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Coluna Dificuldades Bíblicas Missões Nacionais Coluna Vida em Família Missões Mundiais Você sabe o que a Bíblia quer dizer com: “Camelo pelo fundo da agulha”? Página 05 Seminário do Sul vive novo tempo com direção do pastor Fernando Brandão Página 07 Confira o artigo: “10 coisas que você pode fazer por sua esposa” Página 06 “Somos um. Somos Nazarenos”; conheça a história de irmãos da Igreja sofredora Página 11 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 29 Domingo, 16.07.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Convenção Batista Sul Maranhense celebra 2 a Assembleia Geral para eleger nova diretoria Programação foi realizada nos dias 02, 03 e 04 de junho de 2017, na Segunda Igreja Batista em Açailândia - MA, e recebeu cerca de 400 pessoas, de diversas Igrejas da região. A CONBASMA é a mais nova Convenção Batista do Brasil e, na ocasião, elegeu a diretoria que ficará à frente do biênio 2017-2019. Página 09

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Page 1: R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira ... · dos ao Ministério Pastoral por uma Igreja Batista, que foram convidados para exercer o ... O jovem que te envio é

o jornal batista – domingo, 16/07/17

Coluna Dificuldades Bíblicas

Missões Nacionais

Coluna Vida em Família

Missões Mundiais

Você sabe o que a Bíblia quer dizer com: “Camelo pelo fundo da agulha”?

Página 05

Seminário do Sul vive novo tempo com direção

do pastor Fernando Brandão

Página 07

Confira o artigo: “10 coisas que você pode

fazer por sua esposa”Página 06

“Somos um. Somos Nazarenos”; conheça

a história de irmãos da Igreja sofredora

Página 11

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 29Domingo, 16.07.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Convenção Batista Sul Maranhense celebra 2a Assembleia Geral para eleger nova diretoria

Programação foi realizada nos dias 02, 03 e 04 de junho de 2017, na Segunda Igreja Batista em Açailândia - MA, e recebeu cerca de 400 pessoas, de diversas Igrejas da região. A CONBASMA é a mais nova Convenção Batista

do Brasil e, na ocasião, elegeu a diretoria que ficará à frente do biênio 2017-2019.

Página 09

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2 o jornal batista – domingo, 16/07/17 reflexão

E D I T O R I A L

“Cuide do mais importante”

As transformações provocadas pelo desenvolvimento tecnológico trazem

consigo um preço a ser pago, que acaba por assustar-nos. Na vida denominacional não tem sido diferente, as dificul-dades da caminhada do dia a dia têm levado muitos a tri-lharem um caminho que, com certeza, os levará a amarguras e decepções futuras. Há al-guns líderes que, levados pela estonteante ação da mídia das mega Igrejas, da Teologia da Prosperidade, têm aban-donado, ainda que de forma disfarçada, a denominação. Esquecem que conheceram Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas em uma Igreja Batista, que se formaram em um Seminário Batista, que foram consagra-dos ao Ministério Pastoral por uma Igreja Batista, que foram convidados para exercer o Ministério Pastoral em uma Igreja Batista. Por que razão, então, rejeitar, menosprezar a denominação Batista? Por que, no momento em que todo o mundo busca a unida-de, promover a fragmentação? Por que, no momento em que todas as organizações no mundo inteiro se aliam para fortalecer, dedicar-se a dividir e enfraquecer?

Conta-se que: “...Uma vez um jovem recebeu do rei a tarefa de levar uma mensa-gem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada. ‘Cuida do

mais importante e cumprirás a missão!’, disse o soberano ao se despedir. Assim, o jo-vem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras em uma bolsa de couro amarrada a cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no hori-zonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pron-to para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa cor-respondia às suas esperanças. Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua monta-ria. Assim, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocu-pava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração. ‘Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal’, disse alguém. ‘Não me importo’, respondeu ele. ‘Tenho di-nheiro. Se este morrer, com-pro outro. Nenhuma falta fará!’. Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal, não suportan-do mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da

falta que o animal lhe fazia. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: ‘Cuida do mais importante!’. Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, frequen-tes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser as-saltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada, onde ficou desacor-dado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo ‘fraco e doente’ que recebera. Po-rém, majestade, conforme me recomendaste, ‘cuida do mais importante’, aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti; não perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando com-pleta frieza diante dos seus argumentos. Abatido, o jo-vem deixou o palácio arrasa-do. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: ‘Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns

diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz--me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido, nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará impor-tância a rainha, nem àqueles que o servem”.

Quero comparar essa histó-ria com aqueles que estão na jornada da vida ministerial, preocupados com as formas exteriores, isto é, com os “mega espetáculos gospel”, com os “shows gospel”, que tudo fazem para agradar aos olhos, esquecendo a Sã Dou-trina, esquecendo os Princí-pios da Denominação, que, ao longo de anos, pela fé, pela fidelidade a Palavra de Deus, pelo respeito, pela dignidade e honradez têm chegado aos nossos dias. Não sou pregoeiro e nem acredito na uniformidade, mas creio que a unidade foi e continuará sendo a forma que Deus usa os Batistas para exercerem o ministério que Deus nos confiou. Certamen-te, se não for assim, você não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante.

Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor

executivo da CBB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.batistas.com

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 16/07/17reflexão

Juvenal Netto, colaborador de OJB

Existe um número considerável de pes-soas que optaram por não mais assis-

tirem aos telejornais pelo fato da predominância das notícias ruins ali divulga-das. A violência cresce de forma assustadora em todo o mundo. As substâncias entorpecentes escravizam e ceifam a vida de milhares

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Há trevas nos qua-tro cantos do nos-so país. Há trevas na política, que é

recheada de escândalos, sem fim, sobre corrupção - que é um interminável, que engole bilhões de reais e, junto com o dinheiro, suga a esperan-ça do povo tupiniquim. A violência é aviltante e bate à nossa porta todo santo dia, seja fisicamente ou através das in-formações da mídia. A falta de segurança é uma das maiores

de pessoas e não escolhem classes sociais. A escassez de alimentos já é uma re-alidade em muitos países devido ao crescimento da população terrestre, acu-mulado ao desequilíbrio ambiental provocado pelo convívio irresponsável do homem com a natureza, tornando enormes áreas de terras estéreis. No Brasil, o assunto em lide no momen-to parece ser as crises.

Não ser atingido emocio-

dificuldades que o nosso povo sofre. As pessoas saem de casa para trabalhar e/ou estudar sem saber se voltarão. Saem com medo de morrer por uma bala perdida, por um bêbado que não foi fiscalizado pelo bafômetro, por um acidente nesse trânsito caótico e assas-sino. Muitas vidas são ceifadas diariamente e isso provoca medo no povo brasileiro. As pessoas têm receio de serem assaltadas, sequestradas, vio-lentadas e machucadas. Há trevas na instituição familiar, essa mesma que é zombada e descartada pela nossa socie-

nalmente por este turbilhão de acontecimentos não é tão simples assim, diria que é desafiador, entretanto, se nos mantivermos firmes nas promessas do Senhor, poderemos até ser “Atribu-lados, porém, não angustia-dos; perplexos, porém, não desanimados; perseguidos, porém, jamais desampara-dos; abatidos, porém, nun-ca destruídos”, conforme a narrativa do apóstolo Paulo em II Coríntios 4.8-9.

dade, mas que, na realidade, é a base de nossa sociedade. A família sofre ataques ferozes. Há anos as famílias agonizam precisando de ajuda; vivem dias sombrios.

