tela viva 203 - abril 2010

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televisão, cinema e mídias eletrônicas ano 19_#203_abr2010 MERCADO Mudanças no mercado de música reduzem produção de videoclipes TV PÚBLICA EBC lança canal para brasileiros no exterior Congresso TV 2.0 mostra experiências de sucesso (e outras nem tanto) na oferta de vídeos pela rede. TV NA ONDA DA WEB

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Tela Viva 203 - Abril 2010

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televisão, cinema e mídias eletrônicas ano 19_#203_abr2010

MERCADOMudanças no mercado de músicareduzem produção de videoclipes

TV PÚBLICAEBC lança canal para

brasileiros no exterior

Congresso TV 2.0 mostra experiências de sucesso (e outras nem tanto) na

oferta de vídeos pela rede.

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(editorial)

rubens GlasbergAndré MermelsteinClaudiney Santos Samuel Possebon (Brasília)Manoel FernandezOtavio Jardanovski

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Edmur Cason (Direção de Arte)Debora Harue Torigoe (assistente)rubens Jar dim (Pro du ção Grá fi ca)Geral do José Noguei ra (edi to ra ção ele trô ni ca)Alexandre Barros (Colaborador)bárbara Cason (Colaboradora) Manoel Fernandez (Diretor)Fernando espíndola (Gerente de Negócios)Patricia linger (Gerente de Negócios)iva ne ti longo (assis ten te)

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Impressão

A postura de algumas grandes emissoras de TV em relação à Internet foi se modificando ao longo dos últimos anos, ao menos em declarações públicas.

Num primeiro momento, havia um certo discurso de negação. Era como se a Internet não existisse. “Isso é coisa de elite, o povão vai continuar vendo só TV aberta”, era mais ou menos o que se ouvia nos congressos e entrevistas.

Em seguida, a conversa mudou um pouco. Passou-se a ver a Internet como um instrumento para alavancar a audiência, engajar mais o espectador para fazê-lo voltar sempre à tela da TV.

Começa-se a viver agora um terceiro momento, similar ao que acontece em mercados desenvolvidos como o norte-americano. Muitas emissoras passam a ver a Internet como um meio em si, um novo veículo.

Temos visto mais e mais exemplos de emissoras colocando seus conteúdos, parcial ou integralmente, na rede. A RedeTV! joga na web toda a programação, ao vivo. Outras preferem o sistema de visualização de clipes on-demand.

Há até casos de tentativa de venda de conteúdos online, como o que vem fazendo a Record, ao licenciar seus produtos para download no site da Saraiva Digital.

Um grande salto será dado este ano pela Globo, que pelo seu tamanho serve de baliza para todo o setor. A emissora deve colocar todos os jogos da Copa do Mundo 2010 ao vivo, na íntegra, em seu portal. Também prepara uma nova plataforma para a exibição de suas novelas e outros programas na rede.

É uma mudança importante de visão. Claro, os provedores de conteúdo percebem que não se pode fugir da força da Internet. O conteúdo será veiculado e consumido, queiram eles ou não, de forma legítima ou não. Melhor que seja então de forma legal, gerando inclusive receitas publicitárias.

Para os produtores independentes, a Internet também vem apresentando boas oportunidades, como se viu no Congresso TV 2.0, promovido por TELA VIVA em março. Talvez não seja a panaceia universal que resolverá todos os problemas de distribuição de conteúdo, como alguns imaginaram. Mas tem gerado conteúdos originais, no modelo de branded content, e promovido soluções criativas em comunicação empresarial.

É o mundo da televisão, enfim, começando a se adaptar a essa nova realidade, que não tem mais volta, goste-se ou não.

André Mermelsteina n d r e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Caminho sem volta

Tela Viva é uma publicação mensal da Converge Comunicações - rua Sergipe, 401, Conj. 605,

CeP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

Sucursal Setor Comercial Norte - Quadra 02 bloco D - torre b - sala 424 - CeP 70712-903.

Fone/Fax: (61) 3327-3755 brasília, DFJornalista responsável: rubens Glasberg (MT 8.965)

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista,

sem autorização da Glasberg a.C.r. S/a

capa: EDITORIA DE ARTE/CONVERGE

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Ano 19 _203_ abr/10(índice)

telavivanewswww.telaviva.com.br

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TELA VIVA edita as cartas recebidas, para adequá-las a este espaço, procurando manter a máxima fidelidade ao seu conteúdo. envie suas críticas, comentários e sugestões para [email protected]

TV 2.0 20internet é o futuro da distribuição de vídeos, mas modelos ainda geram dúvidas

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Figuras 18

TV pública 26EBC lança canal para brasileiros no exterior com programação da TV brasil

Audiência 28

Mercado 30Videoclipes de artistas nacionais não conseguem mais suprir grade de canais jovens

Making of 32

Case 34TvZero produz seu primeiro longa de ficção com um mix de recursos

Artigo 36

Tecnologia 38DreamWorks fala sobre tecnologia de novo filme em evento da HP

Upgrade 40

Agenda 42

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(cartas)InTERnET MóVELA matéria sobre o Mobile World

Congress, em barcelona, mostrou que as empresas ainda apostam na publicidade como forma de compensação de custos com a internet móvel. Não está na hora de grandes empresas começarem a pensar em outros modelos que não envolvam a publicidade? Penso ser perigoso que essas novas mídias continuem baseadas em modelos antigos, principalmente com a queda do investimento publicitário no mundo todo.

Geiza Silva, Rio de Janeiro, RJ

PRODuçãOGostei de saber que os produtores

brasileiros não estão perdendo tempo e já estão empenhados em produzir conteúdo em 3D. Por mais cara e trabalhosa que possa ser a tarefa, um país que quer consolidar uma indústria audiovisual, precisa estar atualizado também em termos de tecnologia.

Igor Ferreira, Campinas, SP

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Teledramaturgia

“Pulo do Gato”, um dos projetos selecionados para a segunda fase do edital FICTV/Mais Cultura de teledramaturgia independente voltados para jovens de classes C, D e E.

O Ministério da cultura apresentou os pilotos dos oito projetos selecionados pra segunda etapa do edital FIcTV/Mais cultura. Os projetos de teledramaturgia independente voltados para jovens das classes C, D e E serão exibidos pela TV Brasil, de 6 a 16 de abril, às 18h30. Cada um dos oito projetos recebeu R$ 250 mil para produção dos episódios e desenvolvimento do projeto técnico de produção das minisséries. Três deles serão escolhidos, com ajuda do público, que poderá votar pela Internet na página da TV Brasil, para serem transformados em minisséries de 13 episódios e 26 minutos de duração. As três minisséries serão

financiadas com R$ 2,6 milhões cada. Os oito pilotos participaram de oficinas nas áreas de roteiro, direção, casting e direção de produção. Segundo o MinC, participaram do edital 225 projetos de minisséries de todo o Brasil. Os selecionados para a segunda fase do edital foram: “Natália”, com roteiro e direção de André Pellenz, autoria de Patricia Lopes e produção de Lara Marujo Hess; “Elvis e o Cometa”, com roteiro de Leo Garcia, João Kowacs Castro, Márcio Reolon e Cristiano Baldi, direção de Gustavo Tissot e produção de José Pedro Goulart; “Última Saída”, com história de A. Geraes, direção de Mauro Rychter, produção executiva de Bel Motta e direção artística de Tininha Araújo; “Alfavela”, com roteiro de Cláudio Soares e produção Diversão e Arte; “Pulo do Gato”, com autoria de Alan Miranda e coautoria de

Vinnicius Morais e direção de Romenil Santos; “Brilhante Futebol Clube”, com criação e produção Mixer e direção de

Kiko Ribeiro. “3%”, com roteiro de Pedro Aguilera, direção de Daina Giannecchini, Dani Libardi e Jotagá Crema, produção da Maria Bonita Filmes em parceria com o Coletivo Manada; e “Vida de Estagiário”, com autoria de Allan Sieber, produção de Paulo Boccato e Mayra Lucas e direção de Vítor Brandt.

Majestadepelé assinou contrato com o

SBT para apresentar a atração diária “Um Minuto com pelé”, com estreia prevista para meados de abril. O programa será dividido em duas etapas: a primeira trará 60 programas em que o ex-jogador abordará 13 Copas do Mundo (de 1958 em diante). Durante o campeonato, a partir de 11 de junho, serão mais 27 programetes diários nos quais Pelé trará os principais destaques do dia, além de comentários ao vivo ao lado de Carlos Nascimento no “SBT Brasil” e no “Jornal do SBT”. “Um Minuto com Pelé” terá de três a cinco exibições diárias. Serão vendidas quatro cotas de patrocínio nacional e o programa terá comercialização mundial feita pela agência Media Mundi.

“Um Minuto com Pelé” deve ter de três a cinco exibições diárias no SBT entre meados de abril e o fim da Copa.

Live action animado“a casa Verde”, longa-metragem destinado ao público

infantojuvenil do diretor paulo Nascimento, chega às salas de cinema no final de abril depois de oito meses de pós-produção. O filme, filmado em live action ao longo de três semanas, tem efeito final de desenho animado. “Foi um trabalho sem referência, precisávamos descobrir como chegar a este resultado. É uma junção de vários efeitos e de vários softwares”, conta Nascimento, que contou com o apoio da distribuidora Espaço Filmes e da rede de distribuição Artplex para que o filme fosse exibido na tela de cinema ao longo do processo de pós-produção, para que a equipe conseguisse fazer os ajustes necessários.

“A Casa Verde”, longa-metragem infantojuvenil, ficou oito meses em pós-produção para ganhar aspecto de desenho animado.

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nova identidade

Múltiplas plataformasA Endemol lançou uma nova divisão global

intitulada Endemol Worldwide Brands, focada em expandir as propriedades da Endemol pelas múltiplas plataformas. Isso inclui licenciamento e merchandising, assim como investimento em desenvolvimento de produto e criação de jogos, além do trabalho próximo a todas as unidades da Endemol pelo mundo para coordenar e apoiar as atividades ligadas a branded entertainment. O CEO da nova empresa será Olivier Gers, que tem passagens pela FremantleMedia e IMG Media. Gers também é responsável pelas atividades digitais do grupo. Quem estará a frente da Endemol Worldwide Brands para as Américas será Joerg Bachmaier, ex-SVP de mídia digital e desenvolvimento de negócios da Endemol USA. No Brasil, a Rede Globo adquiriu o formato da produção “XXS” da Endemol, mas ainda não há data definida para a estreia ou o nome que receberá em português. A RedeTV! também prepara um formato da Endemol. Trata-se do juvenil “O Último Passageiro”, que deve estrear no final de abril ou no começo de maio.

“Parenthood”, uma das séries que estreia no canal Liv, substituto do People + Arts.

GravidadeO canal Infinito estreou no início de abril a

produção nacional “Queda Livre”. Com cinco episódios de 24 minutos cada, o programa é apresentado pelo campeão do mundo em Skysurf, Luiz Henrique Santos, conhecido como Sabiá. A atração, produzida pela Turner Original production e pela Ioiô Filmes com recursos provenientes do Artigo 39, foi gravada no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Minas Gerais. Além de mostrar performances de Sabiá, o programa traz entrevistas com pessoas que desafiam os limites. “Queda Livre” vai ao ar às segundas-feiras às 18h com reprises aos domingos às 12h.

Produção da Turner Original Production e da Ioiô Filmes estreou no canal Infinito.

O people + arts foi substituído por um novo canal da Discovery Networks. Intitulado Liv, o canal será completamente focado em entretenimento, com programação predominantemente de séries e filmes. “Esse vai ser o nosso espaço de entretenimento na América Latina”, conta a vice-presidente e diretora de canais de estilo de vida e entretenimento do Discovery Networks Latin America/US Hispanic (DLA/USH), divisão da Discovery Communications, Claudia Chagüi, lembrando que o canal sofrerá essa mudança apenas na região. “Para o Discovery é uma mudança importante, já que estamos migrando para o entretenimento. Fizemos um investimento grande neste canal e queremos ser líderes em entretenimento”.

A mudança vem acontecendo há cerca de três anos, com a entrada de mais reality shows, filmes e algumas séries. “Estamos comprando séries com exclusividade dos maiores estúdios, além de oferecer um pacote de filmes diferenciado”, conta. Esse pacote é uma combinação de blockbusters, filmes feitos para a televisão e filmes latino-americanos. Entre os estúdios dos quais estão adquirindo conteúdo estão CBS,

NBC Universal, ABC/Disney e Sony Pictures.

Para chegar ao formato do canal, foram conduzidas pesquisas na região, com a utilização de focus groups, que mostraram que os canais de entretenimento são mais assistidos por mulheres, e estas priorizam a família. “Fizemos pesquisas com as marcas de entretenimento e ficou claro para nós que para competir com os outros canais, teríamos que mudar”, afirma Claudia. O canal exibirá séries das 19h às 23h e às 23h terá um filme. As estréias de seriados acontecerão no horário das 22h, já que, segundo a pesquisa realizada, é o horário que o público-alvo conseguiria assistir. “Também sabemos que as mulheres assistem TV com seus parceiros, portanto o conteúdo tem que ser atraente para ele também”. Entre as séries que estreiam no canal estão “Parenthood”, em abril; “Life Unexpected”, “Mercy” e “Happy Town”. O restante do dia será composto por um mix da programação. Os reality shows estarão concentrados no final de semana, com a estreia das novas temporadas de programas já exibidos pelo People + Arts como “Project Runway” e “So You Think You Can Dance”.

