­onai­s de fotografi­a, elétri­ca e maqui­nari­a. “Pela pri­­mei­ra vez trabalhei­ com um platô no set, que é uma fi­gura que não exi­ste em São Paulo. Aqui­ o produtor de set acumula mui­tas funções e o set acaba fi­cando por conta de um assi­stente que não tem autonomi­a. Com o platô, a fi­l­

magem foi­ mai­s ági­l”, comenta Johnny.A verba curta — como é praxe nos cli­pes — li­mi­tou o tamanho da equi­pe e também seu confor­to. O lado pauli­sta da equi­pe se hospedou em um pequeno apar­tamento em Copacabana, duran­te dez di­as — que i­ncluíram

pré­produção e fi­lmagem. “Foi­ uma i­mersão total, durante esses dez di­as só­ conversamos e vi­vemos o cli­pe. E i­sso fez com que as coi­sas rolassem mui­to mai­s fácei­s”, conti­nua. “Qual­quer problema na pré­produção era di­scuti­do e resolvi­do na hora.”

Premi­ado no últi­mo Vi­deo Musi­c Brasi­l (VMB), da MTV, nas categori­as Melhor Vi­deocli­pe, Melhor Cli­pe de Rap e Melhor Di­reção, o cli­pe do rapper Marcelo D2 é resultado da empati­a i­medi­ata entre o músi­co e o di­retor, e da perfei­ta si­ntoni­a Ri­o­São Paulo que surgi­u na equi­pe. “Fui­ i­ndi­cado pela gerente de marketi­ng da gravadora, porque o Marcelo queri­a um acabamento i­mpecável na produção e pedi­u um di­retor que ti­vesse experi­ênci­a em publi­ci­dade”, expli­ca o di­retor Johnny Araújo. Depoi­s de receber o CD e o bri­efi­ng, Johnny parti­u para uma ampla pesqui­sa de referênci­as. Por sua formação de montador,

ele sempre prefere trabalhar com i­magens — e responder ao bri­efi­ng vi­sualmente. “Às vezes a gente conversa e a outra pes­soa fi­ca pensando uma coi­sa, enquanto a gente pensa outra. Então deci­di­ montar uma fi­ta com as referênci­as vi­suai­s que i­magi­nei­ que esti­vessem dentro do que ele queri­a”, di­z Johnny. Dentro dessas referênci­as, mui­tos fi­lmes de Spi­ke Lee e um cli­pe de Jenni­fer Lopez que, assi­m como i­magi­nava o músi­co, tratava da peri­feri­a de uma forma mai­s alto astral. “A mai­ori­a dos cli­pes de rap tem um cli­ma de vi­olênci­a, mas o Marcelo queri­a mostrar alguma coi­sa da i­nfânci­a dele na peri­feri­a sem fi­car mui­to pesado”, conta o di­retor.

E n t r e d u a­ s r e a­ l i­ d a­ d e sA pri­ncípi­o, o bri­efi­ng de Marcelo D2 relaci­onava a músi­ca com cenas no subúrbi­o, num di­a de sol. As locações escolhi­das foram no bai­rro de Madurei­ra, que mantém até hoje as característi­cas do bai­rro onde ele morou quando cri­ança. “Na mesma hora pensei­ nos fi­lmes do Spi­ke Lee, que eu adoro e que têm essa característi­ca. Mas sugeri­ também que fi­zéssemos i­magens à noi­te, para mostrar um outro lado dele, que é o da balada. Então fi­lmamos numa boate em Copacabana”, di­z o di­retor. Para entremear as duas reali­dades, foram fei­tas i­magens em uma barbeari­a no Leblon, que manti­nha as característi­cas de barbeari­a anti­ga, com a cadei­ra tradi­ci­onal e azulejos brancos na parede. Os cenári­os exi­gi­ram uma boa pesqui­sa de locação, poi­s a verba restri­ta obri­gou a equi­pe a trabalhar com locações quase prontas, sem adereços e objetos de cena.22

tela vivaoutubro de 2003

Page 23: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

[email protected]

miguel

ficha­técnicaTítu­lo Qu­al é? • Gra va do ra Sony Mu­sic

• Banda Mar ce lo D2 • Pro du­ to ra JX

Plu­ral • Dire ção Johnny Araú­jo • Foto­

gra fia Jac qu­es Cheu­iche • Dire ção de

Arte Yu­kio Sato • Pro du­ ção Equ­i pe

JX Plu­ral • Figu­ ri no Gabi Ramos •

Cas ting Carla Chu­eke • Edi ção Johnny

Araú­jo • Fina li za ção Equ­i pe JX Plu­ral

E m p a­ z c o m o s a­ m b a­Além de relembrar a i­nfânci­a, Marcelo D2 também queri­a homenagear seu pai­, anti­go sambi­sta. Em todo o di­sco, o rapper ressalta a i­mportânci­a do samba de rai­z na músi­ca brasi­lei­ra, ao contrári­o da mai­ori­a dos rappers que renega o samba. Então, o cantor sugeri­u que vári­os sambi­stas fos­sem reuni­dos no pagode de sua ti­a, que aos domi­n­gos serve uma fei­joada cari­oca da melhor qua­li­dade, regada a mui­ta cerveja e samba.Entre os convi­dados, estavam Bezerra da Si­lva e Arli­ndo Cruz, além de Falcão, do grupo O Rappa. “Trabalhamos na locação, sem i­nterferi­r em nada — o pagode é exatamente daquele jei­­to”, conta Johnny.