Há trevas nas escolas, que são redutos dos traficantes que usam crianças e adoles-centes para levar drogas para os alunos. As escolas sofrem a violência do Estado, que não cuida e nem investe o que precisa para sermos uma Nação com níveis satisfa-tórios na área educacional. Há trevas nos corações dos alunos, que agridem os pro-

No Salmo 112, o autor declara que o homem que teme a Deus e se regozija nos seus mandamentos, será muito feliz. Na sua casa haverá sempre prosperida-de, não no sentido ínfimo da palavra, mas no sentido global, ele é próspero em seu ministério, na sua vida familiar, nos seus relacio-namentos, no campo pro-fissional e também na área financeira, pois o Senhor suprirá todas as suas neces-

fessores, e no coração dos professores, que não se pre-param para dar aulas. Ambos possuem suas razões, mas ra-zões não dissipam as trevas, só a a luz pode dissipá-la. Os telejornais relatam dezenas de casos de desajustes fami-liares que desembocam em violência, agressões, mortes e atrocidades sem fim. As famí-lias têm sido palco de muita destruição, de muita promis-cuidade e muita violência.

O Brasil das trevas precisa da luz de Jesus. Ele mesmo declarou-se como a luz do mundo e incumbiu seus dis-

sidades sumárias. Ele reitera ainda que para a pessoa que serve a Deus, até mesmo as circunstâncias difíceis da vida se tornarão em fonte de iluminação, consolo e força (“Ao Justo nasce luz nas trevas”). Portanto, esta pessoa jamais será abalada; o seu coração é firme, não se atemorizará com más notícias, pois acredita que o seu Deus está no controle de todas as coisas e que, no final, vai dar tudo certo!

cípulos (as) para serem “A luz do mundo”. A luz não escolhe não brilhar, na rea-lidade, a razão de existência dela é brilhar. Aqueles que já se entregaram a Jesus e O receberam como Senhor devem cumprir a missão que Ele nos deu, de sermos luz em meio às trevas.

A luz dissipa as trevas e nossa sociedade carece de pessoas que brilhem, não para si mesmas, mas que brilhem direcionando a Cruz do Calvário. Ame seu país e brilhe. Por amor, vamos refletir a Luz de Jesus!

Eu amo o Brasil, por isso vou brilhar!

Não se atemorize pelas más notícias

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4 o jornal batista – domingo, 16/07/17 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Como viver bem nossos dias

“Ensina-nos a contar os nos-sos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Sl 90.12).

Como resposta de oração, o Senhor dotou o rei Salomão de tanta sabedoria,

que sua fama permanece até os dias e hoje. Parte diminuta da sabedoria que recebeu de Deus foi registrada no livro de Provérbios e no livro Cântico dos Cânticos. Além disso, também escreveu al-guns salmos, como o de nú-mero 90: “Ajuda-nos a viver cada dia como Tu queres, de modo a que acumulemos Tua sabedoria no coração” (Sl 9.12).

O Deus Eterno nos criou dentro das dimensões não eternas do tempo. O contexto maior das Escrituras, todavia, nos revela que o objetivo final da criatura humana é o de ser promovida para as

dimensões da eternidade. E a mesma Escritura Santa faz questão de nos revelar o cri-tério divino, que nos qualifica para transcender a morte, temporal, adquirindo as qua-lidades espirituais da vida eterna. Em poucas palavras, foi exatamente isso que ouvi-mos de Jesus Cristo, quando fez a Oração Sacerdotal em nosso favor: “A vida eterna é esta - que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a Quem en-viaste” (Jo 17.3).

Nossos dias são breves e poucos. O único jeito de vivê-los produtivamente, em termos de transcendência espiritual, é o de submetê--los às disciplinas próprias da comunhão com Cristo, no exercício de nossa fé. A comunhão diária com o Cristo ressuscitado: eis a úni-ca postura religiosa que nos habilita a viver no “Novo céu e na nova Terra” (Ap 21.3-4).

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

O Salmo 23 , no verso 1, diz: “O Senhor é o meu pastor, nada me

faltará” (Sl 23.1). O proble-ma é que muitos interpretam errado esse versículo. Com base nesse verso da Bíblia, alguns dizem: “Tome posse da benção”, “Aceite a pala-vra de prosperidade na sua vida”. Só que o texto não promete prosperidade mate-rial; é um equívoco pensar assim.

O Salmista expressa uma grande verdade, dizendo que o Senhor é o seu pastor. Ter Deus como pastor faz

toda a diferença. Ter Deus como o nosso pastor signi-fica que nada irá nos faltar? A ênfase deste Salmo é nas bênçãos materiais? O que significa ter Deus como nos-so pastor?

O pastor apascenta as ove-lhas, alimenta, protege, dá pastos verdejantes. Agora, concluir que nada irá nos fal-tar (bênçãos materiais), por-que Deus é o nosso pastor, é desconhecer a interpretação deste Salmo.

Certa vez ouvi um pre-gador dizendo assim: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará, não falta-rá problemas, não faltará doença, não faltará dificul-dades, não faltará traição,

enfim, e tantas outras coisas negativas”.

Mesmo acontecendo tantas adversidades, Deus continua sendo o nosso Pastor. A nos-sa confiança está em nosso Deus, não nas coisas desta vida. Quando Deus é o nosso pastor não falta esperança, não falta confiança, não falta certeza de uma vida melhor, não falta justiça.

Precisamos confiar inteira-mente em Deus, Ele é o nos-so Pastor. Em todos os mo-mentos da vida, Ele cuida de nós! O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará. Aprenda esta grande verdade; inde-pendentemente de qualquer coisa, Ele continuará sendo o nosso Pastor.

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“...Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de ca-valos e carros de fogo, em re-dor de Eliseu” (II Rs 6.16-17).

Nesse contex to , o profeta Eliseu estava sendo ca-çado pelo rei da

Síria, por ele estar orientan-do divinamente a Nação de Israel contra os ataques do rei Sírio, que lhe fazia guer-ra. Certa manhã, o ajudante de Eliseu, ao despertar, viu o poderoso exército Sírio posicionado para capturar e matar o profeta. O auxiliar do profeta, muito assustado, correu ao seu Senhor e o in-formou do perigo iminente que deles se aproximava. Foi quando, então, Eliseu o tranquilizou, e orou ao Se-nhor pedindo-Lhe que desse ao seu moço olhos capazes de ver pela fé, o que ele, Eli-

seu, já estava vendo: carros e cavalos de fogo, vindos do Senhor para salvá-los.

Também nós, em nosso estado natural, somos in-capacitados de ver pelos olhos da fé. Vimos sem-pre pelos olhos da razão, e esse tipo de visão nos leva, muitas vezes, a esbarrar-mos em nossos limites ou impossíveis. Ao longo das nossas vidas deparamos com situações que, aos nos-sos olhos, são impossíveis de resolução. Aí, então, é que precisa entrar em cena os olhos da fé, para

podermos contemplar, que muito maior do que os gi-gantes que se nos ameaçam nessa vida, é o poder do nosso Deus, sempre pronto a atender nosso clamor por salvação. “Jesus, fitando ne-les o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é pos-sível” (Mt 19.26).

Vivemos, mais do que nunca, a era dos impossí-veis ao homem: sistema político e econômico sob poderoso controle de ho-mens corruptos, egoístas poderosos; ameaçados por

organizações criminosas e cruéis, mais poderosas do que nossos sistemas de segurança; o erro operando eficazmente em seu obje-tivo de anular e substituir o que é certo, seja nos as-pectos: legal, moral, ético, familiar e espiritual. Tudo está sendo corrompido po-derosamente. Nessa reali-dade, precisamos buscar a Deus pelos olhos da fé: “Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.1-2).

O Senhor é o meu Pastor

Vendo pelos olhos da fé

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5o jornal batista – domingo, 16/07/17reflexão

Os Evangelhos si-nópticos narram o encontro de Cristo com um

jovem rico, a quem afirmou ser “Mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Os tex-tos que tratam desse episó-dio são os seguintes: Mateus 19.16-22; Marcos 10.17-22 e Lucas 18.18-23.