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Um dos destaques da programação 2010 da Globo é a Copa do Mundo. Há duas novidades para as transmissões. Uma delas é a exibição de todos os jogos ao vivo pelo portal Globo.com. Outra é a transmissão de partidas em 3D, em uma parceria com a Sony e com a Fifa. Cerca de dez jogos devem ser exibidos em salas de cinema e arenas. As novelas também aproveitarão o potencial da Internet. A Globo terá em maio, com a estreia de “Passione”, a nova novela das 21h00, uma plataforma especialmente desenvolvida para o consumo de telenovelas na Internet. “Assim, o telespectador pode consumir a novela da maneira que quiser. Começará com a novela das 21h e será implantado de forma gradativa para as outras novelas”, observou Manoel Martins, diretor artístico da emissora, durante a coletiva da Globo para apresentação da programação 2010 no final de março em São Paulo. Octávio Florisbal, diretor geral da Rede Globo, adiantou que a emissora também desenvolve uma plataforma de “variedades” que deve ser lançada ainda em 2010.

As novelas também têm sido foco de negociações internacionais. Há conversas avançadas para a coprodução de telenovelas com Portugal e mais um país europeu, segundo Ricardo Scalamandré, diretor de negócios internacionais da emissora. Depois da coprodução da novela “O Clone” com a Telemundo, dos EUA, e de “Louco Amor” com a mexicana TV Azteca, a emissora brasileira pretende abrir novas frentes de coprodução. Segundo o executivo, os canais internacionais têm dado preferência a preencher o horário nobre de suas grades com produções locais, daí a aposta da Globo no modelo de coprodução. “Nos

últimos cinco anos o volume de horas de programação vendidas ao exterior cresceu 20%, mas o faturamento cresceu 14%, porque estas atrações prontas ficam nos horários de acesso ao prime time, no período diurno ou vão para as novas plataformas”, observa Scalamandré.

Novas atraçõesEntre as novidades da

programação, sete séries inéditas farão parte da grade. Alguns programas que estrearam no ano passado, como “Força Tarefa”, “Aline” e “Amor e Sexo” ganham segunda temporada em 2010. No jornalismo, o destaque fica para a cobertura dos dois grandes eventos do ano, Copa do Mundo e eleições. O “Vídeo Show” dará início às comemorações de 45 anos da emissora. A Globo ainda preparou um documentário especial para o aniversário: “Espelhos, Janelas e Encontros”. Fernando Bittencourt, diretor de tecnologia da emissora, destaca o aumento da programação em alta definição. “Todos os filmes, todos os jogos de futebol e toda a linha

de programação após a novela das oito será em HDTV”. Segundo

Willy Haas, diretor de comercialização da Rede Globo, a emissora apresentou crescimento de 30% no primeiro

bimestre de 2010 em comparação ao mesmo

período do ano anterior (lembrando que o primeiro bimestre de 2009 foi um dos piores da história, pela expectativa gerada com a crise mundial). A expectativa é fechar o ano com 10% de crescimento no segmento televisão.

Série policialA Felistoque Filmes, a Jotaeme

produções e a Kardman audiovisual terminaram as filmagens da série que coproduziram para o canal Brasil. “Bipolar”, drama psicológico policial, será uma série de 12 episódios de 25 minutos. A série, filmada no bairro paulistano da Mooca, é baseado em dois longas-metragens ainda inéditos no circuito comercial brasileiro: “Inversão”, dirigido por Edu Felistoque, e “400 contra 1”, em que Felistoque atuou como produtor executivo e produtor cinematográfico. A série deve estrear no segundo semestre no Canal Brasil e no Globosat HD. As produtoras ainda negociam a exibição da série em TV aberta.

“Passione”, novela das 21h, que estreia em maio a plataforma on-demand que a Globo está desenvolvendo

para a Internet.

Programação.com

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Felistoque Filmes, Jotaeme Produções e Kardman Audiovisual produziram “Bipolar” para o Canal Brasil.

DTV para todosO Fórum do Sistema Brasileiro

de TV Digital lançou no fim de março a nova campanha de divulgação do sistema de TV digital. A campanha será composta, inicialmente, por três filmes, com seis exibições diárias nos canais associados ao Fórum SBTVD. Usando o slogan “Sinal da TV digital: é para você, é de graça, é bom de ver”, os filmes esclarecem dúvidas sobre os conversores digitais, TVs com recepção digital integrada e recepção móvel e portátil. A campanha, criada pela Light Comunicação e produzida pela SP Telefilm Produções, terá uma segunda etapa em abril, quando será veiculado um quarto filme, informando os telespectadores sobre a interatividade.

Histórias nacionaisO The History channel estreia em maio uma

produção nacional. Trata-se da série “Detetives da História” em que a dupla de apresentadores Renata

Imbriani a André Guerreiro Lopes tentam desvendar mistérios escondidos por trás de pequenas peças familiares. A atração, com 12 episódios de uma hora de duração (cada um com duas histórias), irá ao ar às terças-feiras, às 21h. A produção é da Giros com recursos da Ancine. A

Conspiração também iniciou uma produção para o E!. A

série “Histórias Verdadeiras” terá quatro episódios de 46 minutos cada. O primeiro, chamado “Meu marido bate um bolão”, terá como tema as mulheres de jogadores de futebol. O segundo, intitulado “Garota da Capa”, destacará atrizes que já foram capa da revista Playboy. Os outros vão destacar duas personalidades brasileiras. A direção geral é de Tatiana de Lamare.

A produção nacional “Detetives da História”, da Giros Produção, irá ao ar a partir de maio no The History Channel.

Ficção e realidadeUma nova série de

ficção para a RBS TV começou a ser gravada. “On Line” aborda o universo adolescente e propõe-se a mostrar como tudo e todos estão conectados à rede mundial de computadores. A produção é da Sanguebom Filmes. A série de quatro episódios estreia em maio e será exibida aos sábados, após o “Jornal do Almoço”, no canal aberto da RBS.

A RBS TV também participou da produção de um programa que estreou no Multishow no início de abril. O reality show “Planetários”, foi gravado em fevereiro durante o Planeta Atlântida, evento promovido pela RBS no Rio Grande do Sul. Dividido em cinco episódios de 15 minutos, o programa mostra o festival de música na visão de um grupo de jovens com idade entre 18 e 20 anos que foi escolhido para dividir uma casa durante o festival de música. A atração, que tem os shows do Planeta Atlântida como pano de fundo é uma parceria entre a RBS TV, a produtora Storm Imageworks e o canal Multishow. O Multishow ainda exibiu apresentações de alguns artistas em HD.

Elenco de “On line”, nova série de ficção produzida pela RBS TV.

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Perto do públicoO canal GNT vem buscando uma aproximação com seu

público, usando para isso as ferramentas da web. Um bom exemplo é “Que Marravilha!”, novo programa do chef Claude Troisgros, que substitui “Menu Confiança”. No programa, o chef ajuda pessoas comuns a prepararaem receitas especiais, e depois avalia a performance dos aprendizes, em uma espécie de reality show gastronômico. A novidade é que qualquer pessoa pode submeter sua história e seu pedido de ajuda ao chef enviando um vídeo para o site do programa. O mesmo princípio se aplica ao “Superbonita Transforma”, que seleciona vídeos de internautas para escolher os personagens que passarão pelas mãoes de especialistas em cosmética e beleza.

VivaA diretora geral do GNT, Letícia Muhana, também

dirigirá o novo canal Viva, da Globosat, voltado prioritariamente ao público feminino, que deve estar pronto para distribuição em maio. O canal terá em sua grade várias atrações diárias da TV Globo, como o “Mais Você”, com Ana Maria Braga, e o “Video Show”, em horários alternativos aos da TV. Também deve exibir pelo menos duas novelas da emissora.

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“Que Marravilha!”: atração escolherá participantes através

Distribuição onlineOs produtos da Record Entretenimento podem ser

adquiridos via download no site Saraiva Digital. As séries “Selvagem ao Extremo”, “Dr. Pet”, “Louca Família”, “Câmera Record” e “Saúde na Mesa”, já disponíveis em DVD, podem ser adquiridas por preços a partir de R$ 3,90 por episódio. Os episódios das séries “Louca Família” e “Saúde na Mesa” também estão disponíveis para aluguel. Para a compra de todos os episódios de um mesmo volume, há desconto no valor do episódio individual. Um episódio de “Dr. Pet”, por exemplo, sai por R$ 4,90 e o volume completo por R$ 24,90. Já o seriado “Louca Família” tem aluguel de R$ 4,90 por episódio, ou compra por R$ 12,90 (cada capítulo).

“Dr. Pet”, uma das atrações da Record que está disponível para download

no site da Saraiva Digital.

ritmo aceleradoOs testes de captação em 3D de eventos continuam no

Brasil. Em parceria, a Sony e a Band captaram imagens tridimensionais da Fórmula Indy, que aconteceu em março, em São Paulo. Segundo a fabricante, esta é a primeira vez que uma corrida é captada em 3D. As imagens foram transmitidas para o camarote da Band no Sambódromo, usando TVs Bravia 3D. O material ainda deve ser utilizado pela Sony para exibição em pontos de vendas, feiras e outros eventos da empresa. No Brasil, a Sony também foi parceira da Globo na captação de imagens do Carnaval 2010. Fora do País, a fabricante já anunciou uma parceria com a DirecTV para a criação de canais de TV com conteúdo produzido exclusivamente em 3D e também fechou um acordo com a Fifa para gravar 25 jogos da Copa do Mundo com esta tecnologia.

Band e Sony testaram captação e transmissão de imagens em 3D durante

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Suporte brasileiroA produtora brasileira Demeter Films acompanhou com

equipe de apoio as filmagens no País de “O profeta”, que concorreu ao Oscar de melhor filme de língua estrangeira. O filme de Jaques Audiard produzido pela francesa Ultimatum Productions teve cenas gravadas em janeiro de 2009 na Serra do Guararú (estrada Guarujá-Bertioga), no litoral paulista.

Vendas publicitáriasA HBO Latin america Group criou

um departamento de vendas publicitárias no Brasil. A área gerenciará espaços de publicidade nos canais HBO, HBO 2 e Cinemax, antes sob responsabilidade da Sony Pictures Entertainment. A nova operação, sediada em São Paulo, terá à frente Renata Lorena, então gerente de marketing de ad sales da empresa. Renata tem passagens por empresas como TV Globo, Warner Channel e o jornal O Dia. A mudança ocorre paralelamente ao anúncio, nos noticiários internacionais, da venda de parte da participação da Sony Pictures Entertainment na HBO Latin America para a Time Warner. Com a venda, a participação da Sony na HBOLA cairá de 29% para 8%. Estima-se que a operação esteja próxima do valor de US$ 217 milhões. A operação ainda precisa ser aprovada pelas autoridades de concorrência do Brasil.

Conteúdo customizadoA New content, editora e

produtora de conteúdo customizado, montou estrutura para atender à demanda por projetos em vídeo de branded content. Desde janeiro deste ano, a produtora está instalada em um balcão de 3.200 m², com três estúdios e onze ilhas de edição. Após a mudança, a produtora fez um acordo de coprodução com a Comercial & Companhia, criadora do programa “Reclame”, que aborda os bastidores do mundo da publicidade e vai ao ar pelo Multishow. “Queremos nos posicionar neste mercado, nos apresentar às agências, como uma produtora 100% focada em branded content”, diz Giovanni Rivetti, presidente da New Content. A produtora, que estima crescimento de 25% em 2010, já desenvolve trabalhos em vídeo, a maioria online, para clientes como TVA/Telefonica, Unilever, TAM e BMW, agora pretende entrar no segmento de produção independente e desenvolver projetos customizados junto com canais abertos e fechados. Segundo Rivetti, já existem dois projetos em negociação com canais da TV por assinatura e um projeto sendo elaborado junto com a Endemol para TV aberta.

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Mais regional

Teatro Polytheama, em Jundiaí (SP),

é tema de documentário da Rede

Paulista de Televisão produzido

A Rede paulista de Televisão, afiliada da TV Cultura que abrange 12 municípios da região de Jundiaí, interior de São Paulo, mantida pela Fundação Cultural Anhanguera, tem investido em programação especial regional feita com recursos aprovados pela Lei Rouanet. A emissora, que completa cinco anos em dezembro e leva ao ar cerca de 20 horas e 30 minutos semanais de programação regional, criou em 2008 o Projeto Mais, em que reúne empresas interessadas em destinar recursos de renúncia fiscal à produção cultural e projetos sociais ao estabelecer uma parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de Jundiaí. “É um projeto somatório de esforços”, diz Cristiano Pierobon, diretor presidente da Rede Paulista, sobre a junção das carteiras de patrocinadores das instituições. As empresas que apóiam o projeto, a maioria pertencente ao parque industrial da região, podem deduzir 4% dos impostos devidos, destinando 3% aos projetos culturais da emissora e 1% aos programas sociais dos conselhos. No ano passado, o Projeto Mais agregou os conselhos de mais duas cidades: Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista. Há dois documentários sendo produzidos com recursos vindos da Lei Rouanet: “Polytheama”, sobre um importante teatro de Jundiaí, e “O Caminho dos Bandeirantes”. Outros dois ainda aguardam aprovação no Ministério da Cultura.