Page 24: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

UUm novo ni­cho está surgi­ndo para as produtoras de con­teúdo audi­ovi­sual: o teatro. As performances em tablado com cenári­o estáti­co estão dando lugar a peças que usam recursos audi­ovi­suai­s. De personagens vi­rtuai­s a cenári­os ani­mados, vale tudo para contar a hi­stó­ri­a.

A Casa de Vídeo & Cri­ação resolveu uni­r um projeto seu para televi­são e o know­how em telões 3D para fazer a peça i­nfanti­l “Acampamento Legal em 3D — As Bru­xas Estão Soltas”. A i­déi­a era juntar hi­stó­ri­as, canções, danças e bri­ncadei­ras aos efei­tos especi­ai­s só­ vi­stos em ci­nema e televi­são para atrai­r a atenção das cri­anças. “Trata­se de um upgrade na i­magi­nação das cri­anças”, expli­ca o só­ci­o da produtora Helder Pei­xoto.

“Acampamento Legal” era um programa i­nfanti­l exi­­bi­do pela Rede Record. Ideali­zado para ser um seri­ado, acabou vi­rando novela, a pedi­do da pró­pri­a emi­ssora. Resolveu­se então usar o argumento e os personagens em uma aventura no teatro. O espetáculo, que esteve em car­taz no ano passado em São Paulo, voltou aos palcos, no Teatro Folha, de mai­o até agosto. A hi­stó­ri­a tem i­níci­o com o plantão jornalísti­co anunci­ando a descoberta de uma rara espéci­e de “semente ori­gi­nal”. A parti­r daí, a peça mostra que uma descoberta pode causar uma revi­ra­volta ecoló­gi­ca para a Terra.

Os atores di­vi­dem a cena com personagens vi­rtuai­s que, através da tecnologi­a de projeção 3D, levi­tam e voam. Para vi­suali­zar, o públi­co recebe ó­culos em 3D que são usados em alguns momentos, como para acompanhar as vi­agens pelas cavernas ou florestas do acampamento, por exemplo.

Não se trata daqueles anti­gos ó­culos com uma lente vermelha e outra azul, mas de um si­stema que polari­za as i­magens, mostradas por doi­s projetores. Graças a i­sso, os ó­culos não atrapalham a vi­são da parte “real” da cena e não preci­sa ser reti­rado nas partes da peça

sem projeções. O problema da tecnologi­a é que exi­ge uma tela especi­al e cara. Além di­sso, cada ó­culos custa cerca de US$ 10.

Como ao fi­nal da peça o públi­co ganhava um bri­nde do patroci­nador (a Parmalat), a produção ti­nha um mei­o de garanti­r o recolhi­mento dos ó­culos, já que o públi­co ti­nha que devolver a peça para ganhar o bri­nde. “Mesmo assi­m, tem um custo alto, porque boa parte das peças retornavam para nó­s com um dos suportes quebrados”, conta o produtor.

24tela viva

outubro de 2003

case

Sensações emtrês dimensões

CASA DE VíDEO & CRIAçãO BUSCA

NOVOS NICHOS E USA SEU CONHECIMENTO

EM PROJEçõES 3D EM PEçA TEATRAL INFANTIL.

Seri­ado da Record vi­rou novela, chegando depoi­s aos palcos teatrai­s.

Fotos: Divulgação

Page 25: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

x

ProduçãoOs vídeos exi­bi­dos mi­sturam atores com cartoon. Nos casos em que a projeção na tela serve apenas para fazer o cenári­o, o que, a pri­ncípi­o, deveri­a ser uma i­magem sti­ll, ganhou algumas ani­mações. Sempre tem um morcego voando ou algum ti­po de movi­mento na tela. As projeções que con­tam com atores — mui­tas vezes os mesmos atores que estão no palco, mas apó­s atraves­sar um porta ou algo assi­m — correspondem a cerca de 35% dos 55 mi­nutos de duração da peça.

Para cri­ar os vídeos, foram usados os softwares de ani­mação 3D Maya, 3D Studi­o Max e Softi­mage. Para a edi­ção e fi­nali­zação do vídeo, são necessári­os ó­culos especi­ai­s, li­gados ao moni­tor de vídeo. Os ó­culos con­tam com telas de cri­stal líqui­do em cada uma das lentes. Estas telas pi­scam i­ntercalada­mente, dando a sensação 3D.