Desde eras antigas, surgi-ram interpretações que pro-curavam suavizar a assertiva do Mestre. Jesus declara, pe-remptoriamente, “Digo-lhes a verdade: dificilmente um rico entrará no Reino dos céus. E lhes digo ainda: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19.23-24).

Três opiniões sobre o as-sunto:

1. “Camelo” seria a desig-nação de uma corda

O termo “camelo”, que ocorre nas traduções é uma tradução errada do grego. No original aparece kámilos, que significa “cabo ou corda”.

A Revista Seleções do Reader’s Digest de maio de 1945, estampou o seguinte:

“É mais fácil passar um ca-melo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”. Esta afir-mação espiritual tem sido

repetida milhões de vezes, mas é uma tradução errada do original grego.

A ideia de um camelo atra-vessar uma agulha é empol-gante. Por isso, o grego do Evangelho fala meramente da dificuldade de passar um cabo pelo fundo de uma agu-lha. O equivalente grego de cabo é kámilos, mas ou-tra palavra grega, kámelos, significa “camelo”. Quem traduziu o Evangelho para o latim confundiu as duas pa-lavras - e, da tradução latina, seu erro passou para todas as outras línguas do mundo.

Já no ano 444, Cirilo de Alexandria, em sua Apologia, dirigida contra o Imperador Juliano, o Apóstata, procu-rava suavizar a ênfase dada por Cristo e explicava que se deveria entender camelo (ká-melos) não no sentido de um animal, mas com o significado de corda ou cabo (kámilos). É este o seu comentário:

O Senhor recorre a uma comparação, lembrando o buraco de uma agulha e um camelo: não camelo animal, como julga o ímpio Julia-no...Mas um cabo grosso tal como se encontrava em toda nave. Tal é o expressionismo próprio dos peritos em nave-gação.

É bem engenhosa a emenda que propõem; mas é incon-sistente. No original, não é usado o termo kámilos, mas

kámelos. Logo, esse comen-tário não merece crédito.

2. “Agulha” era o nome de uma porta em Jerusalém

Certo autor franciscano observa:

Jesus (...) compara o rico que quer entrar no Reino do céu ao camelo que tem de atravessar o fundo de uma agulha. A comparação era a mais frisante e expressiva, mesmo no sentido literal, porque lembrava o que se via fazerem às portas de Je-rusalém os camelos que che-gavam de regiões distantes carregados de fardos e pre-ciosidades para entrarem na cidade: tinham que se curvar quase até ao chão ou depor a carga.

Esta opinião também é fa-lha, pois as maiores autori-dades negam que existisse essa porta em Jerusalém. O que eles desejam é moderar o exagero. Em sua declara-ção, porém, Cristo usou uma hipérbole para demonstrar a impossibilidade de um rico (que naturalmente confia em sua riqueza) se salvar. No Talmude Babilônico, os judeus têm um provérbio, que diz: “Ninguém imagina, nem mesmo em sonho, uma palmeira de ouro ou um ele-fante que passe pelo buraco de uma agulha”.

A variedade de expressões para “fundo de uma agulha”

milita também contra esta opinião. Em Mateus, encon-tramos τρυπήμα ῥαφίδος; em Marcos, τρυμαλιᾶς ῥαφίδος; e em Lucas, τρήμα βελόνης. A expressão de Lucas é a mais clássica. O grego que Mateus e Marcos usaram refere-se a uma agulha que é usada com linha, enquanto Lucas usa um termo médico, referindo-se à agulha que é usada em ope-rações cirúrgicas.

3. Interpretação literalJesus desejava realmente

frisar a impossibilidade de um rico, que confia em suas riquezas, entrar no Reino de Deus. Em Marcos 10.23, Je-sus afirma: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!”. Se Jesus tivesse só dito isso, pobre dos ricos! Ni-codemos, Zaqueu e outros es-tariam perdidos. No entanto, no versículo 24 do mesmo ca-pítulo, Jesus declara: “Filhos, como é difícil [para os que confiam nas riquezas] entrar no Reino de Deus!”. (A21)

Jesus não é contra a riqueza, se esta for posta ao serviço do próximo. O mancebo de qua-lidades maravilhosas não pos-suía a mais importante: o amor. O seu gesto, ficando triste ao ouvir a Palavra de Jesus, traduz o seu acentuado egoísmo.

Jesus lhe diz, então, indi-retamente: “Se não és capaz de partilhar com os pobres os teus bens, se estás apegado

a eles, como podes querer entrar no Reino do céu, onde há um tesouro imperecível, onde a traça e a ferrugem não consomem, onde os ladrões não minam e nem roubam?”.

Paulo diz: “(...) O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se ator-mentaram com muitos sofri-mentos” (I Tm 6.10).

O mesmo apóstolo acentua que o dinheiro não é um mal, mas a confiança nele é que traz a perdição dos homens. Assim, ele diz: “Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam ar-rogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamen-te, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme funda-mento para a era que há de vir, e assim alcançarão a ver-dadeira vida” (I Tm 6.17-19).

Jesus quis, pois, inculcar uma grande lição: os bens temporais são dons de Deus. Urge que o homem desfrute destes bens de acordo com a vontade de Deus, não permi-tindo que o dinheiro o escra-vize a ponto de não enxergar o próximo.

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Camelo pelo fundo de uma agulha

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6 o jornal batista – domingo, 16/07/17 reflexão

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Prepare uma surpresaQuem não gosta de sur-

presas? Talvez você possa, com um planejamento ade-quado, fazer uma viagem de lua-de-mel; mesmo que seja em uma cidade turística próxima de onde você more. Mas, dê tempo para que ela tenha condições de planejar seus dias, especialmente em relação aos filhos e cuidados da casa.

Diga-lhe “eu te amo” todos os dias

Mulheres gostam de ou-vir sempre que são amadas. Embora você, marido, de-monstre o quanto ama a sua esposa, elas precisam ouvir 365 dias por ano esta frase mágica. Às vezes, eu esqueço disso, mas, quando lembro, não deixo de falar. Deve ser um exercício diário.

Elogie sempreProcure sempre motivos

para elogiar sua esposa. Não espere que ela corte o cabelo ou compre um vestido novo. Elogie uma palavra dita aos filhos, um prato saboroso que ela preparou para a família, sua beleza, apesar dos anos já vividos; etc.

Mime, mime, mime!Sempre costumo dizer que

os filhos não devem ser mi-mamos, mas somente o côn-juge. Existem várias formas de mimar a esposa. Pode ser um colinho, uma café da manhã na cama, um presente em um salão de beleza.

Abrace-a, mas sem demonstrar

intenções sexuaisSabe qual é a grande re-

clamação das esposas? É a seguinte: “Meu marido só me

toca com intenções sexuais”. Abrace-a, ande de mãos da-das, beije, faça-lhe um cafu-né. Para o homem abraçar a esposa sem conotação sexual deve ser algo intencional, porque o instinto...

Ore por vocêMas, pastor, o artigo não é

o que um marido deve fazer pela esposa? Sim. Mas quan-do você ora pedindo que Deus lhe dê sabedoria e um coração amoroso para com ela, ela mesmo será abençoa-da na convivência com você. Sempre oro por mim mesmo, para que eu seja um marido mais amoroso.

Saia para jantar foraPrograme saírem juntos

para um jantar em algum restaurante, sem a presença dos filhos ou de outros ca-sais. Mas não vale praça de

alimentação de um shopping, uma churrascaria ou self--service. O melhor mesmo é um restaurante que sirva refeições à la carte. Em nos-so casamento, procuramos sair com regularidade. É um tempo muito bom para con-versar e saborear uma comida diferente.

Dê um presente que represente um pouco de

sacrifício financeiroMulheres gostam de rece-

ber presentes. Talvez uma vez por ano você pode fazer um pequeno sacrifício finan-ceiro e dar-lhe um presente de valor. Lembro-me que dei à minha esposa um anel de prata com uma pedra de esmeralda. Paguei em três vezes no cartão, mas até hoje ela valoriza e se orgulha do presente recebido.