Acordo renovadoA agência Brasileira de promoção de

Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sindicato da Indústria audiovisual do Estado de São paulo (Siaesp) assinaram a renovação do programa cinema do Brasil, com investimentos de R$ 8,45 milhões até 2011. O programa foi criado há quatro anos com o objetivo de contribuir para a internacionalização da indústria cinematográfica brasileira, facilitando acordos de coprodução e promovendo o cinema brasileiro. Em julho de 2009, a Apex-Brasil realizou uma pesquisa em que constatou que das 145 empresas então participantes do projeto Cinema do Brasil, 73 já haviam realizado negócios com outros países. O novo convênio para o biênio 2010/2011 inicia com 150 empresas associados e ações planejadas para a participação de produtores nacionais em mercados como Cannes, Miami, Ventana Sur e Berlim. Além disso, estão programados encontros com produtores canadenses e espanhóis, bem como a vinda de compradores dos mercados-alvo escolhidos pelo projeto (França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Canadá, Chile, Colômbia e México) para encontros de negócios na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Gramado.

Leque abertoA produtora True Motion Studios, criada há dez anos para realizar trabalhos de

finalização em animação e efeitos especiais, diversificou seu negócio. Recentemente, a produtora criou um núcleo para a produção de trailers. “Percebemos que há uma carência no Brasil de produtoras dedicadas a esta atividade. Muitas vezes, é o próprio diretor do filme quem dirige o trailer, há todo um envolvimento emocional, e a função do trailer é vender o filme”, destaca o sócio Ricardo Romin. Ainda na proposta de diversificação, a True Motion Studios criou em 2009 um produto chamado 3Display. Trata-se de um display virtual para gravações de merchandising. A equipe da produtora capta imagens de vários ângulos do cenário do programa em que a ação será veiculada e cria mock ups e display em animação, podendo acrescentar efeitos especiais e movimento. Por enquanto, o 3Display foi utilizado pela Zaeli (alimentos) em programas do SBT. O produto tem despertado interesse de outros anunciantes, que querem inovar em suas ações, e de emissoras, pela praticidade.

André Sturm, presidente do Programa Cinema do Brasil, e

Display virtual criado pela True Motion Studios para

merchandising da Zaeli.

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Palavra faladaAo completar 20 anos, a Drei Marc,

empresa carioca que surgiu como produtora voltada para o mercado de vídeos institucionais e consolidou-se no mercado com serviços de tradução e legendagem, amplia o campo de atuação oferecendo também serviços de dublagem. Segundo Marcelo camargo, diretor de atentimento e marketing da Drei Marc, esta era uma demanda do mercado, crescente com a expansão da indústria de TV por assinatura. “A gente tinha a preocupação de entrar em um segmento que a gente não dominava por completo, por isso passamos algum tempo amadurecendo a ideia”, conta Camargo. A empresa construiu dois estúdios para a dublagem e a equipe da Voice Brazil, comandada por Jorge Rosa e Jorge Destez, passa a atuar nas dependências da Drei Marc, que cuidará dos processos logísticos e administrativos de produção, enquanto a nova equipe ficará concentrada no desenvolvimento artístico dos projetos.

A empresa, que em 2008 também passou a oferecer serviço de legendadem em HD com Dolby E, tem em seu portfólio clientes como Rede Telecine, Universal Channel, Multishow, GNT, Sky, Fox, TV Globo, TV Brasil e Conspiração.

Patrocínio globalA Oi anunciou a compra junto à

Fifa de uma cota de patrocínio global da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Será a primeira vez que uma empresa 100% brasileira adquire uma cota mundial do evento. A entidade já assinou contratos globais de patrocínio para 2014 com outras quatro empresas: McDonald´s, Budweiser, Castrol e Continental. O preço das cotas não é revelado. A operadora também assinou contrato com a Fifa para ser a provedora de serviços de telecomunicações da entidade durante a Copa do Mundo no Brasil. Não é a primeira vez que a Oi aposta em marketing esportivo. A operadora foi patrocinadora dos jogos Pan Americanos e responsável pelos serviços de telecomunicações do evento, além de patrocinar diversos atletas olímpicos.

Marcelo Camargo, Jorge Rosa e

18 • T e l a V i V a • a b r 2 0 1 0

Media rating e aquisiçõesA Rede TV! anunciou a contratação de cícero Ferreira como diretor de media rating e Maurício Tavares como diretor de aquisições e novos projetos. Ferreira é o novo encarregado de dar suporte às áreas artística e de mercado, utilizando estudos detalhados de audiência e perfil do telespectador. O profissional, com experiência em tecnologia, foi responsável pelo desenvolvimento e implantação de projetos em empresas de call center, instituições financeiras e empresas de telecomunicações. Também tem passagens por outras emissoras na área de interatividade. Já Tavares chega à emissora no momento em que a Rede TV! começa a produzir formatos internacionais. Ele terá como meta encontrar novas oportunidades de negócios para essa fase. O profissional tem passagens pela Fox e Disney além de experiência no mercado de aquisições, tendo participado da produção de documentários para a rede italiana Rai Uno e coproduções com a rede americana ABC e a produtora inglesa September Films.

CenaFernando Sanches chega a Margarida Filmes como novo diretor de cena. O profissional iniciou sua carreira como supervisor de pós-produção e efeitos especiais na Casablanca Finish e Conspiração. Como diretor de cena, passou também pela Dínamo e Pródigo Films.

CriaçãoSérgio Lobo assumiu a direção de criação da Leo Burnett Ibéria. No Brasil, o profissional teve passagens pela Artplan, Script e Giovanni+Draftfcb. Há quase cinco anos na Europa, Lobo trabalhou na Leo Burnett Lisboa e está há dois anos na agência de Madrid.

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Maurício Tavares

Cícero Ferreira

PublicidadeRicardo “Gordo” carvalho é o novo diretor de publicidade da Conspiração Filmes. O profissional, que vem da Margarida Filmes, já dirigiu para a BossaNovaFilms, TVC e teve sua própria produtora, a Cia. Ilustrada. Carvalho agora faz parte da equipe de diretores da Conspiração em São Paulo.

MinistroJosé arthur Filardi assumiu o Ministério das Comunicações em substituição a Hélio costa. Filardi era chefe de gabinete de Costa. Antes de assumir a chefia de gabinete do ministério, Filardi foi secretário de Administração de Recursos Humanos e secretário de Governo da Prefeitura Municipal de Barbacena (MG) entre 2001 e 2004. Também trabalhou como assessor parlamentar no Senado Federal. Costa retorna ao Senado, tirando de cena seu suplente Wellington Salgado (PMDB/MG), que desde 2005 exercia o mandato de seu colega de partido. A saída do ministro foi necessária por conta das regras eleitorais, que exigem a desvinculação dos candidatos a cargos públicos seis meses antes das eleições, ou seja, até o dia 3 de abril deste ano.

Diretoraclaudia Gurfinkel assumiu o cargo de diretora de conteúdo do Terra Brasil, substituindo Edson Rossi, que deixou o portal. Claudia atuava como gerente de projetos editoriais para América Latina no Terra, responsável pelos sites regionais e pela coordenação editorial dos países. Foi responsável também pela implantação do projeto Átomo em todos os países. A profissional tem também passagens pela Folha de S.Paulo, BOL, UOL e MSN Espanha.

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AtendimentoA Na Glória, produtora de som comandada por Teresa Moranduzzo e Leandro Weingaertner, contratou Tina carlos (ex-Zulu Filmes e Conspira Express) para a direção de atendimento. A profissional completa a equipe da produtora fundada há sete meses atuando ao lado de Rubia Elias, coordenadora de produção.

Produção executivaJoão Travassos chega à Comando S Áudio para assumir a produção executiva e cuidar do novo selo da produtora, o Comando S D, focado em conteúdo. Travassos é fundador da produtora artística Califórnia e foi sócio da Saga Produções.

ComercialSelma Oliveira (ex-Trip Editora) e Fábio Ferri (ex-Giovanni+Draftfcb) foram contratados como executivos de contas da TV Minuto, empresa do segmento de mídia digital out of home associada ao Grupo Bandeirantes. Os profissionais chegam para atender às agências anunciantes da empresa e compor a equipe comercial, que tem Alexandre Dupont como gerente e Daniel Mattos Simões na direção.

TelefônicaFernando Freitas, que ocupava a diretoria executiva de relações institucionais e regulatórias da Telefônica, deixa a empresa, e assume em seu lugar Leila Loria, que deixa a TVA. A diretoria terá a sua atuação ampliada e passa a incorporar a área de inovação, além da recém criada área de desenvolvimento de novos negócios. Ao aceitar o convite para ir para a Telefônica, Leila Loria deixa a direção geral da TVA, que será ocupada por antônio araújo, até então diretor operacional. Virgílio amaral será o responsável pelo desenvolvimento de produtos de vídeo para o grupo Telefônica. A diretoria de atacado da Telefônica, que era ocupada por Bento Loro, também será incorporada à diretoria de estratégia da empresa.

Podução executivaA produtora executiva Krishna Mahon integra a equipe do A&E Ole Networks Brasil. Sediada em São Paulo, Krishna será a profissional encarregada no País pela produção de conteúdo original para os canais A&E, History Channel e Biography Channel. Antes de assumir esta função , Krishna foi produtora executiva da Mixer durante três anos e também trabalhou no departamento de produção original da Discovery em Miami.

Chefe de conteúdoLuis Silberwasser foi promovido a chefe de conteúdo da Discovery Networks International (DNI). Além do novo cargo na divisão internacional do grupo, o executivo acumula a função atual de vice-presidente sênior do grupo de conteúdo da Discovery Networks Latin America/U.S. Hispanic e gerente-geral da Discovery U.S. Hispanic. Entre as

suas responsabilidades está o lançamento internacional do canal de lifestyle TLC, voltado para o público feminino. No Brasil, o canal está disponível em alta definição para os assinantes da Sky HD. Não há intenção de lançá-lo em definição padrão no País.Também na Discovery Networks International, Sahar Elhabashi, então chief operating officer, está deixando o cargo, que deixará de existir.

Mídia e supervisão de contasMichelle Zager (ex-Neogama BBH, Rapp Collins e Voltage) é a nova supervisora de contas da McCann Erickson para atender a conta da GM. paola Frajdrach (ex-Samsung) chega à agência como diretora de mídia responsável por dirigir contas como Mastercard, Colgate, TIM SP e American Airlines.

GerenteZico Goes assumiu a gerência de conteúdo do GNT, em substituição a Jorge Espírito Santo, que deixou o canal. No início do ano, Goes atuava como produtor associado na Flint Brasil, unidade da inglesa Flint, com foco em conteúdo multiplataforma. O profissional trabalhou durante 16 anos na MTV, desempenhando as funções de diretor de programação e conteúdo de 1999 a 2008. Ele também é professor de Criação em TV na FAAP, em São Paulo.

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Michelle Zager

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Leila Loria

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Copo meio cheio Vista inicialmente como devastadora de audiência pelos detentores de conteúdo, distribuição digital já é encarada como necessidade. resta, no entanto, encontrar modelos de negócio

Da redaçãoc a r t a s . t e l a v i v a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

experiências com conteúdos em parceria com publishers”, comemora Klinker.

Ele também coloca a ferramenta como uma solução para quem está sedento por

São Paulo sediou entre os dias 17 e 19 de março dois eventos que colocaram em pauta uma questão polêmica

na indústria audiovisual: a distribuição digital de conteúdo. O Web Expo Forum e o Congresso TV 2.0, ambos promovidos pela Converge Comunicação, empresa que edita a TELA VIVA, trouxeram ao País alguns dos maiores especialistas no assunto. Uma frase de Eric Klinker, CEO da BitTorrent, a maior plataforma de distribuição peer-to-peer, é significativa para a discussão do tema: “O BitTorrent e a própria Internet são vistos como o demônio encarnado pela mídia, mas somos uma empresa de software, não temos relações com sites que publicam conteúdo”. Esta postura de condenação e a necessidade dos produtores de conteúdo de controlar a circulação do seu trabalho, fez com que a BitTorrent trabalhasse em uma adaptação de seu ecossistema para satisfazer aos publishers.