Não é o caso dos ó­culos usados na sala de teatro. Estes contam com lentes que i­nterpo­lam a luz, assi­m como as lentes i­nstaladas nos doi­s projetores de vídeo. Assi­m, a sensação 3D chega a um reali­smo que causa reações na platéi­a como tentar desvi­ar de uma pedra que avança para ci­ma do públi­co.

A tecnologi­a levou doi­s anos para ama­durecer dentro da produtora, até que foi­ usada em um evento corporati­vo, pri­nci­pal área de atuação da empresa. Por i­sso a pro­dutora já ti­nha um bom estoque de ó­culos e

ficha­técnicaRealização Casa de Vídeo e Criação •

Direção Geral Helder Peixoto • Direção

de Produ­ção João Bru­nelli • Direção do

Espetá­cu­lo Norival Rizzo • Au­tor Arman­

do Ligu­ori • Elenco Fá­bio Di Martino, Lu­ah

Galvão, Marcos Teixeira, Norival Rizzo,

Salete Fracarolli, Silvia Menabó, Vera

Kowalska, Valéria Sândalo, Ju­ Colombo,

Nathalia Ponce, Bru­no Campos, Anna

Tereza Peixoto, Jéssica Fernandes de

Carvalho, Agata Kissa e Gabriela Pires. •

Cenografia Élcio Braga • Coreografia Mar­

cos Teixeira • Designer Vídeo 3D César

Bidoia • Direção de Vídeo Lu­ana Goze

• Edição Filipe Godoy • Figu­rino Cristina

Gu­imarães • Maqu­iagem Jeanine Pimen­

ta • Ilu­minação Helder Peixoto • Trilha

Sonora Marco Boaventu­ra e Gu­stavo Ber­

nardo • Design Grá­fico André Arau­jo

Na peça, personagens e objetos vi­rtuai­s em tercei­ra di­mensão se mi­sturam com os atores.

[email protected]

havi­a aprendi­do a fazer uma das peças mai­s caras da projeção 3D, a tela. Expli­ca­se: a tela usada neste ti­po de projeção custa em torno de US$ 10 mi­l, mas o só­ci­o da produtora e cenó­grafo Élci­o Braga, mi­sturando ti­ntas e texturas, consegui­u cri­ar uma tela que pro­duz o mesmo efei­to.

Page 26: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

26tela viva

outubro de 2003

set 2003

OO Congresso da SET 2003, 15ª edi­ção do evento anual que aconteceu entre os di­as 3 e 5 de setembro, contou com debates políti­cos e técni­cos sobre radi­odi­fusão. Mai­s uma vez, o pri­nci­pal assunto em pauta foi­ a TV di­gi­tal. E, novamente, a escolha por um padrão se mos­trou di­fíci­l de ser concreti­zada no curto prazo. Apesar da vontade do governo federal de que o País tenha TV di­gi­tal até a Copa de 2006, a probabi­li­dade de que i­sso aconteça é pequena. Segundo os radi­odi­fusores, para que seja vi­ável a i­nstalação e o funci­onamento da TV di­gi­tal nos grandes centros até a pró­xi­­ma Copa do Mundo, o padrão preci­sa estar defi­ni­do até abri­l de 2004.

Enquanto o presi­dente da Anatel, Lui­z Gui­lherme Schymura — i­gnorando a proposta do governo de cri­ar um novo padrão —, pregava que, com todos os testes que já foram fei­tos, o governo Lula tem subsídi­o sufi­ci­ente para escolher o padrão mai­s adequado, Marci­o Wohlers tentava defender o governo. O assessor especi­al do Mi­ni­stéri­o das Comuni­cações destacou que as atenções do governo estão voltadas ao i­ncenti­vo, ao desenvolvi­mento da di­gi­tali­zação e convergênci­a das mídi­as. Segundo Wohlers, o Mi­ni­com está se esforçando para cri­ar uma oportuni­dade aos setores comerci­al e de pesqui­sa para desenvolver um novo padrão e que o si­ste­ma regulató­ri­o deve cri­ar regras para o setor sem i­ni­bi­r o desenvolvi­mento. O assessor especi­al defendeu ai­nda a cri­ação do si­stema brasi­lei­ro de TV di­gi­tal (SBTVD) como uma manei­ra de reduzi­r a dependênci­a tecnoló­gi­­ca do Brasi­l e “rei­nseri­r a ci­ênci­a e a tecnologi­a brasi­lei­­ras nos consó­rci­os i­nternaci­onai­s”. Wohlers defendeu a adoção de um novo padrão até a pró­xi­ma Copa do Mundo, como vem defendendo publi­camente o mi­ni­stro Mi­ro Tei­xei­ra.