Quando ela chorar, simplesmente abrace-a

Mulheres são sensíveis. Elas choram com mais facilidade. Não fique desajeitado quando sua esposa chorar. Apenas abrace-a.

Ajude-a nos cuidados da casa e dos filhos

Já ouviu falar na expressão “dupla jornada de trabalho”? Então, participe dos cuidados da casa. Lave a louça, varra a casa, dobre a roupa de cama, guarde suas próprias roupas. Dê banho nas crianças, se fo-rem pequenas. Ajude-as se arrumarem para irem para a escola; etc.

Gilson Bifano Pastor, diretor e fundador

do Ministério OIKOS. Conferencista e escritor na

área de casamento e família. Contato: oikos@

ministeriooikos.org.br

10 coisas que você pode fazer por sua esposa

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7o jornal batista – domingo, 16/07/17missões nacionais

O Seminár io Te-ológico Batista do Sul do Bra-sil (STBSB) vive

um novo tempo. No dia 21 de junho de 2017, o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Mis-sões Nacionais, assumiu vo-luntariamente a diretoria do Seminário, após decisão do Conselho da CBB.

Mesmo com a certeza de que a diretoria da Institui-ção é um grande desafio, a expectativa para este novo momento é de avanço na importante tarefa de formar

líderes cristãos capacitados para o ministério.

“Assumi esta missão de liderar o Seminário entenden-do ser a vontade do Senhor para minha vida e família neste momento, e porque acredito na importância estra-tégica e na relevância desta Instituição na formação e desenvolvimento de líde-res para o ministério cristão. Também creio que Deus continua tendo planos para o Seminário do Sul e quer usá-lo para formar líderes comprometidos com a Sua Palavra para essa e futuras

gerações”, declarou o pastor Fernando Brandão.

O pastor lembrou também que a relação entre a Junta de Missões Nacionais e o Semi-nário é restrita ao diretor. A Junta de Missões Nacionais não está absorvendo o Semi-nário do Sul, nem assumindo as suas dívidas.

Durante os primeiros dias à frente da diretoria houve reu-niões com o corpo docente e discente da unidade. Para marcar este novo período, o Seminário está promovendo a Campanha “Sou Seminário do Sul”, com objetivo de

resgatar o amor e respeito pelo Seminário, com base no legado institucional e na história de líderes que pas-saram pela unidade e hoje tem levado o Evangelho ao Brasil.

“Não tenho dúvida que orando, trabalhando e na total dependência do Poder de Deus, o Seminário do Sul superará todos os obstáculos e retomará a sua posição de influência e relevância na formação de líderes para os Batistas e demais denomina-ções”, completou o pastor Fernando.

Ao longo dos seus 109 anos de existência, o STBSB tem formado líderes vocaciona-dos para o ministério cristão. Cremos que ele continuará cumprindo a sua missão até a volta do Senhor Jesus!

Convidamos o povo Batista brasileiro a se integrar às ati-vidades do Seminário. Toda última sexta-feira do mês, a Capela do Seminário vai sediar uma vigília de oração a partir das 18h. As aulas do próximo semestre começarão no dia 02 de agosto de 2017, às 19h, e as matrículas já es-tão abertas.

Seminário do Sul vive novo tempo com direção do pastor Fernando Brandão

Pastor Fernando Brandão é o novo diretor do Seminário do Sul Comissionamento do novo diretor aconteceu durante o Culto dos 110 Anos da CBB

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8 o jornal batista – domingo, 16/07/17 notícias do brasil batista

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9o jornal batista – domingo, 16/07/17notícias do brasil batista

Ben Rholdan, assessoria CONBASMA

Em clima de celebração do amor cristão entre as Igrejas Batistas no Sul do Maranhão, foi

realizada nos dias 02, 03 e 04 de junho de 2017, na Segunda Igreja Batista em Açailândia, a 2ª Assembleia Geral da Convenção Batista Sul Maranhense (CONBAS-MA) - a mais nova Conven-ção Batista do Brasil.

Mais de 400 Batistas com-pareceram naquela cidade para participar do evento que reuniu Igrejas de toda região para festejar e agra-decer a Deus pelos dois pri-meiros anos de Convenção e também para eleger a nova diretoria para o biênio 2017-2019. A solenidade contou ainda com a presença do pastor Sócrates Oliveira, dire-tor executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB) - que foi o orador oficial. “Essa foi uma oportunidade singular que tivemos para nos reunir-mos como Batistas para falar da anunciação do Reino com o Poder de Deus neste estado

Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora - RJ

“Jubileu de Jade - 47 anos anunciando Cristo a cada Novo Alvorecer”. Esse foi

o tema da celebração do 47ª aniversário do Conjunto Novo Alvorecer, realizado no dia 25 de junho, na Pri-meira Igreja Batista em Nova Aurora, em Belford Roxo - RJ. O versículo escolhido como divisa está em Isaías 52.7: “Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas novas, que proclama a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina!”.

A preletora convidada para a ocasião foi Cristina

tão acolhedor, que é o Mara-nhão”, conta.

Durante o encontro tam-bém houve apreciações, eleições, aprovações de re-latórios de orçamentos da CONBASMA e Organiza-ções. Reformas do Estatuto e Regimento Interno também foram realizadas em uma as-sembleia extraordinária.

A Assembleia Geral foi marcada pela eleição da nova diretoria da CONBAS-

Gomes, membro da Pri -meira Igreja Batista em Vila Heliópolis, em Belford Roxo - RJ. Durante muitos anos, ela cedeu a casa onde mora para os ensaios da equipe, além de ser a responsável por fazer o trabalho com todas as vozes.

Para o aniversário, ex-in-tegrantes foram convidados

MA para o biênio 2017-2019. O processo eleitoral reelegeu como presidente o pastor Euzimar Nunes (Igreja Batista da Mangueira). “É um privilégio continuar a servir a Convenção, na condição de presidente. Louvamos a Deus por todas as decisões que tomamos aqui e finali-zamos esse trabalho dizendo agradecendo a Deus pelas conquistas alcançadas”, en-fatiza.

para participar com a forma-ção atual. Juntos, eles entoa-ram novas canções e também àquelas que fazem parte da história do grupo durante todos esses anos.

No decorrer do culto, a trajetória do Conjunto foi lembrada. Desde a sua fun-dação, em 02 de abril de 1977, através da irmã Judith

O culto de encerramento contou com a participação e testemunhos dos missio-nários da Convenção e es-tudantes da Centro Batis-ta de Formação Ministerial (CBFM) da CONBASMA e ainda a consagração dos ir-mãos Carlos Alberto Neco, Augusto Dias e Carlos Al-berto Pontes - formados pelo CBFM - ao ministério pas-toral.

Marques (in memoriam), até as dificuldades, que fizeram com que o grupo parasse por um período de dez anos. Pes-soas importantes na história do ministério também foram citadas, como o irmão Joelso Batista, que tocava violão para ajudar.

A programação também contou com uma homena-

Confira a Diretoria CON-BASMA eleita para o biênio 2017-2019:

Presidente: pastor Euzimar Nunes (IB Mangueira)

1º vice-presidente: pastor Whigson Cunha (PIB Imperatriz)

2ª vice-presidente: pastor Paulo Rogério Santos (IB Me-morial Imperatriz)

1ª secretária: irmã Eunice Lopes (IB Mangueira)

2º secretário: irmã Odnair Leite (PIB Imperatriz)

gem surpresa dos filhos de integrantes e ex-integrantes do Novo Alvorecer. A can-ção escolhida foi “Tudo é Paz”, do grupo Kades Singers. Representando o Conjunto, a irmã Maurinéia Marques, atual líder e par-ticipante desde a formação original, recebeu uma lem-brança.