Atualmente, 60% dos arquivos trocados pelo BitTorrent são vídeos, com destaque para a alta definição. Destes, 46% são de filmes e programas de TV e 14% são vídeos de conteúdo adulto. A ideia, ao reformular o sistema para os publishers, conta Klinker, é que eles tenham todo o controle sobre a disponibilização do conteúdo, acesso direto aos mais de 70 milhões de usuários ativos mensais do BitTorrent, acesso aos grupos por afinidades, melhores estatísticas e uso da capacidade de

banda proporcionada pela contribuição dos usuários. O CEO da empresa revelou que as negociações com alguns grupos de mídia estão bastante adiantadas. “Já no mês de abril deveremos lançar as primeiras

audiência. “Faça as pessoas gostarem do seu conteúdo, e a ‘monetização’ virá em seguida”, diz, lembrando cases de bandas como o Radiohead, que oferecem seu conteúdo gratuitamente na Internet e depois realizam ações e lançam produtos pagos para os fãs. “Escuto falar que este é o fim do mundo da mídia, mas a bilheteria do cinema está crescendo, por exemplo. Em 2005, a bilheteria global foi de US$ 23,1 bilhões, e em 2009 US$ 29,9 bilhões”. Ele lembra que os gastos com home video, por outro lado, estão caindo, e que os consumidores estão frustrados com a lentidão das mudanças na mídia. “Você pode encarar todo o cenário como um copo meio cheio ou meio vazio”, ilustrou. Para o consumidor, a ferramenta P2P deve tornar-se ainda mais atrativa. A empresa tem planos para deixá-la mais acessível e oferecer interface baseada na Internet, com acesso seguro a partir de qualquer tipo de device e streaming de vídeo.

Para facilitar ainda mais o acesso a conteúdos, equipes do BitTorrent e do Google já estão escrevendo os códigos do aplicativo que permitirá P2P entre smartphones com sistema operacional Android. O aplicativo não estará ligado a nenhuma operadora, estará aberto para qualquer telefone com sistema operacional Android e nossa expectativa é de que ele seja lançado em junho”, detalha o executivo.

EquaçãoEncontrar

uma equação equilibrada, que traga ao mesmo tempo benefícios ao espectador, levando o conteúdo onde ele deseja consumi-lo; ao anunciante, que tem papel

televisão para a web não é garantia de sucesso. É preciso também encontrar maneiras de oferecer produções exclusivas e garantir a audiência. Uma das tentativas do MSN foi a exibição ao vivo dos shows do Live Earth, em 2007. Michaels conta que a ação foi lucrativa, porém, a conclusão é que este tipo de evento

pode ser arriscado para a web. Segundo ele, webcast ao vivo é muito trabalhoso e oneroso, exigindo a comercialização de pacotes de publicidade muito caros e, por consequência, promessas de acesso muito grandes para os anunciantes. Estas metas são

difíceis de serem alcançadas, afirmou. Um dos formatos apontados como bem sucedido pelo executivo é o conteúdo patrocinado. Desta forma, a produção só começa quando já há verba aprovada pelo anunciante e um meio de distribuição definido. Seria uma forma de reduzir o risco para produtores e distribuidores de conteúdo. Para este tipo de conteúdo, alertou, agência, anunciante, produtora e veículo precisam trabalhar em conjunto e de forma articulada desde o início. Como exemplo, citou a webseries “Motherhood”, que, com roteiristas e elenco de Hollywood, encenou histórias reais enviadas por mães, em uma ação patrocinada pela indústria de cosméticos. “Foi um grande sucesso na Internet, mas um fracasso na TV”, disse.

Michaels ressaltou que o MSN foi o primeiro serviço de vídeos a apostar na distribuição de vídeo online financiada pela publicidade. Não só o MSN, mas o Hulu, que detém conteúdo das grandes redes

importante quando o objetivo é a oferta gratuita; e ao detentor de conteúdo, que quer ser remunerado, é uma tarefa árdua, como explica Joe Michaels, diretor sênior do MSN, da Microsoft, para novos negócios na área de vídeo. Hoje, a maior parte do conteúdo disponível na plataforma de vídeos do MSN.com é gratuito, com modelo baseado em publicidade e revenue share entre os detentores de direito. Segundo o

executivo, nas primeiras reuniões que a Microsoft teve para tentar levar o conteúdo das grandes emissoras para a web, há cinco anos, a empresa foi questionada sobre quanto pagaria para que estes detentores de conteúdos acabassem com seus próprios negócios. “Hoje as redes de TV faturam centenas de milhões de dólares no Hulu, por exemplo”, diz. Para o executivo, a Internet é o futuro da distribuição de conteúdo e os números falam por si , já que o acesso á Internet cresceu globalmente na última década. Nos Estados Unidos, este crescimento foi de pouco mais de 100%, enquanto na Europa foi de cerca de 300%. Na Ásia e

América Latina foi ainda mais expressivo: 600% e 900% respectivamente.

Para os distribuidores de conteúdo online, a simples transposição do conteúdo da

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>>

Joe Michaels, do MSN, conta que a Microsoft teve

dificuldades nas primeiras negociações com detentores

de conteúdo.

ESPECIALISTAS APOnTAM A InTERnET COMO FuTuRO DA DISTRIBuIçãO DE COnTEÚDO, já quE A MíDIA VEM CRESCEnDO GLOBALMEnTE E ExPRESSIVAMEnTE.

Eric Klinker, da BitTorrent: plataforma de distribuição P2P trabalha em uma adaptação do seu ecossistema para satisfazer aos publishers. “Faça as pessoas gostarem do seu conteúdo e a monetização virá em seguida”, aconselha.

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norte-americanas, provou que o modelo de vídeo na Internet bancado por publicidade é viável. O serviço conta com mais publicidade que o YouTube, por exemplo, que tem audiência significativamente maior. “Anunciantes amam a segurança do conteúdo premium e têm medo do conteúdo gerado pelo usuário”, disse. De acordo com ele, há ainda um problema de padronização neste sentido. Os modelos de publicidade para TV também precisam evoluir para se adequarem à Internet. Para Michaels, em algum momento, um

padrão deve ser definido. O executivo não duvida do modelo pago, lembrando que o próprio Hulu deve ter alguns programas pagos em breve. Ele acredita que alguns conteúdos só são viáveis se forem pagos, tanto na TV quanto na Internet. “A HBO não seria viável de outra forma”, lembrou.

Durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, em fevereiro deste ano, o MSN praticou também um modelo híbrido. O canal NBCOlympics.com no portal MSN transmitiu 45 milhões de streamings de vídeo, com mais de 3,5 milhões de horas assistidas. No período, foram oferecidos clipes e destaques dos jogos gratuitos, além de competições ao vivo, estas apenas para assinantes de TV paga por meio de autenticação.

Eventos ao vivo também são uma das apostas do portal Terra com a sua plataforma de vídeos, o Terra TV, cujo modelo é baseado em publicidade e oferta gratuita. “Internet é tempo real”, justifica

Pedro Rolla, diretor de mídia do Terra para a América Latina. Desde as Olimpíadas de Pequim, em 2008, o portal transmite eventos ao vivo. Um deles

foi os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, com números expressivos: 4,5 milhões de usuários únicos, 16 milhões de vídeos assistidos, mais de 29 milhões de páginas vistas , 425 horas de transmissões ao vivo e 140 mil comentários de usuários.

Além da transmissão ao vivo, outro

modelo que teve bom desempenho no Terra TV foi o catch up, com a disponibilização de episódios da TV paga na Internet pouco tempo depois que eles vão ao ar na televisão. Algumas séries, conta Pedro, tiveram

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mais de 100% de aumento na audiência, fazendo do catch up um modelo atraente tanto para o usuário quanto para o anunciante.

Na busca do modeloOs canais tradicionais também

têm buscado maneiras de conquistar a audiência na web. “A melhor experiência é a do broadcast com o broadband. Eles não são antagonistas”, destaca Marcelo Gluz, gerente de novas mídias da Globosat. Segundo Gluz, a simples adaptação de produtos da TV para a Internet não é o ideal. É preciso selecionar programas que possam ter afinidade com a audiência da rede, considerar os elementos da Internet e fazer o empacotamento com a mesma qualidade do canal.

Gluz conta que a Globosat tem trabalhado com cinco modelos. Um deles é usar a web como suporte para a TV. O reality show “Que Maravilha!”, em que o chef francês Claude Troisgros ensina telespectadores a cozinhar, por exemplo, recebe inscrições pela Internet. A web pode também ser usada como complemento para a TV. É o que acontece em eventos como o São Paulo Fashion Week ou o Prêmio Multishow.

A TV complementando a web também é válido. Isso acontece, por exemplo, no fantasy game “Cartola FC”, criado pelo SporTV para o campeonato brasileiro. O consumo de mídia esportiva é importante para o desempenho dos internautas no jogo. Além de complementar, a TV pode inspirar a web, como no “Top TVZ”, o projeto de criar uma propriedade web a partir do programa de clipes do Multishow. O último modelo – e o mais sofisticado – é o transmedia storytelling, que é a mesma história contada de uma maneira na televisão e de outra na Internet, como aconteceu com o programa “Nós 3”, do Mutishow.

A produção independente

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HN “a melhor experiência

é a do broadcast com o broadband. Eles não são antagonistas”Marcelo Gluz, da Globosat

PARA O TERRA, EVEnTOS AO VIVO TêM PROPORCIOnADO ExPERIênCIAS POSITIVAS, POIS ExPLORAM uM CARACTERíSTICA IMPORTAnTE DO MEIO: O TEMPO REAL.

também se movimenta para conseguir lucrar com o video online. O branded entertainment aparece como um dos modelos mais viáveis. Claudio Henrique, diretor da Conspira Concept, núcleo do Grupo Conspiração que tem foco em entretenimento de marca, acredita neste modelo. “A tendência é descobrir soluções para marcas. As marcas precisam da Internet para ser a atração e não a interrupção”, diz Henrique. A produtora tem cases de branded entertainment na Internet para marcas como Oi, Cultura Inglesa e MSN.

Andiara Petterle, CEO do Bolsa de Mulher, grupo de mídia com 16 propriedades no Brasil, entre elas o Bolsa TV, destacou que tem também estrutura para desenvolver programas para anunciantes, aliando product placement e conteúdo relevante para o seu público, a exemplo de uma série de 12 episódios que foi feita para a marca de maionese Hellmann’s. Segundo Andiara, o diferencial de produção do Bolsa TV é o desenho de produção. “Temos uma equipe formada por pessoas jovens, consumidoras de video online. Produzimos em HD e conseguimos entregar conteúdo com qualidade independentemente do device. Estamos na Internet, no celular e na TV, no canal Oi”, explica Andiara.

Rosaura Pessetti, diretora da Pset Produções, também falou sobre o modelo do programa “Avesso”, atração criada em 1999 para abordar os bastidores do mundo da comunicação. “Tínhamos um modelo de negócio que não sabíamos se ia dar certo, em que cada marca financia a produção do seu programa e disponibilizamos gratuitamente”, conta. O programa, inicialmente

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“a tendência é descobrir soluções para marcas. as marcas precisam da internet para ser a atração, e não a interrupção”Claudio Henrique, da Conspira Concept

A Internet e o fenômeno das redes sociais têm impulsionado e também inspirado o desenvolvimento de negócios baseados em aproveitamento e remuneração do talento criativo encontrado na rede. Dois exemplos foram apresentados durante. O italiano Luca Massaggi, apresentou a empresa que dirige, a Zooppa, uma plataforma tecnológica e modelo de negócios criados para aproximar marcas e consumidores. A premissa da empresa, fundada na Itália em 2007, é agregar talento criativo na comunidade Zoopa.com para desenvolver campanhas para as marcas a partir de um briefing das empresas. O conteúdo produzido pelo usuário é submetido à votação dos membros da comunidade, da própria marca e do conselho da Zooppa. O autor do melhor projeto é remunerado e o conteúdo é então utilizado em campanhas virais nas redes sociais ou offline, neste último caso, somente após negociação dos direitos.

De acordo com Massaggi, a empresa já desenvolveu 90 campanhas para marcas como Google, Microsoft e Kit Kat. Hoje, a comunidade Zooppa reúne 60 mil usuários sendo 6 mil brasileiros. A empresa tem bases nos Estados Unidos, no Brasil (desde o começo de março) e pretende abrir uma unidade no Reino Unido. No Brasil, a Zooppa já lançou um concurso para o desenvolvimento de uma campanha para a Sky, cujo valor total da premiação é US$ 11 mil. Em duas semanas, a campanha havia recebido 100 peças gráficas, seis vídeos e dois mil documentários. Ao final de oito semanas, que é o tempo previsto para o concurso, a expectativa é receber entre 60 e 100 vídeos e entre 500 e mil peças gráficas. Um concurso para a HP com premiação de US$ 15 mil deve entrar nas duas próximas semanas e ainda há cerca de quatro concursos em negociação para os próximos meses. “O benefício para o cliente é que o consumidor dá a sua visão e desenvolve campanhas criativas. Há efeito viral e engajamento. Já o usuário ganha destaque, networking e remuneração”, observa Messaggi.

Ariel Alexandre, diretor da Videolog, também apresentou o modelo de negócio da plataforma. O Videolog é uma comunidade de produção de conteúdo em cídeo com 5,5 milhões de visitantes únicos e 500 mil produtores cadastrados. Segundo Alexandre, os anunciantes conhecem o trabalho dos produtores cadastrados, apelidados de videologers, e os contratam para fazer filmes sobre os seus eventos.

Ariel Alexandre, da Videolog: cerca de 500 mil produtores cadastrados que podem ser escolhidos por anunciantes para filmar eventos.