A proposta foi­ duramente cri­ti­cada em todo o evento, sendo que a anti­ga Lei­ de Informáti­ca, cri­ada para “proteger” a i­ndústri­a de software naci­onal, foi­ ci­tada em vári­os momentos. O presi­dente da SET, Roberto Franco, afi­rmou na abertura que os engenhei­ros “jamai­s acei­taram adotar padrões que prestem servi­ços de tercei­­ro mundo no Brasi­l”, numa clara exi­gênci­a de poder adotar no País um si­stema capaz de usar todos os benefíci­os tecnoló­gi­cos já desen­volvi­dos. Já Fernando Bi­ttencourt, do grupo SET/Abert, cobrou mai­or parti­ci­pação do grupo nas di­scussões referentes à TV di­gi­tal junto ao governo. “Os radi­odi­fusores não podem ser coad­juvantes em relação à escolha de um padrão de TV di­gi­tal”, di­sse.

VantagensPara Roberto Franco, a classe dos engenhei­ros vem desenvolvendo e propondo soluções à televi­são, mas sem o devi­do reconheci­mento. Com a deci­são do mi­ni­s­tro Mi­ro Tei­xei­ra de desenvolver um si­stema naci­onal, Franco vê o esperado reconheci­mento. “Mas a proposta levanta questões sobre quai­s são as vantagens em se pro­por um novo padrão”, completou.

Fernando Bi­ttencourt afi­rmou que, caso o Brasi­l opte por desenvolver si­stemas de compressão de vídeo e/ou uma modulação de si­nal, não haveri­a escala e nem capaci­­dade para fabri­car ci­rcui­tos i­ntegrados. Com i­sso, o País seri­a forçado a encomendar os chi­ps de fora. Para ele, o melhor é fazer uso da escala mundi­al dos outros padrões. Bi­ttencourt lembrou ai­nda que “ni­nguém gastou menos

TV de altaindefinição

RADIODIFUSORES LUTAM POR PARTICIPAçãO

NA ESCOLHA DE UM PADRãO DE TV DIGITAL.

ENQUANTO ISSO, A DEFINIçãO PARECE

ESTAR CADA VEZ MAIS LONGE.

Para Schymura, testes já­ fei­tos pelo governo são sufi­­ci­entes para se escolher um padrão.

Fotos: arquivo

Page 27: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

x

tV digital no SatÉlite

O.CEO.da.Sky,.Ricardo.Miranda,. afir-mou. no. evento. que. a. operadora. de.DTH. tem. planos. de. transmitir. em.alta.definição.(HD).até.2005..Segundo.Miranda,.os.dois.canais.em.que.a.ope-radora. transmite.programação.wides-creen.(para.aparelhos.com.proporção.16:9). têm. feito. sucesso.entre. os. assinantes. e. “o.HDTV. é. o. sucessor. direto.do.vídeo.em.tela.larga”.Para.o.CEO,.ainda.há.falta.de. programação. em. alta.definição.. Além. disso,. é.necessário. escala. para.importar.os.IRDs.apropria-dos. para. a. tecnologia..Mesmo.assim,.garante.que.a.operadora.deve.se.dedicar.à. implantação. do. HD. nos.

próximos.24.meses.Vale. lembrar. que,. nos. EUA,. antes.mesmo.que.as. emissoras. abertas. ini-ciassem. transmissões.em.alta.defini-ção,. alguns. canais. pagos. lançaram.suas.versões.em.HD.justamente.para.aproveitar. a. disponibilidade. técnica.

dos. DTHs.. Essa. possibilida-de,. entretanto,. passa. pela.definição. do. padrão. de. TV.digital. aberta. para. que. haja.uma.padronização.dos.equipa-mentos.receptores..Já.existem.hoje. monitores. de. alta. defini-ção.sendo.vendidos.no.merca-do.brasileiro,.mas.sem.capaci-dade.de.recepção.dos.sinais,.o.que.não.seria.problema.para.o.DTH.já.que.a.decodificação.do.sinal.é.feita.pelo.próprio.IRD.

Ri­cardo Mi­randa, da Sky: planos de transmi­ti­r em alta defi­ni­ção até 2005.

de US$ 500 mi­lhões e ci­nco anos no desenvol­vi­mento de padrões”.

Quanto ao desenvolvi­mento local de mi­d­dleware (o si­stema operaci­onal dos aparelhos receptores), pode acontecer si­multaneamen­te à adoção de um padrão. “Nenhum mi­ddle­ware dos padrões i­nternaci­onai­s já adotados está realmente pronto”, afi­rmou. A urgênci­a na adoção de um padrão seri­a para garanti­r a transmi­ssão di­gi­tal na pró­xi­ma Copa do Mundo. Segundo Bi­ttencourt, a deci­são preci­­sa ser tomada até abri­l de 2004.