Convenção Batista Sul Maranhense celebra 2a Assembleia Geral para eleger nova diretoria

Conjunto Novo Alvorecer, da PIB Nova Aurora - RJ, celebra aniversário de 47 anos de fundação

Homenagem realizada pelos filhos dos participantes grupo Conjunto completou Bodas de Jade

Assembleia extraordinária para alterações no Estatudo e Regimento Interno

Consagração dos irmãos Carlos Alberto Neco, Augusto Dias e Carlos Alberto Pontes - formados pelo CBFM - ao ministério pastoal

Diretoria CONBASMA para o biênio 2017-2019 Momento de Louvor na 2a Assembleia Geral da CONBASMA

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10 o jornal batista – domingo, 16/07/17 notícias do brasil batista

Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB (Adaptação e ampliação do meu poema “Casa Formosa”, escrito em 1982).

Abre as portas mais uma vez o SEC, a Casa For-mosa.Recomeça seu ministério de tantas vidas trans-formar, Inspirando, ensinando, burilando a quem Deus chama Para o Seu trabalho, onde e quando Ele designar.

Seu passado glorioso é de lutas e vitórias, Despertando vocações para o serviço do Senhor.Por aqui já passaram servas e servos de JesusQue receberam o chamado e aceitaram com fervor.

Novamente acolhe entre os seus belos jardinsMais uma turma que chega em busca de formação:Alunas e alunos enviados por suas IgrejasDesejam se preparar em total consagração.

Mesmo vindo dos mais diferentes recônditos, Trazendo costumes e sotaques tão diferentesAlegram-se e unem-se em fraternidade cristãCriando laços de amizades sinceros e permanentes.

A Casa Formosa recebe a todos com o carinhoDos funcionários, professores, professoras.Todos da equipe trabalham com eficiênciaSob a orientação da competente diretora.

Os alunos antigos unem-se aos colegas que che-gamE iniciam as atividades, difíceis, mas deleitosasE esta Casa, formando servas e servos do Senhor,É muito abençoada e cada dia mais formosa.

E neste ano abençoado de dois mil e dezesseteA Casa Formosa chega ao primeiro centenárioE merece as homenagens dos Batistas brasileirosPor manter vivo o santo e divino ideário.

Desde Josefa Silva, a aluna pioneira Até às turmas atuais, o importante é a vocação. E o SEC prepara os seus alunos e alunasA servirem a Deus com fiel dedicação.

A Convenção Batista Brasileira confiouA administração do SEC à União FemininaMissionária Batista do Brasil e acertou;Foi decisão tomada sob direção divina.

Cem anos de educação para o Reino de DeusPreparando gerações para a seara do Senhor:

Educação religiosa, serviço social cristão, Em missões e música, para o perfeito louvor.

Agradeçamos a Deus pelas milhares de vidasQue já trabalharam, ensinaram ou estudaram No glorioso Seminário de Educação Cristã; E nos campos do Senhor obedientes labutaram.

Servindo em missões, educação cristã e músicaEm Igrejas locais ou pelas Juntas Missionárias. Marcaram a História da Igreja do Senhor Com demonstrações de fé extraordinárias.

O SEC tem uma grande obra de ação socialNotavelmente através da Casa da Amizade. E também com o Lar Batista Elizabeth Mein, Outra grande obra respeitada na cidade.

O Centro de Estudos Transculturais e MissõesJá inspirou, preparou e treinou várias geraçõesDe missionários desejosos de ampliar as tendas,Cumprindo a ordem de Deus, abraçando missões.

Ao longo de sua história o SEC já capacitouLíderes incontáveis para a nossa ConvençãoE Anunciando o Reino Com o Poder de Cristo,Comemora o centenário com eterna gratidão.

Centenário do Seminário de Educação Cristã

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11o jornal batista – domingo, 16/07/17missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Há quase 5 m i l anos, Deus mar-cou as casas dos hebreus com san-

gue para protegê-los contra a praga que fez cair sobre o Egito. Hoje, o grupo terrorista denominado Estado Islâmico tem marcado as casas de cristãos do norte do Iraque com a letra árabe NUN (que corresponde a nossa letra N), a primeira da palavra “naza-reno”, como aviso de que eles devem escolher entre a conversão forçada ao islamis-mo, a fuga para outro país ou a morte. Moradores de casas marcadas com o NUN estão sujeitos à violência sexual, discriminação, roubos e ou-

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A partir desta quarta--feira, dia 19, até sá-bado, 22 de julho, jovens Batistas de

todo o Brasil se reúnem no Rio Grande do Norte para a Conferência Despertar, even-to organizado a cada dois anos pela Juventude Batista Brasileira (JBB). Esta edição acontecerá na Igreja Batista Vida Nova, em Parnamirim--RN, e ainda é possível parti-cipar mediante inscrição em www.conferenciadespertar.com.br. Missões Mundiais mostrará de perto aos parti-cipantes a realidade vivida por nossos irmãos da Igreja sofredora.

Com o tema, “Justiça, Paz e Alegria”, a JBB coloca a juventude em direção aos propósitos de Deus.

“Esse encontro tem sido sempre para influenciar uma geração a viver a sua vo-

tros tipos de abusos. Uma atitude semelhante à da Ale-manha nazista, que marcava as casas dos judeus com a estrela de Davi.

Comovidas com esta si-tuação, pessoas de todo o mundo têm assumido o com-promisso de orar por aqueles que sofrem na própria carne o preço de ser um cristão. Elas decidiram assumir pu-blicamente que também são NUN. São nazarenos, assim como seus irmãos da Igreja sofredora.

Apesar de toda esta mo-bilização, a imprensa mun-dial mostra que o número de cristãos no Iraque caiu de cerca de um milhão para quase zero. A maioria teria fugido para países vizinhos, mas alguns milhares já teriam

cação no Reino de Deus. O mundo contemporâneo precisa urgentemente de ho-mens e mulheres íntegros, parecidos com Jesus, que estão dispostos a viver sua missão. Queremos ver uma galera com convicção de seu papel e de suas prioridades na vida. Nesse ajuntamento, incentivamos os jovens a to-marem novas atitudes, pois acreditamos em uma causa:

sido massacrados em suas próprias cidades, tanto no Iraque quanto na Síria.

No entanto, a Igreja so-fredora de outras partes da Ásia tem dado sinais satisfa-tórios de crescimento, sendo fortalecida por trabalhos de distribuição de Bíblias, for-mação de líderes cristãos, entre outros.

Missões Mundiais atua para levar às Igrejas brasileiras o entendimento de que nós somos livres para clamar pela Igreja sofredora. Para mostrar ao mundo que “Somos Um. Somos Nazarenos”. Mas por que “Igreja sofredora” e não “Igreja perseguida”?

Para o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor execu-tivo de Missões Mundiais, a explicação é clara e cita alguns

no Evangelho de Jesus Cristo, que é puro e simples”, diz a chamada no site da Conferên-cia Despertar.

A IB Vida Nova fica loca-lizada na Av. Piloto Pereira Tim, BR-101, nº 1.095, próxi-mo ao Parque de Exposições. O templo é grande, acomoda cerca de mil pessoas e rece-beu este ano a Assembleia da Convenção Batista Norte Rio-Grandense.

exemplos: “A Igreja iraniana, na cidade de Londres, não é perseguida, mas sofre. A Igreja dos palestinos na Europa não é perseguida, mas sofre. E se so-mos um corpo, como a Bíblia nos ensina (não apenas a Igreja local, mas como um todo), e se uma parte do corpo sofre e não sentimos dor, é porque o corpo está doente e logo será acometido de algo mais grave. Talvez a morte chegue porque seus sensores foram desligados”, declara o pastor João Marcos.

“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.13).

Missões Mundiais leva às

Missões Mundiais terá par-ticipações especiais ao longo do Despertar 2017. É a con-tinuação de uma parceria de vários anos e consolidada este ano durante o congres-so da JBB na Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), em Belém-PA.