Luca Massaggi, da Zooppa: uma plataforma tecnológica e modelo de negócios criados para aproximar marcas e consumidores.

TEM PEIxE nA REDE

exibido no canal Sony, agora é multiplataforma e tem 126 parceiros. Rosaura observou que é necessário que se discuta a criação de uma legislação específica de incentivo à produção de conteúdo para as novas

mídias. Aparentemente, produtores,

distribuidores e detentores de direitos entraram em um consenso sobre a distribuição digital e encaram a situação como um copo meio cheio. Agora, os esforços concentram-se em buscar maneiras de preencher este copo de forma a saciar completamente a sede.

26 • T e l a V i V a • a b r 2 0 1 0

(tv pública)

Para brasileiros no mundo Versão internacional da TV brasil deve entrar para o line-up da africana MultiChoice ainda no primeiro semestre. ebC ainda negocia a distribuição nos estados unidos e na américa latina.

Um dos projetos que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) tem desde sua criação está prestes a se

concretizar: o canal TV Brasil Internacional. “Sempre esteve nos nossos planos ter uma versão para o mundo, assim como acontece com outras TVs públicas”, conta Tereza Cruvinel, presidente da EBC, exemplificando com a inglesa BBC, com a espanhola TVE e com a japonesa NHK. Alguns fatores, no entanto, contribuíram para que o projeto se tornasse viável agora.

Em outubro de 2009, o Ministério das Relações Exteriores, por meio da Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB), promoveu a II Conferência Brasileiros no Mundo, no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, e convidou a EBC a participar. “São mais de três milhões de brasileiros residentes no exterior. Ouvimos fortes apelos dos emigrados para a distribuição do canal no exterior”, diz Tereza.

O fator estrutura soma-se à demanda de brasileiros residentes no exterior e à proposta já antiga de criação da versão internacional da TV pública. A EBC já faz desde 2006 a distribuição internacional do Canal Integración. Com programação em português e espanhol, composta por produções brasileiras e sul-americanas, o canal está no satélite New Skies, que cobre o continente americano, a Península

como gerente executiva do canal internacional. Marilena, experiente em televisão, com passagens pela Rede Globo, TV Manchete, Record e TV Senado, canal que criou, é

responsável por coordenar uma equipe de

13 profissionais entre repórteres, programadores,

estagiários e assessores, que trabalhavam no Canal Integración na estruturação da

versão internacional da TV Brasil. A

primeira atividade de Marilena foi cuidar de questões contratuais para a distribuição do canal. A

ideia, no primeiro momento, é começar a distribuir o canal nas áreas já cobertas pelo New Skies e, futuramente, negociar com

operadoras de outras áreas como a Europa ou o Japão, país com alta concentração de emigrantes brasileiros.

A negociação está em um estágio mais avançado com a MultiChoice, operadora que cobre grande parte do continente africano. Segundo Marilena, a operadora deve incluir o canal internacional da TV Brasil em

sua grade, junto aos canais internacionais da Globo e da Record, entre os dias 1º e 15 de maio sem custos de distribuição para a EBC, que só teve que gastar com a compra de um aparelho capaz de fazer a transcrição e

Ana Carolina Barbosaa n a c a r o l i n a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Ibérica e a África. O conteúdo fica disponível para emissoras autorizadas. A ideia é que o Canal TV Brasil Internacional ocupe o espaço do Canal Integración no satélite. “Entendemos que o Canal Integración já cumpriu seu papel de integração cultural e aproximação entre os povos”, explica Tereza. Ele estará no ar até que o novo canal internacional, totalmente em português, reproduzindo a programação da TV Brasil com alguns ajustes, comece a ser distribuído. “O Canal TV Brasil Internacional terá a função de ser a voz internacional da TV Brasil e um ponto de contato do Brasil com o emigrado em um momento em que o País adquire posição de protagonismo no cenário mundial”, observa a presidente.

DistribuiçãoA EBC contratou a

jornalista Marilena Chiarelli

“o canal terá a função de ser a voz internacional da TV Brasil e um ponto de contato do Brasil com o emigrado em um momento em que o País adquire posição de protagonismo no cenário mundial”Tereza Cruvinel, da EBC

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decodificação do sinal para a operadora. Há conversas com a Dish para distribuição nos Estados Unidos e com a DirecTV para levar o sinal à América Latina, com expectativa de fechar acordos semelhantes. “A ideia é que o canal não tenha custo específico para os assinantes, diferente das emissoras comerciais que têm canais intenacionais. Uma programação mais acessível é uma reivindicação dos emigrados”, diz Tereza.

programaçãoA programação do canal

internacional será a mesma da TV Brasil, com algumas adaptações para respeitar os fusos horários e os contratos de licenciamento, que não permitem a exibição de determinados conteúdos no exterior. Este conteúdo, segundo Marilena, corresponde a aproximadamente 20% da grade e deve ser substituído por outras atrações da TV Brasil. No caso da África, por exemplo, serão feitos ajustes para que a programação

assuntos diversos relacionados ao fato de morar fora do País, como dúvidas sobre como fazer remessa de dinheiro ou usar o seguro saúde, por exemplo. “É um espaço de serviço. Vamos buscar autoridades que possam responder a essas perguntas”, explica Marilena.

Outro programa a ser feito especialmente para o canal internacional é o “Conexão Brasil”, que terá em pauta uma

questão atual discutida por diversos ângulos, de maneira didática. “Fique Ligado”, uma

agenda cultural com eventos fora do Brasil também entrará para a grade.

“A ideia é fazer um canal gastando o mínimo possível. Não posso fazer contratações agora”, destaca Marilena. De acordo com a gerente executiva do canal internacional da TV Brasil, o objetivo inicial é sentir a receptividade e, futuramente, trabalhar com produção independente, com trabalhos escolhidos por meio de pitchings, como a EBC tem feito ultimamente.

infantil não vá ao ar de madrugada. O telejornal “Repórter Brasil” também deve ir ao ar ao vivo e ser reprisado no dia seguinte pela manhã.

Ainda com poucos recursos e estrutura, Marilena e a equipe devem produzir algumas atrações de curta duração para dar um ar diferenciado ao canal. São três atrações semanais que devem ter reprises na grade. Uma delas é “Brasileiros no Mundo”. A ideia é que os brasileiros que vivem no exterior enviem perguntas gravadas em webcam sobre

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“Repórter Brasil”: jornalístico deverá ir ao ar ao vivo e gravado. Programação do canal internacional deve ter ajustes devido às diferenças de fuso horário e substituição do conteúdo licenciado.

T e l a V i V a • a b r 2 0 1 0 • 27

PRODuçãO GLOBALIzADAA Globo e a Record também têm seus canais

internacionais voltados aos brasileiros no exterior. A TV Globo Internacional completou dez anos em 2009. Atualmente, o canal é distribuído via cabo, satélite e IPTV em 115 países dos cinco continentes e tem aproximadamente 550 mil assinantes premium. A

programação é formada por atrações da TV Globo no Brasil e dos canais Globo News, Globosat e SporTV. Nos últimos anos, o canal tem investido em programação desenvolvida no exterior com conteúdo voltado especialmente para quem vive fora do país. Hoje, a TV Globo Internacional produz o “Cá Estamos”, em Portugal; o “Revista África”, na África, e duas edições do “Planeta Brasil”, produzidas e exibidas para assinantes que vivem nos Estados Unidos e no Japão. Para a temporada de 2010 nos Estados Unidos, a equipe deve atravessar o país, além do México e do Canadá em uma

motorhome, buscando histórias de imigrantes brasileiros. O público participa sugerindo pelo site ou pelo blog do programa rotas, lugares e personagens. Neste ano, as audiências dos Estados Unidos e Japão também ganharam uma série de boletins de serviços com dicas úteis chamada “Cidadão Global”.

A Record Internacional é distribuída a 150 países via cabo, satélite, parabólicas ou cartão. Em algumas regiões, integra os pacotes básicos das operadoras. A cobertura africana abrange todos os países e a emissora tem estúdios em Angola, Moçambique, Uganda, Cabo Verde, Guiné Bissau e Madagascar. A programação reproduz o conteúdo da TV Record sem os filmes e séries. Há programação local em algumas regiões. Segundo Aroldo Martins, presidente da Record Internacional, a programação local não está restrita aos falantes de língua portuguesa. O canal gera conteúdos dublados e legendados para expandir o seu mercado potencial a todas as línguas e nacionalidades atingidas.

Andressa Perry, que ao lado de João Kléber, apresenta o “Programa da Tarde”, produzido pela Record Internacional para a audiência européia.

Apresentadores do “Planeta Brasil”, programa da TV Globo Internacional especialmente produzido para brasileiros que vivem nos Estados Unidos e no Japão.

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(audiência - TV paga)

No período de 12 a 28 de fevereiro, o público brasileiro conferiu, tanto na TV aberta, pela Record,

quanto na TV paga, pelos canais SporTV, os Jogos Olímpicos de Inverno 2010, disputados em Vancouver, Canadá. Esportes pouco comuns no País preencheram a programação dos canais e renderam bons resultados de audiência. O SporTV, que no mês da transmissão teve o terceiro melhor alcance entre os canais da TV paga, chegou a adquirir os direitos de transmissão das competições mundiais de curling, tanto feminino como masculino, devido ao sucesso do esporte entre os brasileiros. O Mundial Feminino de Curling, realizado no Canadá entre os dias 20 e 28 de março, impactou mais de 1,1 milhão de pessoas em suas três exibições no SporTV 2 (informação do canal a partir de dados do Ibope).

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo Médio Total canais pagos 45,13 3.496,37 02:11:17Multishow 10,82 838,54 00:20:45TnT 9,97 772,25 00:26:47SporTV 9,09 703,96 00:34:48Globo news 8,58 664,86 00:25:43Fox 7,57 586,82 00:22:44warner Channel 7,40 573,30 00:22:31Discovery 7,14 553,38 00:20:28SporTV 2 6,86 531,89 00:26:55universal Channel 6,66 516,31 00:32:04national Geographic 6,61 512,04 00:19:03Cartoon network 6,23 482,33 00:31:24Discovery Kids 5,92 458,48 00:43:03Telecine Pipoca 5,59 433,28 00:27:33Disney Channel 5,58 432,62 00:29:19Axn 5,40 418,64 00:28:06GnT 5,37 415,93 00:13:51Telecine Premium 4,72 365,69 00:22:25ESPn Brasil 4,40 340,73 00:17:56Megapix 4,28 331,22 00:19:26A&E 4,24 328,64 00:14:37

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*Alcance é a porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária.

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Acima de 18 anos** (Das 6h às 5h59)

De 4 a 17 anos** (Das 6h às 5h59)

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo MédioTotal canais pagos 45,79 717,58 02:14:16Disney Channel 14,55 228,04 00:54:04Cartoon network 13,73 215,19 00:49:34Discovery Kids 13,10 205,37 01:08:41nickelodeon 11,39 178,50 00:43:51Multishow 9,16 143,53 00:24:17Fox 7,72 121,00 00:28:06Disney xD 7,11 111,52 00:48:06TnT 6,82 106,93 00:21:31SporTV 5,58 87,43 00:24:54Telecine Pipoca 5,09 79,70 00:27:40Boomerang 4,90 76,66 00:23:18warner Channel 4,78 74,98 00:20:37universal Channel 4,53 71,02 00:19:54SporTV 2 4,17 65,18 00:16:47Discovery 4,16 65,11 00:13:05national Geographic 3,63 56,94 00:12:01Globo news 3,59 56,18 00:14:24Megapix 3,49 54,78 00:18:33Telecine Premium 3,44 53,95 00:21:20Axn 3,05 47,80 00:12:44

AlcAnce* e Tempo méDio Diário – FeVereiro 2010

Jogos gelados aquecem SporTV2

O sucesso das Olimpíadas de Inverno pode ser medido especialmente pelo crescimento do SporTV 2, que no período de transmissão dos jogos esteve integralmente dedicado à competição. O canal esportivo subiu do 15º lugar em janeiro para o 8º em fevereiro, registrando 6,86% de alcance diário médio e 26 minutos de tempo médio diário de audiência. No primeiro lugar do ranking ficou o Multishow, com alcance diário médio de 10,82% e tempo médio diário de audiência de 20 minutos, seguido de TNT,

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Com Olimpíadas de Inverno, canal subiu sete posições no ranking em fevereiro.

SporTV, Globo News e Fox. No total, os canais pagos tiveram entre o público adulto 45,13% de alcance diário médio e duas horas e 11 minutos de tempo médio diário de audiência.

Entre o público infantil, a liderança ficou com o Disney Channel, que teve 14,55% de alcance diário médio e 54 minutos de tempo médio diário de audiência. Em seguida, aparecem Cartoon Network, Discovery Kids, Nickelodeon e Multishow. Os canais pagos tiveram entre o público de quatro a 17 anos 45,79% de alcance diário médio e duas horas e 14 minutos de tempo médio diário de audiência.

O levantamento do Ibope Mídia considera as praças Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Distrito Federal, Florianópolis e Campinas.

DAnIELE FREDERICO

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(mercado)

Cadê o videoclipe? Canais jovens e gravadoras apontam redução no volume de videoclipes lançados no país. o que para alguns é o início do fim de uma era é apontado por outros como um ajuste à nova realidade da indústria da música.