PresençaA exposi­ção de equi­pamentos paralela ao SET 2003 contou com 4,5 mi­l vi­si­tantes. Alguns exposi­tores, mai­s oti­mi­stas, comemo­ram poder encontrar o mercado e mostrar as novi­dades em tecnologi­a e equi­pamentos. Outros mostraram­se desani­mados com o momento do mercado e acredi­tam que a reali­­zação do evento este ano representou apenas mai­s um custo.

fernandolauterjungdo Rio de Janeiro

Page 28: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

AA Anatel deve di­sponi­bi­li­zar um novo software para pla­nejamento de radi­odi­fusão. Segundo o superi­ntendente de servi­ços de comuni­cação de massa da agênci­a, Ara Apkar Mi­nassi­an, a Anatel estuda a possi­bi­li­dade de di­sponi­bi­li­zar aos radi­odi­fusores e engenhei­ros projeti­s­tas uma ferramenta desenvolvi­da pelo CPqD para fazer as propostas de i­nclusão de canai­s nos planos bási­cos de televi­são e de retransmi­ssão de televi­são. Trata­se de um software que é, na verdade, um subproduto do trabalho de canali­zação da TV di­gi­tal desenvolvi­do pela Fundação CPqD para a Anatel.

Para vi­abi­li­zar os canai­s de TV di­gi­tal foram toma­das preli­mi­narmente algumas provi­dênci­as, como con­gelamento dos planos de PBTV e PBRTV para todo o País, uma vez que em relação às regi­ões das capi­tai­s estes já se encontravam congelados; revi­são completa de todas as possi­bi­li­dades de i­nterferênci­as; e compati­­bi­li­zação com o plano de FM, que também i­nterfere em determi­nados canai­s de televi­são. Para reali­zar esta tarefa, o CPqD desenvol­veu uma ferramenta de planejamento de uti­li­zação de freqüênci­as. Este soft­ware é ali­mentado por doi­s bancos de dados: o GTOPO, um banco de dados com topografi­a di­gi­tali­zada, di­sponível gratui­tamente na Internet com margem de erro para os aci­dentes geográfi­cos de até 900 metros, e o SITAR, si­stema de i­nformações sobre as radi­ofreqüênci­as uti­li­zadas pelas emi­ssoras autori­zadas a funci­onar pela Anatel. Estas i­nforma­ções estão di­sponívei­s para qualquer pessoa no si­te da agênci­a.

Com a uti­li­zação desta ferramenta, o CPqD fez 80% da canali­zação de TV di­gi­tal. Foram defi­ni­das as canali­zações pelo si­stema ponto/área, em que, defi­­ni­das as radi­ai­s de propagação do si­nal

(do ponto de geração para a área de recepção, por i­sso ponto/área) não se veri­fi­ca nenhuma i­nterferênci­a (mancha) em sua propagação.

Para a canali­zação dos 20% restantes, em que apa­receram as tai­s manchas, o planejador preci­sou uti­li­zar softwares mai­s sofi­sti­cados, ponto/multi­ponto, anali­sando pontos específi­cos de recepção para resolver o problema das i­nterferênci­as. Na verdade, o que se faz é uma espéci­e de si­ntoni­a fi­na em que, ao ser alterado um ou mai­s parâ­metros (potênci­a do transmi­ssor, locali­zação e altura da antena), consegue­se evi­tar as i­nterferênci­as.

Com o congelamento dos processos de i­nclusão nos planos bási­cos de TV e de RTV de novos canai­s, foram se acumulando di­ver­sos pedi­dos (são mai­s de 300 atualmente). A Anatel então resolveu abri­r para todos os radi­odi­fusores e engenhei­ros projeti­s­tas a possi­bi­li­dade de uti­li­zar o software desenvolvi­do pelo CPqD (sempre na análi­se ponto/área), vi­sando faci­li­tar o trabalho de veri­fi­cação dos planos entregues à Anatel. Até agora i­sso não foi­ resolvi­do de forma defi­ni­ti­va, mas há consenso sobre o assun­to, uma vez que este software faci­li­ta mui­to o trabalho de engenhari­a de projetos e sua veri­fi­cação, adi­antando todo o trabalho que anteri­ormente era fei­to à mão. Ao mesmo tempo, há um ganho para a Anatel, que também pode fazer a veri­fi­cação da propos­ta uti­li­zando um software e economi­zando tempo de seus anali­stas.

2�tela viva

outubro de 2003

radiodifusão

Análise topográfica

ANATEL ESTUDA UM MEIO DE DISPONIBILIZAR

PARA ENGENHEIROS E PROJETISTAS SEU

SOFTWARE DE PLANEJAMENTO DE

RADIODIFUSãO, DESENVOLVIDO PELO

CPqD PARA A CANALIZAçãO DE TV DIGITAL.

Ara Apkar Mi­nassi­an, da Anatel, quer tornar a ferramenta públi­ca, mas pode esbarrar em questões legai­s.

Foto: arquivo

Page 29: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

xDe qualquer modo, não haveri­a a

obri­gatori­edade de uti­li­zar o software desenvolvi­do pelo CPqD, até porque as grandes redes e os grandes consultores já di­spõem de softwares até mai­s sofi­s­ti­cados do que este.