“O Despertar que a gente está construindo vai fazer a gente sorrir, vai dar aperto no coração com as histórias

Igrejas a chance de fazer algo por estes irmãos que sofrem. Estamos disponibilizando em nossos canais de comu-nicação conteúdos sobre a Igreja sofredora como ví-deos, artigos, imagens. O NUN também poderá estar em sua Igreja. Agende com o nosso setor de Promoção ([email protected]) um congresso NUN - Somos um. Somos Nazarenos.

Nele, além de mais informa-ções que conectarão você à Igreja sofredora, será possível conhecer histórias de quem realmente tem experiências reais de perseguição religiosa. São relatos de sofrimentos, mas principalmente de gran-des conquistas para o Reino de Deus. Parte delas estão no site www.nun.org.br.

e projetos que vamos co-nhecer, vai inquietar o sono e pode mudar os nossos so-nhos para sempre. Vem fazer parte deste movimento”, diz a convocação na página do Despertar.

Caso você tenha qualquer dúvida a respeito do Des-pertar, acesse www.confe-renciadespertar.com.br e/ou escreva para [email protected].

Somos um. Somos Nazarenos

Missões Mundiais levará Igreja sofredora ao Despertar 2017

Em 2015, Despertar aconteceu em Campo Grande - MS Missões Mundiais levará aos participantes do Despertar 2017 a realidade da Igreja sofredora

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12 o jornal batista – domingo, 16/07/17

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 16/07/17notícias do brasil batista

Francisco Cid, pastor

“Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pran-to, nem clamor, porque as primeiras coisas já passaram” (Ap 21.4).

Raquel nasceu na ci-dade de Posadas, na Argentina; era a filha mais velha de

uma família de sete irmãos. Aos quatro anos, a família mudou-se para Avellaneda, cidade satélite de Buenos Ai-res, a uns três quarteirões de uma Igreja Batista. Sua mãe já era crente e levava seus fi-lhos à Escola Dominical. Aos 18 anos Raquel foi batizada.

A jovem cursou enfermagem e estudou no Seminário Batista de Buenos Aires; foi professora na EBD e na Associação Cristã

Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de OJB

Sinto que morro um pouco sempre que Deus leva um amigo meu, muito mais um

irmão em Cristo. Passo a viver sem parte da minha vida - um tipo de morte - pois entendo a vida como a própria realidade de sorrir e chorar, de ver, ouvir e sentir, de receber e dar, na interação que alcança os que amamos e os que nos amam. E isso aconteceu quando passei a saber do passamento do meu par-ticular amigo e irmão na fé, professor Eber Mancen

de Jovens de Sarandi, distrito de Avellaneda. Foi ativa em sua Igreja e, com o seu lindo soprano, cantou no Grande Coral de Buenos Aires.

Por ocasião do Congresso da Aliança Batista Mundial, em 1960, realizado no Rio de Janeiro, fez parte da dele-gação argentina. No último dia do Congresso, em frente ao templo da Primeira Igreja do Rio, ela e o então pro-fessor Cid se conheceram e ali iniciou-se uma troca de correspondência, que meses depois tomou-se em namoro. Em junho do ano seguinte, Raquel foi a São Paulo con-vidada para o casamento de uma das irmãs de Cid; naque-les dias o pastor Erodice de Queiroz celebrou o noivado de ambos. Em janeiro de 1962, o pastor da Raquel, pastor Angel Chialva, da Pri-

Guedes, que deixou este mundo.

No dia 28 de maio de 2016 recebemos - eu e mi-nha esposa Marli - o pro-fessor Éber Mancen e sua esposa para um almoço es-pecial, junto ao grande nú-mero de irmãos em Cristo e amigos, na comemoração dos meus 80 anos de ida-de, em grande churrascaria aqui no Rio de Janeiro. Para minha pessoa, em parti -cular, foram horas alegres que se tornaram eternas. As horas vividas por mim e minha família com Eber e esposa, há um ano, me permanecem bem fortes e alegres. E agora intensa-mente saudosas.

meira Igreja Batista de Avella-neda - Bs. As. - Ar., celebrou o primeiro culto nupcial de Raquel e Francisco; uma se-mana depois foi realizado o segundo culto nupcial sob a direção do pastor Erodice de Queiroz, no templo da Primeira Igreja de São Paulo. Raquel deixou sua Pátria, Igreja, pais, irmãos, amigas, para unir-se ao homem que Deus havia separado para ser

O amigo Eber Mancen foi meu companheiro próximo quando eu vivi o manda-to como membro da Junta de Educação da Conven-ção Batista Carioca e ele era

o companheiro de sua vida.Desse casamento nasce-

ram três filhos: Francisco Cid Júnior, Ricardo Cid e Hélen González Cid Bember, que lhes deram oito netos. Raquel foi sempre uma mulher man-sa, fazendo jus ao nome; cari-nhosa, cuidadora da casa, do marido e dos filhos. Possuía uma bela voz e fazia solos na Igreja. No dia 29 de janeiro, ela e o pastor Cid completa-riam 54 anos de casados. Nas Bodas de Prata na Primeira de São Paulo, os pastores Wal-demiro Tymchak e Irland de Azevedo foram os oficiantes do culto. Nas Bodas de Ouro na Fazenda Velha - Nova Odessa, oficiaram os pasto-res Irland P. de Azevedo e Wemer G. Mussienek.

Como esposa de pastor e missionária, Raquel sempre foi dedicada, muito querida

diretor do Colégio Batista Shepard, no Rio de Janeiro. Ali gastávamos nosso tempo e energia juntos, na Obra de Deus. Eber estava sempre sorrindo, mas não deixava a oportunidade passar, ao me cumprimentar, para o abraço diário, bem Batista! Em sua carreira profissional, Eber Mancen também foi professor do estado do Rio de Janeiro, lecionando Geografia e atuou em outros órgãos de ensino deste estado.

Eu não sabia do passamen-to dele e fui surpreendido pela notícia a mim chegada por nosso amigo comum, pastor Ilson Marinho, da Igre-ja Batista em Cachambi - RJ, através de telefonema. Eber

nas Igrejas, trabalhadora e sempre linda. Quando está-vamos no campo missionário, ela sempre dizia que queria findar os seus dias em Nova Odessa -SP e assim Deus aten-deu o querer de sua serva.

Raquel foi acometida por pneumonia. Já debilitada pelo Alzheimer, ela não suportou a infecção pulmonar. Sofreu muito nas últimas semanas e veio a falecer na noite de 21 de janeiro do ano de 2016. Agradecemos a Deus pela benção da vida da Raquel, à JMM pela atenção, enviando o pastor Galvão, nosso com-panheiro de batalhas no cam-po missionário; a CBESP, que enviou como seu representan-te o pastor Manoel Pedro da Silva; ao pastor Eli Bento Cor-rea e Cristina, que estiveram ao nosso lado como sempre, e demais pastores.

Macen faleceu no dia 18 de abril de 2017.

Há poucos meses, eu e Eber Macen estivemos juntos no púlpito da Igreja Batista de Água Santa - RJ. Fui até aquela Igreja a convite do pastor local - José Carlos Tor-res - também arrolado entre os meus companheiros nas lides Batistas cariocas. Eber Mancen dirigiu os trabalhos, sempre muito alegre, em dois cultos noturnos, e eu tive o privilégio de entregar as men-sagens. Esses acontecimentos deram-se em pequeno espaço de tempo.

Meu amigo professor Eber Mancen Guedes agora me espera no céu, para me dar outro abraço Batista.

Raquel González Cid - 21/05/1936 - 21/01/2016

Eber Mancen Guedes

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14 o jornal batista – domingo, 16/07/17 ponto de vista

Joaquim Júnior, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília

Podemos considerar como “Música Batis-ta” aquela presente nos hinários oficiais

Batistas, quais sejam o Can-tor Cristão e o Hinário para o Culto Cristão, no Brasil, e a que esteja de acordo com o que cremos, conforme a Declaração Doutrinária, os Princípios Batistas e outros documentos oficiais.