Opção de conteúdo barato, mas com apelo de audiência dentro do segmento jovem, o videoclipe já não supre

a grade dos canais jovens com a mesma força que há alguns anos. Pelo menos não o videoclipe dos grandes artistas nacionais.

Segundo Rodrigo Lariú, gerente de produção do canal PlayTV, ainda não dá para dizer que há escassez de videoclipes. “Ainda dá para fazer programação bacana com clipes, mas o filé mignon são os internacionais”, diz. Mario Ribeiro, diretor de programação do canal, lembra que a PlayTV conta com 17 horas diárias de programação de clipes.

Já a MTV preferiu reduzir o espaço dedicado aos clipes, o que vem acontecendo há alguns anos, desde que percebeu a tendência na redução de filmes. Segundo André Mantovani, diretor de canais da Abril, a produção de clipes por parte das gravadoras nacionais caiu a 30% do que era há poucos anos. Há dez anos, a MTV recebia aproximadamente 50 novos clipes por semana. “Hoje o número caiu para 15”. O impacto da queda na produção de clipes é mais sentido na MTV, que optou por preencher a grade com outra programação. Segundo Mantovani, o custo de produção de programas é significativamente maior que o custo de exibição de clipes. “Nos acusam de abandonar a música, mas a gente liga pra música sim. A música está fazendo falta”, explica o executivo.

artista. Hoje, além da exibição nos canais (que pagam pela veiculação), há a venda à la

carte para download em celulares, no site Baixa Music ou exibição no TerraTV (que também paga pelo conteúdo)”, explica.

Se, por um lado as grandes gravadoras entregam menos clipes, porque trabalham hoje com uma carteira significativamente menor de artistas, por outro lado o cenário independente começa a ter nomes mais expressivos. Uicello lembra que a redução nos custos de produção audiovisual caíram radicalmente, abrindo espaço para o aumento de volume de produção por parte dos independentes. Nomes que já fizeram parte do elenco das majors hoje fazem parte do cenário independente, como a banda Pato Fu ou a cantora Gal Costa.

Mônica Ramos, fundadora e sócia da Deck Disc, uma gravadora independente que conseguiu ter nomes novos com destaque como a cantora Pitty em seu elenco, é categórica: “O videoclipe nunca vai morrer”. Para ela, o que está morrendo é o investimento no artista brasileiro. “A Deck Disc é a gravadora que mais investe em artistas brasileiros, sempre produzindo clipes.

Fernando Lauterjungf e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Para ele, o problema está na mudança no modelo de negócios pela qual a indústria passou nos últimos anos. As gravadoras, conta, não investem mais tanto, porque a venda de discos caiu. “A última grande banda é o Skank. Hoje as maiores são as bandas emo, que trazem alguma audiência”, diz. Essa mudança nos modelos de negócios afeta não apenas a exibição de clipes. Segundo Mantovani, a MTV tem encontrado dificuldades para viabilizar a produção dos Acústicos MTV. Isso porque parte da verba para o financiamento vinha da venda de CDs e DVDs, já que as gravadoras pagavam para usar a marca. A emissora planeja lançar um novo Acústico MTV este ano, mas buscando outro modelo de financiamento. A ideia é ter um patrocinador para todo o pacote, aparecendo nos intervalos comerciais e tendo sua marca nos CDs e nos DVDs.

Segundo Gian Uicello, responsável por conteúdos em novas mídias na Warner Music, as gravadoras não estão abandonando a produção de clipes. “O investimento em clipes não diminuiu. Pelo contrário, estamos investindo no aumento do acervo de vídeo digital. Hoje vemos que podemos explorar isso comercialmente”, diz Uicello. Segundo ele, as gravadoras estão trabalhando com carteiras menores de artistas nacionais, o que justifica a redução no volume de clipes. Para o executivo da Warner, o clipe não só não morreu, como tem futuro. “No passado, a função era apenas de marketing, divulgação do

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o “o artista pop tem que falar com as massas e nós também. essa sempre foi a melhor parceria.”André Mantovani, da MTV

É a forma de tornar os nossos artistas conhecidos”.

Segmentação do nichoOs canais que abrem mais

espaço à música concordam que os independentes estão investindo mais em clipes. O problema, apontam, é que estes artistas não trazem o mesmo retorno. Segundo a MTV Brasil, hoje a maior parte dos clipes que chegam na emissora são de bandas independentes. Dos 15 clipes que chegam à emissora por semana, aproximadamente dez são indies e cinco são das gravadoras majors. Há dez anos, eram raros os clipes de artistas independentes.

Rodrigo Lariú, da PlayTV, concorda com a proporção, mas diz que se forem analisados apenas os clipes “passáveis”, a conta cai para metade de independentes e

vitrine para os entrantes no mercado, explica André Mantovani. É o caso do programa “MTV Lab BR”, que terá clipes independentes de todos os cantos do país. O “MTV Lab Now” contará clipes de novas bandas de todos os lugares do mundo. “Mas o lugar das bandas

indies ainda é a Internet. Nós apenas apontamos as tendências”, diz o executivo. Ele explica que a MTV busca uma audiência no nicho jovem. “O independente é um nicho do nicho. Dá, no máximo, para mostrar em alguns programas e horários predefinidos. O artista pop tem que falar com as massas e nós também. Essa sempre foi a melhor parceria”, diz Mantovani.

metade de grandes artistas. “Entre os independentes, boa parte não dá para veicular. Das majors, tudo é ‘passável’, salvo alguns gêneros que não combinam com o público do canal”, diz.

Pensando nessa oferta de conteúdo, ambos os canais apostaram em programas destinados aos clipes

independentes. A PlayTV lançou seu programa voltado aos independentes, o “Udigrudi”. A ideia não é passar apenas uma vez, mas testar o que encontra audiência no público do canal. “Alguns clipes independentes já chegaram ao top 10 do canal”, diz Lariú. Bandas como Restart, Cine e Hori, para um público jovem, acabam encontrando espaço, explica.

Já a MTV aposta mais em uma

ARTISTAS InDEPEnDEnTES ESTãO InVESTInDO MAIS EM CLIPES, MAS nãO GERAM O MESMO RETORnO quE ARTISTAS POPuLARES.

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No roteiro da agência, um caminhão comum transforma-se em um caminhão de Fórmula Truck,

devido às propriedades do combustível do cliente. Fazer com que essa mudança fosse natural e orgânica, mesmo com a falta de vida dos “personagens”, foi o principal desafio do diretor Christiano Metri, da Margarida Filmes, no comercial realizado para a Petrobras Distribuidora. A metamorfose acontece em noite de lua cheia, o que dá o tom de mistério do comercial. “A principal inspiração foram os filmes de lobisomem”, conta o diretor.

O grande desafio deste comercial, no entanto, foi técnico: como fazer essa metamorfose parecer suave? “Tínhamos que criar uma sensação orgânica a partir de um objeto inanimado”, conta Metri. “Não queríamos uma coisa fria, no estilo ‘Transformers’”, diz, lembrando que no filme dos carros que se transformam em robôs, a mudança de um para outro é sempre muito rápida e mecânica.

Antes mesmo da transformação, foi necessária a captação de três planos diferentes: um com os caminhões - o comum e o “turbinado” - diante dos postos de gasolina que serviram como cenário; outra do fundo, composto pelos postos; e um terceiro, apenas com o fundo e a fumaça, elemento que confere um toque de mistério à trama. “A fumaça é sempre um problema na pós-produção, porque está em movimento, não pode ser apagada. Por isso, filmamos todos os takes de fumaça separados”, lembra o diretor.

Nesse momento entrou a pós-produção, com a união dos três planos e a animação.

O processo de transformação, no qual o caminhão comum se mexe, arrebenta e cresce, foi todo feito em 3D, com exceção de poucos elementos, manipulados a partir dos originais.

Principal desafio do comercial foi fazer com que transformação de um caminhão comum em um caminhão de Fórmula Truck fosse suave.

Para criar o clima de mistério, o céu foi reconstruído na pós-produção, para ganhar um tom mais dramático, com direito a lua cheia e maior densidade de nuvens. A trilha minimalista e o trabalho de sound design completam o suspense.

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Titulo lua CheiaCliente Petrobras Distribuidora – brCampanha Patrocínio da Fórmula TruckProduto Diesel Podium e Lubrax Tec TurboAgência Master ComunicaçãoDir. de criação Flavio Waiteman e bob GebaraCriação Saulo angelo e Tiago FrechianiProdutora Margarida FilmesDireção Christiano MetriDir. de fotografia andré ModugnoDireção de arte rafael TargatPós-produção ilegal FXMontagem rodrigo SobreiroFinalização Mauro AmarTrilha Junk/OM

Daniele Fredericod a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Cada um dos caminhões passou pelo processo de ser esculpido, texturizado, colorido e iluminado, com o desafio de fazer as passagens do caminhão real para o 3D e do 3D para o Fórmula Truck o mais suave possível.

Antes mesmo do início das filmagens, o diretor solicitou os caminhões reais para fotografar todos os detalhes das peças. A partir das imagens, estudou qual seria a transformação de uma peça para outra, já que passariam a ter formatos e tamanhos diferentes. Depois de esculpidos os caminhões, testes foram aplicados nos objetos 3D. Nestes testes, notou-se que o tempo que a transformação demandava era muito maior do que se imaginava. “Por isso a quantidade de planos proposta teve de ser redimensionada”, conta Metri.

Um dos fatores dificultadores desta transformação foi a diferença de tamanho entre o caminhão comum, pequeno, e o competidor. “Além da metamorfose, acontece uma expansão, ou seja, era preciso aumentar os pneus, o para-choque, o eixo, a carroceria...”, ressalta.

as dores de um robô

O homem-robô mostrado no comercial do medicamento Dorflex é real ou foi construído em 3D? A

dúvida gerada pela produção foi proposital, segundo o diretor do filme, Fábio Soares, da Mixer. “A aparência estranha e as falas sobre a ausência de dor geram uma interrogação”.

Soares conta que a primeira discussão antes da produção foi sobre como o robô seria realizado: se seria totalmente virtual ou se contaria com um ator real, com maquiagem e pós-produção. A técnica escolhida foi a segunda. Assim, um casting minucioso foi promovido para encontrar o ator e a atriz que participariam dos comerciais da campanha - o segundo filme foi feito com uma mulher-robô.

A maquiagem real, criada por um maquiador especialista em efeitos, foi utilizada nos lábios, na pele e nos cabelos. Para criar a ideia de um robô, o trabalho na pele do ator foi fundamental. “Tentamos algo que desse opacidade à pele e um brilho encerado”, explica o diretor. Mesmo buscando a semelhança com um objeto, o diretor conta que um dos principais desafios técnicos foi fazer com que a maquiagem real não ficasse caricata.

Depois da maquiagem, veio o ajuste de luz. Segundo Soares, a escolha da locação teve, em parte, relação com a maquiagem. “O local é todo envidraçado e branco. Serviu como um grande rebatedor”, conta. O diretor lembra ainda que, por ser um filme sobre um medicamento, uma das ideias iniciais teve de ser abortada. “Eu tinha sugerido uma fotografia mais dramática, que revelava o ator aos poucos. No entanto, havia uma restrição para filmar esse tipo de trabalho. Não poderia ser um lugar

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FichA TécnicA

Título TestemunhalCliente Sanofi-aventisProduto DorflexAgência Publicis BrasilCriação Daniel D’Avila e rodrigo Strozenberg Direção de criação Hugo rodrigues e kevin ZungProdutora MixerDireção Fábio SoaresFotografia Gustavo HadbaTrilha Hilton rawFinalização Tribbo Post e equipe MixerMontador ivan Goldman kanterDir. de finalização Camila Soares

denso, escuro”, diz.A etapa seguinte foi a pós-

produção, realizada pela Tribbo Post, onde o trabalho de maquiagem real ganhou retoques. “Há trabalho de composição em cima da pele e dos lábios, mas no cabelo, a maior parte do resultado vem da maquiagem real. Fizemos apenas um ou outro retoque na pós”, conta o diretor. O 3D foi utilizado para a realização do braço do robô, que se abre e revela uma cartela do medicamento.

Para marcar ainda mais a característica mecânica do homem, os movimentos foram alterados. Além dos ruídos característicos, o homem apresenta movimentos rápidos e rígidos. “Para esses efeitos de movimento, houve um trabalho de alteração na velocidade de obturação e na edição, com a supressão de frames”, diz o diretor.

Apesar das dificuldades técnicas, Soares conta que o principal desafio desta filmagem foi realizar uma produção para a área farmacêutica, que contém muitas restrições. “É difícil vermos filmes ousados nesse segmento”, opina. “Mas quando existe vontade de entender, conversar, torna-se um processo construtivo”, conclui.

Maquiagem procurou dar opacidade a pele do ator, que teve ainda trabalho de composição.

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“o Doce Veneno do escorpião”Com recursos de Paulínia, artigos 1º e 3 º, riofilme e apoio dos canais Telecine, a carioca TvZero produz seu primeiro longa-metragem de ficção, inspirado na biografia de uma ex-garota de programa.