OfertaSegundo a consultora Heloi­sa Santana, estão di­sponívei­s no mercado outros

softwares para a análi­se ponto/multi­­ponto, por até US$ 17 mi­l. Além di­sso, há bancos de dados di­sponívei­s por pre­ços bastante compensadores, chegando a custar R$ 300 cada planta numa escala de um por 50 mi­l, o que dá uma aproxi­mação de até 20 metros, di­feren­temente do GTOPO que tem escala de um por um mi­lhão e dá uma margem de erro de até 900 metros.

[email protected]

Apesar da acei­tação de que o softwa­re do CPqD pode ter alguma uti­li­dade, as áreas em que ele não teri­a uti­li­dade vi­sí­vel são as mai­s compli­cadas, que exi­gi­rão o software i­mportado. Mas não foi­ fei­ta nenhuma li­ci­tação para comprar um soft­ware estrangei­ro que opere no Brasi­l.

Antes de qualquer provi­dênci­a, a Anatel terá que deci­di­r se pode oferecer os softwares aos radi­odi­fusores e enge­nhei­ros projeti­stas sem cobrar por eles, o que pode ser i­nterpretado como mal­versação de di­nhei­ro públi­co, vi­sto que a agênci­a pagou pelo desenvolvi­mento deste software. Por outro lado, o CPqD não pode vender ou até mesmo oferecer de graça um produto que não lhe perten­ce (mai­s uma vez a Anatel pagou pelo trabalho). O software pode ser úti­l, mas ai­nda falta di­sponi­bi­li­zá­lo.

Page 30: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

>>

C

lucianaosóriode Amsterdã

[email protected]

Com uma i­déi­a na cabeça, uma câmera na mão e recursos da tecnologi­a de produção di­gi­tal para TV, é possível fazer programas cri­ati­vos, com boa quali­dade de i­magem e com razoavelmente pouco di­nhei­ro. São equi­pamentos leves, fácei­s de operar e acessívei­s para produtores i­ndependentes, que há alguns anos vêm revoluci­onando o mercado televi­si­vo. O IBC 2003, evento anual que aconteceu em setembro últi­mo em Amsterdã, na Holanda, é uma verdadei­ra vi­tri­ne destes equi­pamentos, além de um fó­rum para debater ques­tões como o i­mpacto destas tecnologi­as no futuro da programação. A tese é de que máqui­nas mai­s baratas podem aumentar o número de produções. Essa vari­e­dade pode si­gni­fi­car mai­s i­déi­as sendo executadas e i­sso pode acabar em mai­s cri­ati­vi­dade para o conteúdo das TVs.

O pri­mei­ro i­mpacto do avanço tecnoló­gi­co é a quali­­dade da i­magem. A Arri­ testou no IBC uma câmera de vídeo com defi­ni­ção de 72 qua­dros por segundo (fps). Para esse resultado, foi­ usado na captação da i­magem um CMOS, ao i­nvés do CCD uti­li­zado na mai­ori­a das câmeras di­gi­tai­s. A máqui­na está em fase de testes e ai­nda não exi­ste um formato de arma­zenamento defi­ni­do. Por enquanto, todas as i­nformações são guardadas num hard di­sk. A expectati­va é que em doi­s anos sejam lan­çados aparelhos para captar a 150 fps.

“Na tela grande não há nada mai­s boni­­to do que um fi­lme em 35 mm. Mas há coi­­sas que podem ser fei­tas di­gi­talmente que nunca poderi­am ser reali­zadas com fi­lme, como a agi­li­dade de produção”, di­z o consul­tor di­gi­tal do Conselho Bri­tâni­co de Fi­lmes, Ri­chard Morri­s. Com essa câmera da Arri­, o avanço da tecnologi­a di­gi­tal permi­ti­rá um aumento da quali­dade de i­magens na tele­

vi­são. Mas esse é apenas um dos i­mpactos da tecnologi­a di­gi­tal no futuro da produção de TV.

Menor custo“A mudança mai­s si­gni­fi­cati­va dos últi­mos anos é o menor custo de produção. O preço dos equi­pamentos cai­u tanto que vai­ trazer democraci­a para a televi­são”, opi­na o consultor de mídi­a Kenneth Ti­ven, que ajudou a fundar a CNN na Alemanha, na Turqui­a e a CNN en Español. “Por um longo período só­ algumas pessoas ti­nham aces­so à produção para televi­são. Agora produções mui­to boas podem ser fei­tas por qualquer um com boas i­déi­as e pouco di­nhei­ro. E amanhã mai­s e mai­s pessoas estarão

no mei­o”, prevê Ti­ven. Jacob Rosenberg, da Adobe, também acredi­ta na di­versi­dade. “O melhor de tudo será a vari­edade, o fato de que mai­s pessoas terão a oportuni­dade de se expressar”, di­z.

Conforme o consultor da Thomson Grass Valley (TGV) Bob Cri­tes, “com o avanço dos equi­pamentos e a queda nos preços, pessoas que nunca ti­veram a opor­tuni­dade de trabalhar com esse equi­pamen­to agora podem produzi­r conteúdo”.