É preocupante o que se vê atualmente no meio Batis-ta quanto aos princípios de culto e adoração. Facilmente observamos que há muita “Música não Batista” nas Igre-jas Batistas.

Temo que as nossas Igrejas estejam abandonando as dou-trinas Batistas e estejam ado-tando valores pentecostais e neopentecostais. A identida-de Batista, que poderíamos descrever como o conjunto de características definidas

Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB

É interessante observar como as pessoas se comportam em uma sala de espera, a co-

meçar pela chegada. Alguns, mais educados, cumprimen-tam os que ali se encon-tram, ainda que seja por um simples meneio de cabeça, enquanto outros, não estão “nem aí” para os que ali já se encontravam.

Durante o tempo ali pas-sado, que, não raro, se pro-longa demasiadamente, os mais comunicativos logo puxam conversa com quem estiver mais próximo, falan-do sobre o tempo (frio ou calor), sobre política, futebol ou outro assunto qualquer. Trata-se de um crente com espírito evangelístico, trata-

pelas nossas doutrinas, tem se dissipado ao longo do tempo.

É urgente, portanto, a valo-rização da “Música Batista” e, para isso, sugerimos o resgate da Hinódia Batista, da Música Coral e dos Valores Batistas de Culto.

1. Resgate da Hinódia Batista

Infelizmente, muitas Igrejas deixaram de cantar os hinos dos nossos hinários ou can-tam poucos hinos, apenas para cumprir um ritual histó-rico. É necessário que se res-gate a compreensão de que os dois hinários devem ser o foco do canto congregacional das Igrejas Batistas; não para o cumprimento obrigatório de um costume tradicional, mas porque eles revelam a nossa história, o que cremos, quem somos e como somos.

“Nosso cântico reflete quem somos e onde estamos na peregrinação cristã. Um hinário é uma coletânea de cânticos que, além de refletir

rá possivelmente do magno problema da existência, qual seja a relação com Deus e a necessidade da aceitação do Evangelho - Poder de Deus para salvação de todo o que crê (Romanos 1.16), o que pode ser sintetizado em poucas palavras.

Na verdade, o mundo é uma grande sala de espera. Todos esperamos por algo ou por alguém. A popula-ção espera pelos políticos, por planejamento, projetos e leis que tornem a vida do povo menos sofrida; que os direitos fundamentais do ser humano sejam respeitados; que os governantes pensem mais em servir do que serem servidos ou de enriquecerem à custa do erário, exercen-do uma administração que deixa a desejar. O estudante espera que o esforço despen-

quem somos, indica o estágio em que nos encontramos nessa trajetória cristã. Além disso, prevê quem seremos e medirá, no percurso, nos-sa estatura espiritual.” Joan Sutton

Ao abandonarem os nossos hinários, as Igrejas Batistas têm ficado reféns dos cân-ticos que carregam doutri-nas e valores estranhos à nossa denominação, como: Teologia da Prosperidade, emocionalismo, entreteni-mento gospel, repetitividade infinda, romantismo, falta de diversidade de temas, dentre outros. Observa-se que até as reuniões e Assembleias da Convenção e dos Órgãos denominacionais já não prio-rizam nossos hinos e, por vezes, os períodos de louvor são dignos da mais liberal Igreja Neopentecostal.

Precisamos valorizar o nosso Cantor Cristão, que completou 125 anos de pu-blicação; e o HCC, 25 anos. Ressalto, entretanto, que não

dido durante os longos anos de estudo seja coroado de êxito ao receber o cobiçado diploma. Os filhos esperam que os pais lhes dediquem atenção, carinho, afeto e não apenas boa roupa, alimentos e viagens. Os pais, por seu turno, esperam que os filhos saibam honrar pai e mãe, conforme o mandamento bíblico (Êxodo 20.12) e lhes sejam gratos por todo o es-forço que fazem ou fizeram, visando ao seu crescimento: físico, intelectual, social e espiritual.

Os casais também esperam. Os cônjuges esperam, um do outro, que as promessas feitas no altar sejam cumpridas no dia a dia, para que o casa-mento não se torne rotineiro e enfadonho.

A Igreja também espera, por parte da liderança: uma

acredito nos movimentos de transformação de hinos, com alteração de forma, ritmo e até sentido. Certa vez ouvi o hino “Rude Cruz” ser can-tado em ritmo de samba e não é difícil imaginar que a contrição deu lugar à diver-são. Transformar hinos em canções é desqualificar as características formais, estru-turais, estéticas, atemporais e doutrinárias dos hinos.

Recomendo a leitura dos artigos “O jovem e o hiná-rio”, do pastor Renato Brito, e “A Força da Ignorância (Ou: Socorro, Não Aguento Mais Cantar Corinhos!)”, do pastor Isaltino G. Coelho Filho, disponíveis em www.hinologia.org, e algumas pos-sibilidades para a valorização da hinódia:• Distribuição de hinários,

pois muitas Igrejas já não dispõem de exemplares;

• Divulgação (impressa e online) de materiais so-bre a hinódia em geral (história dos hinários, dos

atuação nos moldes da Pa-lavra de Deus, com amor e dedicação, de modo a pro-porcionar à membresia o alimento espiritual, através das pregações e estudos bí-blicos, aconselhamento, etc., de modo a promover a edifi-cação espiritual dos crentes e a salvação dos visitantes que ainda não entregaram suas vidas a Cristo; uma liderança baseada no amor, no respei-to, desde as crianças, adoles-centes, até jovens, adultos e idosos, promovendo, na Igreja, um ambiente de paz, harmonia e união entre to-dos, de tal sorte que os líde-res: pastores, diáconos, pro-fessores da EBD e membros da diretoria, enfim, todos os líderes tornem-se, conforme preceito bíblico, “O exemplo dos fiéis, na palavra, no trato. no amor, no espírito, na fé e

hinos e dos compositores, artigos de valorização da hinódia, slides e arquivos com letras e informações dos hinos e etc);

• Promoção de treinamento e cursos de reciclagem para regentes e pianistas;

• Promoção de encontros (seminários, palestras e outros eventos) para a dis-seminação da hinódia;

• Organização de apresenta-ções corais (por ex: encon-tro de Coros e formação de coros das Convenções Estaduais) que resgatem as harmonias dos hinos e apresentem os belos arran-jos já compostos sobre eles;

• Incentivo para que profes-sores de EBD e pastores aproveitem as temáticas e a história dos hinos. “O resgate da música tradi-cional nas Igrejas passa pelo pastor que a lidera.” Wanderley Rocha.

Nos próximos artigos, trata-remos da Música Coral e dos Valores Batistas de Culto.

na pureza” (I Tm 4.12).Os remidos esperam pela

volta do Senhor, pelo dia “faustoso” em que Ele virá, sentado em um trono bran-co, não mais para salvar, a exemplo do que ocorreu na primeira vinda, mas para o julgamento geral e final da humanidade. Sim, àquele glorioso dia é esperado pelos verdadeiros servos que assim exclamam “Maranata”, ora, vem, Senhor Jesus! (I Corín-tios 16.22 c).

Mas, os que assim aguar-dam o regresso do Rei dos reis e Senhor dos senhores, devem estar espiritualmente preparados, mediante vidas santificadas e consagradas, no cumprimento da sagrada missão de sal da terra e luz do mundo. E que, para tanto, o Espírito Santo nos ilumine e abençoe.

Sala de espera

Música Batista para Igrejas Batistas - (Parte I)

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15o jornal batista – domingo, 16/07/17ponto de vista

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador

Por alguns instantes fiquei perplexo. Um bando de malucos sai matando inocen-

tes a torto e a direito. Os chamados cristãos são suas vítimas preferidas. Raptam, sequestram, vendem como escravos e escravas, sentem--se poderosos. Divulgam que estão defendendo o nome do seu deus. Mas que deus fraquinho, não é mesmo? Ele precisa ter sua honra defendi-da dessa forma?