Esta matéria faz parte de uma série que Tela Viva publica mensalmente, explicando o desenvolvimento de projetos audiovisuais bem sucedidos, sob o ponto de vista do modelo de negócios e do financiamento.

O diretor Marcus Baldini buscava uma boa história para transformar em um roteiro para seu primeiro longa-metragem quando,

em 2006, recebeu do escritor Jorge Tarquini um exemplar de um livro que ele escreveu e estava para ser lançado pela editora Panda Books. Era “Bruna Surfistinha - O Doce Veneno do Escorpião”, biografia de Raquel Pacheco, uma garota da classe média paulistana que deixou a casa dos pais e um colégio tradicional da cidade para ingressar na prostituição. Para os clientes, ela usava o apelido Bruna Surfistinha, e assim também assinava os textos do blog que criou para falar sobre a vida que levava e comentar os programas que fazia.

“Ela era uma menina comum que se envolvia numa história barra pesada. Gostei do tom do livro. A personagem não sente culpa em relação ao que fazia. Um dos motivos de sucesso da Raquel é um jeito acessível, sem a tentativa de tentar erotizar as coisas. Isso me interessou muito: era uma menina para falar de um universo complexo”, explica Baldini. O diretor apresentou a proposta à produtora carioca TvZero, que tem no seu portfólio programas de televisão e longas-metragens de documentário,

obra para o audiovisual, mas o autor do livro e Raquel, a biografada, negociaram com Baldini e com a TvZero. “Eles gostaram da minha proposta para o filme, mais focada na personagem”, conta o diretor.

Negociado os direitos da obra, os produtores fecharam a distribuição com a Imagem Filmes e iniciaram o trabalho de roteirização, que ficou a cargo de Antônia Pellegrino, Homero Olivetto e José Carvalho, e teve duração de aproximadamente dois anos. “Queríamos chegar a um roteiro bem cuidadoso”, explica Rodrigo Letier, produtor executivo do filme.

RecursosParalelamente ao

desenvolvimento do roteiro, a produtora buscava os recursos para fechar o orçamento do filme, estimado em R$ 5,5 milhões. Os recursos vieram da captação pelo Artigo 1º da Lei do Audiovisual (10%), do aporte da Imagem Filmes via Artigo 3º (40%), do edital de cinema da prefeitura de Paulínia e da

entre eles, “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei” (2009), sobre o cantor Wilson Simonal. O filme, dirigido por Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal levou às salas de cinema um público de mais de 70 mil pessoas e passou por festivais como É Tudo Verdade, Festival do Rio, Festival de Aruanda, Festival de Paulínia e Cinemúsica e DocLisboa. Este ano, o documentário ainda participa do San Francisco Film Festival, Los Angeles Brazilian Film Festival e do 12º Festival de Wincosin, todos nos Estados Unidos.

primeira viagemA TvZero também se interessou em

fazer da história de Raquel seu primeiro longa-metragem de ficção e aceitou a

coprodução com a Damasco Filmes, produtora de Baldini. O lançamento do livro, que se tornou um best-seller com a venda de 300 mil cópias no País, somado à constante presença de Raquel na mídia e o sucesso do blog

fez com que outros produtores disputassem os direitos de transposição da

ORçADO EM R$ 5,5 MILhõES,

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FILMADO EM SãO PAuLO E PAuLínIA.

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Focada na história da personagem principal, a proposta do diretor Marcos Baldini e da produtora TVZero conquistou os direitos da obra.

Riofilme (25%). O longa ainda conta com o apoio do selo Telecine Production, o que confere aos canais Telecine o direito de exibir com exclusividade o filme quando chegar na janela de TV por assinatura. Produções como “Budapeste”, “Entre Lençóis”, “A Casa da Mãe Joana”, “Show de Bola” e “Jean Charles” contaram com o apoio do selo.

A pré-produção do filme começou em julho de 2009 e as filmagens aconteceram entre julho e outubro do mesmo ano nas cidades de São Paulo e Paulínia. No interior paulista, a equipe de produção contou com o apoio da film commission local. Lá, foram criados cenários para cenas no apartamento dos pais da garota, em um posto de gasolina, em um lugar do baixo meretrício e no colégio de Raquel. Baldini destaca o trabalho do preparador de elenco Sérgio Penna e a imersão dos atores nos personagens. O papel principal é da atriz Deborah Secco.

O filme, em fase de montagem, tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. A Imagem Filmes deve lançar com mais de 250 cópias. “A gente está muito satisfeito com este material. O filme tem características para ser um sucesso”, observa Letier.

AnA CAROLInA BARBOSA

SinopSe: O filme conta a história de Raquel, uma menina de classe média

paulistana que estuda num colégio tradicional da

cidade. Um dia, ela toma uma decisão

surpreendente: vai ser garota de programa.

Raquel se torna Bruna Surfistinha e ganha

destaque nacional ao escrever sobre suas aventuras sexuais e afetivas em um blog.

BRunA SuRFISTInhA - O DOCE

VEnEnO DO ESCORPIãO

Direção Marcus Baldini

produtores Rodrigo Letier, Roberto Berliner,

Marcus Baldini

Formato Longa-metragem

produtores executivos Rodrigo Letier, Lorena

Bondarovsky e Bianca Villar

produtora TV Zero e Damasco Filmes

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(artigo)

Quem topa um mês sem TV e celular levanta a “o/”.

melhor que a final do “BBB”? Durante todo o programa fiquei com meu Twitter ligado no celular para acompanhar os comentários das pessoas. Tinha gente reclamando, pessoas montando suas campanhas com hashtags. Outros fazendo observações sobre Bial, Ivete Sangalo e por ai vai... A cada refresh apareciam cada vez mais tweets e pelo menos 90% deles eram relacionados ao “BBB”.

Tudo isso sem contar a “participação dos famosos”. William Bonner e Luciano Huck fizeram seus comentários no microblog, Ivete Sangalo tuitou fotos, Luciano Burti fez comentários sobre os bastidores e o Boninho... Opa, esse ai sim foi um grande personagem.

O diretor assumiu o papel importante na rede social. Deu notícias em primeira mão, respondeu a leitores, polemizou, fez piadas, recolheu sugestões e até admitiu erros do programa no Twitter.

Aí, quando o programa acabou e eu estava pronto para dormir, me deparo com um Tweet sobre o jogo do Federer em outro canal... Lá vou eu trocar de canal e abrir mão de mais uma hora de sono. Quando acabou o jogo até esbocei pegar o celular de novo e dar mais uma olhada no Twitter, mas preferi deixá-lo na cabeceira. Vai que tem mais alguém indicando algum bom programa... Se depender do meu celular, eu não durmo!

Se o celular e a televisão fazem parte do dia-a-dia das pessoas de maneira intensa, porque não utilizá-los para atingir o seu público-alvo? Ai começa o outro tipo de relação entra TV e celular.

Marcelo Castelo*c a r t a s . t e l a v i v a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Quais são os aparelhos indispensáveis na vida de uma pessoa? Quais são os aparelhos indispensáveis no seu dia-a-dia? No meu são:

celular, computador e TV. Creio que minha resposta não seja diferente da maioria, claro que com um ajuste aqui e outro ali. Talvez o computador perca um pouco a força se passarmos esta pergunta para uma parcela maior da população.

Bom, só para sustentar o meu “achismo”, veja na página ao lado quais são os itens mais importantes nas vidas das pessoas.

Dados que comprovam a importância dada ao celular pela população não faltam. Ultimamente, matérias na televisão também! Vira e mexe me deparo com alguma reportagem do tipo:

• Moradores não têm cobertura de operadora de celular, mas possuem o aparelho.

• Matéria sobre celular no quadro “Vem com Tudo” do “Fantástico”.

• “Jornal da Globo” exibe matéria sobre o mercado de aplicativos.

• “Fantástico” apresenta matéria sobre viciados em celular.

Esta relação entre televisão e celular pode ser dividida em dois caminhos distintos. Um deles é utilizar a televisão como um call-to-action para o celular, seja para participar de uma promoção, incentivar downloads, votar no “BBB”, etc. A outra relação acontece quando o celular pauta a televisão e serve de termômetro da audiência.

Diariamente o Twitter vira um verdadeiro fórum online da televisão. Pessoas comentando a novela, dando dicas de programas que estão passando, etc. Grandes eventos televisivos evidenciam ainda mais este fenômeno. Quer exemplo

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*Sócio-diretor da agência F.biz. Editor-chefe da Mobilepedia (www.mobilepedia.com.br). Twitter: @mcastelo.

o/ = símbolo da Internet que representa uma mão levantada.

Alguns devem estar pensando que eu sou louco... “Como assim? Todo o mundo utiliza a TV para atingir o seu público-alvo!”

A minha pergunta, talvez não tão bem formulada refere-se à TV e o celular juntos. Além da relevância com o público, estamos falando de uma ótima solução para otimizar o investimento já feito. Trata-se de aproveitar uma mídia “já comprada” e dar interatividade a ela. Temos diversos cases de empresas que perceberam isso e “mobilizaram” suas embalagens, anúncios impressos, PDV, TV, etc.

Como o assunto aqui é televisão mais celular. Vamos lá...

Um exemplo interessante de como utilizar o celular para dar interatividade a um comercial de televisão foi o case de Trident Fresh. No comercial da campanha, uma garota se apaixona à primeira vista no metrô e assopra o vidro para escrever um telefone de contato. Os “curiosos” que ligassem para o número informado pela atriz (4003-2815) podiam “conversar” com a garota do metrô.

Ao “atender o telefone” ela dizia a frase: “Alô, já vi que curiosidade é uma qualidade que você tem. Agora, eu quero saber se você também manda bem na hora da conquista”. Nesse momento ela convidava o usuário a deixar o seu xaveco. Os melhores foram exibidos no site www.leveavidamaistrident.com.br. Mesmo sem nenhum “call to action”, a ação atingiu mais de 65 mil ligações em 16 dias, média de quase 4 mil ligações por dia.

Outro exemplo muito bacana de interatividade entre TV e celular vem lá de fora. O Weather Channel (canal de previsões do tempo) lançou um aplicativo para Android. Para realizar a divulgação desse aplicativo, durante a programação do canal era exibido um QR code (espécie de código de barras) que, quando fotografado, direcionava os usuários para o download do aplicativo.

Ultimamente, os anúncios de

vem escrito nos SMSs), o que nos ajudou a perceber quais os principais problemas que os usuários encontravam para participar da promoção.

Portanto, além de medir o resultado dos SMS e analisar a efetividade de cada inserção, conseguimos identificar os “ruídos” na comunicação e resolvê-los durante a campanha.

Existem outros fatores que não são simples de medir... Um bom exemplo é o case de Trident. Foram mais de 65 mil ligações. Estas 65 mil pessoas já haviam visto o comercial, porém ao ligar para o número tiveram um contato muito maior com a marca. O mesmo acontece quando alguém manda um SMS, acessa um mobile site, ou faz um download. Não temos como medir, mas estamos falando de um engajamento muito importante e relevante.

Para finalizar, a população consome celular e televisão. Se você utilizar o celular em um comercial de televisão ele pode ficar mais interessante e proporcionar um maior engajamento com seu consumidor. Os resultados são animadores e ainda servem de base para mensurar as veiculações. Bom... No mínimo, estamos diante de uma oportunidade muito interessante!

promoções via SMS e pin code também vêm invadindo a televisão. Já vimos anunciantes como Unilever, Sadia, Nestlé, Kraft, Seda, Perdigão, Pão de Açúcar, etc. O que não falta são promoções que explicam suas mecânicas via SMS na televisão.

Todo esse papo de interatividade e otimização de verba é muito bacana, mas será que os resultados também são interessantes?

São sim! Prova disso, são os anúncios, cada vez mais frequentes, dos agregadores de conteúdo. Seja na TV aberta ou a cabo. Quantas vezes você já ouviu “baixe agora o ringtone da Beyoncé!”, ou “Baixe já o jogo de Avatar para o seu celular!”? Estes players vivem de mídia de performance, e não estariam investindo tanto na televisão se ela não trouxesse resultado.

Como o assunto agora é resultado, creio que o case da promoção “Unilever 80 anos” seja emblemático. Digo isso não só pelo resultado (que foi um sucesso), mas por causa da mensuração (qualitativa e quantitativa) de resultados.

Como a participação na promoção era baseada na Internet e no celular, tivemos um controle muito rico de todo o plano de mídia da campanha. Tínhamos um monitoramento de participações minuto-a-minuto, o que nos possibilitava medir o retorno de um anúncio de televisão, por exemplo.

Além disso, fizemos o monitoramento dos envios de SMS (analisamos tudo o que

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ITEnS MAIS IMPORTAnTES DO DIA-A-DIA(RAnKInG DE PRIORIDADE)

APARELHO DE TV 77%

70%

58%

46%

12%

8%

5%

4%

3%

TELEFONE CELULAR

COMPUTADOR COMACESSO A INTERNET

RÁDIO

TV POR ASSINATURA

MP3 PLAYER

AUTOMÓVEL

CÂMERA DIGITAL

VIDEO GAMEFonte: Pesquisa Conectmídia, Ibope.