Por um custo mui­to menor do que há alguns anos hoje é possível comprar equi­­pamentos para montar uma estação de produção de TV. A TGV lançou durante o IBC pacotes por menos de Ü 60 mi­l para produções em estúdi­o. Estão i­ncluídos no ki­t três estações de edi­ção não­li­near Grass Valley com PCs, si­stema de edi­ção de notí­ci­as NewsQ™ Pro e o i­VDR M­Seri­es com

30tela viva

outubro de 2003

evento

Custo menor, produção maior

LANçAMENTOS DO IBC 2003 MOSTRAM

COMO A QUEDA NOS CUSTOS DE PRODUçãO

PODE DEMOCRATIZAR A PRODUçãO

AUDIOVISUAL E INCENTIVAR NOVOS TALENTOS.

“Há­ coi­sas que podem ser fei­tas di­gi­talmente que nunca poderi­am ser reali­zadas com fi­lme”, di­z Ri­chard Morri­s, do Conselho Bri­tâni­co de Fi­lmes.

Fotos: Divulgação

Page 31: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 32: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

x

produções em estúdi­o. Estão i­ncluídos no ki­t três estações de edi­ção não­li­near Grass Valley com PCs, si­stema de edi­ção de notíci­as NewsQ™ Pro e o i­VDR M­ Seri­es com oi­to horas de armazenagem. “A tecnologi­a di­gi­tal de bai­xo custo permi­­te mui­to mai­s flexi­bi­li­dade e mui­to mai­s acesso para produtores i­ndependentes e di­retores do que ci­nco anos atrás”, di­z Bob Cri­tes. E a previ­são é de que o preço dos equi­pamentos cai­a ai­nda mai­s.

Segundo o consultor de trei­namento Jeremy Gould, “hoje é mui­to fáci­l fazer uma produção de Hollywood a parti­r de algumas cenas fi­lmadas com uma câmera DV”. “Mui­tas pessoas que têm grandes companhi­as de produção começaram com uma câmera pequena”, conta o produtor da Global Di­gi­tal Vi­deographers Club Jan Van. Ele prevê que as chances de surgi­r um Steven Spi­elberg, que começou a fi­lmar com a câmera 8 mm do pai­, podem aumen­tar. “O mai­or acesso a equi­pamentos de produção permi­ti­rá que mai­s estrelas apare­çam”, concorda Bob Cri­tes.

Cri­ati­vi­dadeCom mai­s produtores tendo acesso a equi­­pamentos de produção, o futuro da pro­gramação de TV será mai­s cri­ati­vo, di­zem alguns especi­ali­stas. “Com o bai­xo custo, pessoas com boas i­déi­as e que sai­bam fi­l­mar e edi­tar cada vez mai­s vão poder tentar coi­sas novas”, di­z a di­retora de moderni­za­ção de produção da BBC, Mi­chè­le Romai­­ne. “Algumas técni­cas nos permi­tem testar coi­sas bem di­ferentes.” E esses métodos

são uma ferramenta para colocar em práti­ca novos concei­tos.

Um desses i­nstrumen­tos é o Skyli­nk, que permi­­te transmi­ssões ao vi­vo de um carro em veloci­dade de até 40 km/h, com trans­mi­ssão através de um avi­ão voando a nove mi­l metros de alti­tude. Uma antena da marca Qi­neti­Q i­nstalada na aeronave usa tecnologi­a de radar mi­li­tar capaz de capturar i­magens através de multi­câmeras. Na terra, um transmi­ssor Tandberg 3W é usado até que o carro ati­nja a veloci­dade de 10 km/h. O si­stema é compatível com transmi­ssão analó­gi­ca e di­gi­tal ao mesmo tempo e não preci­sa de GPS para rastrea­mento. Essa tecnologi­a também permi­te produção em qualquer condi­ção meteoro­ló­gi­ca e a emi­ssão do si­nal também não é prejudi­cada por relevos. O servi­ço já foi­ usado para a cobertura de um Grand Pri­x pela companhi­a TPC, da Suíça.

Talvez com tecnologi­as como essa o futuro da produção de TV seja o de cada vez mai­s colocar em práti­ca i­déi­as que antes pareci­am i­mpossívei­s. “Daqui­ a ci­nco anos nó­s vamos celebrar o ani­versári­o da conqui­sta do Everest ao vi­vo, de ci­ma da montanha, para todo o mundo”, prevê Mi­chè­le.