O noticiário divulgou que 21 cristãos foram mortos por serem cristãos. Fiquei

Genevaldo Bertune, pastor, membro da Igreja Batista Boas Novas - Jundiaí - SP

“Assim, como não nos foi possível demovê-lo, aquies-cemos e exclamamos: ‘Faça--se, pois, a vontade do Se-nhor!’” (At 21.14).

Um pequenino ver-sículo, mas im-pactante. Paulo, “Compelido pelo

Espírito Santo” (At 20.22), estava seguindo para Jerusa-lém; e, segundo ele mesmo, “Desconhecendo o que ali lhe sucederia; a não ser o que o próprio Espírito Santo lhe revelava: prisões e sofrimen-tos” (At 20.22-23).

É nesse contexto que vários irmãos, inclusive um profeta do Senhor, pelo grande amor que nutriam pelo apóstolo, tentavam demovê-lo deste projeto a todo custo, inclusive, com muitas lágrimas; e, assim, depois de muitas tentativas sem nenhum sucesso, temos esta narrativa contundente de todos curvando-se perante a vontade soberana do Senhor.

pensando: “Quando será que Deus manifestará sua justiça?”. Dois dias depois, concidadãos dos assassinos subiram em seus aviões mi-litares, e fizeram um estrago nos assassinos. Logo pensei: “Que Deus soberano, é o Deus verdadeiro!”. Da mes-ma etnia que os assassinos, ele os transforma em seus servos para fazerem justiça aos oprimidos. Lembrei-me do Salmo 103.6. “O Senhor faz justiça e defende a causa dos oprimidos”.

Vez por outra ouço que um cristão resolveu dar o troco ou resolveu defender a causa de um irmão, que foi ofendido ou prejudicado por

Não é fácil fazer a von-tade de Deus, curvar-se a ela quando nos é contrária; quando nos trará sofrimentos; e, especialmente, quando estes sofrimentos podem ser evitados, simplesmente com nossa mudança de atitude. Mas não é isso que o após-tolo faz, bem como aqueles irmãos. Todos aceitam-na resignadamente, como fizera nosso Senhor Jesus Cristo.

É somente no centro da vontade de Deus que se ope-ra aqueles livramentos que só Ele pode fazer; aqueles milagres que somente Ele pode realizar; mas, acima de tudo, aquela progressão e expansão do Seu reino, que somente nossa obediência e submissão incondicionais proporcionam. Observem:

Somente com sua prisão em Jerusalém e seus sofrimentos consequentes, a profecia de Cristo a Paulo, de que ele testemunharia perante muitos reis, aconteceu. Ele pregou primeiramente a Félix, depois a Festo, em seguida ao rei Agripa e sua esposa Berenice. Tudo isso sem contar seu tes-

outro cristão. Temos sempre preferências contraditórias. Gostamos de ser vítimas e, ao mesmo tempo, gostamos de alimentar a fama de defen-sores da causa dos oprimidos. Será que se, em oração, en-tregarmos a causa para Deus, Ele não atuaria melhor?

A Soberania de Deus é uma afirmação que surge em toda a Bíblia. Tudo quanto fizermos, ou é feito tendo em vista fazermos para Deus, ou é completamente anulado. Ou é registrado como feito para Deus, para Sua Gló-ria, dedicado a Ele, ou nem é registrado. Alguém pode perguntar: e o amor ao pró-ximo, e o bem que fizermos

temunho às autoridades me-nores e intermediárias - mas não menos importantes para a consolidação e expansão do cristianismo no Império Romano -, como ao coman-dante Lísias; ao centurião Júlio, do Regimento Impe-rial, que conduziu Paulo até Roma; a Públio, o principal da ilha de Malta; bem como a tantos outros, com certeza.

Resumindo, ainda que com lágrimas, a vontade do Se-nhor é boa, agradável e per-feita. Observem:

O resultado final será Paulo em Roma, entre os irmãos queridos daquela Igreja, que ele queria tanto conhecer para dar e receber, edificar e ser edificado: “Deus, a quem sir-vo de todo o coração, pregan-do o Evangelho de Seu Filho, é minha testemunha de como sempre me recordo de vós em minhas orações; e rogo que agora pela vontade de Deus, seja-me aberto o caminho para que, enfim, eu vos possa visitar. Pois grande é o desejo do meu coração em ver-vos, para compartilhar convosco algum dom espiritual, a fim de

ao próximo? Bem, a Bíblia é clara: se fizemos ao próximo, fizemos a Deus, logo, não devemos registrar esse feito, enquanto estivermos neste mundo. É difícil entregarmos a Deus a nossa honra, fama, glória, reconhecimento. En-quanto não entregarmos tudo que é terreno ao Senhor, jamais será registrado como eterno, celestial, espiritual. A glória do pó volta ao pó. Essa verdade sempre incomoda o nosso orgulho, o nosso eu.

A Soberania do Senhor é tão prática e eloquente, que Sua grandeza está expressa nas beatitudes de Mateus 5. Humildade, arrependimento, nossos direitos entregues ao

que sejais fortalecidos, quero dizer, para que eu e vós seja-mos mutuamente encorajados pela fé. E não desejo, irmãos, que desconheçais que, por muitas vezes, planejei visitar--vos, contudo, tenho sido impedido até esse momento. Meu objetivo é colher algum fruto espiritual entre vós, as-sim como tenho alcançado entre os gentios” (Rm 1.9-13); “Depois disso, partimos para Roma. Os irmãos daquela re-gião haviam recebido notícias de que estávamos para chegar e vieram até a praça de Ápio e às Três Vendas para nos encontrar. Assim que os viu, Paulo deu graças a Deus e sentiu no seu interior grande encorajamento. Quando che-gamos a Roma, Paulo recebeu permissão para morar por conta própria, porém, sob a vigilância e guarda de um soldado” (At 28.14c, 15-16);

Paulo queria muito pre-gar aos gentios e a todos os povos na capital do Império Romano, inclusive, ao Impe-rador - o que somente assim conseguiu: “Eu sou devedor, tanto a gregos quanto a bár-

Senhor, conduta divina, co-ração misericordioso como o coração do Pai, pureza de coração, semeador da paz, perseverança no sofrimento e injustiças por causa do Seu nome. Ao nos ajustarmos a essas condições, começa-remos a ver os resultados, e a brisa celestial começa a soprar sobre nossas comuni-dades cristãs, e mesma excla-mação que os seguidores de Cristo ouviram, ouviremos também: “Vejam como se amam!”. Então, com certeza, a Soberania do Senhor con-tinuará a manifestar-se. Dos nossos lábios sairá o mesmo clamor: “Maranata! Ora, vem Senhor Jesus!”

baros, tanto a sábios como a ignorantes. De modo que, em tudo o que depender de mim, estou preparado para anun-ciar o Evangelho também a vós que estais em Roma” (Rm 1.14-15); “Desejo, portanto, irmãos, que saibais que tudo o que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o progresso do Evangelho, de tal maneira a ficar evidente para toda a guarda do palácio e para todos os demais que é por causa de Cristo que estou na prisão. E os irmãos, em sua maioria, motivados no Senhor por minhas algemas, ousam pregar com mais co-ragem e determinação a Pa-lavra de Deus” (Fp 1.12-14).

Foi doloroso para aqueles presbíteros e irmãos de Éfeso e demais cidades por onde Paulo passava se despedindo e dizendo que “Não veriam mais seu rosto”. No entanto, foi glorioso para Paulo, para todos os que ouviram seu testemunho até chegar em Roma, e para o reino, que Paulo e todos eles tenham curvado-se perante a vontade soberana do Senhor Jesus.

Curvando-se perante a vontade soberana do Senhor

Lição de soberania

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