Foram entrevistadas 19.456 pessoas entre 12 e 64 anos (Outubro/2009).

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(tecnologia)

Parceria de cinema Evento da HP para apresentação das novas workstations contou com a participação da DreamWorks. estúdio apresentou tecnologia necessária para a produção de “Como Treinar o Seu Dragão”.

Foi no Raleigh Studios, o mais antigo estúdio de cinema em funcionamento em Hollywood, que a HP

apresentou as novidades em sua linha de workstations, computadores mais robustos, voltados para o uso profissional. A escolha do lugar se deu pelo fato de a HP se colocar como parceira da indústria de produção audiovisual. A parceria com o Raleigh Studios, que vem desde que a imagem e som de “Fantasia”, da Disney, foram sincronizados no estúdio com um produto HP, estende-se ainda à participação da empresa de tecnologia como membro do Best Practices Lab (BPL) para Tecnologia de Entretenimento, laboratório independente localizado dentro do Raleigh Studios, focado em prover à indústria de entretenimento tecnologias para criação, distribuição e exibição de conteúdo.

Além de apresentar suas novas workstations disponíveis no mercado para a imprensa, a HP também contou com apresentações de alguns de seus clientes, demonstrando como as soluções da empresa têm melhorado a qualidade de seu trabalho.

Entre seus clientes renomados está a DreamWorks Animation, estúdio de animação responsável por sucessos de bilheteria como “Shrek” e “Madagascar”, onde foi sediado o segundo dia de evento. Nesta apresentação, os executivos do estúdio contaram como utilizam

comparação, o filme “Shrek”, lançado em 2001 pelo mesmo estúdio, usou mais de seis terabytes de dados e necessitou de quase cinco milhões de horas na renderização. “O ‘Shrek 4’, a ser lançado este ano em 3D, consumiu 55 milhões de horas na

renderização”, contou o CEO da DreamWorks, Jeffrey Katzenberg.

O que os executivos e criadores da DreamWorks buscam em termos de tecnologia é, principalmente, a possibilidade de realizar diversos processos ao mesmo tempo e o ganho de tempo durante a produção, já que um filme do porte de “Como Treinar o Seu Dragão” pode levar até cinco anos para ser concluído. “O rigging de um só personagem demora de seis a nove meses para ser feito”, exemplificou o Chief Technology

Daniele Frederico, de Los Angeles*d a n i e l e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

a tecnologia fornecida pelos produtos HP em suas produções. Além das workstations da linha Z800 utilizadas pelo estúdio, servidores, displays, soluções de arquivamento, impressoras e até mesmo uma solução para teleconferência da HP (usada para ligar os times criativos em Glendale e

Redwood City, ambos na Califórnia) são utilizadas pela DreamWorks durante a produção de seus filmes. O exemplo utilizado para demonstrar de que forma a tecnologia se tornou essencial para a DreamWorks foi o novo longa de animação 3D “How to Train Your Dragon” (“Como Treinar o Seu Dragão”).

Para esta produção, foram utilizados cerca de 100 terabytes de dados e mais de 50 milhões de horas na renderização. A título de

hP APRESEnTOu nOVAS wORKSTATIOnS EM MEIO A DEMOnSTRAçõES DE SEuS CLIEnTES, COMO A DREAMwORKS AnIMATIOn.

“Como Treinar o Seu Dragão”: longa 3D da DreamWorks consumiu mais de 50 milhões de horas na renderização.

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Officer da DreamWorks, Ed Leonard, lembrando que “rigging” é o processo em que se cria controles para ajudar na manipulação do personagem digital.

A realização de projetos paralelos, possível pelas novas capacidades de multiprocessamento, é um dos principais objetivos em termos de tecnologia para o estúdio, que este ano lançará três longas (“Shrek 4”, “Megamind” e “Como Treinar o Seu Dragão”), número sem precedentes em sua história. “E se pudéssemos fazer a iluminação ao mesmo tempo em que simulamos o cabelo e o fundo? É isso o que queremos”, exemplificou Leonard. “Colocar essa capacidade computacional na mão dos profissionais vai mudar o processo de trabalho e o produto”, disse Katzenberg.

Além de uma animação detalhada feita com rapidez, o que também tem exigido melhor tecnologia é a exibição 3D. O CEO da DreamWorks chegou a dizer que esta é a grande inovação dos últimos três anos. “O 3D vai estar na TV em breve, com esportes e jogos liderando esse segmento”, apostou. Ele lembrou ainda que as TVs Samsung 3D serão lançadas com o filme “Monstros x Alienígenas” embutido. “Os quatro filmes do ‘Shrek’ serão oferecidos em 3D para home video no final do ano”, acrescentou.

NovidadesA apresentação da

DreamWorks, assim como a de outras empresas que utilizam a tecnologia HP, teve como objetivo mostrar também que a empresa de tecnologia procura trabalhar de maneira próxima a seus parceiros. O vice-presidente sênior de pesquisa e

disponíveis - Z800, Z600, Z400 e Z200 - podem ser utilizados na produção de vídeo, dependendo das necessidades do cliente. “A nova versão da Z200 ‘small form factor’ combina alta performance em computação gráfica e processadores ao mesmo tempo que é silenciosa e ocupa pouco espaço”, diz. Já a Z800, utilizada nas instalações da DreamWorks, é mais indicada para quem trabalha com vídeo em alta definição,

por exemplo. “As workstations Z600 e Z800 tem múltiplos processadores da Intel. Então há mais capacidade e mais memória”, diz.

Também foram apresentadas as workstations portáteis, os novos monitores, além das novidades em impressoras. Entre os displays, há um novo produto em desenvolvimento para exibição de imagens em 3D. “Para cinema, por exemplo, é interessante ver como a cena vai ficar antes mesmo de rodar”, diz Pete Ellis, responsável pela unidade de displays, lembrando que a HP faz parte de um consórcio com produtores de cinema independentes, a NBA, e anunciantes para desenvolver tecnologia 3D.

No Brasil, estão disponíveis todas as workstations da série “Z”, incluindo as máquinas com os novos processadores. A única que ainda não está a venda - e não há previsão de lançamento - é a Z200 Small Form Factor. As linhas Z400 e Z600 são produzidas no País. As Z800 e Z200 estão sendo avaliadas para produção local. Os preços variam de US$ 600 dólares (Z200) a cerca de US$ 1,7 mil (Z800).

desenvolvimento de workstations da HP, Terry Pilsner, conta que além das pesquisas voltadas para o processamento e a produção de vídeo realizadas dentro do laboratório da HP, a empresa trabalha de maneira muito próxima a parceiros como a Adobe e a Autodesk. “Nós trabalhamos muito perto dos provedores de software. Por exemplo, trabalhamos diretamente com a Adobe para nos certificarmos que o Adobe Creative Suite funcione bem em nossas workstations”.

As principais novidades apresentadas pela HP para a sua linha profissional, foram as novas versões das workstations Z800, Z600 e Z400 que ganharam novos processadores multicore, e a versão tamanho reduzido da workstation Z200.

Pilsner conta que nesta linha de workstations, os quatro modelos

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Best Practices Lab demonstra câmera virtual, que permite ao diretor a vizualização dos personagens em 3D no momento da captação.

Rigging de um personagem demora de seis a nove meses para ser concluído, diz CTO da DreamWorks.

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* A jORnALISTA VIAjOu A COnVITE DA hP

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A linha de camcorders ProHD, da JVC, aumenta com a chegada do modelo GY-HM790, no topo da linha. Com desenho modular, o equipamento pode ser customizado

com uma série de acessórios disponíveis, fazendo com que possa ser usado para produção em equipamentos de movimento ou no ombro. A camcorder tem três CCDs de 1,3”, produzindo imagens de 1920x1080 pixels, que podem ser gravadas em 1080i, 720p ou SD (480i), em bit rates de 35 Mbps (bit rate variável) ou 19 Mbps/25 Mbps (SP/bit rate fixo). A câmera é distribuída com uma lente Canon com zoom de 14 vezes ou sem lentes, podendo ser usada com lentes com montagem baioneta de 1/3”.

A camcorder conta com dois slots para cartões de gravação em memória (estado sólido). Compatível com o padrão de cartões SDHC, a gravação pode ser feita em cartões Classs 6 ou 10. O formato de gravação nativo da JVC pode ser usado para editar no Final Cut Pro (formato .mov) ou outros formatos de ilhas de edição compatíveis com o ambiente XDCAM EX.

Um módulo opcional de saída ASI permite enviar o sinal da câmera diretamente para um uplink para satélite ou um

transmissor de micro-ondas, permitindo produção em campo ao vivo e em HD. O

equipamento conta ainda com outros recursos para ENG,

como tela LCD de 4,3” e viewfinder de 1,2 megapixel, além de duas entradas de áudio XLR para gravação em LPCM com controles manuais.

Com uma porta HD/SD-SDI, a GY-HM790 permite monitorar ao vivo a produção com qualidade 4:2:2 full HD. Uma porta FireWire permite dar saída de sinal SD ou HDV, permitindo um backup de baixo custo com um disco rígido externo. Outro módulo opcional permite gravar simultaneamente em cartões SDHC e em mídia SxS.

A camcorder conta ainda com opcionais para gravação em estúdio. Um adaptador dá conectividade por fibra. Como o adaptador é acoplado diretamente à câmera, é possível ainda operá-la tanto em equipamentos de movimento quanto manualmente. Entre os recursos para uso em estúdio ou situações multi-câmera, estão ainda a sincronização de time code e outros opcionais como uma unidade de controle remoto, viewfinder de 8,4”, e entrada para geradores de efeitos especiais.

Uma versão com o recurso LoLux, para gravação com pouca iluminação, está prometida para breve.

O padrão de áudio Dolby Digital Plus passa a ser suportado por alguns modelos de monitores modulares de 16 canais de áudio e vídeo da Wohler.

Com isso os modelos AMP1-E16, AMP2-E16 e AMP2-E16V, além de apresentar os 16 canais de áudio embutidos em um único sinal multirate 3G/HD/SD-SDI, também suportam a tecnologia de som surround 7.1. A novidade permite que os equipamentos sejam usados para monitorar sinais provenientes de discos Blu-ray, bem como de outras fontes que podem usar áudio 7.1, como TV por assinatura ou media centers.

O modelo mais avançado da linha, o AMP2-16V, conta com dois monitores Oled de 4,3”, que podem ser usados para monitorar o vídeo, e fazer a mixagem e o roteamento de áudio. Todos os modelos oferecem opções de portas de conexão, incluindo 3G/HD/SD-SDI, AES e analógica.

Os monitores Oled de alta resolução apresentam níveis

gráficos para medição de 210 segmentos. As cores e outras características podem ser definidas pelo usuário, que pode ainda optar por escalas de cores de nível em padrões como AES, BBC e Nordic.

Monitoramento 7.1

Fernando Lauterjungf e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Do campo ao estúdio

Equipamento é usado para monitorar sinais provenientes de discos Blu-ray, bem como de outras fontes que podem usar áudio 7.1.

Com desenho modular, o equipamento pode ser customizado com uma série de acessórios disponíveis

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ABRIL26 a 2/5 Cine PE – Festival do Audiovisual, recife, Pe. Tel: (81) 3343-5066. e-mail: [email protected]. Web: www.cine-pe.com.br.

27 e 28 Proxxima 2010, São Paulo, SP. Web: www.proxxima.com.br

27 a 30 Fiap 2010 - Festival Iberoamericano de la Publicidad, buenos aires, argentina. Tel.: (54 11) 4311-2242. e-mail: [email protected]. Web: www.fiaponline.net.

28 a 30 Expo Canitec, Monterrey, México. Tel.: (52 55) 5481-8050. Web: www.canitec.org.

29 a 9/5 hot Docs Canadian International Documentary Festival, Toronto, Canadá. Tel.: (416) 203-0446. e-mail: [email protected]. Web: www.hotdocs.ca

(agenda)10 a 14 workshop de Roteiro para Videogames com Matt Costello, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3039-0537. e-mail: [email protected]

11 a 13 nCTA – The Cable Show ’10, los angeles, California, eua. e-mail: [email protected]. Web: www.thecableshow.com

12 a 23 Festival de Cannes, Palais des Festivals, Cannes, França. e-mail: [email protected]. Web: www.festival-cannes.com

15 a 18 wokrshop de roteiro cinematográfico com Robert McKee, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3034-0075. Web: www.mckeestorybrasil.com

18 a 29 L.A. Screenings, los angeles, Califórnia, eua. Tel.: (818) 889-9188. e-mail: [email protected]. Web: www.lascreenings.us

MAIO5 a 11 Monaco Charity Film Festival, Monte Carlo, Mônaco. e-mail: [email protected]. Web: www.monacofilmfestival.de

7 a 9 3º Festival de Filmes Curtíssimos, brasília, DF. e-mail: [email protected]. Web: www.filmescurtissimos.com.br

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19 e 20 de maio 9º Tela Viva Móvel, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel: (11) 3138-4660. e-mail: [email protected]. Web: www.telavivamovel.com.br. evento com discussões sobre conteúdo para celular e entretenimento móvel, além de conceitos técnicos e de negócios aplicáveis ao setor.

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