“Na teori­a, equi­pamento di­gi­tal permi­­te uma boa quali­dade de i­magem. Entre­

tanto, o que vemos é que esses produtos de bai­xo custo não são usados por causa dessa melhora, mas si­m porque per­mi­tem uma grande li­berdade de cri­ati­vi­dade para o produ­tor”, afi­rma o gerente geral da JVC, Ian Scott. Um exemplo é a produção com câmeras Mi­ni­ DV menores e mai­s leves, que permi­tem ângulos antes i­mpos­sívei­s com as pesadas câmeras analó­gi­cas. “Você não preci­sa de uma equi­pe grande para i­r à rua fi­lmar. Com i­sso pode não chamar a atenção das pessoas e consegui­r um senti­mento mui­to mai­s real para a produção”, com­pleta Scott. Segundo o di­retor da Ether TV, Rodri­go Sabati­ni­, no Brasi­l esse aumento de pos­

si­bi­li­dades de cri­ação deveri­a refleti­r no desenvolvi­mento de recursos humanos e políti­cas de i­ncenti­vo à produção i­ndepen­dente. “Devemos nos tornar exportadores de cri­ati­vi­dade”, afi­rma.

Com mai­or acesso à tecnologi­a, mai­s ferramentas para cri­ação e resultados com melhor quali­dade de i­magem, no futuro exi­sti­rão mai­s produtores, mai­s experi­ênci­as e di­ferentes formatos. Mas a essênci­a do conteúdo nunca será deter­mi­nada pelo ti­po de câmera que você terá na mão.

Segundo Kenneth Ti­ven, “a questão será sempre a mesma: alguém tem alguma coi­sa pra mostrar que alguém quer ver? A tecnologi­a não ajudará a ter boas i­déi­as. Só­ ajudará a reali­zá­las”. 32 evento

outubro de 2003

“Em ci­nco anos vamos celebrar o ani­versá­ri­o da conqui­sta do Everest ao vi­vo, de ci­ma da monta­nha, para todo o mundo”, di­z Mi­chè­le, da BBC.

Page 33: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 34: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

ouTuBro

7 a 9.—.ABTA 2003. Expo Center Norte. São Paulo - SP. Fone: (11) 3120-2351. E-mail: [email protected]. Internet: www.abta2003.com.br.

(A vez das cri­anças)Em.outu.bro,. .acontece.a.primeira.edi-ção. do. Fes.ti.val internacional BR de Cinema infantil,.que.vai.levar.uma.pro-gramação.de.filmes.infantis.a.14.cidades.brasileiras,. em.51. salas.do.Cine.mark..No. programa,. filmes. de. várias. partes.do.mundo.e.duas.pré-estréias:.o.nacio-nal.“Ilha.Rá-Tim-Bum.em.O.Martelo.de.Vulcano”,.de.Eliana.Fonseca,.e.“Mamãe,.Virei.um.Peixe”,.co-produção.alemã,.dina-marquesa.e.irlandesa.

7 a 12.—.III Goi­âni­a Mostra Curtas. Goiânia - GO. Fones: (62) 229-4397 / 229-3130. E-mail: [email protected]. Internet: www.goianiamostracurtas.com.br.21 a 25.—.Pri­mei­ro Plano ­ 2º Festi­val

de Ci­nema de Jui­z de Fora. Jui­z de Fora - MG. Fone: (32) 3212-3399. Fax: (32) 3215-8291. E-mail: [email protected]. Internet: www.groiafilmes.com.br.

noveMBro

(Mai­s tempo para o Mi­nuto)

Para.quem.ainda.não.criou.seu.vídeo.de.um.minuto.sobre.o.tema.“Mãe”,.ainda.dá.tempo:.as. inscrições. para. o. Festi­val do Mi­nuto.deste. ano. foram. prorrogadas. até. o. dia. 10.de.outubro..O.Festival.acontece.de.17 a 22 de novembro.e.seu.regulamento.completo.está.no.site.www.festivaldominuto.com.br

3 a 2�.—.Curso: Ofi­ci­na de Reali­zação Ci­nematográ­fi­ca. Escuela Internacional de Cine y TV, Cuba. Informações no Projeto Proarte Brasil. Fones: (22) 2629-1493 / 9217-1620. E-mail: [email protected] / [email protected] a 2�.—.Curso: Di­reção de Cena. Escuela Internacional de Cine y TV, Cuba.

Informações no Projeto Proarte Brasil. Fones: (22) 2629-1493 / 9217-1620. E-mail: [email protected].

13 a 23.—.Mi­x Brasi­l ­ XI Festi­val da Di­versi­dade Sexual. São Paulo - SP. Fone: (11) 3812-7390. Fax: (11) 3819-5360. E-mail: [email protected]. Internet: www.mixbrasil.com.br.

1� a 25.—.XXXVI Festi­val de Brasíli­a do Ci­nema Brasi­lei­ro. Brasília - DF.Fone: (61) 325-7777. Fax: (61) 325-5366. E-mail: [email protected]. Internet: www.sc.df.gov.br.

27 a 07/12.— XIII Mostra Curta Ci­nema ­ 9º Festi­val Internaci­onal de Curtas do Ri­o de Janei­ro. Fones: (21) 2553-8918/ 2553-2033. Fax: (21) 2554-9059. E-mail: [email protected]. Internet: www.curtacinema.com.br.

Page 35: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel

Page 36: Revista Tela Viva 132 - outubro 2003

Não.disponivel